Download PDF
ads:
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Extratos vegetais como alternativas aos antimicrobianos promotores do
crescimento de leitões recém-desmamados
Leandro Batista Costa
Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em
Agronomia. Área de concentração: Ciência Animal e Pastagens
Piracicaba
2005
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Leandro Batista Costa
Zootecnista
Extratos vegetais como alternativas aos antimicrobianos promotores do crescimento de
leitões recém-desmamados
Orientador:
Prof. Dr. VALDOMIRO SHIGUERU MIYADA
Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em
Agronomia. Área de concentração: Ciência Animal e Pastagens
Piracicaba
2005
ads:
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP
Costa, Leandro Batista
Extratos vegetais como alternativas aos antimicrobianos promotores do crescimento de
leitões recém-desmamados / Leandro Batista Costa. - - Piracicaba, 2005.
50 p.
Dissertação (Mestrado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2005.
1. Desempenho animal 2. Estimulante de crescimento 3. Extrato vegetal 4. Leitão
5. Morfometria animal 6. Nutrição animal I. Título
CDD 636.4
“Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor”
3
Dedicatória
A Deus,
pelo dom da vida;
A meu pai Fernando,
pelos poucos momentos, mas inesquecíveis... ;
À minha mãe Sebastiana,
pelo exemplo de garra e pelo amor sem fronteiras;
À minha irmã Viviane e ao meu cunhado Dilmar,
pelo caráter e incentivo irrestrito;
Aos meus sogros e cunhados, Wilson e Bel, Juninho e Fernanda,
pelo carinho e apoio;
Aos meus familiares,
pela presença em todos os momentos da minha vida.
Com muito amor e gratidão,
DEDICO.
À minha namorada Flávia,
pelo amor, companheirismo e dedicação incondicionais e por todos os momentos
vividos;
À minha sobrinha Júlia,
por proporcionar mais alegria aos meus dias e por dar mais sentido à minha vida;
Aos meus verdadeiros amigos,
pela amizade e presença.
Com muito amor,
OFEREÇO.
4
Agradecimentos
À Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo e ao
Departamento de Zootecnia, pela oportunidade de realização do curso;
À Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela
concessão da bolsa de estudos;
Ao Prof. Dr. Valdomiro Shigueru Miyada, pela orientação, amizade, apoio e
confiança durante a realização deste trabalho;
Ao Prof. Dr. José F. M. Menten, pelas sugestões e acompanhamento do projeto;
Ao Prof. Dr. Irineu Humberto Packer, pelas sugestões e orientações nas análises
estatísticas dos dados;
Ao Prof. Dr. José Eurico Possebon Cyrino, pela atenção e ajuda neste projeto;
Aos Professores do Departamento de Zootecnia, pelo convívio e amizade durante o
curso;
À amiga Aline M. C. Racanicci, pela amizade e sugestões no decorrer do curso e na
execução do projeto;
À amiga Liliana L. Oetting, pela amizade e grande colaboração durante todo o curso;
Ao amigo Marcos L. P. Tse, pela amizade incondicional, sugestões e inestimável
colaboração na condução do experimento;
Ao amigo Douglas C. Morgonni, pela amizade sincera e pela grande ajuda em todas
as fases do projeto;
À amiga Alexandra N. Garcia, pela ajuda e dedicação na condução do experimento;
Ao colega Luis Fernando B. Pinto, pela grande ajuda nas análises estatísticas dos
dados;
Ao colega Maurício C. Dutra, pela grande colaboração no abate dos animais e na
coleta dos dados de morfometria dos órgãos;
Aos funcionários do Setor de Suinocultura, Srs. Pires, Leonilço, Adão e Gilberto, pela
ajuda na realização do experimento;
Aos funcionários de campo, Augusto, Antônio Carlos, Paulo, José Knapik, Alexandre,
Luis Fernando e Ednézio, pela colaboração no experimento;
5
Aos funcionários e colegas do Departamento de Zootecnia, Cláudia, Henrique, Vera,
Giovana e Rose, pelos momentos vividos e pela grande ajuda durante o curso;
Aos colegas de turma, Ricardo, Jony, Marina, Gustavo, Clayton, Rafael, Lucas e José
Leonardo, pelos bons momentos de convivência;
Às colegas Camila A. de Tófoli e Adriana Figueiredo, pela colaboração na realização
do projeto;
Aos amigos Luíz Fernando Romanholo e Aline Sousa, pela amizade, apoio e
momentos de alegria;
Aos amigos de Piracicaba, Pablo, Lia, Luana, Tathiana, Simone e Daniele, pelos
grandes momentos;
Aos sempre amigos Belami, Érika, Janine e Márcio Zangerônimo, pela sincera
amizade;
À empresa Givaudan do Brasil Ltda., pelo fornecimento dos óleos essenciais
microencapsulados;
Às empresas MCassab Com. e Ind. Ltda., Nutron Alimentos Ltda., Sloten do Brasil
Ind. e Com. Ltda. e Inve Nutrição Animal Ltda., pela doação de ingredientes para a produção das
dietas experimentais;
Ao Departamento de Genética, pela contribuição no transporte dos animais;
Ao Sr. Alberto P. V. Den Broek, pelo empréstimo dos animais para a realização da
segunda parte do experimento;
A todos que de maneira direta ou indireta contribuíram para a realização de mais um
sonho, o meu eterno agradecimento.
6
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................... 7
RESUMO ....................................................................................................................................... 8
ABSTRACT ................................................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 10
2 DESENVOLVIMENTO......................................................................................................... 12
2.1 Revisão de Literatura........................................................................................................... 12
2.1.1 Fisiologia digestiva de leitões recém-desmamados.......................................................... 12
2.1.2 Aditivos – Microingredientes promotores do crescimento ...............................................14
2.1.2.1 Modos de ação dos antimicrobianos promotores do crescimento..................................15
2.1.2.1.1 Efeito metabólico.........................................................................................................15
2.1.2.1.2 Efeito nutricional.........................................................................................................16
2.1.2.1.3 Efeito sobre o controle de doenças..............................................................................16
2.1.3 Banimento dos antimicrobianos da alimentação animal ...................................................17
2.1.4 Extratos vegetais................................................................................................................18
2.1.4.1 Modos de ação dos extratos vegetais..............................................................................19
2.1.4.1.1 Atividade antimicrobiana ............................................................................................20
2.1.4.1.2 Estímulo à atividade enzimática..................................................................................21
2.1.4.1.3 Atividade antioxidante.................................................................................................22
2.2 Material e Métodos.............................................................................................................. 23
2.2.1 Instalações experimentais e animais..................................................................................23
2.2.2 Escolha e preparo dos extratos vegetais ............................................................................24
2.2.3 Tratamentos e dietas basais ...............................................................................................25
2.2.4 Experimento .....................................................................................................................28
2.2.4.1 Desempenho ...................................................................................................................28
2.2.4.2 Morfometria de órgãos ...................................................................................................28
2.2.5 Delineamento experimental e análise dos dados...............................................................29
2.3 Resultados e Discussão ....................................................................................................... 29
2.3.1 Desempenho ......................................................................................................................29
2.3.2 Morfometria de órgãos ......................................................................................................34
3 CONCLUSÕES...................................................................................................................... 37
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 38
APÊNDICES ................................................................................................................................ 44
7
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1 – Composição do extrato de cravo microencapsulado ................................................. 25
Tabela 2 – Composição do extrato de orégano microencapsulado ............................................. 25
Tabela 3 – Composição da mistura de extrato de cravo e orégano microencapsulado ............... 25
Tabela 4 – Composição percentual e valores calculados das dietas basais ................................. 27
Tabela 5 Médias de peso vivo inicial (P1), peso vivo aos 14 dias (P14), consumo diário de
ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) para o período
de 1 a 14 dias de experimentação .............................................................................. 30
Tabela 6 Médias de peso vivo inicial (P1), peso vivo aos 35 dias (P35), consumo diário de
ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) para o período
de 1 a 35 dias de experimentação .............................................................................. 32
Tabela 7 Médias dos pesos relativos (porcentagem do peso vivo) dos órgãos digestórios e não
digestórios, assim como do comprimento, do comprimento relativo, e da relação
peso:comprimento do intestino delgado, em função dos tratamentos ...................... 34
8
RESUMO
Extratos vegetais como alternativas aos antimicrobianos promotores do crescimento de
leitões recém-desmamados.
O uso de antimicrobianos como promotores do crescimento na alimentação animal
tem proporcionado uma melhora considerável no desempenho animal. Porém, seu uso vem sendo
proibido em diversos países e, face a esta restrição, tem-se buscado alternativas aos
antimicrobianos promotores do crescimento. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar extratos
vegetais como alternativas aos antimicrobianos promotores do crescimento de leitões recém-
desmamados, por meio do desempenho e da morfometria de órgãos dos animais. Um
experimento em blocos casualizados, com 35 dias de duração, foi realizado para testar cinco
tratamentos: controle - ração basal; antimicrobiano - basal com colistina + tiamutin (75 ppm de
cada); extrato de cravo (Ec) – basal com 420 ppm de extrato vegetal (210 ppm de óleo essencial
de cravo + 210 ppm do princípio ativo eugenol); extrato de orégano (Eo) – basal com 420 ppm de
extrato vegetal (210 ppm de óleo essencial de orégano + 210 ppm do princípio ativo carvacrol) e
extrato de cravo + orégano (E c+ Eo) – basal com 420 ppm de extrato vegetal (105 ppm de óleo
essencial de cravo + 105 ppm de eugenol e 105 ppm de óleo essencial de orégano + 105 ppm de
carvacrol), sendo todos os extratos vegetais encapsulados. Para o desempenho, foram utilizados
80 leitões, com idade média em torno de 24 dias e peso inicial de 7,19 ± 1,55, oito repetições por
tratamento e dois animais por unidade experimental. Ao final do período experimental, um
animal de cada baia, dos quatro primeiros blocos, foi abatido para morfometria de órgãos. Foram
testados contrastes específicos de importância prática. No período de 1 a 14 dias, animais do
tratamento antimicrobiano apresentaram melhor conversão alimentar (CA) que a média dos
animais dos tratamentos com extratos (P=0,02), enquanto que animais do tratamento Ec
apresentaram melhor CA que os do tratamento Eo (P=0,03). No período total, os animais do
tratamento antimicrobiano apresentaram maior peso aos 35 dias (P35) (P=0,05) e ganho diário de
peso (GDP) (P=0,06) que a média dos animais dos tratamentos com extratos. Os animais do
tratamento Ec + Eo apresentaram maior P35 (P=0,02) e GDP (P=0,02) em relação à média dos
animais dos outros tratamentos com extratos. Para a morfometria de órgãos os antimicrobianos
proporcionaram maior peso relativo dos rins (P=0,01) em relação aos outros tratamentos de
extratos. De modo geral, os antimicrobianos proporcionaram os melhores desempenhos de leitões
em fase de creche. Quanto aos extratos vegetais, a combinação de Ec + Eo acarretou um
desempenho muito próximo àquele obtido com os antimicrobianos, demonstrando ser uma
alternativa promissora como promotor do crescimento de leitões recém-desmamados.
Palavras-chave: Aditivos; Nutrição; Desempenho; Morfometria; Suínos
9
ABSTRACT
Herbal extracts as alternatives to antimicrobial growth promoters of weanling pigs.
The use of antimicrobial as growth promoters in the animal feed has been related to an
increase on animal performance. However, due to the restriction of many countries to the use of
antimicrobial as growth promoters, alternatives are being studied. So, the purpose of this work
was to evaluate herbal extracts as alternatives to antimicrobial growth promoters of weanling pigs
based on performance and organ weights. A 35-d randomized complete block design experiment
was carried out to compare five treatments: control - basal diet; antimicrobial - basal diet with
colistin + tiamutin (75 ppm of each); herbal extract of clove (Ec) – basal diet with 420 ppm of
herbal extract (210 ppm of essential oil of clove + 210 ppm of active compound eugenol); herbal
extract of oregano (Eo) – basal diet with 420 ppm of herbal extract (210 ppm of essential oil of
oregano + 210 ppm of active compound carvacrol); and herbal extract of clove + oregano (Ec +
Eo) – basal diet with 420 ppm of herbal extract (105 ppm of essential oil of clove + 105 ppm of
eugenol and 105 ppm of essential oil of oregano + 105 ppm of carvacrol ), being all the herbal
extracts encapsulated. Eighty pigs (average age around 24 d and initial live weight of 7.19 ± 1.55
kg), eight replications per treatment, and two animals per experimental unit were used for
performance data. At the end of experimental period, an animal per pen of first four blocks was
slaughtered for organ morphometry data. Specific contrasts of practical importance were tested.
For 1-14 d period, pigs fed antimicrobial showed better fed conversion (CA) than the mean of
those fed herbal extract treatments (P=.02), while pigs fed Ec gave better CA than those fed Eo
(P=.03). For the total period, pigs fed antimicrobial showed higher body weight at 35 days (P35)
(P=.05) and average daily gain (GDP) (P=.06) than the mean of those fed herbal extracts. Pigs
fed Ec + Eo gave higher P35 (P=.02) and GDP (P=.02) than the mean of those fed other herbal
extract treatments. For the organ morphometry data, the antimicrobials provided a higher relative
weight of kidneys (P=.01) than the mean of the other treatments with herbal extracts. Overall,
antimicrobial agents provided the best performance of weanling pigs. Concerning to herbal
extracts, the combination of clove and oregano provided performance close to that of pigs fed
antimicrobials, showing that this combination can be a potential alternative as growth promoter
of weanling pigs.
Keywords: Additives; Nutrition; Performance; Morphometry; Swine;
10
1 INTRODUÇÃO
A demanda de alimentos para atender às necessidades da população mundial requer
produção intensiva de proteína de origem animal e das demais fontes de nutrientes, respeitando
cada vez mais as questões sociais, segurança alimentar e de meio ambiente. Dentro desse
contexto, a produção de carne suína, que corresponde a 38,5 % da produção mundial de carne
(FAO, 2005), continuará a demandar grande desenvolvimento tecnológico para transformar a
menor quantidade possível de grãos e outros alimentos em proteína de excelente qualidade
(LIMA, 1999). Com o desenvolvimento científico, uma das técnicas, que vem sendo utilizada na
produção animal e com resultados significativos, é o uso de aditivos (microingredientes) nas
rações, melhorando os índices zootécnicos e maximizando a produção.
Por várias décadas, os antimicrobianos (antibióticos e quimioterápicos) promotores do
crescimento têm sido utilizados nas rações de suínos recém-desmamados e em crescimento com o
intuito de diminuir a incidência de diarréia pós-desmame e de promover uma melhora na
performance animal (PARTANEN, 2002). Depois de muitos anos, o uso desses aditivos
antimicrobianos passou a ser visto como fator de risco para a saúde humana, principalmente
através de duas contestações: (a) presença de resíduos dos antimicrobianos na carne, ovos e leite
e (b) indução de resistência cruzada para bactérias patógenas para humanos (MENTEN, 2001).
Com isso, surgiram restrições e novas regulamentações quanto ao uso de antibióticos e
quimioterápicos na alimentação animal. Na União Européia, por exemplo, a partir de janeiro de
2006 será banido o uso de qualquer antimicrobiano promotor do crescimento na produção animal
(BRUGALLI, 2003), sendo permitido o uso de antibióticos e quimioterápicos somente com
finalidade curativa. Portanto, é necessário que se busquem alternativas para minimizar o impacto
da retirada dos antimicrobianos das rações como promotores do crescimento de suínos. As
alternativas incluem os probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos, enzimas e extratos vegetais.
A propriedade antiséptica das plantas medicinais e aromáticas e de seus extratos tem
sido observada desde a antiguidade, enquanto que as informações sobre as tentativas de
caracterizar suas propriedades em laboratório datam de cerca de 1900. Com o passar do tempo, o
pouco conhecimento que se tinha sobre as plantas evoluiu devido, em grande parte, às modernas
tecnologias, as quais têm levado ao isolamento sistemático e caracterização dos princípios ativos
contidos nestas fontes vegetais.
11
Pesquisas têm focado os efeitos benéficos específicos da inclusão destes
microingredientes nas rações. Estes apresentam atividade antioxidante, de modificação da
microbiota intestinal, melhora na digestibilidade e absorção dos nutrientes, modificações morfo-
histológicas do trato gastrintestinal e melhora da resposta imune. Entretanto, ainda não está claro
o modo de ação destes aditivos que podem ter múltiplas funções. A elucidação do modo de ação
destas substâncias fornecerá a base científica para estabelecer, com eficácia e segurança, o seu
modo de uso nas rações animais (BRUGALLI, 2003).
Em condições brasileiras, poucas são as pesquisas que comprovam a ação dos extratos
vegetais como promotores do crescimento de suínos. Os resultados encontrados são bastante
controversos e pouco conclusivos. Portanto, este trabalho teve como objetivo comparar e avaliar
o efeito de extratos vegetais como alternativas aos antimicrobianos promotores do crescimento de
leitões recém-desmamados, por meio do desempenho e da morfometria de órgãos dos animais.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Revisão de Literatura
2.1.1 Fisiologia digestiva de leitões recém-desmamados
Durante o período pós-natal o trato digestivo do suíno encontra numerosos desafios e
diferentes situações de estresse, incluindo mudanças na composição da dieta (adaptação à dieta
sólida), mudanças de ambiente (diferentes temperaturas e instalações) e desafio imunológico (a
imunidade ativa está em desenvolvimento e a imunidade passiva, adquirida pelo consumo do
colostro e do leite materno, é limitada), os quais contribuem para uma redução na taxa de
crescimento (VIOLA; VIEIRA, 2003).
A intensificação do sistema de produção de suínos tem proporcionado aumentos de
desempenho e melhora da produtividade das porcas pela redução do período de amamentação
para 3 a 4 semanas. O colostro contém nutrientes de alta digestibilidade e numerosos compostos
bioativos como imunoglobulinas, lisozimas e fatores de crescimento (IGF-I, IGF-II e insulina). A
retirada da dieta líquida e altamente digestível e o início do consumo de uma dieta sólida, ainda
de pouca digestibilidade para o leitão, proporcionam um aumento do risco de ocorrência de
diarréias, que provocam retardo no crescimento dos leitões (VIOLA; VIEIRA, 2003), distúrbio
no balanço da flora intestinal (RAVINDRAN; KORNEGAY, 1993), mortalidade e altos custos
com medicamentos (VIOLA; VIEIRA, 2003).
Neste período de transição, são observadas alterações histológicas e bioquímicas no
intestino delgado, como atrofia das vilosidades e aumento da profundidade de criptas,
acarretando em reduzida capacidade de digestão e absorção de nutrientes (McCRACKEN et al.,
1999 apud OETTING, 2005). A atrofia das vilosidades após a desmama é provocada por uma
maior taxa de perda celular ou uma redução na taxa de renovação celular. Se ocorrerem
encurtamentos de vilosidades por meio de uma maior taxa de perda de células, isto está associada
com uma maior produção de células nas criptas e, conseqüentemente, maior profundidade das
mesmas. Todavia, a atrofia das vilosidades pode também ser devido a uma menor taxa de
renovação celular, que é resultado da redução da divisão celular nas criptas. Uma vez que esses
dois eventos podem ocorrer após a desmama para reduzir a relação altura de
vilosidade/profundidade de cripta, é provável que o primeiro terá efeito mais acentuado sobre a
13
estrutura do intestino (PLUSKE et al., 1997). As principais mudanças são observadas 3 a 7 dias
pós-desmame, com redução de 25 a 59% no peso dos vilos e aumento de 10 a 144% na
profundidade de cripta (MOLLY, 2001).
O encurtamento dos vilos ao desmame afeta o desempenho animal, direta e
indiretamente. A proteína e a energia da dieta serão direcionadas para regeneração das
vilosidades ao invés da produção de carne (efeito indireto), enquanto que os vilos são
danificados, prejudicando a digestão e absorção (efeito direto) e, conseqüentemente, direcionando
menos nutrientes para o desenvolvimento animal.
Uma complicação a mais verificada nesta fase de pós-desmama é o desenvolvimento
natural do sistema enzimático. Enquanto a atividade da lactase reduz, outras enzimas são
secretadas em função da introdução da dieta sólida. As diferentes enzimas necessitam de
diferentes condições para desempenho ótimo (VIOLA; VIEIRA, 2003). O estômago é o primeiro
sítio de digestão protéica, devendo apresentar pH baixo (de 2,0
a 3,5) para ativação da pepsina,
iniciando a digestão da proteína e diminuindo assim a passagem de substrato a outras porções do
intestino delgado. O ácido clorídrico, produzido pelas células parietais do estômago, é
responsável pelo abaixamento do pH estomacal, promovendo a digestão de peptídeos e
estabelecendo uma barreira contra a entrada de microrganismos patogênicos. Contudo, o estresse
da desmama, dificulta a queda do pH estomacal devido a uma redução na produção de ácido
lático e insuficiente produção de ácido clorídrico. Como conseqüência, a digestão incompleta e o
quimo pouco acidificado não ativa completamente a secreção endócrina de secretina e
colecistoquinina pela parede do duodeno. Isto poderá prejudicar a secreção exócrina do pâncreas
(tripsina, amilase, lipase, etc.), das glândulas de Brünner (bicarbonato de sódio), do fígado (sais
biliares) e da própria parede do intestino delgado (maltase, sacarase, aminopeptidases, etc.)
(LINDEMAN, 1986 apud UTIYAMA, 2004).
No intestino, o achatamento das vilosidades também acarreta perdas na atividade de
algumas enzimas (isomaltase, sacarase, lactase, peptidases, entre outras) secretadas pela borda em
escova dos enterócitos, principalmente na porção anterior do intestino delgado, onde a atrofia é
mais intensa. Na porção posterior do intestino, onde o achatamento dos vilos é menos observado,
a redução da atividade das peptidases pode ser causada pela queda no consumo verificado em
leitões no período subseqüente ao desmame (HEDMANN et al., 2003). Esta redução no consumo
pode acarretar também uma mudança do equilíbrio da flora bacteriana do intestino, menor
14
produção de hormônios polipeptídeos gastrintestinais e não ativação da colecistoquinina e
secretina, tendo como conseqüência, hiposecreção pancreática e hipoplasia (FELDMAN et al.,
1976 apud PLUSKE et al., 1996).
Assim, a formulação de dietas para suínos desmamados precocemente envolve um
amplo conhecimento da fisiologia digestiva dos leitões e das modificações na capacidade
digestiva que decorrem da idade e do desmame (VIOLA; VIEIRA, 2003).
No intuito de prevenir a ocorrência destes problemas e assegurar um desempenho
adequado nesta fase da vida do animal são comumente adicionados aditivos antimicrobianos
promotores do crescimento visando melhorar a performance animal.
2.1.2 Aditivos - Microingredientes promotores do crescimento
Nos últimos 50 anos, a utilização de aditivos (microingredientes de alimentação), de
maneira prudente com base na recomendação dos fabricantes e observando-se os períodos de
remoção, tem melhorado o desempenho, reduzido a propagação de doenças e permitido aos
animais demonstrarem todo seu potencial genético. Além disso, o uso de aditivos tem permitido
reduzir o custo de produção, tornando o alimento mais econômico para o consumidor, além de
outras vantagens indiretas, como a diminuição de distúrbios metabólicos e maior resistência dos
animais a desafios (BUTOLO, 1999).
Segundo o Compêndio Brasileiro de Alimentação Animal (1998), “microingrediente é
toda substância ou mistura de substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos para
animais com finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades desejáveis ou
suprimir as propriedades indesejáveis e que seja utilizado sob determinadas normas”. Os
microingredientes são classificados em 13 grupos quanto a sua natureza e função (acidificantes,
adsorventes, aglutinantes, anticoccidianos, antifúngicos, antioxidantes, conservantes,
aromatizantes/palatabilizantes, corantes, enzimas, pigmentantes, probióticos e promotores do
crescimento e/ou eficiência alimentar) e divididos em 3 classes de acordo com seu modo de ação
específico ou característica funcional (pró-nutrientes, coadjuvantes de elaboração e profiláticos).
Dentre os microingredientes, os agentes antimicrobianos (antibióticos e
quimioterápicos) são os promotores do crescimento de uso mais generalizado na produção animal
(MENTEN, 2001), e trazem grandes benefícios quando utilizado em doses subterapêuticas nas
rações. Estes pertencem à classe dos pró-nutrientes, favorecendo a utilização dos nutrientes
15
dietéticos pelos animais, melhorando a sua eficiência de utilização e proporcionando melhor
desempenho.
Os antibióticos são substâncias produzidas por fungos, leveduras ou bactérias,
enquanto que os quimioterápicos são substâncias produzidas por síntese química, com ação
semelhante aos antibióticos (MENTEN, 2001). A utilização dos antimicrobianos em baixas
dosagens na alimentação animal inibe o metabolismo bacteriano e reduz a competição direta
pelos nutrientes entre a bactéria e o hospedeiro, além de diminuir a produção microbiana de
metabólitos, como aminas, amônia e endotoxinas que afetam o epitélio intestinal, os quais
impedem a absorção de nutrientes (BUTOLO, 1999).
2.1.2.1 Modos de ação dos antimicrobianos promotores do crescimento
Desde o início da utilização dos antimicrobianos como promotores do crescimento, na
década de 50, foram realizados muitos estudos na tentativa de elucidar o mecanismo de ação.
Apesar das várias hipóteses propostas até hoje, há apenas sugestões de como eles atuam. O único
aspecto de concordância geral é que os antimicrobianos agem sobre a microbiota como
bactericidas (promovendo a morte do agente) ou bacteriostáticos (promovendo a parada do seu
crescimento e reprodução). Esses efeitos podem ser por interferência na síntese da parede celular,
alterações na permeabilidade da membrana citoplasmática, interferências na replicação
cromossômica e na síntese protéica celular (MELLOR, 2000; TAVARES, 1990).
De maneira geral, os efeitos do uso desses promotores do crescimento podem ser
agrupados em três categorias conforme descrito a seguir.
2.1.2.1.1 Efeito metabólico
O efeito metabólico é explicado pelo fato do agente antibacteriano melhorar o
desempenho dos animais através do efeito direto sobre o metabolismo do animal. Para agentes
antibacterianos que não são absorvidos e permanecem na luz do trato intestinal, este não é o
modo de ação apropriado, a não ser que a ação ocorra sobre as células do epitélio intestinal
afetando a absorção de nutrientes (LIMA, 1999). Vários são os efeitos metabólicos provocados
pelos antimicrobianos, relatados numa compilação de vários trabalhos científicos (MENTEN,
1995) e destacam-se: aumento nas atividades de enzimas regulatórias citosólicas, na ativação de
aminoácidos e na incorporação dos mesmos às proteínas do fígado.
16
2.1.2.1.2 Efeito nutricional
Certas bactérias, que habitam o intestino, sintetizam vitaminas e aminoácidos
essenciais para o hospedeiro, enquanto outras competem com os animais por nutrientes.
Alterações na população microbiana intestinal podem promover maior disponibilidade de
nutrientes para o hospedeiro.
Os agentes antimicrobianos também podem reduzir a irritação (queda da quantidade
de microrganismos aderidos que produzem toxinas) e, conseqüentemente, a espessura e a massa
do epitélio intestinal, devido à eliminação de bactérias danosas (ANDERSON et al., 1999),
levando a crer que o animal necessitará de uma menor quantidade de nutrientes (aminoácidos e
energia, principalmente) para a manutenção dos tecidos do trato gastrintestinal (HENRY et al.,
1987; LIMA, 1999). Pode ocorrer também maior aproveitamento do alimento, decorrente de
maior vascularização sanguínea do epitélio intestinal (FREITAS, 1992).
O efeito nutricional, proporcionado pelos antimicrobianos, pode ser devido à inibição
de certas bactérias intestinais, que inativam enzimas pancreáticas e metabolizam a proteína
dietética, produzindo amônia e aminas biogênicas. Esta inibição promove uma melhora da
digestibilidade protéica (CORPET, 2000 apud UTIYAMA, 2004), assim como alterações
positivas sobre a histologia do epitélio intestinal, destacando-se o aumento da altura das
vilosidades e a redução da profundidade de criptas (BUTOLO, 1999).
2.1.2.1.3 Efeito sobre o controle de doenças
Agentes antimicrobianos inibem o crescimento de bactérias intestinais que causam
doenças subclínicas e deprimem o crescimento do animal. A estimulação crônica do sistema
imunológico para responder a essas doenças podem promover redução no consumo de ração e
demandam nutrientes, que poderiam ser direcionados para síntese de proteína. O controle dessas
doenças subclínicas permite que os animais expressem ao máximo o seu potencial genético para
crescimento e deposição de carne (LIMA, 1999).
Uma outra evidência de que os antibióticos promotores do crescimento atuam sobre a
microbiota intestinal, favorecendo o crescimento de microrganismos benéficos, é o fato de eles
não proporcionarem benefícios aos animais “germ-free”, comprovando a teoria de que seu efeito
17
esteja mais associado com a atividade antimicrobiana do que por ação direta na fisiologia do
animal (MURAMATSU et al., 1994 apud OETTING, 2005).
2.1.3 Banimento dos antimicrobianos da alimentação animal
Antibióticos e quimioterápicos têm sido amplamente utilizados na produção animal
desde sua descoberta na década de 40. O uso dos antimicrobianos como promotores do
crescimento é praticado desde os anos 50, viabilizando as criações intensivas na melhoria das
taxas de crescimento, na eficiência alimentar, diminuindo a mortalidade e a morbidade devido a
infecções clínica e subclínica (FUKAYAMA, 2004) e melhorando a performance reprodutiva
(CROMWELL, 1999).
Depois de muitos anos, o uso desses aditivos antimicrobianos passou a ser visto como
fator de risco para a saúde humana, principalmente através de duas contestações: (a) presença de
resíduos dos antimicrobianos na carne, ovos e leite e (b) indução de resistência cruzada para
bactérias patógenas para humanos (MENTEN, 2001). Com isso, surgiram restrições e novas
regulamentações quanto ao uso de antibióticos e quimioterápicos na alimentação animal. A
Comissão da Comunidade Européia (2001) tem dado uma maior atenção à necessidade de
restringir a utilização de antibióticos a problemas graves de saúde humana e animal. De fato, o
número de antibióticos autorizados como promotores do crescimento na nutrição animal tem
diminuído drasticamente (FUKAYAMA, 2004).
Em 1986, o governo sueco impôs o banimento de promotores do crescimento
(antimicrobianos). Os antibióticos e quimioterápicos somente poderiam ser incorporados aos
alimentos destinados aos animais com o propósito curativo de doenças e não com o objetivo de
melhoria do crescimento. Posteriormente, a Finlândia também baniu todos os antimicrobianos
promotores do crescimento das rações animais (BUTOLO, 1999).
Em janeiro de 1999, a União Européia (EU) proibiu o uso de seis antimicrobianos
largamente utilizados na produção animal: bacitracina de zinco, espiramicina, virginiamicina,
tilosina, carbadox e olaquindox (CROMWELL, 1999).
Com as restrições a uma série de antimicrobianos impostas anteriormente, os
produtores europeus podem recorrer atualmente a quatro produtos apenas: monensina,
salinomicina, avilamicina e flavomicina. Destes, os dois primeiros sendo utilizados como
anticoccidianos e os dois últimos como promotores do crescimento (MENTEN, 2001). A
18
proibição total dos dois únicos antimicrobianos utilizados na Europa, como promotores do
crescimento na produção animal, ocorrerá a partir de 2006 (BRUGALLI, 2003).
No Brasil, o uso de clortetraciclina, oxitetraciclina, penicilina (Portaria DAS/MA Nº
159 de 23 de junho de 1992), nitrofurazona, furazolidona, cloranfenicol (Portaria DAS/MA Nº
448 de 10 de setembro de 1998) e avoparcina (Portaria SVS/MS Nº 819 de 16 de outubro de
1998), como promotores do crescimento, já foi proibido (SONCINI, 1999). Atualmente, os
aditivos autorizados pelo Ministério da Agricultura para uso em rações, como promotores do
crescimento de suínos, são: avilamicina, colistina, flavomicina, lincomicina, tilosina,
virginiamicina, salinomicina, espiramicina, enramicina, eritromicina, tiamulina, clorexidina,
bacitracina de zinco e halquinol.
Dados levantados em sete países da Comunidade Européia revelaram grandes
prejuízos causados pela proibição do uso de antimicrobianos como promotores do crescimento.
Estes são da ordem de US$ 2,124 bilhões, distribuídos entre os segmentos de carne bovina (US$
0,637 bilhão), carne de vitela (US$ 0,178 bilhão), carne suína (US$ 1,103 bilhão), carne de
frango (US$ 0,176 bilhão) e ovos (US$ 0,030 bilhão). O custo adicional foi absorvido em 42%
pelos consumidores e em 58% pelos produtores (BUTOLO, 1999), aumentando o custo de
produção e, conseqüentemente, elevando o preço do produto final.
Sendo assim, é necessário que se busquem alternativas para minimizar o impacto da
retirada dos antimicrobianos das rações como promotores do crescimento de suínos. As
alternativas incluem os probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos, enzimas e extratos vegetais.
2.1.4 Extratos Vegetais
A propriedade antiséptica das plantas medicinais e aromáticas e de seus extratos tem
sido observada desde a antiguidade, enquanto que as informações sobre as tentativas de
caracterizar suas propriedades em laboratório datam de cerca de 1900. Muitos extratos naturais
têm fornecido a base para modernos medicamentos, tal como a digoxina da planta digitalis,
efedrina da planta chinesa “ma huang”, dentre outros. Com o passar do tempo, o pouco
conhecimento que se tinha sobre as plantas evoluiu devido, em grande parte, às modernas
tecnologias, as quais têm levado ao isolamento sistemático e caracterização dos princípios ativos
contidos nestas fontes vegetais. Muitos dos extratos de plantas atuais possuem atividades
múltiplas diretamente ligadas à sua composição em princípios ativos (BRUGALLI, 2003).
19
Princípios ativos são componentes químicos, presentes em todas as partes das plantas
ou em partes específicas, que conferem às plantas medicinais alguma atividade terapêutica
(MARTINS et al., 2000). Eles variam muito em concentração e em atividade antibacteriana, de
uma espécie botânica para outra, porém poucos têm uma ação antibacteriana per se e numa
concentração suficiente para mostrar efeitos semelhantes aos antibióticos promotores do
crescimento (BRUGALLI, 2003). Devido a isso, devem ser suplementados em combinações de
diferentes extratos ou reforçados com princípios ativos para alcançar resultados satisfatórios.
Estes compostos são produzidos como um mecanismo de defesa da planta contra fatores
externos, tais como estresse fisiológico (falta de água ou nutriente, por exemplo), fatores
ambientais (variações climáticas) e proteção contra predadores e patógenos (OETTING, 2005).
As substâncias ativas das plantas medicinais podem ser classificadas de acordo com
suas características físicas, químicas ou atividade biológica. Os principais grupos existentes são:
alcalóides, glucosídeos, compostos fenólicos, saponinas, mucilagens, flavonóides, taninos, óleos
essenciais, etc (MARTINS et al., 2000). Estas substâncias geralmente não se encontram na planta
em estado puro, mas sob a forma de complexos, cujos diferentes componentes se completam e
reforçam sua ação sobre o organismo.
Pesquisas recentes têm demonstrado a existência de um efeito sinérgico entre os
princípios ativos primários e secundários das plantas. Os componentes secundários, princípios
ativos encontrados em pequenas concentrações, atuariam como potencializadores dos compostos
primários (KAMEL, 2000).
2.1.4.1 Modos de ação dos extratos vegetais
Dentre os possíveis mecanismos de ação dos óleos essenciais no organismo animal,
podem-se citar alterações na microflora intestinal, aumento na digestibilidade e absorção de
nutrientes através do estímulo da atividade enzimática, melhora da resposta imune, controle na
produção de amônia, modificações morfo-histológicas do trato gastrintestinal (BRUGALLI,
2003) e atividade antioxidante (BOTSOGLOU et al., 2002b).
Kohlert et al. (2000) relataram que os produtos do metabolismo, advindos da absorção
dos princípios ativos, são transformados em compostos polares, através da conjugação com o
glicuronato e excretados na urina. Outros princípios ainda podem ser eliminados pela respiração
20
como o CO
2
. A rápida metabolização e a curta meia vida dos compostos ativos levam a crer que
existe um risco mínimo de acúmulo nos tecidos quando comparado com os antimicrobianos
(KOHLERT et al., 2000).
É importante ressaltar que, na prática, a maioria dos extratos vegetais deveriam ser
incluídos em altíssimas doses para ter o mesmo efeito bactericida ou bacteriostático observado in
vitro. Portanto, no animal, o modo de ação e local de atuação dos componentes ativos dos óleos
essenciais (fitocomponentes ou fitomoléculas) são dependentes de sua estrutura, metabolismo e
do nível de inclusão (BRUGALLI, 2003).
2.1.4.1.1 Atividade antimicrobiana
Extratos de plantas e seus metabólitos secundários possuem efeito bactericida e
bacteriostático sobre os microrganismos (bactérias, fungos, vírus e protozoários) (SMITH-
PALMER et al., 1998 apud BRUGALLI, 2003), apresentando diferentes padrões de atividade
antimicrobiana. Pesquisas baseadas no método de CIM (Concentração Inibitória Mínima, como
índice de eficiência bacteriostática) demonstraram que os extratos vegetais possuem efeitos muito
próximos a dos antibióticos disponíveis no mercado (KAMEL, 2000). O óleo essencial de uma
única planta pode ter amplo espectro de ação bactericida in vitro. Por exemplo, o óleo essencial
de canela, que contém cinamaldeído, eugenol e carvacrol (TABAK et al., 1991 apud UTIYAMA,
2004), apresenta atividade inibitória contra Escherichia coli, Pseudomonnas aeruginosa,
Enterococcus faecalis, Staphylococcus epidermis, Staphylococcus aureus, Klebisiella
pneumoniae, Salmonella typhimurium, Campylobacter e Clostridium perfringes (CHANG et al.,
2001).
O mecanismo pelo qual a maioria dos óleos essenciais exerce seu efeito antibacteriano
é atuando na estrutura da parede celular bacteriana, desnaturando e coagulando as proteínas. Mais
especificamente, os óleos essenciais atuam alterando a permeabilidade da membrana
citoplasmática aos íons de hidrogênio (H
+
) e potássio (K
+
). A alteração da referida
permeabilidade aos íons conduz à deterioração dos processos essenciais da célula como
transporte de elétrons, translocação de proteínas, passos da fosforilação e outras reações
dependentes de enzimas, resultando em perda do controle quimiosmótico da célula afetada e,
conseqüentemente, na morte bacteriana (DORMAN; DEANS, 2000). De acordo com Dorman e
21
Deans (2000), o rompimento das paredes celulares das bactérias se deve ao caráter lipofílico dos
óleos essenciais que se acumulam nas membranas. As bactérias gram-negativas possuem uma
membrana externa que contém lipossacarídeos, formando uma superfície hidrofílica. Este caráter
hidrofílico cria uma barreira à permeabilidade das substâncias hidrofóbicas como os óleos
essenciais. Isto poderia explicar a freqüente resistência das bactérias gram-negativas ao efeito
antimicrobiano de alguns óleos essenciais (CHAO et al., 2000 apud BRUGALLI, 2003) em
relação às bactérias gram-positivas (OETTING, 2005). Outros mecanismos de ação podem estar
relacionados a prejuízos na absorção de nutrientes, síntese de DNA, RNA e proteínas pelas
células bacterianas (LAMBERT et al., 2001).
Os efeitos dos extratos vegetais sobre os microrganismos têm sido comprovados in
vitro, porém os estudos in vivo são pouco conclusivos e bastante escassos, necessitando de mais
pesquisas para comprovar o seu verdadeiro potencial.
2.1.4.1.2 Estímulo à atividade enzimática
No processo de digestão, umas das necessidades básicas, para a digestão de nutrientes
ocorrer adequadamente no trato gastrintestinal do animal, é a presença de enzimas para hidrolisar
seus substratos específicos. A capsaicina, componente ativo do Capsicum annum (pimenta
vermelha), tem-se mostrado eficiente em estimular a salivação (produção de amilase) (PLATEL;
SRINIVASAN, 1996; WANG; BOURNE, 1998) e aumentar a secreção de enzimas pancreáticas
e intestinais em animais não-ruminantes (BRUGALLI, 2003). Outro princípio ativo, o
cinamaldeído, principal componente do Cinnamonum spp (canela) apresentou ação estimulante
sobre as enzimas pancreáticas (WANG; BOURNE, 1998) e aumentou o tempo de retenção do
alimento no estômago por ter reduzido a motilidade gástrica em suínos (MANZANILLA et al.,
2004). Como conseqüência, o aumento na atividade das enzimas, que participam do processo de
digestão, promove uma melhora na digestibilidade de nutrientes e maior disponibilidade dos
mesmos (BRUGALLI, 2003).
O mecanismo mais estudado na tentativa de explicar a melhora da digestibilidade é o
efeito na produção de enzimas e secreções intestinais. Porém, este não é o único mecanismo que
pode estar envolvido. A modulação da microbiota e a manutenção da integridade do epitélio
intestinal podem ser efeitos importantes dos extratos vegetais, como acontece com outros
22
promotores do crescimento (UTIYAMA, 2004). Ao contrário, a morfometria de órgãos parece
não ser afetada pelos extratos vegetais presentes na dieta (HERNÁNDEZ et al., 2004).
Durante o processo de digestão, radicais de oxigênio (radicais superóxidos) podem ser
produzidos através de reações de oxidação, processo conhecido como autoxidação. Tais radicais
de oxigênio reativos podem atacar a superfície da mucosa intestinal, prejudicando a absorção de
nutrientes. O cinamaldeído otimiza a atividade antioxidante das enzimas superóxido dismutase,
glutationa S-transferase e catalase (DHULEY, 1999 apud BRUGALLI, 2003). Este complexo
enzimático é responsável por converter os radicais superóxidos em água e oxigênio molecular,
mantendo assim a saúde intestinal, o que possibilita maior capacidade de absorção pelas
microvilosidades.
2.1.4.1.3 Atividade antioxidante
A oxidação lipídica de carnes e produtos cárneos leva a formação de aroma
desagradável, diminui a segurança e a qualidade do alimento pela formação de produtos
potencialmente tóxicos e outros compostos, durante o processamento e cozimento, e diminui a
aceitação do produto por parte do consumidor (LEE; SHIBAMOTO, 2002). Nos últimos anos, o
uso de extratos vegetais e óleos essenciais como antioxidantes naturais tem atraído o interesse por
parte da indústria por apresentarem grande capacidade antioxidante (RACANICCI et al., 2004),
sendo adicionado às carnes e produtos cárneos ou substituindo produtos sintéticos como o BHT
(butil hidroxitolueno) e BHA (butil hidroxianisol), antioxidantes amplamente utilizados nas
rações dos animais.
A atividade antioxidante dos óleos essenciais está relacionada, principalmente, com a
presença de compostos fenólicos. No entanto, outros compostos, como os flavonóides (presentes
no orégano e tomilho) e terpenóides (como timol, carvacrol e eugenol, princípios ativos do
tomilho, orégano e cravo, respectivamente) protegem alimentos, células e tecidos contra o efeito
deletério das reações de oxidação. Esses compostos podem interceptar e neutralizar radicais
livres, impedindo a propagação do processo de oxidação (HUI, 1996 apud OETTING, 2005).
Óleos essenciais, depois de absorvidos entram no sistema circulatório, sendo primeiramente
distribuídos e posteriormente retidos nos tecidos em pequenas concentrações, mas suficiente para
desenvolver sua atividade antioxidante (BOTSOGLOU et al., 2004).
23
Apesar de possuírem atividade antioxidante, alguns óleos essenciais apresentam
compostos com aroma extremamente acentuado, como eugenol (cravo), timol (tomilho) e
carvacrol (orégano), por exemplo. Desta forma, eles não devem ser adicionados em grandes
quantidades nos alimentos, uma vez que podem influenciar o sabor do produto final (MADSEN
et al., 1997), limitando seu uso como agentes antioxidantes em certos produtos.
Recentemente, uma nova linha de pesquisa tem surgido para avaliar se o efeito
antioxidante na carne pode ser obtido pela suplementação de extratos vegetais e óleos essenciais
na dieta dos animais. Trabalhos têm comprovado este efeito (BOTSOGLOU et al., 2002a, 2002b,
2003a, 2003b, 2004; PAPAGEORGIOU et al., 2003; YOUNG et al., 2003), contribuindo para
uma maior vida útil de tais produtos e, conseqüentemente, maior segurança alimentar.
A suplementação das dietas com extratos tem mostrado ser uma estratégia simples e
conveniente para introduzir antioxidantes naturais nos fosfolipídios das membranas, onde eles
devem inibir eficientemente reações de oxidação, preservando assim o produto cárneo
(LAURIDSEN et al., 1997; MORRISSEY et al., 1994 apud BOTSOGLOU et al., 2004). No
entanto, mais estudos devem ser realizados para comprovar tal atividade, contribuindo não só
com o desempenho animal, mas também com a indústria processadora de carnes.
2.2 Material e Métodos
2.2.1 Instalações experimentais e animais
Um experimento de 35 dias de duração foi conduzido na creche experimental do Setor
de Suinocultura do Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP. A sala de creche, onde os
animais foram alojados, possui 20 baias metálicas suspensas, dispostas em quatro faixas de cinco
baias. Cada baia possui uma área de 1,80 m
2
(1,20 x 1,50 m), sendo providas de comedouros
automáticos, bebedouro tipo chupeta e aquecimento complementar com lâmpadas infra-
vermelhas de 250 W. A área abaixo do bebedouro é constituída de piso metálico vazado,
enquanto que o restante é de concreto compacto, correspondente à área adjacente ao comedouro.
Foram utilizados 80 leitões híbridos comerciais recém-desmamados, com idade média em torno
de 24 dias, e peso médio inicial e final de, respectivamente, 7,19 ± 1,55 e 18,73 ± 1,84 kg. Cada
24
baia (unidade experimental) foi composta por dois animais, sendo um macho castrado e uma
fêmea. Todos os animais foram adquiridos de uma granja comercial.
2.2.2 Escolha e preparo dos extratos vegetais
Os extratos vegetais foram utilizados sob a forma de óleos essenciais, fornecidos por
uma empresa especializada, Givaudan do Brasil Ltda., e com alto controle de qualidade. Os óleos
essenciais foram extraídos de diversas plantas e homogeneizados até a obtenção da composição
padrão de cada óleo, garantindo, assim, a constância de seus componentes independente da época
do ano ou local de extração. Como os óleos essenciais são compostos altamente voláteis, foi
necessário submetê-los a um processo de microencapsulamento, que consiste no encapsulamento
dos óleos essenciais, cujos principais componentes eram óleo vegetal, gelatina e dióxido de
silício, para que pudessem ser preservados até o momento da ingestão pelos animais. Além disso,
esse procedimento permite minimizar o sabor dos óleos na dieta e liberá-los, de forma lenta, no
estômago do animal.
Para a escolha dos óleos essenciais, foram determinadas em pesquisas bibliográficas
as duas plantas, cujos extratos apresentavam alto potencial antimicrobiano sobre um grande
número de microrganismos e que já foram testadas em um projeto de pesquisa anterior. Os óleos
essenciais escolhidos foram o de cravo e orégano. Além disso, foram adicionados os princípios
ativos do cravo (eugenol) e do orégano (carvacrol) nas mesmas quantidades que os óleos
essenciais. As microcápsulas foram feitas para conter quantidades iguais do óleo essencial,
acrescido do princípio ativo, correspondendo a 20% do produto final encapsulado (Tabelas 1, 2 e
3).
25
Tabela 1 - Composição do extrato de cravo microencapsulado
Componente %
Óleo vegetal (mistura de triglicérides) 60,0
Gelatina 7,5
Dióxido de silício (anti-umectante) 7,5
Água 3,4
Álcool 1,6
Óleo essencial de cravo + eugenol 20,0
TOTAL 100,0
Tabela 2 - Composição do extrato de orégano microencapsulado
Componente %
Óleo vegetal (mistura de triglicérides) 60,0
Gelatina 7,5
Dióxido de silício (anti-umectante) 7,5
Água 3,4
Álcool 1,6
Óleo essencial de orégano + carvacrol 20,0
TOTAL 100,0
Tabela 3 - Composição da mistura de extrato de cravo e orégano microencapsulados
Componente %
Óleo vegetal (mistura de triglicérides) 60,0
Gelatina 7,5
Dióxido de silício (anti-umectante) 7,5
Água 3,4
Álcool 1,6
Óleo essencial de cravo + eugenol e de orégano + carvacrol 20,0
TOTAL 100,0
2.2.3 Tratamentos e dietas basais
Os tratamentos foram:
- Tratamento controle (C): dieta basal;
- Tratamento antimicrobiano (A): dieta basal + 75 ppm de colistina + 75 ppm de tiamutin;
- Tratamento extrato de cravo (Ec): dieta basal com 420 ppm de extrato de cravo
microencapsulado, conforme Tabela 1 (210 ppm de óleo essencial de cravo + 210 ppm do
princípio ativo eugenol);
26
- Tratamento extrato de orégano (Eo): dieta basal com 420 ppm de extrato de orégano
microencapsulado, conforme Tabela 2 (210 ppm de óleo essencial de orégano + 210 ppm do
princípio ativo carvacrol);
- Tratamento extrato de cravo + extrato de orégano (Ec + Eo): dieta basal com 420 ppm de
extrato de cravo + extrato de orégano microencapsulados, conforme Tabela 3 (105 ppm de óleo
essencial de cravo + 105 ppm do princípio ativo eugenol e 105 ppm de óleo essencial de orégano
+ 105 ppm do princípio ativo carvacrol).
Durante o experimento, foram utilizadas duas dietas basais, sendo a pré-inicial
fornecida do 1º ao 14º dia e a inicial do 15º ao 35º dia do experimento. Os níveis de exigências
nutricionais foram aqueles recomendados por Rostagno (2005). As composições percentuais das
dietas basais, assim como os valores calculados de alguns nutrientes, podem ser encontrados na
Tabela 4.
27
Tabela 4 - Composição percentual e valores calculados das dietas basais
Ingrediente
Dieta Pré-inicial
(1a 14 dias)
Dieta Inicial
(15 a 35 dias)
Milho 53,17 65,92
Farelo de soja (46%) 21,00 21,83
Produto lácteo (38,5% de lactose)
1
2,40 -
Produto lácteo (70,0% de lactose)
2
11,60 5,70
Lactose 3,00 1,00
Plasma sanguíneo
3
4,50 2,00
Fosfato bicálcico 1,60 1,43
Calcário 0,83 0,74
Óleo de soja 1,00 0,50
L-Lisina.HCl
(78%) 0,20 0,05
DL-Metionina
(99%)
0,07 0,02
Suplemento vitamínico
4
0,10 0,10
Suplemento mineral
5
0,10 0,10
Sal 0,22 0,40
Caulim e/ou promotor do crescimento 0,21 0,21
Valores calculados:
Energia metabolizável (kcal/kg)
3.335 3.240
Proteína bruta (%)
21,00 18,00
Lisina total (%)
1,47 1,05
Lisina digestível (%)
1,32 0,99
Treonina digestível (%)
0,83 0,71
Triptofano digestível (%)
0,25 0,22
Metionina digestível (%)
0,37 0,31
Metionina + cistina digestível (%)
0,73 0,62
Lactose (%)
12,04 4,99
Cálcio (%)
0,82 0,72
Fósforo total (%)
0,64 0,60
Fósforo disponível (%) 0,45 0,40
1
Produto comercial: Nuklospray K-51;
2
Produto comercial: Nuklospray K-21;
3
Produto comercial: AP920;
4
Quantidades supridas por kg de ração: vit. A, 6000 UI; vit. D
3
, 1500 UI; vit. E, 15 UI; vit. K
3
, 1,5 mg; tiamina, 1,35
mg; riboflavina, 4 mg; piridoxina, 2 mg; vit. B
12
, 0,02 mg; ácido nicotínico, 20 mg; ácido fólico, 0,6 mg; biotina,
0,8 mg; ácido pantotênico, 9,35 mg; selênio 0,3 mg;
5
Quantidades supridas por kg de ração: iodo, 1,5 mg; cobalto, 1 mg; cobre, 10 mg; zinco 100 mg; ferro, 100 mg;
manganês, 40 mg;
Nota: Sinal convencional utilizado: - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento.
28
2.2.4 Experimento
2.2.4.1 Desempenho
Foram utilizados 80 leitões híbridos comerciais, distribuídos em 40 baias (um macho
castrado e uma fêmea por baia) de acordo com o peso vivo dos animais, totalizando oito blocos
(oito repetições por tratamento). Os animais receberam ração e água à vontade durante todo
período experimental de 35 dias.
Para a determinação do ganho de peso, os animais foram pesados no início e no final
de cada fase. As rações e desperdícios foram pesados para a determinação do consumo. A
conversão alimentar foi obtida por meio da relação entre o consumo de ração e o ganho de peso
durante o período experimental.
2.2.4.2 Morfometria de órgãos
Ao final do período experimental dos quatro primeiros blocos, um animal de cada
unidade experimental, totalizando 20 animais, foi sacrificado, após jejum de 15 horas, para coleta
dos dados de morfometria de órgãos. O jejum foi feito para diminuir a presença de resíduos nos
órgãos e facilitar o manuseio dos mesmos.
A escolha do animal foi de acordo com o peso vivo, sendo utilizado aquele que
apresentava o peso mais próximo da média dos animais de cada bloco, independente do sexo.
Este critério foi adotado, admitindo-se haver pouca diferença entre sexo nessa fase a ponto de
comprometer os resultados de morfometria.
Após o sacrifício, a cavidade abdominal foi aberta por incisão longitudinal, sendo
retirados e pesados os órgãos digestórios (estômago vazio, pâncreas, fígado, vesícula biliar,
intestino delgado vazio, intestino grosso vazio, ceco e cólon vazios) e os não digestórios
(pulmões, coração, rins e baço). Também foi feita a medição do comprimento do intestino
delgado dos animais. De posse dos dados, foram calculados os pesos relativos dos órgãos e o
comprimento relativo do intestino delgado, considerando o peso vivo dos animais no momento
do abate, e a relação peso:comprimento do intestino delgado.
29
2.2.5 Delineamento experimental e análise dos dados
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com cinco
tratamentos e oito repetições (blocos) por tratamento para os dados de desempenho. Para os
dados de morfometria de órgãos foram testados os cinco tratamentos e quatro repetições (blocos)
por tratamento.
Os dados foram analisados pelo SAS LAB para verificação da adequação dos dados
ao modelo linear. Posteriormente, foi feita análise de variância pelo PROC GLM (General Linear
Models) do SAS (Statistical Analysis System, 2001). Foram testados contrastes específicos de
maior interesse para aplicação prática.
2.3 Resultados e Discussão
2.3.1 Desempenho
Os resultados de peso vivo inicial (P1), peso vivo aos 14 dias (P14), consumo diário
de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) na fase de 1
a 14 dias
de experimento encontram-se na Tabela 5. Os Apêndices A a D apresentam as médias por
unidade experimental do peso vivo, consumo diário de ração, ganho diário de peso e conversão
alimentar.
30
Tabela 5 - Médias de peso vivo inicial (P1), peso vivo aos 14 dias (P14), consumo diário de ração
(CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) para o período de 1 a
14 dias de experimentação
Variáveis
Tratamentos
1
P1 (kg) P14 (kg) CDR (g/dia) GDP (g/dia) CA
2
C 7,09 9,28 269 156 1,87
A 7,11 9,74 301 198 1,55
Ec 7,10 9,20 261 151 1,79
Eo 7,21 9,13 268 137 2,30
Ec + Eo 7,12 9,30 297 156 2,11
Pr > F .. 0,56 0,76 0,50 0,04
CV
3
(%) .. 7,73 22,56 34,68 23,21
1
C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e cravo +
orégano, respectivamente.
2
Contrastes significativos: (1) A X média de Ec, Eo e Ec + Eo (P=0,02) e (2) Ec X Eo (P=0,03).
3
Coeficiente de variação.
Nota: Sinal convencional utilizado:
.. Não se aplica dado numérico.
Para o período experimental de 1 a 14 dias, o P14, o CDR e o GDP dos leitões não
foram influenciados (P>0,05) pelos tratamentos, muito embora os melhores resultados numéricos
tenham sido observados para os animais do tratamento antimicrobiano e da combinação de
extrato de cravo + extrato de orégano. Por outro lado, os leitões que receberam o tratamento
antimicrobiano apresentaram melhor CA que a média dos que receberam os diferentes
tratamentos com extratos vegetais (P=0,02). Em média, os antimicrobianos podem melhorar a
CA em 6,9%, comparado ao tratamento controle na fase de creche (HAYS, 1977;
ZIMMERMAN, 1986 apud MILLER et al., 1991). A melhor CA pode ter sido resultado de uma
melhor absorção dos nutrientes, aliada ao menor gasto de energia e proteína para a manutenção
do trato gastrintestinal, conforme justificativa apresentada por (UTIYAMA, 2004).
Os leitões do tratamento extrato de cravo também apresentaram melhores resultados
de CA (P=0,03) que os leitões do tratamento extrato de orégano. O extrato de cravo pode,
possivelmente, ter causado um estímulo da atividade de enzimas (amilase, proteases e lipase) e na
secreção de suco pancreático e sais biliares (PLATEL; SRINIVASAN, 1996; SAMBAIAH;
SRINIVASAN, 1991; WANG; BOURNE, 1998), uma vez que este tratamento proporcionou,
numericamente, um maior peso relativo do pâncreas e do fígado.
Dentre todos os tratamentos utilizados, no período experimental de 1 a 14 dias, o
tratamento extrato de orégano proporcionou aos leitões resultados de P14, CDR, GDP e CA
ligeiramente inferiores (P>0,05) aos do tratamento controle. Botsoglou et al. (2002b), estudando
31
dois níveis de óleo essencial de orégano adicionados à dieta de frangos de corte (50 e 100 mg/kg
da ração), não encontraram melhoras no desempenho destes animais, quando comparados com
animais que receberam uma ração controle. O menor nível (50 mg/kg da ração) proporcionou,
numericamente, peso vivo aos 14, 21, 28, 35 e 38 dias inferior aos do tratamento controle. De
acordo com estes autores, era esperada uma melhora no desempenho dos frangos que receberam a
suplementação de óleo essencial de orégano na dieta, em relação à ração isenta de qualquer
promotor do crescimento, uma vez que o orégano possui ação antimicrobiana e antifúngica.
Segundo Lima (1999); Zuanon et al. (1998), a ação antimicrobiana dos extratos vegetais sobre a
microbiota intestinal pode controlar ou inibir o crescimento dos patógenos e, conseqüentemente,
proporcionar crescimento dos microrganismos benéficos, favorecendo o desempenho animal.
Em outros experimentos com coelhos (BOTSOGLOU et al., 2004), frangos
(BOTSOGLOU et al., 2002b; HERNÁNDEZ et al., 2004) e suínos (HERMANN et al., 2003;
UTIYAMA, 2004), também, não foi possível observar diferença significativa no desempenho dos
animais que receberam extratos vegetais em diferentes combinações e níveis em relação a uma
dieta isenta de qualquer promotor do crescimento. Dietas altamente digestíveis limitam o
desenvolvimento de bactérias no trato intestinal, pela redução de substrato disponível ao
crescimento bacteriano, diminuindo, assim, o potencial antimicrobiano dos extratos vegetais. O
mesmo pode acontecer, se os animais forem alojados em instalações com baixo desafio
imunológico e rigoroso controle sanitário (OETTING, 2005).
Para o período total de 1 a 35 dias de experimentação, os resultados médios de peso
vivo aos 35 dias (P35), consumo diário de ração (CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão
alimentar (CA) são apresentados na Tabela 6, enquanto que os Apêndices A a D mostram os
dados de cada unidade experimental.
32
Tabela 6 - Médias de peso vivo inicial (P1), peso vivo aos 35 dias (P35), consumo diário de ração
(CDR), ganho diário de peso (GDP) e conversão alimentar (CA) para o período de 1 a
35 dias de experimentação
Variáveis
Tratamentos
1
P1 (kg) P35
2
(kg) CDR (g/dia) GDP
3
(g/dia) CA
C 7,09
18,81 498 334 1,55
A 7,11
19,72 533 361 1,52
Ec 7,10
17,30 449 291 1,72
Eo 7,21
17,62 480 298 1,68
Ec + Eo 7,12
19,41 528 353 1,60
Pr > F ..
0,06 0,25 0,06 0,41
CV
4
(%) ..
9,83 16,05 16,47 14,06
1
C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e cravo +
orégano, respectivamente.
2
Contrastes significativos (P35): (1) A X média de Ec, Eo e Ec + Eo (P=0,05) e (2) média de Ec e Eo X Ec + Eo
(P=0,02).
3
Contrastes significativos (GDP): (1) A X média de Ec, Eo e Ec + Eo (P=0,06) e (2) média de Ec e Eo X Ec + Eo
(P=0,02).
4
Coeficiente de variação.
Nota: Sinal convencional utilizado:
.. Não se aplica dado numérico.
Para o período experimental de 1 a 35 dias, os leitões do tratamento antimicrobiano
apresentaram os melhores resultados de P35 (P=0,05) e GDP (P=0,06) que a média dos leitões
que receberam os diferentes tratamentos com extratos vegetais. Oetting (2005), estudando
agentes antimicrobianos e níveis de extratos vegetais em dietas de leitões recém-desmamados,
também observou aumentos significativos no P14, P35, CDR e GDP dos animais que receberam
antimicrobianos na dieta em relação aos animais do tratamento controle e dos tratamentos com
extratos vegetais. Os antimicrobianos, devido a sua capacidade antimicrobiana (JONG et al.,
1985), promovem alteração da população microbiana do intestino animal e propiciam o
crescimento das bactérias benéficas (LIMA, 1999; ZUANON et al., 1998). Eles agem sobre as
bactérias e/ou fungos sensíveis, promovendo a morte do agente (efeito bactericida) ou
promovendo a interrupção de seu crescimento e reprodução (efeito bacteriostático). Esses efeitos
podem ser na síntese da parede celular dos microrganismos, proporcionando alterações na
permeabilidade da membrana citoplasmática, interferências na replicação cromossômica e na
síntese protéica celular (MELLOR, 2000; TAVARES, 1990). Podem, também, promover
economia de nutrientes, controlar doenças subclínicas e atuar sobre o metabolismo animal
(MENTEN, 1995), acarretando uma melhor eficiência na utilização do alimento e,
conseqüentemente, um melhor desempenho.
33
Os leitões do tratamento composto pela mistura de extrato de cravo + extrato de
orégano, também apresentaram melhores resultados de P35 (P=0,02) e GDP (P=0,02) em relação
à média dos leitões dos tratamentos individuais de extrato de cravo ou extrato de orégano. A
combinação de extratos vegetais foi o tratamento que proporcionou resultados mais próximos
daqueles obtidos com os antimicrobianos, durante todo o período experimental. Por outro lado,
para a CA dos animais, não foi detectada qualquer diferença entre os tratamentos (P>0,05). Lee et
al. (2003), estudando o efeito do timol (princípio ativo do tomilho), cinamaldeído (princípio ativo
da canela) e uma preparação comercial de óleos essenciais em dietas de frangos de corte
observaram uma melhora numérica no desempenho dos animais que receberam a mistura
comercial de óleos essenciais em relação aos tratamentos controle, timol e cinamaldeído.
Alguns extratos vegetais apresentam alto poder antimicrobiano sobre diversos
patógenos. Para que este efeito seja observado in vivo, os níveis de inclusão na dieta devem ser
elevados ou suplementados em combinações de diferentes extratos, cujos diferentes componentes
se completam e reforçam sua ação sobre o organismo (OETTING, 2005). Além disso, pesquisas
recentes têm demonstrado a existência de um efeito sinérgico entre componentes primários e
secundários das plantas, sendo que os componentes secundários atuam como potencializadores
dos componentes primários (KAMEL, 2000). Isto pode, possivelmente, explicar os melhores
resultados, neste trabalho, da combinação extrato de cravo + extrato de orégano em relação aos
tratamentos extrato de cravo e extrato de orégano, adicionados individualmente às dietas
experimentais.
Devido aos resultados inconsistentes e contraditórios encontrados na literatura e os
poucos trabalhos realizados com extratos vegetais, vários estudos são necessários para determinar
sua possível eficácia, assim como os níveis ideais de inclusão e as melhores combinações, uma
vez que podem vir a ser aditivos alternativos aos agentes antimicrobianos como promotores do
crescimento com potencial de uso em dietas de leitões.
34
2.3.2 Morfometria de órgãos
A Tabela 7 apresenta as médias dos pesos relativos (em porcentagem do peso vivo no
momento do abate) dos órgãos digestórios e não digestórios, assim como do comprimento, do
comprimento relativo e da relação peso:comprimento do intestino delgado, em função dos
tratamentos. Os Apêndices E e F apresentam os pesos absolutos dos órgãos e os pesos vivos dos
animais por unidade experimental.
Tabela 7 - Médias dos pesos relativos (porcentagem do peso vivo) dos órgãos digestórios e não
digestórios, do comprimento, do comprimento relativo e da relação peso:comprimento
do intestino delgado, em função dos tratamentos
Tratamentos
1
Órgãos C A Ec Eo Ec + Eo
Pr > F CV
2
(%)
Estômago (%) 0,74 0,79 0,85 0,69 0,68 0,23 15,93
Pâncreas (%) 0,21 0,18 0,23 0,20 0,20 0,96 16,26
Fígado (%) 2,81 2,42 2,56 2,49 2,50 0,57 17,44
Vesícula biliar (%) 0,10 0,07 0,10 0,09 0,09 0,84 35,10
Intestino delgado (%) 4,86 4,56 5,53 5,17 5,33 0,78 13,74
Intestino Grosso (%) 2,32 2,28 2,41 2,39 2,29 0,86 16,91
Ceco (%) 0,23 0,26 0,23 0,25 0,24 0,44 19,00
Cólon (%) 1,69 1,80 1,99 1,96 1,84 0,80 17,35
Pulmões (%) 1,00 1,04 1,09 1,04 1,13 0,42 14,79
Coração (%) 0,51 0,52 0,48 0,49 0,55 0,25 18,08
Rins
3
(%) 0,50 0,58 0,54 0,48 0,49 0,01 8,17
Baço
(%) 0,15 0,18 0,19 0,13 0,16 0,10 19,58
Comprimento do ID
4
(m) 14,65 16,08 14,96 14,89 15,41 0,92 5,99
Comp. relativo ID
5
(m/kg PV) 0,10 0,09 0,11 0,10 0,10 0,36 15,49
Relação peso:comp. ID
6
(g/m) 51,43 52,84 50,88 53,48 55,55 0,75 10,65
1
C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e cravo +
orégano, respectivamente.
2
Coeficiente de variação.
3
Contraste significativo: A X média de Ec, Eo e Ec + Eo (P=0,01)
4
Comprimento do intestino delgado.
5
Comprimento relativo do intestino delgado (m/kg de peso vivo no momento do abate).
6
Relação peso:comprimento do intestino delgado.
O tratamento antimicrobiano proporcionou maior peso relativo dos rins (P=0,01),
quando comparado com a média dos tratamentos de extrato de cravo, extrato de orégano e a
combinação extrato de cravo + orégano. Utiyama et al. (2004), estudando o efeito de
antimicrobianos, probióticos, prebióticos e extratos vegetais sobre a morfometria dos órgãos de
35
leitões em recria, também observaram maior peso relativo dos rins dos animais que receberam
antimicrobianos na dieta em relação aos animais que receberam os outros tratamentos.
Apesar de não significativo (P>0,05), houve, numericamente, uma maior relação
peso:comprimento (densidade) do intestino delgado dos animais do tratamento extrato de cravo +
extrato de orégano em relação aos demais tratamentos. Este aumento da densidade do intestino
delgado, proporcionado pela combinação de extratos de cravo + orégano, pode ter sido
conseqüência do elevado consumo de ração dos leitões que receberam este tratamento, uma vez
que a ingestão de alimentos é o principal fator que influencia a massa intestinal (BURRIN et al.,
2001).
Os animais do tratamento antimicrobiano apresentaram, numericamente, menor peso
relativo dos intestinos delgado e grosso vazios que os animais do tratamento controle, extrato de
cravo, orégano e suas combinações. Um dos modos de ação dos agentes antimicrobianos está
relacionado com a redução na quantidade de microrganismos produtores de toxinas, aderidos ao
epitélio intestinal e, conseqüentemente, redução da espessura da parede intestinal (ANDERSON
et al., 1999). Tal fato proporciona uma economia de nutrientes por parte do animal para a
manutenção dos tecidos do trato gastrintestinal (LIMA, 1999), favorecendo seu desempenho.
Este modo de ação sobre os microrganismos presentes no intestino de leitões pode proporcionar
uma menor fermentação microbiana, diminuindo a produção de ácidos graxos voláteis, os quais
fornecem boa parte da energia exigida para o desenvolvimento dos enterócitos (LIN; VISEK,
1991). No cólon, até 60-70% da energia utilizada pelas células epiteliais provêm dos produtos da
fermentação microbiana (CUMMINGS; MACFARLENE, 1991). Assim, a menor produção de
ácidos graxos voláteis pode acarretar uma menor taxa de replicação celular no epitélio intestinal
de leitões que recebem antimicrobianos na dieta, levando à redução dos pesos relativos dos
intestinos delgado e grosso.
Os animais do tratamento extrato de cravo apresentaram, numericamente, maior peso
relativo do pâncreas, quando comparado com aqueles dos demais tratamentos. Este resultado é
semelhante àqueles obtidos em outros trabalhos (HERNÁNDEZ, et al., 2004; LEE, et al., 2003;
OETTING, 2005; UTIYAMA et al., 2004), onde também foram encontrados maior peso relativo
do pâncreas de animais que receberam extratos vegetais na dieta em relação aos tratamentos
controle e antimicrobiano. O aumento do peso relativo do pâncreas pode ser um indicativo de
estímulo da secreção pancreática e aumento da atividade enzimática. Tem sido observado que
36
extratos vegetais podem aumentar a secreção de saliva, suco gástrico, suco pancreático, sais
biliares e enzimas do intestino delgado de ratos (PLATEL; SRINIVASAN, 1996; SAMBAIAH;
SRINIVASAN, 1991; WANG; BOURNE, 1998). Contudo, são poucos os estudos realizados
com extratos vegetais sobre a morfometria dos órgãos de suínos e os resultados são, ainda, pouco
conclusivos.
37
3 CONCLUSÕES
Os agentes antimicrobianos, consistindo de uma combinação de 75 ppm de colistina e
75 ppm de tiamutin, proporcionaram os melhores desempenhos de leitões em fase de creche.
Quanto aos extratos vegetais, os de cravo e orégano, individualmente, apresentaram efeitos
ligeiramente depressivos sobre o desempenho dos animais. Por outro lado, a combinação dos
extratos de cravo e orégano (105 ppm de óleo essencial de cravo + 105 ppm de eugenol e 105
ppm de óleo essencial de orégano + 105 ppm de carvacrol) acarretou um desempenho muito
próximo àquele obtido com os antimicrobianos, demonstrando ser uma alternativa promissora
como promotor do crescimento de leitões recém-desmamados.
REFERÊNCIAS
ANDERSON, D.B.; McCRACKEN, V.J.; AMINOV, R.I. SIMPSON, J.M.; MACKIE, R.I.;
VESTERGEN, M.W.A.; GASKINS, H.R. Gut microbiology and growth-promoting antibiotics in
swine. Pigs News Information, Doetinchen, v.20, p.115-122, 1999.
BOTSOGLOU, N.A.; FLOROU-PANERI, P.; CHRISTAKI, E.; GIANNENAS, I.; SPAIS, A.B.
Performance of rabbits and oxidative stability of muscle tissues as affected by dietary
supplementation with oregano essential oil. Archives of Animal Nutrition, Birmingham, v.58,
n.3, p. 209-218, 2004.
BOTSOGLOU, N.A.; CHRISTAKI, E.; FLETOURIS, D.J. FLOROU-PANERI, P.; SPAIS, A.B.
The effect of dietary oregano essential oil on lipid oxidation in raw and cooked chicken during
refrigerated storage. Meat Science, Barking, v.62, p.259-265, 2002a.
BOTSOGLOU, N.A.; FLOROU-PANERI, P.; CHRISTAKI, E.; FLETOURIS, D.J.; SPAIS, A.B.
Effect of dietary oregano essential oil on performance of chickens and on iron-induced lipid
oxidation of breast, thigh and abdominal fat tissues. British Poultry Science, London, v.43
p.223-230, 2002b.
BOTSOGLOU, N.A.; FLETOURIS, D.J.; FLOROU-PANERI, P.; CHRISTAKI, E.; SPAIS, A.B.
Inhibition of lipid oxidation in long-term frozen stored chicken meat by dietary oregano essential
oil and α-tocopheryl acetate supplementation. Food Research International, Cambridge, v.36,
p.207-213, 2003a.
BOTSOGLOU, N.A.; GOVARIS, A.; BOTSOGLOU, E.N.; GRIGOROPOULOU, S.H.;
PAPAGEORGIOU, G. Antioxidant activity of dietary oregano essential oil and r-tocopheryl
acetate in long-term frozen stored turkey meat. Journal of Agricultural and Food Chemistry,
Easton, v.51, p.2930-2936, 2003b.
BRUGALLI, I. Alimentação alternativa: a utilização de fitoterápicos ou nutracêuticos como
moduladores da imunidade e desempenho animal. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO E
NUTRIÇÃO DE AVES E SUÍNOS, 2003, Campinas. Anais...Campinas: CBNA, 2003. p.167-
182.
BURRIN, D.G.; STOLL, B.; VAN GOUDOEVER, J.B.; REEDS, P.J. Nutrition requirements for
intestinal growth and metabolism in the developing pig. In: LINDBERG, J.E.; OGLE, B. (Ed.).
Digestive physiology of pigs. Wallingford: CABI Publishing, 2001. cap.19, p.75-78.
39
BUTOLO, J.E. Uso de aditivos na alimentação de aves: frangos de corte. In: SIMPÓSIO SOBRE
AS IMPLICAÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS DO USO DE ADITIVOS NA PRODUÇÃO
ANIMAL, 1999, Piracicaba. Anais... Piracicaba: UNIMEP, 1999. p.85-98.
CHANG, SHANG-TZEN; CHEN, PIN-FUN; CHANG, SHAN-CHWEN. Antibacterial activity
of leaf essential oils and theirs constituents from Cinnamommum osmophloeum. Journal of
Ethnopharmacology, Lausanne, v.77, p.123-127, 2001.
COMPÊNDIO BRASILEIRO DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL. Microingredientes:
Microingredientes na Alimentação Animal. São Paulo: Sindirações, Anfal, 1998. 45p.
CROMWELL, G.L. Antibiotics for food-producing animals na American perspective. In:
SIMPÓSIO SOBRE AS IMPLICAÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS DO USO DE ADITIVOS NA
PRODUÇÃO ANIMAL, 1999, Piracicaba. Anais... Piracicaba: UNIMEP, 1999. p.129-142.
CUMMINGS, J.H.; MACFARLANE, G.T. The control and consequences of bacterial
fermentation in the human colon. Journal of Applied Bacteriology, Oxford, v.70, p. 443-459,
1991.
DORMAN, H.J.D.; DEANS, S.G. Antimicrobial agents from plants: antibacterial activity of
plant volatile oils. Journal of Applied Microbiology, New York, v. 88, p.308-316, 2000.
FAO. Disponível em: http://www.fao.org
. Acesso em: 06 Oct. 2005.
FREITAS, R. O alho (Allium sativum) como estimulante do crescimento de frangos de corte
em comparação com promotores de crescimento usados na indústria de rações. 1992. 60p.
Dissertação (Mestrado em Nutrição de Monogástricos) – Universidade Federal de Viçosa.
Viçosa, 1992.
FUKAYAMA, E.H. Extrato de orégano como aditivo em rações de frangos de corte. 2004.
48p. Dissertação (Mestrado em Nutrição de Monogástricos) – Universidade Federal de Lavras.
Lavras, 2004.
HEDEMANN, M.S.; HOJSGAARD, S.; JENSEN, B.B. Small intestine morphology and activity
of intestinal peptidases in piglets around weaning. Journal of Animal Physiology and Animal
Nutrition, Berlin, v.87, p.32-41, 2003.
40
HENRY, P.; AMMERMAN, C.B.; CAMPBELL, D.R. Effect of antibiotics on tissue trace
mineral concentration and intestinal tract weight of broiler chicks. Poultry Science, Beekbergen,
v.66, p.1014-1018, 1987.
HERMANN, J.R.; HONEYMAN, M.S.; ZIMMERMAN, J.J.; THACKER, B.J.; HOLDEN, P.J.;
CHANG, C.C. Effect of dietary Echinacea purpurea on viremia and performance in porcine
reproductive and respiratory syndrome virus-infected nursery pigs. Journal of Animal Science,
Champaign v.81, p.2139-2144, 2003.
HERNÁNDEZ, F.; MADRID, J.; GARCÍA, V.; ORENGO, J.; MEGÍAS, M.D. Influence of two
plant extracts on broilers performance, digestibility, and digestive organ size. Poultry Science,
Beekbergen, v.83, p.169-174, 2004.
JONG, E.U.; LEBOUTE, E.M.; CIOCCA, M.L. Uso de avoparcina e virginiamicina como
promotores de crescimento em rações de frangos de corte. 2. Efeito sobre a flora intestinal e
estrutura física do intestino. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.14, p.536-
542, 1985.
KAMEL, C. A novel look at a classic approach of plant extracts. Feed Mix – The International
Journal on Feed, Nutrition and Technology, Doetinchen, v.9, n.6, p.19-24. 2000. (Número
especial).
KOHLERT, C.; VAN RENSEN, I.; MARZ, R.; SCHINDLER, G.; GRAEFE, E.U.; VEIT, M.
Bioavailability and pharmokinetics of natural volatile terpenes in animal and humans. Planta
Médica, Stuttgart, v.66, p.495-505, 2000.
LAMBERT, R.J.W.; SKANDAMIS, P.N.; COOTE, P.J.; NYCHAS, G.J.E. A study of the
minimum inhibitory concentration and mode of action of oregano essential oil, thymol and
carvacrol. Journal of Applied Microbiology, Oxford, v.91, p.453-462, 2001.
LEE, K.G.; SHIBAMOTO, T. Determination of antioxidant potencial of volatile extractsisolated
from various herbs and spices. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Easton, v.50,
p.4947-4952, 2002.
LEE, K.W.; EVERTS, H.; KAPPERT, H.J.; FREHNER, M.; LOSA, R.; BEYNEN, A.C. Effects
of dietary essential oil components on growth performance, digestive enzymes and lipid
metabolism in female broiler chickens. British Poultry Science, London, v.44, p.450-457, 2003.
41
LIMA, G.J.M.M. Uso de aditivos na produção de suínos. In: SIMPÓSIO SOBRE AS
IMPLICAÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS DO USO DE ADITIVOS NA PRODUÇÃO
ANIMAL, 1999, Piracicaba. Anais... Piracicaba: UNIMEP, 1999. p.51-68.
LIN, H.C.; VISEK, W.J. Colon mucosal cell damage by ammonia in rats. Journal of Nutrition,
Philadelphia, v.121, p.887-893, 1991.
MADSEN, H.L.; BERTELSEN, G.; SKIBSTED, L.H. Antioxidative activity of spice extracts.
In: RISCH, S. J.; HO, S. C. T. (Ed.). Spices, flavor, chemistry and antioxidant properties.
Washington: American Chemical Society, 1997. cap.14, p.176-187.
MANZANILLA, E.G.; PEREZ, J.F.; MARTIN, M.; KAMEL, C.; BAUCELLS, F.; GASA, J.
Effect of plant extracts and formic acid on intestinal equilibrium of early-weaned pigs. Journal
of Animal Science, Champaign, v.82, p.3210-3218, 2004.
MARTINS, E.R.; CASTRO, D.M.; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. Plantas medicinais.
Viçosa, MG: UFV, 2000. 220p.
MELLOR, S. Alternatives to antibiotic. Pig Progress, Doetinchen, v. 16, p. 18-21, 2000.
MENTEN, J.F.M. Eficácia, efeito sinérgico e modo de ação de agentes antimicrobianos como
promotores do crescimento de suínos. 1995. 106p. Tese (Livre Docência em Suinocultura) –
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba, 1995.
MENTEN, J.F.M. Aditivos alternativos na produção de aves: probióticos e prebióticos. In:
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 38., 2001, Piracicaba.
Anais... Piracicaba: ESALQ, 2001. p.141-157.
MILLER, E.R.; ULLREY, D.E.; LEWIS, A.J. Swine nutrition. Stoneham: Butterworth-
Heinemann, 1991. 673p.
MOLLY, K. Formulation to solve the intestinal puzzle. Pig Progress, Doetinchen, v.17, n.8, p.
20-22, 2001.
OETTING, L.L. Extratos vegetais como promotores do crescimento de leitões recém-
desmamados. 2005. 66p. Tese (Doutorado em Ciência Animal e Pastagens) – Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Piracicaba, 2005.
42
PAPAGEORGIOU, G.; BOTSOGLOU N.; GOVARIS, A.; GIANNENAS, I.; ILIADIS, S.;
BOTSOGLOU, E. Effect of dietary oregano oil and a-tocopheryl acetate supplementation on
iron-induced lipid oxidation of turkey breast, thigh, liver and heart tissues. Journal of Animal
Physiology and Animal Nutrition, Berlin, v.87, p.324-335, 2003.
PARTANEN, K. Uso de aditivos na produção de suínos. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO E
NUTRIÇÃO DE AVES E SUÍNOS E TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE RAÇÕES,
Campinas, 2002. Anais... Campinas: CBNA, 2002. p.45-62.
PLATEL, K.; SRINIVASAN, K. Influence of dietary spices or their active principles on digestive
enzymes of small intestinal mucosa in rats. International Journal Food Sciences and
Nutrition, Abingdon, v.47, p. 55-59, 1996.
PLUSKE, J.R.; WILLIAMS, I.H.; AHERNE, F.X. Maintenance of villous height and crypt depth
in piglets by providing continuous nutrition after weaning. Animal Science, Penicuik, v.62,
p.131-144, 1996.
PLUSKE, J.R.; HAMPSON, J.D.; WILLIAMS, I.H. Factors influencing the structure and
function of the small intestine in the weaned pigs: a review. Livestock Production Science,
Amsterdam, v.51, p.215-236, 1997.
RACANICCI, A.M.C.; DANIELSEN, B; MENTEN, J.F.M.; REGITANO-D’ARCE M.A.B.;
SKIBSTED L.K. Antioxidant effect of dittany (Origanum dictamnus) in pre-cooked chicken
meat balls during chill-storage in comparison to rosemary (Rosmarinus officinalis). European
Food Research and Technology, Berlin, v.218, p.521-524, 2004.
RAVINDRAN, V.; KORNEGAY, E.T. Acidification of weaner pig diets: A review. Journal of
the Science of Food and Agriculture, London, v. 62, p.313-322, 1993.
ROSTAGNO, H.S. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e
exigências nutricionais. 2.ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, Departamento de
Zootecnia, 2005. 186p.
SAMBAIAH, K.; SRINIVASAN, K.Secretion and composition of bile in rats fed diets
containing spices. Journal of Food Science and Technology, Mysore, v.28, p.35-38, 1991.
43
SONCINI, R.A. Restrições do uso de aditivos na alimentação animal: expectativa da
agroindústria. In: SIMPÓSIO SOBRE AS IMPLICAÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS DO USO
DE ADITIVOS NA PRODUÇÃO ANIMAL, 1999, Piracicaba. Anais… Piracicaba: UNIMEP,
1999. p.99-104.
STATISTICAL ANALYSIS SYSTEM INSTITUTE. SAS user's guide: statistics. Carry, 2001.
155p.
TAVARES, W. Manual de antibióticos e quimioterápicos antiinfecciosos. Rio de Janeiro:
Livraria Altheneu, 1990. 515p.
UTIYAMA, C.E. Utilização de agentes antimicrobianos, probióticos, prebióticos e extratos
vegetais como promotores do crescimento de leitões recém-desmamados. 2004. 94p. Tese
(Doutorado em Ciência Animal e Pastagens) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo. Piracicaba, 2004.
UTIYAMA, C.E.; OETTING, L.L.; GIANI, P.A.; RUIZ, U.S.; MIYADA, V.S. Efeitos de
agentes antimicrobianos, probióticos, prebióticos e extratos vegetais sobre a morfometria dos
órgãos de leitões recém-desmamados. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 41., 2004, Campo Grande. SBZ 2004: trabalhos... Piracicaba: SBZ, 2004. 1 CD-
ROM.
VIOLA, E.S.; VIEIRA, S.L. Ácidos orgânicos e suas misturas em dietas de suínos. In:
SIMPÓSIO SOBRE MANEJO E NUTRIÇÃO DE AVES E SUÍNOS, 2003, Campinas. Anais
Campinas: CBNA, 2003. p.255-284.
WANG, R.; BOURNE, S. Can 2000 years of herbal medicine history help us solve problems in
year 2000?. In: ALLTECH’S ANNUAL SYMPOSIUM, 14., 1998, Nottingham, UK. Anais
Nottingham: ALLTECH, 1998. p.168-184.
YOUNG, J.F.; STAGSTED, J.; JENSEN, S.K.; KARLSSON, A.H.; HENCKEL, P. Ascorbic
acid, α-tocoferol and oregano supplements reduce stress-induced deterioration of chicken meat
quality. Poultry Science, Beekbergen, v.82, p.1343-1351, 2003.
ZUANON, J.A.S.; FONSECA, J.B.; ROSTAGNO, H.S. Efeito de promotores de crescimento
sobre o desenvolvimento de frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.27,
p.999-1005, 1998.
APÊNDICES
45
APÊNDICE A - Peso vivo (kg) dos animais ao 1º, 14º e 35º dia do período experimental,
considerando a média da unidade experimental
Tratamentos
1
Dias de experimento Bloco C A Ec Eo Ec + Eo
1 7,24 6,79 6,85 7,74 7,07
2 5,85 6,05 6,03 5,88 5,88
3 5,32 5,40 5,34 5,28 5,47
1º dia 4 4,74 ... 4,78 4,86 4,74
5 9,32 9,47 9,57 9,59 9,64
6 8,67 8,67 8,65 8,73 8,62
7 8,05 8,24 8,08 8,00 8,10
8 7,55 7,45 7,49 7,61 7,43
Média 7,09 7,44 7,10 7,21 7,12
1 8,33 10,20 9,93 9,51 9,15
2 7,88 8,75 8,48 9,34 8,26
3 6,36 8,31 6,39 6,16 6,26
14º dia 4 5,77 ... 6,43 5,64 5,99
5 12,99 12,66 11,16 10,93 12,08
6 12,03 10,65 11,00 9,88 11,15
7 10,00 10,98 10,78 10,68 10,11
8 10,87 9,91 9,46 10,89 11,36
Média 9,28 10,21 9,20 9,13 9,30
1 17,20 18,77 21,45 17,99 20,70
2 16,65 18,87 15,03 17,87 15,97
3 14,07 17,56 7,56 11,47 11,82
35º dia 4 10,79 ... 10,53 10,05 11,93
5 26,09 25,65 21,03 20,51 24,88
6 23,17 20,46 22,05 20,14 23,97
7 22,15 22,35 20,55 21,10 23,05
8 20,36 21,84 20,19 21,82 22,95
Média 18,81 20,79 17,30 17,62 19,41
1
C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e cravo +
orégano, respectivamente.
Nota: Sinal convencional utilizado:
... Dado numérico não disponível, devido à perda de uma parcela por morte súbita dos animais.
46
APÊNDICE B - Consumo diário de ração por leitão (g) nos períodos de 1 a 14 e 1 a 35 dias,
considerando a média da unidade experimental
Tratamentos
1
Dias de experimento Bloco C A Ec Eo Ec + Eo
1 156 325 313 293 304
2 226 279 268 399 272
3 153 280 152 244 193
4 209 ... 191 151 194
1 a 14 dias 5 419 396 245 272 322
6 406 290 386 197 344
7 263 249 289 368 356
8 316 286 244 297 393
Média 269 301 261 268 297
1 500 600 760 600 630
2 540 560 460 620 500
3 420 600 190 350 360
4 350 ... 310 310 470
1 a 35 dias 5 640 590 450 480 590
6 550 470 500 450 550
7 550 490 450 510 600
8 430 550 470 520 520
Média 498 551 449 480 528
1
C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e cravo +
orégano, respectivamente.
Nota: Sinal convencional utilizado:
... Dado numérico não disponível, devido à perda de uma parcela por morte súbita dos animais.
47
APÊNDICE C - Ganho diário de peso por leitão (g) nos períodos de 1 a 14 e 1 a 35 dias,
considerando a média da unidade experimental
Tratamentos
1
Dias de experimento Bloco C A Ec Eo Ec + Eo
1 78 244 220 126 149
2 145 193 175 247 170
3 74 208 75 63 56
4 74 ... 118 56 89
1 a 14 dias 5 262 228 114 96 174
6 240 141 168 82 181
7 139 196 193 191 144
8 237 176 141 234 281
Média 156 198 151 137 156
1 280 340 420 290 390
2 310 370 260 340 290
3 250 350 60 180 180
4 170 ... 160 150 210
1 a 35 dias 5 480 460 330 310 440
6 410 340 380 330 440
7 400 400 360 370 430
8 370 410 360 410 440
Média 334 381 291 298 353
1
C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e cravo +
orégano, respectivamente.
Nota: Sinal convencional utilizado:
... Dado numérico não disponível, devido à perda de uma parcela por morte súbita dos animais.
48
APÊNDICE D - Conversão alimentar nos períodos de 1 a 14 e 1 a 35 dias, considerando a média
da unidade experimental
Tratamentos
1
Dias de experimento Bloco C A Ec Eo Ec + Eo
1 2,01 1,33 1,42 2,32 2,04
2 1,56 1,44 1,53 1,37 1,60
3 2,06 1,35 2,03 3,57 3,42
4 2,84 ... 1,62 2,71 2,17
1 a 14 dias 5 1,60 1,74 2,16 2,84 1,85
6 1,69 2,05 2,30 2,40 1,91
7 1,89 1,27 1,50 1,92 2,48
8 1,33 1,63 1,74 1,27 1,40
Média 1,87 1,55 1,79 2,30 2,11
1 1,77 1,75 1,83 2,04 1,62
2 1,75 1,54 1,78 1,82 1,75
3 1,66 1,72 3,04 1,97 1,97
4 2,04 ... 1,87 2,08 2,30
1 a 35 dias 5 1,34 1,27 1,37 1,55 1,35
6 1,33 1,38 1,30 1,37 1,26
7 1,37 1,22 1,26 1,35 1,40
8 1,17 1,34 1,28 1,29 1,17
Média 1,55 1,46 1,71 1,68 1,60
1
C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e cravo +
orégano, respectivamente.
Nota: Sinal convencional utilizado:
... Dado numérico não disponível, devido à perda de uma parcela por morte súbita dos animais.
49
APÊNDICE E - Pesos absolutos (g) dos órgãos digestórios e peso vivo (kg) dos animais abatidos
ao final do período experimental
Trat
1
Bloco Estômago Pâncreas Fígado Vesícula ID
2
vazio IG
3
vazio Peso vivo
vazio (g) (g) (g) biliar (g) (g) (g) (kg)
C 1 128,76 38,16 460 20,24 790 317,67 18,06
C 2 114,66 36,99 480 17,15 825 436,13 17,74
C 3 126,35 33,28 405 14,00 750 357,86 13,62
C 4 87,21 24,33 395 9,12 645 327,30 12,54
A 1 180,93 37,55 485 13,20 930 471,96 23,32
A 2 133,28 36,08 370 14,60 800 370,73 15,80
A 3 124,90 27,33 500 10,63 820 433,34 16,80
Ec 1 150,58 36,40 505 19,44 870 389,80 19,46
Ec 2 146,38 39,05 385 13,04 1005 427,29 16,30
Ec 3 76,35 21,45 245 6,90 545 233,91 8,72
Ec 4 99,74 29,66 290 17,32 665 293,91 11,28
Eo 1 118,30 34,35 465 18,03 950 437,87 19,98
Eo 2 144,55 46,29 505 8,42 995 491,95 19,66
Eo 3 79,30 20,30 255 8,21 650 292,38 12,22
Eo 4 86,06 20,95 320 18,58 615 261,56 10,26
Ec + Eo 1 126,03 39,83 510 15,85 1115 442,90 20,70
Ec + Eo 2 124,48 32,00 410 6,95 870 399,60 18,72
Ec + Eo 3 91,64 26,30 370 21,39 860 300,46 12,66
Ec + Eo 4 95,90 29,50 335 14,00 615 341,49 12,82
1
Tratamentos: C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e
cravo + orégano, respectivamente.
2
Intestino delgado vazio.
3
Intestino grosso vazio.
Nota: Tratamento A, perda de uma parcela devido à morte súbita dos animais (bloco 4).
50
APÊNDICE F - Pesos absolutos (g) dos órgãos digestórios e não digestórios, assim como do
comprimento e da relação peso:comprimento do intestino delgado e peso vivo
(kg) dos animais abatidos ao final do período experimental
Trat
1
Bloco Ceco Cólon Pulmões Coração Rins Baço Comp
2
Rel. P/C
3
Peso
vivo
vazio (g) vazio (g) (g) (g) (g) (g) (m) (g/m)
(kg)
C 1
32,38 255 185,82 100,87 91,31 29,60 16,20 48,77 18,06
C 2
47,40 340 199,64 105,42 95,32 29,60 14,40 57,29 17,74
C 3
26,44 190 94,31 37,86 65,02 16,51 15,10 49,67 13,62
C 4
36,45 260 139,56 69,50 59,46 19,50 12,90 50,00 12,54
A 1
44,78 385 244,14 113,64 128,03 46,44 17,10 54,39 23,32
A 2
45,43 285 166,19 83,31 108,14 27,46 16,00 50,00 15,80
A 3
54,62 335 173,44 96,33 89,87 28,35 15,15 54,13 16,80
Ec 1
37,37 315 202,34 98,57 100,95 38,37 16,20 53,70 19,46
Ec 2
35,32 365 199,86 81,88 79,98 34,18 16,90 59,47 16,30
Ec 3
26,44 190 94,31 37,86 65,02 16,51 13,15 41,44 8,72
Ec 4
31,00 240 112,82 51,59 53,54 16,36 13,60 48,90 11,28
Eo 1
42,95 360 211,04 96,23 100,80 24,04 16,40 57,93 19,98
Eo 2
49,75 410 190,02 88,86 85,74 23,50 15,25 65,25 19,66
Eo 3
32,04 235 143,86 67,18 66,88 20,79 13,70 47,45 12,22
Eo 4
28,30 215 103,33 48,86 43,80 13,35 14,20 43,31 10,26
Ec + Eo 1
49,57 355 229,30 111,12 98,22 29,03 17,30 64,45 20,70
Ec + Eo 2
38,50 325 213,17 106,41 98,90 30,62 15,20 57,24 18,72
Ec + Eo 3
29,04 245 145,82 66,32 60,07 19,19 16,00 53,75 12,66
Ec + Eo 4
37,75 270 143,22 70,12 60,90 21,60 13,15 46,77 12,82
1
Tratamentos: C=controle; A=antimicrobiano; Ec, Eo e Ec + Eo = 420 ppm de extrato vegetal de cravo, orégano e
cravo + orégano, respectivamente.
2
Comprimento do intestino delgado.
3
Relação entre peso e comprimento do intestino delgado.
Nota: Tratamento A, perda de uma parcela devido à morte súbita dos animais (bloco 4).
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo