indivíduo, no qual a influência dos chamados filtros perceptivos determinam a forma particular
com que cada um projeta a imagem sobre um dado objeto ou fenômeno.
Em linhas gerais, temos que a percepção constitui a forma com que o indivíduo
enxerga, interpreta a realidade a sua volta; ou seja, ele absorve tal realidade, a partir de filtros
cognitivos, como, por exemplo, seu nível sócio-cultural, os sentidos, os mecanismos de auto-
defesa etc. e, a partir daí, faz sua interpretação pessoal.
Seguindo este conceito, temos que a realidade torna-se uma representação; a
representação do mundo pelo indivíduo, como mencionado por Schuler (2004). O mundo
corresponde àquilo que nós pensamos, é uma criação individual que pode não condizer com a
realidade tal qual se apresenta. “A realidade é, antes de tudo, a experiência subjetiva que temos
dela”. (SCHULER, 2004, p.24)
A experiência física que temos do mundo é limitada ao que nossos sentidos podem
captar, às estruturas do cérebro e ao sistema nervoso próprios de cada espécie.
Captamos apenas uma pequena parte da realidade física, e nosso sistema nervoso
possui a propriedade de organizar e selecionar o que percebemos, numa ordem que
tem mais a ver com nossa capacidade de ordenamento do que com a ordem da
realidade em si mesma. (SCHULER, 2004, p. 24)
Em meio a uma cultura do imagético, vemos que o desafio constante da sociedade é
despertar uma identificação coletiva quanto às imagens que se deseja disseminar. Assim temos
que os mass media, a publicidade, buscam disseminar no inconsciente coletivo a imagem ou
representação do que é belo, justo, politicamente correto, desejável.
Morin apud Sousa (2005) afirma que a cultura é formada por um conjunto de
entidades espirituais, míticas e simbólicas, no qual sua conservação, desenvolvimento e
multiplicação ocorrem porque as impressões e idéias vão passando de uma mente para outra,
através dos diversos recursos da expressão e comunicação.
Mas de que forma uma imagem conseguirá ser aceita pela maioria de modo
homogêneo, semelhante, uma vez que também irá recair sob tais filtros perceptivos? Neste caso,
para que uma imagem consiga ser aceita pela maioria de modo homogêneo, ela deve antes estar
intrinsecamente ligada aos anseios, desejos dos indivíduos, deverá satisfazer suas necessidades.
No aspecto organizacional, a imagem deverá ser constantemente trabalhada de modo a se
adequar às necessidades dos indivíduos.
Assim como uma marca tem por função identificar a promessa de benefícios
(TAVARES, 1998), benefícios estes descritos como funcionais, ou seja, os que são ligados às
motivações básicas como as necessidades fisiológicas; os experienciais, de natureza