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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
EXPERIMENTAL
THIAGO DE ALMEIDA
Ciúme romântico e infidelidade
amorosa entre paulistanos:
incidências e relações.
São Paulo
2007
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2
THIAGO DE ALMEIDA
Ciúme romântico e infidelidade
amorosa entre paulistanos:
incidências e relações.
Dissertação apresentada ao
Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo
como parte dos requisitos para
a obtenção do título de Mestre
em Psicologia.
Área de Concentração:
Psicologia Experimental.
Orientador: Prof. Dr. Ailton
Amélio da Silva.
São Paulo
2007
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3
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E A DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL
DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU
MESMO ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E DE PESQUISA,
DESDE QUE CITADA A FONTE.
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na publicação
Serviço de Biblioteca e Documentação
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Almeida, Thiago de.
Ciúme romântico e infidelidade amorosa entre paulistanos:
incidências e relações / Thiago de Almeida; orientador Ailton
Amélio da Silva. -- São Paulo, 2007. 234 p.
Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em
Psicologia. Área de Concentração: Psicologia Experimental) –
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
1. Ciúme 2. Infidelidade 3. Amor 4. Relações homem-mulher I. Título.
BF575.J4
4
Thiago de Almeida.
Ciúme romântico e infidelidade amorosa entre paulistanos: incidências e
relações, São Paulo, 2007.
Dissertação apresentada ao
Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo
como parte dos requisitos para
a obtenção do título de Mestre
em Psicologia.
Área de Concentração:
Psicologia Experimental.
Orientador: Prof. Dr. Ailton
Amélio da Silva.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora
Prof. Dr. _____________________________________________________
Parecer: ______________________________ Assinatura: _____________
Prof. Dr. _____________________________________________________
Parecer: ______________________________ Assinatura: _____________
Prof. Dr. _____________________________________________________
Parecer: ______________________________ Assinatura: _____________
5
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a uma pessoa que incontestavelmente de onde
esteve, pôde me incentivar a realizar o meu trabalho sempre com Amor. Alguém
que constantemente me relembrava que o verdadeiro amor sobrevive a tudo: a
toda a alegria, a toda a tristeza, a todo o erro e a todo o arrependimento, à vida e
até mesmo a morte. Um ser humano incrível, ensinando-me que o Amor sempre foi
e sempre será um imprescindível dom. E qual outra poderia ser a essência do
Amor, senão a de que ele é uma indispensável dádiva? Quando o Amor é usado
como uma recompensa ele se degrada. Quando usado para adquirir qualquer que
seja o propósito de sua conquista, torna-se um mero objeto de barganha, e assim,
descaracteriza-se, perde seu valor, e logo, não é mais Amor. Esta pessoa, ainda
que a distância, ensinou-me que todos os dias, temos um momento em que nos é
possível mudar tudo o que nos deixa infelizes. Muitos procuram ignorar a
existência dessas ocasiões, e reduzem o ontem e o equiparam juntamente com o
amanhã. Contudo, são apenas raras as pessoas, como para esta para a qual vai a
minha dedicatória, que dispensam atenção suficiente ao seu dia para captar estes
mágicos instantes.
Alguns pensam que a felicidade é uma bênção, ou ainda, um privilégio para
poucos, mas, todos podemos conquistar essa felicidade. Para nós, ela nos foi uma
conquista, e, portanto, uma construção. De tal sorte que infelizes são aqueles que
não se sujeitam a correr eventuais riscos. Talvez estes não se decepcionem nunca,
nem tenham desilusões casuais, de qualquer natureza, nem sofram como aqueles
que têm um sonho a perseguir. Todavia, quando olharem para trás, dado que
freqüentemente fazemos isso, vão escutar seu coração lhes dizendo: “Ao longo
dos teus dias, você foi você mesmo(a)?”. Triste daqueles que convivem com a
certeza que desperdiçaram a vida e que não acreditam nestes momentos mágicos,
instantes ímpares estes que podem acontecer a qualquer momento, mas somente
alguns privilegiados estão em sintonia e amadurecidos suficientemente para
percebê-los. Embora eu tenha compreendido esta lição há pouco tempo, sou hoje
alguém muito agradecido, pois, esta pessoa faz parte da minha vida. Portanto, em
um mundo onde muitas coisas são fluídas, e momentos de amor, podem nos
passar completamente despercebidos, quero expressar o meu mais profundo
agradecimento por você ser responsável por eu ter me tornado tudo aquilo que sou
hoje.
6
AGRADECIMENTOS
A Deus, princípio e epílogo de todo o conhecimento, por ter me
concedido todos os dons necessários para a execução deste trabalho, mas,
sobretudo, o dom do Amor.
Ao orientador Ailton Amélio da Silva, que dos inúmeros
conhecimentos científicos e acadêmicos a mim proporcionados, pode me
ensinar a lição mais valiosa de todas, a de que o homem que rege com o
coração rege o mundo.
À minha mãe, que mesmo à distância, não deixou de me acompanhar
com todo o seu Amor e carinho aos meus empreendimentos e objetivos
ainda quando eles se mostravam por demais agrestes.
À minha ex e sempre orientadora e amiga Fátima Elisabeth Denari,
que sempre presente do lado mais importante da minha vida: o lado interno
do meu coração, nunca deixou de me orientar com seu carinho e com seu
amor, conteúdos patentes de sua pessoa.
Ao Prof. André Luiz Moraes Ramos por seu apoio técnico sem
restrições.
Ao Laborátorio de Estatística Aplicada (UFSCar), na pessoa da Profa.
Dra. Teresa Cristina Martins Dias, pelo grande desvelo em relação à análise
estatística e aos comentários encaminhados para aperfeiçoar meu trabalho.
À secretária Sônia Maria Caetano de Souza por toda a sua dedicação
e solicitude ao Departamento, aos alunos e, sobretudo, aos meus pedidos,
desde o meu primeiro dia na pós-graduação.
7
A Moisés do Nascimento Soares (Auxiliar Administrativo), e Ana
Laura Pires de Araújo Figueira (secretária), por toda colaboração que
puderam prestar ao meu trabalho.
À bibliotecária Aparecida Angélica Z. Paulovic Sabadini pelo seu zelo,
empenho e dedicação ao corrigir minhas referências bibliográficas.
Aos meus Amigos (James Emanoel Cândido, Paulo Roberto dos
Santos Ferreira, Maria Luiza Lourenço, Dirce Barbosa Fernandes, Denise
Polli, Laura A. Ferrantini Fusaro, Antony Ícaro da Conceição, Carlos
Eduardo Salvador, só para citar alguns), zelosos escudeiros, por sua
dedicação e sua compreensão presentes, mesmo quando eu lhes faltei com
a minha presença.
A todos os participantes deste estudo que generosamente
compartilharam de alguns dados de suas vidas para que muitas outras
pudessem se beneficiar dos conhecimentos aqui encontrados que estão
relacionados ao ciúme romântico.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) pelo suporte financeiro na forma bolsa concedida (número do
processo 1342958/2004-8) que permitiu viabilizar este estudo.
A todos vocês registro, aqui, o meu muito obrigado...
Ao amor... Sempre!!
8
SUMÁRIO
Página
Resumo........................................................................ 13
Abstract........................................................................ 15
Resumen...................................................................... 17
Résumé........................................................................ 19
Astratto........................................................................ 21
I
INTRODUÇÃO.............................................................. 24
1 A importância do amor no cotidiano.............................. 32
2 Teorias globais sobre o ciúme...................................... 37
2.1 Ciúme: um breve panorama histórico........................... 37
2.2 Teorias a respeito do ciúme.......................................... 39
2.2.1 A teoria evolutiva e a etiologia do ciúme em relação à
infidelidade....................................................................
41
2.2.2 O ciúme enquanto um complexo cognitivo-
comportamental............................................................
45
2.2.3 Ciúme, possessão e a questão da profecia auto-
realizadora....................................................................
47
2.2.4 Ciúme, amor, infidelidade e
gênero...........................................................................
49
2.2.5 Ciúme e a discussão Nature X
Nurture..........................................................................
51
2.2.6 Cultura e patologias relacionadas ao ciúme................. 53
2.2.7 O ciúme e a infidelidade situacional e o ciúme a
infidelidade disposicional..............................................
55
2.2.8 O ciúme e a infidelidade na cultura
brasileira........................................................................
57
3 O ciúme no âmbito dos relacionamentos interpessoais
amorosos......................................................................
59
3.1 As associações entre o amor, o ciúme e a baixa auto-
estima............................................................................
59
3.2 O ciúme preventivo e o retaliador................................. 62
3.3 A lógica das pessoas ciumentas................................... 64
4 A infidelidade amorosa.................................................. 67
II
MÉTODO ..................................................................... 75
2.1 Participantes................................................................. 76
2.2 Local.............................................................................. 76
2.3 Instrumentos................................................................. 76
2.3.1 Escala de Ciúme Romântico (ECR).............................. 76
2.3.2 Instrumento para avaliar a infidelidade amorosa.......... 77
2.4 Procedimento para a coleta de dados.......................... 81
2.4.1 Primeira etapa (Aplicação pelo pesquisador e
aplicação on-line)..........................................................
81
2.4.2 Segunda Etapa (Aplicação pelo pesquisador e
aplicação on-line).........................................................
85
9
2.5 Procedimento para a análise dos
dados............................................................................
86
III
RESULTADOS............................................................. 88
3.1 Definição das variáveis................................................. 88
3.2 Ciúme romântico e infidelidade amorosa: em busca
de possíveis associações - As estatísticas
inferenciais....................................................................
90
3.2.1 O ciúme masculino e o ciúme feminino da amostra
pesquisada....................................................................
94
3.3 A infidelidade amorosa da amostra
pesquisada....................................................................
96
3.3.1 Análise descritiva das ocorrências de infidelidade na
amostra pesquisada......................................................
100
3.3.1.1 Estatísticas descritivas das ocorrências de
infidelidade dos pesquisados em relação aos ex-
parceiros.......................................................................
100
3.3.1.1.1 Os homens e as mulheres relatam diferentes
quantidades de infidelidade em relação aos seus ex-
parceiros?.....................................................................
110
3.3.1.2 Estatísticas descritivas das ocorrências de
infidelidade dos pesquisados (Atuais parceiros -
Primeira etapa)..............................................................
111
3.3.1.2.1 Os homens e as mulheres relatam diferentes
quantidades de infidelidades em relação aos seus
atuais parceiros, por ocasião da primeira etapa da
pesquisa?......................................................................
120
3.3.1.3 Estatísticas descritivas das ocorrências de
infidelidade dos pesquisados em relação aos atuais
parceiros (segunda etapa da pesquisa)........................
121
3.3.1.3.1 Como os pesquisados diferem em relação à
infidelidade quanto ao sexo?........................................
129
3.4 O ciúme enquanto um possível aspecto projetivo, ou
ainda, auto-realizador para a infidelidade
amorosa........................................................................
130
3.5 Outros fatores que foram pesquisados em relação ao
ciúme e a infidelidade...................................................
132
3.5.1 Notas físicas, Notas psicológicas, ciúme e
infidelidade....................................................................
132
3.5.2 O comprometimento amoroso em relação as variáveis
deste estudo..................................................................
135
IV
DISCUSSÃO................................................................. 138
V
CONCLUSÃO............................................................... 154
VI
REFERÊNCIAS............................................................ 159
VII
ANEXOS....................................................................... 173
10
LISTA DE FIGURAS
Figura Conteúdo Página
1
Gráfico de dispersão entre as variáveis “Ciúme I” e
“Ciúme II”............................................................................
93
2
Gráfico de dispersão entre as variáveis “Ciúme I”
(feminino) e “Ciúme II” (feminino).......................................
94
3
Gráfico de dispersão entre as variáveis “Ciúme I”
(masculino) e “Ciúme II” (masculino)..................................
95
4
Infidelidade dos parceiros (primeira etapa) versus
Infidelidade dos parceiros (segunda etapa), independente
do sexo................................................................................
97
5
Análise considerando as citações mais freqüentes da
amostra dos comportamentos relacionados à infidelidade,
separadamente e independentemente do sexo, em
relação aos ex-parceiros.....................................................
103
6
Análise considerando as citações menos freqüentes da
amostra dos comportamentos relacionados à infidelidade,
separadamente e independentemente do sexo, em
relação aos ex-parceiros.....................................................
105
7
Total de Ocorrências de infidelidade, independentemente
do sexo, em relação à ex-parceiros....................................
107
8
Total de Ocorrências de infidelidade para o sexo feminino
em relação aos ex-parceiros...............................................
108
9
Total de ocorrências de infidelidade para o sexo
masculino em relação aos ex-parceiros..............................
109
10
Os três comportamentos de maior ocorrência (primeira
etapa, independentemente do sexo)..................................
110
11
Os três comportamentos de menor ocorrência (primeira
etapa, independentemente do sexo)..................................
115
12
Total de ocorrências de infidelidade, independentemente
do sexo, em relação aos atuais parceiros (primeira
etapa)..................................................................................
117
13
Total de ocorrências de infidelidade para o sexo feminino
em relação aos atuais parceiros (primeira etapa)..............
118
14
Total de ocorrências de infidelidade para o sexo
masculino em relação às atuais parceiras (primeira
etapa)..................................................................................
119
15
Os três comportamentos de maior ocorrência (segunda
etapa, independentemente do sexo).................................
123
16
Os três comportamentos de menor ocorrência (segunda
etapa, independentemente do sexo)..................................
124
17
Total de ocorrências de infidelidade, independentemente
do sexo, em relação aos atuais parceiros (segunda
etapa)..................................................................................
126
18
Total de ocorrências de infidelidade, para o sexo
feminino, em relação aos atuais parceiros (segunda
etapa)..................................................................................
127
11
19
Total de ocorrências de infidelidade, para o sexo
masculino, em relação às atuais parceiras (segunda
etapa)..................................................................................
128
20
Distribuição da variável “Comprometimento amoroso”
para os dois sexos..............................................................
136
12
LISTA DE TABELAS
Tabela Conteúdo Página
1
Concordância/Discordância absoluta e relativa (entre
parênteses) dos participantes separadamente em relação
aos itens encaminhados para a aferição do inventário de
comportamentos relacionados à infidelidade.....................
80
2
Médias, variâncias e desvios-padrões para as diferentes
medidas de ciúme (independentemente do sexo e
separadamente por sexo)...................................................
96
3
Correlações para a variável Ciúme, considerando as
etapas e o sexo..................................................................
91
4
Correlação, para a variável Infidelidade, segundo o sexo,
em dois momentos.............................................................
98
5
Estatísticas descritivas para as variáveis “Infidelidade I” e
“Infidelidade II”, independentemente do sexo....................
98
6
Tabela de freqüências relativas, ordenadas segundo o
total, para as afirmações por classe, com destaque (** e
*) para as 3 maiores e menores ocorrências
respectivamente (Ex-parceiros)..........................................
100
7
Tabela de freqüências relativas, ordenadas segundo o
total, para as afirmações por classe, com destaque (** e
*) para as 3 maiores e menores ocorrências
respectivamente (Atuais parceiros – Primeira
etapa)..................................................................................
113
8
Tabela de freqüências relativas, ordenadas segundo o
total, para as afirmações por classe, com destaque (** e
*) para as 3 maiores e menores ocorrências
respectivamente (Atuais parceiros – Segunda
etapa)..................................................................................
122
13
Resumo
Almeida, T. (2007). Ciúme romântico e infidelidade amorosa entre
paulistanos: incidências e relações. São Paulo, SP, 2007. Dissertação
(Mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo,
SP.
Palavras-chave: ciúme, infidelidade, amor, relações homem-mulher.
Embora o ciúme romântico e a infidelidade amorosa sejam dois
importantes temas que afetam vários relacionamentos humanos e, também,
um desafio para muitos destes, seus mecanismos de gênese, ação,
associação e conseqüências que podem acarretar para os desdobramentos
amorosos ainda não foram totalmente esclarecidos. O presente trabalho
teve por objetivo verificar possíveis associações entre estes dois
fenômenos.
Participaram desta pesquisa 45 casais de namorados heterossexuais
com média de idade de 24,6 anos recrutados por meio de um anúncio
colocado no site da Universidade de São Paulo (USP). Para avaliar os graus
de ciúme dos participantes utilizou-se a Escala de Ciúme Romântico - ECR
(versões masculina e feminina) de Ramos. Para avaliar a infidelidade dos
participantes foi utilizado o Inventário de Comportamentos Relacionados à
Infidelidade, confeccionado especialmente para este trabalho.
Para poder analisar os resultados a seguir foram utilizadas as
seguintes ferramentas estatísticas: média, desvio padrão, máximo, mínimo,
o Teste t para comparação de médias e o teste não paramétrico Mann-
Whitney para a comparação das medianas. Os softwares utilizados foram o
Excel e o Minitab.
Os resultados obtidos mostram que (1) ainda que de forma fraca, o
ciúme é um agente de profecia auto-realizadora para a infidelidade (r= 0,25;
90 gl; p< 0,05 e r= 0,21; 90 gl; p< 0,05), de tal forma que há uma associação
entre a infidelidade em ambos os parceiros (r=0,36; 45 gl; p< 0,05; r= 0,30;
45 gl; p< 0,05; r= 0,36; 45 gl; p< 0,01), (2) a partir dos dados analisados,
pode-se afirmar que, para a nossa amostra, os sexos não diferem quanto à
exibição do ciúme em termos de intensidade, (3) o sexo masculino tem
tendência a trair mais do que o sexo feminino, provavelmente por razões
ligadas à sexualidade (Teste W = 894,5; 826,0; 1496,5; p< 0.0001), (4) foi
refutada a hipótese freudiana para a existência de um ciúme de natureza
projetiva em homens e para as mulheres, (5) os comportamentos de
infidelidade que mais se destacam entre os participantes são relacionados à
rede internet (utilizar salas de bate papo, e-mails, mensagens on-line, dentre
outros) e ter pensamentos relacionados aos comportamentos infiéis; ambos
estão associados com o aumento das oportunidades que as pessoas têm de
se engajarem em comportamentos amorosos infiéis, (6) há uma tendência,
ainda que fraca, de quanto maior a auto-atribuição do escore “Nota física
para si” menor será o número de comportamentos relacionados à
infidelidade de seu(sua) parceiro(a) (r= -0,261; 90 gl; p< 0,01), (7) há uma
tendência, ainda que fraca, de quanto a Nota física atribuída para o parceiro
menor será o escore de ciúme, para ambas as etapas desta pesquisa (r= -
0,217; 90 gl; p< 0,05 e r= - 0,205; 90 gl; p< 0,05, respectivamente), (8) nada
14
se pode concluir com relação àqueles que se auto-atribuem notas quanto
aos fatores psicológicos, em relação aos parceiros no que diz respeito ao
ciúme, ou mesmo no que tange à infidelidade (9) quanto maior a idade dos
participantes maior é o seu grau de comprometimento dos mesmos (r= 0,27;
90 gl; p< 0,01). Assim, pode-se concluir que os presentes resultados
apoiaram algumas das hipóteses estabelecidas pelo autor desta pesquisa e
foram consistentes com pesquisas anteriores, embora tenha refutado
outras.
Ainda pouco se conhece a respeito de quais os indivíduos são mais
suscetíveis à infidelidade, mas este estudo permitiu identificar alguns fatores
que promovem a infidelidade, algo que era muito pouco tratado pela
literatura acadêmica até então. Dessa forma, o presente possibilitou uma
melhor compreensão da dinâmica interpessoal amorosa, principalmente,
referente a estes dois temas. Este estudo ainda, pode contribuir para outros
estudos com o “Inventário de Comportamentos Relacionados à Infidelidade”
que é útil para medir a freqüência de ocorrência de comportamentos
amorosos infiéis.
15
Abstract
Almeida, T. (2007). Romantic jealousy and loving infidelity between people
from São Paulo: incidences and relations. São Paulo, SP, 2007. Dissertation
(Mestrado). Institute of Psychology, University of São Paulo, São Paulo, SP.
Key-words: jealousy, infidelity, love, man-woman relationships.
Although the romantic jealousy and the loving infidelity are two
important subjects that affect some human relationships and, also, a
challenge for many of them, its origin mechanisms, action, association and
consequences that can contribute to loving unfolding occur, haven’t had
pretty well clarified. The present work has the intention of to verify possible
associations between these two phenomena.
Forty-five straight couples participated of this research with the
average of 24.6 years enlisted by un announcement in the website of the
University of São Paulo (USP). To evaluate the degrees of jealousy of the
participants it was used the Scale of romantic jealousy - ECR (masculine
and feminine versions) of Ramos, Yazawa & Salazar (1994). To evaluate the
infidelity of the participants the “Inventory of Behaviors Related to the
Infidelity” was especially elaborated for this work.
To be able to analyze the results the following statistical tools had
been used: average, standard deviation, maximum, minimum, the “T” test for
comparison of averages and the test no parametric Mann-Whitney for the
comparison of the medium ones. There were used Excel and Minitab soft
wares.
The results show that (1) although in a weak way, the jealousy is an
agent of self-fulfilling prophecy for the infidelity (r= 0,25; 90 gl; p< 0,05 and
r= 0,21; 90 gl; p< 0,05), in such a way that there is an association among the
infidelity in both partners (r= 0,36; 45 gl; p< 0,05; r= 0,30; 45 gl; p< 0,05; r=
0,36; 45 gl; p< 0,01), (2) starting from the analyzed data, it can be affirmed
that, for our sample, the sexes don't differ as for the exhibition of the
jealousy in intensity terms, (3) men usually tend to trail much more than
women, maybe because of reasons connected to sexuality (“W” test = 894,5;
826,0; 1496,5; p< 0.0001), (4) the Freudian hypothesis was refuted for the
existence of a jealousy of projective nature in men and for the women, (5)
the infidelity behaviors that more they stand out among the participants are
related to the use of the net internet (to use chats-rooms, e-mails, on-line
messages, among other) and to have thoughts related to the behaviors
infidels; both are associated with the increase of the opportunities that the
people have of if they engage in behaviors loving infidels, (6) there is a
tendency, although weak, of as larger the attribution of the score physical
"Evaluation for itself" minor will be the number of behaviors related to his
own infidelity (r= -0,261; 90 gl; p< 0,01), (7) there is a tendency even it is not
strong, of as larger the physical Note attributed for the partner, smaller will
be the jealousy score, for both stages of this research (r= -0,217; 90 gl; p<
0,05 and r= - 0,205; 90 gl; p< 0,05, respectively), (8)There is nothing to
conclude in relation to those people who give themselves superior or inferior
grades, if the adopted criteria are the psychological factors, in relation to the
partners in what it says respect to the jealousy, or even in what it refers to
16
the infidelity (9) as the participants get older, the more they increase the
level of commitment (r= 0,27; 90 gl; p< 0,01). So, it can be concluded that
the results had supported some of the hypotheses established for the author
of this research and had been consistent with previous research, although it
has refuted others.
There is a lot to know, regarding which individuals are more
susceptible to the infidelity, but this research allowed, inside of its
references, to identify and to discuss a little on some factors that promote
the infidelity, something that has not been a common subject for the
academic literature until then. This way, it was also possible to have a better
understanding of the interpersonal love dynamics, mainly, referring to these
two themes. This research can still contribute to other researches related to
the “Inventory of Behaviors Related to the Infidelity” that is useful to measure
the frequency the infidel love behaviors occur.
17
Resumen
Almeida, T. (2007). Celo romántico y infidelidad amorosa entre los
paulistanos: incidencias e relaciones. San Plabo, SP, 2007. Disertación
(Mestrado). Instituto de Sicologia, Universidad de San Pablo, San Pablo,
SP.
Palabras-clave: amor, celo, infidelidad, relaciones hombre-mujer.
Aunque el celo romántico y la infidelidad amorosa sean dos
importantes temas que afectan las relaciones humanas y, también un
desafío para muchos de estos, sus mecanismos de génesis, acción,
asociación y las secuencias que pueden traer para los desdoblamientos
amorosos no fueron aún aclarados. El presente trabajo tiene como eje
hacer un estudio acerca de las posibles asociaciones entre estos dos
fenómenos.
Contestaron a esta investigación cuarenta y cinco parejas de novios
heterosexuales con edad media de 24,6 años elegidos por medio de un
anuncio puesto en el sitio de la Universidad de San Pablo (USP). Para la
evaluación del grado del celo de los participantes se utilizó la Escala de
Celo Romántico ECR (versión masculina y femenina) de Ramos, Yazawa &
Salazar (1994). Ya para la evaluación de la infidelidad se utilizó del
Inventario de Comportamiento con Relación a la Infidelidad creado en
especial para este trabajo.
Las herramientas estadísticas media, desvio padrón, maximo,
minimo, el Test t para la comparación de las medias y el Test no
parametrico Mann-Whitney para la comparación de las medianas, fueron
utilizadas para la analisis de los resultados. Los softwares usados eran
Excel e el Minitab.
Los resultados obtenidos enseñan que: (1) aunque de relieve, el celo
é un agente de profecía auto-realizadora para la infidelidad (r= 0,25; 90 gl;
p< 0,05 y r= 0,21; 90 gl; p< 0,05) de una tal manera que hay una asociación
entre la infidelidad en ambos los compañeros (r= 0,36; 45 gl; p< 0,05; r=
0,30; 45 gl; p< 0,05; r= 0,36; 45 gl; p< 0,01), (2) empezando de los datos
analizados, puede afirmarse que, para nuestra muestra, los sexos no
difieren cuanto a la exhibición del celos en las condiciones de intensidad, (3)
en general el sexo masculino traiciona más que el sexo femenino, tal vez
por razones ligadas a la sexualidad (Teste W = 894,5; 826,0; 1496,5; p<
0.0001), (4) la hipótesis Freudiana se refutó para la existencia del celo con
naturaleza proyectiva en los hombres y para lãs mujeres, (5) las conductas
de infidelidad que más ellos destacan entre los participantes se relaciona al
uso del internet (para usar los chat, correos electrónicos, los mensajes en
línea, entre otro) y para tener los pensamientos relacionado a los infieles de
conductas; los dos son asociados con el aumento de las oportunidades de
que las personas tienen si ellos comprometen en las conductas amorosas
infieles, (6) Hay un posibilidad aunque remota, si uno se le atribuye una
puntuación (“Nota fisica para si”) menor será la cuantidad de
comportamientos ligados a la infidelidad de su (s) pareja(s) (r= -0,261, 90 gl;
p< 0,01), (7) Aunque débil la posibilidad, cuanto más cada participante dá
18
una nota mayor a su pareja, menor será la puntuación de celo para cada
etapa de esta investigación (r= - 0,217; 90 gl; p< 0,05 e r= -0,205; 90 gl; p<
0,05 en respectivo), (8) Nada se ha concluído en respecto aquellos que se
atrubyen notas mejores o peores, mientras los criterios adoptados sean los
factores sicológicos relacionados a sus parejas que se refieren a celo o la
infidelidad en si, (9) Cuanto mayor los participantes más grande es su grado
de comprometimiento (r= 0,27; 90 gl; p< 0,01). Con esto se concluye que
los resultados apoyaron algunas de las hipótesis del autor de esta
investigación y hubo consistencia con investigaciones anteriores, aunque se
ha rechazado otras.
Poco se conoce acerca de cuales son los individuos mais sucetibles a
la infidelidad, todavia este estudio ha posibilitado dento de su contexto
identificar y discutir más acerca de algunos factores que llevan a la
infidelidad, asunto sin mucha enfasis hasta ahora. De hecho, el trabajo ha
posibilitado una mejor comprehensión diámica interpersonal amorosa, en la
que se refiere estos dos temas. Este estudio puede aun hacer una
contribuición para otros más con el inventario de comportamientos con
relación a la infidelidad, muy util para medir la frequencia con la que ocurren
los comportamientos amorosos infieles.
19
Résumé
Almeida, T. (2007). Jalousie romantique et infidélité amoureuse à São
Paulo: incidences et relations. São Paulo, SP, 2007. Dissertation (Master).
Institut de Psychologie, Université de São Paulo, São Paulo, SP.
Mots-clef: jalousie; l'infidélité; l’amour; relations homme-femme.
Bien que la jalousie romantique et l'infidélité amoureuse soient deux
thèmes importants qui touchent plusieurs relations humaines et, aussi, un
défi pour plusieurs de ceux-ci, leurs mécanismes de genèse, action,
association et conséquences qui peuvent influencer les développements
amoureux n’ont pas encore été complètement éclaircis. Ce travail a eu
l’objectif de vérifier des associations possibles entre ces deux phénomènes.
45 couples d'amants hétérosexuels, dont l’âge moyen était de 24,6
ans, ont participé à cette recherche. Ils ont été recrutés au moyen d’unne
petite annonce publié sur le site de l'Université de São Paulo (USP). Pour
évaluer les degrés de jalousie des participants, l'Échelle de Jalousie
Romantique ECR (versions masculine et féminine) de Ramos, Yazawa &
Salazar (1994) a été utilisé. Pour évaluer l'infidélité des participants,
l'Inventaire de Comportements en rapport avec l'Infidélité, préparé
spécialement fait pour ce travail.
Pour pouvoir analyser les résultats qui se présenteront ensuite, ces
outils statistiques ont été utilisés: la moyenne, la déviation standard,
maximum, minimum, le Test t pour la comparaison de moyennes et le test
non paramétrique Mann-Whitney pour la comparaison des moyennes. Les
logiciels utilisés étaient l’Excel et le Minitab.
Les résultats obtenus montrent que (1) bien que d’une façon légère,
la jalousie est um agent de prophétie qui se concrétise pour l'infidélité (r=
0,25; 90 gl; p< 0,05 et r= 0,21; 90 gl; p< 0,05), de cette façon qu'il y a une
association parmi l'infidélité dans les deux copains (r= 0,36; 45 gl; p< 0,05;
r= 0,30; 45 gl; p< 0,05; r= 0,36; 45 gl; p< 0,01), (2) des données analysées,
il peut être affirmé que, pour notre échantillon, les sexes ne diffèrent pas
comme pour l'exposition de la jalousie dans les termes de l'intensité, (3) le
sexe masculin a tendance à tromper plus que le sexe féminin, probablement
pour des raisons liées à la sexualité (Test W = 894,5; 826,0; 1496,5; p <
0.0001), (4) l'hypothèse Freudienne de l'existence d'une jalousie de nature
projective a été réfutée et pour les femmes, (5) les comportements de
l'infidélité qui s’observent le plus parmi les participants sont en rapport avec
l'internet (utilisation de salles de chat, e-mail, messages en ligne, entre
autres) et les pensées en rapport avec les comportements infidèles; les deux
sont associés avec l'augmentation de les occasions qu’ont les gens de
participer à des comportements infidèles, (6) il y a une tendance, bien que
faible, qui montre que le “score” la “Note physique pour soi-même”, la plus
haute elle est, le plus petit le chiffre de rapports avec l’infidélité de son
copain (r= -0,261; 90 gl; p< 0,01), (7) il y a une tendance, bien que faible, qui
montre que le “score” la “Note physique pour le copain”, la plus basse elle
est, le plus petit le “score” de jalousie, et cela dans les deux étapes de la
recherche (r= 0,217; 90 gl; p< 0,05 e r= -0,205; 90 gl; p< 0,05,
respectivement), (8) rien ne peut être conclu de ceux qui s’attribuent des
20
notes pour les facteurs psychologiques, par rapport aux copains en ce qui
concerne la jalousie ou l’infidélité elle-même, (9) le plus âgé les participants,
le plus grand est leur degré d’engagement (r= 0,27; 90 gl; p< 0,01). Ainsi, on
peut conclure que les résultats présents ont confirmé quelques-unes des
hypothèses établies par l'auteur de cette recherche, et qu’ils étaient
consistents avec des recherches antérieures, bien qu'ils aient réfuté
d’autres.
C’est encore peu, ce qu’on connaît de quels individus sont plus
susceptibles à l'infidélité, mais cette étude nous a permis d’identifier
quelques facteurs qui encouragent l'infidélité, ce dont la littérature
académique jusqu'à présent s’occupaient très rarement. De cette façon, ce
travail nous a donné une compréhension meilleure de la dynamique
interpersonnelle amoureuse, surtout concernant ces deux thèmes. Cette
étude peut encore contribuer aux autres avec "l’Inventaire de
Comportements en rapport avec l'Infidélité" qui est utile pour mesurer la
fréquence d'occurrences des comportements amoureux infidèles.
21
Astratto
Almeida, T. (2007). La gelosia romantica e l'infedeltà amorosa fra individui di
São Paulo: incidenza e relazioni. São Paulo, SP, 2007. Dissertazione
(Master). Istituto di Psicologia, Università di São Paulo, São Paulo, SP.
Parole-chiave: gelosia, infedeltà, amore, relazioni uomo-donna.
Anche se la gelosia romantica e l'infedeltà amorosa sono due
importanti temi che colpiscono molte relazioni umane e sono anche una
sfida per molti di questi, i loro meccanismi di genesi, azione, associazione e
conseguenze che possono portare per gli svolgimenti amorosi non sono
ancora totalmente schiariti. Il presente lavoro ha per obiettivo verificare le
possibili associazioni fra questi due fenomeni.
Hanno partecipato di questa ricerca 45 coppie di innamorati
eterosessuali con media di 24,6 anni d’età, arruolati attraverso un annuncio
messo nel site dell'Università di São Paulo (USP). Per valutare i gradi della
gelosia dei partecipanti fu usata la Scala della Gelosia Romantica ECR
(versioni maschili e femminili) di Ramos, Yazawa & Salazar (1994). Per
valutare l'infedeltà dei partecipanti fu usato l'Inventario di Comportamenti
Relativi all'Infedeltà che è stato specialmente costituito per questo lavoro.
Per potere analizzare i risultati furono usati i seguenti attrezzi
statistici: media, deviazione normale massimo, minimo, la Prova t per
paragone di medie e la prova non parametrica Mann-Whitney per il
paragone delle mediane. I software usati furono l’Excel e Minitab.
I risultati ottenuti mostrano che (1) anche se di forma leggera, la
gelosia é un agente di profezia auto-intraprendente per l'infedeltà (r= 0,25;
90 gl; p< 0,05 e r= 0,21; 90 gl; p< 0,05) in tale modo che c'è un'associazione
fra l'infedeltà in ambo le coniugi (r= 0,36; 45 gl; p< 0,05; r= 0,30; 45 gl;
p<0,05; r= 0,36; 45 gl; p< 0,01), (2) dai dati analizzati, può essere affermato,
che, per il nostro esemplare, i sessi non differiscono come per l'esposizione
della gelosia in termini di intensità, (3) il sesso maschile ha tendenza a
tradire più che il sesso femminile, probabilmente per ragioni collegate alla
sessualità (Esame W = 894,5; 826,0; 1496,5; p< 0.0001); (4) l'ipotesi
freudiana in uomini fu rifiutata per l'esistenza di una gelosia di natura
projetiva e per le donne, (5) i comportamenti di infedeltà che sono di rilievo
fra i partecipanti è riferito all'internet (usare stanze per chiacchierare, e-mail,
chats, fra altro) e pensieri relativi a comportamenti che portano all’infedeltà;
ambo sono associati con l'aumento delle opportunità che le persone hanno
di entrare in comportamenti amorosi d’infedeltà, (6) c'è una tendenza, anche
se debole, di quanto più grande l’auto-atribuzione del score "Nota fisica per
se" che sarà minore il numero di comportamenti riferito all'infedeltà del
suo(a) partner (r= -0,261; 90 gl; p< 0,01), (7) c'è una tendenza, anche se
debole, di come la Nota fisica attribuita per il più piccolo partner sarà il
risultato di gelosia, per ambedue momenti di questa ricerca (r= -0,217; 90 gl;
p< 0,05 e r= -0,205; 90 gl; p< 0,05, rispettivamente), (8) non si può
concludere niente riguardando quelli che si attribuiscono note come per
fattori psicologici, in relazione ai partner in quello che concerne la gelosia, o
anche riguardo all'infedeltà (9) quanto più grande l'età dei partecipanti più
22
grande è il grado di comprometimento di loro due (r= 0,27; 90 gl; p< 0,01).
Cosi, si può concludere che i presenti risultati hanno sostenuto alcune delle
ipotesi stabilite dall'autore in questa ricerca e sono consistenti con ricerche
anteriori, anche se malgrado, abbiamo rifiutato altre.
Ancora si conosce poco a rispetto di quali individui sono più
suscettibili all’infedeltà, ma questa ricerca permise identificare dei fattori che
promuovono l'infedeltà, assunto che era molto poco trattato nella letteratura
accademica fino d’ora. Così, la presente ricerca ha reso possibile una
migliore comprensione delle dinamiche interpersonali amorose,
principalmente con riguardo a questi due temi. Questo studio potrà
contribuire ad altri studi col "Inventario di Comportamenti Riferiti all'Infedeltà"
che è utile per misurare la frequenza di avvenimento di comportamenti
amorosi d’infedeltà.
23
“Ciúme. S. m. 1. Sentimento doloroso que as exigências de um
amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a
certeza de sua infidelidade, fazem nascer em alguém; zelos. (Nesta
acepção é masculino usado no plural). 4. Receio de perder alguma coisa;
cuidado; zelo.” (Ferreira, 1986, p. 333).
“Como ciumento sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque
me reprovo de sê-lo, porque temo que meu ciúme machuque o outro,
porque me deixo dominar por uma banalidade. Sofro por ser excluído, por
ser agressivo, por ser louco e por ser comum” (Barthes,1981, 47).
“O ciumento acaba sempre encontrando mais do que procura”
(Mademoiselle Scudéry, citada por Ferreira-Santos,1998, p. 18).
“Por mais que se deseje ou precise, duas pessoas jamais serão
uma só” (Ferreira-Santos,1998, p. 18).
“se a culpa e o ciúme puderem ser superados, a infidelidade
deixará de ser um problema” (Pittman,1994, p. 7).
24
Introdução
I - INTRODUÇÃO
“Introduzir não é oferecer ao
eventual leitor o mágico
‘Sésamo’ do pensamento
nem, tampouco, guardar
mesquinhamente o ‘segredo’
que – protegido de uma
vulgarização impossível ---
ficaria mais bem guardado
no não-dito de um discurso,
generoso em outros
aspectos” (Deleule,1975, p.
19)
Pode-se dizer que mesmo quando não se trata da escolha de um(a)
namorado(a) com vistas a um relacionamento a longo prazo, as pessoas
são temerosas de que seus(suas) parceiros(as) encontrem parceiros(as)
potencialmente mais atraentes e gratificantes do que eles(as), e dessa
forma, alimentam, freqüentemente, uma insegurança afetiva (Buss, 2000;
Murray & Holmes, 2000). Conseqüentemente, por se encarar os
relacionamentos amorosos como empreitadas de um elevado risco e, talvez,
com não tão significativos benefícios, vive-se em busca de se apossar do
que é melhor em cada pessoa, a cada momento, numa dinâmica
contraproducente à qualidade de qualquer relacionamento.
No caso de relacionamentos de longa duração, como matrimônios,
por exemplo, acordos pré-nupciais prevendo futuras rupturas e abandonos,
palavras cada vez de menor valia, e promessas cada vez mais
rigorosamente supervisionadas a fim de serem cumpridas, são situações
cada vez mais rotineiras, das quais ninguém mais passa incólume. Em
25
minha opinião, essas e muitas outras ruminações mentais que levanto a
respeito do amor e de seus desdobramentos distorcem e afastam mais e
mais as pessoas umas das outras, ao invés de encaminhá-las para serem
felizes juntas e unidas por um mesmo ideal.
Muitos pesquisadores estudam com afinco a questão dos fatores que
podem contribuir para que um relacionamento amoroso se mantenha
estável e tenha uma boa qualidade para ambos os parceiros. Alguma coisa
se produziu, embora ainda muita coisa precise ser investigada a respeito.
Duas das mais inquietantes preocupações que as pessoas têm no tocante
aos relacionamentos amorosos são o ciúme romântico e a infidelidade.
Estes fenômenos parecem rondar os relacionamentos amorosos. Neste
trabalho discutiremos a ambos.
Primeiramente, em relação ao ciúme, pode-se dizer que ele é uma
emoção extremamente comum. Para Shinyashiki e Dumêt (2002): “é
inegável que todos nós, em algum momento da vida, e em graus diferentes,
experimentamos a sensação de ciúme” (p. 80). O ciúme pode ser entendido
como uma reação frente à ameaça de um rival (real ou não) a um
relacionamento importante (Costa, 2005; Kebleris & Carvalho, 2006;
Kingham & Gordon, 2004). Está presente com freqüência nas relações
humanas, e, quando relacionado às relações diádicas-afetivas, isto é, aos
casais, é denominado de ciúme romântico (Hansen et al, 1985; Salovey,
1986;1989). Hintz (2003) ainda destaca que o ciúme faz parte da relação
amorosa. A idéia de ser o(a) único(a) na vida do ser amado desaparece,
quando entra um terceiro elemento na relação. A idéia de infidelidade,
26
muitas vezes, não é confirmada, todavia, o medo da perda origina idéias
persecutórias, levando, possivelmente, à destruição da relação.
Segundo Stendhal (1999) o ciúme (leia-se: ciúme romântico), é o
maior de todos os males. Seja ou não verdadeira esta afirmação, a
experiência do ciúme é comum nos relacionamentos amorosos (Almeida,
2003; Amélio, 1999; Amélio & Martinez, 2005; Clanton, 1998; Melamed,
1991; Pines, 1998; Pines & Aronson, 1983).
Para os autores Hintz (2003) e Branden (1998), o ciúme é uma
emoção experimentada por um indivíduo que percebe que o amor, a afeição
e a atenção estão sendo dados a uma terceira parte, quando julga que
estas oportunidades deveriam estar sendo oferecidas a ele.
Consoante Amélio (2001; 2005
1
) e Salazar, Couto, Gonçalves e
Pereira (1996), o ciúme em doses certas serviria para fortalecer, aliado a
outros fatores, a estabilidade de um relacionamento amoroso. Ainda,
segundo Amélio (1999) uma completa ausência de ciúme é danosa para um
relacionamento amoroso, por geralmente implicar numa baixa adesão de
pelo menos uma das partes envolvidas. Concorde a esta linha de raciocínio,
Fischer (2006), argumentará que o ciúme pode estimular uma pessoa a
acalmar o parceiro desconfiado com declarações de fidelidade e ligação,
contribuindo para a durabilidade do relacionamento. Ainda segundo Fischer
(2006) o ciúme é uma reação adaptativa, uma vez que homens e mulheres
captam sinais genuínos de que o relacionamento está fracassando, ou
ainda, quando lidam com parceiros descompromissados, de forma que, se
perseverarem em tal tipo de relacionamento, terão menos oportunidades de
1
Extraído do site http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2006/espaco63jan/atualiza/comportamento.htm,
em 30 de abril de 2006.
27
conseguirem parceiros mais adequados, além de diminuírem as
possibilidades de propagarem sua descendência.
Pittman (1994) afirma que “o ciúme pode ser uma emoção normal,
adequada e, inclusive, necessária. Ele é a consciência de uma distância e
interferência em um relacionamento de compromisso” (Pittman, 1994, p.
48).
O comprometimento é algo difícil de se definir. Porém, apesar da
pouca uniformidade descritiva e conceitual observada nos trabalhos sobre o
tema, existe um consenso de que quando alguém fala de comprometimento,
está falando da estabilidade da associação (Adams & Jones, 1999;
Rodrigues, Assmar & Jablonski, 1999). O conceito de compromisso e de
comprometimento “sumariza todos os fatores que atuam estavelmente para
promover e manter a interação entre indivíduos” (Rodrigues, Assmar &
Jablonski, 1999, p. 363), e também, “é um propósito declarado ou inferido
de uma pessoa que quer manter uma relação” (Rodrigues, Assmar &
Jablonski, 1999, p. 363). Diz respeito ao propósito de adesão que as
pessoas sustentam mesmo quando alguns dos fatores que o favorecem são
fracos, ou ainda, aos vínculos que permanecem mesmo quando os fatores
que o desabonam são muito fortes. Alguns fatores, como a idade por
exemplo, podem se relacionar ao comprometimento e colaborar com o
aumento da adesão dos parceiros ao relacionamento amoroso que eles
estabeleceram.
Faremos uma tentativa de escrutinizar de forma sistemática os prós e
os contras que devem ser levados em consideração ao se analisar o
comprometimento. Suas causas devem ser consideradas quando se tenta
28
entender e justificar algumas das variáveis importantes, que provavelmente
influenciarão um futuro relacionamento. Rodrigues, Assmar & Jablonski
(1999) as categorizam em três grupos principais:
1. causas pessoais: características relativamente duradouras de
cada um dos parceiros que compõem a relação, como os
traços de personalidade, atitudes ou habilidades;
2. causas relacionais: quando uma regularidade na interação
reflete uma combinação particular de disposições das duas
pessoas. É o que ocorre, por exemplo, o namoro de uma
pessoa com características de dependência afetiva e a outra
superprotetora;
3. causas ambientais: referentes às características do ambiente
físico e/ou social no qual a relação está inserida e são
desenvolvidas, como por exemplo, dificuldades financeiras,
normas sociais etc.
Reiterando a discussão a respeito do ciúme, podemos dizer que as
suas principais definições fazem referência a um complexo de emoções
provocadas pela percepção de uma ameaça a um relacionamento diádico e
exclusivo (Daly & Wilson, 1983). Esta caracterização leva em conta a
existência de diferentes tipos de ciúme (Bringle, 1981; 1991; Bringle &
Buunk, 1986) e que eles podem surgir nos mais diversos contextos
interpessoais (Bringle, Roach, Andler & Evenbeck, 1977; Pines, 1998;
Shackelford, Leblanc & Drass, 2000), embora sejam comumente associados
com os relacionamentos amorosos (Greenberg & Pyszczynski, 1985).
29
Uma das definições mais aceitas para o ciúme é a de que ele é um
“complexo de pensamentos, sentimentos e ações que se seguem às
ameaças para a existência ou a qualidade de um relacionamento, enquanto
estas ameaças são geradas pela percepção de uma real ou potencial
atração entre um parceiro e um (talvez imaginário) rival” (White, 1981c,
p.129).
Subsidiados por tal definição pode-se discutir o ciúme romântico não
só como comportamento, mas também enfocar os sentimentos e
pensamentos que o fundamentam. Vale ressaltar que o ciúme romântico
está condicionado à ameaça, ainda que virtual, ou mesmo remota, da
infidelidade do parceiro. Portanto, é possível conjecturar até que ponto
somos responsáveis, por meio do nosso ciúme, da aproximação ou mesmo
do afastamento dos nossos parceiros amorosos dos relacionamentos que
queremos preservar, muitas vezes a qualquer custo.
Pari passu, o ciúme está relacionado à infidelidade amorosa que, por
sua vez, está relacionada à falta de observância do compromisso de
exclusividade daqueles que deveriam estar comprometidos com um
relacionamento amoroso (Lusterman, 1998; Pittman, 1994).
Goldenberg (2006) aponta que numa época como a nossa em que os
casais não acreditam no amor eterno, é interessante refletirmos sobre a
questão da fidelidade, que permanece como uma busca permanente,
inclusive para os relacionamentos extraconjugais. Segundo esta autora “a
fidelidade permanece como um valor, apesar das enormes mudanças nas
relações afetivo-sexuais na atualidade” (Goldenberg, 2006, p. 18). Assim,
pode-se inferir que a infidelidade não somente é condenada nos
30
relacionamentos amorosos oficiais, mas também nos que são paralelos ao
vínculo assumido com os atuais parceiros.
As infidelidades podem abarcar muitas manifestações diferentes,
além de poder prejudicar inúmeros relacionamentos amorosos. Excetuando
a esterilidade, o adultério é a maior causa de separação segundo o estudo
transcultural de Betzig (1989). E muito embora o adultério sempre tenha
sido punido pela sociedade de diversas formas, mesmo assim, a infidelidade
é uma prática corrente, em qualquer lugar, possivelmente pela constante
busca de satisfação (Lins, 2006).
Para Vieira citado por Kupstas (1997), nas sociedades monogâmicas
a fidelidade associava-se a honra e a moral, e dessa forma era considerada
um instrumento protecionista para a estrutura familiar, talvez até mesmo um
imperativo biológico, uma adaptação evolutiva à questão da incerteza da
paternidade. E dessa forma, dava-se grande ênfase à fidelidade feminina
enquanto a infidelidade masculina era bem aceita.
Evidencia-se, que a infidelidade, a exemplo do ciúme, não se atém
somente aos relacionamentos maritais, e pode ser encontrada em outros
contextos românticos como namoros, noivados e demais formas de
relacionamento interpessoal amoroso (Bringle, 1995 a e b; Goldenberg,
2006; Shackelford, Leblanc & Drass, 2000; Thompson, 1983; 1984).
Por ocasião da descoberta da infidelidade, muitos pensamentos
vêem à tona e estes pensamentos são acompanhados por uma gama de
sentimentos: raiva, vergonha, medo, e, sobretudo, pelo ciúme. Nesse
sentido, ele não é somente constituído por sentimentos, mas também, por
cognições, ações e alterações fisiológicas, derivados do medo da perda do
31
ser amado. Daí, as pessoas podem se comportam das mais diversas
formas: separando-se, negando a situação em andamento, cuidando melhor
dos parceiros, de si mesmas, retaliando os parceiros, ou mesmo os rivais,
dentre outras possibilidades.
32
A importância do amor no cotidiano
1 - A IMPORTÂNCIA DO AMOR NO COTIDIANO
O amor é um tema extremamente presente em nossas vidas. E, em
nosso cotidiano, quase que freneticamente, busca-se cada vez mais o amor.
E o que pode ser entendido por amor? Segundo Amélio (2001) “amor é um
termo utilizado para nomear um grupo de sentimentos, ações e padrões de
pensamentos que, embora relacionados, são bastante diversificados” (p.
23). Adicionalmente, Almeida e Mayor (2006) concebem o amor como um
aspecto inerente ao ser humano, que tende a se perdurar e possui inúmeras
formas válidas de manifestação. Então, o amor possui uma extensa
variedade de formas e explicações sob diversos prismas. Dessa forma, em
termos cognitivo-comportamentais, o amor é visto por estes autores como
um sistema dinâmico, não só por ser multideterminado, mas também pelo
fato de apresentar uma pluralidade de conseqüências. E, de forma geral,
pode-se dizer que as relações que estabelecemos ao longo de nossas
histórias estão permeadas pelas relações amorosas. Contudo, discorrer a
respeito do amor é freqüentemente um árduo trabalho, em razão de
algumas dificuldades metodológicas e impropriedades conceituais
intrinsecamente relacionadas a esta tarefa.
Consoante Braz (2006), o amor é a condição fundamental para o
nascimento ontogenético da pessoa. Ele participou e participa ativamente
da evolução e estruturação do Self, porque é capaz de aproximar a pessoa
de sua essência, por propiciar o desenvolvimento de relações sociais,
dentre outras coisas. Nesse sentido, a autora ainda coloca que o amor é
33
uma característica própria do ser humano, uma tendência inata da espécie e
um dos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos nós
humanos. E, de forma geral, pode-se dizer que as relações que
estabelecemos ao longo de nossa história estão permeadas pelas relações
de amor.
Morton Hunt, em seu livro, The Natural History of Love retratou, talvez
equivocadamente, o século passado como sendo a “Idade do Amor”. O
autor justificou-se dizendo que nunca em nenhuma outra fase da história da
civilização houve uma proporção tão vasta da humanidade que tenha
dedicado tão elevada consideração ao amor, nas suas mais diversas formas
para expressá-lo como naquela fase (Hunt, 1959). Contudo, ao que parece,
esta é uma tendência que tende a perdurar indeterminadamente, não se
restringindo a uma fase ou século.
Paradoxalmente, consolidamos em nosso cotidiano alguns
pensamentos contraditórios, como o de Costa (1998), em referência aos
relacionamentos amorosos: “Quando é bom não dura e quando dura já não
entusiasma” (Costa, 1998, p. 11). Outros pensamentos parecidos e que
bastante me consternam são pensamentos difundidos pela sociedade tais
como: tudo o que é bom dura pouco. Levando-se em consideração que a
cada década as pessoas vivem mais, e que, portanto, caminhamos para
uma maior longevidade, haverá o dia em que a humanidade perpassará a
expectativa de vida dos 100 anos, e assim, qual(is) é(são) a(s)
implicação(ões) disso para os relacionamentos amorosos? Se nos
fundamentarmos em pensamentos tais como “o que é bom tem um prazo de
validade”, qual é o prognóstico para os relacionamentos amorosos que hão
34
de vir? Será mesmo verídica a necessidade de se passar a vida inteira a
temermos o fim de um grande amor? Ou talvez, é realmente necessário
aceitar a idéia de que o amor não é para todos? Por que será que o ‘eu te
amo’ de ontem pode não valer para hoje?
Logo, a temática dos relacionamentos amorosos, como anteriormente
dito, é uma das áreas mais importantes (e geralmente problemáticas) da
vida das pessoas. Infelizmente, tal importância é mais bem percebida
quando as coisas não vão bem. Quando isso acontece, tanto o nosso
humor, como a nossa capacidade de concentração, a nossa energia, o
nosso trabalho e a nossa saúde, dentre outras dimensões das nossas vidas,
podem ser profundamente afetados (Amélio, 2001). É interessante
observarmos também o que um relacionamento amoroso mal sucedido
pode acarretar para o corpo humano, como nos aponta Almeida (2007) ao
tematizar uma cardiopatia denominada “Síndrome do Coração Partido”
relacionada ao súbito estresse e a incapacidade de elaborá-lo. O autor
afirma que o fim de um romance pode fazer o coração sofrer e debilitá-lo de
tal forma que pode ser confundida com um ataque cardíaco (Almeida,
2007).
O amor é considerado um dos principais requisitos para o casamento
nos países ocidentais (Silva, Mayor, Almeida, Rodrigues, Oliveira &
Martinez, 2005). Uma pesquisa realizada por Levine (1988), em onze países
(inclusive no Brasil), apresentou evidências a respeito da importância do
amor como requisito para a escolha de um cônjuge. Estes autores pediram
para pessoas destes países que respondessem à seguinte questão: “Se um
homem/mulher tivesse todas as qualidades que você deseja, você se
35
casaria com ele(a) mesmo se não o(a) amasse?” Havia três opções de
resposta: sim, não e indeciso. Homens e mulheres responderam a esta
questão de uma forma semelhante. De acordo com os resultados desta
pesquisa, os países participantes podiam ser classificados em dois grupos:
aqueles onde a resposta “sim” foi a mais freqüente (na Índia e no
Paquistão), e aqueles onde a resposta “não” foi a mais freqüente (em todos
os outros países pesquisados). Em nenhum dos países a resposta
indeciso” foi a mais freqüente. Os EUA e o Brasil foram os países que mais
rejeitaram o casamento sem amor. No Brasil, apenas 4,3 % das pessoas
disseram que se casariam sem amor, 10% ficaram indecisas e 85,7%
disseram que não se casariam sem amor. Os países coletivistas e/ou mais
atrasados economicamente são aqueles onde as percentagens de indecisos
foram muito grandes. Uma grande percentagem de indecisão parece indicar
que estes países estão em uma fase de transição quanto ao papel que este
sentimento deve desempenhar na escolha do cônjuge: o casamento
arranjado está sendo substituído pelo casamento onde os parceiros é que
se escolhem e, neste caso, o amor é um dos principais critérios de escolha.
Outros estudos, como o de Buss (1989), atestam a importância deste
sentimento para a escolha do cônjuge. De acordo com este estudo, a
maioria das pessoas (66% da amostra) não aceitava casar-se com alguém
que possuísse todos os requisitos para um relacionamento romântico, com
exceção de estar enamorado pelos próprios parceiros. Paralelamente, os
estudos de Bystronski (1995) revelam que para a maioria das pessoas
afirmar a intimidade com outros seres humanos é, isoladamente, o aspecto
mais gratificante da vida.
36
Levando-se em consideração esta literatura de referência que nos
indica alguns dos muitos motivos de porque o amor e os relacionamentos
amorosos são tão valorizados em nossa sociedade, podemos agora
procurar entender melhor o mecanismo do ciúme que, por definição, visa
diminuir ou eliminar os riscos da perda do ser amado e, conseqüentemente,
do amor, da afeição, do tempo e da atenção e de outros recursos que o
parceiro pode redirecionar para o algum(a) rival real, ou ainda, imaginário(a)
quando estas oportunidades deveriam estar sendo oferecidas para o(a)
parceiro(a).
37
Teorias globais sobre o ciúme
2 - TEORIAS GLOBAIS SOBRE O CIÚME
A literatura mundial que trata do ciúme é abundante, e as
divergências de opinião acerca do assunto também o são. Embora o
conceito de ciúme tenha uma dimensão pluralística, no sentido de admitir a
coexistência de vários princípios na tentativa de explicá-lo, é freqüente que
os autores se respaldem na definição fornecida, em 1981, pelo autor
Gregory White por contemplar um número maior de fatores e por ser menos
contraditória em relação a todas as outras que lhe sucederam. É por essa
razão que doravante buscaremos esboçar um breve panorama histórico de
como tal conceito foi compreendido, a fim de que possamos nos aproximar
de uma padronização conceitual, ao menos para os nossos objetivos.
2.1. Ciúme: um breve panorama histórico.
Numa perspectiva mais ampla, que remonta há aproximadamente
vinte e quatro séculos atrás, Aristóteles (2001) definia o ciúme como o
desejo de ter o que outra pessoa possui, isto é, originariamente ele era
concebido como uma qualidade boa e se referia ao desejo de imitar uma
nobre atitude característica de uma outra pessoa. Nesta acepção, o filósofo
pensava o ciúme em termos de uma nobre inveja.
Mais tarde, encontramos nas referências bíblicas ilustrações que
denotavam como o ciúme já tinha sido concebido como algo belicoso à boa
38
vivência do amor. Salomão, em seu livro “Cântico dos Cânticos
2
”, acreditava
que o amor era forte como a morte e o ciúme, concebido enquanto uma
paixão, era cruel como um túmulo.
Treze séculos depois, o autor de epigramas, escritor clássico e
moralista francês François de la Rochefoucauld
3
reconhecia no ciúme uma
tendência egocêntrica ao dizer: há no ciúme mais amor-próprio do que
amor. Este autor ainda identificava o amor como substrato para a gênese do
ciúme: O ciúme nasce sempre com o amor, mas nem sempre morre com
ele. Rochefoucauld (2006) ainda associa o ciúme às grandes mazelas
humanas, em suma, para ele, o maior de todos os males.
No século XIX, na Alemanha, o ciúme, era concebido por Freud como
um estado emocional. Segundo Freud (1922/ 1976), “O ciúme é um
daqueles estados emocionais, como o luto, que podem ser descritos como
normais” (p. 271). No texto Alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na
paranóia e no homossexualismo, o autor faz uma distinção entre três tipos
de ciúmes, o competitivo ou normal, o projetado e o delirante. Então, Freud
(1922/1976, p. 271), escreveu sobre a projeção do ciúme:
O ciúme da segunda camada, o ciúme projetado,
deriva-se, tanto nos homens quanto nas mulheres, de
sua própria infidelidade concreta na vida real ou de
impulsos no sentido dela que sucumbiram à repressão.
É fato da experiência cotidiana que a fidelidade,
especialmente aquele seu grau exigido pelo matrimônio,
só se mantém em face de tentações contínuas.
Qualquer pessoa que negue essas tentações em si
própria sentirá, não obstante, sua pressão tão
fortemente que ficará contente em utilizar um
2
Esta referência pode ser encontrada em qualquer versão do texto bíblico no livro Cântico
dos Cânticos 8, versículo 6.
3
Extraído do site http://www.proverbes-citations.com/larochefoucauld.htm, em 30 de abril
de 2006.
39
mecanismo inconsciente para mitigar sua situação.
Pode obter esse alívio - e, na verdade, a absolvição de
sua consciência - se projetar seus próprios impulsos à
infidelidade no companheiro a quem deve fidelidade.
Assim, para este autor, o ciúme poderia estar associado, no próprio
ciumento, com as suas próprias infidelidades. Destarte, para Freud (Freud,
1922/1976) é o desejo e a possibilidade virtual de trair o parceiro que
engendra em cada parceiro o próprio ciúme.
Em Paris, para Stendhal (1999), o ciúme tinha uma conotação
negativa e estava atrelado à vaidade quando dizia que o que tornava a dor
do ciúme tão aguda era a vaidade que não contribuía para nos ajudar a
suportá-la.
Observa-se, na literatura científica, que estudos sistemáticos sobre o
ciúme aumentaram significativamente a partir de 1977, quando da
realização de reuniões anuais científicas que o incluíam como tema de
estudo. Isto aconteceu, em especial nos eventos da Midwestern
Psychological Association e da American Psychological Association.
Atualmente este é uma das temáticas que mais cativa os pesquisadores em
todo o mundo (Ramos & Spera, 1995).
2.2. Teorias a respeito do ciúme.
Tanto o amor como o ciúme, possuem uma extensa variedade de
formas e explicações, sob diversos prismas. Focalizaremos algumas delas
de acordo com os objetivos desta pesquisa.
40
Atualmente, alguns teóricos consideram o ciúme como sendo um
sentimento (Albisetti, 1994; Cavalcante, 1997; Clanton & Smith, 1998;
Gikovate, 1998; Pines, 1998; Pines & Aronson, 1983 e Shettel-Neuber,
Bryson & Young, 1978) outros como uma emoção negativa (Lazarus, 1993;
Mathes, 1992; Montreynaud, 1994; Savian, 2002; Shinyashiki & Dumêt,
2002), ou ainda, uma emoção aversiva (Buunk, 1991 e McIntosh & Tangri,
1989). Há os que o concebem como um complexo de pensamentos,
emoções e ações (Clanton, 1998; Ferreira-Santos, 1998; Hupka, 1981;
1991; Parrot, 1991; Pfeiffer & Wong, 1989; Rydell, McConnell & Bringle,
2004; Sharpsteen, 1991, 1993; White, 1981b, 1984; White & Mullen, 1989 e
Zammuner, 1995).
Para alguns autores, existem vários tipos de ciúme (Sheets & Wolfe,
2001), diversos graus de ciúme (Ramos, 1998; 2000; Shinyashiki & Dumêt,
2002), manifestações de ciúme distintas para homens e mulheres (Bringle &
Buunk, 1986; Buss, 2000; Pines & Friedman, 1998; White & Mullen, 1989) e
mais de um tipo de ciúme em relação a uma mesma pessoa amada
(Gikovate, 1998). As pessoas também podem ficar mais ciumentas durante
períodos de fracasso ou perda (Pittman, 1994). E ainda, podem-se ter
ciúmes de objetos, coisas, animais e pessoas, em diferentes intensidades e
com relação ao mesmo objeto valorizado de múltiplas maneiras (Almeida,
2005).
41
2.2.1 A teoria evolutiva e a etiologia do ciúme em relação à infidelidade.
Abstraindo-se nossas aspirações mais românticas, o amor seria uma
espécie de contrato biológico entre um homem e uma mulher. Para a
etologia, ciência que estuda as origens dos comportamentos dos seres
humanos e animais, esse contrato determinaria que, em troca de recursos
trazidos por um homem para garantir a alimentação, o abrigo e a proteção
da mulher e dos filhos dele, esta, em contrapartida, disponibilizaria o seu
útero, com exclusividade, à disposição do mesmo.
Contudo, a infidelidade parece que sempre rondou o amor entre as
pessoas em todas as épocas, pois, segundo o que nos mostram as
pesquisas (e.g. Daly, Wilson & Weghorst, 1982) a infidelidade é comum em
todas as sociedades humanas conhecidas. Consoante Fisher (2006):
“fomos constituídos para amar e amar novamente” (Fisher, 2006, p.193).
Viscott (1996) aponta que existem tantos motivos que levam as pessoas a
traírem seus parceiros quantos relacionamentos amorosos. Para este
mesmo autor “trair é investir em outra pessoa aquela energia emocional e
sexual [e demais recursos como tempo, dinheiro, etc] que deveria ser
direcionada para seu parceiro” (Viscott, 1996, p. 193). Em uma de suas
pesquisas Goldenberg (2006) indica que 60% dos homens e 47% das
mulheres confessaram ter traído seus(suas) parceiros(as). Nesta mesma
pesquisa, ao responderem se foram traídos, 41% das mulheres e 32% dos
homens afirmaram que sim. As razões apontadas para a infidelidade
feminina foram: falta de amor, insatisfação, e ainda crise ou problemas no
casamento. Entretanto, os homens apontaram, além dos mesmos motivos,
42
outros como: natureza masculina, instinto, “aconteceu”, oportunidade,
atração, desejo, vontade, tesão, testicolocefalia, não conseguir resistir, para
não se arrepender das oportunidades que perdi.
Alberoni (1986) afirma que a princípio, ao escolher, ainda que
inconscientemente, um parceiro afetivo, mesmo para aventuras breves, o
que se procura é o prazer. Assim, segundo este autor pode-se dizer que o
que se pede então ao objeto da escolha é que este seja essencialmente um
fator de satisfação que reforce nosso comportamento de renovar a sua
procura e nossos sentimentos e pensamentos amorosos por sua pessoa.
Isto também pode explicar em partes o comprometimento dos parceiros
numa relação amorosa e suas vicissitudes. Caso este mecanismo falhe, a
relação cessa imediatamente ou com o passar do tempo. Assim, segundo
Buss, Larsen, Westen e Semmelroth (1992), o ciúme então, pode ser
compreendido como resultado de uma adaptação evolutiva a obstáculos
experienciados por homens e mulheres em relação aos relacionamentos
amorosos que constituíram ao longo do tempo. Desta forma, o ciúme estaria
relacionado aos fatores de reprodução e à necessidade de garantia de
paternidade (Ramos, 2000).
Para prolongar os efeitos do amor e maximizar a permanência do
parceiro e dos seus recursos para o relacionamento, segundo a teoria
evolutiva, homens e mulheres desenvolveram diferentes estratégias
adaptativas para lidarem com a questão da infidelidade. Quanto às origens
do ciúme, Buss (2000) explica que apesar de suas manifestações
potencialmente perigosas, ele teve um imprescindível valor adaptativo. Em
épocas remotas, onde homens e mulheres dependiam exclusivamente uns
43
dos outros para a sobrevivência, o ciúme atendia esta função de
manutenção do relacionamento estabelecido. Por meio dele, homens
ciumentos preservariam com uma maior probabilidade seus valiosos
engajamentos tentando se assegurar que os filhos daquela relação eram de
fato seus, garantindo assim a sua linhagem genética. No que diz respeito às
mulheres, o ciúme seria um importante fator diferencial que lhes poderia
assegurar um mantenedor para si e para sua prole. Segundo este
raciocínio, a infidelidade representa com isso o desvio parcial de valiosos
recursos. Naturalmente, estes mecanismos eram, e ainda o são,
inconscientes para ambos os sexos. E diferentemente do que se pensa,
homens e mulheres são eqüitativamente ciumentos, apenas diferindo, como
dito anteriormente, na forma como ele se manifesta para os dois gêneros
4
(Buss, 2000; White & Mullen, 1989).
Atualmente, as condições de vida são bastante diferentes,
principalmente quando comparadas com épocas ancestrais, e assim, as
mulheres teoricamente não dependem dos recursos trazidos pelos homens,
e conseqüentemente, uma mulher quando na condição de mãe solteira, não
necessariamente está mais desamparada. Porém, como nossos cérebros
são muito semelhantes aos dos nossos ancestrais, para os quais o ciúme foi
uma característica evolutivamente adaptada, dentre outros mecanismos
para assegurarem sua sobrevivência, nós ainda de certa forma,
4
Contudo, para as relações românticas de natureza homossexual os resultados
apresentam-se de forma inversa comparados aos achados em relacionamentos
heterossexuais ainda que experimentem níveis de ciúme similares aos dos heterossexuais.
Lésbicas sentem como mais aflitiva a infidelidade sexual, ao passo que os homossexuais
masculinos padecem emocionalmente mais quando imaginam que o parceiro pode estar
comprometido afetivamente com outra pessoa (Bailey, Gaulin, Agyei & Gladue, 1994;
Bringle, 1995 b; Sheets & Wolfe, 2001).
44
responderíamos como que instintivamente a alguns mesmos controles
biológicos.
Consoante Ramos e Calegaro (2001), os seres humanos, homens e
mulheres, desenvolveram diferentes estratégias para lidar com o problema
da sobrevivência e da reprodução. Os homens, para se certificarem de que
os filhos gerados em um relacionamento são verdadeiramente seus (o que
tem conseqüências substanciais para sua auto-estima), têm o seu ciúme
motivado pela suspeita de infidelidade sexual de sua mulher (Mullen &
Martin, 1994). Ainda segundo Ramos e Calegaro (2001), as mulheres,
diante do temor de que o companheiro possa se envolver emocionalmente
com uma rival a ponto de dirigir seus investimentos materiais, afetivos e
financeiros para esta pessoa, desenvolveram o ciúme como uma resposta
apropriada para a manutenção deste relacionamento. Em outras palavras,
em relação aos homens, a mulher ao longo do tempo aprendeu a
desenvolver um ciúme mais emocional do que sexual.
Para entender melhor tudo isso, deve-se levar em consideração que
os homens são capazes de inseminar inúmeras parceiras em curtos
períodos. Entretanto, as mulheres são capazes de ter apenas poucos
descendentes e assim, a maternidade pode ser considerada um dom, uma
coisa rara do ponto de vista evolutivo, algo muito mais valioso que uma
poupança dada a sua relação custo-benefício, sobretudo, para aquelas
épocas ancestrais (Desteno, Bartlett, Braverman & Salovey, 2002). A idéia
implicada aqui é a de fitness. Fitness refere-se à probabilidade de
transmissão bem sucedida de material genético para gerações bem
45
sucedidas e é conseqüentemente definida como fazer surgir descendência
em idade sexual maturativa (Daly & Wilson, 1983; Dawkins, 1976).
2.2.2. O ciúme enquanto um complexo cognitivo-comportamental.
Ao falar do ciúme, Barthes (1981) discorre sobre as ambigüidades
vivenciadas pelas pessoas que por ele são afetadas. Por sua linha de
raciocínio, percebe-se que o ciumento é ridicularizado e que, portanto, não é
desejável. Pode-se inferir que o ciúme provoca sofrimento ao outro parceiro
e mesmo assim, o ciúme corrói cada pessoa que o sente interiormente, ou
seja, "sabe-se" uma coisa e "sente-se" outra, e muitas vezes não há uma
correspondência do dizer-fazer. O racional duela com o emocional, de tal
forma que ninguém pode saber ao certo quem ganhará e nem se pode
torcer, a priori, por um deles.
Vamos agora partir para caracterizar tal complexo enquanto um
fenômeno comportamental e cognitivo-sentimental. Como vimos com
relação às definições dadas pela diversidade de teóricos estudados, as
concepções de ciúme são diversas, porém uma mesma tríade conceitual as
une:
1) ser uma reação frente a uma ameaça percebida;
2) haver um rival real ou imaginário e;
3) a reação visa diminuir, ou ainda, eliminar os riscos da perda do
objeto amado.
46
Ramos (2000) aponta que há diferentes posições quanto a conceber
o ciúme como uma combinação de outras emoções básicas, ou mesmo
como uma categoria própria. Ferreira-Santos (1998) também ressalta que
devido às múltiplas manifestações de ciúme por pessoas, e mesmo por
objetos, fica muito difícil compreender a origem destas situações. Além
disso, cada pessoa pode exprimir o seu ciúme de uma forma peculiar, ou
seja, o vivencia do seu próprio jeito, dado que os evocadores, as reações,
os sentimentos e as conseqüências são muito semelhantes para as pessoas
ou grupos de pessoas.
De qualquer forma, uma reação somente é rotulada como ciúme se
quem a experimenta possuir um relacionamento valorizado e, em seu
entendimento, perceber que este vínculo está sendo ameaçado pela
interferência de uma terceira pessoa, esta identificada como rival,
independentemente do fato desta percepção ser baseada em fatos reais ou
imaginários. “É, portanto, necessária a identificação da ameaça” (Ramos,
2000, p. 63). Berscheid e Fei (1998) complementam a discussão sobre a
essência do ciúme ao concebê-lo enquanto relacionado a uma alta
dependência do parceiro, todavia com uma alta insegurança a respeito de si
mesmo, do parceiro e do próprio relacionamento.
Alguns autores como Clanton & Smith (1998) Tooby & Cosmides
(1990) e White (1980; 1981a) citam possíveis preditores para o ciúme, tal
como as diferenças na desejabilidade entre os parceiros (podem deixar em
estado de alerta para uma possível infidelidade do(a) parceiro(a). Isto é, se
alguém se sente inferior ao parceiro num relacionamento amoroso isto pode
ser responsável pela hipervigilância em relação ao parceiro considerado
47
mais desejável. Buss (2000), Waster, Traupmann e Walster (1978) e
Walster, Walster e Berscheid (1978) argumentam que o parceiro mais
desejável do casal é na verdade o mais propenso a se desgarrar, o que em
partes justificaria o ciúme do outro parceiro. Esta hipótese também será
testada pelo presente estudo.
2.2.3 Ciúme, possessão e a questão da profecia auto-realizadora.
No que tange a avaliação do ciúme pela literatura científica (e.g.
Albisetti, 1994; Botura, 1996; Buunk, 1991; Cavalcante, 1997; Clanton &
Smith, 1977; Gikovate, 1998; Ferreira-Santos, 1998; Lazarus, 1993; Mathes,
1992; McIntosh & Tangri, 1989; dentre outros) e pelo senso comum,
percebe-se que na análise da literatura acadêmica, há a predominância da
conceituação do ciúme enquanto uma relação afetiva negativa frente a uma
ameaça ao relacionamento amoroso valorizado. De modo especial,
Montreynaud é enfático ao dizer: “o ciúmes não é prova de amor, mas sinal
de imaturidade” (Montreynaud, 1994, p. 40).
Em contrapartida, para as pessoas comuns, como atestam os
estudos de Mullen & Martin (1994), há uma relação estreita entre o amor
verdadeiro e o ciúme. Mesmo para outros teóricos tais como Ferreira-
Santos (1998), Leonel (1993), Mathes (1991), Pittman (1994), Salazar,
Couto, Gonçalves e Pereira (1996) e White e Mullen (1989), há a
possibilidade de haver algum aspecto neutro, ou ainda positivo no ciúme, no
sentido dele acarretar a aproximação do casal, como uma profícua
estratégia de se lidar com uma situação ameaçadora. Entretanto, tal visão
48
carece de uma maior fundamentação empírica. Para o senso comum, e,
sobretudo, para a cultura brasileira, percebe-se a manutenção de um
ambiente favorável às atitudes ciumentas. Isto é, os parceiros se vêem na
obrigação de demonstrar ciúme como prova de amor (Ferreira-Santos,
1998). Os discursos apologéticos que são feitos para justificar as atitudes
ciumentas no Brasil, segundo Goldenberg (2006), ainda podem estar
relacionados de algumas mulheres perceberem como humilhante conviver
com a solidão, ou ainda, estarem desprotegidas economicamente. Ainda,
para Ferreira-Santos (1998), existe uma grande confusão entre ciúme e
zelo, este sim, um sentimento que comprovaria o amor. Na verdade, pouco
se sabe sobre experiências e comportamentos associados ao ciúme na
população geral, mas num estudo populacional, todos os entrevistados
(100%) responderam positivamente quando perguntados se já sentiram
ciúme, embora menos de 10% reconheceu que este sentimento acarretava
problemas no relacionamento (Mullen & Martin, 1994).
Na vida real, é sabido que muitos dos nossos comportamentos são
largamente influenciados, e até mesmo governados por normas e/ou
expectativas que funcionam como diretrizes para que as pessoas se
comportem de determinada maneira em certa situação. Ao se refletir sobre
expectativas que conduzem ao comportamento pensam-se logo em
profecias auto-realizadoras. Estas profecias são, em resumo, definidas
como crenças capazes de exercer influência sobre aqueles que nelas
crêem: as pessoas mudam de atitude e se engajam em comportamentos
que aumentam as chances de ocorrer aquilo que crê ou teme (Allport, 1950;
Brophy, 1983; Copeland, 1994; Murray, Holmes & Griffin, 1996 a e b;
49
Snyder, 1984). Então, seria possível considerar o ciúme como uma profecia
auto-realizadora aos moldes do que Rosenthal & Jacobson (1968; 1982), ou
mesmo que Merton (1948) conceberam? Será, então, que se é possível
sugerir que o ciúme funciona como uma profecia auto-realizadora que
produz a perda da qualidade nas relações amorosas, ou mesmo
responsável, em fases ulteriores, pela ruptura das mesmas, induzindo os
parceiros a se engajarem em comportamentos infiéis? Infelizmente, até o
presente momento não há qualquer estudo que tenha se ocupado em
tematizar tal associação. Tendo como base esta linha de argumentação,
este estudo, também, procurará verificar tal associação entre o ciúme
romântico e a infidelidade amorosa.
2.2.4. Ciúme, amor, infidelidade e gênero.
Os resultados das pesquisas acerca do ciúme não evidenciam
claramente que haja diferenças entre homens e mulheres (Desteno &
Salovey, 1996; Harris, 2002, 2003; 2005; Hawkins, 1987; Sagarin, 2005;
Shackelford, Buss & Bennett, 2002), e há pouco consenso entre os autores,
que evidenciam que a mulher, freqüentemente, apresenta mais
intensamente ciúme em comparação ao homem.
Todavia Buss (2000) nos sugere que homens e mulheres são
igualmente ciumentos, mas os eventos desencadeadores de ciúme para
cada um é que são diferentes: os homens ancestrais tinham um custo
elevado com a paternidade, isso porque caso houvesse infidelidade por
parte da mulher, eles se arriscariam a desperdiçar tempo, energia e outros
50
investimentos enquanto a cortejavam. Também teriam perdido
oportunidades com outras mulheres enquanto se dedicavam a apenas uma,
além do esforço materno que teria sido desviado para a prole de um rival, e,
principalmente, se arriscariam a dedicar cuidados paternos a essa prole,
julgando erroneamente ser sua.
E se o homem ancestral fazia um grande investimento ao aderir a um
relacionamento amoroso, a mulher fazia um investimento ainda maior com a
maternidade, uma vez que cada gravidez durava nove meses. Além disso,
se arriscar a perder o investimento ou uma parte do investimento do
parceiro que desviasse seus “recursos” à outra mulher (com quem ele
tivesse um caso). Isto poderia ser extremamente danoso, pois esse desvio
ocorreria à custa da sobrevivência dela e de seus filhos. Isso era muito mais
grave, se forem consideradas as épocas ancestrais de frio, estiagem,
escassez de alimentos, onde as possibilidades de sobrevivência eram
baixas. Para a mulher o indicador mais confiável do desvio de investimento
não seria o homem ter sexo com outra mulher, mas ele ter envolvimento
emocional com ela. O envolvimento emocional poderia servir para avaliar a
qualidade do compromisso. Para as mulheres a posse dos seus homens é
ameaçada por rivais que corporificam o que os homens querem.
Ainda, ao se discorrer sobre a temática do ciúme é necessário
lembrar que para alguns teóricos, como DeSteno & Salovey, 1996 e Harris
& Christenfeld, 1996(a e b), pelo menos na cultura ocidental, a infidelidade
sexual tem diferentes conotações para homens e mulheres. Como o amor
geralmente é um pré-requisito para o envolvimento de uma mulher em um
relacionamento sexual, isto faz com que se imagine que a infidelidade
51
sexual feminina esteja associada com o envolvimento emocional com outro
parceiro (DeSteno & Salovey, 1996). Todavia, consoante Sheets e Wolfe
(2001), a infidelidade masculina não tem tal implicação porque os homens
têm mais condições de praticar sexo sem amor.
De todas as características que são pesquisadas no que diz respeito
à infidelidade, o gênero parece ser o mais consistente dos fatores que
predizem: os homens como os que traem mais (Buss & Shackelford, 1997).
E mesmo entre homens que têm casos, em relação às mulheres que
também os têm, os homens as superam em termos de quantidade (Lawson,
1988).
2.2.5. Ciúme e a discussão Nature X Nurture.
Outra dúvida suscitada pela temática abordada é a de que se o
ciúme é inato ou aprendido. Buunk, Angleitner, Oubaid e Buss (1996),
Geary, Rumsey, Bow-Thomas e Hoard (1995) e Wiederman e Kendall
(1999) acreditam que seja inato, embora as suas manifestações específicas
sejam aprendidas. A cultura aqui desempenharia um papel fundamental por
modelar as diversas representações do ciúme.
A etologia afirma que o ciúme é um sentimento universal, e sua
existência pode ser constatada nos mais diferentes povos e raças (Buss,
2000). Apesar das diferenças na sua forma de manifestação, essa
universalidade sugere um componente genético. Dessa forma, alguns
autores abordam o ciúme do ponto de vista evolutivo e dizem que ele é uma
manifestação biológica inata, que tem a função de garantir a propagação
52
dos genes e, conseqüentemente, a perpetuação da espécie, um provedor
para a prole, no caso do gênero feminino, e, sobretudo, a garantia da
paternidade para o gênero masculino (Buss, 1988, 2000; Buss, Angleitner,
Oubaid & Buss, 1996; Buss, Larsen & Westen, 1996; Buss, Larsen, Westen
& Semmelroth, 1992; Buss & Shackelford, 1997; Fisher, 1995; 2006).
Apesar de suas formas de manifestação serem até certo ponto
idiossincráticas, não existe uma cultura na qual os indivíduos são
desprovidos dos mais diversos tipos e graus de ciúme. Por exemplo, até
mesmo entre os esquimós Ammassalik, da Groenlândia, considerada uma
cultura sem ciúme, não é incomum que o marido mate o intruso que dorme
com sua mulher (Buss, 2000). Um outro caso interessante a ser analisado é
o da cultura islamita. No Islamismo, a poligamia é permitida. O homem pode
se casar com até quatro mulheres, com a condição de que dê atenção igual
a cada uma delas, o que sugere que há ciúme manifestado entre as
parceiras. Contudo, é fato que, mesmo com a possibilidade de ter várias
esposas, os homens não deixam de ter relações extraconjugais.
Algumas teorias de cunho sociológico e antropológico têm tentado
desvendar uma origem cultural para o ciúme (Achté & Schakir, 1985; Bers &
Rodin, 1984; Hupka, 1981; 1991; Hupka & Bank, 1996; Salovey & Rodin,
1984; Shweder & Haidt, 2000). Os argumentos mais comuns colocam as
raízes do ciúme no capitalismo e na cobiça, afirmando que a busca por
possuir bens materiais se estende a possuir outras pessoas. Se assim
fosse, segundo Buss (2000), sociedades que vivenciam ou vivenciaram uma
tentativa de socialismo experimentariam um declínio exponencial no ciúme,
o que não ocorreu. Ainda segundo Buss (2000), também existe a tentativa
53
de se interpretar o ciúme como uma falha de caráter, ou ainda, uma
patologia produzida pela baixa auto-estima e imaturidade. Se os traços de
personalidade originassem o ciúme, então, a simples mudança desses,
deveria eliminá-lo. Conclui-se, portanto, que a universalidade do ciúme se
explica por ele ser um produto evolutivo na interação entre os gêneros
(filogenético), e não somente por ser um produto cultural (ontogenético), ou
seja, para a sua configuração somam-se os componentes biológicos e
culturais.
Uma visão que se quer apontar ao discutir se é o ciúme inato ou
aprendido, benéfico ou danoso aos relacionamentos amorosos, é a de que
ele é fundamentalmente egoísta à medida que leva o(a) seu(sua)
possuidor(a) a agir visando com isso tolher os direitos da pessoa a ela
vinculada. Isto é, quando o ciúme se manifesta, não visa proteger o outro,
como erroneamente costuma se pensar, e sim se preservar a si mesmo de
futuras preocupações que lhe sejam custosas no investimento amoroso
realizado. O que mascara esta constatação é o fato de pensar que o ciúme
é exercido em nome do amor e de uma “altruística” preocupação com o bem
estar do outro de forma que per se parece autorizar a interferir sobre o
destino do(a) parceiro(a).
2.2.6. Cultura e patologias relacionadas ao ciúme.
E dado o seu polimorfsmo, percebe-se que o ciúme exibe as
características de cada época, de cada cultura, o que torna difícil
diagnosticá-lo como uma doença, por não ter um padrão fixo para se
54
revelar. E um dos pontos mais notáveis no que diz respeito ao ciúme, e
mesmo no que diz respeito à infidelidade é que eles estão presentes em
todas as culturas e em todas as épocas. Todavia, consoante Ferreira-
Santos (1998), o sofrimento é o que fundamenta e anuncia quando o ciúme
deixa de estar no limite da normalidade e avança causando mal-estar,
repetindo-se obsessivamente e compulsivamente, até que provavelmente,
arruíne a vida das partes envolvidas. Muitos dos que se relacionam
amorosamente não pensam nos desdobramentos do amor como um
possível aparecimento do ciúme. Muitas vezes, a dor, acompanhada de um
inerente sofrimento para ambas, ou ao menos uma das partes envolvidas
poderiam pensar os etólogos, não invalida suas funções positivas para a
sobrevivência. Principalmente, no contexto brasileiro, muitos dos que são
objeto de um ciúme, dependendo do grau e de acordo com seus históricos
de vida, sentem-se lisonjeados em granjear este tipo de atenção para elas
mesmas (Ferreira-Santos, 1998). Contudo, não devemos deixar escamotear
a nossa percepção e deixar passar despercebido o número de caso de
violência doméstica, crimes passionais, dentre outros fatos comentados
pelos noticiários diários, ou mesmo citados e estudados pela literatura
científica (Daly & Wilson, 1988; Hannawa, Spitzberg, Wiering & Teranishi,
2006; Mullen, 1996). O Ciúme Patológico pode até motivar homicídios, e
muitas dessas pessoas sequer chegam aos serviços médicos (Shepherd,
1961). Para Palermo et al (1997), a maioria dos homicídios seguidos de
suicídio são crimes de paixão, ou seja, relacionados a idéias delirantes de
ciúme intenso ou excessivo (Palermo et al, 1997). São, geralmente, crimes
cometidos por homens (mas, isso não exclui as mulheres do problema) com
55
algum problema psicológico, desde transtornos de personalidade,
alcoolismo, drogas, depressão, obsessão, até a franca esquizofrenia. Desta
forma, pode-se inferir que são os excessos e estes, desequilíbrios, por
exemplo, aliados ao ciúme é que causam as nefastas conseqüências para
os relacionamentos amorosos e não o ciúme em si.
2.2.7 O ciúme e a infidelidade situacional e o ciúme a infidelidade
disposicional.
O ciúme e a infidelidade amorosa, assim como outros traços da
personalidade, tal como a timidez, dentre outros, podem ser influenciados
por forças situacionais e/ou disposicionais. Dependendo das forças relativas
destes fatores, pode-se falar em “ciumentos situacionais”, “ciumentos
disposicionais”, “perpetradores da infidelidade situacionais” e “perpetradores
da infidelidade disposicionais”.
Para lembrar as distinções entre estes dois tipos de ciúmes,
fornecida anteriormente, o ciumento disposicional é aquele que apresenta
mais, ou até mesmo, menos ciúme do que outras pessoas invariavelmente
em relação às diferentes situações que possam existir (Bringle, 1981;
Greenberg & Pyszczynski, 1985). Então, dessa forma, se fizermos um
experimento hipotético e colocar um parceiro em contato (a) com ex-
parceiros da atual namorada, (b) com muitas pessoas do sexo oposto e
realmente atraentes para os parceiros, supondo que o namorado seja
heterossexual, ou do mesmo sexo, no caso do parceiro ser homossexual,
(c) verificar como o parceiro reage quando o parceiro deste está sendo
56
flertado por uma outra pessoa que não seja ele. Provavelmente, esta
pessoa exibirá o mesmo grau de ciúme em todas essas situações, seja este
grau alto, médio ou mesmo baixo.
Em contraposição, os ciumentos situacionais são aqueles em que o
grau de ciúme varia, para a mesma pessoa, quando exposta a situações
diferentes (Bryson, 1977; Shackelford, Leblanc & Drass, 2000). Para ilustrar,
em relação aos mesmos exemplos citados anteriormente, algumas pessoas
poderiam reagir com mais ciúme a uma abordagem de uma pessoa que
flertasse com o parceiro dela, dependendo de quem a mesma fosse.
Supondo que ela fosse mais bonita e mais rica - isso poderia causar maior
inquietação no parceiro que está visualizando/percebendo esta cena.
Contudo, a pessoa pode reagir de uma forma mais amena em relação à
aproximação de ex-parceiros do parceiro atual porque confia muito no
próprio relacionamento. Outras pessoas ainda, podem se sentir indiferente
ao fato que o parceiro por motivos laborais está compelido a trabalhar em
um local nas condições anteriormente citadas. Em geral, podemos dizer que
enquanto os homens ciumentos são mais provavelmente ameaçados por
ameaças de infidelidade sexual, as mulheres são mais ameaçadas pela
infidelidade afetivas (Buss, Larsen, Westen & Semmelroth, 1992; Buunk et
al, 1996; Wiederman & Allgeier, 1993; Wiederman & Kendall, 1999).
Em relação à infidelidade, e embora não exista uma a teoria que
discorra a este respeito, podemos pensar que a infidelidade também pode
se influenciar por forças situacionais ou disposicionais de modo análogo ao
que ocorre com questão da infidelidade.
57
2.2.8 O ciúme e a infidelidade na cultura brasileira.
Em relação ao ciúme, como dito anteriormente, en passant, para o
contexto brasileiro, muitos dos que são objeto de ciúme, dependendo do
grau e de acordo com seus históricos de vida, sentem-se lisonjeados em
granjear este tipo de atenção para elas.
Em relação à infidelidade, existe em nosso país uma frase que
sintetiza o nosso repúdio à infidelidade: Lavar a honra com sangue”, isto é,
dar vazão aos comportamentos mais violentos quando vítimas da
infidelidade, inclusive nos achando no direito de subtrairmos a vida de um
outro ser humano. E, até recentemente esta atitude era legitimada perante
os tribunais brasileiros (Hatfield & Rapson,1996; Page, 1995).
Ao realizar uma pesquisa com 80 pessoas, Dela Coleta, SantaMarina
e Castro (1986, citado por Dela Coleta, 1991) procuraram investigar
atribuições de causas a eventos naturais e acidentais. Para as causas
relacionadas ao fracasso no casamento foram apontados em primeiro lugar
o desamor, a desunião e a irresponsabilidade, seguindo-se as brigas, os
ciúmes, várias características negativas atribuídas à mulher e a
incompatibilidade de gênios.
Ades (2003), investigando o ciúme de brasileiros, descobriu, dentre
outras coisas, que o país com maiores diferenças entre os ciúmes de
homens e mulheres é o Brasil, sendo os homens brasileiros muito mais
ciumentos. Talvez em países com altas taxas de fertilidade, como o Brasil,
os homens sejam mais propensos a manifestarem graus elevados de ciúme
frente à infidelidade sexual das mulheres. Neste mesmo estudo, o autor
58
chegou à conclusão de que os homens expressavam mais perturbação que
as mulheres em relação ao ciúme sexual, em oposição ao ciúme emocional,
o que confirma os estudos de Buss (2000). O estudo de Ades (2003)
também observa que os homens são os que têm uma maior probabilidade
de retaliarem os seus rivais especialmente em se tratando de uma
infidelidade sexual.
De acordo com Guerra (2004), em um levantamento bibliográfico
realizado na Universidade Federal de Uberlândia, o qual abordava os temas
de violência conjugal e violência intrafamiliar, no Brasil o ciúme desponta
como a principal causa aparente da violência. Ainda neste estudo, dos
115.000 processos criminais analisados (todos referentes ao ano de 1995),
do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, 15% destes eram crimes contra a
mulher e, na maioria dos casos, o réu era o marido ou um parceiro amoroso.
Segundo a literatura cientifica o ciúme é expresso de modo diferente
por homens e mulheres (Desteno & Salovey, 1996; Harris, 2005; Sagarin,
2005; Shackelford, Buss & Bennett, 2002). O estudo de Kebleris e Carvalho
(2006) sugere que as mulheres reagem ao ciúme de uma maneira mais
intensa do que o homem, ou, ao menos, percebe suas reações como mais
intensas do que o homem percebe suas próprias reações, ao ciúme
(Kebleris & Carvalho, 2006). Ressalta-se que este estudo contou com a
participação de 577 sujeitos embora não descreva quantos deles eram
homens e mulheres.
59
O ciúme no âmbito dos relacionamentos interpessoais
3 - O CIÚME NO ÂMBITO DOS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
AMOROSOS.
O ciúme romântico não somente é um dos mais importantes temas
que envolvem os relacionamentos humanos, bem como um desafio para
muitos destes. Dentro de certos limites, o ciúme pode constituir uma
demonstração de preocupação e de interesse pelo outro, e sinalizar um
reflexo do seu amor. Grande parte das pessoas, quando questionadas a
respeito do ciúme, afirma que ele faz parte do relacionamento, servindo
para apontar a necessidade de despender um cuidado maior ao outro.
Evidentemente, o ciúme implica em certo cerceamento do outro,
porque o parceiro ciumento, de algum modo, interfere no comportamento do
outro e em sua liberdade, tornando-se possessivo e controlador. Contudo,
quando não há nenhum sinal de ciúme, deve-se ficar igualmente em alerta,
e examinar se a relação não está se desgastando, e, portanto, tornando-se
sem amor, o que pode transformar este relacionamento amoroso em uma
relação com características fraternas (Ferreira-Santos, 1998).
3.1 As associações entre o amor, o ciúme e a baixa auto-estima.
Pines & Aronson (1993) observaram que as crenças que as pessoas
carregam a respeito do ciúme influenciam suas experiências em relação a
ele. E é por isso que alguns vão identificá-lo como uma reação que sinaliza
o amor, enquanto outros o reconhecerão como um monitoramento invasivo
60
para suas privacidades. Hintz (2003) coloca que por mais inerente que seja
ao ser humano, o ciúme traz ao indivíduo experiências de sofrimento e dor,
tanto para si como para o objeto de seu ciúme, podendo ser entendido
como a expressão de dependência, insegurança, medo de perda. Dessa
forma, quanto mais baixa for a auto-estima, mais drasticamente o indivíduo
sofre e, conseqüentemente, pode chegar a duvidar de si mesmo como
sendo alguém que merece respeito.
Como foi afirmado anteriormente, muitas pessoas não conseguem
dissociar o ciúme do amor, por talvez encará-lo como uma manifestação de
zelo ou mesmo de preservação da relação valorizada. Existem evidências
sobre esta associação: a quantidade de pessoas que sente ciúme quando
ama é elevada (Greenberg & Pyszczynski,1985). Todavia, podem existir
diversos relacionamentos amorosos, com diversificadas manifestações para
o ciúme diferindo em seus graus de apresentação para os mesmos. Assim,
o que se pode dizer é que há diferentes formas de se amar e diferentes
formas de se sentir ciúme, e todas elas são legítimas (Almeida, 2005). Mas,
a primeira vista, para tais pessoas sentir ciúme é uma contingência quase
inevitável do sentir amor (Ferreira-Santos, 1998).
Também, ao se tratar de ciúme, vê-se que há uma tênue linha
divisória entre o que vem a ser imaginação, fantasia, crença e certeza.
Dessa forma, no ciúme as dúvidas podem se transformar em preocupações
hiperdimensionadas, ou ainda, francamente delirantes. Depois das idéias
provocadas pelo ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória de
suas dúvidas. As dúvidas pairam em torno de um mesmo eixo: o medo do
parceiro(a) ser infiel. Dessa forma, as pessoas ciumentas estão em
61
constante busca de evidências e confissões que confirmem suas suspeitas
da infidelidade do(a) parceiro(a), mas ainda que a honestidade seja
confirmada cabalmente pelo(a) companheiro(a), essa inquisição
permanente se retro-alimenta e ainda traz mais dúvidas ao invés de lhes dar
paz. Depois da capitulação, a confissão do companheiro(a) nunca é
suficientemente detalhada ou fidedigna, e tudo volta à torturante inquisição
anterior. De acordo com o autor Ferreira-Santos (1998), consequentemente,
a vivência da angústia, característica notadamente presente no ciumento,
deriva da seguinte ambigüidade: sou ou não traído? É ou não é verdade o
que esta pessoa me diz?
As crenças que dão margem ao ciúme que as pessoas carregam
provavelmente se devem ao fato de haver intensas dúvidas, inseguranças e
uma baixa auto-estima que povoam seus mais íntimos pensamentos e
fazem com que vivam constantemente prevendo a rejeição e o abandono
(Rosa e Ramos, 1999, citado por Ramos, 2000). Para uma pessoa com
auto-estima baixa, as dificuldades transitórias podem ameaçar a sensação
de segurança na relação, levando a repulsa do parceiro antes que possa ser
rejeitada (Murray, Holmes & Griffin, 2000). Desta forma, segundo Murray,
Holmes e Griffin (2000), pessoas com baixa auto-estima podem procurar
evidências de que seus parceiros estão infelizes com o relacionamento e,
quando as encontram, podem criticar os companheiros como resposta de
seu estado emocional.
Em contrapartida, outros autores como White e Mullen (1989)
comentarão a respeito da relação entre ciúme e auto-estima elevada, ou
ainda, como Ramos (1998) com o conceito intrinsecamente relacionado de
62
auto-estima moral apontando-nos que não existe uma associação perfeita
entre pessoas com auto-estima rebaixada e a gênese do ciúme. Em outras
palavras, pessoas com auto-estima elevada também podem ser tão ou mais
ciumentas que outras pessoas que não têm esta característica.
O ciúme também pode ser engendrado por pistas reais da
infidelidade de um parceiro identificadas e recolhidas pelo outro
(Shackelford & Buss, 1997). Outras vezes, as pessoas sentem ciúmes
porque se sentem negligenciadas pelo parceiro(a) e vêem que a outra
pessoa recebe a consideração que tanto queriam (Branden, 1998).
3.2. O ciúme preventivo e o retaliador.
O ciúme pode ter funções protecionistas para o relacionamento,
preventivas e retaliadoras, e quando suas manifestações são
desproporcionais ao estímulo gerador pode ser disfuncional e considerado
como uma psicopatologia, nomeada, assim, de ciúme patológico. É
interessante observarmos que, ao mesmo tempo em que visa proteger o
amor, o ciúme é um mecanismo capaz de destruir o relacionamento,
dependendo de sua intensidade, freqüência e de alguns comportamentos a
ele relacionados (Ramos & Calegaro, 2001; Kebleris & Carvalho, 2006). São
freqüentes as relações citadas na literatura entre o ciúme, violência,
homicídios e agressões de modo geral. Ele também é um dos fatores mais
comuns em terapias de casal e em psicoterapias individuais.
Segundo Sayão (1998), os ciumentos quase sempre caminham para
a ruptura com o ser amado e para a solidão. Desta forma, sentimentos de
63
posse e medo (da perda da exclusividade, da ameaça da entrada de uma
terceira pessoa na relação), mesclam-se para forjar o ciúme. Mas, em geral,
as atitudes dos ciumentos acabam por afastar, cada vez mais, o ser amado.
Afinal, quem gosta de ser vigiado e submetido ao ridículo, pelos mais
infundados pensamentos encobertos a manifestações públicas e
desmedidas de tal sentimento?
Entretanto, o ciúme não teria somente funções negativas, ou seja,
o ciúme se prestaria também como um mecanismo instalado a serviço da
manutenção dos relacionamentos amorosos ao invés de apenas separar os
casais. Contudo, se um dos parceiros se engaja em comportamentos de
infidelidade, o ciúme pode ter uma outra função, a retaliadora. Dessa forma,
o ciúme retaliador é aquele que impõe conseqüências negativas ao parceiro
infiel após a infidelidade deste. Conseqüentemente, ao hostilizar o parceiro
que o ciumento acredita ser infiel, este acredita evitar o desgaste da
relação, ou mesmo inibir infidelidades futuras ou em andamento. O ciúme
pode ter também, uma característica preventiva, embora os dois tipos de
ciúme teriam uma função protecionista para o relacionamento amoroso. Nas
palavras de Almeida
5
(2005): “O ciúme preventivo faz com que a pessoa, ao
perceber que pode estar perdendo o parceiro, passe a investir mais em si e
no relacionamento”. Dessa forma, quando ativada a função protecionista do
ciúme os parceiros podem passar a ser mais gentis uns com os outros,
cuidar mais de si mesmos e demonstrarem o amor que sentem de inúmeras
formas, indiretamente, pretendendo afastar possíveis rivais que possam
5
Link:
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2006/espaco63jan/atualiza/comportamento.htm
64
oferecer recursos iguais ou melhores que os que estão sendo
disponibilizados por eles (Salazar, Couto, Gonçalves & Pereira,1996).
3.3. A lógica das pessoas ciumentas.
No momento em que a pessoa tenta expressar as razões de seu
ciúme, ela começa a selecionar argumentos que o fundamentariam, em
detrimento de outros dados que, porventura, venham a se opor sobre o
raciocínio confeccionado por ele(a) próprio(a), a ponto de comprovar para si
mesmo(a), segundo Botura (1996), que está sendo preterido no
relacionamento. Então, como o ciumento teme, a qualquer momento, vir a
receber a dolorosa notícia de que será deixado pelo ser amado, o que faz
com que ele constantemente sinta-se ameaçado. Assim, passará a
selecionar e colecionar dados que fortifiquem a sua hipótese de que
iminentemente sofrerá uma infidelidade. Na literatura machadiana,
especialmente no clássico Dom Casmurro, fica bem ilustrado um
comportamento desta fase: o ruminar (Assis, 1987). Cavalcante (1997)
aponta que o ciumento morbidamente rumina detalhadamente na
conflituosa tentativa de encontrar evidências para suas angustiantes
expectativas.
Em concordância com esta idéia, Dunker (1995) afirma que a pessoa
ciumenta é, em princípio, uma meticulosa pensadora, no sentido de ruminar
pequenos detalhes, de reparar nas menores inflexões no tom da voz, ou
mesmo, de atentar a palavras que indiquem atos falhos para o(a)
65
parceiro(a) e, desta maneira, fica armada e pronta a conjecturas. Nas
palavras de Ramos: “assim, quanto mais ciúme, mais método, mais rigor,
mais engenhosa a reflexão” (Ramos, 2000, p. 76).
Muito do que se disse até agora foi para ressaltar o ciúme irrealístico,
ou seja, aquele fundamentado em vestígios de algo que se acredita ser uma
infidelidade concreta por parte do ciumento. Contudo, há ainda a
possibilidade de se haver uma infidelidade em andamento, e haver
realmente a detecção de tais indícios por meio do mecanismo do ciúme.
Neste caso, imbuído de sua função protecionista, o ciúme tentaria assegurar
ao ciumento o(a) parceiro(a) do relacionamento que se quer preservar ou a
não investir mais seu tempo e recursos em uma relação desvantajosa para
ele. Os rivais neste caso podem ser ex-namorados(as) ou mesmo pessoas
neutras como amigos(as) de trabalho que passam a ser amorosamente ou
sexualmente significativas na vida das pessoas em quem investimos nosso
tempo e sentimentos.
Bringle (1991) afirma que a percepção se constitui num processo, no
qual as expectativas perceptuais da pessoa se combinam com as
informações sensoriais do ambiente social para constituir a configuração da
percepção final. Em outras palavras, a pessoa injustamente acusada de
estar traindo o parceiro pode começar a se comportar como se o estivesse
mesmo fazendo, experienciando sensações e percepções anteriormente
inexistentes e se aproximando amiúde dos comportamentos das quais fora
acusada. Em contrapartida, Ramos (2000) indica que se as circunstâncias
ideais de observação, inerentes ao estímulo e às condições mediadoras,
66
forem restabelecidas e a suspeita da infidelidade do(a) parceiro(a) for
considerada infundada, logo, o ciúme tende a se extinguir.
Muitos autores, dentre os quais Amélio (2001; 2005), Hintz (2003),
Salazar, Couto, Gonçalves e Pereira (1996) e Shackelford e Buss (1997),
argumentam que o ciúme pode ser como um sinal apontando para algo que
não está bem na relação, podendo ser a intromissão de um terceiro,
interferindo indiretamente ou diretamente na estabilidade da díade
constituída, ratificando o desejo do indivíduo de que seu(sua) parceiro(a)
não tenha outro envolvimento emocional ou sexual. Pode-se entender,
dessa forma, o ciúme como sendo um mecanismo protetor da relação,
alertando a parte afetada sobre o perigo que a relação amorosa valorizada
está passando.
67
A infidelidade amorosa
4 – A INFIDELIDADE AMOROSA.
O estudo de Treas & Giesen (2000) verificou que noventa e nove por
cento das pessoas casadas esperavam a exclusividade sexual do parceiro
depois da consumação do matrimônio. Apesar dessas expectativas, a
ocorrência atual de infidelidade, sobretudo matrimonial, é muito alta (e.g.
Feldman & Cauffman, 1999). A infidelidade que pode ser definida como “um
segredo sexual, romântico, ou envolvimento emocional que viola o
compromisso de um relacionamento exclusivo” (Glass, 2002, p. 489) que
ocorre em 20 a 25% de todos os casamentos (Greeley, 1994; Laumann,
Gagnon, Michael & Michaels, 1994; Wiederman, 1997), e pode ter um
número significativo de efeitos deletérios em ambos os ambos os parceiros
de um relacionamento amoroso, seja este, caracterizado por vínculos mais
estáveis ou não (Amato & Previti, 2003; Beitzig, 1989; Kitson, Babri &
Roach, 1985).
As infidelidades podem ser classificadas em dois tipos: a infidelidade
sexual e emocional. Segundo Ahrndt (2005)
6
a infidelidade sexual é
qualquer comportamento que envolve um contato sexual, como beijar,
toques íntimos, sexo oral, ou quaisquer outros tipos de relações sexuais.
Esta mesma autora concebe a infidelidade emocional como a formação de
um vínculo emocional para com o afeto para outra pessoa, e pode envolver
comportamentos tais como paquerar, marcar encontros, estabelecer
6
A concepção desta autora será adotada para este trabalho para distinguirmos os dois
tipos de infidelidade e será retomada na seção dos resultados.
68
conversações íntimas, enamorar-se, ou ainda, apaixonar-se por uma outra
pessoa que não o(a) atual parceiro(a).
Muitos estudos mostram uma conexão entre oportunidade e
infidelidade (Greeley, 1994; Traeen & Stigum, 1998; Treas & Giesen, 2000).
Parceiros que têm mais chances para enganar mais provavelmente o farão,
especialmente se é improvável que o outro parceiro descubra tal
infidelidade. Estudiosos ainda identificam o lugar de trabalho e a Internet
como as duas principais zonas de perigo para os relacionamentos amorosos
serem lesados por uma possível infidelidade (Atkins, Baucom & Jacobson,
2001; Barnes, 2006; Broderick, 1979).
Qualquer que seja o tipo de infidelidade ela, freqüentemente, resulta
em raiva, rebaixamento na auto-estima, surpresa, desapontamento, dúvidas
a respeito de si mesmo e depressão (Cano & O’Leary, 2000; Carrera &
García, 1996; Mathes, Adams & Davies, 1985; Radecki, Farrell & Bush,
1993; Sharpsteen, 1995) entre os traídos. Com um espectro de elementos
assim tão abrangentes e subjetivos a infidelidade é um fenômeno complexo,
que desafia uma investigação científica. Não é necessário estar envolvido
em um casamento para se experimentar a infidelidade. Todos os tipos de
relacionamento estão sujeitos a sua nefasta influência. Ainda pouco se sabe
a respeito de quais os indivíduos são mais suscetíveis a infidelidade, ou
ainda, sobre os contextos que a promovem. Provavelmente, o futuro de um
relacionamento não é totalmente regido pelos ditames de um contrato que
se deposita sobre a mão dos parceiros, mas pode estar, dentre outros
fatores, na ênfase do compromisso de exclusividade que se vivencia no dia-
a-dia entre eles, e esta pode ser uma escolha mútua, ou não. Devemos
69
também nos lembrar que existem instituições que contribuem para a
fidelidade e infidelidade entre os parceiros. Lusterman (1998) faz uma
alusão bastante interessante que ajuda a entender o que se concebe por
compromisso de exclusividade entre os parceiros: “é como se existisse uma
cerca em volta do relacionamento com uma placa fora dela dizendo:
‘Mantenha-se afastado- propriedade privada’”(Lusterman, 1998, p. 4).
Existem evidências a respeito do papel que alguns fenômenos
exercem na indução da infidelidade, como a insatisfação no vínculo com o
parceiro (Glass & Wright, 1985; Treas & Geisen, 2000). Os estudos ainda
apontam que quanto mais baixos os níveis de satisfação que os parceiros
têm em um relacionamento amoroso, maior a probabilidade dos mesmos
em se engajarem em comportamentos de infidelidade. Os autores ainda
apontam que esta relação é um pouco mais forte em mulheres do que em
homens, isto é, mulheres mais insatisfeitas com seus parceiros tendem a
trair mais (Glass & Wright, 1985). Em contrapartida, outros estudos mostram
que as causas da infidelidade são bem mais complexas e variadas. Nos
estudos apontados por Lusterman (1998), Maheu & Subotnik (2001),
Pittman (1994) e Spring (1996), casos extraconjugais podem ocorrer tanto
em casamentos felizes bem como nos considerados problemáticos, sendo
que em muitos casos podem sinalizar uma busca intrínseca por sexo, amor,
romance, ou todos estes fatores concomitantemente. Estudos como os de
Glass & Wright (1985) e de Thompson (1984) ainda apontam que as
mulheres são mais propensas que os homens a se envolverem em
aventuras emocionais relacionadas à infidelidade, enquanto que os homens,
70
em média, são mais propensos a se envolverem em aventuras sexuais
explícitas.
Então, a manutenção de um relacionamento pré-marital ou pós-
marital não acontece somente pela presença de elementos como amor e
satisfação. Existem ainda situações em que o amor, a paixão e a satisfação
com o parceiro são indiscutíveis e, no entanto, a estabilidade da relação é
inapelavelmente precária.
Embora seja mais fácil que quem trai não ama seu parceiro, este
pensamento está muito longe da realidade. Para algumas pessoas a
infidelidade é a resposta possível a uma situação de insatisfação que
encontram dentro do relacionamento. Ainda que represente uma saída
condenável (de acordo com os referenciais dos parceiros), o início de uma
relação infiel está mais próximo da incapacidade para resolver os problemas
do casamento do que da falta de amor. Contudo, nem todas as pessoas que
se engajam em infidelidade são caracterizadas por terem uma paixão
avassaladora pela terceira pessoa. A saturação e o desgaste no
relacionamento podem abrir espaço para a entrada de uma nova pessoa. A
novidade da relação, baseada na sobrevalorização das qualidades e na
subvalorização dos defeitos, confere o revigoramento que anteriormente
parecia perdido, mas que pode, também, dar lugar a sentimentos de culpa
fortíssimos. Assim, conforme dito anteriormente, e na acepção empregada
neste trabalho, não existem evidências de que somente o amor e a
satisfação entre os parceiros sejam suficientes para predizer a estabilidade
nos relacionamentos amorosos (Buss & Shackelford, 1997; Cate, Levin &
Richmond, 2002; Conger & Bryant, 1999; Gerhard & Schneewind, 2002;
71
Meeks, Hendrick & Hendrick, 1998), muito embora se acredite que eles
sejam também importantes para que aconteça comprometimento. Segundo
Gottman e Silver (1998), os fatores que podem fazer com que um
relacionamento seja preservado, ou não, estão longe de serem
suficientemente identificados.
Assim, muitos são os fatores envolvidos tanto na permanência dos
parceiros numa relação, bem como no rompimento da mesma (Branden,
1998; Lemos, 1994; Rodrigues, Assmar & Jablonski, 1999; Viscott, 1996).
Muitas pessoas entram em contato com a infidelidade das mais
diversas formas: ora são, foram, ou serão afligidos pela infidelidade de seus
parceiros, ou ainda, poderão abalar a estrutura dos relacionamentos
valorizados, sendo infiéis aos compromissos assumidos. Algumas pessoas
ainda afirmam que, uma vez descoberta a infidelidade, o relacionamento
amoroso pode reestruturar-se de tal forma que fica ainda mais forte do que
antes dela acontecer. Em se tratando de infidelidade matrimonial, consoante
Larrañaga (2000), a infidelidade é sintoma de que algo não vai bem ao
matrimônio. Devido a isso, os cônjuges buscam aventuras amorosas porque
procuram aquilo de que lhes falta em seu próprio relacionamento. Pela falta
de afetividade ou sexo, partem em busca do novo. Assim, quando os
cônjuges não se dispõem a abordarem os problemas que se arrastam há
anos, tendem a buscar experiências extraconjugais, ainda que passageiras,
porque acreditam que elas podem constituir-se em meio eficaz para aliviar
tensões e angústias e que, por esse caminho, poderiam até encontrar
soluções para os problemas não resolvidos da intimidade (Menezes, 2005).
72
Para outros casais a infidelidade é o prelúdio de um divórcio, ou
mesmo, de uma ruptura do casal constituído, qualquer que seja este.
Etimologicamente, a palavra infidelidade remete à quebra da verdade
(Lusterman, 1998). As pessoas quando se casam prometem para seus
amigos, parentes, para o Estado e, em muitos casos, diante de Deus, que
elas permanecerão fiéis ao outro cônjuge até que a morte os separe,
através de votos implícitos e explícitos. Os cuidados declarados na fórmula
matrimonial civil ou religiosa espelham os votos explícitos para com os
parceiros. Para Ilustrar um voto não explícito verbalmente, cada membro do
casal de fato promete que permanecerá sexualmente exclusivo um ao outro,
até que se faça futuramente um outro acordo mais conveniente para ambas
as partes. Então, Lusterman (1998) diz que a infidelidade ocorre quando um
parceiro continua a acreditar que o acordo para ser fiel ainda vigora,
enquanto o outro parceiro o está secretamente violando. Percebe-se, assim,
que se instala uma assimetria entre traídos e traidores, que poder perdurar
indefinidamente.
Quaisquer que sejam as situações, podemos perceber que, em
algum ponto, a infidelidade e o ciúme se entrecruzam, e o ciúme, mesmo
por definição, é uma reação que também sinaliza a infidelidade amorosa.
Embora isso aconteça, vemos que poucas pesquisas se ocupam, em seu
escopo, em tematizar e estudar tal relação. Dessa maneira, neste estudo,
vamos verificar como estes conceitos estão relacionados e como eles
repercutem na dinâmica dos relacionamentos interpessoais amorosos.
Até o momento, não foi encontrado pelo autor desta pesquisa
nenhum estudo que procurasse descrever, de uma maneira ampla e
73
objetiva, quais seriam as relações e incidências da “infidelidade amorosa” e
“ciúme romântico”. Diante do exposto, este estudo procurou preencher esta
lacuna ao tentar identificar e ordenar, por meio de um conjunto de análises
correlacionais, algumas relações funcionais entre o ciúme romântico e a
infidelidade amorosa.
O presente estudo pretende examinar evidências de que as relações
entre os comportamentos relacionados à infidelidade e o ciúme romântico
apresentam características diferentes daquelas geralmente preconizadas
pelo senso comum. Por meio de um levantamento da literatura científica
existente a respeito do ciúme e da infidelidade pôde-se confeccionar um
inventário de comportamentos relacionados à infidelidade que permitiu
investigar, de forma sistemática, as relações existentes entre estes dois
fenômenos em casais de namorados.
Posto isso, este trabalho tem como objetivos:
Realizar um levantamento dos comportamentos de infidelidade por
meio: (1) da revisão da literatura científica sobre o assunto; (2) a
partir da citação de exemplos apresentados por parte da amostra dos
voluntários participantes da pesquisa para a construção e validação
do instrumento; (3) de comportamentos ouvidos por este autor, em
atendimentos clínicos como relacionados à infidelidade;
A partir disso, catalogar estes comportamentos, e transformá-los em
um inventário útil, que permita diagnosticar a freqüência de
ocorrência de comportamentos de infidelidade entre os participantes
da amostra, e que possa ser usado em outras pesquisas;
74
Identificar, por meio das análises a ser realizadas, quais são os
comportamentos relacionados à infidelidade que mais aparecem para
os homens e mulheres dos participantes da amostra;
Identificar, por meio das análises a ser realizadas, quais são as
possíveis relações existentes entre os comportamentos relacionados
à infidelidade e os escores de ciúme para os participantes da
amostra;
Identificar se o ciúme de cada um dos parceiros está relacionado ao
ciúme do outro parceiro, ambos participantes deste estudo;
Identificar se a infidelidade de cada um dos parceiros está
relacionada à infidelidade do outro parceiro, ambos participantes
deste estudo;
Identificar outras possíveis variáveis que possam interagir com o
ciúme romântico e com a infidelidade amorosa.
A fim de se verificar a influência de todos os fatores mencionados,
elaborou-se um método para tentar arrolá-los. Passaremos, na seqüência, a
ele.
75
Método
II - MÉTODO
2.1 Participantes
A amostra foi constituída por 45 casais paulistanos heterossexuais
recrutados, com média de idade de 24,6 anos (s.d.=4,89; média masculina:
24,3; s.d.= 3,22; média feminina: 24,9, s.d.= 6,24), por meio do seguinte
anúncio colocado no site da Universidade de São Paulo (USP):
A fim de confeccionar e aferir o inventário para este estudo também
participaram desta pesquisa 232 pessoas, no qual a metade da amostra foi
composta por homens e a outra metade por mulheres.
O Centro de Estudos da Timidez e do Amor (CETA) do Instituto de
Psicologia no Departamento de Psicologia Experimental está realizando
uma pesquisa a respeito do ciúme. Para isso, o laboratório está
selecionando casais de namorados. As pessoas selecionadas participarão
de testes psicológicos a fim de saberem um pouco mais a respeito de si
mesmas em relação aos seus relacionamentos amorosos. É necessário o
consentimento de ambos para a realização dos testes. Os interessados
deverão entrar em contato com o psicólogo Thiago de Almeida pelo e-mail:
76
2.2 Local
Foram utilizadas salas do Instituto de Psicologia da Universidade de
São Paulo (IPUSP) para os participantes paulistanos que poderiam vir a
responder os questionários.
Os participantes que não puderam vir pessoalmente até a
Universidade de São Paulo receberam os questionários e os devolveram
por meio de correio eletrônico (e-mail).
2.3 Instrumentos
2.3.1 Escala de Ciúme Romântico (ECR).
Este instrumento (anexos 5 e 6) elaborado por Ramos, Yazawa &
Salazar (1994), é constituído por 52 itens, em duas versões: um
questionário com afirmações adequadas para o gênero masculino e o outro
para o feminino. A ECR foi formulada para indicar graus de ciúme e
considera que o ciúme, em indivíduos normais, varia interpessoalmente e
intrapessoalmente em termos de grau (Ramos, 2000). Tais afirmações são
classificadas em quatro categorias, a saber: Aceitação
(25 itens); Dor (19
itens); Raiva
(14 itens); Não ameaça versus ameaça (40 itens). Cada
afirmativa é acompanhada de uma escala do tipo Likert, com cinco opções
de resposta, variando de “discordo totalmente” (alternativa 1) a “concordo
totalmente” (alternativa 5).
77
Nesta pesquisa, a avaliação do ciúme somente levou em conta na
ECR as questões que compõem o fator geral de ciúme Não-ameaça versus
ameaça
7
. Este fator foi responsável, no estudo original do autor, por 13,7%
da variância total das respostas, com eigenvalue de 8,07, e um alfa de 0,89
(Ramos, 2000). Este mesmo conjunto de questões foi utilizado com sucesso
em outras pesquisas (e.g. Salazar, Couto, Gonçalves & Pereira, 1996) e,
por isto, foi adotado aqui. Logo, as outras questões do questionário
completo não foram utilizadas.
As respostas a estas questões foram classificadas pelo autor em
cinco graus crescentes de ciúme, a saber: ínfimo, leve, moderado, intenso e
excessivo.
2.3.2 Instrumento para avaliar a infidelidade amorosa.
O conceito de infidelidade amorosa pode abarcar muitas ações e
situações distintas, todos relacionados a um mesmo denominador comum:
uma relação amorosa e o rompimento de compromisso de exclusividade,
explícito ou não. Tendo em vista esta multiplicidade de ações, foi elaborado,
especialmente para este trabalho, um instrumento com a finalidade de
captar o que as pessoas concebem como comportamentos relacionados à
infidelidade. A confecção do mesmo se deu por meio de três etapas.
Inicialmente, foi elaborada uma lista de trinta comportamentos
aparentemente relacionados à infidelidade em relacionamentos amorosos
7
Os quarenta itens selecionados que compõe o fator “Não-ameaça versus ameaça” e que
foram analisados para esta pesquisa foram: 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 13, 14, 16, 18, 19, 20,
21, 22, 24, 25, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 44, 46, 47, 50, 51 e
52.
78
(Anexo 7). Esta lista foi construída a partir de citações (1) ouvidas em
atendimentos clínicos realizados pelo autor, (2) presentes na literatura
acadêmica e (3) com exemplos citados por uma amostra de 30 voluntários
(15 homens e 15 mulheres). A tarefa desta amostra de participantes era
descrever relações amorosas triangulares que envolvessem o(a) parceiro(a)
emitindo comportamentos considerados pelos respondentes como uma
infidelidade de fato ou em potencial. Estas situações descritas poderiam ter
sido vividas pelos próprios respondentes, ou ainda, vivenciadas por outras
pessoas que eles conheciam. Cada voluntário foi convidado, de forma
anônima, a citar de forma livre tais situações por meio da seguinte instrução:
Cite algumas situações, sentimentos e comportamentos que você acha que
estariam relacionados a uma infidelidade entre dois namorados. Estas
situações descritas podem ter sido vividas por você mesmo, ou ainda,
vivenciadas por outras pessoas conhecidas”.
Este rol de comportamentos resultou em 30 dos itens que foram
submetidos a uma análise semântica: foram apresentados a 172
adolescentes
8
(86 homens e 86 mulheres), de uma escola da mesma cidade
daqueles que forneceram os trinta itens. A tarefa destes participantes era
confirmar ou discordar, anonimamente, com a hipótese de cada um dos
itens apontados estarem relacionados à infidelidade, e também citar outros
itens que achassem relacionados à infidelidade. Este procedimento permitiu
aferir o instrumento, possibilitando ajustes e correções na lista inicial de
comportamentos de infidelidade. O critério definido pelo autor para eliminar
8
Originalmente este trabalho pretendia estudar o ciúme romântico entre os adolescentes,
contudo, devido à baixa adesão desta amostra ao estudo, houve a substituição da
mesma, porém, foram aproveitadas as contribuições dadas por esta amostra dado o
fato que foram consideradas úteis pelo investigador da presente pesquisa.
79
itens foi o de pelo menos 50% das pessoas, de pelo menos um dos sexos,
discordarem que ele estaria relacionado a uma infidelidade, então, este item
seria retirado. Caso contrário, este item permaneceria no inventário. Um
novo item foi incluído quando pelo menos duas pessoas citaram um dado
tipo de comportamento relacionado à infidelidade que inicialmente não
constava na lista, ao menos semanticamente de forma similar. Consultados
estes participantes foram retirados seis itens das trinta afirmações e foram
acrescentadas, ou ainda reformuladas outras 11 afirmações, que ao total,
compuseram a versão de 35 afirmações.
Na Tabela 1 a seguir podemos observar a concordância/discordância
dos 172 adolescentes para os quais foram encaminhadas as 30 afirmações
primeiras que poderiam estar relacionadas à infidelidade:
80
Tabela 1 - Concordância/Discordância absoluta e relativa (entre parênteses) dos
participantes separadamente em relação aos itens encaminhados para a
aferição do inventário de comportamentos relacionados à infidelidade.
Legenda: *Item(ns) excluídos(s) porque não alcançaram 50% de
acordo.
Posteriormente, o questionário resultante do procedimento anterior foi
submetido a outros 30 voluntários para testar se o mesmo estaria
adequado, no que diz respeito à inteligibilidade dos itens e das instruções,
para a aplicação. Realizados os devidos ajustes e correções, o instrumento
final ficou constituído de 35 descrições de comportamentos relacionados à
HOMENS MULHERES
Afirmação Concordam Discordam Concordam Discordam
1
68 (79%) 18 (21%) 65 (76%) 21 (24%)
2
46 (53%) 40 (47%) 45 (52%) 41 (48%)
3
65 (76%) 21 (24%) 67 (78%) 19 (22%)
4
64 (74%) 22 (26%) 67 (78%) 19 (22%)
5
58 (67%) 28 (33%) 61 (71%) 25 (29%)
6
52 (60%) 34 (40%) 61 (71%) 25 (29%)
7
59 (69%) 27 (31%) 59 (69%) 27 (31%)
8
61 (71%) 25 (29%) 46 (53%) 40 (47%)
9
70 (81%) 16 (19%) 59 (69%) 27 (31%)
10
55 (64%) 31 (36%) 76 (88%) 10 (12%)
11
29 (34%) 57 (66%)* 59 (69%) 27 (31%)
12
41 (48%) 45 (52%)* 38 (44%) 48 (56%)*
13
63 (73%) 23 (27%) 25 (29%) 61 (71%)*
14
60 (70%) 26 (30%) 71 (83%) 15 (17%)
15
38 (44%) 48 (56%)* 52 (60%) 34 (40%)
16
59 (69%) 27 (31%) 43 (50%) 43 (50%)*
17
62 (72%) 24 (28%) 40 (47%) 46 (53%)*
18
57 (66%) 29 (34%) 50 (58%) 36 (42%)
19
50 (58%) 36 (42%) 72 (84%) 14 (16%)
20
60 (70%) 26 (30%) 67 (78%) 19 (22%)
21
66 (77%) 20 (23%) 71 (83%) 15 (17%)
22
52 (60%) 34 (40%) 61 (71%) 25 (29%)
23
58 (67%) 28 (33%) 65 (76%) 21 (24%)
24
71 (83%) 15 (17%) 54 (63%) 32 (37%)
25
56 (65%) 30 (35%) 66 (77%) 20 (23%)
26
66 (77%) 20 (23%) 75 (87%) 12 (13%)
27
50 (58%) 36 (42%) 60 (70%) 26 (30%)
28
68 (79%) 17 (21%) 63 (73%) 23 (27%)
29
76 (88%) 10 (12%) 68 (79%) 17 (21%)
30
49 (57%) 37 (43%) 59 (69%) 27 (31%)
81
infidelidade, em uma versão masculina e feminina, cujas linguagens foram
adaptadas para ter em mente ex-parceiros e atuais parceiros (primeira e
segunda etapa). Estas versões foram utilizadas nas duas coletas desta
pesquisa (anexos 8, 9 10, 11, 12 e 13). Tal instrumento, é um recurso útil
para captar os principais comportamentos relacionados à infidelidade
amorosa, ao menos na concepção daqueles que participaram da pesquisa e
assemelhados.
2.4 Procedimento para a coleta de dados
A coleta de dados foi organizada em duas etapas:
2.4.1 Primeira etapa (Aplicação pelo pesquisador e aplicação on-line):
Aplicação pelo pesquisador
Os casais participantes, conforme entravam em contato com o
experimentador, eram agendadas entrevistas para a coleta de dados. Os
que vinham até o local designado no Instituto de Psicologia da USP foram
separados em salas para fazerem suas coletas individualmente. Este
procedimento proporcionava a cada participante a privacidade, a fim de que
se aumentasse a confiabilidade de suas respostas e não os sujeitassem às
possíveis conseqüências negativas, caso revelassem para o outro
determinadas respostas. Neste local, foi distribuída uma carta de
apresentação (Anexo1) a cada membro do casal e lhes foi pedido que
82
assinassem o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2), caso
concordassem com os termos assinalados, dessa forma efetivando sua
adesão. Então, para cada participante era destinado um conjunto de testes
(ECR, Inventário de comportamentos relacionados à infidelidade em relação
aos ex-parceiros e o Inventário de comportamentos relacionados à
infidelidade em relação aos atuais parceiros). Nem o próprio experimentador
permanecia no local da coleta, permitindo assim uma maior privacidade na
hora de responderem aos questionários. Era informado aos participantes
que tivessem alguma dúvida que fossem ao encontro do pesquisador que
se encontrava disponível em uma sala contígua.
Ao final do preenchimento dos questionários, o experimentador ainda
coletou algumas informações adicionais (Anexo 14). Ao findar da coleta os
participantes receberam uma devolutiva indicando o respectivo grau de
ciúme apontado pelo teste ECR. A distribuição dos dois questionários para
cada participante foi realizada de modo alternado, isto é, metade dos
participantes respondeu primeiramente a ECR, e a outra metade respondeu
primeiramente os inventários de comportamentos caracterizados como
relacionados à infidelidade. Tal ordem de apresentação, de acordo com
Cozby (2003) é uma técnica de contrabalanceamento útil para mitigar
possíveis vieses de respostas provocados pela ordem de aplicação das
tarefas e efeitos carry over.
83
Aplicação on-line
Aos participantes que não puderam comparecer pessoalmente, foi
pedido que, antes que recebessem os testes, enviassem, por escrito ao
pesquisador deste estudo, o termo de consentimento livre e esclarecido
assinado (Anexo 2), o qual lhes foi enviado por e-mail. Recebidos tais
termos de consentimento assinados, foi-lhes enviado, por e-mail, o mesmo
conjunto de testes aplicados nos participantes que puderam comparecer
pessoalmente, com as instruções em anexo (Anexo 3). O pesquisador teve
o mesmo cuidado em alternar a ordem de encaminhamento dos
questionários para mitigar, pela técnica do contrabalançamento, possíveis
vieses de respostas provocados pela ordem de aplicação das tarefas e
efeitos carry over.
Recebido os questionários preenchidos, as informações adicionais
(anexo 14) eram obtidas quando o experimentador do estudo ligava para
cada uma das pessoas que estavam participando dessa forma. Neste
momento, também foi feita a devolutiva para estes participantes da
pesquisa, revelando os seus graus de ciúme indicado pelo teste ECR.
Com o fito de garantir o sigilo das informações e das comunicações
entre o pesquisador e os participantes deste estudo, cada participante se
atribuiu um código (anexo 3). Este código era um anagrama confeccionado
com as 3 últimas letras do nome da rua de cada participante, sendo que
cada anagrama foi sempre formado pelas letras que compunham o nome da
rua onde habitava o participante do sexo masculino. Esta codificação
84
permitiria uma rápida recuperação do conjunto dos dados de cada
participante.
Foi dito a todos os participantes deste teste que seria esta era a
primeira etapa da pesquisa e que seria desejável, para os objetivos do
estudo, que houvesse também a adesão dos mesmos à segunda etapa que
seria realizada em aproximadamente três meses.
Dessa forma, a aplicação do inventário de comportamentos
relacionados à infidelidade em relação aos parceiros anteriores gerou uma
linha de base para que se pudesse analisar as influências disposicionais ou
situacionais na infidelidade dos parceiros. O autor pressupõe que os
relacionamentos amorosos são sistemas dinâmicos e que determinados
fatores na personalidade de um parceiro, como o ciúme e as incidências de
comportamentos relacionados à infidelidade citados pelos participantes
possam interagir com as características do outro parceiro. Para verificar
isso, foi coletado o número de engajamentos em situações relacionadas à
infidelidade tanto em relação aos ex-parceiros bem como em relação aos
atuais parceiros dos participantes.
Assim, poder-se-ia avaliar estatisticamente se havia uma propensão
a trair, independentemente das características de cada relacionamento com
os parceiros (influência disposicional), ou se as características dos
relacionamentos amorosos, com os atuais parceiros, poderiam influenciar
(influência situacional), de alguma forma, interferindo no número de
comportamentos de infidelidade com relação ao parceiro em questão. Como
se poderia pensar que namoros mais longos pudessem cumulativamente
agregar um maior número de comportamentos relacionados à infidelidade,
85
ao se fazer o devido tratamento estatístico tal dado será considerado, tanto
em relação aos ex-parceiros, como em relação aos atuais parceiros.
2.4.2 Segunda Etapa (Aplicação pelo pesquisador e aplicação on-line):
Aplicação pelo pesquisador
Alguns meses depois que os casais participantes responderam pela
primeira vez os testes da primeira etapa
9
, aqueles que podiam vir até o local
designado no Instituto de Psicologia da USP compareceram novamente e
foram separados em salas para participarem da segunda coleta,
individualmente. Então, eram submetidos a dois testes: A “Escala de Ciúme
Romântico” e o “Inventário de comportamentos relacionados à infidelidade”
(Anexos 12 e 13). Desta vez, a tarefa consistia em responder aos
questionários tendo em vista os parceiros com os quais estavam juntos por
ocasião da primeira aplicação e que indicassem o número de infidelidades
que tinham perpetrado nos meses conseguintes desde a primeira coleta. O
mesmo procedimento utilizado na coleta anterior de intercalação dos
questionários foi utilizado nessa etapa. Esta etapa também pôde
proporcionar uma avaliação da variação da infidelidade dos participantes em
relação aos parceiros por ocasião da primeira aplicação dos testes.
Aplicação on-line
9
Na medida do possível, tentamos padronizar o tempo para a ocorrência da segunda
coleta em 3 meses a partir da primeira coleta.
86
Aos participantes que não puderam comparecer pessoalmente à
entrevista com o pesquisador, foi enviado, por e-mail, o mesmo conjunto de
testes a que os participantes que puderam apresentar-se pessoalmente
tiveram acesso (anexos 12 e 13). Recebidos os questionários preenchidos,
o pesquisador telefonava para cada participante e fazia a devolutiva
revelando o grau de ciúme indicado pelo teste ECR e se o mesmo havia
sido alterado ao longo do tempo desde a primeira participação no estudo.
O objetivo desta etapa foi verificar se com a reaplicação do teste ECR
havia alguma alteração no grau de ciúme, em relação ao grau verificado na
coleta da primeira etapa e rastrear se havia alterações nos comportamentos
relacionados à infidelidade. Esta etapa também pôde proporcionar uma
avaliação da variação da infidelidade dos participantes em relação aos
parceiros por ocasião da primeira aplicação dos testes.
2.5 Procedimento para a análise dos dados.
Primeiramente, após a coleta, tais dados foram registrados, tabulados
e separados para a primeira e para a segunda etapas da coleta. Em
seguida, os dados foram encaminhados para o Laboratório de Estatística
Aplicada (LAE) do Departamento de Estatística da Universidade Federal de
São Carlos (UFSCar), onde receberam o devido tratamento estatístico.
Para poder se chegar aos resultados a seguir foram utilizadas as
seguintes ferramentas estatísticas: média, desvio padrão, máximo, mínimo
e o Teste t para comparação de médias e o Teste não paramétrico Mann-
87
Whitney para a comparação das medianas. Os softwares utilizados foram o
Excel e o Minitab.
88
Resultados
III- RESULTADOS
Como a presente pesquisa foi realizada em duas etapas, os
resultados foram obtidos gradativamente, de acordo com a ocorrência de
cada uma dessas etapas. Dessa forma, neste capítulo optou-se pela
descrição dos resultados de forma progressiva para se mostrar como se
chegou a eles e, conseqüentemente, à conclusão final.
3.1 Definição das variáveis.
Os dados foram analisados para se verificar a existência de possíveis
relações entre as variáveis, sobretudo, para as variáveis ciúme e
infidelidade.
Para analisar os dados referentes ao ciúme dos participantes da
amostra, definimos como “Ciúme I” o escore bruto de cada participante
dividido pelo número de itens respondidos, e que foram aplicados, por
ocasião da primeira etapa. Em outras palavras, ele é o escore
correspondente ao fator Não ameaça versus Ameaça, pesquisado por
Ramos, Yazawa & Salazar (1994), para cada participante deste estudo,
para o teste de ciúme, respondido por ocasião do primeiro contato que cada
participante teve com este estudo. “Ciúme II” foi definido como o escore
bruto de cada participante dividido pelo número de itens respondidos, e que
foram aplicados, por ocasião da segunda etapa. Em outras palavras, ele é o
89
escore correspondente ao fator Não ameaça Versus ameaça,
confeccionado por Ramos, Yazawa & Salazar (1994), para cada participante
deste estudo em cada uma destas duas ocasiões.
Para analisar os dados referentes à infidelidade amorosa dos
participantes da amostra, foi definido como “Infidelidade I” (infidelidade dos
participantes por ocasião da primeira etapa desta pesquisa), o escore bruto
de comportamentos relacionados à infidelidade de cada um dos
participantes (anexos 10 e 11) dividido pelo tempo de namoro (em meses)
declarado por este, por ocasião da primeira etapa.
Foi definido como “Infidelidade II” (infidelidade dos participantes por
ocasião da segunda etapa desta pesquisa), o escore bruto de
comportamentos relacionados à infidelidade de cada um dos participantes
(anexos 12 e 13) dividido pelo tempo de namoro (em meses) declarado por
ele, por ocasião da segunda etapa.
Foi definido como “Infidelidade III” (infidelidade pelos parceiros por
ocasião da primeira etapa desta pesquisa), o escore bruto de
comportamentos relacionados à infidelidade dos(as) parceiros(as) de cada
um dos participantes (anexos 10 e 11) dividido pelo tempo de namoro (em
meses) declarado por ocasião da primeira etapa.
Foi definido como “Infidelidade IV” (infidelidade pelos parceiros por
ocasião da segunda etapa desta pesquisa), o escore bruto de
comportamentos relacionados à infidelidade dos(as) parceiros(as) de cada
um dos participantes (anexos 12 e 13) dividido pelo tempo de namoro (em
meses) declarado por ocasião da segunda etapa.
90
3.2. Ciúme romântico e infidelidade amorosa: em busca de possíveis
associações - As estatísticas inferenciais.
Foi utilizada a correlação de Pearson para verificar se havia relação
entre as duas medidas do “Ciúme” (I e II); entre os tipos de “Infidelidade” (I,
II, III e IV). A seguir, serão apresentadas algumas destas correlações:
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” e “Ciúme II”,
independentemente do sexo, foi r= 0.875, p< 0.0001, 90 gl;
A correlação para o sexo feminino entre as variáveis “Ciúme I”
e “Ciúme II” foi r= 0.911; p < 0.001; 45 gl;
A correlação para o sexo masculino entre as variáveis: “Ciúme
I” e “Ciúme II” foi r= 0.824; p< 0.001; 45 gl;
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (masculino) e “Ciúme
I” (feminino), foi = 0,501; p<0,0001; 45 gl;
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” (masculino) e
“Ciúme I” (feminino), foi r= 0,462; p<0,001; 45 gl;
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (masculino) e “Ciúme
II” (feminino), foi r= 0,530; p<0,001; 45 gl;
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” (masculino) e
“Ciúme II” (feminino), foi r= 0,522; p<0,001; 45 gl.
91
Considerando agora os cruzamentos entre etapa e sexo,
apresentamos na Tabela 3, as correlações e seus respectivos p-values.
Tabela 3 - Correlações para a variável Ciúme, considerando as etapas e o sexo.
Variáveis Correlacionadas Valor da correlação p-value
Ciúme I (masculino) x Ciúme I (feminino) 0,501 <0,0001
Ciúme II (masculino) x Ciúme I (feminino) 0,462 0,001
Ciúme I (masculino) x Ciúme II (feminino) 0,530 <0,001
Ciúme II (masculino) x Ciúme II (feminino) 0,522 <0,001
Observe na Tabela 3, que para as duas etapas, temos correlações
significativas, considerando o sexo dos participantes.
Considerando os cruzamentos entre as etapas da pesquisa e
também o cruzamento independentemente do sexo, podemos observar que
para as duas etapas temos correlações significativas. Então, com o objetivo
de verificar se existe diferença significativa entre as duas etapas para a
variável ciúme, independente do sexo, aplicamos o Teste t pareado. O
Teste t pareado, também conhecido como Teste t relacionado é empregado
quando os mesmos participantes tomam parte de ambas as condições,
como neste caso. Assim, por meio do Teste t pareado, podemos dizer que
não existe diferença significativa entre as duas etapas. O valor da estatística
Teste t (89) é igual a -0,13 (p =0,898).
Considerando o sexo masculino, aplicamos o Teste t pareado para
verificar diferença significativa (ou não) entre as duas etapas, para a
variável ciúme. A estatística do teste t(44) é igual a -1,10 (p= 0,279); logo,
podemos afirmar que não existe diferença significativa, para a variável
ciúme entre a primeira e a segunda etapa considerando o sexo masculino.
92
Para o sexo feminino, temos também que não existe diferença significativa
entre as duas etapas. O valor da estatística t(44) é 1,15 (p= 0,258).
As correlações encontradas entre as duas medidas de ciúme
(primeira e segunda etapas) e os quatro tipos de infidelidade (dos
participantes e pelos parceiros, na primeira e na segunda etapa) foram:
Correlação entre as variáveis “Ciúme I” e “Infidelidade I”,
independente do sexo foi r= –0,03 (p= 0,762; 90 gl);
Correlação entre as variáveis “Ciúme I” e “Infidelidade II”,
independente do sexo foi r= 0,04 (p= 0,733; 90 gl);
Correlação entre as variáveis “Ciúme II” e “Infidelidade I”,
independente do sexo foi r= –0,01 (p= 0,939; 90 gl);
Correlação entre as variáveis “Ciúme II” e “Infidelidade II”,
independente do sexo foi r= 0,04 (p= 0,730; 90 gl);
Correlação entre as variáveis “Infidelidade I” e “Infidelidade II”,
independentemente do sexo foi r= 0.19 (p= 0,080; 90 gl);
Especificamente a correlação para o sexo feminino para as
variáveis “Infidelidade I” e “Infidelidade II” foi r= 0,14 (p= 0,346;
45 gl);
Especificamente a correlação para o sexo masculino para as
variáveis “Infidelidade I” e “Infidelidade II” foi r= 0,36 (p= 0,015;
45 gl);
Correlação entre as variáveis “Infidelidade III” e “Infidelidade
IV”, independentemente do sexo foi r= 0,19 (p = 0,080; 90 gl);
93
Especificamente a correlação para o sexo feminino para as
variáveis “Infidelidade III” e “Infidelidade IV” foi r= 0,14 (p=
0,346; 45 gl);
Especificamente a correlação para o sexo masculino para as
variáveis “Infidelidade III” e “Infidelidade IV” foi r= 0,36 (p=
0,015, 45 gl);
As correlações estatisticamente significativas, apresentadas acima,
serão agora analisadas e discutidas mais detalhadamente. Nas figuras a
seguir, o eixo das ordenadas representa os escores de ciúme de cada
participante por ocasião da primeira etapa, e o eixo das abscissas
representa os escores de ciúme de cada participante por ocasião da
segunda etapa, respectivamente para este estudo.
Os seguintes gráficos ilustram as relações estatisticamente
significativas apresentadas acima:
Figura 1: Gráfico de dispersão entre as variáveis “Ciúme I” e “Ciúme II”, independente do
sexo dos participantes.
94
A Figura 1 evidencia uma associação linear positiva entre as
variáveis “Ciúme I” que representa os escores mensurados de ciúme de
cada um dos participantes, por ocasião da primeira coleta, e entre “Ciúme II”
que representa os escores mensurados de ciúme dos mesmos
participantes, por ocasião da segunda coleta. Dessa forma, pode-se dizer
que há uma tendência para cada participante ter o mesmo escore de ciúmes
nestas duas ocasiões (fidedignidade teste-reteste: r= 0.88; p< 0,0001).
3.2.1 O ciúme masculino e o ciúme feminino da amostra pesquisada.
Analisando mais detalhadamente os escores de ciúme para os
diferentes sexos obtemos os seguintes gráficos e as seguintes inferências:
Figura 2: Gráfico de dispersão entre as variáveis “Ciúme I” (feminino) e “Ciúme II”
(feminino).
95
Sendo que a correlação encontrada entre as variáveis “Ciúme I”
(feminino) e “Ciúme II” (feminino) foi r= 0.91 (p= 0.000, 45 gl), verifica-se por
meio da Figura 2 que, há uma forte associação entre os escores individuais
femininos.
Para os escores de ciúmes masculinos, observa-se uma associação
ligeiramente mais fraca r= 0.85 (p= 0.000, 45 gl), do que aquela observada
para o ciúme feminino, como podemos observar pela Figura 3. Observe que
em ambos os casos à medida que o grau de “Ciúme I” (masculino ou
feminino), para cada participante, crescem os escores de “Ciúme II”
(masculino ou feminino), para cada participante, também crescem.
Figura 3 - Gráfico de dispersão entre as variáveis “Ciúme I” (masculino) e “Ciúme
II” (masculino).
96
A Tabela 2, a seguir, mostra as médias, variâncias e desvios padrões
para todos os tipos de ciúme mensurados.
Tabela 2 - Médias, variâncias e desvios-padrões para as diferentes medidas de
ciúme (independentemente do sexo e separadamente por sexo).
Variável
µ (σ)
2
σ
Ciúme I
2,70 0,43 0,66
Ciúme II
2,69 0,46 0,68
Ciúme I
(feminino)
2,57 0,40 0,69
Ciúme II
(feminino)
2,63 0,49 0,75
Ciúme I
(masculino)
2,82 0,44 0,66
Ciúme II
(masculino)
2,76 0,43 0,65
Em relação aos dados da Tabela 2, verificamos que as médias para
os escores de ciúmes femininos são menores do que as médias para os
escores de ciúmes masculinos.
3.3 A infidelidade amorosa da amostra pesquisada.
Exceto pela correlação encontrada entre a Infidelidade I e II, para o
sexo masculino (r= 0,36; p = 0,015) e para as Infidelidades III e IV, para o
sexo masculino (r= 0,36; p = 0,015), as correlações entre as Infidelidades I e
II e entre as Infidelidades III e IV não foram estatisticamente significantes
(respectivamente, 0,19; 90 gl; p< 0,08 e 0,19; 45 gl; p< 0,08). Isto significa
que não há qualquer relação detectada entre os vários tipos de infidelidades
pesquisadas neste estudo quando analisadas independentemente do sexo.
97
Assim, os escores de infidelidade I, II, III e IV não estão associados de
forma independente do sexo.
A Figura 4, a seguir, mostra graficamente as ausências de relações
entre as Infidelidades I e II e, também, mostra a grande incidência de
infidelidade para os participantes, sobretudo, na segunda fase da pesquisa.
Figura 4 - Infidelidade dos parceiros (primeira etapa) versus Infidelidade dos parceiros
(segunda etapa), independente do sexo.
Considerando as respostas obtidas via questionário, aplicamos ainda
um teste de correlação para as quantidades de infidelidade, medidas nas
duas aplicações, isto é, em dois momentos, para os pares de casais. Este
teste mostra que existe correlação linear apenas para os escores de
infidelidade dos casais, obtidos na segunda coleta de dados. A Tabela 5
mostra as correlações e o p-valor, para cada par correlacionado.
98
Tabela 4 - Correlação, para a variável Infidelidade, segundo o sexo, em dois momentos.
Feminino Masculino
Infidelidade I Infidelidade II
Infidelidade I
-0.096
p= 0,529
-0.113
p= 0,460
Infidelidade II
-0.070
p= 0,646
0,364
p= 0,014
Podemos verificar, pela Tabela 4, que existe correlação entre as
variáveis “Infidelidade dos parceiros” apenas entre o sexo masculino e o
sexo feminino, apenas para a segunda etapa da pesquisa. O valor do teste
é igual a r= 0,364 (p= 0,014). Isso significa que há uma relação linear
positiva entre os valores de infidelidade dos parceiros, por ocasião da
segunda aplicação, de modo que homens que traem mais teriam parceiras
também mais traidoras.
Tabela 5 - Estatísticas descritivas para as variáveis “Infidelidade I” e “Infidelidade II”,
independentemente do sexo.
Variáveis N Média Desvio-padrão
Infidelidade I
90 3,55 9,38
Infidelidade II
90 49,6 212
Pela Tabela 5 e, também, pela Figura 4 podemos verificar
nitidamente que da primeira para a segunda aplicação nesta pesquisa, a
incidência de infidelidades dos participantes aumentou mais de 13 vezes.
Um dos fatores responsáveis por este aumento acentuado da primeira para
a segunda fase como podemos observar pela Figura 4 é a citação dos
comportamentos de infidelidade de três dos noventa participantes deste
estudo que podem mascarar os verdadeiros resultados e desviar
consideravalmente a média. Com o objetivo de verificar se existia diferença
significativa entre “Infidelidade I” e “Infidelidade II”, é, trair o parceiro e ser
99
traído pelo parceiro na ocasião da primeira coleta dos dados
(independentemente do sexo), aplicamos o teste t pareado. As hipóteses
consideradas foram:
H
0
: não existia diferença significativa entre “Infidelidade I” e
“Infidelidade II”;
H
1
: existia diferença significativa entre “Infidelidade I” e “Infidelidade
II”.
Pelo teste t pareado, podemos dizer que existe diferença significativa
entre as duas etapas. O valor da estatística teste t(89) é igual a 2,08 (p=
0,041). Isso implica que os resultados apresentados na “Infidelidade II” são
maiores, portanto, podemos dizer que, no segundo momento, a infidelidade
dos atuais parceiros é maior do que no primeiro momento (“Infidelidade I”).
Para o sexo masculino, existe diferença significativa entre a
Infidelidade I e II, pois o valor de do teste foi t(44)= 4,04 (p<0,0001). Isto
significa que os valores obtidos para a variável infidelidade masculina, em
relação às mulheres, na segunda etapa são em média maiores do que na
primeira etapa (e esta diferença é significativa). Entretanto, para o sexo
feminino, podemos dizer que não existe diferença significativa entre as
etapas I e II, pois t(44)= 1,96 (p<0,056). Logo, os valores obtidos para a
variável infidelidade na segunda etapa, para os homens são superiores
quando contrastados aos de suas suas parceiras, e são, em média, maiores
do que os valores anteriormente citados por ocasião da primeira etapa.
100
3.3.1 Análise descritiva das ocorrências de infidelidade na amostra
pesquisada.
A coleta ainda propiciou os dados necessários para se analisar a
amostra pesquisada em três eixos: os pesquisados em relação aos ex-
parceiros deles, os pesquisados em relação aos seus atuais parceiros, por
ocasião da primeira etapa e pesquisados em relação aos seus atuais
parceiros, por ocasião da segunda etapa. A seguir passaremos para cada
uma destas análises descritivas.
3.3.1.1 Estatísticas descritivas das ocorrências de infidelidade dos
pesquisados em relação aos ex-parceiros.
As percentagens de infidelidades para cada um dos trinta e cinco
tipos de infidelidades que constam do Inventário de Comportamentos
relacionados à infidelidade, tanto independentemente do sexo, bem como
separados por sexo podem ser vistas na Tabela 6, em ordem decrescente
de incidência independente do sexo.
Tabela 6 - Tabela de freqüências relativas, ordenadas segundo o total, para as afirmações
por classe, com destaque (** e *) para as 3 maiores e menores ocorrências
respectivamente (Ex-parceiros).
Afirmações
10
%
(total)
%
(sexo feminino)
%
(sexo masculino)
2 - Ter pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não
sejam(m) os próprios parceiros 15,40** 17,32** 14,73**
1 - Bater papo em chats, receber e-mails por meio de sites
de namoros, mensagens on-line etc.
12,48** 22,46** 8,99**
26 - Permitir-se ser paquerado(a) por outra pessoa, que lhe
atraísse fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente e
que não fosse o(a) atual parceiro(a), e mesmo assim, não
deixar com que o(a) teu(tua) próprio(a) parceiro(a) tome 5,57** 4,11 6,08**
10
As afirmações colocadas, não são as originais e foram resumidas apenas para evidenciar
melhor ao leitor a que se refere cada um dos comportamentos.
101
conhecimento de que isso aconteceu.
22 - Deixar o celular em baixo volume, ou ainda, não o atendi
enquanto estava com o(a) meu(minha) parceiro(a) porque
reconheci que tal telefonema era de uma outra pessoa que
eu paquerava.
11
5,04 2,24 6,02
34 - Continuar a receber ligações de ex-namorados(as) sem
o conhecimento do(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a) com
quem estava na época da minha primeira participação neste
estudo. 4,67 5,46 4,40
14 - Ter relações sexuais com o(a) meu(minha) parceiro(a)
enquanto eu estava, nesse momento, imaginando como
seriam as mesmas relações sexuais com uma outra pessoa,
que não fosse o(a) atual parceiro(a). 4,56 8,12** 3,32
35 - Beijar na boca uma outra pessoa que não fosse o(a)
atual parceiro(a). 4,27 3,31 4,61
21 - Ir para um local escondido com alguém que me atraiu
fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente, sem o
conhecimento do(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a),
independentemente de ter consumado qualquer ato como,
por exemplo, um beijo na boca. 4,25 3,59 4,48
7 - Ligar para uma pessoa que me interessou fisicamente,
emocionalmente ou amorosamente, não fosse o(a) atual
parceiro(a). 4,14 2,61 4,68
3 - Sair para procurar uma outra pessoa que não fosse o(a)
atual parceiro(a).
3,63 2,19 4,14
8 - Flertar simultaneamente com duas ou mais pessoas
enquanto estava com o próprio relacionamento amoroso com
seu(sua) atual parceiro(a). 3,39 1,59 4,02
6 - Beijar na boca uma outra pessoa que não fosse o(a) atual
parceiro(a).
3,33 2,19 3,73
9 - Convidar para tomar comigo um lanche, ou ainda,
almocei a sós com uma pessoa que não seja seu(sua) atual
parceiro(a). 2,92 3,27 2,80
10 - Ligar para alguém que me interessou sentimentalmente
ou fisicamente, enquanto seu(sua) atual parceiro(a) não
estava por perto. 2,92 3,50 2,71
4 - Ir para algum local, público ou privado, com uma outra
pessoa. 2,72 3,08 2,60
5 - Ir para uma danceteria/barzinho com outra pessoa que
não fosse o(a) atual parceiro(a). 2,43 1,45 2,78
15 - Ligar para o(a) meu(minha) parceiro(a), antes ou depois
de ter(tido) um encontro de natureza sexual ou emocional
com alguém que me interessou fisicamente ou
amorosamente.
2,28 1,96 2,39
12 - Dar o número do meu próprio celular, ou ainda, do meu
telefone residencial, visando manter contato com alguém que
não fosse o(a) atual parceiro(a). 1,73 0,93 2,01
18 - Mentir para o(a) meu(minha) próprio(a) que teria um
compromisso que me impediria de vê-lo(a), para me
encontrar com alguém que me atraía fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente. 1,70 0,61 2,08
13 - Manter uma aventura amorosa (independentemente da
duração), com uma ou mais pessoas que não fosse o(a)
atual parceiro(a). 1,39 0,75 1,62
23 - Falar que não poderia sair com o(a) meu(minha) 1,37 1,49 1,32
11
Continuação da Tabela 6, na qual constam as freqüências relativas, ordenadas segundo
o total, para as afirmações por classe, com destaque (** e *) para as 3 maiores e
menores ocorrências respectivamente (Ex-parceiros).
102
próprio(a) parceiro(a), somente para sair com uma outra
pessoa que não seja o(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a).
19 - Não ter como ficar sem me relacionar sexualmente com
alguém do sexo oposto, ou do mesmo sexo, que não seja
o(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a), durante o decurso do
nosso relacionamento amoroso.
12
1,32 1,26 1,34
29 - Manter relações sexuais com outras pessoas que não
fosse o(a) atual parceiro(a).
1,22 0,93 1,32
32 - Mentir que precisaria trabalhar até mais tarde, somente
para ficar com uma pessoa que não fosse o(a) atual
parceiro(a) e que me interessou fisicamente, amorosamente
ou sentimentalmente. 1,16 0,93 1,24
16 - Colocar preservativos na carteira, mochila, bolsa, ou
carro, prevendo que eu poderia vir a me encontrar, e a me
envolver sexualmente, com uma outra pessoa, que não fosse
o(a) atual parceiro(a). 1,15 0,19 1,49
20 - Combinar de sair com uma outra pessoa atraente
enquanto o(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a) estava
viajando. 1,05 0,65 1,19
30 - Faltar ao trabalho, ou ainda às aulas, somente para fica
r
com uma pessoa que não fosse o(a) atual parceiro(a) e que
tenha me interessado fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente. 1,02 0,84 1,08
17 - Atender o telefonema de alguma paquera, diante do(a)
meu(minha) próprio(a) parceiro(a) e dissimulei para este(a),
pedindo que aquela pessoa ligasse em um outro momento. 0,75 0,89 0,70
25 - Enquanto estive com meu(minha) parceiro(a), e esta
estava conversando com uma amiga dela, começar a da
r
mais atenção à amiga dela do que o(a) meu(minha)
próprio(a) parceiro(a) porque a amiga dela me interessou
fisicamente, amorosamente ou sexualmente.
0,71 0,70 0,72
28 - Falar para o(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a) que
iria sair com a minha família e saí com outra pessoa que não
o(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a). 0,44 0,42 0,44
27 - Simular uma briga com o(a) meu(minha) próprio(a)
parceiro(a), ou ainda, pedir um tempo para somente para
você poder ficar com uma outra pessoa que não o(a)
meu(minha) parceiro(a). 0,44 0,61 0,38
11 - Ficar com uma outra pessoa, numa mesma noite,
enquanto esta e meu(minha) atual parceiro(a), estávamos
junto em um barzinho ou danceteria.
0,25 0,14* 0,29
33 - Mentir que estava com sua família, e não fiz isso,
somente para ficar com uma pessoa que não fosse o(a) atual
parceiro(a) e que me interessou fisicamente, amorosamente
ou sentimentalmente. 0,12* 0,05 0,15*
24- Apresentar um(a) amigo(a) que beijava como se fosse
um(a) primo(a) para que o(a) meu(minha) parceiro(a) não
pudesse desconfiar disso. 0,08* 0,14* 0,07*
31- Falar que precisava viajar a trabalho somente para fica
r
com uma pessoa que não fosse o(a) atual parceiro(a) e que
me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente. 0,07* 0,00* 0,10*
Legenda: * 3 comportamentos menos citados;
** 3 comportamentos mais citados.
12
Continuação da Tabela 6, na qual constam as freqüências relativas, ordenadas segundo
o total, para as afirmações por classe, com destaque (** e *) para as 3 maiores e menores
ocorrências respectivamente (Ex-parceiros).
103
Para termos uma melhor visualização dos comportamentos mais
citados, também, podemos recorrer à Figura 5:
Figura 5 - Análise considerando as citações mais freqüentes da amostra dos
comportamentos relacionados à infidelidade, separadamente e
independentemente do sexo, em relação aos ex-parceiros.
Tanto pela Figura 5, bem como pela Tabela 6, pode-se observar que
duas das três infidelidades que aconteceram com maior freqüência, em
relação à ex-parceiros, são as mesmas para homens e mulheres, ainda que
haja algumas variações na incidência destes comportamentos. Dessa
forma, para grupo masculino, ocorreu um número maior de citações para as
afirmações 1 e 2, com 550 e 901 comportamentos registrados,
respectivamente, para os homens e com 481 e 371 comportamentos
registrados, respectivamente, para as mulheres. A afirmação 26 aparece no
grupo masculino e feminino entre as três maiores freqüências (e no grupo
feminino aparece com freqüência 88). A afirmação 22 aparece no grupo
masculino como tendo a terceira maior ocorrência (368 comportamentos
registrados e não parece no grupo feminino com a mesma importância (48
104
comportamentos registrados). Dessa forma pode-se dizer que as
infidelidades mais freqüentes exibidas pelos participantes da primeira etapa
em relação aos ex-parceiros, independentemente do sexo, respectivamente,
foram em ordem decrescente:
2- Ter pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m) o(a)
próprio(a) parceiro(a), tais como estar beijando tal pessoa,
ouvindo/dizendo frases de conotação amorosa, ou mesmo, de
natureza sexual;
1- Manter contatos virtuais como: bater papo em chats, receber e-
mails por meio de sites de namoros, mensagens on-line etc, com
outra pessoa que não fosse o(a) próprio(a) parceiro(a);
26 - Permitir-se ser paquerado(a) por outra pessoa, que lhe
atraísse fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente e que
não fosse o(a) atual parceiro(a), e mesmo assim, não deixar com
que o(a) teu(tua) próprio(a) parceiro(a) tomasse conhecimento de
que isso houvesse acontecido.
Em relação aos comportamentos de infidelidade menos relatados,
além dos comportamentos 31 (A participante falar que precisava viajar a
trabalho somente para ficar com uma outra pessoa que não fosse o próprio
parceiro e que a havia interessado fisicamente, amorosamente, ou ainda,
sentimentalmente) que teve zero citações pelas parceiras dos participantes,
por esta amostra, podem ser vistos na Figura 6:
105
Figura 6- Análise considerando as citações menos freqüentes da amostra dos
comportamentos relacionados à infidelidade, separadamente e
independentemente do sexo, em relação aos ex-parceiros.
Pode-se observar, tanto na Figura 6 como na Tabela 6, que
duas das três infidelidades que aconteceram com menor freqüência, em
relação à ex-parceiros, são as mesmas para homens e mulheres, além do
comportamento 31 não citado nenhuma vez pelas participantes, ainda que
haja algumas variações na incidência entre os dois sexos. Dessa forma,
para o grupo masculino ocorreu um número menor de citações para as
afirmações 33 e 24, com 9 e 4 comportamentos registrados,
respectivamente, e com 1 e 3 comportamentos registrados,
respectivamente, para as mulheres. A afirmação 31 não aparece citada para
o grupo feminino. Como pode ser observado nas três colunas da direita da
Figura 6 e na Tabela 6, os comportamentos de infidelidade menos
freqüentemente citados pelos participantes em relação aos ex-parceiros,
independentemente do sexo, respectivamente, foram em ordem
decrescente:
106
33 – Mentir que estava com a família, somente para ficar com uma
outra pessoa que não era os parceiros, pelos quais os participantes
tenham se interessado fisicamente, amorosamente, ou ainda,
sentimentalmente.
24 – Apresentar um(a) amigo(a) que o(a) participante beijou como
um(a) primo(a) para que o(a) parceiro(a) deste(desta) não pudessem
desconfiar desta farsa.
31 – O(a) participante falar que precisava viajar a trabalho somente
para ficar com uma outra pessoa que não fosse o(a) próprio(a)
parceiro(a) e que o(a) havia interessado fisicamente, amorosamente,
ou ainda, sentimentalmente.
Para termos uma melhor visualização das ocorrências de infidelidade
na nossa amostra em relação aos ex-parceiros tanto independentemente do
sexo, bem como separadamente por sexo, podemos recorrer às figuras 7, 8
e 9. Essas figuras mostram as percentagens de ocorrência de cada um dos
35 tipos de infidelidade descritos no questionário.
107
Figura 7 - Total de Ocorrências de infidelidade, independentemente do sexo, em relação à
ex-parceiros.
Analisando a Figura 7, pode-se dizer que as afirmações que mais
ocorrem são as 2 e 1 com mais de 1000 ocorrências. As afirmações que
ocorrem com freqüência menor do que 10 são 32, 16, 20, 30, 17, 25, 27, 28,
11 e 33. As afirmações 24 e 31 tiveram apenas 7 e 6 ocorrências
respectivamente. [Ver as descrições de cada um destes tipos de infidelidade
nos Anexos 8, 9, 10 e 11, ou na Tabela 6].
108
A Figura 8 apresenta as freqüências de ocorrências destes
comportamentos para as mulheres.
Figura 8 - Total de Ocorrências de infidelidade para o sexo feminino em relação aos ex-
parceiros.
Analisando a Figura 8, para as afirmações segundo o sexo feminino,
pode-se dizer que as afirmações que mais ocorrem são as 1, 2, 14 e 34 com
ocorrências entre 117 a 481 vezes. As afirmações que ocorrem com
freqüência menor do que 10 são as 28, 16, 11, 24 e 33. A afirmação 31 teve
109
freqüência igual à zero. [Ver as descrições de cada um destes tipos de
infidelidade nos Anexos 8, 9, 10 e 11 e Tabela 6].
A Figura 9 apresenta as freqüências de ocorrências destes
comportamentos para os homens.
Figura 9 - Total de ocorrências de infidelidade para o sexo masculino em relação aos ex-
parceiros.
A Figura 9 mostra as incidências de infidelidades para o sexo
masculino. As infidelidades mais citadas (com ocorrência superior a 500
110
vezes) são a 2 e a 1. Com ocorrências entre 18 e 99 vezes, temos os
seguintes tipos de infidelidades: 13, 16, 19, 29, 23, 32, 20, 30, 25, 17, 28, 27
e 11. Com menos de 10 ocorrências, temos os seguintes tipos de
infidelidades: 33, 31 e 24. [Ver as descrições de cada um destes tipos de
infidelidade nos anexos 8, 9, 10 e 11 e Tabela 6].
3.3.1.1.1 Os homens e as mulheres relatam diferentes quantidades de
infidelidade em relação aos seus ex-parceiros?
Para verificar se existe associação entre os comportamentos de
infidelidade e o sexo, foi utilizado o teste não paramétrico Mann-Whitney
(utilizamos o software MINITAB). Como a variável em questão é uma
variável quantitativa discreta, este teste é apropriado. Este teste compara
medianas de duas populações. Este conjunto de dados apresenta muitas
respostas com valor zero, o que inviabiliza a aplicação do Teste paramétrico
Qui-quadrado.
As hipóteses testadas foram:
H
0
: não existe associação entre sexo e as freqüências de ocorrência dos
comportamentos de infidelidade;
H
1
: existe associação entre sexo e as freqüências de ocorrência dos
comportamentos de infidelidade;
Este teste estatístico indicou que existe relação entre as quantidades
de ocorrências e o sexo (aqui, a estatística do teste W = 894,5 e tem p <
0.0001, isto é, pode-se rejeitar a hipótese H
0
, ao nível de 5% de
111
significância). Dessa forma, estes dados sugerem que os homens tendem a
ter mais ocorrências de infidelidade do que as mulheres em relação as suas
ex-parceiras.
3.3.1.2 Estatísticas descritivas das ocorrências de infidelidade dos
pesquisados (Atuais parceiros - Primeira etapa).
A Tabela 7 apresenta as percentagens de ocorrência dos
comportamentos de infidelidade dos atuais parceiros: percentagens totais e
percentuais para homens e mulheres. Estes comportamentos são
apresentados em ordem decrescente de percentagens totais de ocorrência.
112
Tabela 7 - Tabela de freqüências relativas, ordenadas segundo o total, para as afirmações
por classe, com destaque (** e *) para as 3 maiores e menores ocorrências
respectivamente (Atuais parceiros – Primeira etapa).
% % %
Afirmações
13
(total)
(sexo
feminino)
(sexo
masculino)
2 37,43** 12,39** 39,70**
1 24,08** 23,41** 24,14**
14 7,03** 1,96 7,49**
26 2,69 5,74 2,41
6 2,67 6,65 2,30
34 2,29 10,42** 1,55
8 2,05 2,42 2,02
10 1,97 3,93 1,80
35 1,87 3,78 1,70
3 1,81 1,66 1,82
7 1,58 5,29 1,25
5 1,56 1,36 1,58
4 1,42 2,57 1,32
21 1,42 3,63 1,22
12 0,98 1,96 0,89
9 0,92 1,36 0,88
22 0,82 0,91 0,81
19 0,78 0,91 0,77
29 0,75 1,06 0,73
17 0,75 1,36 0,70
16 0,68 0,15 0,73
15 0,68 1,36 0,62
18 0,59 0,30 0,62
20 0,50 0,60 0,49
32 0,49 0,91 0,45
25 0,44 1,06 0,38
23 0,40 0,45 0,40
13 0,38 1,21 0,30
27 0,26 0,15 0,27
28 0,25 0,60 0,22
30 0,18 0,30 0,16
11 0,16 0,15 0,16
24 0,06* 0,00* 0,07*
31 0,05* 0,00* 0,05*
33 0,00* 0,00* 0,00*
Legenda: * 3 comportamentos menos citados;
** 3 comportamentos mais citados.
13
Ver as descrições de cada um destes tipos de infidelidade nos anexos 8, 9, 10 e 11.
113
Para termos uma melhor visualização dos comportamentos mais
citados podemos recorrer à Figura 10:
Figura 10 - Os três comportamentos de maior ocorrência (Primeira etapa,
independentemente do sexo).
Podemos observar na Figura 10 e na Tabela 7 que os dois
comportamentos relacionados à infidelidade mais freqüentemente citados
são o 2 e o 1, com 2895 e 1760 comportamentos registrados,
respectivamente, para o grupo masculino, enquanto para o grupo feminino
foram registrados, respectivamente, 82 e 155 comportamentos relacionados
à infidelidade. O comportamento 14 é o terceiro mais citado para o grupo
masculino, com 546 comportamentos registrados. No grupo feminino, o
terceiro mais citado é o 34, com 69 comportamentos registrados. Dessa
forma, ao analisarmos a Figura 10 e a Tabela 7, pode-se dizer que os
114
comportamentos mais freqüentemente exibidos pelos participantes da
primeira etapa em relação aos(as) seus (suas) parceiros,
independentemente do sexo foram, em ordem decrescente:
:
2- Ter pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m)
o(a) próprio(a) parceiro(a), tais como estar beijando tal
pessoa, ouvindo/dizendo frases de conotação amorosa, ou
mesmo, de natureza sexual;
1- Manter contatos virtuais como: bater papo em chats,
receber e-mails por meio de sites de namoros, mensagens
on-line etc, com outra pessoa que não fosse o(a) próprio(a)
parceiro(a);
14- Ter tido relações sexuais com um(a) parceiro(a)
enquanto, neste mesmo momento, imaginava como seriam
as mesmas relações sexuais com uma outra pessoa que
atraísse fisicamente, amorosamente, ou ainda,
sentimentalmente o(a) participante.
Em relação aos comportamentos menos citados, estes são
mostrados na Figura 11.
115
Figura 11 - Os três comportamentos de menor ocorrência (primeira etapa,
independentemente do sexo).
Por meio da Figura 11 e da Tabela 7 podemos observar que os
comportamentos menos citados pelos participantes que estariam
relacionados à infidelidade, por ocasião da primeira etapa deste estudo, são
os mesmos para os grupos masculino e feminino (afirmações 24, 33 e 31).
Podemos, então, observar na Figura 11 que as afirmações que acontecem
com menor freqüência no total são as mesmas afirmações que aparecem no
grupo masculino (afirmações 33 e 31), com 4 e 0 comportamentos
registrados para as mulheres, respectivamente, e com 0 e 0
comportamentos registrados para os homens, respectivamente. Note que a
afirmação 31 ocorre com a menor freqüência em ambos os grupos
(freqüência zero - e por isso, aparece na legenda e não aparece no gráfico
de barras). A afirmação 24 só tem ocorrência para o grupo masculino (entre
116
as três menores ocorrências), enquanto a afirmação 33 só tem ocorrência
para o grupo feminino (entre as três menores ocorrências). Dessa forma, ao
analisarmos a Figura 11 e a Tabela 7 podemos dizer que os
comportamentos menos freqüentemente exibidos pelos participantes da
primeira etapa em relação aos(as) seus (suas) parceiros,
independentemente do sexo foram em ordem decrescente:
24- Apresentar um(a) amigo(a) que o(a) participante beijou como um(a)
primo(a) para que o(a) parceiro(a) deste(desta) não pudessem
desconfiar desta farsa;
33- Mentir que estava com a família, somente para ficar com uma outra
pessoa que não era o parceiro, pelo qual o participante tenha se
interessado fisicamente, amorosamente, ou ainda, sentimentalmente;
31- O(a) participante falar que precisava viajar a trabalho somente para
ficar com uma outra pessoa que não fosse o(a) próprio(a) parceiro(a) e
que o(a) havia interessado fisicamente, amorosamente, ou ainda,
sentimentalmente);
Para termos uma melhor visualização das ocorrências de infidelidade
da nossa amostra em relação aos seus atuais parceiros, tanto
independentemente do sexo bem como separadamente por sexo, podemos
recorrer às Figuras 12, 13 e 14.
117
Figura 12 - Total de ocorrências de infidelidade, independentemente do sexo, em relação
aos atuais parceiros (primeira etapa).
Podemos observar na Figura 12, que as afirmações que acontecem
com maior freqüência são 2, 1 e 14 (no mínimo, 500 vezes). As afirmações
28, 30 e 11 ocorrem com freqüência menor do que 20 e as afirmações 24 e
31 ocorrem com freqüência menor do que 5. A afirmação 33 ocorre com
freqüência zero. Estes tipos de infidelidades com ocorrência zero podem ser
retirados do inventário em um futuro estudo devido ao fato de que não
aconteceram. É interessante observar a grande variabilidade no número de
respostas (de nenhuma até 2977 ocorrências). O que demonstra que
pessoas diferentes se engajam em diferentes comportamentos relacionados
à infidelidade. Isso pode ser conseqüência do acesso diferencial de
oportunidades a essas pessoas. Também, tal como o autor pressupôs para
este trabalho, os relacionamentos amorosos são sistemas dinâmicos e por
interagirem com as características do outro parceiro podemos pensar que
118
determinados fatores na personalidade de um parceiro podem modificar as
incidências de comportamentos relacionados à infidelidade citados pelos
participantes e explicariam esta variabilidade obtida nos resultados. [Ver as
descrições de cada um destes tipos de infidelidade nos anexos 8, 9, 10 e
11].
Figura 13 - Total de ocorrências de infidelidade para o sexo feminino em relação aos atuais
parceiros (primeira etapa).
A Figura 13 mostra o número de ocorrências somente para os
participantes do sexo feminino. Vemos que os tipos de infidelidade que mais
ocorrem são referentes às afirmações 1, 2, 34 (apresentando número de
ocorrências superior a 50). As afirmações que apresentam entre 24 a 44
ocorrências são as 6, 26, 7, 10, 35 e 21. As afirmações com menos de 10
ocorrências são 5, 9, 15, 17, 13, 25, 29, 1922, 32, 20, 11, 16, 27. As
119
afirmações que não apresentam ocorrências são 24, 31 e 33. [Ver as
descrições de cada um destes tipos de infidelidade nos anexos 8, 9, 10 e
11].
Figura 14 - Total de ocorrências de infidelidade para o sexo masculino em relação às
atuais parceiras (primeira etapa).
A Figura 14 mostra o número de ocorrências segundo o sexo
masculino. Notamos que as três maiores ocorrências (com valores
superiores a 500) correspondem às afirmações 2, 1 e 14 (como na Figura
13). As afirmações 26, 6, 8, 3, 10, 35, 5 e 34 também ocorreram com um
número alto de vezes (valores entre 113 e 176). As afirmações com
freqüência baixa (menores do que 10) são 24 e a 31, e a afirmação 33 não
apresentou ocorrência. [Ver as descrições de cada um destes tipos de
infidelidade nos anexos 8, 9, 10 e 11].
120
3.3.1.2.1 Os homens e as mulheres relatam diferentes quantidades de
infidelidades em relação aos seus atuais parceiros, por ocasião da
primeira etapa da pesquisa?
Para verificar se existe associação entre as freqüências de
infidelidades dos participantes da pesquisa em relação aos seus atuais
parceiros e o sexo dos participantes. Como estamos trabalhando com uma
variável quantitativa discreta, este teste foi apropriado. Este conjunto de
dados apresenta muitas respostas com valor zero, o que inviabiliza a
aplicação do teste paramétrico Qui-quadrado. Este teste compara
medianas de duas populações.
Consideramos as hipóteses:
H
0
: não existe associação entre sexo e as freqüências de ocorrência dos
comportamentos de infidelidade;
H
1
: existe associação entre sexo e as freqüências de ocorrência dos
comportamentos de infidelidade;
Este teste mostrou que havia diferença significativa nas medianas de
homens e mulheres (aqui, a estatística do teste W = 826,0; p< 0.0001) e
também, podemos dizer que existe uma indicação de maiores podemos
dizer que existe uma indicação de maiores ocorrências para os homens.
Portanto, houve uma maior ocorrência de infidelidade para os homens na
primeira etapa deste estudo, que se ocupou em propiciar uma linha de base
para as incidências dos comportamentos de infidelidade a ser contrastados
com os da segunda etapa para os dois sexos.
121
3.3.1.3 Estatísticas descritivas das ocorrências de infidelidade dos
pesquisados em relação aos atuais parceiros (segunda etapa da
pesquisa).
As percentagens de ocorrência de cada um dos comportamentos de
infidelidade em ordem decrescente tanto independentemente do sexo (em
ordem decrescente na Tabela 8), bem como separados por sexo, podem ser
vistas na Tabela 8.
Tabela 8 - Tabela de freqüências relativas, ordenadas segundo o total, para as afirmações
por classe, com destaque (** e *) para as 3 maiores e menores ocorrências
respectivamente (Atuais parceiros – Segunda etapa).
14
Ver as descrições de cada um destes tipos de infidelidade nos anexos 12
e 13.
Afirmações
14
%
(total)
%
(sexo feminino)
%
(sexo masculino)
1 38,26%** 13,05%** 41,55%**
2 21,03%** 22,80%** 20,80%**
26 4,37%** 5,66% 4,21%**
8 3,48% 2,52% 3,61%
10 3,47% 5,50% 3,20%
16 2,94% 0,16% 3,30%
7 2,90% 5,82% 2,52%
3 2,21% 2,67% 2,15%
35 1,92% 3,77% 1,68%
34 1,89% 6,29%** 1,31%
14 1,87% 4,72% 1,50%
6 1,65% 3,62% 1,40%
22 1,51% 0,47% 1,64%
4 1,45% 4,25% 1,09%
21 1,45% 3,14% 1,23%
12 1,13% 2,36% 0,96%
20 1,13% 1,57% 1,07%
9 1,00% 1,10% 0,98%
5 0,93% 1,57% 0,84%
13 0,74% 1,57% 0,64%
17 0,76% 0,79% 0,76%
19 0,69% 0,94% 0,66%
29 0,62% 0,94% 0,57%
15 0,54% 1,73% 0,39%
25 0,44% 0,79% 0,39%
18 0,42% 0,63% 0,39%
32 0,25% 0,47% 0,23%
23 0,25% 0,79% 0,18%
122
Legenda: * comportamentos menos citados;
** comportamentos mais citados.
Para termos uma melhor visualização dos comportamentos mais
citados, também podemos recorrer à Figura 15:
Figura 15 - Os três comportamentos de maior ocorrência (segunda etapa,
independentemente do sexo).
11 0,20% 0,00% 0,23%
27 0,11% 0,00% 0,12%
30 0,09% 0,16% 0,08%
28 0,07%* 0,16% 0,12%
24 0,07%* 0,00%* 0,08*
31 0,07%* 0,00%* 0,08%*
33 0,02%* 0,00%* 0,02%*
123
Podemos observar na Figura 15 e na Tabela 8, que as afirmações
que acontecem com maior freqüência no total (2 e 1), são as mesmas que
também têm as maiores freqüências para os homens. A afirmação 1
também é a que tem maior freqüência para as mulheres. Por exemplo,
podemos notar que as afirmações 1 e 2 ocorrem nos dois grupos, com
destaque para o grupo masculino (com 1014 e 2025 citações,
respectivamente, enquanto para as mulheres têm 145 e 83 citações,
respectivamente). A afirmação 26 está entre as três maiores somente para o
grupo masculino (com 205 citações, enquanto que para as mulheres têm
somente 36 citações), o mesmo ocorrendo para a afirmação 34 no grupo
feminino, com 40 citações e para o grupo masculino com 64 citações. Dessa
forma, pode-se dizer que, ao analisarmos a Figura 15 e a Tabela 8, os
comportamentos mais freqüentes exibidos pelos participantes da segunda
etapa em relação aos(as) seus (suas) parceiros, independentemente do
sexo foram em ordem decrescente:
2 - Ter pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m) o(a)
próprio(a) parceiro(a), tais como estar beijando tal pessoa,
ouvindo/dizendo frases de conotação amorosa, ou mesmo, de
natureza sexual;
1 - Manter contatos virtuais como: bater papo em chats, receber e-
mails por meio de sites de namoros, mensagens on-line etc, com
outra pessoa que não fosse o(a) próprio(a) parceiro(a)).
26 - Permitir-se ser paquerado por uma outra pessoa, que lhe
atraísse fisicamente, amorosamente, ou mesmo,
124
sentimentalmente e que não fosse o(a) próprio(a) parceiro(a), e
mesmo assim, não deixar com que o(a) parceiro(a) tomasse
conhecimento de que isso aconteceu.
A Figura 16 mostra os comportamentos de infidelidade menos citados
pelos participantes.
Figura 16 - Os três comportamentos de menor ocorrência (segunda etapa,
independentemente do sexo).
Podemos observar pela Figura 16, que as afirmações com menor
ocorrência para ambos os sexos são, respectivamente, em ordem
descrescente 24, 31 e 33. Como podemos também observar através da
Figura 16 e da Tabela 8 desta mesma figura estes mesmos
comportamentos sequer aparecem citados pelas mulheres por ocasião da
segunda etapa e, por isso, aparecem na legenda mas não aparecem no
125
gráfico de barras. Dessa forma pode-se dizer ao analisarmos a Figura 16 e
a Tabela 8 que os comportamentos menos freqüentemente exibidos pelos
participantes da segunda etapa em relação aos(as) seus (suas) parceiros,
independentemente do sexo foram em ordem decrescente:
24 - Apresentar um(a) amigo(a) que o(a) participante beijou como
um(a) primo(a) para que o(a) parceiro(a) deste(desta) não pudessem
desconfiar desta farsa;
31 - O(a) participante falar que precisava viajar a trabalho somente
para ficar com uma outra pessoa que não fosse o(a) próprio(a)
parceiro(a) e que o(a) havia interessado fisicamente, amorosamente,
ou ainda, sentimentalmente;
33- Mentir que estava com a família, somente para ficar com uma outra
pessoa que não era os parceiros, pelos quais os participantes tenham
se interessado fisicamente, amorosamente, ou ainda,
sentimentalmente.
Para termos uma melhor visualização das ocorrências de infidelidade
da nossa amostra em relação aos seus atuais parceiros, por ocasião da
segunda etapa, tanto independentemente do sexo, bem como
separadamente por sexo, podemos recorrer às Figuras 17, 18 e 19.
126
Figura 17 - Total de ocorrências de infidelidade, independentemente do sexo, em relação
aos atuais parceiros (segunda etapa).
Como pode ser observado na Figura 17, os comportamentos de
infidelidade que mais ocorrem são os 1 e 2 com mais de 500 ocorrências.
Os comportamentos de infidelidade ocorrem com freqüência entre 241 e 7
são: 26, 8, 10, 16, 7, 3, 35, 34, 14, 6, 22, 4, 21, 12, 20, 9, 5, 17, 13, 19, 29,
15, 25 e 18. Os comportamentos de infidelidade 24, 27, 31, 33 e 11 não
foram mencionados por nenhum dos participantes. [Ver as descrições de
cada um destes tipos de infidelidade nos Anexos 12 e 13].
127
Figura 18 - Total de ocorrências de infidelidade, para o sexo feminino, em relação aos
atuais parceiros (segunda etapa).
Analisando a Figura 18, podemos dizer que as afirmações que mais
ocorrem são as 1 e 2 com mais de 50 ocorrências. As afirmações que
ocorrem com freqüência menor do que 10 são 5, 13, 20, 9, 19, 29, 23, 17,
25, 18, 22, 32, 28, 30 e 16. Os comportamentos de infidelidade 24, 27, 31,
33 e 11 tiveram freqüência zero. [Ver as descrições de cada um destes tipos
de infidelidade nos anexos 12 e 13].
128
Figura 19 - Total de ocorrências de infidelidade, para o sexo masculino, em relação às
atuais parceiras (segunda etapa).
Como pode ser observado na Figura 19, os comportamentos de
infidelidade que mais ocorrem são os 2 e 1 com mais de 1000
ocorrências. Os comportamentos de infidelidade que ocorrem com
freqüência entre 205 e 31 são 26, 8, 16, 10, 7, 3, 35, 22, 14, 3, 6, 34, 21,
4, 20, 9, 12, 5, 17, 19 e 13. [Ver as descrições de cada um destes tipos
de infidelidade nos anexos 12 e 13].
129
3.3.1.3.1 Como os pesquisados diferem em relação à infidelidade quanto ao
sexo?
Para verificar se existe associação entre as afirmações e o sexo,
aplicou-se novamente o teste não paramétrico Mann-Whitney (utilizou-se o
software MINITAB). Como se trabalhou com uma variável quantitativa
discreta, este teste foi apropriado. Este teste compara medianas de duas
populações.
Este conjunto de dados apresenta muitas respostas com valor zero, o
que inviabiliza a aplicação do teste paramétrico Qui-quadrado.
Considerando as hipóteses:
H
0
: não existe associação entre sexo e as freqüências de ocorrência dos
comportamentos de infidelidade;
H
1
: existe associação entre sexo e as freqüências de ocorrência dos
comportamentos de infidelidade;
Pode-se dizer com 95% de confiança que existe associação entre o
número de infidelidades e o sexo dos participantes, ou seja, o número de
ocorrências depende do sexo (aqui, a estatística do teste é W = 1496,5; p =
0.0001, isto é, pode-se rejeitar a hipótese H
0
, ao nível de 5% de
significância). Portanto, a hipótese H
0
foi rejeitada. Os homens tiveram um
número maior de infidelidades do que as mulheres que estavam namorando
atualmente, por ocasião da segunda etapa deste estudo.
130
3.4. O ciúme enquanto um possível aspecto projetivo, ou ainda, auto-
realizador para a infidelidade amorosa.
Muitas são as pessoas se questionam se os parceiros mais
ciumentos geralmente tendem a ser os mais traidores. Este estudo, também
procurou verificar a relação que existe entre o ciúme e a infidelidade e se o
ciúme estaria relacionado a um mecanismo mais projetivo de enfrentamento
do cotidiano do que a outros fatores, aos moldes do que a psicanálise
freudiana predizia.
Cotidianamente encontramos pessoas que projetam nos parceiros o
desejo inconsciente de trair. Procuram indícios de infidelidade no outro,
ruminando fantasias que eles mesmos constroem como possibilidades de
infidelidade. Transformam a vida de seu cônjuge em uma constante
instabilidade e insatisfação, levando-o a buscar alguém que lhe proporcione
mais satisfação amorosa.
Ao que parece, segundo os dados deste estudo, dado que:
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” e “Infidelidade III”,
independente do sexo foi r= 0,166; (p= 0,118; 90 gl, onde,
somente para relembrar, “Infidelidade III” é a freqüência de
infidelidade pelos parceiros de cada participante, por ocasião
da primeira etapa da coleta);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” e “Infidelidade IV”,
independente do sexo foi r= 0,248 (p= 0,018; 90 gl onde,
somente para relembrar, “Infidelidade IV” é a freqüência de
131
infidelidade pelos parceiros de cada participante, por ocasião
da segunda etapa da coleta);
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” e “Infidelidade III”,
independente do sexo foi r= 0,192 (p= 0,070; 90 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” e “Infidelidade IV”,
independente do sexo foi r= 0,207 (p= 0,050; 90 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (masculino) e
“Infidelidade I” (masculina), foi r= -0,35 (p= 0,020; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (masculino) e
“Infidelidade I” (feminina), foi r= 0,213 (p= 0,160; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (masculino) e
“Infidelidade II” (feminina), foi r= 0,299 (p= 0,046; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” (masculino) e
“Infidelidade II” (feminina), foi r= 0,280 (p= 0,063; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (feminino) e
“Infidelidade II” (masculina), foi r= 0,112 (p= 0,462; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (masculino) e
“Infidelidade II” (masculina), foi r= – 0,005 (p = 0,975; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (feminino) e
“Infidelidade I” (feminino), foi r= 0,09 (p= 0,53; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme I” (feminino) e
“Infidelidade II” (feminino), foi r= 0,112 (p= 0,464; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” (masculino) e
“Infidelidade II” (masculina), foi r= -0,006 (p= 0,098; 45 gl);
132
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” (feminino) e
“Infidelidade II” (feminino), foi r= 0,081 (p= 0,599; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” (masculino) e
“Infidelidade II” (feminina), foi r= 0,28 (p= 0,063; 45 gl);
A correlação entre as variáveis “Ciúme II” (feminino) e
“Infidelidade II” (masculina), foi r= 0,030 (p= 0,845; 45 gl).
3.5 Outros fatores que foram pesquisados em relação ao ciúme e a
infidelidade.
3.5.1 Notas físicas, Notas psicológicas, ciúme e infidelidade.
As pesquisas até o presente momento concentraram-se em
questionar os seus participantes sobre as percepções que os mesmos têm
de si mesmos e em relação aos seus parceiros, em relação aos seus
atributos físicos. Contudo, uma pessoa possui uma grande quantidade de
atributos físicos e psicológicos, por assim dizer. Dessa forma, um
desdobramento deste estudo também coletou dados sobre o que eu
denominei de “Notas Psicológicas (para si ou para o outro)” para vários
atributos da personalidade do parceiro e do próprio participante tal como
temperamento, que não estivesse relacionado a algum aspecto físico
propriamente dito. Pensando sobre uma possível associação entre as notas
(físicas
15
e psicológicas
16
) que as pessoas se atribuem e como avaliam seus
15
Portanto, “nota física” foi a notação empregada para caracterizar os participantes e seus
respectivos parceiros(as) de acordo com os atributos físicos (tais como altura, peso, entre
outros). A tarefa dos participantes para este item (itens 5 e 6 do Anexo 14) era opinarem
sobre si mesmos e sobre como percebiam os(as) próprios parceiros(as), atribuindo nota de
0 a 10, onde 0 era a nota mínima e 10 era a nota máxima.
133
parceiros, e os índices de ciúme e de infidelidade que expressam,
obtivemos as seguintes correlações:
Correlação entre as variáveis “Nota física para si” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r=
0,129; p= 0,23;
Correlação entre as variáveis “Nota física para si” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r= -
0,261; p= 0,01;
Correlação entre as variáveis “Nota psicológica para si” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r=
0,113; p= 0,29;
Correlação entre as variáveis “Nota psicológica para si” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r=
0,002; p= 0,99;
Correlação entre as variáveis “Nota física para o outro” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r=
0,141; p= 0,19;
Correlação entre as variáveis “Nota física para o outro” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r= -
0,077; p= 0,47;
16
Portanto, “Nota psicológica” foi uma notação empregada para caracterizar os
participantes e seus respectivos parceiros(as) de acordo com os atributo psicológicos (tais
como personalidade, temperamento, dentre outros). A tarefa dos participantes para este
item (itens 5 e 6 do Anexo 14) era opinarem sobre si mesmos e sobre como percebiam
os(as) próprios parceiros(as), atribuindo nota de 0 a 10, onde 0 era a nota mínima e 10 era
a nota máxima.
134
Correlação entre as variáveis “Nota psicológica para o outro” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r=
0,084; p= 0,43;
Correlação entre as variáveis “Nota psicológica para o outro” e
“Infidelidade dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r= -
0,125; p= 0,24;
Correlação entre as variáveis “Nota física para si” e “Ciúme
dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r= -0,034; p= 0,75;
Correlação entre as variáveis “Nota física para si” e “Ciúme
dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r= -0,037; p= 0,72;
Correlação entre as variáveis “Nota Psicológica para si” e
“Ciúme dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r= 0,111; p=
0,30;
Correlação entre as variáveis “Nota Psicológica para si” e
“Ciúme dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r= 0,073; p=
0,50;
Correlação entre as variáveis “Nota física para o outro” e
“Ciúme dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r= -0,217;
p= 0,04;
Correlação entre as variáveis “Nota física para o outro” e
“Ciúme dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r= -0,205;
p= 0,05;
Correlação entre as variáveis “Nota Psicológica para o outro” e
“Ciúme dos atuais parceiros na primeira etapa” foi r= -0,140;
p= 0,19;
135
Correlação entre as variáveis “Nota Psicológica para o outro” e
“Ciúme dos atuais parceiros na segunda etapa” foi r= -0,149;
p= 0,16.
3.5.2 O comprometimento amoroso em relação as variáveis deste estudo.
Vários pesquisadores concentram seus esforços para saber por que
algumas relações duram e outras não. Uma das respostas a esta questão
pode estar associada ao comprometimento, pois somente o amor não é
preditor de estabilidade para relacionamentos amorosos. Para Gottman &
Silver (1998) e Rusbult & Buunk (1993), os fatores que podem fazer um
relacionamento dar certo ou desintegrar-se estão longe de serem óbvios.
Este estudo também procurou verificar como o fator
comprometimento interagia com as demais variáveis testadas. Através da
entrevista com o pesquisador deste estudo (Anexo 14), as pessoas
poderiam reportar 3 graus diferentes de comprometimento afetivo segundo
seus próprios critérios.
Vejamos os resultados encontrados.
136
Figura 20 - Distribuição da variável “Comprometimento amoroso” para os dois sexos.
Legenda: 1 – representa o nível baixo de comprometimento declarado pelos respondentes.
2 – representa o nível médio de comprometimento declarado pelos respondentes.
3 – representa o nível alto de comprometimento declarado pelos respondentes
Através da entrevista com o pesquisador deste estudo (Anexo
14), as pessoas poderiam reportar 3 graus diferentes de comprometimento
afetivo segundo seus próprios critérios. Analisando a Figura 21, temos que
aproximadamente 52% (29% das mulheres e 23% dos homens) dos casais
pertencem à classe 3, ou seja, ao comprometimento 3 (alto). Pela mesma
figura podemos observar que 27% (13% das mulheres e 14% dos homens)
pertencem à classe 2, ou seja, ao comprometimento 2 (médio), e ainda,
podemos verificar também pela Figura 21 que 20% (8% das mulheres e
12% dos homens) pertencem à classe 1, ou seja, ao comprometimento 1
(baixo).
Então, procedeu-se a aplicação do teste correlacional de
Pearson, para verificar possíveis associações entre os graus de
comprometimento e os graus de ciúmes e graus de comprometimento e
freqüências de infidelidade. Então, obtiveram-se os seguintes dados:
137
Correlação entre “Comprometimento” e “Ciúme I” foi r= 0,06;
p= 0,56;
Correlação entre “Comprometimento” e “Ciúme II” foi r= 0,15;
p= 0,17;
Correlação entre “Comprometimento” e “Idade” foi r= 0,27; p=
0,01;
Correlação entre “Comprometimento” e “Infidelidade I” foi r=
0,11; p= 0,29;
Correlação entre “Comprometimento” e “Infidelidade II” foi r=
0,06; p= 0,56;
Correlação entre “Comprometimento” e “Infidelidade III” foi r=
0,05; p= 0,66;
Correlação entre “Comprometimento” e “Infidelidade IV” foi r= -
0,03; p= 0,79.
138
Discussão
IV- DISCUSSÃO
Neste terceiro milênio, muitas questões antigas estão cada vez mais
sendo discutidas e reavaliadas pela sociedade de forma dinâmica e suas
respostas exigem mudanças urgentes nos comportamentos da sociedade
em relação a alguns fenômenos com os quais as pessoas se deparam
desde a mais tenra infância. Um destes pontos a ser tematizados é o ciúme
em seus diversos graus e formas de expressão.
Um outro ponto questionado e constantemente reformulado é a
temática da infidelidade para os relacionamentos amorosos. Entre a
fidelidade e a liberdade, como questiona Beauvoir (1995) citada por
Goldenberg (2006), haveria uma conciliação possível? Percebemos que
também, a exemplo do ciúme, na infidelidade também há uma distância
entre discursos e comportamentos evidenciada por Goldenberg (2006).
Este estudo avaliou as associações entre ciúme e infidelidade, dentre outros
fatores que podem acarretar conseqüências positivas e negativas para os
relacionamentos amorosos.
Em relação ao ciúme pode-se verificar nesta pesquisa que se obteve
uma alta fidedignidade teste-reteste (r= 0.88). Em relação a nossa amostra,
a metodologia aplicada não permitiu discriminar se os ciúmes exibidos pelos
participantes estariam mais influenciados por forças situacionais ou
disposicionais. O que se pode inferir é que, algumas pessoas, segundo o
que aponta a literatura, é que o ciúme sofre a influência destes dois fatores
139
está a serviço da preservação dos relacionamentos amorosos (Bringle,
1981).
O ciúme na mulher apresenta-se como o medo de ser abandonada,
trocada por outra mulher. Seu maior desejo é ser amada e ser a única para
seu parceiro. Esta tendência estaria relacionada a padrões evolutivos do
comportamento (Buss, 2000; Fisher, 1995). Ela expressa seu ciúme de
forma mais clara e aberta. Quando é preterida, sente-se isolada, insegura,
com sentimentos de baixa auto-estima. Muitas vezes, ela, ao expressar
ciúme, deseja demonstrar quanto o seu amor é verdadeiro. O homem
manifesta seu ciúme pelo medo de perder o poder, o domínio. Quando
preterido, sente-se humilhado e fracassado em manter a posse. Ele receia
que o vejam como alguém inferior, desacreditado (Echeburúa & Femández-
Montalvo, 2001; Ferreira-Santos, 1998). A partir dos dados analisados,
pode-se afirmar que, para a nossa amostra, os sexos não diferem quanto à
exibição do ciúme em termos de intensidade. Este resultado se apóia em
outros como, por exemplo, em Ramos e Saraiva (2000) que evidenciam a
inexistência da diferença de ciúme entre os sexos. Contudo, o resultado do
presente estudo diverge da literatura encontrada como em García, Gómez &
Cantó (2001), Kebleris & Carvalho (2006), Sagarin & Guadagno (2004) e
Mullen & Martin (1994), somente para citar alguns estudos, que nos
apontam o sexo feminino como tendo mais ciúme do que o sexo masculino.
Porém, não há um consenso entre os autores acerca desta questão,
levando-se em consideração que diversos experimentos realizados por
diferentes autores obtiveram diferentes resultados. Há que se ressaltar que
o mito social pode nos encaminhar para o pensamento de que as mulheres
140
seriam mais ciumentas que os homens. Todavia, este julgamento talvez
resulte de uma falsa interpretação dos fatos. Somente para ilustrar, crimes
passionais cometidos por mulheres ciumentas atraem muita atenção da
sociedade. Isso pode sugerir que as mulheres estariam mais sujeitas aos
desatinos do ciúme. Contudo, na realidade, se verificarmos a verdadeira
incidência de homicídios cometidos por ciúme, observaremos que a minoria
são cometidos por mulheres. Também, um outro pensamento a favor de que
as mulheres têm mais razões reais de ciúme é a idéia de que os homens
são notoriamente infiéis. Em um outro estudo, André e Lelord (2002)
apontam que os homens são mais ciumentos, sobretudo, da segurança e da
determinação dos adversários, mais do que o aspecto físico, enquanto que
as mulheres olham e competem contra o aspecto físico e suas rivais.
Especificamente em relação à infidelidade, pode-se observar que
para as três análises estatísticas realizadas (infidelidade com ex-parceiros
em função do sexo, infidelidade com atuais parceiros em sua primeira etapa
em função do sexo, e infidelidade com atuais parceiros em sua segunda
etapa em função do sexo), os homens traem mais do que as mulheres
(teste W = 894,5, p< 0.0001; teste W = 826,0, p< 0.0001; teste W = 1496,5;
p= 0.0001). Estes resultados são consistentes com a literatura que aponta
que o maior fator preditor para a infidelidade ainda é o gênero, e mais
especificamente para os autores Abdo, Moreira Jr. & Fittipaldi, (2000) e
Goldenberg (2006). Contudo, é provável que em um futuro próximo esta
preponderância masculina se altere devido à transformação do papel
feminino. Antigamente, somente aos homens era conferido o direito de ser
infiel, de tal forma que eles poderiam ter amantes e concubinas e as
141
mulheres tinham que fingir que nada estava acontecendo. Atualmente, com
uma maior independência feminina, estas incidências de infidelidade podem
se equiparar ou mesmo superar as taxas de infidelidades masculinas.
Quando se considera as infidelidades independentemente dos sexo
dos participantes da pesquisa, verifica-se que alguns comportamentos de
infidelidade têm o mesmo “grau” de ocorrências nas três etapas da
pesquisa. Por exemplo, as afirmações 1
17
, 2
18
e 26
19
estão entre as 4 de
maior ocorrência em todos estes casos.
Como vimos anteriormente, muitos são os motivos e as
conseqüências para aqueles que decidem engajar-se em comportamentos
infiéis. Assim, pode-se observar pela presente pesquisa que, ao menos por
ocasião da segunda etapa, a infidelidade masculina está correlacionada
com a infidelidade feminina, ainda que de forma leve (r= 0,364; 45 gl; p=
0,014). Dessa forma, podemos pensar que alguns daqueles que se engajam
em comportamentos de infidelidade estão associados a parceiros(as) que
também têm motivações próprias para se engajarem em comportamentos
infiéis. Ou ainda há a possibilidade de parceiros que têm tendência a trair,
selecionar outros com esta mesma tendência. Outras possíveis causas
para isso seriam a diminuição da veracidade entre os próprios parceiros, e
a tendência que as pessoas têm de retaliarem o parceiro quando
17
Manter contatos virtuais como, por exemplo: bater papo em chats, receber e-mails por
meio de sites de namoros, mensagens on-line etc, com outra pessoa que não seja o(a)
atual parceiro(a).
18
Ter pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não sejam(m) o(a) atual parceiro(a), tais
como estar beijando tal pessoa, ouvir/dizer frases de conotação amorosa, ou mesmo de
natureza sexual.
19
Permitir-se ser paquerado por outra pessoa, que lhe atraísse fisicamente, amorosamente
ou sentimentalmente e que não seja o(a) próprio(a) parceiro(a), e mesmo assim, não deixar
com que o(a) próprio(a) parceiro(a) tome conhecimento de que isso aconteceu.
142
descobrem a infidelidade, e daí conseqüentemente praticarem a
infidelidade.
Pode-se verificar pela presente pesquisa que os escores de ciúme da
primeira etapa estão correlacionados aos escores da infidelidade pelos
parceiros por ocasião da segunda etapa (r= 0,248; 90 gl; p= 0,018). Assim,
pode-se pensar que quanto maior o ciúme de cada um(a) dos(as)
participantes, maior a chance deste(a) ser traída por seus(suas)
parceiros(as). Inicialmente, foi hipotetisado nesta pesquisa que o ciúme, em
graus elevados, de um parceiro estivesse relacionado ao aumento do
engajamento do número de infidelidades do outro parceiro, conforme
preconizado pela teoria da profecia de auto-realização em relação à
infidelidade do outro parceiro. Então, as pessoas não seriam inertes aos
encontros amorosos interpessoais e também não estariam ilesas as
expectativas ciumentas dos próprios parceiros. O outro teria a propriedade
de modelar o nosso comportamento em uma situação amorosa interpessoal.
Caso fosse confirmada a hipótese da profecia auto-realizadora, na segunda
etapa, esperar-se-ia encontrar uma quantidade significativamente mais
elevada de infidelidades por parte dos parceiros dos participantes mais
ciumentos, ou ainda, que este casal prejudicado pelo ciúme excessivo
tivesse se separado. Por meio de um raciocínio análogo, o autor deste
trabalho pressupôs que se o ciúme, em graus diminutos, de um parceiro
estivesse relacionado a uma redução no número dos comportamentos
relacionados à infidelidade emitidos pelo outro, por ocasião da segunda
etapa, ou ainda, o casal se mantivesse unido.
143
Desta forma, os resultados desta pesquisa sugerem que o ciúme,
está associado à infidelidade amorosa tal como seria predito pela profecia
auto-realizadora (Rosenthal & Jacobson, 1966; 1968; 1982). Outra hipótese
é que aqueles que têm mais ciúmes leram antecipadamente os indícios de
que o parceiro tinha propensões para a infidelidade. Algumas pessoas ainda
podem questionar estes achados, alegando de que o instrumento
empregado para esta pesquisa poderia ter um efeito reativo (ou de
interação) entre a testagem e a variável experimental como nos colocam
Campbell & Stanley (1979). Segundo este raciocínio, o pré-teste poderia ter
influenciado a sensibilidade, ou ainda, a capacidade de induzir vigilância dos
parceiros dos participantes em relação à variável experimental, o que
tornaria cada um dos participantes mais atentos às infidelidades que
estavam em andamento e isso, comprometeria a validade interna do
instrumento. Contudo, colocamos alguns argumentos que rebatam este
questionamento. Primeiramente, se por um lado, o instrumento empregado
nesta pesquisa tivesse induzido o comportamento de vigilância em cada
participante, por outro lado, ele provavelmente deveria ter tido o mesmo
efeito para que cada parceiro que estivesse engajado ou pensando em trair
os parceiros escondesse ainda mais a própria infidelidade, ou mesmo
traísse menos. Um outro fator muito importante é que a infidelidade do
parceiro, embora possa sofrer algumas distorções, em termos numéricos, foi
relatada pelos próprios perpetradores da infidelidade. Dessa forma, ela não
é fruto da percepção dos parceiros, e sim, provavelmente, induzida por
estes. Evidencia-se ainda, que certamente acreditamos que todos os
instrumentos, em algum grau influenciam o comportamento dos
144
pesquisandos de forma que não há um teste perfeito que não interfira com
os resultados da pesquisa. Todavia, todos os cuidados possíveis foram
tomados com vistas a possibilitar a redução deste viés experimental, tal
como o sigilo das informações obtidas, o anonimato dos participantes, a
coleta em salas, ou ainda, em momentos separados, dentre outras medidas.
Contudo, se o ciúme é um agente da profecia auto-realizadora da
infidelidade, ainda que de forma fraca, e independentemente do sexo,
alguns questionamentos permanecem em aberto tais como: podemos dizer
que os homens têm sido mais infiéis ao longo do tempo (ou pelo menos os
da nossa amostra), porque eles tiveram o seu comportamento infiel induzido
por suas parceiras? Supondo que se as mulheres, da presente pesquisa,
fossem menos ciumentas que os homens, esperariar-se-ia que os homens
fossem mais traidores? O ciúme ao longo da história foi apontado como um
dos melhores mecanismos a serviço da preservação e da manutenção para
os relacionamentos amorosos. Com os dados da presente pesquisa o ciúme
adquire uma nova perspectiva onde ele, dependendo de sua dosagem,
pode acarretar conseqüências negativas para os relacionamentos
amorosos. Logo, qual é a dosagem ideal de ciúme para que este possa se
ocupar de zelar pelos relacionamentos amorosos sem, no entanto,
prejudicá-los? A etologia prediz que os homens são mais propensos a se
engajar em comportamentos infiéis.
Esta pesquisa também se ocupou de procurar possíveis associações
entre o ciúme e a própria infidelidade como predizia a teoria freudiana de
um ciúme de natureza projetiva. Dessa forma, pudemos observar que, ao
menos para o sexo masculino, os escores de ciúme (na primeira etapa)
145
estão correlacionados de forma fraca e negativamente com os escores da
infidelidade de cada um dos participantes (para a etapa inicial) (r= -0,35;
p<0,05). Entretanto, não observamos qualquer associação entre os escores
de ciúme feminino (primeira e segunda etapa) e os escores de infidelidade
das próprias participantes, em ambas as etapas desta pesquisa. Logo, estes
dados refutam o que postulava a teoria freudiana acerca da natureza do
ciúme projetivo para os homens e para as mulheres de nossa amostra
(Freud, 1922/ 1976). Em outras palavras, o ciúme das mulheres está
positivamente associado às infidelidades dos próprios parceiros, contudo
não está com suas próprias infidelidades. Entretanto, o ciúme dos homens
está positivamente associado com infidelidade das mulheres, e
inversamente associado com suas próprias infidelidades.
Ainda, em relação à infidelidade, muitas pesquisas têm sido
conduzidas com o fito de tentar descobrir por que as pessoas traem umas
as outras nos relacionamentos amorosos (por exemplo, Brown, 1991; Glass
& Wright, 1992; Lawson, 1998; Lusterman, 1998). A concepção de Viscott
(1996) de infidelidade não se restringe somente a comportamentos sexuais
realizados, mas é um conceito muito mais abrangente e se relaciona com o
desejo, com o propósito e começa quando uma simples idéia foi posta em
ação, por mais simples que esta seja. Dessa forma, o conceito de
infidelidade amorosa pode representar muitas ações e situações distintas,
sempre relacionadas ao fato de que a relação amorosa foi lesada pelo
rompimento do compromisso de exclusividade. Esta concepção se aplica à
infidelidade através da internet onde as pessoas podem se comunicar
virtualmente com rapidez, e também podem se envolver com outra pessoa
146
com tanta intimidade como se estivessem ao vivo. Então, as pessoas que
podem se engajar em infidelidades através da rede internet (por exemplo,
através dos chats ou e-mail), através de mensagens acionadas pelo celular,
pelo pager, etc. A literatura nesta área relata que o item 2 do questionário
sobre infidelidade usado na presente pesquisa: “Manter contatos virtuais
como, por exemplo: bater papo em chats, receber e-mails por meio de sites
de namoros, mensagens on-line etc, com outra pessoa que não seja
seu(sua) atual parceiro(a)” indica que a rede internet é um importante meio
que propicia a infidelidade (Atkins, Baucom & Jacobson, 2001; Barnes,
2006). Pode-se inferir que a rede internet aumenta as oportunidades que as
pessoas têm de se engajarem em comportamentos amorosos infiéis e
dependendo da força da motivação de cada um e de outros fatores como,
por exemplo, o andamento do relacionamento amoroso atual, que as
pessoas consumem, de fato, suas infidelidades.
Em relação ao primeiro item do questionário sobre infidelidade
utilizado nesta pesquisa, o qual apresentou uma das maiores ocorrências da
amostra, alguns poderão argumentar que se tratam de meros pensamentos
e não atos consumados, mas ao partirmos da concepção de Viscott (1996),
e de outros autores (por exemplo, Broderick, 1979, percebemos que um dos
pontos críticos para a infidelidade é que os perpetradores da infidelidade,
ainda quando estão em um estágio simplesmente cognitivo, como por
exemplo, ao nível do pensamento, algumas vezes dão seqüência aos seus
pensamentos e têm uma disposição de assim, seguir adiante. É bastante
comum surgir outras dúvidas pertinentes: qual é o limite para nossos
pensamentos infiéis? Até onde se pode fantasiar? Embora seja, muito
147
coerente tal questionamento, não existe uma única resposta que contemple
todos os casos. Quando falamos sobre limites, é fundamental que cada
casal converse sobre os seus, pois esta é uma medida muito pessoal. O
desejável em um relacionamento amoroso seria que ambas as partes
tivessem um entrosamento adequado que lhes permitisse discutir sobre
seus pensamentos e fantasias, e assim, promover mutuamente uma maior
liberdade de expressão e não provocar a insegurança no outro e transpor a
barreira de uma desnecessária infidelidade.
Os resultados da presente pesquisa confirmam a concepção de
Ahrndt (2005) que as mulheres cometem mais infidelidades emocionais do
que os homens tais como aquelas relatadas nos itens “1”, “2” o questionário
que foi utilizado. Ainda segundo a concepção de Ahrndt (2005), em relação
ao universo masculino desta amostra, percebemos que alguns itens como
os “6”, “11”, “15”, “19”, “29” e “35”, embora não tenham sido muito citados
pelos participantes, são itens cujos conteúdos semânticos estão diretamente
relacionado com uma infidelidade sexual em potencial e tenham sido mais
citados pelos participantes do sexo feminino. A partir disso se evidencia
que, tal como aponta a literatura desta área, as mulheres estão mais
propensas a se engajarem em comportamentos relacionados à infidelidade,
sobretudo, quando são de natureza emocional, enquanto que os homens
estão mais propensos a se engajarem em comportamentos relacionados à
infidelidade, sobretudo, quando são de natureza sexual (Buss, 2000; Glass
& Wright, 1985 e Thompson 1984, dentre outros).
148
Os comportamentos não mencionados pelos participantes, como
por ocasião da segunda etapa, como as afirmações 11
20
, 24
21
, 27
22
, 31
23
e
33
24
não necessitam ser incluídos em um futuro estudo devido a sua
ocorrência nula. Somando-se todas as infidelidades mencionadas pelos
participantes, aquela descritas nas questões 24, 31 e 33 estão entre
aquelas de menor ocorrência.
Um dos resultados mais robustos na literatura desta área é que os
homens são muito mais propensos que as mulheres para se engajarem em
comportamento relacionados à infidelidade (Hansen, 1987; Wiederman &
Hurd, 1999; dentre outros). Os presentes resultados também apoiam este
achado geral: neste estudo os homens informaram um maior e mais
significativo número de comportamentos relativos à infidelidade do que as
mulheres.
Como verificado na presente pesquisa, o ciúme e a infidelidade têm
diferentes manifestações. Observa-se isso por meio da grande quantidade
de comportamentos de ciúmes e de infidelidade admitidos pelos
participantes que responderam os questionários sobre o ciúme e sobre a
infidelidade. As incidências dos tipos e manifestações do ciúme e da
infidelidade também variaram bastantes indo de zero até 2108 ocorrências.
20
Ficar com uma outra pessoa, numa mesma noite, enquanto esta e o(a) atual parceiro(a),
estivavam junto em um barzinho ou danceteria.
21
Apresentar um(a) amigo(a) que beijava como se fosse um(a) primo(a) para que o(a)
meu(minha) parceiro(a) não pudesse desconfiar disso.
22
Simular uma briga com o(a) próprio(a) parceiro(a), ou ainda, pedir um tempo para
somente para poder ficar com uma outra pessoa que não seja o(a) próprio(a) parceiro(a).
23
Falar que precisava viajar a trabalho somente para ficar com uma pessoa que não seja
o(a) meu(minha) próprio(a) parceiro(a) e que despertasse interesse físico, amoroso, ou
ainda, sentimental.
24
Mentir que estava com a própria família, e não fazer isso, somente para ficar com uma
pessoa que não era o(a) próprio(a) parceiro(a) e que despertasse interesse físico, amoroso,
ou ainda, sentimental.
149
Também podemos observar que encontramos uma grande variação
nos graus de ciúme para as duas etapas da pesquisa. Isso confirma a
literatura como a de Breit, Im e Wilner (1983) que afirmam que cada pessoa
apresenta uma suscetibilidade própria para o ciúme, fundamentada em fatos
de sua experiência anterior que geraram a autoconfiança e sentimentos e
valores. Estes resultados também sugerem que as pessoas
idiossincraticamente apresentam suscetibilidades características para se
engajarem em comportamentos relacionados à infidelidade.
A literatura científica tenta explicar como fatores relacionados à
desejabilidade afetam os graus de ciúmes dos parceiros, isto é, quando
pessoas são mais atrativas que seus parceiros, elas têm mais chances de
evocarem ciúmes. Muitos autores descobriram que o parceiro mais
desejável do casal seria o mais propenso a se desgarrar (Buss, 2000; Hill,
Rubin & Peplau, 1976; Hatfield, Traupmann & Walster, 1979; Kenrick &
Keefe, 1992; Thiessen & Gregg, 1980; Walster, Traupmann & Walster,
1978; Walster, Walster & Berscheid, 1978). Além disso, quanto mais
semelhantes as diversas características de cada membro do casal, menores
a chance de que os mesmos se separassem, e conseqüentemente,
experimentassem as seqüelas decorrentes causados pelo processo da
separação (Fischer, 2006; Vincent, 2005).
As pesquisas até o presente momento concentraram-se em
questionar os seus participantes sobre as percepções que eles têm dos
seus próprios atributos físicos. Na presente pesquisa só foram encontradas
as seguintes relações estatisticamente significativas envolvendo a atração
física: entre a Nota física para si” e “Infidelidade dos atuais parceiros” na
150
segunda etapa da pesquisa (r= -0,261; p= 0,01), “Nota física para o outro” e
“Ciúme dos atuais parceiros na primeira etapa” (r= -0,217; p= 0,04) e “Nota
física para o outro” e “Ciúme dos atuais parceiros na segunda etapa” (r= -
0,205; p= 0,05). Todas estas correlações fracas e negativas, com isso, pode
se sugerir que:
(1) A auto-atribuição das notas de atração física está
inversamente correlacionada com os escores de
infidelidade dos parceiros, isto é, há uma tendência, ainda
que fraca, de quanto maior cada participante se auto-
atribuir um escore “Boa nota física para si” menor será o
número de comportamentos relacionados à infidelidade de
seu(sua) parceiro(a), ao menos, por ocasião da segunda
coleta de dados desta pesquisa. Estes dados corroboram o
que é citado na literatura desta área (Buss, 2000). Talvez,
podemos inferir que o(a) parceiro(a) que se auto-atribui
notas mais altas, é também percebido pelo(a) próprio(a)
parceira como bem desejável, e neste caso, isso per se
diminuiria as chances de um parceiro trair o outro. Esta
inferência está de acordo com a posição da teoria
etológica que postula que um dos principais fatores que
motivam a infidelidade entre parceiro é a busca de
parceiros e de genes melhores com vistas à um
aperfeiçoamento e a preservação do próprio material
genético por meio da prole gerada por aquele casal (Buss,
2000);
151
(2) Os escores “Nota física para o outro”, que cada um dos
participantes atribuem para seus(suas) parceiros(as)“,
estão inversamente correlacionados com os escores de
ciúme de cada participante, para ambas as etapas desta
pesquisa. Em outras palavras, há uma tendência, ainda
que fraca, de quanto maior cada participante atribuir para
seu(sua) parceiro(a) uma maior nota, menor será o escore
de ciúme, para ambas as etapas desta pesquisa. Este
dado contradiz a literatura padrão (e.g. Buss, 2000) e os
resultados que foram encontrados até então, levando-se
em consideração que costuma-se presumir que as
pessoas que têm mais ciúme consideram que seus
parceiros são mais desejáveis do que eles mesmos. Desta
forma, seria esperado que os participantes que avaliassem
parceiros como sendo mais desejáveis do que estes
tivessem escores maiores de ciúme, contudo, isso não foi
observado para esta amostra.
(3) O conjunto de dados acima sugerem que não existe
nenhuma correlação significativa para as variáveis “Nota
Psicológica” (tanto em relação a si mesmo, como em
relação ao parceiro, com as demais variáveis, seja na
primeira, ou mesmo, na segunda etapa, listadas
anteriormente). Dessa forma, nada pode se concluir com
relação àqueles que se auto-atribuem notas superiores ou
inferiores conquanto os critérios adotados sejam os fatores
152
psicológicos, em relação aos parceiros e em relação ao
ciúme, ou mesmo no que diz respeito à infidelidade.
Ressalta-se que não há literatura de referência para
contrastar com este dado levando-se em consideração que
a totalidade das pesquisas se enveredou por pesquisar os
a desejabilidade dos fatores físicos em relação a outros
aspectos tal como a infidelidade, por exemplo.
No que diz respeito à questão do comprometimento, antes de
realizarmos os devidos testes estatísticos pensava-se que parceiros com
uma maior idade, teriam aumentado o seu grau de comprometimento nos
relacionamentos amorosos e isso poderia estar relacionado de alguma
forma à infidelidade, onde provavelmente seriam encontrados valores mais
baixos de comportamentos relacionados à infidelidade para parceiros mais
velhos. Como visto, esta hipótese foi confirmada e, de todas as possíveis
associações existentes, somente há uma pequena associação linear
positiva entre os escores das variáveis “Comprometimento” e “Idade” dos
participantes (r= 0,27; p< 0,01). Em outras palavras, pode-se dizer que há
uma tendência, ainda que pequena, para cada participante que quanto
maior a idade dos participantes maior seja o grau de comprometimento dos
mesmos. Uma possível explicação para isso é conforme passa o tempo e as
pessoas envelhecem, elas procuram investir mais em relacionamentos
amorosos e assumir compromissos afetivos com seus parceiros. Embora,
apenas esta associação tenha sido encontrada é importante evidenciar que
muitos são os fatores envolvidos tanto na permanência dos parceiros numa
153
relação, bem como no rompimento da mesma (Branden, 1998; Lemos,
1994; Rodrigues, Assmar & Jablonski, 1999; Rabin & Lagowshi, 2002;
Viscott, 1996).
154
Conclusão
V - CONCLUSÃO
O propósito do presente estudo foi determinar as possíveis relações
existentes entre os comportamentos de infidelidade e os escores de ciúme.
Ao se tratar da temática da infidelidade amorosa, muitos direcionam seus
olhares para o ‘traidor’ e vitimizam o ‘traído’. Não se pretendeu, com este
trabalho, determinar relações de causa e efeito entre essas duas variáveis,
ou ainda, arranjar uma justificativa plausível para as infidelidades, muito
menos deslocar qualquer culpa da infidelidade para o traído, mas averiguar
as possíveis contribuições de cada uma das partes da díade amorosa para
compor a configuração final do quadro da infidelidade.
Os presentes resultados apoiaram algumas das hipóteses iniciais e
foram consistentes com pesquisas anteriores embora tenha refutado outras,
tais como serão apontadas a seguir.
O amor não parece ser um produto contemporâneo cultural criado por
românticos poetas, ao contrário do que algumas pessoas possam pensar. O
amor é um sistema complexo de pensamentos, sentimentos e
comportamentos que está relacionado com o bem-estar do ser humano e
está presente em todas as culturas que se conhecem. Instalado e
selecionado pela evolução genética está a serviço da manutenção da vida e
da perpetuação das espécies. Ele constantemente sofreu ameaças,
relacionadas ao fato de que um dos parceiros possa potencialmente ser
atraído por outro bem mais significativo para aquele quer trair. Então, a fim
155
de se evitar o desvio de recursos valiosos na forma de uma possível
infidelidade, a natureza lançou mão de um outro recurso para ajudar na
permanência dos parceiros nos relacionamentos amorosos nos quais eles
estão inseridos. Este mecanismo é chamado de ciúme romântico.
É comum para as pessoas, em algum momento da vida, buscar um
parceiro com quem possam compartilhar afetividade, alegria, prazer,
companheirismo, sexo, dentre outros aspectos. Acontece que quando as
pessoas aderem a relacionamentos amorosos e esta busca persiste através
de infidelidades, esta pode causar grandes prejuízos, muitas vezes, para
todos os envolvidos e para parentes e amigos que acompanham esta
situação. Provavelmente por isso, o ciúme romântico tenha sido um
mecanismo selecionado positivamente para precaver os relacionamentos
amorosos dos malefícios de uma eventual infidelidade.
Embora seja possível que este mecanismo tenha sido selecionado
para garantir as parcerias constituídas, muitos dos excessos de ciúme,
sobretudo, quando relacionados à violência verbal ou física, acabam por
complicar, em vez de facilitar os relacionamentos amorosos em andamento.
Dessa forma, o ciúme romântico e a infidelidade amorosa não somente são
dois importantes temas que afetam vários relacionamentos humanos, bem
como um desafio para muitos destes. Vimos nesta pesquisa, a partir dos
dados analisados, que os sexos não diferem quanto a exibição do ciúme em
termos de intensidade.
Um outro aspecto, que merece ser destacado, relaciona-se com o
fato de haver uma variedade de teorias e estudos que tentam compreender,
de forma isolada, as dinâmicas do ciúme romântico e da infidelidade
156
amorosa. Se por um lado isso permite uma visão holística destas temáticas,
por outro, dificulta a sua compreensão de cada uma delas, uma vez que não
há um quadro teórico unificado que abarque as interações e
desdobramentos destes dois fenômenos para os relacionamentos
amorosos, quaisquer que estes sejam. Há, sim, vários modelos e vários
estudos que, muitas vezes, remetem para resultados diversos, ou mesmo
contraditórios, como vimos na Introdução deste trabalho. Este fato parece
estar relacionado com dificuldades na seleção das amostras, metodologias
utilizadas na coleta dos dados e no seu tratamento. Ao mesmo tempo não
existe um quadro teórico subjacente que seja minimamente consensual
entre os diversos investigadores que se têm dedicado a estas áreas.
Os temas ciúme e infidelidade se mostram de grande importância
enquanto área de estudo, já que diferentes pesquisas os colocam como
fatores de motivação em casos de homicídios, violência doméstica e outros
contextos de agressão física e verbal (Billai & Kraya, 2000; Mullen & Maack,
1985). Embora muitas pessoas sejam concordes com o pensamento de
Costa (1998), o qual expressa que quem não quiser sofrer deveria desistir
de amar, é necessário aprendermos a relativizar tal crença implícita de que
o amor seja um privilégio para poucos, ou ainda, que este seja um
fenômeno que mais origine sofrimentos do que os mitigue. Importa ainda
dizer que as expectativas do indivíduo face à relação conjugal influenciam
fortemente a forma como este vivencia a relação e vem a perceber os
comportamentos dos parceiros.
157
Evidencia-se ainda que acreditamos que outros fatores componham a
configuração final do quadro das infidelidades que não somente o ciúme
relacionado ao fenômeno da profecia auto realizadora da infidelidade.
Ainda pouco se conhece a respeito de quais tipos de parceiros são
mais suscetíveis à infidelidade, mas este estudo permitiu, dentro de seus
referenciais, identificar e discutir um pouco mais sobre alguns fatores que a
promovem, algo que era muito pouco tratado pela literatura acadêmica até
então. Ao analisarmos os 35 comportamentos relacionados à infidelidade,
podemos concluir que, como aponta a literatura, homens e mulheres são
geralmente propensos a se engajar em formas diferentes de infidelidade. As
mulheres, sobretudo, quando mais insatisfeitas com seus parceiros,
buscarão por aventuras emocionais e os homens buscarão aventuras
extradiádicas, sobremaneira de natureza sexual. Dessa forma, acredito que
o presente estudo contribui para uma melhor compreensão da dinâmica
interpessoal amorosa principalmente referente a estes dois temas.
Como qualquer outro estudo, este também apresenta limitações.
Como mencionado por Buss e Shackelford (1997), pode haver a
possibilidade de encontrarmos indivíduos que tenham uma alta propensão
para a infidelidade, mas, por fatores como falta de oportunidade é possível
que nunca venham a se engajar em tais comportamentos. Finalmente, é
provável que, por diversos motivos, a amostra selecionada não seja
representativa da população geral, comprometendo assim, o valor da
validade externa dos resultados e/ou somente possa ser generalizada para
relacionamentos similares aos dos participantes desta amostra.
158
Enfim, embora essa pesquisa não tenha a pretensão de esgotar o
assunto ou de resolver a questão sobre as possíveis relações que podem
haver entre ciúme romântico e a infidelidade amorosa, salienta-se o quão
gratificante foi a elaboração deste trabalho, pois permitiu-nos caminharmos
mais alguns passos nas sendas do relacionamento amoroso. A principal
conclusão é que o presente estudo contribui para outros estudos com o
“Inventário de Comportamentos Relacionados à Infidelidade” que é útil para
medir a freqüência de ocorrência de comportamentos amorosos infiéis. Esta
abordagem permitiu tomar consciência da complexidade deste domínio de
intervenção e da necessidade de desenvolver investigações,
particularmente no nosso país, rumo à compreensão dos fatores associados
ao relacionamento amoroso, o que permitirá desenvolver intervenções e
para melhor respondermos às necessidades e problemas relativos à
parceria amorosa. Assim, espero que este trabalho também possa propiciar
a abertura de novas janelas de investigação para novas frentes que
abarquem estas temáticas.
159
Refererências
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173
Anexos
VII – ANEXOS
1-) Carta de apresentação aos alunos participantes da pesquisa.
2-) Termo de Consentimento livre e esclarecido.
3-) Instruções para a aplicação on-line (primeira etapa).
4-) Instruções para a aplicação on-line (segunda etapa).
5-) Escala de Ciúme Romântico (ECR) - Versão Masculina.
6-) Escala de Ciúme Romântico (ECR) – Versão Feminina.
7-) Questionário das perguntas que foram encaminhadas para a
validação.
8-) Inventário de comportamentos relacionados à infidelidade –
Versão ex-parceira - Masculino (primeira etapa).
9-) Inventário de comportamentos relacionados à infidelidade –
Versão ex-parceiro - Feminino (primeira etapa).
10-) Inventário de comportamentos relacionados à infidelidade –
Versão atual parceiro - Feminino (primeira etapa).
11-) Inventário de comportamentos relacionados à infidelidade
– Versão atual parceira - Masculino (primeira etapa).
12-) Pesquisa a respeito do ciúme – Versão atual parceiro -
Feminino (segunda etapa).
13-) Pesquisa a respeito do ciúme – Versão atual parceira -
Masculino (segunda etapa).
14-) Perfil do entrevistado da pesquisa (entrevista com o
pesquisador).
174
Anexo 1 - Carta de apresentação aos alunos
participantes da pesquisa.
175
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o de Psicologia
Departamento de Psicologia Experimental
Carta de Apresentação
Caro(a) participante,
Meu nome é Thiago de Almeida, psicólogo regularmente
matriculado no curso de Pós-Graduação em Psicologia na Universidade de
São Paulo, sob a orientação do Prof. Dr. Ailton Amélio da Silva. Necessito
desenvolver um projeto de pesquisa como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Mestre.
Assim, para a realização desta pesquisa, solicito a sua imprescindível
colaboração para responder as questões dos instrumentos que você tiver
contato.
Informo que os resultados desta pesquisa podem ser publicados,
sendo ou não favoráveis às suas hipóteses originais. Salienta-se, também,
que ficará resguardada a identidade de cada participante e o conteúdo das
informações coletadas, de forma a conduzir o mais eticamente possível tal
experimento.
Desde já, agradeço sua disponibilidade e coloco-me à sua disposição
para os esclarecimentos que se fizerem necessários.
Cordialmente,
______________________
Thiago de Almeida (CRP 06/75185)
176
Anexo 2 – Termo de consentimento livre e esclarecido.
177
Termo de consentimento livre-esclarecido.
Esta pesquisa, que consta de uma ou mais sessões, convenientes ao
pesquisador e aos participantes da pesquisa, aplicará testes individuais com
cada um dos participantes, tem por objetivo a coleta de algumas
informações sobre os relacionamentos amorosos e identificar as possíveis
relações envolvidas com os dados encontrados na literatura que estuda este
tema. Um benefício previsto é a possibilidade de se auto conhecer mais e
avaliar o andamento do relacionamento amoroso que se está vivenciando,
ou no momento da aplicação, vivenciados, além de acumular um corpo de
conhecimentos que possa vir a ajudar muitas outras pessoas. È pertinente
salientar que se considera toda pesquisa envolvendo seres humanos está
sujeita a riscos, contudo, evidencio, também, o fato que esta pesquisa foi
planejada de modo a existir um mínimo de possibilidade de ocorrência de
quaisquer danos à dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social,
cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e
dela decorrente, e a otimizar os benefícios previstos, ainda que não
totalmente aqui explicitados. Assim, os riscos decorrentes da pesquisa se
justificam por meio da importância dos benefícios esperados. Neste sentido,
o risco envolvido aos participantes, imediato ou tardio, que aderirem ao
experimento é mínimo e inferior ao previsto de acordo com a resolução
196/96. Mesmo assim, fica garantido a todos os que quiserem participar,
sob qualquer circunstância, abandonar o projeto e desistirem do mesmo tão
logo se sintam, de alguma, forma constrangidos e que considerarem
lesados, sob quaisquer aspectos, sua integridade e dignidade. Por meio
desta orientação, fica também, assegurado aos participantes da pesquisa, e
aos seus responsáveis legais, as condições de acompanhamento,
tratamento ou de orientação, conforme o caso, levando-se em consideração
que, tal processo será integralmente realizado pelo próprio pesquisador. E
os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano
previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação,
além do direito à assistência integral, têm direito à indenização, não
havendo quaisquer ressalvas que afastem essa responsabilidade ou que
implique ao participante da pesquisa abrir mão de seus direitos legais,
incluindo o direito de procurar obter indenização por danos eventuais.
Desde já agradeço pela sua imprescindível colaboração e tempo
dispensados.
Thiago de Almeida
(Psicólogo: CRP 06/75185).
178
Algumas considerações iniciais
1. Não é necessário colocar o nome, basta apenas identificar-se, por
exemplo, com uma letra, apelido, nome fictício, etc.
2. Não há respostas certas ou erradas. O resultado será mais ou menos
verdadeiro de acordo com o grau de sinceridade que cada um utilizar
ao responder as questões que lhe forem destinadas. Por isso, leia
com atenção cada item e não os deixe sem resposta.
3. As informações aqui obtidas destinam-se apenas para fins
acadêmicos e científicos, e serão mantidas no mais absoluto sigilo
(inclusive a salvo dos próprios parceiros, no caso de se precisar
coletar os dados dos parceiros amorosos), ou seja, são de caráter
estritamente confidencial. Portanto, esteja livre para responder de
acordo com as suas próprias opiniões, pois estará preservada sua
identidade, bem como o conteúdo de suas respostas.
4. Deixa-se claro que nenhuma das perguntas que você entrará em
contato tem caráter constrangedor ou de alguma forma ofensivo.
Mesmo assim, você estará livre para abandonar o experimento a
qualquer momento, sem inclusive se justificar.
5. Por favor, faça uma revisão ao terminar.
6. Ao término da análise das informações que serão obtidas você tem o
direito de saber, se acaso isto lhe interessar, como ficou este trabalho
final.
7. Não serão feitas devolutivas individualizadas, contudo visa-se dar
uma devolutiva global para todos os participantes que se
interessarem por saber dos resultados dessa pesquisa, uma vez
coletados todos os dados necessários à análise das hipóteses que se
pretendem investigar por meio dessa pesquisa.
Novamente agradeço sua colaboração e coloco-me a sua
disposição para sanar quaisquer dúvidas.
Eu, _________________________________________________
declaro concordar com a realização desta pesquisa, neste
estabelecimento de ensino nos termos acima assinalados.
São Paulo, _______________ de 2005.
_______________________________________
Assinatura do(a) participante da pesquisa
179
Anexo 3 - Instruções para a aplicação on-line (primeira
etapa).
180
Meu nome é Thiago de Almeida, muito prazer! Sou psicólogo,
atualmente mestrando pelo Departamento de psicologia Experimental do
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
Espero que o(a) teu(tua) namorada tenha lhe falado deste teste e que
você esteja interessado(a) em participar do mesmo. O objetivo desta
pesquisa é estudar de modo sistematizado o ciúme romântico, bem como
alguns fatores a ele relacionado e seus desdobramentos para os
relacionamentos amorosos.
Esta é a primeira etapa de um teste com duas etapas. Os resultados
deste estudo poderão ou não trazer benefícios diretos para você, contudo,
se você puder participar deste teste, em suas duas etapas, uma a se
realizar agora e outra aproximadamente em 3 meses, as informações a ser
coletadas poderão ajudar a muitos outros casais, com questionamentos e
problemas semelhantes aos que você pode se deparar cotidianamente.
Juntamente com estas instruções contidas neste e-mail, estou lhe
enviando três arquivos denominados respectivamente de “questionário 1”,
“questionário 2” e “questionário 3”. Então, por gentileza, comece a
responder os questionários por ordem crescente, isto é, primeiro o
questionário 1, depois o 2 e por último o terceiro. Leia bem todos os
questionários. O questionário 2 que você vai responder se refere a(o)
teu(tua) ex-parceira(o), já o 3 a(o) teu(tua) atual namorado(a). Não se
esqueça disso!
Como são muitos os casais participantes pediremos sua colaboração
para ajudarmos a codificá-los. Este código será utilizado nas duas etapas
nas quais você for participar. O processo para a criação do mesmo é
simples, e o código gerado deverá ser colocado no canto superior da página
2, ao lado da data em que você responder o teste. Você deverá se
relembrar do código criado para a participação do casal. O código será um
anagrama, ou seja, uma palavra inventada a partir dos endereços dos
participantes. Tal palavra será formada, inicialmente, levando-se em
consideração que as três primeiras letras que a comporão serão
constituídas das últimas três letras do último nome da rua do participante do
sexo masculino. Assim, por exemplo, se o participante mora ou morava na
Rua Manuel da NóbrEGA, o “EGA” formará a primeira parte do anagrama. E
181
a segunda parte do anagrama (ou seja, as três últimas letras que o
comporão), será constituída das últimas três letras do último nome da rua do
participante do sexo feminino, Assim, por exemplo, se a participante morava
na Rua Maria da SiLVA, o “LVA” formará a última parte do anagrama, e
conseqüentemente o anagrama formado pelo casal seria “EGALVA”;
Assim, que você tiver respondido os questionários NÃO entregue
para teu(tua) parceiro(a) para que ele(a) não tenha acesso as tuas
respostas. Se preferir me mandá-los por correio, a fim de preservar o sigilo
das tuas respostas, por favor, imprima e mande para mim para o
seguinte endereço que eu coloquei ao final deste e-mail. Se você preferir
me mandar via e-mail mesmo, não tem problema, ok? Faça o mais
rapidamente que você puder para que eu possa lhe dar a devolutiva via e-
mail mesmo, ou ainda, por telefone o mais brevemente possível. Como
disse estou garantindo o sigilo das tuas respostas, de tal forma que você
pode ser o mais sincero(a) possível ao preencher as mesmas.
Um grande abraço, obrigado por sua participação, e fique à vontade
para me ligar se tiver qualquer dúvida ao responder qualquer item dos teus
questionários.
Um grande abraço,
Thiago de Almeida (cel 11-- XXXXXXXX)
(psicólogo responsável pela aplicação e correção dos testes desta
pesquisa)
Endereço para o envio dos questionários preenchidos, se você resolver
mandar por correio:
Aos cuidados de Thiago de Almeida
Universidade de São Paulo
Instituto de Psicologia - Departamento de Psicologia Experimental
Avenida Professor Melo Moraes, 1721. Bloco 23 Bloco A - Ala C- Sala C-16
Bairro Butantã CEP: 05508-030 São Paulo-SP
182
Anexo 4 - Instruções para a aplicação on-line (segunda
etapa).
183
Pesquisa a respeito do ciúme – Etapa final
Prezado(a) participante você está participando da etapa final da
pesquisa a respeito do ciúme que pretende ajudar a você e a muitos outros
casais que sofrem por não entenderem o que é o ciúme e quais as
conseqüências dele para os relacionamentos amorosos. O objetivo desta
etapa é saber o quanto variou o seu ciúme em relação a sua primeira
participação e é por isso que você entrará em contato com algumas das
mesmas perguntas que teve contato por ocasião da primeira etapa.
Gostaria, portanto, que você se beneficiasse deste instrumento para este,
ou ainda, para outros relacionamentos amorosos que você possa vir a ter.
Para a realização desta etapa algumas instruções são importantes:
1) Você entrará novamente em contato com dois dos instrumentos que
teve contato na primeira etapa deste teste. Ambos os questionários
deverão ser respondidos tendo em mente a pessoa com a qual você
estava namorando na época da testagem (mesmo que esta pessoa,
infelizmente não esteja com você no presente momento);
2) Como são muitos os casais participantes pediremos, que você
relembre seu código de participação por ocasião de seu primeiro
contato com este estudo. Caso tenha se esquecido do mesmo, o
processo a fim de relembrar do código é simples. Ele é um
anagrama, ou seja, uma palavra inventada a partir dos endereços
dos participantes. Esta palavra foi formada, inicialmente, levando-se
em consideração que as três primeiras letras que a constituíram
foram as últimas três letras do último nome da rua do participante do
sexo masculino. Assim, por exemplo, se o participante morava, ou
ainda, mora ou na Rua Manuel da NóbrEGA, “EGA” formou a
primeira parte do anagrama. E a segunda parte do anagrama (ou
seja, as três últimas letras que o comporão), foi composta das últimas
três letras do último nome da rua do participante do sexo feminino,
Assim, por exemplo, se a participante morava, ou ainda, mora na Rua
Maria da SiLVA, “LVA” formou a última parte do anagrama, e
conseqüentemente o anagrama formado pelo casal foi “EGALVA”;
3) Ao responder os itens que pedem para você indicam quantas vezes
você fez isso ou aquilo, por favor, não coloque respostas como
“algumas vezes”, “raramente”, “bastante”, “sempre”, “todos os dias”,
“poucas vezes”, mas sim números que mais se aproximam da
resposta perguntada, porque suas respostas somente serão válidas
se forem numéricas a fim de serem contabilizadas.
4) Vale a pena lembrar que NENHUMA DAS INFORMAÇÕES SERÃO
REVELADAS, ou mesmo, discutidas com o outro parceiro, além de
você. Você terá também o direito de saber como ficou o trabalho final
no que diz respeito a esta pesquisa;
5) Qualquer dúvida, por favor, entrar em contato pelo telefone (11-
XXXXXXXX).
Obrigado pela sua participação,
Thiago de Almeida
(psicólogo responsável pela aplicação e correção dos testes desta
pesquisa)
184
Anexo 5 – ECR - Escala de ciúme romântico (Ramos,
Yazawa & Salazar, 1998) – Versão Masculina.
185
AVALIAÇÃO DO RELACIONAMENTO - M
Este questionário contém 52 afirmações. Sua tarefa consiste em indicar para cada uma das situações
especiais colocadas abaixo a sua opinião a respeito de sua companheira.
Para responder, escreva na FOLHA DE RESPOSTA, no espaço correspondente à questão, o número
que melhor representa a sua resposta. Para tanto, você deve dar a cada frase um valor que vai de 1 (um) a 5
(cinco).
Os números significam o seguinte:
1. Discordo completamente
2. Discordo
3. Em dúvida
4. Concordo
5. Concordo completamente
Não existem respostas certas ou erradas: elas são boas se forem respondidas com sinceridade, isto é,
segundo o sentimento que a afirmativa provoca em você.
01. Em uma boate, é tolerável ela receber um recado pelo alto-falante: "Você está demais hoje, quero falar com
você". ( ).
02. Trocar seu nome pode ser uma questão de esquecimento. ( ).
03. Não há problema algum em encontrar uma fotografia de outro homem na carteira dela. ( ).
04. Contar estórias envolvendo romances passados é vergonhoso. ( ).
05. É desagradável ela flertar com outro homem na sua frente. ( ).
06. Não tem nada de mal ela ir à festa sozinha. ( ).
07. É perfeitamente normal ela elogiar um amigo seu. ( ).
08. Encontrá-la com outro num barzinho o deixa chateado. ( ).
09. Fica furioso quando ela conversa com um amigo que acha bonito. ( ).
10. É indecente um homem se aproximar e conversar com ela. ( ).
11. Você ligar para ela e uma voz masculina não-familiar atender, lhe causa raiva. ( ).
12. É inadmissível ficar com ela sem poder tocá-la por problemas mal resolvidos numa relação anterior. ( ).
13. É natural ela ter muitos amigos. ( ).
14. É aceitável ela aparecer com perfume estranho na camisa. ( ).
15. Você se importa quando ela fala que já teve momentos muito bons com outra pessoa. ( ).
16. É natural você deixá-la em casa e ela voltar para a festa. ( ).
17. Ela preferir ficar com as amigas a ficar com você causa-lhe irritação. ( ).
18. Não tem nada de mal ela freqüentar a casa de um antigo namorado. ( ).
19. É compreensível ela viajar e não convidar você. ( ).
20. Pouco importa ela receber presentes de um amigo. ( ).
21. É perfeitamente normal ela conversar longamente com um amigo. ( ).
22. Causa-lhe desconforto ver que os objetos de uma antiga paixão dela ocupam mais espaço do que os seus. (
).
23. É indecente ela beijar seus amigos no rosto. ( ).
24. Não há nada de errado preferir fazer um passeio com as amigas a ficar com você. ( ).
25. Ela ficar trancada no quarto com uma amiga lhe causa desconfiança. ( ).
26. Provocam irritação amigos falarem dela com entusiasmo. ( ).
27. É suportável ela ser paquerada por um amigo seu. ( ).
186
28. Vocês estarem numa boa e ela sussurrar o nome de outro é compreensível. ( ).
29. É aceitável ela fazer elogios a outro homem na sua frente. ( ).
30. Não tem nada demais os seus amigos freqüentarem a casa dela. ( ).
31. Você fica furioso se ela começa a dançar com um amigo seu numa festa. ( ).
32. Causa-lhe incômodo ela parar de demonstrar seus sentimentos. ( ).
33. É extremamente normal que ela peça para você convidar seu melhor amigo para saírem juntos. ( ).
34. É muito chato encontrar um grande número de telefones de homens na agenda dela. ( ).
35. Você a convida para sair, ela dá uma desculpa que não pode ir, mas quando você chega ao local a encontra lá
e isto o deixa indignado. ( ).
36. Causa-lhe incômodo ela se arrumar demais para sair sem você. ( ).
37. É aceitável ela receber constantemente telefonemas de outros homens. ( ).
38. Encontrar um isqueiro na bolsa dela, sendo que ela não fuma, deixa você indignado. ( ).
39. Pouco importa ela comparar o relacionamento de vocês com outro que já teve anteriormente. ( ).
40. É aceitável ela sonhar com outro homem. ( ).
41. É natural ela passar algumas horas ouvindo música na casa de um amigo. ( ).
42. É indecente ela dar olhadas para outros homens em uma festa. ( ).
43. Você fica furioso quando ela diz que está cansada e tem que ir dormir. ( ).
44. Pouco importa ela dar mais atenção à televisão do que a você. ( ).
45. Causa-lhe desconfiança os dois serem convidados para a festa e ela não insistir para que você vá. ( ).
46. Não tem nada de mal ela se sentir atraída por uma foto de um homem bonito. ( ).
47. Combinar um encontro e, por coincidência, achá-la com outro é normal. ( ).
48. É desagradável ela escutar uma música romântica e dizer que lembra de alguém especial. ( ).
49. É natural ela ser paquerada por outros homens. ( ).
50. É tolerável ela ficar de papo com alguém . ( ).
51. Ela trabalhar num ambiente onde há predominância de homens lhe incomoda. ( ).
52. Acredita quando ela diz que foi ao cinema com uma amiga. ( ).
187
Anexo 6 – ECR - Escala de ciúme romântico (Ramos,
Yazawa & Salazar, 1998) – Versão Feminina.
188
AVALIAÇÃO DO RELACIONAMENTO - F
Este questionário contém 52 afirmações. Sua tarefa consiste em indicar para cada uma das situações
especiais colocadas abaixo a sua opinião a respeito de seu companheiro.
Para responder, escreva na FOLHA DE RESPOSTA, no espaço correspondente à questão, o número
que melhor representa a sua resposta. Para tanto, você deve dar a cada frase um valor que vai de 1 (um) a 5
(cinco).
Os números significam o seguinte:
1. Discordo completamente
2. Discordo
3. Em dúvida
4. Concordo
5. Concordo completamente
Não existem respostas certas ou erradas: elas são boas se forem respondidas com sinceridade, isto é,
segundo o sentimento que a afirmativa provoca em você.
01. Em uma boate, é tolerável ele receber um recado pelo alto-falante: "Você está demais hoje, quero falar com
você". ( ).
02. Trocar seu nome pode ser uma questão de esquecimento. ( ).
03. Não há problema algum em encontrar uma fotografia de outra mulher na carteira dele. ( ).
04. Contar estórias envolvendo romances passados é vergonhoso. ( ).
05. É desagradável ele flertar com outra mulher na sua frente. ( ).
06. Não tem nada de mal ele ir à festa sozinho. ( ).
07. É perfeitamente normal ele elogiar uma amiga sua. ( ).
08. Encontrá-lo com outra num barzinho a deixa chateada. ( ).
09. Fica furiosa quando ele conversa com uma amiga que acha bonita. ( ).
10. É indecente uma mulher se aproximar e conversar com ele. ( ).
11. Você ligar para ele e uma voz feminina não-familiar atender, lhe causa raiva. ( ).
12. É inadmissível ficar com ele sem poder tocá-lo por problemas mal resolvidos numa relação anterior. ( ).
13. É natural ele ter muitas amigas. ( ).
14. É aceitável ele aparecer com perfume estranho na camisa. ( ).
15. Você se importa quando ele fala que já teve momentos muito bons com outra pessoa. ( ).
16. É natural você deixá-lo em casa e ele voltar para a festa. ( ).
17. Ele preferir ficar com os amigos a ficar com você causa-lhe irritação. ( ).
18. Não tem nada de mal ele freqüentar a casa de uma antiga namorada. ( ).
19. É compreensível ele viajar e não convidar você. ( ).
20. Pouco importa ele receber presentes de uma amiga. ( ).
21. É perfeitamente normal ele conversar longamente com uma amiga. ( ).
189
22. Causa-lhe desconforto ver que os objetos de uma antiga paixão dele ocupam mais espaço do que os seus. (
).
23. É indecente ele beijar suas amigas no rosto. ( ).
24. Não há nada de errado preferir fazer um passeio com os amigos a ficar com você. ( ).
25. Ele ficar trancado no quarto com um amigo lhe causa desconfiança. ( ).
26. Provoca irritações amigas falarem dele com entusiasmo. ( ).
27. É suportável ele ser paquerado por uma amiga sua. ( ).
28. Vocês estarem numa boa e ele sussurrar o nome de outra é compreensível. ( ).
29. É aceitável ele fazer elogios à outra mulher na sua frente. ( ).
30. Não tem nada demais as suas amigas freqüentarem a casa dele. ( ).
31. Você fica furiosa se ele começa a dançar com uma amiga sua numa festa. ( ).
32. Causa-lhe incômodo ele parar de demonstrar seus sentimentos. ( ).
33. É extremamente normal que ele peça para você convidar sua melhor amiga para saírem juntos.( ).
34. É muito chato encontrar um grande número de telefones de mulheres na agenda dele. ( ).
35. Você o convida para sair, ele dá uma desculpa que não pode ir, mas quando você chega ao local o encontra lá
e isto a deixa indignada. ( ).
36. Causa-lhe incômodo ele se arrumar demais para sair sem você. ( ).
37. É aceitável ele receber constantemente telefonemas de outras mulheres. ( ).
38. Encontrar um isqueiro no bolso dele, sendo que ele não fuma, deixa você indignada. ( ).
39. Pouco importa ele comparar o relacionamento de vocês com outro que já teve anteriormente. ( ).
40. É aceitável ele sonhar com outra mulher. ( ).
41. É natural ele passar algumas horas ouvindo música na casa de uma amiga. ( ).
42. É indecente ele dar olhadas para outras mulheres em uma festa. ( ).
43. Você fica furiosa quando ele diz que está cansado e tem que ir dormir. ( ).
44. Pouco importa ele dar mais atenção à televisão do que a você. ( ).
45. Causa-lhe desconfiança os dois serem convidados para a festa e ele não insistir para que você vá. ( ).
46. Não tem nada de mal ele se sentir atraído por uma foto de uma mulher bonita. ( ).
47. Combinar um encontro e, por coincidência, achá-lo com outra é normal. ( ).
48. É desagradável ele escutar uma música romântica e dizer que lembra de alguém especial. ( ).
49. É natural ele ser paquerado por outras mulheres. ( ).
50. É tolerável ele ficar de papo com alguém . ( ).
51. Ele trabalhar num ambiente onde há predominância de mulheres lhe incomoda. ( ).
52. Acredita quando ele diz que foi ao cinema com um amigo. ( ).
190
Anexo 7 – Questionário das perguntas que foram
encaminhadas para a validação.
191
Este questionário contém 30 afirmações e refere-se a algumas situações
referentes a relacionamentos amorosos. Você não precisa identificar-se. Sua
tarefa consiste em indicar para cada uma das situações seguintes a sua opinião,
se as seguintes situações estariam ou não relacionadas à infidelidade, tendo em
vista um relacionamento amoroso em andamento, e não necessariamente o seu
namoro, por exemplo, caso esteja namorando. Então, assinale com um sim ou
não cada afirmação que você acha estar relacionada com a traição entre dois
parceiros amorosos numa situação de namoro. Ao final você poderá ainda
colocar algumas situações, sentimentos e comportamentos que você ache que
estariam relacionados a uma infidelidade entre dois namorados, e que por acaso,
não estejam aqui descritas.
Sexo: ( )Masculino ( )Feminino.
Idade:______anos.
Você já teve experiências anteriores com relacionamentos amorosos tais como
namoro? está namorando atualmente, ou ainda já ficou ou está ficando no
presente momento?
( ) Sim ( ) Não
1) Ficar a sós com alguém que não seja o(a) próprio(a) parceiro(a) e que possa
atrair fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
2) Manter contatos virtuais, como por exemplo: bater papo em chats, receber e-
mails por meio de sites on-line de namoros, etc, com outra pessoa que não seja
o(a) próprio(a) parceiro(a).
( ) Sim ( ) Não
3) Permitir ser tocado(a) por outra(s) pessoa(s) que não seja(m) o(a) próprio(a)
parceiro(a) e que possam interessar fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
4) Ter pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m) o meu próprio
namorado(a)/ parceiro(a), tais como estar beijando tal pessoa, ouvindo/dizendo
frases de conotação amorosa, ou mesmo sexual.
( ) Sim ( ) Não
5) Sair para procurar uma outra pessoa, embora já esteja namorando uma outra.
( ) Sim ( ) Não
6) Ir para algum local público com uma pessoa que lhe interesse fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente sem o conhecimento do(a) próprio(a)
parceiro(a).
( ) Sim ( ) Não
7) Em sala de aula, com o pretexto de resolver listas de exercícios, executar
grupos de estudo ou de trabalho, aproximar-se propositalmente de uma pessoa
192
que não o(a) próprio(a) parceiro(a) e que a interesse fisicamente,
emocionalmente ou amorosamente.
( ) Sim ( ) Não
8) Ir para uma danceteria/barzinho com outra pessoa que não seja o(a) próprio(a)
parceiro(a), e que lhe desperte interesses sentimentais, amorosos, ou mesmo de
natureza sexual.
( ) Sim ( ) Não
9) Em algum momento, beijar uma outra pessoa que não o(a) próprio(a)
parceiro(a).
( ) Sim ( ) Não
10) Ligar várias vezes para uma pessoa que lhe interesse fisicamente,
emocionalmente ou amorosamente, com qualquer pretexto, e que não seja o(a)
próprio(a) parceiro(a).
( ) Sim ( ) Não
11) Falar para o(a) próprio(a) parceiro(a) com entusiasmo e/ou com admiração
de uma outra pessoa que lhe interesse fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
12) Ir à casa de uma outra pessoa que não o(a) próprio(a) parceiro(a) com o
pretexto de fazer trabalhos escolares, lição de casa, resolução de lista de
exercícios ou similares.
( ) Sim ( ) Não
13) Ser prestativo com pessoas que não sejam o(a) próprio(a) parceiro(a) e que
lhe interessem fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
14) Flertar simultaneamente com duas ou mais pessoas enquanto estiver com o
próprio relacionamento amoroso em andamento.
( ) Sim ( ) Não
15) Convidar para tomar um lanche juntos, ou ainda, almoçar com uma pessoa
que não era o(a) próprio(a) parceiro(a) e que lhe possa atrair fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
16) Ver fotos (ou outras imagens em sites) de pessoas nuas (ou seminuas) que
lhe interessem fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
17) Fazer novas amizades com pessoas que possam lhe atrair fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente sem o conhecimento do(a) próprio(a)
parceiro(a).
( ) Sim ( ) Não
193
18) Ligar para alguém que me interesse sentimentalmente ou fisicamente
enquanto o(a) próprio(a) parceiro(a) não estava por perto.
( ) Sim ( ) Não
19) Ficar com uma outra pessoa na mesma noite enquanto esta e o(a) próprio(a)
parceiro(a) estiverem num barzinho ou danceteria.
( ) Sim ( ) Não
20) Dar o número do próprio celular visando manter contato com pessoas que
não sejam o(a) próprio(a) parceiro(a) e que lhe interessem fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
21) Mantive uma aventura amorosa (independentemente da duração) com uma
ou mais pessoas que me interessavam fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
22) Mantive relações sexuais com meu(minha) parceiro(a) enquanto estava,
naquele momento, imaginando como seriam as mesmas com uma outra pessoa
que me atrai fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
23) Liguei para o(a) meu(minha) parceiro(a) antes ou depois de ter tido um
encontro de natureza sexual ou emocional com alguém que me interessava
fisicamente ou amorosamente.
( ) Sim ( ) Não
24) Coloquei preservativos em minha carteira, bolsa, ou carro, prevendo que
poderia me envolver sexualmente com alguém que não o(a) meu(minha)
parceiro(a) e que me interessava fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente, enquanto eu me preparava para ir ao encontro desta pessoa.
( ) Sim ( ) Não
25) Atendi o telefonema de alguém que eu paquerava, diante do meu
namorado(a), e dissimulei, pedindo que a pessoa ligasse em outro momento.
( ) Sim ( ) Não
26) Menti para meu(minha) namorado(a) que teria um compromisso que me
impediria de vê-lo, para me encontrar com alguém que me atraia fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
( ) Sim ( ) Não
27) Não ter como ficar sem se relacionar sexualmente com alguém do sexo
oposto ou do mesmo sexo, que não seja o(a) próprio(a) parceiro(a) durante o
decurso de um relacionamento amoroso.
( ) Sim ( ) Não
28) Combinar de sair com uma pessoa atraente enquanto meu(minha)
namorado(a) estava viajando.
194
( ) Sim ( ) Não
29) Estar namorando e ir para um local escondido com alguém que possa me
atrair fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente, independentemente de
consumar qualquer ato como, por exemplo, um beijo.
( ) Sim ( ) Não
30) Deixar o celular em baixo volume, ou ainda, não o atender enquanto estiver
com o(a) próprio(a) parceiro(a) porque você reconheceu que tal telefonema
poderia ser de uma pessoa que você paquerava.
( ) Sim ( ) Não
Acrescente aqui se você tem alguma idéia como as descritas acima, que
estejam relacionadas à infidelidade entre dois namorados. Tal sugestão
pode ser alguma situação que você vivenciou, ou conhece, ou que tenha
acontecido com algum(a) amigo(a) seu(sua).
1._______________________________________________________________
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________________________________________________________________
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2._______________________________________________________________
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3._______________________________________________________________
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195
Anexo 8 – Inventário de comportamentos relacionados à
infidelidade – Versão ex-parceira - Masculino (primeira
etapa).
196
Data da coleta ____/_____/________
Este questionário contém 35 afirmações e refere-se a algumas possíveis
situações referentes a relacionamentos amorosos. Você não precisa se
identificar. Sua tarefa consiste em indicar quantas vezes as situações
seguintes estariam ou não presentes no relacionamento amoroso que
você teve em relação a SUA EX-PARCEIRA. Então, aponte um número que
estaria mais próximo de quantas vezes você realizou tais pensamentos,
comportamentos e sentimentos abaixo listados. Vale a pena lembrar que
você poderá ficar à vontade para declarar livremente quantas vezes você
realizou tais situações enquanto esteve junto com SUA EX-PARCEIRA.
Tempo de duração do mais recente relacionamento _____ (dias/ meses/ anos). Sua idade na
época: _______ anos
1) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu mantive contatos virtuais como, por
exemplo: bati papo em chats, recebi e-mails por meio de sites de namoros, mensagens
on-line etc, com outra pessoa que não era a minha EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
2) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu tive pensamentos com outra(s)
pessoa(s) que não era(m) a minha EX-PARCEIRA, tais como estar beijando tal pessoa,
ouvindo/dizendo frases de conotação amorosa, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
3) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu saí para procurar uma outra pessoa
que não era a minha EX-PARCEIRA visando uma aventura de natureza amorosa,
sentimental ou sexual.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
4) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu fui para algum local, público ou
privado, com uma outra pessoa que me interessava fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente sem o conhecimento da minha EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
5) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu fui para uma danceteria/barzinho com
outra pessoa que não seja a minha EX-PARCEIRA, e que me despertou interesses
sentimentais, amorosos, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
6) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA, em algum momento, beijei na boca uma
outra pessoa que não a minha EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
7) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu liguei para uma pessoa que me
interessou fisicamente, emocionalmente ou amorosamente, com qualquer pretexto, e
que não era a minha EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
8) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu flertei simultaneamente com duas ou
mais pessoas enquanto estava com o relacionamento amoroso com a minha EX-
PARCEIRA em andamento.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
197
9) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu convidei para tomar comigo um
lanche, ou ainda, almocei a sós com uma pessoa que não era a minha EX-PARCEIRA e
que me atraiu fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
10) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu liguei para alguém que me interessou
sentimentalmente ou fisicamente, enquanto a minha EX-PARCEIRA não estava por
perto.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
11) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu fiquei com uma outra pessoa, na
mesma noite, enquanto esta e a minha EX-PARCEIRA estivemos num barzinho ou
danceteria.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
12) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu dei o número do meu próprio celular,
ou ainda, do meu telefone residencial, visando manter contato com alguém que não era
a minha EX-PARCEIRA e que me interessaram fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
13) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu mantive uma aventura amorosa
(independentemente da duração) com uma ou mais pessoas que me interessaram
fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
14) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu tive relações sexuais com ela
enquanto eu estava, nesse momento, imaginando como seriam as mesmas relações
sexuais com uma outra pessoa que me atraía fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
15) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu liguei para ela antes ou depois de
ter(tido) um encontro de natureza sexual ou emocional com alguém que me interessou
fisicamente ou amorosamente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
16) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu coloquei preservativos na carteira,
mochila, bolsa, ou carro, prevendo que eu poderia vir a me encontrar, e a me envolver
sexualmente, com uma outra pessoa, que não era a minha EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
17) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu atendi o telefonema de alguma
paquera, diante da minha própria EX-PARCEIRA, e dissimulei para esta, pedindo que
aquela pessoa ligasse em um outro momento.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
18) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu menti para a minha própria EX-
PARCEIRA que teria um compromisso que me impediria de vê-la, para me encontrar
com alguém que me atraía fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
19) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu não tive como ficar sem me
relacionar sexualmente com alguém do sexo oposto, ou do mesmo sexo, que não era a
minha própria EX-PARCEIRA, durante o decurso do nosso relacionamento amoroso.
198
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
20) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu combinei de sair com uma outra
pessoa atraente enquanto a minha EX-PARCEIRA estava viajando.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
21) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu fui para um local escondido com
alguém que me atraiu fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente, sem o
conhecimento da minha própria EX-PARCEIRA, independentemente de ter consumado
qualquer ato como, por exemplo, um beijo na boca.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
22) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu deixei o celular em baixo volume, ou
ainda, não o atendi enquanto estava com a minha EX-PARCEIRA porque reconheci que
tal telefonema era de uma outra pessoa que eu paquerava.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
23) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA falei que eu não poderia sair com ela,
somente para sair com uma outra pessoa que não a minha própria EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
24) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu apresentei uma amiga que beijava
como uma prima para que a minha EX-PARCEIRA não pudesse desconfiar disso.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
25) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA, e esta estava conversando com uma
amiga dela, comecei a dar mais atenção à amiga dela do que a minha própria EX-
PARCEIRA porque a amiga dela me interessou fisicamente, amorosamente ou
sexualmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
26) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu me permiti ser paquerado por outra
pessoa, que me atraia fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente e que não era a
minha EX-PARCEIRA, e mesmo assim, não deixei com que a minha EX-PARCEIRA
tomasse conhecimento de que isso aconteceu.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
27) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA simulei uma briga com ela, ou ainda,
pedi um tempo para ela somente para poder ficar com uma outra pessoa que não a
minha EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
28) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu falei para ela que iria sair com a
minha família e saí com outra pessoa que não a minha própria EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
29) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu mantive relações sexuais com outras
pessoas que não a minha própria EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
30) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu faltei ao trabalho, ou ainda às aulas,
somente para ficar com uma pessoa que não seja a minha própria EX-PARCEIRA e que
me interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
199
31) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu falei que precisava viajar a trabalho
somente para ficar com uma pessoa que não era a minha EX-PARCEIRA e que me
interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
32) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu menti que precisaria trabalhar até
mais tarde, somente para ficar com uma pessoa que não era a minha própria EX-
PARCEIRA e que me interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
33) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu menti que estava com sua família, e
não fiz isso, somente para ficar com uma pessoa que não era a minha EX-PARCEIRA e
que me interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
34) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu continuei a receber ligações de ex-
namoradas sem o conhecimento da minha própria EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
35) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA eu beijei na boca uma outra pessoa que
não a minha própria EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
200
Anexo 9 - Inventário de comportamentos relacionados à
infidelidade – Versão ex-parceiro - Feminino (primeira
etapa).
201
Data da coleta ____/_____/________
Este questionário contém 35 afirmações e refere-se a algumas possíveis
situações referentes a relacionamentos amorosos. Você não precisa se
identificar. Sua tarefa consiste em indicar quantas vezes as situações
seguintes estariam ou não presentes em seu relacionamento em relação
ao relacionamento amoroso com SEU EX-PARCEIRO. Então, aponte um
número que estaria mais próximo de quantas vezes você realizou tais
pensamentos, comportamentos e sentimentos abaixo listados. Vale a pena
lembrar que você poderá ficar à vontade para declarar livremente quantas
vezes você realizou tais situações enquanto esteve junto com SEU EX-
PARCEIRO.
Tempo de duração do mais recente relacionamento _____ (dias/ meses/ anos). Sua idade na
época: ____ anos
1) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu mantive contatos virtuais como, por
exemplo: bati papo em chats, recebi e-mails por meio de sites de namoros, mensagens
on-line etc, com outra pessoa que não era o meu EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
2) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu tive pensamentos com outra(s)
pessoa(s) que não era(m) o meu EX-PARCEIRO, tais como estar beijando tal pessoa,
ouvindo/dizendo frases de conotação amorosa, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
3) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu saí para procurar uma outra pessoa
que não era o meu EX-PARCEIRO visando uma aventura de natureza amorosa,
sentimental ou sexual.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
4) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu fui para algum local, público ou privado,
com uma outra pessoa que me interessava fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente sem o conhecimento do meu EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
5) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu fui para uma danceteria/barzinho com
outra pessoa que não era o meu EX-PARCEIRO, e que me despertou interesses
sentimentais, amorosos, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
6) Enquanto estive com o meu EX-PARCEIRO, em algum momento, beijei na boca uma
outra pessoa que não ele.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
7) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu liguei para uma pessoa que me
interessou fisicamente, emocionalmente ou amorosamente, com qualquer pretexto, e
que não era o meu EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
8) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu flertei simultaneamente com duas ou
mais pessoas enquanto estava com o relacionamento amoroso com o meu EX-
PARCEIRO em andamento.
202
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
9) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu convidei para tomar comigo um lanche,
ou ainda, almocei a sós com uma pessoa que não era o meu EX-PARCEIRO e que me
atraiu fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
10) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu liguei para alguém que me interessou
sentimentalmente ou fisicamente, enquanto o meu EX-PARCEIRO não estava por perto.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
11) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu fiquei com uma outra pessoa, na
mesma noite, enquanto este e o meu EX-PARCEIRO estivemos num barzinho ou
danceteria.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
12) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu dei o número do meu próprio celular,
ou ainda, do meu telefone residencial, visando manter contato com alguém que não era
o meu EX-PARCEIRO e que me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
13) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu mantive uma aventura amorosa
(independentemente da duração) com uma ou mais pessoas que me interessaram
fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
14) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu tive relações sexuais com ele
enquanto eu estava, nesse momento, imaginando como seriam as mesmas relações
sexuais com uma outra pessoa que me atraía fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
15) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu liguei para ele antes ou depois de
ter(tido) um encontro de natureza sexual ou emocional com alguém que me interessou
fisicamente ou amorosamente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
16) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu coloquei preservativos na carteira,
mochila, bolsa, ou carro, prevendo que eu poderia vir a me encontrar, e a me envolver
sexualmente, com uma outra pessoa, que não era o meu EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
17) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu atendi o telefonema de algum
paquera, diante do meu própria EX-PARCEIRO, e dissimulei para este, pedindo que
aquela pessoa ligasse em um outro momento.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
18) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu menti para o meu próprio EX-
PARCEIRO que teria um compromisso que me impediria de vê-lo, para me encontrar
com alguém que me atraía fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
203
19) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu não tive como ficar sem me relacionar
sexualmente com alguém do sexo oposto, ou do mesmo sexo, que não era o meu
próprio EX-PARCEIRO, durante o decurso do nosso relacionamento amoroso.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
20) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu combinei de sair com uma outra
pessoa atraente enquanto o meu EX-PARCEIRO estava viajando.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
21) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu fui para um local escondido com
alguém que me atraiu fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente, sem o
conhecimento do meu próprio EX-PARCEIRO, independentemente de ter consumado
qualquer ato como, por exemplo, um beijo na boca.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
22) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu deixei o celular em baixo volume, ou
ainda, não o atendi enquanto estava com o meu EX-PARCEIRO porque reconheci que
tal telefonema era de uma outra pessoa que eu paquerava.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
23) Enquanto estive com o meu EX-PARCEIRO falei que eu não poderia sair com ele,
somente para sair com uma outra pessoa que não o meu próprio EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
24) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu apresentei um amigo que beijava
como um primo para que o meu EX-PARCEIRO não pudesse desconfiar disso.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
25) Enquanto estive o meu EX-PARCEIRO, e este estava conversando com um amigo
dele, comecei a dar mais atenção ao amigo dele do que ao meu próprio EX-PARCEIRO
porque o amigo dele me interessou fisicamente, amorosamente ou sexualmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
26) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu me permiti ser paquerada por outra
pessoa, que me atraia fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente e que não era o
meu EX-PARCEIRO, e mesmo assim, não deixei com que o meu EX-PARCEIRO
tomasse conhecimento de que isso aconteceu.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
27) Enquanto estive com o meu EX-PARCEIRO simulei uma briga com ele, ou ainda,
pedi um tempo para ele somente para poder ficar com uma outra pessoa que não a
minha EX-PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
28) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu falei para ele que iria sair com a minha
família e saí com outra pessoa que não o meu próprio EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
29) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu mantive relações sexuais com outras
pessoas que não o meu próprio EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
30) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu faltei ao trabalho, ou ainda às aulas,
somente para ficar com uma pessoa que não seja o meu próprio EX-PARCEIRO e que
me interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
204
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
31) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu falei que precisava viajar a trabalho
somente para ficar com uma pessoa que não era o meu EX-PARCEIRO e que me
interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
32) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu menti que precisaria trabalhar até
mais tarde, somente para ficar com uma pessoa que não era a o meu próprio EX-
PARCEIRO e que me interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
33) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu menti que estava com sua família, e
não fiz isso, somente para ficar com uma pessoa que não era o meu EX-PARCEIRO e
que me interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
34) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu continuei a receber ligações de ex-
namorados sem o conhecimento do meu próprio EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
35) Enquanto estive com meu EX-PARCEIRO, eu beijei na boca uma outra pessoa que
não o meu próprio EX-PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu relacionamento anterior _________ vezes.
205
Anexo 10 - Inventário de comportamentos relacionados à
infidelidade – Versão atual parceiro - Feminino (primeira
etapa).
206
Data da coleta ____/_____/________
Este questionário contém 35 afirmações e refere-se a algumas possíveis
situações referentes a relacionamentos amorosos. Você não precisa se
identificar. Sua tarefa consiste em indicar quantas vezes essas situações
estariam ou não presentes em seu ATUAL
relacionamento, ou seja, em relação ao
relacionamento amoroso com SEU ATUAL PARCEIRO
. Então, aponte um número
que estaria mais próximo de quantas vezes você realizou tais pensamentos,
comportamentos e sentimentos abaixo listados durante o SEU ATUAL
RELACIONAMENTO. Vale a pena lembrar que o que você responder está
salvaguardado até mesmo do seu próprio parceiro, e assim, você poderá ficar à
vontade para declarar livremente quantas vezes você realizou tais situações.
Tempo de duração do ATUAL relacionamento___ (dias/ meses/ anos). Sua idade: ___
anos
1) Eu mantive contatos virtuais como, por exemplo: bati papo em chats, recebi e-mails
por meio de sites de namoros, mensagens on-line etc, com outra pessoa que não fosse
o meu ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
2) Eu tive pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m) o meu ATUAL
PARCEIRO, tais como estar beijando tal pessoa, ouvindo/dizendo frases de conotação
amorosa, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
3) Eu saí para procurar uma outra pessoa que não era o meu ATUAL PARCEIRO
visando uma aventura de natureza amorosa, sentimental ou sexual.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
4) Eu fui para algum local, público ou privado, com uma outra pessoa que me
interessava fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente sem o conhecimento do
meu ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
5) Eu fui para uma danceteria/barzinho com outra pessoa que não era o meu ATUAL
PARCEIRO, e que me despertou interesses sentimentais, amorosos, ou mesmo de
natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
6) Enquanto estive com o meu ATUAL PARCEIRO, em algum momento, beijei na boca
uma outra pessoa que não ele.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
7) Eu liguei para uma pessoa que me interessou fisicamente, emocionalmente ou
amorosamente, com qualquer pretexto, e que não era o meu ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
8) Eu flertei simultaneamente com duas ou mais pessoas enquanto estava com o
relacionamento amoroso com o meu ATUAL PARCEIRO em andamento.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
207
9) Eu convidei para tomar comigo um lanche, ou ainda, almocei a sós com uma pessoa
que não era o meu ATUAL PARCEIRO e que me atraiu fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
10) Eu liguei para alguém que me interessou sentimentalmente ou fisicamente, enquanto
o meu ATUAL PARCEIRO não estava por perto.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
11) Eu fiquei com uma outra pessoa, na mesma noite, enquanto este e o meu ATUAL
PARCEIRO estivemos num barzinho ou danceteria.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
12) Eu dei o número do meu próprio celular, ou ainda, do meu telefone residencial,
visando manter contato com alguém que não era o meu ATUAL PARCEIRO e que me
interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
13) Eu mantive uma aventura amorosa (independentemente da duração) com uma ou
mais pessoas que me interessaram fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente e
que não era o meu ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
14) Eu tive relações sexuais com o meu ATUAL PARCEIRO enquanto eu estava, nesse
momento, imaginando como seriam as mesmas relações sexuais com uma outra pessoa
que me atraiu fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
15) Eu liguei para o meu ATUAL PARCEIRO antes ou depois de ter(tido) um encontro de
natureza sexual ou emocional com alguém que me interessou fisicamente ou
amorosamente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
16) Eu coloquei preservativos na carteira, mochila, bolsa, ou carro, prevendo que eu
poderia vir a me encontrar, e a me envolver sexualmente, com uma outra pessoa, que
não era o meu ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
17) Eu atendi o telefonema de algum paquera, diante do meu próprio ATUAL
PARCEIRO, e dissimulei para este, pedindo que aquela pessoa ligasse em um outro
momento.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
18) Eu menti para o meu próprio ATUAL PARCEIRO que teria um compromisso que me
impediria de vê-lo, para me encontrar com alguém que me atraía fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
19) Eu não tive como ficar sem me relacionar sexualmente com alguém do sexo oposto,
ou do mesmo sexo, que não era o meu próprio ATUAL PARCEIRO, durante o decurso
do nosso relacionamento amoroso.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
20) Eu combinei de sair com uma outra pessoa atraente enquanto o meu ATUAL
PARCEIRO estava viajando.
208
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
21) Eu fui para um local escondido com alguém que me atraiu fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente, sem o conhecimento do meu próprio ATUAL
PARCEIRO, independentemente de ter consumado qualquer ato como, por exemplo, um
beijo na boca.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
22) Eu deixei o celular em baixo volume, ou ainda, não o atendi enquanto estava com o
meu ATUAL PARCEIRO porque reconheci que tal telefonema era de uma outra pessoa
que eu paquerava.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
23) Enquanto estive com o meu ATUAL PARCEIRO falei que eu não poderia sair com
ele, somente para sair com uma outra pessoa que não o meu próprio ATUAL
PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
24) Eu apresentei um amigo que beijava como um primo para que o meu ATUAL
PARCEIRO não pudesse desconfiar disso.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
25) Enquanto estive o meu ATUAL PARCEIRO, e este estava conversando com um
amigo dele, comecei a dar mais atenção ao amigo dele do que ao meu próprio ATUAL
PARCEIRO porque o amigo dele me interessou fisicamente, amorosamente ou
sexualmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
26) Eu me permiti ser paquerada por outra pessoa, que me atraia fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente e que não era o meu ATUAL PARCEIRO, e mesmo
assim, não deixei com que o meu ATUAL PARCEIRO tomasse conhecimento de que
isso aconteceu.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
27) Enquanto estive com o meu ATUAL PARCEIRO simulei uma briga com ele, ou
ainda, pedi um tempo para ele somente para poder ficar com uma outra pessoa que não
a minha ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
28) Eu falei para ele que iria sair com a minha família e saí com outra pessoa que não o
meu próprio ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
29) Eu mantive relações sexuais com outras pessoas que não o meu próprio ATUAL
PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
30) Eu faltei ao trabalho, ou ainda às aulas, somente para ficar com uma pessoa que
não seja o meu próprio ATUAL PARCEIRO e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
31) Eu falei que precisava viajar a trabalho somente para ficar com uma pessoa que não
era o meu ATUAL PARCEIRO e que me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
209
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
32) Eu menti que precisaria trabalhar até mais tarde, somente para ficar com uma
pessoa que não era a o meu ATUAL PARCEIRO e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
33) Eu menti que estava com sua família, e não fiz isso, somente para ficar com uma
pessoa que não era o meu ATUAL PARCEIRO e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
34) Eu continuei a receber ligações de ex-namorados sem o conhecimento do meu
próprio ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
35) Eu beijei na boca uma outra pessoa que não o meu próprio ATUAL PARCEIRO.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
210
Anexo 11 - Inventário de comportamentos relacionados à
infidelidade – Versão atual parceira - Masculino (primeira
etapa).
211
Data da coleta ____/_____/________
Este questionário contém 35 afirmações e refere-se a algumas possíveis
situações referentes a relacionamentos amorosos. Você não precisa se
identificar. Sua tarefa consiste em indicar quantas vezes essas situações
estariam ou não presentes em seu ATUAL
relacionamento, ou seja, em relação ao
relacionamento amoroso com SUA ATUAL PARCEIRA
. Então, aponte um número
que estaria mais próximo de quantas vezes você realizou tais pensamentos,
comportamentos e sentimentos abaixo listados durante o SEU ATUAL
RELACIONAMENTO. Vale a pena lembrar que o que você responder está
salvaguardado até mesmo da sua própria parceira, e assim, você poderá ficar à
vontade para declarar livremente quantas vezes você realizou tais situações.
Tempo de duração do ATUAL
relacionamento _____ (dias/ meses/ anos). Sua
idade: ____ anos
1) Eu mantive contatos virtuais como, por exemplo: bater papo em chats, recebi e-mails
por meio de sites de namoros, mensagens on-line etc, com outra pessoa que não fosse
a minha ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
2) Eu tive pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m) a minha ATUAL
PARCEIRA, tais como estar beijando tal pessoa, ouvindo/dizendo frases de conotação
amorosa, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
3) Eu saí para procurar uma outra pessoa que não era a minha ATUAL PARCEIRA
visando uma aventura de natureza amorosa, sentimental ou sexual.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
4) Eu fui para algum local, público ou privado, com uma outra pessoa que me
interessava fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente sem o conhecimento da
minha ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
5) Eu fui para uma danceteria/barzinho com outra pessoa que não seja a ATUAL
PARCEIRA, e que me despertou interesses sentimentais, amorosos, ou mesmo de
natureza sexual.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
6) Enquanto estive com minha EX-PARCEIRA, em algum momento, beijei na boca uma
outra pessoa que não a minha ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
7) Eu liguei para uma pessoa que me interessou fisicamente, emocionalmente ou
amorosamente, com qualquer pretexto, e que não era a minha ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
8) Eu flertei simultaneamente com duas ou mais pessoas enquanto estava com o próprio
relacionamento amoroso com a minha ATUAL PARCEIRA em andamento.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
212
9) Eu convidei para tomar comigo um lanche, ou ainda, almocei a sós com uma pessoa
que não era a minha ATUAL PARCEIRA e que me atraiu fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
10) Eu liguei para alguém que me interessou sentimentalmente ou fisicamente, enquanto
a minha ATUAL PARCEIRA não estava por perto.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
11) Eu fiquei com uma outra pessoa, na mesma noite, enquanto esta e a minha ATUAL
PARCEIRA estivemos num barzinho ou danceteria.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
12) Eu dei o número do meu próprio celular, ou ainda, do meu telefone residencial,
visando manter contato com alguém que não era a minha ATUAL PARCEIRA e que me
interessou fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
13) Eu mantive uma aventura amorosa (independentemente da duração) com uma ou
mais pessoas que me interessaram fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente e
que não era(m) a minha ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
14) Eu tive relações sexuais com a minha ATUAL PARCEIRA enquanto eu estava,
nesse momento, imaginando como seriam as mesmas relações sexuais com uma outra
pessoa que me atraiu fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
15) Eu liguei para a minha ATUAL PARCEIRA antes ou depois de ter(tido) um encontro
de natureza sexual ou emocional com alguém que me interessou fisicamente ou
amorosamente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
16) Eu coloquei preservativos na carteira, mochila, bolsa, ou carro, prevendo que eu
poderia vir a me encontrar, e a me envolver sexualmente, com uma outra pessoa, que
não era a minha ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
17) Eu atendi o telefonema de alguma paquera, diante da minha própria ATUAL
PARCEIRA, e dissimulei para esta, pedindo que aquela pessoa ligasse em um outro
momento.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
18) Eu menti para a minha própria ATUAL PARCEIRA que teria um compromisso que
me impediria de vê-la, para me encontrar com alguém que me atraía fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
19) Eu não tive como ficar sem me relacionar sexualmente com alguém do sexo oposto,
ou do mesmo sexo, que não era a minha própria ATUAL PARCEIRA, durante o decurso
do nosso relacionamento amoroso.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
20) Eu combinei de sair com uma outra pessoa atraente enquanto a minha ATUAL
PARCEIRA estava viajando.
213
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
21) Eu fui para um local escondido com alguém que me atraiu fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente, sem o conhecimento da minha própria ATUAL
PARCEIRA, independentemente de ter consumado qualquer ato como, por exemplo, um
beijo na boca.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
22) Eu deixei o celular em baixo volume, ou ainda, não o atendi enquanto estava com a
minha ATUAL PARCEIRA porque reconheci que tal telefonema era de uma outra pessoa
que eu paquerava.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
23) Eu falei que não poderia sair com ela, somente para sair com uma outra pessoa que
não a minha própria ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
24) Eu apresentei uma amiga que beijava como uma prima para que a minha ATUAL
PARCEIRA não pudesse desconfiar disso.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
25) Enquanto estive com minha ATUAL PARCEIRA, e esta estava conversando com
uma amiga dela, comecei a dar mais atenção à amiga dela do que a minha própria EX-
PARCEIRA porque a amiga dela me interessou fisicamente, amorosamente ou
sexualmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
26) Eu me permiti ser paquerado por outra pessoa, que me atraia fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente e que não era a minha ATUAL PARCEIRA, e
mesmo assim, não deixei com que a minha ATUAL PARCEIRA tomasse conhecimento
de que isso aconteceu.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
27) Eu simulei uma briga com a minha ATUAL PARCEIRA, ou ainda, pedi um tempo
para ela somente para poder ficar com uma outra pessoa que não a minha ATUAL
PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
28) Eu falei para ela que iria sair com a minha família e saí com outra pessoa que não a
minha própria ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
29) Eu mantive relações sexuais com outras pessoas que não a minha própria ATUAL
PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
30) Eu faltei ao trabalho, ou ainda às aulas, somente para ficar com uma pessoa que
não seja a minha própria ATUAL PARCEIRA e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
31) Eu falei que precisava viajar a trabalho somente para ficar com uma pessoa que não
era a minha ATUAL PARCEIRA e que me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
214
32) Eu menti que precisaria trabalhar até mais tarde, somente para ficar com uma
pessoa que não era a minha ATUAL PARCEIRA e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
33) Eu menti que estava com sua família, e não fiz isso, somente para ficar com uma
pessoa que não era a minha ATUAL PARCEIRA e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
34) Eu continuei a receber ligações de ex-namoradas sem o conhecimento da minha
própria ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
35) Eu beijei na boca uma outra pessoa que não a minha própria ATUAL PARCEIRA.
Eu realizei essa situação em meu ATUAL relacionamento _________ vezes.
215
Anexo 12 - Pesquisa a respeito do ciúme – Versão
atual parceiro - Feminino (segunda etapa).
216
Pesquisa a respeito do ciúme – Etapa final - Feminino
Prezada participante você está participando da etapa final da pesquisa a respeito
do ciúme que pretende ajudar a você e a muitos outros casais que sofrem por não
entenderem o que é o ciúme e quais as conseqüências dele para os
relacionamentos amorosos. O Objetivo desta etapa é saber o quanto variou o seu
ciúme em relação a sua primeira participação e é por isso que você entrará em
contato com algumas das mesmas perguntas que teve contato por ocasião da
primeira etapa. Gostaria, portanto, que você se beneficiasse deste instrumento
para este, ou ainda, para outros relacionamentos amorosos que você possa vir a
ter. Para a realização desta etapa algumas instruções são importantes:
6) Você entrará novamente em contato com dois dos instrumentos que teve
contato na primeira etapa deste teste. Ambos deverão ser respondidos
tendo em mente a pessoa com a qual você estava namorando na época da
testagem (mesmo que esta pessoa, infelizmente não esteja com você no
presente momento);
7) Como são muitos os casais participantes pediremos sua colaboração para
ajudarmos a codificá-los. O processo é simples, e o código gerado deverá
ser colocado no canto superior da página 2, ao lado da data em que você
responder o teste. Você deverá se relembrar do código criado para a
participação do casal. O código será um anagrama, ou seja, uma palavra
inventada a partir dos endereços dos participantes. Tal palavra será
formada, inicialmente, levando-se em consideração que as três primeiras
letras que a comporão serão constituídas das últimas três letras do último
nome da rua do participante do sexo masculino. Assim, por exemplo, se o
participante mora ou morava na Rua Manuel da NóbrEGA, o “EGA” formará
a primeira parte do anagrama. E a segunda parte do anagrama (ou seja, as
três últimas letras que o comporão), será constituída das últimas três letras
do último nome da rua do participante do sexo feminino, Assim, por
exemplo, se a participante morava na Rua Maria da SiLVA, o “LVA
formará a última parte do anagrama, e conseqüentemente o anagrama
formado pelo casal seria “EGALVA”;
8) Ao responder os itens que pedem para você indicam quantas vezes você
fez isso ou aquilo, por favor, não coloque respostas como “algumas vezes”,
“raramente”, “bastante”, “sempre”, “todos os dias”, “poucas vezes”, mas sim
números que mais se aproximam da resposta perguntada, porque suas
respostas somente serão válidas se forem numéricas a fim de serem
contabilizadas.
9) Vale a pena lembrar que NENHUMA DAS INFORMAÇÕES SERÃO
REVELADAS, ou mesmo, discutidas com o outro parceiro, além de você.
Você terá também o direito de saber como ficou o trabalho final no que diz
respeito a esta pesquisa;
10) Qualquer dúvida, por favor, entrar em contato pelo telefone (11-XXXX
XXXX).
Obrigado pela sua participação,
Thiago de Almeida
(psicólogo responsável pela aplicação e correção dos testes desta
pesquisa)
217
Identificação correspondente do casal (anagrama formado): ______________ Data da
segunda coleta ____/____/_____
Primeiro questionário
Este questionário, que você já teve contato anteriormente, contém 52 afirmações. Sua
tarefa para esta etapa consiste em indicar para cada uma das situações especiais
colocadas abaixo a sua opinião a respeito da sua namorada que estava com você em sua
primeira participação nesta pesquisa.
Para responder, escreva no espaço em branco dentro dos parênteses, localizado em frente
a cada item a ser respondido, o número que melhor representa a sua resposta. Para tanto,
você deve dar a cada frase um valor que vai de 1 (um) a 5 (cinco).
Os números significam o seguinte:
1. Discordo completamente
2. Discordo
3. Em dúvida
4. Concordo
5. Concordo completamente
Não existem respostas certas ou erradas: elas são boas se forem respondidas com
sinceridade, isto é, segundo o sentimento que a afirmativa provoca em você. Algumas
dessas situações podem nunca ter ocorrido com você, mas pedimos somente o seu
posicionamento em relação a cada afirmação, ou seja, como você reagiria se estivesse em
meio a situação que lhe será colocada.
01. Em uma boate, é tolerável ele receber um recado pelo alto-falante: "Você está
demais hoje, quero falar com você". ( ).
02. Trocar seu nome pode ser uma questão de esquecimento. ( ).
03. Não há problema algum em encontrar uma fotografia de outra mulher na
carteira dele. ( ).
04. Contar estórias envolvendo romances passados é vergonhoso. ( ).
05. É desagradável ele flertar com outra mulher na sua frente. ( ).
06. Não tem nada de mal ele ir à festa sozinho. ( ).
07. É perfeitamente normal ele elogiar uma amiga sua. ( ).
08. Encontrá-lo com outra num barzinho a deixa chateada. ( ).
09. Fica furiosa quando ele conversa com uma amiga que acha bonita. ( ).
10. É indecente uma mulher se aproximar e conversar com ele. ( ).
11. Você ligar para ele e uma voz feminina não-familiar atender, lhe causa raiva. (
).
12. É inadmissível ficar com ele sem poder tocá-lo por problemas mal resolvidos
numa relação anterior. ( ).
13. É natural ele ter muitas amigas. ( ).
14. É aceitável ele aparecer com perfume estranho na camisa. ( ).
15. Você se importa quando ele fala que já teve momentos muito bons com outra
pessoa. ( ).
16. É natural você deixá-lo em casa e ele voltar para a festa. ( ).
17. Ele preferir ficar com os amigos a ficar com você causa-lhe irritação. ( ).
18. Não tem nada de mal ele freqüentar a casa de uma antiga namorada. ( ).
19. É compreensível ele viajar e não convidar você. ( ).
20. Pouco importa ele receber presentes de uma amiga. ( ).
21. É perfeitamente normal ele conversar longamente com uma amiga. ( ).
22. Causa-lhe desconforto ver que os objetos de uma antiga paixão dele ocupam
mais espaço do que os seus. ( ).
23. É indecente ele beijar suas amigas no rosto. ( ).
218
24. Não há nada de errado preferir fazer um passeio com os amigos a ficar com
você. ( ).
25. Ele ficar trancado no quarto com um amigo lhe causa desconfiança. ( ).
26. Provoca irritações amigas falarem dele com entusiasmo. ( ).
27. É suportável ele ser paquerado por uma amiga sua. ( ).
28. Vocês estarem numa boa e ele sussurrar o nome de outra é compreensível. (
).
29. É aceitável ele fazer elogios à outra mulher na sua frente. ( ).
30. Não tem nada demais as suas amigas freqüentarem a casa dele. ( ).
31. Você fica furiosa se ele começa a dançar com uma amiga sua numa festa. ( ).
32. Causa-lhe incômodo ele parar de demonstrar seus sentimentos. ( ).
33. É extremamente normal que ele peça para você convidar sua melhor amiga
para saírem juntos.( ).
34. É muito chato encontrar um grande número de telefones de mulheres na
agenda dele. ( ).
35. Você o convida para sair, ele dá uma desculpa que não pode ir, mas quando
você chega ao local o encontra lá e isto a deixa indignada. ( ).
36. Causa-lhe incômodo ele se arrumar demais para sair sem você. ( ).
37. É aceitável ele receber constantemente telefonemas de outras mulheres. ( ).
38. Encontrar um isqueiro no bolso dele, sendo que ele não fuma, deixa você
indignada. ( ).
39. Pouco importa ele comparar o relacionamento de vocês com outro que já teve
anteriormente. ( ).
40. É aceitável ele sonhar com outra mulher. ( ).
41. É natural ele passar algumas horas ouvindo música na casa de uma amiga. (
).
42. É indecente ele dar olhadas para outras mulheres em uma festa. ( ).
43. Você fica furiosa quando ele diz que está cansado e tem que ir dormir. ( ).
44. Pouco importa ele dar mais atenção à televisão do que a você. ( ).
45. Causa-lhe desconfiança os dois serem convidados para a festa e ele não
insistir para que você vá. ( ).
46. Não tem nada de mal ele se sentir atraído por uma foto de uma mulher bonita. (
).
47. Combinar um encontro e, por coincidência, achá-lo com outra é normal. ( ).
48. É desagradável ele escutar uma música romântica e dizer que lembra de
alguém especial. ( ).
49. É natural ele ser paquerado por outras mulheres. ( ).
50. É tolerável ele ficar de papo com alguém . ( ).
51. Ele trabalhar num ambiente onde há predominância de mulheres lhe incomoda.
( ).
52. Acredita quando ele diz que foi ao cinema com um amigo. ( ).
219
Segundo questionário
Este questionário contém 35 afirmações que se referem as possíveis
situações referentes a relacionamentos amorosos. Sua tarefa consiste em
indicar quantas vezes essas situações estariam ou não presentes em
relação ao seu relacionamento na época de sua primeira participação neste
teste, ou seja, em relação a pessoa que você namora ainda ou namorava por
ocasião do primeiro contato com este estudo. Então, por gentileza, aponte o
número que estaria mais próximo de quantas vezes você realizou tais
pensamentos, comportamentos e sentimentos abaixo listados durante ESTE
RELACIONAMENTO
. Vale a pena lembrar que o que você responder ESTÁ
SALVAGUARDADO ATÉ MESMO DESTA PESSOA, e assim, você poderá
ficar à vontade para declarar livremente quantas vezes você realizou tais
situações. Por favor, não responda com dizeres tais como “fiz esta situação
algumas vezes, poucas vezes, muitas vezes”. Não existe uma resposta
correta para cada item. A melhor resposta será aquela que de fato ocorreu,
assim, sempre procure indicar o número mais próximo ao ocorrido em cada
situação.
1) Eu mantive contatos virtuais como, por exemplo: bati papo em chats, recebi e-
mails por meio de sites de namoros, mensagens on-line etc, com outra pessoa que
não fosse o meu parceiro com quem estive na época da minha primeira
participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
2) Eu tive pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m) o parceiro com
quem estava na época da minha primeira participação neste estudo, tais como
estar beijando tal pessoa, ouvindo/dizendo frases de conotação amorosa, ou
mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
3) Eu saí para procurar uma outra pessoa que não era o meu parceiro com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo, visando uma
aventura de natureza amorosa, sentimental ou sexual.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
4) Eu fui para algum local, público ou privado, com uma outra pessoa que me
interessava fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente sem o conhecimento
do meu parceiro com quem estava na época da minha primeira participação neste
estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
5) Eu fui para uma danceteria/barzinho com outra pessoa que não foi o parceiro
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo, e que me
despertou interesses sentimentais, amorosos, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
220
6) Enquanto estive com o parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo, em algum momento, beijei na boca uma outra pessoa
que não o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira participação
neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
7) Eu liguei para uma pessoa que me interessou fisicamente, emocionalmente ou
amorosamente, sob qualquer pretexto, e que não era o meu parceiro com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
8) Eu flertei simultaneamente com duas ou mais pessoas enquanto estava com o
próprio relacionamento amoroso com o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo em andamento.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
9) Eu convidei para tomar comigo um lanche, ou ainda, almocei a sós com uma
pessoa que não era o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo e que me atraiu fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
10) Eu liguei para alguém que me interessou sentimentalmente ou fisicamente,
enquanto o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo não estava por perto.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
11) Eu fiquei com uma outra pessoa, numa mesma noite, enquanto esta e o meu
parceiro, com o qual estava na época da minha primeira participação neste estudo
estivemos, estivemos junto em um barzinho ou danceteria.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
12) Eu dei o número do meu próprio celular, ou ainda, do meu telefone residencial,
visando manter contato com alguém que não era o meu parceiro com quem estava
na época da minha primeira participação neste estudo e que me interessou
fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
13) Eu mantive uma aventura amorosa (independentemente da duração) com uma
ou mais pessoas que me interessaram fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente e que não era(m) o meu parceiro com quem estava na época da
minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
14) Eu tive relações sexuais com o meu parceiro com quem estava na época da
minha primeira participação neste estudo enquanto eu estava, nesse momento,
imaginando como seriam as mesmas relações sexuais com uma outra pessoa, que
221
não o meu próprio parceiro e que me atraiu fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
15) Eu liguei para o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo, antes ou depois de ter(tido) um encontro de natureza
sexual ou emocional com alguém que me interessou fisicamente ou
amorosamente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
16) Eu coloquei preservativos na carteira, mochila, bolsa, ou carro, prevendo que
eu poderia vir a me encontrar, e a me envolver sexualmente, com uma outra
pessoa, que não era o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
17) Eu atendi o telefonema de alguma paquera, diante da minha própria parceira
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo, e
dissimulei para esta, pedindo que aquela pessoa ligasse em um outro momento.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
18) Eu menti para o meu própria parceiro com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo que teria um compromisso que me impediria de
vê-lo, para me encontrar com alguém que me atraía fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
19) Eu não tive como ficar sem me relacionar sexualmente com alguém do sexo
oposto, ou do mesmo sexo, que não era o meu próprio parceiro com quem estava
na época da minha primeira participação neste estudo, durante o decurso do nosso
relacionamento amoroso.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
20) Eu combinei de sair com uma outra pessoa atraente enquanto o meu parceiro
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo estava
viajando.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
21) Eu fui para um local escondido com alguém que me atraiu fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente, sem o conhecimento do meu próprio parceiro
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo,
independentemente de ter consumado qualquer ato como, por exemplo, um beijo
na boca.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
22) Eu deixei o celular em baixo volume, ou ainda, não o atendi enquanto estava
com o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira participação
222
neste estudo porque reconheci que tal telefonema era de uma outra pessoa que eu
paquerava.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
23) Eu falei que não poderia sair com ela, somente para sair com uma outra
pessoa que não o meu próprio parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
24) Eu apresentei um amigo que beijava como se fosse um primo para que o meu
parceiro com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo
não pudesse desconfiar disso.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
25) Enquanto estive com meu parceiro com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo, e esta estava conversando com um amigo dele,
comecei a dar mais atenção ao amigo dele do que ao meu próprio parceiro com
quem estava na época da minha primeira participação neste estudo porque o
amigo dele me interessou fisicamente, amorosamente ou sexualmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
26) Eu me permiti ser paquerado por outra pessoa, que me atraia fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente e que não era o meu parceiro com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo, e mesmo assim, não
deixei com que o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo tomasse conhecimento de que isso aconteceu.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
27) Eu simulei uma briga com o meu parceiro com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo, ou ainda, pedi um tempo para ele somente para
poder ficar com uma outra pessoa que não o meu parceiro com quem estava na
época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
28) Eu falei para ele que iria sair com a minha família e saí com outra pessoa que
não o meu próprio parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
29) Eu mantive relações sexuais com outras pessoas que não o meu próprio
parceiro com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
30) Eu faltei ao trabalho, ou ainda às aulas, somente para ficar com uma pessoa
que não seja o meu próprio parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo e que me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
223
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
31) Eu falei que precisava viajar a trabalho somente para ficar com uma pessoa
que não era o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo e que me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
32) Eu menti que precisaria trabalhar até mais tarde, somente para ficar com uma
pessoa que não era o meu parceiro com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo e que me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
33) Eu menti que estava com sua família, e não fiz isso, somente para ficar com
uma pessoa que não era o meu parceiro com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
34) Eu continuei a receber ligações de ex-namorados sem o conhecimento do meu
próprio parceiro com quem estava na época da minha primeira participação neste
estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
35) Eu beijei na boca uma outra pessoa que não o meu próprio parceiro com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação o meu parceiro com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
224
Anexo 13 - Pesquisa a respeito do ciúme – Versão
atual parceira - Masculino (segunda etapa).
225
Pesquisa a respeito do ciúme – Etapa final
Olá. Você está participando da etapa final da pesquisa a respeito do ciúme que
pretende ajudar a você e a muitos outros casais que sofrem por não entenderem o
que é o ciúme e quais as conseqüências dele para os relacionamentos amorosos.
O Objetivo desta etapa é saber o quanto variou o seu ciúme em relação a sua
primeira participação e é por isso que você entrará em contato com algumas das
mesmas perguntas que teve contato por ocasião da primeira etapa. Gostaria,
portanto, que você se beneficiasse deste instrumento para este, ou ainda, para
outros relacionamentos amorosos que você possa vir a ter. Para a realização desta
etapa algumas instruções são importantes:
11) Você entrará novamente em contato com dois dos instrumentos que teve
contato na primeira etapa deste teste. Ambos deverão ser respondidos
tendo em mente a pessoa com a qual você estava namorando na época da
testagem (mesmo que esta pessoa, infelizmente não esteja com você no
presente momento);
12) Como são muitos os casais participantes pediremos sua colaboração para
ajudarmos a codificá-los. O processo é simples, e o código gerado deverá
ser colocado no canto superior da página 2, ao lado da data em que você
responder o teste. Você deverá se relembrar do código criado para a
participação do casal. O código será um anagrama, ou seja, uma palavra
inventada a partir dos endereços dos participantes. Tal palavra será
formada, inicialmente, levando-se em consideração que as três primeiras
letras que a comporão serão constituídas das últimas três letras do último
nome da rua do participante do sexo masculino. Assim, por exemplo, se o
participante mora ou morava na Rua Manuel da NóbrEGA, o “EGA” formará
a primeira parte do anagrama. E a segunda parte do anagrama (ou seja, as
três últimas letras que o comporão), será constituída das últimas três letras
do último nome da rua do participante do sexo feminino, Assim, por
exemplo, se a participante morava na Rua Maria da SiLVA, o “LVA
formará a última parte do anagrama, e conseqüentemente o anagrama
formado pelo casal seria “EGALVA”;
13) Ao responder os itens que pedem para você indicam quantas vezes você
fez isso ou aquilo, por favor, não coloque respostas como “algumas vezes”,
“raramente”, “bastante”, “sempre”, “todos os dias”, “poucas vezes”, mas sim
números que mais se aproximam da resposta perguntada, porque suas
respostas somente serão válidas se forem numéricas a fim de serem
contabilizadas.
14) Vale a pena lembrar que NENHUMA DAS INFORMAÇÕES SERÃO
REVELADAS, ou mesmo, discutidas com o outro parceiro, além de você.
Você terá também o direito de saber como ficou o trabalho final no que diz
respeito a esta pesquisa;
15) Qualquer dúvida, por favor, entrar em contato pelo telefone (11-
XXXXXXXX).
Obrigado pela sua participação,
Thiago de Almeida
(psicólogo responsável pela aplicação e correção dos testes desta
pesquisa)
226
Identificação correspondente do casal (anagrama formado): ______________ Data da
segunda coleta ____/____/_____
Primeiro questionário
Este questionário, que você já teve contato anteriormente, contém 52 afirmações. Sua
tarefa para esta etapa consiste em indicar para cada uma das situações especiais
colocadas abaixo a sua opinião a respeito da sua namorada que estava com você em sua
primeira participação nesta pesquisa.
Para responder, escreva no espaço em branco dentro dos parênteses, localizado em frente
a cada item a ser respondido, o número que melhor representa a sua resposta. Para tanto,
você deve dar a cada frase um valor que vai de 1 (um) a 5 (cinco).
Os números significam o seguinte:
1. Discordo completamente
2. Discordo
3. Em dúvida
4. Concordo
5. Concordo completamente
Não existem respostas certas ou erradas: elas são boas se forem respondidas com
sinceridade, isto é, segundo o sentimento que a afirmativa provoca em você. Algumas
dessas situações podem nunca ter ocorrido com você, mas pedimos somente o seu
posicionamento em relação a cada afirmação, ou seja, como você reagiria se estivesse em
meio a situação que lhe será colocada.
01. Em uma boate, é tolerável ela receber um recado pelo alto-falante: "Você está
demais hoje, quero falar com você".( ).
02. Trocar seu nome pode ser uma questão de esquecimento. ( ).
03. Não há problema algum em encontrar uma fotografia de outro homem na
carteira dela. ( ).
04. Contar estórias envolvendo romances passados é vergonhoso. ( ).
05. É desagradável ela flertar com outro homem na sua frente. ( ).
06. Não tem nada de mal ela ir à festa sozinha. ( ).
07. É perfeitamente normal ela elogiar um amigo seu. ( ).
08. Encontrá-la com outro num barzinho o deixa chateado. ( ).
09. Fica furioso quando ela conversa com um amigo que acha bonito. ( ).
10. É indecente um homem se aproximar e conversar com ela. ( ).
11. Você ligar para ela e uma voz masculina não-familiar atender, lhe causa raiva. (
).
12. É inadmissível ficar com ela sem poder tocá-la por problemas mal resolvidos
numa relação anterior. ( ).
13. É natural ela ter muitos amigos. ( ).
14. É aceitável ela aparecer com perfume estranho na camisa. ( ).
15. Você se importa quando ela fala que já teve momentos muito bons com outra
pessoa. ( ).
16. É natural você deixá-la em casa e ela voltar para a festa. ( ).
17. Ela preferir ficar com as amigas a ficar com você causa-lhe irritação. ( ).
18. Não tem nada de mal ela freqüentar a casa de um antigo namorado. ( ).
19. É compreensível ela viajar e não convidar você. ( ).
20. Pouco importa ela receber presentes de um amigo. ( ).
21. É perfeitamente normal ela conversar longamente com um amigo. ( ).
22. Causa-lhe desconforto ver que os objetos de uma antiga paixão dela ocupam
mais espaço do que os seus.( ).
23. É indecente ela beijar seus amigos no rosto. ( ).
227
24. Não há nada de errado preferir fazer um passeio com as amigas a ficar com
você. ( ).
25. Ela ficar trancada no quarto com uma amiga lhe causa desconfiança. ( ).
26. Provocam irritação amigos falarem dela com entusiasmo. ( ).
27. É suportável ela ser paquerada por um amigo seu. ( ).
28. Vocês estarem numa boa e ela sussurrar o nome de outro é compreensível. (
).
29. É aceitável ela fazer elogios a outro homem na sua frente. ( ).
30. Não tem nada demais os seus amigos freqüentarem a casa dela. ( ).
31. Você fica furioso se ela começa a dançar com um amigo seu numa festa. ( ).
32. Causa-lhe incômodo ela parar de demonstrar seus sentimentos. ( ).
33. É extremamente normal que ela peça para você convidar seu melhor amigo
para saírem juntos. ( ).
34. É muito chato encontrar um grande número de telefones de homens na agenda
dela. ( ).
35. Você a convida para sair, ela dá uma desculpa que não pode ir, mas quando
você chega ao local a encontra lá e isto o deixa indignado. ( ).
36. Causa-lhe incômodo ela se arrumar demais para sair sem você. ( ).
37. É aceitável ela receber constantemente telefonemas de outros homens. ( ).
38. Encontrar um isqueiro na bolsa dela, sendo que ela não fuma, deixa você
indignado. ( ).
39. Pouco importa ela comparar o relacionamento de vocês com outro que já teve
anteriormente. ( ).
40. É aceitável ela sonhar com outro homem. ( ).
41. É natural ela passar algumas horas ouvindo música na casa de um amigo. ( ).
42. É indecente ela dar olhadas para outros homens em uma festa. ( ).
43. Você fica furioso quando ela diz que está cansada e tem que ir dormir. ( ).
44. Pouco importa ela dar mais atenção à televisão do que a você. ( ).
45. Causa-lhe desconfiança os dois serem convidados para a festa e ela não
insistir para que você vá. ( ).
46. Não tem nada de mal ela se sentir atraída por uma foto de um homem bonito. (
).
47. Combinar um encontro e, por coincidência, achá-la com outro é normal. ( ).
48. É desagradável ela escutar uma música romântica e dizer que lembra de
alguém especial.( ).
49. É natural ela ser paquerada por outros homens. ( ).
50. É tolerável ela ficar de papo com alguém . ( ).
51. Ela trabalhar num ambiente onde há predominância de homens lhe incomoda. (
).
52. Acredita quando ela diz que foi ao cinema com uma amiga. ( ).
228
Segundo questionário
Este questionário contém 35 afirmações que se referem as possíveis
situações referentes a relacionamentos amorosos. Sua tarefa consiste em
indicar quantas vezes essas situações estariam ou não presentes em
relação ao seu relacionamento na época de sua primeira participação neste
teste, ou seja, em relação a pessoa que você namora ainda ou namorava por
ocasião do primeiro contato com este estudo. Então, por gentileza, aponte o
número que estaria mais próximo de quantas vezes você realizou tais
pensamentos, comportamentos e sentimentos abaixo listados durante ESTE
RELACIONAMENTO
. Vale a pena lembrar que o que você responder ESTÁ
SALVAGUARDADO ATÉ MESMO DESTA PESSOA, e assim, você poderá
ficar à vontade para declarar livremente quantas vezes você realizou tais
situações. Por favor, não responda com dizeres tais como “fiz esta situação
algumas vezes, poucas vezes, muitas vezes”. Não existe uma resposta
correta para cada item. A melhor resposta será aquela que de fato ocorreu,
assim, sempre procure indicar o número mais próximo ao ocorrido em cada
situação.
1) Eu mantive contatos virtuais como, por exemplo: bati papo em chats, recebi e-
mails por meio de sites de namoros, mensagens on-line etc, com outra pessoa que
não fosse a minha parceira com quem estive na época da minha primeira
participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
2) Eu tive pensamentos com outra(s) pessoa(s) que não era(m) a parceira com
quem estava na época da minha primeira participação neste estudo, tais como
estar beijando tal pessoa, ouvindo/dizendo frases de conotação amorosa, ou
mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
3) Eu saí para procurar uma outra pessoa que não era a minha parceira com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo, visando uma
aventura de natureza amorosa, sentimental ou sexual.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
4) Eu fui para algum local, público ou privado, com uma outra pessoa que me
interessava fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente sem o conhecimento
da minha parceira com quem estava na época da minha primeira participação
neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
5) Eu fui para uma danceteria/barzinho com outra pessoa que não foi a parceira
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo, e que me
despertou interesses sentimentais, amorosos, ou mesmo de natureza sexual.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
229
6) Enquanto estive com a parceira com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo, em algum momento, beijei na boca uma outra pessoa
que não a minha parceira com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
7) Eu liguei para uma pessoa que me interessou fisicamente, emocionalmente ou
amorosamente, sob qualquer pretexto, e que não era a minha parceira com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
8) Eu flertei simultaneamente com duas ou mais pessoas enquanto estava com o
próprio relacionamento amoroso com a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo em andamento.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
9) Eu convidei para tomar comigo um lanche, ou ainda, almocei a sós com uma
pessoa que não era a minha parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo e que me atraiu fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
10) Eu liguei para alguém que me interessou sentimentalmente ou fisicamente,
enquanto a minha parceira com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo não estava por perto.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
11) Eu fiquei com uma outra pessoa, numa mesma noite, enquanto esta e a minha
parceira, com o qual estava na época da minha primeira participação neste estudo
estivemos, estivemos junto em um barzinho ou danceteria.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
12) Eu dei o número do meu próprio celular, ou ainda, do meu telefone residencial,
visando manter contato com alguém que não era a minha parceira com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo e que me interessou
fisicamente, amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
13) Eu mantive uma aventura amorosa (independentemente da duração) com uma
ou mais pessoas que me interessaram fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente e que não era(m) a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
14) Eu tive relações sexuais com a minha parceira com quem estava na época da
minha primeira participação neste estudo enquanto eu estava, nesse momento,
imaginando como seriam as mesmas relações sexuais com uma outra pessoa, que
230
não o meu próprio parceiro e me atraiu fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
15) Eu liguei para a minha parceira com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo, antes ou depois de ter(tido) um encontro de natureza
sexual ou emocional com alguém que me interessou fisicamente ou
amorosamente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
16) Eu coloquei preservativos na carteira, mochila, bolsa, ou carro, prevendo que
eu poderia vir a me encontrar, e a me envolver sexualmente, com uma outra
pessoa, que não era a minha parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
17) Eu atendi o telefonema de alguma paquera, diante da minha própria parceira
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo, e
dissimulei para esta, pedindo que aquela pessoa ligasse em um outro momento.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
18) Eu menti para a minha própria parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo que teria um compromisso que me impediria de
vê-la, para me encontrar com alguém que me atraía fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
19) Eu não tive como ficar sem me relacionar sexualmente com alguém do sexo
oposto, ou do mesmo sexo, que não era a minha própria parceira com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo, durante o decurso
do nosso relacionamento amoroso.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
20) Eu combinei de sair com uma outra pessoa atraente enquanto a minha parceira
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo estava
viajando.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
21) Eu fui para um local escondido com alguém que me atraiu fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente, sem o conhecimento da minha própria
parceira com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo,
independentemente de ter consumado qualquer ato como, por exemplo, um beijo
na boca.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
22) Eu deixei o celular em baixo volume, ou ainda, não o atendi enquanto estava
com a minha parceira com quem estava na época da minha primeira participação
231
neste estudo porque reconheci que tal telefonema era de uma outra pessoa que eu
paquerava.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
23) Eu falei que não poderia sair com ela, somente para sair com uma outra
pessoa que não a minha própria parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
24) Eu apresentei uma amiga que beijava como se fosse uma prima para que a
minha parceira com quem estava na época da minha primeira participação neste
estudo não pudesse desconfiar disso.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
25) Enquanto estive com minha parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo, e esta estava conversando com uma amiga
dela, comecei a dar mais atenção à amiga dela do que a minha própria parceira
com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo porque a
amiga dela me interessou fisicamente, amorosamente ou sexualmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
26) Eu me permiti ser paquerado por outra pessoa, que me atraia fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente e que não era a minha parceira com quem
estava na época da minha primeira participação neste estudo, e mesmo assim, não
deixei com que a minha parceira com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo tomasse conhecimento de que isso aconteceu.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
27) Eu simulei uma briga com a minha parceira com quem estava na época da
minha primeira participação neste estudo, ou ainda, pedi um tempo para ela
somente para poder ficar com uma outra pessoa que não a minha parceira com
quem estava na época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
28) Eu falei para ela que iria sair com a minha família e saí com outra pessoa que
não a minha própria parceira com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
29) Eu mantive relações sexuais com outras pessoas que não a minha própria
parceira com quem estava na época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
30) Eu faltei ao trabalho, ou ainda às aulas, somente para ficar com uma pessoa
que não seja a minha própria parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
232
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
31) Eu falei que precisava viajar a trabalho somente para ficar com uma pessoa
que não era a minha parceira com quem estava na época da minha primeira
participação neste estudo e que me interessou fisicamente, amorosamente ou
sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
32) Eu menti que precisaria trabalhar até mais tarde, somente para ficar com uma
pessoa que não era a minha parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
33) Eu menti que estava com sua família, e não fiz isso, somente para ficar com
uma pessoa que não era a minha parceira com quem estava na época da minha
primeira participação neste estudo e que me interessou fisicamente,
amorosamente ou sentimentalmente.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
34) Eu continuei a receber ligações de ex-namoradas sem o conhecimento da
minha própria parceira com quem estava na época da minha primeira participação
neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
35) Eu beijei na boca uma outra pessoa que não a minha própria parceira com
quem estava na época da minha primeira participação neste estudo.
Eu realizei essa situação em relação a minha parceira com quem estava na época
da minha primeira participação neste estudo _________ vezes.
233
Anexo 14 - Perfil do entrevistado da pesquisa (entrevista com
o pesquisador).
234
Data da primeira coleta ____/____/___ Data da segunda coleta ___/___/___
1) Identificação correspondente do participante: __________________________________
2) Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino
3) Idade: _____ anos.
4) Renda mensal
25
dos pais (ou das pessoas que sustentam o(a) participante):
( ) até 3 Salários Mínimos.
( ) 4 à 6 Salários Mínimos .
( ) 7 à 10 Salários Mínimos .
( ) 11 à 25 Salários Mínimos.
( ) Acima de 25 Salários Mínimos.
5) Quantas vezes você: Já namorou?_________vezes. Já ficou? ______________ vezes.
6) Você já se iniciou sexualmente? ( ) Sim ( ) Não.
7) Qual o número de parceiros(as) sexuais que você já teve?_____________ parceiros(as).
8) Até o presente momento, você poderia dizer que já amou _________________ vezes.
Caracterização do relacionamento em relação A(O) PARCEIRO(A) ANTERIOR:
1) Tempo de duração do mais recente relacionamento (em meses): ___________
2) Grau de comprometimento para este relacionamento amoroso: ( ) Baixo ( ) Médio
( ) Alto
3) Existia entre vocês um compromisso de exclusividade? ( ) Sim ( ) Não
4) Você traiu seus(suas) ex-parceiros(as): ( ) Sim. Quantas
vezes aproximadamente?_____- vezes.( ) Nunca trai meus(minhas) ex-parceiros(as).
5) Você poderia dizer que em relação a(o) parceiro(a) anterior, você:
( ) o(a) amava.
( ) você estava apaixonado por ele(a).
( ) n.d.a.
Caracterização do relacionamento em relação A(O) ATUAL PARCEIRO(A):
1) Tempo de duração do atual relacionamento amoroso (em meses): _________
2) Grau de comprometimento para este relacionamento amoroso: ( ) Baixo
( ) Médio ( ) Alto
3) Existe entre vocês um compromisso de exclusividade? ( ) Sim ( ) Não
4) Vo já traiu seu(sua) atual parceiro(a)? ( )Sim,
Com que freqüência?__- vezes ( )Não.
5) Avaliação do parceiro(a)
Fisicamente meu parceiro(a) de 0 a 10 é ____. Psicologicamente meu parceiro(a) de 0 a 10
é ____.
6) Própria avaliação
Fisicamente de 0 a 10eu me considero ____. Psicologicamente de 0 a 10 eu me considero
____.
AVALIAÇÃO DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL
1) Escores no teste ECR:
Ameaça Vs. Não ameaça ______: Interpretação:__________________________
Dor: ______: Interpretação:___________________________________________
Raiva: ______: Interpretação:_________________________________________
Aceitação______: Interpretação:_______________________________________
2) Número de comportamentos assinalados no inventário de comportamentos
relacionados à infidelidade em relação ao(à) parceiro(a) anterior:
_______________________________
3) Número de comportamentos assinalados no inventário de comportamentos
relacionados à infidelidade em relação ao(à) atual parceiro(a):
__________________________________
25
Observação: Salário mínimo, desde 01/06/2005, compreendido em RS
300,00.
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