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situações, que as mães queriam ouvir que o bebê iria ficar bem, e, frente a cujos fatos
nem sempre os profissionais de saúde sabiam qual atitude tomar ou o que dizer.
Seguindo e Agindo − Conversou-se um pouco sobre os cuidados prestados aos
bebês, para que eles se fortalecessem. Falou-se sobre a questão espiritual, fazendo-se
também orações em conjunto.
Acompanhando a Trajetória
−
O apoio mútuo entre o grupo promoveu conforto
e segurança, o que é necessário para reforçar as energias, potencializando o poder
vital.
Considerou-se, enquanto profissional e ser humano, ser difícil lidar com
situações como as situações referidas anteriormente, pelo sentimento de impotência,
por se querer ajudar a cuidar, fazendo alguma coisa, sem, no entanto, saber o quê.
Ao se deparar com situações de patologias graves, o sentimento de impotência
frente ao quadro interfere na questão profissional, pois o enfermeiro se preparou para
atuar e resolver, esperando resultados, sem ser, no entanto, sempre bem sucedido.
Conforme Radünz (1999), não saber o que dizer ou fazer frente aos problemas
vivenciados pelo cliente, pode provocar, no enfermeiro, profunda tristeza e frustração,
aumentando a sensação de impotência frente a situações de finitude ou de seqüelas
permanentes.
Ao cuidar dessas mulheres em sua integralidade, é preciso estar presente
também como um todo, conforme descrito por Remen (1993), porque é possível,
sendo pessoa inteira, interessar-se pelo outro como um todo. E é preciso que os
profissionais estejam presentes como pessoas completas, respondendo às necessidades
do paciente com todos os aspectos da sua própria natureza: com a mente, intuição,
sabedoria, sentimento e compaixão.
Ainda, segundo Radünz (1999, p.131), para poder cuidar das pessoas, nesse
caso, das mulheres puérperas de alto risco, o enfermeiro também precisa cuidar de si e
também deixar-se cuidar, o que faz lembrar a lamparina, símbolo da Enfermagem, que
também irradia calor e luz.. E “A lamparina, contudo, apresenta um reservatório para
reabastecimento, o que pode ser traduzido num cuidar dos outros sem se consumir,
cuidando de si mesmo”. Por outro lado, assim como o enfermeiro precisa cuidar de si
para poder cuidar do outro, é necessário que a mulher puérpera cuide de si, para poder