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O jornal O Espirito-Santense começou a circular em 1870, quando lançou seu
primeiro número. O último exemplar circulou em 1889. De acordo com Amâncio Filho (1926,
p. 87), a publicação era designada por seus editores como um impresso que poderia ser
considerado como “[...] politico, scientifico, literário, noticioso e [que] defendia as idéas
conservadoras”. Com uma publicação de três exemplares publicados semanalmente, possuía
uma tiragem de 500 exemplares. Era prensado pela Typographia do Espirito Santense em
papel jornal, nas dimensões 31,5 x 47,5cm, formado por quatro páginas, cada uma divida em
quatro colunas (PEREIRA, 1926a).
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O Jornal O Horizonte
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lançou seu primeiro número em 1880, e seu último número
circulou no ano de 1885. Tinha como lema a seguinte divisa “Ordem e Progresso”. Era a voz
do Partido Liberal na Província e responsável pela publicação dos atos oficiais. Possuía uma
Cont. da nota anterior
autora, uma vez, que mesmo o jornal estando microfilmado, no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo,
sua leitura é muito difícil em função das péssimas condições do material.
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O Cachoeirano nasceu em 1877, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, importante cidade do norte do
Espírito Santo. O jornal O Cachoeirano apresentava-se como órgão neutro em relação ao jogo político da
Província. De acordo com Pereira (1926b, p. 22), “A sua divisa é ainda a imparcialidade; é tanto do partido
liberal como é do partido conservador; em poucas palavras, é enfim o orgam competente para fazer publicar
todas as idéas que não effendam a moral social”. Foram seus colaboradores em diferentes momentos os “[...]
srs. drs.: Horta de Araújo, Maria Leonilda, Antonio Carlos da Fonseca, Bernanrdo Horta, Ildefonso Vianna,
Eugenio Amorim Godofredo da Silva Vidigal, Oscar Leal, dr. Antonio Gomes Aguirre, Dr. Affonso Cláudio
[...] dr. Moreira Gomes, dr. Coelho Lisbôa, dr. Silva Lima, dr. José Marcellino, dr. João Freitas, dr. Jeronymo
de Souza Monteiro, dr. José Lino, Joaquim Ayres, Manoel Fernandes, Pe. Antonio Fernandes da Silva, Pe.
Carloto Fernandes da Silva, dr. Julio Leite, Victor de Moraes, dr. José Batalha Ribeiro, Cel. Antonio da Silva
Marins, João Motta, Mario Imperial, dr. Narciso Araújo, Benjamim Silva, Dr. José Calasans de Mello Rocha,
Antonio Vieira, Tertuliano de Loyola, Moacyr Moraes, Sizenando de Mattos Bourguingnon, Pe.
Carlosregattieri, dr. Belisario Vieira da Cunha, Everaldino Silva, Sylvio Julio, dr. Attilio Vivacqua, etc”
(PEREIRA, 1926b, p. 22-27).
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A Provincia do Espírito Santo era publicado três vezes por semana na cidade de Vitória, capital da Província.
Criado por Cleto Nunes Pereira e José de Mello Muniz Freire, o jornal nasce em março de 1882, com o ideal
de fazer circular no Espírito Santo as idéias liberais. No seu primeiro editorial afirma: “D’aqui advogaremos
com o criterio de nossas convicções todas as grandes necessidades públicas desta província, estudaremos os
problemas sociais e economicos que se debatem na sociedade brasileira sem brecha em nossas opiniões, sem
compromissos antecipados” (PEREIRA, 1926c, p. 42). Mais à frente deixa claro seus compromissos “[...] As
ideas liberais terão neste jornal uma consagração de crentes convencidos; a bandeira de suas reformas e o
fundo phisolophico que presta á sua doutrina a politica moderna que assenta sobre sciencia social, constituem
para nós um programma” (PEREIRA, 1926c, p. 43). Foram seus colaboradores “[...] dr. José Joaquim
Pessanha Povoa, dr. Ffonso Cláudio, d. Adelina Lyrio, Joaquim de Salles Torres Homem, Murcio Teiceira,
Francisco Peçanha, cel. Augusto Calmom Nogueira da Gama, Ferreira Viana, Adelino Fontoura, Tiburcio de
Oliveira, J. P. Nolaco, Emilio da Silva Coutinho, Gama Rosa , dr. Cerqueira Lima, Francisco de Lima
Escobar Araujo e outros” (PEREIRA, 1926c, p. 43).
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Eram colaboradores de O Espirito-Santense em diferentes épocas “[...] o Dr. José Joaquim Pessanha Povoa,
Mucio Teixeira, Dr. Affonso Cláudio, padre Antunes de Siqueira, Candido Costa, prof. Ariestides Freire,
Commendador Domingos Vicente Gonçalves de Sousa, Manoel Jorge Rodrigues, Ubaldo Rodrigues, Dr.
Antonio Athayde, Almeida Nobre, Amâncio pereira, Cleto Nunes Pereira, Dr. Alfredo P. V. de Mello, Luiz
Victoriense, Candido Brizindor, Miguel Evariesto Cardoso, Eduardo Gomes Ferreira Velloso, Sebastião
Mestrinho, Dr. Miguel Thomas Pessôa, Edgado Daemon, Magno Machado, J. Firmino dos Santos,
Godofredo Autran, Emilio da Silva Coutinho, M. H. de Moraes, Adrião Rangel e Ignácio Thomaz Pessoa”
(AMÂNCIO FILHO, 1926b, p. 88).
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O redator-chefe do impresso era Maximiliano Maia e seus colaboradores Peçanha Póvoa, Eliseu Martins,