Download PDF
ads:
Caroline Wanderley Souto Ferreira Anselmo
Ação do Campo Eletromagnético de 60 Hz, 3µT, em Ratas
Prenhas Submetidas à Dieta Básica Regional: Regulação
Hormonal e Metabólica das Ratas Prenhas e Maturação
Reflexa e Somática da Prole.
Recife - 2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Caroline Wanderley Souto Ferreira Anselmo
Ação do Campo Eletromagnético de 60 Hz, 3µT, em Ratas
prenhas Submetidas à Dieta Básica Regional: Regulação
Hormonal e Metabólica das Ratas Prenhas e Maturação
Reflexa e Somática da Prole.
Tese de Doutorado aprovada pelo
Programa de pós-graduação em
Nutrição do Centro de Ciências da
Saúde da Universidade Federal de
Pernambuco, como requisito para a
obtenção do título de Doutor em
Nutrição.
RECIFE - 2005
II
ads:
Anselmo, Caroline Wanderley Souto Ferreira
Ação do campo eletromagnético de 60 Hz, 3µT, em
ratas prenhas submetidas à Dieta Básica Regional :
regulação hormonal e metabólica das ratas prenhas e
maturação reflexa e somática da prole / Caroline
Wanderley Souto Ferreira Anselmo. – Recife : O
Autor, 2005.
viii, 184 folhas : il., fig., tab.
Tese (doutorado) – Universidade Federal de
Pernambuco. CCS. Nutrição, 2005.
Inclui bibliografia e anexos.
1. Nutrição – Bases – Desnutrição. 2. Ratas
prenhas – Dieta Básica Regional – Campo
eletromagnético (60 Hz) – Dosagens hormonal e
metabólica. 3. Prole – Desnutrição e campo
eletromagnético – Maturação reflexa e somática. I.
Título.
612.3 CDU (2.ed.) UFPE
612.3 CDD (22.ed.) BC2005-392
I
I
I
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Ação do Campo Eletromagnético de 60 Hz, 3µT, em Ratas
prenhas Submetidas à Dieta Básica Regional: Regulação
Hormonal e Metabólica das Ratas Prenhas e Maturação
Reflexa e somática da Prole.
Doutoranda: Caroline Wanderley Souto Ferreira Anselmo
Orientadora: Profª Drª Maria do Carmo Medeiros
Co-orientadora: Profª Drª Maria Teresa Jansem de Almeida Catanho
Recife - 2005
IV
Ação do Campo Eletromagnético de 60 Hz, 3µT, em Ratas prenhas
Submetidas à Dieta Básica Regional: Regulação Hormonal e Metabólica
das Ratas Prenhas e Maturação Reflexa e Somática da Prole.
Caroline Wanderley Souto Ferreira Anselmo
Examinadores:
Recife - 2005
V
Dedico esta Tese ao meu marido Pedro
aos meus pais Jorge e Maristela e a
minha sobrinha Luiza.
V
I
AGRADECIMENTOS
À Coordenação de pós-graduação do Departamento de Nutrição.
À professora Drª Maria do Carmo Medeiros pela orientação, amizade e compreensão.
À professora Drª Maria Teresa Jansem de Almeida Catanho pela contribuição na
minha vida acadêmica e pessoal, desde o Mestrado.
Ao professor Dr. Antônio Carlos Tavares de Lucena pela sua ajuda ao longo da minha
vida acadêmica, pela sua amizade e confiança em mim depositada.
À minha mãe, Maristela Wanderley Souto Ferreira, pois sem a sua preciosa ajuda e
seu apoio, teria sido impossível a finalização deste trabalho.
Ao meu esposo Pedro Anselmo Filho pelo seu incentivo e por seu apoio
incondicional.
Às alunas de Iniciação Científica Ana Alice de Almeida Santos, Conciana Maria
Andrade Freire, Ellen Cristina Nobre Alecrim, Leila Virgínia da Silva Prado, Maria
Cristina de Souza Pereira Pinto, Patrícia Brazil Pereira, Talita de Goes Holanda e
Tatiana Silva de Lima que foram imprescindíveis para a realização dos experimentos.
À Professora Lúcia Maria Pires Ferreira e ao Professor José Eulálio Cabral Filho pela
orientação e ajuda na análise estatística.
À secretária da pós-graduação Neci Maria Santos do Nascimento pela sua presteza,
simpatia e boa vontade.
Ao Sr Edeones Tenório de França veterinário do biotério do Departamento de
Nutrição.
Aos funcionários do Departamento de Nutrição, em especial, à Fernanda Maria
Almeida, ao Sr Hamilton Salviano da Silva, Ana Maria de França Silva, ao Sr José
Paulino Ventura Ramos e ao Sr Moisés Aleixo de Souza.
VI
I
A todos os professores da pós-graduação em Nutrição.
Ao Departamento de Biofísica pelo uso do Laboratório de Biofísica Celular
Ao Sr Fredson José Soares funcionário do Departamento de Biofísica.
Aos meus eternos professores do Departamento de Fisioterapia da Universidade
Federal de Pernambuco.
Aos colegas da pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco.
Às queridas amigas Grece Mary Souza, Maria de Fátima Galdino e Syme Magnata
pela ajuda nas dosagens e pelo companheirismo durante todo o doutorado.
Ao Coordenador do Curso de Fisioterapia da FIR Professor Evandro Sá Duarte pela
compreensão e estímulo durante o período de realização do curso.
A todas as pessoas que contribuíram de forma direta e indireta para que a realização
deste trabalho se tornasse possível.
VII
I
“Todos os dias você deve progredir. Cada
passo deve render frutos. Então irá se
estender diante de você um caminho que
sempre cresce, que sempre ascende, que
sempre melhora. Você sabe que nunca irá
terminar essa jornada. Porém, isto está
longe de ser desencorajante, apenas
acrescenta mais prazer e glória na sua
escalada.”
Sir Winston Churchil
Político Britânico (1874 -1965)
IX
SUMÁRIO
Página
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 3
LISTA DE FIGURAS 5
LISTA DE TABELAS 6
RESUMO 7
ABSTRACT 8
1. INTRODUÇÃO 9
2. REVISÃO DA LITERATURA 12
2.1. OS CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS
12
2.1.1. Grandezas e Unidades
12
2.1.2. Efeitos Adversos do Campo Eletromagnético de 50/60 Hz
15
2.2. INTERAÇÃO NEUROENDÓCRINA (CORTÉX E TIREÓIDE)
43
2.2.1. Mecanismos de Controle Endócrino
44
2.2.2. Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal
48
2.2.3. Efeitos Metabólicos dos Hormônios Glicocorticóides e Insulina
49
2.2.3.1. Atividade imunológica
49
2.2.3.2. Regulação metabólica
50
2.2.4. Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireóide
52
2.3. DESNUTRIÇÃO
55
3. JUSTIFICATIVAS 61
4. HIPÓTESE 64
5. OBJETIVOS 65
5.1 OBJETIVOS GERAIS
65
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
65
6. TRABALHOS CIENTÍFICOS 67
6.1. EFEITOS DO CEM ASSOCIADO A DBR NO SISTEMA
ENDÓCRINO DE RATAS PRENHAS
67
6.2. EFEITOS DO CEM ASSOCIADO A DBR NA MATURAÇÃO
REFLEXA DA PROLE
91
6.3. EFEITOS DO CEM ASSOCIADO A DBR NA MATURAÇÃO
SOMÁTICA DA PROLE E NO PESO CORPORAL
110
7. DISCUSSÃO GERAL 132
8. CONCLUSÕES 144
9. PERSPECTIVAS 145
10. REFERÊNCIAS 146
ANEXO I 163
ANEXO II 164
ANEXO III 184
2
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACA Abertura do conduto auditivo
ACTH Hormônio adrenocorticotrópico
ADH Hormônio antidiurético (Vasopressina)
AO Abertura do olho
AP Aversão ao precipício
APA Abertura do pavilhão auditivo
B Densidade de fluxo magnético
Ca
++
Cálcio
CEM Campo eletromagnético
CRH Corticotropina
CV Colocação pelas vibrissas
DBR Dieta básica regional
EDII Erupção dos dentes incisivos inferiores
EDIS Erupção dos dentes incisivos superiores
G Gauss
GN Geotaxia negativa
HHA Hipotálamo-Hipófise-Adrenal
Hz Hertz – Unidade de freqüência equivalente a 1 ciclo/segundo (ABNT)
Isopor Nome comercial do poliestireno
J Joule
PP Preensão palmar
RD Recuperação de decúbito
RIE Radioimunoensaio
3
RQDL Recuperação de decúbito em queda livre
RS Resposta ao susto
rT
3
Triiodotironina inativa
T Tesla
T
3
Triiodotironina
T
4
Tiroxina
TRH Hormônio liberador da tireotrofina
TSH Hormônio estimulador da tireóide ou tireotrofina
VA Volt-Ampére, unidade de potência. Equivale a 1 Joule/segundo ou 1 watt
5’D-I Desiodase tipo I
5’D-II Desiodase tipo II
5’D-III Desiodase tipo III
4
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1
Desenho esquemático do eixo hipotálamo-hipofisário-
supra-renal, ilustrando feedback negativo pelo cortisol (F)
nos níveis hipotalâmico e hipofisário. Também existe uma
alça de feedback negativo curta de ACTH sobre a secreção
do hormônio de liberação da corticotropina (CRH).
44
Figura 2
Flutuações do ACTH e dos glicocorticóides plasmáticos
durante todo o dia.
45
Figura 3
Desenho esquemático do efeito do estresse sobre a
liberação do cortisol. O estresse ativa o eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal: a hipófise anterior libera o hormônio
ACTH, que induz a liberação de cortisol – principal
hormônio regulador do sistema imunológico – pelo córtex
das glândulas adrenais.
47
5
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1
Grandezas elétricas, eletromagnéticas, dosimétricas e
unidades correspondentes SI.
14
6
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi Investigar a ação do campo eletromagnético
(CEM) de 60 Hz, senoidal, com intensidade de 3 µT, duas horas ao dia, durante vinte e
um dias consecutivos, na regulação das concentrações hormonais e metabólicas em ratas
prenhas, submetidas à dieta balanceada e ratas prenhas submetidas à Dieta Básica
Regional (DBR), bem como o desenvolvimento reflexo e somático e evolução do
crescimento corporal da prole. Foram constituídos quatro grupos de animais: dois
grupos caseína (A e B), com 18% de caseína e dois grupos DBR (C e D), tratados com
dieta contendo 8% de proteína mista, com ou sem exposição. As manipulações
dietéticas ocorreram durante a gestação. Os parâmetros hormonais (insulina, cortisol ,
T
3
e T
4
) e bioquímico (glicose) foram determinados no soro. Foram pesquisados,
diariamente, entre 12:00 e 14:00 horas, os reflexos congênitos: preensão palmar (PP),
recuperação do decúbito (RD), aversão ao precipício (AV), colocação pelas vibrissas
(CV), geotaxia negativa (GN), resposta ao susto (RS) e recuperação do decúbito em
queda livre (RDQL) e as características físicas: abertura do pavilhão (APA), do conduto
auditivo (ACA), do olho (AO) e erupção dos dentes incisivos superiores (EDIS) e
inferiores (EDII). Quanto aos parâmetros bioquímicos e hormonais: o grupo D
apresentou concentração de glicose 113,09% maior em relação ao grupo C. O grupo C
apresentou insulina e cortisol menores (77,5% e 54,67%) que o Grupo A,
respectivamente. As concentrações séricas de T
3,
oscilaram em valores percentuais
menores, (71,43%, 91,16% e 97,28%) nos grupos B, C e D respectivamente em relação
ao A e 69,05% no C comparado ao B. As de T
4,
apresentaram 37,88%, 74% e 51,38%
nos grupos B, C e D, respectivamente e 58,16% no C em relação a B. Quanto a
maturação reflexa, o CEM associado a desnutrição (D) induziu retardo, em dias, no
aparecimento ou desaparecimento dos reflexos RD, AP, CV, GN, RS, RQDL e PP em
relação ao grupo A (caseína sem exposição ao CEM). Comparando-se a DBR à Caseína
(D e B), ambos expostos ao CEM, o retardo ocorreu nos RD, CV, GN e AP e nos
grupos (C e A), o efeito foi observado nos RD, AP, CV, GN, RS e PP. Quanto ao CEM,
o grupo B diferiu do grupo A nos AP, RS, RDQL e PP e o grupo D diferiu do C apenas
no reflexo PP. Considerando os indicadores de maturação somática, o grupo D
apresentou retardo em relação ao grupo A, nos APA, ACA, AO, EDIS e EDII.
Comparando-se a DBR à Caseína (D e B), os afetados foram APA e AO. Conclui-se
que o CEM associado a desnutrição causou uma diminuição nas dosagens de T
3
e T
4
das
ratas prenhas e retardo na maturação reflexa e somática da prole.
7
ABSTRACT
The aim of the present study was to observe how exposition of the pregnant rats to the
electromagnetic field (EMF) at 60Hz, 3µT for 2 hours per day, during twenty one days
and/or using the Regional Basic Diet (RBD) influenced the regulation of the hormonal
and metabolic concentrations in pregnant rats, and their influence on the reflex and
somatic maturation in offspring. Four groups were formed: two groups casein (A and B)
whose diet contained 18% of protein and two groups RBD (C and D), which were fed a
diet with 8% of protein, exposed or not to the EMF. The diet manipulation occurred
during the pregnancy. The hormonal (insulin, cortisol, T
3
and T
4
) and metabolic
concentrations (glucose) were assessed in the serum. The following reflexes were daily
assessed (between 12:00 and 14:00 h): Palma Grasp (PG), Righting Reflex (RF), Cliff
Avoidance (CA), Vibrissae Placing (VP), Negative Geotaxis (NG), Auditory Startle
(AS) and Free-Fall Righting (FFR) and also the somatic maturation indexes: Eye
Opening (EO), Auricle Opening (AO), Auditory Canal Opening (ACO), Low Incisor
Eruption (LIE) and Upper Incisor Eruption (UIE). The results of the metabolic and
hormonal serum concentrations were: Group D presented a glucose serum concentration
113.09% greater that of Group C. Group C presented lower insulin and cortisol levels
(77.5% and 54.67%) than those of Group A. The T
3
serum concentration
,
presented
figures lower than the control Group A, i.e. 71.43% for Group B, 91.16% for Group C,
and 97.28% for Group D. When comparing Group C with Group B, the difference
presented was 69.05%. The T
4
serum concentrations
,
were 37.88%, 74% and 51.38% in
the groups B, C and D, respectively. It presented a difference of 58.16% in the Group C
in relation to Group B. The association between EMF and a deficient diet caused a delay
in the appearance or disappearance of the reflexes RF, CA, VP, NG, AS, FFR and PG
when compared with Group A (fed casein). When the diets were compared, both
exposed to EMF (D and B), the delay occurred in the RF, VP, NG and CA. And in the
Groups C and A, the effect was observed in RF, CA, VP, NG, AS and PG. In relation to
the EMF, the Group B differed from Group A in CA, AS, FFR and PG and the Group D
differed from C in the PG reflex. In the somatic indexes Group D showed delay in
relation to Group A in the EO, AO, ACO, LIE and UIE reflexes. When Groups D and B
(RBD and casein) where compared the delay happened in AO and EO. In conclusion,
the association between EMF and undernutrition caused a decrease in the T
3
and T
4
serum concentration of pregnant rats and a delay in the reflex and somatic maturation of
the offspring.
8
1. INTRODUÇÃO
A interação dos campos eletromagnéticos (CEMs) com o ser humano, por meio
de correntes induzidas e campos suficientemente fortes podem resultar em efeitos
agudos à saúde. Pesquisas epidemiológicas têm se expandido gradualmente e incluído
outras patologias além do câncer como por exemplo: efeitos neurodegenerativos,
suicídios e depressão (SOBEL; DAVANIPOUR, 1996; AHLBOM, 2001).
Diversos estudos têm sido feitos com o propósito de se identificar às mudanças
que ocorrem no organismo, quando expostos à radiação eletromagnética. No entanto,
muitas dúvidas ainda persistem, porém é conhecido o fato de que o número de diversas
formas de câncer na população, tais como a leucemia infantil, tumores cerebrais, câncer
pulmonar, câncer de mama, linfomas, etc. vem aumentando consideravelmente com os
avanços tecnológicos (LOOMIS; SAVITZ; ANANTH, 1994; BALCER; ELIZABETH,
1995; HEALTH, 1996; STEVENS; DAVIS, 1996; TENFORDE, 1996; ERREN, 1997).
Becker (1972), sugeriu que o CEM no meio ambiente era o responsável por
algumas doenças, pelo fato do CEM produzir correntes internas no organismo que
competem com os que são produzidos naturalmente. Seguindo a tendência dos estudos
em laboratório, deve-se esperar que o CEM esteja relacionado com várias doenças e não
apenas com o câncer. Os estudos mostram que o campo eletromagnético é um estressor
biológico e que a população sendo cronicamente estressada tem uma probabilidade
maior de desenvolver doenças (MARINO; MORRIS, 1999). Segundo, Blank.; Soo;
Papstein (1995), a instalação elétrica domiciliar ou do ambiente de trabalho, que produz
um campo eletromagnético de 60 HZ, é capaz de estressar o organismo da população
exposta, devido a alterações nas atividades enzimáticas como, por exemplo, alterações
da Na, K-ATPase e segundo Tonini et al (2001) o CEM, 50-60 Hz atua na membrana
9
celular ao nível dos canais de cálcio e nos canais de potássio cálcio dependentes.
Embora os campos eletromagnéticos de 60 Hz do ponto de vista biológico sejam
classificados como não ionizantes, isto é, incapazes de promover ionização das cadeias
de DNA, alguns estudos demonstram que o efeito Joule, desenvolvido no organismo
irradiado, é capaz de provocar uma ruptura semelhante (LAI; SINGH, 1997).
Estudos similares têm sido publicados sobre o risco de efeitos adversos na
reprodução humana, associados com a exposição ao CEM (CHERNOFF; ROGERS;
KAVET, 1992; BRENT; BECKMAN; LANDEL, 1993; SHAW; CROEN, 1993;
NATIONAL ACADEMY OF SCIENCE; NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1996;
TENFORDE, 1996; CREASEY, 2000).
Segundo Juutilianem et al (1993), a exposição a
campos eletromagnéticos pode causar aborto. A verdade é que, se não foi possível
comprovar essa correlação, também não é conclusivo o fato de que as ondas
eletromagnéticas são inofensivas quando incidem, com uma certa potência e freqüência,
sobre organismos vivos (GOLDBERG, 2000). Parece não haver dúvidas que a
irradiação de ondas eletromagnéticas de baixa freqüência é capaz de inibir o
funcionamento da glândula pineal e a secreção da melatonina (WILSON et al, 1981;
WELKER et al, 1983; LERCHL et al, 1990; KATO et al, 1991; LOESCHER et al,
1993; YELLON, 1994; WILSON et al, 1999). A queda na secreção da Melatonina e o
aumento na liberação do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) e do Cortisol são
sugestivos de que os corpos irradiados com as ondas eletromagnéticas de baixa
freqüência estão mais expostos a níveis elevados de estresse e por conseqüência, mais
susceptíveis de desenvolver doenças ou desequilíbrios orgânicos (MARINO; MORRIS,
1999; LUCENA et al, 2002).
Grande parte da população brasileira é carente sendo classificada como de baixo
poder aquisitivo e como tal, sendo vítima de uma nutrição inadequada e como
10
conseqüência sofrendo de desnutrição. A desnutrição promove alterações danosas aos
diversos sistemas orgânicos, inclusive o sistema nervoso, tanto em animais de
laboratório (CASTRO; TRACY; RUDY, 1989), como em humanos (STOCH et al,
1982). A Dieta Básica Regional foi elaborada por Teodósio et al (1981), baseando-se
em um inquérito alimentar realizado em populações economicamente desfavorecidas da
Zona da Mata de Pernambuco (BATISTA FILHO, 1968) e posteriormente analisada
pelo setor de Nutrição do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de
Pernambuco (TEODÓSIO et al, 1990). Essa dieta, a qual se convencionou chamar de
“Dieta Básica Regional” (DBR), corresponde a uma alimentação multi-deficitária,
contendo em torno de 8% de proteína mista das quais a maior proporção é de origem
vegetal. Os animais submetidos experimentalmente ao consumo da DBR, apresentam
alterações clínicas, bioquímicas e do desenvolvimento somático semelhantes àquelas
encontradas em humanos desnutridos ( TEODÓSIO et al, 1981, 1983).
11
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. OS CAMPOS ELÉTRICOS MAGNÉTICOS
2.1.1. Grandezas e Unidades
Enquanto que os campos elétricos são associados somente com a presença de
carga elétrica, os campos magnéticos resultam do movimento físico da carga elétrica
(corrente elétrica). (INTERNATIONAL COMISSION ON NON-IONIZING
RADIATION PROTECTION, 1998). Um campo elétrico E, exerce forças sobre uma
carga elétrica, e é expresso em volt por metro (V.m
-1
).
Similarmente, campos magnéticos podem exercer forças físicas sobre cargas
elétricas, mas somente quando tais cargas estão em movimento. Campos elétricos e
magnéticos têm amplitude e direção (i.e. são grandezas vetoriais). Um campo magnético
pode ser especificado de duas maneiras – como fluxo de densidade magnética B,
expresso em tesla (T) ou como campo magnético H, expresso em Ampére por metro
(A.m
-1
). As duas quantidades são relacionadas pela fórmula: B = µH, onde µ é a
constante de proporcionalidade (permeabilidade magnética). No vácuo ou no ar, bem
como em materiais não magnéticos (inclusive meios biológicos), µ tem o valor de
4π.10
-7
quando expresso em Henry por metro (H.m
-1
). Portanto, na descrição de um
campo magnético, para finalidades de proteção, basta especificar uma das grandezas, B
ou H, ver tabela 1.
Numa região distante da fonte geradora do CEM, o modelo de onda plana é uma
boa aproximação para a propagação do mesmo. As características da onda plana são:
As frentes de onda têm uma geometria plana;
12
Os vetores E e H e a direção de propagação são mutuamente perpendiculares;
A fase dos campos E e H é a mesma. No espaço livre (vácuo), o quociente E/H é
igual a 377 ohm, que é o valor da impedância característica do espaço livre;
A densidade de potência S, i.e., a potência por unidade de área normal à direção
de propagação, está relacionada aos campos elétrico e magnético, pela
expressão:
S = EH = E
2
/377 = 377 H
2
A mensuração do CEM próximo à fonte geradora é bem mais complicada,
porque os valores máximo e mínimo dos campos E e H não ocorrem nos mesmos
pontos ao longo da direção de propagação, como acontece na região de campo distante.
Na região de campo próximo, a estrutura do campo eletromagnético pode não ser
homogênea, e pode haver variações substanciais no valor da impedância de onda (377
no campo distante), poderá haver quase exclusivamente campos E em algumas regiões e
campos H em outras.
Exposições em campos próximos são mais difíceis de especificar, porque ambos
os campos E e H devem ser medidos e porque os padrões dos campos são mais
complicados; nesta situação, a densidade de potência não é mais uma quantidade
apropriada para exprimir restrições à exposição (como ocorre no campo distante).
A exposição a CEM variáveis no tempo resulta em correntes internas no corpo e
absorção de energia nos tecidos, que dependem dos mecanismos de acoplamento e da
freqüência envolvida.
O campo elétrico interno e a densidade de corrente estão relacionados pela Lei
de Ohm: J = σE
Onde σ é a condutividade elétrica do meio.
13
Tabela 1Grandezas elétricas, eletromagnéticas, dosimétricas e unidades
correspondentes SI
Grandeza Símbolo Unidade
Condutividade
σ
Siemens por metro (S.m
-1
)
Corrente
Ι
ampére (A)
Densidade de corrente J ampére por m
2
(A.m
-2
)
Freqüência f Hertz (Hz)
Campo elétrico E Volt por metro (V.m
-1
)
Campo magnético H Ampére por metro (A.m
-1
)
Densidade de Fluxo magnético B Tesla (T) *
Permeabilidade magnética
µ
Henry por metro (H.m
-1
)
Permissividade
ε
Farad por metro (F.m
-1
)
Densidade de potência S Watt por m
2
(W.m
-2
)
Absorção específica SA Joule por kg (J.kg
-1
)
Fonte: INTERNATIONAL COMISSION ON NON-IONIZING RADIATION PROTECTION – 1998.
(*) Como em alguns trabalhos, particularmente os norte-americanos, é usual a utilização
de unidades do sistema CGS (Gauss), damos a seguir sua conversão:
1 µT = 10 mG
14
2.1.2. EFEITOS ADVERSOS DOS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (50/60
HZ) EM HUMANOS E EM ANIMAIS: UMA REVISÃO DA LITERATURA.
EFEITOS ADVERSOS DO CEM 50/60Hz
ADVERSE EFFECTS OF THE ELECTRO-MAGNETIC FIELDS (50/60 HZ) IN
HUMANS AND ANIMALS: A LITERATURE REVIEW.
ADVERSE EFFECTS OF THE EMF 50/60Hz
Autores:
Caroline Wanderley Souto Ferreira Anselmo, Doutoranda do Departamento de Nutrição
– Universidade Federal de Pernambuco.
Francisca Martins Bion, Professora do Departamento de Nutrição – Universidade
Federal de Pernambuco.
Maria Teresa Jansem de Almeida Catanho, Professora do Departamento de Biofísica –
Universidade Federal de Pernambuco.
Maria do Carmo Medeiros, Professora do Departamento de Nutrição - Universidade
Federal de Pernambuco.
Endereço Institucional Primeiro Autor:
Departamento de Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, Av. Prof. Moraes
Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife-PE – CEP: 50670-901.
15
RESUMO
Os avanços tecnológicos têm aumentado o número de equipamentos elétricos e
eletrônicos, seja nas residências ou mesmo no ambiente de trabalho, fazendo com que a
população conviva com um grande número de fontes de irradiação eletromagnética,
com os mais diversos níveis de potência e freqüência. Por muitos anos, alguns cientistas
acreditaram que o campo eletromagnético (CEM) com freqüência extremamente baixa
não pudesse causar efeitos e alterações significantes no material biológico. Este trabalho
tem como objetivo verificar os efeitos adversos dos CEMs, em humanos e animais, que
foram publicados nos últimos anos, através de uma revisão da literatura disponível em
medline, revistas nacionais e internacionais e catálogos de obras de referência na área
dos CEM (50/60 Hz). Como resultado foi observado que o CEM (50/60 Hz) é capaz de
produzir diversos efeitos adversos em humanos e animais, como por exemplo:
Distúrbios na reprodução, doenças degenerativas, efeitos psiquiátricos e psicológicos,
alterações citogenéticas, alterações no sistema cardiovascular, nervoso e
neuroendócrino, bem como nos parâmetros biológicos e bioquímicos. Apesar de todas
estas constatações e devido a muitas controvérsias entre vários autores, se faz necessário
um estudo mais específico e aprofundado sobre este assunto.
Palavras-chave: Campo Eletromagnético, 50/60 Hz, Efeitos adversos.
ABSTRACT
The technologic development has increased the number of electric and electronic
devices for household and work environment applications. In this way, we have to cope
with a diverse quantity of electromagnetic irradiation sources, with different power and
frequency ranges. For many years, some scientists and engineers believed that low-
frequencies electro-magnetic field (EMF) could not cause any bad effect or substantial
alterations on the biologic livings. This work has the objective to perform a literature
16
review of the possible effects of EMF in human beings and animals, that was published
in the past years on MEDLINE, international, and national journals about the EMF
(50/60Hz). The results showed that extremely low EMF might produce adverse effects,
i.e. cancer, reproduction disruption, degenerative illnesses, citogenetic alterations, and
cardiovascular, neurologic and neuroendocrine system alterations, in humans and
animals. The biologic and biochemical parameters suffered interference as well. Despite
all these findings, we can find some disagreements among the authors. Hence it is
necessary to extend the research about this issue.
Key words: Electro-magnetic fields, 50/60 Hz, Adverse effects.
INTRODUÇÃO
Os avanços tecnológicos têm aumentado o número de equipamentos elétricos e
eletrônicos, seja nas residências ou mesmo no ambiente de trabalho, fazendo com que a
população conviva com um grande número de fontes de irradiação eletromagnética,
com os mais diversos níveis de potência e freqüência. A exposição humana a radiações
do campo eletromagnético (CEM) ocorre por toda à parte, resultante da proximidade de
linhas de força de alta voltagem e estações de força de transmissão, do uso de
eletrodomésticos e equipamentos como microondas, monitores de vídeo e telefones
celulares. Consequentemente, há interesse em determinar se há riscos aos indivíduos
expostos de forma constante aos CEM (ESTÉCIO; SILVA, 2002).
Por muitos anos, alguns cientistas acreditaram que o campo eletromagnético (CEM) de
baixa freqüência não pudesse causar efeitos e alterações significantes no material
biológico. Esse raciocínio esteve fundamentado no fato de o CEM não provocar
ionizações em ligações moleculares do material genético e de apenas gerar uma
quantidade de calor insuficiente para elevar a temperatura do tecido corporal. Contudo
constatou-se que esses argumentos são incorretos, pois há outras formas dos campos
17
interagirem com células individuais para gerar tais alterações (LECHTER, 1991).
Becker (1972), foi um dos primeiros pesquisadores a sugerir que o CEM no meio
ambiente era o responsável por algumas doenças, pelo fato de o CEM produzir correntes
internas no organismo que competem com os que são produzidos naturalmente.
Segundo Lai & Singh (1997a) embora os CEM de 60 Hz sejam classificados como não
ionizantes, isto é, incapazes de romper, por vibração, as cadeias de DNA, alguns estudos
demonstram que o Efeito Joule, desenvolvido no organismo irradiado, é capaz de
provocar uma ruptura semelhante. Seguindo a tendência dos estudos em laboratório,
devemos esperar que o CEM esteja relacionado com diversos tipos de doença e não
apenas com o câncer. Os estudos mostram que o CEM é um estressor biológico e que a
população sendo cronicamente estressada tem uma probabilidade maior de desenvolver
doenças (MARINO & MORRIS, 1999).
Alguns estudos em trabalhadores envolvidos na fabricação de ímã indicaram vários
sintomas subjetivos e distúrbios funcionais incluindo irritabilidade, fadiga, dor de
cabeça, perda de apetite, bradicardia, taquicardia, queda da pressão sangüínea, alteração
no eletroencefalograma, prurido, queimação e dormência (INTERNATIONAL
COMMISSION ON NON-IONIZING RADIATION PROTECTION, 1994).
Estudos similares têm sido publicados sobre o risco de efeitos adversos na reprodução
humana, associados com a exposição ao CEM (CREASEY, 2000).
Segundo Juutilianem
et al (1993), a exposição a campos eletromagnéticos pode causar aborto. A verdade é
que, se não foi possível comprovar essa correlação, também não é conclusivo o fato de
que as ondas eletromagnéticas são inofensivas quando incidem, com uma certa potência
e freqüência, sobre organismos vivos (GOLDBERG, 2000).
Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo verificar os possíveis efeitos
adversos do CEM, em humanos e animais, que foram publicados nos últimos quarenta
18
anos, através de uma revisão da literatura disponível em medline, revistas nacionais e
internacionais e catálogos de obras de referência na área dos CEM (50/60 Hz).
CÂNCER EM HUMANOS
Becker (1977) analisou o número de câncer, entre aproximadamente 1100 residentes de
uma área rural no norte de Syracuse, Nova York. Esta área era cruzada por linhas de alta
tensão e continha 20 antenas. A incidência de câncer nesta área entre 1974 e 1977, foi
quase o dobro da esperada no estado como um todo. Em 1979, Wertheimer & Leeper
apresentaram um estudo indicando que os ambientes expostos aos campos
eletromagnéticos de 50 e 60 Hz podem aumentar o risco de doenças crônicas –
mortalidade por câncer em crianças. Três anos depois este estudo foi seguido pelo
trabalho de Milham (1982), que mostrou uma relação entre leucemia e trabalho em
ambientes expostos ao CEM, ao utilizar uma base de dados fundamentada em
certificados de óbito, que incluía tipos de emprego e informações sobre a mortalidade
por câncer, em Washington. Outros estudos similares foram feitos por Wright et al
(1985) em Los Angeles e por Coleman et al (1983) na Inglaterra, onde os resultados
obtidos concordaram com os resultados de Milham.
McDowall (1983), publicou um estudo epidemiológico envolvendo 537 mortes, por
leucemia, na Inglaterra e País de Gales em 1973; o grupo controle incluía todos os tipos
de morte exceto leucemia. Ele encontrou um risco relativo maior de desenvolver
leucemia os trabalhadores submetidos ao CEM em seus ambientes de trabalho. Em
estudo similar Pearce et al (1985), também reportaram que eletricistas na Nova Zelândia
tinham um risco maior de sofrer de leucemia. Li et al (1997), informaram haver um
aumento de casos de leucemia em adultos morando a menos de 50 metros de uma linha
de força de alta tensão.
19
Lin et al (1985), estudaram a relação entre ocupação e mortalidade por tumor de cérebro
que ocorreram entre homens brancos residentes em Maryland entre 1969-1982. Análises
preliminares mostraram mais mortes entre trabalhadores expostos ao CEM (eletricistas,
engenheiros elétricos) do que o esperado. Foi observado um número significativamente
diferente entre o número de indivíduos portadores de glioma e astrocitoma entre os
indivíduos expostos quando comparados com o grupo controle. Segundo Swerdlow
(1983), em um estudo epidemiológico entre 1962 e 1977, onde observou uma alta taxa
de câncer de olho entre homens que trabalhavam na indústria elétrica e eletrônica na
Inglaterra e País de Gales, os valores encontrados para este grupo foram bem mais altos
que os valores encontrados entre os trabalhadores em geral para este tipo de doença.
Vagero & Olin (1983), estudaram os casos de câncer reportados na Suécia, no período
de 1961-73, eles observaram uma maior quantidade de casos de câncer entre homens e
mulheres, com idade entre 15 e 64 anos, no grupo formado por trabalhadores da
indústria eletrônica. Eles observaram um aumento na incidência de câncer de 15% entre
homens e de 8% entre as mulheres que trabalhavam na indústria eletrônica quando
comparados com o restante dos trabalhadores. Trabalhadores de linha de alta tensão no
Canadá exibiram uma taxa três vezes maior na quantidade de câncer de intestino quando
comparados com os outros trabalhadores (HOWE & LINDSAY, 1983). Em estudos
posteriores Savitz & Ahlbom (1994), que utilizaram bases de dados semelhantes;
observaram que os tipos de câncer, para os quais foram notados índices elevados,
variaram nos diversos estudos, particularmente quando foram caracterizados os subtipos
de câncer.
Segundo Stevens et al (1992), as nações industrializadas apresentam um alto índice de
câncer de mama entre as mulheres. Segundo Savitz et al (1990), em um estudo realizado
em Denver, relataram uma ligação entre o uso pré-natal de cobertores elétricos e a
20
leucemia na infância. Um outro estudo feito em Los Angeles constatou uma associação
entre leucemia e crianças que usavam secadores de cabelo e assistiam televisão em
receptores monocromáticos (LONDON et al, 1991). Linet et al (1997) fizeram um
extenso estudo de casos, nos Estados Unidos (638 casos e 620 indivíduos de controle),
para testar se a leucemia linfóide aguda na infância está associada à exposição a campos
magnéticos de 60 Hz. Eles observaram uma associação positiva, entre os campos
magnéticos e o risco de leucemia. Segundo Loomis et al (1998), existe uma associação
positiva entre o risco de câncer de cérebro e a exposição ocupacional ao CEM.
Conclusões similares têm sido reportadas quanto ao desenvolvimento de câncer em
adultos, particularmente quanto ao aumento da incidência de tumor no cérebro e
leucemia em trabalhadores da rede elétrica nos Estados Unidos (ROBINSON et al,
1997) e na Suécia (FLODERUS et al, 1994). Feychting & ahlbom (1994), fizeram um
estudo epidemiológico entre adultos, na Suécia, que viviam perto de linhas de alta
tensão e observaram um aumento de leucemia e tumores no sistema nervoso central.
Feychting et al (1998), em outro estudo epidemiológico na Suécia, observaram uma
relação entre exposição ao CEM de jovens mulheres, até 50 anos, que viviam perto de
linhas de alta tensão e o diagnóstico de câncer de mama.
Juutilainen et al (2000), ao estudarem mulheres expostas ao CEM no ambiente de
trabalho, propuseram a hipótese de que a exposição ao CEM pode potenciar os efeitos
de agentes carcinogênicos conhecidos, mas apenas quando ambas as exposições são
crônicas. Há indicações de que o CEM pode influenciar a ação de enzimas, o sinal de
transdução, a expressão gênica e a síntese de proteínas, que exercem atividades
importantes na regulação da proliferação celular e nos processos envolvidos na
promoção tumoral (TROSKO, 2000).
21
Villeneuve et al (2000a), fizeram um estudo epidemiológico entre 31453 trabalhadores
da industria elétrica e observaram que os CEM atuam com um agente promotor na
etiologia da leucemia em adultos. Villeneuve et al (2000b), após um estudo
epidemiológico em Ontário, com trabalhadores, do sexo masculino, da industria
elétrica, suportaram a hipótese de que o CEM pode ser um agente promotor na etiologia
do linfoma “non-Hodgkin’s”.
Tynes et al (2003), suportaram a idéia de que havia uma relação entre o surgimento do
melanoma e a exposição ao CEM, após realizarem um estudo epidemiológico na
Noruega, utilizando adultos com idade a partir dos dezesseis anos.
CÂNCER EM ANIMAIS
Holmberg (1995), fez uma revisão dos trabalhos publicados que usaram CEM com
intensidade entre, 0.5µT e 30mT, em ratos e chegaram à conclusão de que o CEM não é
iniciador do desenvolvimento tumoral, mas pode ser o promotor do processo já iniciado.
Essa hipótese é apoiada por estudos mostrando que a exposição ao CEM acelera a
tumorigênese em animais expostos a carcinogênicos. Os dados apresentados pela
revisão de Löescher & Liburdy (1998) mostram indicações, a partir de estudos em
animais, que a exposição ao CEM de 50-60 Hz exerce efeito co-promotor ou promotor
de câncer em células já iniciadas no processo cancerígeno.
REPRODUÇÃO EM HUMANOS
Lindbolm et al (1992) observaram mulheres grávidas submetidas ao CEM emitidos por
monitores de vídeo e constatou um maior índice de aborto entre elas. Segundo
Juutilianen et al (1993), mulheres grávidas submetidas ao CEM no ambiente em que
vivem, estão mais propensas a sofrer aborto.
22
REPRODUÇÃO EM ANIMAIS
Segundo Cecconi (2000), o CEM de 50 Hz pode prejudicar o potencial reprodutivo de
fêmeas mamíferas pela redução da capacidade dos folículos de atingirem o estágio de
desenvolvimento essencial para o sucesso da reprodução. Eles chegaram a essa
conclusão expondo células foliculares in-vitro ao CEM de 50 Hz, 1.5 mT, por um
período de cinco dias. Al-Akhras et al (2001), submeteram ratos Sprague-Dawley
adultos, machos e fêmeas, ao CEM de 50 Hz, 50 µT, por noventa dias antes de acasalar.
Os ratos apresentaram redução na fertilidade e o número de ratas prenhas foi menor
entre as ratas que foram acasaladas com ratos expostos ao CEM, e o número de
reabsorção fetal foi maior nas ratas. Lee et al (2004), observou os efeitos do CEM de 60
Hz, 0.1 mT ou 0.5 mT, por 24 horas, durante oito semanas, nas células germinativas dos
testículos em ratos machos adultos. Como resultado eles observaram que o CEM pode
induzir a morte de células germinativas em ratos.
DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS EM HUMANOS
De acordo com Repacholi (1998), a exposição ao CEM pode gerar disfunções do
sistema nervoso central (SNC), induzindo ao nervosismo, à ansiedade, ao estresse, a
distúrbios do sono e outros.
Segundo Savitz et al (1998), há indicações de que a exposição ocupacional aos campos
magnético e elétrico pode estar associada a um risco aumentado para o aparecimento de
doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e esclerose amiotrófica lateral.
Sobel & Davanipour (1996), também sugeriram que haveria uma associação entre
doença de Alzheimer e exposição ocupacional a campos magnéticos.
Segundo os dados obtidos por Ahlbom (2001) em uma meta-análise, utilizando o
material apresentado no Simpósio sobre CEM que foi organizado pelo US National
Institute of Environmental Health Sciences em 1998, verificou que existe uma forte
23
evidência de aumento do risco de esclerose lateral amiotrófica em pessoas que
trabalham com eletricidade. No entanto, a exposição ao CEM, é uma entre várias causas
possíveis. Ahlbom (2001), suporta a hipótese de que um trabalhador exposto ao CEM,
em sua profissão, está muito mais susceptível a desenvolver esclerose lateral
amiotrófica do que Alzheimer.
EFEITOS PSIQUIÁTRICOS E PSICOLÓGICOS EM HUMANOS
No final da década de 70, Reichmanis et al(1979), publicaram um trabalho indicando
que havia uma relação entre a exposição ao CEM e suicídio. Baris et al (1996),
afirmaram existir evidências de uma associação entre suicídio e exposição cumulativa
ao CEM. Wilson (1988), sugere que o transtorno causado pela exposição ao CEM ao
ritmo circadiano da melatonina poderia estar relacionado com a depressão.
Massot et al (2000) em seus experimentos in vitro observaram que o CEM de 50 Hz, 2
µT e 2 mT, especificamente interage com os receptores 5-HT
1B
, induzindo mudanças
estruturais da proteína resultando em uma diminuição da sensibilidade funcional dos
receptores. Por isso, in vivo, a exposição ao CEM pode levar a mudanças fisiológicas,
particularmente no campo das alterações do humor onde o sistema 5-HT é fortemente
envolvido.
CITOGENÉTICA EM HUMANOS
Alguns estudos citogenéticos realizados in vitro não demonstraram aumento das
freqüências de aberrações cromossômicas em células expostas ao CEM (SCARFI, et al,
1994), enquanto outros observaram diferenças significantes nas freqüências de
aberrações cromossômicas em conseqüência da ação do CEM em situações específicas
(KHALIL & QASSEN, 1991). Esses autores relataram ocorrência aumentada de
aberrações cromossômicas em células cultivadas expostas ao CEM, de 50 Hz, 1.05 mT,
24
72h, sendo atribuída uma correlação entre a freqüência de alterações e o tempo de
exposição.
Nordenson et al (1994), usando células amnióticas de humanos, publicaram que
exposição contínua ou intermitente ao CEM de intensidade 0,03 mT e com freqüência
de 50 Hz levava a uma quantidade duas ou três vezes maior de aberrações
cromossômicas. No entanto, quando a intensidade era aumentada para 0,3 mT nenhum
efeito era observado (NORDENSON et al, 1994).
Ahuja et al (1999), após expor amostras de sangue ao CEM de 50 Hz, divididas em
cinco grupos de intensidades diferentes (2, 3, 5, 7 e 10 mT) evidenciou que o CEM de
50 Hz, pode ter efeito genotóxico em linfócitos humanos, principalmente de mulheres.
Liburdy & Löscher Apud Repacholi & Greenebaum (1999), em um estudo in vitro,
afirmaram que a proliferação celular era aumentada em uma variedade de tipos celulares
quando expostas ao CEM de intensidade acima que 1 mT. Valjus et al (1993),
analisaram linfócitos periféricos cultivados por 48h em trabalhadores de linhas de força,
considerados um grupo com exposição elevada ao CEM de 50 Hz, e em trabalhadores
de linhas telefônicas (grupo-controle). Esses autores relataram uma taxa aumentada, em
relação aos controles, de células com quebras cromatídicas entre trabalhadores de linhas
de força. Estécio & Silva (2002), também utilizaram culturas de 48h de linfócitos de
sangue venoso periférico e observaram que as quebras cromatídicas também foram o
tipo de alteração mais freqüentemente encontrado nos indivíduos expostos ao CEM
emitido pelos monitores de vídeo dos computadores. Contudo, as características do
CEM produzidos pelos monitores de vídeo dos computadores são diferentes daquelas
dos demais experimentos. Contrariando estes resultados, Fairbairn & O’Neill (1994),
não detectaram quebras na cadeia simples do DNA em estudos moleculares realizados
com células humanas cultivadas expostas ao CEM. Khalil & Qassem (1991), expuseram
25
linfócitos humanos ao CEM de 50 Hz, 1.05 mT, com tempos de exposição diferentes,
sendo a primeira amostra exposta por 24h, a segunda por 48 h e a terceira por 72 h.
Após este experimento eles sugeriram uma correlação entre o aumento da freqüência de
alterações citogenéticas e o tempo de exposição ao CEM (KHALIL & QASSEM,
1991).
Segundo Estécio & Silva (2002), também foi verificada relação entre aumento da idade
e capacidade diminuída das células em reparar o DNA danificado, sendo o reparo do
DNA mais eficiente em indivíduos mais jovens. Independentemente do mecanismo de
ação, o CEM gera instabilidade cromossômica. Indivíduos com essa instabilidade
podem gerar células com uma freqüência maior de mutações ou aberrações
cromossômicas do que aqueles com genoma estável, o que aumenta o risco de
desenvolvimento de câncer (HSU et al, 1986). De acordo com Estécio & Silva (2002),
sob condições semelhantes de exposição ambiental, um indivíduo que apresenta
mecanismo de reparo de DNA ineficiente provavelmente acumula mais mutações e
aberrações cromossômicas do que um com sistema de reparo de DNA normal. Assim, a
ocorrência aumentada de certos tipos de cânceres entre indivíduos expostos ao CEM,
encontrada em diversos estudos epidemiológicos, poderia estar relacionada a uma
instabilidade cromossômica.
Os resultados conflitantes obtidos pelos diferentes estudos, quanto à ação do CEM sobre
o material genético, devem decorrer da utilização de diferentes metodologias, tipos
celulares, dose e período de exposição ao CEM. Porém, permanece ainda uma forte
sugestão do efeito deletério do CEM sobre os sistemas biológicos (ESTÉCIO & SILVA,
2002).
CITOGENÉTICA EM ANIMAIS
26
Lai & Singh (1997b), observaram um aumento nas quebras das cadeias simples de DNA
em células do cérebro de ratos expostos ao CEM de 60 Hz, 0.1, 0.25 e 0.5 mT. Lai &
Singh (2004), repetiram o experimento anterior utilizando uma intensidade de 0.01 mT
por 24h e 48h e observaram quebras nas cadeias simples e duplas do DNA e este efeito
foi maior nas células expostas por 48h, mostrando um efeito cumulativo. Robison et al
(2002), demonstraram que células expostas ao CEM de 60 Hz, 0.15 mT, apresentaram
uma diminuição na taxa de reparo nas linhas celulares HL-60 e HL-60R.
Heredia-Rojas et al (2004), estudaram o efeito do CM de 60 Hz, 2.0 mT, em células
germinativas de ratos. Eles observaram um efeito oposto em termos de aberrações
cromossômicas e morfologia do espermatozóide, quando comparam o grupo exposto ao
CM com o grupo tratado com mitomicina C.
SISTEMA CARDIOVASCULAR EM HUMANOS
De acordo com Cook et al (1991), quando voluntários, homens saudáveis, foram
expostos aos campos eletromagnéticos de 20 µT e 60 Hz, foram observadas mudanças
na freqüência cardíaca (diminuição). Os efeitos eram maiores logo depois que o campo
era ligado ou desligado. Estudos recentes em humanos têm revelado variações
temporárias e reversíveis na freqüência cardíaca em humanos expostos a CEM de 20 µT
(SASTRE et al, 1998). Pelo menos um estudo epidemiológico fala de uma associação
entre exposição ocupacional aos campos eletromagnéticos e morte devido a arritmias ou
infarto agudo do miocárdio, apesar da ausência de doença cardíaca crônica (SAVITZ et
al, 1999).
SISTEMA CARDIOVASCULAR EM ANIMAIS
Jeong et al (2005), observaram que a exposição de ratos ao CEM de 60 Hz, 20 Gauss,
durante um dia, pode suprimir o aumento da freqüência cardíaca afetando a
27
repolarização ventricular e pode retardar o sistema cardiovascular induzido pelo
agonista simpático.
SISTEMA NERVOSO EM ANIMAIS
O CEM de 50 Hz, causou uma variedade de mudanças na estrutura neuronal nos
cérebros de coelhos expostos, incluindo alterações do retículo endoplasmático das
células de Purkinje, e a formação de numerosos corpos lamelares (HANSSON, 1981).
Jeong et al (2000), observaram que ratos expostos ao CEM de 60 Hz, 20gauss, durante
24h, sofreram uma inibição no aumento do limiar de dor durante a noite e uma
hiperalgesia durante o dia, com o envolvimento de opióides e do sistema
benzoadiazepinico. Choi et al (2003), estudaram o efeito do CEM de 60 Hz, 1.5 mT, no
limiar de dor em ratos, sendo um grupo exposto ao CEM de 8h às 20h e o outro de 20h
às 8h, durante cinco dias. Com este estudo eles sugeriram que o CEM pode alterar o
limiar de dor diurno, atuando no sistema, que é associado com o ciclo noite-dia do meio
ambiente.
PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS EM ANIMAIS
Bonhomme-Faivre et al (1998), em um estudo experimental mensuraram mudanças nos
parâmetros biológicos, bioquímicos e de cortisol em camundongos swiss com seis
semanas de idade. Os camundongos foram expostos continuamente ao CEM gerado por
transformadores. A média diária de exposição de 50 µT foi mantida por 350 dias. Os
parâmetros hematológicos foram comparados com os dos ratos controles expostos a um
CEM ambiente baixo de 0,1 µT. Os parâmetros bioquímicos analisados no soro (sódio,
potássio, cloreto, cálcio, magnésio, fósforo, amilase, creatino fosfoquinase e lactato
desidrogenase) foram quantificados depois de 28 dias de exposição e o cortisol depois
de 90 e 190 dias. Vinte dias após o início da exposição os ratos expostos mostraram
uma diminuição significante no número de leucócitos, eritrócitos, linfócitos e
28
monócitos, bem como um aumento significante nos valores da hemoglobina e do
hematócrito, enquanto que volume corpuscular médio aumentou. Noventa dias após,
uma queda significante foi observada na quantidade de leucócitos, neutrófilos
polinucleares e eosinófilos nos animais expostos. Após 190 dias, os animais expostos
sofreram neutropenia e uma diminuição nos valores de cortisol (BONHOMME-
FAIVRE, 1998).
SISTEMA NEUROENDÓCRINO EM HUMANOS
A teoria neuroendócrina para explicar os efeitos biológicos do CEM induzido foi
formulada por Marino (1993), onde ele fala que o CEM é detectado pelas células do
sistema nervoso e a informação é transmitida para o hipotálamo o qual é responsável
por liberar respostas hormonais e elétricas para se opor aos efeitos do CEM nas
interações elétricas que mediam processos vitais como a transcrição, tradução e as
interações com os anticorpos. A magnitude e direção de cada parâmetro mensurável que
constitui a resposta em cascata são influenciadas por fatores internos do organismo e
pelos fatores ambientais (MARINO, 1993).
Apesar de mudanças neuroendócrinas estarem relacionadas à exposição ao CEM, não
existem conhecimentos das conseqüências dessas mudanças para a saúde (REPACHOLI
& GREENEBAUM, 1999). Segundo Stevens (1987), a supressão da melatonina como
resultado da exposição ao CEM tem levantado a hipótese de que esta exposição pode
levar ao câncer de mama. De acordo com Wilson et al (1989), outras desordens podem
ocorrer no ser humano, através de um ou mais mecanismos, envolvendo os hormônios
da glândula pineal. McLauchlan (1992); Scaiano et al (1994) e outros têm proposto que
50/60 Hz CM aumentam o tempo de vida dos radicais livres no organismo. No entanto
Valberg et al (1997), afirmaram que os efeitos biológicos do CEM reportados na
literatura não são os principais fatores para explicar o mecanismo de ação dos radicais
29
livres no organismo. Segundo Méndez et al (1992), ao comparar trabalhadores expostos
ao CEM por dez anos com trabalhadores não expostos, observaram que os trabalhadores
expostos apresentaram alterações no sistema imune que foram demonstradas através da
dosagem de IgG e IgA. A imunidade se encontrou diminuída tanto na roseta ativa
quanto na roseta espontânea.
Simkó & Mattsson (2004), baseados numa extensa revisão da literatura, sugeriram que a
exposição ao CEM é capaz de causar efeitos adversos ao organismo devido ao aumento
dos níveis de radicais livres no mesmo.
SISTEMA NEUROENDÓCRINO EM ANIMAIS
Segundo Kato et al (1994), exposição de ratos ao CEM (0.02 e 1.0 µT) por 42 dias, leva
a uma diminuição nos níveis de melatonina diurnos e noturnos. Similarmente, exposição
de ratos albinos ao CEM de 50Hz com intensidade de 0.1 mT, diminuiu os níveis de
melatonina noturna que por sua vez limitou a taxa enzimática, N-acetiltransferase, na
glândula pineal (SELMAOUI & TOUITOU, 1995).
Experimentos baseados na hipótese, de que o câncer de mama e outras desordens no ser
humano estariam relacionados com um ou mais mecanismos envolvendo os hormônios
da glândula pineal, tem indicado que a exposição ao campo magnético (CM) pode
aumentar o risco de câncer de mama em ratos tratados com dimetilbenzantraceno
(LOESCHER et al, 1994). Rosen et al (1998), mostraram que o CEM de 50 µT e 60Hz,
em dez experimentos, causou em média uma redução de 46% na produção de
melatonina pelas células pineais em animais de laboratório.
Wilson et al (1999) expuseram mamíferos sensíveis ao tempo de exposição à luz,
Phodopus sungorus, ao CEM de 60 Hz (0.1 mT), dividindo-os em dois grupos: um
exposto a um pequeno período de luz (8:16) e o outro exposto a um período maior de
luz (16:8). Foi observada uma alteração na função da glândula pineal e do eixo
30
hipotálamo-pituitária-gonadal. Estas alterações podem ser determinadas pela supressão
da melatonina pineal e o aumento das concentrações de norepinefrina. Animais expostos
por 16 dias ao CEM aumentou o nível da prolactina circulante. Animais expostos
diariamente por 30 a 42 dias ou mais obtiveram uma redução no peso das gônadas e
retardo no crescimento.
A exposição de macacos ao CEM produziu um aumento nos níveis de corticóides na
urina por mais ou menos seis dias, depois os níveis de corticóide retornaram ao nível
normal apesar de continuarem expostos ao CEM (FRIEDMAN & CAREY, 1972).
Segundo Lucena et al (2002), ratos Wistar, com sessenta dias de vida, que foram
submetidos ao CEM de 60 Hz, intensidade de 3µT, durante duas horas por dia,
apresentaram um aumento nas dosagens de ACTH, cortisol e glicose circulantes,
quando comparados com o grupo controle, indicando que os mesmos foram estressados
pela exposição ao CEM.
De acordo com Harakawa et al (2004), ratas ovárioectomizadas, expostas ao CEM de 60
Hz por 60 minutos, apresentaram um aumento estatisticamente significante nos níveis
de ACTH, glicose, lactato e piruvato plasmático, demonstrando que o CEM altera a
resposta ao estresse e o metabolismo energético em ratas estressadas.
Rodriguez et al (2002), estudaram o efeito do CEM de 60 Hz, 30 µT, em vacas prenhas,
submetidas a dias mais curtos (8h claro/16h escuro). Eles observaram que as vacas
submetidas ao CEM apresentaram uma produção maior de leite do que as vacas não
submetidas ao CEM, na quarta semana do experimento. Rodriguez et al (2004),
estudaram o efeito do CEM de 30µT, em vacas leiteiras, submetidas a dias curtos (8h
claro/16h escuro), durante 4 semanas, através das concentrações séricas de melatonina e
prolactina. Eles observaram que o CEM pode modificar a resposta das vacas leiteiras a
mudanças no tempo de exposição à luz.
31
SISTEMA IMUNOLÓGICO
Montenegro et al (2003), observaram através de uma revisão da literatura que os
campos eletromagnéticos não ionizantes de baixa freqüência, interferem na atividade
fagocítica, reconhecimento de antígenos e proliferação dos linfócitos no sistema imune,
provocando diversas alterações, tanto aumentando ou diminuindo a resposta à indução
promovida pelos campos. Ichinose et al (2004), observaram 60 trabalhadores
submetidos ao CEM de 60 Hz durante o horário de trabalho e verificou entre eles uma
redução na atividade da ornitina descarboxilase, e alguns marcadores imunológicos
eram mais fortes.
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ANIMAL
Sandrey et al (2002) observaram que ratos jovens expostos ao CEM (60 Hz), perderam
mais massa que os animais não expostos e que a recuperação foi mais lenta.
Grimaldi et al (2004), mostrou que quando populações de girino (Xenopus laevis) eram
submetidas ao CEM de 50 Hz, 1 mT, 45% dos indivíduos sofriam metamorfose
enquanto que no grupo de girinos não expostos este percentual era de 85%.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desta revisão da literatura foi observado que o CEM de freqüência
extremamente baixa é capaz de produzir efeitos adversos em seres humanos e animais,
como por exemplo: Câncer, distúrbios na reprodução, doenças neurodegenerativas,
efeitos psiquiátricos e psicológicos, alterações citogenéticas, alterações no sistema
cardiovascular, nervoso, neuroendócrino e imunológico, distúrbios no crescimento e
desenvolvimento, bem como nos parâmetros hematológicos e bioquímicos. Apesar de
todas estas constatações e devido a muitas controvérsias entre vários autores, se faz
necessário um estudo mais específico e aprofundado sobre este assunto.
32
REFERÊNCIAS
AHLBOM, A 2001. Neurodegenerative Diseases, Suicide and Depressive Symptoms in
Relation to EMF. Bioelectromagnetics Supplement 5:S132-S143.
AHUJA, YR et al 1999. In vitro effects of low level, low frequency eletromagnetic
fields on DNA damage in human leucocytes by comet assay. Indian Journal of
Biomechemistry and Biophysics 36:318-22.
AL-AKHRAS, M et al 2001. Effects of extremely low frequency magnetic field don
fertility of adult male and female rats. Bioeletromagnetics 22(5):340-344.
BARIS, D; ARMSTRONG, BG; DEADMAN, J; THÉRIAULT, GA 1996. mortality
study of electrical utility workers in Quebec. Occupational and Environmental Medicine
53:25-31.
BECKER, RO 1972. Electromagnetic Forces and Life Process. Technology Review
(MIT) 75:32-38.
BECKER, RO 1977. Microwave radiation, N.Y. State. Journal of Medicine 77:217.
BONHOMME-FAIVRE, L et al 1998. Alterations of biological parameters in mice
chronically exposed to low-frequency (50 Hz) electromagnetic fields. Life Sciences
62(14):1271-1280.
CECCONI, S. 2000. Evaluation of the effects of extremely low frequency
electromagnetic on mammalian follicle development. Human Reproduction 15(1):2319-
2325.
CHOI, YM et al 2003. Extremely low frequency magnetic field exposure modulates the
diurnal rhythm of the pain threshold in mice. Bioelectromagnetics 24(3): 206-10.
COLEMAN, MP.; BELL, CMJ.; SKEET, R 1983. Leukemia incidence in electrical
workers. Lancet i:246.
33
COOK, MR; GRAHAM, C; COHEN, HD; GERKOVISH, MM 1991. A replication
study of human exposure to 60-Hz fields: Effect on neurobehavioral measures.
Bioelectromagnetics 13:261.
CREASEY, WA 2000. Podem a potência e a freqüência dos campos eletromagnéticos
ser mutagênicas? EMF Health Report 8(2), mar/abr.
ESTÉCIO, MRH; SILVA, AE 2002. Alterações cromossômicas causadas pela radiação
dos monitores de vídeo de computadores. Revista de Saúde Pública 36(3):330-6.
FAIRBAIRN, DW; O’NEILL, KL 1994. The effect of eletromagnetic field exposure on
the formation of DNA single strand breaks in human cells. Cellular & Molecular
Biology Letters 40:561-7.
FEYCHTING, M; AHLBOM, A 1994. Magnetic fields, leukemia, and central nervous
system tumors in Swedish adults residing near high-voltage power lines. Epidemiology
5:501-509.
FEYCHTING, M et al 1998. Magnetic fields and breast cancer in Swedish adults
residing near high-voltage power lines. Epidemiology 9:392-7.
FLODERUS, B; TORNQVIST, S; STENLUND, C 1994. Incidence of selected cancers
in Swedish railway workers, 1961-79. Cancer Causes & Control 5(2):189-194.
FRIEDMAN, H; CAREY, RJ 1972. Biomagnetic stressor effects in primates.
Physiology & Behavior 9:171.
GOLDBERG, R B 2000. Breast Cancer Risk and EMF Exposure. EMF Health Report
8(1) Jan/Feb.
GRIMALDI, S et al 2004. Influence of 50 Hz Electromagnetic Field on Anurian
(Xenopus laevis) Metamorphosis. The Scientific world journal 4(S2):41:47.
34
HARAKAWA, S; TAKAHASHI, I; DOGE, F; MARTIN, DE 2004. Effect of a 50 Hz
electric field on plasma ACTH, glucose, lactate, and pyruvate levels in stressed rats.
Bioelectromagnetics 25(5): 346-51.
HANSSON, H 1981. Lamellar bodies and purkinje nerve cells experimentally induced
by electric field. Brain Research 216:187-191.
HEREDIA-ROJAS, JA; CABALLERO-HERNADEZ, DE; FUENTE, AOR; RAMOS-
ALFANO, G; FLORES, LER 2004. Lack of alterations on meiotic chromosomes and
morphological characteristics of male germ cells in mice exposed to a 60 Hz and 2.0 mT
magnetic field. Bioelectromagnetics 25(1): 63-8.
HOLMBERG, B 1995. Magnetic fields and cancer: Animal and cellular evidence – an
overview. Environmental Health Perspectives 103(2):63-7.
HOWE, GR; LINDSAY, JP 1983. A follow-up study of ten-percent sample of the
Canadian Labor Force. Journal of the National Cancer Institute 70:37-44.
HSU, TC; RAMKISSOON, D; FURLONG, C 1986. Differential susceptibility to a
mutagen among human individuals: synergistic effect on chromosome damage between
bleomycin and aplidicolin. Anticancer Research 6:1171-6.
ICHINOSE, TY et al 2004. Immune markers and ornithine decarboxilase among
electric utility workers. Journal of Occupation and Environmental Medicine 46(2):104-
12.
INTERNATIONAL COMMISSION ON NON-IONIZING RADIATION PROTECION
1994. Guidelines on limits of exposure to static magnetic fields. Health Physics Society
66(1):100-106.
JEONG, JH et al 2000. Effects of extremely low frequency magnetic fields on pain
thresholds in mice: roles of melatonin and opioids. Journal of Autonomic
Pharmacology, 20:259-264.
35
JEONG, JH et al 2005. Influence of exposure to electromagnetic field on the
cardiovascular system. Autonomic & Autacoid Pharmacology 25:17-23.
JUUTILIANEM, J; MAITILAINEN, P; SAARIKOSKI, S; LAARA, E; SUONIO, S
1993. Early pregnancy loss and exposure to 50 Hz magnetic fields. Bioeletromagnetics
14:229-236.
JUUTILAINEN, J et al 2000. Nocturnal 6-hydroxymelatonin sulfate excretion in female
workers exposed to magnetic fields. Journal of Pineal Research 28:97-104.
KATO; M; HONMA, K; SHIGEMITSU, T; SHIGA, Y 1994. Circularly polarized 50
Hz magnetic field exposure reduces pineal gland melatonin and blood concentrations of
Long-Evans rats. Neuroscience Letters 166:59-62.
KHALIL, AM; QASSEM, W 1991. Cytogenetics effects of pulsing electromagnetic
fiel don human lymphocytes in vitro: chromosome aberrations, sister-chromatid
exchanges and cell kinetics. Mutation Research 247:141-6.
LAI, H; SINGH, NP 1997a. Acute exposure to a 60Hz magnetic field increases DNA
strand breaks in rat brain cells. Bioelectromagnetics18:156-165.
LAI, H; SINGH, NP 1997b. Melatonin and a spin-trap compound blocked
radiofrequency, radiation induced DNA strand breaks in rat brain cells.
Bioelectromagnetics 18:446-454.
LAI, H; SINGH, NP 2004.
Magnetic-Field-Induced DNA Strand Breaks in
Brain Cells of the Rat.
Environmental Health Perspectives 112:687-694.
LECHTER, GS 1991. A radiação eletromagnética. PC Mag Bras. 44-54, dez.
LEE, JS; AHN, SS; JUNG, KC; KIM, YW; LEE, SK 2004. Effects of 60 Hz
electromagnetic field exposure on testicular germ cell apoptosis in mice. Asian Journal
of Andrology 6:29-34.
36
LI, C-Y; GILLES THÉRIAULT, G; LIN, RS 1997. Residential exposure to 60-Hertz
magnetic fields and adult cancers in Taiwan. Epidemiology 8:25-30.
LIN, RS; DISCHINGER, PC; CONDEE, J; FARRELL, KP 1985. Occupational
exposure to electromagnetic fields and ocurrence of brain tumors. Journal of
Occupational Medicine 27:413-419.
LINET, MS et al 1997. Residential exposure to magnetic fields and acute lymphoblastic
leukemia in children. New England Journal of Medicine 337:1-7.
LINDBOHM, M.L. et al 1992. Magnetic fields of video display terminals and
spontaneous abortion. American Journal of Epidemiology 136:1041-1051.
LOESCHER, W; MEVISSEN, M; LEHMACHER, W; STAMM, A 1994. Effects of
weak alternating magnetic fields on nocturnal melatonin production and mammary
carcinogenesis in rats. Oncology 51:288-295.
LÖESCHER, W; LIBURDY, RP 1998. Animal and cellular studies on carcinogenic
effects of low frequency (50/60-Hz) magnetic fields. Mutation Research 410:185-220.
LONDON, SJ et al 1991. Exposure to residential electric and magnetic fields and risk
of childhood leukemia. American Journal of Epidemiology 134:923-937.
LOOMIS, D.; KROMHOUT, H.; KLECKNER, R.; SAVITZ, D 1998. Effects of the
analytical treatment of exposure data on association of cancer and occupational
magnetic field exposure. American Journal of Industrial Medicine 34:49-56.
LUCENA, ACT.; ANSELMO, CWSF; OLIVEIRA, IM; FILHO, MB; CATANHO,
MTJA 2002. Effects of 60 Hz Electric Magnetic Field on the Immune System in the
Wistar Rats, p.837 – 845. Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop, v.II
Rhodes, Greece.
MARINO, AA 1993. Electromagnetic fields, cancer, and the theory of neuroendocrine-
related promotion. Bioelectrochemistry and Bioenergetics 29:255-276.
37
MARINO, AA; MORRIS, DM 1999. Chronic Electromagnetic Stressors in the
Enviroment: A Risk Factor in Human Cancer. Shreveport. Disponível em
http://www.ortho.lsume.edu/faculty?Marino/Papers/Cite67>. Acesso em:2001.
MASSOT, O et al 2000. Magnetic field desensitizes 5-HT
1B
receptor in brain:
pharmacological and functional studies. Brain Research 858:143-150.
McDOWALL, ME 1983. Leukemia mortality in electrical workers in England and
Wales. Lancet (i):246.
McLAUCHLAN, KA 1992. Are enviromental magnetic fields dangerous? Phys.World.
p.41-45.
MÉNDEZ, AC et al 1992. Effecto de lãs radiaciones electromagneticas no ionizantes
sobre la imunidad humoral y celular em trabajadores expuestos. Ver Cub Méd Militar
21(2):85-92.
MILHAM, S 1982. Mortality from leukemia in workers exposed to electrical and
magnetic fields. New England Journal of Medicine 307:249.
MONTENEGRO, EJN; DANTAS, MC; HIRAKAWA, PRTR; CASTRO, RM;
CASTRO, CMMB 2003. Efeito dos campos eletromagnéticos não ionizantes no sistema
imune. Anais da Faculdade de Medicina Universidade Federal de Pernambuco
48(2):148-151.
NORDENSON, I; HANSSON, MK; ANDERSON, G; SANDSTRÖN, M 1994.
Chromosomal aberrations in human amniotic cells after intermittent exposure to 50 Hz
magnetic fields. Bioelectromagnetics 15:293-301.
PEARCE, NE; SHEPPARD, RA; HOWARD, JK; FRASER, J; LILLEY, BM 1985.
Leukemia in electrical workers in New Zealand. Lancet i:811.
38
REICHMANIS, M; PERRY, FS; MARINO, AA; BECKER, RO 1979. Relation
between suicide and the electromagnetic field of overhead power lines. Physiological
Chemistry and Physics 11:395-403.
REPACHOLI, MH 1998. Low-level exposure to radiofrequency electromagnetic fields:
health effects and research needs. Bioelectromagnetics 19:1-19.
REPACHOLI, MH; GREENEBAUM, B 1999. Interaction of static and extremely low
frequency electric and magnetic fields with living systems: Health effects and research
needs. Bioelectromagnetics 20:133-160.
ROBINSON, CF; PETERSEN, M; PALU, S; SESTITO, JP 1997. Mortality patterns
among the international brotherhood of electrical workers, p. 1982-1987. Abstract book
of Second World Congress of Electricity and Magnetism in Biology and Medicine,
Bologna, june 8-13.
ROBISON, JG; PENDLETON, AR; MONSON, KO; MURRAY, BK; O’NEILL, KL
2002. Decreased DNA repair rates and protection from heat induced apoptosis mediated
by electromagnetic field exposure. Bioelectromagnetics 23(2):106-12.
RODRIGUEZ, M; PETITCLERC, D; NGUYEN, DH; BLOCK, E; BURCHARD, JF
2002. Effect of Electric and Magnetic Fields (60 Hz) on Production, and Levels of
Growth Hormone and Insulin-Like Growth Factor 1, in Lactating, Pregnant Cows
Subjected to Short Days. Journal Dairy Science 85:2843–2849.
RODRIGUEZ, M; PETITCLERC, D; BURCHARD, JF; NGUYEN, DH; BLOCK, E
2004. Blood melatonin and prolactin concentrations in dairry cows exposed to 60 Hz
electric and magnetic fields during 8 h photoperiods. Bioelectromagnetics 25(7):508-15.
ROSEN, LA; BARBER, I; LYLE, DB 1998. “A 0,5 G, 60 Hz magnetic field supresses
melatonin production in pinealocytes”. Bioelectromagnetics 19:123-127.
39
SANDREY, MA et al 2002. Effect of short duration electromagnetic field exposures on
rat mass. Bioelectromagnetics 23(1):2-6.
SASTRE, A.; COOK, M.R.; GRAHAM, C 1998. Nocturnal exposure to intermittent 60-
Hz magnetic fields alters human cardiac rhythm. Bioelectromagnetics 19:98-106.
SAVITZ, DA; JOHN, E M; KLECKNER, RC 1990. Magnetic field exposure from
electric appliances and childhood cancer. American Journal of Epidemiology 131:763-
773.
SAVITZ, DA; AHLBOM, A 1994. Epidemiologic evidence on cancer in relation to
residential and occupational exposure p.233-262. In: Biological effects of electric and
magnetic fields, v.2. Academic Press, New York.
SAVITZ, DA; CHECKOWAY, H; LOOMIS, DP 1998. Magnetic field exposure and
neurodegenerative disease mortality among electric utility workers. Epidemiology
9:398-404.
SAVITZ, DA; LIAO, D; SASTRE, A; KLECKNER, RC; KAVET, R 1999. Magnetic
field exposure and cardiovascular disease mortality among electric utility workers.
American Journal of Epidemiology 149:135-142.
SCAIANO, JC; COZENS, FL; McLEAN, J; THANSANDOTE, A 1994. Application of
the radical pair mechanism to free radicals in organized systems: can the effects of 60
Hz magnetic fields be predicted from studies under static fields? Bioelectromagnetics
15:549-554.
SCARFI, MR et al 1994. Lack of cromosomal aberration and micronucleus induction
in human lymphocytes exposed to pulsed magnetic fields. Mutation Research 306:129-
33.
40
SELMAOUI, B; TOUITOU, Y 1995. Sinusoidal 50 Hz magnetic fields depress rat
pineal NAT activity and serum melatonin. Role of duration and intensity of exposure.
Life Science 57:1351-1358.
SIMKÓ, M & MATTSSOM, M-O 2004. Extremely Low Frequency Electromagnetic
Fields as Effectors of Cellular Responses In Vitro: Possible Immune Cell Activation.
Journal of Cellular Biochemistry 93:83–92.
SOBEL, E; DAVANIPOUR, Z 1996. EMF exposure may cause increased production of
amyloid beta and eventually lead to Alzheimer’s disease. Neurology 47:1594-1600.
STEVENS, RG 1987. Electric power use and breast cancer, a hypothesis. American
Journal of Epidemiology 125:556-561.
STEVENS, RG; DAVIS, S; THOMAS, DB; ANDERSON, LE; WILSON, BW 1992.
Electric power, pineal function, and the risk of breast cancer. FASEB Journal 6:853-
860.
SWERDLOW, AJ 1983. Epidemiology of eye cancer in adults in England and Wales
1962-1977. American Journal of Epidemiology 18:294-300.
TROSKO JE 2000. Human health consequences of enviromentally-modulated gene
expression: potential roles of ELF-EMF induced epigenetic versus mutagenic
mechanisms of disease. Bioeletromagnetics 21:402-6.
TYNES,T;KLÆBOE, L; HALDORSEN,T 2003. Residential and occupational exposure
to 50 Hz magnetic fields and malignant melanoma: a population based study.
Occupational & Environmental Medicine 60:343-347.
VAGERO, D; OLIN, R 1983. Incidence of cancer in the electronics industry: using the
New Swedish cancer environment registry as a screening instrument. British Journal of
Industrial Medicine 40:188-192.
41
VALBERG, PA; KAVET, R; RAFFERTY, CN 1997. Can low-level 50/60 Hz electric
and magnetic fields cause biological effects? Radiation Research 148:2-21.
VALJUS, J et al 1993. Analysis of chromosomal aberrations, sister chomatid exchanges
and micronuclei among power linesmen with long-term exposure to 50 Hz
electromagnetic fields. Radiation and Environmental Biophysics 32:325-36.
VILLENEUVE, PJ; AGNEW, DA; MILLER, AB; COREY, PN; PURDHAM, JT
2000a. Leukemia in electric utility workers: the evaluation of alternative indices of
exposure to 60 Hz electric and magnetic fields. American Journal of Industrial Medicine
37(6): 607-17.
VILLENEUVE, PJ; AGNEW, DA; MILLER, AB; COREY, PN 2000b. Non-Hodgkin’s
lymphoma among electric utility workers in Ontario: the evaluation of alternate indices
of exposure to 60 Hz electric and magnetic fields. Occupational & Environmental
Medicine 57: 249-257.
WERTHEIMER, N; LEEPER, E 1979. Electrical wiring configurations and childhood
cancer. American Journal Epidemiology 11:345-355.
WILSON, BW 1988. Chronic exposure to ELF fields may induce depression.
Bioelectromagnetics 9:195-205.
WILSON, BW; STEVEN’S, RG; ANDERSON, LE 1989. Neuroendocrine mediated
effects of electromagnetic-field exposure: possible role of the pineal gland life. Life
Science 45:1319-1332.
WILSON, BW et al 1999. Effects of 60 Hz Magnetic Field Exposure on the Pineal and
Hypothalamic-Pituitary-Gonadal Axis in the Siberian Hamster (Phodopus Sungorus).
Bioeletromagnetics 20:224-232.
WRIGHT, WE; PETERS, J; MACK, T 1985. Leukemia in workers exposed to eletrical
and magnetic fields. Lancet i:811.
42
2.2. INTERAÇÃO NEUROENDÓCRINA (CÓRTEX E TIREÓIDE)
Em um sentido conceitual, os sistemas endócrinos e nervosos têm importantes
semelhanças funcionais. Cada um deles é basicamente um sistema de sinalização,
ambos funcionam de conformidade com um processo de estímulo resposta
(AXELROD; REISINE, 1984; BERTALANFFY, 1986) e cada um destes sistemas
transmite sinais que em alguns casos, são altamente localizados e específicos quanto a
seu propósito e, em outros casos, sua finalidade é ampla, generalizada e diversificada.
Cada um destes sistemas é fundamental para o processo fisiológico cooperativo de
células, tecidos e órgãos altamente diferenciados que compõem o organismo humano
(MIRANDA, 2001).
A função hipotalâmica é regulada tanto por sinais mediados por hormônio – por
exemplo, feedback negativo – quanto por impulsos neurais de várias fontes. Estes sinais
nervosos são mediados por neurotransmissores, como a acetilcolina, dopamina,
noradrenalina, adrenalina, serotonina, ácido gama-aminobutírico e opióides. O
hipotálamo pode ser considerado uma via final comum pela qual, sinais de múltiplos
sistemas alcançam a hipófise anterior. Este sistema de interações imunoendócrinas é
importante na resposta do organismo a vários estresses, como mostrado na figura 1,
(GREENSPAN; STREWLER, 2000; AL-AYADHI, 2005; WIDMER et al, 2005).
A ativação dos sistemas neuronal serotoninérgico e histaminérgico estimulam a
liberação do hormônio liberador da corticotrofina pelos neurônios paraventriculares
(KJAR et al, 1992), mediando a liberação estresse-induzida da prolactina (PRL) e
ACTH (KNIGGE et al, 1989; JORGENSEN et al, 1996). O ACTH é o hormônio trófico
das zonas fasciculada e reticular da hipófise, sendo o principal regulador da produção de
cortisol e androgênio pelo córtex supra-renal. O ACTH, por sua vez, é regulado pelo
43
hipotálamo, pela vasopressina (AVP) e pelo sistema nervoso central através dos
neurotransmissores e do hormônio de liberação de CRH e ACTH (VICENNATI et al,
2004). A secreção de cortisol é rigorosamente regulada pelo ACTH, através do controle
neuro-endócrino, e os níveis plasmáticos de cortisol acompanham os níveis de ACTH
(GREENSPAN; STREWLER, 2000; VAHL et al, 2005).
Figura 1 – Desenho esquemático do eixo hipotálamo-hipofisário-supra-
renal, ilustrando feedback negativo pelo cortisol (F) nos níveis
hipotalâmico e hipofisário. Também existe uma alça de feedback
negativo curta de ACTH sobre a secreção do hormônio de liberação da
corticotropina (CRH), (GREESPAN; STREWLER, 2000).
2.2.1. Mecanismos de Controle Endócrino
Os mecanismos de controle endócrinos são: ritmo circadiano; responsividade ao
estresse e a inibição por feedback.
O ritmo circadiano (cortisol) é superposto a secreção episódica (ACTH);
constitui o resultado de eventos do sistema nervoso central que regulam o número e a
44
magnitude dos episódios secretores de CRH e ACTH, figura 2. Entretanto, há o
aumento da secreção de cortisol em resposta à alimentação e ao exercício
(TRAUSTADOTTIR; BOSCH; MATT, 2005). Embora este ritmo tenha um padrão
uniforme, há uma considerável variabilidade intra e interindividual, e o ritmo circadiano
pode ser alterado por modificações no padrão de sono, exposição à luz ou escuro e
horários de alimentação, etc. Segundo Kok et al (2004), a obesidade altera o ritmo
circadiano do ACTH em mulheres obesas pré-menopausa.
Figura 2 – Flutuações do ACTH e dos glicocorticóides plasmáticos durante
todo o dia. (GREENSPAN; STREWLER; 2000).
As secreções plasmáticas de ACTH e cortisol também são caracteristicamente
responsivas ao estresse físico. Segundo Bauer (2002), as respostas fisiológicas as
experiências sensoriais ou psicológicas são consideradas estresse. O ACTH e o cortisol
plasmáticos são secretados minutos após o início de estresses (VAHL et al, 2005). As
respostas ao estresse originam-se no sistema nervoso central e aumentam a secreção de
45
CRH hipotalâmico, e assim, a secreção de ACTH hipofisário (TRAUSTADOTTIR;
BOSCH; MATT, 2005).
O estresse pode afetar muitos órgãos e sistemas, mas os principais mediadores
de resposta para o estresse são o sistema nervoso simpático e o eixo hipotálamo
pituitária adrenal (McCANN, 2000). Muitos estresses alteram a concentração de ACTH,
freqüentemente suplantando a ritmicidade diurna normal. O aumento dos níveis de
ACTH durante o estresse é mediado pela vasopressina e, também, pelo CRH. Embora
níveis fisiológicos de cortisol não reduzam a resposta do ACTH ao estresse,
corticosteróides exógenos em altas dosagens o suprimem (VICENNATI et al, 2004).
O estressor, agindo sobre o organismo, gera informações sob forma de impulsos
nervosos no córtex cerebral, na formação reticular e no sistema límbico, que atuariam
no hipotálamo, como pode ser visto no esquema da figura 3. Nesta região do encéfalo, a
informação alcança certas células neuroendócrinas que agem como transdutores,
transformando os sinais nervosos em mensageiros hormonais (SELYE, 1976). Assim
por exemplo, a conseqüente secreção de hormônio liberador de corticotropina,
proveniente do hipotálamo, provoca na circulação geral uma descarga de hormônio
adrenocorticotrópico (ACTH) a partir da hipófise. O ACTH alcança o córtex adrenal,
acarretando a liberação de corticóides. Estes, por sua vez, em vários tecidos, facilitam
reações metabólicas que fornecem a energia necessária para a realização das adaptações
exigidas, além de possibilitar respostas outras, como as imunológicas (AXELROD;
REISINE, 1984; ÁLVAREZ et al, 1989; DUNN, 1989; BAUER, 2002).
Indivíduos após uma situação de estresse, reação de luto ou um episódio
depressivo apresentariam uma maior suscetibilidade a doenças infecciosas, carcinomas,
maior morbidade e mortalidade em geral, assim como doenças auto-imunes
46
(ALBRECHT; HELDERMAN; SCHLESSER, 1985; ARNETZ; WASSERMAN;
PETRINI, 1987; GARCIA et al, 2000).
Figura 3 – Desenho esquemático do efeito do estresse sobre a liberação do cortisol. O estresse ativa
o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal: a hipófise anterior libera o hormônio ACTH, que induz a
liberação de cortisol – principal hormônio regulador do sistema imunológico – pelo córtex das
glândulas adrenais, (BAUER, 2002).
O terceiro principal regulador da secreção de ACTH e cortisol é o da inibição por
feedback da secreção de CRH, ACTH e cortisol por glicocorticóides. A inibição por
feedback pelos glicocorticóides ocorre na hipófise e no hipotálamo, envolvendo dois
mecanismos distintos: a inibição por feedback rápido que é sensível à velocidade de
alteração dos níveis de cortisol e o feedback lento que é sensível ao nível absoluto de
cortisol. Além do feedback negativo dos corticóides, o ACTH também inibe sua própria
secreção (feedback em alça curta) (GREENSPAN; STREWLER, 2000).
47
2.2.2. Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal
O eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA) está envolvido na produção de
CRH (Hipotálamo), ACTH (Hipófise) e Cortisol (Adrenal). Segundo Caetano; Caetano;
Krämer; (1999); Greespan; Strewler (2000); Widmer et al (2005),
o hipotálamo e a
hipófise formam uma unidade que exerce controle sobre a função de várias glândulas
endócrinas e como conseqüência tem-se a modulação da atividade do sistema nervoso
central, constituindo os principais mecanismos reguladores de praticamente todas as
atividades fisiológicas. O sistema imune também interage com os sistemas endócrino e
nervoso. Tais interações neuroendócrinas também são importantes na fisiopatologia das
doenças.
O hormônio de liberação da corticotropina (CRH) é secretado pelo hipotálamo
obedecendo a um ritmo circadiano, quando liberado atravessa o sistema porta
hipofisário, estimulando a secreção do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) e outros
produtos de sua molécula precursora, pró-opiomelanocortina (VICENNATI et al,
2004). A estrutura do CRH humano é idêntica aquela do CRH do rato. O CRH tem uma
meia vida plasmática longa (aproximadamente 60 minutos) e tanto o ADH quanto a
angiotensina II potencializam a secreção de ACTH mediada pelo CRH. Em contraste, a
ocitocina inibe a secreção de ACTH mediada por CRH. Os neurônios secretores de
CRH são encontrados na porção anterior dos núcleos paraventriculares e o CRH
também é liberado pela placenta humana (GREENSPAN; STREWLER, 2000).
As medidas basais de ACTH geralmente não constituem indicadores fidedignos
da reserva secretora hipofisária, pois uma curta meia-vida plasmática e secreção
episódica resultam em amplas flutuações dos níveis plasmáticos. Por isso, a
48
interpretação dos níveis plasmáticos de ACTH requer a avaliação simultânea da
secreção de cortisol pelo córtex supra-renal (GREENSPAN; STREWLER, 2000).
A síntese do cortisol e dos androgênios pelas zonas fasciculada e reticular
começa com o colesterol, assim como a síntese de todos os hormônios esteróides. As
lipoproteínas plasmáticas são a principal fonte de colesterol supra-renal, embora
também ocorra síntese na glândula a partir do acetato. Há um pequeno reservatório de
colesterol livre na supra-renal para a rápida síntese dos esteróides, quando a supra-renal
é estimulada. Quando ocorre estimulação, também há o aumento da hidrólise dos ésteres
colesterol armazenados em colesterol livre, aumento da captação das lipoproteínas
plasmáticas, e aumento da síntese de colesterol na glândula (VICENNATI et al, 2004).
2.2.3. Efeitos Metabólicos dos Hormônios Glicocorticóides e Insulina
2.2.3.1. Atividade imunológica
O sistema imune tem como funções: defesa, vigilância e manutenção da
homeostase. A resposta imune surgiu nos organismos nucleados (células nucleadas)
para permitir aos mesmos manterem o mesmo padrão celular, distinguindo, assim, seus
próprios componentes (células e moléculas) daqueles que são estranhos ou não –
próprios (provenientes de outros organismos) (CAETANO; CAETANO; KRÄMER,
1999).
O estresse psicológico crônico nas condições naturais de vida da população, tem
sido implicado como um fator de aumento da reatividade cardiovascular, elevação de
catecolaminas e diminuição da resposta imune em vários estudos (KELLER; WEISS;
49
SCHLEIFER, 1983; FLEMING; BAUM; DAVIDSON, 1987; KIECOLT; GLASER,
1995).
Os glicocorticóides são importantes mediadores da interação endócrino-imune.
Tais hormônios desempenham funções imunomoduladores, produzindo efeitos
inibitórios sobre as muitas funções do sistema imunológico, tais como, redução do
número de linfócitos circulantes, derivado do timo (células T) e monócitos (SONG et al,
1999; OGAWA et al, 2000; BAUER et al, 2000). Outras alterações também ocorrem
como redução do crescimento de células linfóides, formação de anticorpos e também
modificações na toxidade celular, entre outros danos produzidos pelos glicocorticóides
ao sistema imune (OYA et al, 2000).
Os glicocorticóides influenciam múltiplos aspectos da responsividade
imunológica e inflamatória, como a mobilização e a função dos leucócitos. Eles inibem
a fosfolipase A
2
, uma enzima fundamental na síntese das prostaglandinas. Esta inibição
é mediada por uma classe de peptídeos denominados lipocortinas ou anexinas. Eles
também comprometem a liberação de substâncias efetoras, como a linfocina
interleucina 1, o processamento do antígeno, a produção e a eliminação dos anticorpos,
bem como as outras funções específicas dos linfócitos, derivados da medula óssea e do
timo. O sistema imune, por sua vez, afeta o eixo hipotalâmico-hipofisário-supra-renal; a
interleucina-1 estimula a secreção de CRH e ACTH. (CAETANO; CAETANO;
KRÄMER, 1999).
2.2.3.2. Regulação metabólica
De acordo com Champe and Harvey (2002) o nível de glicose sangüínea
controla o nível de insulina. As concentrações sangüíneas de glicose são controladas por
50
dois componentes: secreção de insulina por células β, e sensibilidade dos tecidos
hepático, adiposo e muscular à insulina. A perda desse controle pode resultar de falhas
na secreção ou resistência dos tecidos à insulina, por modificação da ligação da insulina
ao receptor ou por uma alteração da atividade da enzima quinase do receptor de insulina
(BARBOSA, 1987; LARNER, 1987; WILKIN, 2001).
Em 1869, Paul Langerhans descobriu ilhotas como agrupamentos de células que
estavam dispersas entre ácinos no pâncreas e, em 1893, Laguesse sugeriu a função
endócrina das mesmas, denominando-as de ilhotas de Langerhans. Sabe-se atualmente,
que as ilhotas compreendem cerca de 1 a 2% do pâncreas, e constituem-se de uma
massa compacta, inervada por fibras simpáticas e parassimpáticas, nervos peptidérgicos
e são ricamente vascularizadas por um fluxo direto arteriolar, que entra na região central
das ilhotas ocupadas por células e tem um papel fundamental no controle hormonal do
combustível metabólico e, principalmente, na homeostase da glicose (LAYCOCK,
1983).
Estruturalmente, o receptor de insulina, constitui-se de duas subunidades α e β,
sendo que a β está ligada à insulina. O receptor promove a internalização do hormônio
insulina, isto considerando fatores como tempo, temperatura e o próprio processo
endocitótico, requerente de energia, iniciando-se então, reação de autofosforilação em
cascata do resíduo de tirosina da subunidade (BLOCK et al,1991).
O mecanismo de sinalização entre a ativação do receptor de insulina e o sistema
de transporte da glicose, também pode ser conseqüente da protease produzindo
mediadores ou pela ativação do fosfatidinolacitol. O fosfatidinolacitol ao ser ativado,
sofre fosforilação gerando como produto o trifosfato de inositol e o 1, 2 diacilglicerol. O
trifosfato de inositol provoca um breve aumento na concentração de Ca
++
citosólico,
refletindo na liberação de insulina. O 1, 2 diacilglicerol, que é um eficiente modulador
51
da ativação da proteína cinase C, produz ácido araquidônico essencial à síntese das
prostaglandinas (GRANPENGIESSER et al,1990; BOGGS et al,1991; JUNCO et
al,1993).
2.2.4. O Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireóide
Os hormônios tireoideanos são formados nas células foliculares da tireóide e são
liberados para a circulação sistêmica em resposta ao hormônio estimulador da tireóide
ou tireotrofina (TSH), este sintetizado e secretado pela adenohipófise, dependente do
hormônio liberador da tireotrofina (TRH) produzido pelo hipotálamo.
A tireóide secreta predominantemente tiroxina (T
4
) e pequena quantidade de
triiodotironina (T
3
), em seres humanos essa taxa é de 14:1, enquanto no rato adulto é de
5:1 (PAZOS-MOURA et al, 2003; MOURA; PAZOS-MOURA, 2004). O hormônio
tireoideano metabolicamente ativo é o T
3
, formado a partir da síntese tireoideana e pela
desiodação do T
4
. O processo da desiodação ocorre pela ação de 3 isoenzimas,
classificadas com base em critérios bioquímicos, funcionais e de distribuição tecidual:
desiodase tipo I (5’D-I), responsável por gerar T
3
circulante, está presente
predominantemente no fígado, tireóide e rins; desiodase tipo II (5’D-II), origina T
3
intracelular, encontrada na hipófise, córtex cerebral, cerebelo, tecido adiposo marrom,
tireóide humana e músculo esquelético; e desiodase tipo III (5D-III) que ocorre na
placenta, útero, diversos tecidos fetais como cérebro e pele, tendo a concentração
aumentada durante a gestação (BIANCO et al, 2002; BIANCO, 2004). A desiodase III
inativa T
4
e T
3
por remover átomos de iodo do anel interno, que são facilmente
disponíveis no transporte para o feto (SCHRÖDER-VAN DER ELST et al, 1998;
CARVALHO, 2003). As desiodases que convertem T
4
para T
3
inativo (rT
3
) aparecem
52
precocemente durante a vida intra-uterina, assim o rT
3
supera o T
3
no soro (VAN DEN
HOVE et al, 1999). As desiodases placentárias e/ou fetais têm papel crítico no
desenvolvimento (BATES et al, 1999), fazendo com que as concentrações séricas de T3
sejam baixas no feto (SANTINI et al, 1993).
Calvo et al (1990), observaram que T
4
ou T
3
diminuem nos tecidos extra-
tireoideanos como no plasma, fígado, rins, pulmões, coração e músculo esquelético no
final da prenhez em ratos, exceto as concentrações de T
3
do córtex cerebral,
possivelmente devido ao aumento da 5’D-II. O tecido adiposo marrom expressa a 5’D-
II que é importante para a produção do T
3
extra-tireoideano os recém-nascidos
eutiróideos (SILVA; MATHEUS, 1984).
Em situações de estresse há uma maior liberação de cortisol o que leva a uma
diminuição da liberação de TSH e como conseqüência uma diminuição na concentração
sérica de T
3
livre, no entanto a concentração de T
4
encontra-se normal (CHAN et al,
2002; MOURA; PAZOS-MOURA et al, 2004).
Os hormônios tireoideanos são essenciais para o neurodesenvolvimento fetal,
principalmente no “período crítico” de crescimento (PORTERFIELD; HENDRICH,
1993). Distúrbios como a hipoxitiroxina materna, isto é baixa tiroxina livre circulante
antes do início da função tireoideana fetal e até a metade da gestação, aumentam o risco
de deficiência no neurodesenvolvimento fetal (LAVADO-AUTRIC et al, 2003).
Mudanças no ambiente uterino ou que atuem numa etapa precoce da vida podem
ativar adaptações fisiológicas, chamadas de programação metabólica ou impressão
metabólica que podem influenciar permanentemente a fisiologia do animal (CSABA;
NAGBY, 1985; BARKER, 2000).
O Maior risco para doenças crônicas, tais como a síndrome metabólica, no
indivíduo adulto pode ter origem mesmo antes do nascimento e em períodos precoces
53
da vida (BARKER, 2000; HARDING; 2001). Em humanos, durante a vida intra-uterina,
exposições a altas concentrações do hormônio tireoideano podem modificar a regulação
do sistema hipotálamo-hipófise-tireóide, como no hipertireoidismo gestacional que
provoca o hipotireoidismo congênito em crianças ( KEMPERS et al, 2003). Segundo
Barker et al (1993), um exemplo de programação metabólica acontece em situações de
desnutrição materna na gestação, que produz mudanças no metabolismo fetal e nas
concentrações de hormônios fetais e placentários.
Em animais, a desnutrição materna durante o período de lactação modifica a
função tireoideana das mães e de suas proles. Filhotes de ratas que sofreram restrição
protéica durante a lactação apresentaram o peso corporal menor que o controle
(PASSOS et al, 2000). Quando a restrição protéica ocorre em diferentes períodos da
lactação, os filhotes apresentam redução significativa na concentração sérica de T
4
livre
aos 4 dias de idade e no final da lactação; T
3
sérico se encontra aumentado durante todo
o período de lactação sendo importante para garantir o desenvolvimento do sistema
nervoso (PASSOS et al, 2001a; PASSOS et al, 2001b). Passos et al (2002a),
observaram que aos 6 meses de vida, animais cujas mães foram submetidas à restrição
protéica durante a lactação apresentaram concentrações séricas mais altas de T
4
e T
3
e
aumento na captação de radioiodeto pela tireóide, caracterizando uma hiperfunção da
glândula tireóide; enquanto os animais cujas mães foram submetidas a restrição calórica
apresentaram apenas concentrações séricas de T
3
elevadas, provavelmente por ocorrer
um aumento da conversão de T
4
a T
3
. O efeito é programado desde a lactação e o tipo
de desnutrição é importante para determinar o tipo de alterações na vida adulta
(PASSOS et al, 2002b).
54
2.3. DESNUTRIÇÃO
Uma nutrição adequada é aquela decorrente da ingestão de alimentos adequados
a fim de assegurar as necessidades nutricionais do organismo que os ingere. Deve,
portanto, ser suficiente para contemplar as necessidades energéticas e de nutrientes para
as sínteses orgânicas; deve ser também harmoniosa, de modo que os diferentes
nutrientes guardem uma correta relação entre si, e adequada à situação biológica do
indivíduo (OMS, 1984).
Caso ocorra um desequilíbrio e/ou uma deficiência de nutrientes no organismo é
caracterizado como desnutrição (Martorell, 2001). Tais desequilíbrios são
freqüentemente produzidos pela deficiência relativa de proteínas, de carboidratos e de
gorduras, como fonte de energia, bem como pela carência de micronutrientes. Estas
deficiências são seguidas de alterações fisiopatológicas que primeiro refletem-se em
prejuízo funcional, e posteriormente, por danos bioquímicos e físicos (Martinez, 2001),
podendo causar incapacidade e morte (Martorell, 2001).
As deficiências alimentares de macro e micro-nutrientes, por outro lado, levam a
quadros de desnutrição, reconhecidamente um grave problema mundial. A desnutrição
promove alterações danosas aos diversos sistemas orgânicos, inclusive ao sistema
nervoso, tanto em animais de laboratório (Castellano e Oliverio, 1976; Morgane et al,
1978; Soto-Moyano et al, 1987; Root et al, 1988; Castro et al, 1989) como em humanos
(Nwuga, 1977; Dixon et al, 1982; Stoch et al, 1982).
Há uma relação direta entre a intensidade das seqüelas causadas pela desnutrição
no tecido nervoso e fatores tais como: a duração, a severidade, o tipo de deficiência
nutricional (se protéica, calórica, vitamínica ou de elementos-traço) e o estágio de
desenvolvimento neural no qual a desnutrição atuou (MORGANE et al, 1978;
55
BALLABRIGA, 1989). A nutrição desempenha um papel crítico no desenvolvimento
pré-natal e pós-natal do cérebro em todos os níveis, incluindo estrutural, químico
farmacológico e funcional (PRASAD, 1998; FERNSTROM, 2000). Muitas das
substâncias neurotransmissoras (substâncias neuroativas) estão presentes em nossa
alimentação, ou são ressintetizadas usando precursores fornecidos pela dieta e, portanto,
podem influenciar diretamente na química cerebral (PRASAD, 1998). Assim, uma
deficiência em nutrientes particulares durante a concepção, embriogênese e
desenvolvimento cerebral pode levar a notáveis efeitos no cérebro (FERNSTROM,
2000).
Para o sistema nervoso central, a deficiência nutricional será tanto mais danosa
quanto mais precoce se estabelecer a desnutrição. O desenvolvimento do sistema
nervoso (SN) envolve processos epigenéticos que ativam genes de maneira seqüencial
em momentos diferentes (JESSEL, 1995). Esses processos incluem vários fatores
ambientais e não celulares que podem modificar, modular e direcionar o
desenvolvimento subseqüente (NISHI, 1994). Portanto, somente as informações
genéticas de um ser vivo não seriam suficientes para especificar, por exemplo, toda a
formação de interconexões neuronais (JESSEL, 1995). Nas fases iniciais da vida, o
crescimento e o desenvolvimento do cérebro ocorrem com grande intensidade, através
dos processos de hiperplasia, hipertrofia e mielinização. A neurogênese, a gliogênese e
a migração neuronal realizam-se, então, com velocidade máxima, provocando um
rápido aumento do peso cerebral. Esta fase é denominada de “período de crescimento
rápido do cérebro” ou “período crítico” e é caracterizada por ser uma fase de grande
vulnerabilidade a vários tipos de agressão, inclusive a desnutrição (DOBBING, 1968).
Esta fase ocorre em épocas distintas nas diversas espécies animais. Assim, o “período
crítico” nos seres humanos inicia-se no período pré-natal (último trimestre de gestação)
56
continuando até os primeiros anos de vida (2 a 4 anos); nos animais, corresponde à vida
pré-natal; no rato e no cão, ocorre no período de aleitamento (SCRIMSHAW;
GORDON, 1968).
Os efeitos neurais da desnutrição irão depender do seu grau de severidade e
duração (MELO, 1994; ROCHA-DE-MELO; GUEDES, 1997). A desnutrição durante o
período pré e pós-natal acarreta um retardo na maturação reflexa e somática e esse
retardo é mais severo em animais que sofreram desnutrição no período do aleitamento
(SMART; DOBBING, 1971). Em modelos animais, um ponto de consenso a respeito
das conseqüências funcionais da desnutrição é que os animais expostos precocemente a
este insulto exibem mudanças duradouras no campo das emoções, motivações e/ou
ansiedade (LEVITSKY; STRUPP, 1995), além de alterações morfológicas (PICANÇO-
DINIZ et al, 1998), fisiológicas, bioquímicas e comportamentais (RESNICK et al,
1979).
Em relação aos modelos experimentais de desnutrição, têm-se usado várias
técnicas de privação nutricional em animais, como por exemplo: redução do teor de
proteínas (GUEDES et al, 1987; ANDRADE et al, 1990; TEODÓSIO et al, 1990;
AZZOLIN et al, 1991; COLOMBO et al, 1992; PESSOA et al, 2000; SANTOS-
MONTEIRO; TEDÓSIO; GUEDES, 2000; MONTEIRO et al, 2001), redução protéico-
calórica (EKHERT et al, 1976; DASTUR et al, 1977; NORDBORG, 1978; TEODÓSIO
et al, 1981) e redução de outros nutrientes específicos (GOTO et al, 1986; ROOT et al,
1988; XIE; SMART, 1991). Os resultados de tais experimentos demonstraram que
todos os nutrientes estudados têm influência na maturação do cérebro. Segundo estes
autores, a proteína parece ser o componente mais crítico. Assim a síntese de proteínas
estruturais, o crescimento, a organização funcional e a produção de neurotransmissores
57
cerebrais dependem da disponibilidade de aminoácidos essenciais contidos nas
proteínas da dieta (MORGANE et al, 1978; WIGGINS et al, 1984).
No Nordeste do Brasil, a dieta consumida por parte da população que vive na
área de cultivo da cana de açúcar, Zona da Mata de Pernambuco, é conhecida como
Dieta Básica Regional (DBR) (COUTINHO, 1976). Essa dieta, a qual se convencionou
chamar de “Dieta Básica Regional” (DBR), corresponde a uma alimentação multi-
deficitária, contendo em torno de 8% de proteína dos quais a maior proporção é de
origem vegetal. A Dieta Básica Regional foi elaborada por Teodósio et al (1981),
baseando-se em um inquérito alimentar realizado em populações, economicamente
desfavorecidas, da Zona da Mata de Pernambuco (BATISTA FILHO, 1968) e
posteriormente analisada pelo setor de Nutrição do Departamento de Nutrição da
Universidade Federal de Pernambuco. Estudos pioneiros têm indicado que esta dieta
experimental, DBR, produz em ratos um tipo de desnutrição similar ao que prevalece
entre as crianças dessa região do Brasil, a desnutrição protéica-energética, com sinais
clínicos, parâmetros bioquímicos semelhantes aos observados no marasmo
(TEODÓSIO et al, 1981, 1983). Quando esta dieta é comparada com uma dieta padrão,
observa-se que ela é deficiente em proteínas (conteúdo e qualidade), calorias, gorduras,
vitaminas e minerais (PESSOA, 1997). A partir destes resultados, a DBR tem sido
consolidada como modelo experimental de desnutrição (TEODÓSIO et al, 1990;
PESSOA, 1997; ROCHA DE MELO; GUEDES, 1997).
No rato, do nascimento aos 21 dias de vida, ocorre alta taxa de síntese protéica
associada ao crescimento do cérebro. No período de crescimento rápido do encéfalo, a
falta de aminoácidos essenciais compromete a síntese protéica cerebral, alterando
consequentemente o crescimento e desenvolvimento desse órgão (MORGANE et al,
1978).
58
Em animais de laboratório a desnutrição protéica, em idades precoces, provoca
inúmeras alterações no tecido nervoso, tais como: diminuição nos teores de glicogênio e
glicose cerebrais, aumento na utilização de corpos cetônicos, aumento na concentração
de ácido glutâmico e glutamina (JOHN et al, 1991; GARRIGA; CUSSÓ, 1992;
COLOMBO et al, 1992). A carência nutricional protéica imposta durante a gestação
acarreta, na prole diminuição da concentração de DNA e das proteínas cerebrais, bem
como alterações da taxa de divisão celular, resultando em redução do número final de
células nervosas (ZAMENHOF, 1991; MORGANE et al, 1993) com diminuição do
peso cerebral (TEODÓSIO et al, 1990). No período de aleitamento este tipo de
desnutrição leva a uma diminuição do peso do cerebelo, do hipocampo e do córtex
cerebral de ratos, evidenciando-se uma maior vulnerabilidade dessas estruturas à
agressão nutricional (FULLER; WIGGINS, 1984; MELO, 1994). Também foram
relatadas alterações comportamentais e eletrofisiológicas em animais desnutridos no
período de gestação e aleitamento (RESNICK et al, 1979; RESNICK; MORGANE,
1984; RUIZ et al, 1985; WOLF et al, 1986; PRASAD, 1991).
Levitsky e Barnes (1972), divulgaram a hipótese do “isolamento funcional”, na
qual consideraram que as taxas diminuídas de crescimento e o atraso no
desenvolvimento psicomotor em indivíduos mal nutridos, se deveria à adaptação do
organismo à desnutrição precoce. Essa adaptação poderia estar envolvida com a
conservação de energia, de modo que o indivíduo utilizasse melhor sua cota energética,
dando prioridade à manutenção corporal; em segundo lugar, ao crescimento e por
último a alguma atividade comportamental ou cognitiva. Dessa forma, a energia
necessária para a sobrevivência é poupada, apresentando esse indivíduo, além de
reduzidos tamanho e peso corporal, menor exploração do seu ambiente físico e social;
59
curiosidade diminuída; habilidades motoras e intelectuais compatíveis com aquelas de
um organismo jovem.
Esses autores mostram em seus trabalhos que algumas alterações neurais,
ocasionadas pela desnutrição podem ser parcialmente revertidas pelo tratamento de
estimulação ambiental, empregado durante o processo de desnutrição, ou mais tarde,
durante um período de recuperação alimentar, inferindo que a estimulação ambiental é
uma condição que pode ajudar a prevenir ou recuperar os efeitos prejudiciais da
desnutrição, tanto em animais de laboratório (LEVITSKY; BARNES, 1972;
FERNANDEZ et al, 1989; LIMA, 1992; SANTOS-MONTEIRO; TEODÓSIO;
GUEDES, 2000), como em humanos (GRANTHAM-McGREGOR et al, 1991;
COLOMBO et al, 1993)
60
3. JUSTIFICATIVAS
A associação da desnutrição à exposição incondicional da população aos campos
eletromagnéticos de diferentes freqüências, densidades e intensidades, tem sido um
grande motivo de preocupação e questionamento por parte de pesquisadores da área e
em menor proporção por parte da população em geral, devido a ignorância da mesma
em relação ao assunto. Outro fator preocupante é a associação da desnutrição com a
exposição ao CEM no período gestacional.
Apesar dessa população ser carente e viver em grande privação, ela não está
livre da atuação dos campos eletromagnéticos, pois mesmo nos casos raros onde não
existe nenhum eletrodoméstico no domicílio, existem as linhas de alta tensão que
passam próximo das residências, fazendo com que esta população também seja exposta
ao CEM. Esta situação aliada ao estado de má nutrição nos faz pensar que os CEMs
atuem de maneira muito mais intensa no organismo deste grupo já debilitado pela
carência alimentar.
A gravidez é um período de aumento da demanda metabólica, principalmente
devido a mudanças fisiológicas na mulher e das necessidades do feto em crescimento
(KING, 2000). Durante este período, deficiência em micronutrientes causa prejuízo
tanto para a saúde da mulher grávida, quanto a saúde do feto em crescimento.
Deficiência de zinco, cobre, magnésio, ferro, ácido fólico e iodo tem sido associado
com perda de gravidez, anomalias congênitas, hipertensão na gravidez, ruptura
prematura de membranas, ruptura da placenta, parto prematuro e uma alta incidência de
bebês de baixo peso. (PRASAD et al, 1974; KUMAR, 1987; WYNN; WYNN, 1988;
YASODHARA et al, 1996; CAULFIELD et al, 1998; ALMONTE et al, 1999;
FAWCETT et al, 1999, PRIYALI et al, 2004).
61
De acordo com Marino (2005) a relação entre fatores ambientais e doenças em
termos de uma variável interna chamada estresse (como por exemplo: morte de uma
pessoa querida, perda de emprego, situação matrimonial infeliz, dieta pobre, etc.), ajuda
a entender as influências do campo eletromagnético (CEM) do meio ambiente.
Devido ao exposto utilizamos a DBR como dieta experimental de desnutrição
que além de ser deficiente em proteína é deficiente em lipídeos, vitaminas e minerais
(MONTEIRO et al, 2001). A escolha da intensidade de 3µT foi devido a necessidade de
se usar uma intensidade de CEM maior do que as encontradas normalmente em
residências e locais de trabalho. Nesses lugares a média de intensidade dos CEMs de
50/60 Hz, deve-se encontrar entre 0,1 e 0,3µT (NATIONAL ACADEMY OF
SCIENCE, 1996). Neste estudo foi utilizada uma intensidade de CEM dez vezes maior
que a intensidade esperada, pois dependendo da distância entre os condutores e o
aterramento, as densidades do fluxo magnético podem ter media de 22mT em função da
carga da corrente na linha (SIMOM, 1992) e este valor ainda pode depender da
localização geográfica e da natureza do material magnético próximo a área observada
(REPACHOLI; GREENEBAUM, 1999). Normalmente pode ser visto que cada
pesquisador usa uma freqüência, intensidade ou densidade de CEM que as vezes não
coincide com o que foi escolhido neste estudo o que dificulta a comparação dos
resultados obtidos. No entanto isto é uma das coisas que caracteriza o estudo da ação
dos campos eletromagnéticos, pois segundo Savitz et al (1994), um dos desafios que
distingue o estudo dos efeitos do CEM à saúde dos efeitos causados por muitos outros
agentes é a incerteza quanto aos aspectos dos campos utilizados para definir a
exposição. O meio ambiente contem campos elétricos e magnéticos de variadas
freqüências, incluindo harmônicas de freqüência (50 ou 60 Hz), que variam durante
intervalos de tempos de milisegundos a horas, dias, meses e anos. As fontes do campo
62
variam também dependendo do local, pois várias fontes existem no local de trabalho, na
casa e em outros ambientes.
Os estudos dos efeitos da associação do CEM com a desnutrição, em organismos
vivos, se faz necessário para investigar os prováveis mecanismos e compreender a
gravidade do problema, tendo como finalidade realizar um diagnóstico preciso sobre o
meio ambiente e a qualidade de vida da população.
63
4. HIPÓTESE
A associação do CEM à desnutrição em ratas prenhas causaria alguma alteração
hormonal e metabólica?
A associação do CEM à desnutrição em ratas prenhas causaria alguma alteração
na maturação reflexa da prole?
A associação do CEM à desnutrição em ratas prenhas causaria alguma alteração
na maturação somática da prole?
A associação do CEM à desnutrição em ratas prenhas causaria alguma alteração
no peso corporal da prole no período de lactação?
64
5. OBJETIVOS
5.1. OBJETIVOS GERAIS
Investigar a ação do campo eletromagnético variável de 60 Hz, senoidal, com
intensidade de 3 µT, duas horas ao dia, durante vinte e um dias consecutivos, na
regulação das concentrações hormonais e metabólicas em ratas prenhas, submetidas à
dieta balanceada e ratas prenhas submetidas à dieta multicarencial da Zona da Mata
Nordestina (DBR), bem como o desenvolvimento reflexo e somático e evolução do
crescimento corporal da prole.
5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar as dosagens metabólica (glicose) e hormonais (cortisol, insulina, T3 e
T4) das ratas submetidas a dieta caseína ou DBR e expostas ou não ao CEM,
durante a prenhez;
Comparar os resultados obtidos das dosagens metabólica e hormonais entre os
grupos;
Avaliar o desenvolvimento reflexo da prole proveniente de ratas submetidas a
dieta caseína ou DBR e expostas ou não ao CEM, durante a prenhez;
Comparar os dados obtidos do desenvolvimento reflexo da prole entre os quatro
grupos;
Avaliar o desenvolvimento somático da prole proveniente de ratas submetidas a
dieta caseína ou DBR e expostas ou não ao CEM, durante a prenhez;
65
Comparar os dados obtidos do desenvolvimento somático da prole entre os
quatro grupos;
Acompanhar o crescimento corporal da prole proveniente de ratas submetidas a
dieta caseína ou DBR e expostas ou não ao CEM, durante a prenhez;
Comparar a evolução ponderal da prole entre o quatro grupos.
66
6. TRABALHOS CIENTÍFICOS
6.1. EFEITOS DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO, 60 Hz, 3µT, NA REGULAÇÃO
HORMONAL E METABÓLICA EM RATAS PRENHAS DESNUTRIDAS.
Este trabalho foi enviado para a revista Nutrition Research e teve como objetivo
avaliar os efeitos da exposição de ratas prenhas alimentadas por uma dieta
multicarencial, DBR, ao CEM de 60 Hz, 3µT, durante duas horas por dia na regulação
metabólica, glicose sérica, e na regulação hormonal onde os seguintes parâmetros foram
estudados: insulina, cortisol T
3
e T
4.
O CEM associado a desnutrição causou alterações
na regulação hormonal e metabólica destas ratas, sendo mais notável nas concentrações
séricas de T
3
e T
4
, com uma relação T
4
:T
3
quase 18 vezes maior do que a encontrada no
grupo alimentado pela dieta caseína. Os resultados são preocupantes, pois como
sabemos, estes hormônios são muito importantes no desenvolvimento normal da prole.
67
EFFECTS OF THE ELECTROMAGNETIC FIELD, 60 HZ, 3µT, ON THE
HORMONAL AND METABOLIC REGULATION OF UNDERNOURISHED
PREGNANT RATS
Caroline W.S.F. Anselmo
a,*
, Patrícia B. Pereira
a
, Maria Teresa J.A. Catanho
b
,
Maria do Carmo Medeiros
a
a
Department of Nutrition, Federal University of Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego,
Departamento de Nutrição, CDU, Recife-PE, CEP: 50670-901, Brazil
b
Department of Biophysics, Federal University of Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego,
Departamento de Biofísica, CDU, Recife-PE, CEP: 50670-901, Brazil
*
Corresponding author, Tel.: +55 81 32273861; fax: +55 81 32282873.
E-mail address: [email protected] or caroline.[email protected] (Caroline
W.S.F. Anselmo).
Address: Rua Monsenhor Silva, 166, Madalena, Recife-PE, Brazil, CEP:50610-360.
68
Abstract
Epidemiological studies have implicated maternal protein-calorie deficiency as
an important public health problem in developing countries. Over the last decades, a
remarkable diffusion of electricity and an increased level of the electromagnetic field
(EMF) in the environment have characterized modern societies. Therefore, researchers
are concerned with the biological effects of 50-60 Hz, EMF. The aim of this study is to
show the effects of EMF of 60 Hz, 3 µT, exposure for two hours per day in the
regulation of the hormonal and metabolic concentrations in pregnant rats, which were
fed by Regional Basic Diet (RBD) during their pregnancy as compared with pregnant
rats fed a standard diet. Pregnant rats exposed to EMF of 60Hz, 3µT, over the
pregnancy and fed with RBD presented an increase in glucose release when compared
with the Group subjected only to the RBD ration. Rats fed RBD presented a decrease in
their insulin and cortisol serum levels when compared with the Group fed with casein.
The T
3
and T
4
concentrations presented the greatest variation among the Groups. The
relation T
4
:T
3
was much exaggerated in the Group subjected to RDB and exposed to
EMF when compared to the others. In conclusion, the group subjected to the association
of the EMF and under nutrition suffered a decrease in its serum concentration of T
4
and
T
3
when compared to the well- nourished group and the relationship T
4
:T
3
in the former
group was almost eighteen-fold the later one.
Keywords: Casein; Electromagnetic Field; Metabolism; Hormone; Regional Basic
Diet; Undernourished Pregnant Rats.
69
1. Introduction
Over the last decades, a remarkable diffusion of electricity and an increased
level of the electromagnetic field (EMF) in the environment have characterized our
society. Recent epidemiological studies of occupational and residential exposure to
EMF are concerned with the biological effects of 50-60 Hz fields (extremely low
frequencies or ELF), particularly with determining an increase in cancer incidence in
individuals exposed to these types of radiation [1]. A milestone in epidemiological
research on ELF is the study of Wertheimer and Leeper [2]: it links the presence of
power lines (60 Hz) near homes with the development of childhood leukaemia in
Colorado, USA.
The main efforts of researchers have been focused on the possible link between
electromagnetic fields and cancer development; different endpoints have been assessed
[1]. The ELF field influences pineal gland activity and decreased melatonin production
[3,4]. Besides the major role of the pineal in the regulation of the circadian rhythm of
various physiological functions and seasonal adaptation through the cyclic production
of melatonin [5], this organ was found to be closely associated with the hypothalamic-
pituitary-gonad-thyroid-adrenal axis [6]. Most probably, the pineal gland converts the
environmental photic, thermic and magnetic signals into information that affects
neuroendocrine system [7].
In accordance with Marino [8], in order to understand the relationship between
environmental factors and disease in terms of an internal state variable called stress, (for
instance: death of a loved one, loss of job, an unhappy marital situation, poor diet, etc.),
it is helpful to understand the influences of environmental EMFs.
Epidemiological studies have implicated maternal protein-calorie deficiency as
an important public health problem in developing countries [9,10]. Experimental studies
70
have shown that pre- or postnatal nutritional manipulation may program adult size,
metabolism, blood lipids, diabetes, obesity, blood pressure, glomerular hypertrophy,
arteriosclerosis, behaviour, and learning [11].
In North-Eastern Brazil, the diet that is consumed by the population living in the
area of sugar-cane cultivation in coastal Pernambuco is known as “Regional Basic Diet”
(RBD) [12]. The RBD was prepared by TEODÓSIO et al. [13], according to data from
food consumption surveys in the Pernambuco coastal forest strip [12]. The RBD is
made with the most frequent foods and in the same proportion consumed by the
population as detected by the surveys.
When this diet is compared with the standard one, is noticed that it is deficient
in proteins (content and quality) calories, fat, vitamins and minerals [14]. Pioneer
studies have indicated that this experimental diet, RBD, produces in rats a type of under
nutrition similar to that prevalent among children from this region of Brazil, namely an
association with nutritional dwarfism, with some clinical signs of marasmus [13].
In light of the fact that pregnancy is a period of increased metabolic demands
mainly due to changes in the woman’s physiology and the requirements of the growing
fetus [15], resulting in the deficiency of micronutrients having a detrimental effect on
the health of both pregnant women and the growing fetus [16], the aim of this paper is
to show the effects of the EMF of 60 Hz, 3 µT, in the regulation of the hormonal and
metabolic concentrations in pregnant rats, which were fed RBD during their pregnancy
as compared with pregnant rats fed standard diet.
2. Materials and Methods
2.1. Animals
Twenty females Wistar rats were used in this experiment; they were 90 days old at the
onset of exposure, which started after the pregnancy was detected. The fertilization was
71
detected by the presence of sperm in the vaginal washing of the mated females. They
were kept under conditions of constant temperature (23 ± 2C), light/dark cycle (12-
h/12-h) with a background magnetic field of 0.28 µT. The animals had food and water
ad libittum. Animal use was approved by the Federal University of Pernambuco
Committee on Animal Research.
2.2. Diets
The ingredients of the multideficient diet used in this experiment were beans
(Phaseolus vulgaris), manioc flour (Manihot esculenta), dried and salted meat, and
sweet potato (Ipomaea batatas) [17]. The diet was prepared in our laboratory as
follows: all ingredients (except manioc flour) were cooked, dehydrated for 24-60 h
(according the type of ingredient) at 60°C and pulverized. Each component was mixed
with manioc flour by humidifying. Meat fat was then added, and the mixture was
shaped into squares which were dehydrated for 24 h at 60C. The centesimal
composition of the RBD, which was determined by the Department of Nutrition,
Federal University of Pernambuco, is given in Table 1. The caloric adequacy of the
RBD was calculated to be about 316 Kcal per 100g. The control diet provided 18% of
protein (commercial casein) and it was balanced according to recommendations for
pregnant rats (AIN – 93), as shown in Table 2. The diet during the mating period was
maintenance pellet chow, with 23% of protein (Purina do Brasil Ltda., São Paulo, SP,
Brazil).
2.3. Feeding Protocol
During the mating period, all female and male rats were fed with a standard
balanced diet provided by Purina. Throughout this period, the detection of sperm in the
vagina was taken to indicate that fertilization had occurred. Fertilized females were then
immediately transferred to cages, two per cage, of 60cm length, 50cm width and 22cm
72
height, put on supports made from polystyrene of 35cm width, 50cm length and 35cm
height [18]. Two Groups were fed RBD and two Groups were fed casein.
2.4. Exposure to EMF
The rats were divided in four Groups: Group A (n=6), composed rats that
consumed casein without exposure to EMF; Group B (n=4), composed of rats that
consumed casein and were exposed to the EMF; Group C (n=6), composed of rats that
consumed the RBD and were not exposed to EMF; and Group D (n=4), composed of
rats that consumed RBD and were exposed to the EMF. The Groups B and D were
exposed to EMF of 60 Hz, senoidal, of 3µT, measured by a gauss meter, on the scale of
0-10 µT, for two hours per day for twenty-one consecutive days, one hour in the
morning from 8:00h to 9:00h and one hour in the afternoon from 14:00h to 15:00h.
They were exposed when the pregnancy was detected and removed from exposure when
they gave birth. As the radiation source, transformers of 220/110 volts of 500 VA,
working with opened secondary, and controlled by an electronic timer were used, and
placed under the polystyrene supports. Control animals were achieved by simply not
placing the transformers under the polystyrene supports. The transformers were
previously examined and tested to confirm their working parameters at the Biomedical
Engineering Department of the Biophysics and Radiobiology Department of the Federal
University of Pernambuco. The EMF was measured inside the cage and it remained
constant independent of the position. It should be noted that, except for the weekly cage
cleaning, and the weekly measuring of their weight, the rats were not moved or handled
during this experiment. Exposed animals should be compared with control that have
been derived from the same source and simultaneously handled and assayed in the same
way, except for the presence of the fields.
73
On the terminal day of the experiment, the twenty-first day, when the rats had
given birth, all animals were anaesthetized with ethylic ether. After that, blood was
taken by a cardiac puncture (3ml) to obtain the serum, always at the same time in the
afternoon, from 12:30h to 14:00h. Serum samples obtained after centrifugation were
stored at -5º C for assay of cortisol, triiodothyronine (T3), thyroxine (T4), and insulin
and glucose concentrations.
2.5. Metabolic and Hormone Assessment
Serum concentration of cortisol, insulin, T3 and T4 was measured by
radioimmunoassay technique (RIE) using the cortisol coat-A-count kit, DPC (USA) and
the analysis was made in a gamma meter of scintillation, auto-gamma, CobraII (Packard
a Camberra Company), at the Department of Biophysics of the Federal University of
Pernambuco. Serum glucose levels were measured by the glucose oxidase method using
the PAPglucose kit – Labtest Diagnóstica – Brazil. Every measure was duplicated or
triplicated.
2.6. Statistical Analysis
The results were analysed using variable average. The significance of the results
were assessed through the ANOVA and Tukey for the comparison among Groups,
considering the level of significance p<0.05.
3. Results
3.1. Effects of the under nutrition and EMF in the glucose serum concentration
The average ± Standard Deviation (SD) of glucose serum concentration for the Group A
was 111.8 ± 16.8 mg/dL, for Group B was 81 ± 15.9 mg/dL, for Group C was 63.4 ±
12.2 mg/dL, and for Group D was 135.1 ± 55.1 mg/dL, Figure 1. They only showed a
significant difference (p=0.012) between Groups C and D, where Group D was
113.09% greater than Group C.
74
3.2. Effects of the under nutrition and EMF in the insulin serum concentration
The average ± SD of the insulin serum concentration for Group A was 1.22 ±
0.55 µIU/mL, for Group B was 0.97 ± 0.45 µIU/mL, for Group C was 0.28 ± 0.08
µIU/mL, and for Group D was 0.83 ± 0.15 µIU/mL, Figure 2. They only showed a
significant difference (p=0.03) between Groups A and C, where Group C was 77.5%
lower than Group A.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
ABCD
Glucose (mg/dL)
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
2.0
ABCD
Insulin (µIU/mL)
*
*
*
*
Figure 1 Figure 2
3.3. Effects of the under nutrition and EMF in the cortisol serum concentration
The average ± SD of the cortisol serum concentration for Group A was 0.75 ±
0.25 µg/dL, for Group B was 0.64 ± 0.33 µg/dL, for the Group C 0.34 ± 0.12 µg/dL and
for Group D was 0.44 ± 0.13 µg/dL, Figure 3. They only showed a significant
difference (p=0.045) between Groups A and C, where the Group C was 54.67% lower
than Group A.
0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
1.20
ABCD
Cortisol (ug/dL)
*
*
Figure 3
75
3.4. Effects of the under nutrition and EMF in the T3 serum concentration
The results show that the T3 serum concentration of the rats was significantly
different among Groups (p=0.01). The average ± SD for Group A was 1.47 ± 0.05
nmol/L, for Group B was 0.42 ± 0.09 nmol/L, for Group C was 0.13 ± 0.03 nmol/L, and
for Group D was 0.04 ± 0.01 nmol/L, Figure 4. In addition, the greater difference was
between Groups A and D, where Group D was 97.28% lower than Group A, whereas
the smallest difference was between Groups B and C, where the Group C was 69.05%
lower than Group B. Therefore, the figure of Group B was 71.43% lower than the figure
of Group A, the figure of Group C was 91.16% lower than the figure of Group A.
Finally, the figure of Group D was lower than the figures of Groups B and C with a
difference of 90.48% and 69.23% respectively.
3.5. Effects of the under nutrition and EMF in the T4 serum concentration
The results show that the T4 serum average ± SD concentration of the rats for
Group A was 14.89 ± 2.17 nmol/L, for Group B was 9.25 ± 1.92 nmol/L, for Group C
was 3.87 ± 1.10 nmol/L, and for Group D was 7.24 ± 3.47 nmol/L, Figure 5. Some
Groups showed a significant difference (p<0.001). The figure of Group A showed a
significant difference from Groups B, C and D, where the figures of Groups B, C and D
were 37.88%, 74%, and 51.38% lower than Group A, respectively. Therefore the figure
of Group B was significantly different from Group C, where Group C showed a figure
58.16% lower than the figure of the Group B.
76
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
ABCD
T3 (nmol/L)
*
**
***
*
0
2
4
ABCD
T4 (nmol/L)
6
8
10
12
14
16
18
*
**
***
*
*
*
Figure 4 Figure 5
3.6. Effects of the under nutrition and EMF in the relationship T4:T3
The relationship between the serum concentrations of T
4
:T
3
in this study is given
in Table 3. A huge difference, almost eighteen-fold, can be seen between Group A, the
group control, and Group D, the group feeding by RBD and exposed to EMF.
4. Discussion
The experimental diet used here is not only deficient in protein, but also in
lipids, vitamins, sodium and other minerals [19]. The choice of intensity of 3µT was due
to the necessity of using a higher intensity of EMF than in residences and most work
places. In those places, the average 50/60 Hz magnetic fields are between 0.1 and 0.3µT
[20]. In this study, a value ten times higher than the maximum value expected was used.
Depending on the distance between the conductors and ground, and magnetic flux
densities can average 22µT in function of the current load in the line [21] and this value
could also depend on the geographic location and the nature of the magnetic material
near the subject area [22].
Despite the numeric difference of the concentrations of glucose, insulin, cortisol,
T
3
and T
4
among Groups, they do not show a statistically significant difference in all
cases. However, a trend can be seen in their figures. For instance Group A, composed of
rats that consumed casein without exposure to EMF, always have the biggest
concentration when compared to the other Groups except for glucose, where the largest
77
concentration was the Group D, formed of rats that consumed RBD and were exposed
to the EMF. The concentration of glucose in Group D was significantly different from
Group C, composed of rats that consumed RBD and were not exposed to EMF. This
result was unexpected, since both Groups C and D were feeding on RBD, which is
deficient. It could be explained because Group D was exposed to EMF. And in
accordance to Armario, Martí, Gil [23]; De Boer et al [24]; Martí, Armario [25],
repeated stress is associated with the sensitivity of glucose, inducing hyperglycaemia. In
accordance with Harakawa et al [26], EMF of 50 Hz increases ACTH, glucose, lactate,
and pyruvate levels in stressed rats, demonstrating that the 50 Hz EMF alters both stress
responses and energy metabolism in stressed rats.
The trend of the concentration of insulin among groups was similar to that of
glucose. However, in this case Group A, composed of rats that consumed casein without
exposure to EMF, and Group C, composed of rats that consumed the RBD and were not
exposed to the EMF, showed a significant difference, which was expected because
Group A was fed casein and Group C was fed RBD. Although Group C, composed of
rats that consumed RBD and were not exposed to EMF, and Group D, formed by rats
that consumed RBD and were exposed to EMF, do not show significant difference
between them, they had the same pattern of the glucose, where the Group D, that had
the same diet of the Group C, suffered an increase in its figures. This can be explained
by the same mechanism which increased the glucose levels, since when glucose levels
rise the level of insulin has to increase as well. According to Champe and Harvey [27],
the level of blood glucose controls the level of blood insulin. These results show that
EMF changes the body’s metabolism, because it was expected that Group B (composed
of rats that consumed casein and were exposed to the EMF) and, Group C, control
group, (composed by rats that consumed the RBD) had presented a difference
78
statistically significant between their figures to agree with what happened between
Group A, composed by rats that consumed casein without to be exposed to the EMF,
and Group C (composed by rats that consumed the RBD) and were not exposed to the
EMF.
The same occurred with the cortisol dosages as occurred with the insulin
dosages in this study. These results show once more that EMF exposure affects the
body’s metabolism. In according with Stevens’ hypothesis [28,29] the field exposure
has effects not only on melatonin, but also on the reproductive hormones and the
immune system. The reason for measuring the cortisol serum concentration in this
experiment was because cortisol is well known as a stress indicator [30].
Our results regarding glucose and cortisol dosages do not agree with the results
obtained by Lucena et al [18]. They exposed adult male rats, fed maintenance pellet
chow, with 23% of protein, over thirty days to EMF with the same parameters as we
did. However, the rats that were exposed to EMF suffered an increase in their cortisol
and glucose dosage levels when compared with the control.
The serum concentrations T
4
and T
3
presented a greater number of Groups that
differ statistically. We can see in this study that the Groups subject to EMF and/or RBD
present a lower serum concentration for T4 and T3 when compared with the control
Group (A), the control Group. This data is in agreement with data reported by
Zagorskaya and Rodina (1990) Apud [31]. These authors found lowered concentration
of thyroid hormones during two months after a single exposure of rats to 20 mT ELF-
EMF. And our data is in agreement in part with Rajkovic et al [31], who exposed rats to
50 Hz, 50-500 µT ELF-EMF for three months when a part of them (Group I) were
sacrificed, while the rest of the animals were subjected to recovery evaluation of the
gland and sacrificed after one (Group II), two (Group III) and three (Group IV) weeks.
79
They found that serum T
3
and T
4
concentrations were significantly lower in all exposed
animals, except in Group I. However, our data do not agree with data obtained by
Lafreniere and Persinger [32] or Selmaoui et al [33]. Lafreniere and Persinger [32] had
shown that no alterations in serum T
3
and T
4
concentrations were found in rats exposed
to different intensities of 0.5 Hz EMF perinatally or/and as adults. The study of
Selmaoui et al [33], reported insignificant differences in serum T
3
and T
4
levels between
sham-exposed men and men exposed to continuous and intermittent 50 Hz magnetic
field of 10 µT for one night. On the contrary, Udintsev et al (1978) Apud [31] found
increased levels of circulating T
4
and TSH in rats exposed to 50 Hz EMF of 20 mT for
18h. However, differences in exposure facilities and experimental protocols among
these experiments, including our study, complicate the adequate comparison of obtained
results.
The serum concentration of T
3
in all Groups in our study was much lower than
the serum concentration of T
4
. This can be explained by Pazos-Moura, Ortiga-Carvalho,
Moura [34] and Moura, Pazos-Moura [35]. They say that the thyroid releases T
4
predominantly and small quantities of T
3
. In human beings, this rate is 14:1, while in
adult rats this rate is 5:1. In this study, the difference between T
4
and T
3
was greater
than expected in all Groups. The difference in Group A, the control group, was the
smallest, while the difference in Group D, subjected to EMF exposition and RBD, was
the greatest. According to Moura, Pazos-Moura [35], individuals subject to acute stress
can experience a significant decrease of the serum TSH, despite the simultaneous
reduction of the serum concentrations of free T
3
and normal levels of T
4
.
The T
4
:T
3
relations could have been exaggerated in this study due to the
pregnant conditions of the rats. In humans pregnancy increases the mother’s needs of
T
4
, increasing production of that substance 25-50% [36]. However, in this experiment,
80
these dosages were performed at the end of the rat pregnancy. In this period, the
dosages are normally lower [37]. The data reveals that T4 and T3 decreased in all
extra
thyroidal tissues studied namely plasma, liver, kidney, lung, heart,
and skeletal muscle
in normal
pregnant rats between 17-22 days of gestation. In this study, we had a huge
difference in this relation, almost eighteen-fold, between Group A, the Group control,
and Group D, feeding by RBD and exposed to EMF. This can be explained by a
decrease in the amount of deiodinases or its inactivity due to the two factors acting
together, i.e. EMF and under nutrition. According to Bianco et al [38] and Bianco [39],
the active thyroidian hormone is T
3
. T
3
is produced by two different and relatively
independent processes, namely by direct thyroid secretion or during extra thyroidal
5’deiodination of T
4
. The deiodination occurs by the action of three isoenzymes,
classified by the biochemical and functional criteria, and the tissue distribution:
deiodinase type I (5’D-I), deiodinase type II (5’D-II) and deiodinase type III (5’D-III).
According to Bianco et al [38] in both experimental animals and humans the
coordinated changes in the expression and activity of these enzymes ensure thyroid
hormone homeostasis and the constancy of T
3
production, constituting a major
mechanism for adaptation to changes in the ingestion of iodine, starvation and changes
in environmental temperature.
The thyroidian functions may be affected by many factors during different
phases of the individual’s lifetime and in function of age, nutrition, gender, and
pregnancy. Under nutrition affects the thyroidian function [40,41,42,43,44,45]. Possible
alterations in enzyme actions involved in cytotic processes in thyroicytes and hormone
release should be taken into consideration. Results of experimental investigations that
demonstrated the EMF effect on enzymes [46,47,48,49] and alterations in the structure
and function of cellular membranes [50,51] which are appointed as primary targets of
81
EMF action on biological systems [52,53], implicate the possible aspect of a direct EMF
influence on the thyroid gland (MATAVULJ et al, 1998) Apud [31]. Therefore Tonini et
al [54] in their study demonstrated that a 50/60-Hz
magnetic field interacts with cell
differentiation through two
opposing mechanisms. ELF-EMF is able to prevent the shift
in surface
charges potential promoted by differentiating agents. Simultaneously,
it
stimulates the increase in intracellular calcium in a dose-dependent
manner.
5 Conclusions
The group subjected to the association of the EMF and under nutrition suffered a
decrease in its serum concentration of T
4
and T
3
when compared to the well- nourished
group and the relationship T
4
:T
3
in the former group was almost eighteen-fold the later
one.
82
6 References
[1] Galloni P, Marino C. Effects of 50 Hz Magnetic Field Exposure on Tumour
Experimental Models. Bioelectromagnetics 2000; 21: 608-614.
[2] Wertheimer N, Leeper E. Electrical wiring configuration and childhood cancer. Am
J Epidemiolol 1979; 109: 273-284.
[3] Wilson B, Chess ES, Anderson LE. 60 Hz electric field effects on pineal melatonin
rhythms: time course for onset and recovery. Bioelectromagnetics 1986; 7: 239-242.
[4] Ubeda A, Trillo MA, House DE, Blackman CF. A 50 Hz magnetic field blocks
melatonin-induced enhancement of junctional transfer in normal C£H/10T1/2 cells.
Carcinogenesis 1995; 16: 2945-2949.
[5] Reiter RJ. The mammalian pineal gland: Structure and function. Am J Anat 1981;
162: 287-313.
[6] Kappers JA. The mammalian pineal gland, a survey. Acta Neurochir 1976; 34: 109-
149.
[7] Jankovic BD, Jovanova-Nesic K, Nikolic V, Nikolic P. Brain-applied, magnetic
fields and immune response: role of the pineal gland. Intern. J. Neuroscience 1993; 70:
127-134.
[8] Marino AA. Environmental Electromagnetic Energy and public Health. Department
of Orthopaedic Surgery, Louisiana State University School of Medicine in Shreveport.
Shreveport, Louisiana. Available in:
<http://www.ortho.lsuhsc.edu/Faculty/Marino/Papers/79MBch27.pdf>. Access in:
09/03/2005.
[9] Pissaia O, Rossi MA, Oliveira JSM. The heart in protein-calorie malnutrition in rats:
morphological, electrophysiological and biochemical changes. J Nutr 1980; 110: 2035-
2044.
83
[10] Olubodun JOB. Nutritional factors and heart failure in Nigerians with hypertensive
heart disease. Int J of Cardiol 1992; 35: 71-76.
[11] Lucas A. Programming by early nutrition: an experimental approach. J Nutr 1998;
128: 401S-406S.
[12] Coutinho EM. Relações Hospedeiro-Parasito na Esquistossomose Mansônica em
Função da Dieta Básica Regional: Estudo Epidemiológico e Anatomo-Patológico.
Recife, 1976, 100p. Tese de Livre-Docência.
[13] Teodósio, NR, Lago ES, Romani SAM, Guedes RCA. A regional basic diet from
Northeast Brazil as a dietary model of experimental malnutrition. Arch Latinoam Nutr
1990; XL: 533-547.
[14] Pessoa DCNP. Efeitos da desnutrição pela dieta básica regional (DBR), em três
gerações de ratos, sobre a reprodução, crescimento corporal e desenvolvimento de
órgãos. Tese Doutorado Universidade Federal de Pernambuco. 1997.
[15] King JC. Determination of maternal zinc status during pregnancy. Am J Clin Nutr
2000; 71: 1334S-1343S.
[16] Priyali P, Umesh K, Kumar KS, Renu S, Anand K, Nandita G, Nand DS, Rajvir S,
Preeti S. Prevalence of multiple micronutrient deficiencies amongst pregnant women in
a rural area of Haryana. Indian J Pediatr 2004; 71: 1007-1014.
[17] Teodósio NR, Varela RM, Bion FM, Campos FACS, Lira RAB, Flores H. Protein
deficiency and calorie deficiency in etiology of early malnutrition in rats. In:
International Congress of Nutrition, XII, San Diego, Proceedings, Abstract n. 1013,
1981.
[18] Lucena ACT, Anselmo CWSF, Oliveira IM, Bernardo Filho M, Catanho MTJA.
Effects of 60 Hz Electric Magnetic Field on the Immune System in the Wistar Rats. In:
Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop, 2002, Rhodes, Greece. Anais
84
Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop. Rhodes, Greece, v.II, p.837 -
845, 2002.
[19] Monteiro FMF, Lahlou S, Albuquerque JA, Cabral AMS. Influence of a
multideficient diet from northeastern Brazil on resting blood pressure and baroreflex
sensitivity in conscious, freely moving rats. Braz J Med Biol Res 2001; 34: 271-280.
[20] NATIONAL ACADEMY OF SCIENCE; NATIONAL RESEARCH COUNCIL.
Possible health effects of exposure to residential electric and magnetic fields.
Washington: National Academy Press, 1996.
[21] Simon NJ. Biological effects of static magnetic fields: a review. International
Cryogenic Materials Comission, Boulder, Colorado, p.284, 1992.
[22] Repacholi MH, Greenebaum B. Interaction of static and extremely low frequency
electric and magnetic fields with living systems: health effects and research needs.
Bioelectromagnetics 1999; 20:133-160.
[23] Armario A, Marti J, Gil M. The Serum glucose response to acute stress is sensitive
to the intensity of the stressor and to habituation. Psychoneuroendocrinology 1990; 15:
341-347.
[24] De Boer SF, Koopmans SJ, Slangen JL, Gugten, VJ. Plasma catecholamine,
corticosterone and glucose responses to repeated estresse in rats: effect of interstressor
interval length. Physiol Behav 1990; 47: 1117-1124.
[25] Marti O, Armario A. Influence of exposure to chronic stress on the pattern of
habituation of pituitary-adrenal hormones, prolactin and glucose. Stress 1997;1: 179-
189.
[26] Harakawa S, Takahashi I, Doge F, Martin DE. Effect of a 50 Hz electric field on
plasma ACTH, glucose, lactate, and pyruvate levels in stressed rats.
Bioelectromagnetics 2004; 25:346-51.
85
[27] Champe PC, Harvey RA. Bioquímica ilustrada. 2nd ed. Porto Alegre: Artmed,
2002.
[28] Stevens RG. Electric power use and breast cancer: a hypothesis. Am J Epidemiol
1987; 125: 556-561.
[29] Stevens RG, Davis S. The melatonin hypotheses: electric power and breast cancer.
Environ Health Persp 1996; 104: 135-140.
[30] Clow A, Hucklebridge F. The impact of psychological stress on immune function
in the athletic population. Exerc Immunol Rev 2001; 7: 5-17.
[31] Rajkovic V, Matavulj M, Gledic D, Lazetic B. Evaluation of rat thyroid gland
morphophysiological status after three months exposure to 50 Hz electromagnetic field.
Tissue & Cell 2003; 35: 223-231.
[32] Lafreniere GF, Persinger MA. Thyroid morphology and activity does not respond
to ELF electromagnetic field exposures. Experientia 1979; 35: 561-562.
[33] Selmaoui B, Lambrozo J, Touitou Y. Endocrine functions in young men exposed
for one night to a 50 Hz magnetic field. A circadian study of pituitary, thyroid and
adrenocortical hormones. Life Science 1997; 61: 473-486.
[34] Pazos-Moura CC, Ortiga-Carvalho TM, Moura EG. The autocrine/paracrine
regulation of thyrotropin secretion. Thyroid 2003; 13: 167-175.
[35] Moura EG, Pazos-Moura CC. Regulação da síntese e secreção de tireotrofina. Arq
Bras Endocriol Metabol 2004; 48: 40-52.
[36] Burrow GN, Fisher DA, Larsen PR. Maternal end fetal thyroid function. The N
Engl J Med 1994; 331:1072-8.
[37] Calvo R, Obregón MJ, Ruiz-De-Oña C, Ferreiro B, Escobar Del Rey F, Morreale
De Escobar G. Thyroid hormone economic in pregnant rats near term: A
“physiological” animal model of nonthyroidal illnes? Endocrinology 1990; 127: 10-16.
86
[38] Bianco AC, Salvatore D, Gereben B, Berry MJ, Larsen PR. Biochemistry, cellular
and molecular biology and physiological roles of the iodothyronine selenodeiodinases.
Endocrinology Review 2002; 23: 38-89.
[39] Bianco AC. Triplets! Unexpected structural similarity among the three enzymes
that catalyze initiation and termination of thyroid hormone effects. Arq Bras Endocrinol
Metabol 2004; 48:16-24.
[40] Moura EG, Ramos CF, Nascimento CCA, Rosenthal D, Breintenbach MMD.
Thyroid function in fasting rats: variations in
131
I uptake and transient in peroxidase
activity. Braz J Med Biol Res 1987; 20: 407-410.
[41] Ortiga-Carvalho TM, Curty FH, Nascimento-Saba CC, Moura EG, Polak J, Pazos-
Moura CC. Pituitary neuromedin B content in experimental fasting and diabetes
mellitus: correlation with thyrotropin secretion. Metabolism 1997; 46: 149-153.
[42] Passos MCF, Ramos CF, Mouço T, Moura, EG. Increase of T3 secreted through
the milk in protein restricted lacting rats. Nutrition Research 2001a; 21: 917-24.
[43] Passos MCF, Ramos, CF, Dutra SCP, Moura EG. Transfer of iodine through the
milk in protein-restricted lacting rats. J Nutr Biochem 2001b; 12: 300-303.
[44] Passos MCF, Ramos CF, Dutra SCP, Mouço T, Moura EG. Long-term effects of
malnutrition during lactation on the thyroid function of offspring. Horm Metab Res
2002a; 34: 40-43.
[45] Passos MCF, Ramos CF, Dutra SCP, Bernardo Filho M, Moura EG.
Biodistribution of 99TcMO4Na changes in adult rats whose mothers were malnourished
during lactation. The Journal of Nuclear Medicine 2002b; 43: 89-91.
[46] Blank M, Soo L, Papstein V. Efeito dos campos magnéticos de baixa freqüência
na atividade do Na, K-ATPase. Bioelectrochem Bioenerg; 38: 267-273.
87
[47] Holian O, Astumian RD, Lee RC, Reyes HM, Attar BM, Walter RJ. Protein-
Kinase-C activity is altered in HL60 cells exposed to 60 Hz AC electric fields.
Bioelectromagnetics 1996; 17: 504-509.
[48] Loschinger M, Thumm S, Hammerle H, Rodemann HP. Stimulation of protein
kinase A activity and induced terminal differention of human skin fibroblasts in culture
by low frequency electromagnetic fields. Toxicol Lett 1998; 96-97: 369-376.
[49] Ding GR, Wake K, Taki M, Miyakoshi J. Increase in hypoxanthine-guanine
phosphoribosyl transferase gene mutations by exposure to electric field. Life Science
2001; 68: 1041-1046.
[50] Lisi A, Pozzi D, Pasquali E, Rieti S, Girasole M, Cricenti A, Generosi R, Serafino
AL, Congiu-Castellano A, Ravagnan G, Giulliani L, Grimaldi S. Three dimensional
(3D) analysis of the morphological changes induced by 50 Hz magnetic field exposure
on human lymphoblastoid cells (Raji). Bioelectromagnetics 2000; 21: 46-51.
[51] Bordiushkov IN, Goroshinskaya IA, Frantsiyants EM, Tkacheva GN, Gorlo EI,
Neskubina IV. Structural-functional changes in lymphocyte and erythrocyte membranes
after exposure to alternating magnetic field. Vopr Med Khim 2000; 46: 72-80.
[52] Tenforde TS, Kaune WT. Interaction of extremely low frequency electric and
magnetic fields with humans. Health Physics 1987; 53: 585-606.
[53] Goodman EM, Greenebaum B, Marron, MT. Effects of electromagnetic fields on
molecules and cells. Int Rev Cytol 1995; 158: 279-338.
[54] Tonini R, Baroni MD, Masala E, Micheletti M, Ferroni A, Mazzanti M. Calcium
Protects Differentiating Neuroblastoma Cells during 50 Hz Electromagnetic Radiation.
Biophys J 2001; 81: 2580-2589.
88
7 Tables
Table 1: Centesimal composition of the Regional Basic Diet (RBD) (TEODÓSIO,
1990).
INGREDIENTS
g
% Proteins Carboh
y
drates Fats Fibers Kcal%
(
g
)
(
%
)
(
%
)
(
%
)
(
%
)
Beans 18.34 3.99 10.66 0.24 1.09 60.76
Manioc flour 64.81 0.84 48.59 0.12 5.64 198.80
Poor fat dried and salted 3.74 2.74 - 0.21 - 12.85
Dried and salted meat fat 0.35 - - 0.35 - 3.15
Sweet potato 12.76 0.30 9.99 0.03 0.48 41.43
TOTAL 100.00 7.87 69.24 0.95 7.21 316.99
Table 2: Centesimal composition of the Control Diet (Casein).
INGREDIENTS
g
% Proteins Carboh
y
drates Fats Calories
Comercial casein* 19.6 18.00 - - 72.00
Vegetable fat 7.00 - - 7.00 63.00
Biscomil 63.35 0.18 53.37 - 214.20
Salt Mixture 3.50 - - - -
Vitamin mixture 1.00 - - - -
Fibers 5.00 - - - -
L-Cistina 0.30 - - - -
Bitartarato de colina 0.25 - - - -
TOTAL 100.00 18.18 53.37 7.00 349.20
*92% of protein.
Table 3: relationship serum concentration T
4
:T
3
. The serum concentrations of T
4
and T
3
were shown in mean ± Standard deviation.
T
4
(
nmol/L
)
T
4
(
nmol/L
)
T
4
:T
3
Grou
p
A 14.89 ±2.17
a
b
c
1.47 ±0.05
e
10:1
Group B 9.25 ±1.92
a
d
0.42 ±0.09
e
22:1
Group C 3.87 ±1.10
bd
0.13 ±0.03
e
30:1
Group D 7.24 ±3.47
c
0.04 ±0.01
e
181:1
Letters indicate significant differences between the groups (p<0.05).
89
8 Legends for Figures
Figure 1 – Determination of glucose serum concentration in mg/dL of
the four Groups: Group A, rats that consumed casein; Group B, rats
subjected to casein and EMF; Group C, rats that consumed the RBD; and
Group D, rats subjected to RBD and EMF. Figures are mean(s) ± standard
deviation (*p=0.012).
Figure 2 – Determination of insulin serum concentration in µIU/mL of
the four Groups: Group A, rats that consumed casein; Group B, rats
subjected to casein and EMF; Group C, rats that consumed the RBD; and
Group D, rats subjected to RBD and EMF. Figures are mean(s) ± standard
deviation (*p=0.03).
Figure 3 – Determination of cortisol serum concentration in µg/dL of the four Groups:
Group A, rats that consumed casein; Group B, rats subjected to casein and EMF; Group
C, rats that consumed the RBD; and Group D, rats subjected to RBD and EMF. Figures
are mean(s) ± standard deviation (*p=0.045).
Figure 4 – Determination of T3 serum concentration in nmol/L of the
four Groups: Group A, rats that consumed casein; Group B, rats
subjected to casein and EMF; Group C, rats that consumed the RBD; and
Group D, rats subjected to RBD and EMF. Figures are mean(s) ± standard
deviation (*p=0.001).
Figure 5 – Determination of T4 serum concentration in nmol/L of the
four Groups: Group A, rats that consumed casein; Group B, rats
subjected to casein and EMF; Group C, rats that consumed the RBD; and
Group D, rats subjected to RBD and EMF. Figures are mean(s) ± standard
deviation (p<0.001).
90
6.2. AÇÃO DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO DE 60 HZ, 3µT, NA MATURAÇÃO
REFLEXA DA PROLE DE RATAS SUBMETIDAS À DIETA BÁSICA REGIONAL
DURANTE A PRENHEZ.
Este trabalho foi enviado para a revista Nutritional Neuroscience e teve como
objetivo avaliar os efeitos da exposição de ratas prenhas alimentadas por uma dieta
multicarencial, DBR, ao CEM de 60 Hz, 3µT, durante duas horas por dia, na maturação
reflexa da prole durante o período de lactação. Os reflexos estudados foram sete:
preensão palmar, recuperação de decúbito, colocação pelas vibrissas, aversão ao
precipício, geotaxia negativa e resposta ao susto. Todos estes reflexos apresentaram
retardo no tempo de aparecimento ou desaparecimento no caso da preensão palmar, nas
proles provenientes de ratas desnutridas e expostas ao CEM. Estes resultados nos levam
a crer que as alterações hormonais e metabólicas apresentadas pelas ratas prenhas
submetidas ao CEM, no artigo anterior, principalmente em relação as concentrações
séricas de T
3
e T
4
foram decisivas para este retardo generalizado na maturação reflexa
da prole.
91
INFLUENCE OF A 60HZ, 3µT, ELECTROMAGNETIC FIELD ON THE
REFLEX MATURATION OF WISTAR RATS OFFSPRING FROM MOTHERS
FED A REGIONAL BASIC DIET DURING PREGNANCY.
EFFECTS OF EMF AND UNDERNOURISHMENT IN RATS
Caroline W.S.F. Anselmo
a*
, Ana a A. A. Santos
a
, Conciana M.A. Freire
a
, Lúcia
M.P. Ferreira
a
, José E.Cabral Filho
a
, Maria Teresa J.A. Catanho
b
, Maria do
Carmo Medeiros
a
a
Department of Nutrition, Federal University of Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego,
Departamento de Nutrição, CDU, Recife-PE, CEP: 50670-901, Brazil
b
Department of Biophysics, Federal University of Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego,
Departamento de Biofísica, CDU, Recife-PE, CEP: 50670-901, Brazil
*
Corresponding author, Tel.: +55 81 32273861; fax: +55 81 32282873.
E-mail address: [email protected] or caroline.[email protected] (Caroline
W.S.F. Anselmo).
Address: Rua Monsenhor Silva, 166, Madalena, Recife-PE, Brazil, CEP:50610-360.
Number of Pages: 18
Number of Tables: 3
Number of Words: 4619
92
ABSTRACT
The aim of the present study was to observe how the exposition of the pregnant rats to
the electromagnetic field (EMF), 60Hz for 3µT 2 hours per day and/or using the
Regional Basic Diet (RBD) influenced the reflex maturation in their offspring. Four
groups were formed: Group A (casein), B (casein and EMF), C (RBD) and D (RBD and
EMF). The diet manipulation occurred during the pregnancy. The reflexes were
assessed daily, between 12:00 and 14:00 h: Palm Grasp (PG), Righting Reflex (RR),
Cliff Avoidance (CA), Vibrissae Placing (VP), Negative Geotaxis (NG), Auditory
Startle (AS) and Free-Fall Righting (FFR). The association between EMF and deficient
diet caused a delay in all reflexes when compared with Group A. When the diets were
compared with both groups exposed to EMF, the delay occurred in the RR, VP, NG and
CA. And in the Groups C and A the effect was observed in RR, CA, VP, NG, AS and
PG. In relation to the EMF Group B differed from Group A in CA, AS, FFR and PG
and Group D differed from C in the PG. In conclusion, the entire reflexes studied in this
research were delayed by the association of the EMF with undernutrition during
pregnancy.
Keywords: Casein; Electromagnetic Field; Neurodevelopment; Reflex Maturation;
Regional Basic diet.
INTRODUCTION
Epidemiological studies have implicated maternal protein-calorie deficiency as an
important public health problem in developing countries (Pissaia et al., 1980;
Olubodun, 1992). In North-Eastern Brazil, the diet that is consumed by the population
living in the area of sugar-cane cultivation in coastal Pernambuco is known as ‘Regional
Basic Diet’ or RBD (Coutinho, 1976). The RBD was prepared by Teodósio et al. (1981)
according to data from food consumption surveys in the Pernambuco coastal forest
93
strip. The RBD is made with the most common foods and in the same proportion as that
consumed by the population, as detected by surveys. Pioneer studies have indicated that
this experimental diet, RBD, produces in rats a type of undernutrition similar to that
prevalent among children from this region of Brazil, which is associated with nutritional
dwarfism, and some clinical signs of marasmus (Teodósio et al., 1983). When this diet
is compared with the standard one, it is seen to be deficient in proteins (content and
quality), calories, fat, vitamins and minerals (Pessoa, 1997). From the results obtained,
the RBD has been consolidated as an experimental model of malnourishement
experimental model (Guedes et al., 1986, Teodósio, et al., 1990; Pessoa, 1997; Rocha
de Melo et al., 1997).
The development of the nervous system (NS) involves epigenetic processes that activate
the genes in a sequential manner at different times (Jessel, 1995). These processes have
many environmental and non-cellular factors that can change, modulate and direct the
next stage of development (Nishi, 1994). Hence only the genetic information in a living
being may be insufficient to specify the whole neuronal interconnections (Jessel, 1995).
Dobbing (1968) showed that the NS development in mammals happens according to
‘time planning’ in which the different phases follow a predetermined chronology. This
fast growth period of the NS is named the ‘critical or vulnerable’ period, being
considered as the unique opportunity for its development. In the meanwhile its
beginning and duration are different for different species. In men this ‘critical period’
begins in the womb (the last three months of the pregnancy) and lasts until the
beginning of the post-natal phase (two to four years old). In rats this happens after the
birth (suckling period). The series of events presented by the NS during the ante-natal
94
and post-natal development determines the neurochemical composition and the definite
morphofunctional structure present in adults (Morgane et al., 1993).
Much experimental and clinical evidence has shown that aggression during those
critical periods can change the ontogenesis sequence of events with diverse and
persistent effects on the NS (Dobbing, 1970; Lynch et al., 1975; Morgane et al., 1993;
Manhães de Castro et al., 2001). In trying to understand these effects and the living
beings’ capability to adapt to different forms of aggression, many researchers have been
investigating the effects of different kinds of nutritional injury to the nervous system in
the early phases of its development. These studies have shown morphologic,
neurochemical, endocrine and functional alterations (Morgane et al., 1993; Del-Prado,
1997).
Over recent decades a remarkable diffusion of electricity and an increased level in the
electromagnetic field (EMF) in the environment have characterized our society. Recent
epidemiological studies of occupational and residential exposure to EMF are concerned
with the biological effects of the 50-60 Hz fields (extremely low frequencies or ELF),
particularly in relation to determining an increase in cancer incidence in individuals
exposed to these types of radiation (Galloni and Marino, 2000). In accordance with
Marino (2005), in order to understand the relationship between environmental factors
and disease in terms of an internal state variable called stress, (for instance, death of a
loved one, loss of job, an unhappy marital situation, poor diet, etc.), it is helpful to
understand the influences of environmental EMFs.
Experiments investigating the possible effects of EMF associated with under nutrition
during pregnancy on development period, pregnancy and the ontogenesis of the
95
congenital reflexes of the offspring are scarce. The aim of the present study was to
observe how the exposition of pregnant rats to a 60 Hz, 3 µT, EMF, for two hours per
day, and/or using RBD, influenced the neurosomatic development of their offspring.
MATHERIALS AND METHODS
Animals
In this experiment 66 male, newborn rats, from the Wistar strain were used. The female
rats were 90 days old when they mated. Fertilization was detected by the presence of
sperm in the vaginal washing of the mated females. Fertilized females were then
immediately transferred to cages, two per cage, which were 60cm long, 50cm wide and
22cm high and put on supports made from polystyrene 35cm wide, 50cm long and
35cm high (Lucena et al., 2002).The pregnant rats were divided in four Groups: Group
A, composed of rats that consumed casein without being exposed to EMF; Group B,
composed of rats that consumed casein and were exposed to EMF; Group C, composed
of rats that consumed the RBD and were not exposed to EMF; and Group D, composed
of rats that consumed RBD and were exposed to EMF. They were kept in conditions of
constant temperature (23 ± 2°C), and a light/dark cycle (12-h/12-h) with a background
magnetic field of 0.28 µT.
When the rats gave birth, the newborn individuals were put together with the other ones
who had been born on the same day, to rats in the same conditions and after that they
were selected at random to form new groups. In this way the genetic factor did not
interfere with the experimental results. Every group from each female was reduced to
six individuals on the second day after birth. Only male rats were used. Animal use was
approved by the Federal University of Pernambuco Committee on Animal Research.
96
Diets
The ingredients of the multideficient diet used in this experiment were beans (Phaseolus
vulgaris), manioc flour (Manihot esculenta), dried and salted meat, and sweet potato
(Ipomaea batatas) [17]. The diet was prepared in our laboratory as follows: all
ingredients (except manioc flour) were cooked, dehydrated for 24-60 h (according the
type of ingredient) at 60°C and pulverized. Each component was mixed with manioc
flour by humidifying. Meat fat was then added, and the mixture was shaped into squares
which were dehydrated for 24 h at 60C. The centesimal composition of the RBD,
which was determined by the Department of Nutrition, Federal University of
Pernambuco, is given in Table 1. The caloric adequacy of the RBD was calculated to be
about 316 Kcal per 100g. The control diet provided 18% of protein (commercial casein)
and was balanced according to recommendations for pregnant rats (AIN – 93), as shown
in Table 2. The diet during the mating period was maintenance pellet food, with 23% of
protein (Purina do Brasil Ltd., São Paulo, SP, Brazil).
Feeding Protocol
During the mating period all female and male rats were fed a standard balanced diet
provided by Purina. In this investigation the diets (RDB and casein) were only used
when the rats presented a positive test for pregnancy. The animals had food and water
ad libittum. Two Groups were fed RBD (Groups C and D) and two Groups were fed
casein (Groups A and B).
Exposure to EMF
The groups of pregnant rats fed casein and RBD, Groups B and D respectively, were
exposed to a 60 Hz senoidal, of 3µT EMF, measured by a gaussmeter, on the scale of 0-
10 µT, for two hours per day for twenty-one consecutive days, one hour in the morning
from 8:00h to 9:00h and one hour in the afternoon from 14:00h to 15:00h. They were
97
exposed when the pregnancy was detected and removed from exposure when they gave
birth. As the radiation source, transformers of 220/110 volts of 500 VA, working with
opened secondary, and controlled by an electronic timer were used and placed under the
polystyrene supports. Control groups of animals, Groups A and C, fed with casein and
RBD, respectively, were obtained by simply not placing the transformers under the
polystyrene supports. The transformers were previously examined and tested to confirm
their working parameters at the Biomedical Engineering Department of the Biophysics
and Radiobiology Department of the Federal University of Pernambuco. The EMF was
measured inside the cage and it remained constant irrespective of its position. It should
be noted that, except for the weekly cage cleaning and the weekly measuring of their
weight, the rats were not moved or handled during this experiment. Exposed animals
should be compared with control animals that have been derived from the same source
and simultaneously handled and assayed in the same way, except for their exposure to
the fields.
Reflex Development
The reflexes were investigated on a daily basis from the second day following birth to
the twenty-first day, until they become consolidated, appeared or disappeared, when the
reflex response to a specific stimulus happened and was repeated for 3 days in a row,
between 12:00 and 14:00 h. The investigated reflexes followed the experimental model
for rats suggested by Smart and Dobbing (1971): Palm Grasp (PG), Righting Reflex
(RR), Negative Geotaxis (NG), Cliff Avoidance (CA), Vibrissae Placing (VP), Free-fall
Righting (FFR), and Auditory Startle (AS). In the procedure a maximum observation
time of ten seconds was maintained.
98
Statistical Analysis
The results of the reflex development were analysed by the Kruskal-Wallis one-way
analysis of variance followed by Dunn’s test for multiple comparison among groups,
with the significant level considered to be p<0.05.
RESULTS
The offspring from mothers exposed to the EMF and RBD during pregnancy (Group
D), taken together showed a delay in the consolidation of all reflexes in this research
study, when compared to Group A, composed of offspring from mothers fed casein,
(p<0.05), (Table 3). Therefore the Group C, formed from offspring whose mothers were
fed RBD without being exposed to the EMF during their pregnancy, shown a delay in
the terms of days in appearance of the NG and VP, when compared to Group B,
composed of offspring from mothers fed casein and exposed to the EMF during
pregnancy.
In relation to the diet, it was observed that the sucklings from malnourished mothers
(Group C) showed a delay in six out of seven reflexes only the appearance of the Free-
Fall Righting was not delayed, when compared to Group A, Both groups were not
subject to the EMF (P<0.05), (Table 3). Group D, formed from offspring whose mothers
were fed RBD and exposed to the EMF showed a delay in the appearance of the reflexes
RR, NG and VP, (P, 0.05) and in the disappearance of the PG (p<0.05) when compared
to Group B, composed of offspring from rats fed casein and exposed to the EMF during
pregnancy; both were exposed to the EMF, (Table 3).
In this study can be seen that the EMF caused a delay in the disappearance of the PG
reflex of the offspring in the Group D, when compared with these in Group C; both
99
groups of offspring were from mothers malnourished during the pregnancy. However, a
delay in four out of seven reflexes was caused by the EMF when the Group B and A
were compared, both from mothers fed casein during pregnancy. The delayed reflexes
were the disappearance of the PG, (P<0.05) and the appearance of the CA, FFR and AS
(P<0.05) (Table 3).
DISCUSSION
The choice of intensity of 3µT was due to the necessity of using a higher intensity of
EMF than in residences and most work places. In those places the average 50/60 Hz
magnetic fields, as determined by the National Academy of Science (1996), are between
0.1 and 0.3µT. In this study a value ten times higher than the maximum value expected
was used. Depending on the distance between the conductors and the ground and the
magnetic flux densities can average 22µT in function of the current load in the line
(Simon, 1992) and this value could also depend on the geographic location and the
nature of the magnetic material near the subject area (Repacholi and Greenebaum,
1999).
The RBD was chosen as the experimental diet in this study, because it is not only
deficient in protein, but also in lipids, vitamins, sodium and other minerals (Teodósio et
al., 1981; Monteiro et al., 2001). The pregnant rats were fed casein or RBD when they
presented a positive test for pregnancy. According to Frazer and Huggett (1970), the
fetus competes with the mother for the nutrients, but only for those that are ingested and
stored throughout the pregnancy. They do not compete for those already absorbed by
the mother’s tissues at the moment of the conception.
100
In this study, the reflexes were investigated, from the second day following the birth to
the twenty-first day, because this period corresponds to the breast-feeding period and is
considered as the critical period for development. The observation of the normal
sequence of the stages of development in the ontogenesis of the reflexes and acquisition
of the mature standard of the locomotive activities can be valuable indexes of the
maturation and development of the neurological system (Smart and Dobbing, 1971;
Walton et al., 1992; Barros, 1999). In rats, these patterns are estabilished in the first
three weeks after birth (Gramsbergen, 1998).
The offspring from rats exposed to EMF and RDB, taken together, presented a delay in
all parameters of the reflex maturation. In accordance with Anselmo, 2005 [31],
pregnant rats fed RBD and exposed to a 60Hz, 3µT EMF for two hours per day showed
a low dosage of serum T
3
. The results showed by Anselmo, 2005 [31] could explain the
results obtained in this study. According to Porterfield and Hendrich [32], Reyns et al.
[33], thyroid hormones are very important for the embryonic development in all
vertebrates. In humans, this is more evident in the central neurological system where the
thyroid hormone deficit during the fetal and the neo-natal periods results in the
syndrome of cretinism, which is characterized by hearing impairment, ataxia, mental
disability, and abnormal growth. According to Vara et al. (2002), the hypothyroidism
which appears during the development of rats, results in learning difficulties, delay in
the locomotion and cerebral skills and shortened interneuron connectivity.
In this study the RBD caused a delay in six out of seven reflexes, only the Free-Fall
Righting was normal. This result agrees in part with Smart e Dobbing (1971), they
showed that the offspring of rats undernourished had a delay in all reflex appearance.
101
In this study it was found that the EMF caused delay in the Palm Grasp, Cliff
Avoidance, Free-Fall Righting and in the Auditory Startle in the rat offspring, whose
mothers were fed casein during the pregnancy. Zusman et al. (1990) did not observe
any change in the Righting reflex of offspring from rats exposed to EMF of 20, 50, and
100 Hz, with a tension of 0.6 V/m, during pregnancy. This finding matches our results
because we found no difference of the RR time when comparing the offspring from rats
exposed to EMF and those not exposed to EMF, both fed with the control diet (casein).
Our results match in part with the data obtained by Matos et al (2001). They divided
newborn rats from mothers fed maintenance pellet food, with 23% of protein with 23%
of protein (Purina do Brasil Ltda., São Paulo, SP, Brazil), during pregnancy, into two
groups: one exposed to the 60 Hz and the other not. After that, they concluded that
exposition of newborn rats to non-ionizing radiations does not incur modification in
ontogenesis of the reflexes. However, it is difficult to compare the data because Matos
et al (2001) did not work with the same experimental conditions as ours. In accordance
with Sienkiewicz et al. (1994), offspring from rats exposed to 50 Hz, 20 mT, EMF
during pregnancy did not show any morphological or functional impairment in the
postnatal development. Nishikawa et al. (1986) reported no effects on negative
geotaxis in suckling mice exposed to pulsed fields of 1.6 mT during pregnancy, but did
not an increase in the time of appearance of the Righting Reflex. The data found by
Nishikawa et al. (1986) match in part with our results because in this study no delay
was observed in the time of appearance of the Righting Reflex in offspring whose
mothers were fed casein during pregnancy and who were exposed to EMF.
102
What was done in this study is called programming because according to Lucas (1994),
the nutrition and metabolic changes that act in the early stages of survival of individuals
will permanently affect changes in the animal’s physiology. Experimental studies have
shown that nutrition manipulation pre- and post-natal can programme the size of the
adult individuals, their metabolism, blood lipid levels, diabetes, obesity, blood pressure,
glomerular hypertrophy, arteriosclerosis, behaviour and learning skills (Lucas, 1998;
Waterland and Garza, 1999).
It can be observed that former research studies employed an EMF that did not match the
frequency or intensity of our study, making the comparison of results difficult. This is
one of the things that characterises the study of EMF action. According to Savitz et al.
(1994), one of the challenges that distinguish the studies of the effect of EMF on human
health from other agents is the uncertainty about the field aspects which are used to
characterise the exposition. The environment has electric and magnetic fields of varied
frequencies, including frequency harmonics (50 or 60 Hz), varying in time intervals
from the order of milliseconds to years. These field sources also vary according to their
sites, i.e. offices, houses and other communal environment.
5 CONCLUSIONS
The total reflexes studied in this research were delayed by the association of the EMF
and under nutrition during pregnancy. Six out of seven reflexes were delayed by the
undernourished diet. The EMF caused a delay in the PG, CA and FFR between the
groups fed casein and it caused a delay in the PG between the groups fed RBD.
103
6 REFERENCES
Anselmo, C.W.S.F. (2005) Efeitos do Campo Eletromagnético de 60 Hz, 3µT, na
regulação hormonal e metabólica de ratas prenhas Recife, 2005. Tese (Doutorado).
Universidade Federal de Pernambuco. CCS Nutrição.
Barros, K.M.F.T. (1999) Efeitos da desnutrição neonatal e/ou do tratamento com
agonista 5-HT
1A
sobre o desenvolvimento sensório-motor e atividade exploratória em
ratos. Recife, 107p. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco.
CCS Nutrição, 1999.
Coutinho, E.M. (1976) Relações Hospedeiro-Parasito na Esquistossomose Mansônica
em Função da Dieta Básica Regional: Estudo Epidemiológico e Anatomo-Patológico.
Recife,100p. Tese de Livre-Docência.
Del-Prado, M., Delgado, G., Villalpando, S. (1997) Maternal Lipid Intake during
Pregnancy and Production and Litter Growth in Rats. Journal of Nutrition 127, 458-
462.
Dobbing, J. (1968) vulnerable periods in developing brain. In: Davson, A.N., Dobbing,
J. (Eds), Applied Neurochemistry (Oxford: Blackwells), pp. 287-316.
Dobbing, J. (1970) Undernutrition and the developing brain. American Journal of
Diseases of Children 120, 411-415.
Frazer, J.F.D., Huggett, A.A.G. (1970) The partition of nutrients between mother and
conceptus in the pregnant rat. Journal of Physiology 207, 783-788.
Galloni, P. and Marino, C. (2000) Effects of 50 Hz Magnetic Field Exposure on
Tumour Experimental Models. Bioelectromagnetics 21, 608-614.
Gramsbergen, A. (1998) Posture and locomotion in the rat: independent or
interdependent development? Neuroscience & Biobehavioral Reviews 22, 547-553.
104
Jessell, T.M. (1995) Development of the Nervous System. In: Kandel, E.R., Schwartz,
J.H., Jess ell, T.M. Essencials of Neural Science and Behavior (Stamford: Appleton &
Lange).
Lucas, A. (1994) Role of nutritional programming in determining adult morbidity.
Archives of Disease in Childhood 71, 288-290.
Lucas, A. (1998) Programming by early nutrition: an experimental approach. Journal of
Nutrition 128, 401S-406S.
Lucena, A.C.T., Anselmo, C.W.S.F., Oliveira, I.M., Bernardo Filho, M., Catanho,
M.T.J.A. (2002) Effects of 60 Hz Electric Magnetic Field on the Immune System in the
Wistar Rats. In: Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop, 2002, Rhodes,
Greece. Anais Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop. Rhodes, Greece,
v.II, p.837 - 845.
Lynch, G., Smart, J.L., Dobbing, J. (1975) Motor coordination and cerebellar size in
adults undernourished in early life. Brain Research 83, 249-259.
Manhães de Castro, R., Medeiros, J.M.B., Mendes da Silva, C. Ferreira, L.M.P.,
Guedes, R.C.A., Cabral Filho, J.E., Costa, J.A. (2001) Reduction of intraspecific
aggression in adult rats by neonatal treatment with a selective serotonin reuptake
inhibitor. Brazilian Journal of Medical and Biological Research 34, 121-124.
Marino, A.A. Environmental Electromagnetic Energy and public Health. Department of
Orthopaedic Surgery, Louisiana State University School of Medicine in Shreveport.
Shreveport, Louisiana. Available in:
<http://www.ortho.lsuhsc.edu/Faculty/Marino/Papers/79MBch27.pdf>. Access in:
09/03/2005.
Matos, R.J.B., Montenegro, E.J.N., Barros, K.M.F.T., Castro, C.M.M.B., Manhães de
Castro, R. (2001) Campos eletromagnéticos não-ionizantes não alteram o
105
desenvolvimento sensório-motor em ratos. Anais da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Pernambuc 46, 132-136.
Monteiro, F.M.F., Lahlou, S., Albuquerque, J.A., Cabral, A.M.S. (2001) Influence of a
multideficient diet from north-eastern Brazil on resting blood pressure and baroreflex
sensitivity in conscious, freely moving rats. Brazilian Journal of Medical and
Biological Research 34, 271-280.
Morgane, P.J., Austin-Lafrance, R.J.; Bronzino, J., Tonkiss, J., Diaz-Cintra, S., Cintra,
L., Kemper, T., Galler, J.R. (1993) Prenatal malnutrition and development of the brain.
Neuroscience and Biobehavioral Reviews 17, 91-128.
National Academy of Science; National Research Council. (1996) Possible health
effects of exposure to residential electric and magnetic fields. Washington: National
Academy Press.
Nishi, R. (1994) Neurotrofic factors: two are better than one. Science 265, 1052-1053.
Nishikawa, U., Hirotani, H., Tanaka, O. (1986) Study on postnatal development in mice
exposed to electromagnetic fields (PEMFs) during their prenatal period. Teratology 34,
442-443.
Olubodun, J.O.B. (1992) Nutritional factors and heart failure in Nigerians with
hypertensive heart disease. International Journal of Cardiology 35, 71-76.
Pessoa, D.C.N.P. Efeitos da desnutrição pela dieta básica regional (DBR), em três
gerações de ratos, sobre a reprodução, crescimento corporal e desenvolvimento de
órgãos. Tese Doutorado Universidade Federal de Pernambuco. 1997.
Pissaia, O., Rossi, M.A., Oliveira, J.S.M. (1980) The heart in protein-calorie
malnutrition in rats: morphological, electrophysiological and biochemical changes.
Journal of Nutrition 110, 2035-2044.
106
Portefield, S.P., Hendrich, C.E. (1993) The role of thyroid hormones in prenatal and
neonatal neurological development – current perspectives. Endocrinology Review 14,
94-106.
Repacholi, M.H., Greenebaum, B. (1999) Interaction of static and extremely low
frequency electric and magnetic fields with living systems: health effects and research
needs. Bioelectromagnetics 20, 133-160.
Reyns, G.E. Verhoelst, C.H.J., Kühn, E.R., Darras, V.M., Van Der Geyten, S. (2005)
Regulation of thyroid hormone availability in liver and brain by glucocorticoids.
General and Comparative Endocrinology 140, 101-108.
Rocha de Melo, A.P., Guedes, R.C.A. (1997) Spreading depression is facilited in adult
rats previously submitted to short episodes of malnutrition during the lactation period.
Brazilian Journal of Medical and Biological Research 30, 663-669.
Savitz, D.A., Ohya, T., Loomis, D.P., Senior, R.S., Bracken, T.D., Howard, R.L. (1994)
Correlations among indices of electric and magnetic field exposure in electric utility
workers. Bioelectromagnetics 15, 193-204.
Sienkwicz, A.J., Robbins, L., Haylock, R.G.E., Saunders, R.D. (1994) Effects of
Prenatal Exposure to 50 Hz Magnetic Fields on Development in Mice: II Postnatal
Development and Behavior. Bioelectromagnetics 15, 363-375.
Simon, N.J. (1992) Biological effects of static magnetic fields: a review. International
Cryogenic Materials Comission, Boulder, Colorado, p.284.
Smart, J.L., Dobbing, J. (1971) Vulnerability of developing brain. II. Effects of early
nutritional deprivation on reflex ontogeny and development of behaviour in the rat.
Brain Research 28, 85-95.
Teodósio, N.R., Varela, R.M., Bion, F.M., Siqueira Campos, F.A.C., Lira, R.A.B.,
Flores, H. (1981) Protein deficiency and calorie deficiency in etiology of early
107
malnutrition in rats. In: International Congress of Nutrition, XII, San Diego,
Proceedings, Abstract n. 1013.
Teodósio, N.R., Flores, H., Mayer, H., Martins, F., Campos, F., Ramalho, R.A. (1983)
Efecto diferencial de las desnutrition sobre el sistema nervioso central. In: Seminário
Internacional “Desnutrition y funciones cerebrales superiores”. Resumenes de
conferencias y comunicaciones libres. Snatiago, Universidad de las Naciones Unidas, p.
105.
Teodósio, N.R., Lago, E.S., Romani, S.A.M., Guedes, R.C.A. (1990) A regional basic
diet from Northeast Brazil as a dietary model of experimental malnutrition. Archivos
Latinoamericanos de Nutrition XL, 533-547.
Vara, H., Martinez, B., Santos, A., COLINO, A. (2002) Thyroid hormone regulates
neurotransmitter release in neonatal rat hippocampus. Neuroscience 110, 19-28.
Walton, K.D., Lieberman, D; Llinás, A.; Begin, M.; Llinás, R.R. (1992) Identification
of a critical period for motor development in neonatal rats. Neuroscience 51, 763-767.
Waterland, R.A., Garza, C. (1999) Potential mechanisms of metabolic imprinting that
lead to chronic disease. American Journal of Clinical Nutrition 69, 179-197.
Zusman, I., Yaffe, P., Pinus, H., Ornoy, A. (1990) Effects of pulsing electromagnetic
fields on the prenatal and postnatal development in mice and rats: in vivo and in vitro
studies. Teratology 42, 157-170.
108
7 TABLES
Table1: Centesimal composition of the Regional Basic Diet (RBD)(TEODÓSIO, 1990).
INGREDIENTS
g
% Proteins Carboh
y
drates Fats Fibers Kcal%
(
g
)
(
%
)
(
%
)
(
%
)
(
%
)
Beans 18.34 3.99 10.66 0.24 1.09 60.76
Manioc flour 64.81 0.84 48.59 0.12 5.64 198.80
Poor fat dried and salted
meat fat
3.74 2.74 - 0.21 - 12.85
Dried and salted meat fat 0.35 - - 0.35 - 3.15
Sweet potato 12.76 0.30 9.99 0.03 0.48 41.43
TOTAL 100.00 7.87 69.24 0.95 7.21 316.99
Table 2: Centesimal composition of the Control Diet (Casein).
INGREDIENTS
g
% Proteins Carboh
y
drates Fats Calories
Comercial casein* 19.6 18.00 - - 72.00
Vegetable fat 7.00 - - 7.00 63.00
Biscomil 63.35 0.18 53.37 - 214.20
Salt Mixture 3.50 - - - -
Vitamin mixture 1.00 - - - -
Fibers 5.00 - - - -
L-Cistina 0.30 - - - -
Bitartarato de colina 0.25 - - - -
TOTAL 100.00 18.18 53.37 7.00 349.20
*92% of protein.
Table 3 – Reflex maturation of offspring. The groups are: Group A (n=12), formed by
offspring from rats fed casein and not subjected to EMF, Group B (n=24), formed by
offspring from rats fed casein and subjected to EMF, group C (n=18), formed by
offspring from rats fed RBD and not subjected to EMF and the group D (n=12), formed
by offspring from rats fed RBD and subjected to EMF. The data show the age in
median, in days, with quartile (Q25-Q75) of the day when the reflex answer expected
occurred. Reflex: Palm Grasp (PG), Righting Reflex (RR), Negative Geotaxis (NG),
Cliff Avoidance (CA), Vibrissae Placing (VP), Free-Fall Righting (FFR) and Auditory
Startle (AS). The results were evaluated through the ANOVA one-way (Kruskal-
Wallis) and through the Dunn’s test for effect of comparison of among the groups,
considering the significant level p < 0.05. Letters indicate significant differences
between the groups.
GROUPS A (12) B (24) C (18) D (12)
PG 6 (5.5-6.5)
a
d
e
7 (7-10)
bd
8 (7-10)
ce
13 (12.5-14)
a
b
c
RR 3 (2-4.5)
fg
4 (4-5)
h
6 (4-7)
g
6 (5.5-6.5)
fh
NG 7 (6-9)
ij
8 (6.5-9.5)
kl
11 (9-13)
ik
10.5 (9-12)
jl
CA 3 (2-3.5)
mno
4 (4-5)
m
6 (4-12)
n
5 (4-6)
o
VP 6 (5-6)
pq
8 (7-9)
rs
12 (10.25-13)
pr
11 (10-12)
qs
FFR 14 (13-14)
tu
17 (17-17)
t
15 (14-15.75) 16.5 (15-17)
u
AS 10.5 (10-11)
vxy
12 (12-13)
v
12 (12-13)
x
13 (13-13)
y
109
6.3. AÇÃO DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO DE 60 HZ, 3µT, NA
MATURAÇÃO SOMÁTICA DA PROLE DE RATAS SUBMETIDAS À DIETA
BÁSICA REGIONAL DURANTE A PRENHEZ.
Este trabalho foi enviado para a revista Nutrition Research e teve como objetivo
avaliar os efeitos da exposição de ratas prenhas alimentadas por uma dieta
multicarencial, DBR, ao CEM de 60 Hz, 3µT, durante duas horas por dia, na maturação
somática e evolução ponderal da prole durante o período de lactação. Os índices de
maturação somática estudados foram cinco: abertura do pavilhão auditivo, abertura do
conduto auditivo, resposta ao susto e recuperação do decúbito em queda livre. Todos
estes índices apresentaram retardo no tempo de aparecimento, nas proles provenientes
de ratas desnutridas e expostas ao CEM. Estes resultados nos levam a crer que as
alterações hormonais e metabólicas apresentadas pelas ratas prenhas submetidas ao
CEM, primeiro artigo, principalmente em relação as concentrações séricas de T
3
e T
4
foram decisivas para este retardo generalizado na maturação reflexa da prole.
Quanto a evolução ponderal, as proles apresentaram maiores alterações, entre os
grupos, do primeiro ao sexto dia de vida, onde as proles de ratas desnutridas sempre
apresentaram pesos menores.
110
INFLUENCE OF A 60 HZ, 3µT, ELECTROMAGNETIC FIELD ON THE SOMATIC
MATURATION OF WISTAR RATS OFFSPRINGS FED A REGIONAL BASIC
DIET DURING PREGNANCY.
Caroline W.S.F. Anselmo
a,*
, Tatiana L. da Silva
a
, Talita de G. Holanda
a
, Leila V.
da S. Prado
a
, José E.Cabral Filho
a
, Maria Teresa J.A. Catanho
b
, Maria do Carmo
Medeiros
a
a
Department of Nutrition, Federal University of Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego,
Departamento de Nutrição, CDU, Recife-PE, CEP: 50670-901, Brazil
b
Department of Biophysics, Federal University of Pernambuco, Av. Prof. Moraes Rego,
Departamento de Biofísica, CDU, Recife-PE, CEP: 50670-901, Brazil
*
Corresponding author, Tel.: +55 81 32273861; fax: +55 81 32282873 (Brazil).
E-mail address: [email protected] or caroline.[email protected] (Caroline
W.S.F. Anselmo).
Address: Rua Monsenhor Silva, 166, Madalena, Recife-PE, Brazil, CEP:50610-360
111
Abstract
The aim of the present study was to observe how the exposition of the pregnant
rats to the electromagnetic field (EMF), 60Hz, 3µT for 2 hours per day and/or using the
Regional Basic Diet (RBD) influenced the somatic maturation in their offspring. Four
groups were formed: Group A (casein), B (casein and EMF), C (RBD) and D (RBD and
EMF). The diet manipulation occurred during pregnancy. The somatic maturation
indexes were assessed daily, between 12:00 and 14:00 h: Eye Opening (EO), Auricle
Opening (AO), Auditory Canal Opening (ACO), Lower Incisor Eruption (LIE), and
Upper Incisor Eruption (UIE). The EMF associated with undernutrition caused delay in
all Somatic Maturation Indexes (SMI) and the RBD caused delay only in the AO.
Therefore the EMF caused delay in AO, ACO, LIE. In relation to the body weight, the
EMF caused change at the sixth day of life. The RBD, during pregnancy, caused lower
body weight in the offspring in the first and third day of life. The body weight of the
offspring whose mothers were fed casein and exposed to the EMF during pregnancy
was lower in the third and sixth day of life. In conclusion, the EMF associated with
under nutrition caused delay in all SMI. In relation to the body weight, the EMF
associated with undernutrition caused a decrease in the body weight at the sixth day of
life.
Keywords: Casein; Electromagnetic Field; Neurodevelopment; Somatic Maturation;
Regional Basic Diet.
112
1. Introduction
Epidemiological studies have implicated maternal protein-calorie deficiency as
an important public health problem in developing countries [1,2]. In North-Eastern
Brazil the diet that is consumed by the population living in the area of sugar-cane
cultivation in coastal Pernambuco is known as the Regional Basic Diet or RBD [3].
The RBD was prepared by Teodósio et al. [4] according to data from food
consumption surveys in the Pernambuco coastal forest strip. The RBD is made from the
most common foods and in the same proportion as that consumed by the population, as
detected by surveys. Pioneer studies have indicated that this experimental diet, RBD,
produces in rats a type of undernutrition similar to that prevalent among children from
this region of Brazil, which is associated with nutritional dwarfism and some clinical
signs of marasmus [5]. When this diet is compared with the standard one, it is seem to
be deficient in proteins (content and quality), calories, fat, vitamins and minerals [6].
From the results obtained, the RBD has been consolidated as an experimental model of
malnourishement [6,7,8].
The development of the nervous system (NS) involves epigenetic processes that
activate the genes in a sequential manner at different times [9]. These processes have
many environmental and non cellular factors that can change, modulate and direct the
next stage of development [10]. Hence only the genetic information in a living being
may be insufficient to specify the whole neuronal interconnections [9]. Dobbing [11]
showed that the NS development in mammals happens according to ‘time planning’ in
which the different phases follow a predetermined chronology. This fast growth period
of the NS is named the ‘critical or vulnerable’ period, being considered as the unique
opportunity for its development. Therefore its beginning and duration are different for
different species. In men this ‘critical period’ begins in the womb (the last three months
113
of pregnancy) and lasts until the beginning of the postnatal phase (two to four years
old). In rats this happens after the birth (suckling period). The series of events presented
by the NS during the antenatal and postnatal development determines the neurochemical
composition and the definite morphofunctional structure, present in adults [12].
Much experimental and clinical evidence has shown that aggression during
those critical periods can change the ontogenesis sequence of events with diverse and
persistent effects on the NS [12,13,14,15]. Experimental studies have shown that pre- or
postnatal nutritional manipulation may programme adult size, metabolism, blood lipids,
diabetes, obesity, blood pressure, glomerular hypertrophy, arteriosclerosis, behaviour,
and learning [16]. In trying to understand these effects and living beings’ capability to
adapt to different forms of aggression, many researchers have been investigating the
effects of different kinds of nutritional injury to the nervous system in the early phases
of its development. These studies have shown morphologic, neurochemical
, endocrine
and functional alterations [12,17].
Over recent decades a remarkable diffusion of electricity and an increased level
in the electromagnetic field (EMF) in the environment have characterized our society.
Recent epidemiological studies of occupational and residential exposure to EMF are
concerned with the biological effects of the 50-60 Hz fields (extremely low frequencies
or ELF), particularly in relation to determining an increase in cancer incidence in
individuals exposed to these types of radiation [18]. In accordance with Marino [19], in
order to understand the relationship between environmental factors and disease in terms
of an internal state variable called stress, (for instance, death of a loved one, loss of job,
an unhappy marital situation, poor diet, etc.), it is helpful to understand the influence of
environmental EMFs.
114
Experiments investigating the possible effects of EMF associated with under
nutrition during pregnancy on development and somatic maturation of the offspring are
scarce. The aim of the present study was to observe how the exposition of pregnant rats
to a 60 Hz, 3 µT, EMF for two hours per day and/or using a RBD influenced the
somatic maturation indexes in their offspring.
2. Materials and Methods
2.1 Animals
In this experiment 66 male, newborn rats from the Wistar strain, whose mothers
were submitted to four different conditions, were used. The female rats were 90 days
old when they mated. Fertilization was detected by the presence of sperm in the vaginal
washing of the mated females. Fertilized females were then immediately transferred to
cages, two per cage, which were 60cm long, 50cm wide and 22cm high and put on
supports made from polystyrene 35cm wide, 50cm long and 35cm high [20].The
pregnant rats were divided in four Groups: Group A, composed of rats that consumed
casein without being exposed to EMF; Group B, composed of rats that consumed casein
and were exposed to EMF; Group C, composed of rats that consumed the RBD and
were not exposed to EMF; and Group D, composed of rats that consumed RBD and
were exposed to EMF. They were kept in conditions of constant temperature (23 ± 2°C)
and a light/dark cycle (12-h/12-h) with a background magnetic field of 0.28 µT.
When the rats gave birth, the newborn individuals were put together with the
other ones who had been born on the same day from mothers in the same conditions,
and after that they were selected at random to form new gourps. In this way, the genetic
factor did not interfere with the experimental results. Every group from each female was
reduced to six individuals on the second day after birth. Only male rats were used.
115
Animal use was approved by the Federal University of Pernambuco Committee on
Animal Research.
2.2. Diets
The ingredients of the multideficient diet used in this experiment were beans
(Phaseolus vulgaris), manioc flour (Manihot esculenta), dried and salted meat and
sweet potato (Ipomaea batatas) [4]. The diet was prepared in our laboratory as follows:
all ingredients (except manioc flour) were cooked, dehydrated for 24-60 h (according
the type of ingredient) at 60°C and pulverized. Each component was mixed with manioc
flour by humidifying. Meat fat was then added, and the mixture was shaped into balls
which were dehydrated for 24 h at 60°C. The centesimal composition of the RBD,
which was determined by the Department of Nutrition, Federal University of
Pernambuco, is given in Table 1. The caloric adequacy of the RBD was calculated to be
about 316 Kcal.per 100g. The control diet provided 18% of protein (commercial casein)
and was balanced according to recommendations for pregnant rats (AIN – 93), as shown
in Table 2. The diet during the mating period was maintenance pellet food (Purina do
Brasil Ltd., São Paulo, SP, Brazil).
2.3. Feeding Protocol
During the mating period all female and male rats were fed a standard balanced
diet provided by Purina. In this investigation the diets (RDB and casein) were only used
when the rats presented a positive test for pregnancy. The animals had food and water
ad libittum. Two Groups were fed RBD (Groups C and D) and two Groups were fed
casein (Groups A and B).
2.4. Exposure to EMF
The groups of pregnant rats fed casein and RBD, Groups B and D respectively,
were exposed to a 60 Hz senoidal, of 3µT EMF, measured by a gaussmeter, on the scale
116
of 0-10 µT, for two hours per day for twenty-one consecutive days, one hour in the
morning from 8:00h to 9:00h and one hour in the afternoon from 14:00h to 15:00h.
They were exposed when the pregnancy was detected and removed from
exposure when they gave birth. As the radiation source, transformers of 220/110 volts
of 500 VA working with opened secondary and controlled by an electronic timer were
used and placed under the polystyrene supports. Control groups of animals, Groups A
and C, fed with casein and RBD respectively, were obtained by simply not placing the
transformers under the polystyrene supports. The transformers were previously
examined and tested to confirm their working parameters at the Biomedical Engineering
Department of the Biophysics and Radiobiology Department of the Federal University
of Pernambuco. The EMF was measured inside the cage and it remained constant
independent of its position. It should be noted that, except for the weekly cage cleaning
and the weekly measuring of their weight, the rats were not moved or handled during
this experiment. Exposed animals should be compared with control groups that have
been derived from the same source and simultaneously handled and assayed in the same
way, except for their exposure to the fields.
2.5. Somatic Maturation Indexes
The following somatic maturation indexes were investigated on a daily basis,
between 12:00 and 14:00 hours from the second day after the birth until when somatic
maturation had occurred, namely Eye Opening (EO), Auricle Opening (AO), Auditory
Canal Opening (ACO), Low Incisor Eruption (LIE) and Upper Incisor Eruption (UIE)
[21]. They were considered positive when the two eyes, the two auricles and the two
auditory canals were opened and the two lower and upper incisors had appeared.
2.6. Somatic Growth
2.6.1. Pups’ body weight
117
The animals were weighed at 1
st
, 3
rd
, 6
th
, 9
th
, 12
th
, 15
th
and 21
st
day of life. The
scale used was a digital model, Quimis, with 0.1 g sensitivity.
2.7. Statistical Analysis
The results of the somatic maturation development were evaluated by Kruskal-
Wallis analysis of variance, followed by Dunn’s test for multiple comparisons among
groups, with considering the significant level considered to be p< 0.05.
The Variance Analysis for Repeated Measures followed by the Tukey test was
employed for comparisons of the body weight. When the normality test had been
passed, the One Way Analysis of Variance (ANOVA) was used followed by the Tukey
Test for multiple comparisons among groups. When the normality test had been failed,
the Kruskal-Wallis analysis of variance was used followed by Dunn’s test for multiple
comparisons among groups, considering the significant level considered to be p< 0.05.
3. Results
3.1. Somatic Maturation Indexes
Comparing the suckling group from mothers exposed to EMF and malnourished,
during pregnancy (Group D) to the suckling group from mothers fed casein (Group A),
a delay was observed in the day (in median) that the following somatic maturation
indexes appeared: AO, ACO, EO, UIE and LIE, (p< 0.05), (Table 3).
When the different diets were considered, the offspring whose mothers were fed
with a deficient diet and exposed to the EMF during pregnancy (Group D) showed a
delay in the AO and EO indexes when compared to Group B whose mothers were fed
casein and exposed to the EMF during pregnancy (p<0.05) (Table 3).
When comparison was made between the offspring whose mothers were fed
RBD, one group of which was exposed and the other group not exposed to EMF
(Groups D and C), during pregnancy, only a delay in the AO somatic index was noticed
118
in Group D (p< 0.05) (Table 3). When comparing the groups whose mothers were fed
casein diet, one group of which was exposed to EMF and the other group not during
pregnancy (Groups B and A), the Group B presented a delay in the following somatic
maturation indexes: AO, ACO and LIE (p<0.05) (Table 3).
3.2. Body Weight
After performing the statistical analysis of the body weight of the suckling over
the first twenty-one days of live, there was no statistical difference observed between
the weights measured from the first to the third day. However, from the fourth day a
statistical weight gain was observed in all the groups.
Table 4 shows the suckling average weight ± standard error for the Groups A, B,
C and D during the 1
st
, 3
rd
, 6
th
, 9
th
, 12
th
, 15
th
and 21
st
days after birth. At the twenty first
day of life it was observed that the diet associated with the EMF, taken together,
changed the body weight of offspring, where as Group C (formed from offspring of rats
fed RBD but not subjected to EMF) showed lower body weight than Group B (formed
from offspring of rats fed casein and subjected to EMF during pregnancy).
When the diet were considered, the offspring whose mothers were fed RBD
during pregnancy (Groups C and D) had lower weight at the first and third day of life
than the offspring whose mothers were fed casein (Groups A and B).
The EMF caused a decrease in the weight mean of offspring from rats fed casein
and exposed to the EMF, during pregnancy (Group B), at the third and sixth day of life
when compared with offspring of rats fed casein during pregnancy (Group A).
4. Discussion
The choice of intensity of 3µT was due to the necessity of using a higher
intensity of EMF than in residences and most work places. In those places the average
50/60 Hz magnetic fields, as determined by the National Academy of Science [22], are
119
between 0.1 and 0.3µT. In this study, a value ten times higher than the maximum value
expected was used. Depending on the distance between the conductors and the ground
and the magnetic flux densities can average 22µT in function of the current load in the
line [23] and this value could also depend on the geographic location and the nature of
the magnetic material near the subject area [24].
The RBD was chosen as the experimental diet in this study because it is not only
deficient in protein, but also in lipids, vitamins, sodium and other minerals [4,25]. The
pregnant rats were fed casein or RBD when they presented a positive test for
pregnancy.According to Frazer and Huggett [26], the foetus competes with the mother
for the nutrients, but only for those that are ingested and stored througout the
pregnancy. They do not compete for those already absorbed by the mother’s tissues at
the moment of conception.
In this study, the somatic maturation indexes were investigated from the second
day after the birth until when somatic maturation had happened, because this period
corresponds to the breast-feeding period and is considered by Dobbing [13] as the
critical period for development. The observation of the normal sequence of the stages of
development in the ontogenesis of the reflexes and acquisition of the mature standard of
the locomotive activities can be valuable indexes of the maturation and development of
the neurological system [21,27,28]. In rats, these patterns are established in the first
three weeks after birth [29].
The offspring from rats exposed to EMF and RDB, taken together, presented a
delay in all somatic maturation indexes. In accordance with Anselmo [30], pregnant rats
fed RBD and exposed to a 60Hz, 3µT, EMF for two hours per day showed a low dosage
of serum T
3
, which agree with the results found this study. According to Porterfield and
Hendrich [31], Reyns et al. [23], thyroid hormones are very important for the
120
embryonic development in all vertebrates. In humans, this is more evident in the central
neurological system where the thyroid hormone deficit during the fetal and the neo-natal
periods results in the syndrome of cretinism, which is characterized by hearing
impairment, ataxia, mental disability, and abnormal growth. According to Vara et al.
[33], the hypothyroidism which appears during the development of rats, results in
learning difficulties, delay in the locomotion and cerebral skills and shortened
interneuron connectivity.
In this study offspring from rats fed casein showed delay in the auricle opening,
auditory canal opening and lower incisor eruption when exposed to EMF. These results
do not match with the results of Zusman et al. [34], in which they observed a delay in
the eye opening of offspring whose mothers were exposed to EMF of 20, 50, and 100
Hz, with a tension of 0.6 V/m, during pregnancy. On the other hand, the results
obtained in this study agree with the results of Sokolova [35] and Sienkiewicz et al.
[36]. Sokolova [35] reported that exposure to 2 or 20 mT fields did not exert any effect
on eye opening in mice, and identical results were presented by Sienkiewicz et al [36]
for CD1 mice exposed to 20 mT fields. However, Sienkiewicz et al. [36] suggest that
prenatal exposure to a 50 Hz, 20 mT magnetic field does not engender any gross
impairment in postnatal development.
In our experiments we observed that the EMF caused a decrease in the mean
weight in Group B (formed from offspring of rats fed casein and subjected to EMF)
when compared to Group A (formed from offspring of rats fed casein) at the third and
sixth day of life. This result agrees in part with Nishikawa; Hirotani and Tanaka [37],
They observed that suckling mice exposed to pulsed fields of 1.6 mT during pregnancy
suffered a decrease in their body weight between the second and the fifth days of life
and an increase between the eighth and the twenty-first days of life. Zusman et al. [34],
121
showed that the body weight of rats, exposed to the EMF, 20 or 100 Hz, with a tension
of 0.6 V/m, during pregnancy was lower on the first day of life, while animals exposed
to EMF of 50 HZ suffered a decrease in their body weight between the twenty-first and
twenty-sixth days of life.
Our findings did not match the results obtained by Matos et al [38], Sokolova
[35] and Sienkwicz et al [39]. Matos et al [38] observed that rats exposed to an EMF of
60 Hz during the breast-feeding period did not present changes in the weight evolution
when compared to the control group, but our rats were exposed during pregnancy. This
difference makes the comparison difficult. Sokolova [35] and Sienkwicz et al [40],
observed that after the exposition to the EMF (50 Hz; 2 and 20 mT) during the
pregnancy and the postnatal (6 to 90 days) period, did not find changes in the body
weight in mice. Rivas et al. [40] exposed Swiss mice to a 50 Hz pulsed field at either
2.3 mT or 83 µT from conception until 120 days of age. Male and female mice exposed
at the higher field strength were significantly lower in weight at 120 days, but only
males were reduced after exposure to the weaker field. The changes in weight were
reported to increase throughout the duration of the experiment.
Groups that were fed RBD had a body weight mean lower than the groups fed
casein at the first and third days of life. This can be explained by the fact that the
suckling depends on its mother for a broad range of physiological functions, i.e. body
temperature maintenance, urine excretion and feeding [41]. In approximate terms
sucklings have their mother as the only source of food until the fourteenth day of life.
The milk availability varies according to the presence of the mother in the nest and her
emotional and nutritional states [41]. According to Teosósio et al. [7], the RBD presents
low vegetal protein content. These proteins are considered to be low in quality when
compared with animal proteins, because they do not provide essential amino acid levels
122
necessary for the normal body development [7]. Another important factor is that when
the eye opening occurs (around the fourteenth day of life), the offspring are stimulated
to eat solid food when the mother brings it to the nest [42].
What was done is this experiment can be called programming, because
according to Lucas [43], the nutrition and metabolic changes that act in the early stages
of survival of individuals will permanently affect changes in the animal’s physiology.
Experimental studies have shown that nutritional manipulation pre- and post-birth can
programm the size of the adult individuals, their metabolism, blood lipid levels,
diabetes, obesity, blood pressure, glomerular hypertrophy, arteriosclerosis, behaviour
and learning skills [16,44].
It can be observed that former research studies employed an EMF that did not
match the frequency or intensity of our study, making the comparison of results
difficult. This is one of the things that characterises the study of EMF action. According
to Savitz et al. [45], one of the challenges that distinguishes the studies of the effect of
EMF on human health from other agents is the uncertainty about the field aspects which
are used to characterise the exposition. The environment has electric and magnetic
fields of varied frequencies, including frequency harmonics (50 or 60 Hz), varying in
time intervals from the order of milliseconds to years. These field sources also vary
according to their sites, i.e. offices, houses and other communal environments.
5. Conclusion
The EMF associated with undernutrition, taken together, caused a delay in all
Somatic Maturation Indexes. In relation to the body weight, the EMF associated with
undernutrition caused a decrease in the body weight at the sixth day of life.
123
6. References
[1] Pissaia O, Rossi MA, Oliveira JSM. The heart in protein-calorie malnutrition in rats:
morphological, electrophysiological and biochemical changes. J Nutr 1980; 110: 2035-
2044.
[2] Olubodun JOB. Nutritional factors and heart failure in Nigerians with hypertensive
heart disease. Int J of Cardiol 1992; 35: 71-76.
[3] Coutinho EM. Relações Hospedeiro-Parasito na Esquistossomose Mansônica em
Função da Dieta Básica Regional: Estudo Epidemiológico e Anatomo-Patológico.
Recife, 1976, 100p. Tese de Livre-Docência.
[4] Teodósio NR, Varela RM, Bion FM, Campos FACS, Lira RAB, Flores H. Protein
deficiency and calorie deficiency in etiology of early malnutrition in rats. In:
International Congress of Nutrition, XII, San Diego, Proceedings, Abstract n. 1013,
1981.
[5] Teodósio, N.R., Flores, H., Mayer, H., Martins, F., Campos, F., Ramalho, R.A.
Efecto diferencial de las desnutrition sobre el sistema nervioso central. In: Seminário
Internacional “Desnutrition y funciones cerebrales superiores”. Resumenes de
conferencias y comunicaciones libres. Santiago, Universidad de las Naciones Unidas, p.
105, 1983.
[6] Pessoa DCNP. Efeitos da desnutrição pela dieta básica regional (DBR), em três
gerações de ratos, sobre a reprodução, crescimento corporal e desenvolvimento de
órgãos. Tese Doutorado Universidade Federal de Pernambuco. 1997.
[7] Teodósio NR, Lago ES, Romani SAM, Guedes RCA. A regional basic diet from
Northeast Brazil as a dietary model of experimental malnutrition. Arch Latinoam Nutr
1990; XL: 533-547.
124
[8] Rocha de Melo AP, Guedes RCA. Spreading depression is facilited in adult rats
previously submitted to short episodes of malnutrition during the lactation period. Braz
JMed Biol Res 1997; 30: 663-669.
[9] Jessell TM. Development of the Nervous System. In: Kandel ER, Schwartz JH, Jess
ell TM. Essentials of Neural Science and Behavior. Stamford: Appleton & Lange, 1995.
[10] Nishi R. Neurotrofic factors: two are better than one. Science 1994; 265: 1052-
1053.
[11] Dobbing J. Vulnerable periods in developing brain. In: Davson AN, Dobbing J.
(Eds), Applied Neurochemistry. Oxford: Blackwells, 1968, pp. 287-316.
[12] Morgane PJ, Austin-Lafrance RJ, Bronzino J, Tonkiss J, Diaz-Cintra S, Cintra L,
Kemper T, Galler JR. Prenatal malnutrition and development of the brain. Neuroscience
and Biobehavioral Reviews 1993; 17: 91-128.
[13] Dobbing J. Undernutrition and the developing brain. Am J Dis Child 1970; 120:
411-415.
[14] Lynch G, Smart JL, Dobbing J. Motor coordination and cerebellar size in adults
undernourished in early life. Brain Res 1975; 83: 249-259.
[15] Manhães de Castro R, Medeiros JMB, Mendes da Silva C, Ferreira LMP, Guedes
RCA, Cabral Filho JE, Costa JA. Reduction of intraspecific aggression in adult rats by
neonatal treatment with a selective serotonin reuptake inhibitor. Braz J Med Biol Res
2001; 34: 121-124.
[16] Lucas A. Programming by early nutrition: an experimental approach. J Nutr 1998;
128: 401S-406S.
[17] Del-Prado, M., Delgado, G., Villalpando, S. Maternal Lipid Intake during
Pregnancy and Production and Litter Growth in Rats. American Society for Nutritional
J Nutr 1997; 127: 458-462.
125
[18] Galloni P, Marino C. Effects of 50 Hz Magnetic Field Exposure on Tumour
Experimental Models. Bioelectromagnetics 2000; 21: 608-614.
[19] Marino AA. Environmental Electromagnetic Energy and public Health.
Department of Orthopaedic Surgery, Louisiana State University School of Medicine in
Shreveport. Shreveport, Louisiana. Available in:
<http://www.ortho.lsuhsc.edu/Faculty/Marino/Papers/79MBch27.pdf>. Access in:
09/03/2005.
[20] Lucena ACT, Anselmo CWSF, Oliveira IM, Bernardo Filho M, Catanho MTJA.
Effects of 60 Hz Electric Magnetic Field on the Immune System in the Wistar Rats. In:
Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop, 2002, Rhodes, Greece. Anais
Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop. Rhodes, Greece, v.II, p.837 -
845, 2002.
[21] Smart JL, Dobbing J. Vulnerability of developing brain. II. Effects of early
nutritional deprivation on reflex ontogeny and development of behaviour in the rat.
Brain Res 1971; 28: 85-95.
[22] National Academy of Science; National Research Council. Possible health effects
of exposure to residential electric and magnetic fields. Washington: National Academy
Press, 1996.
[23] Simon NJ. Biological effects of static magnetic fields: a review. International
Cryogenic Materials Comission, Boulder, Colorado, p.284, 1992.
[24] Repacholi MH, Greenebaum B. Interaction of static and extremely low frequency
electric and magnetic fields with living systems: health effects and research needs.
Bioelectromagnetics 1999; 20:133-160.
126
[25] Monteiro FMF, Lahlou S, Albuquerque JA, Cabral A.M.S. Influence of a
multideficient diet from north-eastern Brazil on resting blood pressure and baroreflex
sensitivity in conscious, freely moving rats. Braz Med Biol Res 2001; 34: 271-280.
[26] Frazer JFD, Huggett AAG. The partition of nutrients between mother and
conceptus in the pregnant rat. J Physiol 1970; 207: 783-788.
[27] Walton KD, Lieberman D, Llinás A, Begin M, Llinás RR. Identification of a
critical period for motor development in neonatal rats. Neuroscience 1992; 51: 763-767.
[28] Barros KMFT. Efeitos da desnutrição neonatal e/ou do tratamento com agonista 5-
HT
1A
sobre o desenvolvimento sensório-motor e atividade exploratória em ratos. Recife,
107p. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Pernambuco. CCS Nutrição,
1999.
[29] Gramsbergen A. Posture and locomotion in the rat: independent or interdependent
development? Neurosci Biobehav Rev 1998; 22: 547-553.
[30] Anselmo, CWSF. Efeitos do Campo Eletromagnético de 60 Hz, 3µT, na regulação
hormonal e metabólica de ratas prenhas Recife, 2005. Tese (Doutorado). Universidade
Federal de Pernambuco. CCS Nutrição.
[31] Portefield SP, Hendrich CE. The role of thyroid hormones in prenatal and neonatal
neurological development – current perspectives. Endocr Rev 1993; 14: 94-106.
[32] Reyns GE, Verhoelst CHJ, Kühn ER, Darras VM, Van Der Geyten S. Regulation
of thyroid hormone availability in liver and brain by glucocorticoids. Gen Comp
Endocrinol 2005; 140: 101-108.
[33] Vara H, Martinez B, Santos A, COLINO A. Thyroid hormone regulates
neurotransmitter release in neonatal rat hippocampus. Neuroscience 2002; 110: 19-28.
127
[34] Zusman I, Yaffe P, Pinus H, Ornoy A. Effects of pulsing electromagnetic fields on
the prenatal and postnatal development in mice and rats: in vivo and in vitro studies.
Teratology 1990; 42: 157-170.
[35] Sokolova IP. The state of reproductive function in female mice exposed to a 50 Hz
magnetic field. Abstracts of Reports, Mechanisms of Biological Effects of Non ionizing
Electromagnetic Radiation 1998; 12:92.
[36] Sienkwicz AJ, Robbins L, Haylock RGE, Saunders RD. Effects of Prenatal
Exposure to 50 Hz Magnetic Fields on Development in Mice: II Postnatal Development
and Behavior. Bioelectromagnetics 1994; 15: 363-375.
[37] Nishikawa U, Hirotani H, Tanaka O. Study on postnatal development in mice
exposed to electromagnetic fields (PEMFs) during their prenatal period. Teratology
1986; 34: 442-443.
[38] Matos RJB, Montenegro EJN, Barros KMFT, Castro CM.B, Manhães de Castro R.
Campos eletromagnéticos não-ionizantes não alteram o desenvolvimento sensório-
motor em ratos. Anais da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de
Pernambuco 2001; 46: 132-136.
[39] Sienkwicz AJ, Bartram R, Haylock RG, Saunders RD. Single, brief exposure to a
50 Hz magnetic field does not affect the performance of an object recognition task in
adult mice. Bioelectromagnetics 2001; 22: 19-26.
[40] Rivas L, Rius C, Tello I, Oroza MA. Effects of chronic exposure to weak
electromagnetic fields in mice. ICRS Med Sci 1985;13: 661-662.
[41] Friedman MI. Some Determinants of Milk Ingestion in Suckling Rats. Journal of
Comparative Physiological Psychology 1975; 89.
[42] Galef BG, Clark MM. Parent-offspring interactions determine time and place of
first ingestion of solid food by wild rat pups. Psychon Sci 1971; 25: 15-16.
128
[43] Lucas, A. Role of nutritional programming in determining adult morbidity. Arch
Dis Child 1994; 71: 288-290.
[44] Waterland RA, Garza C. Potential mechanisms of metabolic imprinting that lead
to chronic disease. Am J Clin Nutr 1999; 69: 179-197.
[45] Savitz DA, Ohya T, Loomis DP, Senior RS, Bracken TD, Howard RL. Correlations
among indices of electric and magnetic field exposure in electric utility workers.
Bioelectromagnetics 1994; 15: 193-204.
129
7. Tables
Table 1: Centesimal composition of the Regional Basic Diet (RBD) (Teodósio, 1990).
INGREDIENTS
g
% Proteins Carboh
y
drates Fats Fibers Kcal%
(
g
)
(
%
)
(
%
)
(
%
)
(
%
)
Beans 18.34 3.99 10.66 0.24 1.09 60.76
Manioc flour 64.81 0.84 48.59 0.12 5.64 198.80
Poor fat dried and salted
meat fat
3.74 2.74 - 0.21 - 12.85
Dried and salted meat fat 0.35 - - 0.35 - 3.15
Sweet potato 12.76 0.30 9.99 0.03 0.48 41.43
TOTAL 100.00 7.87 69.24 0.95 7.21 316.99
Table 2: Centesimal composition of the Control Diet (Casein).
INGREDIENTS
g
% Proteins Carboh
y
drates Fats Calories
Comercial casein* 19.6 18.00 - - 72.00
Vegetable fat 7.00 - - 7.00 63.00
Biscomil 63.35 0.18 53.37 - 214.20
Salt Mixture 3.50 - - - -
Vitamin mixture 1.00 - - - -
Fibers 5.00 - - - -
L-Cistina 0.30 - - - -
Bitartarato de colina 0.25 - - - -
TOTAL 100.00 18.18 53.37 7.00 349.20
*92% of protein.
Table 3 – Somatic maturation indexes of offspring born from rats subjected to four
different situations during their pregnancy. The groups are: Group A (n=12), formed by
offspring from rats fed casein and not subjected to EMF, group B (n=24), formed by
offspring from rats fed casein and subjected to EMF, group C (n=18), formed by
offspring from rats fed RBD and not subjected to EMF and the group D (n=12), formed
by offspring from rats fed RBD and subjected to EMF. The data show the number o
offspring that was studied and the age median, in days, with quartile (Q25-Q75) of the
day when the somatic maturation happened. Eye Opening (EO), Auricle Opening (AO),
Auditory Canal Opening (ACO), Low Incisor Eruption (LIE), Upper Incisor Eruption
(UIE).
GROUPS A (12) B (24) C (18) D (12)
EO 12.5 (10-13)
a
13 (11-14)
b
13 (13-14) 14 (14-14)
a
b
AO 1.5 (1-2)
cde
3 (3-3)
cf
3 (3-4)
dg
4 (4-4)
efg
ACO 10.5 (10-11)
hi
13 (12-13)h 12 (12-13) 13 (13-13.5)
i
LIE 10 (9-10)jk 12 (12-13)j 10.5 (10-14) 12 (12-12)k
UIE 8 (8-8.5)
l
9 (8-13) 9 (7-11) 11 (10-11)
l
The results were evaluated through the ANOVA one-way (Kruskal-Wallis) and through
the Dunn’s test for effect of comparison of among the groups, considering the
significant level p < 0.05. Letters indicate significant differences between the groups.
Table 4 – The data show the offspring weight, in grams, mean ± standard error, on the
1°, 3°, 6°, 9°, 12°, 15°, 21° days of life, of offspring born from rats subjected to four
130
different situations during their pregnancy. Group A (n=12), formed by offspring of rats
fed by casein and not subjected to EMF, group B (n=24), formed by offspring of rats
fed by casein and subjected to EMF, group C (n=18), formed by offspring of rats fed by
RBD and not subjected to EMF and the group D (n=12), formed by offspring of rats fed
by RBD and subjected to EMF.
GROUPS 1
st
day 3
rd
day 6
th
day 9
th
day 12
th
day 15
th
day 21
st
day
A (12) 7.6±0.19
ab
11.6±0.28
efg
17.1±0.57
jkl
20.6±0.86 25.7±1.5 32.5±1.76 49.1±1.01
B (18) 7.0±0.13
cd
8.6±0.22
ehi
14.6±0.53
j
21±0.51 27.6±0.71 34.7±0.62 52.6±0.76
m
C (15) 5.8±0.24
ac
7.6±0.4
fh
12.3±0.98
k
18±1.6 24.6±2.38 30.7±3.07 41.4±4.18
m
D (12) 5.6±0.06
bd
7.4±0.15
gi
12.5±0.29
l
19.1±0.38 26.4±0.46 34.6±0.72 50±1.24
The results were evaluated through the ANOVA one-way (Kruskal-Wallis) and through
the Dunn’s test for effect of comparison of among the groups when the normality test
failed and through ANOVA One Way followed by Tukey Test when the normality test
passed, considering the significant level p < 0.05. Letters indicate significant differences
between the groups.
131
7. DISCUSSÃO GERAL
Os resultados destes experimentos demonstram que ratas prenhas expostas ao
CEM de 60 Hz, 3µT, durante o período gestacional e alimentadas pela DBR (Grupo D)
sofreram um aumento na liberação de glicose sanguínea quando comparadas ao grupo
submetido apenas à DBR (Grupo C). Ratas alimentadas pela DBR, apresentaram uma
diminuição no nível de insulina e cortisol sérico quando comparadas ao grupo
alimentado pela dieta caseína (Grupo A). Pode ser observado neste experimento que a
concentração da glicose, insulina e cortisol apresentam comportamentos semelhantes
com uma mesma tendência entre os grupos, apesar das diferenças estatísticas não
coincidirem.
Esta diferença obtida, na concentração de glicose, entre o grupo D, formado por
ratas submetidas a DBR e ao CEM, e o Grupo C, formado por ratas submetidas apenas à
DBR, não era esperada pois ambos os grupos foram alimentados pela mesma dieta, no
entanto, isto pode ser explicado devido a exposição do grupo D ao CEM. De acordo
com Armario; Martí; Gil (1990); De Boer et al (1990); Martí; Armario (1997), estresse
repetido é associado com a sensibilidade da glicose, induzindo a hiperglicemia.
Segundo Harakawa et al (2004), o CEM de 50 Hz aumenta os níveis de ACTH, glicose,
lactato e piruvato em ratos estressados, demostrando que o CEM de 50 Hz altera tanto a
resposta ao estresse quanto o metabolismo em ratos estressados.
Lucena et al, (2002) ao expôr ratos machos, alimentados pela dieta labina, por
30 dias, 2 horas por dia, ao CEM de 60 Hz, 3µT, obtiveram um aumento nas dosagens
séricas de glicose e cortisol e ao expôr ratos do mesmo sexo, mesma dieta, por 30 dias,
24 horas por dia, ao CEM de 60 Hz, 10µT, obtiveram o mesmo resultado (Lucena et al,
2004). Esses resultados diferem dos resultados obtidos neste experimento, mas isto
132
pode ser explicado, pelo fato de ratas prenhas terem sido utilizadas nesta pesquisa e a
prenhez se caracteriza por ser um período onde ocorrem mudanças no metabolismo da
mãe, tendo como finalidade suprir as necessidades do feto. Segundo Resnick et al.
(1982) o feto depende não somente dos nutrientes fornecidos através da placenta, mas
também de quantidades extras de proteína e gordura armazenadas pela mãe no início da
gestação. Desde que o estado nutricional materno determina a quantidade dessas
reservas, as fêmeas malnutridas e com baixo ganho em peso durante a gestação terão
menores reservas e, se a desnutrição for severa, o crescimento e o desenvolvimento
normal do concepto serão prejudicados.
A tendência da concentração de insulina entre os grupos foi semelhante a da
glicose, no entanto, no caso da insulina o grupos que não foram expostos ao CEM,
grupo A, composto por ratas alimentadas pela caseína e o grupo C, composto por ratas
aimentadas pela DBR, apresentaram diferença estatítisticamente significante. Esta
diferença já era esperada devido a diferença de dieta entre eles. Embora, o grupo C,
submetido a DBR e o grupo D, submetido a DBR e ao CEM, tenham apresentado o
mesmo comportamento das concentrações de glicose, onde o grupo D apresentou
valores maiores, eles não apresentaram diferença estatísticamente significante em
relação a insulina. Esta tendência apresentada pela insulina pode ser explicada pelo
mesmo mecanismo que aumenta a liberação de glicose, pois quando o nível de glicose
aumenta o nível de insulina tem que subir também . De acordo com Champe; Harvey
(2002) o nível de glicose sanguínea controla o nível de insulina. Os resultados obtidos
neste experimento mostram que o CEM altera o metabolismo corporal, porque
esperava-se que o grupo B, composto por ratas submetidas a caseína e ao CEM
apresenta-se diferença estatíticamente significante em relação ao grupo C, grupo
133
submetido a DBR e não exposto ao CEM, para concordar com o comportamento do
grupo A, composto por ratas alimentadas pela caseína sem sofrerem exposição ao CEM.
O mesmo comportamento da insulina foi verificado na concentração sérica de
cortisol neste experimento. Isto mostra mais uma vez que a exposição ao CEM afeta o
metabolismo corpóreo. De acordo com a hipótese de Stevens (STEVENS, 1987;
STEVENS; DAVIS, 1996) a exposição ao CEM tem efeito não só na melatonina, mas
também nos hormônios da reproduçào e do sistema imune. A razão pela qual o cortisol
foi dosado neste experimento, deve-se ao fato dele ser conhecido como um indicador de
estresse no organismo (CLOW; HUCKLEBRIDGE, 2001).
Neste estudo, as concentrações de T
3
e T
4
apresentaram uma maior variação
entre os grupos. Na concentração de T
3
foram verificados valores decrescentes onde o
grupo alimentado pela dieta caseína apresentou a maior concentração (Grupo A), o
grupo alimentado pela dieta caseína e submetido ao CEM (Grupo B) obteve a segunda
maior concentração, o grupo alimentado pela DBR (Grupo C) apresentou o terceiro
maior valor e o grupo submetido à DBR e exposto ao CEM (Grupo D) teve a menor
concentração sérica de T
3
na seguinte ordem: (A>B>C>D). A concentração sérica de T
4
do grupo submetido à dieta caseína foi maior do que a concentração dos outros grupos
e a concentração de T
4
do grupo submetido à DBR foi menor que a concentração do
grupo submetido à dieta caseína. A relação entre T
4
:T
3
foi muito exagerada no grupo
submetido à DBR e ao CEM
.
Este resultados concordam com os dados obtidos por Zagorskaya; Rodina
(1990) Apud RAJKOVIC et al, 2003. Estes autores obtiveram menores concentrações
dos hormônios tireoideanos durante dois meses depois de uma única exposição dos
ratos ao CEM de 20 mT. Os resultados obtidos neste experimento se assemelham em
parte aos resultados de Rajkovic et al (2003), onde eles expuseram ratos ao CEM de 50
134
Hz, 50-500µT durante 3 meses, depois deste período uma parte dos ratos (grupo I)
foram sacrificados, enquanto os outros animais foram submetidos a uma avaliação da
recuperação da glândula e foram sacrificados depois de 1 semana (grupo II), 2 semanas
(grupo III) e 3 semanas (grupo IV). Eles observaram que as concentrações séricas de
T3 e T4 eram significativamente menores em todos os animais expostos, exceto no
grupo I. No entanto, nossos dados não concordam com os dados obtidos por Lafreniere;
Persinger (1979), Selmaoui et al (1997). Lafreniere; Persinger (1979), não econtraram
alterações nas concentrações séricas de T
3
e T
4
em ratos expostos ao CEM de 0.5 Hz,
com diferentes intensidades, no período pré-natal ou em ratos adultos. O estudo de
Selmaoui et al (1997), mostrou uma diferença insignificante nos níveis séricos de T
3
e
T
4
entre homens expostos ao CEM contínuo e intermitente de 50 Hz , 10 µT, por uma
noite, quando comparados com o grupo controle. Em oposição a este achado, Udintsev
et al (1978) Apud RAJKOVIC et al (2003) relataram um aumento nos níveis séricos de
T4 e TSH circulantes em ratos expostos ao CEM de 50 Hz, 20 mT, por 18h. Entretanto,
diferenças nos protocolos experimentais e nas características do CEM utilizadas nos
experimentos dos autores citados, dificultam uma comparação adequada dos resultados.
A concentração sérica de T
3
foi bem mais baixa que a concentração de T
4
em
todos os grupos. Isto pode ser explicado por Pazos-Moura; Ortiga-Carvalho, Moura
(2003); Moura; Pazos-Moura (2004). Eles dizem que a tireóide secreta
predominantemente T
4
e pequena quantide de T
3
, em seres humanos essa taxa é de 14:1,
enquanto no rato adulto é de 5:1. Neste experimento, a diferença entre T
4
e T
3
foi maior
do que o esperado em todos os grupos. A diferença no grupo A, composto por ratas
alimentadas pela caseína e não expostas ao CEM, foi a menor, enquanto a diferença no
grupo D, que foi submetido a DBR e ao CEM, foi a maior. De acordo com Moura;
Pazos-Moura (2004), indivíduos em situações de estresse agudo, assim como em certas
135
doenças, podem apresentar diminuição do TSH sérico, apesar de concomitante redução
das concentrações séricas de T
3
livre, no entanto o T
4
livre geralmente está normal.
Esta relação (T
4
:T
3
) pode ter sido exagerada neste estudo devido ao fato de que
as ratas estarem no período de prenhez. Em seres humanos Burrow; Fisher; Larsen
(1994) afirmaram que a gestação aumenta a necessidade de T
4
do organismo,
aumentando a produção de T
4
em 25-50%. Entretanto, neste experimento, as dosagens
foram feitas no final da gestação, quando as ratas tinham os filhotes. Segundo Calvo et
al (1990), neste período as dosagens são normalmente mais baixas. Eles observaram
que T
4
e T
3
diminuem nos tecidos extra-tireoideanos como no plasma, fígado, rins,
pulmões, coração e músculo esquelético entre o 17º
e o 22°
dia de gestação em ratas
normais. Neste experimento uma grande diferença na relação T
4
:T
3
foi obtida quando o
Grupo D, submetido à DBR e ao CEM, foi comparado ao Grupo A, controle. Onde o
Grupo D apresentou uma relação T
4
:T
3
quase 18 vezes maior do que o Grupo A. Isto
pode ser explicado por uma diminuição na quantidade da enzima desiodase ou mesmo
sua inatividade devido a ação conjunta da desnutrição e da indução do CEM. De acordo
com Bianco et al (2002) e Bianco (2004), o hormônio tireoideano ativo é o T
3
. O T
3
é
produzido por dois processos diferentes e relativamente independentes, um é a liberação
direta pela tireóide e o outro é a desiodação do T
4
pela 5’desiodase. A desiodação ocorre
pela ação de três isoenzimas, classificadas pelo critério bioquímico e funcional, e pela
distribuição tecidual: desiodase tipo I (5’D-I), desiodase tipo II (5’D-II) e desiodase tipo
III (5’D-III). De acordo com Bianco et al (2002) tanto em animais experimentais como
em humanos as mudanças coordenadas na expressão e atividade destas enzimas
asseguram a homeostasia hormonal da tireóide e a manutenção da produção de T
3
,
constituindo o principal mecanismo de adaptação quando ocorrem alterações na ingesta
de iodo, fome e mudanças na temperatura ambiente.
136
As funções tireoideanas podem ser alteradas por muitos fatores durante
diferentes fases da vida de um indivíduo em função da idade, nutrição, sexo e gravidez.
A desnutrição afeta a função tireoideana (MOURA et al, 1987; ORTIGA-CARVALHO
et al, 1997; PASSSOS et al, 2001a e b; PASSSOS et al, 2002a e b). Possíveis alterações
nas ações enzimáticas envolvidas em processos citotóxicos em células da tireóide e
liberação hormonal devem ser levados em consideração. Resultados de investigações
experimentais demonstraram que o CEM afeta as enzimas (BLANK et al, 1995;
HOLIAN et al, 1996; LOSCHINGER et al, 1998; DING et al, 2001) e causa alterações
na estrutura e função das membranas celulares (LISI et al, 2000; BORDIUSHKOV et
al, 2000) sendo estas apontadas como sendo o alvo primário da ação do CEM em
sistemas biológicos (TENFORDE; KAUNE, 1987; GOODMAN et al, 1995),
envolvendo o aspecto possível da ação direta do CEM na glândula tireóide
(MATAVULJ et al, 1998 Apud RAJKOVIC et al, 2003). Segundo Tonini et al (2001) o
CEM de 50/60-Hz poderia interferir na divisão, diferenciação e nas alterações de tensão
da membrana celular, possivelmente pela alteração intracelular da concentração de
cálcio. Tonini et al, (2001) demostraram, através de experimento, que o CEM de 50/60
Hz interage na diferenciação celular através de dois mecanismos opostos. O CEM de
baixa frequência é capaz de prevenir mudanças na diferença de potencial celular por
diferentes agentes. O CEM estimula o aumento de Ca
++
intracelular de maneira dose
dependente e simultaneamente, o aumento intracelular de íons divalentes atua como um
agente de resgate, pela abertura dos canais de potássio cálcio dependente,
reestabelecendo a diferenciação celular. A partir do exposto os autores concluiram que
as células são normalmente protegidas contra o CEM. No entanto, na presença de
qualquer alteração nos mecanismos de ação dos canais de cálcio ou de potássio cálcio
dependente, a exposição crônica aos CEMs pode induzir condições patológicas.
137
Essas alterações nas dosagens dos hormônios tireoideanos nas ratas prenhas
devem ter forte relação com os resultados obtidos no desenvolvimento somático e
reflexo da prole proveniente destas. Ratos provenientes de mães submetidas a DBR e ao
CEM de 60 Hz, 3µT, durante o período gestacional, apresentaram retardo em todos os
parâmetros avaliados na maturação reflexa e somática no período de aleitamento. A
DBR isolada causou retardo em seis dos sete reflexos estudados e na abertura do
pavilhão auricular. O CEM, quanto aos reflexos, causou retardo na preensão palmar, na
aversão ao precipício e na recuperação de decúbito em queda livre nos animais
alimentados pela caseína e retardo na preensão palmar na prole alimentada pela DBR
durante a gestação. Quanto à maturação somática, o CEM, causou atraso na abertura do
pavilhão auricular, na abertura do canal auditivo e na erupção dos dentes incisivos
inferiores nos animais alimentados pela caseína e causou retardo na abertura do
pavilhão auditivo nos animais alimentados pela DBR.
De acordo com Porterfield; Hendrich (1993); Reyns et al (2005), hormônios
tireoideanos são essenciais para um desenvolvimento embrionário normal em todos os
vertebrados. Em humanos, isto é mais evidente no sistema nervoso central onde a
deficiência de hormônio tireoideano durante o período fetal e neo-natal resulta na
síndrome de cretinismo, que é caracterizada por sudez irreversível, ataxia, retardo
mental e crescimento anormal. Segundo Vara et al (2002), o hipotireoidismo durante o
desenvolvimento de ratos resulta em aprendizado prejudicado, retardo na habilidade
locomotora e cerebral com diminuída conectividade interneuronal.
Neste estudo as dietas, DBR e caseína, só foram utilizadas quando as ratas
apresentavam diagnóstigo positivo de prenhez. Segundo Frazer; Huggett (1970), o feto
compete com a mãe pelos nutrientes, mas unicamente por aqueles que são ingeridos e
armazenados durante a gestação e nunca pelos que existiam nos tecidos maternos no
138
momento da concepção. Este fenômeno é chamado de programação, pois de acordo com
Lucas (1994), alterações nutricionais e metabólicas, atuando numa etapa precoce da
vida, produziriam mudanças permanentes na fisiologia do animal. Estudos
experimentais tem mostrado que manipulação nutricional pré ou pós-natal podem
programar o tamanho do indivíduo quando adulto, metabolismo, nível de lipídio
sanguíneo, diabetes, obesidade, pressão arterial, hipertrofia glomerular, arteriosclerose,
comportamento e a capacidade de aprender (LUCAS, 1998, WATERLAND; GARZA,
1999).
A prole proveniente de ratas expostas ao CEM e a DBR, apresentaram em geral,
um retardo na maturação reflexa e somática. Isto pode ser explicado pelo fato de que
ratas submetidas a DBR e ao CEM, nas mesmas condições utilizadas neste
experimento, durante a prenhez apresentaram uma baixa dosagem de T
3
sérico
(PORTERFIELD; HENDRICH, 1993; Vara et al, 2002; REYNS et al, 2005). A prole
de ratas submetidas a DBR durante a gestação apresentou retardo no aparecimento de
todos os reflexos, exceto na recuperação de decúbito em queda livre quando comparada
com a prole de ratas nutridas adequadamente e sem sofrerem exposição ao CEM. Este
resultado concorda em parte com os resultados obtidos por Smart e Dobbing (1971),
onde observaram que a prole de ratas desnutridas apresentaram retardo no aparecimento
de todos os reflexos. Quando a prole é avaliada nos primeiros 21 dias pós-natais,
correspondendo a fase de aleitamento e considerado por Dobbing (1968) como sendo
um período crítico de desenvolvimento, a sequência normal de desenvolvimento na
ontogênese de reflexos e a aquisição do padrão maduro da atividade locomotora podem
servir como indicadores de maturação e desenvolvimento do sistema nervoso (SMART;
DOBBING, 1971; WALTON et al, 1992; BARROS, 1999). No rato, esses padrões são
alcançados nas três primeiras semanas pós-natais (GRAMSBERGEN, 1998).
139
Os dados obtidos neste experimento concordam em parte com os dados obtidos
por Matos et al (2001). Estes pesquisadores dividiram a prole de ratas alimentadas pela
dieta labina, durante a prenhez, em dois grupos. Um grupo controle e outro grupo
exposto ao CEM de 60 Hz, desde o primeiro dia de vida, durante o período de
aleitamento. Os autores concluíram que a exposição neonatal às radiações não-
ionizantes não acarretou modificações na ontogênese dos reflexos, no entanto esses
dados não apresentaram a mesma condição experimental do nosso estudo, sendo difícil
utilizá-lo para comparação.
Zusman et al (1990), não obtiveram alteração no tempo de surgimento do
reflexo de recuperação de decúbito da prole de ratas expostas ao CEM, de 20, 50 e 100
Hz, com uma tensão de 0,6 V/m, no entanto observou um retardo na abertura dos olhos.
Estes achados não concordam com os nossos, pois quando comparamos a prole de ratas
submetidas ao CEM e os não submetidos ao CEM, ambos alimentados com a dieta
controle (caseína), não observamos diferença estatisticamente significante no tempo de
abertura dos olhos nos animais. Sokolova (1987), reportou que a exposição da fêmea ao
CEM de 2 ou 20 mT, durante a gestação, não causou nenhuma alteração no tempo da
abertura do olho dos camundongos. Segundo Sienkiewicz et al (1994), a prole de ratas
submetidas ao CEM de 50 Hz, 20 mT, durante a gestação, não apresentou alteração
morfológica ou funcional no desenvolvimento pós-natal. Nishikawa; Hirotani; Tanaka
(1986), reportaram que a exposição de camundongos, durante a prenhez, ao CEM não
afetou o tempo de surgimento da geotaxia negativa, mas causou um aumento no tempo
de surgimento do reflexo de recuperação de decúbito.
Em relação ao peso corporal, o CEM associado à desnutrição causou mudanças
no vigésimo primeiro dia de vida. A prole submetida a DBR durante a prenhez,
apresentou baixo peso no primeiro e terceiro dia de vida quando comparados com a
140
prole submetida à caseína no mesmo período. O peso da prole submetida à caseína e ao
CEM, no terceiro e sexto dia de vida, foi mais baixo quando comparado com o da prole
submetida apenas à caseína durante a prenhez.
Pode-se verificar que o CEM causou uma diminuição na média de peso do
Grupo B (composto pela prole de ratas alimentadas pela caseína e expostas ao CEM)
quando comparado ao Grupo A (composto pela prole de ratas alimentadas pela caseína)
no terceiro e sexto dias de vida. Concordando em parte com Nishikawa; Hirotani;
Tanaka (1986), que ao exporem camundongos a campos pulsados de 1.6 mT durante a
gestação, observaram uma diminuição no peso da prole entre o segundo e o quinto dia
de vida e um aumento entre o oitavo e o vigésimo primeiro dia de vida durante o
aleitamento. Zusman et al (1990), observaram que o peso de ratos expostos ao CEM, 20
ou 100 Hz, com tensão de 0,6 V/m, durante a gestação foi menor no primeiro dia de
vida, enquanto animais expostos ao CEM de 50 Hz apresentaram redução do peso
somente entre o vigésimo primeiro e o vigésimo sexto dia de vida. Todavia, os
resultados deste estudo não concordam com os resultados obtidos por Matos et al
(2001); Sokolova (1987) e Sienkwicz et al (2001). Matos et al (2001), observaram que
ratos submetidos ao CEM de 60 Hz durante o aleitamento, não apresentaram mudanças
na evolução ponderal quando comparados com o controle, porém no corrente estudo os
ratos foram expostos no período gestacional, sendo difícil fazer comparação. Sokolova
(1987); e Sienkwicz et al (2001), observaram que após a exposição aos campos
magnéticos (50 Hz; 2 e 20 mT) durante o período de gestação e dias pós-natais (6 a 90
dias) não encontraram mudanças no peso corporal em camundongos.
Rivas et al (1985), expôs ratos Swiss ao CEM de 50 Hz, 2.3 mT ou 83 µT, desde
a concepção até 120 dias pós-natais. Machos e fêmeas expostos ao campo mais alto
141
apresentaram uma diminuição no peso corporal nos 120 dias, mas somente os machos
apresentaram redução do peso após a exposição ao CEM mais baixo.
Os grupos alimentados pela DBR apresentaram uma média de peso corporal
menor do que os grupos alimentados pela caseína no primeiro e terceiro dias de vida.
Isto pode ser explicado pelo fato de o neonato depender de sua mãe para uma variedade
de ações fisiológicas, como manutenção da temperatura corporal, excreção urinária e
alimentação (FRIEDMAN, 1975). Aproximadamente até o décimo quarto dia de idade,
eles têm sua mãe como fonte única de alimento, e a disponibilidade de leite varia assim
com a presença ou ausência materna no ninho, com o seu estado emocional e
nutricional (FRIEDMAN, 1975). Segundo Teodósio et al (1990), a DBR apresenta
proteína em quantidade muito pequena e de origem vegetal. Essas proteínas, quando
comparadas às de origem animal, são consideradas de qualidade inferior, uma vez que
não fornecem teores de aminoácidos essenciais adequados ao desenvolvimento normal
do organismo (TEODÓSIO et al, 1990). Outro fator importante é que a partir da
abertura dos olhos (décimo segundo ao décimo quarto dia de idade) a prole é estimulada
a comer alimento sólido quando a mãe também o fizer (GALEF; CLARK, 1971).
Os resultados obtidos neste trabalho podem ter sido decorrentes de uma
programação da função tireoideana, pois na vida fetal, os tecidos e órgãos do corpo
passam por fases críticas de desenvolvimento. Estas fases podem coincidir com
períodos de rápida divisão celular. Mudanças no ambiente uterino ou que atuem numa
etapa precoce da vida podem ativar adaptações fisiológicas, chamadas de programação
metabólica ou impressão metabólica que podem influenciar permanentemente a
fisiologia do animal (CSABA; NAGBY, 1985; BARKER, 2000).
O maior risco para doenças crônicas, tais como a síndrome metabólica, no
indivíduo adulto pode ter origem mesmo antes do nascimento e em períodos precoces
142
da vida (BARKER, 2000; HARDING, 2001). Segundo Barker et al (1993), um exemplo
de programação metabólica acontece em situações de desnutrição materna na gestação,
que produz mudanças no metabolismo fetal e nas concentrações de hormônios fetais e
placentários.
Além da programação que pode atuar durante o processo de embriogênese e nas
etapas pós-natais do desenvolvimento, um outro tipo de influência ambiental sobre o
desenvolvimento e que ocorre mais precocemente é o imprinting genômico. Este se
caracteriza pelo fato de que alguns genes (pelo menos 50 já conhecidos) se agrupam e
podem se expressar de forma diferenciada dependendo se o alelo for materno ou paterno
(VILLAR et al., 1995, FERGUSON-SMITH; SURANI, 2001). Assim o impriting
genômico é uma forma de herança epigenética não-mendeliana que se caracteriza pela
expressão de apenas um alelo parental, e que pode ser um dos mecanismos pelos quais
atuam os desreguladores endócrinos (McLACHLAN, 2001).
143
8. CONCLUSÕES
O CEM associado a desnutrição causou uma diminuição na dosagem sérica de
T
4
e T
3
em ratas prenhas, bem como uma relação T
4
:T
3
quase dezoito vezes maior do
que a relação do grupo alimentado pela dieta caseína.
A prole das mães que foram expostas ao CEM e à desnutrição, durante a
prenhez, apresentaram retardo em todos os parâmetros avaliados na maturação reflexa
no período de aleitamento.
A prole das mães que foram expostas ao CEM e à desnutrição, durante a
prenhez, apresentaram retardo em todos os parâmetros avaliados na maturação somática
no período de aleitamento.
Em relação ao peso corporal, o CEM associado à desnutrição causou diminuição
no peso corporal no sexto dia de vida.
144
9. PERSPECTIVAS
Nós podemos dar continuidade a este estudo:
Avaliando os efeitos da associação do CEM à desnutrição no processo
que gera a programação.
Investigar os mecanismos que promovem as disfunções endócrinas e
neuronais, de ratas prenhas e prole até a vida adulta.
Avaliar os mecanismos do imprinting genômico e sua correlação com os
fatores envolvidos.
Analisar a composição do leite materno das ratas submetidas ao CEM e a
desnutrição.
Com esta finalidade outros tipos de carências nutricionais e campos
eletromagnéticos com outros parâmetros poderão ser utilizados.
145
10. REFERÊNCIAS
AL-AYADHI, L.Y Neurohormonal changes in medical students during academic stress.
Annals of Saudi Medicine, v. 25, p. 36-40, 2005.
AHLBOM, A. Neurodegenerative Diseases, Suicide and Depressive Syntoms in
Relation to EMF. Bioelectromagnetics, v. 5, p. S132-S143, 2001.
ALBRECHT, J.; HELDERMAN, J.H; SCHLESSER, M.A. A controlled study of
cellular immune function in affective disorders before and during somatic therapy.
Psychiatry Research, v. 15, p. 185-93, 1985.
ALMONTE, R.A.; HEATH, D.L.; WHITEHALL, J.; RUSSELL, M.J.; PATOLE, S.;
VINK, R. Gestational magnesium deficiency is deleterious to fetal outcome. Biology of
the Neonate, v. 76, p. 26-32, 1999.
ANDRADE, F.D.; GUEDES, R.C.A.; TEODÓSIO, N.R. Enhanced rate of cortical
spreading depression due to malnutrition: prevention by dietary protein
supplementation. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 23, p.
889-893, 1990.
ARMARIO, A.; MARTI, J.; GIL, M. The Serum glicose response to acute estresse is
sensitive to the intensity of the stressor and to habituation. Psychoneuroendocrinology,
v. 15, p.341-347, 1990.
ARNETZ, B.B; WASSERMAN, J.; PETRINI, B. Immune function in unemployed
women. Psychosomatic Medicine, v. 19, p. 3-12, 1987.
AXELROD, J.; REISINE, T.D. Stress Hormones: Their Interaction and Regulation.
Science, v.224, p.452-459, 1984.
AZZOLIN, I.R.; BERNARD, E.A.; TRINDADE, V.M.; GAMALLO, J.L.; PERRY,
M.L.S. Effect of protein malnutrition on glycoprotein, protein and lipid synthesis in rat
cerebellum during the period of brain growth spurt. Annals of Nutrition &
Metabolism, v. 35, p.82-88, 1991.
BALLABRIGA, A. Some aspects of clinical and biochemical changes related to
nutrition during brain development in humans. In: EVRARD, P.; MINKOWSKI, A.
Developmental Neurobiology. New York: Raven Press, 1989. p. 271-286.
BALCER, K.; ELIZABETH, K. Gene Expression Flowing 60-Hz Magnetic Field
Exposure. Enviromental Health Perspectives, Boston, MA, p. 18-22, June, 1995.
BARBOSA, E.M.S. Diabetes mellitus tipo II: uma avaliação preliminar dos efeitos do
extrato aquoso da entrecasca do cajueiro e da refeição popular de feijão mulatinho e
farinha de mandioca. 1987. Dissertação (Mestrado em Nutrição) – Curso de Pós-
Graduação em Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1987.
146
BARKER, D.J.P.; GODFREY, K.M.; GLUKMAN, P.D.; HARDING, J.E.; OWENS,
J.A.; ROBINSON, J.S. Fetal nutrition and cardiovascular disease in adult life. The
Lancet, v. 341, p. 938-941, 1993.
BARKER, D.J.P. In utero programming of cardiovascular disease. Theriogenology, v.
53, p. 555-574, 2000.
BARROS, K.M.F.T. (1999) Efeitos da desnutrição neonatal e/ou do tratamento com
agonista 5-HT
1A
sobre o desenvolvimento sensório-motor e atividade exploratória
em ratos. 1999. 107f. Dissertação (Mestrado e Nutrição) – Curso de Pós graduaçào em
Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco.Recife, 1999.
BATES, J.M.; ST GERMAIN, D.L.; GALTON, V.A. Expression profiles of the three
iodothyronine desiodinases, D1, D2, and D3, in the development rat. Endocrinology, v.
140, p. 844-851, 1999.
BATISTA FILHO, M. Pesquisa nutricional na zona da mata. Recife, Universidade
Federal de Pernambuco, 1968.
BAUER, E.M.; VEDHARA, K.; PERKS, P.; WILCOCK, G.K.; LIGHTMAN, S.L.;
SHANKS, N. Chronic stress in caregivers of dementia is associated with reduced
lymphocyte sensitivy to glucocorticoids. Journal of Neuroimmunology, v. 103, p. 84-
92, 2000.
BAUER, E.M. Estresse: Como ele abala as defesas do corpo? Ciência Hoje, v. 30, p.
21-25, 2002.
BECKER, R.O. Electromagnetic Forces and Life Processes. Technology Review
(MIT), v.75. p.32-38, 1972.
BERTALANFFY, V.L. Perspectivas de la teoria general de los sistemas. Madrid,
Alianza Editorial, 1986.
BIANCO A.C., SALVATORE D., GEREBEN B., BERRY M.J., LARSEN P.R.
Biochemistry, cellular and molecular biology and physiological roles of the
iodothyronine selenodeiodinases. Endocrinology Review. v. 23, p.38-89, 2002.
BIANCO, A.C. Triplets! Unexpected structural similarity among the three enzymes that
catalyze initiation and termination of thyroid hormone effects. Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia e Metabologia. V.48, p.16-24, 2004.
147
BLANK, M.; SOO, L.; PAPSTEIN, V. Efeito dos campos magnéticos de baixa
freqüência na atividade do Na, K-ATPase. Bioelectrochemistry and Bioenergetics, v.
38, p. 267-273, 1995.
BLOCK, N.E.; KOMORI, K; RPBINSON, K.A.; DUTTON S.L.; LAM, C.F.; BUSE,
M. G. Diabetes-associated impairment of hepatic insulin receptor tyrosine kinase
activity: a study of mechanisms. Endocrinology, v.128, p.132-322. 1991
BOGGS,K.P.; FARESE,R.V.; BUSE, M.G.Insulin administration in vivo increases 1,2
diacyglycerol in rat skeletal muscle. Endocrinology, v128, p.636-638.1991.
BORDIUSHKOV, I.N.; GOROSHINSKAYA, I.A.; FRANTSIYANTS, E.M.;
TKACHEVA, G.N.; GORLO, E.I.; NESKUBINA, I.V. Structural-functional changes in
lymphocyte and erythrocyte membranes after exposure to alternating magnetic field.
Voprosy Meditsinskoi Khimii, v. 46, p. 72-80, 2000.
BRENT, R.L.; BECKMAN, D.A.; LANDEL, C.P. Clinical teratology. Current
Opinion in Pediatrics, v. 5, p. 201-211, 1993.
BURROW, G.N.; FISHER, D.A.; LARSEN, P.R. Maternal end fetal thyroid function.
The New England Journal of Medicine, v. 331, p.1072-8, 1994.
CAETANO, D.; CAETANO, S.C.; KRÄMER, M.H.
Psiconeuroimmunoendocrinologia. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 48, p. 307-314,
1999.
CALVO, R.; OBREGÓN, M.J.; RUIZ-DE-OÑA, C.; FERREIRO, B.; ESCOBAR DEL
REY, F.; MORREALE DE ESCOBAR, G. Thyroid hormone economic in pregnant rats
near term: A “physiological” animal model of nonthyroidal illnes? Endocrinology. v.
127, p.10-16, 1990.
CARVALHO, D.P. Modulation of uterine iodothyronine deiodinases – A critical even
for fetal development? Endocrinology, v. 144, p.4250-52, 2003.
CASTELLANO, C.; OLIVEIRO, A. Early malnutrition and postnatal changes in brain
and behaviour in the mouse. Brain Research, v. 101, p. 317-325, 1976.
CASTRO, C.A.; TRACY, M.; RUDY, J.W. Early-life undernutrition impairs the
development of learning and short-term memory processes mediating performance in a
conditional spatial discrimination task. Behavioral Brain Research, v. 32, p. 255-264,
1989.
CAULFIELD, L.E.; ZAVALETA, N.; SHANKER, A.H.; MERIALDI, M. Potential
contribution of maternal zinc supplementation during pregnancy to maternal and child
survival. American Journal of Clinical Nutrition, v. 68, p. 499S - 508S, 1998.
CHAMPE, P.C.; HARVEY, R.A. Bioquímica ilustrada. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,
2002.
148
CHAN, L.Y.; CHIU, P.Y.; LAU, T.K. Cord blood thyroid-stimulating hormone level in
high-risk pregnancies. European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology, v. 4461, p. 1-4, 2002.
CHERNOFF, N.; ROGERS, J.M.; KAVET, R. A review of the literature on potential
reproductive and developmental toxicity of electric and magnetic fields. Toxicology, v.
74, p. 91-126, 1992.
CLOW, A.; HUCKLEBRIDGE, F. The impact of psychological stress on immune
function in the athletic population. Exercise Immunology Review, v. 7, p. 5-17, 2001.
COLOMBO, J.P.; CERVANTES, H,; KOKOROVIC, M.; PFISTER, V.; PERRITAZ,
R. Effects of different protein diets on the distribution of amino acids in plasma, liver
and brain in the rat. Annals of Nutrition and Metabolism, v.36, p.23-33, 1992.
COLOMBO, M.; LOPEZ, I.; De ANDRACA, I. Desnutritión grave precoz y desarrollo
psicomotor. Effects de um programa de rehabitación. Archivos Latioamericanos de
Nutrition, v. 43, p. 146-150, 1993.
COUTINHO, E.M. Relações hospedeiro-parasita na esquistossomose mansônica,
em função da dieta básica regional. Recife, 1976. 109f. Tese (Livre-Docência),
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1976.
CREASEY, W. A. Podem a potência e a freqüência dos campos eletromagnéticos ser
mutagênicas? EMF Health Report, v. 8, 2000.
CSABA, G.; NAGY, S.U. Influence of the neonatal suppression of TSH production
(neonatal hyperthyroidism) on response to TSH in adulthood. Journal of
Endocrinological Investigation, v. 8, p. 557-559, 1985.
DASTUR, D.K.; DEWAN, A.; MANGHANI, D.K.; UDANI, P.M. Quantitative
histology of nerve in protein-calorie malnutrition and well-nourished children.
Neuropathology and Applied Neurobiology, v. 23, p.405-422, 1977.
DE BOER, S.F.; KOOPMANS, S.J.; SLANGEN, J.L.; GUGTEN, V.J. Plasma
catecholamine, corticosterone and glucose responses to repeated estresse in rats: effect
of interstressor interval length. Physiology & Behavior, v. 47, p. 1117-1124, 1990.
DING, G.R.; WAKE, K.; TAKI, M.; MIYAKOSHI, J. Increase in hypoxanthine-
guanine phosphoribosyl transferase gene mutations by exposure to electric field. Life
Science, v. 68, p.1041-1046, 2001.
DIXON, S.D.; LEVINE, R.A.; BRAZELTON, T.B. Malnutrition: a closer look at the
problem in an east African village. Developmental Medicine Child Neurology, v. 2,
p.670-685, 1982.
DOBBING, J. Vulnerable periods in developing brain. In: DAVISON, A.N.;
DOBBING, J. Applied Neurochemistry. Oxford: Blackwell, 1968. p. 287-316.
149
DUNN, A.J. Psychoneuroimmunology for the psychoneuroimmunologist: A Review of
Animal Studies of Nervous System-Immune System Interaction.
Psychoneuroimmunology,v.14, p.251-274, 1989.
EKHERT, C.; BARNES, R.H.; LEVITSKY, D.A. the effect of protein-energy
undernutrition induced during the period of suckling on cholinergic enzyme activity in
the rat brain system. Brain Research,v. 101, p. 372-377, 1976.
ERREN, T. C. Epidemiologic studies of EMG and breast cancer risk: a biologically
based overview. In: The melatonin hypothesis: breast cancer and the use of electric
power. Columbus: Battelle Press, 1997.
FAWCETT, W.J.; HAXBY, E.J.; MALE, D.A. Magnesium: physiology and
pharmacology. British Journal of Anaesthesia, v. 83, p. 302-320, 1999.
FERGUSON-SMITH, A.C,; SURANI, M.A. Imprinting and the epigenetic asymmetry
between parental genomes. Science, v. 293, p. 1086-1089, 2001.
FERNANDEZ,V.; ADARO, L.A.; KAUFMANN, W.; BERLECE, E.; MUÑOZ, V.
Geometry and territorial expansion of basilar dendrites. Nutrition Reports
International, v. 39, p. 1015-1026, 1989.
FERNSTROM, J.D. Can nutrient supplements modify brain function? American
Journal of clinical Nutrition, v. 71, p. 1669S-1735S, 2000.
FLEMING, I.; BAUM, A.; DAVIDSON, L.M. Chronic stress as a factor in psychologic
reactivity to challenge. Health Psychology, v. 6, p. 221-237, 1987.
FRAZER, J.F.D.; HUGGETT, A.A.G. The partition of nutrients between mother and
conceptus in the pregnant rat. Journal of Physiology, v. 207, p. 783-788, 1970.
FRIEDMAN, M.I. Some Determinants of Milk Ingestion in Suckling Rats. Journal of
Comparative Physiological Psychology, v. 89, 1975.
FULLER, G.N.; WIGGINS, R.C. Differencial growth recovery within the brains of
posnatally undernourished rats. Developmental Brain Research, v. 15, p.280-284,
1984.
GALEF, B.G.; CLARK, M.M. Parent-offspring interactions determine time and place
of first ingestion of solid food by wild rat pups. Psychonomic Science, v. 25, p. 1971;
15-16, 1971.
GARCIA, A.; MARTÍ, O.; VALLÈS, A.; DAL-ZOTTO, S.; ARMARIO, A. Recovery
of the hypothalamic-pituitary-adrenal response to stress. Effect of stress intensity, stress
duration and previous stress exposure. Neuroendocrinology, v. 72, p.114-125, 2000.
GARRIGA, J.; CUSSÓ, R. Effect of starvation on glycogen and glicose metabolism in
different areas of the rat brain. Brain Research, v. 591, p. 277-282, 1992.
150
GOLDBERG, R. B. Breast Cancer Risk and EMF Exposure. EMF Health Report, v. 8,
n. 1, 2000.
GOODMAN, E.M.; GREENEBAUM, B.; MARRON, M.T. Effects of electromagnetic
fields on molecules and cells. International Review of Cytology, v. 158, p. 279-338,
1995.
GOTO, I.; NAGARA, H.; TATEISH, J.; KUROIWA, Y. Thiamine-deficient
encephalopathy in rats: effects of deficiencies of thiamine and magnesium. Brain
Research, v.372, p.31-36, 1986.
GRAMSBERGEN, A. Posture and locomotion in the rat: independent or interdependent
development? Neuroscience & Biobehavioral Reviews, v. 22, p. 547-553, 1998.
GRANTHAN-McGREGOR, S.M.; POWELL, C.A.; WALKER, S.P.; HIMES, J.H.
Nutritional supplementation, psychosocial stimulation, and mental development of
stunted children: the Jamaican study. The Lancet, v. 338, p. 1-5, 1991.
GRANPENGIESSER, E.; GYLFE, E.; HELLMAN, B. Diasappearence of glucose-
induced oscillations of citoplasmic Ca++ in pancreatic-cells exposed to streptozotocin
or alloxan. Toxicology, v.63, p.263-271.1990
GREENSPAN, F.S.; STREWLER, E.J. Endocrinologia: Básica & Clínica. 5. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
GUEDES, R.C.A.; ANDRADE, A.F.D.; CABRAL-FILHO, J.E. Propagation of cortical
spreading depression in malnourished rats: facilitatory effect of dietary protein
deficiency. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 20, p. 639-642,
1987.
HARAKAWA, S.; TAKAHASHI, I.; DOGE, F.; MARTIN, D.E. Effect of a 50 Hz
electric field on plasma ACTH, glucose, lactate, and pyruvate levels in stressed rats.
Bioelectromagnetics, v. 25, p. 346-51, 2004.
HARDING, J. The nutritional basis of the fetal origins of adult disease. International
Journal of Epidemiology, v. 30, p. 15-23, 2001.
HEATH, C.W. Jr. Electromagnetic field exposure and cancer: a review of
epidemiological evidence. Cancer Journal for Clinicians, v. 46, p. 29-44, 1996.
HOLIAN, O.; ASTUMIAN, R.D.; LEE, R.C.; REYES, H.M.; ATTAR, B.M.;
WALTER, R.J. Protein-Kinase-C activity is altered in HL60 cells exposed to 60 Hz AC
electric fields. Bioelectromagnetics, v. 17, p.504-509, 1996.
151
INTERNATIONAL COMISSION ON NON-IONIZING RADIATION PROTECTION.
Guidelines for Limiting Exposure to Time-Varying Eletric, Magnetic and
Eletromagnetic fields (up to 300GHz). Health Physics, v. 74, p. 494-522, 1998.
JESSELL, T.M. Development of the Nervous System. In: Kandel, E.R.; Schwartz, J.H.;
Jess ell, T.M. Essencials of Neural Science and Behavior, 1995
JOHN, J.; PATEL, M.S.; TELANG, S.D. Effects of maternal dietary protein content on
cerebral ketone body-metabolizing enzymes in the progeny of rats. Journal of
Nutrition Biochemistry, v. 2; p.604-608, 1991.
JORGENSEN, H.; KNIGGE, U.; KJOER, A.; WARBERG, J. Interactions of
Histaminergic and Serotonergic Neurons in the Hypotalamic regulation of Prolactin
and ACTH Secretion. Neuroendocrinology, v. 64, p. 329-336, 1996.
JUNCO, M.; DIAZ-GUERRA,M.J.M.; BOSCA, L. Differential calcium mobilization
by vasopressin agiotensin II, grasti-releasing peptide, and adenosine triphosphaste, in
adult and fetal hepatocytes. Relevances for the activation of calcium-dependent
enzymes. Endocrinology, v.132, p.309-318.1993
JUUTILIANEM, J.; MATILAINEN, P.; SAARIKOSKI, S.; LAARA, E.; SUONIIO, S.
Early pregnancy loss and exposure to 50-Hz magnetic fields. Bioelectromagnetics, v.
14, p. 229-236, 1993.
KATO, M.; HOMNA, K.I.; SHIGEMITSU, T.; SHIGA, Y. Effects of exposure to a
circularly polarized, 50 Hz magnetic fields on melatonin levels in rats.
Bioelectromagnetics, v. 14, p. 97-106, 1991.
KELLER, S.E.; WEISS, J.M.; SCHLEIFER, S.J. Stress-induced suppression of
immunity in adrenalectomized rats. Science, v. 221, p. 1301-4, 1983.
KEMPERS, M.J.E.; VAN TIJN, D.A.; VAN TROTSENBURG, A.P.S.; VIJLDER,
J.J.M.; WIEDIJK, B.; VULSMA, T. Central congenital hypothyroidism due to
gestacional hyperthyroidism: detection where prevention failed. The Journal of
Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 88, p. 5851-5857, 2003.
KIECOLT, G.J.K.; GLASER, R. Psychoneuroimmunology and health consequences:
data shared mechanisms. Psychosomatic Medicine, v. 57, p. 269-274, 1995.
KING, JC. Determination of maternal zinc status during pregnancy. The American
Journal of Clinical Nutrition. v. 71, p. 1334S - 1343S, 2000.
KJAR, A.; KIGGE, U,; PLOTSKY, P.M.; BACH, F.; WABERG, J. Histamine H1 and
H2 receptor activation stimulates ACTH and β-endorphin secretion by increasing
corticotropin-releasing hormone in the hypophyseal portal blood. Neuroendocrinology,
v. 56, p. 851-855, 1992.
152
KOK, P.; KOK, S.W.; BUIJS, M.M., WESTENBERG, J.J.; ROELFSEMA, F.;
FROLICH, M.; STOKKEL, M.P.; MEINDERS, A.E.; PIJL, H. Enhanced circadian
ACTH release in obese premenopausal women: reversal by short-term acipimox
treatment. American Journal of Physiology, Endocrinology and Metabolism, v. 287,
p. 848-56, 2004.
KNIGGE, U.; MATZEN, S.; BACH, F.; BANG, P.; WARBERG, J. Involviment of
histaminergic neurons in the stress-induced release of proopiomelanocortin-derived
peptides in rats. Acta Endocrinology, v. 120, p. 533-539, 1989.
KUMAR, SP. Zinc deficiency in neonates. Indian Journal of Pediatrics v. 54, p. 465-
466, 1987.
LAVADO-AUTRIC, R.; AUSÓ, E.; GARCIA-VELASCO, J.V.; ARUFE, M.C.;
ESCOBAR DEL REY, F.; BEBEL, P.; MORREALE DE ESCOBAR, G. Early
maternal hypothyroxinemia alters histogenesis and cerebral cortex cytoarchitecture of
the progeny. The journal of Clinical Investigation, v. 111, p. 1073-1082, 2003.
LAFRENIERE, G.F.; PERSINGER, M.A. Thyroid morphology and activity does not
respond to ELF electromagnetic field exposures. Experientia, v.35, p. 561-562, 1979.
LAI, H.; SINGH, N. P. Melatonin and a spin-trap compound blocked radiofrequency,
radiation induced DNA strand breaks in rat brain cells. Bioelectromagnetics, v. 18, p.
446-454, 1997.
LARNER, J. Insulina e drogas hipoglicemiantes orais, glucagons, IN: GILMAN, A.;
GOLDMAN,L.S.; RALL.T.W.; MURAD F. As bases farmacológicas da terapêutica.
7ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987, p.1995.
LAYCOCK, J.F; WISE, P.H. Essencial endocrinology. In the pancreas. 2. ed. Oxford.
Medical Publication, 1983, p.266-306.
LERCHL, A.; NONAKA, K.O.; STOKKAN, K.A.; REITER, R.J. Marked rapid
alterations in nocturnal pineal serotonin metabolism im mice and rats exposed to weak
intermittent magnetic fields. Biochemical and Biophysical Research
Communications, v.169, p. 102-108, 1990 .
LEVITSKY, D.A.; BARNES, R.H. Nutritional and environmental interactions in the
behavioral development of the rat: long-term effects. Science, v. 76, p. 68-71, 1972.
LEVITSKY, D.A.; STRUPP, B.J. Malnutrition and the brain: changing concepts,
changing concerns. Journal of Nutrition, v. 125, p. 2212S-2220S, 1995.
LIMA, J.G. Estudo morfológico e morfométrico do corpo caloso de ratos
submetidos a diferentes tipos de dieta e à estimulação sensorial e ambiental.
Ribeirão Preto. 1992, 104f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto , Universidade de São Paulo, 1992.
LISI, A.; POZZI, D.; PASQUALI, E.; RIETI, S.; GIRASOLE, M.; CRICENTI, A.;
GENEROSI, R.; SERAFINO, A.L.; CONGIU-CASTELLANO, A.; RAVAGNAN, G.;
153
GIULLIANI, L.; GRIMALDI, S. Three dimensional (3D) analysis of the morphological
changes induced by 50 Hz magnetic field exposure on human lymphoblastoid cells
(Raji). Bioelectromagnetics, v. 21, p. 46-51, 2000.
LOESCHER, W.; MEVISSEN, M.; LECHMACHER, W.; STAMM, A. Tumor
promotion in a breast cancer model by exposure to a weak alternating magnetic field.
Cancer Letters, v.71, p.75-81, 1993.
LOOMIS, D. P.; SAVITZ, D.A.; ANANTH, C.V. Breast cancer mortality among
female electrical workers in the United States. Journal of National Cancer Institute,
v. 86, p. 885-886, 1994.
LOSCHINGER, M.; THUMM, S.; HAMMERLE, H.; RODEMANN, H.P. Stimulation
of protein kinase A activity and induced terminal differention of human skin fibroblasts
in culture by low frequency electromagnetic fields. Toxicology Letters, v. 96-97, p.
369-376, 1998.
LUCAS, A. Role of nutritional programming in determining adult morbidity. Archives
of Disease in Childhood, v. 71, p. 288-290, 1994.
LUCAS, A. Programming by early nutrition: an experimental approach. Journal of
Nutrition. v.128, p.401S-406S, 1998.
LUCENA, A.C.T.; ANSELMO, C.W.S.F.; OLIVEIRA, I.M.; FILHO, M.B.;
CATANHO, M.T.J.A. Effects of 60 Hz Electric Magnetic Field on the Immune System
in the Wistar Rats. In: Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop, 2002,
Rhodes, Greece. Anais Biological Effects of EMFs 2
nd
International Workshop.
Rhodes, Greece, v.II, p.837 - 845, 2002.
LUCENA, A. C. T. ; CATANHO, M. T. J. A. ; MOTTA, M. A. ; BERNARDO FILHO,
M. ; MONTENEGRO, E. J. N. Alterações hormonais e glicêmicas em ratos Wistar
decorrentes da exposição ao campo eletromagnético variável de 60 Hz. Anais da
Faculdade de Medicina do Centro de Ciências da Saúde da UFPE, v. 49, p. 09-13,
2004.
McCANN, S.M. Nitric Oxide. In: Fink G. Encyclopedia of stress, v. 3. San Diego:
Academic Press, 2000. p. 53-61.
McLACHLAN, J.A. Environmental signaling: what embryos and evolution teatch us
about endocrine disrupting chemicals. Endocrine Reviews, v. 22, p. 319-341, 2001.
MARINO, A.A.; MORRIS, D.M. Chronic Electromagnetic Stressors in the Enviroment:
A Risk Factor in Human Cancer. Shreveport, 1999. Disponível em
<http://www.ortho.lsume.edu/Faculty?Marino/Papers/Cite67>. Acesso em: 2001.
MARINO, A.A. Environmental Electromagnetic Energy and public Health. Department
of Orthopaedic Surgery, Louisiana State University School of Medicine in Shreveport.
Shreveport, Louisiana. Disponível em:
154
<http://www.ortho.lsuhsc.edu/Faculty/Marino/Papers/79MBch27.pdf>. Acessado em:
09/03/2005.
MARTI, O.; ARMARIO, A. Influence of exposure to chronic estresse on the pattern of
habituation of pituitary-adrenal hormones, prolactin and glucose. Stress, v. 1, p. 179-
189, 1997.
MARTINEZ, H. Aspectos clínicos e tratamento da má nutrição energético-protéica.
Anais Nestlé, v. 61, p. 11-18, 2001.
MARTORELL, R. Consequências de longo prazo da subnutrição no desenvolvimento
físico e mental. Anais Nestlé, v. 61, p. 19-30, 2001.
MATOS, R.J.B.; MONTENEGRO, E.J.N.; BARROS, K.M.F.T.; CASTRO, C.M.M.B.;
MANHÃES DE CASTRO, R. Campos eletromagnéticos não-ionizantes não alteram o
desenvolvimento sensório-motor em ratos. Anais da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Pernambuco, v. 46, p. 132-136, 2001.
MELO, A.P.R. Restrição nutricional em distintas fases do aleitamento materno e
desenvolvimento cerebral da prole, avaliação no rato adulto. 1994. 67 f. Dissertação
(Mestrado em Nutrição) – Curso de Pós-Graduação em Nutrição, Universidade Federal
de Pernambuco, Recife, 1994.
MIRANDA, C.C.C. Estresse e Sistema Imunológico. 2001. 37f. Monografia
(Doutorado em Nutrição) – Departamento de Nutrição, Universidade Federal de
Pernambuco, Recife, 2001.
MONTEIRO, F.M.F.; LAHLOU, S.; ALBUQUERQUE, J.A.; CABRAL, A.M.S.
Influence of a multideficient diet from northeastern Brazil on resting blood pressure and
baroreflex sensitivity in conscious, freely moving rats. Brazilian Journal of Medical
and Biological Research, v. 34, p. 271-280, 2001.
MORGANE, P.J.; MILLER, M.; KEMPER, T.; STERN, W.; FORBES, W.; HALL, R.;
BRONZINO, J.; KISSANE, J.; HAWRYLEWICZ, E.; RESNICK, O. The effects of
protein malnutrition on the developing nervous system in the rat. Neuroscience &
Biobehavioral Reviews, v.2, p. 137-230, 1978.
MORGANE, P.J.; AUSTIN-LAFRANCE, R.J.; BRONZINO, J.; TONKISS, J.; DIAZ-
CINTRA, S.; CINTRA, L.; KEMPER, T.; GALLER, J.R. Prenatal malnutrition and
development of the brain. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, v.17, p. 91-128,
1993.
MOURA, E.G.; RAMOS, C.F.; NASCIMENTO, C.C.A.; ROSENTHAL, D.,
BREINTENBACH, M.M.D. Thyroid function in fasting rats: variations in
131
I uptake
155
and transient in peroxidase activity. Brazilian Journal Medicine and Biology
Research, v. 20, p. 407-410, 1987.
MOURA, E.G.; PAZOS-MOURA, C.C. Regulação da síntese e secreção de
tireotrofina. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. v. 48, p. 40-52,
2004.
NATIONAL ACADEMY OF SCIENCE; NATIONAL RESEARCH COUNCIL.
Possible health effects of exposure to residential electric and magnetic fields.
Washington: National Academy Press, 1996.
NISHI, R. Neurotrofic factors: two are better than one. Science. v. 265, p. 1052-1053,
1994.
NISHIKAWA, U.; HIROTANI, H.; TANAKA, O. Study on postnatal development in
mice exposed to electromagnetic fields (PEMFs) during their prenatal period.
Teratology, v. 34, p. 442-443, 1986.
NORDBORG, C. The influence of protein-calorie malnutrition on the development of
internodal segments. A study on peripheral nerve and spinal roots in rats. Acta
Neuropathologica, v.41, p. 103-108, 1978.
NWUGA, V.C.B. Effect of severe kwashiorkor on intellectual development among
Nigerian children. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 30, p. 1423-1430,
1977.
OGAWA, K.; HIRAI, M.; KATSUBE, T.; MURAYAMA, M.; HAMAGUCHI, K.;
SHIMAKAWA, T.; NARITAKE, Y.; HOSOKAWA, K.T. Supression of celular
immunity by surgical stress. Surgery, v.127, p.613, 2000.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Instituto Nacional de Alimentação e
Nutrição. Termologia sobre alimentos e nutrição: definição de alguns termos e
expressões de uso corrente trad. Brasília, 1984.
ORTIGA-CARVALHO, T.M.; CURTY, F.H.; NASCIMENTO-SABA, C.C.; MOURA,
E.G.; POLAK, J.; PAZOS-MOURA, C.C. Pituitary neuromedin B content in
experimental fasting and diabetes mellitus: correlation with thyrotropin secretion.
Metabolism, v. 46, p. 149-153, 1997.
OYA, H.; KAWAMURA, T.; SHIMIZU, T.; BANNAI, M.; KAWAMURA, H.;
MINAGAWA, M.; WATANABE, H.; HTAKEYAMA, K.; ABO, T. The differencial
effect of stress on natural killer T (NKT) and NK cell function. Clinical and
Experimental Immunology, v.121, p.384-390, 2000.
PASSOS, M.C.F.; RAMOS, C.F.; MOURA, E.G. Short and long term effects of
malnutrition in rats during lactation on the body weight of offspring. Nutrition
Research, v. 20, p. 1605-1614, 2000.
156
PASSOS, M.C.F.; RAMOS, C.F.; MOUÇO, T.; MOURA, E.G. Increase of T
3
secreted
through the milk in protein restricted lacting rats. Nutrition Research, v. 21, p.917-24,
2001a.
PASSOS, M.C.F.; RAMOS, C.F.; DUTRA, S.C.P.; MOURA, E.G. Transfer of iodine
through the milk in protein-restricted lacting rats. Journal of Nutritional
Biochemistry, v. 12, p. 300-303, 2001b.
PASSOS, M.C.F.; RAMOS, C.F.; DUTRA, S.C.P.; MOUÇO, T.; MOURA, E.G. Long-
term effects of malnutrition during lactation on the thyroid function of offspring.
Hormone Metabolic Research, v. 34, p. 40-43, 2002a.
PASSOS, M.C.F.; RAMOS, C.F.; DUTRA, S.C.P.; MOUÇO, T.; BERNARDO-
FILHO, M.; MOURA, E.G. Biodistribution of 99TcMO4Na changes in adult rats whose
mother were malnourished during lactation. The journal of Nuclear Medicine, v. 43,
p. 89-91, 2002b.
PAZOS-MOURA, C.C.; ORTIGA-CARVALHO, T.M.; MOURA, E.G. The
autocrine/paracrine regulation of thyrotropin secretion. Thyroid. v. 13, p. 167-175,
2003.
PESSOA, D.C.N.P. Efeitos da desnutrição pela dieta básica regional (DBR), em três
gerações de ratos, sobre a reprodução, crescimento corporal e desenvolvimento de
órgãos. 1996. 112 f. Tese (Doutorado em Nutrição) – Curso de Pós-Graduação em
Nutrição, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1997.
PESSOA, D.C.N.P.; LAGO, E.S.; TEODÓSIO, N.R.; BION, F.M. Dietary proteins on
reproductive performance in three consecutive generations of rats. Archivos
Latinoamericanos de Nutricion, v. 50, p. 55-61, 2000.
PICANÇO-DINIZ, C.W.; ARAÚJO, M.S.; BORBA, J.M.C.; GUEDES, R.C.A.
NADPH-diaforase containing neurons and biocytin-labelled axon terminal in the visual
cortex of adult rats malnourished during development. Nutritional Neuroscience, v. 1,
p. 35-48, 1998.
PORTEFIELD, S.P.; HENDRICH, C.E. The role of thyroid hormones in prenatal and
neonatal neurological development – current perspectives. Endocrinology Review, v.
14, p. 94-106, 1993.
PRASAD, L.S.N.; GANGULY, S.; VASUKI, K. Role of zinc in fetal nutrition. Indian
Pediatrics, v. 11, p. 799-802, 1974.
PRASAD, V.V.T.S. Maternal protein deficiency in rat: effects on central nervous
system gangliosides and their catabolizing enzymes in the offspring. Lipids, v. 26, p.
553-556, 1991.
PRASAD, C. Food, mood and health: a neurobiologic outlook. Brazilian Journal of
Medical and Biological Research, v. 31, p. 1517-1527, 1998.
157
PRIYALI, P.; UMESH, K.; KUMAR, K.S.; RENU, S.; ANAND, K.; NANDITA, G.;
NAND, D.S.; RAJVIR, S.; PREETI, S. Prevalence of multiple micronutrient
deficiencies amongst pregnant women in a rural area of Haryana. The Indian Journal
of Pediatrics. v. 71, p. 1007-1014, 2004.
REPACHOLI, M.H.; GREENEBAUM, B. Interaction of static and extremely low
frequency electric and magnetic fields with living systems: health effects and research
needs. Bioelectromagnetics, v.20, p.133-160, 1999.
RAJKOVIC, V.; MATAVULJ, M.; GLEDIC, D.; LAZETIC, B. Evaluation of rat
thyroid gland morphophysiological status after three months exposure to 50 Hz
electromagnetic field. Tissue & Cell, v. 35, p. 223-231, 2003.
RESNICK, O.; MILLER, M.; FORBES, W.; HALL, R.; KEMPER, T.; BRONZINO, J.;
MORGANE, J. Developmental protein malnutrition: influences on the central nervous
system of the rat. Neuroscience & Biobahavioral Reviews, v. 3, p.233-246, 1979.
RESNICK, O.; MORGANE, P.J.; HASSON, R.; MILLER, M. Overt and hidden forms
of chronic malnutrition in the rat and their relevance to man. Neuroscience &
Biobehavioral Reviews, v.6, p. 55-75, 1982.
RESNICK, O.; MORGANE, P.J. Ontogeny of the levels of serotonin various parts of
the brain in severely protein malnourished rats. Brain Research, v. 303, p.163-170,
1984.
REYNS, G.E.; VERHOELST, C.H.J.; KÜHN, E.R.; DARRAS, V.M.; VAN DER
GEYTEN, S. Regulation of thyroid hormone availability in liver and brain by
glucocorticoids. General and Comparative Endocrinology, v. 140, p. 101-108, 2005.
RIVAS, L.; RIUS, C.; TELLO, I.; OROZA, M.A. Effects of chronic exposure to weak
electromagnetic fields in mice. ICRS Med Sci, v. 13, p. 661-662, 1985.
ROCHA-DE-MELO, A.P.; GUEDES, R.C.A. Spreading depression is facilitated in
adult rats previously submitted to short episodes of malnutrition during the lactation
period. Brazilian Journal of Medical and Biological Research v. 30, p. 663-669,
1997.
ROOT, E.J.; KIRTEPATRICK, J.; RUTTER, M.A.; WIGAL, M.T.; LONGEHECKER,
J.B. Dendritic and Behavioral changes following subclinical nutrient deficiencies in the
cat. Nutrition Reports International, v. 37, p. 959-972, 1988.
RUIZ, S.; PEREZ, H.; HERNANDEZ, H.; SOTO-MOYANO, R. Effect of early
malnutrition on latencies of direct cortical responses evoked in the rat prefrontal cortex.
Nutrition Reports International, v. 32, p. 533-538, 1985.
SANTINI, F.; CORTELAZZI, D.; BAGGIANI, A.M.; MARCONI, A.M.; BECK-
PECCOZ, P.; CHOPRA, I.J. A study of the serum 3,5,3’-Triiodothyronine sulphate
158
concentration in normal and hypothyroid fetuses at various gestational stages. The
Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 76, p. 1583-1587, 1993.
SANTOS-MONTEIRO, J.; TEODÓSIO, N.R.; GUEDES, R.C.A. Long-lasting effects
of early environmental stimulation on cortical spreading depression in normal and early
malnourished adult rats. Nutritional Neuroscience, v. 3, p. 29-40, 2000.
SAVITZ, D.A.; OHYA, T.; LOOMIS, D.P.; SENIOR, R.S.; BRACKEN, T.D.;
HOWARD, R.L. Correlations among indices of electric and magnetic field exposure in
electric utility workers. Bioelectromagnetics, v. 15, p. 193-204, 1994.
SCRIMSHAW, N.S.; GORDON, J.E. (ed). Malnutrition, learning and Behaviour.
M.I.T. Press , Cambridge/MA, 1968. 556P.
SCHRÖDER-VAN DER ELST, J.P.; VAN DER HEIDE, D.; MORREALE DE
ESCOBAR, G.; OBREGÓN, M.J. Iodothyronine desiodinase activities in fetal rat
tissues at several levels of iodine deficincy: a role for the skin in 3,5,3’-triiodothyronine
economy? Endocrinology, v. 139, p. 2229-34, 1998.
SELMAOUI, B.; LAMBROZO, J.; TOUITOU, Y. Endocrine functions in young men
exposed for one night to a 50 Hz magnetic field. A circadian study of pituitary, thyroid
and adrenocortical hormones. Life Science, v. 61, p. 473-486, 1997.
SHAW, G.W.; CROEN, L.A. Human adverse reproductive outcomes and
electromagnetic fields exposures: review of epidemiologic studies. Environmental
Health Perspectives, v. 101, p. 107-119, 1993.
SMART, J.L.; DOBBING, J. Vuknerability of developing brain. II. Effects of early
nutritional deprivation on reflex ontogeny and development of behaviour in the rat.
Brain Research. v. 28, p.85-95, 1971.
SELYE, H.A. Stress in Health and Disease. Boston: Butterwotths, 1976.
SIENKWICZ, A.J.; ROBBINS, L.; HAYLOCK, R.G.E.; SAUNDERS, R.D. Effects of
Prenatal Exposure to 50 Hz Magnetic Fields on Development in Mice: II Postnatal
Development and Behavior. Bioelectromagnetics, v. 15, 363-375, 1994.
SILVA, M.E.; MATTHEWS, P. Thyroid hormone metabolism and the source of plasma
triiodothyronine in 2-week-old rats: Effects of thyroid status. Endocrinology, v. 114, p.
2394-2404, 1984.
SIMON, N.J. Biological effects of static magnetic fields: a review. International
Cryogenic Materials Comission, Boulder, Colorado, p.284, 1992.
SOBEL, E.; DAVANIPOUR. Eletromagnetic field exposure may cause increased
production of amyloid beta and eventually lead to Alzheimer`s disease (hypothesis).
Neurology, v. 47, p. 1594-1600, 1996.
159
SOKOLOVA, I.P. The state of reproductive function in female mice exposed to a 50 Hz
magnetic field. Abstracts of Reports, Mechanisms of Biological Action Electromagnetic
Fields. Pushchino, USSR, October, 1987. Cited from Biological Effects of Nonionizing
Electromagnetic Radiation. v. 12, p. 92, 1988.
SONG, C.; KENIS, G.; GASTEL, V.A.; BOSMANS, E.; LIN, A.; DE JONG, R.;
NEELS, H.; SCHARPE, S.; JANCA, A.; YASUKAWA, K.; MAES, M. Influence of
psychological stress on immune-inflammatory variables in normal humans. Part. II.
Altered serum concentrations of natural anti-inflammatory agents and solutle membrane
antigens of monocytes and T lymphocytes. Psychiatry Resesearch, v.85, p.293-303,
1999.
SOTO-MOYANO, R.; HERNANDEZ, A.; PEREZ, H.; RUIZ, S. Early malnutrition
and changes in the induced release of noradrenaline in the prefrontal cortex of adult rats.
Internat. Journal of Neuroscience, v. 37, p.93-102, 1987.
STEVENS, R.G. Electric power use and breast cancer: a hypothesis. American Joutnal
of Epidemiology, v.125, p. 556-561, 1987.
STENVENS, R.G.; DAVIS, S. The melatonin hypotheses: electric power and breast
cancer Environment. Health Perspectives, v. 104, p. 135-140, 1996.
STOCH, M.B.; SMYTHE, P.M.; MOODIE, A.D.; BRADSHAW, D. Psychosocial
outcome and CT findings after gross undernourishment during infancy: a 20-year
developmental study. Developmental Medicine and Child Neurology, v. 24, p. 419-
436, 1982.
TENFORDE, T.S.; KAUNE, W.T. Interaction of extremely low frequency electric and
magnetic fields with humans. Health Physics, v. 53, p. 585-606, 1987.
TENFORDE, T.S. Interaction of ELF magnetic fields with living system. In: Polk,
C.; Postow, E., eds. Biological effects of electromagnetic fields. Boca Raton, FL: CRC
Press; 1996: 185-230
TEODÓSIO, N.R.; VARELA, R.M.; BION, F.M.; SIQUEIRA CAMPOS, F.A.C.;
LIRA, R.A.B.; FLORES, H. Protein deficiency and calorie deficiency in etiology of
early malnutrition in rats. In: International Congress of Nutrition, XII, San Diego,
Proceedings, Abstract n. 1013, 1981.
TEODÓSIO, N.R.; FLORES, H.; MAYER, H.; MARTINS, F.; CAMPOS F.;
RAMALHO, R.A. Efecto diferencial de las desnutricion sobre el sistema nervioso
central. In: Seminário Internacional “Desnutricion y funciones cerebrales superiores”.
Resumenes de Conferências y Comunicaciones Libres. Santiago, Universidade de las
Naciones Unidas, 1983. p.105.
TEODÓSIO,N.R.; LAGO, E.S.; ROMANI, S.A.M.; GUEDES, R.C.A. A regional basic
diet from northeast Brazil as a dietary model of experimental malnutrition. Archivos
Latinoamericanos de Nutricion, v. 40, p. 533-547, 1990.
160
TONINI, R.; BARONI, M.D.; MASALA, E.; MICHELETTI, M.; FERRONI, A.;
MAZZANTI, M. Calcium Protects Differentiating Neuroblastoma Cells during 50 Hz
Electromagnetic Radiation. Biophysical Journal, v. 81, p. 2580-2589, 2001.
TRAUSTADOTTIR, T.; BOSCH, P.R.; MATT, K.S. The HPA axis response to stress
in women: effects of aging and fitness. Psychoneuroendocrinology, v. 30, p. 392-402,
2005.
VAHL, T.P.; ULRICH-LAI, Y.M., OSTRANDER, M.M.; DOLGAS, C.M.; ELFERS,
E.E.; SEELEY, R.J.; D’ALESSIO, D.A.; HERMAN, J.P. Comparative analisys of
ACTH and corticosterone sampling methods in rats. American Journal of Physiology,
Endocrinology and Metabolism, v. 14, 2005.
VAN DEN HOVE, M.F.; BECKERS, C.; DEVLIEGER, H.; ZEGHER, F.; DE
NAYER, P. Hormone synthesis and storage in the thyroid of human preterm and
newborns: effect of thyroxine treatment. Biochimie, v. 81, p. 563-70, 1999.
VARA, H.; MARTINEZ, B.; SANTOS, A.; COLINO, A. Thyroid hormone regulates
neurotransmitter release in neonatal rat hippocampus. Neuroscience, v. 110, p. 19-28,
2002.
VICENNATI, V.; CERONI, L.; GAGLIARDI, L.; PAGOTTO, U.; GAMBINERY, A.;
GENGHINI, S.; PASQUALI, R. Journal of Endocrinological Investigation, v. 27, p.
541-7, 2004.
VILLAR, A.J.; EDDY, E.M.; PEDERSEN, R.A. Developmental regulation of genomic
imprinting during gamrtogenesis. Developmental Biology, v. 172, p. 264-271, 1995.
WALTON, K.D.; LIEBERMAN, D; LLINÁS, A.; BEGIN, M.; LLINÁS, R.R.
Identification of a critical period for motor development in neonatal rats. Neuroscience,
v. 51, p. 763-767, 1992.
WATERLAND, R.A.; GARZA, C. Potential mechanisms of metabolic imprinting that
lead to chronic disease. American Journal of Clinical Nutrition, v. 69, p. 179-197,
1999.
WELKER, H.A.; SEMM, P.; WILLING, R.P.; COMMENTZ, J.C.; WILTSCHKO, W.;
VOLLRATH, L. Effects of an artificial magnetic field on serotonin N-acetyl transferase
activity and melatonin content of the rat pineal gland. Experimental Brain Research
v.50, p.426-432, 1983.
WIDMER, I.E.; PUDER, J.J.; KONING, C.; PARGGER, H.; ZERKOWSKI, H.R.;
GIRARD, J.; MULLER, B. Cortisol response in relation to the severity of stress and
illnes – The “CORESSI”- Study. The Journal of Clinical Endocrinology and
Metabolism, v. 10, 2005.
WIGGINS, R.C.; FULLER, G.; ENNA, S.J. Undernutrition and development of brain
neurotransmitter systems. Life Sciences, v. 35, p. 2085-2094, 1984.
161
WILKIN, T.J. The accelerator hypothesis: weight gain as the missing link between
Type I and Type II diabetes. Diabetologia, v.44, p.914-922, 2001.
WILSON, B.W.; ANDERSON, L.E.; HILTON, D.I.; PHIILLIPS, R.D. Chronic
exposure to 60-Hz electric fields: Effects on pineal function in the rat.
Bioelectromagnetics, v.2, p.371-380, 1981.
WILSON, B.W.; MATT, K.S.; MORRIS, J.E.; SASSER, L.B.; MILLER, D.L.;
LARRY, E.A. Effects of 60 Hz Magnetic Field Exposure on the Pineal and
Hypothalamic-Pituitary-Gonadal Axis in the Siberian Hamster (Phodopus Sungorus).
Bioelectromagnetics, v. 20, p.224-232, 1999.
WOLF, C.; ALMLI, C.R.; FINGER, S.; RYAN, S.; MORGANE, P.J. Biobehavioral
effects of severe and moderate early malnutrition. Physiology & Behavior, v. 38, p.
725-730, 1986.
WYNN, A.; WYNN, M. Magnesium and other nutrient deficiencies as possible causes
of hypertension and low birth weight. Nutrition and Health. v. 6, p. 69-88, 1988.
XIE, X.; SMART, T.G. A physiological role for endogenous zinc in rat hippocampal
synaptic neurotransmission. Reprinted from Nature, v. 349, p. 521-524, 1991.
YASODHARA P, RAMARAJU LA, RAMAN L: Trace minerals in pregnancy 1.
Copper and Zinc. Nutrition Research, v. 11, p. 15-21, 1996.
YELLON, S. M. Acute 60 Hz magnetic field exposure effects on the melatonin rhythm
in the pineal gland and circulation of the adult Djungarian hamster. Journal of Pineal
Research, v.16, p.136-144, 1994.
ZAMENHOF, S. Depletion of individuals with “outstandingly high” cerebral
development in rats subjected to prenatal undernutrition. Nutrition Research, v. 11, p.
687-690, 1991.
ZUSMAN, I.; YAFFE, P.; PINUS, H.; ORNOY, A. Effects of pulsing electromagnetic
fields on the prenatal and postnatal development in mice and rats: in vivo and in vitro
studies. Teratology, v. 42, p. 157-170, 1990.
162
ANEXO I
163
ANEXO II
1. MATERIAIS E MÉTODOS GERAIS
1.1.DIETAS
Os ingredientes da dieta multideficitária usada neste experimento foram: feijão
(Phaseolus vulgaris), farinha de mandioca (Manihot esculenta), carne seca e batata doce
(Ipomaea batatas) (TEODÓSIO et al, 1981). A dieta era preparada em nosso
laboratório como indicado: todos os ingredientes, exceto a farinha de mandioca, eram
cozinhados, desidratados por 24-60 h (de acordo com o tipo de ingrediente) a 60°C.
Cada componente foi misturado com a farinha de mandioca com um pouco de água para
umidificar. Depois a gordura da carne foi adicionada e a mistura era cortada em
quadrados, sendo em seguida desidratados por 24 h 60C. A composição centesimal da
DBR, foi determinada pelo Departamento de Nutrição da Universidade Federal de
Pernambuco, Tabela 1. A quantidade de calorias da DBR foi calculada para ser
aproximadamente 316 Kcal por 100g. A dieta controle utilizada foi uma dieta
balanceada de acordo com as recomendações necessárias para ratas prenhas (AIN – 93),
com proteína a 18% (caseína), tabela 2. A dieta oferecida as ratas durante o período de
acasalamento e aleitamento foi uma dieta comercial padrão (Purina do Brasil Ltda., São
Paulo, SP, Brasil).
164
Tabela 1: Composição centesimal da Dieta Básica regional (DBR).
Ingredientes g% Proteína Carboidrato Gordur Fibra Kcal
( g ) (%) (%) (%) (%)
Feijão 18,34 3,99 10,66 0,24 1,09 60,76
Farinha de mandioca 64,81 0,84 48,59 0,12 5,64 198,80
Carne seca 3,74 2,74 - 0,21 - 12,85
Gordura da carne seca 0,35 - - 0,35 - 3,15
Batata doce 12,76 0,30 9,99 0,03 0,48 41,43
TOTAL 100,00 7,87 69,24 0,95 7,21 316,99
Tabela 2: Composição centesimal da dieta controle (Caseína).
Ingredientes g % Proteína Carboidrato Gordur Caloria
Caseína comercial* 19,6 18,00 - - 72,00
Gordura vegetal 7,00 - - 7,00 63,00
Biscomil 63,35 0,18 53,37 - 214,20
Sais 3,50 - - - -
Vitaminas 1,00 - - - -
Fibras 5,00 - - - -
L-Cistina 0,30 - - - -
Bitartarato de colina 0,25 - - - -
TOTAL 100,00 18,18 53,37 7,00 349,20
*92% de proteína.
1.2. PROTOCOLO NUTRICIONAL
Durante o período de acasalamento, todas as fêmeas foram alimentadas por uma
dieta padrão fornecida pela Purina. Durante este período, o exame do lavado vaginal era
feito diariamente até que a prenhez fosse diagnosticada. Após a confirmação da
165
prenhez, as ratas eram imediatamente transferidas para gaiolas, duas ratas por gaiola e
então eram divididas em quatro grupos distintos. Dois grupos (A e B) eram alimentados
pela caseína e os outros dois (C e D) eram alimentados pela DBR.
1.3. EXPOSIÇÃO AO CEM
As ratas foram mantidas num ambiente tranqüilo, com um background de
0.28µT, e em gaiolas padronizadas, 2 ratas por gaiola, com dimensões de 60 cm de
comprimento, 50 cm de largura e 22 cm de altura, colocadas sobre suportes
confeccionados em polipropileno (ISOPOR) com dimensões de 35cm de largura, 50cm
de comprimento e 35cm de altura (LUCENA et al, 2002), figura 1. Foram utilizados
como fontes de radiação, transformadores de 220/110 Volts de 500 VA, trabalhando
com secundário aberto, controlados por um timer eletrônico, TECTRAFO – BRASIL,
figura 2. Os transformadores, colocados sob os suportes de polipropileno, foram
previamente examinados e testados no Departamento de Engenharia Biomédica do
Departamento de Biofísica e Radiobiologia da Universidade Federal de Pernambuco,
para a comprovação de seus parâmetros de funcionamento, sendo observado um sinal
limpo com a fundamental de 60 Hz e apenas uma harmônica de 120 Hz, figura 3.
Os grupos B e D, foram expostos ao CEM de 60 Hz, , senoidal, de 3µT,
mensurado através de um Gaussímetro TRIEFIELD
®
BROADBAND METER-EUA,
figura 4, na escala de 0-10 µT, durante duas horas por dia, sendo uma de 8:00h às 9:00h
da manhã e a outra durante a tarde, de 14:00h às 15:00h, por vinte e um dias
consecutivos. A intensidade do CEM no interior da gaiola se mantia constante
independente da posição do medidor, figura 5. As ratas eram expostas ao CEM a partir
do momento em que a prenhez era detectada e retiradas quando os filhotes nasciam.
166
Deve ser dito que as gaiolas só eram manipuladas três vezes por semana para a limpeza
das mesmas, mas todas as gaiolas recebiam o mesmo tipo de cuidado.
Figura 1 – Demonstração do
suporte utilizado para a colocação
das gaiolas, com o transformador
embaixo e com o Gaussímetro
registrando a intensidade adequada
para a exposição dos ratos.
Figura 2 – Demonstração do timer eletrônico
utilizado.
167
Figura 3 - Demonstração do sinal do
transformador no osciloscópio digital, mostrando
um sinal limpo, com a fundamental de 60 Hz e
apenas uma harmônica de 120 Hz.
Figura 4 – Gaussímetro
registrando 30 mG (3µT), sobre
o suporte onde a gaiola foi
colocada.
168
Figura 5 – Demonstração do gaussímetro
marcando 3µT na região central da gaiola.
2. MATERIAIS E MÉTODOS PARA ESTUDO DA REGULAÇÃO HORMONAL
E METABÓLICA EM RATAS PRENHAS.
2.1. ANIMAIS
Vinte ratas fêmeas, Wistar foram utilizadas neste experimento, elas tinham
noventa dias de idade quando foram colocadas para acasalar. Após detectada a prenhez,
através de um lavado vaginal, elas eram divididas em quatro grupos e cada grupo
recebia um tratamento específico. Elas eram mantidas sob condições de temperatura
constante (23 ± 2C), ciclo claro/escuro (12-h/12-h) com um intensidade ambiente de
CEM 0,28 µT. Os animais tinham acesso a água e comida ad libittum.
2.2. FORMAÇÃO DOS GRUPOS
As ratas prenhas foram divididas em quatro grupos: Grupo A (n=6), composto
por ratas não submetidas ao CEM e alimentadas pela caseína; Grupo B (n=4), composto
169
por ratas submetidas ao CEM e alimentadas pela caseína; Grupo C (n=6), composto por
ratas não submetidas ao CEM e alimentadas pela DBR; Grupo D (n=4), composto por
ratas submetidas ao CEM e alimentadas pela DBR, Figura 6.
DBR + CEM
(Grupo D)
Caseína + CEM
(Grupo B)
Caseína
(Grupo A)
DBR
(Grupo C)
SANGUE
SORO
GLICOSE T
4
T
3
INSULINA CORTISOL
Figura 6 - Esquema métodos
2.2.PUNÇÃO CARDÍACA
No último dia do experimento, no 21° dia, quando os filhotes nasciam, as ratas
eram anestesiadas com éter etílico. Depois de anestesiadas, eram submetidas a uma
punção cardíaca para a retirada do sangue, figura 7, isto sempre acontecia no mesmo
horário durante a tarde, de 12:30 as 14:00h, devido a ação do ritmo circadiano
(GREENSPAN; STREWLER, 2000). O soro conseguido depois da centrifugação era
170
guardado a -5º C para futura dosagem da concentração sérica do cortisol, insulina,
glicose, triiodotironina (T
3
) e tiroxina (T
4
).
Figura 7 – Punção cardíaca.
2.3. DOSAGEM METABÓLICA E HORMONAL
2.3.1. Dosagem Sérica de Cortisol
2.3.1.1. Bases do método
A determinação dos níveis séricos de cortisol, foi feita utilizando-se o método de
radioimunoensaio (GARCIA et al, 2000) a partir da utilização de Kit Coat-A-Count
®
Cortisol, DPC (EUA). A atividade específica do Kit foi de 204 Kilobecquerels (kBq).
O radioimunoensaio (RIE) é um método competitivo de fase sólida, que se
baseia na reação imunológica de ligação antígeno-anticorpo, onde o hormônio não
marcado a ser dosado e o padrão compete com o traçador (
125
I-Cortisol) para um
171
número limitado de sítios de ligação do anticorpo fixados covalentemente na parede
interna de tubos de polipropileno. Na fase final do método, os antígenos livres foram
decantados, permanecendo no tubo apenas os ligados aos anticorpos citados. A
contagem do número de pulsos por minuto no tubo de polipropileno, ou seja, a emissão
de radiação gama do
125
I-Cortisol, foi realizada em contador de cintilação gama, DPC
gambyt CR, do Departamento de Biofísica da UFPE.
Nesta reação de competição, quanto maior a concentração de hormônio livre da
amostra, menor a ligação do
125
I-Cortisol ao anticorpo específico com conseqüente
redução na formação do complexo radioativo. Com base nesta proporção inversa, foi
calculado o
125
I-Cortisol-anticorpo e assim, dosado o hormônio não marcado através da
construção de uma curva-padrão, empregando-se quantidades crescentes do hormônio
padrão de cortisol.
2.3.1.2. Procedimento metodológico
Todas as dosagens foram feitas em duplicatas. Primeiramente, foram colocados
com pipeta automática, 25µl das soluções padrão e 25µl de soro a ser dosado, nos tubos
previamente identificados. Após esta etapa, foi colocado 1ml do
125
I-Cortisol em cada
tubo os quais foram agitados por aproximadamente 5 segundos. Em seguida os soros
foram colocados em banho-maria a 37ºC por 45 minutos. Após o tempo determinado, o
líquido dos tubos foi desprezado e a contagem foi feita.
2.3.2. Dosagem Sérica de Insulina
2.3.2.1. Bases do método
172
A determinação dos níveis séricos de insulina, foi feita utilizando-se o método
de radioimunoensaio a partir da utilização de Kit Coat-A-Count
®
Insulin, DPC (EUA).
A atividade específica do Kit foi de 111 Kilobecquerels (kBq).
O radioimunoensaio (RIE) é um método competitivo de fase sólida, que se
baseia na reação imunológica de ligação antígeno-anticorpo, onde o hormônio não
marcado a ser dosado e o padrão compete com o traçador (
125
I-Insulin) para um número
limitado de sítios de ligação do anticorpo fixados covalentemente na parede interna de
tubos de polipropileno. Na fase final do método, os antígenos livres foram decantados,
permanecendo no tubo apenas os ligados aos anticorpos citados. A contagem do número
de pulsos por minuto no tubo de polipropileno, ou seja, a emissão de radiação gama do
125
I-Cortisol, foi realizada em contador de cintilação gama, DPC gambyt CR, do
Departamento de Biofísica da UFPE.
Nesta reação de competição, quanto maior a concentração de hormônio livre da
amostra, menor a ligação do
125
I-Insulin ao anticorpo específico com conseqüente
redução na formação do complexo radioativo. Com base nesta proporção inversa, foi
calculado o
125
I-Insulin-anticorpo e assim, dosado o hormônio não marcado através da
construção de uma curva-padrão, empregando-se quantidades crescentes do hormônio
padrão de cortisol.
2.3.2.2. Procedimento metodológico
Todas as dosagens foram feitas em duplicatas. Primeiramente, foram colocados
com pipeta automática, 200µl das soluções padrão e 200µl de soro a ser dosado, nos
tubos previamente identificados. Após esta etapa, foi colocado 1ml do
125
I-Insulin em
173
cada tubo os quais foram agitados por aproximadamente 5 segundos. Em seguida os
tubos foram incubados por três horas a temperatura ambiente. Após o tempo
determinado, o líquido dos tubos foi desprezado e a contagem foi feita.
2.3.3. Dosagem Sérica de T
3
2.3.3.1. Bases do método
A determinação dos níveis séricos de T
3
, foi feita utilizando-se o método de
radioimunoensaio a partir da utilização de Kit Coat-A-Count
®
T
3
, DPC (EUA). A
atividade específica do Kit foi de 130 Kilobecquerels (kBq).
O radioimunoensaio (RIE) é um método competitivo de fase sólida, que se
baseia na reação imunológica de ligação antígeno-anticorpo, onde o hormônio não
marcado a ser dosado e o padrão compete com o traçador (
125
I- T
3
) para um número
limitado de sítios de ligação do anticorpo fixados covalentemente na parede interna de
tubos de polipropileno. Na fase final do método, os antígenos livres foram decantados,
permanecendo no tubo apenas os ligados aos anticorpos citados. A contagem do número
de pulsos por minuto no tubo de polipropileno, ou seja, a emissão de radiação gama do
125
I- T
3
, foi realizada em contador de cintilação gama, DPC gambyt CR, do
Departamento de Biofísica da UFPE.
Nesta reação de competição, quanto maior a concentração de hormônio livre da
amostra, menor a ligação do
125
I- T
3
ao anticorpo específico com conseqüente redução
na formação do complexo radioativo. Com base nesta proporção inversa, foi calculado o
125
I- T
3
-anticorpo e assim, dosado o hormônio não marcado através da construção de
174
uma curva-padrão, empregando-se quantidades crescentes do hormônio padrão de
cortisol.
2.3.3.2. Procedimento metodológico
Todas as dosagens foram feitas em duplicatas. Primeiramente, foram colocados
com pipeta automática, 100µl das soluções padrão e 100µl de soro a ser dosado, nos
tubos previamente identificados. Após esta etapa, foi colocado 1ml do
125
I- T
3
em cada
tubo os quais foram agitados por aproximadamente 5 segundos. Em seguida os soros
foram colocados em banho-maria a 37ºC por 2 horas. Após o tempo determinado, o
líquido dos tubos foi desprezado e a contagem foi feita.
2.3.4. Dosagem Sérica de T
4
2.3.4.1. Bases do método
A determinação dos níveis séricos de T
4
, foi feita utilizando-se o método de
radioimunoensaio a partir da utilização de Kit Coat-A-Count
®
T
4
, DPC (EUA). A
atividade específica do Kit foi de 185 Kilobecquerels (kBq).
O radioimunoensaio (RIE) é um método competitivo de fase sólida, que se
baseia na reação imunológica de ligação antígeno-anticorpo, onde o hormônio não
marcado a ser dosado e o padrão compete com o traçador (
125
I- T
4
) para um número
limitado de sítios de ligação do anticorpo fixados covalentemente na parede interna de
tubos de polipropileno. Na fase final do método, os antígenos livres foram decantados,
permanecendo no tubo apenas os ligados aos anticorpos citados. A contagem do número
175
de pulsos por minuto no tubo de polipropileno, ou seja, a emissão de radiação gama do
125
I- T
4
, foi realizada em contador de cintilação gama, DPC gambyt CR, do
Departamento de Biofísica da UFPE.
Nesta reação de competição, quanto maior a concentração de hormônio livre da
amostra, menor a ligação do
125
I- T
4
ao anticorpo específico com conseqüente redução
na formação do complexo radioativo. Com base nesta proporção inversa, foi calculado o
125
I- T
4
-anticorpo e assim, dosado o hormônio não marcado através da construção de
uma curva-padrão, empregando-se quantidades crescentes do hormônio padrão de
cortisol.
2.3.4.2. Procedimento metodológico
Todas as dosagens foram feitas em duplicatas. Primeiramente, foram colocados
com pipeta automática, 25µl das soluções padrão e 25µl de soro a ser dosado, nos tubos
previamente identificados. Após esta etapa, foi colocado 1ml do
125
I- T
4
em cada tubo
os quais foram agitados por aproximadamente 5 segundos. Em seguida os soros foram
colocados em banho-maria a 37ºC por 60 minutos. Após o tempo determinado, o
líquido dos tubos foi desprezado e a contagem foi feita.
2.3.5. Análise Quantitativa da Glicose Sérica
2.3.5.1. Bases do método
176
A glicose foi dosada através da utilização do Kit Glicose PAP - LABTEST
DIAGNÓSTICA - BRASIL. O Kit tem como princípio à oxidação da glicose pela
glicose oxidase (GOD), segundo a reação abaixo:
GOD
Glicose + O
2
+ H
2
O Ácido Glucômico + H
2
O
2
O peróxido de hidrogênio formado reage com 4-Aminoantipirina e fenol sob
ação catalisadora da peroxidase (POD), através de uma reação oxidativa de acoplamento
que forma uma antipirilquinonimina vermelha cuja intensidade de cor é proporcional à
concentração da glicose na amostra.
POD
2 H
2
O
2
+ 4-Aminoantipirina + fenol antipirilquinonimina + 4 H
2
O
2.3.5.2. Procedimento metodológico
Primeiramente foram preparados dois tubos, o branco e o padrão. No tubo
branco foi colocado apenas 1,0 ml do reagente e no padrão foram colocados 10µl da
substância padrão e 1,0 ml do reagente. Depois desta etapa foram preparados os tubos
para dosar o nível de glicose dos soros dos ratos, onde foram colocados 10µl de soro e
1,0 ml do reagente, após esta etapa foi misturada vigorosamente a solução e colocada
em banho-maria a 37º C, por 15 minutos, depois foi efetuada a leitura das amostras no
Espectrofotômetro, Varian, UV-VIS, 634-S usando o comprimento de onda de 520nm.
177
2.4. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados foram analisados através da média e do desvio padrão. A
significância dos resultados foi avaliada através do teste ANOVA e Tukey para a
comparação entre os grupos, considerando o nível de significância p<0.05.
3. MATERIAIS E MÉTODOS DA AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO REFLEXA
E SOMÁTICA DA PROLE
3.1. ANIMAIS
Sessenta e seis filhotes machos, Wistar foram utilizadas neste experimento, eles
foram provenientes das ratas prenhas que foram divididas em quatro grupos: Grupo A,
formado por ratas prenhas submetidas a caseína, Grupo B, composto por ratas prenhas
submetidas a caseína e ao CEM, Grupo C, formado por ratas prenhas submetidas a DBR
e o Grupo D, composto por ratas prenhas submetidas a DBR e ao CEM, figura 8. As
ratas tinham noventa dias de idade quando foram colocadas para acasalar. Após
detectada a prenhez, através de um lavado vaginal, elas eram divididas em quatro
grupos, já citados anteriormente, e cada grupo recebia um tratamento específico. Elas
eram mantidas sob condições de temperatura constante (23 ± 2C), ciclo claro/escuro
(12-h/12-h) com um intensidade ambiente de CEM menor que 0,3 µT. Os animais
tinham acesso a água e comida ad libittum.
3.2. FORMAÇÃO DOS GRUPOS
Quando as ratas tinham a prole, os mesmos eram misturados com os outros que
nasciam no mesmo dia, provenientes de mães sob as mesmas condições experimentais e
aleatoriamente as novas ninhadas eram constituídas, para evitar que o fator genético
178
alterasse os resultados do experimento. A ninhada de cada rata era reduzida para seis
animais, no segundo dia pós-natal e só eram utilizados ratos machos, figura 8.
DBR + CEM
(
Gru
p
o D
)
Caseína + CEM
(
Gru
p
o B
)
Caseína
(
Gru
p
o A
)
DBR
(
Gru
p
o C
)
(Grupo A)
(Grupo C)
(Grupo D)
(Grupo B)
Avaliação Peso
Corporal
Avaliação
Maturação Somática
Avaliação
Desenvolvimento
Reflexo
Figura 8 - Esquema métodos
3.3. DESENVOLVIMENTO REFLEXO
Os reflexos foram pesquisados diariamente, a partir do 2°dia pós-natal ao 21°
dia pós-natal, até sua consolidação ou desaparecimento, quando a resposta reflexa
179
esperada se repetia por três dias consecutivos no horário entre 12 e 14 horas. Os reflexos
pesquisados descritos a seguir, seguiram o modelo experimental estabelecido por Fox
(1965) para o camundongo e por Smart e Dobbing (1971) para o rato:
Preensão Palmar (PP) – utilizando-se um bastonete metálico com
aproximadamente 5cm de comprimento por 1 mm de diâmetro, fazia-se uma leve
percussão na palma da pata dianteira esquerda ou direita de cada animal. A resposta era
considerada positiva, se não houvesse flexão rápida dos artelhos após duas tentativas.
Recuperação de Decúbito (RD) – Colocava-se o rato em decúbito dorsal sobre
uma superfície plana, observava-se a eventual resposta de retorno ao decúbito ventral. A
resposta era considerada positiva quando o animal assumia o decúbito ventral, apoiado
sobre as quatro patas, num tempo máximo de 10 s.
Colocação pelas Vibrissas (CV) - O rato era suspenso pela cauda de tal modo
que suas vibrissas tocavam levemente a borda de uma superfície plana. A resposta era
considerada positiva quando o rato colocava as duas patas anteriores sobre a mesa e
realizava movimentos de marcha, associados com extensão do tronco.
Aversão ao Precipício (AP)- Colocava-se os ratos com as patas dianteiras na
extremidade de uma superfície plana (mesa) de maneira a detectar o precipício. A
resposta era considerada positiva quando o rato no tempo máximo de 10 s, se deslocava
para uns dos lados e caminhava em sentindo contrário a borda caracterizando a aversão
ao precipício.
Geotaxia Negativa (GN) - O rato era colocado no centro de uma rampa, com a
cabeça no sentido descendente. A rampa, com 45° de inclinação, era constituída de uma
superfície (prancheta medindo 34 x 24 cm) revestida com material antiderrapante (papel
crepom). A resposta era considerada positiva quando o animal girava o corpo num
180
ângulo de 180°, posicionando a cabeça em sentindo ascendente durante um tempo
máximo de 10s.
Resposta ao susto (RS) – O rato era submetido a um barulho súbito, produzido
pela percussão de um bastão de madeira sobre um recipiente (6cm de diâmetro x 1,5cm
de altura) metálico a uma distância aproximada de 10 cm do animal. A resposta era
considerada positiva quando ocorria uma retração das patas anteriores e posteriores com
imobilização rápida e involuntária do corpo do animal.
Recuperação do Decúbito em Queda Livre (RDQL) – O rato era segurado pelos
quatro patas com o dorso voltado para baixo, a uma altura de 30 cm, previamente
medida com uma régua. Soltava-se o animal e observava sua queda livre sobre um leito
de espuma sintética (30 x 12cm). A resposta era considerada positiva quando o animal
recuperava o decúbito durante a queda livre caindo na superfície do leito apoiado sobre
as quatro patas.
3.4. ÍNDICES DE MATURAÇÃO SOMÁTICA
Foram pesquisados diariamente, até sua maturação, a partir do segundo dia pós-
natal:
Abertura do Pavilhão Auricular (APA) – Normalmente o animal nasce com o
pavilhão auditivo dobrado, portanto, o pavilhão auricular aberto foi considerado no dia
em que a dobra foi desfeita. Nesta avaliação, a maturação foi considerada positiva,
quando os dois pavilhões estavam desdobrados.
Abertura do Conduto Auditivo (ACA) – Ao nascimento o conduto auditivo
encontra-se fechado. Considerou-se madura a ACA no dia em que o orifício auricular
181
podia ser visualizado. Nesta avaliação a maturação foi considerada positiva quando os
dois condutos, direito e esquerdo, encontravam-se abertos.
Erupção dos Dentes Incisivos Inferiores (EDII) – Era considerada positiva no
dia que ocorria a erupção dos dentes incisivos inferiores.
Erupção dos Dentes Incisivos Superiores (EDIS) – Era considerada positiva no
dia que ocorria a erupção dos dentes incisivos superiores.
Abertura dos olhos (AO) – No rato, os olhos encontram-se totalmente
encobertos pelas pálpebras durante algum tempo pós-natal. A resposta desta avaliação
foi considerada positiva quando ambos encontravam-se totalmente abertos, com
presença de movimento no reflexo das pálpebras.
3.5. CRESCIMENTO SOMÁTICO
3.5.1 Peso Corporal dos Lactentes:
A cada três dias os animais eram pesados até o desmame (21 dias), em balança
digital com sensibilidade de 0,1 g.
3.6. Análise Estatística
Os resultados do desenvolvimento reflexo e dos índices de maturação somática
foram analisados em mediana mais Quartil (25%-75%). Os resultados foram avaliados
através da ANOVA one way seguida do Teste de Dunn’s para comparação entre os
grupos, considerando o nível de significância p<0,05.
182
Na análise do peso corporal foi utilizada a Análise de Variância para Testes
Repetidos seguido do Teste de Tukey para comparação entre os grupos Análise de
Variância de Kruskal-Wallis seguido do Tese de Dunn's para comparação entre os
grupos quando o teste de normalidade falhava e a Análise de variância de uma via
seguido do teste de Tukey para comparação entre os grupos quando a amostra passava
no teste de normalidade.
183
ANEXO III
184
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo