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Luciana Carla Rameh-de-Albuquerque
Aspectos hematológicos, bioquímicos, morfológicos e citoquímicos
de células sangüíneas em Viperídeos
neotropicais dos gêneros Bothrops e Crotalus
mantidos em cativeiro
São Paulo
2007
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Luciana Carla Rameh-de-Albuquerque
Aspectos hematológicos, bioquímicos, morfológicos e citoquímicos
de células sangüíneas em Viperídeos
neotropicais dos gêneros Bothrops e Crotalus
mantidos em cativeiro
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação
em Patologia Experimental e Comparada da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
da Universidade de São Paulo para obtenção
do título de Doutor em Ciências
Departamento:
Patologia
Área de Concentração:
Patologia Experimental e Comparada
Orientador:
Prof. Dr. José Luiz Catão-Dias
São Paulo
2007
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome: RAMEH-DE-ALBUQUERQUE, Luciana Carla
Título: Aspectos hematológicos, bioquímicos, morfológicos e citoquímicos de células
sangüíneas em Viperídeos neotropicais dos gêneros Bothrops e Crotalus mantidos em
cativeiro
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação
em Patologia Experimental e Comparada da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
da Universidade de São Paulo para obtenção
do título de Doutor em Ciências
Data: ___/___/___
Banca Examinadora
Prof. Dr. _______________________________Instituição:____________________________
Assinatura:_____________________________Julgamento:___________________________
Prof. Dr. _______________________________Instituição:____________________________
Assinatura:_____________________________Julgamento:___________________________
Prof. Dr. _______________________________Instituição:____________________________
Assinatura:_____________________________Julgamento:___________________________
Prof. Dr. _______________________________Instituição:____________________________
Assinatura:_____________________________Julgamento:___________________________
Prof. Dr. _______________________________Instituição:____________________________
Assinatura:_____________________________Julgamento:___________________________
Aos homens de minha vida: Alex e Pablo,
dedico a vocês a finalização de uma etapa
muito importante em minha vida.
Sem vocês nada mais importaria.
Aos meus preciosos pais Paulo e Lindinaura,
por terem me dado as principais lições desta vida.
Aos meus queridos irmãos Paulo Cristiano,
Paulo Vladimir e Rossana, pelo
inestimável amor e amizade.
Aos meus amados sobrinhos
Maria Clara, Felipe, Helena
Bianca e Giulia,
a vida fica mais bonita e alegre com vocês.
À minha família paulista, Vera, Aguinaldo,
Marcelo e Alecssandra, pelo apoio e carinho.
À meus avós Ide ( in memorian) e Cença
Por acreditarem em mim.
“É na educação e consciência de cada indivíduo
que trabalha com animais que deve estar incutido
o princípio de minimizar a utilização, a dor, o sofrimento
e o estresse dos animais.” (Rivera, 1996)
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. José Luiz Catão Dias, pela orientação, amizade, paciência e compreensão
em todas as etapas deste processo.
À Drª. Ida Sigueko Sano Martins diretora do Laboratório de Fisiopatologia do Instituto
Butantan pela co-orientação e confiança depositada na realização deste trabalho.
À Drª. Kathleen Fernandes Grego, pesquisadora do Laboratório de Herpetologia do
Instituto Butantan, a quem admiro e devo grande parte de meus conhecimentos na medicina
veterinária de répteis, pelo apoio e amizade em todas as horas.
Ao pesquisador e Diretor do Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan,
Wilson Fernandes, pela amizade, confiança, e por todo o incentivo e atenção minha
caminhada.
Ao pesquisador Sávio Stefanini Sant’Anna do Laboratório de Herpetologia do
Instituto Butantan, pela realização da análise estatística, pela montagem das pranchas e por
estar sempre disposto a ajudar em todos os momentos.
A Alexandre Zanotti por todo o apoio, compreensão e ajuda, além das belas
fotografias que ilustram este trabalho.
À Cristiane Kiyomi Miyaji Kolesnikovas pelo auxílio nos exames hematológicos e
bioquímicos, e pelo grande carinho e amizade.
À pesquisadora Diva Denelle Spadacci Morena do Laboratório de Fisiopatologia do
Instituto Butantan, pelo preparo do material de ultra-estrutura, pelas palavras de otimismo,
sugestões e apoio.
À estagiária Camila Duarte de Almeida do Laboratório de Fisiopatologia do Instituto
Butantan, pelo auxílio na realização da citoquímica, e pela amizade construída.
A todos os funcionários e estagiários do laboratório de Fisiopatologia do Instituto
Butantan, especialmente a Neusa Tadeu Penas Picon pela ampliação das fotografias.
A Alexsander Seixas de Souza pelo auxílio no uso do microscópio eletrônico e
momentos de descontração.
À Marta Maria Antoniazzi diretora do Laboratório de Biologia Celular do Instituto
Butantan, pelo uso do microscópio eletrônico e a Carlos Jared, pelo auxílio na ampliação das
ultramicrografias.
A Leonardo de Oliveira pela paciência, boa vontade e grande ajuda nas fotografias da
microscopia de luz.
A todos os funcionários e estagiários que fazem do Laboratório de Herpetologia do
Instituto Butantan um lugar especial de se trabalhar, por todos os momentos de amizade,
descontração e alegria durante todos estes anos.
À FAPESP, processo nº05/54163-1 e ao CNPq pelo auxílio financeiro na realização
deste projeto.
Aos queridos amigos Hyron, Camila, Carol, Anna Maria, Beatriz, Karina, Adriana,
Rubia, Renata, Alice, Natália e Ana Luiza por todos os momentos especiais de convívio. Sem
a presença de vocês em minha vida, eu jamais teria conseguido!
À minha grande família, tios, primos e amigos pernambucanos, em especial Marília,
Silvana, Giovana, Lucirley e Célia, que sempre torceram para que tudo desse certo em minha
jornada. Obrigada por tudo!
A todos o meu muito obrigada!
Este trabalho foi desenvolvido conjuntamente com o Laboratório de Herpetologia e
Laboratório de Fisiopatologia do Instituto Butantan e o Laboratório de Patologia
Comparada de Animais Selvagens do Departamento de Patologia da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
RESUMO
RAMEH-DE-ALBUQUERQUE, L. C. Aspectos hematológicos, bioquímicos, morfológicos
e citoquímicos de células sangüíneas em Viperídeos neotropicais dos gêneros Bothrops e
Crotalus mantidos em cativeiro. [Hematological, biochemical, morphological and
cytochemical aspects of blood cells in neotropical Viperidae from Bothrops and Crotalus
genus mantained in captivity]. 2007. 177 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
Este estudo apresenta um painel de dados hematológicos, bioquímicos, morfológicos e
citoquímicos para um grupo de serpentes dos gêneros Bothrops e Crotalus mantidas em
cativeiro no Instituto Butantan. Para tanto, amostras de sangue foram colhidas da veia
coccígea ventral e processadas de acordo com métodos padronizados. Os resultados
alcançados foram analisados para determinar diferenças interespecíficas e sexuais. A
avaliação citoquímica incluiu Sudan Black B (SBB), Ácido Periódico de Schiff (PAS) e
Benzidina Peroxidase (BP). Os resultados hematológicos e bioquímicos mais relevantes
indicaram um número significativamente mais alto de basófilos em B. jararaca e níveis mais
altos de cálcio nas fêmeas da maioria das espécies. Os azurófilos marcaram positivamente
para todas as colorações. A diferenciação entre trombócitos e linfócitos foi facilmente obtida
com PAS. Os basófilos marcaram positivamente apenas com PAS em Bothrops alternatus. A
marcação em heterófilos variou consideravelmente entre as espécies. Ultra-estruturalmente, os
leucócitos foram semelhantes ao já descrito em literatura com algumas variações no tipo dos
grânulos dos basófilos e heterófilos. Os grânulos dos basófilos apresentaram-se redondos em
sua maioria, com tamanho e densidade variadas, enquanto que os nos heterófilos foram
heterogêneos em forma, tamanho e densidade.
Palavras-chave: Hematologia. Bioquímica sérica em animal. Citoquímica. Leucócitos (ultra-
estrutura). Viperidae.
ABSTRACT
RAMEH-DE-ALBUQUERQUE, L.C. Hematological, biochemical, morphological and
cytochemical aspects of blood cells in neotropical Viperidae from Bothrops and Crotalus
genus mantained in captivity. [Aspectos hematológicos, bioquímicos, morfológicos e
citoquímicos de células sangüíneas em Viperídeos neotropicais dos gêneros Bothrops e
Crotalus mantidos em cativeiro]. 2007. 177 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
This study reports a panel for hematological, biochemical, morphological and cytochemical
data for a group of captive snakes belonging to the genus Bothrops and Crotalus mantained
at Instituto Butantan, São Paulo, Brazil. Blood samples were collected from ventral coccigeal
vein and were processed according to standard protocols. Cytochemical staining including
Sudan Black B (SBB), Periodic Acid-Schiff (PAS) and Benzidine peroxidase (BP) were
conducted. Blood values were evaluated to determine interspecific and sex differences. We
found a significant increase of basophils in Bothrops jararaca and higher levels of calcium in
females. Azurophils stained positively for all stains and a differentiation between
lymphocytes and thrombocytes was easily obtained with PAS stain. Basophils stained
positively only with PAS in Bothrops alternatus. Heterophils staining varied between species.
The ultrastructure of leucocytes were similar within described in literature, with some
variations on granules of basophils and heterophils. Basophils granules were round, with
heterogeneous size and density; whereas, heterphils granules were heterogeneous in shape,
size and density.
Key words: Hematology. Serum biochemistry. Cytochemistry. Leukocytes (ultrastructure).
Viperidae.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Filogenia do grupo Tetrapoda e suas relações cladísticas....................... 36
Figura 2 – Relacionamento filogenético entre as principais linhagens de
Squamata...................................................................................................
36
Figura 3 – Relacionamento filogenético da Subordem Ophidia (Serpentes)............. 36
Figura 4 – Mapa da distribuição geográfica da espécie B. alternatus.......................
38
Figura 5 – Mapa da distribuição geográfica da espécie B. jararaca..........................
39
Figura 6 – Mapa da distribuição geográfica da espécie B. jararacussu.....................
40
Figura 7 – Mapa da distribuição geográfica da espécie B. moojeni...........................
41
Figura 8 – Mapa da distribuição geográfica da espécie B. neuwiedi.........................
42
Figura 9 – Mapa da distribuição geográfica da espécie C. durissus.......................... 43
Figura 10 Sala de produção de venenos do Laboratório de Herpetologia do
Instituto Butantan......................................................................................
65
Figura 11 Caixas plásticas com substrato de papelão e água. Laboratório de
Herpetologia do Instituto Butantan...........................................................
65
Figura 12 – Contenção física com laço de Lutz...........................................................
68
Figura 13 – Colheita de sangue através da punção da veia coccígea ventral............... 68
Figura 14 Fotomicrografias de células sangüíneas coradas com May-Grunwald-
Giemsa modificado (Rosenfeld, 1947) (aumento 1000x). (a) Eritrócitos
maduros e eritrócito imaturo em B. jararacussu (seta); (b) Eritrócito
parasitado por Hepatozoon sp em B. moojeni (seta); (c) Trombócito
elíptico em B. jararacussu (seta); (d) Trombócito com margens
irregulares em B. jararaca (seta); (e) Trombócito com margens
irregulares (seta) e linfócito em B. jararaca; (f) Agregado de
trombócitos em B.neuwiedi. Barra (10µm)..............................................
111
Figura 15 Fotomicrografias de células sangüíneas coradas com May-Grunwald-
Giemsa modificado (Rosenfeld, 1947) (aumento 1000x). (a) Linfócito
em B. jararacussu (seta); (b) Azurófilo com aparência monocitóide em
B. jararacussu (seta); (c) Azurófilo com muitos vacúolos no
citoplasma (seta) em B. jararaca; (d) Azurófilo em C. d. terrificus
(seta). Barra (10µm).................................................................................
112
Figura 16 – Fotomicrografias de heterófilos corados com May-Grunwald-Giemsa 113
modificado (Rosenfeld, 1947) (aumento 1000x), mostrando diferentes
intensidades na coloração. (a) Heterófilo de B. alternatus (seta); (b)
Heterófilo de C. d. terrificus (seta); (c) Heterófilo de B. jararaca
(seta); (d) Heterófilo de B. neuwiedi (seta). Barra (10 µm)......................
Figura 17 – Fotomicrografias de heterófilos corados com May-Grunwald-Giemsa
modificado (Rosenfeld, 1947) (aumento 1000x), mostrando diferentes
intensidades na coloração. (a) Heterófilo de B. jararaca; (b) Heterófilo
de B. neuwiedi; (c) Heterófilo não corado de C. d. terrificus; (d)
Heterófilo não corado de B. jararacussu. Barra (10 µm).........................
114
Figura 18 – Fotomicrografias de basófilos corados com May-Grunwald-Giemsa
modificado (Rosenfeld, 1947) (aumento 1000x). (a) Basófilo de B.
neuwiedi; (b) Basófilo de B. jararaca; (c) Basófilo de B. alternatus. (d)
Basófilo de B. jararacussu. Barra (10 µm)..............................................
115
Figura 19 Fotomicrografias de células sangüíneas positivas para PAS (aumento
1000x). (a) Trombócitos de B. jararaca (seta); (b) Linfócito de B.
alternatus (seta); (c) Azurófilo de B. moojeni fraco positivo (seta). (d)
Azurófilo de B. alternatus (seta); (e) Heterófilo não corado de B.
moojeni (seta); (f) Basófilo de B. alternatus (seta). Barra (10 µm)..........
116
Figura 20 – Fotomicrografias de células sangüíneas positivas para benzidina
peroxidase (aumento 1000x) (a) Azurófilo de B alternatus (seta); (b)
Azurófilo de C. d. terrificus (seta) ; (c) Azurófilo de B. neuwiedi fraco
positivo (seta). (d) Heterófilo não corado de B. jararacussu (seta).
Barra (10 µm)...........................................................................................
117
Figura 21 Fotomicrografias de células sangüíneas positivas para SBB (aumento
1000x). (a) Azurófilo de B. alternatus (seta); (b) Azurófilo de B.
moojeni (seta); (c) Azurófilo de B. jararaca (seta); (d) Azurófilo de C.
D. terrificus (seta); (e) Heterófilo não corado de B. alternatus (seta); (f)
Heterófilo não corado de B. jararaca (seta). Barra (10 µm)....................
118
Figura 22 – Eletronmicrografia de células sangüíneas de B. jararaca. (a)
Trombócito mostrando núcleo chanfrado (n) e citoplasma com
sistema de canais abertos (seta), alfa-grânulos (cabeça de seta) e
inclusão citoplasmática (i) (aumento 6000x); (b) Linfócito
apresentando núcleo grande irregular (n), citoplasma com algumas
mitocôndrias (m) e retículo endoplasmático rugoso (seta) (aumento
10000x).....................................................................................................
119
Figura 23 – Eletronmicrografia de células sangüíneas de C. d. terrificus. (a)
Trombócito mostrando núcleo elíptico, sistema de canais abertos (seta),
mitocôndrias (m) e banda marginal de microtúbulos (cabeça de seta)
(aumento 7750x); (b) Detalhe do trombócito de C. d. terrificus
mostrando a banda marginal de microtúbulos (cabeça de seta) e
mitocôndrias (m); (c) Linfócito apresentando núcleo arredondado (n) e
citoplasma escasso com algumas mitocôndrias (m) (aumento 10000x)...
120
Figura 24 Eletronmicrografias de azurófilos em B. jararaca. (a) Azurófilo
mostrando núcleo grande irregular (n), muitos grânulos azurofílicos
(seta), retículo endoplasmático rugoso (cabeça de seta) e algumas
mitocôndrias (m) (aumento 7750x); (b) Azurófilo apresentando núcleo
arredonddado (n), retículo endoplasmático dilatado (re), grânulos
azurofílicos (seta) e algumas mitocôndrias (m) (aumento 10000x)........
121
Figura 25 – Eletronmicrografias de azurófilos em C. d. terrificus. (a) Azurófilo
mostrando núcleo arredondado (n), muitos grânulos azurofílicos (seta)
e algumas mitocôndrias (m) (aumento 7750x); (b) Azurófilo
apresentando núcleo irregular (n), retículo endoplasmático dilatado
(re), muitos grânulos azurofílicos (seta) e algumas mitocôndrias (m)
(aumento 7750x).......................................................................................
122
Figura 26 Eletronmicrografia de Heterófilos em B. jararaca. (a) Heterófilo
mostrando núcleo irregular, poucas mitocôndrias (m) e citoplasma com
diferentes tipos de grânulos: grânulo redondo de densidade homogênea
(gr
1
), grânulo de conteúdo floculento (gr
2
), grânulo com inclusão
cristalóide (gr
3
) (aumento 7750x); (b) Heterófilo apresentando núcleo
chanfrado, grânulos redondos de densidade homogênea (gr
1
), algumas
mitocôndrias (m), complexo de Golgi (seta longa) e centríolos (seta
curta) (aumento 10000x); (c) Detalhe de heterófilo apresentando
grânulos de formas e densidades diferentes (gr
1
) e inclusão cristalóide
(gr
3
) (aumento 35970x).............................................................................
123
Figura 27 – Eletronmicrografia de Heterófilo de C. d. terrificus. (a) Heterófilo
arredondado apresentando núcleo excêntrico chanfrado (n), e
citoplasma repleto de grânulos de tamanhos e densidades diferentes
(gr
1
e gr
2
); (b) Detalhe de heterófilo apresentando grânulos elétron-
densos (gr
1
) e com inclusão cristalóide em seu interior (gr
3
); (c)
Heterófilo apresentando núcleo irregular chanfrado (n), mitocôndrias
(m) e grânulos heterogêneos (gr
1
e gr
3
)....................................................
124
Figura 28 Eletronmicrografia de Basófilos. (a) Basófilo de B. jararaca
apresentando núcleo arredondado (n), e citoplasma repleto de grânulos
redondos em sua maioria, de densidade relativamente homogênea (gr)
e algumas mitocôndrias (m) (aumento 7750x); (b) Basófilo de C. d.
terrificus apresentando núcleo irregular (n), e citoplasma repleto de
grânulos redondos (gr) em sua maioria, de densidade relativamente
homogênea e algumas mitocôndrias (m) (aumento 10000x)....................
124
Figura 29 – Eletronmicrografia de Plasmócito em B. jararaca, mostrando núcleo
grande arredondado, e citoplasma com retículo endoplasmático
exuberante (aumento 7750x)....................................................................
126
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Número de animais utilizados, distribuídos por idade e sexo – Instituto
Butantan – São Paulo – 2001..................................................................
64
Quadro 2 – Distribuição da procedência, respectivas quantidades de indivíduos e
intervalo de tempo de cativeiro por espécie de Viperídeo – Instituto
Butantan – São Paulo – 2001..................................................................
66
Quadro 3 Peso em gramas e número de serpentes utilizado (n) por espécie e por
idade – Instituto Butantan – São Paulo – 2001.......................................
67
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Valores hematológicos para espécies selecionadas de Bothrops e
Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto Butantan – Março a Maio
de 2001 – São Paulo – SP........................................................................
74
Tabela 2 – Valores bioquímicos para espécies selecionadas de Bothrops e
Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto Butantan – Março a Maio
de 2001 – São Paulo – SP........................................................................
75
Tabela 3 Identificação dos confrontos estatísticos significantes, para valores
hematológicos, distribuídos em função das espécies e parâmetros
analisados – Março a Maio de 2001 – São Paulo – SP...........................
76
Tabela 4 Identificação dos confrontos estatísticos significantes, para valores
bioquímicos, distribuídos em função das espécies e parâmetros
analisados – Março a Maio de 2001 – São Paulo – SP...........................
77
Tabela 5 Valores hematológicos mínimos e máximos de machos e fêmeas para
espécies selecionadas de Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro
no Instituto Butantan – Março a Maio de 2001 – São Paulo – SP..........
78
Tabela 6 – Valores bioquímicos de machos e fêmeas de espécies selecionadas de
Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto Butantan –
Março a Maio de 2001 – São Paulo – SP................................................
79
Tabela 7 – Características citoquímicas de células sangüíneas para espécies
selecionadas de Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro no
Instituto Butantan – São Paulo – SP........................................................
108
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Representação gráfica do número de eritrócitos distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
80
Gráfico 2 Representação gráfica da concentração de hemoglobina distribuída
em função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
81
Gráfico 3 – Representação gráfica do número de leucócitos distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
81
Gráfico 4 Representação gráfica do percentual de hematócrito distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (
C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
82
Gráfico 5 Representação gráfica da concentração de hemoglobina corpuscular
média distribuída em função de espécies de Bothrops e Crotalus
selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d.
collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras iguais significam
diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo, 2001.................
82
Gráfico 6 Representação gráfica do percentual de linfócitos distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
83
Gráfico 7 – Representação gráfica do percentual de azurófilos distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
84
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
Gráfico 8 – Representação gráfica do percentual de basófilos distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
84
Gráfico 9 Representação gráfica do percentual de heterófilos distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
85
Gráfico 10 – Representação gráfica do percentual de heterófilos não corados
distribuídos em função de espécies de Bothrops e Crotalus
selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d.
collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras iguais significam
diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo, 2001.................
85
Gráfico 11 – Representação gráfica do número de leucócitos distribuídos em
função do sexo na espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
86
Gráfico 12 – Representação gráfica do número de trombócitos distribuídos em
função do sexo na espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
86
Gráfico 13 Representação gráfica do percentual de linfócitos distribuídos em
função do sexo na espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
86
Gráfico 14 Representação gráfica do percentual de azurófilos distribuídos em
função do sexo na espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
86
Gráfico 15 – Representação gráfica do percentual de basófilos distribuídos em
função do sexo na espécie B. jararacussu. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
87
Gráfico 16 Representação gráfica do percentual de linfócitos distribuídos em
função do sexo na espécie B. jararaca. Fêmeas (vermelho), machos
(azul) – São Paulo, 2001......................................................................
87
Gráfico 17 Representação gráfica do percentual de azurófilos distribuídos em
função do sexo na espécie B. jararaca. Fêmeas (vermelho), machos
(azul) – São Paulo, 2001......................................................................
88
Gráfico 18 – Representação gráfica do número de eritrócitos distribuídos em
função do sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
88
Gráfico 19 – Representação gráfica do número de trombócitos distribuídos em
função do sexo na espécie C. d. collilineatus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
89
Gráfico 20 Representação gráfica do nível de ALT distribuídos em função de
espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj
(B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
90
Gráfico 21 – Representação gráfica do nível de CK distribuídos em função de
espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj
(B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
90
Gráfico 22 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
91
Gráfico 23 Representação gráfica do nível de albumina distribuídos em função
de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus),
Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
91
Gráfico 24 Representação gráfica do nível de proteínas totais distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
92
Gráfico 25 Representação gráfica do nível de colesterol distribuídos em função
de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus),
Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
93
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
Gráfico 26 – Representação gráfica do nível de ácido úrico distribuídos em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B.
alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni),
Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus).
Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies –
São Paulo, 2001....................................................................................
93
Gráfico 27 Representação gráfica do nível de uréia distribuídos em função de
espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj
(B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
94
Gráfico 28 Representação gráfica do nível de creatinina distribuídos em função
de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus),
Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
94
Gráfico 29 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função de
espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj
(B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
95
Gráfico 30 – Representação gráfica do nível de fósforo distribuídos em função de
espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj
(B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B.
neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
diferentes significam diferenças estatísticas entre as espécies – São
Paulo, 2001...........................................................................................
95
Gráfico 31 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do
sexo na espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
São Paulo, 2001....................................................................................
96
Gráfico 32 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em
função do sexo na espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
96
Gráfico 33 Representação gráfica do nível de uréia distribuídos em função do
sexo na espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
São Paulo, 2001....................................................................................
97
Gráfico 34 Representação gráfica do nível de fósforo distribuídos em função do
sexo na espécie B. jararacussu. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
São Paulo, 2001....................................................................................
97
Gráfico 35 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do
sexo na espécie B. jararaca. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
São Paulo, 2001....................................................................................
98
Gráfico 36 Representação gráfica do nível de colesterol distribuídos em função
do sexo na espécie B. jararaca. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
São Paulo, 2001....................................................................................
98
Gráfico 37 Representação gráfica do nível de albumina distribuídos em função
do sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos
(azul) – São Paulo, 2001......................................................................
99
Gráfico 38 Representação gráfica do nível de proteínas totais distribuídos em
função do sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
99
Gráfico 39 Representação gráfica do nível de colesterol distribuídos em função
do sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos
(azul) – São Paulo, 2001......................................................................
100
Gráfico 40 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do
sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
São Paulo, 2001....................................................................................
100
Gráfico 41 Representação gráfica do nível de CK distribuídos em função do
sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
Paulo, 2001...........................................................................................
101
Gráfico 42 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em
função do sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001........................................................
101
Gráfico 43 – Representação gráfica do nível de glicose distribuídos em função do
sexo na espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) –
São Paulo, 2001....................................................................................
102
Gráfico 44 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em
função do sexo na espécie C. d. collilineatus. Fêmeas (vermelho),
machos (azul) – São Paulo, 2001.........................................................
102
Gráfico 45 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do
sexo na espécie C. d. collilineatus. Fêmeas (vermelho), machos
(azul) – São Paulo, 2001......................................................................
103
LISTA DE ESPÉCIES
NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR
Serpentes
Ameiva ameiva
Calango
Agkistrodon halys
“Halys’s viper”
Bitis arietans
“Puff adder”
Boa constrictor constrictor
Jibóia
Boiga irregularis
"Brown tree snake"
Bothrops alternatus
Urutu
Bothrops jararaca
Jararaca
Bothrops jararacussu
Jararacuçu
Bothrops moojeni
Caiçaca
Bothrops neuwiedi
Jararaca pintada
Bothrops ammodytoides
“Yarara ñata”
Crotalus adamanteus
”Eastern diamondback rattlesnake”
Crotalus cerastes
"Sidewinder"
Crotalus durissus collilineatus
Cascavel
Crotalus durissus terrificus
Cascavel
Drymarchon corais
Papa pinto
Elaphe obsoleta quadrivitatta
"Yellow rat snake"
Elaphe quadrivirgata
"Yellow rat snake"
Eunectes murinus
Sucuri
Homalopsis bucatta
"Puff faced water snake"
Natrix natrix
"Grass snake"
Ophiophagus hannah
Cobra rei
Python regius
Piton bola
Trimeresurus flavoviridis
“Okinawa Habu”
Lagartos
Iguana iguana
Iguana
Gallotia simonyi
Lagarto gigante de El Hierro
Quelônios
Chelonia mydas
Tartaruga verde
Chrysemys dorbignih
Tigre d'água
Trachemys dorbignyi
Tigre d'água
Geoclemys reevesii
“Black pond turtle”
Gopherus agassizii
Jabuti do deserto
Lepidochelys kempi
“Kemp’s Ridley”
Podocnemis unifilis
Tracajá
Pseudemys scripta elegans
Tartaruga de Orelha Vermelha
Crocodilianos
Alligator mississipiensis
Jacaré americano
Caiman crocodilus yacare
Jacaré de papo amarelo
Rincocefalios
Sphenodon punctatus
Tuatara
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO........................................................................................ 30
2
REVISÃO DE LITERATURA............................................................... 34
2.1 ASPECTOS FILOGENÉTICOS................................................................ 35
2.2 O SANGUE: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A COMPOSIÇÃO
E CONSTITUINTES DO SANGUE DE RÉPTEIS..................................
43
2.2.1
Células Sangüíneas................................................................................... 47
2.2.1.1 Eritrócitos................................................................................................... 47
2.2.1.2 Leucócitos.................................................................................................. 48
2.2.1.2.1
Linfócitos..................................................................................................... 48
2.2.1.2.2
Monócitos.................................................................................................... 49
2.2.1.2.3
Azurófilos.................................................................................................... 50
2.2.1.2.4
Heterófilos................................................................................................... 50
2.2.1.2.5
Eosinófilos................................................................................................... 51
2.2.1.2.6
Basófilos...................................................................................................... 52
2.2.1.3 Trombócitos................................................................................................ 53
2.2.2
Índices Hematimétricos............................................................................ 54
2.2.2.1 Volume Globular ou Hematócrito.............................................................. 54
2.2.2.2 Determinação da Concentração de Hemoglobina....................................... 54
2.2.2.3 Cálculo dos Índices Hematimétricos.......................................................... 55
2.3 BIOQUÍMICA SANGÜÍNEA: CONSIDERAÇÕES GERAIS................. 55
2.3.1
Aspartato Aminotransferase (AST)........................................................ 56
2.3.2
Alanina Aminotransferase (ALT)........................................................... 56
2.3.3
Fosfatase Alcalina..................................................................................... 56
2.3.4
CK- Creatinoquinase................................................................................ 57
2.3.5
Glicose........................................................................................................ 57
2.3.6
Creatinina.................................................................................................. 58
2.3.7
Ácido Úrico................................................................................................ 58
2.3.8
Uréia........................................................................................................... 58
2.3.9
Colesterol................................................................................................... 59
2.3.10
Cálcio.......................................................................................................... 59
2.3.11
Fósforo....................................................................................................... 59
2.3.12
Proteínas Plasmáticas Totais (PPT)........................................................ 60
3
OBJETIVOS.............................................................................................. 61
3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................... 62
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................... 62
4
MATERIAL E MÉTODOS..................................................................... 63
4.1 ANIMAIS................................................................................................... 64
4.2 MANUTENÇÃO EM CATIVEIRO........................................................... 64
4.3 COLHEITA DE MATERIAL..................................................................... 67
4.3.1
Parâmetros Hematológicos...................................................................... 68
4.3.2
Parâmetros Bioquímicos.......................................................................... 69
4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA......................................................................... 69
4.5 ESTUDO DAS REAÇÕES CITOQUÍMICAS.......................................... 70
4.6 ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS ULTRA-ESTRUTURAIS............ 70
4.7 FOTOMICROGRAFIAS............................................................................ 71
5
RESULTADOS......................................................................................... 72
5.1 PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS....................... 73
5.1.1 Diferenças Estatísticas Significantes para Parâmetros
Hematológicos........................................................................................... 80
5.1.1.1 Diferenças Interespecíficas......................................................................... 80
5.1.1.2 Diferenças Intersexuais............................................................................... 86
5.1.2
Diferenças Estatísticas Significantes para Parâmetros Bioquímicos... 90
5.1.2.1 Diferenças Interespecíficas......................................................................... 90
5.1.2.2 Diferenças Intersexuais............................................................................... 97
5.2 MORFOLOGIA CELULAR E CARACTERÍSTICAS
CITOQUÍMICAS....................................................................................... 104
5.2.1
Aspectos Citológicos e Citoquímicos....................................................... 104
5.2.2
Aspectos Ultra-Estruturais...................................................................... 109
6
DISCUSSÃO.............................................................................................. 127
6.1 ANÁLISE DOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E
BIOQUÍMICOS.......................................................................................... 129
6.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS MORFOLÓGICOS E
CITOQUÍMICOS....................................................................................... 135
6.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS ULTRA-ESTRUTURAIS..................... 139
7
CONCLUSÕES......................................................................................... 143
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 145
ANEXOS.................................................................................................... 153
30
1 INTRODUÇÃO
Fachada da Biblioteca do Instituto Butantan
31
1 INTRODUÇÃO
O temor pelas serpentes - bem como a outros animais peçonhentos – encontra-
se impregnado no imaginário popular. Registros de acidentes com animais peçonhentos no
Brasil remontam à época do descobrimento. Vital Brazil, no começo do século XX, dá vida a
um importante trabalho de investigação e notificação dos acidentes ofídicos no Brasil, dando
início à produção de soros antiofídicos no país. Em 1982, os acidentes por animais
peçonhentos no Estado de São Paulo passaram a ser incluídos como agravos de notificação
compulsória, iniciando assim um sistema embrionário de vigilância epidemiológica do
ofidismo. E, somente em 1988, dados sobre escorpionismo e araneísmo começaram a ser de
notificação obrigatória no país, fazendo parte do Programa Nacional de Controle de Acidentes
por Animais Peçonhentos (CARDOSO; WEN, 2003).
O Brasil possui uma riquíssima fauna de serpentes, cerca de 265 espécies, das
quais 70 são consideradas peçonhentas, pertencendo a duas famílias e quatro gêneros. A
família Viperidae engloba os gêneros Crotalus (cascavéis), Bothrops (jararacas) e Lachesis
(surucucu), e a família Elapidae, o gênero Micrurus (corais verdadeiras) e, apesar de contar
com tradicionais instituições e especialistas no assunto, muitas espécies desta fauna são ainda
mal conhecidas ou pouco estudadas (MELGAREJO, 2003).
Os viperídeos representam o mais importante grupo de serpentes para saúde
pública, pois são responsáveis pela enorme maioria e os mais graves acidentes ofídicos
registrados, sendo os do gênero Bothrops os mais comuns. Assim, dos quatro gêneros de
serpentes peçonhentas encontrados no Brasil, verifica-se o predomínio do acidente bothrópico
que constitui 87,5% dos acidentes notificados no ano de 2005 no país, seguidos do crotálico
(9,2%), laquético (2,7%) e elapídico (0,6%), havendo variações de acordo com a região e
distribuição geográfica das serpentes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
O Instituto Butantan foi criado em 1901 com a produção de soros contra a
peste bubônica e, em seguida, iniciou um programa de criação de serpentes em cativeiro para
produção de venenos e antivenenos. O Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan
mantém cerca de 800 serpentes peçonhentas em cativeiro com finalidade de produção de
imunobiológicos e para utilização como modelo experimental em pesquisas básicas e
aplicadas. Além da produção do soro antiofídico, existem diversas investigações, algumas em
32
andamento e outras que já estão em aplicação, utilizando frações do veneno para a produção
de fármacos, como por exemplo, a produção de uma cola biológica e a produção de remédios
para hipertensão como o Captopril. O Instituto Butantan é hoje, um dos principais centros
produtores de vacinas e soros do Brasil (HIGASHI, 2001).
O número de serpentes doadas ao Instituto Butantan vem caindo,
vertiginosamente, a cada década. Nas décadas de 50, 60, 70, 80 e 90, foram recebidas 6562,
6045, 4853, 3293 e 1898 jararacas, respectivamente (GREGO, 2006).
Devido ao declínio no recebimento de animais peçonhentos pelo Instituto
Butantan, o Laboratório de Herpetologia percebeu a necessidade de estudos na área de criação
de serpentes em cativeiro, com o intuito principal de buscar a sua auto-suficiência (GREGO,
2006).
Apesar do grande período de experiência na criação e manutenção de serpentes
em cativeiro, existem inúmeras dificuldades em relação ao diagnóstico precoce, prevenção e
controle de doenças infecciosas. Acredita-se que estes problemas estão diretamente
relacionados à dificuldade de adaptação destes animais ao cativeiro, visto que a grande
maioria é proveniente da natureza e está amplamente sujeita a ação de agentes estressores
(KOLESNIKOVAS, 1997).
Para implantar um programa de reprodução mais eficiente, além de entender
melhor o comportamento e a fisiologia reprodutiva dos animais, é necessário estabelecer
parâmetros fisiológicos normais para, em caso de doenças, diagnosticar, prevenir e tratar
animais enfermos, melhorando substancialmente a qualidade de vida dos animais mantidos
em cativeiro, influenciando diretamente na melhoria da produção de imunobiológicos tanto
quantitativa, como qualitativamente.
Atualmente, as serpentes recém-chegadas da natureza, antes de fazerem parte
do plantel de produção de veneno, passam por medidas profiláticas rigorosas, com o intuito de
diminuir a possibilidade de ocorrência de doenças para o plantel já estabilizado e também
para minimizar os efeitos deletérios do estresse de cativeiro. Algumas dessas medidas são a
vermifugação e banho de imersão em ectoparasiticidas, exames hematológicos, além da
permanência mínima de 60 dias em quarentena, onde são realizados exames
coproparasitológicos (GREGO, 2006).
A identificação consistente de células sangüíneas ainda é um desafio na
hematologia dos répteis (DOTSON; RAMSAY; BOUNOUS, 1995). As controvérsias
permanecem ocorrendo na nomenclatura dos leucócitos, e ainda pouco se sabe sobre a
33
citologia ou funções destas células (SYPEK; BORYSENKO, 1988; BOUNOUS et al., 1996).
O número relativo dos vários tipos de leucócitos varia consideravelmente entre as diferentes
espécies de répteis, sendo que variações nas características e populações celulares existem
mesmo entre espécies da mesma Ordem (ALLEMAN; JACOBSON; RASKIN, 1999;
SALAKIJ et al., 2002a).
A determinação dos parâmetros hematológicos e bioquímicos em uma
população mantida em cativeiro é essencial para estimar a condição de saúde destes animais
(TROIANO et al., 2001a). Embora tenhamos disponíveis informações sobre características
hematológicas, bioquímicas e citoquímicas para várias espécies de serpentes (CHIODINI;
SUNDBERG, 1982; BOUNOUS et al., 1996; LAMIRANDE et al., 1999; TROIANO et al.,
1999), pouco se sabe sobre serpentes brasileiras. Desta forma, o propósito deste trabalho foi
determinar parâmetros hematológicos e bioquímicos, e características morfológicas e
citoquímicas de espécies selecionadas de viperídeos brasileiros dos gêneros Crotalus e
Bothrops mantidos em cativeiro no Instituto Butantan.
34
2 REVISÃO DE LITERATURA
Bothrops alternatus
35
2 REVISÃO DE LITERATURA
O reino animal apresenta enormes diversidades adaptativas. A adaptação de
animais em novos habitats gera necessidades de modificações de estruturas antigas e
surgimento de sistemas originais com novas funções. Essas adaptações, entretanto, raramente
resultam na perda de todas as características da espécie ancestral de tal forma que as espécies
normalmente apresentam algumas das características primitivas, além das novas e
especializadas (RAMOS, 1992).
Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistarem definitivamente o
ambiente terrestre. Este fato ocorreu a partir do desenvolvimento do âmnio, um anexo
embrionário que garantiu proteção ao embrião contra a dessecação, choques mecânicos e
aderência às paredes que o contêm (COBORN, 1991; FRANCO, 2003).
2.1 ASPECTOS FILOGENÉTICOS
A Classe Reptilia compreende aproximadamente 6.000 espécies viventes
distribuídas em quatro Ordens distintas: Crocodilia, representada pelos jacarés, gaviais e
crocodilos; Chelonia, constituída pelas tartarugas, cágados e jabutis; Squamata, da qual fazem
parte as serpentes, as anfisbenas e os lagartos, e Rhynchocephalia, que apresenta uma única
espécie, Sphenodon punctatus, conhecida como tuatara e encontrada apenas na Nova Zelândia
(COBORN, 1991) (Figura1).
Os répteis estão subdivididos em dois grandes grupos, o Anapsida que engloba
a Ordem Chelonia e o Diapsida que é representado pelas demais Ordens. O grupo Diapsida é
dividido em Archosauromorpha, de onde fazem parte as aves, os crocodilianos e os extintos
dinossauros, e Lepidosauromorpha, representado pelas Ordens Squamata e Rhynchocephalia
(RAGE, 1994b) (Figura 2). Subseqüentemente, existem ainda as subdivisões de cada família,
36
os gêneros, espécies e subespécies. Desta forma, a figura 3 apresenta, de forma simples e
atualizada, a distribuição taxonômica da Subordem Ophidia (Serpentes).
Fonte: Franco, 2003. Fonte: Franco, 2003.
Figura 1 - Filogenia do grupo Tetrapoda e suas relações Figura 2 - Relacionamento filogenético entre as
cladísticas principais linhagens de Squamata
Fonte: Greene, 1997.
Figura 3 - Relacionamento filogenético da Subordem Ophidia (Serpentes)
37
Os representantes da Ordem Squamata estão distribuídos, geograficamente, por
quase todos os ambientes, sendo abundantes nos trópicos, pouco freqüentes nas regiões
temperadas e ausentes nas calotas polares, onde o clima demasiadamente frio impossibilita a
vida de vertebrados ectotérmicos (COBORN, 1991; MELGAREJO, 2003).
As serpentes originaram-se a partir dos lagartos e sofreram algumas
modificações, como a redução e desaparecimento dos membros, desenvolvimento de escamas
córneas salientes para auxiliar a locomoção, e especializações do crânio e do aparelho
mandibular, assim como das glândulas salivares, para permitir a ingestão de presas inteiras e
auxiliar a digestão (COBORN, 1991). São exclusivamente carnívoras, predando tanto
vertebrados quanto invertebrados (RAGE, 1994b).
Há serpentes muito pequenas, como os escolecofídeos (cobras-cegas), dentre
os quais algumas espécies alcançam a maturidade sexual com pouco mais de 10cm, até
serpentes gigantes, com quase 10 metros de comprimento, caso de boídeos e pitonídeos como
a sucuri (Eunectes murinus) e a píton reticulada (Python reticulatus) (RAGE, 1994a;
FRANCO, 2003). Há serpentes aquáticas e terrestres. Dentre as aquáticas, temos as de água
doce e as marinhas. No ambiente terrestre, ocupam os habitats fossorial, terrestre e arborícola.
Vivem em matas, savanas ou desertos (RAGE, 1994a).
Segundo Franco (2003) há, atualmente, cerca de 2.900 espécies de serpentes no
mundo, distribuídas em 465 gêneros e 20 famílias. No Brasil, temos representantes de 9
famílias, 75 gêneros e 321 espécies, ou seja, cerca de 10% do total de espécies.
A família Viperidae, com cerca de 250 espécies distribuídas pelo mundo, é
formada por serpentes com aparelho inoculador de veneno do tipo solenóglifo. A fauna de
Viperídeos do Brasil inclui 5 gêneros que somam ao redor de 30 espécies e, contando as
subespécies, o número chega a 36 (MELGAREJO, 2003).
De acordo com o Ministério da Saúde (2006) o gênero Bothrops (WAGLER,
1824) possui algumas das espécies mais importantes do ponto de vista médico, já que
produzem cerca de 87,5% dos 28.597 acidentes ofídicos notificados anualmente no Brasil.
São espécies muito abundantes, com uma ampla distribuição geográfica, e com populações
importantes nas diversas regiões do país.
A espécie Bothrops alternatus (urutu-cruzeiro) (DUMÉRIL, BIBRON E
DUMÉRIL, 1854) é uma serpente muito temida no sul e centro-sul. Vive nos campos e outras
áreas abertas e pedregosas, desde o sul de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul para o
38
sul, estendendo-se até o Paraguai, Argentina e Uruguai (CAMPBELL; LAMAR, 1989;
MARQUES; SAZIMA, 2003) (Figura 4).
Fonte: Campbell e Lamar, 1989.
Figura 4 - Mapa da distribuição geográfica da espécie B. alternatus
A espécie B. jararaca (jararaca) (WIED, 1824) é uma serpente ágil, com uma
grande capacidade adaptativa, ocupando e colonizando tanto áreas silvestres, agrícolas,
suburbanas e até urbanas. É a espécie mais comum da Região Sudeste, habitando desde o sul
da Bahia até o Rio Grande do Sul, estendendo-se até o Paraguai e Argentina, podendo
alcançar os estados do Mato Grosso e Goiás, sendo a principal causadora de acidentes numa
vasta área geográfica. Ocupa ampla diversidade de habitats, desde florestas tropicais deciduais
e semitropicais, até campos abertos (CAMPBELL; LAMAR, 1989; GREGO, 2006) (Figura
5).
39
Fonte: Campbell e Lamar, 1989.
Figura 5 - Mapa da distribuição geográfica da espécie B. jararaca
De acordo com Campbell e Lamar (1989) e Melgarejo (2003), B. jararacussu
(jararacuçu) (LACERDA, 1884) é talvez a espécie mais imponente do gênero, chegando a
atingir 1,8m de comprimento. É uma serpente predominantemente do Sul e Sudeste do Brasil,
distribuindo-se desde o extremo sul da Bahia até o noroeste do Rio Grande do Sul, atingindo o
Paraguai, Bolívia e Argentina (Figura 6).
40
Fonte: Campbell e Lamar, 1989.
Figura 6 - Mapa da distribuição geográfica da espécie B. jararacussu
A espécie B. moojeni (caiçaca) (HOGE, 1965) trata-se da principal espécie de
Bothrops dos cerrados do Brasil central, distribuindo-se desde o Paraná até o Maranhão,
sendo encontrada também no nordeste do Paraguai. Embora seja típica do cerrado (ambiente
com predominância de áreas abertas), vive associada a matas que margeiam os rios. É uma
das poucas espécies que têm crescido em importância médica, pois consegue se adaptar bem
aos ambientes modificados (CAMPBELL; LAMAR, 1989; MARQUES; SAZIMA, 2003)
(Figura 7).
41
Fonte: Campbell e Lamar, 1989.
Figura 7 - Mapa da distribuição geográfica da espécie B. moojeni
A espécie B. neuwiedi (jararaca-pintada) (WAGLER, 1824) trata-se na verdade
de um complexo de espécies, que tradicionalmente era tratado como uma única espécie com
12 subespécies, a maioria presente no Brasil. Resumidamente, B. neuwiedi reúne agora as
antigas subespécies B. n. goyazensis, B. n. meridionalis, B. n. paranaensis e B. n. urutu,
distribuídas nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito
Santo e Paraná; com B. diporus eleva a espécie a subespécie homônima, distribuída na
Argentina e nos estados do Sul do Brasil (MELGAREJO, 2003) (Figura 8).
42
Fonte: Campbell e Lamar, 1989.
Figura 8 - Mapa da distribuição geográfica da espécie B. neuwiedi ssp
As serpentes do gênero Crotalus (LINNAEUS, 1758) são terrestres, robustas e
pouco ágeis. Sua característica mais marcante é a presença do chocalho ou guizo na
extremidade da cauda. O gênero Crotalus está representado no Brasil por uma única espécie,
Crotalus durissus, que tem uma ampla distribuição geográfica; é típica de áreas abertas e a
sua área de ocorrência está em expansão, devido aos desmatamentos e aumento de áreas para
agropecuária. São conhecidas cinco subespécies: Crotalus durissus terrificus, Crotalus
durissus cascavella, Crotalus durissus collilineatus, Crotalus durissus ruruima e Crotalus
durissus marajoensis. A subespécie C. d. terrificus (LAURENTI, 1768) se encontra no Sul e
se estende pelo oeste, até algumas áreas abertas do Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
A subespécie C. d. collilineatus (AMARAL, 1926) encontra-se distribuída em áreas abertas
dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mina Gerais, Distrito Federal e Goiás (MARQUES;
SAZIMA, 2003; MELGAREJO, 2003) (Figura 9).
43
Fonte: Campbell e Lamar, 1989.
Figura 9 - Mapa da distribuição geográfica da espécie C. durissus ssp
2.2 O SANGUE: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A COMPOSIÇÃO E
CONSTITUINTES DO SANGUE DE RÉPTEIS
O sangue é um tecido formado por um meio extracelular, o plasma, e por
células de três tipos: os eritrócitos, os leucócitos e os trombócitos (COLES, 1986).
Os dados hematológicos são utilizados para detectar condições que afetam o
organismo como um todo, e alteram qualitativa ou quantitativamente as células sangüíneas,
como anemias, doenças inflamatórias, parasitemias, desordens hematopoiéticas e alterações
hemostáticas (CAMPBELL, 2006). Devido a suas múltiplas características, o sangue
constitui-se em importante ferramenta de avaliação do estado funcional do organismo animal.
Através de provas bioquímicas e dosagens enzimáticas pode-se diagnosticar alterações do
metabolismo de diversos órgãos, tais como o fígado, rins e pâncreas, assim como a
concentração de eletrólitos e equilíbrio ácido-básico (COLES, 1986).
44
O plasma é composto por 91,5 % de água, as proteínas plasmáticas
correspondem a 7% e os sais inorgânicos, a 0,9%, sendo o restante formado por compostos
orgânicos diversos, tais como aminoácidos, vitaminas, hormônios e glicose. As principais
proteínas do plasma são as albuminas, as alfa, beta e gamaglobulinas, as lipoproteínas e as
proteínas que participam da coagulação do sangue, como protrombina e fibrinogênio. O
sangue é responsável em média por 7,5 % do peso de um animal (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004).
De acordo com Jacobson (1984) e Sypek e Borysenko (1988), historicamente
existe uma discrepância na terminologia dos tipos celulares sangüíneos e tecidos
hemopoiéticos dos répteis. Os problemas inerentes em nomear células de acordo com a
coloração e função levam a diferenças entre os resultados obtidos por diversos pesquisadores.
Limitações técnicas criadas pela dificuldade em utilizar reações que foram desenvolvidas para
mamíferos são inevitáveis. Estas variações podem produzir falsas indicações de similaridades
ou diferenças entre as espécies (HAWKEY; DENNETT, 1989).
Os répteis são animais ectotérmicos ou de sangue frio, ou seja, não possuem a
capacidade de manter sua temperatura interna constante como os mamíferos e aves. São
animais que dependem da temperatura do ambiente ou de outras fontes externas de calor, o
que faz com que as condições de temperatura, luz e umidade sejam muito importantes para o
funcionamento normal de todos os órgãos e do sistema imune (KOLESNIKOVAS, 1997).
Os exames hematológicos e de bioquímica sangüínea são extremamente
importantes para conhecer tanto o funcionamento normal, como as alterações patológicas do
organismo animal, tendo um papel relevante no diagnóstico diferencial e monitoramento de
doenças em mamíferos e aves, situação que está se reproduzindo, pelos mesmos motivos, em
outras Classes de vertebrados (HAWKEY; DENNETT, 1989). Todavia, informações sobre
valores de referência para variáveis hematológicas, características morfológicas, citoquímicas
e ultra-estruturais, e de bioquímica sérica, para répteis ainda são limitados (HARR et al.,
2001; SALAKIJ et al., 2002a).
Os valores hematológicos normais para répteis determinados por diferentes
laboratórios podem variar bastante dependendo da amostragem sangüínea, manejo e técnicas
de análise. Outros fatores como as condições sazonais do habitat, a idade, o gênero, o estado
nutricional e o uso de anestésicos, podem contribuir para estas variações (DUGUY, 1970;
WOJTASZEK, 1991; CAMPBELL, 2006).
45
Existem poucos estudos sobre os padrões hematológicos de serpentes,
principalmente as sul-americanas (TROIANO et al., 1997). Esta informação torna-se essencial
para reconhecer alterações sangüíneas em animais doentes, identificar células inflamatórias
em tecidos lesados e entender o papel de vários tipos celulares durante o processo infeccioso
(ALLEMAN; JACOBSON; RASKIN, 1999). Segundo Hawkey e Dennett (1989), a leitura de
um esfregaço de sangue é a parte mais importante de um exame sangüíneo. Em animais muito
pequenos, onde a quantidade de sangue é diminuta, este pode ser o único procedimento
utilizado.
Na descrição de leucócitos e trombócitos circulantes leva-se em conta, além da
forma e tamanho das células e de seus constituintes, a característica tintorial destes. As
colorações mais utilizadas para esta finalidade contêm corantes azurofílicos que reagem com
grupamentos ácidos, e eosinofílicos que reagem com grupamentos básicos da célula
(HAWKEY; DENNETT, 1989; RAMOS, 1992).
Os trombócitos e linfócitos também são similares entre as várias espécies,
porém em alguns répteis, a distinção entre os dois tipos celulares pode ser difícil. Embora
exista uma diferença morfológica apreciável entre as células da série granulocítica e
monocítica, é importante caracterizar os tipos celulares das várias espécies de interesse. Em
adição, o número relativo de vários leucócitos (linfócitos, heterófilos, eosinófilos, basófilos,
monócitos e azurófilos) no sangue varia consideravelmente entre diferentes espécies de
répteis. Assim, os azurófilos são leucócitos comumente observados em Squamata (serpentes e
lagartos) e Crocodilia (jacarés, crocodilos e gaviais), mas são apenas ocasionalmente
encontrados em Chelonia (tartarugas, cágados e jabutis). Por outro lado, os eosinófilos são
observados comumente em Crocodilia e Chelonia, porém a existência deste leucócito no
sangue de diferentes Squamata, particularmente serpentes, é controversa (ALLEMAN;
JACOBSON; RASKIN, 1999).
Montali (1988), em revisão sobre patologia comparada da inflamação, afirma
que monócitos e linfócitos circulantes são morfologicamente semelhantes entre os vertebrados
superiores, porém existe considerável heterogeneidade em relação à série granulocítica,
principalmente entre os répteis.
De acordo com Montali (1988) e Hawkey e Dennett (1989), em tartarugas e
crocodilianos, os heterófilos periféricos apresentam núcleo único oval ou raramente bilobado
em posição periférica, com cromatina densa e citoplasma com grânulos fusiformes
46
eosinofílicos, enquanto em Squamata, o heterófilo possui núcleo redondo ou multilobado com
grânulos citoplasmáticos angulares ou pleomórficos que se coram eosinofilicamente.
Investigações minuciosas sobre a morfologia de vários tipos de células foram
feitas desde o princípio do século. Em vários grupos de répteis, foram descritas células da
linhagem granulocítica contendo grânulos que apresentavam em alguns elementos a forma
esférica, enquanto em outros eram fusiformes. Essa diferença de forma levou a considerações
citogenéticas, havendo autores que admitiam ser uma mesma célula em diferentes estágios
evolutivos de maturação, enquanto outros preferiam considerar estas células portadoras de
granulações diferentes como entidades citogenéticas distintas. Esta última idéia encontrou
suporte nos estudos realizados por Ryerson (1943), que demonstrou que estes elementos com
grânulos fusiformes eram fisiologicamente semelhantes aos heterófilos das aves.
De acordo com Azevedo, Casaletti e Lunardi (2002), a espécie de tartaruga
Chrysemys dorbignih, possui dois tipos de granulócitos que se coram eosinofilicamente
quando tratados com Giemsa. Seus estudos morfológicos e histoenzimológicos demonstraram
tratar-se de células distintas, com características similares aos eosinófilos e
heterófilos/neutrófilos de aves e mamíferos.
O reconhecimento e classificação dos leucócitos no sangue periférico de
serpentes podem apresentar problemas por causa da variação morfológica das células de
animais desta Ordem e porque diferentes nomenclaturas tem sido utilizadas para descrever
estas células (SYPEK; BORYSENKO, 1988; BOUNOUS et al., 1996). As controvérsias
continuam sobre a nomenclatura dos leucócitos, e pouco se sabe sobre as características
citológicas específicas ou função destas células. Atualmente, leucócitos no sangue periférico
de serpentes e outros répteis são geralmente descritos como azurófilos, heterófilos, linfócitos,
basófilos, monócitos e eosinófilos (DOTSON; RAMSAY; BOUNOUS, 1995; BOUNOUS et
al., 1996). Todavia, alguns pesquisadores usam o termo acidófilo para incluir os heterófilos e
eosinófilos (KELENYI; NEMETH, 1969; BOUNOUS et al., 1996).
Wallach e Boever (1983) e Frye (1991), reconhecem ainda um terceiro tipo de
granulócito, o neutrófilo, que é descrito possuindo núcleo não segmentado, e citoplasma
contendo grânulos basofílicos, eosinofílicos e azurofílicos. Entretanto, MacMahon e Hamer
(1975) e Wojtaszek (1991) também denominam de neutrófilos, as características morfológicas
de células que são compatíveis com os heterófilos.
47
2.2.1 Células Sangüíneas
As células sangüíneas circulantes de répteis podem ser agrupadas em glóbulos
vermelhos (eritrócitos ou hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e trombócitos (análogos às
plaquetas dos mamíferos). Os eritrócitos são morfologicamente similares entre as várias
espécies de répteis, apresentando-se ovais e nucleados e representando a maior parte das
células sangüíneas circulantes (ALLEMAN; JACOBSON; RASKIN, 1999).
2.2.1.1 Eritrócitos
Os eritrócitos são o tipo celular mais abundante em esfregaços de sangue
periférico. Os eritrócitos maduros dos répteis são nucleados, elípticos e de bordas
arredondadas, e são maiores que os eritrócitos de mamíferos e aves (CAMPBELL, 2006).
Possuem um núcleo basofílico localizado centralmente. O núcleo pode ter uma forma
irregular, mas tende a ser oval com um fino padrão de cromatina (DOTSON; RAMSAY;
BOUNOUS, 1995; MOURA et al., 1999). Em condições normais, os eritrócitos respondem
por aproximadamente 40% de todo o volume sangüíneo.
A contagem de eritrócitos em répteis varia intraespecifica e
interespecificamente, mostrando alteração com a idade, sexo, estado nutricional e ocorrência
de doenças (JACOBSON, 1984; GARCIA-NAVARRO; PACHALY, 1994). Durante o
processo de ecdise sempre há uma ligeira desidratação, a qual aumenta o valor do hematócrito
(SILVESTRE, 2003).
Eritrócitos imaturos são ocasionalmente vistos no sangue periférico de répteis,
especialmente em animais jovens e que estão para fazer ecdise. Os eritrócitos imaturos são
células irregulares a redondas com núcleo grande redondo e citoplasma basofílico. São
constituintes normais do sangue dos répteis, representando 1,5 a 2,5% da população de células
vermelhas (CAMPBELL, 2006).
48
A presença de formas anômalas de eritrócitos no sangue pode estar associada a
doenças autoimunes ou infecções crônicas, enquanto a observação de inclusões
intracitoplasmáticas mostra-se relacionada a infecções virais. Os répteis são também
acometidos por hemoparasitas, protozoários e filárias que podem ser verificados tanto no
interior quanto no exterior dos eritrócitos (FRYE, 1991).
Os répteis têm um número menor de eritrócitos circulantes do que as aves ou
os mamíferos. Existe uma relação inversa entre o tamanho do eritrócito e o número total de
células circulantes. Enquanto o volume corpuscular médio diminui
(tartarugasserpenteslagartos), o número total de células circulantes aumenta
(lagartosserpentestartarugas) (MADER, 2000).
2.2.1.2 Leucócitos
Os leucócitos são células que desempenham suas funções nos processos
inflamatórios e imunológicos, constituindo-se nos chamados elementos celulares da
inflamação (CAMPBELL, 1996). Em serpentes observa-se que antes da ecdise se produz uma
leucocitose, enquanto que durante e depois da muda se observa leucopenia (SILVESTRE,
2003). Segundo Campbell (1996), em serpentes o número de leucócitos totais varia de 6- 12 X
10
3
cel/l.
2.2.1.2.1 Linfócitos
Os linfócitos dos répteis são semelhantes aos dos mamíferos e aves. Variam,
em seu tamanho, de pequenos a grandes. São células redondas que podem exibir margens
irregulares. Possuem um núcleo redondo a levemente indentado, posicionado centralmente. O
linfócito típico possui uma alta razão Núcleo:Citoplasma. O citoplasma é homogêneo sem
vacúolos ou grânulos (HAWKEY; DENNETT, 1989; STEFFENS III, 2000; CAMPBELL,
2006).
49
O número absoluto de linfócitos circulantes pode variar de acordo com a
espécie, idade, sexo, estação do ano, estado nutricional, presença de hemoparasitas,
metazoários e na vigência de processos inflamatórios crônicos (FRYE, 1991). Linfocitose
pode ocorrer em casos de inflamação, ferida em cicatrização, doenças virais e algumas
infecções parasitárias (MADER, 2000).
Em serpentes e lagartos, o número de linfócitos torna-se significativamente
elevado durante os períodos de ecdise. Em termos gerais, os linfócitos podem representar de
15 a 89% da contagem total de leucócitos (GARCIA-NAVARRO; PACHALY, 1994). São o
tipo celular mais comumente encontrado dentre os leucócitos (MACMAHON; HAMER,
1975).
Na microscopia eletrônica de transmissão, o citoplasma dos linfócitos é escasso
e apresenta-se pobre em organelas, contendo moderada quantidade de ribossomos livres. O
nucléolo encontra-se evidente (Ramos, 1992). De acordo com Ramos (1997), os estudos
imunológicos disponíveis mostram uma tendência geral à aceitação de que entre os répteis
existam pelo menos duas subpopulações de linfócitos com funções de mediação das respostas
humoral celular.
2.2.1.2.2 Monócitos
Os monócitos são células esféricas com núcleo ovalado, riniforme ou em
ferradura. Normalmente são maiores e possuem núcleo mais claro que os linfócitos e
representam de 0,5 a 3,0% do total de leucócitos (HAWKEY; DENNETT, 1989). Segundo
Campbell (2006), os monócitos de serpentes freqüentemente têm um núcleo redondo a oval e
contém grânulos azurofílicos em abundância. Embora os monócitos que possuem uma
aparência azurofílica no citoplasma sejam freqüentemente chamados de azurófilos na
literatura, suas características citoquímicas e ultra-estruturais são similares aos monócitos de
mamíferos e tem sido reportado tanto como monócitos quanto como um tipo celular separado.
De acordo com Frye (1991), estas células compõem o sistema mononuclear
fagocitário, sendo freqüente o achado de monócitos fagocitando bactérias, debris celulares e
outros materiais particulados. A monocitose usualmente sugere um processo infeccioso
50
crônico. Em casos de processos granulomatosos de etiologias variadas, a contagem de
monócitos aumenta consideravelmente.
2.2.1.2.3 Azurófilos
Os azurófilos são encontrados apenas em répteis, ocorrendo em pequenas
quantidades em lagartos, crocodilos e quelônios, e em grande número em serpentes. Seu
formato é predominantemente esférico, podendo variar de pequeno a grande. Pouco se sabe
sobre a origem ou função destas células, podendo-se afirmar apenas que o aumento no
número ou alteração nas características morfológicas são indicativos de processo infeccioso
(MONTALI, 1988; HAWKEY; DENNETT, 1989).
Os granulócitos azurófilos apresentam grande polimorfismo citológico, dando
origem às denominações mais variadas. Monócitos e azurófilos são considerados a mesma
célula por alguns autores (BOUNOUS et al., 1996; ALLEMAN; JACOBSON; RASKIN,
1999), porém diferentes para outros (SALAKIJ et al., 2002c; MARTINEZ-SILVESTRE et
al., 2005). Estas células possuem a motilidade típica dos monócitos de mamíferos, com um
alto grau de fagocitose e reagem especificamente a injeções de terebentina, como Ryerson
(1943) observou nos heterófilos de tartarugas, em seus estudos histoquímicos.
2.2.1.2.4 Heterófilos
De acordo com Sypek e Borysenko (1988) e Cannon, Freed e Freed (1996), o
termo heterófilo é aplicado aos granulócitos que possuem grânulos fusiformes a pleomórficos,
o oposto dos eosinófilos, que possuem grânulos uniformemente esféricos.
Segundo Campbell (2006), os heterófilos dos répteis são geralmente células
redondas com grânulos citoplasmáticos fusiformes eosinofílicos (laranja brilhante). O
citoplasma dos heterófilos normais é incolor. O núcleo dos heterófilos maduros é tipicamente
redondo a oval e posicionado excentricamente na célula, com um agrupamento denso de
51
cromatina nuclear. Algumas espécies de lagartos possuem heterófilos com o núcleo lobado.
Os grânulos dos heterófilos dos répteis são usualmente peroxidase negativos, exceto para
algumas espécies de lagartos e serpentes. Os heterófilos do iguana verde (Iguana iguana) são
similares aos neutrófilos de mamíferos porque coram fortemente positivo com benzidina
peroxidase. Em adição, os heterófilos dos répteis não se coram com fosfatase alcalina.
Os heterófilos possuem importante papel na defesa do organismo contra
patógenos invasores, assumindo o papel fagocítico desempenhado pelos neutrófilos nos
mamíferos, realizando processos de quimiotaxia, opsonização, ingestão e lise. Costumam
representar de 20 a 40 % da contagem total de leucócitos, podendo ser maior em casos de
infecções bacterianas e fúngicas, dano tecidual e estresse (HAWKEY; DENNETT, 1989;
FRYE, 1991; GARCIA-NAVARRO; PACHALY, 1994). Neoplasias, em especial leucemia
mielóide, também têm sido descritos como causadores de heterofilia (MADER, 2000).
2.2.1.2.5 Eosinófilos
Os granulócitos eosinófilos têm merecido atenção especial em hematologia
comparada de répteis. Vários autores detectaram a presença de dois tipos de granulações
eosinófilas, as fusiformes e as esféricas. Alguns autores consideraram estas duas formas de
granulócitos como originárias de uma única série citogenética, baseados nas observações
ocasionais de células contendo grânulos esféricos e fusiformes (SANO-MARTINS, 1978).
Por outro lado, Taylor, Kaplan e Hirano (1963), através de estudos de microscopia eletrônica,
confirmaram os achados de Ryerson (1943) de que os heterófilos e eosinófilos são tipos
celulares diferentes.
Admite-se que os eosinófilos fagocitem e destruam determinados complexos
antígeno-anticorpo, limitando e circunscrevendo o processo inflamatório. Os eosinófilos são
assim chamados pela presença de granulações ovóides em seu citoplasma que se coram
intensamente pela eosina (granulações acidófilas). Na microscopia eletrônica de transmissão
possui grânulos típicos com uma parte central discóide elétron-densa. Em volta dessa parte
central (internum) nota-se uma matriz (externum) envolvida por membrana. O principal
componente do internum (cristalóide) é uma proteína básica, rica em arginina, que é
52
responsável por sua acidofilia. Possui ainda lisossomos (grânulos específicos) e retículo
endoplasmático, mitocôndrias e complexo de Golgi pouco desenvolvidos (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004). Porém, de acordo com Montali (1988), a nível ultra-estrutural, o padrão
cristalóide típico dos eosinófilos de mamíferos não é observado em répteis.
Ainda segundo Montali (1988), o eosinófilo possui núcleo único ou bilobado
com grânulos citoplasmáticos eosinofílicos esféricos. Frye (1991) refere ainda que este núcleo
é excentricamente deslocado.
O aumento de eosinófilos circulantes está associado à presença de infecções
parasitárias e a processos alérgicos em mamíferos. Em répteis, geralmente o número de
eosinófilos varia de 7 a 20% do total de leucócitos (FRYE, 1991).
2.2.1.2.6 Basófilos
Os basófilos são caracterizados pela presença de grande quantidade de grânulos
basofílicos citoplasmáticos, sendo que tais grânulos podem até mesmo impedir a visualização
do núcleo celular. Seus grânulos são muito elétron-densos e freqüentemente contém
filamentos ou partículas alongadas (MONTALI, 1988; JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
Acredita-se que estas células estejam envolvidas com processos alérgicos, possuindo
receptores para imunoglobulina E. Representam de 0 a 4% do total de leucócitos, variando de
acordo com a espécie, estação do ano (diminuição em períodos de hibernação) e presença de
hemoparasitas (FRYE, 1991; CAMPBELL, 1996).
Possui uma membrana plasmática bem definida com numerosas
microvilosidades. O citoplasma possui algumas áreas eletron-luscentes, grânulos basofílicos,
numerosos ribossomos, polirribossomos e grânulos de glicogênio. Pode apresentar
microtúbulos. Os grânulos com membranas que parecem homogêneos em menor aumento, em
maior aumento, consistem de finos grânulos, fibrilas ou lamelas (STEFFENS III, 2000).
53
2.2.1.3 Trombócitos
Os trombócitos estão relacionados ao sistema hemostático, sendo análogos às
plaquetas de mamíferos. As características estruturais e a origem dos trombócitos são
completamente diferentes entre mamíferos e não mamíferos, embora a contribuição dos
trombócitos na hemostasia seja comum a todos os vertebrados. (DAIMON; GOTOH;
UCHIDA, 1987). Os trombócitos dos mamíferos (plaquetas sangüíneas) são corpúsculos
pequenos não nucleados derivados dos megacariócitos polimorfonucleares, enquanto os
trombócitos dos demais vertebrados são células fusiformes nucleadas que tem como
antecedente tromboblastos mononucleados (DAIMON; GOTOH; UCHIDA, 1987). Possuem
forma elíptica e tamanho geralmente menor que o dos eritrócitos. Segundo alguns autores, são
capazes de fagocitar bactérias, resíduos celulares e fragmentos da hemoglobina (GARCIA-
NAVARRO; PACHALY, 1994). Quando ativados possuem formato arredondado, com
núcleo denso arredondado ou oval. A ativação do trombócito leva a vacuolização
citoplasmática, alterações de contorno e agregação. Acredita-se que a ocorrência de
trombocitose pode ser indicativa de hemorragia ou infecção bacteriana, enquanto a presença
de trombócitos ativados sugere processos de coagulação intravascular disseminada
(HAWKEY; DENNETT, 1989). Os trombócitos também são denominados de células
fusiformes (“spindle cell”) (TAYLOR; KAPLAN, 1961).
A banda marginal de microtúbulos tem a função primária de manter a forma
elíptica do trombócito. O sistema de canais conectados é uma forma de amplificar a área de
contato do plasmalema, aumentando a eficiência da organela na troca de metabólitos da célula
com o meio extracelular (DAIMON; GOTOH; UCHIDA, 1987).
Segundo Ramos (1992), observou-se a presença de trombócitos no foco
inflamatório induzido por corpo estranho em tartarugas tigre d’água, sugerindo-se que estas
células participem do processo inflamatório.
54
2.2.2 Índices Hematimétricos
Os índices hematimétricos determinam o tamanho (volume globular médio) e
coloração (concentração de hemoglobina corpuscular média) do eritrócito. Obtemos estes
dados a partir dos resultados da hematimetria, do hematócrito e da hemoglobinometria
(ALMOSNY; MONTEIRO, 2007).
2.2.2.1 Volume Globular ou Hematócrito
O volume globular, também chamado de relação glóbulo-plasmática ou valor
de hematócrito (ht), nada mais é do que a verificação do volume ocupado pelos eritrócitos
numa amostra de sangue (COLES, 1986). Segundo Campbell (2006), a relação glóbulo-
plasmática na maioria dos répteis é de aproximadamente 30% (20 a 40%). Dessa forma, um
hematócrito menor que 20% é sugestivo de anemia e valores maiores que 40%, sugerem tanto
hemoconcentração quanto eritrocitose (policitemia).
2.2.2.2 Determinação da Concentração de Hemoglobina
A concentração normal de hemoglobina em répteis varia de 6 a 12g/dl. O
número de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito variam com diversos fatores como meio
ambiente (número de eritrócitos maior antes de hibernação e menor imediatamente após
hibernação), estado nutricional e gênero (machos tendem a ter valores maiores de hemácias
que as fêmeas) (CAMPBELL, 2006).
55
2.2.2.3 Cálculo dos Índices Hematimétricos
Usando os valores obtidos com a hematimetria, concentração de hemoglobina e
volume globular, pode-se calcular o volume de um eritrócito médio e sua concentração de
hemoglobina. A determinação dos índices hematimétricos é de particular importância para a
determinação do tipo morfológico das anemias (CAMPBELL, 1996).
A- VCM
: Volume Corpuscular Médio é a expressão do valor médio do volume de hemácias.
VCM= ht X 10 / he, expresso em fl
B- HCM
: Hemoglobina Corpuscular Média expressa a quantidade média de hemoglobina nas
hemácias. HCM= hb X 10/ he, expressa em pg
C- CHCM: Concentração Hemoglobínica Corpuscular Média, determina a proporção de
hemoglobina na média de hemácias. CHCM= hb X 100/ht, Expressa em %
O VCM da maioria das células vermelhas sangüíneas de répteis varia entre 200
a 1200 fl. A média para CHCM em répteis é de 30% (22 a 41%) (CAMPBELL, 2006).
2.3 BIOQUÍMICA SANGÜÍNEA: CONSIDERAÇÕES GERAIS
As análises bioquímica e enzimática do sangue, combinadas com outros
exames laboratoriais, exame físico completo e histórico clínico do paciente, são importantes
instrumentos para o diagnóstico das diversas enfermidades que podem acometer os répteis.
Dentre as principais que podem ser realizadas, destacam-se as seguintes:
56
2.3.1 Aspartato Aminotransferase (AST)
A enzima aspartato aminotransferase, anteriormente conhecida como
transaminase glutâmico oxalacético (TGO), presente em todos os tecidos do organismo,
especialmente a musculatura esquelética e o fígado, têm seus níveis aumentados na presença
de lesões hepáticas ou em células musculares estriadas esqueléticas e cardíacas. Doenças
generalizadas como septicemia ou toxemia, entretanto, podem lesar estes tecidos e determinar
elevações da atividade plasmática dessa transaminase devido à necrose celular generalizada
(MESSONNIER, 1996; ALMOSNY; MONTEIRO, 2007). Segundo Silvestre (2003), há um
aumento dos níveis de AST no sangue na vigência de processos infecciosos.
2.3.2 Alanina Aminotransferase (ALT)
A alanina aminotransferase, também conhecida por transaminase glutâmico-
pirúvica (TGP), tem seus níveis séricos aumentados na presença de lesões hepatocelulares
causadas, por exemplo, por toxemia ou hipóxia. Portanto quanto mais extensa a lesão, mais
elevados os níveis de ALT. Todavia, a ALT não é um indicador sensível no diagnóstico da
doença hepática em répteis (ALMOSNY; MONTEIRO, 2007).
2.3.3 Fosfatase Alcalina
A fosfatase alcalina está presente em altas concentrações nos ossos
(osteoblastos), mucosa intestinal, células tubulares renais, fígado e placenta. O aumento de
níveis séricos desta enzima é indicativo de estase biliar e/ou lesões em tecido ósseo
(CAMPBELL, 1996). Existem poucas informações sobre a interpretação da elevação da
atividade sérica da fosfatase alcalina em répteis, sabe-se, entretanto, que essas elevações
podem refletir atividade osteoblástica. A fosfatase alcalina não é órgão-específica e está
57
amplamente distribuída no corpo dos répteis (ALMOSNY; MONTEIRO, 2007). Durante um
processo infeccioso, a fosfatase alcalina pode estar aumentada (SILVESTRE, 2003).
2.3.4 CK- Creatinoquinase
A enzima creatinoquinase, com suas três isoenzimas CK-MM (tipo músculo),
CK-MB (tipo miocárdio) e CK- BB (tipo cérebro), é encontrada no músculo esquelético,
miocárdio, cérebro e músculos lisos (CAMPBELL, 2006). É uma enzima bastante específica
para a avaliação de danos musculares em mamíferos, aves e répteis. Normalmente a elevação
da concentração plasmática de CK reflete lesão muscular e pode ocorrer após injeções
intramusculares e infecções sistêmicas que afetam os músculos esquelético ou cardíaco
(ALMOSNY; MONTEIRO, 2007).
Elevações na atividade dessa enzima são freqüentemente observadas em
animais que se debatem e fazem esforço na hora da contenção e colheita de sangue
(ALMOSNY; MONTEIRO, 2007).
2.3.5 Glicose
A concentração normal de glicose no sangue de répteis varia de acordo com a
espécie, estado nutricional e condições ambientais. Há uma variação sazonal normal. Os
valores variam de 60 a 100mg/dl (CAMPBELL, 1996).
Hipoglicemia pode ser observada em casos onde o animal deixa de se
alimentar, má nutrição, dietas altamente protéicas, hepatopatia severa, septicemia e
endocrinopatias (MESSONNIER, 1996; ALMOSNY; MONTEIRO, 2007). As hiperglicemias
de répteis são, geralmente, iatrogênicas por administração excessiva de glicose ou ainda de
glicocorticóides. O diabetes mellitus também é descrito nestes animais que, quando
acometidos, fazem hiperglicemia e glicosúria (CAMPBELL, 1996; ALMOSNY;
MONTEIRO, 2007).
58
2.3.6 Creatinina
Os valores normais de creatinina em répteis são, de maneira geral, bem baixos
(<1mg/dL). Os valores de creatinina em répteis, podem se elevar em casos de desidratação
severa e doença renal. Todavia, este parâmetro não é considerado um bom teste diagnóstico
para doenças renais (CAMPBELL, 1996).
2.3.7 Ácido Úrico
O ácido úrico é o produto primário final do catabolismo de proteínas,
nitrogênio não protéico e purinas em répteis terrestres e representa 80 a 90% do nitrogênio
total excretado pelos rins (CAMPBELL, 2006). A hiperuricemia pode ser causada, entre os
diversos motivos, por desidratação ou lesão renal grave, com perda de mais da metade da
massa renal e dietas altamente protéicas (FRYE, 1991; MESSONNIER, 1996). Em casos de
hiperuricemia pode ocorrer a deposição de microcristais de ácido úrico em rim, fígado, saco
pericárdico e articulações, dando origem ao processo de gota. Em répteis, a concentração
sérica de ácido úrico pode variar de 0 a 10 mg/dl (MESSONNIER, 1996). Em répteis
carnívoros esta concentração se eleva até 2 vezes no período pós-prandial (ALMOSNY;
MONTEIRO, 2007).
2.3.8 Uréia
Os répteis são animais primariamente uricotélicos, portanto a concentração de
uréia no sangue destes animais é relativamente baixa, menor de 10 mg/dl. A elevação dos
valores normais pode ser observada na vigência de nefropatias e azotemia pré-renal
(CAMPBELL, 1996).
59
2.3.9 Colesterol
O aumento nos níveis de colesterol tem sido associado com a vitelogênese
(CALLE et al., 1994; LAMIRANDE et al., 1999). Segundo Silvestre (2003), devido à ação da
tireóide durante o período de ecdise, há diminuição do nível de colesterol.
2.3.10 Cálcio
O metabolismo do cálcio sangüíneo e a quantidade de cálcio ionizado no
plasma dos répteis é mediado pelo paratohormônio (PTH), calcitonina e vitamina D
3
ativada.
Outros hormônios, como o estrógeno, tiroxina e glucagon, também podem influenciar o
metabolismo do cálcio em répteis (CAMPBELL, 2006).
A hipercalcemia é observada em fêmeas em período reprodutivo, em dietas
ricas em cálcio e vitamina D
3
, hiperparatireoidismo primário e lesões osteolíticas. Por outro
lado, a hipocalcemia é observada em dietas desbalanceadas em cálcio, vitamina D
3
e fósforo,
e em doenças renais (MESSONNIER, 1996).
2.3.11 Fósforo
O fósforo está presente no sangue sob a forma de éster no interior dos
eritrócitos ou como fosfolipídio e fosfato inorgânico no plasma (ALMOSNY; MONTEIRO,
2007). A hiperfosfatemia pode estar relacionada à redução de taxa de filtração glomerular,
hipervitaminose D
3
, hipoparatireoidismo, e dieta com excesso de fósforo. A hipofosfatemia,
por sua vez, pode ser causada por hipovitaminose D
3
, má absorção ou desnutrição, e carência
de fósforo na dieta (MESSONNIER, 1996; CAMPBELL, 2006).
60
2.3.12 Proteínas Plasmáticas Totais (PPT)
Entende-se por dosagem de proteínas plasmáticas totais, a dosagem de
albumina e globulina. A albumina representa de 40 a 60% do total de proteínas plasmáticas,
sendo importante na manutenção da pressão osmótica. As globulinas são subdivididas em
alfa, beta e gama globulinas (CAMPBELL, 2006). Em processos infecciosos se elevam os
valores de proteínas totais (gamaglobulinas e alfaglobulinas) (SILVESTRE, 2003).
A hipoproteinemia em répteis está freqüentemente associada com má nutrição.
Todavia, outras causas incluem má absorção, má digestão (associada a parasitismo intestinal),
perda severa de sangue e doença crônica hepática ou renal. A hiperproteinemia ocorre em
casos de hemoconcentração (desidratação) ou elevação das globulinas associadas com doença
inflamatória crônica (CAMPBELL, 1996).
61
3 OBJETIVOS
Bothrops jararaca
62
3 OBJETIVOS
Considerando de um lado a inexistência de padrões hematológicos de
normalidade claramente definidos para diversas serpentes brasileiras, e de outro a necessidade
do conhecimento de parâmetros fisiológicos para a adequada compreensão dos processos
mórbidos que podem comprometer tanto a manutenção em cativeiro dos animais assim como
a própria conservação “in situ” destes importantíssimos elementos das cadeias tróficas
tropicais, os objetivos gerais e específicos deste estudo foram:
3.1 OBJETIVO GERAL
Fornecer um painel hematológico geral para serpentes representativas da
Família Viperidae existentes no Brasil e mantidas em cativeiro no Instituto Butantan,
incluindo as espécies Bothrops jararaca, B. jararacussu, B. alternatus, B. neuwiedi, B.
moojeni e Crotalus durissus.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
9 Determinar os padrões hematológicos normais, ou seja, valores hematimétricos
e principais parâmetros bioquímicos séricos das referidas espécies.
9 Avaliar, através de microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão,
as características citológicas, ultra-estruturais e citoquímicas dos leucócitos das
referidas espécies.
63
4 MATERIAL E MÉTODOS
Bothrops jararacussu
64
4 MATERIAL E MÉTODOS
A seguir serão apresentados o material e a metodologia utilizada.
4.1 ANIMAIS
Para o estudo comparativo entre as espécies de Viperídeos mantidas em
cativeiro no Laboratório de Herpetologia – Seção de Venenos - do Instituto Butantan, foram
utilizadas 173 serpentes clinicamente saudáveis (com base na rotina alimentar,
comportamento, sucesso na realização de ecdise e condição corpórea), dos gêneros Bothrops e
Crotalus em quantidade e sexo conforme a disponibilidade do plantel do referido laboratório,
de acordo com o que se segue: 15 Bothrops alternatus (10 fêmeas e 5 machos); 28 B.
jararaca (16 fêmeas e 12 machos); 15 B. jararacussu (10 fêmeas e 5 machos); 10 B. moojeni
(7 fêmeas e 3 machos); 9 B. neuwiedi (5 fêmeas e 4 machos); 21 Crotalus durissus
collilineatus (10 fêmeas e 11 machos) e 49 C. d. terrificus (29 fêmeas e 20 machos) (Quadro
1).
Espécie Fêmeas Machos n
B. alternatus
10 5 15
B. jararaca
16 12 28
B. jararacussu
10 5 15
B. moojeni
7 3 10
B. neuwiedi
5 4 9
C. d. collilineatus
10 11 21
C. d. terrificus
29 20 49
Quadro 1 - Número de animais utilizados, distribuídos por espécie e sexo. Instituto Butantan - São Paulo – 2001
4.2 MANUTENÇÃO EM CATIVEIRO
Tanto no período de quarentena como nas salas de produção de veneno, as
serpentes eram mantidas em salas climatizadas, com temperatura em torno de 27ºC (± 2ºC) e
65
umidade relativa em torno de 60% (Figura 10), individualizadas, em caixas plásticas (60 x 40
x 15cm) com papelão corrugado como substrato e água ad libtum (Figura 11). Os animais
passavam por uma inspeção diária e, quando necessário, as caixas sujas eram limpas e a água
trocada. A alimentação era constituída de camundongos (Mus musculus) e ratos (Rattus
norvegicus), de acordo com o tamanho da serpente, criados no Biotério Central do Instituto
Butantan. A alimentação era oferecida mensalmente, uma semana após a extração de veneno.
Nem todas as serpentes sofriam o processo de extração mensal, porém eram alimentadas
mensalmente.
A extração de veneno ocorre na própria sala onde os animais são mantidos.
Para tornar a extração de veneno mais segura para o extrator e com um menor desperdício de
veneno, desde 1984 as serpentes são sedadas em dióxido de carbono antes de serem
submetidas à extração, conforme procedimento aprovado pela Comissão de Ética de Uso de
Animais do Instituto Butantan (GREGO, 2006).
Figura 10 – Sala de produção de venenos do
Laboratório de Herpetologia do
Instituto Butantan
Figura 11 – Caixas plásticas com substrato de
papelão corrugado e água.
Laboratório de Herpetologia do
Instituto Butantan
Foram utilizados animais de procedências variadas, principalmente do Sudeste
e Sul do Brasil, assim como animais nascidos em cativeiro. O quadro 2 apresenta a
procedência e períodos mínimo e máximo de cativeiro, distribuídos em função da espécie.
66
Especie Procedência (n)
Períodos Mínimo e
Máximo de Cativeiro Especie Procedência (n)
Períodos Mínimo e Máximo
de Cativeiro
B. alternatus Ribeirão Preto - SP (1)
10 meses a 7anos e 6
meses
C. d. collilineatus Catanduva - SP (1)
11 meses a 11 anos e 4
meses
Machado - MG (1) Vazante - MG (2)
Pouso Alto - MG (1) Bastos - SP (1)
Motuca -SP (1) Lins - SP (2)
Uruguaiana - RS (1) Goianésia - GO (2)
Nascidos em cativeiro no
IB (9)
Catalão - GO (1)
Sem procedência (1) Quatá - SP (1)
B. jararaca Itaquaquecetuba - SP (1)
1 ano e 2 meses a 8 anos
e 1 mês Rio Verde - GO (1)
UNIBIO - União P/
Pesquisa Biológica (1)
Araraquara - SP (1)
Cotia - SP (1) Taquaritinga - SP (1)
Perus - SP (1) Serra da Mesa - TO (1)
Embu - SP (1) Jataí - GO (1)
Pomerode - SC (1)
Nascidas em cativeiro no IB
(5)
São Bento do Sul - SC (8) Sem procedência (1)
Iguape - SP (1) C. d. terrificus Lorena - SP (2)
1 ano e 1 mês a 11 anos e 2
meses
Porto União - SP (2) Jacutinga - MG (1)
Nascidas em cativeiro no
IB (11) Itú - SP (4)
B. jararacussu Ibiúna - SP (1)
1 ano e 4 meses a 9 anos
e 11 meses
Ribeirão Preto - SP (2)
Ilha Bela - SP (1) Amparo - SP (1)
Ilha Anchieta - SP (2) Bauru - SP (1)
Pomerode - SC (1) Colômbia - SP (1)
Nascidas em cativeiro no
IB (10)
Curutiba - PR (2)
B. moojeni Serra da Mesa - GO (3) o Paulo - SP (1)
Araraquara - SP (2) Barueri - SP (1)
Iturama - MG (1) Itapira - SP (1)
Patrocínio Paulista - SP (1) Ouro fino - MG (1)
Nascidas em cativeiro no
IB (2) Pirassununga - SP (1)
Sem procedência (1) Copel - PR (1)
B. neuwiedi Congonhas - MG (1) 9 meses a 8 anos Jundiaí - SP (1)
Aiuruóca - MG (1) Cabreúva - SP (1)
Munhoz - MG (1) São Pedro - SP (1)
Nascidas em cativeiro no
IB (6)
Descalvado - SP (2)
Nascidas em cativeiro np IB
(16)
Sem procedência (8)
Quadro 2 - Distribuição da procedência, respectivas quantidades de indivíduos e períodos mínimo e máximo de
cativeiro por espécie de Viperídeo. Instituto Butantan - São Paulo – 2001
Foram utilizados animais jovens e adultos que variaram de 65,0 a 2.970,0
gramas, conforme quadro abaixo (Quadro 3).
67
Espécie Macho Jovem Macho Adulto Fêmea Jovem Fêmea Adulta
B. alternatus
210 - 400 (5) 490 - 1990 (10)
B. jararaca
100 - 225 (12) 215 - 305 (2) 310 - 820 (14)
B. jararacussu
200 - 210 (2) 225 - 395 (3) 150 - 200 (3) 350 - 1500 (7)
B. moojeni
255 - 540 (3) 140 (1) 300 - 1030 (6)
B. neuwiedi
135 - 285 (4) 285 - 1070 (5)
C. d. collilineatus
1060 -2010 (11) 730 - 2970 (10)
C. d. terrificus
460 (1) 525 - 1920 (19) 245 (1) 560 - 2550 (28)
Quadro 3 - Peso em gramas e número de serpentes utilizado (n) por espécie e por idade. Instituto Butantan - São
Paulo - 2001
No momento da colheita, os animais estavam sem se alimentar por um período
mínimo de 5 dias e máximo de 1 mês, e sem sofrer os procedimentos de extração por um
mínimo de 5 dias e máximo de 3 meses.
As gaiolas, potes plásticos e a água são trocados sempre que necessário,
lavados em salas apropriadas para a lavagem e desinfetados com hipoclorito de sódio a 4%.
Anualmente todos os animais das salas de produção de venenos são vermifugados com
ivermectina (0,2mg/Kg IM) e praziquantel (8mg/Kg IM) (GREGO, 2006).
Os animais foram contidos manualmente, com o auxílio do laço de Lutz, para
evitar alterações decorrentes da contenção química (Figura 12).
4.3 COLHEITA DE MATERIAL
A colheita de sangue foi realizada através da punção da veia coccígea ventral
(Figura 13), conforme proposto por Frye (1991), valendo-se de seringas plásticas
descartáveis, sendo 0,5 ml acondicionados em tubo tipo eppendorf contendo heparina e 1,0 ml
em tubo de ensaio sem aditivo para a obtenção de soro. As amostras sangüíneas foram
imediatamente estocadas a 4ºC e processadas em menos de 2 horas. As colheitas foram
realizadas entre março e maio de 2001.
68
Figura 12 Conteão física com laço de Lutz Figura 13 – Colheita de sangue através da punção da veia
coccígea ventral.
4.3.1 Parâmetros Hematológicos
Imediatamente após a colheita, esfregaços sangüíneos foram preparados, secos
ao ar e corados com May-Grünwald-Giemsa modificado (ROSENFELD, 1947) para a
contagem diferencial de leucócitos. Uma pequena alíquota de sangue (0,5ml) foi colocada em
tubo “eppendorf” contendo heparina para determinar parâmetros hematológicos, enquanto
outra alíquota (1,0ml) foi colocada em tubo sem anticoagulante para obtenção do soro e
subseqüente análise bioquímica.
Para a contagem total de eritrócitos, leucócitos e trombócitos, 20l de sangue
total heparinizado foram diluídos em 4,0ml de solução isotônica de Natt e Herrick (1952),
sendo a leitura realizada em câmara de Neubauer.
Os eritrócitos presentes em 5/25 casetas do retículo central foram contados
com o auxílio de microscópio de luz em aumento de 400 vezes. O número total de eritrócitos
foi obtido pela fórmula: Nº de eritrócitos contados X 100 X 10 X 5 e expresso em
células/mm
3
. Para os leucócitos e trombócitos foram contadas as células dos 16 quadrados
simples localizados nos cantos da Câmara de Neubauer. O número de leucócitos e
trombócitos totais foram obtidos pela fórmula: nºde leucócitos ou trombócitos contados X 100
X 10 X 0,25 e expresso em células/mm
3
.
A hemoglobina foi dosada através de kit Labtest (Labtest Diagnóstica),
obtida através da leitura colorimétrica da cianometahemoglobina (comprimento de onda de
69
540nm), cujo princípio consiste na oxidação da hemoglobina em metahemoglobina,
misturando 20µl de sangue em 5 ml de solução de Drabkin (Labtest Diagnostica®).
Para a determinação do hematócrito foi utilizada a técnica do microhematócrito
(COLES, 1986) que consiste no preenchimento com sangue total de um tubo capilar de 75,0
X 1,0mm heparinizado. Este tubo é vedado em uma de suas extremidades e centrifugado em
microcentrífuga por 5 minutos a 10.000G. O volume de células aglutinadas foi então lido em
cartão de hematócrito. Os índices hematimétricos, isto é, VCM, HCM e CHCM, foram
obtidos através das fórmulas já citadas no item 2.2.2.3. da revisão de literatura.
Para as contagens diferenciais de leucócitos, 100 a 200 células foram contadas
em microscópio de luz sob imersão em aumento de 1000X, e os diversos tipos de glóbulos
brancos foram anotados com auxílio de contador digital múltiplo (Leucotron ). Foi adotada
a nomenclatura proposta por Alleman, Jacobson e Raskin (1999), que classifica os leucócitos
circulantes de serpentes em linfócitos, azurófilos, heterófilos, heterófilos não corados e
basófilos.
4.3.2 Parâmetros Bioquímicos
Os testes bioquímicos para cálcio, proteínas totais (PT), albumina, fosfatase
alcalina (FA), fósforo e uréia foram feitos a partir de soro, através de testes colorimétricos
específicos Labtest (Labtest Diagnóstica) e medidos pelo espectofotômetro Labquest
(Labtest Diagnóstica), de acordo com as instruções do fabricante. Para a determinação das
enzimas alanina amino transferase (ALT), aspartato amino transferase (AST) e
creatinoquinase (CK), glicose, creatinina, colesterol e ácido úrico (AU), foi utilizado sangue
total heparinizado e medido em Reflotron (Roche).
4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados hematológicos foram avaliados estatisticamente para verificar
normalidade através do teste de Kolmogorov-Smirnov. Para avaliar as variações
70
interespecíficas dos diversos testes realizados foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis e o
método de Dunn’s. Para as comparações entre os sexos utilizou-se o teste de Mann Whitney.
Todos os testes e gráficos foram realizados com o auxílio do software Graph Pad Prism
versão 4.3 (Graph Pad Software, USA) e o nível de significância adotado foi de 0,05.
4.5 ESTUDO DAS REAÇÕES CITOQUÍMICAS
Para os estudos citoquímicos foram utilizados 5 animais, de ambos os sexos,
mantidos em cativeiro para cada uma das seguintes espécies: B. jararaca, B. jararacussu, B.
neuwiedi, B. moojeni, B. alternatus e C. d. terrificus.
As características citoquímicas foram avaliadas utilizando esfregaços de
sangue, sem anticoagulante, secos ao ar. Para isso, utilizamos as seguintes reações
citoquímicas: Sudan Black B (SBB) para a pesquisa de lipídeos, Ácido Periódico de Schiff
(PAS) para a pesquisa de mucopolissacarídeos e Benzidina Peroxidase para a atividade de
peroxidase, como descritos por Jain (1986).
As células positivas e negativas foram diferenciadas por meio da análise de 200
células em cada amostra fixada.
4.6 ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS ULTRA-ESTRUTURAIS
Para o estudo ultra-estrutural de células sangüíneas, foram utilizadas serpentes
das espécies B. jararaca e C. d. terrificus.
As serpentes foram pesadas e anestesiadas com pentobarbital (Tiopental
®
), na
dose de 30mg/kg por via subcutânea como descrito por Chudzinski, Seelaender e Kelen
(1989). O sangue foi coletado pela aorta abdominal, por laparotomia, em uma seringa plástica
descartável e acondicionado em um tubo plástico Falcon contendo 0,2% de glutaraldeído em
Tampão Tyrode 0,1M (PH 7,2 a 7,4), por 15 minutos.
Após a fixação inicial, as amostras sangüíneas foram centrifugadas por 15
minutos (3.000G), retirando o sobrenadante e fixando novamente em solução de glutaraldeído
71
2% e paraformaldeído 4% em tampão Tyrode 0,1M, por 3 horas. O pellet de leucócitos foi
solto e lavado 3 vezes sucessivamente em Tampão Tyrode 0,1M por 15 minutos cada. A
seguir foi adicionada solução de tetróxido de ósmio (OsO
4
) 1% por 1 hora, em temperatura
ambiente, seguida de 3 lavagens com solução de cloreto de sódio (NaCl 0,75%), por 15
minutos cada e posterior adição de solução aquosa de acetato de uranila (UO
2
) 1%, durante 2
horas em temperatura ambiente.
Após 3 lavagens sucessivas em solução de cloreto de sódio (NaCl 0,75%), por
10 minutos cada, o material foi então desidratado em baterias crescentes de álcool etílico (50
– 100%) e transferidos, posteriormente, para o óxido de propileno por 5 minutos.
A pré-embebição foi feita em uma mistura de óxido de propileno e resina
EMBed-812 da seguinte forma: na proporção de 2:1 por 30 minutos, seguido de uma
proporção de 1:1 por 1 hora, e de 1:2 por 30 minutos, em temperatura ambiente, com rotação.
Posteriormente, o material foi colocado em resina EMBed-812 pura, “overnight”, em
temperatura ambiente, com rotação.
Após a embebição, os fragmentos de pellet de células sangüíneas foram
dispostos em moldes contendo resina de inclusão e levados à estufa a 60ºC para
polimerização, por 5 dias.
Cortes semi-finos de aproximadamente 0,5µm foram obtidos, corados com
azur II 1% em água destilada e azul de metileno 1% em solução aquosa com borato de sódio a
1% e, observados em microscópio de luz. Os cortes ultrafinos de aproximadamente 70nm,
foram obtidos em ultramicrótomo MT6000 (Sorvall), contrastados em citrato de chumbo e
então observados e fotografados em microscópio eletrônico de transmissão LEO 906E a 80
kv, no Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan, segundo procedimentos
descritos por Spadacci-Morena (1993).
4.7 FOTOMICROGRAFIAS
As imagens das características citológicas e citoquímicas foram obtidas em
microscópio Olympus BX 51, utilizando o programa de captura de imagens Image Pro-
Express Olympus.
72
5 RESULTADOS
Bothrops moojeni
73
5 RESULTADOS
Os resultados hematológicos, bioquímicos, morfológicos e citoquímicos serão
apresentados a seguir.
5.1 PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS
Os valores hematológicos e bioquímicos estão apresentados nas tabelas 1 e 2,
respectivamente. As diferenças estatísticas significantes para parâmetros hematológicos e
bioquímicos, em função das espécies, estão identificadas nas tabelas 3 e 4, respectivamente.
As diferenças estatísticas dos parâmetros hematológicos e bioquímicos entre os sexos, das
espécies de Bothrops e Crotalus estão representadas nas tabelas 5 e 6, respectivamente. Os
resultados hematológicos e bioquímicos individualizados e distribuídos por espécies estão
apresentados nos anexos A a G. Os gráficos apresentam a mediana, valores máximos e
mínimos, assim como 1º e 3º quartis.
Como pode ser observado nas tabelas 3 e 4, não foram encontradas diferenças
estatísticas significantes, entre as espécies, para hemoglobina corpuscular média (HCM),
volume corpuscular médio (VCM), contagem total de trombócitos (CTT), aspartato amino
transferase (AST) e glicose.
74
Tabela 1 - Valores Hematológicos para espécies selecionadas de Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001 - São Paulo - SP
Parâmetros
Hematológicos
B. alternatus
(n: 15)
M Q1 Q3
B. jararaca
(n: 25)
M Q1 Q3
B. jararacussu
(n: 15)
M Q1 Q3
B. moojeni
(n: 10)
M Q1 Q3
B. neuwiedi
(n: 9)
M Q1 Q3
C. d. collilineatus
(n: 21)
M Q1 Q3
C. d. terrificus
(n: 49)
M Q1 Q3
CTE(10
3
cels/mm
3
)
CTL (10
3
cels/mm
3
)
HB (g/dL)
Ht (%)
VCM (fL)
HCM (pg)
CHCM (%)
Linfócitos (%)
Azurófilos (%)
Basófilos (%)
Heterófilos (%)
Heterófilos não
corados (%)
CTT (10
3
cels/mm
3
)
430 350 530
4 1,5 6
7,1 5,5 8,4
27 22 30
629 509 816
173 129 221
27,9 24,6 29
77 66 89
16 6 21
0 0 1
5 3 8
2 0 2
5,5 4 7,5
310 255 415
4 2,75 7,5
5,3 4,2 5,9
19 16 22
593 493 667
154 136 180
26,8 24,6 28,4
59 49 72
19 8,2 28
6 1,5 9
6 0 9
3,5 1 7
8 4 10
340 280 460
2 1,5 3
6,7 5,4 7,8
24 20 28
600 571 750
159 151 204
27,7 26,8 29,1
50 58 70
7 3 12
1 0 1
3 0 4
4 0 10
5,1 2,5 7
215 175 230
2,25 1,37 4,12
4,8 5,4 5,7
14 9,75 20
638 519 826
229 149 299
35,2 29,3 41,3
78,5 61,7 86,5
16 9,7 29,5
1 0 3
1 0 3
1,5 0 4
4,7 2,5 7
450 330 575
3 1,25 5,75
7,5 7,3 8,2
24 22,5 25,5
464 417 611
143 135 189
32,3 30,5 35,9
62 52,5 74
18 9,5 20
4 1 5,5
1 0 5,5
3 0,5 18,5
5 2,7 9,7
425 390 455
1,75 0,6 3
6,9 5,8 8
25 21 30
589 559 634
167 140 181
26,9 25,1 28,9
71 64 78
15 10,5 26
1 0 2
5 1,5 8
0 0 3
5 3,1 7,2
420 365 500
2 1,5 5
6,9 5,8 7,5
24 21 27
560 50 643
158 141 186
28,7 26,9 29,6
77 58,5 86,5
14 7 25
0 0 1
5 2 9
1 0 2
5 3,5 7
M (Mediana), Q1 (1
º
quartil), Q3 (3
º
quartil), CTE (Contagem Total de Eritrócitos), CTL (Contagem Total de Leucócitos), HB (Hemoglobina), Ht (Hematócrito), VCM (Volume
Corpuscular Médio), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) e CTT (Contagem Total de Trombócitos)
75
Tabela 2 - Valores Bioquímicos para espécies selecionadas de Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001 - São Paulo - SP
Parâmetros
Bioquímicos
B. alternatus
M Q1 Q3
(n)
B. jararaca
M Q1 Q3
(n)
B. jararacussu
M Q1 Q3
(n)
B. moojeni
M Q1 Q3
(n)
B. neuwiedi
M Q1 Q3
(n)
C. d. collilineatus
M Q1 Q3
(n)
C. d. terrificus
M Q1 Q3
(n)
ALT (U/L)
AST (U/L)
CK (U/L)
FA (U/L)
Albumina (g/dL)
PT (g/dL)
Glicose (mg/dL)
Colesterol (mg/dL)
AU (mg/dL)
Uréia (mg/dL)
Creatinina (mg/dL)
Cálcio (mg/dL)
Fósforo (mg/dL)
12,7 6,9 19,7
(14)
6,55 4,74 9,7
(15)
242 136 476
(15)
17,5 9,78 24,7
(14)
1,41 1,32 1,57
(14)
3,25 2,87 3,62
(14)
19,3 15,7 26,2
(11)
224 148,3 275
(14)
2,5 2,32 4,38
(3)
3 2,6 3,32
(14)
0,71 0,63 0,74
(8)
16,7 13,7 17,9
(13)
2,6 2,15 3,3
(13)
3,4 2,7 5,69
(13)
6,63 4,91 9,12
(25)
221,5 99,9 324,8
(24)
51,2 29,3 376,8
(21)
1,5 1,08 1,83
(21)
3 2,5 3,55
(14)
13,9 11,5 15,7
(7)
236 150 300
(19)
2,68 2,38 4,35
(13)
4,65 3,67 6,55
(20)
0,64 0,52 1,2
(7)
13,5 12,15 16,3
(20)
1,8 1,5 2,4
(15)
4,3 2,8 4,5
(11)
5,49 4,64 8,64
(15)
107 89,6 133
(15)
10,3 9,17 12,5
(14)
1,54 1,24 2,33
(14)
3,1 2,22 3,32
(14)
17 12,9 31
(7)
313 223,8 362,3
(14)
2,54 2,46 2,63
(2)*
3,2 2,57 3,62
(14)
0,67 0,6 0,84
(12)
14,5 13 18
(13)
3,7 2,37 6,5
(14)
3,47 3,04 8,5
(5)
7,01 4,45 10,5
(9)
132,5 74,7 225,3
(10)
23 19,2 38,3
(8)
1,13 0,98 1,59
(8)
2,75 2,35 3,48
(8)
18,3 13,7 19,9
(6)
207 165,5 253,5
(10)
2,64 2,03 2,85
(3)
1,3 0,75 1,6
(9)
0,66 0,59 0,77
(8)
14,05 11,5 14,6
(4)
2,8 2,4 3
(7)
3,58 3,57 3,59
(2)*
4,64 3,63 5,83
(9)
114 40,8 236
(8)
30,9 5,62 56,3
(2)*
1,41 1,13 1,69
(7)
3,8 3,43 4,76
(8)
14,3 12,8 26,6
(7)
143,5 112,5 215
(8)
3,75 2,74 4,76
(2)*
4,12 3,09 5,15
(7)
0,59 0,53 0,66
(6)
16,8 13,68 24,2
(7)
2,92 2 7,39
(5)
5,9 3,2 8,1
(11)
7,23 3,79 10,1
(17)
86,7 46,6 182
(19)
31,9 29,5 45,8
(15)
1,01 0,9 1,17
(16)
2,6 2,2 3
(16)
23,5 18,6 31,9
(16)
176,5 131,5 215,5
(16)
3,04 2,64 3,42
(10)
2 1,7 2,5
(15)
0,89 0,7 0,94
(16)
11,3 9,9 12,1
(15)
2,2 2 3,4
(11)
3,7 3,1 5,37
(32)
5,83 4,04 7,72
(49)
79,9 42,3 139,5
(49)
34,9 26,1 57,1
(47)
1,1 0,85 1,36
(49)
2,8 2,3 3,1
(48)
18,8 15,5 24,6
(29)
212 185 260,2
(46)
6,73 4,28 11,97
(32)
3 1,87 4,57
(46)
0,94 0,73 1,6
(44)
11,7 10,7 13,7
(46)
3,9 2,85 4,6
(33)
M (Mediana), Q1 (1
º
quartil), Q3 (3
quartil), ALT (Alanina Amino Transferase), AST (Aspartato Amino Transferase), CK (Creatinoquinase), FA (Fosfatase Alcalina), PT (Proteínas Totais), AU (Ácido Úrico), * (Q1 e Q3
= Mínimo e Máximo, respectivamente)
76
Tabela 3 - Identificação dos confrontos estatísticos significantes, para valores hematológicos, distribuídos em função das espécies e parâmetros analisados - Março a Maio de
2001 - São Paulo - SP
Parâmetros
Hematológicos
B. alternatus
(Ba)
B. jararaca
(Bj)
B. jararacussu
(Bjs)
B. moojeni
(Bm)
B. neuwiedi
(Bn)
C. d. collilineatus
(Cdc)
C. d. terrificus (Cdt)
CTE (10
3
cels/mm
3
)
CTL (10
3
cels/mm
3
)
HB (g/dL)
Ht (%)
VCM (fL)
HCM (pg)
CHCM (%)
Linfócitos (%)
Azurófilos (%)
Basófilos (%)
Heterófilos (%)
Heterófilos não
corados (%)
CTT (10
3
cels/mm
3
)
Bm
ns
Bj, Bm
Bj, Bm
ns
ns
Bn
Bj
ns
Bj, Bn
ns
ns
ns
ns
Cdt, Cdc
Cdt, Cdc, Ba, Bn
Cdt, Cdc, Ba
ns
ns
Bm, Bn
Cdt, Ba, Bjs
Bjs
Cdt, Cdc, Ba, Bjs, Bm
Cdt
Cdt
ns
ns
ns
ns
Bm
ns
ns
Bn
Bj
Bj
Bj
ns
ns
ns
Cdt, Cdc, Ba, Bn
ns
Cdt, Ba, Bn
Cdt, Cdc, Ba, Bjs
ns
ns
Cdc, Bj
ns
ns
Bj
ns
ns
ns
Bm
ns
Bj, Bm
ns
ns
ns
Cdt, Cdc, Ba, Bj, Bjs
ns
ns
Cdt, Ba
ns
ns
ns
Bm
Bj
Bj
Bj, Bm
ns
ns
Bm, Bn
ns
ns
Bj
ns
ns
ns
Bm
Bj
Bj, Bm
Bj, Bm
ns
ns
Bn
Bj
ns
Bj, Bn
Bj
Bj
ns
CTE (Contagem Total de Eritrócitos), CTL (Contagem Total de Leucócitos), HB (Hemoglobina), Ht (Hematócrito), VCM (Volume Corpuscular Médio), HCM (Hemoglobina
Corpuscular Média), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) e CTT (Contagem Total de Trombócitos), ns (não significante), azul (valores significantemente mais
baixos), vermelho (valores significantemente mais altos)
77
Tabela 4 - Identificação dos confrontos estatísticos significantes, para valores bioquímicos, distribuídos em função das espécies e parâmetros analisados - Março a Maio de 2001 -
São Paulo - SP
Parâmetros
Bioquímicos
B. alternatus
(Ba)
B. jararaca
(Bj)
B. jararacussu
(Bjs)
B. moojeni
(Bm)
B. neuwiedi
(Bn)
C. d. collilineatus
(Cdc)
C. d. terrificus
(Cdt)
ALT (U/L)
AST (U/L)
CK (U/L)
FA (U/L)
Albumina (g/dL)
PT (g/dL)
Glicose (mg/dL)
Colesterol (mg/dL)
AU (mg/dL)
Uréia (mg/dL)
Creatinina (mg/dL)
Cálcio (mg/dL)
Fósforo (mg/dL)
Cdt, Bj, Bjs
ns
Cdt, Cdc
Cdt, Cdc, Bj
ns
ns
ns
ns
ns
Bm
ns
Cdt, Cdc
ns
Ba
ns
Cdt
Ba, Bjs
Cdt
ns
ns
ns
Cdt
Cdt, Cdc, Bm
ns
Cdc
Cdt, Bjs
Ba
ns
ns
Cdt, Cdc, Bj
Cdt, Cdc
ns
ns
Cdc, Bn
ns
Bm
Cdt
Cdt, Cdc
Bj
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
Cdt, Ba, Bj, Bjs, Bn
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
ns
Cdt, Cdc
ns
Bjs
ns
Cdc, Bm
Cdt
Cdt, Cdc
ns
ns
ns
Ba
Ba, Bjs
Bjs
Bn
ns
Bjs
Cdc
Cdc, Bj, Bn
ns
Ba, Bj, Bjs, Bn
ns
Ba
ns
Ba, Bj
Ba, Bjs
Bj, Bjs
Bn
ns
ns
Cdc, Bj
Cdc, Bj, Bm
Bjs, Bn
Ba, Bjs, Bn
Bj
ALT (Alanina Amino Transferase), AST (Aspartato Amino Transferase), CK (Creatinoquinase), FA (Fosfatase Alcalina), PT (Proteínas Totais), AU (Ácido Úrico), ns (não significante), azul (valores
significantemente mais baixos), vermelho (valores significantemente mais altos)
78
Tabela 5 - Valores hematológicos mínimos e máximos de machos e fêmeas para espécies selecionadas de Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001 - São Paulo - SP
Parâmetros
Hematológicos
B. alternatus
M F P
B. jararaca
M F P
B. jararacussu
M F P
B. moojeni
M F P
B. neuwiedi
M F P
C. d. collilineatus
M F P
C. d. terrificus
M F P
CTE (10
3
cels/mm
3
)
CTL (10
3
cels/mm
3
)
HB (g/dL)
HT (%)
VCM (fL)
HCM (pg)
CHCM (%)
Linfócitos (%)
Azurófilos (%)
Basófilos (%)
Heterófilos (%)
Het. não corados (%)
CTT (10
3
cels/mm
3
)
160-700 300-540 ns
0,5-4,5 1-8 *
4,4-8,7 5,2-11,1 ns
18-30 19-40 ns
429-119 434-816 ns
101-346 105-237 ns
20-29,2 24-32,1 ns
54-81 63-94 *
15-32 1-21 *
0-2 0-1 ns
1-12 2-14 ns
0-9 0-4 ns
2,5-7,5 4,5-20 *
130-450 230-640 ns
0,5-13 2-69 ns
2,2-7,1 4,2-8,8 ns
8-26 17-37 ns
464-850 327-1029 ns
129-200 91-247 ns
21,2-33,1 14,3-41,9 ns
44-85 40-76 **
7-41 13-43 **
3-21 0-21 ns
0-14 0-14 ns
1-11 0-18 ns
2,5-23,5 4-11 ns
210-500 120-530 ns
1-8,5 1-4 ns
2,7-8,1 1,9-8,9 ns
9-30 7-30 ns
429-625 490-968 ns
129-167 137-278 ns
24,1-45,2 26,3-30,7 ns
58-94 57-96 ns
3-14 0-21 ns
0-1 0-5 *
0-5 0-10 ns
0-27 0-16 ns
1,5-5,5 2-9 ns
160-210 160-380 ns
1,5-3,5 1-5,5 ns
2,8-5,07 1,6-8,3 ns
9-21 5-20 ns
500-1000 263-870 ns
156-317 86-360 ns
22,57-39 24,45-44,9 ns
63-79 43-90 ns
16-28 7-38 ns
0-2 0-4 ns
3-4 0-17 ns
0-6 0-4 ns
1-5,5 2,5-9 ns
360-560 200-590 ns
0,5-4 1,5-12 ns
7,1-8 2,2-8,9 ns
22-26 4-26 ns
464-667 200-800 ns
143-210 111-296 ns
30,2-32,3 30,2-55,5 ns
51-88 54-75 ns
6-26 13-21 ns
3-6 0-12 ns
0-14 0-8 ns
0-17 1-22 ns
2,5-5 2-17,5 ns
310-590 110-530 ns
0,5-4 0,5-8 ns
4,6-9,6 1,2-9,1 ns
16-36 7-33 ns
516-766 513-667 ns
134-204 109-190 ns
23,5-32 17,4-31,4 ns
49-79 57-89 ns
0-39 2-26 ns
0-10 0-2 ns
3-16 0-16 ns
0-25 0-9 ns
1-7,5 4-20 **
250-580 200-600 *
0,5-9,5 0-6 ns
5,5-9,3 5-8,9 ns
18-32 17-30 ns
368-769 417-1050 ns
105-224 114-295 ns
24,6-38,5 24,3-32 ns
25-92 22-96 ns
3-69 2-66 ns
0-5 0-5 ns
0-20 0-34 ns
0-8 0-10 ns
1,5-12 0,5-15 ns
CTE (Contagem Total de Eritrócitos), CTL (Contagem Total de Leucócitos), HB (Hemoglobina), Ht (Hematócrito), VCM (Volume Corpuscular Médio), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média), CHCM
(Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) e CTT (Contagem Total de Trombócitos), M (Machos), F (Fêmeas), P (Valor de P), ns (não significante), * (P<0,05), ** (P<0,01), *** (P<0,001), vermelho
(valores significantemente mais altos)
79
Tabela 6 - Valores bioquímicos de machos e fêmeas de espécies selecionadas de Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de
2001 - São Paulo - SP
Parâmetros
Bioquímicos
B. alternatus
M F P
B. jararaca
M F P
B. jararacussu
M F P
B. moojeni
M F P
B. neuwiedi
M F P
C. d. collilineatus
M F P
C. d. terrificus
M F P
ALT (U/L)
AST (U/L)
CK (U/L)
FA (U/L)
Albumina (g/dL)
PT (g/dL)
Glicose (mg/dL)
Colesterol (mg/dL)
AU (mg/dL)
Uréia (mg/dL)
Creatinina (mg/dL)
Cálcio (mg/dL)
Fósforo (mg/dL)
6-14,1 2,8-35,7 ns
3,5-9,7 2,9-18,3 ns
134-1116 29,9-1016 ns
21,7-35,1 7,4-23,7 **
1,4-1,6 1,02-1,7 ns
3,2-3,9 2,3-3,7 ns
19,3-29,4 12-37,8 ns
140-278 111-348 ns
2,32-4,38 - NR
3,3-4,3 2,1-3,5 *
0,59-0,7 0,62-1,2 ns
11,8-14,4 14-19 **
1,7-2,6 1,8-5,6 ns
2,3-7,2 2,6-8,9 ns
4,1-11,4 3,7-40,1 ns
69,6-378 50,2-399 ns
25,8-653 15,6-910,5 ns
0,99-1,9 1,05-2,09 ns
1,9-4,3 2,2-4,8 ns
10,9-13,9 12,2-26,3 ns
197-335 112-310 *
2,04-4,7 2,2-7,6 ns
2,9-6,6 2,6-7,4 ns
0,5 0,52-1,2 NR
10,9-13,9 12,3-22,3 **
1-2,4 1,5-4,4 ns
0,2-17,7 2,7-4,4 ns
3,96-8,6 3,1-13,4 ns
100-156 43,3-176 ns
7,9-22,3 7,6-12,1 ns
1,07-1,56 0,92-3,55 ns
1,7-3,2 1,7-4,2 ns
- 11,8-31,1 NR
170-481 158-464 ns
2,46-2,6 - NR
2,2-3,9 2,2-6,1 ns
0,6-0,69 0,55-0,89 ns
10,5-18,3 11,1-48 ns
2,2-3,4 2,2-7,9 *
5,9 2,77-11,1 NR
3,4-7,9 3,3-76,9 ns
108-224 19,2-465 ns
41,2-49,9 18-29,5 ns
1,091,11 0,8-1,77 ns
2,6-2,9 1,7-18,5 ns
11,7-19,4 14,4-21,6 ns
177-249 122-341 ns
2,64-2,85 2,03 NR
0,4-0,7 0,8-2,6 ns
0,6-0,69 0,58-0,96 ns
14,4 10,8-14,7 NR
2,9 2,1-4,8 NR
3,57 3,59 NR
3,06-12 2,9-6,45 ns
105-275 13,2-158 ns
56,25 5,6 NR
0,84-1,4 1,4-4,5 ns
3,4-4,9 3,8-5,7 ns
10,8-26,6 13,6-54,7 ns
111-203 133-256 ns
- 2,74-4,76 NR
4,1 3,09-7,2 NR
0,57-0,6 0,52-0,76 ns
12,6-14,7 16,8-27,4 ns
1,08 2,9-7,8 NR
3,09-23 2,88-11,7 ns
2,74-12,5 2,88-11,8 ns
17,4-409 38,8-683 ns
31,5-99,1 14,5-36,1 **
0,6-1,16 0,88-2,9 ns
2,1-3,4 2-3,9 ns
11,5-34 12-33 ns
106-286 125-297 ns
2,5-3,9 2,5-3,06 ns
1,6-2,3 1,3-3,9 ns
0,7-1,26 0,5-1,1 ns
8,4-11,7 10,6-14,1 *
1,2-3,4 2-5,3 ns
3,19-5,7 2,7-15,7 ns
3,1-13,2 2,6-65,5 ns
24,2-425 18,3-892 **
26,2-452,5 18,6-353,2 ***
0,54-1,74 0,56-2,13 *
1,2-3 1,9-4,5 ***
13,7-35,7 12-59,4 *
157-324 117-458 **
2,04-13,5 2,52-19,1 ns
1,5-6,8 0,6-14,5 ns
0,6-5,48 0,5-4,1 ns
9,1-15,8 9,4-18,1 *
1,6-4,7 2,2-7,7 ns
ALT (Alanina Amino Transferase), AST (Aspartato Amino Transferase), CK (Creatinoquinase), FA (Fosfatase Alcalina), PT (Proteínas Totais), AU (Ácido Úrico),), M (Machos), F (Fêmeas), P (Valor de P), ns
(não significante), * (P<0,05), ** (P<0,01), *** (P<0,001), NR (Não Realizado), vermelho (valores significantemente mais altos)
80
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0.0
250000.0
500000.0
750000.0
a
a,b,c,d
b
c
d
10
3
/mm
3
5.1.1 Diferenças Estatísticas Significantes para Parâmetros Hematológicos
Os resultados obtidos para parâmetros hematológicos foram analisados para
determinar diferenças estatísticas interespecíficas e sexuais.
5.1.1.1 Diferenças Interespecíficas
As diferenças estatísticas dos valores hematológicos ocorreram entre as
espécies para contagem total de eritrócitos (CTE) e hemoglobina (Hb), onde B. neuwiedi
apresentou valores de mediana mais altos e B. moojeni os mais baixos conforme gráficos 1 e 2
respectivamente. Para contagem total de leucócitos (CTL), B. jararaca apresentou mediana
maior, quando comparada com as duas espécies de Crotalus (Gráfico 3). B. alternatus teve os
valores de mediana para hematócrito mais altos (Ht) e B. moojeni os mais baixos (Gráfico 4).
A concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) apresentou diferenças
significativas para B. moojeni e B. neuwiedi, mostrando valores de mediana maiores quando
comparados com as demais espécies (Gráfico 5).
Gráfico 1 Representação gráfica do número de eritrócitos distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
81
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
5000
10000
15000
20000
a,b
b
a
10
3
/mm
3
Gráfico 2 Representação gráfica da concentração de hemoglobina distribuída em função de espécies
de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Gráfico 3 Representação gráfica do número de leucócitos distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
a,b
a,c,d,e
b,f,g
c,f
d
e,g
g/dL
82
Gráfico 4 Representação gráfica do percentual de hematócrito distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Gráfico 5 Representação gráfica da concentração de hemoglobina corpuscular média distribuída em
função de espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B.
jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d.
collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre
as espécies – São Paulo, 2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
a,b
a,c,d
e
b,e,f,g
c,f
d,g
%
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
10
20
30
40
50
60
a
b,c
d
b,e
a,c,d,f,g
e,f
g
%
83
B. jararaca mostrou uma diminuição significativa na mediana de linfócitos
quando comparada com as demais espécies (Gráfico 6). Os azurófilos apresentaram
diferenças estatísticas entre B. jararacussu e B. jararaca, sendo que B. jararacussu
apresentou mediana menor e B. jararaca maior (Gráfico 7). As espécies B. jararaca e B.
neuwiedi tiveram os valores de mediana mais altos para basófilos (Gráfico 8). Os heterófilos
e heterófilos não corados apresentaram diferenças significativas apenas entre B. jararaca e C.
d. terrificus, onde B. jararaca obteve números mais baixos de mediana para heterófilos e mais
altos para heterófilos não corados, gráficos 9 e 10 respectivamente.
Gráfico 6 Representação gráfica do percentual de linfócitos distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
25
50
75
100
a
a,b,c
b
c
%
84
Gráfico 7 Representação gráfica do percentual de azurófilos distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Gráfico 8 Representação gráfica do percentual de basófilos distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
10
20
30
40
50
60
70
a
a
%
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
5
10
15
20
25
a,b
a,c,d,e,f
c
d
b,g
e
f,g
%
85
Gráfico 9 – Representação gráfica do percentual de heterófilos distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Gráfico 10 Representação gráfica do percentual de heterófilos não corados distribuídos em função de
espécies de Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
10
20
30
40
a
a
%
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
10
20
30
40
a
a
%
86
5.1.1.2 Diferenças Intersexuais
Foi detectada diferença significativa entre os sexos para B. alternatus, onde as
fêmeas apresentaram valores de mediana mais altos que os machos para contagem total de
leucócitos (CTL), contagem total de trombócitos (CTT) e linfócitos (Gráficos 11 a 13),
enquanto que os machos tiveram níveis maiores de azurófilos (Gráfico 14).
Gráfico 11 Representação gráfica do número de leucócitos distribuídos em função do sexo na espécie
B. alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Gráfico 12 Representação gráfica do número de trombócitos distribuídos em função do sexo na
espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
meas Machos
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10
3
/mm
3
meas Machos
0
2500
5000
7500
10000
12500
15000
17500
20000
22500
10
3
/mm
3
87
Gráfico 13 – Representação gráfica do percentual de linfócitos distribuídos em função do sexo na
espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Gráfico 14 Representação gráfica do percentual de azurófilos distribuídos em função do sexo na
espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
meas Machos
50
60
70
80
90
100
%
meas Machos
0
5
10
15
20
25
30
35
%
88
A espécie B. jararacussu mostrou diferença significativa entre os sexos apenas
para basófilos, onde as fêmeas apresentaram valores de mediana mais altos (Gráfico 15).
Gráfico 15 – Representação gráfica do percentual de basófilos distribuídos em função do sexo na espécie
B. jararacussu. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Nós encontramos diferenças significativas entre machos e fêmeas de B.
jararaca para linfócitos e azurófilos, sendo que as fêmeas tiveram valores de mediana
menores de linfócitos e maiores de azurófilos (Gráficos 16 e 17).
Gráfico 16 – Representação gráfica do percentual de linfócitos distribuídos em função do sexo na
espécie B. jararaca. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Fêmeas Machos
0
5
10
15
20
25
%
meas Machos
30
40
50
60
70
80
90
%
89
Gráfico 17 Representação gráfica do percentual de azurófilos distribuídos em função do sexo na
espécie B. jararaca. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Os machos de cascavéis (C. d. terrificus) apresentaram medianas maiores para
eritrócitos (Gráfico 18), enquanto que as fêmeas de C. d. collilineatus, mostraram medianas
maiores para trombócitos (Gráfico 19).
Gráfico 18 Representação gráfica do número de eritrócitos distribuídos em função do sexo na espécie
C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
meas Machos
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
%
meas Machos
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
500000
550000
600000
650000
10
3
/mm
3
90
Gráfico 19 Representação gráfica do número de trombócitos distribuídos em função do sexo na
espécie C. d. collilineatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Não foi detectada, em nenhum dos parâmetros analisados, diferença estatística
significante entre machos e fêmeas para as espécies B. moojeni e B. neuwiedi.
5.1.2 Diferenças Estatísticas Significantes para Parâmetros Bioquímicos
Os resultados obtidos para parâmetros bioquímicos foram analisados para
determinar diferenças estatísticas interespecíficas e sexuais.
5.1.2.1 Diferenças Interespecíficas
Nos parâmetros bioquímicos, nós encontramos diferenças significativas para
ALT e CK, onde B. alternatus tiveram os maiores valores de mediana conforme gráficos 20 e
21. B. jararaca apresentou um aumento significativo nos níveis de fosfatase alcalina (FA)
(Gráfico 22). As duas espécies de Crotalus, B. jararaca e B. jararacussu mostraram
diferenças significativas para albumina quando comparadas entre si, sendo as medianas mais
altas em B. jararacussu e as mais baixas em C. d. terrificus (Gráfico 23). Os níveis de
Fêmeas Machos
0
2500
5000
7500
10000
12500
15000
17500
20000
22500
10
3
/mm
3
91
proteínas totais (PT) foram significativamente diferentes apenas entre B. neuwiedi e as duas
espécies de Crotalus, onde B. neuwiedi apresentou valores de mediana maiores (Gráfico 24).
Gráfico 20 – Representação gráfica do nível de ALT distribuídos em função de espécies de Bothrops e
Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B.
moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras iguais
significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo, 2001
Gráfico 21 Representação gráfica do nível de CK distribuídos em função de espécies de Bothrops e
Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B.
moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras iguais
significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo, 2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
10
20
30
40
a,b,c
a
b
c
U/L
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
a,b
c
a
b,c
U/L
92
Gráfico 22 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Gráfico 23 Representação gráfica do nível de albumina distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
250
500
750
1000
a,b,c
a,d
d,e,f
b,e
c,f
U/L
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
1
2
3
4
5
a
b,c
b
a,c
g/dL
93
Gráfico 24 Representação gráfica do nível de proteínas totais distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Nós encontramos valores de mediana significativamente maiores de colesterol
para B. jararacussu (Gráfico 25) e de ácido úrico (AU) para C. d. terrificus (Gráfico 26). B.
jararaca apresentou os níveis mais altos de uréia e B. moojeni os mais baixos (Gráfico 27). A
creatinina mostrou valores de mediana significantemente maiores para C. d. terrificus quando
comparados com B. jararacussu e B. neuwiedi (Gráfico 28). Os valores de mediana mais altos
de cálcio foram encontrados em B. jararacussu e B. neuwiedi, enquanto que as duas espécies
de Crotalus tiveram os valores mais baixos (Gráfico 29). Níveis significantemente menores de
fósforo ocorreram para B. jararaca, quando comparados com B. jararacussu e C. d. terrificus
(Gráfico 30).
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
5
10
15
20
a,b
a
b
g/dL
94
Gráfico 25 Representação gráfica do nível de colesterol distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Gráfico 26 Representação gráfica do nível de ácido úrico distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
100
200
300
400
500
a,b
a
b
mg/dL
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
5
10
15
20
25
a
b
a,b
mg/dL
95
Gráfico 27 – Representação gráfica do nível de uréia distribuídos em função de espécies de Bothrops e
Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B.
moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras iguais
significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo, 2001
Gráfico 28 Representação gráfica do nível de creatinina distribuídos em função de espécies de
Bothrops e Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B.
jararacussu), Bm (B. moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d.
terrificus). Letras iguais significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo,
2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
1
2
3
4
5
6
a
b
a,b
mg/dL
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
5
10
15
a
b,c,d
e
a,b,e,f,g
f,h
c,h,i
d,g,i
mg/dL
96
Gráfico 29 – Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função de espécies de Bothrops e
Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B.
moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras iguais
significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo, 2001
Gráfico 30 – Representação gráfica do nível de fósforo distribuídos em função de espécies de Bothrops e
Crotalus selecionadas, Ba (B. alternatus), Bj (B. jararaca), Bjs (B. jararacussu), Bm (B.
moojeni), Bn (B. neuwiedi), Cdc (C. d. collilineatus) e Cdt (C. d. terrificus). Letras
diferentes significam diferenças estatísticas entre as espécies – São Paulo, 2001
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
a,b
a
b
mg/dL
Ba Bj Bjs Bm Bn Cdc Cdt
0
10
20
30
40
50
a,b
c
d,e
f,g
a,c,d,f
b,e,g
mg/dL
97
5.1.2.2 Diferenças Intersexuais
Foi detectada diferença significativa entre os sexos para B. alternatus, onde as
fêmeas apresentaram valores de mediana mais altos para cálcio (Gráfico 31) e os machos
tiveram níveis maiores de fosfatase alcalina (FA) e uréia (Gráficos 32 e 33).
Gráfico 31 –
Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do sexo na espécie B.
alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Gráfico 32 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em função do sexo na
espécie B. alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Fêmeas Machos
10.0
12.5
15.0
17.5
20.0
mg/dL
meas Machos
0
10
20
30
40
U/L
98
Gráfico 33 Representação gráfica do nível de uréia distribuídos em função do sexo na espécie B.
alternatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
A espécie B. jararacussu mostrou diferença significativa entre os sexos apenas
para níveis de fósforo, onde as fêmeas apresentaram valores de mediana mais altos (Gráfico
34).
Gráfico 34 Representação gráfica do nível de fósforo distribuídos em função do sexo na espécie B.
jararacussu. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Fêmeas Machos
0.0
2.5
5.0
7.5
10.0
mg/dL
meas Machos
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
mg/dl
99
Nós encontramos diferenças significativas entre machos e fêmeas de B.
jararaca para cálcio e colesterol, sendo que as fêmeas tiveram valores de mediana maiores de
cálcio que os machos (Gráfico 35) e os machos apresentaram níveis mais altos de colesterol
que as fêmeas (Gráfico 36).
Gráfico 35 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do sexo na espécie B.
jararaca. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Gráfico 36 Representação gráfica do nível de colesterol distribuídos em função do sexo na espécie B.
jararaca. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Fêmeas de C. d. terrificus mostraram um aumento considerável no valor da mediana
para albumina, proteínas totais (PT), colesterol e cálcio em relação aos machos (Gráficos 37 a
40).
Fêmeas Machos
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
mg/dL
meas Machos
0
50
100
150
200
250
300
350
mg/dl
100
Gráfico 37 Representação gráfica do nível de albumina distribuídos em função do sexo na espécie C.
d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Gráfico 38 Representação gráfica do nível de proteínas totais distribuídos em função do sexo na
espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
meas Machos
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
g/dl
meas Machos
0
1
2
3
4
5
6
g/dl
101
Gráfico 39 Representação gráfica do nível de colesterol distribuídos em função do sexo na espécie C.
d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Gráfico 40 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do sexo na espécie C. d.
terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Fêmeas Machos
0
100
200
300
400
500
mg/dL
Fêmeas Machos
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
mg/dL
102
Os machos de C. d. terrificus apresentaram níveis maiores para CK, fosfatase
alcalina (FA) e glicose (Gráficos 41 a 43).
Gráfico 41 – Representação gráfica do nível de CK distribuídos em função do sexo na espécie C. d.
terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – Paulo, 2001
Gráfico 42 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em função do sexo na
espécie C. d. terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
meas Machos
0
250
500
750
1000
U/L
meas Machos
0
100
200
300
400
500
U/L
103
Gráfico 43 Representação gráfica do nível de glicose distribuídos em função do sexo na espécie C. d.
terrificus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Porém, C. d. collilineatus mostraram diferenças significativas apenas para
fosfatase alcalina (FA) e cálcio, onde os machos apresentaram valores de mediana mais altos
para fosfatase alcalina (FA) (Gráfico 44) e níveis mais baixos de cálcio (Gráfico 45).
Gráfico 44 Representação gráfica do nível de fosfatase alcalina distribuídos em função do sexo na
espécie C. d. collilineatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
meas Machos
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
mg/dl
meas Machos
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
U/L
104
Gráfico 45 Representação gráfica do nível de cálcio distribuídos em função do sexo na espécie C. d.
collilineatus. Fêmeas (vermelho), machos (azul) – São Paulo, 2001
Assim como nos parâmetros hematológicos, não foi detectada, em nenhum dos
parâmetros bioquímicos analisados, diferença estatística significante entre machos e fêmeas
para as espécies B. moojeni e B. neuwiedi.
5.2 MORFOLOGIA CELULAR E CARACTERÍSTICAS CITOQUÍMICAS
A seguir serão apresentados os principais aspectos citológicos, citoquímicos e
ultra-estruturais das células analisadas.
5.2.1 Aspectos Citológicos e Citoquímicos
Eritrócitos – Os eritrócitos foram as células mais abundantes nos esfregaços
sangüíneos. Os eritrócitos maduros mostraram-se geralmente homogêneos no tamanho, forma
e cor. Eram elípticos e possuíam um núcleo basofílico centralmente localizado (Figura 14a).
Fêmeas Machos
8.0
8.5
9.0
9.5
10.0
10.5
11.0
11.5
12.0
12.5
13.0
13.5
14.0
14.5
mg/dL
105
Ocasionalmente pequenos vacúolos podiam ser visualizados no citoplasma. O núcleo era oval
a pleomórfico. Os eritrócitos apresentaram uma alta razão Núcleo:Citoplasma (N:C).
Eritrócitos imaturos foram ocasionalmente vistos no sangue circulante das
espécies analisadas. As espécies B. jararaca e C. d. collilineatus apresentaram 14,3% dos
animais estudados com eritrócitos imaturos (4/28) e (3/21), respectivamente. Já as espécies B.
jararacussu e C. d. terrificus apresentaram 6,7% (1/15) e 4,1% (2/49), respectivamente. Não
foram evidenciadas células jovens nas espécies B. alternatus, B. moojeni e B. neuwiedi.
Comparado com os eritrócitos maduros, os eritrócitos jovens eram células
menores, arredondadas, com núcleo grande oval central e citoplasma mais basofílico (Figura
14a).
Hematozoários intraeritrocíticos (Hepatozzon sp) foram observados (Figura
14b). O percentual de animais parasitados foi de 3,6% (1/28) em B. jararaca; 6,7% (1/15) em
B. jararacussu; 40% (4/10) em B. moojeni e 0,4% (1/49) em C. d. terrificus. Não foram
evidenciados hemoparasitas nos eritrócitos das espécies B. alternatus, B. neuwiedi e C. d.
collilineatus.
Trombócitos – Eram células nucleadas e podiam assumir duas formas, uma
elíptica e a outra arredondada ou com margens irregulares (Figuras 14c-e). Nas duas formas o
núcleo encontrava-se centralmente localizado. O citoplasma era pouco corado, tornando,
algumas vezes, difícil a visualização da membrana celular, principalmente na forma irregular
(Figura 14f). A proporção Núcleo:Citoplasma (N:C) era moderadamente alta. O núcleo era
oval com cromatina densa. Os trombócitos foram freqüentemente encontrados agregados
(Figura 14f) e ocasionalmente com vacúolos. Diferenças sutis foram observadas entre
trombócitos arredondados e linfócitos (Figura 14e), mas a distinção entre estes dois tipos
celulares não foi difícil, uma vez que exibem forte marcação perinuclear pelo PAS (Figura
19a), enquanto os linfócitos da maioria das espécies estudadas foram negativos para esta
coloração.
Linfócitos – Foram os leucócitos mais numerosos no sangue das espécies
estudadas, sendo que os linfócitos pequenos foram mais comuns que os grandes. Eram
redondos, mas freqüentemente apresentavam margens irregulares, com o núcleo ocupando
praticamente toda a célula e um citoplasma periférico, basófilo, em forma de meia lua (Figura
15a). Possuíam uma alta razão N:C. Além do tamanho, os linfócitos maiores diferiram dos
pequenos por ter um núcleo mais pleomórfico, citoplasma mais basofílico e uma menor razão
106
N:C. Os linfócitos não coraram-se com nenhum dos marcadores citoquímicos utilizados, com
exceção da espécie B. alternatus, onde alguns linfócitos apresentaram uma fraca positividade
nas colorações com PAS (Figura 19b).
Azurófilos – Estas células foram o segundo tipo de leucócito mais observado.
Eram redondas, o citoplasma continha numerosos grânulos azurofílicos e algumas vezes
possuíam uma aparência monocitóide (Figura 15b). Tratou-se de uma linhagem leucocitária
que apresentava muitas variações morfológicas. A proporção N:C era relativamente baixa.
Freqüentemente, os azurófilos apresentavam vacuolização do citoplasma (Figura 15c). O
núcleo era centralizado ou levemente excêntrico (Figura 15d). Os grânulos azurofílicos
coraram-se intensamente com benzidina peroxidase (Figura 20a-c) e SBB, embora algumas
células apresentassem uma fraca positividade (Figuras 21a-d). Apenas poucas células
marcaram fracamente com PAS (Figuras 19c-d).
Heterófilos – Eram células grandes, sendo predominantemente redondas com
um núcleo excêntrico. Possuíam uma pequena razão N:C. Foram encontrados duas variações
da mesma célula. Um tipo continha grânulos abundantes, pleomórficos, eosinofílicos, que lhes
conferiam uma aparência homogênea (Figuras 16a-d, 17a-b). Alguns grânulos basofílicos
pequenos, pontuais, também foram observados em algumas células. O segundo tipo
apresentava a maioria dos aspectos semelhantes ao padrão anterior, porém com grânulos não
corados; nestas células os núcleos coravam-se de forma mais intensa (Figuras 17c-d).
Algumas células apresentaram grânulos perinucleares rosados a eosinofílicos, com uma
acumulação focal de grânulos irregulares, intensamente eosinofílicos. A freqüência destes
tipos de heterófilos variou entre os indivíduos. Todos os heterófilos do primeiro tipo foram
negativos para SBB e benzidina peroxidase, e positivos para PAS, com exceção de B.
moojeni, que apresentou positividade em algumas células para SBB e foram negativos para
PAS. O segundo tipo demonstrou resultados extremamente variáveis entre as espécies. Eles
foram positivos para SBB em B. alternatus (Figura 21e) e algumas células foram fracamente
positivas em B. jararaca (Figura 21f). Por outro lado, apresentaram-se positivos ou negativos
para benzidina peroxidase (BP) em B. jararacussu, B. moojeni e C. durissus (Figura 20d), e
apenas algumas células de B. moojeni apresentaram positividade para PAS (Figura 19e).
Basófilos – estas células foram pouco observadas, mas quando vistas
mostraram-se redondas ou ovais e facilmente identificadas pelos numerosos grânulos
redondos, intensamente basofílicos, que freqüentemente ocultaram o núcleo (Figura 18a-d). A
107
freqüência desta célula foi consideravelmente maior em B. jararaca. Basófilos apresentaram
positividade apenas em colorações com PAS em B. alternatus (Figura 19f).
Não foram evidenciadas células compatíveis com monócitos, seja na
microscopia de luz ou ultra-estruturalmente.
A tabela 7 mostra as características citoquímicas de linfócitos, azurófilos,
basófilos, heterófilos, heterófilos não corados e trombócitos, de seis espécies estudadas.
108
Tabela 7 - Características citoquímicas de células sangüíneas para espécies selecionadas de Bothrops e Crotalus mantidas em cativeiro no Instituto
Butantan - São Paulo - SP
B. alternatus B. jararaca B. jararacussu B. moojeni B. neuwiedi C.d. terrificus
Linfócitos
Azurófilos
Basófilos
Heterófilos
Heterófilos
Não corados
Trombócitos
SBB BP PAS
- - +/-
+/- +/- +/-
- - +/-
- - +
+ - -
- - +
SBB BP PAS
- - -
+/- +/- +/-
- - -
- - +
+/- - -
- - +
SBB BP PAS
- - -
+/- +/- +/-
- - -
- - +
- +/- -
- - +
SBB BP PAS
- - -
+ +/- +/-
- - -
+/- - -
- +/- +/-
- - +
SBB BP PAS
- - -
+/- +/- +/-
- - -
- - +
- - -
- - +
SBB BP PAS
- - -
+/- +/- +/-
- - -
- - +
- +/- -
- - +
SBB (Sudan Black B), BP (Benzidina Peroxidase), PAS (Ácido Periódico de Schiff), - (negativo), + (positivo), ± (Variável)
109
5.2.2 Aspectos Ultra-Estruturais
Eritrócitos - o estudo das características ultra-estruturais dos eritrócitos não foi
contemplado durante a microscopia eletrônica de transmissão.
Trombócitos - ultra-estruturalmente os trombócitos apresentaram-se como
células de contorno regular com formatos variáveis, desde ovais ou arredondadas, até
fusiformes, sem presença de projeções citoplasmáticas. Possuíam um núcleo grande lobulado
ou chanfrado, com cromatina densa junto a carioteca. Foram visualizados canais elétron-
luscentes por todo o citoplasma que correspondem ao sistema de canais abertos conectados à
superfície, que é caracterizado por vesículas ou vacúolos, de tamanho variável dispersos pelo
citoplasma, sendo esta a principal característica ultra-estrutural dos trombócitos (Figura 22a,
23a-b).
Em maior aumento, um feixe de microtúbulos marginais foi visualizado nas
pontas opostas de cada célula. Algumas mitocôndrias, retículo endoplasmático rugoso,
complexo de Golgi e poucos grânulos também foram evidenciados.
Linfócitos – os linfócitos exibiram citoplasma escasso, homogêneo, pobre em
organelas, destacando-se entre elas, mitocôndrias grandes, ribossomos livres e um discreto
retículo endoplasmático rugoso. Ocasionalmente apresentavam um ou dois grânulos
citoplasmáticos. O núcleo era redondo ocupando a maior parte da célula, com reentrâncias em
sua membrana e exibindo pequenos agregados periféricos de heterocromatina. Algumas vezes
apresentava projeções citoplasmáticas (Figura 22b e 23b).
Azurófilos – duas variações deste tipo celular foram visualizadas na
microscopia eletrônica de transmissão. Um tipo apresentava numerosos e pequenos grânulos
azurofílicos limitados por membrana, de forma e densidade variáveis, algumas mitocôndrias e
reticulo endoplasmático rugoso (Figura 24a e 25a). O outro tipo tinha muitos vacúolos
citoplasmáticos, mitocôndrias, um reticulo endoplasmático rugoso dilatado e muitos
ribossomos (Figura 24b e 25b). O núcleo das duas variações apresentava uma pequena
quantidade de heterocromatina perinuclear.
110
Heterófilos – os heterófilos apresentaram-se como células arredondadas ou
ovais, com núcleo oval a irregular, freqüentemente chanfrado, podendo apresentar pequenas
projeções citoplasmáticas (Figuras 26a-c e 27a-c). Os heterófilos mostraram ampla variedade
em seus padrões granulares, sendo que neste trabalho foram identificados 3 tipos granulares.
O primeiro tipo granular era de tamanho variável, geralmente redondo, elétron-denso e
mostrando densidade homogênea (gr
1
) (Figura 26b e 27c); o segundo tipo era maior e podia
apresentar um conteúdo uniforme floculento ou um centro mais claro circundado por um
córtex denso (gr
2
) (Figura 26a e 27a). O terceiro tipo apresentava-se pleomórfico (redondos,
ovais, alongados, quadrados), de tamanhos e densidades variáveis e, em algumas
circunstâncias era composto por matriz que sugeria organização cristalóide (gr
3
) (Figura 26c e
27b). Além dos grânulos, ocasionalmente eram evidenciadas mitocôndrias, retículo
endoplasmático e complexo de Golgi.
Basófilos – eram células mais arredondadas, com núcleo irregular. Possuíam
grânulos redondos discretamente menores e com uma aparência mais homogênea, sem a
presença de inclusões cristalóides (Figura 28a-b). Ocasionalmente apresentou grânulos com
formatos diferentes mais elétron-densos. Foram visualizados mitocôndrias, complexo de
Golgi e retículo endoplasmático.
Ocasionalmente foram evidenciados no exame ultra-estrutural alguns
plasmócitos no sangue de B. jararaca, caracterizados pelo retículo endoplasmático rugoso
exuberante, mitocôndrias grandes e aparelho de Golgi evidente. (Figura 29). Os plasmócitos
não foram visualizados ultra-estruturalmente no sangue de C. d. terrificus e não foram
identificados no esfregaços sangüíneos a fresco de qualquer das espécies estudadas.
111
Figura 14 Fotomicrografias de células sangüíneas coradas com May-Grunwald-Giemsa modificado
(Rosenfeld, 1947) (aumento 1000x). (a) Eritrócitos maduros e eritrócito imaturo em B. jararacussu
(seta); (b) Eritrócito parasitado por Hepatozoon sp em B. moojeni (seta); (c) Trombócito elíptico em
B. jararacussu (seta); (d) Trombócito com margens irregulares em B. jararaca (seta); (e)
Trombócito com margens irregulares (seta) e linfócito em B. jararaca; (f) Agregado de trombócitos
112
em B. neuwiedi. Barra (10µm)
Figura 15 –
Fotomicrografias de células sangüíneas coradas com May-Grunwald-Giemsa modificado
(Rosenfeld, 1947) (aumento 1000x). (a) Linfócito em B. jararacussu (seta); (b) Azurófilo com
aparência monocitóide em B. jararacussu (seta); (c) Azurófilo com muitos vacúolos no citoplasma
(seta) em B. jararaca; (d) Azurófilo em C. d. terrificus (seta). Barra (10µm)
113
Figura 16 –
Fotomicrografias de heterófilos corados com May-Grunwald-Giemsa modificado (Rosenfeld, 1947)
(aumento 1000x), mostrando diferentes intensidades na coloração. (a) Heterófilo de B. alternatus
(seta); (b) Heterófilo de C. d. terrificus (seta); (c) Heterófilo de B. jararaca (seta); (d) Heterófilo de
B. neuwiedi (seta). Barra (10 µm)
114
Figura 17 Fotomicrografias de heterófilos corados com May-Grunwald-Giemsa modificado (Rosenfeld, 1947)
(aumento 1000x), mostrando diferentes intensidades na coloração. (a) Heterófilo de B. jararaca; (b)
Heterófilo de B. neuwiedi; (c) Heterófilo não corado de C. d. terrificus; (d) Heterófilo não corado de
B. jararacussu. Barra (10 µm)
115
Figura 18 Fotomicrografias de basófilos corados com May-Grunwald-Giemsa modificado (Rosenfeld, 1947)
(aumento 1000x). (a) Basófilo de B. neuwiedi; (b) Basófilo de B. jararaca; (c) Basófilo de B.
alternatus. (d) Basófilo de B. jararacussu. Barra (10 µm)
116
Figura 19 – Fotomicrografias de células sangüíneas positivas para PAS (aumento 1000x). (a) Trombócitos de B.
jararaca (seta); (b) Linfócito de B. alternatus (seta); (c) Azurófilo de B. moojeni fraco positivo
(seta). (d) Azurófilo de B. alternatus (seta); (e) Heterófilo não corado de B. moojeni (seta); (f)
Basófilo de B. alternatus (seta). Barra (10 µm)
117
Figura 20 –
Fotomicrografias de células sangüíneas positivas para benzidina peroxidase (aumento 1000x) (a)
Azurófilo de B alternatus (seta); (b) Azurófilo de C. d. terrificus (seta) ; (c) Azurófilo de B.
neuwiedi fraco positivo (seta). (d) Heterófilo não corado de B. jararacussu (seta). Barra (10 µm)
118
Figura 21 Fotomicrografias de células sangüíneas positivas para SBB (aumento 1000x). (a) Azurófilo de B.
alternatus (seta); (b) Azurófilo de B. moojeni (seta); (c) Azurófilo de B. jararaca (seta); (d)
Azurófilo de C. d. terrificus (seta); (e) Heterófilo não corado de B. alternatus (seta); (f) Heterófilo
não corado de B. jararaca (seta). Barra (10 µm)
119
Figura 22 Eletronmicrografia de células sangüíneas de B. jararaca. (a) Trombócito mostrando núcleo
chanfrado (n) e citoplasma com sistema de canais abertos (seta), alfa-grânulos (cabeça de seta) e
inclusão citoplasmática (i) (aumento 6000x); (b) Linfócito apresentando núcleo grande irregular (n),
citoplasma com algumas mitocôndrias (m) e retículo endoplasmático rugoso (seta) (aumento
10000x)
120
Figura 23 –
Eletronmicrografia de células sangüíneas de C. d. terrificus. (a) Trombócito mostrando núcleo
elíptico, sistema de canais abertos (seta), mitocôndrias (m) e banda marginal de microtúbulos
(cabeça de seta) (aumento 7750x); (b) Detalhe do trombócito de C. d. terrificus mostrando a banda
marginal de microtúbulos (cabeça de seta) e mitocôndrias (m); (c) Linfócito apresentando núcleo
arredondado (n) e citoplasma escasso com algumas mitocôndrias (m) (aumento 10000x)
121
Figura 24 Eletronmicrografias de azurófilos em B. jararaca. (a) Azurófilo mostrando núcleo grande irregular
(n), muitos grânulos azurofílicos (seta), retículo endoplasmático rugoso (cabeça de seta) e algumas
mitocôndrias (m) (aumento 7750x); (b) Azurófilo apresentando núcleo arredondado (n), retículo
endoplasmático dilatado (re), grânulos azurofílicos (seta) e algumas mitocôndrias (m) (aumento
10000x)
122
Figura 25 –
Eletronmicrografias de azurófilos em C. d. terrificus. (a) Azurófilo mostrando núcleo arredondado
(n), muitos grânulos azurofílicos (seta) e algumas mitocôndrias (m) (aumento 7750x); (b) Azurófilo
apresentando núcleo irregular (n), retículo endoplasmático dilatado (re), muitos grânulos
azurofílicos (seta) e algumas mitocôndrias (m) (aumento 7750x)
123
Figura 26 – Eletronmicrografia de Heterófilos em B. jararaca. (a) Heterófilo mostrando núcleo irregular, poucas
mitocôndrias (m) e citoplasma com diferentes tipos de grânulos: grânulo redondo de densidade
homogênea (gr
1
), grânulo de conteúdo floculento (gr
2
), grânulo com inclusão cristalóide (gr
3
)
(aumento 7750x); (b) Heterófilo apresentando núcleo chanfrado, grânulos redondos de densidade
homogênea (gr
1
), algumas mitocôndrias (m), complexo de Golgi (seta longa) e centríolos (seta
curta) (aumento 10000x); (c) Detalhe de heterófilo apresentando grânulos de formas e densidades
diferentes (gr
1
) e inclusão cristalóide (gr
3
) (aumento 35970x)
124
Figura 27 –
Eletronmicrografia de Heterófilo de C. d. terrificus. (a) Heterófilo arredondado apresentando núcleo
excêntrico chanfrado (n), e citoplasma repleto de grânulos de tamanhos e densidades diferentes (gr
1
e gr
2
); (b) Detalhe de heterófilo apresentando grânulos elétron-densos (gr
1
) e com inclusão
cristalóide em seu interior (gr
3
); (c) Heterófilo apresentando núcleo irregular chanfrado (n),
mitocôndrias (m) e grânulos heterogêneos (gr
1
e gr
3
)
125
Figura 28 – Eletronmicrografia de Basófilos. (a) Basófilo de B. jararaca apresentando núcleo arredondado (n), e
citoplasma repleto de grânulos redondos em sua maioria, de densidade relativamente homogênea
(gr) e algumas mitocôndrias (m) (aumento 7750x); (b) Basófilo de C. d. terrificus apresentando
núcleo irregular (n), e citoplasma repleto de grânulos redondos (gr) em sua maioria, de densidade
relativamente homogênea e algumas mitocôndrias (m) (aumento 10000x)
126
Figura 29 Eletronmicrografia de Plasmócito em B. jararaca, mostrando núcleo grande arredondado, e
citoplasma com retículo endoplasmático exuberante (aumento 7750x)
127
6 DISCUSSÃO
Bothrops neuwiedi
128
6 DISCUSSÃO
Neste estudo foram apresentados e comparados vários aspectos do sangue de
sete espécies de serpentes brasileiras, todas da família Viperidae, sendo cinco do gênero
Bothrops e duas do gênero Crotalus. O habitat natural destas espécies varia
consideravelmente, porém todos os animais estavam em cativeiro por um período mínimo de
9 meses e eram mantidas sob as mesmas condições.
Há alguns anos atrás, a serpente B. neuwiedi era considerada como uma única
espécie, com doze subespécies. Neste estudo, trabalhamos com duas subespécies diferentes,
B. neuwiedi urutu e B. neuwiedi neuwiedi, que eram consideradas, na época do estudo, como
pertencentes a mesma espécie, B. neuwiedi e B. diporus, respectivamente.
Muitos dos parâmetros sangüíneos analisados possuem valores mínimos e
máximos muito amplos, mas em geral, os valores hematológicos e bioquímicos apresentados
parecem estar de acordo com os reportados em pesquisas anteriores para outras espécies de
Viperídeos; todavia algumas variações foram observadas. Estes valores podem estar maiores
ou menores quando comparados com resultados obtidos na mesma família, mas podem estar
dentro dos padrões para serpentes em geral. Esta situação pode representar uma variação da
espécie, da técnica de colheita ou dos métodos de análise utilizados (JOHNSON; BENSON,
1996), ou da condição do animal (se de cativeiro ou de vida livre, “status” nutricional, idade e
período de colheita diferentes) (DUGUY, 1970).
Por estas razões, a comparação entre os valores descritos em diferentes estudos
precisa ser realizada com cuidado, haja vista que os procedimentos utilizados afetam
significantemente os resultados obtidos. Adicionalmente, os valores hematológicos e
bioquímicos dos répteis podem ser influenciados por sazonalidade, atividade motora, período
reprodutivo, temperatura e fotoperiodismo, tornando a avaliação clínica destes animais difícil
(DREW, 1994). Ainda, é importante mencionar que as diferenças, significativas ou não,
encontradas neste estudo entre as espécies e sexos poderiam se modificar se aumentássemos a
quantidade de animais para cada espécie avaliada.
129
6.1 ANÁLISE DOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS
Sabe-se que o EDTA pode causar lise no sangue de algumas espécies de
répteis, principalmente quelônios, tornando a heparina o anticoagulante de escolha. Em
relação ao seu uso, em nosso trabalho não foram vistos os efeitos adversos descritos por Muro
et al. (1998) e por Mader (2000), não havendo agregados leucocitários nem trombocitários
que comprometessem a contagem destas células nestas espécies. Este fato sugere que a
heparina seja uma ótima opção para o processamento do sangue de Viperídeos dos gêneros
Bothrops e Crotalus.
Apesar de algumas serpentes das espécies B. jararaca, B. jararacussu, B.
moojeni e C. d. terrificus possuírem Hepatozoon sp em suas hemácias, não haviam infecções
altas que prejudicassem a saúde do animal, não havendo nenhuma manifestação clínica de
doença.
A utilização da técnica da contagem simultânea de eritrócitos, leucócitos e
trombócitos diluídos em solução de Natt e Herrick (1952) e lidos em câmara de Neubauer
revelou-se adequada para estas espécies. Algumas vezes a diferenciação entre trombócitos e
leucócitos foi difícil, mostrando a necessidade do acompanhamento por técnico experiente. A
adoção da coloração de May-Grunwald-Giemsa modificado (ROSENFELD, 1947), mostrou-
se satisfatória para a diferenciação dos diversos tipos celulares presentes nos esfregaços
sangüíneos periféricos.
Troiano et al. (1997) utilizaram 180 espécimes de C. d. terrificus, de sexo e
idades diferentes, capturadas da natureza e mantidas em cativeiro em condições semelhantes
às utilizadas no presente estudo. A metodologia utilizada em seu estudo foi semelhante à
adotada neste trabalho.
Os valores para CTT e número de azurófilos para C. d. terrificus descritos em
nosso estudo foram semelhantes aos encontrados por Troiano et al. (1997) para a mesma
espécie. Já os valores de CTE, VCM, HCM e número de linfócitos foram discretamente
maiores, enquanto que os níveis de hemoglobina foram menores. Quando comparamos este
mesmo estudo realizado por Troiano et al. (1997), com as outras espécies de Bothrops e
130
Crotalus contempladas no presente estudo, observamos que as mesmas semelhanças e
diferenças ocorreram. Além disto, o valor do hematócrito na espécie B. moojeni foi
consideravelmente menor.
Não foi possível identificar os motivos destas diferenças, visto que a
metodologia, os animais e as condições de cativeiro dos dois estudos foram semelhantes.
Desta forma, sugerimos que estas variações ocorram normalmente.
Os resultados hematológicos encontrados em nosso estudo para a espécie B.
jararaca se mostraram semelhantes aos obtidos por Grego (2006) para a mesma espécie na
mesma época do ano, e com animais mantidos na mesma instituição exatamente sob as
mesmas condições, quais sejam, animais em cativeiro submetidos à extração de veneno
utilizando CO
2
; ainda, no trabalho de Grego (2006) foram empregados os mesmos
procedimentos técnicos. A comparação entre estes resultados mostrou que houve variações no
número de eritrócitos (310/574x10
3
céls/mm
3
), leucócitos (4/11x10
3
céls/mm
3
), hemoglobina
(5,3/7g/dL) e CHCM (26,8/32%), onde os estudos de Grego apresentaram valores maiores.
Porém estes valores encontram-se dentro das médias, quando confrontados com outros
períodos de colheitas realizadas por Grego, em animais mantidos no mesmo laboratório sob
condições semelhantes.
Os valores encontrados por Grego (2006) também revelam-se muito próximos
aos encontrados neste estudo para outras espécies de Bothrops, assim como para espécies de
Crotalus mantidos no mesmo laboratório sob as mesmas condições. Uma pequena diferença
pode ser observada na contagem total de leucócitos, onde o estudo de Grego apresenta valores
sempre um pouco mais elevados.
As variações encontradas entre o nosso estudo e o de Grego (2006) podem
estar relacionadas a critérios pessoais na realização das contagens, visto que os estudos foram
feitos em animais da mesma instituição, sob as mesmas condições de manutenção e
procedimentos técnicos utilizados. Tal possibilidade ratifica a necessidade de analisar
cuidadosamente as comparações entre resultados obtidos em trabalhos distintos.
Em nosso estudo, encontramos uma alta incidência de Hepatozoon sp na
espécie B. moojeni, o que está de acordo com o relatado por Grego et al. (2000) na mesma
espécie, em animais recém-chegados da natureza.
131
Quando comparados os valores hematológicos encontrados por Grego et al.
(2000) em espécies de B. moojeni e B. alternatus, da região de Porto Primavera – SP, recém-
chegadas da natureza, com as mesmas espécies descritas em nosso estudo, observamos
valores inferiores de hematócrito em B. moojeni e mais altos de linfócitos. Também foi visto
valores discretamente menores de leucócitos e trombócitos nas duas espécies neste estudo.
Observamos ainda que os valores relatados por Grego et al. (2000) para CTE e
hemoglobina na espécie B. moojeni foram semelhantes, e quando comparados com outras
espécies de Bothrops do presente estudo, apresentam-se mais baixos. Este fato pode indicar
que esta espécie realmente possua menos eritrócitos circulantes.
Ainda, Freitas et al. (2003) em seu estudo com C. d. terrificus recém-chegadas
da natureza, encontraram valores médios de leucócitos discretamente mais altos e de
linfócitos mais baixos quando confrontados com os nossos dados para a mesma espécie
mantida em cativeiro.
De acordo com Calle et al. (1994), os répteis machos teriam uma quantidade
maior de eritrócitos do que as fêmeas, sendo o fator sexual importante na variação do número
de eritrócitos e dos parâmetros hematimétricos. Em seu estudo com sucuris Calle et al.
relatam valores de hematócrito mais altos nos machos do que nas fêmeas. No nosso estudo,
apenas C. d. terrificus apresentaram diferenças significantes entre machos e fêmeas para
contagem de eritrócitos.
Calle et al. (1994) relatam, ainda, números mais baixos de linfócitos em
fêmeas, o que está de acordo com o que observamos em B. jararaca, porém B. alternatus
apresentaram números de linfócitos significantemente maiores nas fêmeas.
Sob a microscopia de luz, os linfócitos são decididamente a célula mais
numerosa dentre os leucócitos das espécies estudadas. Este achado está de acordo com o
descrito amplamente por diversos autores (OTIS, 1973; MACMAHON; HAMER, 1975;
WOJTASZEK, 1991; ALLEMAN; JACOBSON; RASKIN, 1999; SALAKIJ et al., 2002a;
SALAKIJ et al., 2002b; SALAKIJ et al., 2002c. Embora Johnson e Benson tenham
encontrado mais heterófilos em Python regius e Bounous et al. (1996), relatem mais
azurófilos em E. obsoleta quadrivitatta.
132
No presente trabalho, as espécies B. jararaca e B. neuwiedi tiveram os valores
mais altos de basófilos, sendo maior do que os valores relatados em estudos anteriores por
outros pesquisadores para outros viperídeos. Por outro lado, nossos resultados estão de acordo
com estudos recentes realizados por Grego (2006) em B. jararaca. Segundo Almeida e Sano-
Martins (2005) os filhotes de B. jararaca apresentam números bem elevados de basófilos,
contudo pudemos observar que estes níveis elevados se mantém nos adultos, levando a
acreditar que valores altos de basófilos em B. jararaca pode ser uma característica desta
espécie.
Os resultados encontrados por Hattingh e Willemse (1976) para Bitis arietans,
um Viperídeo africano, para hematócrito (X 24,8±4,83%) e hemoglobina (X 8,12±1,68g/dL)
encontram-se entre as medianas descritas no presente estudo, havendo uma pequena variação
no valor do hematócrito quando comparado com B. moojeni (9,75-20%) e B. jararaca (16-
22%).
Otis (1973) encontrou valores mais baixos em espécimes jovens de B.
arietans, semelhante ao verificado em B. jararaca em nosso trabalho. Os valores para
contagem total de leucócitos, hemoglobina, creatinina, colesterol e proteínas totais, estão
dentro das medianas descritas neste estudo.
Apesar de serem serpentes de famílias diferentes, é interessante notar
semelhança entre nossos resultados e os de Calle et al. (1994) para sucuris (Eunectes murinus)
para hematócrito, creatinina, colesterol e cálcio, porém valores diferentes para contagem total
e diferencial de leucócitos. Os valores de proteínas totais, albumina, fósforo, glicose, fosfatase
alcalina, ALT e AST apresentaram valores relativamente mais altos em nosso estudo. Em
relação às diferenças intersexuais, Calle et al. (1994) encontraram valores mais altos de
fosfatase alcalina em machos de E. murinus, o que está de acordo com nossos achados para
machos de B. alternatus, C. d. terrificus e C. d. collilineatus.
Semelhanças também são encontradas no estudo de Chiodini e Sundberg
(1982) para a jibóia comum (Boa constrictor constrictor) em relação aos níveis de ALT, AST,
uréia, creatinina, fósforo, cálcio e glicose, todavia encontramos valores mais altos de
colesterol e de ácido úrico em cascavéis (C. d. terrificus), e valores mais baixos de fosfatase
alcalina, albumina e proteínas totais.
133
Embora os nossos resultados bioquímicos sejam semelhantes aos obtidos para
P. regius (JOHNSON; BENSON, 1996), eles são diferentes para os valores hematológicos no
mesmo estudo. Nós encontramos resultados similares aos de Rosskopf, Woerpel e Yanoff
(1982), em boas e pítons para a maioria dos parâmetros, porém observamos valores menores
para proteínas totais e maiores para creatinina.
Já os resultados encontrados para proteínas totais, albumina, glicose, AST,
cálcio e fósforo foram menores que os observados por Lamirande et al. (1999) em Boiga
irregularis, um colubrídeo da região da Indonésia. De acordo com Campbell (1996), alguns
répteis possuem níveis mais baixos de cálcio, o que pode refletir uma variação fisiológica
normal.
Ainda, os dados alcançados corroboram os obtidos por Anderson, Wack e
Hatcher (1997) e Lamirande et al. (1999) para níveis mais altos de cálcio e colesterol em
fêmeas do que em machos. O aumento nos níveis de albumina, proteínas totais, cálcio e
colesterol tem sido associado com a vitelogênese (CALLE et al., 1994; ANDERSON;
WACK; HATCHER, 1997; LAMIRANDE et al., 1999). De acordo com Chiodini e Sundberg
(1982), os níveis de cálcio e fósforo podem aumentar no período reprodutivo.
Já segundo Campbell (1996), os níveis de cálcio, proteínas totais e magnésio
aumentam nas fêmeas de répteis antes da produção dos ovos, sendo o valor do cálcio 2 a 4
vezes mais alto nas fêmeas que exibem foliculogênese ativa, mobilizando cálcio dos ossos,
devido ao aumento da atividade do estrógeno. De forma semelhante, a hiperproteinemia
induzida por estrogênio está associada ao aumento das proteínas, primariamente globulinas
(vitelogeninas), necessárias para a produção do óvulo, retornando a sua concentração normal,
após a ovulação.
Drew (1994) sugere que elevados níveis de cálcio e fósforo podem ser um
achado clínico normal em Drymarchon corais em cativeiro. Em seu estudo com esta espécie
foram encontradas médias de 158,9 mg/dL de cálcio e 35,3 mg/dL de fósforo. Os níveis de
cálcio e fósforo em nosso estudo ficaram em torno de 9,9 a 24 mg/dL e 1,5 a 7,4 mg/dL,
respectivamente.
A grande variação no número de amostras para cada parâmetro, quando da
utilização do aparelho Labtest, deveu-se ao fato de não haver soro suficiente para realizar
todos os exames, pois em alguns animais a quantidade de sangue colhida foi insuficiente ou
134
este soro se solidificava. De acordo com Jacobson (1993), nas amostras sangüíneas de répteis,
o soro removido após a centrifugação pode inesperadamente coagular e formar uma massa
gelatinosa. Embora as causas deste fenômeno sejam desconhecidas, a coagulação é mais
freqüente quando a colheita é realizada em tubos de vidro, sugerindo que as cargas elétricas
do vidro sejam um fator predisponente.
Em relação à utilização do equipamento Reflotron (Roche®), este não se
mostrou a melhor escolha para a realização dos exames bioquímicos de ALT, glicose, ácido
úrico e creatinina, nas espécies estudadas. Apesar da vantagem de ser necessária apenas uma
pequena amostra de sangue total para realização de cada parâmetro, muitas vezes o aparelho
não realizava a leitura, pois os valores encontrados estariam acima ou abaixo de seu limiar de
detecção; diminuindo consideravelmente o número de amostras para cada parâmetro
analisado.
Embora haja uma grande variação na contagem diferencial de leucócitos em
serpentes, sendo que alguns autores consideram cinco ou seis tipos diferentes de leucócitos
circulantes (TROIANO et al., 1998; TROIANO et al., 2001a; SALAKIJ et al, 2002a;
SALAKIJ et al, 2002c), em nossos estudos foram sempre encontrados os mesmos tipos
celulares no sangue das espécies pesquisadas, apenas com variações na quantidade de cada
tipo celular. Essas discrepâncias podem ocorrer devido a diversos fatores, como as condições
ambientais, as condições de colheita e processamento do sangue, as condições do animal (se
de vida livre ou de cativeiro) e principalmente devido à nomenclatura adotada pelo
pesquisador. Nós adotamos a nomenclatura proposta por Alleman, Jacobson e Raskin (1999),
classificando os leucócitos circulantes em linfócitos, azurófilos, heterófilos, heterófilos não
corados e basófilos. Salakij et al. e Troiano et al., por exemplo, classificam os leucócitos
circulantes em linfócitos, monócitos, azurófilos, heterófilos, eosinófilos e basófilos, o que
torna a comparação entre os dados, mais difícil.
De acordo com Grego (2006), seus estudos corroboram as afirmações de vários
autores segundo os quais os vertebrados ectotérmicos apresentam uma grande variação na
composição sangüínea, mesmo sob condições aparentemente favoráveis; dessa forma desvios
na composição média sangüínea não significariam, necessariamente, função fisiológica
comprometida. Nosso estudo corrobora esta hipótese, visto que observamos uma imensa
variação tanto nos parâmetros hematológicos quanto nos bioquímicos entre as diferentes
135
espécies de Bothrops e Crotalus, sem estar aparentemente relacionada a nenhum fator externo
ou presença de enfermidades clinicamente identificáveis.
6.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS MORFOLÓGICOS E CITOQUÍMICOS
Os eritrócitos de todas as espécies estudadas eram elípticos, nucleados e
homogêneos em sua forma, coloração e tamanho, apresentando raramente vacúolos no
citoplasma, o que está de acordo com o descrito amplamente na literatura (ALLEMAN;
JACOBSON; RASKIN, 1999; SALAKIJ et al., 2002a; SALAKIJ et al., 2002b, SALAKIJ et
al., 2002c).
Os linfócitos apresentaram-se arredondados, com núcleo grande ocupando
quase toda a célula, enquanto os trombócitos eram elípticos com uma razão N:C menor, o que
está de acordo com diversos trabalhos já publicados (CAMPBELL, 1991; CANNON, 1992;
DOTSON; RAMSAY; BOUNOUS, 1995; CANFIELD, 1998).
Os pequenos linfócitos foram os mais comumente encontrados assim como em
E. o. quadrivitatta (DOTSON; RAMSAY; BOUNOUS, 1995).
A diferenciação entre os linfócitos e os trombócitos não foi difícil nas espécies
pesquisadas embora Bounnous et al. (1996) e Alleman, Jacobson e Raskin (1999) tenham
relatado alguma dificuldade em distinguir estes dois tipos celulares em Crotalus adamanteus
e E. o. quadrivitatta respectivamente. De acordo com Alleman, Jacobson e Raskin (1992) e
Harr et al. (2001), estudando iguanas e jabutis do deserto, respectivamente, os trombócitos
podem ser facilmente diferenciados dos linfócitos utilizando-se o PAS. Os trombócitos são
PAS positivos enquanto os linfócitos são PAS negativos; todavia esta diferença pode não ser
característica de todos os répteis, como foi o caso da B. alternatus que apresentou alguns
linfócitos PAS positivos, semelhantemente ao observado por Salakij et al. (2002a) em
Ophiophagus hannah. De forma semelhante, os trombócitos de Gallotia simonyi
136
(MARTINEZ-SILVESTRE et al., 2005) e de Alligator mississipiensis (MATEO; ROBERTS;
ENRIGHT, 1984b) não foram positivos com PAS.
Segundo Daimon et al. (1987) os trombócitos foram positivos para peroxidase
em tartarugas Geoclemys reevesii mas não em serpentes Agkistrodon halys, Elaphe
quadrivirgata e Trimeresurus flavoviridis. Em nosso estudo os trombócitos foram positivos
apenas para PAS.
Monócitos e azurófilos são considerados a mesma célula por alguns autores
(BOUNOUS et al., 1996; ALLEMAN; JACOBSON; RASKIN, 1999), porém diferentes para
outros (SALAKIJ et al., 2002c; MARTINEZ-SILVESTRE et al., 2005). Alguns
pesquisadores caracterizam os azurófilos como monócitos com grânulos azurofílicos
(CAMPBELL, 1996).
Os monócitos geralmente são mal caracterizados e confundidos com vários
outros tipos celulares, resultando daí uma das causas de variação de percentuais registrados
por vários autores (SANO-MARTINS, 1978). A presença de monócitos no sangue de
serpentes é controversa, sendo que Troiano et al. (1997, 1999) identificaram-nas em sangue
de C. d. terrificus e Bothrops ammodytoides da Argentina em uma porcentagem de 5,2 e
8,2%, respectivamente. Por outro lado, Bounous et al. (1996) e Alleman, Jacobson e Raskin
(1999) não referem sua presença em sangue de E. o. quadrivitatta e C. adamanteus,
respectivamente.
Os monócitos são ainda identificados nos estudos feitos por Tucunduva,
Borelli e Silva (2001), em B. c. constrictor; Harr et al. (2001), em Iguana iguana; Work et al.
(1998), em Chelonia mydas; Alleman, Jacobson e Raskin (1992), em Gopherus agassizii;
Mateo, Roberts e Enright (1984b), em A. mississippiensis.
Salakij et al. (2002a), em O. hannah; Salakij et al. (2002c), em Homalopsis
buccata, e Salakij et al. (2002b), em três espécies diferentes de najas, sempre relatam a
presença de monócitos em seus estudos de microscopia de luz, porém estas células não foram
identificadas nos estudos ultra-estruturais.
Segundo Work et al. (1998), os monócitos de C. mydas são diferenciados,
citoquimicamente, de outras células porque reagem positivamente para fosfatase ácida e PAS.
137
Apesar de vários pesquisadores relatarem a presença de monócitos no sangue
circulante de serpentes, não foram visualizadas células em nossos estudos citológicos e
citoquímicos que nos indicassem que monócitos e azurófilos sejam tipos celulares distintos.
Em nosso estudo os azurófilos foram o segundo tipo de leucócito mais
encontrado, o que está de acordo com os estudos de Alleman, Jacobson e Raskin (1999) e
Salakij et al. (2002a) em cascavéis e cobra rei, respectivamente. As características
morfológicas dos azurófilos foram semelhantes ao encontrado por Salakij et al. (2002b) e
Salakij et al. (2002a) em najas e em cobra rei, respectivamente, apresentando duas variações
morfológicas, sendo uma com aparência monocitóide e outra com muitos vacúolos
citoplasmáticos.
Os azurófilos foram identificados em O. hannah, B. c. constrictor, G. agassizii
e A. mississippiensis, nos estudos feitos por Salakij et al. (2002a), Tucunduva, Borelli e Silva
(2001), Alleman, Jacobson e Raskin (1992) e Mateo, Roberts e Enright (1984b),
respectivamente.
Os grânulos dos azurófilos marcaram intensamente com SBB e peroxidase,
havendo pequenas variações de intensidade entre as espécies, o que é semelhante ao
encontrado por Salakij et al. (2002a) em cobra rei e Alleman, Jacobson e Raskin (1999) em
cascavéis. Porém, apenas poucas células marcaram fracamente com PAS, diferentemente do
observado por Tucunduva, Borelli e Silva (2001) em jibóias.
A presença de eosinófilos nos membros da família Squamata é controversa,
sendo que alguns autores questionam sua existência nesta família. Os eosinófilos não foram
observados em E. o. quadrivitatta e C. adamanteus (BOUNOUS et al., 1996; ALLEMAN;
JACOBSON; RASKIN, 1999), porém são descritos em C. d. terrificus da Argentina, B.
ammodytoides e D. corais (TROIANO et al., 1997; CAMPBELL, 1996). Nos estudos
desenvolvidos por Salakij et al. (2002a), com O. hannah; Harr et al. (2001), com I. iguana;
Work et al. (1998), com C. mydas; Alleman, Jacobson e Raskin (1992), com G. agassizii e
Mateo, Roberts e Enright (1984a), com A. mississippiensis, foram encontrados tanto
heterófilos quanto eosinófilos.
De acordo com Alleman, Jacobson e Raskin (1992), em estudos com G.
agassizzi, os eosinófilos são facilmente distinguidos do heterófilos através de técnicas
citoquímicas. Os grânulos dos eosinófilos são marcadamente positivamente com benzidina
138
peroxidase, enquanto que os grânulos dos heterófilos não se marcam desta forma. Porém,
segundo Azevedo, Casaletti e Lunardi (2002) em tartarugas C. dorbignih, os eosinófilos
foram negativos e os heterófilos foram positivos para peroxidase.
Cannon (1992), afirma a inexistência de heterófilos em Lepidochelys kempi
(tartaruga marinha), denominando os granulócitos encontrados de pequenos e grandes
eosinófilos. Cita também que os basófilos foram raramente encontrados. Já de acordo com
Alleman, Jacobson e Raskin (1992) em tartarugas G. agassizzi, a contagem de basófilos foi de
30% em relação ao número total de leucócitos, além de distinguir morfologicamente
heterófilos e eosinófilos com base na forma de seus grânulos e marcações citoquímicas.
Os heterófilos e azurófilos dos Viperídeos analisados em nosso estudo
demonstraram uma reação moderada para atividade de peroxidase, o que está de acordo com
os estudos de Montali (1988).
No presente estudo, não ficou clara a evidência da presença ou não de
eosinófilos no sangue das serpentes analisadas, devido a grande variação citoquímica
encontrada entre as espécies em relação aos dois tipos de heterófilos descritos, isto é,
heterófilos e heterófilos não corados.
Citoquimicamente nossos achados são semelhantes aos encontrados por
Bounous et al. (1996) e Alleman, Jacobson e Raskin (1999); todavia, algumas variações entre
as espécies foram detectadas. Ao contrário, nossos achados diferem dos resultados
apresentados por Tucunduva, Borelli e Silva (2001) para B. c. constrictor e dos achados de
Egami e Sasso (1988) para B. jararaca. De acordo com Egami e Sasso (1988), os linfócitos de
B. jararaca foram tanto positivos como negativos para PAS; em contraste, nossos resultados
apresentaram positividade apenas para B. alternatus. Tais discrepâncias corroboram a
suposição de que os leucócitos de diferentes espécies sejam citoquimicamente distintos
(BOUNOUS et al., 1996).
Em geral os basófilos são pouco observados, porém, são facilmente
identificados por seus grânulos redondos intensamente basofílicos. Citoquimicamente
marcaram apenas com PAS na espécie B. alternatus, semelhantemente ao encontrado em C.
adamanteus por Alleman, Jacobson e Raskin (1999).
139
6.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS ULTRA-ESTRUTURAIS
A morfologia dos linfócitos é bastante semelhante entre as espécies de répteis,
como por exemplo, em O. hannah (SALAKIJ et al., 2002a), C. adamanteus (ALLEMAN;
JACOBSON; RASKIN, 1999) e Caiman crocodilus yacare (MOURA et al., 1999),
apresentando citoplasma escasso com poucas organelas e um núcleo grande, porém com um
padrão menos denso de heterocromatina diferentemente do observado por Bounous et al.
(1996) em E. o. quadrivitatta, Alleman, Jacobson e Raskin (1999) em C. adamanteus, Salakij
et al. (2002a) em O. hannah e Martinez-Silvestre et al. (2005) em G. simonyi.
Os trombócitos foram tanto na microscopia de luz quanto ultra-estruturalmente,
semelhantes aos descritos para outras espécies (RAMOS, 1992; DAIMON; GOTOH;
UCHIDA, 1987; ALLEMAN; JACOBSON; RASKIN, 1999; SALAKIJ et al., 2002a;
SALAKIJ et al., 2002c; MARTINEZ-SILVESTRE et al., 2005), demonstrando na
microscopia eletrônica a presença de bandas marginais de microtúbulos, o sistema de canais
abertos, alfa-grânulos e inclusões lisossomais. Destes achados, o sistema de canais abertos e a
existência da banda marginal de microtúbulos, são os principais critérios para distinguir os
trombócitos de outros tipos celulares presentes na circulação.
De acordo com Daimon, Gotoh e Uchida (1985), em observação ultra-
estrutural, a existência de bandas de microtúbulos e sistema de canais conectados é o mais
importante critério para distinguir os trombócitos de outras células do sangue periférico em
jabutis. Nosso estudo vem corroborar esta afirmação.
Ultra-estruturalmente os azurófilos foram semelhantes aos encontrados por
Ramos (1992) para Trachemys dorbignih, Alleman, Jacobson e Raskin (1999) para C.
adamanteus e ao observado por Bounous et al. (1996) para E. obsoleta. Observamos a
presença de duas variações morfológicas desta célula no exame ultra-estrutural, o que
corresponde as duas variações descritas no estudo citológico. Uma das variações continha
grande quantidade de grânulos azurofílicos, enquanto a outra apresentava retículo
endoplasmático distendido e muitos vacúolos.
140
Em nosso estudo não foram evidenciadas células compatíveis com monócitos,
sendo considerados apenas como azurófilos, diferentemente do descrito por Salakij et al.
(2002c) em najas.
Ryerson (1943), encontrou dois tipos de granulócitos em duas espécies de
tartarugas, que foram nomeados heterófilos (grânulos elípticos) e eosinófilos (grânulos
redondos). Taylor, Kaplan e Hirano (1963) também encontraram eosinófilos (um tipo de
grânulo) e heterófilos (três tipos de grânulos) em tartarugas (Pseudemys scripta elegans).
Estudos recentes em C. dorbignih (AZEVEDO; CASALETTI; LUNARDI, 2002;
AZEVEDO; LUNARDI, 2003) sugerem que os dois tipos de granulócitos encontrados são
células de linhagens diferentes.
Os estudos conduzidos por Moura, Oliveira e Egami (1997) e Oliveira et al.
(1998a, 1998b) em jacarés (C. c. yacare) também demonstraram eosinófilos e heterófilos
nesta espécie.
Kelényi e Németh (1969), sugerem que nos Squamata existam dois tipos de
granulócitos que correspondem à mesma célula em diferentes estágios de maturação. Zapata,
Leceta e Villena (1981) descreveram dois granulócitos, com diferentes tipos de grânulos, que
foram classificados como heterófilos.
Ramos (1997), em seu estudo experimental com tracajás (Podocnemis unifilis),
observou que ultra-estruturalmente os heterófilos foram caracterizados como células com
núcleo deslocado perifericamente com cromatina relativamente elétron-densa. O citoplasma
apresentou grânulos elétron-densos pleomórficos no tamanho e forma, desde arredondados a
ovóides e em formas de fusos ou gotas.
Zapata, Leceta e Villena (1981), descrevem os heterófilos de Lacerta hispânica
como células com dois tipos de granulações distintas, um tipo redondo a levemente alongado,
pequeno, associado com a área do complexo de Golgi; outro redondo ou poligonal com centro
elétron-denso. Ainda, referem que em alguns grânulos uma subestrutura não cristalóide pode
ser observada, embora a maioria dos grânulos seja homogênea.
Em serpentes, Montali (1988) descreve um único tipo celular acidofílico, o
heterófilo, com núcleo monomórfico e grânulos pobremente formados; o autor coloca que esta
célula provavelmente combina os papéis do heterófilo e eosinófilo, sugerindo uma homologia
141
entre os heterófilos de répteis e os neutrófilos dos mamíferos. Isto está de acordo com o
encontrado por Tucunduva, Borelli e Silva (2001) em seu estudo com B. c. constrictor.
Alleman, Jacobson e Raskin (1999) também encontraram apenas heterófilos no sangue de C.
adamanteus.
No nosso estudo os heterófilos apresentaram uma ampla variabilidade granular,
sendo identificados 3 tipos granulares, pleomórficos e de densidade heterogênea, e em
algumas circunstâncias apresentavam, no interior dos grânulos, uma matriz que sugeria
organização cristalóide.
O presente estudo sugere que os grânulos dos heterófilos das duas espécies de
Viperídeos analisados ultra-estruturalmente, possam desenvolver inclusões cristalóides de
diferentes tamanhos, formas e densidade. Desta maneira, nossos achados citológicos,
citoquímicos e ultra-estruturais nos levam a inferir que as espécies estudadas possuam apenas
heterófilos no sangue circulante.
Os basófilos apresentaram-se como células arredondadas com grânulos
redondos em sua maioria, com densidade relativamente homogênea e sem a presença de
cristalóides, o que está de acordo com o descrito por Bounous et al. (1996) em E. o.
quadrivitatta e Alberio et al. (2005) em Ameiva ameiva.
Ocasionalmente, observamos ultra-estruturalmente um tipo celular diferente no
sangue da espécie B. jararaca, que foi identificado como plasmócito. Os plasmócitos são
células similares morfologicamente ao dos mamíferos, porém são raros no sangue periférico
de serpentes.
Com base na grande variação morfológica e citoquímica dos leucócitos dos
répteis, uma análise centrada apenas na morfologia é insuficiente para determinar os
diferentes tipos celulares. Apesar das diversas publicações encontradas na área de
hematologia, bioquímica, morfologia e citoquímica para répteis, é fato que ainda existem
poucas pesquisas de base para fins conclusivos. Dessa maneira, percebe-se a necessidade de
estudos complementares de imunoistoquímica, histoenzimologia, citometria de fluxo, entre
outros, para a melhor compreensão da função e origem de cada tipo celular.
Embora o perfil hematológico seja freqüentemente utilizado para verificar o
“status” fisiológico dos animais, existe uma falta generalizada de estudos que esclareçam o
142
significado das variações nos parâmetros hematológicos e bioquímicos dos répteis, em
especial quando comparados com outras Classes de vertebrados.
De maneira geral, interpretações da bioquímica sangüínea de répteis são
consideradas as mesmas dos mamíferos domésticos, levando-se em conta que fatores
externos, como condições ambientais, têm uma maior influência na fisiologia e condição de
saúde dos vertebrados ectotérmicos. Conseqüentemente, a interpretação de resultados
hematológicos e bioquímicos para répteis constitui um constante desafio.
Isto posto, recomendamos ao clínico ou pesquisador que manuseiem o presente
trabalho, que utilizem as tabelas apresentadas com cautela e que sempre que possível realizem
análises hematológicas periódicas em animais clinicamente sadios a fim de se elaborar o
perfil hematológico para uma dada espécie em determinada região e situação específica.
143
7 CONCLUSÕES
Crotalus durissus terrificus
144
7 CONCLUSÕES
De maneira geral, a metodologia utilizada foi satisfatória para a determinação do perfil
hematológico proposto. Por outro lado, observamos que existe a necessidade de uma
padronização da metodologia utilizada para otimizar o confronto dos dados
previamente publicados e, conseqüentemente, auxiliar na compreensão dos motivos da
existência de tamanha variação nos parâmetros hematológicos, bioquímicos e
citoquímicos analisados.
Os resultados hematológicos e bioquímicos deste estudo servem como base para
valores normais para populações das espécies Bothrops e Crotalus mantidas em
cativeiro sob condições semelhantes e com metodologias similares.
O uso do aparelho Reflotron (Roche®) mostrou-se inadequado para a realização de
exames bioquímicos de ALT, glicose, ácido úrico e creatinina, utilizando sangue total
heparinizado, em espécies dos gêneros Bothrops e Crotalus. Muitas vezes o aparelho
não realizava a leitura, pois os valores encontrados estariam acima ou abaixo de seu
limiar de detecção.
Através deste estudo, confirmamos a presença de níveis mais altos de cálcio e
colesterol no sangue circulante de fêmeas.
Este estudo sugere que a espécie B. jararaca possua números relativos mais altos de
basófilos do que as outras espécies de Bothrops estudadas.
Os resultados deste estudo fornecem informações morfológicas e citoquímicas
valiosas para a auxiliar na identificação das células sangüíneas em serpentes dos
gêneros Bothrops e Crotalus.
Por outro lado, o presente estudo confirma a necessidade de pesquisas
complementares como, citometria de fluxo, imunoistoquímica, histoenzimologia, entre
outros, para um melhor entendimento de todos os fatores implicados na caracterização
de cada tipo celular.
De acordo com os resultados citológicos, citoquímicos e ultra-estruturais apresentados,
sugerimos a possibilidade da inexistência de eosinófilos e monócitos no sangue
circulante das espécies B. jararaca e C. d. terrificus.
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Veterinary Research, v. 59, n. 10, p. 1252-1257, 1998.
ZAPATA, A.; LECETA, J.; VILLENA, A. Reptilian bone marrow. An ultrastructural study in
the spanish lizard, Lacerta hispanica. Journal of Morphology, v. 168, p. 137-149, 1981.
153
ANEXOS
Anexo A - Valores hematológicos individuais para B. alternatus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo
- SP
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
B. alternatus Ba 9306 Fêmea 540000 8000 6,97 29 537 129 24,03 20000
B. alternatus Ba 9401-05 Fêmea 510000 5500 8,42 30 588 165 28,07 8000
B. alternatus Ba 9906 Fêmea 490000 7000 11,15 40 816 227 27,87 6500
B. alternatus Ba 9901 Macho 590000 3000 5,99 30 508 101 19,97 7500
B. alternatus Ba 9905 Macho 700000 4500 8,75 30 429 125 29,17 4000
B. alternatus Ba 9401-04 Fêmea 380000 4500 8,99 31 816 237 29,00 7000
B. alternatus Ba 9401-10 Fêmea 360000 6000 7,84 27 750 218 29,04 7500
B. alternatus Ba 9401-13 Fêmea 530000 3500 5,57 23 434 105 24,22 5500
B. alternatus Ba 9402-14 Fêmea 530000 1000 7,70 27 509 145 28,52 4500
B. alternatus Ba 9402-22 Fêmea 430000 2500 8,02 25 581 186 32,08 5500
B. alternatus Ba 9402-26 Fêmea 300000 6000 5,18 19 633 173 27,26 5500
B. alternatus Ba 0008 Fêmea 350000 4000 5,54 22 629 158 25,18 4500
B. alternatus Ba 9401-06 Macho 390000 1000 7,09 27 692 182 26,26 3000
B. alternatus Ba 9401-09 Macho 160000 500 5,54 19 1187 346 29,16 3000
B. alternatus Ba 9408 Macho 200000 1500 4,42 18 900 221 24,56 2500
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht
(Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média %),
CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
154
Anexo A - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para B. alternatus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo
Linfócitos
%
Azurófilos % Basófilos % Heterófilos % Heterófilos não corados %
B. alternatus Ba 9306 Fêmea 89 6 0 5 0
B. alternatus Ba 9401-05 Fêmea 94 1 0 4 1
B. alternatus Ba 9906 Fêmea 76 18 0 2 4
B. alternatus Ba 9901 Macho 72 24 1 1 2
B. alternatus Ba 9905 Macho 54 25 0 12 9
B. alternatus Ba 9401-04 Fêmea 77 16 0 6 1
B. alternatus Ba 9401-10 Fêmea 84 10 1 3 2
B. alternatus Ba 9401-13 Fêmea 92 3 0 3 2
B. alternatus Ba 9402-14 Fêmea 76 16 0 8 0
B. alternatus Ba 9402-22 Fêmea 85 4 0 8 3
B. alternatus Ba 9402-26 Fêmea 63 21 0 14 2
B. alternatus Ba 0008 Fêmea 89 7 0 4 0
B. alternatus Ba 9401-06 Macho 81 15 0 4 0
B. alternatus Ba 9401-09 Macho 66 20 2 11 1
B. alternatus Ba 9408 Macho 58 32 2 6 2
155
Anexo A - Valores bioquímicos individuais para B. alternatus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli Col AU Uréia Crea Cal Fos
B. alternatus Ba 9306 Fêmea 2,76 4,89 96,30 20,20 1,02 2,90 12,00 274,00 3,20 0,74 5,60
B. alternatus Ba 9401-05 Fêmea 14,50 11,00 476,00 7,80 1,38 3,60 19,10 283,00 2,40 19,00 3,30
B. alternatus Ba 9906 Fêmea 4,74 328,00 8,20 1,22 2,50 111,00 2,90 15,60 3,30
B. alternatus Ba 9901 Macho 6,82 3,53 134,00 26,20 140,00 0,70
B. alternatus Ba 9905 Macho 14,10 7,84 223,00 27,80 1,64 3,20 19,30 2,50 4,30 13,10 2,60
B. alternatus Ba 9401-04 Fêmea 25,90 7,25 242,00 16,00 1,68 3,50 21,20 348,00 2,80 0,74 18,70 2,80
B. alternatus Ba 9401-10 Fêmea 14,90 17,90 1016,00 14,30 1,35 2,90 15,70 227,00 2,60 0,72 17,60 2,60
B. alternatus Ba 9401-13 Fêmea 24,60 8,38 217,00 10,30 1,53 3,50 16,30 267,00 2,70 0,62 18,20 2,30
B. alternatus Ba 9402-14 Fêmea 7,05 4,56 136,00 13,00 1,55 3,20 14,90 216,00 2,10 16,80 2,60
B. alternatus Ba 9402-22 Fêmea 35,70 4,75 168,00 7,40 1,03 2,30 151,00 2,60 0,68 16,70 3,60
B. alternatus Ba 9402-26 Fêmea 11,80 2,95 29,90 23,70 1,37 3,70 125,00 3,10 14,00 1,80
B. alternatus Ba 0008 Fêmea 11,70 18,30 613,00 19,10 1,48 2,80 37,80 181,00 3,50 1,22 16,70
B. alternatus Ba 9401-06 Macho 6,00 6,55 340,00 21,70 1,62 3,70 29,40 255,00 3,30 0,59 14,40 2,00
B. alternatus Ba 9401-09 Macho 13,60 5,47 243,00 29,90 1,37 3,30 23,60 278,00 2,32 3,30 13,40 1,70
B. alternatus Ba 9408 Macho 9,10 9,70 1116,00 35,10 1,45 3,90 221,00 4,38 3,40 11,80 2,30
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina g/dL),
PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio mg/dL),
Fos (Fósforo mg/dL)
156
Anexo B - Valores hematológicos individuais para B. jararaca mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo. SP
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
B. jararaca Bj 9374 Fêmea 250000 5500 5,28 17 680 211 31,06 7500
B. jararaca Bj 9410-01 Fêmea 290000 25000 5,28 23 793 182 22,96 10000
B. jararaca Bj 9410-03 Fêmea 260000 69000 6,42 17 654 247 37,76 8000
B. jararaca Bj 9502-08 Fêmea 230000 2000 4,17 17 739 181 24,53 7500
B. jararaca Bj 9696 Fêmea 310000 7500 5,28 19 613 170 27,79 5000
B. jararaca Bj 96100 Fêmea
B. jararaca Bj 96103 Fêmea 420000 9000 5,28 19 452 126 27,79 10000
B. jararaca Bj 9788 Fêmea 390000 2500 5,28 19 487 135 27,79 4000
B. jararaca Bj 0001 Fêmea 550000 2500 7,55 18 327 137 41,94 9000
B. jararaca Bj 0010 Fêmea
B. jararaca Bj 0011 Fêmea 550000 4000 5,00 22 400 91 22,72 10500
B. jararaca Bj 0012 Fêmea 280000 2500 5,10 18 643 182 28,33 7000
B. jararaca Bj 0015 Fêmea 340000 7500 5,00 35 1029 147 14,29 11000
B. jararaca Bj 0017 Fêmea 640000 3500 7,40 29 453 116 25,52 8000
B. jararaca Bj 9715 Macho 320000 4000 4,90 19 594 153 25,79 9500
B. jararaca Bj 9313-08 Fêmea 580000 3000 8,80 37 638 152 23,78 4000
B. jararaca Bj 9403-05 Fêmea 360000 7500 5,00 19 528 139 26,32 9500
B. jararaca Bj 9404-03 Macho 200000 13000 3,60 17 850 180 21,18 10000
B. jararaca Bj 9404-07 Macho 270000 4000 4,20 16 593 155 26,25 4500
B. jararaca Bj 9502-16 Macho 240000 3500 3,20 13 542 133 24,61 2500
B. jararaca Bj 9404-04 Macho
B. jararaca Bj 9502-18 Macho 280000 9500 4,30 13 464 154 33,08 23500
B. jararaca Bj 9604-04 Macho 130000 6000 2,20 8 615 169 27,50 6500
B. jararaca Bj 9685 Macho 410000 4000 5,90 22 537 144 26,82 18000
B. jararaca Bj 9687 Macho 290000 6000 5,80 20 690 200 29,00 9000
B. jararaca Bj 0013 Macho 240000 2000 3,10 12 500 129 25,83 4000
B. jararaca Bj 0014 Macho 380000 500 6,00 21 553 158 28,57 3500
B. jararaca Bj 0020 Macho 450000 4000 7,10 26 578 158 27,31 8000
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht (Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média %),
CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
157
Anexo B - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para B. jararaca mantidos em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo Linfócitos % Azurófilos % Basófilos % Heterófilos %
Heterófilos não corados
%
B. jararaca Bj 9374 Fêmea 53 25 3 14 5
B. jararaca Bj 9410-01 Fêmea 0 0 0 0 0
B. jararaca Bj 9410-03 Fêmea 0 0 0 0 0
B. jararaca Bj 9502-08 Fêmea 49 28 5 2 15
B. jararaca Bj 9696 Fêmea 49 36 7 1 7
B. jararaca Bj 96100 Fêmea 57 23 1 6 13
B. jararaca Bj 96103 Fêmea 58 18 6 0 18
B. jararaca Bj 9788 Fêmea 61 33 0 4 2
B. jararaca Bj 0001 Fêmea 53 35 7 4 1
B. jararaca Bj 0010 Fêmea 61 13 21 0 5
B. jararaca Bj 0011 Fêmea 51 43 0 2 4
B. jararaca Bj 0012 Fêmea 55 27 4 4 10
B. jararaca Bj 0015 Fêmea 60 26 6 10 0
B. jararaca Bj 0017 Fêmea 76 20 1 0 1
B. jararaca Bj 9715 Macho 73 16 6 2 3
B. jararaca Bj 9313-08 Fêmea 0 0 0 0 0
B. jararaca Bj 9403-05 Fêmea 40 39 14 0 7
B. jararaca Bj 9404-03 Macho 65 9 21 0 5
B. jararaca Bj 9404-07 Macho 48 28 9 6 11
B. jararaca Bj 9502-16 Macho 68 8 12 2 9
B. jararaca Bj 9404-04 Macho 44 41 9 0 6
B. jararaca Bj 9502-18 Macho 73 8 4 14 1
B. jararaca Bj 9604-04 Macho 66 17 9 3 1
B. jararaca Bj 9685 Macho 81 13 5 0 1
B. jararaca Bj 9687 Macho 82 7 10 0 1
B. jararaca Bj 0013 Macho 85 7 3 0 5
B. jararaca Bj 0014 Macho 69 24 6 0 1
B. jararaca Bj 0020 Macho 78 17 6 0 1
158
Anexo B - Valores bioquímicos individuais para B. jararaca mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli Col AU Uréia Crea Cal Fos
B. jararaca Bj 9374 Fêmea 7,18 103,00 7,58
B. jararaca Bj 9410-01 Fêmea 6,79 241,00 38,08 1,57 7,42 0,59 18,60 2,14
B. jararaca Bj 9410-03 Fêmea 5,68 40,10 209,00 45,00 2,09 128,00 4,02 7,42 18,60
B. jararaca Bj 9502-08 Fêmea 8,93 19,20 214,00 19,04 1,83 310,00 4,02 1,24 19,53
B. jararaca Bj 9696 Fêmea 3,42 5,40 50,20 24,23 1,05 286,00 4,68 7,42 13,95 2,50
B. jararaca Bj 96100 Fêmea
B. jararaca Bj 96103 Fêmea 2,65 8,17 56,30 25,96 1,57 14,00 214,00 3,80 7,42 15,81 1,55
B. jararaca Bj 9788 Fêmea 6,63 221,00 15,58 1,83 212,00 5,30 22,33 4,40
B. jararaca Bj 0001 Fêmea 3,70 352,00 43,27 1,05 12,20 115,00 5,30 0,73 15,81
B. jararaca Bj 0010 Fêmea
B. jararaca Bj 0011 Fêmea 3,88 93,50 347,30 1,11 2,20 15,70 150,00 2,60 1,20 16,50 2,40
B. jararaca Bj 0012 Fêmea 9,15 271,00 155,70 1,21 2,90 2,34 3,00 12,30
B. jararaca Bj 0015 Fêmea 2,83 6,41 333,00 406,20 1,63 3,10 26,30 130,00 4,00 0,52 3,60
B. jararaca Bj 0017 Fêmea 5,28 23,40 282,00 910,50 1,63 3,50 286,00 2,23 4,00 0,64 12,30 1,50
B. jararaca Bj 9715 Macho 7,18 4,08 378,00 653,10 1,91 4,30 11,50 291,00 2,42 5,80 13,90 1,80
B. jararaca Bj 9313-08 Fêmea 4,39 5,88 399,00 112,00 2,44
B. jararaca Bj 9403-05 Fêmea 3,24 8,83 51,10 205,40 1,99 4,80 4,30 13,90
B. jararaca Bj 9404-03 Macho 5,70 11,40 173,00 465,00 1,84 3,70 10,90 213,00 4,68 6,40 13,20 2,40
B. jararaca Bj 9404-07 Macho 11,00 98,80
B. jararaca Bj 9502-16 Macho 3,35 8,65 198,00 482,30 1,50 3,50 335,00 2,66 4,30 12,70 1,00
B. jararaca Bj 9404-04 Macho
B. jararaca Bj 9502-18 Macho 5,26 351,00 313,00 2,68
B. jararaca Bj 9604-04 Macho 4,56 300,00 32,60 1,05 2,10 324,00 6,60 12,70 1,20
B. jararaca Bj 9685 Macho 4,40 344,00 55,40 1,42 2,90 236,00 2,04 5,00 10,90 1,80
B. jararaca Bj 9687 Macho 4,40 139,00 51,20 1,37 2,80 300,00 2,90 12,10 1,60
B. jararaca Bj 0013 Macho
2,3 (L)/<2,65
S/ST 9,08 25,80 0,99 1,90 3,60 10,90 1,10
B. jararaca Bj 0014 Macho 5,76 139,00 45,60 1,01 2,60 13,90 197,00 3,90 0,51 10,90
B. jararaca Bj 0020 Macho 2,65 5,57 69,60 56,70 1,17 3,10 240,00 3,60 12,00 2,10
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina g/dL),
PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio mg/dL),
Fos (Fósforo mg/dL)
159
Anexo C - Valores hematológicos individuais para B. jararacussu mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo SP
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
B. jararacussu Bjs 9104 Fêmea 420000 2000 6,68 24 571 159 27,83 4500
B. jararacussu Bjs 9901 Fêmea 120000 1500 1,88 7 583 157 26,86 2000
B. jararacussu Bjs 9903 Fêmea 240000 1000 4,31 16 667 180 26,94 4000
B. jararacussu Bjs 9910 Fêmea 530000 2000 7,26 26 490 137 27,92 9000
B. jararacussu Bjs 9902 Macho 460000 4500 6,75 28 609 147 24,11 4000
B. jararacussu Bjs 9401-27 Macho 500000 1500 8,13 30 600 163 45,17 4500
B. jararacussu Bjs 9401-34 Macho 320000 2000 5,36 20 625 167 26,80 1500
B. jararacussu Bjs 9401-15 Macho 470000 8500 7,08 27 574 151 26,22 5500
B. jararacussu Bjs 9401-07 Fêmea 430000 4000 6,70 23 535 156 29,13 8500
B. jararacussu Bjs 9401-08 Fêmea 400000 2500 6,30 24 600 157 26,25 6000
B. jararacussu Bjs 9401-12 Fêmea 340000 3000 7,80 27 794 229 28,89 7000
B. jararacussu Bjs 9401-18 Fêmea 320000 3000 8,90 29 906 278 30,69 7000
B. jararacussu Bjs 9401-25 Fêmea 310000 1000 8,30 30 968 268 27,67 3000
B. jararacussu Bjs 9901-38 Fêmea 280000 2000 5,70 21 750 204 27,14 5000
B. jararacussu Bjs 9901-33 Macho 210000 1000 2,70 9 429 129 30,00 5000
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht (Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média
%), CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
160
Anexo C - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para B. jararacussu mantidos em cativeiro no Instituto Butantan –
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo
Linfócitos
%
Azurófilos % Basófilos %
Heterófilos
%
Heterófilos não corados %
B. jararacussu Bjs 9104 Fêmea 57 12 5 10 16
B. jararacussu Bjs 9901 Fêmea 84 9 2 4 1
B. jararacussu Bjs 9903 Fêmea 89 4 1 2 4
B. jararacussu Bjs 9910 Fêmea 69 21 0 4 6
B. jararacussu Bjs 9902 Macho 73 14 0 3 10
B. jararacussu Bjs 9401-27 Macho 71 13 0 1 15
B. jararacussu Bjs 9401-34 Macho 58 9 1 5 27
B. jararacussu Bjs 9401-15 Macho 86 7 0 0 7
B. jararacussu Bjs 9401-07 Fêmea 90 3 1 0 6
B. jararacussu Bjs 9401-08 Fêmea 0 0 0 0 0
B. jararacussu Bjs 9401-12 Fêmea 0 0 0 0 0
B. jararacussu Bjs 9401-18 Fêmea 96 0 1 0 3
B. jararacussu Bjs 9401-25 Fêmea 90 5 1 4 0
B. jararacussu Bjs 9901-38 Fêmea 81 11 4 3 1
B. jararacussu Bjs 9901-33 Macho 94 3 0 3 0
161
Anexo C - Valores bioquímicos individuais para B. jararacussu mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli Col AU Uréia Crea Cal Fos
B. jararacussu Bjs 9104 Fêmea 3,45 4,64 43,30 10,10 3,55 4,20 301,00 2,20 0,74 7,80
B. jararacussu Bjs 9901 Fêmea 5,25 110,00 11,40 0,92 2,00 31,10 231,00 3,50 0,68 12,90 2,20
B. jararacussu Bjs 9903 Fêmea 11,70 176,00 11,80 0,55
B. jararacussu Bjs 9910 Fêmea 5,09 89,60 10,60 1,54 3,50 12,90 158,00 6,10 0,88 14,50 2,40
B. jararacussu Bjs 9902 Macho 4,50 6,78 133,00 14,50 1,54 3,10 357,00 3,90 0,60 14,40 3,40
B. jararacussu Bjs 9401-27 Macho 0,20 5,49 156,00 13,90 1,38 2,70 481,00 2,46 3,60 14,40 2,20
B. jararacussu Bjs 9401-34 Macho 17,70 8,64 107,00 7,90 1,07 2,30 325,00 2,63 3,70 0,66 18,30 2,30
B. jararacussu Bjs 9401-15 Macho 16,40 3,96 129,00 22,30 1,56 3,20 170,00 2,20 0,69 13,10 3,20
B. jararacussu Bjs 9401-07 Fêmea 2,73 9,07 139,00 10,80 1,39 3,00 17,00 464,00 3,40 0,57 17,70 4,60
B. jararacussu Bjs 9401-08 Fêmea 4,33 13,40 97,30 9,20 1,93 3,20 325,00 2,50 0,59 47,49 6,60
B. jararacussu Bjs 9401-12 Fêmea 4,36 3,38 89,90 12,10 2,26 3,40 13,20 342,00 2,70 0,62 48,00 7,90
B. jararacussu Bjs 9401-18 Fêmea 4,31 3,12 77,60 9,50 2,69 3,10 24,80 378,00 3,10 0,88 16,30 5,70
B. jararacussu Bjs 9401-25 Fêmea 3,91 6,44 84,00 7,60 2,54 3,30 31,00 291,00 3,30 0,89 16,50 6,50
B. jararacussu Bjs 9901-38 Fêmea 2,80 6,54 128,00 9,80 1,24 1,70 268,00 2,60 11,10 4,00
B. jararacussu Bjs 9901-33 Macho 4,98 100,00 9,10 1,25 1,70 202,00 2,70 10,50 3,40
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina g/dL),
PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio mg/dL),
Fos (Fósforo mg/dL)
162
Anexo D - Valores hematológicos individuais para B. moojeni mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo -
SP
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
B. moojeni Bm 9704 Fêmea 230000 1000 6,73 15 652 293 44,87 7000
B. moojeni Bm 9708 Fêmea 230000 4000 8,29 20 870 360 41,45 9000
B. moojeni Bm 9922 Fêmea 230000 4500 5,37 13 565 233 41,31 7000
B. moojeni Bm 0013 Fêmea 160000 5500 3,76 10 625 235 37,60 4500
B. moojeni Bm 9703 Macho 160000 1500 5,07 13 812 317 39,00 1000
B. moojeni Bm 9915 Fêmea 220000 1000 4,63 15 682 210 30,87 2500
B. moojeni Bm 9923 Fêmea 190000 1500 1,64 5 263 86 32,80 2500
B. moojeni Bm 0008 Fêmea 380000 3000 4,89 20 526 129 24,45 5000
B. moojeni Bm 9401-01 Macho 210000 1500 4,74 21 1000 226 22,57 3500
B. moojeni Bm 9401-02 Macho 180000 3500 2,81 9 500 156 31,22 5500
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht (Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média
%), CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
163
Anexo D - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para B. moojeni mantidos em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo
Linfócitos
%
Azurófilos % Basófilos % Heterófilos % Heterófilos não corados %
B. moojeni Bm 9704 Fêmea 76 18 3 2 1
B. moojeni Bm 9708 Fêmea 86 9 4 0 1
B. moojeni Bm 9922 Fêmea 58 38 0 0 4
B. moojeni Bm 0013 Fêmea 88 7 0 1 4
B. moojeni Bm 9703 Macho 78 16 0 4 2
B. moojeni Bm 9915 Fêmea 82 15 3 0 0
B. moojeni Bm 9923 Fêmea 90 10 0 0 0
B. moojeni Bm 0008 Fêmea 43 34 2 17 4
B. moojeni Bm 9401-01 Macho 63 28 0 3 6
B. moojeni Bm 9401-02 Macho 79 16 2 3 0
164
Anexo D - Valores bioquímicos individuais para B. moojeni mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli Col AU Uréia Crea Cal Fos
B. moojeni Bm 9704 Fêmea 3,31 7,77 73,30 18,00 1,58 18,50 14,40 341,00 1,60 0,69 2,80
B. moojeni Bm 9708 Fêmea 3,47 13,10 229,00 19,70 1,60 3,60 168,00 2,03 2,60 4,80
B. moojeni Bm 9922 Fêmea 11,10 76,90 465,00 0,95 158,00 0,80
B. moojeni Bm 0013 Fêmea 6,24 19,20 29,50 1,15 3,10 21,60 214,00 1,60 0,96 3,00
B. moojeni Bm 9703 Macho 5,96 7,94 224,00 49,90 1,09 2,90 19,40 249,00 2,85 0,70 0,64
B. moojeni Bm 9915 Fêmea 3,26 144,00 23,70 1,77 2,30 17,70 267,00 0,80 0,80 13,70 2,10
B. moojeni Bm 9923 Fêmea 75,20 19,10 0,80 1,70 19,00 122,00 1,30 0,58 10,80 2,40
B. moojeni Bm 0008 Fêmea 2,77 7,01 133,00 22,30 2,50 201,00 1,30 0,59 14,70 2,40
B. moojeni Bm 9401-01 Macho 3,41 108,00 213,00 2,64 0,60
B. moojeni Bm 9401-02 Macho 5,49 132,00 41,20 1,11 2,60 11,70 177,00 0,40 0,69 14,40 2,90
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina g/dL),
PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio mg/dL),
Fos (Fósforo mg/dL)
165
Anexo E - Valores hematológicos individuais para B. neuwiedi mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001.
São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
B. neuwiedi Bn 9302-13 Fêmea 300000 12000 8,89 24 800 296 37,04 10000
B. neuwiedi Bn 9401-01 Fêmea 200000 1500 2,22 4 200 111 55,50 2000
B. neuwiedi Bn 9927 Fêmea 580000 3000 7,55 25 431 130 30,20 8500
B. neuwiedi Bn 0009 Fêmea 590000 4500 8,44 26 441 143 32,46 9500
B. neuwiedi Bn 0011 Fêmea 570000 7000 8,00 23 403 140 34,78 17500
B. neuwiedi Bn 9302-04 Macho 560000 1000 8,00 26 464 143 30,77 3000
B. neuwiedi Bn 9302-06 Macho 360000 500 7,55 24 667 210 31,46 4000
B. neuwiedi Bn 9302-10 Macho 450000 4000 7,55 25 555 168 30,20 5000
B. neuwiedi Bn 9401-05 Macho 440000 3000 7,11 22 500 161 32,32 2500
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht (Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média
%), CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
166
Anexo E - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para B. neuwiedi mantidos em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo Linfócitos % Azurófilos % Basófilos % Heterófilos % Heterófilos não corados %
B. neuwiedi Bn 9302-13 Fêmea 57 13 0 8 22
B. neuwiedi Bn 9401-01 Fêmea 54 21 5 0 20
B. neuwiedi Bn 9927 Fêmea 73 13 12 1 1
B. neuwiedi Bn 0009 Fêmea 0 0 0 0 0
B. neuwiedi Bn 0011 Fêmea 75 19 2 1 3
B. neuwiedi Bn 9302-04 Macho 67 18 4 0 11
B. neuwiedi Bn 9302-06 Macho 62 18 6 14 0
B. neuwiedi Bn 9302-10 Macho 88 6 4 0 2
B. neuwiedi Bn 9401-05 Macho 51 26 3 3 17
167
Anexo E - Valores bioquímicos individuais para B. neuwiedi mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli Col AU Uréia Crea Cal Fos
B. neuwiedi Bn 9302-13 Fêmea 3,59 5,14 27,80 1,41 5,71 54,70 256,00 4,76 7,21 0,64 20,00 2,92
B. neuwiedi Bn 9401-01 Fêmea 2,91 13,20 5,62 1,69 4,19 219,00 2,74 5,15 0,54 24,21 6,92
B. neuwiedi Bn 9927 Fêmea 4,56 158,00 1,41 3,81 13,60 133,00 3,09 0,76 16,84 2,92
B. neuwiedi Bn 0009 Fêmea 5,22
B. neuwiedi Bn 0011 Fêmea 6,45 79,70 4,50 3,81 14,30 154,00 3,09 0,52 27,37 7,85
B. neuwiedi Bn 9302-04 Macho 3,57 12,00 275,00 3,43 10,80 111,00 4,12 14,74
B. neuwiedi Bn 9302-06 Macho 4,21 262,00 0,84 3,43 21,30 112,00 0,57 13,68
B. neuwiedi Bn 9302-10 Macho 3,06 105,00 56,25 1,41 4,95 26,60 114,00 4,12 0,61 12,63 1,08
B. neuwiedi Bn 9401-05 Macho 4,64 123,00 1,13 3,43 12,80 203,00 4,12
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina g/dL),
PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio mg/dL),
Fos (Fósforo mg/dL)
168
Anexo F - Valores hematológicos individuais para C. d. collilineatus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001.
São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
C. d. collilineatus Cdc 9301-09 Fêmea 110000 8000 1,20 7 636 109 17,14 20000
C. d. collilineatus Cdc 9301-17 Fêmea 530000 500 9,10 33 623 172 27,58 9000
C. d. collilineatus Cdc 9301-01 Macho 490000 2500 8,60 32 653 175 26,87 2500
C. d. collilineatus Cdc 9301-07 Macho 380000 500 6,90 22 579 182 31,36 7500
C. d. collilineatus Cdc 9301-11 Macho 410000 1500 8,00 25 610 195 32,00 3000
C. d. collilineatus Cdc 89617 Fêmea 390000 1000 6,90 22 564 177 31,36 5500
C. d. collilineatus Cdc 90364 Fêmea 460000 2500 7,10 27 587 154 26,30 8500
C. d. collilineatus Cdc 90365 Fêmea 410000 2000 6,90 25 610 168 27,60 4000
C. d. collilineatus Cdc 92160 Macho 470000 3500 9,60 36 766 204 26,67 6500
C. d. collilineatus Cdc 9606 Fêmea 420000 3000 8,00 28 667 190 28,57 8000
C. d. collilineatus Cdc 9608 Fêmea 440000 4000 5,90 23 523 134 25,62 6500
C. d. collilineatus Cdc 9722 Fêmea 430000 500 7,20 24 558 167 30,00 6500
C. d. collilineatus Cdc 0020 Fêmea 390000 3000 5,00 20 513 128 25,00 4000
C. d. collilineatus Cdc 9180 Macho 310000 500 4,60 16 516 148 28,75 5000
C. d. collilineatus Cdc 9227 Macho 0
C. d. collilineatus Cdc 9372 Macho 440000 1500 6,50 25 568 148 26,00 3500
C. d. collilineatus Cdc 9622 Macho 440000 2000 8,60 32 727 195 26,87 1000
C. d. collilineatus Cdc 9626 Macho 430000 500 6,60 27 628 153 24,44 2500
C. d. collilineatus Cdc 9701 Macho 390000 4000 5,40 23 590 138 23,48 3500
C. d. collilineatus Cdc 9720 Macho 590000 1500 7,90 32 542 134 24,69 2000
C. d. collilineatus Cdc 9930 Fêmea 340000 1000 5,80 20 588 171 29,00 5000
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht (Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média
%), CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
169
Anexo F - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para C. d. collilineatus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo Linfócitos % Azurófilos % Basófilos % Heterófilos %
Heterófilos não corados
%
C. d. collilineatus Cdc 9301-09 Fêmea 0 0 0 0 0
C. d. collilineatus Cdc 9301-17 Fêmea 75 15 1 0 9
C. d. collilineatus Cdc 9301-01 Macho 71 18 4 5 2
C. d. collilineatus Cdc 9301-07 Macho 79 15 1 5 0
C. d. collilineatus Cdc 9301-11 Macho 78 11 1 7 3
C. d. collilineatus Cdc 89617 Fêmea 57 26 1 16 0
C. d. collilineatus Cdc 90364 Fêmea 89 6 0 9 0
C. d. collilineatus Cdc 90365 Fêmea 89 2 1 0 3
C. d. collilineatus Cdc 92160 Macho 62 28 0 9 3
C. d. collilineatus Cdc 9606 Fêmea 77 20 0 0 3
C. d. collilineatus Cdc 9608 Fêmea 82 10 2 0 6
C. d. collilineatus Cdc 9722 Fêmea 78 15 1 5 1
C. d. collilineatus Cdc 0020 Fêmea 67 26 0 7 0
C. d. collilineatus Cdc 9180 Macho 78 14 0 8 0
C. d. collilineatus Cdc 9227 Macho 70 0 1 4 25
C. d. collilineatus Cdc 9372 Macho 77 18 2 3 0
C. d. collilineatus Cdc 9622 Macho 56 39 1 4 0
C. d. collilineatus Cdc 9626 Macho 66 15 10 8 1
C. d. collilineatus Cdc 9701 Macho 49 33 2 16 0
C. d. collilineatus Cdc 9720 Macho 70 22 1 7 0
C. d. collilineatus Cdc 9930 Fêmea 67 26 2 5 0
170
Anexo F - Valores bioquímicos individuais para C. d. collilineatus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli. Col AU Uréia Crea Cal Fos
C. d. collilineatus Cdc 9301-09 Fêmea 5,93 3,08 213,00 28,40 0,97 2,90 125,00 3,06 2,50 12,00 2,90
C. d. collilineatus Cdc 9301-17 Fêmea 3,90 11,80 683,00 0,88 3,00 12,00 147,00 0,93
C. d. collilineatus Cdc 9301-01 Macho 2,74 308,00 45,60 0,60 2,10 28,40 115,00 2,54 2,00 0,71 8,40 2,20
C. d. collilineatus Cdc 9301-07 Macho 23,00 31,50 99,10 0,60 2,70 11,50 106,00 3,19 1,80 0,86 9,90
C. d. collilineatus Cdc 9301-11 Macho 3,20 12,50 54,30 31,90 1,16 3,40 136,00 1,70 0,70 8,60 3,40
C. d. collilineatus Cdc 89617 Fêmea 5,01 51,60 31,00 1,42 3,90 32,60 297,00 2,76 2,50 0,55 13,10 5,30
C. d. collilineatus Cdc 90364 Fêmea 6,36 10,90 46,60 29,80 2,95 3,00 25,00 1,80 1,00 13,10 3,70
C. d. collilineatus Cdc 90365 Fêmea 11,70 3,75 38,80 20,50 2,26 3,00 18,80 197,00 2,51 3,90 0,93 14,10 2,90
C. d. collilineatus Cdc 92160 Macho 8,10 9,79 17,40 45,80 1,06 2,20 12,70 3,02 1,60 0,70 11,30 1,50
C. d. collilineatus Cdc 9606 Fêmea 2,88 8,57 54,10 33,30 1,18 2,60 33,00 280,00 2,68 2,50 0,59 10,60 2,00
C. d. collilineatus Cdc 9608 Fêmea 6,00 5,39 61,80 29,50 1,01 2,20 21,70 130,00 1,80 0,92 10,60 2,20
C. d. collilineatus Cdc 9722 Fêmea 2,88 147,00 36,10 1,08 2,60 18,60 219,00 2,10 12,10 2,00
C. d. collilineatus Cdc 0020 Fêmea 5,01 7,45
C. d. collilineatus Cdc 9180 Macho 105,00 74,00 0,84 2,10 24,60 139,00 2,30 9,70 1,20
C. d. collilineatus Cdc 9227 Macho
C. d. collilineatus Cdc 9372 Macho 3,84 34,20 31,50 1,01 2,30 22,40 167,00 3,90 1,60 0,92 11,10
C. d. collilineatus Cdc 9622 Macho 10,50 182,00 3,28 0,94
C. d. collilineatus Cdc 9626 Macho 86,70 52,80 0,97 2,50 34,00 192,00 2,00 1,26 11,70
C. d. collilineatus Cdc 9701 Macho 8,79 409,00 21,20 205,00 0,74
C. d. collilineatus Cdc 9720 Macho 3,09 7,23 163,00 31,00 286,00 3,83 0,78
C. d. collilineatus Cdc 9930 Fêmea 4,38 106,00 14,50 0,96 2,00 32,20 186,00 1,30 1,11 11,30
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina
g/dL), PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio
mg/dL), Fos (Fósforo mg/dL)
171
Anexo G - Valores hematológicos individuais para C. d. terrificus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001.
São Paulo - SP (continua...)
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
C. d. terrificus Cdt 9303-03 Fêmea 420000 1500 7,00 27 643 167 25,93 10000
C. d. terrificus Cdt 9303-12 Fêmea 500000 3000 7,00 26 520 140 26,92 12000
C. d. terrificus Cdt 9304-13 Fêmea 370000 2000 5,30 18 486 143 29,44 2000
C. d. terrificus Cdt 9304-14 Fêmea 370000 3500 7,90 27 730 213 29,26 15000
C. d. terrificus Cdt 9304-15 Fêmea 200000 0 5,90 21 1050 295 28,09 500
C. d. terrificus Cdt 9304-18 Fêmea 380000 4000 6,50 21 553 171 30,95 6500
C. d. terrificus Cdt 9306-06 Fêmea 350000 1500 5,00 17 486 143 29,41 3500
C. d. terrificus Cdt 9304-06 Macho 260000 1000 5,50 20 769 211 27,50 3500
C. d. terrificus Cdt 9304-10 Macho 440000 500 6,90 24 545 157 28,75 5500
C. d. terrificus Cdt 9304-17 Macho 250000 4500 5,60 18 720 224 31,11 1500
C. d. terrificus Cdt 9405-07 Macho 470000 1500 7,50 27 574 160 27,78 2500
C. d. terrificus Cdt 9903 Macho 580000 4500 7,40 28 483 128 26,43 4000
C. d. terrificus Cdt 92183 Macho 560000 3500 7,40 29 518 132 25,52 7000
C. d. terrificus Cdt 91213 Macho 450000 4000 6,90 24 533 153 28,75 11000
C. d. terrificus Cdt 9253 Fêmea 420000 1500 5,70 20 476 136 28,50 6000
C. d. terrificus Cdt 9258 Fêmea 370000 3000 7,70 27 730 208 28,52 5500
C. d. terrificus Cdt 92180 Fêmea 370000 4000 5,90 23 623 159 29,62 12500
C. d. terrificus Cdt 92227 Fêmea 400000 500 7,10 24 600 177 29,58 3500
C. d. terrificus Cdt 9403 Fêmea 600000 2500 7,80 25 417 130 31,20 5000
C. d. terrificus Cdt 9546 Fêmea 470000 2500 6,40 24 511 136 26,67 5500
C. d. terrificus Cdt 9642 Fêmea 490000 2500 8,90 30 612 182 29,67 3000
C. d. terrificus Cdt 9164 Fêmea 300000 1000 6,50 22 733 217 29,54 3000
C. d. terrificus Cdt 0014 Fêmea 370000 1500 5,70 23 622 154 24,76 2500
C. d. terrificus Cdt 0016 Fêmea 460000 1500 5,60 23 500 122 24,35 4500
C. d. terrificus Cdt 0019 Fêmea 410000 4000 7,30 26 634 178 28,08 8000
C. d. terrificus Cdt 9304-04 Macho 410000 500 5,80 21 512 141 27,62 2000
C. d. terrificus Cdt 9303-05 Macho 550000 500 7,80 27 491 142 28,89 7000
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht (Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média
%), CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
172
Anexo G - Valores hematológicos individuais para C. d. terrificus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001.
São Paulo - SP (conclusão)
Espécie Nº Animal Sexo CTE CTL Hb Ht VCM HCM CHCM CTT
C. d. terrificus Cdt 9912 Fêmea 550000 5500 6,30 25 454 114 25,20 7500
C. d. terrificus Cdt 9702-01 Fêmea 340000 6000 5,30 18 529 156 29,44 6000
C. d. terrificus Cdt 9603-04 Fêmea 350000 1000 5,00 19 543 143 26,32 5000
C. d. terrificus Cdt 9403-01 Macho 320000 1500 6,50 22 687 203 29,54 3000
C. d. terrificus Cdt 9402-03 Fêmea 360000 2000 7,20 25 694 200 28,80 7000
C. d. terrificus Cdt 9402-01 Fêmea 270000 1500 7,20 23 852 267 31,30 3500
C. d. terrificus Cdt 9401-02 Fêmea 390000 1500 7,30 23 590 187 31,74 5000
C. d. terrificus Cdt 9310-03 Fêmea 350000 1000 5,40 19 543 154 28,42 4000
C. d. terrificus Cdt 9310-02 Fêmea 270000 3500 6,40 20 741 237 32,00 5000
C. d. terrificus Cdt 9310-01 Fêmea 500000 4000 8,80 30 600 176 29,33 15000
C. d. terrificus Cdt 9105-10 Fêmea 450000 4000 7,10 29 644 158 24,48 8000
C. d. terrificus Cdt 92083 Macho 430000 1500 7,70 20 465 179 38,50 12000
C. d. terrificus Cdt 92219 Macho 500000 9500 9,30 30 600 186 31,00 5000
C. d. terrificus Cdt 9313-01 Macho 500000 2000 9,00 28 560 180 32,14 7000
C. d. terrificus Cdt 9545 Macho 460000 1500 6,90 28 609 150 24,64 2500
C. d. terrificus Cdt 9547 Macho 470000 2500 5,70 20 425 121 28,50 7500
C. d. terrificus Cdt 9613 Fêmea 510000 1500 8,80 28 549 172 31,43 5500
C. d. terrificus Cdt 9802 Macho 570000 2000 8,60 32 561 151 26,87 4500
C. d. terrificus Cdt 9805 Macho 390000 3000 7,60 29 744 195 26,21 7000
C. d. terrificus Cdt 9837 Macho 570000 1500 6,00 21 368 105 28,57 4500
C. d. terrificus Cdt 9937 Macho 460000 5000 6,70 23 500 146 29,13 3500
C. d. terrificus Cdt 9938 Macho 510000 2500 7,10 24 471 139 29,58 4500
CTE (Contagem Total de Eritrócitos x 10³/mm³), CTL (Contagem Total de Leucócitos x 10³/mm³), Hb (Hemoglobina g/dL), Ht (Hematócrito%),
VCM (Volume Corpuscular Médio fl), HCM (Hemoglobina Corpuscular Média pg), CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média
%), CTT (Contagem Total de Trombócitos x 10³/mm³)
173
Anexo G - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para C. d. terrificus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP (continua...)
Espécie Nº Animal Sexo Linfócitos % Azurófilos % Basófilos %
Heterófilos
%
Heterófilos não corados
%
C. d. terrificus Cdt 9303-03 Fêmea 68 15 1 11 5
C. d. terrificus Cdt 9303-12 Fêmea 70 25 1 4 0
C. d. terrificus Cdt 9304-13 Fêmea 22 39 5 34 0
C. d. terrificus Cdt 9304-14 Fêmea 80 14 1 3 2
C. d. terrificus Cdt 9304-15 Fêmea 76 18 0 3 3
C. d. terrificus Cdt 9304-18 Fêmea 61 31 0 5 3
C. d. terrificus Cdt 9306-06 Fêmea 81 11 1 5 2
C. d. terrificus Cdt 9304-06 Macho 70 27 1 0 2
C. d. terrificus Cdt 9304-10 Macho 55 25 0 20 0
C. d. terrificus Cdt 9304-17 Macho 25 69 3 1 2
C. d. terrificus Cdt 9405-07 Macho 57 23 3 17 0
C. d. terrificus Cdt 9903 Macho 43 50 2 4 1
C. d. terrificus Cdt 92183 Macho 56 21 3 17 3
C. d. terrificus Cdt 91213 Macho 83 13 0 2 2
C. d. terrificus Cdt 9253 Fêmea 81 10 0 9 0
C. d. terrificus Cdt 9258 Fêmea 85 2 0 7 6
C. d. terrificus Cdt 92180 Fêmea 49 36 0 15 0
C. d. terrificus Cdt 92227 Fêmea 96 2 0 2 0
C. d. terrificus Cdt 9403 Fêmea 81 8 2 7 2
C. d. terrificus Cdt 9546 Fêmea 92 5 1 2 0
C. d. terrificus Cdt 9642 Fêmea 69 21 4 6 0
C. d. terrificus Cdt 9164 Fêmea 89 3 1 1 10
C. d. terrificus Cdt 0014 Fêmea 83 11 0 3 3
C. d. terrificus Cdt 0016 Fêmea 88 8 1 3 0
C. d. terrificus Cdt 0019 Fêmea 86 10 0 4 0
C. d. terrificus Cdt 9304-04 Macho 60 38 0 1 1
C. d. terrificus Cdt 9303-05 Macho 87 12 0 0 1
C. d. terrificus Cdt 9912 Fêmea 56 25 2 7 10
C. d. terrificus Cdt 9702-01 Fêmea 25 66 0 7 2
C. d. terrificus Cdt 9603-04 Fêmea 76 14 0 8 2
174
Anexo G - Valores individuais de contagem diferencial de leucócitos para C. d. terrificus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan -
Março a Maio de 2001. São Paulo - SP (conclusão)
Espécie Nº Animal Sexo Linfócitos % Azurófilos % Basófilos %
Heterófilos
%
Heterófilos não corados
%
C. d. terrificus Cdt 9403-01 Macho 77 3 0 18 2
C. d. terrificus Cdt 9402-03 Fêmea 82 5 1 12 0
C. d. terrificus Cdt 9402-01 Fêmea 93 7 0 0 0
C. d. terrificus Cdt 9401-02 Fêmea 89 5 0 6 0
C. d. terrificus Cdt 9310-03 Fêmea 35 41 0 24 0
C. d. terrificus Cdt 9310-02 Fêmea 43 27 0 30 0
C. d. terrificus Cdt 9310-01 Fêmea 92 4 0 0 4
C. d. terrificus Cdt 9105-10 Fêmea 93 5 0 1 1
C. d. terrificus Cdt 92083 Macho 92 3 1 4 0
C. d. terrificus Cdt 92219 Macho 64 14 0 6 0
C. d. terrificus Cdt 9313-01 Macho 87 7 0 6 0
C. d. terrificus Cdt 9545 Macho 74 17 0 8 1
C. d. terrificus Cdt 9547 Macho 81 13 0 4 2
C. d. terrificus Cdt 9613 Fêmea 77 7 0 9 7
C. d. terrificus Cdt 9802 Macho 65 24 0 3 8
C. d. terrificus Cdt 9805 Macho 54 24 5 16 1
C. d. terrificus Cdt 9837 Macho 86 11 0 1 2
C. d. terrificus Cdt 9937 Macho 90 10 0 0 0
C. d. terrificus Cdt 9938 Macho 78 16 0 5 1
175
Anexo G - Valores bioquímicos individuais para C. d. terrificus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP (continua...)
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli Col AU Uréia Crea Cal Fos
C. d. terrificus Cdt 9303-03 Fêmea 4,10 8,29 232,00 29,30 0,76 2,70 19,20 458,00 1,10 0,74 11,80 2,70
C. d. terrificus Cdt 9303-12 Fêmea 4,29 6,15 33,20 24,30 0,89 3,00 12,20 272,00 1,40 12,60
C. d. terrificus Cdt 9304-13 Fêmea 3,08 7,05 143,00 38,30 1,00 3,10 256,00 1,70 0,52 11,90 2,90
C. d. terrificus Cdt 9304-14 Fêmea 3,51 4,61 111,00 32,80 1,03 3,10 189,00 12,40 0,68 11,20
C. d. terrificus Cdt 9304-15 Fêmea 6,31 5,09 137,00 0,72 2,70 193,00 4,93 0,60 11,40
C. d. terrificus Cdt 9304-18 Fêmea 3,60 3,89 96,00 27,20 0,56 2,80 312,00 3,24 0,70 0,50 10,70 2,20
C. d. terrificus Cdt 9306-06 Fêmea 15,70 6,55 66,50 353,20 0,67 3,10 185,00 1,80 0,63 11,10 3,50
C. d. terrificus Cdt 9304-06 Macho 3,47 6,52 79,70 57,10 0,74 2,10 30,50 223,00 4,18 3,00 1,61 9,10
C. d. terrificus Cdt 9304-10 Macho 5,20 13,20 157,00 83,50 0,74 2,70 188,00 2,96 1,70 0,92 10,80 3,00
C. d. terrificus Cdt 9304-17 Macho 4,62 11,50 141,00 45,20 0,76 2,30 17,90 199,00 5,35 2,60 2,10 9,30
C. d. terrificus Cdt 9405-07 Macho 6,26 257,00 1,02 29,60 162,00 0,72
C. d. terrificus Cdt 9903 Macho 5,74 8,36 145,00 74,50 1,04 2,80 22,20 324,00 4,26 2,60 1,66
C. d. terrificus Cdt 92183 Macho 4,09 84,00 61,50 1,25 3,00 35,20 208,00 0,92
C. d. terrificus Cdt 91213 Macho 3,19 3,52 117,00 47,00 1,02 2,40 13,70 179,00 8,77 5,90 1,67 11,70 4,40
C. d. terrificus Cdt 9253 Fêmea 10,50 10,50 34,90 26,10 1,60 2,90 308,00 8,19 4,40 2,89 15,70 5,20
C. d. terrificus Cdt 9258 Fêmea 3,09 3,53 43,90 33,80 1,48 3,10 18,80 216,00 5,34 3,20 0,91 11,60 4,00
C. d. terrificus Cdt 92180 Fêmea 3,12 2,66 31,40 61,30 1,52 3,00 260,00 6,48 3,60 1,17 11,70 3,90
C. d. terrificus Cdt 92227 Fêmea 10,70 5,62 40,70 20,00 1,61 2,90 17,00 222,00 10,20 3,40 2,11 11,50 4,70
C. d. terrificus Cdt 9403 Fêmea 5,03 6,81 55,80 68,00 1,42 2,70 16,10 192,00 9,81 4,50 0,95 10,50 4,20
C. d. terrificus Cdt 9546 Fêmea 4,57 18,30 25,30 1,69 3,10 23,40 260,00 2,52 3,10 0,54 14,80 4,30
C. d. terrificus Cdt 9642 Fêmea 2,91 7,53 54,10 28,60 1,70 2,90 25,90 233,00 4,33 3,20 1,13 11,40 4,00
C. d. terrificus Cdt 9164 Fêmea 8,34 9,93 127,00 35,00 1,39 3,00 18,70 205,00 10,90 4,50 1,02 14,40 6,40
C. d. terrificus Cdt 0014 Fêmea 5,55 13,20 84,50 19,00 1,26 2,60 185,00 6,65 2,90 0,89 10,30 4,10
C. d. terrificus Cdt 0016 Fêmea 66,00 25,60 1,08 1,90 117,00 5,71 2,80 0,84 9,40 3,00
C. d. terrificus Cdt 0019 Fêmea 8,36 36,80 27,20 1,33 2,80 12,20 211,00 6,82 2,80 0,97 10,70 3,80
C. d. terrificus Cdt 9304-04 Macho 3,68 5,56 24,20 452,50 0,87 2,70 176,00 12,10 6,80 5,48 10,70
C. d. terrificus Cdt 9303-05 Macho 6,20 60,40 36,60 1,03 3,00 13,70 196,00 13,50 6,60 1,74 13,90 4,70
C. d. terrificus Cdt 9912 Fêmea 2,74 4,16 79,90 79,80 0,84 4,00 6,03 6,40 12,40
C. d. terrificus Cdt 9702-01 Fêmea 5,61 5,32 25,10 29,80 1,22 3,10 230,00 15,94 14,50 4,10 10,80
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina g/dL),
PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio mg/dL),
Fos (Fósforo mg/dL)
176
Anexo G - Valores bioquímicos individuais para C. d. terrificus mantidos em cativeiro no Instituto Butantan - Março a Maio de 2001. São Paulo - SP (conclusão)
Espécie Nº Animal Sexo ALT AST CK FA Alb PT Gli Col AU Uréia Crea Cal Fos
C. d. terrificus Cdt 9603-04 Fêmea 2,98 2,61 37,70 23,80 0,69 2,80 15,70 287,00 13,50 4,90 1,13 12,00
C. d. terrificus Cdt 9403-01 Macho 8,65 39,40 26,20 0,54 2,00 159,00 11,60 4,80 1,57 9,70 2,90
C. d. terrificus Cdt 9402-03 Fêmea 2,89 7,42 57,60 24,50 1,10 3,10 274,00 11,50 3,40 1,11 12,90 4,50
C. d. terrificus Cdt 9402-01 Fêmea 3,14 3,88 40,00 18,60 1,23 2,90 12,00 220,00 15,60 7,00 2,30 14,00 6,00
C. d. terrificus Cdt 9401-02 Fêmea 3,35 3,40 61,90 25,80 1,32 3,50 331,00 16,40 5,80 1,67 17,00 7,70
C. d. terrificus Cdt 9310-03 Fêmea 2,98 65,50 892,00 34,90 1,11 3,10 59,40 213,00 2,60 0,63 14,30 2,40
C. d. terrificus Cdt 9310-02 Fêmea 3,72 46,70 37,40 1,69 4,40 415,00 19,10 3,30 0,60 13,90 2,50
C. d. terrificus Cdt 9310-01 Fêmea 3,01 2,96 34,10 30,20 1,44 4,50 16,20 13,50 6,00 1,21 13,70 5,30
C. d. terrificus Cdt 9105-10 Fêmea 7,04 56,80 22,00 2,13 3,20 15,30 305,00 2,30 1,26 18,10 6,00
C. d. terrificus Cdt 92083 Macho 105,00 52,40 0,86 2,20 35,70 169,00 2,50 1,05 10,70 1,80
C. d. terrificus Cdt 92219 Macho 6,03 95,10 41,60 1,21 2,80 19,00 261,00 2,04 2,30 0,89 12,60 2,80
C. d. terrificus Cdt 9313-01 Macho 4,97 148,00 41,50 1,15 2,60 235,00 3,73 3,00 0,94 12,10
C. d. terrificus Cdt 9545 Macho 4,76 44,20 46,30 0,97 2,30 22,50 196,00 2,70 0,94 12,90
C. d. terrificus Cdt 9547 Macho 4,74 99,90 114,50 0,84 1,80 169,00 2,35 1,50 0,61 15,80 4,10
C. d. terrificus Cdt 9613 Fêmea 15,20 164,00 23,00 1,19 2,20 14,70 190,00 1,70 0,74 14,40 2,80
C. d. terrificus Cdt 9802 Macho 4,26 4,61 425,00 76,60 1,15 2,30 22,30 223,00 4,00 0,71 11,70
C. d. terrificus Cdt 9805 Macho 4,07 3,78 92,90 61,10 1,74 1,90 173,00 1,90 11,00
C. d. terrificus Cdt 9837 Macho 3,45 138,00 35,50 0,89 2,00 19,30 160,00 1,50 0,66 10,30 1,60
C. d. terrificus Cdt 9937 Macho 6,08 170,00 27,30 0,85 1,60 16,70 157,00 1,70 0,81 10,60 3,20
C. d. terrificus Cdt 9938 Macho 3,10 152,00 29,10 1,20 1,20 26,20 11,20 3,20
ALT (Alanina Amino Transferase U/L), AST (Aspartato Amino Transferase U/L), CK (Creatinoquinase U/L), FA (Fosfatase Alcalina U/L), Alb. (Albumina g/dL),
PT (Proteínas Totais g/dL), Gli (Glicose mg/dL), Col (Colesterol mg/dL), AU (Ácido Úrico mg/dL), Uréia (mg/dL), Crea (Creatinina mg/dL), Cal (Cálcio mg/dL),
Fos (Fósforo mg/dL)
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