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DEGRADABILIDADE IN SITU E
DIGESTIBILIDADE
IN VIVO DE FENO DE
BRACHIARIA SUPLEMENTADO COM
ENERGIA E PROTEÍNA
LEANDRO SÂMIA LOPES
2007
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LEANDRO SÂMIA LOPES
DEGRADABILIDADE
IN SITU E DIGESTIBILIDADE IN VIVO DE
FENO DE BRACHIÁRIA SUPLEMENTADO COM ENERGIA E
PROTEÍNA
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em Zootecnia, área
de concentração em Nutrição de Ruminantes,
para a obtenção do título de “Mestre”.
Orientador
Prof. Paulo César de Aguiar Paiva
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
2007
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Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Lopes, Leandro Sâmia
Degradabilidade
in situ e digestibilidade de feno de brachiária
suplementado com energia e proteína / Leandro Sâmia Lopes. -- Lavras:
UFLA, 2007.
44 p. : il.
Orientador: Paulo César de Aguiar Paiva.
Dissertação (Mestrado) - UFLA.
Bibliografia.
1. Bovino. 2. Suplementação. 3. Degradabilidade. 4. Digestibilidade. I.
Universidade Federal de Lavras. II. Título.
CDD-636.208551
LEANDRO SÂMIA LOPES
DEGRADABILIDADE
IN SITU E DIGESTIBILIDADE IN VIVO DE
FENO DE BRACHIÁRIA SUPLEMENTADO COM ENERGIA E
PROTEÍNA
Dissertação apresentada à Universidade Federal
de Lavras como parte das exigências do
Programa de Pós-graduação em Zootecnia, área
de concentração em Nutrição de Ruminantes,
para a obtenção do título de “Mestre”.
APROVADA em 1
o
de março de 2007
Prof. Antônio Ricardo Evangelista - UFLA
Prof. Juan Ramon Olalquiaga Perez - UFLA
Pesq. Dr. Adauto Ferreira Barcelos - EPAMIG/CTSM
Prof. Paulo César de Aguiar Paiva
UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
DEDICATÓRIA
A minha mãe, Mirian Junqueira Sâmia,
minha irmã, Stefânia Sâmia Soldi e
a minha avó, Cleuza Junqueira Sâmia,
com gratidão, pelos ensinamentos dados
durante toda minha vida, pelo apoio
em mais esta conquista na minha vida e
por jamais deixarem de acreditar em mim,
DEDICO
A Eloah e seus familiares, pela força e
exemplos de superação demonstrados a
cada dia, e todos os amigos que, de alguma
forma, contribuíram para que eu
conseguisse mais esta vitória.
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Lavras, pela oportunidade.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Científico
(CNPq), pela concessão da bolsa de estudos.
Ao Departamento de Zootecnia, por ter ajudado no financiamento do
projeto.
Ao professor Paulo César de Aguiar Paiva, pelos ensinamentos e
amizade durante a orientação.
Aos professores Antônio Ricardo Evangelista e Juan Ramón Olalquiaga
Pérez, e ao Pesquisador Adauto Ferreira Barcelos, pelos ensinamentos, amizade
e sugestões apresentadas.
Aos estagiários Fábio Henrique Gomes Cardoso, Tatiana Barbosa dos
Santos Silva, Ana Paula Cardoso Gomide, João Irineu da Mata Júnior,
Alexandre Arbex de Castro Vilas Boas e Harry Sousa Paiva.
Aos funcionários do Laboratório de Pesquisa Animal do Departamento
de Zootecnia da UFLA, Márcio dos Santos Nogueira, Eliana Maria dos Santos e
Suelba Ferreira de Souza, pela amizade e auxílio durante as análises
bromatológicas.
A todos os meus amigos que participaram, diretamente ou indiretamente,
deste trabalho.
A Deus, por ter me iluminado a cada dia
Obrigado a todos vocês!
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................... I
LISTA DE TABELAS .......................................................................................II
LISTA DE FIGURAS...................................................................................... III
RESUMO.......................................................................................................... IV
ABSTRACT........................................................................................................V
1 INTRODUÇÃO................................................................................................1
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..........................................................................2
2.1 Qualidade de forragens tropicais ....................................................................2
2.2 Suplementação................................................................................................3
2.3 Degradabilidade
“in situ”...............................................................................5
2.4 Digestibilidade
“in vivo”................................................................................7
3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................9
3.1 Local e dados climáticos.................................................................................9
3.2 Tratamentos ....................................................................................................9
3.3 Análises laboratoriais....................................................................................11
3.4 Experimento 1 – Degradabilidade
in situ......................................................12
3.4.1 Animais......................................................................................................12
3.4.2 Manejo experimental .................................................................................12
3.4.3 Determinação da degradabilidade
in situ...................................................12
3.4.4 Cálculos e análise estatística......................................................................14
3.5 Experimento 2 – Digestibilidade
in vivo.......................................................17
3.5.1 Animais......................................................................................................17
3.5.2 Manejo experimental .................................................................................17
3.5.3 Determinação da digestibilidade
in vivo....................................................17
3.5.4 Cálculo da digestibilidade dos nutrientes ..................................................18
3.5.5 Delineamento e análise estatística .............................................................19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................20
4.1 Degradabilidade da matéria seca ..................................................................20
4.2 Degradabilidade da proteína bruta................................................................23
4.3 Degradabilidade da fibra em detergente neutro............................................26
4.4 Digestibilidade in vivo..................................................................................29
5 CONCLUSÃO................................................................................................32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................33
ANEXO..............................................................................................................40
i
LISTA DE ABREVIATURAS
‘a’ – fração solúvel
‘b’ – fração insolúvel potencialmente degradável
‘c’ – taxa de degradação
FI – fração indegradável
DP – degradabilidade potencial
DE – degradabilidade efetiva
MS – matéria seca
PB – proteína bruta
FDN – fibra em detergente neutro
%PV – porcentagem do peso vivo
DMS – degradabilidade da matéria seca
DPB – degradabilidade da proteína bruta
DFDN – degradabilidade da fibra em detergente neutro
ii
LISTA DE TABELAS
Pág.
TABELA 1.1.
Composição dos tratamentos experimentais, em porcentagem.
10
TABELA 1.2.
Composição da mistura mineral.................................................
11
.
TABELA 1.3.
Valores médios da fração solúvel (a), insolúvel potencialmente
degradável (b), taxa de degradação (c), fra
ção não degradável
(FI), degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva
(DE) da matéria seca de forragens incubadas no rúmen de
animais submetidos a diferentes suplementações. .
.......................................................................
20
TABELA 1.4.
Valores médios da fração solúvel (a), insolúvel potencialmente
degradável (b), taxa de degradação (c), fração não degradável
(FI), degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva
(DE) da proteína bruta de forragens incubada
s no rúmen de
animais submetidos a diferentes suplementações.
......................................................................... 24
TABELA 1.5.
Valores médios da fração solúvel (a), insolúvel potencialmente
degradável (b), taxa de degradação (c
), fração não degradável
(FI), degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva
(DE) da fibra em detergente neutro de forragens incubadas no
rúmen de animais submetidos a diferentes suplementações.
........................................................
26
TABELA 1.6.
Valores médios de digestibilidade da matéria seca (DMS), da
proteína bruta (DPB) e da fibra em detergente neutro (DFDN)
de forragens em novilhos submetidos a diferentes
suplementações. .........................................................................
30
iii
LISTA DE FIGURAS
Pág.
FIGURA 1.1.
Curva de degradação da matéria seca da forragem em função do
tempo de incubação para os diferentes tratamentos. ....................
22
FIGURA 1.2.
Curva de degradação da prote
ína bruta da forragem em função
do tempo de incubação para os diferentes tratamentos. ...............
25
FIGURA 1.3.
Curva de degradação da fibra em detergente neutro da forragem
em função do tempo de incubação para os diferentes
tratamentos. ..................................................................................
28
iv
RESUMO
LOPES, Leandro Sâmia. Degradabilidade in situ e digestibilidade in vivo de
feno de brachiária suplementado com energia e proteína.
2007. 44 p.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras,
MG.
1
Foram conduzidos dois experimentos, no Setor de Bovinocultura do
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, com o objetivo
de determinar a degradabilidade e a digestibilidade da matéria seca (MS),
proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN) do feno de brachiária
,
suplementado com energia e proteína. Foram avaliadas quatro alternativas de
suplementação para o ensaio de degradabilidade
in situ e para a digestibilidade
in vivo. Os tratamentos foram elaborados com sal comum, uréia e mistura
mineral, acrescidos de milho e ou farelo de soja. O tratamento 1 foi considerado
como tratamento controle, recebendo apenas sal comum, mistura mineral e
uréia.Os demais tratamentos receberam energia, proteína verdadeira e energia e
proteína verdadeira, respectivamente. A técnica de degradabilidade
in situ foi
realizada segundo metodologia descrita por Orskov & McDonald (1979) e a
técnica de digestibilidade conforme metodologia descrita por Zinn et al. (1994).
Para a degradabilidade da matéria seca, somente a fração solúvel apresentou
diferença (P<0,05) entre os tratamentos. Entretanto, para proteína, esta fração
não apresentou diferença (P>0,05), sendo a fração insolúvel potencialmente
degradável e a degradabilidade efetiva (DE) da proteína, diferente (P<0,05) para
os tratamentos analisados. A degradabilidade da fibra em detergente neutro
diferiu (P<0,05) apenas em relação à fração solúvel e a DE. Para o ensaio de
digestibilidade, verificaram-se diferenças (P<0,05), entre os tratamentos, para a
digestibilidade da MS, PB e da FDN. Conclui-se que a suplementações na ração
com fonte energética, protéica e energética protéica proporcionou maior
degradabilidade e maior digestibilidade da matéria seca, proteína bruta e da fibra
em detergente neutro, no feno de
Brachiaria decumbens de baixa qualidade.
1
Comitê Orientador: Paulo César de Aguiar Paiva - UFLA (Orientador), Antônio
Ricardo Evangelista - UFLA; Adauto Ferreira Barcelos – EPAMIG/CTSM.
v
ABSTRACT
LOPES, Leandro Sâmia. In situ degradability and in vivo digestibility of
brachiaria hay supplemented with energy and protein.
2007. 44 p.
Dissertation (Master in Animal Science) Federal University of Lavras, Lavras,
MG.
1
Two experiments were conducted in the Cattle Production Sector of the Animal
Science Department of the Federal University of Lavras with the purpose of
determining the degradability and digestibility of dry matter (DM), crude protein
(CP) and neutral detergent fiber (NDF) of brachiaria hay supplemented with
energy and protein. Four supplementation alternatives for the in situ
degradability and in vivo digestibility trial were evaluated. The treatments were
performed with common salt, urea and mineral mixture added of corn and/or
soybean meal. Treatment 1 was regarded as the control treatment, receiving only
common salt, mineral mixture and urea. The other treatments were given energy,
true protein and energy and true protein, respectively. The in situ degradability
technique was accomplished according to the methodology reported by Orskov
& McDonald (1979) and digestibility technique according to the methodology
reported by Zinn et al. (1994). For the dry matter degradability, only the soluble
fraction presented difference (P<0.05) among the treatments. However, for
protein, this fraction did not present any difference (P>0.05) but the potentially
degradable insoluble fraction and effective degradability (ED) of protein being
different (P<0.05) for the studied treatments. The neutral detergent fiber
degradability differed (P<0.05) only relative to the soluble fraction and ED. For
the digestibility trial, differences (P<0.05) were found among the treatments for
the digestibility of DM, CP and NDF. It follows that the supplementation in the
ration with energy, protein and protein energy source provided higher
degradability and greater digestibility of dry matter, crude protein and neutral
detergent fiber in the poor quality
Brachiaria decumbens hay.
1
Guidance Committee: Paulo César de Aguiar Paiva - UFLA (Adviser), Antônio
Ricardo Evangelista - UFLA; Adauto Ferreira Barcelos – EPAMIG/CTSM.
1
1 INTRODUÇÃO
O aumento na maturidade das pastagens, usualmente, corresponde a um
decréscimo na digestibilidade e no consumo, a um menor teor de proteína e ao
aumento da fibra dietética. A melhoria de produtividade dos rebanhos bovinos
requer a correção das deficiências de natureza múltipla que as forrageiras
apresentam durante a época seca.
A utilização de suplementação para bovinos a pasto vem sendo
pesquisada como alternativa dentro de diferentes situações de produção. Uma
estratégia de suplementação adequada seria aquela destinada a maximizar o
consumo e a digestibilidade da forragem disponível. Nesta situação, devem ser
levadas em consideração as exigências dos microrganismos do rúmen e as dos
animais.
A determinação do consumo de matéria seca é essencial para a
identificação da quantidade de nutrientes ingeridos diariamente pelo animal e,
conseqüentemente, possibilita o fornecimento da suplementação adequada.
Maior consumo e melhor eficiência de utilização dos nutrientes resultam em
maior produtividade dos animais.
Objetivou-se, com este trabalho, determinar a degradabilidade e a
digestibilidade da matéria seca (MS), da proteína bruta (PB) e da fibra em
detergente neutro (FDN) do feno de
Brachiaria decumbens, com diferentes
suplementos múltiplos.
2
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Qualidade de forragens tropicais
O sistema de produção de bovinos, no Brasil, é baseado na exploração de
pastagem, considerada a principal e mais econômica fonte de nutrientes. Dos
171 milhões de hectares de pastagens implantadas no país (Schunke, 1998),
aproximadamente 70 milhões de hectares são formados com forrageiras do
gênero
Brachiaria (Lourenço & Carriel, 1997), sendo, aproximadamente, 95%
do rebanho de bovinos de corte mantido em regime de pastagem (ANUALPEC,
2000).
O manejo da pastagem deve feito com o objetivo de suprir as exigências
nutricionais dos animais, apesar das flutuações estacionais e anuais na produção
de forragem.
As gramíneas tropicais apresentam limitações quanto ao aspecto
qualitativo, devido ao ritmo de crescimento, que provoca significativa redução
no conteúdo celular e expressivo aumento na parede celular, com reflexos na
disponibilidade e nos teores de proteína e energia necessários ao desempenho
animal (Oliveira, 2002).
Muitas variáveis, portanto, afetam a eficiência do uso de um volumoso.
A ingestão de matéria seca é um dos fatores determinantes do desempenho
animal, sendo o ponto inicial para o fornecimento de nutrientes, principalmente
de energia e proteína, necessários para o atendimento das exigências de
mantença e de produção, enquanto a digestibilidade e a utilização dos nutrientes
representam a descrição qualitativa do consumo (Noller et al., 1997).
A qualidade de uma forragem é alterada à medida que a planta
amadurece e coincide com o início da estação da seca. As alterações na planta
3
consistem em alongamento das hastes e floração, resultando em aumentos no
teor de fibra, queda no teor de proteína, diminuição na digestibilidade
in vitro da
matéria orgânica, com conseqüente redução no consumo (Euclides, 1998).
Uma das estratégias para corrigir a defasagem de forragem no período
seco seria vedar determinadas áreas à entrada de animais na estação chuvosa,
permitindo acumular forragem para a utilização em estação seca (Costa et al.,
1993). À medida que aumenta a disponibilidade de forragem por animal,
permite-se o pastejo seletivo, fazendo com que a qualidade da forragem ingerida
seja superior à da forragem anteriormente disponível (Silva, 1993).
Para atender ao crescimento e ao ganho de peso, as exigências
nutricionais do animal em pastejo são contínuas e devem ser alcançadas por
meio do consumo diário de matéria seca da pastagem.
Entretanto, à medida em que a pastagem vai perdendo qualidade, maior
deve ser o consumo de MS, para compensar esta perda de nutrientes. Como o
consumo depende da taxa de digestão e, conseqüentemente, da taxa de fluxo da
MS para fora do rúmen, ambos os processos são limitados pela qualidade da
pastagem. O consumo real acaba ficando bastante abaixo do consumo exigido e,
como conseqüência, o resultado é uma redução no desempenho animal (Prates,
1999).
2.2 Suplementação
A estacionalidade na produção de forragens, com grande produção no
período das águas (cerca de 80%) e deficiência no período das secas (Pedreira,
1973), reflete, de maneira significativa, na produção animal, tornando-se
necessária a suplementação para os animais a pasto.
4
Além da menor oferta de alimento no pasto, o animal dispõe de uma
forragem de baixa qualidade. Como conseqüência, os animais consomem menos
matéria seca do que em épocas mais favoráveis e o que ingerem é de qualidade
insatisfatória, resultando, invariavelmente, em perda em peso, às vezes, até em
morte, devido ao déficit energético, protéico, mineral e vitamínico (Tosi, 1997).
Quando as forrageiras não são suficientes ou não contêm nutrientes
essenciais em proporções adequadas, de modo a atender às exigências dos
microrganismos do rúmen e dos animais, a suplementação de natureza múltipla,
envolvendo a associação de fontes de nitrogênio solúvel, com minerais fontes de
proteínas verdadeiras e energia, passa a ser opção recomendável, favorecendo o
aumento do consumo de matéria seca, devido à maior digestibilidade,
crescimento e produção animal (Euclides et al., 2001).
A mistura sal-uréia-mineral é útil na mantença de animais e constitui um
dos métodos mais simples e econômicos a serem utilizados quando se busca a
adaptação dos bovinos ao uso da uréia (Paulino, 1999).
Deve-se definir com clareza o objetivo da suplementação dentro do
sistema de produção. O aporte de nutrientes via suplementação pode visar níveis
diferenciados de desempenho pelos animais, desde a simples mantença de peso,
passando por ganhos moderados de 200 a 300g/animal/dia.
Além disso, uma composição equilibrada evita que o animal crie
dependência pelo suplemento e apresenta aspectos positivos, sob o ponto de
vista nutricional, tais como sincronia de energia-amônia, equilíbrio de pH e
amônia, dentre outros (Gonçalves, 2003).
As necessidades de nitrogênio degradável no rúmen podem ser atendidas
com nitrogênio protéico ou nitrogênio não protéico. Existem evidentes
vantagens em se usar uréia como fonte de nitrogênio para ruminantes,
principalmente o baixo custo unitário do nitrogênio (Paulino et al., 1995).
5
Atualmente, tende-se a suprir, por meio da suplementação, 100% das
exigências de sódio, de microminerais e de nitrogênio degradável no rúmen,
além de cerca de 80% a 100% da proteína total e de cerca de 60% da exigência
de fósforo.
O fornecimento de proteína e energia suplementar, em dietas de baixa a
média qualidade, aumentam a atividade microbiana, a taxa de fermentação e a
taxa de passagem da digesta pelo trato digestivo. Desse modo, aumentam o
consumo voluntário e a digestibilidade da forragem, além da produção de ácidos
graxos voláteis, pela digestão da fração fibrosa, incrementando energia para a
dieta do animal em pastejo (Paulino, 2001).
Segundo Oliveira (2002), o uso de suplementação para bovinos de corte
a pasto, de natureza múltipla e de baixo consumo, contendo minerais, uréia,
milho e farelo de soja, não alterou o ambiente ruminal a ponto de modificar os
padrões de fermentação.
2.3 Degradabilidade “in situ”
O uso da técnica in situ remonta aos anos 1930, quando Quinn et al.
(1938) utilizaram este método para investigar a digestão dos alimentos em sacos
cilíndricos de seda no rúmen de ovinos fistulados. Posteriormente, este método
foi aperfeiçoado, e, atualmente, utilizam-se sacos de poliéster, os quais são mais
baratos e possui menor teor de nitrogênio (Mehez & Orskov, 1977).
O método
in situ consiste em colocar certa quantidade de amostra dentro
de sacos de náilon, bem fechados e incubá-los no rúmen por diferentes períodos
de tempo (McQueen et al., 1980).
A degradabilidade
in situ permite determinar, simultaneamente, a
quantidade de forragem que é digerida e a taxa em que esta digestão se realiza
6
(Ruiz & Ruiz, 1990). Esta técnica consiste em colocar em suspensão os
alimentos dentro do rúmen, permitindo o contato íntimo do alimento com o
ambiente ruminal. Esta é a melhor forma de simulação dentro de um regime
alimentar (temperatura, pH, substrato tampão, enzimas), embora o alimento não
esteja sujeito a eventos digestivos, como a mastigação, a ruminação e a
passagem (Van Soest, 1994).
Para avaliar a degradabilidade
in situ, Nocek (1985) e Nocek (1988)
sugerem o uso de náilon com porosidade entre 40 a 60µm, tamanho da partícula
de 5 mm para volumosos, relação do peso da amostra por área de superfície do
saco de 10 a 20mg/cm
2
, introdução dos sacos na posição ventral do rúmen, em
diferentes horários e retirada simultânea para diminuir o erro experimental.
Esta técnica é considerada apropriada para a determinação do
desaparecimento ruminal dos alimentos (Arieli et al., 1989) e fornece uma
estimativa da proporção do alimento, que é rapidamente fermentado, e a taxa de
degradação dos componentes insolúveis, que são susceptíveis de fermentação no
rúmen (Resende et al., 1996).
A qualidade de uma forragem pode, segundo Orskov (1986), ser
expressa pela extensão da digestão potencial que determina a quantidade de
matéria indigerível, que ocupa espaço no rúmen, pela taxa de fermentação que
influencia o tempo em que a fração digestível ocupa espaço no rúmen e pela taxa
de redução do tamanho de partícula. Essas duas primeiras características podem
ser estimadas por meio da técnica do saco de náilon.
Os nutrientes podem ser classificados, quanto à disponibilidade ruminal,
em, pelo menos, três frações: a) solúvel, b) degradável e c) não degradável. A
técnica
in situ visa quantificar essas frações e determinar a taxa de degradação
da fração ‘b’ (Van Soest, 1994).
7
A técnica tem facilidades e rapidez em estimar a degradação dos
substratos, permitindo acompanhar a degradabilidade ao longo do tempo
(Mehrez & Orskov, 1977). Orskov (1988) sugere que fenos, palhas e outros
materiais fibrosos requerem tempo de incubação mais longo (72 a 96 horas),
enquanto, para alimentos menos fibrosos, os intervalos de incubação são
menores, de 36 a 48 horas.
Os principais fatores inerentes à técnica, que ocasionam grandes
variações na degradabilidade estimada, estão relacionados aos procedimentos no
preparo do saco que conterá a amostra (tipo de tecido, tamanho do poro, área
superficial e lavagem dos sacos), ao preparo e manipulação da amostra (peso,
tamanho de partícula e contaminação microbiana da amostra), ao animal
(espécie e estado fisiológico) e à natureza da dieta (Uden & Van Soest, 1984;
Nocek, 1985).
2.4 Digestibilidade “in vivo”
A digestibilidade “in vivo” parece ser a técnica mais adequada para a
avaliação dos alimentos, pois ela fornece os resultados que realmente ocorrem
no organismo animal e promove uma idéia mais próxima dos resultados obtidos
na aplicação prática.
Quando os alimentos que atravessam o tubo digestivo não são utilizados
integralmente, uma parte é excretada sem ter fornecido nada ao organismo.
Portanto, torna-se fundamental a avaliação destas perdas para a avaliação da
digestibilidade (Andriguetto, 1986).
A digestibilidade do alimento é, basicamente, sua capacidade de permitir
que o animal utilize, em maior ou menor escala, seus nutrientes. A digestão é
um processo de conversão de macromoléculas do alimento para compostos
8
simples que podem ser absorvidos em alguns locais do trato gastrintestinal.
Assim, medidas de digestibilidade têm contribuído significativamente para o
desenvolvimento de sistemas que descrevem o valor nutritivo dos alimentos
(Van Soest, 1994).
A determinação da digestibilidade é, reconhecidamente, a primeira
aproximação na obtenção das estimativas dos parâmetros do valor nutritivo dos
alimentos, sendo influenciada por efeitos associativos, nível de consumo, taxa de
passagem e interações destes fatores (Cochran et al., 1986).
A técnica de determinação de digestibilidade pelo método de indicadores
foi desenvolvida considerando-se a impossibilidade de se coletar o total de fezes
excretadas.
Como artifícios indiretos na determinação da digestibilidade, a medição
do consumo de animais pode ser feita com a utilização de indicadores externos,
como o óxido crômico (Lima et al., 1980). Este indicador apresenta
características de uma substância que passa pelo sistema digestivo com
velocidade mais ou menos igual à do alimento, não é absorvido, não ocasiona
dano ao animal e é de fácil determinação (Hardison et al., 1959; Silva et al.,
1968).
O óxido crômico, apesar de apresentar alguns problemas, como
recuperação diferente de 100%, variação na recuperação fecal entre animais e
concentração nas fezes variável no decorrer do dia, é o marcador externo mais
comumente empregado em estudos de digestão, por ser de baixo custo, ser
rapidamente incorporado à dieta e analisado com relativa facilidade
(Titgemeyer, 1997).
9
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local e dados climáticos
Os experimentos foram conduzidos no Setor de Bovinocultura do
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras. Iniciado na
ultima semana do mês de agosto de 2005, estendeu-se até o meio do mês de
novembro de 2005.
Lavras se localiza a 21º14 “de latitude Sul, 45º 00” de longitude Oeste, a
altitude média 910 m, apresentando precipitação anual de 1.493,2 mm e
temperatura média, máxima e mínima, de 26,00
o
C e 14,66
o
C, respectivamente.
O clima da região é classificado como do tipo CWB (Ometto, 1981), tendo duas
estações distintas: chuvosa, de novembro a abril e seca, de maio a outubro.
3.2 Tratamentos
Foram avaliadas quatro alternativas de suplementação no ensaio de
degradabilidade
in situ de digestibilidade in vivo. Os tratamentos foram
elaborados com sal comum e mistura mineral e acrescidos de milho, uréia e
farelo de soja (Tabela 1) e a forragem utilizada apresentou, em média, 5,7%PB,
77,3%FDN e 91,0%MS.
A composição dos tratamentos encontra-se na Tabela 1.1
10
TABELA 1.1 Composição dos tratamentos experimentais, em porcentagem.
Tratamentos
Ingredientes
T1 T2 T3 T4
Farelo de soja 0,0 0,0 50,0 15,0
Milho 0,0 50,0 0,0 27,0
Uréia 10,0 10,0 10,0 10,0
Enxofre 1,0 1,0 1,0 1,0
Sal comum 40,4 21,0 21,0 29,0
Mistura mineral 48,6 18,0 18,0 18,0
Total 100,0 100,0 100,0 100,0
T1 - sal mineralizado + uréia; T2 - sal mineralizado + uréia + milho; T3 - sal
mineralizado + uréia + farelo de soja;
T4 - sal mineralizado + uréia + milho + farelo de
soja.
O tratamento 1 foi considerado como tratamento controle, recebendo
apenas sal comum, mistura mineral e uréia. Os demais tratamentos receberam
energia, proteína verdadeira e energia e proteína verdadeira, respectivamente.
A composição da mistura mineral se encontra na Tabela 1.2.
11
TABELA 1.2 Composição da mistura mineral.
Mineral Níveis de garantia (g/kg)
Cálcio (Ca) 65,0
Fósforo (P) 40,0
Enxofre (S) 15,0
Magnésio (Mg) 8,0
Sódio (Na) 118,0
Níveis de garantia (mg/kg)
Zinco (Zn) 2000,0
Manganês (Mn) 600,0
Cobre (Cu) 500,0
Cobalto (Co) 30,0
Iodo (I) 60,0
Selênio (Se) 5,0
Fontes de minerais: Fosfato bicálcico, carbonato de cálcio, iodato de cálcio, óxido de
magnésio, selenito de sódio, sulfato de cobalto, sulfato de cobre, sulfato de ferro, sulfato
de zinco, cloreto de sódio, enxofre ventilado (flor de enxofre), sulfato de manganês.
*Industria: D’VITA
3.3 Análises laboratoriais
As amostras de feno foram levadas ao Laboratório de Pesquisa Animal
do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, onde foram
homogeneizadas e moídas em moinho de faca tipo “Willy”, com peneira de 1
mm. Elas foram analisadas quanto à matéria seca, a 105
0
C (MS) e proteína bruta
(PB), segundo metodologias descritas pelo AOAC (1990), e fibra em detergente
neutro (FDN), segundo Van Soest et al. (1991).
12
3.4 Experimento 1 – Degradabilidade in situ
3.4.1 Animais
Foram utilizadas três vacas Jersey, não lactantes, não gestantes, providas
de fístula ruminal, com peso vivo médio de 450 kg, alojadas em baias
individuais munidas de bebedouros, cocho para suplementação e forragem.
O experimento foi dividido em 4 períodos, com duração de 18 dias, para
cada período. Os primeiros 14 dias de cada período foram destinados à
adaptação dos animais aos tratamentos e os quatro dias restantes destinados às
incubações.
3.4.2 Manejo experimental
Os suplementos foram preparados na Fábrica de Ração do Departamento
de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras.
Os suplementos foram fornecidos na parte da manhã, respeitando-se a
relação de 0,1% do PV dos animais e o feno fornecido à vontade.
Foi utilizada a mesma forragem fornecida aos animais para a
determinação da degradabilidade
in situ.
A forragem utilizada no ensaio de degradabilidade apresentou média de
5,7%PB e 77,3%FDN, em base de MS e foi incubada
in natura com 91,0%MS.
3.4.3 Determinação da degradabilidade in situ
Para a determinação da degradabilidade ruminal in situ, foi utilizada a
técnica do saco de náilon, segundo Mehrez & Orskov (1977), obedecendo-se às
13
recomendações propostas por Nocek (1988). Os sacos foram confeccionados
com náilon coreano 120 fios, com dimensões de 10 x 10 cm, com porosidade
média de 60µm, fechados com máquina seladora.
As amostras de forragem foram moídas em peneiras de 5 mm e
colocadas nos sacos, na relação de 18 mgMS/cm
2
de superfície. Os sacos foram
colocados em uma sacola de filó de 25,00 x 25,00 cm, juntamente com 150g de
peso de chumbo, amarrada com fio de náilon preso à tampa da fístula e
depositados na porção ventral do rúmen de cada animal, nos tempos 0, 3, 6, 12,
24, 36, 48, 72 e 96 horas. Foram confeccionados dois
sacos/animal/alimento/tempo de incubação, perfazendo um total de 18 sacos por
animal.
A seqüência de incubação foi do maior para o menor intervalo de tempo,
com a retirada simultânea de todos os sacos. Após esse procedimento, os mesmo
foram colocados, imediatamente, em um balde com água gelada, com pedras de
gelo, para a paralisação da fermentação. O material foi lavado em água corrente
até a água apresentar-se levemente turva. Posteriormente, foram secos em
estufas, a 65
o
C, por 72 horas e pesados. Os sacos referentes ao tempo zero foram
utilizados para determinar a fração prontamente solúvel, sendo os mesmos
introduzidos na massa ruminal e imediatamente retirados, recebendo o mesmo
procedimento destinado aos demais. Os resíduos remanescentes dos sacos foram
analisados quanto aos teores de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB),
conforme AOAC (1990) e quanto à fibra em detergente neutro (FDN) segundo
Van Soest et al. (1991).
14
3.4.4 Cálculos e análise estatística
Os valores para a determinação da degradabilidade da MS, PB e FDN
foram obtidos pela expressão:
100)( xBAD
em que: D é a degradabilidade da fração analisada; A é a porcentagem inicial do
componente na amostra a ser incubada e B a porcentagem final do componente
após incubação da amostra. Os dados obtidos sobre o desaparecimento da MS,
PB e FDN, nos diferentes tempos de incubação, foram ajustados para a equação
proposta por Orskov & McDonald (1979), dada por:
Y a b
e
ct
1
em que: Y representa a degradação do nutriente (MS, PB, e FDN) do alimento,
expressa em porcentagem; ‘a’ é a fração do alimento solúvel em água, no tempo
zero; ‘b’é a fração insolúvel em água, mas potencialmente degradável no rúmen
em determinado tempo e ‘c’ a fração não degradável.
As estimativas dos parâmetros ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do modelo foram obtidas
pelo procedimento não linear, nos diferentes tempos de incubação,
considerando-se uma estimativa inicial e procurando-se minimizar a soma de
quadrados dos erros, com uso da regressão não linear pelo método de Gauss-
Newton (Neter et al., 1985), com auxílio do software SAS
System - Statistical
Analysis System (SAS Institute, 2000). Na estimativa dos parâmetros, o
15
processo interativo foi utilizado, até que a melhora no ajuste dos dados fosse
desprezível.
A degradabilidade efetiva foi calculada aplicando-se as constantes à
equação proposta por Orskov & McDonald (1979).
P a
b c
c
k
.
em que: ‘P’, é a degradabilidade ruminal da fração analisada e ‘k’ a taxa de
passagem ruminal do alimento (5%/hora), segundo estimativa média citada por
Orskov & McDonald (1979).
A degradabilidade potencial e efetiva da MS, PB e FDN foi analisada
utilizando-se o delineamento em blocos casualizados, com quatro tratamentos e
três repetições e, em caso de significância, os tratamentos foram comparados
pelo teste de Scott Knott, a 5% de probabilidade. Os blocos foram organizados,
considerando cada animal fistulado.
A análise estatística foi realizada por meio do software estatístico,
Sistema de Análise de Variância de dados Balanceados (Sisvar), de acordo com
Ferreira (2000).
16
O modelo estatístico utilizado foi:
Y
ij
= µ + t
i
+ b
j
+ e
ij
em que:
Y
ij
= valor da parcela que recebeu o tratamento i no bloco j;
µ = constante associada a todas observações;
t
i
= efeito do tipo de suplementação ( i ), com i = 1,2,3 e 4;
b
j
= efeito do animal fistulado ( j ), com j= 1,2 e 3;
e
ij
= erro experimental associado a Yij que, por hipótese, apresenta distribuição
normal de média zero e variância
2
.
17
3.5 Experimento 2 – Digestibilidade in vivo
3.5.1 Animais
Foram utilizados 16 novilhos inteiros, com idade média de 14 meses e
peso médio de 176 kg., mestiços, alojados em baias individuais, munidas de
bebedouros, cocho para suplementação e para forragem.
O experimento foi constituído de apenas um período, com duração de 28
dias. Os primeiros 14 dias do período foram destinados à adaptação dos animais
aos tratamentos, os 10 dias seguintes à adaptação dos animais ao óxido crômico
e os 4 dias finais às coletas de fezes.
3.5.2 Manejo experimental
Os suplementos foram preparados na Fábrica de Ração do Departamento
de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras. O fornecimento das misturas
múltiplas obedeceu à relação de 0,15% do PV, e o feno fornecido na relação de
2,5% do PV dos animais.
O consumo dos suplementos foi avaliado diariamente, pela manhã, pela
diferença entre o fornecido e a sobra. Da mesma maneira, o consumo da
forragem foi medida duas vezes ao dia, pela diferença entre o fornecido e a
sobra deixada.
3.5.3 Determinação da digestibilidade in vivo
Foi utilizado o óxido crômico (Cr
2
O
3
) como indicador externo para a
determinação da excreção fecal com o fornecimento via oral, na quantidade
18
diária de 10 g, dividida em duas doses diárias, às 8 horas e às 16 horas, durante
os dias de adaptação e coleta.
As amostras de fezes foram coletadas diretamente no reto, duas vezes ao
dia, conforme metodologia descrita por Zinn et al. (1994), respeitando-se os
seguintes horários: 1
o
dia: coleta às 7h30 e 13h30; 2
o
dia: coleta às 9 horas e às
15horas; 3
o
dia: às 10h30 e 16h30 e, no 4
o
dia, coleta às 12 horas e às 18 horas.
No final do período experimental, foram obtidas oito amostras de fezes/animal.
As amostras foram colocadas em pratos de alumínio, pesadas e levadas à estufa
de ventilação forçada, a 65
o
C, procedendo-se a uma pré-secagem até atingirem
peso constante e, posteriormente, processadas em moinho de faca tipo “Willy”,
com peneira de 1 mm.
Uma amostra composta de fezes de cada animal foi tomada e analisada
quanto aos teores de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB), segundo
metodologias descritas pelo AOAC (1990) e fibra em detergente neutro (FDN),
segundo Van Soest et al. (1991). O teor de óxido crômico foi medido em
espectrofotômetro de absorção atômica, conforme metodologia descrita por
Willians et al. (1962).
O valor da excreção fecal foi obtido conforme descrito por Smith & Reid
(1955).
3.5.4 Cálculo da digestibilidade dos nutrientes
A digestibilidade aparente foi calculada de acordo com a fórmula:
100 x
Ingerido
Excretado - Ingerido
(%) NutrientesidadeDigestibil
19
3.5.5 Delineamento e análise estatística
A digestibilidade foi analisada utilizando-se o delineamento em blocos
ao acaso, com quatro tratamentos e quatro repetições (blocos) e, quando houve
significância, os tratamentos foram comparados pelo teste de Scott Knott, a 5%
de probabilidade.
A análise estatística foi realizada por meio do software estatístico
Sistema de Análise de Variância Balanceado (Sisvar), de acordo com Ferreira
(2000).
O modelo estatístico utilizado foi:
Y
ij
= μ+ t
i
+ b
j
+ e
ij
Y
ij
= valor da parcela que recebeu o tratamento i no bloco j;
μ = constante associada a todas as observações;
t
i
= efeito do tipo de suplementação ( i ), com i= 1, 2, 3 e 4;
b
k
= efeito do animal (j ), com j= 1, 2, 3 e 4;
e
ij
= o erro experimental associado a Y
ij
que, por hipótese, apresenta distribuição
normal de média zero e variância
2
.
20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Degradabilidade da matéria seca
Somente a fração solúvel apresentou diferença (P<0,05) entre os
tratamentos (Tabela 1A, anexo).
Os valores médios da fração solúvel ‘a’, insolúvel potencialmente
degradável ‘b’, taxa de degradação ‘c’, fração não degradável (FI),
degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva (DE) da matéria seca
das forragens incubadas no rúmen de animais submetidos a diferentes
suplementações, são apresentados na Tabela 1.3.
TABELA 1.3 Valores médios da fração solúvel (a), insolúvel potencialmente
degradável (b), taxa de degradação (c), fração não degradável (FI),
degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva (DE) da
matéria seca de forragens incubadas no rúmen de animais
submetidos a diferentes suplementações.
Tratamentos a (%) b (%) c (% h) FI (%) DP (%) DE (%)
T1 16,07 b 43,19 a 1,83 a 40,74 a 59,26 a 26,91 a
T2 18,49 a 43,27 a 1,84 a 38,25 a 61,75 a 29,96 a
T3 16,86 b 40,82 a 2,57 a 42,32 a 57,68 a 30,28 a
T4 18,25 a 41,77 a 2,44 a 39,98 a 60,03 a 31,90 a
CV (%) 4,21 8,19 34,83 9,17 6,19 9,96
Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste de Scott-Knott
ao nível de 5% de probabilidade.
T1 - feno com sal mineralizado + uréia; T2 - feno com sal mineralizado + uréia + milho;
T3 - feno com sal mineralizado + uréia + farelo de soja; T4 - feno com sal mineralizado
+ uréia + milho + farelo de soja.
21
Como a característica da forragem utilizada foi de baixa qualidade, isso
afetou o desaparecimento da MS, conseqüentemente, demonstrando valores
baixos.
Os maiores valores encontrados na fração solúvel, para os tratamentos 2
e 4, evidenciam a alteração da degradabilidade exercida pelas fontes energéticas
e energético-protéicas dos respectivos tratamentos. Os maiores valores da fração
solúvel obtidos podem ter sido em função dos tratamentos propiciarem
condições adequadas à atividade microbiana ruminal. Estes valores são
semelhantes aos obtidos por Oliveira (2002), ao trabalhar com as mesmas
suplementações, com animais sob pastejo em
Brachiaria decumbens.
Os valores obtidos para a fração ‘a’ estão acima dos valores encontrados
por Carvalho et al. (2006), que relataram valor médio de 12,31%, para fenos de
forrageiras tropicais sem suplementação. Isso, provavelmente, ocorreu em
função do N fornecido via suplementação favorecer o desenvolvimento de
bactérias fibrolíticas responsáveis pela degradação da FDN.
Garcia et al. (2003) encontraram valores de 42,61% e 22,70 para a fração
‘b’ e para a DE, respectivamente, da MS de
Brachiaria decumbens com animais
recebendo silagem de milho, feno de aveia e ração concentrada à base de milho
e soja. Os valores da fração ‘b’ são semelhantes aos encontrados neste trabalho;
já a DE está abaixo.
Conforme se observa no NRC (1996), o potencial de crescimento
microbiano tende a aumentar com a adição de milho na dieta, fato confirmado
por Souza (1998), que encontrou semelhanças no desaparecimento da forragem,
quando utilizou milho e farelo de soja.
As diferenças entre as curvas de degradação da MS da forragem, em
função do tempo de incubação, estão ilustradas na Figura 1.1.
22
0
10
20
30
40
50
60
0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 96
Tempo de incuvação (hs)
Desaparecimento de MS (%)
T1
T2
T3
T4
DESMS = 16,0677 + 43,1879(1-e
-0,0183t
); R
2
= 0,9888
DESMS = 18,4866 + 43,2652(1-e
-0,0184t
); R
2
= 0,9819
DESMS = 16,8640 + 40,8179(1-e
-0,0257t
); R
2
= 0,9868
DESMS = 18,2491 + 41,7764(1-e
-0,0244t
); R
2
= 0,9930
FIGURA 1.1 Curva de degradação da matéria seca da forragem, em função do
tempo de incubação, para os diferentes tratamentos.
Com o aumento do tempo de incubação, as porcentagens de
desaparecimento da MS da forragem aumentaram (Figura 1.1), mantendo o
mesmo comportamento em todos os tratamentos. Isso reforça a hipótese de que
o valor encontrado para a fração solúvel de 16,07%, para o tratamento 1, resulta
da característica de a forragem em estudo apresentar uma alta solubilidade, o
que está de acordo com Orskov (1988).
Os resultados deste experimento são compatíveis com os descritos por
Orsine (2001) que encontrou, até às 12 horas de incubação, valores baixos de
degradabilidade, independente dos tratamentos fornecidos.
Rosa (1996), ao estudar feno de
Brachiaria decumbens, observou
porcentagens de desaparecimento da MS de 21,8%, 42,9% e 66,2%,
23
respectivamente, para 6, 24, 96 horas de incubação, com animais suplementados
com farelo de soja, milho e mistura de fenos amonizados. Esses valores são
semelhantes aos obtidos neste trabalho.
Oliveira (2002), ao trabalhar com as mesmas suplementações com
animais a campo, encontrou valores mais altos para os tratamentos ao longo dos
tempos de incubação. Isso, segundo o autor, deve-se às chuvas ocorridas durante
o período experimental, proporcionado rebrotas e, conseqüentemente, maior
seleção da forragem pelos animais.
4.2 Degradabilidade da proteína bruta
Apenas a fração insolúvel potencialmente degradável e a DE
apresentaram diferenças (P<0,05) entre os tratamentos (Tabelas 3A e 4A,
anexo).
Os valores médios da fração solúvel ‘a’, insolúvel potencialmente
degradável ‘b’, taxa de degradação ‘c’, fração não degradável (FI),
degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva (DE) da proteína bruta
das forragens incubadas no rúmen de animais submetidos a diferentes
suplementações, são apresentados na Tabela 3.
24
TABELA 1.4 Valores médios da fração solúvel (a), insolúvel potencialmente
degradável (b), taxa de degradação (c), fração não degradável (FI),
degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva (DE) da
proteína bruta de forragens incubadas no rúmen de animais
submetidos a diferentes suplementações.
Tratamentos a (%) b (%) c (% h) FI (%) DP (%) DE (%)
T1 44,61 a 28,02 a 2,09 a 27,37 a 72,63 a 52,48 b
T2 48,09 a 20,76 b 4,63 a 31,15 a 68,85 a 57,52 a
T3 49,29 a 21,31 b 4,13 a 29,41 a 70,59 a 58,75 a
T4 50,87 a 21,30 b 4,55 a 27,83 a 72,17 a 61,02 a
CV (%) 4,62 10,07 38,94 6,23 2,53 3,70
Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott,
a 5% de probabilidade.
T1 - feno com sal mineralizado + uréia; T2 - feno com sal mineralizado + uréia + milho;
T3 - feno com sal mineralizado + uréia + farelo de soja; T4 - feno com sal mineralizado
+ uréia + milho + farelo de soja.
Verificou-se que os valores encontrados para a fração insolúvel
potencialmente degradável da PB dos tratamentos significativos foram em
função dos tratamentos utilizados, refletindo essa característica nos valores
encontrados na DE.
Oliveira (2002), ao trabalhar com as mesmas suplementações, encontrou
valor próximo para a DE para o tratamento que recebeu apenas mineralização.
Porém, os demais tratamentos foram inferiores aos obtidos neste trabalho. Da
mesma forma, Pinto et al. (1998), encontraram valor para a DE de 56,1%, do
capim Tanzânia, próximo ao obtido neste trabalho.
Garcia et al. (2003) encontram valores médios de 40,33% e 45,77 para a
fração ‘a’ e para a DE, respectivamente, da PB de
Brachiaria decumbens com
animais recebendo silagem de milho, feno de aveia e ração concentrada à base
de milho e soja, valores inferiores aos encontrados neste trabalho.
25
A maior taxa de degradação pode ser decorrente da melhora no conteúdo
protéico e energético da dieta, possibilitando, dessa forma, uma melhor
utilização das proteínas pelos microrganismos do rúmen.
As diferenças entre as curvas de degradação da PB da forragem, em
função do tempo de incubação, estão ilustradas na Figura 1.2.
40
45
50
55
60
65
70
75
0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 96
Tempo de incubação (hs)
Desaparecimento de PB (%)
T1
T2
T3
T4
DESPB = 44,6117 + 28,0217(1-e
-0,0209t
); R
2
= 0,8633
DESPB = 48,0913 + 20,7558(1-e
-0,0463t
); R
2
= 0,9001
DESPB = 49,2867 + 21,3071(1-e
-0,0414t
); R
2
= 0,9073
DESPB = 50,8713 + 21,3012(1-e
-0,0455t
); R
2
= 0,9305
FIGURA 1.2 Curva de degradação da proteína bruta da forragem, em função do
tempo de incubação para os diferentes tratamentos.
Pelas curvas de desaparecimento da PB (Figura 1.2), nota-se a mesma
tendência observada para a MS, com valores elevados nos primeiros tempos de
incubação, em que a degradação aumentou de forma significativa até 48 horas,
semelhante aos resultados encontrados por Oliveira (2002). Atribui-se este
resultado à semelhança da fração protéica solúvel encontrada em todos os
tratamentos. Após as 48 horas, houve um efeito moderado sobre o nitrogênio
26
ligado à fibra, tornando-o lentamente disponível. Van Soest (1994) relata que,
em forragens tropicais, ocorre maior mobilização de nitrogênio das proteínas
solúveis para as formas insolúveis, geralmente associadas à parede celular
vegetal.
4.3 Degradabilidade da fibra em detergente neutro
Apenas a fração solúvel e a DE apresentaram diferenças (P<0,05) entre
os tratamentos (Tabelas 5A e 6A, Anexo).
Os valores médios da fração solúvel ‘a’, insolúvel potencialmente
degradável ‘b’, taxa de degradação ‘c’, fração não degradável (FI),
degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva (DE) da fibra em
detergente neutro das forragens incubadas no rúmen dos animais submetidos a
diferentes suplementações, são apresentados na Tabela 1.5.
TABELA 1.5 Valores médios da fração solúvel (a), insolúvel potencialmente
degradável (b), taxa de degradação (c), fração não degradável (FI),
degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva (DE) da
fibra em detergente neutro de forragens incubadas no rúmen de
animais submetidos a diferentes suplementações.
Tratamentos a (%) b (%) c (% h) FI (%) DP (%) DE (%)
T1 1,48 b 68,06 a 2,04 a 30,46 a 69,54 a 20,27 b
T2 10,82 a 65,43 a 1,79 a 23,75 a 76,25 a 27,65 a
T3 10,55 a 61,19 a 2,22 a 28,26 a 71,74 a 28,60 a
T4 12,93 a 58,45 a 2,36 a 28,61 a 71,39 a 31,65 a
CV (%) 13,37 9,27 34,69 21,52 8,27 13,16
Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott,
a 5% de probabilidade.
27
T1 - feno com sal mineralizado + uréia; T2 - feno com sal mineralizado + uréia + milho;
T3 - feno com sal mineralizado + uréia + farelo de soja; T4 - feno com sal mineralizado
+ uréia + milho + farelo de soja.
Os tratamentos que receberam fonte energética e ou protéica foram
superiores ao tratamento que recebeu apenas mineralização com NNP. Neste
último, possivelmente, não houve aumento da atividade microbiana ruminal, não
permitindo uma degradação mais efetiva da FDN. Dessa forma, esses resultados
refletiram na DE, que seguiu a mesma tendência P(<0,05) da fração ‘a’.
Estas diferenças de comportamento expressas no tempo, na degradação
da parede celular, poderiam ser explicadas em virtude dos carboidratos
estruturais, que são degradados em menores velocidades, em razão de sua
conformação estrutural (Smith et al., 1971) e a ação dos ingredientes oriundos
dos suplementos, favorecendo a população microbiana no rúmen, responsável
pela degradação.
Os resultados obtidos para a fração ‘a’ dos tratamentos que houve
significância estão próximos ao resultado obtido por Carvalho et. al. (2006), ao
estudar feno de
Brachiaria decumbens, que encontrou valor de 9,89%. o
mesmo autor encontrou valor de 33,42% para a DE superior aos valores
encontrados para estes tratamentos.
Oliveira (2002) encontrou valores mais altos para a fração ‘a’ e para a
DE com animais a campo, o que segundo o autor foi devido às chuvas ocorridas
durante o período experimental, proporcionado rebrotas e conseqüentemente
uma maior seleção da forragem pelos animais.
Garcia et al. (2003) encontram valores médios de 45,80% e 13,97% para
a fração ‘b’ e para a DE, respectivamente, da FDN de
Brachiaria decumbens
com animais recebendo silagem de milho, feno de aveia e ração concentrada à
base de milho e soja, valores inferiores aos encontrados neste trabalho.
28
As diferenças entre as curvas de degradação da FDN da forragem, em
função do tempo de incubação, estão ilustradas na Figura 1.3.
0
10
20
30
40
50
60
70
0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 96
Tempo de incubação (hs)
Desaparecimento de FDN (%)
T1
T2
T3
T4
DESPB = 1,4774 + 68,0678(1-e
-0,0204t
); R
2
= 0,9835
DESPB = 10,8221 + 65,4287(1-e
-0,0179t
); R
2
= 0,9813
DESPB = 10,5476 + 61,1884(1-e
-0,0222t
); R
2
= 0,9836
DESPB = 12,9336 + 58,4546(1-e
-0,0236t
); R
2
= 0,9855
FIGURA 1.3 Curva de degradação da fibra em detergente neutro da forragem,
em função do tempo de incubação para os diferentes tratamentos.
Pelas curvas de desaparecimento da FDN (Figura 1.3), nota-se a mesma
tendência observada para MS e PB.
Os tempos de desaparecimento da FDN foram semelhantes aos tempos
da MS, que corresponde à maior composição da forragem, apresentando, em
média, 77,3% de FDN.
Oliveira (2002), ao trabalhar com as mesmas suplementações, encontrou
valores mais elevados nos primeiros tempos de incubação, bem como os valores
finais de degradação.
29
Carvalho et al. (2006), trabalhando com animais em pastejo de
Brachiaria decumbens sem suplementação, encontraram valores menores, para a
fração ‘a’, para MS, PB e FDN.
As diferenças nos valores de degradabilidade para diferentes tipos de
gramíneas tropicais podem ser decorrentes da melhor ou pior qualidade da fibra,
da redução mais rápida no tamanho de partículas e ou da taxa de hidratação.
Quanto maior o teor de lignina, menor é a degradabilidade. A lignina, pela
ligação aos carboidratos da parede celular, dificulta a expansão e,
conseqüentemente, deprime a digestibilidade da fibra (Mero & Úden, 1997;
Tovar-Goméz et al., 1997).
4.4 Digestibilidade in vivo
Houve diferença (P<0,05), entre os tratamentos, para a digestibilidade da
MS, PB e FDN (Tabela 7A, anexo).
Os valores médios de digestibilidade da matéria seca (DMS), da proteína
bruta (DPB) e da fibra em detergente neutro (DFDN) das diferentes
suplementações, são apresentados na Tabela 1.6.
30
TABELA 1.6 Valores médios de digestibilidade da matéria seca (DMS), da
proteína bruta (DPB) e da fibra em detergente neutro (DFDN) de
forragens de animais submetidos a diferentes suplementações.
Tratamentos DMS (%) DPB (%) DFDN (%)
T1 34,65 b 31,10 c 35,61 b
T2 41,88 a 49,64 b 36,84 b
T3 43,92 a 62,67 a 35,93 b
T4 47,03 a 56,37 a 45,63 a
CV (%) 9,96 9,91 11,59
Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott,
a 5% de probabilidade.
T1 - feno com sal mineralizado + uréia; T2 - feno com sal mineralizado + uréia + milho;
T3 - feno com sal mineralizado + uréia + farelo de soja; T4 - feno com sal mineralizado
+ uréia + milho + farelo de soja.
Os maiores valores encontrados para a digestibilidade da MS dos
tratamentos 2, 3 e 4 evidenciam a alteração na digestibilidade exercida pelas
fontes energética, protéica e energético-protéica dos respectivos tratamentos.
Este resultado é semelhante ao de Lançanova (1999), que encontrou valor médio
de 43,91% em uma ração completa composta por feno de
Brachiaria
decumbens
, milho e farelo de algodão.
Segundo Canton & Dhuyvetter (1997), em gramíneas tropicais, a
produção da proteína microbiana é limitada pelo suprimento de substratos
prontamente fermentescíveis. Neste caso, a digestibilidade pode ser melhorada
com o consumo de pequenas quantidades de alimentos energéticos.
Em relação a digestibilidade da PB, os tratamentos 3 e 4 foram
superiores aos demais, em função da maior digestibilidade das proteínas
verdadeiras ingeridas pelos animais via suplementação. Já o tratamento que
recebeu fonte energética conseguiu uma melhoria no ambiente ruminal,
apresentando maior digestibilidade do que aquele que recebeu apenas
mineralização com NNP. Os valores encontrados nos tratamentos 3 e 4 são
31
superiores ao obtido por Oliveira et al. (2004), que encontraram 48,43% em
animais sob pastejo de
Brachiaria brizanta cv. Marandu, suplementados com
mistura múltipla contendo milho e farelo de soja.
A digestibilidade da FDN aumentou (P<0,05) com a incorporação de
fonte energético-protéica. Este resultado é semelhante ao obtido por Oliveira et
al. (2004), que encontraram 47,91% para a digestibilidade da FDN em animais
sob pastejo de
Brachiaria brizanta cv. Marandu, suplementados com mistura
múltipla contendo milho, farelo de soja e amiréia.
A sincronia entre os produtos formados a partir da hidrólise da uréia
(NH
3
) e a degradação de carboidratos de rápida fermentação (cetoácidos) resulta
em uma maior atividade microbiana no rúmen, o que proporciona maior síntese
de proteína microbiana, maior digestibilidade de carboidratos estruturais não
lignificados e, conseqüentemente, maior produção de AGV (Teixeira, 1997).
A inclusão de nitrogênio e energia via suplementação na dieta
proporciona ambiente favorável ao crescimento e à multiplicação dos
microrganismos do rúmen e possibilita, dessa forma, melhores condições para a
digestibilidade dos alimentos e, por conseqüência, aumenta o consumo
voluntário (McCollum & Horn, 1989).
32
5 CONCLUSÃO
A suplementação na ração com fonte energética, protéica e
energética/protéica proporcionou maior degradabilidade e maior digestibilidade
da matéria seca, da proteína bruta e da fibra em detergente neutro, do feno de
Brachiaria decumbens de baixa qualidade.
33
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40
ANEXO
ANEXO A Pág.
TABELA 1A.
Resumo das análises de variância para a fração solúvel (a),
insolúvel potencialmente degradável (b) e taxa de degradação
(c) da matéria seca de animais submetidos a di
ferentes
suplementações. ......................................................
42
TABELA 2A.
Resumo das análises de variância para a fração não
degradável (FI), degradabilidade potencial (DP) e
degradabilidade efetiva (DE) da matéria seca de animais
submetidos a diferentes suplementações.
................................
42
TABELA 3A.
Resumo das análises de variância para a fração solúvel (a),
insolúvel potencialmente degradável (b) e taxa de degradação
(c) da proteína bruta de animais submetidos
a diferentes
suplementações. ......................................................
43
TABELA 4A.
Resumo das análises de variância para a fração não
degradável (FI), degradabilidade potencial (DP) e
degradabilidade efetiva (DE) da proteína bruta de animais
submetidos a diferentes suplementações.
................................
43
TABELA 5A.
Resumo das análises de variância para a fração solúvel (a),
insolúvel potencialmente degradável (b) e taxa de degradação
(c) da fibra em detergente neutro de animais
submetidos a
diferentes suplementações. ................................
44
TABELA 6A.
Resumo das análises de variância para a fração não
degradável (FI), degradabilidade potencial (DP) e
degradabilidade efetiva (DE) da fibra em detergente ne
utro
de animais submetidos a diferentes suplementações. ..............
44
TABELA 7A.
Resumo das análises de variância para a digestibilidade in
vivo da matéria seca (DMS), da proteína bruta (DPB) e da
fibra em detergente neutro (DFDN) de animais subme
tidos a
diferentes suplementações. ......................................................
45
41
TABELA 1A. Resumo das análises de variância para a fração solúvel (a),
insolúvel potencialmente degradável (b) e taxa de degradação
(c) da matéria seca de animais submetidos a diferentes
suplementações.
a b c
Fontes de
variação
G.L.
QM Pr>F QM Pr>F QM Pr>F
Tratamentos 3 3,962835 0,0108 4,184928 0,7911 0,000046 0,5277
Resíduo 8 0,537163 11,990802 0,000057
CV(%) 4,21 8,19 34,84
TABELA 2A. Resumo das análises de variância para a fração não degradável
(FI), degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva
(DE) da matéria seca de animais submetidos a diferentes
suplementações.
FI DP DE
Fontes de
variação
G.L.
QM Pr>F QM Pr>F QM Pr>F
Tratamentos 3 8,584181 0,6169 8,584181 0,6169 13,014838 0,2818
Resíduo 8 13,663909 13,663909 8,795582
CV(%) 9,17 6,19 9,96
42
TABELA 3A. Resumo das análises de variância para a fração solúvel (a),
insolúvel potencialmente degradável (b) e taxa de degradação
(c) da proteína bruta de animais submetidos a diferentes
suplementações.
a b c
Fontes de
variação
G.L.
QM Pr>F QM Pr>F QM Pr>F
Tratamentos 3 21,203686 0,0445 35,911566 0,0137 0,000428 0,2076
Resíduo 8 4,956900 5,297814 0,000225
CV(%) 4,62 10,07 38,94
TABELA 4A. Resumo das análises de variância para a fração não degradável
(FI), degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva
(DE) da proteína bruta de animais submetidos a diferentes
suplementações.
FI DP DE
Fontes de
variação
G.L.
QM Pr>F QM Pr>F QM Pr>F
Tratamentos 3 8,827481 0,1148 8,827481 0,1148 39,145938 0,0067
Resíduo 8 3,248979 3,248979 4,507943
CV(%) 6,23 2,54 3,70
43
TABELA 5A. Resumo das análises de variância para a fração solúvel (a),
insolúvel potencialmente degradável (b) e taxa de degradação
(c) da fibra em detergente neutro de animais submetidos a
diferentes suplementações.
a b c
Fontes de
variação
G.L.
QM Pr>F QM Pr>F QM Pr>F
Tratamentos 3 77,765811 0,0000 55,199121 0,2632 0,000018 0,7970
Resíduo 8 1,429442 34,392592 0,000053
CV(%) 13,37 9,27 34,70
TABELA 6A. Resumo das análises de variância para a fração não degradável
(FI), degradabilidade potencial (DP) e degradabilidade efetiva
(DE) da fibra em detergente neutro de animais submetidos a
diferentes suplementações.
FI DP DE
Fontes de
variação
G.L.
QM Pr>F QM Pr>F QM Pr>F
Tratamentos 3 24,327647 0,5878 24,327647 0,5878 69,987250 0,0238
Resíduo 8 35,706670 35,706670 12,670313
CV(%) 21,52 8,27 12,16
44
TABELA 7A. Resumo das análises de variância para a digestibilidade in vivo
da matéria seca (DMS), da proteína bruta (DPB) e da fibra em
detergente neutro (DFDN) de animais submetidos a diferentes
suplementações.
DIVMS DIVPB DIVFDN
Fontes de
variação
G.L.
QM Pr>F QM Pr>F QM Pr>F
Tratamentos 3 110,636158 0,0132 744,743367 0,0000 91,427542 0,0325
Bloco 3 31,329358 0,2167 10,700050 0,7323 138,596708 0,0101
Resíduo 9 17,378336 24,514083 19,900492
CV(%) 9,96 9,91 11,59
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