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Dissertação apresentada à Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, como parte das
exigências para a obtenção do título de Mestre
em Ciências, Área:Química
RIBEIRÃO PRETO - SP
2006
Universidade de São Paulo
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
Departamento de Química
Programa de Pós-Graduação em Química
Estudo fitoquímico de Gardner
(Asteraceae-Eupatorieae)
Trichogonia menthaefolia
Endler Marcel Borges
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ENDLER MARCEL BORGES
Estudo Fitoquímico de Trichogonia menthaefolia Gardner
(Asteraceae-Eupatorieae)
Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP,
como parte das exigências para a obtenção do título de
Mestre em Ciências.
Área de concentração: Química.
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
. Dionéia Camilo Rodrigues de
Oliveira
Ribeirão Preto
2006
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FICHA CATALOGRÁFICA
Borges, Endler Marcel
Estudo Fitoquímico de Trichogonia menthaefolia Gardner
(Asteraceae-Eupatorieae). Ribeirão Preto, 2006.
82 p. : il. ; 30cm
Dissertação de Mestrado, apresentada à Faculdade de Filosofia
Ciências e Letras de Ribeirão Preto/USP – Área de concentração:
Química.
Orientadora: Oliveira, Dionéia Camilo Rodrigues de
1. Asteraceae. 2. Eupatorieae. 3. Trichogonia menthaefolia
Gardner.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Endler Marcel Borges
Estudo Fitoquímico de Trichogonia menthaefolia Gardner (Asteraceae-Eupatorieae)
Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da
USP, como parte das exigências para a obtenção do
título de Mestre em Ciências.
Área de concentração: Química
Aprovado em
Banca Examinadora
Prof(a). Dr(a). __________________________________________________________
Instituição _____________________________________________________________
Assinatura: _____________________________________________________________
Prof(a). Dr(a). __________________________________________________________
Instituição _____________________________________________________________
Assinatura: _____________________________________________________________
Prof(a). Dr(a). Orientador(a)_______________________________________________
Instituição _____________________________________________________________
Assinatura: _____________________________________________________________
Agradecimentos
À Prof
a
. Dr
a
. Dionéia Camilo Rodrigues de Oliveira, pela orientação.
À Prof
a
. Dr
a
. Diones Aparecida dias pelo incentivo.
Ao Prof. Dr. Norberto Peporine Lopes pela coleta do material vegetal
Ao Prof. Dr. João Luis Callegari Lopes pela colaboração
À minha avó e pelo apoio, incentivo e compreensão.
À minha mãe e pelo apoio, incentivo e compreensão.
À funcionária Virgínia,da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
pela obtenção dos espectros de RMN.
Ao José Carlos Tomaz, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
pela amizade.
Aos pós-graduandos Humberto Sakamoto e Renata Takeara pelas valiosas lições.
À Mailyn por todo o carinho.
À Poly, pelo incentivo, apoio, auxílio e companheirismo.
Ao CNPq pela concessão da bolsa.
À FAPESP pelo auxílio á pesquisa concedido.
À CAPES pelo auxílio indireto.
A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a realização deste trabalho.
i
Sumário
Lista de abreviaturas i
Lista de tabelas
i
Lista de figuras i
Resumo i
Abstract i
Metabólitos isolados i
1. Introdução 01
1.1. Considerações gerais 01
1.2. A fitoquímica e o novo milênio 03
1.3. Família, tribo, subtribo, gênero e espécie 05
2. Objetivos 10
3. Materiais e métodos 11
3.1. Fases estacionárias para cromatografia 11
3.2. Solventes e reagentes 12
3.3. Instrumentos 12
3.4. Métodos 13
3.4.1. Metodologia utilizada nas análises por CG 13
3.4.2. Metodologia para a obtenção dos espectros massas 14
3.4.3. Metodologia para o preparo das amostras a serem cromatografadas 14
4. Procedimento experimental 15
4.1. Coleta e identificação do material vegetal 15
4.2. Preparação dos extratos brutos 15
4.3. Isolamento e purificação dos constituintes químicos do extrato em
diclorometano 17
4.3.1. Isolamento dos constituintes químicos das frações obtidas da CLV do
extrato em diclorometano
18
4.4. Isolamento dos constituintes químicos do extrato metanólico 21
5. Identificação estrutural 23
5.1. Identificação estrutural do sesquiterpeno 6α-angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno
(1)
23
5.2. Identificação estrutural do triterpeno 3α-hidroxi-olean-12-eno (2) 26
5.3. Identificação estrutural da mistura dos triterpenos presentes na fração
TmD-5 (3, 4, 5 e 6)
29
5.4. Identificação estrutural dos esteróides (7, 8, 9, 10 e 11) 33
5.5. Identificação estrutural do flavonóide ramnocitrina (12) 38
5.6. Identificação estrutural do flavonóide ramnocitrina
3-O-β-galactopiranosídeo (13)
41
6. Conclusões 44
7. Referências bibliográficas 46
ii
Lista de Abreviaturas
Tr – tempo de retenção relativo
Rf - fator de retenção
CLV – Cromatografia Líquida a Vácuo
CCDC - Cromatografia em Camada Delgada Comparativa
CCDP - Cromatografia em Camada Delgada Preparativa
CC - Cromatografia em Coluna Clássica
CG - Cromatografia de fase Gasosa
FID – Flame Ionization Detector
EM – Espectrometria de Massas
EM-EM – Espectrometria de Massas Seqüencial
DEPT 135
0
Distorsioneless Enhancement by Polarization Transfer 135
0
HMQC – Detected Heteronuclear Multiple Quantum Coherence
PND – Proton Noise Decoupling
RMN
1
H – Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
RMN
13
C – Ressonância Magnética Nuclear de Carbono 13
AcOEt – Acetato de Etila
Et
2
O – Éter Etílico
MeOH – Metanol
CH
2
Cl
2
– Diclorometano
CHCl
3
– Clorofórmio
DMSO-d
6
- Dimetilsulfóxido Deuterado
TmD – Extrato bruto de Trichogonia menthaefolia em Diclorometano
iii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Fitoquímica de espécies de Trichogonia ...................................................
8
Tabela 2- CLV do extrato em diclorometano da Trichogonia menthaefolia ............
17
Tabela 3- CC da fração TmD-6 .................................................................................
22
Tabela 4- Dados de RMN
1
H da substância 6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno
comparados com os dados da literatura (Bohlmann et al.,
1981b)..........................................................................................................
24
Tabela 5- Dados de RMN obtidos dos espectros de
13
C (PND e DEPT 135º) e nos
mapas de contorno do HMQC (δ em ppm, CDCl
3
) ...................................
25
Tabela 6-
Dados de RMN
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) do triterpeno 3α-hidroxi-olean-
12-eno comparados com os valores da β-amirina
(Mahato et al, 1994) ...................................................................................
28
Tabela 7-
Dados do espectro de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para β-amirina e
lupeol comparados com os dados da literatura (Mahato et al.,
1994)............................................................................................................
30
Tabela 8-
Dados do espectro de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para
pseudotaraxasterol e taraxasterol comparados com os dados da literatura
(Mahato et al., 1994)...................................................................................
31
Tabela 9- Identificação das substâncias presentes em TmD-5 (Coluna HP-50).........
32
Tabela 10- Identificação das substâncias presentes em TmD-5 (Coluna HP-1)...........
32
Tabela 11-
Resultados experimentais de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para os
esteróides β-sitosterol e estigmasterol comparados com a literatura
(Kojima et al., 1990)...................................................................................
35
Tabela 12-
Resultados experimentais de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para os
esteróides estigmast-7-en-3β-ol e espinasterol comparados com a
literatura (Kojima et al., 1990)....................................................................
36
Tabela 13- Identificação da mistura de esteróides (coluna HP-50) ..............................
37
Tabela 14- Identificação da mistura de esteróides (coluna HP-1) ................................
37
Tabela 15- Dados do espectro de RMN
1
H do flavonóide ramnocitrina comparados
com a literatura (Barberá et al., 1986) e
(Harborne,1995) .........................................................................................
39
iv
Tabela 16-
Dados do espectro de RMN
13
C (δ em ppm, DMSO-d
6
) do flavonóide
ramnocitrina comparados com a literatura
(Agrawal et al., 1989) ................................................................................
39
Tabela 17-
Dados do espectro de RMN
1
H do flavonóide ramnocitrina comparados
com os da ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo ....................................
42
Tabela 18- Valores de RMN
1
H do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-
galactopiranosídeo comparados com os valores da literatura (Barberá et
al., 1986).....................................................................................................
42
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Esquema representativo da obtenção dos extratos brutos do pó de T.
menthaefolia.................................................................................................
16
Figura 2- Fluxograma do trabalho experimental realizado com o extrato
diclorometânico de T. menthaefolia.............................................................
19
Figura 3- Fluxograma do trabalho experimental realizado com o extrato metanólico
de T. menthaefolia........................................................................................
22
Figura 4- Proposta de fragmentação da ramnocitrina no modo positivo que
confirma a metoxila em C7 (March & Miao., 2004)
......................................................................................................................
40
Figura 5- Proposta de fragmentação para a ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo
(13) (March et al., 2006)..............................................................................
43
Figura 6-
Espectro de RMN
1
H (δ em ppm, CDCl
3
e 400MHz) do sesquiterpeno
6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1).........................................................
48
Figura 7- Expansões de parte do espectro presente na figura 6...................................
49
Figura 8- Expansões de parte do espectro presente na figura 6...................................
50
Figura 9- Espectro de RMN
13
C (PND, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do
sesquiterpeno 6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1)..................................
51
Figura 10- Espectro de RMN
13
C (DEPT 135º, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do
sesquiterpeno 6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1)..................................
52
Figura 11- Mapas de contorno do HMQC.....................................................................
53
Figura 12- Expansão dos mapas de contorno do HMQC presente na figura 11 ...........
54
Figura 13-
Espectro de RMN
1
H (δ em ppm, CDCl
3
e 400MHz) do triterpeno 3α-
hidroxi-olean-eno (2)....................................................................................
55
Figura 14- Expansões de parte do espectro presente na figura 13.................................
56
Figura 15-
Espectro de RMN
13
C (PND,
δ
em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do triterpeno
3α-hidroxi-olean-eno (2)..............................................................................
57
Figura 16- Expansões de parte do espectro presente na figura 15.................................
58
Figura 17-
Espectro de RMN
13
C (DEPT 135º, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do
triterpeno 3α-hidroxi-olean-eno (2)..............................................................
59
vi
Figura 18- Cromatograma obtido por CG da mistura de triterpenos: A- padrão de
referência, B- β-sitosterol (7), C- β-amirina (3), D- lupeol (4), E-
pseudotaraxasterol (6) e F- taraxasterol (5) (coluna HP-1) .........................
60
Figura 19-
Cromatograma obtido por CG da mistura de triterpenos: A- padrão de
referência, B- β-sitosterol (7), C- β-amirina (3), D- lupeol (4), E-
pseudotaraxasterol (6) e F- taraxasterol (5) (coluna HP-50)........................
61
Figura 20- Espectro de RMN
1
H (δ em ppm, CDCl
3
e 400MHz) da mistura dos
triterpenos (3, 4, 5 e 6).................................................................................
62
Figura 21- Espectro de RMN
13
C (PND, δ em ppm; CDCl
3,
100MHz) da mistura dos
triterpenos (3, 4, 5 e 6).................................................................................
63
Figura 22- Espectro de RMN
13
C (DEPT 135
0
, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) da
mistura dos triterpenos (3, 4, 5 e 6)..............................................................
64
Figura 23- Cromatograma dos padrões dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-
em 3β-ol (10) e F- espinasterol (11) (coluna HP-50)...................................
65
Figura 24- Cromatograma dos padrões dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-
em 3β-ol (10) e F- espinasterol (11) (coluna HP-1).....................................
65
Figura 25- Análise
por CG da mistura dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-
em 3β-ol (10) e F- espinasterol (11) (coluna HP-50)...................................
66
Figura 26- Análise por CG da mistura dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-
em 3β-ol (10) e F- espinasterol (11) (coluna HP-1).....................................
66
Figura 27- Enriquecimento com padrões na mistura dos esteróides: A- padrão de
referência, B- campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7),
E- estigmast-7-em 3β-ol (10) e F- espinasterol (11) (coluna HP-50)..........
67
Figura 28- Espectro de RMN
1
H (δ em ppm; CDCl
3,
400MHz) da mistura dos
esteróides (7, 8, 9, 10 e 11)..........................................................................
68
Figura 29- Expansões de parte do espectro presente na figura 28.................................
69
Figura 30- Espectro de RMN
13
C (PND, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) da mistura dos
esteróides (7, 8, 9, 10 e 11)..........................................................................
70
Figura 31- Espectro de RMN
13
C (DEPT 135
0
, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) da
mistura dos esteróides (7, 8, 9, 10 e 11).......................................................
71
Figura 32-
Espectro de RMN
1
H (
δ
em ppm; DMSO-d
6
, 400MHz) do flavonóide
ramnocitrina (12)..........................................................................................
72
vii
Figura 33- Expansões de parte do espectro presente na figura 32.................................
73
Figura 34-
Espectro de RMN
13
C (PND,
δ
em ppm; DMSO-d
6
, 100MHz) do
flavonóide ramnocitrina (12)........................................................................
74
Figura 35-
Espectro de RMN
13
C (DEPT
0
135º, δ em ppm; DMSO-d
6
, 100MHz) do
flavonóide ramnocitrina (12)........................................................................
75
Figura 36- EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina (12)..............................
76
Figura 37- EM-EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina (12)......................
77
Figura 38- EM-EM no modo positivo do flavonóide ramnocitrina (12).......................
78
Figura 39- Espectro de RMN de
1
H do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-
galactopiranosídeo (13) (δ em ppm, DMSO-d
6
, 400MHz)..........................
79
Figura 40- Expansão de parte do espectro presente na figura 39...................................
80
Figura 41- EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-
galactopiranosídeo (13)................................................................................
81
Figura 42- EM-EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-
galactopiranosídeo (13)................................................................................
82
viii
Resumo
BORGES, E.M. Estudo fitoquímico de Trichogonia menthaefolia Gardner (Asteraceae-
Eupatorieae). 2006. 82p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006.
Neste trabalho estamos apresentando o estudo fitoquímico das partes totais da espécie
Trichogonia menthaefolia Gardner (Asteraceae-Eupatorieae). O material vegetal foi coletado
em Furnas – MG e a partir do pó seco foram preparados os extratos em diclorometano e em
metanol, em seqüência. Do extrato diclorometânico foram isolados: o sesquiterpeno 6α-
angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno, o triterpeno 3α-hidroxi-olean-12-eno, os triterpenos lupeol,
taraxasterol, pseudotaraxasterol e 3β-hidroxi-olean-12-eno (identificados em mistura), os
esteróides β-sitosterol, estigmasterol, campesterol, estimast-7-en-3β-ol e espinasterol
(identificados em mistura) e o flavonóide ramnocitrina. Do extrato metanólico foi isolado o
flavonóide ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo. Estas substâncias, após isolamento e
purificação por métodos cromatográficos, foram identificadas com o auxílio de várias técnicas
espectroscópicas como: EM, EM-EM, RMN de
1
H,
13
C (PND; DEPT 135º) e a técnica
bidimensional HMQC. Na identificação das misturas de triterpenos e esteróides a
cromatografia de fase gasosa também foi utilizada.
ix
Abstract
BORGES, E.M. Phytochemistry study of Trichogonia menthaefolia Gardner (Asteraceae-
Eupatorieae). 2006. 82p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006.
In this study we are presenting the results of the phytochemical investigation of the
Trichogonia menthaefoli Gardner (Asteraceae-Eupatorieae). This specie was collected in
Furnas – MG. Dicholorometanic and methanolic extracts were prepared from the dried
powder plant material. These extracts were fractioned through chromatoghraphic methods.
The dichloromethanic extract furnished the: sesquiterpene 6α-angeloyloxy-eudesm-4(15)-ene;
triterpenes: 3α-hydroxy-olean-12-ene, lupeol, taraxasterol, pseudo-taraxasterol and 3β-
hydroxy-olean-12-ene (identified in mixture) and the steroids: sitosterol, stigmasterol,
stigmast-7-en-3β-ol, spinasterol and campesterol (identified in mixture) and the flavonóide
rhamnocitrin. The methanolic extract afforded the flavonoid rhamnocitrin 3-O-β-
galactopyranoside. Compound identification was performed by using a variety of
spectroscopic methods, such as: MS, MS-MS,
1
H and
13
C NMR and HMQC bidimensional
technique. The identification of mixtures (triterpenes and steroids) was also performed by gas
chromatography in addition to other spectroscopic methods.
x
Metabólitos Isolados
Sesquiterpeno
H
O
O
H
1
2
3
5
10
9
8
7
6
4
15
12
13
14
1'
2'
3'
4'
6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1)
11
5'
Triterpenos
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
25
26
27
28
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
23
24
25
26
27
28
29
30
29
30
19
21
22
20
lupeol (4)
β
-amirina (3)
taraxasterol (5)
pseudotaraxasterol (6)
24
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
3
α
-hidroxi-olean-12-eno (2).
H
H
H
3
β
-hidroxi-olean-12-eno (3).
HO
epi-
β
-amirina (2)
xi
Esteróides
OH
OH
OH
OH
OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H H
H
H
HH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
β
-sitosterol (7)
estigmasterol (8)
campesterol (9)
estigmast-7-en-3
β
-ol (10)
espinasterol (11)
18
19
Flavonóides
O
O
OH
O
OH
OH
1
2
3
4
1'
2'
3'
4'
5'
6'
ramnocitrina (12)
A
B
C
5
6
7
8
10
9
O
OH
H
H
OH
H
H
HO
H
O
OH
O
OH
O
OH
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
6''
ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo (13)
___________________________________________________________Introdução
1
1. Introdução
1.1. Considerações gerais
A importância dos produtos naturais é ilustrada por Gragg e colaboradores, em seu
trabalho eles verificaram que 157 das 520 (30%) novas drogas aprovadas pela Food and Drug
Administration nos Estados Unidos num período de 12 anos (1983-1994) eram produtos
naturais ou seus derivados. Isto é uma evidência da importância e do crescimento da
fitoterapia, seja em países pobres onde não existem outras alternativas ou em países ricos
onde programas bem direcionados buscam novas alternativas onde os métodos comumente
utilizados pelas indústrias farmacêuticas não correspondem as expectativas (Cordell, 2000).
A fitoterapia data de antes do início do cristianismo perfazendo pergaminhos, escritas
e conhecimentos transmitidos de pai para filho, que sobreviveram até os dias atuais. Mas foi
apenas em 1524 que Paracelsus atentou pela necessidade de descobrirmos o que as plantas
medicinais possuíam que era capaz de promover a cura. Foi quando ele escreveu “Archidoxa”
do “Arcanum”, o primeiro relato a respeito da procura pelos princípios ativos (Cordell, 2000).
Esta necessidade de descobrir as entidades responsáveis pela cura, as quais foram
propostas inicialmente por Paracelsus começou por volta de 1780 com o trabalho de Scheele,
onde se estudava os ácidos orgânicos de várias espécies de plantas medicinais. Os trabalhos
de Scheele e seus antecessores esbarraram em recursos experimentais extremamente limitados
(Cordell, 2000).
No final do século XIX, a química se constituiu como disciplina científica moderna,
com os trabalhos de Lavoisier, Berzelius e Liebig, sendo esta a época em que química e
medicina caminharam juntos, foi esta a época em que os mais importantes alcalóides da
___________________________________________________________Introdução
2
medicina convencional, tais como morfina, atropina, papaverina, codeína e efedrina foram
descobertos (Cordell, 2000).
Foi nesta época que o exemplo mais clássico de medicamento concebido através de
produtos naturais, a aspirina (Acido Acetil Salicílico) foi desenvolvido, a história da aspirina
começou a alguns milênios na Europa, Ásia e África onde se usava as cascas da Salix alba
para combater a febre e a dor, em 1898, Felix Hoffman, sintetizou um composto de caráter
menos ácido, acetilando o grupo hidroxila na posição orto, descobrindo assim a aspirina, que
hoje comemora um centenário e representa cerca de 1,2% do mercado mundial de
medicamentos (Cordell, 2000).
No entanto após a revolução industrial do século XIX, mais especificamente entre
1901 e 1970, teve início a procura de substâncias químicas de origem sintética que pudessem
ser utilizadas como medicamentos, o exemplo mais clássico disto são os trabalhos realizados
por Ehrlich e outros realizados entre 1909 e 1935 e da descoberta das Sulfas por Ernest
Foumeau (Cordell, 2000).
Este período ficou marcado pela descoberta das mais importantes substâncias
sintéticas, tais como: amilocaína, procaína, ácido-5-etil-5-fenilbarbitúrico e a famosa
penicilina advinda de experiências com fungos. Iniciando-se assim uma nova era onde as
grandes indústrias farmacêuticas estagnaram suas pesquisas com produtos naturais, e as
indústrias farmacêuticas começaram a apostar violentamente nos métodos de screening
(Cordell, 2000).
Os métodos de screening utilizando compostos de origem sintética, semi-sintética e
química combinatória se mostraram demasiadamente sedutores frente a compostos de origem
natural como os extratos de plantas, culturas de fungos e fermentações bacterianas, uma vez
que compostos de origem natural geralmente estão presentes como misturas complexas de
___________________________________________________________Introdução
3
difícil separação assim como na maioria dos casos, salvo raras exceções, são de difícil
elucidação estrutural (Filho & Yunes, 2001).
1.2. A fitoquímica e o novo milênio
Durante os últimos anos a atenção da indústria farmacêutica tem se voltado novamente
para os produtos naturais, em especial por causa de três novas drogas de origem vegetal;
taxol, etoposídeo e artemisinina (Phillipson, 2001).
O taxol é obtido das cascas do Taxus brevifolia, sendo sua atividade contra o câncer
conhecida desde a década de 60, o taxol teve sua estrutura elucidada em 1971 e apenas na
década de 90, que o taxol e seu análogo semi-sintético o taxotere tiveram sua eficiência
comprovada contra o câncer de ovário e seio. Cabe também ressaltar que para obter 1900g de
taxol são necessárias 27.300kg de cascas ou seja aproximadamente 6.000 árvores (Cordell,
1995). A busca por uma fonte de taxol capaz de atender as demandas do mercado, culminou
na semi-síntese e na síntese total do taxol, revolucionando a química orgânica sintética
(Viegas et al., 2006).
O etoposídeo é a principal substância presente na resina da Podophyllum peltatum,
sendo que esta substância inibe a divisão celular, sendo seu análogo semi-sintético eficiente
no combate ao câncer de pulmão e testículos (Phillipson, 2001).
A artemisinina isolada como princípio ativo da Artemisia annua, se mostrou eficaz
contra a malária, sendo que a descoberta da mesma impulsionou o desenvolvimento de novas
drogas antimaláricas como: β-arteméter, o arte-éter e o artesunato de sódio todos estes
derivados semi-sintéticos da artemisinina (Viegas et al., 2006).
As pesquisas com o taxol, etoposídeo e artemisinina impulsionaram a indústrias
farmacêuticas a investirem novamente em pesquisas com produtos naturais, sendo que a
___________________________________________________________Introdução
4
maior parte dos esforços com produtos naturais tem como objetivo a descoberta de novas
drogas anti-câncer, um reflexo disto é que no período de 1983-1994, 61% das novas drogas
anti-câncer provinham de produtos naturais (Cordell, 2000). No entanto o principal interesse
das pesquisas com produtos naturais, atualmente, não é produzir drogas melhores do que as
que já existem no mercado e sim fornecer novas alternativas. Dentre os milhares de
exemplos que podem ser dados existem três que convém serem destacados:
O Ginkgo biloba utilizado no controle de problemas vasculares cerebrais, de memória
e com propriedades neuroprotetoras ilustra um exemplo de fitoterápico de sucesso. A partir
dos extratos dessa planta, Nakanishi e colaboradores isolaram os ginkolídeos-A, B, C, e M
que demonstraram importantes propriedades antitrombóticas (Viegas et al., 2006).
Do extrato da erva-de-São-João (Hypericum perforatum), foi isolado a hipericina,
utilizada como antidepressivo. Aparentemente, as propriedades atribuídas a este extrato
devem-se a hiperforina, que compreende uma mistura de tautômeros. Atualmente na
Alemanha para cada 30 mil receitas de fluoxetina (Prozac) são emitidas 200 mil de
Hypericum sp. (Filho & Yunes, 2001).
O gossipol, obtido do óleo de semente do algodão (Gossypium sp.), foi amplamente
utilizado na China como contraceptivo masculino, propriedade confirmada em 1980 (Viegas
et al., 2006).
Desta maneira a fitoquímica desempenha um papel importante na medida em que com
o isolamento, purificação e identificação estrutural de substâncias químicas, implementa a
literatura com informações químicas que podem ser utilizadas, após estudos biológicos, como
fontes alternativas frente às drogas existentes no mercado além de fornecer novos modelos de
fármacos, para química medicinal (modelagem molecular).
___________________________________________________________Introdução
5
1.3. Família, tribo, subtribo, gênero e espécie.
A família Asteraceae (Compositae) é a maior de todas as famílias, compreendendo
1535 gêneros e mais de 23.000 espécies conhecidas, distribuídas por 3 subfamílias e 17 tribos.
Sendo o conceito de subfamília recente, tanto é que as subfamílias Asteroideae e
Cichorioideae se tornaram conhecidas por volta de 1970, e a subfamília Barnadesioideae foi
descrita apenas em 1992, por sua vez os conceitos de tribo são bem mais antigos, tendo seu
início por volta de 1900 com os trabalhos pioneiros de Henri Cassini e Carl Linnaeus
(Bremer, 1994).
As espécies da família Asteraceae são amplamente distribuídas pelo mundo, mas é
particularmente abundante no oeste dos Estados Unidos e do México, no sul do Brasil, ao
longo dos Andes, nas Áreas Mediterrâneas, Sudeste Asiático, Ásia Central, Sul da África e
Austrália (Bremer, 1994).
A tribo Eupatorieae compõe a maior parte das asteraceas nas regiões Neotropicais, a
qual também se apresenta nos Estados Unidos e Canadá, assim como por todo Hemisfério
Ocidental. Integrantes da tribo que foram introduzidos nas ilhas do pacífico acabaram se
espalhando pelo Velho Mundo. Com base nos conceitos atuais, a tribo tem 200 gêneros
conhecidos, correspondendo a aproximadamente 10% das asteraceas (King & Robinson,
1987).
Em virtude da grande diversidade da flora ao longo do mundo, esta tribo não é bem
compreendida, ocasionando erros nas identificações botânicas. Estudos mais elaborados
começaram a serem feitos em 1970. Estes novos estudos levaram os taxonomistas King e
Robinson (1987) a sugerirem um novo sistema de classificação, o qual fez com que surgissem
três novos gêneros Ageratina, Ayapana e Campuloclinium cujas espécies pertenciam ao
gênero Eupatorium (King & Robinson, 1987).
___________________________________________________________Introdução
6
Atualmente não é atribuída grande importância econômica a tribo, no entanto
existem exemplos bem claros de espécies importantes como por exemplo: Eupatorium
cannabinum usada na Índia no tratamento de úlceras e na Itália na medicina homeopática;
espécies de Mikania são usadas na América do Sul e na África no tratamento de mordidas de
serpentes; óleos essenciais de Trilisa odoratissima como agente fixador em perfumes e o uso
das folhas secas para adicionar sabor ao tabaco; Koanophyllon tinctorium e K. albicaule são
poderosos corantes; Stevia rebaudiana é a muito tempo conhecida pelo seu sabor doce e como
um possível substituto para o açúcar; Austroeu patorium inulaefolium foi utilizada no Uruguai
no controle de natalidade e muitas outras utilidades (King & Robinson, 1987).
Estudo mais recente a respeito da química das espécies da tribo Eupatorieae indica
que esta apresenta alcalóides pirrolizidínicos, no entanto estes alcalóides são diferentes dos
produzidos pelo seu parente próximo, a tribo Senecioneae (King & Robinson, 1987).
Quanto aos flavonóides, estão presentes em todas as inflorescências das espécies da
tribo Eupatorieae especialmente as de coloração amarela (King & Robinson, 1987).
Uma outra característica química importante do grupo é a presença em seus óleos
essenciais de benzofuranos, os quais são responsáveis por muitas das espécies da tribo
Eupatorieae serem venenosas. A característica das plantas da tribo apresentar benzofuranos é
tão marcante que a presença dos mesmos no gênero Isocarpha foi usada como argumento
para colocar este gênero dentro desta tribo (King & Robinson, 1987).
Monoterpenos na forma de derivados do timol, ocorrem esporadicamente dentro da
tribo Eupatorieae, estes ocorrem na Bishovia boliviensis, na Mikania officinalis e M.
purpurascens, duas espécies endêmicas do Brasil. Já os sesquiterpenos ocorrem largamente ao
longo da tribo (King & Robinson, 1987).
___________________________________________________________Introdução
7
A subtribo Gyptidinae é uma das maiores subtribos dentro da tribo Eupatorieae. Esta
subtribo atinge sua maior diversidade no Cerrado brasileiro onde a subtribo Critoniinae é rara
(King & Robinson, 1987).
Dos 27 gêneros pertencentes à subtribo Gyptidinae, 23 estão concentrados na
América do Sul, estando apenas 2 gêneros concentrados nos Estados Unidos e no México,
Conoclinium e Tamaulipa. O gênero Lourteigia é natural de grandes altitudes ocorrendo ao
longo do norte dos Andes. O gênero Neocuatrecasia só é encontrado no Peru e na Bolívia. Os
gêneros Trichogonia e Barrosoa estão concentrados no Brasil, apresentando apenas algumas
espécies distribuídas pela Venezuela e Colômbia (King & Robinson, 1987).
O gênero Trichogonia é reconhecido pelo papo plumoso que é encontrado na maioria
das espécies deste gênero. Em todo caso o gênero Helogyne também apresenta papo plumoso
o que pode causar confusão entre as espécies, este gênero é genuinamente brasileiro, sendo
uma característica das espécies brasileiras, a presença de glândulas ao longo do tubo da corola
(King & Robinson, 1987).
A espécie T. menthaefolia é endêmica do Brasil e nenhum estudo fitoquímico foi
realizado até o momento com esta espécie, assim como nenhuma avaliação biológica do
gênero foi conduzida.
Na tabela 01 estão descritas as espécies de Trichogonia que passaram por algum
estudo químico.
___________________________________________________________Introdução
8
Tabela 01: Fitoquímica de espécies de Trichogonia
Espécie Polaridade do extrato Parte da
planta
Classes químicas Referências
Bibliográficas
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos,
esteróides e lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et al.,
1981a
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
raízes Sesquiterpenos,
esteróides e derivados
furânicos da
acetofenona
Bohlmann et al.,
1981a
Trichogonia
prancii
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et al.,
1984
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos e
derivados da
acetofenona
Bohlmann et al.,
1981a
Trichogonia
grazielae
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
raízes Sesquiterpenos e
derivados da
acetofenona
Bohlmann et al.,
1981a
Trichogonia
scottmorii
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos,
sesquiterpenóides,
esteróides e derivados
da acetofenona
Bohlmann et al.,
1981a
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos,
esteróides, ácidos
graxos e lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et al.,
1981a
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
raízes Sesquiterpenos e
derivados da
acetofenona
Bohlmann et al.,
1981a
Trichogonia
salviaefolia
MeOH:Et
2
O: éter de
petróleo
1:1:1, v:v:v
planta
total
Lactona
sesquiterpênica e
diterpeno
Baruah et al.,
1985
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas
Diterpenos e lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et
al., 1984
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos,
esteróides, derivados da
acetofenona e lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et al.,
1981a
Trichogonia
villosa
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
raízes Sesquiterpenos,
derivados da
acetofenona e lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et al.,
1981a
___________________________________________________________Introdução
9
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos,
diterpenos e lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et
al., 1984
Trichogonia
gardneri
Hexano:AcOEt 3:1, v:v aéreas Lactonas
sesquiterpênicas
Vichnewski et
al., 1985
Trichogonia
hirtifolia
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos,
esteróides, derivados da
acetofenona, derivados
do benzofurano e
lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et
al., 1984
Trichogonia
santosii
Et
2
O:éter de petróleo
1:2, v:v
aéreas Sesquiterpenos,
esteróides, derivados da
acetofenona, cromenos,
derivados do
isoeugenol, triterpenos
e lactonas
sesquiterpênicas
Bohlmann et
al., 1984
Conclusivamente o perfil químico encontrado nas espécies de Trichogonia é
expresso pelos sesquiterpenos, lactonas sesquiterpênicas, derivados da acetofenona, esteróides
e triterpenos.
___________________________________________________________Objetivos
10
2. Objetivos
Tendo em vista a importância do estudo químico e da avaliação biológica de nossa
flora nativa, em especial de Asteraceae, em função de sua representativa participação na
mesma, considerando que o gênero Trichogonia é genuinamente brasileiro e estando bem
representado na família, com apenas oito espécies investigadas quimicamente e que a
Trichogonia menthaefolia Gardner é endêmica do Brasil e nenhum estudo fitoquímico foi
conduzido até o momento com esta espécie, parece justificado o estudo da composição
química da mesma.
Os objetivos do presente estudo são o isolamento e a identificação de componentes
químicos micromoleculares dos extratos diclorometânico e metanólico das partes totais desta
espécie vegetal coletada em seu habitat natural.
___________________________________________________Materiais e métodos
11
3. Materiais e métodos
3.1. Fases estacionárias para Cromatografia
Para o preparo de colunas cromatográficas clássicas foram utilizados como fases
estacionárias sílica gel 60 específica para colunas, da marca Merck, com tamanho de partícula
62-200 µm, Sephadex LH –20 da marca Sigma, com tamanho de partícula 25-100µ e sílica
gel 60 H, com tamanho de partícula de 63-200 µm. As duas primeiras fases estacionárias
foram utilizadas em CC e a última em CLV.
Para as análises por CG foram utilizadas colunas HP-1 (metilsilicone) e HP-50
(metilfenilsilicone), ambas com (30m x 0,25mm x 0,25mm).
Para o preparo das CCDC foi utilizado sílica 60GF
254
, da marca Merck, com tamanho
de partícula de 5-40 µm em uma camada de 0,25mm aplicada em placas de vidro de 5x20,
10x20 e 20x20 cm.
Para o preparo das CCDP foi utilizado como fase estacionária sílica gel 60 PF
254+366
da
marca Merck, em uma camada de 1mm aplicada em placas de vidro 20x20 cm.
___________________________________________________Materiais e métodos
12
3.2. Solventes e Reagentes
Solventes deuterados (CDCl
3
e DMSO-d
6
) das marcas Aldrich e Merck foram
utilizados para a obtenção dos espectros de RMN de
1
H e de
13
C.
Para o fracionamento dos extratos, foram utilizados os solventes de grau comercial, os
quais foram submetidos à destilação fracionada.
Para revelar as placas cromatográficas, CCDC e CCDP, foi utilizada uma mistura de
anisaldeído/metanol/ácido acético glacial/ácido sulfúrico 1:80:20:5 e luz UV com
comprimento de onda de 254 e 366 nm (lâmpada UVGL-25), respectivamente.
3.3. Instrumentos
Os espectros de RMN
1
H,
13
C, PND, DEPT 135
o
e HMQC foram registrados em
espectrômetro Brucker Avance DRX-400, operando a 400 MHz para o
1
H e 100MHz para o
13
C.
Para as análises em CG foi utilizado o equipamento Hewlett Packard 5890 serie 2.
Os espectros de massas foram obtidos em um espectrômetro de massas modelo:
ultrOTOF
Q
-ESI-TOF Mass Spectrometer Bruker Daltonics, Billerica, MA, EUA.
___________________________________________________Materiais e métodos
13
3.4. Métodos
3.4.1. Metodologia utilizada nas análises por CG
Coluna capilar HP-50
Temperatura do injetor: 260
o
C
Temperatura FID: 330
o
C
Temperatura da coluna: Gradiente de temperatura 105
o
C até 200
o
C (13
o
C/mim);
200
o
C até 240
o
C (5
o
C/mim – 20mim); 240
o
C até 280
o
C (10
o
C/mim – 10mim).
Gás de arraste: Hidrogênio com Split 1:50
Velocidade Linear: 45cm/seg a 250
o
C
Coluna capilar HP-1
Temperatura do injetor: 260
o
C
Temperatura FID: 330ºC
Temperatura da Coluna: 250
o
C por 12mim; 250
o
C até 280
o
C a 6
o
C/mim
Gás de Arraste: Hidrogênio com Split 1:50
Velocidade Linear: 46cm
3
/seg a 250
o
C
3.4.2. Metodologia para a obtenção dos espectros massas
Condições do experimento: Bomba de Infusão, Fluxo 180µL/h.
Fase móvel para a solubilização: MeOH:H
2
O (8:2)
O aparelho é de alta resolução necessitando de calibração interna e externa antes de
serem realizadas as análises. Usa-se para calibração interna uma solução do sal sódico do
___________________________________________________Materiais e métodos
14
ácido trifluoracético e na calibração externa uma solução de Formiato de Sódio, à 10mM, para
adquirir os espectros em alta resolução.
3.4.3. Metodologia para o preparo das amostras a serem cromatografadas
no CG
As amostras foram adsorvidas em pequena quantidade de sílica gel 60 e aplicadas em
uma pipeta de Pasteur e eluída com 10mL de hexano e posteriormente com 15mL de
clorofórmio. A solução em hexano é descartada e a solução em clorofórmio é concentrada
para posterior análise no CG, antes da qual é solubizada em clorofórmio.
nas CC com o uso da fase sólida silicagel 60
As amostras foram adsorvidas em pequena quantidade de sílica 60 e aplicadas no topo
das CC.
nas CC com o uso da fase sólida Sephadex LH-20
As amostras foram solubilizadas em metanol e centrifugadas por 5 minutos,
posteriormente os precipitados foram retirados e a fase líquida foi aplicada diretamente no
topo das CC.
_____________________________________________Procedimento experimental
15
4. Procedimento experimental
4.1. Coleta e identificação do material vegetal
O material vegetal (partes totais) foi coletado em seu habitat natural em Furnas - MG
numa estrada de terra a 1 km do mirante da represa, na época da floração em 18/04/1998 pelo
Prof. Dr. Norberto Peporine Lopes, recebendo o n
o
NPL 130.
Este material vegetal foi identificado como Trichogonia menthaefolia Gardner pelo
taxonomista Dr. José L. Panero, do Departamento de Botânica da Universidade do Texas,
Estados Unidos. Uma exsicata do espécimen (n
o
SPFR 04958) encontra-se no Herbário do
Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto -
USP.
4.2. Preparação dos extratos brutos
Após ser estabilizada em estufa de ar circulante à temperatura de 40
o
C, todas as partes
do material coletado foram pulverizadas em moinho de faca.
O pó seco (500g) passou pelo processo de maceração exaustiva, à temperatura
ambiente, com solventes em ordem crescente de polaridade (primeiro diclorometano e depois
metanol). Em seguida, os solventes foram removidos (sobre pressão reduzida), obtendo-se
assim os extratos brutos de média polaridade e de alta polaridade.
_____________________________________________Procedimento experimental
16
Figura 01: Esquema representativo da obtenção dos extratos brutos do pó de
T. menthaefolia
Planta Total
500g
Estufa de ar circulante 40
o
C
Moinho de faca
Extrato diclorometânico
(72g)
Maceração com CH
2
Cl
2
a TA
Resíduo
Maceração com Metanol a TA
Extrato metanólico
(18g)
Resíduo
(desprezado)
_____________________________________________Procedimento experimental
17
4.3. Isolamento e Purificação dos constituintes químicos do extrato em diclorometano
O fracionamento do extrato bruto em diclorometano foi realizado através de uma CLV
utilizando-se 35g do mesmo, em uma coluna de vidro de dimensões compatíveis e 500g de
sílica gel 60. A coluna cromatográfica foi eluída com solventes em ordem crescente de
polaridade, sendo o volume aproximado de cada fração 500ml, exceto a fração 1 onde o
volume de solvente utilizado foi 5L, obtendo-se 144 frações que posteriormente foram
reunidas por CCDC.
Tabela 02: CLV do extrato em diclorometano da Trichogonia menthaefolia
Eluente Frações Código Massa total (g)
Hexano 100% 01 TmD-1 0,24
Hexano/AcOEt 9,5:0,5 02-16 TmD-2 6,42
Hexano/AcOEt 9:1 17-29 TmD-3 1,79
Hexano/AcOEt 8:2 30-43 TmD-4 4,27
Hexano/AcOEt 7:3 44-57 TmD-5 3,86
Hexano/AcOEt 1:1 58-73 TmD-6 4,05
Hexano/AcOEt 3:7 74-84 TmD-7 1,97
Hexano/AcOEt 2:8 85-95 TmD-8 1,23
AcOEt 100% 96-108 TmD-9 2,98
AcOEt/MeOH 9,5:0,5 109-111 TmD-10 0,78
AcOEt/MeOH 9:1 112-122 TmD-11 2,69
AcOEt/MeOH 7:3 123-138 TmD-12 3,48
Etanol 100% 137-144 TmD-13 0,52
_____________________________________________Procedimento experimental
18
4.3.1. Isolamento dos constituintes químicos das frações obtidas da CLV do extrato em
diclorometano
A escolha de uma fração para submetê-la às separações cromatográficas foi baseada
em três critérios:
Massa da fração: frações cujas massas eram da ordem de unidades de grama ou menor não
foram utilizadas.
Análise dos espectros de RMN
1
H: a observação das feições espectrais permitiu inferir sobre a
presença ou não de micromoléculas que seriam de interesse ao estudo.
Perfil da amostra em CCDC: se a amostra apresentasse poucos pontos na CCDC ela seria
submetida a uma CCDP, se a fossem vários pontos ela seria submetida a uma CC.
_____________________________________________Procedimento experimental
19
Figura 02: Fluxograma do trabalho experimental realizado com o extrato diclorometânico de
T. menthaefolia
Extrato
diclorometânico
(35g)
TmD-1
TmD-3
TmD-5
CLV
TmD-6
TmD-10
CCDP
CCDP
Análise por
CG
CC
CC
Substância
1
(5mg)
Substância
2
(6mg)
Mistura de
triterpenos
3, 4, 5, e 6
CCDP
(162mg)
Substância
(12)
(22mg)
Mistura de esteróides
(7, 8, 9, 10 e 11)
(100mg)
_____________________________________________Procedimento experimental
20
Isolamento dos constituintes químicos da fração TmD-1
A fração TmD-1 (237,1mg) foi submetida a uma CCDP utilizando-se clorofórmio
como fase móvel, onde o sesquiterpeno 6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1) (5mg) foi
isolado em Rf: 0,77 apresentando coloração azul frente ao revelador químico.
Isolamento dos constituintes químicos da fração TmD-3
Uma porção da fração TmD-3 (500mg) foi submetida a uma CCDP utilizando-se
clorofórmio como fase móvel, onde o triterpeno 3α-hidroxi-olean-12-eno (2) (6mg) foi
isolada em Rf: 0,8 apresentando coloração azul frente ao revelador químico.
Isolamento dos constituintes químicos da fração TmD-5
A fração TmD-5 (3,86g) tem aparência de um sólido amorfo branco, a partir da qual
os terpenos, β-amirina (3), lupeol (4), taraxasterol (5), pseudotaraxasterol (6) e β-sitosterol
(7), foram identificados em mistura, através das análises do CG de uma pequena quantidade
da fração TmD-5 (10mg). Mais detalhes ver no item 5.3.
Isolamento dos constituintes químicos da fração TmD-6
Uma porção da fração TmD-6 (1,2g) foi submetida a uma CC utilizando-se 150g de
sílica gel como fase estacionária e eluída com solventes em ordem crescente de polaridade,
partindo de 100% de hexano até 100% diclorometano e então metanol:diclorometano 1:1 e
metanol 100%.
_____________________________________________Procedimento experimental
21
As frações 28 e 29 (162mg) foram reunidas e submetidas a uma CCDP em
Hexano/AcOEt 7:3 fornecendo a mistura dos esteróides β-sitosterol (7), estigmasterol (8),
campesterol (9) (100mg), estigmast-7-en-3β-ol (10) e espinasterol (11) em Rf: 0,32
apresentando absorção intensa na lâmpada de UV nos comprimentos de onda 256 e 366nm.
Esta mistura teve seus constituintes químicos identificados através das análises do CG de
uma pequena quantidade da mistura de esteróides (10mg). Mais detalhes ver no item 5.4.
Tabela 03: CC da fração TmD-6
Frações Fase móvel Volume
1-5 Hexano 100% 400ml
6-11 Hexano/CH
2
Cl
2
9,5:0,5 550ml
12-15 Hexano/CH
2
Cl
2
9:1 300ml
16 e17 Hexano/CH
2
Cl
2
7:3 400ml
18 Hexano/CH
2
Cl
2
1:1 100ml
19-25 CH
2
Cl
2
100% 800ml
26 e 27 CH
2
Cl
2
/Metanol 200ml
28-32 CH
2
Cl
2
/Metanol 500ml
33 e 34 CH
2
Cl
2
/Metanol 200ml
35-42 Metanol 100% 700ml
Isolamento dos constituintes químicos da fração TmD-10
Uma porção da fração TmD-10 (532mg) foi submetida a uma CC utilizando-se
Sephadex-LH-20 como fase estacionária e metanol como fase móvel, recolhendo-se frações
de 10mL, num total de 55 frações.
As frações 42-50 forneceram o flavonóide ramnocitrina (12) (25mg) praticamente
puro.
_____________________________________________Procedimento experimental
22
4.4. Isolamento dos constituintes químicos do extrato metanólico
O extrato metanólico (18,0g) foi dissolvido em 150 mL de metanol, ocorrendo a
completa solubilização do mesmo. Em seguida particionou-se com hexano, por 10 vezes
(200mL cada).
A solução metanólica resultante foi concentrada e a massa obtida foi de 8,0g, sendo
que apenas 3,23g foi submetido a uma CC utilizando-se Sephadex-LH-20 como fase
estacionária e metanol como fase móvel, recolhendo-se 62 frações de 30ml cada.
As frações 43-53 forneceram o flavonóide ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo (13)
(32mg).
Figura 03: fluxograma do trabalho experimental realizado com o extrato metanólico de T.
menthaefolia
-solubilização em metanol
-partição com hexano
Solução metanólica
concentração
Solução hexânica
Fração metanólica (8,0g)
CC
(Sephadex LH-20)
Substância 13
(32,0mg)
Extrato metanólico (18g)
________________________________________________ Identificação estrutural
23
5. Identificação estrutural
5.1. Identificação estrutural do sesquiterpeno 6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1).
H
O
O H
1
2
3
5
10
9
8
7
6
4
15
12
13
14
1'
2'
3'
4'
6
α
-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1)
11
5'
A substância 6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno, foi identificada pela análise das
informações contidas nos espectros de RMN de
1
H,
13
C, PND, DEPT 135
O
e HMQC (p. 48-
54).
Esta substância já tinha sido isolada das partes aéreas da Ageratum fastigiatum
(Eupatorieae, Asteraceae, Bohlmann et al.,1981b).
Os principais sinais observados no espectro de RMN
1
H (Figuras 06, 07 e 08, p. 48, 49
e 50) foram:
dubletos em δ0,91 e δ0,89 ambos integrando para 3H cada e com J 7,1 Hz
referentes aos hidrogênios 12 e 13 do grupamento isopropil;
o singleto em δ0,77 integrado para 3H indica que a estrutura sesquiterpênica
apresenta um grupo metil;
os singletos largos em δ4,76 e δ4,54 integrados para 1H cada, referem-se aos
hidrogênios do grupo metileno, H-15a e H-15b;
________________________________________________ Identificação estrutural
24
o dubleto largo em δ2,08 integrando para 1H e com valor de J 10,6 Hz, foi
atribuído ao H-5. Este valor de J é típico de acoplamento axial-axial, por sua
vez a posição axial deste hidrogênio define a junção trans do anel em C5;
o duplo dubleto em δ5,14 integrando para 1H e J 10,4 e 10,1 Hz, foi atribuído
ao H-6. O valor deste δ infere em um hidrogênio oximetínico e os valores de J
são típicos de acoplamento axial-axial. Tais observações definem a posição
axial deste hidrogênio assim como a de seus vizinhos em C5 e C7;
os hidrogênios do grupo angelato estão bem evidentes, pelo quádruplo
quadrupleto em δ5,93 integrando para 1H e J 7,2 e 1,5 Hz referente ao
hidrogênio na posição 3’, com os duplos quadrupletos em δ1,89 integrando
para 3H e J 7,2 e 1,5 Hz referente aos hidrogênios da metila na posição 4’ e
com o multipleto em δ1,83 integrando para 3H referente aos hidrogênios da
metila na posição 5’;
Tabela 04: Dados de RMN
1
H da substância 6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno comparados
com os dados da literatura (Bohlmann et al., 1981b)*
Hidrogênio
δ, J e multiplicidade realizado
em 270 MHz (literatura)
δ, J e multiplicidade
(1)
H-3a 2,28; dl; 12,0 2,30; m
H-3b 1,95; m 1,94; m
H-5 2,08; dl; 11,0 2,08; dl; 10,6
H-6 5,15; dd; 11,0 e 10,0 5,14; dd; 10,4 e 10,1
H-11 1,95; m 1,7; m
H-12 0,93; d; 7,0 0,91; d; 7,1
H-13 0,91; d; 7,0 0,89; d; 7,1
H-14 0,79; s 0,77; s
H-15a 4,67; sl 4,76; sl
H-15b 4,54; sl 4,54; sl
H-3´ 5,93; qq; 7,0 e 1,5 5,93; qq; 7,2 e 1,5
H-4´ 1,90; dq; 7,0 e 1,5 1,89; dq; 7,2 e 1,5
H-5´ 1,83; dq; 7,0 e 1,5 1,83; m
* δ em ppm e J em Hz (obtido em CDCl
3
)
Posteriormente os dados constantes dos espectros de RMN
13
C (PND e DEPT 135º) e
HMQC (figuras 09, 10, 11 e 12, p. 51, 52, 53 e 54), corroboraram com a proposta estrutural.
________________________________________________ Identificação estrutural
25
Analisando os espectros de RMN
13
C (PND e DEPT 135º) podemos observar os
carbonos metilênicos - 1, 2, 8 e 9 - em δ40,21, δ18,30, δ38,08 e δ42,15 respectivamente,
sendo que os hidrogênios destes grupos metilênicos não podem ser observados no espectro de
RMN
1
H porque os mesmos aparecem na região de δ1,3-1,75. Através dos mapas de contorno
do HMQC foi possível observar correlações importantes, confirmando a atribuição dos
carbonos.
Tabela 05: Dados de RMN obtidos dos espectros de
13
C (PND e DEPT 135º) e nos mapas de
contorno do HMQC (δ em ppm, CDCl
3
).
Carbonos Tipos de
carbonos
δ
Correlações retiradas do
HMQC
C-1 CH
2
40,21 1,30-1,75
C-2 CH
2
18,30 1,30-1,75
C-3 CH
2
24,21 1,94 e 2,30
C-4 C 146,39
C-5 CH 55,98 2,08
C-6 CH 70,92 5,14
C-7 CH 49,51 1,30-1,75
C-8 CH
2
38,08 1,30-1,75
C-9 CH
2
42,15 1,30-1,75
C-10 C 38,09
C-11 CH 26,14 1,70
C-12 CH
3
16,12 0,91
C-13 CH
3
21,39 0,89
C-14 CH
3
17,57 0,77
C-15 CH
2
106,67 4,54 e 4,76
C-1´ C 168,38
C-2´ C 128,71
C-3´ CH 135,69 5,93
C-4´ CH
3
15,43 1,89
C-5´ CH
3
20,68 1,82
Os espectros de RMN de
1
H,
13
C (PND, DEPT 135º) e os mapas de contorno do
HMQC se encontram no anexo 01.
________________________________________________ Identificação estrutural
26
5.2. Identificação estrutural do triterpeno 3α-hidroxi-olean-12-eno (2).
HO
1
2
3
4
5
10
6
7
8
9
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
28
29 30
27
3
α
-hidroxi-olean-12-eno (2)
H
H
H
O espectro de RMN
1
H (Figuras 13 e 14, p. 55 e 56) apresentou uma grande
quantidade de sinais na região de δ1,16-0,86 indicando a presença de substância de natureza
terpênica, sendo que na região de δ1,16-0,86 são observados oito singletos com as mesmas
integrais (δ1,16, δ1,14, δ1,09, δ1,04, δ1,00 δ0,99, δ0,95 e δ0,85), um multipleto em δ5,62
referente a hidrogênio olefinico e um multipleto em δ3,47 referente a hidrogênio oximetínico.
Os dados dos espectros de RMN
13
C (PND e DEPT 135
o
) (Figuras 15, 16 e 17, p. 57 e 58 e
59) apontaram para um triterpeno da classe olean-12-eno uma vez que os valores de
deslocamentos químicos para os carbonos C12 e C13 estão entre ~δ122 e ~δ145 e são
observados oito metilas, dez carbonos secundários, cinco carbonos terciários e sete carbonos
quaternários. O valor do deslocamento químico do carbono C3 (δ76,37) indica que este tem
uma hidroxila ligada em α (Mahato et al., 1994).
Posteriormente a amostra foi submetida a uma análise por CG em uma coluna HP-1,
adicionando à amostra padrões de triterpenos. A análise por CG mostrou que o mesmo
apresenta Tr (com relação ao colesterol) muito próximo ao da β-amirina, sendo o Tr da
amostra 1,317 e o da β-amirina 1,420.
________________________________________________ Identificação estrutural
27
Uma vez que os deslocamentos químicos de RMN
13
C e o Tr da substância em análise
são muito parecidos com os da β-amirina, concluímos tratar-se de um epímero da β-amirina,
ou seja com a hidroxila em C3 na posição axial (α). No intuito de descobrir a influência dos
deslocamentos químicos, quando a hidroxila esta em axial ou equatorial (α ou β),
comparamos os valores de RMN
13
C das substâncias A e B que também são da família olean-
12-eno e diferem entre si apenas na posição da hidroxila.
HO
55,5
48,8
78,8
76,4
15,7
22,1
A
O
OH
O
O
B
HO
40,2
27,8
36,9
18,3
33,5
37,3
38,8
23,0
122,1
143,8
56,1
23,3
27,3
32,9
36,8
34,3
30,9
44,0
47,5
28,3
16,4
18,1
28,2
176,1
33,2
23,5
36,7
27,6
39,9
36,7
18,0
30,9
36,7
48,8
49,2
23,0
125,5
137,5
56,0
22,1
26,2
32,9
36,2
34,2
31,0
44,2
47,0
15,8
18,0
28,2
179,0
28,2
32,9
23,6
Comparando os valores de RMN de
13
C (Mahato et al., 1994) das substâncias A e B
podemos observar que os carbonos C3, C5 e C24 são os que sofrem maior influência, com a
alteração da estereoquímica da hidroxila na posição 3. Feito esta observação e estendendo esta
comparação entre a β-amirina e a substância 2, podemos concluir que as duas substâncias são
idênticas diferindo uma da outra apenas pela posição da hidroxila em C3.
________________________________________________ Identificação estrutural
28
A título de comparação os valores de RMN de
13
C da substância 2 e da β-amirina estão
apresentados na tabela 06.
Tabela 06: Dados de RMN
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) do triterpeno 3α-hidroxi-olean-12-eno
comparados com os valores da β-amirina (Mahato et al, 1994).
Carbonos 3α-hidroxi-olean-12-eno β-amirina
1 35,06 28,7
2 29,70 27,3
3 76,37 79,0
4 39,28 38,8
5 49,66 55,3
6 18,21 18,5
7 30,34 32,8
8 39,28 38,8
9 43,04 47,7
10 37,82 37,7
11 23,63 23,6
12 122,09 121,8
13 141,57 145,5
14 40,81 41,8
15 27,80 26.2
16 27,00 27.0
17 34,60 32,5
18 47,41 47,4
19 não observado 46,9
20 30,08 31,1
21 34,83 34,8
22 36,01 37,2
23 28,94 28,8
24 19,62 15,5
25 18,42 15,6
26 16,21 16,9
27 25,45 26,6
28 32,40 28,4
29 34,52 33,3
30 25,45 23,7
Os espectros de RMN de
1
H e de
13
C (PND e DEPT 135º) se encontram no anexo 02.
________________________________________________ Identificação estrutural
29
5.3. Identificação estrutural da mistura de triterpenos presentes na fração TmD-5 (3, 4, 5 e 6)
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
25
26
27
28
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
HO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
23
24
25
26
27
28
29
30
29
30
19
21
22
20
lupeol (4)
β
-amirina (3)
taraxasterol (5)
pseudotaraxasterol (6)
24
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
A fração TmD-5 apresentou em seu espectro de RMN
1
H (Figura 20, p. 62) uma
grande quantidade de sinais entre δ0,76 e δ1,07, referente a grupos metílicos e um multipleto
entre δ3,17 e δ3,25 referente aos hidrogênios hidroximetínicos, sendo que todos os triterpenos
identificados na fração TmD-5 - após análise do CG - tem em comum uma hidroxila em β na
posição 3. Quanto aos hidrogênios olefinicos também são observados, aparecendo como
multipletos em δ4,62 e δ4,60.
No espectro de RMN
13
C (Figura 21, p.63) também há evidências da presença de
triterpenos devido a grande quantidade de sinais entre δ35,0-14,0 referentes a grupos
metílicos e o sinal em δ79,07 referente a carbono contendo uma hidroxila ligada na posição β,
como é típico da grande maioria dos triterpenos.
A análise do espectro de RMN
13
C na região dos carbonos olefinicos foi de grande
importância para a identificação dos triterpenos, uma vez que estes são bem evidentes neste
________________________________________________ Identificação estrutural
30
espectro, com os sinais: δ121,7 (C12) e δ145,2 (C13) (β-amirina); δ151,0 (C20) e δ109,3
(C29) (lupeol); δ139,2 (C20) e δ119,4 (C21) (pseudotaraxasterol) e δ154,6 (C20) e δ107,1
(C30) (taraxasterol) (Olea & Roque, 1990, Mahato et al., 1994).
A título de ilustração todos os valores de RMN
13
C dos triterpenos identificados em
mistura na fração TmD-5 assim como os respectivos valores da literatura seguem nas tabelas
7 e 8.
Tabela 07: Dados do espectro de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para β-amirina e lupeol
comparados com os dados da literatura (Mahato et al., 1994).
Carbonos β-amirina lupeol
literatura experimental literatura experimental
1 28,7 29,4 38,7 38,9
2 27,3 27,4 27,4 27,4
3 79,0 79.0 78,9 79.0
4 38,8 39,0 38,8 38,8
5 55,3 55,4 55,3 55,4
6 18,5 18,2 18,3 18,2
7 32,8 32,8 34,2 34,5
8 38,8 39,3 40,8 40,9
9 47,7 48,6 50,4 50,4
10 37,7 38,7 37,1 38,7
11 23,6 22,6 20,9 22,6
12 121,8 121,7 25,1 28,0
13 145,5 145,2 38,8 40,9
14 41,8 42,0 42,8 50,4
15 26.2 26,2 27,4 27,4
16 27.0 27,4 35,5 34,5
17 32,5 31,9 43,0 38,9
18 47,4 47,2 48,8 48,7
19 46,9 46,8 47,9 46,8
20 31,1 31,9 150,9 151,0
21 34,8 34,5 29,8 29,4
22 37,2 37,1 40,0 39,3
23 28,8 29,4 28,8 29,4
24 15,5 15,4 15,4 15,4
25 15,6 15,4 16,1 16,3
26 16,9 16,3 15,9 16,3
27 26,6 26,7 14,5 14,1
28 28,4 28,0 18,0 18,3
29 33,3 34,0 109,3 109,3
30 23,7 23,7 19,3 19,5
________________________________________________ Identificação estrutural
31
Tabela 08: Dados do espectro de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para pseudotaraxasterol e
taraxasterol comparados com os dados da literatura (Mahato et al., 1994)
Carbonos pseudotaraxasterol taraxasterol
literatura experimental literatura experimental
1 38,8 38,9 38,8 38,8
2 27,4 27,4 27,4 27,8
3 79,0 79,6 79,0 79,0
4 38,8 38,8 38,8 38,8
5 55,3 55,4 55,4 55,4
6 18,3 18,2 18,3 18,2
7 34,3 34,5 34,1 34,5
8 41,1 41,0 40,9 41,0
9 50,4 50,5 50,5 50,5
10 37,1 38,7 37,1 38,7
11 21,6 22,6 21,4 22,6
12 27,6 28,0 26,6 26,7
13 39,2 38,2 39,2 39,4
14 42,3 42,0 42,0 42,0
15 27,0 27,4 26,6 27,4
16 36,6 37,1 38,3 38,8
17 34,4 34,5 34,5 34,5
18 48,8 48,7 48,7 48,7
19 36,6 42,0 39,4 39,3
20 138,8 139,2 154,6 154,6
21 118,9 119,2 25,6 25,6
22 42,2 42,0 38,9 38,9
23 28,8 29,4 28,8 29,4
24 15,4 15,4 15,4 15,4
25 16,3 16,3 16,8 16,4
26 16,1 16,3 15,9 16,3
27 14,8 15,3 14,8 15,3
28 17,7 18,3 19,5 19,5
29 22,5 22,7 25,5 25,5
30 21,7 21,5 107,7 107,1
Convém destacar que o sinal de C21 do pseudotaraxasterol não pode ser observado no
espectro de DEPT 135
o
(Figura 22, p. 64), pelo fato da concentração do pseudotaraxasterol
em TmD-5 ser muito menor do que a concentração dos demais triterpenos.
A confirmação dos triterpenos presentes em TmD-5 foi feita por CG, através de
análises nas colunas HP-1 e HP-50. As análises foram feitas comparando os tempos de
retenções relativos dos picos presentes na mistura de triterpenos com os tempos de retenção
relativo de padrões autênticos. Através destas comparações foi possível confirmar a presença
________________________________________________ Identificação estrutural
32
dos terpenos β-amirina (3), lupeol (4), taraxasterol (5), pseudotaraxasterol (6) e β-sitosterol
(7), sendo que os dados referentes às análises por CG (Figuras 18 e 19 - p. 60 e 61) nas
colunas HP-50 e HP-1 se encontram nas tabelas 9 e 10.
Tabela 09: Identificação das substâncias presentes em TmD-5 (Coluna HP-50)
Compostos Tempo de retenção
(mistura de
triterpenos)
Tempo de retenção
relativo*(mistura
de triterpenos)
Tempo de
retenção relativo
(Padrões)
β-amirina 27,953 1,315 1,315
lupeol 30,456 1,432 1,432
pseudotaraxasterol 34,159 1,606 1,605
taraxasterol 34,843 1,639 1,638
β-sitosterol 25,420 1,195 1,193
*com relação ao colesterol 21,262
Tabela 10: Identificação das substâncias presentes em TmD-5 (Coluna HP-1)
Compostos Tempo de retenção
(mistura de
triterpenos)
Tempo de retenção
relativo*(mistura
de triterpenos)
Tempo de
retenção relativo
(Padrões)
β-amirina 16,543 1,269 1,295
lupeol 18,689 1,351 1,351
pseudotaraxasterol 20,555 1,486 1,484
taraxasterol 20,555 1,486 1,486
β-sitosterol 16,543 1,269 1,270
*com relação ao colesterol 13,826
Os espectros de RMN de
1
H,
13
C (PND e DEPT 135º) e os cromatogramas se
encontram no anexo 03.
________________________________________________ Identificação estrutural
33
5.4. Identificação estrutural da mistura de esteróides (7, 8, 9, 10 e 11)
OH
OH
OH
OH
OH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H H
H
H
HH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
β
-sitosterol (7)
estigmasterol (8)
campesterol (9)
estigmast-7-en-3
β
-ol (10)
espinasterol (11)
18
19
O espectro de RMN
1
H (Figuras 28 e 29, p. 68 e 69) da mistura em análise apresenta
vários sinais entre δ0,7 e δ1,0 correspondendo a grupos metílicos, vários sinais entre δ1,0 e
δ2,0 que podem ser atribuídos a grupos metilênicos, um multipleto em δ3,5 (H-3) referente à
hidrogênios hidroximetínicos, dois duplos dubletos em δ5,0 (H23) e δ5,1 (H22) com J 15 e
8,5Hz e um multipleto em δ5,35 referente a hidrogênios olefinicos. Todos esses sinais no
RMN evidenciam a presença de fitoesteróides (Kojima et al., 1990).
Na literatura (Kojima et al., 1990) os autores descrevem os hidrogênios olefinicos (H-
6) do β-sitosterol (7) e do estigmasterol (8) como um multipleto em δ5,35 e os hidrogênios
hidroximetínicos (H-3) como um multipleto em δ3,53. Por sua vez os hidrogênios olefinicos
________________________________________________ Identificação estrutural
34
(H-7) do estigmast-7-en-3β-ol (10) e do espinasterol (11) são descritos como multipletos em
δ5,16 e δ5,15 respectivamente e os hidrogênios hidroximetínicos como multipletos em δ3,60
e δ3,59 respectivamente.
No espectro de RMN
13
C (Figuras 30 e 31, p. 70 e 71) a presença de esteróides
também é averiguada devido aos sinais:
δ140,8 e δ121,7: C5 e C6 do β-sitosterol (7);
δ140,7, δ121,7, δ138,3 e δ129,2: C5, C6, C22 e C23 do estigmasterol (8);
δ138,3 δ117,5: C7 e C8 do estigmast-7-en-3β-ol (10);
δ117,5, δ138,3, δ138,6 e δ129,3: C7, C8, C22 e C23 do espinasterol (11);
Estes fitoesteróides tem em comum uma hidroxila em β na posição 3, sendo que os C3
do β-sitosterol (7) e do estigmasterol (8) aparecem em δ71,8 e os C3 do estigmast-7-en-3β-ol
(10) e do espinasterol (11) em δ71,0 (Kojima et al., 1990). Convém destacar que o sinal
referente ao carbono C3 dos esteróides estigmast-7-en-3β-ol e espinasterol não pode ser
observado no PND, sendo observado apenas no espectro de DEPT 135
o
com intensidade
muito menor que o sinal δ71,8 (veja Figura 31, p.71).
A presença de campesterol (9) não foi evidenciada por RMN
1
H e
13
C uma vez que
esta substância tem seus deslocamentos químicos referentes aos carbonos da ligação dupla
idênticos aos do β-sitosterol (7) (o contrário também poderia ser dito).
A título de ilustração todos os valores de RMN
13
C dos esteróides identificados em
mistura assim como os valores da literatura seguem nas tabelas 11 e 12.
________________________________________________ Identificação estrutural
35
Tabela 11: Resultados experimentais de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para os esteróides
β-sitosterol e estigmasterol comparados com a literatura (Kojima et al., 1990).
Carbonos β-sitosterol estigmasterol
literatura experimental literatura experimental
1 37,2 37,3 37,2 37,3
2 31,6 31,9 31,6 31,9
3 71,8 71,8 71,8 71,8
4 42,3 42,3 42,3 42,3
5 140,7 140,8 140,7 140,7
6 121,7 121,7 121,7 121,7
7 31,9 31,9 31,9 31,9
8 31,9 31,9 31,9 31,9
9 50,1 50,2 50,1 50,2
10 36,6 36,5 36,6 36,5
11 21,1 21,1 21,1 21,1
12 39,9 40,5 39,7 40,5
13 42,3 42,3 42,2 42,2
14 56,6 56,9 56,6 56,9
15 24,3 24,4 24,4 24,4
16 28,8 28,9 28,9 28.9
17 56,0 56,0 55,9 56,0
18 11,9 12,1 12,0 12,1
19 19,4 19,4 19,4 19,4
20 36,1 36,5 40,5 40,5
21 18,8 19,0 21,2 21,2
22 33,9 31,9 138,3 138,3
23 26,6 25,4 129,2 129,3
24 45,5 42,3 51,2 51,2
25 29,1 28,9 31,9 31,7
26 19,9 21,1 21,1 21,1
27 19,0 19,4 19,0 19,4
28 23 24,4 25,4 25,4
29 12,0 12,1 12,3 12,3
________________________________________________ Identificação estrutural
36
Tabela 12: Resultados experimentais de RMN de
13
C (δ em ppm, CDCl
3
) para os esteróides
estigmast-7-en-3β-ol e espinasterol comparados com a literatura (Kojima et al., 1990).
Carbonos estigmast-7-en-3β-ol espinasterol
literatura experimental literatura experimental
1 37,1 37,3 37,1 37,3
2 31,4 31,7 31,4 31,7
3 71,0 71,1 71,0 71,1
4 37,9 37,3 38,0 37,3
5 40,2 40,5 40,2 40,5
6 29,6 28,9 29,6 28,9
7 117,4 117,5 117,4 117,5
8 139,6 138,3 139,5 138,3
9 49,4 50,1 49,4 50,1
10 34,4 36,6 34,4 36,6
11 21,5 21,2 21,5 21,2
12 39,5 40,5 39,4 40,5
13 43,4 42,3 43,3 42,3
14 55,0 56,0 55,1 56,0
15 23,0 23,0 23,0 23,0
16 27,9 28,3 28,5 28,3
17 56,0 56,0 55,8 56,0
18 11,8 12,1 12,0 12,1
19 13,0 12,3 13,0 12,3
20 36,6 36,5 40,8 40,5
21 18,9 19 21,4 21,1
22 33,8 31,9 138,8 138,3
23 26,1 25,4 129,4 129,3
24 45,8 42,3 51,2 51,2
25 29,1 28,9 31,9 31,9
26 19,8 21,1 21,1 21,1
27 19,0 19,4 19,4 19,4
28 22,9 21,2 25,4 25,4
29 11,9 12,1 12,3 12,3
Deve ser destacado que sendo as estruturas destes esteróides muito semelhantes, a
identificação dos mesmos em mistura utilizando-se apenas métodos físicos não seria possível,
desta forma a composição da mistura de esteróides foi confirmada pelas análises em CG
(Figuras 23, 24, 25 e 26 e 27, p. 65, 66 e 67) feitas nas colunas HP-50 e HP-1 utilizando-se os
tempos de retenções relativos e o método de enriquecimento com padrões. Nas tabelas 13 e 14
seguem as informações contidas nos cromatogramas.
________________________________________________ Identificação estrutural
37
Tabela 13: Identificação da mistura de esteróides (coluna HP-50).
Compostos Tempo de
retenção
(minutos)
Tempo de
retenção
relativo*
Padrões Mistura de
esteróides
Padrões* Mistura de
esteróides**
campesterol 24,101 24,052 1,105 1,106
estigmasterol 24,805 24,733 1,137 1,139
β-sitosterol 26,173 26,092 1,200 1,200
estigmast-7-en-3β-
ol
26,698 26,637 1,224 1,224
espinasterol 28,146 28,046 1,291 1,291
*com relação ao colesterol 21,805
**com relação ao colesterol 21,744
Tabela 14: Identificação da mistura de esteróides (coluna HP-1)
Compostos Tempo de
retenção
(minutos)
Tempo de
retenção
relativo
Padrões Mistura de
esteróides
Padrões* Mistura de
esteróides**
campesterol 16,098 15,925 1,162 1,158
estigmasterol 16,726 16,565 1,207 1,205
β-sitosterol 17,465 17,362 1,260 1,263
estigmast-7-en-3β-
ol
17,723 17,525 1,279 1,275
espinasterol 18,607 18,427 1,343 1,340
*com relação ao colesterol 13,855
**com relação ao colesterol 13,750
Os espectros de RMN de
1
H,
13
C, (PND e DEPT 135º) e cromatogramas se encontram
no anexo 04.
________________________________________________ Identificação estrutural
38
5.5. Identificação estrutural do flavonóide ramnocitrina (12)
O
OOH
O
OH
OH
1
2
3
4
1'
2'
3'
4'
5'
6'
ramnocitrina (12)
A
B
C
5
6
7
8
10
9
Os sinais presentes no espectro de RMN
1
H da amostra em análise (Figuras 32 e 33 p.
72 e 73) indicam a presença de flavonóide, uma vez que são observados hidrogênios
aromáticos (δ8,2-6,3) e fenólicos (δ12,5-9,5). Os sinais que caracterizam o flavonóide em
análise são: dubletos em δ8,09 e δ6,94 com J 9Hz típicos de acoplamento orto no anel B
integrando para dois hidrogênios cada, os dubletos em δ6,75 e δ6,35 com J 2Hz, típico de
acoplamento meta no anel A integrando para um hidrogênio cada e o singleto em δ3,86
integrando para 3 hidrogênios o que indica a presença de uma metoxila, no entanto a
localização da mesma não pode ser feita por simples análise deste espectro, podendo estar nas
posições 3, 7 ou 4’.
A comparação entre os valores obtidos de RMN
1
H e
13
C (Figuras 32, 33, 34 e 35, p.
72-75) com os valores da literatura para o flavonóide ramnocitrina apresentam ótima
concordância, como prova disto os valores experimentais e da literatura estão apresentados
nas tabelas 15 e 16.
________________________________________________ Identificação estrutural
39
Tabela 15: Dados do espectro de RMN
1
H do flavonóide ramnocitrina comparados com a
literatura ( Barberá et al., 1986) e (Harborne,1995)*
Hidrogênios δ, J e multiplicidade
realizado em 200.13 MHz
(Barberá et al., 1986)
δ, J e multiplicidade
(Harborne et al.,
1995)
δ, J e
multiplicidade
(12)
6 6,34; (2,2); d 6,39; (2,1); d 6,35; (2,0); d
8 6,73; (2,2); d 6,75; (2,1); d 6,75; (2,0); d
2’ 8,07; (8,8); d 8,10; (8,9); d 8,09; (9,0); d
3’ 6,93; (8,8); d 6,89; (8,9); d 6,94; (9,0); d
5’ 6,93; (8,8); d 6,89; (8,9); d 6,94; (9,0); d
6’ 8,07; (8,8); d 8,10; (8,9); d 8,09; (9,0); d
OMe 3,85; s ------------- 3,86; s
5-OH 12,60; sl ------------- 12,48; sl
* δ em ppm e J em Hz (obtidos em DMSO-d
6
)
Tabela 16: Dados do espectro de RMN
13
C (δ em ppm, DMSO-d
6
) do flavonóide
ramnocitrina comparados com a literatura (Agrawal et al., 1989)
Carbonos Tipos de carbonos δ experimental
(12)
δ literatura (Agrawal
et al., 1989)
C-2 C 147,6 147,2
C-3 C 136,3 135,9
C-4 C 176,4 176,0
C-5 C 160,7 160,3
C-6 C-H 97,9 97,4
C-7 C 165,2 164,9
C-8 C-H 92,4 92,1
C-9 C 156,4 156,1
C-10 C 104,4 104,0
C-1’ C 121,9 121,0
C-2’ C-H 129,9 129,4
C-3’ C-H 115,8 115,4
C-4’ C 159,7 159,3
C-5’ C-H 115,8 115,4
C-6’ C-H 129,9 129,4
Embora os dados de RMN
1
H e
13
C sejam suficientes para confirmar o flavonóide
ramnocitrina, também foi o espectro de massas no modo negativo e EM-EM no modo
positivo (Figuras 36 e 38 – p. 76 e 78), onde os picos do íon molecular são condizentes com a
ramnocitrina [M-H] 299,0559 e [M+H] 301,0799, respectivamente.
A espectrometria de massas também auxiliou na confirmação da posição da metoxila,
feita por EM-EM no modo positivo (Figura 38, p. 78) onde a presença dos fragmentos m/z
________________________________________________ Identificação estrutural
40
121,0347, m/z 179,0430, m/z 167,0412 e m/z 151,0450, confirmam a posição da metoxila em
C-7 (estes fragmentos se encontram propostos na Figura 04). Deve ser destacado que a
utilização de EM-EM no modo positivo na determinação da posição de metoxilas no
esqueleto de flavonóides é descrita por March e Miao (2004).
A ramnocitrina também foi submetida à EM-EM (Figura 37, p. 77) no modo negativo,
mas os fragmentos presentes no espectro não foram conclusivos na determinação da posição
da metoxila.
Figura 04: Proposta de fragmentação da ramnocitrina no modo positivo que confirma a
metoxila em C7 (March & Miao., 2004).
O
OH
O
O
OH
OH
A
C
B
O
OH
O
H
O
O
OH
121
179
O
O
133
O
OH
C
OH
+
+
167
CO
O
O
OH
H
151
O
Os espectros de RMN de
1
H,
13
C (PND e DEPT 135º) e de EM se encontram no anexo
05.
________________________________________________ Identificação estrutural
41
5.6. Identificação estrutural do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo (13).
O
OH
H
H
OH
H
H
HO
H
O
OH
O
OH
OOH
O
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
6''
ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo (13)
O flavonóide ramnocitrina já tinha sido isolado e identificado no estudo do extrato de
média polaridade (diclorometano), a comparação direta dos espectros de RMN
1
H (Figuras 32
e 33, p. 72 e 73) do flavonóide ramnocitrina com o espectro (Figuras 39 e 40, p. 79 e 80) da
sua versão glicosilada levaram a entender que de fato os esqueletos carbônicos eram os
mesmos (veja os dados na tabela 17) e o dubleto em δ5,43 de J 7,6Hz indica que o açúcar
presente é a β-D-galactopiranose.
De acordo com Barberá et al, (1986) quando um flavonóide é glicosilado na posição 3
ocorre uma alteração nos deslocamentos químicos dos hidrogênios 2’ e 6’, no entanto estas
alterações não são previsíveis e geralmente levam a equívocos, mas por sua vez quando um
flavonóide é glicosilado na posição 4’ ocorre uma desblindagem dos hidrogênios 3’ e 5’ em
torno de 0,3 ppm. Uma vez que o glicosídeo só pode estar nas posições 3 e 4’ e não é
observada nenhuma desblindagem em torno de 0,3 ppm nos hidrogênios 3’ e 5’ em relação a
ramnocitrina podemos concluir que o açúcar está na posição 3.
A título de comparação os valores de RMN
1
H da ramnocitrina 3-O-β-
galactopiranosídeo são comparados com os valores da literatura (Barberá et al., 1986) e
apresentados na tabela 18.
________________________________________________ Identificação estrutural
42
Tabela 17: Dados do espectro de RMN
1
H do flavonóide ramnocitrina comparados com os da
ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo*
Hidrogênios δ, J e multiplicidade da
ramnocitrina (12)
δ, J e multiplicidade da ramnocitrina
3-O-β-galactopiranosídeo (13)
6 6,35; (2,0), d 6,39; (2,2), d
8 6,75; (2,0), d 6,75; (2,2), d
2’ 8,09; (9,0), d 8,12; (9,0), d
3’ 6,94; (9,0), d 6,88; (9,0), d
5’ 6,94; (9,0), d 6,88; (9,0), d
6’ 8,09; (9,0), d 8,12; (9,0), d
OMe 3,86; s 3,87; s
5-OH 12,48; sl 12,66, sl
* δ em ppm e J em Hz (obtidos em DMSO-d
6
)
Tabela 18: Valores de RMN
1
H do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo
comparados com os valores da literatura (Barberá et al., 1986)*
Hidrogênio
δ, J e multiplicidade da
literatura
δ, J e multiplicidade (13)
6 6,37; (2,1), d 6,39; (2,2), d
8 6,74; (2,1), d 6,75; (2,2), d
2’ e 6’ 8,09; (8,9), d 8,12; (9,0), d
3’ e 5’ 6,88; (8,9), d 6,88; (9,0), d
OMe 3,86; s 3,87; s
5-OH 12,60 sl 12,66, sl
H’’-1 5,40; (7,5), d 5,43; (7,6), d
* δ em ppm e J em Hz (obtidos em DMSO-d
6
)
A ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo também foi submetida a EM no modo
negativo (figuras 41, p. 81) onde o fragmento [M-H] m/z 461,1054 confirma a estrutura
proposta. Por sua vez o espectro de EM-EM no modo negativo (Figura 42, p. 82) não foi
conclusivo na determinação da posição do açúcar, mas ajudou a confirmar a estrutura
proposta. Os fragmentos que ajudaram na confirmação da estrutura são: m/z 298,0461,
referente à perda do açúcar e m/z 283,0239, referente à perda da metila do fragmento anterior.
Todos os fragmentos observados no espectro de EM-EM no modo negativo estão descritos na
figura 05 de acordo com March et al (2006).
________________________________________________ Identificação estrutural
43
Figura 05: Propostas de fragmentação para a ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo (13)
(March et al., 2006).
O
OH
H
H
OH
H
H
HO
H
O
OH
O
O
OOH
O
O
OH
H
H
OH
H
H
HO
H
OH
O
O
O
OOH
O
O
O
O
OOH
O
CH
3
CO
m/z 255
CO
m/z 227
m/z 298
m/z 461
m/z 283
H
2
O
Os espectros de RMN de
1
H, EM e EM-EM no modo negativo se encontram no anexo
06.
__________________________________________________________Conclusões
44
6. Conclusões
A meta principal deste trabalho era traçar um perfil fitoquímico de Trichogonia
menthaefolia Gardner, com base no isolamento e identificação dos componentes químicos
micromoleculares dos extratos diclorometânico e metanólico das partes totais desta espécie
vegetal. Neste sentido foram isolados e identificados os compostos:
A partir do extrato diclorometânico:
- 6α-angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1);
- 3α-hidroxi-olean-12-eno (2);
- β-amirina (3), lupeol (4), taraxasterol (5) e pseudotaraxasterol (6) - identificados em mistura;
- β-sitosterol (7) estigmasterol (8), campesterol (9), estigmast-7-em-3β-ol (10) e espinasterol
(11) - identificados em mistura;
- ramnocitrina (12).
A partir do extrato metanólico:
- ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo (13).
Comparando o perfil fitoquímico das espécies já estudadas por (Bohlmann et al.,
1981a), (Bohlmann et al., 1984), (Baruah et al., 1985) e (Vichnewski et al., 1985) com os
resultados obtidos para a Trichogonia menthaefolia, objeto deste estudo, podemos concluir:
Dentre as espécies estudadas e já relatadas na literatura todas apresentaram lactonas
sesquiterpênicas, sendo que neste trabalho nenhuma lactona sesquiterpênica foi encontrada,
isto não quer dizer que a Trichogonia menthaefolia não tenha lactonas sesquiterpênicas, uma
maneira de confirmar se a planta tem esta classe química é fazer uma percolação com
diclorometano das folhas e realizar um estudo deste extrato, o que facilitaria o isolamento das
mesmas uma vez que as lactonas sesquiterpênicas estarão presentes em maior quantidade no
__________________________________________________________Conclusões
45
extrato, sendo que este procedimento não foi realizado no presente trabalho por falta de
material vegetal.
Os triterpenos, os esteróides e os sesquiterpenos são comuns nas espécies de
Trichogonia e em membros da família Asteraceae, devendo ser destacado que:
Os triterpenos taraxasterol, acetato de taraxasterol e acetato de lupeol já foram
identificados na T. prancii por sua vez o acetato de taraxasterol se mostrou bem comum no
gênero sendo identificado também nas espécies T. scottmorii, T. salviaefolia e T. villosa
(Bohlmann et al., 1981a). Os triterpenos pseudotaraxasterol, lupeol, 3β-hidroxi-olean-12-eno
e 3α-hidroxi-olean-12-eno foram identificados pela primeira vez no gênero.
A presença de sesquiterpenos são comuns nas espécies de Trichogonia, mas o 6α-
angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno é o primeiro sesquiterpeno com esqueleto do tipo eudesmano a
ser relatado no gênero.
Os esteróides β-sitosterol e estigmasterol já foram encontrados em T. hirtifolia e o
estigmasterol na T. santosii (Bohlmann et al., 1984), sendo que os esteróides campesterol,
estigmast-7-em-3β-ol e espinasterol estão sendo identificados pela primeira vez no gênero.
A presença de flavonóides, glicosilados ou não, ainda não havia sido relatada em
Trichogonia provavelmente em virtude dos estudos químicos, presentes na literatura, terem
sido realizados somente com extratos de baixa polaridade. O estudo das últimas frações da
CLV do extrato diclorometânico e do extrato metanólico permitiu a identificação dos
flavonóides ramnocitrina e ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo respectivamente.
______________________________________________ Referências bibliográficas
46
7. Referências bibliográficas
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_______________________________________________________________ Anexos
48
Anexo 01: Figuras 06, 07, 08, 09, 10, 11 e 12
0.9423
1.0000
1.0193
0.9774
0.9807
3.0835
2.7719
3.0004
3.0929
3.0104
2.0943
2.0678
1.9030
1.8986
1.8847
1.8809
1.8292
1.8254
1.8216
0.9181
0.9080
0.9004
0.8910
0.7779
(ppm)
0.81.21.62.02.42.83.23.64.04.44.85.25.66.0
0.9423
1.0000
1.0193
0.9774
Integral
5.9337
5.9267
5.9230
5.9192
5.9160
5.9053
5.9015
5.1716
5.1457
5.1205
4.7537
4.7511
4.5377
4.5358
(ppm)
4.44.64.85.05.25.45.65.86.0
Figura 06: Espectro de RMN
1
H (δ em ppm, CDCl
3
e 400MHz) do sesquiterpeno 6α-
Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1)
_______________________________________________________________ Anexos
49
1.0000
Integral
5.9589
5.9552
5.9514
5.9444
5.9406
5.9375
5.9337
5.9267
5.9230
5.9192
5.9160
5.9084
5.9053
5.9015
(ppm)
5.805.825.845.865.885.905.925.945.965.986.006.026.04
Integral
(ppm)
1.161.201.241.281.321.361.401.441.481.521.561.601.641.681.721.76
Figura 07: Expansões de parte do espectro presente na figura 06
_______________________________________________________________ Anexos
50
1.0000
3.1940
2.8349
Integral
2.0943
2.0678
1.9643
1.9491
1.9340
1.9176
1.9030
1.8986
1.8955
1.8847
1.8809
1.8772
1.8292
1.8254
1.8216
(ppm)
1.851.901.952.002.052.10
6.9797
3.2151
Integral
0.9181
0.9080
0.9004
0.8910
0.8802
0.8625
0.7779
(ppm)
0.700.750.800.850.900.951.00
Figura 08: Expansões de parte do espectro presente na figura 06
_______________________________________________________________ Anexos
51
168.3828
146.3941
135.6798
128.7115
106.6719
77.3367
77.0240
76.7039
70.9212
55.9809
49.5072
42.1534
40.2258
38.0946
38.0801
31.9410
29.7079
29.3733
26.1365
24.2089
22.7033
21.3940
20.6812
18.3026
17.5680
16.1205
15.4295
14.1202
0.0018
(ppm)
020406080100120140160
Figura 09: Espectro de RMN
13
C (PND, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do sesquiterpeno 6α-
Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1)
_______________________________________________________________ Anexos
52
135.6935
106.6638
70.9059
55.9582
49.4918
42.1453
40.2105
38.0720
29.7071
26.1284
24.2008
22.7024
21.3859
20.6876
18.2800
17.5599
16.1124
15.4359
(ppm)
0102030405060708090100110120130140
Figura 10: Espectro de RMN
13
C (DEPT 135º, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do sesquiterpeno
6α-Angeloiloxi-eudesm-4(15)-eno (1)
_______________________________________________________________ Anexos
53
Figura 11: Mapas de contorno do HMQC
_______________________________________________________________ Anexos
54
Figura 12: Expansão dos mapas de contorno do HMQC presente na figura 11
_______________________________________________________________ Anexos
55
Anexo 02: Figuras 13, 14, 15, 16 e 17
5.6393
5.6241
3.6795
3.6751
3.6675
3.4800
3.4724
3.4655
1.2525
1.1616
1.1427
1.0928
1.0442
1.0038
0.9886
0.9514
0.8491
(ppm)
0.01.02.03.04.05.06.07.08.0
Figura 13: Espectro de RMN
1
H (δ em ppm, CDCl
3
e 400MHz) do triterpeno 3α-hidroxi-
olean-eno (2)
_______________________________________________________________ Anexos
56
1.0000
0.4887
0.5437
1.0936
0.6373
0.7407
Integral
1.1616
1.1427
1.0928
1.0442
1.0038
0.9886
0.9514
0.8971
0.8800
0.8623
0.8491
(ppm)
0.850.900.951.001.051.101.15
0.1321
Integral
3.4800
3.4724
3.4655
(ppm)
3.403.443.483.523.56
0.1299
Integral
5.6393
5.6241
(ppm)
5.605.625.645.665.68
Figura 14: Expansões de parte do espectro presente na figura 13
_______________________________________________________________ Anexos
57
141.5736
122.0871
77.3388
77.2224
77.0187
76.7059
76.3713
49.6693
47.4144
43.0428
40.8170
39.2896
38.9477
37.8275
36.0091
35.0635
34.8307
34.5980
34.5252
33.0996
32.4013
32.0594
32.0376
31.9285
30.3428
30.0809
29.7100
29.4699
29.3681
29.2663
29.1790
28.9462
28.2479
27.7970
25.4548
25.1711
23.6291
22.6980
19.6212
18.4283
18.2101
16.2098
14.1368
-0.0035
(ppm)
020406080100120140160180200
Figura 15: Espectro de RMN
13
C (PND,
δ
em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do triterpeno 3α-
hidroxi-olean-eno (2)
_______________________________________________________________ Anexos
58
49.6693
47.4144
43.0428
40.8170
39.2896
38.9477
37.8275
36.0091
35.0635
34.8307
34.5980
34.5252
33.0996
32.4013
32.0594
32.0376
31.9285
(ppm)
32333435363738394041424344454647484950
30.0809
29.7100
29.4699
29.3681
29.2663
29.1790
28.9462
28.2479
27.9570
27.7970
25.4548
25.1711
23.6291
22.6980
19.6212
18.4283
18.2101
16.5735
16.2098
14.1368
(ppm)
1415161718192021222324252627282930
Figura 16: Expansões de parte do espectro presente na figura 15
_______________________________________________________________ Anexos
59
49.6612
47.4063
43.0275
38.9469
36.0010
35.0554
34.5971
34.5244
33.0915
32.4077
32.0586
32.0368
30.3420
29.7092
28.9381
27.7961
25.4613
23.6283
22.7045
19.6204
18.4348
18.2093
16.2090
14.1432
(ppm)
121416182022242628303234363840424446485052
122.1009
76.3705
(ppm)
768084889296100104108112116120124
Figura 17: Espectro de RMN
13
C (DEPT 135º, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) do triterpeno 3α-
hidroxi-olean-eno (2)
_______________________________________________________________ Anexos
60
Anexo 03: Figuras 18, 19, 20, 21 e 22
D
F
C
A
E
B
Figura 18: Cromatograma obtido por CG da mistura de triterpenos: A- padrão de referência,
B- β-sitosterol (7), C- β-amirina (3), D- lupeol (4), E- pseudotaraxasterol (6) e F- taraxasterol
(5) (coluna HP-1)
_______________________________________________________________ Anexos
61
F
A
D
C
E
B
Figura 19: Cromatograma obtido por CG da mistura de triterpenos: A- padrão de referência,
B- β-sitosterol (7), C- β-amirina (3), D- lupeol (4), E- pseudotaraxasterol (6) e F- taraxasterol
(5) (coluna HP-50)
_______________________________________________________________ Anexos
62
(ppm)
0.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.57.0
4.6190
4.6133
4.6070
4.6020
4.5673
3.6575
3.6410
3.6240
3.2281
3.2155
3.1997
3.1871
(ppm)
3.23.43.63.84.04.24.44.6
Figura 20: Espectro de RMN
1
H (δ em ppm, CDCl
3
e 400MHz) da mistura dos triterpenos (3,
4, 5 e 6)
_______________________________________________________________ Anexos
63
(ppm)
020406080100120140160
154.6263
150.9603
145.1922
139.1913
121.7197
119.3920
109.3324
107.1430
(ppm)
105110115120125130135140145150155160
Figura 21: Espectro de RMN
13
C (PND, δ em ppm; CDCl
3,
100MHz), da mistura dos
triterpenos (3, 4, 5 e 6)
_______________________________________________________________ Anexos
64
121.6023
109.3314
107.1493
79.1379
(ppm)
102030405060708090100110120130
Figura 22: Espectro de RMN
13
C (DEPT 135
0
, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) da mistura dos
triterpenos (3, 4, 5 e 6)
_______________________________________________________________ Anexos
65
Anexo 04: Figuras 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 31
C
E
A F
B D
Figura 23: Cromatograma dos padrões dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-em 3β-ol (10) e F-
espinasterol (11) (coluna HP-50)
B
D
A C E
F
Figura 24: Cromatograma dos padrões dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-em 3β-ol (10) e F-
espinasterol (11) (coluna HP-1)
_______________________________________________________________ Anexos
66
Figura 25: Análise
por CG da mistura dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-em 3β
espinasterol (11) (coluna HP-50)
-ol (10) e F-
-ol (10) e F-
A
C
B
D
E
F
A
B
C
D
E
F
Figura 26: Análise por CG da mistura dos esteróides: A- padrão de referência, B-
campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-em 3β
espinasterol (11) (coluna HP-1)
_______________________________________________________________ Anexos
67
Figura 27: Enriquecimento com padrões na mistura dos esteróides: A- padrão de refe
B- campesterol (9), C- estigmasterol (8), D- β-sitosterol (7), E- estigmast-7-em 3β-ol (10
espinasterol (11) (coluna HP-50)
rência,
) e F-
A
B
C
D
E
F
_______________________________________________________________ Anexos
68
5.3555
5.3429
5.1812
5.1598
5.1433
5.1219
5.0442
5.0228
5.0063
4.9849
3.5529
3.5365
3.5251
3.5125
3.4974
3.4854
(ppm)
0.01.02.03.04.05.06.07.0
Figura 28: Espectro de RMN
1
H (δ em ppm; CDCl
3,
400MHz) da mistura dos esteróides (7,
8, 9, 10 e 11)
_______________________________________________________________ Anexos
69
1.0000
0.9438
0.8669
Integral
5.3555
5.3429
5.1812
5.1598
5.1433
5.1219
5.0442
5.0228
5.0063
4.9849
(ppm)
4.854.904.955.005.055.105.155.205.255.305.355.405.45
1.0239
Integral
3.5529
3.5365
3.5251
3.5125
3.4974
3.4854
(ppm)
3.463.483.503.523.543.563.583.603.62
Figura 29: Expansões de parte do espectro presente na figura 28
_______________________________________________________________ Anexos
70
140.7492
138.3270
129.2712
121.7137
117.4658
71.8082
56.8678
55.9513
51.2452
50.1541
42.2911
42.2184
40.5091
39.6799
37.2577
36.5158
31.8969
28.9292
25.4159
24.3685
21.2262
21.0953
21.0735
19.4078
18.9859
12.2577
12.0540
(ppm)
0102030405060708090100110120130140150
Figura 30: Espectro de RMN
13
C (PND, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) da mistura dos
esteróides (7, 8, 9, 10 e 11)
_______________________________________________________________ Anexos
71
71.8081
71.0662
56.8677
55.9512
52.2998
51.2451
50.1540
42.2911
40.5090
39.6798
37.2576
31.8895
31.6495
28.9291
25.4159
24.3684
21.2261
21.1025
21.0734
19.4077
18.9858
12.2576
(ppm)
051015202530354045505560657075
138.3269
129.2711
121.7136
(ppm)
100104108112116120124128132136140144148152
Figura 31: Espectro de RMN
13
C (DEPT 135
0
, δ em ppm; CDCl
3
, 100MHz) da mistura dos
esteróides (7, 8, 9, 10 e 11)
_______________________________________________________________ Anexos
72
Anexo 05: Figuras de 32, 33, 34, 35, 36, 37 e 38
1.0000
1.1372
0.4172
0.7678
Integral
12.4805
12.4558
10.1804
9.5596
9.3486
8.1016
8.0791
6.9510
6.9285
6.3560
(ppm)
-1.50.01.53.04.56.07.59.010.512.013.5
Figura 32: Espectro de RMN
1
H (
δ
em ppm; DMSO-d
6
, 400MHz) do flavonóide
ramnocitrina (12)
_______________________________________________________________ Anexos
73
1.0000
1.1372
0.4172
0.7678
Integral
8.1016
8.0791
6.9510
6.9285
6.7554
6.7504
6.3609
6.3560
(ppm)
6.46.66.87.07.27.47.67.88.08.2
3.6883
Integral
3.8717
3.8662
3.8564
(ppm)
3.843.883.92
Figura 33: Expansões de parte do espectro presente na figura 32
_______________________________________________________________ Anexos
74
176.3673
165.2384
160.6850
159.6667
156.4371
147.5776
136.3251
129.9387
121.9084
115.8057
104.3713
97.8176
92.3477
56.3715
55.9569
(ppm)
60708090100110120130140150160170180
Figura 34: Espectro de RMN
13
C (PND,
δ
em ppm; DMSO-d
6
, 100MHz) do flavonóide
ramnocitrina (12)
_______________________________________________________________ Anexos
75
129.9387
115.8130
97.8249
92.3550
56.3788
55.9642
40.2528
40.0419
39.8382
(ppm)
020406080100120140
Figura 35: Espectro de RMN
13
C (DEPT
0
135º, δ em ppm; DMSO-d
6
, 100MHz) do
flavonóide ramnocitrina (12)
_______________________________________________________________ Anexos
76
255.2341
299.0559
325.1837
100
200
300
400
500
600
m/z
0
1
2
3
4
5
4
x10
Intens.
121118.d: -MS
Figura 36: EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina (12)
_______________________________________________________________ Anexos
77
211.0432
227.0376
243.0702
255.0328
271.0629
284.0339
299.0567
50
100
150
200
250
300
m/z
0
500
1000
1500
Intens.
9554-MS-MS.d: -MS
Figura 37: EM-EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina (12)
_______________________________________________________________ Anexos
78
45.0240
55.6070
67.3062
98.9891
107.0540
121.0347
134.0431
142.5432
151.0450
167.0412
179.0430
201.0785
212.0548
227.0795
245.6824
258.0620
286.0568
301.0802
50
100
150
200
250
300
m/z
0.25
0.50
0.75
1.00
1.25
1.50
4
x10
Intens.
71118-MS-MS-massamenor.d: +MS, 100%=14813
Figura 38: EM-EM no modo positivo do flavonóide ramnocitrina (12)
_______________________________________________________________ Anexos
79
Anexo 06: Figuras 39, 40, 41 e 42
12.6259
10.2677
8.1259
8.1040
6.8882
6.8657
6.7572
6.7517
6.3896
6.3841
5.4439
5.4247
3.8664
(ppm)
0.01.53.04.56.07.59.010.512.0
Figura 39: Espectro de RMN de
1
H do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo
(13) (δ em ppm, DMSO-d
6
, 400MHz)
_______________________________________________________________ Anexos
80
2.8312
2.8134
1.0000
1.2961
8.1259
8.1040
6.8882
6.8657
6.7572
6.7517
6.3896
6.3841
(ppm)
6.46.56.66.76.86.97.07.17.27.37.47.57.67.77.87.98.08.18.2
1.2561
Integral
5.4439
5.4247
(ppm)
5.405.455.50
Figura 40: Expansão de parte do espectro presente na figura 39
_______________________________________________________________ Anexos
81
461.1054
497.0823
551.1371
605.1493
713.4694
100
200
300
400
500
600
700
800
900
m/z
0
2
4
6
8
4
x10
Intens.
3542.d: -MS
Figura 41: EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina 3-O-β- galactopiranosídeo (13)
_______________________________________________________________ Anexos
82
132.5602
227.0351
255.0301
283.0239
298.0461
50
100
150
200
250
300
m/z
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Intens.
6542-MS-MS.d: -MS
Figura 42: EM-EM no modo negativo do flavonóide ramnocitrina 3-O-β-galactopiranosídeo
(13)
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