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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA
CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO QUÍMICO DE
PLANTAS DO NORDESTE DO BRASIL:
Bauhinia ungulata L. (LEGUMINOSEAE)
Moisés Maia Neto
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Fortaleza – Ceará
2006
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CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO QUÍMICO DE PLANTAS DO
NORDESTE DO BRASIL: Bauhinia ungulata L. ( LEGUMINOSEAE)
Moisés Maia Neto
Dissertação submetida à coordenão do curso de Pós-Graduação em Química
Orgânica como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre
Universidade Federal do Ceará – Centro de Ciências
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica
Fortaleza – Ceará
2006
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Este trabalho foi realizado sob a orientação da Profª Mary Anne Sousa Lima do
Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da Universidade Federal do Ceará
Dedico este trabalho á três pessoas especiais:
Maria de Fátima Barros
pelas oportunidades de vida e realização, pelo exemplo, pelo incentivo e por admiração.
Francisco José Lourenço
(Vô “Chico”)
(Em Memória)
Mois Maia da Silva
(Vô “Pai Moisés”)
(Em Memória)
Cada um deles pai de treze filhos, e que enfrentaram enormes dificuldades no sertão,
mas foram vitoriosos pois deixaram para mim e outros tantos netos
exemplos de fé, trabalho, superação e honestidade.
Onde estiverem: Obrigado! Amo vos!
AGRADECIMENTOS
Á ProMary Anne Sousa Lima pelo empenho em tornar este trabalho possível e
pelas cobranças sempre tão necessárias.
Ao Prof. Edilberto Silveira pela dedicação exemplar à pesquisa e esforço em nos
tornar mais preparados para enfrentar as dificuldades da vida. Certamente será
lembrado como peça fundamental na formação de todos seus alunos.
Ao Prof. Francisco José de Abreu Mattos pela atenção e palavras de incentivo que
vieram na hora exata. Pelos exemplos de humildade e amor à pesquisa que ficarão
registrados em minha memória.
Ao Prof. Manuel Andrade Neto que nos concedeu este projeto de pesquisa.
A Gizelle, Sávio, Dávila, Henrique, Cláudio, Bartolomeu, Arthur, Érica, Luciana,
João Carlos, Daniel e Kirley, entre outros colegas, pelas incontáveis e imprescindíveis
ajudas desde o início desse trabalho.
Aos demais amigos Edângelo, Rudy, Antônia, Cristiane, Norberto, Alexandre,
Glauber, Lobinha, Jackson e Jéferson entre outros que conheci no curso de pós-
graduação e que espero permaneçam por toda a vida.
Aos meus irmãos Cinthia e Emanuel pela convivência e paciência diária que mesmo
imperceptivelmente foram essenciais.
Aos meus amigos Fábio, Alencar e Valmir por fazerem parte desta jornada e tornarem
todos os problemas mais fáceis de superar.
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Ana Cristina Azevedo U. Melo CRB-3/572
M
187c
Ma
Contribuição ao conhecimento químico de plantas do nordeste do
Brasil : Bauhinia ungulata / Moisés Maia Neto.
169 f., il. color., enc.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006.
Área de Concentração: Química Orgânica
Orientadora: Profa. Dra. Mary Anne Sousa Lima
1.β – Carbolinas 2. Hipoglicemiante 3. Quercetina 4. Pinitol 5. Harmano
I. Lima, Mary Anne Sousa (orient.) II.Universidade Federal do Ceará – Pós-
Graduação em Química Orgânica III.
Título
CDD 547
VI
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS IX
LISTA DE TABELAS XIII
LISTA DE FLUXOGRAMAS XV
LISTA DE ABREVIATURAS XV
RESUMO XVI
ABSTRACT XVIII
Capítulo 1: INTRODUÇÃO 01
Capítulo 2: CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS 04
2.1. Sobre o Gênero Bauhinia. 05
2.1.1. Série Cansenia. 05
2.1.2. Folha 06
2.1.3. Pétalas 08
2.1.4. Legume e Sementes 09
2.2. Sobre a espécie Bauhina ungulata. 09
2.2.1. Descrição Botânica específica para a espécie B. ungulata: 10
Capítulo 3: LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 15
Alcaides β-carbolínicos: 16
3.1. Estrutura e nomenclatura química 16
3.2. Biossíntese e classificação 17
3.3. Ocorrência 19
3.4. Atividades Farmacológicas 20
3.5. Alcalóides isolados do gênero Bauhinia 21
3.6. Alcalóides β-carbolínicos Isolados em plantas entre 1979 e 2005 22
Capítulo 4: DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL 33
4.1. Determinação estrutural dos constituintes químicos voláteis de B. ungulata 34
4.2. Determinação estrutural dos constituintes não voláteis de B. ungulata 44
VII
4.2.1. Determinação Estrutural de BU-1 44
4.2.2. Determinação Estrutural de BU-2 53
4.2.3. Determinação Estrutural de BU-3 64
4.2.4. Determinação Estrutural de BU-4 75
4.2.5. Determinação Estrutural de BU-5 84
4.2.6. Determinação Estrutural de BU-6 94
Capítulo 5: PARTE EXPERIMENTAL 104
5.1. METODOLOGIA EMPREGADA: 105
5.1.1. Métodos Cromatográficos: 105
5.1.1.1. Cromatografia Líquida em Camada Delgada (CCD) 105
5.1.1.2. Cromatografia Líquida de Adsorção em Coluna Aberta (Filtrante) 105
5.1.1.3. Cromatografia Líquida de Adsorção sob pressão (FLASH) 106
5.1.1.4. Cromatografia Líquida de Exclusão Molecular (SEPHADEX) 106
5.1.1.5. Cromatografia Gasosa acoplada a detectores EM e DIC (CG/EM e
CG/DIC) 106
5.1.2. Métodos Espectroscópicos: 107
5.1.2.1. Espectroscopia na Região do Infravermelho (IV) 107
5.1.2.2. Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) 107
5.1.3. Métodos Físicos: 108
5.1.3.1. Determinação do Ponto de Fusão (P.F.): 108
5.1.3.2. Determinação da Rotação óptica (α) e específica [α]
D
20
: 108
5.2. Identificação e Coleta do Material Vegetal. 109
5.3. Estudo dos Constituintes Voláteis de B. ungulata 109
5.3.1. Extração do óleo essencial 109
5.3.2. Análise do óleo 109
5.3.3. Identificação dos Constituintes do Óleo 110
5.4. Estudo dos Constituintes não Voláteis de B. ungulata 111
5.4.1. Obtenção dos Extratos 111
5.4.2. Fracionamento preliminar do extrato hexânico de B. ungulata 111
5.4.3. Fracionamento preliminar do extrato etanólico de B. ungulata 112
5.4.4. Fracionamento de EEBU-FAc e Isolamento dos compostos: 112
5.4.4.1. Isolamento de BU-1 114
5.4.4.2. Isolamento de BU-2 114
VIII
5.4.4.3. Isolamento de BU-3 115
5.4.4.4. Isolamento de BU-4 117
5.4.5. Preparo da Fração alcaloídica e Isolamento dos compostos: 117
5.4.5.1. Isolamento de BU-5 117
5.4.5.2. Isolamento de BU-6 119
Capítulo 6: CONCLUSÕES 121
Capítulo 7: CONSTANTES FÍSICAS E DADOS ESPECTROMÉTRICOS DAS
SUBSTÂNCIAS ISOLDAS DE Bauhinia ungulata L. 123
Capítulo 8: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 130
IX
LISTA DE FIGURAS
Figura I – Estrutura dos principais constituintes do OEBU XVII
Figura II – Estrutura dos compostos não voláteis isolados do EEBU XVII
Figura 1 Folha de Bauhinia sp. 06
Figura 2 Flor de B. ungulata 08
Figura 3Legume e Semente de B. ungulata 08
Figura 4 Folha de Bauhinia ungulata L. 10
Figura 5 – Flores, Botão, Folhas e Caule de B. ungulata 12
Figura 6 – Desenho de Bauhinia ungulata var. ungulata ( Ramo e Folha). 13
Figura 7 – Desenho de Bauhinia ungulata var. ungulata: (Flor e Fruto) 14
Figura 8 Processo biossintético de β-carbolinas simples 18
Figura 9Processo biossintético de β-carbolinas complexas 19
Figura 10 Alcalóides isolados do gênero Bauhinia. 21
Figura 11 Cromatograma OEBU-1 (CG/EM) dos constituintes voláteis do óleo
essencial das folhas de Bauhinia ungulata. 37
Figura 12 Cromatograma OEBU-2 (CG/EM) dos constituintes voláteis do óleo
essencial das folhas de Bauhinia ungulata. 37
Figura 13 Espectro de massa do α-copaeno 38
Figura 14 Espectro de massa estrutura do β-elemeno 38
Figura 15 Espectro de massa e estrutura do Trans-(β)-Cariofileno 38
Figura 16 Espectro de massa do β-cubebeno 38
Figura 17 Espectro de massa do γ-elemeno 39
Figura 18 Espectro de massa do (cis)-Muurola-3,5-dieno 39
Figura 19 Espectro de massa do γ-gurjuneno 39
Figura 20 Espectro de massa e estrutura do α-humuleno 39
Figura 21 Espectro de massa do allo-aromadendreno 40
Figura 22 Espectro de massa do α-amorfeno 40
Figura 23 Espectro de massa e estrutura do germacreno D 40
Figura 24 Espectro de massa e estrutura do biciclogermacreno 40
Figura 25 Espectro de massa do α-muroleno 41
Figura 26 Espectro de massa do isoledeno 41
Figura 27 Espectro de massa do γ-cadineno 41
X
Figura 28 Espectro de massa do δ-cadineno 41
Figura 29 Espectro de massa do germacreno B 42
Figura 30 Espectro de massa do Espatulenol 42
Figura 31 Espectro de massa do Óxido de cariofileno 42
Figura 32 Espectro de massa do Viridiflorol. 42
Figura 33 Espectro de massa do Epóxido Humuleno II 43
Figura 34 Espectro de massa do 1-epi-Cubenol 43
Figura 35 Espectro de massa do β-Eudesmol 43
Figura 36 Espectro de massa do α-Cadinol 43
Figura 37 Espectro de massa do E-Bisabol-11-ol. 43
Figura 38 Estrutura de 5,7,3’,4’-tetrahidroxiflavon-3-ol (Quercetina) 47
Figura 39 Espectro de absorção na região do I.V. de BU-1 em pastilhas de KBr. 49
Figura 40 Espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-1 49
Figura 41 Espectro de RMN
13
C-BB (MeOD, 125 MHz) de BU-1 50
Figura 42 Espectro de RMN
13
C Expansão entre δ 90-190 (MeOD, 125 MHz)
de BU-1 50
Figura 43 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-1. 51
Figura 44 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
mais de uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) de BU-1 52
Figura 45 Estrutura do alfa-D-arabinofuranosídio 56
Figura 46 Estrutura do composto Quercetina-3-O-arabinofuranosídio (BU-2). 56
Figura 47 Espectro de absorção na região do I.V. de BU-2 em pastilhas de KBr. 59
Figura 48 Espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-2 59
Figura 49 Espectro de RMN COSY (500 MHz, MeOD) de BU-2 60
Figura 50 Espectro de RMN
13
C-BB (MeOD, 125 MHz) de BU-2 61
Figura 51 Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (MeOD, 125 MHz) de BU-2 61
Figura 52 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-2. 62
Figura 53 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de uma ligação, com detecção no canal de hidronio (HMBC)
de BU-2 63
Figura 54 Estrutura do alfa-L-ramnopiranosídio 67
Figura 55 Estrutura do composto Quercetina -3-O-raminopiranosídio (BU-3) 67
XI
Figura 56 Espectro de absorção na região do I.V. de BU-3 em pastilhas de KBr. 70
Figura 57 Espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-3 70
Figura 58 Espectro de RMN COSY (500 MHz, MeOD) de BU-3 71
Figura 59 Espectro de RMN
13
C-BB (MeOD, 125 MHz) de BU-3 72
Figura 60 Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (MeOD, 125 MHz) de BU-3 72
Figura 61 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-3. 73
Figura 62 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de uma ligação, com detecção no canal de hidronio (HMBC)
de BU-3 74
Figura 63 Estrutura do composto D-3-O-metil-quiroinositol (BU-4) 77
Figura 64 Espectro de absorção na região do I.V. de BU-4 em pastilhas de KBr. 79
Figura 65 Espectro de RMN
1
H (D
2
O, 300 MHz) de BU-4 79
Figura 66 Espectro de RMN COSY (300 MHz, D
2
O) de BU-4 80
Figura 67 Espectro de RMN
13
C-BB (D
2
O, 300 MHz) de BU-4 81
Figura 68 Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (D
2
O, 300 MHz) de BU-4 81
Figura 69 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-4. 82
Figura 70 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de uma ligação, com detecção no canal de hidronio (HMBC)
de BU-4 83
Figura 71 Estrutura do 1-metil-9H-pirido[3,4-b]indol (Harmane) BU-5. 86
Figura 72 Espectro de absorção na região do I.V. de BU-4 em pastilhas de KBr. 89
Figura 73 Espectro de RMN
1
H (D
2
O, 300 MHz) de BU-4 89
Figura 74 Espectro de RMN
13
C-BB (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5 90
Figura 75 Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5 90
Figura 76 Espectro de RMN COSY (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5 91
Figura 77 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC)
(500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5 92
Figura 78 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de uma ligação, com detecção no canal de hidronio
(HMBC) (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5 93
Figura 79 Estrutura do 1,2,3,4-Tetrahidroharmano (Eleagnina) 96
XII
Figura 80 Espectro de RMN
1
H (D
2
O, 300 MHz) de BU-6 99
Figura 81 Espectro de RMN
13
C-BB (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6 100
Figura 82 Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6 100
Figura 83 Espectro de RMN COSY (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6 101
Figura 84 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC)
(500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6 102
Figura 85 Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de uma ligação, com detecção no canal de hidronio
(HMBC) (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6 103
Figura 86 DRX-500 – Bruker. 107
XIII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Exemplos de β-carbolinas simples 17
Tabela 2 – Estruturas químicas de alcalóides β-carbolinicos isolados 22
Tabela 3 – Alcalóides β-carbolinicos isolados listados por espécies vegetais 27
Tabela 4 – Comparação entre a composição do óleo essencial
de Bauhinia ungulata em OEBU-1 e OEBU-2 36
Tabela 5 – Deslocamentos químicos de RMN
13
C (MeOD, 500 MHz)
de BU-1 por padrão de hidrogenação. 45
Tabela 6 – Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-1 47
Tabela 7 – Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-1 (125 MHz, MeOD)
com os descritos na literatura para a quercetina (25,15 MHz, DMSO-d
6
) 48
Tabela 8 – Deslocamentos químicos de RMN
13
C (MeOD, 500 MHz)
de BU-2 por pado de hidrogenação 54
Tabela 9 – Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-2 (125 MHz, MeOD)
com os descritos na literatura para a Quercetina-3-O-arabinose
(25,15MHz, DMSO-d
6
). 57
Tabela 10 – Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-2: 58
Tabela 11 – Deslocamentos químicos de RMN
13
C (MeOD, 500 MHz)
de BU-3 por padrão de hidrogenação. 65
Tabela 12 – Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-3 68
Tabela 13 – Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-3 (125 MHz, MeOD)
com os da literatura para a Quercetina-3-O-ramnopiranosídio
(25,15MHz, DMSO-d
6
). 69
Tabela 14 – Deslocamentos químicos de RMN
13
C (D
2
O, 300 MHz) de BU-4 por
padrão de hidrogenação. 76
Tabela 15 – Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-4 77
Tabela 16 – Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-4 (125 MHz, D
2
O)
com os da literatura para o D-3-O-metil-quiroinositol (300 MHz, ). 78
Tabela 17 – Deslocamentos químicos de RMN
13
C (DMSO-d
6
, 500 MHz)
de BU-5 por pado de hidrogenação. 85
Tabela 18 – Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-5 87
Tabela 19 – Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-5 (500 MHz, DMSO-d
6
)
XIV
com os descritos na literatura para a quercetina (600 MHz, DMSO-d
6
). 88
Tabela 20 – Deslocamentos químicos de RMN
13
C (DMSO-d
6
, 500 MHz)
de BU-6 por pado de hidrogenação. 95
Tabela 21 – Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-6 97
Tabela 22 – Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-6 (500 MHz, DMSO-d
6
)
com os descritos na literatura (50 MHz, CDCl
3
). 98
Tabela 23 – Extração do óleo essencial de Bauhinia ungulata. 110
Tabela 24 – Coluna Filtrante de EHBU 112
Tabela 25 – Partição Líquido-quido de EEBU 112
Tabela 26 – Coluna Filtrante de EEBU-FAc
1
113
Tabela 27 – Coluna Filtrante de EEBU-FAc
2
113
Tabela 28 – Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FAc
2
-F2 114
Tabela 29 – Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FAc
1
-F3 115
Tabela 30 – Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FAc
2
-F3 115
Tabela 31 – Cromatografia FLASH de EEBU-FAc
2
-F3-(28-34) 116
Tabela 32 – Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FA 118
Tabela 33 – Cromatografia FLASH de EEBU-FA(18-22) 118
Tabela 34 – Cromatografia FLASH de EEBU-FA(18-22)24-39 118
Tabela 35Cromatografia FLASH de EEBU-FA(18-22)6-15
+ EEBU-FA(18-22)24-39(3-4) 119
XV
LISTA DE FLUXOGRAMAS
Fluxograma 1 – Extração do óleo essencial de Bauhinia ungulata. 110
Fluxograma 2 – Obtenção dos extratos EHBU e EEBU de B. ungulata. 111
Fluxograma 3 – Processo de isolamento dos constituinte químicos não
voláteis das folhas de Bauhinia ungulata. 120
LISTA DE ABREVIATURAS
EEBU Extrato Etanólico de Bauhinia ungulata.
OEBU – Óleo Essencial de Bauhinia ungulata
EHBU – Extrato Hexânico de Bauhinia ungulata
FAc Fração Acetato de Etila
EEBU-FA Fração Alcaldica do Extrato Etanólico de Bauhinia ungulata
BB – Broad-Band
CCD – Cromatografia em Camada Delgada
CG/EM – Cromatografia Gasosa acoplada a espectrometria de Massas
DEPT – Distortionless Enhancement by Polarization Transfer
HMBC – Heteronuclear Multiple Bond Coherence
HMQC – Heteronuclear Multiple Quantum Coherence
RMN
1
H – Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
RMN
13
C – Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13
IV – Espectroscopia de Infra Vermelho
MeOD – Metanol Deuterado.
SNC – Sistema Nervoso Central.
XVI
RESUMO
O gênero Bauhinia, família Leguminosae, compreende mais de 300 espécies
distribuídas nas áreas tropicais do planeta, onde são utilizadas na medicina popular no
tratamento do diabetes. Estudos farmacológicos preliminares [1] indicaram ação
hipoglicemiante de Bauhinia ungulata L., conhecida popularmente como Pata-de-
vaca”, porém nenhum estudo fitoquímico havia sido realizado para a espécie[2]. Desta
forma, o presente estudo se propôs ao isolamento e determinação estrutural dos
constituintes voláteis e não-voláteis das folhas de Bauhinia ungulata, e a posterior
realização de testes farmacológicos com os compostos isolados para a comprovação
da sua atividade farmacológica.
O estudo dos constituintes voláteis das folhas de Bauhinia ungulata (Figura I)
foi realizado através de um acompanhamento da composição química do óleo
essencial. Os principais constituintes encontrados no óleo de B. ungulata foram: (E)-
β-Cariofileno (1), α-Humuleno (2), Germacreno D (3), Óxido de Cariofileno (4), α-
Copaeno (5), Germacreno B (6), δ-Cadineno (7) e Biciclogermacreno (8). Foram
observadas alterações no teor do óleo das 9:00 para às 12:00 hs com aumento dos
constituintes 4 e 8 e redução de 2, 3, 5, 6 e 7 além do surgimento de sesquiterpenos
oxigenados exclusivamente às 12:00 hs.
Para o estudo dos constituintes o-voláteis (Figura II) foram utilizados os
extratos hexânico (EHBU) e etanólico (EEBU) das folhas de B. ungulata. Após
sucessivos tratamentos cromatográficos, o extrato EEBU forneceu 4 metabólitos
secundários identificados como os flavonóides 3,5,7-tri-hidroxi-2-(3’,4’-di-
hidroxifenil)-4H-cromen-4-ona (Quercetina) (BU-1), Quercetina-3-O-
arabinofuranosídio (BU-2) e Quercetina-3-O-α-Rhamnopiranosídio (Quercitrina)
(BU-3) além do inositol metoxilado 3-O-metil-quiroinositol (D-pinitol) (BU-4). A
partir da fração alcaloídica do EEBU foram obtidos os alcalóides β-carbolínicos
harmano (BU-5) e eleagnina (tetrahidroharmano) (BU-6).
A identificação e quantificação dos constituintes químicos voláteis foram
realizadas através de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa
(CG/EM).
XVII
A caracterização estrutural dos compostos não-voláteis foi realizada através de
técnicas espectroscópicas, incluindo RMN-1D (
1
H,
13
C, DEPT), RMN-2D (COSY,
HMQC, HMBC, NOESY) e espectroscopia de infravermelho (IR).
H
7
8
Figura I: Estrutura dos principais constituintes do OEBU.
Figura II: Estrutura dos compostos não voláteis isolados do EEBU.
H
H
H
5
H
H
1
2
3
6
H
O
4
O
OOH
HO
OH
OH
HO
H
OH
H
O
H
OH
H
H
O
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5
4
3
2
1
1''
2''
3''
4''
5''
6''
BU-3
O
OOH
HO
OH
OH
OH
1
2
3
45
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
BU-1
BU-4
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
6
5
4
3
2
1
BU-2
O
OOH
HO
OH
OH
OH
H
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
BU-5
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
BU-6
N
N
H CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
XVIII
ABSTRACT
The Bauhinia genus possess 300 species distributed in tropical area of the planet.
Species of this genus have been used in popular medicine on the diabetes treatment.
Preliminary pharmacological studies showed hypoglicemic action of Bauhinia ungulata
L. [1], popularly known on the northeast of Brazil as “pata-de-vaca”, however, no
phytochemical study has been reported yet [2].
This work reports the isolation and structural charactherization of the volatile and
non-volatile constituents from the leaves of Bauhinia ungulata, for the accomplishment
of pharmacological tests with the isolated compounds.
A circadian study of the chemical composition of the leaves of B. ungulata was carry
out with its essential oil. The main constituents were: (E)-β-caryophyllene (1), α-
humulene (2), germacrene D (3), cariilene (4), α-copaene (5), germacrene B (6), δ-
cadimene (7) e byciclogermacrene (8). Changes were observed at 9:00 to 12:00 a.m.
with the increase of contents of the constituents 4 and 8, and reduction of contents of
compounds 2, 3, 5, 6, 7, besides of appearance of oxygenated terpenes only at 12:00
a.m.
The phytochemical study of the non-volatile constituents was accomplished by the
investigation of the hexane (EHBU) and ethanol (EEBU) extracts. From the EHBU
traicontanol was obtained in high contents. Sucessive chromatographies from the
EEBU yielded 4 metabolites charactherized as the flavonoids quercetine, quercetine-3-
O-arabinofuranoside and quercitrine, besides the methoxy inositol 3-O-metil- D-pinitol.
The alkaloid fraction yielded the β-carbolines harmane e eleagnine.
XIX
The identification of the volatile compounds was done by GLC/MS. Structure
charactherization of the non-volatile was made by spectroscopic methods such as IR and
two and one dimensional
1
H and
13
C NMR (COSY, HMQC, HMBC),
Capítulo 1: Introdução
2
1. INTRODUÇÃO
O interesse científico sobre a composição química de espécies vegetais e de seu
uso medicinal fundamenta-se, em grande parte, em seu uso na medicina popular. Entre
as inúmeras espécies vegetais de interesse medicinal, encontram-se as plantas do gênero
Bauhinia (Leguminosae-Caesalpinioideae), compreendendo 300 espécies que se
encontram distribuídas principalmente nas áreas tropicais do planeta.
As espécies do gênero Bauhinia são popularmente utilizadas no Brasil e em outros
países em forma de chás e de outras preparões fitoterápicas como hipoglicemiante,
hipercolesterolêmico, expectorante, depurativo, diurético, antidiarréico, antiinfeccioso,
em processos dolorosos e etc [2]. A literatura relata a atividade hipoglicemiante em
várias espécies de Bauhinia, entre elas: B. Cheilantha, B. purpurea, B. retusa, B.
variegata, B. candicans, B. divaricata, B. monandra, B. megalandra e principalmente B.
forficata e os estudos fitoquímicos realizados indicaram principalmente a ocorrência de
glicosídios esteroídicos, triterpenos, lactonas e flavonóides [2].
Estudos recentes, com ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina, mostraram
significativa redução dos níveis plasmáticos de glicose após infusão intravenosa
contínua dos extratos aquoso e etanólico de Bauhinia ungulata em comparação aos
padrões de D-quiroinositol (DCI), pinitol (3-metóxi-D-quiroinositol) e insulina [1]. A
Secretaria de Saúde do Município de Maracanaú, no Ceará, realizou em 1995 um
acompanhamento clínico do uso da tintura a 20% das folhas secas de B. ungulata em
pacientes diabéticos. Destes pacientes 40% responderam satisfatoriamente apresentando
o nível de glicemia controlado [3].
Diante do exposto, aliada à ausência de estudos fitoquímicos para a espécie, o
presente estudo se propôs ao isolamento e determinação estrutural dos constituintes
voláteis e não-voláteis das folhas de Bauhinia ungulata.
Capítulo 1: Introdução
3
Este trabalho encontra-se então dividido em oito capítulos:
Capítulo 1: Introdução
Capítulo 2: Considerações Botânicas Descreve os aspectos botânicos
da espécie estudada.
Capítulo 3: Levantamento Bibliogfico Características gerais dos
alcalóides β-Carbolínicos e levantamento bibliográfico sobre o isolamento
destes alcalóides em plantas entre 1979 e 2005.
Capítulo 4: Determinação Estrutural Constitui-se dos dados físicos e
espectrométricos dos compostos isolados, descrevendo os procedimentos
aplicados na elucidação de suas estruturas químicas.
Capítulo 5: Parte Experimental Divide-se em duas partes: as cnicas
empregadas ao longo do trabalho e os procedimentos experimentais
realizados.
Capítulo 6: Conclusões
Capítulo 7: Constantes Físicas e Dados Espectrométricos das
Substâncias Isoldadas de Bauhinia ungulata.
Capítulo 8: Referências Bibliográficas
A confecção desta dissertação de mestrado foi baseada nas normas estabelecidas
pelo curso de Pós-Graduação em Química Orgânica da UFC.
Capítulo 2: Considerações Botânicas
5
2. CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS
2.1. Sobre o Gênero Bauhinia:
Bauhinia Plum. ex L. (família Leguminosae, subfamília Caesalpinioideae, tribo
Cercideae) é um gênero pantropical, com cerca de 300 espécies. Noventa e oito espécies
de Bauhinia do Brasil enquadram-se em seis seções: Amaria, Bauhinia, Benthamia,
Caulotretus, Pauletia e Schnella. A seção Pauletia pode ser reconhecida pela
combinação dos seguintes caracteres: androceu apresentando filetes conados na base,
formando internamente uma coluna irregular, curta e com apêndices ligulares
conspícuos ou rudimentares (obsoletos) até ausentes; grãos de len, em geral, com
sexina reticulada e com processos gemóides supratectais. Foram estabeleidas ainda 5
novas séries sob a seção Pauletia, no subgênero Bauhinia: Cansenia, Acuminatae,
Ariaria, Pentandrae e Perlebia. [4]
2.1.1. Série Cansenia:
Esta série é composta por cerca de 35 espécies no Brasil. A seguir encontram-se
descritos os caracteres específicos que identificam e diferenciam as espécies da série
Cansenia a qual pertence à espécie B. ungulata, em estudo neste trabalho:
Arvoretas ou arbustos multicaules, ou ainda subarbustos xilopodíferos com ramos
inermes. Nectários extraflorais presentes, cônicos a subulados, 0,5-1,5 mm compr.
Folhas inteiras, bilobadas a bifolioladas, às vezes inteiras e bilobadas no mesmo
indivíduo, 0,9-20x0,5-17 cm. Pseudo-racemo terminal áfilo, brácteas foliáceas
presentes, inflorescências parciais 1-3- floras, eixo parcial ausente; botão floral linear,
subclavado, subclavado-pentagonal, clavado ou clavadoacuminado, liso a estriado ou
costado a alado, ápice nunca corniculado ou cristado, às vezes cuspidado (B.
longicuspis), anteantese 3-20,5 cm compr.; hipanto cilíndrico, internamente tomentoso
ou glabro; cálice na antese fendido em 2-5 lobos parcialmente unidos no ápice ou
livres, nunca espatáceo; talas lineares, linear-lanceoladas, linearoblanceoladas ou
obovadas (B. cheilantha), unguiculadas, 1,3-4,5(-8)x0,1-0,3-(2,5) cm, glabras ou
pilosas externamente, nunca lanosas externamente e na unha; 10 estames férteis,
estaminódios ausentes, filetes conatos na base formando coluna irregular obsoleta a
Capítulo 2: Considerações Botânicas
6
altura xima de 8 mm, internamente com apêndice ligular laciniado (B. cheilantha),
obsoleto a ausente, interna e externamente com indumento variado ou glabra; grãos de
len 3-colpados, angulo-aperturados, raramente com 4 colpos, colpos elíticos, com
membrana do colpo evidente, com processos supratectais gemóides; estipe (1,2-)2,5-5(-
16) cm, livre, estigma assimetricamente clavado. Legume estreitamente oblongo, valvas
8-20(-40)x1-2(-2,7) cm, internamente não divididas em compartimentos, externamente
sem sutura elevada; semente sem apêndice unciforme encobrindo o hilo, sem linhas
fraturais. [4]
As espécies de Bauhinia ser. Cansenia são lenhosas e eretas, às vezes, com ramos
flexíveis apoiantes, mas nunca são lianas com gavinhas. A casca das formas arbóreas é
pardoacinzentada, geralmente com manchas liquênicas, longitudinalmente fissurada,
com estrias transversais pouco nítidas não chegando a formar escamas. Em formações
florestais os indivíduos adultos apresentaram o hábito de arvoretas, correspondendo a
microfanerófitos, comumente entre 5 e 15 metros de altura. A tendência à redução do
porte, expressa pela forma de subarbusto com xilopódio (xeromórfito) em algumas
espécies é evidenciada como um caráter exclusivo para a série Cansenia, portanto
ausente nas demais séries e, possivelmente, em todo o gênero Bauhinia.
2.1.2. Folha
A folha no gênero Bauhinia é inconfundível por
apresentar nervação palmatinérvea, associada ao
pecíolo com duas articulações: uma articulação basal
(pulvino primário) e uma articulação apical junto à
lâmina (pulvino secundário). Além de uma
articulação na base da mina, denominada almofada
motora (“special motile cushions” or “laminar
joints”), responsável pelos movimentos nictinásticos
singulares; e ainda um mucro-apical ou situado entre
os folíolos, no caso de separação total destes. Uma
maneira prática de distinguir Bauhinia de outros
Figura 1: Folha de Bauhinia sp. [5]
Capítulo 2: Considerações Botânicas
7
gêneros com folha bifoliolada, é que em Bauhinia nunca peciólulos perfeitamente
individualizados, como ocorre em Hymenaea e Peltogyne. Alguns autores adotam os
termos:
1) folhas innteiras correspondentes a folhas aparentemente simples, devido ao
fusionamento total de ambos os folíolos;
2) folhas bilobadas folíolos concrescidos (fusionados) em mais de 1/3 até 2/3 ou
menos do comprimento total do folíolo;
3) folhas bifolioladas – quando o pecíolo apresenta o mucro situado no ápice do
pulvino, separando totalmente os folíolos.
As espécies do primeiro grupo podem apresentar ápice emarginado ou muito
curtamente bilobado, as espécies do terceiro grupo podem apresentar os folíolos
concrescidos na base, geralmente em um comprimento menor que 1/3 do comprimento
total do folíolo. O caráter grau de bipartição deve ser aplicado com ressalvas, pois
algumas espécies com folha inteira podem apresentar, no mesmo espécime, folhas
emarginadas a curtamente bilobadas. Do mesmo modo, as espécies com folhas
bifolioladas podem apresentar folhas com lobos concrescidos apenas na base.
O comprimento das folhas em Bauhinia ser. Cansenia varia desde cerca de 1 cm,
em B. tenella, até o de 32 cm em B. bombaciflora. No entanto, as espécies com folhas
bifolioladas apresentam folhas menores, por exemplo B. tenella, B. curvula e B.
dumosa. De modo geral, espécimes procedentes da floresta amazônica, de área úmidas e
sombrias, apresentam folhas nue-cartáceas, com ápice acuminado e nervação pouco
proemimente na face inferior. Por outro lado, espécimes procedentes de áreas
campestres e de cerrado aberto apresentam folhas coriáceas, com ápice obtuso a
arredondado ou subtruncado. As espécies de Bauhinia ser. Cansenia podem ser
divididas em três grupos quanto a nervação na face inferior da folha:
1) Espécies com nervação primária (“nervos”), nervação secundária (“veias”) e
nervação terciária (“vênulas”) todas muito proeminentes a proeminentes, como
em B. bombaciflora e B. cupulata.
Capítulo 2: Considerações Botânicas
8
2) Espécies com nervação secundária e terciária mais ou menos proeminentes a
pouco proeminentes, como em B. acuruana e B. cheilantha.
3) Espécies com nervação primárias secundárias e terciárias pouco proeminentes a
imersas, como em B. curvula, B. tenella, B. ungulata. Em B. ungulata var.
ungulata as estípulas são também únicas, e apresentam formato ovado-
lanceolado, oblanceolado ou falcado-oblongo, mas, também podem faltar ou
serem precocemente caducas.
2.1.3. Pétalas
As pétalas são ungüiculadas e quase
iguais, exceto pela superior que é
geralmente menor em relação às laterais e
inferiores. São totalmente brancas e, nunca
com estrias de outras cores, caráter este,
compartilhado com as demais espécies da
seção Pauletia. A forma das pétalas tem
valor taxonômico para agrupar séries e/ou
identificar algumas espécies. As pétalas são
lineares com razão comprimento/ largura
entre 15 e 180, na maioria das espécies. Também, podem ser do tipo linear-lanceoladas
ou linear-oblanceoladas, quando a razão comprimento/ largura se encontra entre 8,3 e
15, por exemplo em B. brevipes e B. ungulata.
2.1.4. Legume e Sementes
O legume na série Cansenia, assim
como nas demais séries da seção Pauletia é
longamente estipitado, plurisseminado e, tem
deiscência elástica. As valvas são coriáceas e
têm entre 8 e 29 cm de comprimento e o
estípite varia, entre 1,5 e 6cm de
comprimento.
Figura 2: Flor de B. ungulata [6]
Figura 3: Legume e Semente de B. ungulata [7]
Capítulo 2: Considerações Botânicas
9
2.2. Sobre a espécie Bauhinia ungulata:
Bauhinia ungulata é uma espécie com grande amplitude de distribuição, correndo
na faixa neotropical, desde o México até Amazônia periférica e corredor seco até 23° de
latitude Sul. No Brasil ocorre na floresta amazônica e nas florestas refúgio do Ceará.
Habita em floresta de terra firme, vegetação secundária ao longo de estradas e margens
de pastos, floresta semidecídua, afloramento de granito e floresta circundante, margem
de floresta com campo, margem de rios, floresta seca de savana, campo alagado
periodicamente. No nordeste, habita em área de carrasco, caatinga arbórea, em floresta,
cerrado, cerradões e vegetação secundária. Floresce a partir de maio/junho/julho.
Exemplares frutíferos são coletados a partir de agosto.
Observações realizadas em indivíduos adultos de B. ungulata mostraram que o
desenvolvimento dos ramos novos segue o rítmo das estações seca ou chuvosa. Durante
a estação chuvosa, ocorre a reativão das gemas adventícias apical e/ou laterais e
observa-se o início do desenvolvimento de ramos novos. Em um dado momento, após o
alongamento dos entrenós, da expansão e crescimento de uma série de novas folhas,
sem solução de continuidade, as gemas superiores passam a emitir a parte fértil do ramo
com uma sucessão de botões florais formando um tipo de inflorescência afila,
denominada pseudo-racemo. O desenvolvimento das folhas é drasticamente reduzido,
ou cessa, ou o produzidas apenas folhas atrofiadas (vestígios foliares) até,
paulatinamente, serem emitidas brácteas de primeira ordem (brácteas foliáceas). Na
estação seca, após a floração, maturação dos frutos e liberação das sementes a parte
fértil dos ramos, desenvolvida na estação chuvosa anterior, transformada em raque do
pseudo-racemo, definha, seca e cai, enquanto a parte estéril inferior do ramo sofre
caducifólia gradativa. No início da estação chuvosa seguinte, novas gemas adventícias
o reativadas originando novos ramos, que sofrerão os mesmos processos de floração,
frutificação e definhamento na estação seca posterior. As arvoretas de B. ungulata
apresentaram um período de floração entre seis e sete meses de duração. Neste período,
inclui-se cerca de 3 meses correspondentes ao intervalo entre o desenvolvimento dos
botões muito jovens até a abertura das duas primeiras flores. [4]
Capítulo 2: Considerações Botânicas
10
2.2.1. Descrição Botânica da espécie B. ungulata:
A espécie Bauhinia ungulata
Linnaeus apresenta-se como arbusto ou
arvoreta ou subarbusto. Entrenó distal
0,5-3 cm comprimento. Folhas bilobadas,
lâmina (1,1-)2,6-13(-18)x(1,2-)3-8(-9,5-
12,5) cm, tênue cartácea a subcoriácea,
base subtruncada a cordada, 7-9-sub 11-
nérvea, nervura marginal inconpícua,
lobos concrescidos em 1/2 a 2/3,
raramente menos de 1/3 ou mais de 2/3 do comprimento total, ovado-oblongos a
oblongo-triangulares, retos e no ápice paralelos ou um pouco convergentes ou ainda
um pouco divergentes, aelíticos ou suborbiculados, ápice longamente acuminado ou
agudo a obtuso ou arredondado; face superior glabra, o impressas, face inferior
cano- ou ferrugíneo- ou fusco-pubescente a tomentela em toda a superfície, em maior
ou menor grau a ferrugíneo-pubescente, especialmente nas nervuras, tricomas
glandulares presentes, abundantes ou não, nervuras primárias mais ou menos
proeminentes, secundárias pouco proeminentes a imersas e terciárias imersas; pecíolo
0,9-3 cm compr., delgado, cano- ou ferrugíneo ou fuscotomentelo. Estípulas ovado-
lanceoladas a oblanceoladas ou falcado-oblongas, 3-25x2-8 mm, quebradiças a
rudimentares, sub-milimétricas; nectários extraflorais rudimentares, raramente
ovóides, 1 mm comprimento, em geral totalmente encobertos pelas estípulas até
rudimentares, submilimétricos. Inflorescência a 37 cm compr., curto-pedunculada;
pedúnculo 0,2-3 cm compr.; eixo racemiforme, delgado, cano- ou ferrugíneo- ou fusco-
tomentela, às vezes 1-2 ou mais eixos simultâneos; inflorescências parciais 2-floras;
folhas opositifloras/alternifloras ausentes, brácteas foliáceas falcado-oblongas a
rudimentares, submilimétricas, mucron às vezes presentes. Botões 4,5-5x0,4 cm na
antese, subclavados, ápice obtuso a reentrante-espessado, fusco- ou ferrugíneo- ou
fulvo-tomentelos e lisos ou canoestriados e, então, desde obscuramente 5-estriado até
multiestriados, com tricomas glandulares. Flores, pedicelo (0,3-0,4-)0,5-1,1 cm compr.,
bractéolas oblongo-lanceoladas a ovadas, hipanto cilíndrico a suburceolado, 0,5-
1,5x(0,3-)0,4-0,7 cm, internamente glabro; cálice fendido na antese em 3-5 lobos
reflexos, ondulados a retorcidos, 1,7-3,5 cm compr.; pétalas linear-lanceolada,
Figura
4
:
Folha de Bauhinia ungulata L.
