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Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Departamento de Química
Programa de Pós–Graduação em Química
“Estudos Sintéticos e Teóricos Sobre Anulenos e
Baquenolidas”
Kleber Thiago de Oliveira
Tese apresentada à Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, como parte das
exigências para a obtenção do título de Doutor
em Ciências, Área: Química
RIBEIRÃO PRETO–SP
2006
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Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Departamento de Química
Programa de Pós–Graduação em Química
“Estudos Sintéticos e Teóricos Sobre Anulenos e
Baquenolidas”
Kleber Thiago de Oliveira
Tese de Doutorado
Orientador: Prof. Dr. Mauricio Gomes Constantino
RIBEIRÃO PRETO–SP
2006
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Reflexão
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
1
De tudo ficaram três coisas
:
a certeza de que estamos sempre começando ...
a certeza de que é preciso continuar ...
A certeza de que seremos interrompidos
antes de terminar ...
Portanto, devemos:
fazer da interrupção um caminho novo ...
da queda um passo de dança ...
do medo, uma escada ...
do sonho, uma ponte ...
da procura um encontro.”
Fernando Pessoa.
Reflexão
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
2
Precisa–se
De pessoas que tenham os pés na terra e a cabeça nas estrelas.
Capazes de sonhar, sem medo dos sonhos.
Tão idealistas que transformem seus sonhos em metas.
Pessoas tão práticas que sejam capazes de transformar suas metas em realidade.
Pessoas determinadas que nunca abram mão de construir seus destinos e arquitetar suas
vidas.
Que não temam mudanças e saibam tirar proveito delas. Que tornem seu trabalho objeto
de prazer e uma porção substancial de realização pessoal. Que percebam, na visão e na
missão de suas vidas profissionais, de suas dedicações humanistas em prol da
humanidade, um forte impulso para sua própria motivação.
Pessoas com dignidade, que se conduzam com coerência em seus discursos, seus atos, suas
crenças e seus valores.
Precisa–se de pessoas que questionem, não pela simples contestação, mas pela
necessidade íntima de só aplicar as melhores idéias.
Pessoas que mostrem sua face serena, de parceiros legais, sem se mostrarem superiores
nem inferiores; mas...iguais.
Precisa–se de pessoas ávidas por aprender e que se orgulhem por absorver o novo, pessoas
de coragem para abrir caminhos, enfrentar desafios, criar soluções, correr riscos
calculados. Sem medo de errar.
Precisa–se de pessoas que construam suas equipes e se integrem nelas. Que não tomem
para si o poder, mas saibam compartilhá–lo. Pessoas que não se empolguem com o seu
próprio brilho, mas com o brilho do resultado alcançado em conjunto.
Precisa–se de pessoas que enxerguem as árvores, mas também prestem atenção na magia
da floresta, que tenham percepção do todo e da parte. Seres humanos justos, que
inspirem confiança e demonstrem confiança nos parceiros.
Precisa–se de pessoas que criem em torno de si um ambiente de entusiasmo, de liberdade,
de responsabilidade, de determinação, de respeito e de amizade.
Precisa–se de seres tão racionais, que compreendam que sua realização pessoal está
atrelada à vazão de suas emoções. É na emoção que encontramos a razão de viver.
Precisa–se de gente que saiba administrar coisas e liderar pessoas.
Precisa–se urgentemente de um novo ser.
ISAC LIBERMAN
Dedicatória
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
3
Dedico esta Tese à
À minha esposa Josiane, pessoa a quem amo incondicionalmente, e que com muita perseverança me
acompanhou desde o princípio deste trabalho sempre me compreendendo e me apoiando nos
momentos de dificuldade. Ela, mulher forte, soube estar comigo nas horas de alegria e de queda.
Aos meus amados Pais, Sebastião e Leonice, que a mim concederam pela vontade de Deus o dom da
vida, e me ensinaram os principais valores do ser humano; o amor e a honestidade. Eles, na sua
imensa simplicidade, aprenderam a me apoiar, valorizar e incentivar durante a minha caminhada.
4
Agradecimentos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
5
Agradecimentos
Primeiramente agradeço a Deus, ator da vida e da inteligência humana. Aquele que a mim
permitiu cultivar e aprender com o dom da ciência.
Ao Prof. Dr. Mauricio Gomes Constantino, por todos esses anos de convivência; pela
orientação, pela dedicação, amizade, paciência e principalmente por tudo que aprendi ao
seu lado.
Ao Prof. Dr. Sérgio Emanuel Galembeck, pela colaboração e pelo espaço cedido em seu
laboratório para a realização de alguns dos estudos teóricos.
Ao Prof. Dr. Gil Valdo José da Silva e ao Prof. Dr. Paulo Marcos Donate, pela amizade e
colaboração.
Ao Prof. Dr. Adilson Beatriz, Prof. Dr. Valdemar Lacerda Júnior e Dr. Daniel Frederico,
pela amizade, pelos ensinamentos, pela boa convivência e participação neste trabalho.
Ao Prof. Dr. Cláudio Francisco Tormena pela amizade, pelas discussões e sugestões em
alguns dos estudos teóricos.
Ao Dr. Renato Haddad pelas análises de massa (ESI) de alta resolução.
Ao Prof. Dr. Norberto Pepoline Lopes pelas análises de massa.
Ao Prof. Dr. Osvaldo Antônio Serra pela amizade e pelo apoio oferecido para que eu
continuasse a minha formação.
Ao Dr. Cláudio Néri pela amizade e apoio durante os anos que estive nesta unidade.
A todos os demais docentes do departamento de química que de alguma maneira
contribuíram para a minha formação e para com este trabalho.
Às Irmãs da Ordem de Santa Ângela, e a todos os professores e amigos do Instituto Santa
Úrsula de Ribeirão Preto, pelo carinho com que me acolheram durante meus estudos de
ensino médio.
Ao meu grande amigo Giovanni Caramori pela convivência, amizade e grande
contribuição neste trabalho.
Às minhas grandes amigas Érika e Mirela pelo carinho, sinceridade e companheirismo
durante todos estes anos.
Aos meus amigos Arthur, Nazareth, José Mário e Iraci, pessoas queridas que sempre me
incentivaram ao longo desta caminhada.
À Virginia, pela amizade, dedicação e pela exímia competência na obtenção dos espectros
de RMN.
Agradecimentos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
6
Aos alunos de Iniciação Científica que trabalharam comigo e muito contribuíram
durante estes anos: Vinícius Silveira Garcia, Daiane Cristina Sass, Ellen Christine Pólo e
Roberta Cerasi Urban.
A todos os amigos do Laboratório, Dr. Felipe, Dr. Luiz Carlos, Ricardo Gimenez, Paulo,
Álvaro, Valquíria, Dra. Susimaire, Dra. Lílian, Miro, Francisco, Luiz Felipe, Marco,
Rodrigo, Shirlei, Emílio, Giovana, Fausto, André, Viviane e todos os quais pude conviver,
muito obrigado pela amizade e apoio.
Aos funcionários do Departamento de Química: Lâmia, Bel, Sônia, Emerson, André,
Mércia, Djalma, Vera e Olímpia pela amizade e atenção durante todos esses anos.
Às funcionárias da Seção des–Graduão: Denise, Inês, Sônia, pela amizade, atenção e
competência.
A todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.
À FAPESP pelo apoio financeiro e pela constante atenção com que assiste nossa pesquisa.
Abreviações
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
7
Abreviações
AIBN – Azo–bis–isobutironitrila
ASE – Aromatic Stabilization Energy
AcOH – Ácido Acético
Ac
2
O – Anidrido Acético
B3LYP – Terceira revisão do método de Beeck incluindo os parâmetros de correlação de
Lee, Yang e Parr.
B3PW91 – Terceira revisão do método de Beeck incluindo os parâmetros de correlação
de. Perdew–Wang 1991
Bn – Benzil
BnBr – Brometo de Benzila
BnOH – Álcool Benzílico
BHT – Butylated Hydroxytoluene
Bz – Benzoil
13
C{H} – Carbono Totalmente Desacoplado de Hidrogênio
cc–pVDZ – correlation–consistent polarized Valence Duble Zeta
Cp – Ciclopentadienil
CTAB – Brometo de cetiltrimetilamônio
DBN – 1,5–Diazabiciclo[4.3.0]non–5–eno
DBU – 1,8–Diazabiciclo[5.4.0]undec–7–eno
DDQ – 2,3–Dicloro–5,6–diciano–1,4–benzoquinona
DHP – Di–hidropirano
DIBALH – Hidreto de di–isobutilalumínio
DMAP – Dimetilaminopiridina
DMF – Dimetilformamida
DMSO – Dimetilsulfóxido
DEPT–135 – Distortionless Enhancement by Polarization Transfer – angle 135
º
ESI–Q–TOF – Electron Spray Ionization–Quadrupole–Time of Flight
ESI–TOF – Electron Spray Ionization – Time of Flight
FMO – Frontier Molecular Orbital
GCE – Grupo Captor de Elétrons
GDE – Grupo Doador de Elétrons
gCOSY – Correlation Spectroscopy
gHMBC – Heteronuclear Multiple–Bond Correlation
gHMQC – Heteronuclear Multiple–Quantum Correlation
gJres – J resolved
HMDS – Hexametildisilazano
HMPA – Hexametilfosforamida, (Me
2
N)
2
P=O
HMPT – Hexametilfósforo triamida, (Me
2
N)
3
P
HOMA – Harmonic Oscilator Model of Aromaticity
HOMO – Highest Occupied Molecular Orbital
LDA – Di–isopropilamideto de Lítio
LiHMDS –Hexametildisilazida de Lítio
LUMO – Lowest Unoccupied Molecular Orbital
Me
3
O
+
BF
4
– Tetrafluorborato de trimetiloxônio
Me
3
SiI – Iodotrimetilsilano
MCPA – Ácido m–cloroperoxibenzóico
Abreviações
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
8
MsCl – Cloreto de metanossulfonila (cloreto de mesila)
NBO – Natural Bond Orbital
NBS – Nbromosuccinimida
NICS – Nucleus Independent Chemical Shift
NOCl – Cloreto de Nitrosilo
NOE – Nuclear Overhauser Effect
NRT – Natural Resonance Theory
OAc – Acetato
OMs – Mesilato
OPP – Pirofosfato
PCC – Clorocromato de piridínio
PTSA – Ácido p–toluenosulfônico
Py – Piridina
RE – Resonance Energy
SE(HD) – Homodesmotic Steric Energy
SE(ba) – Steric Energy of bent anulene
SE(br) – Steric Energy of the bridge
TBDMS – t–butildimetilsilil
t–BuOK – t–butóxido de potássio
THF – Tetra–hidrofurano
Ts = p–Ts = p–Toluenosulfonil – (Tosil)
TsCl = Cloreto de p–Toluenosulfonila
ZPE – Zero Point Energy
Índice
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
9
Índice
RESUMO .................................................................................................................................................11
ABSTRACT...............................................................................................................................................13
“PARTE A: ESTUDOS SINTÉTICOS E TEÓRICOS SOBRE O 1,4–METANO[10]ANULENO”
.......15
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................19
1.1 ANULENOS .....................................................................................................................................19
1.2 AROMATICIDADE ...........................................................................................................................26
Uma visão Geral..................................................................................................................................26
Desenvolvimento Histórico do Conceito.
2, 12
.............................................................................................26
Alguns Critérios Geométricos .................................................................................................................31
O Parâmetro de Julg (A
j
). ......................................................................................................................31
Índice HOMA. (Harmonic Oscilator Model of Aromaticity).
,12a–b,12e
...........................................................32
Alguns Critérios Energéticos...................................................................................................................33
Energia de Ressonância (RE). ................................................................................................................33
Reações Isodésmicas e Homodesmóticas: Cálculo das Energias de Estabilização Aromática (ASE)..................34
Análises de NBO (Natural Bond Orbital) e NRT (Natural Resonance Theory). ..........................................35
Alguns Critérios Magnéticos ..................................................................................................................38
Susceptibilidade Magnética (
χ
) e Exaltação da Susceptibilidade (
Λ
) ...........................................................38
Critério NICS (Nucleus Independent Chemical Shift).
31
............................................................................39
Métodos Computacionais e Conjunto de Funções de Base – Os Modelos Quânticos. ....................................40
1.3 REAÇÕES PERICÍCLICAS..................................................................................................................41
1.4 A REAÇÃO DE DIELS–ALDER..........................................................................................................43
Aspectos Gerais, Estereoquímica e Regioquímica. .....................................................................................45
Reatividade..........................................................................................................................................52
Catálise por Ácidos de Lewis..................................................................................................................57
Influência da Pressão nas Reações de Diels–Alder.....................................................................................59
Sínteses Envolvendo Reações de Diels–Alder. ...........................................................................................61
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................67
3 PLANO DE PESQUISA..........................................................................................................................71
4 ATIVIDADES REALIZADAS E RESULTADOS OBTIDOS ...........................................................................77
Abordagem Sintética Baseada na Reação de Diels–Alder. .........................................................................77
Transformações Realizadas no Aduto de Diels–Alder 45...........................................................................78
Abordagens Sintéticas Utilizando Quinonas Substituídas nas Reações de Diels–Alder...................................85
Cicloadição do tipo [6+4] – Uma Nova Abordagem Para a Síntese do Anuleno 41......................................90
5. AROMATICIDADE EM METANO[10]ANULENOS. .................................................................................101
Estrutura dos Metano[10]Anulenos 41, 40 e 14....................................................................................101
Energias Relativas dos Anulenos 41, 40 e 14.........................................................................................104
Índice
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
10
Reações Homodesmóticas.
27
.................................................................................................................105
Energias de Ressonância (RE). .............................................................................................................107
Análises dos NBO (Natural Bond Orbital)............................................................................................108
Análise NRT (Natural Resonance Theory).............................................................................................110
Índice HOMA (Harmonic Oscilator Model of Aromaticity).
23, 12a–b, 12e
......................................................112
Critério NICS (Nucleus Independent Chemical Shift).
31
..........................................................................113
Conclusões Sobre os Estudos Teóricos com os Metano[10]Anulenos...........................................................115
PARTE B: ESTUDOS SINTÉTICOS E TEÓRICOS SOBRE A (±)–BAQUENOLIDA A.
..................117
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................121
1.1 SÍNTESES DA BAQUENOLIDA A (184).............................................................................................124
2.– OBJETIVOS ......................................................................................................................................137
3 PLANO DE PESQUISA........................................................................................................................141
4 ATIVIDADES REALIZADAS E RESULTADOS OBTIDOS .........................................................................145
Preparação dos Ácidos
β
–vinilacrílico (281) e Tíglico (282). ...................................................................145
Preparação do Composto 285 e Testes da Reação de Diels–Alder Intramolecular. ......................................145
Reação de Diels–Alder entre o Dieno 298 e o Tiglaldeído (299)...............................................................148
Transformações Realizadas no Aduto 300 – Síntese da (±)–Baquenolida A (184). ....................................149
Estudos sobre a Variação das Proporções dos Epímeros 306 e 307............................................................155
5 CINÉTICA DAS REAÇÕES DE FORMAÇÃO DOS COMPOSTOS 287, 288, 306 E 307: UM ESTUDO TEÓRICO
.............................................................................................................................................................157
6 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS PARTE A E B..................................................................163
7 PARTE EXPERIMENTAL PARTE A E B..............................................................................................169
Índice das Reações. .............................................................................................................................171
8 ESPECTROS DE RMN PARTE A E B................................................................................................232
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................371
Resumo
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
11
Resumo
Neste trabalho foram desenvolvidos alguns estudos que tiveram como objetivo
principal a utilização de reações de cicloadição como a Reação de Diels–Alder e as
Cicloadições do tipo [6+4] na síntese de anulenos e baquenolidas. Na primeira parte
(Parte A) são apresentadas algumas abordagens com o objetivo de produzir sistemas do
tipo biciclo[6.2.1]undecano (42), similares a sistemas existentes em produtos naturais e
que são precursores diretos do 1,4–metano[10]anuleno (41), uma estrutura hipotética,
cuja síntese ainda não foi descrita.
41
42
Os melhores resultados foram obtidos através de uma cicloadição [6+4] entre o
ciclopentadieno 43 e a tropona 139 o que forneceu 140. Este produto guarda grande
semelhança estrutural com o anuleno 41.
Para efetuar o rompimento da ponte carbonílica, o melhor método que
encontramos consistiu em transformar a cetona 140 em oxima, depois em lactama através
de um rearranjo de Beckmann, transformação na forma tosilada e redução com LiAlH
4
.
O álcool primário de 171 pôde ser eliminado com relativa facilidade, mas o grupo NHTs
mostrou–se extremamente resistente à alquilação exaustiva/eliminação; apenas quando
utilizamos sal de oxônio tivemos evidências de formação de carbocátion.
O
O
NH
O
TsHN
+
43 139 140
142
NTs
O
170
OH
171
141
benzeno
NH
2
OH.HCl
Piridina
N
OH
LiHMDS
TsCl
LiAlH
4
TsCl
Piridina
MsCl
NaI/DBU
MeI
N
180
Ts
Me
(Me)
3
O
+
BF
4
-
182
+
N
Ts
Me Me
183
Polímeros
No entanto, os resultados experimentais indicaram fortemente que o anuleno 41
não deve possuir estabilização aromática, pois não encontramos nada deste material no
produto da eliminação que, além de Me
2
NTs, continha apenas polímeros. Alguns
cálculos teóricos levaram também à conclusão de que 41 não deve ser aromático.
Na segunda parte deste trabalho (Parte B) foram realizados alguns estudos sobre a
síntese do produto natural (±)–baquenolida A (184). A etapa principal da síntese realizada
foi uma reação de Diels–Alder entre o dieno 298 e o dienófilo 299 sob catálise de NbCl
5
.
O aduto obtido (300) encontra–se devidamente funcionalizado e com a estereoquímica
Resumo
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
12
relativa apropriada para a síntese de vários produtos naturais da classe dos eremofilanos e
dos bacanos, incluindo as baquenolidas.
BnO
OHC
H
NbCl
5
300
BnO
H
O
(±)-Baquenolida A
H
O
O
184
(±)-7-epi-Baquenolida A
H
O
O
226
+
H
HO
OH
H
I
I
H
I
223
224
CO
2
R
CO
2
R
H
RO
O
H
RO
O
+
H
t-BuO
O
Br
308
H
298
299
286 R = Me
305 R = t-Bu
287 R = Me
306 R = t-Bu
288 R = Me
307 R = t-Bu
H
t-BuO
O
Br
309
+
Me
3
SiI
LDA
NBS
Ag
2
O
R = Me (-78ºC 0ºC)
R = Me (-78ºC)
R = t-Bu (-78ºC0ºC)
R = t-Bu (-78ºC)
15%
18%
42%
50%
85%
82%
58%
50%
A síntese do produto natural 184 foi concluída em 8 etapas e com rendimento
global de 13,3%. Finalmente foram realizados alguns estudos teóricos dos estados de
transição envolvidos nas ciclizações dos enolatos dos compostos 286 e 305 obtendo–se
proporções teóricas entre os epímeros 287/288 e 306/307 razoavelmente de acordo com
os resultados experimentais.
Abstract
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
13
Abstract
In this work are described some studies of cycloaddition reactions, such as [4+2]
(Diels–Alder reaction) and [6+4] cycloadditions, for the purpose of synthesizing
annulenes and bakkenolides. In the first part (Part A) are presented some approaches for
the synthesis of the bicyclo[6.2.1]undecane system (42), which is not only similar to
systems that occur in some natural products, but also can be considered as a direct
precursor of 1,4–metano[10]annulene (41) (a hypothetical structure, which has not yet
been synthesized).
41
42
The best results were obtained through the [6+4] cycloaddition between
cyclopentadiene (43) and tropone (139), which furnished 140. This product is already
very similar to the annulene 41.
To perform the rupture of the carbonyl bridge, the best method that we found
consists in transforming the ketone 140 in to the oxime, which was converted to the
lactam 142 through a Beckmann rearrangement. This compound was tosilated and
subsequently reduced with LiAlH
4
. The primary alcohol of 171 was easily eliminated but
the NHTs group did not react under exhaustive alkylation/elimination conditions; we
have obtained evidence of carbocation formation only when the alkylation was performed
with oxonium salt.
O
O
NH
O
TsHN
+
43 139 140
142
NTs
O
170
OH
171
141
benzeno
NH
2
OH.HCl
Pyridine
N
OH
LiHMDS
TsCl
LiAlH
4
TsCl
Pyridine
MsCl
NaI/DBU
MeI
N
180
Ts
Me
(Me)
3
O
+
BF
4
-
182
+
N
Ts
Me Me
183
Polymers
However, the experimental results could indicated that the hypothetical annulene
41 is not aromatic, because we not find this material in the elimination product, which
contained only Me
2
NTs and polymers. Some theoretical calculations also confirmed that
41 should not be aromatic.
In the second part of this work (Part B) are described some studies about the
synthesis of the natural product (±)–bakkenolide A (184). The main step of the synthesis
Abstract
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
14
was a Diels-Alder reaction between diene 298 and dienophyle 299 under catalysis by
NbCl
5
. The obtained adduct (300) is suitably functionalized and exhibit the appropriate
relative stereochemistry for the synthesis of some natural products belonging to the class
of eremophilanes and bakkanes, including the bakkenolides.
BnO
OHC
H
NbCl
5
300
BnO
H
O
(±)-Bakkenolide A
H
O
O
184
(±)-7-epi-Bakkenolide A
H
O
O
226
+
H
HO
OH
H
I
I
H
I
223
224
CO
2
R
CO
2
R
H
RO
O
H
RO
O
+
H
t-BuO
O
Br
308
H
298
299
286 R = Me
305 R = t-Bu
287 R = Me
306 R = t-Bu
288 R = Me
307 R = t-Bu
H
t-BuO
O
Br
309
+
Me
3
SiI
LDA
NBS
Ag
2
O
R = Me (-78ºC 0ºC)
R = Me (-78ºC)
R = t-Bu (-78ºC0ºC)
R = t-Bu (-78ºC)
15%
18%
42%
50%
85%
82%
58%
50%
The synthesis of 184 was realized in 8 steps, with a global yield of 13.3%. Finally,
some theoretical studies, involving the transition states in cyclizations of the enolates of
compounds 286 and 305, were carried out. These studies furnished the theoretical ratios
between the epimers 287/288 and 306/307 in good agreement with the experimental
results.
Parte A – Estudos Sintéticos e Teóricos sobre o 1,4–metano[10]anuleno
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
15
“Parte A: Estudos Sintéticos e Teóricos sobre o 1,4–metano[10]anuleno
16
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
17
Introdução – Parte A
18
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
19
1 – Introdução
A descoberta e a avaliação das propriedades de novos compostos têm sido há
séculos o objetivo de muitos químicos. Novas substâncias podem ser obtidas
fundamentalmente de duas maneiras. A primeira delas é através do isolamento de
produtos naturais: neste caso a própria natureza atua como laboratório vivo de síntese de
substâncias que estão fora do conhecimento humano. A outra maneira consiste na
realização da síntese de novos compostos: neste caso o químico sintético é o personagem
que propõe, executa e identifica suas substâncias. Esta é uma tarefa árdua, artesanal e que
requer inteligência, criatividade, e acima de tudo, perseverança durante a realização de
seu trabalho.
Das ferramentas disponíveis ao químico sintético, destaca–se hoje a evolução dos
métodos e teorias químico–quânticas, que se utilizados de maneira adequada, podem se
tornar grandes aliados no desenvolvimento de uma síntese. Muitos químicos orgânicos
aprenderam a se basear apenas em dados empíricos e de raciocínio simples, o que resolve
de certa forma uma grande parte dos problemas encontrados durante a prática da síntese
orgânica. No entanto, há um aumento acentuado da complexidade dos sistemas a serem
sintetizados o que tem dificultado e muitas vezes inviabilizado um raciocínio simplista, e
exigido algo mais. Algumas pessoas acreditam que os métodos de análise teórica de
compostos evoluíram apenas em função dos problemas surgidos durante o
reconhecimento das propriedades de novas substâncias, e isto não é verdade. Esta
evolução é um processo complexo onde as diversas áreas da ciência têm trabalhado lado a
lado, cada uma a seu tempo e com sua parcela de contribuição. Durante muitas décadas,
houve uma constante luta dos cientistas para descreverem as ligações químicas e os
átomos como um todo. Os métodos de análise das estruturas eletrônicas dos compostos
químicos foram melhor desenvolvidos fundamentalmente depois da consolidação do
modelo atômico e da descrição do elétron como onda por Schrödinger. É evidente que
Schrödinger não pretendia avaliar as conformações de um determinado composto
orgânico, mas foi graças às suas descrições realizadas para o elétron, que a química
quântica e junto com ela os métodos computacionais se ascenderam, e hoje chegaram a
níveis tão refinados capazes de descrever com precisão várias estruturas orgânicas e até
inorgânicas.
Desta maneira, é possível hoje fazer da síntese orgânica e da química teórica áreas
da química que colaborem entre si e juntas possam tornar este universo atômico um
pouco mais compreensível e manipulável. Da mesma forma que na síntese orgânica, a
química teórica não deve ser vista como um conjunto de modelos prontos, verdadeiras
“caixas pretas” que resolvem os problemas indiscriminadamente; é preciso conhecer ou
colaborar com as pessoas certas para que o trabalho tenha acima do sucesso e do objetivo
cumprido, aquilo que conhecemos como credibilidade.
1.1 – Anulenos
O termo “anuleno” se refere, segundo a IUPAC,
1
a estruturas poliênicas,
monocíclicas e não substituídas, contendo um número máximo de ligações duplas não
acumuladas e com fórmula geral C
n
H
n
ou C
n
H
n+1
(com n superior a 6). Nestes casos as
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
20
estruturas são denominadas como [n]anulenos, onde n é o número de carbonos do
sistema cíclico (figura 1).
[10]anuleno 1H-[9]anuleno
2
1
[12]anuleno [18]anuleno
43
Figura 1: Exemplos de Alguns [n]anulenos.
Uma característica interessante de alguns anulenos é a presença da
aromaticidade.
2
Muitos destes sistemas possuem as condições adequadas para que um
composto possa apresentar estabilização aromática, como o número adequado de elétrons
π ([4n+2]; regra de Hückel), planaridade adequada para o alinhamento dos orbitais π e
estabilização extra de energia.
Os [10]anulenos, por exemplo, possuem quase todas as características estruturais
para que seja verificada uma estabilização aromática, exceto a planaridade. Na figura 2 são
mostrados os possíveis isômeros configuracionais do [10]anuleno, sendo que os isômeros
5, 6 e 7 já foram preparados em condições bastante peculiares e tiveram suas estruturas
determinadas por análise de raios–X e RMN de
1
H.
2a
O isômero 8 é apenas uma estrutura
hipotética, pois ainda não foi sintetizado.
Pode–se atribuir esta ausência de planaridade nestes [10]anulenos a dois fatores
principais – a repulsão entre os hidrogênios internos dos anéis e a exigência de ângulos de
ligação entre as duplas do anel bem diferentes dos esperados para carbonos do tipo sp
2
.
Com isso, o alinhamento ideal dos orbitais π é dificultado e faz com que a conjugação e a
estabilização sejam bem menores que a conferida pela aromaticidade. Aliás, o tema
aromaticidade é um assunto bastante amplo e seguramente merecerá uma discussão mais
aprofundada neste texto.
H
H
H
H
H
H
cis-[10]anuleno mono-trans-[10]anuleno di-trans-[10]anuleno
H
tri-trans-[10]anuleno
56
7
8
Figura 2: Isômeros Configuracionais do [10]anuleno – Otimizados com o Modelo B3LYP/6–311+G(d,p).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
21
Uma das maneiras de remover as interações dos hidrogênios internos em alguns
anulenos consiste em introduzir mais algumas insaturações nos anéis formando ligações
triplas.
2a
Esta estratégia, no entanto, não se aplica aos [10]anulenos pois provocaria
tensões anelares bem maiores. Uma outra estratégia é realizar a inserção de pontes
metilênicas ou de outros heteroátomos, o que remove ao mesmo tempo os dois principais
fatores que impedem estruturas como 7 de ter uma planaridade suficiente para o
alinhamento do sistema π.
Esta última estratégia foi utilizada com sucesso por Vogel e colaboradores que
prepararam em 1964 o primeiro anuleno com ponte (“bridged annulene”), o 1,6–
metano[10]anuleno (14),
3
e produziram a partir desta síntese inúmeros trabalhos.
Na síntese de Vogel foram utilizados intermediários bastante simples e um
número reduzido de etapas (esquema 1).
Na
liq NH
3
:CCl
2
Cl
Cl
Na
liq NH
3
Br
2
Br
Br
Br
Br
DDQ
KOH
910 11 12 13
14
Esquema 1: Síntese de Vogel do 1,6–metano[10]anuleno (14).
O anuleno 14, apesar de não ser totalmente planar (figura 3), possui todos os
indicativos de aromaticidade, desde propriedades como anisotropia diamagnética
(evidenciada pela RMN de
1
H) até reatividade típica de sistemas aromáticos como sofrer
reações de substituição eletrofílica e apresentar resistência a hidrogenações catalíticas.
2a,4
Figura 3 – Estrutura do Anuleno 14 – Otimizado com Modelo B3LYP/6–311+G(d,p).
Dentre os trabalhos desenvolvidos após a preparação do anuleno 14 podem–se
destacar as sínteses dos compostos 1517,
4a,5
que foram posteriormente estudados tanto
em termos de teoria quanto de aplicações em sistemas biológicos. Alguns destes anulenos
apresentaram uma boa atividade virulicida, além da permeabilidade em membranas
biológicas.
6
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
22
15
CO
2
H
17
O
16
N
H
18
NO
2
Figura 4: Anulenos com Ponte.
Estes anulenos foram preparados a partir do próprio anuleno 14 ou através de
intermediários envolvidos na primeira síntese de Vogel (esquema 1). O composto 15 foi
obtido de duas maneiras diferentes conforme mostrado no esquema 2.
4a
14
NBS
Br
1) Mg
2) CO
2
CO
2
H
15
20
21
O
NaOBr
1) Mg
2) Ac
2
O
Esquema 2: Síntese do derivado 15.
De maneira semelhante, os derivados 18 e 19 foram sintetizados a partir de 14.
4a
14
NO
2
18
HNO
3
H
2
SO
4
19
NO
2
+
Esquema 3: Nitração do anuleno 14.
Para a síntese de 16 os autores prepararam o intermediário 22 contendo o anel
epóxido, ao invés de ciclopropano, e fizeram o mesmo para o anuleno contendo o grupo
amino (esquema 4).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
23
Na
liq NH
3
O
Br
2
O
Br
Br
Br
Br
O
KOH
910 22
23
16
ácido
peracético
N
24
H
Br
2
N
Br
Br
Br
Br
N
NaOMe
25
17
1) NOCl
2) SnCl/HCl
3) NaOH
H
H
Esquema 4: Síntese dos anulenos 16 e 17.
Um segundo tipo de anuleno, agora com as pontes nas posições 1,5 foi preparado
alguns anos depois por Masamune e colaboradores.
7
Novamente foram observadas
propriedades típicas de compostos aromáticos no anuleno 40.
O
MeO
2
C
(MeO)
2
OP
+
MeO
2
C
+
LDA
MeO
2
C MeO
2
C
O
2
MeO
2
C
MeO
2
C
+
HO
H
OH
LiAlH
4
prosseguindo
apenas com 31
OH
OH
NaIO
4
O
DIBALH
HO
H
PPh
3
, PhCO
2
H
EtO
2
CN NCO
2
Et
H
OBz
BzO
H
+
NaOH
H
OH
HO
H
+
prosseguindo
apenas com 37
p-nitrofenil-isocianato
H
O
2
CNHC
6
H
4
NO
2
300 ºC
26 27 28 29
30 31 32 33
34 35 36
37 38 39 40
Esquema 5: Síntese do 1,5–metano[10]anuleno (40).
Como já mencionado, a síntese destes anulenos com ponte despertou um grande
interesse da comunidade científica, que na época, desenvolvia e aprimorava os métodos
computacionais capazes de descrever os sistemas moleculares e suas propriedades.
Na década de 70 foram surgindo os primeiros trabalhos teóricos sobre
metano[10]anulenos,
8
com o intuito de descrever a aromaticidade destes compostos.
Espinosa–Muller e colaboradores
9
realizaram alguns estudos interessantes envolvendo os
anulenos 14 e 40 utilizando mecânica molecular. Pelos dados de geometria obtidos e pela
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
24
equalização dos comprimentos de ligação os autores inferiram algo sobre as propriedades
aromáticas e mostraram que o 1,6–metano[10]anuleno (14) era mais estável que o 1,5–
metano[10]anuleno (40) por um diferença de 20,88 kcal/mol.
Um dos primeiros trabalhos sobre metano[10]anulenos envolvendo métodos
quânticos foi realizado por Grunewald e colaboradores em 1975.
10
Neste trabalho os
autores realizam alguns estudos sobre reatividade e aromaticidade comparando o 1,6–
metano[10]anuleno (14) com naftaleno, através de cálculos com método semi–empírico.
Desta época em diante muitos outros trabalhos foram surgindo especialmente
com a evolução dos modelos químico–quânticos e dos recursos computacionais.
11
Uma opinião aparentemente comum entre as diversas áreas da química é que o
estudo de anulenos com ponte parece ser um alvo muito fecundo de trabalhos do ponto
de vista sintético, teórico e de aplicações em sistemas biológicos. Desta maneira, a busca
de novas estruturas passa a ser imprescindível.
Uma estrutura cuja síntese ainda não é conhecida é a do 1,4–metano[10]anuleno
(41). Do ponto de vista sintético, o composto 41 é um sistema do tipo
biciclo[6.2.1]undecano (42), contendo várias insaturações. Parece mais ou menos claro
que no composto 41 deve haver uma forte tensão anelar provocada pelas ligações duplas
nas posições “cabeça de ponte”. No entanto, estas tensões poderiam ser superadas pela
alta estabilidade conferida pela aromaticidade.
Estruturas de Ressonância
do 1,4-metano[10]anuleno (41)
42
Figura 5: Sistemas de Interesse Sintético.
Há, portanto, vários pontos para serem avaliados com relação ao anuleno 41.
– Primeiramente há de se destacar o desafio sintético que representa esta estrutura. A
síntese do próprio sistema carbônico do tipo biciclo[6.2.1]undecano (42) por si só já
representa uma grande dificuldade.
– Um outro ponto a ser elucidado é se as tensões de anel imprimidas pela presença de
várias insaturações nas posições requeridas, seriam suficientemente altas a ponto de
inviabilizar sua preparação. Neste caso a estabilização aromática poderia superar estes
efeitos.
– Um outro fator importante a ser avaliado é com relação à planaridade do anuleno 41. A
dúvida é se ela seria suficiente para permitir o alinhamento ideal dos orbitais π.
Estes são os principais desafios que impulsionaram os estudos relacionados a esta
parte do trabalho e fizeram com que um número considerável de abordagens sintéticas e
teóricas fossem realizadas, buscando avaliar as propriedades do anuleno 41. É preciso
destacar que ainda não há na literatura nenhum estudo sintético com o objetivo de
preparar o anuleno 41 e nem mesmo nenhum trabalho de caráter teórico que avalie as
propriedades desta estrutura.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
25
Antes de dar continuidade com os estudos efetivamente propostos e realizados,
serão feitas algumas considerações sobre a aromaticidade, incluindo definições e métodos
de análise teórica e experimental do efeito. Será dada uma atenção especial para os
métodos de análise computacionais atualmente disponíveis, e que foram utilizados
durante os estudos teóricos realizados para o anuleno 41.
Com relação aos estudos sintéticos realizados neste trabalho, pode–se dizer que
todas as propostas aqui apresentadas terão como etapa principal reações de Diels–Alder ou
cicloadição do tipo [6+4] (casos particulares de reações pericíclicas) e por isso serão feitas
algumas considerações sobre estas reações incluindo aspectos como tipos de reações,
estereoquímica envolvida, orbitais de fronteira, dentre outros.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
26
1.2 – Aromaticidade
Uma visão Geral
O termo aromaticidade/aromático tem se consolidado como um dos termos de
maior destaque na química.
12
Basta realizar uma simples busca na literatura que será
constatada uma utilização massiva do termo e dos conceitos associados a esta
propriedade.
O que parece realmente difícil é uma definição única e ampla que agrade a todos
os estudiosos da química. Entre os químicos orgânicos tem–se a idéia fixa de estado de
energia e de algumas regras provenientes dos estudos de Hückel. Já os físico–químicos
defendem idéias de que parâmetros físicos, como a susceptibilidade magnética, é que
melhor descrevem os compostos aromáticos. Pelo jeito está longe a idéia de conceito
único, até porque a aromaticidade de fato é um conceito difuso e pode ser avaliada de
diversas maneiras. Talvez a melhor definição de compostos aromáticos seja aquela que os
classifique como substâncias com múltiplas propriedades e características, tanto físicas
quanto químicas, o que faz com que sejam estruturas bem distintas dentro da química
orgânica.
Nesta parte do trabalho, será realizada uma breve descrição dos aspectos históricos
e atuais sobre a aromaticidade. Serão apresentados alguns dos principais métodos
atualmente disponíveis para classificar os compostos dos pontos de vista qualitativo e
quantitativo. Nesta apresentação será dada ênfase à qualidade e à quantidade de
informações que poderão ser retiradas dos métodos de análise, poupando o leitor das
complicadas deduções matemáticas inerentes aos métodos teóricos. A compreensão destes
métodos é de grande importância, pois neste trabalho foram utilizados vários dos
métodos que aqui serão discutidos.
Desenvolvimento Histórico do Conceito.
2, 12
Alguns registros históricos revelam que o termo “aromático” começou a ser
utilizado por volta de 1800 para classificar as substâncias e os óleos essenciais
provenientes de algumas plantas de utilidade popular.
i
Muitas destas substâncias como a
vanilina, o anetol, dentre outras, de fato possuem estrutura aromática (isto porque suas
estruturas, hoje, são muito bem conhecidas), mas na época não se tinha uma idéia bem
definida de estrutura química. Alguns anos depois (1825) Michael Faraday isolou pela
primeira vez o benzeno. Na sua preparação, Faraday realizou a pirólise de óleo de baleia,
que na época produzia “gás de iluminação”, e que após ser submetido a forte compressão
originava benzeno (esquema 6).
i
Os primeiros registros indicam que o odor das substâncias era utilizado como critério para classificar uma
substância como aromática, ou seja, a classificação como aromática ou não era associada à sensação de odor
provocada por determinadas substâncias.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
27
óleo de Baleia
Pirólise
Gás de
iluminação
compressão
"hidrocarbonetos insaturados
"
"acetileno"
"benzeno"
Esquema 6: Primeira síntese do Benzeno
Pouco tempo depois Eilhard Mitscherlich também realizou uma síntese do
benzeno partindo do ácido benzóico.
O
OH
CaCO
3
CaO
Esquema 7: Síntese de Mitscherlich
O benzeno, além de ser um marco histórico, é até hoje referência em se tratando
do conceito aromaticidade.
Ainda no século XIX surgiram alguns estudos sobre as características do benzeno
classificando-o como um composto que continha carbono e uma pequena quantidade de
hidrogênio (com muitas insaturações). Logo vieram as propostas de Kekulé
13
(1865) e de
vários outros cientistas para uma provável estrutura cíclica do benzeno. Quanto à
estrutura de Kekulé, há muita “história” sobre as suas bases científicas. Outras estruturas
como a de Ladenburg, Claus, Armstrong–Bayer e Thiele foram sugeridas.
Ladenburg
Claus
Armstrong-
Bayer
Thiele
Figura 6: Estruturas Inicialmente Propostas para o Benzeno.
Alguns cientistas da época contestavam a estrutura defendida por Kekulé, mas foi
a partir do surgimento da teoria quântica, que Hückel sugeriu a estrutura real do benzeno
como um híbrido de ressonância.
No fim do século XIX começaram a surgir algumas definições de compostos
aromáticos. A primeira delas, realizada por Erlenmeyer (1866), dizia que compostos
aromáticos seriam aqueles que realizavam reações semelhantes às do benzeno.
14
No começo do século XX surgiram as primeiras idéias de parâmetros físicos que
descrevessem o fenômeno da aromaticidade em compostos orgânicos. O primeiro deles
foi o da susceptibilidade magnética. Pascal
15
descreveu bem este conceito e constatou que
esta era uma propriedade aditiva dos átomos e das ligações que constituíam as moléculas.
Mais tarde, alguns autores
16
mostraram que os compostos aromáticos possuíam um
aumento desta susceptibilidade se comparados aos compostos livres do efeito da
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
28
aromaticidade. Criou–se então a idéia que os compostos aromáticos são diamagnéticos e
possuem uma “exaltação da susceptibilidade magnética”, idéia que é defendida e
ampliada até hoje por grandes nomes da química teórica como Schleyer.
17
Denominam–se diamagnéticas as substâncias que, não possuindo magnetização a campo
zero, apresentam uma magnetização
contrária
a um campo aplicado, ou seja, uma
susceptibilidade magnética
negativa
. Por outro lado, substâncias que não apresentam magnetização
espontânea (a campo nulo), mas magnetizam–se
no mesmo sentido
de um campo aplicado, têm
uma susceptibilidade magnética
positiva
, são chamadas paramagnéticas.
M = χ . B
o
Magnetização
Susceptibilidade Magnética
Campo Magnético Aplicado
(Equação 1)
A molécula de benzeno é invariavelmente um bom exemplo para evidenciar algumas das
idéias mencionadas.
B
o
B
o
+ B
i
B
o
- B
i
B
i
H H
Figura 7: Correntes de Anel e Linhas de Força Induzidas no Benzeno.
Desta maneira, a susceptibilidade magnética pode ser considerada como uma medida do
quanto os elétrons da substância são capazes de induzir um campo magnético a favor ou contra o
campo aplicado. Por isso compostos aromáticos possuem uma alta susceptibilidade, pois são capazes
de induzir campos magnéticos significativos a ponto de interferir nas freqüências de ressonância de
átomos ligados ao anel aromático. Neste caso, são conhecidos os efeitos de proteção e desproteção de
núcleos provocados pelas correntes de anel.
Os compostos aromáticos possuem núcleos externos ao anel, como os hidrogênios, bastante
desprotegidos (
7ppm), pois as linhas de força do campo induzido B
i
, afetam os hidrogênios
somando–se ao campo B
o
naquele ponto (figura 7). Já hidrogênios localizados “próximos” ao centro
de um anel aromático, por exemplo, aqueles de anulenos com ponte CH
2
, são bastante protegidos (
–1ppm), pois as linhas de força de B
i
afetam estes núcleos de modo que o campo sentido por eles
naquele ponto, seja menor (B
o
– B
i
).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
29
H
H
H
H
H
H
B
o
B
i
Figura 8: Linhas de Força Induzidas no 1,6–metano[10]anuleno (14).
Dando seqüência aos relatos históricos, foram sendo introduzidos muitos
conceitos, mas foram as idéias de Hückel
18
(teoria de orbitais moleculares) que realmente
esclareceram muitos pontos sobre as estruturas eletrônicas dos compostos orgânicos e de
aspectos como a aromaticidade.
Hückel mostrou que hidrocarbonetos cíclicos com (4n+2) elétrons π (sendo n um
número inteiro) possuiriam uma estabilidade extra de energia, isto porque seriam
compostos de camada de valência fechada – aromáticos (figura 8).
4n + 2 elétrons π
Energia
4n elétrons π
- Compostos de camada fechada
- Estáveis
- Resistentes a trocas eletrônicas/reações
- Compostos de c
amada aberta
- Mais susceptíveis a reações
- Menos estáveis
Orbitais Ligantes
Orbitais Anti-ligantes
Figura 9: Diagrama de Orbitais para Compostos de Camada de Valência Aberta e Fechada.
A teoria de Hückel passou a explicar e predizer um grande número de estruturas
aromáticas. No entanto, toda regra acaba esbarrando–se em uma exceção. Foi verificado
que alguns compostos como os [10]anulenos, possuíam o número adequado de elétrons
π, mas não as demais propriedades de um composto aromático (estabilidade, reatividade,
propriedades magnéticas típicas e planaridade da molécula).
As explicações foram baseadas na falta de planaridade destes sistemas, provocadas
pelas repulsões dos hidrogênios internos destas estruturas (ver figura 2). Esta falta de
planaridade impedia uma boa conjugação do sistema π, justificando o caráter não
aromático dos [10]anulenos.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
30
Na mesma época, surgiram algumas medidas experimentais das “energias de
ressonância” ou do ganho de estabilidade conferido aos compostos aromáticos.
Energia
28,6 kcal/mol
52,2 kcal/mol
56 kcal/mol
85,8 kcal/mol
49,8 kcal/mol
36 kcal/mol
Energia de
Ressonância
Cicloexatrieno
Hipotético
Figura 10: Diagrama de Energia – Energia de Ressonância do Benzeno.
Pauling (1933)
19
e Kistiakowsky (1936)
20
calcularam a energia de ressonância do
benzeno através dos calores de hidrogenação de algumas reações. Em seus experimentos
foram encontrados valores em torno de 36 kcal/mol.
Estas medidas de calores de formação serviram também para classificar alguns
compostos como não aromáticos ou como anti–aromáticos. A exemplo dos compostos
aromáticos, a não aromaticidade e a anti–aromaticidade representam estados de energia,
ou seja, há compostos com uma estabilização extra de energia conferida pelo sistema π de
elétrons (aromáticos), outros compostos sem estabilização extra de energia (não
aromáticos) e, finalmente, há também compostos desestabilizados em função de
problemas geométricos, torcionais, ou mesmo do sistema π eletrônico (anti–aromáticos).
Na figura 11 são mostrados exemplos destes compostos e seus estados de energia relativos.
0
Energia
A
romático
Não Aromático
Anti-Aromático
E de Estabilização
Figura 11: Energias Relativas de Compostos Aromáticos, Não Aromáticos e Anti–Aromáticos.
Pode–se dizer que a segunda metade do século XX foi marcada por inúmeros
avanços da química quântica e, com isso, dos métodos de análise teórica dos sistemas
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
31
atômicos. No entanto, estes avanços estiveram sempre atrelados aos avanços dos recursos
computacionais. No final dos anos 60 foram surgindo muitos métodos ou critérios
teóricos para avaliar a aromaticidade nos compostos orgânicos. A seguir, serão
apresentados alguns dos critérios que mais se destacaram.
Alguns Critérios Geométricos
Do ponto de vista da equalização dos comprimentos de ligação, geralmente
comum a anéis aromáticos, pode–se dizer que um simples tratamento estatístico dos
comprimentos de ligação poderia oferecer informações valiosas sobre a aromaticidade em
compostos orgânicos. Parâmetros como o desvio médio, variância, dentre outros, dariam
uma idéia do quanto um composto possui características aromáticas. No entanto, estes
tratamentos certamente excluiriam propriedades moleculares e das ligações químicas e
com isto trariam informações que não estariam de acordo com a realidade. Por exemplo,
em um tratamento estatístico não seria levado em conta o fato de que a ligação química
entre átomos de carbono tem comprimento diferente da ligação química C–N, isto por
motivos orbitalares. O resultado seria uma variação razoável nos comprimentos de ligação
mesmo que o composto seja aromático.
Alguns dos critérios desenvolvidos ignoraram estes detalhes e por isso ficaram um
pouco esquecidos. Adiante serão destacados dois critérios por questão de história e
relevância.
O Parâmetro de Julg (A
j
).
21
O primeiro parâmetro teórico de medida da aromaticidade em compostos
orgânicos foi criado em 1967 por Julg e François.
21
O termo A
j
é calculado com base na
geometria molecular (comprimentos de ligação). Este índice é uma função normalizada da
variação de comprimentos de ligação. A partir dele são tiradas informações sobre uma
diminuição na aromaticidade de acordo com a variação dos comprimentos. A variável n é
o número de ligações do anel sendo cada uma delas de comprimentos Rr. O valor R é
obtido através da média dos comprimentos de ligação e o valor 225 vem da condição
ideal com A
j
igual a zero e dos comprimentos de ligação do benzeno. Como resultado
tem–se que, quanto menor o valor de A
j
(A
j
< 1) menor a aromaticidade do composto
avaliado.
=Α
n
r
r
J
R
R
n
2
1
225
1 (Equação 2)
Infelizmente este parâmetro não pôde ser aplicado para compostos
heteroaromáticos devido a variações pronunciadas nos comprimentos de ligação nestes
heterociclos (por exemplo, C=C e C=N). No entanto, o parâmetro de Julg teve o seu
devido valor e inclusive foi aplicado a sistemas onde mais tarde outros índices de
aromaticidade descreveram os mesmos aspectos.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
32
Outros parâmetros geométricos foram criados (Parâmetros de Bird)
22
buscando
resolver estes problemas, mas todos se esbarravam em algumas limitações como o
tamanho dos anéis (5 e 6 membros apenas).
Índice HOMA. (Harmonic Oscilator Model of Aromaticity).
23,12a–b,12e
Este é um dos índices teóricos mais recentes e de grande reconhecimento dentro
da comunidade científica. Apesar de ser baseado em parâmetros geométricos, o índice
HOMA possui um tratamento matemático e conceitual bem diferenciado. A exemplo de
outros parâmetros (ou índices) de aromaticidade, o índice HOMA mede os decréscimos
da aromaticidade do sistema, ou seja, quanto menor for o valor do índice menor será a
aromaticidade do composto; o valor máximo (ideal) do índice HOMA é 1.
No cálculo de HOMA são introduzidos dois conceitos: o de elongação das ligações
(EN) e o de alternância (GEO).
GEOENRR
n
RRHOMA
iavavopt
=+=
1])()([1
22
α
α
(Equação 3)
O termo EN é calculado a partir de uma constante empírica α (obtida quando
HOMA é igual à zero), com o R
opt
(raio ótimo) e R
av
(média dos comprimentos de
ligação). O valor do R
opt
é tirado de uma média de comprimentos de ligação de um
hidrocarboneto acíclico como o butadieno, podendo ser outro se o sistema onde a
aromaticidade será avaliada for heterocíclico. O valor de R
av
é tirado do composto onde
está sendo avaliada a aromaticidade.
O termo GEO é calculado utilizando–se, além de α, a variável n que é o número
de ligações do anel (neste caso os autores falam em perímetro do anel, por exemplo, para
o benzeno n = 6). Também são utilizados os valores de R
av
e R
i
(comprimentos de ligação
individuais no anel analisado).
Desta maneira, quanto maiores os termos de elongação (EN) e de alternância
(GEO) menor será o índice HOMA (HOMA
< 1) e menos aromático será o sistema. Na
tabela 1 estão relacionados alguns exemplos de valores para o índice HOMA.
Tabela 1: Índices HOMA para Alguns Compostos.
12b
Compostos HOMA EN GEO
benzeno 0,996 0,004 0,000
naftaleno 0,824 0,038 0,138
indol 0,909 0,006 0,086
quinolina 0,710 0,004 0,286
[18]anuleno 0,899 0,010 0,091
ciclobutadieno –2,570 1,317 2,253
Ciclo–octatetraeno –0,295 0,103 1,192
Uma das grandes vantagens deste índice é a possibilidade de se medir a
aromaticidade local, ou seja, em policiclos aromáticos é possível medir a aromaticidade de
cada um dos anéis. Aliás, segundo os autores o índice HOMA tem por objetivo e
definição medir a aromaticidade local.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
33
Alguns Critérios Energéticos
Ao contrário dos critérios geométricos, os critérios energéticos descrevem apenas a
aromaticidade do composto por inteiro. Pode–se dizer que o primeiro critério energético
de medida da aromaticidade foi a medida experimental das Energias de Ressonância (RE)
realizada por Pauling
19
e Kistiakowsky (calores de hidrogenação).
20
Atualmente é possível
realizar alguns cálculos teóricos de (RE) baseadas na diferença de energia dos orbitais de
fronteira.
12c
Além do cálculo de RE, alguns cálculos envolvendo reações isodésmicas e
homodesmóticas têm sido realizados.
27
Nestes cálculos são propostas algumas reações não
necessariamente executáveis (podem ser hipotéticas), capazes de avaliar os efeitos da
estabilização aromática, dentre outros.
Há ainda outros critérios e cálculos que foram desenvolvidos como as análises de
NBO (Natural Bond Orbital)
24
e NRT (Natural Resonance Theory).
25
Nas análises de
NBO podem ser avaliadas as energias de estabilização ao longo das ligações químicas,
podendo–se inferir algo sobre a aromaticidade. Nas análises de NRT podem ser avaliadas
as estruturas de ressonância e as ordens de ligação entre os átomos do anel.
Energia de Ressonância (RE).
Haddon e Fukunaga
26
demonstraram a relação entre as energias de ressonância e
as diferenças de energia entre os orbitais moleculares de fronteira. Foi mostrado que
quanto maior a diferença de energia entre os orbitais HOMO e LUMO maior era a
estabilização aromática de um determinado composto aromático. Estes autores
desenvolveram a expressão abaixo, cuja dedução é complexa, mas as informações tiradas
da mesma são de grande valor.
)(
24
)(
2
HOMOLUMO
rs
RE
εε
πρ
= (Equação 4)
LUMO
ε
HOMO
) é a diferença de energia entre os orbitais HOMO e LUMO do
composto. (π
ρ
rs
) é uma média das ordens de ligação do sistema, e são valores calculados.
Assim, quanto maiores os valores de RE, maior será a aromaticidade do sistema.
É preciso não confundir os valores de energia de ressonância calculados
experimentalmente com estes valores teóricos. Estes valores de RE, obtidos pela equação 4,
devem ser encarados como um índice de aromaticidade e não como um cálculo que
reproduz os valores obtidos experimentalmente. Na tabela a seguir são mostrados alguns
valores de RE calculados pela equação 4.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
34
Tabela 2: Energias de Ressonância.
12c
Compostos Energias de Ressonância (RE) kcal/mol
benzeno 45,8
piridina 43,3
tiofeno 43,0
imidazol 40,0
pirrol 34,8
furano 27,2
naftaleno 80,3
antraceno 111,5
bifenil 94,7
Reações Isodésmicas e Homodesmóticas: Cálculo das Energias de Estabilização
Aromática (ASE).
27
Uma reação isodésmica é uma reação hipotética que não necessariamente é
executável no laboratório. Com este modelo reacional é possível avaliar alguns efeitos da
estrutura eletrônica como a aromaticidade e as tensões anelares nos compostos orgânicos.
Na prática o que se faz é otimizar os compostos envolvidos nos cálculos (com métodos e
funções de base que os descrevam) e então fazer um cálculo termoquímico da energia da
reação (
reagentesprodutos
EE ), sendo ZPEEE
+
=
0
.
ii
A diferença básica entre as reações isodésmicas e homodesmóticas
27
é que nas
reações isodésmicas devem ser mantidos nos reagentes e produtos o mesmo número de
ligações e o número de átomos. Nas reações homodesmóticas além de mantidas as
condições anteriores, deve ser mantido o número de átomos com suas respectivas
hibridizações. No esquema 8 são exemplificadas algumas destas reações juntamente com os
valores experimentais.
ii
E” é a energia eletrônica total do sistema e é obtida através dos cálculos quânticos. Esta energia às vezes é
chamada de “energia corrigida” pois envolve E
o
(energia eletrônica) mais a correção vibracional “ZPE” que
quer dizer “zero point energy”. A ZPE é obtida durante o cálculo das freqüências vibracionais do composto.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
35
E = 49,8 kcal/mol - Experimental (Calores de Formação)
E = 50,0 kcal/mol - Reação Isodésmica Calculada com HF/6-311+G(d,p)
+
3 H
2
+ 2
E = 36,0 kcal/mol - Experimental (Calores de Formação)
E = 35,6 kcal/mol - Reação Homodesmótica Calculada com B3LYP/6-311+G(d,p)
Isodésmica
Homodesmótica
3
ASE
Esquema 8: Reações Isodésmica e Homodesmótica.
27c
Com este modelo teórico de reação é possível prever a variação da entalpia (H)
de muitas reações e compará–los com valores experimentais.
Análises de NBO (Natural Bond Orbital) e NRT (Natural Resonance Theory).
24,25
Na sua essência os NBOs podem ser descritos como orbitais moleculares
localizados nas ligações químicas. Este conceito de orbitais naturais é usado para
distribuir elétrons dentro de orbitais atômicos e moleculares de modo a descrever cargas
atômicas e ligações moleculares a partir da densidade eletrônica entre átomos.
O NBO para uma ligação química (σ ou π) localizada entre dois átomos A e B, é
formado a partir dos orbitais naturais híbridos (h), os quais são compostos de um
conjunto de orbitais atômicos de valência.
BBAAAB
hchc
+
=
π
(Equação 5)
Da mesma forma que qualquer combinação linear de orbitais, a formação de um
NBO ligante (
σ ou π) também leva à formação de um NBO antiligante (σ* ou π*), que
são orbitais desocupados na estrutura de Lewis e que podem ser utilizados para descrever
efeitos como: aromaticidade, efeitos hiperconjugativos, ligações de hidrogênio, e várias
outras interações de caráter não covalente. Em resumo a interação entre um NBO ligante
de uma ligação A–B e um orbital antiligante de outra ligação C–D pode ser entendida
com uma interação estabilizadora de um sistema doador–aceitador eletrônico. Na
figura 12 são mostradas interações entre um orbital ocupado π de energia
ε
i
e um
desocupado π* de energia
ε
j
. Na mesma figura estão ilustradas as energias do sistema após
as interações (E
1
e E
2
) e a energia de estabilização de segunda ordem
)2(
, ji
∆Ε
.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
36
ε
i
ε
j
)2(
, ji
∆Ε
E
1
E
2
Figura 12 – Interação Envolvendo NBOs π e π*.
Pode–se concluir que quanto maior
)2(
,
ji
∆Ε , maior será a “interação
estabilizadora”, e melhor caracterizados serão os efeitos de conjugação, hiperconjugação,
ligações de hidrogênio, e aromaticidade. No caso da avaliação da aromaticidade, pode–se
concluir que quanto maior forem as energias de estabilização (
)2(
,
ji
∆Ε ) ao longo das
ligações do anel aromático, e quanto mais abundantes forem estas interações, maior será a
aromaticidade no sistema.
A análise de NRT também é uma importante ferramenta para avaliar a
aromaticidade dos compostos orgânicos. Esta análise fornece as possíveis formas
canônicas de ressonância, incluindo os pesos de cada uma, e as ordens de ligação inter–
atômicas. Para uma dada estrutura, sabe–se que quanto maior o número de estruturas
canônicas, maior será a distribuição eletrônica no híbrido de ressonância, e mais
aromático será o composto. A presença de poucas estruturas de ressonância ou de
estruturas com pesos porcentuais muito elevados indica uma má distribuição eletrônica e
menor estabilização aromática. Com relação às ordens de ligação entre átomos de um
composto aromático, é considerado como um valor ideal uma média entre 1 (ligação
simples) e 2 (ligação dupla). Na tabela 3 são mostrados alguns valores das energias de
estabilização provenientes das interações de NBOs e alguns valores de ordens de ligação.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
37
Tabela 3: Interações, Ordens de Ligação e Energias de Estabilização Calculados com B3LYP/6–31+G(d,p).
28
Compostos Ligações Ordens de Ligação (NRT)
)2(
,
ji
∆Ε (kcal/mol)
a b
a b
E
πa→πb*
E
πb→πa*
1
2
3
4
5
6
C
1
–C
2
C
3
–C
4
1,498
1,498
–20,4
–20,4
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
C
1
–C
2
C
3
–C
7
1,891
1,943
–17,8
–6,6
1
2
3
4
5
C
2
–C
3
C
4
–C
5
1,365
1,365
–17,8
–17,8
1
2
3
4
5
C
2
–C
3
C
4
–C
5
1,886
1,886
–7,2
–7,2
1
2
3
4
C
1
–C
2
C
3
–C
4
1,998
1,998
0
0
Pode–se observar que as interações entre NBOs (
)2(
,
ji
∆Ε
) são da ordem de –20
kcal/mol para compostos ou íons aromáticos e as ordens de ligação possuem valores iguais
ao longo do anel e próximos de 1,5, indicando uma boa deslocalização eletrônica. Na
figura 13 há um exemplo de interação entre NBOs; no caso, foi selecionada a interação
πC
1
–C
2
→ π∗C
3
–C
4
do benzeno mostrada em duas projeções diferentes.
Figura 13: Interação entre NBOs
π
C
1
–C
2
π
*C
3
–C
4
no Benzeno (B3LYP/6–31+G(d,p).
29
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
38
Alguns Critérios Magnéticos
Neste texto já foi abordado o critério da susceptibilidade e foi mencionado que os
compostos aromáticos possuem “valores elevados” desta grandeza (muito negativos,
indicando forte diamagnetismo). Esta grandeza física pode ser medida tanto
experimentalmente (por exemplo, através de ressonância magnética nuclear)
30
quanto
pode ser calculada por métodos quânticos. No entanto, a grandeza que geralmente é
adotada para quantificar a aromaticidade de um composto é a “exaltação da
susceptibilidade magnética” (Λ) que pode ser calculada pela diferença entre a
susceptibilidade medida experimentalmente e a estimada pelo método de Pascal.
15
Um outro critério magnético bastante atual é o índice NICS (Nucleus
Independent Chemical Shift).
31
Este índice pode ser obtido pelo cálculo blindagens
magnéticas absolutas em pontos no espaço molecular. A partir dos valores obtidos é
possível inferir sobre a aromaticidade dos compostos.
Susceptibilidade Magnética (χ) e Exaltação da Susceptibilidade (Λ).
16, 32
Para se referir a algumas substâncias aromáticas muitos autores costumam utilizar
o termo susceptibilidade diamagnética devido à predominância dos efeitos diamagnéticos
nestes compostos. Os valores absolutos de χ podem ser utilizados como parâmetro de
medida da aromaticidade (ppm), no entanto, a grandeza mais utilizada é Λ.
am
χ
χ
=
(Equação 6)
χ
m
é o valor da medida experimental e χ
a
o valor estimado pelo método de Pascal
(sem considerar a aromaticidade). Na tabela 4 estão relacionados alguns valores de
referência das susceptibilidades atômicas e na tabela 5 alguns valores de Λ.
Tabela 4: Valores de Referência de χ
a
.
16b
Átomo
χ
a
(ppm)
Correções de Ligação
χ
a
(ppm)
H –2,9 C=C 5,5
C –6,0 C=N 8,2
N –5,6 C=O 6,3
O –4,6
S –15,0
Tabela 5: Valores das Grandezas Magnéticas de Alguns Compostos Orgânicos.
16a
Composto
χ
m
(ppm)(Experimental) χ
a
(ppm) (Soma de Pascal) Λ (ppm)
Benzeno –55,6 –36,9 –18,7
Naftaleno –91,9 –55,7 –36,2
Tropona –54,0 –41,2 –12,8
Azuleno –91,0 –55,7 –35,3
Ciclo–octatetraeno –51,9 –49,2 –2,7
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
39
Por exemplo, para o cálculo de
χ
a
para o benzeno, basta somar 6 vezes a
contribuição do carbono, o mesmo para os hidrogênios e 3 vezes a contribuição das
ligações C=C. Será encontrado o valor de –36,9 ppm.
Quanto ao cálculo teórico de Λ (via métodos quânticos), há alguns autores que o
consideram trabalhoso, pois requer alguns parâmetros de referência. Na tabela 6 são
mostrados alguns valores de Λ, obtidos através de cálculos computacionais.
Tabela 6: Exaltação da Susceptibilidade Magnética – Valores Teóricos.
12b
Composto
Λ (ppm) (HF/6–31+G(d)
Composto
Λ (ppm) (HF/6–31+G(d)
benzeno –13,4 azuleno –42,9
naftaleno –28,2 pirrol –12,1
furano –9,1 tiofeno –10,0
ciclopentadieno –2,4 antraceno –49,8
ciclobutadieno 18,0 ciclopentadienil –17,2
Critério NICS (Nucleus Independent Chemical Shift).
31
O critério NICS é um dos mais novos métodos de medida da aromaticidade. No
entanto, este critério tem sofrido muitas críticas, inclusive de seus autores, e tem sido
aplicado com bastante cuidado. Para os compostos mais simples, como sistemas
benzenóides, a aplicabilidade é boa, mas para compostos com ponte (por exemplo,
anulenos com ponte) a análise pode ser falha. De uma maneira geral, tanto o critério
quanto os cálculos a serem efetuados são relativamente simples. Os compostos são
otimizados e então são calculados os deslocamentos químicos absolutos (chamados de
tensores de blindagem absolutos) sem considerar o padrão interno para referência. Os valores
que interessam são aqueles calculados no centro dos anéis aromáticos (um ponto no
espaço), os que estão 1Å acima e 1Å
abaixo. Para o benzeno veja na figura 14.
Os pontos destacados em lilás são os pontos onde foram calculados os tensores
(“índices NICS”). Os pontos no centro do anel são chamados de NICS(0), os localizados
acima do plano do anel de NICS(1) e abaixo de NICS(–1).
Figura 14: NICS do Benzeno.
Os resultados assumidos são os valores negativos destes tensores e, desta maneira,
quanto mais negativos forem os valores de NICS maior a aromaticidade no anel avaliado.
Atualmente, alguns autores têm recomendado a utilização dos índices localizados acima e
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
40
abaixo do plano do anel, visto que nestes pontos os efeitos paramagnéticos das ligações σ
são menores. Na tabela 7 estão listados alguns valores de NICS.
Tabela 7: Valores de NICS para Alguns Compostos Orgânicos.
33,12d
Compostos NICS(–1) NICS(0) NICS(1)
benzeno –10,60 –8,80 –10,60
furano –9,36 –12,31 –9,36
pirrol –10,60 –14,86 –10,60
1,3–ciclo–hexadieno +1,90 +4,60 +1,90
ciclobutadieno +12,70 +20,80 +12,70
É importante salientar que o critério NICS, apesar das críticas que tem recebido, é
um critério bastante útil e de fácil computação. Ao contrário de muitos outros métodos
que requerem cálculos adicionais, equações termoquímicas, dentre outras, o método
NICS é direto. Talvez a maior dificuldade seja adequar o modelo quântico que descreva
corretamente o sistema, principalmente para o cálculo de tensores.
Métodos Computacionais e Conjunto de Funções de Base – Os Modelos Quânticos.
Até agora foram mencionados em vários pontos do texto os termos métodos
computacionais e conjunto de funções de base, geralmente representados por simbologias
como B3LYP/6–31+G(d,p). Os químicos teóricos costumam chamar de “modelos
quânticos” a associação dos métodos mais o conjunto de funções de base. Na notação acima os
métodos quânticos vêm localizados à esquerda e antes da barra (por exemplo, HF/....;
B3LYP/.....). Os conjuntos de funções de bases ficam localizados à direita (por exemplo,
....../6–31+G(d,p); ....../cc–pVDZ).
Pode–se definir um método quântico com sendo a maneira pela qual será resolvida
a equação de onda para todo o sistema eletrônico (composto químico).
Há métodos que resolvem a equação de onda sem inclusão de valores empíricos e
com aproximações de caráter matemático; estes são chamados de Ab Initio, ou seja,
resolvem a função do início. O método mais conhecido é o “HF”, Hartree–Fock. Este
método, no entanto, tem suas limitações de cálculo, pois não inclui correlações
eletrônicas.
Outros métodos são capazes de realizar estas correlações eletrônicas tais como os
vários híbridos DFT (Density Functional Theory) que são métodos de cálculo
provenientes da Teoria Funcional de Densidade,
34
(por exemplo B3LYP, B3PW91). Há
também os métodos pertubacionais (MP2, MP3...), cujo nível das correlações eletrônicas é
bem mais aprimorado.
O conjunto de funções de base é a parte do cálculo que define o conjunto de orbitais
que serão considerados. Basicamente pode–se dizer que são um conjunto de funções
matemáticas que vão descrever os orbitais. Estas funções podem descrever orbitais s, p, d,
f, g, ... com gaussianas (G) e incluindo polarizações (d,p) e difusas (+).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
41
1.3 – Reações Pericíclicas.
De acordo com a IUPAC,
1
uma reação pericíclica é uma reação química em que
ocorre uma reorganização concertada de ligações através de um arranjo cíclico de átomos
continuamente interligados. Neste processo, a reação ocorre através de um estado de
transição cíclico completamente conjugado e o número de átomos no arranjo cíclico é
usualmente seis, podendo conter também outro número.
Os principais tipos de reações pericíclicas são: Reações Eletrocíclicas, Reações de
Cicloadição, Reações de Rearranjo Sigmatrópico, Reações Queletrópicas e as Reações do tipo“Ene”.
Nas figuras a seguir serão mostrados alguns exemplos destas reações.
35
Reações Eletrocíclicas
O
O
H
H
Figura 15: Exemplos de Reações Eletrocíclicas.
Reações de Cicloadição
O
O
O
O
H
H
+
+
O
+
O
N
Ph
N
Ph
Ph
Ph
+
N
N
Ph
Ph
Ph
Ph
Cicloadição [2+2]
Cicloadição [4+2] - Reação de Diels-Alder
Cicloadição [6+4] Cicloadição 1,3-dipolar
Figura 16: Exemplos de Reações de Cicloadição.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
42
Rearranjos Sigmatrópicos
R
1
2
3
1
2
3
R
Rearranjo [1,3] Sigmatrópico
x
R'
1
2
3
1
2
3
x
R'
1
2
3
1
2
3
X = CR
2
, Rearranjo de Cope
X = O, Rearranjo de Claisen
Rearranjo [3,3] Sigmatrópico
1
2
3
4
5
R
1
R
2
1
2
3
4
5
R
2
R
1
H
Rearranjo [1,5] Sigmatrópico
Ph
HH
1
23
4
5
6
7
Ph
H
1
23
4
5
6
7
Rearranjo [1,7] Sigmatrópico
Figura 17: Exemplos de Rearranjos Sigmatrópicos.
Reações Queletrópicas
S
CH
3
H
3
C
H H
O O
CH
3
H
3
C
H H
- SO
2
O
- CO
Figura 18: Exemplos de Reações Queletrópicas.
Reações do Tipo “Ene”
H
O
CO
2
EtEtO
2
C
HO
CO
2
Et
CO
2
Et
H
H
O
O
O
H
O
O
O
Figura 19: Exemplos de Reações do tipo “Ene”.
Evidentemente que neste texto será dada uma atenção especial às reações de
cicloadição, particularmente a de Diels–Alder. Serão abordados alguns aspectos como:
reatividade das espécies envolvidas, efeito de catalisadores (ácidos de Lewis),
estereoquímica, regioquímica e alguns aspectos teóricos.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
43
1.4
A Reação de Diels–Alder.
36
Desde sua descoberta em 1928
37
por Otto Diels e seu estudante Kurt Alder, a
reação de Diels–Alder vem se destacando como uma das reações mais empregadas na
síntese orgânica.
iiii
Esta reação reúne características de grande valor para química sintética,
como o fato de ser essencialmente estereoseletiva e de possibilitar, nas suas versões inter–
molecular e intra–molecular, a síntese de estruturas de grande complexidade. Um outro
aspecto marcante da reação de Diels–Alder é a questão da “economia de átomos”, ou seja,
durante o processo reacional, independente da natureza da reação (inter ou intra–
molecular), não há perda de átomos ou de grupos funcionais. Em sua publicação
original,
37
os autores Diels e Alder pareciam prever a revolução que seus estudos trariam
para a química sintética, tanto que afirmaram com propriedade:
38
“... Our results will play
a role only in the discussion of theoretically interesting questions, for example, the relationships of
strain in policiclic systems, but probably also will yield greater significance in a practical sense. Thus
it appears to us that the possibility of synthesis of complex compounds related to or identical with
natural products such as terpenes, sesquiterpenes, perhaps even alkaloids, has been moved to the
near prospect...”
A primeira reação publicada pelos seus descobridores envolvia dois compostos
relativamente simples, o ciclopentadieno (43) e a benzoquinona (44). Segundo os autores,
foram isolados dois produtos: o aduto 45 e o bis–aduto 46.
O
O
+
O
O
H
H
O
O
H
H
+
43
44 45 46
Esquema 9: Os primeiros Adutos isolados por Diels e Alder.
Os compostos que participam da reação de Diels–Alder, normalmente são
chamados de dieno e dienófilo; a espécie que contribui com dois pares de elétrons
π durante a reação é o dieno e a que participa com apenas um par de elétrons π o dienófilo.
Um ponto contraditório e até surpreendente é o grande intervalo entre o
comunicado da existência da reação de Diels–Alder
ii
iv
e a primeira síntese total envolvendo
uma reação deste tipo (1951).
39
Alguns autores modernos atribuem este intervalo de
tempo ao caráter da própria pesquisa realizada por Diels e por Alder e ao empenho destes
autores em estudar a reação mais a fundo para então dominar suas características e
particularidades. Isto fica bastante evidente quando alguns anos depois da publicação
original, Alder publica uma seqüência de trabalhos experimentais que fundamentavam o
que hoje conhecemos como “Regra de Alder” ou Regra de Adição “endo”.
40
Um outro
motivo a ser destacado é o contexto político e científico vivido na Alemanha nas décadas
i
Desde sua descoberta foram publicados mais de 28.700 trabalhos envolvendo o termo “Diels–Alder”.
Somente nos últimos dois anos (20042005) foram publicados 2.281trabalhos, o que equivale a mais de 3
trabalhos por dia! Fonte: SciFinder Scholar 2006.
ii
A reação de Diels–Alder também era conhecida como “diene synthesis” principalmente antes dos autores
ganharem o Prêmio Nobel em 1950.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
44
de 1930 e 1940. Seguramente esta “lacuna” tem origens no atraso imposto pelo regime
político da época. Há uma frase dita pelos próprios autores Diels e Alder que mostra bem
o interesse em não perderem a autoridade com relação à reação que descobriram.
38
...“We
explicit reserve for ourselves the application of the reaction developed by us to the solution of such
problems”...
Um momento inevitável de divulgação e reconhecimento dos trabalhos de Diels e
Alder foi a indicação e a conquista do Prêmio Nobel em 1950. A partir deste ano
começaram a aparecer muitos trabalhos envolvendo não somente a reação de Diels–
Alder, mas reações pericíclicas em geral.
A primeira síntese de um produto natural envolvendo a reação de Diels–Alder foi
a síntese da cantaridina (55) publicada em 1951 por Stork e colaboradores (esquema 10).
39
O
CO
2
Me
CO
2
Me
+
O
CO
2
Me
CO
2
Me
1) LiAH
4
2) MsCl
3)KSCH
2
CH
3
/
Bu
t
OH
O
CH
2
SEt
CH
2
SEt
1) OsO
4
2) Ni Raney
O
OH
OH
O
1) HIO
4
2) H
2
O/dioxano
CHO
O
CHPh
OH
PhLi
Ac
2
O
O
CHPh
1) O
3
2) H
2
O
2
O
O
O
O
EtOH
100ºC
48 50 51
54
55
53
49
52
47
Cantaridina
Esquema 10: Primeira Síntese da Cantaridina.
No ano seguinte a esta publicação, Gates e Tschudi publicaram a síntese da
morfina (60) onde em uma das etapas sintéticas foi empregada a reação de Diels–Alder ou
a “diene synthesis”, como se referem os autores na literatura original.
41
O
CN
O
O
CN
OH
+
N
H
MeO
OMe
MeO
MeO
OMe
MeO
N
H
O
HO
OH
57
48
58
59
60
Morfina
Esquema 11: Síntese da Morfina Utilizando a Reação de Diels–Alder.
No entanto, a síntese mais importante da época, e que envolvia a reação de Diels–
Alder, foi a síntese dos esteróides cortisona (65) e colesterol (66), realizada por Woodward
e colaboradores.
42
Nesta síntese foram abandonados alguns procedimentos e rotas
sintéticas históricas de preparação destes esteróides, e empregada logo na “primeira
etapa”, uma reação de Diels–Alder com uma quinona (esquema 12).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
45
O
O
MeO
+
O
O
MeO
H
1) NaOH/dioxano
2) HCl
(aq)
O
O
MeO
H
100ºC
benzeno
C
CHO
CHO
H
C
O
H
O
OH
OH
H
O
O
H
H
HO
H
H
H
H
e
61
48
62
63
64
65
66
cortisona
colesterol
C
Esquema 12: Síntese da Cortisona e do Colesterol Utilizando a Reação de Diels–Alder.
A partir deste momento a reação de Diels–Alder ganhava não somente mais
notoriedade, mas se firmava como uma das ferramentas sintéticas mais promissoras da
química orgânica. Lamentavelmente foi durante o auge da aplicação desta reação e de
algumas outras descobertas, que ocorreu a morte de seus descobridores (Otto Diels em
1952 e Kurt Alder em 1958).
A seguir serão descritos os principais aspectos da Reação de Diels–Alder dando
ênfase a temas como estereoquímica, regioquímica, ativação dos dienos e dienófilos,
catálise por ácidos de Lewis, dos aspectos teóricos envolvidos, e de outros detalhes. É
preciso ressaltar que não se pretende realizar uma revisão completa sobre o assunto, mas
abordar alguns aspectos às vezes esquecidos em alguns textos, e dar uma visão geral sobre
cada ponto.
Aspectos Gerais, Estereoquímica e Regioquímica.
Como já mencionado, as duas espécies químicas envolvidas na reação de Diels–
Alder são os dienos e dienófilos. Classicamente poderíamos representar uma reação de
Diels–Alder pela reação entre o butadieno (48) e o eteno (67). No processo reacional são
desfeitas
três ligações do tipo π e formadas duas ligações do tipo σ e uma nova ligação π.
a
b
c
d
f
e
+
a
b
c
d
f
e
48
67 68
Esquema 13: Reação de Diels–Alder
Do ponto de vista energético, a reação de Diels–Alder ocorre com uma variação
não muito alta de energia. Se considerarmos apenas a variação de entalpia (
H),
proveniente da quebra e formação das ligações, será obtido um valor em torno de 30–40
kcal/mol, indicando que, geralmente, os produtos possuem um conteúdo menor de
energia que os reagentes.
43
Há, no entanto, situações onde a presença de determinados
substituintes pode reverter esta situação.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
46
Com relação à variação de entropia, pode–se dizer que, pelo próprio aspecto da
reação de Diels–Alder, ela deve a exercer uma importância significativa nos valores
absolutos das grandezas cinéticas e termodinâmicas destas reações (
G = H – T.S). No
caso das entropias molares de ativação (S
) são registrados na literatura,
43
valores que
oscilam pouco de uma reação para outra (entre –29 e –38 cal.K
–1
.mol
–1
). Note que estes
valores estão em calorias.
Porém pelo fato dos valores (S
) não variarem substancialmente de uma reação
para outra, e de que em uma mesma reação, são esperados valores idênticos para os
estados transição de um isômero e outro (endo e exo), pode–se, em princípio, não
considerar este termo na previsão da reatividade (cálculo das energias de ativação das
reações de Diels–Alder). Evidentemente que estas são aproximações às vezes perigosas, e
podem levar a erros quando o assunto é comparar pequenas diferenças de reatividade (G
)
entre dienos e dienófilos. No que diz respeito ao cálculo destas grandezas cinéticas e
também das termodinâmicas, grande parte dos trabalhos da literatura considera apenas as
variações de entalpia (tanto de ativação quanto de reação) e parece ou se esquecer ou não
dar tanta importância à entropia. Em outros trabalhos, são consideradas apenas as
energias eletrônicas dos compostos ignorando efeitos como temperatura e solvatação.
De uma maneira geral, a diferença de energia entre os reagentes e produtos (calor
da reação), não é muito alta nas reações de Diels–Alder e as energias de ativação (E
)
também não costumam ser elevadas (oscilam em torno de 20 kcal/mol).
43
Isto permite
que haja em várias circunstâncias, o acúmulo do produto termodinâmico da reação
(processo reversível). Na reação de Diels–Alder são esperados dois tipos de produtos: o
produto endo (geralmente o cinético) e o produto exo (geralmente o termodinâmico).
+
O
O
O
O
O
O
H
H
O
O
O
H
H
+
43 69
70
71
"endo" "exo"
Esquema 14: Adutos de Diels–Alder Endo e Exo.
Em algumas situações é possível obter uma seletividade bem acentuada ou até a
formação de um único produto. Este aspecto interessante da reação de Diels–Alder é
explicado pela Regra de Adição Endo, mais conhecida como Regra de Alder.
Nos seus estudos, Alder
40
mostrou que quando alguns grupos presentes no
dienófilo interagem com os elétrons π do dieno, o estado de transição para a formação do
produto endo, fica mais estabilizado, favorecendo a sua formação (produto cinético).
Portanto, a Regra de Alder diz que o produto endo deve predominar, mas só quando a
reação é controlada cinéticamente.
A estabilização que favorece o produto endo é proveniente da superposição de
orbitais π do dieno e do dienófilo. Consideram–se não apenas os orbitais π diretamente
envolvidos na reação, mas também aqueles dos grupos ligados ao dienófilo. Esta
estabilização “extra” de energia é conferida pela superposição de orbitais
π dos grupos
ligados ao dienófilo com os orbitais
π do dieno, e atualmente é denominada como
Estabilização Orbitalar Secundária (figura 20).
44,46
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
47
O
dieno
dienófilo
Estado de Transição EXO
O
dieno
dienófilo
Superposição de Orbitais que confere a
"Estabilização Orbitalar Secundária"
Estado de Transição ENDO
Figura 20: Estados de Transição Endo e Exo nas Reações de Diels–Alder.
Pela observação dos estados de transição das reações de Diels–Alder é possível
deduzir outro aspecto importante desta reação; o Princípio da Adição Cis.
Este princípio refere–se à configuração relativa dos grupos que pertenciam
originalmente ao dienófilo, ou dos grupos que faziam parte do dieno. Pode–se dizer que,
durante a ocorrência da reação, as duas ligações são formadas do mesmo lado do plano
das duplas ligações, tanto do dieno quanto do dienófilo (figura 21).
A
D
B
C
Figura 21: Adição Cis entre um Dieno e um Dienófilo.
Sendo assim, os substituintes que se encontrem em relação cis no dienófilo (A e B,
figura 22) vão guardar essa mesma relação cis no produto. Aqueles que estiverem em
relação trans (A e C, por exemplo) também estarão em relação trans no produto.
A
D
B
C
A
D
B
C
A
B
C
D
12
3
4
Figura 22: Estereoquímica dos Substituintes do Dienófilo.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
48
Considerando agora os substituintes nas posições 1 e 4 de um dieno na forma
cisóide (figura 23), pode–se observar que quando ambos se encontram em cis (sempre
comparando o substituinte de uma dupla com a outra dupla ligação) eles estarão em
relação cis no produto (por exemplo, os substituintes X e Y da figura 23). Para os
substituintes que estiverem em trans (Z e W), a relação entre eles no produto final
também será cis.
Se um dos substituintes estiver em cis (D) e outro em trans (E) a relação entre eles
no produto será trans (figura 23).
H
H
H
H
HH
HH
Y
X
W
Z
X
Y
W
Z
X
Y
W
Z
H
H
H
H
HH
HH
F
D
G
E
D
F
G
E
D
F
G
E
1
2
3
4
Figura 23: Estereoquímica dos Substituintes do Dieno.
De uma maneira geral, a reação de Diels–Alder além de ser considerada altamente
estereoseletiva, é também estereoespecífica, pelo fato de que a cicloadição sempre ocorre
em cis (Princípio da Adição Cis).
Um outro aspecto interessante é quando uma reação de Diels–Alder já
estereoseletiva, também apresenta regioseletividade. Na figura 24 contém um exemplo
onde são possíveis quatro isômeros 7477, sendo que dois são obtidos preferencialmente
(endo–orto e exo–orto).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
49
CO
2
Pr
+
PrO
O
Estado de Transição exo-orto
PrO
O
Estado de Transição endo-orto
Estado de Transição exo-meta
Estado de Transição endo-meta
PrO
O
PrO
O
CO
2
Pr
CO
2
Pr
CO
2
Pr
CO
2
Pr
(42,7%)
(44,5%)
(6,3%)
(6,5%)
72 73
74
75
76
77
Figura 24: Estados de Transição Envolvendo Estereoseletividade e Regioseletividade.
A estereoseletividade é altamente influenciada pelos efeitos estéricos (Impedimento
Estérico) e eletrônicos (Estabilização Orbitalar Secundária) já a regioseletividade é
influenciada principalmente pela Simetria dos Orbitais de Fronteira.
45
Segundo as Teorias Quânticas, uma ligação química entre átomos será mais
facilmente formada quando os orbitais envolvidos estiverem em fase e quanto maior for a
superposição entre eles. Desta maneira, pode–se dizer que a regioquímica das reações de
Diels–Alder pode ser controlada com a variação dos tipos de substituintes dos dienos e
dienófilos, e com a posição destes substituintes. Na figura 25 é mostrado em que
circunstância um determinado regioisômero é favorecido. Estes dados podem ser
confirmados tanto experimentalmente quanto pelos coeficientes dos Orbitais de
Fronteira HOMO e LUMO (HOMO–Highest Occupied Molecular Orbital; LUMOLowest
Unoccupied Molecular Orbital) das espécies envolvidas.
Nota–se nos casos I e II (figura 25), que independentemente da natureza dos
grupos substituintes (doadores ou captores de elétrons), o produto favorecido é o de
Orientação “orto”. Para os casos III e IV são favorecidos os produtos de Orientação “para”.
No entanto, a natureza destes substituintes pode variar a proporção dos produtos, e em
casos extremos” (de grande impedimento estérico), pode predominar o isômero
geralmente menos favorecido. Há também uma variação significativa nestas seletividades
se forem variadas a temperatura do sistema reacional, a pressão (condições de alta
pressão), ou se as reações forem realizadas sob catálise ácida (ácidos de Lewis).
Na figura 26 constam alguns exemplos dos aspectos de regioseletividade aqui
descritos.
46, 47
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
50
GDE
GCE
+
GDE
GCE
GDE
GCE
+
Orientação da Ligação
em "orto"
Orientação da Ligação
em "meta"
F
AVORECIDO
GDE = Grupo Doador de Elétrons
GCE = Grupo Captor de Elétrons
GCE
GDE
+
GCE
GDE
GCE
GDE
+
Orientação da Ligação
em "orto"
Orientação da Ligação
em "meta"
F
AVORECIDO
GCE
+
GCE
GCE
+
Orientação da Ligação
em "meta"
Orientação da Ligação
em "para"
F
AVORECIDO
GDE
GDE
GDE
GDE
+
GDE
GDE
+
Orientação da Ligação
em "meta"
Orientação da Ligação
em "para"
F
AVORECIDO
GCE
GCE
GCE
I)
II)
IV)
III)
1
2
3
2
1
4
Figura 25: Regioquímica na Reação de Diels–Alder.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
51
Ph
X
O
+
Ph
X
O
Ph
X
O
+
X = H; OH; OCH
3
; CH
3
CH
3
CO
2
CH
3
+
CH
3
CO
2
CH
3
CH
3
CO
2
CH
3
+
(orto)
90%
:
10%
(meta)
proporção
:
CO
2
H
Ph
+
CO
2
H
Ph
CO
2
H
Ph
+
(orto)
86%
:
14%
(meta)
proporção
:
CN
+
CN
CN
+
(meta)
20%
:
80%
(para)
proporção
:
Ph
Ph
Ph
(orto) (meta)
proporção
:
100%
CHO
+
CHO
CHO
+
(meta)
0%
:
100%
(para)
proporção
:
MeO
MeO
MeO
+
CN
CN
+
(meta)
0%
:
100%
(para)
proporção
:
NC
NC
NC
NC
Ph
Ph
+
Ph
Ph
Ph
Ph
+
(orto)
89%
:
11%
(meta)
proporção
:
Ph
+
Ph
Ph
+
(meta)
5%
:
95%
(para)
proporção
:
Ph
Ph
Ph
CN
CO
2
CH
3
+
CN
CO
2
CH
3
CN
CO
2
CH
3
+
(orto)
100%
:
0%
(meta)
proporção
:
OMe
CO
2
CH
3
+
OMe
CO
2
CH
3
OMe
CO
2
CH
3
+
(orto)
100%
:
0%
(meta)
proporção
:
0%
Figura 26: Exemplos de Reações de Diels–Alder Regioseletivas.
46,47
Um exemplo dos valores dos coeficientes de orbitais HOMO
dieno
–LUMO
dienófilo
,
pode ser visto na figura 27. Também são mostradas as superfícies dos orbitais de fronteira
indicando a regioquímica favorável.
De uma maneira geral dienos com grupos doadores de elétrons em C
1
(caso I –
figura 25) torna o coeficiente em C
4
maior o que faz com que a regioquímica favorecida
seja a de junção “orto”, já que o coeficiente maior no LUMO do dienófilo (substituído
com grupos captores de elétrons) se localiza em C
2
. A presença de grupos captores de
elétrons em C
1
do dieno modifica significativamente a energia dos orbitais de fronteira,
mas não faz variar significativamente os valores dos coeficientes de orbitais, de modo a
não alterar as tendências de regioquímica.
Quando os grupos doadores de elétrons (GDE) se encontram em C
2
no dieno o
maior coeficiente de HOMO deste dieno está localizado em C
1
, favorecendo a junção em
“para”.
Algumas reações menos típicas também são relatadas onde ambos (dieno e
dienófilo) estão substituídos por grupos apenas doadores ou apenas captores de elétrons.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
52
Mesmo assim as tendências de regioseletividade (orientação orto–meta e meta–para)
continuam valendo, variando apenas as velocidades com que as reações se processam.
OCH
3
CO
2
CH
3
OCH
3
CO
2
CH
3
+0,462
-0,508
+0,493
-0,656
+0,447
-0,508
-0,493
+0,656
"Orto" (Favorecida)
"Meta" (Menos Favorecida)
HOMO - LUMO
HOMO - LUMO
Figura 27: Coeficientes de Orbitais de Fronteira e Superfícies Moleculares destes Orbitais (método PM3).
Reatividade.
A reação de Diels–Alder pode ser favorecida quando dienos e dienófilos se
encontram devidamente ativados. Esta ativação pode ocorrer quando substituintes com
caráter doador de elétrons (GDE) estão ligados ao dieno e substituintes com caráter captor
de elétrons (GCE) estão ligados ao dienófilo. Nesta circunstancia diz–se que a reação
ocorre com “Demanda Normal de Elétrons” e segundo a teoria de orbitais moleculares, as
energias dos Orbitais de Fronteira (HOMO e LUMO) são alteradas; há um aumento da
energia de HOMO do dieno e uma diminuição da energia de LUMO do dienófilo,
diminuindo assim o “gap” de energia entre os orbitais das espécies envolvidas. Uma
conseqüência direta disto é que as energias dos Estados de Transição também são
diminuídas, favorecendo a ocorrência da reação.
Outras reações de Diels–Alder podem ser favorecidas e ocorrer com “Demanda
Inversa de Elétrons”. Nesta circunstância o dieno encontra–se substituído com grupos
captores de elétrons (GCE) e o dienófilo com grupos doadores de elétrons (GDE); neste
caso o “gap” de energia entre o LUMO
dieno
– HOMO
dienófilo
é menor.
Do ponto de vista das energias dos Orbitais de Fronteira, é possível classificar
facilmente se uma reação de Diels–Alder ocorre com demanda direta ou inversa de
elétrons. Basta calcular as energias dos FMO das estruturas em questão e então efetuar a
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
53
diferença entre as energias do (HOMO
dieno
– LUMO
dienófilo
) e do (LUMO
dieno
HOMO
dienófilo
). A combinação de menor “gap” de energia será a mais favorecida. Será
considerada com Demanda Normal de Elétrons aquela cujo “gap” é menor em (HOMO
dieno
– LUMO
dienófilo
), e com Demanda Inversa de Elétrons aquela cujo “gap” é menor em
(LUMO
dieno
– HOMO
dienófilo
). Na situação onde os grupos substituintes do dieno e
dienófilo são apenas doadores de elétrons ou apenas captores de elétrons, a reação pode
ocorrer com Demanda Normal ou Inversa de Elétrons.
46
GDEGCE
GDE
GCE
HOMO
LUMO
LUMO
LUMO
LUMO
HOMO
HOMO
HOMO
"Demanda Normal de Elétrons"
menor "gap" HOMO
dieno
-LUMO
dienófilo
"Demanda Inversa de Elétrons"
menor "gap" HOMO
dienófilo
-LUMO
dieno
Energia
Figura 28: Demanda Eletrônica em Algumas Reações de Diels–Alder.
As energias dos Orbitais de Fronteira são extremamente úteis na previsão da
reatividade nas reações de Diels–Alder. Porém, atualmente, têm sido utilizados alguns
parâmetros de reatividade derivados da Teoria Funcional de Densidade (DFT),
34
que
segundo alguns autores como Contreras e colaboradores,
48
descrevem melhor as
propriedades eletrônicas dos compostos.
Estes autores utilizam como índice de reatividade as propriedades globais como o
potencial químico eletrônico (µ (E
HOMO
+ E
LUMO
) / 2), a dureza química (η E
LUMO
E
HOMO
) e a eletrofilicidade global (ω = µ
2
/2η). A eletrofilicidade global (ω) pode ser
entendida como sendo uma medida do quanto um dienófilo está propenso a adquirir uma
carga adicional (aproximação do sistema doador π), durante a formação do estado de
transição. Um bom dienófilo é então caracterizado por um alto valor de ω, e
consequentemente um alto valor de µ (em módulo) e baixo valor de η. Na tabela 8 são
mostrados alguns exemplos destes valores.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
54
Tabela 8: Propriedades Globais de Alguns Compostos que realizam Reação de Diels–Alder
Compostos HOMO(a.u) LUMO(a.u)
µ (a.u) η (a.u) ω (eV)
–0,2667 –0,0188 –0,1239 0,2885
0,73
–0,2115
–0,0099
–0,1107
0,2016
0,83
CN
–0,2892 –0,0563 –0,1728 0,2329
1,74
CN
CN
–0,3112
–0,1037
–0,2074
0,2075
2,82
CNNC
–0,3056 –0,1101 –0,2078 0,1956
3,01
CN
NC
–0,3068
–0,1126
–0,2097
0,1942
3,08
CNNC
NC
–0,3231
–0,1497
0,2364
0,1734
4,38
CNNC
NC CN
–0,3351
–0,1823
–0,2587
0,1528
5,96
a.u = unidades atômicas; eV = elétrons–Volt.
Estes parâmetros, apesar de deduzidos de uma teoria baseada na densidade
eletrônica, ainda consideram apenas os efeitos eletrônicos locais, e não são “capazes” de
levar em conta os efeitos espaciais, muito importantes em se tratando das reações de
Diels–Alder. Uma maneira de contornar estas “falhas” obtidas nas previsões de
reatividade (tanto pelo “gap” de energia (HOMO–LUMO) quanto pelos parâmetros ω, µ
e
η), é localizar e calcular as energias dos Estados de Transição dos compostos envolvidos.
Neste sentido, a reação de Diels–Alder é um excelente modelo de cálculo, dado o caráter
geralmente concertado da reação.
Atualmente, inúmeros trabalhos vêm sendo publicados na literatura
49
descrevendo
bem a reatividade relativa entre espécies envolvidas nas reações de Diels–Alder, além de
aspectos como regioseletividade e estereoseletividade. Os exemplos a seguir foram
extraídos do trabalho Cayzer e colaboradores.
50
Neste caso, foram escolhidas duas reações
de Diels–Alder Intramoleculares, cujas proporções endo:exo dos adutos formados variam
drasticamente e foram descritas pelos cálculos teóricos realizados. Os exemplos aqui
destacados fazem parte de um conjunto de muitos outros, conforme pode ser verificado
na literatura citada.
50
Neste trabalho foram realizados vários cálculos de localização dos estados de
transição (TS) e de otimização dos respectivos materiais de partida. Juntamente com os
cálculos foram realizados os experimentos reacionais com o objetivo de confrontar os
resultados. Foram calculadas as energias de ativação para cada isômero (endo e exo) e os
seus valores foram comparados (distribuição de Boltzmann) para que se determinasse a
proporção teórica entre os produtos.
No esquema 15, são apresentadas duas das reações estudadas
50
(compostos 78 e 80)
onde foram obtidos os adutos 79a/79b e 81a/81b.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
55
O
O
H
Me
H
H
Cl
O
O
Cl
Me
H
H
H
81a
81b
O
O
Cl
Me
H
H
H
O
O
H
Me
H
H
Cl
79a 79b
Tolueno, 18C
40h, 60%
+
+
Tolueno, 180ºC
187h, 38%
80
78
endo
exo
exo
endo
O
O
Cl
O
O
Cl
Esquema 15: Reações de Diels–Alder Intramoleculares.
Na tabela 9 estão resumidos os resultados teóricos e experimentais e na figura 29
são apresentadas as estruturas dos estados de transição que foram localizados.
Tabela 9: Resultados Experimentais e Teóricos Obtidos para as Reações do Esquema 15.
Material
de Partida
T
º
C Tempo (h) Produtos
Endo:Exo
(experimental)
Produtos
Endo:Exo
(teórica)
E
cinética
Endo:Exo
(kcal/mol)(teórica)
78
180 40 18:82 10:90 38,38 : 36,35
80
180 187 72:28 85:15 39,67 : 41,25
TS
endo
(79a)
TS
exo
(79b)
TS
endo
(81a)
TS
exo
(81b)
Figura 29: Estados de Transição Localizados com o Modelo B3LYP/6–31+G(d).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
56
Nas figuras 30 e 31 podem ser visualizadas as curvas de reação para os compostos
78 e 80, contendo um esboço de cada espécie envolvida no processo reacional, bem como
as energias relativas entre os materiais de partida e os estados de transição.
O
O
O
H
H
Cl
Me
H
H
O
H
Cl
H
Me
H
H
O
O
O
36,35 kcal/mol
38,38 kcal/mol
2,03 kcal/mol
Cl
O
Cl
Me
H
H
H
O
O
H
Me
H
H
Cl
Composto 78
TS
exo
(79b)
TS
endo
(79a)
79a
79b
Experimental:
18 : 82
Teórico:
10 : 90
Figura 30: Curvas de Reação para o Composto 78.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
57
O
O
O
H
Cl
H
Me
H
H
O
H
H
Cl
Me
H
H
O
O
O
39,67 kcal/mol
41,25 kcal/mol
1,58 kcal/mol
Cl
O
H
Me
H
H
Cl
O
O
Cl
Me
H
H
H
Composto 80
TS
endo
(81a)
TS
exo
(81b)
81a
81b
Experimental:
72 : 28
Teórico:
85 : 15
Figura 31: Curvas de Reação Para o Composto 80.
Fundamentalmente pode–se destacar o fato de que os cálculos descreveram com
eficiência as proporções entre os produtos obtidos. Cabe reforçar a inversão das
proporções dos adutos endo:exo pela simples mudança da estereoquímica do Cl nos
materiais de partida, que foi descrita pelos cálculos teóricos.
Catálise por Ácidos de Lewis.
Até o início dos anos 60 (1960) acreditava–se que alguns catalisadores (como
ácidos de Lewis) poderiam influenciar muito pouco a velocidade da reação de Diels–
Alder. Porém, com a publicação dos trabalhos de Yates e Eaton,
51
vários outros
pesquisadores passaram a utilizar ácidos de Lewis em reações de Diels–Alder. Atualmente,
é bastante reconhecido o papel de catalisadores em reações de Diels–Alder.
Basicamente o ácido de Lewis se complexa mais fortemente com grupos como
carbonila (CO), nitrila (CN), dentre outros, geralmente ligados ao dienófilo. Nesta
circunstância, o dienófilo se torna extremamente reativo, pois é diminuída
significativamente a energia do orbital LUMO. A reação entre o ciclopentadieno (43) e a
ciclo–hexenona (82) constitui um exemplo interessante da ação de ácidos de Lewis. Esta
reação quando realizada em condições térmicas (apenas com aquecimento) não evolui
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
58
para a formação de nenhum dos adutos (endo e exo) esperados. Quando realizada sob
catálise, a reação pode até ser 100% estereoseletiva (esquema 16).
52
O
H
H
O
H
H
O
+
+
sem catalisador 0% 0%
com AlCl
3
a 40ºC 89% 11%
com NbCl
5
a 25ºC 80% 20%
com NbCl
5
a -78ºC 100% 0%
43 82
83
84
Esquema 16: Ação de Ácidos de Lewis em Reações de Diels–Alder.
52,53
Na figura 32 é apresentado um exemplo de Orbitais de Fronteira e de suas
energias relativas com e sem AlCl
3
. Nota–se uma redução significativa do “gap” de energia
HOMO
dieno
–LUMO
dienófilo
quando a reação está sob a ação deste ácido de Lewis.
54
HOMO
100,46 kcal/mol
56,16kcal/mol
LUMO
LUMO
Figura 32: “Gap” de Energia entre HOMO de 43 e LUMO de 76 (com e sem catálise) – B3LYP/6–311++G(d,p).
Além de favorecer as reações e induzir estereoseletividade, os ácidos de Lewis
(AlCl
3
, BF
3
, TiCl
4
, NbCl
5
...) podem induzir também a regioseletividade nas reações de
Diels–Alder. Um dos trabalhos pioneiros sobre regioseletividade induzida por ácidos de
Lewis foi realizado por Inukai e Kojima
55
e serve como um bom exemplo. A reação entre
o isopreno (85) e o acrilato de metila (86) fornece os dois regioisômeros 87 e 88. Sem a
ação de AlCl
3
, a reação além de lenta (41 dias), são obtidas proporções relativamente
próximas entre os regioisômeros, e um rendimento de 32%. Na presença do AlCl
3
, a
reação se processa em 3 horas dando uma regioseletividade superior e um rendimento
melhor (50%).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
59
CO
2
Me
+
CO
2
Me
CO
2
Me
+
"meta"
"para"
85 86
sem catalisador 25ºC 30,5% 69,5%
com AlCl
3
a 10-20ºC 5% 95%
87
88
Esquema 17: Efeitos dos Ácidos de Lewis na Regioseletividade.
Alguns outros catalisadores (complexos metálicos e compostos de boro) podem
induzir até enantioseletividade nas reações de Diels–Alder, porém este é um assunto que
não será detalhado neste texto, e que poderá ser bem visto em alguns trabalhos da
literatura.
56
Para concluir esta discussão sobre a reação de Diels–Alder serão apresentadas
algumas idéias sobre a “Influência da Pressão nas Reações de Diels–Alder” (geralmente ausente
nos principais textos que falam sobre a reação de Diels–Alder), e por fim, serão
apresentadas algumas sínteses notáveis.
Influência da Pressão nas Reações de Diels–Alder.
As reações de Diels–Alder realizadas sob altas pressões são a primeira vista um
pouco inviáveis, dada a necessidade de pressões relativamente altas (1–20kbar).
v
No
entanto, é possível atingir estes valores utilizando reatores específicos (cilindros com
pistões) que atualmente nem são de tão difícil acesso.
36e
As vantagens em se utilizar altas pressões para promover as reações de Diels–Alder
são muitas. Frequentemente são encontrados vários problemas de caráter experimental ao
se realizar uma reação desta natureza, e talvez, o principal deles seja a degradação dos
materiais de partida por serem termo–sensíveis, ou sensíveis a ácidos de Lewis.
Neste sentido, as reações realizadas sob alta pressão, oferecem uma grande
vantagem pois tendem a favorecer um número bem menor de reações laterais e a
favorecer bastante as cicloadições. A razão pela qual a reação de Diels–Alder é favorecida
por altas pressões é relativamente simples, porém quase nunca citada nos textos de
química orgânica.
A reação de Diels–Alder apresenta um volume molar de ativação (
V ) negativo,
o que quer dizer que as moléculas no estado de transição ocupam um volume menor que
nos reagentes.
57
Nas reações inter–moleculares esta “contração de volume” é bem mais
pronunciada que nas intra–moleculares e pode oscilar de –10 à –45 cm
3
.mol
–1
.
A dependência da constante de velocidades (k) destas reações com a pressão é
dada pela equação 6.
RT
V
P
k
T
ln
=
(Equação 6)
v
Estes valores em uma unidade mais familiar (atm) parecem ainda mais assustadores. A pressão de 1kbar
equivale a 986,9 atm, o que quer dizer que estas reações são realizadas sob pressões entre mais ou menos
1.000 e 20.000 atm.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
60
Logo, se
V é negativo, a velocidade da reação tende a aumentar quanto maior
for a pressão aplicada. As conseqüências disso é que não somente a velocidade de
formação dos produtos é aumentada, mas também podem ser modificadas as razões entre
alguns isômeros (regioseletividade e estereoseletividade). Uma outra vantagem é que o
equilíbrio destas reações geralmente é deslocado, visto que o volume molar de reação
também é negativo (
V
). Desta maneira, o aumento da pressão provoca o aumento da
constante de equilíbrio favorecendo a formação dos produtos (equação 7).
RT
V
P
K
T
=
ln
(Equação 6)
Há muitos exemplos interessantes, onde algumas reações de Diels–Alder que não
ocorrem em condições térmicas, ocorrem sob pressão. Também de algumas reações que
ocorrem em condições térmicas muito drásticas, e que acabam ocorrendo em
temperaturas relativamente baixas sob pressão. De uma maneira geral, as reações sob altas
pressões também podem ser associadas com as condições em que estas reações são
comumente realizadas (uso de temperaturas superiores à ambiente e também de ácidos de
Lewis), porém, com a vantagem de serem bem mais favorecidas e de requererem
condições bem mais suaves.
As reações relatadas por Dauben e Baker
58
servem como exemplos interessantes
onde o dienos como 89, que são pouco reativos a temperatura ambiente e que
polimerizam em altas temperaturas, reagem bem formando adutos como 90, quando a
reação é realizada sob pressão de 15 kbar.
O
O
CO
2
R
R
1
R
2
R
3
15 kbar, t.a.
CH
2
Cl
2
, 60-92%
+
O
O
H
H
CO
2
R
R
3
R
1
R
2
R = H, CH
3
, CH
2
CH
3
, mentil ; R
1
= H, CH
2
CH
3
;
R
2
= H; R
3
= H, CH
3
, CH(OCH
3
)
2
, CH
2
OTBDMS
44 89 90
Esquema 18: Exemplo de Reação de Diels–Alder sob Alta Pressão.
Um outro exemplo de grande expressão é a reação entre dienos do tipo 91 e a 3–
metil–ciclo–hexenona (92), que não ocorre em nenhuma das condições usuais (sob
catálise de ácidos de Lewis e em temperaturas acima da ambiente), mas sob pressão e
catálise de EtAlCl
2
, ela ocorre fornecendo adutos como 93 e 94, que são intermediários
de alguns produtos naturais.
59
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
61
O
+
R
1
R
2
R
3
R
1
O
H
R
2
R
3
R
1
O
H
R
2
R
3
12-15 kbar
EtAlCl
2
, 35-65%
+
91 92 93 94
R
1
, R
2
, R
3
= H; CH
3
Esquema 19: Exemplo de Reação de Diels–Alder sob Alta Pressão e Catálise.
Atualmente, o número de trabalhos encontrados na literatura que envolve reações
de Diels–Alder sob altas pressões, é realmente elevado. Uma excelente revisão foi
realizada por Fringueli e outros autores.
36e
Sínteses Envolvendo Reações de Diels–Alder.
Conforme foi dito logo no início desta seção, não se pretendia realizar uma
revisão completa sobre o assunto “Reação de Diels–Alder”, mas apenas abordar os
principais aspectos desta reação, em especial os que seriam de interesse para este trabalho.
Não foram abordadas algumas versões importantes da Reação de Diels–Alder, como as
reações Intramoleculares, as reações do tipo Hetero Diels–Alder, e as reações de Retro Diels–
Alder. Sendo assim, foram selecionados nesta última seção sobre o assunto, alguns
exemplos que destaquem a aplicabilidade da reação de Diels–Alder como um todo, e
também destas versões não abordadas ao longo deste texto. Os exemplos selecionados são
aleatórios e tirados de algumas revisões sobre o assunto.
O primeiro exemplo selecionado é a síntese da (+)–cocleamicina A (95), realizada
por Roush e colaboradores.
60
Esta substância apresenta atividades biológicas significativas
como antimicrobial e citotóxica (contra células leucêmicas).
Como a síntese é relativamente longa, serão destacadas as etapas mais
importantes. Partindo dos intermediários 96 e 97 os autores realizam algumas
transformações, dentre elas uma reação de acoplamento de Stille, e em seguida uma
ciclização com Cs
2
CO
3
, originando 99. Após algumas transformações o intermediário 99
foi convertido em 100, já devidamente funcionalizado para realizar a reação de Diels–
Alder intramolecular e originar de maneira eficiente o policiclo 101. A partir do
intermediário 101 obteve-se em mais algumas etapas o produto natural 95.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
62
HO
SnMe
3
TBSO
I CO
2
Et
TBSO
O O
TBS
+
Acoplamento de Stille
I
OP
1
OP
1
OP
1
O
EtO
O
P
1
= TBS
Cs
2
CO
3
O
OP
1
OP
1
OP
1
EtO
2
C
O
OP
2
O
O
H
OP
2
H
BHT
Tolueno
125ºC
69%
O
O O
H
H
H
OP
2
H
H
P
2
= TES
OP
2
O
O O
H
H
H
O
H
H
OH
O
96
97
98
99
100
101
95
Cocleamicina A
Esquema 20: Síntese da Cocleamicina A.
Não poderíamos deixar de destacar ao menos um dos trabalhos de Nicolaou,
36c
que frequentemente utiliza a reação de Diels–Alder em suas sínteses. Das várias
substâncias naturais já preparadas pelo seu grupo, pode–se destacar a síntese da (±)
colombiasina A (102). Este diterpeno tem se mostrado uma droga bastante eficiente no
combate a colônias de Microbacterium tuberculosis H37Rv.
61
A síntese foi realizada em poucas etapas, dentre as quais, duas envolviam a reação
de Diels–Alder. Logo na primeira etapa foi utilizada uma reação de Diels–Alder entre o
dieno 103 e a quinona 104, que forneceu exclusivamente o aduto endo 105. Após
algumas transformações o composto 105 foi convertido em 106, que no mesmo meio
reacional sofreu uma eliminação queletrópica, seguida de uma Diels–Alder
intramolecular. O composto 107 foi depois convertido no produto natural 102.
TBSO
+
O
O
OMe
EtOH
25ºC
TBSO
O
O
OMe
H
H
O
O
OMe
HO
H
SO
2
H
Tolueno
180ºC
O
O
OMe
HO
H
O
O
OMe
H
HO
O
O
OH
H
102
103
104
106
107
105
108
Colombiasina A.
Esquema 21: Síntese da Colombiasina A.
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
63
O terceiro exemplo selecionado envolve uma reação do tipo hetero Diels–Alder e
uma Retro Diels–Alder. Na síntese da (–)–norsericurinina (109) Jacobi e colaboradores
62
realizam inicialmente uma adição de Michael do composto 110 em 111, o que forneceu
112. Em seguida o composto 112 sofreu uma reação do tipo hetero Diels–Alder
originando 113, que no mesmo meio sofreu uma retro Diels–Alder originando 114. O
composto 114 após algumas transformações deu origem ao produto natural 109 que tem
apresentado algumas atividades relacionadas ao sistema nervoso central; dentre estas
atividades destaca–se a inibição da acetilcolinesterase.
62
N
O
OMe
NH
OTBS
O
TMS
N
O
N
OMe
O
TMS
OTBS
H
N
O
N
O
TMS
OMe
Mesitileno
163ºC
-MeCN
OTBS
H
N
O
OTBS
H
O
OMe
TMS
N
H
O
O
109
110
111
112 113
114
Esquema 22: Síntese da (–)–Norsericurinina.
Um último exemplo selecionado é o da síntese da eunicenona (115) realizada por
Corey e colaboradores.
63
Este produto natural atua como inibidor de algumas
glicoproteínas e tem sido testado no combate a doenças cardivasculares.
63
Nesta síntese os autores utilizaram um catalisador quiral na reação de Diels–Alder
(derivado de boro) para preparar de maneira enantioseletiva o produto natural 115.
Inicialmente o geranil–geranilacetileno (116) sofreu uma reação de acoplamento com o
composto 117. Em seguida o produto 118 foi transformado em 119 após algumas
transformações. O composto 119 foi submetido à reação de Diels–Alder com a 2–
bromoacroleína (120) na presença do catalisador 121, o que forneceu o aduto 122 com
97% de excesso enantiomérico e na proporção 98:2 dos adutos endo/exo, respectivamente.
Após algumas etapas, o composto 122 foi convertido em 123 e depois em 124. O
intermediário 124 foi desprotegido fornecendo o produto natural 115 (com 98,5% de
pureza enantiomérica).
Introdução – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
64
[Cp
2
ZrHCl] THF, t.a.
ZnCl
2
, Pd(PPh
3
)
4
CO
2
Me
I
CO
2
Me
Si
OMe
CHO
Br
catalisador 121
CH
2
Cl
2
, -78ºC
(97% ee)
Si
OMe
CHO
Br
OH
O
O
O
O
CO
2
Me
HO
CO
2
Me
HO
O
115
116
117
118
119
120
122
123
124
N
B
O
O
O
2
S
H
NH
H
H
121
O
Esquema 23: Síntese da Eunicenona.
É preciso encerrar por aqui esta seção sobre a reação de Diels–Alder para não
tornar este texto por demais cansativo. De fato, muitos aspectos da reação de Diels–Alder
não foram abordados, e desta maneira, é preciso reafirmar o caráter ilustrativo desta seção
da tese.
Pode–se concluir que a reação de Diels–Alder agrega características muito
especiais, e, portanto, é impossível realizar uma revisão ampla sobre o assunto que ocupe
tão poucas páginas.
Objetivos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
65
Objetivos – Parte A
66
Objetivos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
67
2 – Objetivos
Esta parte do trabalho teve como objetivo principal desenvolver algumas
metodologias sintéticas que possibilitassem a preparação do 1,4–metano[10]anuleno (41),
uma estrutura hipotética e com diversas peculiaridades estruturais, cuja síntese ainda não
foi descrita na literatura. A idéia central era produzir 41, para então estudar suas
propriedades químicas e físicas, e, fundamentalmente, avaliar a existência de estabilização
aromática neste composto.
Do ponto de vista sintético, o anuleno 41 é constituído de um sistema carbônico
do tipo biciclo[6.2.1]undecano (42) contendo várias insaturações.
41
42
Figura 33: Sistemas Bicíclicos.
Estes sistemas carbônicos possuem várias semelhanças com alguns produtos
naturais que contém heteroátomos nas pontes, como o goiazensolido (125) e outros
furanoeliangolidos.
64
Há ainda na literatura alguns trabalhos que envolvem
intermediários do tipo biciclo[6.2.1]undecano (42) na síntese de outros produtos naturais
como o Taxol
®
e seus derivados.
65
O
O
O
O
OH
O
O
125
Figura 34: Estrutura do Goiazensolido.
Desta maneira, as metodologias desenvolvidas para a síntese de sistemas como 42,
poderiam conduzir à síntese do anuleno desejado 41, e servir como modelo para a
preparação de produtos mais complexos, inclusive aqueles que contenham alguns
heteroátomos.
Independentemente dos estudos de caráter sintético, tínhamos também como
objetivo avaliar a existência de aromaticidade no anuleno 41 do ponto de vista teórico,
utilizando alguns dos métodos descritos na seção 1.2 (Aromaticidade).
68
Plano de Pesquisa
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
69
Plano de Pesquisa – Parte A
70
Plano de Pesquisa
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
71
3 – Plano de Pesquisa
Do ponto de vista sintético, o sistema do tipo biciclo[6.2.1]undecano (42) poderia
ser preparado através da ruptura de uma ligação σ entre carbonos, localizada na junção
dos anéis de uma estrutura como 126.
42
126
Esquema 24: Preparação Direta de um Biciclo[6.2.1]undecano.
Clivagens deste tipo podem ser realizadas de várias maneiras, dentre as quais,
escolheu–se para estudar neste trabalho:
Uma eliminação–fragmentação 1,4 em intermediários como 127 e 129.
– Uma reação de retro–aldol em intermediários como 131.
– Algumas transformações que possibilitassem uma reação de clivagem na posição
carbonílica de compostos como 133 (esquema 25).
130
129
132
131
O
O
H
O
O
O
133
ROC
R
134
II)
III)
IV)
128
127
I)
RO
H
H
H
H
H
X
OR
Esquema 25: Reações de Fragmentação.
Sendo assim, a primeira abordagem sintética sugerida neste trabalho, parte da
reação de Diels–Alder entre o ciclopentadieno (43) e a benzoquinona (44), o que conduz
Plano de Pesquisa
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
72
à formação o aduto 45. Após a redução das carbonilas de 45 e formação do mesilato 137,
seria obtido um bom intermediário para realizar os testes de eliminação–fragmentação 1,4.
Se obtido o composto 138, algumas outras transformações seriam necessárias para
obtenção do anuleno 41.
OMs
MsO
H
OH
HO
H
H
O
O
H
H
O
O
43
+
45 136
137
138
MsCl/Py
base
41
NaBH
4
CeCl
3
.7H
2
O
44
H
H
OMs
Esquema 26: Primeira Abordagem Sintética Proposta.
Outros intermediários contendo grupos acetato (OAc), halogênios, e outros
substituintes, foram também sugeridos no lugar de 137.
Com relação aos estudos de fragmentação, apresentado no item (II) do esquema
25, foram sugeridas algumas reações em intermediários contendo halogênios no lugar de
X (fragmentação com Zn).
Uma outra abordagem sintética proposta neste trabalho, iniciava–se com uma
cicloadição do tipo [6+4], conforme mostrado no esquema 27. Nesta proposta, tinha–se a
vantagem de que os intermediários sintéticos (especialmente 143) já possuíam as
substituições, e as estereoquímicas das ligações dupla, adequadas para a obtenção do
anuleno 41.
O
O
NH
O
H
2
N
HO
2
C
N
OH
+
43 139 140 141 142
benzeno
90ºC
NH
2
OH
TsCl/Py
DMAP
143
hidrólise
41
Esquema 27: Segunda Abordagem Sintética Proposta.
A reação entre o ciclopentadieno (43) e a tropona (139) já era conhecida, e em
condições térmicas fornece o composto 140. Este composto, após algumas
transformações, provavelmente seria transformado na lactama 142. Uma simples reação
de hidrólise em 142 daria origem ao intermediário 143, bastante apropriado para a
síntese do anuleno 41.
Plano de Pesquisa
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
73
Estas foram as propostas iniciais deste trabalho. Evidentemente que, com a
execução das reações, muitos problemas foram surgindo e algumas modificações foram
inevitáveis.
74
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
75
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos
Parte A
76
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
77
4 – Atividades Realizadas e Resultados Obtidos
Nesta seção serão descritas as atividades de caráter experimental, incluindo sempre
que necessário, algumas discussões sobre as etapas realizadas. Por questões de ordem esta
seção será subdividida em algumas partes com o objetivo de facilitar caso o leitor queira
verificar apenas uma determinada etapa. Uma nota importante é que todas as substâncias
dotadas de estereoquímica foram sintetizadas de forma racêmica, e serão representadas
apenas as configurações relativas dos compostos.
Conforme mostrado na seção “Plano de Pesquisa”, a primeira abordagem sintética
(esquema 26) envolve na primeira etapa uma reação de Diels–Alder. Em seguida, são
sugeridas algumas transformações e a obtenção de alguns intermediários importantes para
a realização da fragmentação desejada. Logo depois são descritas as atividades referentes à
segunda abordagem sintética (esquema 27).
Abordagem Sintética Baseada na Reação de Diels–Alder.
A reação de Diels–Alder entre o ciclopentadieno (43) e a benzoquinona (44) já
está descrita em alguns trabalhos da literatura.
66
No entanto, praticamente todos estes
trabalhos relatam apenas a formação do aduto endo 45, afirmando que ele é obtido
exclusivamente. Todas as metodologias aqui citadas,
66
foram testadas e a que forneceu o
aduto 45 em melhor rendimento e maior pureza (com 2% do isômero exo 45a), foi a
realizada em metanol e baixa temperatura (esquema 28).
66a
O
O
+
+
MeOH/ 1h
-78ºC 0ºC
98%
H
H
O
O
43
44
45a
98 : 2
O
O
H
H
45
Esquema 28: Síntese do Aduto 45.
Trabalhar com misturas ao longo de uma síntese nem sempre é confortável, pois
as análises dos intermediários acabam sendo dificultadas. Neste caso, a quantidade do
aduto exo 45a na mistura é relativamente baixa, e por isso, resolveu–se prosseguir
considerando apenas o aduto endo 45. Nas etapas posteriores os intermediários foram
obtidos devidamente puros (livres das “impurezas” derivadas do aduto exo 45a).
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
78
Transformações Realizadas no Aduto de Diels–Alder 45.
Dando continuidade, o aduto 45 foi reduzido ao diol 136 utilizando NaBH
4
na
presença de CeCl
3
.7H
2
O e a –25
º
C (rendimento de 94% após cristalização em CH
2
Cl
2
).
Esta redução é 100% estereoseletiva, uma vez que na estrutura cis–endo de 45, uma das
faces (face endo) encontra–se impedida para a redução.
OH
HO
H
H
O
O
H
H
45 136
NaBH
4
CeCl
3
.7H
2
O
94%
Esquema 28: Preparação do Diol 136.
Sabe–se que o cloreto de cério é um eficiente catalisador e atua na redução 1,2
regioseletiva de cetonas
α,β–insaturadas por NaBH
4
em metanol.
67,68
Alguns estudos
realizados por nosso grupo de pesquisa,
68
apontam também para a influência do CeCl
3
na
estereoquímica dos produtos da redução de ciclopentanonas, quando o redutor utilizado
é NaBH
4
. No caso da conversão de 45 em 136, o CeCl
3
foi utilizado apenas para evitar a
redução 1,4 de 45, que é favorável sem o uso deste lantanídeo.
69
Em seguida, tentou–se realizar a conversão do diol 136 no dimesilato 137. No
entanto, esta etapa se mostrou bastante problemática produzindo misturas complexas nas
várias tentativas realizadas.
A primeira condição testada foi utilizando MsCl/piridina/(com ou sem DMAP) a
0
º
C.
70
Após alguns minutos de reação, observou–se a formação de vários produtos
reacionais, dentre os quais, nenhum parecia ser o dimesilato 137 (análise de RMN de
1
H
do produto bruto).
OMs
MsO
H
OH
HO
H
H
136
137
MsCl/Py
H
Esquema 29: Primeira Tentativa de Preparação do Dimesilato 137.
Houve a suspeita de que na condição realizada, poderiam ocorrer reações de
substituição alílica dos grupos mesilato por íons cloreto. Havia ainda a possibilidade, de
que em piridina, estivessem ocorrendo algumas reações de eliminação. Para evitar ao
menos as possíveis eliminações ocorridas em piridina, resolveu–se utilizar um solvente
neutro e base (Et
3
N) em quantidades estequiométricas para tentar produzir 137.
71
Mesmo nesta condição não foi possível obter o dimesilato 137; o que se observou,
foi novamente a formação de uma mistura complexa.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
79
OMs
MsO
H
OH
HO
H
H
136
137
MsCl/CH
2
Cl
2
Et
3
N
H
Esquema 30: Segunda Tentativa de Preparação do Dimesilato 137.
Isso reforça a hipótese de que os íons cloreto possivelmente realizam algumas
reações de substituição, especialmente de bons grupos de saída como o mesilato. Nos dois
casos testados tentou–se isolar por cromatografia em coluna alguns dos produtos
reacionais, porém, não se obteve êxito em nenhuma das separações.
Com o objetivo de prosseguir com a metodologia proposta inicialmente, e até
certo ponto, dar suporte a algumas das hipóteses anteriores, resolveu–se sintetizar o
diacetato 144, isto porque, o grupo acetato sendo um grupo de saída menos eficiente,
poderiam ser evitadas algumas das reações indesejadas.
O composto 144 foi facilmente preparado pela reação de 136 com Ac
2
O em
CH
2
Cl
2
/Et
3
N/DMAP (rendimento de 98%).
72
OAc
AcO
H
OH
HO
H
H
136
144
Ac
2
O/CH
2
Cl
2
Et
3
N/0ºC
98%
H
146
OAc
H
Esquema 31: Preparação do Diacetato 144.
Esta preparação confirma a hipótese de que os derivados mesilados (mono e di) até
poderiam estar se formando, no entanto, a facilidade com que ocorrem outras reações
impossibilitava a obtenção do produto 137.
O objetivo agora era testar se o diacetato 144 sofreria a eliminação–fragmentação 1,4
na presença de bases não nucleofílicas. Havia alguns indícios de que a fragmentação
desejada poderia ocorrer (esquema 31) primeiramente porque seriam aliviadas as tensões
no anel tipo norborneno de 144, depois as ligações dos hidrogênios das “cabeças de
ponte” de 144 estavam suficientemente alinhadas (praticamente no mesmo plano) em
relação às ligações que mantinham os grupos acetato ligados ao anel de seis membros (ver
figura 35).
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
80
Figura 35: Projeções de uma das Conformações do Diacetato 144.
vi
73
Os testes com o composto 144 foram realizados utilizando NaH em THF ou
tolueno
74
e também t–BuOK em THF. Em todos os casos foram obtidos apenas os
produtos de hidrólise parcial dos grupos acetato. Na reação com NaH a hidrólise parcial
deve ser provocada pelo NaOH, presente no NaH comercial. Já na reação realizada em t
BuOK/THF, a hidrólise deve ocorrer pela ação de KOH presente no t–BuOK. Em
nenhum destes casos houve a formação do produto esperado 146.
t-BuOK /THF
OAc
AcO
H
144
H
OH
AcO
H
145
H
146
OAc
NaH / tolueno
ou THF
Esquema 32: Tentativa de Eliminação–Fragmentação 1,4 no Diacetato 144.
vi
Esta conformação foi obtida através de uma busca conformacional utilizando programa GMMX com
interface no PCModel 7.0. O campo de força utilizado foi o MM3.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
81
Uma alternativa direta para aproveitar o intermediário 144 e ao mesmo tempo
possibilitar uma fragmentação (como no item II do esquema 25) era a substituição de um
dos acetatos de 144 por um iodeto. Esta substituição deixaria o iodeto em trans com o
acetato remanescente (esquema 33).
OAc
AcO
H
H
Me
3
SiI/CCl
4
H
H
144 147 147a
Zn
66%
AcO
I
Esquema 33: Alternativa Inviável Por Questões de Estereoquímica.
No entanto, a dupla ligação vizinha ao grupo acetato e ao iodeto de 147, dificulta
muito a existência de uma conformação que favoreça a reação desejada, ou seja, com os
grupos acetato e iodeto devidamente alinhados para a eliminação–fragmentação 1,4 (ver
figura 36). O composto 147 até foi preparado pela reação de 144 com SiIMe
3
/CCl
4
(rendimento de 66%),
75
mas de fato, a reação com Zn metálico não forneceu o produto
147. Foi obtida uma mistura de onde não se conseguiu isolar nenhum produto
devidamente puro.
Figura 36: Conformações de Menor Energia para Composto 147.
vii
Ao que tudo indicava, a presença da dupla conjugada do composto 45 (esquema
28) inviabilizava várias das etapas pretendidas (a formação do dimesilato 137 e a
fragmentação com zinco). Parecia claro que a redução desta insaturação simplificaria 45,
possibilitando algumas transformações até então sem sucesso.
O composto 45 foi reduzido seletivamente com Zn/AcOH e o uso de ultra som,
obtendo a dicetona 148 com 98% de rendimento.
76
Em seguida, as carbonilas de 148
foram reduzidas com NaBH
4
/CeCl
3
.7H
2
O (96% de rendimento). Neste caso, não era de
fundamental importância a utilização de CeCl
3
na reação, porém, verificou–se que na
presença deste catalisador a reação era muito mais rápida e eficiente, fornecendo 149 com
boa pureza após uma simples cristalização em CH
2
Cl
2
.
vii
Estas foram as duas principais conformações obtidas na busca conformacional (campo de força MM3 –
PCModel 7.0).
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
82
O
O
H
H
O
O
H
H
45 148
Zn/AcOH
ultra som
98%
NaBH
4
CeCl
3
.7H
2
O
–25ºC; 96%
OH
HO
H
H
149
Esquema 34: Modificações no Aduto 45.
Depois de obtido o composto 149, o objetivo era realizar algumas das
transformações testadas anteriormente sem sucesso. Primeiramente, tentou–se
transformar o composto 149 em 150 pela reação com MsCl e piridina.
77
Esta reação
ocorreu com sucesso e com bom rendimento (86%), reforçando a hipótese de que a
ligação dupla presente nos intermediários da abordagem anterior, de fato facilitava
algumas reações laterais.
OH
HO
H
H
149
MsCl/Py
0ºC; 86%
OMs
MsO
H
H
150
Esquema 35: Síntese do Dimesilato 150.
O composto 150 estava agora substituído com um bom grupo de saída e com a
estereoquímica adequada, tanto a eliminação de um dos hidrogênios da “cabeça de
ponte”, quanto para uma eliminação–fragmentação 1,4 em um halo–mesilato (ver na figura
37 e esquema 37 adiante).
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
83
Figura 37: Conformações dos Derivados 151 e 150 que Permitem as Eliminações Desejadas (Campo de
Forças MM3 – PCModel 7.0).
No entanto, esta nova abordagem também apresentava seus problemas. A
presença de dois grupos CH
2
vizinhos a dois bons grupos de saída (OMs) tornava possível
a ocorrência de algumas reações laterais (eliminações). A única maneira de saber se as
fragmentações pretendidas ocorreriam era realizando os testes reacionais.
Como previsto a reação do dimesilato 150 com bases fortes (NaH/THF ou t
BuOK/THF) produziram misturas bastante complexas, de onde não foi possível isolar e
analisar nenhum produto devidamente puro.
OMs
MsO
H
H
150
Base Forte
Mistura Complexa
Esquema 36: Tentativas de Eliminação–Fragmentação 1,4 no Composto 150.
A próxima alternativa era tentar transformar o composto 150 no halo–mesilato
151, para então realizar alguns testes de fragmentação com zinco.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
84
OMs
MsO
H
H
150
OMs
Br
H
H
151
152
Br
-
Zn
Esquema 37: Tentativas de Eliminação–Fragmentação 1,4 no Composto 150.
Esta nova estratégia parecia bastante adequada, pois o composto 151 possuía as
características necessárias para realizar a eliminação–fragmentação desejada. Também são
conhecidos alguns exemplos de fragmentação deste tipo,
77
conforme exemplificado no
esquema 38.
OMs
OMs
H
H
H
H
H
H
H
H
KBr / DMF
Zn, 70ºC, 28 h
153
154
Esquema 38: Fragmentação com o Dimesilato 153.
77
Sendo assim, reagiu–se o composto 150 com KBr/DMF/Zn,
77
obtendo–se uma
mistura com vários produtos, da qual se conseguiu isolar apenas o composto 155
devidamente puro (rendimento de 11%). Este resultado deixava clara a facilidade com
que algumas reações laterais poderiam ocorrer nestas condições reacionais. Neste sentido,
tentou–se realizar primeiro a preparação do derivado 151 em condições mais suaves (com
KBr ou utilizando KI) para depois realizar a reação com zinco. Todas as tentativas foram
inaproveitáveis.
OMs
MsO
H
H
150
OMs
Br
H
H
151
152
KBr/DMF
Zn; 70ºC
H
Br
Compostos esperados,
porém, não foram isolados!
11%
155
Esquema 39: Tentativa de Eliminação 1,4 com KBr e Zinco.
Neste ponto do trabalho resolveu–se não mais insistir com esta abordagem e partir
para algumas tentativas baseadas na reação de retro–aldol (item III do esquema 25).
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
85
Abordagens Sintéticas Utilizando Quinonas Substituídas nas Reações de Diels–Alder.
Diante dos insucessos obtidos nas abordagens anteriores, resolveu–se
investir em uma nova proposta sintética, que envolve uma reação de Diels–Alder com
quinonas substituídas. Esta nova proposta partia da reação entre o ciclopentadieno (43) e
a 2,5–di–hidroxibenzoquinona (156), que após sofrer a reação de Diels–Alder, forneceria
um intermediário adequado para a síntese de sistemas como 161 (via retro–aldol). A
reação de retro–aldol pretendida (esquema 40), já havia sido aplicada pelo nosso grupo de
pesquisa a um sistema semelhante.
74
O
O
OH
O
H
O
O
O
OH
H
2
O
O
O
O
OH
O
O
OH
HO
157
158
NaH / Tolueno
41
+
156
43
xileno
ZnCl
2
Esquema 40: Nova Proposta Sintética Utilizando a 2,5–di–hidroxibenzoquinona (156).
Um exemplo de certa maneira particular também reforçou o caráter promissor
desta nova proposta. Apesar da quinona 159, que é um produto natural,
78
possuir uma
grande cadeia alquílica a reação desta substância com o dieno 158 é conhecida (esquema
41).
78
O
O
OH
HO R
O
O
R
OH
HO
+
160
159
xileno / refluxo
ZnCl
2
161
R = (CH
2
)
10
CH
3
Esquema 41: Reação de Diels–Alder Realizada com a Quinona (157).
Os novos estudos foram iniciados fazendo reagir o ciclopentadieno (43) com a
2,5–di–hidroxibenzoquinona (156) em xileno/ZnCl
2
a refluxo. Já nesta primeira etapa,
percebeu–se que o grupo alquil da quinona 160 exercia papel importante, isto porque, a
quinona de interesse 156 era extremamente insolúvel em xileno. Muito provavelmente a
grande cadeia alcânica da quinona 160 deve deixá–la solúvel em xileno e em muitos
outros solventes.
Mesmo diante da insolubilidade de 156 insistiu–se com este teste reacional
deixando–se reagir por 24 horas, observando–se apenas a formação do dímero do
ciclopentadieno, e de alguns polímeros, além da recuperação parcial de 156.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
86
Esta reação foi repetida nas mesmas condições em um tubo selado (150
º
C) e da
mesma forma não se obteve nenhum resultado proveitoso.
Após estes primeiros testes reacionais resolveu–se testar a solubilidade da quinona
156 em vários outros solventes (acetato de etila, metanol, DMSO e THF), sendo que em
THF obteve–se o melhor resultado. Neste último solvente foram realizados três testes
reacionais, resumidos na tabela 10. Em nenhum dos casos obteve-se o aduto 157.
Tabela 10: Testes Realizados em THF.
Materiais de
Partida
Temperatura Catalisador Tempo
Produtos
43
(4 equivalentes)
refluxo nenhum 24 h Polímeros e 156
remanescente
+
refluxo ZnCl
2
24h Polímeros e 156
remanescente
156
(1 equivalente)
150 ºC
(tubo selado)
ZnCl
2
24h Polímeros
Como a abordagem sintética com quinonas substituídas parecia promissora,
resolveu–se modificar a quinona 156, acetilando suas hidroxilas. Esta modificação
certamente a tornaria mais solúvel e possivelmente mais reativa para uma reação de
Diels–Alder. A acetilação da quinona 156 pôde ser facilmente realizada com Ac
2
O e
HClO
4
10%,
79
fornecendo 162 com 84% de rendimento.
O
O
OH
HO
Ac
2
O
HClO
4
O
O
OAc
AcO
156
162
84%
Esquema 42: Acetilação da Quinona 159.
Em seguida testou–se a reação do composto 162 com ciclopentadieno (43) em
benzeno e a 130
º
C (tubo selado),
79
por 7 horas, obtendo–se o aduto 163 (apenas o
isômero endo), com 89% de rendimento.
O
O
OAc
AcO
O
O
OAc
H
AcO
163
43
tubo selado
Benzeno/130 ºC
89%
+
162
Esquema 43: Síntese do Aduto 163.
Neste ponto, acreditava–se que uma simples hidrólise dos grupos acetato
presentes em 163, forneceria o aduto 157, ou até já possibilitaria a reação de retro–aldol
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
87
pretendida. Já era esperado que o grupo acetato localizado na junção dos anéis (carbono
terciário) fosse mais resistente à reação de hidrólise.
Começou–se por testar uma solução de metanol e NaOH aquoso (20%) para
realizar a hidrólise dos acetatos de 163.
131
Assim que se adicionou a solução alcalina a
uma mistura contendo 163 e metanol, verificou–se uma mudança na coloração do meio e
poucos minutos depois já não havia mais material de partida. Num primeiro momento,
acreditava–se que o aduto 163 tinha sofrido apenas uma hidrólise parcial (apenas do
acetato ligado à dupla ligação). Após o isolamento do produto formado, as análises de
RMN de
1
H e
13
C (uni e bidimensionais), revelaram um resultado surpreendente, o
composto formado era 164 e com rendimento de 76% (esquema 43).
O
O
OAc
H
AcO
O
O
MeO
OH
H
164
NaOH 20%
MeOH
76%
163
Esquema 43: Primeira Tentativa de Hidrólise dos Acetatos de 163.
Este resultado era no mínimo inesperado principalmente pela entrada do íon
metóxido, porém, os experimentos de HMBC e NOE DIFF não deixaram dúvidas quanto
à estrutura 164.
A proposta mecanística para a obtenção de 164 está demonstrada no esquema 44; a
adição do tipo 1,4 com íons metóxido parece ser a maneira mais razoável de se explicar a
presença de (OCH
3
) neste produto.
O
O
O
O
O
O
H
O
O
O
O
O
O
MeO
O
O
O
H
O
O
Base
MeO
O
O
O
OO
O
O
MeO
OH
H
164
163
- Ac
H
3
O
Esquema 44: Mecanismo de Adição de Alcóxidos no Composto 163.
Com o objetivo de reafirmar a facilidade com que íons alcóxido realizam adições
1,4 nestas estruturas, resolveu–se testar esta hidrólise nas mesmas condições anteriores,
porém agora utilizando etanol como solvente. Como esperado, houve a adição de etóxido
em 163, fornecendo 165 com 70% de rendimento.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
88
O
O
OAc
H
AcO
O
O
EtO
OH
H
165
NaOH 20%
EtOH
70%
163
Esquema 45: Reação de 163
com Etóxido de Sódio.
Foram realizados ainda outros testes de hidrólise dos acetatos em meio básico
(NaOH/THF; K
2
CO
3
em MeOH), porém nenhum dos resultados foram proveitosos.
Algumas outras tentativas foram realizadas em meio ácido tentando–se, por
exemplo, reagir 163 com H
2
SO
4
10 mol/L e CTAB à temperatura ambiente.
80
Após 10
minutos de reação, observou–se o consumo de todo o material de partida e isolou–se o
produto 166, proveniente da hidrólise em apenas uma das posições (do acetato ligado à
dupla ligação).
Em um outro experimento insistiu–se um pouco mais deixando reagir por um
tempo maior (8 horas) e mesmo assim o produto formado foi apenas 166. Ao aquecer o
meio reacional até 80
º
C constatou–se a formação de uma mistura polimérica.
O
O
OAc
H
AcO
O
O
AcO
OH
H
166
H
2
SO
4
10 mol/L
CTAB
82%
163
Esquema 46: Teste de Hidrólise de 163 em Meio Ácido.
Um outro teste em meio ácido foi realizado tentando promover uma reação de
metanólise. O diacetato 163 foi colocado para reagir com metanol e HCl (quantidades
catalíticas). Tanto a temperatura ambiente quanto a refluxo foi obtido apenas o produto
166.
Como última tentativa utilizou–se uma metodologia bastante apropriada para a
hidrólise de ésteres relativamente impedidos, uma reação com NaN
3
em MeOH/DMF.
81
Quando o diacetato 163 foi tratado com excesso de NaN
3
em MeOH/DMF
(temperatura ambiente), obteve–se novamente o composto 166, resultado da metanólise
do acetato ligado à dupla ligação. Foram realizados outros testes com estes reagentes,
porém a refluxo, obtendo–se apenas misturas complexas.
O
O
OAc
H
AcO
O
O
AcO
OH
H
166
163
NaN
3
/ MeOH
t.a./4 horas
59%
Esquema 47: Teste de Hidrólise de 163 com NaN
3
em Metanol.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
89
Muitas são as hipóteses para esta dificuldade em obter o produto completamente
hidrolisado 156. Talvez, a que não possa ser descartada, é que, sob aquecimento, a
hidrólise (ou metanólise) ocorre, mas é acompanhada de uma reação de retro–Diels–Alder
e degradação dos compostos formados. De qualquer forma nenhum destes resultados era
proveitoso do ponto de vista da síntese pretendida.
De uma maneira geral, todos estes estudos serviram para elevar o conhecimento
do grupo no que diz respeito à reatividade de algumas quinonas, de algumas reações que
os adutos de Diels–Alder sofrem com facilidade, enfim, para se tirar algum aprendizado.
Quanto ao objetivo de produzir um aduto que possibilitasse a reação de retro–aldol
(como 157), este não pôde ser alcançado. Foi diante das dificuldades com mais esta
abordagem, que se resolveu investir na proposta sintética que envolvia uma cicloadição
do tipo [6+4].
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
90
Cicloadição do tipo [6+4] – Uma Nova Abordagem Para a Síntese do Anuleno 41.
Esta nova abordagem sintética (esquema 27) partiu da cicloadição [6+4] entre o
ciclopentadieno (43) e a tropona (139), que forneceu como produto o composto 140
(84% de rendimento).
82
Para realizar esta preparação, inicialmente sintetizou–se a tropona
(139) através de uma oxidação alílica do ciclo–heptatrieno (167) com SeO
2
(39% de
rendimento).
83
O
O
43
139 140
benzeno/90ºC/19h
84%
SeO
2
/Dioxano
KH
2
PO
4
(aq)
39%
167
Esquema 48: Síntese do Composto 140.
Em seguida foram realizadas as primeiras tentativas de conversão da cetona 140 na
oxima 141.
viii
Estas transformações são comumente realizadas com NH
2
OH, no entanto,
este composto é comercializado na forma de cloridrato (NH
2
OH.HCl) e precisa ser
gerado no meio reacional na sua forma não protonada. Um procedimento muito comum
é utilizar uma solução contendo metanol, NH
2
OH.HCl e acetato de sódio;
84
geralmente,
nestas condições, a concentração de hidroxilamina é suficiente para que a reação ocorra.
Ao tentar reagir a cetona 140 nas condições descritas acima
(NH
2
OH.HCl/MeOH/NaOAc), o composto 141 foi obtido após 3 dias de reação,
porém, os rendimentos referentes aos vários testes realizados, oscilaram entre 30 e 46%,
recuperando–se em todos os casos uma boa quantidade de material de partida. Foram
realizados muitos experimentos tentando aumentar as quantidades dos reagentes
(NH
2
OH.HCl e NaOAc), porém, os melhores resultados não superaram os 46% de
rendimento.
O
N
OH
140
141
NH
2
OH.HCl
MeOH/NaOAc
30-46%
Esquema 49: Síntese do Composto 141 – Método 1.
84
Nesta reação a espécie nucleofílica é a hidroxilamina (NH
2
OH). Nas condições
utilizadas, provavelmente é estabelecido um equilíbrio em solução entre o cloridato
(NH
2
OH.HCl) e o acetatato (AcO
), de maneira que, a concentração de NH
2
OH não seja
suficientemente alta para deslocar os equilíbrios envolvidos na conversão da cetona 140
(bastante impedida) na oxima 141. Se observado o mecanismo desta conversão (esquema
50) fica claro que uma maior concentração de NH
2
OH pode deslocar o equilíbrio no
sentido da oxima 141.
viii
Uma outra opção seria a transformação direta da cetona 140 em uma lactona (Rearranjo de Bayer–
Villiger), ao invés de transformá–la antes em uma oxima e depois em uma lactama. No entanto, esta
alternativa foi exaustivamente estudada em outra circunstância e em nenhum dos testes obteve–se sucesso.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
91
R
1
R
2
O
+
NH
2
OH
R
1
R
2
O NH
2
OH
R
1
R
2
HO NHOH
~H
- H
2
O
R
1
R
2
N
OH
Esquema 50: Equilíbrios Envolvidos na Formação de Oximas.
Sendo assim, resolveu–se utilizar apenas, piridina, que atua como base e solvente
ao mesmo tempo, ao invés de metanol e acetato de sódio.
85
Os resultados foram
excelentes, pois a cetona 140 foi totalmente convertida na oxima 141 em apenas 3 horas
com um rendimento de 80%.
O
140
141
NH
2
OH.HCl
Py/refluxo/3 h
80%
N
OH
Esquema 51: Síntese do Composto 141 – Método 2.
85
Em seguida, a oxima 141 foi transformada na lactama 142 através do rearranjo de
Beckmann,
86
na presença de TsCl, piridina e DMAP. Nesta conversão obteve–se um
rendimento de 59%, comum em reações deste tipo.
NH
O
141
142
TsCl/Py
DMAP
65ºC/4h
59%
N
OH
N
OTs
N
N
TsO
H
2
O
Migrão Anti
OTs
Esquema 52: Síntese do Composto 142
Rearranjo de
Beckmann.
Após obtido o composto 142, acreditava–se que uma simples reação de hidrólise
da função lactama pudesse fornecer o sistema bicíclico 143, que já possuía grande
semelhança com anuleno 41 (esquema 53).
NH
O
H
2
N
HO
2
C
142
143
hidrólise
41
Esquema 53: Próximas Etapas Pretendidas.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
92
As primeiras tentativas de hidrólise foram realizadas em meio básico, utilizando–
se soluções aquosas de NaOH (10, 20, 30%). Já neste primeiro teste, notou–se que a
lactama 142 apresenta uma considerável resistência à hidrólise.
As reações com estas soluções alcalinas foram realizadas à temperatura ambiente e
a refluxo (24 h), sendo que, em nenhum dos casos observou–se a formação de um
produto reacional; apenas o material de partida 142 foi recuperado.
Convencidos de que esta hidrólise não ocorreria com facilidade, tentou–se utilizar
soluções de metóxido de sódio em metanol (10 e 20%). Acreditava–se que o íon
metóxido, sendo uma base mais forte, poderia favorecer a formação do produto desejado.
Novamente os resultados não foram satisfatórios; mesmo após ficar sob refluxo por várias
horas, o material de partida foi recuperado e nenhum produto reacional foi obtido.
A próxima alternativa era tentar uma hidrólise ácida, evitada até o momento
devido à presença de algumas ligações duplas na lactama 142. O primeiro teste realizado
foi em ácido sulfúrico aquoso (3 mol/L) a temperatura ambiente. Após várias horas de
reação não se observou nenhum produto reacional. A reação foi levada a refluxo (24 h), e
neste caso, observou–se a presença alguns polímeros insolúveis e a presença de material
de partida 142.
Quando se tentou utilizar uma mistura de MeOH e H
2
SO
4
(9 mol/L),
87
apropriada para a metanólise de amidas impedidas, observou–se a completa degradação
da lactama 142.
Uma última tentativa foi testar a redução de 142 com LiAlH
4
. Neste caso tinha–se
o indicativo de que a formação de uma amina cíclica do tipo 169 (esquema 55) era possível
segundo alguns exemplos já conhecidos na literatura (esquema 54).
88
R
1
N
R
3
O
R
2
LiAlH
4
R
1
N
R
3
R
2
O
H
H
3
Al
R
1
H
N
R
3
R
2
[H]
R
1
N
R
3
R
2
Esquema 54: Conversão de Algumas Amidas em Aminas Utilizando LiAlH
4
.
88
A reação de 142 na presença de LiAlH
4
e THF forneceu uma mistura complexa de
produtos, dentre os quais não foi identificado nenhum dos produtos esperados (168 e
169).
NH
O
H
2
N
OH
142
168
NH
169
mistura complexa de produtos
Esquema 55: Reação de 142 com LiAlH
4
.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
93
Parecia evidente a necessidade de se realizar alguma transformação em 142 que
pudesse favorecer a quebra da ligação C—N desta lactama. A primeira alternativa foi
inserir um grupo captor de elétrons (p–toluenosulfonil) no nitrogênio da lactama 142.
Isso aumentaria o caráter eletrofílico da carbonila e ao mesmo tempo facilitaria a quebra
da ligação C—N.
Ao reagir a lactama 142 com a base LiHMDS e em seguida com TsCl, obteve–se a
lactama tosilada 170 com rendimento de 98%.
89
NH
O
NTs
O
142
170
1. LiHMDS/THF;
-78ºC, 30min.
2. TsCl; t.a.; 1,5 h
98%
Esquema 56: Preparação da Lactama Tosilada 170.
Conforme mostrado no esquema 54, em geral, amidas podem ser transformadas
em aminas, quando reduzidas por LiAlH
4
. No entanto, amidas substituídas no nitrogênio
por grupos captores de elétrons, podem fornecer o produto de quebra da ligação C—N,
seguida da redução do grupo aldeído formado.
Sendo assim, reagiu–se o composto 170 com LiAlH
4
/THF à temperatura
ambiente, obtendo–se o sistema bicíclico 171 com 96% de rendimento.
90
NTs
O
TsHN
OH
171
170
LiAlH
4
/THF
2h, t.a, 96%
Esquema 57: Preparação do Composto 171.
A preparação do biciclo 171 foi recebida com certo otimismo com relação à
continuidade da síntese pretendida. Além disso, uma busca na literatura revelou a
existência de poucas preparações de sistemas como 171, dentre as quais, duas foram
realizadas pelo nosso grupo de pesquisa, uma anterior,
74
e esta até aqui descrita.
91
A
metodologia aqui desenvolvida parece representar uma boa e eficiente alternativa para a
clivagem de amidas com grande impedimento estérico. Cabe ainda destacar a importância
que estruturas como 171 possuem dentro da química sintética, uma vez que são
intermediários de algumas sínteses de produtos naturais relevantes.
65
Quando se observa a estrutura 171, pode–se planejar várias modificações que
forneçam o anuleno desejado (o foco desta parte do trabalho). Do ponto de vista
sintético, faltava ainda inserir duas insaturações no anel de 10 membros de 171.
A primeira alternativa experimentada foi eliminar o grupo OH de 171, deixando
uma dupla exocíclica, que poderia ser isomerizada mais tarde. Para esta transformação, o
álcool 171 foi convertido no mesilato 172, pela reação com MsCl e piridina (93% de
rendimento).
70
Em seguida, o mesilato 172 foi transformado em 173 (rendimento de
57%),
92
conforme mostrado no esquema 58.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
94
TsHN
OH
TsHN
OMs
TsHN
MsCl/Py
0ºC RT
2h; 93%
171
173
172
1. NaI/DMF, 80ºC
5h
2. DBN, 100ºC/3h
57%
Esquema 58: Preparação do Composto 173.
O próximo passo era introduzir uma dupla ligação no anel carbônico eliminando
o grupo sulfonamida (NHTs). No entanto, este grupo não é um bom grupo de saída em
se tratando de uma eliminação 1,2
93
e precisa ser tosilado novamente ou transformado em
um sal quaternário para ser eliminado.
A transformação da sulfonamida 173 na disulfonimida 174 possibilitaria realizar
uma eliminação térmica do grupo (NTs
2
).
93
Nesta transformação o hidrogênio da “cabeça
de ponte” de 174 está devidamente disposto para eliminação térmica, conforme mostrado
no esquema 59.
O composto 174 foi preparado,
93d
mas em baixo rendimento (12 – 17%) e, além
disso, sofria decomposição em poucas horas.
TsHN
N
173
174 175
1) NaH, DMF
80ºC; 2h
2) TsCl; 80ºC; 2h
S
O
O
H
Ts
Esquema 59: Preparação do Composto 174.
A ineficiência na obtenção de 174, bem como sua baixa estabilidade, levou ao
abandono da tentativa de eliminar o grupo sulfonamida (NHTs) por este caminho.
Uma outra possibilidade era tentar alquilar exaustivamente o nitrogênio do grupo
NHTs de 173, e realizar uma eliminação do tipo Hoffmann. Para esta eliminação
resolveu–se verificar se a estereoquímica cis do produto de alquilação de 173, permitiria a
eliminação desejada.
De fato, a eliminação de Hoffmann é favorecida para grupos que se encontrem
numa relação trans (antiperiplanares).
94
Contudo, existem alguns casos em que esta
eliminação pode ocorrer via E1
95
ou E1cb.
96
Um dos exemplos que dão um bom
indicativo de uma eliminação do tipo E1 pode ser visto no esquema 60.
95a
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
95
MeO
MeO
N(Me)
3
dietil cetona
100ºC
MeO
MeO
I
176
177
Esquema 60: Eliminação de Hoffmann via E1.
Esta eliminação de Hoffmann ocorre na ausência de base, evidenciando bem o
mecanismo proposto (E1). O composto 176 é simplesmente aquecido em dietil cetona a
100
º
C, fornecendo 177.
Em outro trabalho,
96
pode ser observada a conversão da trans–2–fenil–ciclo–
hexilamina (178) em 1–fenil–ciclo–hexeno (179), evidenciando a ocorrência de uma
eliminação de Hoffmann mecanismo do tipo E1cb (esquema 61).
H
H
H
N
H
C
6
H
5
C
6
H
5
H
C
6
H
5
H
N
H
178
179
Esquema 61: Eliminação de Hoffmann via E1cb.
Diante destes exemplos favoráveis, resolveu–se converter o composto 173 em 181
pela reação com excesso de CH
3
I em metanol e K
2
CO
3
.
97
De forma não muito
inesperada, foi obtido apenas o composto 180, deixando claro que o nitrogênio ligado ao
grupo tosilato não era muito nucleofílico, e que por isso, o composto 181 não foi obtido.
N
TsHN
173
180
CH
3
Ts
CH
3
I / K
2
CO
3
MeOH /30h/refluxo
97%
N
CH
3
Ts
CH
3
181
I
Esquema 62: Alquilação de 173 com Iodeto de Metila.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
96
Para preparar o sal de amônio 181 a partir de 180, resolveu–se testar um
alquilante bem mais reativo; o sal (CH
3
)
3
O
+
BF
4
. A síntese do trimetiloxônio
tetrafluorborato (CH
3
)
3
O
+
BF
4
) requer o uso de éter dimetílico, que foi preparado a partir
da desidratação de metanol com H
2
SO
4
concentrado (equação 7).
98
2 CH
3
OH
(l)
H
2
SO
4
(conc.)
CH
3
OCH
3
(g)
+ H
2
O
(l)
(Equação 7)
Em seguida o sal de oxônio foi preparado pela reação do éter dimetílico com
BF
3
.OEt
2
e epicloridrina (equação 8).
98
4 (C
2
H
5
)O.BF
3
+ 6 CH
3
OCH
3
+ 3
3 (CH
3
)
3
O BF
4
+ 4 (C
2
H
5
)
2
O +
Cl
O
B(OCHCH
2
OCH
3
)
3
CH
2
Cl
CH
2
Cl
2
(Equação 8)
A reação entre o composto 180 e o Me
3
O
+
BF
4
(2 equivalentes) em diclorometano
anidro, forneceu uma mistura contendo o composto 183 e alguns polímeros insolúveis.
N
CH
3
Ts
Me
3
O BF
4
CH
2
Cl
2
N
H
3
C
H
3
C
Ts
180 182
+
Polímeros
183
Esquema 63: Reação de 180 com Me
3
O
+
BF
4
.
Este resultado foi recebido com certo pessimismo, pois, a formação do composto
183 dava uma forte indicação de que o composto 180 estava sofrendo a alquilação e o sal
quaternário formado era eliminado facilmente na forma da sulfonamida 183. A indicação
de que o carbocátion 182, um possível intermediário para a eliminação desejada, estava
efetivamente se formando era muito forte. No entanto, ao invés de sofrer uma eliminação
e possibilitar a formação do anuleno 41, este carbocátion sofria apenas polimerização,
deixando fortes dúvidas sobre a possibilidade de sintetizar o anuleno 41, desta ou de
qualquer outra forma.
Restava ainda testar esta reação na presença de uma base (compatível com o meio
reacional) para tentar favorecer a eliminação do hidrogênio da “cabeça da ponte” do
provável carbocátion 182.
A reação de 180 com Me
3
O
+
BF
4
foi realizada novamente, agora na presença de
K
2
CO
3
anidro, e da mesma maneira foi observada a formação da sulfonamida 183 e de
polímeros.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
97
Este último teste reacional torna evidente a dificuldade de eliminar o hidrogênio
da “cabeça da ponte” da estrutura 182. Já eram esperadas altas tensões de anel quando
fossem introduzidas as duas ligações duplas que faltavam para dar origem ao anuleno 41,
tensões estas que poderiam ser compensadas pela existência de uma estabilização
aromática em 41.
Os resultados experimentais aqui apresentados não devem ser tomados como uma
prova definitiva da não possibilidade de preparar o 1,4–metano[10]anuleno (41). No
entanto, foi suficiente para que estes estudos fossem, por hora, interrompidos.
Se realmente a dificuldade de se preparar o anuleno 41 provém da alta tensão
introduzida pelas ligações duplas nas posições 1,4 (cabeça de ponte), especialmente quando
a ponte do biciclo é do tipo metano, pode ser interessante, no futuro, investir algum
esforço para preparar os anulenos 41a e 41b.
41a
41b
Figura 38: 1,4–Etano e 1,4–Propano[10]Anuleno.
Seria assim possível verificar definitivamente não só a viabilidade de preparação de
[10]anulenos com pontes nas posições 1,4, como também a existência e a variação do
caráter aromático conforme as diferenças estruturais.
Por hora, estes insucessos com as abordagens sintéticas incentivaram ainda mais a
realização de alguns estudos teóricos que pudessem apontar (qualitativamente e
quantitativamente) a existência de aromaticidade no anuleno 41. Estes estudos estão
descritos na próxima seção.
98
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
99
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
100
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
101
5. Aromaticidade em Metano[10]Anulenos.
Nesta parte do trabalho serão descritos os estudos sobre a existência e a
determinação quantitativa da aromaticidade em três metano[10]anulenos; o 1,4–
metano[10]anuleno (41), o 1,5–metano[10]anuleno (40) e o 1,6–metano[10]anuleno (14).
Realizar estes estudos com este conjunto de compostos foi de fundamental importância,
pois, os anulenos 14 e 40 já foram sintetizados e suas propriedades aromáticas são bem
conhecidas. Os resultados teóricos obtidos para os anulenos 14 e 40 serviram como
parâmetro de comparação para a avaliação do anuleno 41. Estes estudos encontram–se
atualmente submetidos para publicação
99
e por isso serão destacados aqui os principais
resultados obtidos através de diferentes critérios de avaliação da aromaticidade. Todos os
métodos e índices teóricos, aqui utilizados, encontram–se descritos na seção 1.2 sobre
Aromaticidade”.
Estrutura dos Metano[10]Anulenos 41, 40 e 14.
Primeiramente as estruturas dos anulenos 41, 40 e 14 foram otimizadas
100
com o
modelo B3LYP/6–311+G(d,p).
ix
Em seguida, foram avaliados alguns parâmetros como os
comprimentos de ligação ao longo do perímetro dos anéis dos três anulenos (de C1 até
C10), alguns ângulos de ligação e alguns ângulos diedros, especialmente nas imediações
das pontes (figura 39).
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
41
40
14
a
b
a
b
a
b
Figura 39: Estruturas dos Metano[10]Anulenos 41, 40 e 14.
101
ix
Em todos os cálculos realizados nesta parte do trabalho (sobre aromaticidade) foi utilizado o modelo
B3LYP/6–311+G(d,p).
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
102
É bem conhecido que, os compostos com estabilização aromática apresentam uma
série de propriedades características, e uma delas é a equalização dos comprimentos de
ligação ao longo do anel ressonante. Desta forma, uma maneira simples utilizada para
avaliar a aromaticidade dos anulenos 41, 40 e 14, foi verificar a variação dos
comprimentos de ligação. Na tabela 11 estão listados todos os comprimentos das ligações
C—C ao longo dos anéis (de C1 até C10) dos anulenos em estudo.
Tabela 11: Comprimentos de Ligação ao Longo dos Anéis de 41, 40 e 14.
Anulenos
Ligações
Comprimento das Ligações (Å)
41 40 14
1 C1–C2 1,446 1,403 1,408
2 C2–C3 1,383 1,412 1,392
3 C3–C4 1,446 1,412 1,424
4 C4–C5 1,358 1,403 1,392
5 C5–C6 1,441 1,392 1,409
6 C6–C7 1,389 1,406 1,409
7 C7–C8 1,456 1,415 1,392
8 C8–C9 1,389 1,416 1,424
9 C9–C10 1,441 1,406 1,390
10 C10–C1 1,358 1,392 1,408
média
1,411 1,406 1,405
(Variância) σ
2
(C–C)
136,0 x 10
–5
6,63 x 10
–5
15,0 x 10
–5
(Desvio Padrão) σ(C–C)
3,68 x 10
–2
0,81 x 10
–2
1,22 x 10
–2
A estrutura do 1,4–metano[10]anuleno (41) foi a que apresentou a maior
variância e o maior desvio padrão, indicando que os comprimentos de ligação neste
anuleno estão mais alternados. Para os metano[10]anulenos 40 e 14 os valores
encontrados para a variância e o desvio padrão foram bem menores e semelhantes entre
si. Por este critério estatístico é esperado que a aromaticidade em 41(caso haja) seja menor
que em 40 e 14.
Quanto aos ângulos de ligação pode–se dizer que, quaisquer valores que se
distanciarem do valor ideal para um carbono sp
2
(120
º
), estarão contribuindo para o
surgimento de tensões no anel (tabela 12 e figura 40).
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
103
Tabela 12: Ângulos de Ligação ao Longo dos Anéis de 41, 40 e 14.
Anulenos
Ângulos Ângulos de Ligação
41 40 14
1 C1C2C3 107,9 116,9 122,5
2 C2C3C4 108,0 121,3 127,7
3 C3C4C5 130,0 117,0 127,7
4 C4C5C6 123,2 128,7 122,5
5 C5C6C7 135,0 123,7 122,5
6 C6C7C8 142,7 133,9 127,7
7 C7C8C9 142,7 138,3 127,7
8 C8C9C10 134,9 133,9 127,7
9 C9C10C1 123,2 123,7 122,6
10 C10C1C2 129,9 128,7 126,6
11 C1C11C4 98,6
12 C1C11C5 105,0
13 C1C11C6 99,6
Pela análise dos valores lançados em gráfico, fica fácil perceber que os ângulos de
ligação especialmente do anulenos 40 e 14 diferem menos do valor ideal (120
º
) do que no
anuleno 41, indicando que os anulenos 40 e 14 devem estar menos tencionados que 41
(figura 39).
0246810
90
100
110
120
130
140
150
Ângulos de Ligação
Ângulos
1,4-metano[10]anuleno (41)
0246810
90
100
110
120
130
140
150
Ângulos de Ligação
Ângulos
1,5-metano[10]anuleno (40)
0246810
90
100
110
120
130
140
150
Ângulos de Ligação
Ângulos
1,6-metano[10]anuleno (14)
Figura 40: Variação dos Ângulos de Ligação nos Anéis de 41, 40 e 14.
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
104
Também, a análise de alguns dos ângulos diedros, localizados nas imediações das
pontes, pode dar uma boa idéia a respeito da planaridade de cada anuleno. Alguns destes
ângulos encontram–se destacados em negrito na tabela 13; se considerarmos as suas
variações em relação a um valor ideal de ±180
º
(situação onde os sistemas em análise são
totalmente planares), todos estão fora da situação ideal. No entanto, pode–se dizer que a
planaridade dos anulenos em estudo segue a seguinte ordem: 41 < 40 < 14.
Tabela 13: Alguns Ângulos Diedros nas Imediações das Pontes de 41, 40 e 14.
Anulenos
Ângulos Diedros
41 40 14
C1C2C3C4 0,0 –12,7 –19,2
C2C3C4C5
–129,0
12,7 0,0
C3C4C5C6
139,7 –137,6
19,2
C4C5C6C7
–25,2
142,1 –144,6
C5C6C7C8
–5,0 –17,2
144,6
Energias Relativas dos Anulenos 41, 40 e 14.
Uma outra maneira de avaliar a aromaticidade relativa destes anulenos é pela
comparação das energias obtidas nas otimizações de cada estrutura. Como estes
compostos são isômeros, e contém átomos com as mesmas hibridizações, a diferença de
energia entre eles pode ser tomada como uma medida direta dos efeitos de
estabilização/desestabilização existentes em cada um destes compostos. Na tabela 14 estão
relacionadas as energias dos anulenos 41, 40 e 14; também estão presentes as diferenças
entre elas.
Tabela 14: Energias e Energias Relativas dos Anulenos 41, 40 e 14 Obtidas com B3LYP/6–311+G(d,p).
Anulenos E+ZPE (Hartree)
E (kcal.mol
–1
)
41
–424,997006 40,44
40
–425,035037 16,58
14
–425,061458 0,00
Por estes valores pode–se concluir que a estabilidade relativa entre estas estruturas
segue a seguinte ordem: 14 < 40 << 41.
Quanto à esta diferença expressiva de energia entre 41 e 14 (40,44 kcal/mol) e 41
e 40 (23,86 kcal/mol) pode–se dizer que ela é proveniente ou das tensões de anel, mais
acentuadas no 1,4–metano[10]anuleno (41), ou da menor ou não existência de
estabilização aromática em 41. No entanto, os valores das energias relativas dão apenas
uma idéia do efeito global (balanço entre as energias de tensões de anel/pontes e da
estabilização aromática existente), mas não descrevem cada efeito de maneira
independente.
Para avaliar separadamente os efeitos de tensão nos anéis e nas pontes, foram
sugeridas algumas reações homodesmóticas, conforme mostrado adiante.
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
105
Reações Homodesmóticas.
27
As reações homodesmóticas propostas para estes anulenos estão mostradas na
tabela 15. Note que nestas reações hipotéticas o número de átomos e as hibridizações são
mantidos durante a reação. Para a montagem e realização dos cálculos termoquímicos
(ΣE
(produtos)
ΣE
(reagentes)
) que é chamada de SE(HD) “homodesmotic steric energy”) foram
considerados os reagentes e produtos otimizados com o mesmo modelo quântico,
B3LYP/6–311+G(d,p).
De certa forma, os valores obtidos nas três reações traduzem exatamente a
diferença de energia entre cada anuleno. No entanto, na forma de reação química, fica
mais evidente o quanto o conteúdo energético do 1,4–metano[10]anuleno (41) é maior.
Pela tabela 15, podem ser verificados valores positivos das energias das reações dos
anulenos 40 e 14 (10,02 e 26,60 kcal/mol, respectivamente), indicando que o conteúdo
de energia dos produtos
(não aromáticos) é maior que o conteúdo de energia dos reagentes,
sendo isto um forte indício da existência de aromaticidade nos anulenos 40 e 14. Para a
reação do anuleno 41 é obtida uma diferença de energia negativa (–13,84 kcal/mol)
indicando que, ao perder a ponte, este composto libera energia, indicando que havia uma
forte tensão no sistema, e provavelmente, sem estabilização. Por estes resultados é possível
inferir sobre a estabilização aromática nestes anulenos da mesma maneira que pelas
energias relativas das estruturas. 14 < 40 << 41. Há também um forte indício de que 41
não dev ser aromático.
Tabela 15: Reações Homodesmóticas Propostas para os Anulenos 41, 40 e 14.
Reações Homodesmóticas SE(HD) kcal/mol
+ 2
+
–13,84
+ 2
+
10,02
+
+ 2
26,60
Para avaliar o quanto os anéis e as pontes absorvem tensão separadamente, foram
realizados alguns outros cálculos. Primeiramente realizou–se a desconexão das pontes
metilênicas de cada metano[10]anuleno. Em seguida, foram adicionados hidrogênios às
valências livres dos anéis e calcularam–se as energias de cada anel, agora sem as pontes.
Note que foram mantidas as conformações que cada anel possuía no seu anuleno de
origem. As energias de cada um dos anéis foram comparadas com a energia do
[10]anuleno otimizado. Esta diferença de energia foi chamada de SE(ba) (steric energy of
the bent anulene) e pode ser entendida como sendo a energia absorvida pelo anel para
ficar na conformação menos estável.
102
Na figura 41 são mostradas as estruturas envolvidas
nestes cálculos.
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
106
Figura 41: Estruturas dos Anulenos Envolvidos no Cálculo de SE(ba).
Neste caso pode–se observar que o anel principal do 1,4–metano[10]anuleno (41),
aqui chamado de 41(sp), é aquele que se encontra mais tencionado (55,72 kcal/mol)
seguido pelos anéis 40(sp) (36,33 kcal/mol) e 14 (sp) (11,09 kcal/mol).
Já para o cálculo das energias de tensão nas pontes comparou–se a energia de cada
uma das pontes desconectadas dos anulenos 41, 40 e 14 com o propano otimizado.
Evidentemente, que a cada ponte metilênica foram adicionados dois grupos CH
3
para
que pudessem ser comparadas com o propano otimizado. Na figura 42 estão mostradas as
estruturas envolvidas nos cálculos. Pode–se observar que a ponte do 1,6–
metano[10]anuleno (14) é que se encontra mais tencionada (16,11 kcal/mol) seguida pela
ponte do 1,4–metano[10]anuleno(41) (14,98 kcal/mol) e do 1,5–metano[10]anuleno (40)
(8,32 kcal/mol). Este resultado pode ser interpretado como um reflexo direto do ângulo
assumido por cada uma das pontes quando ligadas aos anulenos (ver na figura 42).
O resultado da soma das tensões de anel (SE(ba)) mais as tensões nas pontes
(SE(br)) pode ser representado por SE(sum). Na tabela 16 são mostrados todos estes
resultados. Mais uma vez a ordem de estabilidade entre os anulenos em estudo foi 14 < 40
<< 41. Apesar da ponte do anuleno 14 estar mais tencionada do que as outras, no geral, o
anuleno 14 é o mais estável.
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
107
Ponte do anuleno
(
41
)
Ponte do anuleno
(
40
)
Ponte do anuleno
(
14
)
98,62º 105,06º 96,58º
Propano
Propano
Propano
112,99º
112,99º
112,99º
SE(br) = 14,98 kcal/mol
SE(br) = 8,32 kcal/mol SE(br) = 16,11 kcal/mol
Figura 42: Estruturas das Pontes Envolvidas nos Cálculos de SE(br).
Tabela 16: Cálculo das Tensões nos Anéis e nas Pontes dos Anulenos 41, 40 e 14.
Anulenos SE(ba) kcal/mol
SE(br) kcal/mol
SE(sum) kcal/mol
1,4–metano[10]anuleno (41) 55,72 14,98 70,70
1,5–metano[10]anuleno (40) 36,33 8,32 44,65
1,6–metano[10]anuleno (14) 11,09 16,11 27,27
Em princípio, a diferença entre cada um dos SE(sum) deveria fornecer as mesmas
diferenças de energia da tabela 14 (energias relativas). Se realizadas estas diferenças serão
obtidos valores muito próximos, mostrando que o modelo proposto para avaliar
individualmente as tensões de anel e nas pontes á válido.
Energias de Ressonância (RE).
As energias de Ressonância (RE) foram calculadas para os anulenos 41, 40 e 14.
Para o cálculo foram utilizadas as diferenças de energia dos orbitais de fronteira (E
HOMO
E
LUMO
) de cada anuleno e uma média das ordens de ligação ao longo do perímetro dos
anéis (π
ρ
rs
), obtidas pelo método NRT (Natural Resonance Theory).
)(
24
)(
2
HOMOLUMO
rs
RE
εε
πρ
= (Equação 4)
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
108
Para efeito de comparação, foi calculada também a RE para o naftaleno que
possui um sistema
π muito semelhante aos anulenos em estudo. Os resultados estão
mostrados na tabela 17.
Tabela 17: Cálculo das RE para os Anulenos 41, 40 e 14 e para o Naftaleno (B3LYP/6–311+G(d,p).
Compostos RE (kcal/mol)
E
LUMO
– E
HOMO
(kcal/mol)
π
ρ
rs
1,4–metano[10]anuleno (41) 72,32 –84,34 1,444
1,5–metano[10]anuleno (40) 79,40 –87,55 1,485
1,6–metano[10]anuleno (14) 88,39 –102,23 1,450
naftaleno 95,62 –109,49 1,457
Os valores destas energias de ressonância estão diretamente relacionados com a
aromaticidade; quanto maior o valor de RE maior é a estabilização aromática nos
compostos. Quando se compara as RE de cada um dos metano[10]anulenos com a RE do
naftaleno, percebe–se que a aromaticidade no naftaleno é maior. No entanto, a ordem de
aromaticidade obtida para os anulenos é a mesma obtida pelos demais critérios
energéticos; 41 < 40 < 14.
Análises dos NBO (Natural Bond Orbital).
103
As interações entre os Orbitais Naturais de Ligação (NBO) podem fornecer
inúmeras informações a respeito das interações estereoeletrônicas em uma substância. No
caso da avaliação da aromaticidade, através das interações estabilizadoras (E
(2)
), quanto
maiores as interações dos NBOs ligantes e antiligantes ao longo das ligações π do anel,
maior será a estabilização aromática.
Na tabela 18 estão relacionadas as interações existentes ao longo dos anéis de cada
um dos anulenos em estudo.
Tabela 18: Energias de Estabilização (
E
(2)
) para os Anulenos 41, 40 e 14 (B3LYP/6–311+G(d,p)
E
(2)
(kcal/mol)
Interações 41 40 14
π
C(1)–C(2)
π
*
C(3)–C(4)
23,45
π
C(2)–C(3)
π
*
C(4)–C(5)
17,12 18,20
π
C(3)–C(4)
π
*
C(5)–C(6)
22,42
π
C(4)–C(5)
π
*
C(6)–C(7)
15,21 17,30
π
C(5)–C(6)
π
*
C(7)–C(8)
20,47
π
C(6)–C(7)
π
*
C(8)–C(9)
15,01 23,69
π
C(7)–C(8)
π
*
C(9)–C(10)
18,56
π
C(8)–C(9)
π
*
C(1)–C(10)
11,62 20,15
π
C(9)–C(10)
π
*
C(1)–C(2)
19,64
π
C(10)–C(1)
π
*
C(2)–C(3)
13,46 17,73
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
109
Para os anulenos 40 e 14 as interações E
(2)
são praticamente da mesma ordem e
variam de 17 a 24 kcal/mol; já para o anuleno 41 estas interações são mais fracas
variando de 11 a 17 kcal/mol. Uma vez que a magnitude destas interações entre os NBOs
podem ser tomadas como critério de avaliação da aromaticidade, a ordem obtida é: 41 <
40 14. Na figura 43 são apresentadas algumas interações entre NBOs ao longo do
perímetro dos anéis.
π
C(9)–C(10)
π
*
C(1)–C(2)
π
C(9)–C(10)
π
*
C(1)–C(2)
π
C(8)–C(9)
π
*
C(1)–C(10)
Figura 43: Interações entre os NBOs dos Anulenos 41, 40 e 14.
29
Um último aspecto, avaliado com a análise NBO, foi a existência de
homoaromaticidade (interações entre orbitais π nas imediações dos carbonos “cabeça de
ponte”). Para os três metano[10]anulenos foram encontradas interações fracas e médias
variando de 0,5 a 3,4 kcal/mol. No entanto, a detecção deste fenômeno por métodos
teóricos é bastante difícil e observada para um número pequeno de estruturas.
99
Os
valores destas interações estão relacionados na tabela 19 e as superfícies dos orbitais
mostradas na figura 44.
Tabela 19: (
E
(2)
) nas Imediações das Pontes dos Anulenos 41, 40 e 14.
Compostos Interações
E
(2)
(kcal/mol)
41
π
C(1)–C(10)
π
*
C(4)–C(5)
0,52
40
π
C(1)–C(2)
π
*
C(5)–C(6)
1,40
14
π
C(6)–C(7)
π
*
C(1)–C(10)
3,40
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
110
41 40 14
π
C(1)–C(10)
π
*
C(4)–C(5)
π
C(1)–C(2)
π
*
C(5)–C(6)
π
C(6)–C(7)
π
*
C(1)–C(10)
Figura 44: Interações entre os NBOs nas Imediações das Pontes de 41, 40 e 14.
104
Análise NRT (Natural Resonance Theory).
25
A primeira informação valiosa que pode ser tirada da análise NRT é com relação
às ordens de ligação no perímetro dos anéis. É esperado para compostos aromáticos que
estas ordens não oscilem muito fora de 1,5, o que caracteriza um híbrido de ressonância
(sem muitas distinções entre as ligações duplas e simples). Na medida em que os valores
das ordens de ligação se distanciam de 1,5 é esperado um decréscimo da aromaticidade. É
evidente que pequenas variações podem ser consideradas normais, devido a outros fatores
estruturais. Na tabela 20 são apresentados os valores das ordens de ligação encontrados
para os anulenos em estudo.
Tabela 20: Ordens de Ligação no Perímetro dos Anéis dos Anulenos 41, 40 e 14 (B3LYP/6–311+G(d,p).
Anulenos
Ligações Ordens de
Ligação
41 40 14
1 C1–C2 1,111 1,483 1,438
2 C2–C3 1,778 1,485 1,498
3 C3–C4 1,111 1,485 1,377
4 C4–C5 1,780 1,484 1,498
5 C5–C6 1,109 1,485 1,438
6 C6–C7 1,774 1,493 1,438
7 C7–C8 1,116 1,480 1,498
8 C8–C9 1,774 1,480 1,377
9 C9–C10 1,109 1,493 1,498
10 C10–C1 1,780 1,485 1,438
Estes resultados, quando lançados em gráfico, deixam ainda mais clara a
alternância acentuada das ordens de ligação do 1,4–metano[10]anuleno (41), indicando
um baixo caráter aromático deste anuleno (figura 45).
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
111
01234567891011
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2,0
1,4-metano[10]anuleno (41)
Ordens de Ligação
Ligações
01234567891011
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2,0
1,5-metano[10]anuleno (40)
Ordens de Ligação
Ligações
01234567891011
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2,0
1,6-metano[10]anuleno (14)
Ordens de Ligação
Ligações
Figura 45: Variação das Ordens de Ligação ao Longo do Perímetro dos Anéis de 41, 40 e 14.
Uma outra informação tirada da análise NRT é com relação às estruturas de
ressonância dos compostos. Para o anuleno 41 foram encontradas 10 estruturas de
ressonância, e dentre elas, apenas uma
é neutra e com peso de 44,3%. Para o anuleno 40
foram encontradas 16
estruturas de ressonância, dentre as quais, duas são neutras e com
pesos de 42,7% cada. Por fim, para o anuleno 14 foram encontradas 18 estruturas de
ressonância, sendo apenas duas neutras e com pesos de 24,5 %.
Pelo próprio número de estruturas de ressonância encontradas para os anulenos
em estudo, é possível inferir algo sobre a aromaticidade nestes compostos. Sabe–se que
quanto maior o número de estruturas canônicas de ressonância, maior é a estabilização
aromática. Um dado interessante é a presença de apenas uma estrutura neutra para o
anuleno 41, indicando que a estrutura que contém duas ligações duplas no setor (a) do
anel de 41 é desfavorável. Também não foram encontradas, para nenhum dos anulenos
em estudo, estruturas de ressonância que indicassem ligação entre os carbonos das
pontes.
Na tabela 21 são mostradas as duas principais estruturas de ressonância de cada
anuleno, encontradas pelo método NRT.
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
112
Tabela 20: Principais Estruturas de Ressonância Encontradas para os Anulenos 41, 40 e 14.
Metano[10]anulenos Estruturas de
Ressonância
Peso das Formas
Canônicas (%)
41
a
b
44,3
11,0
40
42,7
42,7
14
24,5
24,5
Pela análise NRT é possível ordenar os compostos quanto à aromaticidade da
seguinte maneira: 41 < 40 < 14.
Índice HOMA (Harmonic Oscilator Model of Aromaticity).
23, 12a–b, 12e
Os índices HOMA para cada um dos anulenos 41, 40 e 14, bem como para cada
setor (a) e (b) dos anéis (figura 39), foram calculados utilizando como R
opt
(raio ótimo)
igual a 1,388 Å, R
av
(raio médio) sendo as médias dos comprimentos de ligação no
perímetro dos anéis e R
i
os comprimentos de ligação ao longo do perímetro dos anéis.
Para a constante α foi utilizado o valor 257,70 e n o número de ligações no perímetro de
cada anel.
12a–b, 12e
GEOENRR
n
RRHOMA
iavavopt
=+=
1])()([1
22
α
α
(Equação 3)
O cálculo de HOMA também foi realizado para o naftaleno com o objetivo de
comparar os índices dos metano[10]anulenos com um composto conhecidamente
aromático. Na tabela 21 encontram–se todos os índices obtidos para o anel como um
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
113
todo (de C1 até C10) e para os setores (a) e (b) dos anéis; são mostrados também os
termos EN e GEO separadamente.
Tabela 21: Índices HOMA (B3LYP/6–311+G(d,p)).
Setor (a) Setor (b) Total
HOMA EN GEO
HOMA EN GEO
HOMA EN GEO
41
0,410
0,359 0,231
0,554
0,070 0,376
0,511
0,133 0,356
40
0,897
0,098 0,005
0,905
0,070 0,025
0,901
0,081 0,018
14
0,886
0,076 0,038
0,886
0,076 0,038
0,886
0,076 0,038
naftaleno
0,783
0,082 0,135
0,783
0,082 0,135
0,783
0,082 0,135
O 1,4–metano[10]anuleno (41) possui o menor valor de HOMA indicando que a
aromaticidade neste anuleno é menor e pode não existir. Surpreendentemente o anuleno
40 parece ser ligeiramente mais aromático que 14 por este critério. No entanto, os valores
dos índices HOMA para 40 e 14, são muito próximos, indicando que estes anulenos
apresentam estabilizações aromáticas quase da mesma ordem. Um outro dado
interessante é o decréscimo da aromaticidade nos “anéis” (a) dos anulenos 41 e 40,
respectivamente 0,410 e 0,897. Provavelmente por serem “anéis” menores acabam
sofrendo maiores variações da geometria.
Comparando os termos EN e GEO (Total) pode–se observar que o anuleno 41
possui uma maior alternância (GEO) entre os comprimentos de ligação (0,356), e da
mesma forma, uma grande elongação (EN) entre os comprimentos de ligação (0,133),
resultando em um índice HOMA bem distante do valor ideal que é 1.
Se o naftaleno for tomado como referência, teremos os anulenos 40 e 14 com
bons índices de aromaticidade e o anuleno 41 com um índice razoavelmente abaixo. Note
que o índice HOMA do naftaleno já é baixo devido ao alto valor de GEO para sua
estrutura; este resultado é proveniente da grande alternância dos comprimentos de
ligação quando se compararam as ligações ao longo do perímetro do naftaleno com a
ligação localizada entre os dois anéis.
Critério NICS (Nucleus Independent Chemical Shift).
31
Um último critério aplicado aos anulenos 41, 40 e 14 foi o critério NICS. Para os
cálculos foram considerados alguns pontos no espaço localizados no centro, 1Å acima e
1Å abaixo do “plano” de cada setor (a) e (b) dos anéis dos anulenos em estudo. Para a
obtenção dos índices foram calculados os tensores de blindagem nestes pontos (figura 46).
Os cálculos foram realizados também para o naftaleno e para o “naftaleno torcido” com o
objetivo de realizar algumas comparações. Na tabela 22 estão relacionados os valores de
NICS obtidos para todas estas estruturas.
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
114
41 40 14
naftaleno naftaleno torcido
Figura 46: Representação das Estruturas e dos Pontos onde foram Calculados os Índices NICS.
Tabela 22: Índices NICS (B3LYP/6–311+G(d,p)).
Compostos Setor (a) Setor (b)
NICS(–1) NICS(0) NICS(1) NICS(–1) NICS(0) NICS(1)
41
–19,3 –17,1 –8,45 –16,4 –7,72 –14,5
40
–19,5 –17,9 –9,69 –14,3 –12,8 –12,0
14
–16,4 –14,8 –10,3 –16,4 –14,8 –10,3
naftaleno
–10,7 –8,56 –10,7 –10,7 –8,55 –10,7
naftaleno torcido
–15,1 –11,6 –7,98 –15,1 –11,6 –8,03
Os índices NICS são muito interessantes no processo de avaliação da
aromaticidade, principalmente por estarem relacionados com uma propriedade marcante
dos compostos aromáticos, o diamagnetismo, e pela facilidade com que podem ser
calculados os tensores de blindagem para uma determinada estrutura. No entanto, há
muitos efeitos que afetam estes valores dos tensores e para alguns compostos são obtidos
valores não muito condizentes com a estabilização aromática do sistema. Em outras
palavras, a presença de grupos funcionais próximos dos pontos onde estão sendo
calculados os índices NICS afeta a precisão dos valores. Como foi mencionado na seção
1.2, quanto mais negativos forem os índices maiores serão as blindagens locais, e
consequentemente maior a aromaticidade.
No caso dos metano[10]anulenos 41, 41 e 14 foram verificadas muitas variações
de NICS devido à presença das pontes metilênicas e à falta de planaridade dos anulenos
em estudo.
De uma maneira geral, a falta de planaridade nestes metano[10]anulenos faz com
que sejam obtidos NICS(0) e NICS(–1) menos negativos, ou seja, a aromaticidade medida
no centro do anel e 1Å abaixo é menor quando comparada com a medida a 1Å acima.
Aromaticidade em Metano[10]Anulenos
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
115
Para facilitar a análise, primeiro serão comparados os resultados obtidos para o
setor (a) de cada estrutura. Admitindo o naftaleno como referência, os valores de NICS(1)
para os três metano[10]anulenos são menos negativos, indicando uma forte influência das
pontes neste índices. Estas influências impedem quaisquer conclusões sobre a
aromaticidade nestes pontos; cabe lembrar que a influência das pontes não são iguais nos
três metano[10]anulenos.
Um outro fato interessante foi que o índice NICS(–1) é bem menor que NICS(1).
Este efeito pôde ser justificado quando os índices para o “naftaleno torcido” foram
calculados. Ficou claro que no naftaleno torcido o NICS(–1) também era menos negativo
que o NICS(+1), justificando que esta variação ocorria em virtude da falta de planaridade;
novamente ficou difícil inferir algo sobre a aromaticidade pois a planaridade em cada
metano[10]anuleno é variável.
Quando se analisa o setor (b) dos anéis destas estruturas é verificado um
comportamento muito semelhante com uma diferença nos índices NICS(+1). No caso
deste anel os índices são menos negativos do que no setor (a), isto porque, os pontos
onde os índices foram calculados estão agora mais distantes das pontes, sendo menos
influenciados.
Por fim, não foi possível tirar nenhuma conclusão concreta sobre a aromaticidade
destes metano[10]anulenos pelo uso do critério NICS. As peculiaridades estruturais
destes compostos fazem com que a análise não se aplique muito bem, o que não quer
dizer que este método não tenha o seu devido valor.
Conclusões Sobre os Estudos Teóricos com os Metano[10]Anulenos.
Os resultados teóricos aqui apresentados trouxeram informações valiosas a
respeito das estruturas e da aromaticidade nos metano[10]anulenos 14, 40, 41. Alguns
índices e técnicas utilizadas apontaram para uma não existência de estabilização aromática
em 41.
116
Parte B – Estudos Sintéticos e Teóricos sobre a (±)–Baquenolida A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
117
Parte B: Estudos Sintéticos e Teóricos sobre a (±)–Baquenolida A.
118
Parte B – Estudos Sintéticos e Teóricos sobre a (±)–Baquenolida A
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
119
Introdução – Parte B
120
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
121
1 – Introdução
Os bacanos constituem uma classe relativamente rara de sesquiterpenos derivados
biogeneticamente dos eremofilanos.
105
Algumas das estruturas ligadas aos bacanos
possuem um anel β–metileno–γ–butirolactônico ligado em espiro a um sistema cis
hidrindano com dois carbonos metilados. O produto natural mais simples derivado da
classe dos bacanos é a baquenolida A (184) (figura 47).
106
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
O
O
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Bacanos
β-metileno-γ-butirolactona
Eremofilanos
H
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
O
O
Baquenolida A (184)
Figura 47: Bacanos, Eremofilanos e Lactonas
A baquenolida A (184) foi isolada pela primeira vez a partir dos brotos de uma
planta da família Compositae (Petasites japonicus) de maneira independente por dois
grupos de pesquisa japoneses. Considerando um dos nomes locais da espécie de onde se
isolou 184 (“bakke”), Kitahara e colaboradores
106a
denominaram esta nova substância
como baquenolida A (“bakkenolide A”). Por outro lado, Naya e colaboradores
106b
resolveram denominá–la como fuquinanolida (“fukinanolide”) baseando–se em outro
nome atribuído à planta (“fuki”). Na literatura são utilizados os dois nomes, no entanto,
neste texto será utilizado aquele que aparece mais frequentemente nos trabalhos, a
baquenolida A.
Este produto natural representa um grande desafio do ponto de vista sintético,
pois além do sistema cis–hidrindânico, há duas metilas em cis nos carbonos C4 e C5.
Também, o anel
β–metileno–γ–butirolactônico encontra–se ligado em espiro, com o
grupo metileno oposto às metilas.
O
O
H
1
2
3
4
5
6
7
9
10
14
15
8
11
12
13
cis-hidrindano dimetilado
Figura 48: Sistemas Cis–Hidrindânico Dimetilado e Lactônico.
Em geral as atividades biológicas de lactonas sesquiterpênicas são acentuadas
quando um grupo metileno encontra–se ligado na posição α.
107
No entanto, além de
possuir uma estrutura muito peculiar, a baquenolida A (184) apresenta algumas
atividades biológicas significativas, entre as quais, pode–se destacar: atividade citotóxica
acentuada contra células cancerosas da epiderme humana,
108
atividade inibidora do
apetite de algumas espécies de insetos e atividade larvicida.
109
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
122
Atualmente, são conhecidas várias fontes naturais de onde são isoladas, além da
baquenolida A (184), outras estruturas correlacionadas (ver tabela 23). Existem ainda mais
de quarenta produtos naturais que possuem estrutura semelhante à da baquenolida A
(184).
105a
Acredita–se que os bacanos, logo, também a baquenolida A (184), sejam derivados
biogeneticamente dos eremofilanos. Kitahara e colaboradores
106a,110
sugeriram que o
precursor biogenético da baquenolida A (184) é a fuquinona (185).
H
O
H
O
O
184
(+)-Baquenolida A
Fuquinona
185
H
O
O
H
O
HO
HO
Favorskii
Esquema 64: Biogênese da Baquenolida A (184).
De acordo com esta sugestão, uma epoxidação seguida de um rearranjo de
Favorskii transformaria o esqueleto carbônico de 185 em um bom precursor da
baquenolida A (184). É importante notar que as baquenolidas são sesquiterpenóides que
não seguem a “regra do isopreno”, pois sofrem rearranjos moleculares em etapas
avançadas da biossíntese, conforme a proposta apresentada no esquema 65.
111
OPP
H
H
H
H
3
Isopreno
germacranos
eudesmanos
eremofilanos
bacanos
Esquema 65: Biossíntese dos Bacanos.
Desde o isolamento da baquenolida A (184) e de outras baquenolidas, houve um
interesse acentuado de alguns grupos de pesquisa em sintetizar esta estrutura. Além do
desafio sintético representado, a preparação de 184 foi de grande importância para
confirmar a estrutura sugerida para este produto natural.
106a
Na próxima seção, serão descritas as sínteses da baquenolida A (184), até o
momento publicadas.
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
123
Tabela 23: Baquenolida A e Estruturas Correlatas.
Baquenolidas Espécies e Locais do Isolamento
H
O
O
Baquenolida A (ou Fuquinanolida)
Petasites japonicus (Japão),
106b–d,112
Petasites albus
(Checoslováquia,
105b
Escócia
108
), Cacalia hastata (Japão),
113
Ligularia hodgsonii (Japan),
114
Petasites hydridus (Escócia),
108,115
Petasites flagrans (Escócia),
108
Homogyne alpina
(Checoslováquia,
116
Suíça
117
), Cetraria islandica (Noruega),
118
Petasites palmatus (Japão),
119
Ligularia persica (Iran),
120
Hertia
cheirifolia (França),
121
Ligularia sagitta (China),
122
Ligularia
intermedia (China),
123
H
O
O
Baquenolida B (ou Fuquinolida)
O
O
O
O
Petasites japonicus (Japão),
106b–d,112,124
Petasites formosanus
(Taiwan)
125
H
O
O
Baquenolida C
OH
O
O
Petasites japonicus (Japão)
112b–c
Baquenolida D (ou S-Fuquinolida)
H
O
O
O
O
H
3
CS
O
O
Petasites japonicus (Japão),
106b,d,112b–c
Petasites formosanus
(Taiwan)125,
126
H
O
O
O
O
O
O
Baquenolida E
Petasites japonicus (Japão)
112b,c,127
H
O
O
9-Acetoxifuquinanolida
O
O
Petasites japonicus (Japão)
128
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
124
1.1 – Sínteses da Baquenolida A (184).
Em 1973 foram publicadas as duas primeiras sínteses da baquenolida A (184).
Hayashi
129
e colaboradores utilizaram a rota biossintética sugerida por Kitahara
110
e
realizaram uma síntese biomimética a partir da (+)–fuquinona (185) natural. Nesta síntese
o composto 185 foi convertido no epóxido 186, que após um rearranjo de Favorskii com
NaOH/EtOH, forneceu três produtos, os quais foram esterificados e isolados. O álcool
187 foi desidratado com SOCl
2
e piridina originando o isopropenil éster 190. Este último
produto foi convertido na (+)–baquenolida A (184) pela reação com SeO
2
e AcOH. Nesta
transformação o aldeído 191 é produzido majoritariamente, porém, este produto também
pôde ser convertido na (+)–baquenolida A (184), pela reação com NaBH
4
(esquema 66).
O
H
H
2
O
2
30%
69%
O
H
O
1) NaOH/EtOH
2) Esterificação
MeO
2
C
HO
H H
MeO
2
C
HO
H
MeO
2
C
++
185 186 187 188 189
MeO
2
C
HO
H
187
SOCl
2
/Piridina
89%
MeO
2
C
H
190
MeO
2
C
OHC
H
H
O
O
+
NaBH
4
47%
184
191
33%
57%
(+)-Baquenolida A
42% 42% 16%
(+)-Fuquinona
SeO
2
/AcOH
Esquema 66: Síntese Biomimética da (+)–Baquenolida A (184) – Síntese de Hayashi.
No mesmo ano Evans e colaboradores
130
publicaram a primeira síntese total da
baquenolida A (184). Nesta síntese, o produto natural 184 foi preparado em 13 etapas a
partir da 2,3–dimetilciclo–hexanona (192) (esquema 67). Nas primeiras etapas da síntese, a
cetona 192 foi convertida nos produtos 197 e 198, que foram devidamente separados; os
autores deram continuidade à síntese utilizando apenas o composto 197 (tendo os grupos
metila com estereoquímica apropriada). Após uma seqüência de reações foi obtido o
composto 202, que é o principal intermediário da síntese de Evans. O composto 202 foi
então convertido em 203 após um rearranjo [2,3]–sigmatrópico na presença de NaH.
Após algumas outras transformações a (±)–baquenolida A (184) foi obtida com um
rendimento total de 1,8%.
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
125
O O
n-BuHS
Cl
O
n-BuHS
O
O
O
O
O
O
O
O
O O
H
Li
H
HO
1) PBr
3
H
S
SMe
TsNHN
H
S
H
3
CS
NaH
H
O
H
3
CS
H
O
O
1) NaOMe/benzeno
formiato de etila
2) n-butilmercaptana
PTSA
78%
Bu
t
OK
84%
KOH
dietilenoglicol
76%
192
193
194
196195
+
OsO
4
/NaIO
4
Bu
t
OH/H
2
O
65%
198
83% 17%
197
+
197
t-BuOK
63%
199
H
2
/Pd
93%
200 201
éter
68-70%
2) NaS(SMe)C=NHTs
75%
202
203
62%
HgO/HgCl
2
acetona/H
2
O
75%
204
H
2
SeO
3
benzeno
39%
184
(±)-Baquenolida A
Esquema 67: Síntese de Evans.
Na mesma época alguns outros grupos de pesquisa se empenharam no
desenvolvimento de outras metodologias para a preparação da baquenolida A (184) e de
outras baquenolidas.
Ainda na década de 70 um grupo de pesquisa brasileiro publicou um trabalho
relacionado com a síntese de baquenolidas.
131,x
Neste trabalho foram relatados estudos
visando à síntese do sistema α–espiro–β–metileno–γ–butirolactona (211), visivelmente
um fragmento do produto natural 184.
O
Ph
3
P=C(Me)CO
2
Et
78%
1) LiAlH
4
2) DHP
3) MeLi, LiI,
CHCl
2
(OMe)
79%
H
70%
AgNO
3
, NaOH
NBS, CCl
4
O
O
205 206
207
208
209
211
CO
2
Et
OTHP
OMe CHO
CO
2
H CO
2
H
Br
Ag
2
O, CCl
4
210
30% (3 etapas)
Esquema 68: Síntese de Campbell.
x
Este trabalho foi proposto pelo Prof. Campbell em uma de suas visitas ao Brasil, no entanto, toda a
pesquisa foi desenvolvida por brasileiros no IQ da Universidade de São Paulo – Prof. Nicola Petragnani,
Prof. Timothy J. Brocksom e Prof. Mauricio G. Constantino.
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
126
Pouco tempo depois, Petragnani e colaboradores
132
publicaram uma nova
abordagem para a síntese da espiro lactona 211, envolvendo a abertura de um anel
epóxido para a formação do anel lactônico. Nesta síntese o epóxido 215 é obtido em três
etapas a partir do éster 212. Após a reação de 215 com base forte obteve–se a lactona 216
que foi convertida em 211 e 217.
CO
2
Me
i. LDA, ii. acetona
88%
CO
2
Me
OH
SOCl
2
, Piridina
86%
CO
2
Me
MCPBA, CH
2
Cl
2
83%
CO
2
Me
O
NaOH(aq)
MeOH
69%
O
O
OH
SOCl
2
, Piridina
84%
O
O
O
O
+
2:1
212 213 214
215
216
217
211
Esquema 69: Síntese de Petragnani.
No final da década de 70, Brocksom e colaboradores
133
publicaram mais um
modelo sintético visando à aplicação na síntese de baquenolidas. Nesta nova abordagem,
o anel de cinco membros ligado em espiro com a lactona é construído após duas
alquilações do éster 218 utilizando dibromobutano. A α–espiro–β–metileno–γ
butirolactona (211) foi obtida diretamente a partir do epóxido 215.
CO
2
Me
LDA/HMPA
Br(CH
2
)
4
Br
65%
CO
2
Me
Br
LDA/HMPA
87%
CO
2
Me
MCPBA, CH
2
Cl
2
83%
CO
2
Me
O
Li
3
PO
4
O
O
OH
O
O
+
17%
16%
218
219
214
215
211 216
160-180ºC
Esquema 70: Síntese de Brocksom.
Em 1979 Greene e colaboradores
134
publicaram uma rota alternativa para a síntese
de Evans. O intermediário 200, antes preparado em 7 etapas por Evans, foi sintetizado
em apenas três pelo grupo de Greene. Nesta preparação, o 1,6–dimetilciclo–hexeno (220)
sofreu uma cicloadição [2+2] com diclorocetena originando o composto 221, que após
duas etapas, foi convertido na cetona 200.
220 221
O
Cl
Cl
200
O
H
CCl
3
COCl, Zn-Cu
POCl
3
80%
1) CH
2
N
2
2) Zn/AcOH
Esquema 71: Síntese Formal de Greene.
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
127
A grande vantagem desta abordagem sintética é que ela tornava possível a síntese
enantioseletiva da baquenolida A (184), através de algumas adaptações da síntese de
Evans, partindo de 220 enantiomericamente puro.
Em 1985 que Greene e colaboradores
135
publicaram a segunda síntese total da
baquenolida A (184), na sua forma racêmica. Nesta preparação os autores abandonaram a
abordagem anterior, que culminava na síntese da cetona 200, e optaram por aplicar uma
metodologia semelhante à desenvolvida por Brocksom e colaboradores (esquema 70).
133
A
etapa determinante desta síntese foi a preparação do composto 225. Nesta etapa,
formou–se uma mistura epimérica (em C7), onde obteve–se majoritariamente o epímero
favorável à síntese da (±)–baquenolida A (184). Uma outra etapa particularmente
interessante desta síntese foi a conversão do di–iodeto 224 em 225, utilizando um éster
sililado, o que possibilitou a obtenção direta das baquenolidas 184 e 226.
(±)-Baquenolida A
CCl
3
COCl / Zn-Cu
POCl
3
80%
O
Cl
Cl
i. BuLi, ii. Ac
2
O
iii. RuO
2
/NaIO
4
95%
221
HO
2
C
HO
2
C
H
LiAlH
4
222
Me
3
SiI/CCl
4
75%
85%
224
H
I
I
220
223
H
HO
OH
OTMS
CO
2
Me
LiHMDS (2x)
69%
225
H
MeO
2
C
TMSO
HF/CH
3
CN
95%
H
O
O
184
+
(±)-7-epi-Baquenolida A
H
O
O
226
71%
29%
Esquema 72: Síntese de Greene.
Em seguida (1988) os mesmos autores publicaram a síntese da (+)–baquenolida A
(184) e da (+)–7–epi–baquenolida A (226), partindo de 220 enantimericamente puro
(esquema 73).
O O
1) SOCl
2
, CCl
4
2) 2,4,6-colidina
49%
1) LiAlH
4
, (-)-N-metilefedrina
2-(etilamino)-piridina
2) Isocianato de fenila
66%
OCONHPh
Me
2
CuLi
(+)-220
227
228 229
(+)-Baquenolida A
H
O
O
184
+
(+)-7-epi-Baquenolida A
H
O
O
226
71%
29%
Esquema 73: Síntese Enantioseletiva de Greene.
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
128
Os primeiros estudos sobre a síntese de baquenolidas envolvendo reações de
Diels–Alder foram relatados por Brocksom e Constantino.
136
Neste trabalho, os autores
propuseram a construção do anel cis–dimetilato 232 através de uma cicloadição
intermolecular entre o anidrido citracônico (231) e o cis–piperileno (230). O composto
232 foi obtido, porém em baixo rendimento (3%).
O
O
O
+
CuCl-NH
4
Cl
200ºC
O
O
O
H
O
O
O
H
O
O
O
H
O
O
O
H
+++
3% 14% 7%4%
230 231 232 233 234
235
Esquema 74: Reações de Diels–Alder Aplicadas à Síntese de Baquenolidas.
Somente em 1999 é que foi relatada a primeira síntese total da baquenolida A
(184) envolvendo uma reação de Diels–Alder na sua versão intramolecular.
137
Inicialmente os materiais de partida 237, 239 e 241 foram convenientemente sintetizados
e, então, utilizados na preparação do intermediário 243. A reação de Diels–Alder
intramolecular de 243 forneceu uma mistura de quatro isômeros que não foram
separados nesta etapa da síntese. Os produtos desta cicloadição passaram por mais duas
transformações até serem obtidas as quatro baquenolidas 184, 226, 246 e 247, nas
proporções indicadas no esquema 75. Apesar da mistura formada, a (±)–baquenolida (184)
foi obtida majoritariamente e em apenas seis etapas, desprezando-se as preparações dos
materiais de partida.
1) CH
2
N
2
, Et
2
O
2) LiAlH
4
, Et2O
3) PBr
3
, Et
2
O
50%
236 237
EtO
HO
2
C
Br
O
O
Cl
NaH, BnOH
83%
EtO
O
O
BnO
238 239
O
1) LDA
2) PBr
3
240
Br
241
EtO
O
O
BnO
239
NaH
237
85%
EtO
O
O
BnO
242
NaH
241
92%
EtO
O
O
BnO
243
Tolueno, BHT
190ºC
54%
H
O
BnO
EtO
O
244
1) H
2
, Pd-C
EtOAc
2) HCl
93%
H
O
O
O
245
H
O
O
184
H
O
O
226
H
O
O
246
H
O
O
247
+
++
Ph
3
P=CH
2
Et
2
O
62%
Proporção 184:226:246:247 = 54:19:16:11
Esquema 75: Síntese de Back Utilizando o (3Z)–5–bromopenta–1,3–dieno (241).
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
129
Posteriormente, Back e colaboradores
138
utilizaram um outro dieno para a síntese
do intermediário que sofria a Diels–Alder intramolecular. A única diferença nesta
abordagem foi a utilização do (3E)–5–bromopenta–1,3–dieno para a síntese de 248.
EtO
O
O
BnO
239
NaH
237
85%
EtO
O
O
BnO
242
EtO
O
O
BnO
248
Tolueno, BHT
190ºC
95%
H
O
BnO
EtO
O
244
1) H
2
, Pd-C
EtOAc
2) HCl
90%
H
O
O
O
245
H
O
O
184
H
O
O
226
H
O
O
246
H
O
O
247
+ ++
Ph
3
P=CH
2
Et
2
O
61%
Proporção 184:226:246:247 = 24:10:34:32
NaH
Br
90%
Esquema 76: Síntese de Back Utilizando o (3E)–5–bromopenta–1,3–dieno.
Nesta nova abordagem, a estereoseletividade no sentido de produção da (±)–
baquenolida (184) foi menor (24%). Ainda no mesmo trabalho onde foi publicada a
síntese do esquema 76, foram relatadas algumas outras reações de Diels–Alder
relacionadas com a síntese de baquenolidas, no entanto, nenhuma destas tentativas
conduziu à formação de 184.
A última síntese total da (±)–baquenolida A (184), até então relatada na literatura,
é a Síntese de Reddy (esquema 77).
139
Esta preparação tem como etapa principal uma reação
de Diels–Alder na sua versão intermolecular.
Inicialmente o dieno 251 foi preparado através de um Rearranjo de Claisen do
intermediário 250. Em seguida, a reação de Diels–Alder de 251 com o tiglaldeído (252)
originou aduto 253 (excesso diastereoisomérico de 95%), que foi imediatamente convertido
em 254. Após algumas transformações, o intermediário 254 foi convertido no produto
natural 184. Na útima etapa da síntese a metodologia utilizada foi a mesma de Hayashi.
129
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
130
OH
OMe
O
EtCO
2
H
ou
Hg(OAc)
2
150ºC
85-90%
O
CHO
MeAlCl
2,
-78ºC
OHC
O
KOH
48%(2 etapas)
H
O
H
2
, PtO
2
95%
H
O
1) HMDS, Me
3
SiI
2) MeLi, CNCO
2
Me
H
O
MeO
2
C
Ph
3
P=CH
2
59%
H
MeO
2
C
190
H
O
O
184
SeO
2
NaBH
4
58%
249
250
251
252
254
255 256
(±)-Baquenolida A
253
H
Esquema 77: Síntese de Reddy.
Para concluir esta seção sobre as sínteses da baquenolida A (184), serão
apresentados três trabalhos que não poderiam ser omitidos. O primeiro deles é sobre a
(±)–baquenolida (184) realizada por Petragnani e Silva, até o momento não publicadas.
140
Os outros dois são sobre a síntese da (–)–7–epi–baquenolida A (226), realizada por
Srikrishna e colaboradores.
141
A síntese desenvolvida por Petragnani e Silva envolveu cinco etapas iniciais até a
preparação da diazocetona 260, que sofreu um rearranjo fotoquímico para originar o
éster 261. A formilação de 261 forneceu o intermediário 262, cuja estereoquímica é
apropriada para a preparação da (±)–baquenolida (184). No total foram utilizadas 13
etapas reacionais até a obtenção de 184, com rendimento global de 2,85%.
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
131
192
O
1) , H
2
SO
4
/benzeno
2) MeONa/MeOH
30%
O
O
i. MeONa, ii. HCO
2
Et
79%
O
OH
H
2
/Pd-C
piridina
89%
O
OH
H
257 258
259
260
261
262
p-TsN
3
/Et
3
N
MeCN
O
N
2
H H
MeO
2
C
MeOH
hν
75% (2 etapas)
LDA
HCHO
H
MeO
2
C
OH
MeLi/éter
263
H
OH
HO
1) CrO
3
/H
2
SO
4
2) CH
2
N
2
/éter
44%
187
H
MeO
2
C
HO
64% (2 etapas)
SOCl
2
/piridina
89%
190
H
MeO
2
C
H
O
O
184
264
(±)-Baquenolida A
H
HO
2
C
i. PhSeCl
ii. H
2
O
2
72%
hidrólise
Esquema 78: Síntese de Petragnani e Silva.
As duas sínteses descritas por Srikrishna e colaboradores são um tanto quanto
contraditórias. O primeiro trabalho publicado em 1994 traz a síntese 100%
estereoseletiva da (±)–baquenolida (184) com a afirmação de que as análises de RMN de
1
H a 270 MHz estavam de acordo com as de uma amostra autêntica.
Nesta síntese (esquema 79), os autores prepararam o mesmo intermediário de
Evans, a cetona 200, e sintetizaram o anel lactônico por uma outra metodologia. Na etapa
principal da abordagem sintética ocorre uma ciclização radicalar, que segundo os autores,
fornecia exclusivamente o intermediário 270. Após duas etapas reacionais era obtida a
(±)–baquenolida (184).
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
132
O
i. Li, NH
3(l)
, THF,t- BuOH
ii.
Br
O
O
+
(2:1)
265
266 267
O
266
PdCl
2
, CuCl
O
2
, DMF, H
2
O
70%
O
197
O
199
O
KOH, Me OH
75%
H
2
, Pd-C
85%
200
O
H
Ph
3
P=CHOMe
90%
268
H
MeO
NBS
95%
OH
269
H
MeO
Br
O
Bu
3
SnCl, NaCNBH
3
t-BuOH, AIBN
75%
270
H
O
OMe
184
H
O
O
(±)-Baquenolida A
226
H
O
O
(±)-7-epi-Baquenolida A
Composto Sintetizado !
Atribuição Errada !
Me
Me
O
MeO
1) HCl
(aq)
2) PCC,CH
2
Cl
2
61%
Esquema 79: Primeira Síntese de Srikrishna e Colaboradores.
No entanto, em 1998 os próprios autores afirmaram ter havido um equívoco na
elucidação estrutural do produto natural obtido na síntese anterior. Na publicação de
1998, os autores relataram uma síntese muito semelhante à anterior (do ponto de vista da
etapa chave da abordagem sintética – ciclização radicalar) afirmando ter obtido a (–)–7–
epi–baquenolida A (226).
Neste caso, partiu–se da (+)–carvona 271 e após algumas transformações foi
obtido o intermediário 197 enatiomericamente puro (esquema 80). Utilizando as mesmas
etapas reacionais realizadas na síntese anterior os autores obtiveram a (–)–7–epi
baquenolida A (226), corretamente elucidada.
Introdução – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
133
i. MeLi, CuI, éter
ii. , HMPT
89%
Br
O O
O
271
272
273
(+)-200
278
199
+
9:1
PdCl
2
, CuCl
O
2
, DMF, H
2
O
83%
O
O
O
O
274
275
+
9:1
O
O
274
i. O
3
, O
2
, MeOH,
CH
2
Cl
2
ii. p-NO
2
-C
6
H
4
COCl,
Piridina, CH
2
Cl
2
98%
OAc
O
O
276
+
O
O
O
277
7,75 : 2 : 0,25
O
O
DBU, CH
2
Cl
2
56% (2 etapas)
+
OAc
O
O
276
278
O
O
H
2
, Pd-C 10%
EtOAc
87%
(-)-197
O
O
KOH, MeOH
92%
O
H
2
, Pd-C 10%
EtOAc
95%
O
H
Ph
3
P=CHOMe
268
H
MeO
NBS
86% (2etapas)
OH
269
H
MeO
Br
O
Bu
3
SnCl, NaCNBH
3
t-BuOH, AIBN
90%
270
H
O
226
H
O
O
1) HCl
2) PCC,CH
2
Cl
2
58%
(-)-7-epi-Baquenolida A
OMe
(+)-Carvona
Esquema 80: Segunda Síntese de Srikrishna e Colaboradores.
Na próxima seção, serão apresentadas as abordagens sintéticas que foram
propostas e executadas na parte B deste trabalho e que conduziram a uma nova síntese da
(±)–baquenolida A (184).
134
Objetivos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
135
Objetivos – Parte B
136
Objetivos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
137
2.– Objetivos
Nesta parte do trabalho teve–se como objeto realizar a síntese da (±)–baquenolida
A (184), através da reação de Diels–Alder. A síntese deste produto natural já era
pretendida há algum tempo pelo nosso grupo de pesquisa, no entanto, apenas alguns
modelos sintéticos haviam sido desenvolvidos.
131,133
Fundamentalmente pretendia–se produzir os compostos cis–dimetilados 279 ou
280 através de reações de Diels–Alder intra ou intermoleculares, e depois construir o
sistema α–espiro–β–metileno–γ–butirolactônico a partir detas estruturas.
H
O
O
(±)-Baquenolida A
OR
2
R
1
OC
R
1
OC
R
2
O
O
O
O
O
H
H
H
O
O
(±)-Baquenolida A
Ácido de Lewis
Ácido de Lewis
279
280
Diels-Alder Intramolecular
Diels-Alder Intermolecular
Esquema 81: Objetivos da Parte B deste Trabalho.
138
Plano de Pesquisa – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
139
Plano de Pesquisa – Parte B
140
Plano de Pesquisa – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
141
3 – Plano de Pesquisa
A síntese do aduto 279 através de uma reação de Diels–Alder Intramolecular foi
sugerida por Brocksom e Constantino em 1984,
136
e estudada por Nakamura durante seu
doutorado.
142
No entanto, mesmo após várias tentativas, o aduto desejado não foi obtido.
Mesmo conhecendo este resultado negativo, acreditávamos que sob a ação de um
ácido de Lewis bem eficiente, a Diels–Alder intramolecular mostrada no esquema 82
pudesse ocorrer, e por isso, propusemos alguns testes com NbCl
5
. A eficiência deste ácido
de Lewis nas reações de Diels–Alder já foi bem estabelecida por pesquisas anteriores de
nosso grupo.
143,144
A preparação do composto 285 poderia ser realizada partindo–se de derivados do
ácido β–vinilacrílico 281 e do ácido tíglico 282. Em seguida, a ciclização intramolecular
catalisada por NbCl
5
poderia dar origem ao aduto 279.
CO
2
H
CO
2
H
OH
+
COCl
O
O
O
O
H
H
O
O
(±)-Baquenolida A
279
NbCl
5
H
HO
OH
H
I
I
Me
3
SiI
H
I
223
224
CO
2
Me
CO
2
Me
LDA
H
MeO
O
H
MeO
O
+
H
MeO
O
NBS
Luz
H
MeO
O
Br
1) hidrólise
2) Ag
2
O, CCl
4
281
282
283 284
285
286 287
288
287
289
184
1) H
2
, Pd-C
2) LiAlH
4
H
Esquema 82: Primeira Proposta Sintética via Diels–Alder Intramolecular.
Uma vez obtido o composto 279, algumas outras transformações poderiam dar
origem ao di–iodeto 224, um intermediário apropriado para realizar as etapas de
alquilação/anelação e obter os epímeros 287 e 288. Neste sentido, nenhum dos modelos
desenvolvidos anteriormente (esquemas 68, 69 e 70)
131,132,133
eram suficientes para prever se
haveria alguma estereoseletividade e qual dos epímeros seria favorecido.
Após a obtenção dos epímeros 287 e 288, os mesmos poderiam ser separados ou
não, e a síntese poderia ser desenvolvida até a produção da baquenolida A (184) na sua
forma racêmica.
Uma outra possibilidade seria efetuar uma reação de Diels–Alder intermolecular,
também catalisada por NbCl
5
, obtendo após algumas transformações, o mesmo produto
223 já mencionado. Neste processo, seria provavelmente mais eficiente utilizar não o
Plano de Pesquisa – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
142
ácido 281, mas o álcool correspondente, conhecidamente mais reativo; uma proteção da
hidroxila deste álcool poderia ser necessária para reduzir a sua polimerização (esquema 83).
R
2
O
H
NbCl
5
H
HO
OH
223
290
291
292
R
2
O
R
1
O
R
1
= H ou OCH
3
R
2
= H ou Bn
1) LiAlH
4
2) H
2
, Pd-C
R
1
O
Esquema 83: Segunda Proposta Sintética via Diels–Alder Intermolecular.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
143
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos
Parte B
144
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
145
4 – Atividades Realizadas e Resultados Obtidos
Preparação dos Ácidos β–vinilacrílico (281) e Tíglico (282).
Os estudos relativos a esta segunda parte do trabalho, foram iniciados pela
preparação dos ácidos β–vinilacrílico (281) e tíglico (282). O ácido 281 foi preparado a
partir da acroleína (293) seguindo a seqüência de reações mostradas no esquema 84.
145
HO
2
CCO
2
H
281
CHO
i) K
2
S
2
O
5
/H
2
O
OH
SO
3
K
ii)
OH
CO
2
H
CO
2
H
-CO
2
, -H
2
O
iii) NaOH
CO
2
Na
iv) HCl
rend. 59%
CO
2
H
293
Esquema 84: Preparação do Ácido
β
–vinilacrílico (281).
Para a síntese do ácido tíglico (282), primeiro preparou–se a cianidrina 295 a
partir da butanona (294).
146
Em seguida o composto 295 foi desidratado e a respectiva
nitrila foi hidrolisada originando o ácido 282 (esquema 85).
146
O
NaCN
H
2
SO
4
40%
70%
HO CN
294
295
i) H
2
SO
4
100%
CN
ii) diluição com H
2
O
destilação a vapor
51%
CO
2
H
282
Esquema 85: Preparação do Ácido tíglico (282).
Preparação do Composto 285 e Testes da Reação de Diels–Alder Intramolecular.
A preparação do composto 285 foi realizada em três etapas reacionais, partindo do
ácido β–vinilacrílico (281).
O ácido 281 foi esterificado com MeOH/H
2
SO
4
fornecendo o éster 296 (75% de
rendimento).
147
Em seguida, o composto 296 foi reduzido com LiAlH
4
fornecendo o
álcool 283 com 89% de rendimento (esquema 86).
148
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
146
281
CO
2
H
MeOH/H
2
SO
4
hidroquinona
75%
296
CO
2
Me
283
LiAlH
4
/éter
89%
OH
Esquema 86: Preparação do Álcool 283.
Após a preparação do álcool 283, o ácido tíglico (282) foi transformado no seu
cloreto de ácido pela reação com cloreto de oxalila, e em seguida no éster 285, com
rendimento de 70% (esquema 87).
149
CO
2
H
O
O
282
285
i) C
2
O
2
Cl
2
/benzeno
ii)
OH
283
benzeno
70%
Esquema 87: Preparação do Composto 285.
Como já mencionado, a reação de Diels–Alder intramolecular com o composto
285 já havia sido estudada,
142
em diferentes condições reacionais (térmicas e sob catálise).
Restava ainda testar um ácido de Lewis altamente eficiente, como o NbCl
5
.
Foram realizados vários testes variando–se a quantidade de NbCl
5
(0,1–1
equivalente), as temperaturas reacionais (de –78
º
C até refluxo) e utilizando–se alguns
solventes compatíveis com este ácido de Lewis (CH
2
Cl
2
, Et
2
O). Em quase todos os
experimentos obteve–se apenas a formação de polímeros ou a formação de polímeros
com recuperação parcial do material de partida. Em alguns casos foi observada a
formação de pequenas quantidades de ácido tíglico (282) provavelmente devido à
presença de alguns vestígios de água no meio reacional.
O
O
O
O
H
279
CH
2
Cl
2
, NbCl
5
285
-78ºC t.a.
Esquema 88: Teste da Reação de Diels–Alder Intramolecular de 279 com NbCl
5
.
Para concluir estes estudos que envolviam a versão intramolecular da reação de
Diels–Alder, resolveu–se realizar um teste em condições térmicas bem drásticas (210–220
º
C) e alta diluição (1mg/mL 6.10
–3
mol/L). Esta reação foi realizada em benzeno/BHT
utilizando–se um tubo selado Aldrich
®
. Após três dias, observou–se um consumo parcial
do material de partida 285 e a formação de um produto cuja análise de RMN de
1
H
indicava não ser o aduto desejado 279. Uma breve análise destes dados de RMN
1
H
indicou a formação de um provável dímero,
150
conforme mostrado no esquema 89.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
147
O
O
285
Tolueno/BHT
210–220ºC
3 dias
O
O
O
O
297
+
Material de Partida
Esquema 89: Teste da Reação de Diels–Alder Intramolecular de 285 em Condições Térmicas.
As reações testadas nesta parte do trabalho somadas às muitas outras realizadas
anteriormente
142
podem levar a duas conclusões sobre esta reação de Diels–Alder
Intramolecular:
– A primeira delas é que sob catálise o material de partida ou se degrada ou não
sofre a cicloadição desejada.
– A segunda é que em condições térmicas a reação que ocorre não é a esperada,
mas provavelmente uma ciclização intermolecular. Este último resultado reforça ainda
mais a hipótese de que a energia de ativação para ciclização desejada é muito alta e não
pode ser atingida sem que outras reações laterais ocorram preferencialmente.
Desta maneira, a abordagem que envolvia uma reação de Diels–Alder
intramolecular foi definitivamente abandonada e deu-se continuidade aos estudos,
testando a cicloadição proposta no esquema 83.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
148
Reação de Diels–Alder entre o Dieno 298 e o Tiglaldeído (299).
151
Para de realizar os testes da reação de Diels–Alder intermolecular, proposta no
esquema 83 resolveu–se preparar o dieno 298 a partir do seu correspondente álcool 283.
Algumas experiências anteriores mostraram que o composto 283 sofria facilmente
polimerização em meio ácido.
O ânion do álcool 283 foi preparado com NaH/THF e em seguida protegido com
brometo de benzila, fornecendo 298 com 90% de rendimento.
152
OH
1) NaH/THF
2) BnBr
OBn
283
298
Esquema 90: Preparação do Dieno 298.
Em seguida, foram realizados vários experimentos entre o dieno 298 e o
tiglaldeído (299) na presença de NbCl
5
, variando–se a temperatura, as quantidades de
ácido de Lewis, as proporções molares entre o dieno e o dienófilo e o solvente; os
melhores resultados foram obtidos quando a reação foi conduzida em CH
2
Cl
2
à baixa
temperatura (–78
º
C –50
º
C), utilizando 0,25 equivalentes de NbCl
5
e 4 equivalentes do
dienófilo 299. Nestas condições, o aduto 300 foi obtido com 45% de rendimento após
purificação (esquema 91).
BnO
+
OHC
H
298299 300
BnO
H
O
CH
2
Cl
2
, NbCl
5
-78ºC -50ºC
3 dias
45%
H
CH
3
Nb
Cl
Cl
Cl
Cl
CH
3
H
BnO
orto-endo
H
H
H
O
Esquema 91: Reação de Diels–Alder entre o Dieno 298 e o Dienófilo 299.
A estrutura do aduto 300 foi devidamente elucidada com o auxílio de várias
técnicas de RMN de
1
H e
13
C (uni e bidimensionais), experimentos de NOE DIFF, além
de IV e massa (ESI–TOF).
Durante a execução dos experimentos reacionais de 298 com 299 suspeitou–se
que parte do aduto 300, um aldeído, estivesse se decompondo especialmente durante a
purificação por cromatografia em coluna de sílica, por isso, tentou–se realizar um teste
reduzindo o produto bruto da reação de Diels–Alder com LiAlH
4
, isolando–se o
correspondente álcool 301. Neste caso, obteve–se um rendimento global de 42% (média
de 64% por etapa), um pouco superior quando são consideradas as duas reações
envolvidas separadamente (45% na Diels–Alder e 84% na redução a partir do aduto 300
puro; total de 37,8%), conforme mostrado no esquema 92.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
149
H
300
BnO
H
O
H
301
BnO
HO
LiAlH
4
/THF
42%
BnO
+
OHC
298
299
CH
2
Cl
2
, NbCl
5
-78ºC -50ºC
3 dias
Purificação
45%
LiAlH
4
/THF
84%
Rendimento
Global
42%
37,8%
Esquema 92: Reações de Redução de 300 com LiAlH
4
.
Este é um resultado excelente, pois o intermediário 301, obtido com rendimento
satisfatório em apenas duas etapas, possui toda a estereoquímica relativa correta para a
síntese de produtos naturais da classe dos eremofilanos e dos bacanos, incluindo as
baquenolidas.
Transformações Realizadas no Aduto 300 – Síntese da (±)–Baquenolida A (184).
Dando continuidade aos estudos propostos o composto 301 foi convertido no
diol 223 em uma única etapa, através da reação com H
2
na presença Pd–C/etanol
(rendimento de 99%).
153
Em seguida, o diol 223 foi tratado com excesso de Me
3
SiI e
forneceu o di–iodeto 224 com 70% de rendimento.
154
301
H
HO
OH
H
I
I
223
224
H
BnO
HO
H
2
, Pd-C
4 atm, 4h
99%
Me
3
SiI /CHCl
3
5 dias
70%
Esquema 93: Preparação dos Intermediários 223 e 224.
A próxima etapa consistia em adicionar o ânion do 3,3–dimetilacrilato de metila
(303) ao di–iodeto 224. Para isto o éster 303 foi previamente preparado, esterificando o
ácido 302 com MeOH/H
2
SO
4
(76% de rendimento).
155
CO
2
H CO
2
Me
MeOH/H
2
SO
4
76%
302 303
Esquema 94: Preparação do Éster 303.
O composto 224 foi então alquilado pela adição do ânion de 303 (preparado em
THF/LDA/HMPA a –78
º
C), fornecendo uma mistura equimolar dos diastereoisômeros
286a e 286b (esquema 95 – 85% de rendimento).
133,156
Estes compostos foram separados
para facilitar a identificação dos produtos reacionais. No entanto, para os propósitos
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
150
sintéticos, esta separação era desnecessária uma vez que na próxima etapa da síntese seria
gerado um carbânion exatamente no centro quiral que diferenciava os dois isômeros.
H
I
I
224
OMe
O
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 20 min.
OMe
O
-78ºC 0ºC
30 min.
85%
H
I
CO
2
Me
286a
H
H
I
CO
2
Me
H
+
286b
303
Esquema 95: Preparação dos Diastereoisômeros 286a e 286b.
Para a realização da próxima etapa prevista na síntese (esquemas 82 e 83), utilizou–
se uma mistura dos compostos 286a e 286b que foram tratados com uma solução de
LDA/HMPA/THF a –78
º
C. Após três horas de reação foi obtida a mistura epimérica
contendo 287 e 288 nas proporções de 18:82 respectivamente (esquema 96).
133,139,156
Esta
reação foi testada também em condições onde a temperatura foi elevada de –78
º
C até
0
º
C. Neste caso o tempo reacional foi menor (2 horas) e a proporção entre os epímeros
foi ligeiramente diferente, favorecendo ainda mais a formação do epímero 288
(proporção de 15:85 em relação aos epímeros 287 e 288, respectivamente).
H
I
CO
2
Me
286a
H
H
I
CO
2
Me
H
+
286b
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 3 horas
57%
H
MeO
O
H
MeO
O
+
287
288
18 : 82
Esquema 96: Reação de Ciclização a partir dos Diastereoisômeros 286a e 286b.
Estes resultados não foram muito satisfatórios do ponto de vista da síntese
pretendida, pois o epímero cinéticamente favorável 288, não era o que conduziria à
síntese da (±)–baquenolida A (184).
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
151
Pôde–se concluir que o composto 288, formado a partir do ânion cuja
conformação do grupo carboxila está oposta às metilas em cis (esquema 97), é favorecido, e
que provavelmente a utilização de um éster mais volumoso poderia permitir que o outro
epímero fosse formado em proporções mais adequadas aos objetivos da síntese proposta.
Me
Me
I
MeO
O
Me
Me
I
O
MeO
H
MeO
O
H
MeO
O
287
288
Esquema 97: Conformações dos Ânions que Conduzem à Formação de 287 e 288.
Para um próximo teste foi escolhido o éster t–butílico 304, obtido pela reação de
303 com isobutileno em meio ácido.
157
CO
2
H CO
2
t-Bu
/H
2
SO
4
CH
2
Cl
2
70%
302 304
Esquema 98: Preparação do Éster t–Butílico 304.
O composto 224 foi então alquilado com o ânion do éster 304. A reação foi
iniciada a –78
º
C e mantida a 0
º
C por 30 minutos, fornecendo os diastereoisômeros 305a
e 305b com 92% de rendimento.
H
I
I
224
Ot-Bu
O
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 20 min.
Ot-Bu
O
-78ºC 0ºC
30 min.
92%
H
I
CO
2
t-Bu
305a
H
H
I
CO
2
t-Bu
H
+
305b
304
Esquema 99: Preparação dos Diastereoisômeros 305a e 305b.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
152
A mistura dos diastereoisômeros 305a e 305b foi tratada com uma solução de
LDA/HMPA/THF a –78
º
C por 1 hora. Após este período não se observou a formação de
uma quantidade apreciável de produtos reacionais (a exemplo da reação envolvendo os
compostos 286a e 286besquema 96) e por isso a temperatura foi sendo elevada
lentamente até 0
º
C. A reação foi mantida por mais duas horas nesta temperatura até o
consumo total dos materiais de partida. Os epímeros 306 e 307 foram obtidos com 77%
de rendimento e na proporção de 42:58, respectivamente.
H
I
CO
2
t-Bu
305a
H
H
I
CO
2
t-Bu
H
+
305b
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
306
307
42 : 58
LDA/HMPA/THF
-78ºC 0ºC
77%
Esquema 100: Reação de Ciclização a partir dos Diastereoisômeros 305a e 305b.
Este resultado confirmou a hipótese de que um éster mais volumoso tornaria
menos favorecida a conformação do enolato que dá origem ao epímero indesejado 307.
Além disso, permitiu dar continuidade à síntese agora com uma proporção relativamente
superior do epímero adequado, neste caso 306.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
153
Na figura 49 são mostradas as prováveis curvas que representam a formação dos
ésteres metílicos 287 e 288 e dos ésteres t–butílicos 306 e 307. Provavelmente, o aumento
da proporção do epímero 306, se deve ao fato de que a energia do estado de transição
TS
(307)
foi aumentada em relação à do TS
(288)
, ao passo que, a energia do estado de
transição TS
(306)
deve ter se alterado muito pouco com relação ao TS
(287)
.
H
I
CO
2
Me
Me
Me
I
MeO
O
Me
Me
I
O
MeO
Ânion de 286
H
MeO
O
H
MeO
O
287
288
TS
(288)
TS
(287)
H
I
CO
2
t-Bu
Me
Me
I
O
O
Me
Me
I
O
O
Ânion de 305
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
306
307
TS
(307)
TS
(306)
Figura 49: Prováveis Curvas de Reação dos Ésteres 287, 288, 306 e 307.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
154
Na próxima seção serão apresentados alguns cálculos das energias das espécies
envolvidas nestas reações, incluindo a localização dos prováveis estados de transição. Por
hora, serão descritas as demais atividades de caráter sintético.
Sendo assim, uma mistura dos epímeros 306 e 307 foi submetida à reação com
NBS e luz o que forneceu os produtos bromados 308 e 309 com 95% de rendimento.
131
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
306
307
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
308
309
Br
Br
NBS, luz
peróxido de benzoíla
3 horas
95%
42 : 58 42 : 58
Esquema 101: Bromação Alílica dos Epímeros 306 e 307.
Em seguida, reagiu–se a mistura dos produtos 308 e 309 com Ag
2
O/CCl
4
sob
refluxo por 3 horas, o que forneceu uma mistura da (±)–baquenolida A (184) e da 7–epi
(±)–baquenolida A (226), com 68% de rendimento.
131
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
308
309
Br
Br
(+)-Baquenolida A
H
O
O
184
(+)-7-epi-Baquenolida A
H
O
O
226
Ag
2
O, CCl
4
refluxo, 3 h
68%
+
42 : 58
42 : 58
Esquema 102: Preparação dos Produtos Finais 184 e 226.
Um provável mecanismo para esta última etapa reacional está representado no
esquema 103.
H
t-BuO
O
305
Br
AgBr
AgOH
Ag
2
O
CCl
4
/refuxo
+++
H
t-BuO
O
Br
Ag
O
Ag
H
O
O
H
OAg
(±)-Baquenolida A
H
O
O
184
Esquema 103: Mecanismo de Formação dos Produtos 184 e 226.
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
155
Com a exceção dos isômeros 286a e 286b, não foi possível separar por
cromatografia em coluna de sílica as demais misturas diasteroisoméricas produzidas ao
longo da síntese. Desta maneira, somente os produtos 184 e 226 foram separados por
HPLC, conforme o método desenvolvido e descrito na parte experimental deste trabalho.
O produto natural 184 e seu isômero 226 foram caracterizados por RMN de
1
H e
13
C, e
tiveram seus espectros comparados com alguns relatados na literatura.
137,138
Além dos
produtos finais, praticamente todos os intermediários foram analisados por
espectrometria de massa (ESI – Electron–Spray Ionization ), obtendo–se valores dentro
do padrão de alta resolução (detecção por TOF – Time of Flight), e por espectroscopia de
infra–vermelho.
Estudos sobre a Variação das Proporções dos Epímeros 306 e 307.
Após ter concluído a síntese do produto natural 184, e fundamentalmente testado
a eficácia de todas as metodologias propostas, resolveu–se investir um pouco mais em
algumas modificações que pudessem produzir uma melhora na proporção do epímero
306.
Desta maneira, insistiu–se com a reação de ciclização dos ésteres t–butílicos 305a e
305b, mantendo a temperatura do meio reacional à –78
º
C por um tempo bem superior (7
horas), elevando–se em seguida a temperatura até 0
º
C. Os resultados foram um pouco
melhores, pois nestas condições os epímeros foram obtidos em proporções mais
favoráveis (1:1 de 306 e 307 respectivamente).
H
I
CO
2
t-Bu
305a
H
H
I
CO
2
t-Bu
H
+
305b
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
306
307
1 : 1
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 7 horas
77%
Esquema 104: Síntese de 306 e 307 – Modificação
Outros testes reacionais onde a temperatura do meio foi mantida à –78
º
C por
10h, renderam os mesmos resultados, visto que, com 7 horas praticamente todo o
material de partida era consumido.
Estes experimentos deixaram claro que as energias dos estados de transição para a
formação de 306 e 307 eram muito próximas, e que, o uso de grupos um pouco mais
volumosos ligados à carboxila poderia favorecer ainda mais a formação de estruturas com
a mesma estereoquímica que 306. No entanto, estes estudos foram por hora
interrompidos, deixando a possibilidade de que outras reações de ciclização sejam melhor
investigadas. Por exemplo, poderiam ser estudados ésteres contendo grupos derivados do
trietilcarbinol ou mesmo diciclo–hexilcarbinol, mais volumosos que o t–butílico.
Uma outra possibilidade é também direcionar a reação de ciclização no sentido de
produzir “apenas” um epímero do tipo 311, até então indesejado, e após algumas
transformações obter o produto natural 184 (esquema 105).
Atividades Realizadas e Resultados Obtidos – Parte B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
156
H
I
310
H
OR
O
H
O
311
LDA/THF/HMPA
RO
MeLi
H
312
HO
O
3
H
O
313
HO
H
HO
O
314
Br
Ag
2
O
(+)-Baquenolida A
H
O
O
184
Esquema 105: Perspectivas Futuras.
Deve–se destacar ainda a possibilidade de sintetizar vários produtos naturais do
tipo eremofilanos a partir dos primeiros intermediários envolvidos nesta síntese.
H
300
BnO
H
O
BnO
+
OHC
298
299
NbCl
5
185 315
316
317
HH
O
H
H
O
Fukinona
β-Eremofilano
α-Eremofilano
Furanoeremofilano
Esquema 110: Perspectivas FuturasSíntese de Eremofilanos
Estudos Teóricos sobre as Reações de Anelação
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
157
5 – Cinética das Reações de Formação dos Compostos 287, 288, 306 e 307:
Um Estudo Teórico
Nesta seção do trabalho serão apresentados alguns estudos teóricos sobre a
cinética das reações de ciclização (esquemas 96, 100 e 104) apresentadas na seção anterior.
Os resultados experimentais referentes a estas reações permitiram que algumas conclusões
fossem tiradas a respeito das prováveis energias de ativação para a formação de cada um
dos epímeros 287, 288, 306 e 307. Além disso, foi demonstrada experimentalmente a
influência da temperatura do meio reacional nas proporções dos produtos reacionais e a
mudança das energias relativas dos estados de transição provocadas por ésteres mais
volumosos, como aquele que possui o grupo Ot–Bu.
Primeiramente, realizou–se uma busca conformacional (Campo de forças MM3)
73
dos estados de transição,
xi,158
que dão origem aos epímeros 287, 288, 306 e 307. Em
seguida as estruturas de mínima energia foram otimizadas com o modelo B3LYP/cc–
pVDZ
100
e todos os estados de transição foram localizados, reproduzindo
fundamentalmente uma reação de substituição nucleofílica.. As freqüências vibracionais
foram calculadas caracterizando cada um dos mesmos pela obtenção de uma única
freqüência negativa associada às ligações quebradas e formadas. Em seguida, os ânions
dos compostos 286 e 305 foram otimizados
100
com o mesmo modelo teórico,
considerando cada uma das conformações que dão origem aos epímeros 287, 288, 306 e
307. As estruturas dos produtos também foram otimizadas.
As energias obtidas para cada uma das estruturas (enolatos de partida, estados de
transição e produtos) estão mostradas na tabela 24.
xi
Um estado de transição pode caracterizado quando uma determinada freqüência vibracional calculada (ν)
é negativa e a mesma está associada a um processo de quebra/formação de ligações químicas. A freqüência
vibracional entre dois átomos ligados i e j é proporcional a uma constante de forças
F
ij
que é o elemento da
matriz de constante de força, extraída dos cálculos químico–quânticos.
()
2
1
2
1
ji
ij
mm
F
π
ν
=
()
=
ji
ji
ij
xx
E
mm
F
2
2
1
1
Como pode ser visto, F
ij
é proporcional à derivada segunda da energia em função da posição. Esta
derivada fornece matematicamente a curvatura da superfície de energia. Se F
ij
é positivo a curvatura da
superfície de energia é positiva, logo, esta superfície terá um ponto de mínimo nas imediações onde a
derivada primeira é zero. Se F
ij
é negativo a curvatura da superfície de energia é negativa indicando que nas
imediações onde a derivada primeira é zero haverá um ponto de máximo (ponto de máxima energia =
corresponde a um Estado de Transição). Além disso, se a freqüência (ν) é negativa ela deve ser considerada
como sendo uma freqüência imaginária, pois a raiz quadrada de F
ij
não pode ser negativa se F
ij
for um
número real. Uma freqüência imaginária de ligação pode ser entendida como uma freqüência associada a
ligações que não se formaram nem se romperam efetivamente, o que caracteriza quimicamente um estado
de transição (TS).
Estudos Teóricos sobre as Reações de Anelação
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
158
Tabela 24: Energias dos Enolatos de Partida, Estados de Transição, Produtos e de Ativação.
Energia dos Enolatos de
Partida (Hartree)
Energia dos Estados de
Transição (Hartree)
Energia dos Produtos
(Hartree)
Energia de Ativação
(kcal/mol)
(286)(287) –786,848435
(286)(288) –786,844762
TS
(287) –
786,844972
TS
(288) –
786,843315
(287) –775,440766
(288) –775,442590
2,17
0,91
(305)(306) –904,715431
(305)(307) –904,714055
TS
(306) –
904,713905
TS
(307) –
904,712056
(306) –893,309866
(307) –893,310862
0,96
1,25
Na figura 51 estão representadas energias de ativação e as energias relativas das
estruturas envolvidas e na tabela 25 são apresentadas as proporções teóricas e
experimentais dos produtos 287, 288, 306 e 307, obtidos à –78
º
C.
Do ponto de vista qualitativo, os resultados obtidos pelos cálculos teóricos descrevem
bem as proporções entre os epímeros 287/288 e 306/307. No caso da proporção entre
287 e 288 são observados valores de 18:82 experimentalmente e de 4:96 pelos cálculos
teóricos. Esta diferença entre as proporções (experimentais e teóricas) é até considerável,
no entanto, os cálculos descrevem bem qual dos estados de transição é o de menor
energia. Quando foram calculadas as energias dos estados de transição TS
(306)
e TS
(307)
,
conforme previsto, houve um aumento considerável da energia relativa do estado de
transição que possui a carboxila oposta às metilas do hidrindano (TS
(307)
) em relação ao
outro estado de transição TS
(306)
, tornando–as quase idênticas. Estes resultados
confirmam a hipótese de que o grupo (Ot–Bu) sendo mais volumoso faz com que o
epímero desejado 306 seja obtido em proporções mais satisfatórias.
É importante notar que pelos cálculos há uma inversão nas proporções dos
epímeros quando se troca o grupo OMe por Ot–Bu (tabela 25). Experimentalmente, não
foram observadas inversões nas proporções quando se utilizou o composto 305 (éster t
butílico) e esta inversão nem era esperada, pois, quando a temperatura do meio não foi
mantida por muito tempo à –78
º
C obteve–se o epímero 306 em menor proporção. Este
resultado indicava que muito provavelmente a melhor proporção seria de 1:1, conforme
foi realmente observado.
De uma maneira geral pode–se concluir que os resultados teóricos foram precisos,
porém não exatos. Especialmente no caso dos TS
(306)
e TS
(307)
as “energias reais” devem ser
muito próximas (quase idênticas) o que dificulta sua descrição teórica. Sabe–se que
quando as diferenças de energia entre conformações ou isômeros configuracionais é
muito pequena são necessários níveis de teoria muito refinados para que sejam obtidos
resultados com melhor exatidão. A complexidade destas estruturas impede a utilização
destes níveis de teoria, quando os recursos computacionais não são suficientes.
Atualmente estão sendo realizados alguns outros cálculos buscando melhorar um pouco
as proporções teóricas. Provavelmente a utilização de funções difusas (aug, ou “+” no caso
de bases como 6–31 G(d,p)) deve ajudar a descrever melhor os átomos pesados e com isso
refinar um pouco mais os cálculos. Infelizmente, com os recursos computacionais que
dispomos,
159
não é possível efetuar cálculos para estas moléculas utilizando métodos mais
apropriados, como MP2.
Estudos Teóricos sobre as Reações de Anelação
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
159
Me
Me
I
MeO
O
Me
Me
I
O
MeO
H
I
MeO
2
C
H
I
CO
2
Me
H
MeO
O
H
MeO
O
288
287
(286) (287)
TS
(288)
TS
(287)
(286) (288)
2,17 kcal/mol
0,91 kcal/mol
1,14 kcal/mol
Me
Me
I
O
O
Me
Me
I
O
O
H
I
t-BuO
2
C
H
I
CO
2
t-Bu
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
307
306
(305) (306)
TS
(307)
TS
(306)
(305) (307)
0,96 kcal/mol
1,25 kcal/mol
0,62 kcal/mol
Figura 51: Energias de Ativação
Tabela 25: Proporções Teóricas e Experimentais dos Produtos 287, 288, 306 e 307.
Produtos Proporções
Experimentais
Proporções
Teóricas
*
Energia Cinética
Relativa (Teórica)
(287) : (288) 18 : 82 4 : 96 2,38
(306) : (307) 50 : 50 68 :32 0,77
* Calculadas à –78
º
C pela distribuição de Boltzmann.
160
Conclusões e Considerações Finais – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
161
Conclusões e Considerações Finais
162
Conclusões e Considerações Finais – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
163
6 – Conclusões e Considerações Finais – Parte A e B.
Os produtos naturais, a maior fonte de inspiração para os químicos orgânicos sintéticos,
constituem uma variedade tão extensa de estruturas que faz a natureza parecer, na perspectiva
humana, uma fonte inesgotável de novos produtos. Essa variedade deixa atônitos até os mais
criativos químicos. Não nos deve surpreender que, dentre tanta riqueza seja possível encontrar
produtos úteis para todos os fins e em abundância”.
160
A mesma natureza, que numa aparente simplicidade, sintetiza inúmeras estruturas
orgânicas, desafia a inteligência humana e provoca–nos a imitá–la.
Às vezes, a própria criatividade humana sugere alguns compostos, no entanto, sem
conhecer a viabilidade de prepará–lo. De tão complexos, eles se tornam inviáveis.
Para iniciar esta seção de conclusões cabe considerar as palavras descritas acima
que na opinião do autor traduzem bem o conjunto deste trabalho.
Na primeira parte deste trabalho foram estudadas várias metodologias de
preparação do 1,4–metano[10]anuleno (41) e, conforme pôde ser visto, houve muita
dificuldade para realizar algumas transformações nos compostos derivados dos adutos de
Diels–Alder 45 e 163. Estas transformações tinham como objetivo preparar alguns
intermediários para que pudessem sofrer as fragmentações desejadas (esquema 25) e
produzir sistemas do tipo 42, um precursor direto do anuleno 41.
41
O
O
H
H
45
O
O
OAc
H
AcO
16342
Em muitos casos observou–se a ocorrência de várias reações indesejadas
resultando no abandono de algumas abordagens. Um caso bastante particular é do aduto
163 que ao invés de sofrer apenas uma reação de hidrólise básica dos grupos acetato,
sofreu também uma eliminação seguida de adição conjugada de alcóxidos. De uma
maneira geral, pôde–se avaliar um pouco mais a química e as peculiaridades de alguns
adutos de Diels–Alder e seus derivados, e os insucessos com as abordagens envolvendo
reações de eliminação–fragmentação, não devem ser vistos como uma prova da inviabilidade
destes sistemas na obtenção de estruturas como 42; há exemplos relatados pelo nosso
próprio grupo de pesquisa onde uma estrutura derivada de 45 forneceu um biciclo do
tipo 42.
74
A abordagem que permitiu avançar com os propósitos desta primeira parte do
trabalho foi a que envolvia uma cicloadição do tipo [6+4], fornecendo resultados bem
mais promissores. O composto bicíclico 171 foi obtido de maneira eficiente e em poucas
etapas (5 etapas e rendimento global de 37,3%). Conforme destacado, este composto
guarda grande semelhança estrutural se comparado com o anuleno 41, o que reforçou o
propósito de prosseguir com a síntese deste anuleno.
Conclusões e Considerações Finais – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
164
O
O
+
43 139 140
benzeno
90ºC
TsHN
OH
171
No entanto, após algumas tentativas ficou evidente a dificuldade em gerar todas as
insaturações necessárias a partir de 171. A evidência de formação do carbocátion 182 e
sua resistência para sofrer eliminação foram decisivas para que por hora fossem
interrompidas as tentativas de preparação do anuleno 41. Estas evidências experimentais
instigaram a realização de alguns estudos teóricos utilizando–se vários métodos de
avaliação da aromaticidade em compostos orgânicos. Foram obtidos vários indícios de
que o anuleno 41, principalmente se comparado aos anulenos 40 e 14, deve possuir
estabilizações bem menores podendo ser não aromático ou até anti–aromático.
Sob certos aspectos, esta primeira parte do trabalho possibilitou um
conhecimento mais aprofundado a respeito de algumas transformações em adutos de
Diels–Alder provenientes de ciclopentadieno e benzoquinonas, e principalmente,
culminou na síntese de uma estrutura de grande valor sintético, o composto 171, além de
algumas evidências sobre a não existência de aromaticidade no anuleno 41.
Na segunda parte deste trabalho (Parte B) foram estudadas algumas abordagens
sintéticas que conduziram à obtenção do produto natural (±)–baquenolida A (184) e um
de seus epímeros a (±)–7–epi–baquenolida A (226). A síntese de 184 foi realizada de
maneira original envolvendo um total de 8 etapas e rendimento global de 13,3%.
Também ficou comprovada a eficiência de alguns modelos sintéticos propostos há alguns
anos por Brocksom e Constantino.
131,133
Com relação à abordagem inicialmente estudada, ficou clara a dificuldade de se
produzir sistemas como 279 a partir de uma reação de Diels–Alder intramolecular. Um
conjunto de fatores parece contribuir para impossibilitar esta cicloadição, como a
presença das metilas na dupla dienofílica de 285 e a facilidade com que algumas reações
indesejadas ocorrem.
A segunda abordagem estudada teve como etapa principal uma reação de Diels–
Alder intermolecular catalisada por NbCl
5
, que forneceu um precursor adequado para a
síntese de eremofilanos e de baquenolidas. Mais uma vez o NbCl
5
mostrou ser um ácido
de Lewis extremamente eficiente e de grande utilidade para a química orgânica sintética.
H
NbCl
5
298
299
300
BnO
H
O
(+)-Baquenolida A
H
O
O
184
(+)-7-epi-Baquenolida A
H
O
O
226
+
BnO
OHC
Há outras transformações que foram fundamentais para a conclusão desta síntese
de 184 e que merecem ser destacadas, como as ciclizações sofridas pelos compostos
286a/286b e 305a/305b. A obtenção do epímero que possibilitou a preparação de 184 se
Conclusões e Considerações Finais – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
165
mostrou problemática e foram necessários alguns estudos variando–se a temperatura das
reações e os grupos funcionais dos intermediários. Aparentemente a presença de um
grupo mais volumoso (diferente do OMe do composto 286) é que favoreceu a obtenção
de uma mistura epimérica mais adequada para a continuidade da síntese de 184.
Os estados de transição que conduziam à formação das estruturas 287, 288, 306 e
307 também foram avaliados com alguns estudos teóricos, e dentro das limitações que
estruturas desta complexidade impõem, pode–se dizer que os resultados foram bastante
úteis e estiveram de acordo com os estudos experimentais.
Finalmente, cabe destacar que este trabalho agrega importantes estudos de caráter
sintético e teórico envolvendo reações de grande expressão na química orgânica sintética.
Todos os estudos aqui desenvolvidos contribuíram para a ampliação dos interesses de
nosso grupo de pesquisa e deixam em aberto, várias outras temáticas de estudo.
166
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
167
Parte Experimental
168
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
169
7 – Parte Experimental – Parte A e B
Nesta seção, os compostos foram nomeados conforme recomendações oficiais da
International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC) para nomenclatura de
compostos orgânicos.
Todas as substâncias dotadas de assimetria foram sintetizadas de forma racêmica.
Os espectros de ressonância magnética nuclear de hidrogênio (
1
H) foram obtidos
a 300, 400 e 500 MHz em espectrômetros Bruker DPX–300, Bruker DRX–400 e
Bruker DRX–500 respectivamente. Os deslocamentos químicos (δ) estão relatados
em parte por milhão (ppm) em relação ao tetrametilsilano (TMS), utilizado como
padrão interno, colocando–se entre parênteses a multiplicidade (s = singleto,
xii
s.l
= singleto largo, d = dubleto, t = tripleto, q = quadrupleto, quint= quintupleto,
d.d = duplo dubleto, d.d.d = duplo duplo dubleto, d.d.d.d = duplo duplo duplo
dubleto, d.d.d.d.d = duplo duplo duplo duplo dubleto, d.d.t.d. = duplo duplo
triplo dubleto, d.t = duplo tripleto, d.d.t = duplo duplo tripleto, d.d.d.t = duplo
duplo duplo tripleto, d.q = duplo quadrupleto, d.d.q= duplo duplo quadrupleto,
t.t = triplo tripleto, t.d.d = triplo duplo dubleto, dquint = duplo quintupleto, q.q
= quadruplo quadrupleto, m = multipleto.), a constante de acoplamento (J) em
Hertz (Hz) e o número de hidrogênios deduzidos da integral relativa.
Os espectros de ressonância magnética nuclear de
13
C foram obtidos a 75, 100 e
125 MHz em espectrômetros Bruker DPX–300, Bruker DRX–400 e Bruker DRX–
500, respectivamente. Estes espectros foram traçados utilizando–se as seguintes
técnicas:
13
C{
1
H} – Carbono Totalmente Desacoplado de Hidrogênio
DEPT–135 – Distortionless Enhancement by Polarization Transfer
Os experimentos de NOE DIFF foram realizados nos espectrômetros Bruker
DPX–300 e Bruker DRX–500, conforme a necessidade.
As análises de espectroscopia de correlação (
1
H –
13
C) (RMN–2D) foram realizadas
no espectrômetro Bruker DRX–500, de acordo com a necessidade durante a
atribuição dos compostos. Foram utilizadas técnicas como
1
H–
1
H gCOSY, gJ–res,
1
H–
13
C gHMQC,
1
H–
13
C gHMBC.
Os espectros de absorção no infravermelho foram registrados em um
espectrofotômetro Perkin–Elmer modelo 1600–FT, em celas de KBr para líquidos
(filme) e pastilhas de KBr para sólidos.
xii
Segundo recomendação da AUREMN – Associação dos Usuários de Ressonância Magnética Nuclear –
deve–se utilizar “simpleto”.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
170
Os espectros de massas de baixa resolução foram obtidos em um aparelho HP
GC/MS SYSTEM 5988–A.
Os espectros de massa de alta resolução foram obtidos em um equipamento
Electron Spray ESI–Q–TOF Micromass, no modo positivo. As análises foram
realizadas utilizando uma solução das substâncias em metanol às vezes contendo
ácido fórmico.
As análises elementares (micro análises) foram realizadas em um aparelho Fisons
modelo EA 1108 CHNS.
As cromatografias em camada delgada (CCD) foram realizadas utilizando–se
placas de sílica gel 60 da Merck
®
. As purificações por cromatografia em coluna
foram realizadas utilizando sílica gel 80–230 e 200–400 mesh da ACROS
®
.
Os pontos de fusão foram determinados em uma placa de aquecimento segundo
Klofer com um termômetro não aferido, instalada em um microscópio modelo
Bristoline.
Para a destilação horizontal empregou–se um aparelho de destilação horizontal
Kugelrohrofen Büchi modelo GKR–50. As temperaturas registradas referem–se à
temperatura do forno.
Para concentrar as soluções orgânicas foram utilizados evaporadores do tipo
Buchler e Büchi, operando à pressão de aproximadamente 30 mmHg.
Os solventes e reagentes comerciais foram convenientemente purificados
conforme métodos usuais.
161
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
171
Índice das Reações.
O
O
+
MeOH/ 1h
-78ºC 0ºC
98%
43
44
O
O
H
H
45
......................................................................... 178
OH
HO
H
H
O
O
H
H
45
136
NaBH
4
CeCl
3
.7H
2
O
94%
......................................................................... 179
OAc
AcO
H
OH
HO
H
H
136
144
Ac
2
O/CH
2
Cl
2
Et
3
N/0ºC
98%
H
......................................................................... 180
OAc
AcO
H
144
H
OH
AcO
H
145
H
NaH / tolueno
76%
......................................................................... 181
t-BuOK/THF
71%
OAc
AcO
H
144
H
OH
HO
H
136
H
......................................................................... 182
OAc
AcO
H
H
SiIMe
3
/CCl
4
I
H
H
OAc
144 147
66%
......................................................................... 183
O
O
H
H
O
O
H
H
45
148
Zn/AcOH
ultra som
98%
......................................................................... 184
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
172
......................................................................... 185
......................................................................... 186
......................................................................... 187
......................................................................... 188
................................................ 189
........................................................... 190
...................................................... 191
O
O
H
H
148
NaBH
4
CeCl
3
.7H
2
O
–25ºC; 96%
OH
HO
H
H
149
OH
HO
H
H
149
MsCl/Py
0ºC; 86%
OMs
MsO
H
H
150
OMs
MsO
H
H
150
KBr/DMF
Zn; 7C
11%
H
Br
155
O
O
OH
HO
Ac
2
O
HClO
4
O
O
OAc
AcO
156
162
84%
O
O
OAc
AcO
O
O
OAc
H
AcO
163
43
tubo selado
Benzeno/130 ºC
89%
+
162
O
O
OAc
H
AcO
O
O
MeO
OH
H
164
NaOH 20%
MeOH
76%
163
O
O
OAc
H
AcO
O
O
EtO
OH
H
165
NaOH 20%
EtOH
70%
163
O
O
OAc
H
AcO
O
O
AcO
OH
H
166
H
2
SO
4
10 mol/L
CTAB
82%
163
...................................................... 192
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
173
............................................................... 193
......................................................................... 194
......................................................................... 196
O
O
OAc
H
AcO
O
O
AcO
OH
H
166
163
NaN
3
/ MeOH
t.a./4 horas
59%
O
139
SeO
2
/Dioxano
KH
2
PO
4
(aq)
39%
167
O
O
43
139 140
benzeno/90ºC/19h
84%
+
O
N
OH
140
141
NH
2
OH.HCl
MeOH/NaOAc
30-46%
NH
2
OH.HCl
piridina/refluxo
80%
O
N
OH
140
141
......................................................................... 197
.................................................................. 195
NH
O
141
142
TsCl/Py
DMAP
65ºC/4h
59%
N
OH
......................................................................... 198
NH
O
NTs
O
142 170
1. LiHMDS/THF;
-78ºC, 30min.
2. TsCl; t.a.; 1,5 h
98%
......................................................................... 199
NTs
O
TsHN
OH
171
170
LiAlH
4
/THF
2h, t.a, 96%
......................................................................... 200
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
174
......................................................................... 202
......................................................................... 203
......................................................................... 204
......................................................................... 208
......................................................................... 210
TsHN
OH
TsHN
OMs
MsCl/Py
0ºC RT
2h; 93%
171
172
TsHN
OMs
TsHN
173
172
1. NaI/DMF, 80ºC
5h
2. DBN, 100ºC/3h
57%
TsHN
N
173
174
1) NaH, DMF
80ºC; 2h
2) TsCl; 80ºC; 2h
TsTs
N
TsHN
173
180
CH
3
Ts
CH
3
I / K
2
CO
3
MeOH /30h/refluxo
97%
......................................................................... 201
HO
2
CCO
2
H
281
CHO
i) K
2
S
2
O
5
/H
2
O
ii)
iii) NaOH
iv) HCl
rend. 59%
CO
2
H
294
O
NaCN
H
2
SO
4
40%
70%
HO CN
294
295
i) H
2
SO
4
100%
CN
ii) H
2
O
51%
CO
2
H
282
HO CN
295
....................................................... 210
2 CH
3
OH
(l)
H
2
SO
4
(conc.)
CH
3
OCH
3
(g)
+ H
2
O
(l)
Me
3
O
+
BF
4
-
............................... 205-207
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
175
......................................................................... 213
......................................................................... 214
......................................................................... 215
......................................................................... 216
......................................................................... 217
......................................................................... 212
................. 218
281
CO
2
H
MeOH/H
2
SO
4
hidroquinona
75%
296
CO
2
Me
296
CO
2
Me
283
LiAlH
4
/éter
89%
OH
CO
2
H
O
O
282
285
i) C
2
O
2
Cl
2
/benzeno
ii)
OH
283
benzeno
70%
OH
1) NaH/THF
2) BnBr
OBn
283
298
OBn
+
CHO
H
298 299
300
BnO
H
O
CH
2
Cl
2
, NbCl
5
-78ºC -50ºC
3 dias
45%
H
300
BnO
H
O
H
301
BnO
HO
LiAlH
4
/THF/0ºC
84%
H
301
BnO
HO
LiAlH
4
/THF/0ºC
42%
OBn
+
CHO
H
298 299
300
BnO
H
O
CH
2
Cl
2
, NbCl
5
-78ºC -50ºC
3 dias
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
176
......................................................................... 220
......................................................................... 221
.................. 222
................. 224
......................................................................... 219
301
H
HO
OH
223
H
BnO
HO
H
2
, Pd-C
4 atm, 4h
99%
H
HO
OH
H
I
I
223
224
Me
3
SiI /CHCl
3
5 dias
70%
302 303
CO
2
H CO
2
Me
MeOH/H
2
SO
4
76%
H
I
I
224
OMe
O
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 20 min.
OMe
O
-78ºC 0ºC
30 min.
85%
H
I
CO
2
Me
286a
H
H
I
CO
2
Me
H
+
286b
303
H
I
CO
2
Me
286a
H
H
I
CO
2
Me
H
+
286b
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 3 horas
57%
H
MeO
O
H
MeO
O
+
287
288
18 : 82
CO
2
H CO
2
t
Bu
/H
2
SO
4
CH
2
Cl
2
70%
302 304
......................................................................... 225
H
I
I
224
Ot-Bu
O
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 20 min.
Ot-Bu
O
-78ºC 0ºC
30 min.
92%
H
I
CO
2
t-Bu
305a
H
H
I
CO
2
t-Bu
H
+
305b
304
.................. 226
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
177
.......... 227
H
I
CO
2
t-Bu
305a
H
H
I
CO
2
t-Bu
H
+
305b
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
306
307
42 : 58
LDA/HMPA/THF
-78ºC → 0ºC
3h
77%
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
306
307
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
308
309
Br
Br
NBS, luz
peróxido de benzoíla
3 horas
95%
42 : 58
42 : 58
.......... 228
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
308
309
Br
Br
(+)-Baquenolida A
H
O
O
184
(+)-7-epi-Baquenolida A
H
O
O
226
Ag
2
O, CCl
4
refluxo, 3 h
68%
+
42 : 58
42 : 58
.......... 229
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
178
7.1 – Preparação da (1
R
,2
S
,7
R
,8
S
)–triciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dieno–3,6–diona
(45).
66a
O
O
+
MeOH/ 1h
-78ºC 0ºC
98%
43
44
O
O
H
H
45
Procedimento: Para uma solução de 1,00 g (9,25 mmol) da benzoquinona (43) em 33 mL
de metanol, mantida a –78
º
C, adicionou–se gota a gota uma solução do ciclopentadieno
(43) recentemente desdimerizado (0,63 g, 9,5 mmol em 8 mL de metanol também
resfriado). A reação foi abandonada deixando reagir até o banho atingir a temperatura
ambiente (cerca de 1 hora). Ao final da reação o solvente foi removido sob pressão
reduzida e os cristais foram lavados com hexano gelado e secados a vácuo.
Rendimento: 1,58 g (9,07mmol) – 98%
Pf: 63–65
o
C
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,44 (dtt, 1H, J
1
= 8,4 Hz; J
2
= J
3
= 1,7 Hz; J
4
= J
5
=
0,7 Hz); 1,55 (dt, 1H, J
1
= 8,4 Hz; J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 3,20–3,26 (m, 2H); 3,53 – 3,58 (m,
2H); 6,07 (t, 2H, J
1
= J
2
= 1,7 Hz); 6,58 (sl, 2H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 48,3 (CH); 48,7 (CH
2
); 48,7 (CH); 135,3 (CH);
142,0 (CH); 199,4 (C=O).
IR ν
máx.
(KBr): 1053 cm
–1
, 1279 cm
–1
, 1662 cm
–1
, 2948 cm
–1
, 2991 cm
–1
, 3421 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (18,2%); 146 (5,4%), 108 (3,5%), 91 (8,7%); 66
(100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
179
7.2 – Preparação do (1
R
,2
S
,3
R
,6
S
,7
R
,8
S
)–triciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dieno–3,6–
diol (136).
68
OH
HO
H
H
O
O
H
H
45 136
NaBH
4
CeCl
3
.7H
2
O
94%
Procedimento: Para uma solução do aduto 45 (358 mg, 2,00 mmol em 40 mL de
metanol) resfriada a –25ºC, foi adicionado CeCl
3
.7H
2
O (1,51 g, 4,05 mmol) deixando–se
agitar fortemente por 5 minutos. Em seguida, adicionou–se NaBH
4
(200 mg, 5,20 mmol)
e após cerca de 1minuto o resfriamento foi removido e a reação mantida sob agitação por
mais 10 minutos. Adicionou–se água ao meio reacional (5 mL) deixando–se agitar por
mais 5 minutos e depois removeu–se boa parte do metanol misturado à água, utilizando
pressão reduzida. Após remoção de boa parte do solvente reacional, adicionou–se mais
água (15 mL) ao meio e extraiu–se com CH
2
Cl
2
(5 porções de 30 mL). As fases orgânicas
foram reunidas e secadas com MgSO
4
anidro e o solvente foi removido sob pressão
reduzida. Foi obtido um sólido branco que foi lavado com hexano gelado e novamente
secado a vácuo.
Rendimento: 335 mg (1,88 mmol) – 94%
Ponto de fusão: 129–131
º
C
RMN–
1
H (MeOD – d
4
, 400 MHz), δ (ppm): 1,25–1,30 (sl, 2H); 2,76–2,83 (m, 2H); 2,96–
3,02 (m, 2H); 4,34–4,42 (m, 2H); 4,89(sl, OH + metanol); 5,24 (sl, 2H); 5,73–5,77 (m,
2H).
RMN–
13
C (MeOD – d
4
, 100 MHz) δ (ppm): 43,4(CH); 49,8 (CH
2
); 67,7 (CH);
131,4(CH); 136,7 (CH).
IR
ν
máx
.(KBr): 707 cm
–1
; 1054 cm
–1
; 1352 cm
–1
; 2944 cm
–1
; 3000–3600 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (1%); 112 (1,9%), 111 (5,3%), 95 (30,2%); 66
(100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
180
7.3 – Preparação do diacetato de (1
R
,2
S
,3
R
,6
S
,7
R
,8
S
)– triciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–
dieno–3,6–di–ilo (144).
72
OAc
AcO
H
OH
HO
H
H
136
144
Ac
2
O/CH
2
Cl
2
Et
3
N/0ºC
98%
H
Procedimento: Foram misturados 612 mg (6,00 mmol, 0,56 mL) de anidrido acético em
606 mg (6,00 mmol, 0,84 mL) de Et
3
N a 0ºC e sob atmosfera inerte de N
2
Em seguida
adicionou–se o diol 136 (360 mg, 2,02 mmol) juntamente com quantidades catalíticas de
DMAP. Deixou–se reagir por 5 minutos a 0ºC e depois por mais 25 min. à temperatura
ambiente. Ao final da reão adicionou–se ao meio 10 mL de solução saturada de NaCl e
extraiu–se com éter dietílico várias vezes (5 porções de 25 mL). As fases orgânicas foram
reunidas e lavadas com água (duas porções de 20 mL) e depois solução saturada deNaCl
(20mL) e em seguida, foi secada com MgSO
4
anidro. O solvente removido sob pressão
reduzida obtendo–se um sólido branco e puro.
Rendimento: 518 mg (1,98 mmol) – 98%
Ponto de fusão: 70–72
º
C
RMN –
1
H (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 1,19 (dl, 1H, J = 8,4 Hz); 1,24 (dt, 1H, J
1
= 8,4; J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 2,73–2,78 (m, 2H); 2,94–3,00 (m, 2H); 5,25–5,35 (m, 4H); 5,75 (t, 2H, J
1
=
J
2
=
1,6 Hz ).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 21,0 (CH
3
); 38,0 (CH); 45,8 (CH); 48,4 (CH
2
);
69,4 (CH
2
); 128,0 (CH); 135,4 (CH); 170,5 (C=O).
IR
ν
máx
.(KBr): 724 cm
–1
; 1022 cm
–1
; 1243 cm
–1
; 1740 cm
–1
; 2979 cm
–1
, 3054 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (0,3%); 203 (2,7%), 137 (9,7%), 95 (51,1%); 66
(100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
181
7.4 – Preparação acetatato de (±)–(1
S
,2
R
,3
S
,6
R
,7
S
,8
R
)–6–
hidroxitriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dien–3–ilo (145).
74
OAc
AcO
H
144
H
OH
AcO
H
145
H
NaH / tolueno
Procedimento: A uma solução contendo 100 mg (0,38 mmol) do diacetato 144 em 2,0
mL de tolueno anidro, sob atmosfera de N
2
, adicionou–se NaH 50–60% (18 mg, 0,38
mmol). A reação foi mantida à temperatura ambiente por 3 horas e neste caso não se
observou consumo do material de partida e nem a formação de produtos. Adicionou–se
mais 3 equivalentes de NaH e aqueceu–se o sistema a refluxo, deixando reagir por mais 3
horas. Após o consumo de todo o material de partida o sistema foi resfriado a 0ºC e à
mistura reacional adicionou–se água gelada (10 mL) deixando agitar por 1 minuto. A
mistura reacional foi extraída com acetato de etila (4 porções de 25 mL) e as fases
orgânicas foram reunidas e secadas com sulfato de magnésio anidro. O solvente foi
removido sob pressão reduzida e o resíduo obtido foi purificado por cromatografia em
coluna de sílica “flash” (200–400 mesh), utilizando–se como eluente uma mistura de
hexano/acetato de etila 7:3.
Rendimento: 64 mg (0,29 mmol) – 76%
RMN –
1
H (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 1,30 (d, 1H, J = 8,2 Hz); 1,36 (dt, 1H, J
1
= 8,2
Hz; J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 2,12 (s, 3H); 2,80 – 2,90 (m, 2H); 3,02 (ddd, 1H; J
1
= 9,1 Hz; J
2
= 8,7
Hz; J
3
= 3,6 Hz); 3,05 – 3,10 (m, 1H); 4,47 (dq, 1H, J
1
= 8,6 Hz; J
2
= J
3
=
J
4
= 2,8 Hz); 5,29
(dt, 1H, J
1
= 10,5; J
2
= J
3
= 2,8 Hz); 5,36 (dq, 1H, J
1
= 8,7 Hz; J
2
= J
3
=
J
4
= 2,8 Hz); 5,47 (dt,
1H, J
1
= 10,5 Hz; J
2
= J
3
= 2,8 Hz); 5,81 (dd, 1H; J
1
= 5,6 Hz; J
2
= 2,8 Hz); 5,88 (dd, 1H, J
1
= 5,6 Hz; J
2
= 2,8 Hz).
IR
ν
máx.
(KBr): 736 cm
–1
, 1030 cm
–1
; 1238 cm
–1
, 1668 cm
–1
, 1738 cm
–1
; 2948, 3102–3702
cm
–1
.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
182
7.5 – Preparação do meso–(1
R
,2
S
,3
R
,6
S
,7
R
,8
S
)–triciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dieno–
3,6–diol (136) a partir de 144.
t-BuOK/THF
OAc
AcO
H
144
H
OH
AcO
H
145
H
Procedimento: A uma solução contendo 45 mg (0,38 mmol) de t–BuOK 95% em 1,0 mL
de THF anidro, sob atmosfera de N
2
, adicionou–se o diacetato 144 (100 mg, 0,38 mmol)
dissolvido em 1,0 mL do mesmo solvente. A reação foi mantida a temperatura ambiente
por 3 horas e neste caso não se observou consumo do material de partida. Adicionou–se
mais 3 equivalentes de t–BuOK deixando reagir por mais 3 horas à refluxo. Após este
período observou–se o consumo total do material de partida e sendo assim adicionou-se
água ao meio reacional e extraiu-se com acetato de etila (4 porções de 25 mL). As fases
orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em seguida secada
com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão reduzida obtendo-se um
produto com boa pureza.
Rendimento: 59 mg (0,27 mmol) – 71%
RMN –
1
H (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 1,30 (d, 1H, J = 8,2 Hz); 1,36 (dt, 1H, J
1
= 8,2
Hz; J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 2,12 (s, 3H); 2,80 – 2,90 (m, 2H); 3,02 (ddd, 1H; J
1
= 9,1 Hz; J
2
= 8,7
Hz; J
3
= 3,6 Hz); 3,05 – 3,10 (m, 1H); 4,47 (dq, 1H, J
1
= 8,6 Hz; J
2
= J
3
=
J
4
= 2,8 Hz); 5,29
(dt, 1H, J
1
= 10,5; J
2
= J
3
= 2,8 Hz); 5,36 (dq, 1H, J
1
= 8,7 Hz; J
2
= J
3
=
J
4
= 2,8 Hz); 5,47 (dt,
1H, J
1
= 10,5 Hz; J
2
= J
3
= 2,8 Hz); 5,81 (dd, 1H; J
1
= 5,6 Hz; J
2
= 2,8 Hz); 5,88 (dd, 1H, J
1
= 5,6 Hz; J
2
= 2,8 Hz).
IR
ν
máx.
(KBr): 736 cm
–1
, 1030 cm
–1
; 1238 cm
–1
, 1668 cm
–1
, 1738 cm
–1
; 2948, 3102–3702
cm
–1
.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
183
7.6 – Preparação do acetato de (±)–(1
R
,2
S
,3
R
,6
R
,7
R
,8
S
)–6–
iodotriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dien–3–ilo (147).
75
OAc
AcO
H
H
SiIMe
3
/CCl
4
I
H
H
OAc
144 147
66%
Procedimento: A uma solução contendo 100 mg (0,38 mmol) do diacetato 144 em 3,0
mL de CCl
4
anidro, a 0ºC e sob atmosfera inerte de N
2
, adicionou–se 56 µL (0,39 mmol)
de Me
3
SiI. A mistura foi agitada por 5 minutos e após este tempo adicionou–se 15 mL de
água ao meio reacional deixando–se agitar por mais 5 minutos. A mistura reacional foi
extraída com várias porções de CCl
4
(4 porções de 20 mL). As fases orgânicas foram
reunidas e lavadas com uma solução de bissulfito de sódio 15%. Em seguida a fase
orgânica foi secada com MgSO
4
e o solvente removido sob pressão reduzida. O resíduo
obtido foi purificado por cromatografia em uma coluna de sílica “flash” (200–400 mesh),
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila 9,5:0,5. Obteve–se
um líquido amarelado de fácil decomposição.
Rendimento: 84mg (0,25 mmol) – 66%
RMN –
1
H (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 2,07 (s, 3H); 2,19–2,25 (m, 2H); 2,78 (tt, 1H, J
1
= J
2
=
6,7 Hz; J
3
= J
4
= 1,5 Hz ); 2,88–2,94 (m, 1H); 3,15 (dddd, 1H, J
1
= 10,1 Hz, J
2
= 8,1
Hz,
J
3
= 6,7 Hz, J
4
= 5,3 Hz); 3,36–3,46 (m, 1H); 5,09 (dd, 1H, J
1
= 3,8 Hz, J
2
= 2,5 Hz);
5,54 – 5,67 (m, 4H); 5,81 (ddd, 1H, J
1
= 9,4 Hz, J
2
=
3,8 Hz, J
3
= 1,5 Hz ).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 21,3 (CH
3
); 32,10 (CH
2
); 32,4 (CH); 41,8 (CH);
46,1 (CH); 50,8 (CH); 53,6 (CH); 81,4 (CH); 129,2 (CH); 129,6 (CH); 131,7 (CH); 133,5
(CH); 170,3 (C=O).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
184
7.7 – Preparação da (1
R
,2
S
,7
R
,8
S
)–triciclo[6.2.1.0
2,7
]undec–9–eno–3,6–diona (148).
76
O
O
H
H
O
O
H
H
45 148
Zn/AcOH
ultra som
98%
Procedimento: A uma solução contendo 970 mg (5,56 mmol) do aduto 45 em 7 mL de
HOAc glacial, adicionou–se Zn ativado (750 mg 11,5 mmol). A mistura foi posta para
reagir em um aparelho de ultra–som por duas horas. Após este tempo adicionou–se mais
Zn ativado (750 mg) e 7,0 mL de HOAc, glacial deixando reagir por mais duas horas sob
ultra–som. A mistura foi então filtrada e o resíduo foi lavado com 4 porções de 25 mL de
dicloro metano. O filtrado foi extraído com água (3 porções de 25 mL) e com solução
saturada de bicarbonato de sódio (2 porções de 25 mL). Estas fases aquosas foram
reunidas e novamente extraídas com dicloro metano (2 porções de 50 mL). Finalmente as
fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de bicarbonato de sódio e
depois secadas com sulfato de magnésio anidro. O solvente foi removido sob pressão
reduzida e o resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica “flash” (200–
400 mesh), utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila 8:2.
Obteve–se um óleo amarelado.
Rendimento: 960 mg (5,45 mmol) – 98%.
RMN –
1
H (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 1,29 (d, 1H, J = 8,7 Hz); 1,42 (dt, 1H, J
1
= 8,7
Hz; J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 2,18 – 2,31 (m, 2H); 2,51 – 2,64 (m, 2H); 3,10–3,20 (m, 2H); 3,35–
3,45 (m, 2H); 6,11 (t, 2H, J
1
= J
2
= 1,8 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 37,9 (CH
2
); 47,4 (CH); 48,7 (CH
2
); 51,8 (CH);
136,6 (CH); 209,4 (C=O).
IR ν
máx
.(KBr): 726 cm
–1
; 1158 cm
–1
; 1302 cm
–1
; 1704 cm
–1
; 2991 cm
–1
, 3541 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (9,8%); 148 (4,1%), 110 (19,2%), 82 (18,1%); 66
(100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
185
7.8 – Preparação do (1
R
,2
S
,3
R
,6
S
,7
R
,8
S
)–triciclo[6.2.1.0
2,7
]undec–9–eno–3,6–diol
(149).
O
O
H
H
148
NaBH
4
CeCl
3
.7H
2
O
–25ºC; 96%
OH
HO
H
H
149
Procedimento: A uma solução da diona 148 (460 mg, 2,61 mmol) em 45 mL de metanol,
resfriada a –25ºC, foi adicionado CeCl
3
.7H
2
O (2,05 g, 5,50 mmol) deixando–se agitar
fortemente por 5 minutos. Em seguida adicionou–se NaBH
4
(217 mg, 5,63 mmol)
deixando reagir por 2,5 horas. Após este tempo, adicionou–se água ao meio reacional
(cerca de 20 mL) deixando–se agitar por mais 5 minutos, e depois removeu–se boa parte
do metanol misturado à água, utilizando pressão reduzida. Em seguida, adicionou–se
mais água ao meio (10 mL) e extraiu–se com CH
2
Cl
2
(5 porções de 40 mL). As fases
orgânicas foram reunidas e secadas com MgSO
4
anidro e o solvente foi removido sob
pressão reduzida. Foi obtido um sólido branco que foi lavado com hexano gelado e
novamente secado a vácuo. O diol 149 se decompõe facilmente em CDCl
3
.
Rendimento: 453 mg (2,51 mmol) – 96%
Ponto de fusão: 118–120ºC
RMN–
1
H (CD
3
CN, 400 MHz), δ (ppm): 1,28 (d, 1H, J
1
= 7,8 Hz); 1,32 (dt, 1H, J
1
= 7,8
Hz, J
2
=J
3
= 1,7 Hz); 1,35–1,44 (m, 2H); 1,60–1,68 (m, 2H); 2,42–2,46 (m, 2H); 2,83–2,88
(m, 2H); 3,01 (d, 2OH, J
1
= 5,8 Hz); 3,90–4,01 (sl, 2H); 6,09 (t, 2H, J
1
= J
2
= 1,7 Hz).
RMN–
13
C (CD
3
CN, 100 MHz) δ (ppm): 28,1 (CH
2
); 46,0 (CH); 46,3 (CH); 52,6 (CH
2
);
66,9 (CH); 134,6 (CH).
IR ν
máx
.(KBr): 744 cm
–1
; 908 cm
–1
; 1039 cm
–1
; 1340 cm
–1
; 2947 cm
–1
, 3000–3700 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (0,4%); 123 (15,7%), 97 (9,5%), 79 (13,1%); 66
(100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
186
7.9 – Preparação do dimetanosulfonato de (1
R
,3
R
,6
S
,8
S
)–triciclo[6.2.1.0
2,7
]undec–9–
eno–3,6–di–ilo (150).
77
OH
HO
H
H
149
MsCl/Py
0ºC; 86%
OMs
MsO
H
H
150
Procedimento: A uma solução contendo 150 mg (0,83 mmol) do diol 149 em 4 mL de
piridina anidra, mantida a 0
º
C e sob atmosfera inerte de N
2
, adicionou–se lentamente
MsCl (0,42 mL, 5,4 mmol). Após 15 minutos a mistura foi abandonada, sem agitar, por 1
noite (mantida a 6
º
C). Após este tempo adicionou–se H
2
O gelada (15 mL) à mistura
reacional deixando agitar até chegar à temperatura ambiente (aproximadamente 40
minutos). O sólido formado foi filtrado em funil de vidro sinterizado e lavado com duas
porções de H
2
O (3 mL cada). Em seguida o sólido foi lavado com HCl 1 mol/L (2
porções de 5 mL) e depois novamente com duas porções de 3 mL de água. Após alguns
minutos sob sucção, lavou–se com duas porções de 3 mL de éter dietílico deixando secar
sob por 10 minutos. O sólido foi recolhido e secado a vácuo.
Rendimento: 240 mg (0,71 mmol) – 86%
Ponto de fusão: 110–112 ºC (ocorreu decomposição)
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,36 (dl, 1H, J
1
= 8,5 Hz); 1,56 (dt, 1H, J
1
= 8,5; J
2
= J
3
= 1,7 Hz); 1,61–1,72 (m, 2H); 1,90–2,02 (m, 2H); 2,90–2,95 (m, 2H); 3,04 (s, 6H);
3,09–3,13 (m, 2H); 4,97–5,10 (m, 2H); 6,26 (t, 2H, J
1
= J
2
= 1,7 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 24,9 (CH
2
); 38,6 (CH); 43,8 (CH); 45,7 (CH);
52,2 (CH
2
); 77,8 (CH); 134,3 (CH).
IR ν
máx
.(KBr): 525 cm
–1
; 830 cm
–1
; 943 cm
–1
; 1169 cm
–1
; 1359 cm
–1
,
2935 cm
–1
,
3017 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
13
H
20
O
6
S
2
Na
+
(MNa
+
), 359,0599; experimental: 359,0666
( de 19 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
187
7.10 – Preparação do (±)–(1
S
,6
S
,7
S
,8
R
)–6–bromotriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–2,9–dieno
(155).
OMs
MsO
H
H
150
KBr/DMF
Zn; 70ºC
H
Br
155
Procedimento: A uma solução contendo 202 mg (0,60 mmol) do dimesilato 150 em 3,5
mL de DMF anidro, sob atmosfera inerte de N
2
, adicionou–se KBr (287 mg, 2,4 mmol) e
Zn ativado (240 mg, 3,68 mmol). A mistura reacional foi então aquecida a 70
º
C por 48
horas, tempo necessário para que houvesse o consumo de todo o material de partida. A
mistura reacional foi filtrada e os sólidos retidos foram lavados com hexano. Em seguida
adicionou–se água ao meio (20 mL) e extraiu–se com 4 porções de 25 mL de hexano. As
fases orgânicas foram então reunidas e lavadas com duas porções de água (25 mL cada) e
em seguida secada com sulfato de magnésio anidro. O solvente foi removido sob pressão
reduzida e o resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica “flash” (200–
400 mesh), utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila 9:1.
Rendimento: 15 mg (0,067 mmol) 11%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,47 (d, 1H, J
1
= 8,5 Hz); 1,60 (dt, 1H, J
1
= 8,5
Hz; J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 2,06–2,36 (m, 4H); 2,69 (dl, 1H, J = 10,5 Hz); 3,14 (sl, 1H); 3,22 (sl,
1H); 3,32 (ddd, 1H, J
1
= 11,3 Hz; J
2
= 10,5 Hz; J
3
= 4,0 Hz); 5,46 (dd, 1H, J
1
= 5,3 Hz; J
2
=
2,7 Hz); 5,90 (dd, 1H, J
1
= 5,6 Hz; J
2
= 3,1 Hz); 6,11 (dd, 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 3,3 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 27,4 (CH
2
); 34,9 (CH
2
); 45,3 (CH); 48,2 (CH
2
);
48,7 (CH); 51,6 (CH); 55,7 (CH); 116,4 (CH); 129,8 (CH); 137,2 (CH); 142,4 (C).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
188
7.11 – Preparação do diacetato de 3,6–dioxociclo–hexa–1,4–dieno–1,4–di–ilo (162).
79
O
O
OH
HO
Ac
2
O
HClO
4
O
O
OAc
AcO
156
162
84%
Procedimento: Em um erlenmeyer contendo anidrido acético (4,0 mL) e a quinona 156
(1,00 g, 7,14 mmol) foi adicionado HClO
4
10% (0,2 mL) sob forte agitação e à
temperatura ambiente. Após 5 minutos, a reação foi resfriada a 0
º
C e assim mantida por
mais 5 minutos. A mistura reacional foi filtrada e lavada com uma porção de 2 mL de
anidrido acético gelado e depois várias porções de hexano, tudo em um funil de placa
sinterizada. Após secagem com vácuo obteve–se um sólido amarelo.
Rendimento: 1,35 g (6,02 mmol) – 84%
Ponto de fusão: 151 – 152
º
C
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 2,35 (s, 6H); 6,63 (s, 2H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 21,1(CH
3
); 122,2 (CH); 152,3 (C); 167,4 (C=O);
179,8 (C=O).
IR ν
máx
.(KBr): 1124 cm
–1
; 1195 cm
–1
; 1623 cm
–1
; 1683 cm
–1
; 1771 cm
–1
; 2938 cm
–1
; 3073
cm
–1
MS m/z (intensidade relativa): 140 (8,6%), 69 (13,8%), 43 (100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
189
7.12 – Preparação do diacetato de (±)–(1
S
,2
S
,7
S
,8
R
)–3,6–
dioxotriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dieno–2,5–di–ilo (163).
79
O
O
OAc
AcO
O
O
OAc
H
AcO
163
43
tubo selado
Benzeno/130 ºC
89%
+
162
Procedimento: Foram misturados 200 mg (0,89 mmol) do composto 162, 6 mL de
benzeno anidro e ciclopentadieno (43) (400 mg; 6,05 mmol) recentemente destilado. A
mistura foi realizada em um tubo de vidro (ampola) pirex que devidamente selado. A
ampola foi mantida a 130
º
C por 7 horas. Após este tempo reacional, o produto resultante
foi concentrado sob pressão reduzida e purificado por cromatografia em coluna de sílica–
gel, utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila (8:2). Obteve–se
um sólido branco.
Rendimento: 230 mg (0,79 mmol) – 89%
Ponto de fusão: 112 – 113
º
C
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,76 (dt, 1H, J
1
= 9,1 Hz, J
2
= J
3
= 1,5 Hz); 1,96
(dtdd, 1H,
1
= 9,1 Hz, J
2
= J
3
= 1,5 Hz, J
4
= 0,9 Hz, J
4
= 0,8 Hz); 2,10 (s, 3H); 2,28 (s, 3H);
3,08 (d, 1H, J = 4,0 Hz); 3,34 (dtd, 1H, J
1
= 3,0 Hz, J
2
= J
3
= 1,5 Hz, J
4
= 0,8 Hz); 3,43
(ddtd, 1H, J
1
= 4,0 Hz, J
2
= 2,9 Hz, J
3
= J
4
= 1,5 Hz, J
5
= 0,9 Hz); 5,99 (ddt, 1H, J
1
= 5,6 Hz,
J
2
= 3,0 Hz, J
3
= J
4
= 0,9 Hz); 6,38 (ddt, 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 2,9 Hz, J
3
= J
4
= 0,8 Hz); 6,46
(s, 1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 20,4 (CH
3
); 48,0 (CH
2
); 49,1 (CH); 53,1 (CH);
57,8 (CH); 85,3 (C); 128,7 (CH); 131,7 (CH); 139,7 (CH); 157,2 (C); 167,5 (C=O); 170,8
(C=O); 190,1 (C=O); 194,4 (C=O).
IR ν
máx
.(KBr): 738 cm
–1
; 1266 cm
–1
; 1684 cm
–1
; 1734 cm
–1
; 1775 cm
–1
; 2987 cm
–1
; 3054
cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 182 (13,2%), 140 (30,7%), 112 (15,8%); 69 (43%), 43
(100 %).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
190
7.13 – Preparação da (±)–(1
S
,2
S
,7
S
,8
R
)–5–hidroxi–2–metoxitriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–
4,9–dieno–3,6–diona (164).
131
O
O
OAc
H
AcO
O
O
MeO
OH
H
164
NaOH 20%
MeOH
76%
163
Procedimento: A uma solução do aduto 163 (100 mg; 0,34 mmol) em metanol (2 mL) foi
adicionada uma solução de NaOH 20% (0,34 mL). No momento da adição, a solução
tornou–se violeta e após consumo total do material de partida (3 minutos), a solução
tornou–se marrom. Boa parte do solvente foi então removido a sob pressão reduzida,
adicionando–se em seguida água destilada (10 mL) ao meio reacional. A solução foi
acidificada até pH entre 3–4 com HCl 3 mol/L, e em seguida extraída com éter etílico (5
x 30 mL). As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em
seguida secada com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão reduzida e o
produto foi purificado por cromatografia em coluna de sílica–gel, utilizando–se como
eluente uma mistura de hexano/acetato de etila (1:1).
Rendimento: 57 mg ( 0,26 mmol) – 76%)
Ponto de fusão: 112 – 113
º
C
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,72 (dt, 1H, J
1
= 9,0 Hz, J
2
= J
3
= 1,6 Hz)); 2,01
(dtt, 1H, J
1
= 9,0 Hz, J
2
= J
3
= 1,5 Hz, J
4
= J
5
= 0,6 Hz ); 3,13 (d; 1H, J = 4,2 Hz); 3,31 (s;
3H); 3,35 (dddd, 1H, J
1
= 3,1 Hz, J
2
= 1,6 Hz, J
3
= 1,5 Hz, J
4
= 0,8 Hz); 3,50 (ddddd, 1H, J
1
= 4,2 Hz, J
2
= 2,8 Hz, J
3
= 1,6 Hz, J
4
= 1,5 Hz, J
5
= 0,8 Hz); 6,05 (dddd, 1H, J
1
= 5,8 Hz, J
2
= 3,1 Hz, J
3
= 0,8 Hz, J
4
= 0,6 Hz); 6,11 (dddd, 1H, J
1
= 5,8 Hz, J
2
= 2,8 Hz, J
3
= 0,8 Hz, J
4
= 0,6 Hz); 6,24 (s, 1H); 7,38 (sl, 1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 47,1 (CH
2
); 48,1 (CH); 51,7 (CH); 53,3 (CH
3
);
54,9 (CH); 87,4 (C); 116,5 (CH); 135,5 (CH); 137,4 (CH); 159,1 (C); 195,4 (C=O); 196,8
(C=O).
IR
ν
máx
.(KBr): 1066 cm
–1
; 1254 cm
–1
; 1367 cm
–1
; 1716 cm
–1
; 1760 cm
–1
; 3106–3659 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (1%), 192 (25,9%), 164 (53,4%), 77 (48,3 %), 69
(100%), 66 (50%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
191
7.14 – Preparação da (±)–(1
S
,2
S
,7
S
,8
R
)–2–etoxi–5–hidroxitriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–
4,9–dieno–3,6–diona (165).
O
O
OAc
H
AcO
O
O
EtO
OH
H
165
NaOH 20%
EtOH
70%
163
Procedimento: A uma solução do aduto 163 (100 mg; 0,34 mmol) em etanol (2 mL) foi
adicionada solução NaOH 20% (0,34 mL). No momento da adição, a solução tornou–se
violeta e após consumo total do material de partida (aproximadamente 10 minutos), a
solução tornou–se marrom. Boa parte do solvente foi então removido a sob pressão
reduzida, adicionando–se em seguida água destilada (10 mL) ao meio reacional. A solução
foi então acidificada até pH entre 3–4 com HCl 3 mol/L, sendo em seguida extraída com
éter etílico (5 x 30 mL). As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada
de NaCl e em seguida secada com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão
reduzida e o produto foi purificado por cromatografia em coluna de sílica–gel,
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila (1:1).
Rendimento: 56 mg ( 0,24 mmol, 70%)
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,17 (t, 3H, J
1
= J
2
= 7,1 Hz); 1,71 (dt; 1H, J
1
= 8,8
Hz, J
2
= J
3
= 1,5 Hz); 2,04 (dl; 1H, J = 8,8 Hz); 3,11 (d; 1H, J = 4,1 Hz); 3,35 (m; 1H);
3,43–3,52 (m, 3H); 6,04 (dd; 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 3,3 Hz); 6,09 (dd; 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
=
2,7 Hz); 6,22 (s; 1H), 7,16 (sl, 1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 15,4 (CH
3
); 47,1 (CH
2
); 48,1 (CH); 52,0(CH);
55,4(CH); 61,2 (CH
2
); 87,0 (C); 116,5 (CH); 135,5 (CH); 137,3 (CH); 159,3 (C); 195,5
(C=O); 197,3 (C=O)
.
IR ν
máx
.(KBr): 738 cm
–1
; 1082 cm
–1
; 1266 cm
–1
; 1752 cm
–1
; 2980 cm
–1
; 3102–3712 cm
–1
.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
192
7.15 – Preparação do acetato de (±)–(1
S
,2
S
,7
S
,8
R
)–5–hidroxi–3,6–
dioxotriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dien–2–ilo (166) – Método 1.
80
O
O
OAc
H
AcO
O
O
AcO
OH
H
166
H
2
SO
4
10 mol/L
CTAB
82%
163
Procedimento: Foram misturados 100 mg (0,34 mmol) do composto 163 em 0,5 mL de
H
2
SO
4
10 mol/L e 13 mg (0,034 mmol) de CTAB. Após 10 minutos foi observado o
consumo total do material de partida 163. Ao meio reacional foram adicionados 15 mL
de H
2
O e a mistura foi extraída com 4 porções de 20 mL de éter dietílico. As fases
orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl (1 porção de 20 mL) e
em seguida secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão reduzida e o
resíduo purificado por cromatografia em coluna de sílica–gel, utilizando–se como eluente
uma mistura de hexano/acetato de etila (1:1).
Rendimento: 70 mg ( 0,28 mmol) – 82%
Ponto de fusão: 152– 153 ºC
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,77 (dt; 1H, J
1
= 9,3 Hz, J
2
= J
3
= 1,5 Hz); 2,00
(dl; 1H, J = 9,3 Hz); 2,10 (s, 3H); 3,17 (d; 1H, J = 4,3 Hz); 3,49 (m; 1H); 3,35 (m, 1H);
6,05 (dd; 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 3,0 Hz); 6,16 (dd; 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 2,7 Hz); 6,19 (s; 1H),
7,43 (sl, OH).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 20,6 (CH
3
); 48,0 (CH
2
); 49,0 (CH); 52,9(CH);
56,1(CH); 85,0(C); 115,0 (CH); 133,6 (CH); 137,8 (CH); 159,0 (C); 170,6 (C=O); 194,3
(C=O); 194,5 (C=O).
IR ν
máx
.(KBr): 729 cm
–1
; 1032 cm
–1
; 1231 cm
–1
; 1374 cm
–1
; 1659 cm
–1
; 1688 cm
–1
; 1739
cm
–1
; 2839–3670 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 206 (55,8%), 150 (36,7%), 69 (42,5%), 66 (35%), 43
(100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
193
7.16 – Preparação do acetato de (±)–(1
S
,2
S
,7
S
,8
R
)–5–hidroxi–3,6–
dioxotriciclo[6.2.1.0
2,7
]undeca–4,9–dien–2–ilo (166) – Método 2.
81
O
O
OAc
H
AcO
O
O
AcO
OH
H
166
163
NaN
3
/ MeOH
t.a./4 horas
59%
Procedimento: Foram misturados 100 mg (0,34 mmol) do composto 163 em 3 mL de
MeOH/DMF (3:1). Em seguida adicionou–se 110 mg (1,70 mmol) de NaN
3
deixando
reagir à temperatura ambiente por 4 horas. Após este tempo isolou–se o produto formado
adicionado 10 mL de água e extraiu–se em seguida com 4 porções de 20 mL de éter
etílico. As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em
seguida secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão reduzida e o
resíduo purificado por cromatografia em coluna de sílica–gel, utilizando–se como eluente
uma mistura de hexano/acetato de etila (1:1).
Rendimento: 50 mg (0,20 mmol) – 59%
Ponto de fusão: 152– 153 ºC
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,77 (dt; 1H, J
1
= 9,3 Hz, J
2
= J
3
= 1,5 Hz); 2,00
(dl; 1H, J = 9,3 Hz); 2,10 (s, 3H); 3,17 (d; 1H, J = 4,3 Hz); 3,49 (m; 1H); 3,35 (m, 1H);
6,05 (dd; 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 3,0 Hz); 6,16 (dd; 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 2,7 Hz); 6,19 (s; 1H),
7,43 (sl, OH).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 20,6 (CH
3
); 48,0 (CH
2
); 49,0 (CH); 52,9(CH);
56,1(CH); 85,0(C); 115,0 (CH); 133,6 (CH); 137,8 (CH); 159,0 (C); 170,6 (C=O); 194,3
(C=O); 194,5 (C=O).
IR
ν
máx
.(KBr): 729 cm
–1
; 1032 cm
–1
; 1231 cm
–1
; 1374 cm
–1
; 1659 cm
–1
; 1688 cm
–1
; 1739
cm
–1
; 2839–3670 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 206 (55,8%), 150(36,7%), 69 (42,5%), 66 (35%), 43
(100%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
194
7.17 – Preparação da ciclo–hepta–2,4,6–trien–1–ona (139).
83
O
139
SeO
2
/Dioxano
KH
2
PO
4
(aq)
39%
167
Procedimento: A uma solução contendo 95 mL de 1,4–dioxano, 14,0 mL de 1,3,5–
cicloeptatrieno 97% (12,1 g, 131 mmol), uma mistura de 3,80 g de KH
2
PO
4
/ 9,3 g de
H
2
O e 10 mg de hidroquinona foram adicionados 15,15 g (133,8 mmol) de SeO
2
(98%).
A mistura foi agitada fortemente e aquecida a 90ºC por 15 horas. Ao final das 15 horas o
aquecimento foi interrompido e 300 mL de H
2
O destilada foram adicionados ao meio
reacional filtrando–se em seguida a vácuo. O filtrado foi então extraído com 4 porções de
100 mL de CH
2
Cl
2
. As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com 3 porções de 50 mL
de solução saturada de NaHCO
3
. Por fim a fase orgânica foi secada com MgSO
4
anidro e
o solvente foi removido sob pressão reduzida. Foi obtido um resíduo escuro que foi
destilado em sistema de destilação curta (short–path) a 0,5 mmHg e 90
o
C, obtendo–se
um líquido amarelo e viscoso.
Rendimento: 5,43 g (51,2 mmols) – 39%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 300 MHz), δ (ppm): 6,95–7,20 (m, 6H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 75 MHz) δ (ppm): 134,9 (CH); 136,8 (CH); 142,2 (CH); 188,3
(C=O).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
195
7.18 – Preparação da (1
S
,2
R
,5
R
,6
S
)–triciclo[4.4.1.1
2,5
]dodeca–3,7,9–trien–11–ona
(140).
82
O
O
43
139 140
benzeno/90ºC/19h
84%
+
Procedimento: A uma solução, sob atmosfera inerte de N
2
, contendo 5,35 g (50,4 mmol)
de tropona (139) e 20 mL de benzeno seco, foram misturados 6,70 g (101 mmol) de
ciclopentadieno (43) recém destilado, aquecendo–se a 90 ºC por 15 horas. Após este
tempo mais um equivalente de ciclopentadieno (43) (3,35 g, 50,4 mmol) foi adicionado
deixando reagir por mais 4 horas nesta mesma temperatura. Em seguida, o solvente e boa
parte do ciclopentadieno em excesso foram removidos sob pressão reduzida e o resíduo
foi purificado por cromatografia em coluna de sílica “flash” (200–400 mesh), utilizando–
se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila 9:1. Obteve–se um sólido
branco.
Rendimento: 7,28 g (42,3 mmols) – 84%
Ponto de fusão: 72–73
o
C.
RMN–
1
H, (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,53 (dtt, 1H, J
1
= 11,5 Hz; J
2
= J
3
= 4,9 Hz; J
4
= J
5
= 1,3 Hz); 2,29 (dqt, 1H, J
1
= 11,5 Hz; J
2
= J
3
= J
4
= J
5
= 0,9 Hz,); 3,05 (dddd, 2H, J
1
= 4,9;
J
2
= 3,3; J
4
= 2,2; J
5
= 0,9 Hz); 3,24 (ddt, 2H, J
1
= 7,0; J
2
= 2,2; J
3
= J
4
= 0,9); 5,69 (ddd, 2H,
J
1
= 9,1 Hz, J
2
= 7,0 Hz, J
3
= 3,0 Hz); 5,98–6,05 (m, 4H).
RMN–
13
C, (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 33,2 (CH
2
); 48,6 (CH); 57,9 (CH); 126,9 (CH);
128,3 (CH); 135,5 (CH); 208,8 (C=O).
IR
ν
máx.
(KBr): 732 cm
–1
, 1684 cm
–1
, 1711 cm
–1
, 2935 cm
–1
, 3024 cm
–1
, 3406 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa):172 [M
+.
] (5,3%), 128 (6,2%), 107 (100%), 79 (8,4%), 77
(19,2), 66 (48,0%), 51 (19,8%) 39 (41,3%).
Análise Elementar: calc. para C
12
H
12
O, C: 83,69, H: 7,02; experimental: C: 83,81, H:
6,90.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
196
7.19 – Preparação da oxima da (±)–(1
S
,2
R
,5
R
,6
S
)–triciclo[4.4.1.1
2,5
]dodeca–3,7,9–
trien–11–ona (141) – Método 1.
84
O
N
OH
140
141
NH
2
OH.HCl
MeOH/NaOAc
30-46%
Procedimento: A uma solução contendo 5,02 g (29,1 mmol) da cetona 140 e 150 mL de
metanol, adicionou–se NaOAc (1,43 g, 17,4 mmol) e NH
2
OH.HCl (10,10 g, 145 mmols).
A mistura ficou sob agitação magnética por 3 dias observando–se a formação de produtos,
mas não o consumo total do material de partida 140. À mistura reacional adicionou–se
um excesso de 4,03 g (58,2 mmol) de NH
2
OH.HCl aquecendo–se a refluxo por 12 horas.
Ainda assim, o composto 140 não foi totalmente consumido. A reação foi interrompida
cessando o aquecimento e evaporando–se a maior parte do solvente. Em seguida
adicionou–se 120 mL de H
2
O destilada e extraiu–se com acetato de etila (4 vezes de 100
mL). As fases orgânicas foram reunidas e lavada com uma porção de 50 mL de solução
saturada de NaCl e depois secada com MgSO
4
. O solvente foi removido sob pressão
reduzida e as substâncias 140 e 141 foram separadas por cromatografia em coluna de
sílica, utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila (8:2).
Rendimento: composto 141 – 1,63 g (8,73 mmols) – 30%
Composto 140 (recuperado) – 3,03 g.
Ponto de fusão: 125–165
o
C (O produto se decompõe nesta faixa de temperatura)
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,38 (dtt, 1H, J
1
= 11,1 Hz; J
2
= J
3
= 5,0 Hz; J
4
= J
5
= 1.0 Hz); 2,03 (dqt, 1H, J
1
= 11,1 Hz; J
2
= J
3
= J
4
= J
5
= 0,8 Hz); 2,86–2,91 (m, 1H); 2,91–
2,96 (m, 1H); 3,21 (dddd, 1H, J
1
= 6,6 Hz; J
2
= 3,8; J
3
= 3,0; J
4
= 0,8 Hz); 4,23 (ddt, 1H, J
1
=
8,0 Hz; J
2
= J
3
= 3,0 Hz; J
4
= 0,8 Hz); 5,85–6,04 (m, 6H); 8,10 (sl, 1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 33,8 (CH
2
); 39,5 (CH); 45,7 (CH); 47,2 (CH);
47,7 (CH); 126,2 (CH); 127,5 (CH); 131,2 (CH); 133,3 (CH); 134,9(CH); 135,0 (CH);
158,7 (C=NOH).
IR
ν
máx.
(KBr): 732 cm
–1
, 852 cm
–1
, 1346 cm
–1
, 1455 cm
–1
, 1588 cm
–1
, 2933 cm
–1
, 3267
cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 187 [M
+.
] (6,3%), 170 [M
+
–OH] (24%), 121 (93,4%), 104
(12%), 91 (14,8%), 78 (100%), 66 (14,1%), 39 (24,5%).
Análise Elementar: calc. para C
12
H
13
NO, C: 76,98, H: 7,00; N: 7,48 experimental: C:
77,40, H: 7,15, N: 7,59.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
197
7.20 – Preparação da oxima da (±)–(1
S
,2
R
,5
R
,6
S
)–triciclo[4.4.1.1
2,5
]dodeca–3,7,9–
trien–11–ona (141) – Método 2.
85
O
N
OH
140
141
NH
2
OH.HCl
piridina/refluxo
80%
Procedimento: Foram misturados 4,86 g (69,3 mmol) de NH
2
OH.HCl (96%) e 25 mL de
piridina deixando sob agitação e a temperatura ambiente por 10 minutos. Em seguida
adicionou–se 3,0 g (17,4 mmol) da cetona 140 deixando reagir por 3 horas a refluxo. A
piridina foi então destilada e ao resíduo adicionou–se 150 mL de CH
2
Cl
2
, lavando em
seguida com 2 porções de 50 mL de H
2
O. A fase orgânica foi secada com MgSO
4
e o
solvente foi removido sob pressão reduzida. O resíduo obtido foi purificado por
cromatografia em coluna de sílica “flash” (200–400 mesh), utilizando–se como eluente
uma mistura de hexano/acetato de etila 8:2.
Rendimento: 2,62g (14,0 mmols) – 80%
Ponto de fusão: 125–165
o
C (O produto se decompõe nesta faixa de temperatura)
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,38 (dtt, 1H, J
1
= 11,1 Hz; J
2
= J
3
= 5,0 Hz; J
4
= J
5
= 1.0 Hz); 2,03 (dqt, 1H, J
1
= 11,1 Hz; J
2
= J
3
= J
4
= J
5
= 0,8 Hz); 2,86–2,91 (m, 1H); 2,91–
2,96 (m, 1H); 3,21 (dddd, 1H, J
1
= 6,6 Hz; J
2
= 3,8; J
3
= 3,0; J
4
= 0,8 Hz); 4,23 (ddt, 1H, J
1
=
8,0 Hz; J
2
= J
3
= 3,0 Hz; J
4
= 0,8 Hz); 5,85–6,04 (m, 6H); 8,10 (sl, 1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 33,8 (CH
2
); 39,5 (CH); 45,7 (CH); 47,2 (CH);
47,7 (CH); 126,2 (CH); 127,5 (CH); 131,2 (CH); 133,3 (CH); 134,9(CH); 135,0 (CH);
158,7 (C=NOH).
IR ν
máx.
(KBr): 732 cm
–1
, 852 cm
–1
, 1346 cm
–1
, 1455 cm
–1
, 1588 cm
–1
, 2933 cm
–1
, 3267
cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 187 [M
+
] (6,3%), 170 [M
+
–OH] (24%), 121 (93,4%), 104
(12%), 91 (14,8%), 78 (100%), 66 (14,1%), 39 (24,5%).
Análise Elementar: calc. para C
12
H
13
NO, C: 76,98, H: 7,00; N: 7,48 experimental: C:
77,40, H: 7,15, N: 7,59.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
198
7.21 – Preparação da (±)–(1
S
,2
R
,5
R
,6
S
,7
Z
,9
Z
)–11–azatriciclo[4.4.2.1
2,5
]trideca–3,7,9–
trien–12–ona (142).
86
NH
O
141
142
TsCl/Py
DMAP
65ºC/4h
59%
N
OH
Procedimento: A uma solução contendo 1,0 g (5,3 mmol) da oxima 141 em 30 mL de
piridina foram adicionados 2,60 g (13,4 mmol) de TsCl (recristalizado) e 10 mg de
DMAP, deixando agitar à temperatura ambiente por 30 minutos. Em seguida a mistura
por aquecida a 65
º
C por 3,5 horas. A piridina foi destilada a vácuo e ao meio reacional
foram adicionados 50 mL de H
2
O. O resíduo foi extraído com de AcOEt (3 porções de
50 mL) e as fases orgânicas foram reunidas e secadas com MgSO
4
anidro. O resíduo foi
purificado por cromatografia em uma coluna de sílica “flash” (200–400 mesh),
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila – gradiente de
concentração 3:7, 2:8.
Rendimento: 590 mg (3,15 mmol) – 59%
Ponto de fusão: 161–162
o
C.
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500MHz), δ (ppm): 1,60 (ddt, 1H, J
1
= 12,1 Hz; J
2
= J
3
= 6,3 Hz; J
4
=
1,9 Hz); 2,25 (dtt, 1H, J
1
= 12,1 Hz; J
2
= J
3
= 1,5 Hz; J
4
= J
5
= 0,7 Hz); 2,99 (ddt, 2H, J
1
= J
2
= 6,3 Hz; J
3
= 2,9 Hz; J
4
= 1,5 Hz); 3,64 (dddd, 1H, J
1
= 9,6 Hz; J
2
= 6,3 Hz; J
3
= 1,9 Hz; J
4
=
1,0 Hz); 3,81 (dt, J
1
= 7,8 Hz; J
2
= J
3
= 6,3 Hz); 5,81 (ddd, 1H, J
1
= 5,9Hz; J
2
= 2,9 Hz, J
3
=
0,7 Hz); 5,95–6,09 (m, 4H); 6,10 (dd, 1H, J
1
= 5,9 Hz; J
2
= 2,9 Hz; J
3
= 0,7 Hz); 6,27 (sl,
1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 33,9 (CH
2
); 45,5 (CH); 47,9 (CH); 50,7 (CH);
53,8 (CH); 127,4 (CH); 128,3 (CH); 132,9 (CH); 133,5 (CH); 135,5 (CH); 137,5 (CH);
174,4 (C=O).
IR ν
máx.
(KBr): 715 cm
–1
, 1652 cm
–1
, 2917 cm
–1
, 3191 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 187 [M
+.
] (7.5%), 93 (25.7%), 86 (46.5%), 84 (69.1%), 67
(25.3%), 51 (34.4%), 49 (100%), 35 (15.7%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
199
7.22 – Preparação da (±)–(1
S
,2
R
,5
R
,6
S
,7
Z
,9
Z
)–11–[(4–metilfenil)sulfonil]–11–
azatriciclo[4.4.2.1
2,5
]trideca–3,7,9–trien–12–ona (170).
89
NH
O
NTs
O
142
170
1. LiHMDS/THF;
-78ºC, 30min.
2. TsCl; t.a.; 1,5 h
98%
Procedimento: A uma solução contendo 6,0 mL de THF anidro e 1,03 mL (4,73 mmol)
de HMDS (hexametildisilazano), sob atmosfera de N
2
, foram adicionados 2,0 mL (3,66
mmol) de uma solução de n–BuLi, a 25
º
C. Em seguida a mistura foi refluxada por 30
minutos e então resfriada até –78
º
C. Adicionou–se a esta mistura refrigerada uma solução
contendo 500 mg (2,67 mmol) da lactama 142 em 3,0 mL de THF anidro, deixando
reagir por 1,0 hora nesta temperatura. Após este tempo foram adicionados 935 mg (4,80
mmol) de TsCl deixando a temperatura do sistema reacional chegar até a ambiente. Após
1,5 horas de agitação (a 25
º
C) adicionou–se 30 mL de uma solução saturada de NH
4
Cl
extraindo a fase aquosa com éter etílico (5 porções de 60 mL). As fases orgânicas foram
reunidas e lavadas uma vez com solução saturada de NaCl e em seguida secadas com
MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão reduzida e o resíduo obtido foi
purificado por cromatografia em uma coluna de sílica “flash” (200–400 mesh),
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila – 8:2.
Rendimento: 895 mg (2,62 mmol) – 98%
Ponto de fusão: 214–215
o
C.
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,63 (dddd, 1H, J
1
= 12,3 Hz; J
2
= 6,9 Hz; J
3
= 5,8
Hz; J
4
= 1,7 Hz); 2,23 (dt, 1H, J
1
= 12,3 Hz; J
2
= J
3
= 1,6 Hz); 2,38 (s, 3H); 3,00 (ddd, 1H,
J
1
= 7,1 Hz; J
2
= 5,8 Hz; J
3
= 2,9 Hz); 3,28 (dt, 1H, J
1
= J
2
= 6,9 Hz; J
3
= 3,0 Hz); 3,68
(ddd,1H, J
1
= 10,3 Hz; J
2
= 7,1 Hz, J
3
= 1,7 Hz); 5,41 (dd, 1H, J
1
= 8,3 Hz; J
2
= 6,9 Hz);
5,79 (dddd, 1H, J
1
= 13,0 Hz; J
2
= 10,3 Hz; J
3
= 1,7 Hz, J
4
= 0,7 Hz); 5,83 (ddd, 1H, J
1
=
5,7 Hz; J
2
= 3,0 Hz, J
3
= 1,6 Hz); 6,03 (ddd, 1H, J
1
= 13,0 Hz, J
2
= 8,7 Hz; J
3
= 0,8 Hz); 6,07
(ddd, 1H, J
1
= 5,7 Hz; J
2
= 2,9 Hz; J
3
= 1,6 Hz); 6,16 (ddd, 1H, J
1
= 12,6 Hz; J
2
= 8,7 Hz; J
3
= 0,7 Hz); 6,26 (dddd, 1H, J
1
= 12,6 Hz, J
2
= 8,3 Hz, J
3
= 1,7 Hz, J
4
= 0,8 Hz); 7,23 (d, 2H,
J = 8,1 Hz); 7,71 (d, 2H, J = 8,1 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 21,6 (CH
3
); 33,2 (CH
2
); 45,2 (CH); 47,2 (CH);
52,6 (CH); 55,3 (CH); 128,2 (CH); 128,4 (CH); 128,6 (CH); 128,9 (CH); 130,9 (CH);
132,0 (CH); 136,0 (CH); 136,1 (CH); 136,4 (CH); 144,0(CH); 171,2 (C=O).
IR ν
máx.
(KBr): 547 cm
–1
, 598 cm
–1
, 687 cm
–1
, 1162 cm
–1
, 1675 cm
–1
, 2993 cm
–1
,3009 cm
–1
,
3358 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 186 [M
+.
–Ts] (54,7%), 155 (21,3 %), 120 (49,6%), 91 (100
%), 66 (47,9 %), 65 (92 %), 39 (68,6%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
200
7.23 – Preparação da (±)–
N
–[(1
S
,2
R
,3
Z
,5
Z
,7
S
,8
R
)–7–(hidroximetil)biciclo[6.2.1]undeca–
3,5,9–trien–2–ilo]–4–metilbenzenosulfonamida (171).
90
NTs
O
TsHN
OH
171
170
LiAlH
4
/THF
2h, t.a, 96%
Procedimento: A uma suspensão contendo 10 mL de THF anidro e 253 mg (6,33 mmol)
de LiAlH
4
95%, sob atmosfera inerte de N
2
, foi adicionada uma mistura contendo 1,08 g
(3,16 mmol) da lactama tosilada 170 dissolvida em 20 mL de THF anidro. A adição foi
efetuada de maneira lenta e a temperatura ambiente. Após 2 horas de reação o sistema foi
resfriado a 0ºC e adicionou–se lentamente uma solução saturada de Na
2
SO
4
(aproximadamente 30 mL). A mistura foi extraída com 3 porções de 60 mL de CHCl
3
e
as fases orgânicas foram reunidas e secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido
sob pressão reduzida e o resíduo foi purificado por cromatografia em uma coluna de sílica
“flash” (200–400 mesh), utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de
etila 1:1.
Rendimento: 1,05 g (3,04 mmol) 96%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,74 (ddd, 1H, J
1
= 13,9 Hz; J
2
= 1,0 Hz; J
3
= 0,8
Hz); 1,80 (sl, 1H); 2,06 (dt, 1H, J
1
= 13,9; J
2
= J
3
= 9,5 Hz); 2,29 (dddt, 1H, J
1
= 8,8 Hz,
J
2
=J
3
= 7,1 Hz, J
4
= 2,5 Hz; J
5
= 0,9 Hz); 2,41 (s, 3H); 2,73 (dddd, 1H, J
1
= 9,5 Hz; J
2
= 3,2
Hz; J
3
= 2,5 Hz; J
4
= 1,0 Hz); 3,17 (tddd, 1H, J
1
= J
2
= 9,5 Hz; J
3
= 3,0 Hz; J
4
= 1,3 Hz; J
5
=
0,8 Hz); 3,56 (d, 2H, J = 7,1 Hz); 4,19 (dt, 1H, J
1
= J
2
= 9,5; J
3
= 8,1 Hz); 4,89 (d, 1H, J =
9,5 Hz); 5,32 (dddd, 1H, J
1
= 11,3 Hz; J
2
= 8,8 Hz; J
3
= 2,0 Hz; J
4
= 0,8 Hz); 5,53 (dddd,
1H, J
1
= 11,6 Hz; J
2
= 8,1 Hz; J
3
= 1,8 Hz; J
4
= 0,8 Hz); 5,66 (dddt, 1H, J
1
= 5,5 Hz; J
2
= 3,0
Hz; J
3
= 2,0 Hz, J
4
= 0,8 Hz); 5,76 (ddd, 1H, J
1
= 5,5 Hz, J
2
= 3,2 Hz; J
3
= 1,3 Hz); 5,81
(ddd, 1H, J
1
= 11,6 Hz; J
2
= 2,0 Hz; J
3
= 1,8 Hz); 5,97 (dddd, 1H, J
1
= 11,3 Hz, J
2
= 2,0 Hz;
J
3
= 1,8 Hz; J
4
= 0,9 Hz); 7,26 (d, 2H, J = 8,3 Hz); 7,70 (d, 2H, J = 8,3 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 125 MHz) δ (ppm): 21,4(CH
3
); 34,6 (CH
2
); 45,0 (CH); 46,3 (CH);
47,2 (CH); 53,2(CH); 66,0 (CH
2
); 127,0 (CH); 128,4(CH); 128,7 (CH); 129,4 (CH);
131,6 (CH); 133,6(CH); 134,9 (CH); 135,0(CH); 138,1 (C); 143,1 (C).
IR ν
máx
.(KBr): 680 cm
–1
, 730 cm
–1
, 1154 cm
–1
, 1328 cm
–1
, 2600–3700 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): 279 (34,4%), 124 (18,9%), 106 (53%), 91 (100%), 80
(69,9%), 66 (36,1%), 43 (40,8%), 39 (32%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
201
7.24Preparação do (±)–{(1
R
,2
S
,3
Z
,5
Z
,7
R
,8
S
)–7–[(4–metilbenzeno
sulfonil)amino]biciclo[6.2.1]undeca–3,5,9–trien–2–ilo}metil metanosulfonato (172).
70
TsHN
OH
TsHN
OMs
MsCl/Py
0ºC RT
2h; 93%
171
172
Procedimento: A uma solução contendo 675 mg (1,95 mmol) do álcool 171 e 3,5 mL de
piridina, sob atmosfera inerte de N
2
e a 0ºC, adicionou–se lentamente 0,23 mL (2,93
mmol) de MsCl deixando, em seguida, a temperatura se elevar até a ambiente. Após 2
horas à temperatura ambiente adicionou–se H
2
O ao meio reacional (aproximadamente
20 mL) deixando agitar por 15 minutos. A mistura reacional foi extraída com de éter
dietílico (3 porções de 50 mL) e as fases orgânicas foram reunidas e lavadas com 2 porções
de 25 mL de uma solução 10% de CuSO
4
. A fase orgânica foi secada com MgSO
4
anidro
e o solvente removido sob pressão reduzida. O resíduo foi purificado por cromatografia
em coluna de sílica “flash” (200–400 mesh), utilizando–se como eluente uma mistura de
hexano/acetato de etila 1:1.
Rendimento: 1,22 g (2,88 mmol) – 93%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,76 (dddd, 1H, J
1
= 13,9 Hz; J
2
= 1,0 Hz; J
3
= 1,3
Hz; J
3
= 0,5 Hz); 2,09 (dt, 1H, J
1
= 13,9; J
2
= J
3
= 9,6 Hz); 2,42 (s, 3H); 2,57 (ddt, 1H, J
1
=
8,9 Hz, J
2
=J
3
= 6,8 Hz, J
4
= 3,2 Hz); 2,78 (dddt, 1H, J
1
= 9,6 Hz, J
2
= 3,2 Hz; J
3
= 2,8 Hz, J
4
= J
5
= 1,0 Hz); 3,01 (s, 3H); 3,14 (dddt, 1H, J
1
= 9,6 Hz, J
2
= 8,2 Hz; J
3
= 2,8 Hz, J
4
= J
5
= 1,3
Hz); 4,11 (dd, 1H, J
1
= 9,3 Hz; J
2
= 6,8 Hz); 4,14 (dd, 1H, J
1
= 9,3 Hz; J
2
= 6,8 Hz); 4,15
(dt, 1H, J
1
= 10,1 Hz; J
2
= J
3
= 8,2 Hz); 4,84 (d, 1H, J = 10,1 Hz); 5,36 (ddd, 1H, J
1
= 11,4
Hz; J
2
= 8,9 Hz; J
3
= 2,1 Hz); 5,50 (ddd, 1H, J
1
= 11,6 Hz; J
2
= 8,2 Hz; J
3
= 2,1 Hz); 5,71
(dddd, 1H, J
1
= 6,0 Hz; J
2
= 2,8 Hz; J
3
= 1,0 Hz; J
4
= 0,5 Hz); 5,76 (ddd, 1H, J
1
= 6,0 Hz, J
2
= 2,8 Hz; J
3
= 1,3 Hz); 5,81 (dt, 1H, J
1
= 11,6 Hz; J
2
= J
3
= 2,1 Hz); 6,01 (dt, 1H, J
1
= 11,4
Hz, J
2
= J
3
= 2,1 Hz); 7,27 (d, 2H, J = 8,3 Hz); 7,70 (d, 2H, J = 8,3 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 125 MHz) δ (ppm): 21,4(CH
3
); 34,4 (CH
2
); 37,4 (CH
3
); 43,4(CH);
44,8 (CH); 46,9 (CH); 53,8(CH); 71,7 (CH
2
); 127,0 (CH); 127,8(CH); 129,5 (2 CH);
132,5 (CH); 132,6(CH); 132,8 (CH); 135,2(CH); 138,0 (C); 143,2 (C).
IR ν
máx
.(KBr): 736 cm
–1
, 1160 cm
–1
, 1335 cm
–1
, 2939 cm
–1
, 3054 cm
–1
, 3284 cm
–1
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
20
H
26
NO
5
S
2
+
(MH
+
), 424,1252; experimental: 424,1319
( de 16 ppm – limite de 50 ppm)
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
202
7.25Preparação da (±)–4–metil–
N
–[(1
S
,2
R
,3
Z
,5
Z
,8
R
)–7–metilenobiciclo[6.2.1]undeca–
3,5,9–trien–2–ilo]benzenosulfonamida (173).
92
TsHN
OMs
TsHN
173
172
1. NaI/DMF, 80ºC
5h
2. DBN, 100ºC/3h
57%
Procedimento: A uma solução contendo 700 mg (1,65 mmol) do mesilato 172 e 3 mL de
DMF seco, sob atmosfera inerte de N
2
, adicionou–se 619 mg (4,13 mmol) de NaI anidro
deixando reagir a 80ºC por 5 horas. Em seguida adicionou–se 0,43 mL (3,30 mmol) de
DBN deixando reagir por 3 horas a 100ºC. Após este tempo foram adicionados 15 mL de
H
2
O ao meio reacional e extraiu–se com AcOEt (3 porções de 50 mL). As fases orgânicas
foram reunidas e lavadas com duas porções de 50 mL de HCl 1 mol/L e depois com uma
porção de 50 mL de uma solução saturada de NaHCO
3
. Após secar a fase orgânica com
MgSO
4
anidro, o solvente foi removido sob pressão reduzida e o resíduo purificado por
cromatografia em coluna de sílica “flash” (200–400 mesh), utilizando–se como eluente
uma mistura de hexano/acetato de etila – 8:2.
Rendimento: 308 mg (0,94 mmol) – 57%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,86 (dquint, 1H, J
1
= 13,9 Hz; J
2
= J
3
= J
4
= J
4
=
1,0 Hz); 2,07 (dt, 1H, J
1
= 13,9; J
2
= J
3
= 9,6 Hz); 2,42 (s, 3H); 2,81 (ddq, 1H, J
1
= 9,6 Hz,
J
2
= 2,0 Hz; J
3
= J
4
= J
5
= 1,0 Hz); 3,48 (dddt, 1H, J
1
= 9,6 Hz; J
2
= 3,0 Hz; J
3
= 2,0 Hz; J
4
= J
5
= 1,0 Hz); 3,70 (tt, 1H, J
1
= J
2
= 7,5 Hz; J
3
= J
4
= 1,0 Hz); 4,73 (q, 1H, J
1
= J
2
= J
3
= 1,8 Hz);
4,85 (q, 1H, J
1
= J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 4,98 (ddd, 1H, J
1
= 11,6 Hz; J
2
= 7,5 Hz; J
3
= 1,8 Hz);
5,03 (d, 1H, J = 7,5 Hz); 5,59 (ddt, 1H, J
1
= 5,6 Hz; J
2
= J
3
= 2,0 Hz; J
4
= 0,7 Hz); 5,70
(dddd, 1H, J
1
= 11,6 Hz; J
2
= 2,5 Hz; J
3
= 1,8 Hz; J
4
= 1,0 Hz); 5,76 (ddt, 1H, J
1
= 5,6 Hz, J
2
= 3,0 Hz; J
3
= J
4
= 1,0 Hz); 5,86 (ddd, 1H, J
1
= 11,6 Hz; J
2
= 2,5 Hz; J
3
= 1,8 Hz); 6,17 (dq,
1H, J
1
= 11,6 Hz, J
2
= J
3
= J
4
= 1,8 Hz); 7,28(d, 2H, J = 8,4 Hz); 7,73 (d, 2H, J = 8,4 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 125 MHz) δ (ppm): 21,5(CH
3
); 33,5 (CH
2
); 48,1 (CH); 52,2 (CH);
59,4 (CH); 113,6 (CH
2
); 127,0 (CH); 127,1(CH); 127,8 (2 CH); 129,5 (CH); 132,2 (CH);
136,5(CH); 136,7 (CH); 137,6(C); 143,2 (C); 148,3 (C).
IR
ν
máx
.(KBr): 1155 cm
–1
, 1327 cm
–1
, 1597 cm
–1
, 3242 cm
–1
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
19
H
22
NO
2
S
+
(MH
+
), 328,1371; experimental: 328,1417 (
de 14 ppm – limite de 50 ppm)
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
203
7.26Preparação do (±)–4–metil–N–((1S,2R,3Z,5Z,8R)–7–
metilenobiciclo[6.2.1]undeca–3,5,9–trien–2–ilo)–N–tosilbenzenosulfonamida (174).
93d
TsHN
N
173
174
1) NaH, DMF
80ºC; 2h
2) TsCl; 80ºC; 2h
TsTs
Procedimento: A uma suspensão contendo 0,5 mL de DMF seco e 10,0 mg (0,25 mmol)
de NaH 60%, sob atmosfera de N
2
, adicionou–se uma solução contendo 50 mg (0,15
mmol) de 173 dissolvidos em 1,0 mL de DMF seco. A mistura foi aquecida a 80ºC por 2
horas e após este tempo foram adicionados 57 mg (0,30 mmol) de TsCl (recristalizado em
éter) deixando sob agitação por mais duas horas nesta temperatura. Em seguida,
adicionou–se H
2
O ao meio reacional (10 mL) extraindo–se CHCl
3
(3 porções de 20 mL).
As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com uma solução saturada de NaCl (20 mL) e
posteriormente secada com MgSO
4
. O solvente foi removido sob pressão reduzida e o
resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica “flash” (200–400 mesh),
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila – 8:2.
Rendimento: 12 mg (0,025 mmol) – 17%
RMN –
1
H (CDCl
3
, 400 MHz) δ (ppm): 1,63(d, 1H, J = 13,9 Hz); 2,03 (dt, 1H, J
1
= 13,9;
J
2
= J
3
= 9,5 Hz); 2,44 (sl, 6H); 2,97 (d, 1H, J = 9,5 Hz); 3,48 (d, 1H, J = 9,5 Hz); 4,69 (d,
1H, J = 9,5 Hz); 4,78 (q, 1H, J
1
= J
2
=
J
3
= 1,8 Hz ); 4,91 (q, 1H, J
1
= J
2
=
J
3
= 1,8 Hz );5,70–
5,85 (m, 3H); 5,94 (ddd, 1H; J
1
= 11,1 Hz; J
2
= 9,1 Hz; J
3
= 1,7 Hz); 6,01–6,06 (dt, 1H, J
1
= 5,3; J
2
= J
3
= 2,2 Hz);); 6,29 (dq, 1H, J
1
= 12,1 Hz; J
2
= J
3
=
J
4
= 1,6 Hz ); 7,33 (d, 4H, J =
8,3 Hz); 7,90 (d, 4H, J = 8,3 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 21,6 (CH
3
); 36,7 (CH
2
); 49,5 (CH); 51,1 (CH);
68,6 (CH); 115,4 (CH
2
); 126,8 (CH); 128,3 (4 CH); 129,5 (5 CH); 129,7 (2 CH); 131,1
(CH); 135,8 (CH); 136,85 (CH); 144,7 (2 C); 148,0 (2C).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
204
7.27Preparação (±)–
N
–[(1
S
,2
R
,3
Z
,5
Z
,8
R
)–7–metilenobiciclo[6.2.1]undeca–3,5,9–
trien–2–ilo]–
N
–(metilsulfonil)metanosulfonamida (180).
97
N
TsHN
173
180
CH
3
Ts
CH
3
I / K
2
CO
3
MeOH /30h/refluxo
97%
Procedimento: A uma solução contendo 100 mg (0,305 mmol) de 173, 2,0 mL de
MeOH e 82 mg (0,60 mmol) de K
2
CO
3
anidro foi adicionado MeI (1,0 mL). O sistema
foi aquecido a 55
º
C observando–se o refluxo do MeI. Periodicamente (a cada 6 horas
mais ou menos) o MeI foi reposto ao meio reacional adicionando–se porções de de 1,0
mL. Após 30 h de reação observou–se o consumo total do material de partida. O solvente
e o MeI remanescente foram removidos sob pressão reduzida e ao resíduo foram
adicionados 20 mL de H
2
O extraindo–se com CHCl
3
(3 porções de 30 mL). As fases
orgânicas foram reunidas e secadas com MgSO
4
anidro. O resíduo foi purificado por
cromatografia em coluna de sílica “flash” (200–400 mesh), utilizando–se como eluente
uma mistura de hexano/acetato de etila – 8:2.
Rendimento: 101 mg (0,296 mmol) – 97%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,98 (dt, 1H, J
1
= 13,8 Hz; J
2
= J
3
= 1,0 Hz); 2,11
(dt, 1H, J
1
= 13,8; J
2
= J
3
= 9,5 Hz); 2,41 (s, 3H); 2,81 (ddq, 1H, J
1
= 9,5 Hz, J
2
= 2,2 Hz; J
3
= J
4
= J
5
= 1,0 Hz); 2,87 (s, 3H); 3,48–3,52 (m, 1H); 4,50 (dt, 1H, J
1
= 8,7; J
2
= J
3
= 1,0 Hz);
4,77 (q, 1H, J
1
= J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 4,87 (q, 1H, J
1
= J
2
= J
3
= 1,8 Hz); 5,17 (ddd, 1H, J
1
= 11,4
Hz; J
2
= 8,7 Hz; J
3
= 1,8 Hz); 5,52 (ddd, 1H, J
1
= 5,6 Hz; J
2
= 2,2 Hz; J
3
= 1,5 Hz); 5,73–
5,77 (m, 2H); 6,02 (ddd, 1H, J
1
= 11,9 Hz, J
2
= 2,5 Hz; J
3
= 1,9 Hz); 6,28 (dq, 1H, J
1
= 11,9
Hz, J
2
= J
3
= J
4
= 1,8 Hz); 7,27(d, 2H, J = 8,3 Hz); 7,65 (d, 2H, J = 8,3 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 125 MHz) δ (ppm): 21,5(CH
3
); 29,9 (CH
3
); 34,9 (CH
2
); 48,5 (CH);
49,4 (CH); 62,9 (CH); 114,1 (CH
2
); 127,4 (2 CH); 127,5(CH); 127,6 (CH); 128,2 (CH);
128,9 (CH); 129,4 (2 CH); 136,5 (CH e C); 137,0 (CH); 143,0 (C); 148,3 (C).
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
20
H
24
NO
2
S
+
(MH
+
), 342,1528; experimental: 342,1581 (
de 15 ppm – limite de 50 ppm)
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
205
7.28Preparação do éter dimetílico.
98
2 CH
3
OH
(l)
H
2
SO
4
(conc.)
CH
3
OCH
3
(g)
+ H
2
O
(l)
(I)
(H)
( J)
(G)
(F)
(C)
(E)
(A)
(D)
(B)
Água
Água
Água
Água
Condensador de
Dewar
Tubo com Sílica
KOH em
Pastilhas
Sílica
Banho a –35ºC
Manta
T
érmica
Éter dimetílico
Mangueira de Silicone
Procedimento: Foram misturados cautelosamente 75 mL de metanol e 75 mL de H
2
SO
4
concentrado.
xiii
A solução de metanol/ H
2
SO
4
foi então adicionada ao balão de três bocas
(B) adaptado com condensador (C) e funil de adição (A) (esquema acima), e, em seguida
aquecida com uma manta térmica, de maneira que a temperatura da mistura reacional
ficasse entre 145–155
º
C. Em poucos minutos percebeu–se a condensação do éter
dimetílico no balão (J), que se encontrava resfriado a –35
º
C e que tinha adaptado um
condensador de Dewar (I) (“dedo frio”) com gelo seco e etanol. Na medida em que se
coletou o éter dimetílico adicionou–se lentamente mais metanol ao meio reacional,
processo que é feito através do funil de adição (A). Com o desenvolver da reação verifica–
se o refluxo de água, que pode ser coletada pela abertura da torneira do condensador (C).
Por este processo conseguiu–se transformar em 5 horas, 800 mL de metanol em
aproximadamente 300 mL de éter dimetílico. O éter dimetílico foi mantido devidamente
refrigerado (ponto de ebulição = –23
º
C/760 mmHg) até o seu uso na síntese do sal de
oxônio, que deve ser feito logo em seguida a esta preparação.
xiv
xiii
Esta adição deve ser realizada em um béquer resfriado a 0
º
C, vertendo–se o ácido no metanol.
xiv
O éter dimetílico é bastante solúvel em água, etanol, acetona, dicloro metano e ácido sulfúrico.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
206
7.29Preparação do tetrafluorborato de trimetiloxônio.
98
4 (C
2
H
5
)O.BF
3
+ 6 CH
3
OCH
3
+ 3
3 (CH
3
)
3
O BF
4
+ 4 (C
2
H
5
)
2
O +
Cl
O
B(OCHCH
2
OCH
3
)
3
CH
2
Cl
CH
2
Cl
2
(F)
(E)
(G)
(B)
KOH em
Pastilhas
Sílica
Banho com Água 0
º
C
Éter dimetílico
Condensador de
Dewar
Agitador Mecânico
Entrada de
Nitrogênio
Mangueira de Silicone
Óleo Mineral
(A)
(D)
(C)
Procedimento: Ao balão de três bocas,
xv
adaptado com agitador mecânico (D),
xvi
condensador de Dewar (B) (“dedo frio”) e os demais acessórios mostrados na figura acima,
foram adicionados 80 mL de CH
2
Cl
2
anidro e 38,4 g (0,271 mol, 33,3 mL) de BF
3
.OEt
2
recém destilado.
xvii
Após a passagem de uma forte corrente de N
2
pelo sistema, o
condensador de Dewar é preenchido com etanol e gelo seco. Em seguida, um fluxo suave
de éter dimetílico
xviii
é borbulhado na mistura reacional até que sejam dissolvidos 75 mL
deste reagente, ou seja, até que seja atingida a marca de 190 mL do balão.
xix
Após este
procedimento, uma linha de gás inerte (N
2
) é conectada a um funil de adição de 50 mL,
que deverá conter 28,4 g (0,307 mol; 24,1 mL) de epicloridrina recém destilada. Em
seguida este funil deverá ser adaptado rapidamente na boca do balão reacional por onde
foi borbulhado o éter dimetílico e então iniciar a adição da epicloridrina, que deverá ser
feita lentamente (em aproximadamente 15 minutos). Assim que iniciada a adição da
epicloridrina deve–se iniciar também a agitação do meio reacional.
xx
Após a adição da
epicloridrina a reação é mantida por 2 horas sob forte agitação e em seguida é
xv
O balão deve ser previamente marcado de forma que se reconheça um volume em torno de 190 mL, pois,
mais tarde, será borbulhado éter dimetílico ao meio reacional (75 mL).
xvi
O agitador só deverá ser ligado quando requerido.
xvii
É extremamente necessário que o BF
3
.OEt
2
seja destilado minutos antes da preparação, por exemplo,
quando a preparação do éter dimetílico estiver quase concluída.
xviii
Conforme pode ser visto pela montagem acima, é importante que os sistemas de secagem estejam
devidamente preenchidos com KOH em pastilhas e sílica gel com indicador azul.
xix
Para borbulhar o éter dimetílico na mistura reacional basta mergulhar o balão (G) em um banho a 0
º
C ou
a temperatura ambiente. Quando o fluxo se torna muito forte deve–se utilizar um banho de gelo seco e
etanol para resfriar.
xx
O meio reacional deverá ser fortemente agitado. Note que durante todo o processo, especialmente após o
início da agitação mecânica, deve–se manter o condensador de Dewar devidamente preenchido com gelo
seco e etanol.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
207
abandonada sob agitação média por uma noite.
xxi
Será observada a formação de um sólido
branco que é o Me
3
O
+
BF
4
. No dia seguinte, em uma das bocas do balão reacional, é
adaptado um tubo de vidro contendo um cartucho de vidro sinterizado em uma das
pontas e que deve estar preso a uma rolha de borracha furada.
xxii
Na outra extremidade do
tubo de vidro é adaptada uma mangueira do tipo TIGON e que se encontra ligada a mais
dois “traps” de segurança. O solvente reacional é removido por sucção
xxiii
e deve ficar
contido nos “traps”. O sal de oxônio é lavado com mais duas porções de 100 mL de
CH
2
Cl
2
anidro e o solvente removido da mesma maneira, por sucção. Em seguida o sal é
secado em alto vácuo e armazenado em um dessecador que é colocado dentro de um
freezer.
xxiv
Rendimento: 29,1 g (0,197 mol) – 97%
xxi
A partir deste momento a refrigeração no condensador de Dewar pode ser interrompida simplesmente
deixando–se de adicionar mais gelo seco. No total (síntese do éter dimetílico e do sal de oxônio) são
necessários mais ou menos 4 kg de gelo seco, além de um banho termostático para manter o éter dimetílico
resfriado.
xxii
Nas outras duas bocas do balão podem ser colocadas duas tampas de borracha (“septa ruber” da
Aldrich
®
).
xxiii
Este procedimento pode ser feito com uma bomba de água. Alternativamente o solvente pode ser
removido com o auxílio de uma seringa de 50 mL que deverá ser adaptada diretamente ao tubo de vidro
que contém o cartucho sinterizado.
xxiv
O Me
3
O
+
BF
4
pode ser utilizado em até um mês mantendo–se devidamente puro.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
208
7.30 – Preparação do ácido β–vinilacrílico (281).
145
HO
2
CCO
2
H
281
CHO
i) K
2
S
2
O
5
/H
2
O
ii)
iii) NaOH
iv) HCl
rend. 59%
CO
2
H
294
Procedimento:. Em um balão de 3 bocas adaptado com agitação mecânica e condensador
de refluxo, foram dissolvidos 118 g (0,53 mol) de K
2
S
2
O
5
em 220 mL de água. Após a
completa dissolução do sal o sistema foi resfriado com um banho de gelo e adicionaram–
se, gota a gota, 29,0 g (0,52 mol) de acroleína (294) recém destilada. Após esta adição a
reação foi agitada à temperatura ambiente por duas horas. Em seguida, adicionaram–se
52,0 g de ácido malônico (0,50 mol) e a mistura foi refluxada por duas horas (refluxo
forte com a temperatura do banho em torno de 130
º
C). Após isso a mistura reacional foi
concentrada removendo–se o condensador e mantendo–se o aquecimento em torno de
110–115
º
C, até a mistura se tornar uma massa espessa. A mistura foi abandonada por
uma noite. Após este tempo o resíduo foi dissolvido em 120 mL de água e depositado em
uma cuba de cobre ( 2 L de capacidade). Foram adicionados gradualmente a este
resíduo, 300 g de NaOH, mantendo–o constantemente sob agitação a mecânica. Neste
momento há um forte aquecimento da mistura e é importante manter a agitação. Após
alguns minutos a mistura reacional torna–se muito espessa sendo impossível manter sob
agitação. A mistura foi abandonada mantendo–a em um banho com água ( 90
º
C) até
que se observe uma massa semi–cristalizada, ou seja, após mais ou menos 4h. Em seguida
a massa foi transferida para um béquer (5L) e adicionou–se gelo moído (700–800 g) e 500
mL de clorofórmio colocando–se a mistura sob forte agitação mecânica. A esta mistura
adicionou–se HCl (500 g de gelo + 500 mL de HCl concentrado = HCl 25% e a 0
º
C).
A adição foi realizada muito lentamente e sempre com a reposição de gelo junto ao meio,
para evitar que a temperatura se eleve. Após verificar que o pH do meio estava
suficientemente ácido (pH
2), separou–se a fase orgânica e extraiu–se a aquosa com
mais duas porções de 500 mL de clorofórmio. As fases orgânica foram reunidas e lavadas
com solução saturada de NaCl e em seguida secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi
removido sob pressão reduzida sem aquecer em banho térmico para evitar a polimerização
do produto. Obteve–se um sólido amarelo que foi dissolvido em benzeno e congelado
(procedimento necessário para um armazenamento adequado sem que o produto sofra
uma polimerização exagerada).
Rendimento: 29,0 g (0,295 mols) – 59%
Ponto de fusão: 70–72
º
C
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 5,56 (ddt, 1H, J
1
= 10,0 Hz; J
2
= 1,4 Hz; J
3
= J
4
=
0,6 Hz); 5,67 (ddt, 1H, J
1
= 16,9 Hz; J
2
= 1,4 Hz; J
3
= J
4
= 0,8 Hz); 5,92 (dtd, 1H, J
1
= 15,4
Hz; J
2
= J
3
= 0,8 Hz; J
4
= 0,6 Hz); 6,49 (dddd, 1H, J
1
= 16,9 Hz; J
2
= 10,8 Hz; J
3
= 10,0 Hz;
J
4
= 0,8 Hz); 7,36 (dddd, 1H, J
1
= 15,4 Hz; J
2
= 10,8 Hz; J
3
= 0,8 Hz; J
4
= 0,6 Hz).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
209
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 121,3 (CH); 126,8 (CH
2
); 134,5 (CH); 147,0
(CH); 172,6 (C).
IR ν
máx
.(KBr): 694 cm
–1
; 866 cm
–1
; 1010 cm
–1
; 1276 cm
–1
; 1600 cm
–1
; 1634 cm
–1
; 1702
cm
–1
; 2200–3310 cm
–1
.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
210
7.31 – Preparação do ácido tíglico (282).
146
O
NaCN
H
2
SO
4
40%
70%
HO CN
294
295
i) H
2
SO
4
100%
CN
ii) H
2
O
51%
CO
2
H
282
1ª Etapa – Síntese da (±)–2–hidroxi–2–metilbutanonitrila (295).
Procedimento: Dissolveu–se 50 g (0,97 mol) de NaCN em 120 mL de água e em seguida
adicionou–se a 2–butanona (295) (88,6 g, 110,1 mL, 1,23 mols). A esta mistura foram
adicionados, gota a gota, 210 g de uma solução 40% de H
2
SO
4
.
xxv
Após o término desta
adição (30 min.) deixou–se agitando por mais 30 minutos. Ao meio reacional foram
adicionados 300 mL de éter extraindo–se e separando–se as fases. A fase orgânica foi
reservada e a aquosa extraída com mais duas porções de éter (2 x 100 mL). As fases
orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em seguida secada
com MgSO
4
anidro. Solvente foi removido sob pressão reduzida e o resíduo foi destilado
(pressão reduzida de 23 mmHg) reservando–se a fração que destilou entre 96 e 97ºC.
Rendimento: 66 g (0,68 mol, 70%)
2ª Etapa: Síntese do ácido tíglico (282).
Procedimento: À 58 g (0,58 mol) da cianidrina 295, contida em um balão de 3 bocas,
adaptado com agitação mecânica, condensador de refluxo e funil de adição foram
adicionados lentamente 60 mL de H
2
SO
4
100%
xxvi
. Durante este processo deve–se deixar
o balão imerso em um banho com água (temperatura ambiente) para evitar o
aquecimento excessivo do meio reacional. Após isto a reação foi aquecida entre 125–
130ºC por 1 hora e então adicionaram–se 60 mL de H
2
O (3,3 mol) deixando–se sob
refluxo por mais 2 horas. Em seguida adaptou–se junto ao meio reacional um tubo de
vidro em forma de (U) e um condensador para destilação. Pelo tubo de vidro passou–se
uma corrente continua de vapor de água (gerado em um sistema ao lado) realizando a
destilação por arraste do ácido 282.
xxvii
O produto, juntamente com a água, foi coletado e
deixado em um freezer por 24 horas. O resíduo foi filtrado e secado, obtendo–se um
sólido branco.
Rendimento: 28,8 g (0,288 mol) – 51%
Ponto de fusão: 63 – 65
º
C
xxv
Este processo deve ser realizado em uma capela com exaustão eficiente, pois, durante a reação é liberado
HCN.
xxvi
Preparado a partir da mistura de 56 mL de H
2
SO
4
fumegante (20% de SO
3
) e 30 mL de H
2
SO
4
96%.
xxvii
Durante a destilação por arraste ocorre a cristalização do ácido tíglico (282) no condensador, o que pode
impedir a passagem de vapor. De tempos em tempos é preciso deixar escoar a água que resfria o
condensador para que o vapor arraste também os cristais formados.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
211
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,81–1,87 (m, 6H); 6,97–7,07 (m, 1H); 10,8–12,1
(sl, 1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 11,6 (CH
3
); 14,5 (CH
3
); 128,0 (C); 140,0 (CH);
173,9 (C=O).
IR ν
máx
.(KBr): 934 cm
–1
; 1160 cm
–1
; 1294 cm
–1
; 1430 cm
–1
; 1638 cm
–1
; 1686 cm
–1
; 2200–
3500 cm
–1
.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
212
7.32Preparação do (
2E
)–penta–2,4 dienoato de metila (296).
147
281
CO
2
H
MeOH/H
2
SO
4
hidroquinona
75%
296
CO
2
Me
Procedimento: Foram misturados 7,0 g (71 mmols) do ácido 281 e 500 mg de
hidroquinona em 40 mL de metanol. Em seguida adicionouse 1 mL de H
2
SO
4
concentrado e deixou–se reagir por 24 horas. Após este tempo removeu–se parte do
metanol sob pressão reduzida (30 mmHg) e a baixa temperatura (banho de água 0
º
C) e
adicionou–se gelo picado ao meio reacional (50 g) e depois 20 mL de água. A mistura
reacional foi extraída com 4 porções de 40 mL de éter e as fases orgânicas foram reunidas
e lavadas com solução saturada de bicarbonato de sódio (1 x 40 mL) e solução saturada de
NaCl (2 x 40 mL). A fase orgânica foi secada com MgSO
4
e o solvente removido sob
pressão reduzida (30 mmHg e banho de água à 0
º
C). O resíduo foi destilado em sistema
de destilação curta (“short path”) sob pressão reduzida de 30 mmHg e a uma temperatura
de 72–75
º
C, rendendo um líquido incolor.
Rendimento: 5,9 g (53 mmols) – 75%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 5,50 (dddd, 1H, J
1
= 10,0 Hz; J
2
= 1,5 Hz; J
3
= 0,8
Hz; J
4
= 0,7 Hz); 5,62 (ddt, 1H, J
1
= 17,0 Hz; J
2
= 1,5 Hz; J
3
= J
4
= 0,8 Hz); 5,92 (ddt, 1H, J
1
= 15,4 Hz; J
2
= 0,8 Hz; J
3
= J
4
= 0,7 Hz); 6,46 (dddd, 1H, J
1
= 17,0 Hz; J
2
= 11,0 Hz; J
3
=
10,0 Hz; J
4
= 0,7 Hz); 7,27 (ddt, 1H, J
1
= 15,4 Hz; J
2
= 11,0 Hz; J
3
= J
4
= 0,8 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 51,4 (CH
3
); 121,6 (CH); 125,5 (CH
2
); 134,6
(CH); 144,8 (CH); 167,1 (C).
IR
ν
máx
.(KBr): 1034 cm
–1
; 1438 cm
–1
; 1656 cm
–1
; 1732 cm
–1
; 2954 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (57,2%), 111 (23,6%); 97 (15,7 %), 81 (100%), 53
(98,5 %).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
213
7.33 – Preparação do (
2E
)–penta–2,4–dien–1–ol (283).
148
296
CO
2
Me
283
LiAlH
4
/éter
89%
OH
Procedimento: A uma suspensão mantida a 0
º
C contendo 1,2 g (30 mmol) de LiAlH
4
e
15 mL de éter anidro, adicionaram–se 3,01 g (26,9 mmol) do éster 296 dissolvidos em 20
mL de éter anidro. A mistura foi agitada sob atmosfera inerte de N
2
à temperatura
ambiente por 3h. Em seguida resfriou–se novamente a mistura reacional (0
º
C) e
adicionou–se de acetato de etila (5 mL) para decompor o LiAlH
4
remanescente. A mistura
reacional foi diluída com mais 25 mL de éter e tratada com água ( 10 mL). Em seguida
adicionou–se H
2
SO
4
20% (20 mL) e separou–se a fase orgânica A fase aquosa foi extraída
com mais 2 porções de éter (2 x 30 mL ) e então as fases orgânicas foram reunidas e
lavadas com solução saturada de bicarbonato de sódio (2 x 20 mL) e solução saturada de
NaCl (2 x 20 mL). A fase orgânica foi secada com MgSO
4
anidro e o solvente removido
sob pressão reduzida. O produto foi purificado por cromatografia em coluna de sílica gel
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila 8:2.
Rendimento: 2,02 g (23,9 mmols) – 89%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,50–2,00 (sl, 1H); 4,11–4,22 (m, 2H); 5,09 (dd,
1H, J
1
= 10,3 Hz; J
2
= 1,5 Hz); 5,21 (dd, 1H, J
1
= 16,7 Hz; J
2
= 1,5 Hz); 5,83 (dt, 1H, J
1
=
15,1 Hz; J
2
= J
3
= 5,8 Hz); 6,24 (dd, 1H, J
1
= 15,1 Hz; J
2
= 10,3 Hz); 6,35 (dt, 1H, J
1
= 16,7
Hz; J
2
= J
3
= 10,3 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 63,2 (CH
2
); 117,6 (CH
2
); 131,9 (CH); 132,4
(CH); 136,2 (CH).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
214
7.34 – Preparação do (2
E
)–2–metilbut–2–enoate de (2
E
)–penta–2,4–dien–1–ila
(285).
149
CO
2
H
O
O
282
285
i) C
2
O
2
Cl
2
/benzeno
ii)
OH
283
benzeno
70%
Procedimento: Foram misturados 1,0 g (10 mmol) de ácido tíglico (282) e 10 mL de
benzeno seco e em seguida adicionados, gota a gota, 5,7 mL de cloreto de oxalila 96% (62
mmol). Após a evolução de forte efervescência a mistura foi aquecida a 50
º
C por 1 hora.
Em seguida, o excesso de cloreto de oxalila, juntamente com o benzeno, foi removido sob
pressão reduzida. Foram adicionados mais 10 mL de benzeno seco ao meio reacional e
repetiu–se o procedimento de evaporação. Em seguida adicionaram–se 10 mL de benzeno
seco e resfriou–se o sistema à 0
º
C. Logo após adicionou–se o álcool 275 (672 mg, 8
mmol) e 1,0 mL de piridina anidra deixando–se reagir por uma noite. A mistura
reacional foi então diluída com 100 mL de éter e lavada com duas porções (30 mL) de
solução 15% de CuSO
4
e uma porção (30 mL) de solução saturada de NaCl. A fase
orgânica foi secada com MgSO
4
anidro e o solvente removido sob pressão reduzida. O
resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica gel utilizando–se como
eluente uma mistura de hexano/acetato de etila 8:2.
Rendimento: 931 mg (5,60 mmol) – 70%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 1,80 (dq, 3H, J
1
= 7,0 Hz, J
2
= J
3
= J
4
= 1,5 Hz);
1,85 (dq, 3H, J
1
= 1,4 Hz, J
2
= J
3
= J
4
= 1,2 Hz); 4,65–4,69 (m, 2H); 5,14 (d, 1H; J = 10,3
Hz); 5,25 (d, 1H; J = 16,4 Hz); 5,81 (dt, 1H, J
1
= 14,6 Hz, J
2
= J
3
= 6,2 Hz); 6,30 (ddt, 1H,
J
1
= 14,6 Hz, J
2
= 10,5 Hz, J
3
= J
4
= 1,3 Hz); 6,35 (dt, 1H, J
1
= 16,4 Hz, J
2
= J
3
= 10,5 Hz);
6,89 (qq, 1H, J
1 =
J
2
= J
3
= 7,0; J
4
= J
5
= J
6
= 1,4 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 125 MHz) δ (ppm): 12,0 (CH
3
); 14,3 (CH
3
); 64,4 (CH
2
); 118,3 (CH
2
);
127,5 (CH); 128,5 (C); 134,2 (CH); 136,0 (CH); 137,4 (CH); 167,7 (C=O).
IR
ν
máx
.(KBr): 734 cm
–1
; 910 cm
–1
; 1134 cm
–1
; 1260 cm
–1
; 1442 cm
–1
; 1606 cm
–1
; 1652
cm
–1
; 1712 cm
–1
; 2932 cm
–1
; 3088 cm
–1
.
MS m/z (intensidade relativa): [M
.+
] (12,5%), 121 (9%); 83 (100%), 67 (32,8%), 55
(74%).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
215
7.35 – Preparação do {[(2
E
)–penta–2,4–dien–1–iloxi]metil}benzeno (298).
152
OH
1) NaH/THF
2) BnBr
OBn
283
298
Procedimento: A uma suspensão contendo 6,50 g (135 mmol) de NaH 50% e 50 mL de
THF anidro adicionaram–se 7,50 g (89,3 mmol) do álcool 283 dissolvidos em 50 mL de
THF anidro e deixou–se reagir por 2 horas à temperatura ambiente. Em seguida resfriou–
se o meio reacional à 0
º
C e adicionou–se brometo de benzila (21,6 mL, 181 mmol)
deixando–se reagir por 18 horas à temperatura ambiente. Após este tempo adicionou–se
água (100 mL) ao meio reacional e extraiu–se com 3 porções de 100 mL de éter etílico. As
fases orgânicas foram reunidas e lavadas com 2 porções (2 x 50 mL) de solução saturada
de NaCl e secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão reduzida e o
resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica gel, utilizando–se como
eluente uma mistura de hexano/acetato de etila (9,5:0,5).
Rendimento: 14,0 g (80,3 mmol) – 90%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 4,03–4,09 (m, 2H); 4,49–4,53 (sl, 2H); 5,09 (dd,
1H, J
1
= 10,5 Hz; J
2
= 2,3 Hz); 5,21 (dd, 1H, J
1
= 16,5 Hz; J
2
= 2,3 Hz); 5,81 (dt, 1H, J
1
=
14,7 Hz; J
2
= J
3
= 6,0 Hz); 6,27 (ddt, 1H, J
1
= 14,7 Hz; J
2
= 10,5 Hz; J
3
= J
4
= 1,2 Hz); 6,36
(dt, 1H, J
1
= 16,5 Hz; J
2
= J
3
= 10,5 Hz); 7,24–7,39 (m, 5H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 70,2 (CH
2
); 72,1 (CH
2
); 117,5 (CH
2
); 127,6
(CH); 127,7 (CH); 128,3 (CH); 130,0 (CH); 133,2; 136,3 (CH); 138,2(C).
IR ν
máx
.(KBr): 698 cm
–1
; 736 cm
–1
; 908 cm
–1
; 1110 cm
–1
; 1604 cm
–1
.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
216
7.36 – Preparação do (±)–(1
R
,2
S
,6
S
)–2–[(benziloxi)metil]–1,6–dimetilciclo–hex–3–
eno–1–carbaldeido (300).
151
OBn
+
CHO
H
298 299
300
BnO
H
O
CH
2
Cl
2
, NbCl
5
-78ºC -50ºC
3 dias
45%
Procedimento: Foram misturados à –78
º
C 117 mg (0,43 mmol) de NbCl
5
e 2 mL de
CH
2
Cl
2
anidro e, em seguida, adicionou–se o tiglaldeído (299) (579 mg, 6,88 mmol)
dissolvido em 2 mL do mesmo solvente anidro, deixando–se agitar por 2 minutos. Após
isso, adicionou–se o dieno 298 (300 mg, 1,72 mmol) em 2 mL de CH
2
Cl
2
anidro
(também à –78
º
C) deixando–se nesta temperatura por 30 minutos. Após este tempo a
reação foi transferida para um banho térmico e mantida à –50
º
C por 3 dias. Ao meio
reacional foram adicionados 20 mL de água e a mistura foi extraída com 4 porções de 20
mL de CH
2
Cl
2
. As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de
NaCl (2 x 20 mL) e em seguida secada com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob
pressão reduzida e o resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica gel,
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila (9,5:0,5).
Rendimento: 200 mg (0,774 mmol) – 45%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 0,89 (dl, 3H, J
1
= 6,6 Hz); 1,02 (s; 3H); 1,68–1,78
(m; 1H); 2,10–2,17 (m; 1H); 2,14–2,24 (m; 1H); 2,33–2,41 (m, 1H); 3,45 (dd; 1H, J
1
=
9,9 Hz, J
2
= 4,1 Hz); 3,52 (dd; 1H, J
1
= 9,9 Hz, J
2
= 7,5 Hz); 4,40 (d; 1H; J = 11,8 Hz); 4,44
(d; 1H; J = 11,8 Hz), 5,56–5,61 (m, 1H); 5,72–5,76 (m, 1H); 7,20–7,38 (m, 5H); 9,62 (s,
1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 125 MHz) δ (ppm): 14,7 (CH
3
); 16,2 (CH
3
); 29,0 (CH); 30,8 (CH
2
);
44,6 (CH); 49,2 (C); 70,0 (CH
2
); 72,9 (CH
2
); 125,3 (CH); 127,5 (CH); 127,6 (CH); 127,7
(CH); 128,4 (CH); 137,8 (C); 206,7 (CHO)
.
IR
ν
máx
.(KBr): 676 cm
–1
; 1100 cm
–1
; 1478 cm
–1
; 1720 cm
–1
; 2854 cm
–1
; 2924 cm
–1
; 3036
cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
17
H
23
O
2
+
(MH
+
), 259,1698; experimental: 259,1787 ( de
34 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
217
7.37 – Preparação do (±)–{(1
R
,2
S
,6
S
)–2–[(benziloxi)metil]–1,6–dimetilciclo–hex–3–en–
1–ilo}metanol (301).
H
300
BnO
H
O
H
301
BnO
HO
LiAlH
4
/THF/0ºC
84%
Procedimento: A uma suspensão, mantida à 0ºC, contendo 30 mg (0,75 mmol) de
LiAlH
4
95% e 2 mL de THF anidro , adicionou–se o composto 300 (165 mg, 0,64 mmol)
dissolvido em 2 mL do mesmo solvente. A mistura foi agitada por 1 hora e ao final
adicionou–se lentamente ao meio reacional água (10 mL). A mistura reacional foi
extraída com éter (4 x 20 mL) e as fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução
saturada de NaCl (2 x 10 mL). Depois de secada com MgSO
4
anidro o solvente foi
removido sob pressão reduzida e o resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de
sílica–gel, utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila (9:1).
Rendimento: 140 mg (0,54 mmol) – 84%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 0,82 (d; 3H, J = 6,6 Hz); 0,89 (s; 3H); 1,60–1,74
(m, 2H); 1,94 (dddd; 1H, J
1
= 13,0 Hz; J
2
= 4,8 Hz; J
3
= 2,3 Hz; J
4
= 1,0 Hz); 2,27 (dddd;
1H, J
1
= 8,8 Hz; J
2
= 5,2 Hz; J
3
= 2,4 Hz; J
4
= 1,7 Hz); 3,36 (dd, 1H, J
1
= 10,1 Hz, J
2
= 2,4
Hz); 3,38 (d; 1H, J = 11,9 Hz); 3,50 (d; 1H, J = 11,9 Hz); 3,55 (dd; 1H, J
1
= 10,1 Hz, J
2
=
8,8 Hz); 4,53 (sl, 2H); 5,48 (ddt; 1H, 1H, J
1
= 10,0 Hz; J
2
= 5,2 Hz; J
3
= J
4
= 1,0 Hz) 5,65
(ddt; 1H, 1H, J
1
= 10,0 Hz; J
2
= 4,8 Hz; J
3
= J
4
= 1,7 Hz); 7,27–7,40 (m, 5H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 15,0 (CH
3
); 16,1 (CH
3
); 29,3 (CH); 31,9 (CH
2
);
39,0 (C); 43,7 (CH); 68,2 (CH
2
); 71,0 (CH
2
); 73,6 (CH
2
); 126,4 (CH); 128,0 (CH); 128,0
(CH); 127,6 (CH); 128,1 (CH); 128,6 (CH); 137,2 (C).
IR
ν
máx
.(KBr): 698 cm
–1
; 736 cm
–1
; 1092 cm
–1
; 1494 cm
–1
; 2880 cm
–1
; 2962 cm
–1
; 3024
cm
–1
; 3140–3658 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
17
H
25
O
2
+
(MH
+
), 261,1855; experimental: 261,1924 ( de
26 ppm – limite de 50 ppm).
Análise Elementar: calc. para C
17
H
24
O
2
, C:78,42, H: 9,29; experimental: C: 78,80, H:
9,54.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
218
7.38 Preparação do (±)–{(1
R
,2
S
,6
S
)–2–[(benziloxi)metil]–1,6–dimetilciclo–hex–3–en–
1–ilo}metanol (293) sem a purificação do aduto 300.
H
301
BnO
HO
LiAlH
4
/THF/0ºC
42%
OBn
+
CHO
H
298 299
300
BnO
H
O
CH
2
Cl
2
, NbCl
5
-78ºC -50ºC
3 dias
Procedimento: Foram misturados à –78
º
C 405 mg (1,50 mmol) de NbCl
5
e 7 mL de
CH
2
Cl
2
anidro e, em seguida, adicionou–se o tiglaldeído (299) (2,02 g, 24,0 mmol)
dissolvido em 7 mL do mesmo solvente anidro, deixando–se agitar por 2 minutos. Após
isso, adicionou–se o dieno 298 (1,05 g, 6,00 mmol) em 7 mL de CH
2
Cl
2
anidro (também
à –78
º
C) deixando–se nesta temperatura por 30 minutos. Após este tempo a reação foi
transferida para um banho térmico e mantida à –50
º
C por 3 dias. Ao meio reacional
foram adicionados 50 mL de água e a mistura foi extraída com 4 porções de 50 mL de
CH
2
Cl
2
. As fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl (2 x
30 mL) e em seguida secada com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão
reduzida e o resíduo foi dissolvido em 20 mL de THF anidro e adicionado a uma
suspensão, mantida à 0
º
C, contendo 1,0 g (25 mmol) de LiAlH
4
95% e 10 mL do mesmo
solvente. A mistura foi agitada por 1 hora e ao final adicionou–se lentamente ao meio
reacional água (40 mL). A mistura reacional foi extraída com éter (4 x 50 mL) e as fases
orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl (2 x 30 mL). Depois de
secar com MgSO
4
anidro o solvente foi removido sob pressão reduzida e o resíduo foi
purificado por cromatografia em coluna de sílica–gel, utilizando–se como eluente uma
mistura de hexano/acetato de etila (9,5:0,5).
Rendimento: 656 mg (2,52 mmol) – 42%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 0,82 (d; 3H, J = 6,6 Hz); 0,89 (s; 3H); 1,60–1,74
(m, 2H); 1,94 (dddd; 1H, J
1
= 13,0 Hz; J
2
= 4,8 Hz; J
3
= 2,3 Hz; J
4
= 1,0 Hz); 2,27 (dddd;
1H, J
1
= 8,8 Hz; J
2
= 5,2 Hz; J
3
= 2,4 Hz; J
4
= 1,7 Hz); 3,36 (dd, 1H, J
1
= 10,1 Hz, J
2
= 2,4
Hz); 3,38 (d; 1H, J = 11,9 Hz); 3,50 (d; 1H, J = 11,9 Hz); 3,55 (dd; 1H, J
1
= 10,1 Hz, J
2
=
8,8 Hz); 4,53 (sl, 2H); 5,48 (ddt; 1H, 1H, J
1
= 10,0 Hz; J
2
= 5,2 Hz; J
3
= J
4
= 1,0 Hz) 5,65
(ddt; 1H, 1H, J
1
= 10,0 Hz; J
2
= 4,8 Hz; J
3
= J
4
= 1,7 Hz); 7,27–7,40 (m, 5H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz) δ (ppm): 15,0 (CH
3
); 16,1 (CH
3
); 29,3 (CH); 31,9 (CH
2
);
39,0 (C); 43,7 (CH); 68,2 (CH
2
); 71,0 (CH
2
); 73,6 (CH
2
); 126,4 (CH); 128,0 (CH); 128,0
(CH); 127,6 (CH); 128,1 (CH); 128,6 (CH); 137,2 (C).
IR ν
máx
.(KBr): 698 cm
–1
; 736 cm
–1
; 1092 cm
–1
; 1494 cm
–1
; 2880 cm
–1
; 2962 cm
–1
; 3024
cm
–1
; 3140–3658 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
17
H
25
O
2
+
(MH
+
), 261,1855; experimental: 261,1924 ( de
26 ppm – limite de 50 ppm).
Análise Elementar: calc. para C
17
H
24
O
2
, C:78,42, H: 9,29; experimental: C: 78,80, H:
9,54.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
219
7.39 – Preparação do (±)–[(1
R
,2
S
,6
S
)–1,6–dimetilciclo–hexano–1,2–di–ilo]dimetanol
(223).
153
301
H
HO
OH
223
H
BnO
HO
H
2
, Pd-C
4 atm, 4h
99%
Procedimento: Foram misturados em um reator para hidrogenação 520 mg (2,00 mmol)
do composto 301 juntamente com 15 mL de etanol absoluto e quantidades catalíticas de
C/Pd 10%. A este sistema aplicou–se um pressão de H
2
(4 atm) deixando–se reagir por 4
horas. Em seguida o resíduo foi filtrado em uma pequena coluna contendo sílica gel e o
solvente removido sob pressão reduzida. O produto 223 foi obtido devidamente puro.
Rendimento: 342 mg (1,98 mmol) – 99%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz),  (ppm): 0,83 (d; 3H, J = 6,8 Hz); 0,94 (s; 3H); 1,20–1,70
(m, 8H); 3,36 (d; 1H, J = 11,6 Hz); 3,57 (dd; 1H, J
1
= 11,1 Hz, J
2
= 2,0 Hz); 3,70 (d, 1H; J
= 11,6 Hz); 3,93 (dd; 1H, J
1
= 11,1 Hz, J
2
= 7,3 Hz); 3,97–4,14 (m; 2H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 mHz) δ (ppm): 15,7 (CH
3
); 18,3 (CH
3
); 21,8 (CH
2
); 26,5 (CH
2
);
30,2 (CH
2
); 32,8 (CH); 39,6 (C); 43,5 (CH); 64,1 (CH
2
); 68,9 (CH
2
)
.
IR ν
máx
.(KBr): 1040 cm
–1
; 1246 cm
–1
; 1376 cm
–1
; 1460 cm
–1
; 2928 cm
–1
; 3060–3704cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
10
H
21
O
2
+
(MH
+
), 173,1542; experimental: 173,1488 ( de
31 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
220
7.40 – Preparação do (±)–(1
R
,2
S
,6
S
)–1,2–bis(iodometil)–1,6–dimetilciclo–hexano
(224).
154
H
HO
OH
H
I
I
223
224
Me
3
SiI /CHCl
3
5 dias
70%
Procedimento: Foram misturados 80 mg (0,46 mmol) do diol 223 em 4 mL de CHCl
3
(filtrado previamente em uma coluna com 5 cm de sílica gel). O balão reacional foi
fechado com um “septa ruber Aldrich
®
” e com o auxílio de agulhas foi passada uma
corrente de argônio (uma agulha como entrada de argônio e outra para a saída do gás).
Ainda com a entrada de argônio a mistura foi resfriada a 0
º
C e então foram adicionados
lentamente 0,42 mL de Me
3
SiI (589 mg, 2,94 mmol). O resfriamento foi retirado e a
reação foi mantida a temperatura ambiente por 5 dias sem entrada nem saída de gás
inerte e protegida da luz (envolvida com papel alumínio). Após este tempo foram
adicionados 10 mL de uma solução 2% de tiossulfato de sódio e extraiu–se a mistura
reacional com pentano (3 porções de 20 mL). A fase orgânica foi secada com MgSO
4
e o
solvente foi removido sob pressão reduzida. O resíduo foi purificado por cromatografia
em uma coluna de sílica gel, utilizando–se como eluente de hexano/acetato de etila
9,75:0,25.
Rendimento: 126 mg (0,32 mols) – 70%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 0,87 (d, 3H, J = 6,9 Hz); 1,02 (s, 3H); 1,22–1,94
(m, 8H); 3,11 (dd, 1H, J
1
= 12,1 Hz; J
2
= 9,4 Hz); 3,13 (d, 1H, J = 10,1 Hz); 3,49 (dd, 1H,
J
1
= 9,4 Hz; J
2
= 3,0 Hz); 3,56 (d, 1H, J = 10,1 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 8,6 (CH
2
); 15,5 (CH
3
); 20,0 (CH
2
); 21,4 (CH
3
);
22,8 (CH
2
); 25,9 (CH
2
); 30,7 (CH
2
); 34,8 (CH); 39,9 (C); 44,9 (CH).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
221
7.41Preparação do 3–metilbut–2–enoato de metila (303).
155
302 303
CO
2
H CO
2
Me
MeOH/H
2
SO
4
76%
Procedimento: Foram misturados 5,0 g (50 mmol) do ácido 302 em 25 mL de metanol e
em seguida adicionado 1 mL de H
2
SO
4
concentrado. A mistura foi refluxada por 6 horas.
Após este tempo boa parte do metanol foi destilado do meio reacional e o resíduo foi
resfriado até 0
º
C. Adicionou–se então 30 mL de água/gelo (gelo fundente) e extraiu–se
com éter etílico (3 porções de 30 mL). As fases orgânicas foram reunidas, lavadas com
solução saturada de NaHCO
3
(2 porções de 20 mL) e depois de NaCl (2 porções de 20
mL). O éter foi destilado seguido da destilação do produto (p.e. = 131
º
C, a pressão
ambiente).
Rendimento: 4,3 g (38 mmols) – 76%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,89 (d, 3H, J = 1,5 Hz); 2,17 (d, 3H, J = 1,3 Hz);
3,67 (s, 3H); 5,68 (qq, 1H, J
1
= J
2
= J
3
= 1,5 Hz; J
4
= J
5
= J
6
= 1,3 Hz).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
222
7.42 – Preparação dos (±)–(2
S
)–2–{[(1
R
,2
R
,3
S
)–2–(iodometil)–2,3–dimetilciclo–
hexil]metil}–3–metilbut–3–enoato de metila (286a) e (2
R
)–2–{[(1
R
,2
R
,3
S
)–2–
(iodometil)–2,3–dimetilciclo–hexil]metil}–3–metilbut–3–enoato de metila (286b).
133,156
H
I
I
224
OMe
O
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 20 min.
OMe
O
-78ºC 0ºC
30 min.
85%
H
I
CO
2
Me
286a
H
H
I
CO
2
Me
H
+
286b
303
Procedimento:
Preparação da solução de LDA.
A uma solução mantida a 0
º
C contendo di–isopropilamina anidra (289 mg, 2,86 mmol,
0,40 mL) e THF anidro (4 mL), adicionou–se uma solução a 2,17 mol/L de n–butil lítio
(1,20 mL, 2,60 mmol) deixando–se agitar por 15 minutos. Em seguida adicionou–se
HMPA anidra (465 mg, 0,46 mL, 2,65 mmol) deixando–se agitar por mais 15 minutos
nesta temperatura.
Preparação do enolato:
A solução de LDA preparada anteriormente, foi resfriada à –78
º
C e em seguida foram
adicionados 0,40 mL de 3–metil–2–butenoato de metila 303 (350 mg, 3,07 mmol)
deixando–se reagir por 20 minutos.
Adição do enolato:
Após isto, foram adicionados ao meio reacional 510 mg (1,30 mmol) do di–iodeto 224
dissolvidos em 2 mL de THF anidro e mantido a –78
º
C. A mistura reacional ficou sob
agitação nesta temperatura por 3 minutos e então a temperatura foi elevada lentamente
até 0
º
C sendo mantida nesta por mais 30 minutos. Para o término da reação adicionou–
se H
2
O (20 mL) e extraiu–se com éter etílico (3 porções de 40 mL). As fases orgânicas
foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em seguida secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi então removido sob pressão reduzida e o resíduo foi purificado por
cromatografia em coluna de sílica gel, utilizando–se como eluente de hexano/acetato de
etila 9,75:0,25. Os dois diastereoisômeros 286a e 286b foram obtidos em quantidades
equimolares e devidamente separados nas condições descritas acima.
Rendimento: 420 mg (1,11 mmols) – 85%.
Primeiro diastereoisômero
(286a ou 286b).
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 0,86 (d, 3H, J = 7,1 Hz); 0,95 (s, 3H); 1,20–1,60
(m, 8H); 1,70–1,88 (m, 2H); 1,89 (sl, 3H); 3,12 (dd, 1H, J
1
= 10,6 Hz; J
2
= 4,5 Hz); 3,23
(d, 1H, J = 9,8 Hz); 3,59 (d, 1H, J = 9,8); 3,68 (s, 3H); 4,91 (m, 1H); 4,95 (m, 1H).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
223
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 15,4 (CH
3
); 19,9 (CH
3
); 20,1 (CH
2
); 23,2 (CH
3
);
23,4 (CH
2
); 24,5 (CH
2
); 27,0 (CH
2
); 30,1 (CH
2
); 34,7 (CH), 37,7 (CH); 38,0 (C); 50,6
(CH); 51,9 (CH
3
); 115,1 (CH
2
); 141,6 (C); 174,5 (C).
Segundo diastereoisômero (286a ou 286b).
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 0,87 (d, 3H, J = 7,1 Hz); 0,97 (s, 3H); 1,20–1,65
(m, 8H); 1,76 (sl, 3H); 1,78–1,88 (m, 1H); 2,02 (ddd, 1H, J
1
= 13,4 Hz; J
2
= 10,8 Hz; J
3
=
2,5 Hz); 3,13 (dd, 1H, J
1
= 10,8 Hz; J
2
= 3,8 Hz); 3,21 (d, 1H, J = 9,8 Hz); 3,60 (d, 1H, J =
9,8); 3,70 (s, 3H); 4,88 (m, 1H); 4,90 (m, 1H).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 15,2 (CH
3
); 20,2 (CH
2
); 20,9 (CH
3
); 22,9(CH
2
);
23,6 (CH
3
); 25,6 (CH
2
); 29,5 (CH
2
); 29,7 (CH
2
); 35,0 (CH), 38,1 (C); 38,5 (CH); 51,0
(CH); 51,8 (CH
3
); 113,0 (CH
2
); 143,3 (C); 173,7 (C).
IR ν
máx
.(KBr): 898 cm
–1
; 1166 cm
–1
; 1648 cm
–1
; 1736 cm
–1
; 2932 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
16
H
28
IO
2
+
(MH
+
), 379,1134; experimental: 379,1309 (
de 46 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
224
7.43Preparação dos (±)–(2
R
,3a
R
,4
S
,7a
R
)–2–isopropenil–3a,4–dimetiloctaidro–1
H
indeno–2–carboxilato de metila (287) e (±)–(2
S
,3a
R
,4
S
,7a
R
)–2–isopropenil–3a,4–
dimetiloctaidro–1
H
–indeno–2–carboxilato metila (288).
133,156
H
I
CO
2
Me
286a
H
H
I
CO
2
Me
H
+
286b
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 3 horas
57%
H
MeO
O
H
MeO
O
+
287
288
18 : 82
Procedimento:
Preparação da solução de LDA.
A uma solução mantida a 0
º
C contendo di–isopropilamina anidra (212 mg, 2,10 mmol,
0,30 mL) e THF anidro (4 mL), adicionou–se uma solução a 2,15 mol/L de n–butil lítio
(0,93 mL, 2,00 mmol) deixando–se agitar por 15 minutos. Em seguida adicionou–se
HMPA anidra (362 mg, 0,35 mL, 2,02 mmol) deixando–se agitar por mais 15 minutos
nesta temperatura.
Preparação do enolato/ciclização:
A solução de LDA foi resfriada a –78
º
C. Após isto se adicionou uma mistura dos
compostos 286a e 286b (380mg, 1,00 mmol) dissolvidos em 2 mL de THF e a
temperatura do sistema reacional foi mantida a –78
º
C por 3 horas.. Para o término da
reação adicionou–se H
2
O (20 mL) e extraiu–se com éter etílico (3 porções de 40 mL). As
fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em seguida
secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi então removido sob pressão reduzida e o
resíduo foi purificado por cromatografia em coluna de sílica gel, utilizando–se como
eluente de hexano/acetato de etila 9,5:0,5. Obteve–se uma mistura 18:82 dos epímeros
287 e 288 respectivamente, não sendo possível, nestas condições, separar cada um dos
epímeros. A análise de RMN de
1
H e
13
C da mistura dos dois epímeros foi comparada
com dados da literatura.
139
Rendimento: 143 mg (0,57 mol) – 57%
O espectro de RMN
1
H da mistura encontra–se na seção de espectros.
IR ν
máx
.(KBr): 890 cm
–1
; 1158 cm
–1
; 1224 cm
–1
; 1642 cm
–1
; 1734 cm
–1
; 2926 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
16
H
27
O
2
+
(MH
+
), 251,2011; experimental: 251,1915 ( de
38 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
225
7.44Preparação do 3–metilbut–2–enoato
t
–butila (304).
157
CO
2
H CO
2
t
Bu
/H
2
SO
4
CH
2
Cl
2
70%
302 304
Procedimento: Foram misturados em um erlenmeyer 5,0 g do ácido 302 (50 mmol) 50
mL de diclorometano e 1mL de H
2
SO
4
concentrado. Em seguida borbulhou–se
isobutileno
xxviii
no meio reacional até que praticamente todo o ácido fosse consumido (4
horas). Após este tempo adicionou–se gelo fundente ( 30 mL) ao meio reacional
separando se a fase orgânica. A fase aquosa foi ainda extraída com mais duas porções de
diclorometano (30 mL). Em seguida as fases orgânicas foram reunidas e lavadas com
solução saturada de NaHCO
3
(2 porções de 20 mL) e depois de NaCl (2 porções de 20
mL). A fase orgânica foi secada com MgSO
4
e o solvente removido sob pressão reduzida.
O resíduo orgânico foi destilado a 80
º
C e pressão reduzida (30 mmHg).
Rendimento: 5,5 g (35 mmol) – 70%
RMN–
1
H (CDCl
3
, 400 MHz), δ (ppm): 1,47 (s, 9H); 1,85 (d, 3H, J = 1,3 Hz); 2,12 (d, 3H.
J = 1,3 Hz); 5,60 (sept, 1H, J
= 1,3 Hz).
IR ν
máx
.(KBr): 2978 cm
–1
; 1718 cm
–1
; 1656 cm
–1
; 1140 cm
–1
.
xxviii
Para gerar o isobutileno foram misturados em um balão, adaptado com condensador de refluxo e uma
mangueira de silicone no topo do condensador, 140 mL de t–butanol com 40 mL de H
2
SO
4
50% e
aqueceu–se com uma manta térmica até começar a liberação de gás.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
226
7.45Preparação dos (±)–(2
S
)–2–{[(1
R
,2
R
,3
S
)–2–(iodometil)–2,3–dimetilciclo–
hexil]metil}–3–metilbut–3–enoato de
t
–butila (305a) e (2
R
)–2–{[(1
R
,2
R
,3
S
)–2–
(iodometil)–2,3–dimetilciclo–hexil]metil}–3–metilbut–3–enoato de
t
–butila (305b).
H
I
I
224
Ot-Bu
O
LDA/HMPA/THF
-78ºC, 20 min.
Ot-Bu
O
-78ºC 0ºC
30 min.
92%
H
I
CO
2
t-Bu
305a
H
H
I
CO
2
t-Bu
H
+
305b
304
Procedimento:
Preparação da solução de LDA
.
A uma solução mantida a 0
º
C contendo di–isopropilamina anidra (239 mg, 2,36 mmol,
0,33 mL) e THF anidro (4 mL), adicionou–se uma solução a 2,15 mol/L de n–butil lítio
(1,0 mL, 2,15 mmol) deixando agitar por 15 minutos. Em seguida adicionou–se HMPA
anidra (391 mg, 0,38 mL, 2,18 mmol) deixando–se agitar por mais 15 minutos nesta
temperatura.
Preparação do enolato:
A solução de LDA preparada anteriormente, foi resfriada a –78
º
C e em seguida
adicionou–se 343 mg (2,20 mmol) do éster t–butílico 304 dissolvido em 1,0 mL de THF
anidro, deixou–se reagir por mais 20 minutos.
Adição do enolato:
Após isto, foram adicionados ao meio reacional 420 mg (1,07 mmol) do di–iodeto 224
dissolvidos em 2 mL de THF anidro e mantido a –78
º
C. A mistura reacional ficou sob
agitação nesta temperatura por 3 minutos e então a temperatura foi elevada lentamente
até 0
º
C sendo mantida nesta por mais 30 min. Para o término da reação adicionou–se
H
2
O (20 mL) e extraiu–se com éter etílico (3 porções de 40 mL). As fases orgânicas foram
reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em seguida secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi então removido sob pressão reduzida e o resíduo foi purificado por
cromatografia em uma coluna de sílica gel, utilizando–se como eluente de hexano/acetato
de etila 9,5:0,5. Os diastereoisômeros 305a e 305b foram obtidos em quantidades
equimolares mas não puderam ser separados nestas e em outras condições
experimentadas.
Rendimento: 416 mg (0,99 mmol) – 92%
O espectro de RMN
1
H da mistura encontra–se na seção de espectros.
IR ν
máx
.(KBr): 896 cm
–1
; 1148 cm
–1
; 1460 cm
–1
; 1648 cm
–1
; 1726 cm
–1
; 2930 cm
–1
; 2972
cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
19
H
34
IO
2
+
(MH
+
), 421,1604; experimental: 421,1638 (
de 8 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
227
7.46Preparação dos (±)–(2
R
,3a
R
,4
S
,7a
R
)–2–isopropenil–3a,4–dimetiloctaidro–1
H
indeno–2–carboxilato de
t
–butila (306) e (±)–(2
S
,3a
R
,4
S
,7a
R
)–2–isopropenil–3a,4–
dimetiloctaidro–1
H
–indeno–2–carboxilato
t
–butila (307).
H
I
CO
2
t
-Bu
305a
H
H
I
CO
2
t
-Bu
H
+
305b
H
t
-BuO
O
H
t
-BuO
O
+
306
307
42 : 58
LDA/HMPA/THF
-78ºC
→ 0
ºC
3h
77%
Procedimento:
Preparação da solução de LDA
.
A uma solução mantida a 0
º
C contendo di–isopropilamina anidra (253 mg, 2,50 mmol,
0,35 mL) e THF anidro (4 mL), adicionou–se uma solução a 2,10 mol/L de n–butil lítio
(1,10 mL, 2,32 mmol) deixando agitar por 15 minutos. Em seguida adicionou–se HMPA
anidra (430 mg, 0,42 mL, 2,40 mmol) deixando–se agitar por mais 15 minutos nesta
temperatura.
Preparação do enolato/ciclização:
Em seguida a solução de LDA foi resfriada a –78
º
C. Após isto se adicionou uma mistura
dos compostos 305a e 305b (490 mg, 1,16 mmol) dissolvidos em 2,5 mL de THF e a
temperatura do sistema reacional foi mantida a –78
º
C por 1 hora. A temperatura do meio
reacional foi elevada lentamente até 0
º
C e mantida assim por 2 horas. Para o término da
reação adicionou–se H
2
O (20 mL) e extraiu–se com éter etílico (3 porções de 30 mL). As
fases orgânicas foram reunidas e lavadas com solução saturada de NaCl e em seguida
secadas com MgSO
4
anidro. O solvente foi removido sob pressão reduzida e o resíduo foi
purificado por cromatografia em coluna de sílica gel, utilizando–se como eluente de
hexano/acetato de etila 9,5:0,5. Obteve–se uma mistura 42:58 dos epímeros 296 e 297
respectivamente, não sendo possível, nestas condições, separar cada um dos epímeros. A
análise de RMN de
1
H e
13
C da mistura dos dois epímeros foi comparada com as dos
compostos 287 e 288.
Rendimento: 270 mg (0,89 mmol) – 77%
O espectro de RMN
1
H da mistura encontra–se na seção de espectros.
IR ν
máx
.(KBr): 1152 cm
–1
; 1460 cm
–1
; 1638 cm
–1
; 1720 cm
–1
; 2926 cm
–1
; 2964 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
19
H
33
O
2
+
(MH
+
), 293,2480; experimental: 293,2421 ( de
20 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
228
7.47 – Preparação dos (±)–(2
R
,3a
R
,4
S
,7a
R
)–2–[1–(bromometil)vinil]–3a,4–
dimetilocta–hidro–1
H
–indene–2–carboxilato
t
–butila (308) e (±)–(2
S
,3a
R
,4
S
,7a
R
)–2–
[1–(bromometil)vinil]–3a,4–dimetilocta–hidro–1
H
–indeno–2–carboxilato
t
–butila
(309).
131
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
306
307
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
308
309
Br
Br
NBS, luz
peróxido de benzoíla
3 horas
95%
42 : 58
42 : 58
Procedimento: Foram colocados para reagir 50,0 mg (0,171 mmol) da mistura dos ésteres
306 e 307, 47 mg (0,26 mmol) de NBS, 2 mg de peróxido de benzoíla tudo dissolvido em
2,0 mL de CCl
4
, em uma balão adaptado com condensador de refluxo. A reação se
decorreu pela ação da luz produzida por uma lâmpada incandescente de 200 W colocada
ao lado do balão reacional. O próprio calor gerado pela lâmpada é suficiente para
promover o refluxo do solvente. Após 3 h observou–se o término da reação e então o
resíduo foi filtrado em celite, que foi lavada com várias porções de CCl
4
. O solvente foi
removido sob pressão reduzida e os produtos reacionais foram purificados por
cromatografia em coluna de sílica gel, utilizando–se como eluente uma mistura de
hexano/acetato de etila 9,5:0,5. Obteve–se uma mistura 42:58 dos compostos 305 e 306
respectivamente, não sendo possível, nestas condições, separar cada um dos epímeros.
Rendimento: 60,3 mg (0,162 mmol) – 95%
O espectro de RMN
1
H da mistura encontra–se na seção de espectros.
IR ν
máx
.(KBr): 740 cm
–1
; 848 cm
–1
; 1150 cm
–1
; 1368 cm
–1
; 1462 cm
–1
; 1648 cm
–1
; 1716
cm
–1
; 2928 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
19
H
32
BrO
2
+
(MH
+
), 371,1586; experimental: 371,1640 (
de 14 ppm – limite de 50 ppm).
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
229
7.48 – Preparação da (±)–(1
R
,3a'
R
,4'
S
,7a'
R
)–3a',4'–dimetil–5–metileno–octa–hidro–
2
H
–spiro[ciclopentano–1,2'–inden]–2–ona (184) e (±)–(1
S
,3a'
R
,4'
S
,7a'
R
)–3a',4'–
dimetil–5–metileno–octa–hidro–2
H
–spiro[ciclopentano–1,2'–inden]–2–ona (226).
131
H
t-BuO
O
H
t-BuO
O
+
308
309
Br
Br
(+)-Baquenolida A
H
O
O
184
(+)-7-epi-Baquenolida A
H
O
O
226
Ag
2
O, CCl
4
refluxo, 3 h
68%
+
42 : 58
42 : 58
Procedimento: Foram colocados para reagir 70,0 mg (0,188 mmol) da mistura dos
compostos 308 e 309 e 130 mg (0,56 mmol) de Ag
2
O em 3,0 mL de CCl
4
. A mistura
reacional foi aquecida a refluxo por 3,5 horas. O resíduo reacional foi filtrado em celite,
que foi lavada com várias porções de CCl
4
. O solvente foi removido sob pressão reduzida
e os produtos reacionais foram purificados por cromatografia em coluna de sílica gel,
utilizando–se como eluente uma mistura de hexano/acetato de etila 9,5:0,5. Obteve–se
uma mistura 42:58 dos compostos 184 e 226 respectivamente, não sendo possível, nestas
condições, separar cada um dos epímeros. As baquenolidas 184 e 226 foram separadas
por HPLC.
xxix
Foram realizadas sucessivas injeções até que fossem separadas quantidades
suficientes para as análises de RMN de
1
H e
13
C.
Rendimento: 30,1 mg (0,128 mmol) – 68%
(±)–Baquenolida A (184).
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 0,85 (d, 3H, J = 6,8 Hz); 0,99 (s, 3H); 1,10–1,22
(m, 1H); 1,40–1,68 (m, 6H); 1,95 (d, 1H, J = 14,2 Hz); 1,98 (dd, 1H, J
1
= 12,9 Hz; J
2
= 7,0
Hz); 1,98 (d, 1H, J = 14,2Hz); 2,09 (dd, 1H, J
1
= 13,3 Hz; J
2
= 12,9 Hz); 2,27 (dddd, 1H, J
1
= 13,3 Hz; J
2
= 7,0 Hz; J
3
= 4,9 Hz; J
4
= 2,3 Hz); 4,74 (ddd, 1H, J
1
= 12,8 Hz; J
2
= 2,3 Hz; J
3
= 2,1 Hz); 4,80 (dd, 1H, J
1
= 12,8 Hz; J
2
= 2,3 Hz; J
3
= 2,1 Hz); 5,03 (t, 1H, J
1
= J
2
= 2,1
Hz); 5,11 (t, 1H, J
1
= J
2
= 2,3 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 16,4 (CH
3
); 19,2 (CH
3
); 21,0 (CH
2
); 23,3 (CH
3
);
30,9 (CH
2
); 33,9 (CH); 42,4 (CH
2
); 44,0 (C); 46,2 (CH), 48,5 (CH
2
); 49,9 (C); 70,4
(CH
2
); 105,8 (CH
2
); 150,4 (C); 182,6 (C).
(±)7–epi–baquenolida A (226).
RMN–
1
H (CDCl
3
, 500 MHz), δ (ppm): 0,82 (d, 3H, J = 6,7 Hz); 0,97 (s, 3H); 1,02–1,18
(m, 1H); 1,42–1,65 (m, 5H); 1,52 (d, 1H, J = 14,1 Hz); 1,66 (dd, 1H, J
1
= 12,5 Hz; J
2
= 6,6
Hz); 1,91(dqd, 1H, J
1
= 12,5 Hz, J
2
= J
3
= J
4
= 6,7 Hz, J
5
= 3,0 Hz); 1,95 – 2,03 (m, 1H);
2,40 (d, 1H, J = 14,1 Hz); 2,46 (dd, 1H, J
1
= 13,7 Hz; J
2
= 12,5 Hz); 4,76 (ddd, 1H, J
1
=
xxix
O sistema de HPLC utilizado foi da marca Shimadzu e operou com uma bomba LC–10ADVP,
controladora SCL–10AVP, detector SPD–10AVP–UV/vis. (212 nm), coluna analítica Shimpack CLC–
CN(M) Shimadzu de 4,6 mm de DI x 25 cm de comprimento, contendo partículas de 5 µm de diâmetro e
diâmetro do poro de 100 Å. A fase móvel utilizada foi hexano grau HPLC da marca Fisher Scientific
H302–1, a um fluxo de 0,5 mL /min.e o “loop” de injeção de 20 µL. A temperatura ambiente durante os
experimentos ficou obrigatoriamente entre 15–18
º
C.
Parte Experimental – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
230
12,9 Hz; J
2
= 2,2 Hz; J
3
= 1,8 Hz); 4,81 (dd, 1H, J
1
= 12,9 Hz; J
2
= 2,2 Hz; J
3
= 1,8 Hz); 4,99
(t, 1H, J
1
= J
2
= 1,8 Hz); 5,07 (t, 1H, J
1
= J
2
= 2,2 Hz).
RMN–
13
C (CDCl
3
, 100 MHz), δ (ppm): 16,6 (CH
3
); 19,7 (CH
3
); 21,0 (CH
2
); 23,6 (CH
3
);
30,8 (CH
2
); 33,0 (CH); 41,5 (CH
2
); 44,1 (C); 46,9 (CH); 50,0 (C); 50,1 (CH
2
); 70,1
(CH
2
); 105,5 (CH
2
); 152,0 (C); 182,3 (C).
IR ν
máx
.(KBr): 894 cm
–1
; 1030 cm
–1
; 1124 cm
–1
; 1236 cm
–1
; 1462 cm
–1
; 1672 cm
–1
; 1778
cm
–1
; 2958 cm
–1
.
HRMS (ESI–TOF): calc. para C
15
H
23
O
2
+
(MH
+
), 235,1698; experimental: 235,1767 ( de
29 ppm – limite de 50 ppm).
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
231
Espectros de Ressonância Magnética Nuclear
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
232
8 – Espectros de RMN – Parte A e B
Nesta seção serão apresentados os espectros de RMN de
1
H e
13
C dos compostos
referentes às Partes A e B deste trabalho. Também serão incluídas algumas tabelas de
atribuição contendo dados obtidos pelas técnicas de correlação gCOSY, gHMQC,
gHMBC e gJres, além de experimentos de NOE DIFF. Todos os espectros foram
visualizados pelo “software” da ACD (SpecViewer).
162
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
233
Composto 45
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 34
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.002.002.002.002.00
TMS
0.00
1.42
1.45
1.54
1.56
3.22
3.23
3.55
6.07
6.58
2.00
Figura 52: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 45.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
234
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 34
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
199.43
142.02
135.25
77.00
48.73
48.66
48.29
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 34
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
142.02
135.25
48.73
48.66
48.29
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 45. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 53: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 45.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
235
Tabela 26:
Dados Espectroscópicos do Composto 45.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz) gCOSY gHMQC
1 135,3 6,07 2H t J
1/6b
= 1,7; J
1/2
= 1,7 H
6b
, H
2
H
1
2 48,7 3,53–3,58 2H m H
1
, H
6a
, H
6b
, H
3
H
2
3 48,3 3,20–3,26 2H m H
2
, H
5
H
3
4 199,4
5 142,0 6,58 2H sl H
3
H
5
6 48,7 (6b) 1,44 1H dtt J
6b/6a
= 8,4; J
6b/1
= J
6b/1’
= 1,7; J
6b/2
= J
6b/2’
= 0,7 H
1
, H
2
, H
6a
H
6
(6a)1,55 1H dt J
6a/6b
= 8,4; J
6a/2
= J
6a/2’
= 1,8 H
2
, H
6b
1
2
3
4
5
O
O
H
H
H
6a
H
6b
2'
1'
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
236
Composto 136
24 Jan 2004
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON MeOH u mgc 15
Date
05/05/2003 07:45:00
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.002.002.002.002.002.00
metanol - d4 + OH (7) metanol - d4
5.75
5.24
4.88
4.39
4.37
3.30
2.99
2.80
2.78
1.27
Figura 54: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, MeOD–d
4
) do composto 136.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
237
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD MeOH u mgc 45
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
metanol - d4
136.67
131.35
67.72
49.82
49.00
46.30
43.42
50 49 48 47 46 45 44 43
metanol - d4
49.82
49.00
46.30
43.42
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 MeOH u mgc 45
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
136.66
131.35
67.72
49.81
46.30
43.42
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 136 (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 55: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, MeOD–d
4
) do composto 136.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
238
Tabela 27: Dados espectroscópicos do composto 136.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral Relativa Multiplicidade gCOSY gHMQC
1 136,7 5,73–5,77 2H m H
6a/6b
, H
2
H
1
2 46,3 2,96–3,02 2H m H
1
, H
6a/6b
, H
3
H
2
3 43,4 2,76–2,83 2H m H
2
, H
4
, H
5
H
3
4 67,7 4,34–4,42 2H m H
3
, H
5
H
4
5 131,4 5,24 2H sl H
3,
H
4
H
5
6 49,8 (6b) 1,27 1H sl H
1
, H
2
*
, H
6
(6a) 1,27 1H sl H
1
, H
2
H
7
(OH) 4,89 2 OH +MeOH sl
* muito pequeno
1
2
3
4
5
7
OH
HO
H
H
H
6a
H
6b
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
239
Composto 144
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 33
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.006.002.002.004.002.00
TMS
5.75
5.32
5.30
5.27
2.98
2.96
2.76
2.05
1.25
1.23
1.21
1.19
0.00
Figura 56: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 144.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
240
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 33
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
170.54
135.45
127.95
77.00
69.41
48.39
45.79
37.96
20.99
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 33
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
135.45
127.95
69.41
48.38
45.78
37.95
20.99
*Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 144 (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 57: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 144.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
241
Tabela 28:
Dados Espectroscópicos do Composto
144
.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1 135,4 5,75 2H t J
1/6b
= J
1/2
= 1,6
2 45,8 2,73–2,78 2H m
3 38,0 2,94–3,00 2H m
4 69,4 5,25–5,35 2H m
5 128,0 5,25–5,35 2H m
6 48,4 (6b) 1,19 1H dl J
6b/6a
= 8,4; J
6b/1
= 1,6; J
6b/1’
= 1,6
(6a) 1,24 1H dt J
6a/6b
= 8,4; J
6a/2
= J
6a/2’
= 1,8
7 170,5
8 21,0 2,05 6H s
1
2
3
4
5
7
8
O
O
H
H
O
O
H
6a
H
6b
2'
1'
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
242
Composto 145
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON128 CDCl3 u mgc 16
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.003.002.002.001.002.001.002.00
TMS
5.88
5.88
5.82
5.81
5.48
5.45
5.38
5.36
5.31
5.28
4.47
3.07
3.03
3.02
2.87
2.86
2.83
2.12
1.37
1.35
1.31
1.29
0.00
1.66
OH + H
2
O
Figura 58: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 145.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
243
Tabela29:
Dados Espectroscópicos do Composto 145.
C
δH(ppm)
Integral relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1 5,81 1H dd J
1/10
= 5,6; J
1/2
= 2,8
2 2,80–2,90 1H m
3 2,80–2,90 1H m
4 4,47 1H dq J
4/3
= 8,6; J
4/5
= J
4/6
= J
4/7
= 2,8
5* 5,29 1H dt J
5/6
= 10,5; J
5/4
= J
5/7
= 2,8
6* 5,47 1H dt J
6/5
= 10,5; J
6/4
= J
6/7
= 2,8
7 5,36 1H dq J
7/8
= 8,7; J
7/4
= J
7/5
= J
7/6
= 2,8
8 3,02 1H ddd J
8/3
= 9,1; J
8/7
= 8,7; J
8/9
= 3,6
9 3,05–3,10 1H m
1
2
3
4
5
7
6
8
9
10
12
13
OH
O
H
H
O
H
11b
H
11a
14
10 5,58 1H dd J
10/1
= 5,6; J
10/9
= 2,8
11 (H
11a
) 1,36 1H dt J
11a/11b
= 8,2; J
11a/2
= J
11a/9
= 1,8
H
11b
) 1,30 1H d J
11b/11a
= 8,2
12 –
13 2,12 3H s
14 1,66 OH sl
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
244
Composto 147
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON128 CDCl3 u mgc 24
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.002.001.001.001.001.001.004.001.00
TMS
5.81
5.80
5.64
5.57
5.09
3.41
3.16
2.92
2.90
2.78
2.23
2.21
2.07
0.00
Figura 59: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 147.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
245
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 24
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
170.33
133.52
131.72
129.58
129.18
81.36
77.00
53.58
50.78
46.09
41.83
32.45
32.10
21.29
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 24
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
133.52
131.72
129.59
129.19
81.36
53.58
50.79
46.09
41.83
32.46
32.11
21.29
*Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 147. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 60: Espectros de RMN
13
C (100MHz, CDCl
3
) do composto 147.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
246
Tabela30:
Dados Espectroscópicos do Composto 147.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1* 133,5 5,54–5,67 1H m
2 41,8 2,88–2,94 1H m
3 53,6 3,36–3,46 1H m
4 32,4 5,09 1H dd J
4/5
= 3,8; J
4/3
= 2,5
5* 129,6 5,81 1H ddd J
5/6
= 9,4; J
5/4
= 3,8; J
5/7
= 1,5
6* 129,2 5,54–5,67 1H m
7 81,4 5,54–5,67 1H m
8 46,1 3,15 1H m
9 50,8 2,78 1H m
10* 131,7 5,54–5,67 1H m
1
2
3
4
5
7
6
8
9
10
12
13
H
H
I
O
O
H
11b
H
11a
11 32,1 (H
11a
) 2,19–2,25 1H m
(H
11b
) 2,19–2,25 1H m
12 170,3
13 21,3 2,07 3H s
* podem estar trocados
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
247
Composto 148
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 35
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.002.002.002.002.002.00
TMS
6.11
3.39
3.15
2.58
2.56
2.25
2.24
1.43
1.41
1.30
1.28
0.00
1.00
Figura 61: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 148.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
248
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 35
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
209.44
136.58
77.00
51.80
48.68
47.38
37.87
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 35
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
136.58
51.79
48.68
47.38
37.87
*Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 148. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 62: Espectros de RMN–
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 148
.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
249
Tabela 31:
Dados Espectroscópicos do Composto 148.
C
δC δH
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz) gCOSY gHMQC
1 136,6 6,11 2H sl H
6b
, H
2
H
1
2 47,4 3,35–3,45 2H m H
1
, H
6a
, H
6b
H
2
3 51,8 3,10–3,20 2H m H
2
H
3
4 209,4
5 37,9 (H
5eq
) 2,51–2,64 2H m H
5ax
H
5
(H
5ax
) 2,18–2,31 2H m H
5eq
6 48,7 (H
6a
) 1,42 1H dt J
6a/6b
= 8,7; J
6a/2
= J
6a/2’
= 1,8 H
2
,H
6b
H
6
(H
6b
)1,29 1H dl J
6b/6a
= 8,7 H
1
, H
2
*
, H
6a
* muito pequeno
1
2
3
4
5
O
O
H
H
H
6a
H
6b
H
eq
H
ax
H
ax
H
eq
2'
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
250
Composto 149
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON128 CD3CN u mgc 27
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.002.002.002.002.002.002.00
Acetonitrile-d3
Acetonitrile-d3
TMS
6.09
3.96
3.02
3.00
2.86
2.44
2.21
1.94
1.65
1.64
1.39
1.33
1.31
1.29
1.27
0.00
2.00
Figura 63: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CD
3
CN) do composto 149.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
251
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CD3CN u mgc 1
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
acetonitrila-d3
acetonitrila-d3
134.63
118.30
66.90
52.64
46.30
45.95
28.09
1.30
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CD3CN u mgc 1
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
134.63
66.90
52.64
46.30
45.95
28.09
*Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 149. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 64: Espectros de RMN–
13
C (100 MHz, CD
3
CN) do composto 149.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
252
Tabela 32: Dados Espectroscópicos do Composto 149.
C
δC δH
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1 134,6 6,09 2H t J
1/2
= 1,7; J
1/6b
= 1,2
2 46,0 2,83–2,88 2H m
3 46,3 2,42–2,46 2H m
4 66,9 3,90–4,01 2H m
5 28,1 (H
5eq
) 1,60–1,68 2H m
(H
5ax
) 1,35–1,44 2H m
6 52,6 (H
6a
) 1,32 1H dt J
6a/6b
= 7,8; J
6a/2
= J
6a/2’
= 1,7
1
2
3
4
5
7
OH
HO
H
H
H
eq
H
ax
H
ax
H
eq
H
6b
H
6a
2'
1'
(H
6b
)1,28 1H dl J
6b/6a
= 7,8; J
6b/1
= 1,2; J
6b/1’
= 1,2
*H
7
3,01 2OH d J
7/4
= 5,8
*confirmado pela adição de D
2
O na amostra em um segundo experimento de RMN de
1
H.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
253
Composto 150
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 47
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.001.002.002.002.002.002.00
TMS
6.27
5.04
5.03
3.11
3.04
2.92
1.96
1.66
1.57
1.55
1.37
1.34
0.00
2.0 1.9 1.8 1.7 1.6 1.5 1.4 1.3
1.001.002.002.00
798.1
791.8
785.7
779.4
773.8
768.3
685.2
674.8
672.8
666.7
663.4
658.4
655.3
630.8
629.1
627.3
622.2
620.7
619.0
546.7
538.1
3.3 3.2 3.1 3.0 2.9 2.8
2.006.002.00
1243.5
1242.0
1215.7
1173.0
1170.2
Figura 65: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 150.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
254
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 47
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
134.34
77.79
77.00
52.16
45.67
43.81
38.56
24.90
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 47
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
24.90
38.55
43.81
45.67
52.16
77.78
134.34
*Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 150. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 66: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 150.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
255
Tabela 33: Dados espectroscópicos do composto 150.
C
δC δH
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1 134,3 6,26 2H dd J
1/2
= 1,9; J
1/6b
= 1,4
2 45,7 3,09–3,13 2H m
3 43,8 2,90–2,95 2H m
4 77,8 4,97–5,10 2H m
5 24,9 (H
5eq
) 1,90–2,02 2H m
(H
5ax
) 1,61–1,72 2H m
6 52,2 (H
6a
) 1,56 1H dt J
6a/6b
= 8,5; J
6a/2
= J
6a/2’
= 1, 8
1
2
3
4
5
7
O
O
H
H
S
O
O
S OO
H
6b
H
6a
H
eq
H
ax
H
eq
H
ax
2'
1'
(H
6b
)1,36 1H dt J
6b/6a
= 8,5; J
6b/1
= 1,4; J
6b/1’
= 1,4
7 38,6 3,04 6H s
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
256
Composto 155
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 21
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.004.001.001.001.001.001.001.00
TMS
0.00
1.46
1.49
1.59
1.62
2.07
2.36
2.67
2.70
3.14
3.22
3.32
3.33
5.46
5.47
5.90
5.91
6.10
1
1.00
Figura 67: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 155.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
257
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 3
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
142.40
137.16
129.82
116.44
77.00
55.69
51.57
48.70
48.17
45.30
34.94
27.35
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 3
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
137.16
129.83
116.44
55.70
51.57
48.18
45.29
34.94
27.35
*Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 155. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 68: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 155
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
258
Tabela 34: Dados Espectroscópicos do Composto 155.
C
δC δH
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1* 129,8 6,11 1H dd J
1/10
= 5,6; J
1/2
= 3,3
2* 48,7 3,22 1H sl
3* 45,3 2,69 1H dl J
3/4
= 10,5
4 55,7 3,32 1H ddd J
4/5ax
= 11,3; J
4/3
= 10,5; J
4/5eq
= 4,0
5 34,9 2,06–2,36 2H m
6 27,4 2,06–2,36 2H m
7 116,4 5,46 1H dd J
7/5ax
= 5,3; J
7/5eq
= 2,7
8 142,4
9 51,6 3,14 1H sl
1
2
3
4
5
7
6
8
9
10
H
Br
H
11a
H
11b
10 137,2 5,90 1H dd J
10/1
= 5,6; J
10/9
= 3,1
11 48,2 (H
11a
) 1,60 1H dt J
11a/11b
= 8,5; J
11a/2
= J
11a/9
= 1,8
H
11b
) 1,47 1H dl J
11b/11a
= 8,5
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
259
Composto 162
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 22
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
6.002.00
TMS
0.00
2.35
6.63
Figura 69: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 162.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
260
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 22
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
20.49
77.00
122.22
152.34
167.36
179.84
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 22
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
20.49
122.22
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 162 (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 70: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 162
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
261
Tabela 35: Dados Espectroscópicos do Composto 162.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral Relativa Multiplicidade
1 e 4 179,8
2 e 5 152,3
3 e 6 122,2 6,63 2H s
7 e 9 167,4
8 e 10 21,10 2,35 6H s
O
O
O
O
O
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
262
Composto 163
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 34
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.003.003.001.002.001.002.00
TMS
0.00
1.75
1.77
1.94
1.97
2.10
2.28
3.08
3.09
3.34
3.43
5.99
5.99
6.38
6.39
Figura 71: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 163.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
263
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 34
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
20.38
47.98
49.10
53.08
57.84
77.00
85.34
128.68
131.72
139.74
157.22
167.49
170.81
190.14
194.38
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 34
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
20.38
47.98
49.10
53.08
57.84
128.68
131.72
139.74
*Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 163 (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 72: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 163.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
264
Tabela 36: Dados Espectroscópicos do Composto 163.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de
Acoplamento (Hz)
gCOSY gHMBC gHMQC
1 49,1 3,43 1H ddtd J
1,2
= 4,0; J
1,10
= 2,9; J
1,11a
=
1,5; J
1,11b
= 1,5; J
1,9
= 0,9
H
11a
; H
11b
;
H
10
, H
9
; H
2
H
2
; H
8
; H
9
, H
10
;
H
11a;
H
11b
C
1
2 57,8 3,08 1H d J
2,1
= 4,0 H
1
H
8
; H
11a
; H
11b
C
2
3 190,1 H
5
; H
2
C
3
4 157,2 H
5
; H
2
C
4
5 128,7 6,46 1H s C
5
6 194,4 H
5
; H
2
C
6
7 85,3 H
5
; H
1
; H
2
; H
8
;
H
11a;
H
11b
C
7
8 53,1 3,34 1H dtd J
8,9
= 3,0; J
8,11a
= 1,5; J
8,11b
=
1,5; J
8,10
= 0,8
H
11a
; H
11b
;
H
10
, H
9
H
1
; H
9
; H
10
; H
11a;
H
11b
C
8
9 131,7 5,99 1H ddt J
9,10
= 5,6; J
9,8
= 3,0; J
9,1
= 0,9;
J
9,11a
= 0,9
H
1
; H
8
; H
10
;
H
11a
H
1
; H
8
; H
10
; H
11a;
H
11b
C
9
10 139,7 6,38 1H ddt J
10,9
= 5,6; J
10,1
= 2,9; J
10,8
=
0,8; J
10,11a
= 0,8
H
1
; H
8
; H
9
,
H
11a
H
2
; H
8
; H
9
; H
11a;
H
11b
C
10
11 48,0 (H
11a
) 1,95 1H dtdd J
11a,11b
= 9,1; J
11a,1
= 1,5; J
11a,8
=
1,5; J
11a,9
= 0,9; J
11a,10
= 0,8
H
1
; H
8
; H
9
,
H
10
; H
11b
Acoplamentos
Encobertos
C
11
(H
11b
) 1,76 1H dt J
11b.11a
= 9,1; J
11b,1
= 1,5; J
11a,8
=
1,5
H
1
; H
8
; H
11a
C
11
12 167,5 H
13
; H
5
13 20,4 2,28 3H s C
13
14 170,8 H
15
15 20,4 2,10 3H s C
15
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
265
Tabela 37: Experimentos de NOE–DIFF com o Composto 163.
Hidrogênios Irradiados Hidrogênios com efeito NOE
H
1
H
2
; H
10
; H
11a
; H
11b
H
2
H
1
; H
11a
H
8
H
9
; H
11a
; H
11b
H
9
H
8
; H
10
H
10
H
1
; H
9
H
11a
H
1
; H
2
; H
8
; H
11b
H
11b
H
1
; H
8
; H
9
; H
10
; H
11a
H
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11a
H
H
11b
12
O
O
O
O
O
14
13
15
H
13
H
5
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
266
Composto 164
Acquisition Time (sec)
7.3925
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
4432.62
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.001.001.004.001.003.001.00
TMS
0.00
1.70
1.72
2.00
2.02
3.13
3.14
3.31
3.36
3.49
6.05
6.11
6.11
6.24
7.38
Figura 73: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 164.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
267
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 9
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
47.13
48.11
51.72
53.32
54.93
77.00
87.45
116.51
135.54
137.43
159.10
195.45
196.83
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 9
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
47.13
48.12
51.73
53.32
54.94
116.52
135.55
137.44
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 164. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 74: Espectros de RMN
13
C (100MHz, CDCl
3
) do composto 164.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
268
Tabela 38: Dados Espectroscópicos do Composto 164.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de Acoplamento
(Hz)
gCOSY gHMBC gHMQC
1 48,1 3,50 1H ddddd J
1,2
= 4,2; J
1,10
= 2,8; J
1,11a
= 1,5;
J
1,11b
= 1,6; J
1,9
= 0,8
H
11a
; H
11b
;
H
10
, H
9
; H
2
H
2
; H
8
; H
9
, H
10
;
H
11a;
H
11b
C
1
2 54,9 3,13 1H d J
2,1
= 4,2 H
1
H
8
; H
11a
; H
11b
C
2
3 195,4 H
5
; H
2
4 159,1 H
5
; H
2
5 116,5 6,24 1H s C
5
6 196,8 H
5
; H
2
7 87,4 H
5
; H
2
; H
8
; H
11b;
H
12
8 51,7 3,35 1H dddd J
8,9
= 3,1; J
8,11a
= 1,5; J
8,11b
= 1,6;
J
8,10
= 0,8
H
11a
; H
11b
;
H
10
, H
9
H
1
; H
2
; H
9
; H
10
;
H
11a;
H
11b
C
8
9 135,5 6,05 1H dddd J
9,10
= 5,8; J
9,8
= 3,1; J
9,1
= 0,8;
J
9,11a
= 0,6
H
1
; H
8
; H
10
;
H
11a
H
1
; H
8
; H
10
; H
11a;
H
11b
C
9
10 137,4 6,11 1H dddd J
10,9
= 5,8; J
10,1
= 2,8; J
10,8
= 0,8;
J
10,11a
= 0,6
H
1
; H
8
; H
9
,
H
11a
H
1
; H
2
; H
8
; H
9
;
H
11a;
H
11b
C
10
11 47,1 (H
11a
) 2,01 1H dtt J
11a,11b
= 9,0; J
11a,1
= 1,5; J
11a,8
= 1,5;
J
11a,9
= 0,6; J
11a,10
= 0,6
H
1
; H
8
; H
9
,
H
10
; H
11b
Não aparece
acoplamentos
C
11
(H
11b
) 1,72 1H dt J
11b.11a
= 9,0; J
11b,1
= 1,6; J
11a,8
= 1,6 H
1
; H
8
; H
11a
C
11
(OH) 7,38 1H sl
13 53,3 3,31 3H s C
13
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
269
Tabela 39: Experimentos de NOE–DIFF com o Composto 164.
Hidrogênios Irradiados Hidrogênios com efeito NOE
H
2
H
1
; H
11a
; H
12
H
5
Não apresenta
H
12
H
2
; H
11a
H
11a
H
1
; H
2
; H
8
; H
11b
; H
12
H
11b
H
1
; H
8
; H
9
; H
10
; H
11a
H
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11a
H
H
11b
12
OH
O
O
13
H
3
C
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
270
Composto 165
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 14
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.001.001.001.001.002.000.74
TMSOH
0.00
1.16
1.17
1.70
1.72
2.03
2.05
3.12
3.13
3.35
3.44
3.51
6.03
6.05
6.08
6.10
6.22
7.16
1.00
3.00
Figura 75: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 165.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
271
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 34
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
15.58
47.09
48.06
51.97
55.40
61.21
77.00
86.96
116.49
135.47
137.27
159.30
195.51
197.31
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 34
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
15.59
47.09
48.06
51.98
55.39
61.21
116.49
135.47
137.27
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 165. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 76: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 165.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
272
Tabela 40: Dados Espectroscópicos do Composto 165.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1 48,1 3,43–3,52 1H m
2 55,4 3,11 1H d J
2,1
= 4,1
3 195,5
4 159,3
5 116,5 6,22 1H s
6 197,3
7 87,0
8 52,0 3,35 1H m
9 135,5 6,04 1H dd J
9,10
= 5,6; J
9,8
= 3,3
10 137,3 6,09 1H dd J
10,9
= 5,6; J
10,1
= 2,7
11 47,1 (H
11a
) 2,04 1H dl J
11a,11b
= 8,8
(H
11b
) 1,71 1H dt J
11b,11a
= 8,8; J
11b,1
= 1,5; J
11b,8
= 1,5
(OH) 7,16 1H sl
13 61,2 3,43–3,52 2H m
14 15,4 1,17 3H t J
14,13
= 7,10
H
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11a
H
H
11b
12
OH
O
O
13
14
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
273
Composto 166
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 33
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.003.001.002.003.000.85
TMSOH
0.00
1.76
1.78
1.98
2.00
2.10
3.17
3.18
3.35
3.48
6.03
6.05
6.15
6.17
6.19
7.43
Figura 77: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 166.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
274
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 33
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
20.63
47.95
49.03
52.94
56.12
77.00
84.98
114.98
133.55
137.75
158.99
170.84
194.32
194.53
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 33
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
20.63
47.95
49.03
52.93
56.12
114.98
133.54
137.75
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 166. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 78: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 166
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
275
Tabela 41: Dados Espectroscópicos do Composto 166.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1 49,0 3,49 1H m
2 56,1 3,17 1H d J
2,1
= 4,3
3 194,3*
4 159,0
5 115,0 6,19 1H s
6 194,5*
7 85,0
8 52,9 3,35 1H m
9 133,6 6,05 1H dd J
9,10
= 5,6; J
9,8
= 3,0
10 137,8 6,16 1H dd J
10,9
= 5,6; J
10,1
= 2,7
11 48,0 (H
11a
) 2,00 1H dl J
11a,11b
= 9,3
H
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11a
H
H
11b
12
OH
O
O
13
O
14
(H
11b
) 1,77 1H dt J
11b,11a
= 9,3; J
11b,1
= 1,5; J
11b,8
= 1,5
(OH) 7,43 1H sl
13 170,8
14 20,6 2,10 3H s
* Os carbonos C
3
e C
6
podem estar trocados
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
276
Composto 139
Acquisition Time (sec)
7.1303
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
300.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
4595.59
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
6.00
TMS
0.00
Figura 79: Espectro de RMN
1
H (300 MHz, CDCl
3
) do composto 139.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
277
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.7400
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
75.47
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
18832.39
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
TMS
188.34
142.22
136.31
134.87
0.00
Espectro de RMN
13
C (DEPT 135).*
Acquisition Time (sec)
1.8219
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
75.47
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
17985.61
192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
TMS
142.22
136.31
134.87
0.00
* Espectro de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 139 (CH).
Figura 80: Espectros de RMN
13
C (75 MHz, CDCl
3
) do composto 139.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
278
Tabela 42: Dados Espectroscópicos do Composto 139.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral Relativa Multiplicidade
1 188,3
2 134,9 6,95–7,20 2H m
3 142,2 6,95–7,20 2H m
4 136,3 6,95–7,20 2H m
O
1
2
3
4
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
279
Composto 140
Acquisition Time (sec)
5.1905
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
6313.13
Temperature (grad C)
0.000
6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.021.012.002.002.004.00
TMS
0.00
1.53
2.28
2.31
3.05
3.24
5.69
5.98
6.05
Figura 81: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 140
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
280
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 33
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
33.21
48.65
57.89
77.00
126.86
128.33
135.53
208.77
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 33
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
33.21
48.65
57.89
126.86
128.33
135.53
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 140. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 82: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 140.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
281
Tabela 43: Dados Espectroscópicos do Composto 140.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz) gCOSY gHMQC
1 e 8 48,6 3,05 2H dddd (H
1
) – J
1,11
= 4,9; J
1,10
= 3,3; J
1,2
= 2,2;
J
1,11'
= 0,9
H
2
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
, H
8
(H
8
) – J
8,11
= 4,9; J
8,9
= 3,3; J
8,7
= 2,2;
J
8,11'
= 0,9
H
7
, H
9
, H
11
, H
11'
2 e 7 57,9 3,24 1H ddt (H
2
) J
2,1
= 9,5; J
2,11
= 8,1; J
2,3
=7,0;
J
2,4
= 1,3
H
1
, H
3
, H
4
, H
11
H
2
, H
7
(H
7
) – J
7,8
= 9,5; J
7,11
= 8,1; J
7,6
=7,0;
J
7,5
= 1,3
H
5
, H
6
, H
8
, H
11
3 e 6 128,3 5,69 2H ddd (H
3
) – J
3,4
= 9,1; J
3,2
= 7,0; J
3,5
= 3,0 H
2
, H
4
, H
5
H
3
, H
6
(H
6
) – J
6,5
= 9,1; J
6,7
= 7,0; J
6,4
= 3,0 H
4
, H
5
, H
7
4 e 5 126,9 5,98 – 6,05 2H m H
2
, H
3
, H
6
, H
3
, H
6
, H
7
H
4
, H
5
9 e 10 135,5 5,98 – 6,05 2H m H
8
, H
11’
, H
1
, H
11'
H
9
, H
10
11 33,2 (H
11
) 1,53 2H dtt J
11,11'
= 11,5; J
11,1
= 4,9; J
11,8
= 4,9;
J
11,2
= 1,3; J
11,7
= 1,3
H
1
, H
2
, H
7
, H
8
, H
11'
H
11
e H
11'
(H
11'
) 2,29 1H dquint J
11',11
= 11,5; J
11',1
= 0,9; J
11',8
= 0,9;
J
11',9
= 0,9; J
11',10
= 0,9
H
1
, H
8
, H
9
, H
10
, H
11
12 208,8
H
H
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
12
O
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
282
Composto 141
Acquisition Time (sec)
3.1719
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
10330.58
Temperature (grad C)
0.000
8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.001.002.001.001.006.000.79
TMS
0.00
1.38
2.03
2.05
2.89
2.94
3.21
4.23
5.85
6.04
8.10
Figura 83: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 141
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
283
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 23
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
33.84
39.49
45.66
47.21
47.74
77.00
126.17
127.49
131.23
133.34
135.01
157.81
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 23
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
33.84
39.48
45.66
47.21
47.74
126.17
127.49
131.22
133.33
134.88
135.01
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 141. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 84: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 141.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
284
Tabela 44: Dados Espectroscópicos do Composto 141.
C
δC δH
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de acoplamento (Hz) gCOSY gHMQC
1 47,2 2,86 – 2,91 1H m H
2
, H
10
, H
11
; H
11'
H
1
2 45,7 3,21 1H dddd J
2,3
=6,6; J
2,1
= 3,8; J
2,7
= 3,0; J
2,11
= 1,0 H
1
, H
3
, H
7
, H
11
H
2
3 126,2 * 5,85 – 6,04 1H m
4 127,5 * 5,85 – 6,04 1H m
5 133,3 * 5,85 – 6,04 1H m
6 131,2 * 5,85 – 6,04 1H m
7 39,5 4,23 1H dtd J
7,6
= 8,0; J
7,8
= 3,0; J
7,2
= 3,0; J
7,11
= 1,0 H
2
, H
6
, H
8
, H
11
H
7
8 47,7 2,91 – 2,96 1H m H
7
, H
9
, H
11
, H
11'
H
8
9 134,9 * 5,85 – 6,04 1H m
10 135,0 * 5,85 – 6,04 1H m
11 33,8 (H
11
) 1,38 1H dtt J
11,11'
= 11,1; J
11,1
= 5,0; J
11,8
= 5,0; J
11,2
= 1,0; J
11,7
= 1,0 H
1
, H
2
, H
7
, H
8
, H
11
' H
11, e
H
11'
(H
11'
) 2,03 1H dquint J
11',11
= 11,1; J
11',1
= 0,8; J
11',8
= 0,8; J
11',9
= 0,8; J
11',10
= 0,8 H
1
, H
8
, H
9
, H
10
, H
11
12 157,8
13 7,50 – 8,50 OH sl
* podem estar trocados
H
H
N
HO
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
12
13
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
285
Composto 142
Acquisition Time (sec)
7.6546
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
4280.82
Temperature (grad C)
0.000
6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.001.002.001.001.001.004.001.00
TMS
6.11
6.09
5.95
5.82
3.81
3.65
3.01
2.26
2.24
1.60
0.00
6.4 6.3 6.2 6.1 6.0 5.9 5.8 5.7
1.004.001.001.00
Figura 85: Espectro de RMN–
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 142.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
286
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 18
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
33.92
45.48
47.90
50.74
53.78
77.00
127.41
128.31
132.90
133.46
135.53
137.51
174.38
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 18
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
33.92
45.49
47.90
50.74
53.79
127.41
128.31
132.90
133.46
135.54
137.52
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 142 (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 86: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 142
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
287
Tabela 45: Dados Espectroscópicos do Composto 142.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de acoplamento (Hz) gCOSY gHMBC gHMQC
1 47,9 2,99 1H ddt J
1/2
= 6,3; J
1/11
= 6,3; J
1/10
= 2,9; J
1/11'
= 1,5 H
2
, H
8
, H
10
, H
11
, H
11'
H
2
, H
8
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
2 50,7 3,81 1H dt J
2/3
=7,8; J
2/1
= 6,3; J
2/13
= 6,3 H
1
, H
3
, H
11 *,
H
13
H
7
, H
11'
, H
11
H
2
3 127,4 5,95 6,09
1H m H
2
4 137,5 5,95 6,09
1H m H
2
5 133,5 5,95 6,09
1H m H
7
6 128,3 5,95– 6,09 1H m H
7
7 53,8 3,64 1H dddd J
7/6
= 9,1; J
7/8
= 6,3; J
7/11
= 1,9; J
7/13
= 1,0 H
6
, H
8
, H
11
, H
13
H
2
, H
8
, H
9
, H
11
, H
11'
H
7
8 45,5 2,99 1H ddt J
8/7
= 6,3; J
8/11
= 6,3; J
8/9
= 2,9; J
8/11'
= 1,5 H
7
, H
9
, H
11
, H
11
' H
1
, H
7
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
8
9 132,9 5,81 1H ddd J
9/10
= 5,9; J
9/8
= 2,9; J
9/11'
= 0,7 H
8
, H
10
, H
11'
H
1
, H
8
, H
10
, H
11'
H
9
10 135,5 6,10 1H ddd J
10/9
= 5,9; J
10/1
= 2,9; J
10/11'
= 0,7 H
1
, H
9
, H
11'
H
1
, H
8
, H
9
, H
11'
H
10
11 33,9 (H
11
) 1,60 1H ddt J
11/11'
= 12,1; J
11/1
= 6,3; J
11/8
= 6,3; J
11/7
= 1,9 H
1
, H
2 *
, H
7
, H
11'
H
1
, H
2
, H
7
, H
8
, H
9
, H
10
H
11
; H
11'
(H
11'
) 2,25 1H dtt J
11'/11
= 12,1; J
11'/1
= 1,5; J
11'/8
= 1,5;
J
11'/9
= 0,7; J
11'/10
= 0,7
H
1
, H
8
, H
9
, H
10
, H
11
12 174,4
(H
13
) 6,27 NH sl
* acoplamentos que aparecem na análise
1
H –
1
H gCOSY, mas não são medidos.
H
H
N
O
H
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
12
13
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
288
Composto 170
Acquisition Time (sec)
6.2915
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
5208.33
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.061.011.001.001.001.002.012.011.002.001.96
TMS
7.72
7.70
7.24
7.22
6.26
6.16
6.07
6.03
5.83
5.79
5.41
3.68
3.28
3.00
2.39
2.25
2.22
1.63
0.00
6.3 6.2 6.1 6.0 5.9 5.8 5.7
2.012.011.001.00
6.26
6.16
6.07
6.03
5.83
5.79
2.00
2.00
2.00
3.00
1.00
2.00
2.00
1.00
Figura 87: Espectro de RMN–
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 170
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
289
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 1
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
21.56
33.23
45.23
47.18
52.65
55.32
77.00
128.24
128.41
128.62
128.91
130.86
132.05
135.96
136.15
136.37
143.98
171.13
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 1
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
21.56
33.23
45.23
47.19
52.65
55.33
128.24
128.41
128.63
128.91
130.86
132.05
135.97
136.37
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 170 (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 88: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 170
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
290
Tabela 46: Dados Espectroscópicos do Composto 170.
C
δ C(ppm) δ H(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de acoplamento (Hz) gCOSY gHMQC
1 47,2 3,28 1H dt J
1/11
= 6,9; J
1,2
= 6,9; J
1,10
= 3,0 H
2
, H
10
, H
11
H
1
2 52,6 5,41 1H dd J
2/3
= 8,3; J
2,1
= 6,9 H
1
, H
3
H
2
3 136,0 6,26 1H dddd J
3/4
= 12,6; J
3/2
= 8,3; J
3/6
= 1,7; J
3/5
= 0,8 H
2
, H
4
, H
5
, H
6
H
3
4 128,2 6,16 1H ddd J
4/3
=12,6; J
4/5
= 8,7; J
4/6
= 0,7 H
3
, H
5
, H
6
H
4
5 128,6 6,03 1H ddd J
5/6
= 13,0; J
5/4
= 8,7; J
5/3
= 0,8 H
3
, H
4
, H
6
H
5
6 130,9 5,79 1H dddd J
6/5
= 13,0; J
6/7
= 10,3; J
6/3
=1,7; J
6/4
= 0,7 H
3
, H
4
, H
5
, H
7
H
6
7 55,3 3,68 1H ddd J
7/6
= 10,3; J
7/8
= 7,1; J
7,11
=1,7 H
6
, H
8
, H
11
H
7
8 45,2 3,00 1H ddd J
8/7
= 7,1; J
8/11
= 5,8; J
8/9
= 2,9 H
7
, H
9
, H
11
H
8
9 132,0 6,07 1H ddd J
9/10
= 5,7; J
9/8
= 2,9; J
9/11'
= 1,6 H
8
, H
10
, H
11
' H
9
10 136,4 5,83 1H ddd J
10/9
= 5,7; J
10/1
= 3,0; J
10/11'
= 1,6 H
1
, H
9
, H
11'
H
10
11 33,2 H
(11)
1,63 1H dddd J
11/11'
= 12,3; J
11/1
= 6,9; J
11/8
=5,8; J
11/7
= 1,7 H
1
, H
8
, H
7
, H
11'
H
11
; H
11'
H
(11’)
2,23 1H dt J
11'/11
= 12,3; J
11'/9
= 1,6; J
11'/10
= 1,6 H
9
, H
10
, H
11
12 171,2
14 136,1
15 128,4 7,71 2H J
15/16
= 8,1 H
16
H
15
16 128,9 7,23 2H d J
16/15
= 8,1 H
15
H
16
17 144,0
18 21,3 2,38 3H s H
18
S
O
O
H
H
N
O
14
15
15
16
16
17
18
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
12
13
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
291
Composto 171
Acquisition Time (sec)
5.8196
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
5630.63
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.081.021.011.001.002.001.001.001.001.011.001.002.012.00
TMS
7.70
7.69
7.27
7.25
5.98
5.96
5.81
5.76
5.66
5.52
5.33
4.89
4.19
3.56
3.55
3.16
2.74
2.72
2.41
2.30
2.28
2.07
2.05
1.76
1.73
0.00
6.00 5.75 5.50 5.25
1.001.011.001.001.00
2.00
1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
2.00
3.00
Figura 89: Espectro de RMN–
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 171..
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
292
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 4
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
21.46
34.57
44.99
46.27
47.22
53.21
66.01
77.00
126.97
128.41
128.67
129.42
131.56
133.63
134.86
134.96
138.06
143.11
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
21.46
34.59
45.02
46.37
47.23
53.31
66.01
127.00
128.44
128.68
129.43
131.55
133.67
134.98
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 171. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 90: Espectros de RMN
13
C (100/125 MHz, CDCl
3
) do composto 171.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
293
Tabela 47: Dados Espectroscópicos do Composto 171.
C
δ C(ppm) δ H(ppm)
Integral
Relativa Multiplicidade Constantes de acoplamento (Hz) gHMBC gCOSY gHMQC
1 46,3 3,17
1H
tddd J
1/11
= 9,5; J
1,2
= 9,5; J
1,10
= 3,0; J
1,9
= 1,3; J
1,11'
= 0,8 H
2
, H
3
, H
8
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
2
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
2 53,2 4,19
1H
dt J
2/1
= 9,5; J
2,14
= 9,5; J
2,3
= 8,1 H
1
, H
3
, H
4
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
, H
3
, H
14
H
2
3 134,9 5,53
1H
dddd J
3/4
= 11,6; J
3/2
= 8,1; J
3/5
= 1,8; J
3/6
= 0,8 H
1
, H
2
, H
4
, H
5
H
2
, H
4
, H
5
, H
6
H
3
4 128,4 5,81
1H
ddd J
4/3
=11,6; J
4/6
= 2,0; J
4/5
= 1,8 H
2
, H
3
, H
5
, H
6
H
3
, H
5
, H
6
H
4
5 128,7 5,97
1H
dddd J
5/6
= 11,3; J
5/4
= 2,0; J
5/3
= 1,8; J
5/7
= 0,9 H
3
, H
4
, H
6
, H
7
H
3
, H
4
, H
6
, H
7
H
5
6 135,0 5,32
1H
dddd J
6/5
= 11,3; J
6/7
= 8,8; J
6/4
= 2,0; J
6/3
= 0,8 H
4
, H
5
, H
7
, H
12
H
3
, H
4
, H
5
, H
7
H
6
7 47,2 2,29
1H
dddt J
7/6
= 8,8; J
7/12
= 7,1; J
7/12'
= 7,1; J
7/8
= 2,5; J
7,5
= 0,9 H
5
, H
6
, H
8
, H
9
, H
11
, H
11'
, H
12
H
5
, H
6
, H
8
, H
12
H
7
8 45,0 2,73
1H
dddd J
8/11
= 9,5; J
8/9
= 3,2; J
8/7
= 2,5; J
8/10
= 1,0 H
1
, H
6
, H
7
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
, H
12
H
7
, H
9
, H
10
, H
11
, (H
11'
) H
8
9 133,6 5,76
1H
ddd J
9/10
= 5,5; J
9/8
= 3,2; J
9/1
= 1,3 H
1
, H
7
, H
8
, H
10
, H
11'
, H
11
H
1
, H
8
, H
10
, H
11'
H
9
10 131,6 5,66
1H
ddt J
10/9
= 5,5; J
10/1
= 3,0; J
10/8
= 1,0; J
10/11'
= 1,0 H
1
, H
2
, H
8
, H
9
, H
11'
, H
11
H
1
, H
8
, H
9
, (H
11'
) H
10
11 34,6 H
(11)
2,06
1H
dt J
11/11'
= 13,9; J
11/1
= 9,5; J
11/8
= 9,5 H
1
, H
2
, H
7
, H
8
, H
9
, H
10
H
1
, H
8
, H
11'
H
11
; H
11'
H
(11’)
1,74
1H
ddd J
11'/11
= 13,9; J
11'/10
= 1,0; J
11'/1
= 0,8 H
1
, (H
8
), (H
9
), H
10
, H
11
12 66,0 3,56
2H
d J
12/7
= 7,1 H
6
, H
7
, H
8
H
7
H
12
H
(13)
1,80
OH
sl
H
(14)
4,89
NH
d J
14/2
= 9,5 H
2
15 138,1
H
16
, H
17
16 127,0 7,70
2H
d J
16/17
= 8,3 H
17
H
17
H
16
17 129,4 7,26
2H
d J
17/16
= 8,3 H
16
, H
19
H
16
H
17
18 143,1
H
16
, H
17
, H
19
19 21,5 2,41
3H
s H
17
H
19
em parênteses ( ) : "acoplamentos" que são observados no experimento de
1
H–
1
H COSY, mas que não são vistos no experimento de 1D de
1
H nem no Jres.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
294
Tabela 48: Experimentos de NOE–DIFF com o Composto 171.
Hidrogênios Irradiados Hidrogênios com efeito NOE
H
1
H
2
; H
10
H
2
H
1
; H
3
; H
11’
; H
16
H
8
H
7
; H
9
H
11’
H
2
; H
7
HN
S
O
O
OH
H
H
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
14
17
16
13
16
15
12
17
18
19
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
295
Composto 172
Acquisition Time (sec)
3.1719
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
10330.58
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.021.003.011.003.003.001.001.003.001.002.211.97
TMS
0.00
1.75
1.78
2.09
2.41
2.57
2.77
2.79
3.01
3.14
4.13
4.84
4.86
5.36
5.50
5.72
5.76
5.80
5.82
6.00
6.02
7.26
7.28
7.69
7.71
2.00
2.00
1.00 1.00
1.00
1.00
3.00
Figura 91: Espectro de RMN–
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 172.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
296
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
21.45
34.35
37.43
43.35
44.77
46.88
53.79
71.66
77.00
126.99
127.78
129.47
129.51
132.46
132.57
132.84
135.21
137.99
143.22
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
21.45
34.34
37.42
43.33
44.75
46.86
53.78
71.65
126.97
127.77
129.47
132.56
132.84
135.21
133 132 131 130 129
129.47
129.50
132.45
132.56
132.84
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 172. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 92: Espectros de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto 172.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
297
Tabela 49: Dados Espectroscópicos do Composto 172.
C
δ C(ppm) δ H(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade
Constantes de acoplamento (Hz) gCOSY gHMQC
1 46,9 3,14
1H
dddt J
1/11
= 9,6; J
1,2
= 8,2; J
1,10
= 2,8; J
1,9
= 1,3; J
1,11'
= 1,3 H
2
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
2 53,8 4,15
1H
dt J
2/14
= 10,1; J
2,1
= 8,2; J
2,3
= 8,2 H
1
, H
3
, H
14
H
2
3 135,2 5,50
1H
ddd J
3/4
= 11,6; J
3/2
= 8,2; J
3/5
= 2,1 H
2
, H
4
, H
5
H
3
4 127,8 5,81
1H
dt J
4/3
=11,6; J
4/6
= 2,1; J
4/5
= 2,1 H
3
, H
5
, H
6
H
4
5 129,5 6,01
1H
dt J
5/6
= 11,4; J
5/4
= 2,1; J
5/3
= 2,1 H
3
, H
4
, H
6
H
5
6 132,6 5,36
1H
ddd J
6/5
= 11,4; J
6/7
= 8,9; J
6/4
= 2,1 H
4
, H
5
, H
7
H
6
7 43,4 2,57
1H
ddt J
7/6
= 8,9; J
7/12
= 6,8; J
7/12'
= 6,8; J
7/8
= 3,2 H
5
, H
6
, H
8
, H
12
, H
12'
H
7
8 44,8 2,78
1H
dddt J
8/11
= 9,6; J
8/7
= 3,2; J
8/9
= 2,8; J
8/10
= 1,0; J
8/11'
= 1,0 H
7
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
8
9 132,8 5,76
1H
ddd J
9/10
= 6,0; J
9/8
= 2,8; J
9/1
= 1,3 H
1
, H
8
, H
10
H
9
10 132,5 5,71
1H
dddd J
10/9
= 6,0; J
10/1
= 2,8; J
10/8
= 1,0; J
10/11'
= 0,5 H
1
, H
8
, H
9
, H
11'
H
10
11 34,3 H
(11)
2,09
1H
dt J
11/11'
= 13,9; J
11/1
= 9,6; J
11/8
= 9,6 H
1
, H
8
, H
11'
H
11
, H
11'
H
(11’)
1,76
1H
dddd J
11'/11
= 13,9; J
11'/1
= 1,3; J
11'/8
= 1,0; J
11'/10
= 0,5 H
1
, H
8
, H
10
, H
11
12 71,6 H
(12)
4,11
1H
dd J
12/12'
= 9,3; J
12/7
= 6,8 H
7
, H
12'
H
12
, H
12'
H
(12’)
4,14
1H
dd J
12'/12
= 9,3; J
12/7
= 6,8 H
7
, H
12
13 37,4 3,01
3H
s H
13
H
(14)
4,84
NH
d J
14/2
= 10,1 H
2
15 138,0
16 127,0 7,70
2H
d J
16/17
= 8,3 H
17
H
16
17 129,5 7,27
2H
d J
17/16
= 8,3 H
16
H
17
18 143,2
19 21,4 2,42
3H
s H
19
HN
S
O
O
O
H
H
S
O
O
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
14
1
7
1
6
13
1
6
1
5
12
1
7
1
8
1
9
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
298
Composto 173
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON128 CDCl3 u mgc 2
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.001.033.001.001.001.001.002.001.001.011.002.042.01
TMS
0.00
1.85
1.88
2.07
2.42
2.80
2.82
3.47
3.49
3.70
4.73
4.85
4.98
5.03
5.04
5.59
5.68
5.71
5.76
5.85
5.88
6.16
6.18
7.27
7.29
7.72
7.74
6.0 5.5 5.0
1.001.002.001.001.001.011.00
2.00
2.00
1.00
1.00
1.00
Figura 93: Espectro de RMN–
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 173.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
299
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
21.50
33.48
48.10
52.24
59.37
77.00
113.63
127.02
127.17
127.80
129.51
132.23
136.49
136.73
137.60
143.29
148.30
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
21.50
33.47
48.09
52.24
59.37
113.63
127.02
127.16
127.80
129.52
132.21
136.49
136.72
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 173. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 94: Espectros de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto
173
.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
300
Tabela 50: Dados Espectroscópicos do Composto 173.
C δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade
Constantes de acoplamento (Hz) gHMBC gCOSY gHMQC
1 52,2 2,81
1H
ddq J
1/11
= 9,6; J
1/10
= 2,0; J
1/2
= 1,0; J
1/9
= 1,0; J
1/11'
= 1,0 H
2
, H
3
, H
8
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
2
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
2 59,4 3,70
1H
tt J
2/14
= 7,5; J
2/3
= 7,5; J
2/1
= 1,0; J
2/4
= 1,0 H
1
, H
3
, H
4
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
, H
3
, H
4
, H
14
H
2
3 132,2 4,98
1H
ddd J
3/4
= 11,6; J
3/2
= 7,5; J
3/5
= 1,8 H
1
, H
2
, H
4
, H
5
H
2
, H
4
, H
5
H
3
4 127,8 5,70
1H
dddd J
4/3
=11,6; J
4/5
= 2,5; J
4/6
= 1,8; J
4/2
= 1,0 H
2
, H
3
, H
5
, H
6
H
2
, H
3
, H
5
, H
6
H
4
5 127,0 5,86
1H
ddd J
5/6
= 11,6; J
5/4
= 2,5; J
5/3
= 1,8 H
3
, H
4
, H
6
H
3
, H
4
, H
6
H
5
6 136,5 6,17
1H
dq J
6/5
= 11,6; J
6/4
= J
6/12
= J
6/12'
= 1,8 H
4
, H
5
, H
7
, H
12
, H
12'
(H
3
), H
4
, H
5
, H
12
, H
12'
H
6
7 148,3
H
5
, H
6
, H
8
, H
9
, H
11
, H
11'
, H
12
, H
12'
8 48,1 3,48
1H
dddt J
8/11
= 9,6; J
8/9
= 3,0; J
8/10
= 2,0; J
8/12
= J
8/12'
= 1,8; J
8/11'
= 1,0 H
1
, H
6
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
, H
12
, H
12'
H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
, H
12
, H
12'
H
8
9 136,7 5,76
1H
ddt J
9/10
= 5,6; J
9/8
= 3,0; J
9/1
= J
9/11'
= 1,0 H
1
, H
8
, H
10
, H
11'
, H
11
H
1
, H
8
, H
10
, H
11'
H
9
10 127,8 5,59
1H
ddt J
10/9
= 5,6; J
10/1
= 2,0; J
10/8
= 2,0; J
10/11'
= 1,0 H
1
, H
2
, H
8
, H
9
, H
11'
, H
11
H
1
, H
8
, H
9
, H
11'
H
10
11 33,5 H
(11)
2,07
1H
dt J
11/11'
= 13,9; J
11/1
= 9,6; J
11/8
= 9,6 H
1
, H
2
, H
8
, H
9
, H
10
H
1
, H
8
, H
11'
H
11
, H
11'
H
(11’)
1,86
1H
dquint J
11'/11
= 13,9; J
11'/10
= J
11'/1
= J
11'/9
= J
11'/8
= 1,0 H
1
, H
8
, H
9
, H
10
, H
11
12 113,6 H
(12’)
4,73
1H
q J
12'/12
= J
12'/8
= J
12'/6
= 1,8 H
6
, H
8
H
6
, H
8
, H
12
H
12
, H
12'
H
(12)
4,85
1H
q J
12/12'
= J
12/8
= J
12/6
= 1,8 H
6
, H
8
, H
12'
H
(14)
5,03
NH
d J
14/2
= 7,5 H
2
15 137,6
H
16
, H
17
16 127,0 7,73
2H
d J
16/17
= 8,4 H
17
H
17
H
16
17 129,5 7,28
2H
d J
17/16
= 8,4 H
16
H
16
H
17
18 143,3
H
16
, H
17
, H
19
19 21,5 2,42
3H
s H
17
H
19
em parênteses ( ) : "acoplamentos" que são observados no experimento de
1
H–
1
H COSY, mas que não são medidos no experimento 1D de
1
H nem no Jres.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
301
Tabela 51: Experimentos de NOE–DIFF com o Composto 173.
Hidrogênios Irradiados Hidrogênios com efeito NOE
H
2
H
1
; H
11’
H
8
H
9
; H
11
; H
11’
; H
12
H
10
H
1
H
11’
H
1
; H
2
; H
8
HN
S
O
O
H
H
H
H
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
14
17
16
16
15
12
17
18
19
12'
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
302
Composto 174
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 47
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.311.336.021.001.001.001.003.031.011.004.034.03
TMS
7.91
7.89
7.34
7.32
6.31
6.30
6.28
6.27
6.03
5.94
5.83
5.80
5.77
5.73
5.72
4.91
4.78
4.70
4.68
3.50
3.47
2.99
2.96
2.44
2.04
1.64
1.61
0.00
4.00 4.00
1.00 1.00
1.00
1.00
1.00
1.00
3.00
1.00
1.00
6.00
Figura 95: Espectro de RMN–
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 174.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
303
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 21
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
21.64
36.67
49.50
51.12
68.55
77.00
115.37
126.78
128.32
129.49
129.71
131.02
135.85
136.83
144.68
148.05
131 130 129 128
128.32
129.49
129.69
129.71
131.02
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 21
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
21.64
36.68
49.50
51.12
68.55
115.37
126.79
128.32
129.48
129.71
131.03
135.84
136.82
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 174. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 96: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 174.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
304
Tabela 52: Dados Espectroscópicos do Composto 174.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade
Constantes de acoplamento (Hz)
1 51,1 2,97 1H dl J
1/11
= 9,4;
2 68,6 4,69 1H dl J
2/3
= 7,5
3 131,0 5,94 1H ddd J
3/4
= 11,1; J
3/2
= 9,0; J
3/5
= 1,7
4 129,7 5,70–5,85 1H m
5 126,8 5,70–5,85 1H m
6 135,8 6,29 1H dq J
6/5
= 12,2; J
6/4
= J
6/12
= J
6/12'
= 1,6
7 148,0
8 49,5 3,49 1H m
9 136,8 5,70–5,85 1H m
10 129,7 6,03 1H dt J
10/9
= 5,3; J
10/1
= 2,2; J
10/8
= 2,2
11 36,7 H
(11)
2,03 1H dt J
11/11'
= 13,9; J
11/1
= 9,5; J
11/8
= 9,5
H
(11’)
1,62 1H dl J
11'/11
= 13,9
12 115,4 H
(12’)
4,91 1H q J
12'/12
= J
12'/8
= J
12'/6
= 1,8
H
(12)
4,78 1H q J
12/12'
= J
12/8
= J
12/6
= 1,8
15 137,6*
16 128,3 7,90 4H d J
16/17
= 8,3
N
S
O
O
H
H
H
H
S
O
O
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
14
17
16
16
15
12
17
18
19
12'
17 129,5 7,33 4H d J
17/16
= 8,3
18 144,7
19 21,6 2,44 6H s
*carbono quaternário: alto tempo de relaxação
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
305
Composto 180
Acquisition Time (sec)
6.7633
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
4844.96
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.003.001.003.001.001.001.001.001.002.001.001.002.002.00
TMS
0.00
1.97
1.99
2.11
2.12
2.41
2.60
2.61
2.87
3.49
3.51
4.49
4.51
4.77
4.87
5.17
5.52
5.73
5.77
6.00
6.03
6.27
6.29
7.26
7.27
7.64
7.65
1.00
1.00
Figura 97: Espectro de RMN–
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 180.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
306
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
21.47
29.86
34.89
48.52
49.41
62.93
77.00
114.11
127.36
127.52
127.64
128.20
128.93
129.36
136.49
136.96
143.02
148.28
129.5 129.0 128.5 128.0 127.5
127.36
127.52
127.64
128.20
128.93
129.36
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
21.47
29.87
34.89
48.52
49.41
62.93
114.10
127.37
127.53
127.64
128.21
128.93
129.36
136.50
136.96
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 180. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 98: Espectros de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto 180
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
307
Tabela 53: Dados Espectroscópicos do Composto 180.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade
Constantes de acoplamento (Hz) gCOSY gHMQC
1 49,4 2,60
1H
ddq J
1/11
= 9,5; J
1/10
= 2,2; J
1/2
= 1,0; J
1/9
= 1,0; J
1/11'
= 1,0 H
2
, H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
H
1
2 62,9 4,50
1H
dt J
2/3
= 8,7; J
2/1
= 1,0; J
2/4
= 1,0 H
1
, H
3
, H
4
H
2
3 127,5 5,17
1H
ddd J
3/4
= 11,4; J
3/2
= 8,7; J
3/5
= 1,8 H
2
, H
4
, H
5
H
3
4 128,2 5,73 – 5,77
2H
m – H
2
, H
3
, H
5
, H
6
H
4
5 127,6 6,02
1H
ddd J
5/6
= 11,9; J
5/4
= 2,5; J
5/3
= 1,8 H
3
, H
4
, H
6
H
5
6 136,5 6,28
1H
dq J
6/5
= 11,9; J
6/4
= J
6/12
=J
6/12'
= 1,8 H
4
, H
5
, H
12
, H
12'
H
6
7 148,3
8 48,5 3,48 – 3,52
1H
m – H
9
, H
10
, H
11
, H
11'
, H
12
, H
12'
H
8
9 137,0 5,73 – 5,77 2H m H
1
, H
8
, H
10
H
9
10 128,9 5,52
1H
ddd J
10/9
= 5,6; J
10/1
= 2,2; J
10/8
= 1,5 H
1
, H
8
, H
9
H
10
11 34,9 H
(11)
2,11
1H
dt J
11/11'
= 13,8; J
11/1
= 9,5; J
11/8
= 9,5 H
1
, H
8
, H
11'
H
11
, H
11'
H
(11’)
1,98
1H
dt J
11'/11
= 13,8; J
11'/1
= J
11'/8
= 1,0 H
1
, H
8
, H
11
12 114,1 H
(12’)
4,77
1H
q J
12/12'
= J
12/8
= J
12/6
= 1,8 H
6
, H
8
, H
12
H
12
, H
12'
H
(12)
4,87
1H
q J
12'/12
= J
12'/8
= J
12'/6
= 1,8 H
6
, H
8
, H
12'
14 29,9 2,87
3H
s – H
14
15 136,5
16 127,4 7,65
2H
d J
16/17
= 8,3 H
17
H
16
17 129,4 7,27
2H
d J
17/16
= 8,3 H
16
H
17
18 143,0
19 21,5 2,41
3H
s – H
19
N
S
O
O
H
H
H
H
1
2
3
5
4
6
7
8
10
9
11'
11
14
17
16
16
15
12
17
18
19
12'
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
308
Composto 183
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 46
Date
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0
3.002.00
7.76
7.74
7.68
7.65
2.69
2.65
7.80 7.75 7.70 7.65 7.60
2.002.00
3103.7
3095.6
3071.1
3062.7
2.80 2.75 2.70 2.65 2.60 2.55
3.006.00
1076.5
1061.4
Figura 99: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 183.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
309
Composto 281
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 26
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
12.5 12.0 11.5 11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0 -0.5
2.001.001.001.001.00
TMS
11.53
7.40
7.37
7.36
7.33
6.54
6.51
6.50
6.47
6.45
5.94
5.90
5.69
5.65
5.57
5.55
0.00
Figura 100: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 281.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
310
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 26
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
77.00
121.34
126.81
134.49
147.04
172.59
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 26
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
121.34
134.50
147.05
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 281. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 101: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 281.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
311
Tabela 54: Dados Espectroscópicos do Composto 281.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 172,6 10,90–12,40 (OH) sl
2 121,3 5,92 1H dtd J
2/3
= 15,4; J
2/4
= 0,8; J
2/5a
= 0,8; J
2/5b
= 0,6
3 147,0 7,36 1H dddd J
3/2
= 15,4; J
3/4
= 10,8; J
3/5a
= 0,8; J
3/5b
= 0,6
4 134,5 6,49 1H dddd J
4/,5a
= 16,9; J
4/3
= 10,8; J
4/,5b
= 10,0; J
4/2
= 0,8
5 126,8 (H
5a
) 5,67 1H ddt J
5a/4
= 16,9; J
5a/5b
= 1,4; J
5a/2
= 0,8; J
5a/3
= 0,8
(H
5b
) 5,56 1H ddt J
5b/4
= 10,0; J
5a/5b
= 1,4; J
5b/2
= 0,6; J
5b/3
= 0,6
HH
CO
2
H
3
5
a
4
2
1
b
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
312
Composto 282
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 7
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
11.5 11.0 10.5 10.0 9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
6.001.001.00
TMS
0.00
1.82
1.84
6.99
7.01
7.03
7.04
11.44
Figura 102: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 282.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
313
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 7
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
11.56
14.53
77.00
128.04
139.95
173.86
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 7
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
11.63
14.60
140.02
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 282 (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 103: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 282
.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
314
Tabela 55: Dados Espectroscópicos do composto 282.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 173,9 11,10–11,76 OH sl
2 128,0
3 140,0 6,97–7,07 1H m
4 11,6 1,81–1,87 3H m
5 14,5 1,81–1,87 3H m
CO
2
H
3
5
4
2
1
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
315
Composto 296
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 40
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.002.001.001.001.00
TMS
0.00
3.75
5.48
5.51
5.59
5.63
5.90
5.94
6.41
6.44
6.46
6.47
6.48
6.51
7.24
7.27
7.28
7.31
éter
éter
Figura 104: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 296.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
316
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 40
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
51.43
77.00
121.62
125.54
134.60
144.78
167.12
éter
éter
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 40
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
51.43
121.61
125.54
134.59
144.78
éter
éter
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 296. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 105: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 296.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
317
Tabela 56: Dados Espectroscópicos do Composto 296.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 167,1
2 121,6 5,92 1H ddt J
2/3
= 15,4; J
2/5a
= 0,8; J
2/5b
= 0,7; J
2/4
= 0,7
3 144,8 7,27 1H ddt J
3/2
= 15,4; J
3/4
= 11,0; J
3/5a
= 0,8; J
3/5b
= 0,8
4 134,6 6,46 1H dddd J
4/5a
= 17,0; J
4/,3
= 11,0; J
4/5b
= 10,0; J
4/2
= 0,7
5 125,5 (H
5a
) 5,62 1H ddt J
5a/4
= 17,0; J
5a/5b
= 1,5; J
5a/2
= 0,8; J
5a/3
= 0,8
(H
5b
) 5,50 1H dddd J
5b/4
= 10,0; J
5a/5b
= 1,5; J
5b/3
= 0,8; J
5b/2
= 0,7
HH
CO
2
CH
3
3
5
a
4
2
1
b
6
6 51,4 3,75 3H s
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
318
Composto 283
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 48
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.002.002.001.002.00
TMS
6.41
6.38
6.36
6.34
6.32
6.30
6.26
6.23
5.89
5.88
5.86
5.85
5.84
5.83
5.25
5.21
5.12
5.10
4.21
4.19
1.78
0.00
Figura 106: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 283.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
319
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 48
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
63.17
77.00
117.64
131.86
132.44
136.20
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 48
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
136.19
132.43
131.86
117.64
63.17
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 283. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 107: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 283.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
320
Tabela 57: Dados Espectroscópicos do Composto 283.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 63,2 4,11–4,22 2H m
2* 132,4 5,83 1H dt J
2/3
= 15,1; J
2/1
= 5,8; J
2/1
= 5,8
3* 131,9 6,24 1H dd J
3/2
= 15,1; J
3/4
= 10,3
4 136,2 6,35 1H dt J
4/5a
= 16,7; J
4/,3
= 10,3; J
4/5b
= 10,3
5 117,6 (H
5a
) 5,21 1H dd J
5a/4
= 16,7; J
5a/5b
= 1,5
(H
5b
) 5,09 1H dd J
5b/4
= 10,3; J
5a/5b
= 1,5
HH
OH
3
5
a
4
2
1
b
6
6 – 1,5–2,0 (OH) 1H sl
* estes carbonos podem estar trocados
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
321
Composto 285
Acquisition Time (sec)
6.9730
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
4699.25
Temperature (grad C)
0.000
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
6.002.002.001.002.001.00
TMSChloroform-d
0.00
1.79
1.80
1.84
1.85
4.66
4.67
5.13
5.15
5.23
5.27
5.80
5.83
6.27
6.32
6.33
6.38
6.88
6.89
7.27
Figura 108: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 285.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
322
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
11.99
14.30
64.39
77.00
118.34
127.54
128.47
134.19
135.96
137.41
167.74
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
11.98
14.30
64.39
118.33
127.53
134.19
135.94
137.42
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 285. (CH, CH
3
), (CH
2
)
Figura 109: Espectros de RMN
13
C (125MHz, CDCl
3
) do composto 285
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
323
Tabela 58: Dados Espectroscópicos do Composto 285.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz) gCOSY gHMBC gHMQC
1 64,4 4,65–4,69 2H m H
2
; H
3
H
2;
H
3
H
1
2 127,5 5,81 1H dt J
2,3
= 14,6; J
2,1
= 6,2; J
2,1
= 6,2 H
1;
H
3;
H
1;
H
3
; H
4
H
2
3 134,2 6,30 1H ddt J
3,2
= 14,6; J
3,4
= 10,5; J
3,1
= 1,3; J
3,1
= 1,3 H
2;
H
4;
H
1
H
1
; H
4;
H
5a
; H
5b
H
3
4 136,0 6,35 1H dt J
4,5a
= 16,4; J
4,5b
= 10,5; J
4,3
= 10,5 H
3;
H
5a;
H
5b
H
2
; H
3;
H
5a
H
4
5 118,3 (H
5a
) 5,25 1H d J
5a, 4
= 16,4 H
4
H
3;
H
4
H
5a/b
(H
5b
) 5,14 1H d J
5b,4
= 10,5 H
4
6 167,7 H
1
; H
8;
H
10
7 128,5 H
8
; H
9;
H
10
8 137,4 6,89 1H qq J
8,9
= 7,0; J
8,10
= 1,4 H
9
; H
10
H
9
; H
10
H
8
9 14,3 1,80 3H dq J
9,8
= 7,0; J
9,10
= 1,2 H
8
; H
10
H
8
H
9
10 12,0 1,85 3H dq J
10,8
= 1,4; J
10,9
= 1,2 H
8
; H
9
H
8
H
10
OO
H
H
a
2
3
4
8
6
7
9
10
b
1
5
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
324
Composto 298
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 28
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
2.002.002.001.002.005.00
TMS
7.34
7.33
7.29
7.28
7.27
6.38
6.35
6.33
6.31
6.31
6.27
5.83
5.79
5.23
5.19
5.10
5.08
4.51
4.07
4.05
0.00
Figura 110: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 298.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
325
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 8
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chloroform-d
70.16
72.09
77.00
117.51
127.56
127.69
128.33
130.02
133.21
136.29
138.20
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 8
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
70.16
72.09
117.51
127.56
127.69
128.33
130.03
133.20
136.29
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 298. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 111: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 298.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
326
Tabela 59:
Dados Espectroscópicos do composto
298.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 72,1 4,03–4,09 2H m
2* 133,2 5,81 1H dt J
2,3
= 14,7; J
2,1
= 6,0; J
2,1
= 6,0
3* 130,0 6,27 1H ddt J
3,2
= 14,7; J
3,4
= 10,5; J
3,1
= 1,2; J
3,1
= 1,2
4 138,2 6,36 1H dt J
4,,5a
= 16,5; J
4,,3
= 10,5; J
4,,5b
= 10,5
5 117,5 (H
5a
) 5,21 1H dd J
5a,4
= 16,5; J
5a,5b
= 2,3
(H
5b
5,09 1H dd J
5b,4
= 10,5; J
5a,5b
= 2,3
6 70,2 4,51 2H sl
7 138,2
8* 127,7 7,24–7,39 2H m
9 128,3 7,24–7,39 2H m
O
H
H
a
2
3
4
8
7
9
b
1
5
6
10
10* 127,6 7,24–7,39 2H m
* podem estar trocados
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
327
Composto 300
Acquisition Time (sec)
5.1905
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
6313.13
Temperature (grad C)
0.000
9.5 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.001.002.001.002.002.002.006.001.00
TMS
9.62
7.35
7.34
7.30
7.29
7.27
7.26
5.75
5.73
5.60
5.58
4.45
4.43
4.41
4.39
3.53
3.52
3.51
3.50
3.46
3.45
3.44
3.43
2.38
2.21
2.17
2.16
2.14
2.13
1.75
1.72
0.89
0.88
0.00
3.00
Figura 112: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) do composto 300.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
328
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
14.71
16.15
29.01
30.80
44.63
49.16
69.99
72.90
77.00
125.33
127.47
127.71
128.36
137.80
206.70
138 136 134 132 130 128 126
125.33
127.47
127.61
127.71
128.36
137.80
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.0912
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
125.76
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
30030.03
Temperature (grad C)
0.000
208 200 192 184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
14.71
16.16
29.02
30.81
44.64
69.99
72.92
125.33
127.49
127.73
128.37
206.74
136 134 132 130 128 126
125.33
127.49
127.62
127.73
128.37
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 300. (CH, CH
3
), (CH
2
)
Figura 113: Espectros de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) do composto 300.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
329
Tabela 60: Dados Espectroscópicos do Composto 300.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de
Acoplamento (Hz)
gCOSY gHMBC gHMQC
1 206,7 9,62 1H s H
3
; H
14
H
1
2 49,2 H
1
; H
3
; H
4a
; H
4b
; H
6
; H
8a
; H
8b
; H
14
; H
15
3 29,0 2,10–2,17 1H m H
4a
; H
4b
; H
7
; H
15
H
4a
; H
4b
; H
5
; H
14
; H
15
H
3
4 30,8 (H
4a
) 1,68–1,78 1H m H
3
; H
4b
; H
5
; H
6
; H
15
H
3
; H
5
; H
6
; H
15
H
4a,b
(H
4b
) 2,14–2,24 1H m H
3
; H
4a
; H
5
; H
6
5 127,5 5,72–5,76 1H m H
3
; H
4a
; H
4b
; H
6
; H
7
H
3
; H
4a
; H
4b
; H
6
; H
7
H
5
6 125,3 5,56–5,61 1H m H
4a
; H
4b
; H
5
; H
7
H
4a
; H
4b
; H
5
; H
7
; H
8a
; H
8b
H
6
7 44,6 2,35–2,40 1H m H
3
; H
5
; H
6
; H
8a
; H
8b
H
3
; H
5
; H
6
; H
8a
; H
8b
; H
14
H
7
8 70,0 (H
8a
) 3,45 1H dd J
8a,8b
= 9,9; J
8a,7
= 4,1 H
7
; H
8b
H
6
; H
7
; H
9
H
8a,b
(H
8b
) 3,52 1H dd J
8b,8a
= 9,9; J
8b,7
= 7,5 H
7
; H
8a
9 72,9 (H
9a
) 4,40 1H d J
9a,9b
= 11,8 H
9b
H
11
; H
8
; H
9a,b
(H
9b
) 4,44 1H d J
9b,9a
= 11,8 H
9a
10 137,8 H
9;
H
11
; H
12
11 127,7 7,20–7,38 2H m H
9
H
11
12 128,4 7,20–7,38 2H m H
12
13 127,6 7,20–7,38 1H m H
13
14 14,7 1,02 3H s H
1
; H
3
H
14
15 16,2 0,89 3H dl J
15,3
= 6,6 H
3
; H
4a
H
3
; H
4a
; H
4b
; H
15
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
330
Tabela 61: Experimentos de NOE–DIFF com o Composto 300.
Hidrogênios Irradiados Hidrogênios com efeito NOE
H
1
H
3
; H
5
; H
6
; H
8
; H
9
; H
5
; aromáticos
H
4a
H
1
; H
5
; H
7
; H
8
H
5
H
3
; H
4a
; H
4b
; H
6
H
6
H
1
; H
5
; H
7
; H
8
H
7
H
4a
; H
6
; H
8
; H
14
; H
15
; aromáticos
H
8
H
1
; H
3
; H
5
; H
6
; H
7
; H
9
; aromáticos
H
14
H
1
; H
4a
; H
7
; H
15
H
15
H
3
; H
4a
; H
7
; H
14
Me
H
Me
OHC
H
H
H
H
H
O
H
H
H
H
4a
8b
1
2
3
4b
5
9b
9a
6
7
8a
1011
12
13
14
15
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
331
Composto 301
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 16
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
6.002.001.001.005.002.001.001.005.00
TMS
0.00
0.81
0.82
0.88
1.67
1.69
1.70
1.71
1.73
1.73
1.92
1.93
1.96
2.27
3.34
3.35
3.37
3.40
3.48
3.52
3.54
3.54
3.56
4.53
5.46
5.50
5.63
5.67
7.28
7.33
7.38
Figura 114: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 301.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
332
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 16
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chloroform-d
14.97
16.05
29.28
31.90
38.96
43.66
68.18
70.92
73.57
77.00
126.34
127.92
128.05
128.54
137.13
128.5 128.0 127.5 127.0 126.5 126.0
126.34
127.92
127.98
128.05
128.54
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 16
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
135 130 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
14.97
16.05
29.27
31.90
43.66
68.17
70.91
73.56
126.34
127.91
128.04
128.54
128.5 128.0 127.5 127.0 126.5 126.0
126.34
127.91
127.98
128.04
128.54
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 301. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 115: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto
301
.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
333
Tabela 62: Dados Espectroscópicos do Composto 301.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constantes de
Acoplamento (Hz)
gCOSY gHMBC gHMQC
1 68,2 (H
1a
) 3,38 1H d J
1a,1b
= 11,9 H
1b
H
3
; H
14
H
1a,b
H(
1b
) 3,50 d J
1b,1a
= 11,9 H
1a
2 39,0 H
1a
; H
1b
; H
3
; H
4a
; H
4b
;
H
6
; H
7
; H
8a
; H
8b
; H
14
; H
15
H
2
3 29,3 1,60–1,69 1H m H
4a
; H
4b
; H
15
H
4a
; H
4b
; H
5
; H
7
; H
14
; H
15
H
3
4 31,9 (H
4a
) 1,64–1,74 1H m H
3
; H
4b
; H
5
; H
6
H
3
; H
5
; H
6
; H
15
H
4a,b
(H
4b
) 1,94 1H dddd J
4b,4a
= 13,0; J
4b,5
= 4,8; J
4b,3
= 2,3; J
4b,6
=
1,0
H
3
; H
4a
; H
5
; H
6
5 128,0 5,65 1H ddt J
5,6
= 10,0; J
5,4b
= 4,8; J
5,4a
= 1,7; J
5,7
= 1,7 H
4a
; H
4b
; H
6
; H
7
H
3
; H
4a
; H
4b
; H
6
; H
7
H
5
6 126,4 5,56–5,61 1H m J
6,5
= 10,0; J
6,7
= 5,2; J
6,4b
= 1,0; J
6,4a
= 1,0 H
4a
; H
4b
; H
5
; H
7
H
4a
; H
4b
; H
5
; H
7
; H
8a
; H
8b
H
6
7 43,7 2,27 1H dddd J
7,8b
= 8,8; J
7,6
= 5,2; J
7,8a
= 2,4; J
7,5
= 1,7 H
5
; H
6
; H
8a
; H
8b
H
1a
; H
1b
; H
3
; H
5
; H
6
; H
8a
;
H
8b
; H
14
H
7
8 71,0 (H
8a
) 3,36 1H dd J
8a,8b
= 10,1; J
8a,7
= 2,4 H
7
; H
8b
H
6
; H
7
; H
9
H
8a,b
(H
8b
) 3,55 1H dd J
8b,8a
= 10,1; J
8b,7
= 8,8 H
7
; H
8a
9 73,6 4,53 2H sl H
11
; H
8a
; H
8b
H
9a,b
10 137,2 H
9;
H
11
; H
12
11 127,9 7,27–7,40 2H m H
11
12 128,5 7,27–7,40 2H m H
12
13 128,0 7,27–7,40 1H m H
13
14 15,0 0,88 3H s H
1a
; H
1b
; H
3
; H
7
H
14
15 16,1 0,81 3H dl J
15,3
= 6,6 H
3;
H
4a
H
3
; H
4a
; H
4b
; H
15
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
334
Me
H
Me
H
H
H
H
H
O
H
H
H
H
HO
H
H
4a
8b
1a
2
3
4b
5
6
7
8a
1011
12
13
14
15
16
9
1b
Composto 301
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
335
Composto 223
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 25
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.003.002.006.001.001.001.003.00
TMS
0.00
0.82
0.84
0.94
1.22
1.25
1.27
1.46
1.48
1.55
1.64
3.34
3.37
3.56
3.59
3.69
3.72
3.90
3.92
3.93
3.95
4.04
Figura 116: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 223.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
336
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 25
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chloroform-d
TMS
15.69
18.26
21.76
26.54
30.15
32.85
39.57
43.47
64.10
68.89
77.00
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 25
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
68.89
64.10
43.47
32.84
30.15
26.54
21.76
18.27
15.69
* Espectro de RMN
13
C (125 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 223.(CH, CH
3
),. (CH
2
)
Figura 17: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 223.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
337
Tabela 63: Dados Espectroscópicos do Composto 223.
C
δC(ppm) δH(ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constantes de Acoplamento (Hz)
1 68,9 (H
1a
) 3,36 1H d J
1a/1b
= 11,6
H(
1b
) 3,70 1H d J
1b/1a
= 11,6
2 39,6
3 32,8 1,20–1,70 1H m
4 30,2 (H
4a
) 1,20–1,70 2H m
5 21,8 (H
5a
) 1,20–1,70 2H m
6 26,5 (H
6a
) 1,20–1,70 2H m
7 43,5 1,20–1,70 1H m
8 64,1 (H
8a
) 3,57 1H dd J
8a/8b
= 11,1; J
8a/7
= 2,0
(H
8b
) 3,93 1H dd J
8b/8a
= 11,1; J
8b/7
= 7,3
9 18,3 0,94 3H s
10 15,7 0,83 3H d J
15/3
= 6,8
11 – 3,97–4,14 1H sl
12 – 3,97–4,14 1H sl
Me
H
Me
H
HO
H
H
HO
H
H
8b
1a
2
3
12
7
8a
9
10
11
1b
4
5
6
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
338
Composto 224
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 10
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.003.004.004.002.002.00
TMS
0.00
0.86
0.88
1.02
1.26
1.28
1.45
1.66
1.73
1.78
1.89
3.08
3.11
3.12
3.14
3.14
3.48
3.49
3.50
3.51
3.54
3.57
Figura 118: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 224.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
339
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 10
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
Chloroform-d
8.62
15.53
19.99
21.94
22.84
25.92
30.74
34.79
39.87
44.89
77.00
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 10
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
8.63
15.53
19.99
21.94
22.85
25.92
30.74
34.79
44.89
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 do composto 224. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 119: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) do composto 224.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
340
Tabela 64: Dados Espectroscópicos do Composto 224.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 22,8 (H
1a
) 3,13 1H d J
1a/1b
= 9,4
(H
1b
) 3,56 1H d J
1b/1a
= 9,4
2 39,9
3 34,8 1,22 – 1,94 1H m
4 30,7 1,22 – 1,94 2H m
5 20,0 1,22 – 1,94 2H m
6 25,9 1,22 – 1,94 2H m
I
I
H
H
H
H
H
1a
2
3
4
5
6
7
8a
8b
9
10
1b
7 44,9 1,22 – 1,94 1H m
8 8,6 (H
8a
) 3,11 1H dd J
8a/8b
= 12,1, J
8a/7
= 9,4
(H
8b
) 3,49 1H dd J
8b/8a
= 9,4, J
8b/7
= 3,0
9 21,9 1,02 3H s
10 15,5 0,87 3H d J
10/3
= 6,9
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
341
Composto 303
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 1
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.003.003.001.00
TMS
0.00
1.89
2.17
3.68
5.68
5.68
5.69
Figura 120: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 303.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
342
Tabela 65: Dados Espectroscópicos do Composto 303.
δH (ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
(H
1
) 3,67 3H s
(H
3
) 5,68 1H qq J
3/5a
= J
3/5b
= J
3/5c
= 1,5; J
3/6a
= J
3/6b
= J
3/6c
= 1,3
(H
5
) 1,89 3H d J
5/3
= 1,5
C
C
O
O
CH
3
H
H
H
H
HH
1
2
3
4
6c
5b
5c
6b
6a
5a
(H
6
) 2,17 3H d J
6/3
= 1,3
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
343
Compostos 286a ou 286b
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 7
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.000.016.005.001.001.001.002.00
TMS
4.95
4.92
3.68
3.60
3.58
3.24
3.21
3.14
3.13
3.12
3.11
1.83
1.78
1.76
1.73
1.51
1.41
1.26
0.95
0.87
0.85
0.00
1.00
1.00
3.00
3.00
2.00
Figura 121: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 286a ou 286b.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
344
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 7
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
174.47
141.57
115.08
77.00
51.91
50.64
38.05
37.71
34.69
30.07
26.98
24.48
23.41
23.19
20.11
19.86
15.36
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 7
Date
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
115.08
51.91
50.62
37.68
34.67
30.04
26.98
24.45
23.42
23.19
20.10
19.84
15.36
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 dos compostos 286a ou 286b. (CH, CH
3
), .(CH
2
)
Figura 122: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) dos compostos 286a ou 286b.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
345
Tabela 66: Dados Espectroscópicos dos Compostos 286a ou 286b.
C
δC
(ppm)
δH (ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 20,1 (H
1a
) 3,23 1H d J
1a/1b
= 9,8
(H
1b
) 3,59 1H d J
1b/1a
= 9,8
2 38,0
3 34,7 1,20 – 1,60 1H m
4* 27,0 1,20 – 1,60 2H m
5* 23,4 1,20 – 1,60 2H m
6* 24,5 1,20 – 1,60 2H m
7 37,7 1,20 – 1,60 1H m
8* 30,1 1,70 – 1,88 2H m
9 23,2 0,95 3H s
10 15,4 0,86 3H d J
10/3
= 7,1
I
H
H
H
O
O
H
H
H
1b
1a
3
4
6
7
8
10
9
5
2
15a
15b
11
12
13
14
16
11 50,6 3,12 1H dd J
11/ 8a
= 10,6; J
11/ 8b
= 4,5
12 174,5
13 51,9 3,68 3H s
14 141,6
15 115,1 (H
15a
) 4,95 1H m
(H
15b
) 4,91 1H m
16 19,9 1,89 3H sl
* podem estar trocados
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
346
Compostos 286a ou 286b
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON128 CDCl3 u mgc 13
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
6.003.004.001.004.001.002.000.012.00
TMS
4.90
4.88
3.70
3.61
3.59
3.22
3.19
3.15
3.14
3.12
3.11
2.04
2.02
1.98
1.82
1.77
1.60
1.50
1.42
1.29
0.97
0.88
0.86
0.00
4.00
Figura 123: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 286a ou 286b.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
347
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 15
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
15.22
20.17
20.90
22.91
23.54
25.61
29.52
29.70
34.96
38.09
38.50
51.02
51.80
77.00
112.99
143.32
173.69
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 15
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
112.99
51.81
51.01
38.50
34.97
29.67
29.50
25.62
23.53
22.92
20.90
20.17
15.22
36 34 32 30 28 26 24 22
34.97
29.67
29.50
25.62
23.53
22.92
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 dos compostos 286a ou 286b (CH, CH
3
), CH
2
)
Figura 124
:
Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) dos compostos 286a ou 286b.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
348
Tabela 67: Dados Espectroscópicos do Composto 286a ou 286b.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1 20,2 (H
1a
) 3,21 1H d J
1a/1b
= 9,8
(H
1b
) 3,60 1H d J
1b/1a
= 9,8
2 38,1
3 35,0 1,20 – 1,65 1H m
4* 29,5 1,20 – 1,65 2H m
5* 22,9 1,20 – 1,65 2H m
6* 25,6 1,20 – 1,65 2H m
7 37,7 1,20 – 1,65 1H m
8* 29,7 (H
8a
) 1,78 – 1,88 1H m
(H
8b
) 2,02 1H ddd J
8b/8a
= 13,4; J
8b/11
= 10,8; J
8b/7
= 2,5
9 23,6 0,97 3H s
10 15,2 0,87 3H d J
10/3
= 7,1
I
H
H
H
O
O
H
H
H
1b
1a
3
4
6
7
8
10
9
5
2
15a
15b
11
12
13
14
16
11 51,0 3,13 1H dd J
11/ 8a
= 10,8; J
11/ 8b
= 3,8
12 173,7
13 51,8 3,70 3H s
14 143,3
15 113,0 (H
15a
) 4,90 1H m
(H
15b
) 4,88 1H m
16 20,9 1,76 3H sl
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
349
Compostos 287 + 288
Acquisition Time (sec)
5.1642
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
6345.18
Temperature (grad C)
0.000
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.000.221.001.00
TMS
0.00
0.79
0.80
0.89
0.91
1.72
2.17
2.18
2.20
2.21
2.38
2.41
2.45
2.59
2.63
3.67
3.69
4.84
4.88
4.93
2.7 2.6 2.5 2.4 2.3 2.2 2.1
0.221.001.00
2.17
2.18
2.20
2.21
2.38
2.41
2.45
2.59
2.63
0.925 0.900 0.875
3.000.66
0.89
0.91
287
(18%)
Composto
288
(82%)
Composto
287
(18%)
Composto
288
(82%)
Composto
Figura 125: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 287 + 288.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
350
Composto 287 – Espectro Reproduzido da Literatura.
139
Figura 126: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 287 Reproduzido da Literatura.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
351
Composto 304
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 55
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
9.003.003.001.00
TMS
0.00
1.47
1.85
1.86
2.13
2.13
5.59
5.60
5.60
Figura 127: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) do composto 304.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
352
Tabela 68: Dados espectroscópicos do composto 304.
δH (ppm)
Integral
Relativa
Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
(H
1
) 1,47 9H s
(H
4
) 5,60 1H sept J
3/6a
= J
3/6b
= J
3/6c
= J
3/7a
= J
3/7b
= J
3/7c
= 1,3
(H
6
) 1,85 3H d J
6/4
= 1,3
(H
7
) 2,12 3H d J
7/4
= 1,3
C
C
O
O
H
H
H
H
HH
1
2
4
5
7c
6b
6c
7b
7a
6a
3
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
353
Compostos 305a + 305b
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 14
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
6.003.00
TMS
4.76
4.74
4.70
3.49
3.46
3.44
3.08
3.06
2.83
1.63
1.32
1.29
1.12
0.84
0.80
0.75
0.73
0.73
0.71
0.00
0.90 0.85 0.80 0.75 0.70
6.003.003.00
0.84
0.80
0.75
0.73
0.73
0.71
Figura 127: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 305a + 305b.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
354
Compostos 306 + 307
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 10
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.000.731.001.00
TMS
4.87
4.79
2.57
2.53
2.47
2.44
2.40
2.17
2.15
2.14
2.12
1.84
1.74
1.51
1.43
1.42
1.37
1.34
0.91
0.87
0.80
0.79
0.77
0.00
2.6 2.5 2.4 2.3 2.2 2.1
0.731.001.00
2.57
2.53
2.47
2.44
2.40
2.17
2.15
2.14
2.12
0.95 0.90 0.85
3.002.15
0.91
0.87
Composto
306
(42%)
307
(58%)
Composto
Composto
Composto
306
(42%)
307
(58%)
Figura 128: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 306 + 307
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
355
Compostos 306 + 307
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 45
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0 -8
Chloroform-d
176.29
175.95
148.29
109.41
109.25
79.87
77.00
58.36
57.50
47.34
46.86
45.85
43.37
37.95
36.64
35.29
32.90
30.76
30.55
27.76
24.20
23.78
21.39
21.17
20.49
19.99
19.54
16.50
16.6 16.5 16.4 16.3
16.50
16.46
24 23 22 21 20
24.20
23.78
21.39
21.17
20.98
20.49
19.99
19.54
46 44 42 40 38 36 34 32 30
47.34
46.86
45.89
45.85
43.37
42.48
37.95
36.64
35.29
32.90
30.76
30.55
79.9 79.8
79.87
79.85
148.3 148.2 148.1
148.29
148.18
Figura 129: Espectro de RMN
13
C{H} (100 MHz, CDCl
3
) dos compostos 306 + 307.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
356
Compostos 308 + 309
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON CDCl3 u mgc 44
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
0.730.73
TMS
0.00
0.89
0.92
1.09
1.42
1.43
1.62
1.65
1.84
1.87
2.00
2.11
2.18
2.20
2.53
2.56
2.60
2.64
4.02
4.03
5.29
5.33
5.40
5.43
5.45 5.40 5.35 5.30 5.25
0.731.000.731.00
5.29
5.33
5.40
5.43
Composto
Composto
309
(58%)
308
(42%)
Figura 130: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 308 + 309.
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
357
(±)–Baquenolida A (184) e (±)–7–epi–Baquenolida A (226) – Mistura
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON128 CDCl3 u mgc 31
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
1.000.74
TMS
5.11
5.07
5.06
5.03
5.03
5.00
4.99
4.99
4.82
4.80
4.78
4.76
2.49
2.46
2.43
2.42
2.38
2.27
2.12
2.09
2.06
1.97
1.90
1.68
1.67
1.65
1.63
1.60
1.55
1.51
1.47
1.13
0.99
0.97
0.86
0.84
0.83
0.82
0.00
5.15 5.10 5.05 5.00 4.95
1.000.741.000.74
5.11
5.11
5.10
5.10
5.07
5.07
5.07
5.06
5.06
5.03
5.03
5.00
5.00
4.99
4.99
4.99
4.99
Figura 131: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 184 + 226.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
358
(±)–Baquenolida A (184)
Acquisition Time (sec)
6.9730
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
4699.25
Temperature (grad C)
0.000
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.003.001.0010.793.001.001.002.001.00
TMS
5.11
5.03
4.81
4.78
4.75
4.73
2.28
2.27
2.26
2.12
2.09
2.06
1.99
1.98
1.97
1.95
1.94
1.61
1.58
1.56
1.48
1.47
1.46
1.45
1.44
1.43
1.20
1.19
1.18
1.16
1.15
1.13
0.99
0.86
0.84
0.00
1.00
Figura 132: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, CDCl
3
) (±)–Baquenolida
(
A
) (184).
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
359
(±)–Baquenolida A (184) – RMN de
1
H em C
6
D
6
Acquisition Time (sec)
6.0817
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
500.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
5387.93
Temperature (grad C)
0.000
4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0
3.003.001.009.253.001.001.002.001.001.00
4.82
4.51
4.28
4.25
4.21
4.18
2.44
2.10
2.07
1.90
1.88
1.86
1.85
1.84
1.83
1.82
1.81
1.52
1.39
1.28
1.08
1.07
1.06
1.05
0.97
0.78
0.77
Figura 133: Espectro de RMN
1
H (500 MHz, C
6
D
6
) (±)–Baquenolida A 184.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
360
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 16
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
TMS
182.60
150.40
105.79
77.00
70.37
49.85
48.53
46.19
44.02
42.35
33.87
30.88
23.33
20.98
19.16
16.36
-0.01
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 16
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
-0.01
16.36
19.16
20.99
23.33
30.88
33.88
42.36
46.19
48.53
70.37
105.79
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 da (±)–baquenolida A (184) ( (CH, CH
3
), CH
2
)
Figura 134: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) da (±)–Baquenolida A (184).
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
361
Tabela 69: Dados Espectroscópicos da (±)–Baquenolida A (184) – Análise em CDCl
3
.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1* 23,3 (H
1a
/H
1b
) 1,10–1,22/1,40–1,68 2H m
2* 21,0 1,10–1,22/1,40–1,68 2H m
3* 30,9 1,10–1,22/1,40–1,68 2H m
4 33,9 1,10–1,22/1,40–1,68 1H m
5 44,0
6 48,5 *H
(6a)
1,98 1H d J
6a/6b
= 14,2
*H
(6b)
1,95 1H d J
6b/6a
= 14,2
7 49,9
8 182,6
9 42,4 H
(9a)
1,98 1H dd J
9a/9b
= 13,3; J
9a/10
= 7,0
H
(9b)
2,09 1H dd J
9b/10
= 13,3; J
9b/9a
= 12,9
10 46,2 2,27 1H dddd J
10/9b
= 13,3; J
10/9a
= 7,0; J
10/1a
= 4,9; J
10/1b
= 2,3
11 150,4
12 70,4 *(H
12a
) 4,80 1H ddd J
12a/12b
= 12,8; J
12a/13b
= 2,3; J
12a/13a
= 2,1
*(H
12b
) 4,74 1H ddd J
12b/12s
= 12,8; J
12b/13b
= 2,3; J
12b/13a
= 2,1
13 105,8 (H
13a
) 5,03 1H t J
13a/12a
= J
13a/12b
= 2,1
(H
13b
) 5,11 1H t J
13b/12a
= J
13b/12b
= 2,3
14* 16,4 0,99 3H s
15* 19,2 0,85 3H d J
15/4
= 6,8
* podem estar trocados
H
O
O
H
a
H
b
H
a
H
b
H
a
H
b
H
a
H
b
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
362
(±)–Baquenolida A (184) – Amostra Sintética.
138
Figura 135: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) – Amostra Sintética da Baquenolida A (184)
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
363
Baquenolida A (184) – Amostra Autêntica.
138
Figura 136: Espectro de RMN
1
H (CDCl
3
) – Amostra Autêntica da Baquenolida A (184)
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
364
Baquenolida A (184) – Amostra Autêntica
138
Figura 137: Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) – Amostra Autêntica da Baquenolida A (184)
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
365
(±)–7–epi–Baquenolida A (226)
Acquisition Time (sec)
3.9584
Comment
PROTON128 CDCl3 u mgc 48
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
8278.15
Temperature (grad C)
0.000
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.003.001.009.182.002.002.001.00
TMS
0.00
0.82
0.83
0.97
1.09
1.12
1.46
1.47
1.48
1.51
1.55
1.57
1.63
1.65
1.66
1.68
1.91
1.92
1.99
2.01
2.38
2.42
2.43
2.46
2.49
4.74
4.77
4.79
4.82
4.99
5.07
1.00
Figura 138: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) (±)–7–epi–baquenolida
A
(226).
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
366
Espectro de RMN
13
C {
1
H}
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13CPD CDCl3 u mgc 53
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
Chloroform-d
182.28
152.01
105.49
77.00
70.10
50.12
46.86
44.06
41.47
32.98
30.76
23.63
20.97
19.68
16.57
-0.02
50.1 50.0
50.12
50.04
Espectro de RMN
13
C (DEPT–135).*
Acquisition Time (sec)
1.3664
Comment
C13DEPT135 CDCl3 u mgc 53
Frequency (MHz)
100.61
Nucleus
13C
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
23980.81
Temperature (grad C)
0.000
184 176 168 160 152 144 136 128 120 112 104 96 88 80 72 64 56 48 40 32 24 16 8 0
16.57
19.68
20.97
23.63
30.76
32.99
41.48
46.87
50.13
70.10
105.48
50.1 50.0
50.12
* Espectro de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) DEPT–135 da (±)–7–epi–baquenolida A (226) ( (CH, CH
3
), CH
2
)
Figura 139: Espectros de RMN
13
C (100 MHz, CDCl
3
) da (±)–7–epi–baquenolida A (226).
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
367
Tabela 70: Dados Espectroscópicos da (±)–7–epi–Baquenolida A (226) – Análise em CDCl
3
.
C
δC (ppm) δH (ppm)
Integral Relativa Multiplicidade Constante de Acoplamento (Hz)
1* 23,6 1,02–1,18/1,42–1,65 2H m
2* 21,0 1,02–1,18/1,42–1,65 2H m
3* 30,8 1,02–1,18/1,42–1,65 2H m
4 33,0 1,91 1H dqd J
4/3a
= 12,5; J
4/15a
= J
4/15b
= J
4/15c
= 6,7; J
4/3b
= 3,0
5 44,1
6 50,1 *H
(6a)
1,52 1H d J
6a/6b
= 14,1
*H
(6b)
2,40 1H d J
6b/6a
= 14,1
7 50,0
8 182,3
9 41,5 H
(9a)
1,66 1H dd J
9a/9b
= 12,5; J
9a/10
= 6,6
H
(9b)
2,46 1H dd J
9b/10
= 13,7; J
9b/9a
= 12,5
10 46,9 1,95–2,03 1H m
11 152,0
12 70,1 *(H
12a
) 4,81 1H ddd J
12a/12b
= 12,9; J
12a/13b
= 2,2; J
12a/13a
= 1,8
*(H
12b
) 4,76 1H ddd J
12b/12s
= 12,9; J
12b/13b
= 2,2; J
12b/13a
= 1,8
13 105,5 (H
13a
) 5,07 1H t J
13a/12a
= J
13a/12b
= 2,2
(H
13b
) 4,99 1H t J
13b/12a
= J
13b/12b
= 1,8
14* 16,6 0,97 3H s
15* 19,7 0,82 3H d J
15/4
= 6,7
* podem estar trocados
H
O
O
H
a
H
b
H
a
H
b
H
a
H
b
H
a
H
b
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
368
(±)–7–epi–Baquenolida A (226) – Amostra Sintética.
138
Figura 140: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) – Amostra Sintética da (±)–7–epi–Baquenolida A (226).
Espectros de RMN
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
369
Compostos 306 + 307 – Reação Mantida Apenas a –78
º
C
Acquisition Time (sec)
5.2167
Comment
Imported from UXNMR.
Frequency (MHz)
400.13
Nucleus
1H
Original Points Count
32768
Points Count
32768
Sweep Width (Hz)
6281.41
Temperature (grad C)
0.000
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0
3.001.001.001.00
TMS
0.00
0.77
0.79
0.80
0.87
0.91
1.04
1.06
1.10
1.11
1.73
1.74
1.82
1.84
1.85
1.87
1.96
1.98
1.99
2.03
2.12
2.14
2.15
2.17
2.40
2.43
2.47
2.53
2.57
4.78
4.79
4.79
4.87
4.88
2.6 2.5 2.4 2.3 2.2 2.1
1.001.001.00
2.12
2.14
2.15
2.17
2.40
2.43
2.47
2.53
2.57
0.90 0.85
3.003.00
0.87
0.91
Composto
306
(50%)
307
(50%)
Composto
Composto
Composto
306
(50%)
307
(50%)
Figura 141: Espectro de RMN
1
H (400 MHz, CDCl
3
) dos compostos 306 + 307.
Espectros de RMN – Parte A e B
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
370
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas
Estudos Sintéticos e Teóricos sobre Anulenos e Baquenolidas
371
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( http://www.livrosgratis.com.br )
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