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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO MAXILO-MANDIBULAR NOS
PLANOS VERTICAL, SAGITAL E TRANSVERSAL
NO CRESCIMENTO PUBERAL
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Odontologia
da Universidade Paulista UNIP para
obtenção do título de Mestre em odontologia
Orientadora: Prof. Dra. Cristina L. F. Ortolani
SÃO PAULO
2007
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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP
PROGRAMA DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO MAXILO-MANDIBULAR NOS
PLANOS VERTICAL, SAGITAL E TRANSVERSAL
NO CRESCIMENTO PUBERAL
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Odontologia
da Universidade Paulista UNIP para
obtenção do título de Mestre em odontologia
SÃO PAULO
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2007
DEDICATÓRIA
Aos meus filhos, Letícia e Felipe,
que são a minha motivação em
todos os momentos da minha vida.
Ao meu marido, Carlos, pelo amor,
compreensão, companheirismo,
carinho etc. Faltam palavras para
expressar o quanto sou grata por tudo...
Aos meus pais, Hisaka e
Kaoru (in memorian) pelo
apoio, incentivo e dedicação.
AGRADECIMENTOS
À Prof. Dra. Cristina L. Feijó Ortolani,
minha orientadora neste trabalho,
por todo seu apoio, dedicação
e incentivopara minha formação
como Mestre.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Kurt Faltin Júnior, minha eterna gratidão e admiração, pelos
ensinamentos transmitidos e pela contribuição à minha formação profissional e
acadêmica.
Ao Prof. Carlos Eduardo Fonseca pelo apoio, amizade e contribuição em minha
formação como ortodontista.
À Prof. Liana Campos Santana pelo companheirismo, incentivo e amizade em todos
esses anos de convivência.
Ao Prof. Dr. Júlio César de Melo Castilho por aceitar fazer parte da banca
examinadora deste trabalho.
Aos colegas do Mestrado, Roberto, Jefferson, Luís, Carla, Márcia, Vânia, Cybelle,
Eduardo e Rodrigo pelo apoio, colaboração e incentivo para continuar sempre em
frente.
Aos Professores do Programa de Mestrado, pelos valiosos ensinamentos, pela
experiência transmitida, compreensão e dedicação.
Aos funcionários da secretaria da pós-graduação, minha gratidão pela compreensão,
paciência e atenção dedicadas a nós alunos do Mestrado.
A Radiomemory, que nos concedeu a licença para o uso dos seus programas para
as análises cefalométricas deste estudo.
E a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste
trabalho.
Sumário
Lista de Figuras................................................................................................................i
Lista de Tabelas.............................................................................................................iv
Lista de Abreviaturas.....................................................................................................vi
Lista de Símbolos ........................................................................................................viii
1. Introdução...................................................................................................................1
2. Revisão da Literatura................................................................................................3
3. Objetivos...................................................................................................................14
4. Materiais e Métodos................................................................................................15
4.1. Materiais.............................................................................................................15
4.2. Métodos..............................................................................................................16
4.3. Análise estatística.............................................................................................48
5. Resultados................................................................................................................49
6. Discussão.................................................................................................................82
7. Conclusões...............................................................................................................87
8. Referências..............................................................................................................88
9. Anexos ...........................................................................................................91
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Representação de uma visão tridimensional da face........................... 02
Figura 02 Telerradografias em norma lateral e frontal de Broadbent................... 03
Figura 03 - Radiocef -Programa utilizado para as análises cefalométricas ........... 16
Figura 04 - Indicadores de maturação das vértebras cervicais Aceleração......... 17
Figura 05 - Indicadores de maturação das vértebras cervicais Transição.............18
Figura 06 - Indicadores de maturação das vértebras cervicais
Desaceleração ...................................................................................... 19
Figura 07 - Radiografia cefalométrica digitalizada e cadastro do indivíduo.............. 21
Figura 08 Análise cefalométrica lateral criada no Mixcef ................................... 23
Figura 09 - Mixcef do programa Radiocef .............................................................. 24
Figura 10 - Construção de fatores no Mixcef ......................................................... 25
Figura 11 Digitalização dos pontos no programa Radiocef ................................. 26
Figura 12 Medida - Plano Frankfurt perpendicular ao Ponto A ............................ 30
Figura 13 Medida Plano de Frankfurt perpendicular ao Ponto Gn .................. 31
Figura 14 Medida - Plano de Frankfurt perpendicular ao Ponto Go ..................... 32
Figura 15 - Medida Plano palatino perpendicular Ponto Mentoniano ................. 33
Figura 16 - Comprimento do ramo ascendente da mandíbula (Xi-Co) .................. 34
Figura 17 Medida - Vertical pterigóidea ao Ponto A ( PTV - Ponto A) ................. 35
Figura 18 Medida - Vertical pterigóidea ao Ponto PM ( PTV - Ponto PM) ........... 36
Figura 19 - Medida - Comprimento do corpo mandíbular (Xi-PM)........................... 37
Figura 20 - Medida - Ponto Co ponto Gn ........................................................... 38
Figura 21 - Análise cefalométrica lateral criada no Mixcef ..................................... 39
Figura 22 Medida Dimensão Transversa Facial ............................................... 42
Figura 23 - Medida Dimensão Transversa Maxilar.............................................. 43
Figura 24 - Medida Dimensão Transversa Mandibular ........................................ 44
Figura 25 - Medida Dimensão Transversa Nasal ................................................ 45
Figura 26 - Medida - Plano Frontal de Frankfurt a JE e JD .................................. 46
Figura 27 - Medida - Plano Frontal de Frankfurt a AGE e AGD ............................ 47
Figura 28: Gráfico das médias e dp dos deltas das medidas laterais ..................... 51
Figura 29: Gráfico das médias e dp de PHF-A, segundo sexo ............................. 52
Figura 30: Gráfico das médias e dp de Co-Xi, segundo sexo ................................ 53
Figura 31: Gráfico das médias e dp de PHF-Gn, segundo sexo ............................ 54
Figura 32: Gráfico das médias e dp de Pl.Pal.-Me, segundo sexo ......................... 55
Figura 33: Gráfico das médias e dp de PHF-Go, segundo sexo ............................ 56
Figura 34: Gráfico das médias e dp de PTV-A, segundo sexo .............................. 57
Figura 35: Gráfico das médias e dp de PTV-PM, segundo sexo ............................ 58
Figura 36: Gráfico das médias e dp de Xi-PM, segundo sexo ............................... 59
Figura 37: Gráfico das médias e dp de Co-Gn, segundo sexo ............................. 60
Figura 38: Gráfico das médias e dp das medidas frontais .................................... 62
Figura 39: Gráfico das médias e dp das medidas frontais
com valores médios de PHF-J e PHF-AG .............................................................. 63
Figura 40: Gráfico das médias e dp de ZIE-ZID, segundo sexo ............................ 64
Figura 41: Gráfico das médias e dp de JE-JD, segundo sexo .............................. 65
Figura 42: Gráfico das médias e dp de NE ND, segundo sexo............................ 66
Figura 43: Gráfico das médias e dp de AGE AGD, segundo sexo....................... 67
Figura 44: Gráfico das médias e dp de PHF-JE, segundo sexo.............................. 68
Figura 45: Gráfico das médias e dp de PHF-JD, segundo sexo ............................ 69
Figura 46: Gráfico das médias e dp de PHF-J, segundo sexo................................. 70
Figura 47: Gráfico das médias e dp de PHF-AGE, segundo sexo........................... 71
Figura 48: Gráfico das médias e dp de PHF-AGD, segundo sexo........................... 72
Figura 49: Gráfico das médias e dp de PHF-AG, segundo sexo............................. 74
Figura 50: Gráfico das médias de incrementos de crescimento
nas grandezas verticais da maxila........................................................................... 75
Figura 51: Gráfico das médias de incrementos de crescimento
nas grandezas verticais da mandíbula..................................................................... 76
Figura 52: Gráfico das médias de incrementos de crescimento
nas grandezas sagitais............................................................................................. 77
Figura 53: Gráfico das médias de incrementos de crescimento
nas grandezas transversais .................................................................................... 78
Figura 54: Gráfico das médias e dp, dos incrementos na maxila,
nos 03 planos, segundo sexo ................................................................................. 80
Figura 55: Gráfico das médias e dp dos incrementos na mandíbula,
nos 03 planos, segundo sexo ................................................................................. 81
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores
das idades (em anos) nos momentos de avaliação amostra .................................. 49
Tabela 02: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos
valores das idades (em anos), da amostra, segundo o sexo................................... 49
Tabela 03: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos das medidas laterais da amostra ........................................................... 50
Tabela 04: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PHF - A, segundo o sexo .................................................................. 52
Tabela 05: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de Co - Xi, segundo o sexo ...................................................................... 53
Tabela 06: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PHF - Gn, segundo o sexo ................................................................ 54
Tabela 07: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de Pl. Pal. - Me, segundo o sexo .......................................................... 55
Tabela 08: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PHF - Go, segundo o sexo .............................................................. 56
Tabela 09: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PTV - A, segundo o sexo ................................................................. 57
Tabela 10: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PTV - PM, segundo o sexo ................................................................. 58
Tabela 11: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de Xi - PM, segundo o sexo ................................................................... 59
Tabela 12: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de Co - Gn, segundo o sexo .................................................................. 60
Tabela 13: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de medidas frontais da amostra .............................................................. 61
Tabela 14: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de ZIE ZID, segundo o sexo .............................................................. 63
Tabela 15: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de JE JD, segundo o sexo ................................................................... 64
Tabela 16: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de NE ND, segundo o sexo ................................................................ 65
Tabela 17: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de AGE AGD, segundo o sexo ............................................................ 66
Tabela 18: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PHF-JE, segundo o sexo...................................................................... 67
Tabela 19: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PHF-JD, segundo o sexo..................................................................... 68
Tabela 20: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores de
períodos do PHF-J, segundo o sexo....................................................................... 70
Tabela 21: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PHF-AGE, segundo o sexo.................................................................. 71
Tabela 22: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores dos
períodos de PHF-AGD, segundo o sexo................................................................. 72
Tabela 23: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores de
períodos do PHF-AG, segundo o sexo................................................................... 73
Tabela 24: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores de
períodos no periodo 3-1........................................................................................... 75
Tabela 25: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores de
períodos no periodo 3-1 ......................................................................................... 76
Tabela 26: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores de
períodos no periodo 3-1........................................................................................... 77
Tabela 27: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores de
períodos no periodo 3-1........................................................................................... 78
Tabela 28: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores de
períodos no periodo 3-1, segundo o sexo............................................................... 79
Tabela 29: Valores de média, dp, mínimo, máximo e mediana dos valores das
grandezas no período 3-1, segundo o sexo............................................................ 80
LISTA DE ABREVIATURAS
A ......................................... Ponto A
AGD ..................................... Antegônio Direito
AGE ...................................... Antegônio Esquerdo
C2 ......................................... Segunda vértebra cervical (Axis)
C3 ......................................... Terceira vértebra cervical
C4 ........................................ Quarta vértebra cervical
Co ........................................ Condílio
dp ......................................... Desvio-padrão
DTF ...................................... Dimensão Transversa Facial
DTMx ...................................... Dimensão Transversa Maxilar
DTMd..................................... Dimensão Transversa Mandibular
DTN ...................................... Dimensão Transversa Nasal
Gn ......................................... Gnátio
Go ........................................ Goníaco
JD ........................................... Julgal Direito
JE ........................................... Julgal Esquerdo
Me ........................................ Mentoniano
mm ....................................... milímetro
ND ......................................... Nasal Direito
NE ......................................... Nasal Esquerdo
Or ......................................... Orbital
Pg ......................................... Pogônio
PHF ....................................... Plano Horizontal de Frankfurt
Plano PT ............................... Plano perpendicular ao Plano de Frankfurt por PT
PM ........................................ Ponto Protuberância Mentoniana
PTV ....................................... Vertical Pterigóidea
3D ......................................... Três Dimensões
ZID .......................................... Zigomático Inferior Direito
ZIE .......................................... Zigomático Inferior Esquerdo
LISTA DE SÍMBOLOS
° .................................................................... Grau
% ..................................................................... Porcentagem
- ..................................................................... Mensurações lineares
. ..................................................................... Mensurações angulares
< ..................................................................... Menor
% ..................................................................... Porcentagem
RESUMO
O crescimento e o desenvolvimento das estruturas crânio-faciais são muito
complexos e têm sido muito estudados por serem as principais áreas de atuação
dos Ortodontistas e dos Ortopedistas Faciais. Este estudo teve como objetivo avaliar
o crescimento e o desenvolvimento maxilo-mandibular utilizando 07 grandezas para
sentido vertical, 04 para avaliação no sentido sagital e 04 para o transversal, através
de radiografias cefalométricas em norma lateral e frontal, tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, em 03 períodos de crescimento, aceleração,
transição e desaceleração, classificados de acordo com a maturação das vértebras
cervicais, segundo estabelecidos por Hassel e Farman em 1995.
Observou-se um crescimento estatisticamente significante em todas as
grandezas estudadas, quando consideramos o crescimento do período da
aceleração até a desaceleração, porém não foi encontrada diferença estatística
quando comparados os períodos: da aceleração à transição e da transição à
desaceleração, com exceção do comprimento anterior da face (PHF-Gn) que
apresentou valores significantemente maiores no segundo período de crescimento
estudado quando comparado ao primeiro. Não foi verificado dimorfismo sexual nas
grandezas cefalométricas estudadas, exceto nas grandezas transversas NE-ND e
AGE-AGD.
Ao avaliarmos o crescimento maxilar, verificamos que ele é maior no sentido
vertical (p<0,05), seguido pelo sagital e o transversal, para a mandibula verificamos
que a quantidade de crescimento no sentido vertical (p<0,05), é maior que no
sentido sagital e transversal, que são semelhantes.
A análise das grandezas mensuradas nas radiografias cefalométricas em
norma lateral (vertical e sagital) com as grandezas mensuradas nos cefalogramas
em norma frontal (transversal e vertical), nos permitiram abstrair uma análise
tridimensional do crescimento e do desenvolvimento crânio-facial.
Unitermos: crescimento crânio-facial; cefalometria lateral; cefalometria frontal
1. INTRODUÇÃO
O crescimento e o desenvolvimento do complexo craniofacial têm sido muito
estudados ao longo dos anos, pois quanto mais pudermos conhecer esses
mecanismos tão complexos, melhores serão as intervenções ortopédicas e/ou
ortodônticas que poderemos realizar, quando estes estiverem fora do padrão de
normalidade.
O estudo do crescimento e do desenvolvimento constitu um desafio para os
Ortodontistas e Ortopedistas Faciais, pois a individualidade de cada paciente está
sempre envolvida. As análises cefalométricas possibilitam os estudos do
crescimento craniofacial, por meio das quais podemos avaliar o crescimento geral da
face ou avaliar regiões específicas, facilitando o diagnóstico de cada indivíduo.
A grande maioria dos tratamentos ortodônticos é realizada durante o período
de crescimento dos indivíduos, devido ao fato deste período combinar características
como o desenvolvimento oclusal e o aumento da atividade celular. Isso, aliado às
altas taxas de crescimento somático e craniofacial que se observam nesta época da
vida, facilita a movimentação dentária ortodôntica e fornece respostas aos
tratamentos ortopédicos.
Um destes aspectos, o crescimento e desenvolvimento facial, preocupa
particularmente os clínicos, uma vez que sua quantidade e direção alteram
significantemente a necessidade da terapia ortodôntica e/ou ortopédica, bem como o
método pelo qual é aplicada. É importante, portanto, conhecer as alterações
verificadas nos vários componentes individuais craniofaciais, principalmente
naqueles mais ligados à área diretamente relacionada à atuação ortodôntica, a
maxila e a mandíbula.
Existem várias análises cefalométricas, cada qual com suas vantagens e
limitações, nas quais são feitas medidas lineares e angulares em imagens
bidimensionais. Porém, estas muitas vezes podem ser limitadas no que diz respeito
aos dados que podemos extrair delas, pois a face é tridimensional e,
conseqüentemente, também o seu crescimento e desenvolvimento.
O uso de dados tridimensionais começou com Savara, em 1965, que
apresentou um método de obtenção de dados tridimensionais x, y e z, a partir de
radiografias cefalométricas laterais e frontais.
Os diagnósticos dos problemas ortopédicos-ortodônticos executados em
crianças, em fase de crescimento, portanto, requerem esforços contínuos de
métodos de avaliação cada vez mais sofisticados, que sejam capazes de quantificar
as informações presentes na morfologia craniofacial.
O presente trabalho tem por finalidade contribuir para o estudo do crescimento
maxilo-mandibular em norma lateral e em norma frontal, e inter-relacionar o
crescimento vertical, sagital e transversal, fornecendo uma visão tridimensional do
crescimento facial.
2. REVISÃO DA LITERATURA
A cefalometria foi introduzida por Broadbent nos Estados Unidos em 1931,
quando ele estava fazendo seus experimentos, foi criado um posicionador para um
crânio e o autor fez radiografias em norma lateral e depois o crânio era girado em
90° e para que fosse feita uma radiografia em norma frontal, analisando as
telerradiografias, ele verificou que elas poderiam ser emparelhadas pelo Plano de
Frankfurt e fez a primeira tentativa de se obter análises cefalométricas em três
dimensões. O mesmo, ainda utilizou a teoria biplanar, visto que eram feitas duas
radiografias, uma em norma lateral e outra em norma frontal, em que os feixes de
raio-X formavam um ângulo reto entre si, e o indivíduo era posicionado no ponto de
intersecção dos mesmos, assim foi desenvolvido um posicionador para os seres
humanos que não permitia que o indivíduo girasse a cabeça, então foram colocados
dois feixes de RX que possibilitava a realização das 02 radiografias. Ele concluiu que
o desenvolvimento deste método preciso para as mensurações poderia levar a
soluções para os problemas ortodônticos, relatou também que a padronização das
radiografias iria possibilitar avaliar e acompanhar as mudanças no crescimento e nos
tratamentos ortodônticos.
Singh e Savara fizeram estudo, em 1966, para avaliar o crescimento da
maxila em altura, comprimento e largura de 50 indivíduos do sexo feminino, que
foram acompanhados anualmente, das quais foram feitas radiografias cefalométricas
laterais e frontais, elas tinham em média, de 03 a 16 anos de idade e foram
acompanhados no mínino por 06 anos, foram 07 medidas cefalométricas, sendo que
eram 04 que mensuravam a altura, 01 de comprimento e 02 de largura, de forma que
representassem a maxila tridimensionalmente. Verificaram que o surto de
crescimento da maxila, nesta amostra ocorreu dos 10 aos 12 anos. O crescimento
na maxila foi mais pronunciado nas medidas altura, seguida pela medida em
comprimento e por último em largura e concluem relatando que as diferentes taxas
de crescimento comparando a altura, ao comprimento e à largura deveriam mudar a
forma da face.
Em 1968, Savara e Singh estudaram 52 indivíduos do sexo masculino dos 03
aos 16 anos de idade, avaliando as mudanças ocorridas na maxila através de 03
medidas relacionadas à altura, 01 ao comprimento e 02 para avaliar a largura e
concluíram que o crescimento é maior em altura, seguido depois pelo comprimento
e por último em largura. Este padrão de crescimento é semelhante aos indivíduos do
sexo feminino, porém o surto de crescimento ocorre de 01 a 03 anos depois que os
indivíduos do sexo feminino.
Em 1982, Sato realizou estudo cefalométrico em sua tese de mestrado para a
avaliação de 40 crianças brasileiras, leucodermas, de indivíduos do sexo feminino e
de indivíduos do sexo masculino, na faixa etária de 12 anos a 17 anos e 01 mês, na
dentição permanente, com oclusão normal e que não tinham se submetido a
tratamento ortodôntico. Os indivíduos foram avaliados através de radiografias
cefalométricas em norma lateral e em norma frontal. O autor estudou 08 grandezas
nas radiografias cefalométricas realizadas em norma lateral e 07 grandezas nas
radiografias cefalométricas de vista frontal, todas preconizadas por Ricketts e
verificou que houve diferenças estatisticamente significantes entre os indivíduos do
sexo masculino, quanto para os indivíduos do sexo feminino para as seguintes
medidas: convexidade do ponto A (norma lateral) e para altura nasal, largura maxilar,
largura facial e largura mandibular (norma frontal), mas não fez nenhum tipo de
relação entre as análises cefalométricas lateral e frontal.
Já em 1988, Prates, Peters e Lopes se propuseram a estudar 70 indivíduos,
cujas as idades variavam de 10 a 17 anos incompletos, que foram divididos em 07
faixas etárias, dos 70 indivíduos metade era do sexo masculino e metade do sexo
feminino. Todos apresentavam oclusão normal. Verificou-se com relação aos
estágios de maturação óssea, que os indivíduos do sexo feminino apresentam um
desenvolvimento anatômico mais precoce, em razão da velocidade de crescimento
apresentar-se mais acelerada para este sexo. Na faixa etária entre os 13 e 14 anos,
os indivíduos do sexo feminino estão em fase final de crescimento, enquanto que os
do sexo masculino atingem a fase final do crescimento na faixa etária compreendida
entre os 16 e os 17 anos e ainda concluíram que uma fase acelerativa de
crescimento mandibular ocorre quase na mesma época (12 14 anos) dos
indicadores que caracterizam os estágios de maturação pré-puberal e puberal.
Entretanto, para os indivíduos do sexo feminino, não foi possível estabelecer esta
relação.
Janson e Martins (1992) realizaram um estudo em 60 jovens para avaliar o
crescimento facial, sendo que eram 31 indivíduos do sexo masculino e 29 indivíduos
do sexo feminino, leucodermas, com oclusão normal e que não foram submetidos a
tratamento ortodôntico. Estes jovens foram avaliados em 03 períodos, cujas idades
eram em média 13 anos e 6 meses, 15 anos e 7 meses e 17anos e 10 meses para o
sexo masculino e 13 anos e 4 meses, 15 anos e 5 meses e 17anos e 8 meses para o
sexo feminino, utilizando a análise cefalométrica de McNamara Jr. Os autores
concluíram que as alterações com o crescimento evidenciaram que nos indivíduos
sexo masculino ocorreu um aumento significante nos 02 períodos de crescimento
tanto no comprimento efetivo da mandíbula como no da maxila, houve também
aumento na diferença maxilomandibular e na altura facial ântero-inferior, o ângulo do
eixo facial também teve aumento estatisticamente significante e houve também uma
diminuição significante, no primeiro período de crescimento no ângulo do plano
mandibular. Nos indivíduos do sexo feminino houve aumento significante no
comprimento efetivo da mandíbula e da maxila, nos 02 períodos de crescimento e
apenas no primeiro período de crescimento houve um aumento do ângulo do eixo
facial e na altura ântero-inferior, houve uma diminuição significante nos 02 períodos
do ângulo do plano mandibular. Constataram dimorfismo sexual nas 03 faixas etárias
no comprimento efetivo da maxila, na segunda e na terceira faixas etárias no
comprimento efetivo da mandíbula e na altura facial ântero-inferior, na quantidade de
incremento, nos 02 períodos de crescimento no comprimento efetivo da mandíbula e
da maxila, na diferença maxilomandibular e na altura facial ântero-inferior.
O crescimento mandibular tem papel importante no desenvolvimento da
relação de anteroposterior entre a mandíbula e o maxila. Um crescimento acentuado
acontece na mandíbula durante a puberdade e a oclusão da dentição permanente é
largamente determinada durante este período. Porém, o crescimento mandibular
mostra grande variabilidade em quantidade, direção, velocidade, sucessão e tempo,
relatam Mitani e Sato neste artigo de 1992. Com o propósito de comparar as
características de crescimento da mandíbula durante puberdade com características
de crescimento do osso hióide, vértebras cervicais, ossos da mão e altura corporal.
Os dados foram analisados em radiografias cefalométricas laterais, radiografias de
mão-punho e altura corporal de 33 meninas japonesas entre 09 e 14 anos idade. Os
registros eram anualmente atualizados. A taxa de crescimento de mandibular diferiu
das outras taxas de crescimento. As medidas de velocidade máxima de crescimento
da mandíbula variou amplamente com relação a velocidade máxima de crescimento
dos outros parâmetros medidos e o total de crescimento de mandibular não teve
correlação com qualquer outra medida. As medidas e a magnitude de aceleração de
crescimento de circumpuberal de vários componentes do corpo variam dentro para
certa gama de diferença. Porém, a quantidade e tempo de crescimento da
mandíbula parece ser variável com relação as outras áreas estudadas.
Silveira et al. também em 1992, estudaram um grupo de 70 indivíduos para
avaliar o crescimento da maxila e da mandíbula durante os últimos estágios da
adolescência. Estes adolescentes foram divididos em 03 subgrupos de acordo com a
maturação esquelética, segundo o método de Fishman (Indicador de Maturação
Esquelética). Os estágios foram IME 8-11, IME 9-11 e IME 10-11, respectivamente,
maturação precoce, média e tardia. Após a avaliação das medidas verificaram que a
taxa de crescimento mandibular nos estágios precoce e tardio de maturação foram
significantemente diferentes durante os estágios tardios de crescimento puberal. No
estágio de maturação tardio, os indivíduos mostraram um incremento no crescimento
maior do que ao encontrado nos estágios médio e precoce de maturação e ainda
concluíram que existe uma diferença estatisticamente significante entre o
crescimento da mandíbula e da maxila durantes os últimos estágios do surto de
crescimento puberal, a mandíbula cresce significativamente mais do que a maxila.
Uma avaliação comparativa do crescimento maxilomandibular em crianças
leucodermas, com oclusão normal, utilizando-se medidas da Análise Cefalométrica
proposta por McNamara Jr. foi realizada por Ariza Diaz el al. em 1993. Foram
estudados 02 grupos de indivíduos. Um deles era formado por 13 indivíduos do sexo
feminino e o outro por 15 indivíduos do sexo masculino, que foram avaliados em 03
períodos cujas médias de idades eram de 5 anos e 5 meses, 9 anos e 1 mês e 12
anos para os 13 indivíduos do sexo feminino e 5 anos e 8 meses, 9 anos e 1 mês e
11 anos e 8 meses , para os 15 indivíduos do sexo masculino. Com relação ao
crescimento observou-se que no sexo masculino houve um maior ritmo de
crescimento durante o primeiro intervalo, segundo as medidas de Co-A, Co-Gn e
AFAI, estatisticamente significante, para os indivíduos do sexo feminino somente
houve um crescimento estatisticamente significante durante o segundo intervalo para
a medida Co-A. Quanto ao dimorfismo sexual, observou-se um aumento de Co-A
nos indivíduos do sexo masculino estatisticamente significante nos dois primeiros
intervalos, um aumento de Co-Gn para os indivíduos do sexo masculino
estatisticamente significante na segunda fase. A quantidade de incremento no
segundo intervalo, foi maior e de forma estatisticamente significante nos indivíduos
do sexo feminino para as dimensões Co-A, Co-Gn e AFAI.
Em 1993, Langlade publicou livro a respeito do diagnóstico ortodôntico e em
um dos capítulos o qual denominou Análise Cefalométrica Tridimensional, destacou
a importância de ampliarmos nossa visão em mais um plano do espaço para
realizarmos um diagnóstico e plano de tratamento mais completo e também
descreveu a análise frontal idealizada por Ricketts, mostrando sua aplicação,
importância, normas clínicas e seus respectivos desvios clínicos.
Também em 1993, estudo cefalométrico longitudinal foi feito por Snodell,
Nanda e Currier, para avaliar o crescimento craniofacial tanto no sentido transverso
como no vertical. Os autores utilizaram 25 radiografias cefalométricas póstero-
anteriores de indivíduos do sexo masculino, no intervalo dos 04 aos 25 anos e 25
radiografias de indivíduos do sexo feminino dos 04 aos 20 anos de idade, que
apresentavam um padrão esquelético e dentário de Classe I, não apresentavam
mordida cruzada, presença mínima de apinhamentos e não receberam nenhum tipo
de tratamento ortodôntico durante todo o período do estudo. Aos 06 anos de idade,
os indivíduos já apresentam percentualmente, a maior parte das dimensões
transversas completas, quando comparadas com as dimensões verticais.
Percentualmente, o crescimento foi similar para o indivíduos do sexo masculino e o
feminino, porém dos 12 aos 18 anos de idade, os homens apresentaram mais
mudanças no sentido vertical do que no transversal. O crescimento estava completo,
para os indivíduos sexo feminino, aos 17 anos de idade em todas as medidas
esqueléticas avaliadas, para os indivíduos do sexo masculino o crescimento
continuou após os 18 anos, exceto para a largura maxilar. Verificaram também
diferenças entre os sexos para algumas variáveis dependendo da idade e ainda,
relatam que é possível prever, através de uma equação, qual será o valor das
medidas aos 18 anos, quando se tem o valor aos 06 anos.
Ursi et al., no ano de 1993, reavaliaram uma amostragem de indivíduos
caucasianos que faz parte do Estudo sobre Crescimento Longitudinal do Bolton-
Brush da Case Western Reserve University, a fim de verificar o aparecimento de
dimorfismo sexual nas relações esqueléticas e dentárias. Foram feitos cefalogramas
laterais seriados de 51 indivíduos, na maioria deles de descendência Norte Européia
e origens étnicas indefinidas que apresentassem excelentes oclusões e proporções
faciais equilibradas. As radiografias cefalométricas foram realizadas nas idades de
06, 09, 12, 14, 16 e 18 anos. A avaliação cefalométrica indicou que o crescimento
dos comprimentos efetivo da maxila e da mandíbula foram semelhantes tanto para o
sexo feminino quanto para o sexo masculino até os 14 anos de idade; entretanto nos
indivíduos do sexo feminino, este comprimento permaneceu relativamente constante,
enquanto que nos indivíduos do sexo masculino aumentou. A direção de
crescimento da face foi semelhante tanto para os indivíduos sexo feminino quanto
para os indivíduos sexo masculino, com uma tendência em direção a um padrão de
crescimento mais horinzontal nos indivíduos do sexo feminino.
Nanda e Ghosh, em 1995, analisaram o crescimento sagital da maxila e da
mandíbula por meio de medidas lineares dos pontos A, B e pogônio relativas ao
plano vertical pterigóide em uma amostra de indivíduos Classe I, por meio de
radiografias cefalométricas que foram realizadas aos 06, 12, 18 e 24 anos de idade.
Os resultados indicaram que dos 06 aos 24 anos houve um incremento total no
crescimento de 6,07, 7,53 e 11,17 mm nas distâncias relativas ao ponto A, B e
pogônio respectivamente, para os indivíduos do sexo feminino e 9,49, 11,65 e 16,21
mm, para os indivíduos do sexo masculino, para as mesmas medidas. Verificaram
que apesar dos valores absolutos serem maiores para o indivíduos do sexo
masculino, percentualmente, o incremento no crescimento para as 03 medidas dos
06 aos 24 anos, com relação ao movimento anterior do ponto B em relação ao ponto
A e do ponto pogônio em relação ao ponto A e B foi aproximadamente o mesmo
tanto para os indivíduos do sexo masculino quanto para os indivíduos do sexo
feminino e ainda observaram que houve um aumento relativamente maior para os
indivíduos do sexo feminino dos 06 aos 12 anos e para os indivíduos do sexo
masculino o aumento foi maior dos 12 aos 18 anos .
A partir de uma amostra de indivíduos do Centro de Estudos de Crescimento
Bolton-Brush, Ursi estudou, em 1996, o crescimento e as alterações nas relações
mandibulares aos 6, 9, 12, 14, 16 e 18 anos de idade, sendo que eram 23 indivíduos
do sexo masculino e 28 indivíduos do sexo feminino. Os indivíduos apresentavam
oclusão normal, não receberam tratamento ortodôntico prévio. Nestes indivíduos
foram avaliadas as alterações no tamanho, na forma e na posição mandibular e
concluiu que o aumento no comprimento mandibular acompanhou a curva de
desenvolvimento esquelético geral, o pico de crescimento pubescente mandibular foi
mais longo e mais significante nos indivíduos sexo masculino, após o pico de
crescimento e que as taxas de crescimento mandibular diminuíram
consideravelmente, tornando-se clinicamente insignificante após este período,
principalmente para o sexo feminino, entre outras considerações feitas pelos
autores.
Gazi-Coklica et al., em 1997, avaliaram através de algumas medidas de uma
análise antropométrica convencional as mudanças que ocorrem durante a transição
da dentição decídua para a permanente. Foram avaliados 32 meninos e 29 meninas
acompanhados longitudinalmente, sendo que a média de idade inicial era de 4,7
anos e a média final era de 11,8 anos. Eles utilizaram 06 medidas craniofaciais
sendo que 02 mensuravam a face em altura e 04 mensuravam a face e o crânio em
largura, estas medidas foram feitas anualmente. Após a avaliação dos dados obtidos
verificaram que existe uma diferença entre as meninas e os meninos em todas as
variáveis durante todo o período estudado. Durante a transição da dentição decídua
para a mista, o crescimento em largura e em comprimento diminui e depois volta a
aumentar durante a dentição mista. Todos os outros parâmetros mostram um
aumento contínuo, sendo maior para os que definem a altura facial.
Rebecchi, Faltin Jr. e Kuchinski, em 2003, realizaram estudo cefalométrico do
crescimento transverso craniofacial e suas correlações com a altura corporal em
crianças brasileiras na fase de dentição mista, para este estudo foram utilizadas 196
telerradiografias cefalométricas póstero-anteriores e registros de altura corporal de
49 crianças brasileiras, sendo 22 indivíduos do sexo masculino e 27 indivíduos do
sexo feminino. Estas crianças apresentavam um perfil facial bom e uma oclusão
dentária satisfatória e nunca tinham sido submetidas a tratamento ortodôntico, de
cada criança foram realizadas 04 radiografias cefalométricas póstero-anteriores
padronizadas com intervalos médios de 06 meses entre uma e outra. O período de
acompanhamento foi de 19 meses. Os registros de altura corporal foram feitos nas
mesmas datas das telerradiografias ou dentro do mesmo mês. As grandezas
cefalométricas selecionadas para a pesquisa foram Dimensão Transversa Facial,
Dimensão Transversa Nasal, Dimensão Vertical Nasal, Dimensão Transversa
Maxilar, Dimensão Transversa Mandibular e Dimensão Transversa Intermolar
Inferior. Verificando-se os resultados deste estudo houve uma correlação positiva
entre o crescimento facial transverso e o crescimento em altura corporal para todas
as medidas, somente a Dimensão Intermolar Inferior não apresentou aumento
significativo no período estudado e não foram encontradas diferenças de
crescimento significantes em relação ao sexo para as grandezas avaliadas.
Grummons e Ricketts escreveram artigo, em 2004, com o objetivo de
demonstrar os benefícios do diagnóstico tridimensional e suas aplicações nos
tratamentos, mostrando as aplicações clínicas das imagens ântero-posteriores e da
análise frontal e reforçando a utilização da análise frontal de Grummons e Ricketts.
No tópico onde os autores escrevem sobre a análise frontal simplificada, eles
comentam que existem muitos conceitos sobre o crescimento que os clínicos devem
ter em mente, quando utilizam a análise frontal. A análise maxilomandibular começa
com largura nasal, depois a maxila, particularmente os incisivos superiores com a
linha média facial, depois os molares superiores e finalmente, a arcada inferior. Um
dos comentários finais é que os indivíduos se vêem e tem uma percepção de si
mesmos de frente por isto devemos dar mais valor à vista frontal.
No ano de 2004, Lux et al. realizaram estudo para analisar as mudanças na
face, maxila e mandíbula, onde foram utilizadas radiografias cefalométricas póstero-
anteriores e laterais, a fim de avaliar o crescimento dos indivíduos nas dimensões
verticais, sagitais e transversas. O crescimento transverso, isto é, em largura foi
analisado com base nos cefalogramas póstero-anteriores e o crescimento sagital
(profundidade) e vertical (altura), nas radiografias cefalométricas laterais. Foram
estudados 18 indivíduos não tratados ortodonticamente, Classe I dentária e com boa
oclusão com idades médias aproximadas de 7, 9, 11, 13 e 15 anos.
Os autores concluíram com a análise dos resultados que dos 7 aos 15 anos, o
aumento, em porcentagem, de toda a face e a maxila que é mais pronunciado na
dimensão vertical quando comparada com as dimensões transversas e sagitais. Na
mandíbula, o maior percentual de aumento foi no crescimento vertical do ramo,
seguido pelo crescimento sagital, isto é, do corpo mandibular e por último em
largura, tanto nos indivíduos do sexo masculino quanto para os indivíduos do sexo
feminino. Na dimensão sagital, o desenvolvimento foi mais pronunciado na
mandíbula do que na maxila. Em relação ao crescimento vertical, percentualmente o
aumento da altura facial posterior superou o aumento da altura facial anterior.
Analisando as mudanças ocorridas dos 7 aos 15 anos, observou-se que a proporção
entre a altura e a largura facial aumentou e a proporção entre a profundidade e a
altura facial diminuiu tanto para o sexo masculino quanto para o feminino, portanto
em relação a idade existe um aumento do desenvolvimento vertical.
Estudo longitudinal para avaliar as mudanças transversas e verticais das
estruturas craniofaciais foi realizado por Yavuz et al., em 2004, em indivíduos dos 10
aos 14 anos através de cefalogramas de telerradiografias póstero-anteriores, sendo
que eram 22 indivíduos do sexo feminino e 23 indivíduos do sexo masculino, todos
tinham oclusão aceitável e não receberam nenhum tipo de tratamento ortodôntico ou
ortopédico. As radiografias cefalométricas foram realizadas aos 10, 11, 12 e 14 anos
e foram avaliadas 07 medidas transversas e 05 medidas verticais. As medidas
transversas tanto esqueletais quanto dentárias sofreram um aumento
estatisticamente significante durante o período estudado, o maior incremento foi
observado na largura mandibular (9,2 mm para os indivíduos sexo masculino e
6,7mm para os indivíduos sexo feminino) e ainda concluíram que o crescimento
vertical da face é maior do que o crescimento transverso, tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto para os indivíduos do sexo feminino.
Com o propósito de estudar o crescimento transversal maxilar e mandibular,
em 2005, Wagner e Chung avaliaram indivíduos do sexo feminino, que não haviam
recebido tratamento ortodôntico, que aos 06 anos apresentavam com baixos, médios
e altos ângulos do plano mandibular. Elas foram acompanhadas longitudinalmente
dos 06 aos 18 anos de idade. A amostra era constituída por 81 meninas brancas
selecionadas dos estudos de crescimento de Bolton-Brush e Burlington. Para cada
indivíduo foram feitos cefalogramas póstero-anteriores longitudinais nas diferentes
idades, dos 6 aos 18 anos de idade e as larguras de maxila e mandíbula foram
medidas. Todas as dimensões foram convertidas usando um fator de magnificação
de 8,5% (a distância do objeto-filme foi fixada em 13 cm). Aos 06 anos de idade, o
grupo de ângulo alto teve a larguras maxilar e mandibular mais estreitas e larguras
do que o grupo ângulo baixo e esta tendência continuou até os 18 anos de idade.
Dos 06 aos 14 anos de idade, largura de maxilar mostrou uma taxa fixa de
crescimento e semelhante ao aumento para todos os 3 grupos (0,90-0,95 mm por
ano), contudo o topo foi alcançado aos 14 anos de idade por todos os grupos. A
largura mandibular aumentou a uma taxa fixa (aproximadamente 1,6 mm / ano) para
todos os 03 grupos até os 14 anos de idade e o valor máximo foi alcançado pelo
grupo de ângulo alto. Para os grupos de ângulos baixos e médios, o crescimento
mandibular continuou dos 14 a 18 anos de idade, mas em uma taxa mais lenta (0,85
mm. e 0,39 mm por ano, respectivamente). Os autores concluíram que nos padrões
faciais verticais (com baixos ou altos ângulos de plano mandibular) poderiam
representar um papel forte no crescimento transversal do maxila e da mandíbula.
3. OBJETIVOS
Este estudo longitudinal teve como proposta realizar uma análise em
radiografias cefalométricas em norma lateral e frontal, objetivando:
3.1. Analisar o crescimento maxilo-mandibular em 03 períodos de maturação
esquelética:
a. Da aceleração à transição
b. Da transição à desaceleração
c. Da aceleração à desaceleração
3.2. Analisar o crescimento maxilo-mandibular em 03 planos:
a. sagital
b. vertical
c. transversal
3.3. Comparar os 3 planos espaciais para o crescimento da:
a. maxila
b. mandíbula
3.4. Avaliação de dismorfismo sexual durante o crescimento.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Material
A amostra utilizada para a realização desta pesquisa foi coletada do arquivo
da Universidade Paulista-UNIP, no Departamento de Ortodontia e Ortopedia
Facial, que é constituída de 248 radiografias cefalométricas laterais, 248
radiografias cefalométricas frontais e 248 radiografias panorâmicas. A partir desta
amostra foram selecionadas 81 radiografias cefalométricas, realizadas em norma
lateral, e de 81 radiografias cefalométricas, feitas em norma frontal.
Foram estudados 27 indivíduos brasileiros de ambos os sexos, sendo 15 do
sexo feminino e 12 do sexo masculino. Os indivíduos selecionados encontravam-
se inicialmente no período de dentição mista, apresentavam perfil facial
harmônico, oclusão satisfatória e não haviam sido submetidos a nenhum tipo de
tratamento ortodôntico ou ortopédico prévio.
4.1.2. Material para obtenção das grandezas avaliadas
Foram empregados os seguintes materiais para a obtenção das grandezas
cefalométricas, nas telerradiografias laterais e frontais:
1. Computador Pentium IV
2. Adaptador gráfico super VGA padrão vesa;
3. Monitor de vídeo super VGA colorido
4. Unidade de cd
5. Scanner UMAX S-6E
6. Impressora tipo HPpsc 1210
7. Mouse serial genius
8. Programa Radiocef (Radiomemory-Belo Horizonte-Brasil).
Figura 03 - Radiocef -Programa utilizado para as análises cefalométricas
4.2. Método
4.2.1. Método para seleção das telerradiografias utilizadas
As radiografias cefalométricas foram selecionadas por meio da avaliação da
idade esquelética, de acordo com a maturação das vértebras cervicais, conforme os
padrões estabelecidos por Hassel e Farman em 1995.
O método de Hassel e Farman é constituído sobre a telerradiografia
cefalométrica, em norma lateral, e permite a classificação do crescimento em seis
fases: iniciação, aceleração, transição, desaceleração, maturação e final. Por esse
método, as vértebras C2, C3 e C4 são analisadas conforme sua forma e
classificadas em uma dessas fases acima citadas.
Foram selecionadas 03 telerradiografias, em norma lateral, e 03 em norma
frontal, de cada indivíduo, nos períodos correspondentes à T1, T2 e T3, onde:
T1 corresponde a fase de aceleração do crescimento, na qual uma
quantidade significativa de crescimento é esperada. As vértebras C2 e C3 começam
a desenvolver concavidade na borda inferior e a C4 ainda apresenta o bordo inferior
plano (Figura 04).
Figura 04 - Indicadores de maturação das vértebras cervicais Aceleração
T2 corresponde a fase de transição do crescimento, onde uma quantidade
moderada de crescimento é esperada. As vértebras C2 e C3 apresentam
concavidade evidente na borda inferior e a C4 desenvolvendo concavidade no bordo
inferior. Os corpos das vértebras C3 e C4 estão na forma retangular (Figura 05).
Figura 05 - Indicadores de maturação das vértebras cervicais - Transição
T3 corresponde a fase de desaceleração do crescimento, onde uma
quantidade pequena de crescimento é esperada. As vértebras C2, C3 e C4
apresentam concavidade evidente na borda inferior e as C3 e C4 estão quase em
forma quadrada (Figura 06).
Figura 06 - Indicadores de maturação das vértebras cervicais - Desaceleração
4.2.2. Método para obtenção das radiografias cefalométricas em norma lateral e
frontal
As telerradiografias foram obtidas no Centro de Documentação e Radiologia
Odontológica de São Paulo, a DOC DIGITAL.
Os indivíduos foram cuidadosamente posicionados no cefalostato com suas
cabeças direcionadas com o plano sagital mediano perpendicular ao Plano
Horizontal de Frankfurt e este paralelo ao solo.
A partir das telerradiografias tomadas em T1,T2 e T3, respectivamente fases
de aceleração, transição e desaceleração, foram digitalizados os pontos
cefalométricos no programa Radiocef para avaliar o crescimento vertical, sagital e
transverso dos indivíduos nos três tempos.
4.2.3. Método para digitalização das radiografias cefalométricas em norma
lateral e frontal
As radiografias cefalométricas em norma lateral e frontal foram digitalizadas
no scanner UMAX com adaptador de transparência HPC6261 6100C e seu
respectivo software (MagicScan) para captura de imagem. Todas as imagens foram
capturadas mantendo resolução fixa de 75 DPI e escala de 100% no modo Sharp
Black and White Photo. As imagens serão arquivadas no formato PCX. Após a
obtenção das imagens das telerradiografias, os indivíduos foram cadastrados um a
um para que as imagens pudessem ser arquivadas.
Em cada telerradografia foram digitalizados os pontos cefalométricos no
Programa Radiocef (Radiomemory-Belo Horizonte-Brasil) e posteriormente foram
impressos os relatórios com as medidas cefalométricas analisadas.
Figura 07 - Radiografia digitalizada e cadastro do indivíduo.
4.2.4. Método para avaliação
Para a avaliação do crescimento no sentido vertical utilizamos as seguintes
grandezas, nas telerradiografias laterais e frontais:
1. Plano Frankfurt perpendicular ao Ponto A (PHF-A)
2. Plano Frankfurt perpendicular ao Ponto Gnátio (PHF-Gn)
3. Plano Frankfurt perpendicular ao Ponto Gônio (PHF-Go)
4. Plano palatino perpendicular ao Mentoniano (Pl.Palatino- Me)
5. Comprimento do ramo ascendente da mandíbula (Xi-Co)
6. Plano Frontal de Frankfurt aos Pontos Julgal direito e esquerdo *
7. Plano Frontal de Frankfurt aos Pontos Antegônio direito e esquerdo *
* Para estas grandezas foram feitas as médias dos valores obtidos entre os
lados direito e esquerdo, devido ao fato de que não foi objetivo deste trabalho
avaliar a existência de assimetrias nos indivíduos estudados.
Para a avaliação do crescimento no sentido ântero-posterior utilizamos as
seguintes medidas, nas telerradiografias laterais:
A. Vertical pterigóidea perpendicular ao ponto A ( PTV - Ponto A)
B. Vertical pterigóidea perpendicular ao ponto PM ( Ponto PM PTV)
C. Centro geométrico do ramo mandibular a protuberância mental (Xi PM)
D. Distância de Condílio a Gnátio (Co Gn)
Para a avaliação do crescimento no sentido transverso utilizamos as
seguintes medidas, nas telerradiografias frontais:
I. Dimensão Transversa Facial (DTF): é a distancia medida através do Plano
Frontal de Frankfurt entre os pontos Zigomático direito e esquerdo.
II. Dimensão Transversa Maxilar (DTM) : ë a distância entre os pontos Julgal
direito e esquerdo.
III. Dimensão Transversa Nasal (DTN): é a distância entre os pontos Nasal direito
e esquerdo.
IV. Dimensão Transversa Mandibular (DTMd): é a distância entre os pontos
Antegônio direito e esquerdo.
4.2.4. Obtenção das grandezas nas telerradiografias em norma lateral
Para a obtenção das mensurações das grandezas estudadas foi desenvolvida
no programa Radiocef, uma análise cefalométrica específica para este estudo, a
partir de uma possibilidade que o programa oferece chamada Mixcef, que permite a
criação dos fatores para uma nova análise cefalométrica (figuras 07 e 08).
Figura 08 - Mixcef do programa Radiocef
Figura 09 - Construção de fatores no Mixcef
Elaborada a nova análise cefalométrica e digitalizadas as telerradiografias, o
programa já nos indicada os pontos cefalométricos que devem ser digitalizados.
Assim, foram digitalizados, em cada telerradiografia em norma lateral, os pontos
cefalométricos que permitiram ao programa fazer as mensuração das grandezas
estudadas.
Figura 10 Digitalização dos pontos no programa Radiocef.
4.2.4.1. Pontos cefalométricos da Análise de Ricketts, em norma lateral, para a
mensuração das grandezas deste estudo:
1. PÓRIO (Po) : Ponto localizado na parte mais superior do meato acústico externo
(ou conduto auditivo externo). Representa a referência posterior do Plano de
Frankfurt.
Radiograficamente o meato acústico externo mostra uma imagem póstero- inferior
próxima à cabeça do côndilo. Localizar uma estrutura oval de 08 a 10 mm, cuja parte
superior está quase sempre na altura do côndilo.
09
04
2. ORBITAL (Or) : Ponto localizado na parte mais inferior da borda externa da
cavidade orbitária. Representa a referência anterior do Plano de Frankfurt.
3. NÁSIO (Na) : Ponto mais anterior da sutura fronto-nasal. Representa o limite
anterior da base do crânio. O násio é um ponto pericraniano da sutura fronto-nasal
que pertence ao osso frontal quando a sutura está aberta.
4. ESPINHA NASAL ANTERIOR (ENA) : Vértice da espinha nasal anterior.
Representa a referência anterior do Plano Palatino. Extremidade ântero- superior da
maxila.
5. ESPINHA NASAL POSTERIOR (ENP) : Vértice da espinha nasal posterior, ponto
mais posterior sobre o palato ósseo. Representa a referência posterior do Plano
Palatino. Na região da sutura pterigomaxilar (coincide com o túber da maxila).
6. PONTO A (A) : Ponto mais profundo do perfil alveolar anterior da maxila, entre a
Espinha Nasal Anterior e o alvéolo dentário.
7. POGÔNIO (Pg) : Ponto mais anterior da mandíbula, ao nível do plano sagital
mediano da sínfise.
8. MENTONIANO (Me): Ponto mais inferior do contorno externo da sínfise
mandibular.
9. PROTUBERÂNCIA MENTONIANA ou SUPRA-POGÔNIO (PM) : Ponto localizado
onde a curvatura do bordo anterior da sínfise se transforma de côncava para
convexa.(Entre o ponto B e o Pg)
10. CONDÍLIO SUPERIOR (Co
s
) : Ponto localizado na parte mais superior do
côndilo mandibular.
11. CONDÍLIO POSTERIOR (Co
p
): ponto localizado no contato superior da tangente
ao bordo posterior do ramo ascendente da mandíbula.
12. GÔNIO POSTERIOR (Go
p
): Ponto localizado no contato inferior da tangente ao
bordo posterior do ramo ascendente da mandíbula.
13. GÔNIO INFERIOR (Go
i
): Ponto localizado na tangente mais inferior do ângulo
goníaco.
14. PTERIGOÍDEO (Pt): Intersecção do bordo inferior do forame Redondo com a
parede posterior da fissura ptérigo-maxilar (mais póstero-superior, às 11 hs. da fossa
pterigóide).
Pontos construídos:
15. GÔNIO (Go): Ponto localizado na intersecção da linha que conecta o ponto mais
distal do côndilo ao bordo distal do ramo ascendente (Co
p
- Go
p
), com o plano
mandibular (Me- Go
i
). (Ponto obtido por construção)
16. PONTO Xi (Xi): Ponto localizado no centro geográfico do ramo ascendente da
mandíbula. Forma a referência posterior e inferior dos eixos internos da mandíbula.
A localização do Xi é feita geometricamente ao plano horizontal de Frankfurt (Po
Or) e a Vertical Pterigoídea (PTV),nos seguintes passos:
o Pela construção de planos perpendiculares ao plano de Frankfurt (Po- Or) e à
PTV.
o Estes planos construídos são tangentes aos pontos R1,R2,R3 e R4, nos
bordos do ramo ascendente da mandíbula.
o Os planos construídos formam um retângulo que encerra o ramo ascendente.
o O ponto Xi é localizado no centro deste retângulo pela intersecção de suas
diagonais.
17. GNÁTIO (Gn): Ponto cefalométrico formado pela intersecção da linha que
conecta o ponto mais inferior do bordo inferior da sínfese (Me), ao ponto mais inferior
da região goníaca (Goi), plano mandibular, com a linha que conecta os pontos Na e
Pg, plano facial.
4.2.4.3. Planos da Análise Cefalométrica Ricketts, em norma lateral
01. PLANO HORIZONTAL FRANKFURT - PHF : Plano formado pelo ponto pório e
pelo ponto orbital (Po- Or).
02. PLANO PTERIGOÍDEO VERTICAL - PTV : Plano perpendicular ao plano de
Frankfurt, passando pelo bordo posterior da fenda pterigomaxilar.
03. EIXO do CORPO MANDIBULAR: Linha que conecta o ponto Xi ao ponto Pm.
Este ângulo determina o comprimento e o crescimento mandibular.
04. PLANO PALATINO : Plano formado pela ENA e pela ENP. Sua inclinação em
relação ao plano de Frankfurt e ao plano mandibular, indica a posição da maxila na
face e no plano vertical.
4.2.4.4. Grandezas mensuradas, em norma lateral
1. Medida linear do Plano Frankfurt ao Ponto A, mensurada perpendicularmente a
PHF.
Figura 11 Medida - Plano Frankfurt perpendicular ao Ponto A
2. Medida linear do Plano Frankfurt ao Ponto Gn, mensurada perpendicularmente à
PHF.
Figura 12 Medida Plano de Frankfurt perpendicular ao Ponto Gn
3. Medida linear do Plano Frankfurt ao Ponto Go, mensurada perpendicularmente
à PHF.
Figura 13 Medida - Plano de Frankfurt perpendicular ao Ponto Go
4. Medida linear do Plano palatino ao Ponto Me, mensurada perpendicularmente
ao Plano palatino
Figura 14 - Medida Plano palatino perpendicular Ponto Mentoniano
5. Comprimento do ramo ascendente da mandíbula - Medida linear do ponto Xi ao
ponto Co.
Figura 15 - Comprimento do ramo ascendente da mandíbula (Xi-Co)
A. Medida linear vertical pterigóidea ao Ponto A, mensurada
perpendicularmente PTV (PTV - Ponto A )
Figura 16 Medida - Vertical pterigóidea ao Ponto A ( PTV - Ponto A)
B. Medida linear da vertical pterigóidea ao Ponto PM, mensurada
perpendicularmente PTV (PTV - Ponto PM)
Figura 17 Medida - Vertical pterigóidea ao Ponto PM ( PTV - Ponto PM)
C. Comprimento do corpo mandibular
Medida linear do centro geométrico do ramo mandibular a protuberância mental
(Xi PM)
Figura 18 Medida - Comprimento do corpo mandíbular (Xi-PM)
D. Medida linear do ponto Condílio ao ponto Gnátio (Co-Gn)
Figura 20 Medida - Ponto Co - ponto Gn
4.2.5. Mensuração das grandezas nas telerradiografias em norma frontal
Para avaliar o crescimento facial, no sentido transversal e vertical que ocorreu nos
indivíduos, foram digitalizados em cada radiografia cefalométrica em norma frontal,
os pontos cefalométricos que permitiram as mensurações das grandezas estudadas.
4.2.4. Obtenção das grandezas nas telerradiografias em norma lateral
Para a obtenção das mensurações das grandezas estudadas foi desenvolvida
no programa Radiocef, uma análise cefalométrica específica para este estudo, a
partir de uma possibilidade que o programa oferece chamada Mixcef, que permite a
criação dos fatores para uma nova análise cefalométrica
4.2.5.1. Pontos cefalométricos da Análise de Ricketts, em norma frontal,
utilizados para a mensuração das grandezas deste estudo:
1. Ponto ZIE e Ponto ZID ponto zigomático inferior esquerdo (ZIE) e direito (ZID):
Ponto mediano situado no centro do bordo externo da apófise zigomática esquerda e
direita. O plano formado por estes dois pontos é chamado de Plano Horizontal de
Frankfurt ou Plano Zigomático inferior.
2. Ponto JE e Ponto JD Ponto jugal esquerdo (JE) e direito (JD): Ponto mais
côncavo da tuberosidade maxilar, na intersecção do seu contorno com a apófise
zigomática.
3. Ponto AGE e Ponto AGD Ponto antegoníaco esquerdo (AGE) e direito (AGD):
Ponto antegoníaco situado na parte côncava à frente da protuberância goníaca.
4. Ponto NE e Ponto ND Ponto nasal esquerdo (NE) e direito (ND): Ponto mais
externo do contorno da cavidade nasal.
4.2.5.2. Planos e linhas e cefalométricos da Análise de Ricketts, em norma
frontal, para a mensuração das grandezas deste estudo:
1. PLANO HORIZONTAL DE FRANKFURT ou ZIGOMÁTICO INFERIOR: Plano
formado pelos pontos ZIE e ZID.
2. PLANO MAXILAR FRONTAL: Plano formado pelos pontos JE e JD.
3.LINHA ANTEGÔNIO: Linha formada pelos pontos AGE e AGD
4.2.5.3. Grandezas da Análise de Ricketts, em norma frontal, mensuradas
neste estudo:
I Dimensão transversa facial
Definição: É a distância entre os pontos ZIE e ZID.
Figura 20 Medida - Dimensão Transversa Facial
II Dimensão transversa maxilar
Definição: É a distância entre os pontos JE e JD.
Figura 21 - Medida - Dimensão transversa maxilar
III Dimensão transversa mandibular
Definição: É a distância entre os pontos AGE e AGD.
Figura 22 - Medida - Dimensão transversa mandibular
IV - Dimensão transversa nasal
Definição: É a maior distância horizontal da cavidade nasal.
Figura 23 - Medida - Dimensão transversa nasal
Para a avaliação do crescimento no sentido vertical utilizaremos as seguintes
medidas, nas telerradiografias frontais:
V Distância do Plano de Frankfurt aos pontos Jugal direito e esquerdo.
Figura 23 - Medida - Plano Frontal de Frankfurt a JE eJD
VI Distância do Plano de Frankfurt aos pontos Antegônio direito e esquerdo.
Figura 24 - Medida - Plano Frontal de Frankfurt a AGE e AGD
4.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Inicialmente todas as variáveis foram analisadas descritivamente. Para as
variáveis quantitativas esta análise foi feita através da observação dos valores
mínimos e máximos, e do cálculo de médias e desvios-padrão e medianas.
Para a análise da hipótese de igualdade entre os três períodos utilizou-se o
teste não-paramétrico de Friedman e para a comparação dos dois grupos em um
mesmo período o teste não-paramétrico de Mann-Whitney, pois a suposição de
normalidade dos dados foi rejeitada.
O nível de significância utilizado para os testes foi de 5%.
5. RESULTADOS
Foram avaliados 27 indivíduos, sendo que 12 são do sexo masculino (44,4%)
e 15 do sexo feminino (55,6%).
Para as fases de aceleração, transição e desaceleração foram feitos o cálculo
das médias das idades cronológicas e obtiveram-se os seguintes valores de idade
nos momentos de avaliação:
Tabela 01: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana dos
valores das idades (em anos) nos momentos de avaliação dos 27 indivíduos
estudados.
Fases Média dp Mediana
Mínimo
Máximo
Aceleração 9,26 0,81 9,33 7,67 11,00
Transição 10,81 1,10 10,92 9,00 13,33
Desaceleração
12,99 0,87 13,00 11,00 14,25
Tabela 02: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana dos
valores das idades (em anos) nos momentos de avaliação dos indivíduos estudados,
segundo o sexo.
Sexo Idade n Média dp Mínimo Máximo
Mediana
Fem. Aceleração 15 9,32 0,92 7,67 11,00 9,33
Transição 15 10,72 1,14 8,92 13,33 10,83
Desaceleração
15 12,81 0,87 11,00 14,25 12,75
Masc. Aceleração 12 9,18 0,67 8,33 10,50 9,08
Transição 12 10,91 1,07 9,33 12,67 10,88
Desaceleração
12 13,22 0,82 11,25 14,25 13,21
Idade 1: teste t de Student, p=0,673
Idade 2: teste t de Student, p=0,667
Idade 3: teste t de Student, p=0,225
Portanto, os indivíduos do sexo masculino e os indivíduos do sexo feminino
não diferem estatisticamente, em relação à idade de avaliação.
5.1. Avaliação das grandezas estudadas nas radiografias cefalométricas
laterais
Tabela 03: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana das
grandezas cefalométricas laterais, dos 27 indivíduos estudados.
Grandezas Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 27
6,95 4,40 0,46 14,38 6,52
PHF-A 3-2 27
9,11 6,60 0,80 23,81 7,69
< 0,001
3-1 27
16,71 8,73 1,26 30,60 17,84
2-1 27
9,02 9,60 0,68 45,83 6,96
Co-Xi 3-2 27
8,07 5,91 0,08 18,83 7,20
< 0,001
3-1 27
17,59 9,12 1,47 45,95 18,60
2-1 27
3,91 3,68 0,00 18,65 3,05
PHF-Gn 3-2 27
6,63 3,82 1,17 17,75 5,51
< 0,001
3-1 27
10,76 4,48 5,67 21,08 8,91
2-1 27
3,61 3,82 0,02 19,60 3,01
Pl. Pal.-Me 3-2 27
5,57 4,13 0,72 20,63 4,80
< 0,001
3-1 27
9,33 4,63 3,49 24,27 8,26
2-1 27
7,06 5,30 0,55 25,41 6,88
PHF-Go 3-2 27
7,59 3,70 0,77 14,59 7,11
< 0,001
3-1 27
15,16 6,23 6,39 34,61 14,68
2-1 27
4,51 4,76 0,50 23,80 2,88
PTV-A 3-2 27
4,84 3,38 0,12 14,72 4,43
< 0,001
3-1 27
9,57 6,21 2,19 29,73 8,12
2-1 27
5,42 5,74 0,00 27,83 3,14
PTV-PM 3-2 27
6,43 5,63 0,39 22,04 5,05
< 0,001
3-1 27
12,23 8,87 2,48 35,98 8,45
2-1 27
4,20 3,63 0,00 15,53 2,80
Xi-PM 3-2 27
4,95 3,17 0,00 14,31 4,42
< 0,001
3-1 27
9,31 3,70 3,25 19,47 9,04
2-1 27
7,36 9,18 0,43 47,53 5,27
Co-Gn 3-2 27
5,63 2,56 1,59 11,53 5,58
< 0,001
3-1 27
13,42 10,41 3,51 61,07 10,55
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos na tabela acima que há diferença significante entre os períodos
avaliados em todas as variáveis mensuradas. Podemos observar ainda que em
todas as grandezas o período 3-1 apresenta valores significantemente maiores que
os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os períodos 2-1 e 3-2 não
apresentam diferença significante entre si (p> 0,05) nas medidas mensuradas, com
exceção da grandeza PHF Gn, onde observamos que o período 2-1 apresenta
valores significativamente menores do que os do período 3-2 (p< 0,05).
0
5
10
15
20
25
30
PHF-A Co - Xi PHF-Gn Pl. Pal-Me PHF-Go PTV-A PTV-PM Xi - PM Co - Gn
Grandezas
Variação
2 e 1 3 e 2 3 e 1Periodos:
Figura 28: Gráfico das médias e desvios-padrão das grandezas cefalométricas
laterais
Tabela 04: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-A, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
7,84 4,58 1,23 14,12 8,35
Feminino 3-2 15
7,71 4,91 0,80 17,23 7,50
<0,001
3-1 15
16,18 7,61 4,78 28,06 17,84
2-1 12
5,83 4,08 0,46 14,38 5,86
Masculino 3-2 12
10,86 8,13 0,80 23,81 9,52
<0,001
3-1 12
17,37 10,27 1,26 30,60 19,76
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados de PHF-A. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresentam valores
significantemente maiores que os períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,300), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,456) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,614).
0
5
10
15
20
25
30
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 29: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-A, segundo sexo
Tabela 05: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza Co-Xi, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
7,46 6,87 0,68 21,08 4,87
Feminino 3-2 15
7,70 6,12 0,79 18,68 5,81
<0,001
3-1 15
15,23 8,55 1,47 26,29 19,24
2-1 12
11,42 11,77 2,24 45,83 8,30
Masculino 3-2 12
8,54 5,88 0,08 18,83 7,73
<0,001
3-1 12
20,54 9,30 10,04 45,95 17,86
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os períodos
avaliados de Co-Xi. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do sexo
masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores significantemente
maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os períodos 2 -1 e 3-2
não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos os períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,217), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,581) e 3 -1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,373).
0
5
10
15
20
25
30
35
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 30: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza Co-Xi, segundo sexo
Tabela 06: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-Gn, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
3,26 2,18 0,88 7,75 2,80
Feminino 3-2 15
7,02 4,00 3,29 17,75 5,51
<0,001
3-1 15
10,48 4,09 5,67 18,79 9,75
2-1 12
4,72 4,96 0,00 18,65 3,22
Masculino 3-2 12
6,16 3,69 1,17 14,78 5,43
<0,001
3-1 12
11,10 5,10 6,29 21,08 8,85
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-Gn. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significativamente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2 -1 e 3-2 não apresentam diferença significativa entre si (p> 0,05).
Não há diferença significativa entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,456), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,581) e 3 -1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,792).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 31: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-Gn, segundo
sexo
Tabela 07: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza Pl. Pal.-Me, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
2,87 2,33 0,02 8,07 3,22
Feminino 3-2 15
6,56 4,59 3,28 20,63 4,83
<0,001
3-1 15
9,61 5,14 3,49 24,27 9,10
2-1 12
4,54 5,08 0,39 19,60 2,88
Masculino 3-2 12
4,33 3,24 0,72 10,73 4,71
<0,001
3-1 12
8,97 4,10 4,20 20,47 7,66
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do Pl. Pal.-Me. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significativamente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,548), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,300) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,792).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 32: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza Pl.Pal.-Me, segundo
sexo
Tabela 08: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-Go, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
6,42 3,76 0,55 12,63 6,93
Feminino 3-2 15
6,72 3,39 0,77 13,14 6,75
<0,001
3-1 15
13,55 4,68 6,39 21,33 14,21
2-1 12
7,87 6,86 0,72 25,41 5,56
Masculino 3-2 12
8,68 3,93 2,07 14,59 8,48
<0,001
3-1 12
17,16 7,47 7,93 34,61 15,01
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-Go. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
o há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,905), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,103) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,300).
0
5
10
15
20
25
30
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 33: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-Go, segundo
sexo
Tabela 09: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PTV-A, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
3,83 2,74 0,72 9,71 2,82
Feminino 3-2 15
5,68 3,57 1,61 14,72 4,48
<0,001
3-1 15
9,73 4,82 4,53 21,69 8,79
2-1 12
5,36 6,53 0,50 23,80 3,88
Masculino 3-2 12
3,80 2,96 0,12 10,58 3,93
<0,001
3-1 12
9,39 7,84 2,19 29,73 7,62
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os períodos
avaliados do PTV-A. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do sexo
masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores significantemente
maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os períodos 2-1 e 3-2
não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=1,000), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,183) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,427).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 34: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PTV-A, segundo sexo
Tabela 10: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PTV-PM, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
4,37 3,57 0,00 11,21 3,13
Feminino 3-2 15
7,37 6,94 0,39 22,04 6,16
<0,001
3-1 15
12,10 8,70 2,48 31,01 9,52
2-1 12
6,73 7,63 0,52 27,83 4,21
Masculino 3-2 12
5,26 3,32 1,01 13,19 4,57
<0,001
3-1 12
12,39 9,47 4,67 35,98 8,13
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PTV-PM. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que entre os períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,614), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,755) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,867).
0
5
10
15
20
25
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 35: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PTV-PM, segundo
sexo.
Tabela 11: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza Xi-PM, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
3,51 2,99 0,33 8,98 2,53
Feminino 3-2 15
5,27 2,78 1,48 9,85 4,55
<0,001
3-1 15
8,94 3,48 3,25 15,48 8,99
2-1 12
5,05 4,27 0,00 15,53 4,52
Masculino 3-2 12
4,57 3,68 0,00 14,31 3,32
<0,001
3-1 12
9,77 4,06 4,98 19,47 9,58
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do Xi-PM. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos entre os momentos 2-1 (p< 0,05) e
3-2 (p< 0,05). Os períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si
(p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,427), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,486) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,719).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 36: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza Xi-PM, segundo sexo
Tabela 12: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza Co-Gn, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
4,68 2,49 0,43 8,63 5,00
Feminino 3-2 15
5,54 2,28 1,59 10,08 5,49
<0,001
3-1 15
10,47 3,14 3,51 16,47 10,35
2-1 12
10,71 13,02 1,42 47,53 6,33
Masculino 3-2 12
5,75 2,98 1,68 11,53 5,72
<0,001
3-1 12
17,10 14,73 9,23 61,07 11,59
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do Co-Gn. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,126), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,905) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,236).
0
5
10
15
20
25
30
35
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 37: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza Co-Gn, segundo sexo
5.2. Avaliação das grandezas estudadas nas radiografias cefalométricas
frontais
Tabela 13: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana das
grandezas cefalométricas frontais, dos 27 casos estudados.
Variável Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 27
2,79 2,45 0,00 11,21 2,77
ZE-ZD 3-2 27
3,17 1,99 0,00 8,26 2,73
<0,001
3-1 27
6,03 2,73 0,73 11,21 5,68
2-1 27
2,55 2,41 0,00 9,10 1,72
JE-JD 3-2 27
3,49 3,46 0,03 17,14 3,20
<0,001
3-1 27
6,11 3,64 1,07 17,14 5,29
2-1 27
7,54 5,45 0,11 22,82 7,43
NE-ND 3-2 27
7,72 4,65 1,04 18,78 6,78
<0,001
3-1 27
15,74 5,92 7,00 30,34 15,65
2-1 27
4,20 3,11 0,40 12,33 3,96
AGE-AGD 3-2 27
4,31 3,82 0,00 19,46 3,45
<0,001
3-1 27
8,67 4,45 0,41 19,94 8,37
2-1 27
17,61 13,42 0,03 50,16 14,10
PHF-JE 3-2 27
14,00 11,77 0,09 43,69 14,15
<0,001
3-1 27
34,50 23,50 3,99 87,45 29,11
2-1 27
18,49 14,76 0,00 51,57 16,17
PHF-JD 3-2 27
12,37 9,94 0,00 34,89 11,60
<0,001
3-1 27
33,54 22,95 4,13 80,24 29,27
2-1 27
7,60 5,81 1,58 23,93 5,00
PHF-AGE 3-2 27
7,22 3,94 0,04 15,65 7,01
<0,001
3-1 27
15,34 7,02 6,49 34,84 14,47
2-1 27
6,69 5,12 0,00 16,33 5,87
PHF-AGD 3-2 27
7,89 4,20 1,33 15,84 7,75
<0,001
3-1 27
15,04 6,00 4,28 29,71 14,21
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os períodos
avaliados em todas as grandezas mensuradas. Podemos observar ainda que todas
as grandezas do período 3-1 apresentam valores significantemente maiores que os
períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os períodos 2-1 e 3-2 não apresentam
diferença significante entre si (p> 0,05).
0
10
20
30
40
50
60
70
ZE-ZD JE - JD NE - ND AGE - AGD PHF - JE PHF - JD PHF - AGE PHF - AGD
Medidas
Deltas
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Figura 38: Gráfico das médias e desvios-padrão grandezas cefalométricas, em
norma frontal
Conforme citado anteriormente, nas grandezas cefalométricas que nos
permitiram a avaliação do crescimento vertical nas radiografias cefalométricas
frontais, formam feitos os cálculos das médias entre PHF-JE e PHF-JD e PHF-AGE
e PHF-AGD. A figura 39 representa as médias das grandezas mensuradas nas
radiografias cefalométricas frontais com as médias, PHF-J e PHF-AG.
0
10
20
30
40
50
60
ZE-ZD JE - JD NE - ND AGE - AGD PHF - J PHF - AG
Grandezas
Variação
2 e 1 3 e 2 3 e 1Periodos:
Figura 39: Gráfico das médias e desvios-padrão das grandezas das radiografias
cefalométricas frontais, com valores médios de PHF-J e PHF-AG
Tabela 14: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza ZIE-ZID, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
1,79 1,35 0,00 4,29 1,80
Feminino 3-2 15
3,94 2,03 0,25 8,26 3,81
<0,001
3-1 15
5,81 2,75 1,53 10,02 5,54
2-1 12
4,04 2,97 0,17 11,21 3,98
Masculino 3-2 12
2,21 1,51 0,00 5,28 1,82
<0,001
3-1 12
6,32 2,80 0,73 11,21 6,17
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do ZIE-ZID. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que entre os períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Os indivíduos do sexo feminino apresentam valores significativamente
menores do que os dos indivíduos do sexo masculino nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,014) e 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,028). Não há diferença significante entre os sexos no período 3-1
(Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,581).
0
2
4
6
8
10
12
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 40: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza ZIE-ZID, segundo sexo
Tabela 15: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza JE-JD, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
1,95 2,11 0,00 6,55 1,07
Feminino 3-2 15
4,38 4,21 0,52 17,14 4,19
<0,001
3-1 15
6,40 4,17 1,07 17,14 5,75
2-1 12
3,30 2,63 0,50 9,10 2,58
Masculino 3-2 12
2,38 1,82 0,03 6,14 1,92
<0,001
3-1 12
5,75 3,00 1,75 11,34 4,74
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do JE-JD. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que entre os períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,067), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,486) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,486).
0
2
4
6
8
10
12
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 41: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza JE-JD, segundo sexo
Tabela16: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza NE-ND, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
4,99 4,52 0,11 12,80 3,59
Feminino 3-2 15
8,16 4,62 1,04 18,78 6,78
<0,001
3-1 15
13,43 3,97 7,00 20,62 13,07
2-1 12
10,72 4,93 4,46 22,82 9,13
Masculino 3-2 12
7,18 4,83 1,11 15,10 8,09
<0,001
3-1 12
18,63 6,80 7,60 30,34 18,28
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do NE-ND. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Os indivíduos do sexo feminino apresentam valores significantemente
menores do que os dos indivíduos do sexo masculino nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,004) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,028). Não há diferença significante entre os sexos no período 3-2
(Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,719).
0
5
10
15
20
25
30
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 42: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza NE ND, segundo
sexo
Tabela 17: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza AGE-AGD, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
3,15 1,94 0,40 6,45 3,02
Feminino 3-2 15
4,75 4,59 0,01 19,46 3,68
<0,001
3-1 15
8,01 4,19 1,31 19,94 8,25
2-1 12
5,51 3,82 0,41 12,33 4,80
Masculino 3-2 12
3,77 2,66 0,00 8,10 3,38
<0,001
3-1 12
9,49 4,81 0,41 19,77 8,74
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do AGE-AGD. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,093), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,719) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,373).
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 43: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza AGE AGD, segundo
sexo
Tabela 18: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-JE, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
20,27 15,28 0,62 50,16 14,52
Feminino 3-2 15
10,82 9,41 0,09 30,81 6,82
<0,001
3-1 15
33,76 24,01 7,48 87,45 26,86
2-1 12
14,28 10,34 0,03 28,36 11,60
Masculino 3-2 12
17,97 13,56 0,14 43,69 18,04
<0,001
3-1 12
35,43 23,88 3,99 68,16 29,93
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-JE. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,323), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,183) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,867).
0
10
20
30
40
50
60
70
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 44: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-JE, segundo sexo
Tabela 19: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-JD, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
18,84 14,53 4,13 51,57 16,17
Feminino 3-2 15
10,34 8,25 0,00 27,66 9,77
<0,001
3-1 15
31,39 20,77 4,13 80,20 29,27
2-1 12
18,06 15,68 0,00 44,50 15,19
Masculino 3-2 12
14,90 11,58 0,99 34,89 12,80
<0,001
3-1 12
36,24 26,11 4,78 80,24 30,25
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-JD. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,683), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,323) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,683).
0
10
20
30
40
50
60
70
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 45: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-JD, segundo
sexo
Conforme havíamos citado anteriormente, como não foi propósito deste
trabalho estudar as assimetrias, que poderiam ser encontradas nas radiografias
cefalométricas frontais, foram feitas as médias entre os valores do lado esquerdo e
direito das grandezas PFH-JE e PFH-JD. A seguir temos a tabela com os valores
médios.
Tabela 20: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-J, segundo o sexo.
Sexo Delta n Média dp Mínimo
Máximo Mediana p*
2 e 1 15
19,40 13,86 2,52 46,97 15,36
Feminino 3 e 2 15
10,51 7,92 0,05 26,26 8,01
<0,001
3 e 1 15
32,36 21,15 5,97 70,76 24,80
2 e 1 12
16,07 12,68 0,53 35,49 13,27
Masculino 3 e 2 12
16,31 11,63 1,11 39,16 17,16
<0,001
3 e 1 12
35,62 24,20 4,57 73,97 31,70
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-J. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos do
sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,516), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,217) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,792).
0
10
20
30
40
50
60
70
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 46: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-J, segundo sexo
Tabela 21: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-AGE, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
8,36 6,67 1,58 23,93 5,24
Feminino 3-2 15
6,23 3,17 2,30 11,68 5,74
<0,001
3-1 15
15,14 8,47 6,49 34,84 12,64
2-1 12
6,66 4,64 1,61 16,31 4,66
Masculino 3-2 12
8,46 4,56 0,04 15,65 10,03
<0,001
3-1 12
15,59 5,02 6,79 23,85 15,24
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-AGE. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2 -1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,719), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,114) e 3 -1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,347).
0
5
10
15
20
25
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 47: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-AGE, segundo
sexo
Tabela 22: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-AGD, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2-1 15
7,76 5,20 0,00 16,33 5,94
Feminino 3-2 15
7,70 4,38 1,33 15,84 7,75
<0,001
3-1 15
16,02 6,51 7,98 29,71 13,34
2-1 12
5,34 4,91 0,00 14,81 4,38
Masculino 3-2 12
8,12 4,14 2,31 14,55 8,04
<0,001
3-1 12
13,82 5,32 4,28 21,62 14,58
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-AGD. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino, o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,236), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,719) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,516).
0
5
10
15
20
25
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 48: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-AGD, segundo
sexo
Conforme havíamos citado anteriormente, como não foi propósito deste
trabalho estudar as assimetrias, que poderiam ser encontradas nas radiografias
cefalométricas frontais, foram feitas as médias entre os valores do lado esquerdo e
direito das grandezas PFH-AGE e PFH-AGD. A seguir temos a tabela com os
valores médios.
Tabela 23: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana da
grandeza PHF-AG, segundo o sexo.
Sexo Delta n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
2 e 1 15
8,03 5,49 0,80 19,86 7,18
Feminino 3 e 2 15
6,93 3,33 2,25 13,77 5,59
<0,001
3 e 1 15
15,52 6,90 7,24 28,83 13,99
2 e 1 12
6,00 4,66 1,38 14,34 4,52
Masculino 3 e 2 12
8,27 3,67 1,15 13,82 8,21
<0,001
3 e 1 12
14,69 4,71 6,77 21,23 15,82
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos pela tabela acima que há diferença significante entre os
períodos avaliados do PHF-AG. Podemos observar ainda que tanto nos indivíduos
do sexo masculino quanto do feminino o período 3-1 apresenta valores
significantemente maiores que os dos períodos 2-1 (p< 0,05) e 3-2 (p< 0,05). Os
períodos 2-1 e 3-2 não apresentam diferença significante entre si (p> 0,05).
Não há diferença significante entre os sexos nos períodos 2-1 (Teste não-
paramétrico de Mann-Whitney, p=0,300), 3-2 (Teste não-paramétrico de Mann-
Whitney, p=0,323) e 3-1 (Teste não-paramétrico de Mann-Whitney, p=0,981).
0
5
10
15
20
25
Feminino Masculino
Sexo
Variação Percentual
2 e 1 3 e 2 3 e 1
Periodos:
Figura 49: Gráfico das médias e desvios-padrão da grandeza PHF-AG, segundo
sexo
5.3. Avaliação das grandezas estudadas nas radiografias cefalométricas
separadas por grupos:
5.3.1 Verticais
5.3.2 Sagitais
5.3.3 Transversais
5.3.1 Comparação das grandezas verticais
As grandezas estudadas, tanto das radiografias cefalométricas laterais quanto
das frontais, que permitiram a avaliação dos incrementos de crescimento no sentido
vertical, foram agrupadas em 02 subgrupos:
Subgrupo 1 - Medidas da maxila
Subgrupo 2 - Medidas da mandíbula
5.3.1.1 Comparação das grandezas verticais Subgrupo 1 Medidas da maxila
Tabela 24: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana das
grandezas verticais da maxila, no período 3-1.
Variável Período
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
PHF-J 3-1 27 33,81 22,17 4,57 73,97 30,63 0,002
PHF-A 3-1 27 16,71 8,73 1,26 30,60 17,84
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Wilcoxon.
Portanto, as duas grandezas acima apresentam diferença significante entre si,
e a grandeza PHF-J apresenta valores significantemente maiores do que os da
grandeza PHF-A.
Incrementos de crescimento na maxila - Verticais
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
PFH-A PHF-J
T3-T2
T2-T1
Figura 50: Gráfico das médias de incrementos de crescimento nas grandezas
verticais da maxila
5.3.1.2 Comparação das grandezas verticais Subgrupo 2 Medidas da
mandíbula
Tabela 25: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana grandezas
verticais da mandíbula no período 3-1
Variável Período
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
PHF-Gn 3-1 27 10,76 4,48 5,67 21,08 8,91
PHF-Go 3-1 27 15,16 6,23 6,39 34,61 14,68
Pl.Pal.-Me 3-1 27 9,33 4,63 3,49 24,27 8,26 < 0,001
Co-Xi 3-1 27 17,59 9,12 1,47 45,95 18,60
PHF-AG 3-1
27 15,15 5,93 6,77 28,83 14,46
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Portanto, há diferença significante nas grandezas acima estudadas. A
grandeza PHF-Gn difere significantemente da Co-Xi (p< 0,05). A grandeza Pl. Pal.-
Me difere significantemente da PHF-Go (p<0,05), da Co-Xi (p<0,05) e da PHF-AG, O
PI.Pal.-Me apresenta valores significantemente menores do que as outras
grandezas.
Incrementos de crescimento - vertical -
mandíbula
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
PFH-Gn PFH-Go Pl.Pal.-Me Co-Xi PHF-AG
T3-T2
T2-T1
Figura 51: Gráfico das médias de incrementos de crescimento nas grandezas
verticais da mandíbula
5.3.2 Comparação das grandezas sagitais
Tabela 26: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana grandezas
sagitais da mandíbula no período 3-1.
Variável Período n Média dp Mínimo Máximo
Mediana
p*
PTV-A 3-1 27
9,57 6,21 2,19 29,73 8,12
PTV-PM 3-1 27
12,23 8,87 2,48 35,98 8,45
Xi-PM 3-1 27
9,31 3,70 3,25 19,47 9,04 0,052
Co-Gn 3-1 27
13,42 10,41 3,51 61,07 10,55
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Portanto, não há diferença significante entre as grandezas acima estudadas.
Incrementos de crescimentos nas grandezas sagitais
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
PTV-A PTV-PM Xi-PM Co-Gn
T3-T2
T2-T1
Figura 52: Gráfico das médias de incrementos de crescimento nas grandezas
sagitais
5.3.1 Comparação das grandezas transversais
Tabela 27: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana grandezas
sagitais da mandíbula no período 3-1.
Variável Período
n Média dp Mínimo Máximo Mediana p*
ZE-ZD
3-1
27
6,03 2,73 0,73 11,21 5,68
JE-JD
3-1
27
6,11 3,64 1,07 17,14 5,29
NE-ND
3-1
27
15,74 5,92 7,00 30,34 15,65 < 0,001
AGE-AGD
3-1
27
8,67 4,45 0,41 19,94 8,37
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Portanto, há diferença significante nas grandezas acima estudadas. A
grandeza NE-ND difere significantemente das demais grandezas (p< 0,05)
apresentando valores significantemente maiores do que as outras. A grandeza AGE-
AGD difere significantemente das grandezas ZIE-ZID e JE-JD (p< 0,05),
apresentando valores significantemente maiores que as outras duas.
Incrementos de crescimento nas grandezas
transversais
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
ZIE-ZID JE-JD NE-ND AGE-AGD
T3-T2
T2-T1
Figura 53: Gráfico das médias de incrementos de crescimento nas grandezas
transversais
4.4. Avaliação das grandezas estudadas nas radiografias cefalométricas em 03
planos:
Para que pudéssemos realizar uma avaliação da maxila e da mandíbula nos
três planos (sagital, vertical e transversal), agrupamos, das grandezas estudadas,
três grandezas que representassem o crescimento de cada estrutura da seguinte
forma:
4.4.1 Incrementos de crescimento na maxila
Foram selecionadas as seguintes grandezas para representar o crescimento da
maxila:
Sagital: PTV-A
Vertical: PHF-A
Transversal: JE-JD
Tabela 28: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana das
grandezas da maxila, no período 3-1, segundo o sexo.
Sexo Períodos
n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
JE-JD 15
6,40 4,17 1,07 17,14 5,75
Feminino PHF-A 15
16,18 7,61 4,78 28,06 17,84
0,031
PTV-A 15
9,73 4,82 4,53 21,69 8,79
JE-JD 12
5,75 3,00 1,75 11,34 4,74
Masculino PHF-A 12
17,37 10,27 1,26 30,60 19,76
0,017
PTV-A 12
9,39 7,84 2,19 29,73 7,62
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos na tabela acima que há diferença significante entre as
grandezas avaliadas no período 3-1, tanto nos indivíduos do sexo masculino quanto
do feminino. Podemos observar que a grandeza JE-JD é significativamente menor
que o período de PHF-A (p< 0,05) tanto nos indivíduos do sexo masculino quanto do
feminino. Os demais períodos não apresentam diferença significante.
0
5
10
15
20
25
30
Feminino Masculino
Sexo
Deltas - Periodo 3 e 1
JE-JD PHF-A PTV-A
Figura 54: Gráfico das médias e desvios-padrão das grandezas da maxila, segundo
sexo
4.4.2 Incrementos de crescimento na mandíbula
Foram selecionadas as seguintes grandezas para representar o crescimento
da mandíbula:
Sagital: Xi-PM
Vertical: PHF-Go
Transversal: AGE-AGD
Tabela 29: Valores de média, desvio-padrão, mínimo, máximo e mediana dos
valores das grandezas no período 3-1, segundo o sexo.
Sexo Períodos n Média dp Mínimo
Máximo
Mediana
p*
AGE-AGD
15
8,01 4,19 1,31 19,94 8,25
Feminino PHF-Go 15
13,55 4,68 6,39 21,33 14,21 0,006
Xi-PM 15
8,94 3,48 3,25 15,48 8,99
AGE-AGD
12
9,49 4,81 0,41 19,77 8,74
Masculino PHF-Go 12
17,16 7,47 7,93 34,61 15,01 0,013
Xi-PM 12
9,77 4,06 4,98 19,47 9,58
(*) Nível descritivo de probabilidade do teste não-paramétrico de Friedman.
Observamos na tabela acima que há diferença significante entre as
grandezas avaliadas no período 3-1, tanto nos indivíduos do sexo masculino quanto
do feminino. Podemos observar que a grandeza PHF-Go é significativamente maior
que a grandeza AGE-AGD (p< 0,05) e Xi-PM (p< 0,05) tanto nos indivíduos do sexo
masculino quanto do feminino. Os demais períodos não apresentam diferença
significante.
0
5
10
15
20
25
30
Feminino Masculino
Sexo
Deltas - Periodo 3 e 1
AGE-AGD PHF-Go Xi-PM
Figura 55: Gráfico das médias e desvios-padrão das grandezas da mandíbula,
segundo sexo
6. DISCUSSÃO
Os estudos do crescimento craniofacial humano quantitativo começaram com
os estudos craniométricos, isto é, mensurações em crânios secos, mas este método
apresenta uma desvantagem porque por meio dele, pode-se realizar apenas estudos
transversais.
Com o advento das radiografias cefalométricas (Broadbent, 1932) tornou-se
possível a realização de muitos estudos longitudinais, que combinaram as
vantagens da craniometria e da cefalometria, onde foram observadas algumas
diferenças individuais de crescimento e desenvolvimento da face e também nas
relações maxilo-mandibulares.
Embora alguns autores como Broadbent (1932), Ricketts (1982), Enlow
(1993), Langlade (1993) Grummons e Ricketts (2004) tenham ressaltado a
importância da associação da radiografia cefalométrica em norma frontal à norma
lateral para obtermos uma visão tridimensional e não bidimensional do crescimento
e desenvolvimento facial, encontramos na literatura poucos estudos em que foi feita
a associação das 02 radiografias cefalométricas.
Existem trabalhos como o de Sato de 1982, que embora tenha baseado seu
estudo em radiografias cefalométricas frontais e laterais, não fez nenhum tipo de
relação entre elas. Também o estudo de Wei (1970) que utilizou ambas as
radiografias cefalométricas, mas não fez avaliação do crescimento dos indivíduos.
Dentre os estudos que abordam tanto as radiografias cefalométricas laterais e
frontais estão os estudos de Singh e Savara (1966) e Savara e Singh (1968) que
foram realizados para avaliar o crescimento da maxila. O primeiro foi realizado em
indivíduos do sexo feminino e o segundo, em indivíduos do sexo masculino, que
foram acompanhados por no mínimo 06 anos. Os autores concluíram que o
crescimento é maior no sentido vertical, seguido pelo sagital e por último no
transversal. Corroborando com os resultados deste estudo, embora estatisticamente,
somente tenhamos chegado à resultados que o crescimento em largura é menor do
que o crescimento sagital. Porém, existe uma tendência nesse sentido, como
podemos visualizar no gráfico da figura 54, página 80 .
Outra forma de se realizar estudo longitudinal, encontrado na literatura, é
através de medidas antropométricas. Os autores Gazi-Coklica et al. analisaram
indivíduos do sexo mascullino e do sexo feminino dos 4,7 aos 11,8 anos, baseados
em medidas antropométricas que permitiram avaliar o crescimento dos indivíduos
em largura, altura e profundidade da cabeça. Concluíram que existe um aumento
contínuo em todos os parâmetros estudados, sendo maior para os que determinam
a altura facial, semelhante aos resultados que encontramos neste estudo, isto é,
existe crescimento durante todo período estudado, sendo que é maior no sentido
vertical (altura).
Autores como Prates, Peters e Lopes (1988) que conseguiram identificar em
suas pesquisas uma fase acelerativa do crescimento mandibular, por meio de 02
medidas lineares: distância do ponto articular (Ar) ao gônio (Go) e da distância de
gônio (Go) ao gnátio (Gn), na faixa etária dos 12 aos 14 anos para os indivíduos do
sexo masculino, que é, aproximadamente, na mesma época dos indicadores que
caracterizam os estágios de maturação pré-puberal e puberal, entretanto, eles não
conseguiram estabelecer esta relação para os indivíduos do sexo feminino. Neste
estudo, avaliamos 03 períodos de crescimento, que foram da aceleração à transição
(T2-T1), da transição à desaceleração (T3-T2) e da aceleração à desaceleração (T3-
T1) e podemos observar que em todas as grandezas cefalométricas estudadas, no
período T3 - T1, houve um crescimento significativo. Os períodos T2-T1 e T3-T2 não
apresentam diferença significante entre si, nas medidas mensuradas exceto na
grandeza PHF - Gn, onde observamos que o período T2-T1 apresenta valores
significantemente menores do que os do período T3-T2, portanto somente foi
possível identificar diferenças para o crescimento mandibular, no sentido vertical do
crescimento e somente para uma das grandezas estudadas.
Os resultados de Silveira et al. (1992) também vão de encontro aos nossos,
pois em suas avaliações do crescimento vertical e sagital da maxila e da mandíbula ,
eles verificaram crescimento mais pronunciado na mandíbula do que na maxila nos
diferentes estágios de maturação esquelética, durante a adolescência e nós não
encontramos diferenças entre os 02 períodos estudados.
Entretanto, autores como Janson e Martins (1992) que estudaram indivíduos
em 02 períodos de crescimento, isto é, dos 13 aos 15 anos e dos 15 aos 17 anos,
aproximadamente, verificaram que existe crescimento estatisticamente significante
para o comprimento efetivo da maxila e da mandíbula, nos 02 períodos avaliados,
resultados diferentes aos encontrados neste estudo, pois encontramos crescimento
estatisticamente significativo quando avaliamos o período da aceleração até a
desaceleração.
Nanda e Ghosh, em 1995, avaliaram o crescimento da maxila e da mandíbula
no plano sagital, por meio de 03 grandezas cefalométricas, que foram PTV-A, PTV-B
e PTV-Pg, dos 06 aos 24 anos, com relação ao movimento anterior do ponto B em
relação ao ponto A e do ponto pogônio em relação aos pontos A e B foram,
percentualmente, os mesmos, tanto para os indivíduos do sexo masculino quanto
para o feminino, embora os autores tenham se baseado na idade cronológica para a
realização dos seus estudos, os resultados são semelhantes aos nossos, pois
também fizemos avaliações nestes planos e não encontramos diferenças com
relação ao crescimento da maxila e da mandíbula, durante o intervalo estudado.
Estudo como o de Snodell, Nanda e Currier (1993), que embora tenham se
baseado somente em radiografias cefalométricas póstero-anteriores, fizeram
avaliação do crescimento crânio-facial, onde compararam o crescimento transversal
e o vertical. Concluíram que o crescimento vertical da face é maior do que o
crescimento transverso e verificaram que percentualmente, o crescimento foi similar
tanto para os indivíduos do sexo masculino e como para o feminino, concordando
com os resultados do nosso estudo.
Yavuz et al. em 2004, também utilizaram, como os autores citados acima,
somente as radiografias cefalométricas póstero-anteriores, sendo que puderam
constatar crescimento vertical maior do que o transversal e estas evidências foram
tanto para os indivíduos do sexo masculino quanto para os do sexo feminino,
informações que corroboram com os nossos, inclusive no tocante ao fato que não
tenhamos encontrado diferenças entre os indivíduos do sexo masculino e feminino.
Os incrementos de crescimento no plano transversal, estudadas por Lux et al.
foram similares nas várias grandezas cefalométricas mensuradas. Rebecchi, Faltin
Jr. e Kuchinski, em 2003, estudaram várias grandezas cefalométricas como:
Dimensão Transversa Facial, Dimensão Transversa Nasal, Dimensão Vertical Nasal,
Dimensão Transversa Maxilar, Dimensão Transversa Mandibular e nessas
grandezas observou-se um aumento significante.
Em 2005, Wagner e Chung, também estudaram radiografias cefalométricas
póstero-anteriores, de indivíduos dos 06 aos 14 anos de idade e puderam verificar
que largura de maxilar mostrou uma taxa fixa de crescimento de 0,90-0,95 mm por
ano e a largura mandibular aumentou a uma taxa fixa de aproximadamente 1,6 mm
por ano.
Nosso estudo constatou que o crescimento no plano transversal é maior na
Dimensão Transversa Nasal (Figura 53, p.78), e que conforme Wagner e Chung
(2005), os incrementos de crescimento são maiores na mandíbula do que na maxila,
entretanto Lux et al. (2004) e Rebecchi, Faltin Jr. e Kuchinski (2003) não relatam
diferenças entre as grandezas cefalométricas estudadas.
O estudo que nos permitiu um confronto melhor com os nossos resultados foi
o de Lux et al. (2004), pois eles utilizaram tanto as radiografias cefalométricas
laterais e frontais e fizeram relações entre as grandezas cefalométricas encontradas,
embora tenham utilizado como um dos parâmetros para a realização do estudo, a
idade cronológica, que pode gerar margem para discussões, pois sabemos que a
idade cronológica nem sempre é compatível com a idade esquelética e no momento
quando estamos estudando o crescimento craniofacial torna-se muito mais coerente
nos basearmos na idade esquelética, por isto nos baseamos na maturação
esquelética neste estudo.
Com relação ao crescimento maxilar, entre os 7 e os 15 anos , Lux et al
(2004) verificaram que ele é mais pronunciado no sentido vertical quando
comparado às dimensões em largura e às ântero-posteriores, resultados que vão ao
encontro aos nossos, embora tenhamos feito o estudo em um período menor.
No tocante ao dimorfismo sexual, neste estudo não encontramos diferenças
entre os indivíduos do sexo masculino e feminino para nenhuma das grandezas
estudadas, porém a maioria dos autores citados neste trabalho verificaram a
existência de dimorfismo sexual como: Savara e Singh (1968), Sato (1982), Prates,
Peters e Lopes (1988), Janson e Martins (1992), Ariza Diaz et al. (1993), Snodell,
Nanda e Currier (1993) e Gazi-Coklica et al.(1997). Os resultados deste estudo
sugerem que isto se deve ao fato de que estes autores se basearam nas idades
cronológicas e não nas idades esqueléticas.
Ursi et al.(1993) estudaram o dimorfismo sexual no crescimento craniofacial
normal e não encontraram diferenças entre o sexo masculino e feminino, nas
posições sagitais da maxila e da mandíbula, mas encontraram uma tendência de
crescimento mais horizontal nas mulheres. Ursi, mais tarde (1996), estudou o
crescimento e as alterações mandibulares dos 06 aos 18 anos e neste estudo
encontrou dimorfismo sexual para 02 medidas lineares Co-Gn e AFAI.
Pelo fato de não encontrarmos na literatura, muitos estudos de crescimento
que abordem tanto os incrementos de crescimento, que podem ser verificados nas
radiografias cefalométricas laterais e frontais, sentimos a necessidade de novos
estudos neste campo, pois estes poderão contribuir para os estudos de crescimento
crâniofacial que estão evoluindo para a tridimensionalidade através das tomografias
computadorizadas, pois o crânio e a face são estruturas tridimensionais e merecem
que seus estudos também sejam realizados desta forma.
7. CONCLUSÕES
Este estudo nos permitiu concluir que:
7.1. O crescimento foi estatisticamente significante em todas as grandezas
estudadas, quando consideramos o crescimento do período de aceleração até o
período de desaceleração. Porém, não foi encontrada diferença estatística quando
comparados os períodos: aceleração até a transição e transição até a
desaceleração, com exceção do comprimento anterior maxilo-manndibular (PHF-
Gn), que apresentou valores significantemente maiores no segundo período de
crescimento estudado quando comparado ao primeiro.
7.2. Ao avaliarmos as grandezas cefalométricas que permitem verificar os
incrementos de crescimento no plano vertical, podemos concluir que o crescimento é
maior na maxila e, quando avaliamos a mandíbula, verificamos que os incrementos
de crescimento verticais são maiores na parte posterior, se comparados ao
crescimento da parte anterior da mandíbula. Nas grandezas sagitais não houve
diferenças estatísticas entre o crescimento da maxila e da mandíbula, e nas
grandezas transversais verificamos que o crescimento foi maior na Dimensão
Transversa Nasal, seguida pela Dimensão Transversa Mandibular.
7.3. Ao avaliarmos o crescimento maxilar, tendo como parâmetros os 03 planos
de avaliação, verificamos que ele é maior no sentido vertical, seguido pelo sagital e
o transversal. Para a mandíbula, verificamos que a quantidade de crescimento no
sentido vertical é maior que no sentido sagital e transversal, que são semelhantes.
7.4. Pela análise das grandezas cefalométricas avaliadas neste estudo, não se
verificou diferenças entre os indivíduos do sexo masculino e do feminino, exceto
para as grandezas tranversais DTN e DTMd.
8. REFERÊNCIAS*
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