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PRISCILA STOCCO
BIODIVERSIDADE DE RIZÓBIOS MICROSSIMBIONTES DO
FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris L.) EM REGIÕES PRODUTORAS DO
ESTADO DE SANTA CATARINA
LAGES - SC
2006
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1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS – CAV
DEPARTAMENTO DE SOLOS
PRISCILA STOCCO
BIODIVERSIDADE DE RIZÓBIOS MICROSSIMBIONTES DO
FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris L.) EM REGIÕES PRODUTORAS DO
ESTADO DE SANTA CATARINA
Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação em
Ciência do Solo da Universidade do Estado de Santa
Catarina, como requisito parcial para obtenção do título
de Mestre em Ciência do Solo.
Orientador: Prof. Dr. Julio Cesar Pires Santos
Co-orientador: Dr
a
. Mariangela Hungria
LAGES – SC
2006
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2
PRISCILA STOCCO
BIODIVERSIDADE DE RIZÓBIOS MICROSSIMBIONTES DO
FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris L) EM REGIÕES PRODUTORAS DO
ESTADO DE SANTA CATARINA
Dissertação apresentada ao curso de Pós-Graduação em Ciência do Solo da Universidade do
Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em
Ciência do Solo.
Banca Examinadora:
Orientador: _____________________________________________________________
Dr. Julio Cesar Pires Santos
UDESC
Co-orientador: _____________________________________________________________
Dr
a
. Mariangela Hungria
EMBRAPA - Soja
Membro: ____________________________________________________________
Dr. Fernando Gomes Barcellos
EMBRAPA - Soja
Membro: ____________________________________________________________
Dr. Osmar Klauberg Filho
UDESC
Londrina, 15/12/2006
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, razão de toda existência.
Ao meu orientador e amigo Prof. Dr. Julio Cesar Pires Santos que sempre me atendeu
com muita dedicação e carinho. As suas lições e a sua capacidade de doação revelaram-no um
professor e uma pessoa muito especial.
Meu especial agradecimento a Dra. Mariangela Hungria que aceitou o desafio de me
orientar, pela atenção, dedicação, amizade, compreensão, confiança e constante incentivo.
Sem a sua disponibilidade e empenho não seria possível à realização deste trabalho.
Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudos.
À EMBRAPA Soja, pela estrutura que me foi concedida para a realização deste
trabalho.
Aos colegas do Laboratório de Biotecnologia do Solo: Adalgisa, Alan, Daisy, Eliana,
Fabiana, Fábio Mostasso, Fábio Plotegher, Fernando, Glaciela, Jesiane, Leandro, Leny, Lígia,
Lucas, Maria, Michele, Nágila, Pâmela, Renan Oliveira, Renan Ribeiro, Rinaldo, Rosinei,
Susan e Dr. Rubens, pessoas sem as quais grande parte do meu trabalho não seria possível.
À Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias,
Departamento de Solos pela oportunidade de realização deste curso.
Aos professores do curso de Ciência do Solo, em especial, Jaime, Jackson e Paulo
Ernani, pelos conhecimentos compartilhados.
Ao Dr. Osmar Klauberg Filho, por ter me iniciado na pesquisa e pela amizade.
4
À Eliana, Pâmela, Alan, Fábio Mostasso e Fábio Plotegher por tudo que me ensinaram
e por estarem sempre dispostos a ajudar.
Ao Diego, pela amizade e contribuição para com este trabalho.
Ao bolsista de iniciação científica, Vitor, pela colaboração na realização deste
trabalho, meu muito obrigado.
Aos funcionários da UDESC-CAV Alcir, Fátima e Henrique pela colaboração.
Aos colegas, Alex, Alexandre, Anderson, Carlos, Dário, Denis, Fernando, Ivan,
Janaína e Maurício, pela contribuição, boa vontade e dedicação nos experimentos a campo.
Aos meus pais, em especial minha mãe, por acreditar nos meus sonhos, pela
confiança, proteção e muito amor com que sempre me envolveu.
As minhas irmãs, Camila e Caroliny pelo apoio e incentivo.
Ao meu noivo, Bruno, sempre presente com seu amor, apoio e compreensão.
A Cleusa, Brian, Michele, Daiane, Marcos e Kell pessoas importantes no conjunto que
cerca minha vida.
À Adelina e Tatiana amigas de todas as horas, pela amizade, apoio durante os
momentos difíceis, e pelos seus conselhos e ajudas frente aos problemas enfrentados.
A Glaciela pela disponibilidade em ajudar, pela paciência em me ensinar, pelo seu
incentivo e pela amizade dedicada.
À Ana Carolina de Souza, Ana Carolina Fiúza, Clara, Gabriela, Jéssica, Lígia,
Mariana Ebert, Mariana Passoni e Natália pela convivência divertida, as boas risadas e a
companhia.
5
RESUMO
No Brasil, o feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) ocupa um lugar de destaque na
agricultura, pois os grãos representam uma fonte importante de proteínas e minerais para a
população. Como ocorre com outras leguminosas, o feijoeiro apresenta a capacidade de se
associar simbioticamente com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico (N
2
), a maioria
classificada no gênero Rhizobium. Em geral, os solos brasileiros apresentam uma população
abundante de rizóbios capazes de nodular e fixar N
2
quando em simbiose com o feijoeiro,
contudo, a diversidade dessas bactérias ainda é pouco conhecida. Este trabalho teve, por
objetivo, avaliar a diversidade de rizóbios associados ao feijoeiro em três regiões do Estado de
Santa Catarina, onde predomina a agricultura familiar, praticada em pequenas propriedades.
Foram obtidos 117 isolados, provenientes de 23 áreas do extremo-oeste, do meio-oeste e do
planalto sul de Santa Catarina. Com base nas propriedades morfo-fisiológicas, os isolados
foram classificados em nove grupos. Pela análise do DNA dos isolados após a amplificação
com um "primer" (BOX) que codifica regiões conservadas e repetidas do genoma, foi
possível constatar um grau elevado de diversidade genética, com a obtenção de 107 perfis
distintos; além disso, as populações de rizóbios diferiram em cada uma das três regiões de
Santa Catarina. Pela técnica de PCR-RFLP do gene ribossomal 16S, seguida pela digestão
com três enzimas de restrição, foram obtidos 13 agrupamentos, que poderiam indicar a
ocorrência de espécies distintas ou até gêneros distintos. Embora tenha ocorrido a
predominância da espécie R. etli, os resultados indicam que novas espécies ainda não
6
descritas devem estar presentes nos solos de Santa Catarina. O conhecimento dessa
diversidade é fundamental, não só para o avanço no conhecimento, como também para
delinear estratégias visando incrementar a contribuição do processo biológico para a nutrição
nitrogenada do feijoeiro.
Palavras-chave: Phaseolus vulgaris. Rhizobium. Diversidade.
7
ABSTRACT
Common bean (Phaseolus vulgaris L.) occupies a major position in Brazilian
agriculture, as the grains represent an important source of proteins and minerals for the
population. Common bean may establish a symbiotic relation with bacteria capable of fixing
atmospheric nitrogen (N
2
), the majority classified into the genus Rhizobium. In general the
Brazilian soils show an abundant population of rhizobial bacteria capable of nodulating and
fixing N
2
with common bean, however, their diversity is still poorly known. The aim of this
study was to evaluate the diversity of common bean rhizobia in three regions of the State of
Santa Catarina, southern Brazil, where there is a predominance of familiar agriculture
performed in small properties. A total of 117 isolates were obtained from 23 areas of the
extreme-west, middle-west and southern plateau of Santa Catarina. Based on morpho-
physiological properties, the isolates were classified into nine groups. The DNA analysis,
after the amplification with the BOX primer, which encodes for conserved and repetitive
8
regions of the genome, detected a high level of genetic diversity, with 107 different profiles.
Furthermore, the rhizobial population differed in each of the three regions of Santa Catarina.
When the DNA of the isolates was amplified with primers encoding for the ribosomal 16S
gene, followed by the digestion with three restriction enzymes, 13 groups were obtained that
could be related to different species or genera. Although there was a predominance of R. etli
in all three regions, the results indicate that new and still undescribed species must be present
in the soils of Santa Catarina. The study and detection of rhizobial diversity is fundamental
not only for increasing the scientific knowledge, but also to enable the establishment of new
strategies towards increasing the contribution of the biological N
2
fixation process to the
common bean nutrition.
Keywords: Phaseolus vulgaris. Rhizobium. Diversity.
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Localização geográfica das áreas coletadas no estado de Santa Catarina .............. 24
Figura 2 - Dendrograma obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR,
com o algoritmo UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J) ...................................................... 37
Figura 3 - Dendrograma obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR,
com o algoritmo UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J) de isolados de feijoeiro da região 1 do
estado de Santa Catarina ...................................................................................................... 38
Figura 4 - Dendrograma obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR,
com o algoritmo UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J) de isolados de feijoeiro da região 2 do
estado de Santa Catarina ...................................................................................................... 37
10
Figura 5 - Dendrograma da obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR,
com o algoritmo UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J) de isolados de feijoeiro da região 3 do
estado de Santa Catarina ...................................................................................................... 38
Figura 6 - Dendrograma obtido pela análise por RFLP-PCR da região 16S rRNA com o
algoritmo UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J)................................................................. 42
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição geográfica e dados climáticos dos locais de coleta, no ano de 2005
a
....
......................................................................................................................................... ...25
Tabela 2 - Procedência, classificação e propriedades químicas dos solos do estado de Santa
Catarina ............................................................................................................................... 26
Tabela 3 - Procedência e número de isolados no estado de Santa Catarina............................ 33
Tabela 4 - Morfologia das colônias e de pH em meio YMA de rizóbios microssimbiontes de
feijoeiro do estado de Santa Catarina. Caracterização realizada aos três dias de crescimento..
............................................................................................................................................ 34
11
Tabela 5 - Perfis de RFLP-PCR da região 16S rRNA em isolados de rizóbios de feijoeiro do
estado de Santa Catarina ...................................................................................................... 43
12
SUMÁRIO
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 14
1.1. A CULTURA DO FEIJOEIRO ..................................................................................... 14
1.2. FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO................................................................ 15
1.3. CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE BACTÉRIAS FIXADORAS DE N
2
COM A
CULTURA DO FEIJOEIRO................................................................................................ 17
1.4. ANÁLISES FILOGENÉTICAS PARA A DETERMINAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
RIZÓBIOS........................................................................................................................... 19
2. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................. 23
2.1. ESTIRPES UTILIZADAS COMO REFERÊNCIAS ..................................................... 23
2.2. ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO MORFO-FISIOLÓGICA DOS ISOLADOS
DE RIZÓBIOS .................................................................................................................... 23
2.3. CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA .............................................................................. 27
2.3.1. Extração de DNA dos isolados de rizóbio................................................................... 27
2.3.2. BOX A1R-PCR.......................................................................................................... 29
2.3.3. RFLP-PCR da região 16S rRNA ................................................................................ 30
3. RESULTADOS ............................................................................................................... 32
3.1. ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO MORFO-FISIOLÓGICA DOS RIZÓBIOS...32
3.2. CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DOS RIZÓBIOS POR REP-PCR.......................... 34
3.3. CARACTERIZAÇÃO DO GENE RIBOSSOMAL DA REGIÃO 16S .......................... 40
13
4. DISCUSSÃO................................................................................................................... 44
CONCLUSÕES.........................................................................................................................46
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 48
14
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1. A CULTURA DO FEIJOEIRO
O feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) é cultivado em todo o território nacional (Meireles
et al., 2000). Caracteriza-se, nutricionalmente, como uma fonte importante de proteínas para a
população brasileira, destacando-se, ainda, pela presença de aminoácidos essenciais
(Velasquez et al., 1988) e de minerais como o Ca, Mg, P, Fe e Zn (Martín-Cabrejas et al.,
1997). É uma das leguminosas mais importantes na alimentação humana, sendo o seu
consumo vantajoso por exercer efeito complementar às proteínas dos demais cereais, por
exemplo, o arroz (Lajolo et al., 1996).
A maior parte da área cultivada com feijoeiro no Brasil localiza-se em solos ácidos,
pouco férteis e cultivados com baixo nível de tecnologia, resultando nos baixos rendimentos
verificados na cultura. Nesse quadro, o fornecimento adequado de nutrientes, particularmente
o N e o P, representa um dos fatores limitantes à obtenção de maiores rendimentos no Brasil
(Araujo, 1994).
O cultivo dessa leguminosa no Brasil é difundido, principalmente, em pequenas
propriedades. Nesse contexto, a agricultura familiar no Brasil representa 85,2% do total dos
estabelecimentos, que ocupam 30,5% do território nacional e são responsáveis por 37,9% do
valor bruto da produção agropecuária nacional (INCRA/FAO, 2000). Conforme o
levantamento do INCRA/FAO (2000), do valor bruto da produção agropecuária nacional,
67% da cultura do feijão é produzido nos estabelecimentos da agricultura familiar. No estado
de Santa Catarina a agricultura é tipicamente familiar, representando 90,5% do total dos
15
estabelecimentos. Os agricultores familiares de Santa Catarina possuem 60% da área agrícola
e respondem por 71,3% do valor bruto da produção agropecuária catarinense (FETAESC,
2006).
1.2. FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
O N é um dos elementos mais abundantes da Terra, constituindo quase 80% dos gases
atmosféricos. Nenhum animal ou planta, porém, é capaz de utilizá-lo como fonte protéica,
pois o N encontra-se sob a forma gasosa de N
2
, uma molécula formada por dois átomos de N
unidos por uma tripla ligação extremamente estável e que requer uma elevada energia de
ativação para que venha a reagir com outros elementos (Araujo, 2006).
As principais formas de disponibilização de nitrogênio às plantas são: 1) o solo,
através da decomposição da matéria orgânica, porém, este recurso é esgotado rapidamente
após alguns cultivos; 2) os fertilizantes nitrogenados, representando a forma de assimilação
mais fácil, mas a um elevado custo econômico e ambiental; 3) a fixação não-biológica,
resultante de processos naturais, principalmente de descargas elétricas, combustão e
vulcanismo; 4) a fixação biológica de N
2
, principal via de incorporação do N à biosfera
(Hungria et al., 2001).
A fixação biológica do N
2
(FBN) ocorre através da associação entre plantas
hospedeiras e organismos fixadores de N
2
, que transformam o N
2
em formas assimiláveis para
as plantas, através do complexo enzimático denominado de dinitrogenase, que é composto por
duas unidades protéicas, a Fe-proteína e a Mo-Fe-proteína e que, auxiliadas pela ferridoxina,
reduzem o N
2
a amônia (NH
3
) (Morgante, 2003).
A principal contribuição da FBN ocorre pela associação mais estreita entre a planta
hospedeira e bactérias fixadoras de N
2
, denominada simbiose. Essa associação é caracterizada
16
pela formação de novos órgãos, usualmente nas raízes, denominados nódulos. No interior
desses órgãos, formas diferenciadas de rizóbios fixam N
2
utilizando energia dos fotossintatos
fornecidos pela planta hospedeira e produzem amônia (NH
3
),
que é transformada em NH
4
+
e
liberada para a planta hospedeira (Schultze & Kondorosi, 1998).
A simbiose inicia-se com a troca de sinais moleculares, ativando genes dos dois
parceiros, liberando substâncias com propriedades quimiotáticas pelas raízes hospedeiras,
atraindo e estimulando a multiplicação dessas bactérias na rizosfera e induzindo à transcrição
dos genes essenciais à nodulação, nod, nol e noe (Hungria et al., 1997). Esses genes
codificam a produção dos fatores de nodulação, ou fatores Nod, que são oligossacarídeos
lipoquitínicos secretados pelas bactérias simbióticas, relacionados aos estágios iniciais de
nodulação. Os fatores Nod, mediante reconhecimento pela planta, induzem a uma intensa
divisão celular no córtex da raiz (Morgante, 2003).
As bactérias colonizam a rizosfera, multiplicando-se ao redor dos pêlos radiculares,
resultando na formação de raízes curtas e grossas, bem como no encurvamento e no aumento
no número de pêlos radiculares. Em seguida, as bactérias degradam uma porção da parede
celular na região encurvada dos pêlos radiculares e o plasmalema começa a invaginar. Com
isso, ocorre a restauração da parede celular, resultando na formação de um canal, originando o
cordão de infecção (Morgante, 2003; Hungria et al., 1997; Hungria et al., 1994). O cordão de
infecção cresce em direção às células em divisão no córtex da raiz, até atingir o primórdio do
nódulo, que se diferencia em nódulos maduros e as bactérias são liberadas dentro do
citoplasma da planta hospedeira. A seguir, as bactérias são envoltas por uma membrana, no
interior da qual param de se multiplicar, aumentam de tamanho e sofrem várias alterações
bioquímicas, sendo diferenciados em bacterióides, formas capazes de fixar N
2
(Morgante,
2003; Schultze & Kondorosi, 1998; Hungria et al., 1997).
17
Com esse mecanismo alternativo é possível economizar em fertilizantes nitrogenados,
diminuir a poluição de rios, lagos e lençóis subterrâneos, além de aumentar a produtividade de
muitas culturas (Drozdowicz, 1997; Hungria et al., 1997).
1.3. CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE BACTÉRIAS FIXADORAS DE N
2
COM A
CULTURA DO FEIJOEIRO
A taxonomia é, freqüentemente, usada como um sinônimo para sistemática e consiste
na classificação, nomenclatura e identificação de um organismo (Cowan, 1968).
A classificação é o arranjo dos organismos em grupos (táxons), com base em
similaridades, enquanto que a nomenclatura é a determinação de nomes para os grupos
taxonômicos, de acordo com as regras internacionais descritas pelo International Code of
Nomenclature of Bacteria(Sneath, 1992). a identificação é o uso prático da classificação,
e determina a identidade de um isolado como membro, ou não, de uma unidade. A
classificação bacteriana consiste de diversos níveis, o maior deles denominado de Domínio.
Todos os procariotos estão posicionados em dois Domínios, Archae e Bacteria. Para cada
Domínio são descritos os Filos, as Classes, as Ordens, as Famílias, os Gêneros, as Espécies e
as subespécies.
Níveis mais altos, tais como Filo, Classe, Ordem, Família e Gênero, têm sido
classificados com base nas seqüências de nucleotídeos do gene ribossomal 16S. A
determinação de espécies, entretanto, permanece incerta, sendo que análises de similaridades
entre DNA-DNA, seqüências de nucleotídeos do gene 16S RNAr e características fisiológicas
vêm sendo utilizadas a fim de caracterizar uma dada espécie. Contudo, não há, até o presente
momento, uma determinação precisa quanto à especiação em bactérias (Brenner et al., 2000).
18
No caso das bactérias simbióticas fixadoras de N
2
, existem, hoje, vários gêneros
descritos: Allorhizobium, Bradyrhizobium, Mesorhizobium, Rhizobium, Sinorizobium,
Burkholderia e Methylobacterium. Tradicionalmente, essas bactérias vêm sendo chamadas,
coletivamente, de “rizóbios”.
A classificação taxonômica dos rizóbios foi, inicialmente, baseada em sua
especificidade hospedeira. Como exemplo, as bactérias que nodulam o feijoeiro foram
classificadas como Rhizobium phaseoli. A classificação posterior para os rizóbios, proposta
por Jordan (1984), considerou as características morfo-fisiológicas, genéticas e a
especificidade hospedeira. Piñero et al. (1988) sugeriram que uma classificação
biologicamente mais representativa de Rhizobium spp. deveria ser baseada em critérios
genéticos e evolucionários que refletissem a similaridade total das estirpes e suas prováveis
linhas genealógicas de evolução.
Na classificação de Jordan (1984), o gênero Rhizobium é caracterizado como bactérias
de crescimento rápido em meio de cultura específico e todas as estirpes de rizóbios isoladas
do feijoeiro passaram a pertencer à espécie R. leguminosarum bv. phaseoli. No entanto, este
novo arranjo taxonômico não foi totalmente aceito, havendo várias evidências de que
deveriam existir novas espécies.
Foram, então, conduzidos estudos que levaram à separação das estirpes de R.
leguminosarum bv. phaseoli em dois grupos, tipo I e tipo II (Martínez et al., 1985). Logo a
seguir, as estirpes do tipo II foram definidas como R. tropici (Martínez-Romero et al., 1991),
espécie que foi subdividida em IIA e IIB, com uma estirpe de referência do subgrupo IIA, a
CFN 299 e, para o tipo IIB a estirpe tipo CIAT 899.
Em 1991, Segovia e colaboradores observaram que as estirpes americanas de sua
coleção formavam um agrupamento separado de R. leguminosarum bv. phaseoli, sugerindo,
então, que todos os isolados americanos obtidos de nódulos de feijoeiro passassem a ser
19
denominados de Rhizobium sp. tipo I. A seguir, Segovia et al. (1993) sugeriram uma nova
espécie, Rhizobium etli, tendo pelo menos um biovar, Rhizobium etli bv. phaseoli, com a
estirpe tipo CFN 42 (USDA 9032). A partir de então, ficou determinado que a espécie R.
leguminosarum bv. phaseoli deveria ser usada somente para estirpes que estivessem
estritamente relacionadas aos genes cromossomais de outros biovares desta espécie (Hungria
et al., 1997).
Posteriormente, na França, estudos de diversidade de rizóbios microssimbiontes do
feijoeiro levaram à descrição de novas espécies e biovares, R. gallicum bv. gallicum e bv.
phaseoli e R. giardinii bv. giardinii e bv. phaseoli (Amarger et al., 1997).
1.4. ANÁLISES MOLECULARES PARA A DETERMINAÇÃO DA DIVERSIDADE DE
RIZÓBIOS
Conforme discutido por Wang & Martínez-Romero (2000), uma poderosa ferramenta
para a taxonomia de um determinado organismo é o estudo da filogenia, utilizada para
determinar a relação existente entre os organismos, indicando seu possível grupo, suas
relações com outros grupos e seu lugar nas famílias e reinos, bem como auxiliando no
reconhecimento dos ancestrais. Nesse contexto, moléculas mais conservadas evolutivamente
ajudam a comparar organismos relacionados distantemente, enquanto que moléculas menos
conservadas permitem identificar mudanças pequenas e recentes.
Os genes ribossomais (RNAr) codificam moléculas de RNA ribossomal, que são
essenciais para a sobrevivência de todos os organismos e são altamente conservadas em
bactérias e outros organismos, uma vez que todos realizam síntese de proteínas. Assim, a
conservação desses genes, devido à reserva estrutural dos ribossomos, e à existência de
20
variabilidade em alguns domínios, torna as seqüências dos genes ribossomais (5S, 16S e 23S)
boas escolhas para comparar organismos e inferir filogenias (Thórsson et al., 2000).
A presença de domínios altamente conservados nas seqüências dos genes que
codificam as regiões 16S RNAr permitem a construção de “primers” (oligonucleotídeos
iniciadores) para a amplificação dos mesmos em diferentes tamanhos para a maioria dos
procariotos. Os genes da região 16S RNAr de rizóbios podem ser amplificados utilizando-se,
por exemplo, os “primers” fD1 e rD1 descritos por Weisburg et al. (1991). O seqüenciamento,
parcial ou total, associada à RFLP (‘Restriction Fragment Length Polymorphism’) do gene
16S RNAr têm sido comumente utilizado para estimar a filogenia (Thies et al., 2001).
A técnica de PCR associada ao RFLP (PCR-RFLP) possibilita que os organismos
possam ser diferenciados pela análise de um segmento de DNA ou gene específico pela
clivagem com enzimas de restrição. Assim, o segmento de DNA é fragmentado em diferentes
comprimentos, evidenciando o polimorfismo no comprimento dos fragmentos obtidos,
encontrado em organismos distintos.
Atualmente, a análise de PCR-RFLP e o seqüenciamento do gene que codifica a região
16S RNAr m sido muito utilizados para inferir posições taxonômicas e diferenciar
organismos simbiônticos (Terefework et al., 1998). As informações contidas na seqüência do
gene 16S RNAr permitem inferira as relações evolutivas entre as bactérias simbióticas.
(Doyle, 1998; Wang & Martínez-Romero, 2000). Com base na análise desse gene, inclusive,
indicação de várias espécies novas dentro da diversidade encontrada nos solos brasileiros
(Menna et al., 2006).
Seqüências dos genes ribossomais 5S, 23S e da região intergênica entre o 16S e o 23S
RNAr (IGS) também têm sido utilizadas para estimar relações entre espécies de rizóbios.
Como exemplo, a comparação parcial do gene 23S RNAr entre Agrobacterium vitis,
Rhizobium leguminosarum, R. etli e R. galegae indicou que estes gêneros não estão tão
21
relacionados à Agrobacterium como quando se analisam seqüências do gene 16S RNAr. Esse
fato indica que a taxa de mudanças nas seqüências do gene 23S RNAr, assim como também já
foi constatado para os genes 5S RNAr e IGS RNAr, é mais rápida que a observada para o
gene 16S RNAr, sendo assim, esses genes (23S e 5S e IGS) poderiam ser utilizados com o
propósito de identificação e tipagem entre espécies, mais do que para inferir relações
filogenéticas (Wang & Martínez-Romero, 2000).
Uma grande limitação nas análises filogenéticas das seqüências do operon RNAr (16S,
23S, 5S e IGS), porém, é o fato de que muitos gêneros de bactérias possuem múltiplas cópias
do operon RNAr, e os alelos RNAr podem divergir em cada cópia, em maior ou em menor
extensão, devido à recombinação intragênica localizada e à transferência lateral parcial, ou
total, dos operons RNAr (Yap et al., 1999). Para estirpes do gênero Bradyrhizobium, tal
problema pode ser negligenciado, devido ao fato de que, até o presente momento, foi
identificada apenas uma cópia do operon RNAr. para as estirpes dos gêneros Rhizobium,
Mesorhizobium, Sinorhizobium, Allorhizobium e Azorhizobium, foram identificadas múltiplas
cópias, no entanto, são cópias incompletas e possíveis de identificação em análises de gel de
eletroforese, ou, ainda, são cópias idênticas, não alterando, assim, as análises (Willems et al.,
2001).
A metodologia de rep-PCR (repetitive-sequence-based-PCR) também tem sido
utilizada para estimar diversidade e relações entre os organismos (Versalovic et al., 1991).
Essa técnica consiste no uso de primers” específicos para amplificar elementos repetitivos e
conservados dispersos no cromossomo bacteriano. Os marcadores rep-PCR permitem
diferenciar espécies e estirpes. (Versalovic et al., 1994; Selenka-Pobell et al., 1996;
Rademaker et al., 1998).
Existem três famílias de elementos repetitivos para este tipo de análise, incluindo a
seqüência REP (“Repetitive Extragenic Palindromic”) (35-40 pb), a seqüência ERIC
22
(“Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus”) (124-127 pb) e os elementos BOX: box
A (54 pb), box B (43 pb) e box C (50 pb). Os elementos repetitivos estão localizados em
distintas posições intergênicas no genoma, em ambas as orientações e os “primers” podem ser
sintetizados a partir de repetições invertidas dos elementos REP, ERIC e da subunidade box A
dos elementos BOX. Se as repetições estão distribuídas no genoma em orientação invertida,
então um único “primer” pode ser suficiente para gerar polimorfismo de DNA (Versalovic et
al., 1994; Rademaker et al., 1998).
Apesar dos avanços nas metodologias para a avaliação da biodiversidade, ainda pouco
se conhece sobre as bactérias simbióticas fixadoras de N
2
no Brasil. Isso fica ainda mais
evidenciado no caso da associação com o feijoeiro, cultura de grande importância para o
Brasil e que pode se beneficiar fortemente pelo processo de fixação biológica de N
2
. Nesse
contexto, este trabalho teve, por objetivo, determinar a diversidade de microssimbiontes
diazotróficos da cultura do feijoeiro no Estado de Santa Catarina, contribuindo para o
conhecimento da biodiversidade brasileira.
23
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. ESTIRPES UTILIZADAS COMO REFERÊNCIAS
As estirpes utilizadas como referências foram: Rhizobium tropici tipo A CFN 299
(=USDA 9039, =LMG 9517), Rhizobium tropici tipo B CIAT 899
T
(=UMR 1899, =USDA
9030, =TAL 1797, HAMBI 1163, =SEMIA 4077, =ATCC 49672), Rhizobium etli CFN 42
T
(=USDA 9032), recebidas do Centro de Ciências Genômicas, Cuernavaca, México;
Rhizobium tropici PRF 81 (=SEMIA 4080), coleção do banco de germoplasma da Embrapa
Soja; Rhizobium giardinii bv. giardinii estirpe H152
T
, Rhizobium gallicum bv. gallicum
estirpe R602
T
, fornecidos pelo INRA, Dijon France; Rhizobium leguminosarum bv phaseoli
estirpe USDA 2671, proveniente do USDA, Beltsville, EUA.
2.2. ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO MORFO-FISIOLÓGICA DOS ISOLADOS
DE RIZÓBIOS
Em novembro e dezembro de 2005 foram coletados, ao acaso, nódulos de raízes de
feijoeiros e amostras de solo, em 33 áreas representativas do estado de Santa Catarina,
localizadas no extremo oeste, meio oeste e no planalto sul, conforme indicado na figura 1. As
características de zoneamento climático são apresentadas na Tabela 1. Os solos foram
classificados conforme o mapa de classificação dos solos de Santa Catarina (Embrapa, 2006)
24
e as propriedades químicas foram determinadas segundo os métodos propostos por Tedesco et
al. (1995). A caracterização química dos solos das áreas amostradas pode ser visualizada na
Tabela 2.
Figura 1 - Localização geográfica das áreas coletadas no estado de Santa Catarina
Região 1: Extremo Oeste – Chapecó
Região 2: Extremo Oeste – Concórdia
Região 3: Meio Oeste
Região 4: Planalto Sul
Região 5: Planalto Norte
Região 6: Nordeste
Região 7: Vale do Itajaí
Região 8: Grande Florianópolis
Região 9: Sul
4
Estado do Paraná
Estado do Rio Grande
do Sul
Argentina
Oceano
Atlântico
25
Tabela 1 – Distribuição geográfica e dados climáticos dos locais de coleta, no ano de 2005
a
Região Latitude Longitude Altitude (m)
Temperatura
média mínima
absoluta (ºC)
Temperatura
média máxima
absoluta (ºC)
Média da
precipitação total
mensal (mm)
Extremo Oeste – Chapecó
b
27º05’26”S 52º38’02”W 679 8,1 32,0 181,6
Extremo Oeste – Concórdia
c
27º18’47”S 51º59’32”W 585 7,2 32,5 142,8
Meio Oeste – Campos Novos
d
27º23’00”S 51º12’56”W 964 5,5 29,3 196,1
Planalto Sul – Lages
e
27º48’27”S 50º19’44”W 937 5,4 29,6 168,8
a
Dados
fornecidos pela EPAGRI
b
Áreas correspondentes : Guatambu, Caxambu do Sul, Águas de Chapecó, Palmitos, Planaltina, Pinhalzinho e BR 282 km 546
c
Áreas correspondentes: Nova Teutônia, Peritiba, Piratuba, Machadinho-Piratuba, Capinzal e Ouro
d
Áreas correspondentes: Capinzal, Ouro, Campos Novos, Brunópolis e Curitibanos
e
Áreas correspondentes: Lages, Painel, Urupema, São Joaquim, São José do Cerrito e Palmeira
26
Tabela 2 – Procedência, classificação e propriedades químicas dos solos do estado de Santa Catarina
Localização Classificação do Solo pH (H2O) pH (KCl) Ca* Mg* Al* Na** K** P** N** % MO
Extremo Oeste - Chapecó
1. Guatambu Latossolo vermelho distroférrico 7,02 6,47 14,34 2,81 0,30 18,00 244,00 288,53 8,00 3,51
2. Caxambu do Sul Nitossolo vermelho eutrófico 5,03 4,36 5,28 0,53 0,50 12,00 335,50 69,86 10,00 3,48
3. (Dom José) Caxambu do Sul Nitossolo vermelho eutrófico 6,03 5,20 6,72 2,22 0,25 16,50 800,00 464,55 185,00 3,18
4. Águas de Chape Nitossolo vermelho eutrófico 5,24 4,51 5,70 1,54 0,40 10,00 72,00 39,83 180,00 3,10
5. Palmitos Nitossolo vermelho eutrófico 6,53 5,65 15,30 5,57 0,10 21,50 878,50 1152,52 14,00 5,50
6. Planaltina Nitossolo vermelho eutrófico 5,29 4,64 10,80 3,05 0,40 18,00 180,00 20,16 16,00 4,40
7. Pinhalzinho Latossolo vermelho distroférrico 5,25 4,56 6,00 1,78 0,20 16,00 392,50 33,55 10,00 3,22
8. BR 282 km 546 Latossolo vermelho distroférrico 6,38 5,44 14,22 6,28 0,10 23,50 615,00 516,52 169,00 2,90
Extremo Oeste - Concórdia
9. Nova Teutônia Nitossolo vermelho eutrófico 5,61 4,65 13,38 7,14 0,10 25,00 151,00 492,05 184,00 3,17
10. Peritiba Nitossolo vermelho eutrófico 5,59 4,70 12,24 2,61 0,35 11,50 603,00 82,86 16,00 3,36
11. Piratuba Nitossolo vermelho eutrófico 5,71 5,09 7,32 1,30 0,25 17,00 169,50 46,24 321,00 5,53
12. (Usina Machadinho) Piratuba Nitossolo vermelho eutrófico 7,19 6,72 14,22 4,56 0,35 130,50 335,50 1340,05 636,00 10,94
Meio Oeste – Campos Novos
13. Capinzal Nitossolo vermelho eutrófico 5,16 4,59 7,38 2,07 0,40 9,50 498,50 128,42 537,00 9,24
14. Ouro Nitossolo vermelho eutrófico 5,89 5,87 8,10 3,26 0,20 24,50 345,50 82,29 12,00 3,16
15. Campos Novos Latossolo vermelho distroférrico 6,41 5,11 9,78 5,63 0,25 21,50 266,50 363,84 219,00 3,76
1.6. Campos Novos (Plantio direto) Latossolo vermelho distroférrico 5,83 5,10 9,66 5,04 0,25 15,00 415,50 105,65 15,00 4,62
17. BR 470 km 291 Latossolo vermelho distroférrico 5,68 5,05 6,84 2,43 0,30 21,50 292,00 144,47 288,00 4,96
18. Brunópolis Latossolo bruno distrófico 4,41 3,79 3,48 0,89 2,73 9,00 182,00 29,46 11,00 3,32
19. Curitibanos (sentido Brunópolis) Latossolo bruno distrófico 5,49 4,56 3,90 1,07 0,45 4,50 42,00 87,56 8,00 2,83
Planalto Sul - Lages
20. (Estação de Aquicultura) Lages Cambissolo húmico textura média 6,52 5,88 9,54 3,38 0,20 6,00 44,50 656,24 11,00 7,11
21. Painel Latossolo bruno distrófico 4,35 3,91 2,64 0,15 1,93 13,00 150,00 88,96 14,00 9,10
22. (Cedro) Urupema Latossolo bruno distrófico 5,42 4,98 8,88 4,18 0,40 12,00 220,50 108,16 28,00 11,03
23. Urupema Latossolo bruno distrófico 5,56 4,76 14,40 3,59 0,30 26,00 93,50 127,41 20,00 7,54
24. São Joaquim Cambissolo húmico 6,68 6,23 14,22 5,57 0,30 28,00 615,50 357,81 593,00 10,20
25. São José do Cerrito Nitossolo vermelho distrófico 5,98 5,51 6,48 3,85 0,15 11,00 121,00 24,24 25,00 8,72
26. (Sto Antonio dos Pinhos) São José do
Cerrito
Nitossolo vermelho distrófico 6,06 5,21 12,06 4,74 0,30 17,00 505,50 217,89 14,00 7,49
27. (Toca da Onça) São José do Cerrito Nitossolo vermelho distrófico 5,94 5,27 10,80 3,38 0,30 21,50 927,50 332,69 21,00 5,47
28. (Guaiabeira ) São José do Cerrito Nitossolo vermelho distrófico 5,14 4,57 7,38 3,35 0,40 15,00 451,00 25,82 21,00 5,65
29. ( Salto Rio Caveiras) Lages Latossolo bruno distrófico 5,17 4,50 5,10 2,61 0,45 15,50 310,50 35,56 20,00 5,39
30. (Urupema) 1600 m altitude Cambissolo húmico alumínico 5,25 4,53 8,16 3,73 0,99 24,00 290,50 837,46 46,00 6,51
31. (Cadeados) Lages Cambissolo húmico alumínico 5,40 3,79 4,20 1,16 5,11 11,50 294,50 131,19 20,00 5,31
32. (Bela Vista) Lages Cambissolo húmico alumínico 6,17 5,44 11,82 6,46 0,20 35,50 162,00 59,78 23,00 5,87
33. (Cerro Alto) Palmeira Cambissolo húmico alumínico 5,15 4,54 5,16 4,50 0,35 18,00 286,50 439,74 22,00 5,05
*Teores de Ca, Mg e Al no solo (cmol
c
dm
-3
)
**Teores de Na, K, P e N no solo (mg dm
-3
)
27
No laboratório, dez nódulos de plantas coletadas em cada local, em amostragem
correspondendo a uma área representativa de cada propriedade, foram retirados ao acaso,
procedendo-se ao isolamento e obtenção de culturas puras de bactérias, de acordo com
metodologia descrita por Vincent (1970). Para isso, os nódulos foram desinfestados
superficialmente durante 1 minuto em álcool (95%), 5 minutos em hipoclorito de sódio
comercial e lavados em água destilada e esterilizada por cinco vezes; em seguida, foram
macerados com uma pinça flambada e, com uma alça de platina, repicados em meio de cultura
contendo extrato de levedura e manitol (YM, Vincent, 1970) e o corante vermelho congo
(Vincent, 1970). As placas foram incubadas a 28ºC, no escuro, e verificadas diariamente.
Todas as estirpes foram caracterizadas quanto à produção de muco, transparência, cor,
tamanho, borda, elevação e crescimento, aos três e cinco dias de crescimento (Vincent, 1970).
Também foi observada, a partir do quinto dia de crescimento, a acidificação ou alcalinização
do meio YM contendo o indicador de pH azul de bromotimol. Foi formada uma coleção de
trabalho, onde as bactérias foram mantidas em meio YMA inclinado, a 4ºC e também,
procedeu-se ao armazenamento em YM com 25% de glicerol, a -80º C.
2.3. CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA
2.3.1. Extração de DNA dos isolados de rizóbio
Para a extração de DNA, as bactérias foram incubadas em 15 mL de meio YM, durante
3 dias, a 28ºC, com agitação de 80 rpm. Após a incubação, as suspensões bacterianas foram
centrifugadas a 10.000 rpm durante 15 minutos, o sobrenadante foi descartado e o precipitado
transferido para um eppendorf de 1,5mL, lavado por três vezes com solução salina (NaCl a
28
0,85%), centrifugado e o sobrenadante foi descartado. Depois da lavagem foi acrescentado 1
mL de solução salina, o precipitado foi homogeneizado e adicionado um volume de solução
salina para obter uma concentração final de 10
9
células mL
-1
. Foram transferidos 1,4 mL da
suspensão bacteriana para um outro tubo de microcentrífuga, centrifugados a 12.000 rpm
durante 5 minutos e o sobrenadante foi descartado. Em seguida, o precipitado foi ressuspenso
em 400 µL de TE 50/20 (50 mM de Tris, pH 8; 20 mM de EDTA-Na
2
pH 8), adicionando-se 50
µL de SDS a 10% (10 g de sodium dodecyl sulphate em 100 mL de água), 10 µL de proteinase
K (10 mg mL
-1
em água, mantida no congelador), 10 µL de lisozima (5 mg mL
-1
em água,
mantida no congelador), 2 µL de RNAse (10 mg mL
-1
, preparada em tampão com 10 mM de
Tris HCl pH 8 e 15 mM de NaCl) e, então, incubado a 37ºC por, aproximadamente, 1 hora (a
clarear). Na seqüência, as amostras foram homogeneizadas com ponteiras de 1 mL, por três
vezes, para retirar a viscosidade. A seguir, foram acrescentados NaCl 5 M para uma
concentração final de 250 mM (30 µL), AcONa 3 M para uma concentração final de 300 mM
(70 µL) e 28 µL de H
2
O milli Q. As amostras foram homogeneizadas e deixadas em repouso
por 1 hora a C, em seguida, foram centrifugadas a 12.000 rpm durante 15 minutos,
recolhendo-se 300 µL do sobrenadante de cada amostra e adicionados, a estes, 600 µL de
etanol absoluto gelado (aproximadamente -20ºC) a 95% armazenando-se, então, de 12-18
horas, a -20
º
C. Após este período, as amostras foram centrifugadas a 12.000 rpm durante 15
minutos, o etanol 95% descartado, e adicionados 200 µL de etanol 70% (gelado). As amostras
foram centrifugadas novamente a 12.000 rpm durante 5 minutos, o etanol foi descartado e os
precipitados colocados para secar a temperatura ambiente. Finalmente, os precipitados foram
ressuspendidos em 50 µL de TE 10:1 (10 mM Tris-HCl pH 8; 1 mM EDTA, pH 8).
Para verificar a concentração e pureza do DNA, as amostras foram submetidas à
eletroforese em gel de agarose de 10 x 11 cm a 1,5% [0,6 g de agarose em 40 mL de TBE 1X
(10,8 g de Tris-base; 5,5 g de ácido bórico; 4 mL de EDTA, 0,5 M, pH 8, para cada litro de
29
solução)], durante 40 minutos a 80 V. A concentração foi verificada por comparação com
padrão de peso molecular conhecido, Lambda
TM
(Invitrogen
TM
). A pureza do DNA foi
verificada após a coloração com brometo de etídio e a visualização em um transluminador
TFX-35-M emitindo luz ultravioleta de comprimento de onda curta.
A concentração do DNA foi ajustada por comparação em gel com o peso molecular
para 10 ng. µL
-1
, usando água milli Q esterilizada como diluente, quando necessário.
2.3.2. BOX A1R-PCR
O DNA das bactérias foi amplificado pela técnica de PCR com o primer” BOX A1R
(5’-CTACGGCAAGGCGACGCTGACG-3’), (Versalovic et al., 1994), em um termociclador
PTC-200
TM
MT-Research. O volume final da reação de amplificação da PCR foi de 25 µL,
contendo: dNTPs 1,5 mM, MgCl
2
50 mM, tampão 10X, “primer” 50 pmol, DNA 20 ng, Taq
polimerase 5 U e água milli Q esterilizada para completar o volume. A amplificação foi
realizada utilizando os seguintes ciclos: 1 ciclo de desnaturação inicial a 95°C por 7 min; 35
ciclos de desnaturação (1 min a 94°C), anelamento (1 min a 53°C) e extensão (8 min a 65°C); 1
ciclo de extensão final a 65°C por 16 min; manutenção a 4°C.
Após a amplificação, cada tubo recebeu 6 µL de tampão de amostra (0,25% de azul de
bromofenol e 40% de sacarose ou 30% de glicerol). Foi preparado um gel de agarose de 20 X
25 cm a 1,5%, diluído em tampão TBE 1X (10,8 g de Trisma base, 5,5 g de ácido bórico e 4
mL de EDTA Na
2
0,5 M pH 8 em 1 L de água destilada), e colocado em uma cuba Horizon
R
20
x 25 cm. Nas canaletas do gel foram colocados 31 µL de cada amostra, com exceção da
primeira canaleta, da última e da central, nas quais foram colocados 5 µL, por canaleta, do
padrão de peso molecular de 1 kb plus DNA Ladder
TM
(Invitrogen
TM
). O DNA foi submetido à
30
eletroforese horizontal a 120 V por 6 horas. Após a eletroforese, o gel foi corado com brometo
de etídio e observado em um transluminador TFX-35-M com mpada UV e fotografado em
uma câmera Kodak Digital Science 120. Os perfis de bandas obtidos foram analisados pelo
programa Bionumerics (Applied Mathematics, Kortrijk, Bélgica versão 1.50) e para a análise
de agrupamento foi usado o algoritmo UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with
Arithmetic mean) e o coeficiente de Jaccard. A tolerância das bandas foi estabelecida em 2%,
no programa Bionumerics.
2.3.3. PCR-RFLP do gene ribossomal 16S RNAr
O gene ribossomal 16S foi amplificado com o uso dos “primers” fD1 (5’-
CCGAATTCGTCGACAACAGAGTTTGATCCTGGCTCAG-3’) e rD1 (5’-
CCCGGGATCCAAGCTTAAGGAGGTGATCCAGCC-3’), descritos por Weisburg et al.,
(1991).
Para as amplificações por PCR foi preparada uma reação contendo, para cada amostra:
dNTPs 1,5 mM, tampão para PCR (10X), MgCl
2
50 mM, "primer" - fD1 e rD1 - 10 pmol,
DMSO, Taq polimerase 5 U, DNA 40 ng e completado o volume final para 50 µL com água
milli Q estéril. Os ciclos de amplificação foram os seguintes: 2 minutos a 95
o
C; 15 segundos a
94
o
C, 45 segundos a 93
o
C, 45 segundos de 55º C, 2 minutos a 72
o
C; 29 ciclos de 15 segundos
a 94º C, 2 minutos a 72
o
C, com manutenção final a 4°C. Os produtos de amplificação foram
visualizados em gel de agarose de 10 x 11 cm a 1,5% e comparados com padrão de peso
molecular conhecido, Low DNA Mass
TM
Ladder (Invitrogen
TM
).
Para o RFLP, foi utilizada a metodologia descrita por Laguerre et al. (1994). O produto
da amplificação com os “primers” fD1 e rD1 foi digerido com as seguintes enzimas de
31
restrição: HhaI (5’ – GCG/C - 3’; 3’ – C/GC – 5’), HpaII (5’ – C/CGG – 3’; 3’ – GGC/C – 5’)
e RsaI (5´- GT/AC 3´; 3´- CA/TG 5´) (Invitrogen
TM
). Para cada reação de restrição foram
utilizados 10 U de enzima, tampão específico para cada enzima (10X) conforme especificação
do fabricante, 6 µL do produto de PCR e completado o volume final para 10 µL com água milli
Q estéril. As reações foram incubadas a 37
o
C, por 2 horas, de acordo com instruções do
fabricante (Invitrogen).
Em cada canaleta do gel foram colocados 10 µL de cada amostra e 4 µL do tampão de
amostra, com exceção da primeira canaleta, da central e da última, nas quais foram colocados 5
µL, por canaleta, do padrão de peso molecular de 100 pb, (Invitrogen
TM
). Os fragmentos
obtidos foram analisados por eletroforese em uma cuba Horizon
R
, 20 X 25 cm em gel
horizontal (20 X 12 cm) com 3% de agarose, em TBE 0,5 X, a 120 V, durante 4 horas. Após a
eletroforese, o gel foi corado com brometo de etídio visualizado em um transluminador UV, e
fotografado conforme descrito anteriormente. Os padrões de bandas obtidos foram analisados
pelo programa Bionumerics e para o agrupamento foi usado o algoritmo UPGMA e o
coeficiente de Jaccard. A tolerância das bandas foi estabelecida em 3% no programa
Bionumerics.
32
3. RESULTADOS
3.1. ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO MORFO-FISIOLÓGICA DOS RIZÓBIOS
Os isolados foram obtidos de quatro diferentes regiões do estado de Santa Catarina,
sendo o extremo oeste representado por 6 áreas, o meio oeste por quatro e o planalto sul com
13. Obtiveram-se 117 isolados, de 23 áreas investigadas (Tabela 3). Todos os isolados
apresentaram crescimento rápido, sendo possível realizar a caracterização morfo-fisiológica
em três dias. Os grupos predominantes foram aqueles que apresentaram colônias de cor
branca opaca em YMA, borda lisa, elevação cupular e produção moderada de muco.
Aproximadamente 97% dos isolados apresentaram reação ácida em meio YMA contendo azul
de bromotimol (Tabela 4).
Os atributos morfo-fisiológicos (Tabela 4) não foram relacionados à distribuição
geográfica (Tabela 1), ou com as propriedades químicas (Tabela 2), ou climáticas (Tabela1).
33
Tabela 3 – Procedência e número de isolados no estado de Santa Catarina
Município Número de isolados
Região 1: Extremo Oeste
(Chapecó)
1. Guatambu
3
2. Caxambu do Sul
2
3. Palmitos
1
4. Planaltina
2
5. Pinhalzinho
2
(Concórdia)
6. Peritiba
2
Região 2: Meio Oeste – Campos Novos
7. Ouro
1
8. Campos Novos (plantio direto)
2
9. Brunópolis
5
10. Curitibanos (sentido Brunópolis)
5
Região 3: Planalto Sul - Lages
11. (Estação de Aqüicultura) Lages
6
12. Painel
11
13. (Cedro) Urupema
1
14. Urupema
10
15. São José do Cerrito
8
16. (Sto Antonio dos Pinhos) São José do Cerrito
7
17. (Toca da Onça) São José do Cerrito
9
18. (Guaiabeira) São José do Cerrito
6
19. (Salto Rio Caveiras) Lages
7
20. (Urupema) 1600 m altitude
6
21. (Cadeados) Lages
5
22. (Bela Vista) Lages
7
23. (Cerro Alto) Palmeira
9
Total
117
34
Tabela 4 - Morfologia das colônias e pH em meio YMA de rizóbios microssimbiontes de feijoeiro do estado de
Santa Catarina. Caracterização realizada aos três dias de crescimento
Cor Transparência Produção de Muco
Reação em meio YMA Número de isolados
Abundante Ácida 7
Moderada Ácida 79
Opaca Básica 2
Branca Ácida 14
Pouca Básica 1
Neutra 1
Translúcida Abundante Ácida 1
Moderada Ácida 9
Rosa Opaca Pouca Ácida 3
Total 117
3.2. CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DOS RIZÓBIOS POR REP-PCR
Constatou-se um grau elevado de polimorfismo de DNA entre as bactérias
investigadas, com a obtenção de 107 perfis distintos pela técnica de rep–PCR, pela
amplificação do DNA com o “primer” BOX A1R-PCR (Figura 2). A análise de agrupamento
dos produtos de amplificação por rep-PCR resultou na união de todos os isolados e estirpes de
referência em um nível de similaridade de apenas 27% (Figura 2). Vinte e quatro grupos
puderam ser observados no dendrograma, quando considerado o nível de similaridade de 70%
e, aproximadamente, 26% representando isolados únicos. Quatro grupos uniram bactérias com
perfis idênticos do mesmo solo. Como exemplos, os isolados de Cerro Alto, Palmeira 111,
113, 115 e 110 no grupo IV; no agrupamento XIV os isolados 75 e 74 da localidade Toca da
Onça no município de São José do Cerrito e de Bela Vista, Lages (102 e 103; 106 e 107).
Outros agrupamentos incluíram bactérias de perfis idênticos, mas que apresentavam origens
distintas: no grupo V (118 e 96; 95 e 87) e os isolados 63, 46 e 56 no grupo XVI (Figura 2).
Foi possível observar os agrupamentos conforme as regiões, onde a região 4, correspondente
ao planalto sul catarinense, reuniu 14 grupos em um nível de similaridade de 70%, sendo eles:
I, II, III, V, VII, X, XIV, XV, XVII, XIX, XX, XXI, XXII e XXIII. Nos agrupamentos IV,
35
VII e XVI ocorreu o predomínio da região 4 e apenas os grupos IX e XXIV como
representantes da região 3 (Figura 2).
As estirpes de referência apresentaram perfis bastante distintos em relação aos
isolados de Santa Catarina. Somente uma estirpe, a 116, isolada de Cerro Alto, Palmeira, foi
posicionada no mesmo grupo III com R. leguminosarum bv. phaseoli estirpe USDA 2671 e R.
gallicum bv. gallicum R602 em um nível de similaridade de 76% (Figura 2).
A análise também foi conduzida considerando cada uma das regiões. Na região 1,
correspondente ao extremo oeste incluindo Chapecó e Concórdia, foram agrupados doze
isolados e esses uniram-se em um nível de similaridade de 24% (Figura 3). A região 2
agrupou 13 isolados com uma similaridade de 31% (Figura 4) e, finalmente, a região 3 reuniu,
com 34% de similaridade, 92 isolados (Figura 5).
Não foi constatada correlação significativa entre nenhum dos índices de similaridade
genética (Figura 2) com os atributos químicos do solo (Tabela 2), ou climáticos (Tabela 1).
36
Similaridade (%)
Continua
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
28
62
94
61
104
68
32
99
44
64
USDA 2671
R602
116
93
25
111
113
115
110
118
96
58
95
87
90
21
91
01
92
60
77
12
22
18
CFN 299
19
35
59
15
23
65
H 152
06
106
107
71
82
54
70
10
09
117
66
86
02
30
03
05
51
Estação de Aquicultura - Lages
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Bela Vista - Lages
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Painel
Cadeados - Lages
Urupema
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Rhzizobium leguminosarum bv. phaseoli
Rhizobium gallicum bv. gallicum
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
Curitibanos sentido Brunópolis
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Urupema 1600m
Salto do Rio Caveiras - Lages
Salto do Rio Caveiras - Lages
Curitibanos sentido Brunópolis
Urupema 1600m
Guatambu
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Peritiba
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Rhizobium tropici A
Brunópolis
Painel
São José do Cerrito
Campos Novos - Plantio Direto
Curitibanos sentido Brunópolis
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Rhizobium giardinii bv. giardinii
Palmitos
Bela Vista - Lages
Bela Vista - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Cerro Alto - Palmeira
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Guatambu
Estação de Aquicultura - Lages
Guatambu
Caxambu do Sul
Urupema
Grupo I
Grupo II
Grupo III
Grupo IV
Grupo V
Grupo VI
Grupo VII
Grupo VIII
Grupo IX
Grupo X
Grupo XI
Grupo XII
Grupo XIII
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
28
62
94
61
104
68
32
99
44
64
USDA 2671
R602
116
93
25
111
113
115
110
118
96
58
95
87
90
21
91
01
92
60
77
12
22
18
CFN 299
19
35
59
15
23
65
H 152
06
106
107
71
82
54
70
10
09
117
66
86
02
30
03
05
51
Estação de Aquicultura - Lages
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Bela Vista - Lages
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Painel
Cadeados - Lages
Urupema
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Rhzizobium leguminosarum bv. phaseoli
Rhizobium gallicum bv. gallicum
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
Curitibanos sentido Brunópolis
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Urupema 1600m
Salto do Rio Caveiras - Lages
Salto do Rio Caveiras - Lages
Curitibanos sentido Brunópolis
Urupema 1600m
Guatambu
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Peritiba
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Rhizobium tropici A
Brunópolis
Painel
São José do Cerrito
Campos Novos - Plantio Direto
Curitibanos sentido Brunópolis
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Rhizobium giardinii bv. giardinii
Palmitos
Bela Vista - Lages
Bela Vista - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Cerro Alto - Palmeira
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Guatambu
Estação de Aquicultura - Lages
Guatambu
Caxambu do Sul
Urupema
Grupo I
Grupo II
Grupo III
Grupo IV
Grupo V
Grupo VI
Grupo VII
Grupo VIII
Grupo IX
Grupo X
Grupo XI
Grupo XII
Grupo XIII
37
Continuação
Similaridade (%)
Figura 2 - Dendrograma obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR, com o algoritmo
UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J)
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
102
103
108
75
74
78
55
50
69
76
49
48
72
63
46
56
53
26
29
31
43
13
08
04
27
114
52
112
89
105
11
67
73
85
88
34
36
100
80
101
79
81
38
42
39
33
37
24
17
83
84
41
PRF 81
CFN 42
40
CIAT 899
98
97
14
16
20
57
45
47
07
Bela Vista - Lages
Bela Vista - Lages
Bela Vista - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
São José do Cerrito
Urupema
Toca da Onça - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Urupema
Urupema
Toca da Onça - São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema
São José do Cerrito
Urupema
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Cedro - Urupema
Ouro
Planaltina
Caxambu do Sul
Estação de Aquicultura - Lages
Cerro Alto - Palmeira
Urupema
Cerro Alto - Palmeira
Salto do Rio Caveiras - Lages
Bela Vista - Lages
Peritiba
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Salto do Rio Caveiras - Lages
Painel
Painel
Cadeados - Lages
Guaiabeira - São José do Cerrito
Cadeados - Lages
Guaiabeira - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Painel
Painel
Painel
Painel
Painel
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Guaiabeira - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Painel
Rhizobium tropici
Rhizobium etli
Painel
Rhizobium tropici B
Cadeados - Lages
Cadeados - Lages
Campos Novos - Plantio direto
Brunópolis
Brunópolis
São José do Cerrito
Urupema
Urupema
Planaltina
Grupo XIV
Grupo XV
Grupo XVI
Grupo XVII
Grupo XVIII
Grupo XIX
Grupo XX
Grupo XXI
Grupo XXII
Grupo XXIII
Grupo XXIV
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
102
103
108
75
74
78
55
50
69
76
49
48
72
63
46
56
53
26
29
31
43
13
08
04
27
114
52
112
89
105
11
67
73
85
88
34
36
100
80
101
79
81
38
42
39
33
37
24
17
83
84
41
PRF 81
CFN 42
40
CIAT 899
98
97
14
16
20
57
45
47
07
Bela Vista - Lages
Bela Vista - Lages
Bela Vista - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
São José do Cerrito
Urupema
Toca da Onça - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Urupema
Urupema
Toca da Onça - São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema
São José do Cerrito
Urupema
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Cedro - Urupema
Ouro
Planaltina
Caxambu do Sul
Estação de Aquicultura - Lages
Cerro Alto - Palmeira
Urupema
Cerro Alto - Palmeira
Salto do Rio Caveiras - Lages
Bela Vista - Lages
Peritiba
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Salto do Rio Caveiras - Lages
Painel
Painel
Cadeados - Lages
Guaiabeira - São José do Cerrito
Cadeados - Lages
Guaiabeira - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Painel
Painel
Painel
Painel
Painel
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Guaiabeira - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Painel
Rhizobium tropici
Rhizobium etli
Painel
Rhizobium tropici B
Cadeados - Lages
Cadeados - Lages
Campos Novos - Plantio direto
Brunópolis
Brunópolis
São José do Cerrito
Urupema
Urupema
Planaltina
Grupo XIV
Grupo XV
Grupo XVI
Grupo XVII
Grupo XVIII
Grupo XIX
Grupo XX
Grupo XXI
Grupo XXII
Grupo XXIII
Grupo XXIV
38
Similaridade (%)
Figura 3 Dendrograma obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR, com o algoritmo
UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J) de isolados de feijoeiro da região 1 do estado de Santa
Catarina
Similaridade (%)
Figura 4 Dendrograma obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR, com o algoritmo
UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J) de isolados de feijoeiro da região 2 do estado de Santa
Catarina
100
90
80
70
60
50
40
30
BOX
05
03
02
10
09
06
12
04
08
11
01
07
Caxambu do Sul
Guatambu
Guatambu
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Palmitos
Peritiba
Caxambu do Sul
Planaltina
Peritiba
Guatambu
Planaltina
100
90
80
70
60
50
40
30
100
90
80
70
60
50
40
30
BOX
05
03
02
10
09
06
12
04
08
11
01
07
Caxambu do Sul
Guatambu
Guatambu
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Palmitos
Peritiba
Caxambu do Sul
Planaltina
Peritiba
Guatambu
Planaltina
BOXBOX
05
03
02
10
09
06
12
04
08
11
01
07
Caxambu do Sul
Guatambu
Guatambu
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Palmitos
Peritiba
Caxambu do Sul
Planaltina
Peritiba
Guatambu
Planaltina
100
90
80
70
60
50
40
30
100
90
80
70
60
50
40
30
BOX
05
03
02
10
09
06
12
04
08
11
01
07
Caxambu do Sul
Guatambu
Guatambu
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Palmitos
Peritiba
Caxambu do Sul
Planaltina
Peritiba
Guatambu
Planaltina
BOXBOX
05
03
02
10
09
06
12
04
08
11
01
07
Caxambu do Sul
Guatambu
Guatambu
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Palmitos
Peritiba
Caxambu do Sul
Planaltina
Peritiba
Guatambu
Planaltina
100
90
80
70
60
50
40
30
100
90
80
70
60
50
40
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BOXBOX
05
03
02
10
09
06
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04
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01
07
Caxambu do Sul
Guatambu
Guatambu
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Palmitos
Peritiba
Caxambu do Sul
Planaltina
Peritiba
Guatambu
Planaltina
BOXBOX
05
03
02
10
09
06
12
04
08
11
01
07
Caxambu do Sul
Guatambu
Guatambu
Pinhalzinho
Pinhalzinho
Palmitos
Peritiba
Caxambu do Sul
Planaltina
Peritiba
Guatambu
Planaltina
100
90
80
70
60
50
40
BOX
100
90
80
70
60
50
40
BOX
22
25
21
16
20
19
15
23
13
18
24
17
14
Curitibanos sentido Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Brunópolis
Brunópolis
Campos Novos – Plantio direto
Curitibanos sentido Brunópolis
Ouro
Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Campos Novos - Plantio direto
22
25
21
16
20
19
15
23
13
18
24
17
14
Curitibanos sentido Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Brunópolis
Brunópolis
Campos Novos – Plantio direto
Curitibanos sentido Brunópolis
Ouro
Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Campos Novos - Plantio direto
Curitibanos sentido Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Brunópolis
Brunópolis
Campos Novos – Plantio direto
Curitibanos sentido Brunópolis
Ouro
Brunópolis
Curitibanos sentido Brunópolis
Brunópolis
Campos Novos - Plantio direto
39
Figura 5 Dendrograma obtido pela análise dos produtos de amplificação BOX A1R-PCR, com o algoritmo
UPGMA e o coeficiente de Jaccard (J) de isolados de feijoeiro da região 3 do estado de Santa
Catarina
100
90
80
70
60
50
40
BOX
54
67
70
117
85
52
89
91
28
62
94
61
68
32
99
44
64
118
96
58
95
87
90
111
113
115
110
93
35
59
116
83
88
76
112
69
48
49
26
29
53
63
46
56
27
31
50
55
75
74
78
66
30
114
65
86
43
73
82
71
34
36
80
100
72
79
81
38
42
39
60
77
92
98
97
51
57
41
33
37
45
47
84
40
São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Salto do Rio Caveiras - Lages
Urupema
Salto do Rio Caveiras - Lages
Urupema 1600m
Estação de Aquicultura - Lages
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Painel
Cadeados - Lages
Urupema
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Urupema 1600m
Salto do Rio Caveiras - Lages
Salto do Rio Caveiras - Lages
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
Painel
São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Guaiabeira - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Toca da Onça - São José do Cerrito
Urupema
Urupema
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Urupema
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema
São José do Cerrito
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Urupema
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Estação de Aquicultura - Lages
Cerro Alto - Palmeira
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Cedro - Urupema
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Painel
Painel
Guaiabeira - São José do Cerrito
Cadeados - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Painel
Painel
Painel
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Urupema 1600m
Cadeados - Lages
Cadeados - Lages
Urupema
São José do Cerrito
Painel
Painel
Painel
Urupema
Urupema
Salto do Rio Caveiras - Lages
Painel
100
90
80
70
60
50
40
BOX
100
90
80
70
60
50
40
BOX
54
67
70
117
85
52
89
91
28
62
94
61
68
32
99
44
64
118
96
58
95
87
90
111
113
115
110
93
35
59
116
83
88
76
112
69
48
49
26
29
53
63
46
56
27
31
50
55
75
74
78
66
30
114
65
86
43
73
82
71
34
36
80
100
72
79
81
38
42
39
60
77
92
98
97
51
57
41
33
37
45
47
84
40
São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Salto do Rio Caveiras - Lages
Urupema
Salto do Rio Caveiras - Lages
Urupema 1600m
Estação de Aquicultura - Lages
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Painel
54
67
70
117
85
52
89
91
28
62
94
61
68
32
99
44
64
118
96
58
95
87
90
111
113
115
110
93
35
59
116
83
88
76
112
69
48
49
26
29
53
63
46
56
27
31
50
55
75
74
78
66
30
114
65
86
43
73
82
71
34
36
80
100
72
79
81
38
42
39
60
77
92
98
97
51
57
41
33
37
45
47
84
40
São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Salto do Rio Caveiras - Lages
Urupema
Salto do Rio Caveiras - Lages
Urupema 1600m
Estação de Aquicultura - Lages
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Painel
Cadeados - Lages
Urupema
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
São José do Cerrito
Urupema 1600m
Salto do Rio Caveiras - Lages
Salto do Rio Caveiras - Lages
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Cerro Alto - Palmeira
Urupema 1600m
Painel
São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Guaiabeira - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Cerro Alto - Palmeira
Toca da Onça - São José do Cerrito
Urupema
Urupema
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Urupema
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Urupema
São José do Cerrito
Estação de Aquicultura - Lages
Estação de Aquicultura - Lages
Urupema
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Estação de Aquicultura - Lages
Cerro Alto - Palmeira
Sto Antonio dos Pinhos - São José do Cerrito
Salto do Rio Caveiras - Lages
Cedro - Urupema
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Painel
Painel
Guaiabeira - São José do Cerrito
Cadeados - Lages
Toca da Onça - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Guaiabeira - São José do Cerrito
Painel
Painel
Painel
São José do Cerrito
Toca da Onça - São José do Cerrito
Urupema 1600m
Cadeados - Lages
Cadeados - Lages
Urupema
São José do Cerrito
Painel
Painel
Painel
Urupema
Urupema
Salto do Rio Caveiras - Lages
Painel
40
3.3. PCR-RFLP DO GENE RIBOSSOMAL 16S
Os 117 isolados obtidos neste estudo também foram avaliados pela técnica PCR-RFLP
do gene ribossomal 16S (Laguerre et al., 1994). Os produtos de PCR foram digeridos com as
enzimas HhaI, HpaII e RsaI, respectivamente. No caso das restrições com a enzima RsaI, em
alguns isolados foram obtidos fragmentos que quando somados, resultaram em 2.200 a 2.400
pb, o que pode indicar a existência de mais de uma cópia do gene. A digestão com as demais
enzimas de restrição, HhaI e HpaII, resultou em fragmentos que, somados, resultaram em,
aproximadamente, 1.500 pb.
O dendrograma obtido com os produtos de restrição mostra que os isolados agruparam
em um nível final de similaridade bastante baixo, de 31% e 6 grupos principais puderam ser
definidos, em adição a 5 isolados que ocuparam posições isoladas. (Figura 6).
O grupo I incluiu dois isolados com 100% de similaridade, o isolado 92 de Urupema
(1.600m de altitude, com pastagem de inverno e, posteriormente, cultivado com feijão no
sistema de plantio convencional) e o isolado 14 de Campos Novos (plantio direto), agruparam
com a estirpe tipo R. giardinii bv. giardinii H152 em um nível de similaridade de 94% (Figura
6).
No grupo II reuniu 19 isolados e mostrou 100% de identidade com as estirpes de
referências R. tropici PRF 81, R. tropici tipo B CIAT 899
T
. o isolado 12, do extremo oeste,
de Peritiba, foi o único que agrupou com a estirpe R. tropici tipo A estirpe CFN 299, com uma
similaridade de 93,3%, formando o grupo III (Figura 6).
Cinco isolados foram unidos em um nível final de similaridade de 94,4% no grupo IV,
com dois subgrupos, o primeiro com dois isolados com semelhança total, 106 e 107, ambos de
Bela Vista, Lages, e o segundo com três isolados de perfis idênticos, dois do extremo oeste e
um do planalto sul catarinense (Figura 6).
41
O grupo V reuniu com 100% de similaridade entre si, 38 isolados com R.
leguminosarum bv. phaseoli USDA 2671 e, também, com R. gallicum bv. gallicum R602
T
. A
seguir, dois isolados, 116 e 105 diferiram do grupo V ocupando posições isoladas (Figura 6).
O grupo VI foi o que incluiu o maior número de isolados, 42, mostrando 100% de
similaridade com a estirpe tipo da espécie R. etli CFN 42
T
.
Nenhuma estirpe de referência foi agrupada no grupo VII, apenas dois isolados de
Pinhalzinho e um de Palmitos, unidos em um nível final de similaridade de 100%.
As estirpes 99, 23, 24, 98 e 97 apresentaram perfis bastante distintos dos demais, com
nível de similaridade inferior a 60%.
Também não houve correlação significativa entre os índices de diversidade genética
por PCR-RFLP (Figura 6) e os atributos químicos do solo (Tabela 2), ou com os dados
climáticos (Tabela1).
42
Similaridade (%)
Grupo I
Grupo II
Grupo III
Grupo VI
Grupo VIII
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
RFLP HhaI
RFLP HpaII
RFLP RsaI
92
14
H 152
39
79
81
80
83
84
82
101
100
38
33
41
40
PRF 81
42
22
25
34
37
36
CIAT 899
12
CFN 299
106
107
77
07
01
60
72
88
90
89
94
93
118
96
95
87
21
19
35
54
63
59
85
16
18
20
28
17
117
44
104
111
113
112
115
110
32
USDA 2671
58
62
61
67
68
70
R 602
116
105
45
73
75
76
74
CFN 42
86
78
91
05
04
11
43
66
64
52
08
15
13
26
27
30
47
46
102
103
108
48
02
114
31
50
55
51
03
56
49
57
69
65
53
29
71
10
09
06
98
97
23
99
24
Urupema 1600m (20)
Campos Novos (8)
Rhizobium giardinii bv. giardinii
Painel (12)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Salto do Rio Caveiras (19)
Guaiabeira (18)
Cadeados (21)
Cadeados (21)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Rhizobium tropici
Painel (12)
Curitibanos (10)
Curitibanos (10)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Rhizobium tropici B
Peritiba (6)
Rhizobium tropici A
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Toca da Onça (17)
Planaltina (4)
Guatambu (1)
São José do Cerrito (15)
Toca da Onça (17)
Salto do Rio Caveiras (19)
Salto do Rio Caveiras (19)
Salto do Rio Caveiras (19)
Urupema 1600m (20)
Urupema 1600m (20)
Cerro Alto (23)
Urupema 1600m (20)
Urupema 1600m (20)
Salto do Rio Caveiras (19)
Curitibanos (10)
Brunópolis (9)
Painel (12)
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
São José do Cerrito (15)
Salto do Rio Caveiras (19)
Brunópolis (9)
Brunópolis (9)
Brunópolis (9)
Estação de Aquicultura (11)
Brunópolis (9)
Cerro Alto (23)
Urupema (14)
Bela Vista (22)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Painel (12)
Rhizobium leguminosarum bv. phaseoli
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Toca da Onça (17)
Rhizobium gallicum bv. gallicum
Cerro Alto (23)
Bela Vista (22)
Urupema (14)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Rhizobium etli
Salto do Rio Caveiras (19)
Guaiabeira (18)
Urupema 1600m (20)
Caxambu do Sul (2)
Caxambu do Sul (2)
Peritiba (6)
Cedro (13)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Urupema (14)
Planaltina (4)
Campos Novos (8)
Ouro (7)
Estação de Aquicultura (11)
Estação de Aquicultura (11)
Estação de Aquicultura (11)
Urupema (14)
Urupema (14)
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Urupema (14)
Guatambu (1)
Cerro Alto (23)
Estação de Aquicultura (11)
Urupema (14)
São José do Cerrito (15)
Urupema (14)
Guatambu (1)
São José do Cerrito (15)
Urupema (14)
São José do Cerrito (15)
Toca da Onça (17)
Sto Antonio dos Pinhos (17)
Urupema (14)
Estação de Aquicultura (11)
Toca da Onça (17)
Pinhalzinho (5)
Pinhalzinho (5)
Palmitos (3)
Cadeados (21)
Cadeados (21)
Curitibanos (10)
Cadeados (21)
Curitibanos (10)
Grupo IV
Grupo VII
Grupo V
Grupo I
Grupo II
Grupo III
Grupo VI
Grupo VIII
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
RFLP HhaI
RFLP HpaII
RFLP RsaI
92
14
H 152
39
79
81
80
83
84
82
101
100
38
33
41
40
PRF 81
42
22
25
34
37
36
CIAT 899
12
CFN 299
106
107
77
07
01
60
72
88
90
89
94
93
118
96
95
87
21
19
35
54
63
59
85
16
18
20
28
17
117
44
104
111
113
112
115
110
32
USDA 2671
58
62
61
67
68
70
R 602
116
105
45
73
75
76
74
CFN 42
86
78
91
05
04
11
43
66
64
52
08
15
13
26
27
30
47
46
102
103
108
48
02
114
31
50
55
51
03
56
49
57
69
65
53
29
71
10
09
06
98
97
23
99
24
Urupema 1600m (20)
Campos Novos (8)
Rhizobium giardinii bv. giardinii
Painel (12)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Salto do Rio Caveiras (19)
Guaiabeira (18)
Cadeados (21)
Cadeados (21)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Rhizobium tropici
Painel (12)
Curitibanos (10)
Curitibanos (10)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Rhizobium tropici B
Peritiba (6)
Rhizobium tropici A
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Toca da Onça (17)
Planaltina (4)
Guatambu (1)
São José do Cerrito (15)
Toca da Onça (17)
Salto do Rio Caveiras (19)
Salto do Rio Caveiras (19)
Salto do Rio Caveiras (19)
Urupema 1600m (20)
Urupema 1600m (20)
Cerro Alto (23)
Urupema 1600m (20)
Urupema 1600m (20)
Salto do Rio Caveiras (19)
Curitibanos (10)
Brunópolis (9)
Painel (12)
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
São José do Cerrito (15)
Salto do Rio Caveiras (19)
Brunópolis (9)
Brunópolis (9)
Brunópolis (9)
Estação de Aquicultura (11)
Brunópolis (9)
Cerro Alto (23)
Urupema (14)
Bela Vista (22)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Painel (12)
Rhizobium leguminosarum bv. phaseoli
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Toca da Onça (17)
Rhizobium gallicum bv. gallicum
Cerro Alto (23)
Bela Vista (22)
Urupema (14)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Rhizobium etli
Salto do Rio Caveiras (19)
Guaiabeira (18)
Urupema 1600m (20)
Caxambu do Sul (2)
Caxambu do Sul (2)
Peritiba (6)
Cedro (13)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Urupema (14)
Planaltina (4)
Campos Novos (8)
Ouro (7)
Estação de Aquicultura (11)
Estação de Aquicultura (11)
Estação de Aquicultura (11)
Urupema (14)
Urupema (14)
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Urupema (14)
Guatambu (1)
Cerro Alto (23)
Estação de Aquicultura (11)
Urupema (14)
São José do Cerrito (15)
Urupema (14)
Guatambu (1)
São José do Cerrito (15)
Urupema (14)
São José do Cerrito (15)
Toca da Onça (17)
Sto Antonio dos Pinhos (17)
Urupema (14)
Estação de Aquicultura (11)
Toca da Onça (17)
Pinhalzinho (5)
Pinhalzinho (5)
Palmitos (3)
Cadeados (21)
Cadeados (21)
Curitibanos (10)
Cadeados (21)
Curitibanos (10)
Grupo IV
Grupo VII
Grupo V
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
RFLP HhaI
RFLP HpaII
RFLP RsaI
92
14
H 152
39
79
81
80
83
84
82
101
100
38
33
41
40
PRF 81
42
22
25
34
37
36
CIAT 899
12
CFN 299
106
107
77
07
01
60
72
88
90
89
94
93
118
96
95
87
21
19
35
54
63
59
85
16
18
20
28
17
117
44
104
111
113
112
115
110
32
USDA 2671
58
62
61
67
68
70
R 602
116
105
45
73
75
76
74
CFN 42
86
78
91
05
04
11
43
66
64
52
08
15
13
26
27
30
47
46
102
103
108
48
02
114
31
50
55
51
03
56
49
57
69
65
53
29
71
10
09
06
98
97
23
99
24
Urupema 1600m (20)
Campos Novos (8)
Rhizobium giardinii bv. giardinii
Painel (12)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Guaiabeira (18)
Salto do Rio Caveiras (19)
Guaiabeira (18)
Cadeados (21)
Cadeados (21)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Rhizobium tropici
Painel (12)
Curitibanos (10)
Curitibanos (10)
Painel (12)
Painel (12)
Painel (12)
Rhizobium tropici B
Peritiba (6)
Rhizobium tropici A
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Toca da Onça (17)
Planaltina (4)
Guatambu (1)
São José do Cerrito (15)
Toca da Onça (17)
Salto do Rio Caveiras (19)
Salto do Rio Caveiras (19)
Salto do Rio Caveiras (19)
Urupema 1600m (20)
Urupema 1600m (20)
Cerro Alto (23)
Urupema 1600m (20)
Urupema 1600m (20)
Salto do Rio Caveiras (19)
Curitibanos (10)
Brunópolis (9)
Painel (12)
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
São José do Cerrito (15)
Salto do Rio Caveiras (19)
Brunópolis (9)
Brunópolis (9)
Brunópolis (9)
Estação de Aquicultura (11)
Brunópolis (9)
Cerro Alto (23)
Urupema (14)
Bela Vista (22)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Cerro Alto (23)
Painel (12)
Rhizobium leguminosarum bv. phaseoli
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
São José do Cerrito (15)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Toca da Onça (17)
Rhizobium gallicum bv. gallicum
Cerro Alto (23)
Bela Vista (22)
Urupema (14)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Toca da Onça (17)
Rhizobium etli
Salto do Rio Caveiras (19)
Guaiabeira (18)
Urupema 1600m (20)
Caxambu do Sul (2)
Caxambu do Sul (2)
Peritiba (6)
Cedro (13)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Sto Antonio dos Pinhos (16)
Urupema (14)
Planaltina (4)
Campos Novos (8)
Ouro (7)
Estação de Aquicultura (11)
Estação de Aquicultura (11)
Estação de Aquicultura (11)
Urupema (14)
Urupema (14)
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Bela Vista (22)
Urupema (14)
Guatambu (1)
Cerro Alto (23)
Estação de Aquicultura (11)
Urupema (14)
São José do Cerrito (15)
Urupema (14)
Guatambu (1)
São José do Cerrito (15)
Urupema (14)
São José do Cerrito (15)
Toca da Onça (17)
Sto Antonio dos Pinhos (17)
Urupema (14)
Estação de Aquicultura (11)
Toca da Onça (17)
Pinhalzinho (5)
Pinhalzinho (5)
Palmitos (3)
Cadeados (21)
Cadeados (21)
Curitibanos (10)
Cadeados (21)
Curitibanos (10)
Grupo IV
Grupo VII
Grupo V
Figura 6 – Dendrograma obtido pela análise por RFLP-PCR da região 16S rRNA com o algoritmo UPGMA e o
coeficiente de Jaccard (J)
43
O agrupamento produzido para cada enzima também foi representado por uma letra
minúscula (Tabela 5), sendo possível comparar os isolados com todas as enzimas e agrupar as
que apresentaram perfis enzimáticos semelhantes. Das três enzimas estudadas, nenhuma
conseguiu diferenciar, isoladamente, as espécies, porém, individualmente, para as enzimas
HhaI e HpaII foi possível diferenciar a espécie tipo R. tropici tipo A CFN 299 das demais. A
enzima RsaI produziu perfil semelhante com todas as espécies, exceto para R. etli CFN 42
T
.
De acordo com a Tabela 5, 35,9% dos isolados analisados apresentaram perfil semelhante à
espécie R. etli, e a ocorrência dessas bactérias foi generalizada em todos as regiões. Foram
obtidos oito perfis distintos com a enzima HhaI, dez com a enzima HpaII e sete com a RsaI.
Considerando as três enzimas de restrição, os isolados de Santa Catarina foram classificados
em 13 combinações distintas de perfis.
Tabela 5 - Perfis de PCR-RFLP da região 16S rRNA em isolados de rizóbios de feijoeiro do estado de Santa
Catarina
HhaI HpaII RsaI Estirpes % Total
a a a 01, 07, 77 2,56
a d a 14, 92 1,71
a e a 106, 107 1,71
b b a 16, 17, 18, 19, 20, 21, 28, 32, 35, 44, 54, 58, 59, 60,
61, 62, 63, 67, 68, 70, 72, 85, 87, 88, 89, 90, 93, 94,
95, 96, 104, 105, 110, 111, 112, 113, 115, 116, 117,
118, USDA 2671, R602
32,5
b b b 02, 03, 04, 05, 08, 11, 13, 15, 26, 27, 29, 30, 31, 43,
45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 55, 56, 57, 64, 65,
66, 69, 71, 73, 74, 75, 76, 78, 86, 91, 102, 103, 108,
114, CFN 42
35,9
b c a 06, 09, 10 2,56
b d a H 152 0,85
b b c 105,116 1,71
c d a 22, 25, 33, 34, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 79, 80, 81,
82, 83, 84, 100, 101, PRF 81, CIAT 899
16,23
c j a 12 0,85
d f d 97, 98 1,71
e g e 24 0,85
f h f 23 0,85
g j g 99 0,85
h j a CFN 299 0,85
44
4. DISCUSSÃO
É possível que os isolados de rizóbios obtidos de nódulos de feijoeiro sejam nativos,
pois nenhuma das áreas consideradas tem histórico de inoculação. Contudo, tradição de
cultivo do feijoeiro na maioria das regiões estudadas no estado de Santa Catarina, podendo o
rizóbio ter vindo nas sementes, que podem carregar várias células viáveis, conforme relatado
por Pérez-Ramirez e colaboradores (1998).
Em relação à distribuição das espécies de rizóbios do feijoeiro no mundo, tem sido
argumentado que, nos locais onde a leguminosa foi introduzida pela região Mesoamericana,
ou do norte da Argentina, as sementes devem ter carregado R. etli; posteriormente, a
colonização européia e o comércio com Europa e África poderiam explicar a presença dessa
espécie na Espanha, Senegal e Áustria (Aguilar et al., 1998; Pérez-Ramirez et al., 1998). De
modo semelhante, R. tropici parece ser nativa da região tropical da América do Sul (Martínez-
Romero et al., 1991) e, como a espécie também tem sido encontrada em algumas regiões da
África e diversos locais da França, também pode ter sido introduzida nesses locais por vias
comerciais (Amarger et al., 1993, 1994, 1995; Anyango et al., 1995).
Das 33 coletas realizadas, em dez áreas não foi obtido nenhum isolado, o que pode
estar relacionado com os teores de N no solo superiores a 169,00 mg dm
-3
encontrados nestes
locais, indicando a aplicação de adubos nitrogenados. Apesar do feijoeiro ser uma planta com
grande capacidade de aproveitamento do N disponível no solo, sabe-se que a associação
simbiótica é muito sensível à presença do N mineral e tende a afetar negativamente o processo
de FBN (Straliotto et al., 2006).
45
Observando os grupos formados com os isolados pela técnica de PCR-RFLP do gene
ribossomal 16S no grupo I, no qual se encontram as estirpes de R. tropici PRF 81, CIAT 899
T
(tipo B) e CFN 299 (tipo A), somente isolados das regiões 3 e 4 foram agrupados, e, os solos
dessas regiões são caracterizados por valores de pH inferiores aos das demais regiões, sendo o
valor médio de pH de 4,9 ± 0,5. Anyango e colaboradores (1995) mostraram que, no Quênia,
R. tropici é a espécie dominante em pH 4,5, enquanto que, em pH alcalino, havia dominância
de R. etli. De modo semelhante, nos Cerrados brasileiros, 98% da população em solo com pH
4,8 foi constituída de R. tropici, decrescendo para 80% quando o pH foi incrementado, por
calagem, para 5,5 (Hungria et al., 1997). Além disso, houve uma tendência de predominância
de R. giardinii bv. giardinii, em pH 5,7 ± 0,1, de R. etli em pH 5,9 ± 0,5 e de R.
leguminosarum bv. phaseoli e R. gallicum bv. gallicum em pH de 5,4 ± 0,6.
A análise das estirpes pela técnica de RFLP não detectou diferenças genéticas entre as
espécies R. leguminosarum bv. phaseoli USDA 2671 e R. gallicum bv. gallicum R602. É
provável, porém, que as estirpes pertençam à espécie R. leguminosarum bv. phaseoli, que
foi isolada de vários locais do Brasil (Mercante et al., 1998; Straliotto et al., 1999; Mostasso
et al., 2002; Giongo et al., 2006). Até o presente momento, de todas as espécies nodulantes do
feijoeiro, somente R. gallicum bv. gallicum ainda o foi encontrada nos solos brasileiros
(Mostasso et al., 2002). O fato de não ocorrer diferenciação entre estas duas espécies
comprometeu a identificação de 40 isolados nativos neste estudo. Por exemplo, os isolados
111, 113, 115 e 110, da localidade de Cerro Alto, são idênticos, tanto pela análise de RFLP,
quanto pela análise por BOX A1R-PCR. A diferenciação dessas espécies poderá ser possível
pelo uso de uma outra enzima de restrição, ou pelo seqüenciamento do gene 16S rRNA.
Por outro lado, 42 isolados nativos foram agrupados com R. etli CFN 42
T
. Embora
diversos estudos no Brasil tenham identificado R. tropici como a espécie predominante
(Mercante et al., 1998; Straliotto et al., 1999; Hungria et al., 2000; Mostasso et al., 2002), a
46
maioria dos isolados desses estudos são provenientes da região dos Cerrados. Essa região
apresenta algumas peculiaridades quando comparada às demais regiões brasileiras, como
longos períodos de seca, temperaturas freqüentemente acima de 40ºC e solos extremamente
ácidos (Hungria & Vargas, 2000). Além disso, estudos recentes mostram que R. etli pode
ocorrer de modo abundante em solos brasileiros (Grange & Hungria, 2004), quando isolado a
partir de diluições de solo. Conforme comentado, R. etli predomina na região noroeste da
Argentina (Aguilar et al., 2006) e essa pode ter sido a via de introdução da escie em Santa
Catarina. Os isolados identificados como R. etli foram posicionados, pela análise de BOX
A1R-PCR, nos agrupamentos XII, XIII, XIV, XV e XVI, em um nível final de similaridade
de 61%.
Os isolados 01, 06, 07, 09, 10, 23, 24, 77, 97, 98, 99, 105, 106, 107 e 116 não
formaram agrupamento com nenhuma das cinco espécies descritas de rizóbios
microssimbiontes do feijoeiro, de modo que podem representar novas espécies de rizóbios.
47
CONCLUSÕES
Esse estudo é um dos primeiros realizados no estado de Santa Catarina e contribui para
o conhecimento da biodiversidade brasileira de rizóbios associados à cultura do feijoeiro.
Considerando a análise de RFLP-PCR do gene 16S rRNA, houve indicação de que devem
estar presentes, nos solos de Santa Catarina, 13 espécies capazes de nodular o feijoeiro. A
população nos solos das três regiões produtoras de Santa Catarina, capturada a campo com
feijoeiro e investigada neste estudo, consistiu de 17,1% de R. tropici, 35,9% de R. etli, 32,5%
de R. leguminosarum, 1,7% com R. giardinii e 12,8% dos isolados não foram classificados em
nenhuma das espécies descritas como simbiontes do feijoeiro. Como, até o presente momento,
existem apenas cinco espécies descritas como microssimbiontes dessa leguminosa, os
resultados indicam que novas espécies de rizóbios devem ser descritas a partir dos isolados
obtidos em Santa Catarina. Além disso, deve-se destacar a diversidade genética
intraespecífica elevada, que foi evidenciada pela análise por BOX A1R-PCR, uma vez que
107 perfis distintos foram obtidos na análise dos 117 isolados disponíveis. Essa diversidade
genética elevada pode representar uma fonte importante de genes para a agricultura e para o
meio ambiente, bem como de estirpes com maior capacidade de fixação biológica do N
2
.
48
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