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microrganismos, nos últimos vinte anos, esteve em constante alteração, sendo
descobertos novos gêneros, alterando a taxonomia (WANG et al., 2006).
No estudo taxonômico inicial de rizóbio, todas as bactérias formadoras de
nódulos em leguminosas eram classificadas no gênero Rhizobium (FRANK, 1889
apud WANG et al., 2006), apresentando seis espécies: R. leguminosarum, R.
meliloti, R. trifolii, R. phaseoli, R. lupini e R. japonicum. Nesta classificação, o círculo
de hospedeiros era o fator mais importante na definição destas espécies, embora
tenham sido descritas também características morfológicas e fisiológicas (FRED et
al., 1932). Com o prosseguimento das pesquisas, o uso da especificidade do
hospedeiro como principal critério de classificação de rizóbio foi abandonado por
apresentar um grande número de exceções dentro destes grupos (Wilson, 1944).
Em seu trabalho, Jordan (1982) modificou a taxonomia de rizóbio, dividindo-os
em dois gêneros: Bradyrhizobium e Rhizobium. O primeiro gênero correspondia às
cepas de crescimento lento, de reação básica em meio de cultura LMA (Levedura
Manitol Ágar) (VINCENT, 1970), com diâmetro menor ou igual a 1 mm e crescimento
em 5 a 7 dias, designando somente uma espécie Bradyrhizobium japonicum, que
incluiu também a espécie R. lupini por apresentar características semelhantes. No
gênero Rhizobium alocaram-se três espécies: R. leguminosarum, R. meliloti e R. loti.
Na primeira espécie foram considerados três biovares: R. leguminosarum bv. viciae,
bv. trifolli e bv. phaseoli. Os três biovares constituíram o mesmo grupo na taxonomia
numérica e na hibridização DNA-DNA, mas corresponderam a diferentes grupos de
nodulação cruzada (WANG et al., 2006).
Em estudos posteriores, outro grupo de bactérias de crescimento rápido foi
coletado em solos na China e identificado, tanto a partir do solo como de nódulos de
soja, cujas características fisiológicas e bioquímicas indicavam uma posição
taxonômica intermediária entre Rhizobium e Bradyrhizobium (KEYSER et al., 1982,
XU & GE, 1984). Desta maneira, se propôs a criação de uma nova espécie,
Rhizobium fredii, baseados principalmente em experimentos de hibridização de DNA
(SCHOLLA & ELKAN, 1984).
Atualmente, a taxonomia do grupo rizóbio vem sendo modificada. A principal
alteração ocorreu no gênero
Rhizobium, ao qual foram incluídas todas as espécies
de Agrobacterium (CONN, 1942) e Allorhizobium undicola (de LAJUDIE, 1998a),
combinando as novas espécies: Rhizobium radiobacter, R. rhizogenes, R. rubi, R.
undicola e R. vitis (YOUNG et al., 2001). Outra mudança aconteceu ao gênero