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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE GESTÃO DE NEGÓCIOS
MARIO JOSE KERPER
FASES FORMADORAS DA LEALDADE EM MERCADOS ORGANIZACIONAIS
PIRACICABA
2007
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MARIO JOSE KERPER
FASES FORMADORAS DA LEALDADE EM MERCADOS ORGANIZACIONAIS
Dissertação apresentada ao Curso de
Mestrado Profissional em Administração da
Faculdade de Gestão e Negócios da
Universidade Metodista de Piracicaba, com
parte dos requisitos para obtenção do titulo
de Mestre em Administração.
Campo de conhecimento:
Marketing e Estratégia
Orientador:
Prof. Dr. Eduardo Eugênio Spers
PIRACICABA
2007
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KERPER, Mario José
Fases formadoras da lealdade em mercados organizacionais
Mario José Kerper – 2007.
126 f.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Eugênio Spers
Dissertação (mestrado) – Faculdade de Gestão e Negócios – Universidade
Metodista de Piracicaba.
1. Problema de Estudo. 2. Estratégias condutoras a lealdade. 3. Estudo de
caso. I. Spers, Eduardo Eugênio. II Dissertação (mestrado) – Universidade
Metodista de Piracicaba. III Título
ii
MARIO JOSE KERPER
FASES FORMADORAS DA LEALDADE EM MERCADOS ORGANIZACIONAIS
Dissertação apresentada ao Curso de
Mestrado Profissional em Administração da
Faculdade de Gestão e Negócios da
Universidade Metodista de Piracicaba, com
parte dos requisitos para obtenção do titulo
de Mestre em Administração.
Campo de conhecimento:
Marketing e Estratégia
Data de aprovação:
22 / 02 / 2007
Banca examinadora:
____________________________________
Prof. Dr. Eduardo Eugênio Spers
(orientador)
Universidade Metodista de Piracicaba
____________________________________
Prof. Dr. Osvaldo Elias Farah
Universidade Metodista de Piracicaba
____________________________________
Prof. Dr. José Alcides Gobbo Junior
Universidade Estadual Paulista
Julio de Mesquita Filho - Bauru)
iii
DEDICATÓRIA
Dedico esta obra as pessoas mais importantes da minha vida :
Marlene, Guilherme e Leonardo
iv
AGRADECIMENTOS
A Deus, Senhor de todas as coisas, principio e fim de tudo...
A minha família que me apoiou em todos os momentos e
pela compreensão por todas as vezes que o estudo e o
trabalho foram mais importantes que ela.
A minha mãe pelo apoio e ajuda para conclusão do curso e
deste trabalho.
Ao meu orientador Prof. Dr. Eduardo Eugênio Spers pela
atenção, paciência e dedicação que me foram concedidas no
decorrer da elaboração do presente trabalho.
Aos meus amigos que me apoiaram e me incentivaram a
buscar este desafio.
Aos empresários pela pronta colaboração no fornecimento
de informações que muito me auxiliaram na conclusão da
pesquisa e deste trabalho.
v
EPÍGRAFE
O cliente é nosso visitante mais importante”. Ele não depende de nós – nós é quem
dependemos dele. Não é um estranho em nosso negócio – é parte dele.
Não prestamos nenhum favor aos clientes quando os servimos...ao contrário, ele é
que nos presta um favor ao dar-nos a oportunidade de servi-lo.
Philip Kotler, 2003
vi
RESUMO
A busca pela lealdade a um produto ou marca tem sido o objetivo de
acadêmicos e profissionais de marketing que se empenham, continuadamente, em
identificar atitudes e comportamentos dos clientes aprofundando-se na compreensão
dos antecedentes deste constructo – importante componente do crescimento
organizacional e no desenvolvimento dos relacionamentos de longo prazo. A
satisfação é um antecedente reconhecido do constructo estudado; porém depender
apenas de sua gestão para a retenção de clientes pode não trazer os resultados
esperados. Conforme alguns estudos acadêmicos, a satisfação é um dos condutores,
que é coadjuvado pela confiança e valor com os constructos relacionando-se entre si
na formação da lealdade; porém, estudos indicam que este comportamento não é
final e definitivo até que a força interior e a determinação pessoal tornem possível o
desenvolvimento daquela ultima lealdade (ultimate loyalty) como descrito por Oliver
(1999). Este trabalho buscou caracterizar as fases (cognitiva, afetiva, conativa e
ação) e o grau de aderência, ao constructo, dos clientes de um mercado
organizacional atendidos por uma empresa distribuidora de “commodities instalada
na região central do interior do Estado de São Paulo. Como resultado final, conclui-se
pela não existência da lealdade nos mercados de “commodities”, na amostra
estudada, considerando que o comportamento demonstrado pelos respondentes
sugere a dependência a interesses e a custos de mudança; os resultados indicam,
finalmente, que não foram validados no presente trabalho e no segmento de mercado
escolhido a teoria das fases formadoras da lealdade como propostas por Oliver
(1999). Os resultados obtidos são discutidos, bem como as implicações acadêmicas
e gerenciais obtidas. Juntamente com as análises são apresentadas sugestões para
novos estudos. Entre as sugestões para novos estudos entendemos ser importante
uma nova pesquisa em outros fornecedores de “commodities” do mesmo ramo de
atividade da empresa-foco da pesquisa com a finalidade de ratificar resultados e ou
colocar mais foco sobre o assunto.
Palavras-chave: fases da lealdade; marketing de relacionamento; mercado
organizacional
vii
ABSTRACT
The search for loyalty to a product or brand has been the goal of academic and
marketing professionals who try hard, continuously to identify attitudes and behaviors
of clients, going deeply in the understanding of the antecedents of this constructo
which is an important component of organizational growth and in the development of
long-term relationships. Satisfaction is a recognized antecedent of the constructo we
have studied; but depending only on its management conduct to keep clients may not
bring the expected results. According to some academic studies, satisfaction is one of
the conductors which together with trust, value and the constructos, make loyalty; but
studies indicate that this behavior isn’t final or decisive until the internal power and
personal determination make the development of that ultimate loyalty possible, as
described by Oliver (1999). This job tried to characterize the phases (cognitive,
affective, conative and action) and the grade of adherence to the constructo, by the
clients of an organizational market attended by a commodity distributor company, set
up in the central region of São Paulo State. As a final result we can conclude that
there isn’t loyalty in the commodity market, in the studied samples considering that
the behavior demonstrated by the participants suggests the dependence to interests
and change costs; the results indicate finally that the theory of phases forming loyalty
proposed by Oliver (1999) wasn’t validated in this job and in the chosen market
segment. The results as well as the academic and managerial implications obtained
are discussed. Together with the analysis, suggestions to new studies are presented.
These suggestions include a new research with other commodity suppliers in the
same activity segment of this research’s target company leading to the ratification of
the results and / or a higher focus on the subject.
Key-words: loyalty phases; marketing of relationship; organizational market
viii
SUMARIO
RESUMO .............................................................................................................. vi
ABSTRACT .......................................................................................................... vii
LISTA DE QUADROS .......................................................................................... x
LISTA DE TABELAS ........................................................................................... xi
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................ xii
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
1.1 Problema de estudo ............................................................................. 3
1.2 Objetivos e questões de pesquisa ....................................................... 5
1.3 Justificativa e importância do tema ...................................................... 6
1.4 Estrutura do trabalho .... ...................................................................... 6
2 - REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 8
2.1 Lealdade............................................................................................ 9
2.1.1 Constructo de lealdade......................................................... 9
2.1.2 Fases da lealdade................................................................ 14
2.2 Marketing de relacionamento.......................................................... 22
2.2.1 Estágios do Processo de Construção de Relacionamentos 27
2.2.2 Estruturas de relacionamentos ........................................... 29
2.3 Constructos Formadores da Lealdade........................................... 30
2.3.1 Constructo de Satisfação.................................................... 30
2.3.2 Constructo de Confiança..................................................... 38
2.3.3 Constructo de Valor............................................................. 40
2.3.4 Custos de Mudança e a sua Influência na Lealdade.......... 45
3 – METODOLOGIA............................................................................................. 48
3.1 Etapa I – Calibragem de modelos de pesquisa quantitativa e
análise qualitativa............................................................... 49
3.2 Etapa II – Pesquisa pela Escala de McMullan e Gilmore (2003)........ 50
4 – RESULTADO E DISCUSSÃO........................................................................ 52
4.1 Resultados da Etapa I......................................................................... 52
4.2 Resultados da Etapa II........................................................................ 56
4.3 Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade (Oliver) – Etapa II ...... 59
4.3.1 Cognitiva............................................................................. 59
4.3.2 Afetiva.................................................................................. 61
4.3.3 Conativa.............................................................................. 62
4.3.4 Ação.................................................................................... 64
4.3.5 Comentários sobre a Pesquisa por Fases de Formação da
Lealdade (Oliver)................................................................. 66
4.4 Fatores de Percepção sobre a Lealdade............................................ 67
4.5 Comentários sobre a Tab. 12 Componentes da Matriz Rotacionada e
Fatores............................................................................................... 71
ix
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 73
5.1 Considerações sobre as Fases da Lealdade..................................... 74
5.2 Limitações e Sugestões para Novos Estudos.................................... 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 78
Apêndices.......................................................................................................... 85
Apêndice A Proposta de formatação do questionário de pesquisa................. 86
Apêndice B Proposta de questionário de pesquisa – Final (todas as fases).. 95
Apêndice C Roteiro para entrevista................................................................. 97
Apêndice D Questionário de múltipla escolha para apoio às entrevistas........ 99
Apêndice E Planilha para ser apresentada ao pesquisado na entrevista....... 103
Apêndice F Avaliação dos questionários – pesquisa Qualitativa.................... 104
Apêndice G Questionário de pesquisa............... ............................................. 108
Apêndice H Tabulação dos dados da pesquisa. ............................................ 110
Apêndice I Quadros e gráficos dos resultados da pesquisa........................... 112
x
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Diferentes Tipos de Lealdade............................................................... 10
Quadro 2 Processo de Formação da Lealdade (Oliver, 1999)............................. 16
Quadro 3 Teorias Acadêmicas sobre as Fases da Lealdade............................... 17
Quadro 4 Estágios do Processo de Construção de Relacionamentos................. 28
Quadro 5 Tipos dos Custos de Mudança............................................................... 46
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Quantidade de Funcionários por Empresa Pesquisada......................... 56
Tabela 2 Tempo que Compra do Fornecedor X.................................................... 57
Tabela 3 Em Relação ao Fornecedor X eu me Considero.................................... 57
Tabela 4 Numero de Fornecedores de quem compra........................................... 58
Tabela 5 Desconto no Preço Pago que o Faria Mudar de seu Fornecedor
Habitual................................................................................................... 58
Tabela 6 Cognitiva – Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade
(Oliver, 1999).......................................................................................... 60
Tabela 7 Afetiva – Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade
(Oliver, 1999).......................................................................................... 61
Tabela 8 Conativa – Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade
(Oliver, 1999).......................................................................................... 63
Tabela 9 Ação – Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade
(Oliver, 1999).......................................................................................... 65
Tabela 10 Autovalores e Variáveis Explicada........................................................ 68
Tabela 11 Índice de KMO e de qui-quadrado........................................................ 69
Tabela 12 Componentes de Matriz Rotacionada e Fatores................................... 69
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Percepção de Equidade.......................................................................... 20
Figura 2 Estruturas de Relacionamento................................................................ 29
Figura 3 Seis Representações de Satisfação e Lealdade (Oliver,1999).............. 36
Figura 4 Modelo Teórico dos Antecedentes da Lealdade.................................... 42
1
1 INTRODUÇÃO
O interesse pelo tema lealdade do cliente e os primeiros estudos e trabalhos
sobre este constructo remontam à década de 70, conforme Oliver (1999). A partir de
então o interesse pelo tema vem crescendo, principalmente quando acadêmicos e
empresas começaram a entender e descobrir que a manutenção de clientes levaria
a um desempenho superior. Day (1969) foi um dos primeiros a apontar o papel da
atitude na decisão de compra na lealdade à marca. Buscar e conquistar a lealdade
do cliente é um dos objetivos dos mais desafiadores para as empresas e
profissionais de marketing. Os esforços das organizações estão cada vez mais
dirigidos para criar vínculos fortes com clientes existentes através de
ações/mecanismos que criem relacionamentos sólidos e duradouros que venham a
contribuir para a construção e manutenção da lealdade do cliente.
Porém, anteriormente a idéia predominante não era esta. A estratégia de que
oferecer produtos/serviços de qualidade e desta forma procurar garantir a satisfação
dos clientes norteou durante muito tempo as empresas no relacionamento com seus
clientes Este comportamento empresarial sugere que bastaria as empresas
garantirem altos níveis de satisfação para garantir e manter a fidelidade e lealdade
de seus clientes aos seus produtos e serviços ao longo do tempo, além de um
retorno de investimento adequado e satisfatório. Embora esta idéia tenha sido
predominante na visão de muitos administradores, alguns fatos se mostravam
contrários a esta proposição, surgindo, então, a manifestação de pesquisadores que
criticam a popularidade dos meros estudos da satisfação, tais como Deming (1986)
que menciona que "não bastará ter os clientes meramente satisfeitos”; Jones e
Sasser (1995) comentam que “meramente satisfazer aos clientes, que têm a
liberdade para fazer escolhas, não é o bastante para mantê-los leais". Talvez o
maior defensor, neste campo, de que a "satisfação não é bastante" é Reichheld
(1996), que criou a expressão "a armadilha da satisfação”. Neste mesmo estudo,
Reichheld (1996), comenta que “dos clientes que se manifestam estarem satisfeitos
ou muito satisfeitos, entre 65% e 85% abandonará seu fornecedor”. Na indústria
automobilística o comportamento dos clientes não é muito diferente; pois dos 85% a
95% dos clientes que relatam que estão satisfeitos, o retorno efetivo acontece,
apenas, entre 30% a 40% dos clientes (OLIVER, 1999).
2
A satisfação é tida como uma das variáveis mais mencionadas na literatura;
ela é citada como sendo a condição para relacionamentos duráveis (HESKETT et
al., 1997). Em estudo, Liljander e Strandvik (1995) concluem que a satisfação total é
o melhor indicador de intenções de recompra que a qualidade percebida nos
serviços prestados. Embora os estudos mencionados demonstrem a importância e
relevância do constructo satisfação como antecedente ao comprometimento, os
estudos tamm mostraram que a satisfação não é bastante suficiente para garantir
o compromisso, principalmente no que tange ao comportamento de recompra
(JONES e SASSER, 1995). A partir da década de 90 , pesquisadores e estudiosos
voltaram as suas atenções e trabalhos para estudos mais profundos da relação
satisfação-lealdade.
Os conceitos de lealdade e comprometimento tornaram-se mais relevantes
ainda a partir do momento em que as empresas começaram a perceber que a
fidelidade dos seus clientes é o que garantiria retornos financeiros futuros. Conforme
Oliver (1997), a fidelidade tem efeito sobre a lucratividade na medida em que tem
uma influência direta sobre o fluxo futuro de clientes. Atualmente, é destacada a
forte tendência das empresas em migrar de estratégias baseadas em satisfação
para estratégias orientadas à fidelização e lealdade, pois são evidentes os
resultados positivos financeiros quando se tem uma base de clientes fiéis e leais. A
busca pela fidelização e lealdade de seus clientes, portanto, podem ser
consideradas como os grandes desafios e, certamente, poderemos colocá-los entre
os principais problemas gerenciais e estratégicos enfrentados pelos gestores e
executivos das empresas de serviços. A compreensão dos efeitos financeiros
ocasionados pelo aumento do nível de lealdade e conseqüente redução na deserção
de consumidores é importante, como afirma Kotler (2003 a) sobre a necessidade de
um trabalho focado na satisfação dos clientes, a saber: a conquista de novos
clientes pode custar de 5 a 10 vezes mais do que a retenção dos atuais clientes; em
média, empresas perdem de 10 a 20% de seus clientes por ano; uma redução de
5% no índice de perda de clientes pode aumentar os lucros em algo entre 25% e
85%, dependendo do setor de atividade (KOTLER, 2003 a); a rentabilidade dos
clientes tende a aumentar ao longo do ciclo de venda dos clientes retidos
(REICHHELD, 1996).
3
A mudança de ênfase da satisfação para a ênfase na lealdade parece ser
uma mudança de valor na estratégia para a maioria das empresas, porque os
negócios compreendem o impacto de lucro em se ter uma base de clientes leais
(OLIVER, 1999). Reichheld (1996) afirma que o aumento do valor atual líquido no
lucro em 5% é o resultado da retenção do cliente, variando este numero (lucro) entre
25% e 95% , sobre 14 indústrias pesquisadas.
A busca contínua pela satisfação, fidelização e lealdade dos clientes, e desta
forma criar e manter um relacionamento duradouro; não deve ser entendido como
um custo, mas como um investimento que poderá gerar margens de lucro
crescentes e superiores às conseguidas com clientes eventuais e esporádicos.
Há uma forte tendência, em parte, significativa das empresas empenhadas
em buscar a aproximação e interação com os seus clientes atuais; e
simultaneamente são desenvolvidas e direcionadas estratégias visando a
recuperação de ex-clientes e a conquista de novos, especialmente se forem da
concorrência.
Converter clientes eventuais em clientes habituais e tratá-los para tornarem-se
cada vez mais importantes são atitudes de empresas com foco nos clientes. São
atitudes e estratégias proativas de empresas inteligentes que não se vêem como
vendedoras de produtos, mas como criadoras de clientes lucrativos (KOTLER,
2002).
1.1 Problema de estudo
A orientação para o mercado pode ser considerada como uma estratégia
importante para o desenvolvimento e crescimento das organizações na busca da
lealdade e fidelização de seus clientes. O ambiente empresarial, por ser
naturalmente, de forte competição, deve estimular às empresas a desenvolverem
sua criatividade buscando estratégias e diferenciais que aumentem a sua visibilidade
e competitividade no mercado, facilite a colocação de seus produtos e desenvolva
ação visando a superação de seus concorrentes. As aplicações de novas estratégias
indicaram um novo caminho a ser seguido pelas empresas que pretendem criar
vantagens competitivas sustentáveis a longo prazo: a orientação pelo mercado,
oferecendo ao cliente o que deseja ou necessita. Essa mudança tem por base três
4
aspectos básicos do conceito de marketing: a satisfação do consumidor, o esforço
total da empresa para a satisfação do cliente e os resultados positivos para a
organização.
Como existem diferenças nas extensões dos níveis de satisfação e lealdade
em cada tipo de serviço, as estratégias para obtenção do comprometimento dos
clientes devem considerar as características de cada negócio, permitindo assim
modelar uma estratégia adequada à natureza de cada serviço. Para isso, é
importante que os conceitos e a relação entre a satisfação e a lealdade dos clientes
sejam melhores compreendidos, e com isso, seja possível tentar responder o
questionamento.
O cliente ao ser analisado nos seus diferentes comportamentos e atitudes,
conforme Oliver (1997), na formação do processo de decisão de recompra de um
determinado produto passa por diversas fases que sugerem a formação da lealdade.
O problema de interesse, deste estudo, é a descoberta de qual será o
comportamento do cliente na aquisição de mercadorias “commodities” em um
mercado competitivo. Como e qual seria o relacionamento cliente/fornecedor nas
transações e eventuais recompras neste segmento. Como se aplicariam as fases
formadoras da lealdade; conforme, Oliver (1999); em um mercado de “commodities”,
em um ambiente de mercados organizacionais muito competitivos.
Durante muito tempo, as empresas voltaram-se para seus produtos com a
preocupação focada no aumento do volume de produtos comercializados, na
estabilização da marca e do produto no mercado. O atendimento ao cliente era
reativo e os esforços de marketing eram atrelados à conquista de novos clientes.
Kotler et al., (2006) conceitua marketing como sendo um processo social,
através do qual pessoas e/ou grupos de pessoas obtêm aquilo que desejam e o que
necessitam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor
com outros; um conjunto de ações e atividades que levadas a cabo com uma
estratégia bem definida e que motivam a organização por meio de um compromisso
a atender as necessidades do cliente com vantagens lucrativas (HOOLEY et al.,
2001). O marketing, visto como estratégia, procura desenvolver respostas eficientes
a ambientes de mercado em transição ao definir segmentos de mercado,
desenvolver e posicionar produtos destinados àqueles públicos-alvo (HOOLEY et al.,
2001). O marketing procura, desta forma, adequar as estratégias de acordo com a
característica do mercado.
5
O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos para
criar, comunicar e entregar valor superior aos clientes, conseguindo desta maneira
melhores e mais duradouros relacionamentos com o mesmo e proporcionando
vantagens competitivas com resultados que beneficiam a organização e seus
stakeholders (AMA - American Marketing Association, 2005). Deste modo, entender
as relações entre erros e falhas no serviço bem como o impacto provocado na
satisfação dos clientes e na qualidade do relacionamento entre partes, ganha forte
importância nas empresas.
Na evolução das relações de mercado, constatou-se que somente atrair o
cliente não é suficiente; há que se conquistar a sua lealdade, fator de forte influência
no relacionamento cliente / fornecedor. Em razão disso, o marketing de
relacionamento passou a ocupar função de destaque nas estratégias empresariais.
Para Reichheld (1996) a empresa atinge patamares superiores de lucratividade ao
fornecer valor para o cliente que tem a percepção de serem significativos e
vantajosos, se comparados às ofertas concorrentes. Ao entender como relevantes o
diferencial oferecido, o cliente se torna leal e fiel à empresa retribuindo com a
recompra por longo prazo. Reichheld (1996) acrescenta que ao entregar,
consistentemente, valor superior ao cliente, a empresa conquista a sua lealdade e
aumenta a sua participação no mercado. Em função de sua complexidade e seu
caráter multidimensional, o conceito de parceria (relação ganha-ganha), canais
comerciais desobstruídos, relações comerciais claras e com benefícios mútuos,
muitos trabalhos têm sido desenvolvidos principalmente no que tange à criação e
manutenção de relacionamentos de longo prazo.
1.2 Objetivos e questões de pesquisa
O objetivo geral desta dissertação é analisar as fases formadoras da lealdade,
(OLIVER, 1999), e como elas se aplicam no relacionamento que se desenvolve entre
cliente/fornecedor.
Como objetivos específicos:
- Verificar a existência de lealdade nos relacionamentos entre fornecedor e
clientes atendidos por uma empresa distribuidora de “commodities.
- Adaptar a escala/questionário de lealdade de McMullan e Gilmore (2003)
o objeto de estudo desta dissertação.
6
- Confirmar a aplicação das fases formadoras da lealdade (OLIVER, 1999)
em clientes de empresa distribuidora de “commodities”.
- Determinar os Índices de Concordância(IC) obtidos na pesquisa por fase de
lealdade, comparando-os com os valores obtidos na pesquisa quantitativa.
- Avaliação dos resultados por fase da formação da lealdade e a sua relação
com a lealdade declarada pelos respondentes na pesquisa.
- Identificar os fatores resultantes da matriz rotacionada obtida com os dados
da pesquisa.
1.3 Justificativa e importância do tema
Desenvolver estudo, pesquisa e análises específicas sobre a existência da
lealdade nos relacionamentos entre cliente/fornecedor; especificamente tendo o foco
direcionado para os clientes atendidos por uma empresa distribuidora de
“commodities” no mercado regional.
O trabalho busca avaliar qual o comportamento do cliente visto pelo ângulo da
lealdade ao fornecedor/marca na comercialização do produto de consumo básico,
com concorrência acirrada e elevado número de distribuidores. A importância do
relacionamento entre empresas e as estratégias para torná-lo duradouro, pode
transformar-se em um caminho para a lealdade entre cliente/fornecedor.
O aumento do interesse pela lealdade do consumidor deve-se principalmente
ao reconhecimento de que simplesmente satisfazer o consumidor não é garantia de
que este volte a fazer negócios com a empresa. Satisfação e lealdade não
necessariamente caminham juntas (OLIVER, 1999). Outros fatores podem agir sobre
a lealdade do consumidor.
Desta forma, este estudo se propõe a analisar a lealdade do consumidor bem
como avaliar a influência de seus antecedentes sobre ela. Assim, espera-se que os
resultados deste trabalho contribuam para uma melhor compreensão do constructo
lealdade e, principalmente, acrescentem conhecimentos sobre o comportamento do
consumidor de commodities” no contexto brasileiro.
7
1.4 Estrutura do trabalho
A dissertação está estruturada em cinco capítulos. O capítulo inicial constituí-
se de uma introdução ao tema, apresentação ao problema de estudo, os objetivos e
a justificativa, relevância e a importância do tema. No segundo capítulo, é
apresentada uma revisão bibliográfica sobre a lealdade com foco maior no trabalho
publicado por Oliver (1999) sobre o tema (fases da lealdade), onde são descritos e
abordados os modelos acadêmicos existentes sobre o assunto e ainda, é
desenvolvida uma abordagem sobre marketing de relacionamento; sendo esse
capítulo concluído por uma revisão bibliográfica sobre os constructos satisfação,
confiança e valor e suas funções como condutores à formação da lealdade dos
clientes, complementados com artigo sobre os custos de mudança. O terceiro
capítulo é dedicado à metodologia aplicada ao trabalho de pesquisa, bem como os
resultados e discussão sobre o tema. No quarto capítulo são apresentados os
resultados alcançados por este trabalho e uma discussão referente ao mesmo; e,
concluindo, no quinto capítulo são apresentadas as considerações finais, análises,
conclusões, e sugestões para novos trabalhos.
8
2 REVISÃO DE LITERATURA
Neste capítulo é apresentada uma revisão de literatura sobre o constructo
lealdade explorando-se as suas características e modelos. Neste aspecto foi
utilizado como suporte para sua estruturação, o trabalho publicado por Oliver (1999)
sobre as fases formadoras da lealdade (cognitiva, afetiva, conativa e ação). São
analisados tamm a construção e o papel do marketing de relacionamento e o seu
desenvolvimento no binômio cliente/fornecedor; onde se pretende indicar a
importância da empresa orientada para prestação de serviços ao cliente e o
interesse na criação de relacionamentos duradouros além de valorizar muito a
formação da lealdade dos clientes. A utilização de serviços ao cliente como fator
diferenciador da oferta tem sido indicada por diversos autores como a trajetória a ser
seguida pelas empresas na busca pela preferência e lealdade do cliente; é quando
ela tem a oportunidade de demonstrar onde se diferencia, e quais estratégias utiliza
para oferecer qualidade de serviços e satisfação do consumidor, seja como
atividade, desempenho ou, ainda, como filosofia da empresa.
A criação de uma estratégia que privilegie a prestação de serviços ao cliente
se sustenta na conjugação de fatores importantes e com ocorrência simultânea pela
empresa que deve ser mais efetiva que seu concorrente no desenvolvimento,
entrega e comunicação de valor a seus clientes (KOTLER, 2003), gerando assim
seu diferencial de mercado. Entre as estratégias de diferenciação destaca-se: foco
no produto, nos processos e na qualidade.
A percepção da qualidade de serviço reflete a avaliação de percepções de
serviços realizados em pontos específicos do tempo, enquanto que a satisfação do
consumidor é um julgamento de qualidade ao longo do tempo. O fortalecimento de
uma estratégia voltada para a prestação de serviços deve estar ancorada
firmemente num forte sistema de atendimento das reclamações e sugestões de seus
clientes. Clientes insatisfeitos podem reclamar e posteriormente decidirem se
devem ou não conceder ao fornecedor uma nova oportunidade de atendê-lo bem; ou
simplesmente não compram mais o produto (SHETH et al., 2001), afastando-se do
fornecedor sem maiores explicações. No desenvolvimento da análise dos
constructos, satisfação, confiança e valor, pretende-se demonstrar a sua real
importância e as suas interligações nas fases percorridas pelo cliente no caminho da
lealdade.
9
2.1 Lealdade
Neste item o trabalho aborda o constructo de lealdade. São apresentadas
definições e modelos de formação do constructo lealdade sugerido por vários
autores. O enfoque maior é dado ao trabalho desenvolvido por Oliver (1999) sobre
as fases formadoras da lealdade. Tamm são desenvolvidos textos comparativos
entre os modelos existentes do constructo lealdade.
2.1.1 Constructo Lealdade
Lealdade é definida como a manifestação positiva do cliente com relação à
marca e empresa, demonstrando o seu comprometimento em uma recompra
consistente (SHETH et al., 2001); ou como o grau em que o cliente possui uma
atitude positiva, apresenta comprometimento (vínculo emocional) e pretende
continuar comprando no futuro (MOWEN; MINOR, 1998). Oliver (1999) define
lealdade como um forte comprometimento na recompra de um determinado
produto/serviço, não obstante ser assediado por influências situacionais e esforços
de marketing para sugerir comportamento de troca.
Para Oliver (1997), o início do enfoque comportamental da lealdade remonta
à década de 70, depois de um período onde a maioria dos autores se referia à
lealdade como sendo um padrão de repetição de compras. Os estudos foram
evoluindo e se desenvolvendo nas ultimas três décadas e, atualmente, o constructo
lealdade é efetivamente reconhecido pela sua importância no relacionamento com
clientes. Assim, várias definições de lealdade foram propostas com ênfase na sua
dimensão comportamental. Day (1969) foi um dos primeiros a apontar o papel da
atitude na decisão de compra na lealdade à marca. Conforme o autor, o
comportamento de compra por si só não indica uma ligação com uma marca em
particular, deve-se considerar: o efeito das atitudes do cliente e as opções
disponíveis no mercado. Desta forma, além da repetitividade das compras, para ser
considerado leal, o cliente deve possuir uma atitude positiva em relação ao produto
de um fabricante e em relação às demais opções disponíveis no mercado (CURASI
e KENNEDY, 2002).
A partir da definição de Day (1969), novas definições de lealdade foram
propostas, como a de Jacoby e Chesnut (1978, citados por McMULLAN e
10
GILMORE, 2003), que define a lealdade do cliente como sendo a escolha de uma
marca, em particular, entre várias similares após um processo de decisão e
avaliação durante um período.
A lealdade é mais do que um longo relacionamento de um cliente com uma
determinada empresa ou visitas freqüentes a um mesmo estabelecimento. Lealdade
é um sentimento de afinidade ou ligação com produtos ou serviços de uma empresa;
ela se manifesta quando os clientes gastam ou concentram a maior parte ou a
totalidade de seus orçamentos com a empresa (DAY, 2001).
No que se refere ao processo de decisão do consumidor relacionado à
intenção ou comportamento de recompra, pode-se afirmar que os componentes de
atitudes e comportamentos nem sempre são considerados com a mesma
intensidade. A combinação desses dois fatores aponta para quatro situações
possíveis ilustradas no quadro 1 conforme citado por Sheth et at., (2001), que
definem lealdade do cliente como sendo o comprometimento com o fornecedor,
tendo uma sustentação de forte atitude favorável (forma atitudinal), que se manifesta
através da recompra consistente (forma comportamental).
Quadro 1 – Diferentes Tipos de Lealdade
Comportamento fraco / Atitude fraca: o existe lealdade
Atitude fraca demonstra desinteresse do cliente pelo produto e nem sequer tem
preferência pela marca; comportamento fraco significa que a compra da marca é
esporádica, ou seja, a mesma marca não tem episódios de compra consistentes.
Comportamento fraco / Atitude forte: existe lealdade latente
O cliente até gosta da marca, mas tem sido impedido de comprá-la. Possíveis
impedimentos: preço muito alto, falta de acessibilidade à marca ou ao ponto de
FORTE FRACO
FORTE
Lealdade Lealdade latente
FRACA
Lealdade espuria
incidental
Sem Lealdade
Comportamento
Atitude
Fonte: Adaptado de SHETH, Jagdish N.; MITTAL, Banwai; NEWMAN Bruce I., 2001.
11
venda, que acabam por criar barreiras aos clientes para comprar a marca desejada;
para atrair este cliente é necessário diminuir ou extinguir barreiras ao produto/marca.
Comportamento forte / Atitude fraca: existe lealdade espúria-incidental
O cliente pode estar comprando o produto mas não tem uma atitude de preferência.
Por qualquer atrativo (preço, promoção, etc.) estaria mudando de marca, pois é
muito suscetível ao movimento da concorrência; para convencê-lo seria necessário
um fortalecimento da percepção que o cliente tem do produto/marca.
Comportamento forte / Atitude forte: existe forte lealdade
Quando ambos indicadores são fortes, indicam uma atitude muito favorável a
compras consistentes e contínuas; é a existência da lealdade propriamente dita.
A forma comportamental e a forma atitudinal do cliente nem sempre estão
positivamente correlacionadas (LARAN; ESPINOZA, 2004), em razão de existirem
outros fatores de influência além da lealdade no processo de decio de compra,
tais como preço e conveniência (GRACIOSO 2003; DICK; BASU, 1994). Tais fatores
podem causar efeitos substanciais em mercados muito competitivos com pouca
diferenciação entre produtos – commodities – o que resulta no surgimento de
lealdade falsa determinada por comportamento de compra regular e atitude
desfavorável (DICK; BASU, 2003). Nestes mercados com alto nível de
competitividade – mercado de distribuição decommodities” – onde os produtos são
comuns e de características semelhantes, os retornos ocorrem geralmente em
escala (GRACIOSO, 2003); assim, pequenas atitudes positivas dos fornecedores
direcionadas aos clientes, representam uma contribuição significativa para a
formação de preferência do cliente no longo prazo, representando um grande
benefício para a determinação da lealdade devido à alta competitividade do
ambiente (JONES; SASSER, 1995; DICK; BASU, 1994).
Oliver (1999) conceitua lealdade como sendo a existência de
comprometimento em efetuar compras repetitivas de um mesmo produto ou serviço;
ao assumir esse comportamento o cliente não é influenciável pelos apelos externos
da concorrência na busca de incentivá-lo a trocar de fornecedor e, desta forma,
romper o relacionamento estabelecido. Hennig-Thurau et al., (2002),
complementando, afirmam que a lealdade é mais do que um simples processo de
compra repetitiva e se relaciona, de forma direta, com a apreciação e ao
comprometimento. Os autores enfatizam que o cliente leal compromete-se com a
divulgação da empresa e seus produtos de forma positiva a outros clientes e deixa
12
clara a sua intenção em manter o relacionamento. Complementarmente, Hennig-
Thurau et al., (2002) afirmam que a lealdade é o resultado de vários constructos
interligados, sugerindo inclusive uma abordagem holística para a explicação da
lealdade. Para o desenvolvimento do presente trabalho, o autor, reproduz figura
demonstrativa dos antecedentes da lealdade como desenvolvido por Agustín e
Singh (2002) na figura 4 à p. 42 onde pode ser observada uma construção dos
antecedentes: satisfação, confiança e valor, como sendo condutores à lealdade.
Mais do que medir lealdade, pesquisadores e profissionais têm demonstrado
crescente interesse nos componentes que formam a lealdade do consumidor. De
fato, a lógica de que manter clientes atuais requer menor investimento por parte das
empresas do que conquistar novos clientes e que a parte significativa dos negócios
da empresa são feitos com clientes “mais leais”, tem levado à priorização de
estratégias que construam lealdade e comprometimento.
Esforços e estratégias são desenvolvidos pelas empresas que se empenham,
de forma continuada, a buscar uma aproximação maior com seus clientes visando o
estabelecimento de relacionamentos sólidos e duradouros, pois a retenção dos
mesmos mostra-se mais vantajosa que a atração. Estratégias e esforços são
direcionados ao tratamento de reaproximação com os ex-clientes. Clientes leais e
fiéis à marca proporcionam às empresas uma base estável para crescimento e
aumento de participação no mercado e podendo, ainda, representar um importante
patrimônio intangível no preço de compra de uma empresa (SHIFFMAN; KANUK,
2000). E ainda, os custos de retenção de clientes podem ser bem menores do que
os custos de atração de outros. Além disso, clientes leais costumam ter maiores
gastos com a empresa do que os não-leais (SHIFFMAN; KANUK, 2000).
Porém, o desenvolvimento das estratégias de marketing de relacionamento
embasado pelas pesquisas e estudos acadêmicos, conduziu à constatação de que
somente a satisfação dos clientes não seria suficiente para manter relacionamentos,
o que orientou os pesquisadores a estudar a relação entre satisfação e lealdade
como feita por Oliver (1997; 1999). Oliver (1999) concluiu que a satisfação é uma
etapa importante e necessária para a formação da lealdade de clientes, mas se
torna menos significativa à medida que ela começa a se configurar por meio de
outros mecanismos. A partir de então passou-se a buscar outros fatores, além da
satisfação, que seriam responsáveis pela formação da lealdade como preço,
13
qualidade, valor, confiança, e atitudes (MITTAL; LASSAR, 1998; PARASURAMAN;
GREWAL, 2000; AGUSTING; SINGH, 2001; DICK; BASU, 1994).
Oliver (1997) define a lealdade como um estado de profundo
comprometimento com a recompra de um produto/serviço, consistentemente
preferido no futuro, causando assim o comportamento repetitivo para com a mesma
marca; não obstante influências situacionais e esforços de marketing e da
concorrência desenvolvam estratégias e tenham potencial para provocar e ou causar
um comportamento de troca. Observando a definição de Oliver (1997), pode-se
reconhecer a lealdade como um forte compromisso para a recompra sustentado por
uma preferência forte para o produto ou o serviço. Neste sentido observam-se
ambas as dimensões da lealdade: atitudinal e comportamental.
Considerando este conceito é tamm possível justificar a preferência de
alguns autores em substituir a palavra lealdade por comprometimento. Morgan e
Hunt (1994), Moorman (1994), Berry e Parasuraman (1991), por exemplo,
consideram o comprometimento como um conceito central na teoria do marketing do
relacionamento e definem que o compromisso acontece quando os valores do
relacionamento com o cliente são fortes para mantê-lo e suficientemente
convincentes para que ele deseje continuar a comprar o produto ou serviço. Outros
autores, tais como Engel et al., (1995), e tamm Sheth et al., (2001), reforçam
dimensões comportamentais e atitudinais em suas definições da lealdade.
Conseqüentemente, medir o nível do comprometimento implica em considerar
as dimensões atitudinal e comportamental. Em estudo, Oliver (1999) apresenta uma
estrutura para o conceito da lealdade que faz exame no cliente das três dimensões
da atitude (cognitiva-afetiva-conativa) aos quais adiciona a dimensão da ação. Seu
trabalho acompanha a estrutura atitudinal de formação da lealdade, argumentando
que os três antecedentes da lealdade não precisam ocorrer de forma simultânea
para que ela exista. Continuando, o autor menciona que o consumidor pode se
tornar leal com base em cada um dos elementos que formam a atitude,
caracterizando assim, uma fase distinta da lealdade. O autor argumenta que o
consumidor pode se tornar leal em cada etapa da dimensão passo a passo.
Neste contexto, o trabalho pretende estudar a formação da lealdade de
clientes considerada aqui como um processo que se desenvolve em diferentes
fases, utilizando como forma de compreensão os conceitos de envolvimento com o
14
produto e o comprometimento com a marca. Para tanto é necessário fazer a
distinção conceitual entre lealdade e recompra por ircia.
A distinção entre a lealdade verdadeira e a recompra por ircia é a atitude do
consumidor em relação à marca (DICK; BASU, 1994). A lealdade à marca requer
uma forte disposição interna do consumidor em continuar comprando a mesma
marca (componente atitudinal). Por outro lado, o comportamento de inércia requer
apenas um comportamento habitual do consumidor que busca reduzir os esforços
físicos e mentais do processo de compra (AMINE, 1998). Para que seja possível
detectar a verdadeira lealdade, é necessário avaliar os afetos e as intenções do
consumidor dentro da estrutura tradicional de atitude do mesmo (OLIVER, 1999).
2.1.2 Fases da Lealdade
Oliver (1997) apresenta uma nova abordagem ao estudo da lealdade,
considerando-a um processo dinâmico. O autor segue a estrutura atitudinal de
formação da lealdade, porém argumenta que os três antecedentes da atitude não
precisam ocorrer simultaneamente para a lealdade existir. Para Oliver (1999), o
consumidor pode se tornar leal com base em cada um dos elementos que formam a
atitude, caracterizando uma fase distinta de lealdade. Sob essa ótica, o consumidor
tornar-se-ia leal primeiramente num senso cognitivo, depois passaria a uma lealdade
afetiva, passando ainda por uma fase conativa até chegar à lealdade ação. Segue-
se a descrição de cada uma das fases da lealdade.
A lealdade cognitiva é caracterizada pela influência das informações sobre
os atributos do produto disponível ao consumidor. Essas informações devem indicar
o produto focado como superior às alternativas existentes, estando relacionada com
as percepções de preços, qualidade e benefícios do produto. É a fase baseada
apenas nas informações disponíveis acerca de atributos de desempenho. Uma outra
característica desta fase da lealdade é a falta de profundidade, pois as informações
não têm o alcance de experiências maiores (testes, experimentação, etc.). Oliver
(1999),considera a lealdade cognitiva como uma “lealdade fantasma”, pois está
diretamente ligada aos custos e benefícios percebidos pelo consumidor e não a uma
ligação efetiva ao produto. A cognição resultante da avaliação do produto pode ser
baseada na aprendizagem ou em experiências recentes do consumidor. À medida
que a satisfação com o produto ou serviço é processada, ela se torna parte da
15
experiência do consumidor, iniciando a sensação de afeto com o produto e levando
à fase seguinte de lealdade.
Caso ocorra a satisfação com o produto/serviços, a experiência poderá levar
à fase afetiva que é marcada pela sustentação proporcionada pela satisfação e
envolvimento com o produto/serviço reforçando uma atitude positiva para com a
marca e a formação de afeto em relação ao produto após sucessivas experiências
satisfatórias. Nessa fase, o comprometimento é codificado na mente do consumidor
como cognição (conhecimento do produto) e afeto. Enquanto a cognição é sujeita à
contra-argumentação, o afeto não é facilmente derrubado. Por isso, a lealdade
afetiva é menos sujeita à substituição da marca do que a lealdade cognitiva, embora
continue sujeita ao comportamento de mudança. Ainda assim, essa fase não é
profunda, pois podem ocorrer mudanças (fornecedor e marca) mesmo que o
consumidor se manifeste como satisfeito.
A terceira fase, conhecida como lealdade conativa, é formada após
sucessivos episódios satisfatórios e de afeto positivo em direção ao produto. A
conação, por definição, implica no comprometimento em recomprar uma marca
específica e na consistência ou estabilidade de suas crenças a respeito do produto
ou serviço (McMULLAN; GILMORE, 2003). Dick e Basu (1994) apresentam como
antecedentes do componente conativo da atitude três aspectos distintos: (1) custos
de mudança (custos associados à troca de fornecedor, sejam eles monetários,
psicológicos e de aprendizagem, entre outros); (2) custos irrecuperáveis (custos já
incorridos do relacionamento) e (3) expectativas futuras (ajuste esperado entre a
oferta de mercado e as necessidades do consumidor). Nessa fase, o consumidor
está comprometido com a marca, mas não evita a experimentação de novas ofertas.
Aqui, a empresa alcançou a superioridade de produto e estabeleceu a preferência
por sua marca devido à sua qualidade e habilidade em continuar satisfazendo o
consumidor.
A lealdade da ação proposta por Oliver (1999) compreende uma quarta fase
da formação da lealdade que ultrapassa o modelo de três componentes de atitude,
inserindo como ponto chave o controle da ação: mecanismos através dos quais as
intenções são convertidas em ação. Esta ação é baseada na disposição para agir,
com forte comprometimento de recompra no futuro, superando obstáculos e
influências situacionais e estratégias/esforços de marketing que teriam potencial
para provocar mudança de fornecedor (OLIVER, 1999).
16
O paradigma do controle de ação propõe que a intenção (motivação para agir
da fase anterior) é transformada em prontidão para agir, acompanhada de um
desejo adicional de superar obstáculos que possam impedir a ocorrência do ato. A
prontidão para agir é similar ao “comprometimento profundo em comprar a marca
novamente no futuro”, enquanto superar obstáculos é similar a “apesar de
influências situacionais e esforços de marketing”. À medida que essa ligação do
consumidor com a marca se repete, uma inércia de ação é desenvolvida, facilitando,
assim, a recompra (OLIVER, 1999). O autor também relaciona a lealdade ao
contexto sócio-emocional propondo uma estrutura que relaciona o grau de
determinismo e força pessoal, combinação entre afeto e comprometimento, –
fortitude – acrescidos do suporte da sociedade/comunidade, podendo resultar em
um estado de lealdade final (ultimate loyalty) quando o consumidor deseja ser leal e
a sociedade também quer que ele o seja . Para melhor entendimento das fases de
formação da lealdade propostas por Oliver (1999) observa-se no quadro 2 que o
processo tem as suas características e também fortes vulnerabilidades que
demandam da atitude do cliente frente a um produto/marca.
Quadro 2 – Processo de Formação da Lealdade (OLIVER, 1999)
O constructo lealdade já foi objeto de estudos e teorias além de Oliver (1999),
que é a linha de orientação deste trabalho, em pesquisas desenvolvidas por Berry e
Parasuraman (1991), Costabile (2000) e Kotler (2003), semelhantemente ao trabalho
Fase Caracteristica
V
ulnerabilidade
Lealdade as informações tais Uma melhor atuação da concorrência em comunicação e
como: preços, benefícios, preços; experiencia pessoal ou indireta (ex.: propaganada)
COGNITIVA
qualidade, etc. (caracteristicas). Deterioração nas caracteristicas ou preço do produto
Procura de variedades e experimentação voluntária
Lealdade de gostar de: "Eu Descontentamento induzido pela cognitividade
compro isto porque eu gosto" Aumento da preferência por produtos da concorrência
AFETIVA
Sustentada pela satisfação, (talvez ocorrido por associações e imagens). Procura de
envolvimento e consistência variedade e experimentação. Deterioração do desempenho.
cognitiva.
Lealdade como intenção: Concorrência com contra-argumentação e mensagens
"Eu estou comprometido persuasivas. Experimentação induzida (ex.: cupons,
CONATIVA a comprar isto". Sustentado amostra gratis, promoção em ponto de venda)
por comprometimento e Deterioração do desempenho.
consistência cognitiva.
Lealdade da inércia da ação: Induzido a indisponibilidade (ex.:stocklifs - comerciante
acoplada com o sentimento compra o estoque inteiro de um produto de um
ÃO de superação de obstáculos. concorrente), obstáculos geralmente aumentados
Deterioração de desempenho
Fonte : adaptado de Oliver, 1999
17
de Oliver (1999), tamm sugerem que a lealdade é formada por fases que se
desenvolvem em um crescendo até a sua consolidação, como pode ser observado
no quadro 3.
Quadro 3 – Teorias Acadêmicas Sobre as Fases Formadoras da Lealdade
No texto que segue, o autor tem o objetivo de descrever e estabelecer uma
comparação entre os modelos caracterizados como fases de formação da lealdade,
para observar-se a semelhança existente entre eles.
A literatura de marketing do relacionamento categorizou os níveis do
relacionamento e do compromisso em várias maneiras. Entretanto, há uma
unanimidade em apresentar o conceito da lealdade sob a perspectiva de uma escala
contínua que vai de um extremo - "um relacionamento puramente transacional" - ao
outro - "um relacionamento puramente colaborativo" (ANDERSON; NARUS, 1990)
ou "puramente transacional" para “puramente relacional” (GRONROOS, 1990).
Berry e Parasuraman (1991) apresentam um modelo onde desenvolvem uma
análise procurando demonstrar a intensidade do relacionamento classificando-o em
três níveis. Neste modelo, o compromisso (financeiro) do nível 1 corresponde ao
comportamento da transação, onde o consumidor privilegia somente o preço e
Autor Berry e Parasuraman Oliver
Fase 1991 1999
Compromisso Nivel 1 Cognitiva
Consumidor privilegia preços e Formada pela influência das informações sobre os
considerações de curto prazo atributos do produto disponível ao consumidor
Afetiva
Compromisso Nivel 2 Caracterizada pela formação de afeto em relação ao
Consumidor fica satisfeito; mostra preferência forte produto após sucessivas experiências satisfatórias
por um fornecedor, com compras consistentes Conativa
Após sucessivas experiencias satisfatorias, criação
de afeto positivo; comprometimento em recomprar
Compromisso Nivel 3 Ação
Consumidor pronto para agir, quer superar obstáculos Motivação para agir,transformada em prontidão para
e a recompra ocorre com mais facilidade agir, mais desejo de superar obstáculos e recomprar
Autor Costabile Kotler
Fase 2000 2003
Satisfação e Confiança Cliente de Primeira Compra
As experiências percebidas favoráveis Fase de experimentação
podem encaminhar para recompra
Confiança e Compra Repetida Cliente com Compras Repetidas
Cliente desenvolve lealdade compotamental; compras Clientes satisfeitos, fazem compras repetidas
repetidas, comparando valor recebido nas transações
Lealdade Mental Advogado
Sucesso das avaliações da fase anterior conduzirá o Clientes com compras repetidas, estão satisfeitos e
cliente a decisão sólida em negociar com a empresa tentam manter esse relacionamento: cliente/fornecedor
Lealdade Cooperativa Sócio
Cliente considerado leal, está ligado à empresa por Faz 100% das compras em um mesmo fornecedor
uma lealdade mental e comportamental relaciona/to estrutural completo de interdependência
Fonte : Elaborado pelo autor com base nos trabalhos de Berry e Parasuraman (1991), Oliver (1999), Costabile (2000) e Kotler (2003).
AÇÃO
CONATIVA
AFETIVA
COGNITIVA
COGNITIVA
AFETIVA
CONATIVA
AÇÃO
18
outras considerações em curto prazo. Em comparação com o conceito da lealdade
por Oliver (1999), este estágio corresponderia à lealdade cognitiva em que o
consumidor prefere o tipo, porém a transação e/ou transações não significa um
estado de satisfação como um antecedente. A transação pode ser mera rotina para
o cliente. Conseqüentemente, este relacionamento é mais vulnerável às ações da
concorrência. A substituição de fornecedor se dará por atrativos que atendam a
conveniência do cliente tais como : preços, ofertas, prazos especiais.
O compromisso (social) do nível 2, como definido pelos modelos de Berry e
Parasuraman (1991), corresponde ao nível do advogado ou ao de serviço no qual o
consumidor é satisfeito e mostra a preferência forte para um fornecedor, comprando
consistentemente da empresa. Esse nível corresponde, como definido por Oliver
(1999), à lealdade afetiva e conativa, isto é, preferência para uma marca é baseada
não somente em avaliações cognitivas, mas também em episódios e experiências
anteriores repetitivas e de uso satisfatório. O consumidor demonstra estar com forte
intenção de praticar a recompra.
No nível 3, o relacionamento acontece no nível estrutural e significa que o
cliente direciona 100% das compras de produtos/serviços para somente um
fornecedor. Este nível corresponde, dentro das estruturas de Oliver (1999), à
lealdade da ação, refletindo que o consumidor está pronto para agir e querendo
superar os obstáculos, que desenvolvem a inércia da ação e faz a recompra
acontecer mais facilmente.
Desta forma podemos entender que há níveis diferentes de comprometimento
como sugeridos por Berry e Parasuraman (1991) e que tais níveis podem ser
medidos por meio dos indicadores da lealdade sugeridos no estudo por Oliver
(1999). Os clientes que mostram um nível mais elevado do compromisso são
aqueles que apresentam níveis elevados da satisfação e da intenção forte de manter
a compra “apesar das influências situacionais e dos esforços de marketing que têm o
potencial para causar o comportamento de troca” (OLIVER, 1999). Entretanto, é
possível encontrar os clientes que são compradores freqüentes com nível baixo de
satisfação. De acordo com Berry e Parasuraman (1991) e modelos de Oliver (1999),
esses clientes teriam um nível baixo do comprometimento. Porém devemos
considerar que a satisfação é uma das variáveis das mais mencionadas na literatura
como uma condição para relacionamentos duráveis (HESKETT et al., 1997).
19
Costabile (2000) define lealdade do cliente como sendo a forma mais forte de
relação entre o cliente e a empresa. Esta definição, além de incluir o conceito de
lealdade verdadeira, adiciona os aspectos de reciprocidade, eqüidade, justiça,
atitudes e comportamentos cooperativos. Assim, Costabile (2000) afirma que a
formação da lealdade do cliente ocorre de forma continuada com os constructos –
relacionais, cognitivos e comportamentais – sobrepondo-se para formarem o
constructo multidimensional de lealdade do cliente. O modelo proposto é formado
por quatro fases, a saber: 1) satisfação e confiança; 2) confiança e compra repetida;
3) lealdade mental; e 4) lealdade cooperativa.
Na primeira fase, da satisfação e confiança, as experiências percebidas na
compra e consumo subsidiam a avaliação da satisfação do cliente; experiências
favoráveis e bem sucedidas podem encaminhar para a recompra. Caso ocorra a
repetição de episódios de satisfação motivados e confirmados por sucessivas
experiências positivas na compra/consumo, a confiança é desenvolvida.
Com o desenvolvimento da confiança e satisfação, encaminha-se para a
próxima fase que é a da confiança e compra repetida quando o cliente passa a
desenvolver uma lealdade comportamental com compras repetidas, comparando e
avaliando o valor recebido com os custos de transação presentes. A duração desta
fase está ligada ao nível de pressão competitiva, ao nível de obsolescência
tecnológica (conforme a percepção do cliente) e ao nível de envolvimento. A
comparação do valor recebido pelo cliente em comparação às alternativas existentes
no mercado é que determinará qual será o desfecho desta fase.
Existem três resultados possíveis para este estado de tensão no
relacionamento entre cliente/fornecedor, que podem ser: 1) fim do relacionamento
em função da existência de um fornecedor alternativo com proposta de maior valor
que o atual; 2) o relacionamento continua, porém estremecido (lealdade espúria)
porque existem algumas vantagens – custo – na manutenção do relacionamento;
porém nada será como antes, pois o cliente ficará atento ao tomar conhecimento das
alternativas existentes no mercado; 3) a lealdade é reforçada quando a comparação
do valor recebido pelo cliente é superior ao que está sendo ofertado pelas
alternativas existentes no mercado, o que o conduzirá para a próxima fase que é a
da lealdade mental, cuja característica principal é a decisão sólida em fazer
negócios com a empresa. Há uma busca passiva por alternativas com atenção
seletiva para ofertas dos concorrentes.
20
Porém, com o decorrer do tempo, o cliente aprofunda o seu conhecimento
sobre o fornecedor e amplia o seu conhecimento sobre suas ofertas;
simultaneamente, o cliente aumenta o seu nível de informação e capacidade de
avaliação sobre os fornecedores alternativos, o que poderá conduzir o
relacionamento a uma nova oportunidade de conflito. Esse conflito toma a forma de
uma comparação de valor, o valor diádico, passando a cotejar o valor “histórico”
obtido da empresa com o valor que ele gerou para a mesma durante o ciclo de vida
do relacionamento. Costabile (2000) afirma que o tempo de duração do
relacionamento e a confirmação de que compras repetitivas geram um valor
econômico significativo para a empresa têm o potencial de fazerem com que o
cliente forme sua própria crença sobre o nível de ativos trocados na díade. O valor
diádico surge da comparação entre os benefícios (B) e sacrifícios (S) da compra e
do consumo dos bens da empresa pelo cliente com os custos (C) da empresa e
faturamento (F) que o cliente acredita que a empresa obtenha por fazer negócios
com ele. Por conseguinte, somente quando os termos da equação (Percepção de
Equidade) parecem ser justos e proporcionais aos olhos do cliente é que o estado
ótimo de lealdade do cliente é atingido, como mostrado na figura 1.
Figura 1 – Percepção de Eqüidade
B / S # F / C
Fonte: Costabile (2000)
Assim sendo, Costabile (2000) afirma que na quarta fase, conhecida como
lealdade cooperativa, o cliente, considerado leal, está ligado à empresa por uma
lealdade mental e comportamental e pela crença de um relacionamento permeado
de eqüidade e justiça, numa avaliação própria do valor da díade. O diferencial desta
fase em relação à lealdade sustentável de Dick e Basu (1994) ocorre pela
agregação de atitudes e comportamentos cooperativos do cliente para com a
empresa, tanto no contexto business-to-business como business-to-consumer. Nesta
fase, o cliente leal tem comportamentos de cooperação nas transações
recomendando a empresa, bem como fornecendo sugestões para melhoria de
desempenho dos produtos e da própria organização.
Na sua conclusão, Costabile (2000) afirma que a lealdade do cliente é um
constructo multidimensional formado por duas dimensões comportamentais
21
(lealdade comportamental e comportamentos cooperativos) e três dimensões
cognitivas (confiança, valor para o cliente e valor da díade para o cliente).
Kotler (2003), por exemplo, distingue as intensidades diferentes dos
relacionamentos como "cliente da primeira compra", "clientes com compra
repetidas", "advogados" e "sócios". Assim, o nível do compromisso aumenta de
modo que "os clientes da primeira compra" e "clientes com compras repetidas", se
estão satisfeitos ou não, possam tamm fazer suas outras compras em algum outro
lugar. Os "advogados" são os clientes que compram repetidamente, estão
satisfeitos, têm um fornecedor preferido e tentam manter este relacionamento. E,
finalmente, o cliente "sócio", o que faz 100% das compras em somente um
fornecedor, dentro de um relacionamento estrutural completo da interdependência.
As proposições de lealdade apresentadas diferem quanto às fases, mas
buscam compreender o processo de evolução da lealdade até um estado final. Em
todas as propostas, porém, a satisfação tem um papel importante na construção da
lealdade e a relação entre estes constructos será detalhada mais à frente neste
trabalho.
Porém , independente de cada estágio em que o cliente se encontre,deve ser
considerado que a empresa tenha conhecimento de qual é o tempo de
relacionamento esperado pelo cliente, pois isso estará favorecendo ao fornecedor a
escolha e utilização de estratégias e/ou ferramentas de marketing a serem utilizadas.
Esta é uma maneira de evitar conflitos e desgastes melhorando o resultado dos
investimentos no relacionamento com o cliente.
A orientação para o marketing de relacionamento de longo prazo e a busca da
lealdade somente são conseguidas através de longo prazo, podendo ser definidas
como a percepção ou o reconhecimento de que os resultados obtidos de forma
conjunta podem influenciar positivamente os resultados individuais no longo prazo
(GANESAN, 1994). A empresa, com orientação para o curto prazo, tem seu foco
voltado para os resultados do período corrente e, desta forma, tem confiança de que
a obtenção de resultados positivos serão alcançados através da competência e
habilidade na condução das transações de mercado a curto prazo para realizar os
seus lucros.
A expectativa em um relacionamento de longo prazo baseia-se em que haja
uma continuidade nas relações entre empresas e que através da evolução dos
negócios e contatos caminhem, fornecedor e cliente, para o desenvolvimento da
22
interação de maior profundidade com crião de valor crescente nas operações,
objetivando a lealdade entre partes e fidelização do cliente.
O desenvolvimento e construção de relacionamentos entre cliente/fornecedor
passam por várias etapas e estágios de evolução ao longo do tempo conforme
mostrado no próximo capítulo onde serão apresentados trabalhos de Dwyer et al.,
(1987) e de Jap e Ganesan (2000) que abordam os três estágios principais desde a
aproximação empresa/cliente até a dissolução da parceria.
2.2 Marketing de Relacionamento
O desenvolvimento e a manutenção de relacionamentos fortes e duradouros
entre cliente e fornecedor têm sido um dos desafios gerenciais das empresas. Por
sua forte influência sobre a construção do conceito de lealdade do cliente tornou-se
estratégia básica no desenvolvimento e gestão de negócios. A tomada de
consciência por parte do meio empresarial sobre a necessidade de construção e
manutenção de relacionamentos duradouros e cooperativos com seus clientes como
sendo a forma de assegurar a sua competitividade, tem sido a motivação para o
desenvolvimento de teorias e estratégias sobre a construção, desenvolvimento e
manutenção de parcerias. As características do relacionamento de longo prazo
diferem-se das relações de curtíssimo prazo, pois possuem um horizonte de tempo
maior, ancorando-se num planejamento detalhado do futuro e incluindo variáveis
como confiança, comprometimento, espírito de cooperação e interdependência.
Hooley et al., (2001) destaca como sendo uma estratégia fundamental para o
desenvolvimento e bons resultados das organizações, que a empresa trabalhe com
orientação para o mercado. A orientação para o produto – situação em que as
empresas oferecem para o cliente aquilo que elas podem produzir – deixou de ser
seguida pelas empresas, que passaram a orientar-se pelo mercado e oferecer ao
cliente aquilo que ele deseja ou necessita. Essa mudança está estruturada com
base em cinco premissas de marketing (HOOLEY et al., 2001): (1) a orientação
voltada ao cliente baseia-se em ouvir a voz do cliente e atendê-lo com a criação e
fornecimento continuado, de valor superior; (2) utilizando-se plenamente da
coordenação interfuncional para garantir que todos os recursos da empresa sejam
direcionados para essa finalidade; (3) que a cultura organizacional esteja fortemente
difundida na empresa gerando o comprometimento de todos os níveis da
23
organização para com a satisfação do cliente. (4) Considerar-se como
estrategicamente importante, a manutenção de forte foco nas atividades da
concorrência com informações sobre o seu porte, alcance, e capacidade de reação
no curto e longo prazo; (5) e, finalmente, foco no lucro a longo prazo que deverá ser
meta predominante na empresa envolvendo todos os setores.
Um fator fundamental neste processo de transformação da forma de atuar das
empresas é o serviço ao cliente (KOTLER, 2003). Estratégia esta, que por estar
presente em praticamente todas as empresas, ser parte integrante de todo produto
ofertado e influenciar diretamente a satisfação do cliente, exerce o principal papel na
transformação da forma de atuar das organizações, criando um diferencial qualitativo
e competitivo para o seu produto em relação aos seus concorrentes. Os produtos
estão cada vez mais parecidos e os clientes, apresentando maiores níveis de
exigência buscando valores agregados e novos motivos para a compra. O foco das
empresas dirige-se para o cliente e o marketing orienta seus esforços para os
relacionamentos individuais na tentativa de reter clientes e aumentar seu valor nos
negócios da empresa. Os 4 P – Produto, Preço, Ponto e Promoção – do composto
de marketing, estão sendo cada vez mais contrapostos aos 4 C – Cliente, Custo,
Conveniência e Comunicação – onde se busca de forma mais direta o contato com o
cliente e as suas necessidades em uma clara demonstração da aplicação do
marketing de relacionamento.
Da perspectiva de uma organização, a lealdade do cliente é a conseqüência
prevista de uma proposta do relacionamento. O desenvolvimento das teorias sobre
marketing de relacionamento começou a aparecer quando os estudiosos do assunto
começaram a perceber a relevância de relações comerciais para o incremento da
performance empresarial.
O marketing de relacionamento – tarefa de criar forte lealdade dos
consumidores (KOTLER, 2003) – é a aplicação de estratégia de marketing com foco
no cliente, com o objetivo de identificá-lo de forma nominal e individualizada, criando
relacionamentos duradouros e administrando-os para o benefício comum. É o
processo contínuo de identificar e criar novos valores para os clientes e o
compartilhamento de parceria duradoura (GORDON, 1998). Conhecer melhor seus
clientes (atuais, potenciais, etc.) de maneira que você possa atender melhor a seus
desejos e as suas necessidades (KOTLER, 2003). O marketing de relacionamento é
uma combinação de promoção de vendas, relações públicas, propaganda e
24
marketing direto, tendo como objetivo a criação de um canal eficaz de comunicação
com o cliente. A criação e desenvolvimento de um bom relacionamento entre cliente
e fornecedor podem formar o caminho adequado para a construção e conquista da
lealdade.
Clientes, assim como as pessoas, não são iguais; e somente uma pequena
parcela é responsável pela maioria das receitas e lucros. Desta forma, o marketing
de relacionamento deve envolver a captura, mensuração e monitoramento das
atividades de compra de consumidores atuais e potenciais, focando aqueles
considerados como os mais valiosos. Para se atingir resultados favoráveis, a
presença de uma cultura corporativa com esta preocupação é indispensável.
Discutindo o marketing de relacionamento, Kotler (2003) entende como um
processo contínuo de construção de alianças de longo prazo com os clientes, com o
intuito de alcançar objetivos comuns, tais como: entendimento e satisfação de suas
necessidades; parceria nos serviços e fornecimento da melhor qualidade adaptada
às necessidades individuais. Para tal, o mesmo requer uma constante comunicação
com os clientes e sua integração no planejamento estratégico da empresa. Além
disso, Kotler (2003) afirma ser fundamental o apoio da liderança e a presença de
uma cultura corporativa focada nos clientes. O relacionamento com um cliente não
se estabelece somente porque o fornecedor alega que ele existe (GRÖNROOS,
2000), é preciso e necessário que o cliente tenha consciência da natureza dos
vínculos que os une ao fornecedor.
As empresas têm percebido que os relacionamentos duradouros baseados na
confiança, reciprocidade, equidade, cumplicidade com os clientes são seus ativos
mais valiosos e, conforme coloca Kotler (2003), podem ser alcançados através de
comunicações interativas que incentivem, ao invés do monólogo, o diálogo. A
técnica de persuasão é adotada nas transações de curto prazo; já nos
relacionamentos de longo prazo outras funções da comunicação, como a
informação, resposta e escuta, devem ter prioridade, reduzindo a distância entre a
empresa e seus clientes.
Conforme Sheth e Parvatiyar (1995), clientes buscam estabelecer
relacionamentos, principalmente, como uma forma de reduzirem as suas escolhas,
buscando desta forma uma maior eficiência em seu processo de decisão, redução
da complexidade do volume de informações, decisões com maior consistência e
menor risco associado a futuras escolhas. Os autores, continuando, afirmam que os
25
consumidores ao aderirem a comportamentos relacionais são conduzidos a tal pelo
resultado da influência de fatores de natureza pessoal (aprendizado, risco percebido,
etc.), social (influência da família e outros grupos de referência, comunicação boca-
a-boca, etc.) e institucional (normas, padrões e regulamentações impostas pelo
governo, religião, etc.).
Já Hennig-Thurau et al., (2000) afirmam que os clientes se engajam em
relacionamentos mediante o atendimento de duas condições. A primeira delas é a
de que a soma dos benefícios relacionados ao produto/serviço, juntamente com os
benefícios relacionais, têm que ser superior aos custos e desvantagens que os
clientes associam ao relacionamento. A segunda condição é que o total de
benefícios recebidos de determinado relacionamento têm que ser superior aos
recebidos junto a outros fornecedores alternativos.
A tecnologia permitiu que as relações entre empresa/clientes se alterassem
profundamente: a informação agora pode fluir bilateralmente, tornando possível o
diálogo que é fundamental para aprimorar a comunicação e o relacionamento de
longo prazo com os consumidores. A maioria das pessoas tem opiniões e desejam
compartilhá-las, porém é preciso que a forma seja clara e envolvente e, no momento
adequado. É preciso habilidade para estabelecer um tipo de diálogo onde as
perguntas sejam feitas demonstrando preocupação; onde se escute (mais) por ser
importante e onde se aja (prontamente) por ser necessário.
Neste tipo de estratégia de relacionamento é importante não esquecer que
intimidade e vulnerabilidade estão diretamente ligadas e que suas regras básicas
são: o suporte emocional, o respeito à privacidade, a tolerância e a
confidencialidade. Tal exigência tem o sentido de expressar o desejo de compartilhar
idéias, pensamentos e sentimentos através da comunicação; juntamente com a
preocupação demonstrada de maneira franca, a confidencialidade conduzirá ao
conforto conquistado pela segurança e a capacidade de resolução dos conflitos.
Os consumidores procuram o atendimento e interesses sinceros; o
reconhecimento e a receptividade das empresas devem conduzir seus diálogos com
respeito tendo em vista reforçar o envolvimento junto aos clientes. A conquista
deverá ser encaminhada para uma relação ganha-ganha, mesmo porque uma
vantagem ou relacionamento unilateral criará uma atmosfera de desconfiança ou
uma consideração não correspondida, o que pode ser considerado fatal para uma
política de relacionamento duradouro.
26
Para que as relações estabelecidas entre cliente e fornecedor sejam
duradouras, o marketing de relacionamento afirma que elas devem ser mutuamente
benéficas. Os consumidores podem obter benefícios no fornecimento do produto em
si, tanto quanto do relacionamento desenvolvido com o fornecedor, mas somente
este ultimo é que é considerado como benefícios relacionais (HENNIG-THURAU et
al., 2002). Com a consolidação do relacionamento deve ocorrer uma simetria entre
oferecido e recebido; a ocorrência de ruídos nesta conexão pode transformar o
relacionamento tornando-o quase que unidirecional, o que poderá aumentar a
disposição das partes em buscarem o término da relação.
Gwinner et al., (1998) afirmam que a partir da consolidação e manutenção do
relacionamento com um fornecedor, o cliente pode obter benefícios de confiança
que corresponde à confiança depositada no fornecedor, simultaneamente com a
redução de ansiedade e “stress”, e a tranqüilidade de saber o que espera receber.
Esse benefício foi considerado o mais importante pelos consumidores entrevistados
pelos autores em pesquisa realizada pelos mesmos. O segundo tipo corresponde a
benefícios de tratamento especial que contempla preços ou condições especiais,
execução no prazo e serviços adicionais individualizados entre outros. Na pesquisa
desenvolvida pelos autores, este benefício foi considerado como sendo o menos
importante. Por último os benefícios sociais, que são representados pelo
reconhecimento pessoal do cliente pelos colaboradores, o relacionamento existente
entre eles, a amizade desenvolvida entre os clientes e o sentimento de pertencer a
um grupo. Hennig-Thurau et al., (2000) destacam, ainda, o benefício relacionado à
identidade (imagem) que corresponde à relevância do relacionamento com a marca
na formação do “eu” do consumidor.
Hennig-Thurau et al., (2000) afirmam que um relacionamento dificilmente
poderá se desenvolver quando os benefícios relacionais não são consistentes e
relevantes para o cliente; mencionam as “barreiras relacionais” que se constituem
em ameaças à formação de relacionamentos entre cliente e fornecedor. Dentre as
barreiras destaca-se a busca pela independência do cliente (liberdade e autonomia
de decisão), liberdade de escolha (várias alternativas de escolha), busca por
variedade (novas experiências) e privacidade (sigilo sobre informações pessoais). A
ocorrência de outros fatores, tais como: surgimento no mercado de oferta superior
(qualidade ou preço), final da necessidade do serviço (mudança, cancelamentos,
27
etc.) podem levar o cliente a encerrar o relacionamento com o fornecedor (HENNIG-
THURAU et. al., 2002).
A qualidade de um relacionamento como fator de influência na manutenção
da relação, parte do pressuposto de que a lealdade do cliente é influenciada por um
número limitado de constructos que refletem a aderência a este relacionamento sob
a perspectiva do mesmo. Assim, a percepção e avaliação do cliente são essenciais
para a decisão de permanecer ou abandonar a relação com o fornecedor (HENNIG-
THURAU et al., 2002). Esta abordagem é influenciada pelas idéias de
comprometimento e confiança (MORGAN e HUNT, 1994), e a satisfação é aqui
considerada um conceito-chave (GARBARINO e JOHNSON, 1999).
2.2.1 Estágios do Processo de Construção de Relacionamentos
O processo de crião e ou construção de relacionamentos se desenvolvem
ao longo do tempo. A conquista da confiança e lealdade do cliente é uma estratégia
que deve ser trabalhada de forma contínua, com repetição de episódios de
satisfação e transferência continuada e crescente de valor objetivando atingir a meta
de resultados a longo prazo. A orientação para o desenvolvimento de
relacionamentos de longo prazo define-se como o reconhecimento ou percepção de
que os resultados obtidos por empresa/cliente podem influenciar de maneira positiva
os resultados individuais de longo prazo (GANESAN, 1994). Empresas com
objetivos imediatos ou de curto prazo, cuja expectativa de resultados é imediata,
confiam apenas na eficiência das transações de mercado para atingir seus objetivos.
A construção de relacionamentos atravessa fases distintas que delimitam o
nível de interação entre cliente/empresa. Três estágios principais podem ser
observados no relacionamento entre empresas como apresentado no quadro 4 com
a comparação entre trabalho desenvolvido por Dwyer et al.,(1987) e as abordagens
feitas por Jap e Ganesan (2000), onde são demonstrados os estágios que vão
desde a aproximação entre as empresas, passam pela fase de manutenção e,
finalmente, chegam à dissolução da parceria.
28
Quadro 4 – Estágios do Processo de Construção de Relacionamentos.
Dwyer, Schurr e Oh (1987) Jap e Ganesan (2000)
Conscientização – uma proximidade
circunstancial entre duas partes pode facilitar
a conscientização quanto à possibilidade de
se criar uma parceria entre elas. Neste
estágio, uma das partes procura se posicionar
de forma a atrair o parceiro específico.
Qualquer tipo de interação bilateral demarca o
início da fase seguinte.
Exploração – ambas as partes estão
descobrindoe testando a compatibilidade
de objetivos, integridade e desempenho da
outra, assim como suas obrigações e
benefícios envolvidos nos relacionamentos
de longo prazo.
Iniciação
Exploração – Este estágio consiste na
tentativa entre as partes de se estabelecer um
processo de trocas relacionais. Neste
momento são consideradas as obrigações de
cada parte, os benefícios mútuos e os
encargos. Cinco subprocessos compõem a
exploração: (1) atração, (2) comunicação e
barganha, (3) desenvolvimento e exercício do
poder, (4) desenvolvimento de normas e (5)
desenvolvimento das expectativas.
Expansão – refere-se ao crescimento
contínuo dos benefícios obtidos pelos
parceiros, e pelo crescimento da
interdependência entre eles. A expansão é
uma conseqüência da satisfação das partes
em relação ao desempenho da outra, e às
recompensas associadas.
Construção – ambas as partes estão
obtendo benefícios crescentes do
relacionamento e o nível de confiança e
satisfação entre elas as torna mais
comprometidas.
Manutenção
Comprometimento – refere-se à expcita ou
impcita promessa de continuidade relacional
entre os parceiros. Este estágio representa o
mais alto nível de satisfação e união no
relacionamento.
Maturidade – uma relação contínua e de
longo prazo está estabelecida, com níveis
aceitáveis de satisfação e de benefícios
oriundos do relacionamento.
Dissolução – a dissolução ou a ruptura das
relações pode se dar em qualquer momento
no decorrer do processo de construção de
relacionamento. Nem todas as parcerias
atingem o estágio de comprometimento, e
algumas delas não chegam a entrar na fase
de exploração.
Declínio – um ou ambos os membros têm
vivenciado insatisfações e estão
considerando o término das relações,
avaliando fornecedores alternativos e
evidenciando suas intenções quanto ao
encerramento do relacionamento.
Término
Deterioração – as partes deram início à
negociação quanto aos termos de
dissolução do relacionamento.
Fonte: elaborado por Mauricio de Oliveira Quirino da Silva, 2005, a partir de Dwyer, Schurr e Oh (op.
cit., p. 15-20) e Jap e Ganesan (op. cit., p. 231). (apud SILVA, Mauricio DE Oliveira Quirino, 2005)
2.2.2 Estruturas de Relacionamento
Empresas com orientação para o marketing de relacionamento procuram
cada vez mais estreitar os vínculos com seus clientes estimulando uma maior
interação entre si, estimulando para que esse relacionamento se desenvolva em
patamares maiores que a simples relação pessoal entre vendedor/comprador. O
objetivo deve ser no sentido de buscar uma evolução para um relacionamento
29
dinâmico com a interação crescente de ambas as partes visando o
compartilhamento de metas e interesses.
O modelo apresentado na figura 2 foi elaborado pela Associação Brasileira de
Atacadistas e Distribuidores - ABAD, demonstra modelos de relacionamento entre
clientes/empresas e a sua evolução, desde a forma simples até o mais evoluído,
onde existe forte interação entre empresas criando um forte relacionamento de
parceria.
Figura 2 – Estruturas de Relacionamento
Fonte: elaborado por Mauricio de Oliveira Quirino da Silva, 2005, adaptado de documento da Convenção Anual
da ABAD (ago/2003). (apud SILVA, Mauricio DE Oliveira Quirino, 2005)
No relacionamento “borboleta” há apenas o contato vendedor/comprador. Em
função da existência e incidência maior de problemas de comunicação este é um
relacionamento sujeito a desgaste entre as partes. Os contatos referentes a
objetivos, preços e solução de eventuais problemas ficam restritos a
vendedor/comprador. Diferentemente do relacionamento “borboleta”, o modelo
“diamante” já sinaliza como um aumento de interação entre partes, proporcionando
um canal de comunicações mais claro e objetivo. É sinalizado um progresso no
relacionamento pois há um aumento na interação em diversas funções de ambas as
empresas tornando as comunicações mais claras. Porém, ainda existe um clima de
competição entre fornecedor/cliente.
A interação fica restrita aos
vendedores e compradores
Relacionamento interpessoal
Os departamentos das
empresas compradoras
e vendedoras passam a
‘conversar’. Primeiros
passos do relacionamento
interem
resarial.
A dirão das empresas
acredita nos resultados e
investe no desenvolvto da
relação.Objetivos / planos
comuns. Relacionamento
de parceria
Relacionamento
‘BORBOLETA’
Relacionamento
‘DIAMANTE’
Relacionamento
‘ESTRELA
30
Finalmente, a estrutura “estrela” apresenta um nível bom de integração entre
os diversos níveis gerenciais das partes envolvidas com mostras de interesse mútuo
nos resultados do relacionamento. Neste modelo de relacionamento evidenciam-se:
alto nível de comprometimento entre empresas, compartilhamento de objetivos,
confiabilidade e planejamento conjunto.
2.3 Constructos Formadores da Lealdade
Neste item são descritos os constructos formadores da lealdade, na
concepção do autor, que são os seguintes: satisfação, confiança e valor; e as suas
influências como antecedentes do constructo lealdade. Concluindo este item é
apresentado um texto sobre os custos de mudança e as suas influências sobre a
lealdade dos clientes.
2.3.1 Constructo de Satisfação
O conceito de satisfação está intimamente relacionado ao marketing; de
especial interesse tem sido a verificação do impacto da satisfação na manutenção
de clientes, tendo como pano de fundo a busca de relacionamentos.
Sendo uma reação imediata do consumidor, a satisfação da pós-compra
depende do desempenho da oferta em relação às expectativas do comprador. Após
a compra de um produto/serviço, ou ainda, ao verificar o gerenciamento de sua
reclamação, o cliente faz sua avaliação sobre o desempenho alcançado pelo
fornecedor e o nível de satisfação decorrente de tal.
A satisfação é uma das variáveis mais mencionadas na literatura como uma
condição para relacionamentos duráveis (HESKETT et al., 1997). Gronroos (1995)
afirma que a satisfação total é um melhor indicador de intenções de recompra do
que a qualidade percebida dos serviços. Satisfação consiste na sensação de prazer
ou o inverso que é o desapontamento resultante da comparação do desempenho
(resultado) esperado pelo produto ou serviço em relação às expectativas do cliente
(KOTLER, 2003). Uma outra definição de satisfação do consumidor é a medida de
como a característica de uma oferta (produto ou serviço) proporcionou ou está
proporcionando um nível prazeroso de realização relacionada ao consumo (OLIVER,
1997).
31
Nos conceitos que se seguem, ficam evidenciadas a importância e a
relevância da satisfação nos relacionamentos com os clientes. As diversas teorias,
estudos e pesquisas propõem a interligação do constructo satisfação com os demais
constructos formadores da lealdade.
De acordo com Oliver (1997), a satisfação e a qualidade percebidas são
constructos comumente confundidos por serem bastante próximos. O autor afirma
que a qualidade percebida está relacionada aos atributos e/ou características
específicas de um produto ou serviço e a uma transação específica, antecedendo a
satisfação do consumidor. Da mesma forma, estudos como o de Zeithaml et
al.,(1996) e Lee e Lee (1999), indicam que a qualidade percebida é determinante da
satisfação do consumidor. Outros estudos demonstram que a satisfação do
consumidor conduz a níveis mais elevados de confiança em relação a uma marca ou
empresa (OLIVER, 1999; SANTOS e ROSSI, 2002). Zeithaml e Bitner (2003)
afirmam que a percepção do cliente sobre qualidade do produto/serviço é definida
de acordo com suas cinco dimensões (confiabilidade, resposta, segurança, empatia
e tangibilidade), sofre uma influência direta dos funcionários da linha de frente.
Garbarino e Johnson (1999) demonstram, através de pesquisa empírica, que a
satisfação é determinante da confiança quando se trata de consumidores
transacionais, ou seja, aqueles que não têm um relacionamento sólido com a
empresa. Para consumidores tradicionais e clientes antigos, os autores verificaram,
empiricamente, que a satisfação global é o constructo mediador entre atributos
específicos do produto e as intenções futuras de compra dos consumidores.
Satisfazer clientes tem sido a meta de muitas empresas que entendem que a
satisfação de seus clientes é um caminho para a construção e manutenção de
relacionamentos duradouros ao invés de procurar apenas conquistá-los. A
participação no mercado é um indicador retrospectivo; a satisfação dos clientes é
indicador prospectivo. Se o nível de satisfação dos clientes começa a cair,
rapidamente se iniciará o processo de desgaste da participação no mercado
(KOTLER, 2003 a).
Entretanto, satisfação e relacionamento têm mais em comum do que
relevância. Muito do que se pesquisa sobre satisfação gira em torno da suspeita de
que satisfação gera e/ou estimula intenções de compra futura que levam à lealdade
que, por sua vez, pode ser caracterizada como uma forma de relacionamento,
resultando em desempenho empresarial superior. Sendo assim, na verdade,
32
assume-se que o relacionamento alimentado pela confiança e comprometimento tem
na satisfação as suas origens. O que por seu turno justificam as estratégias
empresariais que direcionam investimentos nesta direção com o objetivo de obterem
elevados níveis de satisfação que permitem à empresa aumentar a taxa de retenção
de consumidores, estimular maior consumo, consolidar a fidelidade aos seus
produtos/marca, e buscar a lealdade de seus clientes. Essa certeza ganha reforço
ao longo dos últimos 20 anos e se reflete na própria revisão do conceito de
marketing da AMA-American Marketing Association: “Marketing é uma função
organizacional e um conjunto de processos que envolvem a crião, a comunicação
e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento
com eles, de modo que beneficie a organização e seu publico interessado” (AMA,
2005). Desse modo, entender as relações entre erros/falhas no serviço e o impacto
provocado na satisfação dos clientes, na qualidade do relacionamento e na
manutenção de sua longevidade, ganha extrema importância nas empresas.
Fica evidente a necessidade de um trabalho focado na satisfação dos clientes
quando examinamos quatro fatos pesquisados e analisados, a saber: a conquista de
novos clientes pode custar de 5 a 10 vezes mais do que a satisfação e retenção dos
atuais clientes; em média, empresas perdem de 10 a 20% de seus clientes por ano;
uma redução de 5% no índice de perda de clientes pode aumentar os lucros em algo
entre 25% e 85% dependendo do setor de atividade (KOTLER, 2003 a); a
rentabilidade dos clientes tende a aumentar ao longo do ciclo de venda dos clientes
retidos (REICHHELD, 1996).
Andreasen e Lindestad (1998), afirmam que é necessária uma distinção entre
satisfação inicial e final nos episódios de compra. A satisfação inicial ocorre quando
o cliente compara o desempenho do produto/serviço e as suas expectativas quanto
ao recebido. A satisfação final, por sua vez, envolve a confirmação ou
desconfirmação quanto ao comportamento da empresa no atendimento da
reclamação do consumidor, isto é, refere-se à satisfação no atendimento e
gerenciamento da sua reclamação. Podemos observar que diferentes mecanismos
de desempenho estão envolvidos nestes dois processos. Desta forma, uma
insatisfação inicial pode dar origem a um alto nível de satisfação final, como
conseqüência de esforços efetivos da empresa para restituir a satisfação do
consumidor (SANTOS; SINGH, 2000).
33
Na visão de Oliver (1997), a satisfação é uma reação completa e satisfatória
do consumidor ao ato de consumir onde ocorre o julgamento dos atributos do
produto ou serviço que proporcionam, ou estão proporcionando um nível de
experiência completa de consumo.
Ao desenvolver estudos sobre a satisfação dos clientes, Oliver (1997)
apresenta suas conclusões de que o constructo pode ser observado sob quatro
perspectivas. (1) A satisfação como sendo uma busca individual através do consumo
de produtos e serviços. (2) A segunda perspectiva apresenta o ponto de vista da
empresa, onde a busca da perenidade de resultados positivos das empresas e a
longevidade de seus relacionamentos, dependem do desempenho do produto e da
satisfação de seus clientes. (3) A terceira perspectiva cita a satisfação e/ou
insatisfação dos consumidores e seu poder no sentido de exercer influência na
regulamentação das políticas regentes no mercado, tanto no setor público quanto no
setor privado. (4) Por último, a perspectiva da sociedade é a mais ampla e trata da
satisfação do indivíduo não só como um agente de consumo de produtos e serviços,
mas como um cidadão em relação à sua saúde física, mental e financeira.
Para Oliver (1997), satisfação é a resposta à completude do consumidor. É o
julgamento de que o desempenho do produto/serviço oferece um nível prazeroso de
completude relativa ao consumo, incluindo níveis maiores ou menores de
completude. Segundo Oliver (1997), a noção de completude implica na existência de
um objetivo, de um espaço a ser preenchido. Já o nível de prazer está relacionado
com a capacidade da completude em proporcionar ou aumentar o prazer ou, ainda,
em reduzir a dor, quando uma adversidade é resolvida ou amenizada. Assim, definir
a satisfação em termos de completude prazerosa permite explicar diferentes tipos de
consumo em que, muitas vezes, não há valor tangível recebido na transação, como,
por exemplo, em situações de caridade, doações e voluntariado (OLIVER, 1997). Na
construção do American Customer Satisfaction Index (ACSI), Fornell et al., (1996)
definem a satisfação global como sendo composta por três elementos: 1) a
qualidade percebida, 2) o valor percebido, e 3) as expectativas do cliente.
A qualidade percebida é a avaliação pelo cliente do desempenho do produto
em uma experiência de consumo recente. Por sua vez, o valor percebido diz respeito
ao nível de qualidade relativo ao preço pago. Com isso, um componente de preço é
incluído na definição de satisfação global. Por fim, as expectativas do cliente
representam tanto as expectativas prévias ao momento de consumo em relação à
34
oferta – por exemplo, propaganda e recomendações – como uma expectativa futura
da habilidade do fornecedor em entregar qualidade. Dessa forma, o conceito de
satisfação global do modelo ACSI é um índice que capta experiências passadas e
tamm preocupações futuras do cliente. Como resultante da satisfação, estudos
empíricos suportam a ligação da satisfação com a retenção de clientes (JONES et
al., 2000) e, logo, com o desempenho organizacional (BANSAL; TAYLOR, 1999).
Segundo Fornell (1992), clientes ativos podem e devem ser considerados como um
ativo para organização, um patrimônio. Mudanças no índice de satisfação dos
clientes são decorrentes de erros e decisões anteriores e sinalizam o desempenho
futuro. Na afirmação de Fornell (1992) a satisfação do cliente assume a real
importância adquirida pelo constructo como indicador do desempenho
organizacional. Para Anderson e Mittal (2000), empresas que administram seus
negócios de forma a obter a satisfação dos clientes, alcançam resultados positivos
muito importantes, pois existem indícios consistentes da relação entre satisfação e
lucro através da retenção de clientes.
Todo cliente espera sair satisfeito de uma transação comercial e tamm
espera que a empresa esteja empenhada em satisfazê-lo. Mas ter um cliente
satisfeito não garante sua fidelidade. Fatores que influenciam na satisfação dos
clientes: produtos e serviços de qualidade; preço percebido como justo; condições
de pagamento satisfatórias; cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela
empresa; disponibilidade de produtos/serviços; entrega adequada; escuta atenciosa;
diálogo de compromisso; descontos e ofertas especiais; facilidade da compra
(localização, tempo de espera, burocracia, interação, flexibilidade).
A satisfação se mede através da relação entre o que um cliente recebeu ou
percebeu e o que esperava ver (percepção x expectativa). Se a percepção é maior
do que a expectativa, o cliente fica muito mais satisfeito do que esperava, mas se for
menor, frustra-se e não registra positivamente a experiência. Como as expectativas
dos clientes aumentam com o tempo, eles tendem a não mais se satisfazerem se a
empresa não conseguir acompanhar as mudanças de suas necessidades e desejos,
o que demanda tempo e investimento.
A satisfação pode ser obtida em uma única transação, mas a fidelidade e a
lealdade se conquistam a longo prazo. Nada garante que um cliente satisfeito
35
recusará as ofertas da concorrência. Já um cliente fiel e leal pensará duas vezes
antes de trocar de fornecedor.
A tênue linha que separa a satisfação total da lealdade deve ser coberta por
um escudo de confiança. Somente através de uma relação de confiança entre
clientes e empresa pode-se criar barreiras para a ação da concorrência. As pessoas
confiam em quem os respeita, os ouve e os surpreende. E são leais quando confiam!
Em uma primeira etapa os clientes precisam ser identificados a fim de que se
estabeleça uma relação. A seguir, aprender sobre eles, suas necessidades e
desejos utilizando essas informações para estreitar o relacionamento e conhecê-los
mais. Isso dará à empresa um diferencial sobre a concorrência: o conhecimento de
seus clientes.
O principal objetivo das empresas com foco no cliente é identificar os
melhores e entender melhor suas necessidades, tornando o relacionamento único
na empresa para cada cliente, único para o cliente com aquela empresa. Isso cria
barreiras de confiança tornando inconveniente a migração para um concorrente
porque o novo relacionamento começaria do zero, sem nenhum conhecimento de
ambas as partes.
A longo prazo, e lealdade mede-se a longo prazo, a única garantia é a "dor da
mudança": o custo da migração; a inconveniência de mudar. A grande e única
vantagem competitiva que uma empresa possui é o conhecimento sobre seus
clientes, melhor que a concorrência; todo o resto á concorrência pode oferecer a
qualquer momento.
O objetivo primário do índice criado por Fornell et al., (1996) é explicar a
lealdade do cliente, considerando que uma maior satisfação contrastando com um
baixo nível de reclamações, conduzirão os clientes a um estado de maior lealdade.
Assim, conforme os autores, quanto maior a satisfação proporcionada ao cliente,
maior sua lealdade. O reflexo para a empresa se traduz em uma menor elasticidade
dos preços, redução nos custos de transação e melhoria na reputação da empresa e
na sua atuação no mercado, o que se traduz em resultados financeiros para a
organização (FORNELL et al., 1996).
Em pesquisa desenvolvida por Gonçalves Filho, Guerra e Moura (2003) no
estudo da relação entre satisfação e lealdade com aplicação do modelo ACSI,
36
confirmaram a hipótese de que há um efeito positivo da satisfação global do cliente
na sua aderência à lealdade.
Oliver (1999) define que, para a satisfação possa afetar a lealdade é
necessário que exista a frequência da repetição dos episódios individuais de
satisfação para que se transformem em um agregado. Conforme o autor, os
conceitos dos constructos de satisfação e os de lealdade são distintos; o primeiro é
um estado temporal atingido pela repetição de episódios ou experiências
satisfatórias pelo uso de um produto/serviço que é entregue pelo fornecedor ao
cliente; o segundo é um estado de preferência duradoura que o cliente alcança. Em
seu estudo, Oliver (1999) desenvolveu um gráfico onde procura demonstrar seis
formas possíveis de associar satisfação e lealdade, conforme a figura 3.
Figura 3 – Seis Representações de Satisfação e Lealdade (Oliver, 1999)
Fonte: OLIVER, 1999
Na figura 3, a fig.3.1 sugere que satisfação e lealdade são duas
manifestações do mesmo conceito e deve ser descartado. Satisfação e lealdade são
conceitos distintos, como já definido anteriormente. As figs. 3.2 e 3.3 sugerem que a
satisfação seja um ingrediente essencial para o aparecimento da lealdade – a
primeira aparece como sendo núcleo e a segunda, como sendo necessária. Embora
a satisfação não seja um elemento núcleo da lealdade, depois que ela foi
37
estabelecida é difícil de considerar o desenvolvimento da lealdade sem a satisfação.
A fig.3.4 apresenta o conceito de desenvolvimento da lealdade sem a satisfação. A
fig.3.4 apresenta o conceito de lealdade final, o qual tem como ingredientes a
satisfação e a lealdade ordinária. O autor destaca que a satisfação não leva
necessariamente à lealdade, mas se aceita a existência de um estado de lealdade
final. A fig.3.5 sugere que a satisfação é parte da lealdade demonstrando em uma
postura sobreposta; porém a área de sobreposição é pequena com relação ao índice
de cada constructo; a relação existe, mas não como um fator chave – o que poderia
estar correto – mas falha em não apresentar a independência dos conceitos. Assim,
a fig.3.6, mostra a satisfação como o sendo o percussor de um processo que
culmina em um estado de lealdade. O autor sugere que satisfação e lealdade são
constructos independentes e que esta é a forma mais coerente de relação entre os
constructos. Assim sendo, as fases cognitiva, afetiva, conativa e de ação são
variantes da lealdade. Não há lealdade final até que a força interior e a determinação
pessoal tornem possível o desenvolvimento daquela última lealdade.
Conforme Lam et al., (2004) ao longo das últimas duas décadas, muitos
estudos foram focados na satisfação como sendo o constructo determinante da
lealdade do cliente. A satisfação do cliente é considerada como base da construção
de relacionamentos duradouros e profícuos entre cliente e fornecedor; o cliente
satisfeito está motivado para a recompra e pronto para recomendar o fornecedor
para clientes em potencial. É importante observar que mesmo nos melhores
relacionamentos entre empresas podem ocorrer episódios que podem conturbá-los.
Situações como o tempo de duração do relacionamento, o aparecimento de novas
necessidades, o grau de conhecimento do cliente, aplicação de novas tecnologias, o
uso do produto, a entrada de novos fornecedores, a busca por variedade e os custos
de mudança moderam a ligação entre satisfação e lealdade (VERHOEF, 2003).
Lee, Lee e Feick (2001) mencionam a forte influência dos custos de mudança
na relação entre a satisfação e a lealdade. A lealdade pode ser decorrente da
satisfação, ou da insatisfação verificada (que pode estar dissimulada) em categorias
de produto onde existem altos custos de mudança que dificultam a troca de
fornecedor por parte do cliente. Da mesma forma, a ausência de lealdade pode
ocorrer devido à insatisfação, ou à satisfação verificada em mercados com baixos
custos de mudança e onde é muito fácil trocar de fornecedor. O tema custos de
38
mudança será abordado, neste trabalho, no final da descrição dos constructos
formadores da lealdade, no item 2.3.4.
2.3.2 Constructo de Confiança
Uma das definições mais abrangentes do constructo confiança foi elaborada
por Rotter (1967) como sendo “a expectativa generalizada mantida por um indivíduo
ou um grupo de que a palavra, promessa, verbal ou escrita, de outro indivíduo ou
grupo pode ser digna de confiança”.
Confiança é definida como uma disposição a acreditar em um parceiro de
permuta, em quem se deposita fé (MOORMAN et al., 1993); ou ainda, a confiança é
a expectativa generalizada de um indivíduo de que pode acreditar na palavra do
outro (ROTTER, 1980); para a construção de um relacionamento forte e que
conduza ao marketing de relacionamento, a confiança é um elemento essencial
(SIRDESHMUKH et al., 2002; BERRY, 1999; MORGAN; HUNT, 1994). Na literatura
de marketing a expressão confiança permeia o relacionamento com os clientes em
todos os aspectos e está presente na maioria das variáveis estudadas para a
obtenção da lealdade dos clientes. A confiança aparece na teoria associada a
qualidades como honestidade, transparência, competência, consistência,
responsabilidade e integridade dos parceiros (MORGAN; HUNT, 1994).
Morgan e Hunt (1994) definem que a confiança existe quando uma das partes
se sente segura sobre a integridade de seu sócio e ele serem dignos de confiança.
Assim, ambas as partes desejam manter o relacionamento com o objetivo de obter
resultados positivos. A confiança do cliente na empresa tem sido apresentada na
literatura de marketing como forte determinante de comportamentos como
comprometimento e lealdade (GARBARINO; JOHNSON, 1999; GRONROOS, 2000;
REICHHELD; SCHEFTER, 2000; SIRDESHMUKH et al., 2002).
Em um ambiente mais turbulento para as empresas e onde se tem a
percepção de maior risco e incerteza para os clientes, os pesquisadores têm
direcionado o foco de suas pesquisas para o estudo do constructo da confiança e
suas conseqüências, aparecendo em maior destaque os conceitos de
relacionamentos duradouros e lealdade (HENNING et al., 2002). Esta preocupação
foi a base para que a partir da década de 80, fosse criada uma nova abordagem
39
baseada na criação de relacionamentos e interações mais fortes e duradouras entre
empresa/cliente.
Estas interações e relacionamentos são importantes elementos no marketing,
pois a maneira pela qual as mesmas são gerenciadas tem impacto no
comportamento de compra dos consumidores (GRONROOS, 2000). Essa
abordagem recebeu a denominação de marketing de relacionamento conceituada
como “uma filosofia de fazer negócios, uma orientação estratégica focada em manter
e melhorar o relacionamento com clientes atuais, ao invés de adquirir novos clientes”
(ZEITHAML; BITNER, 2003).
O processo que conduz a conquista da lealdade de um consumidor está
fortemente vinculado ao conceito de relacionamento (MORGAN; HUNT, 1994), ou
seja, um processo de continuidade satisfatório e boa repetitividade da ação junto ao
cliente, ao longo do tempo, e irão proporcionar sentimentos de satisfação e
percepção de valor.
Morgan e Hunt (1994) afirmam que para a empresa obter e estabelecer
relacionamento com o cliente é preciso que, inicialmente, seja conquistada a sua
confiança e que ele tenha a percepção da existência de comprometimento com suas
necessidades, interesses e com transferência de valor superior. A manutenção de
relacionamentos é obtida em função da capacidade do fornecedor de cumprir suas
promessas, aspecto que está diretamente relacionado ao constructo confiança, que
surge a partir do momento em que uma das partes acredita na outra (MOORMAN et
al., 1993). Desta forma, entender o constructo confiança, como ele surge e se
posiciona na relação entre a empresa e o cliente, tem sido foco nos estudos
baseados em relacionamentos de longo prazo (SIRDESHMUKH et al., 2002).
Sirdeshmukh et al., (2002) propõem uma ligação entre o relacionamento à
lealdade e à confiança. Na estrutura proposta pelos autores, o valor percebido é
uma variável que faz a ligação entre os constructos de confiança e lealdade, de
modo que o relacionamento entre constructos seja configurado como a confiança –
valor – lealdade. Os autores propõem que o valor para o cliente está afetado pelo
julgamento que o consumidor faz sobre a confiança depositada nas políticas e
práticas da gerência. Propõem que a confiança cria o valor a partir do
relacionamento com um fornecedor que demonstre competência, capacitação e
comprometido no atendimento e na solução dos conflitos (trocas, devoluções, etc.).
Desta maneira, o fornecedor estará reduzindo as incertezas, ajudando o consumidor
40
a dar forma consistente às expectativas, criando um elo de confiança e dando início
a relacionamentos continuados. Assim sendo, pode-se concluir que na avaliação dos
autores, o princípio da criação da confiança seria a criação do valor e que se criando
o valor, também é possível à criação da satisfação e da lealdade.
Confiança é a disposição de acreditar na habilidade, integridade e motivação
da outra parte para atender às necessidades e interesses da parte que deposita a
confiança. Confiança e comprometimento são as duas colunas de sustentação da
compra com base no relacionamento. Para que o cliente se engaje ele precisa,
inicialmente, confiar na empresa e depois se comprometer com ela.
A base de um bom relacionamento, seja ele comercial ou social, é a
confiança. Se não houver confiança não haverá comprometimento nem, tampouco,
relacionamento. É da confiança tamm que nascem e prosperam os
comportamentos que conduzem à lealdade. Em várias definições existentes na
literatura de marketing sobre o constructo confiança prevalece a crença de que o
fornecedor saberá honrar os termos da permuta e o cliente terá as suas expectativas
atendidas (MORGAN; HUNT, 1964; MOORMAN et al., 1993; ROTTER, 1980).
Dick e Basu (1994) afirmam que a confiança no provedor de serviço é
freqüentemente a chave para a lealdade. Ganesan e Hess (1997) defendem que a
conseqüência mais freqüentemente examinada da confiança é o comprometimento
com um relacionamento. A confiança, como observado, portanto, tem sido
amplamente analisada como sendo um antecedente da lealdade (SIRDESHMUKH et
al., 2002).
Como podemos observar, a literatura de marketing propõe que a confiança
tem um forte impacto no valor percebido pelos clientes, que por sua vez também tem
um forte impacto na lealdade desses clientes para com a empresa.
2.3.3 Constructo de Valor
Compreender o que é valor para o cliente pressupõe conhecimento e
compreensão do que ocorre na relação estabelecida entre este e o fornecedor.
Definir valor, já foi objeto de estudos com diversas concepções, até chegar a uma
abordagem voltada para o cliente, onde passou a ser conhecida como valor para
ele. A partir da década de 80, a discussão acadêmica foi focada nas necessidades,
41
desejos e preferências do cliente e, posteriormente, no valor para o cliente como
foco de estratégias para a geração de vantagem competitiva (SILVEIRA, 2003).
No desenvolvimento do relacionamento entre fornecedores e clientes
descobriu-se, através de pesquisas acadêmicas e desenvolvimento do mercado, que
além de atrair e conquistar, é necessário manter o cliente e obter a sua lealdade.
Para Reichheld (1996), a empresa atinge níveis superiores de rentabilidade ao
fornecer, juntamente com o seu produto, valor para o cliente fazendo com que ele
tenha a percepção de serem significativos e vantajosos, considerando e
comparando, inclusive com as ofertas da concorrência. Assim, a centralização de
valores, estratégias e práticas do dia-a-dia focando a criação de valor para o cliente
(sob o seu ponto-de-vista), passa a ser discutida como a única forma de obter o
desenvolvimento e resultados sustentáveis (BERRY, 1997). O cliente, ao entender a
transferência de valor como sendo diferencial relevante, torna-se fiel e leal à
empresa retribuindo com compras repetitivas por um longo prazo, bem como abre
caminho para um relacionamento mais efetivo entre cliente e fornecedor.
A literatura de marketing contempla vasta bibliografia sobre o valor para o
cliente. Porém , em todas existe um ponto comum que é a relão entre o que o
cliente entrega para a empresa e a percepção do que recebe. Nesta linha, Zins
(2001) e Zeithaml (1988) conceituam valor como “o resultado final entre o que é
recebido pelo consumidor em troca do que é dado à empresa” e afirma que a
percepção de valor para o cliente é situacional, dependendo do contexto em que o
processo de troca está inserido, o que explica a diversidade de significados
vinculados ao termo valor. Sirdeshmukh et al.,(2002) definem valor como a
percepção dos consumidores em relação à diferença entre os benefícios e os custos
de manter um relacionamento com um provedor de serviços. Os autores acreditam
que as trocas relacionais devem proporcionar o maior valor possível para os clientes,
devendo ser o valor a base fundamental para a atividade de marketing.
Para Stahl et al., (1999), se a empresa pode identificar e atender clientes que
tem percepção de transferência de valor pelo fornecedor, então esses clientes
podem ser vistos como leais do ponto de vista de compras repetitivas e referências
positivas. A proposta dos autores, ainda, é que a estratégia para atrair, conquistar e
manter clientes é a transferência de alto valor para o cliente, objetivo este que se
alcança com mais facilidade relacionando-se alto valor do cliente e alto valor para o
cliente. Transferência de altos valores do/para o cliente configuraria a situação onde
42
a lealdade é obtida, representando assim uma vantagem de longo prazo e
sustentável.
Em estudo, Parasuraman e Grewal (2000), ao discutirem o relacionamento
entre os constructos qualidade-valor-lealdade, propõem um modelo onde o valor
percebido é determinante-chave da lealdade. A formação de valor se dá pelas
contribuições do preço (visto como sacrifício) e da qualidade do produto e do serviço
(vistos como os benefícios derivados da oferta).
Santos (2001) explora o conceito de valor relacional como sendo a relação
entre benefícios e custos em manter um relacionamento com uma empresa
possuindo papel fundamental no nível de lealdade do cliente, revelando-se então
como consistente precursor da formação da lealdade. Sirdeshmukh et al.,(2002),
desenvolveram modelo onde relacionam a confiança com a lealdade e indicam o
valor como elemento de ligação do efeito da confiança na lealdade; a confiança cria
valor em função da interação entre cliente e fornecedor e pela redução das
incertezas atendendo as expectativas de forma consistente e confiável. Agustín e
Singh (2002) confirmam que a percepção que o cliente tem de valor, decorrente de
trocas relacionais, tem efeito positivo e direto sobre a lealdade do cliente.
Da mesma forma que os casos da satisfação e da confiança, a inclusão do
valor para o cliente como antecedente da lealdade tem encontrado suporte empírico
em pesquisas recentes podendo, ambos os constructos, auxiliar no entendimento
dos mecanismos que levam à formação da lealdade dos clientes como demonstrado
na figura 4.
Figura 4: Modelo Teórico dos Antecedentes da Lealdade
Fonte: adaptado de Agustín e Singh (2002)
Lealdade Confiança
Valor
Satisfação
43
Alguns estudos acadêmicos têm o seu enfoque na avaliação da redução do
sacrifício ao invés de avaliar a percepção de benefícios (BERRY; PARASURAMAN
1991, OLIVER 1999, RAVALD; GRONROOS, 1996). Ao adotarem esta linha de
pesquisa, propõem que os clientes fiquem tentados em avaliar muito mais a redução
de custo do que um aumento nos benefícios.
A literatura de marketing aponta o valor percebido como o antecedente à
satisfação (OLIVER 1999); o autor apresenta um modelo que identifica os
constructos antecedendo à satisfação, ao valor e ao relacionamento entre eles. De
acordo com o autor, o valor e a satisfação influenciam-se e ambos se relacionam em
direção à lealdade. Reichheld (1996) comenta que ao transferir, consistentemente,
valor superior ao cliente, a empresa conquista a sua lealdade e vê aumentada a
participação de mercado, enquanto cai o custo de aquisição de novos consumidores
e da prestação de serviços. Neste sentido, cresce a importância de que a empresa
tenha percepção para descobrir o que os seus clientes percebem como valioso, a
fim de que ela possa ir além da aquisição e da retenção, ou seja, conquistar a
lealdade do cliente com vistas a um relacionamento duradouro e com compras
repetitivas.
Quando analisamos as expressões valor e cliente, observa-se que as
mesmas ganham conotações diferentes quando ordenadas dentro de uma visão
mercadológica, a saber: valores do cliente, valor do cliente e valor para o cliente. Os
valores do cliente são seus credos, valores pessoais, suas interpretações sobre
certo e errado, e que orientam o seu comportamento e modo de vida (FLINT et al,
2002). O valor do cliente é o que ele representa para a empresa (relacionamento,
retorno, repetitividade, lealdade, parceria, etc.) (GRINBERG, 2001). Já o valor para
o cliente, é a percepção de valor que o cliente tem no relacionamento e transações
com determinada empresa.
Essas colocações acadêmicas nos levam a considerar que a empresa com
orientação focada na entrega de valor para o cliente precisa ter amplo domínio sobre
os seguintes pontos: (1) conhecimento profundo sobre o mercado e clientes alvo do
foco de sua estratégia; (2) pleno conhecimento do que os seus clientes entendem
por valor; (3) onde e de que forma a empresa deve focar os seus esforços e
recursos; (4) acompanhamento da qualidade de entrega de seu produto sob a óptica
de seus clientes; (5) pesquisando e prevendo o que os seus clientes valorizarão no
futuro.
44
Há que se considerar ainda, que o valor para o cliente faz parte do produto e
está ligado ao consumo do mesmo; é algo próprio da percepção desenvolvida pelo
cliente e não definido objetivamente pela empresa fornecedora; envolve, ainda, uma
avaliação da troca entre o que o cliente recebe e o que entrega para adquirir ou usar
o produto. Para Leão e Mello (2001) valor para o cliente é um dos constructos que
melhor explica o comportamento do consumidor, e o conhecimento e a percepção
destes valores é um dos melhores meios para se chegar à diferenciação de
produtos. O tema é freqüentemente relacionado à diferenciação dos produtos como
vantagem competitiva (WOODRUFF, 1997; KOTLER, 1999).
Woodruff (1997) propõe que o valor para o cliente pode ser definido como a
preferência e avaliação, percebidas pelo cliente, dos atributos do produto,
performance dos atributos e conseqüências geradas pelo uso que facilitam ou
bloqueiam o alcance dos objetivos e propósitos dos clientes nestas situações.
Entender como os consumidores traduzem características e conseqüências de uso
em valor é um grande desafio. Esta definição incorpora tanto o que é desejado como
o que é efetivamente recebido. Na linha de obter vantagem competitiva com a
criação de valor, Slater (1997) propõe uma teoria da firma baseada no valor para o
cliente, onde reconhece que a criação de valor para o cliente é a razão para a
existência da empresa e de seu sucesso. Conforme Slater (1997), o desempenho
superior das empresas é devido a uma cultura organizacional baseada no valor para
o cliente, complementada por sua capacidade de aprender sobre seus clientes e
sobre as mudanças em suas necessidades, por sua gestão do processo de inovação
e por sua organização voltada aos processos de entrega de valor para o cliente.
A literatura de marketing aponta o valor percebido como o antecedente à
satisfação (OLIVER, 1999); o autor apresenta um modelo que identifica os
constructos antecedendo a satisfação, ao valor e ao relacionamento entre eles. De
acordo com o autor, o valor e a satisfação influenciam-se e ambos se relacionam em
direção à lealdade.
A orientação para o mercado é a cultura organizacional que mais
efetivamente cria comportamento necessário para a geração de valor superior aos
clientes, relacionamento transparente e de boa qualidade e performance superior
contínua ao negócio.
45
2.3.4 Custos de Mudança e a sua Influência sobre a Lealdade
Custos de mudança são os custos diretos com os quais se defronta o cliente
ao se associar aos processos de mudança de um fornecedor para outro (BURNHAM
et al., 2003); esses custos podem contribuir, juntamente com os programas de
satisfação, para aumentar a taxa de retenção dos clientes (LEE et al., 2001), ou
aparecem na literatura, como barreiras que evitam que o cliente troque de
fornecedor (VERHOEF, 2003); barreiras que podem ser construídas como estratégia
para retenção de clientes (BLATTBERG et al., 2001). Lam et al., (2004) afirmam que
os custos de mudança podem ser utilizados como estratégia para aumentar a
lealdade dos clientes; atuando como antecedente da lealdade: espera-se que em
situações de maior custo de mudança haja maior propensão do cliente em
permanecer com o fornecedor.
Os custos de mudança são definidos como sendo aqueles em que o cliente
estará sujeito se optar pela troca de fornecedor e que ele não incorreria se
permanecesse com o fornecedor do momento (LEE et al., 2001). Na definição de
Lam et al., (2004) são os custos envolvidos na troca de fornecedor, incluindo custos
monetários e não-monetários. Destacando-se entre os não-monetários, os
investimentos feitos no relacionamento com determinado fornecedor (rotinas,
padrões e procedimentos) especialmente no contexto business-to-business.
Para Jones et al., (2000), no contexto de serviços, as barreiras de mudança
são representadas por qualquer tipo de impedimento e/ou fator que crie dificuldades
ou encarecimento para o cliente no processo de mudança de fornecedor. Entre os
principais fatores que atuam como barreiras destacamos: 1) o relacionamento
interpessoal, que cria vínculos e acaba por amarrar” clientes a fornecedores; 2) a
percepção da existência de custos de mudança – esforços, tempo e dinheiro - que
os clientes associam à mudança de fornecedor.
O relacionamento cliente/fornecedor envolve benefícios e custos para ambas
as partes. Como benefícios podem ser mencionados a redução da incerteza,
eficiência e satisfação social. Por outro lado, custos reais ou antecipados podem
suplantar os benefícios. Neste caso, a antecipação da existência de custos de
mudança pode fazer com que o comprador tenha interesse em manter a relação.
Este comportamento pode ser observado em mercados industriais bem como de
consumo final (DWYER et al., 1987).
46
Klemperer (1995) identifica três tipos de custos de mudança: 1) transacionais,
que ocorrem no início do relacionamento; 2) de aprendizagem, que representam o
esforço desenvolvido pelo cliente para atingir e/ou manter o mesmo padrão de
conforto e conhecimento com o novo fornecedor; e 3) contratuais, custos aplicados
pelos fornecedores para dificultar ou penalizar clientes que desejam mudar de fonte
de abastecimento. Além dos custos explícitos haveriam, ainda, os custos implícitos
que são as barreiras psicológicas e emocionais, como laços sociais e pessoais.
Caruana (2004) afirma que a confiança e o relacionamento construídos podem criar
obstáculos para a saída de um cliente; bem como alerta para os riscos contidos na
mudança para um fornecedor alternativo, principalmente no que tange a serviços,
pois a sua avaliação somente ocorre após a compra ou prestação do mesmo.
Em estudo para estabelecer antecedentes e conseqüências dos custos de
mudança, Burnham et al., (2003) falam da “lealdade passiva” gerada pelos custos de
mudança, conceituados como “custos que os clientes associam com o processo de
troca de um fornecedor para outro” como indicado no quadro 5:
Fonte : adaptado de Burnham, Frels e Mahajan (2003)
Quadro 5 - Tipos de Custos de Mudança
Custos de Risco Econômico: custos de aceitar a incerteza de um
potencial resultado negativo, ligado ao risco do desempenho, risco
financeiro e risco de conveniência.
Custos de Avaliação: relacionados ao tempo e esforço necessários
para buscar e avaliar alternativas de mudança, tanto na busca de
informações como no processamento mental requerido para estruturar e
analisar a informação coleta e chegar a uma decisão.
Custos de Aprendizagem: relacionados ao tempo e ao esforço
necessários para aprender a usar o novo produto ou serviço com
eficácia, quando investimentos são necessários para adaptação a um
novo fornecedor.
Custos de Mudança de
Procedimento: envolvem
a perda de tempo
e esforço
Custos de Inicialização: relacionados ao tempo e ao esforço
necessários para o desenvolvimento de um novo relacionamento com
um novo fornecedor ou para instalação do produto.
Custos de Benefícios Perdidos: devido a possíveis benefícios
financeiros existentes em permanecer com o fornecedor atual, como
pontos em programas de fidelidade ou descontos e benefícios que não
são fornecidos para novos clientes.
Custos de Mudança
Financeiros:
associados à perda
financeira quantificável
de recursos
Custos de Perdas Monetárias: devido a gastos iniciais incorridos na
mudança de fornecedor, como taxas de adesão ou matrículas para
novos clientes, que não são aqueles necessários para a compra do
produto em si.
Custos de Perda de Relacionamento Pessoal: perda afetiva
relacionada com a quebra de laços pessoais que tenham sido formados
com as pessoas da empresa com os quais o cliente interage.
Custos de Mudança
Relacionais:envolvem
desconforto
psicológicos ou emocional
devida à perda de
identidade
e a ruptura de laços.
Custos de Perda de Relacionamento com a Marca: perda afetiva pela
quebra de identificação que havia sido formada pela associação do
indivíduo com a marca ou com uma organização, a qual lhe fornecia um
senso de identidade e que é perdida com a mudança de fornecedor.
47
Burnham et al., (2003) confirmam que a satisfação conduz à intenção do
cliente em permanecer com um determinado fornecedor, mas o efeito mais forte na
retenção do cliente é observado pela existência de custos de mudança.
Os autores afirmam que os custos de mudança têm um papel mais importante
na intenção de coibir a troca de fornecedor do que a satisfação do cliente, deixando
claro que, estrategicamente para o fornecedor, os custos de mudança têm grande
importância na construção da lealdade dos clientes. No estudo de Lam et al., (2004),
não há diferença significativa entre os efeitos da satisfação e dos custos de
mudança, sendo que ambos podem ser vistos como estratégias importantes para
promover a lealdade do cliente. Já o estudo de Jones et al., (2000) suporta que o
foco estratégico para o desenvolvimento de lealdade deve ser voltado à construção
de satisfação e não à construção de barreiras de mudança.
48
3 METODOLOGIA
A partir de um estudo de caso exploratório realizado junto a clientes de vários
segmentos de um distribuidor decommodities” instalado no interior do Estado de
São Paulo, na região central, compreendendo 16 cidades com portes variáveis
(entre 50.000 e 500.000 habitantes), foi desenvolvido trabalho com objetivo de
analisar a existência e o grau de lealdade e fidelidade no relacionamento entre
empresas.
A empresa atua no mercado brasileiro de distribuição de “commodities” com
várias filiais estabelecidas no país e commodus operandi” semelhante. Objetivando
uma melhor e mais focada prestação de serviços, os clientes são divididos em
grupos, a saber: (1) Atendimento, (2) Clientes especiais, (3) Telemarketing (clientes
que desejam ser atendidos somente por telefone) e (4) Visita (clientes que preferem
ser visitados por representantes e ou vendedores).
O grupo de Atendimento, da empresa pesquisada, é responsável pelo
primeiro contato/atendimento. Após contato inicial, o cliente é encaminhado para que
os demais grupos (clientes especiais, telemarketing e visita) através de contatos e /
ou visitas exploratórias com a finalidade de avaliar o seu potencial e definir qual é o
melhor canal de atendimento, e que mais se aproxime de manter suas preferências.
Caso o cliente seja eventual (compra única e/ou ocasionais) permanece sendo
atendido pelo grupo atendimento que, dependendo do volume de negócios, fa
contatos sistemáticos e / ou manterá o mesmo em carteira aguardando reação.
O método utilizado para a avaliação das fases da lealdade de clientes em
situações de trocas relacionais foi de pesquisa estruturada e aplicada em um grupo
de empresas com tamanhos e atividades heterogêneas, as quais representam uma
amostragem da composição da massa de clientes da empresa distribuidora de
commodities” que são atendidos pela empresa utilizada neste estudo de caso.
No item seguinte são mencionadas as etapas e o trabalho executado em
busca do modelo adequado de pesquisa a ser aplicado para conclusão da
dissertação. Na Etapa I foram desenvolvidas atividades visando à criação de um
questionário para atendimento de uma pesquisa quantitativa que viria a servir de
base para preparação do questionário final. Na seqüência optou-se por um modelo
qualitativo com a realização de entrevistas cujas respostas ofereceram subsídios
para o modelo final de pesquisa a ser aplicado. A partir de então se iniciou a Etapa
49
II. Nesta etapa foi definido o modelo de pesquisa – quantitativa – a ser aplicado, bem
como foram iniciados os trabalhos de elaboração do questionário e demais
atividades pertinentes descritas no item 3.2 Etapa II - Pesquisa pela Escala de
McMullan e Gilmore (2003).
3.1 Etapa I – Calibragem do modelo de pesquisa quantitativa e análise
qualitativa
O estudo de campo foi dividido em duas etapas na busca de modelo
adequado para apresentação e validação do trabalho.
Inicialmente foi desenvolvida uma planilha onde foram colocados de forma
aleatória questionamentos e afirmações – 182 itens – pertinentes ao assunto
pesquisado; esta planilha foi submetida uma nova seleção privilegiando o conceito
das fases formadoras de lealdade, conforme trabalho de Oliver (1999). A seguir foi
desenvolvido projeto de questionário com as questões e/ou afirmativas divididas em
quatro blocos de acordo com a teoria de Oliver (1999) sobre a lealdade,
contemplando as fases cognitiva, afetiva, conativa e ação. Com o objetivo de
validação foi apresentado a um grupo de pesquisados o questionário com o formato
de escala Likert com 5 opções de respostas, a saber: A: Discordo totalmente, B:
Discordo parcialmente, C: Indiferente, D: Concordo parcialmente, e E: Concordo
totalmente.
O questionário enviado continha 182 questionamentos / afirmações e aos
pesquisados foram solicitadas respostas e comentários a respeito do formato do
questionário (apresentação, formato, quantidade de questões, etc.). A opinião
preponderante foi com relação ao tamanho do questionário – apêndice A
(inicialmente 182 questionamentos/afirmões). Tido como muito extenso o
questionário foi analisado com a finalidade de adequação de conteúdo e formato que
atendesse a finalidade da pesquisa. A formatação final continha 40 questões,
divididas em 4 grupos (cognitiva, afetiva, conativa e ação) conforme as fases
formadoras da lealdade elaboradas por Oliver (1999), como pode ser observado nos
apêndices A e B. Com a nova formatação e para validação do projeto, os
questionários foram enviados para pré-teste.
50
Com o objetivo de buscar maiores informações e subsídios para definição do
modelo de pesquisa a ser adotado, foi desenvolvido projeto de pesquisa Qualitativa
composto de um roteiro para entrevista (Apêndice C), um questionário de múltipla
escolha (Apêndice D) e uma planilha (Apêndice E); todos contemplando as fases
formadoras da lealdade propostas por Oliver (1999) destinado a servir de suporte e
contendo informações adicionais aos entrevistados.
Para validação do projeto de pesquisa foram realizadas, com característica de
pré-teste, três entrevistas com o preenchimento dos questionários (Apêndice D)
onde se objetivou captar dos entrevistados a existência da lealdade no
relacionamento entre cliente e fornecedor num mercado de “commodities.
Transcrição de uma seleção de perguntas e respostas das entrevistas efetuadas
poderá ser observada no item 4.1 Resultados da Etapa I.
3.2 Etapa II - Pesquisa pela Escala de McMullan e Gilmore (2003)
No desenvolvimento da Etapa 2 as informações obtidas na Etapa 1 indicaram
o caminho a ser seguido com a adoção de trabalho publicado por McMullan e
Gilmore (2003) que trouxe subsídios para o trabalho que estava sendo desenvolvido.
Os questionamentos utilizados na Etapa 1 foram então comparados com a escala do
trabalho desenvolvido pelos autores, acima citados, e concluiu-se que o trabalho de
McMullan e Gilmore (2003) seria o indicado para apoiar a elaboração da pesquisa.
Foi elaborado, um questionário de pesquisas contemplando as fases da
lealdade propostas por Oliver (1999). As questões, emmero de 28, foram
elaboradas e adequadas ao tema do trabalho em desenvolvimento conforme método
de McMullan e Gilmore (2003). Ao questionário foram adicionadas 5 perguntas
informativas sobre dados estatísticos dos pesquisados com a finalidade de
elaborarmos o perfil da amostra.
Para os pesquisados foi apresentado questionário (Apêndice H) de múltipla
escolha com as seguintes opções de resposta: DF quando discordar fortemente, DM
quando discordar moderadamente, N quando nem discordar, nem concordar (neutro
ou sem opinião), CM quando concordar moderadamente e CF quando concordar
fortemente.
Para formatação do universo de clientes aos quais foram aplicados os
questionários, optou-se pela construção de análise ABC contemplando os clientes
51
de uma distribuidora de produtos “commodities” com compras continuadas (todos os
meses) com mínimo de 1 ton. /mês. Após tabulação foram selecionados 150 clientes
a serem pesquisados que estão distribuídos entre os clientes classificados como A
94 e B 56; para estes clientes foram adotados os seguintes procedimentos:
inicialmente foram feitos contatos pessoais e/ou telefônicos para verificação da
disposição em participar e responder a pesquisa enfatizando-se o fato de tratar-se
de um trabalho acadêmico.
Dos 150 clientes localizados e contatados, 115 se manifestaram favoráveis a
responder os questionários que foram enviados por correio e/ou entregues
pessoalmente, com a recomendação / orientação de que a resposta fosse efetuada
via correio. Junto com as correspondências seguiu carta de apresentação da
pesquisa e a sua finalidade, além do formulário de pesquisa; tamm foi enviado
envelope pré-selado para a resposta sem identificação do respondente e destinados
ao endereço particular do pesquisador.
52
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados da aplicação dos projetos experimentais da pesquisa a ser
aplicada, bem como os resultados obtidos com a pesquisa efetivamente feita são
apresentados neste capítulo. A apresentação privilegia inicialmente a Etapa I, que se
caracteriza pela busca de modelo adequado de pesquisa para a conclusão da
dissertação. Em uma segunda parte são enfocados os resultados obtidos na Etapa II
com as suas análises e conclusões.
4.1 Resultados da Etapa I
Como mencionado anteriormente no item de Calibragem do Modelo de
Pesquisa, antes de se chegar ao formato definitivo da pesquisa a ser aplicada, o
pesquisador desenvolveu dois trabalhos que entendemos ser importante comentar.
Em um primeiro instante foi desenvolvido questionário com uma escala Likert
com 5 opções de respostas focado no conceito das fases de lealdade de Oliver
(1999). Esta primeira tentativa, apesar da boa vontade dos respondentes, em função
da quantidade de questões (182), não pode ser considerada um fracasso pois
indicou um novo caminho a ser percorrido. Refeito o questionário (apêndices A/B),
com as mesmas características do anterior, porém com reduzido número de
perguntas/afirmativas (10 para cada fase da lealdade) foi enviado para pré-teste e
não conseguiram atingir o objetivo pretendido.
Em uma segunda investida o pesquisador optou por fazer entrevistas sobre o
assunto do estudo dando, desta forma um cunho qualitativo às mesmas. Com a
finalidade de fornecer mais informações ao entrevistado foi desenvolvida, pelo autor,
uma planilha (apêndice E) onde estão indicadas as fases da lealdade propostas por
Oliver (1999) e que era apresentada para dirimir eventuais dúvidas durante as
entrevistas. As entrevistas foram realizadas com auxílio de um roteiro (apêndice C)
como pré-testes; foram selecionadas algumas respostas obtidas na transcrição, a
saber:
Quando questionados sobre: O que é lealdade para você?os
respondentes, de uma maneira geral, deixaram claro que a expressão lealdade
sempre vem acompanhada de um constructo, seja ele de confiança ou de
relacionamento, ou de comprometimento.
53
R1: Lealdade é a confiança adquirida através de
ações, através do atendimento. Resumindo
é uma percepção da confiança que se ganha
ou que se dá.
No questionamento: “O que mais o influencia em um fornecedor?”, a
resposta foi unânime:
R1, R2 e R3: O atendimento.
Ao serem questionados sobre: ”Você mudaria de fornecedor em função de
relacionamento e amizade?” As respostas foram divergentes, variando da
aceitação até a negação da necessidade de “amizade com o fornecedor”.
R3: Olha, é complicado! Eu compro da empresa
e não pela amizade.
Amizade caminha junto com lealdade?” Da mesma forma que na questão
anterior as respostas foram divergentes, sugerindo que este posicionamento é
exclusivamente de cunho pessoal.
R2: Não, acho que não tem nada a ver uma coisa
com outra.
Porém, quanto o conceito de amizade é alinhado com os constructos de
confiança e satisfação, observa-se que existe um alinhamento e concordância nas
respostas, ao responderem se: “Amizade, confiança e satisfação podem ser uma
ponte para a lealdade?”.
R1: Sim. Das três, dois grandes ingredientes para a
lealdade: satisfação e confiança.
Os questionamentos seguintes foram feitos, direcionando-se para os
constructos: confiança e lealdade e sobre a influência dos custos de mudança no
relacionamento.
CONFIANÇA
Ao serem questionados sobre confiança no fornecedor antigo: “Você está
decidido a comprar de um determinado fornecedor antigo. Surge uma proposta
tentadora. Você trocaria de fornecedor no primeiro impulso?” As respostas
sugerem traços de lealdade que são confirmados pela negativa em trocar.
54
R1: Dependendo da oferta. Mas confesso que
será difícil mudar.
R2: Não. e R3: Não.
As respostas a: “O que um fornecedor deve fazer para desfrutar da sua
confiança e lealdade?” sugerem que a confirmação dos constructos no
relacionamento devem ser bastante ampliados para provocar a satisfação do cliente
e os reforçar.
R3: Entregar produto de qualidade, bom preço;
prometer e entregar o que vendeu.
LEALDADE
Existe unanimidade nas respostas a: “Você entende como lealdade a
demonstração de comprometimento de seu fornecedor com os seus
objetivos?“; sugerindo que lealdade e comprometimento são sinônimos, no
entendimento dos clientes.
R2: Sim, ele tem que estar ligado a isto.
Os clientes entendem que “vantagens competitivas” pode ser apenas uma
estratégia comercial (e enxergam até com desconfiança) e que não devem ser
interpretados como lealdade, como sugerido em; A geração de vantagens
competitivas pode ser interpretada como um sinal de lealdade?”.
R2: Não, acho que não; como posso saber que esta
vantagem é só para mim?
A unanimidade das respostas, somente ratifica as respostas dadas ao
questionamento anterior de que os clientes entendem que lealdade tem uma
amplitude maior no relacionamento e não deve ser confundido com “vantagens”,
como questionado:Diferenciais competitivos aumentam ou não os sentimentos
de lealdade para com o fornecedor?”.
R2: Não. Acho que não. Lealdade é algo muito mais
amplo.
55
CUSTO DE MUDANÇA
Pode ser observado nas respostas que, mesmo os “custos de mudança”
existindo, não são determinantes para que se desenvolva um sentimento de
lealdade para com o fornecedor , como sugerido em:A lealdade pode ser
determinada pelo custo de mudança? “.
R1: Acho que não.
R2: Não.
R3: Não. Não é o meu caso.
As respostas dadas ao questionamento: “A lealdade pode ser conquistada
ou imposta através do custo de mudança?”, ratificam e complementam as do
questionamento anterior. Pode-se observar que alguns clientes podem vir a se sentir
como “reféns” do fornecedor em função dos custos de mudança.
R1: Eu acho que de novo eu vou me sentir refém.
Não vai ser lealdade nunca!
R3: Imposta. Posso não trabalhar ou simpatizar
com determinada marca (W), porém se esta
empresa comprar a outra (Y), meu fornecedor,
sou obrigado a ser leal à nova empresa, mesmo
não gostando dela (W).
Nesta etapa do trabalho é importante ser mencionado que na calibragem do
modelo adequado foram observados, no desenvolvimento das atividades acima
citadas, importantes dados, referências, informações, posicionamentos que serviram
de suporte e indicativo para se adotar o método de McMullan e Gilmore (2003) como
sendo adequado para o desenvolvimento da pesquisa a ser efetuada.
Em um cotejamento entre a escala de McMullan e Gilmore (2003) e as
afirmativas / questionamentos constantes da planilha desenvolvida pelo autor, foram
observados pontos coincidentes que levaram a adotar o modelo acadêmico proposto
pelos autores acima citados, como sendo o adequado para a pesquisa a ser
realizada para validação do trabalho ora desenvolvido.
56
4.2 Resultados da Etapa II
Definido modelo de pesquisa a ser aplicado foram enviadas as
correspondências – 115 pesquisas – acompanhado de carta de apresentação da
pesquisa e a sua finalidade, e envelope pré-selado para a resposta sem
identificação do respondente e destinados ao endereço particular do pesquisador.
Quinze dias após a remessa da correspondência, foi efetuado novo contato
telefônico para agradecer e cobrar a resposta. Embora na fase de contatos iniciais,
115 clientes houvessem se manifestado como sendo “favoráveis a responder a
pesquisa no 1º contato”, a taxa de retorno ficou em 50,43 % - 58 questionários. Os
questionários recebidos em retorno, pelo correio, foram numerados e datados pela
seqüência de recebimentos na residência do pesquisador. A pesquisa foi aplicada
durante o período de 13.09.2006 a 13.10.2006. Do total de questionários enviados
115, foram recebido em resposta pelo correio até 16.10.06, um total de 58
formulários que representaram 50,43% do total de clientes que participaram.
Do universo pesquisado (115 clientes), o retorno recebido foi de 58
formulários devidamente preenchidos. O total de formulários recebidos está
distribuído pelas seguintes cidades: Araras (7), Cordeirópolis (2), Iracemápolis (2),
Leme (3), Limeira (30), Mogi-Mirim (4), Mogi-Guaçu (2) e Piracicaba (8).
Esclarecemos que as empresas consultadas utilizam-se dos produtos vendidos pela
distribuidora de “commodities e que atuam nos diversos mercados de aplicação
direta, transformação e/ou revenda. Com a finalidade de não causar
constrangimentos ao respondente, não foram feitos questionamentos que, de
alguma maneira, pudesse identificá-lo (ex.: ramo de atividade, ou localidade). A
identificação da cidade do pesquisado foi obtida pelo carimbo dos Correios,
constante nos envelopes de resposta.
As empresas respondentes empregam um contingente de aproximadamente
3.640 pessoas (considerando nº. médio de empregados x quantidade de empresas),
distribuídos conforme tabela 1.
Tabela 1 - Quantidade de Funcionários por Empresa Pesquisada
até 20 21 a 40 41 a 60 61 a 80 81 a 100 101 ou +
11 13 4 8 9 13
57
Na pesquisa foi sugerido aos respondentes que considerassem o fornecedor
X como sendo o seu melhor fornecedor e 57% (40 empresas) compram do “mesmo”
fornecedor há mais de 4 anos, como indicado na Tabela 2.
Nas instruções para preenchimento da pesquisa, foi sugerido que as
respostas fossem efetuadas baseando-se no relacionamento com um fornecedor
qualquer e no seu principal fornecedor, aqui denominado X. As respostas indicaram
que 69% (40 empresas) compram do mesmo fornecedor há mais de 4 anos. Entre
os respondentes pode-se observar que existe a tendência de comprar
continuadamente de um fornecedor, conforme indicam as respostas (considerando-
se apenas os índices de concordância - IC) às questões A.3 93%; CO 11 69%; CO
15 64% e CO 24 60%, todas elas versando sobre afinidades e preferências em
comprar do fornecedor X. Entre os respondentes pode-se observar que existe a
tendência de comprar continuadamente de um fornecedor.
Tabela 2 - Tempo que compra do fornecedor X
1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos ou +
2 8 8 7 33
Analisando os números indicados na Tabela 2 e comparando-se com os números
indicados na Tabela 3, o autor pode observar na comparação dos dados obtidos,
uma informação relevante para a pesquisa no que diz respeito à lealdade a um
fornecedor. Do total de clientes – 40, como indicado na Tabela 2 – que compram “há
mais de 4 anos do fornecedor X”, 92% (37) manifestaram-se como sendo “leal” ou
“muito leal” ao fornecedor.
Tabela 3 - Em relação ao fornecedor X eu me considero
Indiferente Pouco Leal Leal Muito Leal
5 1 46 6
Tamm deve ser considerada relevante a quantidade de clientes (52) que se
manifestaram como sendo “leal e muito leal” (90%) ao fornecedor X sobre um total
de 58 clientes pesquisados, como indicado na tabela 3.
A pesquisa demonstra que todas as empresas pesquisadas têm um leque
diversificado de fornecedores como pode ser observado na Tabela 4. Do total de
clientes pesquisados (58), 36% (21) declararam comprar de 1 a 6 fornecedores; já
64% (37) informaram ter uma carteira de fornecedores mais ampla, efetuando suas
58
compras em 7 a 10 fornecedores, conforme Tabela 4. Fato curioso é demonstrado
que, dos 30 respondentes que informaram que compram de “10 ou mais
fornecedores”, todos se declararam “leal ou muito leal” e fazem parte da massa de
clientes que assim se declararam como indicado na Tabela 3.
Tabela 4 - Numero de fornecedores de quem compra
1 a 3 4 a 6 6 a 9 10 ou mais
3 18 7 30
Esta questão ficaria mais clara e ofereceria maiores informações se fosse
solicitada “de quantos outros fornecedores do mesmo material fornecido pelo
fornecedor X sua empresa efetua compras” .
Porém, nas respostas, fica evidenciado que embora 90% dos pesquisados
tenham se declarado “leal e muito leal” ao fornecedor X, a maior parte encaminha
suas consultas e/ou pedidos tamm a fornecedores alternativos, deixando dúvidas
com relação à lealdade declarada. Quando se confrontam as respostas obtidas e
indicadas na Tabela 3 com as respostas obtidas na questão CO 24 (Eu me
considero altamente leal ao fornecedor X.), onde 35 clientes (60%) responderam
como “leal ou muito leal” e deste total, apenas 8 clientes optaram CF (quando
concordar totalmente), é plausível concluir que ocorra a inexistência da lealdade,
como preconizado por Oliver (1999). No entendimento do autor fica caracterizada a
oportunidade para novos estudos.
A pesquisa evidenciou que parte dos respondentes – 15 clientes – (26%)
estaria disposta a mudar de fornecedor em troca de descontos que poderiam variar
de 1% a 3% ; porém a grande maioria – 43 clientes – (74%) somente estaria
propensa a mudar de fornecedor por um percentual de desconto acima de 4% ,
salientando-se que deste total 63% somente trocariam de fornecedor por um
desconto de 5%, como indicado na Tabela 5. Dado importante foi observado que
dos 40 clientes que se declararam “leais e muito leais”, 35 clientes (88%)
mencionaram que somente trocariam de fornecedor por desconto acima de 4%.
Tabela 5 - Desconto no preço pago que o faria mudar do seu fornecedor
habitual
1 2 12 6 35
1% 2% 3% 4% 5%
59
4.3 Avaliação da pesquisa por fase da lealdade (Oliver) – Etapa II
Lealdade é um forte comprometimento na recompra de um determinado
produto/serviço, provocando a repetição do comportamento com as mesmas
marcas/serviço; não obstante ser assediado por influências situacionais e esforços
de marketing para sugerir comportamento de troca (OLIVER,1999). A lealdade é
mais do que um longo relacionamento de um cliente com uma determinada empresa
ou visitas freqüentes a um mesmo estabelecimento. Lealdade é um sentimento de
afinidade ou ligação com produtos ou serviços de uma empresa; ela se manifesta
quando os clientes gastam ou concentram a maior parte ou a totalidade de seus
orçamentos com a empresa (DAY, 2001).
No desenvolvimento da análise e discussão dos resultados, a opção do autor
deste trabalho, foi segmentar os resultados da pesquisa acompanhando a teoria das
fases de formação da lealdade proposta por Oliver (1999) que apresenta uma nova
abordagem no estudo da lealdade, considerando-a um processo dinâmico que
segue a estrutura atitudinal de formação da lealdade, porém argumenta que os três
antecedentes da atitude não precisam ocorrer simultaneamente para a lealdade
existir, podendo o consumidor tornar-se leal com base em cada um dos elementos
que formam a atitude, caracterizando uma fase distinta de lealdade. Sob essa
óptica, o consumidor tornar-se-ia leal, primeiramente, num senso cognitivo, a seguir
pelas demais fases até chegar à lealdade da ação.
4.3.1 Cognitiva
A lealdade cognitiva é caracterizada pela influência das informações disponíveis
sobre o produto que o coloca como sendo uma opção preferencial sobre as demais
alternativas . Estas informações devem indicar o produto focado como superior às
alternativas existentes, estando relacionadas com as percepções de preços,
qualidade e benefícios do produto. Como podem ser observados nos
questionamentos colocados na Tabela 6, as respostas demonstram um forte
conhecimento, por parte dos clientes, sobre o fornecedor X, seus produtos e
equipamentos de produção. Nas respostas ficou evidenciada a preocupação dos
clientes na escolha criteriosa de seus fornecedores quando se observam os dois
maiores Índices de Concordância - IC da etapa Cognitiva que são as afirmações C.2
60
(96,55) e C.5 (91,23), preocupados que estão em fazer a escolha correta e a que
lhes ofereça maiores vantagens. Oliver (1999) considera a lealdade cognitiva como
uma “lealdade fantasma”, pois está diretamente ligada aos custos e benefícios
percebidos pelo consumidor e não a uma ligação efetiva ao produto. Já em uma
avaliação, conforme indicado na Tabela 6, mais profunda e consistente sobre o
fornecedor X, feita pelos respondentes, fica clara pelos IC’s referentes às afirmativas
C.1 (84,29), C.6 (84,83) e C.7 (74,48) que são indicativos do conhecimento por parte
dos clientes, das qualidades, equipamentos e instalações, reforçando a idéia de
conhecimento e experimentação do produto.
Tabela 6 – Cognitiva – Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade (Oliver)
A cognição resultante da avaliação do produto pode ser baseada na
aprendizagem ou em experiências recentes do consumidor. À medida que a
satisfação com o produto ou serviço é processada, ela se torna parte da experiência
do consumidor, iniciando a sensação de afeto com o produto e levando à fase
seguinte de lealdade. A experimentação que provoca satisfação tamm pode ser
interpretada como um condutor inicial da lealdade para com a marca escolhida em
um primeiro instante como demonstrado em C.4 (IC - 70,18), onde a opção do
cliente indica que quando escolhe o seu fornecedor não está interessado em
barganhas ou vantagens.
Fases Questões
N.
válidos
Média
Desvio
Padrão
Variância
Indice de
Concordância
C.1
Eu conheço as opções que o
fornecedor X tem, o suficiente para
avalia-lo em relação a outros
58 4,2143 0,78839 0,622 84,29
C.2
É importante que, ao comprar de um
fornecedor qualquer, eu faça a
escolha correta
58 4,8276 0,42459 0,180 96,55
C.4
Quando decido por um fornecedor,
eu não estou interessado em
barganhar vantagens
58 3,5088 1,4764 2,180 70,18
C.5
Quando escolho um fornecedor, eu
comparo os preços de fornecedores
diferentes para estar seguro em
adquirir o melhor valor pelo que
p
a
g
uei
58 4,5614 0,7259 0,527 91,23
C.6
O fornecedor X tem equipamentos
de
p
onta
58 4,2414 0,94238 0,888 84,83
C.7
O fornecedor X tem instalações de
bom apelo visual
58 3,7241 0,96959 0,940 74,48
Médias 58 4,1796 83,59
* O IC foi calculado a partir do valor máximo de concordância, 5, comum sendo 100
C
O
G
N
I
T
I
V
A
61
4.3.2 Afetiva
A lealdade afetiva, é caracterizada pela formação de afeto ou atitude em
relação ao produto após sucessivas experiências satisfatórias. Neste estágio é
observada a idéia da satisfação como o preenchimento de uma necessidade
gerando, assim, um estado de prazer com o produto/serviço. Estes indicadores de
afeto ficam mais expressivos conforme indicado na Tabela 7, com as respostas das
afirmações A.3 (IC.88,62), A.8 (IC.82,41), A.13 (IC.75,86), A.14 (IC.80,00) e A.22
(IC.72,07), que apresentam um IC médio de 79,80, e que demonstra o bom
relacionamento existente entre fornecedor/cliente. Nas respostas é possível
observar que existe uma forte tendência na definição de um fornecedor (A.3 – IC
88,62), pois 54 clientes (93%) declararam que o fornecedor X tem a sua preferência,
o que valida a afirmação sobre o atendimento das necessidades atendidas por um
determinado fornecedor (A.8 – IC 82,41). Nesta fase, o comprometimento é
codificado na mente do consumidor como cognição e afeto. Enquanto a cognição é
sujeita à contra-argumentação, o afeto não é facilmente derrubado. Por isso, a
lealdade afetiva é menos sujeita à substituição da marca do que a lealdade
cognitiva, embora continue sujeita ao comportamento de mudança.
Tabela 7 – Afetiva – Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade (Oliver)
A.3
O fornecedor X é um fornecedor
q
ue me interessa.
58 4,4310 0,86068 0,741 88,62
A.8
O fornecedor X é exatamente o que
eu necessito de um fornecedor.
58 4,1207 0,83933 0,704 82,41
A.9
O fornecedor X, como escolha de
um fornecedor não tem se
mostrado o bem como eu pensei.
58 3,0536 1,16106 1,348 61,07
A.12
Fornecedores em geral não devem
dar atenção individualizada aos
clientes.
58 1,5517 1,17238 1,374 68,97**
A.13
O fornecedor X é um fornecedor de
quem eu poderia falar dele por
muito tem
p
o.
58 3,7931 0,89362 0,799 75,86
A.14
Eu tenho a preferência pelo
fornecedor X na região em que êle
atua.
58 4,0000 0,95513 0,912 80,00
A.22
Comprar do fornecedor X diz muito
sobre sua empresa.
58 3,6034 1,05863 1,121 72,07
Médias 58 3,5076 70,15
* O IC foi calculado a partir do valor máximo de concordância, 5, comum sendo 100
** Questão analisada de maneira invertida pelo uso da expressão "não"
Indice de
Concordância
A
F
E
T
I
V
A
Variância
Desvio
Padrão
MédiaN.válidosQuestõesFases
62
Entre os participantes da pesquisa (58 clientes), ficou claro que a definição
por um determinado fornecedor não se encontra perfeitamente cristalizada e/ou
encaminhada para a consolidação conforme indicam as respostas na Tabela 7; este
posicionamento pode ser observado na afirmativa A.9 (61,07) pois 23 clientes (40%)
não têm se mostrado “muito satisfeitos” com o fornecedor X. Abre-se aqui uma
oportunidade de estudos mais aprofundados para se diagnosticar as causas da
insatisfação pois dos 23 clientes que responderam não estar “plenamente
satisfeitos”, 21 declararam ser “leal e/ou muito leal” e o que corresponde a 53% dos
clientes (40), afirmaram ser fiéis ao fornecedor X. Ficou evidenciada, ainda, que a
maioria (86%) dos entrevistados têm a expectativa de receberem atenção
individualizada por parte do fornecedor conforme A.12 (68,97), na forma de contatos
e visitas com vistas ao fortalecimento do relacionamento entre empresas.
Embora possa existir correlação forte entre satisfação e intenção de
recompra, somente a intenção ou recompra esporádica não caracterizam de fato a
situação de caminho à lealdade, mas apenas o início de um relacionamento.
Reichheld (1993) menciona que de 65% a 85% de desertores em diversos
segmentos, estavam plenamente satisfeitos com os respectivos fornecedores. É
necessária a existência de um sentimento maior que a satisfação para que a
lealdade possa aparecer no relacionamento.
4.3.3 Conativa
A terceira fase, conhecida como lealdade conativa, é formada após
sucessivos episódios satisfatórios e de afeto positivo em direção ao produto. A
conação, por definição, implica no comprometimento em recomprar uma marca
específica e a consistência ou estabilidade de suas crenças a respeito do produto ou
serviço (McMULLAN e GILMORE, 2003). Nesta etapa, pode-se observar que existe
uma tendência de direcionamento e preferência para as compras junto ao
fornecedor X, como demonstram as respostas às afirmativas CO.11 (75,17), CO.15
(73,45), CO.23 (64,56) e CO.24 (68,42), que apresentam um IC médio de 70,40.
63
Tabela 8 – Conativa – Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade (Oliver)
CO.11
Eu realmente gosto de comprar do
fornecedor X.
58 3,7586 1,18928 1,414 75,17
CO.15
O fornecedor X é mais que um mero
fornecedor.
58 3,6724 0,99803 0,996 73,45
CO.16
Eu tentaria comprar de um fornecedor
alternativo se o preço dele for 3% menor.
58 3,0862 1,41774 2,010 61,72
CO.17
Eu tentaria comprar de um fornecedor
alternativo se o mesmo tivesse melhores
instalações e equipamentos que o
fornecedor X.
58 3,1379 1,22042 1,489 62,76
CO.18
Eu mudaria de fornecedor se o vendedor
aumentasse as vanta
g
ens.
58 3,5000 1,12780 1,272 70,00
CO.19
Eu mudaria de fornecedor se os vendedores
fossem mais ami
g
áveis.
58 2,8421 1,05613 1,115 56,84
CO.23 Eu me preocupo muito com o fornecedor X. 3,2281 1,13968 1,299 64,56
CO.24
Eu me considero altamente leal ao
fornecedor X.
3,4211 1,16901 1,367 68,42
CO.25
Eu ficaria preocupado em comprar sempre
do fornecedor X.
3,4035 1,15257 1,328 68,07
Médias 58 3,3189 66,78
* O IC foi calculado a partir do valor máximo de concordância, 5, comum sendo 100
Indice de
Concordância
C
O
N
A
T
I
V
A
N.válidos Média
Desvio
Padrão
VariânciaQuestõesFases
Dick e Basu (1994) apresentam como antecedentes do componente conativo
da atitude, três aspectos distintos: (1) custos de mudança (custos associados à troca
de fornecedor, sejam eles monetários e de aprendizagem, entre outros); (2) custos
irrecuperáveis (custos já incorridos do relacionamento) e (3) expectativas futuras
(ajustes esperados entre a oferta de mercado e as necessidades do consumidor).
Nesta fase o consumidor está comprometido com a marca, mas não evita a
experimentação de novas ofertas como pode ser observado nas respostas das
afirmativas CO.16 (61,72), CO.17 (62,76), CO.18 (70,00), CO.19 (56,84) e CO.25
(68,07), que apresentam um IC médio de 63,88 .
Aqui, abre-se a oportunidade de nova pesquisa com relação às “lacunas”
existentes no relacionamento com os clientes. Muito embora já estejamos na etapa
Conativa, ainda, existem pontos que expõem fragilidades no relacionamento com os
clientes. Considerando que a base desta análise foi a quantidade de clientes (52),
90% dos entrevistados que se declararam “leal ou muito leal”, 46% (médio) dos
clientes (27 clientes) ficaram com dúvidas e suscetíveis à mudança de fornecedor
(desde que atendida às suas solicitações) é muito grande e demandaria uma
pesquisa mais aprofundada como pode ser observado nas respostas das afirmativas
CO.16 (61,72), CO.17 (62,76), CO.18 (70,00), CO.19 (56,84), que apresentam um IC
médio de 62,83.
64
Dos 52 clientes que se declararam “leal e muito leal”, ao responderem à
afirmativa do questionário de número 33 (Em relação ao fornecedor X eu me
considero...), 35 clientes (60%) concordaram com a afirmação “Eu me considero
altamente leal ao fornecedor X” indicada no CO.24 (IC 68,07). O pesquisador conclui
que há fortes indícios de lealdade. Aqui, a empresa alcançou a superioridade de
produto e estabeleceu a preferência por sua marca devido à sua qualidade e
habilidade em continuar satisfazendo o consumidor.
4.3.4 Ação
O processo de formação da lealdade, segundo Oliver (1999), constitui-se de
quatro fases sendo que a fase final é conhecida como lealdade de ação, quando as
intenções são convertidas em ação.
Conforme este processo, percebe-se que a consistência do comportamento
da lealdade se acentua à medida que o consumidor avança em direção à etapa
ação. A lealdade da ação proposta por Oliver (1999) compreende uma quarta fase
da formação da lealdade que ultrapassa o modelo de três componentes de atitude,
inserindo como ponto chave o controle da ação: mecanismos através dos quais as
intenções são convertidas em ação. O paradigma do controle de ação propõe que a
intenção (motivação para agir da fase anterior) é transformada em prontidão para
agir acompanhada de um desejo adicional de superar obstáculos que possam
impedir a ocorrência do ato. A prontidão para agir é similar ao “comprometimento
profundo em comprar a marca novamente no futuro”, enquanto superar obstáculos é
similar a “apesar de influências situacionais e esforços de marketing”. À medida que
esta ligação do consumidor com a marca se repete uma inércia de ação é
desenvolvida facilitando, assim, a recompra (OLIVER, 1999).
A resposta à afirmativa contida na questão AC.26 (IC 84,83), indicada na
Tabela 9, confirma o estágio da etapa em que se encontra o cliente do fornecedor X,
ou seja, o cliente sente-se seguro em realizar a compra, o que é corroborado pelas
respostas oferecidas à afirmativa AC.27 (IC 62,07) quando o cliente confirma a sua
intenção de raramente trocar de fornecedor e AC.21 (IC 72,07) indicando a
preferência do mesmo fornecedor em uma determinada localidade.
65
Tabela 9 – Ação Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade (Oliver)
Porém o que chama a atenção do autor são as dúvidas expostas em cada
resposta às afirmativas AC.10 (IC 51,72) como indicado na Tabela 9 sobre a
possibilidade (se eu puder escolher...) de escolha de outro fornecedor que não seja
o X; embora a quantidade de clientes (13) estimada em 22% seja pequena em
relação ao grupo pesquisado (58), existe uma parcela significativa que não está
plenamente satisfeita; a situação se agrava na análise deste item quando se
compara com os dados da pesquisa e se observa que estes 13 clientes fazem parte
da massa de clientes que afirmou serem “leal e/ou muito leal”.
Outro índice que surpreendeu muito foi a busca de mais informações sobre
novos fornecedores (AC.20 (IC 90,34)). Analisando as respostas, pudemos constatar
que 90% (52 clientes) dos clientes que responderam a pesquisa afirmaram buscar
informações sobre novos fornecedores e que, deste total, 62% (32 clientes) se
declararam “leal e/ou muito leal” ao responderem a afirmativa CO 24 (fase conativa),
representando 55%, ou seja, mais da metade dos respondentes da pesquisa
podendo sugerir uma “lealdade” pouco consistente.
Ainda na Tabela 9, observa-se que uma quantidade significativa de clientes
(14 clientes responderam afirmativamente) foi taxativa em responder que “se puder
escolher novamente, iria escolher um fornecedor diferente do fornecedor X; outros
14 se manifestaram neutros demonstrando a existência de insatisfação com o
Fases
AC.10
Se eu puder escolher novamente,
eu iria escolher outro fornecedor do
q
ue o fornecedor X
58 2,5862 1,28465 1,650 51,72
AC.20
Quando eu vejo um fornecedor
novo, aparentemente diferente dos
atuais, procuro obter mais
58 4,5172 0,77779 0,605 90,34
AC.21
Usualmente compro do mesmo
fornecedor em uma mesma
localidade
58 3,6034 1,13848 1,296 72,07
AC.26
Quando eu compro do fornecedor
X, eu me sinto seguro em realizar
uma boa com
p
ra
58 4,2414 0,73294 0,537 84,83
AC.27
Quando eu gosto de um
fornecedor, eu raramente troco por
outro
p
ara tentar al
g
o diferente
58 3,1034 1,47124 2,165 62,07
AC.28
Eu fico preocupado em comprar
sempre de um mesmo fornecedor,
mesmo achando que êle seja bom
58 3,3276 1,28947 1,663 66,55
Médias 58 3,5632 71,26
* O IC foi calculado a partir do valor máximo de concordância, 5, comum sendo 100
Indice de
Concordância
A
Ç
Ã
O
N.válidosQuestões Média
Desvio
Padrão
Variância
66
fornecedor X, o que leva a deduzir que na primeira oportunidade poderá ocorrer a
troca de fornecedor. Fato curioso e que chama a atenção do pesquisador é que do
total de 28 clientes que tiveram as suas respostas analisadas (48,2% do total de
respondentes), 17 deles se manifestaram “leais ou muito leais” (corresponde a
29,3% do total de respondentes) ao responderem a afirmativa CO 24 (fase conativa).
Uma análise combinando as respostas às afirmativas AC.10 (IC 51,72) com
as respostas atribuídas à AC.20 (IC 90,34) indicam que o comportamento dos
clientes sugere o que é descrito por Kotler (2003) como “recompra modificada”, onde
“a empresa quer mudar algumas das especificidades do produto como o preço, os
termos de compra ou mesmo o fornecedor”.
A dúvida em estar comprando sempre do mesmo fornecedor (compras
repetitivas) mesmo que ele seja bom (AC.28 (IC 66,55)), faz parte significativa do
pensamento de 59% (34 clientes) que corresponde a 58% (30 clientes) dos clientes
(52 clientes) que se manifestaram “leal ou muito leal”, conforme indicados na Tab. 4.
No entendimento do autor a análise dos questionamentos AC.10 (IC 51,72),
AC.20 (IC 90,34) e AC.28 (IC 66,55), que aponta um IC médio de 69,54 sugere um
comportamento de elementos de insatisfação com relação ao fornecedor X . Esta
insatisfação se afigura, no entendimento do autor, como algo contido e discreto em
função de proteção aos interesses da empresa, possível interesse na busca de
novos fornecedores e/ou alternativos e ainda, a existência de “custos de mudança”
elevados que poderiam inibir a troca de fornecedores, o que poderia se transformar
em objeto de estudo de novas pesquisas.
4.3.5 Comentários sobre a Avaliação da Pesquisa por Fase de Lealdade (Oliver)
Na análise das quatro fases avaliadas, a que apresentou maior IC médio foi a
fase Cognitiva (83,59) e a com menor IC médio foi a fase Conativa (66,78). A análise
da fase Cognitiva apresentou os maiores IC’s individuais, posição exatamente ao
contrário do ocorrido na fase Conativa que apresentou os menores IC’s, o que leva a
possível conclusão de que os clientes buscam um forte conhecimento do fornecedor
antes de partirem para a experimentação. Ao fazê-lo criam fortes relacionamentos
com o fornecedor X e se sentem seguros em comprar do mesmo, como
demonstrado na fase Afetiva. Porém, as maiores dúvidas sobre a lealdade dos
clientes começam a surgir na fase Conativa quando já se supunha que houvesse
67
uma consolidação de preferência formada após sucessivos episódios satisfatórios. A
conação, por definição, implica no comprometimento em recomprar uma marca
específica e na consistência ou estabilidade de suas crenças a respeito do produto
ou serviços, como definido por McMullan e Gilmore (2003) e citado na página 15
deste trabalho. Nesta fase o consumidor está comprometido com a marca mas não
evita a experimentação de novas ofertas como pode ser observado nas respostas
das afirmativas CO. 16 (61,72), CO. 17 (62,76), CO.18 (70,00), CO.19 (56,84) e
CO.25 (68,07), que apresentam um IC médio de 63,88, o que certamente está longe
de significar lealdade.
Mas o que efetivamente surpreende é a avaliação da fase da Ação que,
conforme Oliver (1999), é baseada na disposição para agir com forte
comprometimento de recompra no futuro superando obstáculos e influências
situacionais e estratégias/esforços de marketing que teriam potencial para provocar
mudança de fornecedor (OLIVER, 1999). Na avaliação da pesquisa nesta fase foram
encontrados indícios de fortes dúvidas sobre o fornecedor X como demonstram as
respostas às afirmativas AC.10 (IC 51,72), AC.20 (IC 90,34) que sugerem um
comportamento descrito por Kotler (2003) como “recompra modificada” onde “a
empresa quer mudar algumas das especificidades do produto, como o preço, os
termos de compra ou mesmo o fornecedor”. Somadas as preocupações e duvidas
sobre o comportamento “em comprar sempre de um mesmo fornecedor” (o que pode
sugerir um alto grau de dependência de um mesmo fornecedor), mesmo que ele
seja bom (AC.28 (IC 66,55)); manifestam um comportamento divergente do
preconizado por Oliver(1999) no início deste parágrafo, segundo o qual nesta fase o
cliente estaria sendo movido por um forte comprometimento de recompra superando
obstáculos e influências da concorrência. A situação acima descrita sugere, ao
autor, à conclusão da não existência de lealdade dos clientes no mercado de
commodities’, que foi o foco deste trabalho.
4.4 Fatores de Percepção Sobre a Lealdade
Dos clientes convidados a participar da pesquisa (150), 23% recusaram a
participação no 1º contato. Foram enviados formulários para 115 clientes que se
mostraram favoráveis a responder no 1º contato e que correspondem a 77% do total
de clientes pertencentes aos segmentos A e B (análise ABC).
68
Sobre o total de formulários enviados (115) o autor recebeu o retorno de
50,43% que correspondem a 58 questionários e que fazem parte da tabulação e
análise de dados que serão apresentados a seguir.
As pesquisas foram enviadas aos clientes de uma empresa distribuidora de
commodities” estabelecida na região. Para a distribuição dos formulários de
pesquisa, primeiramente foi efetuada uma análise ABC sobre a massa de clientes
com compras mensais regulares (todos os meses) acima de 1 ton/mês.
A análise fatorial reduziu as questões formuladas a 7 fatores. O resultado
mostrou-se conveniente, apresentando a estatística de adequacidade da amostra de
Kaiser-Meyer-Olkin igual a 0,569. Segundo Malhotra (2001) este índice compara as
magnitudes dos coeficientes de correlação observados com as magnitudes dos
coeficientes de correlação parcial e valores (considerados altos entre 0,5 e 1,0)
indicando que a análise fatorial é apropriada e recomendada, e que sejam retidos
apenas os fatores com autovalor superior a 1,0 (um autovalor representa a
quantidade da variância associada ao fator, fatores com variância inferior a 1,0 não
são melhores do que uma variável isolada). Além disso, o número de fatores
extraídos que a variância acumulada atingiu, foi de pelo menos 60% da variância
explicada, foi satisfatório (GRIFFITHS et al., 1993 e HAIR, 1998). A tabela 10
apresenta os autovalores e a variância de cada um dos 7 fatores extraídos após 11
interações. Constatou-se um total da variância explicada de 67,26%.
Tabela 10 - Autovalores e variância explicada
Fator Autovalor % da variância explicada % acumulada da variância explicada
1 3,223 13,428 13,428
2 3,176 13,235 26,663
3 2,284 9,517 36,180
4 2,096 8,733 44,913
5 2,015 8,397 53,310
6 1,760 7,333 60,643
7 1,588 6,617 67,260
A análise fatorial mostrou-se também favorável para o teste de esfericidade
de Barlett, indicando que o modelo de mensuração está adequado (HAIR, 2003). O
qui-quadrado mostrou-se significativo (χ²=563,443; gl=276; significância 0,000), e a
razão entre o qui-quadrado e o número de graus de liberdade, que é usado para
fornecer uma medida de ajuste, foi adequado (χ² /gl=2,041). A tabela 11 resume a
medida de KMO e o teste de Barlett.
69
Tabela 11 - Índice de KMO e de qui-quadrado
Medida de Kaiser-Meyer-Olkin de adequação da amostra 0,569
qui-quadrado aproximado 563,443
graus de liberdade (gl) 276
Teste de esfericidade de Barlett
significância 0,000
A seguir são apresentados os agrupamentos das variáveis investigadas
conforme a carga fatorial e após o processo de rotação Ortogonal Varimax (método
ortogonal de rotação que minimiza o número de variáveis com altas cargas sobre um
fator, reforçando, assim, a interpretabilidade dos fatores).
Tabela 12 - Componentes da matriz rotacionada e fatores
Fator 1: Impressões sobre um fornecedor
carg
a
A.14 Eu tenho a preferência pelo fornecedor X na região em que ele atua
0,775
CO.16 Eu tentaria comprar de um fornecedor alternativo se o preço dele
fosse 3% menor.
0,725
CO.15 O fornecedor X é mais do que um mero fornecedor
0,690
A.13 O fornecedor X é um fornecedor de quem eu poderia falar dele por
muito tempo
0,585
Fator 2: Preferência sobre um fornecedor
carg
a
C.6 O fornecedor X tem equipamentos de ponta
0,711
AC.21 Usualmente compro do mesmo fornecedor em uma mesma
localidade
0,682
CO.11 Eu realmente gosto de comprar do fornecedor X.
0,681
C.7 O fornecedor X tem instalações de bom apelo visual
0,632
AC.27 Quando eu gosto de um fornecedor, eu raramente troco por outro
para tentar algo diferente
0,618
C.4 Quando decido por um fornecedor, eu não estou interessado em
barganhar vantagens
0,572
70
Fator 3: Lealdade ao fornecedor
carg
a
CO.24 Eu me considero altamente leal ao fornecedor X
0,442
CO.23 Eu me preocupo muito com o fornecedor X
0,856
A.22 Comprar do fornecedor X diz muito sobre sua empresa
0,637
A.8 O fornecedor X é exatamente o que eu necessito de um fornecedor
0,462
Fator 4: Preocupação com custos de mudança
carg
a
CO.25 Eu ficaria preocupado em comprar sempre do fornecedor X
0,809
AC.28 Eu fico preocupado em comprar sempre de um mesmo fornecedor,
mesmo achando que ele seja bom.
0,739
CO.17 Eu tentaria comprar de um fornecedor alternativo se o mesmo
tivesse melhores instalações e equipamentos que o fornecedor X
0,489
Fator 5: Insatisfação com o fornecedor
carg
a
AC.10 Se eu puder escolher novamente, eu irei escolher outro fornecedor
do que o fornecedor X
0,859
A.9 O fornecedor X, como escolha de um fornecedor não tem se mostrado
tão bem como eu pensei
0,796
Fator 6: Interessado em obtenção de vantagens
carg
a
A.3 O fornecedor X é um fornecedor que me interessa
0,678
CO.18 Eu mudaria de fornecedor se o vendedor aumentasse as vantagens
0,616
Fator 7: Falta de atenção aos clientes
carg
a
A.12 Fornecedores em geral não devem dar atenção individualizada aos
clientes.
0,766
C.1 Eu conheço as opções que o fornecedor X tem o suficiente para avaliá-
lo em relação a outros fornecedores
0,664
Método de extração: Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax com Normalização
Kaiser
71
4.5 Comentários sobre a Tabela 12 - Componentes da matriz rotacionada e
fatores
Na análise dos fatores que são considerados relevantes pelos respondentes,
em relação à lealdade, destaca-se o percentual atribuído ao fator 1 (Impressões
sobre o fornecedor X) que são consideradas da maior importância e que apresentou
o percentual de 13,428% (que representa 20% dos valores atribuídos) sugerindo que
o fornecedor X tem forte presença e causa uma boa impressão entre os seus
clientes como indicado pelos resultados. Vale ressaltar que em função dos índices
apresentados na resposta CO. 16 a existência de um sentimento de insatisfação que
levaria o cliente a procurar um outro fornecedor, mesmo que a vantagem não seja
tão expressiva. O percentual, 13,235%, (19,7% dos valores atribuídos) obtido pelo
fator 2 ratifica a preferência dos respondentes, citadas no fator 1, pelo fornecedor X,
o que pode sugerir, pela indicação dos resultados, como sendo um sentimento de
lealdade.
Os dois fatores, acima, foram os que apresentaram, destacadamente, os
maiores percentuais. A motivação que levou os respondentes a elegerem estes dois
fatores como principais, reside no fato de que eles concentram as maiores
qualidades e virtudes do fornecedor X, no ponto de vista dos clientes, e os que
apresentam maior favorabilidade aos interesses dos mesmos. Neste grupo, também,
deveria estar incluído o fator 3 que versa sobre a lealdade ao fornecedor pelo fato de
conter, tamm, afirmativas que atendem os interesses dos pesquisados; muito
embora apresente, como veremos a seguir, uma acentuada diferença com relação
aos grupos 1 e 2.
Quando questionados sobre a lealdade ao fornecedor X, como citado no fator
3, há uma forte tendência em declarar lealdade, preocupação com o fornecedor,
criar grau de importância para o fornecedor (status e estratégico), muito embora o
percentual obtido na análise fatorial indique 9,517% (14,1% dos valores atribuídos)
com uma queda significativa de 3,9% sobre o fator 1, que indica para o autor um
distanciamento da lealdade explicita como declarada na pesquisa, reforçando a idéia
de que a lealdade no mercado de “commodities” é muito frágil. Como pode ser
constatado nos fatores 4 (8,733%), 5 (8,397%) e 6 (7,333%) onde se revela a
preocupação relacionada com a manutenção de compras repetitivas junto ao
fornecedor X (fator 4), bem como fica demonstrada a intenção de migrar para
fornecedores alternativos, e ao mesmo tempo a preocupação com custos de
72
mudança; a existência de insatisfação para com o fornecedor X (fator 5), levando a
acreditar que existem situações “mal resolvidas” neste relacionamento; a existência
de clientes, já na fase Conativa (CO. 18), mais interessados em obtenção de
vantagens do que fidelidade e ou lealdade ao fornecedor. Numa avaliação sobre os
três últimos fatores comentados, que apresentam uma somatória de 24,463% (que
somam 36,4% dos valores atribuídos) e que são em grande parte desfavoráveis ao
fornecedor X, que representam quase o dobro dos valores do fator 1 onde as
respostas são favoráveis, é possível concluir pela não existência da lealdade no
mercado de distribuição de “commodities” visto que os valores atribuídos aos
questionamentos não manifestam claramente este sentimento em relação ao
fornecedor X. Finalmente, ao analisarmos a questão A.12 (que deve ser analisada
de maneira invertida pelo uso da expressão não), no fator 7 os valores atribuídos de
6,617% indicam que os pesquisados embora conheçam o fornecedor X e suas
opções, consideram importante a atenção individualizada por parte dos fornecedores
o que não invalida os comentários acima desenvolvidos.
Os fatores 6 e 7 foram os que apresentaram os menores percentuais, e estes
baixos percentuais (7,333% e 6,617% respectivamente) se explicam por se tratar de
assuntos com pouca relevância em um relacionamento, ou seja, a obtenção de
vantagens (falta de ética) e a exigência de atenção individualizada (exclusividade).
73
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente dissertação teve por objetivo verificar a existência de lealdade e a
formação da mesma em mercados organizacionais. Optou-se para base do trabalho
a teoria desenvolvida por Oliver (1999) sobre as fases formadoras da lealdade.
Foi observado que, com a adequação e utilização das estratégias de
marketing em mercados organizacionais, deve-se enfatizar inicialmente o
estabelecimento e construção de relacionamento com os clientes através de
oferecimento de produtos e serviços diferenciados buscando para tanto o
aprimoramento do conhecimento do cliente e de suas necessidades como recurso
estratégico e fonte de informação e, finalmente, a prática de marketing de
relacionamento visando a construção de relacionamentos duradouros e a lealdade.
Observou-se também que, a retenção de clientes pode criar vantagens e
diferenciais competitivos a partir da perspectiva de que a lealdade dos clientes,
resultado de estratégias de relacionamento, permite à organização sustentar uma
sólida base de conhecimento dos clientes e explorar a mesma. A organização,
invariavelmente, pode alcançar maiores vantagens, uma maior competitividade em
seu mercado associadas diretamente a maiores lucros e maior crescimento. Ficando
ainda evidenciado que o marketing de relacionamento é apontado como uma prática
viável a ser implementada por organizações que se propõem ao enfrentamento dos
desafios em mercados organizacionais.
No entanto, também pode ser observado que a intenção de adotar relões
estratégicas e duradouras por parte das organizações, implica que estas
reconheçam de que se deva buscar novas formas de comunicação para o
estabelecimento de vínculos duradouros com os clientes. Para tanto, a ênfase das
organizações deve voltar-se no sentido de desenvolver processos de aprendizagem
com os clientes, alinhados ao desenvolvimento de uma cultura empresarial com
base na aceitação para o cliente. A expectativa de um relacionamento de longo
prazo está baseada em que haja uma continuidade no relacionamento e que,
através da evolução dos negócios e contatos, caminhem, fornecedor e cliente, para
o desenvolvimento de interação de maior profundidade com criação de valor
crescente nas operações, objetivando a lealdade entre as partes e fidelização do
cliente.
74
Porém, o desenvolvimento e construção de relacionamentos entre
cliente/empresa passam por várias etapas e estágios de evolução ao longo do
tempo em que podem ocorrer mudanças de necessidades, alteração de prioridades
e novos objetivos. Neste contexto, é importante e necessário que as empresas que
se dispõem a adotar estratégias de relacionamento devem estar, de forma
permanente, atentas às variadas necessidades de seus clientes, apresentando
melhorias às já existentes, antecipando-se às novas e, adaptando-se às mudanças
exigidas pelo mercado. Por se tratar de um processo que envolve toda a
organização, é absolutamente necessário o engajamento, comprometimento e a
cooperação entre os membros internos no sentido de atender estas necessidades e
demandas, ou seja, orientando a empresa para o mercado.
5.1 Considerações sobre as Fases da Lealdade
Na análise dos dados e informações obtidos na pesquisa, deve-se considerar
que o público-alvo foram clientes enquadrados dentro dos segmentos A e B, de uma
análise ABC, desenvolvida entre um grupo de clientes de uma empresa distribuidora
de “commodities” com compras repetitivas (compras mensais), o que a princípio
pode sugerir um sentimento de escolha e fidelidade à marca e/ou até lealdade ao
fornecedor .
Observa-se, no que tange à etapa cognitiva, os clientes de maneira muito
consistente demonstram um forte conhecimento sobre a capacitação técnica e de
equipamentos de produção. Indicam (C.5) que a escolha do fornecedor foi feita de
maneira criteriosa e que neste processo a empresa não estava interessada em
“barganhas ou vantagens”.
Fica evidenciada a preferência pelo fornecedor X quando da análise dos
questionamentos contidos nas respostas referentes à etapa afetiva; onde se pode
detectar a tendência pela definição de um fornecedor e a afirmação (A.8) sobre as
expectativas confirmadas sobre um determinado fornecedor (Fornecedor X).
Porém, a partir desta etapa, o pesquisador começa a observar que não há
uma consolidação das afirmativas (A.9) “pois 23 clientes (40%) não têm se mostrado
“muito satisfeitos” com o fornecedor X”; muito embora tivessem se declarado “leal ou
muito leal”; ficando, ainda, muito clara a necessidade que os clientes têm de maior
atenção por parte do fornecedor e seus contatos.
75
Muito embora exista um forte direcionamento e preferências de compras junto
ao fornecedor X, sugerindo um forte comprometimento com a marca, o cliente não
evita (até procura?) experimentação de novas ofertas (CO.16, CO.17, CO.18 e
CO.19), muito embora existam fortes indícios de lealdade (CO.24) demonstrado por
60% dos clientes (35) que se declararam “leal ou muito leal”.
As afirmativas contidas nas respostas (AC.26, AC.27 e AC.21 (nesta ordem))
sugerem que exista uma forte confiança em comprar do fornecedor X . Mas este
sentimento é confrontado com as dúvidas expostas nas respostas, no
questionamento AC.10 no que diz respeito à troca de fornecedor mesmo
hipotecando a lealdade. Outro índice que surpreendeu foi a “busca de mais
informações sobre novos fornecedores” (AC.20 IC 90,34) . Dúvidas sobre estar certo
ou não “com relação ao comportamento de estar comprando sempre de um mesmo
fornecedor”.
Para fechamento das conclusões, o autor evidencia a análise dos
questionamentos AC.10 (51,72), AC.20 (90,34) e AC.28 (66,55), que sugerem um
comportamento com indícios de que esteja ocorrendo insatisfação com relação ao
fornecedor X; e que esta insatisfação pode estar dissimulada em função de proteção
aos interesses da empresa compradora. Fica claro ainda, o interesse na busca de
novos fornecedores e/ou alternativos e, ainda a existência de “custos de mudança”
elevados que poderiam estar inibindo o movimento de troca de fornecedores , o que
poderia se transformar em objeto de estudo de novas pesquisas.
Com base nas evidências colhidas no trabalho de pesquisa e considerando-
se as afirmações dos comentários acima citados, o autor conclui pela não existência
da lealdade nos mercados de “commodities”, considerando que a “aparente
lealdade demonstrada por parte significativa dos respondentes da pesquisa, onde
90% (52) dos clientes se manifestaram como “leal e muito leal”, prende-se a
interesses de manutenção das compras junto ao fornecedor X, como sendo de
conveniências, a saber : proximidade de fonte de abastecimento, velocidade e
qualidade de prestação de serviços da unidade que o atende, qualidade e
diversificação de produtos que compõem o nível de estoques da unidade próxima a
sua planta, preços adequados e compatíveis com o mercado, logística de
abastecimento e fornecimento e, finalmente, fica evidente a existência de custos de
mudança que agem como limitador e/ou inibidor no processo de troca e/ou
substituição de fornecedor. Custos estes, que envolvem a perda de tempo e esforço
76
dispendidos na formação do relacionamento, associados à perda financeira e
envolvendo, ainda, desconforto psicológico ou emocional causados pela ruptura de
vínculos com a marca e mesmo com a organização de que era parceiro.
Ainda com base nas informações obtidas na pesquisa, observa-se que não
foram validados no presente trabalho e no segmento de mercado escolhido a teoria
das fases formadoras da lealdade como propostas por Oliver (1999).
5.2 Limitações e Sugestões para Novos Estudos
Dentre as limitações encontradas no estudo, citamos o fato de que a pesquisa
teve a sua aplicação limitada aos clientes de uma distribuidora de “commoditiese
que o total de questionários respondidos tenha atingido 50,43% (58) de um total de
115 formulários enviados. Certamente, se aplicado aos clientes de outras empresas
com perfil semelhante, teríamos um universo de análises e questionamentos mais
interessantes. Novos estudos realizados em outros fornecedores de “commodities”
do mesmo ramo de atividade da empresa-foco da pesquisa poderão, eventualmente,
confirmar a realidade dos resultados obtidos pelo presente trabalho.
Como sugestão para novos estudos indicamos as conclusões que suscitaram
dúvidas na avaliação e que, acreditamos, possam ser objetos de investigação mais
profunda e detalhada.
Entre os participantes da pesquisa (58 clientes) ficou claro que a definição por
um determinado fornecedor não se encontra perfeitamente cristalizada e/ou
encaminhada para a consolidação conforme indicam as respostas na Tabela 7; este
posicionamento pode ser observado na afirmativa A.9 (61,07), pois 23 clientes (40%)
não têm se mostrado “muito satisfeitos” com o fornecedor X. Abre-se aqui uma
oportunidade de estudos mais aprofundados para se diagnosticar as causas da
insatisfação, pois dos 23 clientes que responderam não estar “plenamente
satisfeitos”, 21 se declararam “leal e/ou muito leal” o que corresponde a 53% dos
clientes (40) que declaram ser fiéis ao fornecedor X. Este aspecto torna-se mais
preocupante à medida que se avalia a pesquisa de forma geral e verifica-se que 52
clientes – 90% do total pesquisado – tenham se declarado “leal e muito leal” ao
fornecedor X; a maior parte tamm encaminha suas consultas e/ou pedidos a
fornecedores alternativos, deixando dúvidas com relação à lealdade declarada.
Muito embora exista um forte direcionamento e preferências de compras junto ao
77
fornecedor X sugerindo um forte comprometimento com a marca, o cliente não evita
(até procura?) experimentação de novas ofertas, como constatado nas respostas
obtidas nos questionamentos relativos à fase conativa (CO.16, CO.17, CO.18 e
CO.19), apesar de existirem fortes indícios de lealdade (CO.24) demonstrados por
60% dos clientes (35) que se declararam “leal ou muito leal”.
Quando se confrontam as respostas obtidas e indicadas na Tabela 3 com as
respostas à questão CO. 24 (Eu me considero altamente leal ao fornecedor X.) onde
35 clientes (60%) responderam como “leal ou muito leal” e, deste total, apenas 8
clientes optaram CF (quando concordar totalmente); é plausível concluir-se pela
inexistência da lealdade como preconizada por Oliver (1999), ficando desta forma
caracterizada a oportunidade para novas pesquisas e estudos.
Na fase da ação, quando se esperava de acordo com a teoria das fases de
lealdade de Oliver (1999) uma forte consolidação rumo à lealdade, observam-se as
dúvidas expostas na resposta às afirmativas AC.10 (51,72), como indicado na
Tabela 9 sobre a possibilidade (se eu puder escolher...) de escolha de outro
fornecedor que não o fornecedor X . Embora a quantidade de clientes (13) 22% seja
pequena em relação ao grupo pesquisado – 58 clientes – existe uma parcela
significativa que não está plenamente satisfeita; a situação se agrava na análise
deste item quando comparado com os dados da pesquisa e se observa que estes 13
clientes fazem parte da massa de clientes que afirmou serem “leal e/ou muito leal”.
O alto índice de concordância – 90%, ou seja, 52 clientes de um total de 58
pesquisados - na resposta à questão AC 20 (90,34) sobre a busca de mais
informações sobre novos fornecedores; a dúvida em estar comprando sempre do
mesmo fornecedor (compras repetitivas) mesmo que ele seja bom AC.28 (66,55),
somadas à análise dos questionamentos AC.10 (51,72), AC.20 (90,34) e AC.28
(66,55), que sugerem um comportamento de elementos de insatisfação com relação
ao fornecedor X, sugerem o que é descrito por Kotler (2003) como “recompra
modificada” onde “a empresa quer mudar algumas das especificidades do produto,
como o preço, os termos de compra ou mesmo o fornecedor”, o que certamente são
indícios para o desenvolvimento de estudos mais profundos sobre o assunto,
considerando-se que este comportamento pode estar sugerindo a existência de
fortes “custos de mudança”, que poderiam inibir a troca de fornecedores .
78
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85
APÊNDICES
86
APÊNDICE A
COGNITIVA - PROPOSTA DE FORMATAÇÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+) escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
A empresa nos forneceu o produto com o preço que necessitávamos
Acreditamos que esse fabricante procure resolver as reclamações sobre seu
produto
Afinidade de interesses entre cliente e fornecedor
A 3
Amizade entre os contatos do fornecedor e cliente
Atendimento a pedidos extras ou de urgência
Ausência de comunicação bilateral (entre fornecedor e cliente )
Ausência de dependência entre cliente / fornecedor
Ausência de dependência entre cliente / fornecedor
Ausência de oferta superior para o produto
CO 16
Benefício mútuo entre cliente / fornecedor
Benefícios sociais
Comunicação bilateral
Condições de alteração nas datas de entrega previamente acordadas
Confiança na marca do fornecedor
Conhecimento mútuo
Desempenho geral na prestação de serviços ao cliente
Dinamicidade no relacionamento entre cliente e fornecedor
CO 15
Discurso x Pratica
Disponibilidade e rapidez no atendimento de informações
Empatia
Esta empresa demonstra interesse em no nosso problema
CO 15
Ética no relacionamento
Expectativas não confirmadas
CO 17
Facilidade nas negociações
Falta de investimento na relação
Fornecimento ao cliente de literatura técnica sobre o produto e sua manutenção
87
COGNITIVA - PROPOSTA DE FORMATAÇÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+)
escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
Freqncia de visitas comerciais e técnicas
Histórico da relação
Identificação com a marca
Interação
Interesse mútuo nos negócios
Investimentos no relacionamento
Lançamento e divulgação de novos produtos
Linha completa de produtos
Logística de entrega
Longevidade (tradição no mercado)
Lucratividade
Marca forte e reconhecida no mercado
Mix de produtos
MKT / Merchandising / Propaganda
Necessidade
Nossa empresa ficou satisfeita com a maneira como a reclamação foi resolvida
Praticidade
Prazo de pagamento em relação à concorrência
Preços em relação à concorrência
CO 16
Qualidade de atendimento
Quebra de confiança
Rapidez no atendimento à reclamações/devoluções
Reciprocidade
Relação custo/benefício
Relacionamento com vendedores/representantes
CO 19
Responsabilidade fiscal (comportamento legal)
88
COGNITIVA - PROPOSTA DE FORMATAÇÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+)
escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
Satisfação
Sentimento de felicidade relacionado à marca
Simpatia
Solução de problemas
Valorização do relacionamento
CO 15
Há muitos fornecedores alternativos que têm o mesmo produto e valor para
nossa em
p
resa
Este fornecedor retém para si (omite) importantes informações
Esperamos que o relacionamento com este fornecedor se fortifique ao longo do
tem
p
o
No relacionamento entre empresas existem situações de conflitos
Os representantes que nos atendem conhecem o nosso produto e entendem as
nossas necessidades
C 1
No relacionamento com seu banco favorito uma cobrança eventual criam
p
roblemas de relacionamento
89
AFETIVA - PROPOSTA DE FORMATÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+)
escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
Acreditamos que este fabricante não arriscaria a sua imagem e reputação
colocando sua marca em
p
rodutos de baixa
q
ualidade
Afetividade no relacionamento com o fornecedor
Atenção dispensada ao cliente pelo fornecedor
Atração mútua (cliente / fornecedor)
Ausência de reciprocidade entre cliente / fornecedor ( e vive-versa)
CO 18
Benefícios relacionados à imagem do cliente
Boa conduta ao longo do relacionamento.
Capacidade do fornecedor no desenvolvimento de produtos específicos
Competência / Integridade do fornecedor
Comprometimento nos relacionamentos
Confirmação da escolha feita e das expectativas sobre o fornecedor
C 2
Cordialidade no tratamento e atendimento recebidos do fornecedor
Dependência entre partes (cliente e fornecedor)
Desenvolvimento de acordos de cooperação entre cliente e fornecedor
Esta empresa responde rapidamente a nossa reclamação
Esta empresa tentou arduamente resolver o nosso problema
C2
Estamos satisfeitos e confiamos nos produtos desta empresa
C2
Fazemos comentários positivos sobre os produtos desta empresa a outras
p
essoas
Fornecimento de informações sobre o andamento do pedido
Nossa empresa tem interesse em manter relacionamento
CO 15
O fornecedor deu uma explicação razoável sobre porque o problema ocorrido
O resultado recebido através da reclamação foi justo
Os produtos desta empresa atendem perfeitamente nossas necessidades
Os produtos desta empresa estão entre os melhores que já compramos
Perfil do fornecedor em coerência com necessidades e valores do cliente
Portadora de ISO...
Preocupação em conhecer as opiniões, sugestões ou reclamações do cliente
90
AFETIVA - PROPOSTA DE FORMATAÇÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+)
escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
Prestação de serviços como nível de desempenho
Produtos ecologicamente corretos
Rapidez na solução de problemas e esclarecimento de dúvidas
Rapidez no atendimento às solicitações do cliente
Responsabilidade Social (retorno para sociedade)
Resultados financeiros publicados
Satisfação com a marca
Troca de informações
Qual o grau de relacionamento entre nossa empresa e este fornecedor
Os investimentos para desenvolver um relacionamento com este fornecedor são
facilmente transferíveis
p
ara outros
p
rocessos ou o
p
era
ç
ões em nossa em
p
resa
Sua empresa encara estes conflitos como “parte” do negocio
Os representantes deste fornecedor se empenham na solução de problemas
91
CONATIVA - PROPOSTA DE FORMATAÇÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+)
escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
Acreditamos que os produtos desta empresa passam por controle de qualidade
Acreditamos que em caso de problemas com o produto este fabricante efetuará
a troca
Atendimento total do pedido no prazo
Cumplicidade no relacionamento entre cliente e fornecedor
Disponibilidade de estoques para pedidos extras ou de urgência
Esta empresa é honesta e transparente para com a nossa empresa
Existe a possibilidade de comprar outra marca
CO 17
Geração de vantagens competitivas para minha empresa
Inovação do produto fornecido, visando melhorias no processo operacional do
cliente
Insatisfação com o relacionamento
A 9
O resultado final da reclamação foi o esperado
Recebemos o que solicitamos
Ser cliente deste fornecedor agrega valor para minha empresa
A 22
Serviços de pós-venda e aumento no grau de confiança na marca
Transparência nas negociações
C 5
Troca de experiências
Acreditamos que temos uma parceria equilibrada com este fornecedor.
A 8
Nos enxergamos diferenciais competitivos neste fornecedor
C 6 C 7
Existe o risco de nossa empresa se tornar dependente deste fornecedor
Nosso custo total de mudança para um fornecedor alternativo seria muito grande
Estamos certos de que este fornecedor respeita a confidencialidade das
informa
ç
ões re
p
assadas
p
or nós
Este fornecedor tem merecido nossa confiança.
Esperamos que o relacionamento com este fornecedor continue por um longo
tem
p
o
A boa vontade que demonstramos no relacionamento é recíproca
Há interesse mútuo na lucratividade dos negócios
Nossa empresa terá que passar por um período de maturação no relacionamento
com o novo fornecedor
Em nossa empresa, a repetição de episódios, anteriores, favoráveis agiria como
um alavancador
p
ara novas transa
ç
ões com esse fornecedor
92
CONATIVA - PROPOSTA DE FORMATAÇÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+) escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
E se esses episódios favoráveis fossem intercalados por episódios desfavoráveis
o relacionamento seria abalado
O estimulo para recompra continuaria sendo igual a situação anterior
93
ÃO - PROPOSTA DE FORMATÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+)
escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
A empresa nos forneceu o produto que necessitávamos
A qualidade dos produtos desta empresa superaram nossas expectativas.
Acreditamos que fazemos uma boa escolha ao comprar produtos desta empresa
A 8
Agilidade nos atendimentos feitos pelo fornecedor
Confiança mútua
Custo de mudança para outro fornecedor é muito alto
AC 28
Eficácia dos serviços de assistência técnica
Em nossas próximas compras pretendemos comprar produtos deste fornecedor
Entrega dos produtos conforme pedido (quant., peso, etc)
Fidelidade
Lealdade
Ligação afetiva com a marca
Marca forte gera confiança e competência técnica
Mesmo na urgencia procuramos comprar deste fornecedor
Não existência de outro fornecedor para o produto
Nossa empresa estaria disposta a pagar mais pela marca
Nossa escolha em comprar os produtos desta empresa foi acertada
A 22
O preço cobrado é compatível com a qualidade oferecida
Os produtos desta empresa são de boa qualidade
Os produtos desta empresa são seguros
Parceria nos negócios
Qualidade percebida
Respeito nos relacionamentos
Transparência no relacionamento
A 8
Uniformidade e manutenção dos padrões de qualidade do produto oferecido
Nós nos sentidos dependentes desse fornecedor;
AC 28
Este fornecedor é estrategicamente importante para nossa empresa;
A 14
94
ÃO - PROPOSTA DE FORMATÃO DO QUESTIONARIO DE PESQUISA
(+) escala de Macmullan e Gilmore (2003)
Perguntas / Afirmativas (+)
Seria difícil para nossa empresa gerar vendas e lucros sem este fornecedor;
Estamos comprometidos com esse fornecedor
CO 24
Este fornecedor se sente dependente de nossa empresa
O melhor substituto para este fornecedor teria o mesmo valor para nossa
empresa
Comparado com outros fornecedores, nosso relacionamento com esse
fornecedor é melhor
O custo da mudança pode interferir no relacionamento entre empresas e na
formação da lealdade
AC 28
Seria um transtorno para as operações de nossa empresa encerrar o
relacionamento comercial com este fornecedor
Nossa empresa está preparada para os custos de mudança
Nossa empresa troca mais informações com este fornecedor do que com outros
fornecedores
Nossa empresa compartilha informações com este fornecedor as quais não
seriam compartilhadas com outro fornecedor.
AC 27
O nível de informações trocada entre nossa empresa e o fornecedor tem sido
satisfatório
Sentimos que este fornecedor se preocupa com os nossos interesses
Temos plena confiança na veracidade das informações que recebemos deste
fornecedor
A 13
Nós aceitaríamos produtos deste fornecedor sem conferir a precisão das
q
uantidades
Este fornecedor tem o mesmo grau de transparência que lhe oferecemos
AC 26
Esperamos aumentar as compras junto a este fornecedor no futuro
Estamos dispostos a alocar um considerável esforço e investimento no
fortalecimento do relacionamento comercial com este fornecedor
Temos nos empenhado muito no relacionamento com este fornecedor
Este fornecedor tem se empenhado com a nossa empresa
Estamos comprometidos com este fornecedor
CO 11
O relacionamento comercial com este fornecedor poderia ser descrito como
sendo uma parceria.
Nossa empresa tem sido bem atendida nos serviços oferecidos por esse
fornecedor
O nível de serviços prestados por este fornecedor atende as exigências de nossa
empresa
A 13
Nossa empresa está preparada para troca de fornecedor
95
APENDICE B
Prezado Senhor,
Esta pesquisa avalia sua percepção sobre a lealdade em relação a um
fornecedor qualquer. Lealdade pode ser definida como comprometimento que pode
ser descrito como sendo a crença dos parceiros de que o relacionamento é tão
importante e válido, em termos de resultados, que justifica o máximo esforço para
mante-lo ao longo do tempo.
Por gentileza, solicitamos que insira o grau de lealdade com que você se
comportaria em relação a um fornecedor em cada uma das afirmações e ou
questionamentos à seguir. Se a afirmação e ou questionamento o induz a um
comportamento altamente leal, circule o 5. Se a afirmação ou questionamento o
induz a um comportamento muito pouco leal, circule o 1. Se o comportamento é
intermediário circule uma das opções centrais. As informações não dizem respeito a
uma empresa real e sim hipotética.
Pouco Leal
AFETIVA
1234 5
Afetividade no relacionamento com o fornecedor
O relacionamento com este fornecedor proporciona benefícios
relacionados à ima
g
em de nossa em
p
resa
Este fornecedor esta capacitado a desenvolver produtos específicos
p
ara nossa em
p
resa e desenvolver tecnolo
g
icamente os
j
á existentes
Sentimos este fornecedor comprometido nos relacionamentos com
nossa em
p
resa
Confirmação da escolha feita e das expectativas sobre o fornecedor
Nossa empresa tem interesse em manter relacionamento
Preocupação em conhecer as opiniões, sugestões ou reclamações do
cliente
Rapidez no atendimento às solicitações do cliente
Qual o grau de relacionamento entre nossa empresa e este fornecedor
Os representantes deste fornecedor estão comprometidos e empenham-
se na solu
ç
ão de eventuais
p
roblemas
Muito Leal
Pouco Leal
COGNITIVA
12345
Amizade entre os contatos do fornecedor e cliente
Condi
ç
ões de altera
ç
ão nas datas de entre
g
a
p
reviamente acordadas
Desempenho geral na prestação de serviços ao cliente
Empatia
Logística de entrega
Mix de produtos
Prazo de pagamento em relação à concorrência
Qualidade de atendimento
Relação custo/benefício
Solução de problemas
Muito Leal
96
APENDICE B
Pouco Leal
CONATIVA
12345
Atendimento total do pedido no prazo
Geração de vantagens competitivas para minha empresa
Inovação do produto fornecido, visando melhorias no processo
o
p
eracional do cliente
Ser cliente deste fornecedor agrega valor para minha empresa
Transparência nas negociações
Acreditamos que temos uma parceria equilibrada com este fornecedor.
Nos enxergamos diferenciais competitivos neste fornecedor
Nosso custo total de mudança para um fornecedor alternativo seria
muito
g
rande
Há interesse mútuo na lucratividade dos negócios
Nossa empresa terá que passar por um período de maturação no
relacionamento com o novo fornecedor
Muito Leal
Pouco Leal
ÃO
12345
A qualidade dos produtos da empresa superaram nossas expectativas
Agilidade nos atendimentos feitos pelo fornecedor
Confiança mútua
Custo de mudança para troca de fornecedor é muito alto
Eficácia dos serviços de assistência técnica
Marca forte gera confiança e competência técnica
Nossa empresa estaria disposta a pagar mais pela marca
Uniformidade e manutenção dos padrões de qualidade do produto
Este fornecedor é estrategicamente importante para nossa empresa
O relacionamento comercial com este fornecedor poderia ser descrito
como sendo uma parceria.
Muito Leal
97
APENDICE C
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
a) apresentação do tema da pesquisa e objetivos
b) explicar a linha de pesquisa (base em Oliver, 1997) apresentando planilha
com as fases sugeridas por Oliver (1997) como formadoras da Lealdade
c) Perguntas:
O que é lealdade para você?
O que mais lhe cativa em um fornecedor?
O que é um cliente leal?
O que o influencia a ser leal a um fornecedor? Cite exemplos?
Você tem alguma experiência marcante?
Já lhe ocorreu “Eu compro isto porque eu gosto disto”?
Satisfação, envolvimento, preferência e consistência de conhecimento do produto:
qual mais lhe sugere lealdade? Você poderia classificá-los por ordem de
importância?
O que você considera como sendo uma parceria equilibrada com um fornecedor?
O que mais o influencia em um fornecedor?
AMIZADE
Como você encara o relacionamento de amizade entre cliente e fornecedor?
Como o afeto, bom relacionamento e amizade podem influenciar na escolha de um
fornecedor?
Você mudaria de fornecedor em função de relacionamento e amizade?
Amizade caminha junto com lealdade?
Amizade, confiança e satisfação podem ser uma ponte para a lealdade?
Amizade, confiança e satisfação, são apenas sentimentos e emoções que não
podem suportar um sentimento de lealdade?
CONFIANÇA
Você está decidido a comprar de um determinado fornecedor antigo. Surge uma
proposta tentadora. Você trocaria de fornecedor no primeiro impulso?
Você tem plena confiança nas informações de um fornecedor parceiro?
98
O que um fornecedor deve fazer para desfrutar da sua confiança e lealdade?
Quando surgem problemas de relacionamento as soluções são discutidas em
conjunto?
Pense em seu melhor fornecedor. Seria correto afirmar que ambas as partes estão
preocupadas com a lucratividade da outra?
O seu relacionamento com determinado fornecedor é abalado ou estremecido por
propostas do concorrente?
Você como cliente é suscetível a informações sobre determinado produto novo?
LEALDADE
Você entende como lealdade a demonstração de comprometimento de seu
fornecedor com os seus objetivos?
A geração de vantagens competitivas pode ser interpretada como um sinal de
lealdade?
Transparência nas negociões: demonstração de lealdade ou obrigação
empresarial?
Diferenciais competitivos aumentam ou não os sentimentos de lealdade para com o
fornecedor?
Um fornecedor forte e estratégico é um estímulo para desenvolvimento de um
sentimento de lealdade?
Um relacionamento comercial descrito como parceria pode ser interpretado como um
estágio para a lealdade?
CUSTO DE MUDANÇA
O custo de mudança é um impedimento para troca de fornecedor? E se ele for um
parceiro leal de longa data?
Você se sente dependente de um determinado fornecedor, mesmo não sendo leal a
ele?
A lealdade pode ser determinada pelo custo de mudança?
A lealdade pode ser conquistada ou imposta através do custo de mudança?
FECHAMENTO
Considerando-se como sendo passos necessários para a formação da lealdade: a
informação, o afeto desenvolvido, a intenção de comprar e a ação de comprar; qual
em sua opinião é o passo mais importante? Porque?
O que é lealdade para você?
99
APENDICE D
Este questionário faz parte integrante da entrevista efetuada em ___/___/___ , com
o Sr.________________________________________ destinada a fazer parte da
dissertação de Mestrado em Administração elaborada por Mario Jose Kerper.
COGNITIVA - Lealdade às informações
(Ato de adquirir um conhecimento; relativo ao processo mental de percepção,
memória, juízo e ou raciocínio)
Esta fase tem como características a percepção de informações tais como: preços,
benefícios, qualidade, propaganda, experimentação, etc.
(assinalar na coluna conforme o grau de importância atribuído ao questionamento)
INFORMAÇÕES POSITIVAS
1 2 3 4 5
ASPECTO FISICO / APARENCIA
ATRIBUTOS / BENEFICIOS
EXPERIMENTAÇÃO DIRETA
EXPERIMENTAÇÃO INDIRETA
VARIEDADE DE ESCOLHA
PRODUTOS EGOLOGICAMENTE CORRETOS
PROPAGANDA
QUALIDADE DO PRODUTO
PREÇOS
FORMATOS
ASPECTO FISICO / APARENCIA
INFORMAÇÕES NEGATIVAS
1 2 3 4 5
MUDANÇA DE APARENCIA / CONSTITUIÇÃO / FORMATO
PERDA DE QUALIDADE INICIAL
EXPERIENCIA NEGATIVA
EXPERIENCIA NEGATIVA
ESCOLHA LIMITADA
PRODUTOS AGRESSIVOS AO MEIO AMBIENTE
PROPAGANDA ENGANOSA
DESEMPENHO DEFICIENTE
ALTERAÇÃO DE PREÇOS
MUDANÇAS SEM AVISO PRÉVIO
MUDANÇA DE APARENCIA / CONSTITUIÇÃO / FORMATO
100
Este questionário faz parte integrante da entrevista efetuada em ___/___/___ , com
o Sr.________________________________________ destinada a fazer parte da
dissertação de Mestrado em Administração elaborada por Mario Jose Kerper.
AFETIVA - Lealdade de gostar de ...
(Relativo a afeto ou a afetividade / relativo aos afetos, aos sentimentos / que exprime
o interesse especial)
“Eu compro isto porque eu gosto disto”. Esta fase é sustentada pela satisfação,
envolvimento, preferência e consistência de conhecimento.
(assinalar na coluna conforme o grau de importância atribuído ao questionamento)
INFORMAÇÕES POSITIVAS
1 2 3 4 5
IDENTIFICAÇÃO COM A MARCA
INTENÇÃO DE COMPRA
LIGAÇÃO AFETIVA COM A MARCA
ENVOLVIMENTO
PREFERENCIA
SATISFÃO
GOSTO PELO PRODUTO
CONSISTENCIA DE CONHECIMENTO
FIDELIDADE A MARCA / PRODUTO
CONHECIMENTO DO PRODUTO
IDENTIFICAÇÃO COM A MARCA
INFORMAÇÕES NEGATIVAS
1 2 3 4 5
TROCA POR CONCORRENTE
DESCONFIRMAÇÃO DE INTERESSE
COMPRAS INCONSTANTES (MELHOR PROPOSTA)
DECEPÇÃO COM O PRODUTO
SUBSTITUIÇÃO POR PRODUTO CONCORRENTE
PROBLEMAS DE QUALIDADE
POSSIBILIDADE DE COMPRAR OUTRA MARCA
DESCONTENTAMENTO PELO CONHECIMENTO E INFORMAÇÕES
PREFERÊNCIA PELO CONCORRENTE ATRAVÉS DE INFORMAÇÕES
PROCURA DE VARIEDADE E EXPERIMENTAÇÃO VOLUNTÁRIA
TROCA POR CONCORRENTE
101
Este questionário faz parte integrante da entrevista efetuada em ___/___/___ , com
o Sr.________________________________________ destinada a fazer parte da
dissertação de Mestrado em Administração elaborada por Mario Jose Kerper.
CONATIVA - Lealdade como uma intenção de comprar
(que denota uma tentativa de realizar uma ação / modalidade verbal que expressa
esforço, empenho ou tentativa de realizar uma ação)
“Eu estou comprometido a comprar isto”. Fase sustentada por comprometimento e
consistência de conhecimento.
(assinalar na coluna conforme o grau de importância atribuído ao questionamento)
INFORMAÇÕES POSITIVAS
1 2 3 4 5
CONFIANÇA NO FORNECEDOR / PRODUTO
CONFIRMAÇÃO DA ESCOLHA FEITA
EFICACIA DA ASSISTENCIA TECNICA
ATENDIMENTO TELEFONICO
ESCOLHA ACERTADA
FREQUENCIA VISITAS COMERCIAIS / TECNICAS
RAPIDEZ DE INFORMAÇÕES
RAPIDEZ NO ATENDIMENTO
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
ASPECTO FISICO / APARENCIA
CONFIANÇA NO FORNECEDOR / PRODUTO
INFORMAÇÕES NEGATIVAS
1 2 3 4 5
FALTA DE CONFIANÇA
DESCONTINUIDADE DE FABRICAÇÃO
FALTA DE ASSISTENCIA TÉCNICA
ATENDIMENTO TELEFONICO DEFICIENTE
CONCORRÊNCIA AGRESSIVA
FALTA DE CONTATOS
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DEFICIENTE
DIFICULDADE DE CONTATOS
ARREPENDIMENTO PELA DECISÃO DE COMPRA
MUDANÇA DE APARENCIA / CONSTITUIÇÃO / FORMATO
FALTA DE CONFIANÇA
102
Este questionário faz parte integrante da entrevista efetuada em ___/___/___ , com
o Sr.________________________________________ destinada a fazer parte da
dissertação de Mestrado em Administração elaborada por Mario Jose Kerper.
AÇÃO - Lealdade como ação de comprar
(capacidade, possibilidade de executar alguma coisa / disposição para agir,
atividade, energia, movimento)
A característica desta fase é a ação e decisão efetiva de comprar superando
obstáculos e tentativas da concorrência .
(assinalar na coluna conforme o grau de importância atribuído ao questionamento)
INFORMAÇÕES POSITIVAS
1 2 3 4 5
TRANSPARENCIA
QUALIDADE NAS ENTREGAS
RECOMENDAÇÃO DA MARCA
RELAÇÃO CUSTO / BENEFÍCIO
PRAZO DE PAGAMENTO
INTERESSE EM MANTER O RELACIONAMENTO
ENTREGA PONTUAL
DECISÃO FORTE E EFETIVA DE COMPRAR
DISPONIBILIDADE DO PRODUTO
DISPOSIÇÃO EM PAGAR MAIS PELA MARCA
TRANSPARENCIA
INFORMAÇÕES NEGATIVAS
1 2 3 4 5
SAC NÃO FUNCIONA
LOGISTICA DEFICIENTE
DIVULGAR PROBLEMAS E PREJUIZOS
PERDAS / PREJUIZO
QUEBRA DE COMPROMISSOS
PERDA PELO ROMPIMENTO DO RELACIONAMENTO
ATRASO NAS ENTREGAS
ARREPENDIMENTO PELA COMPRA
FALTA DE PRODUTO
TROCA DE FORNECEDOR - MELHOR PREÇO
SAC NÃO FUNCIONA
103
APENDICE E - Planilha para ser apresentada ao pesquisado na entrevista
LEALDADE = COMPROMETIMENTO
ÃO
CONATIVA AFETIVA
Lealdade às informações
(ato de adquirir conhecimentos,
relativo ao processo mental de
percepção, memória, juízo e ou
raciocínio)
Características : percepção às
informações tais como: preços,
benefícios, qualidade, propaganda,
experimentação, etc.
Lealdade de gostar de...
(relativo ao afeto ou afetividade;
relativo aos afetos, aos
sentimentos; que exprime o
interesse pessoal)
Características : “Eu compro isto
porque eu gosto disto”. Esta fase é
sustentada pela satisfação,
envolvimento, preferência e
consistência de conhecimento.
Lealdade como uma intenção de
comprar
(que denota uma tentativa de
realizar uma ação; modalidade
verbal que expressa esforço,
empenho ou tentativa de realizar
uma ação)
Característica: “Eu estou
comprometido a comprar isto”
.Fase sustentada por
comprometimento e consistência
de conhecimento
Lealdade como ação de compra
r
(capacidade, possibilidade de
executar alguma coisa; disposição
para agir, atividade, energia,
movimento)
Características : desta fase é a
ação e decisão efetiva de comprar
superando obstáculos e tentativas
da concorrência
COGNITIV
A
104
APENDICE F - Avaliação dos questionários – pesquisa Qualitativa
AVALIAÇÃO DOS QUESTIONARIOS
COGNITIV
A
INFORMAÇÕES POSITIVAS MEDIA
12345 12345 12345
ASPECTO FISICO / APARENCIA 155
3,7
ATRIBUTOS / BENEFICIOS 245
3,7
EXPERIMENTAÇÃO DIRETA 254
3,7
EXPERIMENTAÇÃO INDIRETA 32 4
3,0
VARIEDADE DE ESCOLHA
245
3,7
PRODUTOS EGOLOGICAMENTE CORRETOS
245
3,7
PROPAGANDA
33 4
3,3
QUALIDADE DO PRODUTO 355
4,3
PREÇOS 254
3,7
FORMATOS 344
3,7
INFORMAÇÕES NEGATIVAS MEDIA
12345 12345 12345
MUDANÇA DE APARENCIA / CONSTITUIÇÃO / FORMA
T
153
3,0
PERDA DE QUALIDADE INICIAL
255
4,0
EXPERIENCIA NEGATIVA 154
3,3
EXPERIENCIA NEGATIVA 154
3,3
ESCOLHA LIMITADA 244
3,3
PRODUTOS AGRESSIVOS AO MEIO AMBIENTE 23 5
3,3
PROPAGANDA ENGANOSA
255
4,0
DESEMPENHO DEFICIENTE
355
4,3
ALTERAÇÃO DE PREÇOS
354
4,0
MUDANÇAS SEM AVISO PRÉVIO
455
4,7
ENTREVISTA 3
ENTREVISTA 3ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
COGNITIVA - Informações Negativas
3,0
4,0
3,3
3,3
3,3
3,3
4,0
4,0
4,7
4,3
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
MUDANÇA DE APARENCIA / CONSTITUIÇÃO / FORMATO
PERDA DE QUALIDADE INICIAL
EXPERIENCIA NEGATIVA
EXPERIENCIA NEGATIVA
ESCOLHA LIMITADA
PRODUTOS AGRESSIVOS AO MEIO AMBIENTE
PROPAGANDA ENGANOSA
DESEMPENHO DEFICIENTE
ALTERAÇÃO DE PREÇOS
MUDANÇAS SEM AVISO PRÉVIO
COGNITIVA - Informações Positivas
3,7
3,7
3,7
3,0
3,7
3,7
3,3
4,3
3,7
3,7
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
ASPECTO FISICO / APARENCIA
ATRIBUTOS / BENEFICIOS
EXPERIMENTAÇÃO DIRETA
EXPERIMENTAÇÃO INDIRETA
VARIEDADE DE ESCOLHA
PRODUTOS EGOLOGICAMENTE CORRETOS
PROPAGANDA
QUALIDADE DO PRODUTO
PREÇOS
FORMATOS
105
AVALIAÇÃO DOS QUESTIONARIOS
AFETIV
A
INFORMAÇÕES POSITIVAS MEDIA
12345 12345 12345
IDENTIFICAÇÃO COM A MARCA
255
4,0
INTENÇÃO DE COMPRA
143
2,7
LIGAÇÃO AFETIVA COM A MARCA
243
3,0
ENVOLVIMENTO
354
4,0
PREFERENCIA
344
3,7
SATISFAÇÃO
255
4,0
GOSTO PELO PRODUTO
144
3,0
CONSISTENCIA DE CONHECIMENTO
145
3,3
FIDELIDADE A MARCA / PRODUTO
345
4,0
CONHECIMENTO DO PRODUTO
254
3,7
INFORMAÇÕES NEGATIVAS MEDIA
12345 12345 12345
TROCA POR CONCORRENTE
21 3
2,0
DESCONFIRMAÇÃO DE INTERESSE
11 3
1,7
COMPRAS INCONSTANTES (MELHOR PROPOSTA)
234
3,0
DECEPÇÃO COM O PRODUTO
155
3,7
SUBSTITUIÇÃO POR PRODUTO CONCORRENTE
253
3,3
PROBLEMAS DE QUALIDADE
255
4,0
POSSIBILIDADE DE COMPRAR OUTRA MARCA
354
4,0
DESCONTENTAMENTO PELO CONHECIMENTO E INFORMAÇÕES
254
3,7
PREFERÊNCIA PELO CONCORRENTE ATRAVÉS DE INFORMAÇÕES
353
3,7
PROCURA DE VARIEDADE E EXPERIMENTAÇÃO VOLUNTÁRIA
253
3,3
ENTREVISTA 3
ENTREVISTA 3ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
AFETIVA - Informações Positivas
4,0
2,7
3,0
4,0
3,7
4,0
3,0
3,3
4,0
3,7
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5
IDENTIFICAÇÃO COM A MARCA
INTENÇÃO DE COMPRA
LIGAÇÃO AFETIVA COM A MARCA
ENVOLVIMENTO
PREFERENCIA
SATISFAÇÃO
GOSTO PELO PRODUTO
CONSISTENCIA DE CONHECIMENTO
FIDELIDADE A MARCA / PRODUTO
CONHECIMENTO DO PRODUTO
AFETIVA - Informações Negativas
2,0
1,7
3,0
3,7
3,3
4,0
4,0
3,7
3,7
3,3
0,00,51,01,52,02,53,03,54,04,55,0
TROCA POR CONCORRENTE
DESCONFIRMAÇÃO DE INTERESSE
COMPRAS INCONSTANTES (MELHOR PROPOSTA)
DECEPÇÃO COM O PRODUTO
SUBSTITUIÇÃO POR PRODUTO CONCORRENTE
PROBLEMAS DE QUALIDADE
POSSIBILIDADE DE COMPRAR OUTRA MARCA
DESCONTENTAMENTO PELO CONHECIMENTO E INFORMAÇÕES
PREFERÊNCIA PELO CONCORRENTE ATRAVÉS DE INFORMAÇÕES
PROCURA DE VARIEDADE E EXPERIMENTAÇÃO VOLUNTÁRIA
106
AVALIAÇÃO DOS QUESTIONARIOS
CONATIV
A
INFORMAÇÕES POSITIVAS MEDIA
12345 12345 12345
CONFIANÇA NO FORNECEDOR / PRODUTO
155
3,7
CONFIRMAÇÃO DA ESCOLHA FEITA 155
3,7
EFICACIA DA ASSISTENCIA TECNICA
355
4,3
ATENDIMENTO TELEFONICO 254
3,7
ESCOLHA ACERTADA
255
4,0
FREQUENCIA VISITAS COMERCIAIS / TECNICAS 354
4,0
RAPIDEZ DE INFORMAÇÕES
254
3,7
RAPIDEZ NO ATENDIMENTO 254
3,7
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
155
3,7
ASPECTO FISICO / APARENCIA 244
3,3
INFORMAÇÕES NEGATIVAS
MEDIA
12345 12345 12345
FALTA DE CONFIANÇA 155
3,7
DESCONTINUIDADE DE FABRICAÇÃO
255
4,0
FALTA DE ASSISTENCIA TÉCNICA 255
4,0
ATENDIMENTO TELEFONICO DEFICIENTE
255
4,0
CONCORRÊNCIA AGRESSIVA 333
3,0
FALTA DE CONTATOS
354
4,0
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DEFICIENTE 254
3,7
DIFICULDADE DE CONTATOS
254
3,7
ARREPENDIMENTO PELA DECISÃO DE COMPRA 354
4,0
MUDANÇA DE APARENCIA / CONSTITUIÇÃO / FORMATO
254
3,7
ENTREVISTA 3
ENTREVISTA 3ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
CONATIVA - Informações Positivas
3,7
3,7
4,3
3,7
4,0
4,0
3,7
3,7
3,7
3,3
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
CONFIANÇA NO FORNECEDOR / PRODUTO
CONFIRMÃO DA ESCOLHA FEITA
EFICACIA DA ASSISTENCIA TECNICA
ATENDIMENTO TELEFONICO
ESCOLHA ACERTADA
FREQUENCIA VISITAS COMERCIAIS / TECNICAS
RAPIDEZ DE INFORMAÇÕES
RAPIDEZ NO ATENDIMENTO
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
ASPECTO FISICO / APARENCIA
CONATIVA - Informações Negativas
3,7
4,0
4,0
4,0
3,0
4,0
3,7
3,7
4,0
3,7
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
FALTA DE CONFIANÇA
DESCONTINUIDADE DE FABRICAÇÃO
FALTA DE ASSISTENCIA TÉCNICA
ATENDIMENTO TELEFONICO DEFICIENTE
CONCORRÊNCIA AGRESSIVA
FALTA DE CONTATOS
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DEFICIENTE
DIFICULDADE DE CONTATOS
ARREPENDIMENTO PELA DECISÃO DE COMPRA
MUDANÇA DE APARENCIA / CONSTITUIÇÃO / FORMATO
107
AVALIAÇÃO DOS QUESTIONARIOS
Ã
O
INFORMAÇÕES POSITIVAS MEDIA
12345 12345 12345
TRANSPARENCIA
255
4,0
QUALIDADE NAS ENTREGAS 255
4,0
RECOMENDAÇÃO DA MARCA
355
4,3
RELAÇÃO CUSTO / BENEFÍCIO 355
4,3
PRAZO DE PAGAMENTO
33 5
3,7
INTERESSE EM MANTER O RELACIONAMENTO 345
4,0
ENTREGA PONTUAL
255
4,0
DECISÃO FORTE E EFETIVA DE COMPRAR 355
4,3
DISPONIBILIDADE DO PRODUTO
255
4,0
DISPOSIÇÃO EM PAGAR MAIS PELA MARCA 33 4
3,3
INFORMAÇÕES NEGATIVAS
MEDIA
12345 12345 12345
SACO FUNCIONA 255
4,0
LOGISTICA DEFICIENTE
154
3,3
DIVULGAR PROBLEMAS E PREJUIZOS 254
3,7
PERDAS / PREJUIZO
255
4,0
QUEBRA DE COMPROMISSOS 155
3,7
PERDA PELO ROMPIMENTO DO RELACIONAMENTO
155
3,7
ATRASO NAS ENTREGAS 155
3,7
ARREPENDIMENTO PELA COMPRA
355
4,3
FALTA DE PRODUTO 255
4,0
TROCA DE FORNECEDOR - MELHOR PREÇO
33
3,0
ENTREVISTA 3
ENTREVISTA 3ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
ENTREVISTA 1 ENTREVISTA 2
AÇÃO - Informações Positivas
4,0
4,0
4,3
4,3
3,7
4,0
4,0
4,3
4,0
3,3
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
TRANSPARENCIA
QUALIDADE NAS ENTREGAS
RECOMENDAÇÃO DA MARCA
RELAÇÃO CUSTO / BENEFÍCIO
PRAZO DE PAGAMENTO
INTERESSE EM MANTER O RELACIONAMENTO
ENTREGA PONTUAL
DECISÃO FORTE E EFETIVA DE COMPRAR
DISPONIBILIDADE DO PRODUTO
DISPOSÃO EM PAGAR MAIS PELA MARCA
AÇÃO - Informações Negativas
4,0
3,3
3,7
4,0
3,7
3,7
3,7
4,3
4,0
3,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
SAC NÃO FUNCIONA
LOGISTICA DEFICIENTE
DIVULGAR PROBLEMAS E PREJUIZOS
PERDAS / PREJUIZO
QUEBRA DE COMPROMISSOS
PERDA PELO ROMPIMENTO DO RELACIONAMENTO
ATRASO NAS ENTREGAS
ARREPENDIMENTO PELA COMPRA
FALTA DE PRODUTO
TROCA DE FORNECEDOR - MELHOR PREÇO
108
APENDICE G - Questionário de Pesquisa
QUESTIONÁRIO data [ / / 2006] local [_________] id [R_ _ _]
Esta pesquisa procura verificar a influência da lealdade nas decisões de compras organizacionais.
Sua opinião é muito importante para nós. Não há respostas certas ou erradas.
Por favor, indique o seu grau de concordância ou discordância, escolhendo:
DF quando fortemente discordar
DM quando moderadamente discordar
N quando nem discordar nem concordar ( neutro ou sem opinião )
CM quando moderadamente concordar
CF quando concordar totalmente
Responda as questões baseando-se em um fornecedor qualquer e no seu principal
fornecedor denominado X:
C.1
1. Eu conheço as opções que o fornecedor X tem, o suficiente
para avaliá-lo em relação a outros fornecedores
DF DM N CM CF
C.2
2. É importante que, ao comprar de um fornecedor qualquer, eu
faça a escolha correta
DF DM N CM CF
A.3
3. O fornecedor X é um fornecedor que me interessa
DF DM N CM CF
C.4
4. Quando decido por um fornecedor, eu não estou interessado
em barganhar vantagens
DF DM N CM CF
C.5
5. Quando escolho um fornecedor, eu comparo os preços de
fornecedores diferentes para estar seguro em adquirir o melhor
valor pelo que paguei
DF DM N CM CF
C.6
6. O fornecedor X tem equipamentos de ponta
DF DM N CM CF
C.7
7. O fornecedor X tem instalações de bom apelo visual
DF DM N CM CF
A.8
8. O fornecedor X é exatamente o que eu necessito de um
fornecedor
DF DM N CM CF
A.9
9. O fornecedor X, como escolha de um fornecedor não tem se
mostrado tão bem como eu pensei
DF DM N CM CF
AC.10
10. Se eu puder escolher novamente, eu iria escolher outro
fornecedor do que o fornecedor X
DF DM N CM CF
CO.11
11. Eu realmente gosto de comprar do fornecedor X.
DF DM N CM CF
A.12
12. Fornecedores em geral não devem dar atenção
individualizada aos clientes.
DF DM N CM CF
A.13
13. O fornecedor X é um fornecedor de quem eu poderia falar dele
por muito tempo
DF DM N CM CF
A.14
14. Eu tenho a preferência pelo fornecedor X na região em que
ele atua
DF DM N CM CF
CO.15
15. O fornecedor X é mais do que um mero fornecedor
DF DM N CM CF
109
CO.16
16. Eu tentaria comprar de um fornecedor alternativo se o preço
dele for 3% menor.
DF DM N CM CF
CO.17
17. Eu tentaria comprar de um fornecedor alternativo se o mesmo
tivesse melhores instalações e equipamentos que o fornecedor X
DF DM N CM CF
CO.18
18. Eu mudaria de fornecedor se o vendedor aumentasse as
vantagens
DF DM N CM CF
CO.19
19. Eu mudaria de fornecedor se os vendedores fossem mais
amiveis
DF DM N CM CF
AC.20
20. Quando eu vejo um fornecedor novo, aparentemente diferente
dos atuais, procuro obter mais informações
DF DM N CM CF
AC.21
21. Usualmente compro do mesmo fornecedor em uma mesma
localidade
DF DM N CM CF
A.22
22. Comprar do fornecedor X diz muito sobre sua empresa
DF DM N CM CF
CO.23
23. Eu me preocupo muito com o fornecedor X
DF DM N CM CF
CO.24
24. Eu me considero altamente leal ao fornecedor X
DF DM N CM CF
CO.25
25. Eu ficaria preocupado em comprar sempre do fornecedor X
DF DM N CM CF
AC.26
26. Quando eu compro do fornecedor X, eu me sinto seguro em
realizar uma boa compra
DF DM N CM CF
AC.27
27. Quando eu gosto de um fornecedor, eu raramente troco por
outro para tentar algo diferente
DF DM N CM CF
AC.28
28. Eu fico preocupado em comprar sempre de um mesmo
fornecedor, mesmo achando que ele seja bom.
DF DM N CM CF
29. Favor assinalar com "X" a resposta em que você se enquadre.
30. Número de funcionários da sua empresa:
( ) até 20 ( ) 21 a 40 ( ) 41 a 60 ( ) 61 a 80 ( ) 81 a 100 ( ) 101 ou mais
31. Tempo que compra do fornecedor X:
( ) 1 ano ( ) 2 anos ( ) 3 anos ( ) 4 anos ( ) 5 ou mais
32. Número de fornecedores de quem compra:
( ) 1 a 3 ( ) 4 a 6 ( ) 6 a 9 ( ) 10 ou mais
33. Desconto no preço pago que o faria mudar do seu fornecedor habitual
( ) 1% ( ) 2% ( ) 3% ( ) 4% ( ) 5%
34. Em relação ao fornecedor X eu me considero:
( ) indiferente ( ) pouco leal ( ) leal ( ) muito leal
Obrigado por participar deste levantamento
110
APENDICE H - Tabulação dos Dados da Pesquisa
ID C.1 C.2 A.3 C.4 C.5 C.6 C.7 A.8 A.9 AC.10 CO.11 A.12 A.13 A.14 CO.15 CO.16 CO.17
R00155545535315132311
R00255351335113153333
R00325515552215145343
R00445554544214134415
R00545415334224144424
R00625544545445354433
R00744544545444134214
R00845555443333143343
R00945415444544114354
R01054555554434144535
R011 5555534115244453
R01245455445434134343
R01345415115431144413
R01455515333333133341
R01555455545324155444
R01655534534433145444
R01755545355135555452
R01855555444444135431
R01945425444444344454
R02034434545345555444
R021454 4454114244444
R02245515442455134552
R02344155533421122211
R02445525543343544322
R02555555445215155522
R0265355 555535145345
R02745545434324132432
R028 5555555225155114
R02955525555225135544
R03055554455115443233
R03155425444354155455
R03255415334421134432
R03345555555233144545
R03445545534424444554
R03554554544424144422
R03644415444224144424
R03745425434 23144424
R03845425434 24134223
R03934443333234244322
R04045354545432234323
R04145544434215144452
R04235455554455155434
R04345525545114144544
R04455444534315132311
R04545544454345155444
R04645434544354154554
R04755534445533145444
R04854454544314134415
R04955415334421134534
R05055144533421133311
R05145445333223544444
R05235535445334244454
R05345524114552135522
R05445545544314155322
R05555555445424145444
R05655545555115155551
R05745443412332132112
R05825555533553221213
111
ID CO.18 CO.19 AC.20 AC.21 A.22 CO.23 CO.24 CO.25 AC.26 AC.27 AC.28 P.29 P.30 P.31 P.32 P.33 P.34
R00121443254551 25253
R00233553553533 652 3
R00353554344442 24243
R00442555445554 45433
R00532524442414 55453
R00655543243534 45454
R00742434442442 454 4
R00853532333314 54341
R00943542114444 12433
R01052554443452 25233
R0111 214445412 15454
R01245543344525 45253
R01343424443411 62443
R01453543333311 65451
R01534543322524 42432
R01634543445425 65433
R01743544343553 62433
R01841553331415 15454
R01944541124424 62433
R02053445444444 22253
R02143544344445 15443
R02244552252424 24333
R02312322324222 33453
R02422442142422 64453
R02544555522521 55253
R02632555554554 25254
R02742424344424 33433
R02842544444544 55453
R02942545 54514 55453
R03044534443543 15453
R03143344443554 25153
R03234515115415 53451
R03354544453544 55253
R03421523334455 25133
R03522544445415 64353
R03622522211212 43453
R03742523114414 61451
R038345353 4542 15323
R03922433333432 15453
R04042524432434 63453
R04124424422542 22353
R04244444444444 65353
R04354545543422 65223
R04421443254552 25253
R04544554555444 22253
R04643344443554 25153
R04734543445425 54233
R04842555445554 45233
R04944515115415 53243
R05013233424333 33453
R05144434444444 45253
R0525344443 444 65443
R05343442421441 34253
R05442555344545 15353
R05543544342442 21454
R05611351121551 13253
R05731543223554 15453
R05833435335333 15411
112
APENDICE I – Quadros e Gráficos da Pesquisa
C.1 Eu conheço as opções que o fornecedor X tem, o suficiente para avaliá-lo em relação a
outros fornecedores .
DF -
fortemente discordar 0 0,0 0,0
DM - moderadamente discordar 3 5,4 5,4
N -
não discordar nem concordar
4 7,1 12,5
CM -
moderadamente concordar 27 48,2 60,7
CF - concordar fortemente 22 39,3 100,0
TOTAL 56 100,0
C.2 É importante que, ao comprar de um fornecedor qualquer, eu faça a escolha correta.
DF -
fortemente discordar
00,00,0
DM -
moderadamente discordar
00,00,0
N - não discordar nem concordar 1 1,7 1,7
CM -
moderadamente concordar
8 13,8 15,5
CF -
concordar fortemente 49 84,5 100,0
TOTAL
58 100,00
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
CF - concordar
fortemente
39,3%
CM -
moderadamente
concordar
48,2%
DM -
moderadamente
discordar
5,4%
DF - fortemente
discordar
0,0%
N - não discordar
nem concordar
7,1%
CF - concordar
fortemente
84,5%
DM -
moderadamente
discordar
0,0%
CM -
moderadamente
concordar
13,8%
N - não discordar
nem concordar
1,7%
DF - fortemente
discordar
0,0%
113
C.4 Quando decido por um fornecedor, eu não estou interessado em barganhar vantagens.
DF - fortemente discordar
9 15,8 15,8
DM - moderadamente discordar
8 14,0 29,8
N -
não discordar nem concordar 5 8,8 38,6
CM - moderadamente concordar
15 26,3 64,9
CF -
concordar fortemente 20 35,1 100,0
TOTAL
57 100,0
C.5 Quando escolho um fornecedor, eu comparo os preços de fornecedores diferentes
para estar seguro em adquirir o melhor valor pelo que paguei.
DF - fortemente discordar
11,71,7
DM -
moderadamente discordar 0 0,0 1,7
N - não discordar nem concordar
23,45,2
CM -
moderadamente concordar 17 29,3 34,5
CF -
concordar fortemente 37 63,8 98,3
TOTAL
57 98,3
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
CF - concordar
fortemente
35,1%
DM -
moderadamente
discordar
14,0%
CM -
moderadamente
concordar
26,3%
N - não discordar
nem concordar
8,8%
DF - fortemente
discordar
15,8%
DF - fortemente
discordar
1,8%
DM -
moderadamente
discordar
0,0%
N - não discordar
nem concordar
3,5%
CF - concordar
fortemente
64,9%
CM -
moderadamente
concordar
29,8%
114
C.6 O fornecedor X tem equipamentos de ponta.
DF - fortemente discordar
23,43,4
DM - moderadamente discordar
00,03,4
N -
não discordar nem concordar 8 13,8 17,2
CM - moderadamente concordar
20 34,5 51,7
CF -
concordar fortemente 28 48,3 100,0
TOTAL
58 100,0
C.7 O fornecedor X tem instalações de bom apelo visual.
DF -
fortemente discordar 3 5,2 5,2
DM - moderadamente discordar
00,05,2
N -
não discordar nem concordar 19 32,8 37,9
CM - moderadamente concordar
24 41,4 79,3
CF -
concordar fortemente 12 20,7 100,0
TOTAL 58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
CM -
moderadamente
concordar
34,5%
DF - fortemente
discordar
3,4%
DM -
moderadamente
discordar
0,0%
N - não discordar
nem concordar
13,8%
CF - concordar
fortemente
48,3%
CM -
moderadamente
concordar
41,4%
DF - fortemente
discordar
5,2%
DM -
moderadamente
discordar
0,0%
N - não discordar
nem concordar
32,8%
CF - concordar
fortemente
20,7%
115
A.3 O fornecedor X , é um fornecedor que me interessa.
DF - fortemente discordar
23,43,4
DM - moderadamente discordar
00,03,4
N -
não discordar nem concordar 2 3,4 6,9
CM - moderadamente concordar
21 36,2 43,1
CF -
concordar fortemente 33 56,9 100,0
TOTAL
58 100,0
A.8 O fornecedor X é exatamente o que eu necessito de um fornecedor .
DF -
fortemente discordar 0 0,0 0,0
DM - moderadamente discordar
35,25,2
N -
não discordar nem concordar 8 13,8 19,0
CM - moderadamente concordar
26 44,8 63,8
CF -
concordar fortemente 21 36,2 100,0
TOTAL 58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DF - fortemente
discordar
3,4%
N - não discordar
nem concordar
3,4%
DM -
moderadamente
discordar
0,0%
CM -
moderadamente
concordar
36,2%
CF - concordar
fortemente
56,9%
CM -
moderadamente
concordar
44,8%
DF - fortemente
discordar
0,0%
DM -
moderadamente
discordar
5,2%
N - não discordar
nem concordar
13,8%
CF - concordar
fortemente
36,2%
116
A.9 O fornecedor X como escolha de um fornecedor não tem se mostrado tão bom
como eu pensei.
DF -
fortemente discordar
7 12,1 12,1
DM -
moderadamente discordar 11 19,0 31,0
N -
não discordar nem concordar 15 25,9 56,9
CM -
moderadamente concordar
18 31,0 87,9
CF -
concordar fortemente
5 8,6 96,6
TOTAL
56 96,6
A.12 Fornecedores em geral não devem dar atenção individualizada aos clientes.
DF -
fortemente discordar
44 75,9 75,9
DM -
moderadamente discordar
6 10,3 86,2
N -
não discordar nem concordar 2 3,4 89,7
CM -
moderadamente concordar 2 3,4 93,1
CF -
concordar fortemente
4 6,9 100,0
TOTAL
58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DF - fortemente
discordar
12,5%
CF - concordar
fortemente
8,9%
CM -
moderadamente
concordar
32,1%
N - não discordar
nem concordar
26,8%
DM -
moderadamente
discordar
19,6%
N - não discordar
nem concordar
3,4%
CF - concordar
fortemente
6,9%
CM -
moderadamente
concordar
3,4%
DM -
moderadamente
discordar
10,3%
DF - fortemente
discordar
75,9%
117
A.13 O fornecedor X é um fornecedor de quem eu poderia falar dele por muito tempo.
DF - fortemente discordar
11,71,7
DM - moderadamente discordar
23,45,2
N -
o discordar nem concordar 18 31,0 36,2
CM -
moderadamente concordar 24 41,4 77,6
CF -
concordar fortemente 13 22,4 100,0
TOTAL
58 100,0
A.14 Eu tenho preferência pelo fornecedor X na região em que ele atua.
DF -
fortemente discordar 1 1,7 1,7
DM -
moderadamente discordar 5 8,6 10,3
N -
o discordar nem concordar 5 8,6 19,0
CM - moderadamente concordar
29 50,0 69,0
CF - concordar fortemente
18 31,0 100,0
TOTAL
58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DF - fortemente
discordar
1,7%
DM -
moderadamente
discordar
3,4%
CF - concordar
fortemente
22,4%
CM -
moderadamente
concordar
41,4%
N - não discordar
nem concordar
31,0%
DM -
moderadamente
discordar
8,6%
N - não discordar
nem concordar
8,6%
DF - fortemente
discordar
1,7%
CM -
moderadamente
concordar
50,0%
CF - concordar
fortemente
31,0%
118
A.22 Comprar do fornecedor X diz muito sobre a sua empresa.
DF - fortemente discordar
23,43,4
DM - moderadamente discordar
7 12,1 15,5
N -
não discordar nem concordar 15 25,9 41,4
CM - moderadamente concordar
22 37,9 79,3
CF -
concordar fortemente 12 20,7 100,0
TOTAL
58 100,0
CO.11 Eu realmente gosto de comprar do fornecedor X.
DF -
fortemente discordar 5 8,6 8,6
DM - moderadamente discordar
3 5,2 13,8
N -
não discordar nem concordar 10 17,2 31,0
CM - moderadamente concordar
23 39,7 70,7
CF -
concordar fortemente 17 29,3 100,0
TOTAL 58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
CM -
moderadamente
concordar
37,9%
DF - fortemente
discordar
3,4%
CF - concordar
fortemente
20,7%
DM -
moderadamente
discordar
12,1%
N - não discordar
nem concordar
25,9%
DF - fortemente
discordar
8,6%
DM -
moderadamente
discordar
5,2%
N - não discordar
nem concordar
17,2%
CM -
moderadamente
concordar
39,7%
CF - concordar
fortemente
29,3%
119
CO.15 O fornecedor X é mais do que um mero fornecedor.
DF - fortemente discordar
23,43,4
DM - moderadamente discordar
5 8,6 12,1
N -
não discordar nem concordar 14 24,1 36,2
CM - moderadamente concordar
26 44,8 81,0
CF -
concordar fortemente 11 19,0 100,0
TOTAL
58 100,0
CO.16 Eu tentaria comprar de um fornecedor alternativo se o preço dele for 3% menor.
DF -
fortemente discordar 11 19,0 19,0
DM - moderadamente discordar
11 19,0 37,9
N -
não discordar nem concordar 9 15,5 53,4
CM - moderadamente concordar
16 27,6 81,0
CF -
concordar fortemente 11 19,0 100,0
TOTAL 58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DF - fortemente
discordar
3,4%
DM -
moderadamente
discordar
8,6%
N - não discordar
nem concordar
24,1%
CM -
moderadamente
concordar
44,8%
CF - concordar
fortemente
19,0%
N - não discordar
nem concordar
15,5%
DM -
moderadamente
discordar
19,0%
DF - fortemente
discordar
19,0%
CF - concordar
fortemente
19,0%
CM -
moderadamente
concordar
27,6%
120
CO.17 Eu tentaria comprar de um fornecedor alternativo se o mesmo tivesse melhores
instalações e equipamentos que o fornecedor X.
DF -
fortemente discordar
7 12,1 12,1
DM -
moderadamente discordar 12 20,7 32,8
N -
não discordar nem concordar
11 19,0 51,7
CM -
moderadamente concordar
22 37,9 89,7
CF -
concordar fortemente 6 10,3 100,0
TOTAL
58 100,0
CO.18 Eu mudaria de fornecedor se o vendedor aumentasse as vantagens.
DF -
fortemente discordar 4 6,9 6,9
DM -
moderadamente discordar 8 13,8 20,7
N -
não discordar nem concordar
10 17,2 37,9
CM -
moderadamente concordar 27 46,6 84,5
CF -
concordar fortemente 9 15,5 100,0
TOTAL
58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
N - não discordar
nem concordar
19,0%
DM -
moderadamente
discordar
20,7%
DF - fortemente
discordar
12,1%
CF - concordar
fortemente
10,3%
CM -
moderadamente
concordar
37,9%
N - não discordar
nem concordar
17,2%
DM -
moderadamente
discordar
13,8%
DF - fortemente
discordar
6,9%
CF - concordar
fortemente
15,5%
CM -
moderadamente
concordar
46,6%
121
CO.19 Eu mudaria de fornecedor se os vendedores fossem mais amigaveis.
DF -
fortemente discordar 6 10,3 10,3
DM -
moderadamente discordar 17 29,3 39,7
N -
o discordar nem concordar 16 27,6 67,2
CM -
moderadamente concordar 16 27,6 94,8
CF -
concordar fortemente 2 3,4 98,3
TOTAL
57 98,3
CO.23 Eu me preocupo muito com o fornecedor X.
DF -
fortemente discordar 7 12,1 12,1
DM -
moderadamente discordar 6 10,3 22,4
N -
o discordar nem concordar 16 27,6 50,0
CM -
moderadamente concordar 23 39,7 89,7
CF -
concordar fortemente 5 8,6 98,3
TOTAL
57 98,3
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DM -
moderadamente
discordar
29,8%
DF - fortemente
discordar
10,5%
CF - concordar
fortemente
3,5%
CM -
moderadamente
concordar
28,1%
N - não discordar
nem concordar
28,1%
N - não discordar
nem concordar
28,1%
DM -
moderadamente
discordar
10,5%
DF - fortemente
discordar
12,3%
CF - concordar
fortemente
8,8%
CM -
moderadamente
concordar
40,4%
122
CO.24 Eu me considero altamente leal ao fornecedor X.
DF - fortemente discordar
58,68,6
DM - moderadamente discordar
9 15,5 24,1
N -
não discordar nem concordar 8 13,8 37,9
CM - moderadamente concordar
27 46,6 84,5
CF -
concordar fortemente 8 13,8 98,3
TOTAL
57 98,3
CO.25 Eu ficaria preocupado em comprar sempre do fornecedor X.
DF -
fortemente discordar 4 6,9 6,9
DM - moderadamente discordar
9 15,5 22,4
N -
não discordar nem concordar 14 24,1 46,6
CM - moderadamente concordar
20 34,5 81,0
CF -
concordar fortemente 10 17,2 98,3
TOTAL 57 98,3
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
CM -
moderadamente
concordar
47,4%
CF - concordar
fortemente
14,0%
DF - fortemente
discordar
8,8%
DM -
moderadamente
discordar
15,8%
N - não discordar
nem concordar
14,0%
N - não discordar
nem concordar
24,6%
DM -
moderadamente
discordar
15,8%
DF - fortemente
discordar
7,0%
CF - concordar
fortemente
17,5%
CM -
moderadamente
concordar
35,1%
123
AC.10 Se eu puder escolher novamente, eu iria escolher outro fornecedor do que o
fornecedor X.
DF - fortemente discordar
14 24,1 24,1
DM - moderadamente discordar
16 27,6 51,7
N - não discordar nem concordar
14 24,1 75,9
CM - moderadamente concordar
8 13,8 89,7
CF - concordar fortemente
6 10,3 100,0
TOTAL
58 100,0
AC.20 Quando eu vejo um fornecedor novo, aparentemente diferente dos atuais, procuro
obter mais informações.
DF -
fortemente discordar 0 0,0 0,0
DM -
moderadamente discordar 2 3,4 3,4
N - não discordar nem concordar
4 6,9 10,3
CM - moderadamente concordar
14 24,1 34,5
CF - concordar fortemente
38 65,5 100,0
TOTAL
58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DF - fortemente
discordar
24,1%
DM -
moderadamente
discordar
27,6%
N - não discordar
nem concordar
24,1%
CM -
moderadamente
concordar
13,8%
CF - concordar
fortemente
10,3%
DM -
moderadamente
discordar
3,4%
N - não discordar
nem concordar
6,9%
CM -
moderadamente
concordar
24,1%
DF - fortemente
discordar
0,0%
CF - concordar
fortemente
65,5%
124
AC.10 Se eu puder escolher novamente, eu iria escolher outro fornecedor do que o
fornecedor X.
DF - fortemente discordar
14 24,1 24,1
DM - moderadamente discordar
16 27,6 51,7
N - não discordar nem concordar
14 24,1 75,9
CM - moderadamente concordar
8 13,8 89,7
CF - concordar fortemente
6 10,3 100,0
TOTAL
58 100,0
AC.20 Quando eu vejo um fornecedor novo, aparentemente diferente dos atuais, procuro
obter mais informações.
DF -
fortemente discordar 0 0,0 0,0
DM -
moderadamente discordar 2 3,4 3,4
N - não discordar nem concordar
4 6,9 10,3
CM - moderadamente concordar
14 24,1 34,5
CF - concordar fortemente
38 65,5 100,0
TOTAL
58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DF - fortemente
discordar
24,1%
DM -
moderadamente
discordar
27,6%
N - não discordar
nem concordar
24,1%
CM -
moderadamente
concordar
13,8%
CF - concordar
fortemente
10,3%
DM - moderadamente
discordar
3,4%
N - não discordar
nem concordar
6,9%
CM - moderadamente
concordar
24,1%
DF - fortemente
discordar
0,0%
CF - concordar
fortemente
65,5%
125
AC.21 Usualmente compro do mesmo fornecedor em uma mesma localidade.
DF - fortemente discordar
35,25,2
DM - moderadamente discordar
9 15,5 20,7
N -
não discordar nem concordar 8 13,8 34,5
CM - moderadamente concordar
26 44,8 79,3
CF -
concordar fortemente 12 20,7 100,0
TOTAL
58 100,0
AC.26 Quando eu compro do fornecedor X, eu me sinto seguro em realizar uma boa compra.
DF -
fortemente discordar 0 0,0 0,0
DM - moderadamente discordar
23,43,4
N -
não discordar nem concordar 4 6,9 10,3
CM - moderadamente concordar
30 51,7 62,1
CF -
concordar fortemente 22 37,9 100,0
TOTAL 58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
CF - concordar
fortemente
20,7%
CM -
moderadamente
concordar
44,8%
N - não discordar
nem concordar
13,8%
DM -
moderadamente
discordar
15,5%
DF - fortemente
discordar
5,2%
DF - fortemente
discordar
0,0%
CF - concordar
fortemente
37,9%
DM -
moderadamente
discordar
3,4%
N - não discordar
nem concordar
6,9%
CM -
moderadamente
concordar
51,7%
126
AC.27 Quando eu gosto de um fornecedor, eu raramente troco por outro para
tentar algo diferente.
DF - fortemente discordar
12 20,7 20,7
DM -
moderadamente discordar 11 19,0 39,7
N - não discordar nem concordar
6 10,3 50,0
CM - moderadamente concordar
17 29,3 79,3
CF -
concordar fortemente 12 20,7 100,0
TOTAL
58 100,0
AC.28 Eu fico preocupado em comprar sempre de um mesmo fornecedor, mesmo achando
que ele seja bom.
DF - fortemente discordar
6 10,3 10,3
DM -
moderadamente discordar 13 22,4 32,8
N - não discordar nem concordar 5 8,6 41,4
CM - moderadamente concordar
24 41,4 82,8
CF -
concordar fortemente 10 17,2 100,0
TOTAL 58 100,0
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
FREQUÊNCIA PERCENTUAL
PERCENTUAL
ACUMULADO
DF - fortemente
discordar
20,7%
DM -
moderadamente
discordar
19,0%
N -o discordar
nem concordar
10,3%
CM -
moderadamente
concordar
29,3%
CF - concordar
fortemente
20,7%
CM -
moderadamente
concordar
41,4%
CF - concordar
fortemente
17,2%
DF - fortemente
discordar
10,3%
DM -
moderadamente
discordar
22,4%
N -o discordar
nem concordar
8,6%
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