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DISSERTAÇÃO
DESEMPENHO AGRONÔMICO DE
GENÓTIPOS DE TRIGO EM DIFERENTES
REGIÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO
MARY TÚLIA VARGAS LOBATO
Campinas, SP
2006
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ii
INSTITUTO AGRONÔMICO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA
TROPICAL E SUBTROPICAL
DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GENÓTIPOS DE TRIGO EM
DIFERENTES REGIÕES DO ESTADO DE SÃO PAULO
MARY TÚLIA VARGAS LOBATO
Orientador: Dr. Carlos Eduardo de Oliveira Camargo
Co-orientador: Dr. Antonio Wilson Penteado Ferreira Filho
Dissertação submetida como requisito
parcial para obtenção do grau de
Mestre em
Agricultura Tropical e Subtropical
Área de Concentração em
Melhoramento Genético Vegetal
Campinas, SP
Fevereiro, 2006
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xli
Ficha elaborada pelo Núcleo de Informação e Documentação do Instituto
Agronômico
L782d Lobato, Mary Túlia Vargas
Desempenho agronômico de genótipos de trigo em
diferentes regiões do Estado de São Paulo, no período 2003-2005/
Mary Túlia Vargas Lobato. Campinas, 2006
160p.
Orientador: Carlos Eduardo de Oliveira Camargo
Co-orientador: Antonio Wilson F. P. Ferreira Filho
Dissertação (Mestrado) – Instituto Agronômico
1. 1. Trigo – genótipos 2 – produção de grãos 3 -
características agronômicas 4 – doenças 5 – tolerância
ao alumínio
CDD 633.11
xlii
Aos meus queridos pais
Emília e Pedro,
exemplos de vida.
DEDICO
Aos meus filhos, Camila e Pedro,
razões da minha vida,
que com amor e alegria,
me deram força para lutar sempre.
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
xliii
Agradeço a Deus acima de tudo, por me mostrar o caminho a seguir e estar
comigo em todos os momentos.
Aos meus pais, que sempre acreditaram no meu potencial. À minha mãe, que
com o seu exemplo mostrou-me como ter garra e fibra para seguir em frente.
Aos meus amados filhos, Camila e Pedro, pelo tempo que não dediquei a eles e
pela sua alegria de viver que, muitas vezes, me fortaleceu nesta caminhada.
Aos queridos irmãos e a toda minha família especialmente às tias Inês e Lia, por
estarem sempre presentes vivendo as minhas necessidades como se fossem suas.
Em especial, agradeço ao meu orientador, Dr. Carlos Eduardo de Oliveira
Camargo, que além de ser um excelente mestre no melhoramento de plantas, também o
é na vida. Muito obrigada, Dr. Carlos, por me ouvir, acreditar em mim, incentivar-me,
cobrar respostas que eu era capaz de dar, mas, às vezes, nem eu mesma via. Obrigada
por me ajudar a estar mais próxima do meu sonho, ser pesquisadora e professora.
Ao meu co-orientador Dr. Antonio Wilson Penteado Ferreira Filho, pelo
incentivo, pelas valiosas sugestões, apoio e amizade, e ao Dr. Benedito de Camargo
Barros, pela atenção, orientação nas avaliações das doenças e revisão desta dissertação.
Aos professores da Pós-Graduação pela transmissão de conhecimento, dedicação
e amizade.
Aos diretores dos PRDTA de Capão Bonito, Mococa e Ribeirão Preto, ao chefe
da UPD de Tatuí e aos seus funcionários.
Aos funcionários do Centro de Grãos e Fibras, pelo auxílio no desenvolvimento
deste trabalho.
Aos meus colegas de curso e a todos os meus amigos que sempre me deram
força.
À CAPES, pela concessão da bolsa de mestrado, e ao CNPq, pelo apoio
financeiro e pela bolsa de produtividade científica.
À banca examinadora pelas valiosas sugestões.
À Pós-Graduação do Instituto Agronômico (IAC), por me propiciar esta grande
oportunidade.
xliv
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................... vi
RESUMO................................................................................................................. xv
ABSTRACT............................................................................................................. xvii
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 2
2.1 Melhoramento Genético Vegetal................................................................. 2
2.1.1 Introdução de genótipos............................................................................... 3
2.1.2 Método genealógico..................................................................................... 4
2.1.3 Linhagens diaplóides via cultura de anteras................................................. 7
2.2 Produção de Grãos e seus Componentes...................................................... 8
2.3 Características Agronômicas........................................................................ 11
2.3.1 Altura das plantas......................................................................................... 11
2.3.2 Comprimento da espiga................................................................................ 14
2.3.3 Acamamento................................................................................................. 14
2.3.4 Ciclo das plantas........................................................................................... 16
2.3.5 Doenças........................................................................................................ 18
2.3.5.1 Ferrugem-da-folha........................................................................................ 18
2.3.5.2 Mancha-da-folha.......................................................................................... 20
2.3.5.3 Oídio............................................................................................................. 23
2.3.6 Tolerância à toxicidade de alumínio............................................................ 24
3 MATERIAL E MÉTODOS......................................................................... 27
3.1 Ensaios Instalados em Condição de Campo................................................. 27
3.2 Ensaios Instalados em Condição de Laboratório......................................... 36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................. 38
4.1 Ensaio de Novas Linhagens I....................................................................... 38
4.1.1 Em condição de campo................................................................................ 38
4.1.2 Em condição de laboratório.......................................................................... 73
4.2 Ensaio de Novas Linhagens II...................................................................... 75
4.2.1. Em condição de campo................................................................................ 75
4.2.2 Em condição de laboratório.......................................................................... 106
4.3 Ensaio de Novas Linhagens III.................................................................... 112
4.3.1 Em condição de campo................................................................................ 112
xlv
4.3.2 Em condição de laboratório.......................................................................... 145
5. CONCLUSÕES............................................................................................ 149
5.1. Ensaio de Novas Linhagens I....................................................................... 149
5.2. Ensaio de Novas Linhagens II...................................................................... 149
5.3. Ensaio de Novas Linhagens III.................................................................... 150
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 151
ÍNDICE DE TABELAS
xlvi
Tabela 1- Origem e genealogia dos genótipos avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens I”................................................................
30
Tabela 2- Origem e genealogia dos genótipos avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens II”..............................................................
31
Tabela 3- Origem e genealogia dos genótipos avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens III”.............................................................
32
Tabela 4- Resultados das análises dos solos dos locais onde foram
instalados os ensaios em 2004 e 2005, na profundidade de 0
a 20cm.....................................................................................
34
Tabela 5- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em 2003,
2004 e 2005............................................................................
39
Tabela 6- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em
2003, 2004 e 2005..................................................................
40
Tabela 7- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Mococa,
em 2003, 2004 e 2005............................................................
41
Tabela 8- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em 2003,
2004 e 2005............................................................................
44
Tabela 9- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em
2003, 2004 e 2005..................................................................
45
Tabela 10- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Mococa,
em 2003, 2004 e 2005............................................................
46
Tabela 11- Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005.....................................
48
Tabela 12- Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e
xlvii
2005......................................................................................... 49
Tabela 13- Ciclo médio,
da emergência à maturação, dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005 ....................................
51
Tabela 14- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de
sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em 2003, 2004 e
2005.........................................................................................
52
Tabela 15- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em
2003, 2004 e 2005...................................................................
53
Tabela 16- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Mococa, em
2003, 2004 e 2005...................................................................
54
Tabela 17- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005.....................................
56
Tabela 18- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005....................
57
Tabela 19- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e 2005 ...............
58
Tabela 20- Grau médio de infecção de mancha-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005.....................................
60
Tabela 21- Grau médio de infecção de mancha-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2004 e 2005..............
61
Tabela 22- Grau médio de infecção de oídio dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2004 e 2005........................................................
62
xlviii
Tabela 23- Comprimento médio das espigas dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004...........................................
64
Tabela 24- Número médio de espiguetas por espiga dos vinte genótipos
de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004 ...........................................
65
Tabela 25- Número médio de grãos por espiga dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004...........................................
66
Tabela 26- Número médio de grãos por espigueta dos vinte genótipos
de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004............................................
67
Tabela 27- Massa média de cem grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí e
Mococa, em 2003 e 2004........................................................
68
Tabela 28- Estimativas das correlações simples entre as características
agronômicas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação
por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003 e
2004.........................................................................................
71
Tabela 29- Estimativas das correlações simples entre as características
agronômicas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação
por aspersão e de solo corrigido, em Mococa, em 2003 e
2004.........................................................................................
72
Tabela 30- Comprimento médio das raízes dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em 72 horas
de crescimento em solução completa, após tratamento em
soluções contendo diferentes concentrações de alumínio ......
74
Tabela 31- Estimativas das correlações simples entre a produção de
grãos e o comprimento médio das raízes nas diferentes
concentrações de alumínio, no “Ensaio de Novas
Linhagens I”............................................................................
76
Tabela 32- Estimativas das correlações simples entre a altura das
plantas e o comprimento médio das raízes nas diferentes
concentrações de alumínio, no “Ensaio de Novas
xlix
Linhagens I”............................................................................ 76
Tabela 33- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições
de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em 2003,
2004 e 2005.............................................................................
78
Tabela 34- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em
2003, 2004 e 2005.................................................................
79
Tabela 35- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão
Preto, em 2003, 2004 e 2005.................................................
80
Tabela 36- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições
de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em 2003,
2004 e 2005.............................................................................
82
Tabela 37- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em
2003, 2004 e 2005...................................................................
83
Tabela 38- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão
Preto, em 2003, 2004 e 2005...................................................
84
Tabela 39- Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005.....................................
86
Tabela 40- Ciclo médio, da emergência à maturação, dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005 ....................................
87
Tabela 41- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de
sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em 2003, 2004 e
2005.........................................................................................
88
Tabela 42- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em
2003, 2004 e 2005...................................................................
89
l
Tabela 43- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão
Preto, em 2003, 2004 e 2005.....................................,.............
90
Tabela 44- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005.....................................
92
Tabela 45- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005....................
93
Tabela 46- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e
2005.........................................................................................
94
Tabela 47- Grau médio de infecção de mancha-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005.....................................
96
Tabela 48- Grau médio de infecção de mancha-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Tatuí, em 2004 e 2005, e em Ribeirão
Preto, em 2004........................................................................
97
Tabela 49- Grau médio de infecção de oídio
dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005....................................
98
Tabela 50- Comprimento médio das espigas dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004..................................
100
Tabela 51- Número médio de espiguetas por espiga dos vinte genótipos
de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004 .................................
101
Tabela 52- Número médio de grãos por espiga dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004..................................
102
li
Tabela 53- Número médio de grãos por espigueta dos vinte genótipos
de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004 .................................
103
Tabela 54- Massa média de cem grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí e
Ribeirão Preto, em 2003 e 2004..............................................
104
Tabela 55- Estimativas das correlações simples entre as características
agronômicas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação
por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003 e
2004.........................................................................................
107
Tabela 56- Estimativas das correlações simples entre as características
agronômicas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação
por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão Preto, em
2003 e 2004.............................................................................
108
Tabela 57- Comprimento médio das raízes dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em 72 horas
de crescimento em solução completa, após tratamento em
soluções contendo diferentes concentrações de alumínio ......
110
Tabela 58- Estimativas das correlações simples entre a produção de
grãos e o comprimento médio das raízes nas diferentes
concentrações de alumínio, no “Ensaio de Novas
Linhagens II” ..........................................................................
111
Tabela 59- Estimativas das correlações simples entre a altura das
plantas e o comprimento médio das raízes nas diferentes
concentrações de alumínio, no “Ensaio de Novas
Linhagens II” ..........................................................................
111
lii
Tabela 60- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005...................................................
113
Tabela 61- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2003, 2004 e 2005..............................................
114
Tabela 62- Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005....................................
115
Tabela 63- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005...................................................
117
Tabela 64- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2003, 2004 e 2005..............................................
118
Tabela 65- Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005....................................
119
Tabela 66- Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e 2005................
121
Tabela 67- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em
2003, 2004 e 2005...................................................................
122
Tabela 68- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Mococa, em
2003, 2004 e 2005...................................................................
123
Tabela 69- Acamamento médio dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão
Preto, em 2003, 2004 e 2005...................................................
124
liii
Tabela 70- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005....................
126
Tabela 71- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e 2005................
127
Tabela 72- Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e
2005.......................................................................................
128
Tabela 73- Grau médio de infecção de mancha-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Tatuí, em 2004 e 2005..............................
130
Tabela 74- Grau médio de infecção de mancha-da-folha dos vinte
genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas
Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Mococa, em 2004 e 2005 e Ribeirão
Preto, em 2004........................................................................
131
Tabela 75- Grau médio de infecção de oídio dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2004 e 2005........................................................
133
Tabela 76- Grau médio de infecção de oídio dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005....................................
134
Tabela 77- Comprimento médio das espigas dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003 e 2004 e em Mococa e Ribeirão Preto, em
2004.........................................................................................
135
Tabela 78- Número médio de espiguetas por espiga dos vinte genótipos
de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003 e 2004 e em Mococa e Ribeirão Preto, em
2004.........................................................................................
136
liv
Tabela 79- Número médio de grãos por espiga dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003 e 2004 e em Mococa e Ribeirão Preto, em
2004........................................................................................
137
Tabela 80- Número médio de grãos por espigueta dos vinte genótipos
de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003 e 2004 e em Mococa e Ribeirão Preto, em
2004.........................................................................................
138
Tabela 81- Massa média de cem grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003 e 2004 e em Mococa e Ribeirão Preto, em
2004........................................................................................
139
Tabela 82- Estimativas das correlações simples entre as características
agronômicas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação
por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003 e
2004.......................................................................................
141
Tabela 83- Estimativas das correlações simples entre as características
agronômicas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação
por aspersão e de solo corrigido, em Mococa, em
2004........................................................................................
142
Tabela 84- Estimativas das correlações simples entre as características
agronômicas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação
por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão Preto, em
2004........................................................................................
144
Tabela 85- Comprimento médio das raízes dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em 72 horas
de crescimento em solução completa, após tratamento em
soluções contendo diferentes concentrações de alumínio ......
146
Tabela 86- Estimativas das correlações simples entre a produção de
grãos e o comprimento médio das raízes nas diferentes
concentrações de alumínio, no “Ensaio de Novas
Linhagens III” ........................................................................
148
Tabela 87- Estimativas das correlações simples entre a altura das
plantas e o comprimento médio das raízes nas diferentes
concentrações de alumínio, no “Ensaio de Novas
Linhagens III” ........................................................................
148
lv
LOBATO, Mary Túlia Vargas. Desempenho agronômico de genótipos de trigo em
diferentes regiões do Estado de São Paulo, no período de 2003-2005. 2006. 160p.
Dissertação (Mestrado em Melhoramento Genético de Plantas) – Pós-Graduação – IAC.
RESUMO
Avaliaram-se 54 linhagens de trigo (Triticum aestivum L.), sendo 18 oriundas de
cruzamentos interespecíficos, no Ensaio I, 18 diaplóides obtidas via cultura de anteras in
vitro provindas de plantas híbridas, em geração F
1,
no Ensaio II e 18 linhagens
mexicanas, no Ensaio III, mais duas cultivares-controle: IAC-24 e IAC-370, em 2003,
2004 e 2005. Cada ensaio foi instalado em três locais do Estado de São Paulo: Ensaio I -
Capão Bonito (sequeiro e solo ácido), e Tatuí e Mococa (ambas com irrigação por
aspersão e solo corrigido); Ensaio II - Capão Bonito, Tatuí e Ribeirão Preto (irrigação
por aspersão e solo corrigido); e Ensaio III - Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto.
Avaliaram-se os seguintes parâmetros: acamamento, altura das plantas, ciclos da
emergência ao florescimento e da emergência à maturação, produção de grãos,
resistência às doenças (ferrugem-da-folha, oídio e mancha-da-folha), comprimento da
espiga e componentes de produção. Todos os genótipos foram, também, estudados
quanto à tolerância à toxicidade causada por alumínio, em solução nutritiva, em
laboratório. Em todos os ensaios os genótipos tiveram porte semi-anão e foram
suscetíveis ao agente causal da mancha-da-folha. A maioria dos genótipos avaliados nos
Ensaios I e II e poucos genótipos mexicanos do Ensaio III foram tolerantes à toxicidade
de alumínio. No Ensaio I, a linhagem 14 (IAC-60/IAC-1003) se destacou quanto à
produção de grãos em Capão Bonito e pela resistência ao agente causal da ferrugem-da-
folha. A linhagem 18 (FCT“S”/3/GOV/AZ//MUS“S”/4/BUC“S”/5/IAC-1003)
destacou-se pela precocidade, sendo produtiva e moderadamente resistente à ferrugem-
da-folha em condição de irrigação por aspersão e solo corrigido. ‘IAC-24’ e a linhagem
13 (IAC-60/IAC-1003), de ciclo tardio para maturar, foram resistentes ao oídio e
moderadamente resistentes à ferrugem-da-folha. Entre as linhagens, destacaram-se a 3
(Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC-1003), com espigas
compridas e maior número de espiguetas por espiga, a 13 com maior número de grãos
por espiga, a 10 (IAC-209/IAC-24//IAC-1003) com maior número de grãos por
espigueta e a linhagem 18 com grãos mais pesados. No Ensaio II a cultivar IAC-370 foi
resistente ao acamamento, a linhagem 11 (IAC-24//CNO79/PRL) comportou-se como
lvi
resistente ao agente causal da ferrugem-da-folha e a linhagem 12 (FINK/IA8834//IAC-
24) foi resistente ao oídio. A linhagem diaplóide 14 (IAC-24//CNO79/PRL) destacou-se
quanto à produção de grãos em Capão Bonito e pela moderada resistência à ferrugem-
da-folha. A cultivar IAC-370 e a linhagem 16 (PF70402/ALD“S”//PAT72160/ALD“S”
/3/PEW“S”/4/OPATA/5/IAC-60) salientaram-se por ter espigas compridas, a linhagem
18 (CS/ACURV//GLEN/3/ALD/PVN/4/SUZ8/5/IAC-24) pelo número de espiguetas
por espiga, as linhagens 16 e 20 (TRAP1*2/ERP/RUSO/3/IAC-24) pelo número de
grãos por espiga e as linhagens 10 (FINK/IA8834//IAC-24), 16 e 20, pelo número de
grãos por espigueta. No Ensaio III, a linhagem 3 (HD29/2*WEAVER/4/BOW/CROW
//BUC/PVN/3/2*VEE#10) destacou-se por apresentar ao mesmo tempo, plantas baixas
e ciclo precoce para florescer. Em relação à produção de grãos sobressaíram-se as
linhagens 16 (BAV92/STAR) e 17 (BAV92/STAR). As linhagens 11(ANB“S”/BUC“S”
//FAZAN), 13 (EHAL//CHUM18/BAU) e 19 (BH-1146*3/ALD//BUC/3/DOVE/BUC)
foram ao mesmo tempo resistentes à ferrugem-da-folha e ao oídio. Em Tatuí, ‘IAC-370’
sobressaiu-se por ter espigas compridas, a linhagem 8 (IAN8), pelo número de
espiguetas por espiga, a linhagem 12 (IA8719*2//KVZ/HD2009) pelo número de grãos
por espiga, e as linhagens 15 (CAR442/ANA//YACO/3/KAUZ*2/TRAP//KAUZ) e 19,
pelo número de grãos por espigueta. A linhagem 5 (CNDO/R143//ENTE/MEXI/3...)
salientou-se pela resistência ao agente causal da ferrugem-da-folha e por ter grãos
pesados.
Palavras-Chave: características agronômicas, resistência a doenças, tolerância à
toxicidade de alumínio.
lvii
LOBATO, Mary Túlia Vargas. Wheat genotypes agronomic behavior in different
regions of the State of São Paulo, in the period 2003-2005. 2006. 160p. Dissertação
(Mestrado em Melhoramento Genético de Plantas) – Pós-Graduação – IAC.
ABSTRACT
Fifty four wheat (Triticum aestivum L.) lines were evaluated in three trials: 18 lines
derived from interspecific crosses in trial I, 18 dihaploid lines, originated via anther
culture from F
1
hybrid plants in trial II and 18 Mexican lines in trial III, plus the two
control cultivars IAC-24 and IAC-370, in 2003, 2004 and 2005. Each trial was carried out
at three locations of the State of São Paulo: trial I - Capão Bonito (upland and acid soil),
and Tatuí and Mococa (both with sprinkler irrigation and limed soil); trial II - Capão
Bonito, and Tatuí and Ribeirão Preto (sprinkler irrigation and limed soil); and trial III -
Tatuí, Mococa and Ribeirão Preto. The genotypes were evaluated for the following
parameters: grain yield, plant height, cycles from emergence to flowering and from
emergence to maturation, resistance to lodging and to diseases (leaf rust, leaf spot and
mildew), spike length, number of spikelets per spike, number of grains per spike and per
spikelet and 100 grain weight. The genotypes were also evaluated for the tolerance to
aluminum toxicity, in nutrient solution, in laboratory conditions. In all trials the
genotypes had semidwarf plant type and were susceptible to the causal agent of the leaf
spot. The majority of the evaluated genotypes in trial I and II and a few of the Mexican
genotypes in trial III were tolerant to aluminum toxicity. In the trial I, the line 14 (IAC-
60/IAC-1003) detached in relation to grain yield in Capão Bonito and by the resistance to
the causal agent of the leaf rust. The line 18 (FCT“S”/3/GOV/AZ//MUS“S”/4/BUC“S”
/5/IAC-1003) presented earliness, being productive and moderately resistant to leaf rust
under limed soil and sprinkler irrigation. ‘IAC-24’ and the line 13 (IAC-60/IAC-1003)
were late to mature and showed resistance to mildew and moderate resistance to leaf rust.
The line 3 (Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC-1003) showed
long spikes and large number of spikelets per spike, the line 13 large number of grains
per spike, the line 10 (IAC-209/IAC-24//IAC-1003) large number of grains per spikelet
and the line 18 heavy grains. In the trial II, ‘IAC-370’ was lodging resistant, the line 11
(IAC-24//CNO79/PRL) was resistant to the causal agent of the leaf rust and the line 12
(FINK/IA8834//IAC-24) presented resistance to mildew. The dihaploid line 14 (IAC-
24//CNO79/PRL) showed good performance in relation to the grain yield in Capão
lviii
Bonito and moderate resistance to leaf rust. ‘IAC-370’ and the line 16
(PF70402/ALD“S”//PAT72160/ALD“S”/3/PEW“S”/4/OPATA/5/IAC-60) exhibited long
spikes, line 18 (CS/ACURV//GLEN/3/ALD/PVN/4/SUZ8/5/IAC-24) large number of
spikelets per spike, lines 16 and 20 (TRAP1*2/ERP/RUSO/3/IAC-24) large number of
grains per spike and the lines 10 (FINK/IA8834//IAC-24), 16 and 20 large number of
grains per spikelet. In the trial III, the line 3 (HD29/2*WEAVER/4/BOW/CROW//
BUC/PVN/3/2*VEE#10) presented at the same time short plants and earliness to flower.
In relation to grain yield showed good performance the lines 16 (BAV92/STAR) and 17
(BAV92/STAR). The lines 11 (ANB“S”/BUC“S”//FAZAN), 13
(EHAL//CHUM18/
BAU) and 19 (BH-1146*3/ALD//BUC/3/DOVE/BUC) were at same time resistant to leaf
rust and mildew. In Tatuí, ‘IAC-370’ showed long spikes, the line 8 (IAN8) large number
of spikelets per spike, the line 12 (IA8719*2//KVZ/HD2009) large number of grains per
spike, and the lines 15 (CAR442/ANA//YACO/3/KAUZ*2/TRAP//KAUZ) and 19 large
number of grains per spikelet. The line 5 (CNDO/R143//ENTE/MEXI/3...) detached by
the resistance to the causal agent of leaf rust and to have heavy grains.
Key words: agronomic characteristics, disease resistance, tolerance to aluminum
toxicity.
1
1 INTRODUÇÃO
A cultura do trigo (Triticum aestivum L.) foi introduzida no Estado de São Paulo
em 1556, na Capitania de São Vicente. Deslocou-se, em seguida, para os campos de
Piratininga, estabelecendo-se nessa região, dando origem aos primeiros moinhos. Com a
ferrugem-do-colmo, veio a decadência dessa cultura no Estado (CAMARGO, 1993).
Segundo ALCOVER (1971), a cultura do trigo teve altos e baixos no Estado de São
Paulo, devido principalmente a importação de cultivares de países de clima e solo diferentes
do nosso, o que demonstrou a necessidade de desenvolvimento de cultivares adaptadas às
nossas condições de cultivo, através de um programa de melhoramento genético.
O trigo é uma cultura extremamente importante para a alimentação da população
do Brasil e do mundo. O Brasil não é auto-suficiente na sua produção, ainda importa
grande quantidade do cereal. Atualmente, o trigo é mais plantado nos Estados da Região
Sul do País.
O Brasil produziu, em 2003, cerca de 4,5 milhões de toneladas de grãos de trigo,
para um consumo aproximado de 10 milhões de toneladas (AGRIANUAL, 2004). São
Paulo produziu 86,5 mil toneladas em 2003 (AGRIANUAL, 2004). Na safra de 2004, o
volume produzido no Brasil, foi de 5,8 milhões de toneladas, para um consumo de 10,3,
dependendo, portanto, da importação de grande quantidade do produto. Especificamente
para o Estado de São Paulo, a produção na última safra (2004), foi de aproximadamente
130 mil toneladas e é o que se espera também para a próxima safra. A produtividade da
lavoura de trigo atingiu 2.185 kg ha
-1
, no Brasil e 2.429 kg ha
-1
, em São Paulo, podendo
ter ainda um grande incremento (CONAB, 2005).
Os dados acima mostram a necessidade de expansão da área cultivada e o
aumento da produtividade. O melhoramento genético do trigo, com o lançamento de
novas cultivares mais adaptadas às áreas de plantio, com resistência a pragas e doenças e
com tolerância à toxicidade de alumínio, visa à maior produção de grãos. Variações
edafoclimáticas, como ocorrência de geadas, índices pluviométricos altos, seca, variações
na temperatura, diferenças na fertilidade do solo, falta de calagem, etc., podem
influenciar negativamente na produção de grãos, demonstrando, mais uma vez, a
importância do desenvolvimento de cultivares mais adaptadas.
No caso do Estado de São Paulo, o trigo é cultivado, na atualidade
predominantemente em condições de sequeiro e de solos ácidos, na Região Sul e no Vale
2
do Paranapanema, em sucessão às culturas de milho e soja (CAMARGO et al., 1996). O
cultivo com irrigação ainda não é extensivo, porém tem grande potencial de aumento no
futuro (CONAB, 2005; AGRIANUAL, 2004).
Genótipos adaptados ao cultivo em solos ácidos ou corrigidos, em condição de
sequeiro ou de irrigação por aspersão, têm sido obtidos pelo programa de melhoramento
de trigo do Instituto Agronômico (IAC), levando-se em consideração os resultados de
ensaios de avaliação de genótipos em diferentes anos, nas diferentes zonas tritícolas do
Estado de São Paulo.
Como resultados dessas pesquisas, foram lançadas por esse programa, diversas
cultivares, dentre elas, IAC-24, IAC-289, IAC-350, IAC-370, IAC-364, IAC-373, IAC-
375, IAC-376, recomendadas para o Estado de São Paulo (EMBRAPA, 2005). O
emprego das cultivares desenvolvidas pelo IAC proporcionou aumento da produtividade
da cultura de trigo no Estado de São Paulo de 800 kg ha
-1
, em 1969 para cerca de 2.500
kg ha
-1
, em 2005 (CAMARGO, 1972; CAMARGO et al., 2005).
Neste trabalho, foi avaliado o desempenho de diferentes genótipos provenientes do
programa de melhoramento genético de trigo do IAC, quanto à produtividade, resistência
a doenças, tolerância à toxicidade de alumínio e outras características agronômicas, em
condições de sequeiro e de irrigação por aspersão, em solos ácidos e corrigidos, no Estado
de São Paulo, no período de 2003 a 2005.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Melhoramento Genético Vegetal
O melhoramento de plantas é definido como arte e ciência, que visa à modificação
genética das plantas para torná-las mais úteis ao homem. Ocorrem assim, mudanças nas
freqüências gênicas das espécies, por se plantar os tipos mais desejáveis. Como arte, o
melhoramento foi praticado por um grande período, trazendo importantes contribuições
para a agricultura mundial, principalmente no que diz respeito à domesticação de novas
espécies. Como ciência, passou a desempenhar um papel relevante no desenvolvimento
de plantas de importância para o homem. O melhoramento é desenvolvido com alguns
objetivos específicos, mas visando sempre ao valor econômico das espécies e às maiores
produções (BORÉM & MIRANDA, 2005; QUEIRÓZ, 2001).
3
Segundo ALLARD (1971), um programa de melhoramento de plantas autógamas,
como o do trigo, tem como objetivos principais o aumento e a estabilidade da produção
de grãos e, o seu sucesso depende da escolha dos parentais com capacidade de produzir
genótipos superiores.
Os objetivos do programa de melhoramento genético de trigo no IAC têm sido:
obtenção de maior produtividade, porte semi-anão, palha forte (resistência ao
acamamento), maior fertilidade da espiga, maior perfilhamento, precocidade (100-120
dias de ciclo, para favorecer rotação com outras culturas), resistência à degrana, resposta
à adubação (principalmente nitrogenada), índice de colheita mais alto (relação entre a
massa de grãos e a massa total da parte aérea da planta), ampla adaptação, resistência às
doenças (ferrugem-da-folha, oídio e mancha-da-folha), tolerância à toxicidade de
alumínio, manganês e ferro, eficiência na absorção e utilização de fósforo e nitrogênio,
melhoria das qualidades nutritiva e tecnológica e um programa eficiente de multiplicação
de sementes visando à agilização do fornecimento das novas cultivares aos agricultores
(CAMARGO, 1993; CAMARGO & FERREIRA FILHO, 2001).
A obtenção de cultivares no IAC tem sido baseada nos métodos de
melhoramento a partir de cruzamentos e na introdução de genótipos, mas é
reconhecido que ferramentas como indução de mutação e outras biotecnologias podem
contribuir para aumentar a variabilidade genética e ou reduzir o número de anos para
liberar novas cultivares.
2.1.1 Introdução de genótipos
A introdução de plantas é considerada um método de melhoramento, pois
contribui efetivamente para a melhoria do potencial genético em uma determinada região,
podendo ser vista por dois prismas: introdução de germoplasma para ser usado como
fonte de variabilidade em hibridações e o uso direto como uma cultivar em uma dada
região, sempre observando a legislação vigente (RAMALHO et al., 2001; BRIGGS &
KNOWLES, 1977).
As introduções de genótipos de trigo no IAC são feitas com grande freqüência do
Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT), México, por meio
do Centro Nacional de Recursos Genéticos (CENARGEN) da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), onde todos os procedimentos legais são realizados.
4
Observam-se, no germoplasma mexicano, características agronômicas desejáveis,
tais como alto potencial produtivo, boa fertilidade da espiga, porte semi-anão das plantas,
palha forte e, portanto, resistência ao acamamento, precocidade, resposta à adubação
nitrogenada e resistência às ferrugens, permitindo a utilização de técnicas de cultivo mais
modernas (CAMARGO et al., 1993). Esses genótipos introduzidos, carregando genes
específicos, são utilizados como parentais em cruzamentos com cultivares locais bem
adaptadas, para obtenção de recombinantes desejáveis.
Vários genótipos mexicanos, com sensibilidade à toxicidade de alumínio foram
selecionados a fim de serem utilizados como fontes genéticas para maior produção de
grãos, porte semi-anão, resistência ao acamamento e às ferrugens.
A partir dos anos 70, o trigo expandiu-se para regiões não tradicionalmente
produtoras, por exemplo, para o Norte e Oeste do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul e para
algumas regiões de São Paulo. Nesses locais, como não ocorriam problemas com alumínio
tóxico no solo, fator limitante para a cultura, havia boa adaptação das linhagens de origem
mexicana, tendo algumas delas grande aceitação entre os agricultores (SOUSA, 1998a).
Os genótipos provenientes do México têm sido avaliados no programa de
melhoramento de trigo do IAC em ensaios instalados em solo calcareado e com irrigação
por aspersão em Monte Alegre do Sul. Esse local foi escolhido por ser uma região entre
montanhas e não produtora de trigo, evitando-se assim, que alguma praga ou doença
existente no material introduzido, não detectadas anteriormente pelo CENARGEN, se
dissemine na cultura do trigo no Estado. Após seleção no campo para as características
agronômicas desejáveis, as melhores linhagens são enviadas para Campinas, Centro de
Grãos e Fibras, onde é feita uma seleção visual, levando-se em conta a cor e a sanidade
dos grãos. Portanto, as linhagens com grãos de cor branca que estão associadas com
germinação na espiga e com grãos doentes, são eliminadas. As melhores linhagens são
utilizadas nos Ensaios Preliminares de Linhagens.
Várias linhagens foram lançadas como cultivares, para o Estado de São Paulo,
pelo IAC, após as avaliações em solos corrigidos, em experimentos instalados em vários
locais e anos, tais como: Sonora-63, Tobari-66, IRN 526-63, IRN 152-63, Anauhac, IAC-
161, IAC-162, IAC-287, IAC-289, IAC-350, IAC-373 e IAC-375, (FELÍCIO et al.,
1994a,b; 1996; CAMARGO et al., 1996, IAC, 2002; EMBRAPA, 2005).
2.1.2 Método genealógico
5
Esse método é o mais empregado no melhoramento de plantas autógamas,
atualmente, e foi proposto no fim do século XIX na Suécia e França. Inicialmente,
escolhem-se os genitores, de acordo com os objetivos do programa de melhoramento e a
seguir é realizada a hibridação entre eles. A hibridação deve ser utilizada quando o objetivo
for reunir em um único indivíduo os alelos desejáveis, os quais se encontram em genótipos
distintos. Após obter a população segregante, faz-se a seleção de plantas individuais a partir
da geração F
2
, e a avaliação de cada progênie
separadamente (RAMALHO et al., 2001).
Uma das principais características desse método é o registro da genealogia de cada linha,
que permite estabelecer o grau de parentesco entre as linhas selecionadas. A seleção é
realizada com base no genótipo, feita por planta, avaliando-se o mérito do indivíduo
selecionado pelo teste de progênie, com ausência de competição entre eles (BORÉM &
MIRANDA, 2005).
A população F
2
(segregante) deve ser desenvolvida em condições normais de
cultivo, utilizando-se maior espaçamento. Cada planta F
2
selecionada será uma linha de F
3
,
e assim por diante. A partir daí, a seleção ocorre entre e dentro de fileiras (melhores linhas
e dentro das linhas, melhores plantas); este procedimento será repetido até que o nível de
homozigose desejado seja alcançado. Cada geração deve ser semeada em condições e
época propícias para a cultura. A seleção, a partir de F
5
, é feita levando em consideração o
comportamento das famílias, pois dentro das linhas não é mais tão eficiente. As linhas
superiores e uniformes devem ser colhidas separadamente e devem participar dos ensaios
de rendimento nas etapas preliminar, intermediária e final (BORÉM & MIRANDA, 2005;
BRIGGS & KNOWLES,1977).
O programa de melhoramento de trigo do IAC utiliza, em maior escala, o método
genealógico para obtenção de novas linhagens e novas cultivares. Inicialmente são feitas
hibridações no Bloco de Cruzamento, constituído de, aproximadamente, 300 genótipos
(cultivares, linhagens, híbridos em gerações F
1
e F
2
), plantado em telado, para evitar o
ataque de pássaros. O plantio dos parentais é feito em várias épocas, para possibilitar o
cruzamento entre genótipos de ciclos vegetativos diferentes. São feitos, em média, mil
cruzamentos por ano. Os híbridos F
1
são plantados em linhas em Monte Alegre do Sul. Na
época da maturação, as espigas são colhidas e as plântulas originárias de sementes em
geração F
2
, são testadas em laboratório, em solução nutritiva, para tolerância à toxicidade
de alumínio, pois essa característica tem alta herdabilidade. As plantas tolerantes são
plantadas no telado. São feitas seleções de espigas nas plantas em geração F
2
(telado) e em
gerações F
3
a F
4
(campo) na época da maturação, considerando-se, ainda, altura das
6
plantas, ciclo vegetativo e potencial produtivo, em função dos seus componentes e
resistência a doenças. Cada espiga selecionada é plantada em uma linha, constituindo os
campos de melhoramento. Esses campos são instalados em diferentes regiões tritícolas,
em condições de sequeiro e irrigação por aspersão. Na geração F
5
, são selecionadas linhas
uniformes (homozigotas), as quais serão testadas nos Ensaios Preliminares de Progênies.
Nesse estádio, ainda há pouca disponibilidade de sementes e grande quantidade de
progênies a testar. Esses ensaios são compostos por 1.000 linhas de 3 m de comprimento,
espaçadas de 0,40 m e são instalados em vários locais do Estado. Cada progênie é
semeada em duas linhas. A cada 20 linhas, em todos os ensaios, são semeadas cultivares-
controle para disseminação de esporos dos agentes causais das principais doenças. No
início da maturação, observam-se as características de cada progênie, entre elas: ciclo da
emergência à maturação, reação a doenças, acamamento e altura das plantas. As
progênies selecionadas são colhidas e a produção é transformada em quilograma por
hectare. Os Ensaios Preliminares de Linhagens têm por objetivo estudar, regionalmente, o
material mais promissor proveniente desses ensaios. Ainda com pouca semente e muitas
linhagens, esses ensaios são instalados em diferentes locais, onde cada linhagem é
representada por canteiros de seis linhas de 3 metros de comprimento e, a cada 20
linhagens, são incluídas cultivares-controle. Na maturação, avaliam-se as características
agronômicas desejáveis e, na colheita, são selecionadas as linhagens mais promissoras em
cada local. Essas linhagens mais promissoras são utilizadas nos Ensaios de Novas
Linhagens empregando-se delineamento estatístico, de blocos ao acaso com quatro
repetições, totalizando 80 parcelas. Cada ensaio é composto de 18 linhagens e duas
cultivares-controle. A semeadura é feita por semeadeira de parcela, utilizando oito linhas
e 80 g de sementes viáveis por 3,6m
2
. São instalados em vários locais e anos. Da mesma
forma, na maturação são feitas avaliações das características agronômicas das linhagens
e, na colheita, colhem-se todas as parcelas e os grãos obtidos são pesados sendo o
resultado transformado em quilogramas por hectare. As melhores linhagens obtidas são
avaliadas regionalmente nos ensaios finais, visando à recomendação aos agricultores,
empregando o mesmo método citado anteriormente para os Ensaios de Novas Linhagens.
Nesse programa de melhoramento, as seleções para características com alta herdabilidade
são realizadas nas primeiras gerações segregantes após os cruzamentos. As seleções para
as características com baixa herdabilidade são feitas nas últimas gerações após a
hibridação, quando o valor genético das progênies pode ser avaliado (CAMARGO,
1993).
7
CARVAJAL et al. (1997), utilizando o método genealógico, fizeram seleção
para período de florescimento e estatura de plantas, verificando o efeito no rendimento
de grãos e concluindo que o método genealógico foi eficiente para esse propósito.
A cultivar IAC-72 (Tapajós) foi obtida através do método genealógico, como
também IAC-227 (Anhumas) (FELÍCIO et al., 1994b). Algumas das cultivares
recomendadas atualmente para o Estado de São Paulo, foram obtidas pelo método
genealógico, como IAC-24 (Tucuruí), IAC-362 , IAC-364, IAC-376 entre outras (FELÍCIO
et al., 1988; 1991; 1994a,b; CAMARGO et al., 1996; EMBRAPA, 2005).
2.1.3 Linhagens diaplóides via cultura de anteras
Em sua maioria, os métodos de melhoramento utilizados para plantas autógamas
iniciam com uma etapa de obtenção de linhagens endogâmicas. São realizadas
autofecundações sucessivas acompanhadas de seleção, após hibridações, até a obtenção
de 96,8% de genes em homozigose (ALLARD, 1971).
Nas plantas haplóides, encontra-se apenas uma cópia de cada cromossomo da
espécie que apresenta, no tecido somático, o número n de cromossomos, típicos dos
gametas do organismo. Esse tipo de planta já é conhecido há mais tempo, mas
recentemente, passou a ser considerado pelos melhoristas devido ao desenvolvimento de
técnicas para produzi-los em maior escala. Os haplóides não têm utilização direta no
melhoramento, mas com a duplicação dos cromossomos, podem-se desenvolver
cultivares diaplóides (BORÉM & MIRANDA, 2005).
A obtenção dos haplóides consiste, na coleta da inflorescência de trigo na pré-
antese, na extração das anteras e na introdução em meio de cultura próprio, tudo feito em
condições de assepsia, e na regeneração de estruturas androgenéticas. Essa técnica
permite a obtenção de plantas haplóides a partir de plantas híbridas em geração F
1,
que
podem tornar-se férteis por tratamento com colchicina. A duplicação se dá pelo fato de a
colchicina afetar a divisão celular, inibindo a formação das fibras do fuso e impedindo a
separação das cromátides irmãs, ficando o núcleo com o número duplicado de
cromossomos em relação às células do tecido tratado (MORAES-FERNANDES
&
PICARD, 1983; MORAES-FERNANDES, 1987). Assim, a homozigose é obtida
imediatamente, pois cada cromossomo terá sua cópia exata, restaurando a fertilidade,
considerando que as plantas haplóides são estéreis. Na geração F
2
tem-se 100% de
plantas homozigotas, partindo-se da geração F
1
(MORAES-FERNANDES, 1987).
8
A maior dificuldade em se usar cultura de anteras está na identificação de
genótipos com capacidade androgenética adequada para esta técnica.
Com a intenção de acelerar a obtenção de novas cultivares, a técnica de cultura de
anteras foi incorporada ao programa de melhoramento de trigo do IAC após ter sido
adaptada por RAMOS et al. (1994), usada especialmente quando, pelo menos, uma das
linhagens parentais possui alta capacidade androgenética. As sementes das plantas
diaplóides obtidas são multiplicadas e a seguir, avaliadas no Ensaio Preliminar de
Linhagens Diaplóides, instalado em Tatuí. Por ocasião da época de maturação, são
realizadas seleções das melhores linhagens que serão avaliadas regionalmente nos
Ensaios de Linhagens Provenientes de Cultura de Anteras (ELCA). O método é o mesmo
já citado para os Ensaios de Novas Linhagens apresentado anteriormente (CAMARGO et
al., 1999b).
O emprego da técnica de obtenção de linhagens diaplóides a partir da duplicação
dos cromossomos das plantas haplóides, oriundas de cultura de anteras de plantas
híbridas em geração F
1
foi altamente eficiente. Originou novos genótipos com
características agronômicas vantajosas, em um período significativamente menor, em
relação ao programa de melhoramento tradicional (CAMARGO et al.,1999b; 2001; 2003,
SALOMON, 2001; SALOMON et al., 2003a,b).
2.2 Produção de Grãos e Seus Componentes
O aumento da produção de grãos é o principal objetivo de um programa de
melhoramento de trigo. Essa é uma característica poligênica de baixa herdabilidade,
altamente influenciada pelo ambiente, difícil de melhorar per si, pois não possui genes
específicos. Devido à ocorrência da interação genótipo x ambiente, para a avaliação de
genótipos quanto a essa característica, há a necessidade da instalação de ensaios em
vários locais e anos.
A seleção para os componentes da produção tais como número de espigas por
planta, de espiguetas por espiga e de grãos por espiga e espigueta e massa de cem
grãos, os quais estão sob controle genético relativamente simples, tem mostrado ser
mais eficiente do que a seleção para produção de grãos per si (CAMARGO, 1984a;
1989; CAMARGO & RAMOS, 1989).
Estudando 30 genótipos de trigo em Pelotas, MEDEIROS & SCHLEHUBER
(1971), observaram grande variação nos caracteres avaliados, entre eles número de
9
espigas férteis, número médio de espiguetas, número médio de grãos por espiga e por
espigueta, massa dos grãos e produção de grãos. Os autores verificaram a ocorrência de
correlação positiva e significativa entre a produção de grãos e o número de espigas férteis
e o número de sementes por espiga e correlação não significativa entre a produção de
grãos e a massa de cem sementes.
Em ensaios estudando as cultivares de trigo Siete Cerros, Vican-71, Tordo e
Olesen cruzadas com ‘IAC-5’ e suas progênies, CAMARGO & OLIVEIRA (1983),
verificaram em todos os cruzamentos efetuados, correlações fenotípicas positivas e
altamente significativas entre produção de grãos com número de espigas por planta,
número de espiguetas por espiga, número de grãos por espiga e por espigueta, massa de
cem grãos e comprimento da espiga. CAMARGO (1984a), estudando cruzamentos entre a
cultivar C-3 e as cultivares Tordo, Olesen, Vican-71 e Siete Cerros, observou os mesmos
resultados que CAMARGO & OLIVEIRA (1983), em relação às correlações fenotípicas
calculadas. A ‘Tordo’ poderia ser utilizada como fonte genética de grãos mais pesados
em programas de melhoramento, pois mostrou transmissão eficiente dessa característica
às suas progênies (CAMARGO, 1984b).
TAVELLA et al. (1987), visando quantificar as relações de algumas
características agronômicas com o rendimento de grãos e observar as possibilidades reais
de uso, correlacionaram positivamente a massa de mil sementes e altura de plantas com
alto rendimento de grãos. A seleção de grãos com maior massa pode ser efetiva, desde
que a pressão de seleção seja moderada e não provoque a redução do número de grãos
por espiga, como resposta correlacionada. Além disso, a seleção de plantas de baixa
estatura não deve ser exagerada, para evitar provável redução do rendimento de grãos.
Em genótipos provenientes de cruzamentos entre a cultivar IAC-227, de porte
alto, e cinco linhagens mexicanas, de porte baixo, as correlações calculadas indicaram ser
possível selecionar, ao mesmo tempo, progênies com maior número de espigas por planta
e de espiguetas por espiga e elevado potencial produtivo. Desde que as populações
segregantes fossem grandes, para obter-se os recombinantes desejáveis (CAMARGO et
al., 1998a; CAMARGO, 1998). CAMARGO & FERREIRA FILHO (1999), chegaram à
mesma conclusão, analisando as correlações fenotípicas entre altura das plantas com
produção de grãos e comprimento da espiga e entre comprimento da espiga e
comprimento do internódio da raque, que foram positivas e significativas em todos os
cruzamentos realizados em forma dialélica, entre as cultivares BH-1146, IAC-161 e
Anauhac.
10
CAMARGO et al. (2003), utilizando linhagens diaplóides de trigo em dois locais
no Estado de São Paulo, concluíram que: os genótipos mais adaptados a solos ácidos e ao
cultivo de sequeiro estão associados às plantas mais altas, com espigas mais compridas,
maior número de grãos por espiga e por espigueta e tolerância à toxicidade de alumínio.
Em ensaios em Monte Alegre do Sul, em condições de irrigação e de solo
corrigido com calcário, linhagens mexicanas tiveram alta produção de grãos, destacando-
se, a L-5 (IAC-215) que produziu 5.550 kg ha
-1
na média de três anos, enquanto a cultivar
IAC-24, nas mesmas condições, produziu 4.114 kg ha
-1
(CAMARGO et al., 1988b).
Linhagens obtidas a partir de introduções comportaram-se diferentemente em
relação à produção de grãos quando cultivadas em diferentes condições de cultivo.
Utilizando irrigação e correção do solo com calcário, as linhagens de maior produção
foram IAC-156 e IAC-141 e, em condições de sequeiro, IAC-139, IAC-143, IAC-152 e
IAC-157, evidenciando a existência de interação genótipo x ambiente. Observou-se, na
linhagem IAC-157, além de boa produção, fonte genética da característica de grãos mais
pesados (CAMARGO et al., 1989).
Em ensaios de trigo com linhagens introduzidas do México, plantadas em
condições diferentes de solo, em presença ou ausência de irrigação, CAMARGO et al.
(1991a) observaram comportamentos contrastantes em relação à produção de grãos. As
mais produtivas, em solo corrigido e com irrigação por aspersão, não foram as que
obtiveram maior produção em solos ácidos e sem irrigação por aspersão. Os mesmos
resultados foram obtidos comparando genótipos de trigo provenientes de seleções em
populações híbridas introduzidas de Oregon (EUA), e populações híbridas resultantes de
cruzamentos entre cultivares nacionais e linhagens mexicanas (CAMARGO et al., 1988b;
1991a; 2001).
De acordo com os dados obtidos em ensaios instalados na região do Vale do
Paranapanema, SP, entre 1984-88, em Tietê, em condição de solo fértil, e em Capão
Bonito, em solo ácido foi recomendada a linhagem 19 (IAC-227) aos agricultores. Essa
linhagem foi originada de seleções em populações híbridas, por destacar-se quanto à
produção de grãos, em condições de sequeiro e solo ácido, não diferindo da ‘BH-1146’, e
por ser de ciclo precoce, porte médio e tolerante à toxicidade de alumínio (CAMARGO et
al., 1990).
As linhagens diaplóides mais produtivas em Capão Bonito produziram de 1.314 a
1.495 kg ha
-1
, e em Tatuí, as mais produtivas variaram de 3.052 a 3.438 kg ha
-1
.
Verificou-se a existência de interação genótipo x ambiente, pois as linhagens mais
11
produtivas em um local nem sempre foram as mais produtivas no outro; além disso, a
produtividade em um local foi bem maior do que no outro (SALOMON et al., 2003a).
CAMARGO et al. (2003), avaliando linhagens diaplóides de trigo, não observaram a
ocorrência da interação genótipo x ambiente para produção de grãos, em condições de
sequeiro e de irrigação por aspersão, indicando nesse ano o mesmo desempenho dos
genótipos nos anos considerados, dentro de cada local.
ROSA et al. (1994), constataram que, quando se incorporou maior tolerância ao
alumínio tóxico, em germoplasma de trigo, não foram incorporados genes que reduzem o
potencial de rendimento de grãos, quando avaliado em ambiente sem alumínio tóxico.
Para chegar a essa conclusão, foi incorporada, por retrocruzamentos, às cultivares
Jupateco 73 e BR-12-Aruanã, a tolerância ao alumínio tóxico, usando como fonte de
tolerância as cultivares BH-1146 e Toropi, ambas reconhecidamente tolerantes ao Al
3+
.
Resultados semelhantes foram obtidos por TULMANN NETO et al. (2001), ao verificar
que linhagens tolerantes à toxicidade de alumínio não tiveram redução do potencial
produtivo quando cultivadas em solos corrigidos e com irrigação por aspersão.
2.3 Características Agronômicas
2.3.1 Altura das plantas
A altura das plantas de trigo é uma característica importante, considerando sua
associação com o potencial de rendimento de grãos e a resistência ao acamamento.
Inúmeros trabalhos já foram realizados em países produtores desse cereal, comprovando
a importância da redução do porte das plantas (SCHEEREN et al., 1981).
Um dos principais objetivos de um programa de melhoramento de trigo é o porte
semi-anão, pois está muito associado com a redução do acamamento e a facilidade da
colheita. Além disso, as cultivares de trigo necessitam ter porte semi-anão, quando
semeadas com irrigação, pois nessa condição, a adubação nitrogenada é utilizada visando
ao aumento de produção de grãos, e as cultivares de porte alto tornam-se passíveis de
acamamento (CAMARGO, 1984b; 1987; 1993).
Utilizando cruzamentos de genótipos de trigo de porte alto, intermediário e semi-
anão, visando determinar a herança da estatura da planta, FEDERIZZI & CARVALHO
(1980), chegaram a conclusão de que um a três genes controlavam o caráter. Outros
autores, PAO et al. (1944) e VOGEL et al. (1956) revelaram ser controlado por três e dois
12
pares de genes, respectivamente JOHNSON et al. (1966) concluíram ser três o número de
pares de genes para controle da altura das plantas. Dados obtidos em vários ensaios
sugerem que os genes para porte baixo, observados nas cultivares Siete Cerros e Tobari-
66, têm um comportamento parcialmente recessivo; genes para porte alto, verificados na
BH-1146, têm comportamento parcialmente dominante (CAMARGO et al., 1980;
CAMARGO & OLIVEIRA, 1983; CAMARGO, 1987).
McCLUNG et al. (1986), estudando cruzamentos de cultivares de trigo,
concluíram que a presença do gene Rth
1
(semi-anão) não afetou a produção de grãos.
CAMARGO et al. (1980) concluíram que seria possível selecionar ao mesmo
tempo cultivares tolerantes ao alumínio tóxico e com porte semi-anão. Tais características
são muito importantes, permitindo o uso de cultivares em solos ácidos, com irrigação por
aspersão, adubação nitrogenada e sem o risco de acamamento. Atualmente, no Estado de
São Paulo, o trigo é semeado principalmente em áreas com solo ácido e sem irrigação,
tornando necessária a calagem.
Correlações fenotípicas entre altura das plantas e produção de grãos foram
significativas e positivas, concluindo-se que existe uma tendência de as plantas mais altas
apresentarem maior produção de grãos. Levando em consideração que essas
características estão relacionadas, seria possível com o uso de grandes populações F
2
obter-se maior freqüência de recombinantes desejáveis (CAMARGO et al., 1980;
CAMARGO & RAMOS, 1989). CAMARGO & FERREIRA FILHO (1999), estudando
cruzamentos entre cultivares de porte alto (BH-1146) e de porte semi-anão (IAC-161 e
Anahuac), com tolerância, média tolerância e sensibilidade ao Al
3+
,
respectivamente,
chegaram a correlações positivas e significativas entre altura das plantas e tolerância ao
Al
3+
.
CAMARGO & OLIVEIRA (1981a) e FELÍCIO et al. (1988) relataram também
que altura das plantas e produção de grãos correlacionaram-se positivamente nos trigos
semi-anões e que os mais altos tiveram as maiores produções. Correlações positivas entre
produção de grãos e altura das plantas também foram relatadas por SALOMON et al.
(2003a); CAMARGO et al. (2003), em ensaios de linhagens diaplóides em diferentes
locais do Estado de São Paulo, mostrando uma tendência de plantas semi-anãs mais altas
serem as mais produtivas.
Mediante estudos com populações híbridas de trigo, provenientes de cruzamentos
de cultivar nacional de porte alto com diferentes fontes de nanismo, CAMARGO &
OLIVEIRA (1981a), concluíram que todas as fontes de nanismo estudadas (‘Siete
13
Cerros’, ‘Vican-71’, ‘Tordo’ e ‘Olesen’) foram eficientes para redução do porte. Porém, a
cultivar Tordo destacou-se, pela ocorrência de maior freqüência de indivíduos de porte
baixo e com altas produções. Para programas de melhoramento visando à diminuição do
porte da planta, é importante o uso de mais de uma fonte de nanismo. As cultivares
Tordo, Vican-71 e Olesen foram eficientes quando usadas em separado ou em conjunto,
visando promover maior variabilidade genética. As cultivares Tordo e Siete Cerros,
foram consideradas valiosas para programas de melhoramento visando à obtenção de
plantas de porte baixo, em experimentos instalados em condição de campo (CAMARGO
& RAMOS, 1989). Desse modo, quaisquer das fontes de nanismo, isoladas ou em
combinações, poderiam ser utilizadas para obtenção de plantas de porte médio e com alto
potencial de produção, sem que ocorressem associações indesejáveis ou deletérias ao
objetivo do melhoramento (CAMARGO & OLIVEIRA, 1983; CAMARGO, 1984a,b).
Devido aos valores das herdabilidades nos sentidos amplo e restrito terem sido altos para
altura de plantas, vários autores atestaram que a seleção para essa característica seria
efetiva já nas gerações F
2
e F
3
(CAMARGO et al., 1984; 1987; CAMARGO & RAMOS,
1989).
CARVALHO et al. (1981) concluíram que a estatura da planta em trigo
hexaplóide é herdada de forma expressiva de uma geração para outra, pois em seus
ensaios obtiveram valores altos de herdabilidade.
Comparando linhagens e cultivares de trigo, CAMARGO et al. (1990), entre
1984-88, obtiveram, em condição de solo fértil, genótipos com alta produtividade, ciclo
médio e porte baixo, destacando-se a linhagem 1 (Alondra-1/IAC-5) = IAC-225.
Em experimentos com 14 linhagens de trigo provenientes de cruzamentos entre
linhagens mexicanas e cultivares nacionais (IAC) recomendadas para cultivo no Estado
de São Paulo, quatro linhagens mexicanas e duas cultivares-controle, IAC-24 e IAC-289,
instalados em condição de irrigação por aspersão e de sequeiro, identificou-se pelo menos
uma linhagem de porte baixo, resistente ao acamamento, com ciclo precoce da
emergência à maturação e com boa produtividade (CAMARGO et al., 2001).
Em outro ensaio, foram obtidos genótipos com grande produtividade, tolerantes à
toxicidade de Al
3+
, de porte mais baixo e resistentes ao acamamento e à ferrugem-da-
folha, podendo ser empregados como fontes genéticas dessas características
(CAMARGO et al., 2005).
Genótipos diaplóides de trigo foram avaliados em relação à produção de grãos,
tolerância ao alumínio e altura das plantas. Os autores observaram correlações positivas e
14
significativas entre produção de grãos e altura das plantas, podendo inferir que existe uma
tendência das plantas semi-anãs mais altas terem maior produção de grãos (SALOMON
et al., 2003a). Os resultados concordaram com os de CAMARGO et al. (1999b) que, em
avaliações de genótipos de trigo diaplóides, concluíram que os semi-anões mais altos
tenderam à maior produção de grãos.
2.3.2 Comprimento da espiga
Em trabalhos realizados por CAMARGO (1984a) e CAMARGO et al. (1990 e
1999b) verificaram-se grande variabilidade no comprimento da espiga em genótipos de
trigo.
Foram identificadas várias fontes genéticas para o caráter espigas compridas em
genótipos introduzidos e provenientes do programa de cruzamentos do IAC. Podendo-se
destacar a cultivar de origem mexicana IAC-289, a linhagem IAC-147, as linhagens
obtidas do cruzamento BH-1146//Anhinga“S”/Winged“S” submetido a irradiação gama e
as linhagens provenientes dos cruzamentos PSN“S”/BOW“S”//IAC-24 e VEE“S”/IAC-
24 (CAMARGO & OLIVEIRA, 1983; CAMARGO et al., 1989; 1995b; 2001).
Segundo CAMARGO et al. (2003), os genótipos mais adaptados às condições de
solo ácido e cultivo de sequeiro estão associados às plantas mais altas, com espigas mais
compridas, maior número de grãos por espiga e por espigueta e tolerância à toxicidade de
alumínio. Essas conclusões foram obtidas em estudo do comportamento de linhagens
diaplóides no Estado de São Paulo.
Em Tatuí, foram feitos ensaios para avaliação da produção de grãos e
características agronômicas em linhagens provenientes de populações F
2
do cruzamento
KAUZ“S”/IAC-24, irradiadas com raios gama e não irradiadas, onde se pode observar
espigas variando de 7,6 a 10,5 cm. Verificou-se em cinco linhagens, maior comprimento
da espiga, variando de 9,4 a 10,5 cm (CAMARGO et al., 2005).
Foram observadas correlações fenotípicas positivas e significativas entre produção
de grãos e comprimento da espiga em vários trabalhos, envolvendo diferentes genótipos
(CAMARGO & OLIVEIRA, 1983; CAMARGO et al., 1984, 1999b).
2.3.3 Acamamento
15
Entende-se por acamamento, o tombamento das plantas devido à sua fragilidade,
sem ruptura das hastes (BORÉM & MIRANDA, 2005).
O acamamento de plantas na cultura do trigo é considerado um redutor importante
da produtividade, dificultando o acúmulo de matéria seca. Além de dificultar a colheita,
facilita o apodrecimento dos grãos devido ao contato com o solo.
CAMARGO (1984a,b), em estudos feitos com fontes de nanismo, observaram que
as cultivares de trigo semi-anãs aumentaram significativamente a produção potencial de
grãos, principalmente pela maior resistência ao acamamento. Deve-se considerar que o
interesse no melhoramento do trigo tem sido a obtenção de plantas de porte
intermediário, nem tão altas como algumas cultivares recomendadas e sensíveis ao
acamamento, nem tão baixas como as anãs.
Segundo CAMARGO et al. (1988b; 1993), com a introdução da triticultura no
cerrado e irrigação por aspersão, as cultivares de trigo deveriam ter porte semi-anão e
palha forte para menor perda de produtividade devido ao acamamento; nessas condições,
a adubação nitrogenada é utilizada para aumento da produção de grãos e cultivares altas
tendem a maior acamamento e, conseqüentemente, maior perda da produção de grãos.
CAMARGO et al. (1974), estudando o comportamento de cultivares de trigo em
solos de várzea do Estado de São Paulo, notaram que as cultivares S-12, IAC-5 e Pioneiro
foram suscetíveis ao acamamento, tornando-se empecilho para o cultivo em tais condições,
pois com doses maiores de nitrogênio e irrigação o problema poderia ser agravado.
Em diferentes regiões paulistas, foram feitos ensaios de avaliação de linhagens e
cultivares constatando-se que a ‘Alondra S-46’, considerada de porte semi-anão, não
sofreu acamamento. As linhagens 3 (IAC-231), 8 (IAC-4/IRN 526-63*2), 9 (CB 71-
1241), 20 (S-148/Pichihuila), 21 (Kavkas/Gavilan) e 22 (IRN 460-75) também foram
consideradas de porte semi-anão e com porcentagem baixa de acamamento. As cultivares
de porte alto, com 20% a 40% de plantas acamadas, não foram indicadas para cultivo
com irrigação por aspersão, pois a produção de grãos fica prejudicada pelo acamamento,
impedindo a formação normal dos grãos e originando “triguilho” de baixa qualidade
tecnológica (CAMARGO et al., 1988a).
Em ensaios de campo instalados em condições de sequeiro e de irrigação por aspersão
com 23 linhagens de trigo e duas cultivares, CAMARGO et al. (1994) avaliaram
produção de grãos, características agronômicas e resistência a doenças. Verificaram que a
linhagem 10 (Lilifen/Nadadores63//Lilifen/Bezostaja/3/Alondra) apresentou maior
porcentagem de acamamento de 96%, seguida pela 17 (Dijon-Gabo/Collafen/3/Dijon-
16
Gabo//Suweon Selection92/CI13645/4/Cordial) com 48%. Observaram também
porcentagens baixas de acamamento nas linhagens 2 (Backa/Alondra“S”), 3 (Novisad
732/Romerildo) e 5 (Lilifen/Nadadores63//Lilifen/Bezostaja/3/Alondra), respectivamente
com 5%, 11% e 11%, e as cultivares Anauhac, IAC-238 e IAC-24, com 13%, 14% e
15%, respectivamente.
Foi feito estudo, por SOUSA (1998b), com acamamento de plantas em cultivares
recomendadas para a Região Sul, entre 1985 a 1990, realizado em vários anos e locais,
considerando-se a porcentagem da parte acamada, em relação à área total e o ângulo de
inclinação dos colmos. Foi observada grande variabilidade no comportamento das
cultivares em relação ao acamamento, associando a melhor resistência à estatura mais baixa
e à palha forte. Das 41 cultivares avaliadas, foram resistentes ao acamamento as cultivares
CNT-10, Herval, PAT-7392, RS 2-Santa Maria, Trigo BR-14, Trigo BR-15, Trigo BR-23 e
Trigo BR-38, sendo a cultivar Trigo BR-23 a mais resistente a essa característica.
SALOMON (2001), avaliando linhagens diaplóides de trigo obtidas via cultura de
anteras, obteve correlações positivas e significativas entre altura das plantas e
acamamento, indicando uma tendência de os genótipos mais altos apresentarem as
maiores porcentagens de acamamento, concordando com CAMARGO et al. (1991a).
Em experimentos instalados em Capão Bonito, em condição de sequeiro e solo
ácido (1997 a 1999) e Tatuí em condição de irrigação (1997 a 2000) foram avaliados 20
genótipos, sendo 18 linhagens diaplóides, obtidas via cultura de antera in vitro, observou-
se baixa incidência de acamamento em todos os experimentos, em grande parte devido ao
porte semi-anão dos genótipos avaliados, com altura das plantas variando entre 58 e 70
cm, em Capão Bonito, e entre 69 a 81 cm, em Tatuí. Destacou-se a linhagem diaplóide 5
(CIANO 79/IAC-24) pela alta resistência ao acamamento (nenhuma planta acamada) nos
experimentos instalados nos dois locais (CAMARGO
et al., 2003).
CAMARGO et al. (2005), avaliando linhagens de trigo provenientes da hibridação
(KAUZ“S”/IAC-24), observaram porcentagens de acamamento entre 0 e 13%. Os
genótipos avaliados foram considerados de porte semi-anão, com altura das plantas
variando de 54 a 86 cm. Observaram-se 13% de porcentagem máxima de acamamento
nas linhagens com altura das plantas de 82 a 86 cm. As plantas mais altas tenderam a ter
maior porcentagem de acamamento em relação às de porte mais baixo.
2.3.4 Ciclo das plantas
17
As cultivares de trigo, no Estado de São Paulo, são classificadas de acordo com
seu ciclo (da emergência à maturação) em: muito precoce (menos de 110 dias), precoce
(110-120 dias), médio (121-135 dias) e tardio (acima de 136 dias). Das variedades
recomendadas para São Paulo, BR-18, IAC-24, IAC-289, IAC-350, IAC-370 e IAC-364
são de ciclo médio e IAC-362 precoce (IAC, 2002).
O ciclo da cultura é medido pelo número de dias da emergência ao florescimento
e à maturação. Pode variar com as condições climáticas ou edafológicas (OSÓRIO,
1992).
Foi verificada variabilidade genética para ciclo da planta, possibilitando dividir,
53 genótipos, em cinco grupos principais para essa característica adaptativa (BERED et
al., 2002).
A possibilidade de se ajustar o ciclo das cultivares, pode favorecer o aumento da
produção, pois as cultivares ficam menos expostas às condições ambientais desfavoráveis
(WORLAND et al., 1998), e também a escolha da época de semeadura mais adequada,
para ocorrer maior coincidência com as melhores condições ambientais.
Cultivares precoces facilitam a rotação com outras culturas anuais de verão
(milho, soja e feijão). A escolha do ciclo das plantas vai depender do sistema de cultivo a
ser utilizado e da cultura subseqüente. Se o plantio for em condição de sequeiro, para o
Estado de São Paulo, recomendam-se cultivares de ciclo precoce, pois estarão menos
sujeitas às deficiências hídricas após o espigamento (maio-junho). Se o sistema de cultivo
for o irrigado, preferem-se cultivares de ciclo médio, pois a disponibilidade de água
durante todo o ciclo é maior em relação às precoces, sendo menor o risco de chuva na
colheita em relação às cultivares de ciclo tardio (MISTRO, 2001). O ciclo também é
importante em relação à ocorrência de doenças. O ciclo precoce dificulta a incidência das
doenças do trigo, deixando a cultura menor tempo no campo.
Experimentos foram instalados durante três anos em condição de irrigação por
aspersão em Campinas e em condição de sequeiro em Cruzália e Maracaí, para avaliação
de 23 linhagens de trigo introduzidas de diferentes países. As linhagens IAC-243, IAC-
190, IAC-188, IAC-187, de ciclo médio, destacaram-se quanto à produção em Campinas
e em condição de sequeiro, IAC-193 e IAC-188, de ciclo precoce, foram as linhagens
mais produtivas (CAMARGO et al., 1991b).
CARVAJAL et al. (1997), avaliando a influência, na produção de grãos, da
seleção para ciclo, em oito populações segregantes de trigo (F
3
e F
4
), detectaram
variabilidade para essa característica. Observaram que a seleção artificial produziu um
18
avanço significativo, demonstrando contribuição direta na diminuição do ciclo, que é um
caráter desejável e não observaram progresso ou diminuição da produção de grãos.
Linhagens mexicanas foram avaliadas quanto à produção de grãos e ao ciclo,
entre outras características agronômicas, em diferentes locais paulistas, em condições de
sequeiro e de irrigação por aspersão, durante três anos. Foram identificadas linhagens
com ciclo precoce, que poderiam ser utilizadas em programas de melhoramento de trigo
como fonte genética de precocidade: IAC-215, IAC-216, Yaco“S”, IAC-218, Dougga-
Bluejay (T-4), Buckbuck“S”-Bulbul“S” (CAMARGO et al., 1988b).
Em vários trabalhos em que foram comparados genótipos de trigo quanto à
produção de grãos por meio de ensaios instalados em várias regiões tritícolas do Estado
de São Paulo, identificaram-se genótipos precoces para condição de sequeiro e genótipos
de ciclo médio para as condições de irrigação por aspersão, com elevada produção de
grãos, plantas de porte semi-anão e tolerantes à toxicidade de alumínio (CAMARGO et
al., 1991a,b,c; 1994; 2001).
2.3.5. Doenças
Na triticultura, as doenças provocam grandes danos à produção de grãos e
conseqüentemente, prejuízos aos agricultores. A aplicação de agrotóxicos para o controle
de doenças reduz a lucratividade da cultura, além de prejudicar o meio ambiente.
Para que ocorra uma determinada doença é necessária uma interação perfeita entre
patógeno, hospedeiro e ambiente.
O melhoramento genético tem colaborado para o controle de doenças por meio de
seleção de genótipos resistentes, sendo a resistência às doenças um dos importantes
objetivos dos programas e melhoramento de plantas.
As doenças que vêm ocorrendo com maior severidade nos últimos anos na
triticultura paulista são as seguintes:
2.3.5.1 Ferrugem-da-folha
É uma doença comum do trigo no Estado de São Paulo, sendo causada pelo fungo
Puccinia recondita f. sp. tritici. Em muitos trabalhos realizados no exterior e no Brasil,
verifica-se a grande freqüência dessa doença, causando queda na produção (CAMARGO
19
et al, 2001, 2003; REIS et al., 2000; KHAN et al., 1997; GOULART & PAIVA, 1992;
BARROS et al., 2005).
Correlações negativas foram calculadas por GOULART & PAIVA, em 1992,
estudando danos causados por P. recondita na produção de grãos. Concluíram que existe
tendência, em função da alta incidência das ferrugens, do rendimento final e seus
componentes serem influenciados negativamente. Foi demonstrado por REIS et al.
(2000), em experimentos de campo e com infecção natural da ferrugem-da-folha, que
existe uma relação negativa entre a incidência foliar da ferrugem e a produção de grãos.
Os sintomas da ferrugem-da-folha consistem em pústulas nos dois lados da folha
e em toda a parte aérea da planta. As pústulas são circulares ou ligeiramente ovaladas, de
cor laranja-amarelada e espalhadas na folha. Com alta infecção, diminuem o peso dos
grãos e o sistema radicular da planta e, como conseqüência, há queda na produção de
grãos (MEHTA, 1993). Segundo REIS & CASA (2005), a doença manifesta-se desde o
surgimento das primeiras folhas até a maturação da planta. Segundo MEHTA (1993),
inicia-se no estádio de crescimento 8 (emborrachamento) ou 9 (espigamento) (Escala
Feekes-Large). Em locais onde se planta o trigo mais cedo, a doença ocorre em estádios
de crescimento anteriores. O agente causal não é transmitido pela semente; a transmissão
ocorre pelas correntes de ar vindas de locais onde o trigo foi plantado mais cedo. Supõe-
se também que as gramíneas nativas e plantas de trigo voluntárias tenham influência na
disseminação da doença. Alguns agricultores no Paraná plantam trigo duas vezes por ano
e, em ambas épocas, as plantas são altamente atacadas pelo patógeno (MEHTA, 1993).
O seu aparecimento está condicionado, além da presença do genótipo suscetível e
da fonte de inóculo, às condições favoráveis de ambiente. O patógeno sobrevive no
verão-outono, parasitando plantas de trigo voluntárias que se constituem na principal
fonte de inóculo primário no Brasil. As condições ambientais para o desenvolvimento da
doença são temperatura média de 20 ºC e mais de 6 horas de molhamento contínuo, fato
que condiciona seu aparecimento na fase de perfilhamento do trigo, podendo se estender
até o fim do ciclo da cultura (PICININI & PRESTES, 1985). A medida principal de
controle é a resistência genética.
SCHRAMM et al. (1974), testando diversas doenças no Sul do Brasil, sob
incidência natural, concluíram que o agente causal da ferrugem possuía diversas raças
fisiológicas e que trabalhos visando à resistência deveriam ser realizados. Segundo
MEHTA (1993), existem mais de 200 raças fisiológicas de ferrugem-da-folha no mundo
todo, enquanto que no Brasil, ocorre pequeno número de raças.
20
A importância da ferrugem-da-folha foi avaliada por BARROS et al. (1982), em
cultivares recomendadas para cultivo no Estado de São Paulo. A doença teve início no
estádio de perfilhamento (com temperatura ± 20 ºC) e as cultivares mostraram-se
suscetíveis às raças ocorrentes no Estado, exceto a cultivar Alondra, com bom nível de
resistência ao agente causal dessa doença.
Utilizando 21 linhagens e quatro cultivares de trigo, em ensaios plantados em
diferentes localidades paulistas, analisando caracteres agronômicos e doenças, foi
observado em condições naturais de infecção no campo, que as linhagens IAC-51, IAC-
56, IAC-61, IAC-62, IAC-63 e IAC-67 foram menos infectadas pelo agente causal da
ferrugem-da-folha. Considerando ensaios em casa de vegetação com inoculação artificial,
realizados no Centro Nacional de Pesquisa do Trigo, da EMBRAPA, verificou-se que a
linhagem IAC-64 foi resistente a quatro raças desse patógeno ocorrentes no Estado de
São Paulo e as linhagens IAC-52 e IAC-55 mostraram-se resistentes a três raças do
mesmo patógeno (CAMARGO et al., 1985).
Outros genótipos resistentes a essa ferrugem foram também identificados, em
experimentos instalados em diferentes regiões paulistas (CAMARGO et al. 1991a; 2001).
Na avaliação de genótipos diaplóides de trigo, CAMARGO et al. (2003),
verificaram que todas as linhagens foram resistentes à ferrugem–da-folha, exceto a
linhagem 20 (CIANO 79/IAC-24) e as cultivares-controle IAC-24 e IAC-289 que foram
suscetíveis. A cultivar CIANO 79 foi eficiente em transmitir para seus descendentes, por
meio de cruzamentos, a resistência genética a essa doença. Os ensaios foram instalados
em campo, em Tatuí (1998-2000) e em Capão Bonito (1998-1999). SALOMON et al.
(2003b), estudando linhagens diaplóides, observaram resistência à ferrugem-da-folha da
linhagem 8, proveniente do cruzamento ANA/IAC-24.
CAMARGO
et al. (1995b) constataram em alguns genótipos de trigo duro
(Triticum durum L.), nas condições brasileiras, fontes adequadas de resistência à doença.
A cultivar de trigo duro Yavaros“S” e as linhagens L-8 e L-12, provenientes de seis
ciclos de seleção realizados em população híbrida interespecífica submetida à irradiação
gama, foram imunes ao agente causal da ferrugem-da-folha.
Por todas essas informações, o trabalho de melhoramento genético visando à
resistência à ferrugem é da maior importância e deve ter continuidade.
2.3.5.2 Mancha-da-folha
21
As manchas-da-folha em trigo são conhecidas como mancha salpicada da folha,
mancha da gluma, mancha marrom e mancha bronzeada da folha. Os agentes causais são
Septoria tritici, Phaeosphaeria nodorum, Bipolaris sorokiniana e Drechslera tritici-
repentis, respectivamente (PICININI & FERNANDES, 1995). Tendo em vista a
ocorrência predominante de mancha foliar causada por B. sorokiniana, será feita uma
descrição mais detalhada dessa doença.
A mancha marrom, também conhecida como helmintosporiose, é provavelmente a
doença que mais afeta o rendimento de grãos na cultura do trigo na América do Sul e em
todos os Estados produtores no Brasil, podendo causar perdas consideráveis na lavoura.
Causa crestamento da espiga, das folhas e de plântulas e podridão da raiz. O agente
causal se desenvolve em todos os órgãos da planta. As perdas podem ser de 80% a 100%,
quando a mancha marrom ocorre associada à giberela (MEHTA, 1993).
Os sintomas iniciais são pequenas manchas ovais, de coloração castanho-escura a
negras nas folhas, sem esporulação. Aumentam de tamanho e tornam-se elípticas com
bastante esporulação, ficando quase pretas. Normalmente, observa-se margem castanho-
escura e centro castanho-claro que se necrosam. Os esporos são removidos pela chuva e
espalhados pelo vento, deixando as manchas sem esporos e com cor de palha. Com o
coalescimento das manchas, a folha fica com crestamento e seca prematuramente. Pode
ocorrer em associação com outros patógenos, formando um complexo de doenças
(MEHTA, 1993).
O fungo sobrevive em sementes infectadas e em restos culturais por vários anos,
ou em hospedeiros secundários, no solo, e seus propágulos são disseminados pelo vento
(MEHTA, 1993; PICININI & FERNANDES, 1995). Como condições ótimas para seu
desenvolvimento estão a alta temperatura (25-30 °C), alta umidade e grande formação de
orvalho. A doença ocorre em todos os estádios da cultura do trigo, sendo mais severa
após a fase de emborrachamento, quando há altas temperaturas.
No Brasil, ainda não há dados referentes a presença de raças fisiológicas do
patógeno. A infecção primária pode ser parcialmente controlada por tratamento de
sementes, se estiverem altamente infectadas. O uso de fungicidas é mais eficaz quando
aplicado no aparecimento dos primeiros sintomas e, além disso, depende do retorno
econômico. Práticas culturais como fertilização e manejo adequado do solo, rotação de
culturas, eliminação de restos culturais, época de plantio, entre outras, podem diminuir o
prejuízo causado pela doença. A resistência das cultivares ainda é parcial, devendo ser
complementada com outras medidas (MEHTA, 1993; PICININI & FERNANDES, 1995).
22
Segundo MEHTA (1993), no Brasil, há várias fontes de resistência a B. sorokiniana, que
podem ser utilizadas em programas de melhoramento, destacando-se: BH-1146, IA-814,
CEP-14, CNT-8, BR-8, CEP-11 e CNT-1.
REIS et al. (1987), usando 10 cultivares de trigo em três épocas de plantio no Rio
Grande do Sul, sob condições naturais de infecção, concluíram que a cultivar com maior
suscetibilidade foi a IAC-5 e as menos suscetíveis foram BR-4 e CNT-10.
Com o aumento da temperatura, LUZ & BERGSTROM (1986) observaram um
acréscimo no número de lesões. Essa falta de resistência em condições de temperaturas
elevadas oferece dificuldades no processo de seleção de germoplasma e também limita a
eficiência no uso de resistência no controle da doença. Por sua vez, SENTELHAS et al.
(1993), verificaram que tanto a irrigação por aspersão, como a densidade de semeadura,
influenciaram o desenvolvimento da helmintosporiose, na cultura do trigo, em Campinas.
CAMARGO et al. (1995b), em avaliação realizada em diferentes locais no Estado
de São Paulo, verificaram que todos os genótipos considerados foram suscetíveis à
mancha-da-folha, com diferentes graus de infecção, concluindo que seria necessária a
incorporação de resistência.
Na avaliação do comportamento agronômico de 20 genótipos de trigo, em
condições de irrigação por aspersão em Tatuí e de sequeiro em Cruzália, notou-se que a
cultivar IAC-289 foi moderadamente resistente, em Tatuí e suscetível em Cruzália
(CAMARGO et al., 2001). Fatos como esse indicam a dificuldade em se conseguir
genótipos com boa resistência a Bipolaris sorokiniana (CAMARGO et al., 1994;
1995a,b; 2001).
Em avaliações de campo, FELÍCIO et al. (1991) concluíram que as cultivares
IAC-60-Centenário e IAC-162 Tuiuiú, semeadas em condições de sequeiro e de irrigação
por aspersão no Estado de São Paulo, foram respectivamente moderadamente suscetível e
suscetível à helmintosporiose.
Utilizando linhagens diaplóides provenientes de cruzamentos entre as cultivares
CIANO 79 e IAC-24, em condições de sequeiro e de irrigação por aspersão, CAMARGO
et al. (2003), verificaram que os graus médios de infecção de mancha-da-folha foram
mais elevados em Capão Bonito, onde as condições edafoclimáticas foram mais
favoráveis ao desenvolvimento do patógeno. Observaram que três linhagens e as
cultivares IAC-24 e IAC-289 foram suscetíveis, com área foliar infectada variando entre
25% e 50%. Os demais genótipos foram altamente suscetíveis aos agentes das manchas
foliares, variando entre 51% e 99% de área foliar infectada em pelo menos um
23
experimento. Resultado esperado, pois os parentais são suscetíveis ao agente causal da
doença.
Linhagens de trigo originárias de hibridações entre a cultivar KAUZ“S” e IAC-24
foram avaliadas em relação à mancha-da-folha, onde se observou que todos os genótipos
envolvidos foram suscetíveis, em pelo menos um local (CAMARGO et al., 2005).
Portanto, diversos fatores fazem com que sejam muitos os casos de insucesso nas
tentativas de se alcançar resistência às manchas-da-folha em trigo.
2.3.5.3 Oídio
O oídio ocorre em quase todas as áreas tritícolas do mundo. Está presente no
Brasil e sua severidade varia de ambiente para ambiente. A doença causa danos na
produção de grãos que no Brasil, chega à redução de 55%, quando ocorre juntamente
com a ferrugem-da-folha (MEHTA, 1993).
A doença é causada pelo fungo Blumeria graminis f. sp. tritici. O oídio é
reconhecido pelas estruturas vegetativas e reprodutivas em toda a parte verde da planta.
Consiste de mofo branco a cinza composto por pústulas ovaladas ou irregulares que saem
com facilidade quando raspadas ou com a agitação das plantas. Esse bolor pode cobrir
toda a superfície da folha e bainha foliar, deixando as plantas amareladas, sendo comum
também na espiga e nas aristas, algumas vezes cobrindo 50% da área. Temperatura
variando entre 18 e 22 °C e umidade relativa de 60% a 100%, favorecem o
desenvolvimento do oídio (MEHTA, 1993).
Estudos foram feitos para verificação do efeito da irrigação por aspersão e da
densidade de semeadura no microclima da cultura do trigo e na epidemiologia do oídio.
As taxas de crescimento do oídio foram bastante influenciadas pela densidade da cultura
e pela irrigação, tendo as alterações microclimáticas modificado o progresso do oídio.
Verificaram a influência progressiva nas taxas de crescimento, considerando o tratamento
sem irrigação e menos denso para o irrigado e mais denso, concluindo que, em áreas
irrigadas, o potencial de danos de oídio foi elevado (SENTELHAS et al.,1993).
Como medidas de controle do patógeno, o uso de fungicidas e algumas mudanças
nas práticas culturais, como antecipação da data de plantio, têm controlado parcialmente
a doença. O excesso de nitrogênio tem aumentado sua ocorrência. O uso de cultivares
resistentes é a medida preferencial no controle dessa doença. No entanto, o aparecimento
constante de novas raças e formas tem feito com que essa resistência seja quebrada, de
24
modo que a obtenção de cultivares com resistência poligênica (resistência horizontal) é a
melhor estratégia para o seu controle (MEHTA, 1993).
LINHARES (1988) observou que o prejuízo causado pelo oídio na cultura de trigo
foi proporcional à intensidade do ataque. Muitos experimentos foram feitos no Rio
Grande do Sul, com o objetivo de quantificar os danos atribuídos a essa doença. Em
1986, as perdas variaram de 20%-23% (BR-4 e PAT-7392) a 55% (IAS-54), quando
comparadas às produções obtidas em condições em que houve controle químico.
Avaliando-se linhagens e cultivares em diferentes regiões paulistas para oídio,
foram identificados quanto à resistência em planta adulta, genótipos resistentes,
destacando-se as linhagens 11 (Lilifen/Magpie), 14 (Sawa/4/Tezanos Pintos Precoz//
IRN46/CIANO/3/Protor) e 16 (Cappelle Desprez/2*Pullman101//Pavon76) com graus de
infecção entre 0 e 10 %. Os genótipos altamente suscetíveis apresentaram graus de
infecção de 80 % (CAMARGO et al., 1994).
Na avaliação da influência do ambiente em 20 genótipos de trigo, FELÍCIO et al.
(2001), observaram que a intensidade de ocorrência de oídio variou entre os locais,
apesar da irrigação; Tatuí foi o local com maior incidência em comparação com
Votuporanga, Ribeirão Preto e Mococa. Os genótipos JCAM//EMU“S”/YACO“S” e
PFAU destacaram-se como resistentes nessas condições.
2.3.6 Tolerância à toxicidade de alumínio
Os solos brasileiros são, na sua maioria, ácidos, inclusive nas regiões de cultivo
do trigo.
O alumínio é um dos constituintes das partículas de argila do solo e sua toxicidade
pode ocorrer na maioria dos solos onde o pH diminui para níveis suficientemente baixos,
que provocam decomposição nas estruturas minerais da argila (geralmente pH menor que
5,5 mas particularmente abaixo de 5,0). Quando chega a este ponto, o alumínio fica na
fração trocável ou vai para a solução do solo (FOY et al., 1965). A tolerância à toxicidade
de alumínio é um fator importante para garantir bom desenvolvimento do sistema
radicular do trigo, permitindo a obtenção de água em maior profundidade em condição de
seca, na qual uma cultivar sensível não sobreviveria, em vista da inibição pelo alumínio
do crescimento do sistema radicular, além da camada superficial do solo que, em geral é
corrigida.
25
Com base em correlações fenotípicas calculadas por CAMARGO (1987) em
populações segregantes, provenientes dos cruzamentos BH-1146/IAC-17, BH-
1146/Alondra-S-46 e IAC-17/Alondra-S-46, seria possível selecionar plantas tolerantes
ao alumínio, de porte médio, com maior fertilidade da espiga, alto potencial produtivo e
adaptadas à maioria dos solos ácidos das regiões tritícolas brasileiras. CAMARGO &
FERREIRA FILHO (1999) obtiveram correlações fenotípicas positivas e significativas
entre tolerância ao alumínio e altura das plantas, comprimento do internódio da raque e
produção de grãos, concluindo que com populações F
2
grandes é possível a obtenção de
genótipos recombinantes desejáveis.
CAMARGO et al. (1999a) efetuaram cruzamentos e retrocruzamentos entre as
cultivares de porte semi-anão IAC-24 e Anahuac, tolerante e sensível ao Al
3+
,
respectivamente. Avaliaram plântulas dos parentais, do F
1
do cruzamento entre eles e dos
retrocruzamentos para os dois parentais, em solução nutritiva com 2 mg.L
-1
. As progênies
em gerações F
2
e F
3
do cruzamento e as progênies F
2
dos retrocruzamentos também
foram avaliadas. Chegaram a conclusão com esse estudo, que a cultivar IAC-24 diferiu
da Anahuac por um par de alelos dominantes para tolerância à presença dessa
concentração de alumínio nas soluções nutritivas.
A maioria das cultivares tolerantes originou-se por seleção natural onde esse
elemento é encontrado em quantidades tóxicas no solo (CAMARGO, 1981). O mesmo
autor estudou as cultivares de porte alto BH-1146 e Atlas-66 (selecionadas em Belo
Horizonte e EUA, respectivamente), a cultivar semi-anã mexicana Siete Cerros e a
cultivar Tordo. Foram avaliadas em diferentes concentrações de alumínio em soluções
nutritivas, empregando o método proposto por CAMARGO & OLIVEIRA (1981b).
Concluiu que a cultivar BH-1146 foi tolerante a 10 mg.L
-1
de alumínio; Atlas-66
tolerante a 6 mg.L
-1
e pouco tolerante a 10 mg.L
-1
. Tordo e Siete Cerros foram sensíveis a
baixas concentrações de alumínio. A cultivar BH-1146 diferiu das outras por um par de
alelos dominantes para tolerância, quando estavam envolvidos altos níveis de alumínio.
Houve uma quebra gradual da dominância do par ou pares de alelos transmitidos em
bloco, responsáveis pela reação à tolerância à medida que se aumentou a concentração de
alumínio para todas as populações híbridas estudadas. CAMARGO et al. (2000),
estudando o controle genético da tolerância ao alumínio em linhagens mutantes da
cultivar Anahuac, puderam observar que 14 das linhagens possuíam tolerância a 10 mg.L
-
1
de alumínio. Foram também tolerantes as cultivares BH-1146, IAC-60 e IAC-24. Doze
das linhagens tolerantes mais as cultivares IAC-60 e IAC-24, diferiram das cultivares
26
sensíveis Siete Cerros e Anahuac por um par de alelos dominantes, quando estudados em
soluções nutritivas contendo 2 mg.L
-1
de alumínio.
A tolerância ao alumínio é um dos principais objetivos do programa de
melhoramento de trigo do IAC. ‘Anahuac’, entre outras, sensível ao alumínio, foi
recomendada para solos corrigidos e com irrigação por aspersão, enquanto as cultivares
BH-1146, IAC-18, IAC-28, IAC-5, IAC-74, IAC-13, PAT-72247, IAC-22, BR-2, IAC-21
e IAC-24 foram consideradas tolerantes por exibirem crescimento da raiz primária central
após tratamento em solução contendo 10 mg.L
-1
de alumínio. Foram indicadas para
cultivo em condição de sequeiro, com solos ácidos ou corrigidos com presença de
alumínio abaixo da camada arável (CAMARGO et al., 1987).
Em experimentos instalados no Vale do Paranapanema, em condição de sequeiro,
CAMARGO et al. (1990), estudando linhagens de trigo, observaram na linhagem
proveniente do cruzamento CNT-9/BH-1146 bom desempenho em solo ácido e tolerância
a 10 mg.L
-1
de alumínio em solução nutritiva. Pelas suas qualidades, produtividade e
tolerância ao alumínio tóxico, entre outras, foi distribuída como cultivar aos agricultores
como IAC-227.
Várias avaliações de genótipos de trigo foram feitas, em soluções nutritivas, para
tolerância à toxicidade de alumínio (CAMARGO et al., 1988a; 1991c; 1994; 1998a,b;
2001; 2005; SALOMON, 2001). Pode-se destacar como mais tolerantes as linhagens 3
(IAS-54/ALD“S”//IAC-24), 6 (KAUZ“S”/IAC-24) e 14 (BUC“S”/PVN“S”//IAC-24)
(CAMARGO et al., 2001) e as linhagens 8 (ANA/IAC-24) e 14 (PF-70402/
ALD“S”//PAT-72160/ALD“S”/3/PEW“S”/4/OPATA/5/IAC-60) (SALOMON, 2001).
Linhagens mutantes obtidas por irradiação gama da cultivar Anahuac, tolerantes a
10 mg.L
-1
de alumínio em soluções nutritivas foram mais produtivas que a cultivar
original Anahuac e a linhagem mutante sensível ao alumínio em solo ácido e em
condições de sequeiro (CAMARGO et al., 1997).
MISTRO et al. (2001), avaliando genótipos de trigo oriundos de progênies de
cruzamentos do IAC e genótipos originários de introduções do CIMMYT, em relação à
toxicidade de alumínio concluíram que os genótipos obtidos por seleção em populações
híbridas do IAC destacaram-se quanto à tolerância ao alumínio quando comparados com
os introduzidos do CIMMYT, México. Os tolerantes podem ser utilizados como fonte
genética em programas de melhoramento, visando ao desenvolvimento de cultivares mais
produtivas para solos ácidos.
27
SALOMON et al. (2003b), estudando comportamento de linhagens diaplóides de
trigo em diferentes locais do Estado de São Paulo, verificaram que os genótipos mais
produtivos em solo ácido e em cultivo de sequeiro estavam associados às plantas altas,
com espigas compridas, maior número de grãos por espiga e por espigueta e tolerância ao
alumínio. Os genótipos mais produtivos em solo corrigido, com aplicação de calcário e
condição de irrigação por aspersão estavam associados com plantas semi-anãs mais altas
e com grãos pesados, não se correlacionando com a tolerância ao alumínio, concordando
assim com CAMARGO et al. (1999b).
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Ensaios Instalados em Condição de Campo
Instalaram-se três ensaios: “Ensaio de Novas Linhagens I”, “Ensaio de Novas
Linhagens II” e “Ensaio de Novas Linhagens III”, em diferentes locais e condições de
cultivo, considerando-se o zoneamento ecológico (zonas tritícolas), no período 2003-
2005.
O “Ensaio de Novas Linhagens I” foi semeado no Pólo Regional de
Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Sudoeste Paulista, em Capão
Bonito, SP (latitude 24°00’S, longitude 48°22’W e altitude 702 m), zona tritícola B; na
Unidade de Pesquisa do Desenvolvimento de Tatuí, SP (latitude 23°22’S, longitude
47°52’W e altitude 600 m), zona tritícola D; e no Pólo Regional de Desenvolvimento
Tecnológico dos Agronegócios do Nordeste Paulista, em Mococa, SP (latitude 21°28’S,
longitude 47°01’W e altitude 665 m), zona tritícola H.
O “Ensaio de Novas Linhagens II” foi instalado no Pólo Regional de
Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Sudoeste Paulista em Capão Bonito,
SP; na Unidade de Pesquisa do Desenvolvimento de Tatuí, SP e no Pólo Regional de
Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro Leste Paulista em Ribeirão
Preto, SP (latitude 21°11’S, longitude 47°48’W e altitude 621 m), zona tritícola G.
O “Ensaio de Novas Linhagens III” foi instalado na Unidade de Pesquisa do
Desenvolvimento de Tatuí, SP; no Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos
Agronegócios do Nordeste Paulista, em Mococa, SP; e no Pólo Regional de
Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro Leste Paulista, em Ribeirão
Preto, SP.
28
Os ensaios semeados em Capão Bonito foram realizados em condições de
sequeiro e de solo ácido e nos demais locais foram realizados utilizando a
irrigação por aspersão e solo corrigido com calcário.
As linhagens de trigo que fizeram parte do “Ensaio de Novas Linhagens I” foram
obtidas do programa de melhoramento de trigo do Instituto Agronômico (IAC), por meio
de hibridações realizadas entre genótipos de trigo comum (Triticum aestivum L.) e trigo
duro (Triticum durum L.), na sua maioria, em 1994, no Centro Experimental de
Campinas. Em 1995 e 1996, semearam-se os híbridos, em gerações F
1
e F
2
na Estação
Experimental de Monte Alegre do Sul, obtendo-se sementes em geração F
3
, as quais
foram avaliadas em solução nutritiva, para tolerância à toxicidade de alumínio. As
plântulas tolerantes foram transplantadas para vasos contendo solo corrigido e adubado,
em condições de telado, no Centro Experimental de Campinas, em 1997. Por ocasião da
maturação, selecionaram-se espigas, levando-se em consideração as características
agronômicas desejáveis (trigo comum). A população segregante, em geração F
4
, foi
desenvolvida em 1999, em Tatuí, onde se efetuaram seleção de espigas, na época da
maturação, considerando-se as características agronômicas de interesse. As linhagens
selecionadas na geração F
5
, em 2000, compuseram o “Ensaio Preliminar de Progênies”,
composto de 1000 linhas, instalado em Mococa, em 2001. Nesse ensaio, selecionaram-se
várias linhagens que, juntamente com outras escolhidas em demais Ensaios Preliminares
de Progênies e mais 10 cultivares utilizadas como controle, foram avaliadas no “Ensaio
Preliminar de Linhagens”, instalado em 2002, em Mococa. Nesse ensaio, selecionaram-se
16 linhagens de trigo que, juntamente com duas linhagens selecionadas em outro Ensaio
Preliminar de Linhagens, também instalado em 2002, em Mococa e as cultivares IAC-24
e IAC-370 utilizadas como controle, constituíram o “Ensaio de Novas Linhagens I”.
As linhagens de trigo que fizeram parte do “Ensaio de Novas Linhagens II”,
originaram-se de hibridações realizadas, na sua maioria, em 1996, no telado contra o
ataque de pássaros localizado no Centro Experimental de Campinas. Em 1997, os
híbridos, em geração F
1
, foram semeados em vasos no telado. Por ocasião da época de
espigamento, foram colhidas espigas das plantas em geração F
1,
cujas anteras, foram
retiradas e colocadas em meio de cultura, em placa de Petri. As plântulas haplóides
originadas foram transplantadas para vasos no telado. Após dois meses, as plântulas
foram retiradas dos vasos, suas raízes foram lavadas e tratadas com solução contendo
colchicina. Em seguida, as plântulas foram colocadas em vasos com terra adubada,
visando à obtenção de plantas diaplóides. Em 1998, foram avaliadas nos “Ensaios
29
Preliminares de Linhagens Diaplóides”, em condição de solo corrigido e de irrigação por
aspersão, em Tatuí. As melhores linhagens, selecionadas quanto às características
agronômicas desejáveis foram estudadas nos “Ensaios de Linhagens Provenientes de
Cultura de Anteras”, instalados em diferentes locais do Estado de São Paulo, no período
de 2000-2002. Após estudo criterioso, selecionaram-se 18 linhagens que, juntamente com
as cultivares-controle IAC-24 e IAC-370 constituíram o “Ensaio de Novas Linhagens II”.
As coleções intituladas “International Bread Wheat Screening Nursery”, “Acid
Soil Wheat Screening Nursery” e “Heat Tolerant Wheat Yield Trial”, compostas por
linhagens de trigo introduzidas do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e
Trigo (CIMMYT), foram semeadas em 2001, em Monte Alegre do Sul. Realizaram-se
avaliações em relação à produção de grãos e demais características de interesse. As
linhagens selecionadas foram novamente avaliadas em 2002, nos “Ensaios Preliminares
de Linhagens”, instalados em Mococa e Tietê. As 18 linhagens de trigo que se
destacaram nesses ensaios e as cultivares IAC-24 e IAC-370 utilizadas como controles,
compuseram o “Ensaio de Novas Linhagens III”.
Os genótipos avaliados nos três ensaios estão nas tabelas 1, 2 e 3,
respectivamente.
Cada ensaio foi constituído por 20 genótipos, sendo 18 linhagens promissoras e
duas cultivares-controle, recomendadas para semeadura no Estado de São Paulo, com as
seguintes características:
IAC-24: linhagem proveniente do cruzamento 639 (IAS-51/4/SON64/Y50E
//GTO/3*CIANO), realizado no IAC, de porte semi-anão, ciclo precoce, tolerante ao
alumínio tóxico do solo, suscetível à mancha-da-folha e com moderada suscetibilidade à
ferrugem-da-folha e ao oídio, resistente ao acamamento, além da boa qualidade de
panificação. Possui exigência média em fertilidade do solo e resposta alta à adubação
nitrogenada (EMBRAPA, 2005).
IAC-370: linhagem selecionada no IAC, proveniente do híbrido
(BOW//NAC/VEE/3/BJY/COC), introduzida do CIMMYT, porte semi-anão, ciclo médio
a tardio, da emergência à maturação, com sensibilidade ao alumínio tóxico do solo,
resistente ao acamamento, boa capacidade de panificação, exigência alta em fertilidade
do solo e com resposta alta à adubação nitrogenada (EMBRAPA, 2005).
30
Tabela 1 Origem e genealogia dos genótipos avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”
Genótipos Origem
(1)
Híbridos Genealogia
1
IAC-24
IAS-51/4/SON64/Y50E //GTO/3*CIANO
2 IAC-370 BOW//NAC/VEE/3/BJY/COC
3 NL-2/02-13 H.18856 Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC
-
1003
4 NL-2/02-18 H.18856 Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC
-
1003
5 NL-2/02-28 H.18856 Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC
-
1003
6 NL-2/02-29 H.18856 Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC
-
1003
7 NL-2/02-33 H.18856 Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC
-
1003
8 NL-2/02-49 H.18856 Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC
-
1003
9 NL-2/02-51 H.18856 Maya“S”/SPRW“S”//SAP“S”/3/BUC“S”/4/IAC-225/5/IAC
-
1003
10 NL-2/02-68 H.18861 IAC-209/IAC-24//IAC-1003
11 NL-2/02-104 H.18877 F3.71/TRM//CNO79/3/IAC-24 /4/IAC-1003
12 NL-2/02-131 H.18675 IAC-60/IAC-1003
13 NL-2/02-132 H.18675 IAC-60/IAC-1003
14 NL-2/02-150 H.18675 IAC-60/IAC-1003
15 NL-2/02-250 H.18720 BH-1146/IRN-165-73//ALD2-CMH77A917/3/IAC-1003
16 NL-2/02-251 H.18720 BH-1146/IRN-165-73//ALD2-CMH77A917/3/IAC-1003
17 NL-2/02-252 H.18720 BH-1146/IRN-165-73//ALD2-CMH77A917/3/IAC-1003
18 NL-3/02-2 H.18754 FCT“S”/3/GOV/AZ//MUS“S”/4/BUC“S”/5/IAC-1003
19 NL-2/02-3 H.18754 FCT“S”/3/GOV/AZ//MUS“S”/4/BUC“S”/5/IAC-1003
20 NL-3/02-18 H.18899 BH-1146//WIN“S”/AA“S”/3/IAC-287
(1)
NL = Ensaio Preliminar de Linhagens.
31
Tabela 2 – Origem e genealogia dos genótipos avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens
II”
Genótipos. Origem
(1)
Genealogia
1
IAC-24
IAS-51/4/SON64/Y50E //GTO/3*CIANO
2 IAC-370 BOW//NAC/VEE/3/BJY/COC
3 ELCA 9-T-7 FCT"S"/3/GOV/AZ//MUS"S"/4/IAC-24/5/IAC-24
4 ELCA 11-T-7 FCT"S"/3/GOV/AZ//MUS"S"/4/IAC-24/5/IAC-24
5 ELCA 11-T-8 FCT"S"/3/GOV/AZ//MUS"S"/4/IAC-24/5/IAC-24
6 ELCA 11-T-9 FCT"S"/3/GOV/AZ//MUS"S"/4/IAC-24/5/IAC-24
7 ELCA 16-T-14 FCT"S"/3/GOV/AZ//MUS"S"/4/IAC-24/5/IAC-24
8 ELCA 8-T-6 ANA/BH-1146//ANA/3/ANA/4/IAC-24
9 ELCA 8-T-11 IA 815/KAUZ//IAC-24
10 ELCA 8-T-13 FINK/IA 8834//IAC-24
11 ELCA 10-T-11 IAC-24//CNO 79 /PRL
12 ELCA 11-T-15 FINK/IA 8834//IAC-24
13 ELCA 12-T-6 FINK/IA 8834//IAC-24
14 ELCA 12-T-10 IAC-24//CNO 79 /PRL
15 ELCA 13-T-2 TEPOCA/IAC-24
16 ELCA 13-T-3 PF70402/ALD"S"//PAT72160/ALD"S"/3/PEW"S"/4/
OPATA/5/IAC-60
17 ELCA 14-T-4 PFAU/4/BB/GLL/CJ/3/F35.70//KAL/5/VEE7/6/IAC-24
18 ELCA 14-T-5 CS/ACURV//GLEN/3/ALD/PVN/4/SUZ8/5/IAC-24
19 ELCA 14-T-16 PF70402/ALD"S"//PAT72160/ALD"S"/3/PEW"S"/
OPATA/5/IAC-24
20 ELCA 15-T-13 TRAP 1*2/ERP/RUSO/3/IAC-24
(1)
ELCA = Ensaio de Linhagens de Cultura de Anteras.
32
Tabela 3 – Origem e genealogia dos genótipos avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens
III”
Genótipos Origem
(1)
Genealogia
1
IAC-24
IAS-51/4/SON64/Y50E //GTO/3*CIANO
2 IAC-370 BOW//NAC/VEE/3/BJY/COC
3 NL 3/02 244 HD29/2*WEAVER/4/BOW/CROW//BUC/PVN/3/2*VEE#10
4 NL 3/02 269 SNI/TRAP#1/3/KAUZ*2/TRAP//KAUZ
5 NL 3/02 363 CNDO/R143//ENTE/MEXI/3...
6 NL 3/02 371 THB/CEP 7780
7 NL 3/02 372 BAVIACORA M 92
8 NL 3/02 374 IAN 8
9 NL 3/02 375 IAN 9
10 NL 3/02 379 PJN/BOW//OPATA
11 NL 3/02 383 ANB"S"/BUC"S"//FASAN
12 NL 3/02 384 IA8719*2//KVZ/HD2009
13 NL 3/02 392 EHAL//CHUM18/BAU
14 NL 3/02 401 CNDO/R143//ENTE/MEXI 112/3/AE. SQUARROSA(TAUS)
/4/WEAVER
15 NL 5/02 2 CAR442/ANA//YACO/3/KAUZ*2/TRAP//KAUZ
16 NL 5/02 12 BAV92/STAR
17 NL 5/02 14 BAV92/STAR
18 NL 5/02 19 BAV92/PRL
19 NL 5/02 50 BH-1146*3/ALD//BUC/3/DOVE/BUC
20 NL 5/02 150 ALTAR 84/AE. SQUARROSA(219)//3*ESDA
(1)
NL= Ensaio Preliminar de Linhagens.
33
Instalaram-se os ensaios em março-abril, em Capão Bonito (sequeiro) e em abril-
maio em Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto (irrigado por aspersão), no período de 2003-
2005, utilizando-se o delineamento estatístico de blocos ao acaso com quatro repetições.
Cada ensaio foi constituído de 80 parcelas. Nos experimentos instalados em Capão
Bonito, cada parcela foi formada de seis linhas, de 3 m de comprimento, espaçadas de
0,20 m, totalizando 3,6 m
2
, as quais foram semeadas manualmente. A semeadura dos
demais experimentos foi feita por semeadeira de parcela, sendo cada parcela formada de
oito linhas de 3 m de comprimento, espaçadas a 0,15m, totalizando também 3,6 m
2
. Em
todos os experimentos utilizaram-se 80 g de sementes por parcela. Deixou-se uma
separação lateral de 0,60 m entre as parcelas. Por ocasião da colheita, foram colhidas
todas as linhas, seis ou oito, conforme o caso, de cada parcela (3,6 m
2
).
Retiraram-se amostras compostas de solo no local de cada ensaio, na
profundidade de 0-20 cm, em 2004 e 2005, objetivando análises químicas no Centro de
Solos e Recursos Agroambientais do IAC (Tabela 4).
Realizaram-se adubações de plantio em todos os experimentos e uma adubação
nitrogenada em cobertura, somente nos irrigados, aos 30-40 dias da emergência das
plantas, em função das análises de solo e de acordo com as tabelas de adubação do IAC
(RAIJ et al., 1996).
A irrigação iniciou-se logo após a semeadura, em Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto,
em intervalos de 7-10 dias (quando não ocorreram chuvas), sendo seu término próximo à
maturação das plantas.
Foram efetuadas as seguintes avaliações agronômicas:
Produção de grãos: pesando-se em gramas, a qual foi transformada para kg ha
-1
.
Altura das plantas: medindo-se no campo no início da maturação das plantas, a
distância em centímetros, do nível do solo ao ápice da espiga, excluindo-se as aristas,
levando-se em consideração a média de diferentes pontos.
Ciclo da emergência ao florescimento: realizando-se a contagem do número de
dias da emergência das plantas ao pleno florescimento, com exceção dos ensaios
instalados em Tatuí e Ribeirão Preto.
Ciclo da emergência à maturação: realizando-se a contagem do número de dias
da emergência das plântulas à maturação fisiológica, somente nos ensaios instalados em
Capão Bonito.
34
Tabela 4 - Resultados das análises dos solos dos locais onde foram instalados os
ensaios em 2004 e 2005, na profundidade de 0 a 20cm
(1)
Determinações Capão Bonito Tatuí
2004 2005 2004 2005
P resina (mg.kg
-1
) 28,0 26,0 63,0 74,0
M. O. (g. kg
-1
) 28,0 32,0 29,0 29,0
pH (CaCl
2
) 4,3 4,3 4,6 5,4
K (mmol
c
.dm
-3
) 2,9 1,9 6,6 6,8
Ca (mmol
c
.dm
-3
) 10,0 9,0 15,0 64,0
Mg (mmol
c
.dm
-3
) 3,0 2,0 12,0 38,0
H+Al (mmol
c
.dm
-3
) 72,0 64,0 58,0 31,0
S (mmol
c
.dm
-3
) 15,9 12,9 33,6 108,8
T (mmol
c
.dm
-3
) 87,5 77,3 91,6 139,6
V (%) 18,0 17,0 37,0 78,0
Determinações Mococa Ribeirão Preto
2004 2005 2004 2005
P resina (mg.kg
-1
) 70,0 64,0 28,0 40,0
M. O. (g. kg
-1
) 25,0 28,0 28,0 34,0
pH (CaCl
2
) 5,3 5,3 5,1 5,5
K (mmol
c
.dm
-3
) 4,0 3,3 3,0 3,0
Ca (mmol
c
.dm
-3
) 29,0 35,0 24,0 24,0
Mg (mmol
c
.dm
-3
) 15,0 9,0 11,0 9,0
H+Al (mmol
c
.dm
-3
) 28,0 28,0 38,0 34,0
S (mmol
c
.dm
-3
) 48,0 47,3 38,0 36,0
T (mmol
c
.dm
-3
) 75,8 75,1 76,1 70,3
V (%) 63,0 63,0 50,0 51,0
(1)
Análises efetuadas no laboratório do Centro de Solos e Recursos Agroambientais,
Instituto Agronômico, Campinas.
35
Acamamento das plantas: considerando-se a porcentagem de plantas acamadas,
mediante avaliação visual, na maturação, em escala que variou de 0 (sem acamamento)
até 100% de acamamento, em pelo menos duas repetições em cada experimento.
Resistência à ferrugem-da-folha: avaliando-se através de leitura dos sintomas,
nas folhas superiores das plantas no estádio do início da maturação, em condições
naturais de infecção, utilizando-se da escala de Cobb modificada, conforme apresentada
por MEHTA (1993). Essa escala vai de 0 a 99% de área foliar infectada, complementada
pelo tipo de pústula.
Resistência à mancha-da-folha e ao oídio: avaliando-se no estádio de plantas
adultas, em condições naturais de infecção, mediante a escala adaptada, apresentada por
MEHTA (1993), onde 0 = imune; 1% a 5% = resistente; 6% a 25% = moderadamente
resistente; 26% a 50% = suscetível; 51% a 99% = altamente suscetível.
Comprimento da espiga: considerando-se a medida do comprimento médio em
centímetros de cinco espigas colhidas ao acaso, excluindo-se as aristas.
Número de espiguetas por espiga: levando-se em conta o número médio de
espiguetas de cinco espigas colhidas ao acaso.
Número de grãos por espiga: contando-se o número médio de grãos de cinco
espigas colhidas ao acaso.
Número de grãos por espigueta: calculando-se pela divisão do número total de
grãos da espiga pelo número total de suas espiguetas, de cinco espigas colhidas ao acaso.
Massa de cem grãos: levando-se em conta o peso, em gramas, do número total de
grãos das cinco espigas tomadas ao acaso, o qual foi transformado para massa de cem
grãos.
As características comprimento da espiga, número de espiguetas por espiga,
número de grãos por espiga e por espigueta e massa de cem grãos foram avaliadas no
“Ensaio de Novas Linhagens I”, instalado em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004; no
“Ensaio de Novas Linhagens II”, semeado em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004 e
no “Ensaio de Novas Linhagens III”, instalado em Tatuí, em 2003 e 2004, e em Mococa e
Ribeirão Preto, em 2004.
As características agronômicas: produção de grãos, altura das plantas, ciclos da
emergência ao florescimento e da emergência à maturação, comprimento da espiga,
número de espiguetas por espiga, de grãos por espiga e de grãos por espigueta, e massa
de cem grãos, foram submetidas às análises da variância em cada ensaio, utilizando-se o
36
teste F, ao nível de 5% de probabilidade, a fim de detectar efeitos significativos de
genótipos e repetições, de acordo com GOMES (2000).
Foram analisadas as variâncias conjuntas por local para as características
estudadas para os grupos de experimentos (Ensaios de Novas Linhagens I, II e III), para
detectar pelo teste F, ao nível de 5%, as significâncias dos efeitos de anos, genótipos e da
interação genótipos x anos. No cálculo do valor da diferença mínima significativa da
análise conjunta, empregou-se, como estimativa do desvio-padrão residual, o quadrado
médio da interação genótipos x anos.
O teste Tukey ao nível de 5%, de probabilidade, foi usado para a comparação da
média dos genótipos para cada parâmetro avaliado, em cada ensaio e nos grupos de
ensaios.
Correlações simples foram calculadas para o “Ensaio de Novas Linhagens I”,
considerando-se as médias dos ensaios instalados em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004,
entre as características agronômicas avaliadas. As mesmas correlações foram calculadas
para o “Ensaio de Novas Linhagens II” e para o “Ensaio de Novas Linhagens III”,
considerando no primeiro caso, os ensaios semeados em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003
e 2004 e no segundo caso, os instalados em Tatuí, em 2003 e 2004, e em Mococa e
Ribeirão Preto, em 2004.
Empregou-se o teste t, ao nível de 5%, para verificação das significâncias
considerando os dados médios obtidos nos 20 genótipos.
3.2 Ensaios em Condição de Laboratório
Para determinação da tolerância à toxicidade de alumínio (Al
3+
) dos genótipos
avaliados nos “Ensaios de Novas Linhagens I, II e III” foram realizados experimentos em
condições de laboratório, empregando soluções nutritivas. O delineamento experimental
foi o de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas, e compostas por diferentes
concentrações de alumínio e, as subparcelas, pelos genótipos de trigo utilizados.
Realizaram-se quatro repetições para cada solução-tratamento. Para cada repetição,
sementes dos vinte genótipos e das cultivares-controle BH-1146 (tolerante) e Anahuac
(sensível), foram lavadas com solução de hipoclorito de sódio a 10% e colocadas para
germinar em placas de Petri por 72 horas na geladeira até a emergência das radículas.
37
De cada placa de Petri, foram escolhidas sete sementes uniformes e vigorosas de
cada cultivar e colocadas sobre o topo de seis telas de náilon, postas em contato com
soluções nutritivas completas, em vasilhas plásticas de 8,3 litros de capacidade.
A composição da solução nutritiva completa utilizada foi: Ca(NO
3
)
2
4mM;
MgSO
4
2mM; KNO
3
4mM; (NH
4
)
2
SO
4
0,435mM; KH
2
PO
4
0,5mM; MnSO
4
2μM;
CuSO
4
0,3μM; ZnSO
4
0,8μM; NaCl 30μM; Fe-CYDTA 10μM; Na
2
MoO
4
0,10μM e
H
3
BO
3
10μM. O nível da solução nas vasilhas foi colocado até tocar a parte inferior da
tela de náilon, de maneira que as sementes fossem mantidas úmidas, tendo as radículas
emergentes um pronto suprimento de nutrientes. O pH das soluções foi previamente
ajustado para 4,0 com uma solução de H
2
SO
4
1N, e assim mantido durante todo o
experimento, com aferições diárias, quando necessário. As soluções foram continuamente
arejadas e as vasilhas contendo as soluções nutritivas completas colocadas em banho-
maria com temperatura de 25±1°C. O experimento foi mantido com luz fluorescente em
sua totalidade.
As plantas se desenvolveram nessas condições por 48 horas. Após esse período,
cada plântula estava com três raízes primárias, uma mais longa medindo cerca de 4,5 cm
e duas mais curtas localizadas lateralmente à primeira.
Cada uma das seis telas de náilon contendo as sete plântulas de cada uma das
cultivares foi transferida para soluções tratamento contendo respectivamente: 0, 2, 4, 6, 8
e 10 mg.L
-1
de alumínio na forma de Al
2
(SO
4
)
3
18 H
2
O.
A composição das soluções de tratamento foi de um décimo da solução completa,
exceto que o fósforo foi omitido e o ferro, adicionado em quantidade equivalente como
FeCl
3
no lugar de Fe-CYDTA, descrito por MOORE et al. (1976). O fósforo não foi
utilizado para evitar a precipitação do alumínio. Antes de transferir as telas para as soluções
de tratamento, suficiente H
2
SO
4
1N
foi adicionado para ajustar o pH para cerca de 4,2 e,
então, colocou-se a quantidade necessária de alumínio na forma de Al
2
(SO
4
)
3
18H
2
O. O pH
final foi ajustado para 4,0 com solução de H
2
SO
4
1N, evitando-se adicionar NaOH, que
poderia causar precipitação do alumínio, pelo menos no local de queda da gota. As plantas
ficaram por 48 horas nestas soluções. Depois deste tempo, foram transferidas de volta às
vasilhas contendo soluções nutritivas onde as plântulas cresceram nas primeiras 48 horas.
As plântulas cresceram nessas soluções por 72 horas. Na análise dos dados, considerou-se a
média do comprimento da raiz primária central de cinco plântulas de cada genótipo, após
72 horas de crescimento nas soluções nutritivas completas sem alumínio, que se seguiu de
48 horas de crescimento nas soluções de tratamento contendo seis diferentes concentrações
38
de alumínio (CAMARGO, 1981). Com quantidade tóxica de alumínio, as raízes primárias
não crescem mais e permanecem grossas, mostrando no ápice uma injúria típica, com
descoloramento ou coloração escura. O crescimento da raiz, após esse período nas soluções
completas dependerá da severidade da prévia solução de tratamento.
Foram consideradas tolerantes as plantas com raízes que cresceram após
tratamento com determinada concentração de alumínio e consideradas sensíveis, as que
não tiveram crescimento radicular pós-tratamento (CAMARGO, 1981; CAMARGO et al;
2001).
Correlações simples foram também calculadas considerando-se as médias dos três
anos de cada local para cada grupo de experimentos, entre a produção de grãos e a altura
das plantas com o crescimento médio das raízes dos genótipos, após tratamento em
soluções nutritivas contendo cinco concentrações de alumínio. Empregou-se o teste t, ao
nível de 5% de probabilidade, para verificação das significâncias, considerando os dados
médios obtidos nos vinte genótipos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Ensaio de Novas Linhagens I
4.1.1 Em condição de campo
Observaram-se nos quadrados médios das análises de variância individual para
produção de grãos, dos genótipos de trigo, avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”
em Capão Bonito, Tatuí e Mococa, em 2003, 2004 e 2005, efeitos significativos para
genótipos em todos os ensaios e significativos também para repetições, somente em
experimentos de Capão Bonito e Mococa, em 2003 e no de Mococa em 2005 (Tabelas
5, 6 e 7).
Nas análises conjuntas de variância para produção de grãos dos genótipos dos
ensaios de Capão Bonito, os quadrados médios foram significativos para anos e
genótipos e não significativos para a interação genótipos x anos (Tabela 5). Nos ensaios
de Tatuí, os quadrados médios foram significativos para anos e para a interação
genótipos x anos e não significativo para genótipos (Tabela 6). Nos ensaios de Mococa,
os quadrados médios foram significativos para genótipos, anos e para a interação
genótipos x anos (Tabela 7). A interação não significativa verificada no ensaio de Capão
39
Tabela 5 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em
2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
__________________________________
kg ha
-1
_________________________________
IAC-24 1361ab 1226ab 1104a-c 1230a-c
IAC-370 1667a 642c 885a-c 1065a-c
3 1625a 632c 889a-c 1049bc
4 1514ab 594c 712c 940c
5 1601ab 740bc 837a-c 1059a-c
6 1719a 701c 788bc 1069a-c
7 1406ab 788bc 684c 959c
8 1420ab 691c 830a-c 980c
9 1347ab 622c 712c 894c
10 1236ab 753bc 1063a-c 1017bc
11 1469ab 583c 774bc 942c
12 1691a 1229ab 1344ab 1421ab
13 753b 799bc 701c 751c
14 1976a 1302a 1385a 1554a
15 1399ab 490c 708c 866c
16 1472ab 604c 670c 916c
17 1559ab 601c 830a-c 997bc
18 1639a 955a-c 920a-c 1171a-c
19 1351ab 878a-c 969a-c 1066a-c
20 1684a 816a-c 955a-c 1152a-c
F (Genótipos) 2,24* 5,92* 3,51* 4,02*
F (Anos) - - - 114,34*
F
(Genótipos x Anos) - - - 1,26
d.m.s. (Tukey 5%) 859 500 573 499
C.V. % 21,89 24,33 24,60 27,19
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comumo diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
40
Tabela 6 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
_
____________________________
kg ha
-1 __________________________________
IAC-24 2826c 3080ab 3054b-f 2987
IAC-370 4379a 3010ab 3897ab 3762
3 3208bc 2417bc 3615a-c 3080
4 3319bc 2382bc 3413a-e 3038
5 3163bc 2444bc 3329a-e 2979
6 3042bc 2531bc 3621a-c 3065
7 3264bc 2365bc 3593a-d 3074
8 3260bc 2528bc 3401a-e 3063
9 3080bc 2684bc 3435a-e 3066
10 2885bc 2795bc 2696c-g 2792
11 2931bc 2583bc 3490a-d 3001
12 3028bc 3111ab 2083g 2741
13 2917bc 2594bc 2538e-g 2683
14 3260bc 2535bc 2258fg 2685
15 3351bc 2826b 3893ab 3357
16 3854ab 2594bc 3851ab 3433
17 3472a-c 2372bc 3793ab 3212
18 2646c 3892a 3933ab 3491
19 3292bc 4021a 4117a 3810
20 3083bc 1778c 2679d-g 2513
F (Genótipos) 4,17* 6,85* 11,11* 1,76
F (Anos) - - - 19,27*
F
(Genótipos x Anos) - - - 5,33*
d.m.s. (Tukey 5%) 974 1032 930 1393
C. V. % 11,55 14,41 10,63 12,59
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
41
Tabela 7 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
_________________________________
kg ha
-1 _________________________________
IAC-24 5112a-e 4882ab 4531a-c 4842
IAC-370 4915b-f 4486a-c 5309a 4904
3 4872c-f 4222bc 4129bc 4408
4 5054a-e 4264bc 4559a-c 4625
5 4917b-f 4118bc 4111bc 4382
6 4835d-f 4507 a-c 4361a-c 4568
7 5007a-f 4181bc 4156bc 4448
8 5098a-e 4271bc 4142bc 4504
9 5090a-e 4306bc 4597a-c 4664
10 5827a-c 4590a-c 4951a-c 5123
11 5070a-e 3681c 4021c 4257
12 4630ef 4944ab 5122ab 4899
13 4779d-f 4549a-c 4656a-c 4661
14 4765d-f 4653a-c 4764a-c 4727
15 5852ab 4674a-c 4413a-c 4980
16 5973a 4840a-c 4712a-c 5175
17 5563a-e 4694a-c 4573a-c 4944
18 5842a-c 4569a-c 4750a-c 5054
19 5677a-d 5563a 4420a-c 5220
20 4040f 4208bc 4576a-c 4275
F (Genótipos) 7,12* 3,13* 2,96* 2,18*
F (Anos) - - - 20,72*
F (Genótipos x Anos) - - - 2,66*
d.m.s. (Tukey 5%) 976 1163 1047 1093
C. V. % 7,22 9,82 8,76 9,11
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
42
Bonito concordou com os dados relatados por CAMARGO et al. (2003), constatando
que as produções de grãos dos genótipos de trigo não variaram em função dos anos nos
ensaios de linhagens de trigo semeados em Capão Bonito, no período de 1997 e 1999.
Por outro lado, SALOMON et al. (2003a) verificaram interação genótipos x anos
significativa em experimentos realizados em Capão Bonito, em 1999 a 2000, quando os
genótipos tiveram um desempenho diferente conforme o ano. Nas interações
significativas observadas na análise conjunta de Tatuí e Mococa notaram que a maioria
dos genótipos avaliados nos dois locais revelou comportamento diferente para produção
de grãos em função do ano considerado. Resultados semelhantes foram observados por
SALOMON et al. (2003b), em experimentos realizados em Tatuí em 1999 e 2000. Esses
resultados discordam dos obtidos em Tatuí por CAMARGO et al. (2003) que atestou a
não-existência da interação genótipos x anos. Os resultados aparentemente discordantes,
provavelmente mostram que fatores edafoclimáticos interferem na resposta dos
genótipos.
As produções médias de grãos dos diferentes genótipos avaliados em Capão Bonito
foram maiores em 2003 em relação a 2004 e 2005 (Tabela 5). As produções de grãos
dos ensaios instalados em Tatuí e Mococa foram bastante altas quando comparadas
com as de Capão Bonito, no mesmo período, devido à maior fertilidade do solo
(Tabela 4) e ao emprego de irrigação por aspersão, mantendo as raízes das plantas
sempre com pronto suprimento de água e nutrientes.
A produção de grãos variou entre 751 e 1.554 kg ha
-1
quando se considerou a
média dos ensaios de Capão Bonito, semeados nos três anos. A linhagem 14 foi a mais
produtiva diferindo dos demais genótipos, com exceção das cultivares IAC-24 e IAC-
370 e das linhagens 5, 6, 12, 18, 19 e 20. As linhagens 4, 7, 8, 9, 11, 13, 15 e 16
obtiveram a menor produção, variando entre 751 e 980 kg ha
-1
, apenas diferindo das
linhagens 12 e 14 (Tabela 5).
Em Tatuí, em 2003, a produção de grãos variou entre 2.646 e 4.379 kg ha
-1
. A
cultivar IAC-370 e as linhagens 16 e 17 foram as mais produtivas, com produções
médias entre 3.472 e 4.379 kg ha
-1
e a cultivar IAC-24 e a linhagem 18 obtiveram as
menores produções de grãos. No ano de 2004, a linhagem 18 (3.892 kg ha
-1
) e a
linhagem 19 (4.021 kg ha
-1
) destacaram-se pela produtividade, não diferindo das
cultivares IAC-24 e IAC-370 e da linhagem 12. Aplicando-se o teste de Tukey para
comparação das médias de produção de grãos, para 2005, observou-se que o genótipo
19 foi o mais produtivo (4.117 kg ha
-1
), apenas diferindo significativamente da cultivar
43
IAC-24 (3.054 kg ha
-1
) e das linhagens 10 (2.696 kg ha
-1
), 12 (2.083 kg ha
-1
), 13 (2.538
kg ha
-1
), 14 (2.258 kg ha
-1
) e 20 (2.679 kg ha
-1
). Apesar da significativa interação
genótipos x anos, verificou-se que a cultivar IAC-370, nos três anos e as linhagens 18 e
19 em 2004 e 2005 estavam entre as mais produtivas (Tabela 6).
No ensaio de Mococa de 2003, quando comparadas as médias de produção de
grãos, verificou-se que o genótipo mais produtivo foi o 16 (5.973 kg ha
-1
), diferindo dos
genótipos 2, 3, 5, 6, 12, 13, 14 e 20, com produção de grãos entre 4.040 e 4.917 kg ha
-1
.
Aplicando-se o teste de Tukey para comparação das médias de produção de grãos, para
2004, no ensaio de Mococa, observou-se que o genótipo 19 foi o mais produtivo (5.563
kg ha
-1
), diferindo significativamente dos genótipos 3, 4, 5, 7, 8, 9, 11 e 20 (3.681 a
4.306 kg ha
-1
). Em 2005, a cultivar IAC-370 (5.309 kg ha
-1
) destacou-se pela
produtividade, diferindo apenas dos genótipos 3, 5, 7, 8 e 11 (Tabela 7).
Verificaram-se nos quadrados médios da análise de variância individual das
alturas das plantas dos genótipos de trigo avaliados, efeitos não significativos para
repetição, exceto para o ensaio de Mococa de 2003, e significativos para genótipos em
todos os ensaios, com exceção do ensaio de Capão Bonito de 2005 e de Tatuí de 2003
(Tabelas 8, 9 e 10). Os quadrados médios da análise de variância conjunta da altura das
plantas dos genótipos avaliados separadamente, nos ensaios de Capão Bonito, Tatuí e
Mococa, exibiram efeitos significativos para genótipos e para a interação genótipos x
anos. O efeito de anos foi somente não significativo para o ensaio de Mococa (Tabela
10). A significância das interações genótipos x anos para altura das plantas verificada
em todos os locais considerados discordou das obtidas por CAMARGO et al. (2005),
onde os genótipos avaliados não tiveram as alturas das plantas variando conforme o ano
considerado.
Todos os genótipos avaliados são de porte semi-anão. Em Capão Bonito em 2003,
as linhagens 14 e 20 foram mais altas, ambas com 84 cm, diferindo quando aplicado o
teste de Tukey, apenas das linhagens 9, 11, 13, 15, 16 e 17 (65-68 cm), as mais baixas.
No caso de 2004, os genótipos 1, 14 e 20 com 76 cm, tiveram as maiores alturas das
plantas, não diferindo dos genótipos 2, 5, 12 e 13, porém diferindo dos demais que
exibiram as plantas mais baixas (Tabela 8).
No experimento de Tatuí em 2003, bem como no de Capão Bonito em 2005, não
foram feitas comparações das médias das alturas das plantas, tendo em vista a não-
significância para genótipos nas análises de variância. No ano de 2004 no ensaio de Tatuí
(Tabela 9), verificou-se que o genótipo 12 (93 cm) foi o mais alto, diferindo
44
Tabela 8 - Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em
2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
cm
___________________________________
IAC-24 71ab 76a 64 70
IAC-370 75ab 70a-d 60 68
3 74ab 60de 64 66
4 69ab 58e 63 63
5 76ab 65a-e 63 68
6 73ab 61de 65 66
7 71ab 64b-e 64 66
8 70ab 59de 63 64
9 66b 61de 63 63
10 69ab 63c-e 69 67
11 66b 61de 63 63
12 78ab 74a-e 68 73
13 66b 75ab 61 68
14 84a 76a 70 77
15 66b 58e 61 62
16 65b 58e 63 62
17 68b 56e 63 62
18 73ab 61de 64 66
19 78ab 58e 64 66
20 84a 76a 64 75
F (Genótipos) 3,19* 9,43* 1,60 2,90*
F (Anos) - - - 22,91*
F (Genótipos x Anos) - - - 2,71*
d.m.s. (Tukey 5%) 16 12 10 13
C. V. % 8,70 7,35 6,17 7,82
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
45
Tabela 9 - Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
____________________________________
cm
____________________________________
IAC-24 70 88a-c 79d 79
IAC-370 78 88a-c 89ab 85
3 75 85a-c 83b-d 81
4 78 80c 81cd 80
5 75 85a-c 85a-d 82
6 76 83bc 85a-d 81
7 77 81c 83b-d 80
8 78 85a-c 84a-d 82
9 76 81c 85a-d 81
10 79 86a-c 85a-d 83
11 75 81c 84a-d 80
12 77 93a 88a-c 86
13 79 91ab 91a 87
14 81 90ab 89ab 86
15 74 85a-c 84 a-d 81
16 78 88a-c 88a-c 84
17 78 83bc 83b-d 81
18 78 88a-c 83b-d 83
19 73 90ab 84 a-d 82
20 73 83bc 84 a-d 80
F (Genótipos) 1,76 5,03* 3,68* 3,10*
F (Anos) - - - 95,31*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,87*
d.m.s. (Tukey 5%) 10 9 8 7
C. V. % 5,12 3,79 3,61 4,21
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
46
Tabela 10 - Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
_____________________________________
cm
____________________________________
IAC-24 77bc 83b-d 80a 80
IAC-370 87a 83b-d 83a 84
3 81a-c 80b-d 78a 79
4 81a-c 82b-d 83a 82
5 82 a-c 84a-d 84a 83
6 83 a-c 84ad 77a 81
7 76c 77d 84a 79
8 83 a-c 84a-d 77a 81
9 79 a-c 79b-d 75a 77
10 79 a-c 80b-d 83a 81
11 83 a-c 79b-d 78a 80
12 85ab 89ab 78a 84
13 86a 87a-d 84a 86
14 85ab 88a-c 82a 85
15 81 a-c 78cd 77a 79
16 82 a-c 77d 78a 79
17 81 a-c 81b-d 81a 81
18 86a 94a 78a 86
19 85ab 80b-d 85a 83
20 85ab 79b-d 84a 82
F (Genótipos) 3,09* 4,35* 2,28* 2,78*
F (Anos) - - - 1,76
F (Genótipos x Anos) - - - 2,43*
d.m.s. (Tukey 5%) 9 11 11 10
C. V. % 4,25 5,04 5,29 5,03
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
47
significativamente a 5% das linhagens 4, 6, 7, 9, 11, 17 e 20, que foram as mais baixas,
com altura das plantas entre 80 e 83 cm. Em 2005, a linhagem 13 (91 cm) foi a mais
alta, não diferindo dos demais genótipos com exceção da cultivar IAC-24 e das
linhagens 3, 4, 7, 17 e 18.
Nos ensaios de Mococa, as alturas das plantas variaram entre 76 e 87 cm em 2003,
entre 77 e 94 cm em 2004 e entre 75 e 85 cm em 2005 (Tabela 10). Comparando-se as
médias das alturas das plantas no ensaio de 2003, pode-se observar que os genótipos 2, 13
e 18 (86-87 cm) tiveram maior altura, diferindo dos genótipos 1 (77 cm) e 7 (76 cm) que
foram os mais baixos. Em 2004, a linhagem 18 (94 cm) foi a mais alta, não diferindo das
linhagens 5, 6, 8, 12, 13 e 14. As linhagens 7 e 16 (76 cm), as mais baixas, somente
diferiram das linhagens 12, 14 e 18 que exibiram altura das plantas variando de 88 a 94
cm. Apesar de a análise de variância resultar efeito significativo para genótipos em
Mococa, em 2005, não foram detectadas diferenças significativas pelo teste de Tukey ao
nível de 5 % entre os genótipos avaliados.
As análises de variância individuais e conjuntas e o teste de médias para a
variável ciclo da emergência ao florescimento, dos ensaios instalados em Capão Bonito
e Mococa, de 2003 a 2005, estão apresentados nas tabelas 11 e 12.
Observaram-se pelos quadrados médios das análises de variância individuais do
ciclo da emergência ao florescimento efeitos significativos para genótipos, com exceção
do ensaio de Capão Bonito de 2003 e efeitos não significativos para repetição, exceto
para Mococa 2004.
A análise de variância conjunta revelou para os dois locais, efeitos significativos
para genótipos, anos e para a interação genótipos x anos. Interação significativa também
foi encontrada por SALOMON (2001) avaliando genótipos de trigo em Capão Bonito
em 1999 e 2000.
Considerando-se o experimento de Capão Bonito instalado em 2004, verificou-
se que as cultivares IAC-24 e IAC-370 e a linhagem 13 exibiram as plantas mais tardias
para florescer, diferindo dos demais genótipos estudados que se mostraram mais
precoces. Em 2005 essa linhagem também revelou o ciclo mais tardio, somente não
diferindo das duas cultivares-controle (Tabela 11).
A cultivar IAC-370 foi a mais tardia para florescer em Mococa em 2003 (64
dias), diferindo dos demais genótipos que foram mais precoces, com exceção das
linhagens 6 (61 dias), 7 (58 dias) e 13 (58 dias). Nos ensaios semeados em 2004 e
2005, a linhagem 13 foi a mais tardia para florescer, não diferindo em 2004 somente
48
Tabela 11 - Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo
ácido, em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
_____________________________________
dias
___________________________________
IAC-24 74 75a 65ab 71
IAC-370 73 75a 65ab 71
3 71 61bc 55c-e 62
4 71 62bc 57b-d 63
5 69 61bc 58bc 62
6 71 60bc 56b-d 62
7 67 59bc 56b-d 61
8 70 62bc 56b-d 62
9 70 62bc 56b-d 63
10 69 55bc 48de 57
11 73 63b 58bc 64
12 72 59bc 52c-e 61
13 73 73a 72a 73
14 70 61bc 56b-d 62
15 68 61bc 54c-e 61
16 71 59bc 54c-e 61
17 67 57bc 52c-e 59
18 66 54c 46e 55
19 65 55bc 52c-e 57
20 68 63b 55c-e 62
F (Genótipos) 0,73 12,79* 9,90* 8,05*
F (Anos) - - - 123,65*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,52*
d.m.s. (Tukey 5%) 15 9 10 9
C. V. % 8,40 5,49 6,60 7,18
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
49
Tabela 12 - Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
__________________________________
dias
____________________________________
IAC-24 56cd 55c-e 59a-c 56
IAC-370 64a 61ab 60ab 62
3 57cd 57b-d 58b-d 57
4 56cd 58b-d 58b-d 57
5 56cd 56c-e 58b-d 57
6 61ab 59a-c 58b-d 59
7 58a-c 56c-e 58b-d 57
8 56cd 57b-d 58b-d 57
9 56cd 56c-e 58b-d 57
10 54d 52ef 53g 53
11 57cd 61ab 58b-d 59
12 56cd 54d-f 57c-e 56
13 58a-c 63a 61a 61
14 55cd 54d-f 58b-d 56
15 55cd 54d-f 56d-f 55
16 56cd 55c-e 57c-e 56
17 55cd 54d-f 57c-e 55
18 44g 47g 50h 47
19 48ef 50fg 55e-g 51
20 50e 52ef 54fg 52
F (Genótipos) 27,76* 16,90* 29,38* 13,11*
F (Anos) - - - 6,98*
F (Genótipos x Anos) - - - 4,08*
d.m.s. (Tukey 5%) 4 5 3 5
C. V. % 2,92 3,32 1,65 2,84
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
50
da cultivar IAC-370 e das linhagens 6 e 11, e em 2005, das cultivares IAC-24 e IAC-370
(Tabela 12). Apesar das significantes interações genótipos x anos nos dois locais
considerados, verificou-se que, de modo geral, nas duas cultivares avaliadas e na
linhagem 13, ciclo tardio, e a linhagem 18 sobressaiu-se pela precocidade.
Nas análises de variância individuais para ciclo médio da emergência à
maturação dos experimentos instalados em Capão Bonito de 2003 a 2005 houve
efeitos significativos e não significativos para genótipos e repetições respectivamente
(Tabela 13). Os quadrados médios da análise de variância conjunta exibiram efeitos
significativos para genótipos, anos e para a interação genótipos x anos. A linhagem 13
mostrou ciclo mais tardio entre os genótipos estudados em 2003 e 2004, não diferiu
somente da cultivar IAC-24 nos dois anos considerados e da linhagem 14 em 2004.
Em 2005, a cultivar IAC-24 foi a mais tardia para maturar (132 dias), diferindo dos
demais genótipos que foram considerados precoces, com exceção das linhagens 5, 13 e
14 e da cultivar IAC-370.
De acordo com os resultados, de modo geral, os genótipos mais tardios para
florescer foram também os mais tardios para maturar, ocorrendo o mesmo com os mais
precoces e essas observações concordaram com os resultados apresentados por
CAMARGO et al., (2005).
As porcentagens de acamamento nos ensaios instalados em Capão Bonito, Tatuí
e Mococa, de 2003 a 2005, foram apresentadas nas tabelas 14, 15 e 16.
Em condição de sequeiro, em solo ácido, em Capão Bonito, verificou-se que a
cultivar IAC-370 e as linhagens 7, 12, 13, 14 e 20 foram as mais resistentes ao
acamamento, com a porcentagem máxima de 25% em pelo menos um dos três anos
considerados. Nas mesmas condições verificou-se que as linhagens 4, 6, 9, 10, 15, 16 e
18 foram as mais suscetíveis, com uma porcentagem igual ou superior a 50% (Tabela
14).
Considerando os ensaios instalados em Tatuí e Mococa em conjunto, nos três
anos considerados (Tabelas 15 e 16) verificou-se que a cultivar IAC-370 e as linhagens
3, 7, 9, 15, 17 e 18 foram as mais resistentes ao acamamento (máximo de 20%) nas
condições de irrigação por aspersão. Destacaram-se como mais suscetíveis nessas
condições as linhagens 12, 14 e 20. Considerando todos os ensaios, verificou-se que a
cultivar IAC-370 e a linhagem 7 foram as mais resistentes ao acamamento. Esse fato foi
devido provavelmente à presença de palha forte, uma vez que todos os genótipos
avaliados foram de porte semi-anão.
51
Tabela 13 - Ciclo médio, da emergência à maturação, dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido,
em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
____________________________________
dias
___________________________________
IAC-24 133ab 137ab 132a 134
IAC-370 128bc 129b-d 122ab 127
3 123c 112e 119b-d 118
4 123c 112e 119b-d 118
5 125bc 112e 122ab 120
6 123c 112e 119b-d 118
7 123c 119de 119b-d 120
8 123c 112e 119b-d 118
9 123c 112e 119b-d 118
10 125bc 112e 119b-d 119
11 127bc 119de 119b-d 122
12 127bc 126cd 119b-d 124
13 142a 141a 129ab 137
14 125bc 133a-c 126ab 128
15 125bc 112e 116c-e 118
16 123c 112e 119b-d 118
17 125bc 112e 116c-e 118
18 125bc 112e 107e 115
19 128bc 112e 110de 117
20 123c 123cd 119b-d 122
F (Genótipos) 5,76* 22,78* 5,72* 5,34*
F (Anos) - - - 16,27*
F (Genótipos x Anos) - - - 4,60*
d.m.s. (Tukey 5%) 10 11 12 14
C. V. % 2,94 3,41 3,82 3,39
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
52
Tabela 14 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em
2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
_______________________________________
IAC-24 0 0 30 10
IAC-370 0 0 25 8
3 0 30 20 17
4 0 50 20 23
5 0 30 25 18
6 0 50 20 23
7 10 10 20 13
8 0 40 20 20
9 0 60 20 27
10 10 50 20 27
11 0 30 20 17
12 0 0 25 8
13 0 0 25 8
14 0 0 20 7
15 10 50 20 27
16 0 60 20 27
17 0 40 25 22
18 10 60 35 35
19 0 40 25 22
20 0 0 25 8
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
53
Tabela 15 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
%
________________________________________
IAC-24 0 30 30 20
IAC-370 0 10 0 3
3 20 10 0 10
4 10 0 40 17
5 0 0 50 17
6 0 30 30 20
7 0 20 20 13
8 10 60 40 37
9 20 0 10 10
10 20 30 30 27
11 0 40 30 23
12 20 50 70 47
13 0 0 30 10
14 10 80 80 57
15 0 0 10 3
16 10 10 30 17
17 10 20 10 13
18 20 20 10 17
19 10 40 10 20
20 10 30 50 30
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
54
Tabela 16 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
%
__________________________________________
IAC-24 60 60 5 42
IAC-370 0 0 0 0
3 20 0 0 7
4 40 10 0 17
5 40 0 15 18
6 50 10 25 28
7 10 0 0 3
8 20 0 25 15
9 10 0 0 3
10 40 0 10 17
11 50 0 10 20
12 70 70 20 53
13 10 20 0 10
14 80 80 35 65
15 20 0 10 10
16 20 10 5 12
17 20 0 0 7
18 20 20 20 20
19 80 0 5 28
20 80 50 45 58
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
55
Esse resultado contrasta com o obtido por SALOMON et al. (2003a), onde as
plantas mais altas tiveram uma maior porcentagem de acamamento e as mais baixas uma
maior resistência, sendo que esse fato foi confirmado pela correlação (0,79*) entre a
média dos genótipos para altura das plantas e a porcentagem de acamamento.
As porcentagens médias da ferrugem-da-folha nos genótipos avaliados, nos
ensaios de Capão Bonito, Tatuí e Mococa, de 2003 a 2005, são apresentadas nas tabelas
17, 18 e 19, respectivamente. A ferrugem-da-folha ocorreu naturalmente em intensidades
relativamente elevadas, em todos os locais e anos, permitindo boa diferenciação do
comportamento entre os genótipos. Pode-se observar que em Capão Bonito (Tabela 17) a
porcentagem de área foliar recoberta pelas pústulas variou de 0 a 40% e de 0 a 35% em
2003 e 2004 respectivamente. Em 2005, a porcentagem de área foliar afetada pela
ferrugem-da-folha variou de 0 a 73%, em virtude das condições ambientais terem sido
mais favoráveis. Variabilidade semelhante, com exceção de Capão Bonito (2005), foi
observada em Tatuí (Tabela 18) onde os índices da doença, sobre os genótipos, variaram
de 0 a 20%; 0 a 50% e de 0 a 23% e em Mococa (Tabela 19), onde os índices de doença
variaram de 0 a 30%, traço a 35% e 0 a 40% nos mesmos anos considerados. Esses dados
demonstraram a variabilidade genética para o fator resistência à ferrugem-da-folha de
vários genótipos analisados.
De maneira geral, na avaliação foram observadas pústulas tipo suscetível, porém,
considerando a severidade da doença, ou seja, a porcentagem de área foliar coberta por
pústulas, visualmente observada, conforme MEHTA (1993), verificou-se que a linhagem
14, oriunda de cruzamento entre cultivares das espécies T. aestivum e T. durum, foi
resistente, apresentando apenas traço da ferrugem-da-folha, somente no ensaio de Capão
Bonito 2005 e Mococa 2004. Nos demais, essa linhagem revelou-se imune, não
apresentando sintomas, enquanto os genótipos suscetíveis atingiram índices médios
superiores a 50%. Esse tipo de resistência é interessante para um programa de
melhoramento pela possibilidade de transferência dessa característica, podendo esse
genótipo ser utilizado para cruzamentos com cultivares suscetíveis. CAMARGO et al.
(2005), também identificaram uma linhagem resistente, provinda do cruzamento
KAUZ“S”/IAC-24, ao agente causal dessa doença, com grau médio de infecção entre 0 e
tS, em experimentos instalados em dois locais no período de 1997 a 1999.
Nas linhagens 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 15, 16, 17 e 20, altamente suscetíveis,
observou-se entre 51% a 99% de área foliar infectada em pelo menos um ensaio, não
56
Tabela 17 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo ácido,
em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 8S 20S 23S 17S
IAC-370 5S 20S 38S 21S
3 40S 30S 63S 44S
4 13S 30S 73S 38S
5 20S 20S 63S 34S
6 40S 20S 65S 42S
7 35S 25S 68S 43S
8 35S 35S 68S 46S
9 25S 25S 68S 39S
10 8S 10S 14S 11S
11 25S 20S 63S 36S
12 13S 15S 24S 17S
13 tS 8S 0 3S
14 0 0 tS 0
15 25S 25S 63S 38S
16 30S 25S 63S 39S
17 25S 10S 70S 35S
18 5S 10S 25S 13S
19 8S 8S 25S 13S
20 8S 15S 60S 28S
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível,
e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S =
suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
57
Tabela 18 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 3S 20S 3S 9S
IAC-370 3S 20S 15S 13S
3 8S 45S 13S 22S
4 15S 35S 8S 19S
5 8S 40S 10S 19S
6 20S 50S 15S 28S
7 10S 40S 13S 21S
8 16S 45S 5S 22S
9 8S 45S 8S 20S
10 tS 15S 10S 9S
11 13S 45S 8S 22S
12 tS 8S 0 3S
13 3S 5S 0 3S
14 0 0 0 0
15 15S 30S 13S 19S
16 15S 25S 10S 17S
17 13S 25S 15S 18S
18 10S 20S 23S 18S
19 13S 20S 10S 14S
20 5S 15S 15S 12S
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível,
e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S =
suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
58
Tabela 19 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 15S 13S 25S 18S
IAC-370 15S 15S 16S 15S
3 25S 30S 33S 29S
4 25S 15S 40S 27S
5 20S 25S 38S 28S
6 15S 35S 38S 29S
7 15S 25S 40S 27S
8 30S 30S 38S 33S
9 20S 20S 35S 25S
10 15S 13S 11S 13S
11 20S 35S 30S 28S
12 10S 5S 11S 9S
13 8S 5S 10S 8S
14 0 tS 0 0
15 25S 30S 30S 28S
16 25S 30S 30S 28S
17 25S 30S 35S 30S
18 18S 15S 8S 13S
19 15S 10S 16S 14S
20 25S 10S 11S 15S
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível,
e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S =
suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
59
sendo portanto genótipos adequados para cultivo em locais com condições favoráveis
para o desenvolvimento da ferrugem-da-folha. O genótipo 2 (IAC-370) foi considerado
suscetível, exibindo entre 26% e 50% de área foliar infectada em pelo menos um ensaio.
Os genótipos 1, 10, 12, 13, 18 e 19 com índices de severidade entre 6% e 25%, foram
considerados moderadamente resistentes. Levando-se em conta que as avaliações foram
realizadas em estádios próximos ao grão leitoso-cera mole, estádio 11.2 da escala
Feeckes-Large (MEHTA, 1993) e que esses níveis só foram atingidos nesse estádio, é
possível que esse tipo de resistência envolva combinação patógeno-hospedeiro em que a
ferrugem se desenvolve mais lentamente e não atinja altos graus de severidade. Essa
resistência apresentada é de interesse do melhorista para lançamento de novas cultivares,
pois apesar de apresentar a doença, não chega a causar grandes problemas para a lavoura.
Os graus médios de infecção de mancha-da-folha, dos vinte genótipos avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condição de sequeiro instalado em Capão Bonito
em 2003, 2004 e 2005, são apresentados na tabela 20 e os graus médios de infecção
dessa doença nos ensaios instalados em Tatuí e Mococa, em condição de irrigação por
aspersão, em 2004 e 2005, estão na tabela 21. Não foram feitas avaliações nos ensaios
instalados em Tatuí e Mococa em 2003, devido a baixa ocorrência da doença.
Observando-se os graus médios de infecção de mancha-da-folha, verificou-se
maior severidade nos ensaios instalados em Capão Bonito e Tatuí, em relação aos de
Mococa, em grande parte, devido às condições ambientais favoráveis e à presença de
maior quantidade de inóculo no solo, tendo em vista o cultivo do trigo em anos
anteriores. Não foi possível diferenciar os genótipos quanto à resistência a essa doença
em Capão Bonito e Tatuí, com exceção da cultivar IAC-370 e da linhagem 13 em Tatuí,
que mostraram ser moderadamente resistentes. Todos os genótipos foram suscetíveis em
pelo menos um experimento, não permitindo estabelecer diferenças de níveis de
resistência entre eles, talvez devido a ocorrência de altas temperaturas, o que
concordaria com resultados relatados por LUZ & BERGSTROM (1986). Em outros
trabalhos, também já foi confirmada a dificuldade de se encontrar genótipos com
resistência a B. sorokiniana (CAMARGO et al., 1994; 1995b; 2001).
Nos locais e anos onde foram instalados os “Ensaios de Novas Linhagens I” não
houve condições favoráveis à ocorrência de oídio. Na tabela 22, são apresentados os
graus médios de infecção de oídio dos vinte genótipos de trigo avaliados em Mococa em
2004 e 2005. Pelos resultados verifica-se que a cultivar IAC-24 e as linhagens 12 e 13
60
Tabela 20 - Grau médio de infecção de mancha-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de sequeiro e de solo
ácido, em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 50 30 48 43
IAC-370 28 25 48 33
3 18 30 45 31
4 20 30 40 30
5 25 30 35 30
6 25 30 35 30
7 20 30 40 30
8 20 30 45 32
9 20 30 33 28
10 28 30 53 37
11 20 30 45 32
12 25 20 53 33
13 18 20 33 23
14 25 25 53 34
15 20 30 40 30
16 25 30 38 31
17 25 30 33 29
18 30 25 53 36
19 28 20 45 31
20 28 25 43 32
(1)
Avaliação de mancha-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível,
e 51% a 99% = altamente suscetível.
61
Tabela 21 - Grau médio de infecção de mancha-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de
solo corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2004 e 2005
Genótipos Tatuí Mococa
2004 2005 Média 2004 2005 Média
______________________________________
%
______________________________________
IAC-24 20 30 25 10 8 9
IAC-370 15 15 15 10 5 8
3 30 30 30 10 3 7
4 30 30 30 10 8 9
5 30 25 28 15 5 10
6 30 20 25 10 5 8
7 25 35 30 10 6 8
8 30 25 28 10 8 9
9 30 20 25 10 8 9
10 30 40 35 10 10 10
11 30 20 25 10 5 8
12 20 30 25 20 8 14
13 15 15 15 15 8 11
14 25 35 30 15 5 10
15 30 35 33 10 5 8
16 30 30 30 10 13 11
17 30 40 35 10 5 8
18 25 50 38 10 5 8
19 25 30 28 10 8 9
20 25 40 33 10 8 9
(1)
Avaliação de mancha-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível, e
51% a 99% = altamente suscetível.
62
Tabela 22 - Grau médio de infecção de oídio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Mococa, em 2004 e 2005
Genótipos 2004 2005 Média
_______________________________________
%
_
__________________________________
_
IAC-24 0 3 2
IAC-370 0 20 10
3 0 15 8
4 0 25 13
5 3 20 11
6 3 25 14
7 3 25 14
8 3 20 11
9 5 20 13
10 0 20 10
11 0 25 13
12 0 t 0
13 0 t t
14 0 10 5
15 0 15 8
16 0 30 15
17 0 25 13
18 3 20 11
19 0 15 8
20 5 25 15
(1)
Avaliação de oídio segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área infectada =
resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível, e 51% a 99%
= altamente suscetível; t=traço (apenas algumas pústulas).
63
foram resistentes e a linhagem 16 foi suscetível. As demais, exibiram moderada
resistência.
O comprimento médio das espigas, os números médios de espiguetas por espiga,
grãos por espiga e por espigueta e a massa de cem grãos dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, instalado em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004, estão relacionados
respectivamente, nas tabelas 23, 24, 25, 26 e 27.
Nas análises de variância individuais para comprimento da espiga, observaram-
se efeitos significativos para genótipos e não significativos para repetições nos dois
locais e anos considerados.
Pelas análises conjuntas dessa característica, para os dois locais, notaram-se
efeitos significativos para genótipos, anos e genótipos x anos.
Nos ensaios instalados em Tatuí, a linhagem 3 mostrou as espigas mais
compridas em 2003 (9,8 cm) e em 2004 (11,8 cm). No primeiro ano essa linhagem
somente diferiu das linhagens 10, 12, 13, 14, 15, 18 e 20, e da cultivar IAC-24, que
exibiram as espigas mais curtas. No segundo ano a linhagem 3 somente não diferiu das
linhagens 4, 5, 6, 7, 8 e 9. No ensaio de Mococa, a linhagem 5, em 2003 e a linhagem 3
em 2004 foram as que apresentaram as espigas mais compridas, 12,5 e 11,0 cm,
respectivamente. A primeira linhagem em 2003 somente não diferiu das linhagens 3, 4,
6, 7, 8 e 9 e em 2004 a linhagem 3 diferiu somente da cultivar IAC-24 e das linhagens 7,
10, 12, 13, 14, 16 e 20, que exibiram as espigas mais curtas (Tabela 23).
Nas análises de variância individuais para número de espiguetas por espiga
(Tabela 24), houve efeitos significativos para genótipos e não significativos para
repetições, exceto para repetições no ensaio de Tatuí, em 2003 considerando-se o
“Ensaio de Novas Linhagens I” semeados em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004. Nas
análises de variância conjuntas para essa característica, nos dois locais, constataram-se
efeitos significativos para genótipos e para a interação genótipos x anos, e efeitos não
significativos para anos somente quando se consideraram os ensaios de Mococa.
Em 2003 e 2004, em Tatuí, observou-se na linhagem 3 maior número de
espiguetas por espiga, diferindo no primeiro ano da cultivar IAC-370 e das linhagens
10, 18 e 20 e no segundo ano, apenas não diferindo das linhagens 4, 5, 8, 9, 12 e 13.
Nos dois anos em Mococa, na linhagem 3 também se observaram os maiores valores
para essa característica agronômica. Não diferiu em 2003 das linhagens 4, 5, 6, 7, 8, 9,
11, 13, 16 e 17 e em 2004 das linhagens 4, 5, 6, 8, 9, 12, 13, 15 e 17 (Tabela 24).
64
Tabela 23 – Comprimento médio das espigas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004
Tatuí Mococa Genótipos
2003 2004 Média 2003 2004 Média
_____________________________________
cm
___________________________________
IAC-24 7,4d-f 8,3f-h 7,9 9,4g-j 7,9e-g 8,6
IAC-370 9,6ab 10,0b-e 9,8 11,0c-f 10,7ab 10,9
3 9,8a 11,8a 10,8 12,4ab 11,0a 11,7
4 9,6ab 10,9a-c 10,2 11,7a-e 9,9a-d 10,8
5 9,1a-c 10,9a-c 10,0 12,5a 10,0a-d 11,3
6 9,4ab 10,5a-d 9,9 11,2a-e 10,1a-d 10,7
7 9,5ab 10,6a-d 10,0 12,1a-c 9,1b-f 10,6
8 9,3a-c 11,1ab 10,2 11,9a-d 10,3a-d 11,1
9 9,3a-c 10,5a-d 9,9 11,9a-d 9,9a-d 10,9
10 7,4d-f 7,2h 7,3 8,3ij 8,8c-g 8,6
11 8,4a-d 10,3b-e 9,4 11,1b-e 10,0a-d 10,6
12 6,9ef 7,6gh 7,3 8,1j 7,5fg 7,8
13 6,6f 7,6gh 7,1 8,7h-j 8,0e-g 8,4
14 6,9ef 7,8gh 7,4 8,9h-j 7,2g 8,1
15 8,3b-e 9,4d-f 8,8 10,5e-g 9,4a-e 9,9
16 8,7a-d 10,1b-e 9,4 10,7d-g 8,8c-g 9,8
17 8,8a-d 10,0b-e 9,4 11,1b-e 9,9a-d 10,5
18 8,3b-e 9,5c-f 8,9 9,7f-h 10,2a-d 9,9
19 8,9a-c 9,3d-f 9,1 10,6d-g 10,4a-c 10,5
20 7,9c-f 8,9e-g 8,4 9,6g-i 8,6d-g 9,1
F (Genótipos) 12,40* 22,00* 17,28* 27,36* 10,09* 6,96*
F (Anos) - - 82,08* - - 36,58*
F (Genótipos x Anos) - - 1,86* - - 4,17*
d.m.s. (Tukey 5%) 1,5 1,5 1,6 1,4 1,8 2,5
C. V. (%) 6,73 5,88 6,30 4,99 7,31 6,12
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
65
Tabela 24 – Número médio de espiguetas por espiga dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Mococa
2003 2004 Média 2003 2004 Média
____________________________________
n.°
_
___________________________________
_
IAC-24 16,3a-c 20,3b-e 18,3 19,3b-d 19,7b-e 19,5
IAC-370 15,9bc 18,8ef 17,3 18,8c-e 17,7ef 18,3
3 18,0a 24,1a 21,1 21,8a 22,6a 22,2
4 17,9ab 22,1a-c 20,0 20,1a-c 20,0a-e 20,0
5 16,8a-c 22,2a-c 19,5 20,5a-c 20,0a-e 20,3
6 17,3a-c 21,7b-d 19,5 20,1a-c 20,2a-e 20,1
7 17,4a-c 21,7b-d 19,5 20,4a-c 19,1c-e 19,7
8 17,0a-c 22,6ab 19,8 20,6a-c 21,3a-c 21,0
9 17,1a-c 21,8a-d 19,4 20,5a-c 20,4a-e 20,4
10 13,0d 14,4g 13,7 13,9f 15,2f 14,5
11 16,5a-c 21,1b-e 18,8 19,7a-d 19,5b-e 19,6
12 17,8ab 22,1a-c 19,9 19,1b-d 20,7a-d 19,9
13 17,6ab 22,6ab 20,1 21,2ab 21,9ab 21,5
14 16,3a-c 19,7d-f 18,0 19,4b-d 18,4de 18,9
15 16,5a-c 20,5b-e 18,5 18,9c-e 20,0a-e 19,4
16 16,9a-c 21,3b-d 19,1 19,7a-d 18,4de 19,0
17 16,7a-c 21,4b-d 19,1 20,0a-c 20,2a-e 20,1
18 15,4c 17,8f 16,6 16,8e 18,6c-e 17,7
19 16,3a-c 19,5d-f 17,9 17,7de 19,4b-e 18,5
20 15,4c 20,0c-f 17,7 17,7de 18,3de 18,0
F (Genótipos) 7,94* 20,45* 8,38* 17,63* 9,19* 11,08*
F (Anos) - - 286,37* - - 1,55
F (Genótipos x Anos) - - 3,12* - - 2,08*
d.m.s. (Tukey 5%) 2,1 2,4 3,2 2,2 2,8 2,8
C. V. (%) 4,85 4,49 4,73 4,33 5,43 4,89
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
66
Tabela 25 – Número médio de grãos por espiga dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Mococa
2003 2004 Média 2003 2004 Média
____________________________________
n.°
_
___________________________________
_
IAC-24 33,5 43,2a-c 38,4a 49,0a-c 41,9b 45,4
IAC-370 35,7 43,9a-c 39,8a 44,4a-d 46,1ab 45,2
3 38,0 49,4ab 43,7a 53,0a-c 43,4ab 48,2
4 38,1 42,6a-c 40,4a 48,3a-d 41,0b 44,6
5 33,6 44,4a-c 39,0a 54,7ab 42,7b 48,7
6 37,6 40,7a-c 39,1a 42,1b-d 39,2b 40,6
7 37,2 41,5a-c 39,4a 48,4a-d 38,5b 43,4
8 36,3 42,1a-c 39,2a 48,4a-d 40,1b 44,2
9 34,8 43,5a-c 39,1a 50,2a-c 38,8b 44,5
10 30,7 36,9c 33,8a 41,1cd 47,9ab 44,5
11 29,1 41,8a-c 35,4a 44,4a-d 41,7b 43,0
12 40,1 45,2a-c 42,6a 43,6a-d 41,7b 42,6
13 35,7 52,7a 44,2a 56,9a 54,9a 55,9
14 35,8 48,8a-c 42,3a 45,9a-d 37,7b 41,8
15 32,3 38,2bc 35,3a 47,1a-d 37,2b 42,1
16 33,5 43,1a-c 38,3a 44,4a-d 37,8b 41,1
17 34,8 41,9a-c 38,4a 46,2a-d 40,6b 43,4
18 29,3 38,7bc 34,0a 35,2d 42,2b 38,7
19 35,4 37,5bc 36,5a 43,8a-d 44,0ab 43,9
20 38,2 47,0a-c 42,6a 47,8a-d 44,0ab 45,9
F (Genótipos) 1,30 3,05* 2,67* 3,70* 3,24* 1,72
F (Anos) - - 96,49* - - 14,40*
F (Genótipos x Anos) - - 1,17 - - 2,61*
d.m.s. (Tukey 5%) 13,7 12,2 10,7 13,4 12,1 15,8
C. V. (%) 14,96 10,78 12,45 10,89 10,93 10,85
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
67
Tabela 26 – Número médio de grãos por espigueta dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Mococa
2003 2004 Média 2003 2004 Média
____________________________________
n.°
_
___________________________________
_
IAC-24 2,06 2,28a-c 2,17ab 2,54ab 2,13b 2,34b
IAC-370 2,25 2,33a-c 2,29ab 2,37ab 2,11b 2,24b
3 2,23 2,18a-c 2,21ab 2,59ab 2,04b 2,32b
4 2,13 1,93bc 2,03ab 2,40ab 2,06b 2,23b
5 2,00 2,00a-c 2,00ab 2,68ab 2,13b 2,40b
6 2,18 1,88bc 2,03ab 2,10b 1,95b 2,02b
7 2,13 1,91bc 2,02ab 2,38ab 2,02b 2,20b
8 2,13 1,86c 2,00ab 2,34ab 1,88b 2,11b
9 2,04 2,00a-c 2,02ab 2,45ab 1,90b 2,18b
10 2,35 2,57a 2,46a 2,97a 3,15a 3,06a
11 1,77 1,98a-c 1,88b 2,26ab 2,16b 2,21b
12 2,15 2,09a-c 2,12ab 2,27ab 1,94b 2,10b
13 2,04 2,34a-c 2,19ab 2,69ab 2,51b 2,60ab
14 2,20 2,49ab 2,34ab 2,38ab 2,07b 2,22b
15 1,96 1,86c 1,91ab 2,49ab 1,87b 2,18b
16 1,98 2,03a-c 2,01ab 2,26ab 2,06b 2,16b
17 2,08 1,96a-c 2,02ab 2,31ab 2,02b 2,16b
18 1,91 2,18a-c 2,04ab 2,11b 2,28b 2,19b
19 2,16 1,92bc 2,04ab 2,48ab 2,27b 2,37b
20 2,49 2,28a-c 2,42ab 2,71ab 2,42ab 2,56ab
F (Genótipos) 1,43 3,90* 2,66* 2,66* 3,66* 4,60*
F (Anos) - 0,01 - - 36,70*
F (Genótipos x Anos) - - 1,40 - - 1,16
d.m.s. (Tukey 5%) 0,69 0,63 0,57 0,68 0,80 0,62
C. V. (%) 12,47 11,67 11,23 10,69 14,15 12,30
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comumo diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
68
Tabela 27 – Massa média de cem de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí e Mococa, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Mococa
2003 2004 Média 2003 2004 Média
____________________________________
g
___________________________________
IAC-24 4,37b 3,35cd 3,86 3,95e-h 3,88d-f 3,91
IAC-370 5,73a 3,32cd 4,53 3,93e-h 4,16de 4,04
3 5,46a 3,28c-e 4,37 4,28d-g 4,93ab 4,61
4 5,55a 3,20c-e 4,37 4,45c-e 4,83a-c 4,64
5 5,62a 3,51cd 4,57 4,49b-e 4,78a-c 4,63
6 5,59a 3,27c-e 4,43 4,59b-e 4,88a-c 4,74
7 5,72a 3,50cd 4,61 4,72b-d 5,08a 4,90
8 5,62a 3,67bc 4,64 4,75b-d 4,87a-c 4,81
9 5,68a 3,59b-d 4,63 4,41d-f 4,91ab 4,66
10 5,64a 3,88a-c 4,76 5,20a-c 5,08a 5,14
11 5,56a 3,42cd 4,49 4,75b-d 4,84a-c 4,80
12 4,31b 3,14c-e 3,73 3,65gh 4,29c-e 3,97
13 3,62c 2,79de 3,20 3,35h 3,37f 3,36
14 4,81b 3,23c-e 4,02 4,43de 4,43b-d 4,43
15 5,65a 3,44cd 4,55 5,00a 5,11a 5,06
16 5,69a 3,46cd 4,57 4,99a-d 5,35a 5,17
17 5,81a 3,50cd 4,65 4,61b-e 5,28a 4,95
18 5,54a 4,53a 5,03 5,63a 5,32a 5,48
19 5,67a 4,38ab 5,02 5,21ab 4,97ab 5,09
20 4,56b 2,52e 3,54 3,69fh 3,73ef 3,71
F (Genótipos) 24,93* 8,89* 3,41* 16,01* 22,15* 14,52*
F (Anos) - - 260,23* - - 9,68*
F (Genótipos x Anos) - - 6,99* - - 2,25*
d.m.s. (Tukey 5%) 0,65 0,80 1,48 0,76 0,62 0,83
C. V. (%) 4,66 6,21 6,30 6,41 4,99 5,88
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey
69
Pelos dados, verificou-se que a linhagem 3, oriunda de cruzamento interespecífico
poderia ser utilizada em programas de cruzamentos como fonte de espigas compridas e
maior número de espiguetas por espiga.
Nas análises de variância individuais para número de grãos por espiga dos ensaios
de Tatuí e Mococa, instalados em 2003 e 2004, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, constataram efeitos significativos para genótipos, exceto para Tatuí em
2003, e não significativo para repetições para todos os ensaios (Tabela 25).
Para os dois locais, com as análises de variância conjuntas observaram-se efeitos
significativos para anos, para genótipos somente em Tatuí e para a interação genótipos x
anos apenas em Mococa. Aplicando-se o teste de Tukey ao nível de 5% para comparar as
médias do número de grãos por espiga do ensaio de Tatuí (2004), verificou-se que a
linhagem 13 (52,7) foi a de maior valor, diferindo somente das linhagens 10, 15, 18 e 19.
Nos dois ensaios semeados em Mococa nos dois anos, a linhagem 13 também mostrou o
maior número de grãos por espiga; em 2003, somente diferiu das linhagens 6, 10 e 18, e
em 2004 somente não diferiu da cultivar IAC-370 e das linhagens 3, 10, 19 e 20. Apesar
da não-significância para genótipos em Tatuí (2003) e a significância da interação
genótipos x anos no ensaio de Mococa, os resultados indicaram a linhagem 13, provinda
do cruzamento interespecífico IAC-60/IAC-1003, promissora como fonte desta
característica (Tabela 25).
Houve efeitos significativos para genótipos nos ensaios de Tatuí (2004) e Mococa
(2003 e 2004), e não significativos para repetições em todos os ensaios, quando se levou
em consideração a característica número de grãos por espigueta (Tabela 26). Pelas
análises conjuntas para os ensaios de Tatuí e Mococa, verificaram-se efeitos
significativos para genótipos, não significativos para a interação genótipos x anos e
significativo para anos somente para Mococa. A linhagem 10 foi a de maior número de
grãos por espigueta em Tatuí e Mococa, quando se considerou a média de 2003 e 2004.
Em Tatuí, essa linhagem apresentou a média de 2,46 grãos/espigueta, somente diferindo
da linhagem 11 (1,88) e em Mococa a linhagem 10 (3,06) somente não diferiu das
linhagens 13 e 20 (Tabela 26).
Em análises de variância individuais referentes ao “Ensaio de Novas Linhagens I”
instalados em Mococa e Tatuí, em 2003 e 2004, referentes à massa de cem grãos, houve
efeitos significativos para genótipos para todos os ensaios e para repetições, exceto para o
ensaio de Mococa (2004) (Tabela 27).
70
Nas análises de variância conjunta para os ensaios de Tatuí e Mococa
constataram efeitos significativos para genótipos, anos e interação genótipos x anos.
Aplicando-se o teste de Tukey a 5% para comparação das médias de massa de cem
grãos dos genótipos de trigo avaliados em Tatuí (2003), verificou-se que em todos os
genótipos, com exceção das linhagens 12, 13, 14 e 20 e da cultivar IAC-24, os grãos
foram mais pesados, variando de 5,46 a 5,81g. Em 2004, a linhagem 18 (4,53g) de grãos
mais pesados, não diferiu das linhagens 10 e 19. No ensaio de Mococa, em 2003, a
linhagem 18 também de grãos mais pesados (5,63g) não diferiu das linhagens 10, 15, 16
e 19. Em 2004, todos os genótipos tinham os grãos mais pesados, exceto as cultivares
IAC-24 e IAC-370 e as linhagens 12, 13, 14 e 20. Pode-se destacar como portadoras de
grãos pesados as linhagens 10, 18 e 19 por destacar-se quanto a essa característica nos
quatro ensaios analisados.
Os resultados observados neste “Ensaio de Novas Linhagens I”, identificando
genótipos superiores, em relação ao comprimento da espiga, número de espiguetas por
espiga, número de grãos por espiga e por espigueta e massa de cem grãos, sugerem o
seu uso como fontes dessas características em programas de melhoramento. Resultados
semelhantes também foram constatados por outros pesquisadores, avaliando genótipos
introduzidos do CIMMYT (MISTRO, 2001) e oriundos de cruzamentos (CAMARGO et
al., 2001).
As correlações simples entre produção de grãos, altura das plantas, acamamento,
comprimento das espigas, número de espiguetas por espiga, número de grãos por espiga
e por espigueta, massa de cem grãos, considerando-se as médias dos ensaios instalados
em Tatuí, nos anos de 2003 e 2004 são apresentadas na tabela 28. Na tabela 29, as
mesmas correlações acrescidas do ciclo da emergência ao florescimento são mostradas
levando-se em conta as médias dos ensaios de Mococa, em 2003 e 2004.
A correlação entre produção de grãos e massa de cem grãos foi positiva e
significativa em Tatuí (0,47*) (Tabela 28) e em Mococa (0,55*) (Tabela 29), indicando
esse componente como importante para a produção de grãos, isto é, quanto maior a
massa dos grãos, mais produtivos os genótipos, concordando com MISTRO (2001) e
BUDAK & YILDIRIM (1999).
Em Tatuí, genótipos com espigas compridas tenderam a apresentar espigas com o
maior número de espiguetas (0,45*), com maior massa de cem grãos (0,55*), com plantas
apresentando menor número de grãos por espiguetas (-0,51*) e menor altura de plantas (-
0,56*). No ensaio de Mococa, plantas com espigas mais compridas tiveram
71
Tabela 28 - Estimativas das correlações simples entre as características agronômicas
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003 e 2004
Características
PG
AP
A CE NEs/E NG/E NG/Es
AP
0,38
A
-0,01 0,36
CE
0,06 -0,56* -0,35
NEs/E
-0,24 -0,16 -0,23 0,45*
NG/E
-0,33 0,22 0,04 -0,05 0,62*
NG/Es
-0,13 0,34 0,31 -0,51* -0,51* 0,33
MG
0,47* -0,19 -0,01 0,55* -0,29 -0,74* -0,41
*Significativo a 5%.
PG = Produção de grãos; AP = Altura das plantas; A = Acamamento; CE = Comprimento
das espigas; NEs/E = Número de espiguetas/espiga; NG/E = Número de grãos por espiga;
NG/Es = Número de grãos por espigueta; MG = Massa de cem grãos.
72
Tabela 29 - Estimativas das correlações simples entre as características agronômicas
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em condições
de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Mococa, em 2003 e 2004
Características PG
AP
A
C
CE
NEs/E
NG/E
NG/Es
AP
-0,01
A
-0,12 0,33
C
-0,48* -0,18 -0,40
CE
-0,13 -0,35 -0,68* 0,21
NEs/E
-0,36 -0,02 -0,19 0,47* 0,38
NG/E
-0,36 -0,01 -0,15 0,42 -0,04 0,40
NG/Es
0,04 -0,12 0,06 -0,16 -0,36 -0,55* 0,48*
MG
0,55* -0,24 -0,04 -0,44* 0,43 -0,29 -0,66* -0,18
*Significativo a 5%.
PG = Produção de grãos; AP = Altura das plantas; A = Acamamento; C = Ciclo da
emergência ao florescimento; CE = Comprimento das espigas; NEs/E = Número de
espiguetas/espiga; NG/E = Número de grãos por espiga; NG/Es = Número de grãos por
espigueta; MG = Massa de cem grãos.
73
maior porcentagem de acamamento (-0,68*). Ainda no ensaio de Mococa, verificou-se que
os genótipos mais precoces estavam associados ao menor número de espiguetas por espiga
(0,47*) e a grãos mais pesados (-0,44*), mostrando que os genótipos mais tardios tiveram
grãos mais leves, talvez devido a um estresse hídrico ocasionado pela paralisação
prematura da irrigação, quando os genótipos precoces já estavam no início da maturação.
Em Tatuí houve correlação positiva e significativa entre número de espiguetas por espiga e
número de grãos por espiga (0,62*), mostrando que quanto maior o número de espiguetas,
maior número de grãos por espiga. Foram observadas correlações negativas e significativas
entre número de espiguetas por espiga e número de grãos por espigueta, nos dois locais,
sugerindo que quanto maior o número de espiguetas, menor o número de grãos por
espigueta. Correlações significativas e negativas foram estimadas entre massa de cem grãos
e o número de grãos por espiga em Tatuí (-0,74*) e em Mococa (-0,66*), isto é, houve
tendência de que quanto menos grãos por espiga teve um genótipo, maior massa de cem
grãos apresentou. Tal associação também foi identificada por MISTRO (2001). Em
Mococa, houve associação entre número de grãos por espiga e número de grãos por
espigueta (0,48*), revelando que quanto maior o número de grãos por espiga, maior o
número de grãos por espigueta.
4.1.2 Em condição de laboratório
O comprimento médio das raízes dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens I” além das cultivares-controle BH-1146 (tolerante) e
Anahuac (sensível), após 72 horas de crescimento em solução normal (sem alumínio),
que se seguiu ao crescimento em solução-tratamento, contendo seis diferentes
concentrações de alumínio (média de quatro repetições), são apresentados na tabela 30.
Todos os genótipos avaliados foram tolerantes à presença de 10 mg L
-1
de alumínio, isto
é, tiveram crescimento das raízes após permanecerem 48 horas em soluções contendo
10 mg L
-1
de Al
3+
, exceto a cultivar-controle Anahuac (sensível a 2 mg L
-1
de Al
3+
), a
cultivar IAC-370 e a linhagem 13 (sensíveis a 4 mg L
-1
de Al
3+
).
As correlações simples calculadas entre as produções médias de grãos dos vinte
genótipos do experimento semeado em solo ácido em Capão Bonito em 2003, 2004 e
2005 e os comprimentos médios das raízes dos mesmos genótipos medidos após 72
horas de crescimento na solução nutritiva que se seguiu a crescimento na solução
tratamento contendo 2 a 10 mg L
-1
de Al
3+
, foram positivas e significativas, variando de
74
Tabela 30 - Comprimento médio das raízes
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens I”, em 72 horas de crescimento em solução completa,
após tratamento em soluções contendo diferentes concentrações de alumínio
Genótipos Concentração de alumínio (mg L
-1
)
0 2 4 6 8 10
_________________________________
mm
___________________________________
IAC-24 43,7 45,2 37,1 30,9 29,1 21,4
IAC-370 66,8 8,6 0,0 0,0 0,0 0,0
3 65,9 26,9 15,3 6,6 3,7 1,0
4 61,0 29,5 11,9 4,0 3,2 1,0
5 69,3 27,2 13,7 5,4 2,1 0,8
6 65,8 22,3 10,8 6,7 1,6 0,6
7 66,7 26,9 14,9 6,3 2,5 1,1
8 67,7 25,0 9,0 5,7 2,7 0,7
9 64,4 24,7 12,6 7,2 1,6 0,3
10 55,5 34,4 23,4 10,5 2,8 1,1
11 62,2 27,5 10,6 4,5 3,2 1,0
12 68,4 40,2 35,0 23,6 15,7 13,8
13 56,9 2,4 0,0 0,0 0,0 0,0
14 64,9 43,6 31,3 27,9 16,7 9,9
15 67,1 32,0 24,4 14,7 8,5 4,2
16 65,1 32,4 24,6 11,9 4,8 0,5
17 66,0 29,9 19,0 12,7 6,4 1,5
18 65,4 34,3 29,4 10,2 4,3 5,0
19 56,8 35,5 17,7 6,7 2,5 0,8
20 64,3 39,6 34,6 18,2 10,4 5,0
BH-1146 68,7 65,5 48,9 45,2 42,2 34,9
Anahuac 62,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
(1)
Avaliação feita usando a média de 5 plântulas em 4 repetições.
75
0,65* a 0,74*. Esses resultados concordaram com os obtidos por CAMARGO et
al. (2003; 2005) e SALOMON et al. (2003a) e sugerem que os genótipos mais
produtivos foram mais adaptados a condições de solo ácido e cultivo de sequeiro,
revelando-se também tolerantes à toxicidade de Al
3+
quando avaliados em
soluções nutritivas no laboratório. nos ensaios de Tatuí e Mococa, as
correlações entre as produções médias de grãos (2003 a 2005) e os comprimentos
médios radiculares após tratamento em soluções com concentrações de 2 a 10 mg
L
-1
de Al
3+
não foram significativas (Tabela 31).
As correlações simples entre altura média das plantas dos ensaios instalados em
Capão Bonito e os comprimentos médios das raízes em soluções normais contendo 2, 4,
6, 8 e 10 mg L
-1
de Al
3+
foram de 0,35; 0,47*; 0,58*; 0,55* e 0,58* respectivamente.
Portanto, nas condições de sequeiro e solo ácido, houve tendência das plantas mais
produtivas mostrarem porte semi-anão mais alto e tolerância à toxicidade de alumínio
(Tabela 32).
As correlações simples entre a altura média das plantas dos ensaios instalados
em Tatuí e Mococa (2003-2005) e os comprimentos médios das raízes em solução
nutritiva de tratamento contendo 2 a 10 mg L
-1
de Al
3+
não foram significativos (Tabela
32).
Esses resultados sugerem que os genótipos mais adaptados (mais produtivos) às
condições de solo corrigido e com irrigação por aspersão independem do grau de
tolerância à toxicidade de Al
3+
, concordando com CAMARGO et al. (2003). Esse fato
ocorre talvez, devido as raízes da planta de trigo em solo irrigado e corrigido
permanecerem na camada arável do solo, não necessitando buscar água em camadas
mais profundas, onde o solo não foi corrigido, evitando assim, o efeito da toxicidade de
Al
3+
. Nas condições de Tatuí e Mococa, não houve tendência das plantas mais altas
serem as mais produtivas e tolerantes à toxicidade de alumínio.
4.2 Ensaio de Novas Linhagens II
4.2.1 Em condição de campo
Nas análises de variância individuais para produção de grãos de genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II” instalado em Capão Bonito, Tatuí e
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005, observaram-se efeitos significativos de genótipos
76
Tabela 31 – Estimativas das correlações simples entre a produção de grãos e o
comprimento médio das raízes nas diferentes concentrações de alumínio, no “Ensaio
de Novas Linhagens I”
Concentraçõe
s
Capão Bonito Tatuí Mococa
de Al
3+
2003-2005 2003-2005 2003-2005
2 0,65* -0,18 0,19
4 0,65* -0,26 0,27
6 0,74* -0,36 0,20
8 0,66* -0,32 0,11
10 0,69* -0,29 0,14
Tabela 32 – Estimativas das correlações simples entre a altura das plantas e o
comprimento médio das raízes nas diferentes concentrações de alumínio, no “Ensaio
de Novas Linhagens I”
Concentrações Capão Bonito Tatuí Mococa
de Al
3+
2003-2005 2003-2005 2003-2005
2 0,35 -0,29 -0,14
4 0,47* -0,12 -0,01
6 0,58* -0,01 0,00
8 0,55* -0,11 0,00
10 0,58* -0,04 0,12
77
(exceto para Ribeirão Preto em 2004 e 2005) e não significativo para repetições
(exceção de Capão Bonito e Ribeirão Preto em 2003).
Pelos quadrados médios das análises conjuntas para produção de grãos dos
genótipos avaliados em Capão Bonito, verificaram-se efeitos significativos para anos e
genótipos e não significativos para a interação genótipos x anos (Tabela 33).
Considerando-se os ensaios de Tatuí, verificou-se que somente o efeito da interação foi
significativo (Tabela 34). No experimento instalado em Ribeirão Preto em 2005, houve
uma redução da quantidade de água aplicada na irrigação, proporcionando quebra na
produção de grãos de todos os genótipos avaliados. Portanto, decidiu-se fazer duas
análises de variância conjuntas. Uma usando os dados de 2003 e 2004, e a outra, dos três
anos avaliados. Nas duas análises verificou-se apenas o efeito significativo para anos
(Tabela 35).
A não-significância da interação verificada no “Ensaio de Novas Linhagens II”
de Capão Bonito (Tabela 33) concorda com os dados já apresentados anteriormente para
o “Ensaio de Novas Linhagens I” (Tabela 5) e confirmam que as produções de grãos
dos genótipos de trigo mantiveram o mesmo comportamento em função dos anos
avaliados. A interação genótipos x anos significativa obtida em Tatuí nesse ensaio,
também concorda com a obtida no “Ensaio de Novas Linhagens I” nos três anos
avaliados, nesse local. Portanto, constatou-se nos genótipos um desempenho diferente
conforme o ano; esses resultados concordam com os obtidos por CAMARGO et al.
(2001), (2005); MISTRO & CAMARGO (2002), que justificam a execução da
experimentação regional em vários anos. A ocorrência de efeitos significativos apenas
para anos nas análises de variância, dos ensaios de Ribeirão Preto, indicam que as
condições de cultivo foram diferentes nos anos considerados. Porém, o comportamento
dos genótipos não diferiu em função dos anos. Esses resultados discordaram dos
relatados por CAMARGO et al. (2001), quando observaram efeitos significativos para
genótipos e para interação genótipos x anos e não significativos para anos, em
experimentos instalados em Ribeirão Preto, em 1996 e 1997.
Os resultados das tabelas 33, 34 e 35 permitem verificar, conforme já assinalado
anteriormente, que as produções dos genótipos em condição de sequeiro e de solo ácido
em Capão Bonito foram sensivelmente menores do que as observadas em condição de
irrigação por aspersão e solo corrigido em Tatuí e Ribeirão Preto.
78
Tabela 33 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito,
em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
kg ha
-1
_________________________________
IAC-24 1507a 1316ab 1094a-c 1306ab
IAC-370 917a 455d-f 635bc 669e-g
3 1201ab 1170a-c 1316ab 1229a-d
4 1271ab 1438a 1444ab 1384ab
5 1337a 1031a-c 1274ab 1214a-d
6 1236ab 1094a-c 1313ab 1214a-d
7 1142ab 1278ab 1458ab 1293a-c
8 1247ab 1083a-c 1309ab 1213a-d
9 1170ab 1003a-c 1142a-c 1105a-d
10 1017ab 816b-e 1330ab 1054b-e
11 1111ab 1215a-c 1253ab 1193a-d
12 924a-c 667c-f 1101a-c 897c-f
13 1274ab 872b-e 1295ab 1147a-d
14 1521a 1260ab 1590a 1457a
15 1059ab 802b-e 785a-c 882d-f
16 1368a 1049a-c 1372ab 1263a-d
17 302c 198f 396c 299g
18 1000ab 931a-d 1299ab 1076a-d
19 1177ab 958a-d 976a-c 1037b-e
20 660bc 319ef 625bc 535fg
F (Genótipos) 5,02* 9,70* 3,88* 15,09*
F (Anos) - - - 14,30*
F (Genótipos x Anos) - - - 0,96
d.m.s. (Tukey 5%) 657 559 839 403
C. V. % 22,32 22,46 27,80 24,71
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
79
Tabela 34 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
kg ha
-1_________________________________
IAC-24 3097b-e 3622ab 3439a-d 3386
IAC-370 4111a 3507ab 3300a-d 3639
3 3319a-d 3694ab 3682a 3565
4 3194a-e 3504ab 3389a-d 3362
5 2931c-e 3149a-c 3482a-d 3187
6 2847c-e 3021a-c 3571a-c 3146
7 3462a-d 3319a-c 2449d 3077
8 2837c-e 3101a-c 3219a-d 3052
9 3667a-c 2851a-c 2596cd 3038
10 4042ab 2497c 2611b-d 3050
11 3229a-e 3253a-c 2793a-d 3092
12 2309e 2799bc 2825a-d 2644
13 2517de 3167a-c 2900a-d 2861
14 3233a-e 2920a-c 3513a-d 3222
15 3264a-e 3073a-c 3239a-d 3192
16 3497a-d 3465ab 3733a 3565
17 2941c-e 2889a-c 3047a-d 2959
18 3285a-e 3382a-c 3675ab 3447
19 2645de 3771a 3801a 3406
20 3267a-e 3632ab 3833a 3578
F (Genótipos) 5,70* 3,51* 4,55* 1,41
F (Anos) - - - 0,17
F (Genótipos x Anos) - - - 4,02*
d.m.s. (Tukey 5%) 998 962 1066 1203
C. V. % 11,94 11,35 12,47 11,98
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
80
Tabela 35 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
2003-04
Média
2003-05
__________________________________
kg ha
-1 __________________________________
IAC-24 4535ab 3920 3092 4227 3849
IAC-370 5892a 4917 3018 5405 4609
3 4844ab 4528 3013 4686 4128
4 5340ab 3792 2837 4566 3990
5 4712ab 4549 2527 4630 3929
6 4573ab 4295 2833 4434 3900
7 3663b 4594 2106 4129 3454
8 4972ab 4427 2888 4700 4096
9 5358ab 3958 2569 4658 3962
10 4347ab 4517 2638 4432 3834
11 4681ab 4441 2245 4561 3789
12 4240ab 4056 2398 4148 3564
13 4333ab 4243 2115 4288 3564
14 5056ab 5087 2287 5071 4143
15 4302ab 3865 2726 4083 3631
16 4865ab 5396 2569 5130 4276
17 4809ab 3615 2666 4212 3697
18 4483ab 4288 2439 4385 3737
19 5146ab 3837 2953 4491 3979
20 5188ab 5087 2911 5137 4395
F (Genótipos) 2,22* 1,39 1,74 1,37 1,63
F (Anos) - - - 7,75* 161,52*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,05 1,08
d.m.s. (Tukey 5%) 1447 2159 1213 1831 1235
C. V. % 13,96 18,82 17,49 19,23 19,49
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
81
A linhagem diaplóide 14 foi a mais produtiva em Capão Bonito (1.457 kg ha
-1
),
diferindo, porém, somente da cultivar IAC-370 (669 kg ha
-1
) e das linhagens 10, 12, 15,
17, 19 e 20 com produções variando entre 299 e 1.054 kg ha
-1
(Tabela 33).
No “Ensaio de Novas Linhagens II” em Tatuí em 2003, a ‘IAC-370’ foi a mais
produtiva (4.111 kg ha
-1
), diferindo das linhagens 5, 6, 8, 12, 13, 17 e 19 e da ‘IAC-24’
com produções entre 2.309 e 3.097 kg ha
-1
. Em 2004, a linhagem 19 obteve a maior
produção de grãos (3.771 kg ha
-1
), apenas diferindo das linhagens 10 e 12, que
produziram 2.497 e 2.799 kg ha
-1
respectivamente. Na comparação da média dos
genótipos, em 2005, notou-se que as linhagens 3, 16, 19 e 20 foram as mais produtivas,
somente diferindo das linhagens 7, 9 e 10, que produziram 2.449, 2.596 e 2.611 kg ha
-1
respectivamente. Considerando-se somente os ensaios de Tatuí, em 2004 e 2005, pode-
se verificar que as linhagens 3, 16, 19 e 20 destacaram-se pela produtividade (Tabela
34).
No ensaio de Ribeirão Preto de 2003, quando as médias de produção de grãos
foram comparadas, verificou-se que a cultivar IAC-370 (5.892 kg ha
-1
) foi a mais
produtiva, diferindo apenas da linhagem 7 (3.663 kg ha
-1
). Não foram observadas
diferenças significativas entre os genótipos no ano de 2004 e 2005 (Tabela 35).
Nas análises de variância individuais das alturas das plantas do “Ensaio de
Novas Linhagens II”, instalado em Capão Bonito, Tatuí e Ribeirão Preto em 2003, 2004
e 2005, verificaram-se efeitos significativos para genótipos e não significativos para
repetições, para todos os ensaios, exceto Tatuí em 2003 e 2005 e Ribeirão Preto em
2003 (Tabelas 36, 37 e 38). Nas análises conjuntas, os efeitos foram significativos para
genótipos e anos, nos três locais; e para a interação genótipos x anos somente em Capão
Bonito. A interação genótipos x anos também foi significativa no “Ensaio de Novas
Linhagens I”, discordando dos resultados observados por CAMARGO et al. (2003),
onde não houve efeito dos anos no desempenho da altura das plantas dos genótipos.
Considerando-se os ensaios de Capão Bonito (Tabela 36), verificou-se que em
2003, a linhagem 18 (79 cm) obteve as plantas mais altas, diferindo somente da cultivar
IAC-370 e das linhagens 10, 11, 13, 15, 17 e 20, com porte de plantas variando de 48 a
61 cm. Em 2004, a linhagem 7 (88 cm) destacou-se por ter as plantas com maior
estatura, diferindo da cultivar IAC-370 e das linhagens 8, 12, 13, 15, 17 e 20 que foram
as mais baixas, com altura variando de 49 a 68 cm. Em 2005, a linhagem 18 (83 cm) foi
a mais alta, não diferindo somente das linhagens 3, 7, 9, 10, 14 e 16.
82
Tabela 36 - Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito,
em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
cm
____________________________________
IAC-24 71a-c 78a-d 66bc 72
IAC-370 61c-f 65c-f 56c 61
3 70a-e 80a-c 71a-c 74
4 65a-e 71a-d 66bc 68
5 66a-e 70a-c 64bc 67
6 70a-e 76a-c 63bc 70
7 78ab 88a 79ab 81
8 74a-d 68b-f 61c 68
9 69a-e 76a-d 68a-c 71
10 60c-f 70a-d 71a-c 67
11 60c-f 73a-d 61c 65
12 64a-e 60d-f 59c 61
13 59d-f 66c-f 58c 61
14 68a-e 78a-d 70a-c 72
15 63b-f 61d-f 55c 60
16 75a-c 73a-d 71a-c 73
17 55ef 49f 55c 53
18 79a 86ab 83a 83
19 70a-e 75a-d 64bc 70
20 48f 50ef 60c 53
F (Genótipos) 6,35* 7,78* 5,72* 10,76*
F (Anos) - - - 9,93*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,58*
d.m.s. (Tukey 5%) 16 19 17 13
C. V. % 9,39 10,34 9,70 9,84
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
83
Tabela 37 - Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
__________________________________
cm
_____________________________________
IAC-24 74b-f 86a-d 84c-e 81cd
IAC-370 76b-e 89a-c 90a-c 85bc
3 73b-f 85a-d 86b-d 81cd
4 71c-f 85a-d 81de 79cd
5 73b-f 84a-d 83c-e 80cd
6 68d-f 79cd 81de 76d-f
7 86ab 94ab 88a-d 89ab
8 66ef 81b-d 76ef 75d-f
9 69d-f 80cd 81de 77de
10 74c-f 79cd 81de 78cd
11 71c-f 85a-d 80de 79cd
12 66ef 75d 70f 70ef
13 61f 75d 71f 69f
14 65ef 85a-d 81de 77de
15 69d-f 83a-d 76ef 76d-f
16 83a-c 91a-c 94ab 89ab
17 80a-d 89a-c 88a-d 85bc
18 90a 96a 95a 94a
19 71c-f 85a-d 88a-d 81cd
20 76b-e 84a-d 85cd 82b-d
F (Genótipos) 7,45* 4,18* 14,78* 17,84*
F (Anos) - - - 119,96*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,00
d.m.s. (Tukey 5%) 14 14 9 8
C. V. % 7,26 6,46 4,09 6,29
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
84
Tabela 38 - Altura média
das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
cm
__________________________________
IAC-24 79ab 76 a-d 74a-e 76b-e
IAC-370 79ab 81a-c 76a-d 78a-d
3 78a-c 78a-d 75a-e 77a-d
4 79ab 71cd 72a-f 74c-e
5 71b-d 73b-d 65d-f 70d-f
6 71b-d 74a-d 70c-f 72c-f
7 83a 89ab 71b-f 81a-c
8 71b-d 67cd 70c-f 69d-f
9 73b-d 69cd 72a-f 71d-f
10 71b-d 67cd 69c-f 69d-f
11 71b-d 73b-d 69c-f 71d-f
12 66cd 71cd 63ef 67ef
13 65d 63d 61f 63f
14 81ab 77a-d 71b-f 76b-e
15 71b-d 70cd 68c-f 70d-f
16 88a 91a 80a-c 86a
17 88a 81a-c 83ab 84ab
18 88a 89ab 79a-c 85ab
19 86a 82a-c 84a 84ab
20 78a-c 80a-d 72a-f 76b-e
F (Genótipos) 8,20* 5,05* 6,21* 13,91*
F (Anos) - - - 12,99*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,04
d.m.s. (Tukey 5%) 13 18 13 10
C. V. % 6,44 9,26 6,73 7,99
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
85
Aplicando-se o teste de Tukey para comparação dos genótipos, avaliados em
Tatuí (Tabela 37) considerando a média dos três anos, observou-se que o genótipo 18
(94 cm) obteve as plantas mais altas, diferindo dos demais estudados, com exceção das
linhagens 7 e 16, ambas com 89 cm. A linhagem 13, com menor estatura (69 cm), não
diferiu apenas das linhagens 6, 8, 12 e 15.
A linhagem 16 destacou-se em Ribeirão Preto, considerando-se a média dos
três anos como a mais alta (86 cm) não diferindo somente da cultivar IAC-370 e das
linhagens 3, 7, 17, 18 e 19 (Tabela 38). A linhagem 13 destacou-se por ter as plantas
mais baixas (63 cm) não diferindo das linhagens 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12 e 15 que tiveram
altura das plantas variando entre 67 e 71 cm.
Os quadrados médios da análise de variância individual para ciclo médio da
emergência ao florescimento e da emergência à maturação dos genótipos de trigo
avaliados em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005, respectivamente nas tabelas 39 e
40, exibiram efeitos significativos para genótipos e não significativos para repetições.
Nas análises conjuntas para os dois ciclos avaliados em Capão Bonito em 2003,
2004 e 2005, observaram-se efeitos significativos para genótipos, anos e para a
interação genótipos x anos.
Aplicando-se o teste de Tukey para comparação das médias, verificou-se que a
linhagem 7 foi a mais tardia para florescer nos três anos. Em 2003, diferiu da cultivar
IAC-24, das linhagens 3, 6, 8, 9, 12, 13, 14, 16 e 19, que floresceram variando de 64 a
68 dias. Em 2004, a linhagem 7 somente não diferiu das duas cultivares estudadas e
das linhagens 9, 10 e 18 que também foram de ciclo tardio. Em 2005, a linhagem 7 e
as duas cultivares somente diferiram das linhagens 4, 8, 11, 12, 13, 14 e 16, que
levaram 53 a 58 dias para florescer (Tabela 39).
Na linhagem 7 observou-se o ciclo mais tardio para maturar em 2003 e 2004,
não diferindo em 2003 das cultivares IAC-24 e IAC-370 e das linhagens 5, 11, 14, 16,
18 e 20 e somente das linhagens 18 e 20 em 2004. Em 2005, a cultivar IAC-24 foi a
mais tardia para maturar (134 dias), diferindo somente da linhagem 13, a mais precoce
(118 dias) (Tabela 40). Como verificado no Ensaio de Novas Linhagens I, no presente
caso, os genótipos mais tardios ou mais precoces para florescer foram também aqueles
mais tardios ou mais precoces para maturar, concordando com os resultados obtidos por
CAMARGO et al. (1997) e (2005).
As porcentagens de acamamento nos ensaios de Capão Bonito, Tatuí e Ribeirão
Preto, em 2003 a 2005, encontram-se nas tabelas 41, 42 e 43, respectivamente.
86
Tabela 39 - Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo
ácido, em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
_________________________________
dias
____________________________________
IAC-24 68b-e 76a-d 70a 72
IAC-370 75ab 76a-d 70a 75
3 67c-e 73b-e 59a-e 70
4 70a-e 73b-e 58b-e 71
5 71a-e 74b-e 64a-e 72
6 68b-e 73b-e 61a-e 70
7 77a 83a 70a 80
8 67c-e 75b-d 54e 71
9 67c-e 76a-d 66a-d 72
10 72a-d 79a-c 66a-d 75
11 70a-e 72c-f 55de 71
12 67c-e 62g 54e 65
13 66c-e 67e-g 53e 67
14 65de 71d-f 53e 68
15 70a-e 69d-g 63a-e 69
16 67c-e 67e-g 57c-e 67
17 71a-e 71d-f 66a-d 71
18 75ab 80ab 69ab 77
19 64e 65fg 60a-e 64
20 73a-c 75b-d 67 a-c 74
F (Genótipos) 4,84* 11,45* 6,84* 6,61*
F (Anos) - - - 71,58*
F (Genótipos x Anos) - - - 2,50*
d.m.s. (Tukey 5%) 8 8 12 9
C. V. % 4,50 4,20 7,69 5,60
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
87
Tabela 40 - Ciclo médio, da emergência à maturação, dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo
ácido, em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
dias
____________________________________
IAC-24 134a-d 139b-d 134a 136
IAC-370 134a-d 139b-d 131ab 134
3 126cd 137b-e 120ab 128
4 129b-d 136b-f 120ab 128
5 131a-d 139b-d 127ab 132
6 126cd 136b-f 127ab 130
7 142a 148a 131ab 140
8 129b-d 137b-e 124ab 130
9 126cd 139b-d 134ab 133
10 129b-d 139b-d 131ab 133
11 131a-d 137b-e 124ab 131
12 126cd 126g 124ab 125
13 129b-d 132c-g 118b 126
14 132a-d 136b-f 120ab 129
15 124d 128fg 120ab 124
16 131a-d 131d-g 127ab 130
17 125cd 126g 124ab 125
18 138ab 144ab 131ab 138
19 126cd 129e-g 120ab 125
20 136a-c 140a-c 127ab 134
F (Genótipos) 4,13* 12,08* 2,94* 5,80*
F (Anos) - - - 51,27*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,88*
d.m.s. (Tukey 5%) 12 9 15 10
C. V. % 3,57 2,45 4,70 3,61
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
88
Tabela 41 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido, em Capão Bonito, em
2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
%
_________________________________________
IAC-24 0 20 10 10
IAC-370 0 0 0 0
3 10 30 10 17
4 0 30 10 13
5 10 40 20 23
6 10 10 20 13
7 0 0 10 3
8 10 10 10 10
9 10 0 20 10
10 10 30 10 17
11 10 30 20 20
12 20 20 20 20
13 10 0 10 7
14 0 40 10 17
15 10 30 20 20
16 10 50 10 23
17 10 10 20 13
18 0 10 10 7
19 20 20 20 20
20 10 0 20 10
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
89
Tabela 42 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
%
_________________________________________
IAC-24 0 50 35 28
IAC-370 0 0 10 3
3 10 40 30 27
4 10 60 30 33
5 0 0 5 2
6 10 20 5 12
7 10 30 75 38
8 20 30 5 18
9 20 10 40 23
10 10 60 5 25
11 20 50 30 33
12 20 40 25 28
13 0 20 10 10
14 20 50 30 33
15 10 0 10 7
16 0 50 45 32
17 40 70 50 53
18 30 60 45 45
19 0 30 55 28
20 20 40 25 28
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
90
Tabela 43 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
%
_________________________________________
IAC-24 10 0 20 10
IAC-370 0 0 10 3
3 0 0 0 0
4 5 0 0 2
5 0 0 0 0
6 0 0 0 0
7 0 0 0 0
8 0 0 10 3
9 0 0 10 3
10 0 0 10 3
11 0 0 0 0
12 0 0 20 7
13 0 0 0 0
14 0 0 0 0
15 0 0 10 3
16 0 0 10 3
17 25 0 30 18
18 5 0 40 15
19 0 0 20 7
20 0 0 20 7
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
91
Em Capão Bonito, em condições de sequeiro e de solo ácido, destacaram-se
quanto à resistência ao acamamento a cultivar IAC-370 e as linhagens 7, 8, 13 e 18, com
porcentagem máxima de 0 a 10% nos três anos considerados. Por outro lado, as linhagens
5, 14 e 16 foram as mais suscetíveis ao acamamento, com porcentagem igual ou superior
a 40, em pelo menos um ano (Tabela 41).
Verificou-se maior porcentagem de plantas acamadas em Tatuí em relação a
Ribeirão Preto nos três anos estudados, mesmo considerando que nos dois locais o solo
foi corrigido e tiveram irrigação por aspersão (Tabelas 42 e 43). Em Tatuí, destacaram-se
como mais resistentes ao acamamento as linhagens 5 e 15 e a cultivar IAC-370 e como
mais suscetíveis, a cultivar IAC-24 e as linhagens 3, 4, 7, 9, 10, 11, 12, 14, 16, 17, 18, 19
e 20 (Tabela 42).
Em Ribeirão Preto, nas linhagens 3, 5, 6, 7, 11, 13 e 14 não se observaram plantas
acamadas, mas nas linhagens 17 e 18 houve de 30% a 40% de plantas acamadas em pelo
menos um ano (Tabela 43).
Observou-se com a cultivar IAC-370, portadora de resistência ao acamamento em
todos os locais e anos considerados, no máximo 10% de plantas acamadas. Esse resultado
foi também observado no “Ensaio de Novas Linhagens I”. Essa resistência talvez seja
devida à presença de palha forte, uma vez que, todos os genótipos avaliados nesse
experimento foram de porte semi-anão.
Os graus médios de infecção de ferrugem-da-folha dos genótipos avaliados nos
ensaios instalados em Capão Bonito, Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 a 2005 estão
indicados nas tabelas 44, 45 e 46 respectivamente.
A ferrugem-da-folha ocorreu em intensidade relativamente elevada em alguns
anos em Capão Bonito e Tatuí, e baixa em Ribeirão Preto, talvez devido à ocorrência de
condições desfavoráveis ao desenvolvimento da doença ou ausência de culturas de trigo,
como fonte de inóculo, na região.
A porcentagem de área foliar infectada nos ensaios de Capão Bonito variou de tS
a 25S em 2003, tS a 30S em 2004 e de tS a 45S em 2005. Nos ensaios de Tatuí, a
porcentagem de área foliar infectada variou de 0 a 6S, de 3S a 35S e tS a 63S,
respectivamente, em 2003, 2004 e 2005. Como no “Ensaio de Novas Linhagens I”,
verificou-se a variabilidade genética existente para o fator resistência a ferrugem-da-folha
nos genótipos estudados. Apesar da ocorrência de pústulas do tipo suscetível, porém
considerando a porcentagem de área foliar lesionada, verificou-se que a linhagem
diaplóide 11, provinda do cruzamento IAC-24//CNO 79/PRL foi resistente, com no
92
Tabela 44 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido,
em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 8S 15S 18S 13S
IAC-370 15S 13S 28S 18S
3 5S 15S 23S 14S
4 tS 8S 8S 5S
5 5S 8S 6S 6S
6 8S 10S 15S 11S
7 8S 5S 11S 8S
8 6S 5S tS 4S
9 10S 25S 43S 26S
10 15S 30S 45S 30S
11 tS 5S 4S 3S
12 13S 13S 13S 13S
13 25S 10S 25S 20S
14 3S 5S 6S 5S
15 tS 5S 15S 7S
16 15S 10S 14S 13S
17 15S 5S 6S 9S
18 5S 15S 5S 8S
19 8S 10S 13S 10S
20 3S tS 14S 6S
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível,
e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S =
suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
93
Tabela 45 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
_______________________________________
IAC-24 0 25S 14S 13S
IAC-370 5S 25S 38S 23S
3 tS 20S 20S 14S
4 tS 5S 11S 6S
5 tS 5S tS 2S
6 tS 10S 2S 4S
7 tS 8S 2S 3S
8 0 8S 4S 4S
9 3S 30S 63S 32S
10 6S 35S 53S 31S
11 0 3S tS tS
12 tS 13S 18S 10S
13 tS 13S 3S 5S
14 0 8S tS 3S
15 tS 8S 9S 6S
16 0 13S 10S 8S
17 3S 15S 9S 9S
18 tS 20S 19S 13S
19 0 20S 16S 12S
20 3S 8S 13S 8S
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível,
e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S =
suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
94
Tabela 46 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 tS 0 0 0
IAC-370 3S 0 tS tS
3 tS tS 0 tS
4 tS 0 0 0
5 tS 0 0 0
6 tS 0 tS 0
7 0 0 0 0
8 0 0 0 0
9 3S tS 0 tS
10 3S tS 0 tS
11 0 0 0 0
12 tS 0 0 0
13 tS tS 0 0
14 tS 0 0 0
15 0 0 0 0
16 3S 0 0 tS
17 tS 0 0 0
18 3S 3S 3S 3S
19 3S 0 tS tS
20 3S 0 0 tS
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível,
e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S =
suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
95
máximo 5S em Capão Bonito e 3S em Tatuí, ambos em 2004 e imunidade nos ensaios de
Ribeirão Preto. Essa linhagem, pelo seu desempenho em relação ao agente causal da
ferrugem-da-folha, poderá ser utilizada como fonte de resistência em programas de
melhoramento, juntando-se a linhagem 14 identificada no “Ensaio de Novas Linhagens
I”. Nos mesmos experimentos, a cultivar IAC-370 e as linhagens 9 e 10 foram as mais
suscetíveis, com índices médios máximos variando de 28% a 45% em Capão Bonito e de
38% a 63% em Tatuí. Os demais genótipos foram nos dois locais, moderadamente
resistentes, com grau médio de infecção máximo em pelo menos um experimento entre
6% e 25%.
Os graus médios de infecção de mancha-da-folha dos 20 genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condição de sequeiro instalado em
Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005, estão relacionados na tabela 47. Pela baixa
ocorrência dessa doença não foram feitas avaliações nos ensaios instalados em Tatuí
(2003) e Ribeirão Preto (2003 e 2005). Os graus médios de infecção dessa doença nos
ensaios instalados em Tatuí (2004 e 2005) e Ribeirão Preto (2004), estão indicados na
tabela 48. Como foi relatado no “Ensaio de Novas Linhagens I”, no presente caso
também foi observada maior severidade de mancha-da-folha nos ensaios instalados em
Capão Bonito em relação aos de Tatuí e Ribeirão Preto. Levando-se em consideração
todos os ensaios, não foi possível diferenciar os genótipos quanto à resistência a essa
doença, pois em pelo menos um ensaio cada genótipo foi suscetível, isto é, com grau
médio de infecção de mancha-da-folha superior a 26%.
Os resultados confirmaram os obtidos no “Ensaio de Novas Linhagens I” e os
observados por CAMARGO et al. (1994; 1995b e 2001) indicando a dificuldade de se
encontrar genótipos com resistência a B. sorokiniana, sugerindo a necessidade de se
buscar fontes de resistência visando ao seu controle, evitando-se o emprego de
agrotóxicos, a fim de reduzir o custo de produção da cultura e a poluição ambiental.
Na tabela 49 são apresentados os graus médios de infecção de oídio dos 20
genótipos avaliados somente em Ribeirão Preto em 2003, 2004 e 2005. Nos outros
locais não houve condições favoráveis ao desenvolvimento dessa doença. Apesar das
condições ambientais não terem sido favoráveis, à ocorrência dessa doença também em
Ribeirão Preto, verificou-se nessas condições, um grau médio de infecção variando
de 0 a 5% em 2003, de 0 a 25% em 2004 e de 0 a 15% em 2005. A linhagem 12, por ter
um grau médio máximo de infecção de traço, foi a mais resistente ao oídio. Na cultivar
96
Tabela 47 - Grau médio de infecção de mancha-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de sequeiro e de solo ácido,
em Capão Bonito, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
_______________________________________
IAC-24 40 25 28 31
IAC-370 55 20 38 38
3 40 30 35 35
4 50 35 38 41
5 45 35 30 37
6 35 35 35 35
7 35 25 28 29
8 45 40 35 40
9 35 30 25 30
10 35 30 30 32
11 30 25 23 26
12 45 25 35 35
13 40 20 28 29
14 40 25 28 31
15 40 25 33 33
16 35 35 38 36
17 50 25 40 38
18 40 15 20 25
19 30 20 30 27
20 40 25 28 31
(1)
Avaliação de mancha-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível, e
51% a 99% = altamente suscetível.
97
Tabela 48 - Grau médio de infecção de mancha-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Tatuí, em 2004 e 2005 e em Ribeirão Preto, em 2004
Genótipos Tatuí Ribeirão Preto
2004 2005 Média 2004
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 20 20 20 25
IAC-370 15 15 15 25
3 15 28 21 20
4 10 23 16 30
5 15 13 14 25
6 20 10 15 25
7 10 13 11 20
8 20 18 19 30
9 25 33 29 25
10 30 28 29 20
11 15 28 21 20
12 25 35 30 25
13 20 25 23 30
14 20 20 20 20
15 10 14 12 30
16 10 15 13 30
17 20 25 23 30
18 15 15 15 25
19 15 19 17 25
20 20 25 23 25
(1)
Avaliação de mancha-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível, e
51% a 99% = altamente suscetível.
98
Tabela 49 - Grau médio de infecção de oídio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
%
____
_
_________________________________
_
IAC-24 0 3 3 2
IAC-370 5 25 15 15
3 3 t 5 3
4 0 t 5 2
5 0 t 8 3
6 0 8 5 4
7 0 8 0 3
8 0 3 5 3
9 t 11 3 5
10 t 10 6 5
11 0 13 8 7
12 0 t t t
13 3 20 5 9
14 0 15 3 6
15 t 3 5 3
16 0 5 13 6
17 0 t 3 t
18 0 3 5 3
19 0 0 6 2
20 0 8 3 2
(1)
Avaliação de oídio segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área infectada =
resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível, e 51% a 99%
= altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas).
99
IAC-370 e nas linhagens 13 e 14 ocorreram os maiores graus médios de infecção de
oídio, variando de 15% a 25% em 2004.
O comprimento médio das espigas, o número médio de espiguetas por espiga, de
grãos por espiga e por espigueta e a massa de cem grãos, dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II” instalado em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004, estão
relacionados nas tabelas 50, 51, 52, 53 e 54 respectivamente.
Pelas análises individuais para comprimento da espiga dos ensaios localizados em
Tatuí e Ribeirão Preto, nos dois anos, constataram-se efeitos significativos para genótipos
e não significativos para repetições. Nas análises conjuntas para cada local houve efeitos
significativos para genótipos e anos e não significativos para a interação genótipos x
anos. Considerando-se a média dos ensaios de Tatuí, verificou-se que a cultivar IAC-370
(10,0 cm), com espigas mais compridas, somente não diferiu das linhagens 8, 16, 17 e 18.
Com os dados médios de Ribeirão Preto, verificou-se que a linhagem 16 (9,2 cm) foi a
que mostrou as espigas mais compridas, não diferindo da cultivar IAC-370 e das
linhagens 8, 10, 14, 17 e 19 (Tabela 50).
Nas análises de variância individuais para número de espiguetas por espiga dos
ensaios instalados em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004, constatou-se que houve
efeitos significativos para genótipos e não significativos para repetições, exceto para o
ensaio de Ribeirão Preto em 2003 (Tabela 51). Nos quadrados médios das análises de
variância conjuntas dessa característica nos experimentos de Tatuí e Ribeirão Preto
verificaram-se efeitos significativos de genótipos. Efeitos significativos de anos e da
interação genótipos x anos foram observados somente em Tatuí. Aplicando-se o teste de
Tukey para comparar as médias do número de espiguetas por espiga dos genótipos de
trigo semeados em Tatuí, 2003, pode-se verificar que a linhagem 18 obteve a maior
média (17,2), diferindo das linhagens 3, 5, 6, 10, 12, 13, 16 e 19, com médias variando
de 14,4 a 15,2. A linhagem 18 também sobressaiu-se no ensaio de Tatuí 2004, com a
média de 22,1 espiguetas por espiga, diferindo porém, das linhagens 5, 6, 12 e 19. Pelas
médias dos ensaios de Ribeirão Preto observou-se novamente que a linhagem 18 obteve
o maior número de espiguetas por espiga, diferindo das linhagens 5, 6, 7, 12, 17 e 19.
Os resultados demonstraram que a linhagem 18, poderia ser utilizada como fonte da
característica de maior número de espiguetas por espiga em programas de
melhoramento.
100
Tabela 50 – Comprimento médio das espigas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004
Tatuí Ribeirão Preto Genótipos
2003 2004 Média 2003 2004 Média
___________________________________
cm
_____________________________________
IAC-24 7,0c-e 8,3d-f 7,7e-g 7,8c-e 6,7a-d 7,2e-h
IAC-370 9,7a 10,4ab 10,0a 10,0ab 8,2a 9,1ab
3 7,7b-e 9,1a-f 8,4c-f 8,9a-c 7,2a-d 8,1b-f
4 7,5b-e 8,6c-f 8,0d-g 7,8c-e 6,3b-d 7,1f-h
5 6,6e 7,5f 7,1g 7,2de 6,1cd 6,6gh
6 6,6e 8,0ef 7,3g 7,1e 6,0d 6,5h
7 8,2b-d 9,2a-e 8,7b-e 8,4c-e 7,8ab 8,1b-f
8 8,7ab 10,4ab 9,6ab 9,1a-c 8,0a 8,5a-c
9 8,6ab 8,9b-f 8,8b-d 8,3c-e 7,5a-d 7,9c-f
10 8,1b-d 9,2a-e 8,6b-e 8,9a-c 7,8ab 8,4a-c
11 8,1b-d 9,4a-e 8,8b-d 8,4c-e 7,3a-d 7,9c-f
12 7,6b-e 8,4c-f 8,0d-g 8,0c-e 7,2a-d 7,6c-g
13 6,9de 8,0ef 7,5fg 7,6c-e 6,0d 6,8gh
14 7,7b-e 9,4a-e 8,6b-e 8,9a-c 8,0a 8,4a-c
15 8,1b-d 8,8b-f 8,4c-f 8,6b-f 7,3a-d 7,9c-f
16 8,6ab 10,6a 9,6ab 10,2a 8,2a 9,2a
17 8,8ab 10,0a-c 9,4a-c 8,9a-c 7,7ab 8,3a-d
18 8,4a-c 9,9a-d 9,1 a-c 8,5b-e 7,6a-c 8,0c-f
19 8,1b-d 9,0a-f 8,5c-f 8,7a-d 7,8ab 8,2a-e
20 7,4b-e 8,3d-f 7,9d-g 7,7c-e 6,9a-d 7,3dh
F (Genótipos) 7,71* 7,02* 16,80* 7,23* 5,73* 16,61*
F (Anos) - - 170,80* - - 201,42*
F (Genótipos x Anos) - - 0,82 - - 0,74
d.m.s. (Tukey 5%) 1,5 1,7 1,1 1,6 1,6 1,1
C. V. (%) 7,14 7,24 7,20 7,24 8,32 7,75
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
101
Tabela 51 – Número médio de espiguetas por espiga dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2003 2004 Média
_____________________________________
n.
o ____________________________________
IAC-24 15,8a-c 20,7ab 18,3 18,4a-c 19,5a 18,9ab
IAC-370 16,0a-c 20,7ab 18,3 17,5a-e 16,5b 17,0a-d
3 15,2bc 21,2ab 18,2 18,4a-c 17,0ab 17,7a-d
4 16,4ab 20,5ab 18,5 17,9a-d 16,7b 17,3a-d
5 15,1bc 19,1b-d 17,1 15,7de 16,3b 16,0cd
6 14,7bc 19,4b-d 17,0 16,3c-e 15,9b 16,1cd
7 16,2a-c 20,2a-c 18,2 16,1c-e 16,6b 16,4b-d
8 15,5a-c 20,3a-c 17,9 17,0b-e 16,2b 16,6a-d
9 15,4a-c 20,8ab 18,1 16,7b-e 17,7ab 17,2a-d
10 15,2bc 20,6ab 17,9 17,5a-e 18,0ab 17,8a-d
11 16,5ab 20,6ab 18,5 17,2a-e 18,4ab 17,8a-d
12 15,2bc 17,9cd 16,5 16,2c-e 16,5b 16,3cd
13 15,2bc 20,1a-c 17,6 17,4a-e 16,6b 17,0a-d
14 15,5a-c 20,2a-c 17,9 17,8a-d 18,2ab 18,0a-d
15 16,3a-c 21,4ab 18,8 19,1ab 17,9ab 18,5a-c
16 15,1bc 20,8ab 17,9 18,6a-c 17,3ab 17,9a-d
17 15,6a-c 19,9a-d 17,7 16,8b-e 16,1b 16,4bc
18 17,2a 22,1a 19,7 19,6a 18,4ab 19,0a
19 14,4c 17,5d 15,9 15,2e 15,8b 15,5d
20 15,9a-c 20,1a-c 18,0 16,7b-e 17,3ab 17,0a-d
F (Genótipos) 3,10* 5,20* 4,18* 5,16* 3,78* 4,48*
F (Anos) - - 668,30* - - 0,74
F (Genótipos x Anos) - - 1,68* - - 1,37
d.m.s. (Tukey 5%) 2,0 2,5 2,3 2,6 2,7 2,6
C. V. (%) 4,99 4,68 4,84 5,83 6,01 6,45
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
102
Tabela 52 – Número médio de grãos por espiga dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2003 2004 Média
_____________________________________
n.°
______________________
_
___________
_
IAC-24 31,4 44,9ab 38,1ab 39,1ab 29,2b 34,2c
IAC-370 37,5 44,0ab 40,7ab 41,9ab 36,2ab 39,0a-c
3 40,7 48,8ab 44,7ab 46,2ab 38,5ab 42,3a-c
4 35,4 48,4a 41,9ab 39,3ab 29,4b 34,3bc
5 38,9 45,9ab 42,4ab 42,6ab 37,7ab 40,1a-c
6 36,6 50,6a 43,6ab 41,7ab 37,2ab 39,4a-c
7 37,8 42,8ab 40,3ab 39,2ab 41,8ab 40,5a-c
8 34,5 44,8ab 39,6ab 38,1ab 35,8ab 36,9a-c
9 40,5 46,3ab 43,4ab 43,9ab 36,9ab 40,4a-c
10 38,4 51,6a 45,0ab 49,3ab 43,5ab 46,4ab
11 37,7 47,8a 42,7ab 41,0ab 39,0ab 40,0a-c
12 32,6 34,0b 33,3b 35,7b 36,2ab 36,0a-c
13 32,2 41,7ab 36,9ab 43,7ab 32,3ab 38,0a-c
14 32,8 48,3a 40,5ab 48,3ab 39,2ab 43,7a-c
15 36,7 47,2a 41,9ab 46,7ab 37,8ab 42,3a-c
16 42,8 47,7a 45,3a 54,6a 40,3ab 47,5a
17 44,7 49,1a 46,9a 44,8ab 36,8ab 40,8a-c
18 36,1 50,9a 43,5ab 42,8ab 42,6ab 42,7a-c
19 32,4 41,5ab 37,0ab 37,5b 34,2ab 35,8a-c
20 44,1 47,3a 45,7a 50,6ab 44,4a 47,5a
F (Genótipos) 2,02* 2,97* 2,70* 2,29* 2,23* 3,45*
F (Anos) - - 94,0* - - 38,48*
F (Genótipos x Anos) - - 1,31 - - 1,04
d.m.s. (Tukey 5%) 14,6 12,4 11,9 16,7 14,5 12,2
C. V. (%) 14,96 10,22 12,32 14,72 14,73 14,62
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
103
Tabela 53 – Número médio de grãos por espigueta dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2003 2004 Média
__________________________________
n.
o _____________________________________
IAC-24 1,99 bc 2,17a-c 2,08 2,12b 1,51d 1,82c
IAC-370 2,33a-c 2,13a-c 2,23 2,43ab 2,21a-c 2,32a-c
3 2,87a 2,45ab 2,66 2,66ab 2,27a-c 2,47ab
4 2,15a-c 2,36ab 2,26 2,21ab 1,76cd 1,98bc
5 2,59a-c 2,41ab 2,50 2,70ab 2,31a-c 2,51ab
6 2,51a-c 2,62a 2,56 2,57ab 2,35a-c 2,46ab
7 2,32a-c 2,11a-c 2,22 2,43ab 2,51ab 2,47ab
8 2,22a-c 2,23a-c 2,23 2,25ab 2,21a-c 2,23a-c
9 2,63a-c 2,23a-c 2,43 2,62ab 2,09a-d 2,35a-c
10 2,55a-c 2,51ab 2,53 2,82ab 2,42ab 2,62a
11 2,30a-c 2,33ab 2,31 2,38ab 2,13a-d 2,25a-c
12 1,87c 1,70c 1,79 2,20ab 2,18a-c 2,19a-c
13 2,12a-c 2,08bc 2,10 2,51ab 1,92b-d 2,22a-c
14 2,11a-c 2,39ab 2,25 2,72ab 2,15a-c 2,43a-c
15 2,26a-c 2,23a-c 2,25 2,45ab 2,10a-d 2,27a-c
16 2,83a 2,30ab 2,57 2,95ab 2,34a-c 2,64a
17 2,87a 2,47ab 2,67 2,68ab 2,28a-c 2,48ab
18 2,08a-c 2,31ab 2,19 2,19ab 2,30a-c 2,25a-c
19 2,28a-c 2,37ab 2,32 2,47ab 2,17a-c 2,32a-c
20 2,78ab 2,36ab 2,57 3,03a 2,56a 2,79a
F (Genótipos) 3,63* 3,69* 3,32* 2,37* 4,03* 4,00*
F (Anos) - - 2,91 - - 43,98*
F (Genótipos x Anos) - - 1,72* - - 1,23
d.m.s. (Tukey 5%) 0,8 0,5 0,7 0,9 0,6 0,6
C. V. (%) 13,40 8,91 11,36 13,15 11,10 12,08
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
104
Tabela 54 – Massa média de cem grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí e Ribeirão Preto, em 2003 e 2004
Genótipos Tatuí Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2003 2004 Média
___________________________________
g
___________________________________
IAC-24 4,64bc 3,73bc 4,19 3,79a-d 4,64a 4,22ab
IAC-370 5,53a 3,47b-d 4,50 3,97ab 4,31a-f 4,14a-c
3 4,49cd 3,71bc 4,10 4,15a 4,47a-d 4,31a
4 4,48cd 3,76bc 4,12 3,88a-d 4,29a-f 4,09a-d
5 3,94de 3,43b-d 3,68 3,53b-e 3,93b-g 3,73c-f
6 4,08c-e 3,39b-d 3,73 3,42c-e 3,94b-g 3,68c-f
7 4,35e 3,23cd 3,79 3,15de 3,39g 3,27f
8 4,21e 3,69bc 3,95 4,14a 4,50a-c 4,32a
9 5,22ab 3,35b-d 4,28 4,12a 4,45a-e 4,29a
10 5,13ab 3,26b-d 4,19 4,22a 4,57ab 4,39a
11 3,88e 3,24b-d 3,56 3,47b-e 3,81d-g 3,64d-f
12 4,16c-e 3,77bc 3,96 3,84a-d 4,11a-f 3,97a-e
13 3,97de 3,05d 3,51 3,56b-e 3,88c-g 3,72c-f
14 4,10c-e 3,18cd 3,64 3,54b-e 3,79e-g 3,67c-f
15 4,40c-e 3,02d 3,71 3,50b-e 4,05a-g 3,77b-e
16 4,32c-e 3,48b-d 3,90 3,36de 3,85c-g 3,61ef
17 4,35c-e 3,33b-d 3,84 3,90a-c 4,33a-e 4,11a-d
18 5,28a 4,42a 4,85 3,92a-c 4,04a-g 3,98a-e
19 4,49cd 3,83ab 4,16 4,19a 4,27a-f 4,23ab
20 4,02de 3,30b-d 3,66 3,79a-d 3,66fg 3,57ef
F (Genótipos) 17,76* 8,44* 2,06 10,15* 6,88* 14,39*
F (Anos) - - 84,83* - - 92,36*
F (Genótipos x Anos) - - 8,23* - - 1,04
d.m.s. (Tukey 5%) 0,60 0,60 1,35 0,53 0,67 0,48
C. V. (%) 5,12 6,52 5,85 5,34 6,22 5,90
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
105
Nas análises de variância individuais de número de grãos por espiga e por
espigueta e de massa de cem grãos dos ensaios semeados em Tatuí e Ribeirão Preto em
2003 e 2004 verificaram-se efeitos significativos para genótipos e não significativos
para repetições (Tabelas 52, 53 e 54).
Os quadrados médios das análises conjuntas da variância para número de grãos
por espiga, número de grãos por espigueta e massa de cem grãos dos genótipos dos
experimentos de Tatuí e de Ribeirão Preto, semeados em 2003 e 2004, foram
significativos para genótipos (exceto massa de cem grãos de Tatuí), anos (com exceção
de número de grãos por espigueta de Tatuí) e não significativo para a interação genótipos
x anos (excetuando número de grãos por espigueta e massa de cem grãos de Tatuí).
Considerando-se as médias dos ensaios de Tatuí, observou-se que as linhagens 16,
17 e 20 obtiveram as maiores médias de número de grãos por espiga, 45,3; 46,9; e 45,7,
respectivamente. Essas linhagens somente diferiram da linhagem 12 que obteve somente
33,3 grãos por espiga. Considerando a média dos ensaios de Ribeirão Preto, nas linhagens
16 e 20, com média de 47,5 grãos por espiga, observaram-se os maiores valores,
diferindo somente da linhagem 4 (34,3) e da cultivar IAC-24 (34,2) (Tabela 52).
Comparando-se as médias de número de grãos por espigueta dos genótipos de
trigo avaliados em Tatuí, em 2003, verificou-se que nas linhagens 3, 16 e 17 os maiores
valores (2,83 e 2,87), diferindo da linhagem 12 e da cultivar IAC-24. Em 2004, notou-se
na linhagem 6 maior valor (2,62), diferindo apenas das linhagens 12 e 13. Em relação ao
número de grãos por espigueta, considerando a média dos ensaios de Ribeirão Preto, as
linhagens 10, 16 e 20 com valores de 2,62; 2,64 e 2,79 obtiveram os maiores valores,
diferindo apenas da cultivar IAC-24 e da linhagem diaplóide 4 (Tabela 53).
Na cultivar IAC-370 e na linhagem 18 observaram-se os grãos mais pesados
considerando o experimento de Tatuí 2003, somente não deferindo das linhagens 9 e 10.
No ensaio de Tatuí em 2004, a linhagem 18 obteve os grãos mais pesados, somente não
diferindo da linhagem 19. As linhagens 3, 8, 9 e 10 tiveram os grãos mais pesados,
variando de 4,29 a 4,39 g quando se considerou a média dos ensaios de Ribeirão Preto,
não diferindo das cultivares IAC-24 e IAC-370 e das linhagens 4, 12, 17, 18 e 19 (Tabela
54).
Os resultados verificados no “Ensaio de Novas Linhagens II” como discutido no
ensaio anterior, bem como nos observados por CAMARGO et al. (1999b; 2003),
estudando o desempenho de linhagens diaplóides, permitiu identificar genótipos
superiores em relação ao comprimento da espiga, número de espiguetas por espiga,
106
número de grãos por espiga e por espigueta e massa de cem grãos, que, eventualmente,
poderão ser utilizados em programas de melhoramento como fonte genética dessas
características.
As correlações simples entre produção de grãos, altura das plantas, plantas
acamadas, comprimento da espiga, número de espiguetas por espiga, número de grãos por
espiga e por espigueta e massa de cem grãos, levando-se em conta as médias dos ensaios
instalados em Tatuí nos anos de 2003 e 2004, são apresentadas na tabela 55. Na tabela 56,
as mesmas correlações acrescidas do ciclo da emergência ao florescimento são
relacionadas considerando-se as médias dos ensaios de Ribeirão Preto em 2003 e 2004.
Em Tatuí, os genótipos mais produtivos tenderam a ter as plantas mais altas
(0,58*), com maior número de espiguetas por espiga (0,51*) e com grãos mais pesados
(0,44*). As associações positivas entre produção de grãos e altura das plantas também
foram observadas em ensaios instalados em Tatuí e Capão Bonito (SALOMON et al.,
2003a). Os resultados obtidos em Tatuí por SALOMON et al. (2003b) e por MISTRO
(2001), indicaram também que as plantas mais produtivas foram associadas com as de
grãos mais pesados. Os genótipos com plantas mais altas, em Tatuí, foram
correlacionados com aqueles exibindo espigas mais compridas (0,47*), com maior
número de espiguetas por espiga (0,48*) e com grãos mais pesados (0,44*). Foram
observadas associações entre os genótipos com maior número de grãos por espiga com
aqueles que mostraram maior número de grãos por espigueta (0,88*) (Tabela 55).
Em Ribeirão Preto, verificaram-se correlações entre altura das plantas e comprimento da
espiga (0,48*) e número de grãos por espiga e espigueta (0,58*), deduzindo
que quanto menor a estatura das plantas, menor o comprimento da espiga e
quanto maior o número de grãos por espiga, maior o número de grãos por
espigueta (Tabela 56).
4.2.2 Em condição de laboratório
O comprimento médio das raízes dos 20 genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens II” e das cultivares-controle, BH-1146 (tolerante) e Anahuac
(sensível), após 72 horas de crescimento em solução normal (sem alumínio), que se
seguiu ao crescimento em solução-tratamento, contendo seis diferentes concentrações
107
Tabela 55 - Estimativas das correlações simples entre as características agronômicas dos
vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003 e 2004
Características
PG
AP
A CE NEs/E NG/E NG/Es
AP
0,58*
A
-0,14
0,31
CE
0,40
0,47*
0,26
NEs/E
0,51* 0,48* 0,25 0,35
NG/E
0,42 0,43 0,31 0,25 0,43
NG/Es
0,31 0,23 0,11 0,09 0,00 0,88*
MG
0,44* 0,44* 0,14 0,43 0,32 0,03 -0,12
*Significativo a 5%.
PG = Produção de grãos; AP = Altura das plantas; A = Acamamento; CE = Comprimento
das espigas; NEs/E = Número de espiguetas/espiga; NG/E = Número de grãos por espiga;
NG/Es = Número de grãos por espigueta; MG = Massa de cem grãos.
108
Tabela 56 - Estimativas das correlações simples entre as características agronômicas dos
vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens II”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão Preto, em 2003 e 2004
Características PG
AP
A
C
CE
NEs/E
NG/E
NG/Es
AP
0,25
A
-0,31 0,31
C
0,26 0,38 -0,23
CE
0,41 0,48* 0,01 0,17
NEs/E
0,02 0,11 0,06 0,11 0,20
NG/E
0,40 0,30 -0,16 0,16 0,36 0,29
NG/Es
0,32 0,25 0,18 0,15 0,09 -0,12 0,58*
MG
-0,02 -0,19 0,23 -0,17 0,22 0,07 -0,31 0,03
*Significativo a 5%.
PG = Produção de grãos; AP = Altura das plantas; A = Acamamento; C = Ciclo da
emergência ao florescimento; CE = Comprimento das espigas; NEs/E = Número de
espiguetas/espiga; NG/E = Número de grãos por espiga; NG/Es = Número de grãos por
espigueta; MG = Massa de cem grãos.
109
de alumínio (média de quatro repetições) são apresentados na tabela 57. Todos os
genótipos avaliados foram tolerantes à presença de 10 mg L
-1
de Al
3+
isto é, exibiram
crescimento das raízes, após permanecerem 48 horas em solução contendo 10 mg L
-1
de
Al
3+
, com exceção da cultivar Anahuac e da linhagem 17 (sensível a 2 mg L
-1
de Al
3+
),
da linhagem 20 (sensível a 6 mg L
-1
de Al
3+
) e da cultivar IAC-370 (sensível a 8 mg L
-1
de Al
3+
). A cultivar IAC-370 foi sensível a 4 mg L
-1
de Al
3+
, isto é, não houve
crescimento das raízes após tratamento de 48 horas em solução contendo 4 mg L
-1
de
alumínio, quando se considerou as quatro repetições do “Ensaio de Novas Linhagens I”
anteriormente apresentado. Esse mesmo comportamento foi obtido por CAMARGO et
al. (no prelo). No presente caso, verificou-se que, em somente uma repetição, houve
crescimento das raízes até 6 mg L
-1
de Al
3+
e nas demais, não (dados não apresentados).
Esse fato poderia ser explicado por eventual mistura de sementes dessa cultivar com
outra tolerante.
As correlações simples calculadas entre as produções médias dos 20 genótipos
do experimento semeado em solo ácido de Capão Bonito em 2003 a 2005 e os
comprimentos médios das raízes dos mesmos genótipos medidos após 72 horas de
crescimento em solução nutritiva que se seguiu ao crescimento em solução tratamento
contendo de 2 a 10 mg L
-1
de Al
3+
foram positivas e significativas, variando de 0,56* a
0,91* (Tabela 58). Esses resultados concordaram com os obtidos no “Ensaio de Novas
Linhagens I” e com os observados por CAMARGO et al. (2003), (2005) e SALOMON
et al. (2003a).
Nos ensaios de Tatuí e Ribeirão Preto as correlações entre as produções médias
de grãos no período de 2003 a 2005 e os crescimentos médios das raízes após
tratamento em soluções com concentrações de 2 a 10 mg L
-1
de alumínio não foram
significativas (Tabela 58).
As correlações simples entre as alturas médias das plantas dos ensaios instalados
em Capão Bonito e os comprimentos médios das raízes em 72 horas de crescimento em
solução nutritiva completa que se seguiu do crescimento por 48 horas em soluções de
tratamento contendo 2, 4, 6, 8 e 10 mg L
-1
foram positivas e significativas, variando de
0,51* a 0,64*; nas condições de sequeiro e solo ácido, as plantas mais produtivas
associadas as de porte semi-anão mais alto, foram tolerantes à toxicidade de alumínio
(Tabela 59), concordando com os resultados obtidos para os genótipos avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens I” em Capão Bonito. Como relatado no “Ensaio de Novas
Linhagens I” e em trabalhos de CAMARGO et al. (2003), a produção de grãos e a altura
110
Tabela 57 - Comprimento médio das raízes
(1)
dos 20 genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens II”, em 72 horas de crescimento em solução completa,
após tratamento em soluções contendo diferentes concentrações de alumínio
Genótipos Concentração de alumínio (mg L
-1
)
0 2 4 6 8 10
__________________________________
mm
___________________________________
IAC-24 66,7 48,8 32,9 32,9 19,0 16,4
IAC-370 75,4 21,2 6,3 0,9 0,0 0,0
3 56,1 46,8 38,8 38,7 32,9 29,6
4 64,8 52,0 35,0 36,5 21,1 14,0
5 62,6 44,8 32,2 29,9 26,2 20,1
6 69,6 41,9 33,8 28,9 21,3 14,3
7 68,9 54,4 37,7 37,7 26,4 20,9
8 62,1 48,3 31,8 27,8 20,8 11,5
9 63,9 48,1 28,5 26,8 18,9 11,6
10 61,0 45,8 29,3 30,2 22,9 22,2
11 61,6 50,3 34,3 22,6 15,7 6,9
12 63,3 40,4 26,3 21,1 10,3 6,4
13 64,9 49,7 32,7 22,5 8,8 1,6
14 64,7 51,8 33,5 23,5 14,3 5,0
15 58,9 34,4 19,7 21,6 22,8 12,5
16 64,7 49,1 30,7 31,6 22,0 17,6
17 82,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
18 70,7 33,4 10,9 11,0 8,0 3,9
19 71,4 57,5 31,6 23,0 9,4 3,8
20 63,1 9,6 0,3 0,0 0,0 0,0
BH-1146 88,1 83,1 61,8 57,2 50,6 36,7
Anahuac 66,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
(1)
Avaliação feita usando a média de 5 plântulas em 4 repetições.
111
Tabela 58 – Estimativas das correlações simples entre a produção de grãos e o
comprimento médio das raízes nas diferentes concentrações de alumínio, no “Ensaio
de Novas Linhagens II”
Concentrações Capão Bonito Tatuí Ribeirão Preto
de Al
3+
2003-2005 2003-2005 2003-2005
2 0,91* -0,12 -0,21
4 0,89* -0,20 -0,26
6 0,85* -0,11 -0,26
8 0,76* -0,02 -0,20
10 0,56* 0,09 -0,11
Tabela 59 - Estimativas das correlações simples entre a altura das plantas e o
comprimento médio das raízes nas diferentes concentrações de alumínio, no “Ensaio
de Novas Linhagens II”
Concentrações Capão Bonito Tatuí Ribeirão Preto
de Al
3+
2003-2005 2003-2005 2003-2005
2 0,64* -0,25 -0,23
4 0,55* -0,34 -0,32
6 0,61* -0,19 -0,22
8 0,55* -0,10 -0,21
10 0,51* 0,06 -0,08
112
das plantas nas condições de solo corrigido com irrigação por aspersão (Tatuí e Ribeirão
Preto) independem do grau de tolerância à toxicidade de alumínio, em solução nutritiva.
4.3 Ensaio de Novas Linhagens III
4.3.1 Em condição de campo
Nos quadrados médios das análises de variância individuais para produção de
grãos, dos genótipos de trigo avaliados em condição de irrigação por aspersão em Tatuí,
Mococa e Ribeirão Preto observaram-se efeitos significativos para genótipos em todos
os ensaios e significativos para repetições somente nos ensaios de Tatuí e Mococa em
2003 (Tabelas 60, 61 e 62).
Nas análises conjuntas da variância para produção de grãos dos genótipos em
Tatuí e Mococa, os quadrados médios foram significativos para genótipos e anos, exceto
para anos em Mococa. Pelas interações significativas entre genótipos x anos constatou-se
que na maioria dos genótipos avaliados ocorreu comportamento diferente para produção
de grãos de acordo com o ano (Tabelas 60 e 61).
Pelo mesmo motivo já mencionado para o “Ensaio de Novas Linhagens II” (Tabela 35),
foram feitas duas análises de variância conjuntas, para produção de grãos em Ribeirão
Preto, sendo uma feita com os dados de 2003 e 2004 e a outra, com dos três anos
avaliados. Nas duas análises foram observados efeitos significativos para genótipos e
anos. A interação genótipos x anos somente foi significativa quando se considerou o
“Ensaio de Novas Linhagens II” instalado nos três anos (Tabela 62).
Os resultados verificados em Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto apesar de serem
obtidos com outros genótipos em diferentes anos, concordaram com os de SALOMON
et al. (2003a) e os de FELÍCIO et al. (2001) em relação à significância dos efeitos da
interação genótipos x anos e discordaram dos obtidos por CAMARGO et al. (2003), em
que houve efeitos significativos para genótipos e não significativos para a interação
genótipos x anos. CAMARGO et al. (2001), avaliando linhagens provenientes de
cruzamentos entre linhagens mexicanas e variedades nacionais (IAC) em Ribeirão
Preto, constataram que o quadrado médio da análise de variância conjunta das
produções de grãos foi significativo para a interação genótipos x anos, concordando
com a interação obtida no presente trabalho.
113
Tabela 60 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido,
em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
kg ha
-1
________________________________
IAC-24 2837a-d 3691a-d 3690a-d 3406
IAC-370 3663a 4326a-c 4104a-c 4031
3 2333c-e 3785a-d 3579a-d 3232
4 2729a-e 4462a 3779a-d 3657
5 1868de 4000a-d 4354ab 3407
6 2212c-e 3635a-d 4068a-c 3305
7 3392ab 3444a-d 3944a-d 3594
8 2285c-e 3323b-d 2739d 2782
9 2653b-e 1799e 2949cd 2467
10 2431b-e 4351ab 3875a-d 3552
11 2167c-e 3833a-d 3963a-d 3321
12 2351c-e 4340ab 4068a-c 3586
13 1792e 4115a-d 3939a-d 3282
14 2306c-e 3819a-d 4450ab 3525
15 3094a-c 3771a-d 3933a-d 3599
16 2868a-d 4326a-c 3958a-d 3718
17 3094a-c 4500a 4535a 4043
18 2851a-d 4076a-d 3200b-d 3376
19 2403b-e 3243cd 2833cd 2826
20 2128c-e 3229d 3414a-d 2924
F (Genótipos) 6,61* 8,89* 4,50* 2,27*
F (Anos) - - - 47,26*
F (Genótipos x Anos) - - - 3,72*
d.m.s. (Tukey 5%) 1002 1093 1264 1416
C. V. % 14,84 10,95 12,17 13,9
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
114
Tabela 61 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido,
em Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
kg ha
-1________________________________
IAC-24 4668d-f 5028a-d 4972a-c 4889
IAC-370 5062a-f 4590a-d 5521ab 5058
3 4748c-f 3611d 4524bc 4294
4 5927ab 5694ab 5538ab 5720
5 5510a-e 4771a-d 5476ab 5252
6 4574ef 4118b-d 4361bc 4351
7 4459ef 4576a-d 5292ab 4776
8 4068f 3924cd 3879c 3957
9 2978g 4153b-d 4281bc 3804
10 5228a-e 5333a-c 4882a-c 5148
11 4856b-f 5285a-c 4986a-c 5042
12 5974ab 6132a 4837a-c 5648
13 4727c-f 5139a-d 4847a-c 4904
14 5479a-e 5215a-d 5198a-c 5297
15 5794a-d 4847a-d 5375ab 5339
16 6140a 6007a 6076a 6074
17 5848a-c 4833a-d 5476ab 5386
18 5918ab 5271a-c 5521ab 5570
19 5131a-f 5271a-c 4483bc 4962
20 5251a-e 5181a-d 4681bc 5037
F (Genótipos) 12,76* 4,60* 4,28* 6,33*
F (Anos) - - - 0,91
F (Genótipos x Anos) - - - 2,11*
d.m.s. (Tukey 5%) 1136 1609 1371 1237
C. V. % 8,46 12,38 10,42 10,92
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
115
Tabela 62 - Produção média de grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido,
em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
2003-04
Média
2003-05
_____________________________________
kg ha
-1________________________________
IAC-24 4938ab 3351ab 1657ab 4144a 3315
IAC-370 6236a 4222ab 2162ab 5229a 4207
3 5396ab 4267ab 1412ab 4832a 3692
4 6069ab 4694ab 2031ab 5382a 4265
5 4983ab 4872ab 1602ab 4927a 3819
6 4597ab 4563ab 1972ab 4580a 3711
7 5427ab 4483ab 2476ab 4955a 4129
8 4403ab 3875ab 1870ab 4139a 3383
9 5201ab 3132b 2097ab 4167a 3477
10 5226ab 5240ab 1810ab 5233a 4092
11 4021b 4361ab 1574ab 4191a 3319
12 6254a 4806ab 1583ab 5530a 4214
13 4448ab 3771ab 2032ab 4109a 3417
14 5674ab 4965ab 1995ab 5319a 4211
15 5351ab 3785ab 2037ab 4568a 3724
16 6472a 4819ab 1907ab 5646a 4400
17 6177a 5076ab 2171ab 5627a 4475
18 5597ab 5486a 2699a 5542a 4594
19 4733ab 3642ab 1578ab 4188a 3318
20 4889ab 3677ab 1370b 4283a 3312
F (Genótipos) 3,03* 2,49* 1,84* 2,70* 2,60*
F (Anos) - - - 36,55* 275,22*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,42 1,63*
d.m.s. (Tukey 5%) 2095 2188 1318 2021 1470
C. V. % 15,04 19,15 26,40 17,29 19,24
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
116
As produções médias em Tatuí (2003) variaram de 1.792 a 3.663 kg ha
-1
, sendo
a cultivar IAC-370 a mais produtiva, não diferindo das linhagens 4, 7, 15, 16, 17 e 18 e
da cultivar IAC-24 (2.837 kg ha
-1
). No ano de 2004, as produções médias variaram de
1.799 a 4.500 kg ha
-1
, sendo as linhagens 4 e 17 as mais produtivas, diferindo
significativamente das linhagens 8, 9, 19 e 20. Em 2005, as produções médias variaram
de 2.739 a 4.535 kg ha
-1
, sendo a linhagem 17 a mais produtiva, diferindo
significativamente apenas das linhagens 8, 9, 18 e 19.
Em Mococa, as produções dos genótipos variaram de 2.978 a 6.140 kg ha
-1
em
2003, de 3.611 a 6.132 kg ha
-1
em 2004, e de 3.879 a 6.076 kg ha
-1
em 2005. A
linhagem 16 foi a mais produtiva em 2003 diferindo apenas da cultivar IAC-24 (4.668
kg ha
-1
) e das linhagens 3, 6, 7, 8, 9, 11 e 13; em 2004, as linhagens 12 (6.132 kg ha
-1
) e
16 (6.007 kg ha
-1
) foram as mais produtivas, diferindo somente das linhagens 3, 6, 8 e 9
e em 2005, a linhagem 16 (6.076 kg ha
-1
) obteve também a maior produção de grãos
diferindo das linhagens 3, 6, 8, 9, 19 e 20.
As linhagens 16 (6.472 kg ha
-1
) e 17 (6.177 kg ha
-1
) e a cultivar IAC-370 (6.236
kg ha
-1
), foram as mais produtivas em Ribeirão Preto, em 2003, diferindo apenas da
linhagem 11 (4.021 kg ha
-1
) de menor produção. No ano de 2004, a linhagem 18 foi a
mais produtiva (5.486 kg ha
-1
), diferindo apenas da linhagem 9 (3.132 kg ha
-1
), menos
produtiva. A linhagem 18 (2.699 kg ha
-1
) se destacou em 2005, somente diferindo da
linhagem 20 (1.370 kg ha
-1
).
Através dos quadrados médios das análises de variância individuais de altura das
plantas dos genótipos de trigo avaliados, constataram-se efeitos significativos para
genótipos, para todos os ensaios, exceto para o ensaio de Ribeirão Preto, em 2005, e não
significativos para repetições somente nos ensaios de Mococa em 2004 e 2005, e
Ribeirão Preto em 2004 e 2005 (Tabelas 63, 64 e 65).
Os quadrados médios das análises de variância conjuntas de altura das plantas dos
genótipos, avaliados separadamente, nos ensaios de Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto,
exibiram efeitos significativos para genótipos e para anos e efeitos não significativos para
a interação genótipos x anos, somente para os ensaios de Tatuí.
Considerando-se a média de altura das plantas dos três anos, nos ensaios de Tatuí
(Tabela 63), verificou-se que o genótipo 19 obteve as plantas mais altas (92 cm) não
diferindo somente da cultivar IAC-370 e das linhagens 4, 5, 14 e 18. Nas mesmas
condições, a linhagem 3 foi a mais baixa, com 72 cm, diferindo dos demais genótipos
estudados, com exceção das linhagens 10 e 15.
117
Tabela 63 - Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido,
em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
__________________________________
cm
___________________________________
IAC-24 74a-c 85a-c 81de 80cd
IAC-370 76a-c 90a-c 89b-d 85a-d
3 60d 81c 74e 72e
4 80ab 94a 98a 90ab
5 73a-c 93ab 93ab 86a-c
6 68cd 85a-c 86b-d 80cd
7 75a-c 86a-c 88b-d 83b-d
8 71b-d 89a-c 86b-d 82cd
9 75a-c 85a-c 88b-d 83b-d
10 68cd 81c 84cd 78de
11 68cd 84bc 88b-d 80cd
12 70b-d 84bc 86b-d 80cd
13 70b-d 84bc 88b-d 80cd
14 71b-d 89a-c 94ab 85a-d
15 71b-d 83c 81de 78de
16 75a-c 88a-c 89b-d 84b-d
17 76a-c 90a-c 88b-d 84b-d
18 76a-c 90a-c 88b-d 85a-d
19 84a 94a 98a 92a
20 73a-c 86a-c 91bc 83b-d
F (Genótipos) 4,84* 4,38* 10,41* 9,93*
F (Anos) - - - 244,52*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,23
d.m.s. (Tukey 5%) 12 10 9 8
C. V. % 6,38 4,26 3,86 5,33
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
118
Tabela 64 - Altura média
das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido,
em Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
cm
___________________________________
IAC-24 80a-d 85a-d 78b-d 81
IAC-370 83a-d 87a-c 84a-c 85
3 75d 77d 70d 74
4 88ab 85a-d 93a 89
5 90a 91ab 86a-c 89
6 81a-d 86a-d 82a-c 83
7 85a-d 85a-d 83a-c 84
8 85a-d 91ab 85a-c 87
9 81a-d 83a-d 88ab 84
10 76cd 82b-d 79b-d 79
11 81a-d 88a-c 79b-d 83
12 82a-d 85a-d 81bc 82
13 82a-d 85a-d 80bc 82
14 88ab 88a-c 85a-c 87
15 78b-d 80cd 78b-d 78
16 87a-c 86a-d 80bc 84
17 82a-d 87a-c 81bc 83
18 86a-d 91ab 89ab 89
19 88ab 92a 76cd 85
20 82a-d 82b-d 78b-d 81
F (Genótipos) 3,65* 4,41* 5,25* 5,45*
F (Anos) - - - 11,16*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,68*
d.m.s. (Tukey 5%) 11 10 12 9
C. V. % 5,07 4,38 5,43 5,13
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
119
Tabela 65 – Altura média das plantas dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido,
em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
___________________________________
cm
___________________________________
IAC-24 79bc 67d 67 71
IAC-370 86a-c 77a-d 70 77
3 76c 69cd 61 69
4 93a 91a 68 84
5 84a-c 85a-c 64 78
6 83a-c 80a-d 62 75
7 84a-c 78a-d 63 75
8 83a-c 75a-d 64 74
9 81a-c 72b-d 68 74
10 78bc 80a-d 57 72
11 76c 72b-d 60 69
12 83a-c 83a-d 62 76
13 80bc 77a-d 66 74
14 89ab 87ab 67 81
15 76c 67d 67 70
16 85a-c 83a-d 64 77
17 81a-c 77a-d 71 76
18 83a-c 88ab 63 78
19 81a-c 82a-d 72 78
20 80bc 82a-d 60 74
F (Genótipos) 3,04* 4,54* 1,03 2,51*
F (Anos) - - - 96,84*
F (Genótipos x Anos) - - - 1,65*
d.m.s. (Tukey 5%) 13 17 20 13
C. V. % 5,83 8,06 11,81 8,60
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
120
Nos ensaios de Mococa (Tabela 64), as alturas das plantas variaram entre 75 e 90 cm
no ano de 2003, entre 77 e 92 cm no ano de 2004 e entre 70 e 93 cm no ano de 2005.
Aplicando-se o teste de Tukey, ao nível de 5%, para comparação das médias de altura das
plantas no ensaio de 2003, pode-se observar no genótipo 5 (90 cm) maior altura, diferindo dos
genótipos 3 (75 cm), 10 (76 cm) e 15 (78 cm), que foram os mais baixos. Em 2004, a
linhagem 19 (92 cm) foi a mais alta, diferindo somente das linhagens mais baixas: 3 (77 cm),
10 (82 cm), 15 (80 cm) e 20 (82 cm). A linhagem 4 (93 cm) foi a que mostrou as plantas de
maior estatura no ensaio de 2005, somente não diferindo da ‘IAC-370’ e das linhagens 5, 6, 7,
8, 9, 14 e 18. A linhagem 3 (70 cm) foi a mais baixa, nesse ano, somente não diferindo das
cultivar IAC-24 e das linhagens 10, 11, 15, 19 e 20.
Considerando-se os ensaios de Ribeirão Preto, semeados em 2003 e 2004,
verificou-se que nos dois anos, a linhagem 4 obteve as plantas mais altas, e em 2003,
somente diferiu da cultivar IAC-24 e das linhagens 3, 10, 11, 13, 15 e 20 e em 2004,
da cultivar IAC-24 e das linhagens 3, 9, 11 e 15 (Tabela 65).
As análises de variância individuais e conjuntas e o teste de médias para a
característica ciclo de emergência ao florescimento, dos ensaios instalados em Mococa
nos anos de 2003 a 2005, estão apresentados na tabela 66. Pelos quadrados médios das
análises de variância individuais do ciclo da emergência ao florescimento, verificaram-se
efeitos significativos para genótipos e não significativos para repetições, nos três anos em
que o ensaio foi instalado em Mococa. Pela análise conjunta, houve efeitos significativos
para genótipos, para anos e para a interação genótipos x anos.
As linhagens 6 (71 dias), 8 (70 dias) e 9 (71 dias) foram as mais tardias para
florescer em Mococa em 2003, diferindo dos demais genótipos estudados. Nos ensaios
semeados em 2004, as linhagens 6 e 9, ambas com 68 dias da emergência ao
florescimento, foram as mais tardias, não diferindo somente das linhagens 7 e 8. As
linhagens 6, 8 e 9 com ciclo variando de 70 a 72 dias, em 2005, foram as mais tardias,
diferindo dos demais genótipos avaliados. Apesar da interação genótipos x anos ter sido
significativa, a linhagem 3 destacou-se pela precocidade nos três anos considerados.
As porcentagens de plantas acamadas do “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condição de irrigação por aspersão, instalado em Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto, estão
inseridas nas tabelas 67, 68 e 69.
A cultivar IAC-370 e as linhagens 3, 7, 16 e 20 mostraram-se muito resistentes ao
acamamento quando se considerou os ensaios de Tatuí (Tabela 67). As linhagens 6 e 16
se destacaram pela resistência ao acamamento quando se levou em conta os ensaios
121
Tabela 66 - Ciclo médio, da emergência ao florescimento, dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão,
e de solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
__________________________________
dias
___________________________________
IAC-24 57e-g 57d-f 58c-e 57
IAC-370 65b 61b-d 60b-d 62
3 50h 48g 53f 50
4 58d-f 56d-f 58c-e 57
5 60cd 53e-g 58c-e 57
6 71a 68a 71a 70
7 65b 63a-c 63b 64
8 70a 65ab 72a 69
9 71a 68a 70a 70
10 60cd 56d-f 60b-d 59
11 56fg 52fg 52f 53
12 59c-e 58c-e 59cd 59
13 59c-e 56d-f 58c-e 58
14 61c 54ef 58c-e 58
15 56fg 55ef 57de 56
16 58d-f 58c-e 60b-d 59
17 65b 61b-d 60b-d 62
18 61c 58c-e 61bc 60
19 55g 52fg 55ef 54
20 56fg 52fg 57de 55
F (Genótipos) 95,05* 23,21* 47,10* 37,75*
F (Anos) - - - 23,90*
F (Genótipos x Anos) - - - 3,12*
d.m.s. (Tukey 5%) 3 6 4 5
C. V. % 1,92 3,94 2,60 2,88
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
122
Tabela 67 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
______________________________________
IAC-24 0 10 20 10
IAC-370 0 0 0 0
3 0 0 0 0
4 10 0 40 17
5 0 20 10 10
6 0 0 10 3
7 0 0 0 0
8 0 10 30 13
9 0 0 20 7
10 0 40 20 20
11 10 10 10 10
12 0 30 50 27
13 0 20 30 17
14 0 0 10 3
15 0 0 20 7
16 0 0 0 0
17 0 0 10 3
18 0 0 60 20
19 20 60 40 40
20 0 0 0 0
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
123
Tabela 68 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
_______________________________________
%
________________________________________
IAC-24 50 30 5 28
IAC-370 35 0 0 12
3 55 0 5 20
4 85 60 5 50
5 65 20 10 32
6 20 0 0 7
7 30 0 0 10
8 30 0 0 10
9 30 0 0 10
10 45 20 10 25
11 50 40 0 30
12 90 50 20 53
13 30 70 10 37
14 80 50 5 45
15 65 30 0 32
16 25 0 0 8
17 25 10 0 12
18 55 20 0 25
19 100 40 25 55
20 25 20 0 15
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
124
Tabela 69 – Acamamento médio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de
Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
______________________________________
%
_______________________________________
IAC-24 0 0 0 0
IAC-370 0 0 0 0
3 0 0 0 0
4 0 0 0 0
5 0 0 10 3
6 0 0 0 0
7 0 0 0 0
8 0 0 0 0
9 0 0 0 0
10 0 0 0 0
11 0 0 10 3
12 5 0 0 2
13 0 0 10 3
14 0 0 0 0
15 0 0 0 0
16 0 0 0 0
17 0 0 0 0
18 0 0 0 0
19 15 0 0 5
20 0 0 0 0
(1)
Avaliação feita usando a escala de 0 (sem acamamento) até 100% de acamamento.
125
de Mococa (Tabela 68). Nos ensaios de Ribeirão Preto verificou-se baixa ocorrência de
plantas acamadas em todos os anos (Tabela 69). Esta resistência ao acamamento como
foi também observado nos “Ensaios de Novas Linhagens I e II” parece ser devida à
presença de palha forte, uma vez que todos os genótipos avaliados são de porte semi-
anão.
Quando foram considerados todos os ensaios, nos três locais, as linhagens 12 e 19
foram as mais suscetíveis ao acamamento.
Os graus médios de infecção da ferrugem-da-folha (P. recondita) avaliados nos
genótipos, nos experimentos de 2003, 2004 e 2005, em Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto,
acham-se nas tabelas 70, 71 e 72. A doença ocorreu naturalmente em intensidade que
permitiu uma diferenciação dos níveis de resistência dos genótipos em relação ao
patógeno.
Em Tatuí, a porcentagem de área foliar infectada variou de 0 a 13%, 0 a 60% e 0 a
30%, nos anos de 2003, 2004 e 2005, respectivamente (Tabela 70). Em Mococa e
Ribeirão Preto, também se observou variabilidade entre os genótipos. A porcentagem
média de área foliar infectada pelas pústulas variou de 0 a 55%, de traço a 15% e de 0 a
40% (Mococa: 2003, 2004 e 2005) (Tabela 71) e de 0 a 25%, de 0 a 18% e de 0 a 3%
(Ribeirão Preto: 2003, 2004 e 2005) (Tabela 72). No ano de 2005, as condições não
foram favoráveis ao aparecimento da ferrugem-da-folha no ensaio de Ribeirão Preto.
As pústulas observadas foram do tipo suscetível, com esporulação abundante, mas
quando considerada a porcentagem visualmente observada da área foliar lesionada,
conforme MEHTA (1993), classificou-se como resistente, com baixos índices de
infecção, as linhagens 3, 5, 10, 11, 13, 14, 15, 18, 19 e 20, com sintomas, variando de
zero a 5S quando se considerou todos os ensaios, em todos os locais. A linhagem 9
mostrou-se a mais suscetível, exibindo um grau médio de infecção variando de 5S a 60S,
conforme o experimento.
Os genótipos, pela resistência observada, poderiam ser utilizados em cruzamentos
com cultivares suscetíveis para transferência dessa característica. Outros genótipos com
resistência específica ao agente causal da ferrugem-da-folha foram identificados no
“Ensaio de Novas Linhagens I e II”, já relatados e também por CAMARGO et al.
(1988b), estudando o comportamento de linhagens de origem mexicana no Estado de São
Paulo e por CAMARGO et al. (2005) avaliando linhagens oriundas de hibridações.
126
Tabela 70 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de
trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
_______________________________________
IAC-24 tS 20S 8S 9S
IAC-370 3S 25S 20S 16S
3 3S tS tS tS
4 6S 25S 3S 11S
5 0 0 0 0
6 0 5S tS 2S
7 13S 30S 5S 16S
8 tS tS 0 tS
9 5S 60S 30S 32S
10 0 tS 0 tS
11 tS 5S 0 2S
12 3S 10S 3S 5S
13 0 tS 0 tS
14 0 tS tS tS
15 tS 5S 3S 3S
16 0 5S 0 2S
17 tS 5S 0 2S
18 tS tS tS tS
19 tS tS 3S 2S
20 tS tS 0 tS
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% =
suscetível, e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S
= suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
127
Tabela 71 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Mococa, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 13S 8S 10S 10S
IAC-370 20S 15S 13S 16S
3 0 tS 0 tS
4 8S 6S 8S 7S
5 0 tS 3S tS
6 6S tS 2S 3S
7 20S 15S 16S 17S
8 5S tS 6S 4S
9 55S 13S 40S 36S
10 0 tS tS tS
11 5S 3S 3S 4S
12 3S 5S 7S 5S
13 tS tS 2S tS
14 0 tS tS tS
15 5S tS 3S 3S
16 5S 5S 8S 6S
17 5S 5S 6S 5S
18 0 3S 2S 2S
19 3S tS 3S 2S
20 tS tS 3S 2S
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% =
suscetível, e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S
= suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
128
Tabela 72 - Grau médio de infecção de ferrugem-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005.
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 3S 5S 0 3S
IAC-370 8S 8S tS 5S
3 0 0 0 0
4 5S 8S 0 4S
5 0 0 0 0
6 tS tS 0 tS
7 8S 18S 3S 10S
8 5S 3S 0 3S
9 25S 10S 0 12S
10 0 0 0 0
11 tS 0 0 tS
12 tS tS 0 tS
13 0 0 0 0
14 0 0 0 0
15 0 0 0 0
16 tS 3S tS 1S
17 tS tS tS tS
18 tS 3S 0 1S
19 tS 0 0 tS
20 0 tS 0 tS
(1)
Avaliação de ferrugem-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% =
suscetível, e 51% a 99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas); S
= suscetibilidade (pústulas tipo suscetível).
129
A linhagem 9 pela sua suscetibilidade não deveria ser recomendada para locais com
condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento dessa ferrugem.
Como moderadamente resistentes, pode-se citar as cultivares IAC-24 e IAC-370 e
as linhagens, 4, 6, 8, 12, 16 e 17, com níveis de severidade variando de 6% a 25%
verificado nos vários experimentos, revelando um tipo de resistência que envolve
combinações patógeno-hospedeiro que não atinjam altos graus de severidade. É
interessante o lançamento de cultivares com essa resistência, pois apesar da ocorrência da
doença, não causaria grandes prejuízos à cultura e como provavelmente envolva vários
genes, não seria facilmente quebrada. CAMARGO et al. (2001) verificaram genótipos
com resistência, dada pela baixa severidade da doença em vários ensaios instalados no
Estado de São Paulo, podendo juntamente com os genótipos identificados no presente
ensaio, ser utilizados como fonte de resistência em programas de melhoramento.
Os graus médios de infecção de mancha-da-folha dos 20 genótipos avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí (Tabela 73) e Mococa, em 2004 e 2005, e Ribeirão Preto, em 2004
estão relacionados na tabela 74. Não foram feitas avaliações de mancha-da-folha nos
ensaios de Tatuí e Mococa em 2003 e nos ensaios instalados em Ribeirão Preto, em 2003
e 2005, tendo em vista a baixa ocorrência dessa doença.
Verificou-se maior severidade dessa doença nos ensaios instalados em Tatuí e
Ribeirão Preto, em relação aos de Mococa, devido em grande parte às condições
ambientais mais favoráveis.
Nos ensaios de Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto, verificou-se que a cultivar IAC-
24 e a linhagem 20 foram consideradas suscetíveis, por se constatar em pelo menos um
experimento, grau médio de infecção de mancha-da-folha entre 26% e 50%. Os demais
genótipos foram moderadamente resistentes por exibirem um grau médio de infecção
entre 6% e 25% em pelo menos um experimento.
Os genótipos mexicanos foram selecionados em condição de deserto, portanto
não sofreram pressão de seleção para resistência ao agente causal da mancha-da-folha.
Por esse motivo e pela sensibilidade à toxicidade de alumínio, o “Ensaio de Novas
Linhagens III” não foi instalado em Capão Bonito, local com condições muito
favoráveis ao desenvolvimento dessa doença, pois nesse caso, todos os genótipos
provavelmente seriam altamente suscetíveis.
130
Tabela 73 - Grau médio de infecção de mancha-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Tatuí, em 2004 e 2005
Genótipos 2004 2005 Média
_______________________________________
%
____________________________________
IAC-24 10 30 20
IAC-370 15 25 20
3 15 25 20
4 10 20 15
5 15 20 18
6 8 10 9
7 20 15 18
8 10 15 13
9 15 15 15
10 10 25 18
11 10 20 15
12 15 20 18
13 10 15 13
14 20 10 15
15 10 20 15
16 10 20 15
17 10 20 15
18 8 20 14
19 20 25 23
20 10 30 20
(1)
Avaliação de mancha-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% =
suscetível, e 51% a 99% = altamente suscetível.
131
Tabela 74 - Grau médio de infecção de mancha-da-folha
(1)
dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Mococa, em 2004 e 2005 e Ribeirão Preto, em 2004
Genótipos Mococa Ribeirão Preto
2004 2005 Média 2004
________________________________________
%
________________________________________
IAC-24 15 15 15 20
IAC-370 10 5 8 20
3 10 10 10 25
4 10 5 8 20
5 15 5 10 25
6 8 13 10 20
7 10 5 8 20
8 5 8 6 20
9 5 8 6 25
10 10 8 9 20
11 10 5 8 20
12 10 5 8 20
13 10 8 9 25
14 10 8 9 25
15 10 8 9 20
16 10 5 8 25
17 13 10 11 20
18 8 8 8 20
19 10 10 10 20
20 20 13 16 30
(1)
Avaliação de mancha-da-folha segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área
infectada = resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% =
suscetível, e 51% a 99% = altamente suscetível.
132
A avaliação dos genótipos em relação a oídio somente foi feita nos ensaios
instalados em Mococa, em 2004 e 2005 e em Ribeirão Preto em 2003, 2004 e 2005
(Tabelas 75 e 76). Pelos resultados observou-se que a linhagem 3 foi a mais suscetível,
tendo um grau médio de infecção de oídio com uma porcentagem de área foliar lesionada
de 45%, no ensaio semeado em Mococa, em 2004. As linhagens 4, 11, 13 e 19 foram as
mais resistentes, com grau médio de infecção não superior a 3% nos ensaios
considerados. Os demais genótipos foram considerados moderadamente resistentes por
terem um grau médio de infecção variando de 6% a 25%.
Os quadrados médios das análises individuais de variância para comprimento da
espiga, número de espiguetas por espiga, número de grãos por espiga e por espigueta e
massa de cem grãos, dos experimentos de Tatuí (2003 e 2004) e de Mococa e Ribeirão
Preto (2004), foram significativos a 5% para genótipos, exceto para número de grãos por
espiga em Tatuí (2004) e para repetição, somente significativo para massa de cem grãos,
em Tatuí em 2003 e 2004 (Tabelas 77, 78, 79, 80 e 81).
Nas análises conjuntas dos ensaios de Tatuí, os quadrados médios foram
significativos para genótipos e anos para todas as características e, somente significativo
para a interação genótipos x anos para massa de cem grãos.
Nos ensaios instalados em Tatuí (Tabela 77), a cultivar IAC-370 (9,8 cm) com as
espigas mais compridas, diferiu somente da ‘IAC-24’ (8,1 cm) e das linhagens 3, 6, 8, 9 e
10, com espigas variando de 7,9 a 8,2 cm. Em Mococa, a linhagem 7 (10,6 cm) com as
espigas mais compridas, diferiu somente da cultivar IAC-24 (8,2 cm) e das linhagens 5
(8,6 cm), 8 (8,6 cm) e 13 (8,3 cm). Em Ribeirão Preto, a cultivar IAC-370 obteve as
espigas mais compridas (9,0 cm), diferindo apenas da cultivar IAC-24 (6,8 cm) e da
linhagem 13 (7,0 cm).
Considerando-se as médias dos ensaios de Tatuí (Tabela 78), na linhagem 8 (19,8)
notou-se um maior número de espiguetas por espiga, não diferindo das cultivares IAC-24
e IAC-370 e das linhagens 9, 11, 12, 13 e 16. Em Mococa, na linhagem 9 (20,3)
verificou-se o maior valor para esta característica, não diferindo da cultivar IAC-24 e das
linhagens 3, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13 e 20. Em Ribeirão Preto, a linhagem 11 (19,0), com o
maior número de espiguetas por espiga, não diferiu apenas da cultivar IAC-24 e das
linhagens 8, 9, 12 e 13.
Aplicando-se o teste de Tukey, ao nível de 5% para comparar as médias de
número de grãos por espiga, dos ensaios de Tatuí (Tabela 79), verificou-se que a
linhagem 12 (43,6) foi a que obteve o maior valor, diferindo somente das linhagens 3 e
133
Tabela 75 - Grau médio de infecção de oídio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Mococa, em 2004 e 2005
Genótipos 2004 2005 Média
_______________________________________
%
____________________________________
IAC-24 13 0 6
IAC-370 20 0 10
3 45 5 25
4 3 0 2
5 6 3 4
6 20 10 15
7 20 0 10
8 8 10 9
9 15 0 8
10 15 3 9
11 3 0 2
12 8 0 4
13 3 0 2
14 10 3 6
15 15 0 8
16 10 0 5
17 15 t 8
18 10 3 6
19 t 0 t
20 5 0 3
(1)
Avaliação de oídio segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área infectada =
resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível, e 51% a
99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas).
134
Tabela 76 - Grau médio de infecção de oídio
(1)
dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Ribeirão Preto, em 2003, 2004 e 2005
Genótipos 2003 2004 2005 Média
________________________________________
%
_______________________________________
IAC-24 0 5 3 3
IAC-370 0 11 5 5
3 0 8 8 5
4 0 t t t
5 0 15 5 7
6 0 6 3 3
7 0 20 3 8
8 0 25 t 9
9 13 t 18 10
10 0 t 0 t
11 0 t 0 t
12 0 t 3 1
13 0 3 t 1
14 0 8 3 4
15 0 t 3 1
16 0 t t t
17 0 t t t
18 0 15 3 6
19 0 t 3 1
20 0 6 3 3
(1)
Avaliação de oídio segundo MEHTA (1993): 0 = imune; t a 5% de área infectada =
resistente; 6% a 25% = moderadamente resistente; 26% a 50% = suscetível, e 51% a
99% = altamente suscetível; t = traço (apenas algumas pústulas).
135
Tabela 77 – Comprimento médio das espigas dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí, em 2003 e 2004, e em Mococa e Ribeirão Preto, em 2004
Genótipos Tatuí Mococa Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2004 2004
____________________________________
cm
____________________________________
IAC-24 7,6ab 8,7b 8,1b 8,2c 6,8d
IAC-370 9,2a 10,4a 9,8a 10,1a-c 9,0a
3 7,4ab 8,5b 7,9b 9,0a-c 7,2a-d
4 7,6ab 9,0ab 8,3ab 8,8a-c 7,7a-d
5 7,8ab 9,5ab 8,7ab 8,6bc 8,4ab
6 7,1b 8,9ab 8,0b 9,6a-c 7,7a-d
7 9,2a 9,6ab 9,4ab 10,6a 8,3a-c
8 7,7ab 8,6b 8,1b 8,6bc 7,6a-d
9 8,1ab 8,4b 8,2b 9,6a-c 8,2a-c
10 7,4ab 9,0ab 8,2b 9,0a-c 7,8a-d
11 8,1ab 9,5ab 8,8ab 9,7a-c 8,5ab
12 7,9ab 9,8ab 8,9ab 9,3a-c 7,7a-d
13 8,3ab 8,3b 8,3ab 8,3c 7,0cd
14 8,6ab 9,4ab 9,0ab 9,4a-c 7,5a-d
15 8,2ab 8,7b 8,5ab 8,7a-c 7,4a-d
16 8,7ab 9,2ab 9,0ab 9,0a-c 7,7a-d
17 8,8ab 9,2ab 9,0ab 9,4a-c 7,6a-d
18 8,5ab 9,3ab 8,9ab 9,8a-c 8,4ab
19 7,8ab 9,3ab 8,5ab 8,9a-c 7,6a-d
20 8,6ab 9,4ab 9,0ab 10,4ab 7,5a-d
F (Genótipos) 2,30* 2,54* 3,19* 3,18* 4,31*
F (Anos) - - 66,69* - -
F (Genótipos x Anos) - - 1,19 - -
d.m.s. (Tukey 5%) 2,1 1,7 1,6 2,0 1,4
C. V. (%) 9,86 7,27 8,36 8,12 6,68
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
136
Tabela 78 – Número médio de espiguetas por espiga dos vinte genótipos de trigo
avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e
de solo corrigido, em Tatuí, em 2003 e 2004, e em Mococa e Ribeirão Preto, em 2004
Genótipos Tatuí Mococa Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2004 2004
_____________________________________
n.°
_
__________________________________
_
IAC-24 17,3a-c 20,2ab 18,7a-d 19,9ab 17,6a-d
IAC-370 16,7a-d 19,9a-c 18,3a-e 16,6c 16,4b-e
3 15,5b-d 18,6bc 17,0c-e 18,7a-c 16,3b-e
4 15,1b-d 19,3bc 17,2c-e 16,6c 16,3b-e
5 14,9cd 19,1a-c 17,0c-e 16,3c 16,3b-e
6 15,7b-d 18,6bc 17,2c-e 18,2a-c 16,2b-e
7 15,7b-d 18,4bc 17,0c-e 17,4a-c 15,4de
8 18,4a 21,3a 19,8a 19,2a-c 17,3a-d
9 17,6ab 20,1ab 18,8a-c 20,3a 17,1a-d
10 15,7b-d 18,5bc 17,1c-e 17,7a-c 16,6b-e
11 16,4a-d 20,2ab 18,3a-e 19,9ab 19,0a
12 16,5a-d 21,4a 18,9a-c 18,8a-c 18,0a-c
13 17,3a-c 21,5a 19,4ab 20,0ab 18,4ab
14 15,9a-d 18,7bc 17,3c-e 16,9bc 15,4de
15 15,3b-d 18,6bc 16,9c-e 16,2c 16,1c-e
16 16,5a-d 19,5a-c 18,0a-e 16,0c 16,0c-e
17 16,3a-d 19,2a-c 17,7b-e 16,3c 15,6de
18 15,8b-d 17,6c 16,7de 16,4c 15,5de
19 14,7d 17,9bc 16,3e 16,0c 15,5de
20 14,9cd 17,8bc 16,3e 17,5a-c 14,5e
F (Genótipos) 3,96* 6,05* 8,19* 5,71* 6,80*
F (Anos) - - 402,27* - -
F (Genótipos x Anos) - - 1,11 - -
d.m.s. (Tukey 5%) 2,6 2,5 2,1 3,3 2,3
C. V. (%) 6,16 5,00 5,45 7,13 5,25
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
137
Tabela 79 – Número médio de grãos por espiga dos vinte genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí, em 2003 e 2004, e em Mococa e Ribeirão Preto, em 2004
Genótipos Tatuí Mococa Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2004 2004
______________________________________
n.°
___________________________________
IAC-24 33,8a 43,5 38,6a-c 45,9a 34,6a
IAC-370 35,4a 44,9 40,1a-c 45,1a 42,0a
3 24,0a 38,6 31,3bc 38,3a 28,8a
4 29,9a 40,7 35,3a-c 44,5a 34,7a
5 21,7a 36,1 28,9c 35,0a 34,6a
6 27,0a 38.8 32,9a-c 45,8a 34,0a
7 35,9a 40,1 38,0a-c 50,0a 38,0a
8 29,0a 35,2 32,1a-c 44,6a 37,7a
9 37,4a 37,6 37,5a-c 50,2a 41,5a
10 31,3a 42,8 37,0a-c 43,3a 38,4a
11 28,9a 38,4 33,6a-c 34,8a 36,6a
12 36,5a 50,7 43,6a 45,6a 38,2a
13 38,1a 39,5 38,8a-c 48,7a 34,9a
14 28,9a 35,6 32,2a-c 37,5 a 30,7a
15 37,2a 45,3 41,2ab 45,7a 37,3a
16 35,3a 43,9 39,6a-c 49,4a 37,9a
17 38,0a 43,9 40,9ab 47,2a 34,0a
18 33,0a 42,2 37,6a-c 49,7a 42,5a
19 33,1a 46,6 39,8a-c 45,2a 37,7a
20 35,9a 40,0 37,9a-c 46,4a 30,3a
F (Genótipos) 1,84* 1,60 3,45* 2,51* 1,97*
F (Anos) - - 87,06* - -
F (Genótipos x Anos) - - 0,81 - -
d.m.s. (Tukey 5%) 18,4 16,6 12,0 15,6 13,9
C. V. (%) 21,58 15,39 17,82 13,31 14,59
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
138
Tabela 80 – Número médio de grãos por espigueta dos vinte genótipos de trigo avaliados
no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo
corrigido, em Tatuí, em 2003 e 2004, e em Mococa e Ribeirão Preto, em 2004
Genótipos Tatuí Mococa Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2004 2004
______________________________________
n.°
___________________________________
IAC-24 1,96ab 2,16a-c 2,06a-c 2,31e-h 1,97bc
IAC-370 2,09ab 2,26a-c 2,18a-c 2,70a-f 2,55ab
3 1,55ab 2,08a-c 1,81a-c 2,20f-h 1,76c
4 2,0ab 2,10a-c 2,05a-c 2,67a-g 2,13a-c
5 1,45b 1,87bc 1,66bc 2,16gh 2,11a-c
6 1,71ab 2,08a-c 1,90a-c 2,51b-h 1,99bc
7 2,26ab 2,18a-c 2,22a-c 2,88a-c 2,45a-c
8 1,57ab 1,64c 1,61b 2,33d-h 2,1 a-c
9 2,13ab 1,87bc 2,00a-c 2,48c-h 2,41a-c
10 1,98ab 2,31a-c 2,14a-c 2,45c-h 2,32a-c
11 1,74ab 1,90a-c 1,82a-c 2,10h 1,92bc
12 1,98ab 2,36a-c 2,17a-c 2,54b-h 2,11a-c
13 2,17ab 1,82bc 2,00a-c 2,44c-h 1,87bc
14 1,80ab 1,90a-c 1,85a-c 2,20f-h 1,99bc
15 2,44a 2,42ab 2,43a 2,84a-d 2,31a-c
16 2,14ab 2,24a-c 2,19a-c 3,09a 2,37a-c
17 2,34ab 2,28a-c 2,31ab 2,90a-c 2,18a-c
18 2,09ab 2,40ab 2,25a-c 3,03ab 2,74a
19 2,26ab 2,60a 2,43a 2,83 a-e 2,43a-c
20 2,40a 2,23a-c 2,32ab 2,31e-h 1,97bc
F (Genótipos) 2,72* 3,05* 4,04* 8,68* 3,44*
F (Anos) - - 6,48* - -
F (Genótipos x Anos) - - 1,17 - -
d.m.s. (Tukey 5%) 0,91 0,73 0,68 0,53 0,70
C. V. (%) 17,34 12,97 14,91 7,91 12,23
*Significativo ao nível de 5%.
(1)
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
139
Tabela 81 – Massa média de cem grãos dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III”, em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em
Tatuí, em 2003 e 2004, e em Mococa e Ribeirão Preto, em 2004
Genótipos Tatuí Mococa Ribeirão Preto
2003 2004 Média 2004 2004
_____________________________________
g
_____________________________________
IAC-24 4,40fg 3,80b-e 4,10 3,94fg 3,94e-g
IAC-370 5,42ab 3,97a-e 4,69 4,35a-e 4,73a-d
3 4,53e-g 3,40c-f 3,96 3,80f-h 4,21c-f
4 5,28a-c 3,87b-e 4,58 4,63a-d 5,37a
5 5,79a 4,76a 5,27 4,78a 5,36a
6 4,05g 3,43c-f 3,74 3,34g-i 3,30gh
7 5,34ab 3,32d-f 4,33 4,05e-g 4,25c-f
8 4,20fg 3,26ef 3,73 3,31i 3,12h
9 4,43fg 2,83f 3,63 3,57g-i 3,30gh
10 4,74c-f 4,23a-c 4,49 4,36a-e 4,77a-d
11 4,56e-g 3,88b-e 4,22 4,17d-f 4,33c-f
12 4,72d-f 4,15a-d 4,44 4,26b-f 4,33c-f
13 4,11g 3,37c-f 3,74 3,61g-i 3,68f-h
14 5,53ab 4,65ab 5,09 4,71ab 5,13ab
15 4,57e-g 3,80b-e 4,18 3,94fg 4,16d-f
16 5,38ab 3,73c-e 4,56 4,68a-c 5,04ab
17 5,21b-d 3,45c-f 4,33 4,31a-e 4,87a-c
18 5,01b-e 3,67c-f 4,34 4,20c-f 4,46b-e
19 4,56e-g 3,80b-e 4,18 4,50a-e 4,63b-d
20 5,02b-e 3,80b-e 4,41 4,62a-d 3,94e-g
F (Genótipos) 23,41* 7,78* 3,67* 24,01* 23,03*
F (Anos) - - 115,69* - -
F (Genótipos x Anos) - - 4,43* - -
d.m.s. (Tukey 5%) 0,55 0,87 1,30 0,49 0,71
C. V. (%) 4,36 8,80 7,04 4,46 6,18
*Significativo ao nível de 5%.
Médias seguidas de uma letra em comum não diferem, entre si, pelo teste de Tukey.
140
5. Apesar de pelo teste F resultar que existe a probabilidade de em 95%, pelo menos,
um genótipo difira de outro quanto ao número de grãos por espiga, nos ensaios de
Mococa e Ribeirão Preto, não foram detectadas diferenças entre os genótipos, pelo teste
de Tukey, ao nível de 5%.
Nas linhagens 15 e 19, considerando-se a média do ensaio de Tatuí observaram-
se, os maiores números de grãos por espigueta, somente diferindo das linhagens 5 e 8.
Em Mococa 2004, a linhagem 16 obteve maior número de grãos por espigueta somente
não diferindo da cultivar IAC-370 e das linhagens 4, 7, 15, 17, 18 e 19. A linhagem 18
sobressaiu-se quanto ao número de grãos por espigueta no ensaio de Ribeirão Preto
(2004), apenas diferindo da cultivar IAC-24 e das linhagens 3, 6, 11, 13, 14 e 20
(Tabela 80).
Em Tatuí 2003 e 2004, verificou-se que a linhagem 5, com massa de cem grãos
de 5,79 e 4,76 g, obteve os grãos mais pesados. Em 2003, não diferiu somente da
cultivar IAC-370 e das linhagens 4, 7, 14 e 16 e em 2004, da cultivar IAC-370 e das
linhagens 10, 12 e 14. Considerando-se o ensaio de Mococa, instalado em 2004,
verificou-se na linhagem 5 os grãos mais pesados (4,78 g). Nas linhagens 4 e 5
observaram-se os grãos mais pesados no ensaio de Ribeirão Preto (2004). Em Mococa,
a linhagem 5 não diferiu da cultivar IAC-370 e das linhagens 4, 10, 14, 16, 17, 19 e 20;
em Ribeirão Preto, as linhagens 4 e 5 não diferiram da cultivar IAC-370 e das linhagens
10, 14, 16 e 17. Pelos dados, verificou-se que a linhagem 5 se destacou nos quatro
ensaios por apresentar grãos mais pesados e poderia ser utilizada em programas de
melhoramento de trigo como fonte dessa característica.
No “Ensaio de Novas Linhagens III” foi possível diferenciar os genótipos quanto
ao comprimento das espigas, número de espiguetas por espiga, número de grãos por
espiga e por espigueta e massa de cem grãos. MISTRO (2001), constatou resultados
semelhantes também trabalhando com genótipos mexicanos.
As correlações simples entre produção de grãos, altura das plantas, acamamento,
comprimento da espiga, número de espiguetas por espiga, número de grãos por espiga e
por espigueta e massa de cem grãos, considerando-se as médias dos ensaios instalados em
Tatuí, em 2003 e 2004, são apresentadas na tabela 82.
Na tabela 83, as mesmas correlações acrescidas do ciclo da emergência ao
florescimento são mostradas, levando-se em conta os dados do ensaio de Mococa em
2004.
141
Tabela 82 - Estimativas das correlações simples entre as características agronômicas
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Tatuí, em 2003 e 2004
Características
PG
AP
A CE NEs/E NG/E NG/Es
AP
0,19
A
-0,18 0,25
CE
0,49* 0,37 -0,19
NEs/E
-0,10 -0,20 -0,11 -0,16
NG/E
0,40 0,19 0,15 0,36 0,11
NG/Es
0,39 0,32 0,17 0,39 -0,42 0,85*
MG
0,42 0,32 0,02 0,56* -0,40 -0,13 0,02
*Significativo a 5%.
PG = Produção de grãos; AP = Altura das plantas; A = Acamamento; CE = Comprimento
das espigas; NEs/E = Número de espiguetas/espiga; NG/E = Número de grãos por espiga;
NG/Es = Número de grãos por espigueta; MG = Massa de cem grãos.
142
Tabela 83 - Estimativas das correlações simples entre as características agronômicas
dos vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em
condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Mococa, em 2004
Características PG
AP
A
C
CE
NEs/E
NG/E
NG/Es
AP
0,25
A
0,61* 0,11
C
-0,31 0,16 -0,47*
CE
-0,07 -0,03 -0,39 0,25
NEs/E
-0,29 -0,25 0,08 0,21 -0,15
NG/E
0,10 -0,09 -0,19 0,57* 0,19 0,02
NG/Es
0,32 0,07 -0,20 0,24 0,31 -0,60* 0,76*
MG
0,66* 0,20 0,27 -0,55* 0,13 -0,67* -0,28 0,20
*Significativo a 5%.
PG = Produção de grãos; AP = Altura das plantas; A = Acamamento; C = Ciclo da
emergência ao florescimento; CE = Comprimento das espigas; NEs/E = Número de
espiguetas/espiga; NG/E = Número de grãos por espiga; NG/Es = Número de grãos por
espigueta; MG = Massa de cem grãos.
143
Na tabela 84, são mostrados as mesmas correlações feitas para Mococa com
exceção de acamamento empregando-se os dados de Ribeirão Preto em 2004.
Em Tatuí, genótipos com espigas compridas tenderam à maior produção de grãos
(0,49*) e maior massa de cem grãos (0,56*). Houve também correlação positiva e
significativa entre número de grãos por espiga e por espigueta (0,85*) (Tabela 82). Essa
última correlação e a verificada entre comprimento da espiga e massa de cem grãos
também foram observadas no “Ensaio de Novas Linhagens I”, instalado em Tatuí.
Em Mococa, as plantas mais produtivas com os grãos mais pesados (0,66*)
foram associadas à maior porcentagem de plantas acamadas (0,61*). O efeito do
acamamento na produção não foi manifestado, em virtude de a colheita dos
experimentos ter sido efetuada manualmente, evitando-se as perdas que poderiam
ocorrer com a colheita mecânica e também pela ocorrência do acamamento na fase final
da maturação, não prejudicando o enchimento dos grãos. As plantas mais tardias
tiveram menor porcentagem de plantas acamadas (-0,47*), menor massa de grãos
(-0,55*) e maior número de grãos por espiga (0,57*). Plantas com maior número de
espiguetas por espiga exibiram menor número de grãos por espigueta (-0,60*) e grãos
mais leves (-0,67). Plantas com maior número de grãos por espiga tiveram maior
número de grãos por espigueta (0,76*). As correlações positivas entre produção e peso
de grãos, plantas tardias com grãos mais leves e maior número de grãos por espiga com
maior número de grãos por espigueta (Tabela 83) foram também observadas no “Ensaio
de Novas Linhagens I” e “Ensaio de Novas Linhagens II” relatados anteriormente, e
concordaram parcialmente com os dados obtidos por MISTRO (2001).
Levando-se em consideração o ensaio em Ribeirão Preto em 2004 (Tabela 84),
observou-se que as plantas mais produtivas foram associadas àquelas de porte semi-anão
mais alto (0,61*) e com massa de cem grãos (0,56*). Essas associações também foram
observadas nos “Ensaios de Novas Linhagens I” e “Ensaio de Novas Linhagens II”
respectivamente. As plantas mais altas foram associadas àquelas de grãos mais pesados
(0,59*). Foram calculadas correlações significativas entre plantas com ciclo tardio e
aquelas mostrando grãos mais leves (-0,58*) e maior número de grãos por espiga (0,48*).
Associações entre espigas compridas com maior número de grãos por espiga (0,59*) e
por espigueta (0,56*) também foram constatadas. Como nos “Ensaios de Novas
Linhagens I e II”, a correlação entre número de grãos por espiga e número de grãos por
espigueta foi positiva e significativa (0,81*).
144
Tabela 84 - Estimativas das correlações simples entre as características agronômicas dos
vinte genótipos de trigo avaliados no “Ensaio de Novas Linhagens III”, em condições de
irrigação por aspersão e de solo corrigido, em Ribeirão Preto, em 2004
Características PG
AP
C
CE
NEs/E
NG/E
NG/Es
AP
0,61*
C
-0,27 -0,16
CE
0,33 0,26 0,23
NEs/E
-0,23 -0,40 0,06 -0,05
NG/E
0,03 0,02 0,48* 0,59* 0,19
NG/Es
0,17 0,25 0,35 0,56* -0,41 0,81*
MG
0,56* 0,59* -0,58* 0,23 -0,42 -0,17 0,13
*Significativo a 5%.
PG = Produção de grãos; AP = Altura das plantas; CE = Comprimento das espigas; NEs/E
= Número de espiguetas/espiga; NG/E = Número de grãos por espiga; NG/Es = Número de
grãos por espigueta; MG = Massa de cem grãos.
145
Considerando-se em conjunto os ensaios instalados em Tatuí, Mococa e Ribeirão
Preto, observou-se que houve uma tendência das plantas mais produtivas estarem
associadas àquelas com grãos mais pesados. Essa associação também foi observada no
“Ensaio de Novas Linhagens I” e em trabalhos relatados por CAMARGO et al. (2005) e
MISTRO (2001). Nas plantas de ciclo tardio, verificou-se maior número de grãos por
espiga e grãos mais leves e plantas com maior número de grãos por espiga com maior
número de grãos por espigueta. Esta última correlação foi verificada em praticamente
todos os ensaios considerados no presente estudo.
4.3.2 Em condição de laboratório
O comprimento médio das raízes dos 20 genótipos de trigo avaliados no “Ensaio
de Novas Linhagens III” além das cultivares-controle BH-1146 (tolerante) e Anahuac
(sensível), após 72 horas de crescimento em solução normal (sem alumínio), que se
seguiu ao crescimento em solução tratamento, contendo seis diferentes concentrações de
alumínio (média de quatro repetições), são apresentados na tabela 85.
Houve uma diminuição do crescimento radicular em todos os genótipos de trigo
avaliados em soluções nutritivas completas, à medida em que se aumentaram as
concentrações de alumínio nas soluções de tratamento, como também observado por
CAMARGO & OLIVEIRA (1981) e MISTRO (2001).
Na cultivar-controle BH-1146, conforme esperado, com crescimento das raízes
revelando a tolerância após tratamento com 10 mg L
-1
de Al
3+
e a ‘Anahuac’ não se
observou crescimento radicular, demonstrando sensibilidade após tratamento com 2 mg
L
-1
de Al
3+
.
Na concentração de 2 mg L
-1
de Al
3+
, nas linhagens mexicanas 3, 4 e 15, já
ocorreu o sintoma típico de sensibilidade à toxicidade de alumínio, isto é, uma
paralisação irreversível do crescimento do meristema apical das raízes primárias das
plântulas (MOORE et al. 1976). Os demais genótipos foram considerados tolerantes,
por se observar, pelo menos, algum crescimento das raízes primárias centrais.
Nas linhagens 5, 6 e 14, tolerantes a 2 mg L
-1
de Al
3+
, notou-se sensibilidade
quando avaliadas em 4 mg L
-1
de Al
3+
. Na cultivar IAC-370 e nas linhagens 7, 9, 11
e 18, tolerantes a 4 mg L
-1
de Al
3+
observou-se o sintoma típico de sensibilidade à
toxicidade de alumínio quando avaliadas na concentração de 6 mg L
-1
de Al
3+
. Nas
146
Tabela 85 – Comprimento médio das raízes
(1)
dos 20 genótipos de trigo avaliados no
“Ensaio de Novas Linhagens III”, em 72 horas de crescimento em solução completa,
após tratamento em soluções contendo diferentes concentrações de alumínio
Genótipos Concentração de alumínio (mg L
-1
)
0 2 4 6 8 10
_______________________________
mm
________________________________
IAC-24 60,9 52,7 47,0 42,4 37,3 25,7
IAC-370 85,5 33,7 9,8 0,0 0,0 0,0
3 68,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
4 98,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
5 74,0 0,5 0,0 0,0 0,0 0,0
6 70,1 17,8 0,0 0,0 0,0 0,0
7 88,4 32,0 3,6 0,0 0,0 0,0
8 81,4 48,4 29,3 8,6 2,1 0,0
9 73,9 15,5 2,0 0,0 0,0 0,0
10 65,8 47,7 36,8 25,8 15,1 5,0
11 74,9 20,2 0,6 0,0 0,0 0,0
12 80,9 28,6 2,1 1,5 0,0 0,0
13 57,0 37,0 15,0 9,7 10,3 3,8
14 78,8 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0
15 83,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
16 85,5 28,6 4,7 1,8 0,0 0,0
17 78,6 33,1 5,5 1,2 0,0 0,0
18 75,1 30,4 3,2 0,0 0,0 0,0
19 70,2 53,1 38,0 25,1 23,8 12,6
20 72,2 50,4 42,2 31,3 24,9 5,6
BH-1146 79,1 80,4 57,1 53,5 52,1 35,7
Anahuac 70,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
(1)
Avaliação feita usando a média de 5 plântulas em 4 repetições.
147
linhagens 12, 16 e 17, tolerantes 6 mg L
-1
de Al
3+
, verificou-se sensibilidade quando
avaliadas a 8 mg L
-1
de Al
3+
. Na maior concentração do ensaio, 10 mg L
-1
de Al
3+
, a
linhagem 8 foi sensível. Portanto, apenas as linhagens 10, 13, 19 e 20, e a cultivar IAC-
24 foram consideradas tolerantes, por exibir pelo menos algum crescimento nas raízes
primárias centrais nessa condição.
Esses resultados contrastam com os obtidos nos “Ensaios de Novas Linhagens I e
II” nos quais se constatou maior freqüência de genótipos tolerantes à maior concentração
de alumínio. No presente ensaio, em virtude de as linhagens mexicanas não terem sofrido
pressão de seleção para tolerância ao alumínio no programa de melhoramento do
CIMMYT, México, são sensíveis na sua maioria. Elas foram selecionadas em solos
alcalinos de deserto, com irrigação, onde a ocorrência de alumínio trocável ou solúvel é
nula.
As linhagens estudadas nos “Ensaios de Novas Linhagens I e II”, selecionadas no
IAC, foram embasadas na seleção de plantas tolerantes, a partir das populações
segregantes após os cruzamentos, em avaliações realizadas em soluções nutritivas e em
solos ácidos.
Os resultados ressaltaram a importância da origem dos genótipos quanto à
tolerância à toxicidade de alumínio, concordando com CAMARGO (1981) e MISTRO
(2001).
As correlações simples calculadas separadamente entre as produções médias de
grãos dos 20 genótipos dos experimentos semeados em Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto,
em 2003, 2004 e 2005, e os comprimentos médios das raízes dos mesmos genótipos
medidos após 72 horas de crescimento na solução nutritiva, que se seguiu a crescimento
na solução-tratamento, contendo 2 a 10 mg L
-1
de Al
3+
, não foram significativas, exceto
para Ribeirão Preto (Tabela 86). Os resultados permitiram observar que em Tatuí e
Mococa a produção de grãos dos genótipos independeram do grau de tolerância à
toxicidade de Al
3+
constatada nos genótipos avaliados. Em Ribeirão Preto, verificou-se
uma associação entre as plantas com maior produção de grãos e as com maior
sensibilidade à toxicidade de Al
3+
, nas soluções nutritivas, talvez devido a ausência de
alumínio trocável ou solúvel abaixo da camada arável, fato esse que não ocorreu em
Tatuí e Mococa.
As correlações simples entre alturas médias das plantas (Tabela 87) dos ensaios
instalados em Tatuí, Mococa e Ribeirão Preto em 2003, 2004 e 2005 e os
comprimentos médios das raízes em solução nutritiva de tratamento, contendo 2 a 10
148
Tabela 86 – Estimativas das correlações simples entre a produção de grãos e o
comprimento médio das raízes nas diferentes concentrações de alumínio, no “Ensaio
de Novas Linhagens III”
Concentrações Tatuí Mococa Ribeirão Preto
de Al
3+
2003-2005 2003-2005 2003-2005
2 -0,19 -0,10 -0,26
4 -0,33 -0,17 -0,49*
6 -0,28 -0,08 -0,49*
8 -0,28 -0,07 -0,53*
10 -0,18 -0,06 -0,46*
Tabela 87 - Estimativas das correlações simples entre a altura das plantas e
comprimento médio das raízes nas diferentes concentrações de alumínio, no “Ensaio
de Novas Linhagens III”
Concentrações Tatuí Mococa Ribeirão Preto
de Al
3+
2003-2005 2003-2005 2003-2005
2 0,12 -0,05 -0,15
4 0,08 -0,18 -0,20
6 0,01 -0,27 -0,24
8 0,06 -0,25 -0,29
10 0,05 -0,19 -0,19
149
mg L
-1
de Al
3+
não foram também significavas. Esses resultados sugerem que os
genótipos mais produtivos nas condições de solo corrigido e de irrigação por aspersão
independem do grau de tolerância à toxicidade do alumínio, concordando com MISTRO
(2001) e CAMARGO et al. (2003). Por outro lado, grande parte das linhagens
mexicanas avaliadas nesse ensaio não teriam sucesso em condição de sequeiro e solo
ácido, onde suas raízes não teriam meios de explorar o solo e prover as plantas de água
e nutrientes.
5 CONCLUSÕES
5.1 Ensaio de Novas Linhagens I
a) Todos os genótipos apresentaram porte semi-anão, suscetibilidade ao agente
causal da mancha-da-folha e tolerância à toxicidade de Al
3+
, exceto ‘IAC-370’ e
a linhagem 13, que foram sensíveis.
b) A linhagem 14 destacou-se quanto à produção de grãos nas condições de sequeiro
e de solo ácido e quanto à resistência ao agente causal da ferrugem-da-folha.
c) A linhagem 18 destacou-se pela precocidade, sendo produtiva e moderadamente
resistente ao agente causal da ferrugem-da-folha, em condições de irrigação por
aspersão e de solo corrigido.
d) ‘IAC-24’ e a linhagem 13 de ciclo tardio para maturar, mostraram-se resistentes
e moderadamente resistentes aos agentes causais de oídio e de ferrugem-da-
folha, respectivamente.
e) A linhagem 3 destacou-se por apresentar espigas mais compridas e maior
número de espiguetas por espiga; a linhagem 13 pelo maior número de grãos por
espiga; a 10 pelo maior número de grãos por espigueta e a linhagem 18 pelos
grãos mais pesados.
5.2 Ensaio de Novas Linhagens II
a) A cultivar IAC-370 foi resistente ao acamamento e todos os genótipos avaliados
tiveram porte semi-anão.
150
b) A linhagem 11 foi resistente ao agente causal da ferrugem-da-folha, a linhagem
12 a mais resistente ao oídio e nenhum genótipo apresentou resistência ao agente
causal da mancha-da-folha.
c) A linhagem diaplóide 14 foi produtiva em condições de sequeiro e de solo ácido
e apresentou moderada resistência à ferrugem-da-folha.
d) ‘IAC-370’ e a linhagem 16 tiveram as espigas compridas. Sobressaíram-se
quanto ao número de espiguetas por espiga a linhagem 18; quanto ao número de
grãos por espiga as linhagens 16 e 20, e quanto ao número de grãos por espiga e
por espigueta, as linhagens 10, 16 e 20.
e) A cultivar IAC-370 e as linhagens 17 e 20 foram sensíveis à toxicidade de
alumínio e as demais foram consideradas tolerantes.
5.3 Ensaio de Novas Linhagens III
a) Em relação à produção de grãos destacaram-se as linhagens 16 e 17.
b) Todas as linhagens tiveram porte semi-anão. A linhagem 3 mostrou ao mesmo
tempo as plantas mais baixas e com ciclo mais precoce para florescer.
c) As linhagens 11, 13 e 19 foram ao mesmo tempo resistentes à ferrugem-da-folha
e ao oídio.
d) Em condições de irrigação por aspersão e de solo corrigido de Tatuí, ‘IAC-370’
destacou-se por ter espigas mais compridas; a linhagem 8, pelo maior número de
espiguetas por espiga; a linhagem 12, pelo maior número de grãos por espiga e
as linhagens 15 e 19, pelo maior número de grãos por espigueta.
e) Pela resistência à ferrugem-da-folha e por ter grãos pesados, destacou-se a
linhagem 5.
f) As linhagens 10, 13, 19 e 20 e a ‘IAC-24’ foram os genótipos mais tolerantes à
toxicidade de alumínio em soluções nutritivas.
151
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