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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ANABELA CHAZIN MILMAN
ESTUDO COMPARATIVO DA
OPACIDADE E TRANSLUCIDEZ EM COMPÓSITOS
FOTOPOLIMERIZÁVEIS PARA DENTINA
Rio de Janeiro
2007
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Anabela Chazin Milman
ESTUDO COMPARATIVO DA
OPACIDADE E TRANSLUCIDEZ EM COMPÓSITOS
FOTOPOLIMERIZÁVEIS PARA DENTINA
Dissertação apresentada ao curso de pós-
graduação em Odontologia da Universidade
Veiga de Almeida, como requisito parcial para
obtenção do Grau de Mestre. Mestrado
Profissionalizante em Odontologia. Área de
concentração: Dentística.
Co-orientador: Prof Dr. Ivo Carlos Correa
Orientadora: Prof
a
Dra. Denise Fonseca Côrtes
Rio de Janeiro
2007
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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, ENSINO E PESQUISA
Rua Ibituruna, 108 – Maracanã
20271-020 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2574-8845 Fax.: (21) 2574-8891
FICHA CATALOGRÁFICA
FICHA CATALOGRÁFICA
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central/UVA
Biblioteca Maria Anunciação Almeida de Carvalho
M658e
Milman, Anabela Chazin
Estudo comparativo da opacidade e translucidez
em compósitos fotopolimerizáveis para dentina / Anabela
Chazin Milman, 2007.
138p. ; 30 cm.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga de Almeida,
Mestrado Profissionalizante em Odontologia, Dentística, Rio
de Janeiro, 2006.
Orientação: Professora Denise Fonseca Côrtes
Co-orientador: Ivo Carlos Correa
1. Materiais dentários. 2. Dentina. 3. Espectrofotômetro
I. Côrtes, Denise Fonseca (orientador). II. Correa, Ivo Carlos
(co-orientador). II. Universidade Veiga de Almeida,
Mestrado Profissionalizante em Odontologia, Dentística. III.
Título.
CDD – 617.695
ANABELA CHAZIN MILMAN
ESTUDO COMPARATIVO DA OPACIDADE E
TRANSLUCIDEZ EM COMPÓSITOS FOTOPOLIMERIZAVEIS
PARA DENTINA
Dissertação apresentada ao curso de pós-graduação
em Odontologia da Universidade Veiga de Almeida,
como requisito parcial para a obtenção de Grau de
Mestre. Mestrado Profissionalizante em Odontologia.
Área de concentração: Dentística.
Aprovada em: 02/02/2007
BANCA EXAMINADORA
Profª. Gisele Damiana da Silveira Pereira Doutor
Faculdade de Odontologia de Piracicaba UNICAMP
__________________________________________________________________
Prof. João Galan Junior Doutor
Faculdade de Odontologia de Bauru USP
___________________________________________________________________
Prof. Walter Augusto Machado Doutor
Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ
Ao meu marido Ivo, pelos estímulos constantes, cuidados, compreensão, dedicação
e auxílio nesses momentos de sonhos e esperança. Aos meus filhos Flavio e Marcio,
e netos queridos, Enzo e Alix Marie, pelo entusiasmo, alegrias e o apoio nesses
momentos significantes da minha vida. Aos meus falecidos pais, que me deram a
vida e especialmente à minha mãe, que me deu à luz e o amor pelas cores.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Ao longo deste trabalho, encontrei amigos, parentes e pessoas desconhecidas
que me estenderam a mão, me apoiaram e me valorizaram, mas ninguém superou a
dedicação, a compreensão, o carinho, o exemplo e a firmeza encontrados em minha
orientadora, Profª. Dra. Denise Fonseca Côrtes. Ao meu querido Prof. Dr. Ivo Carlos
Correa, co-orientador e grande inspirador dessa pesquisa, criativo, sábio e
incansável: o eterno Doutor, Mestre e Aluno. Ao professor José Bernardo Fragoso
Costa com quem aprendi que paciência não tem limite para quem deseja aprender a
difícil arte de ensinar. De todo coração, que Deus os abençoe para sempre.
AGRADECIMENTOS
Aos professores, colegas e funcionários do Mestrado Profissional em
Odontologia. À professora Fátima Namen, pela sabedoria e transmissão de amor ao
ensino e à pesquisa.
Às colegas e amigas Cristina Pereira Isolan e Carla Minozzo e ao colega
Frederico de Lima Turl, pela força, carinho e auxílio nos momentos difíceis.
À equipe do Laboratório de Colorimetria do SENAI CETIQT, especialmente à
Aline Damico de Azevedo e Danielle Ferreira de Oliveira pela ajuda inestimável na
Espectrofotometria.
Ao professor Helio Sampaio, da UERJ e senhores Ângelo e Marcelo, do
Laboratório de Pesquisas da UERJ, pela gentileza do oferecimento do laboratório
para o experimento.
Ao sempre amigo Vicente de Paula, do Laboratório da FIOCRUZ, que
confeccionou as matrizes deste estudo.
À Biblioteca da Universidade Veiga de Almeida, pelo auxílio na pesquisa dos
artigos. Às firmas que colaboraram com os compósitos: Dentsply, FGM, 3M-ESPE,
Vigodent e Ultradent.
À Dra. Regiane Azevedo, da Labor Dental, pelas informações prestadas e pelo
empréstimo do aparelho fotopolimerizador.
Ao inesquecível incentivador Professor Dr. Mario João.
A todos os professores e funcionários da Universidade Gama Filho, pelo carinho.
A todos os professores da equipe de Dentística da UGF pelo apoio, sugestões e
estímulo, e aos queridos professores Gláucia Maria de Queiroz, Rosana Reis, Arley
Silva Jr., Adriana Therezinha Neves, Adriana Melo Coscarelli, Raquel Castello,
indispensáveis na elaboração desse trabalho.
Às amigas Marina Fernandes e Vanessa Nicacio, pelo apoio e contribuição
especial no trabalho.
“Que as figuras, que as cores, que todas as espécies das partes do
universo sejam reduzidas a um ponto; que maravilha de ponto!
Oh admirável e surpreendente necessidade: por tua lei, tu obrigas
todos os efeitos a participarem em tua causa pela via mais curta!
Ali estão os verdadeiros milagres.”
Leonardo da Vinci
RESUMO
RESUMO
A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a opacidade e a translucidez
de nove diferentes compósitos fotopolimerizáveis para dentina. Foram avaliados três
compósitos do tipo híbrido (Charisma OA2, Herculite XRV A2 Dentin e Z100 UD),
três compósitos do tipo microhíbrido (Vit-l-escence A2 Dentin, Opallis DA2 e Esthet-
X A2-O) e três compósitos do tipo nanoparticulado (Filtek Supreme A2D, 4 Seasons
A2 Dentin e Concept Advanced Dentina A2). Cinqüenta e quatro corpos-de-prova
foram obtidos através de matriz de aço cilíndrica bipartida e fotoativados por 40
segundos. Seis corpos-de-prova para cada marca foram imersos separadamente em
5 ml de água destilada e armazenados em estufa a 37º C por 24 horas. Após esse
período, foram secos e medidos com Espectrofotômetro com as coordenadas do
Sistema CIE L*a*b*. A opacidade dos compósitos foi avaliada pela Razão de
Contraste (CR) e a translucidez através do Parâmetro de Translucidez (TP). Os
dados foram tratados estatisticamente pela análise de variância (ANOVA) e teste de
Tukey. Em relação à opacidade, os compósitos do tipo de nanopartículas
apresentaram maior opacidade, estatisticamente diferente do que os tipos híbridos
(Ρ < 0,05) e microhíbrido (Ρ < 0,05), tendo os tipos híbridos e microhíbrido
opacidades semelhantes entre si. O tipo híbrido apresentou translucidez semelhante
aos tipos microhíbrido e nanoparticulado, tendo o nanoparticulado apresentado
menor translucidez que o microhíbrido (Ρ < 0,01). A marca de compósito com maior
opacidade e menor translucidez foi o compósito nanoparticulado Concept Advanced
A2D (Ρ < 0,05). Os compósitos híbrido Z100 UD, microhíbrido Esthet-X A2-O, híbrido
Herculite XRV A2 Dentin e microhíbrido Vit-l-escence A2 Dentin apresentaram
propriedades intermediárias e diferenças significantes entre si (Ρ< 0,05),
apresentando respectivamente valores de opacidade decrescentes e translucidez
ascendentes. Os compósitos nanoparticulado 4 Seasons A2 Dentin e híbrido
Charisma OA2 obtiveram propriedades significantemente semelhantes (Ρ > 0,05),
apresentando ambos os menores valores de opacidade e a maior translucidez
dentre as marcas avaliadas.
Palavras-chave: opacidade, translucidez, compósitos, espectrofotômetro.
ABSTRACT
The aim of the present study was to evaluate the opacity and translucency of
nine different light activated composites for dentin. The following materials were
evaluated, three hybrid composites (Charisma OA2, Herculite XRV A2 Dentin and
Z100 UD), three microhybrid composites (Vit-l-escence A2 Dentin, Opallis DA2 e
Esthet-X A2-O). and three nanocomposites (Filtek Supreme A2D, 4 Seasons A2
Dentin and Concept Advanced Dentina A2). The samples were obtained through a
bipartide cylindrical steel matrix into which resin composite was inserted and photo-
activated for 40 seconds. Six samples from each composite were embedded in 5 ml
of distilled water and incubated at 37
o
C for 24 hours. Afterwards each sample was
dried and measured with spectrophotometer using the CIE L*a*b* system. The
opacity was evaluated using contrast ratio (CR) and the translucency was evaluated
through translucency parameter (TP). The data were analyzed by ANOVA and
Tukey's test. In relation to opacity, the nanocomposites type showed statistically
different higher opacity, than the hybrids (Ρ < 0,05) and microhybrids (Ρ < 0,05), with
the hybrid and microhybrid types having similar opacities between them. The hybrid
type depicted similar translucency when compared to the microhybrid and
nanocomposites types, with the nanocomposites presenting lower translucency than
the microhybrid (Ρ < 0,01). The composite’s brand with highest opacity and less
translucency was the nanoparticulated Concept Advanced Dentina A2 (p < 0,05).
The hybrid composites Z100 UD, microhybrid Esthet-X A2-O, hybrid Herculite XRV
A2 Dentin and microhybrid Vit-I-escence A2 Dentin showed intermediate properties
and significant differences between them (p < 0,05), showing decrescent opacity
values and ascendant translucency respectively.The nanocomposite 4 Seasons A2
Dentin and hybrid Charisma OA2 presented significantly similar properties (Ρ < 0,05),
both presenting the lowest values of opacity and the highest translucency among the
evaluated brands.
Key words: opacity, translucency, composites, spectrophotometer
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Matriz cilíndrica com anéis separados em aço inoxidável, p. 82
Figura 2 – Montagem da matriz bipartida, p. 82
Figura 3 Compósitos híbridos, microhíbridos e nanoparticulados, p. 82
Figura 4 Medição de compósito e conjunto matriz / placa de vidro/papel
celofane, p. 83
Figura 5 – Inserção em único incremento, p. 83
Figura 6 – Inserção do compósito na matriz, p. 83
Figura 7 – Peso utilizado, conjunto matriz/corpo-de-prova; placas de vidro e
espátulas, p. 83
Figura 8 – Aparelho fotopolimerizador Demetron 501, p. 84
Figura 9 Ponta ativa do aparelho fotopolimerizador diretamente sobre a placa
de vidro inferior, p. 84
Figura 10 – Cilindro de teflon para remoção do corpo-de-prova da matriz, p. 84
Figura 11 – Espessímetro mensurando corpo-de-prova, p. 84
Figura 12 Espectrofotômetro conectado a computador e fundos branco e preto,
p. 85
Fiigura 13 – Corpo-de-prova sendo avaliado em fundo branco, p. 86
Figura 14 – Esfera de integração do espectrofotômetro, p. 86
Figura 15 – Esquema do funcionamento do Espectrofotômetro, p. 87
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Mediana da opacidade dos nove compósitos estudados, e a
variação dentro dos valores máximo e nimo de cada
compósito, p. 90
Gráfico 2 Médias da Opacidade dos compósitos apresentados por seus tipos,
p. 94
Gráfico 3 Mediana da translucidez dos nove compósitos estudados,
evidenciando a variação dentro dos valores máximos e mínimos de
cada compósito, p. 96
Gráfico 4 Médias da Translucidez dos compósitos apresentados por seus tipos,
p. 99
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Características dos compósitos sob estudo. Marca comercial,
classificação, composição da matriz orgânica, tipo de carga,
percentual de carga, cor, lote e fabricante, p. 80
Tabela 2 Médias e desvios-padrão da opacidade das marcas dos compósitos e
respectivos tipos, p. 89
Tabela 3 Análise de variância (ANOVA) para Opacidade por tipo de compósito
(Híbrido, Microhíbrido e Nanoparticulado), p. 91
Tabela 4 – Teste de Tukey para Opacidade por tipo de compósito (Híbrido,
Microhíbrido e Nanoparticulado), p. 91
Tabela 5 Análise de variância (ANOVA) para Opacidade por marcas (n = 9) de
compósitos, p. 92
Tabela 6 Médias da opacidade das marcas dos compósitos e respectivas
marcas, p. 93
Tabela 7 Médias e desvios-pado da Translucidez das marcas dos
compósitos e respectivos tipos, p. 95
Tabela 8 Análise de variância (ANOVA) para Translucidez por tipo de
compósito composto (Híbrido, Microhíbrido e Nanoparticulado), p. 96
Tabela 9 Teste de Tukey para Translucidez por tipo de compósito Híbrido,
Microhíbrido e Nanoparticulado, p. 97
Tabela 10 – Análise de variância (ANOVA) para Translucidez por marcas (n = 9) e
compósitos, p. 98
Tabela 11 Médias da opacidade das marcas dos compósitos e respectivas
marcas, p. 98
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
a* Coordenada do CIELAB no comprimento de onda de vermelho a
verde
ADA – American Dental Association
Al – Alumínio
b* Coordenada do CIELAB no comprimento de onda de amarelo a azul
Ba – Bário
Bis-EMA – Bisfenol Etoxilado Metacrilato
Bis-GMA – Bisfenol Glicidil Metacrilato
Ca – Cálcio
CIE – Comission Internacionale de L’Eclairage
CIE2000 – Fórmula métrica para diferença de cor (ou CIEDE2000)
CIELAB – Fórmula métrica para diferença de cor (ou CIE76)
CR – Razão de Contraste
ETE – Enzima Estearase Salivar
L* – Valor de luminosidade
mW/cm
2
– Miliwatts por centímetro quadrado
µm – micrômetro – unidade de medida
mm – milímetros
nm – nanômetro
PBS – Solução Salina Tamponada
p. – Página
Si – Silício
SiO
2
– Dióxido de Silício
T – Fator tempo
TEGDMA – Trietileno Glicol Dimetacrilato
TP – Parâmetro de Translucidez
UDMA – Uretano Dimetacrilato
UV – Ultravioleta
X, Y, Z – Valores Triestímulos
TP – Diferença de translucidez
E – Diferenças de cor
Zn – Zinco
Zr – Zircônio
ºC – Grau Celsius
% – Percentagem
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO, p. 20
2 REVISÃO DE LITERATURA, p. 24
3 OBJETIVOS, p. 76
3.1 OBJETIVO GERAL, p. 76
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p. 76
4 HIPÓTESES, p. 77
5 METODOLOGIA, p. 78
5.1 MATERIAIS, p. 78
5.2 MÉTODOS, p. 81
5.2.1 Estudo Piloto, p. 81
5.2.2 Obtenção dos corpos-de-prova, p. 82
5.2.3 Avaliação da Opacidade e Translucidez, p. 85
5.2.4 Análise Estatística, p. 88
6 RESULTADOS, p. 89
6.1 OPACIDADE, p. 89
6.2 TRANSLUCIDEZ, p. 95
7 DISCUSSÃO, p. 100
8 CONCLUSÃO, p. 110
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 112
10 ANEXOS, p. 120
11 APÊNDICES, p. 133
20
1 INTRODUÇÃO
O sorriso é um importante atributo sico que possibilita a comunicação de um
indivíduo com o seu meio social. A sociedade moderna valoriza sorrisos perfeitos
com dentes claros, que guardem as devidas proporções, em agradável harmonia
entre gengiva, lábios e face. Cirurgiões-dentistas, fabricantes e pesquisadores o
desafiados a reproduzir as propriedades óticas dos materiais restauradores na
estética dos dentes naturais. Por essas razões, para a realização de restaurações
estéticas, fazem-se necessário observar os parâmetros de forma, textura de
superfície, translucidez, opacidade, fluorescência e cor (CRAIG; MARCUS, 1997).
O dente e os materiais restauradores estéticos são translúcidos, e,
dependendo do grau de translucidez de ambos, podem ocorrer diferenças na
transmissão e reflexão da luz de modo a afetar a aparência clínica das restaurações.
A superfície dentária reflete a luz e apresenta a coloração correspondente aos
comprimentos de onda nela refletidos. A luz penetra com maior facilidade pelo
esmalte, translúcido, e atinge a dentina, que é a principal fonte de dispersão da luz,
possibilitando a detecção de seus pigmentos. A dentina tem capacidade de
opacificar a passagem de luz, impedindo que essa atinja a polpa (VIEIRA, 2004). O
conhecimento da morfologia do dente, das dimensões da cor, translucidez,
21
opacidade, textura e transmissão de luz são essenciais para que resultados naturais
sejam obtidos (FAHL; DENEHY; JACKSON, 1995).
Faz-se necessário diferenciar as propriedades óticas translucidez e
opacidade. Materiais translúcidos permitiriam a transmissão parcial da luz e assim
alguma luz seria refletida, de tal forma que um objeto colocado atrás de um material
translúcido não ficará totalmente obscurecido. Materiais totalmente opacos o
permitiriam nenhuma transmissão de luz (CRAIG; MARCUS, 2004).
Um desafio enfrentado pelo cirurgião-dentista é a restauração de dentes com
pouca ou nenhuma estrutura dentária para refletir ou transmitir a luz, como ocorre,
por exemplo, em restaurações de Classes III e IV. Nesses casos, materiais muito
translúcidos podem prejudicar a estética, produzindo restaurações em coloração
acinzentada afetadas especialmente pela coloração escura do fundo da cavidade
oral (IKEDA et al, 2005; IKEDA; MURATA; SANO, 2004). Autores como Paravina;
Ontiveros; Powers (2002); Kamishima; Ikeda; Sano (2005); Johnston; Reisbick
(1997) têm atribuído às características de translucidez e opacidade de compósitos
para dentina a responsabilidade de atuar como fundo em restaurações de Classes III
e IV ou de restaurações com pouco remanescente dentário.
Para restaurações de larga exteno, onde ocorra grande quantidade de
tecido perdido e haja limitação de espessura, o efeito da coloração escura do fundo
da boca é sempre desfavorável. Para tais situações, Kamishima; Ikeda; Sano (2005)
sugeriram que os clínicos utilizem compósitos opacos em restaurações realizadas
pela técnica incremental. Entretanto, é sabido que as propriedades óticas de
translucidez e opacidade dos compósitos são variáveis e responsáveis muitas vezes
pelo insucesso estético das restaurações. O esmalte atua como um filtro e sua
espessura, translucidez e opacidade representam um importante papel na
22
determinação do valor e da cor final da restauração. A dentina e sua espessura são
responsáveis principalmente pela opacidade e croma em diversas áreas do dente,
refletindo-se na aparência final da restauração (CONCEIÇÃO et al, 2005). No intuito
de selecionar os tipos de compósitos e as marcas que melhor poderiam mimetizar
qualidades óticas de opacidade e translucidez em dentina, foi incluída no estudo a
análise de várias marcas de compósitos híbridos, microhíbridos e nanoparticulados
para dentina.
Ahmad (1999, 2000); Goldstein (2000); Duarte; Perdigão (2003); Annusavice
(2005) foram unânimes em afirmar que o estudo dos aspectos óticos e cor dos
compósitos pode ser um tema subjetivo, por reunir componentes físicos (o
iluminante), fisiológicos (o olho humano) e o próprio objeto a ser observado (o
dente). O estudo dessas características torna-se complexo e requer metodologia
objetiva apropriada (CRAIG; MARCUS, 2004; ARTEMIS, 2004).
Em 1994, a Minolta Corporation publicou um livro abordando a comunicação
das cores com maior precisão, sugerindo a utilização de instrumentos para
mensuração de cor, representados pelo colorímetro e espectrofotômetro. Ambos os
equipamentos quantificariam numericamente o matiz, o croma e o valor dos objetos,
identificando as coordenadas espaciais das cores. O colorímetro compara
seletivamente o espectro das cores primárias, o vermelho, o verde e o azul. Os
colorímetros simplificam as medições de cor, apresentando custo menor e maior
mobilidade se comparados aos espectrofotômetros, porém não podem ser
recomendados para análises óticas mais complexas. Os espectrofotômetros, além
de mensurar as três cores primárias, avaliam a distribuição espectral (refletância ou
transmitância) de um objeto, e conseentemente sua translucidez e opacidade.
Esse equipamento é mais preciso e completo e seus dados podem ser convertidos
23
para qualquer espaço de cores, sendo mais utilizados os sistemas de cores de
Munsell e o CIE L*a*b*. No presente trabalho, foram comparadas as propriedades
óticas de translucidez e opacidade dos compósitos com aparelho de
Espectrofotometria em toda a faixa visual de fundos branco e negro, já que, em
condições clínicas, os materiais estéticos repousam sobre fundos variáveis como
dentina artificial, dentina esclerótica, materiais de forro, base de restaurações e ou
mesmo o fundo escuro da boca.
Sabendo-se da necessidade de informação para o dentista clínico sobre a
transmissão e reflexão luminosa dos compósitos dentais, em especial de sua
habilidade em mimetizar as propriedades óticas da dentina, torna-se desejável o
conhecimento da influência do tipo de compósito para dentina em diferentes marcas
e seu comportamento no que diz respeito à opacidade e translucidez nos
procedimentos restauradores estéticos.
24
2 REVISÃO DA LITERATURA
Newton (1704) interceptou um raio de luz utilizando-se de um prisma de
cristal e decompôs a luz solar, obtendo uma faixa colorida a qual deu o nome de
“Espectro Solar”, formado por seis cores divididas em cores primárias e secundárias.
As cores primárias são cada uma das três cores indecomponíveis que misturadas,
em proporções variáveis, produzem todas as cores do espectro. As cores primárias
são o azul-violeta, o verde e o vermelho-alaranjado. Segundo o “fenômeno da
síntese aditiva”, ao se misturar as cores primárias obtêm-se como resultado a cor
“branca”. A decomposição da luz branca pelo prisma permitiu-lhe deduzir que a
separação das cores simples é obtida graças ao grau diferente de refração de cada
cor, revelado ao atravessar corpos transparentes. Essa refração é caracterizada por
certa grandeza, denominada índice de refração. Essas aferições permitiram que
Newton iniciasse o caminho das medidas e verificações matemáticas das cores. As
cores secundárias o o azul-ciano, o amarelo-limão e vermelho-magenta. Ao
misturá-las, obtêm-se as cores primárias, o preto e o cinza-neutro (síntese
subtrativa).
Munsell (1905), pintor americano, desde jovem estudou a cor, e por volta de
1900 já tinha desenvolvido um sistema de análise de cores. Porém, apenas em 1905
publicou um livro, no qual descreveu os principais dados de seu trabalho. Afirmou
que a cor torna-se perceptível quando está numa porção visível do espectro
25
eletromagnético. Com a finalidade de ordenar os valores cromáticos da cor, dez
anos mais tarde publicou o Atlas do Sistema Munsell. O sistema espacial de
ordenação de cores é denominado de HVC. No Atlas, várias centenas de amostras
de cores são apresentadas em retângulos de papel pintado em diversos tons e
gradações, indo da cor pura ao tom acinzentado. O HVC é uma técnica visual que
corresponde aos parâmetros de cores em três dimensões e que determinam as
propriedades da cor. A letra H significa o matiz, ou seja, a coloração de um objeto
(amarelo, azul, etc.). A letra V significa o valor (luminosidade ou brilho), e a letra C, o
croma (grau de saturação). O autor sintetizou seus achados num sólido, também
denominado de Árvore de Munsell. Trata-se de uma representação tridimensional do
seu sistema em coordenadas cilíndricas, com escalas de valores neutros como eixo
vertical (o tronco da árvore). Os matizes são organizados verticalmente em
seqüência ao redor desse eixo. As diferenças de matizes são organizadas ao redor
do eixo do valor, ficando as cores mais escuras em direção à base e as mais claras
na direção do topo. As cores ficam gradualmente mais saturadas em direção à
periferia da árvore, e progressivamente menos intensas à medida que se aproximam
do eixo central. Em 1961, em outra edição do seu livro, definiu o matiz como a
qualidade pela qual diferenciamos uma família de cores da outra, e o croma como a
terceira dimensão da cor, sendo a qualidade pela qual uma cor forte é distinta de
uma fraca, significando sua intensidade. O sistema Munsell seria simples e
adequado aos problemas enfrentados pelos profissionais em Odontologia.
Em 1931, a Comissão Internacional de L’Eclairage (CIE) desenvolveu um
sistema para especificação de sinais de cor e recomendou-o para ser utilizado em
larga escala. Os três atributos da cor poderiam ser expressos como uma esfera
tridimensional, expressos numericamente por um sistema de ordens de cores,
26
podendo a cor ser quantificada e expressa de maneira objetiva e precisa. Pelo
princípio da síntese de cores aditivas, todas as tonalidades partem da combinação
das cores primárias (o vermelho, o verde e o azul). As quantidades e intensidades
das cores primárias necessárias para produzir uma determinada cor (um
determinado estímulo de cor) formam uma especificação do estímulo em termos das
cores primárias utilizadas. As quantidades de cores primárias utilizadas para um
determinado estímulo de cor são comumente conhecidas como valores triestímulos
e esses valores podem ser observados através de um aparelho denominado
colorímetro. As funções das cores são as quantidades das três cores primárias
necessárias para combinar visualmente uma unidade de intensidade de um único
comprimento de onda de luz. O sistema CIE, como é atualmente conhecido, baseia-
se na transformação de funções das cores originárias das cores primárias
conhecidas como X (vermelho), Y (verde) e Z (azul). As funções de seleção de cores
são conhecidas para cada comprimento de onda e são representadas por x (λ), y (λ)
e z (λ). Um sinal real de cor poderia ser considerado como a soma da energia em
diferentes comprimentos de onda e possibilitaria predizer os valores triestímulos
para qualquer estímulo. O CIE também define padrões para iluminantes em tabelas
de distribuição do poder espectral de refletância de uma superfície. Em 1976 foi
introduzido o sistema para especificação de cores CIELAB, um sistema para
aparência da cor no espaço. Esse sistema, não linear, soluciona problemas de
aparência e diferença de cor do sistema CIE. Os valores triestímulos são
transformados em coordenadas L* a* b* aonde X
n
, Y
n
e Z
n
, são os valores
triestímulos de um estímulo acromático de um branco específico. O CIELAB
determina um espaço de cor tridimensional onde o eixo do a* e o de b* formam um
plano ortogonal ao eixo do L*. O CIELAB representa o estímulo de cor como um
27
sinal acromático (L*) e dois canais cromáticos representando o amarelo – azul (b*) e
vermelho verde (a*). As coordenadas de cores do sistema CIELAB permanecem
constantes aonde o L* = 100, e o a* = b* = 0 para uma perfeita superfície branca
também permite a representação dos estímulos de cor pelas dimensões de Valor,
Croma e Matiz. Por isso o sistema CIELAB pode ser descrito como um sistema para
aparência da cor no espaço.
Kubelka; Munk (1931) estudaram teoricamente a relação entre a refletância e
a espessura de um material translúcido. Fizeram cálculos para resolver as relações
teóricas dos feixes de luz dentro e fora de material turvo e plano de uma espessura
finita constante ou material que dispersa a luz. Essa teoria tornou-se popularmente
utilizada para a seleção de cores porque oferece um modelo de refletância para
materiais translúcidos colocados em fundos de diferentes cores. Restrições à teoria
foram feitas porque não analisa as reflexões nos limites da média dos diferentes
índices de refração e a mudança na distribuição dos comprimentos de onda por
específica absorção e dispersão da luz, porém essa teoria pôde ser aplicada para
predizer a refletância do esmalte e dentina em várias condições de fundos e
espessuras.
Segundo Clark (1931), a natureza tridimensional da forma, incluindo
comprimento, largura e altura, seria um conceito familiar, porém a natureza
tridimensional da cor não seria facilmente compreendida por ser complexa,
envolvendo fenômenos objetivos e subjetivos. A análise da cor poderia ser feita por
dois métodos. O primeiro seria em termos de estímulo da cor, energia radiante ou
luz refletida da superfície de objetos opacos ou transmitida por objetos
transparentes. O segundo, analisando-se três atributos da cor, ou seja, a
luminosidade, o matiz e a saturação. As diferenças em valor, por ele chamada de
28
brilho, e a saturação ou croma teriam um papel mais importante do que a
equiparação do matiz. Clark propôs um guia de cores modificado, contendo um
matiz, dez valores e seis incrementos de croma.
Kubelka (1948) criou uma teoria para medir a cor de uma camada de material
num outro fundo que não com os coeficientes das equações encontradas na sua
teoria com Munk em 1931. A desvantagem desse método nas pesquisas das
propriedades óticas dos materiais estéticos seria que o corpo-de-prova nem sempre
é tão translúcido e sim espesso em determinadas áreas do espectro visível, e
mudanças na distribuição dos comprimentos de onda por absorção ou por dispersão
da luz levariam a erros nas medidas, que deveriam então ser repetidas muitas
vezes.
Sahel (1974) definiu cor como uma propriedade da luz. A luz pertence a uma
faixa do espectro eletromagnético que vai desde os raios Gama (10
-14
m) até as
ondas de dio (10
-6
m), porém a visão humana alcança somente comprimentos de
ondas na faixa de 380 nm a 780 nm. O nanômetro (nm) é a medida de comprimento
de onda que equivale à bilionésima parte do metro (10
-9
m). O espectro do olho
humano distingue as cores violeta (380-450 nm), azul (450-480 nm), azul-
esverdeado (480-490 nm), verde azulado (490-500 nm), verde (500-560 nm), verde
amarelado (560-570 nm), amarelo (570-590 nm), laranja (590-620 nm) e vermelha
(620-700 nm), cada uma delas com comprimento de onda específico. Além da faixa
visível estariam os raios ultravioletas, com menos de 380 nm e os infravermelhos
com mais de 780 nm. A qualidade da luz, o iluminante, é determinada pela sua
temperatura de cor em Kelvin (K).
Segundo Judd; Wyszecki (1975), a refletividade da luz caracteriza se um
material de infinita espessura é claro ou escuro. O fundo de materiais mais finos
29
afeta a refletividade da luz. A refletividade da luz diminui se a proporção entre os
coeficientes de dispersão e absorção aumenta; assim uma alta absorção e uma
baixa dispersão resultam num compósito escuro.
Powers; Dennison; Lepeak (1978) consideraram a estética muito importante
para as restaurações diretas, sendo descrita pela proporção de contraste e
dependente da espessura do material e da reflexão do fundo. Os autores analisaram
o aumento da translucidez causada por diminuição da espessura nos compósitos em
vários estudos. Afirmaram que as restaurações relativamente espessas poderão
efetivamente mascarar a cor do fundo da cavidade bucal, entretanto, se a
restauração for relativamente fina, ela não cobrirá um fundo escuro, apesar de ter
sido realizada com coloração opaca.
Miyagawa; Powers; O'Brien (1981) avaliaram a proporção de contraste, a
refletividade da luz, o coeficiente de dispersão e o coeficiente de absorção de quatro
compósitos e de um compósito sem carga. Obtiveram corpos-de-prova em três
espessuras diferenciadas a partir das equações de Kubelka. Mediram os percentuais
das curvas de refletância versus o comprimento de onda de três repetições para
cada espessura entre 405 e 700 nm em fundos branco e negro. Para o cálculo
utilizaram os valores de Y dos valores triestímulos do CIEL*a*b* de 1931 para o
iluminante C. Examinaram a correlação entre eles e os valores experimentais da
proporção de contraste e encontraram alta significância, apesar de restrições às
teorias de Kulbeka. Concluíram que a proporção de contraste (CR) que descreve a
opacidade e as cores dos materiais restauradores estéticos "in vitro" depende da
tonalidade, da espessura e da cor de fundo das restaurações. Compósitos
translúcidos transmitem luz e tendem a ser influenciados pela cor do fundo.
30
Pedrosa (1982) afirmou que a cor é um atributo de um conjunto complexo de
propriedades ainda não tão bem compreendidas que define a aparência de tudo que
nos cerca. Quando a luz é refletida das superfícies restauradas ou de algum cenário,
ou olhamos diretamente a luz emitida por fontes de luz, experimentamos a sensação
da cor. Para estudar a opacidade em materiais estéticos faz-se necessário estudar
os estímulos que causam as sensações cromáticas, divididos em dois grupos: o das
cores-luz e o das cores-pigmento. A cor-luz ou luz colorida é a radiação luminosa
visível, que tem a luz branca como síntese aditiva. Sua melhor expressão é a luz
solar, por reunir de forma equilibrada todos os matizes existentes na natureza. As
faixas coloridas que compõem o espectro solar, quando tomadas isoladamente, uma
a uma, denominam-se luzes monocromáticas. A cor pigmento é a substância
material que, conforme sua natureza, absorve, refrata e reflete os raios luminosos
componentes da luz que se difunde sobre ela, e é a qualidade da luz refletida que
determina sua cor. A mistura das cores-pigmento produz um cinza escuro, chamada
cinza neutro, por encontrar-se eqüidistante a suas cores de origem.
De Gee; ten. Harkel-Hagenaar; Davidson (1984) discutiram os fatores clínicos
de determinação da fonte de luz, da direção da luz, a intervenção dos tecidos
dentais e profundidade de cura em compósitos. A superfície endurecida após a
fotopolimerização não significaria uma adequada polimerização na base da
cavidade. Compósitos inadequadamente fotopolimerizados exibirão pobre
estabilidade de cor e maior manchamento. A profundidade de polimerização dos
compósitos ativados por energia externa como a luz dos aparelhos
fotopolimerizadores pode variar de acordo com a composição da carga do material e
a química do compósito, sua tonalidade e translucidez, a concentração do
31
catalisador, a intensidade e distribuição espectral da fonte de luz e a duração da
irradiação.
Seghi; Johnston; O'Brien (1986) afirmaram que a cor dos dentes depende da
capacidade de modificar a luz incidente. O efeito total da cor dos dentes naturais é
resultado da combinação da luz refletida da superfície do esmalte e da luz
dispersada e refletida pelo esmalte e dentina.
Hunter; Harold (1987) afirmaram que brilho é a reflexão especular como a
reflexão da superfície de um espelho. a opacidade é um fenômeno de difusão da
luz mais do que a aparência especular. A translucidez é o potencial de um material
para dispersar uma porção da luz emitida e transmitir a parte da luz remanescente.
Recomendaram que as avaliações de propriedades óticas em compósitos fossem
realizadas em espectrofotômetros de esfera integrada, cujas configurações
permitiriam obter melhores resultados do que com acessos visuais ou outras
configurações. Concluíram que as mudanças na coloração intrínseca dos
compósitos após o envelhecimento podem afetar o resultado da correta seleção
inicial da cor das restaurações e dos procedimentos clínicos.
Miller (1987) descreveu a organização de cores em odontologia. Uma das
maiores exigências para uma escala padrão é que cada amostra possa apresentar
uma cor definida, de modo que possa haver diferenciação entre elas para ser
perfeitamente reprodutível. Apesar da escala de cores Vita não estar
sistematicamente distribuída em um espaço de cor relevante para os dentes
humanos, ainda permanece como referência para os profissionais.
Seghi (1990) determinou por meio visual a cor dos dentes e considerou este
método altamente subjetivo. Variáveis fisiológicas como a idade, a experiência, a
fadiga do olho humano e condições externas conduzem a inconsistências.
32
Baseando-se nos parâmetros do CIELAB de 1976 com dados matemáticos obtidos
de colorimetria e espectrofotometria, concluiu que as diferenças encontradas entre
os vários instrumentos usados em colorimetria poderiam ser causadas por perdas de
mensurações nas margens dos dentes como corpos-de-prova. Dependendo da
forma como o corpo-de-prova é conduzido ao aparelho para as medições, essas
diferenças podem ser minimizadas. Encontraram uma diferença de cor de 1 ou 2
para o E* que é bastante significante para ser visualmente perceptível.
Segundo Davis et al (1992), a opacidade de um objeto depende de vários
fatores, incluindo a espessura, reflexão especular e aspectos de reflexão e difusão
da luz. A geometria difusa de é a mais comumente utilizada para a aplicação das
teorias de refletância através de formulações coloridas e a incluiu em sua
metodologia pela importância do componente de reflexão especular na análise dos
materiais opacos. Outra variável que afeta a resultante de cor dos substratos opacos
são as condições do iluminante. Utilizou-se do iluminante D
65
em seu estudo por ser
representativo das medidas de colorimetria para a luz do dia. Baseou-se nas
numerosas medidas espectroradiométricas da luz do dia em diferentes locais e sua
correlação com a temperatura de cor de 6500 K e a temperatura da luz diurna global.
A correlação da descrição numérica de cor com interpretação visual requer a
compreensão dos sistemas de cores espaciais CIELAB e Munsell. Apesar de cada
sistema apresentar diferentes coordenadas, a comparação entre eles revela arranjos
espaciais semelhantes. Embora as coordenadas a* e b* do CIE não sejam
diretamente correlacionadas com as coordenadas de matiz e croma do sistema de
Munsell, ambas descrevem os componentes cromáticos das cores percebidas. O
arranjo do sistema de Munsell como um sistema de coordenadas polar e o arranjo
do sistema CIELAB como um sistema de coordenadas cartesiana permitem a
33
determinação das coordenadas de Matiz e Croma das coordenadas do CIE a* e b*.
Em ambos os sistemas CIELAB e Munsell, modificações no Matiz ocorrem
circunferencialmente ao eixo L* ou eixo do Valor. No sistema CIELAB, as mudanças
no Croma aumentam radialmente do eixo L*. A relativa distância da origem a*b* é
indicativa da magnitude do Croma; enquanto que a magnitude dos valores de a* e b*
é relatada ao matiz. No sistema de Munsell, as mudanças no croma ocorrem
radialmente ao eixo do Valor. A relativa distância do eixo do Valor indica maior
magnitude no Croma.
Para Kawaguchi; Fukushima; Miyazaki (1994), certos tipos de compósito
poderiam ter um coeficiente de transmissão de luz menor por dispersão da luz após
a fotoativação em função da amplitude do tamanho das partículas. Estudaram as
relações entre o coeficiente de transmissão e a profundidade de cura de oito
compósitos fotoativados (Silux Plus, Clearfil Photo Posterior, Photo Clearfil, P50,
Opalux, Occlusin, Palfique Light, Palfique Estelite), classificadas em três tipos de
acordo com sua carga. Determinaram o coeficiente de transmissão utilizando um
radiômetro para as várias cores de compósitos. Os resultados revelaram que houve
uma significante correlação entre o coeficiente de transmissão e a profundidade de
cura para as diferentes cores, menos para o compósito híbrido P50. Os materiais de
micropartículas apresentaram coeficiente de transmissão menor do que os híbridos e
os microhíbridos. Os materiais em cores mais claras (XL, L e INC) mostraram maior
profundidade de cura do que as outras cores dentro da mesma marca de compósito.
Para alguns compósitos, a composição dos monômeros e das partículas poderia ter
sido as mesmas, assim, o coeficiente de transmissão e a profundidade de cura
tiveram significante correlação, porém os índices de refração das partículas
poderiam ter variado. A dispersão da luz pela ativação poderia ter aumentado,
34
aumentando a diferença nos índices de refração entre as partículas e a matriz
resinosa, afetando as características estéticas das restaurações, como a
translucidez e a opacidade, que poderiam estar relacionadas à profundidade de
polimerização. O coeficiente de transmissão da luz poderia ser controlado pelo tipo e
conteúdo dos pigmentos nos compósitos.
Em 1994, a Minolta Corporation publicou um livro abordando a comunicação
das cores com maior precisão e sugeriu a utilização de instrumentos para medidas
de cor (o colorímetro e o espectrofotômetro) para quantificar numericamente o matiz,
o croma, o valor dos objetos, e observar e identificar as coordenadas espaciais das
cores. O colorímetro utiliza o método dos valores triestímulos e três filtros coloridos e
compara seletivamente o espectro das cores primárias (o vermelho, o verde e o
azul). Os resultados das leituras de X, Y e Z referem-se à quantidade das ts cores
primárias que poderão ser convertidas para coordenadas de um espaço de cor
específico. Os colorímetros simplificam as medições de cor, mas não são
recomendadas para alises mais complexas, apesar de possuírem um custo menor
e maiores mobilidades quando comparados aos espectrofotômetros. Os
espectrofotômetros medem a distribuição espectral (refletância ou transmitância) de
um objeto, além de medir as três cores primárias. Esse método é mais preciso e
pode determinar a cor sob diversos iluminantes e os dados obtidos das curvas de
refletância e transmitância, podendo os dados serem convertidos para qualquer
espaço de cores, sendo mais utilizados os sistemas de cores de Munsell e o CIE
L*a*b*.
Shortall; Wilson; Harrington (1995) afirmaram que uma inadequada
profundidade de cura pode reduzir a longevidade de restaurações de compósitos
ativados por luz. Esses comsitos geralmente são vendidos como materiais
35
restauradores para dentes anteriores e posteriores com diversas opacidades e
tonalidades e diferentes marcas de compósitos são geralmente fabricadas na escala
de cor tradicional Vita. O objetivo do estudo foi estabelecer a profundidade de
polimerização em condições padronizadas de teste para investigar a influência da
tonalidade do material e da opacidade na profundidade de polimerização. Fatores
clínicos, tais como o acesso da fonte de luz em camadas mais profundas, a
aparência dos tecidos circunvizinhos e a profundidade da cavidade podem limitar a
profundidade de cura em uma restauração. A metodologia utilizada foi o
preenchimento de matrizes cilíndricas com cinco compósitos bridos e um
compósito microhíbrido nas tonalidades Vita A2, A3,5 e C2. Materiais que possuíam
mais de uma opacidade com as variantes para dentina e esmalte também foram
avaliados. As leituras foram realizadas por um método digital denominado
penetômetro. Os autores concluíram que a profundidade de polimerização da
opacidade do esmalte é sempre maior que a profundidade de polimerização da
mesma tonalidade da dentina para cada faixa de produto fabricado.
Johnston; Ma; Kienle (1995) preconizaram um único parâmetro de
translucidez (TP), definido como a diferença de cor entre uma espessura uniforme
do material em fundos preto e branco, correspondendo aos acessos visuais mais
comuns de translucidez. Afirmaram que a espessura, a textura de superfície, a
fotopolimerização, armazenamento e o envelhecimento dos materiais restauradores
também podem influenciar clinicamente a estética das restaurações e sugeriram que
a escolha de cor deve levar em conta as modificações que ocorrem nas cores dos
compósitos após esses processos. Uma dificuldade para especificar a translucidez é
que os materiais restauradores poderiam ser mais translúcidos em alguns
comprimentos de onda que em outros. Enfatizaram que a cor e a translucidez dos
36
materiais estéticos são determinadas por adição de pigmentos menores e outros
componentes químicos desses materiais e não somente pelos fenômenos
macroscópicos dos compósitos após esses processos.
Fahl; Denehy; Jackson (1995) afirmaram que a cor de um objeto se modifica
não apenas pela intensidade e tonalidade do pigmento do corante, mas também
pela translucidez ou opacidade do objeto. Os tecidos corpóreos variam o grau de
opacidade que eles exibem. A maioria exibe certo grau de translucidez e isso é
verdadeiro para o esmalte dental e os tecidos moles de sustentação que circundam
os dentes. O conhecimento da morfologia do dente, as dimensões da cor, a
translucidez, a opacidade, a textura e transmissão de luz são essenciais para
conseguirmos resultados naturais. O uso de diferentes opacidades e translucidez,
características de cromacidade, matizes e valores é importante para que se recrie os
vários graus de transmissão de luz que ocorrem naturalmente no dente, pelo fato de
que a luz pode ser refletida, transmitida ou absorvida pela estrutura dental. Uma vez
a luz alcançando o esmalte e a dentina, seu trajeto é interrompido, e quando esse
desvio é tratado com os compósitos e técnicas apropriadas, esses efeitos serão
reproduzidos na estrutura dental. Afirmaram que as propriedades físicas dos
compósitos alcançaram um alto nível de excelência e para se confiar na longevidade
das restaurações surgiram formulações com o tamanho das partículas e sua
distribuição, adicionando mais resistência e variados graus de polimento para em
áreas de altos graus de tensões. Somando-se a isso, são fabricados produtos
comerciais com variados graus de opacidade para diferentes áreas dos dentes e
para conferir-lhes características de policromacidade, respeitando-se a idade do
paciente e variável de croma, valor, matiz e translucidez. Se os clínicos entenderem
37
as relações dessas características com as dos dentes naturais, poderão reproduzi-
las melhor nas restaurações.
Ikonoshi et al (1996) afirmaram que a descoloração clínica dos materiais é
afetada por muitos parâmetros, incluindo o tipo de material restaurador, a
manipulação do material, a dieta e higiene oral dos pacientes e representa uma
mistura de manchamentos e descolorações intrínsecas. Testaram a opacidade
intrínseca e as alterações de cor de cinco compósitos quimicamente ativados, sete
compósitos fotoativados (APX, Charisma, Estio LC, Herculite XR, Palfique Estelite
Silux Plus e Z100) nas cores A2 e U, e três cimentos ionômero de vidro modificados
por compósito, segundo teste de envelhecimento. Analisaram os valores triestímulos
(XYZ) em um colorímetro e convertidos para o Sistema CIELAB (L*a*b*) tomando-se
o cuidado de não contaminar as amostras com os dedos ou “debris” por ser a
opacidade sensível à superfície de refletância, podendo modificar-se com
rugosidades superficiais ou simples toques manuais e elevando seus valores. O
polimento diminui a superfície de reflexão, fazendo com que a opacidade fique
menor. Calcularam a opacidade dos materiais com a fórmula da razão de contraste
CR = Y
b
/Y
w
, onde Y
b
representa o valor do corpo-de-prova num fundo negro e o Y
w
,
o valor no fundo branco. A proporção de contraste representa o poder de mascarar
materiais translúcidos com um valor de 0 a 1. Quanto maior o valor da opacidade,
maior a proporção de contraste; desta forma, um material completamente opaco
deveria esconder os fundos branco e negro resultando em Y
b
= Y
w
, e a proporção de
contraste = 1. O autor padronizou os a espessura dos corpos-de-prova em 1 mm.
Concluíram que a opacidade dos materiais testados decresceu pelo envelhecimento
e foi um fator intrínseco de descoloração. Os cimentos ionômero de vidro
modificados por compósito mostraram um escurecimento marcante com o tempo e
38
aumentaram sua translucidez inicial e isto pode ter sido causado pela modificação
no índice de refração de fase na matriz dos materiais, levando a um decréscimo na
diferença do índice de refração entre as partículas e a matriz. Devido às múltiplas
reflexões e refrações, quanto mais altas forem as diferenças entre o índice de
refração das partículas inorgânicas nas interfaces com a matriz orgânica, maior será
a opacidade. Os compósitos fotopolimerizados resultaram em uma maior
estabilidade de cor e de opacidade mesmo após quatro semanas, talvez indicando
uma estabilidade na matriz dos compósitos. Os autores definiram a opacidade como
a proporção de refletância de um corpo-de-prova em formato de disco quando
medido em fundo negro e fundo branco. A opacidade é mais fácil de ser calculada
do que a translucidez, e é considerada o inverso da translucidez quando visualmente
comparada.
Johnston; Reisbick (1997) afirmaram a importância de manter a cor de um
material restaurador estético estável após completar o processo de polimerização e
o material entrar em equilíbrio com o meio bucal. Com o objetivo de avaliar as
diferenças de cores e a translucidez após a fotopolimerização e a imersão em água,
realizaram um estudo para observar as cores claras, escuras e médias de seis
compósitos híbridos (Prisma APH L, U, DG; Charisma A10, A20, A3,5; Herculite XRV
A2, B3, C3; TPH A2, B2, C4; Pert XL, U, D; Z100 A35, CY), de três cimentos
ionômero de vidro, dois compósitos microparticulados (Durafill A10, A20 e A3,5,
Helio Progress LY, B, G). Obtiveram corpos-de -prova com dois milímetros de
espessura e 9 mm de diâmetro. As cores desses materiais também foram avaliadas
pela teoria de Kubelka-Munk para camadas num fundo de cor B2 em colorímetro. Foi
encontrada uma interação estatística significativa entre os produtos, cores e
intervalos de tempos para ambas as diferenças de cores e translucidez. Os valores
39
de luminosidade (L*) e a translucidez (TP) variaram consideravelmente, sendo que
alguns aumentaram e outros diminuíram após polimerização e imersão em água.
Existe uma variedade relativamente alta de alterações na translucidez dos materiais
estéticos as imersão em água, com alguns produtos aumentando os parâmetros e
outros diminuindo. Consideraram os valores dos parâmetros de translucidez
consistentes, mas o significado clínico variou dependendo da finalidade do material
restaurador. A cor e a translucidez dos materiais estéticos são determinadas não
por fenômenos macroscópicos, como a matriz e a composição da carga, como
também pela adição de pigmentos, componentes químicos, componentes de
iniciação e a carga do agente de união. Os autores comentaram as dificuldades para
interpretar os parâmetros de translucidez, e que um maior TP é indicativo de maior
translucidez e menor opacidade. Nesse estudo, foi empregado esse parâmetro
específico para uma espessura conhecida de material e para os fundos utilizados, e
foi considerado consistente, embora o significado clínico desse parâmetro varie
dependendo da aplicação do material. Quando o fundo tem a mesma cor que o
material restaurador que o recobre, qualquer modificação na translucidez do material
restaurador poderia ficar imperceptível, mas uma modificação na translucidez nessa
camada de recobrimento poderia tornar-se perceptível ou inaceitável, especialmente
em áreas interproximais ou incisais ou em Classes III e IV, que se apresentem com
pouca ou nenhuma estrutura em volta para refletir ou transmitir a cor de base. O
problema muitas vezes reside na colocação de múltiplas cores em muitos
incrementos com uma última camada translúcida superficial para copiar o efeito de
translucidez natural do dente. Nesse estudo, o fundo teve um efeito pouco
significante nos valores de refletância e na espessura dos corpos-de-prova na
porção visível. Os autores concluíram que a espessura, a textura de superfície, a
40
fotopolimerização e o envelhecimento dos materiais restauradores também podem
influenciar a estética, sugerindo aos clínicos levar em conta as modificações que
ocorrem nas cores dos compósitos após a polimerização, armazenamento e o
envelhecimento. A translucidez dos compósitos pode variar com o aumento da
polimerização.
Craig; Marcus (1997) afirmaram que a cor é um atributo de um conjunto
complexo de propriedades ainda não tão bem compreendidas e que define a
aparência de tudo que nos cerca. Quando a luz é refletida das superfícies
restauradas ou de algum cenário, ou olhamos diretamente a luz emitida por fontes
de luz, experimentamos a sensação da cor. O problema da cor aparece quando
necessitamos selecionar e equiparar a cor das restaurações com os dentes naturais.
Na Ótica sica, busca-se a interpretação dos fenômenos que estão associados à
própria natureza da luz, fundamentada nas radiações eletromagnéticas. Três fatores
podem influenciar a percepção da cor: a fonte de luz, o objeto que está sendo
observado e o observador. A fonte de luz pode emitir energia como comprimentos de
ondas, e isto se caracteriza pela relativa quantidade de energia emitida em cada
comprimento de onda do espectro visível. A fonte de luz que ilumina um objeto afeta
a percepção da cor, pois essas fontes contêm uma quantidade variada de cada um
dos comprimentos de onda da luz. O espectro de reflexão ou de transmissão de um
objeto caracteriza a cor para aquele objeto. Um objeto parece vermelho porque
reflete comprimentos de onda vermelhos, mais do que azul ou verde, conforme o
sistema visual do olho e cérebro do observador. As ondas são medidas em
comprimentos de onda, definidos como a distância entre dois picos de ondas e são
medidas em nanômetros.
41
Yap; Tan; Bhole (1997) determinaram as propriedades de cor e translucidez
de materiais estéticos para comparar se a escala dos produtos apresentava os
mesmos padrões de cor da escala Vita Lumin. Avaliaram o valor, o croma, o matiz e
a translucidez de cinco diferentes materiais estéticos nas cores da escala Vita Lumin
A2, A3, B3, C2, C3 (Z100, TPH, Durafill e Fuji II LC e Dyract). Os materiais estéticos
foram classificados visualmente por 40 profissionais de Odontologia em contraste
com a escala Vita, usando uma escala de avaliação 5 pontos (1 = similaridade muito
pobre; 2 = pobre; 3 = médio; 4 = bom; 5 = excelente). Os resultados confirmaram a
observação clínica de que o matiz, o croma, o valor e a translucidez dos diferentes
materiais avaliados não combinam com as amostras da escala Vita a qual deveriam
se assemelhar. Concluíram que as propriedades estéticas de matiz, croma, valor e
translucidez eram todas dependentes da tonalidade. A comparação entre produtos
revelou que nenhum dos materiais tinha bons ou excelentes resultados e os
compósitos tinham significantemente maior habilidade para se equiparar com a
escala Vita que os outros materiais.
Yap (1998) avaliou se as cores das escalas fabricadas para se assemelhar
com as cores da escala Vita apresentavam as mesmas propriedades óticas como
prescrito em colorimetria. Em 1997, fez um estudo semelhante por comparação
visual. Os resultados mostraram que nenhuma das tabelas de cores fabricadas tinha
os valores de L*, a* e b* idênticos aos respectivos valores na escala Vita Lumin.
Geralmente as cores das escalas dos materiais eram mais escuras do que as
correspondentes às da escala Vita. Compararam a precisão das tabelas de cores de
diferentes materiais estéticos nas cores da escala Vita Lumin A2, A3, B3, C2, C3
(Z100, TPH, Durafill e Fuji II LC e Dyract), como no estudo de 1997, e encontraram
resultados significativamente melhores para as escalas do compósito Z100 e para o
42
cimento ionômero de vidro modificado Fuji II LC do que para as escalas do
compósito Durafill VS ou TPH. A escala de cores do compósito modificado por
poliácidos Dyract foi considerada a mais precisa, e concluíram que a precisão das
escalas não era dependente do produto, mas sim da cor. A seleção clínica de cores
deveria ser realizada com a própria escala do material que seria utilizado para que
as restaurações não tivessem uma coloração mais escura do que o dente a ser
restaurado.
Brie et al (1999) investigaram as propriedades óticas de alguns compósitos
dimetacrílicos fotopolimerizados e resinas com o objetivo de avaliar o efeito das
partículas de carga nas propriedades de opacidade de uma série de compósitos
experimentais. Explicaram que os ésteres do ácido metacrílico o comumente
utilizados como monômeros em resinas dentais e materiais compósitos. Os
dimetacrilatos com peso molecular alto, tais como o Bisfenol A e Glicidil Metacrilato
(Bis-GMA) são os mais utilizados. Realizaram a pesquisa com Bis-GMA, o Etileno
Glicoldimetacrilato (EGDMA) e partículas inorgânicas como sílica coloidal, quartzo e
dióxido de titânio em formulações especiais para o experimento, e compararam os
efeitos do nível e a natureza da carga na opacidade nesses compósitos com
compósitos sem carga, em espectroscopia com UV-visível em espectrofotômetro de
transmitância e microscopia eletrônica. Partículas inorgânicas como sílica coloidal,
quartzo ou óxido de titânio podem conferir ao compósito uma opacidade em grau
semelhante a dos dentes naturais. Os autores concluíram que aspectos de
espectros de luz visível sugerem que nos materiais com Bis-GMA, existe dispersão
de luz visível e a natureza e o nível da carga incorporados o importantes para
determinar as propriedades óticas nesses copolímeros. Encontraram grandes
diferenças entre as opacidades dos copolímeros sem carga e os compósitos com
43
incorporação de partículas. A maior opacidade foi obtida nos compósitos que
continham óxido de titânio (TiO2). uma tendência à diminuição nos valores de
transmissão quando existe aumento do nível das partículas.
Campos et al (1999) avaliaram a influência de rios tipos de corantes sobre
a translucidez de dois compósitos restauradores, o microhíbrido Charisma e o
microparticulado Durafill na cor A2. Confeccionaram corpos-de-prova cilíndricos com
10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Os corpos-de-prova foram
acondicionados em recipientes contendo saliva artificial em estufa a 37º C por 24
horas. Os valores de translucidez iniciais foram obtidos por eletroforese com o
aparelho de Jouan. Os corpos-de-prova foram mantidos em recipientes individuais
imersos nos corantes café, refrigerante (Coca-Cola), vinho tinto e anti-séptico bucal
(Listerine), sendo a translucidez avaliada com 10, 31 e 90 dias. Os resultados
demonstraram que a diferença de translucidez nos materiais estudados relacionou-
se com a diferença de composição dos materiais, como tipo de carga, quantidade e
tamanho das partículas de carga. Os comsitos híbridos são considerados como
tendo uma lisura superficial e uma estética que permitem restaurações em anteriores
do mesmo modo que os compósitos de micropartículas; no entanto, como as
partículas de vidro contêm metais pesados, a radiopacidade é maior que a do
esmalte dental. A translucidez dos compósitos pode variar em função da capacidade
da passagem de luz pelos seus componentes, do número e tamanho de bolhas
internas, do índice de refração dos componentes e o tamanho das partículas de
reforço. Os autores concluíram que o comsito microhíbrido obteve o menor
percentual de translucidez quando comparado ao compósito de micropartícula,
influenciados pelos corantes, e o vinho proporcionou o maior manchamento e, por
conseqüência, os menores valores de translucidez. O anti-séptico Listerine foi o que
44
obteve os maiores valores de translucidez, e assim, o que sofreu menor
manchamento. Ambos comsitos estudados apresentaram a translucidez alterada
em função do tempo. A proporção de contraste de uma espessura infinita descreve a
translucidez de um material quando observado com o iluminante (luz branca). As
cores mais opacas de um compósito tendem a ter maiores coeficientes de absorção
e dispersão. Traduzindo para a clínica, uma restauração mais espessa não será
afetada pela cor do fundo com a fonte de luz branca. Nesse estudo, para cada
propriedade ótica analisada, diferenças significativas foram observadas para os
índices de reflexão, absorção e dispersão.
Pozzobon; Candido; Rodrigues (1999) avaliaram "in vitro" o efeito de agentes
clareadores em cinco diferentes tempos de observação. Para isso, foram utilizados
quatro materiais restauradores, sendo um compósito híbrido (Z100), um compósito
microparticulado (Silux-Plus), um compômero (Dyract) e um cimento de ionômero de
vidro modificado por compósito (Vitremer). Foram utilizados também dois agentes
clareadores distintos, o Opalescence, à base de peróxido de carbamida a 10%, e Hi-
Lite, à base de peróxido de Hidrogênio a 35%, e saliva artificial como controle e meio
de imersão, com trocas diárias durante o período de experimento. Prepararam 120
corpos-de-prova, em 12 diferentes grupos, que foram observados após 1 hora de
confecção e antes da imersão (To), após o início de um dia de tratamento clareador
(T1), com 7 dias de tratamento clareador (T2), com 15 dias de tratamento clareador
(T3) e com 30 dias após o início do tratamento clareador (T4). Concluíram que a
translucidez dos materiais restauradores estéticos, de forma geral, altera-se quando
expostos a diferentes agentes clareadores que permaneçam em contato ao longo do
tempo. Em função dos fatores analisados, a translucidez apresenta-se em diferentes
níveis. Assim, em função do material restaurador, o material Vitremer apresentou a
45
maior média estatisticamente significante de translucidez, seguido pelos materiais
Z100, Silux Plus e Dyract considerados estatisticamente iguais. Para o fator Agente
Clareador, os agentes clareadores Opalescence e Hi-Lite, isoladamente, não foram
capazes de exercer ação sobre os materiais restauradores, porém, quando
interagidos com os fatores Materiais e Tempos, o agente clareador Opalescence
diminuiu estatística e significativamente a translucidez do material Silux Plus,
enquanto o agente clareador Hi-Lite aumentou essa propriedade para todos os
materiais avaliados. Em função do fator Tempo, ou seja, tempo de permanência do
agente clareador sobre a superfície dos materiais restauradores, observou-se
influência estatisticamente significativa sobre a translucidez, o que pode ser
representado em ordem crescente de forma: T1 < T0 < T2 = T3 < T4.
Hosoya (1999) relatou que os componentes químicos dos compósitos como o
ativador, o inibidor ou o iniciador, a qualidade do polímero, o tipo de partícula de
carga, o Bis-GMA do monômero, a quantidade e o tipo de carga, a oxidação das
duplas ligações de carbono, a iluminação ultravioleta, o calor e a água podem
contribuir para as descolorações internas proporcionalmente ao tempo de
permanência na boca. Investigou a influência dos tempos de fotopolimerização nas
mudanças de cor que podem ocorrer após períodos específicos de tempo (10, 20 e
60 segundos por grupo) e modificações que podem ocorrer na transparência de sete
cores diferentes de um compósito de micropartículas (Silux Plus) em um fundo
branco. Os comsitos não foram polidos e sim polimerizados através de duas
placas de vidro. Uma placa branca foi confeccionada especialmente como fundo,
como se fosse um material de base de restaurações em dentes naturais, e outra de
vidro transparente para proteger o compósito da camada inibitória de oxigênio,
armazenada a 37
o
em saliva artificial, e avaliadas com espectrofotômetro no Sistema
46
CIELAB e a fórmula para 100% de opacidade (100x Y
b
/Y
w
). O mesmo procedimento
repetido a cada seis meses e após cinco anos. Os valores medidos imediatamente
após a polimerização foram os padrões porque é comum aos clínicos verificar a cor
do compósito imediatamente após a polimerização como padrão. O significado
clínico desse estudo foi que o tempo de polimerizarização influenciou na variação de
cor e opacidade dos compósitos de micropartículas utilizados.
Ahmad (1999) apresentou os princípios da cor, com definições, medidas,
sensações, percepções e aplicações práticas para aplicação em Odontologia.
Definiu cor como o resultado de três processos (o estímulo, a sensação e a
percepção), envolvendo ciências como física, química, fisiologia, psicologia e a
psicofísica (a luz, como energia radiante, e a experiência psicológica, a cor). Para
que a cor seja percebida, existem experiências conscientes (o iluminante, o objeto e
o instrumento ou o observador visual), experiências subconscientes (a memória e os
sonhos) e experiências paraconscientes (experiências psicodélicas). Qualquer
experiência com cor depende de como o cérebro a interpreta. O processo da
percepção da cor inicia-se com o estímulo físico da energia radiante, a luz, e a visão
existe somente quando existe luz. Para definir as três dimensões da cor (Matiz,
Croma e Valor), o autor fez uma analogia com as dimensões cúbicas da forma,
definindo o Valor de um objeto como a quantidade de luz que ele reflete (o objeto
com 100% de reflexão é o branco puro e terá uma aparência de alto valor). Um
objeto negro absorve toda a luz incidente e possui uma aparência opaca. Definiu o
Matiz de um objeto como o comprimento de onda da luz refletida sobre um objeto,
sendo dependente da refletância espectral desse objeto, existindo uma relação
direta entre o grau de saturação de um matiz e o Croma resultante. Os objetos
opacos refletem um comprimento de onda específico do espectro visível,
47
estabelecendo uma curva de refletância espectral. Um objeto transparente (ex: um
vidro colorido) forma uma curva de transmitância e um objeto translúcido (ex: dente)
estabelece curvas de refletância e de transmitância. As curvas espectrais são
análogas ao poder de distribuição das curvas dos iluminantes. Concluiu que
perceber fisicamente o mundo significa a interpretação das imagens visuais através
do rebro e é fundamental para os profissionais de Odontologia Restauradora, o
conhecimento das definições de cor (qualidade, quantidade e complexidades) para
uma perfeita comunicação com os laboratórios de prótese e seus pacientes durante
o tratamento.
Ahmad (2000) afirmou que, para a seleção de cores, o melhor método ainda
seria a diferenciação visual, definindo as variáveis sicas da cor, as fisiológicas, as
psicológicas e as clínicas. As variáveis sicas seriam o iluminante, o metamerismo,
e a influência do meio ambiente. Padronizou o iluminante de acordo com suas
qualidades e quantidades, como a luz proveniente do norte de um dia nublado ao
meio dia com temperatura de cor de 5500K e distribuição espectral uniforme, e o CIE
padrão C ou D
65
. A quantidade ou intensidade da luz deve ser de 1500 lux e é,
geralmente, equivalente a quatro tubos de lâmpada fluorescente de 220W a uma
distância de 2m, e uniformemente distribuída para evitar reflexão especular na
superfície do objeto (brilho). O metamerismo é o fenômeno no qual a cor de um par
de objetos é percebida diferentemente quando um dos fatores de percepção se
modifica, como o iluminante (a distribuição do poder espectral), o objeto (a espectral
refletância ou transmitância) e o observador (a resposta espectral). A influência do
meio ambiente na forma com que percebemos a cor faz com que um objeto brilhoso
se torne turvo, e o fundo ideal utilizaria um cartão cinza neutro (Munsell) sem
interferência na área a ser observada. As variáveis fisiológicas seriam os próprios
48
processos degenerativos da visão que surgem com a idade, o metamerismo do
observador, as diferenças de opinião. As variáveis psicológicas seriam os estímulos
de detecção e adaptação. A detecção seria o estado psicológico como expectativas,
experiência, motivação, cansaço e habilidades individuais. As diferenças mínimas de
cores perceptíveis pelo olho humano o definidas pelo CIE e variam de E* 0,3 a
0,5, mas os limites aceitáveis de tolerância para restaurações que não estão
perfeitamente adaptadas em cor variam de E* 1,1 a 2,1. A adaptação é a sensação
de percebermos a mesma cor dos objetos sob mesmos iluminantes, como uma
adaptação cromática, onde o cérebro grava a imagem. O autor considerou as
variáveis dos dentes (saturação após os 35 anos e aumento da translucidez do
esmalte, com diminuão no Valor e revelação da camada de dentina), de gênero (as
mulheres têm dentes mais amarelos e com maior valor do que os homens) e as
diferenças de cores entre os arcos (incisivos anteriores superiores são mais
amarelados do que os antagonistas mandibulares, e incisivos centrais têm maiores
valores do que os outros dentes). Concluiu que a cor é um fenômeno que depende
primordialmente de interpretações subjetivas
Goldstein (2000) definiu as três dimensões da cor, sendo o Matiz de um
objeto a propriedade pelas quais as cores são descritas. O Matiz seria a família da
cor (ex: família da cor amarela, azul, verde, etc.), sendo resultado do comprimento
de onda do estímulo (a luz). O Croma seria a qualidade pela qual distinguimos uma
cor fraca de uma cor forte, representando a intensidade da cor. Relacionou o Valor
ao brilho da cor da área específica de uma escala entre o preto e o branco. O Valor
de uma cor é determinado pela qualidade de cinza com o qual seu brilho pode ser
equiparado, representando a qualidade e não a quantidade do acinzentado da cor.
Uma fotografia em preto e branco de um objeto colorido seria a imagem de um valor.
49
Para testar as diferenças de Valor, é recomendado fechar um pouco os olhos, o que
permite reduzir o campo visual a uma condição mais acromática. O autor descreveu
a luz como uma forma de expressão da matéria, sendo uma radiação
eletromagnética emitida pelas substâncias que, por sua vez, são constituídas por
elétrons (carga negativa), prótons (carga positiva) e nêutrons (sem carga). Emitir luz
é propriedade de todos os corpos quentes. A luz é apenas uma pequena parte do
espectro eletromagnético e todas as formas comuns de energia encontram-se nesse
sistema, desde as que têm comprimentos curtos de onda (raios cósmicos) até as
que possuem comprimentos mais longos (energia elétrica). A fonte de energia
chamada espectro visível corresponde a uma faixa estreita de 380 a 760 nm, com
capacidade de estimular as células da retina que, interpretadas pelo cérebro,
possibilitam a visão. A faixa de energia com comprimento de onda mais curto é a da
cor violeta, e a faixa criada por comprimentos mais longos é a da cor vermelha, com
760 nm, acima do espectro visível.
Hasegawa; Ikeda; Kawaguchi (2000) analisaram o problema da inconsistência
nas escalas de cores de compósitos, esclarecendo a diferença de cor e translucidez
entre dentes naturais e a escala de cores Vita Lumin Vacuum. Pesquisaram “in vivo”
a cor e a translucidez de incisivos centrais de 87 homens e mulheres classificados
em seis grupos de acordo com a idade (13 a 84 anos) e o sexo. Examinaram cinco
áreas na vestibular dos incisivos centrais direito e esquerdo da maxila. Os autores
utilizaram-se de um espectroradiômetro para medir a cor dos dentes naturais e o
espectro de reflexão das cores dos dentes da escala Vita com a rmula do Sistema
CIELAB para definir as diferenças de cor. As diferenças de translucidez entre as
cores da escala Vita e a cor dos dentes foram calculadas com a fórmula do
parâmetro de translucidez (TP). Os autores afirmaram a utilidade dessa metodologia
50
para escanear pequenas áreas da superfície dentária e esclarecer a diferença de cor
e a translucidez em cada setor dos dentes naturais, comparando com os dentes da
escala Vita. Encontraram dados significativos para concluir que com o avanço da
idade os dentes ficam mais escuros no centro da cervical e mais amarelados em
todas as outras áreas. O desgaste oclusal pode causar uma diminuição da
translucidez em indivíduos mais idosos nas regiões incisal e formação de dentina
secundária mais escura. As áreas próximas ao sítio incisal podem ser afetadas por
um fundo escuro porque, nessas regiões, o esmalte tem alta translucidez. Na
cervical, onde a camada de esmalte é mais fina, podemos encontrar pouca
translucidez pela dentina mais escura e a proximidade da raiz. A translucidez dos
dentes naturais na rego incisal tende a decrescer em direção à região cervical. As
diferenças em translucidez entre dentes naturais e escala de cor Vita tendem a
aumentar perto da raiz porque os dentes naturais exibem aumento de cor vermelha
e diminuição da translucidez nesta região.
Pereira; Porto; Mendes (2000) afirmaram que a intensidade de luz influencia
na convero dos monômeros em polímeros dos compósitos, pois os maiores
valores de dureza seriam obtidos pelas intensidades mais elevadas. Assim sendo,
os autores sugeriram que aparelhos fotopolimerizadores apresentassem a
intensidade de luz mínima de 400 mW/cm² para serem capazes de promover
adequada polimerização de incrementos de 2 mm de compósitos e que sejam
associados ao tempo de exposição de 40 segundos. A intensidade de luz e a
profundidade de polimerização estariam relacionadas com a espessura da camada
de compósito.
Segundo Sproull (2001), vários sistemas de organização de cores foram
propostos, considerando que as escalas de cores deveriam ter uma organização
51
espacial lógica. A manipulação das escalas de cores e de materiais no consultório
seria um desafio à capacidade do dentista para ver e reconhecer as três dimensões
da cor. O autor investigou a aplicação prática dos conceitos de natureza
tridimensional de cor e sua correta terminologia, e recomendou aos dentistas o
sistema de Munsell para compreender as dimensões e a linguagem das cores de
maneira lógica. Acrescentou que o ensino, a aprendizagem e as pesquisas estavam
sendo analisados e aperfeiçoados por profissionais especializados, levando-se em
conta o papel da visão humana, das diferentes fontes de luz, da análise das
superfícies, do efeito das cores das estruturas adjacentes ou do fundo em que se
encontra o material e muitos outros aspectos que entram na avaliação final pelo
cérebro humano. Em estudo, através de espectrofotometria, descreveu requisitos
básicos para guias de cores com um arranjo lógico no espaço da cor, ou seja, com
uma distribuição espacial adequada. Definiu que um espaço de cor ideal ocorreria
quando cada cor fosse o centro de uma esfera de cor e as cores mais próximas
estivessem em torno dela. Recomendou procedimentos para selecionar
corretamente cores de restaurações e fabricar as escalas de cor. As escalas
deveriam ser revisadas e aulas com especialistas em cor deveriam ser incluídas nas
faculdades para estimular as pesquisas.
Koishi et al (2001), com o propósito de determinar a fidelidade de cor de um
compósito fotoativado em várias espessuras e tonalidades e avaliar a relação entre a
variação de espessura do material e a reprodutibilidade de cor, utilizaram-se de
cores claras (A1, B1, C1, e D2) e escuras (A4, B4, C4, D4) para compósitos de
corpo. Os corpos-de-prova foram preparados em seis espessuras de 0,5, 1,0, 1,5,
2,0, 2,5 e 3,0, sendo o parâmetro de cada cor analisado em colorímetro conectado a
um programa de computador. Foram calculados os valores de L*, a* e b* para
52
diferença de cores ( E*) entre os corpos-de-prova com 3,0 mm de espessura e os
corpos-de-prova com outras espessuras. A análise estatística revelou que todos os
parâmetros de cor variaram significativamente pela espessura e pela letra e número
da tonalidade na escala. O valor de L* (luminosidade) diminuiu consistentemente em
todas as tonalidades à medida que a espessura aumentou, embora não tenha
havido uma correlação óbvia entre a espessura do material e os valores de a* e b*.
Entre os valores de E*, os corpos-de-prova entre 2,5 e 3 mm de espessura
obtiveram os menores valores e ainda foram menores que os corpos-de-prova com
2,0 mm de espessura para todas as tonalidades. A fidelidade da precisão da cor dos
compósitos protéticos fotoativados foi relacionada à espessura do material sem
considerar a cor. Para reprodução aceitável de cor, uma espessura de pelo menos
2,5 mm em materiais protéticos fotoativados foi necessária, apesar de que muitas
vezes, clinicamente, apenas uma espessura de 1,0 mm ser necessária. Os
resultados desse trabalho sugeriram que a cor de compósitos com pouca espessura
poderá ser afetada pela cor do fundo, tais como materiais opacos, agentes
cimentantes ou a cor da estrutura dental remanescente, e conseqüentemente são
necessárias a observação da cor de fundo e da espessura do material em si.
Paul et al (2002), partindo da hipótese de que a determinação da cor dos
dentes com Espectrofotometria é comparável à escolha da cor por técnicas visuais,
testaram com três examinadores sem deficiências visuais a cor do terço médio dos
dentes incisivos centrais de 30 pacientes. Trabalharam com métodos de seleção
objetiva de cor para representar a percepção do sistema visual humano. Os mesmos
dentes foram medidos por espectrofotômetro de refletância e os resultados
sugeriram que a análise com o instrumento foi mais precisa e mais reprodutível do
que a comparação visual. Se necessários efeitos de translucidez, como no terço
53
incisal de incisivos dos dentes humanos, informações em duas dimensões não o
suficientes para um resultado estético perfeito. Concluíram que o espectrofotômetro
avaliou melhores resultados. Para a espectrofotometria de refletância são utilizadas
duas geometrias básicas, diferentemente da observação clínica, com uma única
geometria. Normalmente, a luz penetra através do esmalte e dentina antes de se
refletir exteriormente. O efeito da transmissão de luz reproduz as características
estéticas vitais dos dentes naturais e o esmalte natural tem inerente translucidez.
Observaram que as escalas de cores disponíveis variam muito devido à dificuldade
de controlar parâmetros durante a fabricação em camadas. Nenhuma das escalas
comercialmente disponíveis é idêntica e apresentam diferentes propriedades de
absorção e reflexão. Apesar dessa falta de padronização, essas escalas seriam o
principal padrão disponível para determinação de cor. Novas tecnologias para
escalas de cores foram formuladas com base em análise de sistemas de
espectrofotometria e colorimetria com instrumentos óticos que interpretam os
comprimentos de onda da luz em valores numéricos, expressos por L*, a* e b*, ou
L*, c* e h*.
Nakamura et al (2002) relataram a importância da introdução de novos
materiais compósitos com partículas de carga com maior resistência à tensão e ao
desgaste, com boa adaptação e resistência à fratura para substituir coroas e facetas,
em locais onde os antagonistas não podem receber maiores cargas oclusais. Para
avaliar a translucidez e estabilidade de cor de compósitos de conteúdo maior de
partículas inorgânicas e matriz resinosa com melhores propriedades, selecionaram
oito tipos de compósitos (Artglass, Belle Glass, Estónia, Gradia, 6Targis, Empress,
Herculite XRV e Solidex), polimerizados e submetidos a testes de envelhecimento
com imersão em água destilada a 60
o
C por oito semanas. Examinaram em
54
colorímetro os valores triestímulos X, Y, Z de seis corpos-de-prova para cada tipo de
material, realizando o cálculo da translucidez. Os materiais Targis e Solidex
tornaram-se mais opacos no início e após a imersão em água. A causa provável foi o
envelhecimento acelerado da polimerização dos materiais a uma elevada
temperatura, que produziu maior diferença entre o índice de refração da matriz
resinosa e a carga. Os autores não puderam associar a magnitude da alteração de
cor com o conteúdo de carga e concluíram seu estudo afirmando que todos os
compósitos tiveram aumento de translucidez, após a imersão em água, com exceção
do compósito Herculite XRV que teve estabilidade na cor e na translucidez.
Buchalla et al (2002) partiram da hipótese de que a descoloração interna dos
compósitos pode ocorrer no meio intra-oral e que o acúmulo de água e a exposição
à luz têm influência nas propriedades de cor nos compósitos Silux Plus
(micropartícula) e Tetric (microhíbrido). Determinaram as modificações de cor e
translucidez que ocorrem nesses materiais quando submetidos à luz artificial UV,
com e sem armazenamento em água. Analisaram as amostras com um colorímetro
em fundos branco e preto com a fórmula da proporção de contraste (CR) para
opacidade CR=Y
b
/Y
w
, calculando as diferenças encontradas entre um estudo inicial
(E*ab) com os materiais secos e úmidos e em 1 mês (E*ab) de armazenamento
em água destilada. O valor do CR após um mês foi maior para o compósito Tetric
Ceram úmido, seguido em ordem decrescente para Silux Plus úmido, Silux Plus
seco, Tetric Ceram seco. Os materiais avaliados após armazenagem úmida ficaram
significativamente mais opacos e mais claros (L* >) do que os materiais secos.
Argumentaram que a instabilidade hidrolítica das ligações de silano entre a carga e a
matriz nos compósitos de micropartículas foi responsável pela diminuição do valor
devido ao armazenamento em água (L* <). O compósito microhíbrido Tetric Ceram
55
possui Iterbiotrifluoretado, liberaria flúor e poderia ter sido solúvel em água, afetando
as propriedades óticas. Concluíram que os materiais restauradores resinosos
estudados sofreram modificações mensuráveis de translucidez e cor no colorímetro
sob a influência de luz diurna artificial e do armazenamento em água após um mês,
porém imperceptíveis, e foram considerados aceitáveis para diferenças de cor e
translucidez clinicamente.
Paravina; Ontiveros; Powers (2002) realizaram um estudo para avaliar as
mudanças no parâmetro de translucidez e cor de compósitos fabricados
especialmente para dentes clareados, justificando que, geralmente, os dentes após
clareamento ficam mais claros do que a cor mais clara da escala Vita (B1).
Avaliaram nove compósitos microhíbridos (3D Direct EN2, OM2 e OPOM2; Esthet-X
White e XL; TPH Spectrum BW e XL; Charisma SLO, SLT e SL; Point4 XL1, XL2, e
XL; Filtek Z250 B0, 5; Tetric Ceram Bleach L e Bleach XL; Sinergy Super White N;
Renamel Universal SB1, SB2 e SB3) e três compósitos de micropartículas (Durafill
VS SLO, SSL e SL; Renamel Microfill SB1, SB2, e SB3; Filtek A110 B0,5). Os dados
foram coletados antes e depois de polimerização, utilizando-se um
espectrofotômetro. A análise dos resultados mostrou que a polimerização causou um
aumento na média dos valores de translucidez dos compósitos microhíbridos (+0.7)
e um decréscimo na média dos valores de translucidez nos compósitos de
micropartículas (-0.7). As diferenças de cor foram aceitáveis para cinco dos seis
pares de compósitos da mesma designação de cor (cada uma delas feita pelo
mesmo fabricante) nas medidas verificadas após a polimerização contra o fundo
branco. Os autores definiram a translucidez como o grau relativo ao qual os
materiais permitiriam ou preveniriam que a aparência de alguma cor fosse afetada
pela cor de um fundo. O parâmetro de translucidez foi utilizado para medir
56
quantitativamente a translucidez após o clareamento, determinando que um material
seria absolutamente opaco se o TP fosse igual a zero. Se o TP aumentasse, a
translucidez do material seria maior. Concluíram que para selecionar bem cor e
translucidez de compósitos, os cirurgiões-dentistas precisam polimerizá-los antes de
restaurar. Os materiais testados tornaram-se menos saturados, os microhíbridos
mais escuros e os microparticulados mais claros. A fotopolimerização causou um
aumento na translucidez dos microhíbridos e menor translucidez nos
microparticulados.
Chu (2003) analisou os benefícios da utilização do espectrofotômetro de
refletância na análise das modificações de cores em estudos clínicos para dentes
clareados, introduzindo um espectrofotômetro com 45/0
o
de geometria. Explicou a
cor como resultado de uma interação de três elementos: a fonte de luz, o objeto e o
olho humano. A cor não é inerente aos objetos, sendo que a superfície de um objeto
reflete alguns comprimentos de ondas de luz e absorve todos os outros. Cada cor
tem um padrão de comprimento de onda único. Este padrão é denominado de dado
espectral e pode ser representado pela curva espectral a qual permite a
representação visual de cores. Comparando a utilização de novas tecnologias com
as escalas de cores tradicionais, atribuiu vantagens nas técnicas inovadoras, como a
captura relativamente fácil de imagens precisas, e com menor subjetividade do que
as interpretações visuais. O espectrofotômetro mede e grava a quantidade de
energia irradiante para cada matiz presente no espectro visual e também o quanto
de claro ou escuro está presente no mesmo espectro. A espectrofotometria baseia-
se em aparelhos que medem a refletância de um objeto em vários intervalos ao
longo do espectro visível, fornecendo valores de refletância que são interpretados
visualmente em forma de curva espectral. Esses instrumentos dividem e medem o
57
espectro visual em múltiplas partes, resultando em 16 ou 32 dados ao longo da
escala. colorímetros são aparelhos que medem a luz refletida em somente três
comprimentos de onda (vermelho, verde e azul) e dependem de filtros bem
controlados e com características de fonte de luz que não podem ser modificadas,
ao contrário dos espectrofotômetros. As duas geometrias óticas básicas utilizadas
nos espectrofotômetros foram a iluminação a 0
o
e observação a 45
o
ou iluminação a
45
o
e observação a 0
o.
. Os espectrofotômetros usam filtros polarizados para eliminar
o brilho na superfície devido à excessiva reflexão durante a captura das imagens.
Westland (2003) afirmou que a demanda por estética necessita mais
aperfeiçoamento porque na Odontologia a percepção das diferenças de cor,
principalmente entre o amarelo e o branco, é de particular importância. Para medir
ou especificar a cor de um objeto é necessário levar em consideração a natureza da
luz sob a qual o objeto está sendo visualizado, as propriedades de refletância
espectral na superfície e as propriedades do sistema visual humano. A luz é uma
forma de energia os objetos interagem com a luz de forma complexa e variada,
incluindo processos de absorção, dispersão, refração, porém é a luz refletida pelos
objetos que é responsável pela identificação desses objetos por sua cor. As
propriedades de refletância dos objetos podem ser definidas pelos fatores de
refletância espectral que são normalmente medidos em intervalos regulares dentro
do espectro visível de radiação. Espectrofotômetros de refletância são capazes de
medir os fatores de refletância em intervalos de 10 nm na faixa de 400 a 700 nm,
embora alguns instrumentos possam medir comprimentos de onda mais curtos ou
mais longos. Os fatores de refletância normalmente se encontram na faixa de 0 a 1 e
representam a quantidade de luz refletida proporcional em cada intervalo de
comprimento de onda. A luz que nós vemos quando olhamos para um determinado
58
ponto depende da distribuição espectral da fonte luminosa e das propriedades de
refletância do cenário naquele ponto.
Mitra; Wu; Holnes (2003) relataram o desenvolvimento de dois novos tipos de
nanopartículas (partículas nanométricas e partículas nanoclusters) para produzir um
compósito denominado nanocompósito (Sistema Universal Restaurador Dental Filtek
Supreme). Os autores avaliaram “in vitro” as propriedades mecânicas e físicas do
nanocompósito e o comparam a alguns compósitos existentes nanoparticulados
(Filtek Supreme Translucent e Filtek Supreme Standard), bridos (Filtek Z250 e
TPH Spectrum), microhíbridos (Esthet-X e Point4) e microparticulado (Filtek A110).
Utilizaram combinações dessas nanopartículas em uma matriz resinosa apropriada
para preparação do sistema dos nanocompósitos com uma ampla variedade de
tonalidades e opacidades. Estudaram as propriedades de força compressiva,
tensões flexurais e diametrais, desgaste, resistência à fratura, retenção de polimento
e morfologia de superfície após abrasão de escovação. Obtiveram resultados em
que as forças diametrais e compressivas do nanocompósito, assim como a
resistência à fratura, foram maiores ou equivalentes aos outros compósitos
comerciais testados. Com relação ao desgaste, apresentaram resultados
estatisticamente melhores do que os outros compósitos e melhor retenção de
polimento do que os híbridos e os microhíbridos avaliados após longos períodos de
escovação. As cores de dentina, corpo e esmalte retiveram mais e asssemelharam-
se ao polimento dos compósitos microparticulados, enquanto as cores translúcidas
mostraram melhor retenção de polimento do que as microparticuladas. A
nanotecnologia, também conhecida como nanotecnologia molecular ou engenharia
molecular, produz materiais e estruturas funcionais na faixa de 0,1 a 100 nm através
de métodos físicos e químicos. O nanômetro corresponde à biliosima parte do
59
metro, sendo 1000 nm o equivalente a 1 micrômetro. Os compósitos com carga
nanométricas oferecem vantagens nas propriedades óticas, que o tamanho das
partículas (20 a 25 nm) torna-se tão pequeno que não pode ser detectado
visualmente. Nos materiais nanoparticulados, o tamanho das partículas fica muito
abaixo do comprimento da luz, ficando o CR imensurável. Quando a luz incide
internamente nesses materiais, um comprimento longo de onda passa diretamente
através deles e os materiais mostram alta translucidez. Quando o compósito é
colocado contra um fundo escuro, as nanopartículas transmitem preferencialmente
luz azul, dando ao comsito um efeito opalescente. Os autores concluíram que o
sistema dental de nanocompósito estudado mostrou alta translucidez, alto polimento
e alta retenção de polimento, semelhante aos compósitos de micropartícula e
mantendo propriedades físicas e resistência ao desgaste equivalente a diversos
compósitos híbridos e recomendaram a sua utilização em restaurações anteriores e
posteriores.
Segundo Craig; Marcus (2004), a translucidez dos compósitos varia com a
passagem de luz pelos seus componentes, dispersando-a de forma que os objetos
não possam ser vistos através do material. A opacidade é a propriedade dos
materiais que previne a passagem de luz. Quando todas as cores do espectro de
uma fonte de luz branca, como a luz solar, é refletida por um objeto com a mesma
intensidade que recebeu, o objeto parece branco. Quando todas as cores do
espectro são absorvidas da mesma forma, o objeto parece negro. Um material
opaco poderia absorver alguma porção da luz solar e refletir a remanescente.
Quando as cores são combinadas com uma translucidez adequada, as restaurações
são mais naturais, assemelhando-se aos tecidos dentários e aos tecidos moles
circundantes, variando amplamente entre os pacientes, de um dente para outro ou
60
de uma área da arcada para outra. A aparência de uma restauração ficaria alterada
caso a opacidade aumentasse. Fraturas por tensões dentro da matriz polirica e a
falha parcial das ligações das partículas com os compósitos, como resultado da
hidrólise, promoveriam o aumento da opacidade na restauração. Os autores também
descreveram as mensurações da cor na luz refletida de instrumentos e técnicas
visuais. Afirmaram que a composição dos compósitos microhíbridos contém vidro
com formato irregular (silicato de boro, alumínio silicato de bário ou lítio, vidro de
zinco ou estrôncio) ou partículas de quartzo com diâmetro razoavelmente uniforme.
Essas características têm possibilitado realizar restaurações praticamente
imperceptíveis com excelente resultado estético e integradas ao contexto de cor dos
dentes vizinhos, além de um polimento superficial muito pximo ao obtido com os
compósitos microparticulados, sem comprometer sua elevada resistência mecânica
em função da elevada quantidade de carga inorgânica (volume de carga de 60% a
70%), dependendo da densidade da partícula.
Vieira (2004) definiu o Valor, também chamado de brilho ou luminosidade da
cor, como a maior ou menor quantidade de luz, variando do mais puro preto ao mais
puro branco. O valor é acromático e determina a diferença entre cores claras e
escuras. O azul-claro tem valor maior que o azul marinho, pois tem maior quantidade
de branco. O autor abordou o espectro magnético, afirmando que os raios
infravermelhos e os ultravioletas são invisíveis a olho nu, porém perfeitamente
detectáveis e capazes de fazer com que vários corpos, sob sua ação, projetem luzes
visíveis, com radiações luminescentes, assim como os raios Roentgen, os raios
Gama e as ondas de rádio. A região do espectro eletromagnético que o olho
humano pode alcançar varia de 400 a 700 nm e é reconhecida como o acrônimo
ROY G BIV (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta). A cor não é
61
inerente aos objetos, mas ao comprimento de onda neles refletido. A superfície
dentária reflete os raios de luz com a coloração dos comprimentos de onda nela
refletidos. A luz penetra com maior facilidade pelo esmalte transcido e atinge a
dentina, que é a principal fonte de dispersão da luz e da detecção de seus
pigmentos. A dentina tem capacidade de opacificar a passagem de luz, impedindo
que essa atinja a polpa, razão de tornar-se escura quando há necrose pulpar.
Quando a superfície é excessivamente polida, o brilho dificulta a penetração da luz e
impede que a cor da dentina seja visualizada.
Vichi; Ferrari; Davidson (2004) afirmaram que os resultados de corretos
procedimentos clínicos de seleção de cor poderiam ser anulados por modificações
na coloração intrínseca das restaurações após o envelhecimento. Testaram a
influência da exposição à água na estabilidade de cor e a variação de opacidade em
seis cores iguais de três compósitos microhíbridos (TPH Spectrum, Tetric Ceram e
Z100 nas cores da escala Vita A2, A3, A3,5, A4, B2 e B3). Realizaram avaliação em
espectrofotômetro equipado com esfera integrada, que possui configuração que
permite melhores resultados que acessos visuais ou outras configurações. Foram
avaliados antes e após a imersão em água por 30 dias a 60
o
C. Os corpos-de-prova
não foram polidos para que não ocorressem modificações em sua superfície que
pudessem influenciar os resultados. As cores foram avaliadas pela fórmula do
Sistema CIELAB (E
ab
) e a opacidade pela razão de contraste (CR). Para as
diferenças de cor, o compósito TPH apresentou as maiores variações, e entre os
compósitos Tetric Ceram e Z100 não ocorreram diferenças de cor significativas. A
opacidade dos materiais aumentou após o envelhecimento com diferença
significativa entre o compósito TPH Spectrum na cor A2 e Tetric Ceram e Z100. Para
Tetric Ceram e Z100 não houve diferença estatisticamente significante de
62
opacidade. A opacidade não obteve padrões estatísticos diferentes entre as cores
claras ou escuras de A e B nos diferentes materiais. A absorção de água em
materiais com TEGMA (compósito TPH) é maior do que em materiais com UDMA,
presente no compósito Tetric Ceram, com pequena modificação de cor. Concluíram
que a água agiu como um fator de descoloração em vários níveis nos materiais
observados e explicaram essa diferença como as diferenças na natureza da matriz e
distribuição do tamanho das partículas. Quanto menor o tamanho das partículas,
menor a suscetibilidade à sorção de água pelo envelhecimento. As diferenças de
opacidade ocorreram pela degradação hidrolítica da matriz, que alterou o padrão de
difusão da luz pelas partículas. Os autores salientaram a importância de definir a
translucidez e a opacidade dos materiais porque a translucidez é bem difícil de ser
medida e definida porque não se encontra uma definição formal para translucidez no
Dicionário Internacional de Iluminação, o CIE, mas a opacidade pode ser
considerada o inverso da translucidez no padrão comum de acesso visual. A
opacidade foi avaliada como uma propriedade intrínseca do material, diferente de
brilho, que é uma propriedade de superfície do material.
Paravina; Ontiveros; Powers (2004) realizaram um estudo para avaliar a
influência do envelhecimento acelerado na cor e no parâmetro de translucidez dos
compósitos (TP). Avaliaram 33 cores de compósitos para dentes clareados, sendo
11 microhíbridos (3-D Direct, Esthet-X, TPH Spectrum, Charisma, Point4, Filtek
Z250, Tetric Ceram, Sinergy, Renamel Universal, Renew e Vit-l-escence), três
microparticulados (Durafill VS, Filtek A110 e Renamel Microfill) e dois compósitos em
cores convencionais (compósitos que não são para dentes clareados) microhíbridos
como controle (3D Direct 1M2 e Herculite XRV B1). Os corpos-de-prova, não
polidos, foram termociclados. Os dados colorimétricos iniciais foram avaliados em
63
espectrofotometria de reflexão no espectro visível. Os espécimes foram
envelhecidos
em câmara especial (padrão CAM 180 ciclos) em vários intervalos, e o
parâmetro de translucidez (TP) foi calculado pelas coordenadas do Sistema CIE
L*a*b* (CIE 76). O comsito Renew B/O obteve o menor valor inicial de TP e o
compósito Vit-l-escence PF, o maior. O compósito Herculite XRV B1, do grupo
controle, foi altamente translúcido. As diferenças no TP após o envelhecimento
(TP) foram pequenas e o compósito Vit-l-escence obteve o maior valor. Dentre os
15 compósitos microhíbridos que obtiveram baixa translucidez, encontraram-se
Charisma SL, SLO e SLT e Esthet-XW. Cinco compósitos microhíbridos tiveram
média translucidez (TPHXL, Esthet-X XL, Point4 XL2, Synergy P e Vit-l-escence PA).
Valores mais significativos de translucidez ficaram com os compósitos Vit-l-escence
PF e PN, compósitos 3DEN2, Point4 XL1 e Tetric L. Os autores discutiram a
necessidade da padronização dos métodos de pesquisa para aceleração do
envelhecimento dos cálculos de TP e padronização de fundos. Estudos prévios
demonstraram que os processos de envelhecimento dos materiais utilizados nessas
restaurações resultaram em significantes alterações em suas propriedades óticas,
como o parâmetro de translucidez (TP), a razão de contraste (CR) e a cor. De
acordo com os autores, os compósitos microhíbridos apresentaram diminuição nos
valores de L* e b*, tornando-se mais escuras e menos saturadas. Os compósitos de
micropartículas ficaram dentro de uma faixa para diferença de cor aceitável
visualmente (ficaram mais estáveis), mas os microhíbridos ficaram abaixo desse
limites.
Ikeda; Murata; Sano (2004) avaliaram a translucidez de compósitos em cores
opacas e a capacidade dos materiais em mascarar cores escuras como fundo. Com
essa finalidade, prepararam 84 corpos-de-prova com 1 mm e 2 mm de espessura e
64
10 mm de diâmetro interno em moldes metálicos com três compósitos (semi-híbrido
UniFil S, microhíbrido Pafique Esthelite e microparticulado Filtek A110) nas cores A3
opaco e A3. Considerando-se que a translucidez se modifica as imersão em água
a 37º C, foram examinados após uma semana com as coordenadas do Sistema
CIELAB (L*, a* e b*) em fundos branco, negro e do próprio material através de
colorímetro. A translucidez foi avaliada com a fórmula do parâmetro de translucidez
(TP) para espécimes de 2 mm de espessura e o efeito da espessura dos materiais
na capacidade para mascarar fundos escuros avaliado com corpos-de-prova de 1
mm de espessura. De acordo com os resultados do estudo, os valores de
translucidez (TP) obtidos com os compósitos opacos A3 foram menores que os dos
compósitos A3. Quando compararam os materiais, a cor opaca A3 do compósito
Filtek A 110 foi a mais translúcida dentre os outros compósitos em cores opacas.Os
compósitos designados para cores opacas, ficaram menos translúcidos que os
compósitos em cores o opacas. As diferenças de cores (E) nos corpos-de-prova
de 1 mm de espessura foram consideradas “perceptíveis”. As diferenças foram
maiores do que para corpos-de-prova com espessura de 2 mm. Nos corpos-de-
prova de 2 mm, todas as diferenças de cores (E*) para as cores opacas A3 foram
consideradas “imperceptíveis” e todas os valores para diferença de cor para as cores
A3 foram perceptíveis (com 1mm e 2mm). Os autores concluíram que para
produzirem restaurações com aparência natural, os clínicos devem levar em
consideração o efeito da cor de fundo ao proceder a escolha da cor de uma
restauração pouco espessa, ainda se a escolha for com compósitos opacos. Além
do tipo de compósito, outros fatores interferem na opacidade dos compósitos,
alterando a translucidez, como as diferenças entre o índice de refração das
partículas inorgânicas e a fase da matriz.
65
Ikeda et al (2005) avaliaram as propriedades óticas de cor e translucidez de
compósitos em cores opacas. Com esse objetivo, selecionaram as cores A2 e OA2
dos compósitos Solare, Charisma A2B e A2D e do compósito Filtek Supreme A2B e
A2D, avaliados visualmente e em espectrofotômetro. Foram confeccionados 10
corpos-de-prova para cada cor dos produtos em matrizes de acrílico com 2 mm de
espessura, cobertas com tiras de celulóide e lâminas de vidro e polimerizadas por 60
segundos. As diferenças de cores entre OA2 e A2 foram perceptíveis visualmente, e
poderiam ser explicadas pela refletância superficial ou mesmo interna dos corpos-
de-prova OA2, resultando num aspecto mais amarelado ou mais claro do que nos
compósitos A2 mais translúcidos. O TP dos compósitos OA2 apresentou menor valor
que os dos compósitos na cor A2, sendo a translucidez do compósito Charisma na
cor AO2 significantemente maior que a dos compósitos Solare A2D e Filtek Supreme
(A2D), que apresentaram a menor translucidez. Os compósitos revelaram-se mais
escuros, mais esverdeados e mais azulados nos fundos pretos, explicando o efeito
acinzentado quando são utilizados compósitos relativamente translúcidos em
restaurações de Classe III ou Classe IV sem estrutura de fundo. Em caso de
restaurações estratificadas, materiais de maior translucidez sobre materiais opacos
seriam utilizados para criar efeitos de profundidade. Afirmaram que em uma
restauração de classe IV, os resultados óticos da restauração podem ser afetados
tanto pela translucidez quanto pela cor inerente dos próprios materiais e as
diferenças entre as cores opacas e translúcidas dos compósitos precisam ser bem
avaliadas.
Alb et al (2005) avaliaram a estrutura, a composição e a opacidade visual
(translucidez) de seis marcas de compósitos (Tetric Ceram, Autohton, TPH
Spectrum, Charisma, Solitaire2 e Compoglass). Os compósitos apresentavam
66
partículas irregulares e radiopacidade, propriedades úteis para diagnóstico de cáries
sob restaurações por radiografias, sendo os corpos-de-prova armazenados a 37
o
C
por 24 horas. A composição e a estrutura dos compósitos foram examinadas por
microscopia eletrônica e a translucidez foi mensurada em espectrofotômetro de
transmitância. O compósito Charisma apresentou em sua composição vidros de
Bário, Alumínio e Sílica e algumas partículas maiores (0,01-0,07 e 0,04µm). Todos
os compósitos apresentaram partículas dispersas de Ba, Zn, Si, Al e Ca. Os autores
afirmaram que a translucidez pode variar, e encontraram valores menores de
translucidez para os compósitos que continham vidros de bário ou vidros de itérbio,
comparativamente aos compósitos que continham vidros de Zn. Materiais estéticos
deveriam mimetizar as propriedades de translucidez do esmalte e compósitos mais
opacos deveriam ser utilizados para mimetização da dentina, tendo os autores
considerado que os materiais analisados foram capazes de atender a esses
objetivos.
Lee; Powers (2005) tiveram como objetivo determinar as diferenças
metaméricas de cores entre compósitos e dentina, e avaliar as mudanças nas
propriedades de valor, croma, matiz e ângulo de matiz. Mediram a refletância
espectral de cinco cores do compósito Filtek Supreme de acordo com a escala de
cores do CIELAB relativa aos iluminantes D
65
, A e F2. Calcularam a média dos
valores para dentina humana, as diferenças de cores (AE
ab
) entre o compósito e a
dentina com os três iluminantes e a proporção dos valores de (AE
ab
) encontrados
pelos iluminantes. Compararam as proporções das mudanças verificadas no matiz
dos compósitos, de acordo com os iluminantes, com as da dentina e encontraram
resultados indicando metamerismo nas curvas de refletância espectral em três das
cinco tonalidades de compósitos. As diferenças de cores entre os compósitos e a
67
dentina ocorreram quando o iluminante D
65
(luz do dia) foi alterado para o iluminante
A (luz incandescente) ou para o iluminante F2 (luz fluorescente). A diferença de cor
relativa ao D
65
foi maior que aquelas para os iluminantes A e F2. Neste estudo, o
metamerismo entre a dentina e o compósito variou de acordo com a cor do ângulo
do matiz. Os autores sugeriram a escolha de cor das restaurações sob a luz em que
será utilizada.
Paravina; Kimura; Powers (2005) avaliaram as alterações de translucidez e
cor nos compósitos após a polimerização, e compararam os resultados obtidos
utilizando duas fórmulas métricas para diferenças de cor: o CIELAB e o CIEDE 2000.
Pesquisaram 28 cores de cinco compósitos microhíbridos (Palfique Estelite A2, B2,
C2 e OA2; Esthet-X A2, B2, C2 e A2O; Point4 A2, B2, C2 e A2D; Tetric Ceram A2,
B2, C2 e A3,5OP; 3D-Direct 1M2, 2M2, 3M2 e OPOM2), um compósito híbrido
(Filtek Z 250 A2B, B2B, C2B e A2D) e um compósito de nanopartículas (Filtek
Supreme A2B, B2B, C2B e A2D). Avaliaram as cores e o TP com espectrofotômetro
antes e após polimerização, calculando os parâmetros de cor e translucidez, e
também a diferença de cor no CIELAB (E
76
) e no CIE 2000 (E
00
). Os autores
afirmaram serem limitados os resultados obtidos no CIELAB, com o CIEDE 2000,
apresentando novas funções para Luminância (nova fórmula), croma (adotada do
CIE94) e matiz (nova fórmula) a partir de médias aritméticas e não geométricas. Os
menores valores de TP foram encontrados em todas as cores opacas, com exceção
dos compósitos Palfique Esthelite e Point4, devido ao baixo valor de C2. O
compósito Filtek Supreme A2D apresentou um TP < 1, sendo a cor mais opaca. A
análise dos resultados mostrou diferenças significantes entre os comsitos, cores e
suas interações, com compósitos mais escuros e menos cromáticos após a
polimerização. Uma forte correlação entre as duas fórmulas para diferenças de cor
68
foi encontrada, indicando que a avaliação nesses dois parâmetros não mostrou
diferenças significantes e não comprometeu os resultados. Os valores de TP foram
altamente variáveis e geralmente aumentaram após a fotopolimerização.
Kim; Lee; Powers (2005) investigaram as mudanças que ocorrem na
translucidez dos compósitos Charisma, Clearfil AP-X, Esthet-X, Filtek Supreme,
Palfique Estelite, Point4, Tetric Ceram, e TPH Spectrum na cor A2 para restaurações
de corpo com tratamentos de imersão em substâncias químicas e orgânicas e
análise espectrofotométrica com as coordenadas do Sistema CIELAB e a fórmula do
Parâmetro de Translucidez (TP). As modificações ocorridas na translucidez dos
compósitos quando imersos em água devem ser considerados durante a escolha
inicial de cor e a atividade hidrolítica das enzimas colesterol esterase e
pseudocolinesterase na saliva humana poderia biodegradar os compósitos. Não
foram encontradas diferenças significativas nos valores de TP após imersão nas
esterase de fígado de boi e outras substâncias orgânicas ou químicas, com exceção
do azul de metileno. Diferenças de bioestabilidade geralmente estão associadas a
ligações cruzadas, hidrofobicidade e solubilidade dos compósitos. O compósito TPH,
uretano modificado e com maior bioestabilidade de matriz resinosa, obteve a menor
diferença no TP após a imersão no corante azul de metileno. A absorção de água
pelos compósitos parece ser um processo de difusão controlada e a água é
predominantemente absorvida dentro da matriz orgânica do compósito. Comparado
ao Bis-GMA convencional, o Bis-GMA ethoxylado (Bis-EMA) é um oligômero menos
hidrofóbico, encontrado nos compósitos Esthet–X, Filtek Supreme e TPH. As
maiores alterações nos valores de TP estiveram presentes nos comsitos Esthet-X
e Filtek Supreme. A penetração de água nos compósitos levou à deterioração das
propriedades físicas e químicas dos materiais como resultado da hidrólise do silano.
69
Parece existir correlação entre microfraturas e infiltrações, e essas fraturas foram
explicadas como resultado da pressão osmótica dentro da interface matriz-carga
devido à degradação hidrolítica das partículas de carga. A hidrólise do silano nos
diversos passos dessa pesquisa refletiu-se na maior penetração do corante. A
translucidez dos materiais não foi determinada somente por fenômenos
macroscópicos, tais como composição da matriz e carga, mas também pela relativa
adição de pigmentos, iniciadores e agentes de união. Os autores sugeriram maiores
estudos desses componentes. As maiores diferenças no valor de TP dependeram
dos comsitos com maior absorção do corante azul de metileno (Filtek Supreme,
Tetric Ceram e Charisma).
Lee et al (2005) determinaram as alterações de translucidez de sete tipos de
compósitos microhíbridos na cor A2 para corpo (Charisma, Clerarfill AP-X, Esthet-X,
Palfique Esthelite, Point4, Tetric Ceram e TPH Spectrum) e um compósito
nanoparticulado (Filtek Supreme) após polimerização, polimento e termociclagem.
Os espécimes foram avaliados em espectrofotômetro de reflexão sob iluminação D
65
preta. A geometria SCE (Reflexão Especular Excluída) para determinação de cor foi
utilizada devido a mudanças que poderiam ocorrer na superfície dos compósitos
após os tratamentos de polimento e termociclagem. Foram avaliados os valores do
parâmetro de translucidez (TP) e a proporção de contraste (CR). Após a avaliação
inicial, foram novamente imersos em água destilada por 24 horas, secos, polidos e
medidos, novamente imersos por 24 horas em água destilada, termociclados, secos
e medidos. A fotopolimerização aumentou significativamente os valores do
parâmetro de translucidez em todos os compósitos, exceto para os compósitos
Esthet-X e Palfique Esthelite, microhíbridos, e o mesmo aconteceu após o polimento.
Os parâmetros de translucidez geralmente diminuíram após a termociclagem, mas o
70
TP do compósito Charisma aumentou após todos os tratamentos. As mudanças no
CR foram similares às mudanças encontradas no TP após a fotopolimerização,
polimento e a termociclagem. Os autores examinaram os resultados e concluíram
que, embora todas as cores tivessem sido designadas como A2, os valores de TP e
CR, a translucidez variou significativamente pelas características da marca do
compósito após a polimerização, o polimento e a termociclagem.
Uchida et al (2005), com o objetivo de caracterizar as mudanças de cor que
ocorrem nos compósitos em função da exposição ao meio ambiente, tal como a
exposição à luz ultravioleta, seguiu as especificações da ADA 27. O valor e a
cromacidade foram medidos antes e após a exposição à luz ultravioleta com
espectrofotômetro. A degradação da cor foi significante em função da tonalidade e
ocorreu, primeiramente, como um aumento na faixa do amarelo. As cores claras (LY
e LG) parecem estar mais sujeitas à degradação do meio ambiente que as cores
escuras (DY e DG) em todas as marcas de compósitos, mas a cor U ficou mais
estável. Os resultados sugeriram haver uma relação entre tonalidades e
descoloração de compósitos e que eles poderiam ser também dependentes da
escolha das marcas. Os autores concluíram que as comparações entre marcas
diferentes de compósitos que usam as especificações da ADA 27 deveriam ser
realizadas entre mesmas tonalidades para serem válidas.
Kamishima; Ikeda; Sano (2005), com o objetivo de avaliar as cores e a
translucidez dos compósitos utilizados para técnicas incrementais em diferentes
espessuras (0,5, 1,0, 2,0, 3,0 e 4,0 mm), mediram o pametro de translucidez (TP)
e as cores para esmalte, corpo e opacas de dois compósitos (A2E, A2B, A2D do
compósito Filtek Supreme; E1, A2, AO2 do compósito Gradia) com as fórmulas do
Sistema CIELAB. Observaram que o parâmetro de translucidez (TP) das cores
71
opacas foi menor que as outras tonalidades e que a translucidez aumentava
exponencialmente à medida que a espessura diminuía em qualquer uma das
tonalidades. Nesse estudo, os valores e L* e b* foram maiores que os valores dos
outros compósitos para corpo e esmalte, mostrando que as tonalidades opacas
podem servir para adicionar características de brilho e cor mais amarela às
restaurações nessa cnica. Em relação à cor, as cores de esmalte foram as mais
azuladas e as cores opacas tiveram características mais vivas e amareladas que as
outras tonalidades. Justificaram a pesquisa afirmando que em restaurações de
grande extensão, onde grande quantidade de tecido perdido, como em Classes
III e IV, efeito da coloração escura do fundo da boca é desfavorável, concluindo que
os clínicos devem se utilizar compósitos opacos quando houver limitação de
espessura para mascarar o fundo escuro da cavidade oral. Todas as tonalidades de
compósitos apresentaram propriedades óticas diferentes e, por essa razão, os
autores enfatizaram a importância de um conhecimento mais profundo a respeito da
translucidez e espessura de cada camada na cor resultante de restaurações com
técnicas incrementais.
Lee; Kim; Powers (2005) afirmaram que os compósitos são degradados por
enzimas salivares, mas a influência dessas enzimas salivares na translucidez dos
compósitos ainda não estaria determinada. A esterase faz com que haja liberação
do ácido metacrílico do Bis-GMA e TEGMA de alguns compósitos. Com o objetivo de
avaliar as mudanças na translucidez dos comsitos após armazenamento em
estearase salivar (ETE), e comparar com solução salina fosfatada e tamponada
(PBS), avaliaram três marcas de compósitos (Filtek Supreme YT, WE, A2, B2 e D;
Point4 T1, XL2, A2; Renew A1, A2, A3, B1 e C2). A cor A2 foi incluída em todas as
marcas dos compósitos para comparação entre eles e outras tonalidades foram
72
incluídas para comparar a diferença por cor dentro da mesma marca. Os resultados
indicaram que os valores de TP variaram dentro e entre as diferentes designações
de tonalidade e também entre as diferentes marcas de compósitos. Os valores de
TP foram significativamente modificados após a imero em soluções salinas de
ETE ou PBS após nove semanas e foram influenciadas pela marca do compósito.
Os valores de TP na cor A2 diminuíram nos compósitos Filtek Supreme e Point4,
mas não foram significativos para o compósito Renew. Nesse estudo, a diferença de
translucidez nas marcas dos compósitos poderia ter ocorrido pelas diferenças na
matriz do compósito ou pelo tamanho, quantidade e distribuição das partículas,
porém o TP apresentou maior variação pela cor dentro de cada marca de compósito.
Quanto à variação que poderia ocorrer pelo tamanho das partículas, influenciando
na absorção e dispersão da luz, a variação do TP em todas as marcas de
compósitos na cor A2 ocorreria pelas diferenças entre o tamanho das partículas ou
do tipo, como o conteúdo de lica, zircônio, partículas de vidro e sílica amorfa.
Quando as partículas são menores que os comprimentos de onda da luz visível, a
refração da luz fica diferente nos compósitos de partículas maiores. A influência da
esterase salivar não foi significativamente diferente da influência da solução salina
de fosfatase tamponada sobre a translucidez dos compósitos. Observaram que a
translucidez dos compósitos com imersão em água varia mais do que quando estão
secos e a translucidez do esmalte dos dentes humanos é maior do que o esmalte
desidratado. Concluíram que a translucidez dos compósitos dentários não é alterada
adversamente pelos efeitos enzimáticos da saliva.
Paravina et al (2005) avaliaram a influência do tamanho da restauração, da
diferença inicial de cor e translucidez no efeito de combinarem compósitos.
Observaram clinicamente que as diferenças de cor entre os dentes e algumas
73
restaurações ficam menores do que quando elas são vistas separadamente. Certos
materiais dentários aparentariam a cor dos tecidos duros dos dentes circunvizinhos
após serem restaurados. Esse efeito é conhecido como “efeito de camaleão” em
psicologia e em caracterizações de restaurações estéticas. Quando se observa por
muito tempo um objeto, a sensibilidade visual fica reduzida, sofrendo a influência das
percepções visuais individuais que poderia ocasionar imagens duplas. Os autores
avaliaram cinco cores de dois compósitos microhíbridos visualmente e por
espectrofotometria. Pela diferença dos escores visuais foram observados menores
valores de translucidez para o compósito Palfique Estelite na cor B2 e Esthet-X nas
cores A2 e B2. Compararam o TP dos compósitos A2 e B2 dos compósitos Palfique
Esthelite e Esthet-X com as cores do compósito Palfique Esthelite na cor C2 e
encontraram aumento de translucidez para as cores A2 e B2 do compósito Palfique
Esthelite. A translucidez depende do tamanho das partículas e, quanto menor for o
tamanho das partículas, maior será a translucidez e o efeito de misturar os
compósitos. Os autores confirmaram a existência do efeito de mistura em alguns
compósitos.
Paravina et al (2006), com a finalidade de avaliar “in vitro” o efeito da
combinação de compósitos em técnica incremental, compararam as diferenças de
cor e translucidez de quatro compósitos microhíbridos (Palfique Estelite A2, B2, C2;
Point4 A2, B2 e C2; Tetric Ceram A2, B2 e C2; Esthet-X A2, B2 e C2) e de um
compósito de micropartículas (Filtek 110 A2D, B2D e C2D). Os corpos-de-prova
foram avaliados visualmente para diferenças de cor por seis observadores em uma
escala padronizada de 1 a 5 (de não aceitáveis visualmente a perfeitamente
aceitáveis no efeito de mistura). Foi avaliado o TP e a cor dos compósitos em
espectrofotômetro e o efeito de combinar compósito (BE) em técnica incremental. O
74
maior parâmetro de translucidez (TP) foi encontrado no compósito Tetric Ceram B2,
seguido pelos compósitos Tetric Ceram A2, Point4 A2, Point4 B2, Tetric Ceram C2 e
Esthet-X C2. O efeito de combinar os compósitos aumentou à medida que a
diferença entre as cores diminuiu e que o parâmetro de translucidez aumentou. Foi
verificada forte correlação entre o BE dos materiais e o TP, especialmente em
corpos-de-prova com duas camadas de compósitos. Houve uma alta concordância
entre os examinadores, significando clinicamente que o efeito de misturar cores é
dependente do compósito e do matiz utilizado.
O estudo de Dietschi; Ardu; Krejci (2006) ressaltou a importância do
conhecimento das propriedades óticas da dentina e esmalte. Apresentou um novo
conceito de escolha de cores para dentina e esmalte humano para restaurações em
camadas com base no Sistema CIELAB e na fórmula da proporção de contraste.
Realizou o trabalho com dentes extraídos de indivíduos jovens, adultos e idosos e
discos padronizados do compósito Miris nas cores da escala Vita entre A e B para
dentina e esmalte. As medidas dos valores de opacidade (CR e CIE L*a*b) dos
compósitos e do esmalte e dentina dos dentes foram analisadas em um aparelho de
colorimetria de refletância difusa. Somente foram encontrados em dentes extraídos
valores de A1 a A4 e B1 a B3 do Sistema Vita, e os autores comentaram que as
cores C e D da escala são pouco observadas na dentição natural. Os compósitos
ocupam uma posição privilegiada entre os materiais dentários restauradores porque
oferecem um potencial estético excelente com grande longevidade e um custo
menor que as restaurações cerâmicas para dentes anteriores. Os autores
concluíram que o material ideal para restaurações em dentina deve apresentar
características únicas de matiz e opacidade, porém uma gama variada de
cromacidades para cobrir todas as variações da natureza e condições especiais
75
como, por exemplo, a dentina esclerótica. Sugeriram tonalidades variadas para
esmalte, obedecendo a critérios de idade para mediar a translucidez nessa camada.
Katayama et al (2006) afirmaram que atualmente existem inúmeros sistemas
de compósitos com variados graus de cor. Com o propósito de caracterizar a cor e a
translucidez de cinco compósitos (SI-R20402G, Esthet-X, ICE, Charisma e Solare),
na cor A3, obtiveram discos com 8 mm de diâmetro, injetando os materiais em
lâminas de vidro cobertas com silicone e comprimidos por outra lâmina de vidro por
40 segundos. Cinco corpos-de-prova para cada tipo de compósito foram medidos
com as coordenadas do CIE L*a*b* sobre fundos branco e negro em
espectrofotômetro (PR-650, Photo Research). Analisaram os resultados da
proporção de contraste (CR) e encontraram valores com diferenças significativas em
todos os compósitos exceto nos compósitos Esthet-X e ICE. Concluíram que os
valores da proporção de contraste (CR) de compósitos com a mesma designação de
cor nem sempre são os mesmos.
76
3 OBJETIVO
3.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo deste trabalho foi comparar a translucidez e a opacidade em
compósitos fotopolimerizáveis.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar a opacidade entre diferentes tipos de compósitos (híbridos,
microhíbridos e nanoparticulados).
Avaliar a opacidade entre diferentes marcas de comsitos (híbridos,
microhíbridos e nanoparticulados).
Avaliar a translucidez entre diferentes tipos de compósitos (híbridos,
microhíbridos e nanoparticulados).
Avaliar a translucidez entre diferentes marcas de compósitos (híbridos, microhíbridos
e nanoparticulados).
77
4. HIPÓTESES
H1 - Existe diferença na opacidade entre os tipos de compósitos híbridos,
microhíbridos e nanoparticulados.
H2 - Não existe diferença na opacidade entre os tipos de compósitos híbridos,
microhíbridos e nanoparticulados.
H3 - Existe diferença na translucidez entre os tipos de compósitos híbridos,
microhíbridos e nanoparticulados.
H4 - Não existe diferença na translucidez entre os tipos de compósitos
híbridos, microhíbridos e nanoparticulados.
H5 - Existe diferença na opacidade entre marcas comerciais de compósitos.
H6 - Não existe diferença na opacidade entre marcas comerciais de
compósitos.
H7 - Existe diferença na translucidez entre marcas comerciais de compósitos.
H8 - Não existe diferença na translucidez entre marcas comerciais de
compósitos.
78
5 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizados os seguintes matérias:
5.1 MATERIAIS
Matrizes cilíndricas de aço inoxidável
Espátula de Teflon
Espátula metálica (American Eagle Carver-Modelo IHD-I PC Stainless-
USA)
Duas placas de vidro de manipulação odontológica (10cm x 10 cm)
Papel celofane (14 mm x 14 mm)
Fotopolimerizador de lâmpada halógena (OPTILUX/DEMETRON/VCL
501. Intensidade de luz: 1000 mW/cm
2
– USA)
Ponta reta de fotopolimerizador com 13 mm de diâmetro #20812
(KERR-USA)
Espectrofotômetro com geometria de medição incluída t/8º (MINOLTA
modelo CM-3720 d, nº. de série 15731001, SC-0004, Japão),
conectado ao computador com o programa SPECTRAMATCH, versão
3.4.5 D-MA, Japão
Peso de Bronze de 1000 g
Tubos de plástico escuro com tampa para filmes fotográficos
Cilindro de teflon branco para remoção dos corpos-de-prova
79
Espessímetro para medir os corpos-de-prova
Compósitos nanoparticulados, híbridos e microhíbridos em cores para
dentina (Tabela 1).
80
81
5.2 MÉTODOS
5.2.1 Estudo Piloto
Foi realizado um estudo piloto com o objetivo de treinamento do operador e
verificação da viabilidade da comparação da opacidade de diferentes marcas de
compósitos em cores para dentina e da dentina de dentes humanos extraídos.
Foram utilizados cinco compósitos microhíbridos (Charisma OA2, Concept Advanced
A2 Dentina, Esthet-X A2-O, Filtek Z250 UD, TPH Spectrum O-A2) e um compósito
híbrido (Herculite A2 Dentin) e três terceiros molares extraídos. Foram obtidos três
corpos-de-prova para cada compósito, num total de 18 corpos-de-prova em matrizes
cilíndricas de aço inoxidável com dimensões internas de 2 mm de altura por 10 mm
de diâmetro e polimerizados com aparelho fotopolimerizador de luz halógena
(OPTILUX/DEMETRON/VCL 501, USA) com 1000 mW/cm
2
por 40 segundos
posicionado perpendicularmente sobre o conjunto matriz de aço/material
restaurador/placa de vidro inferior, que foram posteriormente armazenados e
mantidos em geladeira em vidros estéreis com água destilada por 24 horas. A
dentina foi cortada com altura de 2 mm e 8 mm de largura com discos de diamante (
Sorensen) com refrigeração, esterelizados, e armazenados e mantidos em geladeira
em vidros estéreis com água destilada por 24 horas. A opacidade dos corpos-de-
prova e dos dentes foi avaliada com fórmula do sistema CIELAB em
espectrofotômetro portátil de esfera (Model SP 60 S/N 000703, X-Rite, USA) no
Laboratório de pesquisas da empresa Vigodent. A opacidade dos compósitos e dos
dentes foi analisada estatisticamente aplicando-se análise de variância ANOVA (ρ <
0,05) e observaram-se diferenças estatísticas significativas entre os dentes e os
compósitos avaliados (p = 0,000), sendo que as maiores médias de opacidade foram
encontradas na dentina (96,52%) e no compósito Concept Advanced (92,25%)
82
seguido em ordem decrescente pelos compósitos Esthet-X A2-O, Filtek Z250 UD,
Herculite XRV A2 Dentin, Charisma O A2 e TPH Spectrum O-A2.
5.2.2 Obtenção dos corpos-de-prova
Os corpos-de-prova foram confeccionados na Rede Integrada de Laboratórios
CETIQT (Laboratório de colorimetria) em matrizes cilíndricas bipartidas de aço
inoxidável com dimensões internas de 2 mm de altura por 10 mm de diâmetro
(Figuras 1 e 2). Foram obtidos seis corpos-de-prova para cada uma das nove
marcas de compósito (Figura 3).
Figura 1 – Matriz cilíndrica com anéis Figura 2 – Montagem da matriz bi-
separados em aço inoxidá- partida
vel
Figura 3 – Compósitos híbridos, microhíbridos e
nanoparticulados
A matriz foi posicionada sobre um papel celofane de 14 mm x 14 mm apoiado
sobre uma placa de vidro de manipulação odontológica. Os compósitos foram
83
medidos (Figura 4) para serem inseridos com auxílio de uma espátula em um único
incremento, evitando-se a formação de bolhas internas (Figuras 5 e 6).
Figura 4 – Medição do compósito e Figura 5 – Inserção em único incre-
conjunto matriz/placa de vi- mento
dro/papel celofane
Figura 6 – Inserção do compósito na
matriz
Sua superfície foi coberta por um papel celofane com 14 mm e, em seguida,
pressionada contra uma lâmina de vidro de manipulação odontológica. Durante 30
segundos, um peso de bronze de 1000 g foi posicionado sobre a lâmina de vidro
para produzir uma espessura uniforme do compósito (Figura 7).
Figura 7 – Peso utilizado, conjunto matriz/corpo-
de-prova/placa de vidro e espátulas
para inserção do compósito
Após a remoção do peso de bronze e da placa de vidro superior, foi removido
o celofane e a ponta ativa do aparelho fotopolimerizador (Figura 8) foi posicionada
84
perpendicularmente sobre o conjunto matriz de aço/material restaurador/lplaca de
vidro inferior. O tempo de polimerização foi padronizado em 40 segundos, sem
contato direto inicial sobre o corpo-de-prova por 5 segundos. Em seguida, a ponta foi
colocada diretamente sobre os corpos-de-prova, ativados pelo método contínuo com
uma intensidade de luz de 1000 mW/cm
2
(Figura 9). A intensidade da luz foi aferida
pelo radiômetro interno do aparelho. Posteriormente, os corpos-de-prova foram
removidos da matriz com um cilindro de Teflon (Figura 10), evitando contaminação
por contato manual direto, e medidos com espessímetro (Figura 11) para
confirmação de sua espessura.
Figura 8 – Aparelho fotopolimerizador De- Figura 9 – Ponta ativa do aparelho
metron 501 fotopolimerizador direta-
mente sobre a placa de
vidro inferior
Figura 10 – Cilindro de teflon para remo- Figura 11 – Espessímetro mensurando
ção do corpo-de-prova da corpo-de-prova
matriz
Os corpos-de-prova foram armazenados em 5 ml de água destilada a 37º C
por 24 horas, acondicionados em potes de plástico escuros para filmes fotográficos.
85
Dessa forma, foram confeccionadas seis amostras para cada uma das nove marcas
comerciais de compósito, e levadas ao laboratório de colorimetria CETIQT para
avaliação da opacidade e translucidez.
5.2.3 Avaliação da Opacidade e Translucidez
Os corpos-de-prova foram retirados dos potes com pinças e enxugados com
papel toalha. Os itens medidos constituíram-se de 54 corpos-de-prova (seis corpos-
de-prova para cada uma das marcas de compósito) para avaliação de translucência
(TP) e rao de contraste (CR) para opacidade, segundo os valores das
coordenadas colorimétricas L*, a*, b*, do triestímulo Y para o iluminante padrão CIE
D
65
e observador padrão de 10°.
As avaliações colorimétricas dos comsitos foram obtidas em
espectrofotômetro (Figura 12), com geometria de medição especular incluída (SCI)
na faixa de comprimento de onda de 360 a 740 nm com intervalo de 10 nm,
conectado a computador contendo programa para avaliação (SpectraMatch versão
3.4.5.D-MA, Japão). Durante as medições foi controlada a temperatura na faixa de
25 ± 0,5º C, através de termômetro calibrado (DIGI-SENSE de série H98004912,
CT 23.828, SC0041).
Figura 12– Espectrofotômetro conectado a computador e
fundos branco e preto.
86
A Figura 13 apresenta corpo-de-prova sendo mensurado no
espectrofotômetro em fundo branco e a Figura 14 é representativa da esfera de
integração do espectrofotômetro.
Figura 14– Corpo-de-prova sendo avaliado Figura 15 – Esfera de integração do
em fundo branco espectrofotômetro
No espectrofotômetro, a luz de tungstênio policromática e difusa atinge a
esfera de integração e ilumina o corpo-de-prova, passando por um prisma, que são
filtros que filtram a luz de 10 em 10 nm. A luz sofre uma difração e os componentes
monocromáticos alcançam os detectores espectrais. Cada um dos detectores
espectrais manda um sinal correspondendo à energia relativa recebida naquele
comprimento de onda e a refletância (%) dentro daquele comprimento de onda
específico fica registrada (Figura 15).
87
Figura 15 – Esquema do funcionamento do Espectrofotômetro
Para cálculo do parâmetro de translucidez (TP) e razão de contraste (CR),
foram realizadas três medições simples na geometria especular (t/8º), a saber,
medição de cada compósito sem nenhum fundo, fundo com padrão cerâmico
brilhoso branco de identificação BQ01, e fundo com padrão cerâmico brilhoso preto
de identificação BN96, ambos padrões do NPL – National Physical Laboratory:
Aplicou-se a fórmula:
TP = [(L*
p
L*
b
)
2
+ (a*
p
a*
b
)
2
+ (a*
p
a*
b
)
2
]
1/2
, em que ”p“ se refere à
medição do compósito sobre o fundo preto, e "b" se refere à medição do compósito
sobre o fundo branco. As letras L*, a* e b* representam as coordenadas
colorimétricas do Sistema CIELAB. O "L" representa a luminosidade, sendo
numerado de 0 a 100, onde L = 100 é branco, L = 0 é negro, e L = 50 é cinza. As
coordenadas a* e b* definem a cromacidade, onde a* negativo corresponde à cor
verde, e a* positivo corresponde à cor vermelha, e b* positivo corresponde à cor
amarela, e b* negativo corresponde à cor azul.
88
A razão de contraste (CR) foi calculada pelos valores de Y (valor triestímulo)
do compósito sob o fundo preto (Y
p
) em relação ao mesmo compósito sob fundo
branco (Y
b
), onde:
CR = Y
p
/Y
b.
O triestímulo Y representa a refletância no comprimento de onda de 500 a
600 nm, e a energia recebida nesse comprimento (faixa verde).
5.2.4 Análise Estatística
Para análise das diferenças de opacidade na Razão de Contraste (CR) e no
Parâmetro de Translucidez (TP) entre as marcas comerciais e tipos de compósitos,
foram aplicadas as análises de variância (ANOVA) e o teste de Tukey (p < 0,05%).
89
6 RESULTADOS
6.1 OPACIDADE
A Tabela 2 apresenta as médias e desvios-padrão da opacidade dos
compósitos e seus respectivos tipos.
Tabela 2 Médias e desvios-padrão da opacidade das marcas dos compósitos e respectivos tipos
OPACIDADE
Marca do Compósito Média ± (Desvio-padrão) Tipo de Compósito
Charisma 0,848 (0,008)
Herculite XRV 0,902 (0,008)
Z100 0,943 (0,010)
Híbrido
Vit-l- escence 0,880 (0,006)
Opallis 0,880 (0,017)
Esthet-X 0,922 (0,004)
Microhíbrido
Filtek Supreme 0,953 (0,008)
4 Seasons 0,867 (0,012)
Concept Advanced 0,973 (0,010)
Nanoparticulado
O Anexo 1 apresenta os valores em cada corpo-de-prova das coordenadas
colorimétricas L
*
, a
*
, b
*
, triestímulo Y, valores de translucência (TP) e razão de
contraste (CR).
90
A opacidade dos compósitos foi analisada estatisticamente, segundo o tipo de
compósito e marca de compósito, aplicando-se análise de variância (ANOVA) e teste
de Tukey para múltiplas comparações (p < 0,05).
O Gráfico 1 apresenta a mediana da opacidade dos nove compósitos
estudados, e a variação dentro dos valores máximo e mínimo de cada
compósito. Observamos que o compósito Concept Advanced mostrou os
maiores valores de opacidade, e o compósito Charisma apresentou os
menores valores, tanto para média (Tabela 2) quanto para mediana
(Gráfico 1).
VALORES MÉDIOS
C
O
N
C
E
P
T
4
S
E
A
S
O
N
S
S
U
P
R
E
M
E
E
S
T
H
E
T
O
P
A
L
L
I
S
V
I
T
A
L
E
S
Z
1
0
0
H
E
R
C
U
L
I
C
H
A
R
I
S
1,000
0,975
0,950
0,925
0,900
0,875
0,850
OPACIDADE
Gráfico 1: Mediana e valores máximo e mínimo da Opacidade das nove marcas de
compósitos
A tabela 3 apresenta a análise de variância (ANOVA) da opacidade por tipo
de compósito (híbridos, microhíbridos e nanoparticulados).
91
Tabela 3 Análise de variância (ANOVA) para Opacidade por tipo de compósito (Híbrido,
Microhíbrido e Nanoparticulado)
Fonte de
variação
Graus de
liberdade
Soma dos
quadrados
Soma dos
quadrados
ajustados
Soma dos
quadrados
médios
ajustados
Fator de
variação
Valor de
p
TIPO 2 0,015070 0,015070 0,007535 4,98 0,011
Erro 51 0,077117 0,077117 0,001512
Total 53 0,092187
Através dos resultados da tabela 3 (ANOVA), observa-se que houve
diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) para o fator Tipo de compósito.
Assim sendo, foi realizado o teste de Tukey para a comparação entre os três tipos
de materiais
Tabela 4 Teste de Tukey para Opacidade por tipo de compósito (Híbrido, Microhíbrido e
Nanoparticulado)
TIPO
DE COMPÓSITO
Diferença
das
médias
Diferença
do erro
padrão
Fator de
Variação
Valor do
p
Significância
(p < 0,05)
Híbrido vs Microhíbrido
-0,003889 0,01296 -0,3000 0,9516 a*
Híbrido vs
Nanoparticulado
0,033333 0,01296 2,5716 0,0344 b**
Microhíbrido vs
Nanoparticulado
0,03722 0,01296 2,872 0,0161 b**
a* = não significante; b** = significante
Comparando-se os compósitos do grupo híbrido com os compósitos do grupo
microhíbrido, não foram observadas diferenças estatísticas (p = 0,95). Quando se
compararam os compósitos do grupo nanoparticulado com os compósitos híbridos,
foi verificada diferença estatística (p = 0,03), assim como na comparação com o
grupo de microhíbridos (p = 0,016).
92
Levando-se em conta o resultado da análise estatística ANOVA e do teste de
Tukey para o fator Tipo (n = 3), o grupo de nanopartículas se destaca com diferença
estatística em relação aos grupos híbridos e microhíbridos. Contudo os maiores
valores de opacidade do grupo nanoparticulado foram influenciados pelos
compósitos Filtek Supreme e Concept Advanced, com o nanoparticulado 4 Seasons
mostrando média de opacidade menor do que todos os outros compósitos apenas
com exceção do compósito híbrido Charisma do grupo híbrido.
Desta forma, foi realizada a ANOVA para Opacidade considerando-se como
fator único as diferentes marcas (n = 9) dos compósitos estudados (Tabela 5). Os
resultados obtidos por essa análise apontam que existem diferenças significantes
entre as médias dos nove compósitos estudados (p < 0,01).
Tabela 5Análise de variância (ANOVA) para Opacidade por marcas (n = 9) de compósitos
Fonte de
variação
Graus de
liberdade
Soma dos
quadrados
Soma dos
quadrados
ajustados
Soma dos
quadrados
médios
ajustados
Fator de
variação
Valor de
p
MARCA 8 0,087804 0,087804 0,010975 112,68 0,000
Erro 45 0,004383 0,004383 0,000097
Total 53 0,092187
Assim sendo, foi empregado o teste de Tukey a 5% (α = 0,05) para
comparações múltiplas entre as nove marcas de compósitos (Tabela 6).
93
Tabela 6Médias da opacidade das marcas dos compósitos e respectivas marcas
OPACIDADE
Marca do Compósito Média ± (Desvio-padrão) Teste de Tukey
p < 0,005 *
Concept Advanced 0,973 (0,010) a
Filtek Supreme 0,953 (0,008) b
Z100 0,943 (0,010) b
Esthet-X 0,922 (0,004) c
Herculite XRV 0,902 (0,008) d
Opallis 0,880 (0,017) e
Vit-l-escence 0,880(0,006) e
4 Seasons 0,867 (0,012) e f
Charisma 0,973 (0,010) f
* Letras diferentes indicam que houve diferença significativa entre as médias dos grupos ao
nível de 0,05% de probabilidade pelo teste de Tukey
Pôde ser verificada diferença estatística significante entre algumas marcas de
compósitos (p < 0,05), de tal forma que o teste de Tukey sumarizadamente
demonstrou que médias de opacidade da Concept Advanced > Supreme = Z100 >
Esthet-X > Herculite XRV > Opallis = Vit-l-escence = 4 Seasons. a opacidade do
Charisma foi menor do que todos os outros compósitos (p < 0,001), com exceção do
4 Seasons (Charisma = 4 Seasons).
Pode-se observar que o compósito Concept Advanced apresentou os maiores
valores de Opacidade entre todos os compósitos estudados (p < 0,026), enquanto
que a diferença entre as médias do Filtek Supreme e a Z100 não foi estatisticamente
significante (p = 0,71), porém foram maiores do que o Esthet-X, Herculite XRV,
Opallis, Vit-l-escence, 4 Seasons e Charisma (p < 0,012).
O compósito Esthet-X apresentou valores estatisticamente maiores do que o
Herculite XRV (p = 0,026) e este último mostrou opacidade maior do que o Opallis (p
= 0,011). Entre o Opallis, Vit-l-escence e 4 Seasons não houve diferença estatística
94
entre as médias (p > 0,34), sendo ainda o Opallis e o compósito Vit-l-escence
estatisticamente maiores do que o Charisma (p = 0,001) e o 4 Seasons mostrando
uma similaridade estatisticamente limítrofe (p = 0,055) com o Charisma.
O Gráfico 2 apresenta a comparação da opacidade e a relação entre os
compósitos estudados e os grupos a que pertencem (Híbridos, Nanoparticulados e
Microhíbridos). Pode-se perceber que a média de opacidade dos nanoparticulados
Concept Advanced e Filtek Supreme foi maior e discrepante em relação ao
nanoparticulado 4 Seasons.
Os compósitos microhíbridos mostraram opacidade mais uniforme e
intermediária aos nanoparticulados, ficando o compósito híbrido Charisma com a
menor opacidade e o híbrido Z100 com valores semelhantes ao nanoparticulado
Filtek Supreme. Os comsitos microhíbridos Vit-l-escence e Opallis apresentam
valores médios de opacidade.
HÍBRIDA MICROHÍBRIDA NANOPARTICULADA
VALORES MÉDIOS
0,975
0,950
0,925
0,900
0,875
0,850
C HARISMA
HERCULITE
Z100
VITA LESCENCE
OPA LLIS
ESTHET X
SUPREME
4SEA SONS
C ONCEPT A DV
OPACIDADE
Gráfico 2 – Médias da Opacidade das nove marcas de compósitos apresentados por seus
tipos
95
6.2 TRANSLUCIDEZ
A Tabela 7 apresenta os resultados das médias e desvios-padrão da
translucidez das nove marcas comerciais de comsitos avaliados e respectivos
tipos.
Tabela 7– Médias e desvios-padrão da Translucidez das marcas dos compósitos e
respectivos tipos
TRANSLUCIDEZ
Marca de compósito Média ± (Desvio-padrão) Tipo de Compósito
Charisma 9,20 (0,16)
Herculite XRV 6,51 (0,18)
Z100 4,00 (0,13)
Híbrido
Vit-l-escence 7,82 (0,13)
Opallis 8,34 (0,19)
Esthet-X 6,19 (0,20)
Microhíbrido
Filtek Supreme 2,97 (0,19)
4 Seasons 9,42 (0,13)
Concept Advanced 2,59 (0,10)
Nanoparticulado
O Anexo 1 apresenta os valores em cada corpo-de-prova das coordenadas
colorimétricas L
*
, a
*
, b
*
, triestímulo Y, valores de translucidez (TP) e razão de
contraste (CR) e a translucidez dos compósitos foi analisada estatisticamente,
segundo o tipo de compósito e marca de compósito, aplicando-se análise de
variância (ANOVA) e teste de Tukey para múltiplas comparações (p < 0,05).
O Gráfico 3 apresenta a mediana da translucidez dos nove compósitos
estudados, evidenciando a variação dentro dos valores máximos e mínimos de cada
compósito. Observamos que o compósito nanoparticulado 4 Seasons obteve
maiores valores de translucidez, seguido imediatamente pelo híbrido Charisma, e o
96
nanoparticulado Concept Advanced apresentou os menores valores, tanto para a
média (Tabela 7), quanto para a mediana (Gráfico 3).
VALORES MÉDIOS
CONCEP4SEASSUPREESTHEOPALISVITALZ100HERCUCHARI
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
TRANSLUCIDEZ
Gráfico 3 – Mediana e valores máximo e mínimo da Translucidez das nove marcas de
compósitos
A tabela 8 apresenta a análise de variância (ANOVA) da translucidez por tipo
de compósito (híbridos, microhíbridos e nanoparticulados).
Tabela 8 Análise de variância (ANOVA) para Translucidez por tipo de compósito
composto (Híbrido, Microhíbrido e Nanoparticulado)
Fonte de
variação
Graus de
liberdade
Soma dos
quadrados
Soma dos
quadrados
ajustados
Soma dos
quadrados
médios
ajustados
Fator de
variação
Valor de
p
TIPO 2 55,787 55,787 27,893 5,18 0,009
Erro 51 274,375 274,375 5,380
Total 53 330,162
97
Através dos resultados da análise de variância, observa-se que houve
diferença significante (p = 0,009) para o fator Tipo de compósito. Assim foi
empregado o teste de Tukey para comparação múltipla da translucidez entre os três
tipos de compósitos (Tabela 9).
Tabela 9 Teste de Tukey para Translucidez por tipo de compósito Híbrido, Microhíbrido e
Nanoparticulado
TIPO
DE COMPÓSITO
Diferença
das médias
Diferença
do erro
padrão
Fator de
Variação
Valor do
p
Significância
(p < 0,01)
Híbrido vs
Microhíbrido
0,878 0,7732 1,136 0,4966 a*
Híbrido vs
Nanoparticulado
-1,578 0,7732 -2,041 0,1127 a*
Microhíbrido vs
Nanoparticulado
-2,457 0,7732 -3,177 0,0070 b**
a* = não significante; b** = significante
Não foram encontradas diferenças estatísticas ao se comparar o grupo
híbrido com microhíbrido (p = 0,497) e o tipo híbrido com os de nanopartículas (p =
0,113). o grupo microhíbrido foi significantemente diferente do de nanopartículas
(p < 0,007).
Agrupando-se os compósitos pertencentes ao mesmo grupo (híbridos,
nanoparticulados e microhíbridos), observa-se que o grupo dos nanoparticulados se
destaca com diferença estatística significante em relação aos microhíbridos, com o
compósito nanoparticulado 4 Seasons influenciando os maiores valores de
translucidez dentre os outros compósitos e com valores discrepantes em relação aos
menores valores apresentados pelos nanoparticulados Filter Supreme e Concept
Advanced.
98
A seguir, foi realizada a ANOVA para Translucidez considerando-se como
fator único as diferentes marcas (n = 9) de compósitos estudados (Tabela 10). Os
resultados obtidos apontam que existem diferenças significantes da translucidez
entre as marcas de compósitos (p = 0,000).
Tabela 10 Análise de variância (ANOVA) para Translucidez por marcas (n = 9) de
compósitos
Fonte
de
variação
Graus
de
liberdade
Soma
dos
quadrados
Soma
dos
quadrados
ajustados
Soma
dos
quadrados
médios
ajustados
Fator
de
variação
Valor de
p
MARCA 8 329,022 329,022 41,128 1623,18 0,000
Erro 45 1,140 1,140 0,025
Total 53 330,162
O teste de Tukey (α = 0,05) permitiu múltiplas comparações entre as médias
de translucidez das nove marcas de compósitos (Tabela 11) .
Tabela 11 - Médias da opacidade das marcas dos compósitos e respectivas marcas
Tranlucidez
Marca do Compósito Média ± (Desvio-padrão)
Teste de Tukey
p < 0,005 *
4 Seasons 9,42 (0,13) a
Charisma 9,20 ( 0,16) a
Opallis 8,34 (0,19) b
Vit-l-escence 7,82 (0,13) c
Herculite XRV 6,51(0,18) d
Esthet-X 6,19 (0,20) e
Z 100 4,00 (0,13) f
Filtek Supreme 2,97 (0,19) g
Concept Advanced 2,59 (0,10) h
* Letras diferentes indicam que houve diferença significativa entre as médias dos grupos ao nível de
0,05% de probabilidade pelo teste de Tukey
99
Todas as marcas foram diferentes estatisticamente entre si (p < 0,032), com
exceção do Charisma e 4 Seasons, que apresentaram diferença estatística não
significante (p = 0,34). O teste de Tukey demonstrou sumarizadamente que os
valores médios de translucidez da 4 Seasons = Charisma > Opallis > Vit-l-escence >
Herculite XRV > Esthet-X > Z100 > Filtek Supreme > Concept Advanced.
O Gráfico 4 apresenta a relação da média de translucidez entre os
compósitos estudados e os tipos a que pertencem.
HÍBRIDA MICROHÍBRIDA NANOPARTICULADA
VALORES MÉDIOS
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
CHARISMA
HERCULITE
Z100
VITALESCENCE
OPA LLIS
ESTHET X
SUPREME
4SEASO NS
CONCEPT A DV
TRANSLUCIDEZ
Gráfico 4 – Médias da Translucidez das nove marcas de compósitos apresentados por
seus tipos
Os compósitos do grupo nanoparticulados apresentaram tanto os menores
valores de translucidez (Concept Advanced e Filtek Supreme) quanto os maiores (4
Seasons). Já os compósitos microhíbridos (Opallis, Vit-l-escence, Esthet-X)
apresentaram translucidez mais uniforme e intermediária entre os grupos estudados.
100
7 DISCUSSÃO
Após o estudo espectrofotométrico de-se observar que a opacidade e a
translucidez foram em geral influenciadas tanto pelo tipo de material quanto pela
marca dos compósitos estudados.
Levando-se em conta a análise do tipo de comsito, o grupo das
nanopartículas se destaca em relação ao grupo dos compósitos microhíbridos, tanto
em opacidade, quanto em translucidez, e em relação aos híbridos no que diz
respeito à opacidade. Observa-se que o comportamento dos nanoparticulados
Concept Advanced Dentina A2 e Filtek Supreme A2D foi determinante na diferença
entre os tipos de compósito, sendo que o nanoparticulado 4 Seasons A2 Dentin
apresentou a maior discrepância dentro de um único grupo.
Analisando-se o comportamento quanto aos tipos de compósitos, o grupo dos
nanoparticulados mostrou as maiores discrepâncias. Os compósitos Concept
Advanced Dentina A2 e Filtek Supreme A2D apresentaram os maiores valores de
opacidade e os menores em translucidez, em oposição ao 4 Seasons A2 Dentin, que
apresentou a segunda menor opacidade e a maior translucidez dentre as marcas
analisadas (Gráficos 2 e 4). O percentual de carga maior e a diferença na
composição da matriz dos compósitos Concept Advanced Dentina A2 e Filtek
Supreme A2D podem ter contribuído para os menores valores de translucidez
encontrados.
101
O aumento de translucidez estaria relacionado com o tipo de carga contendo
partículas de vidro com metais pesados, com a quantidade e tamanho das partículas
de carga. A translucidez dos compósitos pode variar em função da capacidade da
passagem de luz pelos seus componentes, do número e tamanho de bolhas
internas, do índice de refração dos componentes e o tamanho das partículas de
reforço (CAMPOS et al, 1999; CRAIG; MARCUS, 2004). A translucidez dos materiais
não seria determinada somente por composição da matriz e carga, mas também
pela relativa adição de pigmentos, componentes químicos, iniciadores e agentes de
união (JOHNSTON; REISBICK, 1997; BUCHALLA; ATTIN; HILGERS, 2002; IKEDA
et al, 2005).
Annusavice (2005) afirmou que a coloração dos compósitos é alcançada pela
adição de diferentes pigmentos e, freqüentemente, vários óxidos metálicos são
acrescentados em pequenas quantidades. Para aumentar a opacidade, os
fabricantes adicionariam dióxido de titânio e óxido de alumínio em quantidades
mínimas (0,001 a 0,007% em peso). É importante ter em mente que todos os
modificadores óticos afetam a capacidade de transmissão de luz de um comsito.
O grupo dos microhíbridos mostrou-se o mais homogêneo em ambas as
propriedades, a despeito de alguma diferença estatística dentro do grupo.
Possivelmente o tipo de carga utilizado nestes compósitos (de acordo com
informações dos fabricantes apresentados na tabela 1), contendo basicamente
vidros de bário e de boroaluminosilicato e dióxido de silício disperso, tenha
contribuído para as respostas óticas de transmissão e reflexão da luz mais
homogênea dentro do grupo dos microhíbridos. Vale ressaltar que os três
compósitos dentro de cada um dos três tipos foram estatisticamente diferentes entre
si em ambas as propriedades, com exceção apenas para o grupo microhíbrido em
102
relação à opacidade. Os microhíbridos Vit-l-escence A2 Dentin e Opallis DA2 foram
semelhantes entre si, enquanto o Esthet-X A2-O apresentou opacidade maior e
translucidez menor comparativamente àqueles dois compósitos.
Durante a obtenção dos corpos-de-prova do Esthet-X A2-O, pôde ser
verificada visualmente a presença de pontos opacos na superfície dos mesmos.
Estes corpos-de-prova foram então descartados após leitura no espectrofotômetro.
Novos corpos-de-prova do mesmo lote de compósito foram obtidos e mensurados
quanto à opacidade e translucidez, porém o aspecto superficial no Esthet-X A2-O
persistiu. Para cada marca, a quantidade de opacificante difere em quantidade e em
composição química. A mistura dessas substâncias na massa do compósito é crítica,
que ela é adicionada posteriormente aos demais componentes dos compósitos.
Assim, caso a mistura não seja homogênea e sendo essas substâncias inertes do
ponto de vista reacional, as mesmas podem formar aglomerados no meio da massa
dos compósitos ao invés de estarem distribuídas uniformemente. Pode ser levantada
a hipótese de que estas áreas heterogeneamente mais opacas nos corpos-de-prova
do Esthet-X A2-O possam ter contribuído para sua maior opacidade e menor
translucidez dentro do grupo dos microhíbridos.
Corroborando esta hipótese, Kawaguchi; Fukushima; Miyazaki (1994)
afirmaram que compósitos com mesma composição de matriz e partículas podem
apresentar correlação entre o coeficiente de transmissão de luz e a profundidade de
cura, porém com diferentes índices de refração das partículas. A dispersão da luz
pela ativação pode aumentar, aumentando a diferença nos índices de refração entre
as partículas e a matriz resinosa, afetando a translucidez e a opacidade, e podem
estar relacionadas com a profundidade de cura. O coeficiente de transmissão da luz
pode ser controlado pelo tipo e conteúdo dos pigmentos nos compósitos.
103
Tomando-se como base as tabelas de análise de variância (Tabelas 4 e 6),
observa-se claramente o efeito das diferentes marcas de compósitos sobre as duas
propriedades estudadas, e que tal efeito influencia mais as diferenças no tocante à
translucidez.
Vale ressaltar os resultados obtidos pelo nanoparticulado 4 Seasons A2
Dentin e pelo híbrido Charisma OA2 em ambas as propriedades. As duas resinas
mostraram-se estatisticamente semelhantes e diferentes das outras marcas,
apresentando os menores valores de opacidade e os maiores em translucidez. Com
relação à translucidez, a presença de partículas vítreas maiores e mais regulares,
como citado Alb (2005), pode ter permitido a maior transmissão de luz através do
Charisma e determinado sua alta translucidez. A 4 Seasons apresenta o trifluoreto
de itérbio como partícula vítrea principal, sendo intrinsecamente radiopaca. Com
relação à opacidade, apesar da diferença não significante entre as médias, pode-se
observar pelo Gráfico 1 que os valores obtidos pelo Charisma OA2 estão distribuídos
mais freqüentemente abaixo da mediana, enquanto que para o 4 Seasons A2 Dentin
ocorre uma predominância de valores acima da mediana. Do ponto de vista clínico,
isto poderia significar alguma tendência a uma maior habilidade de esconder o fundo
escuro da boca em restaurações com o 4 Seasons A2 Dentin do que com o
Charisma OA2.
Alb (2005) verificou que o compósito Charisma OA2 apresentou em sua
composição vidros de bário, alumínio e lica e algumas partículas maiores (0,01-
0,07 e 0,04µm). Todos os compósitos por ele avaliados apresentaram partículas
dispersas de Ba, Zn, Si, Al e Ca. O autor encontrou ainda valores menores de
translucidez para os compósitos que continham vidros de bário ou vidros de itérbio,
comparativamente aos compósitos que continham vidros de zinco.
104
Na presente pesquisa, a translucidez do compósito Charisma OA2 foi
significantemente maior que a do compósito Filtek Supreme A2D. Esse resultado
também foi verificado no trabalho de Ikeda et al (2005).
O compósito que apresentou maior potencial sobre o aspecto clínico de
mascarar o fundo escuro da boca foi o Concept Advanced Dentina A2,
significativamente mais opaco e menos translúcido que as demais marcas de
compósitos. Possivelmente tal resultado de opacidade possa ter contribuído para
uma correspondência inversamente proporcional aos seus valores de translucidez,
corroborando o conhecimento clínico de que resinas mais opacas são também as
menos translúcidas. Autores como Ikonoshi et al (1996); Vichi et al (2004) ponderam
que opacidade é mais facilmente avaliada que translucidez e que seria considerada
clínica e visualmente como o inverso da translucidez; ela não deveria ser confundida
com brilho, uma propriedade da superfície dos materiais, sendo que a opacidade
refere-se mais às reflexões difusas do que à reflexão especular.
Apesar da possível correspondência clínica e da ordenação inversamente
proporcional dos valores numéricos, este estudo não foi capaz de atestar
estatisticamente que as duas propriedades fossem complementares para todas as
marcas de compósito comparadas. Nos compósitos Filtek Supreme A2D e Opallis
DA2, opacidade e translucidez não se apresentaram inversamente proporcionais
quando comparados estatisticamente aos outros compósitos. Porém, além do
Concept Advanced Dentina A2, 4 Seasons A2 Dentin e Charisma OA2, já abordados
anteriormente em seus valores extremos, tal correspondência pôde ser verificada
nos resultados de opacidade e translucidez apresentados pelos compósitos híbrido
Z-100 UD, microhíbrido Esthet-X A2-O, híbrido Herculite XRV A2 Dentin e
microhíbrido Vit-l-escence A2 Dentin. Estes quatro compósitos apresentaram
105
propriedades intermediárias às demais marcas e diferenças significantes entre si,
apresentando respectivamente valores de opacidade decrescentes e translucidez
ascendentes.
Paravina et al (2002) avaliaram a translucidez dos compósitos. Os menores
valores de TP foram encontrados nos compósitos opacos, em especial no compósito
Esthet-X OA2 e Filtek Supreme A2D.
No trabalho de Kim; Lee; Powers (2005), os compósitos Filtek Supreme e
Esthet-X obtiveram os valores relativamente mais altos de translucidez em relação
ao compósito Charisma, o oposto do que foi verificado na presente pesquisa.
Possivelmente diferenças de bioestabilidade na matriz resinosa, absorvendo mais
água, faz com que materiais com Bis-GMA convencional, comparados com os
materiais com Bis-GMA ethoxylado (Bis-EMA), encontrados no Filtek Supreme e
Esthet-X aumentem seus valores de TP. Em nosso experimento, o compósito do tipo
microhíbrido Opallis com Bis-EMA em sua composição apresentou diferença
significante de maior translucidez para o Esthet-X e o Filtek Supreme, mas o
Concept Advanced, que não apresenta Bis-EMA nem o TEGDMA como o Filtek
Supreme em sua matriz, apresentou a maior opacidade, embora tenha percentual de
carga em peso semelhante ao do Filtek Supreme. Possivelmente apresentam
quantidade maior de pigmentos que o 4 Seasons, nanoparticulado e com trifluoreto
de itérbio em sua composição. Compósitos com Iterbiotrifluoretado liberaram flúor e
são solúveis em água, com as propriedades óticas afetadas.
Ahmad (2000) afirmam que a translucidez de uma restauração com
compósitos deve ter um índice de refração da carga o mais próximo possível do
índice do compósito. Para o Bis-GMA e o TEGDMA, os índices de refração são de
aproximadamente 1,55 e 1,46, respectivamente, e uma mistura dos dois
106
componentes em proporções iguais em peso leva a um índice de refração de
aproximadamente 1,5. A maioria dos vidros e quartzos utilizados como carga
possuem índices de refração de aproximadamente 1,5, o que é adequado para se
alcançar translucidez suficiente. Os compósitos híbridos estudados pelo autor
apresentam esta composição, porém o compósito Z100, na cor UD, compósito
universal, preconizado para dentes anteriores e posteriores, tem elevado peso de
carga comparado aos outros compósitos híbridos.
Alguns fatores podem clinicamente afetar a opacidade e a tranlucidez dos
compósitos. Pozzobon et al (1999) estudaram o efeito de agentes clareadores sobre
a translucidez dos materiais restauradores estéticos, incluindo o compósito Z100.
Concluíram que a translucidez dos materiais estéticos de forma geral altera-se
quando expostos a diferentes agentes clareadores em função do tempo de
permanência em contato. Os estudos de Campos et al (1999) verificaram que os
compósitos apresentam translucidez alterada em função do tempo e do uso de
influência de corantes.
Johnston; Reisbick (1997), Buchalla; Attin; Hilgers (2002), IKEDA et al (2005)
afirmaram que existe uma ampla variedade de alterações na translucidez dos
materiais estéticos após imersão em água, sendo que alguns produtos podem
apresentar aumento e outros diminuição dos parâmetros.
No trabalho de Ikonoshi et al (1994), os compósitos híbridos Charisma,
Herculite XRV e Z100 foram envelhecidos em água e apresentaram mais opacidade
inicialmente. Porém, após quatro semanas, a opacidade estabilizou-se, o que
indicaria que a composição da matriz desses compósitos, basicamente Bis-GMA e
TEGDMA, seria mais estável. Segundo os autores, devido às múltiplas reflexões e
refrações, quanto mais altas forem as diferenças entre o índice de refração das
107
partículas inorgânicas nas interfaces com a matriz orgânica, maior será a opacidade.
Nos estudos de Yap; Tan; Bhole (1997), a variação de translucidez do Z100 não foi
significante após a fotopolimerização e armazenamento em água por 48 horas. O
compósito Z100 apresenta o zircônio em sua composição, um metal pesado,
conferindo-lhe radiopacidade. Paravina; Ontiveros; Powers (2004) avaliaram a
influência do envelhecimento acelerado (termociclagem) no parâmetro de
translucidez dos compósitos microhíbridos para dentes clareados Esthet-X, Vit-l-
escence e do compósito híbrido Charisma. O compósito Vit-l-escence obteve o
menor valor inicial de translucidez, porém, após o envelhecimento, obteve maior
translucidez do que o Esthet-X e o Charisma. Os autores concluíram que o
parâmetro de translucidez (TP) dos compósitos microhíbridos após o
envelhecimento estabilizou-se relativamente, porém a opacidade aumentou.
Discutiram aspectos que dificultam a comparação entre estudos de envelhecimento
artificial, como a ausência de padronização para os valores de TP em fundos preto e
branco, padronização para espessura e tamanho dos corpos-de-prova, e fatores
associados aos equipamentos de mensuração.
Ikeda et al (2005) avaliaram a translucidez de compósitos em semi-híbridos,
microhíbridos e microparticulados e verificaram que compósitos em cores opacas
foram menos translúcidos que os compósitos não designados para cores opacas.
Concordando com esses achados, Kamishima; Ikeda; Sano (2005) relacionaram o
TP de compósitos nanoparticulados em cores opacas e translúcidas e observaram
que o parâmetro de translucidez (TP) foi menor nas cores opacas e que a
translucidez aumentava exponencialmente à medida que a espessura dos
compósitos diminuía.
108
Alguns aspectos da metodologia utilizada para avaliação dos parâmetros de
opacidade e translucidez dos compósitos serão discutidos a seguir.
A espectrofotometria de reflexão difusa utilizada nesse trabalho analisa mais
precisamente as propriedades óticas de translucidez e opacidade dos compósitos do
que a simples comparação visual, quantificando variáveis de interesse (DAVIDSON;
FREIDE, 1953; HUNTER; HAROLD, 1987; PAUL et al, 2002). Os espectrofotômetros
são padronizados de forma que fatores como iluminantes e posição dos corpos-de-
prova em relação à luz não interfiram nos resultados. Foi seguida a recomendação
de Judd; Wysczeki (1975); Davis et al (1992); Lee et al (2005) de que deve ser
utilizado o iluminante D
65
para avaliação dos compósitos opacos por ser ele
representativo das médias da luz do dia.
Pereira; Porto; Mendes (2000) ponderaram que a intensidade de luz influencia
na conversão dos monômeros em polímeros nos compósitos. Os autores sugerem
que aparelhos fotopolimerizadores apresentem a intensidade de luz mínima de 400
mW/cm² por 40 segundos para serem capazes de promover adequada
fotopolimerizaçäo de incrementos de 2 mm de compósitos. A intensidade de luz e a
profundidade de polimerização dos compósitos têm relação com sua espessura. A
ponteira de luz do aparelho fotopolimerizador
foi posicionada numa direção
perpendicular ao longo eixo do corpo-de-prova, com intensidade de luz de 1000mW
2
e modo contínuo para não haver modificação no grau de conversão adequado para
a fotopolimerização. Assim, a luz ativadora atravessou a espessura de 2mm dos
corpos-de-prova, que todos compósitos tinham o mesmo diâmetro e altura menor
que o diâmetro da ponta ativadora. A translucidez dos compósitos microhíbridos
após a fotopolimerização aumenta ligeiramente e relaciona-se com diferenças
109
estruturais nos materiais e nas cores, além de levar a maior escurecimento dos
mesmos (PARAVINA; ONTIVEROS; POWERS, 2002).
Outro fator levado em consideração no presente estudo foi a influência das
condições de armazenagem dos corpos-de-prova a 37º C por 24 horas. De acordo
com Lee, Y. K.; Kim, S. H.; Powers, J. M. (2005); Lee, S. H.; Lee, Y. K.; Lim, B. S.
(2004); as propriedades óticas dos compósitos podem ser influenciadas pelas
mudanças que ocorrem na sua superfície. Relataram que os parâmetros de
translucidez se modificam após imersão em água a 37º C por 24 horas, com o
aumento da energia de superfície. Os comsitos absorvem água na interface
matriz–carga e sofrem degradação hidrolítica, alterando o padrão de difusão da luz.
Segundo Ikonoshi et al (1994), a contaminação de amostras com os dedos ou
“debris” durante a confecção dos corpos-de-prova pode modificar a opacidade dos
compósitos translúcidos e aumentar seu valor, já que esta propriedade é muito
sensível à superfície de refletância, podendo ser influenciada por rugosidades
superficiais ou simples toques manuais. Asperezas na superfície levam a um ligeiro
aumento da opacidade. A metodologia da presente pesquisa também levou em
consideração estes aspectos, ao estabelecer o manuseio dos corpos-de-prova com
luva e a obtenção de superfícies lisas pela compressão por placas de vidro, sem
realização de polimento posterior.
110
8 CONCLUSÃO
Frente à metodologia apresentada e de acordo com os resultados obtidos foi
possível concluir que:
o tipo nanoparticulado de compósitos apresentou opacidade
significantemente maior que os tipos híbrido e microhíbrido, tendo os tipos
híbrido e microhíbrido opacidade semelhante entre si;
o tipo híbrido apresentou translucidez semelhante aos tipos microhíbrido e
nanoparticulado, tendo o tipo nanoparticulado apresentado translucidez
significantemente menor do que o microhíbrido;
o marca de compósito que estatisticamente apresentou a maior opacidade e a
menor translucidez foi o compósito nanoparticulado Concept Advanced A2D;
as marcas de compósitos híbrido Z100 UD, microhíbrido Esthet-X A2-D,
híbrido Herculite XRV A2D e microhíbrido Vit-l-escence A2 Dentin
apresentaram propriedades intermediárias e diferenças significantes entre si,
apresentando respectivamente valores de opacidade decrescente e
translucidez ascendente;
Os compósitos nanoparticulados 4 Seasons A2D e híbrido Charisma OA2
obtiveram resultados significantemente semelhantes, apresentando os
111
menores valores de opacidade e maior translucidez dentre as marcas
avaliadas.
112
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120
ANEXO 1 Relatório de Medição do Laboratório de Colorimetria da Rede de
Laboratórios s CETIQT (Rio de Janeiro)
RIL - REDE INTEGRADA DE LABORATÓRIOS
LABORATÓRIO DE COLORIMETRIA
Rua Dr. Manuel Cotrim, 195 - Riachuelo
20961-040 - Rio de Janeiro - RJ - BRASIL
Tel.: (21) 2582-1017 - Fax: (21) 2241-0495
E-mail: ril.colorime[email protected]enai.br
RELATÓRIO DE MEDIÇÃO
N
o
R-1439-1
Cliente: Anabela Chazin Milman
Endereço: Rua General Ribeiro da Costa, 214/801
CEP: 22010-050
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2295-8907
Datas das medições: 13/07, 19/07, 20/07, 27/07, 08/08 e 24/08 de 2006.
Local da execução: RIL / Laboratório de Colorimetria
Data de emissão: 24 de agosto de 2006
N.
os
de entrada: 3163-3211 e
Itens medidos: 9 grupos de resinas denominadas CHARISMA DA2, FILTEK
SUPREME A2D, 4SEASONS, VITA LESCENCE, HERCULITE
XRV, OPALLIS A2D, Z100, CONCEPT ADVANCED A2D e
ESTHET X OA2.
Total de amostras avaliadas 54 resinas.
121
Descrição dos itens medidos
Os itens medidos constituem-se de 54 compósitos (seis compósitos avaliados
de cada grupo estabelecido pelo cliente) para avaliação de translucência (TP) e
razão de contraste (CR) , conforme descritos anteriormente.
Padrões e Equipamentos utilizados
O equipamento utilizado para a medição dos itens acima descritos foi um
espectrofotômetro da marca Minolta, modelo CM-3720d, número de série 15731001,
SC-0004 com geometria de medição especular incluído (t/8º), faixa de trabalho de
comprimento de onda de 360 a 740 nm com resolução de 10 nm e certificado de
calibração SENAI/CETIQT - UNEEQ/UOC R-1316, de 12/04/2006. Os dados foram
obtidos no programa de colorimetria denominado SpectraMatch, versão 3.4.5 D.
A temperatura ambiente de 25 ± 0.5°C das medições realizadas foi controlada
por um termômetro DIGI-SENSE de série H98004912, CT 23.828, SC-0041, com
certificado de calibração sob o 0331/05 de 12/10/2005, fornecido pelo ITUC, RBC
(Rede Brasileira de Calibração) Laboratório de calibração acreditado pelo
CGCRE/INMETRO sob o nº 016.
Procedimento utilizado
Para execução da medição dos itens anteriormente descritos foi empregado o
procedimento POP-COL-005 - Revisão 4 de 29/10/2004 que envolveu três medições
simples na geometria especular incluído (t/8º), a saber, medição de cada compósito
122
sem nenhum fundo, fundo com padrão brilhoso branco de identificação BQ01 e
fundo com padrão brilhoso preto de identificação BN96, ambos padrões do NPL
National Physical Laboratory.
Resultados
Nas tabelas a seguir apresentamos os valores das coordenadas colorimétricas L*,
a*, b*, do triestímulo Y para o iluminante padrão CIE D
65
e observador padrão de
10
°
, juntamente com os valores de translucência (TP) e razão de contraste (CR) dos
compósitos avaliados.
123
COMPÓSITO CHARISMA DA2:
D
65
/10°
°°
°
L* A* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
67,17
1,83 11,53
36,86
01 – compósito com fundo
BQ01
71,83
6,10 18,59
43,41
01 – compósito com fundo
BN96
67,16
1,86 11,72
36,84
9,33 0,85
02 – compósito sem fundo
67,42
1,56 11,34
37,19
02 – compósito com fundo
BQ01
72,04
5,85 18,35
43,72
02 – compósito com fundo
BN96
67,60
1,60 11,47
37,43
9,22 0,86
03 – compósito sem fundo
67,26
1,54 11,41
36,97
03 – compósito com fundo
BQ01
71,73
5,85 18,35
43,26
03 – compósito com fundo
BN96
67,08
1,57 11,37
36,74
9,41 0,85
04 – compósito sem fundo
66,67
1,72 11,50
36,20
04 – compósito com fundo
BQ01
71,65
6,19 18,21
43,14
04 – compósito com fundo
BN96
66,82
1,79 11,75
36,40
9,18 0,84
05 – compósito sem fundo
66,72
1,66 11,69
36,27
05 – compósito com fundo
BQ01
71,68
6,23 18,25
43,18
05 – compósito com fundo
BN96
66,91
1,85 11,82
36,51
9,13 0,85
06 – compósito sem fundo
67,29
1,49 11,19
37,02
06 – compósito com fundo
BQ01
72,18 5,69 18,22
43,93
06 – compósito com fundo
BN96
67,15 1,87 11,87
36,83
8,95 0,84
Média 9,20 0,85
Desvio Padrão 0,16 0,01
124
COMPÓSITO FILTEK SUPREME A2D:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
74,02
1,04 12,77
46,74
01 – compósito com fundo
BQ01
75,35
2,49 15,18
48,84
01 – compósito com fundo
BN96
74,23
0,91 13,20
47,06
2,77 0,96
02 – compósito sem fundo
74,29
0,82 12,88
47,15
02 – compósito com fundo
BQ01
75,84
2,77 15,08
49,63
02 – compósito com fundo
BN96
74,01
0,89 13,48
46,73
3,07 0,94
03 – compósito sem fundo
74,03
1,00 13,12
46,75
03 – compósito com fundo
BQ01
75,70
2,60 15,30
49,39
03 – compósito com fundo
BN96
74,33
0,89 13,04
47,22
3,15 0,96
04 – compósito sem fundo
74,47
0,93 12,78
47,44
04 – compósito com fundo
BQ01
75,68
2,50 14,72
49,37
04 – compósito com fundo
BN96
74,07
1,15 13,00
46,81
2,71 0,95
05 – compósito sem fundo
74,43
1,08 12,07
47,38
05 – compósito com fundo
BQ01
75,59
2,77 14,97
49,23
05 – compósito com fundo
BN96
74,26
1,13 12,92
47,11
2,94 0,96
06 – compósito sem fundo
74,46
0,95 13,11
47,43
06 – compósito com fundo
BQ01
75,67
2,65 15,26
49,36
06 – compósito com fundo
BN96
73,97
1,08 13,11
46,65
3,16 0,95
Média 2,97 0,95
Desvio Padrão 0,19 0,01
125
COMPÓSITO 4 Seasons:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
70,98
0,15 15,88
42,15
01 – compósito com fundo
BQ01
75,29
4,63 23,44
49,23
01 – compósito com fundo
BN96
71,14
0,25 16,09
42,39
9,51 0,86
02 – compósito sem fundo
70,68
0,30 16,55
41,72
02 – compósito com fundo
BQ01
75,12
4,62 23,52
48,47
02 – compósito com fundo
BN96
70,67
0,24 16,50
41,71
9,40 0,86
03 – compósito sem fundo
71,09
0,45 16,42
42,31
03 – compósito com fundo
BQ01
75,50
4,55 23,71
48,25
03 – compósito com fundo
BN96
71,17
0,51 16,52
42,43
9,32 0,88
04 – compósito sem fundo
70,89
0,12 15,79
42,03
04 – compósito com fundo
BQ01
75,03
4,29 22,83
48,33
04 – compósito com fundo
BN96
71,16
0,02 15,37
42,42
9,43 0,88
05 – compósito sem fundo
70,90
0,12 15,83
42,04
05 – compósito com fundo
BQ01
74,99
4,32 22,87
48,27
05 – compósito com fundo
BN96
70,94
0,13 15,71
42,09
9,24 0,87
06 – compósito sem fundo
70,42
0,07 16,26
41,34
06 – compósito com fundo
BQ01
75,34
4,47 23,54
48,82
06 – compósito com fundo
BN96
70,93
0,15 16,18
41,36
9,61 0,85
Média 9,42 0,87
Desvio Padrão 0,14 0,01
126
COMPÓSITO VIT-L-ESCENCE:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
70,42
0,10 10,36
41,35
01 – compósito
com fundo
BQ01
73,95
3,26 16,80
46,62
01 – compósito
com fundo
BN96
70,47
0,13 10,40
41,42
7,92 0,89
02 – compósito sem fundo
70,88
-0,21 11,32
42,02
02 – compósito
com fundo
BQ01
75,32
2,96 16,79
48,78
02 – compósito
com fundo
BN96
71,12
-0,15 11,22
42,36
7,64 0,87
03 – compósito sem fundo
71,40
-0,01 10,39
42,77
03 – compósito
com fundo
BQ01
75,32
3,22 16,45
48,79
03 – compósito
com fundo
BN96
71,35
0,05 10,46
42,69
7,85 0,88
04 – compósito sem fundo
71,18
-0,11 11,46
42,45
04 – compósito
com fundo
BQ01
74,92
3,08 17,35
48,15
04 – compósito
com fundo
BN96
71,08
-0,11 11,44
42,31
7,74 0,88
05 – compósito sem fundo
71,01
-0,14 11,48
42,20
05 – compósito
com fundo
BQ01
75,00
3,16 17,46
48,27
05 – compósito
com fundo
BN96
71,07
-0,15 11,35
42,29
7,98 0,88
06 – compósito sem fundo
71,26
-0,11 11,32
42,56
06 – compósito
com fundo
BQ01
75,15
3,14 17,55
48,52
06 – compósito
com fundo
BN96
71,32
-0,07 11,61
42,65
7,76 0,88
Média 7,82 0,88
Desvio Padrão 0,13 0,01
127
COMPÓSITO HERCULITE XRV:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
72,64
2,17 15,19
44,62
01 – compósito
com fundo
BQ01
75,96
5,55 20,31
49,82
01 – compósito
com fundo
BN96
72,82
2,38 15,58
44,89
6,50 0,90
02 – compósito sem fundo
72,44
2,45 12,72
44,31
02 – compósito
com fundo
BQ01
75,64
5,79 17,94
49,31
02 – compósito
com fundo
BN96
72,45
2,53 12,81
44,34
6,86 0,90
03 – compósito sem fundo
72,92
2,53 12,60
45,05
03 – compósito
com fundo
BQ01
76,00
5,80 19,63
49,88
03 – compósito
com fundo
BN96
73,09
2,23 15,10
45,31
6,45 0,91
04 – compósito sem fundo
72,71
2,29 15,44
44,72
04 – compósito
com fundo
BQ01
75,74
5,56 20,29
49,47
04 – compósito
com fundo
BN96
72,84
2,36 15,57
44,92
6,40 0,91
05 – compósito sem fundo
72,89
2,49 12,59
45,00
05 – compósito
com fundo
BQ01
76,16
5,91 17,17
50,15
05 – compósito
com fundo
BN96
72,79
2,50 12,86
44,84
6,45 0,89
06 – compósito sem fundo
73,17
2,46 12,33
45,42
06 – compósito
com fundo
BQ01
76,03
5,84 17,80
50,31
06 – compósito
com fundo
BN96
73,08
2,43 13,31
45,28
6,37 0,90
Média 6,51 0,90
Desvio Padrão 0,18 0,01
128
COMPÓSITO OPALLIS A2D:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
70,28
1,01 14,54
41,14
01 – compósito
com fundo
BQ01
74,72
4,50 21,04
47,83
01 – compósito
com fundo
BN96
70,97
1,04 14,46
42,15
8,32 0,88
02 – compósito sem fundo
70,69
1,08 14,20
41,74
02 – compósito
com fundo
BQ01
74,18
4,53 20,72
46,99
02 – compósito com fund
o
BN96
70,65
1,04 14,29
41,68
8,13 0,89
03 – compósito sem fundo
68,48
0,83 13,02
38,63
03 – compósito
com fundo
BQ01
73,76
4,37 20,67
46,33
03 – compósito
com fundo
BN96
70,81
0,96 13,68
41,91
8,31 0,90
04 – compósito sem fundo
69,85
1,15 15,25
40,54
04 – compósito
com fundo
BQ01
74,03
4,30 20,43
46,75
04 – compósito
com fundo
BN96
70,65
0,88 13,46
41,68
8,46 0,89
05 – compósito sem fundo
70,19
0,60 15,27
41,02
05 – compósito
com fundo
BQ01
74,61
4,65 20,84
47,67
05 – compósito com fun
do
BN96
70,27
0,59 15,24
41,14
8,17 0,86
06 – compósito sem fundo
69,73
1,23 15,23
40,36
06 – compósito
com fundo
BQ01
73,94
4,95 21,70
46,62
06 – compósito
com fundo
BN96
69,62
1,21 15,24
40,21
8,63 0,86
Média 8,34 0,88
Desvio Padrão 0,19 0,02
129
COMPÓSITO Z100:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
71,64
0,23 13,94
43,13
01 – compósito
com fundo
BQ01
73,58
2,11 16,91
46,05
01 – compósito
com fundo
BN96
71,67
0,25 13,93
43,17
4,00 0,94
02 – compósito sem fundo
71,41
0,35 14,18
42,79
02 – compósito
com fundo
BQ01
73,08
2,15 16,86
45,28
02 – compósito
com fundo
BN96
71,79
0,11 13,45
43,34
4,18 0,96
03 – compósito sem fundo
72,20
-0,02 13,37
43,95
03 – compósito
com fundo
BQ01
73,65
1,72 16,90
46,17
03 – compósito
com fundo
BN96
72,12
0,01 13,52
43,84
4,09 0,95
04 – compósito sem fundo
71,54
0,12 13,63
42,98
04 – compósito
com fundo
BQ01
73,34
1,99 16,37
45,69
04 – compósito
com fundo
BN96
71,44
0,10 13,64
42,83
3,83 0,94
05 – compósito sem fundo
71,53
0,10 13,69
42,96
05 – compósito
com fundo
BQ01
73,29
1,83 16,82
45,61
05 – compósito
com fundo
BN96
71,47
0,09 13,71
42,87
4,01 0,94
06 – compósito sem fundo
71,69
0,31 14,15
43,19
06 – compósito
com fundo
BQ01
73,53
2,14 16,94
45,98
06 – compósito
com fundo
BN96
71,55
0,33 14,14
42,99
3,88 0,93
Média 4,00 0,94
Desvio Padrão 0,13 0,01
130
COMPÓSITO CONCEPT ADVANCED A2D:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
79,00
0,40 12,94
54,93
01 – compósito
com fundo
BQ01
81,10
1,90 15,42
58,65
01 – compósito
com fundo
BN96
80,12
0,53 13,42
56,90
2,61 0,97
02 – compósito sem fundo
80,71
0,33 12,22
57,95
02 – compósito
com fundo
BQ01
81,15
1,76 15,53
58,74
02 – compósito
com fundo
BN96
80,38
0,48 13,47
57,36
2,54 0,98
03 – compósito sem fundo
80,28
0,48 13,42
57,17
03 – compósito
com fundo
BQ01
80,94
1,76 14,95
58,36
03 – compósito
com fundo
BN96
80,75
0,40 12,98
58,03
2,41 0,99
04 – compósito sem fundo
79,75
0,32 13,12
56,24
04 – compósito
com fundo
BQ01
81,03
1,69 15,28
58,52
04 – compósito
com fundo
BN96
79,94
0,41 13,26
56,57
2,63 0,97
05 – compósito sem fundo
80,20
0,26 13,26
57,04
05 – compósito
com fundo
BQ01
81,30
1,73 15,11
59,01
05 – compósito
com fundo
BN96
80,24
0,24 13,13
57,11
2,69 0,97
06 – compósito sem fundo
79,77
0,16 13,03
56,27
06 – compósito
com fundo
BQ01
81,28
1,72 14,86
58,98
06 – compósito
com fundo
BN96
79,95
0,18 13,18
56,60
2,64 0,96
Média
2,59 0,97
Desvio Padrão
0,10 0,01
131
COMPÓSITO ESTHET-X OA2:
D
65
/10°
°°
°
L* a* b* Y TP CR
01 – compósito sem fundo
71,46
3,38 19,14
42,87
01 – compósito
com fundo
BQ01
73,70
7,13 23,04
46,24
01 – compósito
com fundo
BN96
71,47
3,38 19,03
42,88
5,92
0,93
02 – compósito sem fundo
71,46
3,38 19,14
42,87
02 – compósito com
fundo
BQ01
73,70
7,13 23,04
46,24
02 – compósito
com fundo
BN96
71,47
3,38 19,03
42,88
6,19
0,92
03 – compósito sem fundo
71,18
3,16 19,17
42,45
03 – compósito
com fundo
BQ01
73,77
7,08 23,31
46,35
03 – compósito
com fundo
BN96
71,16
3,22 19,23
42,42
6,25
0,92
04 – compósito sem fundo
71,02
3,20 19,09
42,22
04 – compósito
com fundo
BQ01
73,59
7,16 23,31
46,06
04 – compósito
com fundo
BN96
71,19
3,22 19,10
42,46
6,44
0,92
05 – compósito sem fundo
71,39
2,83 18,17
42,75
05 – compósito co
m fundo
BQ01
73,61
7,06 23,17
46,25
05 – compósito
com fundo
BN96
71,39
3,07 18,63
42,76
6,01
0,92
06 – compósito sem fundo
71,18
3,00 19,76
42,45
06 – compósito
com fundo
BQ01
73,53
6,96 22,99
45,97
06 – compósito
com fundo
BN96
71,20
3,06 19,05
42,48
6,33
0,92
Média
6,19 0,92
Desvio Padrão
0,19 0,00
132
Notas:
1. Este relatório só deve ser reproduzido por inteiro com a aprovação escrita da
RIL/Laboratório de Colorimetria.
2. Os resultados se referem somente aos itens medidos.
Motivos de Revisão do Relatório:
1. Foram incluídos as avalições colorimétricas de mais 5 amostras do compósito
ESTHET-X OA2;
2. Foram incluídos os dados de faixa de trabalho de comprimento de onda e
resolução do instrumento no item “Padrões e Equipamentos Utilizados” a pedido do
cliente;
3. Foi alterado a designação do compósito RFS para FILTEK SUPREME A2D;
4. Este relatório cancela e substitui o de nº R-1439 emitido em 11 de agosto de
2006.
133
Apêndice A - Teste de Tukey para Opacidade por tipo de compósito (Híbrido,
Microhíbrido e Nanoparticulado)
TIPO
DE COMPÓSITO
Diferença
das
médias
Diferença
do erro
padrão
Fator de
Variação
Valor do
p
Significância
(p < 0,05)
Híbrido vs
Microhíbrido
-0,003889 0,01296 -0,3000 0,9516 não
Híbrido vs
Nanoparticulado
0,033333 0,01296 2,5716 0,0344 sim
Microhíbrido vs
Nanoparticulado
0,03722 0,01296 2,872 0,0161 sim
134
Apêndice B – Múltiplas comparações (teste de Tukey) para Opacidade entre
as nove marcas de compósito
COMPARAÇÕES p SIGNIFICÂNCIA
(p < 0,05)
Charisma vs Herculite XRV 0,0000 sim
Charisma vs Z100 0,0000 sim
Charisma vs Vit-l-escence 0,0001 sim
Charisma vs Opallis 0,0001 sim
Charisma vs Esthet-X 0,0000 sim
Charisma vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Charisma vs4 Seasons 0,0552 não
Charisma vs Concept Advanced 0,0000 sim
Herculite XRV vs Z100 0,0000 sim
Herculite XRV vs Vit-l-escence 0,0117 sim
Herculite XRV vs Opallis 0,0117 sim
Herculite XRV vs Esthet-X 0,0260 sim
Herculite XRV vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Herculite XRV vs 4 Seasons 0,0000 sim
Herculite XRV vs Concept Advanced 0,0000 sim
Z100 vs Vit-l-escence 0,0000 sim
Z100 vs Opallis 0,0000 sim
Z100 vs Esthet-X 0,0117 sim
Z100 vs Filtek Supreme 0,7101 não
Z100 vs 4 Seasons 0,0000 sim
Z100 vs Concept Advanced 0,0001 sim
Vit-l-escence vs Opallis 1,0000 não
Vit-l-escence vs Esthet-X 0,0000 sim
Vit-l-escence vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Vit-l-escence vs 4 Seasons 0,3412 não
Vit-l-escence vs Concept Advanced 0,0000 sim
Opallis vs Esthet-X 0,0000 sim
Opallis vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Opallis vs 4 Seasons 0,3412 não
Opallis vs Concept Advanced 0,0000 sim
Esthet-X vs Filtek Supreme 0,0001 sim
Esthet- X vs 4 Seasons 0,0000 sim
Esthet-X vs Concept Advanced 0,0000 sim
Filtek Supreme vs 4 Seasons 0,0000 sim
Filtek Supreme vs Concept Advanced
0,0260 sim
4 Seasons vs Concept Advanced 0,0000 sim
135
Apêndice C Teste de Tukey para Translucidez por tipo de compósito Híbrido,
Microhíbrido e Nanoparticulado.
TIPO
DE COMPÓSITO
Diferença
das
médias
Diferença
do erro
padrão
Fator de
Variação
Valor do
p
Significância
(p < 0,01)
Híbrido vs
Microhíbrido
0,878 0,7732 1,136 0,4966 não
Híbrido vs
Nanoparticulado
-1,578 0,7732 -2,041 0,1127 não
Microhíbrido vs
Nanoparticulado
-2,457 0,7732 -3,177 0,0070 sim
136
Apêndice D Múltiplas comparações (Teste de Tukey) para translucidez
entre as nove marcas de compósitos
COMPARAÇÕES p SIGNIFICÂNCIA
(p < 0,01)
Charisma vs Herculite XRV 0,0000 sim
Charisma vs Z100 0,0000 sim
Charisma vs Vit-l-escence 0,0000 sim
Charisma vs Opallis 0,0000 sim
Charisma vs Esthet-X 0,0000 sim
Charisma vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Charisma vs 4 Seasons 0,3415 não
Charisma vs Concept Advanced 0,0000 sim
Herculite XRV vs Z100 0,0000 sim
Herculite XRV vs Vit-l-escence 0,0000 sim
Herculite XRV vs Opallis 0,0000 sim
Herculite XRV vs Esthet-X 0,0324 sim
Herculite XRV vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Herculite XRV vs 4 Seasons 0,0000 sim
Herculite XRV vs Concept Advanced 0,0000 sim
Z100 vs Vit-l-escence 0,0000 sim
Z100 vs Opallis 0,0000 sim
Z100 vs Esthet-X 0,0000 sim
Z100 vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Z100 vs 4 Seasons 0,0000 sim
Z100 vs Concept Advanced 0,0000 sim
Vit-l-escence vs Opallis 0,0001 sim
Vit-l-escence vs Esthet-X 0,0000 sim
Vit-l-escence vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Vit-l-escence vs 4 Seasons 0,0000 sim
Vit-l-escence vs Concept Advanced 0,0000 sim
Opallis vs Esthet-x 0,0000 sim
Opallis vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Opallis vs 4 Seasons 0,0000 sim
Opallis vs Concept Advanced 0,0000 sim
Esthet-X vs Filtek Supreme 0,0000 sim
Esthet- X vs 4 Seasons 0,0000 sim
Esthet-X vs Concept Advanced 0,0000 sim
Filtek Supreme vs 4 Seasons 0,0044 sim
Filtek Supreme vs Concept Advanced
0,0000 sim
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