Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM GESTÃO E POLÍTICAS AMBIENTAIS
CONTRIBUIÇÃO AO TURISMO SUSTENTÁVEL EM PORTO DE GALINHAS
IPOJUCA-PE ATRAVÉS DA PTICA DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA
EM MEIOS DE HOSPEDAGEM
Autora: Carmen Lucia Borba Cavalcanti
Orientador: Prof. Dr. Ivan Vieira de Melo
Dissertação de Mestrado submetida à Pró-
Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação da
Universidade Federal de Pernambuco,
como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em
Gestão e Políticas Ambientais.
Recife, outubro de 2006.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
C376c Cavalcanti, Carmen Lucia
Contribuição ao turismo sustentável em Porto de Galinhas
Ipojuca - PE através da prática de produção mais limpa em
meios de hospedagem. – Recife: O Autor, 2006.
149 folhas: il., fig., tab., fotos, quadros.
Orientador: Ivan Vieira de Melo
Dissertação (mestrado) Universidade Federal de
Pernambuco. CFCH. Programa de Pós-graduação em Gestão e
Políticas Ambientais. Recife, 2006.
Inclui bibliografia e anexos.
1. Turismo Turismo sustentável. 2. Meio ambiente
Gestão Ambiental Meios de hospedagem Produção mais
limpa (PML). 3. Pernambuco Ipojuca Porto de Galinhas I.
Título.
338.48
338.4791
CDU (2.ed.)
CDD (22.ed.)
UFPE
BCFCH2007/04
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
ads:
ii
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
iii
Ao meu pai Antonio Geraldo Cavalcanti (in memoriam),
à minha mãe Marilia Borba Cavalcanti
e à tia Adélia Brandão(in memoriam).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
iv
Paciência
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo, e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára.
(Lenine / Dudu Falcão)
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela enorme Fé que me proporciona conforto, certeza e esperança.
À memória do meu pai, Antonio Geraldo (in memorian), que, além de pai, foi
um amigo, ídolo e companheiro. À minha mãe, Marilia, por tudo.
Ao meu esposo, Luiz Antônio, aos meus filhos Maria Luiza e Marco Antônio (a
caminho), às minhas irmãs, Ana Regina e Laureane, aos meus cunhados, Ricardo e
Raul, e sobrinhos, por formarem minha linda família.
A meus avós, Vicente (in memorian) e Izaura, João (in memorian) e Iracema.
Ao professor e orientador Ivan Vieira de Melo, pela amizade, confiança,
dedicação para a elaboração desta pesquisa e pela influência religiosa e profissional
que vem exercendo há alguns anos em minha vida.
Às professoras Dra. Maria do Carmo Martins Sobral e Dra. Edvânia Torres
Aguiar Gomes, pela confiança e contribuição desde a fase de seleção deste
mestrado.
Ao colega, professor e amigo Sandro Valença pela companhia e contribuição
efetiva nesta pesquisa.
Ao apoio do SEBRAE-PE, representado pelo Sr. Maurício Correia de Araújo.
À Nelly Carvalho pela correção do trabalho.
A todos os meus amigos, especialmente aos que estão sempre comigo
cedendo amor, carinho e paciência, Luciana Raposo, Manuela Maia, Patrícia Acioli,
Yeda Maria Leite e outros.
A todos os colegas, professores e funcionários do mestrado em Gestão e
Políticas Ambientais.
A todos os proprietários, dirigentes e funcionários dos meios de hospedagem
objeto desta pesquisa.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
vi
RESUMO
O turismo é um segmento econômico que exige atenção quanto a sua
contribuição para o desenvolvimento sustentável, principalmente pelos impactos
econômicos, sociais e ambientais. Esta pesquisa objetiva analisar o potencial de
contribuição da Produção Mais Limpa (PML) nos meios de hospedagem de Porto de
Galinhas como instrumento de turismo sustentável em apoio à implementação da
Agenda 21 do Município de Ipojuca-PE. O estudo foi elaborado a partir de 3 fases, a
saber: Fase I, diagnóstico em 13 meios de hospedagem de Porto de Galinhas; Fase
II, entrega de relatórios as empresas participantes e orientação para implementação
das ações; e, Fase III, aferição de resultados nas empresas. Este trabalho de campo
foi conduzido no período de junho a novembro de 2005. Para tal, a pesquisa se
desenvolve através das seguintes ações: (1) elaboração de um quadro referencial
do desenvolvimento sustentável aplicado à atividade turística; (2) identificação das
relações entre as propostas da Agenda 21 de Ipojuca e a metodologia de PML; (3)
diagnóstico do potencial de implementação dos passos previstos na PML nos meios
de hospedagem de Porto de Galinhas; (4) desenvolvimento de um quadro
comparativo entre os programas ambientais existentes e a PML em relação aos
princípios do turismo sustentável; e (5) propostas de alternativas para efetiva
implementação de PML nos meios de hospedagem. Os resultados alcançados foram
bastante positivos, pois o conhecimento do perfil dos meios de hospedagem de
Porto de Galinhas permitiu a confirmação da potencialidade do setor hoteleiro em
agir pró-ativamente em relação às estratégias da Agenda 21 de Ipojuca. Isto enfatiza
que o setor pode e deve contribuir para o desenvolvimento do turismo sustentável.
PALAVRAS-CHAVE: Turismo Sustentável, Produção Mais Limpa (PML) e Gestão
Ambiental em Meios de Hospedagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
vii
ABSTRACT
Tourism is an economic sector that requires attention regarding its contribution
to sustainable development, particularly because of its economic, social, and
environmental impact. This research aims at analyzing the potential contribution of
the Cleaner Production (CP) on lodgings in Porto de Galinhas as an instrument of
sustainable tourism supporting the implementation of Agenda 21 from the city of
Ipojuca-PE. The study was divided into three phases: (1) Diagnostics of 13 lodgings
in Porto de Galinhas; (2) The providing of reports to the participating businesses, and
guidance for the implementation of courses of action; and (3) Measurement of results
vis-à-vis the participating businesses. Field work was done between July and
November of 2005. The research is carried out the through the following measures:
(1) The gathering of basic reference data on sustainable development as it applies to
tourism; (2) the identification between the Agenda 21 proposals from Ipojuca and the
CP methodology; (3) the diagnostics of potential for the implementation of measures
prescribed by CP related to the Ipojuca lodgings; (4) the development of a
comparative chart between existing environmental programs and the CP in relation to
the principles of sustainable development; and (5) the proposal of alternatives to an
efficient implementation of CP in the above mentioned lodging system. Results were
considerably positive; the better understanding of the lodging infra-structure in Porto
de Galinhas allowed the confirmation of the potential of hotels, inns, and hostels in
acting pro-actively regarding the Ipojuca Agenda 21 strategies. This result further
emphasizes the fact that this economic sector can and should contribute to the
development of sustainable tourism.
KEYWORDS: Sustainable Tourism, Cleaner Production (CP) in the lodging infra-
structure.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
viii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
01
1.1 Problema da Pesquisa 06
1.2 Objetivos 06
1.2.1 Objetivo geral 06
1.2.2 Objetivos específicos 06
1.3 Delimitação da Pesquisa 07
1.4 Estrutura do Trabalho 08
2 METODOLOGIA
09
2.1 Classificação da Pesquisa 09
2.2 População e Tamanho da Amostra 10
2.3 Fases de Execução do Estudo 11
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
15
3.1 Turismo 15
3.1.1 Meios de Hospedagem 17
3.1.2 Turismo e Impactos Ambientais 21
3.1.3 Gestão Ambiental no Setor Hoteleiro 22
3.2 Desenvolvimento Sustentável e Turismo Sustentável 24
3.2.1 Destinos Turísticos Sustentáveis 27
3.2.2 Programa de Produção Mais Limpa (PML) 29
3.3 Instrumentos para Turismo Sustentável 34
3.3.1 Código de Ética e Conduta Ambiental – Roteiros de Charme 35
3.3.2 Projeto Ecologia ACCOR 41
3.3.3 Sistema Ambiental ABIH “Hóspedes da Natureza” 43
3.3.4 Programa de Certificação em Turismo Sustentável – PCTS 45
3.3.5 Agenda 21 para a indústria de viagens e turismo 49
3.3.6 Quadro Comparativo entre instrumentos para Turismo
Sustentável
53
4 APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
57
4.1 Caracterização da Área de Estudo 57
4.2 Aspectos Ambientais de Porto de Galinhas 66
4.2.1 Recursos Hídricos 66
4.2.2 Resíduos Sólidos 70
4.3 Iniciativas Locais orientadas para o Turismo Sustentável 71
4.3.1 Projeto Porto Melhor- Projeto de Requalificação Urbana de Porto
de Galinhas
72
4.3.2 Aterro Sanitário do Município de Ipojuca 75
4.3.3 Agenda 21 de Ipojuca 75
4.4 Fases I e II da Pesquisa 80
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO
94
5.1 Discussão dos Resultados 94
5.2 Fase III da Pesquisa 112
5.3 Análise das fases da Pesquisa 136
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
138
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
ix
6.1 Recomendações para Trabalhos Futuros 142
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
143
ANEXOS
ANEXO 1- Formulários Utilizados na Pesquisa
ANEXO 2- Tabelas das Características dos Meios de Hospedagem
ANEXO 3- Diário de Campo
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
x
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Esquema da pesquisa. 12
FIGURA 2 - Indústria do lazer e do turismo. 16
FIGURA 3 - Sistema de distribuição turística. 17
FIGURA 4 - Sistema hotel. 18
FIGURA 5 - Definições holística e limitada para Destino Turístico
Sustentável
28
FIGURA 6 - Produção mais limpa. 30
FIGURA 7 - Níveis de aplicação de produção mais limpa. 31
FIGURA 8 - Gestão convencional de resíduos. 32
FIGURA 9 - Gestão baseada na produção mais limpa. 32
FIGURA 10 -
Situação Município Estado.
57
FIGURA 11 - Divisão Territorial do Município de Ipojuca 60
FIGURA 12 - Zoneamento do Município de Ipojuca-PE. 62
FIGURA 13 - Localização dos rios. 65
FIGURA 14 - Esquema do projeto do subsistema de abastecimento de
água de Porto de Galinhas.
66
FIGURA 15 - Delimitação da área estudada. 80
FIGURA 16 - Relação percentual das empresas trabalhadas quanto ao
início das atividades.
81
FIGURA 17 - Relação percentual das empresas trabalhadas quanto ao
número de unidades habitacionais.
81
FIGURA 18 - Disposição espacial dos meios de hospedagem submetidos
à pesquisa.
82
FIGURA 19 - Fluxograma Global 84
FIGURA 20 - Fluxograma intermediário 85
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
xi
LISTA DE FOTOS
FOTO 1 - Pontal do Maracaípe 58
FOTO 2 - Piscinas Naturais 58
FOTO 3 - Praia do Cupê 59
FOTO 4 - Mangues 59
FOTO 5 - Bloco hidráulico 67
FOTO 6 - Casa de química 67
FOTO 7 - Vista interna da lagoa de lodo 67
FOTO 8 - Lagoas de lodo 67
FOTO 9 - Serviços de demolição para implantação do sistema de
esgotamento sanitário.
68
FOTO 10 - Serviços de escavação para rede de esgotamento sanitário 68
FOTO 11 - Áreas alagadas e mangues às margens da PE-9 69
FOTO 12 - Lixo disposto nas áreas alagadas e mangues às margens da
PE-9
69
FOTO 13 - Sistema de drenagem em execução na área central de Porto
de Galinhas
70
FOTO 14 - Sistema de drenagem concluído na área central de Porto de
Galinhas
70
FOTO 15 - Sistema de coleta de lixo em Porto de Galinhas 71
FOTO 16 - Sistema de coleta de container em Porto de Galinhas 71
FOTO 17 - Vista do Lixão Municipal 71
FOTO 18 - Acesso ao lixão municipal 71
FOTO 19 - Armazenamento de vários tipos de produtos em um único
depósito
90
FOTO 20 - Depósito de matéria-prima 90
FOTO 21 - Armazenamento de bebidas em área externa 90
FOTO 22 - Armazenamento em freezers 90
FOTO 23 - Depósito de bebidas 90
FOTO 24 - Almoxarifado 90
FOTO 25 - Lixeira improvisada para armazenamento de resíduo sólido
segregado
91
FOTO 26 - Lixeiras plásticas dispostas no jardim do meio de hospedagem 91
FOTO 27 - Lixeiras plásticas comuns para várias unidades habitacionais 91
FOTO 28 - Lixeiras plásticas individuais para unidades habitacionais 91
FOTO 29 - Quantidade insuficiente para acúmulo de resíduo sólido 91
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
xii
FOTO 30 - Local inadequado para acúmulo de resíduo sólido 91
FOTO 31 - Torneiras sem redutor de vazão 92
FOTO 32 - Uso de válvula de descarga 92
FOTO 33 - Filtros para tratamento de água 92
FOTO 34 - Freezer e geladeiras em ambiente com pouca ventilação 93
FOTO 35 - Aparelho de ar condicionado posicionado inadequadamente 93
FOTO 36 - Equipamentos de lavanderia industrial 93
FOTO 37 - Chuveiros elétricos e pouca iluminação e ventilação natural no
ambiente
93
FOTO 38 - Ar condicionado tipo split e boilers para armazenamento de
água quente das placas solares
93
FOTO 39 - Uso de chaveiros economizadores de energia 93
FOTO 40 - Palestras realizadas nos meios de hospedagem de Porto de
Galinhas
111
FOTO 41 - Palestras realizadas para funcionários dos meios de
hospedagem
111
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
xiii
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - Participação dos meios de hospedagem nas fases do
trabalho
14
QUADRO 2 - Programas de certificação de turismo sustentável
Princípios do Turismo Sustentável
55
QUADRO 3 - Programas de certificação de turismo – Ações mitigadoras 56
QUADRO 4 - Extensão da orla do município de Ipojuca-PE. 61
QUADRO 5 - Recursos Naturais 64
QUADRO 6 - Estratégias para Cidade Sustentável da Agenda 21 Local X
Alternativas para Produção Mais Limpa no MHT
95
QUADRO 7 - Estratégias para Economia Sustentável da Agenda 21 Local
X Alternativas para Produção Mais Limpa no MHT
96
QUADRO 8 - Estratégias para Turismo Sustentável da Agenda 21 Local X
Alternativas para Produção Mais Limpa no MHT
97
QUADRO 9 - Estratégias para Redução das Desigualdades Sociais da
Agenda 21 Local X Alternativas para Produção Mais Limpa
no MHT
98
QUADRO 10 - Estratégias para Conservação e Gestão dos Ecossistemas
Naturais da Agenda 21 Local X Produção Mais limpa no
MHT
99
QUADRO 11 -
Categorias dos subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
101
QUADRO 12 - Alternativas para minimização de subprodutos, resíduos,
efluentes e emissões – Planilha Geral
104
QUADRO 13 - Alternativas de minimização com housekeeping (boas
práticas operacionais)
106
QUADRO 14 - Alternativas de minimização com automação, modificação no
processo e na tecnologia
108
QUADRO 15 - Alternativas de minimização com mudanças no produto 109
QUADRO 16 - Alternativas de minimização com substituição de matérias-
primas, insumos e auxiliares
110
QUADRO 17 - Alternativas de minimização e redução de impacto ambiental
com a utilização de técnicas de tratamento
110
QUADRO 18 - Ficha de aferição de resultados referente à ventilação dos
ambientes
114
QUADRO 19 - Ficha de aferição de resultados referente ao treinamento dos
funcionários
115
QUADRO 20 - Ficha de aferição de resultados referente aos fumantes 116
QUADRO 21 - Ficha de aferição de resultados referente às placas
sinalizadoras
117
QUADRO 22 - Ficha de aferição de resultados referente à instalação de
redutores de vazão
118
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
xiv
QUADRO 23 - Ficha de aferição de resultados referente à coleta seletiva de
lixo
119
QUADRO 24 - Ficha de aferição de resultados referente ao uso de águas
pluviais
120
QUADRO 25 - Ficha de aferição de resultados referente aos critérios para
compras
121
QUADRO 26 - Ficha de aferição de resultados referente aos hóspedes 122
QUADRO 27 - Ficha de aferição de resultados referente a substituição de
embalagens
123
QUADRO 28 - Ficha de aferição de resultados referente ao uso de
equipamentos elétricos
124
QUADRO 29 - Ficha de aferição de resultados referente aos acessórios dos
banheiros
125
QUADRO 30 - Ficha de aferição de resultados referente ao desperdício de
água
126
QUADRO 31 - Ficha de aferição de resultados referente ao tipo de
iluminação artificial
127
QUADRO 32 - Ficha de aferição de resultados referente aos estendedores
de toalhas
128
QUADRO 33 - Ficha de aferição de resultados referente à limpeza dos
filtros de ar
129
QUADRO 34 - Ficha de aferição de resultados referente à comunicação
com os hóspedes
130
QUADRO 35 - Ficha de aferição de resultados referente ao modelo de
aberturas (janelas)
131
QUADRO 36 - Ficha de aferição de resultados referente a reparos de
coberta
132
QUADRO 37 - Ficha de aferição de resultados referente a placas
informativas aos hóspedes
133
QUADRO 38 - Ficha de aferição de resultados referente a placas
informativas aos funcionários
134
QUADRO 39 - Ficha de aferição de resultados referente a canteiros de
compostagem
135
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
xv
RELAÇÃO DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABIH Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ADM & TEC Instituto de Administração e Tecnologia
APA Área de Proteção Ambiental
APEX Agência de Promoção de Exportações e Investimentos
BID Banco Interamericano de Desenvolvimento
BN Banco do Nordeste do Brasil
CBTS Conselho Brasileiro de Turismo Sustentável
CEBDS Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável
CNTL Centros de Tecnologias Limpas no Brasil
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CPRH Companhia Pernambucana do Meio Ambiente
ECOPROFIT Projeto Ecológico para Tecnologias Ambientais Integradas
EMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo
FEMA Fundo Estadual do Meio Ambiente
FIDEM Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBQP Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
IH Instituto de Hospitalidade
IHEI International Hotels Environment Initiative
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial
ISO International Organization for Standardization
(Organização Internacional de Normatização)
MGPA Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais
MHT Meios de Hospedagem de Turismo
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
xvi
MMA Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal
ONG Organização não Governamental
ONU Organização das Nações Unidas
OMT Organização Mundial de Turismo
PCTS Programa de Certificação em Turismo Sustentável
PDCA Plan, Do, Check, Action
PLANETUR Plano Pernambucano de Turismo
PML Produção Mais Limpa
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PRODETUR/PE Programa de Ação para o Desenvolvimento do Turismo no
Estado de Pernambuco
RIO 92 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro
RQA`s Responsáveis pela Qualidade Ambiental
SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEDUPE Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado de
Pernambuco
SECTMA Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
SGA Sistema de Gestão Ambiental
SUDENE Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste
UFPE Universidade Federal de Pernambuco
UNEP United Nations Environmental Program (Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA)
UNIDO United Nations Industrial Development Organization
(Organizações das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável)
WTTC Word Travel and Tourism Council
WWF World Wildlife Fund - Fundo Mundial da Natureza
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
1
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
O turismo é uma atividade econômica em expansão em todo o mundo. A cada
ano movimenta um número maior de pessoas e um volume maior de capital,
representando, assim, uma importante fonte de geração de renda, de empregos e de
divisas para vários países.
Em diversas regiões, essa atividade torna-se intensiva e de certo modo
predatória ao meio ambiente, à medida que ocorre de modo desordenado
provocando sérios danos à paisagem, às populações nativas e ao meio ambiente
(BN, 1999).
A indústria do turismo, contudo, também é vista com potencial para promover
melhorias sociais, econômicas e ambientais substanciais e, desse modo, contribuir
significativamente para o desenvolvimento sustentável das comunidades e países
receptores da atividade turística (SECTMA, 2003).
O turismo, pelo modo como emergiu mundialmente e como vem se
difundindo, possui uma tendência excludente e seletiva das atividades e dos
espaços destinados a sua função (BARROS Jr., 2002).
O uso dos espaços pelo turismo ime exigências à infra-estrutura física de
apoio e de suporte (hotéis, vias, residências, campings, bares e restaurantes,
comércio, esgotamento sanitário) do local, bem como, aos elementos naturais e
culturais.
O desenvolvimento do setor hoteleiro, a espinha dorsal do turismo, ocorreu de
modo a trabalhar a demanda canalizando-a e moldando-a gradualmente aos
interesses do próprio setor. Esse fenômeno ocorre, por exemplo, no Brasil colonial à
medida que os viajantes se hospedavam nas casas-grandes dos engenhos e
fazendas, nos conventos e em ranchos à beira das estradas.
No século XX, entretanto, observa-se que o incentivo à instalação de grandes
hotéis, inicialmente no Rio de Janeiro e a partir da década de 30, foram implantados
grandes hotéis nas capitais.
A partir dos anos 60, o turismo no Brasil apresentou-se como uma alternativa
de desenvolvimento econômico e superação das crises enfrentadas. Foi incorporado
aos programas e projetos do Governo Federal, objetivando alcançar vantagens com
a atração de investimentos de organismos internacionais (BARROS Jr., 2002).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
2
Desde então, o setor hoteleiro no Brasil cresce, diversifica-se, transforma-se,
tornando-se uma grande indústria, bastante promissora.
A grande extensão de território e a diversidade de aspectos naturais foram os
aspectos que fomentaram a atividade turística no Brasil, que acarretou o processo
de urbanização no litoral, tornando-o a área mais urbanizada do país (BARROS Jr.,
2002).
Essa concentração peculiar na região litorânea se interconecta a uma
realidade de problemas locais. Dentre eles destacam-se, as dificuldades de
fiscalização do poder público sobre o uso do solo; a saturação com esgotos
orgânicos das áreas costeiras urbanizadas; a intensificação da problemática dos
resíduos sólidos, em especial a disposição de lixo nos rios do litoral e nas praias
próximas as áreas urbanas, comprometendo a própria atividade turística; a miséria
da população de baixa renda que vive nas periferias; a ausência de recursos
financeiros e gerenciamento costeiro; e a destruição progressiva dos ecossistemas
costeiros pela ocupação extensiva por loteamentos destinados a áreas de lazer e
turismo; e o turismo predatório em áreas naturais.
O município de Ipojuca, localizado no litoral sul de Pernambuco, teve sua
origem na história da cana-de-açúcar do Estado. Contudo, a partir da década de 80,
com o surgimento dos loteamentos no povoado de Porto de Galinhas, litoral do
Município, despontou a atividade turística, tornando-se, esta, a segunda opção
econômica do Município.
Esse fato tornou Ipojuca o principal destino turístico de Pernambuco, que
abriga trechos de mata atlântica, manguezais, lagoas e recifes de corais e arenitos,
conjunto bastante agredido por ações antrópicas. O pólo turístico localiza-se nas
áreas de Porto de Galinhas e Maracaípe, espaços litorâneos dotados de
ecossistemas frágeis e de beleza considerável, que detém 74,2% de todos os
equipamentos de apoio ao turismo (PMI, 2004a).
O município de Ipojuca tem experimentado um período de intenso
crescimento econômico, seja pelo Complexo Portuário de Suape, seja pela
intensificação da atividade turística no litoral do estado de Pernambuco.
Na alta estação (verão), aproximadamente 27,1% da população presente na
área urbana de Ipojuca é de turistas (CONDEPE, 2003). A participação percentual
de Ipojuca no que se refere ao fluxo de hóspedes em Pernambuco é bastante
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
3
significativa. Em média, aproximadamente 10,5% dos turistas que chegam a
Pernambuco se deslocam para o Município (PMI, 2004a).
A atividade turística é considerada a principal determinante da intensificação
da urbanização do litoral, ao requerer a implantação de infra-estrutura de apoio
como hotéis, pousadas, restaurantes, bares, e outros equipamentos destinados a
atender à demanda turística (PMI, 2004d).
No inventário turístico de Ipojuca mostra que, em 2000, foram registrados
123 estabelecimentos de hospedagem, distribuídos entre hotéis, hotéis de lazer,
flats e pousadas (PMI, 2003b). Porém, de acordo com as entrevistas à secretaria de
turismo do Município, estima-se, atualmente, que existam cerca de 244 meios de
hospedagem variando de acordo com a época.
O desenvolvimento desordenado do turismo vem gerando sérias implicações
para a localidade, com destaque para o rápido processo de transformação da
morfologia das paisagens, mediante o crescimento do consumo de seus recursos
naturais (PMI, 2004a).
Tendo em vista a intensificação da atividade turística na região, bem como, a
conseqüente degradação ambiental, o município de Ipojuca está investindo em
iniciativas que visam minimizar esse impacto. Dentre estas, destaca-se a elaboração
da Agenda 21 de Ipojuca, que é o documento que configura uma ação integrada e
efetiva em prol do desenvolvimento sustentável, a partir da perspectiva local. Nele
estão colocadas, em ordem de prioridade, cinco bases de ação para a
sustentabilidade, a saber: Cidade sustentável, Economia sustentável, Turismo
sustentável, Redução das desigualdades sociais, e, Conservação e gestão dos
ecossistemas naturais (PMI, 2004a).
Mesmo assim, a Agenda 21 de Ipojuca necessita ser implementada e, para
isso, a participação da sociedade civil torna-se uma exigência, bem como outros
aspectos, a exemplo de recursos financeiros, implantação de tecnologias, sistema
de informação e outros. Essas exigências tornam-se uma barreira na medida em que
a gestão municipal age de forma desintegrada em relação aos principais problemas
da região, isto é, insuficiência de infra-estrutura (abastecimento de água e
destinação final de esgoto), a desruralização ocasionando a precária urbanização de
áreas, a condição ambiental prejudicada pelo consumo excessivo do espaço e a
expansão das atividades agro-industriais e do turismo.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
4
Desse modo, Porto de Galinhas requer ações mais efetivas para desenvolver
o turismo sustentável, que considera a autenticidade cultural, a inclusão social, a
conservação do meio ambiente e a qualidade dos serviços, como peças
fundamentais para a viabilidade econômica do turismo a longo prazo.
Nessa pesquisa, que abordará o turismo sustentável a partir da gestão
ambiental de meios de hospedagem de Porto de Galinhas, identificou-se a
metodologia de Produção Mais Limpa - PML, que é uma estratégia aplicada à
gestão ambiental, a qual possibilita a empresa possuir uma postura social e
ambientalmente responsável, ocasionando melhorias econômicas e tecnológicas,
como instrumento de gestão para a pesquisa.
Essa escolha deu-se principalmente por ser uma metodologia que possibilita
a inserção dos próprios atores na definição, escolha e implementação das ações;
que o exige investimento elevado para sua implementação; e que pode ser
utilizada para qualquer serviço ou produto de qualquer atividade econômica.
Nos últimos anos, com a intensificação da atividade turística em todo o mundo
e no contexto do desenvolvimento sustentável, observa-se o desenvolvimento de
muitos estudos abordando a gestão ambiental em empresas em geral, bem como,
nos meios de hospedagem.
Araújo (2004) mapeia o setor privado no estado de Santa Catarina através da
análise dos sistemas de gestão ambiental utilizados, ISO-14001 e programa PML.
Carelli (2004) identifica e analisa as bases epistemológicas que fundamentam
o trabalho dos profissionais que atuam em gestão ambiental das empresas que
possuem a certificação ISO 14001, na região de Joinville/SC.
Silva Filho (2003) apresenta o desenvolvimento de um programa ambiental, a
PML, na resolução dos problemas existentes em uma empresa fabricante de
embalagens de papel localizada no estado de Pernambuco.
Macêdo (2003) identifica e analisa os elementos da gestão ambiental
aplicados a empreendimentos ecoturísticos hoteleiros.
Vale (2003) elabora uma proposta de um modelo de gestão hoteleira, para
meios de hospedagem ambiental e ecológica, no estado do Amazonas, com base
nos critérios do Instituto Brasileiro de Turismo.
Fengler (2002) desenvolve um modelo para implantação de um processo de
gestão ambiental na atividade hoteleira a partir de um estudo de caso. Esta pesquisa
enfatiza a necessidade da consciência desse tipo de empreendimento que, para
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
5
serem competitivos, deverão se adequar a uma nova realidade que exige qualidade
com comprometimento em minimizar os danos ambientais, para manter sua
sustentabilidade, sobrevivência e lucro.
Cagnin (2000) realizou uma pesquisa exploratória, junto a especialistas
brasileiros em gestão ambiental, identificando os fatores relevantes associados ao
sucesso na implementação de sistemas de gestão ambiental, segundo a ISO 14001
e baseado no conceito de desenvolvimento sustentável.
Foh (1999) estuda o conceito de destinos de turismo sustentáveis e propõe
uma metodologia para o desenvolvimento sustentável dos destinos. O estudo
baseia-se nas estratégias da Agenda 21 Global e propõe a utilização da metodologia
de PML como instrumento de gestão para alcançar seu objetivo.
Outras linhas de pesquisa também nortearam ou embasaram o
desenvolvimento deste estudo, por exemplo: Barros Jr. (2002), tem como objetivo
em sua pesquisa compreender o processo de difusão do turismo no litoral de Ipojuca
a partir dos anos 70, e a inserção de Porto de Galinhas como espaço turístico.
Apesar de Foh (1999) unir a metodologia de PML e as estratégias da Agenda
21 Global, utilizou-as apenas para desenvolver um conceito mais amplo, o de
destino turístico sustentável. Logo, ainda o houve estudos que agregassem
realmente a metodologia da PML como ferramenta de contribuição para a
implementação da Agenda 21 de Ipojuca.
Tal fato realça a importância desta pesquisa, principalmente porque
a PML é um instrumento de apoio mais amplo, o qual permite não
apenas trabalhar o setor meios de hospedagem, mas todos os setores
da indústria.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
6
1.1 Problema de Pesquisa
Baseando-se no conceito de turismo sustentável e na Agenda 21 de Ipojuca,
formulou-se a seguinte pergunta:
Qual o potencial de contribuição da Produção Mais Limpa (PML) nos
meios de hospedagem de turismo para a implementação da Agenda 21 Local?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Analisar o potencial de contribuição da PML nos meios de hospedagem, de
Porto de Galinhas, como instrumento de turismo sustentável em apoio à
implementação da Agenda 21 do Município de Ipojuca-PE.
1.2.2 Objetivos específicos
Pesquisar um quadro referencial do desenvolvimento sustentável aplicado à
atividade turística;
Identificar as relações entre as propostas da Agenda 21 de Ipojuca e a
metodologia de PML;
Diagnosticar o potencial de implementação das etapas (planejamento e
organização; pré-avaliação e diagnóstico; realização dos estudos e avaliação;
estudo de viabilidade técnica econômica e ambiental; e implantação do plano
de continuidade) previstas na PML nos meios de hospedagem de Porto de
Galinhas;
Desenvolver um quadro comparativo entre os programas ambientais
existentes no Brasil em relação aos princípios do turismo sustentável do
CBTS; e
Propor alternativas para a efetiva implementação da PML nos meios de
hospedagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
7
Com o resultado desta pesquisa espera-se contribuir para a superação de
obstáculos à implementação da Agenda 21 do município de Ipojuca a partir da
prática da PML como instrumento de gestão ambiental em meios de hospedagem de
turismo, de forma a direcioná-los para a prática do turismo sustentável.
1.3 Delimitação da Pesquisa
A pesquisa desenvolve um quadro referencial sobre o desenvolvimento
sustentável e a atividade turística, restringindo-se aos assuntos relevantes ao
desenvolvimento do objetivo explicitado anteriormente.
Isto resultou na cobertura de áreas ligadas à implementação de
desenvolvimento sustentável, as quais se cercam de muitos assuntos relacionados à
sustentabilidade e não ao seu detalhamento.
O trabalho assume um caráter prático como contribuição para a
implementação da Agenda 21 de Ipojuca quando propõe, a partir dos meios de
hospedagens estudados, seu engajamento e preparação para a incorporação de
uma nova forma de gestão.
A extensão da pesquisa é, então, restrita ao seguinte:
Pesquisa focada em Porto de Galinhas, importante destino turístico de
Pernambuco, onde turismo é a atividade dominante.
Aspectos ambientais de desenvolvimento sustentável suficientes ao alcance
da sustentabilidade.
Aos meios de hospedagem (hotéis e pousadas) que se propuseram a
participar da pesquisa.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
8
1.4 Estrutura do trabalho
Este trabalho está estruturado em seis capítulos, conforme apresentado
abaixo:
Capítulo Um – Introdução. É destinado à apresentação do tema em questão e
objetivos da pesquisa.
Capítulo Dois Metodologia. Explicita os principais procedimentos
metodológicos utilizados para se atingir os objetivos propostos no estudo.
Capítulo Três Revisão Bibliográfica. Apresenta um quadro referencial do
desenvolvimento sustentável aplicado à atividade turística, delimitado pelos assuntos
específicos à sustentação teórica para a presente pesquisa. Sendo assim, são
apresentados assuntos como fundamentos do turismo, desenvolvimento sustentável
e meios de hospedagem, abordando um breve histórico de gestão, enfatizando o
gerenciamento de serviços e do setor de meios de hospedagem. Em seguida, são
abordados os conceitos de turismo sustentável e apresentados seus instrumentos e
ferramentas para aplicação. E, dando continuidade, enfatiza-se algumas normas,
programas e manuais orientados à gestão ambiental para a indústria turística.
Capítulo Quatro Apresentação de Resultados. Apresenta de forma
descritiva a área objeto da pesquisa, Porto de Galinhas Ipojuca - PE, suas
características, sua situação atual em relação às questões ambientais e suas
iniciativas ambientais. Apresenta, também, todos os resultados gerados a partir dos
dados e informações coletados nos meios de hospedagem de Porto de Galinhas.
Capítulo Cinco Análise e Discussão. É destinado à análise dos dados e
informações coletados nos meios de hospedagem de Porto de Galinhas e a
confrontação com o quadro referencial elaborado no Capítulo Três da pesquisa,
objetivando a identificação de relações entre a proposta da Agenda 21 de Ipojuca e
a metodologia de PML.
Capítulo Seis Conclusões e Recomendações. Apresenta as conclusões da
pesquisa e as recomendações para futuros trabalhos.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
9
CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA
Uma pesquisa é um trabalho em processo que não é totalmente previsível ou
controlável, por isso a adoção de uma metodologia significa escolher um caminho,
uma direção, com criatividade (SILVA; MENEZES, 2001).
2.1 Classificação da pesquisa
A pesquisa é exploratória, descritiva e aplicada.
Exploratória, pois embora exista estudo sobre gestão ambiental no setor
hoteleiro, o registro de que tenha ocorrido alguma sobre meios de
hospedagem em Porto de Galinhas, que privilegiasse a possibilidade para
implementação da Agenda 21 de Ipojuca. A pesquisa exploratória objetiva
proporcionar maior familiaridade com o problema e facilita o aprimoramento de
idéias (GIL, 2002).
Descritiva, à medida que descreve características de determinada situação ou
fenômeno podendo descobrir a existência de associações entre variáveis (GIL,
2002).
A pesquisa, neste caso, descreve o diagnóstico de um conjunto de meios de
hospedagem de turismo em Porto de Galinhas, à luz da metodologia de PML, com
vistas à descoberta de associações com a implementação da Agenda 21 de Ipojuca.
É aplicada pelo caráter prático e pela possibilidade de resolver problemas
reais, podendo contribuir para a implementação da Agenda 21 de Ipojuca, além da
inserção de gestão ambiental em empreendimentos hoteleiros de forma a direcioná-
los à prática do turismo sustentável.
Quanto aos meios utilizados para a coleta de dados e informações, esta
pesquisa é bibliográfica, documental e de campo, aplicada em forma de estudo de
caso.
Bibliográfica por incorporar uma profunda revisão da literatura sobre o tema,
feita por meio de livros, manuais, periódicos científicos, anotações de aulas das
disciplinas cursadas, dissertações e teses acadêmicas.
Documental por incorporar alguns dados obtidos a partir de documentos da
CPRH, EMBRATUR, Secretaria de Turismo do Município, CONDEPE/FIDEM,
SEDUPE, além de documentos dos meios de hospedagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
10
Quanto à parte prática, a pesquisa caracteriza-se como de campo, uma vez
que se realizou uma observação direta das atividades das empresas pesquisadas e
uma rie de entrevistas, conjugadas à análise de documentos e fotografias (GIL,
2002).
A pesquisa foi aplicada em forma de pesquisa-ação, pois foi concebida e
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um
problema coletivo e envolve os pesquisadores e participantes representativos da
situação ou do problema de modo cooperativo ou participativo (SILVA; MENEZES,
2001).
Por fim, quanto à natureza das variáveis, a pesquisa classifica-se como
qualitativa, pois ajuda a identificar questões e entender por que elas são
importantes. Neste caso, a pesquisa qualitativa é particularmente útil como uma
ferramenta para determinar o que é importante para os meios de hospedagem
estudados e para o município de Ipojuca e por que é importante.
2.2 População e Tamanho da Amostra
Na área de estudo, Porto de Galinhas, a população é de 123 meios de
hospedagem de turismo MHT. Inicialmente, o tamanho da amostra foi de 13 meios
de hospedagem de turismo, isto é, 10,6% da população. Contudo, no final da
pesquisa, na fase de aferição de resultados apenas 7 empresas participaram,
representando 6% da população.
As populações pesquisadas foram:
1. Proprietários-dirigentes de meios de hospedagem;
2. Funcionários de meios de hospedagem;
3. Pessoas ligadas aos órgãos competentes para análise e aprovação de
projetos direcionados à infra-estrutura da localidade; e
4. Pessoas responsáveis pela organização da atividade turística e de questões
relacionadas ao meio ambiente na atual administração municipal.
Os critérios utilizados para a inclusão dos meios de hospedagem estudados,
foram:
1. Estar inserido no povoado de Porto de Galinhas;
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
11
2. Estar direcionado ao turismo de lazer e recreação;
3. Participar, efetivamente, de alguma associação (instituição) local;
4. Ter a atividade formalizada junto à prefeitura local;
5. Estar em funcionamento durante todo o ano;
6. Participar da sensibilização inicial, isto é, a apresentação geral do trabalho a
ser desenvolvido;
7. Permitir o acesso da pesquisadora a todas as áreas do estabelecimento;
8. Fornecer os dados e informações solicitadas pela pesquisadora; e
9. Permitir fotografar o estabelecimento.
2.3 Fases de Execução do Estudo
Inicialmente, realizou-se a pesquisa exploratória, com o processo de
levantamento das fontes de dados e informações, que serviriam para a construção
da base conceitual relacionada à temática em questão.
Essa fase foi sucedida de visitas à área objeto de estudo, de contatos com
representantes de associações locais e de pesquisa bibliográfica e documental junto
às unidades de informação localizadas no Brasil e em outros países.
Para o acesso ao material bibliográfico contou-se com a documentação
encontrada nas bibliotecas da UFPE, na Prefeitura Municipal de Ipojuca, na
EMBRATUR, na CONDEPE/FIDEM, na COMPESA, na CPRH e nos próprios meios
de hospedagem estudados.
Alguns documentos foram fornecidos por pessoas entrevistadas durante o
processo de recolhimento de dados e informações. As entrevistas foram
parcialmente estruturadas, guiadas por relações de pontos de interesse explorados
ao longo da mesma (GIL, 2002).
De forma geral, alguns pontos foram abordados em todas as entrevistas,
como: os principais problemas ambientais de Porto de Galinhas, obstáculos e
desafios a serem enfrentados para se alcançar a sustentabilidade, indicação de
pessoas influentes na localidade e relevantes ao tema estudado e informações
importantes extraídas dentro do contexto específico do entrevistado.
Os dados e informações coletadas, bibliográfico ou documental, tornaram-se
elementos relevantes para a confecção do Capítulo 3 desta pesquisa, que se
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
12
relaciona ao quadro referencial do desenvolvimento sustentável aplicado à atividade
turística.
O cruzamento entre esses tipos de dados e informações com a pesquisa de
campo realizada subsidia a identificação das relações entre as propostas da Agenda
21 de Ipojuca e a metodologia de PML.
A Figura 1 indica que a pesquisa delimitou um contexto baseado no turismo
sustentável e abordou a Agenda 21 de Ipojuca para verificar a contribuição da PML
à sua implementação a partir dos meios de hospedagem de turismo (MTH).
CONTEXTO
TURISMO SUSTENTÁVEL
AGENDA 21
DE IPOJUCA
MEIOS DE
HOSPEDAGEM
DE TURISMO
CONTRIBUIÇÃO
DA PML
FIGURA 1 - Esquema da pesquisa
Em relação à parte prática, a pesquisa foi realizada mediante estudos de
campo nos meios de hospedagem objeto da pesquisa. Para isso, utilizou-se a
observação direta e a aplicação de questionário junto a proprietários e/ou dirigentes
dos empreendimentos.
Com o intuito de facilitar o trabalho em campo e otimizar o tempo destinado a
cada meio de hospedagem, foi utilizado um procedimento que consiste em rias
fases de trabalho. Estas fases o previstas na aplicação do Programa Redução de
Desperdícios elaborado pelo Sebrae (SEBRAE, 2004).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
13
Fase I – Diagnóstico
Esta fase é dedicada ao diagnóstico do meio de hospedagem, isto é, ao
levantamento de todos os processos envolvidos na realização dos serviços pela
empresa (Anexo 1).
1) Identificação dos processos
Fluxograma do processo
2) Identificação das entradas
Principais matérias-primas utilizadas
Principais insumos utilizados
Energia elétrica (consumo)
Água (consumo)
3) Identificação das saídas
Água servida (água de lavagem)
Esgoto gerado
Lixo/resíduos (sólidos, materiais perigosos)
Emissões (gases, calor outras radiações)
Nessa fase foi elaborado um relatório contendo o diagnóstico e oportunidades
para minimização de impactos ao meio ambiente.
Fase II – Entrega dos relatórios e palestra informativa
Esta fase é destinada a difundir informações e incentivar a implementação
das ações propostas para mitigar ou eliminar os impactos ambientais negativos
ocasionados pelo meio de hospedagem.
O formato e o tempo necessários à aplicação dependerão das circunstâncias
e características de cada empresa, das possibilidades, disposição e empenho do
proprietário ou dirigente em colocar em prática as recomendações e, ainda, do grau
de retorno (benefício) que pode ser percebido pela empresa.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
14
1. Palestra para os dirigentes e funcionários, em cada meio de hospedagem,
separadamente, indicando as alternativas para minimização de impactos
ambientais negativos específicos ao empreendimento.
2. Entrega do relatório contendo o diagnóstico elaborado a partir da visita inicial.
Fase III - Aferição dos resultados
Esta fase destina-se a verificação in loco das mudanças realizadas a partir do
diagnóstico entregue aos meios de hospedagem, fase esta, de real importância à
pesquisa, pois valida o interesse e o potencial do setor para desenvolver um turismo
sustentável com base numa gestão ambiental.
1. Verificação de mudanças realizadas após entrega do relatório de
diagnóstico.
2. Levantamento fotográfico.
Todos os 13 meios de hospedagem participaram da fase I da pesquisa, na
fase II, 8 participaram; e na fase III, apenas 7, até então, conforme o Quadro 1 -
Participação dos meios de hospedagem nas fases do trabalho.
QUADRO 1 - Participação dos meios de hospedagem nas fases do trabalho
FASES DE TRABALHO
MEIO DE
HOSPEDAGEM
FASE I FASE II FASE III
POUSADA 1
POUSADA 2
POUSADA 3
POUSADA 4
POUSADA 5
POUSADA 6
POUSADA 7
POUSADA 8
POUSADA 9
POUSADA 10
HOTEL 1
HOTEL 2
HOTEL 3
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
15
CAPÍTULO 3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Turismo
Os historiadores registram a mobilidade do homem sobre a superfície do
planeta através do tempo, sempre impulsionada por variadas motivações. No
século XX, uma nova modalidade de deslocamento emergiu, o turismo (CONTI,
1997).
O turismo faz parte do universo denominado lazer. Lazer é o grupo de
atividades desenvolvidas fora do sistema produtivo (trabalho), das obrigações
sociais, religiosas e familiares (TRIGO, 1999).
É importante esclarecer a definição de lazer e turismo para melhor
entendimento dessa indústria. Logo, segundo Tribe (2003, p. 3):
Lazer: tempo arbitrário. O tempo arbitrário é o tempo que
sobra depois de trabalhar, locomover-se, dormir e executar as
tarefas domésticas e pessoais necessárias e que pode ser utilizado
conforme a nossa vontade.
Recreação: atividades no tempo de lazer. As atividades
recreativas incluem atividades em casa, como ler e assistir a um
programa de TV, e fora de casa, incluindo esportes, teatro, cinema e
turismo.
Turismo: visita durante pelo menos uma noite para lazer e
férias, finalidades comerciais e profissionais ou outras finalidades de
turismo. Visitação significa um movimento temporário para destinos
fora da cidade de moradia e de local de trabalho.
Organizações do setor de lazer e turismo: organizações que
produzem bens e serviços para uso no tempo de lazer; organizações
que procuram influenciar o uso do tempo de lazer; e empresas que
dão suporte às organizações de lazer e turismo. Muitas organizações
produzem bens e serviços para uso de lazer e não lazer, como os
fabricantes de computadores.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
16
FIGURA 2 - Indústria do lazer e do turismo
Fonte: TRIBE (2003).
A Figura 2 indica como essa indústria se divide, apresenta as
organizações do setor e como se interligam.
O turismo é fruto da sociedade industrial e de conquistas sociais. Cada
vez mais o período anual de descanso, pelo qual as pessoas têm acesso, tem
sido aproveitado para realização de viagens. Essas viagens aumentam o fluxo
de pessoas que se deslocam a pequenas, médias e longas distâncias (CONTI,
1997).
O turismo é um fato antropológico e socioeconômico, que se
revela constante em sua estrutura e dinâmico como fenômeno de
massas.(ANDRADE, 2001. p.85).
As viagens e turismo são um direito de todos. Pode-se viajar por diversão
e vários outros motivos, como: congressos, feiras e convenções; negócios;
eventos esportivos, políticos ou sociais; religião; saúde; finalidades artísticas ou
culturais (TRIGO, 1999).
Contudo, o turismo é uma realidade complexa, envolve variadas
manifestações (culturais, históricas, religiosas etc.) e apresenta o meio
ambiente como um componente condicionador (CONTI, 1997).
A atividade turística está inserida em um setor complexo, pela
diversidade de atividades de que é composta. As variáveis básicas, para se
analisar o turismo, bem como a hotelaria, podem ser observadas do ponto de
Turismo
Varejo
Operadoras de
turismo
HotelariaTransporte
Esportes e
recreação física
Campo Recreação
na água
Patrimônio Artes e
Diversões
Entretenimento
em casa
Lazer
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
17
vista da oferta e da demanda (SAMPOL, 1999 apud VALE, 2003), conforme a
Figura 3, apresentada abaixo.
FIGURA 3 - Sistema de distribuição turística
Fonte: (SAMPOL, 1999 apud VALE, 2003),
3.1.1 Meios de Hospedagem
O edifício de um hotel possui como peculiaridade básica à
complexidade, seja pela diversidade de programas ou pelo fato de funcionar
ininterruptamente. Esta diversidade de programas advém da grande
quantidade de funções normalmente exercidas pelo hotel e do conjunto de
atividades complementares exercidas em suas dependências (ANDRADE,
2003).
O hotel é um sistema composto de várias partes ou processos
(subsistemas), como hospedagem, alimentação e bebidas, administração, onde
se encontram processos específicos (CASTELLI, 2002).
A hospedagem pressupõe apartamentos confortáveis, bem
dimensionados, equipados devidamente e agradáveis, somando-se as
atividades administrativas, industriais (produção de alimentos e lavanderia),
comerciais (restaurantes e lojas), centrais de sistemas (água fria e quente,
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
18
energia, ar condicionado), de manutenção, além de atividades relacionadas a
lazer, recreação e eventos (ANDRADE, 2003).
SISTEMA HOTEL
HOSPEDAGEM
ALIMENTOS E
BEBIDAS
ADMINISTRAÇÃO
RECEPÇÃO
TELEFONIA
GOVERNANÇA
RESTAURANTE COZINHA
ALMOXARIFADO
COMPRAS
CONTABILIDADE
CONTROLES
FIGURA 4 - Sistema hotel
Fonte: CASTELLI (2002).
A Figura 4 apresenta os processos (subsistemas) das atividades e as
interligações entre elas.
Enquanto empresa, um hotel deve satisfazer aos desejos e
necessidades das pessoas, sejam hóspedes, funcionários, acionistas ou
proprietários, além das pessoas da comunidade em que está inserido. Os
serviços prestados por um hotel, é o resultado de um conjunto de ações que
permitem que o produto seja consumido, e através deste pode-se vender um
bem material como um bem imaterial (CASTELLI, 2002).
Os produtos e serviços hoteleiros dependem de todas as pessoas que
se encontram em cada uma das unidades básicas do sistema operacional do
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
19
hotel, considerando que todas fazem parte de algum processo. Este processo
consiste numa série de atividades conectadas entre si, objetivando a
consecução de resultados determinados que podem ser: produtos acabados ou
serviços prestados. Processo implica encadeamento, seqüência, não
justaposição, mas conexão. É precisamente isso que acontece na
operacionalidade de um hotel.
O produto é a soma de bens e serviços. Os bens revestidos de
características tangíveis e os serviços, de características intangíveis. O produto
hoteleiro reúne simultaneamente elementos tangíveis e intangíveis, materiais e
imateriais, algumas vezes os bens se destacam com maior evidência, e
preponderam sobre os serviços (CASTELLI, 2002).
A diversidade caracteriza-se pelas várias formas de apresentação que
vão desde uma residência temporária, um lugar impessoal, até os hotéis-
residência (flats), com toques personalizados; desde um lugar destinado ao
lazer, à realização de eventos, a atividades culturais e esportivas, à
consolidação de negócios, até um simples ambiente para realizar um sonho ou
uma fantasia momentânea.
Características peculiares no produto hoteleiro (CASTELLI, 2002):
É intangível-imaterial, característico dos serviços;
É estático, pois o elemento móvel é o cliente e não o produto;
o é estocável, pois os apartamentos que não forem ocupados
representam uma perda irrecuperável, que não ficam em estoque para o
dia seguinte.
É instantâneo, pois a produção, distribuição e consumo são feitos
simultaneamente e no ato, na presença do consumidor, o qual faz parte
do processo produtivo.
Direito de uso, pois o cliente adquire apenas o direito de usar o bem
sem o direito de posse.
Os Meios de Hospedagem de Turismo (MHT) são empreendimentos ou
estabelecimentos destinados a prestar serviços de hospedagem, ofertando
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
20
aposentos mobiliados e equipados, alimentação e outros serviços necessários
aos usuários.
Configuração Física do Meio de Hospedagem (LINZMAYER,1994):
SAGUÃO – é o local em que o hóspede entra e sai, espera e recebe sua
primeira impressão do estabelecimento. É a área que tipifica o mesmo.
ACESSOS são todos os tipos de entrada e saída do estabelecimento.
Devem ser claramente identificados por tipos, isto é, hóspedes,
convenções, empregados, entrega de mercadorias e lixo.
UNIDADES HABITACIONAIS E APARTAMENTOS constituem os
produtos mais perecíveis do hotel e representam a sua maior fonte de
renda.
ÁREAS DE CONVENÇÃO área destinada à salas de convenções e
reuniões e a auditórios.
ÁREAS DE CIRCULAÇÃO são circulações internas de
dimensionamento adequado para picos de acomodação e outros
serviços. Estas áreas precisam estabelecer perfeita conexão entre os
diversos setores para se obter o fluxo adequado.
ÁREAS DE ALIMENTOS E BEBIDAS é considerada de grande
relevância para o atendimento do hóspede e clientes. É composta de
restaurantes e bares, basicamente.
ÁREAS SOCIAIS engloba os terraços, lojas, sauna, piscina,
estacionamento e outros que estabeleçam contatos sociais entre
hóspedes, clientes e visitantes.
ÁREAS DE SERVIÇO é o ponto de partida para a oferta de um bom
atendimento hoteleiro. Consta da cozinha, lavanderia, almoxarifados,
manutenção etc.
ÁREAS TÉCNICAS OU MECÂNICAS - são áreas destinadas a serviços.
Podem ser horizontais ou verticais como dutos (shafts), paredes ocas
(service core), canais de ventilação, forros e outros.
ÁREAS SECUNDÁRIAS mesmo sendo secundárias, são
indispensáveis à estrutura do meio de hospedagem, pois garantem o
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
21
bom desempenho operacional. São áreas destinadas a guarda de
estoque de mobilrio, roupas, e outros, bem como às oficinas de
reparos e manutenção.
A fase de planejamento de um empreendimento hoteleiro, se bem
consolidada, pode proporcionar excelentes resultados no uso e na manutenção
do mesmo. A fase de planejamento engloba o projeto arquitetônico e a
construção que devem atender às expectativas e aspirações do empresário,
hóspedes e clientes (LINZMAYER,1994).
3.1.2 Turismo e Impactos Ambientais
A indústria do turismo constitui um dos maiores segmentos econômicos
no mundo atual. Assim, os estudos sobre essa atividade têm-se voltado para
compreender seu potencial de contribuição para o desenvolvimento, bem como
o impacto que pode provocar nas dimensões econômica, social e ambiental
desse desenvolvimento (IH, 2004)
A relação do turismo com o meio ambiente se dá sobre o meio físico e
biológico e, também, sobre outras naturezas, a das relações socioculturais e
individuais (MENDONÇA, 1999).
Geralmente, é difícil separar os efeitos de turismo de outros fatores de
modernização e desenvolvimento. A interação entre os turistas e o destino tem
impactos na economia (por interação/transação econômica), ambiente
(interação com o ambiente natural) e social (interação com suas pessoas).
Normalmente estas interações têm impactos negativos e positivos.
Mendonça (1999) alerta que alguns ambientes naturais, como as praias,
têm sido muito valorizados pela atividade turística e proporcionam algum
contato mais direto com seus elementos naturais.
O exercício da atividade turística, em suas diversas formas, deteriora a
paisagem, seja pela implantação de edificações, estradas, pontes etc., ou pelo
processo de especulação imobiliária. A especulação imobiliária provoca a
valorização de uma área e, assim, faz com que as características ambientais
sejam relevadas a segundo plano incentivando o aterro de mangues e
eliminação de florestas entre outros (MENDONÇA, 1999).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
22
Observa-se que, com freqüência, os gestores das localidades turísticas
têm dificuldades em solucionar problemas de saneamento sico, pois a
demanda sobre este serviço pode ser superior ao dimensionado,
sazonalmente. Também existe dificuldade na organização da coleta de lixo e
no estabelecimento de um local adequado para sua disposição.
Os principais impactos ambientais negativos ocasionados pelos meios
de hospedagem são (BN, 1999):
Degradação da paisagem por construções inadequadas, isto é,
dimensões, formas, cores e materiais utilizados que são
arquitetonicamente inadequados ao lugar;
Aumento do uso e da necessidade de abastecimento de água;
Aumento dos esgotos sanitários indevidamente tratados, contaminando
os rios e mares;
Aterros com grande movimentação de terras para implantação de
edificações, degradando a fauna e flora local;
Desmatamentos de grandes áreas;
Aumento da demanda de energia elétrica;
Aumento da geração de resíduos sólidos;
Impermeabilizações excessivas, ocasionadas pela necessidade de
muitos equipamentos de lazer, acesso (vias/estradas) e infra-estrutura;
Eliminação de vegetação típica, descaracterizando a região; e
Contaminação do solo pela disposição inadequada dos resíduos sólidos.
3.1.3 Gestão Ambiental no Setor Hoteleiro
A partir da segunda metade da década de 80, muitas empresas
investiram mais pronunciadamente na área ambiental, incentivando e
construindo uma mentalidade mais consciente em relação à responsabilidade
com a qualidade do meio ambiente.
A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento Rio 92, é um dos marcos mais significativos para a
expansão mundial dessa consciência.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
23
Contudo, mesmo nos dias atuais, ainda se percebe muita improvisação
nos quadros profissionais do turismo, e de modo particular, na hotelaria. Isso
tem sido atribuído fato de que grande número de empreendedores e gestores
fundamentam-se em relações familiares, que de modo geral impedem o
funcionamento ideal dos empreendimentos (ANDRADE, 2001).
Andrade (2001) defende a holística e enfatiza que no lazer e turismo a
essa tendência desenvolve-se em etapas diferenciadas que suscitam planos e
projetos, estratégias e objetivos que, segundo as naturais tendências humanas,
encontra-se em pleno desenvolvimento à busca de melhores níveis de bem-
estar coletivo e individual.
... a holística apresenta-se como sistematização que traduz
tendência dimica e universal que existe entre fenômenos que, de
forma natural, avizinham-se e se interralacionam, visando à
construção de unidades sempre mais abertas a integrações cada vez
mais profundas, objetivando o melhor aproveitamento de todas as
potencialidades capazes de aperfeiçoar as qualidades e a
produtividade de cada uma das unidades. (ANDRADE, 2001. p.142)
A holística, como tendência, valoriza todas as manifestações capazes de
levar as pessoas a se porem à disposição, segundo suas capacidades, para
integrar-se no macro-processo humanístico e ambiental. Essa integração tem
início com a integração natural do homem na vida vegetal, mineral e animal e
se desenvolve com o estabelecimento da compreensão do mesmo em relação
a sua responsabilidade pela preservação da realidade cósmica (ANDRADE,
2001).
A compreensão da dimensão e finalidade do procedimento holístico
pode encaminhar a sociedade para uma revisão de seus procedimentos
agressivos para com a natureza (ANDRADE, 2001).
A criação da Série de normas ISO 14000 representa um grande passo
nas relações entre indústria e ambiente. Sua origem está ligada a discussões
na Rodada do Uruguai, no âmbito do GATT (Acordo Geral de Transporte e
Tarifas), patrocinado pela OIC (Organização Internacional do Comércio) e das
resoluções da Rio Cúpula da Terra, em 1992 (FURTADO, 1998).
Para as empresas que desejam implantar um sistema de gestão
ambiental (SGA) a Norma propõe seguir o roteiro de implantação de cinco
etapas, a saber, (1) Comprometimento e definição da política ambiental; (2)
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
24
Elaboração do plano de ação; (3) Implantação e operacionalização; (4)
Avaliação periódica, e (5) Revisão do SGA (NBR ISO 14001, 2004).
A NBR ISO 14004 provê recomendações para a implementação e
aprimoramento de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Um SGA permite
que uma empresa encontre soluções para a gestão de seus problemas
ambientais, mas para isso é necessário recursos, definição de
responsabilidades e avaliação contínua do sistema.
A ISO 14001 requer o compromisso da empresa para a certificação, mas
privilegia o modelo end-of-pipe (fim de tubo) e a conformidade nos limite da lei
ambiental vigente no país onde a organização está inserida. Na visão
ambiental, o sistema de gestão resultante da ISO 14001 possui mais
características de um sistema administrativo (burocrático) do que um recurso
tecnologicamente efetivo (FURTADO, 1998).
3.2 Desenvolvimento Sustentável e Turismo Sustentável
Uma das primeiras marcas mundiais no tratamento das relações entre
meio ambiente e desenvolvimento foi a Conferência da ONU em Estocolmo,
em 1972, onde ficou claro que o desenvolvimento e meio ambiente não eram
incompatíveis (ALMEIDA, 2002).
Nesta ocasião, as preocupações como o aquecimento global, a
destruição da camada de ozônio, a chuva ácida e a desertificação já
chamavam a atenção da ciência e, assim, a ONU resolve criar a Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ou Comissão Brundtland.
Esta Comissão estudou e propôs uma agenda global voltada ao
enfrentamento dos principais desafios ambientais do planeta.
Foi no relatório da Comissão Brundtland que o conceito de
“desenvolvimento sustentável foi formalmente proposto e definido como:
(BRUNDTLAND, 1991 apud MELO, 2002):
(...) aquele que atende as necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a
suas próprias necessidades. Ele contém dois conceitos-chave:
o conceito de ‘necessidades’, sobretudo as necessidades
essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima
prioridade;
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
25
a noção das limitações que o estágio da tecnologia e da
organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de
atender às necessidades presentes e futuras. (...)
Em essência, (...) é um processo de transformação no qual a
exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação
do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se
harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de
atender às necessidades e aspirações humanas.
A sustentabilidade fundamenta-se em três dimensões interdependentes,
a saber, (MELO, 2002):
1. dimensão social está centrada nas idéias de desenvolvimento
humano e significa a disposição para reconhecer igualitariamente o direito de
cada um; diz respeito às escolhas para a formação, expansão e utilização de
capacidades humanas.
2. dimensão econômica diz respeito, fundamentalmente, aos fatores
políticos e tecnológicos voltados à mudança do modelo produtivo para
tecnologias inovadoras, respeitadas as condições culturais, significativa que a
distribuição e a gestão dos recursos econômicos e financeiros é feita de forma
planejada, para garantir o funcionamento eficiente do sistema;
3. dimensão ecológica está direcionada para a base física dos
processos de produção e da vida social, orientando para a redução do
consumo dos recursos naturais, a proteção dos ecossistemas naturais, a
manutenção das condições paisagísticas e a absorção das interferências
antrópicas.
O WWF do Brasil alerta para a dificuldade de se estabelecer o que é o
turismo sustentável tendo em vista a grande quantidade de definições sobre o
assunto e a crescente vinculação de produtos e destinos muitas vezes o
sustentáveis a qualidades “verdes” para atender à demanda de mercado
(WWF, 2001).
As diversas interpretações sobre o que é turismo sustentável variam
conforme uma série de fatores, dentre eles (WWF, 2001):
região ou país (países desenvolvidos e em desenvolvimento);
grupos de interesse (governo, indústria, ONG’s, comunidades e
pesquisadores);
representantes de um mesmo segmento (secretarias de turismo e de
meio ambiente, conservacionistas, preservacionistas);
• combinação destes e outros fatores.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
26
O WWF acredita que o ideal do “turismo sustentável é bastante
amguo e discutível, portanto, prefere usar o termo turismo responsável”
sendo aquele que mantém e, onde possível, valoriza os recursos naturais e
culturais nos destinos (WWF, 2001).
Contudo, os conceitos formulados por entidades representativas ganham
destaque justamente por possuírem o peso e legitimidade de terem sido
formulados com a visão que lhe compete. Assim, o World Travel and Tourism
Council -WTTC, organização mundial que representa os interesses do setor
privado do turismo, apresenta o seu entendimento sobre o desenvolvimento
sustentável do turismo através do documento Agenda 21 para a indústria de
viagens e turismo” (WWF, 2001).
Nesta iniciativa, em parceria com a Organização Mundial do Turismo
(OMT) e a Earth Council, a WTTC identifica ações necessárias para buscar
maior sustentabilidade no desenvolvimento do turismo, como (WWF, 2001):
1. Projetar a sustentabilidade - assegurar que as novas tecnologias e
produtos sejam projetados para minimizar a poluição, ser mais
eficientes, apropriados cultural e socialmente e disponível mundialmente.
2. Parcerias para desenvolvimento sustentável - formar parcerias
para trazer sustentabilidade de longo-prazo.
3. Eficiência na conservação e administração de energia - reduzir o
uso de energia e reduzir o risco potencial às condições atmosféricas.
4. Manejo responsável de recursos de hídricos - proteger a qualidade
dos recursos hídricos e usar os recursos existentes de maneira eficiente
e equilibrada.
5. Administração do desperdício de água - minimizar a geração de
efluentes de forma a proteger o ambiente aquático, salvaguardar a flora
e a fauna e conservar e proteger a qualidade dos recursos de água
doce.
6. Redução do desperdício, reutilização e reciclagem - minimizar o
uso de recursos, maximizar a qualidade do produto e reduzir a geração
de resíduo.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
27
7. Substâncias perigosas - evitar o uso ou ter o controle para o manejo
adequado.
8. Envolvimento de pessoal, clientes e comunidades em assuntos
ambientais - proteger e incorporar os interesses das comunidades
locais nos projetos e assegurar que as lições ambientais aprendidas
pelos funcionários, clientes e comunidades sejam colocadas em prática.
9. Planejamento e manejo do uso de terra - lidar de uma maneira
equilibrada com os múltiplos interesses sobre uso da terra, assegurando
que o desenvolvimento não seja paisagisticamente inadequado, e
contribuir para a conservação do meio ambiente e das culturas
paralelamente à geração de renda.
10.Transporte - reduzir ou controlar emissões prejudiciais na atmosfera
e outros efeitos do transporte no meio ambiente.
Para o Programa de Certificação em Turismo Sustentável - PCTS, a
sustentabilidade do turismo é fundamentada por um conjunto de princípios,
estabelecidos pelo Conselho Brasileiro para o Turismo Sustentável - CBTS,
que constituem a referência nacional (IH, 2004), a saber:
1. Respeitar a legislação vigente
2. Garantir os direitos das populações locais
3. Conservar o ambiente natural e sua biodiversidade
4. Considerar o patrimônio cultural e valores locais
5. Estimular o desenvolvimento social e econômico dos destinos
turísticos
6. Garantir a qualidade dos produtos, processos e atitudes
7. Estabelecer o planejamento e a gestão responsáveis
3.2.1 Destinos Turísticos Sustentáveis
Destino turístico sustentável é uma idéia complexa, consistindo nos
conceitos de desenvolvimento sustentável, turismo sustentável, e destinos de
turismo. Não definição simplificada para o termo, porém, o mesmo provêm
das definições de desenvolvimento sustentável e turismo sustentável.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
28
A abordagem de Foh (1999) propõe duas definições. A limitada define
“destinos turísticos sustentáveis” como sendo a administração de todos os
recursos para que estão limitados os propósitos de turismo e a holística que
significa o desenvolvimento sustentável de um destino (FOH, 1999).
Dependendo da situação, a distinção entre as duas definições pode não
ser significativa, pois o turismo depende de muitos recursos. A definição
Limitada pode se tornar Holística, pois depende das necessidades do turismo
nesse destino, e a definição Limitada requer o conhecimento da definição
holística. Na Figura 5 - Definições holística e limitada para Destino Turístico
Sustentável, mostra esquematicamente a definição Limitada à esquerda, a
Holística, no centro, e a situação onde ambas são as mesmas, à direita.
Definição limitada Definição Holística Ambas definições
Atividade de
Turismo
Sustentável
Desenvolvimento
Sustentável do
Destino
Atividade de Turismo
Destino Turístico
Destino Turístico Destino Turístico
Atividade de
Turismo
Desenvolvimento
Sustentável do
Destino
Desenvolvimento
Sustentável
FIGURA 5 - Definições holística e limitada para Destino Turístico Sustentável
Fonte: FOH (1999).
Sugere-se que o “destino” para a aplicação do conceito de “destino
turístico sustentável” deva ter o seguinte (FOH, 1999):
1. limite físico e limite administrativo, os quais são significantes quando o
assunto é administrar turismo sustentável e desenvolvimento
sustentável;
2. pelo menos uma atração turística, mas também pode ter um
agrupamento de atrações;
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
29
3. a capacidade para acomodar os turistas;
4. em termos de gerenciamento, a destinação deve estar subordinada à
autoridade local ou ao grupo administrativo para o qual os
representantes foram eleitos, e subordinados a um plano nacional ou
regional, fiscal e a outros requisitos legais, cumpridos de acordo com o
programa da agenda 21 local.
O significado de “destinos turísticos sustentáveis” depende da extensão
e exatidão de como o conceito será aplicado em termos de turismo e
desenvolvimento sustentável. Não nenhum padrão universal para os
critérios para destinos turísticos sustentáveis, porque critérios de
desenvolvimento sustentáveis são relativos e específicos ao destino e
dinâmicos por natureza (FOH, 1999).
3.2.2 Programa de Produção Mais Limpa (PML)
A PML é vista como uma estratégia que também pode ser aplicada na
indústria do turismo, nos meios de hospedagem, restaurantes e culinária,
construção e edifício (FOH, 1999).
A PML pode ser aplicada aos processos de qualquer indústria, aos seus
produtos e aos rios serviços fornecidos à sociedade. O programa visa o
fortalecimento econômico da empresa através da prevenção da poluição,
investigando o processo produtivo e demais atividades (CNTL, 2002a).
Produção mais limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia
econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e
produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso das matérias-primas,
água e energia através da não-geração, minimização ou reciclagem de
resíduos gerados em todos os setores produtivos (CNTL, 2002b. p. 2).
O programa de PML consiste numa metodologia baseada nos manuais
do ECOPROFIT (Projeto Ambiental para Tecnologias Ambientais Integradas)
(CNTL, 2002b).
A PML é uma forma de gestão preventiva, contínua e integrativa (ar,
água e terra), uma estratégia para qualquer serviço, produto ou processo que
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
30
visa o homem, o meio ambiente e a redução de riscos, conforme explicitado na
Figura 6 abaixo.
FIGURA 6 - Produção mais limpa
Fonte: CNTL (2002b).
Em relação aos processos, a PML resulta de várias combinações:
conservação de água e energia; racionalização do uso de matéria prima;
eliminação de materiais tóxicos e perigosos; redução das emissões e suas
toxidades; e eliminação dos desperdícios na fonte (FURTADO, 1998).
Para os produtos, a PML atua na redução dos impactos negativos ao
longo de todo o ciclo de vida, isto é, desde a extração de matéria-prima até sua
disposição final (FURTADO, 1998).
Considerando os serviços, a PML implica na incorporação das questões
ambientais, desde o planejamento até a prestação do serviço ao cliente final
(ALEJANDRO, 2002).
A empresa é considerada uma entidade, característica da PML, em que
as matérias-primas, auxiliares, energia, água, produtos, resíduos lidos,
efluentes e emissões estão interligados com a água, o ar e o solo (CNTL,
2002a).
A PML é uma estratégia aplicada à gestão ambiental. É indicada como
um programa que possibilita a empresa possuir uma postura social e
ambientalmente responsável, ocasionando também melhorias econômicas e
tecnológicas (SILVA FILHO, 2003).
CONTÍNUA
PREVENTIVA
INTEGRATIVA
AR/ÁGUA/TERRA
PRODUTO
PROCESSOS
MEIO
AMBIENTE
ESTRAGIA
PARA
REDUÇÃO DE
RISCOS
SERVIÇOS HOMEM
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
31
Para atender o objetivo da PML são identificadas possíveis modificações
em vários níveis e aplicações de estratégias visando à minimização de
impactos ambientais, conforme a Figura 7.
A prioridade da PML consiste em minimizar os resíduos e emissões,
estabelecendo sua redução na fonte (nível 1). Os resíduos que não podem ser
evitados, preferencialmente, deverão ser reintegrados ao processo (nível 2). Na
impossibilidade, pode-se considerar a reciclagem externa (nível 3).
Figura 7 - Níveis de aplicação de produção mais limpa
Fonte: CNTL (2002b).
A PML estabelece o cuidado para a minimização de impacto ambiental
ocasionado na produção dos bens e serviços sob os limites tecnológicos e
econômicos atuais.
PML é um processo de melhoria contínua de processos industriais,
produtos e serviços para prevenir, na fonte, a poluição de ar, o consumo de
água e do solo, reduzir o uso de recursos naturais e reduzir a geração de
desperdício para minimizar o risco à população humana e o desenvolvimento.
A Figura 8 apresenta esquematicamente uma indústria que não previu
minimização de consumo de matéria-prima nem redução de geração de
resíduos.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
32
Figura 8 - Gestão convencional de resíduos
Fonte: CNTL (2006).
Na Figura 9 configura uma indústria que aplica uma gestão baseada na
PML pela existência de ações para minimização de consumos e poluição,
reaproveitamento de resíduos e apresenta, conseqüentemente, ganhos
econômicos propiciados pelo modelo de gestão.
Figura 9 - Gestão baseada na produção mais limpa
Fonte: CNTL (2006).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
33
A abordagem convencional baseia-se nas estratégias “fim-de-tubo (end
of pipe), isto é, em soluções que focam apenas a adequação dos parâmetros
exigidos. Na maioria das vezes a adoção das tecnologias fim-de-tubo” conduz
a maiores investimentos e mais mão-de-obra, mais custos de operação e
manutenção, e à redução de produtividade. A utilização de tecnologias limpas,
normalmente, levam a um aumento de produtividade resultante da economia
de custos e racionalização dos resultados nos processos produtivos
(GETZNER, 2002 apud SILVA FILHO, 2003).
Uma das principais vantagens da PML é a possibilidade de redução dos
custos ambientais o contabilizados, como seguros, ações civis, perdas
materiais, saúde ocupacional ou mesmo perda de mercado (FURTADO, 1998).
Segundo Abreu (2001):
Um programa de produção limpa funciona como uma espécie de
medicina preventiva e holística. Preventiva, pois evita a geração dos
resíduos, e holística porque examina essa geração de forma global e
sistêmica, ou seja, considerando a interdependência de todos os
possíveis fatores que estão contribuindo para a geração desses
resíduos.
O programa de PML em teoria e prática não determina que os processos
e produtos sejam inteiramente limpos. Seu emprego é o caminho da inovação,
onde a cadeia de valor é estabelecida por escolhas dos empresários,
consumidores e legisladores determinando uma trajetória tecnológica (CRISTIE
et alii, 1995 apud PEREIRA, 2003).
PML implica evitar (prevenir) a geração de resíduos e afeta direta e
objetivamente o processo, produto, embalagens, descarte, destinação, manejo
de lixo de qualquer atividade humana e restos de produtos, comportamento de
consumidores e política ambiental da empresa.
A metodologia de PML consiste em cinco etapas de trabalho, (a)
planejamento e organização; (b) pré-avaliação e diagnóstico; (c) realização dos
estudos e avaliação; (d) estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental;
e (e) implantação e plano de continuidade (CNTL, 2002b).
Na primeira etapa de trabalho, planejamento e organização, o objetivo é
obter o comprometimento da gerência para a aplicação da metodologia na
empresa. Depois, verificar as possíveis barreiras para serem contornadas
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
34
durante os trabalhos, isto é, relacionadas aos conceitos e atitudes,
organização, tecnologia, informação, economia e outros. Estabelecer as metas
da PML para orientação de avaliação posterior. Formar o “ecotime”, grupo de
pessoas da empresa que se responsabilizarão pela implantação (CNTL,
2002b).
Na segunda etapa, pré-avaliação e diagnóstico, o objetivo é estabelecer
uma visão geral dos fluxos de materiais na empresa, isto é, coletar dados
atualizados, elaborar o fluxograma de material e energia e analisar as
informações (CNTL, 2002b).
Na terceira etapa, realização dos estudos e avaliação, objetiva-se
desenvolver um conjunto de opções de PML e selecionar as opções para
implantação (CNTL, 2002b).
Na quarta etapa, estudo de viabilidade cnica, econômica e ambiental,
determina-se a viabilidade das opções identificadas e estabelece as ações
necessárias para cada alternativa (CNTL, 2002b).
Na quinta etapa, implantação e plano de continuidade, o objetivo é
desenvolver um plano de implementação para as opções de PML, monitorar e
avaliar o desempenho das opções, monitorar o progresso e incentivar a
continuidade do programa na empresa (CNTL, 2002b).
3.3 Instrumentos para Turismo Sustentável
No Brasil tem aumentado em ritmo crescente a procura da certificação
ambiental, os fatores que impulsionam esta procura vão desde a preocupação
real com as questões do meio ambiente ao marketing ambiental, que serve
como propaganda dentro e fora do país (ALEJANDRO, 2002).
Não restrição quanto ao tipo de empresa para obter certificação
ambiental, qualquer tipo de empresa pode ser certificada.
A sustentabilidade da atividade do turismo, como o desenvolvimento
sustentável de uma forma geral, está relacionada com as atividades e
responsabilidades de diversos atores, não podendo ser restrita a um único tipo
de empreendimento. Contudo, objetivar o desenvolvimento sustentável exige a
adoção de práticas sustentáveis para suas atividades (IH, 2004).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
35
A adoção dessas práticas tem agradado aos hóspedes mais conscientes
às questões ambientais, que o são seres raros, nem espécie em extinção.
Eles proliferam a cada dia. Eles não possuem faixa etária definida, nível
cultural definido, nem moram em áreas definidas, estão em todo o mundo. O
que difere dos demais hóspedes é o conhecimento que suas ações causam
impacto ao meio ambiente e são conhecedores do significado do
desenvolvimento sustentável (ABREU, 2001).
Esse tipo de spede tem um grande poder de provocar mudanças e
consegue influenciar o mundo dos negócios quando definem com precisão o
produto que desejam adquirir e o perfil da empresa com que querem negociar.
Com esta postura ele exige que as empresas repensem seus produtos,
serviços e forma de gestão, muitas vezes estimulando novas posturas que
minimizam o impacto ambiental (ABREU, 2001).
Sendo assim, a atividade turística, no mundo, desenvolveu alguns
instrumentos para facilitar a prática do turismo sustentável. No Brasil, alguns
desses instrumentos têm se destacado conforme a seguir.
3.3.1 Código de Ética e Conduta Ambiental – Roteiros de Charme
Roteiros de Charme Associação de Hotéis é uma entidade privada
brasileira e sem fins lucrativos, fundada em 1992, congrega 44 meios de
hospedagem entre hotéis e pousadas na montanha, na praia, numa fazenda,
num refúgio ecológico ou numa cidade histórica (ROTEIROS..., 1999).
Esta associação adotou um código voluntário de conduta ambiental, que
visa o compromisso de todos os associados com a proteção do meio ambiente,
muitos membros do Roteiros de Charme participam, também, de projetos
específicos de preservação da fauna, flora e herança cultural.
A iniciativa baseou-se no Plano de Ação aprovado na Conferência das
Nações Unidas em 1992, realizada no Rio de Janeiro, o qual considera que o
melhor meio para se atingir as metas de desenvolvimento sustentável seria o
desenvolvimento, adoção e implementação de digos voluntários de conduta
ambiental (ROTEIROS..., 1999).
O código de ética e conduta ambiental tem como objetivo conseguir,
através de sua aplicação, o levantamento, a análise e redução dos impactos
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
36
causados pela atividade hoteleira. Suas normas focalizam a realidade
sociocultural local, sua viabilidade operacional, econômica e financeira, e os
direitos e as expectativas dos hóspedes, ator principal à sobrevivência da
atividade.
O código aborda as seguintes áreas temáticas (ROTEIROS..., 1999):
Conservação de energia;
Conservação de água;
Tratamento de efluentes;
Preservação de áreas de importância ambiental, fauna, flora e de
valores culturais/históricos;
Redução de poluição sonora e atmosférica;
Redução de impactos ambientais em novos projetos e
construções/obras;
Reutilização, redução e reciclagem de materiais;
Controle de substâncias tóxicas e adversas;
Eliminação de queima de lixo e desmatamento;
Envolvimento de fornecedores e prestadores de serviços ao hotel.
As ações não envolvem grandes mudanças, nem custos, as medidas
são singelas, estimulando a prática ambiental no dia a dia e possuem grande
resultado prático.
Com o objetivo de despertar a atenção e provocar a interação com os
hóspedes, as diretrizes do código de conduta ambiental foram inseridas no
“Guia Passaporte Roteiros de Charme”, que é publicado anualmente com uma
tiragem de 50.000 exemplares. Foram incluídas algumas ações práticas
adotadas, dentre as informações genéricas sobre a proposta de redução de
consumo de água, energia e detritos (ROTEIROS..., 1999).
O guia passaporte é distribuído aos hóspedes, nos eventos, exposições
e feiras de hotelaria e turismo e através das principais grifes patrocinadoras.
Ele é o principal veículo de comunicação da Associação.
O código de conduta ambiental, também, fica exposto nas áreas sociais
dos hotéis e pode ser fornecido aos hóspedes que demonstram interesse.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
37
Informações sobre a Roteiros de Charme Associação de Hotéis e seu código
de conduta ambiental podem ser também obtidas (em português, espanhol e
inglês) em “www.roteirosdecharme.com.br”.
A UNEP, organismo das Nações Unidas responsável pela preservação
do meio ambiente, reconhece o esforço da Roteiros de Charme na
implementação concreta da melhoria contínua (ROTEIROS..., 1999).
O código de conduta ambiental foi desenvolvido pelo presidente da
associação Roteiros do Charme, Helenio Waddington, advogado e principal
administrador do Hotel Rosa dos Ventos (ROTEIROS..., 1999).
Consciente do poder de disseminação de idéias e da responsabilidade
da hotelaria ao propiciar a freqüência a sítios de importância ambiental e
cultural, o digo foi elaborado usando o material obtido no Brasil, bem como
publicações e outras informações fornecidas pela Divisão de Tecnologia,
Indústria e Economia, do Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas
(United Nations Environment Programme UNEP - Division of Technology,
Industry and Economic).
Inicialmente, o código ambiental foi testado em hotéis de diferentes
tipos, regiões e categorias, bem como, várias formas de divulgação do
programa junto aos spedes. Foram fixados em paredes e quadros, avisos
isolados evocando a necessidade de preservação do meio ambiente, esta ação
não foi suficiente para provocar a participação nem evitar uma eventual
insatisfação, mesmo que contida, de algum hóspede (ROTEIROS..., 1999).
Descobriu-se que o modo de informação mais eficaz, capaz de provocar
a adesão e de evitar qualquer descontentamento, foi a carta dirigida ao
hóspede enfatizando que ao adotar normas de conduta ambiental, o hotel:
(i) não teve a intenção de obter qualquer benefício em detrimento do
bem-estar de seus hóspedes;
(ii) teve o cuidado de manter todos os direitos de seus hóspedes e
evitou a qualquer tipo de ação que pudesse vir a reduzir o conforto
e qualidade de serviço esperados;
(iii) ao informar aos seus spedes sobre a existência de um digo
de conduta ambiental adotado, o fez com a exclusiva intenção de
motivá-los a participar em um programa comprometido com a vida,
que tem como meta principal garantir o direito da geração futura
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
38
aos recursos naturais que são limitados e finitos (ROTEIROS...,
1999).
Foram contatados administradores de vários hotéis pertencentes a
outras associações e cadeias internacionais, além dos hotéis associados, com
o objetivo de identificar seus medos e restrições à adoção de um programa
ambiental. Esta ação permitiu algumas conclusões (ROTEIROS..., 1999):
Falta a real conscientização, dos proprietários e dirigentes dos meios de
hospedagem, de que a adoção de práticas ambientais além de fazer
bem ao meio ambiente traz consideráveis benefícios financeiros à
empresa, decorrentes da redução do consumo de energia, água e
produtos.
Existe, de modo geral, um medo em adotar práticas ambientais que
envolvam a participação, mesmo que opcional, de seus clientes.
Quando o hóspede é devidamente informado, uma participação
voluntária expressiva e alguns elogios ao procedimento do hotel, não se
registrando qualquer manifestação de descontentamento ou reclamação.
Conclui-se que a receptividade e adesão às práticas ambientais
adotadas dependem diretamente do nível de informação fornecida aos
hóspedes, e não da categoria do hotel, do valor de sua diária, ou da
posição sócio-econômica de seus clientes.
Para o início da implementação do código de conduta, algumas medidas
foram necessárias, como:
Estabelecer diretrizes para a gestão da qualidade ambiental dos
associados, considerando a situação específica de cada
empreendimento, relativa a saneamento básico: água, esgoto, coleta de
lixo e controle de poluição (salvo algumas exceções, somente nas
capitais e grandes cidades o controle de poluição é realizado de forma
eficaz);
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
39
Identificar, em cada empreendimento, um responsável geral para o
programa e, dependendo da sua estrutura, um responsável para cada
setor ou aspecto fundamental do programa ambiental;
Incitar a elaboração de um levantamento dos impactos existentes no seu
empreendimento, bem como, dos equipamentos e instalações gerais ;
Implantar a “Carta Semanal de Ações Ambientais”, isto é, semanalmente
determinar um pequeno número de ações isoladas, assegurando a
melhor performance ambiental abordando todos os aspectos do código;
e
implementar e monitorar o código de conduta ambiental.
A Associação absorveu dois terços dos custos dos profissionais
contratados, sendo a outra parte responsabilidade do empreendimento.
Contratou-se uma equipe de biólogos e elaborou um plano dividido em 3 fases:
Fase 1: Primeiro Monitoramento Ambiental Independente
Nesta fase acontece a análise das informações previamente fornecidas
pelo hotel e pesquisa bibliográfica, geralmente com duração de 2 a 3 dias.
Posteriormente, acontece a visita ao local, que pode durar de 3 a 5 dias ,
e objetiva o levantamento dos impactos existentes, reuniões com os
proprietários e administradores, palestras e treinamento do pessoal, e, por
último, a elaboração do relatório correspondente a avaliação ambiental,
resultado da visita ao local, com duração de 2 a 3 dias.
No relatório, o registrados os impactos ambientais encontrados e
sugeridas metas para redução a curto, médio e longo prazo, considerando as
particularidades de cada empreendimento e localização.
Fase 2: Segundo Monitoramento Independente (acompanhamento e avaliação
dos resultados alcançados)
Esta fase acontece após 12 meses da primeira visita, é prevista uma
visita ao empreendimento com duração de 3 a 5 dias e a elaboração de um
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
40
relatório. O objetivo da visita é avaliar os resultados alcançados e disseminar
as informações e experiências ocorridas em outros empreendimentos com a
aplicação do Código de Conduta.
Nesta fase são realizadas palestras sobre reciclagem, treinamento do
pessoal e reuniões com os administradores. Existe, ainda, o propósito de
estabelecer parcerias entre o hotel e a vizinhança com o propósito de promover
ações de interesse comum e dentro das possibilidades, estabelecer parcerias
com instituições locais, autoridades municipais, secretarias de turismo, meio
ambiente e patrimônio histórico, associações de moradores e ONGS.
Fase 3: Terceiro Monitoramento Independente (revisão do Código de Conduta
Ambiental)
Nesta fase acontece a terceira visita, que é realizada 12 meses após a
segunda visita, esta com duração de 3 a 5 dias. Nesta fase são avaliados os
resultados e realizadas palestras sobre reciclagem, treinamento do pessoal e
reuniões com os administradores. O objetivo é demonstrar a importância da
proteção dos patrimônios natural e cultural, bem como o significado econômico
que representa a adoção desse Código Ambiental.
Para a finalização desta fase, acontece uma revisão do Código de
Conduta Ambiental, baseada na avaliação de todas as fases anteriores, com o
objetivo de estabelecer um padrão mínimo de procedimentos para todos os
associados. Este padrão mínimo deve ser submetido à aprovação da
Assembléia Geral da Roteiros de Charme Associação de Hotéis, em
conformidade com seus Estatutos.
Este programa não possui prazo para terminar, deverá ser sempre
aprimorado a fim de melhor atender aos seus objetivos, o de assegurar um
desenvolvimento sustentável para a hotelaria, auxiliando, assim, o
desenvolvimento econômico e a redução das desigualdades sociais das
regiões que dele dependem.
A experiência conquistada com a implantação do Código Ambiental
permite acreditar na continuidade do programa, principalmente pela
receptividade de todos que tiveram a oportunidade de participar. A expectativa
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
41
é que deva ultrapassar os limites da associação e atingir, também, as
comunidades anfitriãs dos destinos turísticos onde estão localizados.
3.3.2 Sistema Ambiental Projeto Ecologia Accor
O Grupo Accor desenvolve um dos exemplos relevantes em relação ao
envolvimento com questões ambientais, o Projeto Ecologia, um sistema
específico do grupo e implantado autonomamente. Este sistema visa o
gerenciamento do consumo de água e energia, de reciclagem ou abordando
aspectos mais amplos (GONÇALVES, 2004).
O Projeto Ecologia é desenvolvido pelo Instituto Accor, o qual possui
projetos desenvolvidos nas áreas de educação, formação e meio ambiente.
Este instituto promove o maior alcance e mais legitimidade aos programas
(PROJETO..., 2006).
A Carta Ambiental do Projeto Ecologia estabelece práticas direcionadas
a:
(1) Gestão dos resíduos e Reciclagem, organizando coletas
seletivas com diversos materiais;
(2) Controles Técnicos, isto é, auto-controles de consumo de
energia e água;
(3) Arquitetura e Paisagem, com a valorização dos espaços verdes
das unidades e plantio de árvores sistematicamente; e,
(4) Sensibilização e Formação, sensibilizando os colaboradores
quanto à política de proteção ambiental e informando ao
hóspede a postura adotada.
No Brasil, o Programa Ecologia foi iniciado no primeiro semestre de
1999, quando foi distribuído o Guia Ambiental Hoteleiro em todas as unidades
hoteleiras brasileiras do grupo. A partir disto foi criado um comitê, formado por
gerentes de todas as marcas hoteleiras, o qual iniciou uma pesquisa sobre
temas, organizações e entidades governamentais ligados à questão do meio
ambiente.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
42
Em 2000, a estrutura adicionou mais colaboradores, os supervisores
ecológicos, pessoas identificadas pela afinidade com as ações ecológicas no
seu dia-a-dia, que se tornaram o "elo" de comunicação entre as unidades e o
comitê. A partir daí, foi desenvolvido o material didático para a implantação do
projeto visando o envolvimento de todos os colaboradores no Brasil e no
segundo semestre deste ano deu-se o lançamento oficial do Projeto Ecologia
na Accor Hotels (PROJETO..., 2006).
Todos os hotéis envolvidos no programa fazem parte de uma associação
ou coletividade designada a promover ações em prol da ecologia, e informam
aos clientes Accor Hotels as medidas implantadas em suas respectivas
unidades, pela defesa do meio ambiente.
A política ambiental Accor está apoiada em cinco pilares (GONÇALVES,
2004):
A conscientização ambiental dos fornecedores;
Utilização de filosofias de conservação de recursos naturais, isto é,
água e energia, bem como, cnica construtiva ecologicamente
correta;
Utilização de energias renováveis;
Promoção de educação ambiental através de publicações elaboradas
pela rede Accor, como exemplo, a Carta Ambiental para Hotéis, o
Guia do Meio Ambiente para Gerentes de Hotel, Guias Práticos e
outros; e
Estimulação dos clientes a valorização ao meio ambiente.
O Programa foi iniciado em 1997, na França, e em 1999, no Brasil, e
contabilizou os seguintes resultados:
207 toneladas de lixo reciclado em 2003 e aproximadamente 132
toneladas até julho de 2004;
Redução de consumo de 80% de energia, água e gás; e
102 hotéis envolvidos.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
43
3.3.3 Sistema Ambiental ABIH “Hóspedes da Natureza”
Segundo informações na home-page da Associação Brasileira da
Indústria de Hotéis - ABIH, o Programa Hóspedes da Natureza está
temporariamente em fase de reformulação.
Este programa surgiu pela consciência de que a sobrevivência da
hotelaria está intrinsecamente relacionada à atratividade exercida pelo destino
turístico, conseqüentemente às suas particularidades ambientais.
A ABIH assumiu a responsabilidade de fomentar os sistemas de gestão
ambiental na hotelaria nacional, e o tema se tornou mais presente no
segmento. Daí, a ABIH propôs seu próprio sistema de gestão denominado
“Hóspedes da Natureza” (GONÇALVES, 2004).
O sistema ambiental ABIH norteia as ações em três princípios
fundamentais:
1. adaptar, identificar e aplicar os conceitos, tecnologias produtos e
serviços desenvolvidos pelo International Hotels Environment Initiative
- IHEI, à realidade brasileira. Os principais objetivos desse princípio
são: reduzir custos operacionais de implantação do programa e incluir
o Brasil na rede mundial de informações que promove o meio
ambiente e turismo;
2. desenvolver o programa como um instrumento de difusão dos
conceitos práticos de responsabilidade ambiental, envolvendo todo o
empresariado hoteleiro, o poder público, os fornecedores e os
hóspedes. Os objetivos são: estimular projetos de produção limpa,
estabelecer parcerias com fornecedores e estimular a hotelaria a agir
como agente multiplicador através das ações de divulgação da gestão
ambiental;
3. aplicar fundamentos das técnicas de qualidade ao desenvolvimento
técnico, progressivo e devidamente coordenado pelo programa com o
objetivo de propiciar uma integração da variável ambiental ao
processo de negócios do meio de hospedagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
44
O programa Hóspedes da Natureza tem a base conceitual distribuídas
em três áreas (MOURA, 2003):
Conteúdo técnico
a) Focar no processo evolutivo;
b) Priorizar o plano de ação ambiental como instrumento chave;
c) Definir indicadores ambientais básicos para a hotelaria;
d) Estimular a criatividade;
e) Promover a capacitação em exercício; e
f) Incorporar do conhecimento existente.
Processo simplificado
a) Sensibilizar e capacitar ao mesmo tempo;
b) Contribuir na elaboração do plano de ação do hotel, tendo-se um
instrumento que possa ser auditado para a obtenção do “Selo de
Compromisso Ambiental”; e
c) Promover uma consultoria permanente para o atingir as metas propostas
no plano de ação com vistas à certificação ambiental e recebimento do
“Selo de Responsabilidade Ambiental”.
Processo flexibilizado
a) Promover a sensibilização e capacitação em massa atingindo outros
públicos além dos hoteleiros;
b) Permitir a entrada de hotéis que já possuam programas ambientais
próprios no Programa; e
c) Prever a realização de levantamento ambiental do empreendimento
hoteleiro em conjunto com os RQA`s (Responsáveis pela Qualidade
Ambiental Membros da Equipe de Hotéis), capacitados durante a
realização do seminário, através de consultoria de profissionais
credenciados pelo IBQP em visita in loco.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
45
O programa é composto por quatro fases (GONÇALVES, 2004):
Fase 1 – Sensibilização e adesão
Fase 2 – Capacitação do empreendedor e de seus colaboradores
Fase 3 – Desenvolvimento de planos ambientais
Fase 4 – Busca pela certificação ambiental
3.3.4 Programa de Certificação em Turismo Sustentável – PCTS
O Programa de Certificação em Turismo Sustentável - PCTS objetiva
aprimorar a qualidade e a competitividade das micros e pequenas empresas
(MPE) de turismo, com o estímulo a um melhor desempenho nas áreas
econômica, ambiental, cultural e social. Desta forma, contribui para o
desenvolvimento sustentável do Brasil e a melhoria da sua imagem no exterior.
O PCTS é uma iniciativa de abrangência nacional, liderada pelo Instituto
de Hospitalidade - IH em parceria com o Conselho Brasileiro de Turismo
Sustentável- CBTS, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento -
BID e da Agência de Promoção de Exportações do Brasil - APEX-Brasil.
Os principais objetivos do PCTS são (PCTS, 2003):
Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Normas e de Certificação em
turismo sustentável;
Disseminar informações sobre tecnologias e boas práticas sustentáveis,
visando à melhoria de qualidade, meio ambiente, segurança e
responsabilidade social no setor turístico;
Capacitar profissionais para prestar assessoria técnica às empresas;
Fornecer subsídios para implementação de boas práticas sustentáveis
nas micro e pequenas empresas (MPE);
Promover as empresas participantes e a imagem do destino Brasil
Sustentável em mercados internacionais; e
Envolver as partes interessadas no debate sobre a sustentabilidade das
atividades do setor do turismo.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
46
O PCTS mobiliza e permite a participação ativa de diversos
protagonistas das diferentes atividades, das partes interessadas no
desenvolvimento do setor de turismo no Brasil (empresas, organizações sociais
e dos trabalhadores, organizações ambientalistas, academia, governo etc.).
Esta iniciativa brasileira para o turismo sustentável procura atender
simultaneamente às diversas diretrizes consagradas ou comumente aceitas,
assim como os Princípios do Acordo de Mohonk e do Conselho Brasileiro para
o Turismo Sustentável. Esses princípios estão sendo alinhados com outras
iniciativas, como a iniciativa conjunta da OMT e do PNUMA, do Plano Nacional
de Turismo entre outras.
De forma resumida, as componentes do Programa consiste em (PCTS,
2003):
Desenvolvimento de normas para meios de hospedagem.
Desenvolvimento do processo de certificação segundo essas normas.
Implementação de um mecanismo de assistência técnica para as MPE -
Pequenas e Médias Empresas, que incluindo: (1) o desenvolvimento e
publicação de manuais de boas práticas para o turismo sustentável e a
sua disseminação; (2) a formação de multiplicadores (consultores) que
apoiarão as MPE a implantar os requisitos da Norma; (3) um mecanismo
de apoio à implementação numa amostra piloto de empresas, para se
avaliar a eficácia das normas e do processo de certificação; e (4) a
disseminação de boas práticas.
Desenvolvimento de ações de promoção e marketing do Programa e das
empresas que a ele aderirem em âmbito nacional e internacional.
Destacam-se algumas vantagens da certificação do turismo:
Ambientalmente, contribui para a conservação da biodiversidade, auxilia
na manutenção da qualidade ambiental dos atrativos turísticos e na
proteção de espécies ameaçadas.
Economicamente, viabiliza as áreas utilizadas pelo turismo, proporciona
um diferencial de marketing, gerando vantagens competitivas para os
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
47
empreendimentos e facilita o acesso a novos mercados, principalmente
o internacional.
Social e culturalmente, assegura boas condições de trabalho, enfatiza a
preservação do patrimônio cultural e promove o respeito aos direitos dos
trabalhadores, povos indígenas e comunidades locais, e politicamente
promove o respeito à lei e a cidadania.
NIH – 54: 2004 – Meios de Hospedagem – Requisitos para a Sustentabilidade.
A norma técnica “NIH-54: 2004 - Meios de hospedagem - requisitos para
a sustentabilidade”, foi desenvolvida pelo Programa de Certificação em
Turismo Sustentável (PCTS) com a participação de profissionais do setor. Foi
aprovada e encaminhada para publicação pela ANBT como Norma Brasileira
(IH, 2004).
Esta Norma estabelece requisitos para meios de hospedagem para que
lhes possibilitem planejar e operar as suas atividades de acordo com os
princípios estabelecidos para o turismo sustentável.
A Norma aplica-se a todos os tipos e portes de organizações e se
adequa a diferentes condições geográficas, culturais e sociais, contudo, está
direcionada à realidade e à aplicabilidade às pequenas e médias empresas (IH,
2004).
Para fins de certificação ou para os empreendimentos efetuarem auto-
avaliações, fidedignas e comprováveis, a norma estabelece requisitos
objetivos, que possam ser verificados. Esta norma não objetiva a orientação
sobre práticas e métodos para lograr o atendimento aos princípios do turismo
sustentável.
Existe uma importante diferença entre os requisitos para a
sustentabilidade de um meio de hospedagem, possibilitando a sua verificação e
inclusive a certificação, e uma diretriz não certificável destinada à
implementação ou aprimoramento de práticas de turismo sustentável.
Assim, esta Norma constitui-se numa referência para os
empreendimentos turísticos implementarem e manterem consistentemente
práticas que contribuam para o objetivo maior do turismo sustentável (IH,
2004).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
48
Esta Norma estabelece critérios mínimos específicos de desempenho
em relação a sustentabilidade e permite um empreendimento formular uma
política e objetivos que considerem os requisitos legais e as informações
referentes aos impactos ambientais, sócio-culturais e econômicos significativos.
Aplica-se a qualquer meio de hospedagem que deseje, (a) implementar,
manter e aprimorar práticas sustentáveis em sua operação; (b) assegurar a
conformidade com a política de sustentabilidade definida; (c) demonstrar sua
conformidade; (d) buscar a certificação através de uma organização externa; e
(e) auto-avaliar sua conformidade com a norma.
A Norma baseia-se nos princípios do turismo sustentável estabelecido
no Brasil pelo Conselho Brasileiro para o Turismo Sustentável CBTS, que
constitui a referência nacional descrita anteriormente.
O empreendimento deve estabelecer e manter um sistema de gestão da
sustentabilidade para assegurar o atendimento continuado e sistemático
desses princípios, em etapas como segue (IH, 2004):
1. Política de sustentabilidade
2. Responsabilidade da direção
Assegurar e facilitar a gestão eficaz;
Fornecer recursos para a implementação e controle do sistema de
gestão; e
Indicar uma pessoa do empreendimento para ser o responsável pelo
sistema.
3. Planejamento
Requisitos legais e outros requisitos;
Mapeamento dos aspectos ligados a sustentabilidade;
Objetivos e metas; e
Programa de gestão da sustentabilidade.
4. Implementação e operação
Comunicação;
Documentação do sistema de gestão;
Controle de documentos;
Registros;
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
49
Controle operacional; e
Competência, conscientização e treinamento.
5. Verificação, monitoramento e ações corretivas.
Monitoramento e medição; e,
o-conformidade e ações corretiva e preventiva.
6. Análise crítica
Analisar criticamente o sistema de gestão em intervalos pré-
determinados;
Abordar a eventual necessidade de alterações na política; e,
Efetuar revisão crítica anualmente.
7. Transparência, comunicação e promoção do turismo sustentável.
Estabelecer e manter comunicação com as partes interessadas e
com o público em geral o comprometimento com o turismo
sustentável.
As comunicações e marketing devem adotar padrão de ética e o
poluir nem degradar o meio ambiente.
A Norma também estabelece requisitos para o turismo sustentável, com
o objetivo dos empreendimentos assumirem práticas sustentáveis e
minimizarem a degradação do ambiente.
Os requisitos são divididos em três partes: requisitos ambientais para o
turismo sustentável; requisitos sócio-culturais para o turismo sustentável; e
requisitos econômicos para o turismo sustentável.
3.3.5 Agenda 21 para a Indústria de Viagens e Turismo
A Agenda 21 (SENADO...,1997) é um programa de ações para o qual
contribuíram governos e instituições da sociedade civil de vários países, e
constitui a mais ousada e abrangente tentativa de promover, em escala global,
um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
50
O programa é compreensível no escopo e faz recomendações para
serem tomadas com o intuito de integrar o ambiente e o desenvolvimento
pertinente às áreas cobertas pela mesmo. O principal objetivo é atingir o
desenvolvimento sustentável, que é amplo e difícil de se alcançar, o qual cobre
dimensões econômica e social, conservação e gerência de recursos (FOH,
1999).
A partir da Agenda 21 Global, (SENADO...,1997) todos os países que
assinaram o acordo desenvolveram as suas Agenda 21 nacionais, isto é, a que
se adequaria a sua realidade e de acordo com as diferenças sócio-econômico-
ambientais, sempre em conformidade com os princípios e acordos da Agenda
21 Global (SENADO...,1997).
No Brasil, a Agenda 21 apresenta propostas organizadas em 21 ações
prioritárias sob temas como: a economia da poupança na sociedade do
conhecimento, a inclusão social por uma sociedade solidária, a estratégia para
a sustentabilidade urbana e rural, os recursos naturais estratégicos - água,
biodiversidade e florestas,e a governança e ética para a promoção da
sustentabilidade (NOVAES, 2000).
A indústria de turismo, como muitas outras indústrias, respondeu à
nescessidade para se desenvolver sustentavelmente. Os esforços e as
providências para alcançar o desenvolvimneto sustentável na indústria de
turismo foram baseados na Agenda 21, introduzida e encorajada pela indústria
de turismo global por um relatório chamado Agenda 21 para indústria de
viagem e turismo” (FOH, 1999).
A Agenda 21 para a indústria das viagens e turismo indica o
interesse dessa indústria na proteção dos recursos naturais e
culturais, onde se encontra o núcleo desse negócio, e também os
meios para tal (WTTC/WTO/Earth Council, 1999).
Para a realização deste potencial e para assegurar o desenvolvimento
futuro, em longo prazo, é necessário o empenho por parte de governos e de
todos os setores da indústria.
Esse documento, em sua primeira parte, apresenta uma análise
resumida da Agenda 21 Global e o papel da indústria das viagens e turismo
para alcançar os objetivos da Agenda. Enfatiza a importância de parcerias
entre governos, indústria e outras organizações; analisa a importância
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
51
estratégica e econômica das viagens e turismo; e demonstra os enormes
benefícios em tornar toda a indústria sustentável.
A segunda parte do documento apresenta o programa de ação e o
setoriza entre: entidades governamentais com responsabilidade sobre as
viagens e turismo, administrações nacionais de turismo e organizações
comerciais; e, empresas do sector das viagens e turismo, sempre
apresentando um objetivo global e uma série de áreas prioritárias de ação.
Para cada área prioritária, são definidos um objetivo específico e a efetiva ação
para alcançá-lo.
Para organizações governamentais, administrações nacionais de turismo
e organizações comerciais, o objetivo global consiste em estabelecer sistemas
e procedimentos que contribuam para que o desenvolvimento sustentável da
atividade turística seja sempre considerado no processo de decisão
(WTTC/WTO/Earth Council, 1999).
As áreas prioritárias de ação definidas o (WTTC/WTO/Earth Council,
1999):
1. Avaliação da capacidade do quadro regulamentar, econômico e
voluntário existente para garantir o desenvolvimento turístico
sustentável;
2. Avaliação das implicações ambientais, culturais e econômicas das
operações das organizações;
3. Formação, educação e sensibilização públicas;
4. Planejamento para um desenvolvimento turístico sustentável;
5 . Facilitação do intercâmbio de informação, competências e tecnologia
relativa ao turismo sustentável entre países desenvolvidos e em vias de
desenvolvimento;
6. Promoção da participação de todos os setores da sociedade;
7. Concepção de produtos turísticos ambientalmente sustentáveis;
8. Monitorização de resultados obtidos, a nível local e nacional, no
desenvolvimento turístico sustentável; e
9. Estabelecimento de parcerias para promover o desenvolvimento
turístico sustentável.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
52
Para as empresas, o objetivo global consiste em estabelecer sistemas e
procedimentos de gestão que integrem o desenvolvimento sustentável da
atividade turística em todos os níveis da organização da empresa.
As áreas prioritárias de ação definidas o (WTTC/WTO/Earth Council,
1999):
1. Minimização de resíduos, reutilização e reciclagem;
2. Conservação, eficiência e gestão de energia;
3. Gestão de recursos hídricos superficiais;
4. Gestão de águas residuais;
5. Substâncias perigosas;
6. Transportes;
7. Gestão e planejamento do uso do solo;
8. Envolvimento dos recursos humanos das empresas, clientes e
comunidades locais nas questões ambientais;
9. Concepção de projetos para a sustentabilidade;
10. Estabelecimento de parcerias para promover o desenvolvimento
turístico sustentável.
O documento foi dirigido a todas as empresas de todas as dimensões e
a todos os setores da indústria de viagens e turismo, contudo ressalva-se que
de atender às especificidades de cada empresa, e a sua escala de
intervenção em diferentes mercados (seja uma multinacional ou uma pequena
empresa familiar).
A adoção de práticas sustentáveis está ao alcance de qualquer
empresa, necessitando, portanto, da reorientação de algumas das suas
políticas de gestão.
Para a implementação de um sistema de gestão ambiental, as empresas
deverão selecionar as áreas de ação prioritárias mais relevantes, e as metas,
em sintonia com o orçamento disponível e os benefícios pretendidos. Muitas
vezes, é essencial o desenvolvimento de parcerias para se efetivar algumas
das ações propostas (WTTC/WTO/Earth Council, 1999).
Apesar das tarefas parecerem um desafio, os custos da inércia poderão
ultrapassar os da ação. A indústria do turismo depara-se com uma escolha
decisiva: agir agora e garantir um futuro sustentável para as viagens e turismo
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
53
ou aguardar e observar o declínio econômico e ambiental resultante da
destruição dos recursos dos quais depende (WTTC/WTO/Earth Council, 1999).
Todos os governos, organizações comerciais, e empresas – não importa
a sua dimensão podem e devem contribuir. Não é esperada uma mudança
completa, mas cada organização deverá tentar alcançar, pelo menos, um dos
objetivos especificados neste documento. O compromisso poderá garantir um
futuro sustentável para todos (WTTC/WTO/Earth Council, 1999).
3.3.6 Quadro Comparativo entre instrumentos para Turismo Sustentável
Para melhor compreensão dos instrumentos para turismo sustentável
acima descritos, elaborou-se um quadro sintético onde foi possível comparar
todos os programas ambientais abordados em relação aos princípios do
turismo sustentável e às ações prioritárias enfatizadas na Agenda 21 de
Ipojuca.
Na composição dos quadro foram considerados os programas:
1. Série ISO 14000;
2. PML;
3. Programa Roteiros de Charme;
4. Projeto Ecologia ACCOR;
5. Programa Hóspedes da Natureza; e
6. Norma para Certificação Ambiental NH-54.
O Quadro 2 foi elaborado a partir dos princípios do turismo sustentável
(CBTS), isto é, confronta os programas ambientais aos tais princípios
destacando a participação efetiva ou não dos mesmos.
Ressalta-se que alguns programas, como a ISO 14000 e PML, permitem
que as empresas estabeleçam as próprias metas e objetivos priorizando as
áreas de melhoria. Outros programas, como Hóspede da Natureza e a Norma
NH-54 estabelecem níveis como ponto de referência para os diversos assuntos
e áreas da empresa.
Apesar desses programas serem adotados de forma totalmente
voluntária pelas empresas alguns programas, como Projeto Ecologia ACCOR e
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
54
Código de Ética e Conduta Ambiental - Roteiros de Charme são mais flexíveis
tendo em vista que o desenvolvidos para uma rede específica de meios de
hospedagem.
No quadro 3, estão apresentadas algumas ações prioritárias da Agenda
21 para a Indústria de Viagens e Turismo e também confrontadas com os
mesmos programas ambientais descritos acima.
Os quadros o detalham as ações previstas pelos programas, apenas
informa se o mesmo explicita o assunto, se aborda indiretamente ou se o
aborda o assunto em pauta.
Apesar do não detalhamento do quadro, o mesmo facilita a visualização
comparativa dos programas e enfatiza a potencialidade da PML em relação aos
demais programas, bem como explicita a amplitude que o programa pode
alcançar mesmo sendo focado em um empreendimento.
Verifica-se que a PML pode atingir, direta ou indiretamente, todos os
princípios do turismo sustentável e as ações prioritárias da Agenda 21 para a
Indústria de Viagens e Turismo.
Sendo uma estratégia aplicada à gestão ambiental e possível de ser
aplicada a qualquer tipo e porte de meios de hospedagem com custo reduzido
em relação aos demais programas, torna-se uma boa opção de contribuição ao
desenvolvimento do turismo sustentável baseado na Agenda 21 para a
Indústria de Viagens e Turismo.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
55
QUADRO 2 - Programas de Certificação de Turismo – Princípios do Turismo Sustentável (CBTS)
+ O programa explicita o assunto.
+/- O programa aborda o assunto indiretamente, isto é, até certo ponto, geralmente como parte de outro.
- O programa realmente não aborda o assunto.
Programa
Respeitar a
legislação vigente
Garantir o direito
das populações
locais
Conservar o
ambiente natural e
sua biodiversidade
Considerar o
patrimônio cultural e
os valores locais
Estimular o
desenvolvimento
social e econômico
dos destinos
turísticos
Garantir a qualidade
dos produtos,
processos e
atitudes
Estabelecer o
planejamento e a
gestão responsáveis
1. ISO 14001
+/- +/- +/- +/- +/- +/- +/-
2. PML
+ + + +/- +/- + +
3. Código de
Ética e Conduta
Ambiental -
Roteiro de
Charme
- - + + - + +
4. Projeto
Ecologia ACCOR
- - +/- +/- - +/- +/-
5. Hóspede da
Natureza - ABIH
- - +/- - +/- +/- +/-
6. NIH-54:
2004
Meios de
Hospedagem
+ + + + + + +
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
56
QUADRO 3 - Programas de Certificação de Turismo Sustentável – Ações Prioritárias da Agenda 21 para a Indústria de Viagens e Turismo
+ O programa explicita o assunto.
+/- O programa aborda o assunto indiretamente, isto é, até certo ponto, geralmente como parte de outro.
- O programa realmente não aborda o assunto.
Programa
Eficiência
Energética
conservação /
administração
Água
conservação /
administração
Uso mínimo
dos
recursos
naturais
Conservação
do
Ecossistema
administração
Uso e
ocupação do
solo/
planejamento
/
administração
Proteção da
qualidade do
ar
Controle da
poluição
sonora
Administração
do
desperdício
de água
Minimização
de
Desperdícios
Compra,
armazena-
mento e uso
de
substâncias
perigosas
1.ISO 14001
+/- +/- +- +- +- +- +- +- +- +-
2. PML
+ + + +- +- + +- + + +
3. Código de
Ética e
Conduta
Ambiental -
Roteiro de
Charme
+ + + + + + + + +/- +
4. Projeto
Ecologia
ACCOR
+ + +/- +/- +/- - - + +/- -
5. Hóspede da
Natureza -
ABIH
+ + +/- +/- - - - +/- +/- +
6. NIH-54:
2004
Meios de
Hospedagem
+ + + + + + + + + +
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
57
CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
4.1 Caracterização da Área de Estudo
O município de Ipojuca está localizado na extremidade meridional da Região
Metropolitana do Recife, sua Mesorregião (Mata Pernambucana) e tem como sua
Microrregião Suape (Mata úmida).
FIGURA 10 Situação do Município Estado
Fonte: Planta Diretora FIDEM, 2001.
A Figura 10 indica esquematicamente a localização do município de Ipojuca
em relação ao estado de Pernambuco e na Região Metropolitana.
A origem do termo “Ipojuca” é derivada do Tupi Guarani IAPOIUQUE (água
escura), datada de poucos anos após a chegada dos portugueses no Brasil, por
várias alusões feitas em mapas e relatos dos exploradores, principalmente ao Porto
do Boi-só, Maracaípe e Porto de Galinhas, áreas pertencentes ao Município, cujos
registros datam de 1530 (PMI,2004d).
A colonização dessa área do litoral sul nordestino teve início em meados de
1560, após a expulsão dos índios Caetés e outras tribos, possibilitando a migração
de colonos para suas terras férteis, ricas em massapê. Este fato propiciou a
implantação da monocultura canavieira e o surgimento de engenhos pertencentes a
tradicionais famílias portuguesas (PMI,2004d).
Com a ocupação de Porto de Galinhas pelos colonos portugueses, a área
tornou-se porto de saída de pau-brasil e do açúcar da terra do sul pernambucano
(MENDONÇA, 2004).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
58
A área referente ao município de Ipojuca foi uma das mais importantes do
sistema colonial brasileiro, pois possuía dois portos Suape e Porto de Galinhas, além
da maior várzea de massapê do Nordeste, parte integrante do triangular comercio
colonial (PMI,2004d).
A área foi denominada Porto de Galinhas em alusão aos negros “galinhas”,
originários da África central, que vieram trabalhar nestas terras como escravos
(MENDONÇA, 2004).
No final do século XIX, a praia de Porto de Galinhas já se tornara propriedade
privada. No decorrer do culo XX, coube aos membros da família do proprietário
herdar, administrar e cuidar dos destinos da praia a as décadas de 70 e 80
(MENDONÇA, 2004).
Na década de 70 iniciou-se uma transformação em Porto de Galinhas, sendo
uma das primeiras ações a autorização para loteamentos. A partir disso, as
aprovações para loteamentos na praia e a derrubada de grandes coqueirais se
tornaram uma constante (MENDONÇA, 2004).
O município de Ipojuca possui uma beleza natural que tem posição de
destaque em Pernambuco, possui, também, patrimônios arquitetônicos muito
importantes para a cultura pernambucana, que consistem em fatores de
desenvolvimento do turismo local (PMI,2004d).
FOTO 1 - Pontal do Maracaípe
Fonte: PORTO (2006).
FOTO 2 - Piscinas Naturais
Fonte: PORTO (2006).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
59
FOTO 3 - Praia do Cupê
Fonte: PORTO (2006).
FOTO 4 - Mangues
Fonte: PORTO (2006).
As Fotos 1, 2, 3 e 4 apresentam algumas das belezas naturais que a
localidade possui e que são o grande atrativo dos turistas à área.
O desenvolvimento do turismo na localidade, sendo uma atividade econômica
ligada à oferta de serviços, provocou o crescimento desordenado e desequilibrado
do Município. Afirma-se que a infra-estrutura existente não é compatível com a
demanda. O crescimento que se apresenta na área litorânea, por exemplo, contrasta
com o estado de carência da população que habita a Sede e as Áreas Rurais
(PMI,2004d).
Apesar de Porto de Galinhas não ter sido contemplada no denominado
primeiro Plano Pernambucano de Turismo (PLANETUR), desenvolvido pelo Governo
em 1978, o destino já sinalizava em favor das transformações (MENDONÇA, 2004).
A pavimentação da estrada PE-38, em meados dos anos 80, atendeu à
demanda das usinas da região e também aos primeiros hotéis e pousadas que
pioneiramente se instalaram na praia. Em 1991, o Estado pavimenta o acesso à
praia, a PE-9, completando o percurso até a mesma (MENDONÇA, 2004).
Novos atores foram inseridos no contexto da praia complementando a cadeia
produtiva do lazer, lojinhas, restaurantes, bares, privês e pousadas. A velocidade
alcançada por esta transformação jamais foi vista em qualquer praia do Estado. Isto
impossibilitou uma ocupação mais ordenada e provoca até hoje grandes problemas
ambientais à área (MENDONÇA, 2004).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
60
O Município possui superfície territorial de 527km
2
, envolvida por uma
poligonal de 111,79 km de extensão. É considerado, em área, o maior município, do
litoral pernambucano, o que corresponde a 4,7% da região fisiográfica, 9,0% da
microrregião na qual está inserida e, 0,52% da área total do Estado (PMI,2004d).
Suape
Praia de
9065000
9055000
260000 280000
9075000
9060000
9070000
9080000
9050000
255000 265000 270000 275000 285000
9065000
9055000
9075000
9060000
9070000
9080000
9050000
260000
280000
255000 265000 270000 275000
285000
NOSSA SENHORA do Ó
CAMELA
I
P
O
J
U
C
A
C
A
B
O
D
E
S
A
N
T
O
A
G
O
S
T
I
N
H
O
S
I
R
I
N
H
A
É
M
E S C
A
D A
I P O J U C A
I
P
O
J
U
C
A
IPOJUCA SEDE
C A B O
I P O J U C A
COMPLEXO INDUSTRIAL
DE SUAPE
ESCADA
C
A
B
O
MACEIÓ
SIRINHAÉM
O C E A N O A T L Â N T I C O
PRAIA DE PORTO DE GALINHAS
PRAIA DE MARACAÍPE
PONTA DE SERRAMBI
Cabo de Santo
PRAIA DO CUPE
PRAIA DO MURO ALTO
Praia da Gamboa
Enseadinha
Ponta dos Franceses
Praia de Gaíbu
Praia do Boto
Praia do Toco Grande
Enseada de
Serrambi
PRAIA DO TOQUINHO
Praia das Cacimbas
Praia Pau Alto
Agostinho
LEGENDA
Limite do Município
Área rural
Área Urbana e de expansão
Complexo de Suape
urbana
FIGURA 11 - Divisão Territorial do Município de Ipojuca
Fonte: Planta Diretora – FIDEM/2001.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
61
O território municipal encontra-se subdividido em área urbana, área rural e o
território de Suape-PE, conforme evidenciado na Figura 11 acima.
A área urbana do município de Ipojuca, correspondente a 3,4 % do território,
ocupa 1.800 ha (um mil e oitocentos hectares) de terra. A área rural possui
45.630,00ha (quarenta e cinco mil, seiscentos e trinta hectares) de extensão, que
corresponde a 85,9% da área total do Município, os 10,7 % restante do território
municipal corresponde ao Complexo Industrial de Suape, com uma área de 5.695,00
ha (cinco mil, seiscentos e noventa e cinco hectares). O complexo industrial está
situado na divisa municipal com o município do Cabo de Santo Agostinho, estando
dividido entre os dois municípios (PMI, 2004d).
A área urbana do município de Ipojuca representa 3,4% (três vírgula quatro
por cento) da área total do território, é constituída por três núcleos, que o os
distritos Ipojuca Sede, Nossa Senhora do Ó e Camela; e pela faixa litorânea, que
vai, desde Suape até a Praia de Toquinho e engloba os povoados de Porto de
Galinhas, Maracaípe e Ponta de Serrambi (PMI, 2004d).
A faixa litorânea equivalente a 2,18% (dois vírgula dezoito por cento) do
território do Município, ocupa uma área de 1.154,45 ha (um mil, cento e cinqüenta e
quatro vírgula quarenta e cinco hectares), e inclui as praias de Suape, Gamboa,
Muro Alto, Cupê, Porto de Galinhas, Maracaípe, Serrambi e Toquinho.
A faixa litorânea do município de Ipojuca possui uma extensão total de 31,77
km, conforme discriminado no Quadro 4, a seguir.
QUADRO 4 - Extensão da orla do município de Ipojuca-PE.
Localidade/Praias Extensão (Km)
Praia de Suape 5,10
Praia da Gamboa 1,54
Praia do Muro Alto 2,45
Praia do Cupe 4,49
Praia de Porto de Galinhas 3,86
Praia de Maracaípe 2,85
Pontal de Maracaípe 0,57
Praia de Serrambi (Incluindo o Pontal) 7,16
Praia de Toquinho 3,75
Fonte: DIAGNÓSTICO... (2004).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
62
Suape
Praia de
9055000
260000
280000
255000 265000 270000
285000
275000
9075000
CAMELA
9065000
9060000
9080000
9070000
I P
O
J
UC
A
E S C
A
D
A
260000
9050000
280000255000 265000 270000 275000 285000
NOSSA SENHORA do Ó
I
P
O
J
U
C
A
C
A
B
O
D
E
S
A
N
T
O
A
G
O
S
T
I
N
H
O
S I R I N H A É M
IPOJUCA SEDE
C A B O
I P O J U C A
DE SUAPE
ESCADA
C
AB
O
MACEIÓ
O C E A N O A T L Â N T I C O
Ponta dos Franceses
Praia de Gaíbu
Enseadinha
Praia do Toco Grande
Cabo de Santo
PRAIA DE PORTO DE GALINHAS
PRAIA DO CUPE
PONTA DE SERRAMBI
PRAIA DE MARACAÍPE
Serrambi
Praia da Gamboa
PRAIA DO TOQUINHO
PRAIA DO MURO ALTO
Praia das Cacimbas
Praia do Boto
Enseada de
Praia Pau Alto
Agostinho
Z P E C
Z P E C
Z P E C
Z I P
COMPLEXO INDUSTRIAL
DE SUAPE
ZPA/RPPN
COMPLEXO INDUSTRIAL
LEGENDA
Limite do Município
Área Alagável
Matas
Mangue
Área Urbana e de expansão urbana
RFFSA
Limite de Bacia Hidrográfica
Vias Existentes
Vias Propostas
Rios, Cursos D'água e Barragens
Perímetro Urbano Proposto
Zona de Proteção de Mananciais (Lei Estadual
9860/86) Bacia de Pirapama
Zona de Proteção Estuarina (Lei Estadual 9931/86)
APA de Serinhaém
FIGURA 12 - Zoneamento do Município de Ipojuca-PE
Fonte: Planta Diretora (FIDEM/2001).
Na Figura 12 delimita-se as áreas limite do município de Ipojuca, as áreas
urbanas e de proteção e, ainda, apresenta as principais vias, rios, matas, mangues e
áreas alagáveis.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
63
A população do município de Ipojuca é de aproximadamente 59,3 mil
habitantes, equivalente a 0,74% da população estadual. Ipojuca apresenta uma
população concentrada na área urbana, com 40,3 mil habitantes, contra 18,9 mil
habitantes na área rural (PMI, 2004d).
A agroindústria canavieira destinada basicamente à exportação é a principal
atividade econômica de Ipojuca. A área destinada à monocultura canavieira atinge
cerca de 22.000 ha, nas Usinas Salgado e Ipojuca. Outras atividades agrícolas,
representadas pela fruticultura e algumas culturas de subsistência, não têm
expressão econômica, assim como a pecuária (PMI, 2004d).
Na década de 50, com a criação da Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste SUDENE, deu-se início a atividade industrial na Zona da Mata, com a
implantação do Distrito Industrial do Cabo. Esse distrito foi fator decisivo para a
implantação de Suape Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros,
concebido na década de 70 (PMI, 2004d).
O complexo de Suape está inserido em terras do município do Cabo e de
Ipojuca com 13.500 hectares, sendo 52% destinados à preservação ambiental; 15%
para preservação cultural; 9% para obras de infra-estrutura; 2% para zona agrícola e
florestal; e 19% destinados ao Setor Portuário e Industrial, propriamente dito.
Referente às atividades do setor terciário, o identificadas, segundo o IBGE,
287 empresas no município de Ipojuca, vinculadas ao comércio varejista e à
prestação de serviços (PMI, 2004d).
A atividade turística, a partir da cada de oitenta, desponta como a segunda
opção econômica do Município, fato que vai refletir na urbanização e na dinâmica
populacional recente de Ipojuca. Existem 144 meios de hospedagem, entre hotéis e
pousadas, dos quais 92,33% situam-se em Porto de Galinhas, conforme dados da
ADM&TEC.
A área de mata, a qual apresenta resquícios de mata atlântica, ocupa,
aproximadamente, 2.400 ha e aproximadamente 452 ha do território municipal o
ocupados pela águas lacustres e fluviais (PMI, 2004d), conforme explicitado no
Quadro 5, abaixo:
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
64
QUADRO 5 - Recursos Naturais
Divisão Territorial do Município de Ipojuca – Recursos Naturais
Descrição Área (ha) Porcentagem (%)
Orla 1.154,45 2,17
Mangue 5 386 10,1
Mata 2 400 4,51
Águas Lacustres e Fluviais 452 0,86
Fonte: DIAGNÓSTICO... (2004).
A hidrografia da área está constituída pela categoria de rios litorâneos que
nascem e deságuam na zona litorânea, sendo, em geral, perenes (CPRH, 2001).
Os rios litorâneos, embora de dimensão reduzida, desempenham papel de
importância para a manutenção dos ecossistemas e das comunidades do espaço.
Incluem-se nessa categoria os rios, Merepe e Maracaípe (CPRH, 2001).
As bacias que compõem o grupo de pequenos rios litorâneos GL-3,
o a do rio Merepe e a do rio Maracaípe. Possui uma área de 116 km
2
e
está contida inteiramente no município do Ipojuca. Corresponde às áreas de
drenagens dos rios Merepe e Maracaípe. É tipicamente uma pequena bacia
litorânea, com uma boa parte da sua drenagem sujeita ao efeito de maré. A
montante é ocupada por canaviais, na faixa litorânea por manguezais, e, na
planície de maré e terraços marinhos costeiros por coqueirais, nucleações e
loteamentos.
Sobre os seus terraços marinhos costeiros edificam-se os balneários
do Cupe, Porto de Galinhas e Maracaípe (CPRM, 2001).
O rio Merepe nasce na área central do município de Ipojuca com o nome de
Arimbi; ele é o manancial utilizado para o abastecimento de água de Porto de
Galinhas que está em construção. Este rio segue em direção sudeste a a Planície
Costeira onde se direciona sentido nordeste, passando a correr paralelamente ao
litoral até a desembocadura onde, após formar extenso manguezal, encontra-se com
o rio Ipojuca, desaguando, juntos, ao sul do Porto de Suape (CPRH, 2001).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
65
C
a
n
a
l
C
a
n
a
l
R
i
a
c
h
o
d
o
V
i
v
e
i
r
o
Lago Mingú
R
i
o
C
a
n
o
a
s
R
i
o
T
a
p
e
r
a
R
i
o
M
e
r
e
p
e
R
i
o
M
a
r
a
c
a
í
p
e
PRAIA DE MARACAÍPE
PRAIA DO CUPE
Praia da Gamboa
NOSSA SENHORA do Ó
PORTO DE GALINHAS
O C E A N O A T L Â N T I C O
PONTAL DE MARACAÍPE
FIGURA 13 - Localização dos rios
Fonte: Planta Diretora (FIDEM, 2001).
A Figura 13 apresenta de forma destacada os rios que compõe a GL-3, a
bacia de pequenos rios litorâneos formada pelos rios Maracaípe e Merepe.
O rio Maracaípe, também localizado no município de Ipojuca, nasce próximo
à PE-60, segue na direção sudeste até a Planície Costeira percorrendo no sentido
norte-sul, ladeado por manguezais e restingas, a a desembocadura no Pontal de
Maracaípe (CPRH, 2001).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
66
4.2 Aspectos Ambientais de Porto de Galinhas
4.2.1 Recursos Hídricos
O sistema de abastecimento de água de Porto de Galinhas é inexistente, os
consumidores se abastecem por meio da captação em poços perfurados em suas
propriedades e/ou de fornecedores da iniciativa privada (empresas) e o controle da
qualidade da água é feito pelos próprios consumidores.
Na praia de Porto de Galinhas, as águas subterrâneas são bastante afetadas
pela presença de matéria orgânica, dando-lhe um odor e um paladar que não a torna
propícia para dessedentação (MIRANDA, 1999).
No entanto um sistema está em construção e, conforme informações da
COMPESA, concluído em 95% da sua totalidade, exigindo apenas a conclusão de
uma barragem de nível, que será executada no Rio Arimbi, manancial que
abastecerá o distrito de Porto de Galinhas.
TRONCO SUL
RIO MARACAIPE
RESERVATÓRIO DE DISTRIBUIÇÃO
LINHAS TRONCOS
TPZ-TORRES PIEZOMÉTRICAS
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA TRATADA
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
RESERVATÓRIO ELEVADO
ADUTORA DE ÁGUA BRUTA
ADUTORA DE ÁGUA TRATADA
BARRAGEM DE NÍVEL
ZONA CENTRAL
ZONA SUL
ZONA NORTE
RIO JUQUINHO
AAT
AAB
REL
ETA
EEAT
EEAB
LEGENDA:
TRONCO NORTE
T
R
O
N
C
O
C
E
N
T
R
A
L
OCEANO ATLÂNTICO
N. S. DO Ó
RIO CANOA
RIO IPOJUCA
BARRAGEM
DE NÍVEL
RIO TAPERA
RIO ARIMBÍ
AAT
ETA
REL 100m
AAB
EEAB
3
RAP 2 x 750m
3
FIGURA 14 - Esquema do projeto do subsistema de abastecimento de água de Porto de
Galinhas
Fonte: COMPESA (2000).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
67
O projeto de abastecimento de água foi desenvolvido pela empresa
Engeconsult, em 2000, encomendado pela COMPESA. Foi aprovado pelos órgãos
ambientais competentes e, de imediato, teve sua execução iniciada em 2001, com
recursos do Projeto Alvorada (COMPESA, 2001).
Este projeto está apresentado esquematicamente através da Figura 14,
acima.
FOTO 5 – Bloco hidráulico
FOTO 6 – Casa de química
FOTO 7 – Vista interna da lagoa de lodo FOTO 8 – Lagoas de lodo
Conforme as Foto 5, 6, 7 e 8 observa-se que, de fato, a ETA está concluída.
Contudo, sua operação depende da conclusão das obras do subsistema de
esgotamento sanitário e da pavimentação da localidade, o que exige, por exemplo,
providências como o rebaixamento de algumas partes da malha de tubulações para
atingir o nível necessário de drenagem e abastecimento.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
68
O sistema de esgotamento sanitário em Porto de Galinhas também é
inexistente e a maioria da população lança os esgotos em fossas pticas e
sumidouros ou valas de infiltração. Não é incomum o esgoto também ser lançado ao
sistema de drenagem de águas pluviais, por meio de ligações clandestinas e, onde
não há, lançado a céu aberto.
FOTO 9 – Serviços de demolição para
implantação do sistema de esgotamento
sanitário
FOTO 10 – Serviços de escavação para
rede de esgotamento sanitário
As Fotos 9 e 10 indicam que foi iniciada a execução do sistema na localidade.
A falta de tratamento do esgoto é, em parte, responsável pela degradação do
meio ambiente, principalmente no ecossistema litorâneo, diretamente ou através da
contaminação dos cursos de água que a ele aportam (CPRH, 2001)
É comum encontrar ao longo do litoral pernambucano os efluentes
domésticos afluindo às praias, rios, córregos, maceiós, canais e galerias de
drenagem, através de ligações clandestinas em relação esgotos que, contaminam e
dificultam a operação e manutenção adequada desses sistemas e deteriorando a
qualidade das praias (CPRH, 2001).
Nas Fotos 11 e 12 mostram áreas alagadas à margem da PE-9 e o lixo
disposto inadequadamente acumulado em sua margem.
O sistema de drenagem de águas pluviais não existe em todo o povoado de
Porto de Galinhas e o que existe é pontual e precário, implantado há mais
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
69
de vinte anos. Este sistema é comprometido por lançamentos de esgotos através
de ligações clandestinamente (VALENÇA et alii, 2006).
FOTO 11 - Áreas alagadas e mangues às
margens da PE-9
FOTO 12 Lixo disposto nas áreas alagadas
e mangues às margens da PE-9
Tal situação é preocupante, pois a água da chuva, que escoa pela superfície
da área urbana, pode conduzir grande diversidade de impurezas, por exemplo,
sólidos sedimentáveis, matérias orgânicas, nutrientes, defensivos agrícolas,
bactérias e organismos patogênicos, além de rios compostos químicos e metais
pesados (MOTA, 2003).
Em Porto de Galinhas é possível se observar diversos aspectos, a exemplo
de: áreas urbanas pavimentadas e sem pavimentação, drenagem a céu aberto,
canteiros de obras de construções civis urbanas, edificações concentradas
impedindo a infiltração natural das águas (processo de impermeabilização do solo),
presença de lixo em canaletas de drenagem, possibilidade de ligações clandestinas
de esgoto doméstico à rede de drenagem, além de outros.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
70
FOTO 13 - Sistema de drenagem em execução
na área central de Porto de Galinhas
FOTO 14 - Sistema de drenagem concluído na
área central de Porto de Galinhas
As Fotos 13 e 14 apresentam a execução do sistema de drenagem das
águas pluviais nas áreas centrais de Porto de Galinhas, apesar de inexistir, ainda, o
sistema completo.
4.2.2 Resíduos Sólidos
O sistema de limpeza pública coleta, diariamente, no povoado de Porto de
Galinhas sessenta toneladas de resíduos e transporta para o lixão” municipal, por
meio de três caminhões, sendo, dois compactadores e uma caçamba. Não existe a
coleta seletiva de resíduos, nem a destinação seletiva. Existem trinta catadores
autônomos de resíduos em Porto de Galinhas e quarenta no lixão municipal.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
71
FOTO 15 - Sistema de coleta de lixo em Porto
de Galinhas
FOTO 16 - Sistema de coleta de container em
Porto de Galinhas
FOTO 17 – Vista do Lixão Municipal
FOTO 18 - Acesso ao lixão municipal
As Fotos 15 e16 apresentam algumas formas de coleta de lixo no povoado
de Porto de Galinhas e as Fotos 17 e 18 apresentam o acesso e vista de uma área
interna do “lixão” municipal.
4.3 Iniciativas Locais Orientadas para o Turismo Sustentável
O crescimento acelerado e desordenado do turismo em Porto de Galinhas
causou impacto ambiental negativo no espaço e desencadeou uma série de
problemas ambientais, com destaque à ocupação antrópica de áreas de mangue
e de restinga, como também, poluição de solo e de águas.
Atualmente, as autoridades competentes vêm se esforçando para
solucionar ou minimizar o impacto negativo causado pelo turismo em Porto de
Galinhas. Um grupo de importantes instituições tem tentado implantar
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
72
providências remediadoras aos problemas do povoado, que, ultrapassaram os
ambientais, abrangendo os econômicos e sociais (VALENÇA et alii, 2006).
4.3.1 Projeto PORTO MELHOR - Projeto de Requalificação Urbana de Porto de
Galinhas
Consciente da potencialidade da atividade turística em Porto de Galinhas e
também do seu patrimônio ambiental, bem como dos problemas ocasionados pela
insuficiente capacidade de suportar o volume de visitantes da região, a prefeitura de
Ipojuca solicitou o apoio do governo do estado de Pernambuco, e este, o da
SEDUPE.
A partir disso, foi idealizado o projeto Porto Melhor, com o objetivo de
proporcionar uma requalificação urbana na Vila de Porto de Galinhas e no seu
entorno.
Os objetivos específicos do projeto são (SEDUPE, 2003):
Promover a ocupação adequada da área para usufruto da população e visitantes,
valorizando os monumentos e otimizando os espaços na alocação dos
equipamentos e serviços, resgatando o sentido do lugar, imagem/identidade da
paisagem;
Contribuir para a redução da poluição ambiental e visual e melhoria das
condições de lazer e dos serviços gerais e turísticos bem como para a proteção
do patrimônio;
Subsidiar os projetos de intervenção na área contribuindo para a integração e a
preparação dos projetos básicos e executivos;
Desenvolver padrões a serem utilizados nas fases de planejamento, execução e
operação/manutenção dos atrativos e dos negócios.
Os objetivos basearam-se nos pressupostos do desenvolvimento sustentável
ao turismo, ou turismo sustentável, o qual, implica o uso da área pela população
local e visitante. Nesse contexto, os principais requisitos para destinos turísticos
sustentáveis são: 1) que a população tenha qualidade de vida e conserve a sua
identidade cultural; 2) que o lugar permaneça atrativo para turistas; 3) que os
ecossistemas sejam protegidos (SEDUPE, 2003).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
73
Esse projeto também considerou um trabalho desenvolvido pela FIDEM em
2000, denominado, “Litoral de Pernambuco – um estudo propositivo”, o qual enfatiza
a necessidade de valorizar o ambiente natural e construído e as manifestações
culturais do litoral de Pernambuco (SEDUPE, 2003).
O projeto Porto Melhor foi construído envolvendo os principais atores, onde se
incluíam, o poder público, o setor privado e as representações da comunidade.
Sendo assim, foram realizados um fórum e duas oficinas de trabalho, distribuídos ao
longo das atividades, bem como diversos momentos de consulta à população sobre
a sua percepção da área, seus valores, significados e prioridades, além de
discussões dos resultados construídos a partir dessa visão/imagem coletiva.
O desenvolvimento do projeto Porto Melhor envolveu cinco etapas sicas
(SEDUPE, 2003):
1. Estudos preliminares Envolveu o levantamento da base cartográfica, de
estudos e projetos desenvolvidos pela iniciativa pública e privada e de dados
estatísticos. Os principais produtos desenvolvidos foram a base cartográfica e
o tratamento e sistematização e mapeamento dos dados levantados em
fontes secundárias.
2. Leitura da realidade Constatou-se a análise visual e de percepção
ambiental através de uma visita de campo, com exercícios de observação e
de percepção, e a utilização de entrevistas e outros procedimentos de
consulta à população. Objetivou-se captar a imagem do lugar, sua identidade
e caráter a partir dos elementos que estruturam e compõe a imagem coletiva,
bem como os seus valores e significados, tais como percebidos por essa
população.
Num segundo momento foi realizado um FORUM, em maio de 2003, com o
objetivo de formalizar a parceria entre o Governo do Estado e o Município
nessa ocasião foi aplicado um questionário para a identificação das questões
prioritárias para a população, com o intuito de ampliar a consulta à mesma.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
74
Em junho do mesmo ano, foi realizada uma Oficina, com pessoas
representativas da comunidade para complementar as temáticas abordadas no
FÓRUM com o objetivo de identificar os problemas estruturadores.
3. Diagnóstico Elaborado a partir da caracterização da área na sua
dimensão físico-ambiental e sócio econômica com o objetivo de apontar os
principais problemas, potencialidades, oportunidades e ameaças para,
assim, facilitar na tomada de decisão .
4. Proposições - Indicação de projetos e ações que devem contribuir para a
transformação da área, desenvolvendo propostas de acessibilidade e de
melhoria dos espaços coletivos com a valorização da imagem/identidade
da mesma, as quais foram objetos de discussão em uma segunda Oficina,
ocorrida em setembro de 2003.
5. Projetos e Ações, detalhamento dos projetos e ações.
Mesmo com todas essas atenções, o projeto sofre severas críticas de
diversos atores sociais. É bem verdade que qualquer ação que vise uma
reestruturação de área e que exija dos seus atores algum sacrifício em relação à
área ocupada indevidamente, a interrupção de tráfego de veículos e o próprio
período de obras necessárias, desagrade a intenção até então predominante de
simplesmente usar.
Contudo, a análise não pode ser o simplista. O processo de execução do
projeto Porto Melhor está sendo bastante conturbado, dado, principalmente, pela
ausência de infra-estrutura local e, sobretudo, à falta de comunicação eficaz junto
aos principais atores afetados (comerciantes, hoteleiros, associações locais e
veranistas).
O projeto Porto Melhor está sendo executado paralelamente com a
implantação do projeto de esgotamento sanitário previsto para a área. Outro
inconveniente encontrado foi à necessidade de se revisar o sistema de
abastecimento de água, que já havia sido instalado e ainda sem operar, precisou ser
rebaixamento, sob pena de ficar prejudicado.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
75
4.3.2 Aterro Sanitário do Município de Ipojuca
O aterro sanitário de Ipojuca é uma iniciativa do município para solucionar o
problema da destinação final de seus resíduos, atualmente disposto no “lixão
municipal.
O projeto do aterro sanitário de Ipojuca, está aprovado pelos órgãos
ambientais e em fase de preparativos para execução. Está previsto para ser
instalado no atual lixão” municipal e obedeceu a alguns critérios, como: (1)
possibilitar a ampliação e o uso por período superior a 15 anos; (2) possuir solo com
profundidade, para minimizar os impactos da percolação do chorume caso ocorra;
(3) não existir núcleo urbano nas proximidades, nem o vetor de crescimento da área
esteja voltado para esta direção; e, (4) manter o acesso em estado que permita o
tráfego de caminhões (PMI, 2003a).
A concepção do projeto considera a construção de um aterro celular, isto é, a
implantação do aterro de forma gradativa, permitindo um balanço de terra favorável
(PMI, 2003a).
O modelo tecnológico proposto consiste na implantação de um sistema
integrado de gerenciamento de resíduo sólido, isto implica, primeiramente, em
resolver a questão relacionada à destinação final e, conseqüentemente, no
planejamento dos serviços de limpeza urbana e coleta seletiva de resíduos (PMI,
2003a).
O aterro de Ipojuca será composto por duas células de tratamento de
resíduos, dotadas de sistema de sistema de drenagem de líquidos percolados e de
gases e, também, de uma estrutura para recirculação do chorume tratado (PMI,
2003a).
Para o dimensionamento do aterro foi executado um levantamento e
quantificadas todas as fontes de resíduos domiciliares, públicos e de serviços de
saúde, e previsto seu funcionamento até o ano de 2023 (PMI, 2003a).
4.3.2 Agenda 21 do Município de Ipojuca
A Agenda 21 de Ipojuca foi uma iniciativa da Prefeitura, desenvolvida pela
Fundação Apolônio Sales de Desenvolvimento Educacional. Contou com o apoio do
Fundo Estadual do Meio Ambiente (FEMA) e da Secretaria de
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
76
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Governo do Estado de Pernambuco
(SECTMA).
O documento foi desenvolvido a partir de cinco temas, a saber:
1. Cidade Sustentável;
2. Economia Sustentável;
3. Turismo Sustentável;
4. Redução das Desigualdades Sociais; e
5. Conservação e Gestão dos Ecossistemas Naturais.
Cada tema foi trabalhado e elaborado um diagnóstico, o qual facilitou a
proposição de estratégias de desenvolvimento sustentável.
De forma geral, Ipojuca possui um grande potencial de crescimento
econômico, devido à expansão da atividade do turismo e industrial. Contudo, vários
entraves foram detectados com o desenvolvimento dessas atividades, referentes aos
impactos ambientais negativos e à concentração física que vêm demonstrando.
Com o intuito de que o crescimento do Município aconteça de forma limpa e
equilibrada, visando o menor impacto ambiental e uma melhor inserção social da sua
comunidade, a Agenda 21 de Ipojuca aponta algumas estratégias como base de
ação para a sustentabilidade, como:
1. Estratégia: Ordenamento Territorial das Aglomerações Urbanas e Rurais
Planejar o desenvolvimento do Município, a partir de sua dimensão
físico-territorial
Realizar Mudanças nos procedimentos dos assentamentos e
projetos habitacionais
Combater a proliferação irregular de lotes urbanos e rurais
Reduzir os impactos ambientais das áreas urbanas do Município
Melhorar as condições dos assentamentos de baixa renda
2. Estratégia: Mudanças de padrões de produção e de consumo
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
77
Promover a reciclagem e a coleta seletiva de resíduos sólidos
Incentivar o uso racional e sustentável da água
3. Estratégia: Gestão sustentável dos serviços de infa-estrutura
Planejamento integrado do setor de transporte
Melhorar o serviço de saneamento ambiental
Sustentabilidade dos setores de comunicação e de energia
Melhorar a oferta de equipamentos de lazer e esporte nos
aglomerados urbanos do município
4. Estratégia: Expansão das atividades primárias
Incentivar a reestruturação produtiva
Diversificar a produção de cana com cultivos alternativos
Buscar a sustentabilidade socioeconômica dos pequenos
agricultores
Expandir a pecuária;produção animal
Estimular a exploração dos recursos de fauna aquáticos
5. Estratégia: Potencialização das atividades industriais
Estimular a expansão das atividades agroindustriais
Potencializar o modelo de desenvolvimento de Suape
Apoiar o desenvolvimento industrial com base na produção mais
limpa
6. Estratégia: Expansão e sustentabilidade do setor de serviços
Fomentar a formalização e organização dos serviços e comércio
local
Incentivar a ampliação e diversificação do turismo local
Expandir prestação de serviço para os setores produtivos locais
7. Estratégia: Valorização do patrimônio sócio-cultural
Promover o Resgate Sócio-Cultural
Dinamizar/valorizar a produção cultural da cidade
Criar e Readequar Espaços de Cultura e de Lazer
8. Estratégia: Promoção da qualidade do patrimônio turístico
Elevar o padrão de qualidade do patrimônio turístico construído
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
78
Elevar o padrão de qualidade do patrimônio turístico natural
9. Estratégia: Promoção da qualidade de serviços turísticos
Promover ações de proteção social
Incentivar o aprimoramento da capacitação profissional
10.Estratégia: Criação e expansão de novos produtos
Incentivar o desenvolvimento e expansão da atividade turística
Valorizar a diversidade de micro-atividades ligadas ao setor turístico
Desenvolver o Turismo Rural e o Agroturismo
11.Estratégia: Planejamento e gestão da atividade turistica
Promover o Planejamento e Ordenamento Turístico Territorial
Promover Políticas Públicas voltadas ao Turísmo Sustentável
Promover a Divulgação e Oferta do Produto Turístico
12.Estratégia: Combate à pobreza
Qualificação Profissional
Negócios e Oportunidades
Produzir Ações Sociais
13.Melhoria das condições de educação
Garantir o acesso universal e permanência do aluno na escola
Promover a valorização cultural
14.Estratégia: Melhoria das condições de saúde
Garantir o acesso universal aos serviços de saúde
15.Fortalecimento de grupos vulneráveis
Promover a conscientização social dos afro-descendentes
Melhorar as condições de vida da mulher
16.Estratégia: Controle da violência e segurança pública
Reduzir a violência nos seus diversos aspectos
Promover a segurança para o desenvolvimento com qualidade de
vida
17.Estratégia: Uso e ocupação do solo
Preservar os recursos da mata atlântica
Elaborar o zoneamento ecológico-econômico municipal
Valorizar ações de proteção do solo
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
79
18.Estratégia: Conservação e gestão dos recursos da zona costeira
Preservar os recursos pesqueiros
Preservar os estuários e manguezais
Combater a diminuição da avifauna
Disciplinar o turismo e as ocupações urbanísticas
19.Estratégia: Gestão dos recursos hídricos
Promover o desenvolvimneto e manejo integrado de recursos
hídricos
Criar ações no sentido de proteger os recursos hídricos
Promover o abastecimento de água potável e saneamento básico
20.Estratégia: Mecanismos de gestão dos recursos naturais
Fortalecer as Instituições
Promover a educação ambiental
Criar um programa de gestão sustentável dos recursos naturais
Combater a poluição
Promover a gestão compartilhada dos resíduos sólidos
Esse documento prevê que os meios de implementação das ações propostas
devem acontecer através da criação de programas e projetos. Considera cinco
fatores, como:
1. Consciência, capacitação e valorização dos recursos humanos locais;
2. Reestruturação institucional;
3. Origem e formas de capitação de recursos financeiros;
4. Pesquisa e desenvolvimento para a criação de recursos científicos e
tecnológicos; e
5. Criação e divulgação de sistema de informações (dados e informações
relevantes para o desenvolvimento sustentável do município).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
80
4.4 Fases I e II da pesquisa
Esta pesquisa baseou-se nas informações coletadas em treze empresas do
segmento de meios de hospedagem em Porto de Galinhas, sendo três hotéis e dez
pousadas, todos formalizados junto à prefeitura de Ipojuca.
IPOJUCA
FIGURA 15 - Delimitação de área de estudo em vermelho
Fonte: Mapa de Ipojuca adaptado da COMPESA (2001).
A Figura 15 explicita a área pesquisada que está incluída no interior da elipse
em vermelho, isto é, apenas o povoado de Porto de Galinhas.
A Figura 16 possibilita a visualização da situação dos meios de hospedagem
estudados quanto ao início das atividades. Das empresas, 18%
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
81
iniciaram a atividade até o ano de 1990; 9%, entre os anos de 1991 a 1995; 55%,
entre os anos de 1996 a 2000; e 18%, após o ano de 2000. Essa amostra explicita
que se trabalha com meios de hospedagem fundados desde o início da expansão
turística de Porto de Galinhas, datada de 1980.
Ano de Início das Atividades
18%
9%
55%
18%
Até 1990
De 1991 a 1995
De 1996 a 2000
As 2000
FIGURA 16 - Relação percentual das empresas trabalhadas quanto ao início das atividades
A Figura 17 possibilita a visualização da situação dos meios de hospedagem
estudados quanto ao número de unidades habitacionais. Das empresas, 42%
possuem até 20 unidades habitacionais; 33%, de 21 a 50; 8%, de 51 a 100; e 17%,
de 101 a 200 unidades habitacionais.
Unidades Habitacionais
42%
33%
8%
17%
0%
De 1 a 20
De 21 a 50
De 51 a 100
De 101 a 200
Acima de 200
FIGURA 17 - Relação percentual das empresas trabalhadas quanto ao número de unidades
habitacionais
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
82
A Figura 18 apresenta a disposição espacial dos meios de hospedagem
submetidos à pesquisa em relação à área de Porto de Galinhas.
FIGURA 18 - Disposição espacial dos meios de hospedagem submetidos à pesquisa
Fonte: Mapa de Porto de Galinhas adaptado da COMPESA (2001).
Iniciando a exposição dos resultados obtidos com o estudo, na primeira fase
do trabalho elaborou-se um fluxograma de materiais, pois, este, permite uma visão
geral dos fluxos e promove a definição das medidas apropriadas para uma produção
mais limpa.
O produto de um meio de hospedagem é resultado de um processo de
transformações de matéria-prima, em que é necessário o envolvimento de pessoas,
equipamentos e instalações.
Nesse processo de transformação, existem vários serviços envolvidos, como:
(1) hospedagem;
(2) alimentação;
(3) manutenção;
(4) lazer;
(5) governança; e
(6) administração.
POUSADA
HOTEL
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
83
A elaboração do fluxo permite, além da identificação de entradas e saídas,
conhecer os custos associados a estas, num segundo momento. O fluxograma
configurado na Figura 19 apresenta de forma geral as principais entradas e saídas
do processo característico dos meios de hospedagem estudados em Porto de
Galinhas.
Na Figura 20 são apresentados de forma mais detalhada e conforme os
processos de transformações inerentes à atividade. É importante ressaltar que o
exposto apresenta as características gerais dos meios de hospedagem estudados e
pode conter pequenas diferenças entre as empresas.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
84
Entradas
Operações
Etapas
Saídas
1.
MEIO DE HOSPEDAGEM
Matérias primas
Alimentos
Bebidas
Águas
Água potável
Água do Rio
Energias
Energia Elétrica
Gás
Materiais de Processo
Material de escritório
Material de Propaganda
Uniformes/EPIs
Roupas cama/mesa/banho
louças
móveis
ferramentas
Utensílios ou materiais de
consumo
Produtos Químicos
Produtos químicos
Material de Limpeza
Hospedagem
Refeições
Lazer
Reduos sólidos
Reduos Sólidos
Lixo de Varrição
Uniformes/EPIs usados
Móveis Quebrados
Embalagem
Materiais de escritório
usados
Roupas estragadas
Resto de Alimentos
Materiais de propaganda
ultrapassados
Efluentes
Efluentes Líquidos
Emissões Atmosféricas
Emissões Atmosférica
FIGURA 19 - Fluxograma Global
Fonte: CNTL (2002a).
ENTRADA
BENS NATURAIS
PROCESSO
SAÍDA
RESÍDUOS
PRODUTO
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
85
1.
Hospedagem
Matérias Primas
Alimentos prontos
Bebidas
Águas
Água potável
Energias
Energia Elétrica
Materiais de Processo
Roupas de cama e banho
Móveis
Acessórios
Lâmpadas fluorescentes
Produtos Químicos
Material de Limpeza
(desinfetante/cloro/limpa
vidros/inseticida/lustra
móveis/cera/aromatizantes/p
astilhas sanitárias/álcool)
Clientes hospedados
Reduos Sólidos
Lixo de varrição
Roupas de cama e banho
sujas
Móveis quebrados usados
Acessórios usados
Resto de Alimentos
Efluentes Líquidos
Efluentes Líquidos BWC
Efluentes Líquidos Limpeza
2.
Alimentação
Matérias Primas
Alimentos
Bebidas
Ingredientes
Temperos
Enlatados
Águas
Água potável
Energias
Energia Elétrica
Gás
Materiais de Processo
Louças/copos/talheres
Descartáveis
Toalha de mesa
Uniformes e EPIs
Lâmpadas Fluorescentes
Utensílios/pratos/Fôrmas
Pano de prato
Produtos Químicos
Material de Limpeza
(desinfetante/cloro/limpa
vidros/inseticida/lustra
móveis/cera/aromatizantes/p
astilhas sanitárias/álcool)
Clientes alimentados
Reduos Sólidos
Resto de alimentos
Embalagens
Lixo de varrição
Lâmpadas flourescentes
queimadas
Uniformes usados
Louças/copos/talheres
usados
Toalhas sujas
Descartáveis usados
Pratos/Utensílios/Fôrmas
usadas
Latas e garrafas usadas
Efluentes Líquidos
Efluentes Líquidos
Efluentes Líquidos Limpeza
Emissões Atmosféricas
Emissões Atmosféricas
Odor
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
86
2.1.
Cozinha
Matérias Primas
Carnes
Frutos do mar
Frios
Diversos
Frutas
Cereais
Verduras/Legumes
Temperos
Bebidas
Enlatados
Águas
Água Potável
Energias
Energia Elétrica
Gás
Materiais de Processo
Uniformes/EPIs
Louças/Copos/Talheres
Descartáveis
Pano de prato
Utensílios
Lâmpadas Fluorescentes
Produtos Químicos
Material de Limpeza
(desinfetante/cloro/sabão/
palha de aço/limpa
forno/detergente líquido)
Alimentos e Bebidas
Preparados
Reduos Sólidos
Uniformes/EPIs usados
Louças quebradas
Restos alimentos
Lata/garrafas usadas
Embalagens
(vidro/plástico/papelão/metal
)
Utensílios Usados
Alimentos Prontos
Resto de alimentos
Restos de alimentos
provenientes de
descascamento ou corte
Lâmpadas Fluorescentes
queimadas
Efluentes Líquidos
Efluentes líquidos
Emissões Atmosférica
Emissões Atmosféricas
Odor
2.2.
Bar e Salão de Café
Matérias Primas
Bebidas
Alimentos
Águas
Água potável
Energias
Energia Elétrica
Materiais de Processo
Louças/copos/talheres
Descartáveis
Toalhas de mesa
Uniformes/EPIs
Lâmpadas Fluorescentes
Lâmpadas incandescente
Produtos Químicos
Material de Limpeza
(desinfetante/cloro/limpa
vidros/inseticida/lustra
móveis/cera/aromatizantes)
Clientes Alimentados
Resíduos Sólidos
Resto de alimentos
Embalagens
Lixo de varrição
Lâmpadas
Fluorescentes
queimadas
Uniformes/EPIs usados
Louças/copos/talheres
sujos
Louças quebradas
Toalhas sujas
Descartáveis usados
Efluentes Líquidos
Efluentes Líquidos
Emissões Atmosférica
Emissões atmosféricas
Calor
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
87
3.
Serviços Gerais e
Manutenção
Matérias Primas
Alimento
Roupas
Adubos
Madeira
Águas
Água potável
Energias
Energia elétrica
Gás
Materiais de Processo
EPIs
Material de reposição
Lâmpadas Fluorescentes
Produtos Químicos
Produtos químicos
Defensivos
Material de Limpeza
Cola (marcenaria)
Tintas (marcenaria)
Recepção de funcionário
Recepção de produto
Seleção e pesagem
Manutenção
Jardinagem
Resíduos Sólidos
Lixo de varrição
EPIs usados
Utensílios usados
Mat. Orgânico de poda
Embalagens
Pó de Madeiras
Lâmpadas Fluorescentes
queimadas
Resto de tinta
Resto de cola
Efluentes Líquidos
Efluentes líquidos
Emissões Atmosféricas
Emis. Atmosférica
Odor
4.
Lazer
Matérias Primas
Águas
Água potável
Energias
Energia Elétrica
Materiais de Processo
Uniformes
Móveis
Lâmpadas Fluorescentes
Produtos Químicos
Produtos Químicos
Material de Limpeza
(desinfetante/cloro/limpa
vidros/inseticida/lustra
móveis/cera/aromatizantes)
Piscina
Sala de Leitura
Jogos
Resíduos Sólidos
Uniformes usados
Móveis quebrados
Embalagens
Lâmpadas Fluorescentes
Efluentes Líquidos
Efluentes Líquidos
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
88
5.
Administração
Matérias Primas
Papel expediente
Material Propaganda
Material Escritório
Águas
Água potável
Energias
Energia Elétrica
Materiais de Processo
Equipamentos
Móveis
Lâmpadas Fluorescentes
Produtos Químicos
Material de Limpeza
(desinfetante/cloro/limpa
vidros/inseticida/lustra
móveis/cera/aromatizantes)
Hotel Administrado
Resíduos Sólidos
Equip. obsoletos
Móveis quebrados
Lâmpadas Fluorescentes
queimadas
Papéis usados
Embalagens
(papel/vidro/plástco/papel
ão)
Efluentes Líquidos
Efluentes Líquidos de
Limpeza
FIGURA 20 - Fluxograma intermediário
Fonte: CNTL (2002a).
Consideradas as diferenças de cada meio de hospedagem, apresenta-se um
perfil simplificado no que tange às suas características de produção do serviço em
relação aos desperdícios identificados por esta pesquisa.
1. Todas as empresa m serviços terceirizados, principalmente os de
lavanderia.
2. Uma pousada e dois hotéis que possuem lavanderia industrial para
atender toda a demanda desse serviço.
3. Todas as empresas estão localizadas em zona urbana.
4. O setor está direcionado ao turismo de lazer e recreação, alguns
possuindo estrutura própria, como piscina, sauna, bar, sala de jogos,
restaurante, quadras de esporte e outros.
Nesta pesquisa priorizou-se quatro situações e seus aspectos:
A) uso de matéria-prima;
B) geração de resíduos;
C) uso de água; e
D) uso de energia.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
89
Os resultados estão apresentados, a seguir, de forma condensada,
representando todos os dados e informações recolhidos nos treze meios de
hospedagem estudados.
A) Uso de Matéria-Prima
Em relação ao uso da matéria-prima, foi verificado que todas as empresas
compram no mercado varegista local. Dentre os atacadistas/varegistas, destacam-se
a Lacomex, MAKRO, Hiper padaria, Lavanderia Recife, F. Genes Dedetizações e
Brasilgás.
Um dos problemas verificados que contribuem para geração de resíduos é
que alguns empreendimentos não possuem controle de estoque implantado. Alguns
possuem planilhas de controle e outros trabalham empiricamente.
A aquisição de matéria-prima (alimentos, bebidas, material de limpeza e
outras) é realizada de acordo com a taxa de ocupação das empresas, mensalmente,
sendo que os alimentos perecíveis são comprados semanalmente ou diariamente,
de acordo com a demanda.
Quanto ao armazenamento da matéria-prima, geralmente são utilizados
almoxarifados, despensas, câmaras frigoríficas, geladeiras, freezeres ou armários.
Observou-se, em algumas empresas, depósitos temporários ao ar livre de material
de lavanderia, gás, botijões de água e grades de bebidas. Todo o armazenamento
está no interior das suas instalações. Não relato de acidente com funcionário no
armazenamento e manuseio da matéria-prima.
Foi identificado que em todas as empresas ocorre perdas de matéria-prima
antes do consumo. As principais causas são: armazenamento inadequado, falta de
conhecimento no manuseio, perecibilidade após a produção por exposição no buffet,
e perdas ocasionadas por sobras dos hóspedes e outros.
As medidas relatadas para redução dessas perdas foram: orientação dos
funcionários envolvidos na produção, acompanhamento da produção por
encarregados ou pelo próprio empresário, verificação da validade dos produtos e
manutenção adequada dos equipamentos de refrigeração.
A verificação da forma de armazenamento de matéria-prima torna-se importante
ao trabalho e fica explicitado nas Fotos 19, 20, 21, 22, 23 e 24 que
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
90
apresenta as diversas maneiras utilizadas pelos meios de hospedagem
estudados, em almoxarifados, despensas, freezer e em áreas externas.
B) Geração de Resíduos
Das empresas analisadas, 30% realizam algum tipo de separação de seus
resíduos, sendo que a destinação final é basicamente a rede pública de coleta de
lixo ou a doação, que permite o reuso; e apenas uma empresa destina os resíduos à
venda.
Não existe coleta seletiva em Porto de Galinhas e todo o resíduo é destinado
ao “lixão” municipal.
Os principais resíduos gerados são restos de alimentos, latas de alumínio,
garrafas de bebidas, sacos plásticos provenientes da lavanderia e embalagens em
geral.
Foto 19 Armazenamento de
vários tipos de produtos em
um único depósito
Foto 20 – Depósito de matéria-
prima
Foto 21 Armazenamento de
bebidas em área externa
Foto 22 Armazenamento em
freezers
Foto 23 – Depósito de bebidas
Foto 24 – Almoxarifado
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
91
Quanto ao aproveitamento dos resíduos gerados no processo produtivo,
foram observadas iniciativas voltadas ao reaproveitamento, utilizando as sobras do
buffet, redirecionando-as à refeição dos funcionários e doação para pessoas sicas
locais que trabalham com reciclagem.
As Fotos, 25, 26, 27, 28, 29 e 30 apresentam diversas formas de
armazenamento de resíduos sólidos nos meios de hospedagem estudados.
C) Uso da Água
Todas as empresas utilizam poços artesianos como fonte de abastecimento
de água, pois Porto de Galinhas não possui abastecimento público de água. Apenas
50% das empresas possuem poços profundos, isto é, com profundidade superior a
20 (vinte) metros e vazão acima de 5m3 /dia,
FOTO 25 – Lixeira improvisada
para armazenamento de
resíduo sólido segregado
FOTO 26 – Lixeiras plásticas
dispostas no jardim do meio
de hospedagem
FOTO 27 – Lixeiras plásticas
comuns para várias unidades
habitacionais
FOTO 28 – Lixeiras plásticas
individuais para unidades
habitacionais
FOTO 29 – Quantidade
insuficiente para acúmulo de
resíduo sólido
FOTO 30 – Local inadequado
para acúmulo de resíduo
sólido
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
92
apresentando uma boa qualidade de água, contudo apenas três empresas
cadastraram seus poços na CPRH. Todas as empresas tratam sua água através da
cloração ou em pequenos filtros.
Devido ao fato de utilizarem a água potável, sem que isso gere despesa
computável, o consumo não é monitorado pelas empresas. Contudo, duas empresas
adotam medidas de redução, como redutores de vazão nos chuveiros.
As Fotos 31, 32 e 33 apresentam algumas precariedades e necessidades de
uso e instalações de água. Alguns meios de hospedagem utilizam a válvula hidra
para a descarga sanitária, utilizando uma maior quantidade de água em relação à
caixa de descarga acoplada. Apesar, de apresentarem algumas peças sanitárias
modernas, os meios de hospedagem não utilizam reguladores de pressão nas
torneiras para redução do consumo de água.
D) Uso de Energia
O tipo de energia utilizada é a elétrica, proveniente do serviço público, com
consumo variando de empresa para empresa. O consumo de energia também é
acompanhado apenas por meio da observação da conta de energia elétrica.
Algumas empresas possuem contrato de demanda e uma empresa possui a
instalação individualizada por unidade habitacional.
FOTO 31 –Torneiras sem
redutor de vazão
FOTO 32 – Uso de válvula de
descarga
FOTO 33 –Filtros para tratamento
de água
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
93
Praticamente todas as empresas possuem procedimentos para a redução do
consumo de energia elétrica, a exemplo de utilização de energia solar para o
aquecimento de água de banho, utilização de aparelhos tipo split (ar condicionado),
chaveiros economizadores de energia e alguns equipamentos a gás. Contudo,
algumas práticas o são compatíveis com a idéia, como a existência de pequenas
aberturas nos banheiros que impedem a iluminação natural e ventilação, o
posicionamento inadequado de ar condicionado, a concentração de grande
quantidade de freezer no mesmo ambiente e outros, conforme apresentado nas
Fotos 34, 35, 36, 37, 38 e 39 abaixo.
Foi verificado que rias empresas precisam de reparos ou manutenção em
sua rede de energia e que poderiam realizar o melhor aproveitamento da iluminação
natural.
FOTO 34 – Freezer e
geladeiras em ambiente com
pouca ventilação
FOTO 35 –Aparelho de ar
condicionado posicionado
inadequadamente
FOTO 36 –Equipamentos de
lavanderia industrial
FOTO 37 – Chuveiros
elétricos e pouca iluminação
e ventilação natural no
ambiente
FOTO 38 – Ar condicionado
tipo split e boilers para
armazenamento de água
quente das placas solares
FOTO 39 – Uso de chaveiros
economizadores de energia
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
94
CAPÍTULO 5 – ANÁLISE E DISCUSSÃO
5.1. Discussão dos Resultados
Ao constatar, através do Quadro 3 desta pesquisa, que a PML é um
instrumento com possibilidade de atingir ou atender diretamente as ações
prioritárias da Agenda 21, analisou-se as estratégias da Agenda 21 de Ipojuca
e a possibilidade de selecionar alternativas para a efetiva implementação dela.
Para tal análise, elaboraram-se quadros onde se confronta as
estratégias previstas pela Agenda 21 de Ipojuca e os níveis de PML, para,
assim, permitir mais facilmente a identificação de oportunidades de PML para
os meios de hospedagem assumirem uma conduta em consonância com essa
Agenda.
A Agenda 21 de Ipojuca apresenta cinco temas, a saber: Cidade
Sustentável, Economia Sustentável, Turismo Sustentável, Redução das
Desigualdades Sociais, e, Conservação e Gestão dos Ecossistemas Naturais.
E cada um deles apresenta estratégias de ações.
No Quadro 6, na próxima página, apresentam-se as estratégias da
Agenda 21 de Ipojuca em relação às estratégias para Cidade Sustentável.
Nesse ocasião foi marcado com um “X” as alternativas possíveis de serem
atendidas pela PML nos meios de hospedagem de Porto de Galinhas,
considerando os cinco grupos de melhoria previamente levantados pela
metodologia, a saber: alternativas com housekeeping, processo e tecnologia,
produto, matéria-prima e técnicas de tratamento. Esta ação se repete nos
Quadros 7, 8, 9 e 10 considerando as demais estratégias da Agenda 21 de
Ipojuca.
Observa-se que a PML identifica a possibilidade de descoberta de
alternativas em prol do desenvolvimento sustentável em todas as estratégias
da Agenda 21 de Ipojuca.
Essa constatação indica, conseqüentemente, que a PML é um
instrumento útil para a implementação de ações específicas da Agenda 21 de
Ipojuca.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
95
QUADRO 6 - Estratégias para Cidade Sustentável da Agenda 21 Local X Alternativas para Produção Mais Limpa no MHT
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
HOUSEKEEPING PROCESSO E TECNOLOGIA
MATÉRIAS PRIMAS, INSUMOS E
PRODUTO
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
PRODUÇÃO MAIS
LIMPA
AGENDA 21
DE IPOJUCA
OTIMIZAÇÃO DE
PARÂMETROS
OPERACIONAIS
PADRONIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS
MELHORIA DO SISTEMA
DE COMPRAS
MELHORIA NO SISTEMA
DE INFORMAÇÕES
MODIFICAÇÃO DE
TECNOLOGIA
MODIFICAÇÃO NO
PROCESSO (INCLUSÃO
OU EXCLUSÃO ETAPAS)
AJUSTES DE LAYOUT E
DE PROCESSO
AUTOMAÇÃO DE
PROCESSOS
SUBSTITUIÇÃO DE
MATÉRIA-PRIMA OU DE
FORNECEDOR
MELHORIA NO
PREPARO DA MATÉRIA-
PRIMA
SUBSTITUIÇÃO DE
EMBALAGENS
MODIFICAÇÃO NO
PRODUTO
LOGÍSTICA ASSOCIADA
A SUBPRODUTO E
RESÍDUOS
REUSO E RECICLAGEM
INTERNA
REUSO E RECICLAGEM
EXTERNA
TÉCNICAS DE FIM DE
TUBO
ESTRATÉGIA 1 Ordenamento Territorial das Aglomerações urbanas e rurais
Planejar o desenvolvimento do
Município, a partir de sua dimensão
físico-territorial
Realizar Mudanças nos
procedimentos dos Assentamentos
e Projetos Habitacionais
Combater a proliferação irregular de
lotes urbanos e rurais
Reduzir os impactos ambientais das
áreas urbanas do Município
+ + + + + + + + + + + + + + + +
Melhorar as condições dos
assentamentos de baixa renda
ESTRATÉGIA 2 Mudanças de Padrões de Produção e de Consumo
Promover a reciclagem e a coleta
seletiva de resíduos sólidos
+ + + + +
Incentivar o uso racional e
sustentável da água
+ + + + +
ESTRATÉGIA 3 Gestão Sustentável dos Serviços de Infa-estrutura
Planejamento Integrado do Setor de
Transporte
Melhorar o Serviço de Saneamento
Ambiental
Sustentabilidade dos Setores de
Comunicação e de Energia
Melhorar a Oferta de equipamentos
de lazer e esporte nos aglomerados
urbanos do Município
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
96
QUADRO 7 - Estratégias para Economia Sustentável da Agenda 21 Local X Alternativas para Produção Mais Limpa no MHT
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
HOUSEKEEPING PROCESSO E TECNOLOGIA
MATÉRIAS PRIMAS, INSUMOS E
PRODUTO
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
PRODUÇÃO MAIS
LIMPA
AGENDA 21
DE IPOJUCA
OTIMIZAÇÃO DE
PARÂMETROS
OPERACIONAIS
PADRONIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS
MELHORIA DO SISTEMA
DE COMPRAS
MELHORIA NO SISTEMA
DE INFORMAÇÕES
MODIFICAÇÃO DE
TECNOLOGIA
MODIFICAÇÃO NO
PROCESSO (INCLUSÃO
OU EXCLUSÃO ETAPAS)
AJUSTES DE LAYOUT E
DE PROCESSO
AUTOMAÇÃO DE
PROCESSOS
SUBSTITUIÇÃO DE
MATÉRIA-PRIMA OU DE
FORNECEDOR
MELHORIA NO
PREPARO DA MATÉRIA-
PRIMA
SUBSTITUIÇÃO DE
EMBALAGENS
MODIFICAÇÃO NO
PRODUTO
LOGÍSTICA ASSOCIADA
A SUBPRODUTO E
RESÍDUOS
REUSO E RECICLAGEM
INTERNA
REUSO E RECICLAGEM
EXTERNA
TÉCNICAS DE FIM DE
TUBO
ESTRATÉGIA 4 Expansão das Atividades Primárias
Incentivar a reestruturação
produtiva
Diversificar a produção de cana com
cultivos alternativos
Buscar a sustentabilidade
socioeconômica dos pequenos
agricultores
Expandir a pecuária;produção
animal
Estimular a exploração dos recursos
de fauna aquáticos
ESTRATÉGIA 5 Potencialização das Atividades Industriais
Estimular a expansão das
atividades agroindustriais
Potencializar o modelo de
desenvolvimento de Suape
Apoiar o desenvolvimento industrial
com base na produção mais limpa
+ + + +
ESTRATÉGIA 6 Expansão e sustentabilidade do Setor de Serviços
Fomentar a formalização e
organização dos serviços e
comércio local
Incentivar a ampliação e
diversificação do turismo local
+ + + + + +
Expandir prestação de serviço para
os setores produtivos locais
+ + + + +
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
97
QUADRO 8 - Estratégias para Turismo Sustentável da Agenda 21 Local X Alternativas para Produção Mais Limpa no MHT
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
HOUSEKEEPING PROCESSO E TECNOLOGIA
MATÉRIAS PRIMAS, INSUMOS E
PRODUTO
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
PRODUÇÃO
MAIS LIMPA
AGENDA 21
LOCAL
OTIMIZAÇÃO DE
PARÂMETROS
OPERACIONAIS
PADRONIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS
MELHORIA DO SISTEMA
DE COMPRAS
MELHORIA NO SISTEMA
DE INFORMAÇÕES
MODIFICAÇÃO DE
TECNOLOGIA
MODIFICAÇÃO NO
PROCESSO (INCLUSÃO
OU EXCLUSÃO ETAPAS)
AJUSTES DE LAYOUT E
DE PROCESSO
AUTOMAÇÃO DE
PROCESSOS
SUBSTITUIÇÃO DE
MATÉRIA-PRIMA OU DE
FORNECEDOR
MELHORIA NO
PREPARO DA MATÉRIA-
PRIMA
SUBSTITUIÇÃO DE
EMBALAGENS
MODIFICAÇÃO NO
PRODUTO
LOGÍSTICA ASSOCIADA
A SUBPRODUTO E
RESÍDUOS
REUSO E RECICLAGEM
INTERNA
REUSO E RECICLAGEM
EXTERNA
TÉCNICAS DE FIM DE
TUBO
ESTRATÉGIA 7 Valorização do Patrimônio Sócio-Cultural
Promover o Resgate cio-Cultural
+ + +
Dinamizar/Valorizar a Produção
Cultural da Cidade
Criar e Readequar Espaços de
Cultura e de Lazer
ESTRATÉGIA 8 Promoção da Qualidade do Patrimônio Turístico
Elevar o padrão de qualidade do
patrimônio turístico construído
Elevar o padrão de qualidade do
patrimônio turístico natural
ESTARTÉGIA 9 Promoção da qualidade de serviços turísticos
Promover ações de proteção social
+
Incentivar o aprimoramento da
capacitação profissional
+ +
ESTARTÉGIA 10
Criação e expansão de novos produtos
Incentivar o desenvolvimento e
expansão da atividade turística
Valorizar a diversidade de micro-
atividades ligadas ao setor turísticos
+ +
Desenvolver o Turismo Rural e o
Agroturismo
ESTRATÉGIA 11 Planejamento e Gestão da Atividade Turistica
Promover o Planejamento e
Ordenamento Turístico Territorial
Promover Políticas Públicas
voltadas ao Turísmo Sustentável
Promover a Divulgação e Oferta do
Produto Turístico
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
98
QUADRO 9 - Estratégias para Redução das Desigualdades Sociais da Agenda 21 Local X Alternativas para Produção Mais Limpa no MHT
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
HOUSEKEEPING PROCESSO E TECNOLOGIA
MATÉRIAS PRIMAS, INSUMOS E
PRODUTO
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
PRODUÇÃO
MAIS LIMPA
AGENDA 21
LOCAL
OTIMIZAÇÃO DE
PARÂMETROS
OPERACIONAIS
PADRONIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS
MELHORIA DO SISTEMA
DE COMPRAS
MELHORIA NO SISTEMA
DE INFORMAÇÕES
MODIFICAÇÃO DE
TECNOLOGIA
MODIFICAÇÃO NO
PROCESSO (INCLUSÃO
OU EXCLUSÃO ETAPAS)
AJUSTES DE LAYOUT E
DE PROCESSO
AUTOMAÇÃO DE
PROCESSOS
SUBSTITUIÇÃO DE
MATÉRIA-PRIMA OU DE
FORNECEDOR
MELHORIA NO
PREPARO DA MATÉRIA-
PRIMA
SUBSTITUIÇÃO DE
EMBALAGENS
MODIFICAÇÃO NO
PRODUTO
LOGÍSTICA ASSOCIADA
A SUBPRODUTO E
RESÍDUOS
REUSO E RECICLAGEM
INTERNA
REUSO E RECICLAGEM
EXTERNA
TÉCNICAS DE FIM DE
TUBO
ESTRATÉGIA 12 Combate à Pobreza
Qualificação Profissional
+
Negócios e Oportunidades
Produzir Ações Sociais
+ +
ESTRATÉGIA 13 Melhoria das Condições de Educação
Garantir o acesso universal e
permanência do aluno na escola
Promover a valorização cultural
+
ESTRATÉGIA 14 Melhoria das Condições de Sde
Garantir o acesso universal aos
serviços de saúde
ESTRATÉGIA 15 Fortalecimento de grupos vulneráveis
Promover a conscientização social
dos afro-descendentes
Melhorar as condições de vida da
mulher
+
ESTRATÉGIA 16 Controle da Violência e Segurança Pública
Reduzir a vioncia nos seus
diversos aspectos
+
Promover a segurança para o
desenvolvimento com qualidade de
vida
+
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
99
QUADRO 10 - Estratégias para Conservação e Gestão dos Ecossistemas Naturais da Agenda 21 Local X Produção Mais limpa no MHT
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
HOUSEKEEPING PROCESSO E TECNOLOGIA
MATÉRIAS PRIMAS, INSUMOS E
PRODUTO
TÉCNICAS DE TRATAMENTO
PRODUÇÃO
MAIS LIMPA
AGENDA 21
LOCAL
OTIMIZAÇÃO DE
PARÂMETROS
OPERACIONAIS
PADRONIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS
MELHORIA DO SISTEMA
DE COMPRAS
MELHORIA NO SISTEMA
DE INFORMAÇÕES
MODIFICAÇÃO DE
TECNOLOGIA
MODIFICAÇÃO NO
PROCESSO (INCLUSÃO
OU EXCLUSÃO ETAPAS)
AJUSTES DE LAYOUT E
DE PROCESSO
AUTOMAÇÃO DE
PROCESSOS
SUBSTITUIÇÃO DE
MATÉRIA-PRIMA OU DE
FORNECEDOR
MELHORIA NO
PREPARO DA MATÉRIA-
PRIMA
SUBSTITUIÇÃO DE
EMBALAGENS
MODIFICAÇÃO NO
PRODUTO
LOGÍSTICA ASSOCIADA
A SUBPRODUTO E
RESÍDUOS
REUSO E RECICLAGEM
INTERNA
REUSO E RECICLAGEM
EXTERNA
TÉCNICAS DE FIM DE
TUBO
ESTRATÉGIA 17 Uso e Ocupação do Solo
Preservar os recursos da Mata
Atlântica
+ +
Elaborar o zoneamento ecogico-
ecomico municipal
Valorizar ações de Proteção do solo
+ + + +
ESTRATÉGIA 18 Conservação e Gestão dos Recursos da Zona Costeira
Preservar os recursos pesqueiros
Preservar os Estuários e
Manguezais
+ + + +
Combater a diminuição da avifauna
Disciplinar o turismo e as
ocupações urbanísticas
ESTRATÉGIA 19 Gestão dos Recursos Hídricos
Promover o desenvolvimneto e
manejo integrado de recursos
hídricos
Criar ações no sentido de proteger
os recursos hídricos
+ + +
Promover o abastecimento de água
povel e saneamento sico
ESTRATÉGIA 20 Mecanismos de Gestão dos Recursos Naturais
Fortalecer as Instituões
Promover a Educação Ambiental
Criar um programa de gestão
sustentável dos recursos naturais
Combater a poluição
Promover a geso compartilhada
dos resíduos sólidos
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
100
Após a elaboração dos Quadros anteriores foram identificadas oportunidades
de PML para a melhoria do processo produtivo, visando à redução de desperdícios e
minimizando o impacto ambiental ocasionado pela atividade.
Essas oportunidades foram desenvolvidas a partir da identificação e análise
dos diversos desperdícios, resíduos e emissões gerados pela atividade nos meios de
hospedagem de Porto de Galinhas.
Os resíduos e emissões podem ser gerados ou originados de diversas
matérias-primas e por diferentes motivos. Estabelecer sua possível origem facilita
a seleção de alternativas para minimização ou eliminação de tal resíduo ou
emissão. Para auxiliar essa ação, utilizou-se o Quadro 11, abaixo, baseado na
metodologia de PML, que contém algumas categorias. Para cada uma delas, é
possível utilizar várias estratégias para minimização.
Para isso, destacam-se os principais desperdícios, resíduos e emissões
relativos à atividade dos meios de hospedagem de Porto de Galinhas, a saber:
1. Efluentes Líquidos
2. Embalagens
3. Resto de Alimentos
4. Latas e Garrafas
5. Desperdício de Energia
6. Desperdício de Água
7. Resíduo Sólido (geral)
8. Roupas de Cama e banho estragadas
9. Produtos Químicos
Esses desperdícios, resíduos e emissões foram
encontrados duresenvolvimento do trabalho em campo, através
das visitas e entrevistas aos meios de hospedagem estudados.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
101
QUADRO 11 - Categorias dos subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
N
o
Categorias I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
A
Matérias-primas e insumos não utilizados X X
B
Produtos não comercializados X
C
Impurezas e substâncias secundárias nas
matérias-primas
D Subprodutos e reduos inevitáveis
X X X
E Subprodutos e resíduos não desejados
X
F Materiais auxiliares usados
X
G
Substâncias produzidas na partida ou parada
de equipamentos e sistemas
X
H Lotes mal produzidos e refugos
I
Reduos e materiais de manutenção e
reposição
X
J
Materiais de manuseio, transporte e
estocagem
K Materiais de amostragem e análises
L Perdas devido à evaporação e emissões
M
Materiais de distúrbios operacionais e
vazamentos
N Materiais de embalagem
X
resíduo = efluentes, resíduos e emissões e que matéria-prima = insumos, auxiliares e matérias-primas
Listagem dos principais subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
I
Efluentes líquidos
VII
Resíduo sólido (geral)
II
Embalagens
VIII
Roupas de cama e banho estragadas
III
Resto de alimentos
IX
Produtos químicos
IV
Latas e garrafas
X
V
Desperdício de energia
XI
VI
Desperdício de água
XII
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
102
As estratégias são previamente selecionadas com o auxílio do Quadro 12
onde é possível verificar a presença de cinco grupos de melhoria:
1. alternativas com housekeeping;
2. processo e tecnologia;
3. produto;
4. matéria-prima; e
5. técnicas de tratamento.
Para possibilitar o preenchimento dessa tabela, faz-se necessário conhecer
o significado de cada grupo e suas medidas de minimização.
Boas técnicas de
Housekeeping
e Operações
As boas práticas operacionais, geralmente, implicam medidas de
procedimento, administrativas ou institucionais que uma empresa pode usar para
minimizar ou eliminar resíduo e emissão. Essas práticas podem ser utilizadas em
todas as áreas de uma empresa e são, freqüentemente, implementadas com baixo
custo. Podem ser classificadas como: otimização de parâmetros operacionais;
padronização de procedimentos; melhoria no sistema de compras e vendas;
melhoria no sistema de informões e treinamentos; e, melhoria no sistema de
manutenção.
Processo e Tecnologia
As mudanças tecnológicas acontecem, preliminarmente, em ambiente de
produção. São orientadas para as modificações do processo ou equipamento para
redução de resíduo e emissão. Essas mudanças variam em relação a tamanho,
tempo e custo para implantação. Podem ser classificadas como: modificação de
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
103
tecnologia; modificação no processo, inclusão ou exclusão de etapas; ajustes de
lay-out e de processo; e, automação de processos.
Produto
As alterações nos produtos, apesar de ser uma abordagem muito
importante, são muito difícil de realização, pois os argumentos em relação à
aceitação e preferências dos consumidores se tornam uma grande barreira.
Essas alterações podem ser classificadas como: pequenas alterações no produto;
ajustes no projeto; e, re-design do produto.
Matérias-primas, Insumos e Produtos
Algumas alternativas para minimização de resíduo e emissões podem estar
associadas diretamente ao uso da matéria-prima, insumos e no próprio produto.
Podem ser classificadas como: substituição de matéria-prima ou de fornecedor;
melhoria no preparo da matéria-prima; e, substituição de embalagens.
Técnicas de Tratamento
As cnicas de tratamento estão relacionadas aos níveis 2 e 3 da PML, isto é,
com a utilização de técnicas para reciclagem ou reuso do resíduo e emissão ou
utilização de técnicas de fim-de-tubo e não com a minimização na fonte. Podem
ser classificadas como: logística associada a subprodutos e reduos; reuso e
reciclagem interna; reuso e reciclagem externa; e, técnicas de fim-de-tubo.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
104
QUADRO 12 - Alternativas para minimização de subprodutos, resíduos, efluentes e emissões Planilha Geral
Subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
N
o
Grupos Classificação da alternativa de minimização
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
1
Otimização de parâmetros operacionais X X X
2
Padronização de procedimentos X X X X X X X X
3
Melhoria do sistema de compras e vendas X X X
4 Melhoria no sistema de informações e
treinamento
X
5
HOUSEKEEPI
NG
Melhoria no sistema de manutenção X X
6
Modificação de tecnologia X X X
7
Modificação no processo, inclusão ou exclusão de
etapas
X X X X
8
Ajustes de layout e de processo X X
9
PROCESS
O E
TECNOLO
GIA
Automação de processos X X
10
Pequenas alterações no produto X X X
11
Ajustes no projeto X
12
PRODU
TO
Re-design do produto
13
Substituição de matéria-prima ou de fornecedor X X X X
14
Melhoria no preparo da matéria-prima X
15
MATÉRI
AS-
PRIMAS
Substituição de embalagens X X
16
Logística associada a subprodutos e resíduos X
17
Reuso e reciclagem interna X X
18
Reuso e reciclagem externa X
19
TÉCNICAS
DE
TRATAMEN
TO
Técnicas de fim de tubo X
resíduo = efluentes, resíduos e emissões e que matéria-prima = insumos, auxiliares e matérias-primas
.
Listagem dos principais subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
I
Efluentes Líquidos
VI
Desperdício de água
II
Embalagens
VII
Resíduo sólido (geral)
III
Resto de alimentos
VIII
Roupas de cama e banho estragadas
IV
Latas e garrafas
IX
Produtos químicos
V
Desperdício de energia
X
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
105
Selecionada a estratégia, evolui-se para a definição da alternativa (ação)
para a efetiva minimização ou eliminação do resíduo ou emissão. Assim, o
preenchidos quadros onde cada categoria aparece separadamente estabelecendo
sua interface com o resíduo ou emissão. Dessa forma é possível verificar que
algumas ações podem contribuir com a minimização de mais de um resíduo.
Sendo assim, detectaram-se 54 oportunidades ou alternativas para
minimização de resíduos e emissões para os meios de hospedagem em Porto de
Galinhas. As recomendações ou alternativas apresentadas são de caráter geral e
deve-se levar em consideração que existe a necessidade de estudos mais
profundos, caso a caso, visando o detalhamento de procedimentos.
Os Quadros 13, 14, 15, 16 e 17 abaixo, apresentam as ações sugeridas aos
meios de hospedagem para minimização de resíduos, emissões e efluentes em
relação aos níveis de aplicação estabelecidos pela PML.
Identifica-se uma grande concentração de alternativas no nível 1, isto é,
medidas que resolvem o problema na fonte e com soluções que implicam medidas
de procedimento na empresa (boas práticas), muitas vezes com baixo custo.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
106
QUADRO 13- Alternativas de minimização com housekeeping (boas práticas operacionais
Subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
N
o
Descrição da alternativa de
minimização
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
1.1
Elaborar sistema de controle de consumo, custos e
estoque, visando à redução de consumo de matéria
prima e o desperdício e reduzindo custos.
X X X
1.2
Rever critérios para compra de MP, procurar comprar
produtos de limpeza em grandes quantidades e
concentrados (dosadores), reduzindo o resíduo de
embalagens e o consumo.
X X
1.3
Desenvolver placas informativas sobre a troca de
roupa de cama e banho fazendo referência ao
Programa Ambiental.
X
1.4
Determinar horários para funcionamento da sauna
reduzindo o consumo de energiaelétrica.
X X
1.5
Organizar os horários da irrigação dos jardins
reduzindo o desperdício de água para este fim.
X
1.6
Fornecer o edredon para o hóspede apenas quando
solicitado.
X X
1.7
Organizar e separar os depósitos, material de
limpeza, alimentos, material para reposição(água) e
outros.
X
1.8
Rever a forma de servir o buffet para evitar as perdas
e reutilizar os restos de comida reformando os pratos,
reduzindo a geração de resíduo orgânico.
X
1.9
Melhorar a qualidade e vida útil das roupas de cama,
mesa e banho, reduzindo as trocas e solicitando à
lavanderia o uso de produtos menos agressivos (anti
ferrugem, abrasivos, cloro).
X
1.10
Treinar funcionários e sensibilizar sobre as questões
do Meio Ambiente.
X
1.11
Promover maior contato do hóspede com a natureza
e novos conceitos de preservação ambiental, bem
como informar a participação em Programas
Ambientais.
X
1.12
Oferecer suítes de fumantes e o fumantes
reduzindo o consumo de material de limpeza e a
obrigatória troca decolchas e muitas vezes a
lavagem de cortinas e outros.
X
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
107
1.13
Indicar através de placas sinalizadoras os produtos
dispostos no interior dos freezers e geladeiras
evitando a abertura constante dos mesmos para
procura de determinado produto.
X
1.14
Fornecer a rede para ospede apenas quando
solicitado ou protegê-la em sacos apropriados para
identificar com facilidade quando foi utilizada e
quando é necessário lavá-la
X X
1.15
Preferir comprar equipamentos etiquetados pelo
PROCEL
X
1.16
Informar ao spede para nãodeixar a televisão e
outros equipamentos em “stand-by” para reduzir o
consumo de energiaelétrica.
X
1.17
Implantar sistemas de gerenciamento e auditoria
energética eambiental.
X
1.18
Observar os intervalos de manutenção previstos
pelos equipamentos.
X X X
1.19
Estabelecer a limpeza dos filtros de ar condicionado
quinzenalmente.
X
1.20
Otimizar os controles existentes.
X X X
1.21
Disponibilizar uma caixa de sugeses para os
funcionários pronunciarem suas sugestões e idéias
para “boas práticas”.
X X X X
1.22
Descongelar alimentos dentro de geladeiras, pois
reduz energia de refrigeração e conserva
adequadamente os alimentos.
X
1.23
Posicionar os refrigeradores longe de fontes de calor
e em locais arejados.
X
1.24
o colocar os alimentos no refrigerador ainda
aquecidos.
X
1.25
Verificar possíveis vazamentos de água,
principalmente de água quente.
X X
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
108
QUADRO 14 - Alternativas de minimização com automação, modificação no processo e na tecnologia
Subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
N
o
Descrição da alternativa de
minimização
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
2.1
Reorganizar os intervalos de limpeza das suítes e
padronizar as ações e uso dematerial (Kit limpeza),
reduzindo o consumo de produtos.
X
2.2
Rever lay-out do setor deserviço, melhorando a
forma de disposiçãoe separando por tipos de produto
(limpeza, roupas, alimentos, água mineral)
X X X X
2.3
Instalar um hidrômetro na entrada de água do poço
para quantificar a água utilizada efacilitar a
verificação de vazamentos, proporcionando um
melhor controle.
X
2.4
Implantar o reaproveitamento de águas de chuva
para irrigação do jardim, reduzindo o consumo de
água povel.
X
2.5
Implantar luminárias solares na área externa (jardim e
piscina).
X
2.6
Substituir todas as lâmpadas incandescentes por
fluorescente compacta, adequar a luminária.
X
2.7
Implantar o aquecimento solar para águas de banho
das suítes.
X
2.8
Instalar economizadores de energia nas suítes
(chaveiro)
X
2.9
Rever posicionamento de alguns ar condicionados
(tipo janela) ou substituí-lo por ar condicionado tipo
split.
X
2.10
Instalar luzes noturnas, isto é, de baixa voltagem para
os spedes acenderem durantea noite na área de
circulação ou banheiro da suíte atendendo uma
prática comum e evitando o consumo de energiapor
outro tipo de mpada.
X
2.11
Instalar chuveiros e torneiras de baixofluxo d’água.
X
2.12
Instalar “timers” para controlar otempo de cozimento
dos alimentos, reduzindoo consumo de gás.
X
2.13
Escolher luminárias mais adequadas para o tipo de
luminárias, preferir as que possuem revestimento
refletor (alumínio) para as lâmpadas fluorescentes
compactas.
X
2.14
Instalar isolantes térmicos nos aquecedores de água
evitando a perda de calor e o maior consumo de
energia.
X
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
109
QUADRO 15- Alternativas de minimização com mudanças no produto
Subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
N
o
Descrição da alternativa de minimização
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
3.1
Substituir os sacos plásticos enviados pela lavanderia
por embalagens maiores e mais resistentes que
possam ser reaproveitadas, eliminando a geração de
resíduo de saco plástico.
X
3.2
Retirar o protetor em tecido das tampas das bacias
sanitárias nos banheiros sociais, eliminando a
necessidade de lavagem dos mesmos.
X
3.3
Verificar a possibilidade de proteger os rolos de papel
higiênico nos banheiros (forma de disposição),
reduzindo sua perda.
X
3.4
Substituir as toalhas de mesa ecobre manchas de
tecido por jogos americanos ou cobre manchas de
material de fácil limpeza, reduzindo o número de
lavagens e utilização de produtos químicos.
X X
3.5
Retirar tapetes (passadeiras) internos ou trocá-lopor
tapetes de cor mais forte para reduzir a necessidade de
lavagem, reduzindo o consumo de água e produtos
químicos e o consumo de energia.
X X
3.6
Substituir ou acrescentar mais pontos para estender as
toalhas nos banheiros de forma que a mesma possa
ser estendida aberta e secar mais rápido, reduzindo o
consumo de produtos, água e energia.
X X X
3.7
Ampliar as aberturas de ventilação dos banheiros
permitindo que as toalhas não sejam trocadas
diariamente por não estarem secas.
X X X
3.8
Reduzir o tamanho das lixeiras das suítes ou retirada
apenas dolixo das mesmas sem a substituão do saco
plástico, pois a retirada dria o permite a utilização
domesmo na sua total capacidade.
X
3.9
Substituir as colchas tipo edredon por colchas em
tecidos mais leves para reduzir o consumo de água e
produtos químicos nalavagem e reduzir o consumo de
energia na secagem.
X X
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
110
QUADRO 16 - Alternativas de minimização com substituição de matérias-primas, insumos e auxiliares
Subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
N
o
Descrição da alternativa de minimização
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
4.1
Trocar as colchas tipo edredon por colchas em tecidos
mais leves para reduzir o consumo de água eprodutos
químicos na lavagem e reduzir o consumo de energia
na secagem.
X X
4.2
Reduzir o número de embalagens, solicitar aos
fornecedores a eliminação ou reaproveitamento das
mesmas.
X
4.3
Substituir os produtos químicos por bio degraveis
reduzindo a geração de efluentes de limpeza e
impactando menos o solo.
X
4.4
Solicitar aos fornecedores de bebidas, caso possível, a
disposição de quinas automáticas para bebidas
refrigeradas, pois são mais eficientes.
X
QUADRO 17 - Alternativas de minimização e redução de impacto ambiental com a utilização de técnicas de tratamento
Subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
N
o
Descrição da alternativa de minimização
I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
5.1
Implantar a coleta seletiva de lixo, identificar os
coletores e procurar vender (prática adotada em alguns
estabelecimentos em Porto de Galinhas).
X
5.2
Adaptar o depósito de lixo (lixeira) da pousada para
receber o lixo segregado, permitindo a concentração do
mesmo num só local.
X
Listagem dos principais subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
I
Efluente Líquido
VII
Resíduo sólido (geral)
II
Embalagens
VIII
Roupas de cama e banho estragadas
III
Resto de alimentos
IX
Produtos Químicos
IV
Latas e garrafas
X
V
Desperdício de energia
XI
VI
Desperdício de água
XII
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
111
Após a identificação das oportunidades de PML, elaborou-se o relatório,
produto da Fase I da pesquisa, e iniciou-se a Fase II da mesma. Nesta fase,
realizada nos meses de setembro e outubro de 2005, destinada a difundir
informações e incentivar a implementação das ações propostas participaram
apenas 8 (oito) empresas, até o momento da redação deste texto. As demais
empresas não forneceram em tempo hábil os dados e informações necessárias
à finalização do trabalho.
Na Fase II, as empresas receberam os relatórios do diagnóstico e as
recomendações para se mitigar ou eliminar os impactos ambientais negativos
ocasionados por elas.
Paralelamente, foi realizada uma palestra aos dirigentes e funcionários
enfatizando os aspectos ambientais e estimulando a práticas mais conscientes
em relação ao meio ambiente.
A palestra abordou questões ambientais mundiais, regionais e locais,
explicitou o impacto ocasionado pelo turismo e pela atividade dos meios de
hospedagem, informou as ações mitigadoras e discutiu as experiências de
outras empresas do setor.
FOTO 40 - Palestras realizadas nos meios de
hospedagem de Porto de Galinhas
FOTO 41 - Palestras realizadas para
funcionários dos meios de hospedagem
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
112
5.2 Fase III da Pesquisa
Na Fase III desta pesquisa, realizou-se uma verificação in loco das
mudanças realizadas a partir do diagnóstico entregue aos meios de
hospedagem. Essa foi muito importante à pesquisa, pois possibilitou verificar o
interesse e potencial do setor para desenvolver um turismo sustentável
baseado numa gestão ambiental.
Para o fechamento da pesquisa realizou-se, entre os meses de
novembro e dezembro de 2005, visitas para aferição de mudanças em 7
empresas para verificar as ações realizadas por elas.
Verificou-se, durante as visitas de aferição, que as 7 empresas aferidas
realizaram mudanças em relação aos comportamentos usuais. O programa foi
bem aceito e houve mobilização para adequação às novas práticas, como
também foi verificado um interesse em inserção de novas tecnologias,
tecnologias “limpas”.
A) Uso de matéria-prima
Duas empresas trocaram de lavanderia e reduziram o resíduo de sacos
plásticos gerados pela embalagem das roupas de cama e banho, adotaram o
uso de grandes embalagens (sacos de lona) reutilizáveis.
Todas as empresas revisaram os critérios para compra de matéria-prima
e direcionaram a compra de produtos de limpeza em grandes quantidades e
concentrados (dosadores), reduzindo o resíduo de embalagens e o consumo.
B) Geração de Resíduos
De uma forma geral, foi verificada uma maior preocupação com a
separação dos resíduos, o que facilita o reaproveitamento dos mesmos. Ainda
não foi verificada uma mobilização efetiva para a segregação do resíduo, mas
todas as empresas comentaram a necessidade e a busca de soluções.
Uma empresa realizou um canteiro para compostagem do resíduo orgânico
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
113
com um bom resultado. Essa empresa iniciou a reforma de sua lixeira para
permitir a melhor disposição do lixo segregado.
Em duas empresas foi verificada a adoção de novos lixeiros que
promovem a melhor disposição do resíduo, com tampas adequadas e sistema
de rodízios.
C) Uso da água
Uma empresa adquiriu redutores de vazão para os chuveiros e torneiras sem
prejudicar a qualidade do serviço. Houve uma mobilização geral para
legalização dos seus poços artesianos e instalação de hidrômetro. Uma
empresa solicitou orçamento para implantação de sistema de reaproveitamento
de água de chuva.
Três empresas reduziram a geração de efluentes reduzindo a lavagem
de redes e roupas de cama e banho através da conscientização do hóspede,
isso reduz a quantidade de efluente gerado.
D) Uso de energia
Uma empresa aplicou a indicação através de placas sinalizadoras dos
produtos dispostos no interior dos freezers e geladeiras, evitando a abertura
constante dos mesmos para procura de determinado produto.
Outra empresa verificou, junto a CELPE a instalação única de todas as
suas unidades habitacionais e negociou a demanda.
Duas empresas iniciaram o projeto para instalação de energia solar para
aquecimento de água de banho. Outras duas empresas solicitaram orçamentos
para instalação de economizadores de energia (chaveiros-cartões).
É importante ressaltar que as mudanças implantadas nos meios de
hospedagem não visam apenas redução de desperdícios e sim redução de
custos e melhoria do serviço. Abaixo estão apresentadas quadros com
informações detalhadas de todos os benefícios alcançados pelas ações
implantadas nos meios de hospedagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
114
QUADRO 18 – Ficha de aferição de resultados referente à ventilação dos ambientes
RECOMENDAÇÃO:
Ampliar as aberturas de ventilação dos banheiros permitindo que as toalhas
não sejam trocadas diariamente por não estarem secas.
Descrição da Recomendação:
Esta recomendação permite que as toalhas usadas pelos hóspedes possam
secar com maior facilidade por causa da ventilação natural. Isto ocasiona o uso
confortável da toalha por diversas vezes não exigindo a troca diária da mesma.
Nesta pousada a janela já possui boa dimensão, mas o acesso para abertura
da janela é muito elevado, então foi instalado um puxador ao alcance para
haver o manuseio facilitado.
Benefícios Ambientais:
Redução de consumo de água
Redução de consumo de energia
Redução de consumo de produtos químicos
Maior vida útil das toalhas
Benefícios Econômicos:
Redução do custo de água
Redução do custo de energia
Redução do custo com produtos químicos
Maior intervalo entre a troca de enxoval
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Permite a ventilação natural bastante benéfica ao ambiente e a redução da
umidade tão propícia à proliferação de bactérias.
Fotos:
Utilização de puxador em altura confortável para manuseio.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
115
QUADRO 19 – Ficha de aferição de resultados referente ao treinamento dos funcionários
RECOMENDAÇÃO:
Treinar funcionários e sensibilizar sobre as questões do Meio Ambiente
Descrição da Recomendação:
O treinamento ocorreu logo quando da entrega do relatório do diagnóstico
ambiental da empresa, houve uma boa participação dos funcionários e
dirigentes e grande entusiasmo dos mesmos.
Foi abordada a questão ambiental local e brasileira, explicitando o trabalho pelo
qual a empresa passou e a ênfase de boas práticas no setor hoteleiro.
Benefícios Ambientais:
Minimização de resíduos em geral
Redução de consumos de matéria prima
Redução de custos de energia e água
Minimização de perdas na produção
Benefícios Econômicos:
Redução do custo de água
Redução do custo de energia
Redução do custo com matéria prima
Benefícios de Saúde Ocupacional:
O treinamento dos funcionários permite o conhecimento e a conscientização
para o uso de EPIs ocasionando menos acidentes danosos à saúde.
Observações:
Sugerimos a constante busca por informações e o investimento em
treinamentos dos funcionários, pois acreditamos ser a forma mais adequada
para alcançar objetivos e metas ambientais.
Fotos:
Treinamento
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
116
QUADRO 20 – Ficha de aferição de resultados referente aos fumantes
RECOMENDAÇÃO:
Oferecer suítes de fumantes e não fumantes.
Descrição da Recomendação:
Esta recomendação tem como objetivo a redução do consumo de material de
limpeza e a obrigatória troca de colchas e redes e muitas vezes a lavagem de
cortinas e outros por causa do odor deixado pelo fumante.
É unânime a observação das camareiras na dificuldade gerada para limpeza
dos apartamentos de fumantes.
Benefícios Ambientais:
Redução de consumo de água
Redução de consumo de energia
Redução de consumo de produtos químicos
Maior vida útil do enxoval
Benefícios Econômicos:
Redução do custo de água
Redução do custo de energia
Redução do custo com produtos químicos
Maior intervalo entre a troca de enxoval
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Permite a ventilação natural bastante benéfica ao ambiente e a redução da
umidade tão propícia à proliferação de bactérias.
Observação:
A pousada adotou o uso de placas de “PROIBIDO FUMAR” em todos os
apartamentos, esta ação não impede o fumante de fumar no apartamento, mas
consegue na maioria das vezes que os mesmos utilizem áreas externas da
pousada para a atividade.
Fotos:
Instalação de placas “Proibido Fumar” na porta dos apartamentos.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
117
QUADRO 21 – Ficha de aferição de resultados referente às placas sinalizadoras
RECOMENDAÇÃO:
Indicar através de placas sinalizadoras os produtos dispostos no interior dos
freezers e geladeiras evitando a abertura constante dos mesmos para procura
de determinado produto.
Descrição da Recomendação:
A colocação de placas sinalizadoras dos produtos dispostos no interior dos
freezers e geladeiras permite a orientação dos diversos funcionários do setor
nos diversos turnos. Esta ação impede a abertura desnecessária do
equipamento e conseqüentemente a perda de temperatura do seu interior.
Benefícios Ambientais:
Redução de consumo de energia.
Redução de perdas de matéria prima por manuseio ou refrigeração
inadequados.
Benefícios Econômicos:
Redução do custo de energia
Minimização de perdas de matéria prima.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Permite a ventilação natural bastante benéfica ao ambiente e a redução da
umidade tão propícia à proliferação de bactérias.
Benefícios Tecnológicos:
Melhor manuseio dos equipamentos (freezers e geladeiras). Observada
principalmente na redução do uso do compressor e troca de borrachas de
vedação das portas.
Fotos:
Colocação de placas sinalizadoras nos freezers e geladeiras.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
118
QUADRO 22 – Ficha de aferição de resultados referente à instalação de redutores de
vazão
RECOMENDAÇÃO:
Instalar chuveiros e torneiras de baixo fluxo d’água.
Descrição da Recomendação:
A instalação de redutores de vazão nos chuveiros reduz o fluxo d’água sem
prejudicar a qualidade do banho para o hóspede. Normalmente existe uma
pressão de água excessiva à necessária para um confortável banho e o uso de
bons chuveiros permitem a instalação de redutores que ocasiona a redução de
consumo de água por banho.
Benefícios Ambientais:
Redução de consumo de água.
Benefícios Econômicos:
Redução do custo de água, custo este, ainda não imposto pela utilização de
água de poço artesiano.
Observações:
A pousada já possui os reguladores de vazão nos chuveiros sem queda na
qualidade do serviço prestado, não há reclamações dos hóspedes.
Fotos:
Arejadores para torneiras, reguladores para chuveiros e torneiras com timer.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
119
QUADRO 23 – Ficha de aferição de resultados referente à coleta seletiva de lixo
RECOMENDAÇÃO:
Coleta segregada de lixo, identificar os coletores e procurar vender (prática
adotada em alguns estabelecimentos em Porto de Galinhas).
Descrição da Recomendação:
A coleta seletiva do lixo objetiva a reutilização e reciclagem de materiais,
minimizando o resíduo gerado para disposição no “lixão” municipal. Muitas
vezes a coleta seletiva gera benefícios econômicos que podem ser convertidos
para os funcionários em forma de gratificação.
Benefícios Ambientais:
Redução de resíduo.
Redução de poluição do solo.
Redução de contaminação de lençol freático.
Benefícios Econômicos:
Venda de produtos para reciclagem.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Redução de resíduo que será destinado ao “lixão” municipal e
conseqüentemente a proliferação de doenças transmitidas pelos insetos.
Geração de empregos.
Fotos:
Identificação por cores dos lixeiros seletivos e uma maior quantidade de lixo
seletivo para reciclagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
120
QUADRO 24 – Ficha de aferição de resultados referente ao uso de águas pluviais
RECOMENDAÇÃO:
Implantar o reaproveitamento de águas de chuva.
Descrição da Recomendação:
O reaproveitamento de água de chuva serve, sem tratamento, para irrigação de
jardins, lavagem de carro, piso, fachadas e outros. Esta recomendação objetiva
a redução do consumo de água potável.
Benefícios Ambientais:
Redução de consumo de água
Benefícios Econômicos:
Redução do custo de água
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Observação:
A pousada solicitou orçamento para instalação de reaproveitamento de água
de chuva, toda a coberta da pousada já possui calha isso facilitaria a
implantação do sistema.
Fotos:
Calhas existentes na cobertura.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
121
QUADRO 25 – Ficha de aferição de resultados referente aos critérios para compras
RECOMENDAÇÃO:
Rever critérios para compra de matéria -prima, procurar comprar produtos de
limpeza em grandes quantidades e concentrados (dosadores), reduzindo o
resíduo de embalagens e o consumo.
Descrição da Recomendação:
Esta recomendação tem como objetivo reduzir a quantidade de resíduo sólido
gerado pela empresa, contudo serve de alerta para a necessidade de utilização
de dosadores evitando o desperdício de produtos.
Benefícios Ambientais:
Redução de quantidade de resíduo sólido
Redução de consumo de produtos químicos
Benefícios Econômicos:
Redução do custo com produtos químicos
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Quando acontece adequadamente a forma de mistura e dosagem dos produtos
os funcionários ficam menos expostos aos mesmos.
Observação:
A pousada adota o uso de produtos em grandes embalagens e o
reaproveitamento das embalagens para outros fins após a utilização do
produto.
Fotos:
Uso de grandes embalagens e modelo de dosadores utilizados.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
122
QUADRO 26 – Ficha de aferição de resultados referente aos hóspedes
RECOMENDAÇÃO:
Promover maior contato do hóspede com a natureza e novos conceitos de
preservação ambiental, bem como informar a participação em Programas
Ambientais.
Descrição da Recomendação:
Promover o contato do hóspede com as questões ambientais favorece a
adoção das práticas da empresa e melhor participação do mesmo. Enquanto
promove a conscientização objetiva o melhor uso dos recursos naturais e
conseqüentemente a redução de custos associados.
Benefícios Ambientais:
Conscientização do hóspede para proteção do meio ambiente natural da
localidade e adoção de práticas solicitadas pela empresa.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos associados à utilização dos recursos naturais pelo
hóspede.
Observação:
A pousada fornece em sua recepção folders dos patrimônios ambientais da
localidade, instiga o conhecimento das questões ambientais associadas
(abaixo assinados), fixa quadros que estimulam a preservação ambiental,
dentre outros.
Fotos:
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
123
QUADRO 27 – Ficha de aferição de resultados referente a substituição de embalagens
RECOMENDAÇÃO:
Substituir os sacos plásticos enviados pela lavanderia por embalagens maiores
e mais resistentes que possam ser reaproveitadas, eliminando a geração de
resíduo de saco plástico.
Descrição da Recomendação:
Esta recomendação tem como objetivo reduzir a quantidade de resíduo gerado
pela empresa exige a participação do fornecedor, no caso, a lavanderia.
Benefícios Ambientais:
Redução de quantidade de resíduo sólido
Benefícios Econômicos:
Redução do custo de embalagens.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Observação:
A pousada contratou nova lavanderia e tem adotado o uso de grandes sacos
de lona para transporte das roupas sujas e lavadas. A roupa já não vem
embalada em sacos pequenos com poucas unidades.
Fotos:
Antes Depois
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
124
QUADRO 28 – Ficha de aferição de resultados referente ao uso de equipamentos
elétricos
RECOMENDAÇÃO:
Determinar horários para funcionamento da sauna reduzindo o consumo de
energia elétrica.
Descrição da Recomendação:
A determinação de horários para uso da sauna previne o consumo
desnecessário de energia considerando que o consumo é excessivo para este
uso.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de energia elétrica.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos de energia elétrica.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Observação:
A sauna possui um controlador de temperatura acessível ao usuário, o que
permite desde que orientado, o usuário utilizar adequadamente o equipamento.
Fotos:
Painel termostato da sauna e placa informativas.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
125
QUADRO 29 – Ficha de aferição de resultados referente aos acessórios dos banheiros
Recomendações:
Retirar o protetor em tecido das tampas das bacias sanitárias nos banheiros
sociais e colocação de papeleiras e saboneteiras líquidas.
Descrição da Recomendação:
Esta ação objetiva a redução de utilização dos recursos natural água e energia,
pois a retirada dos protetores de tampas das bacias sanitária além de ser mais
higiênica não exige o gasto de água e energia para lavagem e secagem.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de água
Redução do consumo de energia
Benefícios Econômicos:
Redução de custos associados aos recursos naturais.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Maior conforto e higiene nas áreas sociais.
Observação:
A pousada equipamentos como papeleiras e saboneteiras nos banheiros sociais
e retirou os protetores de tampa de bacia sanitária.
Fotos:
Depois Antes
Utilização de papeleiras nos banheiros.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
126
QUADRO 30 – Ficha de aferição de resultados referente ao desperdício de água
Recomendações:
Organizar os horários da irrigação dos jardins reduzindo o desperdício de água
para este fim e instalar lixeiras na área social e de lazer.
Descrição da Recomendação:
Esta ação objetiva a utilização dos recursos natural de forma disciplinada e a
conscientização de não colocar aleatoriamente o lixo gerado, exige a
cumplicidade dos funcionários e hóspedes.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de água.
Redução de impacto ambiental.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos associados aos recursos naturais.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Maior conforto e higiene nas áreas sociais.
Observação:
A pousada instalou lixeiras, ainda não implantando a coleta seletiva, nas áreas
sociais. E organizou a irrigação, sempre com o cuidado para não ficar
molhando a fachada, bem como o tempo necessário para a ação na área
destinada.
Fotos:
Lixeiras e equipamento de irrigação.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
127
QUADRO 31 – Ficha de aferição de resultados referente ao tipo de iluminação artificial
Recomendação:
Substituir todas as lâmpadas incandescentes por fluorescente compacta,
adequar a luminária.
Descrição da Recomendação:
Esta recomendação tem como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica e
melhorar a qualidade da iluminação sem exigir que se acenda mais de uma
luminária em cada ambiente. Seria conveniente estudar a possibilidade de
redução de luminárias nos ambientes.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de energia elétrica.
Eliminação de resíduo de lâmpadas incandescente.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos de energia elétrica.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Maior conforto na iluminação.
Observação:
A pousada iniciou a troca de algumas lâmpadas incandescente, contudo ainda
não adequou a luminária para a lâmpada fluorescente, mas já se estabeleceu
uma economia de energia sem perder a qualidade da iluminação artificial.
Fotos:
Troca de lâmpadas incandescente por fluorescentes.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
128
QUADRO 32 – Ficha de aferição de resultados referente aos estendedores de toalhas
Recomendação:
Substituir ou acrescentar mais pontos para estender as toalhas nos banheiros
de forma que a mesma possa ser estendida aberta e secar mais rápido,
reduzindo o consumo de produtos, água e energia.
Descrição da Recomendação:
O acréscimo de pontos para estender toalhas usadas permite que as toalhas
sequem mais facilmente e possam ser reutilizadas sem exigir sua troca diária.
A redução de lavagens de toalhas beneficiam as operações da pousada e
reduzem significativamente custos e uso de recursos naturais.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de energia elétrica.
Redução do consumo de água.
Redução do consumo de produtos químicos.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos com a lavanderia.
Benefícios Tecnológicos:
Redução de uso do equipamento de lavagem e secagem.
Observação:
Associado a esta ação deve-se dar atenção à abertura de ar dos banheiros,
permitindo melhor acesso à janela ou maior abertura da mesma permitindo
uma boa ventilação natural.
Fotos:
Toalheiros maiores e apoio de toalhas.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
129
QUADRO 33 – Ficha de aferição de resultados referente à limpeza dos filtros de ar
Recomendação:
Estabelecer a limpeza dos filtros de ar condicionado quinzenalmente.
Descrição da Recomendação:
A limpeza dos filtros de ar condicionado quinzenalmente permite o melhor
funcionamento do mesmo e uma redução de consumo de energia elétrica.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de energia elétrica.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos com energia elétrica.
Redução de custo com manutenção do ar condicionado.
Benefícios Tecnológicos:
Redução de uso do compressor do ar condicionado e conseqüentemente maio
vida útil do equipamento.
Observação:
É importante lembrar que não elimina a necessidade da manutenção periódica
do equipamento.
Fotos:
Limpeza dos filtros de ar condicionado, posicionados para secagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
130
QUADRO 34 – Ficha de aferição de resultados referente à comunicação com os
hóspedes
Recomendação:
Desenvolvimento de opinário, isto é, de folheto que possibilita a comunicação
do hóspede com a empresa onde possa expressar suas reclamações
sugestões e elogios.
Descrição da Recomendação:
A disposição do opinário aos hóspedes permite um diálogo dos mesmos com a
empresa possibilitando mudanças, ajustes, melhorias na prestação do serviço.
Benefícios Ambientais:
Melhoria do serviço.
Satisfação do hóspede.
Benefícios Econômicos:
Busca da fidelização dos hóspedes.
Melhor prestação de serviço.
Benefícios Tecnológicos:
Observação:
Estabelecer, além do opinário, a forma de resposta, o agradecimento aos
hóspedes que respondem ou sugerem e o retorno aos que reclamam.
Fotos:
Modelo de opinário desenvolvido para a pousada.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
131
QUADRO 35 – Ficha de aferição de resultados referente ao modelo de aberturas (janelas)
Recomendação:
Ampliar as aberturas de ventilação dos banheiros permitindo que as toalhas
não sejam trocadas diariamente por não estarem secas.
Descrição da Recomendação:
O tamanho da abertura (janela) dos banheiros está diretamente relacionado à
redução do consumo de água e energia elétrica, pois a ventilação natural
poderá permitir que as toalhas sejam secas mais rapidamente evitando a troca
diária das mesmas.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de energia elétrica.
Redução de consumo de água.
Redução de consumo de produtos químicos.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos com lavanderia.
Redução de custo com energia elétrica.
Benefícios Tecnológicos:
Redução de uso dos equipamentos da lavanderia e maior vida útil dos
mesmos.
Observação:
É importante lembrar que é necessário permitir com facilidade o manuseio da
janela e muito bom se mesmo fechada ela permita a iluminação natural.
Fotos:
Abertura dos novos banheiros seria janela tipo “boca de lobo” e foi reformada
para pivotante com abertura da totalidade do vão.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
132
Alguns meios de hospedagem assumiram outras ações também benéficas à
minimização de impacto ambiental, esta atitude indica uma postura pró-ativa
bastante importante para o desenvolvimento de uma gestão ambiental de
resultado.
QUADRO 36 – Ficha de aferição de resultados referente a reparos de coberta
Outras Ações:
Execução de reparo na coberta da pousada.
Descrição das Ações:
A coberta da pousada servia de habitat de morcegos e acúmulo de insetos
necessitando sempre de reparos e dedetizações. Neste reparo além de vedar
as aberturas de passagens dos morcegos foi inserida manta protetora entre o
madeiramento e a telha, com superfície refletora que reduz o calor absorvido
pelas telhas.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de energia ocasionada pelo uso do ar condicionado,
principalmente nos apartamentos do último pavimento.
Redução de produtos químicos na dedetização dos ambientes.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos associados a dedetização.
Redução do consumo de energia.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Eliminação de odor característico dos morcegos, redução de contato com
produtos químicos, eliminação de insetos.
Observação:
A utilização da manta protetora ocasiona uma proteção extra e
conseqüentemente maior vida útil do madeiramento da coberta.
Fotos:
Manta protetora utilizada para proteção da coberta.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
133
QUADRO 37 – Ficha de aferição de resultados referente a placas informativas aos
hóspedes
Outras Ações:
Instalação de placas informativas aos hóspedes sobre a melhor utilização de
produtos e equipamentos.
Descrição das Ações:
Tais ações objetivam a conscientização dos hóspedes. Acredita-se que a única
forma de alcançarmos objetivos de boas práticas numa pousada é com a
contribuição dos seus hóspedes.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de recursos naturais.
Minimização de acidentes.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos associados aos recursos naturais.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Maior conforto e higiene e valorização do hóspede.
Observação:
A pousada instalou placas informativas com instruções de uso de alguns
equipamentos.
Fotos:
Placas informativas para os hóspedes.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
134
QUADRO 38 – Ficha de aferição de resultados referente a placas informativas aos
funcionários
Outras Ações:
Instalação de placas informativas aos funcionários sobre a melhor utilização de
produtos e equipamentos.
Descrição das Ações:
Tais ações objetivam a conscientização dos funcionários às questões do meio
ambiente através de ações no dia-a-dia, na sua atividade. Acredita-se que a
única forma de alcançarmos objetivos de boas práticas numa empresa é com a
contribuição irrestrita dos seus funcionários.
Benefícios Ambientais:
Redução do consumo de recursos naturais.
Minimização de acidentes.
Benefícios Econômicos:
Redução de custos associados aos recursos naturais.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Maior conforto e higiene nas áreas de serviço, valorização do funcionário.
Observação:
A pousada instalou placas informativas nas portas dos ambientes de serviço,
placas com instruções de uso de alguns equipamentos, equipamentos como
papeleiras e saboneteiras nos banheiros dos funcionários.
Fotos:
Placas informativas, utilização de papeleiras nos BWC dos funcionários.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
135
QUADRO 39 – Ficha de aferição de resultados referente a canteiros de compostagem
Outras Ações:
Execução de canteiros para compostagem do lixo orgânico.
Descrição das Ações:
A pousada segrega o lixo orgânico dos demais e coloca nos canteiros de
compostagem na área de serviço da mesma. O lixo disposto em composteiras
é transformado em adubo orgânico utilizado para o próprio jardim.
Benefícios Ambientais:
Redução de resíduo destinado ao “lixão” municipal.
Adubação do solo.
Benefícios Econômicos:
Redução de compra de adubos para o jardim.
Benefícios de Saúde Ocupacional:
Observação:
A pousada possui canteiros na área de serviço da mesma para a compostagem
do lixo orgânico.
Fotos:
Canteiros de compostagem.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
136
5.3 Análise das Fases da Pesquisa
Os resultados obtidos com a execução do trabalho estão expostos de
acordo com as três fases mencionadas na metodologia da pesquisa.
Observou-se o comportamento e andamento de cada fase e identificou-
se algumas barreiras e pontos positivos.
Inicialmente, com a realização das atividades de sensibilização dos
proprietários e dirigentes das empresas, com o objetivo de iniciar os estudos foi
enfatizada a necessidade de empenho para pôr à disposição da pesquisa
dados e informações das empresas.
Na Fase I, referente ao estudo de campo, após o comprometimento
gerencial das empresas, foram iniciadas as visitas às mesmas. Durante o
processo, alguns pontos positivos e barreiras foram identificados.
Evidenciou-se nas visitas realizadas que os empresários estão interessados
na busca de alternativas para eliminar perdas relacionadas ao processo produtivo,
evitando desta maneira desperdícios.
Destacam-se alguns dos pontos positivos verificados:
Receptividade e boa vontade em aceitar e implementar as propostas de
melhorias sugeridas.
Percepção quanto aos custos da matéria-prima e insumos do uso e
desperdício, o que pode facilitar a compreensão e implementação de
medidas de redução de desperdício e minimização de impactos ambientais
negativos.
Existência de algumas ações visando à redução dos desperdícios,
principalmente de energia e de matéria-prima.
Possibilidade de atrair mais clientes através do marketing ambiental.
Consciência sobre o conjunto ambiental da localidade e a preocupação com
sua preservação para continuar a atrair turista.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
137
Destacam-se algumas barreiras verificadas:
ausência de controles de materiais;
falta de pessoal qualificado para prestar informações;
receio para disponibilizar informações;
quadro reduzido de pessoal;
falta de compreensão ao objetivo do trabalho;
ausência de equipamentos e ferramentas pertinentes ao
levantamento das informações; e
resistências por acreditar que operavam com práticas
satisfatórias. Algumas barreiras foram geradas, possivelmente,
pela ausência de metas desde a fase inicial do processo.
Na Fase II, destinada a difundir informações e incentivar a
implementação das ações propostas, aconteceu a entrega dos relatórios de
diagnóstico elaborados a partir da Fase I. Nessa ocasião, ocorreu a palestra
que reuniu dirigentes e funcionários dos empreendimentos, quando foram
verificados alguns pontos positivos, como:
a consciência de alguns funcionários sobre a importância da
atividade turística para Porto de Galinhas;
a troca de informações e acréscimos gerados pela discussão dos
resultados;
o comprometimento dos funcionários para a implementação das
ações; e
o estímulo e incentivo gerado com as propostas sugeridas.
A Fase III, destinada à verificação in loco das mudanças realizadas a
partir do diagnóstico entregue aos meios de hospedagem, foi bem-sucedida,
pois num intervalo pequeno, de apenas 2 meses, entre a entrega dos relatórios
e a aferição dos resultados, muitas mudanças e ajustes ocorreram.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
138
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Em relação ao objetivo geral, os resultados obtidos com a realização do
estudo permitiram analisar o potencial de contribuição da PML nos meios de
hospedagem de Porto de Galinhas como instrumento de turismo sustentável
em apoio à implementação da Agenda 21 de Ipojuca, destacando que:
A PML pode agir pró-ativamente, direta ou indiretamente, em quatro
dos cinco temas da Agenda 21 de Ipojuca, Cidade sustentável,
Turismo sustentável, Redução das desigualdades sociais, e,
Conservação e gestão dos ecossistemas naturais;
Os meios de hospedagem de turismo de Porto de Galinhas
demonstraram envolvimento nas questões ambientais locais, e, estão
organizados em associações e entidades fortalecendo seus
interesses;
O turismo sustentável é uma premissa necessária para o
desenvolvimento do turismo em Porto de Galinhas, sendo assim, é
essencial a inserção dos empreendimentos turísticos em programas,
parcerias e projetos.
O fato de ter sido aplicado um diagnóstico baseado na metodologia de
PML e terem sido sugeridas recomendações possibilitando a redução de
consumos na fonte e de resíduos gerados, além de ter possibilitado conhecer o
perfil dos empreendimentos locais, permitiu a verificação do potencial do setor
hoteleiro em agir pró-ativamente em relação às estratégias da Agenda 21 do
município de Ipojuca.
Vale a pena ressaltar que a inserção dos empreendimentos participantes
do estudo não exigiu investimento financeiro inicial e foi inteiramente voluntária.
A implementação das recomendações/oportunidades de PML também foi
voluntária.
Algumas oportunidades exigiram mudanças de comportamento; outras,
de fornecedores; e outras, de investimento financeiro. Contudo, todas
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
139
sinalizavam para a redução de consumos e, conseqüentemente, economia em
diversos setores do serviço.
Considerando-se a relevância da necessidade da gestão ambiental em
meios de hospedagem, a PML, embora não tenha sido implementada
completamente nos meios de hospedagem pesquisados, obteve, com as
etapas aplicadas, um claro entendimento do seu potencial para contribuição ao
turismo sustentável.
Isso enfatiza que o setor meios de hospedagem local, seja pela grande
concentração de meios de hospedagem, seja pela conscientização adquirida
pelos seus dirigentes e funcionários com o sucesso de simples iniciativas, pode
contribuir para o turismo sustentável em Porto de Galinhas.
De fato, o trabalho não pretendeu ou resultou na aplicação completa da
metodologia de PML, mas toda a pesquisa junto aos meios de hospedagem
baseou-se nos passos previstos por essa metodologia.
Procurando responder à questão formulada quando do estabelecimento
dos objetivos do trabalho, o estudo mostrou que a PML é uma possível
alternativa de grande potencial para se implementar as estratégias e ações
definidas na Agenda 21 de Ipojuca.
Devido ao enfoque aplicado, isto é, pelo caráter prático que a pesquisa
adotou e a análise elaborada dos dados e informações obtidos, foi possível
validar a contribuição da PML para a implementação da Agenda 21 do
município de Ipojuca. Por exemplo, contribuições para a operacionalização
de algumas estratégias, como:
Mudanças de padrões de produção e consumo;
Expansão e sustentabilidade do setor de serviços;
Valorização do patrimônio sócio-cultural;
Promoção da qualidade de serviços turísticos;
Criação e expansão de novos produtos;
Uso e ocupação do solo;
Conservação e gestão dos recursos da zona costeira;
Gestão dos recursos hídricos;
Combate à pobreza;
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
140
Melhoria das condições de saúde; e
Fortalecimento de grupos vulneráveis.
Dessa forma, pode-se concluir que a metodologia de PML é possível de
ser implementada, ou seja, possível de ser desenvolvida dentro das empresas
a cultura da racionalidade e o paradigma da prevenção.
Com base neste estudo e à luz das experiências de outros trabalhos
desenvolvidos de gestão ambiental em empresas, destacam-se alguns pontos
relevantes à continuidade e manutenção deste já iniciado em Porto de
Galinhas, como:
A necessidade de incentivo governamental ou privado à adoção de
novos programas;
O incentivo à busca de uma certificação ambiental para meios de
hospedagem;
Trabalhar com Porto de Galinhas considerando-o como um destino de
turismo com suas características e dinâmicas próprias;
A elaboração de material didático e padronizado para o destino turístico;
O marketing direcionado às empresas que efetivamente alcançam
benefícios ambientais;
A busca pela gestão integrada entre os diversos setores; e
O desenvolvimento de uma política ambiental eficiente.
O estudo também mostrou que, independentemente das amplas ações
descritas acima, é recomendável que as empresas ajam de forma pró-ativa e
busquem o próprio programa ambiental, estabeleça suas metas e objetivos e
possam implementá-los.
Baseado nos conceitos de gestão ambiental, turismo sustentável e PML,
trabalhados na pesquisa, conclui-se, também, que para a melhoria da
qualidade de produtos e serviços nos meios de hospedagem faz-se necessário
investir no setor humano que participa do processo, seja qual for seu nível de
contribuição, além do investimento em estrutura, equipamentos e sistemas.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
141
A porposta de melhoria contínua necessita estar presente nos
empreendimentos através das pessoas, desde a direção ao mais simples
colaborador, portanto conclui-se que a importância da criação dessa
mentalidade se faz necessária e deve partir do próprio empreendimento,
independente do seu porte.
A principal contribuição deste trabalho é demonstrar a possibilidade de
se agir na causa da geração dos resíduos do setor hoteleiro, ou seja, romper o
paradigma de que os desperdícios são impossíveis de ser minimizados, que a
redução de consumos de bens naturais ou de produtos químicos seja difícil, e
que a adoção de novas práticas, que exijam a participação do hóspede,
assuma uma característica desagradável ao serviço prestado.
Ressalta-se, por outro lado, que o fato de Porto de Galinhas possuir uma
grande quantidade de meios de hospedagem, e de esses efetivamente
implantarem a gestão ambiental, não garante o desenvolvimento sustentável
do destino turístico, pois a sustentabilidade poderia ser ameaçada por outras
atividades.
Contudo, esta pesquisa, explicita a importância do setor meios de
hospedagem e suas práticas no destino turístico e, principalmente o potencial
na busca do turismo sustentável descrito na Agenda 21 do Município.
O trabalho enfatiza que a implementação de um sistema de gestão
ambiental baseado na PML pode ser, além de uma ação pró-ativa em relação
ao meio ambiente, uma oportunidade de negócios, na medida em que
reduzindo os desperdícios as empresas se tornam mais competitivas.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
142
6.1 Recomendações para trabalhos futuros
Este trabalho de pesquisa não esgota o assunto, o que permite perceber
algumas outras oportunidades para o setor meios de hospedagem, como
também para Porto de Galinhas, destino turístico reconhecido mundialmente.
Sendo assim, descreve-se algumas sugestões para pesquisas futuras,
tendo em vista que:
Este trabalho conclui que existe a possibilidade de aprofundar as
questões ambientais através da implantação de PML: sugere-se
implementar integralmente a metodologia de PML em meios de
hospedagem de Porto de Galinhas.
Para classificar o nível de envolvimento dos atores com as questões
ambientais: sugere-se estudar os parâmetros para classificação do
envolvimento ambiental do setor meios de hospedagem num destino
turístico.
Porto de Galinhas, possui uma beleza natural ímpar, que atrai uma
grande quantidade de turistas: sugere-se estudar a capacidade de
carga desse destino turístico considerando o limite de uso do
ecossistema local.
O crescimento da atividade turística gera uma especulação imobiliária
nem sempre saudável: sugere-se estudar os parâmetros urbanísticos
privilegiando as características ambientais inerentes ao local.
O trabalho focado na gestão ambiental não pode ficar na subjetividade
exigindo assim, parâmetros para medições de desempenho. Sugere-se
estudar e desenvolver indicadores de ecoeficiência para o setor meios
de hospedagem.
A ausência de uma política ambiental no Município gera alguns
atropelos ao desenvolvimento sustentável sugerido pela Agenda 21.
Sugere-se estudar o desenvolvimento uma política ambiental para o
Município.
A implantação do Projeto Porto Melhor tem sido amplamente discutida
e criticada pela sociedade: sugere-se estudar os impactos desse
projeto nas dimensões ambientais, sociais e econômicas.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
143
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU, D. Os ilustres hóspedes verdes. Salvador: Casa da Qualidade, 2001.
ALEJANDRO, S. C. Sistema de gestão ambiental: responsabilidade social,
sustentabilidade, produção mais limpa. São Paulo: Oriom, 2002.
ALMEIDA, F. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2002.
ANDRADE, J. V. Gestão em lazer e turismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
ANDRADE, N. Hotel: planejamento e projeto. São Paulo: SENAC, 2003.
ARAÚJO, M. C. C. da C. Mapeamento da qualidade ambiental nas organizações
privadas de Santa Catarina ISO 14000 e produção mais limpa. 2004. 92 f.
Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção
da UFSC, Florianópolis, 2004.
BARROS Jr., N. F. de. A dinâmica espacial e a reorganização territorial do litoral
de Ipojuca/PE: Porto de Galinhas – a emergência de um espaço turístico. 2002. 181
f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CFCH. Geografia,
Recife, 2002.
BN BANCO DO NORDESTE. Manual de impactos ambientais: orientações
básicas sobre aspectos ambientais de atividades produtivas. Fortaleza: Banco do
Nordeste, 1999.
CAGNIN, C. H. Fatores relevantes na implementação de um sistema de gestão
ambiental com base na norma ISO 14001. 2000. Dissertação (Mestrado) -
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal
de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
144
CARELLI, M. N. Gestão ambiental na empresa: bases epistemológicas. 2004. 213
f. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e
Sistemas da UFSC, Florianópolis, 2004.
CASTELLI, G. Excelência em hotelaria: uma abordagem prática. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
CNTL Centro Nacional de Tecnologias Limpas. As cinco fases da Produção
Mais Limpa. Rio Grande do Sul. Apostila, 2002a.
__________ . Manual metodologia de implantação do Programa de Produção
Mais Limpa. Rio Grande do Sul. Apostila, 2002b.
__________ . Disponível em: http://www.holographic.com.br/~prj/cntl/sobre-
5vantagem.htm, Acesso em: 09 ago. 2006.
COMPESA Companhia Pernambucana de Saneamento. Projeto básico de
abastecimento de água de Porto de Galinhas Ipojuca (PE). Recife. COMPESA,
2000. (Versão em CD-R)
CONDEPE/FIDEM Agência de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco. Síntese
de indicadores municipais 2000. Recife: CONDEPE/FIDEM, 2003.
CONTI, J. B. A natureza nos caminhos do turismo. In: RODRIGUES, Adyr Balastreri
(Org.). Turismo e ambiente: reflexões e propostas. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 17-
26.
CPRH Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Diagnóstico
socioambiental litoral sul de Pernambuco. Gerenciamento Costeiro (GERCO/DHF).
Recife: CPRH, 2001.
CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Atividades impactantes
sobre o meio ambiente da região metropolitana do Recife. Projeto SINGRE II, 2001.
(Versão em CD)
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
145
FARIA, D. S. de; CARNEIRO, K. S. Sustentabilidade ecológica no turismo.
Brasília: UNB, 2001.
FENGLER, T. R. B. Modelo de gestão ambiental na atividade hoteleira. 2002.
152 f. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção da UFSC, Florianópolis, 2002.
FIDEM Fundação de Desenvolvimento Municipal. Planta diretora do município do
Ipojuca. Recife: FIDEM, 2001.
FOH, K. L. Sustainable tourism destination: approaches and methodology. 1999.
99 f. Dissertação (Mestrado) Master of Science in Environmental Management and
Policy at the International Institute for Industrial Environmental Economics (IIIEE) at
Lund University, Lund (Suécia), 1999.
FURTADO, J. S. Auditorias, sustentabilidade, ISO 14000 e produção limpa: limites e
mal-entendidos. 1998. Disponível em: <www.vanzolini.org.br/
areas/desenvolvimento/producaolimpa>. Acesso em: 21 jun. 2006.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
GONÇALVES, L. C. Gestão ambiental em meios de hospedagem. São Paulo:
Aleph, 2004.
IH Instituto de Hospitalidade. Norma nacional para meios de hospedagem:
requisitos para a sustentabilidade – NIH-54. Salvador, 2004.
LINZMAYER, E. Guia básico para administração da manutenção hoteleira. São
Paulo: SENAC, 1994.
MACÊDO, M. A. de A. Identificação e análise de elementos da gestão ambiental
em empreendimentos ecoturísticos hoteleiros. 2003. Dissertação (Mestrado
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
146
Profissional) Mestrado Profissional em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais
no Processo Produtivo (MEPLIM/DEA) da UFBA, Salvador, 2003.
MELO, I. V. de. Uma abordagem compreensiva ao processo de
desenvolvimento industrial sustentável. 2002. 271 f. Tese de Doutorado -
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSC, Florianópolis,
2002.
MENDONÇA, L. C. de (Org.). A invenção de Porto de Galinhas: história,
empreendedorismo e turismo. Recife: Persona, 2004.
MENDONÇA, R. Turismo ou meio ambiente: uma falsa oposição? In: LEMOS,
Amália Inês G. de (Org.). Turismo: impactos socioambientais. São Paulo: Hucitec,
1999. p. 19-25.
MIRANDA, J. L. F. de. Estudo do meio sico do município de Ipojuca/PE:
hidrogeologia. Recife: CPRM/FIDEM, 1999. (Série Recursos Hídricos – Volume 2)
MOTA, S. Urbanização e meio ambiente. 3. ed. Rio de Janeiro: ABES, 2003.
MOURA, L. A. R. O processo de construção de paradigmas e migração da
aprendizagem no âmbito da implantação da norma NBR ISO 14000, em meios
de hospedagem. 2003. 150 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)
– Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
NBR ISO 14001: 2004. Sistema de gestão ambiental – especificação e diretrizes
para uso. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2004. 14 p.
NOVAES, W. (Org.). Agenda 21 brasileira: bases para discussão. Brasília (DF):
Ministério do Meio Ambiente/Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(MMA/PNUD), 2000.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
147
PCTS Programa de Certificação em Turismo Sustentável. Referências e diretrizes
do programa de certificação em turismo sustentável. Rio de Janeiro, 2003.
Disponível em: <http://www.cbts.org.br/>. Acesso em: 17 jun. 2006.
PEREIRA, C. L. de F. Produção mais limpa como um Instrumento de Gestão
Ambiental: estudo de caso em uma indústria de cerâmica esmaltada. 2003. 113 f.
Dissertação (Mestrado) - Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais (MGPA) da
UFPE, Recife, 2003.
PMI Prefeitura Municipal de Ipojuca. Agenda 21 do Ipojuca. Ipojuca:
PMI/Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (FADURPE),
2004a.
__________ . Código de postura, publicidade e censura estética do município
do Ipojuca. Recife: Policonsult/PMI, 2004b.
__________ . Diagnóstico socioeconômicoambiental do município de Ipojuca.
Ipojuca: PMI, 2004c.
__________ . Diagnóstico situacional do município do Ipojuca. Recife:
Policonsult/PMI, 2004d.
__________ . Plano diretor urbanístico do município de Ipojuca. Recife:
Policonsult/PMI, 2004e.
__________ . Aterro sanitário do Ipojuca: projeto básico. Ipojuca: Acqua
Engenharia Ltda, 2003a.
__________ . Inventário do potencial turístico do Ipojuca: atrativos turísticos
histórico-culturais e atrativos naturais relatório final. Ipojuca: Instituto de
Administração e Tecnologia (ADM&TEC), 2003b.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
148
__________ . Plano de regulamentação da orla do município do Ipojuca
Pernambuco. Ipojuca: PMI, 2001.
PORTO de Galinhas. Disponível em: <www.portodegalinhas.com.br>. Acesso em: 2
set. 2006.
PROJETO Ecologia na Accor Hotels. Disponível em:
<http://www.accorhotels.com.br/frame_ecologia.htm>. Acesso em: 15 jun. 2006.
ROTEIROS de Charme Associação de Hotéis. Código de ética e de conduta
ambiental, 1999. Disponível em:
<http://www.roteirosdecharme.com.br/meioambiente.php>. Acesso em: 15 jun. 2006.
SEBRAE. Metodologia Metodologia Sebrae 5 Menos Que São Mais Redução de
Desperdício nas Micro e Pequenas Empresas. Brasília: Sebrae, 2004
SECTMA Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco.
Diagnóstico do turismo nos municípios de Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e São
José da Coroa Grande – relatório final. Recife: SECTMA, 2003.
SEDUPE Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado de Pernambuco. Porto
melhor: projeto de requalificação urbana de Porto de Galinhas. Recife: SEDUPE,
2003.
SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001.
SILVA FILHO, J. C. G. da. O uso da produção mais limpa como ferramenta de
gestão ambiental de melhoria contínua: estudo de caso em uma empresa
fabricante de embalagem de papel no estado de Pernambuco. 2003. Dissertação
(Mestrado) - Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais (MGPA) da UFPE, Recife,
2003.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
149
SENADO Federal. Agenda 21 Global. Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92). 2. ed. Brasília (DF),
1997.
TRIBE, John. Economia do lazer e do turismo. São Paulo: Manole, 2003.
TRIGO, L. G. G. Turismo básico. São Paulo: Senac, 1999.
VALE, M. L. A. do. Modelo de gestão hoteleira para meios de hospedagem
ambiental e ecológico. 2003. 159 f. Dissertação: Mestrado Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção da UFSC, Manaus, 2003.
VALENÇA, S.; CAVALCANTI, C.; SOBRAL, M. do C.; MELO, I. V. de; RAMOS, D.
Porto de Galinhas: descrição do sistema de saneamento ambiental e sua relação
com o turismo. In: Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária (SILUBESA),
12, 2006, Figueira da Foz (Portugal). Anais... Lisboa (Portugal): Associação
Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH), 13-17 mar. 2006b. (CD ROM)
WTTC/WTO/Earth Council World Travel and Tourism Council/World Tourism
Organization/Earth Council. Agenda 21 for the travel & tourism industry: towards
environmentally sustainable development. [S. l.]: WTTC; WTO; Earth Council, 1999.
WWF World Wildlife Fund. Certificação em turismo: lições mundiais e
recomendações para o Brasil. Brasília: WWF, 2001.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
1
ANEXOS
ANEXO 1- Formulários Utilizados na Pesquisa
Neste anexo estão apresentados todos os formulários utilizados para o
desenvolvimento da pesquisa. Eles preenchidos total ou parcialmente pela
pesquisadora durante a pesquisa de campo com o intuto de facilitar a análise de
dados e informações obtidas nos meios de hospedagem estudados.
ANEXO 2- Tabelas das Características dos Meios de Hospedagem
Este anexo apresenta condesadamente as informações sobre as características
gerais de bens e serviços prestados pelos meios de hospedagem estudados.
Aborda as questões referentes ao consumo de matérias-primas, geração de
efluentes, emissões atmosféricas e resíduos e apresenta os custos associados às
principais matérias –primas utilizadas.
ANEXO 3- Diário de Campo
O anexo refere-se a apresentação, cronologicamente, de como foi realizada a
pesquisa de campo desde o início do trabalho, considerando os contatos,
entrevistas, visitas, levantamento de material, participação de eventos e outros.
Permite uma visão de como foi estruturado o trabalho e o tempo consumido para
realização da pesquisa.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
2
ANEXO 1 – Formulários utilizados na pesquisa
Identificação da Empresa
Nome da empresa:
Nome fantasia:
Endereço/CEP:
Localização geográfica¹:
Fone/fax:
Homepage:
E-mail:
CNPJ:
Inscrição estadual:
Ramo de atividade ²:
Data de instalação no local:
Regime de funcionamento: horas/dia dias/mês meses/ano
Classificação ³:
Principais produtos ou serviços:
N
o
de funcionários próprios:
N
o
de funcionários terceirizados:
Regime de trabalho:
Faturamento anual:
Mercado:
Licenças ambientais:
Nome do contato na Empresa:
Período de atuação do consultor na empresa:
¹ (Cidade e região – n
o
de habitantes e características da região);
² (Segundo classificação IBGE ou Receita Federal);
³ (Indústria, comércio ou prestação de serviços);
4
(Segundo número de funcionários para indústria, comércio ou serviços, classificando como micro, pequena e
média empresa).
Informações sobre programas e projetos da Empresa
Programas ou projetos Motivo da escolha Implantado
Plano de
Implantar
Certificações
Programas de qualidade
PPRA – Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais
Correção de Fator de Potência
Prêmios recebidos
Incentivos concedidos a
colaboradores
Outros:
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
3
Número total de funcionários por área
Próprios Terceirizados
Área
Mínimo Médio Máximo Mínimo Médio Máximo
Produção
Administração
Serviços gerais
Outras áreas
N
o
de empreiteiras*
* somente para funcionários terceirizados
Organograma da Empresa
Informações adicionais
Tarifas Praticadas
Esta tabela permite explicitar os preços de tarifas praticados pelo meio de
hospedagem em relação ao tipo de acomodação existente e conforme a estação
baixa, média e alta.
Tipo de Apartamentos Baixa Estação
(maio e junho)
Alta Estação
(dez a março)
Média Estação
(abril/ago/set/nov)
Apartamentos A
Apartamentos B
Taxa de Ocupação
O objetivo desta tabela é possibilitar conhecer os meses de maior freqüência de
clientes durante o ano e obter uma média da taxa de ocupação anual.
MÊS/ANO Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio
OCUPAÇÃO
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
4
Lista de Fornecedores
A tabela permite conhecer os principais fornecedores da empresa com o intuito de
poder acessá-los quando necessitar de informações mais detalhadas e específicas.
Esta Informação é bem útil principalmente quando à necessidade de mudanças junto
ao fornecedor objetivando o melhor desempenho da empresa objeto de estudo.
PRODUTO FORNECEDOR CONTATO TELEFONE
Pães
Frutas/Verduras
Alimentos
Roupa de cama
Roupa de Banho
Produtos de Limpeza
Bebidas
Móveis
Gás
Lavanderia
Bebidas
Licenciamento Ambiental
Observar as peculiaridades do licenciamento ambiental em cada Estado da
Federação, visto as diferenças existentes entre os órgãos ambientais estaduais.
Licenças* Número da licença Vencimento
Licença Prévia – LP**
Licença Instalação – LI**
Licença de Operação – LO
* Utilizar a terminologia preconizada pelo Órgão Estadual responsável pelo licenciamento;
** especificar a finalidade da licença (ampliação, relocação, implantação, substituição de processos, etc).
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
5
Layout esquemático
Desenho esquemático da implantação da edificação no terreno destacando as áreas
sociais, de serviço, de lazer, a habitacional, de circulação e área verde do
estabelecimento.
Levantamento fotográfico
Este levantamento visa o registro, através de imagens, de todas as áreas do
empreendimento e em alguns casos a forma como é elaborado e fornecido o
serviço.
INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO
Fluxograma Global
O fluxograma permite estabelecer uma visão geral dos principais fluxos de material
dentro da empresa, o que facilita o processo para implantação da gestão destes.
Entradas
Operações – Etapas Saídas
1.
MEIO DE HOSPEDAGEM
Matérias primas
Alimentos
Bebidas
Águas
Águapotável
Água do Rio
Energias
Energia Elétrica
Gás
Materiais de Processo
Material de escritório
Material de Propaganda
Uniformes/EPIs
Roupas cama/mesa/banho
louças
móveis
ferramentas
Utensílios ou materiais de
consumo
Produtos Químicos
Produtos químicos
Material de Limpeza
Hospedagem
Refeições
Lazer
Resíduos sólidos
Resíduos Sólidos
Lixo de Varrição
Uniformes/EPIs usados
Móveis Quebrados
Embalagem
Materiais de escritório
usados
Roupas estragadas
Resto de Alimentos
Materiais de propaganda
ultrapassados
Efluentes
Efluentes Líquidos
Emissões Atmosféricas
Emissões Atmosférica
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
6
Informações sobre Produto ou Serviço
Principais produtos ou serviços
Produto ou Serviço Quantidade Unidade
Principais subprodutos, resíduos, efluentes e emissões
Produto ou Serviço Quantidade
Custo da
Matéria -Prima
Insumos e auxiliares
N
o
Insumos e auxiliares
(A)
Quantidade
anual em t*¹
(B)
Custo Unitário
(R$)
(AxB)
Custo Total
Anual (R$)
I
II
III
IV
V
VI
VII
*¹ Utilizar preferencialmente kg ou t, listando em ordem quantitativa decrescente.
Informações sobre Água
Consumo e Fontes de Abastecimento
Fontes de Abastecimento
Quantidade*
(unidade usual)
Quantidade
(m³/ano)
Rede pública
Poço ou nascente
Rios, lagos, etc., especificar o nome:
Açudes ou barragens
Outras, especificar:
* utilizar a unidade usual de medição para a Empresa.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
7
Informações sobre energia
Consumo de energia elétrica
Mês 1
kWh
Mês 7
kWh
Mês 2
kWh
Mês 8
kWh
Mês 3
kWh
Mês 9
kWh
Mês 4
kWh
Mês 10
kWh
Mês 5
kWh
Mês 11
kWh
Mês 6
kWh
Mês 12
kWh
Consumo médio mensal: kWh
Consumo mínimo mensal: kWh
Consumo máximo mensal: kWh
Consumo anual: kWh
Obs.: Considerar um ano como o período mínimo de avaliação, iniciando preferencialmente no mês
de janeiro, mas poderão ser considerados os 12 meses que antecederam a realização deste
diagnóstico.
Outras formas de energia
Forma de energia
Quantidade*
(unidade usual)
Quantidade
anual
Unidade
Finalidade da
utilização
Água quente**
Vapor úmido
Vapor superaquecido
Ar comprimido
Outros
* utilizar a unidade usual de medição para a Empresa;
** indicar se existem águas a diferentes temperaturas, incluindo mais linhas na tabela;
*** indicar os tipos de vapor e a pressão de trabalho, incluindo mais linhas na tabela.
Fontes alternativas de energia
Fontes alternativas de energia
Quantidade*
(unidade usual)
Quantidade anual
Percentual de
participação sobre o
total de energia
Energia solar térmica
Energia solar fotovoltaica
Energia eólica
Outras fontes
Consumo de combustíveis
Combustível
Quantidade*
(unidade usual)
Quantidade anual
GLP
Gás natural
Óleo combustível
Carvão
Lenha
Outros tipos de biomassa, especificar:
Outros, especificar:
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
8
Informações sobre efluentes líquidos
Geração de efluentes no processo produtivo
Vazão
1
Vazão diária (m³/dia) Vazão anual(m³/ano) Dias/semana
2
Máxima
3
Atual
Licenciada
1. Caso esteja disponível, anexar perfil diário de vazão;
2. Caso a empresa tenha vazão de efluentes somente algumas vezes por semana, indique a
quantidade de dias;
3. Para a vazão máxima, considere a capacidade máxima da empresa.
Pontos de geração de efluentes líquidos
Pontos
Vazão diária (m³/dia) Vazão anual (m³/ano)
Processos produtivos
Refrigeração
Caldeiras
Lavagem de pisos e equipamentos
Lavagem de veículos
Outras etapas, especificar:
Principais equipamentos utilizados no processo
Esta lista de equipamentos elétricos permite a visualização ou estimativa do
consumo de energia e a necessidade de atualizações dos equipamentos.
EQUIPAMENTO QUANTIDADE MODELO ANO DE
FABRICAÇÃO
CAPACIDADE
NOMINAL
Televisão
Frigobar
Ar Condicionado
Geladeira
Freezer
Fogão
Fornos
Chuveiros Elétricos
Boilers
Bombas de água
Microondas
Máquina de Lavar
Roupas
Secadora
Calandra
Economizadores de
energia (chaveiros)
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
9
ANEXO 2 - Características dos Meios de Hospedagem Estudados
MEIO DE
HOSPEDAGEM
MERO DE
APARTAMENTO
MERO DE LEITOS MERO DE
FUNCIONÁRIOS
INÍCIO DA
ATIVIDADE
TAXA DE
OCUPAÇÃO ANUAL
POUSADA 1 28 90 10 1993 41,4%
POUSADA 2 16 45 8 2005 24%
POUSADA 3 12 24 20 2000 -
POUSADA 4 32 70 10 2000 -
POUSADA 5 24 64 20 2001 70%
POUSADA 6 16 44 5 1999 -
POUSADA 7 14 28 7 1996 77%
POUSADA 8 22 44 13 1999 73%
POUSADA 9 12 24 8 1996 38%
POUSADA 10 24 50 9 2005 65%
HOTEL 1 124 348 122 1989 78,5%
HOTEL 2 128 356 160 1995 -
HOTEL 3 82 244 90 1986 -
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
10
AMBIENTES/SERVIÇOS
Estas tabelas apresentam quais os ambientes e serviços do sistema, meio de hospedagem, existentes nos empreendimentos estudados.
I – INDUSTRIAL SI – SEMI-INDUSTRIAL R - RESIDENCIAL
MEIO DE HOSPEDAGEM
LOJA RESTAURANTE SALÃO DE
CAFÉ
SALÃO DE
JOGOS
SALÃO DE
CONVENÇÕES
QUADRA DE
ESPORTE
POUSADA 1 NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO
POUSADA 2 NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 3 NÃO SIM SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 4 NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM
POUSADA 5 NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO
POUSADA 6 NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 7 NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 8 NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 9 NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO
POUSADA 10 NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO
HOTEL 1 SIM SIM SIM SIM SIM SIM
HOTEL 2 NÃO SIM SIM SIM SIM SIM
HOTEL 3 SIM SIM SIM SIM NÃO SIM
MEIO DE HOSPEDAGEM
COZINHA
I – SI - R
LAVANDERIA
I – SI - R
PISCINA SAUNA CÂMARA
FRIGORÍFICA
INTERNET
POUSADA 1 R I SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 2 R R SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 3 SI R SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 4 SI NÃO SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 5 I R SIM NÃO NÃO SIM
POUSADA 6 R R SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 7 R R SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 8 SI R SIM NÃO NÃO NÃO
POUSADA 9 R R NÃO NÃO NÃO NÃO
POUSADA 10 R R SIM SIM NÃO SIM
HOTEL 1 I I SIM SIM SIM SIM
HOTEL 2 I I SIM SIM SIM SIM
HOTEL 3 I I SIM NÃO NÃO SIM
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
11
EQUIPAMENTO GERAL E APARTAMENTOS
Esta tabela apresenta alguns equipamentos comuns à operação de um meio de hospedagem e indica dentre os empreendimentos estudados, quais os
equipamentos utilizados pelos mesmos.
1. Ar Condicionado S – tipo SPLIT e J – tipo JANELA
MEIO DE
HOSPEDAGEM
AR COND
S - J
ELEVADOR CALDEIRA
AQUECIM.
SOLAR
GERADOR
SUBESTA-
ÇÃO
ECONOM.
ENERGIA
FRIGOBAR
HIDRÔME-
TRO
POUSADA 1 J NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO
POUSADA 2 J NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO
POUSADA 3 S/J NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO
POUSADA 4 J NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO
POUSADA 5 S NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO
POUSADA 6 J NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO
POUSADA 7 J NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO
POUSADA 8 S NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM SIM
POUSADA 9 J NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO
POUSADA 10 S SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO
HOTEL 1 J/S NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM
HOTEL 2 J/S NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM
HOTEL 3 J/S NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
12
SERVIÇOS
Esta tabela apresenta algumas características relacionadas ao serviço prestado pelo estabelecimento, quanto:
O intervalo de troca de roupa de cama e banho durante a estada do hóspede.
Fornecimento de toalhas para praia (geralmente tem cor distinta à utilizada no meio de hospedagem).
Fornecimento de rede de descanso (geralmente disposta nas varandas ou dobradas no armário do quarto).
Fornecimento de produtos pessoais, como: sabonete, xampu, cremes, touca e outros.
Fornecimento de colchas ou cobertores (geralmente em edredon).
Disponibilização de informações para os hóspedes, como: manual de uso, regras ou serviços.
Disponibilização de questionários de satisfação (opinário).
MEIO DE
HOSPEDAGEM
TROCA DE
TOALHAS
TROCA DE
ROUPA DE
CAMA
TOALHA DE
PRAIA
REDE DE
DESCANSO
PRODUTOS
PESSOAIS
COLCHA OU
COBERTOR
FOLHETOS
INFORMAT.
QUESTION.
SATISFA-
ÇÃO
CLIENTE
POUSADA 1 2/2 DIAS 2/2 DIAS SIM SIM SIM SIM SIM NÃO
POUSADA 2 DIÁRIA 2/2 DIAS SIM SIM SIM SIM SIM SIM
POUSADA 3 DIÁRIA 2/2 DIAS SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM
POUSADA 4 DIÁRIA 2/2 DIAS SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM
POUSADA 5 2/2 DIAS 2/2 DIAS SIM SIM SIM SIM SIM NÃO
POUSADA 6 DIÁRIA 2/2 DIAS SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 7 DIÁRIA 2/2 DIAS NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO
POUSADA 8 DIÁRIA DIÁRIA SIM SIM NÃO SIM SIM SIM
POUSADA 9 DIÁRIA DIÁRIA SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO
POUSADA 10 DIÁRIA 2/2 DIAS SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO
HOTEL 1 2/2 DIAS 2/2 DIAS SIM SIM SIM SIM SIM SIM
HOTEL 2 DIÁRIA 2/2 DIAS SIM SIM SIM SIM SIM SIM
HOTEL 3 2/2 DIAS 2/2 DIAS SIM SIM SIM SIM SIM SIM
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
13
USO DE ENERGIA
Esta tabela especifica as fontes energéticas utilizadas: elétrica, petroquímica (gasolina, diesel, GLP), orgânica (biogás, lenha, carvão, álcool), natural
(solar, eólica) etc.
Informa a forma de acompanhamento e medidas de redução do consumo adotadas pelos meios de hospedagens estudados.
MEIO DE
HOSPEDAGEM
TIPO FORNECEDOR CONSUMO
MENSAL
Kw/h
CUSTO
ANUAL
R$
CONTRATO DE
DEMANDA
MEDIDAS DE
REDUÇÃO
MONITORA-
MENTO
POUSADA 1 ELÉTRICA CELPE 1.960,37 61.063,20 NÃO SIM NÃO
POUSADA 2 ELÉTRICA CELPE - 16.200,00 NÃO NÃO NÃO
POUSADA 3 ELÉTRICA CELPE - - - - -
POUSADA 4 ELÉTRICA CELPE - - - - -
POUSADA 5 ELÉTRICA CELPE - 29.151,00 SIM SIM SIM
POUSADA 6 ELÉTRICA CELPE - - - - -
POUSADA 7 ELÉTRICA CELPE 573,00 20.795,64 NÃO NÃO NÃO
POUSADA 8 ELÉTRICA CELPE - 24.280,00 SIM SIM SIM
POUSADA 9 ELÉTRICA CELPE - - - - -
POUSADA 10 ELÉTRICA CELPE 9.115,00 36.000,00 SIM SIM NÃO
HOTEL 1 ELÉTRICA CELPE 809.260,00 208.969,88 SIM SIM SIM
HOTEL 2 ELÉTRICA CELPE -
HOTEL 3 ELÉTRICA CELPE -
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
14
USO DE ÁGUA
A tabela apresenta como é a captação de água para o meio de hospedagem, a qualidade, os controles, o tratamento, a manutenção, os custos
associados e o consumo.
NM – NÃO MEDIDO NI – NÃO INFORMADO
MEIO DE
HOSPEDAGEM
POÇO ARTESI-
ANO
CONSUMO CUSTO
MANUTEN-
ÇÃO
ANÁLISE
MONITO-
RAMENTO
CONSUMO
POR APTO.
MEDIDAS
DE
REDUÇÃO
QUALI-
DADE
TRATA-
MENTO
POUSADA 1 RASO NM NÃO SIM NÃO NÃO NM NÃO RUIM
CLORO
FILTRO
POUSADA 2 RASO NM NÃO SIM NÃO NÃO NM NÃO RUIM CLORO
POUSADA 3 RASO NM NÃO SIM NÃO NÃO NM NÃO RUIM FILTRO
POUSADA 4 RASO NM NÃO SIM NÃO NÃO NM NÃO RUIM CLORO
POUSADA 5 PROFUNDO NM NÃO SIM SIM NÃO NM SIM BOA CLORO
POUSADA 6 RASO NM NÃO SIM NÃO NÃO NM NÃO RUIM CLORO
POUSADA 7 RASO NM NÃO SIM NÃO NÃO NM NÃO RUIM CLORO
POUSADA 8 PROFUNDO NI NÃO SIM SIM NÃO NI NÃO BOA CLORO
POUSADA 9 RASO NM NÃO SIM NÃO SIM NM NÃO RUIM CLORO
POUSADA 10 PROFUNDO NM NÃO SIM SIM NÃO NM NÃO BOA CLORO
HOTEL 1 PROFUNDO NI NÃO SIM SIM NÃO NI NÃO BOA CLORO
HOTEL 2 PROFUNDO NI NÃO SIM SIM NÃO NI NÃO BOA CLORO
HOTEL 3 PROFUNDO NM NÃO SIM SIM NÃO NM NÃO BOA CLORO
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
15
GERAÇÃO DE EFLUENTES
A tabela define o processo de lançamento dos efluentes (fossa negra, séptica, ecológica, rede pública etc.), especifica os
controles, monitoramentos existentes, a disposição e o licenciamento.
MEIO DE
HOSPEDAGEM
TRATAMENTO DISPOSIÇÃO QUANTIDADE
MONITORA-
MENTO
MANUTENÇÃO
SISTEMA
LICENCIADO
MEDIDAS
MITIGADORAS
POUSADA 1 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 2 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 3 SIM
REAPROVEIT
AMENTO
NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 4 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 5 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 6 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 7 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 8 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 9 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
POUSADA 10 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
HOTEL 1 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
HOTEL 2 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
HOTEL 3 SIM SOLO NM NÃO
ESGOTAMEN
TO FOSSA
SIM NÃO
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
16
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Esta tabela descreve qual a fonte das emissões atmosféricas geradas pelo meio de hospedagem, o tratamento utilizado, as quantidades, manutenção e
controle existentes.
NM – NÃO MEDIDO
MEIO DE
HOSPEDAGEM
FONTE TRATAMENTO QUANTIDADE
MONITORA-
MENTO
MANUTENÇÃO CONTROLE RECLAMAÇÕES
POUSADA 1 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 2 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 3 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 4 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 5 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 6 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 7 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 8 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 9 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
POUSADA 10 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
HOTEL 1 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
HOTEL 2 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
HOTEL 3 AR COND NÃO NM NÃO SIM NÃO NÃO
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
17
GERAÇÃO DE RESÍDUOS
Esta tabela apresenta o que acontece em relação à geração de resíduos desde a fonte até a disposição.
Verifica se existe alguma medida mitigadora pré-estabelecida pelo empreendimento e se existe um controle ou monitoramento desta geração.
MEIO DE
HOSPEDAGEM
FONTE
MEDIDAS
MITIGADORAS
QUANTIDADE
MONITORA-
MENTO
SEGREGAÇÃO DESTINAÇÃO DISPOSIÇÃO
POUSADA 1 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 2 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 3 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 4 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 5 POUSADA NÃO NM NÃO SIM
CATADORES
E COLETA
PÚBLICA
RECICLAGEM
E LIXÃO
POUSADA 6 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 7 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 8 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 9 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
POUSADA 10 POUSADA NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
HOTEL 1 HOTEL NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
HOTEL 2 HOTEL NÃO NM NÃO NÃO
COLETA
PÚBLICA
LIXÃO
HOTEL 3 HOTEL NÃO NM SIM SIM
CATADORES
E COLETA
PÚBLICA
RECICLAGEM
E LIXÃO
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
18
CUSTOS ANUAIS DAS PRINCIPAIS MATÉRIAS PRIMAS
A tabela apresenta valores anuais de custos com as principais matérias primas utilizadas.
Os valores foram estimados considerando os valores informados pelos empreendimentos e lançados anualmente conforme a taxa de ocupação também
informada.
* os valores apresentados consideram apenas a água mineral utilizada pelo meio de hospedagem, pois a bebida em geral está incluída no item
alimentação.
MEIO DE
HOSPEDAGEM
ALIMENTO BEBIDAS FRUTAS
VERDURAS
PADARIA GÁS PRODUTOS DE
LIMPEZA
POUSADA 1 20.571,43 8.228,60 5.485,70 514,30 2.400,00 4.800,00
POUSADA 2 1.843,20 1.000,00* 1.728,00 1.843,20 500,00 1.036,80
POUSADA 3 - - - - - -
POUSADA 4 - - - - - -
POUSADA 5 14.045,00 25.377,00 12.000,00 9.338,00 9.778,00 14.972,00
POUSADA 6 - - - - - -
POUSADA 7 12.000,00 11.100,00 7.680,00 3.200,00 500,00 1.491,60
POUSADA 8 38.069,00 3.200,00* 5.240,00 5.265,00 2.280,00 7.022,00
POUSADA 9 15.400,00 2.800,00 13.400,00 1.800,00 840,00 9.350,00
POUSADA 10 23.725,00 6.396,00* 11.862,50 4.745,00 - -
HOTEL 1 215.877,91 - 234.645,88 - 58.712,46 18.954,88
HOTEL 2
HOTEL 3
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
19
ANEXO 3 - Diário de Campo
JANEIRO 2004 (Porto de Galinhas)
Levantamento fotográfico e observação direta dos principais impactos
ambientais.
Visita a Prefeitura de Ipojuca, levantar dados e informações preliminares, com
o objetivo de verificar a relevância do trabalho para a localidade e elaboração
do plano de trabalho para a seleção deste mestrado.
Áreas estuarinas Invasões em áreas estuarinas Rio Maracaípe
JUNHO DE 2004 (Porto de Galinhas)
Entrevista com o Sr. Fernando Ottoboni, presidente da Associação dos
Moradores de Merepe AME, com o objetivo de conseguir indicações de
meios de hospedagens para participar da pesquisa.
Iniciar a caracterização da área objeto de estudo;
Visita a Diretoria de Turismo da prefeitura de Ipojuca a qual se localiza em
Porto de Galinhas, solicitar informações referentes aos meios de hospedagem
a serem visitados; e
Visita e apresentação do trabalho a ser desenvolvido nos meios de
hospedagem, na ocasião foram visitadas 8 (oito) meios de hospedagem.
Fachada Diretoria de Turismo
Centro de Informações Turísticas Espaço Multicultural
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
20
MARÇO DE 2005 (Porto de Galinhas)
Entrevista com o Vice-prefeito do município;
Levantamento fotográfico da área objeto da pesquisa;
Visita o escritório oficial para o Projeto Porto Melhor; e
Visita as obras iniciadas do Projeto Porto Melhor.
Entrevista com o Vice-prefeito Queimadas Escritório Projeto Porto Melhor
Obras na Rua das Piscinas Naturais
Canteiros nas ruas de pedestres
Rua da Esperança (centro)
MAIO DE 2005 (Porto de Galinhas)
Acompanhar a reunião inicial do “WORKSHOPDU Internacional – Desenho
Urbano” organizado pelas associações de Porto de Galinhas e liderada pelo
MDU, Mestrado de Desenvolvimento Urbano da UFPE, e
Conhecer as necessidades, desejos e expectativas dos representantes de
todos os segmentos de serviços em Porto de Galinhas.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
21
Cartaz do Workshop
Painel elaborado durante o evento
Fotos das atividades do evento
JUNHO DE 2005
DIA 10 (Porto de Galinhas)
Reunião com o presidente da AGPG, para a indicação de alguns meios de
hospedagem para serem convidados para a reunião de apresentação dos
trabalhos e início da pesquisa.
Distribuição de convites para a reunião.
Grandes construções Aterros de mangues Barraqueiros na praia
DIA 13 (Porto de Galinhas)
Reunião para a apresentação da metodologia e trabalhos;
Sensibilização dos empresários e dirigentes; e
Comprometimento explícito para a participação do programa.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
22
Reunião de senbilização. Reunião de senbilização. Reunião de senbilização.
DIA 17 (Porto de Galinhas)
Visitas em 3 (três) meios de hospedagem participantes do programa; e
Diagnóstico e solicitação de informações complementares.
DIA 21 (Porto de Galinhas)
Visitas em 2 (dois) meios de hospedagem participantes do programa; e
Diagnóstico e solicitação de informações complementares.
JULHO 2005
DIA 06 (Porto de Galinhas)
Visitas em 3 (três) meios de hospedagem participantes do programa; e
Diagnóstico e solicitação de informações complementares.
DIA 13 (Porto de Galinhas)
Visitas em 3 (três) meios de hospedagem participantes do programa; e
Diagnóstico e solicitação de informações complementares.
DIA 25 (Porto de Galinhas)
Visitas em 2 (dois) meios de hospedagem participantes do programa; e
Diagnóstico e solicitação de informações complementares.
AGOSTO 2005
DIA 19 (Recife)
Entrevista com a Sra. Angela Bacelar e o Sr. Sérgio Tavares, Engenheiros da
COMPESA.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
23
DIA 25 (Recife)
Entrevista com a Sra. Luziana Carvalho, Gerente de Programas de
Fortalecimento Municipal da SEDUPE e Coordenadora do Projeto Porto
Melhor e o Sr. Fernando Montenegro, secretário executivo SEDUPE.
DIA 26 (Recife)
Entrevista com a Sra. Simone Machado, na CPRH.
DIA 29 (Porto de Galinhas)
Entrevista com o Secretário Adjunto de Infra-estrutura da Prefeitura do
Ipojuca, Sr. Alcindo Dantas;
Entrevista com o Sr. Ângelo Fontes, Engenheiro da Construtora Gautama,
construtora responsável pela execução das obras do esgotamento sanitário e
Porto Melhor;
Visita a ETA, Estação de Tratamento de Água;
Visita monitorada pela obra de esgotamento sanitário e de requalificação
urbana denominada Projeto Porto Melhor; e
Visita ao aterro sanitário do município de Ipojuca.
SETEMBRO 2005
DIA 01 (Recife)
Entrevista com a Supervisora de Licenciamento da CPRH, Sra. Ângela
Pontes.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
24
DIA 28 (Recife)
Entrevista com a Sra. Andréa Olinto, Coordenadora da GERCO/CPRH, e com
a Sra. Djanira Gondim, Coordenadora de Projetos da Orla de
Pernambuco/CPRH.
OUTUBRO
DIA 04 (Porto de Galinhas)
Entrega do relatório de diagnóstico e palestra sobre o trabalho para os
dirigentes e funcionários de 02 (dois) meios de hospedagem participantes do
projeto.
DIA 05 (Recife)
Entrevista com a Sra. Helena Brennand, Superintendente Técnica da
SEDUPE (Gestão de Resíduos Sólidos da RMR) na SEDUPE.
DIA 07 (Porto de Galinhas)
Entrevista com a Sra. Lenilda Abreu, Coordenadora de Projetos e
Planejamento Ambiental, e com o Sr. Juvenal Valério Alves, Secretário
Adjunto de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal do Ipojuca.
Entrega do relatório de diagnóstico e palestra sobre o trabalho para os
dirigentes e funcionários de 02 (dois) meios de hospedagem participantes do
projeto.
DIA 18 (Porto de Galinhas)
Entrega do relatório de diagnóstico e palestra sobre o trabalho para os
dirigentes e funcionários de 01 (um) meio de hospedagem participante do
projeto.
Entrevista com o Sr. José Muniz dos Santos, Superintendente de Limpeza
Urbana do Município do Ipojuca e Sr. José Othon Araújo, colaborador da
Prefeitura do Ipojuca.
Visita e levantamento fotográfico do Pontal de Maracaípe.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
25
Acesso a Maracaípe
Restinga na área de Maracaípe Mangue na área de Maracaípe
NOVEMBRO
DIA 01 (Porto de Galinhas)
Entrega do relatório de diagnóstico e palestra sobre o trabalho para os
dirigentes e funcionários de 01 (um) meio de hospedagem participante do
projeto.
Entrevista com a Sra. Lúcia Andrade Lima, Analista de Projetos da Prefeitura,
com a Sra. Sandra Notare, Diretora de Turismo e com o Sr. Carlos André
Freitas, Coordenador de Turismo todos da prefeitura do município do Ipojuca.
DIA 08 (Porto de Galinhas)
Entrega do relatório de diagnóstico e palestra sobre o trabalho para os
dirigentes e funcionários de 01 (um) meio de hospedagem participante do
projeto.
Visita a ETE, Estação de tratamento de esgoto, em construção.
Participar da II Conferência do Meio Ambiente
ETE em construção. Conferência do Meio Ambiente Conferência do Meio Ambiente
DIA 30 (Porto de Galinhas)
Aferição de Resultados em 7 (sete) meios de hospedagem participantes do
projeto.
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo