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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE
SEMENTES DE RABANETE (Raphanus sativus L.)
VIRGÍNIA ARANTES FERREIRA CARPI
Dissertação apresentada à Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de
São Paulo, para obtenção do título de Mestre
em Agronomia, Área de Concentração:
Fitotecnia.
P I R A C I C A B A
Estado de São Paulo – Brasil
Junho - 2005
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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE
SEMENTES DE RABANETE (Raphanus sativus L.)
VIRGÍNIA ARANTES FERREIRA CARPI
Engenheiro Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. JULIO MARCOS FILHO
Dissertação apresentada à Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de
São Paulo, para obtenção do título de Mestre
em Agronomia, Área de Concentração:
Fitotecnia.
P I R A C I C A B A
Estado de São Paulo – Brasil
Junho - 2005
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP
Carpi, Virgínia Arantes Ferreira
Avaliação do potencial fisiológico de sementes de rabanete (Raphanus sativus L.) /
Virgínia Arantes Ferreira Carpi. - - Piracicaba, 2005.
77 p.
Dissertação (mestrado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2005.
Bibliografia.
1. Condutividade elétrica 2. Controle de qualidade 3. Fisiologia vegetal 4. Lixiviação
5. Potássio 6. Rabanete 7. Teste de sementes I. Título
CDD 635.15
“Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor”
À minha família pela dedicação,
compreensão, carinho e apoio...
Ofereço
Aos meus pais Lélia e Mario, aos
meus avós Alice (
in memoriam
) e
Eloy, aos meus irmãos Sílvia e Mário,
aos meus cunhados Valéria e Carlos,
aos meus sobrinhos Amanda, Beatriz,
Letícia e Rafael por todo amor
incondicional...
Dedico
AGRADECIMENTOS
À Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) pela
oportunidade de realizar o curso de Mestrado.
Ao Professor Dr. Julio Marcos Filho pela orientação, apoio, confiança e
dedicação durante estes anos.
Aos meus pais Mario e Lélia, meus irmãos Sílvia e Mário, meus cunhados Carlos
e Valéria, meus avós Eloy e Alice
(
in memoriam
) por todo amor, apoio, compreensão,
paciência e presença constante em minha vida.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela
concessão de Bolsa de Mestrado.
Aos Professores Dr. Sílvio Moure Cícero e Dr. Walter Rodrigues da Silva pela
atenção e ensinamentos durante o curso.
Aos professores do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP pela
oportunidade de aprendizado, sugestões e auxílio durante a elaboração deste trabalho.
Às Engenheiras Agrônomas Ana Dionísia L.C. Novembre, Helena M.C.P.
Chamma e Maria Heloísa D. Moraes, pela colaboração e sugestões durante a
condução do trabalho.
À Engenheira Agrônoma Nilza Patrícia Ramos, pela amizade, apoio e dedicação.
Aos amigos conquistados nessa fase de minha vida, em especial: Adriana
Pedroso, Ariana, Cibele, Felipe, Helena Barone, Janete, Magali, Marcelo Pedroni,
Maria Carolina, Otávio, Roseli, Sérgio, Silvana e Walnice pelo companheirismo, apoio,
paciência e compreensão nos períodos difíceis e também pelos valiosos momentos
compartilhados.
v
Aos amigos de longa data Camila, Cláudia, Giuliana, Michele, Vanessa e Fábio,
que permanecem ao meu lado, contribuindo com sua atenção e dedicação em todos os
momentos.
Aos colegas do Laboratório de Sementes Angélica, Ana Lúcia, Ebert, Eniel, José
Luis e Maria Cristina pela convivência e todo o auxílio técnico-científico durante o
trabalho, além do agradável convívio.
Às secretárias Ilze Helena C.G. das Neves e Luciane Aparecida Lopes pela
amizade e auxílio prestados durante o curso
Ao funcionário João E. Jabur Filho por todo apoio e auxílio na condução de
experimentos. Também à Flávia Oliveira e Nilda pela colaboração na limpeza do
laboratório e Pavilhão de Tecnologia de Sementes.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a execução deste trabalho.
SUMÁRIO
Página
RESUMO................................................................................................
viii
SUMMARY........................................................................................................
x
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................
1
2 REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................
3
2.1 Avaliação do vigor de sementes.................................................................
3
2.1.1 Envelhecimento acelerado.......................................................................
6
2.1.2 Deterioração controlada..........................................................................
9
2.1.3 Condutividade elétrica..............................................................................
11
2.1.4 Lixiviação de potássio..............................................................................
16
2.1.5 Considerações finais................................................................................
19
3 MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................
20
3.1 Sementes....................................................................................................
20
3.2 Determinação do grau de umidade..............................................................
21
3.3 Teste de germinação...................................................................................
21
3.4 Primeira contagem de germinação.............................................................
22
vii
3.5 Envelhecimento acelerado (procedimento tradicional)...............................
22
3.6 Envelhecimento acelerado (solução saturada de NaCl).............................
23
3.7 Deterioração controlada..............................................................................
23
3.8 Condutividade elétrica.................................................................................
24
3.9 Lixiviação de potássio.................................................................................
24
3.10 Emergência de plântulas...........................................................................
26
3.11 Procedimento estatístico...........................................................................
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................
30
4.1 Germinação, primeira contagem, emergência de plântulas e
determinação do grau de umidade............................................................
30
4.2 Envelhecimento acelerado (procedimento tradicional)...............................
32
4.3 Envelhecimento acelerado (solução saturada de NaCl).............................
35
4.4 Deterioração controlada..............................................................................
38
4.5 Condutividade elétrica................................................................................. 41
4.6 Lixiviação de potássio.................................................................................
47
4.7 Considerações finais.............................................................................................. 52
5 CONCLUSÕES.............................................................................................. 54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 55
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE
SEMENTES DE RABANETE (Raphanus sativus L.)
Autora: VIRGÍNIA ARANTES FERREIRA CARPI
Orientador: Prof. Dr. JULIO MARCOS FILHO
RESUMO
A intensificação da produção brasileira tem contribuído para a redução
da importação de sementes de hortaliças devido, principalmente, à atuação de
empresas multinacionais. O elevado valor comercial e o aumento da utilização
de sementes híbridas têm justificado o uso de sementes de qualidade
diferenciada, cuja oferta tem sido crescente. Neste contexto, o presente
trabalho teve como objetivo estudar a eficiência de diferentes métodos para a
avaliação do potencial fisiológico de sementes de rabanete (Raphanus sativus
L.), visando à identificação dos mais promissores para a utilização em
programas de controle de qualidade. Utilizaram-se lotes de três cultivares de
rabanete, a saber: Gigante Siculo (4 lotes), Cometa (3 lotes) e Saxa (2 lotes). A
avaliação da viabilidade e do vigor das sementes foi realizada mediante a
ix
condução de testes de germinação, primeira contagem de germinação,
envelhecimento acelerado, deterioração controlada, condutividade elétrica,
lixiviação de potássio e emergência de plântulas, sendo estudadas variações
nos procedimentos para condução dos testes de envelhecimento acelerado,
deterioração controlada, condutividade elétrica e lixiviação de potássio.
Concluiu-se que o teste de envelhecimento acelerado com procedimento
tradicional, destacando o binômio temperatura/período de exposição de
41ºC/48 horas, é suficientemente sensível para detectar diferenças entre lotes
de sementes de rabanete. Os testes de condutividade elétrica e lixiviação de
potássio podem constituir alternativas promissoras para a avaliação do vigor de
sementes de rabanete, mas há necessidade de estudos adicionais para
determinação dos procedimentos mais adequados para sua condução.
EVALUATION OF THE PHYSIOLOGICAL POTENTIAL OF
RADISH SEEDS (Raphanus sativus L.)
Author: VIRGÍNIA ARANTES FERREIRA CARPI
Adviser: Prof. Dr. JULIO MARCOS FILHO
SUMMARY
The increase in Brazilian production seeds has contributed to reduce the
import of vegetable seeds mainly by international companies. The commercial
value and the preferential use of hybrids instead of open pollinated cultivars has
justified the demand for high quality seeds. In this context, this research was
conducted with the objective to study the efficacy of different methods to evaluate
the physiological potential of radish (Raphanus sativus L.) seeds. Three cultivars
were evaluated: Siculo Giant (four lots), Comet (three lots) and Saxa (two lots).
Seed viability and vigor seed lots were determined by germination, germination first
count, accelerated aging, controlled deterioration, electrical conductivity, potassium
leachate and seedling emergence tests, including alternative procedures for the
accelerated aging, controlled deterioration, electrical conductivity and potassium
leachate tests. It was concluded that traditional accelerated aging (48 hours/
41ºC, was sensitive to identify different levels of physiological potential in the
studied lots. The electrical conductivity and potassium leachate are promising
xi
options for vigor testing of radish seeds, but research is still necessary to define
the most effective procedures to perform these tests
.
1 INTRODUÇÃO
A avaliação do potencial fisiológico é componente essencial de um
programa de controle de qualidade de sementes, fornecendo informações para
a detecção e solução de problemas durante o processo produtivo e, também,
sobre o desempenho das sementes. O teste de germinação é utilizado
rotineiramente, mas, por ser conduzido sob condições ambientais favoráveis,
pode fornecer resultados que superestimam o potencial fisiológico das
sementes. Por esse motivo, foram desenvolvidos testes de vigor que retratam o
comportamento das sementes sob maior amplitude de condições ambientais,
complementando as informações obtidas no teste de germinação.
Na atualidade, alguns testes de vigor são amplamente empregados na
avaliação do potencial fisiológico de sementes de grandes culturas, como por
exemplo, o de envelhecimento acelerado para sementes de soja e o de
condutividade elétrica para as sementes de ervilha. Porém, poucos estudos têm
sido conduzidos sobre o emprego de testes de vigor para avaliação do potencial
fisiológico de sementes de hortaliças. O desenvolvimento de novos testes, o
aprimoramento e a padronização dos disponíveis para sementes dessas
espécies, é importante, considerando que o valor comercial de sementes de
hortaliças vem aumentando (McDonald, 1998). Segundo Marcos Filho (1999b),
as informações sobre o vigor são fundamentais para sementes de elevado valor
comercial, como as hortaliças, porque apresentam menores quantidades de
reservas e são sensíveis a alterações resultantes da deterioração após a
maturidade fisiológica. Por este motivo, comumente são armazenadas em
embalagens herméticas ou sob temperatura e/ou umidade relativa reduzidas.
2
O rabanete (Raphanus sativus L.), da família Brassicaceae, apesar de
ser uma cultura que não ocupa extensa área cultivada no Brasil, está presente
em grande número de pequenas propriedades dos cinturões verdes com
grande diversidade de cultivo de hortaliças. Uma característica da cultura de
rabanete é poder ser usada entre outras de ciclo mais longo, com épocas
definidas de semeadura, pois, além de ser relativamente rústica, apresenta ciclo
muito curto (cerca de 30 dias), com retorno rápido (Minami et al., 1998). Poucos
trabalhos têm sido efetuados com essa cultura, havendo carência de
informações sobre seu cultivo, principalmente no Brasil. O rabanete é uma
hortaliça que ocupa um lugar proeminente na olericultura brasileira e suas
sementes possuem elevado valor comercial. Na atualidade, existem poucos
trabalhos a respeito da utilização de testes de vigor para estimar o potencial
fisiológico de sementes dessa espécie (Menezes et al., 2001). Portanto, há uma
demanda por informações que possam fornecer subsídios e apoio aos
programas de controle de qualidade.
Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo básico estudar,
comparativamente, a eficiência de diferentes métodos na avaliação do potencial
fisiológico de sementes de rabanete (Raphanus sativus L.), para a obtenção de
informações que permitam indicar os mais promissores para utilização em
programas de controle de qualidade.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Avaliação do vigor de sementes
A produção brasileira de sementes de hortaliças ganhou maior impulso
no final dos anos 1990, principalmente, pela atuação de empresas
multinacionais no mercado. Essa situação decorreu da busca de novos
conhecimentos para a produção de sementes de hortaliças, em parte
incorporados aos disponíveis para espécies de grandes culturas, em que o grau
tecnológico da produção nacional é comparável ao predominante em países
considerados mais desenvolvidos. Inicialmente, as pesquisas voltaram-se, de
modo mais intensivo, para a introdução de materiais genéticos adaptados às
condições de produção do Brasil. Após a fase da adequação inicial de
cultivares, sistemas de produção, embalagens e comercialização, tem emergido
a demanda por pesquisas que forneçam informações capazes de permitir apoio
ao controle de qualidade durante as diferentes etapas do processo de produção
de sementes. Desta maneira, verificam-se esforços direcionados ao estudo de
métodos para estimativa do vigor de sementes.
Para a Association of Official Seed Analysts - AOSA (1983), o vigor de
sementes compreende um conjunto de características que determinam o
potencial para a emergência e o rápido desenvolvimento de plântulas normais,
sob ampla diversidade de ambiente. Marcos Filho (1999a) considera que os
objetivos básicos dos testes de vigor são: a identificação de diferenças no
potencial fisiológico de lotes com germinação semelhante; distinguir, com
4
segurança, lotes de alto e baixo vigor; classificar lotes em diferentes níveis de
vigor, de maneira comparável à emergência de plântulas em campo, resistência
ao transporte e potencial de armazenamento.
Lotes de sementes que apresentam germinação semelhante,
freqüentemente, exibem comportamentos distintos durante o armazenamento
e/ou em campo. As diferenças de vigor entre lotes podem ser explicadas pelo
fato de que as primeiras alterações nos processos bioquímicos associados à
deterioração ocorrem, em geral, antes que se manifestem os declínios
significativos na capacidade germinativa (Delouche & Baskin, 1973). Por essa
razão, o uso de testes de vigor é de grande importância no monitoramento do
potencial fisiológico das sementes, a partir da maturidade (Dias & Marcos Filho,
1995).
Vieira & Carvalho (1994) consideraram que cada tipo de teste tem sua
eficiência na avaliação do vigor de sementes de determinadas culturas, não
existindo, até o momento, nenhum teste de vigor que possa ser recomendado
como padrão para todas ou mesmo para uma única espécie, uma vez que o
vigor reflete a manifestação de várias características. A Association of Official
Seed Analysts - AOSA (1983), enfatizou a importância da precisão dos
procedimentos utilizados para a condução de testes de vigor, dos problemas
enfrentados para a padronização dos procedimentos e a apresentação dos
resultados. Ressaltou que o principal desafio das pesquisas sobre testes de
vigor está na identificação de parâmetros adequados, comuns à deterioração de
sementes, de forma que, quanto mais próximo da maturidade fisiológica ou
mais distante da perda da capacidade de germinação estiver o parâmetro
avaliado, mais sensível deveria ser o teste, fornecendo assim informações
complementares às obtidas no teste de germinação.
Além da necessidade de padronização de metodologias e interpretação
de resultados, os testes de vigor devem apresentar relação com a emergência
de plântulas em campo, rapidez, objetividade, simplicidade, baixo custo e
reprodutibilidade (Delouche, 1976; AOSA, 1983; TeKrony, 1983).
5
A padronização dos testes de vigor torna-se fundamental à medida que
as técnicas de manejo cultural tornam-se mais sofisticadas, evidenciando a
necessidade do uso de sementes de potencial fisiológico elevado (Perry, 1981;
McDonald, 1998). Os testes de vigor são cada vez mais relevantes para
sementes de hortaliças, viabilizando a prática de semeadura de precisão, a
eliminação do desbaste e a obtenção de uniformidade de desenvolvimento e
maturação de plantas. Para tanto, as sementes devem exibir potencial
fisiológico elevado, tornando necessário o emprego rotineiro de testes de vigor
em programas de controle de qualidade (Hampton & Coolbear, 1990).
Segundo Marcos Filho (1999b), para sementes de elevado valor
comercial, como as de hortaliças, as informações sobre o vigor são sempre
importantes. O cultivo dessas espécies, realizado de maneira intensiva, deve
ser estabelecido com sementes de elevado potencial fisiológico, germinando
rápida e uniformemente, permitindo, para espécies em que a produção
comercial envolve o transplante de mudas, a utilização de plantas com tamanho
e qualidade uniformes, com reflexos no futuro desenvolvimento da cultura e,
possivelmente, na produção final.
Segundo Globirson (1981), a uniformidade de emergência é muito
importante no cultivo de hortaliças em razão do alto custo das sementes e da
mão-de-obra exigida durante o seu cultivo. Em determinadas culturas, como a
da alface, a desuniformidade na emergência pode resultar na necessidade de
serem efetuadas colheitas sucessivas e acarretar irregularidade de tamanho do
produto colhido (Gray, 1976; Wurr & Fellous, 1983).
Como o vigor da semente é função de um conjunto de características
que determinam o potencial para emergência rápida e uniforme de plântulas
normais sob ampla diversidade de condições ambientais (AOSA, 1983), a
utilização de um único teste de vigor, seja este fisiológico, bioquímico ou de
resistência a estresse, pode fornecer informações incompletas, mesmo para
uma única espécie, quando o objetivo é avaliar o potencial de desempenho das
sementes sob condições ambientais diversas (Hampton & Coolbear, 1990). Por
6
esse motivo, segundo Marcos Filho (1999b), a tendência predominante é a
combinação de resultados de diferentes testes de vigor, considerando a
finalidade do uso dos resultados e as limitações de cada teste.
A seguir, serão efetuados comentários sobre os testes de
envelhecimento acelerado, deterioração controlada, condutividade elétrica e
lixiviação de potássio, enfatizando as informações já obtidas para sementes de
hortaliças e os principais fatores que afetam seus resultados.
2.1.1 Envelhecimento acelerado
O teste de envelhecimento acelerado é um dos mais utilizados para
estimar o vigor de sementes (Ferguson–Spears, 1995). Tem como princípio o
fato de que a taxa de deterioração das sementes é afetada consideravelmente
pela exposição a níveis elevados de temperatura e umidade relativa do ar,
considerados os fatores ambientais preponderantes na intensidade e na
velocidade de deterioração. Sob essas condições, sementes mais vigorosas
deterioram-se mais lentamente (Marcos Filho, 1999a).
A seqüência hipotética do processo de deterioração da semente envolve
a degradação das membranas celulares, redução das atividades respiratórias e
biossintéticas, redução da velocidade de germinação, redução do potencial de
conservação durante o armazenamento, menor taxa de crescimento e
desenvolvimento, menor uniformidade, maior sensibilidade às adversidades do
ambiente, redução da emergência de plântulas em campo, aumento da
ocorrência de plântulas anormais e perda do poder germinativo (Delouche &
Baskin, 1973). O teste de envelhecimento acelerado está relacionado ao
potencial de conservação das sementes e, por esse motivo, poderia ser
considerado como um dos mais sensíveis para avaliação do vigor, entre os
disponíveis (Marcos Filho, 1999a).
7
Foram conduzidos alguns trabalhos utilizando o teste de envelhecimento
acelerado para sementes de hortaliças; por exemplo, Piana et al. (1995)
concluíram que, dentre os testes estudados, o envelhecimento acelerado foi um
dos que apresentou relação mais estreita com a emergência de plântulas de
cebola em campo e obtenção de mudas vigorosas, além de identificar lotes com
diferentes níveis de vigor. Em estudo conduzido com sementes de cenoura,
Martins et al. (1996) constataram que os resultados desse teste se relacionou
aos da emergência de plântulas em campo. Informações semelhantes foram
obtidas com sementes de pepino, cenoura e melancia (Trigo & Trigo,
1995a,b,c).
Diversos são os fatores que afetam o comportamento das sementes
durante o teste; a interação temperatura/período de exposição é um dos mais
pesquisados. Alguns autores se dedicaram ao estudo dessa interação,
indicando para sementes de alface, 41ºC/72h (TeKrony, 1995); berinjela,
41ºC/48h (Bhéring et al., 2001b); brócolos, 45ºC/48h (Tebaldi et al., 1999);
cebola, 41ºC/72h (Idiarte, 1995; TeKrony, 1995) e 42ºC/48h (Piana et al., 1995);
cenoura, 42ºC/24h (Barbedo et al., 2000) e 41ºC/48h (Rodo et al., 2000);
maxixe, 41ºC/48h (Silva et al., 1998); melancia, 41ºC/48h (Bhéring et al.,
2001a); melão, 42ºC/48h (Cano-Rios et al., 2000); pimentão, 41ºC/72h
(TeKrony, 1995; Panobianco & Marcos Filho, 1999); quiabo, 42ºC/72 e 96h
(Lima et al., 1997), 41ºC/72h (Dias et al., 1998); rabanete, 45ºC/48h (Delouche
& Baskin, 1973); tomate, 42ºC/72h (Nascimento et al., 1993).
No teste de envelhecimento acelerado, as diferenças na absorção de
água pelas sementes expostas à atmosfera úmida, podem levar a variações
acentuadas no grau de umidade ao final do período de envelhecimento. Alguns
estudos conduzidos com espécies de sementes relativamente pequenas, como
as de hortaliças, têm apresentado resultados menos consistentes devido à
variação muito acentuada no grau de umidade das amostras após o período de
envelhecimento. Powell (1995) observou diferentes graus de umidade, de 11,8
a 24,0%, no envelhecimento acelerado a 45ºC/24h, a 100% de umidade relativa
8
do ar, sendo que a germinação após o período do teste foi inversamente
proporcional ao grau de umidade atingido; desta maneira, lotes que absorveram
água mais rapidamente, alcançando grau de umidade mais elevado, após a
exposição às condições do teste, apresentaram germinação inferior, indicando
maior intensidade de deterioração, em relação aos que absorveram água mais
lentamente.
A substituição da água por soluções saturadas (SSAA – “Saturated Salt
Accelerated Aging”) vem sendo pesquisada como método alternativo para o
teste de envelhecimento acelerado. Dependendo da solução utilizada, são
obtidos níveis diferentes de umidade relativa do ar, permitindo adequar a taxa
de absorção de água, a velocidade e a intensidade de deterioração da semente.
Jianhua & McDonald (1996) trabalharam com sementes de Impatiens wallerana
Hook, utilizando três soluções saturadas de sais, para obterem diferentes
umidades relativas (KCl – 87%UR, NaCl – 76%UR e NaBr – 55%UR), e
observaram eficiência desse método para retardar a absorção de água das
sementes pequenas, no teste de envelhecimento acelerado.
Em pesquisa desenvolvida com sementes de pimentão, Panobianco &
Marcos Filho (1999) verificaram que as sementes atingiram grau de umidade
das sementes menor e mais uniforme após o envelhecimento com uso de
solução saturada de NaCl, observando vantagens na utilização desse
procedimento para sementes pequenas, em relação ao procedimento
convencional. A taxa de deterioração foi menos acentuada e, os resultados,
menos drásticos e mais uniformes, além de possibilitar uma melhor
identificação de lotes com diferentes níveis de potencial fisiológico. Resultados
consistentes com o uso desse procedimento para a avaliação do vigor de
sementes de hortaliças foram obtidos por Ramos et al. (2004) com rúcula; Rodo
& Marcos Filho (2001a), com cebola; Rodo et al. (2000), com cenoura; Bennett
et al. (1998), com milho doce; Bhéring et al. (2000), com pepino; Panobianco &
Marcos Filho (1999), com pimentão; e Panobianco & Marcos Filho (2001a), com
tomate.
9
O teste de envelhecimento acelerado tem sido estudado para diversas
espécies, inclusive para hortaliças, visando sua padronização; porém as
informações são escassas para sementes de rabanete.
2.1.2 Deterioração controlada
O teste de deterioração controlada segue o mesmo princípio do
envelhecimento acelerado; porém, em vez do uso de ambientes com alta
umidade relativa do ar, são avaliadas amostras de sementes com teor de água
ajustado e semelhante, com o objetivo de conferir maior uniformidade ao teste
e, conseqüentemente, padronização mais efetiva, principalmente para espécies
que produzem sementes de menor tamanho. De acordo com Powell (1995), as
diferenças na velocidade e intensidade de absorção de água por amostras de
sementes, no teste de envelhecimento acelerado, podem ocasionar variações
acentuadas no grau de umidade, especialmente em espécies que produzem
sementes relativamente pequenas, o que geralmente não ocorre no teste de
deterioração controlada.
A deterioração é mais rápida quando as sementes são armazenadas
com elevado teor de água, em ambiente com alta temperatura (Powell, 1995). A
comparação da resposta de vários lotes seria possível através do controle
preciso da temperatura ou do grau de umidade das sementes, sendo todos os
lotes expostos de maneira uniforme ao mesmo grau de envelhecimento ou
deterioração. Segundo essa pesquisadora, no teste de envelhecimento
acelerado, as diferenças na absorção da água, a partir da atmosfera úmida,
podem originar variações acentuadas no grau de umidade das amostras, o que
não tem ocorrido no teste de deterioração controlada, especialmente para
espécies de sementes pequenas.
Neste teste, a deterioração é provocada através do ajuste do grau de
umidade das sementes para, no mínimo, 15,5%, previamente à instalação do
10
teste. As sementes umedecidas são acondicionadas em recipientes herméticos
e mantidas em banho-maria, sob 40 a 45ºC constantes, durante período pré-
estabelecido; em seguida, são colocadas para germinar. A porcentagem de
plântulas normais é considerada proporcional ao vigor das sementes (Torres,
2002).
De acordo com Marcos Filho et al. (2001), no teste de deterioração
controlada, o efeito do teor de água sobre a deterioração das sementes é direto,
em contraste ao que se verifica no teste de envelhecimento acelerado. Isto se
verifica porque o teste de deterioração controlada é conduzido com amostras
que possuem o mesmo teor de água, resultando na exposição das sementes a
condições uniformes e, conseqüentemente, padronização mais efetiva,
principalmente para espécies que produzem sementes de menor tamanho,
como as hortaliças.
A etapa de ajuste do grau de umidade das sementes é tida como crítica
na condução do teste de deterioração controlada, podendo acelerar a
deterioração das sementes, principalmente se a hidratação for muito rápida e a
temperatura inadequada. Nesse sentido, Rosseto et al. (1995) recomendam
que o processo seja lento e, para isso, o melhor meio de hidratação controlada
seria a utilização do umedecimento das sementes através do método da
atmosfera úmida, a 20ºC.
A deterioração controlada é um teste relativamente simples, não exigindo
conhecimentos sofisticados, investimentos significativos e não apresenta
dificuldades acentuadas para padronização. Dessa forma, tem sido utilizado
para detectar diferenças no vigor de lotes de sementes e para verificar o
potencial de armazenamento de sementes de diversas hortaliças, como
cenoura, cebola, alface e brássicas (Matthews, 1980; Powell & Matthews, 1981;
Powell & Matthews, 1984a,b; Wang et al., 1994). Resultados consistentes com
esse teste para a avaliação do vigor de sementes de hortaliças, no Brasil, foram
obtidos por Panobianco & Marcos Filho (1998), com pimentão; Rodo et al.
(1998b) e Panobianco & Marcos Filho (2001a), com tomate; e Sader et al.
11
(2001), com brócolos. A literatura recomenda as seguintes combinações de
grau de umidade/temperatura/período de exposição para a condução do
teste:alface, couve-flor e couve de bruxelas, 20%/45ºC/24h (ISTA, 1995);
berinjela, 24%/41ºC/48h (Bhéring et al., 2001b); beterraba e cenoura,
24%/45ºC/24h (ISTA, 1995); brócolos, 22%/40ºC/24h (Mendonça et al., 2000);
ervilha, 20%/45ºC/24h (Bustamante et al., 1984; Powell et al., 1997; Larsen et
al., 1998); maxixe, 19%/45ºC/24h (Torres et al., 1999); melancia, 24%/41ºC/48h
(Bhéring et al., 2001a); melão, 21%/45ºC/72h (Oluoch & Welbaum, 1996); nabo,
20%/45ºC/24h (Zhang & Hampton, 1999); pepino, 24%/45ºC/48h (Bhéring et al.,
2000); pimentão, 24%/45ºC/24h (Panobianco & Marcos Filho, 1998); repolho,
24%/45ºC/24h (Strydom & Van de Venter, 1998); tomate, 24%/45ºC/24h
(Alsadon et al., 1995; Panobianco & Marcos Filho, 2001a).
Apesar do teste de deterioração controlada ser dirigido à avaliação do
potencial fisiológico de sementes de hortaliças e estar sendo estudado para
diversas espécies, não há informações a respeito desse teste para sementes de
rabanete.
2.1.3 Condutividade elétrica
A organização das membranas celulares é máxima por ocasião da
maturidade fisiológica (Abdul-Baki, 1980). Com a dessecação, estas sofrem
processo de desorganização estrutural, estando tanto mais desorganizadas
quanto menor for o grau de umidade da semente, perdendo, temporariamente,
a sua integridade (Bewley & Black, 1994). A integridade das membranas
celulares, determinada pelo grau de alterações bioquímicas deteriorativas e/ou
danos físicos, pode ser considerada como causa fundamental de diferenças no
vigor de sementes (Powell, 1988).
O teste de condutividade elétrica avalia indiretamente o grau de
estruturação das membranas celulares, através da determinação da quantidade
12
de íons lixiviados em um a solução de embebição, inversamente relacionada à
integridade das membranas celulares. As sementes são embebidas em
determinado volume de água destilada, sob temperatura controlada, durante
período pré-estabelecido. Em conseqüência da menor estruturação e
seletividade das membranas, sementes de menor potencial fisiológico liberam
maior quantidade de lixiviados; a avaliação é referente à concentração de íons
na solução de embebição.
No início do processo de embebição, a capacidade da semente de
reorganizar o sistema de membranas celulares e de reparar danos físicos e/ou
biológicos que podem ter ocorrido durante o processo de produção, irá
influenciar a quantidade e a natureza de lixiviados liberados para o meio
externo (Simon & Raja Harun, 1972; Bewley & Black, 1994; e Vieira &
Krzyzanowski, 1999), entre os quais se encontram açúcares, aminoácidos,
ácidos graxos, enzimas e íons inorgânicos, como K
+
, Ca
++
, Mg
++
e Na
+
(Short &
Lacy, 1976; Cortes & Spaeth, 1994 e Taylor et al., 1995).
Considerando que os testes de vigor são mais sensíveis a variações de
potencial fisiológico do que o teste de germinação (AOSA, 1983), qualquer
evento que preceda a perda de poder germinativo pode servir como base para
o desenvolvimento de testes de vigor. Porém, acredita-se que, quanto mais
próximo da maturidade fisiológica ou mais distante da perda do poder
germinativo estiver a variável avaliada, mais sensível será o teste. Nesse
sentido, os testes que avaliam a integridade das membranas celulares seriam,
teoricamente, os mais sensíveis para estimar o vigor (Marcos Filho, 1999a).
O teste de condutividade foi desenvolvido, inicialmente, para sementes
de ervilha (Matthews & Bradnock, 1967) e tem sido muito utilizado na avaliação
do vigor de sementes dessa espécie, em várias partes do mundo (Hampton &
TeKrony, 1995). Em termos de padronização, é considerado um teste
interessante e promissor.
Diversos fatores podem afetar os resultados da condutividade elétrica,
dentre os quais destacam-se: genótipo dentro de uma mesma espécie ou
13
cultivar (Short & Lacy, 1976; Schmidt & Tracy, 1989; Vieira et al., 1996;
Panobianco e Vieira, 1996; Vieira et al., 1998; e Panobianco et al., 1999);
estádio de desenvolvimento da semente (Powell, 1986); mudanças na estrutura
e composição da semente durante o desenvolvimento (Styer & Cantliffe, 1983);
desestruturação das membranas (Givelberg et al., 1984; Powell, 1986);
tamanho da semente (Tao, 1978; Loeffler, 1981; Deswal e Sheoran, 1993);
massa da semente (Hepburn et al., 1984; Siddique & Goodwin, 1985);
temperatura de embebição (Leopold, 1980; Murphy & Noland, 1982; Givelberg
et al., 1984); período de embebição (Loeffler et al., 1988; Schmidt & Tracy,
1989; Wang et al., 1994); volume de água utilizado (Tao, 1978; Loeffler et al.,
1988; Hampton et al., 1994); teor de água inicial das sementes (Tao, 1978;
McDonald & Wilson, 1979; Loeffler et al., 1988; Hampton et al., 1992; Hampton
et al., 1994; Carvalho, 1994; Penariol, 1997); presença de sementes danificadas
fisicamente (Tao,1978); integridade do tegumento (Samad & Pearce, 1978;
Duke & Kakefuda, 1981) e a sua permeabilidade (Powell & Matthews, 1979);
cor da semente (Short & Lacy, 1976); tamanho do recipiente de embebição
(Loeffler et al., 1988); qualidade da água (Tao, 1978; Loeffler et al., 1988);
número de sementes constituintes da amostra avaliada (Hamppton et al., 1994);
equipamento utilizado para a leitura da condutividade (Hepburn et al., 1984); e
expressão dos resultados (Mullet & Wilkinson, 1979; Siddique & Goodwin,
1985).
Dentre os fatores mencionados, o período de embebição das sementes
tem sido estudado com certa freqüência, visando agilizar a obtenção de
informações sobre o vigor das sementes. A descrição inicial do teste de
condutividade elétrica indica o período de 24 horas para a embebição das
sementes; porém, devido à necessidade de obter respostas mais rápidas, têm-
sido efetuadas tentativas para reduzir esse período.
Estudos nesse sentido têm sido desenvolvidos para sementes de
hortaliças, como a pesquisa conduzida por Andrade et al. (1995), que revelou
resultados promissores para sementes de cenoura submetidas a períodos
14
curtos de embebição, de trinta minutos e quatro horas, antes das leituras de
condutividade elétrica. De acordo com Simon & Mathavan (1986), a perda de
solutos é mais intensa no início do processo de embebição, sendo que em
sementes de cenoura, após 60 minutos de embebição, já ocorre estabilização
do processo.
Em sementes de alface, Guimarães et al. (1993) constataram que o
período de quatro horas de embebição foi o mais adequado para diferenciar
lotes de alto e baixo vigor. Loomis & Smith (1980), buscando a definição do
protocolo do teste para avaliação do vigor de sementes de repolho, obtiveram
as melhores respostas com quatro horas de embebição. Torres et al. (1998),
visando a redução do período de condicionamento em sementes de maxixe,
realizaram leituras após 2, 4, 8, 12, 16, 20 e 24 horas de embebição, concluindo
que tal período pode ser reduzido para 4 horas. Resultados semelhantes foram
obtidos por Dias et al. (1998), com quiabo, e por Krishnasamy &
Ramarajpalaniappan (1989), com tomate. Em trabalho realizado com sementes
de tomate, Sá (1999) verificou a possibilidade de redução do tempo de
embebição para 6 horas no teste de condutividade elétrica.
Outro fator de destaque é a temperatura de embebição, que reflete na
velocidade de embebição e de lixiviação de eletrólitos do interior das células
para o meio externo (Leopold, 1980). O efeito da temperatura afeta,
basicamente, a quantidade e a velocidade de perda de lixiviados, traduzindo-se
na magnitude do valor da condutividade, porém, sem alterar a classificação dos
lotes (Hampton, 1995). Em sementes pequenas, a lixiviação máxima pode
ocorrer num período inferior a 2 horas (Murphy & Noland, 1982), enquanto em
sementes maiores, como soja, verificou-se o aumento de lixiviação até 24-30
horas após o início da embebição, a 25ºC (Loeffler et al., 1988).
A temperatura de avaliação também exerce efeito direto e significativo
sobre os resultados da condutividade elétrica. Trabalhando com sementes de
soja, Loeffler et al. (1988) verificaram que acréscimo ou redução de 5ºC na
temperatura de avaliação proporcionaram alterações significativas nos
15
resultados da condutividade; recomendaram que o número de amostras
retiradas da câmara (25ºC) deve ser suficiente para ser avaliado num espaço
de, no máximo, 15 minutos.
Em relação ao número de sementes, Loeffler et al. (1988), trabalhando
com sementes de soja, demonstraram que o uso de 50 sementes, em
comparação a 25, proporcionou redução do coeficiente de variação, levando a
maior uniformidade dos resultados. Em estudo realizado com sementes de
alface (25, 50 e 100 sementes), Guimarães et al. (1993) constataram que a
utilização de 50 sementes foi mais adequada para a condução do teste para
esta espécie. Em sementes de tomate, Sá (1999) não observou diferenças
significativas em função do número de sementes empregado (25, 50 ou 100).
Outro fator que pode influir nos resultados de condutividade elétrica é o
volume de água utilizado. Hampton et al. (1994) verificaram que o aumento na
quantidade de água minimizou o feito do número de sementes, ou seja, quando
trabalharam com volume maior de água (250mL) a condutividade elétrica não
sofreu interferência do número de sementes (50 e 100 sementes), enquanto
que em menor quantidade de água (125mL), variou significativamente em
função do número de sementes empregado. A literatura apresenta diferentes
volumes utilizados para condução do teste em diversas espécies, como: 100mL
para pimentão (Demir & Ellis, 1992); 75mL para alface (Guimarães et al., 1993),
cebola (Torres, 1998), cenoura (Andrade et al., 1995) e tomate (Sá, 1999);
50mL para cenoura (Rodo et al., 2000), pimentão (Trawatha et al., 1990) e
tomate (Rodo et al., 1998a); 25mL para cebola (Piana et al., 1995), pimentão
(Torres, 1996; Panobianco e Marcos Filho, 1998) e tomate (Cavariani et al.,
1994).
A condutividade elétrica da solução de embebição de sementes tem sido
utilizada para avaliar o vigor de sementes de várias espécies (Powell &
Matthews, 1981; Marcos Filho et al., 1987). Lima (1993) não verificou
sensibilidade do teste para separação de lotes de alto e baixo vigor de
sementes de cebola. Da mesma maneira, Argerich & Bradford (1989) e
16
Novembre et al. (1995) não obtiveram resultados satisfatórios com sementes de
tomate. Trabalhando com sementes de pimentão, Torres (1996) observou que,
dentre os testes de vigor avaliados, a condutividade elétrica não se relacionou à
emergência das plântulas em campo. Entretanto, resultados consistentes para a
avaliação do vigor de sementes de hortaliças foram obtidos por Guimarães et
al. (1993), com alface; Mello et al. (1999), com brócolos; Piana et al. (1995),
com cebola; Andrade et al. (1995), com cenoura; Dias et al. (1996), com couve-
flor, cebola e cenoura; Torres et al. (1998), com maxixe; Trawatha et al. (1990),
Demir & Ellis (1992), Dúran et al. (1997), Panobianco & Marcos Filho (1998),
Torres & Minami (2000), com pimentão; Dias et al. (1998), com quiabo e feijão-
de-vagem; e Rodo et al (1998b) e Sá (1999).
Vários estudos a respeito do teste de condutividade elétrica para
sementes como soja e ervilha, entre outras, estão disponíveis na literatura,
porém, informações sobre metodologia específica para condução deste teste
com sementes de rabanete não estão disponíveis.
2.1.4 Lixiviação de potássio
O teste de lixiviação de potássio, estudado com menor freqüência, é
alternativa para avaliar o vigor de sementes. Este teste baseia-se no mesmo
princípio do teste de condutividade elétrica, com a vantagem de proporcionar
informações sobre o potencial fisiológico dos lotes, em período de tempo
consideravelmente reduzido (Dias & Marcos Filho, 1995).
O teste de condutividade elétrica avalia indiretamente a quantidade total
de íons liberados durante a embebição de sementes. Uma porção significativa
desses exsudados é constituída por íons inorgânicos; no entanto, poucos
estudos têm sido realizados com a finalidade de identificar especificamente os
cátions liberados para o meio externo durante o processo. Neste contexto,
Samad & Pearce (1978) verificaram a rápida liberação de K
+
e outros
17
componentes durante os primeiros sessenta minutos de embebição de
sementes de amendoim. Perdas de Ca
++
, Mg
++
, Mn
++
, K
+
e Cl
-
durante a
embebição de sementes de repolho, envelhecidas artificialmente, foram
observadas por Loomis & Smith (1980), ao passo que outros trabalhos
avaliaram as quantidades de K
+
e Na
+
liberados (McKersie & Stinson, 1980).
Estudos conduzidos com sementes de Solanum nigrum demonstraram que
ocorrem perdas de Ca
++
, Na
+
, Mg
++
e K
+
durante a embebição (Givelberg et al.,
1984). Oliveira (1990) quantificou a presença de Ca
++
, Na
+
, Mg
++
e K
+
no
exsudado de sementes de soja, após 90 minutos de embebição, a 28ºC, e
observou relação significativa entre a perda de germinação e a liberação de
íons, com exceção do Na
+
.
O potássio tem recebido maior destaque por se tratar do principal íon
lixiviado pelas sementes (Lott et al., 1991). Mullett & Considine (1980)
demonstraram, em sementes de ervilha e de feijão, que 25 a 50% do total de
eletrólitos liberados correspondeu ao íon K+, o mesmo ocorrendo para
sementes de algodão (Woodstock et al., 1985). Granqvist (1987), em sementes
de cenoura, mostrou que as perdas de potássio e de cálcio foram semelhantes,
mas superiores às de sódio e magnésio.
A quantidade de potássio lixiviada em sementes embebidas tem sido
utilizada como um indicador da integridade do sistema de membranas celulares
(Halloin, 1975; McKersie & Stinson, 1980; Woodstock et al., 1985). Simon &
Raja-Harun (1972) verificaram estrita relação entre os resultados de
condutividade elétrica e quantidade de potássio liberado após 24 horas de
embebição, em sementes de ervilha. Em sementes de algodão, a concentração
de íons potássio liberados após 60 minutos de embebição correspondeu à
condutividade elétrica avaliada com 15 e 45 minutos (Halloin, 1975). Em estudo
conduzido com sementes de feijão, Moss & Mullet (1982) utilizaram a
quantidade de potássio lixiviado após 72 horas de embebição como parâmetro
indicativo de vigor. Trabalhando com sementes de soja, Marcos Filho et al.
(1982) verificaram que a lixiviação de potássio decresceu proporcionalmente à
18
elevação do poder germinativo e vigor das sementes, durante o processo de
maturação. Com o desenvolvimento da metodologia, Custódio & Marcos Filho
(1997) verificaram diferenças de vigor em sementes de soja após 30 minutos de
embebição, destacando ainda vantagens como simplicidade, precisão e
rapidez, em comparação com o teste de condutividade elétrica.
Panobianco & Marcos Filho (2001b), trabalhando com sementes de
tomate; Miguel (2001), com milho; e Custódio & Marcos Filho (1997), com soja
mostraram que a liberação de K está diretamente ligada ao estado das
membranas e independe da quantidade de K nas sementes.
Em relação às hortaliças, espécies como aipo, alface e cenoura
apresentaram 90% da lixiviação de potássio num período de 5 a 15 minutos
(Simon & Mathavan, 1986). Entretanto, essas observações não foram
realizadas em pesquisa dirigida ao estudo da lixiviação de potássio como um
teste de vigor.
Resultados consistentes sobre a utilização do teste de lixiviação de
potássio para a avaliação do vigor de sementes de hortaliças foram obtidos por
Dias et al. (1998), com quiabo e feijão-de-vagem; Panobianco & Marcos Filho
(2001b), com tomate; e Rodo & Marcos Filho (2001b), com cebola, permitindo a
identificação de lotes de qualidade inferior com significativa rapidez.
Considerando que pesquisas voltadas à utilização do teste de lixiviação de
potássio para avaliação do potencial fisiológico de sementes de hortaliças são
escassas, são necessários estudos adicionais para adequação e padronização
de metodologia, visando ampliar sua utilização.
2.1.5 Considerações gerais
Diante do exposto, verifica-se, de um modo geral, que o estudo de testes
de vigor para avaliação do potencial fisiológico de sementes de hortaliças ainda
é pequeno, quando comparado com outras culturas de interesse econômico.
Entretanto, vários pesquisadores estão se dedicando ao estudo do vigor em
19
sementes dessas espécies utilizando os testes disponíveis, visando estabelecer
procedimentos específicos e obter a padronização, com ênfase a testes com
capacidade de proporcionar resultados rápidos, precisos e aplicáveis em
programas de controle de qualidade.
3 MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi conduzido no Laboratório de Sementes do
Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, Universidade de São Paulo, em Piracicaba-SP, utilizando-se
sementes de três cultivares de rabanete (Raphanus sativus L.), no período de
janeiro a julho de 2003. Foram determinados o grau de umidade e a
germinação das sementes, a emergência de plântulas e estudados
procedimentos para a condução dos testes de envelhecimento acelerado,
deterioração controlada, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. Os
testes de germinação e primeira contagem de germinação foram realizados três
vezes, com intervalos de aproximadamente 30 dias entre as avaliações.
3.1 Sementes
Foram utilizados os cultivares Gigante Siculo (4 lotes), Cometa (3 lotes) e
Saxa (2 lotes), sendo as sementes dos cultivares Gigante Siculo e Saxa,
importadas da Itália; e do cultivar Cometa, importadas dos Estados Unidos da
América.
As sementes recebidas estavam embaladas em recipientes herméticos
(latas) e; após a homogeneização realizada com auxílio de divisor de solos,
foram acondicionadas em sacos de papel. Durante o período experimental, as
sementes permaneceram armazenadas em câmara a 20ºC e 50% de umidade
relativa do ar (U.R.).
21
3.2 Determinação do grau de umidade
A determinação do grau de umidade foi realizada pelo método da estufa
a 105±3ºC, durante 24 horas, de acordo com as Regras para Análise de
Sementes - RAS (Brasil, 1992), utilizando-se duas amostras com
aproximadamente 2,0g de sementes para cada lote. Os resultados foram
expressos em percentagem média (base úmida) por lote.
3.3 Teste de germinação
Utilizaram-se quatro repetições de 50 sementes por lote, cada uma
distribuída sobre duas folhas de papel mata-borrão, previamente umedecidas
com quantidade de água equivalente a 2,5 vezes o peso do substrato (Menezes
et al., 1993), colocadas no interior de caixas plásticas transparentes
(11,5x11,5x3,5cm). Em seguida, estas foram mantidas em germinador sob
alternância 20-30ºC. As avaliações foram efetuadas de acordo com as Regras
para Análise de Sementes (Brasil, 1992), aos quatro e dez dias após a
semeadura, sendo os resultados expressos em percentagem média de
plântulas normais para cada lote.
22
3.4 Primeira contagem de germinação
Esses dados foram obtidos computando-se a percentagem de plântulas
normais obtidas aos quatro dias após a instalação do teste de germinação. Os
resultados foram expressos em percentagem média de plântulas normais para
cada lote.
3.5 Envelhecimento acelerado (procedimento tradicional)
O teste foi conduzido utilizando-se caixas plásticas transparentes
(11,5x11,5x3,5cm) como compartimentos individuais (mini-câmaras), possuindo
em seu interior suportes para apoio de uma tela metálica. Na superfície de cada
uma destas foram distribuídas, em camada única, cerca de 4,0g de sementes
de cada lote. Para o controle da umidade relativa do ar no interior das caixas,
foram colocados 40mL de água. As caixas tampadas foram mantidas em
câmara do tipo “jaquetada de água” (modelo 3015 VWR Scientific) regulada a
41ºC ou a 45ºC, durante 48, 72 ou 96 horas.
Decorrido cada período de envelhecimento, quatro subamostras de 50
sementes por tratamento foram colocadas para germinar, seguindo o mesmo
procedimento utilizado para o teste de germinação. A avaliação foi realizada
aos quatro dias após a semeadura, computando-se a percentagem de plântulas
normais. Foi determinado também, o teor de água das sementes antes e após
cada período de envelhecimento, visando à avaliação da uniformidade das
condições do teste.
23
3.6 Envelhecimento acelerado (solução saturada de NaCl)
Esta avaliação foi conduzida da mesma maneira relatada para
procedimento tradicional (item 3.5) adicionando-se, porém, 40mL de solução
saturada de NaCl ao fundo de cada caixa plástica, em substituição à água,
proporcionando ambiente com 76% UR (Jianhua & McDonald, 1996).
3.7 Deterioração controlada
O grau de umidade das sementes foi ajustado artificialmente para três
níveis diferentes, 20%, 22% e 24%, através do método da atmosfera úmida
(Rossetto et al., 1995). Para tanto, foram colocados 40mL de água em caixas
plásticas transparentes (11,5x11,5x3,5cm) com suportes para apoio de uma tela
metálica e, sobre esta, distribuídas amostras de aproximadamente 6,5g de
sementes, em camada uniforme. As caixas foram tampadas e mantidas em
germinador a 20ºC. Durante o umedecimento artificial, o grau de umidade de
cada amostra foi monitorado mediante pesagens sucessivas, até se obterem os
valores desejados.
Uma vez obtidos os graus de umidade planejados, cada amostra foi
colocada em embalagem laminada de alumínio + plástico, fechada
hermeticamente e mantida por cinco dias em câmara fria (8-10ºC), com a
finalidade de assegurar distribuição uniforme da água no interior das sementes.
Em seguida, as amostras foram mantidas em banho-maria a 45ºC, durante 24
horas. Posteriormente, foram imersas rapidamente em água fria para reduzir a
temperatura, sendo instalado em seguida o teste de germinação (Powell, 1995).
A avaliação foi efetuada aos quatro dias após a semeadura, computando-se a
percentagem média de plântulas normais para cada lote. Foi determinado,
também, o grau de umidade das sementes após esse de envelhecimento
24
artificial, segundo os critérios estabelecidos na Regras para Análise de
Sementes (Brasil, 1992).
3.8 Condutividade elétrica
Para determinar a marcha de liberação de eletrólitos para cada lote,
foram estudados os efeitos do período de embebição, do volume de água
destilada e do número de sementes, utilizando-se 25 e 50 sementes colocadas
em copos plásticos contendo 25, 50 ou 75mL de água destilada e mantidas a
25ºC durante 1, 2, 4, 6, 8, 16 e 24 horas. Essas avaliações foram conduzidas
com quatro repetições, utilizando-se sementes previamente pesadas (precisão
de 0,0001g), embebidas em água destilada e mantidas em germinador durante
cada período considerado. A quantidade de lixiviados foi determinada com o
auxílio de condutivímetro marca DIGIMED, modelo DM-31, e os resultados,
expressos em µS.cm
-1
.g
-1
de semente. A análise estatística dos dados
considerou apenas os períodos de 1, 2, 4 e 6 horas de embebição.
3.9 Lixiviação de potássio
A lixiviação de potássio da solução de embebição das sementes foi
avaliada estudando-se os efeitos dos volumes de água de 25, 50 e 75mL, do
número de sementes por amostra (50 e 100) e dos períodos de embebição de
30, 60, 90, 120, 150 e 180 minutos, a 25ºC. O teste foi conduzido utilizando-se
quatro repetições com sementes previamente pesadas (precisão de 0,0001g),
colocadas em copos plásticos contendo água destilada, mantidos em
germinador durante cada período previsto para a embebição. As leituras foram
efetuadas em fotômetro de chama DIGIMED NK-2020, utilizando-se o padrão
25
de 50 ppm de potássio ajustado para leitura 50; os resultados foram expressos
em ppm K/g de semente.
Inicialmente, foi estabelecida a curva de calibração do fotômetro de
chama, para a verificação da linearidade da curva da solução padrão de 50 ppm
de potássio ajustada para leitura 50. Esta calibração foi estabelecida através de
regressão linear e avaliada com seis observações, sendo uma com água
destilada, ajustada para leitura zero e, as demais, realizadas com soluções
padrão com concentração conhecida de potássio (5, 10, 20, 30 e 40 ppm,
ajustados para leitura 5, 10, 20, 30 e 40, respectivamente), para verificar a
linearidade da curva (Custódio & Marcos Filho,1997). O padrão estudado
apresentou linearidade com alto coeficiente de determinação (R
2
= 0,9906),
confirmando a adequação da curva para determinação do potássio lixiviado
pelas sementes.
Os padrões foram obtidos partindo-se, inicialmente, de uma solução de
1000 ppm de K. Através da fórmula C.V = C1.V1, onde C é a concentração da
solução e V é o volume da solução, foram obtidos os padrões necessários para
proceder à calibração do aparelho.
Para o cálculo da lixiviação de potássio efetuou-se a multiplicação da
leitura obtida no fotômetro de chama (ppm K/mL) pelo volume de água destilada
(mL) e pelo coeficiente de correção obtido na regressão linear, sendo o
resultado dessa multiplicação dividido pelo peso da amostra (g). O resultado
final foi expresso em ppm de K/g de semente.
As leituras das quantidades de potássio lixiviado pelas sementes de
rabanete, nos diferentes períodos de embebição, foram feitas utilizando o
mesmo material; em função disto, na execução dos cálculos, descontou-se 1mL
de solução, após cada leitura, porque o fotômetro de chama utiliza 1mL de
solução para determinar a quantidade de potássio lixiviado, segundo as
informações técnicas do aparelho.
26
3.10 Emergência de plântulas
Para a realização do teste de emergência de plântulas foram utilizadas
bandejas de poliestireno (“isopor”) com células individuais, contendo substrato
comercial (tipo Plantmax), mantidas em condições de ambiente, com irrigação
periódica. Para cada lote, foram utilizadas quatro repetições de 50 sementes,
colocando-se uma semente por célula. A avaliação da emergência das
plântulas foi efetuada 10 dias após a semeadura, mediante a contagem de
plântulas normais emergidas, avaliadas de acordo com os critérios adotados
para avaliação da parte aérea de plântulas normais em um teste de
germinação. Os resultados foram expressos em percentagem média de
plântulas normais para cada lote.
3.11 Procedimento estatístico
Os dados em percentagem, provenientes dos testes de germinação,
primeira contagem de germinação, envelhecimento acelerado, deterioração
controlada e emergência de plântulas foram transformados em arc sen x/100.
Os dados referentes aos testes de condutividade elétrica e de lixiviação de
potássio não sofreram transformação.
Os dados obtidos nos testes de germinação e de primeira contagem de
germinação foram analisados utilizando-se delineamento inteiramente
casualizado em arranjo fatorial (lotes x avaliações), com quatro repetições,
considerando primeira, segunda e terceira avaliações,
segundo o esquema
apresentado na Tabela 1.
27
Tabela 1. Esquema de análise de variância dos dados obtidos nos testes de
germinação e de primeira contagem de germinação para as sementes
de cada cultivar
Graus de Liberdade
Cultivares
Causas de variação
Gigante Siculo Cometa Saxa
Lotes 3 2 1
Avaliações 2 2 2
Lotes x Avaliações 6 4 2
Resíduo 36 27 18
Total 47 35 23
Os dados obtidos nos testes de envelhecimento acelerado (procedimento
tradicional e com solução saturada de NaCl) e de deterioração controlada foram
analisados conforme delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial
(lotes x períodos ou grau de umidade - GU), com quatro repetições, segundo o
esquema apresentado na Tabela 2.
Tabela 2. Esquema de análise de variância dos dados referentes aos testes de
envelhecimento acelerado e deterioração controlada para as
sementes de cada cultivar e temperatura
Graus de Liberdade
Cultivares
Causas de variação
Gigante Siculo Cometa Saxa
Lotes 3 2 1
Períodos ou GU 2 2 2
Lotes x Períodos ou GU 6 4 2
Resíduo 36 27 18
Total 47 35 23
28
Os dados obtidos no teste de condutividade elétrica foram analisados
utilizando-se delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial (lotes x
períodos), com quatro repetições, segundo o esquema apresentado na Tabela
3.
Tabela 3. Esquema de análise de variância dos dados do teste de
condutividade elétrica para as sementes de cada cultivar
Graus de Liberdade
Cultivares
Causas de variação
Gigante Siculo Cometa Saxa
Lotes 3 2 1
Períodos 3 3 3
Lotes x Períodos 9 6 3
Resíduo 48 36 24
Total 63 47 31
Os dados obtidos no teste de lixiviação de potássio foram analisados
utilizando-se delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial (lotes x
períodos), com quatro repetições, segundo o esquema apresentado na Tabela
4.
29
Tabela 4. Esquema de análise de variância dos dados teste de lixiviação de
potássio para as sementes de cada cultivar
Graus de Liberdade
Cultivares
Causas de variação
Gigante Siculo Cometa Saxa
Lotes 3 2 1
Períodos 5 5 5
Lotes x Períodos 15 10 5
Resíduo 72 54 36
Total 95 71 47
Os dados resultantes do teste de emergência de plântulas foram
analisados para o cultivar Gigante Siculo utilizando-se delineamento
inteiramente casualizado, com quatro repetições, conforme o esquema
apresentado na Tabela 5. Para os demais cultivares, a análise de variância não
foi realizada devido ao número insuficiente de variáveis.
Tabela 5. Esquema de análise de variância dos dados obtidos no teste de
emergência de plântulas para as sementes do cultivar Gigante Siculo
Causas de variação Graus de Liberdade
Lotes 3
Resíduo 12
Total 15
A comparação de médias foi realizada pelo teste de Tukey (p0,05). Os
dados referentes ao grau de umidade das sementes não foram submetidos à
análise estatística. A análise estatística foi realizada através do Sistema de
Análise Estatística – SANEST (Zonta et al., 1984).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Caracterização inicial dos lotes de sementes de rabanete
As diferenças no potencial fisiológico inicial dos lotes de sementes de
rabanete podem ser observadas pelos resultados dos testes de germinação, e
de emergência de plântulas; determinou-se também o grau de umidade das
sementes (Tabela 6). Os valores médios de germinação mostram que todos os
lotes em análise possuíam germinação superior à estabelecida (>
80%) nos
padrões para a comercialização de sementes de rabanete (CATI, 1999).
Os valores de germinação, assim como da primeira contagem e de
emergência de plântulas, não permitiram diferenciar os lotes do cultivar Gigante
Siculo, cujas médias variaram de 91 a 93% (Tabela 6). Resultados elevados de
germinação entretanto não significam necessariamente que os lotes possuem
alto vigor, uma vez que o teste de germinação é conduzido em condições
favoráveis de temperatura, umidade e luminosidade, permitindo ao lote
expressar o potencial máximo para produzir plântulas normais (Marcos Filho,
1999a). Inclusive, Hampton & Tekrony (1995) observaram que a maior limitação
do teste de germinação é sua inabilidade para detectar diferenças de potencial
fisiológico entre lotes com alta germinação, indicando a necessidade de
complementar essa informação.
Para os cultivares Cometa e Saxa, houve diferença significativa tanto na
primeira contagem como na, percentagem final de germinação, com destaque
para os lotes 7 de ‘Cometa’ e 9 de ‘Saxa’. Observa-se que mesmo os lotes com
31
menor percentagem de germinação (5 e 8), estavam situados na Fase 1 da
curva de perda de viabilidade (Powell, 1986), ou seja, acima de 80%. A
interação lotes x. avaliações não foi significativa, de modo que os resultados
apresentados na Tabela 6 representam médias das três avaliações realizadas.
Tabela 6. Dados médios (%) obtidos em testes de germinação (TG), primeira
contagem de germinação (PCG), emergência de plântulas (EP) e
determinação do grau de umidade (GU) para lotes de sementes dos
cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa (médias de três avaliações)
Cultivares Lotes TG (%) PCG (%) EP (%) GU (%)
1 92a* 92a 98a 5,7
2 91a 91a 99a 5,8
3 91a 91a 94a 5,8
Gigante
Siculo
4 94a 93a 93a 5,9
C.V. (%)
5,52
4,90
5,56
5 89b 88b 92 5,7
Cometa
6 92ab 92ab 98 5,9
7 95a 94a 99 5,9
C.V. (%)
6,25 5,69
Saxa
8 85b 84b 98 6,2
9 89a 89a 97 6,0
C.V. (%) 5,38 5,61
*Comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de Tukey (p 0,05).
A percentagem de emergência de plântulas foi semelhante entre os lotes
dos cultivares Cometa e Saxa (Tabela 6). Porém, a análise de variância não foi
realizada devido ao número insuficiente de variáveis. Os lotes 6 e 7 do cultivar
Cometa apresentaram média numericamente superior à do lote 5. A
emergência de plântulas também foi semelhante entre os lotes do cultivar Saxa.
32
Para os três cultivares, a porcentagem média de emergência variou entre 92 e
99%, mostrando-se satisfatória; esse teste foi conduzido sob condições
favoráveis de ambiente, não detectando diferenças de potencial fisiológico entre
os lotes.
O teor de água das sementes (Tabela 6) dos diferentes lotes, dentro de
cada cultivar, não apresentou variação elevada, o que é importante, pois a
uniformidade do teor de água das sementes é essencial para a padronização
das avaliações e obtenção de resultados consistentes (Marcos Filho et al.,
1987; Loeffler et al., 1988; Krzyzanowski et al., 1991; Marcos Filho,1999a).
4.2 Envelhecimento acelerado (procedimento tradicional)
Os resultados referentes ao teste de envelhecimento acelerado
tradicional, utilizando-se duas temperaturas e três períodos de envelhecimento,
são apresentados na Tabela 7. A interação lotes x. períodos de exposição foi
significativa, demonstrando existir influência dos períodos de exposição à
temperatura e umidade relativa elevadas sobre o desempenho das sementes
nesse teste.
Verificou-se que, para o cultivar Gigante Siculo, o envelhecimento
acelerado tradicional foi eficiente em separar lotes, sendo o lote 4 identificado
como superior e o lote 1 como inferior, quando o teste foi conduzido a 41ºC,
durante 48 e 72 horas. Também, para os cultivares Cometa e Saxa, o período
de 48 horas de exposição a 41ºC foi satisfatório para diferenciar lotes. Outros
autores, trabalhando com esta mesma combinação, obtiveram sucesso na
separação de lotes de berinjela (Bhéring et al., 2001b), de cenoura (Rodo et al.,
2000), de maxixe (Silva et al., 1998) e de melancia (Bhéring et al., 2001a).
33
Tabela 7. Dados médios (%) obtidos em testes de envelhecimento acelerado
tradicional de lotes de sementes dos cultivares Gigante Siculo,
Cometa e Saxa, em três períodos, a 41ºC e 45ºC
41ºC 45ºC
Cultivares Lotes
48h 72h 96h 48h 72h 96h
1 82Ba* 82Ba 88ABa 58Cb 77Ba 47Bb
2 84ABa 88Aba 82Ba 78Bb 91Aa 70Ab
3 87ABa 88Aba 87Ba 86Abb 94Aa 76Ab
Gigante
Siculo
4 93Aa 91Aa 96Aa 89Aa 91Aa 76Ab
C.V. (%) 7,09 7,01
5 76Bb 87Aa 82Aab 79Ba 84Ba 44Bb
6 92Aa 78Ab 85Aab 93Aa 94Aa 71Ab
Cometa
7 90Aa 87Aa 88 Aa 84Ba 81Ba 50Bb
C.V. (%) 6,89 7,65
8 72Ab 89Aa 88Aa 75Ab 87Aa 19Bc
Saxa
9 63Bb 83Ba 81Ba 54Ba 51Ba 50Aa
C.V. (%) 4,91 9,56
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de
Tukey (p 0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada
linha pelo teste de Tukey (p 0,05).
Os diferentes períodos de exposição das sementes ao teste de
envelhecimento acelerado a 45ºC não apresentaram resultados consistentes
para os lotes dos cultivares estudados. Uma observação que poderia ser
destacada é a redução drástica da percentagem de germinação nos casos em
que o teor de água das sementes excedeu 40% após o envelhecimento
acelerado (Tabela 8), ou seja, a associação entre temperatura elevada (45ºC) e
alta umidade relativa do ar promove degradação acentuada no metabolismo
34
das sementes. Deve-se acrescentar ainda o fato dos tratamentos realizados
nessa temperatura sofrerem aumento da incidência de patógenos.
Os dados referentes ao grau de umidade das sementes após a
realização dos testes com procedimento tradicional são apresentados na
Tabela 8.
Tabela 8. Dados médios (%) de grau de umidade de lotes de sementes dos
cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa, obtidos em testes de
envelhecimento acelerado tradicional, obtidos após a exposição a
três períodos, a 41ºC e 45ºC
41ºC 45ºC
Cultivares Lotes
48h 72h 96h 48h 72h 96h
1 36,0 37,0 38,3 33,2 37,2 38,1
2 35,7 37,9 37,2 34,5 36,9 36,6
3 35,3 37,7 37,4 34,5 36,5 37,7
Gigante
Siculo
4 36,1 38,6 39,2 36,2 38,2 39,4
5 33,9 36,9 38,1 35,3 35,8 38,4
6 35,2 36,5 38,1 34,9 36,7 37,5 Cometa
7 36,5 38,8 39,4 37,2 38,7 40,2
8 38,2 38,5 40,1 37,7 39,6 40,4
Saxa
9 37,8 38,7 40,0 37,0 38,6 40,1
A comparação de amostras que apresentem graus de umidade
semelhantes antes do envelhecimento acelerado é conveniente, embora
diferenças de até 2% não sejam comprometedoras (Marcos Filho, 1999a). No
presente estudo, o grau de umidade inicial das sementes antes do
envelhecimento acelerado foi semelhante entre os lotes, variando de 5,7% a
6,2% (Tabela 6).
35
Um dos principais indicadores da uniformidade das condições do
envelhecimento acelerado é o grau de umidade das sementes após o teste,
pois variações de 3 a 4 pontos percentuais entre amostras são consideradas
toleráveis (Tomes et al., 1998; Marcos Filho, 1999a). O grau de umidade das
sementes após os períodos de envelhecimento (Tabela 8) variou entre lotes do
mesmo cultivar de 0,1 a 2,9 pontos percentuais para o envelhecimento
acelerado tradicional, estando estas variações inferiores aos limites toleráveis.
4.3 Envelhecimento acelerado (solução saturada de NaCl)
Na Tabela 9 podem ser observados os resultados referentes ao teste de
envelhecimento acelerado com solução saturada de NaCl, utilizando-se duas
temperaturas e três períodos de envelhecimento. Verificou-se, para o cultivar
Gigante Siculo, que os testes de envelhecimento acelerado com solução
saturada de NaCl não detectaram diferenças no potencial fisiológico entre os
lotes estudados. Nota-se que os valores de germinação observados foram
elevados, confirmando o alto vigor desses lotes. Talvez, o teor de água máximo
de 10%, atingido pelas sementes nesse teste, mesmo associado a
temperaturas elevadas, não tenha sido suficiente para promover estresses, que
resultem na diminuição do desempenho germinativo. Ribeiro & Carvalho (2001),
trabalhando com sementes de cenoura, alface e brócolos, também observaram
que o controle da umidade relativa do ar no interior dos compartimentos
(gerbox), mediante o uso de soluções saturadas de NaCl e KCl não foi eficiente
para a avaliação do vigor.
36
Tabela 9. Dados médios (%) obtidos em testes de envelhecimento acelerado
com solução saturada de NaCl de lotes de sementes dos cultivares
Gigante Siculo, Cometa e Saxa, em três períodos a 41ºC e 45ºC
41ºC 45ºC
Cultivares Lotes
48h 72h 96h 48h 72h 96h
1 84Aa* 86Aa 90Aa 84Aa 87Aa 82Aa
2 85Aa 89Aa 82Aa 87Aa 85Aa 89Aa
3 89Aa 84Aa 90Aa 90Aa 88Aa 88Aa
Gigante
Siculo
4 91Aa 93Aa 90Aa 83Aa 91Aa 91Aa
C.V. (%) 6,74 6,54
5 80ABa 87Aa 85Aa 87Aa 83Ba 81Ba
6 78Bb 88Aa 92Aa 90Aa 87ABa 90Aa
Cometa
7 88Aa 89Aa 88Aa 70Bb 92Aa 77Bb
C.V. (%) 6,08 5,80
8 68Ab 72Ab 81Aa 69Ab 88Aa 66Bb
Saxa
9 66Ab 75Aab 77Aa 74Ab 87Aa 79Ab
C.V. (%) 5,40 5,05
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de
Tukey (p 0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada
linha pelo teste de Tukey (p 0,05).
A variação no grau de umidade das sementes após os períodos de
envelhecimento (Tabela 10) foi de até 0,7 pontos percentuais entre lotes de
mesmo cultivar, estando abaixo dos limites toleráveis. Essa variação foi inferior
à ocorrida após os períodos de envelhecimento acelerado realizado pelo
procedimento tradicional (Tabela 8). Uma possível explicação para este fato é
que a exposição das sementes a soluções saturadas de sais durante a
37
realização do teste de envelhecimento acelerado, as quais reduzem a umidade
relativa do ambiente no interior dos compartimentos individuais (NaCl - 76%
UR, KCl - 87% UR ou NaBr - 55% UR), retardam a absorção de água pelas
sementes (Jianhua & McDonald, 1996), sendo uma alternativa interessante
para a avaliação do vigor de sementes de hortaliças, que em geral são
pequenas e absorvem água mais rápida e desuniformemente, resultando em
comportamento variável entre as sementes da amostra avaliada.
Tabela 10. Dados médios (%) de grau de umidade de lotes de sementes dos
cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa, obtidos em testes de
envelhecimento acelerado com solução saturada de NaCl, obtidos
após a exposição a três períodos, a 41ºC e 45ºC
Cultivares Lotes 41ºC 45ºC
48h 72h 96h 48h 72h 96h
1 9,6 9,2 9,8 9,5 9,4 9,4
2 9,7 9,3 9,7 9,4 9,4 9,3
3 9,8 9,4 9,9 9,6 9,4 9,5
Gigante
Siculo
4 9,4 9,2 9,6 9,3 9,3 9,3
5 9,5 9,5 9,7 9,5 9,3 9,5
6 9,7 9,6 9,6 9,6 9,5 9,7 Cometa
7 9,6 9,4 9,6 9,8 9,5 10,1
8 9,8 9,9 9,9 9,9 9,7 9,9
Saxa
9 9,9 10,0 9,9 9,9 9,8 9,2
Para o cultivar Saxa, o procedimento 45ºC/96h no teste de
envelhecimento acelerado com solução saturada de NaCl foi o único que
permitiu diferenciar lotes e seguiu a classificação observada para os mesmos
na avaliação de primeira contagem e percentagem final de germinação, ou seja,
38
só diferenciou lotes que já haviam sido previamente separados no teste padrão
de germinação, que é realizado sob condições ambientais favoráveis.
É interessante ressaltar que esse procedimento (96h a 45ºC) não houve
redução drástica dos percentuais de germinação quando comparado a mesma
combinação no procedimento tradicional (Tabela 7), pois a utilização de solução
saturada de NaCl implica em menor grau de umidade das sementes após o
teste, quando comparado ao procedimento tradicional, havendo assim redução
na taxa de deterioração das sementes.
Com relação ao cultivar Cometa, os resultados não foram satisfatórios,
pois o teste promoveu diferentes classificações para os lotes estudados, sem
consistência nos dados. Ë importante frisar que este teste foi desenvolvido,
inicialmente para reduzir os efeitos negativos da exposição direta das sementes
à elevada umidade relativa do ar nas câmaras de envelhecimento acelerado,
que promovem muitas vezes reduções excessivas no desempenho de
sementes pequenas, além de aumento na incidência de patógenos, porém não
se deve considerar que esse teste será eficiente para todas as espécies
estudadas. Neste contexto, o teste de envelhecimento acelerado com solução
saturada de NaCl não foi adequado para diferenciar os lotes dos cultivares
estudados.
4.4 Deterioração controlada
Os resultados referentes ao teste de deterioração controlada a 45ºC,
durante 24 horas, utilizando-se grau de umidade das sementes ajustado
artificialmente para três níveis diferentes, 20%, 22% e 24%, através do método
da atmosfera úmida (Rossetto et al., 1995), são apresentados na Tabela 11.
Os resultados do teste de deterioração controlada quando o grau de
umidade foi ajustado para 20% não revelaram diferença de potencial fisiológico
entre os quatro lotes estudados do cultivar Gigante Siculo, à semelhança do
39
ocorrido na caracterização inicial dos lotes (Tabela 6) e envelhecimento
acelerado com solução saturada de NaCl (Tabela 9). Quando o grau de
umidade foi ajustado para 22%, o lote 3 destacou-se como o de melhor e o lote
1 como o de pior desempenho. Com grau de umidade ajustado para 24%, o lote
4 apresentou-se como de qualidade inferior aos demais, ao contrário do
ocorrido no teste de envelhecimento acelerado tradicional (Tabela 7),
destacando o lote 3 como o de maior potencial fisiológico e os lotes 1 e 2 com
desempenho intermediário.
Para o cultivar Cometa, na deterioração controlada com grau de umidade
ajustado para 20%, o lote 6 apresentou-se superior aos demais, sendo o lote 5
intermediário e o lote 7 de menor potencial fisiológico; com grau de umidade
ajustado para 22%, o teste de deterioração controlada não apontou diferenças
de potencial fisiológico entre os três lotes estudados desse cultivar; com grau
de umidade ajustado para 24%, os lotes 5 e 6 não diferiram entre si e
apresentaram-se superiores ao lote 7.
Para o cultivar Saxa, a deterioração controlada de sementes com 20% e
22% de água indicou o lote 8 como de maior potencial fisiológico quando
comparado ao lote 9, em concordância ao que foi observado nos testes de
envelhecimento acelerado tradicional a 41ºC;o teste realizado em sementes
com 24% de água indicou o lote 9 como de maior potencial fisiológico quando
comparado ao lote 8, em conformidade com os resultados de germinação e
primeira contagem.
Os dados referentes ao grau de umidade das sementes após o teste de
deterioração controlada são apresentados na Tabela 12. Verificou-se que esse
parâmetro variou de 0,0 a 0,9 pontos percentuais entre lotes do mesmo cultivar,
situando-se dentro de limites toleráveis.
40
Tabela 11. Dados médios (%) obtidos em testes de deterioração controlada de
sementes dos cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa (45ºC/24h),
com três graus de umidade
Cultivares Lotes 20% 22% 24%
1 87Aa* 80Ba 81Ba
2 92Aa 86ABb 88ABab
3 88Aa 92Aa 92Aa
Gigante Siculo
4 91Aa 88ABa 62Cb
C.V. (%) 4,98
5 85ABa 85Aa 86Aa
Cometa 6 90Aa 88Aa 89Aa
7 76Bb 87Aa 76Bb
C.V. (%) 5,67
Saxa 8 88Aa 76Ab 50Bc
9 68Ba 51Bb 59Ab
C.V. (%) 5,06
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de
Tukey (p 0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada
linha pelo teste de Tukey (p 0,05).
41
Tabela 12. Dados médios (%) de grau de umidade obtidos em testes de
deterioração controlada de sementes dos cultivares Gigante Siculo,
Cometa e Saxa (45ºC/24h), com três graus de umidade
Cultivares Lotes 20% 22% 24%
1 20,0 21,7 23,5
2 20,0 22,1 24,1
3 20,4 21,7 24,1
Gigante Siculo
4 20,0 22,0 23,9
5 20,2 21,5 23,8
6 20,4 22,3 23,9
Cometa
7 20,1 21,8 24,0
8 20,3 22,4 23,5 Saxa
9 20,3 21,7 24,4
Os resultados obtidos na deterioração controlada quando o grau de
umidade foi ajustado para 20 e 22% não permitiram a diferenciação dos lotes
de todos os cultivares estudados concomitantemente. Quando o teor de água
foi ajustado para 24%, houve separação dos lotes, porém resultando em
classificação diferente daquelas obtidas durante a caracterização inicial dos
lotes e com o teste de envelhecimento acelerado tradicional.
4.5 Condutividade elétrica
Os resultados do teste de condutividade elétrica, envolvendo as
combinações de número de sementes e volumes de água destilada nos
diferentes períodos de embebição, são apresentados nas Tabelas de 13 a 15.
42
A análise dos dados permitiu verificar que, de maneira geral, para o
período de embebição de 1 hora em todas as combinações de número de
sementes e volumes de água destilada, não houve diferenciação entre os lotes
dos três cultivares estudados, exceto para o cultivar Gigante Siculo nas
combinações de 50 sementes/25mL/25ºC, indicando o lote 4 como de menor
potencial fisiológico quando comparado aos demais; e para o cultivar Cometa
na combinação de 50 sementes/25mL/25ºC, que indicou o lote 7 como de
menor potencial fisiológico quando comparado aos demais.
A análise dos dados permitiu verificar que, de maneira geral, para o
cultivar Gigante Siculo, as combinações de número de sementes e volumes de
água destilada nos diferentes períodos de embebição que mostraram
diferenças de potencial fisiológico entre os lotes estudados indicaram o lote 4
como de qualidade inferior aos demais. Essa tendência é a mesma obtida no
teste de deterioração controlada com grau de umidade ajustado para 24%
(Tabela 11), ao contrário do envelhecimento acelerado tradicional, que em
linhas gerais, apontou o lote 4 como superior aos demais (Tabela 7).
Os resultados obtidos nos testes de condutividade elétrica indicaram
diferentes separações entre os lotes do cultivar Cometa. As combinações de 50
sementes/25mL/25ºC nos períodos de 1, 2, 4 e 6 horas e 25
sementes/50mL/25ºC nos períodos de 1 e 2 horas apontaram o lote 7 como
inferior aos demais, enquanto a combinação de 50 sementes/75mL/25ºC no
período de 6 horas apontou o lote 6 como de menor potencial fisiológico
comparados aos demais.
Para o cultivar Saxa, a maioria das combinações de número de
sementes e volumes de água destilada nos diferentes períodos de embebição
não promoveu diferenciação entre os lotes estudados, o que pode indicar que o
teste de condutividade elétrica pode não ser sensível para detectar diferenças
de potencial fisiológico entre tais lotes. A combinação de 25
sementes/25mL/25ºC no período de 6 horas indicou o lote 9 como inferior ao
lote 8, assim como no teste de envelhecimento acelerado tradicional, para a
43
maior parte dos binômios temperatura/período de exposição estudados (Tabela
7). Entretanto, as combinações de 25 sementes/75mL/25ºC no período de 6
horas e 50 sementes/75mL/25ºC no período de 6 horas apontaram o lote 8
inferior ao lote 9.
Os resultados obtidos com o teste de condutividade elétrica para os
cultivares em estudo, nas diferentes combinações de número de sementes e
volumes de água destilada e nos diferentes períodos de embebição, indicaram
um aumento progressivo das leituras com o decorrer dos períodos de
embebição, o que concorda com as observações de Loeffler et al. (1988),
Marcos Filho et al. (1990) e Dias et al. (1996). A embebição das sementes em
água destilada nos volumes estudados por períodos superiores a 6 horas levou
à emissão da raiz primária, motivo pelo qual o teste não foi realizado para os
períodos de embebição de 8, 16 e 24 horas.
44
Tabela 13. Dados médios (µS/cm.g) obtidos em testes de condutividade elétrica
de lotes de sementes dos cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa
(25 ou 50 sementes embebidas em 25mL de H
2
O destilada, a 25ºC)
Períodos (h)
Cultivares Lotes
1 2 4 6
............................. 25 sementes/25mL/25ºC ...............................
1 109,76Aa* 114,38Aab 149,13Abc 183,25Ac
2 100,53Aa 119,20Aab 151,83Abc 176,85Ac
3 112,67Aa 137,15Aa 181,32ABb 195,76Ab
Gigante Siculo
4 114,02Aa 185,13Bb 214,78Bba 236,99Bc
C.V. (%)
13,30
5 92,82Aa 110,72Aa 156,31Ab 176,27Ab
Cometa
6 96,57Aa 102,76Aa 157,90Ab 170,66Ab
7 92,07Aa 96,18Aa 154,27Ab 169,61Ab
C.V. (%)
9,62
8 103,54Aa 120,96Aa 125,45Aa 142,89Aa
Saxa
9 108,61Aa 119,30Aab 153,76Abc 191,32Bc
C.V. (%)
16,44
............................. 50 sementes/25mL/25ºC ...............................
1 100,53Aa 137,88Ab 159,57Bc 174,35Bc
2 95,39Aa 131,45Ab 152,60ABc 165,40ABc
3 101,84Aa 126,74Ab 140,04Abc 154,95Ac
Gigante
Siculo
4 139,11Ba 175,32Bb 202,79Cc 225,99Cd
C.V. (%)
6,38
5 108,39Aa 130,61Ab 152,70Ac 168,05Ac
Cometa
6 107,99Aa 135,90ABb 163,77ABc 180,75ABd
7 125,94Ba 148,63Bb 171,26Bc 190,38Bd
C.V. (%)
5,70
8 107,34Aa 130,77Ab 154,12Ac 172,33Ac
Saxa
9 103,69Aa 127,61Ab 151,45Ac 168,42Ac
C.V. (%)
7,13
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de Tukey
(p 0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada linha pelo teste
de Tukey (p 0,05).
45
Tabela 14. Dados médios (µS/cm.g) obtidos em testes de condutividade elétrica
de lotes de sementes dos cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa
(25 ou 50 sementes embebidas em 50mL de H
2
O destilada, a 25ºC)
C.V. (%)
9,65
C.V. (%)
9,40
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de Tukey
(p 0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada linha pelo teste
de Tukey (p 0,05).
Períodos (h)
Cultivares Lotes
1 2 4 6
............................. 25 sementes/50mL/25ºC ...............................
1 57,29Aa* 69,73Aab 81,01Abc 89,19Ac
2 58,37Aa 71,44Aa 86,17ABb 91,92Ab
3 64,57Aa 80,36ABb 91,96ABbc 100,38Ac
Gigante Siculo
4 69,60Aa 86,59Bb 96,81Bb 100,28Ab
5 53,73Aa 67,83Ab 85,56Ac 87,38Ac
Cometa
6 50,22Aa 62,82Ab 78,10Ac 84,83Ac
7 66,32Ba 79,98Bb 87,93Ab 89,97Ab
C.V. (%)
8,73
8 60,76Aa 73,78Aa 90,11Ab 98,71Ab
Saxa
9 54,31Aa 67,61Aab 80,60Abc 88,69Ac
............................. 50 sementes/50mL/25ºC ...............................
1 50,49Aa 54,77Aa 74,23Ab 80,75Ab
2 50,14Aa 58,69Abab 74,90Abc 80,82Ac
3 50,53Aa 63,16Abab 75,33Abc 86,17ABc
Gigante Siculo
4 54,24Aa 76,99Bb 94,72Bbc 104,26Bc
C.V. (%)
14,37
5 45,31Aa 53,15Aa 73,90Ab 82,32Ab
Cometa
6 47,20Aa 59,45Ab 77,97Ac 89,11Ac
7 45,15Aa 63,05Ab 73,89Abc 83,81Ac
C.V. (%)
9,11
8 51,62Aa 57,39Aa 59,38Aa 87,45Ab
Saxa
9 50,19Aa 55,33Aab 62,51Ab 85,95Ac
C.V. (%)
6,87
46
Tabela 15. Dados médios (µS/cm.g) obtidos em testes de condutividade elétrica
de lotes de sementes dos cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa
(25 ou 50 sementes embebidas em 75mL de H2O destilada, a 25ºC)
Períodos (h)
Cultivares Lotes
1 2 4 6
............................. 25 sementes/75mL/25ºC .............................
1 47,83Aa* 56,85Aab 67,13Abc 75,88Ac
2 42,07Aa 50,67Aab 59,76Aab 66,54Ab
3 45,82Aa 56,01Aab 68,27Abc 75,67Ac
Gigante Siculo
4 49,88Aa 61,80Aab 74,94Abc 83,39Ac
C.V. (%)
16,46
5 42,36Aa 51,58Ab 63,26Ac 68,93Ac
Cometa
6 38,97Aa 49,10Ab 59,95Ac 66,24Ac
7 41,43Aa 51,04Ab 61,20Ac 66,98Ac
C.V. (%)
6,16
8 43,09Aa 52,47Aab 62,87Abc 70,75Bc
Saxa
9 39,46Aa 47,00Aab 55,76Abc 62,46Ac
C.V. (%)
10,46
............................. 50 sementes/75mL/25ºC .............................
1 37,78Aa 47,34Ab 51,55Ab 53,19Ab
2 40,96Aa 48,85Aab 54,32Ab 55,97Ab
3 39,73Aa 49,05Ab 53,78Ab 55,78Ab
Gigante Siculo
4 45,26Aa 53,56Aab 56,86Ab 68,29Bc
C.V. (%)
9,64
5 37,15Aa 46,45Ab 51,16Ab 52,31Ab
Cometa
6 37,24Aa 45,73Ab 48,30Ab 59,96Bc
7 39,74Aa 46,35Aab 49,19Ab 50,06Ab
C.V. (%)
9,46
8 39,20Aa 48,40Ab 56,81Ac 60,46Bd
Saxa
9 37,36Aa 47,92Ab 55,00Ac 56,91Ac
C.V. (%)
3,44
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de Tukey
(p 0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada linha pelo teste
de Tukey (p 0,05).
47
O teste de condutividade elétrica utilizando 50 sementes/75mL/25ºC
promoveu a separação de todos os lotes estudados, ainda que de maneira
diversa da obtida durante a caracterização inicial dos lotes e no envelhecimento
acelerado tradicional a 41ºC/48 horas. Devido a sua sensibilidade, facilidade de
execução, rapidez de resultados e possibilidade de avaliação do vigor antes da
perda do poder germinativo (Marcos Filho, 1999a), este teste consiste em
alternativa interessante para avaliação do vigor de sementes de rabanete,
necessitando porém de estudos adicionais.
4.6 Lixiviação de potássio
Os dados referentes ao teste de lixiviação de potássio, envolvendo as
combinações de número de sementes e volumes de água destilada, nos
diferentes períodos de embebição, são apresentados nas Tabelas 16 a 18.
Grande parte das combinações utilizadas no teste de lixiviação de potássio não
detectou diferenças entre os lotes avaliados dos cultivares Cometa e Saxa.
O teste de lixiviação de potássio nas combinações que permitiram a
separação dos lotes do cultivar Gigante Siculo, em sua maioria, o lote 4 como
sendo o de menor potencial fisiológico quando comparado aos demais, à
semelhança dos resultados obtidos no teste de condutividade elétrica (Tabelas
13 a 15) e deterioração controlada com grau de umidade ajustado para 24%
(Tabela 11).
Para o cultivar Cometa, os resultados de lixiviação de potássio nas
combinações de 50 sementes/50mL/25ºC no período de 90 minutos; 100
sementes/50mL/25ºC nos períodos de 30 e 60 minutos; e 100
sementes/75mL/25ºC nos períodos de 30, 60 e 120 minutos indicaram o lote 7
como inferior aos demais; Para esse cultivar, a combinação de 50
sementes/75mL/25ºC no período de 180 minutos indicou o lote 6 como inferior
aos demais.
48
Apenas as combinações de 50 sementes/25mL/25ºC nos períodos de
150 e 180 minutos e 100 sementes/25mL/25ºC no período de 150 minutos
apontaram diferenças entre os lotes estudados para o cultivar Saxa, sendo que
o lote 9 apresentou-se como de melhor qualidade quando comparado ao lote 8,
em concordância ao que foi observado no teste de deterioração controlada com
grau de umidade ajustado para 24% (Tabela 11) e no teste de condutividade
elétrica nas combinações de 25 sementes/75mL/25ºC no período de 6 horas
(Tabela 15) e 50 sementes/75mL/25ºC no período de 6 horas (Tabela 15).
As combinações de 50 sementes/25mL/30 minutos, 50
sementes/50mL/30, 60, 90,120 e 150 minutos, 100 sementes/50mL/30 minutos,
50 sementes/75mL/30 minutos em todos os períodos de embebição estudados
e 100 sementes/75mL/30 e 60 minutos para os três cultivares estudados; de
100 sementes/75mL/90 minutos para o cultivar Cometa; e de 100
sementes/25mL/30 minutos, 50 sementes/50mL/180 minutos e 100
sementes/75mL/120 minutos para o cultivar Saxa levaram a leituras baixas e
demoradas, o que compromete a praticidade e aplicabilidade do teste de
lixiviação de potássio.
49
Tabela 16. Dados médios (ppm/g) obtidos em testes de lixiviação de potássio em lotes de
sementes dos cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa (50 ou 100 sementes
embebidas em 25mL de H
2
O destilada, a 25ºC)
Períodos (min)
Cultivares Lotes
30 60 90 120 150 180
................................................... 50 sementes/25mL/25ºC ......................................................
1 504,41Aa* 871,64Ab 1004,68Abc 1138,44Abcd 1214,30Abcd 1250,02ABd
2 529,34Aa 892,51Ab 1002,66Abc 1100,13Abcd 1196,98Abcd 1242,83ABd
3 652,33Aa 876,83Ab 990,45Abc 1104,68Ac 1152,42Ac 1188,14Ac
Gigante
Siculo
4 870,30Ba 1043,61Aab 1214,85Bbc 1312,18Bc 1370,98Bc 1392,34Bc
C.V. (%) 9,77
5 696,34Aa 954,67Aab 1132,90Abc 1209,65Abc 1272,56Ac 1312,98Ac
Cometa
6 548,31Aa 819,85Ab 995,84Abc 1086,78Ac 1138,74Ac 1182,51Ac
7 757,30Aa 897,87Aab 1037,11Abc 1110,58Abc 1207,88Ac 1244,17Ac
C.V. (%) 12,34
8 577,02Aa 847,32Ab 1044,99Abc 1173,41Ac 1410,79Bd 1387,76Bd
Saxa
9 572,14Aa 822,61Ab 1005,37Abc 1108,62Acd 1142,68Acd 1222,22Ad
C.V. (%) 9,51
................................................... 100 sementes/25mL/25ºC ....................................................
1 618,48Aa 875,67Ab 950,88Abc 1002,29Ac 1038,44Ac 1034,64Ac
2 615,07Aa 874,25Ab 957,96Abc 1025,02Acd 1047,34Acd 1069,42Ad
3 618,05Aa 902,65Ab 966,07Abc 1035,76Acd 1088,15Ad 1083,53Ad
Gigante
Siculo
4 754,60Ba 1038,79Bb 1142,36Bbc 1188,46Bc 1247,63Bc 1234,99Bc
C.V. (%) 5,41
5 634,38Aa 816,95Ab 940,89Abc 978,68Ac 1009,72Ac 1015,36Ac
Cometa
6 609,00Aa 801,34Ab 906,15Abc 953,00Abc 985,44Ac 1004,64Ac
7 725,97Aa 900,98Ab 981,35Abc 1020,03Abc 1063,66Ac 1035,17Abc
C.V. (%) 8,24
8 678,43Aa 859,65Ab 965,13Ac 1010,85Acd 1063,54Bd 1056,40Acd
Saxa
9 678,94Aa 811,18Ab 921,77Ac 958,43Ac 987,56Ac 1010,83Ac
C.V. (%) 4,76
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de Tukey (p
0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada linha pelo teste de Tukey
(p 0,05).
50
Tabela 17. Dados médios (ppm/g) obtidos em testes de lixiviação de potássio em lotes de
sementes dos cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa (50 ou 100 sementes
embebidas em 50mL de H2O destilada, a 25ºC)
Períodos (min)
Cultivares Lotes
30 60 90 120 150 180
.................................................... 50 sementes/50mL/25ºC .....................................................
1 602,12Aa* 916,92Ab 1126,55Abc 1291,26Acd 1415,65Acd 1508,79ABd
2 644,13Aa 915,23Aab 1114,21Abc 1243,94Acd 1365,76Acd 1479,23ABd
3 654,02Aa 897,32Ab 1158,65Abc 1289,92Acd 1382,82Acd 1470,48Ad
Gigante
Siculo
4 769,90Aa 1048,70Ab 1284,10Abc 1507,92Acd 1628,97Ad 1743,30Bd
C.V. (%) 12,35
5 555,90Aa 803,27Ab 955,94Abc 1156,63Acd 1266,73Ad 1344,80Ad
Cometa
6 575,23Aa 801,39Ab 929,25Abc 1137,85Acd 1253,75Ade 1388,64Ae
7 680,92Aa 891,64Aa 1167,16Bb 1298,71Abc 1432,17Acd 1527,16Ad
C.V. (%) 10,11
8 642,63Aa 876,23Ab 995,82Abc 1109,77Acd 1250,05Ade 1320,32Ae
Saxa
9 645,18Aa 863,92Ab 976,60Abc 1083,85Acd 1185,67Ade 1251,89Ae
C.V. (%) 7,24
................................................. 100 sementes/50mL/25ºC ......................................................
1 702,30Aa 974,89Ab 1143,12Ac 1242,11Acd 1335,87Ade 1365,62Ae
2 724,71Aa 962,81Ab 1145,17Ac 1226,36Ac 1347,53Ad 1361,91Ad
3 693,00Aa 937,77Ab 1108,64Ac 1209,57Acd 1305,23Ade 1350,79Ae
Gigante
Siculo
4 834,38Ba 1095,39Bb 1281,90Bc 1396,84Bc 1535,61Bd 1562,31Bd
C.V. (%) 4,92
5 580,67Aa 824,22Ab 988,12Ac 1089,91Ad 1160,63Ade 1226,59Ae
Cometa
6 614,59Aa 845,92ABb 1026,19Ac 1141,88Ad 1199,07Ade 1251,50Ae
7 689,19Ba 895,93Bb 1053,80Ac 1137,60Acd 1177,95Ade 1227,84Ae
C.V. (%) 4,02
8 671,26Aa 871,22Ab 1061,49Ac 1158,87Acd 1216,91Ade 1304,76Ae
Saxa
9 696,25Aa 869,53Ab 1018,12Ac 1144,31Ad 1215,53Ade 1283,68Ae
C.V. (%) 5,16
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de Tukey (p
0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada linha pelo teste de Tukey
(p 0,05).
51
Tabela 18. Dados médios (ppm/g) obtidos em testes de lixiviação de potássio em lotes de
sementes dos cultivares Gigante Siculo, Cometa e Saxa (50 ou 100 sementes
embebidas em 75mL de H2O destilada, a 25ºC)
Períodos (min)
Cultivares Lotes
30 60 90 120 150 180
.................................................. 50 sementes/75mL/25ºC ..........................................................
1 733,40Aa* 959,39Abb 1135,71ABbc 1306,84BCcd 1472,79BCde 1592,03BCe
2 726,10Aa 908,38Abab 1085,47ABbc 1207,33Abcd 1374,74ABde 1490,73ABe
3 658,41Aa 640,61Ab 1009,90Abc 1129,85Acd 1208,74Ade 1322,28Ae
Gigante
Siculo
4 777,27Aa 1051,70Bb 1226,63Bbc 1396,37Ccd 1560,93Cde 1720,31Ce
C.V. (%) 7,80
5 519,62Aa 809,97Ab 967,61Ac 1158,26Ad 1306,14Ae 1412,83ABe
Cometa
6 534,87Aa 833,13Ab 1041,21Ac 1198,11Ad 1350,25Ae 1497,64Bf
7 588,77Aa 834,57Ab 987,95Ac 1174,93Ad 1276,25Ade 1376,02Ae
C.V. (%) 6,64
8 648,29Aa 852,87Aab 1054,90Abc 1247,91Acd 1385,94Ad 1463,82Ad
Saxa
9 631,27Aa 830,47Aab 972,72Abc 1161,40Acd 1344,47Ad 1422,95Ad
C.V. (%) 11,97
................................................ 100 sementes/75mL/25ºC ..........................................................
1 638,18Aa 897,40Ab 1149,07Ac 1225,54Acd 1326,63Ade 1444,75Ae
2 629,40Aa 885,26Ab 1132,28Ac 1232,73Acd 1333,20Ade 1405,10Ae
3 710,85Aa 954,28Ab 1161,29Ac 1268,42Acd 1417,88Ade 1492,69Ae
Gigante
Siculo
4 760,42Aa 1137,84Bb 1337,68Bc 1484,17Bcd 1627,21Bde 1740,96Be
C.V. (%) 6,78
5 547,32Aa 763,61Ab 1019,65Ac 1158,83Abd 1250,78Ade 1318,31Ae
Cometa
6 568,01Aa 740,07Ab 972,77Ac 1067,78Ac 1204,64Ad 1272,64Ad
7 707,08Ba 909,49Bb 1063,98Ac 1193,09Bd 1257,63Ade 1339,19Ae
C.V. (%) 5,22
8 664,02Aa 877,73Ab 1053,79Ac 1198,76Acd 1287,29Ade 1372,86Ae
Saxa
9 702,48Aa 821,03Aa 1012,42Ab 1147,22Abc 1254,02Acd 1333,44Ad
C.V. (%) 6,23
*Letras maiúsculas: comparação de médias dentro de cada coluna pelo teste de Tukey (p
0,05). Letras minúsculas: comparação de médias dentro de cada linha pelo teste de Tukey
(p 0,05).
As combinações de 50 sementes/25mL/25ºC nos períodos de 150 e 180
minutos e 100 sementes/25mL/25ºC no período de 150 minutos permitiram a
diferenciação dos lotes estudados para os cultivares Gigante Siculo e Saxa.
Neste teste, nenhuma combinação se destacou para separar os lotes dos três
52
cultivares avaliados ao mesmo tempo. Entretanto, este teste, baseado no
mesmo princípio do teste de condutividade elétrica, tem a vantagem de
proporcionar informações sobre o potencial fisiológico dos lotes em período de
tempo consideravelmente reduzido (Dias & Marcos Filho, 1995), de maneira
que estudos adicionais devem ser realizados para verificar a metodologia mais
adequada para a condução do teste visando a avaliação do vigor de sementes
de rabanete.
4.7 Considerações finais
As sementes de rabanete (Raphanus sativus L.) possuem elevado valor
comercial e esta cultura, caracterizada por possuir ciclo muito curto (cerca de
30 dias), promover retorno rápido e ser relativamente rústica, é utilizada em
grande número de pequenas propriedades dos cinturões verdes, com grande
diversidade de cultivo de hortaliças, entre outras de ciclo mais longo, com
épocas definidas de semeadura. Porém, existem poucos trabalhos a respeito da
utilização de testes de vigor para estimar o potencial fisiológico de sementes
dessa espécie, havendo demanda por informações que possam ser utilizadas
em programas de controle de qualidade.
O teste de envelhecimento acelerado com procedimento tradicional, com
destaque para a exposição das sementes a 41ºC durante 48 horas, promoveu
resultados interessantes e demonstrou diferenciar os lotes estudados de
maneira satisfatória, enquanto o teste de envelhecimento acelerado com
solução saturada de NaCl parece não ter causado estresse suficiente para a
separação desses lotes. Também, a deterioração controlada não promoveu a
diferenciação dos lotes utilizados na pesquisa de maneira satisfatória.
Os testes de condutividade elétrica e lixiviação de potássio mostraram-se
como alternativas promissoras para a avaliação do vigor de sementes de
53
rabanete, enfatizando a necessidade de estudos adicionais para determinação
das metodologias mais adequadas.
É válido ressaltar que o trabalho foi conduzido com 4 lotes do cultivar
Gigante Siculo, 3 lotes do cultivar Cometa e 2 lotes do cultivar Saxa, com o
objetivo de verificar o comportamento dessas sementes submetidas a diferentes
testes de vigor. A extrapolação dos resultados para outros cultivares da espécie
em estudo necessita estudos complementares e comprovação dos
procedimentos mais adequados.
5 CONCLUSÕES
O teste de envelhecimento acelerado com procedimento tradicional,
destacando o binômio temperatura/período de exposição de 41ºC/48 horas, é
suficientemente sensível para detectar diferenças entre lotes de sementes de
rabanete.
Os testes de condutividade elétrica e lixiviação de potássio podem
constituir alternativas promissoras para a avaliação do vigor de sementes de
rabanete, mas há necessidade de estudos adicionais para determinação dos
procedimentos mais adequados para sua condução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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