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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Programa de Pós-graduação em Odontologia
AVALIAÇÃO DA RETENÇÃO DE
PRÓTESE PARCIAL FIXA PROVISÓRIA,
CIMENTADA TEMPORARIAMENTE
Geraldo Dias Guimarães
Belo Horizonte
2007
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Geraldo Dias Guimarães
AVALIAÇÃO DA RETENÇÃO DE
PRÓTESE PARCIAL FIXA PROVISÓRIA,
CIMENTADA TEMPORARIAMENTE
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado em Clínicas Odontológicas, ênfase em
Prótese Dentária, da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, como requisito parcial
para a obtenção do título de mestre.
Orientador: Prof. Dr. Wellington Corrêa Jansen
Belo Horizonte
2007
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Guimarães, Geraldo Dias
G963a Avaliação da retenção de prótese parcial fixa provisória cimentada
temporariamente / Geraldo Dias Guimarães. Belo Horizonte, 2007.
97f.
Orientador: Wellington Corrêa Jansen
Dissertação (Mestrado) Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais. Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Bibliografia.
1. Cimentos dentários. 2. Resistência à tração. 3. Prótese parcial fixa. I.
Jansen, Wellington Corrêa. II. Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais. Programa de Pós-Graduação em Odontologia. III. Título.
CDU: 616.314-089.28
Às minhas filhas, Luciana e Ana Luísa, sonho e realização maior
de toda a minha vida.
À minha companheira Marleide, pelo apoio, carinho e amor.
Agradecimentos
Ao Professor Dr. Wellington Corrêa Jansen, pela paciência, dedicação, sabedoria e
orientação transmitida para a conclusão desta pesquisa,
Ao Professor Dr. Paulo Isaias Seraidarian, pela clareza, objetividade, ensinamentos e
maestria,
Ao Professor Dr. Roberval de Almeida Cruz, coordenador geral do Programa de Mestrado
em Clínicas Odontológicas da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, pela competência, seriedade, paciência e humanidade,
Ao Professor Arnaldo Horácio Pereira, pela amizade e conhecimentos,
Ao Departamento de Engenharia Mecânica da PUC Minas e ao Professor Perrin Smith
pela receptividade e disponibilidade fundamentais para a execução deste trabalho,
Ao André Fernandes, pela ajuda prestada durante a realização dos ensaios laboratoriais,
Aos meus colegas de mestrado, Adriana, Gustavo, Ivan, Jacques e Nara, pela convivência
salutar, pela troca de informações e pela amizade,
A todos os Professores do Programa de Mestrado em Clínicas Odontológicas da PUC
Minas,
A todos os funcionários da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
À Priscila Freitas da Silva pela análise estatística.
Às secretárias, Angélica e Silvania, pela educação e presteza.
Ao meu irmão João de Deus, minha cunhada Suely e os meus sobrinhos, João Vítor,
Guilherme e Fernanda, pelo incentivo e carinho.
Lembranças marcam,
experiências marcam, amores marcam, o
tempo marca e o mestrado também”.
RESUMO
Muitas marcas de cimentos temporários estão disponíveis no mercado
odontológico, sendo necessário conhecer suas propriedades, principalmente a de
retenção, para adequá-los a cada necessidade da prótese dentária, na fixação
temporária de trabalhos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a retenção de
próteses parciais fixas provisórias, de três elementos, fixadas com 4 (quatro)
cimentos temporários e um verniz cavitário. Foi confeccionada uma matriz metálica,
a partir de preparos realizados em dentes de manequim, com preparos de coroa
total nos dentes 34 e 36 e fundidos em liga de Ni-Cr. Estas matrizes foram
posicionadas por meio de paralelômetro e fixadas em uma base de resina acrílica
ativada quimicamente. Os preparos foram realizados observando-se os princípios
mecânicos padronizados, como: altura, conicidade, extensão e paralelismo. Sobre
esta matriz confeccionou-se 52 próteses parciais fixas provisórias em resina acrílica
ativada quimicamente, pela técnica da moldagem prévia, para padronização por
volume. As restaurações provisórias foram aleatoriamente divididas em sete grupos,
sendo que, cinco grupos, de acordo com o agente cimentante utilizado, e dois
grupos, representam o controle negativo e positivo. Sobre a superfície oclusal foi
fixado um dispositivo em forma triangular, para fixação na haste superior da máquina
de ensaio mecânico. Após a cimentação, as amostras foram submetidas ao teste de
tração. Os dados anotados e procedeu-se à remoção das próteses provisórias, bem
como do cimento temporário, e as mesmas, re-cimentadas mais duas vezes, sendo,
novamente, submetidas ao teste de tração. Os resultados foram anotados,
organizados e realizou-se à análise estatística. O material Duofluorid XII apresentou
os menores valores de retenção (média de 8,3N) nas três cimentações, sendo
estatisticamente diferente dos demais. Os cimentos Hydro C, Temp Bond, Rely X
Temp NE e Temp Bond NE apresentaram comportamento estatisticamente
semelhante nas três cimentações com médias de 58,3N, 67,6N, 62,8N e 77,3N
respectivamente.
Palavras-chave - cimentos dentários, resistência à tração e prótese parcial fixa.
ABSTRACT
Many temporary cement marks are available in the dentistry market, being
necessary to know its properties mainly of retention to adjust them it each necessity
of prosthesis in the temporary setting of works. Thus, the objective of this study was
to evaluate the retention of provisory fixed prosthesis partial of three elements settled
with 4 (four) temporary cements and a varnish. It was confectioned a metallic matrix
from teeth carried through in teeth of dummy with total crown in teeth 34 and 36 and
casting ones in league of Ni-Cr. These matrices had been located through
parallelometer and fixed in a activated acrylic resin base chemically. The preparation
had been carried through observing the standardized mechanical principles, as
height, coning, extension and parallelism. On this matrix chemically one chemically
confectioned 52 provisory fixed partial prosthesis in activated acrylic resin, for the
technique of the previous molding for standardization for volume. The provisory
restorations randomized had been divided in seven groups, five groups, in
accordance with the used cementation agent, and two groups, represent the negative
and positive control. On the occlusal surface a device was fixed in triangular form for
setting in the superior connecting rod of the machine of mechanical assay. After the
face-hardenings, the samples had been submitted to the tractive test, the written
down data and of the same restorations it was removed the cement and re-cemented
more two times, being again, submitted to the tractive test. The results had been
written down, organized and submitted the analysis statistics. The material Duofluorid
XII statistics presented the lesser values of retention (average of 8,3N) in the three
face-hardeningses, being different of excessively. The cements Hydro C, Temp
Bond, Rely X Temp NE and Temp Bond NE had statistics presented similar behavior
statistics in the three face-hardeningses with averages of 58,3N, 67,6N, 62,8N and
77,3N respectively.
Key-Words: Dental cements, tensile strength and prosthesis partial fixed.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Resistência à remoção (N) de restauração provisória e prótese
parcial fixa, Grupo 1 - controle negativo.......................................................................25
TABELA 2 Resistência à remoção (N) de restauração provisória e prótese
parcial fixa, Grupo 2 - controle positivo.......................................................................25
TABELA 3 Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese
parcial fixa, Grupo 3 - cimentadas com Hydro C®.....................................................25
TABELA 4 Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese
parcial fixa, Grupo 4 - cimentadas com Temp Bond®...............................................27
TABELA 5 Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese
parcial fixa, Grupo 5 - cimentadas com Rely X Temp NE®......................................29
TABELA 6 Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese
parcial fixa, Grupo 6 - cimentadas com Temp Bond NE®........................................31
TABELA 7 Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese
parcial fixa, Grupo 7 - assentadas com Verniz Duofluorid XII®.............................33
TABELA 8 Média (N) da resistência à remoção dos grupos estudados.............35
TABELA 9 Análise descritiva do comportamento dos materiais em relação à
primeira cimentação...........................................................................................................36
TABELA 10 Análise descritiva do comportamento dos materiais em relação à
réplica.....................................................................................................................................37
TABELA 11 Análise descritiva do comportamento dos materiais em relação à
tréplica....................................................................................................................................37
LISTA DE QUADRO
QUADRO 1 Material utilizado para cimentação temporária.....................................23
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 representativo dos dados apresentados na tabela 3 com a
respectiva análise descritiva............................................................................................26
GRÁFICO 2 representativo dos dados apresentados na tabela 4 com a
respectiva análise descritiva............................................................................................28
GRÁFICO 3 representativo dos dados apresentados na tabela 5 com a
respectiva análise descritiva............................................................................................30
GRÁFICO 4 representativo dos dados apresentados na tabela 6 com a
respectiva análise descritiva............................................................................................32
GRÁFICO 5 representativo dos dados apresentados na tabela 7 com a
respectiva análise descritiva............................................................................................34
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
µ - micrometro;
Hz - Hertz;
et al - e colaboradores;
n - número de amostra;
N - Newton;
mm - milímetro;
min - minuto;
mm/min - milímetro por minuto;
kg - quilograma;
® - marca registrada.
KPa - quilopascal;
MPa - megapascal.
ºC - grau Celsius.
PUC Minas Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais;
MOM® - Manequim Odontológico de Marília;
GLP Gás Líquido Propano;
Ni-Cr Níquel-cromo.
LISTA DE ARTIGOS
6 ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO ......................................................................................45
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................13
2 REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................................15
3 PROPOSIÇÃO....................................................................................................................20
3.2 Proposições Específicas............................................................................................20
4 DISCUSSÃO GERAL........................................................................................................21
4.1 Considerações Metodológicas..................................................................................21
4.2 Resultados......................................................................................................................24
4.3 Discussão dos Achados.............................................................................................39
5 CONCLUSÃO.....................................................................................................................42
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................43
6 ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO.......................................................................................45
ANEXO A ANÁLISE ESTATÍSTICA..................................................................................60
13
1 INTRODUÇÃO
A restauração indireta necessita que o dente preparado, bem como, suas
estruturas circundantes, sejam moldados e reproduzidos em modelo para, após os
registros inter-maxilares, ser encaminhado ao laboratório de prótese para a
confecção da restauração definitiva. Neste intervalo, o dente em questão deve
receber restauração provisória, até que a indireta definitiva esteja pronta. Ressalta-
se que neste ínterim, a restauração provisória é de suma importância no processo.
Basicamente, protegem o complexo dentina-polpa, asseguram a posição do dente
na arcada, propiciando uma oclusão estável e satisfatória, devolvem a anatomia
correta dos dentes envolvidos, recompõe a estética, a fonética, facilitam a
higienização para o paciente e devem se manter na boca, sem deslocamento, até a
confecção da restauração indireta final, evitando transtornos no dente, no periodonto
e desconforto social para o paciente (HERNANDEZ et al., 2004).
Para a confecção das restaurações provisórias temos diversos tipos de
materiais, dentre eles, o metil-metacrilato que pode ter polimerização: química,
térmica ou foto ativado; as resinas compostas de polimerização: química, foto ou
dual. Estes materiais apresentam vantagens e desvantagens, quanto à sua
indicação, nas diversas situações clínicas. São considerados materiais temporários
e, para tanto, não possuem resistência mecânica satisfatória.
O restabelecimento da forma e da função estomatognática pressupõe a
utilização de restaurações unitárias e próteses parciais fixas de múltiplos elementos.
Independente da extensão da prótese é importante levar em consideração que a
restauração provisória deve, entre uma consulta e outra, ser fixada ao dente por
meio de um agente cimentante. O grau de retenção deste cimento deve
proporcionar, à restauração provisória, um equilíbrio entre a segurança necessária
para atender às suas funções básicas, bem como, permitir a sua remoção de forma
fácil e confortável, tanto para o paciente, como para o profissional. A análise do grau
de retenção, para um elemento isolado, é diferente do grau de retenção de próteses
parciais fixas, de múltiplos elementos, exigindo, portanto, diferentes graus de
retenção, durante as etapas clínicas de confecção de uma restauração protética.
Além do já exposto, as restaurações provisórias, propiciam uma excelente
14
ferramenta ao profissional, no que tange a avaliação do grau de retenção e
estabilidade do preparo cavitário executado. Além desses aspectos, permitem
avaliação do paralelismo entre retentores de uma prótese parcial fixa.
Características do preparo cavitário, como forma definida, extensão e
conicidade, favorecem a uma maior retenção e estabilidade. O profissional assenta e
ajusta a restauração provisória, procurando propiciar, conforto, estabilidade e
funcionalidade ao sistema estomatognático, seguindo padrões determinados pela
posição da mandíbula e maxila e dos seus movimentos.
A fixação de uma restauração provisória necessita de alguns pré-requisitos
que assegurem o assentamento completo, sem interferência nos padrões de
conforto, estabilidade e funcionalidade. O agente cimentante tem uma importância
significativa na manutenção, durante todo o tratamento, dos padrões clínicos
adequados. Os cimentos temporários deveriam vedar os preparos cavitários, serem
biocompatíveis com o substrato e compatíveis com a restauração provisória e ter a
capacidade de retê-las pelo tempo necessário, mantendo a funcionalidade durante
toda a etapa de construção da restauração indireta final.
Existem vários tipos de cimentos temporários: à base de hidróxido de cálcio; à
base de pasta de óxido de zinco (com e sem eugenol), dentre outros. Há uma
preocupação visível na literatura de que o cimento temporário tenha capacidade de
promover a retenção da restauração temporária, de manter o conforto e a
funcionalidade necessária durante o tratamento; e que seja também confortável para
o profissional, durante a remoção da restauração provisória, a cada consulta.
A literatura pertinente analisa as retenções produzidas por diversos tipos de
agentes cimentantes temporários, enfocando principalmente o tratamento
restaurador unitário. A prótese parcial fixa, de múltiplos retentores, incorpora outros
aspectos ao problema, denotando-se o paralelismo entre os vários retentores como
um fator importante a se considerar. Outro aspecto importante é o fato de que,
durante as etapas terapêuticas de construção de uma prótese, a restauração
temporária é cimentada várias vezes.
Desta forma, a idealização deste trabalho baseou-se em dúvidas não
esclarecidas pela literatura, no que tange a avaliação do comportamento da
retenção de restaurações temporárias, cimentadas com diversos agentes e em
múltiplas cimentações.
15
2 REVISÃO DA LITERATURA
Ishikiriama et al., em 1984 estudaram a cimentação temporária de
restaurações provisórias e coroas totais metálicas com diversos tipos de cimentos.
Dois aspectos importantes foram estudados: o desajuste das coroas após
cimentação e a resistência à remoção. Os resultados mostraram que tanto as coroas
de resina acrílica quanto a de metal apresentaram discrepâncias que variaram de 15
a 20 micrometros. Quanto à resistência à remoção as coroas de resina acrílica foram
em média (6,04 kg) inferiores às de metal (18,25 kg). A menor resistência à remoção
apresentada foi para a coroa de acrílico cimentada com pasta Lysanda® com uma
média de 4,27 e o maior valor foi para a coroa metálica cimentada com Dycal®
(22,44 kg).
Olin, Rudney e Hill, em 1990 estudaram a retenção de seis cimentos
temporários à base de óxido de zinco com e sem eugenol. Avaliaram também, o
efeito da adição de petrolatum na retenção. Esta adição afetou significativamente a
retenção que variou de 1,6 a 40,0 kg. Os cimentos sem eugenol foram mais
retentivos.
Millstein, Hazan e Nathanson em 1991 avaliaram o efeito da idade na
retenção de cimentos temporários. Existem variações quanto aos cimentos
principalmente quanto à retenção ao longo do tempo. Usaram 4 cimentos
temporários que foram submetidos a testes nas idades de 1 e 6 semanas. Os
resultados mostraram uma diferença significante entre os quatro cimentos incluindo
uma diminuição significativa na retenção de 1 para 6 semanas.
Baldissara et al., 1998 relataram que em muitas situações, as restaurações
provisórias requerem um longo tempo de permanência na cavidade bucal. Durante
este período os retentores, necessitam de proteção biológica e mecânica para
preservação da integridade pulpar e preservação das estruturas mineralizadas. O
cimento usado para fixação temporária deve possuir boas propriedades mecânicas,
baixa solubilidade e boa adesão para resistir à infiltração. Entretanto, devido a sua
natureza, a prótese provisória deve ser de fácil remoção dos retentores. Os cimentos
16
requerem um comportamento que mantenha um compromisso de atender à
proteção mecânica e biológica, facilitando a remoção da prótese pelo profissional.
Este contraste está particularmente na qualidade de suas propriedades mecânicas.
Lepe, Bales e Johnson (1999) avaliaram a retenção de restaurações
provisórias obtidas com dois tipos de material e cimentadas com quatro tipos
diferentes de cimentos temporários. Os preparos foram realizados para coroa total
com oclusal plana, 4 (quatro) mm de altura axial e 20º de expulsividade. Os
materiais usados para confecção das coroas provisórias foram: o poli metil-
metacrilato (Temporary Bridge Resin®) e a resina composta (Protemp Garant®).
Posteriormente foram cimentadas com os cimentos: Temp-Bond®, Temp-Bond NE®,
Temrex® e um cimento de hidróxido de cálcio experimental. A pressão de
cimentação foi de 2,5 kg por 5 minutos. Após 24 horas em temperatura ambiente, as
coroas provisórias foram removidas através de uma máquina de ensaio universal,
com velocidade de carregamento de 0,5 mm/min. A média da retenção variou de
670 a 1072 kPa para o poli metil-metacrilato e 554 a 884 kPa para os compósitos.
As diferenças foram ligeiramente significantes para o tipo de material da restauração
provisória. Quanto ao fator cimento, a diferença foi significante e a interação não foi
significante. As restaurações provisórias com poli metil-metacrilato foram 19,3%
mais retentivas que as de resina composta. Não houve diferença estatisticamente
significante entre os quatro cimentos, quando as instruções do fabricante foram
adotadas. Entretanto, quando os autores usaram uma mistura mais fina do
Temrex®, as restaurações provisórias apresentaram-se mais retentivas que o
próprio cimento proporcionado e manipulado de acordo com as instruções do
fabricante.
Dubois et al., 1999 relataram o risco de restaurações provisórias
proporcionarem um aumento do desajuste marginal como resultado da
termociclagem e da carga oclusal. Analisaram estes aspectos, em resina acrílica
autopolimerizável (JET®) e fotopolimerizável (Unifast®). As amostras foram testadas
procurando simular o uso das restaurações por um período de 6 a 8 semanas. Os
desajustes foram analisados antes e após as ciclagens térmica e mecânica. Os dois
materiais, não apresentaram diferenças significantes, mas em longo prazo, o
material fotopolimerizável apresentou-se melhor.
17
Ehrenberg e Weiner em 2000 analisaram o tamanho da fenda marginal em
restaurações provisórias, quando submetidas à carga oclusal (50.000 ciclos, 40N, 4
Hz) e ciclagem térmica (8.000 ciclos, 5 a 60ºC). As medidas das fendas foram
executadas antes e após o tratamento. A média das alterações no desajuste
marginal, mostrou para a resina Jet® com re-embasamento 152.1+/- 69.6 µ, para a
resina Snap® com re-embasamento 548.9 +/- 168.3µ, Snap® sem re-embasamento
446.6 +/- 91.8µ e para a resina Alike® sem re-embasamento 43.9 +/- 48.7µ.
Em 2002, Haselton, Diaz-Arnold e Vargas analisaram a resistência a flexão de
5 (cinco) resinas a base de metil-metacrilato e de 8 (oito) resinas compostas. As
amostras na forma de barra foram confeccionadas de acordo com especificações e
mantidas imersas em saliva artificial a 37ºC por 10 dias, e submetidas ao ensaio de
flexão a três pontos, com velocidade de carregamento de 0,75 mm/min. As médias
de resistência à flexão apresentaram-se no intervalo de 56.2 a 123.6 MPa, sendo as
resinas compostas, detentoras das maiores médias (Provipont®, Integrity®, Proemp
3 Garant® e Luxatemp®).
Neste mesmo ano, Castro Filho et al., avaliaram as propriedades das resinas
utilizadas para confecção de restaurações provisórias. Salientaram que não existe
material capaz de preencher completamente os requisitos necessários de uma
restauração provisória e que o cirurgião-dentista deve ponderar sobre as vantagens
e desvantagens de cada material ao fazer a seleção. Não existe material “ideal” para
confecção de restaurações provisórias.
Fuhrer et al., 2003 estudaram a retenção, a solubilidade e a micro infiltração
de coroas provisórias cimentadas com cimentos temporários acrescidos de fluoreto
estanhoso (SnF2). Doze molares receberam preparações cavitárias com término
cervical em ombro sobre as quais foram confeccionadas restaurações provisórias
em resina acrílica. Três cimentos temporários foram utilizados na sua formulação
normal e com modificação pela adição de SnF2 (Temp Bond®, Temp Bond NE® e
Freegenol®). Todas as amostras foram submetidas a termo ciclagem (100 ciclos),
armazenadas por 6 (seis) dias e imersas em fucsina básica a 0,5%. Como
resultados, observaram que o cimento Freegenol® apresentou a maior retenção e a
adição de SnF2 aumentou significativamente a retenção do Freegenol®, entretanto,
para o Temp Bond® tal comportamento não se manifestou. A micro infiltração
marginal foi semelhante para todos os cimentos estudados, com ou sem a adição de
18
SnF2. Esta adição aumentou significativamente a solubilidade dos cimentos.
Também em 2003, Lewinstein, Fuhrer e Ganor estudaram o efeito da
combinação de verniz cavitário contendo 2.26% de NaF (Duraphat®) com 2 (dois)
cimentos temporários (Temp Bond® e Freegenol®), na micro infiltração marginal e
na retenção de coroas provisórias. Coroas provisórias foram confeccionadas em 8
(oito) molares, preparados com terminação em ombro, com espessura final de 0,5
mm. As amostras foram submetidas a ciclagem térmica (5 a 60ºC/1min),
armazenadas em ambiente com 100% de umidade relativa a 37ºC por 6 (seis) dias e
imersas em violeta de Genciana a 5% por 24 (vinte e quatro) horas. A retenção das
coroas foi avaliada por meio de uma máquina de ensaio universal, a uma velocidade
de carregamento de 5 (cinco) mm/min, e os dados foram determinados pela força
máxima para deslocamento da coroa. Um grupo, que não foi cimentado, representou
o controle negativo. Os resultados mostraram que, após 7 (sete) dias, a média de
retenção das coroas provisórias, foi de 44.5 N (Temp Bond®), 51.6 N (Freegenol®) e
35.9 N (Duraphat®). O verniz Duraphat® combinado com Freegenol® diminuiu a
retenção, enquanto que, combinado com o Temp Bond® aumentou a retenção em
145%. O verniz Duraphat® sozinho, ou em combinação com os dois agentes
cimentantes, reduziu a infiltração marginal. Os autores concluíram que o verniz
Duraphat® pode ser utilizado como agente de cimentação em coroas provisórias
unitárias.
Bastos (2003) argumentou sobre a importância das restaurações provisórias,
entretanto, os materiais utilizados para execução destas restaurações são críticos
com relação à resistência e longevidade, quando estas, são executadas em
tratamentos prolongados e/ou espaços desdentados extensos. Conclui que, a
incorporação de reforço através de fibra de vidro trançada ou entrelaçada ou fios de
aço de 0,7 mm de diâmetro ou amarrilho trançado aumenta significativamente a
resistência a flexão.
Ainda em 2003, Neppelenbroek, Lopes, Silva e Segalla relataram que as
restaurações provisórias, são extremamente importantes na confecção de próteses
parciais fixas, e podem ser realizados por meio de várias técnicas, desde que os
princípios biológicos e mecânicos, sejam seguidos adequadamente. As restaurações
temporárias são importantes meios auxiliares de diagnóstico, favorecendo as
necessidades estéticas, fonéticas e oclusais; e ao longo dos estágios de confecção,
19
essas restaurações também constituem um protótipo das restaurações indiretas
finais. Dessa forma, o objetivo deste estudo é relatar a importância da correta
confecção e adequada cimentação das restaurações provisórias.
Hernandez et al. em 2004 compararam algumas resinas à base de metil-
metacrilato para coroas provisórias (JET®, de polimerização química; ACRALON®,
de polimerização térmica; polimetilmetacrilato com carga de TiO2, de polimerização
térmica e IPN®, de polimerização térmica). As propriedades analisadas foram:
resistência transversal, rigidez e dureza. Concluíram que o grupo IPN® mostrou o
menor grau de conversão e dureza, quando comparado com o ACRALON®.
Também em 2004, Rego e Santiago argumentaram que muitos cimentos
temporários estão disponíveis comercialmente e é importante, para uma indicação
correta e específica para cada situação clínica, a resistência à remoção propiciada
para estes cimentos. Analisaram a retenção de coroas provisórias, cimentadas com
8 (oito) marcas comerciais de cimentos temporários, sobre preparos padronizados
em altura e conicidade. Oitenta pré-molares humanos foram preparados para coroa
total e receberam a cimentação de coroas provisórias em resina acrílica
autopolimerizável. Vinte e quatro horas após a cimentação, o conjunto dente/coroa
foi submetido a testes de tração em máquina de ensaio universal. Em escala
decrescente, os resultados mostraram médias de: 20.1N para o Nogenol®, 31.0N
para o Freegenol®, 33.8N para o Temp Bond NE®, 36.3N para o Provicol®, 42.4N
para o Provy New®, 50.6N para o Rely X Temp®, 53.5N para o Temp Bond® e
67.5N para o Hydro C®.
20
3 PROPOSIÇÃO
3.1 Proposição Geral
Analisar a retenção proporcionada por agentes cimentantes temporários, em
restaurações provisórias de prótese parcial fixa, com dois retentores, em múltiplas
cimentações.
3.2 Proposições Específicas
3.2.1 Analisar a força necessária para remoção, por tração, de restaurações
provisórias para prótese parcial fixa, com dois retentores, utilizando 5 agentes
cimentantes temporários;
3.2.2 Analisar a interferência, de múltiplas cimentações, na retenção destas
restaurações provisórias;
3.2.3 Analisar a possível interação dos fatos.
21
4 DISCUSSÃO GERAL
4.1 Considerações Metodológicas
Para realização deste experimento, foram selecionados dentes de plástico (34
e 36) que compõem um manequim odontológico (MOM
®
). Observou-se a integridade
do dente de plástico quanto a trincas e defeitos superficiais. Estes dentes receberam
preparos para coroa total, padronizados, quanto à espessura de desgaste oclusal,
desgaste axial, grau de convergência e altura da parede axial; de acordo com
princípios e instrumentos rotatórios adotados pela disciplina de Prótese Parcial Fixa
da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Para aferição das dimensões médias dos preparos cavitários, foi utilizado um
paquímetro digital (Starret Indústria e Comércio Ltda., Itu, SP, Brasil). Os dentes
apresentaram as seguintes dimensões, após o preparo cavitário: a largura mésio-
distal do pré-molar (34) foi de 3,65mm, enquanto a vestíbulo-lingual foi de 5,77 mm e
a altura axial foi de 4,72 mm. Para o molar (36) a largura mésio-distal foi de 7,68
mm, a vestíbulo-lingual de 7,05 mm e a altura axial de 4,72 mm. Com os dentes
preparados e mensurados, procedeu-se a inclusão para fundição dos mesmos, pela
técnica de expansão térmica, com revestimento aglutinado por fosfato (Termocast®).
A manipulação do revestimento obedeceu às recomendações do fabricante. Para o
tratamento térmico utilizou-se um forno de anel (Bravac®), com programação
térmica, de acordo com o revestimento e características da liga utilizada. As
fundições foram realizadas com maçarico de Oxigênio e GLP e utilizou-se uma liga
de Ni-Cr (Durabond®). Obteve-se, desta forma, uma matriz metálica do pré-molar
(34) e do molar (37). Realizou-se o acabamento e polimento na superfície dos
preparos, sendo, em seguida submetida a um jateamento com óxido de alumínio,
com partículas médias de 50µ, para uniformização da textura superficial. Com o
auxílio de um paralelômetro (BioArt®), as matrizes foram posicionadas e fixadas em
uma base de resina acrílica com as seguintes dimensões: (10,23 x 27,20 x
12,87mm). Os dentes pilares apresentavam-se paralelos entre si e com uma
22
distância de 8,31 mm entre os seus eixos. Procurou-se desta forma aproximar das
dimensões dos dentes naturais.
Sobre os dentes montados na base acrílica construiu-se uma restauração
provisória reproduzindo por moldagem prévia as dimensões dos dentes antes dos
preparos cavitários. Esta restauração exibia todas as características de uma prótese
parcial fixa de três elementos. Por meio de um molde, confeccionado com silicone
de reação por adição (Adsil®), reproduziram-se 52 restaurações provisórias, com
resina acrílica polimerizada quimicamente (Duralay®, Reliance Dental Mfg.
C0.,Worth, IL). A manipulação da resina, bem como o acabamento e o polimento
foram executados de acordo com orientações do fabricante. Todas as amostras
receberam re-embasamento, acabamento e polimento, procurando simular os
procedimentos clínicos. Procurou-se, desta forma, uma padronização quanto à
forma e ao volume das restaurações. As amostras assim obtidas receberam um
dispositivo, em forma de V invertido, confeccionado com clipes de papel adaptado,
com o objetivo de suporte para fixação, na haste superior da máquina de ensaio
mecânico (EMIC DL500®). As amostras foram aleatoriamente distribuídas em 7
grupos experimentais:
Grupo 1 (n=1): Controle negativo - Prótese parcial fixa temporária, assentada
sem cimento;
Grupo 2 (n=1): Controle positivo - Prótese parcial fixa temporária, cimentada
com cimento à base de fosfato de zinco (SS White®, SS White);
Grupo 3 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à
base de hidróxido de cálcio (Hydro C®, Dentsply);
Grupo 4 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à
base de óxido de zinco e eugenol (Temp Bond®, Kerr);
Grupo 5 (n=10) Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à
base de óxido de zinco sem eugenol (Rely X Temp NE®, 3M ESPE);
23
Grupo 6 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à
base de óxido de zinco sem eugenol (Temp Bond NE®, Kerr);
Grupo 7 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com verniz
cavitário (Duofluorid XII®, FGM).
O Quadro 1 mostra os agentes cimentantes utilizados neste trabalho, bem
como,suas características básicas.
Agente cimentante Marca
comercial
Fabricante Número do
Lote
Validade
Cimento à base de
fosfato de zinco
SS White® SS White 0160206 Fabricação: 01/02/06
Vencimento: 01/02/11
Cimento à base de
hidróxido de cálcio
Hydro C® Dentsply 406211 Fabricação: 06/2006
Vencimento: 06/2008
Cimento à base de
Óxido de zinco e
eugenol
Temp Bond® Kerr Corporation,
Orange, CA.
5 - 1012 Fabricação: 02/2005
Vencimento: 02/2007
Cimento à base de
óxido de zinco sem
eugenol
Rely X Temp
NE®
3M ESPE AG Dental
Products, Seefeld,
Germany
232619 Fabricação: 08/2005
Vencimento: 08/2007
Cimento à base de
Óxido de zinco sem
eugenol
Temp Bond
NE®
Kerr Corporation,
Orange, CA.
5 - 1342 Fabricação: 03/2006
Vencimento: 03/2008
Verniz cavitário Duofluorid XII® FGM 5955 Fabricação: 09/2005,
Vencimento: 09/2007
Quadro 1 - Material utilizado para cimentação temporária
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Os procedimentos de cimentação obedeceram rigorosamente às instruções
do fabricante. Para os Grupos 3, 4, 5 e 6 a manipulação do cimento foi realizada em
placa de vidro, em temperatura ambiente e, na consistência de cimentação, aplica-
se na região cérvico-axial interna das bases da restauração provisória por meio de
um pincel fino. A restauração carregada com o cimento foi levada à base, assentada
com pressão digital e em seguida submetida a uma carga de assentamento de 5 Kg,
24
até a presa inicial do mesmo. O tempo de presa inicial e final foi observado de
acordo com o fabricante do cimento.
Após, a reação de presa inicial, os excessos foram removidos com sonda
clínica. Aguardou-se a reação de presa final e em seguida, o conjunto foi levado à
máquina de ensaios mecânicos (EMIC DL500®) pertencente ao Laboratório de
Estrutura do Departamento de Engenharia Mecânica da PUC Minas. Esta máquina
foi calibrada para o movimento de tração com a velocidade de carregamento de 0,5
mm/min, sendo anotada a carga máxima necessária para deslocamento.
O Grupo 1 - Controle negativo recebeu a carga de assentamento e foi levado
à máquina de ensaio mecânico sem nenhuma aplicação de agente cimentante.
Para o Grupo 2 - Controle positivo, o procedimento foi semelhante, porém, a
cimentação foi com cimento à base de fosfato de zinco, indicado para cimentação
final. A aplicação do cimento foi feita nas paredes circundantes internas com o
auxílio de um pincel (Jansen, 1983) e após a presa final do cimento foi aplicada à
carga de tração.
Especificamente para o Grupo 7, onde utilizamos o verniz com flúor
(Duofluorid XII®), o procedimento decimentação”foi o seguinte: coloque gotas num
pincel, aplique nas superfícies internas das próteses parciais fixas provisórias e
como recomenda o fabricante, espera-se a evaporação do solvente; depois, aplica-
se à carga de tração.
Durante as etapas terapêuticas de confecção de uma prótese parcial fixa a
restauração provisória é cimentada e re-cimentada algumas vezes. Simulando estes
procedimentos clínicos realizou-se a réplica e a tréplica. Para isso, após a primeira
cimentação e deslocamento na máquina de ensaio mecânico, as próteses parciais
fixas provisórias foram limpas para remoção do material cimentante anterior, com
uma colher de dentina e novamente cimentadas, de forma semelhante à da primeira
vez e subseqüentemente submetidas aos ensaios de tração. Este procedimento foi
realizado mais uma vez, totalizando três repetições do procedimento de cimentação.
4.2 Resultados
As tabelas de número 1 a 7 mostram os resultados obtidos em todos o
25
grupos experimentais e na seqüência a análise descritiva e comentários estatísticos
nos Quadros de 3 a 7
TABELA 1
Resistência à remoção (N) de restauração provisória e prótese parcial fixa, Grupo 1 -
controle negativo.
Cimentação Primeira
cimentação
Réplica Tréplica
01 0,26
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
TABELA 2
Resistência à remoção (N) de restauração provisória e prótese parcial fixa, Grupo 2 -
controle positivo.
Cimentação Primeira
cimentação
Réplica Tréplica
01 171,57
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
TABELA 3
Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese parcial fixa, Grupo
3 - cimentadas com Hydro C®.
Cimentação Primeira cimentação Réplica Tréplica
01 23,31 33,89 30,26
02 36,11 36,82 31,74
03 80,06 84,37 58,04
04 69,77 56,42 47,35
26
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
Boxplot of Respostas vs Teste
05 60,64 76,39 66,47
06 77,21 35,93 28,55
07 100,89 107,91 64,55
08 44,89 38,85 33,42
09 64,33 50,71 60,96
10 97,01 76,51 74,21
Média 65,42
DP 25,18
59,78
DP 25,33
49,59
DP 17,34
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Gráfico 1: representativo dos dados apresentados na tabela 3 com a respectiva análise descritiva
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
65,42
25,18 634,02 42,70 67,05 84,30 23,31 100,89 10
2º Teste
59,78
25,33 641,65 36,60 53,57 78,48 33,89 107,91 10
3º Teste
49,59
17,34 300,61 31,45 52,70 65,03 28,55 74,21 10
Analisando o gráfico acima, percebe-se que o primeiro teste ( cimentação) é
o que apresenta a maior média, o segundo teste foi o que apresentou a maior
variabilidade nos dados e o terceiro teste o que apresenta a menor média e a menor
variabilidade nos dados. Nesta análise, em que se comparou a resposta dos testes
27
(1ª Cimentação, Réplica, Tréplica) dentro do material hidróxido de cálcio (Hydro C®)
verificou-se que houve diferença estatisticamente significativa na resposta dos
testes. Estabelecendo o seguinte resultado: a primeira cimentação foi igual à réplica
e maior que a tréplica; a réplica mostrou-se igual à tréplica. Lembrando que na
estatística se A = B e B = C, não necessariamente B = C; fato que ocorreu nesta
análise.
Tabela 4
Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese parcial fixa, Grupo
4 - cimentadas com Temp Bond®.
Cimentação Primeira Cimentação Réplica Tréplica
01 50,60 44,00 48,17
02 45,21 45,71 33,09
03 80,60 101,53 44,35
04 118,75 91,16 109,93
05 77,07 63,94 87,39
06 59,30 83,29 57,01
07 52,50 58,90 66,19
08 66,40 114,74 38,89
09 136,67 106,65 52,24
10 43,30 31,31 50,60
Média 73,04
DP 31,67
74,12
DP 29,28
58.79
DP 23,52
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
28
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
140
120
100
80
60
40
20
Boxplot of Respostas vs Teste
Gráfico 2: representativo dos dados apresentados na tabela 4 com a respectiva análise descritiva
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Analisando o gráfico acima, percebe-se que o 2º teste é o que apresenta a
maior média, e o 1º teste foi o que apresentou maior variabilidade nos dados. Nesta
análise, em que se comparou a resposta dos testes (1ª cimentação, réplica, tréplica),
dentro do material Temp Bond®, verificou-se que não houve diferença
estatisticamente significativa nas respostas dos testes.
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
73,04
31,67 1003,21 49,25 62,85 90,14 43,30 136,67 10
2º Teste
74,12
29,28 857,36 45,28 73,62 102,81 31,31 114,74 10
3º Teste
58,79
23,52 553,22 42,99 51,42 71,49 33,09 109,93 10
29
TABELA 5
Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese parcial fixa, Grupo
5 - cimentadas com Rely X Temp NE®.
Cimentação Primeira cimentação Réplica Tréplica
01 98,79 91,39 69,48
02 71,50 56,40 63,37
03 57,42 42,36 56,70
04 37,79 18,35 47,83
05 58,14 82,21 64,76
06 26,58 44,75 41,77
07 68,97 40,81 59,02
08 77,89 60,20 94,36
09 45,68 74,42 79,87
10 70,74 75,97 103,51
Média 61,80
DP 21,20
58,69
DP 22,57
68,07
DP 19,53
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
30
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
Boxplot of Respostas vs Teste
Gráfico 3: representativo dos dados apresentados na tabela 5 com a respectiva análise descritiva
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
61,80
21,20 449,37 43,71 63,56 75,50 26,58 98,79 10
2º Teste
58,69
22,57 509,34 41,97 58,30 77,53 18,35 91,39 10
3º Teste
68,07
19,53 381,55 54,48 64,07 83,49 41,77 103,51 10
Analisando o gráfico acima, percebe-se que não há muita diferença entre a
distribuição dos dados nos teste e que possivelmente não haverá diferença
significativa entre os testes. De acordo com as estatísticas, na tabela acima, o 3º
teste é o que apresenta a maior média e o 2º teste é o que apresenta a maior
variabilidade nos dados. Nesta análise, em que se comparou a resposta dos testes
(1ª cimentação, réplica, tréplica), dentro do material Rely X Temp NE®, verifica-se
que não houve diferença estatisticamente significante nas respostas dos testes.
31
TABELA 6
Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese parcial fixa, Grupo
6 - cimentadas com Temp Bond NE®.
Cimentação Primeira Cimentação Réplica Tréplica
01 87,44 136,63 78,43
02 60,36 59,14 44,79
03 97,19 57,29 131,39
04 72,18 58,06 83,17
05 110,40 55,68 77,44
06 71,73 70,38 22,58
07 51,39 16,01 41,23
08 45,15 52,28 48,70
09 108,96 124,18 130,12
10 120,44 87,32 117,76
Média 82,52
DP 26,32
71,70
DP 35,75
77,59
DP 38,86
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
32
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
140
120
100
80
60
40
20
0
Boxplot of Respostas vs Teste
Gráfico 4: representativo dos dados apresentados na tabela 6 com a respectiva análise descritiva
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
82,52
26,32 692,63 58,12 79,81 109,32 45,15 120,44 10
2º Teste
71,70
35,75 1278,04 54,83 58,60 96,54 16,01 136,63 10
3º Teste
77,59
38,86 1510,04 43,90 77,94 120,85 22,58 131,69 10
Analisando o gráfico acima, percebe-se que o 3º teste é o que apresenta a
maior variabilidade nos dados o que pode ser comprovado pelo desvio padrão deste
teste na tabela acima. O 1º teste é o que apresenta a maior média e a menor
variabilidade nos dados. Nesta análise, em que se comparou a resposta dos testes
(1ª cimentação, réplica, tréplica), dentro do material Temp Bond NE®, verificou-se
que não houve diferença estatisticamente significativa nas respostas dos testes,
apesar de que, nominalmente os dados apresentam diferenças.
33
TABELA 7
Resistência à remoção (N) de restaurações provisórias de prótese parcial fixa, Grupo
7 - assentadas com Verniz Duofluorid XII®.
Cimentação Primeira cimentação Réplica Tréplica
01 10,16 8,36 8,33
02 9,43 11,17 10,28
03 6,22 7,79 2,58
04 6,18 5,40 4,28
05 9,29 11,05 11,66
06 9,95 10,84 7,19
07 5,48 9,46 8,64
08 9,53 11,07 7,94
09 8,31 6,58 11,44
10 2,99 10,98 7,61
Média 7,75
DP 2,40
9,27
DP 2,13
8,0
DP 2,89
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
34
Data
3º Teste2º Teste1º Teste
12
10
8
6
4
2
Boxplot of 1º Teste; 2º Teste; 3º Teste
Gráfico 5: representativo dos dados apresentados na tabela 7 com a respectiva análise descritiva
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Analisando o gráfico e as estatísticas acima, percebe-se que o 2º teste
(réplica) é a que tem a maior média e pelo gráfico pode-se ver que é o que
apresenta os maiores valores e a menor variabilidade nos dados. O 3º teste
(tréplica) é o que apresenta a maior variabilidade nos dados, o que pode ser
percebido tanto no gráfico, pelo tamanho da caixa, como nas estatísticas: Desvio
padrão e variância.
Após a aplicação da estatística através do teste-t emparelhado percebe-se
que, comparando os dados da primeira cimentação, com a réplica, e tréplica, para o
material Duofluorid XII®, verifica-se que não houve diferença estatisticamente
significante nas respostas dos testes.
A tabela 8 mostra a média dos resultados dos grupos agrupados para uma
visão e análise global.
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
7,75 2,40 5,77 6,01 8,80 9,64 2,99 10,16 10
2º Teste
9,27 2,13 4,52 7,49 10,15 11,06 5,4 11,17 10
3º Teste
8,00 2,89 8,33 6,46 8,14 10,57 2,58 11,66 10
35
TABELA 8
Média (N) da resistência à remoção dos grupos estudados
Cimento Primeira
cimentação
Réplica Tréplica Média
Grupo 1 0,3 0,3
Grupo 2 171,6 171,6
Grupo 3 65,4 59,8 49,6 58,3
Grupo 4 70,0 74.1 58.8 67,6
Grupo 5 61,8 58,7 68,0 62,8
Grupo 6 82,5 71,7 77,6 77,3
Grupo 7 7,7 9,2 8,0 8,3
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Nesta etapa, analisou-se dentro de cada teste: primeira cimentação, réplica e
tréplica, se houve ou não diferença da resposta em relação aos cinco materiais
testados.
Com relação à primeira cimentação, os dados são analisados na Tabela 9,
onde se observa o comportamento dos cinco materiais.
36
TABELA 9
Análise descritiva do comportamento dos materiais em relação à primeira
cimentação
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Analisando a tabela acima, percebe-se que há uma diferença significativa
entre os materiais, e que o material que provoca essa diferença é o verniz Duofluorid
XII® que visivelmente tem a menor média. Analisando os demais, percebe-se que
possivelmente não haverá diferenças significativas no teste estatístico. Percebe-se
também, pela diferença entre as variâncias, que possivelmente não será possível
aplicar um teste paramétrico, pois suposição de homocedasticidade (igualdade
de variâncias). Os dados apresentam uma variância muito heterogênea e, esse fato
nos impediu de utilizar a estatística paramétrica, dado que uma das suposições para
a aplicação do teste paramétrico é a homocedasticidade. O teste que foi utilizado
para verificar se existe diferença na resposta do teste entre os diferentes materiais, é
o não paramétrico de Kruskal Wallis. Como o p-valor do teste 0,000 < 0,05 rejeita-se
a hipótese nula e pode-se afirmar que há diferença estatisticamente significativa na
resposta do teste com respeito ao material utilizado na primeira cimentação.
A Tabela 10 mostra a análise descritiva do comportamento dos materiais na
segunda cimentação (réplica).
Material
Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
G3 65,42
25,18 634,02 42,70 67,05 84,30 23,31 100,89 10
G4 73,04
31,67 1003,21 49,25 62,85 90,14 43,30 136,67 10
G5 61,80
21,20 449,37 43,71 63,56 75,50 26,58 98,79 10
G6 82,52
26,32 692,63 58,12 79,81 109,32 45,15 120,44 10
G7 7,75 2,40 5,77 6,01 8,80 9,64 2,99 10,16 10
37
TABELA 10
Análise descritiva do comportamento dos materiais em relação à réplica.
Material
Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
G3 59,78
25,33 641,65 36,60 53,57 78,48 33,89 107,91 10
G4 74,12
29,28 857,36 45,28 73,62 102,81 31,31 114,74 10
G5 58,69
22,57 509,34 41,97 58,30 77,53 18,35 91,39 10
G6 71,70
35,75 1278,04 54,83 58,60 96,54 16,01 136,63 10
G7 9,27 2,13 4,52 7,49 10,15 11,06 5,40 11,17 10
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Esta análise é bem parecida com a da primeira cimentação. Há nitidamente
no gráfico uma diferença do material 7 (Verniz Duofluorid XII®) para os demais
cimentos. Nos demais, percebe-se que o material 6 (Temp Bond®) é o que
apresenta a maior variabilidade nos dados e que também não será possível o teste
paramétrico devido a diferença nas variâncias. O Teste de Kruskal Wallis aplicado
mostrou que há diferença estatisticamente significante na segunda cimentação em
relação ao material testado.
A Tabela 11 mostra a análise descritiva do comportamento dos materiais na
terceira cimentação (tréplica).
TABELA 11
Análise descritiva do comportamento dos materiais em relação à tréplica.
Material
Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
G3 49,59
17,34 300,61 31,45 52,70 65,03 28,55 74,21 10
G4 58,79
23,52 553,22 42,99 51,42 71,49 33,09 109,93 10
G5 68,07
19,53 381,55 54,48 64,07 83,49 41,77 103,51 10
G6 77,59
38,86 1510,04 43,90 77,94 120,85 22,58 131,69 10
G7 8,00 2,89 8,33 6,46 8,14 10,57 2,58 11,66 10
Fonte: Dados da pesquisa, 2006.
Analisando o gráfico acima, percebe-se novamente que o material 7 (Verniz
38
Duofluorid XII®) é o que apresenta a menor média e a menor variabilidade nos
dados. O material 6 (Temp Bond NE®) é o que apresenta a maior média e a maior
variabilidade nos dados. De forma semelhante foi aplicado o teste de Kruskal Wallis
e a resposta foi semelhante quando há diferença estatisticamente significante.
Portanto, observa-se, um padrão de comportamento dentro dos testes, tanto
na 1ª cimentação, como na réplica e na tréplica, com a maior discrepância para o
Grupo 7 (Verniz Duofluorid XII®).
39
4.3 Discussão dos Achados
O procedimento terapêutico de confecção de uma restauração provisória é
importante na odontologia restauradora indireta. Alguns autores como Baldissara et
al., 1998; Castro Filho et al, 2002; Dubois et al., 1999; Ehrenberg e Weiner, 2000;
Neppelenbroek et al., 2003; Hernandez et al., 2004 argumentaram sobre esta
importância. Na busca da literatura sobre o assunto percebe-se que não é dada à
importância necessária às restaurações provisórias, uma vez que o número de
trabalhos é reduzido. Outro aspecto importante que chamou a atenção foi o fato de
que os métodos aplicados avaliaram somente a retenção de coroas unitárias. Pode-
se arriscar a dizer que não há trabalhos que avaliem a retenção de restaurações
provisórias em próteses parciais fixas. Os múltiplos retentores deste tipo de prótese
acrescentam, além do maior número de bases, o paralelismo entre as mesmas. Este
fato determina a necessidade de conhecimento do grau de retenção oferecido pelos
diversos agentes de cimentação temporária disponíveis no mercado. A nosso ver
seria confortável para o cirurgião-dentista selecionar um agente de cimentação que,
proporcionalmente ao número de retentores, pudesse oferecer maior ou menor grau
de retenção. Isto proporcionaria maior segurança na estabilidade da restauração
provisória e seria confortável para o cirurgião-dentista e para o paciente na remoção
desta prótese, nas consultas intermediárias.
Os autores (Olin, Rudney e Hill, 1990 Rego e Santiago, 2004) ressaltaram a
variabilidade dos dados encontrados em suas pesquisas, denotando que as
diferentes marcas comerciais de agentes para cimentação são diferentes em suas
composições e propriedades físicas. Isto, de alguma maneira, reforça a nossa
argumentação de que a variabilidade dos graus de retenção mostrados neste estudo
reflete a premissa de que o conhecimento desta propriedade pode ser um indicador
da seleção do agente de cimentação para as diversas situações clínicas.
Um recurso clínico utilizado para diminuir o grau de retenção de uma
cimentação temporária é a alteração da proporção entre as pastas base e
catalisadora. Outro é a aplicação de uma fina camada de gel de petróleo na
superfície do preparo cavitário. Tais procedimentos certamente interferem na
espessura do cimento o que acarretaria dificuldade no assentamento total da
restauração. Seria mais adequado, do ponto de vista científico que a seleção do
40
agente de cimentação, diante das necessidades clínicas, que a seleção do cimento
se baseasse nas suas propriedades físicas (RÊGO e SANTIAGO, 2004)
Deve-se ressaltar que estudos ”in vitro” apresentam limitações. No método
adotado neste trabalho não foi levado em consideração o efeito da temperatura da
cavidade bucal e suas variações no grau de retenção dos agentes de cimentação.
Os experimentos “in vitro” somente nos mostram uma tendência de comportamento,
que necessita de validação clínica. Milltein, Hazan e Nathanson (1991) avaliaram o
grau de retenção de agentes de cimentação temporária ao longo do tempo e
verificaram uma redução significativa na retenção, de 1 para 6 semanas. Isto reforça
o argumento de que a cimentação temporária deve ser monitorada, quanto à sua
eficiência em longo prazo. Por outro lado, Lepe, Bales e Johnson (1999) observaram
em seu estudo que quando utilizaram um cimento à base de óxido de zinco e
eugenol (Temrex®) a mistura do cimento na consistência mais fina proporcionou
uma maior retenção.
Os Grupos 1 e 2 deste trabalho representam os controles negativo e positivo
respectivamente. Os resultados obtidos nas condições experimentais testadas,
quando analisados da menor para a maior retenção, ficaram intermediários a estes
controles.
Ainda quanto ao método, em que se avaliou a repetição da cimentação por
três vezes, não se encontrou na literatura experimento semelhante. Procurou-se,
com este método de avaliação, reproduzir a condição clínica de uso de restaurações
provisórias que a nosso ver tem, em média, três cimentações durante a sua
utilização clínica. Não houve nos nossos dados diferenças estatisticamente
significativas com o fator repetição da cimentação. Tal fato fica prejudicado na sua
análise, pela dificuldade de comparação na literatura.
Analisando os cimentos isoladamente, percebe-se para o cimento Hydro C®
uma média de retenção na primeira cimentação de 65,4 N, na réplica de 59,7 N e na
tréplica 49,5 N (média 58,3N). Percebe-se neste material uma redução nominal nas
médias, da primeira para a terceira cimentação. O ato de raspar com colher de
dentina a superfície interna da restauração provisória, para limpeza do cimento,
proporcione talvez uma menor retenção friccional. A média da primeira cimentação é
semelhante à encontrada no trabalho de Rego e Santiago em 2004 que encontrou
para este cimento uma média de 67,5 N.
41
Diferentemente dos achados de Rego e Santiago, em 2004, que encontraram
para o cimento Hydro C® a maior média de retenção, quando comparadas com os
cimentos à base de óxido de zinco, com e sem eugenol, os nossos resultados
mostram que o cimento Temp Bond®, nas três cimentações, apresentou uma média
(67,6 N) superior à do cimento Hydro C®. Já o cimento Temp Bond NE®, que não
tem o eugenol, apresentou nominalmente a maior média (77,3 N). Estes dados
estão de acordo com Olin, Rudney e Hill em 1990 que concluíram que a ausência do
eugenol aumenta a retenção dos cimentos.
Deve-se ressaltar que esta análise refere-se nominalmente aos valores encontrados
e que, estatisticamente, estes valores não foram diferentes significativamente a não
ser para o material Duofluorid XII®, que apresentou resultados estatisticamente
diferentes.
Em 2003, os trabalhos de Fuher et al e Lewinstein, Fuher e Ganor
propuseram a associação do flúor aos agentes de cimentação temporária.
Argumentam, sobre a ação profilática do flúor, que seria importante nas etapas de
cimentação intermediária. Fuher et al acrescentaram aos cimentos à base de óxido
de zinco, com e sem eugenol, o fluoreto estanhoso. Concluíram que,
especificamente para o cimento Freegenol®, houve um aumento significante da
retenção, fato que não ocorreu com os outros cimentos (Temp Bond® e Temp Bond
NE®). Ainda neste ano, Fuher juntamente com Lewinstein e Ganor propuseram a
utilização do verniz cavitário com 2,26% de flúor (Duraphat®) como agente de
cimentação e associado com dois cimentos temporários. Quando o verniz foi
utilizado como agente de cimentação, os autores encontraram valores médios de
retenção (35,9 N) e salientaram que o verniz Duraphat®, sozinho ou em combinação
com outros cimentos, reduziu significativamente a micro infiltração. Diante destes
achados procurou-se utilizar um verniz cavitário, de fabricação nacional, e utilizá-lo
como agente de cimentação. Os nossos resultados foram bem inferiores, com uma
média de 8,3 N.
42
5 CONCLUSÃO
Diante dos resultados e argumentos aqui apresentados parece lícito concluir
que:
1 - O grau de retenção para os cimentos Hydro C®, Temp Bond®, Rely X
Temp NE® e Temp Bond NE® não apresentaram diferenças estatisticamente
significantes. Houve diferença estatisticamente significante para o material
Duofluorid XII® que apresentou os menores valores de retenção.
2- O fator repetição das cimentações não apresentou diferenças
estatisticamente significante.
3 A interação entre os fatos analisados não foi significante.
43
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45
6 ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO
O artigo preparado para padrão de publicação no periódico:
“Journal of Applied Oral Science” que está disponível nas versões
impressa e eletrônica. ISSN 1678-7757
TÍTULO EM PORTUGUÊS:
Avaliação da retenção de prótese parcial fixa provisória, cimentada temporariamente
TÍTULO EM INGLÊS:
Evaluation of the retention of provisory fixed partial prosthesis temporarily cemented.
AUTORES:
Geraldo Dias Guimarães
1
Paulo Isaias Seraidarian
2
Wellington Corrêa Jansen
2
1- Aluno de pós-graduação da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais;
2- Professores Adjuntos da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais.
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA:
Prof. Dr. Wellington Corrêa Jansen
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Faculdade de Odontologia
Avenida Dom José Gaspar, 500.
Bairro: Coração Eucarístico
46
CEP:
Belo Horizonte
Minas Gerais
Telefone: 31 33194414
Avaliação da retenção de prótese parcial fixa provisória cimentada temporariamente.
RESUMO
Muitas marcas de cimentos temporários estão disponíveis no mercado
odontológico, sendo necessário conhecer suas propriedades, principalmente a de
retenção, para adequá-los a cada necessidade da prótese dentária, na fixação
temporária de trabalhos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a retenção de
próteses parciais fixas provisórias, de três elementos, fixadas com 4 (quatro)
cimentos temporários e um verniz cavitário. Foi confeccionada uma matriz metálica,
a partir de preparos realizados em dentes de manequim, com preparos de coroa
total nos dentes 34 e 36 e fundidos em liga de Ni-Cr. Estas matrizes foram
posicionadas por meio de paralelômetro e fixadas em uma base de resina acrílica
ativada quimicamente. Os preparos foram realizados observando-se os princípios
mecânicos padronizados, como altura, conicidade, extensão e paralelismo. Sobre
esta matriz confeccionou-se 52 próteses parciais fixas provisórias em resina acrílica
ativada quimicamente pela técnica da moldagem prévia, para padronização por
volume e forma. As restaurações provisórias foram aleatoriamente divididas em sete
grupos, sendo que, cinco grupos, de acordo com o agente cimentante utilizado, e
dois grupos, representam o controle negativo e positivo. Sobre a superfície oclusal
foi fixado um dispositivo em forma triangular, para fixação na haste superior da
máquina de ensaio mecânico. Após a cimentação, as amostras foram submetidas ao
teste de tração. Os dados anotados e procedeu-se à remoção das próteses
provisórias, bem como do cimento temporário, e as mesmas, re-cimentadas mais
duas vezes, sendo, novamente, submetidas ao teste de tração. Os resultados foram
47
anotados, organizados e realizou-se à análise estatística. O material Duofluorid XII®
apresentou os menores valores de retenção (média de 8,3N), nas três cimentações
sendo estatisticamente diferente dos demais. Os cimentos Hydro C®, Temp Bond®,
Rely X Temp NE® e Temp Bond NE® apresentaram comportamento
estatisticamente semelhante nas três cimentações, com médias de 58,3N, 67,6N,
62,8N e 77,3N respectivamente.
Palavras Chave: Cimentos dentários, resistência à tração e prótese parcial fixa.
ABSTRACT
Many temporary cement marks are available in the dentistry market, being
necessary to know its properties mainly of retention to adjust them it each necessity
of prosthesis in the temporary setting of works. Thus, the objective of this study was
to evaluate the retention of provisory fixed prosthesis partial of three elements settled
with 4 (four) temporary cements and a varnish. It was confectioned a metallic matrix
from teeth carried through in teeth of dummy with total crown in teeth 34 and 36 and
casting ones in league of Ni-Cr. These matrices had been located through
parallelometer and fixed in a activated acrylic resin base chemically. The preparation
had been carried through observing the standardized mechanical principles, as
height, coning, extension and parallelism. On this matrix chemically one chemically
confectioned 52 provisory fixed partial prosthesis in activated acrylic resin, for the
technique of the previous molding for standardization for volume. The provisory
restorations randomized had been divided in seven groups, five groups, in
accordance with the used cementation agent, and two groups, represent the negative
and positive control. On the occlusal surface a device was fixed in triangular form for
setting in the superior connecting rod of the machine of mechanical assay. After the
face-hardenings, the samples had been submitted to the tractive test, the written
down data and of the same restorations it was removed the cement and re-cemented
more two times, being again, submitted to the tractive test. The results had been
written down, organized and submitted the analysis statistics. The material Duofluorid
XII statistics presented the lesser values of retention (average of 8,3N) in the three
face-hardeningses, being different of excessively. The cements Hydro C, Temp
Bond, Rely X Temp NE and Temp Bond NE had statistics presented similar behavior
statistics in the three face-hardeningses with averages of 58,3N, 67,6N, 62,8N and
77,3N respectively.
Key-Words: Dental cements, tensile strength and prosthesis partial fixed.
48
INTRODUÇÃO
A restauração indireta necessita que o dente preparado, bem como, suas
estruturas circundantes, sejam moldados e reproduzidos em modelo para, após os
registros inter-maxilares, ser encaminhado ao laboratório de prótese para confecção
da restauração definitiva. Neste intervalo, o(s) dente (s) em questão deve (m)
receber restauração provisória até que a indireta definitiva esteja pronta. Ressalta-se
que neste ínterim, a restauração provisória é de suma importância no processo.
Basicamente, protegem o complexo dentina-polpa, asseguram a posição do dente
na arcada, propiciando uma oclusão estável e satisfatória, devolvem a anatomia
correta dos dentes envolvidos, recompõe a estética, a fonética, permitem a limpeza
fácil para o paciente e devem permanecer na boca, sem deslocamento, até a
confecção da restauração definitiva, evitando transtornos no dente, no periodonto e
desconforto social para o paciente (HERNANDEZ et al .,2004).
Para confecção das restaurações provisórias temos diversos tipos de
materiais, dentre eles, o metil-metacrilato de pode ter polimerização: química,
térmica e foto; as resinas compostas de polimerização: química, foto ou dual. Estes
materiais apresentam vantagens e desvantagens, quanto à sua indicação, nas
diversas situações clínicas.
Um aspecto importante a ser levado em consideração é que a restauração
provisória deve, entre uma consulta e outra, ser fixado ao dente por meio de um
agente cimentante. O grau de retenção deste cimento deve proporcionar, à
restauração provisória, um equilíbrio entre a segurança necessária para atender às
suas funções básicas, bem como, permitir a sua remoção de forma fácil e
confortável, tanto para o paciente, como ao profissional.
Além do já exposto, às restaurações provisórias, propiciam uma excelente
ferramenta ao profissional no que tange a avaliação, do grau de retenção e
estabilidade do preparo cavitário executado. Além desses aspectos, permitem
avaliação, do paralelismo entre os retentores de uma prótese parcial fixa.
Características do preparo cavitário, como forma definida, extensão e
conicidade, favorecem a maior retenção e estabilidade. O profissional assenta e
ajusta a restauração provisória, procurando propiciar, conforto, estabilidade e
49
funcionalidade ao sistema estomatognático, seguindo padrões determinados pela
posição da mandíbula e maxila e dos seus movimentos.
A fixação de uma restauração provisória necessita de alguns pré-requisitos
que assegurem o assentamento completo, sem interferência nos padrões de
conforto, estabilidade e funcionalidade. O agente cimentante tem uma importância
significativa na manutenção, durante todo o tratamento dos padrões clínicos
adequados. Os cimentos temporários deveriam vedar os preparos cavitário, serem
biocompatíveis com o substrato e compatíveis com a restauração provisória e ter a
capacidade de retê-las pelo tempo necessário, mantendo a funcionalidade durante
toda etapa de construção da restauração indireta final.
Existem vários tipos de cimentos temporários: à base de hidróxido de cálcio, à
base de pasta de óxido de zinco (com e sem eugenol), dentre outros. Há uma
preocupação visível na literatura de que o cimento temporário tenha a capacidade
de promover a retenção da restauração temporária, de manter o conforto e a
funcionalidade necessária durante o tratamento; e que seja também confortável para
o paciente e o profissional, durante a remoção da restauração provisória, a cada
consulta.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de retenção de quatro
cimentos temporários e um verniz com flúor, analisando a força necessária para
deslocamento por tração, da restauração provisória de uma prótese parcial fixa (três
elementos). Os cimentos temporários usados neste trabalho foram: à base de
hidróxido de cálcio (Hydro C®), à base de óxido de zinco com eugenol (Temp
Bond®), à base de óxido de zinco sem eugenol (Temp Bond NE®), à base de óxido
de zinco sem eugenol (Rely X Temp NE®). E o verniz à base de flúor (Duofluorid
XII®).
MATERIAL E MÉTODO
Para realização deste experimento, foram selecionados dentes de plástico (34
e 36) que compõem um manequim odontológico (MOM
®
). Observou-se a integridade
do dente de plástico quanto a trincas e defeitos superficiais. Estes dentes receberam
preparos para coroa total, padronizados, quanto à espessura de desgaste oclusal,
50
desgaste axial, grau de convergência e altura da parede axial; de acordo com
princípios e instrumentos rotatórios adotados pela disciplina de Prótese Parcial Fixa
da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Para aferição das dimensões médias dos preparos cavitários, foi utilizado um
paquímetro digital (Starret Indústria e Comércio Ltda., Itu, SP, Brasil). Os dentes
apresentaram as seguintes dimensões, após o preparo cavitário: a largura mésio-
distal do pré-molar (34) foi de 3,65mm, enquanto a vestíbulo-lingual foi de 5,77 mm e
a altura axial foi de 4,72 mm. Para o molar (36) a largura mésio-distal foi de 7,68
mm, a vestíbulo-lingual de 7,05 mm e a altura axial de 4,72 mm. Com os dentes
preparados e mensurados, procedeu-se a inclusão para fundição dos mesmos, pela
técnica de expansão térmica, com revestimento aglutinado por fosfato (Termocast®).
A manipulação do revestimento obedeceu às recomendações do fabricante. Para o
tratamento térmico utilizou-se um forno de anel (Bravac®), com programação
térmica, de acordo com o revestimento e características da liga utilizada. As
fundições foram realizadas com maçarico de Oxigênio e GLP e utilizou-se uma liga
de Ni-Cr (Durabond®). Obteve-se desta forma uma matriz metálica do pré-molar (34)
e do molar (36). Realizou-se o acabamento e polimento na superfície dos preparos,
sendo, em seguida, submetida a um jateamento com óxido de alumínio, com
partículas médias de 50µ, para uniformização da textura superficial. Com o auxílio
de um paralelômetro (BioArt®), as matrizes foram posicionadas e fixadas em uma
base de resina acrílica ativada quimicamente com as seguintes dimensões: (10,23 x
27,20 x 12,87mm). Os dentes pilares apresentavam-se paralelos entre si e com uma
distância de 8,31 mm entre os seus eixos. Procurou-se desta forma aproximar das
dimensões dos dentes naturais.
Sobre os dentes montados na base acrílica construiu-se uma restauração
provisória reproduzindo por moldagem prévia as dimensões dos dentes antes dos
preparos cavitários. Esta restauração exibia todas as características de uma prótese
parcial fixa de três elementos. Por meio de um molde confeccionado com silicone de
reação por adição (Adsil®), reproduziram-se 52 restaurações provisórias, com resina
acrílica ativada quimicamente (Duralay®, Reliance Dental Mfg. Co.,Worth, IL). A
manipulação da resina, bem como o acabamento e o polimento foram executados
de acordo com orientações do fabricante. Todas as amostras receberam re-
embasamento, acabamento e polimento, procurando simular os procedimentos
51
clínicos. Procurou-se, desta forma, uma padronização quanto à forma e ao volume
das restaurações. As amostras assim obtidas receberam um dispositivo, em forma
de V invertido, confeccionado com clipes de papel adaptado, com o objetivo de
suporte para fixação na haste superior da máquina de ensaio mecânico (EMIC
DL500®). As amostras foram aleatoriamente distribuídas em 7 grupos
experimentais:
Grupo 1 (n=1): Controle negativo - Prótese parcial fixa temporária, assentada sem
cimento;
Grupo 2 (n=1): Controle positivo - Prótese parcial fixa temporária, cimentada com
cimento a base de fosfato de zinco (SS White®, SS White);
Grupo 3 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à base de
hidróxido de cálcio (Hydro, Dentsply);
Grupo 4 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à base de
óxido de zinco e eugenol (Temp Bond®, Kerr);
Grupo 5 (n=10) Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à base de
óxido de zinco sem eugenol (Rely X Temp NE®, 3M ESPE);
Grupo 6 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com cimento à base de
óxido de zinco sem eugenol (Temp Bond NE®, Kerr);
Grupo 7 (n=10): Prótese parcial fixa temporária, cimentada com verniz cavitário
(Duofluorid XII®, FGM).
52
O Quadro 1 mostra os agentes cimentantes utilizados neste trabalho, bem
como, suas características básicas.
Quadro 1 - Material utilizado para cimentação temporária
Agente cimentante Marca
comercial
Fabricante Número do
Lote
Validade
Cimento Fosfato de
Zinco
SS White® SS White 0160206 Fabricação: 01/02/06
Vencimento: 01/02/11
Cimento de
Hidróxido de Cálcio
Hydro C® Dentsply 406211 Fabricação: 06/2006
Vencimento: 06/2008
Cimento à base de
Óxido de Zinco e
Eugenol
Temp Bond® Kerr Corporation,
Orange, CA
5 - 1012 Fabricação: 02/2005
Vencimento: 02/2007
Cimento à base de
óxido de zinco sem
Eugenol
Rely X Temp
NE®
3M ESPE AG Dental
Products, Seefeld,
Germany
232619 Fabricação: 08/2005
Vencimento: 08/2007
Cimento à base de
Óxido de Zinco sem
Eugenol
Temp Bond
NE®
Kerr Corporation,
Orange, CA
5 - 1342 Fabricação: 03/2006
Vencimento: 03/2008
Verniz cavitário Duofluorid XII® FGM 5955 Fabricação:. 09/2005
Vencimento: 09/2007
Os procedimentos de cimentação obedeceram rigorosamente às instruções
do fabricante. Para os Grupos 3, 4, 5 e 6 a manipulação do cimento foi realizada em
placa de vidro, em temperatura ambiente e, na consistência de cimentação, aplica-
se na região cérvico-axial interna das bases da restauração provisória por meio de
um pincel fino. A restauração carregada com o cimento foi levada à base, assentada
com pressão digital e em seguida submetida a uma carga de assentamento de 5 kg,
até a presa inicial do mesmo. O tempo de presa inicial e final foi observado de
acordo com o fabricante do cimento.
Após, a reação de presa inicial, os excessos foram removidos com sonda
clínica. Aguardou-se a reação de presa final e em seguida, o conjunto foi levado à
máquina de ensaios mecânicos (EMIC DL500®) pertencente ao Laboratório de
53
Estrutura do Departamento de Engenharia Mecânica da PUC Minas. Esta máquina
foi calibrada para o movimento de tração com a velocidade de carregamento de 0,5
mm/min, sendo anotada a carga máxima necessária para deslocamento.
O Grupo 1 Controle negativo recebeu a carga de assentamento e foi levado
à máquina de ensaio mecânico sem nenhuma aplicação de agente cimentante.
Para o Grupo 2 Controle positivo, o procedimento foi semelhante, porém, a
cimentação foi com cimento à base de fosfato de zinco, indicado para cimentação
final. A aplicação do cimento foi feita nas paredes circundantes internas com o
auxílio de um pincel (Jansen, 1983) e após a presa final do cimento foi aplicada à
carga de tração.
Especificamente para o Grupo 7, onde utilizamos o verniz com flúor
(Duofluorid XII®), o procedimento de cimentação” foi o seguinte: coloque gotas num
pincel e aplique sobre às superfícies internas da prótese parcial fixa provisória e de
acordo com o fabricante, espera-se a evaporação do solvente; depois, aplica- se à
carga de tração.
Durante as etapas terapêuticas de confecção de uma prótese parcial fixa a
restauração provisória é cimentada e re-cimentada algumas vezes. Simulando estes
procedimentos clínicos realizou-se a réplica e a tréplica. Para isso, após a primeira
cimentação e deslocamento na máquina de ensaio mecânico, as próteses parciais
fixas provisórias foram limpas pela remoção do material cimentante anterior, com
uma colher de dentina e novamente cimentadas, de forma semelhante à da primeira
vez e subseqüentemente submetidas aos ensaios de tração. Este procedimento foi
realizado mais uma vez, totalizando três repetições do procedimento de cimentação.
54
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Tabela e o quadro 1 apresentam os resultados deste estudo.
Tabela 1- Média (N) da resistência à remoção dos grupos estudados
Cimento Primeira
cimentação
Réplica Tréplica Média
Grupo 1 0,3 0,3
Grupo 2 171,6 171,6
Grupo 3 65,4 59,8 49,6 58,3
Grupo 4 70,0 74.1 58.8 67,6
Grupo 5 61,8 58,7 68,0 62,8
Grupo 6 82,5 71,7 77,6 77,3
Grupo 7 7,7 9,2 8,0 8,3
Valores em negrito não são significativamente diferentes
Valores em vermelho mostraram-se diferentes estatisticamente
O procedimento terapêutico de confecção de uma restauração provisória é
importante na odontologia restauradora indireta. Alguns autores como Baldissara et
al., 1998; Castro Filho et al, 2002; Dubois et al., 1999; Ehrenberg e Weiner, 2000;
Neppelenbroek et al., 2003; Hernandez et al., 2004 argumentaram sobre esta
importância. Na busca da literatura sobre o assunto pode-se perceber que não é
dada à importância necessária às restaurações provisórias, uma vez que o número
de trabalhos é reduzido. Outro aspecto importante que chamou a atenção foi o fato
de que os métodos aplicados avaliaram somente a retenção de coroas unitárias.
Pode-se arriscar a dizer que não há trabalhos que avaliem a retenção de
restaurações provisórias em próteses parciais fixas. Os múltiplos retentores deste
tipo de prótese acrescentam, além do maior número de bases, o paralelismo entre
55
as mesmas. Este fato determina a necessidade de conhecimento do grau de
retenção oferecido pelos diversos agentes de cimentação temporária disponíveis no
mercado. A nosso ver seria confortável para o cirurgião-dentista selecionar um
agente de cimentação que, proporcionalmente ao número de retentores, pudesse
oferecer maior ou menor grau de retenção. Isto proporcionaria uma maior
segurança na estabilidade da restauração provisória e seria confortável para o
cirurgião dentista na remoção desta prótese nas consultas intermediárias.
Os autores (Olin, Rudney e Hill, 1990 Rego e Santiago, 2004) ressaltaram a
variabilidade dos dados encontrados em suas pesquisas denotando que as
diferentes marcas comerciais de agentes para cimentação são diferentes em suas
composições e propriedades físicas. Isto de alguma maneira reforça a nossa
argumentação de que a variabilidade dos graus de retenção mostrados neste estudo
reflete a premissa de que o conhecimento desta propriedade pode ser um indicador
da seleção do agente de cimentação para as diversas situações clínicas.
Um recurso clínico utilizado para diminuir o grau de retenção de uma
cimentação temporária é a alteração da proporção entre as pastas base e
catalisadora. Outro é a aplicação de uma fina camada de gel de petróleo na
superfície do preparo cavitário. Tais procedimentos certamente interferem na
espessura do cimento o que acarretaria dificuldade no assentamento total da
restauração. Seria mais adequado do ponto de vista científico que a seleção do
agente de cimentação, diante das necessidades clínicas, que a seleção do cimento
se baseasse nas suas propriedades físicas (Rego e Santiago, 2004)
Deve-se ressaltar que estudos ”in vitro” apresentam limitações. No método
adotado neste trabalho não foi levado em consideração o efeito da temperatura da
boca e suas variações no grau de retenção dos agentes de cimentação. Os
experimentos “in vitro” somente nos mostram uma tendência de comportamento que
necessita de validação clínica. Milltein, Hazan e Nathanson (1991) avaliaram o grau
de retenção de agentes de cimentação temporária ao longo do tempo e verificaram
uma redução significativa na retenção de 1 para 6 semanas. Isto reforça o
argumento de que a cimentação temporária deve ser monitorada quanto à sua
eficiência em longo prazo. Por outro lado, Lepe, Bales e Johnson (1999) observaram
em seu estudo que quando utilizaram um cimento à base de óxido de zinco e
eugenol (Temrex®) a mistura do cimento na consistência mais fina proporcionou
56
uma maior retenção.
Os Grupos 1 e 2 deste trabalho representam os controles negativo e positivo
respectivamente. Os resultados obtidos nas condições experimentais testadas
quando analisados da menor para a maior retenção ficaram intermediários a estes
controles.
Ainda quanto ao método, em que se avaliou a repetição da cimentação por
três vezes, não se encontrou na literatura experimento semelhante. Procurou-se
com este método de avaliação reproduzir a condição clínica de uso de restaurações
provisórias que a nosso ver tem em média três cimentações durante a sua utilização
clínica. Não houve nos nossos dados diferenças estatisticamente significativas com
o fator repetição da cimentação. Tal fato fica prejudicado na sua análise pela
dificuldade de comparação na literatura.
Analisando os cimentos isoladamente percebe-se para o cimento Hydro C
uma média de retenção para a primeira cimentação de 65,4 N, para a réplica de 59,7
N e para a tréplica 49,5 N (média 58,3N). Percebe-se para este material uma
redução nominal nas médias da primeira para a terceira cimentação. O ato de raspar
com colher de dentina a superfície interna da restauração provisória para limpeza do
cimento proporcione talvez uma menor retenção friccional. A média da primeira
cimentação é semelhante à encontrada no trabalho de Rego e Santiago em 2004
que encontrou para este cimento uma média de 67,5 N.
Diferentemente dos achados de Rego e Santiago em 2004 que encontrou
para o cimento Hydro C® a maior média de retenção quando comparadas com os
cimento a base de óxido de zinco com e sem eugenol os nossos resultados mostram
que o cimento Temp Bond® nas três cimentações apresentou uma média (67,6 N)
superior à do cimento Hydro C®. Já o cimento Temp Bond NE®, que não tem o
eugenol apresentou nominalmente a maior média (77,3 N). Estes dados estão de
acordo com Olin, Rudney e Hill em 1990 que concluíram que a ausência do eugenol
aumenta a retenção dos cimentos.
Deve-se ressaltar que esta análise refere-se nominalmente aos valores
encontrados e que estatisticamente estes valores não foram diferentes
significativamente a não ser para o material Duofluorid XII® que apresentou
resultados estatisticamente diferentes.
57
Em 2003 os trabalhos de Fuher et al e Lewinstein, Fuher e Ganor propuseram
a associação do flúor aos agentes de cimentação temporária. Argumentam sobre a
ação profilática do flúor que seria importante nas etapas de cimentação
intermediária. Fuher et al acrescentaram aos cimentos à base de óxido de zinco com
e sem eugenol, o fluoreto estanhoso. Concluíram que especificamente para o
cimento Freegenol® houve um aumento significante da retenção fato que não
ocorreu com os outros cimentos (Temp Bond® e Temp Bond NE®). Ainda neste ano
Fuher juntamente com Lewinstein e Ganor propuseram a utilização do verniz
cavitário com 2,26% de flúor (Duraphat®), como agente de cimentação e associado
com dois cimentos temporários. Quando o verniz foi utilizado como agente de
cimentação os autores encontraram valores médios de retenção (35,9 N) e
salientaram que o verniz Duraphat®, sozinho ou em combinação, com outros
cimentos, reduziu significativamente a micro infiltração. Diante destes achados
procurou-se utilizar um verniz cavitário de fabricação nacional e utilizá-lo como
agente de cimentação. Os nossos resultados foram bem inferiores com uma média
de 8,3 N.
CONCLUSÃO
Diante dos resultados e argumentos aqui apresentados parece lícito concluir
que:
1 - O grau de retenção para os cimentos Hydro C®, Temp Bond®, Rely X Temp
NE® e Temp Bond NE® não apresentaram diferenças estatisticamente significantes.
Houve diferença estatisticamente significante para o material Duofluorid XII® que
apresentou os menos valores de retenção.
2- O fator repetição das cimentações não apresentou diferenças estatisticamente
significante.
3 A interação entre os fatos analisados não foi significante.
58
REFERÊNCIAS
BALDISSARA P. et al. Comparative study of the marginal micro leakage of six
cements in fixed provisional crowns. J Prosthet Dent., v. 80, n. 4, p. 417-22, Oct.
1998.
BASTOS, Luiz Gustavo Cavalcanti et al. Avaliação da resistência flexional, do
módulo de elasticidade e do tipo de fratura de uma resina acrílica para
restaurações provisórias: efeito de diversos reforços. Bauru, 2003. 131f.
Dissertação (Mestrado)- Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de
Bauru.
CASTRO FILHO, Arlindo Abreu de. et al. Resinas utilizadas para confecção de
restaurações provisórias. Rev. Bras. Odont, v. 59, n. 2, p. 90-3, mar./abr. 2002.
DUBOIS R. J. et al. Effects of occlusal loading and thermocycling on the marginal
gaps of light-polymerized and autopolymerized resin provisional crowns. J Prosthet
Dent., v. 84, n. 2, p.161-6, Aug. 1999
EHRENBERG DS; WEINER S. Changes in marginal gap size of provisional resin
crowns after occlusal loading and thermal cycling. J Prosthet Dent., v. 84, n. 2, p.
139-48, Aug. 2000.
FISHER D.W; SHILLINGBURG H.T; DEWHIRST R.B. Indirect temporary
restorations. J Am Dent Assoc, v. 82, p. 160-3, 1971.
FUHRER N. et al. Retention, marginal leakage, and cements solubility of provisional
crowns cemented with temporary cement containing stannous fluoride. Int J
Prosthodont; 16 (2):189-193, 2003 Mar-Apr.
GILSON TD; MYERS GE. Clinical studies of dental cements: seven zinc oxide-
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HASELTON DR; DIAZ-ARNOLD AM; VARGAS MA. Flexural strength of provisional
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HERNANDEZ E.P. et al. Mechanical properties of four methacrylate-based resins for
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59
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Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.
LEPE X; BALES D.J., JOHNSON G.H. Retention of provisional crowns fabricated
from two materials with the use of four temporary cements. J Prosthet Dent., v. 81,
n. 4, p. 469-75, Apr. 1999.
LEWINSTEIN I. et al. R. Retention marginal leakage and cement solubility of
provisional crowns cemented with temporary cement containing stannous fluoride.
Int J Prothodont., v. 16, n. 2, p. 189-93, Mar-Apr. 2003
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NEPPELENBROEK K.H, LOPES J.F.S, SILVA R.H.B.,SEGALLA J.C.M..The
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OLIN OS; RUDNEY JD; HILL EM. Retentive strength of six temporary dental
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REGO, M.R.M.; SANTIAGO, L.C...Retention of provisional crowns cemented with
eight temporary cements. Comparative study. J Appl Oral Sci., v. 12, n. 3, p. 209-
12, 2004.
60
ANEXO A ANÁLISE ESTATÍSTICA
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Priscila Freitas da Silva (31)87783060
61
- Introdução
Este relatório contém uma análise estatística de um experimento, que avaliou uma
variável resposta com respeito a dois fatores, sendo eles.
Variável resposta: é o resultado de interesse registrado após a realização de um
ensaio
- Resposta
Fatores: São os variáveis cuja influência sobre a variável resposta está sendo
estudada no experimento.
Níveis de um fator: São os diferentes modos de presença de um fator no estudo.
- Material ().
Tratamentos: São as combinações específicas dos níveis de diferentes fatores.
Quando há apenas um fator, seus níveis correspondem aos tratamentos.
Todas as análises são feitas para cada fator separadamente e para interação entre
eles.
1. A primeira análise é descritiva e contém:
Uma tabela com as seguintes estatísticas.
1. Média: medida de tendência central, valor médio de todas as observações.
2. Desvio Padrão: medida de variabilidade ou dispersão dos dados
3. Coeficiente de Variação: medida de variabilidade.
4. Mínimo: menor valor dos dados
5. Máximo: maior valor dos dados
6. N: numero de observações
Box-Plot (diagrama de caixas): gráfico que mostra a variabilidade e a simetria dos
62
dados.
Definições:
1. Outliers: são observações atípicas, isto é que se comportam de forma diferente
que o restante dos dados, no Box-plot eles são graficados como pontos individuais.
2. Q1 primeiro quartil: valor que têm aproximadamente 25% dos dados abaixo dele
3. Q2 segundo quartil ou Mediana: Valor central dos dados, isto é acima dele tem
50% dos dados e abaixo dele 50% dos dados.
4. Q3 Terceiro quartil: valor que deixa aproximadamente 25% dos dados acima
dele
É importante resaltar que dentro da caixa do Box-plot há aproximadamente 50% dos
dados. Por isso quando comparamos duas ou mais variaveis num mesmo Box-plot é
possivél, analisar a variabilidade dos dados. Caixas maiores maior variabilidade,
caixas menores menor variabilidade.
A Segunda análise é a aplicação da teste estatístico adequado. O nível de
significância adotado nestes teste foi de 0,05.
Definições:
63
- Variaveis independentes: o resultado de uma não tem nada a ver com o
resuldado de outra.
- Variaveis pareadas ou emparelhadas: a resposta de determinada variavel está
relacionada com a resposta da outra, isto é parte da informação de uma variavel
está dentro da outra.
- Hipótese estatística é uma afirmação sobre os parâmetros de uma ou mais
populações.
- Hipótese nula (H
0
) : hipótese de que não haja diferença entre os parâmetros que
se deseja testa ou que essa diferença seja igual a zero.
- Hipotese alternativa (H
1
): hipótese de que há diferença entre os parâmetros que
se deseja testar.
- Teste de hipótese: é um procedimento que leva a uma decisão acerca das
hipóteses.
- Nível de significancia (a): é a probabilidade de se rejeitara a hipótese nula (H
0
)
dado que ela é verdadeira. Tal probabilidade deve ser sempre pré fixada com um
valor pequeno ou seja, 0,01, 0,05 etc.
- 100 x (1 - a)% confiança do teste: porcentagem de casos em que a hipótese, cujo
teste se mostrou significativo, seria verificado. Isto é se a hipotese nula for rejeitada
a um nível a = 0,05 tem se que com 95% de confiaça a hipótese alternativa é válida
(Em 95% dos casos a hipótese alternativa seria verificada).
- Estatística Paramétrica: são testes estatistico que fazem suposições acerca dos
parâmetros da população, geralmentes essas suposições são de Normalidade,
Homocedasticidade (igualdade de variancias) e Independência e devem ser
verificada nos residuos do modelo estimado.
- Estatística Não Paramétrica: são teste estatisticos que não fazem suposições
acerca dos parametros da população. São também denominados testes livre de
distribuição, eles não levam em consideração a magnitude dos dados, eles são
baseados nos postos dos dados.
- p-valor: é o menor nível de significância que conduz a rejeição da hipótese nula
com os dados fornecidos. Logo se ele for menor que 0,05, que é o nível de
signficância pré estabalecido, rejeita-se a hipótese nula.
Testes Estatisticos Aplicados
Kruskal Wallis
É o teste não parametrico que correponde a ANOVA. Logo, ele é utilizado para
comparar um fator com mais de dois niveis independentes. Esse teste, não faz
suposições quanto a distribuição dos dados, esta é a caracteristica central da
estatística não parametrica.
Teste-t Studente
Este é um teste paramétrico utilizado para saber se há ou não diferença entre as
médias de duas amostras emparelhadas(x,y). A única suposição desse teste é que a
variavel diferença ( x-y) tenha uma distribuição normal.
Teste de Wilcoxon
64
Este é um teste não paramétrico, logo ele não faz suposições sobre a distribuição
dos dados, ele é utilizado para saber se duas amostra emparelhadas proveêm de
uma mesma população.
3. Comparações Multiplas:
Quando o teste estatístico detecta a diferença entre os tratamentos é feito um teste
de comparação multipla o DMS (Diferença Mínima significativa) com nível de
significância global de 0,10.
4. Adequação do Modelo Validação do Teste
Esta analise, é feita quando se utiliza a estatística paramétrica, já que ela faz
suposições sobre a distribuição dos dados.
Teste de probabilidade Normal: testa se os dados provêem de uma distribuição
Normal. Suas hipoteses são as seguintes:
H
0
: Os dados provêem de uma distribuição normal
H
1
: Os dados não provêem de uma distribuição normal
Todas as análises forma feitas utilizando o software Minitab versão 14.
1- Análise dos Testes (Cimentação)
Nesta análise será comparado o efeito de cada Teste, dentro de cada material, isto
é, analisou-se se há ou não, diferença entre a 1º cimentação, a Réplica e a Tréplica,
dentro de cada material, caso haja diferença, a localizaremos e estimaremos a
grandeza dessa dimensão.
1.1- Material: Verniz Duofluorid XII
Verniz Duofluorid XII:
1º Teste 2º Teste Teste
10,16 8,36 8,33
9,43 11,17 10,28
6,22 7,79 2,58
6,18 5,4 4,28
9,29 11,05 11,66
9,95 10,84 7,19
5,48 9,46 8,64
9,53 11,07 7,94
8,31 6,58 11,44
2,99 10,98 7,61
Análise Descritiva
1º Teste Cimentação
2º Teste Réplica
3º Teste Tréplica
65
Data
3º Teste2º Teste1º Teste
12
10
8
6
4
2
Boxplot of 1º Teste; 2º Teste; 3º Teste
Analisando o gráfico e as estatísticas acima, percebe-se que o 2º teste (réplica) é a
que tem a maior média e pelo gráfico pode-se ver que é a que apresenta os maiores
valores e a menor variabilidade nos dados. O 3º Teste (tréplica) é o que apresenta a
maior variabilidade nos dados, o que pode ser percebido tanto no gráfico, pelo
tamanho da caixa, como nas estatísticas: Desvio Padrão e variância.
Teste Estatístico
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
7,75 2,40 5,77 6,01 8,80 9,64 2,99 10,16 10
2º Teste
9,27 2,13 4,52 7,49 10,15 11,06 5,4 11,17 10
3º Teste
8,00 2,89 8,33 6,46 8,14 10,57 2,58 11,66 10
66
Como os Testes comparados podem ser considerados iguais, pois tem o mesmo
procedimento, os dados são pareados ou emparelhados, pois para um mesmo corpo
de prova temos três medidas de um mesmo procedimento em tempos distintos.
Dada essa característica dos dados o teste mais adequado é o teste-t emparelhado.
Ele compara duas variáveis pareadas as hipóteses testadas são:
H
0
: µ
1
= µ
2
ou µ
D =
(µ
1
- µ
2
) H
0
: µ
D
= 0
H
1
: µ
1
? µ
2
H
1
: µ
D
? 0
Em que:
µ
i
= Média de i . i = 1, 2 e D
Esse teste exige que as variáveis tenham uma distribuição normal. O nível de
significância adotado nesse teste foi 0,05, o que nos da uma confiança de 95%
sobre o resultado do teste.
Como há três Testes serão necessárias 3 análises estatísticas para as três testes.
1 - 1º Teste com 2º Teste (1º cimentação x Réplica)
Esta análise compara-se o 1º Teste com o 2º Teste, ele faz a diferença desses dois
testes, e testa se essa diferença é igual à zero. O resultado que interessa nessa
saída computacional é o p-valor e o intervalo de confiança para a diferença das
médias (quando o teste for significativo). Só se rejeita a hipótese nula se o p-valor
for menor que 0,05 (nível de significância do teste) como o p-valor 0,132 é maior que
0,05 não se rejeita a hipótese nula e assumi-se que não há diferença
estatisticamente significativa entre a reposta do primeiro e do segundo teste.
Validação do Teste
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 2º Teste
Paired T for 1º Teste - 2º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 7,75400 2,40232 0,75968
2º Teste 10 9,27000 2,12590 0,67227
Difference 10 -1,51600 2,89239 0,91465
95% CI for mean difference: (-3,58509; 0,55309)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = -1,66 P-Value = 0,132
67
1ºTeste - 2º Teste
Percent
5,02,50,0-2,5-5,0-7,5-10,0
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,134
-1,516
StDev 2,892
N 10
AD 0,525
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 2º Teste
Normal
Esse teste supõe-se que a variável diferença que é µ
D =
(µ
1
- µ
2
) tenha uma
distribuição normal. Essa suposição será verificada pelo gráfico que traz o teste de
probabilidade normal. As hipóteses desse teste são:
H
0
: A variável segue uma distribuição normal.
H
1
: A variável não segue uma distribuição normal.
Como o p-valor do teste de normalidade é 0,134 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Como a única
suposição deste teste foi verificada, temos que o resultado desse teste é válido.
2 - 1º Teste com 3º Teste (1º cimentação x Tréplica)
Como o p-valor 0,801 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula logo, não há diferença
estatisticamente significativa entre as repostas do 1ºTeste e do 2ºTeste.
Paired T-Test and CI: 1º Teste; 3º Teste
Paired T for 1º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 7,75400 2,40232 0,75968
3º Teste 10 7,99500 2,88622 0,91270
Difference 10 -0,241000 2,929537 0,926401
95% CI for mean difference: (-2,336665; 1,854665)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = -0,26 P-Value = 0,801
68
1ºTeste - 3ºTeste
Percent
5,02,50,0-2,5-5,0-7,5
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,216
-0,241
StDev 2,930
N 10
AD 0,450
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 3ºTeste
Normal
Validação do Teste
Esse teste supõe-se que a variável diferença que é µ
D =
(µ
1
- µ
2
) tenha uma
distribuição normal. Essa suposição será verificada pelo gráfico que traz o teste de
probabilidade normal. As hipóteses desse teste são:
H
0
: A variável segue uma distribuição normal.
H
1
: A variável não segue uma distribuição normal
Como o p-valor do teste de normalidade é 0,216 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Como a única
suposição deste teste foi verificada, tem-se que o resultado desse teste é válido.
3 - 2º Teste com 3º Teste (Réplica x Tréplica)
Como o p-valor 0,188 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula logo, não há diferença
Paired T
-
Test and CI: 2º Teste; 3º Teste
Paired T for 2º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
2º Teste 10 9,27000 2,12590 0,67227
3º Teste 10 7,99500 2,88622 0,91270
Difference 10 1,27500 2,82991 0,89490
95% CI for mean difference: (-0,74940; 3,29940)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 1,42 P-Value = 0,188
69
2ºTeste - 3ºTeste
Percent
7,55,02,50,0-2,5-5,0
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,393
1,275
StDev 2,830
N 10
AD 0,351
P-Value
Probability Plot of 2ºTeste - 3ºTeste
Normal
estatisticamente significativa entre as repostas do 2ºTeste e do 3ºTeste.
Validação do Teste
Como o p-valor do teste de normalidade é 0,393 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Como a única
suposição deste teste foi verificada, temos que o resultado desse teste é válido.
Conclusão
Nesta análise em que se compara a resposta dos Testes (1º Cimentação, Réplica,
Tréplica) dentro do material Duofluorid XII verificamos que não houve diferença
estatisticamente significativa nas respostas dos Testes.
1.2 Material: Hidróxido de cálcio (Hydro C)
Hidróxido de cálcio (Hydro C)
1º Teste 2º Teste 3º Teste
23,31
33,89
30,56
36,11
36,82
31,74
80,06
84,37
58,04
69,77
56,42
47,35
60,64
76,39
66,47
77,21
35,93
28,55
100,89
107,91
64,55
44,89
38,85
33,42
64,33
50,71
60,96
97,01
76,51
74,21
1º Teste Cimentação
2º Teste Réplica
3º Teste Tréplica
70
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
Boxplot of Respostas vs Teste
Análise Descritiva
Teste Média
Desvio
Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana 3ºQuartil
Mínimo Máximo N
1º Teste 65,42 25,18 634,02 42,70 67,05 84,30 23,31 100,89 10
2º Teste 59,78 25,33 641,65 36,60 53,57 78,48 33,89 107,91 10
3º Teste 49,59 17,34 300,61 31,45 52,70 65,03 28,55 74,21 10
Analisando o gráfico acima, percebe-se que o primeiro teste (1ºCimentação), é a que
apresenta a maior média, o segundo Teste, é o que apresenta a maior variabilidade
nos dados, e o terceiro Teste, o que apresenta a menor média, e a menor
variabilidade nos dados.
Teste Estatístico
Como os Testes comparados podem ser considerados iguais, pois tem o mesmo
procedimento, os dados são pareados ou emparelhados, pois para um mesmo corpo
de prova temos três medidas de um mesmo procedimento em tempos distintos.
Dada essa característica dos dados o teste mais adequado é o teste-t emparelhado.
Ele compara duas variáveis pareadas as hipóteses testadas são:
H
0
: µ
1
= µ
2
ou µ
D =
(µ
1
- µ
2
) H
0
: µ
D
= 0
H
1
: µ
1
? µ
2
H
1
: µ
D
? 0
Em que:
71
1ºTeste - 2º Teste
Percent
50403020100-10-20-30-40
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,608
5,642
StDev 17,11
N 10
AD 0,265
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 2º Teste
Normal
µ
i
= Média de i . i = 1, 2 e D
Esse teste exige-se que as variáveis tenham uma distribuição normal. O nível de
significância adotado nesse teste foi 0,05, o que nos da uma confiança de 95%
sobre o resultado do teste.
Como há três Testes serão necessárias 3 análises estatísticas para as três testes.
1 - 1º Teste com 2º Teste (1º cimentação x Réplica)
Como o p-valor do teste 0,324 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula logo, não há
diferença estatisticamente significativamente entre o 1º e o 2º Teste.
Validação do Teste
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 2º Teste
Paired T for 1º Teste - 2º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 65,4220 25,1797 7,9625
2º Teste 10 59,7800 25,3308 8,0103
Difference 10 5,64200 17,10924 5,41042
95% CI for mean difference: (-6,59721; 17,88121)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 1,04 P-Value = 0,324
72
1ºTeste - 3ºTeste
Percent
6050403020100-10-20-30
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,649
15,84
StDev 18,06
N 10
AD 0,254
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 3ºTeste
Normal
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,608 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Como a única
suposição deste teste foi verificada, temos que o resultado desse teste é válido.
2 - 1º Teste com 3º Teste (1º cimentação x Tréplica)
O p-valor do teste é 0,022 < 0,05, com isso rejeita-se a hipótese nula e assumi-se
que as populações tem média diferentes. O Intervalo com 95% de confiança para a
diferença entre o 1º Teste e o 3º Teste é (2,916; 28,758) com isso dize-se com 95%
de confiança que a diferença entre os Teste 1 e 2 está entre (2,916; 28,758) o que
nós afirma que o 1º Teste resulta em maiores valores que o 2º Teste.
Validação do Teste
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 3º Teste
Paired T for 1º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 65,4220 25,1797 7,9625
3º Teste 10 49,5850 17,3381 5,4828
Difference 10 15,8370 18,0623 5,7118
95% CI for mean difference: (2,9160; 28,7580)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 2,77 P-Value = 0,022
73
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,649 > 0,05 não se rejeita hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Como a única
suposição deste teste foi verificada, temos que o resultado desse teste é válido.
3 - 2º Teste com 3º Teste (Réplica x Tréplica)
Nesta análise o teste utilizado foi o teste de Wilcoxon este é um teste não
paramétrico utilizado para saber se a mediana de uma população é igual a zero.
Para utilizar este teste foi feita a subtração do 2º Teste pelo 3º Teste e verificado se
essa nova variável (diferença) tem mediana iguala zero, caso o teste comprove isso,
assumi-se que não há diferença entre as populações. Como o p-valor do teste 0,053
> 0,05 não se rejeita a hipótese nula logo, não há diferença estatisticamente
significativamente entre o 1º e o 2º Teste.
Validação do Teste
O teste de Wilcoxon é um teste não paramétrico, e não faz nenhuma suposição
sobre a distribuição das variáveis.
Conclusão
Nesta análise em que se compara a resposta dos Testes (1º Cimentação, Réplica,
Tréplica) dentro do material Hidróxido de cálcio (Hydro C) verifica-se que houve
diferença estatisticamente significativo na respostas dos Testes. Estabelecendo o
seguinte resultado. Lembrando que na estatística se A = B e B = C não
necessariamente B = C, o que ocorreu nesta análise.
Wilcoxon Signed Rank Test: 2ºTeste
-
3ºTeste
Test of median = 0,000000 versus median not = 0,000000
N
for Wilcoxon Estimated
N Test Statistic P Median
2ºTeste - 3ºTeste 10 10 47,0 0,053 7,250
1º Cimentação = Réplica
1ºCimentação > Tréplica
Réplica = Tréplica
74
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
Boxplot of Respostas vs Teste
1.3 Material: Rely X Temp NE
Rely X Temp NE
1º Teste 2º Teste 3º Teste
98,79
91,39
69,48
71,5
56,4
63,37
57,92
42,36
56,7
37,79
18,35
47,83
58,14
82,21
64,76
26,58
44,75
41,77
68,97
40,81
59,02
77,89
60,2
94,36
45,68
74,42
79,87
74,7
75,97
103,51
Análise Descritiva
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
61,80
21,20 449,37 43,71 63,56 75,50 26,58 98,79 10
2º Teste
58,69
22,57 509,34 41,97 58,30 77,53 18,35 91,39 10
3º Teste
68,07
19,53 381,55 54,48 64,07 83,49 41,77 103,51 10
Analisando o gráfico acima, percebe-se que não muita diferença entre a
distribuição dos dados nos testes, e que possivelmente não haverá diferença
significativa entre os testes. De acordo com as estatísticas na tabela acima o 3º
Teste é o que apresenta a maior média e o 2º Teste é o que apresenta a maior
variabilidade nos dados.
1º Teste Cimentação
2º Teste Réplica
3º Teste Tréplica
75
Teste Estatístico
Como os Testes comparados podem ser considerados iguais, pois tem o mesmo
procedimento, os dados são pareados ou emparelhados, pois para um mesmo corpo
de prova temos três medidas de um mesmo procedimento em tempos distintos.
Dada essa característica dos dados o teste mais adequado é o teste-t emparelhado.
Ele compara duas variáveis pareadas as hipóteses testadas são:
H
0
: µ
1
= µ
2
ou µ
D =
(µ
1
- µ
2
) H
0
: µ
D
= 0
H
1
: µ
1
? µ
2
H
1
: µ
D
? 0
Em que:
µ
i
= Média de i . i = 1, 2 e D
Esse teste exige que as variáveis tenham uma distribuição normal. O nível de
significância adotado nesse teste foi 0,05, o que nos da uma confiança de 95%
sobre o resultado do teste.
Como há três Testes serão necessárias 3 análises estatísticas para as três testes.
1 - 1º Teste com 2º Teste (1º cimentação x Réplica)
Como o p-valor do teste 0,637 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula e assumi-se que
não há diferença estatisticamente significativa entre o 1º Teste é o 2º Teste.
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 2º Teste
Paired T for 1º Teste - 2º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 61,7960 21,1982 6,7035
2º Teste 10 58,6860 22,5685 7,1368
Difference 10 3,11000 20,13596 6,36755
95% CI for mean difference: (-11,29440; 17,51440)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 0,49 P-Value = 0,637
76
1ºTeste - 2º Teste
Percent
50250-25-50
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,141
3,11
StDev 20,14
N 10
AD 0,518
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 2º Teste
Normal
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,141 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
2 - 1º Teste com 3º Teste (1º cimentação x Tréplica)
Como o p-valor do teste 0,326 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula e assumi-se que
não há diferença estatisticamente significante entre as respostas do 1º Teste e do 3º
Test
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 3º Teste
Paired T for 1º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 61,7960 21,1982 6,7035
3º Teste 10 68,0670 19,5333 6,1770
Difference 10 -6,27100 19,08462 6,03509
95% CI for mean difference: (-19,92332; 7,38132)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = -1,04 P-Value = 0,326
77
1ºTeste - 3ºTeste
Percent
50250-25-50
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,937
-6,271
StDev 19,08
N 10
AD 0,153
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 3ºTeste
Normal
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,937 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
3 - 2º Teste com 3º Teste (Réplica x Tréplica)
Como o p-valor do teste 0,157 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula, logo assumi-se
que não há diferença estatisticamente significante entre as resposta do 2º Teste e o
3º Teste.
Paired T
-
Test and CI: 2º Teste; 3º Teste
Paired T for 2º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
2º Teste 10 58,6860 22,5685 7,1368
3º Teste 10 68,0670 19,5333 6,1770
Difference 10 -9,38100 19,21617 6,07669
95% CI for mean difference: (-23,12742; 4,36542)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = -1,54 P-Value = 0,157
78
2ºTeste - 3ºTeste
Percent
403020100-10-20-30-40-50
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,725
-9,381
StDev 19,22
N 10
AD 0,233
P-Value
Probability Plot of 2ºTeste - 3ºTeste
Normal
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,725 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
Conclusão
Nesta análise em que se compara a resposta dos Testes (1º Cimentação, Réplica,
Tréplica) dentro do material Rely x Temp NE verifica-se que não houve diferença
estatisticamente significativa nas respostas dos Testes.
1.4 Material: Temp bond
Temp bond
1º Teste 2º Teste 3º Teste
50,6
44
48,17
45,21
45,71
33,09
80,6
101,53
44,35
118,75
91,16
109,93
77,07
63,94
87,39
59,3
83,29
57,01
52,5
58,9
66,19
66,4
114,74
38,89
136,67
106,65
52,24
43,3
31,31
50,6
1º Teste Cimentação
2º Teste Réplica
3º Teste Tréplica
79
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
140
120
100
80
60
40
20
Boxplot of Respostas vs Teste
Análise Descritiva
Analisando o gráfico acima, percebe-se que o 2º Teste é o que apresenta a maior
média, e o 1º Teste, é o que apresenta maior variabilidade nos dados.
Teste Estatístico
Como os Testes comparados podem ser considerados iguais, pois tem o mesmo
procedimento, os dados são pareados ou emparelhados, pois para um mesmo corpo
de prova temos três medidas de um mesmo procedimento em tempos distintos.
Dada essa característica dos dados o teste mais adequado é o teste-t emparelhado.
Ele compara duas variáveis pareadas as hipóteses testadas são:
H
0
: µ
1
= µ
2
ou µ
D =
(µ
1
- µ
2
) H
0
: µ
D
= 0
H
1
: µ
1
? µ
2
H
1
: µ
D
? 0
Em que:
µ
i
= Média de i . i = 1, 2 e D
Teste Média
Desvio
Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana 3ºQuartil
Mínimo Máximo N
1º Teste 73,04 31,67 1003,21 49,25 62,85 90,14 43,30 136,67 10
2º Teste 74,12 29,28 857,36 45,28 73,62 102,81 31,31 114,74 10
3º Teste 58,79 23,52 553,22 42,99 51,42 71,49 33,09 109,93 10
80
1ºTeste - 2º Teste
Percent
50250-25-50-75
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,765
-1,083
StDev 24,50
N 10
AD 0,222
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 2º Teste
Normal
Esse teste exige que as variáveis tenham uma distribuição normal. O nível de
significância adotado nesse teste foi 0,05, o que nos da uma confiança de 95%
sobre o resultado do teste.
Como há três Testes, serão necessárias 3 análises estatísticas para as três testes.
1 - 1º Teste com 2º Teste (1º cimentação x Réplica)
Como o p-valor do teste 0,892 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula, logo assumi-se
que não há diferença estatisticamente significativa entre o 1º Teste e o 2º Teste.
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,765 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 2º Teste
Paired T for 1º Teste - 2º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 73,0400 31,6735 10,0160
2º Teste 10 74,1230 29,2808 9,2594
Difference 10 -1,08300 24,49931 7,74736
95% CI for mean difference: (-18,60875; 16,44275)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = -0,14 P-Value = 0,892
81
1ºTeste - 3ºTeste
Percent
1007550250-25-50
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,070
14,25
StDev 29,35
N 10
AD 0,632
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 3ºTeste
Normal
2 - 1º Teste com 3º Teste (1º cimentação x Tréplica)
Como o p-valor do teste 0,159 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula, logo assumi-se
que não há diferença estatisticamente significativa entre a resposta do 1º Teste com
o 2º Teste.
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,07 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 3º Teste
Paired T for 1º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 73,0400 31,6735 10,0160
3º Teste 10 58,7860 23,5206 7,4379
Difference 10 14,2540 29,3458 9,2799
95% CI for mean difference: (-6,7387; 35,2467)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 1,54 P-Value = 0,159
82
2ºTeste - 3ºTeste
Percent
100500-50
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,196
15,34
StDev 36,25
N 10
AD 0,466
P-Value
Probability Plot of 2ºTeste - 3ºTeste
Normal
3 - 2º Teste com 3º Teste (Réplica x Tréplica)
Como o p-valor do teste 0,214 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula, logo assumi-se
que não há diferença estatisticamente significativa entre a resposta do 1º Teste com
o 3º Teste.
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,196 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
Conclusão
Nesta análise em que se compara a resposta dos Testes (1º Cimentação, Réplica,
Tréplica) dentro do material Temp bond verifica-se que não houve diferença
estatisticamente significativa nas respostas dos Testes.
Paired T
-
Test and CI: 2º Teste; 3º Teste
Paired T for 2º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
2º Teste 10 74,1230 29,2808 9,2594
3º Teste 10 58,7860 23,5206 7,4379
Difference 10 15,3370 36,2487 11,4629
95% CI for mean difference: (-10,5938; 41,2678)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 1,34 P-Value = 0,214
83
Teste
Respostas
3º Teste2º Teste1º Teste
140
120
100
80
60
40
20
0
Boxplot of Respostas vs Teste
1.5 Material: Temp bond NE
Temp bond NE
1º Teste 2º Teste 3º Teste
87,44
136,63
78,43
60,36
59,14
44,79
97,19
57,29
131,69
72,18
58,06
83,17
110,4
55,68
77,44
71,73
70,38
22,58
51,39
16,01
41,23
45,15
52,28
48,7
108,96
124,18
130,12
120,44
87,32
117,76
Análise Descritiva
Teste Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1º Teste
82,52
26,32 692,63 58,12 79,81 109,32 45,15 120,44 10
2º Teste
71,70
35,75 1278,04 54,83 58,60 96,54 16,01 136,63 10
3º Teste
77,59
38,86 1510,04 43,90 77,94 120,85 22,58 131,69 10
Analisando o gráfico acima, percebe-se que o 3º Teste, é o que apresenta a maior
variabilidade nos dados, o que pode ser comprovado pelo desvio padrão deste Teste
na tabela acima. O 1º Teste é o que apresenta a maior média e a menor
variabilidade nos dados. Apesar dessas diferenças, elas parecem não serem
significativa o que poderá ser comprovado pela análise estatística seguinte.
Teste Estatístico
Como os Testes comparados podem ser considerados iguais, pois tem o mesmo
procedimento, os dados são pareados ou emparelhados, pois para um mesmo corpo
de prova temos três medidas de um mesmo procedimento em tempos distintos.
Dada essa característica dos dados o teste mais adequado é o teste-t emparelhado.
1º Teste Cimentação
2º Teste Réplica
3º Teste Tréplica
84
Ele compara duas variáveis pareadas as hipóteses testadas são:
H
0
: µ
1
= µ
2
ou µ
D =
(µ
1
- µ
2
) H
0
: µ
D
= 0
H
1
: µ
1
? µ
2
H
1
: µ
D
? 0
Em que:
µ
i
= Média de i . i = 1, 2 e D
Esse teste exige que as variáveis tenham uma distribuição normal. O nível de
significância adotado nesse teste foi 0,05, o que nos da uma confiança de 95%
sobre o resultado do teste.
Como há três Testes serão necessárias 3 análises estatísticas para as três testes.
1 - 1º Teste com 2º Teste (1º cimentação x Réplica)
Como o p-valor do teste 0,299 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula, logo assumi-se
que não há diferença estatisticamente significativa entre as repostas do 1º e do 2º
Teste.
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 2º Teste
Paired T for 1º Teste - 2º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 82,5240 26,3179 8,3225
2º Teste 10 71,6970 35,7497 11,3051
Difference 10 10,8270 31,0332 9,8136
95% CI for mean difference: (-11,3728; 33,0268)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 1,10 P-Value = 0,299
85
1ºTeste - 2º Teste
Percent
1007550250-25-50
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,738
10,83
StDev 31,03
N 10
AD 0,230
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 2º Teste
Normal
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,738 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
2 - 1º Teste com 3º Teste (1º cimentação x Tréplica)
Como o p-valor do teste 0,542 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula e assumi-se que
não há diferença estatisticamente significativa entre a reposta do 1º Teste e do 2º
Teste.
Paired T
-
Test and CI: 1º Teste; 3º Teste
Paired T for 1º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
1º Teste 10 82,5240 26,3179 8,3225
3º Teste 10 77,5910 38,8592 12,2884
Difference 10 4,93300 24,63992 7,79183
95% CI for mean difference: (-12,69334; 22,55934)
T-Test of mean difference = 0 (vs. not = 0): T-Value = 0,63 P-Value = 0,542
86
1ºTeste - 3ºTeste
Percent
7550250-25-50
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,958
4,933
StDev 24,64
N 10
AD 0,140
P-Value
Probability Plot of 1ºTeste - 3ºTeste
Normal
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0958 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
3 - 2º Teste com 3º Teste (Réplica x Tréplica)
Como o p-valor do teste 0,645 > 0,05 não se rejeita a hipótese nula e assumi-se que
não há diferença estatisticamente significativa entre a reposta do 2º Teste e do 3º
Teste.
Paired T
-
Test and CI: 2º Teste; 3º Teste
Paired T for 2º Teste - 3º Teste
N Mean StDev SE Mean
2º Teste 10 71,6970 35,7497 11,3051
3º Teste 10 77,5910 38,8592 12,2884
Difference 10 -5,89400 39,13044 12,37413
95% CI for mean difference: (-33,88623; 22,09823)
T-Test of mean difference = 0 (vs not = 0): T-Value = -0,48 P-Value = 0,645
Mean StDev SE Mean
87
2ºTeste - 3ºTeste
Percent
100500-50-100
99
95
90
80
70
60
50
40
30
20
10
5
1
Mean
0,495
-5,894
StDev 39,13
N 10
AD 0,311
P-Value
Probability Plot of 2ºTeste - 3ºTeste
Normal
Validação do Teste
Como o p-valor para o teste de normalidade é 0,495 > 0,05 não se rejeita a hipótese
nula, logo a variável diferença segue uma distribuição normal. Com isso a suposição
de normalidade foi verificada e o resultado do teste é válido.
Conclusão
Nesta análise em que se compara a resposta dos Testes (1º Cimentação, Réplica,
Tréplica) dentro do material Temp bond NE verificamos que não houve diferença
estatisticamente significativa nas respostas dos Testes.
88
Material
Resposta
54321
140
120
100
80
60
40
20
0
Boxplot of Resposta vs Material
2- Análises dos Materiais dentro dos diferentes Testes
Nesta etapa analisou-se dentro de cada Teste (1º Cimentação, Réplica e Tréplica)
se há ou não diferença da resposta com respeito aos materiais.
2.1- Análise do 1º Teste ou 1º Cimentação
1º Teste (1º Cimentação) Materiais
1 2 3 4 5
10,16 23,31 98,79 50,6 87,44
9,43 36,11 71,5 45,21 60,36
6,22 80,06 57,92 80,6 97,19
6,18 69,77 37,79 118,75 72,18
9,29 60,64 58,14 77,07 110,4
9,95 77,21 26,58 59,3 71,73
5,48 100,89 68,97 52,5 51,39
9,53 44,89 77,89 66,4 45,15
8,31 64,33 45,68 136,67 108,96
2,99 97,01 74,7 43,3 120,44
Análise Descritiva
Material
Verniz Duofluorid XII: 1
Hidróxido de cálcio (Hydro C) 2
Rely X Temp NE 3
Temp bond 4
Temp bond NE 5
Material
Média
Desvio Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana
3ºQuartil
Mínimo
Máximo
N
1 7,75 2,40 5,77 6,01 8,80 9,64 2,99 10,16 10
2 65,42
25,18 634,02 42,70 67,05 84,30 23,31 100,89 10
3 61,80
21,20 449,37 43,71 63,56 75,50 26,58 98,79 10
4 73,04
31,67 1003,21 49,25 62,85 90,14 43,30 136,67 10
5 82,52
26,32 692,63 58,12 79,81 109,32 45,15 120,44 10
89
Analisando o gráfico acima, percebe-se que há uma diferença significativa entre os
materiais, e que o material que provoca essa diferença é o verniz que visivelmente
tem a menor média o que é comprovado pela sua média na tabela acima.
Analisando os demais materiais (cimentos) percebe-se que possivelmente não
haverá diferenças significativas no teste estatístico. Percebe-se também pela
diferença entre as variâncias que possivelmente não será possível aplicar um teste
paramétrico, pois a suposição de homocedasticidade (igualdade de variâncias) não
seria verificada.
Teste Estatístico
Os dados apresentam uma variância muito heterogênea o que pode ser observado
pelas variâncias, calculados na análise descritiva, esse fato nos impede de utilizar a
estatística paramétrica, dado que uma das suposições para a aplicação do teste
paramétrico é a homocedasticidade. O teste utilizado para verificar existe diferença
na resposta do teste entre os diferentes materiais, é o teste não paramétrico de
Kruskal Wallis. O fator cuja influência deseja-se estudar é:
Fator Material Níveis
Verniz Duofluorid XII: 1
Hidróxido de cálcio(Hydro C) 2
Rely X Temp NE 3
Temp bond 4
Temp bond NE 5
As hipóteses testadas são:
1- H
0
: As amostras provêem de uma mesma população
H
1
: pelo menos uma é diferente
Saída Computacional Software Minitab
Kruskal
-
Wallis Test: Resposta versus Material
Kruskal-Wallis Test on Resposta
Material N Median Ave Rank Z
1 10 8,800 5,5 -4,85
2 10 67,050 28,9 0,82
3 10 63,555 27,1 0,39
4 10 62,850 30,3 1,16
5 10 79,810 35,7 2,47
Overall 50 25,5
H = 25,47 DF = 4
P = 0,000
90
Como o p-valor 0,000 < 0,05, rejeita-se H
0
e pode-se dizer com 95% de confiança
que há diferença estatisticamente significativa na reposta do teste com respeito aos
diferentes materiais.
Comparações Múltiplas
A finalidade das comparações múltiplas é “localizar”, quando existem, as diferenças
significativas entre pares de tratamentos. O método utilizado é DMS (Diferença
Mínima Significativa) a um nível de significância global a = 0,10 pré-especificado
para a comparação.
Como o teste afirmou que há o efeito do fator material na reposta do teste, foi feito
as comparações múltiplas para detectar quais níveis do fator material diferem entre
si.
Z é a estatística do teste calculada com base nos ranks da amostra.
Regra de decisão
Considera-se a diferença entre os tratamentos i e j significativas quando:
|Ri Rj| > Z
Z = 16,75
Em negrito na tabela que apresenta o módulo da diferença entre as médias dos
postos, temos os matérias que foram estatisticamente significativos. Apenas o
material 1 (Verniz) foi diferente dos demais, como a média do seu rank é a menor
temos que o Verniz é o que apresenta os menores valores para a primeira
cimentação.
Validação do Teste
O teste Kruskal Wallis é um teste não paramétrico e não faz suposição sobre a
distribuição dos dados ou sobre os parâmetros da população.
|Ri Rj|
i/j 1 2 3 4
1
2 23,4
3 21,6 1,8
4 24,8 1,4 3,2
5 30,2 6,8 5,4 5,4
Material Média do Postos (R
i
)
1 5,5
2 28,9
3 27,1
4 30,3
5 35,7
91
Material
Resposta
54321
140
120
100
80
60
40
20
0
Boxplot of Resposta vs Material
2.1- Análise do 2º Teste ou Réplica
Análise Descritiva
Material Média
Desvio
Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana 3ºQuartil
Mínimo Máximo N
1 9,27 2,13 4,52 7,49 10,15 11,06 5,40 11,17 10
2 59,78 25,33 641,65 36,60 53,57 78,48 33,89 107,91 10
3 58,69 22,57 509,34 41,97 58,30 77,53 18,35 91,39 10
4 74,12 29,28 857,36 45,28 73,62 102,81 31,31 114,74 10
5 71,70 35,75 1278,04 54,83 58,60 96,54 16,01 136,63 10
Esta análise é bem parecida com a do 1º Teste. Há nitidamente no gráfico uma
diferença do material 1 (verniz) para os demais materiais (cimentos). Nos demais
materiais pode-se ver que o material 4 (Temp bond) é o que apresenta a maior
variabilidade nos dados e que devido a diferença nas variâncias dos materiais não
será possível utilizar o teste paramétrico.
2º Teste (Réplica)
1 2 3 4 5
8,36 33,89 91,39 44 136,63
11,17 36,82 56,4 45,71 59,14
7,79 84,37 42,36 101,53 57,29
5,4 56,42 18,35 91,16 58,06
11,05 76,39 82,21 63,94 55,68
10,84 35,93 44,75 83,29 70,38
9,46 107,91 40,81 58,9 16,01
11,07 38,85 60,2 114,74 52,28
6,58 50,71 74,42 106,65 124,18
10,98 76,51 75,97 31,31 87,32
Material
Verniz Duofluorid XII: 1
Hidróxido de cálcio (Hydro C) 2
Rely X Temp NE 3
Temp bond 4
Temp bond NE 5
92
Teste Estatístico
Os dados apresentam uma variância muito heterogênea o que pode ser observado
pelas variâncias, calculados na análise descritiva, esse fato nos impede de utilizar a
estatística paramétrica, dado que uma das suposições para a aplicação do teste
paramétrico é a homocedasticidade. O teste utilizado para verificar existe diferença
na resposta do teste entre os diferentes materiais, é o teste não paramétrico de
Kruskal Wallis. O fator cuja influência deseja-se estudar é:
Fator Material Níveis
Verniz Duofluorid XII: 1
Hidróxido de lcio (Hydro C) 2
Rely X Temp NE 3
Temp bond 4
Temp bond NE 5
As hipóteses testadas são:
1- H
0
: As amostras provêem de uma mesma população
H
1
: pelo menos uma é diferente
Saída Computacional Software Minitab
Como o p-valor do teste 0,000 < 0,05 rejeita-se a hipótese nula e afirma-se que há
diferença estatisticamente significativa na resposta do teste com respeito ao material
utilizado.
Comparações Múltiplas
A finalidade das comparações múltiplas é “localizar”, quando existem, as diferenças
significativas entre pares de tratamentos. O método utilizado é DMS (Diferença
Mínima Significativa) a um nível de significância global a = 0,10 pré-especificado
para a comparação.
Kruskal
-
Wallis Test: Resposta versus Material
Kruskal-Wallis Test on Resposta
Material N Median Ave Rank Z
1 10 10,15 5,5 -4,85
2 10 53,57 27,5 0,49
3 10 58,30 28,2 0,65
4 10 73,62 34,0 2,06
5 10 58,60 32,3 1,65
Overall 50 25,5
H = 24,93 DF = 4
P = 0,000
93
Como o teste afirmou que há o efeito do fator material na reposta do teste, foi feito
as comparações múltiplas para detectar quais níveis do fator material diferem entre
si.
Z é a estatística do teste calculada com base nos ranks da amostra.
Regra de decisão
Considera-se a diferença entre os tratamentos i e j significativas quando:
|Ri Rj| > Z
Z = 16,75
Material Média do postos (R
i
)
1 5,5
2 27,5
3 28,2
4 34
5 32,3
Em negrito na tabela acima em que apresenta o módulo da diferença entre as
médias dos postos, temos os matérias que foram estatisticamente significativos.
Apenas o material 1 (Verniz) foi diferente dos demais, como a média do seu rank é a
menor temos que o Verniz é o que apresenta os menores valores para o segundo
teste ou a Réplica.
Validação do Teste
O teste Kruskal Wallis é um teste não paramétrico e não faz suposição sobre a
distribuição dos dados ou sobre os parâmetros da população.
|Ri Rj|
i/j 1 2 3
1
2 22
3 22,7 0,7
4 28,5 6,5
5,8
5 26,8 4,8
1,7
94
Material
Resposta
54321
140
120
100
80
60
40
20
0
Boxplot of Resposta vs Material
3.1 Análise do 3º Teste ou Tréplica
3º Teste (Tréplica)
1 2 3 4 5
8,33
30,56
69,48
48,17
78,43
10,28
31,74
63,37
33,09
44,79
2,58
58,04
56,7
44,35
131,69
4,28
47,35
47,83
109,93
83,17
11,66
66,47
64,76
87,39
77,44
7,19
28,55
41,77
57,01
22,58
8,64
64,55
59,02
66,19
41,23
7,94
33,42
94,36
38,89
48,7
11,44
60,96
79,87
52,24
130,12
7,61
74,21
103,51
50,6
117,76
Análise Descritiva
Material Média
Desvio
Padrão
Variância
1ºQuartil
Mediana 3ºQuartil
Mínimo Máximo N
1 8,00 2,89 8,33 6,46 8,14 10,57 2,58 11,66 10
2 49,59 17,34 300,61 31,45 52,70 65,03 28,55 74,21 10
3 68,07 19,53 381,55 54,48 64,07 83,49 41,77 103,51 10
4 58,79 23,52 553,22 42,99 51,42 71,49 33,09 109,93 10
5 77,59 38,86 1510,04 43,90 77,94 120,85 22,58 131,69 10
Analisando o gráfico acima, pode-se ver novamente que o material 1 (verniz) é o que
apresenta a menor média e a menor variabilidade nos dados. O material 2 (Temp
bond NE) é o que apresenta a maior média e a maior variabilidade nos dados.
Material
Verniz Duofluorid XII: 1
Hidróxido de cálcio (Hydro C) 2
Rely X Temp NE 3
Temp bond 4
Temp bond NE 5
95
Análise Estatística
Os dados apresentam uma variância muito heterogênea o que pode ser observado
pelas variâncias, calculados na análise descritiva, esse fato nos impede de utilizar a
estatística paramétrica, dado que uma das suposições para a aplicação do teste
paramétrico é a homocedasticidade. O teste utilizado para verificar existe diferença
na resposta do teste entre os diferentes materiais, é o teste não paramétrico de
Kruskal Wallis. O fator cuja influência deseja-se estudar é:
Fator Material Níveis
Verniz Duofluorid XII: 1
Hidróxido de cálcio (Hydro C) 2
Rely X Temp NE 3
Temp bond 4
Temp bond NE 5
As hipóteses testadas são:
1- H
0
: As amostras provêem de uma mesma população
H
1
: pelo menos uma é diferente
Saída Computacional Software Minitab
Como o p-valor do teste 0,00 < 0,05 não se rejeita a hipótese nula, logo assumi-se
que há diferença na resposta do teste quanto ao material utilizado.
Comparações Múltiplas
A finalidade das comparações múltiplas é “localizar”, quando existem, as diferenças
significativas entre pares de tratamentos. O método utilizado é DMS (Diferença
Mínima Significativa) a um nível de significância global a = 0,10 pré-especificado
para a comparação.
Kruskal
-
Wallis Test: Resposta versus Material
Kruskal-Wallis Test on Resposta
Material N Median Ave Rank Z
1 10 8,135 5,5 -4,85
2 10 52,695 24,9 -0,15
3 10 64,065 34,0 2,06
4 10 51,420 28,5 0,73
5 10 77,935 34,6 2,21
Overall 50 25,5
H = 26,56 DF = 4 P = 0,000
96
Como o teste afirmou que há o efeito do fator material na reposta do teste, foi feito
as comparações múltiplas para detectar quais níveis do fator material diferem entre
si.
Z é a estatística do teste calculada com base nos ranks da amostra.
Regra de decisão
Considera-se a diferença entre os tratamentos i e j significativas quando:
|Ri Rj| > Z
Z = 16,75
Novamente o único material que apresentou diferenças estatisticamente
significativas foi o material 1 (verniz) na tabela acima em que apresenta o modulo da
diferença entre a média dos postos, está em negrito os materiais que foram
estatisticamente significativos no caso o material 1. Como esse material é o que
apresenta a menor média dos postos, pode-se dizer que o ele apresenta menores
valores na Tréplica.
Validação do Teste
O teste Kruskal Wallis é um teste não paramétrico e não faz suposição sobre a
distribuição dos dados ou sobre os parâmetros da população.
|R
i
-R
j
|
i/j 1 2 3
1
2 19,4
3 28,5 9,1
4 23 3,6 5,5
5 29,1 9,7 6,1
Material Média do Rank
1 5,5
2 24,9
3 34
4 28,5
5 34,6
97
Data
Material
TréplicaRéplica1º Cimentação
543215432154321
140
120
100
80
60
40
20
0
Boxplot of 1º Cimentação; Réplica; Tréplica vs Material
Conclusão
Nesta análise, observa-se um padrão dentro dos testes, tanto na 1º cimentação
como na Réplica e na Tréplica, o Verniz obteve valores menores que foi
estatisticamente diferente dos demais materiais. Os demais materiais não foram
diferentes com respeito aos Testes (1º Cimentação, Réplica e Tréplica).
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