Download PDF
ads:
UFRRJ
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
PARASITOLOGIA VETERINÁRIA
TESE
Atividade
do Neonicotinóide Dinotefuran
sobre
Ctenocephalides felis felis
(Bouché, 1835) (Siphonaptera: Pulicidae)
T
haís
R
ibeiro
C
or
reia
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
PARASITOLOGIA VETERINÁRIA
ATIVIDADE
DO NEONICOTINÓIDE DINOTEFURAN
SOBRE
Ctenocephalides felis felis
(BOUCHÉ, 183
5)
(SIPHONAPTERA: P
ULICIDAE)
THAÍS RIBEIRO CORREIA
Sob a orientação do Professor
Fabio Barbour Scott
e Co
-
orientação dos Professores
Laerte Grisi
Kátia Maria Famadas
Seropédica, RJ
Fevereiro de
2007
Tese submetida como requisito
parcial para obtenção do grau de
Doutor em Ciências,
no Curso de
Pós
-graduação em Ciências
Veterinárias, Área de
Concentração em Parasitologia
Veterinária.
ads:
595.77
C824a
T
Correi
a, Thaís Ribeiro, 1978
-
Atividade do Neonicotinóide Dinotefuran sobre
Ctenocephalides felis felis (Bouché, 1835)(Siphonaptera:
Pulicidae) / Thaís Ribeiro Correia.
2007.
78
f. : il.
Orientador: Fábio Barbour Scott.
Tese (doutorado)
Univer
sidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, Instituto de Veterinária.
Bibliografia: f. 55
-
66.
1. Pulga - Teses. 2. Pulga
Controle
- Teses. 3. Cão
Parasito
-
Controle
Teses. 4. Neonicotinóides. I. Scott,
Fábio Barbour, 1966- II. Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro. Instituto de Veterinária. III. Título.
UNIVRSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS
-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
THAÍS RIBEIRO CORREIA
Tese
submetida ao Curso de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, Área de Concentração
em Parasitologia Veterinária, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em
Ciências
, em 2
8
de fevereiro de 2007.
TESE
APROVADA EM
28
/
02
/
2007
Ao Felipe, à minha família,
e aos amigos sempre presentes.
Ao Zandor, Zara, Twister, Aramis e Amarula.
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Fabio Barbour Scott, pelo incentivo, pela oportunidade, pela participação
e orientação desde a graduação.
Aos Professores Laerte Grisi e Kátia Maria Famadas pela co-
orientação
e auxílio
durante o Curso.
Ao Curso de Pós-graduação em Ciências Veterinárias pela oportunidade e apoio
durante a realização deste trabalho.
Aos meus pais, à minha irmã e familiares pelo apoio, carinho e incentivo.
Ao meu marido Felipe Delorme Azevedo pel
o amor e carinho.
Aos amigos Julio Israel Fernandes, Bruno Gomes de Castro, Michel Alves da Silva,
Cristiano Chaves Pessoa da Veiga, André Luis Moraes Ribeiro, Guilherme Gomes Verocai,
Pablo Vieira Badini e Ian Philippo Tancredi pela amizade e apoio durante a realização deste
trabalho.
Ao amigo Luiz Eduardo Roland Tavares pela amizade e pelo auxílio na parte
estatística do meu trabalho.
Às amigas Raquel Moreira Pires dos Santos Melo, Isabella Vilhena Freire Martins,
Katherina Coumendouros, Paula Vieira Evans Hossell Laranjeira, Helciléia Dias Santos,
Clarissa Pimentel de Souza, Ana Paula Rodrigues Moraes e Michelle Goldan de Freitas
Tancredi pela amizade e apoio durante a realização deste trabalho.
Aos bolsistas e amigos Francisco de Assis Ribeiro e Vanessa Paulino da Cruz, aos
estagiários antigos e atuais, e aos técnicos do Laboratório de Desenvolvimento de Produtos
Parasiticidas pelo apoio na realização deste trabalho.
Ao Laboratório Vetbrands™ Saúde Animal por ter cedido o material para realização
deste trabalho.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)
pelo apoio financeiro.
E a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a real
ização deste trabalho.
Muito obrigado!
BIOGRAFIA
Thaís Ribeiro Correia, filha de Paulo Sérgio de Queiroz Correia e Abigail Ribeiro
Correia, nascida em 28 de maio de 1978, no município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de
Janeiro.
Cursou o primário no Jardim Escola Tia Leila e os ensinos fundamental e médio no
Colégio Piedade, ambos localizados na Cidade do Rio de Janeiro.
No ano de 1996 ingressou no Curso de Medicina Veterinária desta Instituição,
diplomando
-
se em 28 de abril de 2001.
Foi estagiária do Hospital Veterinário desta Instituição no Setor de Grandes Animais
no período de abril a setembro de 1996. Também foi estagiária do Laboratório de
Desenvolvimento de Produtos Parasiticidas, Instituto de Veterinária desta mesma Instituição,
no período de março de 1998 a julho de 1999 e bolsista de Iniciação Científica do
PIBIC/CNPq, no período de agosto de 1999 a janeiro de 2001, ambas as atividades sob
orientação do Professor Fabio Barbour Scott.
Foi aprovada no Processo de Seleção para o Curso de Pós-
gradu
ação em Ciências
Veterinárias, Área de Concentração em Parasitologia Veterinária, desta Instituição em 2001,
nível Mestrado sob orientação do Professor Fabio Barbour Scott e como co-orientadores os
Professores Laerte Grisi e Gonzalo Efraín Moya Borja. Foi bolsista do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no período de março de 2001 a fevereiro
de 2003.
Foi aprovada no Processo de Seleção para o Curso de Pós-graduação em Ciências
Veterinárias desta Instiuição em 2003, nível Doutorado sob orientação do Professor Fabio
Barbour Scott. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) no período de março de 2003 a fevereiro de 2005. Em fevereiro de 2005
foi contemplada com a Bolsa Nota 10 da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), sendo bolsista no período de março de 2005
a fevereiro de 2007.
RESUMO
CORREIA, Thaís Ribeiro.
Atividade do neonicotinóide dinotefuran sobre
Ctenocephalides
felis felis (Bouché, 1835) (Siphonaptera: Pulicidae) Seropédica: UFRRJ, 2007. 78 p. (Tese,
Doutorado em Ciências Veterinárias, Parasitologia Veterinária), Instituto de Veterinária,
Departamento de Parasitologia Animal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Ser
opédica, RJ, 2007.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade do neonicotinóide dinotefuran
sobre
Ctenocephalides felis felis. As pulgas utilizadas nos testes in vitro e nos testes
controlados foram da colônia mantida no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos
Parasiticidas (LDPP) da UFRRJ, e os nos testes controlados foram utilizados cães Beagle
oriundos do canil de experimentação mantido nas mesmas dependências. Em um teste
in vitro
foram avaliadas as eficácias de cinco concentrações de dinotefuran, 0,2085; 0,417; 0,834,
1,668 e 3,336%, sobre ovos e adultos de C. felis felis. O dinotefuran apresentou atividade
parcial sobre os ovos de C. felis felis, porém se mostrou eficaz no controle de adultos. Duas
formulações de dinotefuran foram tituladas. Das concentrações testadas para a formulação
spray (0,417; 0,834 e 1,668%), a selecionada foi a de 0,834%, e para a formulação “strip-
on”
(25, 30 e 35%) foi a de 30%. Posteriormente, em um teste controlado, foram avaliadas as
eficácias de duas formulações “strip-on”, uma contendo dinotefuran a 30% e outra o mesmo
associado ao piriproxifen a 2,575%, no controle de adultos de
C. felis felis
em cães Beagle. Os
cães foram infestados semanalmente com 100 pulgas adultas oriundas da colônia e avaliados
após 48 horas. As eficácias foram de 99,5 e 100% no dia +1 declinando para 76,1 e 72,2% no
dia +35, respectivamente. Duas formulações spray, uma contendo dinotefuran a 0,834% e
outra o mesmo associado ao piriproxifen a 0,148%, também foram avaliadas. As efi
cácias
foram de 100% no dia +1 para as duas formulações, declinando para 66,6% no dia +28 e para
59,4% no dia +35, respectivamente para a formulação contendo apenas dinotefuran e a
associação. As quatro formulações citadas anteriormente foram testadas em nível de campo
em cães infestados naturalmente domiciliados no Município de Seropédica, RJ. Para a
formulação spray contendo apenas dinotefuran, a eficácia foi de 95,2% no dia +7 e de 91,4%
no dia +56. para formulação associada, a eficácia foi de 100% no dia +7 e de 88,1% no dia
+56. Para a formulação “strip-on” contendo apenas o dinotefuran, a eficácia foi de 98,5% no
dia +7 e de 74% no dia +56, e para associação a eficácia foi de 100% no dia +7 e de 81,1% no
dia +49. Foram avaliadas as atividades
adulti
cida, larvicida e ovicida do resíduo no pêlo de
cães tratados com as formulações spray e “strip-
on”.
Pequenas áreas do corpo do cão foram
tricotomizadas nos dias 2, 9, 16, 23, 30, 37 e 44 após o tratamento. Seis repetições com 10
exemplares cada, acondicionados em tubos de ensaio, da etapa correspondente foram
utilizados por dia de desafio, e acrescidos de 0,02g de pêlo tratado ou não. O resíduo no pêlo
de cães tratados com ambas as formulações de dinotefuran foi eficaz no controle de ovos
apenas no dia +2, para larvas por até 44 dias, e no controle de adultos as formulações spray e
a “strip
-
on” foram eficazes por um período de 16 e 23 dias, respectivamente.
Palavras chave:
pulga do gato, neonicotinóide, controle
ABSTRACT
CORREIA, Thaís Ribeiro.
Activ
ity of neonicotinoid dinotefuran on Ctenocephalides felis
felis
(Bouché, 1835) (Siphonaptera: Pulicidae). Seropédica: UFRRJ, 2007. 78 p. (Thesis,
Doctor Science in Veterinary Science, Veterinary Parasitology). Instituto de Veterinária,
Departamento de Parasitologia Animal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Seropédica, RJ, 2007.
The purpose of the present study was to evaluate the activity of the neonicotinoid dinotefuran
on the cat flea Ctenocephalides felis felis. Fleas used in controlled and in vitro tests were
obtained from a colony maintained at Laboratory of Development of Parasiticide Products
(LDPP), and the Beagle dogs used for the controlled tests were kept at the same place. Five
concentrations of dinotefuran, 0.2085, 0.417, 0.834, 1.668 and 3.336%, were evaluated for
in
vitro
activity on eggs and adults of C. felis felis. Dinotefuran did show low activity on flea
eggs, but showed efficacy on adult fleas. Two formulations of dinotefuran were titulated. For
spray formulation, 0.834% was selected and for strip-on formulation, 30% was selected.
Later, the efficacy of two strip-on formulations, one containing 30% dinotefuran and other
with 30% dinotefuran plus 2.575% pyriproxyfen, were evaluated in the control of fleas on
dogs. Dogs were infested with 100 adult fleas and evaluated after 48 hours. The efficacy was
to 99.5 and 100% for day 1 declining to 76.1 and 72.2% on day 35, respectively. Two spray
formulations, one with 0.834% dinotefuran and other with 0.834% dinotefuran plus 0.148%
pyri
proxyfen, were tested for the control of fleas on dogs. Dogs were infested and evaluated
after 48 hours. The efficacy was 100% on day 1 for both formulations, reducing for 66.6% on
day 28 and 59.4% on day 35, respectively. Four formulations previously described were
tested on naturally infested housed kept-dogs from Seropédica City, RJ. Animals were
evaluated weekly. The efficacies were 95.2 on day 7 and 91.4% on day 56 for the spray
formulation with dinotefuran; and 100% on day 7 and 88.1% on day 56 for the spray
association. For dinotefuran strip-on were 98.5% on day 7 and 74% on day 56; and 100% on
day 7 and 81.1% on day 56 for strip-on association. Residual activity of treated dog’s hair
with dinotefuran on eggs, larvae and adults of fleas were evaluated. One dog was treated with
0.834% dinotefuran spray, other dog was treated with 30% dinotefuran strip-on and the third
was not treated. Some areas of dog’s hair were clipped on days 2, 16, 23, 30, 37 and 44 after
treatment. For the evaluation of adulticidal, larvicidal and ovicidal activities were used adults,
larvae and eggs from the laboratory colony. Six repetitions were used with 10 specimens of
each flea stage per day, placed in assay tubes. In each repetition were added 0.02 g of treated
or untreated dog’s hair and larval diet for immature stages. The adulticidal activity was
evaluated during 24 hours, the larvae 20 days after treatment and the eggs 72 after challenge.
The residue on hair of both treated dogs showed efficacy on the larval control for 44 days and
on egg control at day 2. Regarding the adults control the spray and strip-on formulations
showed efficacy until days 16 and 23, respectively.
Key words: cat flea, neonicotinoid, control
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Grupos de tratamento, peso dos animais, dose, número de jatos e volume
correspondente do produto empregado por animal das diferentes formulações spray de
dinotefuran..................................................................................................................
...
.....
17
Tabela 2. Grupos de tratamento, peso dos animais, dose e volume de produto
empregado por animal da formulação “strip-on” contendo dinotefuran em diferentes
concentrações.....................................................................................................................
19
Tabela 3. Grupos de tratamento, peso dos animais e dosagem recebida por animal das
formulações “strip-on” contendo dinotefuran a 30% (30 mg/kg) e da associação de
dinotefuran a 30% com o IGR piriproxifen a 2,575% (2,6 mg/kg)....................................
20
Tabela 4. Grupos de tratamento, peso dos animais, dose, número de jatos e volume
correspondente de produto recebido por animal das formulações spray contendo
dinotefuran a 0,834% (25 mg/kg) e da associação de dinotefuran a 0,834% com o IGR
piriproxifen a 0,148% (4,4 mg/kg).....................................................................................
21
Tabela
5. Idade, sexo, raça, peso dos cães, dose, número de jatos e volume
correspondente de produto empregado por animal do ensaio em nível de campo da
formulação spray contendo dinotefuran a 0,834% (25 mg/kg)..........................................
22
Tabela
6. Idade, sexo, raça, peso, dose, número de jatos e volume correspondente do
produto dos cães do ensaio em nível de campo da formulação spray contendo
dinotefuran a 0,834% (25 mg/kg) associado ao piriproxifen a 0,148% (4,4 mg/kg).........
22
Tabela
7.
Idade, sexo, raça, peso, dose, número de jatos e volume correspondente do
produto dos cães do ensaio em nível de campo da formulação “strip-on” contendo
dinotefuran a 30% (30 mg/kg)............................................................................................
23
Tabela
8.
Idade, sexo, raça, peso, dose, número de jatos e volume correspondente do
produto dos cães do ensaio em nível de campo tratados com a formulação “strip-
on”
contendo dinotefuran a 30% (30 mg/kg) associado ao piriproxifen a 2,575% (2,6
mg/kg)......................................
...........................................................................................
24
Tabela 9.
Eficácia e número de larvas emergidas de
Ctenocephalides felis felis
após 96
horas do tratamento com dinotefuran em diferentes concentrações (te
ste
in vitro
)...........
26
Tabela 10.
Atividade
in vitro de diferentes concentrações de uma formulação spray de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis felis.
...................................................
27
Tabela 11. Eficácia de uma formulação spray contendo dinotefuran, com diferentes
concentrações, após o tratamento, no controle de adultos de
Ctenocephalides felis felis
em cães....................................................................................................
...........................
29
Tabela 12. Eficácia de três diferentes formulações “strip-on” contendo dinotefuran a
25%, 30% e 35% no controle da pulga Ctenocephalides felis felis em cães da raça
Beagle................................................
.................................................................................
31
Tabela 13. Eficácia de duas formulações “strip-on”, uma contendo dinotefuran a 30%
e outra dinotefuran a 30% associado ao IGR piriproxifen a 2,575%, no controle de
adu
ltos de
Ctenocephalides felis felis
em cães Beagle.......................................................
33
Tabela 14. Eficácia de duas formulações spray, uma contendo dinotefuran a 30% e
outra dinotefuran a 0,835% associado ao piriproxifen a 0,148%, no controle de adultos
de
Ctenocephalides felis felis
em cães Beagle...................................................................
34
Tabela 15. Eficácia em nível de campo de uma formulação spray contendo 0,834% de
dinotefuran no controle de adultos de Ctenocephalides felis felis em cães de diferentes
raças....................................................................................................................................
36
Tabela 16. Eficácia em nível de campo de uma formulação spray contendo 0,834% de
dinotefuran associado a 0,148% de piriproxifen no controle de adultos de
Ctenocephalides felis felis
em cães de diferentes raças......................................................
36
Tabela 17. Eficácia em nível de campo de uma formulação “strip-on” contendo 30%
de dinotefuran no controle de adultos de Ctenocephalides felis felis em cães de
diferentes raças.............................................................................................................
......
37
Tabela 18. Eficácia em nível de campo de uma formulação “strip-on” contendo 30%
de dinotefuran associado a 2,575% de piriproxifen no controle de adultos de
Ctenocephalides felis felis
em cães de diferentes raças...............................
.......................
38
Tabela 19. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran no controle de adultos de Ctenocephalides felis felis, dois dias após o
tratamento........................................
...................................................................................
39
Tabela 20. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran sobre adultos de Ctenocephalides felis felis, nove dias após o
tratamento...................................................................................................................
........
41
Tabela 21. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran sobre adultos de Ctenocephalides felis felis, 16 dias após o
tratamento...................................................................................................................
........
42
Tabela 22. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran sobre adultos de Ctenocephalides felis felis, 23 dias após o
tratamento...................................................................................................................
........
43
Tabela 23.
Ati
vidade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran sobre adultos de Ctenocephalides felis felis, 30 dias após o
tratamento..................................................................................................
.........................
44
Tabela 24. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran sobre adultos de Ctenocephalides felis felis, 37 dias após o
tratamento.................................................
..........................................................................
45
Tabela 25. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran sobre larvas de
Ctenocephalides felis felis
...........................
......................
48
Tabela 26. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas
de dinotefuran sobre ovos de
Ctenocephalides felis felis
...................................................
51
LISTA DE FIGURAS
Fig
ura 1.
Esquema da molécula de dinotefuran.........................................................
13
Figura 2. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações
distintas de dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis felis
......
...................
46
Figura 3. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações
distintas de dinotefuran sobre larvas de
Ctenocephalides felis felis
...........................
49
Figura 4. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações
distintas de dinotefuran sobre ovos de
Ctenocephalides felis felis
.............................
52
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO
................................................................................
...................
1
2
REVISÃO DE LITERATUR
A
....................
........................................
..............
3
2.1 Pulgas: Biologia e Importância..........................................................................
3
2.2 Grupamentos Químicos Empregados
no Controle de Ectoparasitos.................
4
2.2.1 Organoclorados...............................................................................................
4
2.2.2 Carbamatos e Organofosforados.....................................................
................
5
2.2.3 Formamidinas.................................................................................................
5
2.2.4 Piretrinas e Piretróides....................................................................................
5
2.2.5 Fenilpirazoles..................................................................................................
6
2.2.6 Lactonas macrocíclicas...................................................................................
6
2.2.7 Reguladores
de crescimento de artrópodes.....................................................
7
2.2.8 Neonicotinóides..............................................................................................
10
2.2.8.1 Dinotefuran (C
7
H
14
N
4
O
3
)....................
........................................................
13
2.2.9 Controle Alternativo: as vacinas, os produtos naturais e o controle
biológico................................................................................................................
..
14
3 MATERIAL E MÉTODOS
...............................................................................
16
3.1 Avaliação in vitro da Atividade Ovicida do Dinotefuran sobre
Ctenocephalides felis felis
.................................................
......................................
16
3.2 Avaliação in vitro da Atividade do Dinotefuran sobre Adultos de
Ctenocephalides felis felis
.......................................................................................
16
3.3 Avaliação in vivo
da
Atividade do Dinotefuran no Controle de Adultos de
Ctenocephalides felis felis
em Cães. Teste Controlado...........................................
17
3.3.1 Titulação e atividade adulticida da formulação spray contendo
dinotefuran.......................
........................................................................................
17
3.3.2 Titulação e atividade adulticida da formulação “strip-on” contendo
dinotefuran..............................................................................
.................................
18
3.4 Avaliação in vivo da Atividade do Dinotefuran Associado ou Não a um
Regulador de Crescimento de Insetos (IGR), em Duas Formulações Distintas, no
Controle de Adultos de
Ctenocephalides felis felis
em Cães. Teste Co
ntrolado.....
18
3.4.1 Avaliação das formulações “strip
-
on”............................................................
18
3.4.2 Avaliação das formulações spray...................................................................
20
3.5 Avaliação em Nível de Campo da Atividade do Dinotefuran Associado ou
não a um Regulador de Crescimento de Insetos (IGR), em Duas Formulações
Distintas, Spray e “Strip-on”, no Controle de Adultos de Ctenocephalides felis
felis
em Cães.......................................
.....................................................................
21
3.5.1 Avaliação das formulações spray contendo dinotefuran associado ou não
ao piriproxifen........................................................................................
.................
21
3.5.2 Avaliação das formulações “strip-on” contendo dinotefuran associado ou
não ao piriproxifen...................................................................................................
23
3.6 Avaliação do Resíduo no Pêlo de Cães Tratados com Duas Formulações
Distintas, “Strip-on” e Spray, Contendo Dinotefuran no Controle de Formas
Evolutivas de
Ctenocephalides felis felis
Presentes no Ambiente...........................
24
3.6.1 Avaliação da atividade adulticida das formulações spray e “strip-
on”
contendo dinotefuran no controle de Ctenocephalides felis felis
............................
24
3.6.2 Avaliação da atividade larvicida das formulações spray e “strip-on” no
controle de
Ctenocephalides felis felis
............
........................................................
25
3.6.3 Avaliação da atividade ovicida das formulações spray e “strip-on” no
controle de
Ctenocephalides felis felis
....................................................................
25
3.7 Cá
lculo da Eficácia e Análise de Dados............................................................
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
.......................................................................
26
4.1 Atividade in vitro do Dinotefuran Sobre os Ovos
de
Ctenocephalides felis
felis
...........................................................................................................................
26
4.2 Atividade in vitro do Dinotefuran sobre Adultos de Ctenocephalides felis
felis
...............
............................................................................................................
26
4.3 Atividade
in vivo
do Dinotefuran no Controle de Adultos de
Ctenocephalides
felis felis
. Teste Controlado..................................
...................................................
28
4.3.1 Titulação e atividade adulticida da formulação spray contendo
dinotefuran...............................................................................................................
28
4.3
.2 Titulação e atividade adulticida da formulação “strip-on” contendo
dinotefuran...............................................................................................................
30
4.4 Atividade in vivo do Dinotefuran Associado ou não a um Regulador de
Crescimento de Insetos (IGR), em Duas Formulações Distintas, no Controle de
Adultos de
Ctenocephalides felis felis
em cães. Teste Controlado..........................
32
4.4.1 Atividade das formulações “strip
-
on”...........................
.................................
32
4.4.2 Atividade das formulações spray....................................................................
32
4.5 Atividade em Nível de Campo do Dinotefuran Associado ou não a um
Regulador de Crescimento de Insetos (IG
R), em Duas Formulações Distintas, no
Controle de Adultos de
Ctenocephalides felis felis
em Cães..................................
35
4.5.1 Atividade das formulações spray contendo dinotefuran associado ou não ao
piriproxifen............................
..................................................................................
35
4.5.2 Atividade das formulações “strip-on” contendo dinotefuran associado ou
não ao piriproxifen........................................................................
...........................
35
4.6 Atividade do Resíduo no Pêlo de Cães Tratados com Duas Formulações
distintas Contendo Dinotefuran no Controle de Formas Evolutivas de
Ctenocephalides felis felis
Presentes no Ambiente....................................
.............
38
4.6.1 Atividade adulticida das formulações spray e “strip-on” de dinotefuran no
controle de
Ctenocephalides felis felis
....................................................................
38
4.6.2 Atividade larvicida das formulações spray e “strip-on” de dinotefuran no
controle de
Ctenocephalides felis felis
....................................................................
47
4.6.3 Atividade ovicida das formulações spray e “strip-on” de dinotefuran no
controle de
Ctenocephalides fe
lis felis
....................................................................
50
5 CONCLUSÕES
...................................................................................................
53
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
.............................
................................................
54
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.............................................................
55
1 INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, o convívio entre o homem e os animais tem se tornado mais
estreito. Para que esta relação seja segura são necessárias medidas que visem o bem estar
animal e consequentemente o bem estar do homem.
A pulga do gato, Ctenocephalides felis felis, é um dos ectoparasitos mais observados
em cães e gatos. Sua importância vai desde o simples desconforto acarretado pela sua
presença, até a manifestação de dermatites alérgicas à sua picada, além do papel
desempenhado por ela como hospedeira intermediária de helmintos, bactérias, vírus e outros
agentes patogênicos para os anima
is de companhia.
As medidas de controle não devem estar baseadas apenas na eliminação de adultos nos
cães, mas também no controle das formas imaturas presentes nos locais freqüentados pelos
animais. Várias são as formas de controle, que vão desde o controle mecânico, como a
limpeza, a poda de jardins, o uso de aspirador de pó, entre outros, o uso de compostos
inseticidas de aplicação nos animais até o tratamento do ambiente com compostos inseticidas
e substâncias reguladoras de crescimento.
É constante a necessidade de estudos relacionados ao desenvolvimento de novas
formulações ectoparasiticidas visando maiores níveis de eficácia no controle de vários grupos
de ectoparasitos, principalmente drogas com um maior período de proteção contra
reinfestações, que tenham baixa toxicidade, sejam seguras para os animais domésticos, para o
homem e sejam ecologicamente corretas.
Inseticidas de vários grupamentos químicos podem ser empregados no controle dos
principais ectoparasitos de cães e gatos. O primeiro grupamento foi o dos organoclorados,
como o diclorodietiltricloroetano (DDT). Posteriormente na década de 60 surgiram os
organofosforados, como o diazinon, o diclorvós (DDVP) e o coumafós, entre outros. Na
década de 70 surgiram as piretrinas e os piretróides, sendo que este último grupamento vem
sendo empregado extensivamente no controle de pulgas e carrapatos em cães até os dias de
hoje. Como representantes dos piretróides devemos destacar a permetrina, a cipermetrina, a
deltametrina, a ciflutrina, a flumetrina e a d-fenotrina. Mais recentemente surgiu o
grupamento dos fenilpirazoles, onde se encontra o fipronil, molécula que apresenta uma alta
eficácia inseticida e acaricida no controle de ectoparasitos de cães e gatos, além de ser segura
quanto à questão de toxicidade. Quase ao mesmo tempo do surgimento dos fenilpirazoles, foi
introduzido no mercado veterinário o imidacloprid, ativo do grupamento dos neonicotinóides,
caracterizado por apresentar uma excelente atividade inseticida, mas fraca atividade em
ácaros, principalmente em carrapatos. Recebem esta denominação por se ligarem
agonisticamente aos receptores nicotínicos pós
-
sinápticos de acetilcolina, afetando as sinapses
no sistema nervoso central dos insetos. A segurança e a eficácia dos neonicotinóides têm sid
o
atribuídas, em parte, pela alta seletividade destes compostos pelos receptores nicotínicos de
acetilcolina dos insetos quando comparados aos dos mamíferos. O imidacloprid foi a primeira
molécula dos neonicotinóides a entrar no mercado veterinário destinado ao controle de pulgas
em cães e gatos. Posteriormente foram lançadas outras moléculas como nitempiram e
acetamiprid.
Descoberto no final da década de 90, o dinotefuran é um dos mais recentes
neonicotinóides, possuindo uma alta atividade inseticida contra artrópodes. Tem uma
toxicidade muito baixa para mamíferos, aves e animais aquáticos, e para o ambiente. Não
foram encontrados relatos na literatura sobre a atividade desta molécula de neonicotinoide
sobre ectoparasitos de cães e gatos.
1
O estabelecimento de um programa de controle é a chave para o sucesso. O uso de
compostos inseticidas sobre os hospedeiros, associado a um composto com propriedades
reguladoras de crescimento no ambiente, e de métodos mecânicos poderão vir a proporcionar
resultados satisf
atórios.
O presente trabalho teve como objetivo:
1.
Avaliar a atividade do dinotefuran
in vitro
sobre adultos e ovos de
C. felis felis
;
2.
Titular a eficácia pulicida do dinotefuran para
C. felis felis
em cães
;
3.
Avaliar
in vivo a atividade do dinotefuran, associado ou não ao IGR piriproxifen, em
duas formulações spray e “strip-on”, sobre adultos de C. felis felis em cães em teste
controlado e em nível de campo;
4.
Avaliar o poder residual em pêlos de cães tratados para duas formulações spray e
“strip
-
on” sobre ovos,
larvas e adultos de
C. felis felis
.
2
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Pulgas: Biologia e Importância
Membros da Ordem Siphonaptera, as pulgas são ectoparasitos de mamíferos e aves.
No Brasil, já foram descritas cerca de 60 espécies, estas dentro de oito f
amílias. Dentre elas, a
espécie mais observada em cães e gatos é
Ctenocephalides felis
(Bouché, 1835), pertencente à
Família Pulicidae, Subfamília Archaeopsyllinae (LINARDI; GUIMARÃES, 2000). Tal
espécie está amplamente distribuída pelo mundo. Ao presente momento foram descritas
quatro subespécies, C. felis orientis na Ásia e na Índia (LEWIS, 1972), C. felis damarensis e
C. felis strongylus (Jordan, 1925) amplamente distribuídas na África (LEWIS, 1972; HORAK
et al., 2004), e
C. felis felis
(Bouché, 18
35) que ocorre nas Américas e na Europa. No Brasil, a
única subespécie relatada foi
C. felis felis
(LINARDI; GUIMARÃES, 2000).
Seu ciclo biológico está dividido em duas fases: uma fase de vida parasitária, sobre o
hospedeiro, e outra de vida livre, no ambiente. Nos hospedeiros são encontradas as formas
adultas, machos e fêmeas, que são estritamente hematófagas, e no ambiente são encontradas
as formas imaturas, ou seja, os ovos, as larvas, as pré
-
pupas e as pupas, além de adultos recém
emergidos dos pupários. As larvas são mastigadoras, tem fototropismo negativo e
geotropismo positivo evitando assim a luminosidade, o que impede a ocorrência de
dessecação.
A importância médico-veterinária deste grupo de insetos está relacionada com a ação
irritativa, espoliadora e com a transmissão de patógenos para o homem e para os animais
(LINARDI; GUIMARÃES, 2000), este fato ainda tem maior importância quando se associa
que o homem e os animais de companhia vêm estabelecendo uma relação de estreito convívio,
freqüentando
muitas vezes o mesmo ambiente (DRYDEN, 1993). A ação espoliadora é
determinada pelo hematofagismo. A ação irritativa é determinada pelo prurido provocado pela
sua picada e pela ação da saliva inoculada, podendo provocar um quadro de dermatite
alérgica, conhecido como dermatite alérgica a picada de pulga (DAPP) (WILKERSON et al.,
2004). As pulgas da subespécie C. felis felis são hospedeiras intermediárias do cestóide
parasito de cães e gatos Dipylidium caninum (PUGH, 1987), de cestóides do gênero
Hymenolepis
sp. (MARSHALL, 1967) e do nematóide filarídeo de es
Dipetalonema
reconditum
(KORKEJIAN; EDESON, 1978). São veiculadoras e/ou transmissoras de
Bartonella henselae, agente causador da doença da arranhadura do gato (“cat scratch
disease”) (CHOMEL et al., 1996; BREITSCHWERDT; KORDICK, 2000),
experimentalmente de Mycoplasma haemofelis
e
Mycoplasma haemominutum, agentes
causadores da micoplasmose felina (WOODS et al., 2005), de Rickettsia typhi, agente
causador do tifo murino (WILLAMS et al., 1992), e de
Ricke
ttsia felis, agente causador da
riquetsiose felina (WEDINCAMP; FOIL, 2002). Estudos recentes revelaram que o vírus da
leucemia felina (FeLV) pode ser ingerido pela pulga do gato, é excretado nas fezes e pode ser
transmitido durante o repasto sanguíneo, mostrando que C. felis felis pode ser um possível
vetor do vírus da leucemia felina (VOBIS et al., 2003a,b; VOBIS et al., 2005).
Já foram descritos a presença de endosimbiontes em pulgas. Bactérias do gênero
Wolbachia
sp. são encontradas no intestino médio, os tripanossomatídeos no intestino
posterior e as amebas nos túbulos de Malphigi (BEARD et al., 1990). As bactérias do gênero
Wolbachia
podem provocar alterações reprodutivas nos seus hospedeiros (GORHAM et al.,
2003). Também foi descrito que a pulga
C.
felis
é suscetível à infecção pelo nematóide
entomofílico
Neoaplectana carpocapsae (SILVERMAN et al., 1982). Recentemente foi
descrita a presença de três endosimbiontes: Nolleria pullicis, gregarinas (Actinocephalidae) e
3
Leptomonas, juntamente com o cestó
ide
D. caninum em pulgas da subespécie C. felis felis
oriundas de cães errantes mantidos no Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte,
Minas Gerais (AVELAR et al., 2007).
2.2 Grupamentos Químicos Empregados no Controle de Ectoparasitos
Com o incremento da urbanização, muitas espécies de pulgas têm se tornado um
problema no ambiente doméstico (VISSER et al., 2001).
De forma geral, o controle de pragas pode ser realizado de duas formas: o controle
mecânico e o controle químico. A limpeza do ambiente, a catação manual de parasitos e a
higienização do animal são alternativas eficazes no controle de ectoparasitos. O emprego de
medidas de controle mecânico, juntamente com o controle químico, no qual se faz o uso de
inseticidas e reguladores de crescimen
to de artrópodes, favorece um controle estratégico deste
ectoparasito (DRYDEN et al., 1989).
Inseticidas de vários grupamentos químicos, como os organofosforados, os
carbamatos, as formamidinas, as piretrinas, os piretróides, as lactonas macrocíclicas
(ave
rmectinas e milbemicinas), as nitroguanidinas e os fenilpirazoles, em diversos tipos de
formulações e métodos de aplicação como sabonetes, xampus, pós molháveis, concentrados
emulsionáves, talcos, spray, colares impregnados, “spot-on”, “strip-on”, “pour-
on
”, são
empregados no controle dos principais ectoparasitos de cães e gatos (SCOTT et al., 2002).
Também não podem ser esquecidos os compostos classificados como reguladores de
crescimento dos insetos (RCI ou IGR - “insect growth regulator”), hoje conhecidos como
reguladores de crescimento de artrópodes (RCA ou AGR “arthropod growth regulator”),
que são empregados principalmente no controle das formas imaturas dos artrópodes
.
Outras formas de controlar as pulgas também foram estudadas, como as vacin
as,
elaboradas a partir de intestino ou de glândula salivar, o uso de fitoterápicos e o uso de fungos
entomopatogênicos.
2.2.1 Organoclorados
Os organoclorados podem ser divididos em três grupos: os etanoclorados
representados pelo diclorodietiltricloroetano (DDT), os ciclodienos representados pelo
dieldrin e pelo aldrin, e os hexaclorociclohexanos representados pelo hexaclorobenzeno
(BHC) e pelo lindane. Os etanoclorados atuam na abertura dos canais de íons cloro impedindo
assim a repolarização da membrana axonal. os ciclodienos inibem o ácido
gamaanimobutírico (GABA), estimulando o fluxo de íons cloro e interferem no fluxo de íons
cálcio, resultando na despolarização parcial da membrana pós
-
sináptica e uma vulnerabilidade
a repetidas descargas. Os hexaclorociclohexanos atuam nos receptores do GABA, resultando
na inibição do fluxo de íons cloro GABA dependentes nos neurônios (TAYLOR, 2001).
O DDT e o BHC foram extensivamente utilizados no controle da mosca
Lucilia
cuprina
e no tratamento da sarna dos o
vinos (TAYLOR, 2001).
Foram extensivamente empregados no controle de pulgas em todo o mundo, mas têm
sido empregados de forma menos intensa em razão do aparecimento e desenvolvimento de
novas categorias de inseticidas mais eficazes e menos tóxicos para cãe
s e gatos (BOSSARD et
al., 1998).
O DDT não é mais empregado no controle de pragas na agricultura, mas vêm sendo
empregado no controle dos mosquitos vetores de malária em áreas endêmicas no interior das
residências (D’AMATO et al., 2002).
4
2.2.2 Carbama
tos e Organofosforados
Estas classes atuam inibindo a ão da enzima acetilcolinesterase. Os carbamatos
competem com a acetilcolina pelos sítios de ligação da acetilcolinesterase, causando uma
constante estimulação nervosa levando a morte do inseto por p
aralisia, entretanto o processo é
reversível. Ao contrário dos carbamatos, os organofosforados provocam uma inibição
irreversível da acetilcolinesterase, embora tenham o mecanismo de ação similar (MASON et
al., 1984).
No mercado brasileiro ainda se encontram disponíveis formulações a base de
carbamatos o carbaril e o propoxur, e os organofosforados clorpirifós, coumafós, diazinon,
diclorvós (DDVP), triclorfon e fention (SCOTT et al., 2002).
O diazinon é o organofosforado mais utilizado no controle de ectoparasitoses de
pequenos animais, como no controle de C. felis (FRANC; CADIERGUES, 1998), no
tratamento da sarna otodécica em cães (SOUZA et al., 2004) e no tratamento da sarna
psoróptica em coelhos (FERNANDES et al., 2006a).
2.2.3 Formamidinas
O principal representante deste grupamento é o amitraz. Atua inibindo a ação da
enzima monoaminooxidase (MAO) e nos receptores de octopamina dos ectoparasitos,
resultando em uma hiperexcitabilidade neuronal e consequentemente a morte
(NATHANSON, 1985
apud
TAYLOR, 20
01).
Em pequenos animais, o amitraz é utilizado em aplicações tópicas no controle de
carrapatos, e no tratamento das sarnas demodécica e sarcóptica (FOLZ et al., 1986; HUGNET
et al.,
2001).
Estudos demonstraram que o amitraz tem uma atividade repelente que varia de
moderada a baixa para C. felis em cães (FOLZ et al., 1986), uma elevada eficácia no controle
de
Rhipicephalus sanguineus em cães naturalmente infestados (RIBEIRO et al., 2006a), e em
testes
in vitro no controle de fêmeas ingurgitadas de R. sangui
neus
(FERNANDES et al.,
2006b).
2.2.4 Piretrinas e Piretróides
As piretrinas são produzidas a partir das flores de Chrysanthemum cinerariaefolium
.
Atuam na cinética dos canais de sódio, resultando em uma abertura prolongada dos canais, na
despolarização
das membranas, em descargas repetitivas e distúrbios sinápticos (CASIDA et
al., 1983). São adulticidas e tem uma rápida ação sobre os insetos, mas em contrapartida tem
uma baixa atividade residual. São fotoinstáveis, sendo degradadas rapidamente em luz
ult
ravioleta. São eficazes no controle de pulgas uma vez que aplicado diariamente no animal
(MARSELLA, 1999).
A partir das piretrinas naturais foram desenvolvidos os piretróides, moléculas mais
estáveis e com maior atividade inseticida do que as piretrinas.
Baseado nos sinais clínicos, nas respostas eletrofisiológicas, e na estrutura química, os
pitretróides são classificados em Tipo I e Tipo II. São fotoestáveis e ambos atuam na cinética
dos canais de sódio, resultando em descargas repetitivas (Tipo I) ou na despolarização da
membrana (Tipo II). Os piretróides Tipo II também atuam nos receptores do ácido gama-
aminobutírico (GABA), nos canais de cloro (VALENTINE, 1990). Representam esta classe a
permetrina, a deltametrina, a cipermetrina, a alfametrina, a d-
fe
notrina, a flumetrina, a
ciflutrina, entre outros.
5
Com relação aos piretróides empregados no controle de ectoparasitos de cães, a
deltametrina apresenta um bom resultado no controle de R. sanguineus
e
C. felis felis
(FRANC; CARDIEGUES, 1998; 1999), a permetrina é eficaz no controle de C. felis e de
R. sanguineus (ENDRIS et al., 2002), a flumetrina é eficaz no controle de R. sanguineus
(PORTO et al., 2002), a alfametrina tem bom resultado no controle de R. sanguineus, C. felis
felis
e
Trichodectes canis (SANT`ANNA, 2001). A d-fenotrina é eficaz no controle das
formas adultas de C. felis felis em cães e gatos (CORREIA, 2003), no seu controle ambiental
(CORREIA et al.
,
2005), tem moderada eficácia no controle de R. sanguineus
(FERNANDES, 2005) e é o único
piretróide que podem ser empregado em gatos.
Testes
in vitro demonstraram que a betacifllutrina a 25% e a ciflutrina a 5% são
eficazes no controle de
C. felis felis
(TUCCI et al., 1999).
2.2.5 Fenilpirazoles
O fipronil, pertencentes à classe dos fenilpirazoles foi desenvolvido em meados dos
anos 80 (TANNER et al., 1997). Atua como antagonista no receptor do GABA, inibindo o
fluxo celular dos íons cloro e, portanto, afetando o principal mecanismo neuromodulador dos
artrópodes (POSTAL et al., 1995). Assim,
ao acarretar aumento da atividade elétrica da célula
nervosa, o fipronil causa a morte do parasito por hiperexcitação (TANNER et al., 1997).
Sua distribuição através da epiderme e das unidades pilossebáceas permite seu
armazenamento nas glândulas sebáceas
e sua gradual liberação via ductos foliculares (MEO
et
al., 1996). Notadamente na formulação “spot-on”, se observa a partir do ponto de aplicação, a
translocação do princípio ativo, por difusão passiva, através das secreções sebáceas presentes
nos pêlos e na pele (TANNER et al., 1997). Essa particularidade do fipronil garante
independentemente da formulação escolhida, sua persistência em altas concentrações na
cobertura pilosa de cães e de gatos (MEO et al., 1996). Os pêlos dos animais tratados, ao
caírem no ambiente, exercem também significativo controle sobre as formas imaturas
(HUNTER et al., 1996). Ao exercer seu efeito adulticida por contato, o fipronil possibilita que
muitas pulgas sejam mortas até mesmo antes de realizarem seu primeiro repasto sangüín
eo
(TANNER et al., 1997), uma importante consideração para aqueles animais com dermatite
alérgica a picada de pulgas.
O fipronil é empregado mundialmente no controle de pulgas e carrapatos de cães e
gatos. Também é eficaz no tratamento da sarna sarcóptica (KOUTINAS et al., 2001) e da
sarna otodécica (VINCENZI; GENCHI, 1997), e no controle de T. canis (NOLI, 2002;
POLLMEIER et al.,
2002).
2.2.6 Lactonas macrocíclicas
As lactonas macrcíclicas estão divididas em duas classses: as avermectinas e as
milbemici
nas. m uma estrutura química bastante semelhante, diferindo apenas em alguns
radicais. Possuem atividade endectocida. Produto da fermentação de
Streptomyces
avermectilis
, as avermectinas são amplamente empregadas no controle das parasitoses dos
animais de companhia e dos animais de produção, e podem ser representadas pela
ivermectina, doramectina, abamectina, eprinomectina e selamectina. As milbemicinas,
produtos da fermentação de S. hygroscopicus
e
S. cyaneogriseus, também são empregadas no
controle de endo e ectoparasitos dos animais domésticos e podem ser representadas pela
milbemicina oxima e pela moxidectina (SHOOP et al., 1995). O advento dos endectocidas,
além de revolucionar o conceito de amplo espectro de atividade, incluiu um novo aspecto, a
ação
sistêmica de efeito prolongado (SCOTT, 1998).
6
Atuam nos canais de íon cloro presentes no sistema nervoso dos nematóides e dos
artrópodes (HOVDA; HOOSER, 2002).
A ivermectina apresenta baixos níveis de eficácia no controle de pulgas (ZAKSON-
AIKEN et al., 2000; SANTORA et al., 2002), mas é eficaz no tratamento da sarna
demodécica (PARADIS; PAGÉ, 1998) e sarcóptica (PARADIS et al., 1997), e no controle das
principais helmintoses de cães (CAMPBELL; BENZ, 1984).
A selamectina, a mais recente avermectina, com atividade endectocida, têm sido
empregada no controle de pulgas das espécies C. felis
e
C. canis (MCTIER et al., 2000), no
tratamento da sarna otodécica (O. cynotis) (SIX et al., 2000) e da sarna sarcóptica (S. scabiei
)
(SHANKS et al., 2000), no controle de carrapatos (R. sanguineus) e na prevenção do verme
do coração (D. immitis) e dos principais helmintos gastrintestinais de cães e gatos
(
Ancylostoma caninum
e
Toxocara canis
) (BISHOP et al.,
2000).
Com relação às milbemicinas, tanto a moxidectina e a milbemicina oxima são
empregadas na terapêutica antiparasitária em pequenos animais.
A milbemicina oxima tem sido empregada por via oral no tratamento das sarnas
sarcóptica e demodécica em cães (MILLER et al., 1996; HOLM, 2003), assim como a
moxidectina, que também tem sido empregada no tratamento da sarna psoróptica em coelhos
(WAGNER, WENDLBERG, 2000) e na prevenção da dirofilariose canina (LOK et al., 2005).
Uma nova formulação “spot-on” de moxidectina em associação com o imidacloprid
está sendo empregada no controle de pulgas em cães e gatos, no tratamento da sarna
demodécica em cães (HEINE et al., 2005), no tratamento das sarnas sarcóptica (FOURIE et
al., 2003) e otodécica em cães (KRIEGER et al., 2005), no tratamento da sarna otodécica em
gatos e endopara
sitos de cães e gatos (SAMSON
-
HIMMELSTJERNA et al., 2003).
2.2.7 Reguladores de crescimento de artrópodes
Mais recentemente conhecidos como reguladores de crescimento de artrópodes, os
reguladores de crescimento de insetos estão divididos em duas categorias: os análogos do
hormônio juvenil e os inibidores de quitina ou de síntese de quitina, conhecidos como
inibidores de desenvolvimento dos insetos.
Os inibidores de quitina ou de síntese de quitina atuam bloqueando a enzima quitina
sintetase, interrompendo a síntese e a deposição de quitina (COHEN, 1987). Nesta categoria
estão incluídos o lufenuron o triflumuron, o diflubenzuron e o fluazuron, que são
benzoilfeniluréias e a ciromasina, que é um derivado da triazina (GRAF, 1993).
O lufenuron atua bloqueand
o a enzima quitina sintetase, interrompendo assim a síntese
de quitina, e consequentemente a sua deposição (HINK et al., 1994). É uma molécula que
apresenta atividade sistêmica e lipofílica (MACDONALD, 1995) e foi especialmente
desenvolvida para uso veterinário, para o controle e prevenção das infestações de pulgas em
cães e gatos (HINKLE et al., 1995; FISHER, et al., 1996). É absorvido no trato gastrintestinal,
atingindo, em poucas horas, a corrente circulatória (MACDONALD, 1995). Cerca de 70
horas após o tratamento, o princípio ativo é distribuído e armazenado no tecido adiposo, onde
lenta e continuamente é liberada de volta ao sistema circulatório, assegurando assim a
manutenção dos níveis plasmáticos adequados da substância durante os intervalos mensais
entre os tratamentos (HINK et al., 1994; MASKIELL, 1995).
O fluazuron foi desenvolvido inicialmente como um inibidor de desenvolvimento de
carrapatos, em especial para Boophilus microplus. Não atua diretamente sobre os diferentes
estágios dos carrapatos, mas interfere no processo de muda e eclosão das larvas (GRAF,
1993). Estudos demonstraram que o fluazuron também tem atividade sobre outros artrópodes.
Em um programa de aplicação mensal para controle de pulgas e carrapatos, foi administrado
por via oral na forma de iscas, para roedores da espécie Neotoma fuscipes, um importante
7
reservatório de doenças na Califórnia, Estados Unidos. O fluazuron mostrou-se eficaz no
controle da pulga Orchopeas sexdentatus e não foi eficaz no controle de carrapatos dos
gêne
ros
Dermacentor
e
Ixodes
(SLOWIK et al., 2001). Estudos preliminares demonstraram
que o fluazuron também tem atividade sobre o carrapato marrom do cão R. sanguineus
(MELO et al., 2006).
Os análogos do hormônio juvenil mimetizam a atividade do hormônio juvenil que
ocorre naturalmente nos insetos, impedindo a muda e a metamorfose (DHADIALLA et al.,
1998). Dentro desta categoria estão o piriproxifen, o metoprene, o hidroprene e o fenoxicarb.
O metoprene tem atividade ovicida, ou seja, inibe a eclosão larval, e
atividade
larvicida (MOSER et al., 1992). É fotoinstável, ou seja, é rapidamente biodegradado sob o
efeito da radiação solar ultravioleta. Logo, recomenda-se que sua utilização seja realizada
exclusivamente em ambientes internos, sempre após completa limpeza, onde cães e gatos
circulam, particularmente nas caixas, cestos e tapetes onde repousam, nas frestas do assoalho,
nos cantos, atrás e embaixo de móveis e em outras eventuais áreas preferenciais para o
repouso desses animais. Nos casos em que os focos de infestação são de difícil localização, é
preferível que se utilize uma formulação spray em todo ambiente (GORTEL, 1997). É
encontrado no mercado de produtos veterinários associado a outros princípios ativos como,
por exemplo, o fipronil ou a d
-
fenotrina.
Segundo Jacobs et al. (1996) um regulador de crescimento de insetos com propriedade
análoga ao hormônio juvenil, foi desenvolvido para ser empregado no controle de pulgas, o
piriproxifen, que atua inibindo o desenvolvimento de ovos, larvas e pupas oriundas de
animais tratados. As pulgas podem absorver o piriproxifen de duas formas: por contato direto
bem como ao ingerir sangue de um animal tratado durante o repasto. Como resultado, as
larvas no ambiente ficam vulneráveis aos traços de piriproxifen deixados pelos animais
tratados.
Sua atuação nos ovos oriundos de animais tratados impede o desenvolvimento
embrionário destes, assim como nas larvas e pupas. O produto após ser aplicado na pele dos
animais é absorvido e via corrente circulatória é ingerido pela pulga. Tal fato determina
alterações também nos adultos, podendo levá-los à morte (MEOLA et al., 1996). O modo de
ação, sua eficácia no controle de C. felis felis em cães e gatos, e os efeitos e uso no controle
ambiental têm sido estudados por vários autores (PALMA; MEOLA, 1990; PALMA et al.,
1993; HINKLE et al., 1995; JACOBS et al., 1996; KAWADA; HIRANO, 1996; MEOLA et
al., 1996; DEAN; MEOLA, 1997; ROSS et al., 1997; ROSS et al., 1998; MILLER et al.,
1999; MAYNARD et al., 2001; MEOLA et al., 2001; STANNECK et al., 2002; CORREIA et
al., 2005).
Os resultados encontrados por Palma e Meola (1990) indicaram que ao se utilizar uma
formulação contendo 10 % de piriproxifen no tratamento de ambientes externos, foi possível
prevenir o desenvolvimento de aproximadamente 80% das pulgas por um período de três
semanas.
Palma et al. (1993) demonstraram que quando adultos de C. felis são expostos a
resíduos de piriproxifen numa concentração de 0,25 g/cm², as fêmeas tratadas produziram
ovos anormais por um período de 80 horas após a exposição dos adultos, enquanto ovos
coletados após 94 horas não mostraram nenhuma disfunção no seu desenvolvimento.
Hinkle et al. (1995) avaliaram o efeito residual de três IGR`s o piriproxifen, o
metoprene e o fenoxicarb em carpetes de nylon sobre larvas de C. felis, observando uma
mortalidade significante das larvas, exceto para o metoprene, por um período de sete meses. E
de uma forma geral o fenoxicarb (0,6%) e as altas concentrações de piriproxifen (0,15 e
0,075%) reduziram a emergência de ad
ultos de pulgas em torno de 80%.
Kawada e Hirano (1996), também utilizando quadrados de carpete impregnados com
dimensões de 15x15 cm, avaliaram o efeito de uma solução emulsionável de piriproxifen a
8
5% sobre larvas de segundo ínstar de C. felis, que na concentração de 0,2 e 1 mg/m²
proporcionou o controle das larvas por mais de 12 meses, e por mais de três meses na
concentração de 0,04 mg/m².
Meola et al. (1996) reportaram que adultos não alimentados de C. felis
quando
expostos continuamente aos papéis filtro impregnados com piriproxifen nas concentrações de
100; 10; 1; 0,1 e 0,01 ppm, e adultos alimentados expostos a pêlos de cães tratados nas
concentrações de 12,5; 125 e 1250 ppm, morreram entre quatro e oito dias.
Jacobs et al. (1996) relataram que ovos oriundos de pulgas alimentadas em gatos
tratados com uma formulação “spot-on” de piriproxifen na dose de 1 mg/kg, não se
desenvolveram ao longo de sete semanas após o tratamento, ou seja uma eficácia de 100%,
caindo para 90% depois de oito semanas e para
60% após 12 semanas.
Dean e Meola (1997) demonstraram que o piriproxifen é o IGR mais ativo
promovendo diferenciação das células epiteliais das pulgas.
Ross et al. (1997) reportaram que a associação do piretróide permetrina com o IGR
piriproxifen apresentou uma eficácia de 92% contra os adultos de C. felis felis, 24 horas após
o tratamento, se prolongando por três a quatro semanas, enquanto que a eclosão de ovos e o
desenvolvimento de adultos foram inibidos por 123 dias.
Ross et al. (1998) reportaram que uma formulação “strip-on” de piriproxifen a 5,3%
mostrou uma eficácia de 100% e 96,1% na interrupção da eclosão de ovos e na emergência de
adultos de C. felis num período de 46 e 60 dias respectivamente, de 88,6% e 88,4%, para 88º
dia após o tratamento, e 6
6,2% e 68,1% 107º dia pós
-
tratamento.
Com o objetivo de avaliar a emergência, a sobrevivência e a fecundidade de adultos de
C. felis felis, Miller et al. (1999) expuseram pupas de C. felis felis a soluções de metoprene,
piriproxifen e fenoxicarb em um ensaio controlado, e observaram que as pupas fêmeas
tratadas eclodiram com 1,9 dias para todos os tratamentos, e as pupas machos com 3,3; 3,4 e
3,7 dias para os tratamentos com metoprene, piriproxifen e fenoxicarb, respectivamente. As
fêmeas tiveram uma maior mortalidade do que os machos dentro das primeiras 48 horas após
terem se alimentado.
Zakson
-Aiken et al. (2000) utilizando larvas de C. felis felis com sete dias de idade,
por apresentarem um tamanho uniforme, demonstraram que o piriproxifen, nas concentrações
de 100, 125, 250, 500 e 1000 ppm, provocou um atraso na muda.
Maynard et al. (2001) avaliaram a eficácia de uma formulação “spot-on” de
piriproxifen a 10% na prevenção de infestações por C. felis em gatos. Os animais sofreram
dois tratamentos, dia 0 e dia 90, e foram acompanhados mensalmente por um período de 180
dias, observando que 49% dos gatos não apresentavam pulgas no dia 30 subindo para 88% no
dia 180, indicando uma descontaminação ambiental.
Em um ensaio in vitro, Stanneck et al. (2002) ao compararem uma formulação tópica
de piriproxifen com uma de aplicação sistêmica, demonstraram que o desenvolvimento da
larva e a pupação para adulto foram inibidos completamente na concentração de 0,01 mg/kg
para a formulação tópica e de 1 mg/l no sangue para
a formulação sistêmica.
Correia et al. (2005) avaliaram a eficácia de uma formulação ambiental aerosol
contendo d-fenotrina associada ao piriproxifen no controle de formas imaturas e adultos de
C.
felis felis. Observaram que os ovos presentes no ambiente tratado não prosseguiram para as
fases subseqüentes do ciclo da pulga, ao longo de 120 dias de experimentação.
No mercado de produtos veterinários, as formulações para o ambiente, contendo
metoprene ou piriproxifen e as formulações para uso nos animais, geralmente associações de
um IGR com um inseticida adulticida, também são utilizadas no controle de C. felis felis
(SCOTT et al., 2002)
.
9
2.2.8 Neonicotinóides
São denominados neonicotinóides, pois se ligam agonisticamente aos receptores
nicotínicos pós-sinápticos de acetilcolina, afetando as sinapses no sistema nervoso central dos
insetos (KAGABU, 1997). É uma classe promissora dentro dos inseticidas com excelentes
propriedades químicas e biológicas (WAKITA et al., 2005). Anualmente são gastos em torno
de um bilhão de dólares em inseticidas desta classe, correspondendo aproximadamente a 15%
do mercado global dos inseticidas (TOMIZAWA; CASIDA, 2005).
A segurança e a eficácia dos neonicotinóides têm sido atribuídas, em parte, pela alta
seletividade destes compostos pelos receptores nicotínicos de acetilcolina dos insetos quando
comparados aos dos mamíferos (MATSUDA et al., 2001; TOMIZAWA; CASIDA, 2003).
Caracterizam
-se por apresentar uma alta toxicidade para os insetos e uma baixa toxicidade
para mamíferos,
aves e seres aquáticos (UNEME et al., 1999; KAGABU, 1997).
Para alguns autores os neonicotinóides estão classificados dentro de três classes: os de
primeira geração (sub-classe: cloronicotinil), os de segunda geração (sub-classe: tianicotinil),
e os de t
erceira geração (sub-
classe: furanicotinil) (WAKITA et al., 2003).
Os neonicotinóides apresentam uma boa atividade contra populações de pragas
resistentes a outras classes de inseticidas como os organofosforados, os carbamatos, os
piretróides, e muitas outras classes de compostos (
NAUEN
et al., 2003). São amplamente
utilizados no controle de pragas de importância na agricultura (KAGABU, 1997).
Em 1978, a nitiazina, primeiro neonicotinóide sintetizado, foi descoberta como
inseticida, cuja estrutura e modo de ação são bastante diferentes dos inseticidas convencionais
como os organofosforados, os carbamatos e os piretróides. Devido a sua instabilidade a
nitiazina não foi comercializada (SCHOROEDER; FLATUM, 1984).
O imidacloprid foi descoberto e sintetizado em 1990, a partir de uma modificação
estrutural elaborada da nitiazina. Apresenta uma alta atividade inseticida contra coleópteros,
hemípteros e outros insetos sugadores (KAGABU, 1997). Foi o primeiro composto
neonicotinóide desenvolvido para uso veterinário
(HOPKINS
et al., 1996; JACOBS et al.
,
1996; ARTHER et al., 1997; JACOBS, 1997; LIEBISCH; KERSTIN, 1997). Ao atuar no
bloqueio dos receptores nicotínicos da junção pós-sináptica neurônica dos artrópodes, o
imidacloprid interrompe os impulsos nervosos, exercendo assim seu efeito adulticida
(GORTEL, 1997).
A baixa toxicidade do imidacloprid para mamíferos resulta, comparativamente, da
maior concentração de receptores nicotínicos no sistema nervoso dos insetos, com os quais o
princípio ativo possui muita afini
dade (HOVDA; HOOSER, 2002).
Mesmo não possuindo propriedades lipofílicas, o imidacloprid, por si e com o auxílio
da movimentação natural da pele, distribui-se rapidamente por todo o corpo do hospedeiro.
Assim, através da formulação
spot
-
on”
, o princípio ativo atinge sua eficácia máxima no
prazo de 24 horas pós-tratamento, garantindo eliminação das pulgas antes do início da fase de
postura e permitindo intervalos mensais entre tratamento (HOPKINS et al.
, 1996; LIEBISCH;
HEESCHEN, 1997).
Assim como as partículas fecais e os ovos produzidos pelas pulgas adultas, as
descamações cutâneas de animais tratados com imidacloprid tendem a se concentrar mais nos
locais onde cães e gatos geralmente repousam. E é justamente nessas áreas restritas que as
descamações, impregnadas com o princípio ativo, passam a exercer efeito larvicida de algum
significado prático, contribuindo para um melhor e mais rápido controle das formas imaturas
ambientais (FISHER et al., 1996). Nesse aspecto, e na dependência de cada situação em
par
ticular, praticamente fica eliminada a necessidade de tratamentos ambientais (DRYDEN
et
al.
, 1997).
10
Hopkins et al. (1996), utilizando o imidacloprid na dose de 10 mg/kg, obtiveram uma
eficácia de 100% no controle de C. felis felis em cães e gatos após 24 horas do tratamento, e
um controle da reinfestação superior a 95% em 24 horas e persistente por quatro semanas.
Arther et al. (1997) ao compararem três concentrações de imidacloprid em uma
formulação “spot-on” no controle de adultos de C. felis em cães observaram que as
concentrações de 7,5 e 10 mg/kg foram equivalentes e superiores a concentração de 3,5
mg/kg, mas todas as concentrações apresentaram níveis de eficácia superiores a 90% por um
período de 34 dias após o tratamento.
Dryden et al. (1997) avaliar
am a eficácia do imidacloprid em cães e gatos em situações
de campo. Os animais sofreram três tratamentos com intervalos de 28 a 30 dias. Os autores
observaram uma redução na população de pulgas de 86,8% por volta do 28
o
dia, e níveis de
eficácia superiore
s a 95% até o 90
o
dia.
Num ensaio a campo na Austrália, 59 cães foram tratados com uma formulação tópica
de imidacloprid para o controle de
C. felis
. Oitenta e oito por cento dos cães não apresentaram
pulgas após 24 horas do tratamento. Por volta da sétima semana, apenas dois cães
apresentaram níveis baixos e médios de infestação (HOPKINS, 1997).
No mesmo ano, Jacobs com o objetivo de avaliar a reinfestação experimental de gatos
com
C. felis, estabeleceu dois esquemas de tratamento com uma formulação “spot-on” de
imidacloprid a 10%. Numa primeira etapa, 20 gatos foram tratados com apenas uma dose de
imidacloprid, onde foi observada uma eficácia de 99,8 e 100% para 24 e 48 horas após o
tratamento, respectivamente. Os gatos foram reinfestados sete dias após o tratamento sendo
observada ainda uma eficácia de 100% após 24 horas. Níveis de eficácia superiores a 95%
foram observados por um período de quatro semanas. Numa segunda etapa, um grupo de
gatos foi tratado com imidacloprid a cada 28 dias (dias 0, +28, +56 e +82). As contagens
foram feitas a cada 14 dias por um período de 112 dias, onde foi observada uma eficácia de
100% até 112
o
dia pós
-
tratamento.
Em um estudo controlado em cães tratados com imidacloprid, Liebisch e Heeschen
(1997) observaram uma eficácia de 100%, do 7
o
ao 21
o
dia, para os grupos tratados com as
doses de 1 e 5 mg/kg, até 28 dias para os grupos tratados com as doses de 7,5 e 10 mg/kg, e de
até 5 semanas para o grupo tratado com a dose de 20 mg/kg.
Estudos demonstraram que gatos tratados com uma formulação “spot-on” de
imidacloprid 10%, permaneceram protegidos de reinfestações por um período entre quatro e
cinco semanas. Também foi observada uma redução na produção de ovos, conseqüentemente
promovendo uma desinfestação progressiva do ambiente
(JACOBS et al., 1997).
Num estudo comparativo, Dryden et al. (1999) trataram os animais de um grupo com
uma formulação “spot-on” de imidacloprid, nos dias 0, 30 e 60, e os do outro grupo com uma
formulação spray de piretrina, cada uma ou duas semanas, e com uma formulação oral de
lufenuron, nos dias 0, 30 e 60. Os autores observaram que o imidacloprid proporcionou uma
redução na infestação nos animais de 96 e 93,5% após sete e 28 dias do tratamento,
respectivamente, enquanto que para o lufenuron associado à piretrina, a redução foi de 48,9 e
91,1% após sete e 28 dias do tratamento, respectivamente. Após os três tratamentos, foi
observada uma redução na infestação dos animais e do ambiente domiciliar de 98,8 e 99,9%,
respectivamente, para o imidacloprid, e 99,2 e 99,7%, respectivamente, para a associação da
permetrina e do lufenuron.
Mehlhorn et al. (1999) demonstraram em um ensaio
in vitro
, que adultos e larvas de
C.
felis felis morreram rapidamente quando entraram em contato com papel filtro impregnado
com
uma solução aquosa de imidacloprid ou em contato com pêlos de cães tratados com uma
formulação “spot
-
on”.
11
Através de ensaios clínicos e controlados, foram demonstrados os altos níveis de
eficácia do imidacloprid no controle de C. felis felis (DRYDEN et al., 2000; JACOBS et al.,
2001).
Dryden et al. (2000) demonstraram que uma única aplicação de imidacloprid ou
fipronil em cães e gatos, naturalmente infestados, se mostrou eficaz no controle de C. felis
felis
, alcançando níveis de eficácia para o imidacloprid de 95,3 e 97,4% para os 7
o
e 28
o
dias
pós
-tratamento, respectivamente, e para o fipronil de 97,5 e 97% nos mesmos dias. Ao final
de três aplicações mensais, a carga parasitária dos animais foi reduzida a 99,5 e 96,5%, e no
ambiente domiciliar dos animais tratados foi observado uma redução de 99 e 98,6% do
número de pulgas para o imidacloprid e para o fipronil, respectivamente.
Ritzhaupt et al. (2000) ao avaliarem a eficácia da administração mensal de
imidacloprid no controle de C. felis em cães, observaram que os níveis de eficácia se
mantiveram superiores a 97% por até 150 dias após o tratamento.
Jacobs et al. (2000) avaliaram a atividade residual do imidacloprid em cobertores de
utilizados por gatos tratados. Doze animais foram empregados neste estudo, no qual seis
foram tratados com imidacloprid e seis foram mantidos sem tratamento. Três amostras
circulares com 90 mm de diâmetro foram tiradas de cada cobertor, cada uma colocada com 30
ovos de C. felis felis e dieta larval em placa de Petri. Observaram que o imidacloprid
apresentou uma atividade larvicida de 100% na primeira semana, de 84, 60 e 74% nas
semanas seguintes.
Baker e Beveridge (2001) empregaram o imidacloprid em marsupiais parasitados com
Pygiopsylla hoplia e observaram que os animais permaneceram sem pulgas por até 27 dias
após o tratamento.
Jacobs et al. (2001a) avaliaram a atividade residual do imidacloprid sobre as larvas de
C. felis felis presentes no ambiente freqüentado por gatos tratados. Observaram uma eficácia
larvicida de 94,7 e 97,6% para os ambientes freqüentados pelos gatos por um período de seis
horas durante 10 e 20 dias, respectivamente, mostrando que o resíduo no pêlo do animal atuou
sobre as formas imaturas.
Os autores supracitados (2001b) com o objetivo de avaliar a eficácia do imidacloprid
no controle de populações de C. felis felis, utilizando um modelo que simulava o ambiente
doméstico, trataram seis gatos mensalmente com uma formulação “spot-on” de imidacloprid
por um período de seis meses. Ao longo dos 180 dias de experimentação, foi encontrada
apenas uma pulga, em um único gato, nas avaliações dos dias 29 e 152 após o tratamento.
Mehlhorn et al. (2001) realizaram um estudo comparativo da atividade do fipronil, do
imidacloprid e da selamectina sobre as larvas e os adultos de C. felis. As pulgas adultas
morreram entre 50 e 90 minutos da exposição ao imidacloprid, e as larvas sobreviveram por
seis horas. Em relação ao fipronil, as pulgas adultas morreram entre 24 e 29 horas do
tratamento, e as larvas estavam mortas depois de 29 horas. Em relação à selamectina, a
maioria das pulgas adultas morreu dentro de 96 horas e as larvas dentro de 29 horas após o
tratamento.
Epe et al. (2003) avaliaram a eficácia da associação de imidacloprid 10% e de
permetrina 5% em uma formulação
spot
-on” no controle de adultos de Ixodes ricinus, R.
sanguineus
e
C. felis
em cães, onde observaram para as pulgas nos dias +1, +8, +15, +22, +28
e +36, eficácias de 99,4; 99,8; 99,9; 98,9; 95,7 e 90,4% respectivamente. Em relação aos
carrapatos, para
R.
sanguineus
e para
I. ricinus
, as eficácias foram de 74 e 67; 94 e 100; 97,6 e
100; 92 e 99,5; 95,9 e 98,7; 91,5 e 91,6, respectivamente para os dias 2, 9, 16, 23, 30 e 37,
após o tratamento.
Schenker et al. (2003) avaliaram a eficácia do nitempiram, do citoato, da selamectina,
do imidacloprid e do fipronil no controle de C. felis em cães e gatos. Oito horas após o
12
tratamento dos cães, observaram uma eficácia de 100% para o nitempiram, 74,4% para a
selamectina, 95,7% para o imidacloprid e 46,5% para o fipro
nil.
McTier et al. (2003) compararam a atividade in vitro de diferentes concentrações de
selamectina, fipronil e imidacloprid no controle de larvas de
C. felis felis
. Para o imidacloprid,
observaram após 24, 48 e 72 horas uma eficácia de aproximadamente 80% para a
concentração de 0,5 g, aproximadamente de 90% para 3 e 5 g, e 100% para 0,5; 3 e 5
g,
respectivamente. Após 72 horas também foi observada uma eficácia de 98,5% para a
concentração de 0,3
g de imidacloprid.
O nitempiram é um neonicotinóide de ação sistêmica que atua como agonista nos
receptores nicotínicos de acetilcolina na membrana pós-sináptica dos insetos, mas não inibe a
enzima acetilcolinesterase (SCHENKER et al., 2001a). Administrado por via oral é
empregado no controle de pulgas em cães e gatos, apresentando uma eficácia de 96,2% em
cães e 94,1% em gatos (SCHENKER et al., 2001b). Alguns autores relatam que as pulgas
adultas são eliminadas a partir de 30 minutos após o tratamento dos seus hospedeiros
(SCHENKER et al., 2001a) até 48 horas após o tratamento (RUST et al., 2003). Atualmente
também é empregado no controle de miíases por Cochliomyia hominivorax em cães
naturalmente infestados (MACHADO; RODRIGUES, 2002; CORREIA et al., 2004).
O tiametoxam, o clotianidim e o acetamiprid também são neonicotinóides e são
empregados no controle de pragas na agricultura (TOMIZAWA; CASIDA, 2005). O
tiametoxam é precursor do clotianidim, este atua nos mesmos receptores que o imidacloprid e
outros neonicotinóides atuam (NAUEM et al., 2003). Recentemente, o acetamiprid tem sido
empregado em associações com outros princípios ativos no controle de ectoparasitos de cães
RIBEIRO et al., 2006b), apesar de não haver relatos na literatura sobre o seu emprego isolado
no controle deste grupo de insetos.
2.2.8.1 Di
notefuran (C
7
H
14
N
4
O
3
)
Descoberto em 1998, o dinotefuran [(RS)-1-
metil
-2-
nitro
-3-
(tetrahidro
-3-
furil
-
metil)
guanidina] (Figura 2) é o mais recente neonicotinóide, possuindo uma alta atividade inseticida
contra insetos das ordens Hemiptera, Coleoptera, Diptera, Dictyoptera e Thysanoptera.
Estudos toxicológicos e ecotoxicológicos demonstraram que o dinotefuran tem uma
toxicidade muito baixa para mamíferos, aves e animais aquáticos, e para o ambiente
(WAKITA et al., 2003).
Figura 1.
Molécula de dinotefuran
.
(Fonte:
http://www.alanwood.net/pesticide/dinotefuran.html
)
É solúvel em água e tem uma excelente atividade sistêmica e translaminar em muitas
plantas. Esta propriedade permite que o dinotefuran seja empregado de várias formas e em
diferentes formulações. Em relação a sua toxicologia, testes demonstraram que o dinotefuran
não apresenta efeitos genotóxicos, teratogênicos em coelhos e em porquinhos da Índia, e
carcinogênicos em ratos e ca
mundongos (WAKITA et al., 2005).
13
Comparado com outros inseticidas neonicotinóides, o dinotefuran tem se mostrado
como um dos compostos mais efetivos contra o macho adulto da barata
Periplaneta
americana
(KIRIYAMA; NISHIMURA, 2002).
Num estudo prévio, as atividades inseticida e neural do dinotefuran e seus análogos
foram mensurados se usando a barata P. americana. Os estudos mostraram que as atividades
neuroexcitatória e neurobloqueadora são parâmetros usuais para se correlacionar com a
atividade inseticida. Particularmente, o efeito neurobloqueador tem sido sugerido como mais
fatal do que o efeito neuroexcitatório para os insetos (KIRIYAMA; NISHIMURA, 2002).
Estudos eletrofisiológicos demonstraram que o dinotefuran tem atividade agonista
sobre os receptores nicotínicos de acetilcolina. Entretanto, a afinidade do dinotefuran com o
local de ligação de outros neonicotinóides foi muito baixa, sugerindo que este composto atua
em um local diferente dos outros neonicotinóides (WAKITA et al., 2005).
O dinotefuran se mostrou altamente eficaz contra larvas da cepa sensível de
Aedes
aegypti, quando comparado com a cepa resistente a piretróides de Culex quinquefasciatus
,
mesmo que esta diferença tenha sido pouco evidente. Inversamente, o dinotefuran foi
aproximadamente,
três vezes mais tóxico para a cepa carbamato-resistente de
C.
quinquefasciatus
, que para a sensível em ambas as concentrações letais 50 e 95. Quando se
comparou a toxicidade interespecífica, Anopheles gambie se mostrou ligeiramente mais
afetado pelo dinote
furan que as duas outras espécies, em ambos os níveis de concentrações 50
e 95. Poucas diferenças foram notadas entre A. aegypti
e
C. quinquefasciatus. Com relação
aos adultos, o dinotefuran provou ser mais tóxico, cerca de duas vezes, contra a cepa
suscet
ível de A. gambiae
e
C. quinquefasciatus que contra as cepas piretróide-resistentes para
ambos os níveis de concentrações letais 50 e 95. A cepa carbamato-resistente de
C.
quinquefasciatus
se mostrou ligeiramente mais afetada pelo dinotefuran que a cepa su
scetível.
O dinotefuran se mostrou 35 e 75 vezes mais tóxico para os adultos de A. gambiae que para
C. quinquefasciatus
e
A. aegypti, respectivamente, entretanto para as larvas de mosquito
foram sempre duas vezes menor para a sensibilidade (CORBEL et al.,
2004).
O dinotefuran tem excelente propriedade inseticida e tem atividade contra uma ampla
variedade de pragas em diversos tipos de culturas. Essas características fazem com que o
dinotefuran seja um candidato promissor no controle de vetores e pragas de importância em
saúde pública, muitos deles que já possuem resistência ou resistência múltipla a outros
grupamentos de inseticidas (WAKITA et al., 2005). Esta situação é relevante para os
mosquitos vetores da dengue e da malária, para os quais o seu controle é de fundamental
importância para o controle estratégico global (ZAIM; GUILLET, 2002).
Não foram encontrados relatos na literatura consultada sobre o uso do dinotefuran no
controle de ectoparasitos dos animais domésticos.
2.2.9 Controle Alternativo: as v
acinas, os produtos naturais e o controle biológico
Estudos demonstraram que as vacinas elaboradas a partir de extrato de intestino de
pulgas alimentadas artificialmente com sangue contendo soro de coelhos hiperimunizados
com extrato solúvel de intestino
de
C. felis
felis
, podem influenciar na sobrevivência e na
fecundidade das pulgas (HEATH et al., 1994).
Dentro dos produtos naturais, a rotenona, o d-limoneno, o linalol, a citronela e o nim
(azadiractina) têm propriedades inseticidas, alguns deles repelentes, contra C. felis felis
(MARSELLA, 1999).
A azadiractina tem atividades fagoinibidora e fago-repelente contra insetos, além de
atuar interferindo nos mecanismos neuroendócrinos, que controlam a metamorfose impedindo
o desenvolvimento da fase larval. Também pode bloquear a liberação de várias substâncias
localizadas no sistema nervoso central, assim como a síntese de quitina, além de impedir a
14
comunicação sexual, causar esterilidade e diminuir a mobilidade do inseto (VIEGAS-
JÚNIOR, 2003).
Estudos experimentais demonstraram que o fungo entomopatogênico
Metarhizium
anisopliae
é capaz de colonizar pulgas da subespécie C. felis felis, sendo considerado
patogênico, mostrando potencial no que se refere ao controle biológico deste inseto (MELO;
BITTENCOURT, 2004).
15
3 MATERIAL
E MÉTODOS
Os experimentos foram realizados nas dependências do Laboratório de
Desenvolvimento de Produtos Parasiticidas
(LDPP)
do Departamento de Parasitologia Animal
do Instituto de Veterinária da Universidade F
ederal Rural do Rio d
e Janeiro.
As formulações testadas foram cedidas pela empresa Vetbrands™ Saúde Animal,
localizada no Município de Paulínia, Estado de São Paulo. As concentrações testadas e as
formas de aplicação foram estabelecidas pela empresa. Duas apresentações do produto foram
avaliadas: uma solução alcoólica para pulverização aplicada com auxílio de um pulverizador
mecânico manual (formulação spray) e uma solução oleosa aplicada com o auxílio de uma
seringa dosadora na região dorso
-
cutânea entre as escápulas (formula
ção “strip
-
on”).
Inicialmente foram realizados t
estes
in vitro para determinar a concentração ideal do
produto antes do mesmo ser empregado nos animais. Posteriormente foram realizados testes
controlados em cães.
Os animais que participaram dos testes controlados são oriundos do Canil de
Experimentação do Laboratório de Desenvolvimento de Produtos Parasiticidas, desta
Instituição. Os animais que participaram dos testes em nível de campo estão domiciliados no
Município de Seropédica, Estado do Rio de Janeir
o.
Os exemplares de C. felis felis utilizados no desafios dos testes in vitro e nos desafios
in vivo (infestações dos animais) foram obtidos de uma colônia mantida nas dependências do
mesmo laboratório, estabelecida desde 1998
.
3.1
Avaliação
in vitro
da
Atividade Ovicida do Dinotefuran sobre Ctenocephalides felis
felis
.
Foram testadas as concentrações 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668 e 3,336% de uma
solução alcoólica de dinotefuran. Para efeito de comparação foi mantido um grupo controle e
um grupo placebo (veículo do produto: álcool isopropílico). O método utilizado para avaliar a
eficácia do produto em teste foi
a impregnação de tiras de carpete
.
Cada tira de carpete, com 9
cm
2
de área, foi impregnada com um volume de 0,5 ml com o auxílio de uma pipeta
volu
métrica graduada. Para cada concentração e para o grupo controle foram
empregadas
seis
repetições. No dia +1, dez ovos de C. felis felis foram colocados em cada tubo, acrescidos de
meio
grama de dieta necessária para o desenvolvimento larval
,
constituída de uma parte de
farelo de trigo e uma parte de sangue bovino desidratado em estufa na temperatura de 100 ºC
durante 24 horas, misturada com areia na proporção de 1:5 (CORREIA et al., 2003). Os
mesmos foram fechados com tecido e elástico e mantidos em estufa
climatizada
com demanda
bioquímica de oxigênio, em temperatura de 27 ± 1ºC e umidade relativa de 75 ± 10%. Após
96 horas, o material foi fixado com álcool 70ºGL e examinado com auxílio de microscópio
estere
oscópico.
3.2 Avaliação in vitro da Atividade do
Dinotefuran
sobre
Adultos de
Ctenocephalides
felis felis
.
Foram testadas as seguintes concentrações: 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668 e 3,336% de
uma solução alcoólica de dintefuran. Para efeito de comparação foi mantido um grupo
controle
e um grupo placebo (álcool isopropílico). O método utilizado para avaliar a eficácia
do produto em teste foi a impregnação de papel filtro. Cada papel filtro foi impregnado com
um volume de 0,2 ml com o auxílio de uma pipeta volumétrica graduada. Para cada
16
concentração e para os grupos controle e placebo foram
empregadas
cinco repetições. Uma
hora após o tratamento, dez adultos de C. felis felis
,
com a mesma idade, foram colocados em
cada tubo, juntamente com o papel filtro, devidamente identificados. Os mesmos foram
fechado
s com tecido e elástico e mantidos no ambiente, e avaliados nos seguintes períodos de
tempo após o tratamento: 10 minutos, 30 minutos, 1 hora, 2 horas, 3 horas, 4 horas, 20 horas,
24 horas e 40 horas. O critério utilizado para avaliação foi a motilidade do
inseto
. As pulgas
que apresentassem qualquer tipo de movimento foram consideradas vivas.
3.3 Avaliação in vivo da Atividade do Dinotefuran
no
Controle de Adultos de
Ctenocephalides felis felis
em Cães. Teste Controlado
3.3.1 Titulação e atividade adulti
cida da formulação spray contendo dinotefuran
Foram
testadas
três concentrações de uma formulação spray de dinotefuran para o
desafio com os animais: 0,417; 0,834 e 1,668%. Doze cães
adultos
da raça Beagle, de ambos
os sexos e peso corporal variando de 9
a 11,7 kg
foram utilizados neste desafio (
Tabela 1
).
Os animais foram infestados, cada um com 100 exemplares adultos de C. felis felis,
nos
dias
-1, +5, +12, +19, +26 e +33
.
Antes da infestação os animais foram penteados e suas pulgas
oriundas de infestações naturais foram removidas. Durante o período de 48 horas, entre a
infestação e a avaliação do número de pulgas, os cães foram mantidos individualmente em
gaiolas para evitar uma possível infestação por pulgas presentes no ambiente dos canis.
No
dia 0,
antes do tratamento, os animais foram contados de acordo com a metodologia proposta
Tabela 1. Grupos de tratamento, peso dos animais, dose, mero de jatos e volume
correspondente do produto empregado por animal das diferentes formulações spray de
dinote
furan
.
Grupos
/N
o
do
animal
Sexo
Peso (kg)
Dose (mg)
N
o
de jatos/ Volume
correspondente
(ml)
Controle
1 F
11,100
- -
2 F
11,600
- -
3 F
9,900
- -
0,417%
(12,5 mg/kg)
4 F
10,100
126,25
31
/93
5 F
9,100
113,75
28
/84
6 F
11,500
143,75
34
/
102
0,834%
(25 mg/kg)
7 F
11,300
282,50
34
/102
8 F
11,700
292,50
36
/108
9 F
11,000
275
33
/99
1,668%
(50 mg/kg)
10
F
10,200
510
31
/93
11
F
9,000
450
27
/81
12
F
9,400
470
28
/84
17
por Dryden et al. (1994), na qual a contagem foi realizada em seis regiões distintas do corpo
(pescoço, dorso, base da cauda, lado direito, lado esquerdo e região inguinal), sendo que o
total
foi
multiplicado por uma constante de valor igual a
4,3
. Esta contagem serviu como base
para a distribuição dos animais, que foram ranqueados, sorteados e divididos em quatro
grupos experimentais com três cães cada (Tabela 1). No dia 0, os animais foram tratados
conforme a recomendação do fabricante, ou seja, de três jatos para cada quilo de peso
corporal, que equivalem a três mililitros de produto. O número de jatos que cada animal
recebeu, de acordo com o seu peso corporal, foi distribuído homogeneamente por toda a
superfície corporal do mesmo. Uma hora após o tratamento foi realizada uma contagem
conforme a descrita anteriormente. A avaliação dos animais após o tratamento foi realizada
nos dias +1, +7, +14, +21, +28 e +35. Quarenta e oito horas após cada infestação, os
animais
foram penteados, sempre pelo mesmo responsável, com pente fino específico para retirada de
pulgas, contendo de 12 a 13 dentes por cm, por um período mínimo de
cinco
minutos
.
As
pulgas encontradas foram fixadas em álcool 70º GL
.
3.3.2
Titulação e atividade adulticida da formulação “strip
-
on” contendo dinotefuran
Foram
testadas
três concentrações de uma formulação “strip-on” de dinotefuran para o
desafio com os animais: 25, 30 e 35%. Dezesseis
cães
adultos
da raça Beagle, de ambos os
sexos, adultos, com peso vivo variando entre nove e 17 kg,
foram utilizados neste desafio
.
Os animais foram infestados, cada um com 100 exemplares adultos de C. felis felis,
coma mesma idade,
nos
dias
-1, +5, +12, +19, +26 e +33
.
Antes das infestações, os animais
foram penteados para remoção das pulgas oriundas de infestações naturais. No dia 0,
todos
os
animais
foram submetidos a contagens de pulgas como descrito no item 3.3.1. Posteriormente
os animais foram ranqueados, sorteados um a um e distribuídos em quatro grupos
experimentais, com quatro cães cada (Tabela 2)
.
No dia 0, os animais foram tratados conforme a recomendação do fabricante, ou seja,
de 1ml para cada 10 kg de peso corporal, aplicado na região entre as escápulas. Durante o
período de 48 horas, entre a infestação e a avaliação do número de pulgas, os cães foram
mantidos individualmente em gaiolas p
ara evitar uma possível infestação por pulgas presentes
no ambiente dos canis. A avaliação dos animais após o tratamento foi realizada nos dias +1,
+7, +14, +21, +28 e +35 com o auxílio
de
um pente fino próprio para a retirada de
pulgas.
As
pulgas encontra
das foram fixadas em álcool 70º GL.
3.4
Avaliação
in vivo
da
Atividade do Dinotefuran Associado
ou
Não a um Regulador de
Crescimento de Insetos (IGR), em D
ua
s Formulações Distintas, no Controle de A
dultos
de
Ctenocephalides felis felis
em
C
ães
. Teste Co
ntrolado
3.4
.1 Avaliação da
s
formulaç
ões
“strip
-
on”
Foram
testadas
duas formulações “strip-
on”,
uma contendo apenas o dinotefuran a 30
%
e outra contendo sua associação
com
o
IGR
piriproxifen a 2,575%. Para o desafio foram
utilizados 15 cães
adultos
da r
aça Beagle, de ambos os sexos e com peso vivo variando de 8,6
a 15,6 kg (Tabela 3)
.
Antes de cada infestação, os cães foram penteados para remoção das
pulgas oriundas de infestações naturais. Os animais foram infestados, cada um com 100
exemplares adultos
de
C. felis felis, nos dias -1, +5, +12, +19, +26 e +33. No dia 0,
todos
os
animais foram submetidos a contagens de pulgas em seis regiões distintas do corpo
conforme
no item 3.3.1.
18
Tabela 2. Grupos de tratamento, peso dos animais, dose e volume de produto empregado por
animal da formulação “strip-
on” contendo dinotefuran em diferentes concentrações.
Grupos/
N
o
do a
nimal
Sexo
Peso
(kg)
Dose
(mg)
Volume de produto
empregado
(ml)
Controle
1
F
10
- -
2
F
12
- -
3
F 9
- -
4
F
11
- -
25%
(25 mg/
kg)
5
M
11
275
1,1
6
F 9
225
0,9
7
F
10
250
1,0
8
M
12
300
1,2
30%
(30 mg/kg)
9
M
16
480
1,6
10
M
14
420
1,4
11
M
14,5
435
1,5
12
M
15
450
1,5
35%
(35 mg/kg)
13
M
12
420
1,2
14
M
11
385
1,1
15
M
17
595
1,7
16
M
14
490
1,4
19
Tabela 3. Grupos de tratamento, peso dos animais e dosagem recebida por animal das
formulações “strip-on contendo dinotefuran a 30% (30 mg/kg) e da associação de
dinotefuran a 30% com o IGR piriproxifen a 2,575% (2,6 mg/kg).
Grupos/
N
o
do a
nimal
Sex
o
Peso (kg)
Dose (mg)
Volume do produto
empregado (ml)
Controle
1 F
11,0
- -
2
F
12,0
-
-
3 F
10,0
- -
4 F
11,0
- -
5 F
10,0
- -
Dinotefuran
6 M
15,2
456
1,6 (1,52)
7 M
12,2
366
1,3 (1,22)
8 M
11,5
345
1,2 (1,15)
9 M
15,6
468
1,6 (
1,56)
10
M
11,8
354
1,2 (1,18)
Dinotefuran
+
IGR
11
F
11,3
339/29,4
1,2 (1,13)
12
F
10,7
321/27,8
1,1 (1,07)
13
F
10,9
327/28,3
1,1 (1,09)
14
F
12,1
363/31,5
1,2 (1,21)
15
F
8,6
258/22,4
0,9 (0,86)
Posteriormente os animais foram ranqueados, sorteados um a um e distribuídos nos
três grupos experimentais, com cinco cães cada (Tabela 3)
.
No dia 0, os animais foram
tratados conforme a recomendação do fabricante, ou seja, de 1 ml para cada 10 kg de peso
corporal, aplicado na região entre as escápulas. Após a infestação, todos os animais foram
mantidos individualmente em gaiolas para evitar infestação do ambiente. A avaliação dos
animais após o tratamento foi realizada nos
dias
+1, +7, +14, +21, +28 e +35. Nos dias do
desafio, os animais foram penteados com um pente fino próprio para pulgas sempre pelo
mesmo responsável
.
3.
4
.2
Avaliação das formulações spray
Foram avaliadas duas formulações spray, uma contendo apenas o dinotefuran
a
0,834%
e outra
contendo
a molécula anteriormente citada associada ao
IGR
piriproxifen a
0,148%
. Para o desafio foram utilizados 15 cães
adultos
da raça Beagle, com peso corporal
variando de 10,0 a 16,0 kg (Tabela 4). Os animais foram infestados, cada um com 100
exemplares adultos de C. felis felis, nos dias -1, +5, +12, +19, +26 e +33. No dia 0,
todos
os
animais foram submetidos a contagens de pulgas em seis regiões distintas do corpo
conforme
descrito no item 3.3.1. Posteriormente os animais foram ranqueados, sorteados um a um e
distribuídos nos grupos experimentais (Tabela 4)
.
A avaliação dos animais após o tra
tamento
foi realizada nos dias +1, +7, +14, +21, +28 e +35. Nos dias do desafio, os animais foram
penteados com um pente fino próprio para pulgas
sempre pelo mesmo responsável
.
20
Tabela 4. Grupos de tratamento, peso dos animais, dose, mero de jatos e volume
correspondente de produto recebido por animal das formulações spray contendo dinotefuran a
0,834% (25 mg/kg) e da associação de dinotefuran a 0,834% com o IGR piriproxifen a
0,148% (4,4 mg/kg).
Gr
upos/
N
o
do
a
nimal
Sexo
Peso (kg)
Dose (mg)
N
o
de jatos / Volume
correspondente
(ml)
Controle
1 F
11,0
- -
2 F
11,0
- -
3 F
10,0
- -
4
F
11,0
-
-
5 F
12,0
- -
Dinotefuran
6 F
10,0
250
30
/90
7 F
13,0
325
39
/117
8 F
13,0
325
39
/117
9 F
10,0
250
30
/90
10
F
12,0
300
36
/108
Dinotefuran + IGR
11
M
14,0
350/61,6
42
/126
12
M
16,0
400/70,4
48
/144
13 M
15,0
375/66
45
/135
14
M
13,0
325/57,2
39
/117
15
M
14,0
350/61,6
42
/126
3.5 Avaliação em Nível de Campo da Atividade do Dinotefuran Associado ou o a um
Regulador de Crescimento de Insetos (IGR), em D
ua
s Formulações Distintas, Spray e
“Strip
-
on”, no Con
trole de
A
dultos de
Ctenocephalides felis felis
em Cães
3.5.1 Avaliação das formulações spray contendo dinotefuran associado ou não ao
piriproxifen
Para a avaliação da eficácia adulticida da formulação em teste foram empregados
24
cães de diferentes raças, com idades variando de 4 meses a 13 anos, de ambos os sexos,
com
peso corporal variando de 1,0 a 23,0 kg (Tabelas 5 e
6)
. Foram utilizados cães domiciliados
no Município de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro, que não tinham sofrido
qualquer
tipo
de tra
tamento com produtos ectoparasiticidas e/ou
endectocidas por um período mínimo de 30
dias e naturalmente infestados
com
a
pulga
C.
felis felis. No dia 0
,
todos
os
animais foram
submetidos a contagens de pulgas em seis regiões distintas do corpo conforme descrito no
item 3.3.1. Esta contagem serviu como base para a distribuição dos animais, que foram
listados em ordem decrescente de número de pulgas e sorteados um a um para os grupos
experimentais
. No dia 0, todos os animais foram tratados, doze com a formulação spray
contendo
dinotefuran
a 0,834%
, conforme dosagem recomendada pelo fabricante,
de três
jatos
21
Tabela
5
. Id
ade, sexo, raça,
peso dos cães
, dose, número de jatos
e volume correspondente de
produto empregado por animal do ensaio em nível de campo da formulação spray
cont
endo
dinotefuran a 0,834% (25 mg/kg).
N
o
do
a
nimal
Sexo
Raça
Idade
Peso
(kg)
Dose
(mg)
N
o
de
jatos
/ Volume
correspondente (ml)
1 M
SRD
1
6 anos
3,0
75
6
/18
2 M SRD
3 anos
14,0
350
42
/126
3 M SRD
8 meses
13,0
325
39
/117
4 F
SRD
8 anos
10,0
250
30
/90
5 M SRD
5 anos
23,0
575
69
/207
6 F SRD
4 meses
3,0
75
9
/27
7 M
Pinscher
3 anos
5,0
125
15
/45
8 M SRD
8 anos
12,0
300
36
/108
9 M SRD
9 anos
15,0
375
45
/135
10
F
Pinscher
1 ano
1,0
25
3
/9
11
F
Cocker Spaniel
4 meses
2,0
50
6
/18
12
M SRD
6 anos
10,0
250
30
/90
1
Sem Raça Definida.
Tabela
6. Idade, sexo, raça,
peso
, dose, número de jatos e volume correspondente do produto
dos cães do ensaio em nível de campo da formulação spray contendo dinotefuran a 0,834%
(25 mg/kg) associado ao
piriproxifen
a 0,148% (4,4 mg/kg)
.
N
o
do
a
nimal
Sexo
Raça
Idade
Peso
(kg)
Dose
(mg)
N
o
de jatos
/Volume
correspon
dente (ml)
1 M
SRD
1
3 anos
10,0
250/44
30
/9
2 M
Pinscher
1 ano
6,0
150/26,4
18
/54
3 M
Rottweiler
5 anos
18,0
450/79,2
54
/162
4 M
Pinscher
2 anos
6,0
150/26,4
18
/54
5 M
Pinscher
4 anos
4,0
100/17,6
12
/36
6 F
SRD
2 anos
6,0
150/26,4
18
/54
7 F
Pinscher
5 meses
2,0
50/8,8
5
/15
8 F SRD
6 anos
15,0
375/66
45
/135
9 F
Poodle
12 anos
6,0
150/26,4
18
/54
10
F SRD
13 anos
4,0
100/17,6
12
/36
11
M SRD
7 meses
3,0
75/13,2
9
/27
12
M SRD
1 ano
20,0
500/88
60
/180
1
Sem Raça Definida.
22
por
quilo
de peso vivo, e os outros doze com a formulação spray contendo dinotefuran a
0,834% (25 mg/kg) associado ao piriproxifen a 0,148% (4,4 mg/kg), conforme dosagem
citada anteriormente.
Nos dias +7, +14, +21, +28, +35, +42, +49 e +56 pós-tratamento, todos
os
animais
foram
penteados, sempre pelo mesmo responsável, com pente fino específico para retirada de
pulgas
por um período mínimo de 5 minutos. As pulgas encontradas foram fixadas em álcool
70
°GL
, para posterior identificação em laboratório
, segundo Linardi e Guimarães (
2000)
.
3.5.2 Avaliação das formulações
“strip
-on” contendo dinotefuran associado ou não ao
piriproxifen
Para a avaliação da
atividade
adulticida da formulação em teste foram empregados 23
cães de diferentes raças, com idade variando de nove meses a 13 anos, de ambos os sexos e
peso
corporal variando de três a 65,0 kg (Tabelas 7 e 8). Foram utilizados cães domiciliados
no Município de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro, que não tinham sofrido
qualquer
tipo
de tra
tamento com produtos ectoparasiticidas
e/ou
endectocidas por um período mínimo de 30
dias e naturalmente infestados com a
pulga
C.
felis felis
.
No dia 0
,
todos
os
animais foram
submetidos a contagens de pulgas em seis regiões distintas do corpo conforme descrito no
item 3.3.1. Esta contagem serviu como base para a distribuição dos animais, que foram
listados em ordem decrescente de número de pulgas e sorteados um a um para os grupos
experimentais
. No dia 0,
doze
animais foram
tratados
com a formulação
strip
-
on
contendo
30% de dinotefuran, conforme dosagem recomendada pelo fabricante, de 1 ml para cada 10
kg de peso vivo. Os outros 11 animais foram tratados com a formulação “strip-on” contendo
dinotefuran a 30% (30 mg/kg) associado ao piriproxifen a 2,575% (2,6 mg/kg), conforme
dosagem citada an
teriormente.
Nos dias +7, +14, +21, +28, +35, +42, +49 e +56 pós-tratamento, todos
os
animais
foram penteados, sempre pelo mesmo responsável, com pente fino específico para retirada de
pulgas
por um período mínimo de 5 minutos. As pulgas encontradas foram fixadas em álcool
70
°GL
, para posterior identificação em laboratório
, segundo Linardi e Guimarães (2000)
.
Tabela
7. Idade, sexo, raça,
peso
, dose, número de jatos e volume correspondente do produto
dos cães do ensaio em nível de campo da formulação “strip-
on”
cont
endo dinotefuran a 30%
(30 mg/kg).
N
o
do
a
nimal
Sexo
Raça
Idade
Peso
(kg)
Dose
(mg)
Volume de
produto
empregado
(ml)
1 M
Pastor Alemão
6 anos
35,0
1050
3,5
2 M
Poodle
2 anos
5,0
150
0,5
3 M
Pinscher
1 ano
3,0
90
0,3
4 F
SRD
1
13 anos
16,0
48
0
1,6
5 M SRD
6 anos
20,0
600
2,0
6 M SRD
7 anos
10,0
300
1,0
7 M SRD
7 anos
20,0
600
2,0
8 M
Beagle
1 ano
13,0
390
1,3
9 M SRD
4 anos
5,0
150
0,5
10
F
Pinscher
2 anos
5,0
150
0,5
11
F
Poodle
9 meses
7,0
210
0,7
12
F
Poodle
8 anos
4,0
120
0,4
1
Sem
Raça Definida.
23
Tabela
8. Idade, sexo, raça,
peso
, dose, número de jatos e volume correspondente do produto
dos cães do ensaio em nível de campo tratados com a formulação “strip-
on”
contendo
dinotefuran
a 30% (30 mg/kg) associado ao
piriproxifen
a 2,575%
(2,6 mg/kg)
.
N
o
do
a
nimal
Sexo
Raça
Idade
Peso
(kg)
Dose
(mg)
Volume de produto
empregado
(ml)
1 F
Labrador
8 anos
50,0
1500/130
5,0
2 F
Weimariner
3 anos
32,0
960/83,2
3,2
3 M
SRD
1
5 anos
20,0
600/52
2,0
4 M
SRD
6 anos
18,0
540/46,8
1,8
5 M
Dog A
lemão
9 anos
65,0
1950/169
6,5
6 M Fila Brasileiro
10 anos
63,0
1890/163,8
6,3
7 M
Husky Siberiano
7 anos
32,0
960/83,2
3,2
8 M
Doberman
9 meses
26,0
780/67,6
2,6
9 M
SRD
5 anos
20,0
600/52
2,0
10
M
SRD
5 anos
18,0
540/46,8
1,8
11
M
SRD
6 anos
20,0
6
00/52
2,0
1
Sem Raça Definida
.
3.6 Avaliação do Resíduo no Pêlo de Cães Tratados com Duas Formulações Distintas,
“Strip
-on” e Spray, Contendo Dinotefuran no Controle de Formas Evolutivas de
Ctenocephalides felis felis
Presentes no Ambiente
Para avaliar a atividade da nova molécula, foi seguida a metodologia proposta por
Mehlhorn et al. (2001), porém modificada. Três c
adelas
adultas
da raça Beagle foram
utilizad
a
s. Um animal foi tr
atado com uma formulação spray
contendo 0,834%
de dinotefuran
(25 mg/kg)
,
outro animal com uma formulação “strip-
on”
contendo 30% de dinotefuran
(30
mg/kg)
, e um animal foi mantido como controle, sem tratamento. As dosagens empregadas
foram as mesmas citadas anteriormente para cada formulação
testada
. Quarenta e oito horas
após
o tratamento, os animais foram submetidos à tricotomia em regiões distintas do corpo
(cernelha, dorso, base da cauda, ventre e lados direito e esquerdo). Os pêlos tricotomizados de
cada região foram homogeneizados e acondicionados em placas de Petri desca
rtáveis,
devidamente identificadas com o dia de desafio, o nome do animal e o grupo ao qual
pertencia
. O pêlo de cada placa foi pesado e 0,02 gramas foram adicionados ao conteúdo dos
tubos de ensaio
.
3.
6.1
Avaliação da atividade adulticida das formulações spray e “strip-
on”
contendo
dinotefuran
no controle de
Ctenocephalides felis felis
Para a avaliação da atividade adulticida, foram utilizados 10 adultos não alimentados
de
C. felis felis por tubo de ensaio, oriundos da colônia anteriormente citada, em
seis
repetições, perfazendo um total de 60 adultos por grupo, totalizando 180 adultos. Os tubos
foram vedados com tecido de nylon e elástico para impedir que os exemplares escapassem
dos mesmos. No dia +2, foi adicionado o pêlo dos cães tratados com a
fo
rmulação
correspondente
e o pêlo dos cães do grupo controle aos tubos contendo os adultos
devidamente identificados. Os tubos foram mantidos em condições
ambientais
. O material foi
avaliado com 10 minutos, 30 minutos, 2 horas, 8 horas, 16 horas e 24 horas, com o auxílio de
microscópio estere
oscópi
co. O critério de avaliação utilizado foi a motilidade, ou seja, pulgas
que apresentassem movimentação eram consideradas vivas. Foram realizados novos desafios
,
24
utilizando
-se a mesma metodologia descrita anteriorme
nte,
nos dias +9, +16, +23, +30 para a
formulação spray
e também, além d
estes
, o dia +37, para a formulação “strip
-
on”.
3.6.2
Avaliação da atividade larvicida das formulações spray e “strip-on” no controle de
Ctenocephalides felis felis
Para a avaliação da atividade larvicida, foram utilizadas 10 larvas de C. felis felis, por
tubo de ensaio, oriundos da colônia anteriormente citada, em seis repetições, perfazendo um
total de 60 larvas por grupo, e um total de 180 larvas. Junto às larvas foi adicionado m
eio
grama de uma dieta necessária para manutenção das mesmas descrita no item 3.1 e
0,
0
2
gramas do pêlo de cada formulação e do controle, nos tubos devidamente identificados.
Os
tubos foram vedados com tecido de nylon e elástico, e mantidos em condições am
bientais.
Os
desafios foram realizados nos dias +2, +9, +16, +23, +30, +37 e +44.
Vinte dias após cada dia
de desafio, o
materia
l foi fixado com álcool 70º GL e avaliado com o auxílio de microscópio
estereoscópi
c
o, para verificar se o ciclo da
pulga se com
pletou com sucesso até a fase adulta.
3.6.3
Avaliação da atividade ovicida das formulações spray e “strip-on” no controle de
Ctenocephalides felis felis
Para a avaliação da atividade ovicida, foram utilizados 10 ovos de C. felis felis, por
tubo de ensaio, oriundos da colônia anteriormente citada, em seis repetições, perfazendo um
total de 60 ovos por grupo, totalizando 180 ovos. Junto aos ovos foi adicionado meio grama
da dieta descrita no item 3.1
e
0,
02 gramas do pêlo dos cães tratados de cada formulação e d
o
controle
, nos tubos devidamente identificados.
Os tubos
foram vedados com tecido de nylon e
elástico e mantidos em condições
ambientais
. Os desafios foram realizados nos dias +2, +9,
+16, +23 e +30. Após um período de 72 horas de cada desafio, o material foi fixado com
álcool 70º GL e avaliado com o auxílio de microscópio estereoscópi
c
o.
3.7 Cálculo da Eficácia e Análise de Dados
Para cada item supracitado foi calculada a eficácia através da seguinte fórmula:
Eficácia =
[(n
úmero
médio de
larvas
ou pulgas vivas no grupo controle - n
úmero
médio
de
larvas ou pulgas vivas
no grupo tratado)
/ n
úmero
médio de
larvas ou pulgas vivas
no
grupo controle] x
100
(ABBOTT, 1925).
Todos os dados obtidos sofreram uma transformação logarítmica [log (n+1)]. Os da
dos
transformados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), quando se tinham três
tratamentos, seguido do Teste de Tukey quando as variâncias fossem menor ou igual a 0,05.
Quando se tinham apenas dois tratamentos, os dados foram submetidos ao Teste t para duas
amostras independentes (SAMPAIO, 2002; AYRES et al., 2005).
25
4 RESULTADOS
E DISCUSSÃO
4.1
Atividade
in vitro
do Dinotefuran
Sobre os Ovos
de
Ctenocephalides felis felis
Os resultados podem ser observados na Tabela 9. O número médio de l
arvas
eclodidas
para o grupo controle foi de 6,7. Para o grupo tratado, o número médio foi de 4,7; 3,3; 7,8; 5,8
e 5,7; respectivamente para as concentrações de 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668 e 3,336%.
Apesar da discrepância entre os valores não houve diferença significativa entre as médias dos
grupos (p > 0,05).
A eficácia da formulação em teste para as concentrações 0,2085;
0,417
; 1,668 e
3,336%, foi de 29,3
;
50,7
;
13,4 e 14,9%, respectivamente. A concentração 0,834% não
apresentou eficácia.
Em um primeiro momento, o dinotefuran na concentração de 0,417% mostrou uma
eficácia parcial no controle de ovos de
C. felis felis.
Tabela 9. Eficácia e número de larvas emergidas de Ctenocephalides felis felis após 96 horas
do
t
ratamento com dinotefuran
em diferentes c
oncentrações
(teste
in vitro
).
Grupo/
Repetições
Controle
0,2085%
0,417%
0,834%
1,668%
3,336%
1 8 3 4 5 5 9
2 1 3 3 5 7 3
3
10
5 4
10
7 4
4
10
5
4
5
4
8
5 6 6 2 4 5 5
6 5 6 3 8 7 5
Total
40
28
20
47
35
34
Média
6,7
a
4,7
a
3,3
a
7,8
a
5,8
a
5,7
a
Eficá
cia (%)
-
29,3
50,7
0
13,4
14,9
a
Médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
4.2
Atividade
in vitro
do Dinotefuran sobre A
dultos de
Ctenocephalides
felis felis
Os resultados podem ser observados na Tabela 10. Dez minutos após o desafio, o
número médio de pulgas vivas foi de 9,8; 9,6; 9,8; 9,6; 9,8; 8,8 e 9,6; respectivamente p
ara os
grupos controle, placebo, 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668 e 3,336%. Trinta minutos após o
desafio o número médio de pulgas vivas foi de 9,2; 9,6; 9,4; 9,6; 9,0; 7,2 e 8,8;
respectivamente p
ara os grupos controle, placebo, 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668
e 3,336%. Uma
hora após o desafio, o número médio de pulgas foi de 9,2; 9,6; 9,4; 9,6; 7,2; 4,2 e 7,8;
respectivamente para os grupos controle, placebo, 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668 e 3,336%.
Duas horas após o desafio, o mero médio de pulgas foi de 9,2; 9,4; 8,6; 6,2; 5,0; 3,0 e 4,4;
respectivamente p
ara os grupos controle, placebo; 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668
e 3,336%.
Quatro horas após o desafio, o número médio de pulgas foi de 8,8; 9,4; 8,6; 3,2;
3,4;
2,6 e 3,4; respectivamente para os grupos controle, placebo, 0,2085; 0,417, 0,834; 1,668
e
3,336%. Vinte horas após o desafio, o número médio de pulgas foi de 7,2; 7,8; 0,6;
zero
; 0,4;
0,4 e 0,2; respectivamente para os grupos controle, placebo, 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668
e
3,336%. Vinte e quatro horas após o desafio, o número médio de pulgas foi de 6,8; 7,0; 0,2;
26
Tabela 10.
Atividade
in vitro de diferentes concentrações de uma formulação spray de
dinotef
uran
sobre
adultos de
Ctenocephalides felis felis.
Grupos
Número de pulgas vivas após tratamento em diferentes períodos de
observação
10’
30’
1 h
2 hs
3 hs
4 hs
20 hs
24 hs
40 hs
Controle
Média
9,8
a
9,2
a
9,2
a
9,2
a
9,0
a
8,8
a
7,2
a
6,8
a
5,8
a
Placebo
Média
9,6
a
9,6
a
9,6
a
9,4
a
9,4
a
9,4
a
7,8
a
7,0
a
5,4
a
0,2085%
Média
9,8
a
9,4
a
9,4
a
8,6
a
8,6
a
8,6
a
0,6
b
0,2
b
0
b
Eficácia(%)
0 0 0 6,5
4,4
2,3
91,7
97,1
100
0,417%
Média
9,6
a
9,6
a
9,6
a
6,2
a
4,6
b
3,2
b
0
b
0
b
0
b
Eficácia(%)
2,0
0 0
32,6
48,9
63,6
100
100
100
0,834%
Média
9,8
a
9,0
a
7,2
a
5,0
b
3,8
b
3,4
b
0,4
b
0,2
b
0
b
Eficácia(%)
0 2,2
21,7
45,6
57,8
61,4
94,4
97,1
100
1,668%
Média
8,8
a
7,2
b
4,2
b
3,0
b
2,
6
b
2,6
b
0,4
b
0,4
b
0
b
Eficácia(%)
10,2
21,7
54,3
67,4
71,1
71,1
94,4
94,1
100
3,336%
Média
9,6
a
8,8
ab
7,8
a
4,4
b
3,8
b
3,4
b
0,2
b
0
b
0
b
Eficácia(%)
2,0
4,3
15,2
52,2
57,8
61,4
97,2
100
100
ab
Colunas com médias com a mesma letra n
ão diferem significativamente (p > 0,05).
zero
; 0,2; 0,4 e
zero
; respectivamente para os grupos controle, placebo, 0,2085; 0,417; 0,834;
1,668
e 3,336%. Quarenta horas após o tratamento, o número médio de pulgas foi de 5,8 e 5,4
para o controle e o placebo respectivamente, e zero para as concentrações 0,2085; 0,417;
0,834; 1,668
e 3,336%.
A eficácia para a concentração 0,2085% foi de 0 % para os períodos de dez minutos
,
30 minutos e uma hora, de 6,5; 4,4; 2,3; 91,7; 97,1 e 100%, respectivamente para os p
eríodos
de duas horas, três horas, quatro horas, 20 horas, 24 horas e 40 horas. Para a concentração
0,417% a eficácia foi de 2,0% para dez minutos, 0% pra 30 minutos e uma hora, de 32,6%;
48,9%, 63,6%, respectivamente para duas, três e quatro horas; e 100% para 20, 24 e 40 horas.
Para a concentração 0,834% a eficácia foi de zero; 2,2; 21,7; 45,6; 57,8; 61,4; 94,4; 97,1
e
100%, respectivamente para dez minutos, 30 minutos, uma hora, duas horas, três horas, quatro
horas, 20 horas, 24 horas e 40 horas. Para a
concentraçã
o 1,668% a eficácia foi de 10,2; 21,7;
54,3; 67,4; 71,1; 71,1; 94,4
; 94,
1
e 100%, respectivamente para dez minutos, 30 minutos, uma
hora, duas horas, três horas, quatro horas, 20 horas, 24 horas e 40 horas. Para a concentração
de 3,336% a eficác
ia foi de 2,0; 4,3; 15,2; 52,2; 57,8; 61,4; 97,2; 100
e 100% respectivamente
para dez minutos, 30 minutos, uma hora, duas horas, três horas, quatro horas, 20 horas, 24
horas e 40 horas.
No período de tempo de 10 minutos, as médias entre os grupos não diferiram entre si
(p > 0,05). Trinta minutos após o desafio, apenas a concentração 1,668% diferiu do controle,
27
do placebo e das concentrações menores (p = 0,05), mas não diferiu da concentração 3,336%
(p > 0,05). Uma hora após o desafio a concentração 1,668% diferiu do controle, do placebo e
das demais concentrações (p = 0,05). Após duas horas do início do desafio, as concentraç
ões
0,834%, 1,668% e 3,336% não diferiram entre si (p > 0,05), mas diferiram dos demais (p
=
0,05). Nos períodos de três e quatro hor
as, as concentrações 0,417; 0,834; 1,668 e 3,336% não
diferiram entre si (p > 0,05), mas diferiram do controle, do placebo e da concentração
0,2085% (p = 0,05). Vinte, 24 e 40 horas após o desafio, as concentrações diferiram do
controle e do placebo, mas n
ão diferiram entre si (p > 0,05).
O controle e o placebo (veículo do produto) foram equivalentes, mostrando que apenas
o princípio ativo têm atividade sobre o inseto em questão, e que o veículo do produto não
apresenta atividade inseticida, não mascarando
os níveis de eficácia do princípio ativo.
As diferentes concentrações de dinotefuran foram equivalentes e mostraram atividade
sobre os adultos de C. felis felis. Assim como o imidacloprid e o nitempiram, outros
neonicotinóides, é possível afirmar que o d
inotefuran tem atividade inseticida sobre adultos de
C. felis felis
.
4.3
Atividade
in vivo do Dinotefuran
no
Controle de Adultos de
Ctenocephalides
felis
felis
. Teste Controlado
4.3.1 Titulação e atividade adulticida da formulação spray contendo dinotefu
ran
Os resultados podem ser observados na Tabela 11. No dia 0, uma hora após o desafio,
o grupo controle apresentou uma média de 45,9 pulgas vivas, enquanto para as concentrações
0,417; 0,834 e 1,668%, um número médio de 2,9; zero e zero, respectivamente
.
Não houve
diferença significativa entre as concentrações (p > 0,05). O mero médio de pulgas vivas no
grupo controle para os dias +1, +7, +14, +21, +28, e +36 foi de 58; 76,6; 78; 93,3; 81,7 e 66
respectivamente.
No dia +1 até o dia +21, as concentrações não diferiram entre si (p > 0,05), mas todas
diferiram do grupo controle (p = 0,05). No dia + 28, as concentrações 0,417 e 1,668% não
diferiram entre si, mas ambas diferiram da 0,834%. No dia +35, as concentrações 0,417 e
1,668% não diferiram do controle e não diferiram entre si, mas diferiram da concentração
0,834% (p
= 0,05).
Nos dias +1, +14 e +21, não foram encontradas pulgas nos animais tratados com as
diferentes concentrações, mostrando uma eficácia de 100%. No dia + 28 e +35, a eficácia foi
de 85,3 e 64,5%, 99,6 e 95,5%, 88,6 e 43,9 %, respectivamente para as concentrações 0
,417;
0,834
e 1,668%.
A formulação spray de dinotefuran a 0,834% se mostrou mais eficaz no controle de
adultos de
C. felis felis
do que as demais por um período de 35 dias.
Uma
hora após o tratamento os resultados obtidos foram semelhantes aos obtidos por
Mehlhorn et al. (2001) que ao empregarem o neonicotinóide imidacloprid a 10% em uma
formulação “spot-on” observaram que as pulgas expostas a pele dos cães tratados, após sete
d
ias do tratamento, tinham morrido uma hora após o desafio.
28
Tabela 11. Eficácia de uma formulação spray contendo dinotefuran, com diferentes
concentrações, após o tratamento, no controle de adultos de Ctenocephalides felis felis em
cães.
Grupos/ N
o
do a
nimal
Número
de pulgas
vivas
após o tratamento
Dia 0
Dia +1
Dia +7
Dia +14
Dia +21
Dia +28
Dia +35
Controle
1
64,5
79
115
80
127
113
101
2
47,3
44
62
67
70
64
41
3
25,8
51
53
87
83
68
56
Total
137,6
174
230
234
280
245
198
Média
45,9
a
58
a
76,7
a
78
a
93,3
a
81,7
a
66
a
0,417%
(12,5 mg/kg)
4
8,6
0 0 0 0 7
32
5 0 0 0 0 0
26
16
6 0 0 0 0 0 3
22
Total
8,6
0 0 0 0
36
70
Média
2,9
b
0
b
0
b
0
b
0
b
12
b
23,3
a
Eficácia(%)
93,7
100
100
100
100
85,3
64,5
0,834%
(25 mg/kg)
7 0 0 0 0 0 0 1
8 0 0 0 0 0 1 6
9 0 0 0 0 0 0 2
Total
0 0 0 0 0 1 9
Média
0
b
0
b
0
b
0
b
0
b
0,3
c
3
b
Eficácia(%)
100
100
100
100
100
99,6
95,5
1,668%
(50 mg/kg)
10
0 0 0 0 0
16
23
11
0 0 0 0 0 3
56
12
0 0 0 0 0 8
32
Total
0 0 0 0 0 28
111
Média
0
b
0
b
0
b
0
b
0
b
9,3
b
37
a
Eficácia(%)
100
100
100
100
100
88,6
43,9
ab
c
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
29
4.3.2
Titulação e atividade adulticida da formulação “strip
-
on” contendo dinotefuran
Os
resultados obtidos podem ser observados na Tabela 1
2
.
No dia +1, o número médio
de pulgas vivas foi de 85,8; 0,5; 1,8 e zero respectivamente para o controle e as concentrações
de 25, 30 e 35%. Neste dia de desafio as médias das diferentes concentrações não diferiram
entre si (p > 0,05), mas todas diferiram do controle (p = 0,05). No dia +7, o número médio de
pulgas para o grupo controle e para as concentrações de 25, 30 e 35% foi de 83,0; 10,3; 0,5 e
0,5; respectivamente. Comparando-se as médias do dia +7, não houve diferença entre as
concentrações (p > 0,05), mas todas diferiram do controle (p = 0,05). O número médio de
pulgas no dia +14 foi de 55,3; 27,0; zero e 9,0; respectivamente para o controle e as
concentrações de 25, 30 e 35%. Neste dia de desafio, as três concentrações diferiram entre si
(p
= 0,05), sendo que a menor não diferiu do grupo controle. No dia + 21, o número médio de
pulgas foi de 89,7; 3,0 e 39,5; respectivamente para o controle e para as concentrações de 30 e
35%. Quando comparadas, a
média do controle e da concentração de 35% não diferiu entre si,
mas ambas diferiram da concentração de 30% (p = 0,05). No dia +28, a média de pulgas
recuperadas foi de 85,0 e 9,0; respectivamente para o controle e a concentração de 30%, estas
quando comparadas, diferiram entre si (p = 0,05). No dia +35, a média de pulgas recuperadas
foi de 76 e 12,5 para o controle e a concentração de 30%, respectivamente. As médias quando
comparadas diferiram entre si (p
= 0,05).
A eficácia observada para a formulação contendo dinotefuran a 25% foi de 99,4; 87,7
e 51,1%, respectivamente para os dias +1, +7 e +14. A eficácia observada para a formulação
contendo dinotefuran a 30% foi de 97,9; 99,4; 100; 96,6; 89,4 e 83,5%, respectivamente para
os dias +1, +7, +14, +21, +28 e +35. Para a formulação contendo dinotefuran a 35%, foram
observadas eficácias de 100; 99,4; 83,7 e 56%, respectivamente para os dias +1, +7, +14 e
+21.
A concentração de 30% foi a selecionada, pois foi a única que manteve uma eficácia
superior a 80% por a
té 35 dias após o tratamento.
Arther et al. (1997) ao compararem três concentrações de imidacloprid em uma
formulação “spot-on”no controle de adultos de C. felis em cães observaram que as doses de
7,5 e 10 mg/kg foram equivalentes e superiores a concentração de 3,5 mg/kg, enquanto que
neste estudo as três concentrações foram equivalentes até o dia +21, sendo que a dose de 30
mg/kg foi superior as concentrações de 25 e 35 mg/kg.
30
Tabela 12. Eficácia de três diferentes formulações “strip-on” contendo dino
tefuran
a 25%,
30% e 35%
no controle da pulga
Ctenocephalides felis felis
em cães da raça Beagle
.
Grupos/ N
o
do animal
Número de pulgas após o tratamento
Dia +1
Dia +7
Dia +14
Dia +21
Dia +28
Dia +35
Controle
1
107
86
87
94
113
55
2
79
92
41
10
6
99
110
3
70
39
33
62
61
68
4
87
115
60
97
67
71
Total
343
332
221
359
340
304
Média
85,8
a
83,0
a
55,3
a
89,7
a
85,0
a
76
a
25%
(25 mg/kg)
5
1 4
32
- - -
6
1
10
41
- - -
7
0
10
14
- - -
8
0
17
50
- - -
Total
2
41
108
- - -
Média
0,5
b
1
0,3
b
27
a
-
-
-
Eficácia (%)
99,4
87,7
51,1
- - -
30 %
(30 mg/kg)
9
3 2 0 6
15
19
10
4 0 0 3 0
13
11
0 0 0 1
11
5
12
0 0 0 2
10
13
Total
7 2 0
12
36
50
Média
1,8
b
0,5
b
0
b
3
b
9
b
12,5
b
Eficácia (%)
97,9
99,4
100
96,6
89,4
83,5
35%
(35 mg/kg)
13
0 1 9
43
- -
14
0 1 3
13
- -
15
0 0
13
56
- -
16
0 0
11
46
- -
Total
0 2
36
158
- -
Média
0
b
0,5
b
9
c
39,5
a
- -
Eficácia (%)
100
99,4
83,7
56,0
- -
abc
Colunas com médias com a mesma letra não difere
m significativamente (p > 0,05).
31
4.4
Atividade
in vivo do Dinotefuran Associado ou não a um Regulador de C
rescimento
de
Insetos (IGR), em D
ua
s Formulações Distintas, no Controle de Adultos de
Cten
oce
phalides felis felis
em cães
. Teste Controlado
4.4.1
A
tividade das formulações
“strip
-
on”
Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela 13. No grupo controle, o
número médio de pulgas recuperadas foi de 73,8; 85,2; 86,2; 73,6; 80,8 e 70,4;
respectivamente para os dias +1, +7, +14, +21, +28 e +35, após
o tratamento. Para formulação
contendo apenas dinotefuran, o mero médio de pulgas recuperadas foi de 0,4; 0,2; 3,2; 4,4;
4,0 e 16,8; respectivamente para os dias +1, +7, +14, +21, +28 e +35, após o tratamento.
para a formulação contendo o dinotefuran associado ao IGR piriproxifen, o número médio de
pulgas recuperadas, respectivamente para os dias citados anteriormente, foi de zero; zero; 0,6;
2,6; 12,2 e 19,6.
Ao longo dos 35 dias de experimentação, a eficácia da formulação contendo apenas
dinotefura
n declinou de 99,5 para 76,1%, enquanto que a da formulação contendo
dinotefuran
associado ao piriproxifen declinou de 100 para 72,2%. As formulações “strip-on” contendo
dinotefuran associado ou não com piriproxifen não diferiram entre si (p > 0,05).
Estu
dos realizados demonstraram que gatos tratados com imidacloprid, submetidos a
desafios semanais com infestações de pulgas, permaneceram protegidos contra reinfestações
por um período entre quatro e cinco semanas. (JACOBS et al., 1997). Resultados semelhant
es
foram observados neste estudo, no qual os cães ficaram protegidos por um período de quatro
semanas.
4
.4.2 Atividade das formulações spray
Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela 14. O número médio de pulgas
recuperadas no grupo controle foi de 68,8; 76; 82,6; 87,4; 83,2 e 75,4; respectivamente para
os dias +1, +7, +14, +21, +28 e +35.
Para o grupo dinotefuran, o número médio de pulgas observado foi de zero; zero; 0,4;
2,0 e 27,8; para os dias +1, +7, +14, +21 e +28, respectivamente. As eficácias observadas
foram de 100; 100; 99,5; 97,7 e 66,6; respectivamente para os dias citados anteriormente.
Com relação ao grupo dinotefuran mais IGR, o número médio de pulgas observado foi
de zero; zero; zero; 0,6; 1,2 e 30,6; e as eficácias correspondentes foram de 100; 100; 100;
99,3; 98,6 e 59,4; respectivamente para os dias +1, +7, +14, +21, +28 e +35.
As formulações spray contendo dinotefuran associado ou não ao piriproxifen diferiram
entre si apenas no dia +28 (p
= 0,05). A formulaç
ão contendo dinotefuran mais piripfoxifen se
mostrou mais eficaz que a formulação contendo apenas o dinotefuran.
A formulação contendo o dinotefuran associado ao piriproxifen mostrou níveis de
eficácia sempre superiores aos da formulação contendo apenas o dinotefuran. Por se tratar de
um teste controlado a atividade do piriproxifen não foi avaliada, já que a sua principal atuação
é promover uma desinfestação ambiental, e consequentemente prevenir a reinfestação dos
animais.
32
Tabela 13. Eficácia de duas formulações “strip-on”, uma contendo
dinotefuran
a 30% (30
mg/kg)
e outra dinotefuran a 30% associado ao IGR piriproxifen a 2,575% (2,6 mg/kg), no
controle de adultos de
Ctenocephalides felis
fel
is
em cães
Beagle
.
Grupos/ N
o
do
animal
Número de pulgas vivas após o tratamento
Dia + 1
Dia + 7
Dia + 14
Dia +21
Dia + 28
Dia + 35
Controle
1
75
86
84
90
101
97
2
87
94
84
49
73
60
3
62
82
93
73
85
82
4
91
64
70
76
47
55
5
54
100
100
80
98
58
Total
369
426
431
368
404
352
Média
73,8
a
85,2
a
86,2
a
73,6
a
80,8
a
70,4
a
Dinotefuran
6 0 0 0 6 7
16
7 0 0 4 2 6
23
8 0 0 1 8 5
27
9 0 0 3 3 2 3
10
2 1 8 3 0
15
Total
2 1
16
22
20
84
Média
0,4
b
0,2
b
3,2
b
4,4
b
4,0
b
16,8
b
Eficácia (
%)
99,5
99,8
96,3
94
95
76,1
Dinotefuran+
piriproxifen
11
0 0 2 2 2 4
12
0 0 0 2
33
12
13
0
0
1
1
10
19
14
0 0 0 7
11
51
15
0 0 0 1 5
12
Total
0 0 3
13
61
98
Média
0
b
0
b
0,6
b
2,6
b
12,2
b
19,6
b
Eficácia (%)
100
100
99,3
96,5
85
72,2
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
33
Tabela
14
. Eficácia de duas formulações spray, uma contendo
dinotefuran
a 0,834% (25
mg/kg)
e outra contendo dinotefuran a 0,834% associado ao piriproxifen a 0,148%
(4,4
mg/kg)
, no controle de adultos de
Ctenocephalides felis felis
em cães
Beagle
.
Grupos/ N
o
do
animal
Número de pulgas vivas após o tratamento
Dia + 1
Dia + 7
Dia + 14
Dia +21
Dia + 28
Dia + 35
Controle
1
85
85
80
86
88
85
2
60
61
70
56
59
62
3
78
79
106
99
76
86
4
58
94
73
101
96
82
5
62
61
84
95
97
62
Total
343
380
413
437
416
377
Média
68,6
a
76
a
82,6
a
87,4
a
83,2
a
75,4
a
Dinotefuran
6 0 0 0 0
65
-
7 0 0 0 0 2 -
8 0 0 1 2
17
-
9 0 0 1 3
30
-
10
0 0 0 5
25
-
Total
0
0
2
10
139
-
Média
0
b
0
b
0,4
b
2
b
27,8
b
-
Eficácia (%)
100
100
99,5
97,7
66,6
-
Dinotefuran +
piriproxifen
11
0 0 0 2 4
23
12
0 0 0 0 1
16
13
0 0 0 0 0
23
14
0 0 0 1 1
41
15
0 0 0 0 0
50
Total
0 0 0 3 6
153
Média
0
b
0
b
0
b
0,6
b
1,2
c
30,
6
b
Eficácia (%)
100
100
100
99,3
98,6
59,4
abc
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
34
4.5 Atividade em Nível de Campo
do
Dinotefuran Associado ou não a um Regulador de
Crescimento de Insetos (IGR), em D
ua
s Formulações Distintas, no Controle de A
dultos
de
Ctenocephalides felis felis
em Cães
4.5.1 Atividade das formulações spray contendo dinotefuran associado ou não ao
piriproxifen
Os resultados podem ser observados nas Tabelas 15 e 16. Com relação ao desafio
da
formulação contendo apenas o dinotefuran, o número médio foi de 73,3 pulgas por animal
antes do tratamento. Após o tratamento, o número médio de pulgas por animal foi de 3,5; 4,1;
4,6; 5,6; 1,7; 2,4; 3,0 e 6,3 (p > 0,05); e as eficácias correspondentes foram de 95,2; 94,4;
93,7; 92,4; 97,7; 96,7; 95,9 e 91,4%; respectivamente para os dias +7, +14, +21, +28, +35,
+42, +49 e +56 (Tabela 15).
para a formulação contendo dinotefuran associado ao IGR piriproxifen, o mero
médio de pulgas observado para os dias +7, +14, +21, +28, +35, +42, +49 e +56,
respectivamente foi de zero; zero; 0,2; 0,1; 2,0; 1,1; 3,6 e 6,5; com as eficácias
correspondentes de 100; 100; 99,6; 99,8; 96,3; 98; 93,4 e 88,1%. Nas primeiras quatro
semanas as médias não diferiram entre si (p > 0,05). A quinta, a sexta e a sétima semanas não
diferiram entre si, mas diferiram das demais (p = 0,05). A oitava semana diferiu de todas as
semanas anteriores (Tabela 16).
No presente estudo em apenas três animais foram observadas pulgas vivas nas
primeiras três semanas, que apesar dos meros de animais positivos para a infestação ter
aumentado nas semanas subseqüentes ao tratamento, os níveis de eficácia foram superiores ou
iguais a 88%.
Não existe no mercado uma formulação spray de um neonicotinóide, apenas em uma
formulação spot
-
on de imidacloprid e comprimidos de nitempiram.
A formulação contendo dinotefuran associado ao piriproxifen apresentou níveis
superiores de eficácia do que a formulação contendo apenas dinotefuran nas primeiras quatro
sem
anas. Tais resultados podem estar relacionados à atividade do piriproxifen, que vai atuar
na desinfestação progressiva do ambiente sobre ovos e larvas de pulgas, reduzindo assim o
desafio ambiental e consequentemente a reinfestação dos animais (CORREIA et al., 2005). O
piriproxifen também pode atuar nas meas de pulga na formação dos ovos, produzindo ovos
anormais (PALMA; et al., 1993), sobre as larvas e na emergência de adultos do pupário
(ROSS et al., 1998).
4.5.2 Atividade das formulações “strip-
on”
contendo dinotefuran associado ou não ao
piriproxifen
Os resultados podem ser observados nas Tabelas 17 e 18. Com relação à formulação
contendo apenas o dinotefuran, o número médio de pulgas e as eficácias correspondentes
foram de 1,9 e 98,5%; 2,3 e 98,3%; 2,0 e 98,4%; 4,3 e 96,7%; 7,5 e 94,3%; 11 e 91,1%; 22,6
e 82,9%; e 34,4 e 74%, respectivamente para os dias +7, +14, +21, +28, +35, +42, +49 e +56.
As médias não diferiram entre si nas quatro primeiras semanas (p > 0,05), a quinta e a sexta
semana diferiram das quatro primeiras semanas (p = 0,05), mas não diferiram entre si, assim
como a sétima e a oitava (Tabela 17).
35
Tabela 15. Eficácia em nível de campo de uma formulação spray contendo 0,834% de
dinotefuran (25 mg/kg) no controle de adultos de
Ct
enocephalides felis felis em cães de
diferentes raças.
N
o
do
animal
Número de pulgas antes e após o tratamento
Dia 0
Dia +7
Dia
+14
Dia
+21
Dia
+28
Dia
+35
Dia
+42
Dia
+49
Dia
+56
1
34
0 0 0 0 0 0 0 4
2
99
0 0 0 0 0 0 0 3
3
107
0 0 0 0 0 0 1 5
4
103
0
0
0
0
1
2
2
8
5
163
0 1 3 8 0
10
9
16
6
138
0 0 0 - - - - -
7
21
0 0 0 0 0 0 0 0
8
73
0 0 0 0 0 0 0 0
9
82
42
48
52
54
16
7
11
15
10
9
0
0
0
0
-
-
-
-
11
30
0 0 0 0 0 3 4 6
12
21
0 0 0 0 0 - - -
Total
880
42
49
55
62
17
22
27
57
Médi
a
73,3
a
3,5
b
4,1
b
4,6
b
5,6
b
1,7
b
2,4
b
3,0
b
6,3
b
Eficácia %
-
95,2
94,4
93,7
92,4
97,7
96,7
95,9
91,4
ab
M
édias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
Tabela 16. Eficácia em nível de campo de uma formulação spray contendo 0,834% de
dinotefuran (25 mg/kg) associado a 0,148% de piriproxifen (4,4 mg/kg) no controle de adultos
de
Ctenocephalides felis felis
em cães de diferentes raças.
N
o
do
animal
Número de pulgas antes e após o tratamento
Dia 0
Dia
+7
Dia
+14
Dia
+21
Dia
+28
Dia
+35
Dia
+42
Dia
+49
Dia
+56
1
120
0 0 0 0 0 0 0 1
2
26
0 0 0 0 0 1 0 0
3
65
0 0 0 0 0 0 4 8
4
30
0
0
0
0
5
2
5
8
5
39
0 0 0 0 0 0 1 3
6
26
0 0 0 0 3 3 5 5
7
26
0 0 0 0 0 0 0 1
8
73
0 0 0 0 2 1 3
12
9
52
0 0 2 1 2 - - -
10
77
0 0 0 0 0 0 2 4
11
17
0 0 0 0 8 5
12
13
12
107
0 0 0 0 4 0 8
16
Total
658
0 0 2 1
24
12
40
71
Média
54,8
a
0
b
0
b
0,2
b
0,1
b
2,0
c
1,1
c
3,6
c
6,5
d
Eficácia%
100
100
99,6
99,8
96,3
98
93,4
88,1
abcd
M
édias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
36
Tabela 17. Eficácia em nível de campo de uma formulação “strip-on” contendo 30% de
dinotefuran (30 mg/kg) no controle de adultos de Ctenocephalides felis felis em cães de
diferentes raças.
N
o
do
animal
Número de pulgas antes e após o tratamento
Dia 0
Dia +7
Dia
+14
Dia
+21
Dia
+28
Dia
+35
Dia
+42
Dia
+49
Dia
+56
1
215
4 2 4 6
10
15
18
25
2
78
3 1 3 5
11
12
21
20
3
73
0 1 1 3 8
10
20
32
4
133
1
0
0
2
5
9
17
31
5
172
0 1 1 4 7
11
19
27
6
150
2 3 3 4 9
16
15
26
7
181
2 3 5 6 5
17
25
33
8
168
0 2 3 5 6
12
23
39
9
129
4 5 1 6
10
10
19
48
10
86
1
2
2
5
4
8
27
32
11
65
3 3 0 2 7
12
32
51
12
142
3 4 1 3 8 9
35
49
Total
1592
23
27
24
51
90
141
271
413
Média
132,7
a
1,9
b
2,3
b
2,0
b
4,3
b
7,5
c
11
c
22,6
d
34,4
d
Eficácia %
-
98,5
98,3
98,4
96,7
94,3
91,1
82,9
74,0
abc
d
M
édias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
Para a formulação contendo dinotefuran associado ao IGR piriproxifen, o número
médio de pulgas e as eficácias correspondentes, respectivamente foram de zero e 1
00% para o
dia +7, 0,1 e 99,9% para o dia +14; 0,7 e 99,4% para o dia +21; 1,0 e 99,1 para o dia +28; 7,0
e 94,2% para o dia +35; 17 e 86% para o dia +42, e 23 e 81,1% para o dia +49. Nas primeiras
quatro semanas as médias de pulgas recuperadas não diferir
am entre si (p > 0,05). Já na quinta
semana a média diferiu nas semanas anteriores e das sexta e sétima semanas, que o
diferiram entre si (Tabela 18).
Em um ensaio em nível de campo Dryden et al. (1997) avaliaram a eficácia do
imidacloprid em cães e gatos. Os animais sofreram três tratamentos com intervalos de 28 a 30
dias. Os autores observaram uma redução na população de pulgas de 86,8% por volta do 28
o
dia
(quatro semanas), e níveis de eficácia superiores a 95% até o 90
o
dia
(doze semanas).
Resultados
superiores foram observados no presente estudo no qual os animais foram tratados
apenas no dia 0, e foram observados níveis de eficácia superiores a 95% no dia 28 após o
tratamento, para ambas as formulações.
Num ensaio a campo na Austrália, 59 cães foram tratados com uma formulação tópica
de imidacloprid para o controle de
C. felis
. Oitenta e oito por cento dos cães não apresentaram
pulgas após 24 horas do tratamento. Por volta da sétima semana, apenas dois cães
apresentaram níveis baixos e médios de infes
tação (HOPKINS, 1997).
Como no desafio das formulações spray, a formulação contendo o piriproxifen
associado apresentou níveis de eficácia superiores aos da formulação contendo apenas
dinotefuran.
O uso de um regulador de crescimento dos insetos previne a eclosão das larvas e o
desenvolvimento da larva até adulto, consequentemente a pulga tem seu ciclo interrompido
ocorrendo assim uma redução na infestação do ambiente e consequentemente nas
reinfestações dos animais domésticos.
37
Tabela 18. Eficácia em nível de campo de uma formulação “strip-on” contendo 30% de
dinotefuran (30 mg/kg) associado a 2,575% de piriproxifen (2,6 mg/kg) no controle de adultos
de
Ctenocephalides felis felis
em cães de diferentes raças.
N
o
do
animal
Número de pulgas antes e após
o tratamento
Dia 0
Dia +7
Dia +14
Dia +21
Dia +28
Dia +35
Dia +42
Dia +49
1
138
0 0 0 0 6
10
12
2
121
0 0 0 0 8
13
16
3
163
0 0 2 0
11
19
19
4
78
0 0 0 3 5
12
20
5
108
0 0 2 2 7
20
25
6
138
0 1 1 0 4
12
21
7
150
0 0 1 1
10
23
31
8
95
0 0 0 0 8
21
22
9
82
0 0 0 4 6
18
32
10
133
0 0 2 0 5
17
29
11
138
0 0 0 1 7
22
26
Total
1344
0 1 8
11
77
187
253
Média
122,2
a
0
b
0,1
b
0,7
b
1,0
b
7,0
c
17,0
d
23
d
Eficácia %
-
100
99,9
99,4
99,1
94,2
86,0
81,1
abc
d
M
édias com a mesma letra não d
iferem significativamente (p > 0,05).
4.6 Atividade do Resíduo no Pêlo de Cães Tratados com Duas Formulações Distintas
Contendo Dinotefuran no Controle de Formas Evolutivas de Ctenocephalides felis felis
Presentes no Ambiente
4.
6.1
A
tividade adulticida
das formulações spray
e “strip
-
on”
de dinotefuran
no controle
de
Ctenocephalides felis felis
Os
resultados podem ser observados nas Tabelas 19 a 24. Dois dias após o tratamento
o número médio de pulgas vivas no grupo controle para os diferentes períodos de tempo foi
de 10; 10; 10; 9,7; 9,5 e 9,5; respectivamente para 10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8
horas, 16 horas e 24 horas após o desafio. Para a formulação spray, o número médio de pulgas
vivas e as eficácias, respectivamente foram de 10 e 0% para 10 minutos; 10 e 0% para 30
minutos; 5,5 e 45% para duas horas; 1,7 e 82,5% para oito horas; 0,5 e 94,7% para 16 horas; e
zero e 100% para 24 horas. Para a formulação “strip-on”, o número médio de pulgas vivas e
as eficácias correspondentes, respectivamente, foram de 10 e 0% para 10 minutos; 10 e 0%
para 30 minutos; 7,7 e 23% para duas horas; 2,0 e 79,4% para oito horas; 0,3 e 96,8% para 16
horas; e zero e 100% para 24 horas (Tabela 19). Observou-se diferença significativa entre as
médias dos grupos tratado e controle, por todos os períodos de tempo de observação (p
=
0,05). Não ocorreu diferença entre as médias de adultos vivos observados nos diferentes
grupos tratados (p > 0,05).
38
Tabela
19
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis
felis,
dois dias após o tratamento.
Grupos/Repetições
Número de adultos vivos em diferentes períodos de tempo
10 min
30 min
2 h
8 h
16 h
24 h
Controle
1
10
10
10
10
10
10
2
10
10
10
10
10
10
3
10
10
10
9 9 9
4
10
10
10
9 8 8
5
10
10
10
10
10
10
6
10
10
10
10
10
10
Total
60
60
60
58
57
57
Média
10
a
10
a
10
a
9,7
a
9,5
a
9,5
a
Spray
1
10
10
6 1 0 0
2
10
10
5 1 1 0
3
10
10
5 2 1 0
4
10
10
6 2 1 0
5
10
10
6 1 0 0
6
10
10 5 3 0 0
Total
60
60
33
10
3 0
Média
10
a
10
a
5,5
b
1,7
b
0,5
b
0
b
Eficácia (%)
0 0
45
82,5
94,7
100
“Strip
-
on”
1
10
10
8 1 0 0
2
10
10
7 3 1 0
3
10
10
6 4 0 0
4
10
10
8 1 0 0
5
10
10
8 0 0 0
6
10
10
9 3 1 0
Total
60
60
46
12
2 0
Méd
ia
10
a
10
a
7,7
a
2,0
b
0,3
b
0
b
Eficácia (%)
0 0
23
79,4
96,8
100
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
39
Nove dias após o desafio, o número médio de pulgas vivas para o grupo controle foi de 10;
10; 10;
10; 9,7 e 9,7; respectivamente para os períodos de 10 minutos, 30 minutos, duas horas,
oito horas, 16 horas e 24 horas. Para a formulação spray, o número médio de pulgas vivas e as
eficácias foram de 9,8 e 2,0%; 9,0 e 10%; 5,2 e 48%; 2,7 e 73%; 1,3 e 87%; e 0,2 e 97,9%,
respectivamente para 10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8 horas, 16 horas e 24 horas após o
desafio. Para a formulação “strip
-
on”, o número médio de pulgas vivas e as eficácias foram de
10 e 0%; 9,7 e 3,0%; 6,3 e 37%; 2,3 e 77%; 1,2 e 88%; e zero e 100%, respectivamente para
10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8 horas, 16 horas e 24 horas após o desafio (Tabela 20).
Observou
-se diferença significativa entre as médias dos grupos tratado e controle, por todos
os períodos de tempo de observação (
p
= 0,05). Não ocorreu diferença entre as médias de
adultos vivos observados nos diferentes grupos tratados (p > 0,05).
Dezesseis dias após o tratamento, o número médio de pulgas vivas para o grupo
controle foi de 10; 10; 10; 10; 10 e 10, respectivamente para 10 minutos, 30 minutos, duas
horas, 8 horas, 16 horas e 24 horas após o desafio. Para a formulação spray, o número médio
de pulgas vivas e as eficácias foram de 10 e 0%; 8,3 e 17%; 4,0 e 60%; 1,7 e 83%; 0,2 e 98%;
e zero e 100%, respectivamente para10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8 horas, 16 horas e
24 horas após o desafio. Para a formulação “strip-on”, o número médio de pulgas vivas e as
eficácias correspondentes foram de 10 e 0%; 4,3 e 57%; 1,2 e 88%; 0,7 e 93%; zero e 100%; e
zero e 100%, respect
ivamente para 10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8 horas, 16 horas e 24
horas após o desafio (Tabela 21). Observou-se diferença significativa entre as médias dos
grupos tratado e controle, por todos os períodos de tempo de observação (p = 0,05). N
ão
ocorr
eu diferença entre as médias de adultos vivos observados nos diferentes grupos tratados
(p > 0,05).
Vinte três dias após o tratamento, o número médio de pulgas vivas observado no grupo
controle foi de 10 em todos os períodos de desafio. Para a formulação spray, o número médio
de pulgas vivas e as eficácias correspondentes foram de 10 e 0% para os períodos de tempo de
10 minutos, 30 minutos, duas horas e oito horas, e de 7,7 e 23% para os períodos de tempo de
16 e 24 horas após o desafio. Para a formulação “
strip
-on”, o mero médio de pulgas vivas e
as eficácias correspondentes foram de 10 e 0% para os períodos de tempo de 10 minutos, 30
minutos, duas horas e oito horas, e de zero e 100% para os períodos de tempo de 16 e 24
horas após o desafio (Tabela 22).
Observou
-se diferença significativa entre as médias dos
grupos tratados com a formulação “strip-on” e controle, por todos os períodos de tempo de
observação (p = 0,05). Não ocorreu diferença entre as médias de adultos vivos observados
entre o grupo control
e e a formulação spray em nenhum dos tempos de observação (p > 0,05).
As médias de pulgas vivas do grupo “strip-on” foram inferiores ao do grupo spray e controle
por todo período de observação (p
= 0,05).
Trinta dias após o tratamento, o número médio de pulgas vivas para o grupo controle
foi de 10; 9,7; 9,7; 9,5; 9,0; e 9,0; respectivamente para 10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8
horas, 16 horas e 24 horas após o desafio. Para a formulação spray, o número médio de pulgas
vivas e as eficácias correspondentes foram de 10 e 0%; 10 e 0%; 9,8 e 0%; 8,8 e 7,4%; 7,8 e
13%; e 6,2 e 31%, respectivamente para 10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8 horas, 16
horas e 24 horas após o desafio. Para formulação “strip-on”, o número médio de pulgas vivas
e as eficácias correspondentes foram de 10 e 0%; 10 e 0%, 10 e 0%; 7,3 e 23,1%; 5,5 e
38,9%; e 3,7 e 58,9%, respectivamente 10 minutos, 30 minutos, duas horas, 8 horas, 16 horas
e 24 horas após o desafio (Tabela 23).
Não ocorreu diferença entre as médias de adultos vivos
observados entre o grupo controle e a formulação spray em nenhum dos tempos de
observação (p > 0,05). As médias de pulgas vivas do grupo spray foram superiores ao do
grupo “strip
-
on” e controle a partir de 16h de observação (p
= 0,05).
40
Tabela
20
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis
felis,
nove dias após o tratamento.
Grupos/Repetições
Número de adultos vivos em diferentes períodos de
tempo
10 min
30 min
2 h
8 h
16 h
24 h
Controle
1
10
10
10
10
10
10
2
10
10
10
10
9 9
3
10
10
10
10
10
10
4
10
10
10
10
10
10
5
10
10
10
10
9 9
6
10
10
10
10
10
10
Total
60
60
60
60
58
58
Média
10
a
10
a
10
a
10
a
9,7
a
9,7
a
Spray
1
10
7 5 3 1 0
2
10
9 6 2 1 0
3
9 9 5 3 2 1
4
10
9 3 2 0 0
5
10
10
6 3 3 0
6
10
10
6 3 1 0
Total
59
54
31
16
8 1
Média
9,8
a
9,0
a
5,2
b
2,7
b
1,3
b
0,2
b
Eficácia (%)
2,0
10
48
73
87
97,9
“Strip
-
on”
1
10
10
5 3 3 0
2
10
10
5 2 0 0
3
10
9 7 1 0 0
4
10
10
7 2 1 0
5
10
9 7 2 0 0
6
10
10
7 4 3 0
Total
60
58
38
14
7 0
Média
10
a
9,7
a
6,3
b
2,3
b
1,2
b
0
b
Eficácia (%)
0 3
37
77
88
100
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
41
Tabela
21
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis
felis,
16 dias após o tratamento.
Grupos/Repetições
Número de adultos vivos em diferentes períodos de tempo
10 min
30 min
2 h
8 h
16 h
24 h
Controle
1
10
10
10
10
10
10
2
10
10
10
10
10
10
3
10
10
10
10
10
10
4
10
10
10
10
10
10
5
10
10
10
10
10
10
6
10
10
10
10
10
10
Total
60
60
60
60
60
60
Média
10
a
10
a
10
a
10
a
10
a
10
a
Spray
1
10
9 3 1 0 0
2
10
10
9 4 1 0
3
10
9 5 2 0 0
4
10
8 5 2 0 0
5
10
5 0 0 0 0
6
10
9 2 1 0 0
Total
60
50
24
10
1 0
Média
10
a
8,3
a
4,0
b
1,7
b
0,2
b
0
b
Eficácia (%)
0
17
60
83
98
100
“Strip
-
on”
1
10
6 0 0 0 0
2
10
7 0 0 0 0
3
10
3 0 0 0 0
4
10
6 4 2 0 0
5
10
1 0 0 0 0
6
10
3 3 2 0 0
Total
60
26
7 4 0 0
Média
10
a
4,3
b
1,2
b
0,7
b
0
b
0
b
Eficácia (%)
0
57
88
93
100
100
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
42
Tabela
22
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis
felis,
23 dias após o tratamento.
Grupos/Repetições
Número de adultos vivos em diferentes períodos de tempo
10 min
30 min
2 h
8 h
16 h
24 h
Controle
1
10
10
10
10
10
10
2
10
10
10
10
10
10
3
10
10
10
10
10
10
4
10
10
10
10
10
10
5
10
10
10
10
10
10
6
10
10
10
10
10
10
Total
60
60
60
60
60
60
Média
10
a
10
a
10
a
10
a
10
a
10
a
Spray
1
10
10
10
10
7 7
2
10
10
10
10
9 9
3
10
10
10
10
10
10
4
10
10
10
10
3 3
5
10
10
10
10
10
10
6
10
10
10
10
7 7
Total
60
60
60
60
46
46
Média
10
a
10
a
10
a
10
a
7,7
a
7,7
a
Eficácia (%)
0 0 0 0
23
23
“Strip
-
on”
1
10
10
10
10
0 0
2
10
10
10
10
0 0
3
10
10
10
10
0 0
4
10
10
10
10
0 0
5
10
10
10
10
0 0
6
10
10
10
10
0 0
T
otal
60
60
60
60
0 0
Média
10
a
10
a
10
a
10
a
0
b
0
b
Eficácia (%)
0 0 0 0
100
100
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
43
Tabela
23
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis
felis,
30 dias após o tratamento.
Grupos/Repetições
Número de adultos vivos em diferentes períodos de tempo
10 min
30 min
2 h
8 h
16 h
24 h
Controle
1
10
10
10
9 8 8
2
10
10
10
10
10
10
3
10
10
10
10
9 9
4
10
10
10
10
9 9
5
10
10
10
10
10
10
6
10
8 8 8 8 8
Total
60
58
58
57
54
54
Média
10
a
9,7
a
9,7
a
9,5
a
9,0
a
9,0
a
Spray
1
10
10
10
7 4 2
2
10
10
10
9 9 6
3
10
10
10
10
10
10
4
10
10
9 7 7 7
5
10
10
10
10
10
7
6
10
10
10
10
7 5
Total
60
60
59
53
47
37
Média
10
a
10
a
9,8
a
8,8
a
7,8
ab
6,2
ab
Eficácia (%)
0 0 0
7,4
13
31
“Strip
-
on”
1
10
10
10
9 7 3
2
10
10
10
6 5 3
3
10
10
10
10
8 7
4
10
10
10
3 2 1
5
10
10
10
9 6 5
6
10
10
10
7 5 3
Total
60
60
60
44
33
22
Média
10
a
10
a
10
a
7,3
a
5,5
b
3,7
b
Eficácia (%)
0 0 0
23,1
38,9
58,9
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
44
Trinta e sete dias após o tratamento, o número médio de pulgas vivas observado no grupo
controle foi de 10 para os períodos de tempo de 10 minutos, 30 minutos, duas horas, oito
horas e 16 horas, e de 9,8 para 24 horas após o desafio. Nesta etapa do desafio foi dada
continuidade apenas para a formulação “strip-on”. O número médio de pulgas vivas
observado
foi de 10 para os períodos de desafio de 10 minutos, 30 minutos, duas horas e oito
horas, de 9,5 e 9,8 para os períodos de desafio de 16 e 24 horas, respectivamente. A eficácia
foi de 100% para os períodos de desafio de 10 minutos, 30 minutos, duas horas e oito horas, e
de 5 e 20,4%, respectivamente para os períodos de desafio de 16 e 24 horas (Tabela 24).
As
médias do controle e da formulação “strip-on” não diferiram entre si nos diferentes períodos
de tempo, mostrando que ao final de 37 dias a formulação não mostrava mais eficácia. As
eficácias para todos os dias de desafio ao final de 24 horas podem ser observadas na Figura 2.
Observando
-se os resultados e a análise dos dados pode-se observar que
primeiramente o dinotefuran em ambas as formulações, obteve os mais altos índices de
eficácia entre 16 e 24h após a exposição dos adultos aos pêlos tratados. Na prática isto pode
significar que após o tratamento de cães com o dinotefuran o produto obterá sua eficácia no
máximo após 24h após o tratamento.
O dinotefuran se mostrou semelhante em sua atividade adulticida, em ambas as
formulações spray e “strip-on”, quando comparado com o imidacloprid, outro neonicotinoide,
em um ensaio semelhante, no qual foi avaliada a sua atividade adulticida utilizando pêlos de
cãe
s tratados com uma formulação “spot
-
on” (MEHLHORN et al., 2001), no qual é ressaltada
a importância do período residual nos pêlos que se desprendem dos animais como forma de
controle ambiental das formas imaturas (ovos e larvas) e adultos de pulgas de cães
.
Tabela
24
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis
felis,
37 dias após o tratamento.
Grupos/Repetições
Número de adultos vivos em diferentes períodos de tempo
10
min
30 min
2 h
8 h
16 h
24 h
Controle
1
10
10
10
10
10
9
2
10
10
10
10
10
10
3
10
10
10
10
10
10
4
10
10
10
10
10
10
5
10
10
10
10
10
10
6
10
10
10
10
10
10
Total
60
60
60
60
60
59
Média
10
a
10
a
10
a
10
a
10
a
9,8
a
“Strip
-
on”
1
10
10
10
10
10
10
2
10
10
10
10
8 6
3
10
10
10
10
10
9
4
10
10
10
10
9 6
5
10
10
10
10
10
9
6
10
10
10
10
10
7
Total
60
60
60
60
57
47
Média
10
a
10
a
10
a
10
a
9,5
a
7,8
a
Eficácia (%)
0 0 0 0
5,0
20,4
a
Colunas com médias com a mesma letra não
diferem significativamente (p > 0,05).
45
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2
9
16
23
30
37
Eficácia (%)
Dias de desafio
Spray
Strip
-
on
Figura 2. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre adultos de
Ctenocephalides felis
felis
.
46
4.6.2
Atividade larvicida das formulações spray e “strip-
on”
de dinotefuran no controle
de
Ctenocephalides felis felis
Os
resultados podem ser observados na Tabela 25. O mero médio de adultos
emergidos no grupo controle foi de 9,5 para os dias +2, +9 e +16, de 9,8 e 9,0 para os dias
+23 e +30, respectivamente, e de 9,7 para os dias +37 e +44. As eficácias podem ser
observadas na Figura 3. Para a formulação spray, o número médio de adultos observado e as
eficácias correspondentes foram de zero e 100% para os dias +2 e +9, de 0,2 e 97,9%; 1,2 e
87,7; 0,7 e 92,2%; 0,3 e 96,9%; zero e 100%, respectivamente para os dias +16, +23, +30,
+37 e +44.
A formulação spray de dinotefuran não diferiu significativamente da formulação
“strip
-on” (p > 0,05), no que diz respeito ao número médio de adultos vivos. Ambas as
formulaçõe
s tiveram suas médias de adultos inferiores ao do grupo controle por todos os 44
dias após o tratamento (p = 0,05). Resultados semelhantes foram obtidos por Mehlhorn et al.
(2001) em um único desafio empregando o imidacloprid. Jacobs et al. (2000) apesar de terem
utilizado uma metodologia distinta, mas com o mesmo objetivo, observaram que a atividade
larvicida do imidacloprid em cobertores de lã onde os gatos tratados repousavam foi de 100%
na primeira semana declinando para 60 e 74%, nas terceira e quarta semana após o
tratamento. Tais resultados foram semelhantes aos obtidos neste estudo apenas na primeira
semana, e inferiores aos obtidos neste estudo que durou sete semanas com atividade larvicida
entre 87 e 100%.
A atividade larvicida do dinotefuran é benéfica, pois contribui com o controle
ambiental. Na ausência de larvas, conseqüentemente de pupas e adultos recém emergidos no
ambiente, os animais estariam protegidos de possíveis reinfestações pelo menos até o próximo
tratamento. Esta atividade larvicida ocorreria principalmente nos locais de repouso dos
animais, nos quais se encontrariam a maior concentração da população ambiental de pulgas,
em função do desprendimento de pêlos contendo resíduos do inseticida.
Assim como as partículas fecais e os ovos produzidos pelas pulgas adultas, as
descamações cutâneas de animais tratados com imidacloprid tendem a se concentrar mais nos
locais onde cães e gatos geralmente repousam. E é justamente nessas áreas restritas que as
descamações, impregnadas com o princípio ativo, passam a exercer efeito larvicida de algum
significado prático, contribuindo para um melhor e mais rápido controle das formas imaturas
ambientais (FISHER et al., 1996). Nesse aspecto, e na dependência de cada situação em
particular, praticamente fica eliminada a necessidade de tratamentos ambientais (DRYDEN
et
al.
, 1997).
47
T
ab
ela
25
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre larvas de
Ctenocephalides felis
felis
.
Grupos/
Repetições
Nº de adultos emergidos 20 dias após cada desafio
Dia + 2
Dia + 9
Dia + 16
Dia + 23
Dia + 3
0
Dia + 37
Dia + 44
Controle
1 9
10
9
10
9
10
9
2
10
9
10
10
9 9
10
3
10
10
10
10
9
10
10
4 9
10
9
10
8 9
10
5 9 9 9
10
9
10
10
6
10
9
10
9
10
10
9
Total
57
57
57
59
54
58
58
Média
9,5
a
9,5
a
9,5
a
9,8
a
9,0
a
9,7
a
9,7
a
Spray
1 0 0 0 1 1 1 0
2 0 0 0 1 1 0 0
3 0 0 0 0 1 0 0
4 0 0 1 1 0 1 0
5 0 0 0 2 0 0 0
6 0 0 0 2 1 0 0
Total
0 0 1 7 4 2 0
Média
0
b
0
b
0,2
b
1,2
b
0,7
b
0,3
b
0
b
Eficácia (%)
100
100
97,9
87,7
92,2
96,9
100
“Strip
-
on”
1 0 0 0 1 0 0 0
2 0 0 1 0 0 0 0
3 0 0 0 1 0 0 0
4 0 0 0 0 0 0 0
5 0 0 0 0 0 0 0
6
0
0
0
0
0
0
0
Total
0 0 1 2 0 0 0
Média
0
b
0
b
0,2
b
0,3
b
0
b
0
b
0
b
Eficácia (%)
100
100
97,9
96,9
100
100
100
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05
).
48
0
20
40
60
80
100
2 9
16 23 30
37 44
Eficácia (%)
Dias de desafio
Spray
Strip
-
on
Figura 3. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre larvas de
Ctenocephalides felis
felis
.
49
4.6.3
A
tividade ovicida
das formulações spray
e “strip
-
on”
de dinotefuran
no controle de
Ctenoceph
alides felis felis
Os
resultados podem ser observados na Tabela 26. No grupo controle, o mero
médio de larvas eclodidas foi de 9,3; 9,7; 8,7; 9,3 e 7,0 para os dias +2, +9, +16, +23 e +30
respectivamente. No grupo spray, o número médio de larvas observado foi de zero; 2,2; 5,2;
5,3 e 6,3 respectivamente para os dias +2, +9, +16, +23 e +30. No grupo “strip
-
on”, o número
médio de pulgas observado foi de zero; 5,2; 7,0; 8,0 e 6,2
para os dias +2, +9, +16, +23 e +30
respectivamente.
No dia +2, a eficácia para os dois grupos tratados foi de 100% (p > 0,05), mostrando
que o resíduo de produto presente no pêlo do animal tratado foi capaz de inibir a eclosão das
larvas de C. felis felis. Ao longo dos demais dias de desafio, pode ser observado um declínio
na eficácia de ambos os grupos. No dia +9, a eficácia foi de 77,3% para a formulação spray e
de 46,4% para a formulação “strip-on” (p > 0,05). No dia +16, a eficácia foi de 40,2 e 19,5%,
respectivamente para as formulações spray e “strip-on” (p > 0,05). No dia +
23,
a eficácia foi
de 43 e 14% para as formulações spray e “strip-on” respectivamente (p = 0,05). No dia +30,
para as formulações spray e “strip-on”, as eficácias foram de 10 e 11,4%, respectivamente (p
> 0,05) (Figura 4).
O dinotefuran impediu a eclosão de larvas apenas dois dias após o tratamento, mas
vale ressaltar que apesar da sua atividade ovicida ser baixa, as larvas eclodidas entrarão em
contato com o pêlo do animal tratado podendo ser submetidas à atividade larvicida que o
dinotefuran possui.
50
Tabe
la
26
. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre ovos de
Ctenocephalides felis
felis
.
Grupos/
Repetições
Número de larvas eclodidas após 72 horas do desafio
Dia + 2
Dia + 9
Dia + 16
Dia + 23
Dia + 30
Controle
1 9
10
9 9 6
2 8 9 8
10
8
3
10
10
8
10
7
4
10
9 9 9 8
5 9
10
10
9 7
6
10
10
8 9 6
Total
56
58
52
56
42
Média
9,3
a
9,7
a
8,7
a
9,3
a
7,0
a
Spray
1 0 6 4 3 5
2 0 1 3 5 6
3 0 2 5 7 5
4 0 1 7 6 7
5 0 2 4 8 7
6 0 1 8 3 8
Total
0
13
31
32
38
Média
0
b
2,2
b
5,2
b
5,3
b
6,3
a
Eficácia (%)
100
77,3
40,2
43
9,5
“Strip
-
on”
1 0 8 7 8 7
2 0 7 8 9 6
3 0 8 6 8 5
4 0 1 8 8 6
5 0 5 4 7 8
6
0
2
9
8
5
Total
0
31
42
48
37
Média
0
b
5,2
ab
7,0
ab
8,0
a
6,2
a
Eficácia (%)
10
0
46,4
19,5
14
11,4
ab
Colunas com médias com a mesma letra não diferem significativamente (p > 0,05).
51
0
20
40
60
80
100
2 9
16
23
30
Eficácia (%)
Dias de desafio
Spray
Strip
-
on
Figura 4. Atividade residual no pêlo de cães tratados com duas formulações distintas de
dinotefuran sobre ovos de
Ctenocephalides felis
felis
.
52
5 CONCLUSÕES
O neonicotinóide dinotefuran tem atividade inseticida sobre a pulga
Ctenocephalides
felis felis
.
Em relação ao teste in vitro, o dinotefuran a 0,417% mostrou uma eficácia parcial no
controle de ovos de
C.
felis felis. no controle de adultos de C. felis felis, as concentrações
de 0,2085; 0,417; 0,834; 1,668 e 3,336% de uma solução alcoólica de dinotefuran foram
eficazes.
A solução alcoólica de dinotefuran (formulação spray) na concentração de 0,834%,
que
corresponde a dose de 25 mg/kg, foi eficaz no controle de
C. felis felis
em cães.
A formulação de aplicação dorso-cutânea (“strip-on”) de dinotefuran na concentração
de 30%, que corresponde a dose de 30 mg/kg, foi eficaz no controle de
C. felis felis
em
cães.
As formulações spray, uma contendo apenas dinotefuran a 0,834% (25 mg/kg) e a
outra contendo dinotefuran a 0,834% (25 mg/kg) associado ao piriproxifen a 0,148% (4,4
mg/kg) mostraram o mesmo nível de eficácia.
A formulação “strip-on” contendo dinotefuran a 30% (30 mg/kg) associado ao
piripfoxifen a 2,575% (2,6 mg/kg) se mostrou mais eficaz que a formulação contendo apenas
o dinotefuran a 30% no controle de
C. felis felis
em cães.
Pêlos oriundos de cães tratados com o dinotefuran nas formulações spray e “strip-
on”
mostraram atividade residual sobre ovos, larvas e adultos de C. felis felis, sendo eficazes no
controle destas formas presentes no ambiente.
53
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme se tem observado nos últimos 20 anos, a busca por compostos
ectoparasiticidas que apresentem amplo espectro de atividade e elevada margem de segurança
tem sido uma constante.
Atualmente, o Brasil é o país onde existe o maior e mais diversificado arsenal
quimioterápico de emprego no controle de ectoparasitos de cãe
s. Produtos estes originários de
bases como os carbamatos, organofosforados, piretrinas, piretróides, formamidinas, lactonas
macrocíclicas, fenilpirazoles, neonicotinóides, os reguladores de crescimento de insetos,
dentre outros grupos de menor importância
.
Várias apresentações quanto à forma de aplicação destes compostos se fazem
presentes: pó (talco), pó molhável, loções para banho, sabonetes, aerossóis, sprays, “pour
-
on”,
“spot
-on”, “strip-on”, comprimidos, injetáveis, coleiras impregnadas ou extrusadas,
e
formulações microencapsuladas.
A eficácia, o espectro de atuação e o período residual de proteção variam de acordo
com as características físico-químicas inerentes das moléculas e seus respectivos grupos e, da
formulação e de sua forma de aplicação, que também podem sofrer influência de questões
biológicas ligadas ao parasito, assim como do nível de desafio parasitário do ambiente onde se
encontram.
A perspectiva para os próximos anos é o desenvolvimento de produtos com base nos
neonicotinóides associados ou não a outros ativos como os piretróides, e aos IGRs. Este
último grupo merece toda uma atenção especial, pois tem mecanismos distintos de atuação
com modo de ação voltado para mecanismos fisiológicos restritos aos insetos e ácaros, fato
que lhes con
fere elevada margem de segurança e eficácia.
Com todo este arsenal terapêutico disponível ainda não se logrou êxito no controle dos
ectoparasitos dos animais domésticos, como o esperado. Fatores como a escolha incorreta do
produto, aplicação errada, aplicações fora das épocas corretas, capacidade das populações de
parasitos selecionarem indivíduos resistentes a ectoparasiticidas e, a preocupação de voltar os
esforços de controle somente para as formas dos parasitos presentes no animal, se faz como
alguns d
os itens responsáveis por este insucesso.
Quando se vai optar pelo uso de um determinado parasiticida, deve-se sempre levar
em consideração a espécie animal a ser tratada, o parasito em questão, o ambiente em que o
animal vive, os contactantes do animal parasitado e, a disponibilidade financeira e de tempo
do proprietário. Para assim, se obter maior chance de sucesso na tentativa do controle dos
ectoparasitos.
Um moderno conceito no controle de pulgas enfatiza a necessidade de se proteger os
animais das reinfestações, eliminando do ambiente as reservas de ovos, larvas e pupas, além
de se controlar os adultos sobre o hospedeiro. O controle ideal é baseado na utilização de
compostos adulticidas no hospedeiro, associado ao controle das formas evolutivas prese
ntes
no ambiente através do emprego dos IGR’s no animal e/ou no ambiente, aliados ao controle
mecânico, realizados de forma sistemática.
Dentro desta premissa as formulações de dinotefuran contendo ou não o piriproxifen
se tornam importantes ferramentas no controle da pulga C. felis felis em cães. Pois mesmo as
que não contêm o IGR conseguem, através do resíduo do dinotefuran presente nos pêlos que
se desprendem dos cães, controlar as formas imaturas e os adultos presentes no ambiente.
54
7 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ABBOTT, W.S. A method of computing the effectiveness of an insecticide. Journal of
Economic Entomology
, v. 18, n. 1, p. 265
-
267, 1925.
ARTHER, R.G.; CUNNINGHAM, J.; DORN, H.; EVERETT. R.; HERR, L.G.; HOPKINS,
T. Efficacy of imidacloprid for removal and control of fleas (Ctenocephalides felis) on dogs.
American Journal of Veterinary Research
, v. 58, n. 8, p. 848
-
850, 1997.
AVELAR, D.M.; BUSSOLOTTI, A.S.; RAMOS, M.C.A.; LINARDI, P.M. Endosymbiontes
of
Ctenocephalides felis felis
(Siphonapt
era:Pulicidae) obteined from dogs captured in Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Journal of Invertebrate Pathology, v. 94, n. 2, p. 149-
152,
2007.
AYRES, M.; AYRES JR, M; AYRES, D.L.; SANTOS, A.S. BioEstat 4.0
Aplicações
estatísticas nas áreas das ciências biológicas e médicas. Sociedade Civil
Mamirauá/Imprensa Oficial do Estado do Pará, Belém, 4ª Edição, 324 p., 2005.
BAKER, R.T.; BEVERIDGE,I. Imidacloprid treatment of marsupials for fleas (
Pygiopsylla
hoplia
).
Journal of Zoo and Wildlife Medicine
,
v. 32, n. 3, p. 391
-
392, 2001.
BEARD, C.; BUTLER, J.F.; HALL, D.W. Prevalence and biology of endosymbionts of fleas
(Siphonaptera: Pulicidae) from dogs and cats in Alachua County, Florida. Journal of
Medical Entomology, v. 27, n. 6, p. 1050
-
1061, 1990.
BISHOP, B.F.; BRUCE, C.I.; EVANS, N.A.; GOUDIE, A.C.; GRATION, K.A.F.; GIBSON,
S.P.; PACEY, M.S.; PERRY, D.A.; WALSHE, N.D.A.; WITTY, M.J. Selamectin: a novel
broad
-
spectrum endectocide for dogs and cats.
Veterinary Parasitology
,
v.
91, n. 3
-
4, p. 163
-
176,
2000.
BOSSARD, R.L.; HINKLE, N.C.; RUST, M.K. Review of insecticide resistance in cat fleas
(Siphonaptera: Pulicidae).
Journal of Medical Entomology
, v. 35, n. 4, p. 415
-
422, 1998.
BREITSCHWERDT, E.B.; KORDICK, D. L.
Bartonella
infection in animals: carr
iership,
reservoir potencial, pathogenicity, and zoonotic potential for human infection.
Clinical
Microbiology Reviews
, v. 13, n. 3, p. 428
-
438, 2000.
CASIDA, J.E.; GAMMON, D.W.; GLICKMAN, A. H.; LAWRENCE, L.J. Mechanisms of
selection action of pyrethroid
insecticides.
Annual Review of Pharmacology and
Toxicology
, v. 23, n. 1, p. 413
-
438, 1983.
CAMPBELL, W.C.; BENZ, G.W. Ivermectin: a review of efficacy and safety. Journal of
Veterinary Pharmacology and Therapeutics
, v. 7, n. 1, p. 1-
16, 1984.
55
CHOMEL,
B.B.; KASTEN, R.W.; FLOYD-HAWKINS, K.; CHI, B.; YAMAMOTO, K.;
ROBERTS
-
WISON, J.; GURFIELD, A.N.; ABOTT, R.C.; PEDERSEN, N.C.; KOEHLER, J.
E. Experimental transmission of Bartonella henselae by the cat. Journal of Clinical
Microbiology
, v. 34, n. 8, p. 195
2-
1956, 1996.
COHEN, E. Chitin biochemistry: synthesis and inhibition. Annual Review of Entomology,
v. 32, n.1, p. 71
-
93, 1987.
CORBEL, V.; DUCHON, S.; ZAIM, M.; HOUGARD, J.M. Dinotefuran: a potential
neonicotinoid insecticidae against resistant mosquito
es.
Journal of Medical Entomology, v.
41, n. 4, p. 712-
717, 2004.
CORREIA, T.R. Eficácia do piretróide d-fenotrina associado ao regulador de
crescimento de insetos piriproxifen no controle de Ctenocephalides felis felis
(Bouché,
1835) (Siphonaptera: Pulicidae) em cães e no ambiente. 2003. 43p. Seropédica: UFRRJ.
(Dissertação, Mestrado em Ciências Veterinárias, Parasitologia Veterinária), 2003.
CORREIA, T.R.; SOUZA, C.P.; FERNANDES, J.I.; MARTINS, I.V.F.; SANTOS, H.D.;
SCOTT, F.B. Ciclo biológico de
Ctenoc
ephalides felis felis (Bouché, 1835) (Siphonaptera,
Pulicidae) a partir de diferentes dietas artificiais. Revista Brasileira de Zoociências, v. 5, n.
2, p. 153
-
160, 2003.
CORREIA, T.R.; FERNANDES, J.I.; SOUZA, C.P.; VEROCAI, G.G.; MELO, R.M.P.S.;
SCOTT, F
.B.. Eficácia do nitempiram no tratamento de miíases por
Cochliomyia hominivorax
em cães.
Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária
, v.13, supl. 1, p. 340, 2004.
CORREIA, T.R.; SCOTT, F.B.; FERNANDES, J.I.; MELO, R.M.P.S.; VEROCAI, G.G.;
SOUZA, C.P. Eficácia do regulador de crescimento de insetos piriproxifen associado ao
piretróide d-fenotrina (Mypet® Aerosol) no controle ambiental de Ctenocephalides felis felis
(Bouché, 1835) (Siphonaptera: Pulicidae).
A Hora Veterinária
, v. 25, n. 146, p. 27
-
31, 2
005.
D’AMATO; TORRES, J.P.M.; MALM, O. DDT (dicloro difenil tricloroetano): toxicidade e
contaminação ambiental
uma revisão.
Química Nova
, v. 25, n. 6, p. 995
-
1002, 2002.
DEAN, S.R.; MEOLA, R.W. Effect of juvenile hormone and hormone mimics on sperm
tr
ansfer from the testes of the male cat flea (Siphonaptera: Pulicidae). Journal of Medical
Entomology
, v. 34, n. 4, p. 485
-
488, 1997.
DHADIALLA, T.S.; CARLSON, G.R.; LE, D.P. New insecticides with ecdysteroidal and
juvenile hormone activity.
Annual Review
of Entomology
, v. 43, n. 1, p. 545
-
569, 1998.
DRYDEN, M.W.; NEAL, J.J.; BENNETT, G.W. Concepts of flea control.
Companion
Animal Practice
, v. 19, n. 4
-
5, p. 11
-
21, 1989.
DRYDEN, M. W. Biology of fleas of dogs and cats. The Compendium on Continuing
Educa
tion for the Practicing Veterinarian
, v. 15, n. 4, p. 569
-
579, 1993.
DRYDEN, M.W.; BOYER, J.E.; SMITH, V. Techniques for estimating on-
animal
populations of Ctenocephalides felis (Siphonaptera: Pulicidae). Journal of Medical
Entomology
, v. 31, n. 4, p.
631
-
634, 1994.
56
DRYDEN, M.W.; PEREZ, H.R. ULITCHNY, D.M. Efficacy of imidacloprid against
Ctenocephalides felis in dogs and cats under field conditions. In: Proceedings of The Bayer
International Flea Control Symposium
,1, Birningham, p. 5
-
10, 1997.
DRYDEN,
M.W.; PEREZ, H.R. ULITCHNY, D.M. Control of fleas on pets and in homes by
use of imidacloprid or lufenuron and pyrethrin spray. Journal of American Veterinary
Medicine Association
,
v. 215, n.1, p. 36
-
39, 1999.
DRYDEN, M.W.; DENENBERG, T. M.; BUNCH, S. Control of fleas on naturally infested
dogs and cats and in private residences with topical spot applications of fipronil or
imidacloprid.
Veterinary Parasitology
,
v. 93, n.1, p. 69
-
75, 2000.
ENDRIS, R.G.; EVERETT, R.; CUNNINGHAM, J.; KATZ, T.L.; THOMPSON, K. Efficacy
of two 65% permethrin spot-on formulation against, canine infestations of
Ctenocephalides
felis
and
Rhipicephalus sanguineus
.
Veterinary Therapeutics
, v. 3, n. 3, p. 326
-
333, 2002.
EPE, C.; COATI, N.; STANNECK, D. Efficacy of the compound preparation imidacloprid
10% (w/v) / permethrin 50% (w/v) spot-on against ticks (I. ricinus, R. sanguineus) and fleas
(
C. felis
) on dogs.
Parasitology Research,
v. 90, suppl. 3, p. 122
-
124, 2003.
FERNANDES, J.I. Eficácia do piretróide d-fenotrina e do fipronil no controle de
Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) (Acari: Ixodidae) em cães. 2005. 45p.
Seropédica: UFRRJ. (Dissertação, Mestrado em Ciências Veterinárias, Parasitologia
Veterinária), 2005.
FERNANDES, J.I.; VEROCAI, G.G.; MELO, R.M.P.S.; CORREIA, T.R.; RIBEIRO, F.A.;
SCOTT, F.B. Avaliação da eficácia do diazinon (Natalene®) no controle de sarna psoróptica
em coelhos.
Revista Universidade Rural, Série Ciências da Vida
, v. 26, supl. 1, p. 367
-
368,
2006a.
FERNANDES, J.I.; CORREIA, T. R.; MELO, R.P.M.S.; VEROCAI, G.G.; CRUZ, V.P.;
SCOTT, F.B.; RIBEIRO, F.A. Avaliação da eficácia
in vitro
do amitraz no controle de fêmeas
ingurgitadas de Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae). Anais do 14º Congresso
Brasileiro de Parasitologia Veterinária e 2º Simpósio Latino-americano de Rickettsioses
,
Ribeirão Preto, São Paulo, p. 224, 2006b.
FISHER, M.A.; JACOBS, D.E.; HUTCHINSON, M.J.; DICK, I.G.C. Evaluation of flea
control programmes for cats using fenthion and lufenuron. The Veterinary Record, v. 138,
n. 4,
p. 79
-
81, 1996.
FOLZ, S.D.; ASH, K.A.; CONDER, G.A.; RECTOR, D.L. Amitraz: a tick and flea repellent
and tick detachment drug. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, v. 9, n.
2, p. 150
-
156, 1986.
FOURIE, L.J.; RAND, C.D.; HEINE, J. Evaluation of the efficacy of imidacloprid
10%/moxidectin 2.5% spot-on against Sarcoptes scabiei
var
canis
on dogs.
Parasitology
Research
, v. 90, supl. 3, p. 135
-
136, 2003.
57
FRANC, M.; CADIERGUES, M.C. Comparative activity in dogs of deltamethrin and
diazinon impregnated collars against Ctenocephalides felis
.
American Journal of
Veterinary Research
, v. 59, n. 1, p. 59
-
60, 1998.
FRANC, M.; CARDIEGUES, M.C. Activity of a deltametrin shampoo against
Ctenocephalides felis
and
Rhipicephalus sanguineus
in dogs.
Veterin
ary Parasitology
, v.
81,
n. 4, p. 341
-
346, 1999.
GORHAM, C.H.; FANG, Q.Q.; DURDEN, L.A.
Wolbachia
endosymbionts in fleas
(Siphonaptera).
Journal of Parasitology,
n. 89, n. 2, p. 283
-
289, 2003.
GORTEL, K. Advances in topical and systemic therapy for flea control in dogs.
Canine
Practice
, v. 22, n. 2
-
3, p. 16
-
21, 1997.
GRAF, J.F. The role of insect growth regulators in arthropod control. Parasitology Today, v.
9, n. 12, p. 471-
474, 1993.
HEATH, A.W.; ARFSTEN, A.; YAMANAKA, M.; DRYDEN, M.W.; DALE, B.
Vaccin
ation against the cat flea
Ctenocephalides felis felis. Parasite Immunology,
v. 16, n. 4,
p. 187
-
191, 1994.
HEINE, J.; KRIEGER, K.; DUMONT, P.; HELLMANN, K. Evaluation of the efficacy and
safety to imidacloprid 10% plus moxidectin 2.5% spot-on in the treatment of generalized
demodicosis in dogs: results of a European field study.
Parasitology Research
, v. 97, supl. 1,
p. 89
-
96, 2005.
HINK, W.F.; ZAKSON, M.; BARNETT, S. Evaluation of a single oral dose of lufenuron to
control flea infestations in dogs.
Ame
rican Journal of Veterinary Research
,
v. 55, n. 6, p.
822
-
824, 1994.
HINKLE, N.C.; KOELER, P.G.; PATTERSON, R. Residual effectiveness of insect growth
regulators applied to carpet for control of cat fleas (Siphonaptera: Pulicidae) larvae.
Journal
of Econo
mic Entomology
, v. 88, n. 4, p. 903
-
906, 1995.
HOLM, B.R. Efficacy of milbemycin oxime in the treatment of canine generalized
demodicosis: a restropective study of 99 dogs (1995-
2000).
Veterinary Dermatology, v. 14,
p. 189
-
195, 2003.
HOPKINS, T.J.; KERWICK, C.; GYR, P.; WOODLEY, I. Efficacy of imidacloprid to
remove and prevent Ctenocephalides felis infestations on dogs and cats.
Australian
Veterinary Practitioner
, v. 26, n. 3, p. 150
-
153, 1996.
HOPKINS, T.J. Imidacloprid: control de Ctenocephalides felis en perros en condiciones de
campo en australia
.
In:
Proceedings of The Bayer International Flea Control Symposium
,
1, Birmingham, UK, p. 13
-
16, 1997.
HORAK, I.G.; BEAUCOURNU, J.C.; BRAACK, L.E. Parasites of domestic and wild
animals in South Africa. XLIV. Fleas (Insecta: Siphonaptera: Pulicidae) collected from 15
carnivore species. Onderstepoort Journal of Veterinary Research, v. 71, n. 1, p. 9-
14,
2004.
58
HOVDA, L. R.; HOOSER, S. B. Toxicology of newer pesticides for use in dogs and cats.
The
Veterinary
Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 32, n. 2, p. 455-
467,
2002.
HUGNET, C.; BRUCHON-HUGNET, C.; ROYER, H.; BOURDOISEAU, G. Efficacy of
1,25% amitraz solution in the treatment of generalized demodicosis (eight cases) and
sarcoptic mange (f
ive cases) in dogs.
Veterinary Dermatology
, v. 12, n. 2, p. 89
-
92, 2001.
HUNTER, J.S.; KEISTER, D.M.; JEANNIN, P. The effect of fipronil treated dog hair on the
survival of the immature stages of the cat flea Ctenocephalides felis. In: Proccedings of
Annu
al Veterinary Medical Forum
, San Antonio, v. 6, 1996.
JACOBS, D.E.; HUTCHINSON, M.J.; KRIEGER, K.J.; BARDT, D. A novel approach to
flea control on cats, using pyriproxyfen.
The Veterinary Record
, v.139, p.559-
561, 1996.
JACOBS, D.E. Imidacloprid: results of experimental reinfestation trials with
Ctenocephalides
felis
in cats. In: Proccedings of The Bayer International Flea Control Symposium. 1.
Birmingham, p. 19
-
23, 1997.
JACOBS, D.E.; HUTCHINSON, M.J.; KRIEGER, K.J. Duration of activity of imidaclprid,
a
novel adulticide for flea control, against Ctenocephalies felis on cats. The Veterinary
Record
, v. 140, n. 10, p. 259
-
260, 1997.
JACOBS, D.E.; HUTCHINSON, M.J.; EWALD-HAMM, D. Inhibition of immature
Ctenocephalides felis felis (Siphonaptera: Pulicidae) development in the immediate
environment of cats treated with imidacloprid. Journal of Medical Entomology, v. 37, n. 2,
p. 228
-
230, 2000.
JACOBS, D.E.; HUTCHINSON, M.J.; STANNECK, D.; MENCKE, N. Accumulation and
persistence of flea larvicidal activity in the immediate environment of cats treated with
imidacloprid. Medical and Veterinary Entomology
, v.
15, p. 342
-
345, 2001a.
JACOBS, D.E.; HUTCHINSON, M.J.; RYAN, W.G. Control of flea populations in a
simulated home environment model using lufenuron, imidacloprid or fipronil. Medical and
Veterinary Entomology
, v.
15, n. 1, p. 73-
77, 2001b.
KAGABU, S. Chloronicotinyl insecticides discovery, application and future perspective.
Reviews in Toxicology,
v. 1, n. 7
-
8, p. 75
-
129, 1997.
KAWADA, H. & HIRANO, M., Insecticidal effects of the insect growth regulators
methoprene and pyriproxyfen on the cat fleas (Siphonaptera: Pulicidae). Journal of Medical
Entomology
, v.
33, n. 5, p. 819-
822, 1996.
KIRIYAMA, K.; NISHIMURA, K. Structural effects of dinotefuran and analogues in
insecticidal and neural activities.
Pest Management Science
, v. 58, p. 669
-
676, 2002.
KORKEJIAN, A.; EDESON, J.F. Studies on naturally occurring filarial infections in dogs in
Lebanon. I. Dipetalonema reconditum
.
Annals of Tropical Medicine and P
arasitology,
v.
72, n. 1, p. 65-
78, 1978.
59
KOUTINAS, A.F
.;
SARIDOMICHELAKIS, M.N
.;
SOUBASIS, N
.;
BORNSTEIN, S
.;
KOUTINAS, C.K. Treatment of canine sarcoptic mange with fipronil spray: a field trial.
Australian
Veterinary Practitioner
,
v. 31, p. 115
-
119, 2001.
KRIEGER, K.; HEINE, J.; DUMONT, P.; HELLMANN, K. Efficacy and safety of
imidacloprid 10% plus moxidectin 2.5% spot-on in the treatment of sarcoptic mange and
otoacariosis in dogs: results of a European field study. Parasitology Research, v. 97, supl. 1,
p. 81
-
88, 2005.
LEWIS, R.E. Notes on the geographic distribution and host preferences in the order
Siphonaptera. Part I. Pulicidae. Journal of Medical Entomology, v. 9, n. 6, p. 511-
520,
1972.
LIEBISCH, A.; HEESCHEN, K. Controled laboratory study on the efficacy of imidacloprid
spot
-on for control of the cat flea in dogs. In: Proccedings of The Bayer International Flea
Control Symposium.
1. Birningham, p. 25
-
28, 1997.
LINARDI, P. M.; GUIMARÃES, L.
Sifonáp
teros do Brasil. Editora MZUSP/FAPESP,
edição, São Paulo, 291 p., 2000.
LOK, J.B.; KNIGHT, D.H.; NOLAN, T.J.; GRUBBS, S.T.; CLEALE, R.M.; HEANEY, K.
Efficacy of an injectable, sustained-release formulation of moxidectin in preventing
experimental heart
worm infection in mongrel dogs challenged 12 months after administration.
Veterinary Parasitology
, n. 128, n. 1
-
2, p. 129
-
135, 2005.
MACDONALD, J.M. Flea control: an overview of treatment concepts for North America.
Veterinary Dermatology, v. 6, n. 3, p.
121
-
130, 1995.
MACHADO, M.L.S.; RODRIGUES, E.M.P. Emprego do nitempyram como larvicida em
miíaes caninas por
Cochliomyia hominivorax
.
Acta Scientiae Veterinariae
, v. 30, n. 1, p. 59
-
62, 2002.
MARSELLA, R. Advances in flea control.
The
Veterinary Clinics of North America:
Small Animal Practice,
v. 29, n. 6, p. 1407
-
1424, 1999.
MARSHALL, A.G. The cat flea, Ctenocephalides felis felis (Bouché, 1835) as an
intermediate host for cestodes.
Parasitology,
v. 57, n. 3, p. 419
-
430, 1967.
MASKIELL, G. Clinical impressions of s-
methoprene
-impregnated collars and lufenuron for
flea control of dogs in cats. Australian Veterinary Practitioner, v.25, n. 2, p. 142-
143,
1995.
MASON, K.V.; RING, J.; DUGGAN, J. Fenthion for flea control on dogs under field
conditions: dose response efficacy studies and effect on cholinesterase activity. Journal of
the American Animal Hospital Association
,
v. 20, p. 591
-
595, 1984.
MATSUDA, K.; BUCKINGHAM, S.D.; KLEIER, D.; RAUH, J.J.; GRAUSO, M.;
SATTELLE, D.B. Neonicotinoids: insecticides acting on insect nicotinic acetylcholine
receptors.
Trends in Pharmacological Sciences
, v. 22, n. 11, p. 573
-
580, 2001.
60
MAYNARD, L.; HOUFFSCHIMITT, P.; LEBREUX, B. Field efficacy of a 10 per cent
pyriproxyfen spot
-
on for the prevention of flea infestatio
ns on cats.
Journal of Small Animal
Practice
,
v. 42, p. 491
-
494, 2001.
MCTIER, T. L.; JONES, R. L.; HOLBERT, M. S.; MURPHY, M. G.; WATSON, P.; SUN,
F.; SMITH, D. G.; ROWAN, T. G.; JERNIGAN, A. D.; JACOBS, D. E. Efficacy of
selamectin against adult flea infestations (Ctenocephalides felis felis
and
Ctenocephalides
canis
) on dogs and cats.
Veterinary Parasitology
, v. 91, n. 3
-
4, p. 187
-
199, 2000.
MCTIER, T.L.; EVANS, N.A.; MARTIN-SHORT, M.; GRATION, K. Comparision of the
activity of selamectin, fipronil, and imidacloprid against flea larvae (Ctenocephalides felis
felis
) in vitro.
Veterinary Parasitology, v. 116, n. 1, p. 45
-
50, 2003.
MEHLHORN, H.; MENCKE, N.; HANSEN, O. Effects of imidaclorprid on adults and larval
stages of the flea Ctenocephalides felis
after
in vivo
and
in vitro application: a light- an d
electron
-microscopy study.
Parasitology Research, v. 85, n. 8
-
9, p. 625
-
637, 1999.
MEHLHORN, H.; HANSEN, O.; MENCKE, N. Comparative study on the effects of three
insericides (fipronil, imidacloprid, selamectin) on development stages of the cat flea
(
Ctenocephalides felis
Bouché, 1835): a light and electron microscopic analysis of
in vivo
and
in vitro
experiments.
Parasitology Research
, v. 87, n. 3, p. 198
-
207, 2001.
MELO, D.R.; BITTENCOURT, V.R.E.P. Es
tudos preliminares da ação patogênica
in vitro
do
fungo
Metarhizium anisopliae sobre adultos de Ctenocephalides felis felis (Bouché, 1835)
(Siphonaptera:Pulicidae).
Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 13, supl. 1, p.
330, 2004.
MELO, R.M.P.S.; FERNANDES, J.I.; CORREIA, T.R.; RIBEIRO, F.A.; CRUZ, V.P.;
SCOTT, F.B. Eficácia do fluazuron em coelhos no controle de Rhipicephalus sanguineus
.
Anais do 14º Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária e Simpósio Latino-
americano de Rickettsi
oses
, Ribeirão Preto, São Paulo, p. 195, 2006.
MEO, N.J.; KEISTER, D,M.; TANNER, P.A. A comparision of the flea control efficacy of
Frontline spray treatment against the flea infestation prevention pack (Vet-Kem) in the dog
and cat. In: Proccedings of American Asssociation of Veterinary Parasitologists. 41.
Louisville, p. 17, 1996.
MEOLA, R.; PULLEN, S.; MEOLA, S. Toxicity and histopathology of the growth regulator
pyriproxyfen to adults and eggs of the cat flea (Siphonaptera: Pulicidae).
Journal of Medi
cal
Entomology,
v. 33, n. 4, p. 670
-
679, 1996.
MEOLA, R.W.; DEAN, S.R.; BHASKARAN, G. Effect of juvenile hormone on eggs of the
cat flea (Siphonaptera: Pulicidae). Journal of Medical Entomology, v. 38, n. 1,p. 85-
92,
2001.
MILLER, R.J.; BROCE, A.B.; DRYEDEN, M.W.; THRONE, J.E., Emergence, survival, and
fecundity of adult cat flea (Siphonaptera: Pulicidae) exposed as pupae to juvenile hormone
mimics.
Journal of Medical Entomology
, v.
36, n. 6, p. 776
-
779, 1999.
61
MILLER JR, W.H.; DE JAHAM, C.; SCOTT, D.W.; CAYATTE, S.M.; BAGLADI, M.S.;
BUERGER, R.G. Treatment of canine scabies with milbemycin oxime. The Canadian
Veterinary Journal, v. 37, n. 4, p. 219
-
221, 1996.
MOSER, B.A.; KOEHLER, P.G.; PATTERSON, R.S. Effect of Methoprene and
Diflubenzuron on larval development of the cat flea (Siphonaptera: Pulicidae). Journal of
Medical Entomology
, v. 85, n. 1, p. 112
-
116, 1992.
NATHANSON, J.A. Characterizationof octopamine-sensitive adenylate cyclase: elucidation
of a class potent and selective octopamine-2 receptor agonists with toxic effects in insects.
Procedings of National Academy of Science, v. 82, p. 599-603, 1985. In: TAYLOR, M.A.
Recent developments in ectoparasiticides. The Veterinary Journal, v. 161, n. 3, p. 253-
268,
2001.
NAUEM, R.; EBBINGHAUS-
KINTSC
HER, U.; SALGADO, V.L.; KAUSSMANN, M.
Thiamethoxam is a neonicotinoid precursor converted to clothianidin in insects and plants.
Pesticide Biochemistry and Physiology, v.76, n. 2, p. 55
-
69, 2003.
NOLI, C. Principais ectoparaistoses de cães e gatos. A Hora
Veterinária,
v. 125, p. 45-
50,
2002.
PALMA, K.G.; MEOLA, R.W. Field evaluation of Nylar for control of cat fleas
(Siphonaptera: Pulicidae) in home yards. Journal of Medical Entomology, v. 27, n. 6, p.
1045
-
1049, 1990.
PALMA, K.G.; MEOLA, S.M.; MEOLA, R. Mode of action of pyriproxyfen and methoprene
on eggs of
Ctenocephalides felis
(Siphonaptera: Pulicidae).
Journal of Medical Entomology
,
v. 30, n. 2, p.421
-
423, 1993.
PARADIS, M.; DE JAHAM, C.; PAGÉ, N. Topical (pour-on) ivermectin in the treatment of
canine scabies.
The Canadian Veterinary Journal
, v. 38, n. 6, p. 379
-
382, 1997.
PARADIS, M.; PAGÉ, N. Topical (pour-on) ivermectin in the treatment of chronic
generalized demodicosis in dogs.
Veterinary Dermatology
, v. 9, n. 1, p. 55
-
59, 1998.
POLLMEIER, M.; PENGO, G.; JEANNIN, P.; SOLL, M. Evaluation of the efficacy of
fipronil formulations in the treatment and control of biting lice, Trichodectes canis (De Geer,
1778) on dogs.
Veterinary Parasitology,
v.
107, n. 1
-
2, p. 127
-
136, 2002.
PORTO, W.J.N.; GURGEL, A.E.B.; FILHO, G.S.; LINS, B.; ALVES, L.C.A.; FAUSTINO,
M.A.G. Avaliação da ação ixodicida de uma formulação pour-on de flumetrina a 1% para o
controle do Rhipicephalus sanguineus. Anais do XII Congresso Brasileiro de Parasitologia
Veterinária
, Rio de
Janeiro, RJ, CD
-
ROM, 2002.
POSTAL, J.M.R.; JEANNIN, P.; CONSALVI, P.J. Field efficacy of a mechanical pump
spray formulation containing 0,25% fipronil in the treatment and control of flea infestation
and associated dermatological signs in dogs and cats. Veterinary Dermatology, v. 6, n. 3, p.
153
-
158, 1995.
62
PUGH, R.E. Effects on the development of Dipylidium caninum and on the host reaction to
this parasite in the adult (Ctenocephalides felis felis
).
Parasitology
, v. 73, n. 2, p. 171-
177,
1987.
RIBEIRO, F.A.;
FERNANDES, J.I.; CORREIA, T.R.; MELO, R.M.P.S.; VEROCAI, G.G.;
CAVALCANTI, M.C.H. SCOTT, F.B. Eficácia do amitraz (Amipur®) no controle de
Rhipicephalus sanguineus
em cães Beagle naturalmente infestados.
Anais da
XV Jornada de
Iniciação Científica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ,
CD
-
ROM, 2006a.
RIBEIRO, F.A.; CRUZ, V.P.; MELO, R.M.P.S.; CORREIA, T.R.; SCOTT, F.B. Avaliação
da eficácia do acetamiprid associado a permetrina, in vivo, e do imidacloprid, in vitro,
no
contr
ole de Ctenocephalides felis felis (Bouché, 1835) (Siphonaptera: Pulicidae) em cães.
Anais da XVI Jornada de Iniciação Científica da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro,
Seropédica, RJ, CD
-
ROM, 2006b.
RITZHAUPT, L.K.; ROWAN, T.G.; JONES, R.L. Evaluation of efficacy of selamectin,
fipronil, and imidacloprid against flea Ctenocephalides felis in dogs. Journal of American
Veterinary Medicine Association
,
v. 217, n. 11, p. 1669
-
1671, 2000.
ROSS, D.H.; PENNINGTON, R.G.; CRUTHERS, L.R.; SLONE, R.L. Efficacy of a
permethrin and pyriproxyfen product for control of fleas, ticks and mosquitoes on dogs.
Canine Practice
, v. 22, n. 2
-
3, p. 53
-
58, 1997.
ROSS, D.H.; YOUNG, D.R.; YOUNG, R.; PENNINGTON, R.G. Topical pyriproxyfen for
control of the cat flea and management of insecticide resistance. Feline Practice, v. 26, n. 2,
p. 18
-
22, 1998.
RUST, M.K.; WAGGONER, M.M.; HINKLE, N.C.; STANSFIELD, D.; BARNETT, S.
Efficacy and longevity of nitenpyram against adult cat fleas (Siphonaptera: Pulicidae).
Journal of Medi
cal Entomology, v. 40, n. 5, p. 678
-
681, 2003.
SAMPAIO, I.B.M. Estatística aplicada à experimentação animal. Editora FEPMVZ,
edição, Belo Horizonte, 265 p., 2002.
SAMSON
-HIMMELSTJERNA, G.V.; EPE, C.; SCHIMMEL, A.; HEINE, J. Larvicidal and
persistent efficacy of an imidacloprid and moxidectin topical formulation against
endoparasites in cats and dogs.
Parasitology Research
, v. 90, supl. 3, p. 114-
115, 2003.
SANT’ANNA, F.B. Eficácia do piretróide sintético alfametrina no controle de
Rhipicephalus sangui
neus
(Latreille, 1806)(Acari: Ixodidae), Ctenocephalides felis felis
(Bouché, 1835) (Siphonaptera:Pulicidae) e Trichodectes canis (De Geer, 1778)
(Phthiraptera:Trichodectidae).
2001. 68 p. Seropédica: UFRRJ (Dissertação, Mestrado em
Parasitologia Veterinár
ia), 2001.
SANTORA, K.A.; ZAKSON-AIKEN, M.; RASA, C.; SHOOP, W. Development of a mouse
model to deternine the systemic activity of potential flea-control compounds.
Veterinary
Parasitology
, v. 104, n. 3, p. 257
-
264, 2002.
63
SCHENKER, R.; TINEMBART, O.; BARNETT, S.H.; WITTE, S.T. A brief introduction to
nitenpyram: a new systemic flea adulticide for cats and dogs. Compendium on Continuing
Education for the Practicing Veterinarian, v. 23, n. 3(a), p. 4-
6, 2001a.
SCHENKER, R.; LUEMPERT, L.G.; BARNETT, S.H. Efficacy of nitenpyram against fleas
on dogs and cats in a clinical field study. Compendium on Continuing Education for the
Practicing Veterinarian
, v. 23, n. 3(a), p. 12
-
15, 2001b.
SCHENKER, R.; TINEMBART, O.; HUMBERT-DROZ, E.; CAVALIERO, T.; YERLY, B.
Comparative speed of kill between nitenpyram, fipronil, imidacloprid, selamectin and
cythioate against adult Ctenocephalides felis (Bouché) on cats and dogs. Veterinary
Parasitology
,
v. 112, n. 3, p. 249
-
254, 2003.
SCHOROEDER, M. E.; FLATUM, R. F. Th
e mode of action and neurotoxic properties of the
nitromethylene heterocycle insecticides. Pesticide Biochemistry and Physiology, v. 22, p.
148
-
160, 1984.
SCOTT, F.B.
Eficácia protetora de formulações convencionais e de longa ação à infecção
por nematóides gastrintestinais de bovinos. 1998. p. Seropédica: UFRRJ, (Tese, Doutorado
em Medicina Veterinária, Parasitologia Veterinária), 1998.
SCOTT, F.B.; MARTINS, V.F.; SOUZA, C.P.; CORREIA, T.R., Aspectos gerais do controle
da pulga Ctenocephalides felis felis em cães
.
A Hora Veterinária, v. 21, n. 125, p. 13-
18,
2002.
SHANKS, D.J.; MCTIER, T.L.; BEHAN, S.; PENGO, G.; GENCHI, C.; BOWMAN, D.D.;
HOLBERT, M.S.; SMITH, D.G.; JERNIGAN, A.D.; ROWAN, T.G. The efficacy of
selamectin in the treatment of naturally acquired infestations of Sarcoptes scabiei on dogs.
Veterinary Parasitology
, v. 91, n. 3
-
4, p. 269
-
281, 2000.
SHOOP, W.L.; MROZIK, H.; FISHER, M.H. Structure and activity of avermectins and
milbemycins in animal health.
Veterinary Parasitology
, v. 59, n. 2, p.
139
-
156, 1995.
SILVERMAN, J.; PLATZER, E.G.; RUST, M.K. Infection of the cat flea,
Ctenocephalides
felis
(Bouche) by Neoaplectana carpocapsae
.
Journal of Nematology, v. 14, n. 3, p. 394-
397, 1982.
SIX, R.H.; CLEMENCE, R.G.; THOMAS, C.A.; BEHAN, S.; BOY, M.G.; WATSON, P.;
BENCHAOUI, H.A.; CLEMENTS, P.J.M.; ROWAN, T.G.; JERNIGAN, A.D. Efficacy and
safety of selamectin against
Sarcoptes scabiei
on dogs and cats
Otodectes cynotis
presented as
veterinary patients.
Veterinary Parasitology
,
v. 91, n. 3
-
4, p. 291
-
309, 2000.
SLOWIK, T. J.; LANE, R. S.; DAVIS, R.M. Field trial systemically delivered arthropod
development inhibitor (fluazuron) used to control woodrat fleas (Siphonaptera:
Ceratophyllidae) and ticks (Acari: Ixodidae). Journal of Medical Entomology, v. 38, n. 1, p.
75
-
84, 2001.
SOUZA, C.P.; CORREIA, T.R.; VEROCAI, G.G.; MELO, R.M.P.S.; CAVALCANTI,
M.C.H.; SCOTT, F.B. Eficácia do Natalene® no tratamento de sarna otodécica em cães.
Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária
, v.13, supl. 1, p. 345, 2
004.
64
STANNECK, D.; LARSEN, K.S.; MENCKE, N. An evaluation of the effects of pyriproxyfen
on eggs and adults of the cat flea, Ctenocephalides felis felis
(Siphonaptera:Pulicidae).
Irish
Veterinary Journal, v. 55, n. 8, p. 383
-
387, 2002.
TAYLOR, M.A. Recent developments in ectoparasiticides. The Veterinary Journal, v. 161,
n. 3, p. 253
-
268, 2001.
TANNER, P.A.; MEO, N.J.; SPARER, D.; BUTTER, S.J.; ROMANO, M.N.; KEISTER, .M.
Advances in the treatment of heartworm, fleas and ticks. Canine Practice, v. 22, n. 2-3, p.
40
-
47, 1997.
TOMIZAWA, M.; CASIDA, J. E. Selective toxicity of neonicotinoids attribuable to
specificity of insect and mammalian nicotinic receptors. Annual Review of Entomology, v.
48, n. 1, p. 339-
364, 2003.
TOMIZAWA, M.; CASIDA, J. E. Neonicotinoid insecticide toxicology: mechanisms of
selective action. Annual Review of Pharmacology and Toxicology, n. 45, n. 1, p. 247-
268,
2005.
TUCCI, E.C.; BARCI, L.A.; GOMES, J.P.C.; DEUS, J.T. Eficácia de diferentes inseticidas
de uso dominissanitários no controle de Ctenocephalides felis felis. In: Anais do Seminário
de Parasitologia Veterinária
, Salvador, BA, p. 130, 1999.
UNEME, H.; IWANAGANA, K.; HIGUCHI, N.; KANDO, Y,; OKAUCHI, T.; AKAYAMA,
A.; MINAMIDA, I. Synthesis and insecticidal activity of nitroguanidine derivatives.
Pesticide Science,
v.55, n. 2, p. 202
-
205, 1999.
VALENTINE, W.M. Pyrethrin and pyrethroid insecticides.Veterinary Clinics of North
America: Small Animal Practice
, n. 20, n. 2, p. 375
-
382, 1990.
VIEGAS
-JÚNIOR, C. Terpenos com atividade inseticida: uma alternativa para o controle
químico de insetos.
Química Nova, v. 26, n. 3, p. 390
-
400, 2003.
VINCENZI, P.; GENCHI, C. Efficacy of fipronil (Frontline®) against ear mites (
Otodectes
cynotis
) in dogs and cats. In: Proceedings of the 14th Annual Congress of the ESVD-
ECVD
, Pisa, Itália, p. 177, 1997.
VISSER, M.; REHBEIN, S.; WIEDEMANN, C. Species of flea (Siphonaptera) infesting pets
and hedgehogs in Germany. Journal of Veterinary Medicine B, v. 48, n. 3, p. 197-
202,
2001.
VOBIS, M.; D’HAESE, J.; MEHLHORN, H.; MENCKE, N. The feline leukemia virus
(FeLV) and the cat flea (Ctenocephalides felis
).
Parasitology Research, v. 90, suppl. 3, p.
132
-
134, 2003a.
VOBIS, M.; D’HAESE, J.; MEHLHORN, H.; MENCKE, N. Evidence of horizontal
transmission
of feline leukemia virus (FeLV) by the cat flea (Ctenocephalides felis
).
Parasitology Research
, v. 91, n.6, p. 467
-
470, 2003b.
65
VOBIS, M.; D’HAESE, J.; MEHLHORN, H.; MENCKE, N. Experimental quantification of
feline leukemia virus (FeLV) in the cat flea (Ctenocephalides felis) and its faeces.
Parasitology Research
, v. 97, suppl. 1, p. 467
-
470, 2005.
WAGNER, R.; WENDLBERG, U. Field efficacy of moxidectin in dogs and rabbits naturally
infested with
Sarcoptes
spp.,
Demodex
spp. and
Psoroptes
spp. mites.
Veter
inary
Parasitology
, v. 93, n. 2, p. 149
-
158, 2000.
WAKITA, T.; KINOSHITA, K.; YAMADA, E.; YASUI, N.; KAWAHARA, N.; NAOI, A.;
NAKAYA, M.; EBIHARA, K.; MATSUNO, H.; KODAKA, K. The discovery of
dinotefuran: a novel neonicotinoid. Pest Management Science, v. 59, n. 9, p. 1016-
1022,
2003.
WAKITA, T.; YASUI, N.; YAMADA, E.; KISHI, D. Development of a novel insecticide,
dinotefuran.
Journal of Pesticide Science
, v. 30, n. 2, p, 122
-
123, 2005.
WENDINCAMP, J.; FOIL, L.D. Vertical transmission of Rickettsia felis in the cat flea
(
Ctenocephalides felis
Bouché).
Journal of Vector Ecology
, v. 27, n. 1, p. 96
-
101, 2002.
WILKERSON, M.J.; BAGLADI-SWANSON, M.; WHEELER, D.W.; FLOYD-
HAWKINS,
K.; CRAIG, C.; LEE, K.W.; DRYDEN, M.W. The immunopathogenesis of flea allergy
derm
atitis in dogs an experimental study. Veterinary Immunology and Immunopathology
,
v. 99, n. 3
-
4, p. 179
-
192, 2004.
WILLAMS, S.G.; SACCI JR., J.B.; SCHRIEFER, M.E.; ANDERSEN, E.M.; FUJIOKA,
K.K.; SORVILLO, F.J.; BARR, A.R.; AZAD, A.F. Typhus and typhuslike
Rickettsiae
associated with opossums and their fleas in Los Angeles County, California. Journal of
Clinical Microbiology
, v. 30, n. 7, p. 1758
-
1762, 1992.
WOODS, J.E.; BREWER, M.M.; HAWLEY, J.R.; WISNEWSKI, N,; LAPPIN, M.R.
Evaluation of experimental transmission of Candidatus Mycoplasma haemominutum
and
Mycoplasma haemofelis
by
Ctenocephalides felis to cats. American Journal of Veterinary
Research
, v. 66, n. 6, p. 1008
-
1012, 2005.
ZAIM, M.; GUILLET, P. Alternative insecticides: an urgent need. Trends in Parasitology
,
v. 18, n. 4, p. 161
-
163, 2002.
ZAKSON
-
AIKEN, M.; GREGORY, L.; MEINKE, P.T.; SHOOP, W. Systemic activity of the
avermectins against the cat flea, Ctenocephalides felis (Siphonaptera: Pulicidae). Journal of
Medical Entomology
, v. 38, n. 4, p
. 576
-
580, 2000.
66
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
This page will not be added after purchasing Win2PDF.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo