73
acaba se tornando incômodo não sei se seria a palavra, porque tu também
esqueceu, se comprometeu a dar uma informação e de repente passou o tempo
e tu não foi lá e ele o familiar não sabe o que está acontecendo, só sabe que o
seu paciente está lá fechado numa sala e lê lá fora, sem saber o que estão
fazendo. Na verdade o familiar não sabe se o paciente esta sendo bem
atendido, der repente se estão dando atenção, se de repente tá envolvido com
outro paciente do lado é complicado. É complicado trabalhar junto, mas também
tu sabe que tem que é necessário passar essa informação pra ele.”
Orquídea - “Eu vou contar mais um episódio que aconteceu comigo. Então meio
para demonstrar o que se passa com um familiar e o que passa com a gente
num atendimento de urgência/emergência. Teve um paciente que aconteceu
comigo que o paciente teve uma parada cardíaca, então assim, nós precisamos
fazer todo o procedimento massagem, respiração, ambuzia e naquele momento
a esposa dele estava junto e ela viu isso ai, então pra nós é uma atitude normal,
obviamente se a gente tive fazendo a massagem, ambuziando e tudo só que pro
familiar que não entende, que é leigo, acha que é uma agressão, né. O paciente
acabou tendo duas costelas fraturadas, mas ele saiu super bem, dentro do
quadro né, é difícil um paciente sair de uma parada cardíaca, sair lúcido né e ele
tava assim, falou com a gente e tudo, mas a esposa saiu gritando pelo pronto
atendimento inteiro, dizendo que a gente tava matando ele, e na verdade a
gente tava fazendo todo o procedimento. É uma faca de dois gumes, existe o
lado bom, de ter o familiar junto, que eu penso né, que é aqueles casos que o
paciente chega pra nós e que agente não sabe do histórico dele né, os
antecedentes dele quanto alguma doença, mas existe aquele realmente da
emergência que eu acho que o familiar só atrapalha na hora, é o meu
entendimento. É que nem a gente diz aquele acidentado que chega para nós, o
que a gente pensa primeiro, a gente passa o acidentado pra dentro, mas o
familiar fica la fora sabe, a gente entende que o familiar que fica lá fora ele
precisa de que a gente converse diga da situação, mas ao mesmo tempo a
gente precisa atender primeiro o paciente né, a gente esquece o familiar lá fora,
esquece, pra nós o primeiro momento é o paciente que precisa de nosso auxílio,
então assim é o que eu digo é uma faca de dois gumes, tu não sabe o que tu, o
que a gente vai fazer, tenta se colocar no lugar a gente até tenta, mas muitas
vezes a gente se coloca realmente no lugar da enfermagem, quando a gente". tá
sobrecarregado né, então é bem difícil a gente trabalhar com o familiar e é bem
difícil a gente não trabalhar com ele, então são situações bem diferenciadas, é o
paciente que já tem um histórico que chega pra nós né com uma doença prévia
do que um acidentado, um enfartado ou uma parada-cardíaca, então é dois
momentos que a gente deve trabalhar com o familiar .
Lírio - “É na escola que as pessoas devem aprender, por exemplo, as crianças já
deveriam aprender né, trabalhar com o familiar é difícil porque eles querem
escolher até o lugar onde tu deve pegar o acesso venoso pra medicação.”
Não foi possível identificar as falas.
Jasmim - “O familiar tem receio de chegar na enfermagem, ele ta apavorado
muitas vezes, ele já ta com o familiar numa situação difícil quando busca esse
atendimento de urgência/emergência, porque ele fica transtornado, então eu
acho que a gente tem que ter uma segurança para passar pra ele, encaminha
para o procedimento necessário, no caso do paciente, que chegar pra nós nesse
serviço e manter a tranqüilidade da equipe né o momento que tu puder libera
uma informação para o familiar eu acho que o primeiro contato deve ser com
ele, após os primeiros atendimentos e passar tranqüilidade para o familiar Sabe
eu percebo o familiar agitado, é importante na busca das informações né como
citaram anteriormente, pelas informações que a gente necessita na hora do
atendimento, só que tem uma hora que a gente tem que se dedicar
exclusivamente ao paciente, minha visão é essa”.