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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
ESTUDO CEFALOMÉTRICO DA CLASSE II COM
RETROGNATISMO MANDIBULAR TRATADA COM BIONATOR
DE BALTERS E COMPARADA COM GRUPO CONTROLE NO
MESMO ESTÁGIO DE MATURAÇÃO ESQUELÉTICA
MÁRCIA APARECIDA ALVES DE ALMEIDA
Dissertação apresentada
ao Programa
Pós-Graduação em Odontologia
da
Universidade Paulista UNIP
para a
obtenção do título de mestre em
Odontologia.
Orientador: Prof. Dr. Kurt Faltin Jr.
São Paulo
2007
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ALMEIDA, Márcia Aparecida Alves de
Estudo cefalométrico da Classe II com
retrognatismo mandibular tratada com Bionator de Balters e
comparada com grupo controle no mesmo estágio de
maturação esquelética / Márcia Aparecida Alves de Almeida.
São Paulo, 2007.
142 f.
Dissertação ( Mestrado) Apresentada ao Instituto de ciências da
saúde da Universidade Paulista, São Paulo, 2007.
Área de Concentração: Clínica infantil - Ortodontia
“Orientação: Kurt Faltin Junior”
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DEDICATÓRIA
Aos meus queridos pais, Cassiano e
Cida, pelo amor, dedicação, educação e exemplo de vida.
Ao Prof. Dr. Kurt Faltin Júnior, pela valiosa orientação na
elaboração deste trabalho, pela amizade e incentivo constantes.
AGRADECIMENTOS
Aos colegas de turma do curso de Mestrado, pela amizade e
companheirismo durante todo o tempo.
Aos professores do curso de Mestrado em Odontologia da
Universidade Paulista-UNIP.
Prof. Dr. Pascoal Armonia
Prof Dr. Kurt Faltin Júnior
Profa. Dra. Cristina Lucia Feijó Ortolani
Prof. Dr. Mendel Abramowicz
Profa. Sonia Maria R. de Souza
Prof. Dr. Cláudio Costa
Prof. Dr. Adolpho Chelotti
À Sra Creusa, pela orientação e trabalho estatítico realizado.
À Sra. Othilia Nettei Mac-Knight, pela colaboração na revisão do texto.
A todos que ajudaram de forma direta ou indireta na elaboração deste
trabalho.
SUMÁRIO
Lista de figuras..........................................................................................................IX
Lista de tabelas..........................................................................................................X
Lista de abreviaturas...............................................................................................XII
Resumo....................................................................................................................XIII
Abstract...................................................................................................................XIV
1. Introdução.............................................................................................................1
2. Revisão da literatura...........................................................................................4
2.1.Determinação da maturação esquelética dos indivíduos em
crescimento ...................................................................................................4
2.2. Crescimento mandibular dos indivíduos portadores de má-
oclusão de Classe II e tratamento com Bionator de Balters...............12
2.3. Previsão de crescimento mandibular.................................................34
3. Proposição..........................................................................................................37
4. Material e método..............................................................................................38
4.1. Amostra...................................................................................................38
4.2. Material....................................................................................................39
4.3. Método.....................................................................................................41
4.3.1. Método para obtenção das telerradiografias
cefalométricas em norma lateral...............................................41
4.3.2. Critérios para inclusão da amostra ...........................................42
4.3.3. Pontos cefalométricos utilizados para elaboração dos
traçados.........................................................................................54
4.3.4. Plano e linha cefalométrica utilizados para
elaboração dos traçados.............................................................57
4.3.5. Traçado cefalométrico utilizado para avaliação das
grandezas lineares e angulares.................................................58
4.3.6. Método para obtenção e interpretação dos dados.................70
4.3.7. Análise estatística........................................................................72
5. Resultados..........................................................................................................74
5.1. Distribuição da amostra........................................................................74
5.2. Análise da correlação entre as repetições das medições
realizadas ....................................................................................................75
5.3. Avaliação dos efeitos gerais de tratamento ......................................76
5.3.1. Descrição da média dos valores das medidas
lineares e angulares avaliadas no momento T1 e T2 ...................76
5.3.2. Avaliação das diferenças médias (T2-T1), das
medidas lineares e angulares estudadas........................................83
5.3.3. Avaliação do dimorfismo sexual entre os grupos nas
grandezas avaliadas...........................................................................87
5.4. Avaliação dos efeitos específicos de tratamento no
momento (T2-T1) .......................................................................................92
5.4.1. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1)
das medidas lineares e angulares estudadas................................92
5.4.2. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1),
considerando o EMVC.......................................................................96
5.4.3. Comparação com os incrementos anuais da
previsão de crescimento de Ricketts (1982) ................................103
6. Discussão.........................................................................................................110
6.1. Avaliação dos efeitos gerais de tratamento ....................................112
6.1.1. Avaliação das diferenças médias (T2-T1)...........................112
6.1.2. Avaliação do dimorfismo sexual entre os grupos nas
grandezas avaliadas.........................................................................114
6.2. Avaliação dos efeitos específicos de tratamento no
momento (T2-T1).....................................................................................115
6.2.1. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1)..............115
6.2.2. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1)
considerando o EMVC (2-3 e 3-4)..................................................117
6.2.3. Comparação com os incrementos anuais propostos
por Ricketts, 1982.............................................................................120
7. Conclusões.......................................................................................................125
8. Referências bibliográficas..............................................................................127
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Traçado cefalométrico de Schwarz modificado por
Faltin, (Faltin Jr, 1998)........................................................................45
Figura 2. O aparelho Bionator Base de Balters e seus elementos:
A acrílico, AP - alça palatina, AV(B) - alça vestibular
(parte bucinadora ), AV(L) - alça vestibular (parte
labial), PO - plano oclusal, 1- apoios verticais, 2-
liberação total para crescimento vertical do processo
dentoalveolar, 3- liberação para crescimento vertical do
processo dentoalveolar até o plano oclusal, 4- apoios
interproximais, (Gysel, 1970).............................................................47
Figura 3a,3b Aparelho ortopédico funcional Bionator Base de
Balters, vista oclusal superior (a) e vista oclusal inferior
(b)...........................................................................................................48
Figura 4a,4b.Figura 4a e 4b Segunda, terceira e quarta vértebras
cervicais (C2,C3,C4), (a) visualização na
telerradiografia cefalométrica em norma lateral, (b)
representação esquemática do desenho do contorno
anatômico..............................................................................................49
Figura 5. Variação anatômica do corpo das vértebras cervicais
C3 e C4, (a) trapezoidal, (b) retangular horizontal, (c)
quadrada, (d) retangular vertical.......................................................50
Figura 6. Método de maturação das vértebras cervicais, proposto
por Lamparski (1972) e modificado por, Baccetti,
Franchi e McNamara (2005)..............................................................51
Figura 7. Estágio de desenvolvimento vertebral cervical EMVC1................53
Figura 8. Estágio de desenvolvimento vertebral cervical EMVC2................53
Figura 9. Estágio de desenvolvimento vertebral cervical EMVC3................53
Figura 10. Estágio de desenvolvimento vertebral cervical EMVC4................53
Figura 11. Estágio de desenvolvimento vertebral cervical EMVC5................53
Figura 12. Estágio de desenvolvimento vertebral cervical EMVC6................53
Figura 13. Pontos cefalométricos utilizados na elaboração dos
traçados.................................................................................................56
Figura 14. Plano e linha cefalométrica utilizados na elaboração
dos traçados: 1 (Plano de Frankfurt), 2 (linha Ba-Na)...................57
Figura 15. Traçado cefalométrico das grandezas lineares: 1 (Ba-
Na), 2 (XI-PM), 3 (XI-DC), 4 (Co-Pg), 5 (PM-ßH), 6
(PM-ßV).................................................................................................60
Figura 16. Traçado cefalométrico das grandezas angulares: 7
(Arco mand), 8 (Ang Go), 9 (Co.Go.Me)..........................................60
Figura 17. Representação esquemática da grandeza linear
comprimento da base do crânio (Ba-Na).........................................61
Figura 18. Representação esquemática da grandeza linear
comprimento do corpo mandibular (XI-PM).....................................62
Figura 19. Representação esquemática da grandeza linear
comprimento do ramo mandibular (XI-DC)......................................63
Figura 20. Representação esquemática da grandeza linear
comprimento da mandíbula (Co-Pg).................................................64
Figura 21. Representação esquemática da grandeza linear
distância do Ponto PM ao ponto ß na vertical
pterigóidea (PM-ßH)............................................................................65
Figura 22. Representação esquemática da grandeza linear
distância do ponto ß na vertical pterigóidea ao plano de
Frankfurt (PM-ßV)................................................................................66
Figura 23. Representação esquemática da grandeza angular arco
mandibular (Arco mand).....................................................................67
Figura 24. Representação esquemática da grandeza angular
ângulo goníaco (Ang Go) ...................................................................68
Figura 25. Representação esquemática da grandeza angular
ângulo de referência a mandibular (Co.Go.Me) .............................69
Figura 26. Valores médios e desvios-padrão da medida linear Ba-
Na, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo................78
Figura 27. Valores médios e desvios-padrão da medida linear XI-
PM, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo...............78
Figura 28. Valores médios e desvios-padrão da medida linear XI-
DC, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo...............79
Figura 29. Valores médios e desvios-padrão da medida linear Co-
Pg, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo................79
Figura 30. Valores médios e desvios-padrão da medida linear PM-
ßH, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo ...............80
Figura 31. Valores médios e desvios-padrão da medida linear PM-
ßV, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo................80
Figura 32. Valores médios e desvios-padrão da medida angular
Arco mand, momentos inicial e final, segundo grupo de
estudo....................................................................................................82
Figura 33. Valores médios e desvios-padrão da medida angular
Ang Go, momentos inicial e final, segundo grupo de
estudo....................................................................................................82
Figura 34. Valores médios e desvios-padrão da medida angular
Co.Go.Me, momentos inicial e final, segundo grupo de
estudo....................................................................................................83
Figura 35. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias entre os momentos (T2-T1) das medidas
lineares, segundo grupo de estudo ..................................................85
Figura 36. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias entre os momentos T2-T1 das medidas
angulares, segundo grupo de estudo...............................................86
Figura 37. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias das medidas lineares, segundo grupo de
estudo e sexo.......................................................................................89
Figura 38. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias das medidas angulares, segundo grupo de
estudo e sexo .......................................................................................91
Figura 39. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias anuais entre os momentos inicial e final das
medidas lineares, segundo grupo de estudo..................................94
Figura 40. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias anuais entre os momentos inicial e final das
medidas angulares, segundo grupo de estudo...............................95
Figura 41. Valores médios e desvios-padrão das médias anuais
das medidas lineares, segundo grupo de estudo e
EMVC.....................................................................................................98
Figura 42. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias anuais das medidas lineares estatisticamente
significantes, segundo grupo de estudo e EMVC ..........................99
Figura 43. Valores médios e desvios-padrão das diferenças
médias anuais da medida linear Co-Pog, segundo
grupo de estudo e EMVC...................................................................100
Figura 44. Figura 44: Valores médios e desvios-padrão das
diferenças médias anuais das medidas angulares,
segundo grupo de estudo e EMVC...................................................102
Figura 45. Correlação linear das diferenças médias anuais entre
as medidas lineares Ba-Na e XI-PM, segundo grupo de
estudo....................................................................................................107
Figura 46. Correlação linear das diferenças médias anuais entre
as medidas lineares Ba-Na e XI-DC, segundo grupo de
estudo....................................................................................................108
Figura 47. Valores das diferenças médias anuais (T2-T1), das
grandezas lineares Ba-Na, XI-PM e XI-DC, segundo
grupo de estudo...................................................................................109
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Distribuição da amostra no momento T1 por sexo ........................74
Tabela 2. Distribuição da amostra no momento T1 por estágio de
maturação das vértebras cervicais...................................................75
Tabela 3. Valores dos coeficientes de correlação intra-classes....................76
Tabela 4. Valores de média, DP, mediana, mínimo, máximo das
medidas lineares, segundo o momento e grupo de
estudo....................................................................................................77
Tabela 5. Valores de média, DP, mediana, mínimo, máximo das
medidas angulares, segundo o momento e grupo de
estudo....................................................................................................81
Tabela 6. Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo das diferenças entre os momentos inicial e
final das medidas lineares, segundo grupo de estudo..................84
Tabela 7. Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo das diferenças entre os momentos inicial e
final das medidas angulares, segundo grupo de estudo...............86
Tabela 8. Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo diferenças médias das medidas lineares,
segundo o grupo de estudo e sexo..................................................88
Tabela 9. Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo das diferenças médias das medidas angulares,
segundo o grupo de estudo e sexo..................................................90
Tabela 10. Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas lineares,
segundo o grupo de estudo ...............................................................93
Tabela 11. Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas angulares,
segundo o grupo de estudo ...............................................................95
Tabela 12. Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas lineares,
segundo o grupo de estudo e EMVC...............................................97
Tabela 13. Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas angulares,
segundo o grupo de estudo e EMVC...............................................101
LISTA DE ABREVIATURAS
C2......................................................................................segunda vértebra cervical
C3........................................................................................terceira vértebra cervical
C4..........................................................................................quarta vértebra cervical
DP.........................................................................................................desvio padrão
EMVC............................................estágio de maturação das vértebras cervicais
GC.........................................................................................................grupo controle
GT ...........................................................................................................grupo tratado
T1 ........................................................................................................momento inicial
T2 ..........................................................................................................momento final
NS .......................................................................................................não significante
S..................................................................................................................significante
RESUMO
ALMEIDA, M. A. A. Estudo cefalométrico da Classe II com retrognatismo
mandibular tratada com Bionator de Balters, comparada com grupo controle
no mesmo estágio de maturação esquelética. Dissertação (Mestrado em
Odontologia) - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Paulista, 2007.
O Bionator do Prof. Wilhem Balters, colocado em prática como um aparelho ortopédico facial funcional na década de 60, vem sendo usado com freqüência no tratamento da Classe II divisão 1
ortopédicos deste aparelho, porém há controvérsias quanto aos resultados
encontrados. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da correção da
Classe II mandibular com o aparelho funcional Bionator Base de Balters,
comparar os resultados cefalométricos obtidos, com amostra homogênea
não tratada, no mesmo estágio de maturação das vértebras cervicais
(EMVC), e comparando também com a previsão de crescimento mandibular
de Ricketts. Foram selecionados 33 indivíduos tratados com Bionator e 31
indivíduos não tratados para controle. Nove grandezas cefalométricas
lineares e três angulares foram utilizadas para a avaliação. Os resultados
foram estatisticamente significantes para o comprimento do ramo,
comprimento da mandíbula e posição vertical da mandíbula, no grupo
tratado. Quando os indivíduos foram subdivididos por EMVC(2-3, 3-4), o
comprimento da mandíbula mostrou uma tendência a aumento, porém não
significante. No grupo tratado a alteração do comprimento do corpo
aconteceu de acordo com a previsão de crescimento, enquanto no
comprimento do ramo houve um incremento anual maior que o esperado. Já
no grupo controle o comprimento do ramo acompanhou a previsão de
crescimento, porém o comprimento do corpo apresentou incremento menor
que o esperado.
Unitermos: Bionator, Classe II, maturação esquelética.
ABSTRACT
ALMEIDA, M. A. A. Cephalometric study of Class II with mandibular
retrognathism treated with Balters’ Bionator and compared with in the same
skeletal maturation. Dissertação (Mestrado em Odontologia) Instituto de
Ciências da Saúde, Universidade Paulista, 2007.
The Bionator of Prof. Wilhem Balters, proposed as a functional facial
orthopedic appliance in the decade of 60, is being used frequently in the
treatment of the Class II division 1
a
, associated to the mandibular
retrognathism. Several studies have been accomplished to evaluate the
orthopedical effects of this appliance, even so controversies remains
regarding diverse outcomes.
Aim of this research was to evaluate the effect of mandibular Class II with the
Balters` Bionator functional facial orthopedic appliance, comparing the results
obtained with a homogeneous control sample and Ricketts growth forecast in
the same stage of cervical vertebral maturation. Sample compounds 33
individuals treated with Bionator and 31 individuals as control group. Nine
linears and three angular cephalometric measurements were used for this
evaluation. The results show statistically significance regarding: the
mandibular length (Co-Pg), the ramus length (XI-DC) and PM vertical
position (FrPl-PM). When the individuals were subdivided according to CVMS
(2-3,3-4), the mandibular length (Co-Pg) showed a tendency to increase,
although not statistically significant. In the treated group, changes in the
mandibular corpus length happened in agreement with the growth forecast,
while the ramus length had a larger annual increment than expected. In the
control group, the ramus length followed the growth forecast and the corpus
length presented smaller increment than expected.
Uniterms: Bionator, Class II, skeletal maturation.
1. INTRODUÇÃO
A prevalência de indivíduos portadores de Classe II, divisão 1
a
, com
retrognatismo mandibular que procuram os ortodontistas, para realizarem
correção deste tipo de -oclusão, é muito elevada (McNamara, 1981,
Moyers; Riolo; Guire, 1980). A má-oclusão de Classe II manifesta-se através
de vários componentes, como a variabilidade da dimensão e posição das
bases ósseas esqueléticas e posição dos dentes em relação às mesmas. O
diagnóstico diferencial da má-oclusão de Classe II, dentária e/ou
esquelética, é extremamente importante para que se possa decidir o plano
de tratamento ortopédico e/ou ortodôntico, mais adequado para a correção
da má-oclusão específica. Quando o diagnóstico indica a necessidade de
tratamento ortopédico, a correção da Classe II será insuperavelmente
melhor corrigida quando realizada durante a fase ascendente da curva de
crescimento (Petrovic, Stutzmann 1993).
A questão principal tem sido a estimativa de idade esperada para o
surto de crescimento pré-puberal, estabelecendo-se o momento ideal para
início do tratamento, pois a idade cronológica não corresponde à idade
esquelética (Fishman, 1979; gg e Taranger 1982). Durante vários anos,
os indicadores mais utilizados para se determinar a idade esquelética de um
indivíduo foram a maturação das características sexuais (Frisancho, Garin e
Rohmann 1969; Hägg e Taranger, 1980), estágios de ossificação da mão e
punho, desenvolvimento dentário (Gandini et al., 1989; Santana,1998) e
estatura (Hunter, 1966; Bjork e Helm, 1967; Camarote, 1996). Mais
recentemente tem-se utilizado a observação das vértebras cervicais para se
determinar a maturidade óssea dos indivíduos, pois existe uma tendência
em minimizar a exposição dos pacientes à radiação ionizante, utilizando-se,
por exemplo, telerradiografia cefalométrica em norma lateral, que é um
exame de rotina para o paciente ortodôntico. Durante o crescimento, uma
série de mudanças relativamente constantes ocorre nos ossos e estas
podem ser observadas radiograficamente.
A avaliação da idade esquelética é essencial para elaboração do
plano de tratamento ortopédico facial, pois existe uma variação individual de
tempo, velocidade e duração de crescimento bastante significante (Hassel e
Farman 1995).
Uma pesquisa realizada com especialistas registrados no Conselho
Federal de Odontologia, para avaliar a aceitação de técnicas ortopédicas,
revelou que 80.21% aceitam a Ortopedia Funcional como técnica utilizada.
Destes, 75,77% utilizam o Bionator para tratamento ortopédico (Souza,
Feres e Petrelli, 2003).
O Bionator de Balters é um aparelho freqüentemente usado no
tratamento das más-oclusões de Classe II esquelética, com retrognatismo
mandibular (McNamara e Brudon, 1995). Ele é definido como um aparelho
ortopédico funcional que estimula o posicionamento anterior da mandíbula
associando efeitos no sentido vertical da face. Existem vários estudos
realizados com o objetivo de avaliar os efeitos dentários e esqueléticos
induzidos por este tipo de aparelho, porém, há controvérsias quanto aos
resultados encontrados (Tulloch, Medland e Tuncay, 1990; Rudzki-Janson e
Noachtar, 1998; Janson, 1977 e 1983; Faltin et al. 2003).
Nesta pesquisa avaliamos o efeito ortopédico da correção da Classe
II, divisão 1
a
, com retrognatismo mandibular, utilizando-se o aparelho
funcional Bionator Base de Balters. Os resultados cefalométricos obtidos
foram comparados com amostra equivalente de Classe II não tratada, no
mesmo estágio de maturação das vértebras cervicais (EMVC) e com os
incrementos anuais de crescimento mandibular, proposto por Ricketts
(1982), a fim de se obter maior acuidade nos resultados.
2. REVISÃO DE LITERATURA
A revisão de literatura foi dividida em três ítens para uma melhor
compreensão dos estudos relacionados. Inicialmente foram descritos os
estudos referentes à determinação da maturação esquelética do indivíduo
em crescimento; a seguir descreveu-se o comportamento do crescimento
mandibular dos indivíduos portadores de má-oclusão de Classe II, divisão 1
a
,
e foram relatados os estudos que investigaram a utilização do aparelho
funcional Bionator como método de tratamento da correção deste tipo de
-oclusão. Por último foram abordados aspectos da previsão de
crescimento facial sem tratamento.
2.1. Determinação da maturação esquelética dos indivíduos em
crescimento.
Em 1972, Lamparski (apud Hassel e Farman 1995) observou as
mudanças no tamanho e forma das vértebras cervicais e as comparou com
as modificações ósseas das estruturas da mão e punho avaliadas pelo
método de Greulich e Pyle (1959). Após suas observações, o autor
descreveu seis estágios de maturação baseados nas alterações
morfológicas das vértebras cervicais (segunda a sexta vértebras). O autor
concluiu, com sua pesquisa, que as mudanças relativas à maturação
esquelética que ocorrem entre a segunda e sexta vértebras cervicais
poderiam ser utilizadas para a avaliação da idade esquelética de um
indivíduo, e que tal avaliação através desse método é estatisticamente válida
e confiável, apresentando o mesmo valor clínico que a avaliação da região
de mão e punho. Os indicadores de maturação das vértebras cervicais
constituem-se desde o início do desenvolvimento de concavidades das
bordas inferiores dos corpos vertebrais e de aumentos sucessivos na altura
vertical total desses corpos, que passam de um formato de cunha, com
declive de posterior para anterior na superfície superior, para, um formato
retangular e posteriormente quadrado, para ao final do desenvolvimento
apresentar uma altura maior que sua largura.
Segundo O'Reilly e Yanniello (1988), a relação de maturação das
vértebras cervicais e mudanças de crescimento mandibular foram avaliadas
em telerradiografias cefalométricas laterais anuais de treze indivíduos
caucasianos do sexo feminino, dos 9 aos 15 anos de idade. Aumentos
estatisticamente significantes no comprimento mandibular, comprimento do
corpo e altura de ramo foram associadas com fases de maturação
específicas das vértebras cervicais.
Em 1991, Hellsing avaliou as medidas de altura e comprimento das
vértebras cervicais em 107 indivíduos aos 8, 11 e 15 anos de idade,
comparando com 22 adultos, para verificar se as dimensões das vértebras
cervicais poderiam estar correlacionadas com estatura nas diferentes
idades. Os resultados deste estudo transversal sugeriram a possibilidade de
uso da altura e comprimento das vértebras cervicais como prognóstico de
crescimento. A vantagem de se utilizar as dimensões das vértebras cervicais
é que este método evita exposição adicional de raios-X, pois as vértebras
estão registradas na telerradiografia cefalométrica em norma lateral.
O método proposto por Lamparski (1972) foi modificado por Hassel e
Farman (1995), através da avaliação de telerradiografias cefalométricas em
norma lateral e radiografias da mão e punho esquerdo de 220 indivíduos
com idade entre 8 e 18 anos. Os autores avaliaram o método de
determinação da maturação esquelética do paciente ortodôntico adolescente
correlacionando a maturação das vértebras cervicais com a maturação
esquelética da mão e punho. Foram determinadas seis fases distintas para
os estágios de maturação das vértebras cervicais: iniciação, aceleração,
maturação, transição, desaceleração e finalização, avaliando-se o processo
odontóide e o corpo das terceira e quarta vértebras cervicais, pois estas
poderiam ser visualizadas mesmo quando o protetor de tireóide era utilizado.
Todas essas fases possuem características próprias relacionadas com o
formato das vértebras que determinam a maturidade esquelética e presença
ou não do potencial de crescimento.
Em 2000, Franchi, Baccetti e McNamara,. realizaram um estudo com
a finalidade de verificar a eficácia da aplicação do método de maturação das
vértebras cervicais na avaliação da maturidade esquelética mandibular. Com
os resultados encontrados os autores concluíram que o método foi eficaz na
avaliação da maturidade esquelética e para identificação do surto puberal de
padrão de crescimento craniofacial individual.
Armond, Castilho e Moraes (2001), efetuaram uma pesquisa com o
objetivo de estimar o crescimento e desenvolvimento esquelético através da
observação radiográfica das alterações morfológicas da primeira, segunda e
terceira vértebras cervicais, de acordo com o método proposto por Hassel e
Farman (1995), em pacientes que se encontravam no surto de crescimento
puberal. A inspeção radiográfica das vértebras cervicais foi realizada por
meio de telerradiografias cefalométricas em norma lateral e o surto de
crescimento puberal foi identificado através dos eventos de ossificação da
mão e punho. Para tanto, foram selecionadas as telerradiografias
cefalométricas e radiografias carpais de 110 brasileiros leucodermas de
ambos os sexos, com idade cronológica variando dos 8 a 14,6 anos para o
sexo feminino e dos 9,5 aos 15,4 anos para o sexo masculino. Houve
correlação estatisticamente significante entre os indicadores de maturação
das vértebras cervicais (EMVC) e aqueles pacientes que se encontravam no
surto de crescimento puberal. Concluiu-se que a avaliação radiográfica das
alterações morfológicas das vértebras cervicais, nas telerradiografias
cefalométricas em norma lateral, constitui um parâmetro alternativo,
confiável e prático na avaliação esquelética, vindo a complementar a gama
de informações que se deve obter do paciente em tratamento ortodôntico e,
circunstancialmente, substituir outros métodos de avaliação.
Em 2002, Baccetti, Franchi e McNamara, com o objetivo de
aperfeiçoar o método de maturação cervical para avaliação do crescimento
mandibular, realizaram um estudo com 30 indivíduos não tratados
ortodonticamente. Foram avaliadas as morfologias do corpo das segunda,
terceira e quarta vértebras cervicais em seis telerradiografias cefalométricas
consecutivas. O novo método proposto pelos autores abrange cinco estágios
maturacionais (EMVC I a EMVC V), com surto de crescimento mandibular
ocorrendo entre os estágios II e III. Este método é particularmente útil
quando a maturidade esquelética deve ser avaliada em uma radiografia na
qual somente são visíveis da segunda a quarta vértebras.
O objetivo do estudo de Grave e Townsend (2003) foi relacionar, em
uma base individual, os estágios de maturação das vértebras cervicais e os
eventos de ossificação da mão e punho, no momento do surto estatural e
crescimento mandibular em um grupo de australianos indígenas. As curvas
de velocidade de estatura e crescimento mandibular foram construídas para
47 indivíduos do sexo masculino e 27 do sexo feminino, e os eventos de
maturação foram traçados nas curvas. Para a maioria das crianças, o pico
de velocidade de crescimento mandibular coincidiu com o pico de velocidade
em estatura. Combinações particulares de mão e punho e eventos de
maturação cervicais aconteceram constantemente antes, durante, ou depois
do pico de crescimento adolescente. Os resultados foram coerentes com as
crianças norte-americanas e os autores acreditam que a avaliação feita
pelos ortodontistas, de uma combinação da avaliação das radiografias da
mão e punho e estágios de maturação das vértebras cervicais, aumentará a
predição do surto de crescimento adolescente e contribuirá assim
positivamente para um controle mais confiável na administração de casos de
Classe de II.
Em 2003, Generoso et al. correlacionaram a maturação das vértebras
cervicais, através da observação dos índices descritos por Lamparski (1972)
e modificados por Hassel e Farman (1995), com a idade cronológica de 380
indivíduos leucodermas, brasileiros, de ambos os sexos, com idade variando
dos 6 aos 16 anos. Os resultados mostraram uma relação direta entre o
aumento da idade cronológica com o aumento do Índice de Maturação das
Vértebras Cervicais, levando-se a concluir que dentro de certos parâmetros
é possível utilizar a observação da idade cronológica para se determinar em
que fase da idade óssea se encontra o indivíduo.
A avaliação radiográfica das alterações morfológicas das vértebras
cervicais, nas telerradiografias cefalométricas em norma lateral, constitui um
parâmetro alternativo e prático na avaliação esquelética, vindo a
complementar a gama de informações que se deve obter do paciente em
tratamento ortodôntico-ortopédico facial, e circunstancialmente substituir
outros métodos de avaliação (Ortolani, 2004).
O estudo longitudinal, realizado por Georgevich (2004), avaliou os
registros de altura corporal, crescimento da maxila, ramo e corpo mandibular
e sua correlação com as alterações morfológicas na ossificação das
vértebras cervicais em 25 crianças brasileiras, por um período médio de 2
anos e 9 meses. O autor conclui que as avaliações de crescimento feitas
pelas alterações morfológicas das vértebras cervicais fornecem informações
válidas para a definição do estágio de crescimento facial em crianças no pico
de crescimento puberal.
Em 2005, Moscatiello propôs correlacionar as alterações morfológicas
das vértebras cervicais C2, C3 e C4 com a idade cronológica e comparar
com a idade esquelética dos ossos da mão e punho, verificando se existiam
diferenças no padrão de crescimento ósseo entre os sexos masculino e
feminino. A amostra foi constituída por 140 pacientes, sendo 74 do sexo
feminino e 66 do masculino, com idade média de 109 meses. As alterações
morfológicas das vértebras cervicais foram analisadas em telerradiografias
cefalométricas em norma lateral, pelo método de Hassel e Farman (1995),
modificado por Baccetti, Franchi e McNamara (2002), com cinco estágios
que se correlacionam com o crescimento puberal. As radiografias da mão e
punho foram realizadas para avaliar os eventos de ossificação por meio do
método de Greulich e Pyle (1959). Na correlação das alterações das
vértebras cervicais com a idade cronológica, verificou-se que a idade
aumenta proporcionalmente em relação aos estágios de maturação das
vértebras cervicais, sendo que a maioria dos pacientes da amostra
encontrou-se no estágio II, considerado o melhor momento para o início da
terapêutica ortodôntico/ortopédica. Na comparação da idade esquelética, o
nível de correlação entre os dois métodos demonstrou que os estágios de
maturação das vértebras cervicais é um método adicional útil e confiável na
determinação do estágio de crescimento facial nos pacientes em
crescimento puberal. O sexo feminino apresentou estágios de crescimento
mais precoce que o masculino, atingindo o início e o final do surto puberal
em idade cronológica inferior.
Em 2005, Santos, Bertoz e Reis, cientes das qualidades advogadas
ao método de determinação da maturação esquelética, proposto por
Lamparski (1972) e modificadas por Hassel e Farman (1995), interessaram-
se em avaliar sua reprodutibilidade com o intuito de divulgá-lo e incorporá-lo
como um elemento no diagnóstico e auxiliar no prognóstico dos tratamentos
das más oclusões. A amostra constou de 100 telerradiografias
cefalométricas em norma lateral de pacientes triados para tratamento
ortodôntico na Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP nos
períodos de 2000 e 2001. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos na
faixa etária de 6 a 16 anos e a média de 9 anos e 7 meses. Três
examinadores devidamente calibrados realizaram a avaliação das
radiografias classificando-as em escores de 1 a 6. Após a análise dos
resultados, os mesmos foram tabulados e submetidos ao coeficiente Kappa
de concordância para avaliação inter e intra-examinador concluindo, dessa
forma, a reprodutibilidade do referido método. O método de determinação da
maturação esquelética por meio das vértebras cervicais mostrou-se
reproduzível na avaliação do estágio em que o indivíduo se encontra na
curva de crescimento.
Em 2005, Baccetti, Franchi e McNamara introduziram uma
modificação adicional na versão do método de maturação das vértebras
cervicais, para detecção do pico de crescimento mandibular. A morfologia
das segunda, terceira e quarta vértebras cervicais foram analisadas em 6
observações cefalométricas consecutivas de 30 indivíduos, não tratados
ortodonticamente. As observações para cada indivíduo consistiram em dois
cefalogramas consecutivos, comparando o intervalo de máximo crescimento
mandibular, juntamente com dois cefalogramas consecutivos prévios e dois
posteriores. O novo aperfeiçoamento do método é compreendido de seis
estágios maturacionais (EMVC 1 a EMVC 6). Os estágios 1 e 2 são estágios
pré-pico; o pico de crescimento mandibular ocorre entre os estágios 3 e 4. O
estágio 5 é o pós-pico; o pico terminou pelo menos um ano antes deste
estágio. O estágio 6 é registrado pelo menos dois anos após o pico. O uso
do método permite ao profissional identificar o período ótimo para o
tratamento de uma série de desarmonias dento esqueléticas nos três planos
do espaço.
2.2. Crescimento mandibular dos indivíduos portadores de má-
oclusão de Classe II e tratamento com Bionator de Balters.
O Bionator do Prof. Wilhem Balters foi colocado em prática como um
aparelho ortopédico funcional na década de 60. É um aparelho bimaxilar,
solto entre as arcadas, com ação de ginástica e treinamento muscular e tem
como papel essencial estimular a mandíbula à posição da mordida funcional,
mantendo-a em sua relação normal com a maxila, com o objetivo de
conseguir que mais tarde, essa posição se converta em habitual, tal como
em seu estado de saúde. O Bionator é somente um mediador, com ação de
ginástica e treinamento muscular, não exerce nenhuma força sobre os
dentes. A mandíbula se adapta a uma nova posição e esta passa a ser sua
posição de repouso (Balters, 1964; Celestin, 1967 e Balters, 1969).
Em 1964, Balters ressaltou ainda a importância da mordida funcional,
como sendo essencial para o posicionamento mandibular e para a obtenção
de espaço bucal ideal.
Ele descreveu os elementos do Bionator e suas funções:
Plano de oclusão - é um plano de acrílico, com orientação paralela
ao plano de Camper. Ele vai orientar os dentes logo após a erupção;
Alça palatina - é colocada na base de acrílico do aparelho, entre a
língua e o palato. Ela serve para a sustentação do corpo do Bionator e
orienta o posicionamento da língua;
Alça vestibular - é formada por duas partes:
- alça labial - estimula o selamento labial,
- alça bucinadora - continuação da alça labial, ocupa o espaço entre a
arcada dentária e o músculo bucinador. Ela vai evitar a interferência dos
tecidos moles das bochechas sobre as arcadas dentárias;
Apoios verticais - asseguram uma fixação permanente da oclusão
funcional. Devem evitar os desvios do maxilar inferior no plano vertical.
Quando reduzidos por meio de fresas, formam-se áreas de deslizamento
para erupção do dente até que o mesmo chegue ao plano de oclusão;
Apoios interproximais - evitam os desvios sagitais antero-posteriores
do Bionator.
De acordo com Balters (1964) e Gysel (1970) existem três tipos de
Bionatores que se destinam à correção das diferentes anomalias
esqueléticas e alterações funcionais:
Tipo I - aparelho básico para o tratamento do retrognatismo
mandibular;
Tipo II - aparelho fechado para a correção das mordidas abertas
com ou sem alterações esqueléticas sagitais;
Tipo III - aparelho inverso para corrigir o prognatismo mandibular.
Em 1981, McNamara realizou um estudo com o propósito de
determinar a freqüência com que aparecem os vários componentes que
identificam a Classe II. Foram avaliadas telerradiografias cefalométricas em
norma lateral, de 277 crianças, 153 do sexo feminino e 124 do sexo
masculino, com idade média de 9 anos. As medidas das estruturas
craniofaciais utilizadas para a avaliação foram divididas em 4 componentes
horizontais e 1 vertical. A combinação dos componentes esqueléticos e
dentários foi realizada e dividida em 10 grupos. O autor concluiu que a má-
oclusão de Classe II não é uma entidade clínica simples, ela pode resultar
da combinação de componentes esqueléticos e dentários. Apenas uma
porcentagem pequena dos casos apresentou protrusão esquelética maxilar
relativa à base do crânio. A retrusão mandibular foi a característica mais
freqüente nesta amostra de Classe II. Somente uma combinação
representou 10% da população avaliada nesta amostra, tal grupo foi
caracterizado por retrusão esquelética mandibular, excesso vertical e
posição neutral dos componentes dentários da maxila e mandíbula.
Em 1981, Petrovic, Stutzmann e Gasson, relataram os resultados de
um estudo experimental em animais, utilizando um hiperpropulsor postural,
com a finalidade de avaliar se o comprimento final da mandíbula era
geneticamente pré-determinado. Os animais foram observados em quatro
fases de crescimento, entre pré-puberdade e puberdade. Os autores
concluíram que os aparelhos ortopédicos funcionais, que alteram a postura
mandibular para uma posição mais anterior, influenciam o crescimento da
cartilagem condilar produzindo também um aumento na quantidade de
crescimento mandibular.
Em 1982, Schulhof e Engel, avaliaram um grupo de pacientes,
portadores de Classe II, divisão 1
a
, com retrognatismo mandibular, tratados
com aparelhos ortopédicos funcionais. O tratamento com Bionator foi
realizado em 33 indivíduos, com idade média de 12.9 meses idade. O tempo
médio de tratamento foi de 1.9 anos. Os traçados laterais compostos foram
feitos em computador, antes do tratamento (T1) e pós-tratamento (T2). A
previsão de crescimento sem tratamento foi comparada com o traçado pós-
tratamento, observou-se no grupo tratado com Bionator um aumento médio
de Ba-Na de aproximadamente 3mm. O aumento médio do comprimento do
corpo mandibular foi de 4mm e do eixo condilar foi de aproximadamente
3mm. Os resultados apóiam a afirmação de que o tratamento com o
aparelho funcional Bionator pode estimular o crescimento mandibular, além
do que normalmente seria esperado. Na comparação de casos não tratados
com casos tratados com Bionator, a relação aumento do comprimento do
corpo/Ba-Na foi de 1/1.43, e aumento do eixo condilar/Ba-Na foi de 0.5/0.92.
No ângulo goníaco houve menos de 1º de mudança de T1 a T2.
Em 1983, Janson avaliou 207 indivíduos com má-oclusão de Classe
II, dos quais 134 foram tratados e 73 permaneceram como controle. O
tratamento foi realizado com Bionator durante o período de 12 a 18 meses. A
avaliação foi realizada por meio de análise de telerradiografias
cefalométricas em norma lateral e radiografias de mão e punho realizadas
ao inicio e ao término do tratamento. Determinou-se a maturidade
esquelética em pré-puberdade e puberdade, e foram determinados também
três tipos faciais (retrognata, prognata e ortognata). Os resultados do estudo
em curto prazo indicam que as mudanças dento alveolares foram mais
acentuadas durante o estágio pré-puberal, enquanto as alterações
esqueléticas, apresentaram magnitude maior durante a puberdade.
Consequentemente, na comparação do grupo Bionator, com o grupo
controle no estágio pré puberal e puberal, pode-se observar que ocorreram
mudanças significantes somente na região dento alveolar. Os autores
concluíram que o tratamento com o aparelho Bionator causou basicamente
adaptação dentoalveolar.
Segundo Faltin Jr (1983), a influência dos aparelhos de Ortopedia
Facial Funcional se estabelece tanto sobre o padrão ósseo, como no
dentário e funcional, na correção de uma anomalia dento-facial. A Ortopedia
Facial Funcional se preocupa com o equilíbrio das estruturas faciais aos
dentes relacionados, para que o equilíbrio final do aparelho mastigatório
possa ser alcançado.
Buschang et al. (1986), avaliaram o crescimento craniofacial de
adolescentes do sexo masculino, dos 11 aos 14 anos de idade, comparando
oclusão normal com má-oclusão de Classe II não tratada. Com os resultados
obtidos concluíram que para a maioria das medidas (80%) não houve
diferença estatisticamente significante entre os indivíduos com oclusão
normal e aqueles com -oclusão de Classe II. O comprimento total
mandibular mostrou diferenças constantes no tamanho médio entre os 2
grupos. No grupo com má-oclusão de Classe II foi observado um
comprimento total mandibular de 2,48mm, significantemente menor, em
relação ao grupo Classe I. Os grupos são comparáveis em velocidade e
aceleração de crescimento, indicando que as diferenças em tamanho são
estabelecidas antes dos 11 anos de idade e permanecem durante a
adolescência.
Em 1986, Bolmgren e Moshiri, pesquisaram 20 indivíduos com má-
oclusão de Classe II, divisão 1
a
, com retrognatismo mandibular, com idade
média de 11.4 meses, tratados com Bionator por um período de 12.7 meses
e complementados com aparelhos ortodônticos fixos, sendo observados
radiograficamente nas duas fases de tratamento. Foram utilizados dois
grupos controles com faixa etária equivalente: o primeiro sem tratamento e o
segundo tratado somente com aparelhos fixos. Houve um aumento
levemente maior no comprimento mandibular (Co-Gn), para o grupo tratado
com Bionator e complementado com aparelhos fixos, de 5,05mm mais
2,77mm respectivamente, quando comparado com grupo controle sem
tratamento, 2,52mm e com o grupo tratado apenas com aparelhos fixos,
4,44mm.
A concepção e o modo de ação do Bionator de Balters foram
descritos por Ortolani-Faltin (1987):
- a bionatorterapia visa a recuperar o equílibrio e a configuração
morfológica harmônica do aparelho estomatognático;
- os dentes, a maxila e a mandíbula são submissos às funções do
espaço bucal, no que se refere ao seu crescimento, alinhamento e relações
mútuas;
- os movimentos referentes às forças que regulam os fluxos presentes
no organismo, como circulação sanguínea e linfática, metabolismo orgânico,
respiração e oxigenação dos tecidos, tornam possível a ação das forças de
crescimento e desenvolvimento;
- a língua é um fator importante para o correto desenvolvimento das
arcadas dentárias. O tratamento com o Bionator objetiva corrigir a má
posição lingual, num espaço bucal ideal;
- o equilíbrio da língua, de um lado, e dos lábios e bochechas, do
outro, é importante para a harmonia das bases ósseas e das arcadas
dentárias;
- um novo padrão funcional ditado pelo aparelho, origina o
desenvolvimento de um novo padrão morfológico correspondente;
- os elementos apresentados pelo Bionator não são ativos e nem
podem ser ativados;
- a base acrílica do Bionator é responsável pela alteração de postura
da mandíbula no sentido anterior e vertical. Ela assegura o maior espaço
bucal possível e permite a correção do plano oclusal funcional;
- a alça palatina exerce um estímulo que provoca mudança de postura
da língua e seu fortalecimento;
- a parte labial da alça vestibular estimula o selamento labial e a parte
bucinadora evita a interferência das bochechas sobre as arcadas dentárias;
- o Bionator colabora na reeducação da fonação, deglutição e
respiração;
- o incentivo através de elogios e visitas constantes são importantes
para se conseguir uma melhor cooperação do paciente e resultados mais
satisfatórios do tratamento;
- a bionatorterapia visa à recuperação física e psíquica do indivíduo
como um todo.
Em 1990, Mamandras e Allen compararam a resposta das alterações
mandibulares de dois grupos tratados com Bionator, comparando com
valores padrões do Centro de Crescimento de Michigan. O grupo que obteve
sucesso de tratamento mostrou um aumento de 3,5mm ou mais de avanço
do pogônio esquelético, enquanto o grupo que respondeu menos ao
tratamento teve um avanço menor que 3 mm em relação ao mesmo ponto. O
grupo que obteve sucesso apresentou um aumento médio significante do
comprimento mandibular de 3,5mm em relação ao grupo não tratado,
enquanto que o outro grupo não mostrou diferença em relação ao grupo não
tratado. Os resultados desse estudo sugerem que indivíduos que possuem
mandíbula pequena (comparadas ao padrão de crescimento), podem obter
mais benefícios da terapia com aparelhos funcionais do que pacientes com
tamanho de mandíbula normal.
No estudo realizado em 1992, Watanabe avaliou 41 jovens brasileiros,
da região de São Paulo-Capital, de grupo racial variado, portadores de-
oclusão de Classe II, divisão 1
a
, com retrognatismo mandibular, de ambos os
sexos, com idade variando entre 7 a 14 anos. A análise de Schwarz
modificada foi utilizada para a avaliação das medidas, após a utilização da
ortopedia funcional dos maxilares, com o Bionator Base de Balters. Os
traçados cefalométricos foram realizados em telerradiografias cefalométricas
em norma lateral, pré e pós-término do tratamento. O tempo de tratamento
compreendeu entre o mínimo 10 meses e o máximo de 24 meses. Com os
resultados obtidos foi possível verificar a efetividade do tratamento, no qual
foi observado um avanço médio da mandíbula de 3,64mm.
Em 1992, França - com o objetivo de verificar os resultados obtidos
com a utilização do aparelho ortopédico funcional, Bionator, no tratamento
da má-oclusão de Classe II, divisão 1
a
de Angle, com retrognatismo
mandibular-analisou, cefalometricamente, 41 casos (classificados pelo tipo
facial), antes, e três anos, em média, após a finalização do tratamento. A
análise dos resultados mostrou que os três tipos faciais (braquifacial,
mesofacial e dolicofacial) reagiram praticamente com a mesma intensidade
ao tratamento. A modificação esquelética mais evidente foi o avanço
mandibular, podendo ser considerado como resultado da eliminação de
fatores que restringiam o crescimento. Com a terapia utilizada, foi possível
conseguir um perfil facial harmônico. Os resultados foram considerados
estáveis, uma vez que a segunda avaliação cefalométrica foi realizada, em
média, três anos após a finalização do tratamento.
Petrovic e Stutzmann (1993), avaliaram indivíduos do sexo masculino,
após 7 ou 8 anos de idade, através da medição da estatura e realização de
cefalogramas em intervalos de 3 meses, comparando com grupo controle.
Os autores construíram uma curva individual do surto de crescimento
puberal e concluíram que o tratamento funcional deve ser realizado durante
a fase ascendente da aceleração de crescimento puberal, pois este é o
período mais favorável para a correção bem sucedida de uma má-oclusão
de Classe II esquelética.
Segundo Kumar, Sidhu e Kharbanda (1996), os efeitos de avanços
progressivos da mandíbula, com terapia de Bionator, foram avaliados em
uma amostra de 24 meninas com idade de 9 a 12 anos, portadoras de má-
oclusão de Classe II, divisão 1
a
, pareadas por idade, severidade de -
oclusão e morfologia craniofacial. A amostra foi dividida em três grupos. Oito
indivíduos do sexo feminino foram submetidos a avanço mandibular em três
fases, enquanto oito foram tratados com um único avanço. Os outros oito
indivíduos do sexo feminino permaneceram como controle e não fizeram
nenhum tratamento. O período total de tratamento/observação foi de 9
meses. Através da análise cefalométrica realizada, concluiu-se que o avanço
mandibular progressivo aumentou favoravelmente as mudanças esquelético-
faciais, principalmente na mandíbula. A correção sagital foi
predominantemente esquelética com avanço programado, enquanto com
avanço único, as mudanças foram esqueléticas e dentárias. O aumento
médio de XI-Pg para o grupo avanço programado foi de 3,81mm, p<0,05 em
relação ao grupo controle.
Em 1996, Kessner realizou um estudo com a finalidade de avaliar o
efeito do tratamento com o aparelho funcional Bionator de Balters sobre a
mandíbula, de 33 indivíduos portadores de má-oclusão de Classe II, div. 1ª,
com retrognatismo mandibular. Foram avaliadas em telerradiografias
cefalométricas, em norma lateral, as variáveis mandibulares XI-PM, XI-DC,
AFP e CF-XI. As diferenças encontradas entre os momentos T1 e T2 foram
comparadas com as respectivas expectativas de incrementos, de acordo
com a previsão de crescimento de Ricketts. O autor conclui com os
resultados obtidos que as variáveis mandibulares apresentaram incrementos
significantes maiores que suas previsões, portanto o recurso de tratamento
estudado foi considerado eficiente na aceleração do crescimento
mandibular.
Segundo, Baccetti et al. (1997) um grupo de 25 indivíduos com -
oclusão de Classe II, sem tratamento na dentição decídua, foi comparado
com um grupo controle de 22 indivíduos sem tratamento com oclusão ideal
na mesma fase de dentição. Os indivíduos foram monitorados durante 2
anos e meio, período de transição da dentição decídua para a mista, durante
o qual nenhum tratamento ortodôntico foi realizado. Todas as características
oclusais da Classe II foram mantidas ou se agravaram durante a transição
para a dentição mista. O padrão esquelético da má-oclusão de Classe II na
dentição decídua foi caracterizado tipicamente por uma retrusão esquelética
mandibular significante e deficiência de tamanho mandibular. Durante o
período examinado, as mudanças cefalométricas consistiram em
incrementos significantemente maiores no crescimento da maxila e
incrementos menores nas dimensões mandibulares na amostra de Classe II.
Além disso, uma maior inclinação para baixo e para trás do eixo condilar
relativo à linha mandibular, com diminuição no ângulo goníaco,
conseqüentemente menor no grupo Classe II, uma indicação de rotação
morfogenética posterior da mandíbula em pacientes com-oclusão de
Classe II, que acontecem durante o período examinado. Os resultados deste
estudo indicam que os sinais clínicos da má-oclusão de Classe II são
evidentes na dentição decídua e persistem na dentição mista.
Tulloch et al (1997) avaliaram o efeito esquelético de dois aparelhos
(extra-bucal e Bionator) que agem de modo contrastante sobre as alterações
de crescimento, comparando com mudanças observadas em um grupo de
pacientes equivalentes sem tratamento. Foram avaliados 166 pacientes, em
dentição mista, durante o período de 15 meses, distribuídos em 3 grupos:
controle, funcional e extra-bucal. No grupo extra-bucal ocorreu restrição do
crescimento anterior da maxila e, no grupo funcional, houve um aumento
maior no comprimento mandibular. O aumento médio anual do comprimento
mandibular foi de 3,69 mm para o grupo funcional, 2,97mm para o grupo
extra-bucal e 2,36mm para o controle. O grupo funcional teve um aumento
estatisticamente significante em relação ao controle, p=0,0001.
Em 1997, Carels, Reychler e Van der Linden estudaram o efeito de
tratamento do aparelho funcional Bionator (tipo 1) em cefalogramas pré e
pós-tratamento de 49 casos de má-oclusão de Classe II, divisão 1
a
, que
apresentavam diferentes tipos de morfologia esquelética craniofacial. Os
indivíduos encontravam-se em fase de dentição mista ou permanente e o
tempo médio de duração do tratamento foi de 1 ano e 7 meses. Depois do
tratamento, uma localização mais ventral significante das estruturas
anteriores da mandíbula foi registrada em comparação com a situação de
pré-tratamento. Houve um aumento estatisticamente significante (p<0,001)
no comprimento da mandíbula. Nenhum efeito absoluto no crescimento da
maxila foi observado. Nenhuma diferença significante foi observada para o
ângulo goníaco e o eixo facial. Em relação aos diferentes tipos de morfologia
esquelética craniofacial, também não foram encontradas diferenças
significantes.
O Bionator é um aparelho ortopédico funcional com ação de
verdadeira ginástica e treinamento muscular. Visa à normalização funcional,
à alteração postural da mandíbula em relação à maxila, devolvendo ao
aparelho estomatognático estímulos normais de crescimento e
desenvolvimento, dando-lhes condições para normalização através de forças
próprias do organismo. A bionatorterapia preocupa-se, portanto, com o
equilíbrio das estruturas faciais aos dentes relacionados, para que o
equilíbrio final do aparelho mastigatório possa ser alcançado (Ortolani-Faltin
e Faltin Jr, 1998).
Em 1998, Rudzki-Janson e Noachtar discutiram a eficiência do
aparelho ortopédico funcional Bionator, avaliando estudos científicos que
utilizaram este tipo de aparelho no tratamento de indivíduos portadores de
-oclusão de Classe II, divisão 1
a
, com retrognatismo mandibular. As
autoras concluíram que os efeitos de tratamento com a utilização do
aparelho Bionator foram primariamente resultados de adaptação dento
alveolares. Esse aparelho não inibiu nem estimulou o crescimento
esquelético, entretanto, se os indivíduos forem apropriadamente
selecionados, utilizando-se um sensível critério de diagnóstico da morfologia
e crescimento facial, o tratamento com Bionator poderia atingir resultados de
estabilidade funcional e estética aceitáveis.
De acordo com Illing, Morris e Lee (1998), um estudo clínico
prospectivo, com uma distribuição aleatória de 47 pacientes adolescentes
em três grupos diferentes de aparelhos funcionais, foi estabelecido e
comparado com um grupo controle sem tratamento por um período de 9
meses. O tratamento foi realizado com aparelho Bionator, Twin Block, ou
Bass. Cefalogramas pré e pós tratamento foram usados para quantificar as
mudanças esqueléticas e de dento alveolares produzidas pelos aparelhos e
comparadas com aquelas observadas no grupo controle como resultado de
crescimento. Os aparelhos Bionator e Twin Block demonstraram um
aumento estatisticamente significante no comprimento mandibular (Co-Gn)
de 3.9 ± 2.7 mm e 3.7 ± 2.1 mm, respectivamente, comparados com o grupo
controle que aumentou 1,3mm (P <0.05), com um movimento anterior de
pogônio e ponto B. Aumentos altamente e estatisticamente significantes (P
<0.01) foram vistos na altura facial inferior para todos os grupos tratados
comparados com o grupo de controle. Clinicamente mudanças importantes
foram observadas em todos os grupos tratados, quando comparados ao
grupo controle. Também foram identificadas diferenças entre os grupos com
aparelhos funcionais. O aparelho Twin Block e o Bionator foram os mais
efetivos na produção de mudanças sagitais e verticais.
Em 1998, Keeling et al. avaliaram as alterações cefalométricas
ântero-posteriores em crianças inscritas em uma pesquisa aleatória
controlada (dirigida) para tratamento em idade jovem da má-oclusão de
Classe II. Crianças com idade de 9.6 ± 0.8, anos ao início do estudo, foram
aleatoriamente destinadas para controle (n = 81), tratamento com Bionator
(n = 78), e Extra-bucal/plano mordida (n = 90). Análise estatística foi usada
para determinar mudanças esqueletéticas anuais, sendo que a primeira
avaliação foi realizada após a obtenção da Classe I, ou 24 meses de
tratamento, a segunda após 6 meses de retenção e a última após 6 meses
sem retenção. Com os dados obtidos os autores concluíram que o Bionator
e extra-bucal reduziram as discrepâncias das bases apicais. No grupo
Bionator, a correção esquelética da Classe II foi estatisticamente
significante, comparada ao grupo controle com relação as medidas
mandibulares, no qual foi encontrado um aumento de 2,35mm/ano para o
grupo Bionator e 1,6mm/ano para o controle. As mudanças esqueléticas
atribuídas fortemente ao aumento do crescimento mandibular em ambos
grupos, Bionator e extra-bucal, permaneceram estáveis após um ano do final
do tratamento.
Em 1999, Freitas e Vigorito avaliaram os efeitos do aparelho Bionator
de Balters, durante 18 meses, em 16 pacientes do sexo feminino, na faixa
etária entre 7 anos e 10 meses e 10 anos e 2 meses de idade, que
apresentavam má-oclusão de Classe II, divisão 1
a
, com retrognatismo
mandibular. Após a análise dos resultados, concluíram que o Bionator de
Balters aumentou significativamente o comprimento efetivo da mandíbula,
sem rotação mandibular com o tratamento, não houve associação linear
entre o comprimento mandibular e o grau do tipo facial. Quanto maior a
altura facial anterior inferior (AFAI) inicial, menor o aumento do comprimento
mandibular e quanto menor a AFAI inicial, maior o aumento do comprimento
mandibular; quanto menor a altura facial posterior (AFP) inicial, menor o
aumento do comprimento mandibular e quanto maior a AFP inicial, maior o
aumento do comprimento.
Segundo Almeida et al. 2000, as alterações cefalométricas em jovens
com má-oclusão de Classe II, tratados com Bionator de Balters, foram
observadas e comparadas com grupo controle. Para tanto foram utilizados
44 indivíduos divididos em dois grupos. O grupo 1 foi mantido como controle,
apresentando idade média inicial de oito anos e sete meses. O grupo 2
recebeu tratamento por meio do Bionator de Balters, com idade média inicial
de dez anos e oito meses. Para cada jovem foram utilizadas duas
telerradiografias cefalométricas em norma lateral, obtidas ao início e ao final
do período de acompanhamento. O grupo controle foi acompanhado por um
ano e um mês, enquanto o grupo tratado foi acompanhado por um ano e três
meses. Os resultados dispostos de uma forma geral demonstraram que o
Bionator de Balters produziu aumentos significativos no comprimento total e
no corpo da mandíbula. O aumento efetivo do comprimento mandibular foi
de 3,06mm no grupo controle e 5,85mm no grupo tratado. No sentido vertical
da face, a altura facial posterior apresentou um aumento significante em
decorrência do uso do Bionator. Houve uma inclinação para lingual e
retrusão dos incisivos superiores e inclinação para vestibular e protrusão dos
inferiores no grupo experimental. Os molares inferiores apresentaram uma
extrusão significante, enquanto os superiores não sofreram alteração no
sentido vertical. A partir dos resultados dessa pesquisa, conclui-se que os
maiores efeitos do Bionator de Balters, durante o período avaliado, foram
dento-alveolares, com menores efeitos esqueléticos. Não houve dimorfismo
sexual entre os grupos.
Em 2000, Bigliazzi, Faltin Jr. e Kessner utilizaram a análise das
contrapartes de Enlow, com a finalidade de avaliar as alterações anatômicas
e morfológicas do tratamento, em curto prazo, com o Bionator de Balters em
pacientes portadores de más-oclusões de Classe II, divisão 1
ª
, com
retrognatismo mandibular. A amostra constou de 35 indivíduos, sendo 23 do
sexo feminino e 12 do sexo masculino, com média de idade de 9 anos e
tempo médio de controle radiográfico de 20 meses. Foram verificadas quais
relações anatômicas responderam ao tratamento com o Bionator de Balters
e quais permaneceram inalteradas. Os autores concluíram que o
alinhamento do ramo, alinhamento corpo-oclusal, largura Ra/FCM e o ângulo
goníaco permaneceram inalterados durante o período de tratamento com
Bionator de Balters. Responderam, significantemente, no sentido de reduzir
a retrusão mandibular o efeito agregado FCM.A/Ra.B, efeito agregado
FCM.PrS/Ra.Id, maxila A/mandíbula B, maxila PrS/mandíbula Id e a Curva
de Spee. Em seguida verificou-se a ocorrência de diferentes respostas ao
tratamento, segundo variações das características morfológicas dos
pacientes ao início do tratamento. A análise estatística revelou que os
pacientes do Grupo B (projeção ortogonal do ponto B perpendicularmente ao
plano oclusal funcional à frente da projeção do ponto A) apresentaram uma
menor resposta ao tratamento com o Bionator de Balters que os pacientes
do Grupo A (projeção ortogonal do ponto A perpendicularmente ao plano
oclusal funcional à frente da projeção do ponto B), o que pareceu estar
relacionado ao fato de esses pacientes já apresentarem, em suas
características morfológicas, um maior número de correlações sinérgicas
para a redução da retrusão mandibular.
Collett 2000 relatou que o conceito do modo de ação dos aparelhos
funcionais, particularmente em relação ao estímulo de crescimento
mandibular, é um assunto que apresenta controvérsia. Muitos dos estudos a
respeito dos efeitos de crescimento dos aparelhos funcionais têm sido
caracterizados por metodologia pobre. Segundo o autor, com base nas
evidencias existentes, não se pode concluir que os aparelhos funcionais são
efetivos no aumento do crescimento mandibular. Embora, alterações
favoráveis de crescimento tenham sido relatadas, na primeira fase de
tratamento, elas geralmente não parecem ser estáveis em longo prazo.
Informações positivas quanto ao estímulo de crescimento com aparelhos
funcionais mostram pouco posicionamento para anterior do mento, e as
mudanças esqueléticas modestas recidivam com o tempo.
Os efeitos de tratamento em longo prazo e melhor época para intervir
na correção da Classe II, com o aparelho Bionator, foram estudados por
Faltin Jr et al. (2003). A amostra tratada foi dividida em 2 grupos de acordo
com a maturidade esquelética, avaliada pela maturação das vértebras
cervicais. Os resultados foram comparados com grupo controle não tratado.
Conclui-se que o protocolo de tratamento mais efetivo e estável ocorre
quando os indivíduos são tratados durante o surto de crescimento puberal.
Em longo prazo há uma quantidade suplementar significante de
alongamento mandibular nos indivíduos tratados durante o pico puberal, com
5 mm a mais do que no grupo controle. Houve um aumento significante da
altura do ramo mandibular.
Em 2004, Araújo, Buschang e Melo descreveram o crescimento
condilar e as mudanças de remodelação mandibular associadas com terapia
de Bionator. Vinte e cinco pacientes (15 masculinos e 10 femininos) entre
6.9 e 11.2 anos de idade com -oclusão de Classe II, divisão 1
a
, foram
distribuídos aleatoriamente em um grupo controle (n = 11) ou tratado (n = 14;
Bionator) e acompanhados durante aproximadamente 1 ano. O tratamento
consistiu apenas de um Bionator, construído com 2 mm de afastamento da
face vestibular e posicionamento mandibular em uma relação topo a topo de
incisivos. O uso de implantes metálicos para superposição, crescimento
mandibular, deslocamento e rotação verdadeira foram avaliados
cefalometricamente. Os resultados mostraram mudanças significantes na
direção (mais posterior), mas não na quantidade total de crescimento
condilar. O aparelho Bionator produziu alterações maiores que o esperado
no sentido posterior dos pontos de referência nas regiões condilar e gonial.
As superposições da base do crânio mostraram deslocamento mandibular
anterior maior que o esperado, porém pouca ou nenhuma rotação anterior
mandibular verdadeira com o uso do Bionator. O aparelho Bionator produziu
mudanças na direção de crescimento condilar e remodelações associadas
com rotação e deslocamento mandibular.
Almeida et al. 2004, avaliaram as alterações cefalométricas em jovens
com má-oclusão de Classe II tratados com Bionator de Balters e
compararam com grupo controle. Para tanto foram utilizados 44 indivíduos,
divididos em dois grupos, pareados quanto ao tempo de observação. O
grupo 1 foi mantido como controle, com idade média inicial de oito anos e
sete meses, e acompanhado por um período médio de um ano e um mês. O
grupo 2 recebeu tratamento por meio do Bionator de Balters, com idade
média inicial de dez anos e oito meses, e acompanhado por um período
médio de um ano e quatro mês. Para cada jovem foram utilizadas duas
telerradiografias cefalométricas em norma lateral, obtidas ao início e ao final
do período de acompanhamento. Para conduzir uma comparação direta e
significativa, todos os incrementos cefalométricos do grupo tratado foram
ajustados para o intervalo de tempo do grupo controle, o seja, treze meses.
Os autores concluíram que o grupo tratado com Bionator de Balters
comparado com grupo controle, apresentou um aumento adicional,
estatisticamente significante no comprimento mandibular de 1,7mm. O
padrão de crescimento craniofacial não sofreu alterações estatisticamente
significantes. A correção da má-oclusão de Classe II com Bionator foi
alcançada não apenas por uma combinação de efeitos esqueléticos, como
também por mudanças dento alveolares significantes.
Em 2006, Cozza et al., com o objetivo de realizar uma revisão
sistemática da literatura para avaliar a evidência científica na eficiência de
aparelhos funcionais, aumentando o crescimento mandibular em indivíduos
portadores de Classe II, realizaram uma pesquisa de literatura aplicando o
banco de dados de Medline (Entrez PubMed). A pesquisa compreendeu o
período de janeiro de 1966 a janeiro de 2005 e usou os títulos de assunto
médicos (MeSH)). Os seguintes tipos de estudos que informaram dados de
efeitos de tratamento foram incluídos: estudos clínicos aleatórios (RCTs), e
estudos clínicos controlados longitudinais prospectivos e retrospectivos
(CCTs), com controles de Classe II sem tratamento. A estratégia de procura
resultou em 704 artigos. Depois de seleção, de acordo com o critério de
inclusão/exclusão, 22 artigos foram qualificados para a análise final. Foram
acessados quatro RCTs e 18 CCTs. Os padrões de qualidade desses
estudos variaram de baixo (3 estudos) para médio/elevado (6 estudos). Dois-
terços da amostra dos 22 estudos relataram um alongamento adicional
clinicamente significante no comprimento total da mandíbula, (uma mudança
maior que 2.0 mm no grupo tratado comparado com o grupo sem
tratamento), como resultado de tratamento ativo total com aparelhos
funcionais. A quantidade de crescimento mandibular adicional parece ser
significativamente maior se o tratamento funcional for realizado durante o
surto puberal de maturação esquelética. Nenhum dos 4 RCTs informou um
mudança clinicamente significante no comprimento mandibular induzido por
aparelhos funcionais; 3 do 4 RCTs trataram indivíduos em uma fase pré-
puberal de maturidade esquelética. O aparelho de Herbst mostrou o
coeficiente de eficiência mais alto (0.28 mm por mês), seguido pelo Twin-
Block (0.23 mm por mês), enquanto que o aparelho Bionator apresentou
(0.16 mm por mês).
Segundo Melo et al. (2006), o trabalho teve como ojetivo o julgamento
descritivo dos efeitos do Bionator no tratamento da má-oclusão Classe II,
divisão 1
a
, na presença de retrusão mandibular ou deficiência do
crescimento mandibular. Foram apresentados os resultados do tratamento
em três indivíduos que foram acompanhados sem tratamento por um
período de um ano e, posteriormente, tratados com o Bionator por um
período de dois anos. Em todos os indivíduos foram inseridos implantes
metálicos que serviram como referência para as sobreposições dos traçados
cefalométricos que, em conjunto a algumas medidas cefalométricas
tradicionais, geraram dados para a avaliação do efeito ortopédico e
ortodôntico do tratamento da má-oclusão Classe II com este aparelho. Os
autores concluíram, com os resultados obtidos, uma restrição do
crescimento da maxila e um estímulo do crescimento da mandíbula, assim
como alteração na direção do crescimento condilar.
2.3. Previsão de crescimento mandibular
Em 1957, Ricketts publicou seu primeiro artigo, em que considerou a
possibilidade de se fazer uma estimativa do crescimento facial futuro,
baseando-se na telerradiografia cefalométrica em norma lateral do indivíduo.
Ao estudar 50 casos clínicos com má-oclusão de Classe II, tratados com
mesma terapêutica, o autor verificou que o resultado de tratamento havia
sido bastante diferente entre os indivíduos. Três fatores foram então
considerados para explicar essas diferenças: o primeiro fator se referia às
mudanças ocorridas na base craniana, entre os pontos Násio (Na), Sela (Se)
esio (Ba) durante o tratamento; o segundo fator se relacionava à posição
do côndilo antes e após o tratamento; o terceiro fator, mais importante, seria
segundo o autor, a quantidade e direção do crescimento condilar.
Em 1960, Ricketts ampliou suas pesquisas sobre crescimento facial e
sobre métodos de previsão de crescimento. Foram avaliados 1000 casos
clínicos em um estudo longitudinal por faixa etária, divididos em 5 grupos:
Classe I, Classe II não tratada, Classe II tratada (AEB, elásticos
intermaxilares, combinação de ambos). O autor pôde então estabelecer
médias de variação para medidas cefalométricas, definindo um método de
previsão de crescimento denominado síntese cefalométrica. Tal método
consistia no planejamento e projeção de tratamento ortodôntico para ser
usado em previsões de um, dois e três anos, que seria o tempo médio para
se obter os resultados da conduta terapêutica, levando-se em consideração
o crescimento.
Segundo Ricketts (1971), o módulo de crescimento foi definido como
um procedimento operacional que define a quantidade média anual de
crescimento a ser projetada para cada estrutura na previsão de crescimento.
Esses módulos devem ser aplicados como constantes matemáticas à
previsão de crescimento dependendo da abrangência da previsão e de
acordo com o sexo, a idade, raça e o estágio de maturação biológica do
indivíduo.
Apesar da existência de diferenças individuais nas alterações de
crescimento em relação às diferentes estruturas craniofaciais, pode ser feito
um gráfico ou curva de crescimento com os valores médios representativos
dessas variáveis, o qual serve para a descrição do crescimento de tais
grupos (Ricketts, 1982).
O autor define ainda os valores médios anuais esperados para cada
estrutura facial. Esses valores devem ser aplicados em uma previsão de
crescimento da seguinte maneira:
- distância Básio-sio (Ba-Na): aumento de 0,7mm/ano em Ba e
0,8mm/ano em Na;
- o eixo condilar (XI-DC): aumento de 0,8mm/ano em Xi;
- o eixo do corpo mandibular (XI-PM): aumento de 1,6mm/ano, no
ponto da protuberância mentoniana (PM).
3. PROPOSIÇÃO
Este trabalho tem como objetivo geral:
1 - avaliar o efeito da correção da Classe II com retrognatismo
mandibular, utilizando-se o aparelho funcional Bionator Base de Balters e
comparar com amostra equivalente de Classe II não tratada.
2 avaliar dimorfismo sexual entre os grupos nas grandezas
cefalométricas estudadas.
E como objetivo específico:
1 avaliar as alterações anualizadas das grandezas cefalométricas
para os grupos estudados.
2 - comparar as diferenças médias anuais do grupo tratado com
amostra equivalente de Classe II não tratada, nos mesmos EMVC.
3 - comparar as diferenças médias anuais do grupo tratado e não
tratado, com a previsão de crescimento mandibular de Ricketts (1982),
utilizando-se os módulos anuais de crescimento mandibular.
4. MATERIAL E MÉTODO
4.1. Amostra
Para este estudo longitudinal retrospectivo foram utilizadas
telerradiografias cefalométricas em norma lateral de 64 indivíduos
portadores de má-oclusão de Classe II, divisão 1
a
, com retrognatismo
mandibular.
A amostra foi dividida em 2 grupos: 33 indivíduos do GT com aparelho
ortopédico funcional Bionator Base de Balters, deles 16 são do sexo
masculino e 17 do sexo feminino, e 31 indivíduos do GC não tratado, 17 são
do sexo masculino e 14 do sexo feminino.
A média de idade para o GC no início do estudo foi de 9.8 anos, com
variação de 6.3 a 14.8 anos e, para o GT, a média de idade foi de 10.2 anos,
com mínimo de 8.1 e máximo de 12.2 anos.
As radiografias do GT foram selecionadas do arquivo do consultório
particular do Prof. Dr. Kurt Faltin Júnior, situado na cidade de São Paulo. As
radiografias do GC foram selecionadas a partir de 3 fontes: uma parte foi
doada pela Profa. Dra. Ingrid Rudzki-Janson da Universidade de München, a
outra foi selecionada do arquivo do consultório particular do Prof. Dr. Carlos
Jorge Vogel e as demais do arquivo da clínica de s-graduação em
Ortodontia-Ortopedia Facial da Universidade Paulista.
Os dois grupos foram pareados quanto ao EMVC, para que pudessem
ser avaliados no mesmo período de crescimento. Assim, os indivíduos que
constituíram a amostra total foram classificados no início do estudo em
estágio 2 (14 indivíduos do GC e 17 do GT) e estágio 3 (17 indivíduos do GC
e 16 do GT).
O tempo médio de observação do GC variou de 11 a 49 meses, com
uma média de 21 meses. O tempo de tratamento do GT com aparelho
ortopédico funcional Bionator de Balters foi em média de 20 meses, variando
de 11 a 34 meses.
4.2. Material
O material utilizado para este estudo incluiu 66 telerradiografias
cefalométricas em norma lateral para avaliação das alterações mandibulares
decorrentes do tratamento da -oclusão de Classe II, com retrognatismo
mandibular, utilizando-se o aparelho funcional Bionator de Balters. Essas
alterações foram comparadas com as alterações mandibulares encontradas
em 62 radiografias, de um grupo controle equivalente e não tratado.
O material utilizado para realização dos traçados cefalométricos foi
constituído por:
- Papel Ultraphan da marca dentaurum.
- Fita adesiva da marca 3M.
- Negatoscópio com intensidade de luz variável.
- Papel cartão de cor preta.
- Lapiseira com grafite de diâmetro 0,5mm.
- Borracha.
- Template de Ricketts da marca Trident.
- Régua Cephalometric Protractor da marca Unitek Corporation
designed by Dr. A.T. Baum.
- Paquímetro eletrônico digital, com precisão de 0.01mm, Mitutoyo
(U.K.) Ltd. Digimatic, modelo CD 15D.
4.3. Método
4.3.1. Método para obtenção das telerradiografias cefalométricas em
norma lateral.
Os indivíduos possuíam telerradiografias realizadas no início do
tratamento GT e início do intervalo de observação GC, denominado
momento T1, e ao final do tratamento ou final do período de observação,
momento T2.
As telerradiografias cefalométricas em norma lateral do GT foram
realizadas no mesmo aparelho de Raio X, tipo Esfera II, da marca Siemens
com fatores de exposição de 75 Kwp e 12 mA, e tempo de exposição fixado
em 1,5 segundos. Foi utilizado um cefalostato do tipo Bauer, com chassi fixo
acoplado paralelamente ao plano sagital mediano, a uma distância fixa e
padronizada de 1,56 metros, da fonte de radiação ao filme. O
posicionamento da cabeça dos indivíduos seguiu a orientação do plano de
Camper, paralelo ao plano horizontal. Utilizaram-se filmes da marca Kodak
T-MAT-G com dimensão de 18 cm x 24 cm, com longo eixo no sentido
horizontal, contidos em chassi X-Omatic Lanex Regulador da Kodak, com
echram intensificador ultra-pido e filtro de alumínio justaposto para
identificação do tecido mole. O índice de magnificação da amostra foi de
10,04%.
Para a revelação dos filmes foi utilizada uma máquina processadora
automática da marca Gendex-GXP, modelo 110-0096G-1.
4.3.2. Critérios para inclusão na amostra
Os critérios para inclusão na amostra foram de indivíduos em fase de
dentição mista tardia e permanente jovem, leucodermas, portadores de má-
oclusão de Classe II, com retrognatismo mandibular, que se encontravam na
fase de pré-pico e pico de crescimento puberal.
Os indivíduos apresentavam telerradiografias cefalométricas em
norma lateral com bom contraste e visualização adequada das estruturas
anatômicas avaliadas, assim como da segunda (C2), terceira (C3) e quarta
(C4) vértebras cervicais, e ausência de anormalidades na coluna vertebral.
O aparelho ortopédico funcional Bionator Base, proposto por Balters
(1964), foi o único aparelho utilizado durante o período de tratamento
avaliado. Previamente à colocação do Bionator, as dimensões transversas
dos arcos dentários, superior e inferior foram avaliadas, pois deveriam estar
compatíveis, caso contrário uma adequação preliminar dessas dimensões
deveria ser realizada, por meio de expansão da arcada superior. Esta
expansão tinha como objetivo o destravamento da oclusão, permitindo o
avanço mandibular com contato adequado dos dentes antagonistas.
O sucesso de tratamento não foi critério utilizado para inclusão dos
indivíduos na amostra, portanto foram selecionados os casos tratados
consecutivamente independentes do resultado clínico obtido.
Os controles radiográficos foram realizados por um período de até 3
meses, antes ou depois da colocação e remoção do aparelho ortopédico
funcional Bionator.
De acordo com esses critérios, de um total de 500 fichas clínicas de
indivíduos tratados consecutivamente, foram selecionados 33 indivíduos,
que constituíram a parte da amostra do grupo tratado. Quanto ao grupo
controle de um total de 422 telerradiografias em norma lateral de 142
indivíduos com má-oclusão de Classe II, foram selecionados para constituir
a amostra apenas 31 indivíduos.
A. Diagnóstico da Classe II com retrognatismo mandibular
O diagnóstico da Classe II com retrognatismo mandibular foi realizado
através da elaboração do traçado cefalométrico de Schwarz, modificado por
Faltin Jr (1998).
Essa análise permitiu a avaliação individualizada da posição
adequada da mandíbula em relação à maxila, e desta em relação à base do
crânio, utilizando-se o cálculo do ângulo deve (2), da seguinte maneira
(figura1):
- mensuração do ângulo basal (1) - ângulo formado pelo plano
palatino com o plano mandibular, e do ângulo formado pelo plano palatino
com a linha A-PM (2),
- um ângulo basal de 20º, corresponde a um ângulo do plano palatino
com a linha A-PM de 90º, para um posicionamento adequado da mandíbula
em relação à maxila,
- o ângulo basal não tem padrão de normalidade, a cada variação de
10º do ângulo basal tem-se uma variação de 7º no ângulo do plano palatino
com a linha A-PM, assim tem-se o cálculo do ângulo deve em função do
ângulo basal medido,
- o ângulo deve calculado para cada indivíduo será transferido para o
traçado, desenhando-se uma nova linha A-PM, determinando-se onde
deveria estar posicionada a mandíbula,
- através da nova linha A-PM, será traçada uma perpendicular em
direção ao ponto PM, que irá determinar a distância em mm, onde deveria
estar posicionada a mandíbula,
- estabelecer diagnóstico diferencial da Classe II esquelética com
prognatismo maxilar ou retrognatismo mandibular, utilizando-se a medida do
ângulo Ba.Na.A, com valor médio de 62º +/- 3º, para avaliar a posição
antero-posterior da maxila,
- o indivíduo será classificado como portador de Classe II com
retrognatismo mandibular, quando a distância em mm do PM à nova linha A-
PM for menor ou igual a -3,0 mm.
1
2
3
Base da maxila
Plano mandibular
PM
A
1
2
3
Base da maxila
Plano mandibular
PM
A
Figura 1 Traçado cefalométrico de Schwarz modificado por Faltin,
(Faltin Jr, 1998).
B. Tratamento com aparelho Bionator Base de Balters
O Bionator Base foi o aparelho ortopédico funcional utilizado no nosso
estudo para a correção da Classe II, com retrognatismo mandibular. É um
aparelho totalmente passivo, sem a presença de elementos mecânicos,
composto por uma estrutura em acrílico bimaxilar responsável pela alteração
de postura da mandíbula no sentido anterior e vertical, com ação de
verdadeira ginástica e treinamento muscular; assegura o maior espaço bucal
possível e permite a correção do plano oclusal funcional. As alças metálicas
presentes nunca devem ser ativadas e é isento de planos inclinados de
acrílico, recobrindo os dentes (figuras 2, 3a e 3b).
Os indivíduos usaram um ou mais aparelhos, dependendo da
quantidade de avanço mandibular necessária, ou seja, se houvesse
necessidade de um avanço maior que 4 mm, este deveria se realizado em
duas ou mais fases.
Os indivíduos foram orientados para durante as primeiras semanas
aumentarem gradativamente o tempo de uso, ou seja, 4 horas na primeira
semana, 8 horas na segunda, o dia todo na terceira, e na quarta semana
período integral, totalizando aproximadamente 20 horas de uso diário. Os
controles clínicos foram agendados para serem realizados uma vez por mês.
O aparelho deveria ser removido apenas para as refeições, aula de
línguas e para prática de determinados esportes. Foi salientada a
importância do selamento labial, com a finalidade de se obter equilíbrio
muscular.
Os aparelhos foram todos confeccionados por um único técnico,
seguindo as normas para confecção descritas por Celestin (1967), Balters
(1969) e Gysel (1970), (figura 3a e 3b).
AV (B)
AV (B)
AV (L)
PO
AP
A
Figura 2 - O aparelho Bionator Base de Balters e seus elementos: A
acrílico, AP - alça palatina, AV(B) - alça vestibular (parte bucinadora ), AV(L)
- alça vestibular (parte labial), PO - plano oclusal, 1- apoios verticais, 2-
liberação total para crescimento vertical do processo dentoalveolar, 3-
liberação para crescimento vertical do processo dentoalveolar até o plano
oclusal, 4- apoios interproximais, (Gysel, 1970).
Figura 3a e 3b Aparelho ortopédico funcional Bionator Base de
Balters, vista oclusal superior (a) e vista oclusal inferior (b).
C. Avaliação do estágio de crescimento esquelético, pelo método
de maturação das vértebras cervicais.
Os indivíduos de ambos os grupos GT e GC foram classificados
quanto aos estágios individuais de maturidade esquelética, através do
método de maturação das vértebras cervicais ao início do tratamento. Esse
método foi desenvolvido por Lamparski (1972) e modificado por Baccetti,
Franchi e McNamara (2005).
Para o estudo foram selecionados apenas indivíduos pertencentes
aos estágios 2 ou 3 em T1 e 3 ou 4 em T2, ou seja, aqueles que estavam no
estágio 2 em T1, deveriam estar no estágio 3 em T2, e aqueles que se
encontravam no estágio 3 em T1, deveriam estar no estágio 4 em T2, pois
esse período é o que compreende o surto de crescimento mandibular,
período mais favorável para a resposta tecidual frente à terapia ortopédica
facial (Faltin et al., 2003; Cozza et al. 2006).
A avaliação dos estágios individuais de maturidade esquelética foi
efetuada pelo método visual, por observação direta das vértebras cervicais,
e também através da realização de traçado do contorno anatômico das
vértebras C2, C3 e C4 (figuras 4a e 4b).
Figura 4a e 4b Segunda, terceira e quarta vértebras cervicais
(C2,C3,C4), (a) visualização na telerradiografia cefalométrica em norma
lateral, (b) representação esquemática do desenho do contorno anatômico.
O método de maturação das vértebras cervicais é composto por seis
estágios de desenvolvimento vertebral cervical (EMVC1, EMVC2, EMVC3,
EMVC4, EMVC5 e EMVC6), de acordo com diferentes combinações das
características morfológicas das vértebras cervicais C2, C3 e C4. O corpo
das vértebras C3 e C4 podem variar de acordo com sua forma em
trapezoidal, retangular horizontal, quadrado ou retangular vertical (figuras 5 e
6)
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 5 Variação anatômica do corpo das vértebras cervicais C3 e
C4, (a) trapezoidal, (b) retangular horizontal, (c) quadrada, (d) retangular
vertical.
Figura 6 Método de maturação das vértebras cervicais, proposto por
Lamparski (1972) e modificado por, Baccetti, Franchi e McNamara (2005).
Estágio de maturação das vértebras cervicais 1 (EMVC1): a borda
inferior das três vértebras (C2,C3,C4) é plana. Os corpos de ambas, C3 e
C4, são em forma trapezóide (a borda superior do corpo vertebral está
afilada de posterior para anterior). O pico de crescimento mandibular
acontecerá em média dois anos depois deste estágio (figura 7).
Estágio de maturação das vértebras cervicais 2 (EMVC 2): presença
de concavidade na borda inferior da C2. Os corpos de C3 e C4 ainda têm
forma trapezóide. O pico de crescimento mandibular acontecerá em média 1
ano depois desse estágio (figura 8).
Estágio de maturação das vértebras cervicais 3 (EMVC 3): presença
de concavidades nas bordas inferiores das vértebras C2 e C3. Os corpos
das vértebras C3 e C4 podem apresentar forma trapezóide ou retangular
horizontal. O pico de crescimento mandibular ocorrerá durante esse estágio
(figura 9).
Estágio de maturação das vértebras cervicais 4 (EMVC 4): presença
de concavidades nas bordas inferiores das vértebras C2, C3 e C4. Os
corpos de C3 e C4 m forma retangular horizontal. O pico de crescimento
mandibular ocorreu entre um ou dois anos antes desse estágio (figura 10).
Estágio de maturação das vértebras cervicais 5 (EMVC 5):
concavidades nas bordas inferiores de C2, C3, e C4 ainda são evidentes.
Pelo menos um dos corpos de C3 e C4 tem forma quadrada. Se não
quadrada, o corpo da outra vértebra cervical ainda é retangular horizontal. O
pico de crescimento mandibular terminou pelo menos um ano antes dessa
fase (figura 11).
Estágio de maturação das vértebras cervicais 6 (EMVC 6):
concavidades nas bordas inferiores de C2, C3, e C4 ainda são evidentes.
Pelo menos um dos corpos de C3 e C4 tem forma retangular vertical. Se não
retangular vertical, o corpo da outra vértebra cervical é quadrado. O pico de
crescimento mandibular aconteceu não mais do que dois anos antes desta
fase (figura 12) .
Figura 7 Estágio de desenvolvimento
vertebral cervical, EMVC 1.
Figura 8 Estágio de desenvolvimento
vertebral cervical, EMVC 2.
Figura 9 Estágio de desenvolvimento
vertebral cervical, EMVC 3.
Figura 10 Estágio de desenvolvimento
vertebral cervical, EMVC 4.
Figura 11 Estágio de desenvolvimento
vertebral cervical, EMVC 5.
Figura 12 Estágio de desenvolvimento
vertebral cervical, EMVC 6.
4.3.3. Pontos cefalométricos utilizados para elaboração dos traçados.
72
A elaboração dos traçados cefalométricos foi realizada utilizando-se
os pontos cranianos descritos a seguir, de acordo com as normas e padrão
de abreviação proposto por Borbolla et. al.
*
(figura 13).
sio (Ba) - Ponto mais inferior do osso Occipital, localizado na
margem anterior do foramen Magnum, representa o limite posterior da base
do crânio.
sio (Na) Ponto mais anterior da sutura fronto-nasal, representa o
limite anterior da base do crânio.
rio (Po) Ponto localizado na parte mais superior do meato
acústico externo, representa a referência posterior do Plano de Frankfurt.
Orbital (Or) Ponto localizado na parte mais inferior da borda externa
da Cavidade Orbitária representa a referência anterior do Plano de Frankfurt.
Pterigoídeo (Pt) Intersecção do bordo inferior do foramen redondo
com a parede posterior da fissura ptérido maxilar.
*
BORBOLLA, R.R.; FALTIN JR., K.; COSTA, C.; KAMITSUJI, I.K.N.; RODRIGUES, C.P.F.; SANTOS, R.R.
Normatização e padronização da localização e abreviação dos pontos cefalométricos utilizados nas análises
cefalométricas em norma lateral de Ricketts e Schwarz-Faltin. (aguardando aprovação para publicação).
73
Condílio (Co) Ponto mais superior posterior da cabeça da
mandíbula.
Condílio posterior (Co p) Ponto localizado no contato superior da
tangente ao bordo posterior do ramo ascendente da mandíbula.
Ponto DC (DC) Ponto cefalométrico representando o centro da
cabeça da mandíbula determinado sobre a linha Ba-Na, representa a
referência superior do eixo condilar.
Ponto XI (XI) Ponto localizado no centro geométrico do ramo
ascendente da mandíbula, forma a referência posterior e inferior dos eixos
internos da mandíbula. A localização do Xi é feita geometricamente ao Plano
Horizontal de Frankfurt e a uma perpendicular através do Pt.
Gônio posterior (Go p) Ponto localizado no contato inferior da
tangente ao bordo posterior do ramo ascendente da mandíbula.
Gônio inferior (Go i) Ponto localizado na tangente mais inferior do
ângulo goníaco.
Gônio anatômico (Go) Ponto localizado na bissetriz da intersecção
da linha que conecta o ponto mais distal do Côndilo (Co p) ao bordo distal do
ramo ascendente (Go p) com a linha da base da mandíbula que conecta o
ponto mais inferior da sínfise mandibular (Me) ao ponto mais inferior do
ângulo goníaco (Go i).
74
Protuberância Mentoniana (PM) Ponto localizado onde a curvatura
do bordo anterior da sínfise se transforma de côncava para convexa.
Pogônio (Pg) Ponto mais anterior da mandíbula, localizado no plano
sagital mediano da sínfise.
Mentoniano (Me) Ponto mais inferior do contorno externo da sínfise
mandibular.
Figura 13 - Pontos cefalométricos utilizados na elaboração dos
traçados.
75
4.3.4. Plano e linha cefalométrica utilizados para elaboração dos
traçados
Para a elaboração dos traçados cefalométricos foi utilizado o plano e
linha cefalométrica descritos na figura 14
Plano horizontal de Frankfurt plano formado pela união dos pontos
Pório (Po) e Orbital (Or).
Linha Ba-Na linha formada pela união dos pontos Básio (Ba) e
Násio (na).
Figura 14 Plano e linha cefalométrica utilizados na elaboração dos
traçados: 1 (Plano de Frankfurt), 2 (linha Ba-Na).
76
4.3.5. Traçado cefalométrico utilizado para avaliação das grandezas
lineares e angulares.
Para avaliação das alterações mandibulares resultantes do tratamento
de indivíduos portadores de má-oclusão de Classe II, com retrognatismo
mandibular, utilizando-se o aparelho Bionator Base de Balters e comparação
com grupo controle sem tratamento, foram realizadas medições de
grandezas lineares e angulares, propostas pelos seguintes autores:
- grandezas lineares (Ba-Na, XI-PM, XI-DC) e as angulares (Arco mand, Ang
Go) (Ricketts et al.,1982).
- grandeza linear (Co-Pg) (McNamara e Brudon, 1995).
- grandezas lineares (PM-ßV, PM-ßH) (Faltin, 2006).
- grandeza angular (Co.Go.Me) (Baccetti et al.)
Grandezas cefalométricas propostas por Faltin em aula ministrada no curso de pós-graduação - mestrado em
Ortodontia na Universidade Paulista UNIP-SP, 2006.
Grandeza cefalométrica proposta por Baccetti et al., publicação indefinida.
77
As grandezas lineares utilizadas foram descritas a seguir e
representadas na figura 15.
1. comprimento da base do crânio (Ba-Na)
2. comprimento do corpo mandibular (XI-PM)
3. comprimento do ramo mandibular (XI-DC)
4. comprimento da mandíbula (Co-Pg)
5. distância do ponto PM ao ponto ß na vertical pterigóidea (PM-
ßH)
6. distância da projeção do ponto PM na vertical pterigóidea ao
Plano horizontal de Frankfurt (PM-ßV)
As grandezas angulares utilizadas foram descritas a seguir e
representadas na figura 16
7. arco mandibular (Arco mand)
8. ângulo goníaco (Ang Go)
9. ângulo de referência a mandibular (Co.Go.Me)
78
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
Figura 15 Traçado cefalométrico das grandezas lineares: 1 (Ba-Na),
2 (XI-PM), 3 (XI-DC), 4 (Co-Pg), 5 (PM-ßH), 6 (PM-ßV).
7
8
9
7
8
9
Figura 16 Traçado cefalométrico das grandezas angulares: 7 (Arco
mand), 8 (Ang Go), 9 (Co.Go.Me).
79
A seguir são descritas separadamente cada uma das grandezas
lineares e angulares utilizadas para a avaliação deste estudo:
1. Comprimento da base do crânio (Ba-Na) - distância em milímetros
do ponto Básio ao Násio (figura 17).
Figura 17 - Representação esquemática da grandeza linear
comprimento da base do crânio (Ba-Na).
80
2. Comprimento do corpo mandibular (XI-PM) - distância em
milímetros do ponto XI ao ponto PM (figura 18).
Figura 18 Representação esquemática da grandeza linear
comprimento do corpo mandibular (XI-PM).
81
3. Comprimento do ramo mandibular (XI-DC) - distância em
milímetros do ponto XI ao ponto DC (figura 19).
Figura 19 Representação esquemática da grandeza linear
comprimento do ramo mandibular (XI-DC).
82
4. Comprimento da mandíbula (Co-Pg) - distância em milímetros do
ponto Co ao ponto Pg (figura 20).
Figura 20 Representação esquemática da grandeza linear
comprimento da mandíbula (Co-Pg).
83
5. Distância do Ponto PM ao ponto ß na vertical pterigóidea (PM-ßH)
(figura 21).
Essa grandeza representou a distância entre o ponto PM e o ponto ß,
em que o ponto ß foi a projeção do ponto PM na vertical pterigóidea, a qual
foi traçada perpendicularmente ao Plano horizontal de Frankfurt, passando
pelo ponto Pt.
Figura 21 Representação esquemática da grandeza linear distância
do Ponto PM ao ponto ß na vertical pterigóidea (PM-ßH).
84
6. Distância do ponto ß ao plano horizontal de Frankfurt (PM-ßV)
(figura 22).
Essa grandeza representou a distância ponto ß ao plano horizontal e
Frankfurt, onde o ponto ß foi a projeção do ponto PM na vertical pterigóidea,
a qual foi traçada perpendicularmente ao Plano horizontal de Frankfurt
passando pelo ponto Pt.
Figura 22 Representação esquemática da grandeza linear distância
do ponto ß na vertical pterigóidea ao plano de Frankfurt (PM-ßV).
85
7. Arco mandibular (Arco mand)- ângulo formado pela intersecção da
linha (XI-PM) com a linha (XI-DC) (figura 23).
Figura 23– Representação esquemática da grandeza angular arco
mandibular (Arco mand).
86
8. Ângulo goníaco (Ang Go) - ângulo formado pela intersecção da
linha que tangencia o bordo inferior do corpo da mandíbula com a tangente
ao ramo ascendente da mandíbula (figura 24).
Figura 24– Representação esquemática da grandeza angular ângulo
goníaco (Ang Go).
87
9. Ângulo de referência a mandibular (Co.Go.Me) ângulo formado
pela intersecção da linha Condilio Gônio anatômico com a linha Mento Gônio
anatômico (figura 25).
Figura 25– Representação esquemática da grandeza angular ângulo
de referência a mandibular (Co.Go.Me).
88
4.3.6. Método para obtenção e interpretação dos dados.
As radiografias foram posicionadas em negatoscópio com luz de
intensidade variável, conforme as condições de contraste do raio-X e
delimitadas por papel cartão de cor preta, em uma sala escurecida para
melhorar a visualização. Os traçados das estruturas anatômicas foram
realizados com lapiseira grafite 0,5mm, em papel ultraphan, fixado com fita
adesiva sobre as radiografias. Eles foram realizados pelo mesmo observador
nas radiografias dos indivíduos pertencentes a cada grupo, no momento
inicial (T1) e no momento final (T2).
As medidas das grandezas lineares e angulares avaliadas foram
realizadas três vezes pelo mesmo observador, em intervalos quinzenais com
a finalidade de se reduzir erros e diminuir a influência de memória. A média
das 3 medições de cada grandeza estudada foi utilizada para avaliação dos
GT e GC.
Após a obtenção dos dados, a interpretação das alterações ocorridas
na mandíbula dos indivíduos portadores de Classe II, tratados (GT) e não
tratados (GC), foi realizada através do cálculo:
- dos valores médios, desvios-padrão, mediana, mínimo e máximo,
- das diferenças médias (T2-T1)
89
- das diferenças médias anuais (T2-T1), em que o valor da diferença entre
os momentos (T2-T1) das medidas estudadas para cada indivíduo foram
divididos pelo número de meses do intervalo de tempo radiográfico e
multiplicado por 12, para se obter o valor da alteração anual de cada medida
individualmente.
- das diferenças médias anuais (T2-T1) considerando EMVC.
Os valores das diferenças médias anuais (T2-T1), das grandezas
lineares dos GT e GC, foram comparados com os seguintes incrementos
anuais esperados através dos módulos de crescimento propostos por
(Ricketts, 1982):
- Ba-Na aumento de 1,5mm/ano,
- XI-DC aumento de 0,8mm/ano,
- XI-PM aumento de 1,6mm/ano.
A seguir, foi verificada a existência da relação entre as diferenças
médias anuais (T2-T1), das grandezas lineares (XI-PM e XI-DC) em relação
a Ba-Na, para os grupos estudados, onde:
- Ba-Na/XI-PM = (1/1)
- Ba-Na/XI-DC = (1/0,5)
90
4.3.7. Análise estatística.
Para estudarmos o grau de concordância entre as três medições
realizadas, foi calculado o coeficiente de correlação intra-classes, pelo qual
pudemos calibrar o erro de medidas.
Todas as variáveis foram analisadas descritivamente. Para as
variáveis qualitativas, calcularam-se freqüências absolutas. Para as variáveis
quantitativas foram calculados os valores das médias, desvios-padrão,
mínimo, máximo, e mediana.
A análise da hipótese de igualdade de médias entre os dois grupos
(GT e GC) foi realizada utilizando-se o teste t de Student, quando a
suposição de normalidade dos dados foi rejeitada, utilizou-se o teste não-
paramétrico de Mann-Whitney (Rosner, 1986), pois havia número limitado de
indivíduos em cada grupo.
Para a comparação entre os GT e GC, considerando os sexos (GT-F,
GT-M, GC-F, GC-M), e depois os EMVC (GT2-3, GT3-4, GC2-3, GC3-4), ou
seja, comparação entre os 4 grupos, utilizou-se o teste não-paramétrico de
Kruskal-Wallis (Rosner, 1986), pois a suposição de normalidade dos dados
foi rejeitada. As comparações múltiplas entre os grupos, isto é, a
comparação dos grupos 2 a 2, foi realizada através do teste de Dunn
(Hollander e Wolf, 1973).
91
A homogeneidade entre proporções dos dois grupos, considerando os
incrementos anuais propostos por Ricketts ,1982, foi testada utilizando-se o
teste qui-quadrado, (Rosner,1986).
Para estudarmos as proporções de XI-PM e XI-DC em relação a Ba-
Na, foram utilizados modelos de regressão linear simples, o qual estabelece
a existência ou não de correlação entre as variáveis quantitativas analisadas
(Rosner,1986).
O nível de significância utilizado para os testes estatísticos aplicados
foi de 5%.
92
5. RESULTADOS
Os resultados obtidos no nosso estudo foram baseados em análise
estatística realizada a partir dos dados constantes na amostra e foram
descritos a seguir.
5.1. Distribuição da amostra.
A análise descritiva da distribuição da amostra total constituída de 64
indivíduos, 33 do sexo masculino e 31 do sexo feminino, está representada
na tabela 1, através da análise descritiva. Os indivíduos foram divididos em 2
grupos (GT e GC) e selecionados nos estágios de maturação das vértebras
cervicais 2 e 3, em T1, tabela 2.
Tabela 1: Distribuição da amostra no momento T1 por sexo.
Grupos
Sexo Total
M F
GC 17 14 31
GT 16 17 33
Total 33 31 64
M, masculino; F, feminino; GC, grupo controle; GT, grupo tratado.
93
Tabela 2: Distribuição da amostra no momento T1 por estágio de
maturação das vértebras cervicais.
Grupos EMVC Total
2 3
GC 14 17 31
GT 17 16 33
Total 31 33 64
EMVC, estágio de maturação das vértebras cervicais; GC, grupo controle; GT, grupo tratado.
5.2. Análise da correlação entre as repetições das medições
realizadas.
As correlações entre as três medições realizadas no momento T1 e
T2 de cada grandeza estudada foram verificadas por meio do coeficiente de
correlação intra-classes. As correlações entre as medidas variaram de
0,9962 a 0,9997, portanto tivemos correlações estatisticamente significantes
entre as medidas nos dois momentos de avaliação (p<0,001), tabela 3. Para
a aplicação dos testes estatísticos utilizados na interpretação dos resultados,
como não foram verificadas diferenças significantes, calculou-se a média
das 3 medidas.
94
Tabela 3: Valores dos coeficientes de correlação intra-classes.
Momento 1 Momento 2
Grandeza medida 2
medida 3
medida 2 medida 3
Ba-Na medida 1 0,9992 0,9993 0,9992 0,9991
medida 2 - 0,9995 - 0,9994
XI-PM medida 1 0,9995 0,9985 0,9988 0,9986
medida 2 - 0,9993 - 0,9984
XI-DC medida 1 0,9985 0,9981 0,9981 0,9989
medida 2 - 0,9980 - 0,9983
Co-Pg medida 1 0,9993 0,9994 0,9995 0,9994
medida 2 - 0,9997 - 0,9995
PM-ßH medida 1 0,9993 0,9989 0,9995 0,9993
medida 2 - 0,9994 - 0,9992
PM-ßV medida 1 0,9985 0,9986 0,9979 0,9965
medida 2 - 0,9989 - 0,9973
Arco mand medida 1 0,9962 0,9961 0,9968 0,9960
medida 2 - 0,9974 - 0,9963
Ang Go medida 1 0,9988 0,9988 0,9986 0,9984
medida 2 - 0,9983 - 0,9985
Co.Go.Me medida 1 0,9974 0,9981 0,9979 0,9980
medida 2 - 0,9981 - 0,9983
p< 0,001 para todas as correlações acima
5.3. Avaliação dos efeitos gerais de tratamento.
5.3.1. Descrição da média dos valores das medidas lineares e
angulares avaliadas no momento T1 e T2.
95
A avaliação dos efeitos gerais de tratamento foi realizada inicialmente
pelo cálculo da média, desvio-padrão (DP), mediana, máximo e mínimo dos
valores das medidas lineares avaliadas no momento T1 e T2 de cada grupo
estudado, tabela 4.
Tabela 4: Valores de média, DP, mediana, mínimo, máximo das
medidas lineares, segundo o momento e grupo de estudo.
Medida Grupo Momento Média DP Mediana Mínimo Máximo
GC T1 105,06 5,67 104,70 94,39 118,58
T2 107,86 5,57 108,07 98,60 120,11
Ba-Na
GT T1 111,72 5,16 111,47 101,47 121,90
T2 115,03 5,17 114,74 101,98 124,37
GC T1 63,91 4,15 64,32 56,08 73,45
T2 66,38 4,21 66,09 57,40 77,43
XI-PM
GT T1 68,06 4,64 68,71 60,61 75,71
T2 71,07 4,44 71,94 62,27 78,93
GC T1 28,27 3,19 27,72 22,87 37,12
XI-DC T2 29,31 3,53 28,81 23,30 39,87
GT T1 30,78 3,20 31,32 23,54 38,05
T2 33,07 3,40 32,87 27,99 42,39
GC T1 104,18 5,96 105,08 93,30 119,11
T2 108,25 6,15 109,15 96,02 123,54
Co-Pg
GT T1 110,00 5,92 111,01 99,03 120,63
T2 115,59 6,29 115,88 102,44 127,14
GC T1 45,39 3,25 45,64 40,09 55,35
T2 47,20 4,04 47,35 40,60 58,79
PM-ßH
GT T1 47,85 6,15 48,11 34,63 57,69
T2 49,79 6,27 51,03 38,07 60,63
GC T1 70,57 4,79 70,97 60,33 80,07
T2 73,58 4,97 73,84 65,10 82,04
PM-ßV
GT T1 73,88 4,26 74,35 63,62 81,79
T2 79,83 5,05 79,47 69,90 89,32
DP, desvio padrão.
96
A seguir temos a representação gráfica da média dos valores para
cada medida linear nos momentos T1 e T2, com os respectivos desvios-
padrão, figuras 26 a 31.
95
100
105
110
115
120
125
GC GT
Grupo
Ba-Na
Inicial Final
Figura 26: Valores médios e desvios-padrão da medida linear Ba-Na,
momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
50
55
60
65
70
75
80
GC GT
Grupo
XI-PM
Inicial Final
Figura 27: Valores médios e desvios-padrão da medida linear XI-PM,
momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
97
10
15
20
25
30
35
40
GC GT
Grupo
XI-DC
Inicial Final
Figura 28: Valores médios e desvios-padrão da medida linear XI-DC,
momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
95
100
105
110
115
120
125
GC GT
Grupo
Co-Pg
Inicial Final
Figura 29: Valores médios e desvios-padrão da medida linear Co-Pg,
momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
98
30
35
40
45
50
55
60
GC GT
Grupo
PM-ßH
Inicial Final
Figura 30: Valores médios e desvios-padrão da medida linear PM-ßH,
momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
60
65
70
75
80
85
90
GC GT
Grupo
PM-ßV
Inicial Final
Figura 31: Valores médios e desvios-padrão da medida linear PM-ßV,
momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
99
O cálculo da média, desvio-padrão, mediana, máximo e mínimo dos
valores das medidas angulares utilizadas para a interpretação das
alterações em ambos os grupos avaliados nos momentos T1 e T2, foi
representado na tabela 5.
Tabela 5: Valores de média, DP, mediana, mínimo, máximo das
medidas angulares, segundo o momento e grupo de estudo.
Medida Grupo Momento Média DP Mediana Mínimo Máximo
GC T1 31,48 4,15 31,33 20,83 41,83
T2 32,41 4,07 32,33 23,00 43,33
Arco mand
GT T1 33,98 4,94 32,67 26,83 47,00
T2 34,19 5,03 34,00 25,83 47,17
GC T1 125,84 5,03 126,33 117,67 133,83
Ang Go T2 124,96 4,90 125,67 116,67 134,00
GT T1 124,18 7,10 125,00 104,50 134,17
T2 124,13 6,78 124,67 107,00 133,33
GC T1 126,29 4,29 126,00 119,50 133,33
Co.Go.Me T2 125,78 4,23 125,33 119,17 134,83
GT T1 124,71 5,70 126,00 108,50 133,00
T2 124,88 5,60 125,50 110,33 133,83
100
A seguir temos a representação gráfica da média dos valores para
cada medida angular nos momentos T1 e T2, com os respectivos desvios-
padrão, figuras 32 a 34.
15
20
25
30
35
40
45
GC GT
Grupo
Arco mand
Inicial Final
Figura 32: Valores médios e desvios-padrão da medida angular Arco
mand, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
105
110
115
120
125
130
135
GC GT
Grupo
Ang Go
Inicial Final
Figura 33: Valores médios e desvios-padrão da medida angular Ang
Go, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
101
105
110
115
120
125
130
135
GC GT
Grupo
Co.Go.Me
Inicial Final
Figura 34: Valores médios e desvios-padrão da medida angular
Co.Go.Me, momentos inicial e final, segundo grupo de estudo.
5.3.2. Avaliação das diferenças médias (T2-T1), das medidas lineares
e angulares estudadas.
Os valores médios, desvios-padrão, mediana, máximo e mínimo das
diferenças médias das medidas lineares, utilizadas para a interpretação das
alterações em ambos os grupos avaliados, entre os momentos inicial e final
(T2-T1), foram representados na tabela 6.
Observamos que houve diferença estatisticamente significante para
as medidas lineares (XI-DC), (Co-Pg) e (PM-ßV).
102
Tabela 6: Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo das diferenças entre os momentos inicial e final das medidas
lineares, segundo grupo de estudo.
Medida
Grupo
n Média DP Mediana
Mínimo
Máximo
p* Significância
Ba-Na GC 31 2,81 1,41 2,97 0,01 5,81 0,405 NS
GT 33 3,30 1,89 2,87 0,41 8,49
XI-PM GC 31 2,47 1,45 2,33 -0,69 4,68 0,138 NS
GT 33 3,01 1,45 2,80 0,02 5,63
XI-DC GC 31 1,05 1,41 0,49 -1,17 4,53 0,003 S
GT 33 2,30 1,64 2,01 0,00 5,51
Co-Pg GC 31 4,07 2,14 4,24 0,15 8,13 0,015 S
GT 33 5,59 2,38 5,67 0,69 10,27
PM-ßH GC 31 1,81 1,58 2,11 -1,48 5,16 0,835 NS
GT 33 1,94 2,11 1,62 -2,79 5,69
PM-ßV GC 31 3,00 2,48 2,41 -0,70 8,82 < 0,001
S
GT 33 5,95 2,69 6,42 0,48 11,09
(*) nivel descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Mann-Whitney.
Na figura 35 temos a representação gráfica das diferenças médias e
respectivos desvios-padrão das medidas lineares, para os GT e GC, entre os
momentos inicial e final (T2-T1).
103
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
Ba-Na XI-PM XI-DC Co-Pg PM-ßH PM-ßV
Medidas lineares
Diferença entre os momentos
T2-T1
GC GT
Figura 35: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
entre os momentos (T2-T1) das medidas lineares, segundo grupo de estudo.
Os valores médios, desvios-padrão, mediana, máximo e mínimo das
diferenças médias das medidas angulares, utilizadas para a interpretação
das alterações em ambos os grupos avaliados, entre os momentos inicial e
final (T2-T1), foram representados na tabela 7.
Observamos que não foram encontradas diferenças estatisticamente
significantes para as medidas angulares estudadas.
104
Tabela 7: Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo das diferenças entre os momentos inicial e final das medidas
angulares, segundo grupo de estudo.
Medida Grupo
n Média DP Mediana
Mínimo
Máximo p* significância
Arco mand
GC 31
0,94 2,09
0,66 -4,00 6,17 0,279
NS
GT 33
0,21 2,55
0,17 -5,50 4,67
Ang Go GC 31
-0,88 2,03
-1,00 -5,83 2,50 0,113
NS
GT 33
-0,05 1,84
0,17 -4,84 3,00
Co.Go.Me GC 31
-0,51 1,59
-0,17 -4,83 2,00 0,166
NS
GT 33
0,17 1,55
0,00 -3,17 3,16
(*) nivel descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Mann-Whitney.
Na figura 36 temos a representação gráfica das diferenças médias e
respectivos desvios-padrão das medidas angulares, para os GT e GC, entre
os momentos (T2-T1).
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
Arco mand Ang Go Co.Go.Me
Medidas angulares
Diferença entre os momentos
T2-T1
GC GT
Figura 36: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
entre os momentos T2-T1 das medidas angulares, segundo grupo de
estudo.
105
5.3.3. Avaliação do dimorfismo sexual entre os grupos nas grandezas
avaliadas.
Para avaliação do dimorfismo sexual entre os grupos estudados,
foram calculados os valores médios, desvios-padrão, mediana, máximo e
mínimo, das diferenças médias das medidas lineares representados na
tabela 8.
Inicialmente, para verificarmos se havia diferença significante entre os
4 grupos avaliados, foi realizado o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis.
Assim, observamos que foram encontradas diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos para as medidas lineares (XI-PM), p<0,026 e
(PM-ßV), p<0,001.
A seguir, foi aplicado o teste Dunn, para verificarmos onde estavam
as alterações, comparando-se os grupos 2 a 2, e foram encontradas
diferenças significantes entre os GT-M e GC-M, para a grandeza linear (XI-
DC), p<0,05. Em relação à grandeza linear (PM-ßV), as diferenças foram
significantes para GT-F e GC-F (p<0,05) e para GT-M e GC-F(p<0,05).
Portanto verificamos que o GT-M apresentou incremento significante em
relação ao GC-F. Em relação aos demais grupos não foram observadas
alterações significantes.
106
Tabela 8: Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo diferenças médias das medidas lineares, segundo o grupo de
estudo e sexo.
Medida
Grupo n Média
DP Mediana
Mínimo
Máximo
p* significância
GC - F 14 2,82 1,31 2,82 0,20 4,52
Ba-Na GC - M 17 2,79 1,53 2,99 0,01 5,81 0,816 NS
GT - F 17 3,21 1,93 2,49 0,41 8,49
GT - M 16 3,40 1,91 3,16 0,59 6,42
GC - F 14 2,22 1,42 2,30 -0,69 4,42
XI-PM GC - M 17 2,68 1,47 2,52 0,00 4,68 0,261 NS
GT - F 17 3,27 1,44 2,88 1,05 5,63
GT - M 16 2,74 1,46 2,70 0,02 5,45
GC - F 14 1,20 1,67 1,30 -1,17 4,53
XI-DC GC - M 17 0,92 1,20 0,47 -1,08 2,69 0,026 S
GT - F 17 2,06 1,61 2,01 0,10 5,51
GT - M 16 2,55 1,69 2,57 0,00 4,95
GC - F 14 4,12 2,00 3,85 1,53 8,13
Co-Pg GC - M 17 4,04 2,32 4,43 0,15 7,35 0,109 NS
GT - F 17 5,53 2,20 5,24 2,65 10,11
GT - M 16 5,66 2,64 6,12 0,69 10,27
GC - F 14 1,81 1,52 1,67 -0,53 5,16
PM-ßH
GC - M 17 1,81 1,68 2,15 -1,48 4,51 0,998 NS
GT - F 17 2,05 2,17 1,33 -1,14 5,69
GT - M 16 1,82 2,11 2,05 -2,79 5,00
GC - F 14 2,36 2,83 1,15 -0,32 8,82
PM-ßV GC - M 17 3,53 2,10 3,23 -0,70 6,19 < 0,001
S
GT - F 17 6,13 2,46 5,59 3,26 11,09
GT - M 16 5,76 2,98 6,71 0,48 10,59
(*) nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis
107
Na figura 37 temos a representação gráfica das diferenças médias
das medidas lineares e respectivos desvios-padrão, para os grupos
estudados e sexo.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Ba-Na XI-PM XI-DC Co-Pg PM-ßH PM-ßV
Medidas lineares
Médias
GC-F GC-M GT-F GT-M
Figura 37: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
das medidas lineares, segundo grupo de estudo e sexo.
Foram calculados também os valores médios, desvios-padrão,
mediana, máximo e mínimo das diferenças médias das medidas angulares
para avaliação do dimorfismo sexual entre os grupos estudados,
representados na tabela 9.
108
Observamos que não foram encontradas diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos e sexos, em relação às medidas angulares.
Tabela 9: Valores de média, desvio-padrão, mediana, mínimo,
máximo das diferenças médias das medidas angulares, segundo o grupo de
estudo e sexo.
Medida Grupo n Média DP Mediana
Mínimo Máximo
p* significância
GC - F 14 1,19 2,66
1,08 -4,00 6,17
Arco mand GC - M
17 0,73 1,54
0,66 -2,17 3,00 0,612
NS
GT - F 17 0,48 2,60
0,50 -5,34 4,67
GT - M 16 -0,07 2,54
0,17 -5,50 4,17
GC - F 14 -0,67 1,86
-1,00 -5,17 2,16
Ang Go GC - M
17 -1,05 2,21
-0,50 -5,83 2,50 0,362
NS
GT - F 17 -0,36 2,06
-0,33 -4,84 2,50
GT - M 16 0,28 1,57
0,34 -2,17 3,00
GC - F 14 -0,05 1,33
0,17 -2,67 2,00
Co.Go.Me GC - M
17 -0,89 1,72
-0,83 -4,83 1,84 0,296
NS
GT - F 17 0,02 1,48
-0,17 -3,17 2,17
GT - M 16 0,33 1,66
0,17 -2,33 3,16
(*) nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis
109
Na figura 38 temos a representação gráfica das diferenças médias
das medidas angulares e respectivos desvios-padrão, para os grupos
estudados e sexo.
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
Arco mand Ang Go Co.Go.Me
Medidas angulares
Médias
GC-F GC-M GT-F GT-M
Figura 38: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
das medidas angulares, segundo grupo de estudo e sexo.
110
5.4. Avaliação dos efeitos específicos de tratamento no momento
(T2-T1).
Para avaliação dos efeitos específicos de tratamento, os valores das
diferenças médias entre os momentos (T2-T1) das medidas estudadas foram
anualizados individualmente.
5.4.1. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1) das medidas
lineares e angulares estudadas.
Os valores médios, desvios-padrão, mediana, máximo e mínimo das
diferenças médias anuais das medidas lineares, utilizadas para a
interpretação das alterações em ambos os grupos avaliados, entre os
momentos, iniciais e finais (T2-T1), foram representados na tabela 10.
Podemos observar que houve diferença estatisticamente significante
entre os GT e GC em relação às grandezas lineares: XI-DC (p<0,005), Co-
Pg (p<0,014) e PM-ßV, (p<0,001).
111
Tabela 10: Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas lineares, segundo o grupo de estudo.
Medida Grupo n Média DP Mediana
Mínimo
Máximo
p*
significância
BaNa GC 31 1,77 1,06 1,66 0,00 4,05 0,510
NS
GT 33 1,96 1,08 1,59 0,27 4,36
XI-PM GC 31 1,52 1,15 1,41 -0,69 4,68 0,078
NS
GT 33 1,81 0,98 1,69 0,02 5,63
XI-DC GC 31 0,66 1,05 0,47 -1,28 3,00 0,005
S
GT 33 1,37 0,97 1,39 0,00 3,13
Co-Pg GC 31 2,52 1,51 2,14 0,14 6,62 0,014
S
GT 33 3,30 1,26 3,09 0,64 6,49
PM-ßH
GC 31 1,14 1,18 0,99 -1,48 4,03 0,840
NS
GT 33 1,25 1,45 0,72 -1,34 5,66
PM-ßV GC 31 1,84 1,66 1,49 -0,56 6,19 < 0,001
S
GT 33 3,59 1,56 3,26 0,21 7,30
(*): nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Mann-Whitney
112
As diferenças médias anuais das medidas lineares e respectivos
desvios-padrão, para os GT e GC, foram representadas na figura 39.
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Ba-Na XI-PM XI-DC Co-Pg PM-ßH PM-ßV
Medidas lineares
Valores médios anuais
GC GT
Figura 39: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
anuais entre os momentos inicial e final das medidas lineares, segundo
grupo de estudo.
Os valores médios, desvios-padrão, mediana, máximo e mínimo das
diferenças médias anuais das medidas angulares, utilizadas para a
interpretação das alterações em ambos os grupos avaliados, entre os
momentos inicial e final (T2-T1), foram representados na tabela 11.
113
Tabela 11: Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas angulares, segundo o grupo de
estudo.
Medida Grupo
n Média DP Mediana
Mínimo
Máximo p* significância
Arco mand
GC 31
0,51 1,69
0,47 -3,20 6,17 0,416
NS
GT 33
0,14 1,60
0,16 -3,77 3,43
Ang Go GC 31
-0,45 1,31
-0,56 -3,65 1,88 0,222
NS
GT 33
-0,03 1,14
0,14 -2,64 2,31
Co.Go.Me GC 31
-0,21 1,05
-0,16 -2,42 1,81 0,271
NS
GT 33
0,07 0,93
0,00 -1,73 1,81
(*): nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Mann-Whitney.
As diferenças médias anuais das medidas angulares e respectivos
desvios-padrão, para os GT e GC, foram representadas na figura 40.
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
Arco mand Ang Go Co.Go.Me
Medidas angulares
Valores médios anuais
GC GT
Figura 40: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
anuais entre os momentos inicial e final das medidas angulares, segundo
grupo de estudo.
114
5.4.2. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1), considerando
o EMVC.
Os valores médios, desvios-padrão, mediana, máximo e mínimo das
diferenças médias anuais das medidas lineares de ambos os grupos
avaliados, entre os momentos iniciais e finais (T2-T1), considerando EMVC,
foram representados na tabela 12.
Podemos observar que houve diferença estatisticamente significante
entre os 4 grupos para as grandezas XI-DC (p=0,024) e PM-ßV (p<0,001),
quando aplicado o teste Kruskal-Wallis.
Para verificarmos as diferenças comparando os grupos 2 a 2, aplicou-
se o teste Dunn, no qual observamos alterações estatisticamente
significantes entre os grupos, GT 2-3 e GC 2-3, GT 3-4 e GC 3-4 (p<0,05).
115
Tabela 12: Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas lineares, segundo o grupo de estudo
e EMVC.
Medida
Grupo n Média DP Mediana Mínimo Máximo p* significância
GC 2-3
14 1,51 0,88 1,31 0,00 3,37
Ba-Na
GC 3-4
17 1,99 1,18 1,79 0,14 4,05 0,511 NS
GC 2-3
17 1,89 1,16 1,50 0,27 4,29
GC 3-4
16 2,03 1,03 1,84 0,41 4,36
GC 2-3
14 1,38 1,22 1,35 -0,69 4,68
XI-PM GC 3-4
17 1,63 1,11 1,41 0,00 4,36 0,229 NS
GC 2-3
17 1,62 0,77 1,52 0,02 3,06
GC 3-4
16 2,02 1,16 1,74 0,60 5,63
GC 2-3
14 0,61 1,09 0,39 -1,28 2,96
XI-DC GC 3-4
17 0,71 1,06 0,47 -0,72 3,00 0,024 S
GC 2-3
17 1,14 0,97 0,81 0,00 3,13
GC 3-4
16 1,61 0,94 1,77 0,10 2,96
GC 2-3
14 2,36 1,40 2,25 0,60 5,78
Co-Pg GC 3-4
17 2,65 1,62 2,14 0,14 6,62 0,056 NS
GC 2-3
17 3,07 1,38 2,89 0,64 6,49
GC 3-4
16 3,55 1,12 3,27 1,93 5,72
GC 2-3
14 0,93 0,88 0,95 -0,53 2,34
PM-ßH
GC 3-4
17 1,31 1,38 0,99 -1,48 4,03 0,814 NS
GC 2-3
17 1,00 1,32 0,72 -1,34 3,16
GC 3-4
16 1,51 1,57 0,91 -0,44 5,66
GC 2-3
14 1,79 1,61 1,72 -0,56 6,19
PM-ßV GC 3-4
17 1,87 1,74 0,90 -0,07 5,55 < 0,001
S
GC 2-3
17 3,21 1,73 2,87 0,21 6,69
GC 3-4
16 3,99 1,31 3,77 2,01 7,30
(*) nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis.
116
As diferenças médias anuais (T2-T1) das medidas lineares e
respectivos desvios-padrão, para os GT e GC, considerando o EMVC foram
representadas na figura 41.
0
1
2
3
4
5
6
Ba-Na XI-PM XI-DC Co-Pg PM-ßH PM-ßV
Medidas lineares
Médias anuais
GC-2 GC-3 GT-2 GT-3
Figura 41: Valores médios e desvios-padrão das médias anuais das
medidas lineares, segundo grupo de estudo e EMVC.
117
Na figura 42 temos a representação gráfica apenas das 2 medidas
lineares que foram estatisticamente significantes (XI-PM, XI-DC), enquanto
na figura 43 temos a representação da medida linear (Co-Pog) que
apresentou diferenças médias maiores para o GT, porém não significantes.
0
1
2
3
4
5
6
XI-DC PM-ßV
Medidas lineares
Médias anuais
GC-2 GT-2 GC-3 GT-3
Figura 42: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
anuais das medidas lineares estatisticamente significantes, segundo grupo
de estudo e EMVC.
118
0
1
2
3
4
5
6
Co-Pg
Medidas lineares
Médias anuais
GC-2 GT-2 GC-3 GT-3
Figura 43: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
anuais da medida linear Co-Pog, segundo grupo de estudo e EMVC.
Os valores médios, desvios-padrão, mediana, máximo e mínimo das
diferenças médias anuais das medidas angulares de ambos os grupos
avaliados, entre os momentos iniciais e finais (T2-T1), considerando EMVC,
foram representados na tabela 13.
Podemos observar que os grupos não apresentaram diferença
estatisticamente significante em relação as medidas angulares considerando
os EMVC.
119
Tabela 13: Valores médios, DP, mediana, mínimo, máximo, das
diferenças médias anuais das medidas angulares, segundo o grupo de
estudo e EMVC.
Medida Grupo n Média DP Mediana Mínimo Máximo p* significância
GC 2-3 14 0,26 2,13 0,37 -3,20 6,17
Arco mand GC 3-4 17 0,71 1,24 0,75 -1,50 3,06 0,605 NS
GC 2-3 17 -0,01 1,68 0,26 -3,77 3,13
GC 3-4 16 0,30 1,56 0,13 -2,33 3,43
GC 2-3 14 -0,01 1,14 -0,13 -2,00 1,88
Ang Go GC 3-4 17 -0,80 1,36 -0,64 -3,65 1,50 0,200 NS
GC 2-3 17 0,13 1,07 0,26 -2,00 1,64
GC 3-4 16 -0,20 1,23 -0,19 -2,64 2,31
GC 2-3 14 -0,01 1,03 -0,26 -1,50 1,81
Co.Go.Me GC 3-4 17 -0,37 1,06 -0,07 -2,42 1,33 0,379 NS
GC 2-3 17 0,24 0,90 0,25 -1,46 1,53
GC 3-4 16 -0,10 0,95 -0,25 -1,73 1,81
(*) nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis
120
As diferenças médias anuais (T2-T1) das medidas angulares e
respectivos desvios-padrão, para os GT e GC, considerando o EMVC, foram
representadas na figura 44.
-3
-2
-1
0
1
2
3
Arco md Ang Go Co.Go.Me
Medidas angulares
Médias anuais
GC-2 GC-3 GT-2 GT-3
Figura 44: Valores médios e desvios-padrão das diferenças médias
anuais das medidas angulares, segundo grupo de estudo e EMVC.
121
5.4.3. Comparação com os incrementos anuais da previsão de
crescimento de Ricketts (1982).
A) Homogeneidade entre as proporções dos grupos estudados,
considerando os incrementos anuais.
A homogeneidade entre as proporções das diferenças médias anuais
das grandezas lineares (Ba-Na, XI-PM, XI-DC) dos GT e GC, foi avaliada
considerando os incrementos anuais esperados de 1,5mm para Ba-Na,
1,6mm para XI-PM e 0,8mm para XI-DC. Os resultados foram descritos
abaixo pelo teste qui-quadrado, onde:
- os grupos não diferem em relação ao aumento esperado de 1,5
mm/ano para Ba-Na.
BANA_A GRUPO
Frequência
Col Pct GC GT ‚ Total
=========ˆ========ˆ========ˆ
o ‚ 15 15 ‚ 30
‚ 48.39 45.45 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ
sim 16 18 ‚ 34
51.61 54.55
=========ˆ========ˆ========ˆ
Total 31 33 64
Estatística DF Valor Prob
===============================================
Qui-quadrado 1 0.055 0.814
122
- os grupos não diferem em relação ao aumento esperado de 1,6
mm/ano para XI-PM.
XI-PM_A GRUPO
Frequência
Col Pct GC GT ‚ Total
=========ˆ========ˆ========ˆ
o 19 ‚ 15 ‚ 34
61.29 ‚ 45.45 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ
sim 12 ‚ 18 ‚ 30
38.71 ‚ 54.55
=========ˆ========ˆ========ˆ
Total 31 33 64
Estatística DF Valor Prob
==============================================
Qui-quadrado 1 1.610 0.205
- os grupos diferem estatisticamente em relação ao aumento
esperado de 0,8 mm/ano para XI-DC, o GT apresentou porcentagem maior
de casos com aumento do que o GC.
XI-DC_A GRUPO
Frequência‚
Col Pct ‚GC ‚GT ‚ Total
=========ˆ========ˆ========ˆ
não ‚ 20 ‚ 12 ‚ 32
‚ 64.52 ‚ 36.36 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ
sim ‚ 11 ‚ 21 ‚ 32
35.48 ‚ 63.64
=========ˆ========ˆ========ˆ
Total 31 33 64
Estatística DF Valor Prob
===============================================
Qui-quadrado 1 5.067 0.024
123
B) Homogeneidade entre as proporções dos grupos estudados
considerando os EMVC e os incrementos anuais propostos por
(Ricketts,1982).
- os grupos selecionados por EMVC não diferem em relação ao
aumento esperado de 1,5 mm/ano para Ba-Na.
BANA_A G1
Frequency‚
Col Pct GC 2-3 GC 3-4 GT 2-3 GT 3-4 ‚ Total
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
o 8 ‚ 7 ‚ 9 ‚ 6 ‚ 30
57.14 ‚ 41.18 ‚ 52.94 ‚ 37.50 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
sim 6 ‚ 10 ‚ 8 ‚ 10 ‚ 34
42.86 ‚ 58.82 ‚ 47.06 ‚ 62.50
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
Total 14 17 17 16 64
Estatística DF Valor Prob
================================================
Qui-quadrado 3 1.630 0.653
- os grupos selecionados por EMVC não diferem em relação ao
aumento esperado de 1,6 mm/ano para XI-PM.
XI-PM_A G1
Frequência
Col Pct GC 2-3 GC 3-4 GT 2-3 GT 3-4 ‚ Total
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
o 9 ‚ 10 ‚ 9 ‚ 6 ‚ 34
64.29 ‚ 58.82 ‚ 52.94 ‚ 37.50 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
sim 5 ‚ 7 ‚ 8 ‚ 10 ‚ 30
35.71 ‚ 41.18 ‚ 47.06 ‚ 62.50 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
Total 14 17 17 16 64
Estatística DF Valor Prob
================================================
Qui-quadrado 3 2.491 0.477
124
- os grupos selecionados por EMVC não diferem em relação ao
aumento esperado de 0,8 mm/ano da XI-DC.
XI-DC_A G1
Frequency‚
Col Pct GC 2-3 GC 3-4 GT 2-3 GT 3-4 ‚ Total
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
o 10 ‚ 10 ‚ 8 ‚ 4 ‚ 32
71.43 58.82 ‚ 47.06 ‚ 25.00 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
sim 4 ‚ 7 ‚ 9 ‚ 12 ‚ 32
28.57 41.18 ‚ 52.94 ‚ 75.00 ‚
=========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ========ˆ
Total 14 17 17 16 64
Statistic DF Value Prob
=================================================
Chi-Square 3 7.160 0.067
C) Relação da proporção de Ba-Na com XI-PM e XI-DC em cada
grupo estudado.
A relação da proporção de Ba-Na com XI-PM (1:1) e com XI-DC
(1:0,5) foi realizada por meio de modelos de regressão linear simples, a
partir dos valores das diferenças médias anuais individuais, em cada grupo
estudado, figuras 45 e 46.
125
Regressão linear para a relação BA-NA / XI-PM.
A hipótese da relação 1:1 entre BA-NA e XI-PM, foi testada abaixo:
Equação p (H
0
: b=0) R
2
p (H
0
: a =0, b=1)
GC XI-PM = 0,88 + 0,36*BA-NA 0,068 0,111 0,005
GT XI-PM = 0,71 + 0,56*BA-NA
< 0,001
0,381 0,005
Observamos que no GC não houve correlação linear entre as
variáveis avaliadas, Ba-Na / XI-PM (R
2
=0,111, p=0,068), enquanto para o
GT verificamos uma correlação positiva, onde (R
2
=0,381, p=0,001).
Assim, para o GT a relação que explica a correlação existente é dada
por: XI-PM = 0,5 + 0,6*BA-NA (p=0,587), onde a relação de Ba-Na / XI-PM é
de 1:0,6.
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
0 1 2 3 4 5 6
Ba-Na
XI-PM
GC GT Esperado
Linear (GC) Linear (GT)
Figura 45: Correlação linear das diferenças médias anuais entre as
medidas lineares Ba-Na e XI-PM, segundo grupo de estudo.
126
Regressão linear para a relação BA-NA / XI-DC.
A hipótese da relação 1:0,5 entre BA-NA e XI-DC, foi testada abaixo:
Equação p (H
0
: b=0) R
2
p (H
0
: a =0, b=0,5)
GC XI-DC = - 0,16 + 0,47*BA-NA 0,008 0,221 0,427
GT XI-DC = 1,41 - 0,02*BA-NA 0,900 0,000 0,002
Observamos que no GC houve correlação linear entre Ba-Na / XI-DC
(R
2
=0,221, p=0,008), enquanto para o GT não encontramos correlação entre
as variáveis avaliadas (R
2
=0,000, p=0,900).
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
0 1 2 3 4 5 6
Ba-Na
XI-DC
GC GT Esperado
Linear (GC) Linear (GT)
Figura 46: Correlação linear das diferenças médias anuais entre as
medidas lineares Ba-Na e XI-DC, segundo grupo de estudo.
127
Na figura 47 temos a representação gráfica das diferenças médias
anuais das grandezas lineares XI-PM e XI-DC em relação ao crescimento
Ba-Na, para os GC e GT.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Ba-Na XI-PM XI-DC
Grandezas lineares
Valores médios anuais
GC GT
Figura 47: Valores das diferenças médias anuais (T2-T1), das
grandezas lineares Ba-Na, XI-PM e XI-DC, segundo grupo de estudo.
128
6. DISCUSSÃO
O fator que contribui freqüentemente para a má-oclusão de Classe II é
a retrusão mandibular, embora ela possa resultar da combinação de
componentes esqueléticos e dentários, (McNamara, 1981). Os primeiros
sinais da Classe II podem ser observados na dentição decídua, sendo que
esse tipo de má-oclusão se estabelece antes dos 11 anos de idade e
permanece durante a adolescência, não havendo correção espontânea
(Buschang, 1986; Baccetti et al., 1997). Assim, é importante que o
especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial tenha conhecimento não
apenas do diagnóstico diferencial da má-oclusão, mas também das diversas
terapias com aparelhos ortopédicos funcionais, que alteram a postura
mandibular para uma posição mais anterior, influenciando o crescimento da
cartilagem condilar, produzindo também um aumento na quantidade de
crescimento mandibular, como demonstrado por (Petrovic, Stutzmann e
Gasson 1981).
Existem na literatura diversos trabalhos científicos que avaliam a ação
dos aparelhos ortopédicos indicados no tratamento da má-oclusão de Classe
II esquelética, entretanto selecionamos, para nosso estudo, apenas aqueles
que avaliaram a ação do Bionator.
129
A evidência científica da eficiência dos aparelhos funcionais no
tratamento da má-oclusão de Classe II tem sido discutida por haver uma
grande variação nos protocolos de tratamento, tamanho das amostras,
variáveis utilizadas para avaliação e tempo de avaliação. Poucos autores
utilizaram médias anuais e idade esquelética para interpretação dos
resultados (Tulloch et al. 1997; Keeling et al. 1998; Janson 1983; Tulloch et
al 1997; Faltin Jr. et al. 2003).
Portanto, no nosso estudo os resultados encontrados foram baseados
nas alterações de crescimento de um grupo tratado com Bionator, pareado
quanto aos EMVC, com um grupo homogêneo não tratado.
Inicialmente discutimos os efeitos gerais de tratamento sobre as
alterações provocadas pelo aparelho ortopédico funcional Bionator Base de
Balters na mandíbula de indivíduos portadores de Classe II esquelética. A
seguir, os efeitos específicos foram discutidos com base nas alterações
anualizadas e nos estágios de maturação esquelética individuais; e
finalmente foram comparados com os módulos anuais da previsão de
crescimento de Ricketts (1982).
130
6.1. Avaliação dos efeitos gerais de tratamento.
6.1.1. Avaliação das diferenças médias (T2-T1).
Nossa primeira avaliação foi realizada para verificarmos os efeitos
gerais de tratamento, nos quais encontramos alterações estatisticamente
significantes para o comprimento do ramo (XI-DC), comprimento da
mandíbula (Co-Pg) e a posição vertical da mandíbula em relação ao crânio
(PM-ßV), tabela 6, página 84. Embora nas demais grandezas lineares não
tenham sido encontradas diferenças significantes, o GT apresentou
diferenças médias maiores do que o GC.
No comprimento do ramo houve um incremento adicional de
+1,25mm, para o GT, indicando que o ramo mandibular pôde ser
influenciado com o uso do Bionator. Nos estudos de Schulof e Engel (1982),
Kessner (1996); Faltin Jr. et al. (2003), também puderam ser observados
aumentos significantes para o comprimento do ramo.
Em relação ao comprimento da mandíbula (Co-Pg), encontramos um
incremento adicional de +1,52mm para o GT, durante o período de tempo
avaliado. Essa variável foi frequentemente estudada por outros autores, e o
aumento no comprimento mandibular pôde ser confirmado por Schulof e
Engel (1982); Bolmgren e Moshiri (1986); Mamandras e Allen (1990); Kumar,
Sidhu e Kharbanda (1996); Tulloch et al. (1997); Carels, Reychler e Van der
131
Linden (1997); Illing, Morris e Lee (1998); Freitas e Vigorito (1999); Almeida
et al. (2000); Faltin Jr. et al. (2003); Melo et al. (2006).
Os resultados encontrados no comprimento do corpo da mandíbula
(XI-PM) não foram estatisticamente significantes, no entanto o incremento
adicional foi de +0,54mm para o GT, o qual representa uma importância
clínica.
A maior diferença foi verificada na grandeza linear PM-ßV, na qual
encontramos um incremento de +2,95mm, para o GT, do ponto PM em
relação ao crânio no sentido vertical, indicando que houve um aumento na
região anterior da mandíbula nesse sentido, o qual seria desfavorável para a
correção da Classe II; porém isso não ocorreu, pois nas grandezas
angulares avaliadas (Arco mand, Ang Go e Co.Go.Me) não foram
observadas alterações estatisticamente significantes, em ambos os grupos,
tabela 7, página 86. Assim, a utilização do Bionator não provocou alteração
de rotação no sentido horário da mandíbula, já que o Ang Go permaneceu
estável para o GT e GC, confirmando os resultados encontrados por Schulof
e Engel (1982); Kumar, Sidhu e Kharbanda (1996); Carels, Reychler e Van
der Linden (1997); e Araújo, Buschang e Melo (2004). Portanto, apesar da
alteração do ponto PM no sentido vertical, não foi encontrada alteração do
Ang Go, este fato pode ser explicado pelo aumento do comprimento do ramo
mandibular.
132
6.1.2. Avaliação do dimorfismo sexual entre os grupos nas grandezas
avaliadas.
O dimorfismo sexual é um dado importante a ser avaliado para
verificação da existência de possíveis diferenças entre o sexo masculino e
feminino, nas grandezas avaliadas entre T1 e T2, uma vez que, para a
composição de nossa amostra, foram selecionados indivíduos de ambos os
sexos, os quais se encontravam em uma fase que englobava o pico de
crescimento.
Diante dos resultados, observamos que ocorreu dimorfismo sexual na
amostra avaliada, apenas para a grandeza linear PM-ßV, em que o grupo
GT-M apresentou um incremento adicional de +3,4mm em relação ao GC-F,
entre os momentos T2-T1. Tal resultado está em desacordo com o estudo
de Illing et al. (1998), quando ao compararem os efeitos do Bionator com um
grupo controle os autores não encontraram diferenças entre os sexos, na
avaliação vertical da mandíbula.
Para as demais grandezas lineares e angulares avaliadas, não foram
encontradas diferenças estatisticamente significantes em relação ao sexo,
nos grupos estudados. Estes dados confirmam os resultados encontrados
por Kessner (1996), Illing, Morris e Lee (1998) e Almeida et al. (2000), que
também não encontraram dimorfismo sexual em seus estudos.
133
6.2. Avaliação dos efeitos específicos de tratamento no momento
(T2-T1).
6.2.1. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1).
Podemos observar, na tabela 10, página 93 , que houve diferença
estatisticamente significante entre os GT e GC em relação às grandezas
lineares: XI-DC, Co-Pg e PM-ßV.
O GT apresentou valores médios anuais em XI-DC de 1.37mm/ano, e
o GC 0.66mm/ano (p=0.005), com um aumento adicional do ramo
mandibular de +0,71mm/ano. A diferença média encontrada nos estudos de
Kessner (1996); Schulof e Engel (1982), foi para XI-DC, 2,66mm e 3,00mm,
respectivamente, porém tais medidas não representam as médias anuais e
sim a alteração que ocorreu durante o tempo de avaliação, que foi
aproximadamente 2 anos.
Em relação à grandeza Co-Pg, a alteração foi de 3.30mm/ano, para o
GT, e de 2.52mm/ano, para o GC (p=0.014), com um aumento adicional do
comprimento total da mandíbula de +0,78mm/ano. Este resultado se
aproximou mais do aumento adicional encontrado por Keeling et al (1998),
que foi de aproximadamente +0,70mm/ano. Entretanto, Tulloch et al. (1997),
encontraram um aumento adicional do comprimento da mandíbula de
+1,33mm/ano, nos indivíduos tratados com Bionator, para Almeida et al.
134
(2004) o aumento adicional foi de +1,70mm/ano e, Cozza et al. (2006)
relataram um coeficiente de eficiência de 1,92mm/ano, para o grupo que
utilizou o Bionator.
Na grandeza PM-ßV pudemos observar a maior diferença do GT em
relação ao GC, em que tivemos um aumento de 3.59mm/ano para o GT e
1.84mm/ano para o GC (p<0,001), com um aumento adicional da posição
vertical da mandíbula em relação ao crânio que foi de +1,75mm/ano.
Quanto à posição horizontal da mandíbula em relação ao crânio (PM-
ßH), não foram encontradas diferenças significantes, porém Almeida et al.
(2004), encontraram um avanço adicional da mandíbula de +2,70mm/ano,
tanto na posição do ponto Pg, quanto na posição do ponto B; esse fato pode
ser explicado pelo método de avaliação utilizado no nosso estudo no qual,
para se verificar a alteração da mandíbula no sentido horizontal, foi avaliada
a posição do ponto PM, que é mais estável e menos sujeito à aposição
óssea durante o crescimento.
Para as demais grandezas lineares e angulares não foram
encontradas diferenças significantes.
135
6.2.2. Avaliação das diferenças médias anuais (T2-T1) considerando
o EMVC (2-3 e 3-4).
A idade cronológica não é válida para prever a velocidade de
crescimento esquelético ou maturidade esquelética (Fishman 1979), e de
acordo com Generoso et al. (2003) pode ser usada somente dentro de
certos parâmetros. Assim sendo, o método de avaliação da idade
esquelética baseado nas alterações morfológicas das vértebras cervicais,
proposto por Lamparski (1972) e modificado por Hassel e Farmann (1995),
tem sido utilizado por vários autores (O'Reilly e Yanniello 1988; Hellsing
1991; Franchi et al. 2000; Baccetti, Franchi, McNamara 2002; Baccetti,
Franchi, McNamara 2005) e confirmado por outros como método eficiente
para determinação da maturação esquelética (Armond, Castilho e Moraes
2001; Grave e Townsend 2003; Ortolani 2004; Georgevich 2004; Santos et
al. 2005; Moscatiello 2005 ). Além disso, esse método também foi usado
para prever o pico de crescimento mandibular e avaliar a efetividade clínica
da eficiência de aparelhos funcionais de acordo com O'Reilly e Yanniello
(1988); Franchi et al. (2000); Baccetti, Franchi, McNamara (2002); Faltin et
al. (2003); Georgevich (2004); Baccetti, Franchi, McNamara (2005).
No nosso estudo, optamos por fazer a avaliação das médias anuais,
considerando os estágios de maturação esquelética dos indivíduos, e
pudemos observar que houve diferença estatisticamente significante para as
grandezas XI-DC (p=0,024) e PM-ßV (p<0,001), quando foram comparados
136
os 4 grupos (GC 2-3, GC 3-4, GT 2-3, GT 3-4); em relação às demais
grandezas avaliadas não foram encontradas diferenças significantes entre
os grupos avaliados, tabelas 12 e 13, páginas 97 e 101.
Ao avaliarmos as grandezas lineares XI-DC e PM-ßV, quando
comparamos os grupos 2 a 2, encontramos diferenças significantes entre os
grupos, GC 2-3 e GT 2-3, e entre GC 3-4 e GT 3-4, nos quais os aumentos
foram maiores para o GT.
Para a grandeza linear XI-DC, os indivíduos do GT 2-3 apresentaram
um crescimento adicional do comprimento do ramo mandibular de
+0,53mm/ano, em relação ao GC 2-3, (p< 0,05), e os indivíduos do GT 3-4
um crescimento adicional do comprimento do ramo mandíbula de +0,90
mm/ano em relação ao GC 3-4, (p< 0,05). Tal fato, confirma maior
quantidade de crescimento no pico (3-4).
Para a grandeza linear PM-ßV, os indivíduos do GT 2-3 apresentaram
um crescimento adicional da mandíbula no sentido vertical de +1,42mm/ano,
em relação ao GC 2-3, (p< 0,05), e os indivíduos do GT 3-4 um crescimento
adicional da mandíbula no sentido vertical de +2,12 mm/ano em relação ao
GC 3-4, (p< 0,05).
Podemos relatar também, para o comprimento total da mandíbula
(Co-Pg), uma tendência de aumento a ser considerada, onde o GT 2-3
apresentou um aumentou adicional de +0,71mm/ano em relação ao GC 2-3,
e, o GT 3-4 apresentou um aumentou adicional de +0,90mm/ano em relação
ao GC 3-4, Porém essas alterações não foram estatisticamente significantes,
137
(p=0,056) e esse resultado também foi confirmado por Janson (1983). Os
indivíduos que iniciaram tratamento no estágio de pico (3-4), não
apresentaram diferença estatisticamente significante em relação àqueles
que iniciaram no pré-pico (2-3), porém foi encontrado um incremento maior
no pico (3-4). No nosso estudo, esta condição pode ser explicada pelo fato
de que, ao subdividirmos os grupos por EMVC, diminuímos o tamanho da
amostra, isto pode ter influenciado o resultado, pois a grandeza linear Co-Pg
quando avaliada de modo geral, apresentou alterações significantes.
Quanto ao comprimento do corpo mandibular, não observamos
alterações significantes, este resultado confirma o estudo de Faltin et al.
(2003), no qual não foram verificados aumentos significantes nos estágios
pré-pico e pico, para esta grandeza.
Quando comparamos os indivíduos que iniciaram no EMVC 2-3 (pré-
pico) com aqueles que iniciaram no EMVC 3-4 (pico), não foram encontradas
diferenças significantes, para as grandezas avaliadas. No entanto, Faltin et
al. (2003) verificaram alterações significantes para o comprimento do ramo e
comprimento total da mandíbula nos indivíduos que iniciaram o tratamento
durante a fase de pico de crescimento. O'Reilly e Yanniello (1988)
encontraram alterações significantes no EMVC 2-3 para o comprimento total
da mandíbula e comprimento do corpo mandibular e, no EMVC 3-4,
observaram alteração apenas para o comprimento total da mandíbula, sendo
que nos EMVC 2-3 e 3-4 não foram encontraram diferenças no ramo da
mandíbula.
138
Em relação às grandezas angulares não foram encontradas
diferenças estatisticamente significantes, quando considerados os EMVC. O
mesmo foi observado por Janson (1983). Porém, Faltin et al. (2003)
observaram uma diferença significante para o ângulo goníaco, entre os
grupos tratado e controle, nos indivíduos que iniciaram o tratamento durante
o pico de crescimento.
6.2.3. Comparação com os incrementos anuais propostos por
Ricketts, 1982.
A) Avaliação da homogeneidade entre as proporções dos grupos
estudados, considerando os incrementos anuais propostos por Ricketts
(1982).
O incremento da linha Ba-Na que representa a base craniana, não é
influenciada por nenhum tipo de tratamento, e pode ser comparável com
incremento de XI-PM e XI-DC. Assim, decidimos também realizar a
comparação com os incrementos anuais da previsão de crescimento
propostos por Ricketts (1982).
Pudemos observar na avaliação de Ba-Na que foram encontradas
para o GT médias acima de 1,5mm/ano esperado, em 18 indivíduos
139
(54,55%) e, para o GC, 16 indivíduos (51,61%), (p=0,814), página 103.
Portanto os grupos não diferem em relação ao aumento esperado de 1,5
mm/ano da grandeza Ba-Na. O GT apresentou um aumento médio anual em
Ba-Na de 1,96mm/ano e no GC o aumento foi de 1,77mm/ano, na tabela 10,
página 93.
Quanto a XI-PM, foram encontradas para o GT médias acima de
1,6mm/ano esperado, em 18 indivíduos (54,55%) e, para o GC, 12
indivíduos (38,71%), (p=0,205), página 104. Portanto os grupos não diferem
em relação ao aumento esperado de 1,6 mm/ano da grandeza XI-PM. O GT
apresentou um aumento médio anual em XI-PM de 1,81mm/ano e no GC o
aumento foi de 1,52mm/ano, tabela 10, gina 93.
Na grandeza XI-DC, observamos que foram encontradas para o GT
médias acima de 0,8mm/ano esperado, em 21 indivíduos (63,64%), e para o
GC, 11 indivíduos (35,48%), (p=0,024), página 104. Portanto os grupos
diferem estatisticamente em relação ao aumento esperado de 0,8 mm/ano
da grandeza XI-DC. O GT apresentou porcentagem maior de casos com
aumento do que o GC. Verificamos na tabela 10, página 93, que no GT o
aumento médio anual em XI-DC foi de 1,37mm/ano e no GC o aumento foi
de 0,66mm/ano, verificamos, pois, que o comprimento do ramo da
mandíbula cresceu além do incremento anual esperado, de 0,8mm/ano.
Esse resultado pode ser confirmado pelo estudo de Schulhof e Engel (1982).
140
C) Avaliação da homogeneidade entre as proporções dos grupos
estudados, considerando os EMVC e os incrementos anuais propostos por
Ricketts (1982).
Quando subdividimos os grupos, considerando os EMVC, eles não
diferiram quanto aos incrementos anuais esperados para Ba-Na, XI-PM. No
entanto, para XI-DC, houve apenas uma tendência de os grupos
apresentarem diferença quanto ao incremento esperado. Assim, na
grandeza XI-DC, foram observadas médias acima de 0,8mm/ano esperado,
em 9 indivíduos do GT 2-3 (52,94%), 4 indivíduos do GC 2-3 (28,57), 12
indivíduos do GT 3-4 (75,00%), e em 7 indivíduos do GC 3-4 (41,18%),
(p=0,067), página 106.
Assim, ao considerarmos os EMVC, os grupos não apresentaram
diferenças em relação ao incremento esperado de 0,8 mm/ano da XI-DC,
isto pode ser explicado pelo pequeno tamanho da amostra, ao subdividirmos
os grupos por EMVC.
141
C) Relação da proporção de Ba-Na com XI-PM e XI-DC em cada
grupo estudado.
A correlação linear entre as variáveis Ba-Na/XI-PM não foi verificada
no GC, enquanto no GT houve uma correlação positiva entre as duas
variáveis, também encontrada por Kessner (1996). Essa correlação indicou
que o crescimento de XI-PM acompanhou o crescimento de Ba-Na no GT,
na proporção de 1/0,6, figura 45, página 107. Porém, Schulhof e Engel
(1982) encontraram uma relação de 1/1.43, no aumento do comprimento do
corpo mandibular com Ba-Na.
Para as variáveis Ba-Na/XI-DC, o GC apresentou uma correlação
linear positiva, ou seja, XI-DC acompanhou o comportamento de Ba-Na. Em
relação ao GT, não pudemos observar uma correlação linear entre as
variáveis, indicando que elasm um comportamento independente, também
confirmado por Kessner (1996). Porém, o incremento de XI-DC em relação a
previsão de crescimento de Ba-Na, foi estatisticamente significante. Tal fato
pode ser observado na figura 46 e gina 108, respectivamente.
Os resultados encontrados nesse estudo mostraram que o tratamento
com Bionator, de indivíduos portadores de Classe II com retrognatismo
mandibular, provocou alterações esqueléticas significantes como relatado
em outros estudos. Embora, Janson (1983) e Rudzki-Janson e Noachtar
(1998) tenham encontrado basicamente adaptações dentoalveolares.
142
As mudanças encontradas no nosso estudo incluíram aumento no
comprimento mandibular, aumento do ramo mandibular e alteração da
posição da mandíbula no sentido vertical. O aumento significante no
comprimento mandibular pode ser atribuído ao estimulo de crescimento
mandibular induzido pela terapia com Bionator. As diferenças não foram
estatisticamente significantes entre o tratamento realizado no estágio de pré-
pico (EMVC 2-3) e pico (EMVC3-4), porém os valores absolutos no EMVC 3-
4 foram superiores. Sugerimos que uma pesquisa futura seja realizada,
aumentando o número de indivíduos da amostra para avaliação da possível
influência do padrão facial no potencial e direção de crescimento da
mandíbula.
143
6. CONCLUSÕES
1. O uso do Bionator induziu aumentos significantes no comprimento
mandibular, comprimento do ramo e posição vertical da mandíbula em
relação ao crânio, quando comparado com grupo controle
homogêneo.
2. Foi verificado dimorfismo sexual apenas entre o grupo tratado
masculino e grupo controle feminino para a grandeza linear PM-ßV.
3. As alterações anualizadas seguiram o comportamento das médias
gerais, nas quais ocorreram aumentos significantes do comprimento
mandibular, comprimento do ramo e posição vertical da mandíbula em
relação ao crânio.
4. Quando os grupos foram comparados, considerando os EMVC (pré-
pico e pico), foram observadas alterações no comprimento do ramo e
posição vertical da mandíbula em relação ao crânio, onde o GT 2-3
apresentou aumentos significantes em relação ao GC 2-3, e o GT 3-4
apresentou aumentos significantes em relação ao GC 3-4. Para o
comprimento do corpo houve uma tendência a aumento, porém não
significante. O GT 3-4 apresentou valores absolutos maiores do que o
GT 2-3, porém não estatisticamente significantes.
144
5. Os grupos tratado e controle não diferem em relação ao aumento
esperado de 1,5mm/ano de Ba-Na e 1,6mm/ano de XI-PM, porém em
relação ao aumento esperado de 0,8mm/ano de XI-DC, encontramos
uma diferença significante entre os grupos, na avaliação da amostra
em geral. No GT, o aumento de XI-PM acorreu de acordo com a
previsão de crescimento, na relação de Ba-Na/XI-PM de 1:0,6,
enquanto a grandeza XI-DC, apresentou comportamento
independente da previsão de crescimento. O GC apresentou
correlação linear positiva com XI-DC e não apresentou correlação
com XI-PM.
145
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151
ANEXO A - Dados referentes indivíduos do grupo controle
num sexo nascim T1 T2 idade T1 idade T2 T2-T1 meses TF EMVC T1 EMVC T2
4 M
04/09/90 22/05/98 16/02/01
92 125 33 N 2 3
11 M
25/11/89 20/10/98 26/11/02
107 156 49 N 2 3
12 M
15/05/90 22/05/98 22/02/01
96 129 33 P 2 3
18 F
27/04/90 04/11/98 01/03/01
103 131 28 P 3 4
19 M
08/06/89 16/06/98 09/02/01
108 140 32 N 2 3
21 M
04/10/88 28/11/97 04/11/98
109 121 12 N 3 4
24 F
06/02/89 09/05/97 08/06/98
99 112 13 N 3 4
37 M
24/04/89 23/10/98 14/02/01
114 142 28 N 2 3
38 F
14/05/89 28/11/97 28/10/98
102 113 11 N 2 3
49 F
16/03/91 18/06/97 17/03/99
75 96 21 N 3 4
(6) he M 24/08/63 15/10/73 30/10/74 122 134 12
P 2 3
(7) fg
M
23/08/59 04/05/74 23/11/75
177 195 18 R 3 4
(15) cl M 20/11/66 07/02/77 21/02/79 123 147 24
N
3 4
(21) ts M 01/12/65 30/09/76 23/03/78 129 147 18
N
3 4
(32) cd F 31/01/64 13/02/75 06/07/76 133 150 17
N
2 3
(35) ah F 25/06/66 14/10/76 05/02/79 124 152 28
R
3 4
(40) hi F 21/11/62 02/05/74 02/04/75 138 149 11
N
3 4
(44) ao F 07/05/68 14/12/77 11/05/79 115 132 17
P
3 4
(45)ao F 10/02/69 12/10/77 30/04/80 104 134 30
P
3 4
(50)ms F 17/03/68 19/01/77 11/05/79 106 134 28
N
3 4
1 V F 07/08/79 09/04/91 13/07/92 140 155 15
P 3 4
3 V F 07/12/84 08/03/95 13/03/96 123 135 12
N 3 4
4 V F 19/12/84 10/08/93 11/08/94 104 116 12
N 2 3
5 V F 16/08/85 01/06/93 05/09/94 94 109 15
N 2 3
9 V M 12/06/79 20/08/93 30/08/94 170 182 12
P 3 4
10 V M 03/05/83 15/03/94 10/01/96 130 152 22
P 2 3
12 V M 04/12/74 06/07/84 07/05/87 115 149 34
N 2 3
14 V M 27/10/82 19/09/94 03/10/95 143 156 13
R 3 4
16 V M 03/12/80 20/07/89 14/03/92 103 135 32
N 3 4
18 V M 12/06/85 29/11/95 07/03/97 125 141 16
R 2 3
S/N V M 09/09/94 12/08/04 12/11/05
119 134 15 P 2 3
152
ANEXO B - Dados referentes indivíduos do grupo tratado
num sexo nascim T1 T2 idade T1 idade T2 T2-T1 meses TF EMVC T1 EMVC T2
1464 F 12/02/77 13/08/85 04/03/88 102 133 31 R 2 3
1515 F 12/01/78 11/03/86 20/11/87 98 118 20 N 3 4
1531 F 30/11/75 23/05/86 24/04/87 126 137 11 N 3 4
1546 F 16/07/76 02/06/88 17/08/89 143 157 12 P 3 4
1700 M 30/11/77 14/01/88 07/08/89 122 141 19 R 2 3
1720 M 19/01/79 19/04/88 17/06/91 111 149 38 N 2 3
1743 F 30/05/79 15/09/88 19/07/90 112 134 22 R 3 4
1794 F 19/01/79 25/07/89 10/08/90 126 139 13 R 3 4
1834 M 08/09/78 16/02/90 05/11/91 137 158 21 P 3 4
1845 F 30/03/80 19/04/90 22/11/91 121 140 19 R 3 4
1859 F 10/09/80 04/06/90 26/11/91 117 134 17 P 3 4
1860 M 22/06/78 03/07/90 14/02/92 145 164 19 R 3 4
1864 M 26/01/79 14/05/90 23/08/91 136 151 15 P 2 3
1872 F 27/09/80 18/09/90 07/08/92 120 143 23 R 2 3
1876 F 19/08/81 16/08/90 21/10/91 108 122 14 N 3 4
1887 M 17/06/80 30/03/90 05/07/91 117 133 16 N 2 3
1905 M 03/07/79 01/03/91 15/04/94 140 177 37 P 3 4
1915 M 12/12/79 07/02/91 07/08/92 146 164 18 N 3 4
1916 F 17/12/81 07/02/91 22/12/92 110 132 22 N 3 4
1922 M 05/05/79 12/04/91 03/11/92 143 162 19 P 3 4
1931 F 15/06/80 10/07/91 18/05/93 133 155 22 P 3 4
1932 F 03/11/82 11/06/91 17/12/92 103 121 18 R 2 3
2009 F 15/04/82 19/01/93 03/03/94 129 143 14 P 2 3
2064 M 06/10/83 05/11/93 08/03/96 121 149 28 P 2 3
2116 F 05/04/86 06/05/94 16/08/96 97 124 27 R 3 4
2121 M 12/09/83 05/05/94 04/08/95 128 143 15 P 2 3
2163 F 15/07/85 13/12/94 11/09/98 113 158 45 P 2 3
2225 M 01/07/85 31/10/95 04/03/97 123 140 17 N 2 3
2337 M 13/06/87 16/12/97 12/01/00 126 151 25 N 2 3
2016 F 14/10/83 19/02/93 12/07/94 112 129 17 P 2 3
2023 M 14/09/83 02/04/93 06/05/94 115 128 13 N 2 3
2157 M 09/01/86 04/10/94 20/09/96 105 128 23 N 2 3
2193 M 21/10/83 26/05/95 05/09/96 139 155 16 P 2 3
153
ANEXO C - 1ª Medição das grandezas lineares e angulares realizadas para o GC
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-
ßH
T1
PM-
ßH
T2
PM-
ßV
T1
PM-
ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang
Go T1
Ang
Go T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
4 101,60 104,43 56,82 61,05 22,83 25,67 93,14 97,71 40,21
42,36
65,30
71,09
25,00
28,50
131,00
129,00
130,50 128,50
11 97,11 100,77 60,97 63,56 25,42 27,52 97,03 101,83 40,08
41,72
66,27
71,16
35,00
38,00
119,00
119,00
120,50 119,00
12 97,56 101,50 59,11 63,89 29,98 32,15 96,71 104,00 41,94
46,51
64,49
70,24
34,00
32,00
124,50
125,50
124,50 125,00
18 103,41 107,96 64,87 67,07 25,16 26,89 103,17 107,57 48,04
49,40
65,74
66,85
31,50
34,00
122,00
120,50
122,00 121,50
19 99,68 99,69 58,05 60,39 29,61 29,78 99,56 100,90 43,02
43,13
66,61
69,45
23,00
25,50
131,00
129,50
130,50 130,00
21 98,53 101,74 61,10 61,11 27,95 28,63 96,60 99,14 44,02
42,38
65,74
69,11
32,50
30,50
126,50
126,00
127,00 124,50
24 94,12 98,69 56,31 57,37 25,29 25,29 94,53 95,98 41,30
41,79
64,57
64,93
21,00
23,00
134,00
132,50
133,00 132,00
37 101,63 103,75 67,56 71,73 26,01 26,73 104,71 112,22 45,69
47,85
72,33
78,52
31,50
32,00
122,50
120,00
121,50 121,50
38 103,32 104,04 62,86 65,32 28,99 27,79 103,30 105,69 47,15
48,75
69,57
70,93
31,50
29,00
133,00
134,00
133,00 134,50
49 100,16 103,34 60,92 62,04 25,24 27,01 97,89 101,26 43,94
45,76
66,56
67,18
32,00
32,00
119,50
121,50
122,00 122,50
(6) he
104,40 108,21 57,86 62,67 27,81 30,26 98,62 104,38 45,69
47,96
60,44
66,51
30,00
30,50
131,50
133,00
131,50 132,50
(7) fg
104,61 110,07 64,45 66,91 26,63 29,04 104,28 109,49 44,77
44,89
76,27
82,03
32,00
33,00
130,00
130,50
130,00 130,50
(15) cl
108,65 111,81 70,18 71,84 33,15 33,33 111,81 114,28 45,65
45,75
79,99
81,25
32,00
33,50
130,50
124,50
131,00 126,00
(21) ts
106,67 108,94 63,47 65,66 34,65 33,80 107,07 109,04 43,33
45,56
78,29
80,45
36,50
36,00
120,00
120,50
121,50 123,00
(32) cd
101,01 103,50 66,09 68,35 31,84 34,06 111,57 114,16 47,07
49,53
76,08
79,70
26,50
27,00
131,00
131,50
131,50 130,50
(35) ah
107,62 111,89 60,49 64,73 27,29 29,94 98,55 105,81 43,10
43,41
67,74
76,74
35,00
35,00
126,00
125,00
126,50 125,50
(40) hi
110,53 114,30 61,68 65,92 37,00 39,94 106,75 112,92 43,65
47,33
75,18
78,97
41,50
43,50
118,00
116,50
119,00 120,00
(44) ao
114,60 116,09 66,34 69,09 29,79 28,79 106,25 108,65 47,25
50,26
72,70
73,88
27,50
31,00
131,50
126,50
130,00 127,50
(45)ao
107,75 112,11 63,93 67,98 30,01 35,09 104,52 112,64 46,31
51,25
70,09
77,98
30,00
32,50
127,00
126,00
125,50 125,50
(50)ms
102,08 104,10 63,29 66,22 27,56 27,32 101,73 104,63 42,64
43,99
70,97
71,33
28,00
29,00
130,50
129,50
130,00 131,00
1 V
106,42 106,59 66,66 68,37 28,30 29,51 106,61 112,20 46,10
48,65
73,85
73,60
31,50
35,00
123,00
122,00
125,00 124,50
3 V
98,91 101,25 60,38 62,49 23,20 23,32 98,78 103,16 44,54
47,17
68,88
70,54
35,50
35,00
120,00
121,50
121,50 123,00
4 V
111,38 113,75 64,52 63,75 27,29 30,33 105,82 109,96 45,86
45,43
72,04
73,99
31,00
37,00
123,00
121,00
124,50 122,50
5 V
99,30 102,26 65,28 65,98 25,75 25,21 107,46 109,94 47,62
47,93
75,00
74,72
31,50
27,00
125,00
126,50
126,00 128,00
9 V
111,99 114,31 73,40 77,48 30,23 33,01 119,04 123,45 55,32
58,77
72,92
78,43
36,00
34,50
119,00
118,00
121,00 120,00
10 V
118,73 119,91 70,35 72,11 30,26 31,38 111,83 116,98 50,42
54,12
72,54
75,29
35,50
36,00
118,50
117,50
121,50 120,00
12 V
106,00 110,63 67,24 71,64 30,49 30,87 109,30 116,73 47,56
52,14
74,51
76,44
29,00
31,00
130,00
126,00
129,50 127,00
14 V
107,98 108,13 67,38 68,59 25,81 26,03 109,28 109,46 44,76
47,02
74,92
75,95
34,50
35,50
121,00
118,00
121,00 120,50
16 V
109,31 112,39 66,43 70,44 25,72 25,02 106,47 112,33 49,56
52,10
65,86
68,48
31,00
34,00
130,00
127,00
129,00 126,00
18 V
111,37 114,25 65,31 66,91 28,42 28,89 106,74 109,05 40,95
40,61
75,79
79,22
32,50
32,00
126,50
129,00
128,00 130,50
S/N V
109,68 110,87 67,34 68,29 27,33 27,33 109,00 109,69 48,17
49,48
66,76
65,35
35,00
34,50
125,00
124,50
126,00 125,00
154
ANEXO D - 2ª Medição das grandezas lineares e angulares realizadas para o GC
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-
ßH
T1
PM-
ßH
T2
PM-
ßV
T1
PM-
ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang
Go T1
Ang
Go T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
4 101,54 104,97 56,97 60,80 22,88 25,49 93,14 97,22 39,90
42,10
65,47
71,19
26,00
28,00
131,50
129,00
131,00 128,50
11 96,81 100,58 60,99 63,40 25,01 27,26 96,91 101,77 39,96
41,24
66,15
71,15
35,00
38,00
119,00
119,00
120,50 119,50
12 97,33 101,58 58,87 63,41 29,86 31,98 96,51 103,79 41,92
45,98
64,65
70,06
34,00
32,00
124,00
125,50
124,00 124,50
18 103,43 107,59 65,00 66,74 25,15 26,23 102,76 107,55 47,62
49,29
65,81
66,81
31,50
33,50
122,00
121,00
122,00 122,00
19 99,37 99,37 57,80 59,97 29,44 29,44 99,70 101,37 43,02
43,03
66,17
69,16
23,50
25,00
131,50
130,00
130,50 130,00
21 98,59 101,72 60,81 60,81 27,91 28,28 96,81 98,92 43,71
42,47
65,51
68,75
32,00
30,50
126,00
126,00
126,50 125,00
24 94,50 98,36 55,93 57,26 24,96 24,97 94,39 96,04 41,08
41,70
64,31
64,85
20,50
23,00
133,50
133,00
133,50 132,00
37 101,62 103,82 67,61 71,37 26,14 26,40 105,34 112,34 45,84
47,98
72,12
78,01
31,00
32,00
122,50
120,00
121,00 121,00
38 103,49 104,32 62,61 64,99 28,79 27,84 103,58 105,69 47,21
48,49
69,75
71,08
31,50
28,50
133,00
134,00
133,00 135,00
49 100,20 103,35 60,83 61,56 25,01 26,96 97,80 101,46 43,93
45,62
66,57
67,57
32,00
32,00
120,00
122,00
122,00 123,00
(6) he
104,85 107,87 57,99 62,70 27,60 30,03 98,63 104,34 45,71
48,08
60,26
66,38
30,00
30,00
131,50
133,00
132,00 132,50
(7) fg
104,34 110,29 64,27 66,79 26,55 28,69 104,31 109,48 44,88
44,89
76,20
82,03
32,00
33,00
130,00
131,00
129,50 130,50
(15) cl
108,54 111,68 70,08 71,57 32,97 33,24 111,81 114,35 45,54
45,86
79,98
81,32
32,50
34,00
130,00
124,50
131,00 126,00
(21) ts
106,72 109,02 63,48 65,42 34,74 33,35 106,99 108,92 43,16
45,46
78,25
80,42
36,00
36,00
120,00
120,50
122,00 123,00
(32) cd
100,57 103,42 65,91 68,30 31,84 33,77 111,75 114,13 47,35
49,66
75,62
79,61
26,00
26,50
131,00
131,00
131,00 130,50
(35) ah
107,50 111,86 60,19 64,84 27,33 29,94 98,32 105,42 43,28
43,28
67,94
76,52
35,50
35,00
126,50
125,00
127,00 125,00
(40) hi
110,83 114,22 61,88 65,92 37,02 39,73 106,75 112,76 43,64
47,22
74,36
78,88
42,00
43,00
117,50
116,50
120,00 120,00
(44) ao
114,44 116,43 66,20 69,32 29,75 29,24 106,22 108,63 47,41
49,96
72,70
73,96
27,00
31,00
132,00
126,50
130,00 127,00
(45)ao
107,96 111,96 64,13 68,20 30,47 34,64 104,43 112,65 46,14
51,47
70,11
78,12
30,00
32,00
126,50
125,50
125,00 125,50
(50)ms
102,30 104,70 63,40 66,04 27,64 27,64 101,85 104,80 42,55
43,63
70,92
71,21
28,50
28,50
131,00
129,00
130,00 130,50
1 V
106,45 106,70 66,69 68,29 28,59 29,51 106,58 111,97 46,24
48,54
73,84
73,83
31,00
35,00
123,50
122,50
124,50 125,00
3 V
98,90 101,15 60,35 62,61 23,10 23,10 98,73 102,93 44,53
47,38
68,90
69,99
35,50
34,50
120,50
122,00
122,00 123,00
4 V
111,39 114,07 64,89 63,58 27,27 30,27 105,56 109,70 45,87
45,34
71,72
73,87
31,00
37,00
123,00
121,00
124,00 123,00
5 V
99,20 102,17 65,22 65,87 25,55 25,39 107,39 109,77 47,67
47,67
74,86
74,76
31,00
27,00
125,00
126,50
126,00 128,00
9 V
111,95 114,29 73,49 77,30 30,12 32,80 119,11 123,50 55,44
58,64
72,64
78,48
36,00
35,00
119,00
118,00
120,50 120,00
10 V
118,34 120,07 70,43 71,87 30,43 31,17 111,82 117,26 50,52
54,14
72,67
75,28
35,00
36,00
118,50
118,00
121,50 120,00
12 V
105,74 110,91 67,26 71,69 30,55 30,84 109,32 116,77 47,70
52,05
74,42
76,52
29,00
30,50
130,00
126,00
130,00 127,00
14 V
108,42 108,42 67,43 68,48 26,05 26,26 109,23 109,51 44,71
46,93
74,92
75,72
34,00
35,00
121,00
118,00
121,00 121,00
16 V
108,14 112,37 66,21 70,25 25,69 25,07 106,60 112,15 49,82
51,91
65,89
68,23
30,50
33,50
130,50
127,00
129,00 126,00
18 V
111,44 114,31 65,08 66,82 28,27 28,58 106,94 109,17 40,96
40,55
75,99
78,88
31,00
32,00
127,00
129,00
128,50 130,00
S/N V
109,57 110,65 67,62 68,18 27,23 27,19 109,03 109,82 48,22
49,64
66,50
66,15
35,00
34,00
125,00
125,00
126,00 125,00
155
ANEXO E - 3ª Medição das grandezas lineares e angulares realizadas para o GC
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-
ßH
T1
PM-
ßH
T2
PM-
ßV
T1
PM-
ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang
Go T1
Ang
Go T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
4 101,63 105,04 56,88 61,00 22,90 25,48 93,63 97,70 40,16
42,27
65,85
71,26
25,00
28,50
131,00
129,00
130,50 128,50
11 97,14 101,02 60,96 63,52 25,46 27,48 97,13 100,99 40,24
41,73
66,18
71,18
35,00
38,00
119,00
119,00
120,50 119,00
12 97,93 101,72 59,00 63,44 29,85 32,11 96,71 104,05 42,12
46,31
64,50
70,42
34,00
31,50
124,00
126,00
124,50 124,50
18 103,61 108,44 64,89 66,76 25,18 26,51 102,99 107,54 47,92
49,73
65,89
66,98
31,00
34,00
122,50
121,00
122,00 122,00
19 99,67 99,67 58,03 60,23 29,73 29,73 99,85 101,59 43,03
43,15
66,65
69,42
23,50
25,00
131,00
129,50
130,50 130,00
21 98,84 101,80 61,18 61,18 27,98 28,34 96,81 99,02 44,17
42,62
65,75
68,95
32,00
31,00
126,50
125,50
127,00 125,00
24 94,55 98,74 56,01 57,57 25,23 25,23 94,54 96,04 41,16
41,60
64,68
65,51
21,00
23,00
134,00
132,50
133,50 132,00
37 101,72 104,02 67,76 71,55 26,27 26,76 105,20 112,37 45,87
47,91
72,31
78,21
31,50
31,50
122,00
119,50
121,50 121,00
38 103,50 104,52 62,87 65,21 29,40 28,04 103,46 105,93 47,43
48,53
70,07
70,94
31,00
29,00
133,50
134,00
133,50 135,00
49 100,36 103,42 60,83 62,07 25,16 26,84 97,77 101,28 43,93
45,60
66,34
67,80
32,00
32,00
119,50
122,00
122,00 122,50
(6) he
104,85 108,13 58,15 62,67 27,75 30,28 98,64 104,51 45,86
48,23
60,28
66,68
29,50
30,00
131,50
133,00
132,00 133,00
(7) fg
104,54 110,58 64,25 66,83 27,00 28,71 104,43 109,62 45,11
45,24
76,13
82,06
32,50
33,50
130,00
130,50
130,00 130,50
(15) cl
108,90 111,58 70,46 71,70 33,02 33,34 111,95 114,34 45,72
46,11
80,25
81,18
32,50
34,00
130,50
124,50
130,50 126,00
(21) ts
106,83 108,95 63,53 65,72 35,03 34,04 107,10 109,21 43,23
45,62
78,23
80,77
36,00
36,00
120,00
121,00
121,50 123,00
(32) cd
101,06 103,70 66,04 68,36 32,33 33,69 111,84 114,17 47,26
49,63
75,74
80,20
26,00
27,00
131,50
131,00
131,50 131,00
(35) ah
107,72 112,06 60,30 64,68 27,20 30,00 98,48 105,80 43,20
43,71
67,80
76,68
35,00
35,00
126,50
125,00
126,50 125,50
(40) hi
110,59 114,56 62,19 65,93 37,35 39,93 106,93 112,97 43,71
47,53
75,03
78,89
42,00
43,50
117,50
117,00
119,50 120,00
(44) ao
114,63 116,68 66,18 69.22 30,04 29,02 106,46 108,86 47,50
50,26
72,99
73,88
27,00
31,50
131,50
126,50
130,00 127,50
(45)ao
108,15 112,27 64,06 68,49 30,43 34,77 104,66 112,71 46,44
51,66
70,50
77,87
29,50
32,50
127,00
126,00
125,50 126,00
(50)ms
102,38 104,27 63,62 66,02 27,57 27,57 101,86 104,86 42,83
43,63
71,01
71,44
28,00
29,00
131,00
129,50
130,50 130,50
1 V
106,46 106,63 66,79 68,43 28,48 30,02 106,73 112,28 46,32
48,79
73,95
73,95
31,00
35,00
123,50
122,50
125,00 125,00
3 V
99,07 101,33 60,55 62,97 23,18 23,49 98,86 103,40 44,84
47,49
68,87
70,75
35,00
34,50
120,00
121,50
121,50 123,00
4 V
111,57 114,02 65,06 65,05 27,45 30,29 105,85 110,12 46,15
45,52
71,89
73,67
31,00
37,50
123,00
121,00
124,00 122,50
5 V
99,23 102,21 65,56 66,00 25,88 25,28 107,61 110,13 47,62
48,01
75,16
74,59
31,00
27,50
125,00
127,00
126,00 128,00
9 V
112,03 114,49 73,46 77,50 30,42 33,05 119,19 123,67 55,29
58,96
73,12
78,41
35,50
35,00
119,00
118,00
121,00 120,00
10 V
118,67 120,36 70,59 71,91 30,59 31,64 111,85 117,45 50,58
54,29
72,55
75,40
35,00
35,50
118,00
118,00
121,50 120,00
12 V
106,04 110,78 67,30 71,76 30,75 31,19 109,55 116,73 47,61
52,21
74,62
76,48
29,50
30,50
130,00
126,00
129,50 127,00
14 V
108,29 108,59 67,52 68,82 26,03 26,51 109,48 109,48 44,89
47,58
75,12
75,96
34,00
35,50
121,00
118,00
121,00 121,00
16 V
108,48 112,89 66,64 70,35 25,95 25,12 106,51 112,21 49,93
52,20
66,21
68,48
31,00
34,00
130,00
126,50
129,50 126,50
18 V
111,62 114,61 65,33 66,86 28,72 28,95 107,19 109,22 41,09
40,63
75,84
79,20
31,00
32,00
126,50
129,50
128,50 130,00
S/N V
109,53 110,57 67,34 68,33 27,37 27,38 109,11 110,03 48,46
49,48
66,70
66,35
35,00
34,00
125,00
124,50
126,00 125,00
156
ANEXO F - 1ª Medição das grandezas lineares e angulares realizadas para o GT
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-ßH
T1
PM-ßH
T2
PM-ßV
T1
PM-ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang
Go T1
Ang
Go T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
1464
101,41
110,01
60,51 65,51 31,88 35,53 103,96
113,99
34,48 40,24 75,05 80,62 30,00
31,50
133,00
132,00
132,00 132,50
1515
107,11
111,06
64,16 68,32 31,34 35,85 106,87
115,73
45,31 49,22 71,23 81,19 38,00
37,00
113,00
115,00
116,50 118,00
1531
101,79
102,44
61,14 62,04 30,14 32,29 101,55
104,75
40,65 40,47 70,72 77,32 29,00
30,00
132,00
131,50
131,00 131,00
1546
110,25
114,62
66,89 72,70 34,20 34,48 110,71
116,55
46,60 52,40 74,61 79,06 31,50
29,00
127,00
127,50
127,00 126,50
1700
114,57
121,03
67,45 72,00 25,57 30,55 108,89
119,01
45,72 50,75 70,98 82,28 29,50
26,00
132,00
133,00
131,00 132,50
1720
116,96
121,85
67,40 72,76 28,67 30,18 111,66
120,64
50,27 52,35 71,59 78,63 33,50
34,00
129,00
130,00
127,50 130,00
1743 111,46
113,97
66,28 71,25 32,26 35,28 112,49
120,12
49,67 54,45 80,71 87,18 32,00
32,00
128,00
127,00
129,00 128,50
1794 107,00
110,09
63,34 66,28 34,02 34,61 106,65
111,72
42,22 44,72 73,33 79,01 46,00
46,50
104,50
107,00
108,00 110,00
1834 120,83
121,66
74,52 75,78 37,91 42,29 120,36
127,09
57,79 58,38 77,62 84,99 37,00
36,00
117,50
120,00
119,00 122,50
1845 107,29
111,61
62,22 65,36 33,21 35,64 104,75
109,28
39,76 41,64 76,45 80,96 32,50
33,00
123,00
122,50
122,00 122,50
1859
114,91
117,34
69,16 71,39 31,25 31,82 110,75
114,96
49,40 49,92 73,10 77,96 41,00
39,00
118,00
117,00
121,00 120,00
1860
111,29
113,43
70,01 72,13 33,66 38,47 115,15
118,26
45,68 45,71 81,54 88,48 34,50
36,00
124,00
122,50
126,50 125,00
1864
109,60
113,27
70,22 70,25 27,89 29,34 105,32
106,82
51,89 52,46 66,88 69,91 34,00
35,00
123,50
124,00
124,50 122,50
1872
110,61
112,90
63,81 68,61 31,27 32,90 107,44
113,86
39,72 41,05 79,63 88,57 28,00
29,00
132,50
134,00
133,00 134,00
1876
116,51
117,87
73,65 75,72 30,27 32,83 116,38
119,00
50,89 51,47 74,74 78,28 26,50
31,00
130,00
129,00
130,00 129,50
1887
114,26
114,82
68,58 70,92 33,07 36,68 110,55
114,38
48,02 50,91 68,14 71,99 47,00
47,00
108,00
107,00
112,00 112,00
1905
114,53
120,79
72,32 75,73 23,64 27,88 111,64
118,83
49,63 51,94 70,74 80,01 38,00
32,50
123,00
123,50
124,00 122,00
1915
110,10
113,82
69,12 73,06 31,68 33,27 112,72
117,28
46,63 51,24 76,36 81,33 35,50
38,00
119,00
117,00
121,00 120,00
1916
113,73
116,06
70,78 73,57 28,79 32,63 112,01
117,33
53,06 53,72 74,69 81,26 32,00
36,50
125,50
121,00
126,00 122,50
1922
116,21
120,65
70,13 72,97 36,22 39,97 114,61
121,55
49,89 53,10 76,51 83,66 37,00
37,00
116,00
116,50
117,50 117,00
1931
105,08
110,30
63,45 67,85 29,89 30,39 101,12
109,03
42,47 47,87 70,32 73,94 27,00
29,50
133,00
130,00
131,00 131,00
1932
101,48
101,87
61,54 63,13 27,97 28,51 100,63
103,78
36,19 38,02 75,09 78,41 32,00
30,00
124,00
126,50
125,00 126,50
2009
113,94
116,54
71,08 72,88 29,04 30,60 112,37
115,61
56,34 57,01 70,45 74,65 38,50
41,00
120,00
119,00
122,00 120,00
2064
116,22
119,58
69,94 74,60 32,51 32,51 112,91
120,98
54,95 58,17 72,94 73,61 31,00
31,00
127,00
128,50
127,00 127,00
2116 111,39
114,68
62,93 65,68 25,34 30,84 103,23
110,96
40,03 40,72 74,44 83,35 36,50
36,00
124,00
125,00
124,00 125,50
2121 121,89
124,23
75,47 78,85 32,62 33,41 120,30
123,58
56,98 60,61 72,20 77,67 36,50
38,00
129,50
129,50
128,00 128,00
2163 105,62
110,50
63,17 68,04 25,44 28,27 101,10
106,79
47,49 48,16 63,55 74,74 31,00
35,00
127,50
125,00
127,50 126,00
2225 113,64
119,87
72,78 77,20 32,92 34,79 118,95
126,33
53,36 53,57 78,84 87,06 32,50
30,00
125,50
128,00
126,00 127,00
2337 110,57
113,03
73,48 75,17 32,61 33,72 111,77
118,68
51,35 48,46 81,26 89,24 40,00
37,00
117,00
120,00
120,00 123,00
2016 108,17
110,29
61,05 62,82 29,17 29,46 98,93 102,24
41,32 40,46 66,93 74,92 31,00
25,50
128,00
130,50
127,00 129,00
2023 117,08
117,99
72,82 73,54 27,88 27,88 114,46
115,12
56,00 57,45 71,98 72,89 28,00
28,50
134,00
132,00
131,00 131,00
2157 111,39
114,20
65,73 68,55 32,17 35,27 107,71
113,61
45,78 44,79 76,34 84,23 31,00
34,00
123,00
123,50
122,00 124,00
2193 116,96
119,61
75,48 77,30 29,06 32,82 117,86
123,19
55,42 59,19 76,02 79,17 31,50
36,00
125,00
123,50
126,00 125,00
157
ANEXO G - 2ª Medição das grandezas lineares e angulares realizadas para o GT
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-ßH
T1
PM-ßH
T2
PM-ßV
T1
PM-ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang
Go T1
Ang
Go T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
1464
101,46
109,92
60,65 65,53 31,98 35,41 104,04
114,19
34,60 40,39 75,09 80,30 30,00
31,50
133,00
132,00
132,00 132,00
1515
107,25
111,07
64,25 68,29 31,38 35,94 106,73
115,73
45,35 49,10 71,16 81,12 38,00
37,50
113,00
115,00
116,50 117,50
1531
101,98
102,65
61,26 62,54 30,22 32,06 101,82
104,78
41,12 40,57 70,44 77,32 29,00
30,00
132,00
131,50
131,00 130,50
1546
110,56
114,78
67,25 72,87 34,52 34,52 110,98
116,65
46,83 52,43 74,37 78,92 31,00
29,00
127,00
127,50
127,00 126,50
1700
114,82
121,29
67,59 72,28 25,62 30,56 108,90
119,19
45,86 50,79 70,88 81,25 29,00
26,00
132,00
133,00
131,00 132,00
1720
117,08
121,99
67,51 72,68 29,03 30,34 111,72
120,89
50,41 52,46 71,76 78,77 33,00
34,00
129,00
130,00
128,00 130,50
1743 111,67
113,99
66,40 71,43 32,62 35,28 112,69
120,29
50,01 54,69 80,63 87,19 32,00
32,00
128,00
127,00
128,50 128,50
1794 107,09
110,66
63,60 66,49 33,88 34,66 106,69
111,94
42,41 44,99 73,42 79,06 46,00
46,00
104,50
107,00
108,50 110,50
1834 121,05
121,73
75,19 75,97 38,18 42,60 120,70
127,13
57,71 58,28 77,52 85,29 37,50
36,00
118,00
120,00
119,00 122,00
1845 107,54
111,92
62,69 65,69 33,53 35,57 104,81
109,34
40,04 41,88 76,46 80,85 33,00
33,50
123,00
122,50
122,00 122,50
1859
115,26
117,58
69,33 71,90 31,37 31,71 111,11
115,20
49,50 50,20 74,24 77,88 41,00
39,00
118,50
117,00
121,50 120,00
1860
111,49
113,53
70,10 72,38 34,02 38,53 115,34
118,43
45,85 45,85 81,92 88,57 35,00
36,00
124,00
123,00
126,00 125,00
1864
109,71
113,62
70,55 70,55 27,91 29,65 105,21
107,26
52,23 52,56 67,01 69,96 34,00
35,00
123,50
123,50
124,50 122,50
1872
110,78
113,18
64,02 68,71 31,35 32,88 107,79
114,11
39,80 41,07 80,03 88,23 28,00
29,00
132,50
133,00
133,00 133,50
1876
116,66
118,42
73,84 75,74 30,27 32,76 116,63
119,25
51,07 51,48 74,66 78,43 27,00
31,00
130,00
128,50
130,50 129,50
1887
114,50
115,11
68,80 71,06 33,09 36,43 111,12
114,47
48,12 51,14 68,29 72,22 47,00
47,50
108,00
107,00
111,50 112,00
1905
114,78
121,13
72,70 76,04 23,49 28,10 111,74
119,01
49,95 52,06 70,62 80,55 38,00
33,00
123,00
123,00
124,00 121,50
1915
110,15
113,81
69,70 73,26 31,88 33,28 112,81
117,51
46,99 51,26 76,53 81,45 35,00
38,50
119,00
117,00
121,00 120,00
1916
113,81
116,15
70,95 73,64 28,65 32,26 112,14
117,22
53,04 53,80 74,90 81,46 32,00
36,50
125,50
120,50
125,50 122,50
1922
116,27
120,97
70,67 73,47 36,24 39,77 115,28
121,62
49,91 53,21 76,62 83,15 37,00
37,50
116,00
117,00
117,50 117,00
1931
105,38
110,50
63,58 68,12 30,25 30,57 101,29
108,90
42,61 47,97 70,51 74,33 27,50
30,00
133,50
130,00
131,50 131,00
1932
101,67
102,12
61,65 63,26 28,17 28,21 100,51
103,96
36,50 38,12 75,32 78,40 32,00
30,00
124,50
126,50
125,00 127,00
2009
114,12
116,60
71,20 73,07 28,76 30,52 112,52
115,93
56,42 57,15 70,69 74,95 39,00
41,00
120,00
118,50
122,00 120,50
2064
116,30
119,68
70,95 74,37 32,34 32,35 113,01
121,04
55,00 58,25 73,42 73,61 31,50
31,00
127,00
128,50
126,50 127,00
2116 111,43
114,95
63,21 65,75 25,38 30,84 103,82
110,28
40,22 40,90 74,29 83,29 36,50
36,00
124,00
125,00
123,50 125,50
2121 121,95
124,44
75,96 78,93 32,54 33,26 120,20
124,04
56,79 60,69 72,20 75,67 36,50
38,00
129,00
129,50
128,50 128,00
2163 105,68
110,82
63,30 68,29 25,60 28,19 101,31
106,98
47,57 48,21 63,67 74,59 31,00
35,00
127,50
124,50
127,50 126,00
2225 113,85
119,94
73,08 77,41 33,17 35,15 119,20
126,42
53,59 53,52 79,20 86,92 32,50
30,00
125,50
128,00
126,00 127,00
2337 110,70
113,55
73,73 75,61 32,67 33,82 111,93
118,81
51,40 48,67 81,42 89,48 40,00
37,00
117,00
120,00
119,50 122,50
2016 108,38
110,41
61,12 63,02 29,25 29,77 99,12 102,50
41,59 40,34 66,86 75,43 31,50
26,00
128,50
130,50
127,00 129,00
2023 117,12
118,22
72,85 73,81 27,94 28,09 114,51
115,24
56,23 57,60 72,29 73,18 28,50
27,00
134,00
132,00
131,00 131,00
2157 111,54
114,33
66,15 68,60 32,22 35,40 108,32
113,83
45,75 44,77 76,58 84,54 31,00
33,50
123,50
124,00
122,00 123,50
2193 116,94
119,58
75,77 77,57 29,14 33,27 118,16
123,72
55,71 59,29 76,24 79,81 32,00
36,00
125,00
123,50
126,00 125,00
158
ANEXO H - 3ª Medição das grandezas lineares e angulares realizadas para o GT
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-ßH
T1
PM-ßH
T2
PM-ßV
T1
PM-ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang
Go T1
Ang
Go T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
1464 101,54
109,96
60,66 65,55 32,15 35,46 103,92
114,07
34,82 40,33 75,14 80,44 29,50
31,00
133,00
132,50
132,00 132,00
1515 107,30
111,12
64,49 68,37 31,66 35,92 106,86
116,05
45,45 49,04 71,14 80,95 37,50
37,00
113,00
115,00
116,50 118,00
1531 102,07
102,67
61,25 62,24 30,14 32,19 101,73
104,80
40,98 40,51 70,69 77,30 29,00
30,00
131,50
132,00
131,00 131,00
1546 110,33
114,83
67,29 72,73 34,46 34,46 111,04
116,70
46,99 52,58 74,66 78,84 31,50
29,00
127,00
127,50
127,00 126,00
1700 114,65
120,97
67,64 71,53 25,55 30,48 108,94
119,33
45,78 50,84 71,20 81,31 29,00
25,50
132,00
133,00
131,00 132,50
1720 116,95
122,29
66,96 72,79 28,99 30,28 111,63
120,92
50,50 52,34 72,06 78,73 33,00
34,00
129,00
130,00
128,00 130,00
1743 111,55
114,18
66,40 71,25 32,59 35,22 112,78
120,25
49,96 54,44 80,69 86,94 32,00
31,50
128,00
127,00
129,00 128,50
1794 106,97
110,87
63,35 66,57 34,04 34,72 106,62
112,01
42,35 45,11 73,49 78,93 46,00
46,00
104,50
107,00
109,00 110,50
1834 121,11
121,75
75,04 76,15 38,06 42,27 120,83
127,20
57,57 58,55 77,52 85,37 37,00
36,00
117,50
119,50
119,50 122,50
1845 107,32
111,75
62,93 65,42 33,29 35,69 104,94
109,30
40,01 41,71 76,30 80,85 32,50
33,00
123,00
123,00
122,50 122,50
1859 115,27
117,44
69,27 71,62 31,33 31,49 111,17
114,89
49,48 50,32 74,19 77,76 41,50
39,00
118,50
117,00
121,50 120,50
1860 111,64
113,68
70,16 72,00 33,66 38,40 115,41
118,37
45,95 45,96 81,90 88,50 35,00
36,50
124,00
123,00
126,00 125,00
1864 109,63
113,57
70,53 70,54 27,86 29,42 105,15
106,99
52,16 52,78 67,12 69,83 34,00
35,00
123,50
123,50
124,50 123,00
1872 110,83
113,00
64,04 68,71 31,33 32,83 107,71
114,10
39,92 41,30 79,85 88,31 28,50
29,00
133,50
133,00
133,00 134,00
1876 116,59
118,40
73,74 75,73 30,25 32,86 116,53
119,23
51,21 51,65 74,71 78,44 27,00
30,50
130,00
129,00
130,50 129,50
1887 114,49
115,10
68,75 71,04 33,18 36,59 110,80
114,33
48,18 51,05 68,39 72,08 47,00
47,00
108,50
107,00
111,50 112,00
1905 114,71
121,10
72,47 76,11 23,50 28,02 111,71
118,91
50,01 51,88 70,65 80,14 38,50
32,50
123,00
123,00
124,00 121,50
1915 109,94
113,76
69,52 73,37 32,07 33,30 112,86
117,53
47,00 51,26 76,45 81,11 35,00
38,00
119,00
117,00
121,00 120,00
1916 114,03
116,14
70,82 73,63 28,98 32,71 112,02
117,04
53,02 53,79 74,92 81,41 32,00
37,00
126,00
121,00
125,50 122,50
1922 115,94
120,80
70,60 73,36 36,28 39,68 115,26
121,79
50,14 53,19 76,91 83,29 37,00
37,00
116,00
116,50
117,50 117,00
1931 105,53
110,38
63,54 68,01 30,00 30,48 101,23
108,79
42,81 48,01 70,44 74,07 27,50
30,00
133,00
130,00
131,00 131,00
1932 101,57
101,95
61,49 63,24 28,10 28,63 100,53
104,01
36,65 38,06 75,06 78,44 32,50
30,50
124,50
126,00
125,00 127,00
2009 113,98
116,31
71,15 72,79 28,94 30,60 112,90
116,11
56,15 57,27 70,64 72,06 39,00
41,00
120,00
119,00
122,00 120,50
2064 116,02
119,62
70,89 74,35 32,58 32,58 113,00
121,20
55,47 58,11 73,01 73,57 31,50
31,00
127,00
128,50
126,50 127,50
2116 111,43
114,91
63,14 65,69 25,24 30,81 103,64
110,93
40,18 40,89 74,32 83,21 37,00
36,50
124,00
125,00
124,00 125,50
2121 121,86
124,43
75,69 79,00 32,29 33,33 120,56
124,04
56,88 60,60 72,40 75,72 36,50
38,00
129,50
129,50
128,50 128,00
2163 105,90
110,64
63,27 68,17 25,48 28,40 101,19
106,83
47,84 48,07 63,64 74,80 31,00
35,00
128,00
124,50
128,00 126,00
2225 113,97
119,89
72,84 77,09 33,03 35,08 119,19
126,45
53,55 53,92 79,32 86,92 33,00
30,00
126,00
128,00
126,00 127,50
2337 110,74
113,10
73,65 75,29 32,70 33,78 111,97
119,03
51,55 48,78 81,36 89,23 40,00
38,50
117,00
120,00
119,50 122,50
2016 108,41
110,39
61,24 63,14 29,55 29,55 99,05 102,58
41,78 40,45 67,03 75,35 31,00
26,00
127,50
130,00
127,00 129,50
2023 117,07
118,09
72,89 73,72 28,00 28,00 114,52
115,20
56,29 57,47 72,34 72,72 28,00
27,00
134,50
132,00
131,00 131,00
2157 111,45
114,45
65,91 68,42 32,21 35,40 108,07
113,82
45,89 44,90 76,59 84,59 31,00
34,00
123,00
123,50
122,00 123,50
2193 117,03
119,56
75,72 77,72 29,23 32,90 118,05
123,45
55,60 59,40 75,94 79,44 32,00
36,00
125,00
123,00
126,00 125,00
159
ANEXO I - Média dos valores das 3 medições das grandezas lineares e angulares realizadas para o GC.
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-
ßH
T1
PM-
ßH
T2
PM-
ßV
T1
PM-
ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang Go
T1
Ang Go
T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
4 101,59
104,81
56,89 60,95 22,87 25,55 93,30
97,54
40,09
42,24
65,54
71,18
25,33 28,33 131,17
129,00
130,67 128,50
11 97,02
100,79
60,97 63,49 25,30 27,42 97,02
101,53
40,09
41,56
66,20
71,16
35,00 38,00 119,00
119,00
120,50 119,17
12 97,61
101,60
58,99 63,58 29,90 32,08 96,64
103,95
41,99
46,27
64,55
70,24
34,00 31,83 124,17
125,67
124,33 124,67
18 103,48
108,00
64,92 66,86 25,16 26,54 102,97
107,55
47,86
49,47
65,81
66,88
31,33 33,83 122,17
120,83
122,00 121,83
19 99,57
99,58
57,96 60,20 29,59 29,65 99,70
101,29
43,02
43,10
66,48
69,34
23,33 25,17 131,17
129,67
130,50 130,00
21 98,65
101,75
61,03 61,03 27,95 28,42 96,74
99,03
43,97
42,49
65,67
68,94
32,17 30,67 126,33
125,83
126,83 124,83
24 94,39
98,60
56,08 57,40 25,16 25,16 94,49
96,02
41,18
41,70
64,52
65,10
20,83 23,00 133,83
132,67
133,33 132,00
37 101,66
103,86
67,64 71,55 26,14 26,63 105,08
112,31
45,80
47,91
72,25
78,25
31,33 31,83 122,33
119,83
121,33 121,17
38 103,44
104,29
62,78 65,17 29,06 27,89 103,45
105,77
47,26
48,59
69,80
70,98
31,33 28,83 133,17
134,00
133,17 134,83
49 100,24
103,37
60,86 61,89 25,14 26,94 97,82
101,33
43,93
45,66
66,49
67,52
32,00 32,00 119,67
121,83
122,00 122,67
(6) he 104,70
108,07
58,00 62,68 27,72 30,19 98,63
104,41
45,75
48,09
60,33
66,52
29,83 30,17 131,50
133,00
131,83 132,67
(7) fg 104,50
110,31
64,32 66,84 26,73 28,81 104,34
109,53
44,92
45,01
76,20
82,04
32,17 33,17 130,00
130,67
129,83 130,50
(15) cl 108,70
111,69
70,24 71,70 33,05 33,30 111,86
114,32
45,64
45,91
80,07
81,25
32,33 33,83 130,33
124,50
130,83 126,00
(21) ts 106,74
108,97
63,49 65,60 34,81 33,73 107,05
109,06
43,24
45,55
78,26
80,55
36,17 36,00 120,00
120,67
121,67 123,00
(32) cd 100,88
103,54
66,01 68,34 32,00 33,84 111,72
114,15
47,23
49,61
75,81
79,84
26,17 26,83 131,17
131,17
131,33 130,67
(35) ah 107,61
111,94
60,33 64,75 27,27 29,96 98,45
105,68
43,19
43,47
67,83
76,65
35,17 35,00 126,33
125,00
126,67 125,33
(40) hi 110,65
114,36
61,92 65,92 37,12 39,87 106,81
112,88
43,67
47,36
74,86
78,91
41,83 43,33 117,67
116,67
119,50 120,00
(44) ao 114,56
116,40
66,24 69,21 29,86 29,02 106,31
108,71
47,39
50,16
72,80
73,91
27,17 31,17 131,67
126,50
130,00 127,33
(45)ao 107,95
112,11
64,04 68,22 30,30 34,83 104,54
112,67
46,30
51,46
70,23
77,99
29,83 32,33 126,83
125,83
125,33 125,67
(50)ms 102,25
104,36
63,44 66,09 27,59 27,51 101,81
104,76
42,67
43,75
70,97
71,33
28,17 28,83 130,83
129,33
130,17 130,67
1 V 106,44
106,64
66,71 68,36 28,46 29,68 106,64
112,15
46,22
48,66
73,88
73,79
31,17 35,00 123,33
122,33
124,83 124,83
3 V 98,96
101,24
60,43 62,69 23,16 23,30 98,79
103,16
44,64
47,35
68,88
70,43
35,33 34,67 120,17
121,67
121,67 123,00
4 V 111,45
113,95
64,82 64,13 27,34 30,30 105,74
109,93
45,96
45,43
71,88
73,84
31,00 37,17 123,00
121,00
124,17 122,67
5 V 99,24
102,21
65,35 65,95 25,73 25,29 107,49
109,95
47,64
47,87
75,01
74,69
31,17 27,17 125,00
126,67
126,00 128,00
9 V 111,99
114,36
73,45 77,43 30,26 32,95 119,11
123,54
55,35
58,79
72,89
78,44
35,83 34,83 119,00
118,00
120,83 120,00
10 V 118,58
120,11
70,46 71,96 30,43 31,40 111,83
117,23
50,51
54,18
72,59
75,32
35,17 35,83 118,33
117,83
121,50 120,00
12 V 105,93
110,77
67,27 71,70 30,60 30,97 109,39
116,74
47,62
52,13
74,52
76,48
29,17 30,67 130,00
126,00
129,67 127,00
14 V 108,23
108,38
67,44 68,63 25,96 26,27 109,33
109,48
44,79
47,18
74,99
75,88
34,17 35,33 121,00
118,00
121,00 120,83
16 V 108,64
112,55
66,43 70,35 25,79 25,07 106,53
112,23
49,77
52,07
65,99
68,40
30,83 33,83 130,17
126,83
129,17 126,17
18 V 111,48
114,39
65,24 66,86 28,47 28,81 106,96
109,15
41,00
40,60
75,87
79,10
31,50 32,00 126,67
129,17
128,33 130,17
S/N V 109,59
110,70
67,43 68,27 27,31 27,30 109,05
109,85
48,28
49,53
66,65
65,95
35,00 34,17 125,00
124,67
126,00 125,00
160
ANEXO J - Média dos valores das 3 medições das grandezas lineares e angulares realizadas para o GT.
num
Ba-Na
T1
Ba-Na
T2
XI-PM
T1
XI-PM
T2
XI-DC
T1
XI-DC
T2
Co-Pg
T1
Co-Pg
T2
PM-
ßH
T1
PM-
ßH
T2
PM-
ßV
T1
PM-
ßV
T2
Arco
mand
T1
Arco
mand
T2
Ang Go
T1
Ang Go
T2
Co.Go.Me
T1
Co.Go.Me
T2
1464
101,47
109,96
60,61 65,53 32,00 35,47 103,97
114,08
34,63
40,32
75,09
80,45
29,83 31,33 133,00
132,17
132,00 132,17
1515
107,22
111,08
64,30 68,33 31,46 35,90 106,82
115,84
45,37
49,12
71,18
81,09
37,83 37,17 113,00
115,00
116,50 117,83
1531
101,95
102,59
61,22 62,27 30,17 32,18 101,70
104,78
40,92
40,52
70,62
77,31
29,00 30,00 131,83
131,67
131,00 130,83
1546
110,38
114,74
67,14 72,77 34,39 34,49 110,91
116,63
46,81
52,47
74,55
78,94
31,33 29,00 127,00
127,50
127,00 126,33
1700
114,68
121,10
67,56 71,94 25,58 30,53 108,91
119,18
45,79
50,79
71,02
81,61
29,17 25,83 132,00
133,00
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1860
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1864
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1872
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1876
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1905
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1922
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1932
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2009
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2064
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