[
8
]
Capítulo 2: Considerações Botânicas
11
caudada, ca.1,6-3x0,1-0,2 cm, externamente glabras; estaminódios 0, estames 10,
anteras iguais, lineares, não loce-ladas, filetes (1,3-1,7-) 2,5-3 cm compr., filetes
alternipétalos pilosos externamente; coluna estaminal rudimentar, até ca.1 mm altura
máxima, apêndices rudimentares, internamente com tufos de tricomas, extermente
pilosa; gineceu (2-4,2-)4,5cm compr., estigma oblíquo-clavado, ovário tomentoso,
estipe 1,5-2 cm compr., tomentoso a quase glabro. Legume deiscente, valvas 11,5-
20x0,9-1,2 cm, tomentelas a glabrescentes, estipe 2-3 cm compr.; lobos funiculares
uncinado-lobados. Sementes 5-7x5-6 mm. [4]
Capítulo 2: Considerações Botânicas
12
Figura 5: Flores, Botão, Folhas e Caule de B. ungulata. Campus do Pici, UFCE, Março de 2005 [8].
Capítulo 2: Considerações Botânicas
13
Figura 6: Bauhinia ungulata var. ungulata a, ramo; b, contorno foliar; c, detalhe do indumento na face
inferior da folha; d, fruto. Desenho G. Gonçalves 1998.[4]
Capítulo 2: Considerações Botânicas
14
Figura
7
:
Bauhinia ungulata
var.
ungulata
(a-e, Vaz 1178; f-
g, Conti s/n, RB 267728): a, botão; b,
gineceu, onde se vê a inserção do ginóforo no hipanto; c, det
alhe do estigma; d, coluna estaminal em
continuidade com a face interna do hipanto; e, pétala na antese; f, detalhe da valva com semente; g,
semente em vista lateral; h, semente vista de perfil. Desenho G. Gonçalves, 1998.[4]
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
16
3. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Alcalóides β-Carbolínicos:
3.1. Estrutura e Nomenclatura Química:
As carbolinas são compostos em que um anel indólico encontra-se condensado a um
anel piridínico. De acordo com a posição do heteroátomo de Nitrogênio da piridina em
relação ao Nitrogênio do indol as carbolinas podem ser classificadas em α [10], β, γ[11-14] e
δ[15]:
Os alcalóides β-carbolínicos são classificados como indólicos e apresentam como
esqueleto sico um sistema tricíclico do tipo pirido[3,4-b]indol (Estrutura A, abaixo)
pondendo o anel piridínico encontrar-se dihidrogenado (dihidrocarbolinas) (Estrutura B) ou
tetrahidrogenado (tetrahidrocarbolinas) (Estrutura C)[9]. O Harmano (1-metil-9H-pirido[3,4-
b]indol) (1, Tabela 1) é o representante mais comum, e seu nome é incorporado a
nomenclatura trivial destes alcalóides que são também chamados de Alcalóides do tipo
Harmano ou “Derivados do Harmano”. Alguns compostos β-carbolínicos simples, e de fácil
ocorrência,o exemplificados na Tabela 1.
Tipos de Carbolinas
δ
γ
β
α
5H-pirido[3,2-b]indol
Carbolinas
1
2
3
4
5
6
N
N
δ
δδ
δ
γ
β
α
5H-pirido[4,3-b]indol
Carbolinas
N
N
δ
γ
γγ
γ
β
α
1
2
3
4
5
6
9H-pirido[3,4-b]indol
Carbolinas
N
N
δ
γ
β
ββ
β
α
1
2
3
4
5
6
9H-pirido[2,3-b]indol
Carbolinas
N
N
δ
γ
β
α
αα
α
1
2
3
4
5
6
N
N
[i,j-a]
N
N
[i,j-b]
Carbolinas
e
Anel
Piridínico
N
1
2
3
4
5
6
Face b
N
Anel
Indólico
Face a
N
N
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
N
N
N
N
A
B
C
β
-
Carbolinas
Dihidro
-
β
-
Carbolinas
Tetrahidro
-
β
-
Carbolinas
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
17
Tabela 1: Exemplos de β-Carbolinas Simples.
3.2. Biossíntese e Classificação:
Os alcalóides β-carbolinicos são biossintetizados a partir do aminoácido L-Triptofano
(13), devendo-se a formação do anel piridínico à condensação da triptamina (14) com um
aldeído ou cetoácido (Fig. 8, pág. 17)[16].
Trabalhos anteriores demonstram a ocorrência de β-carbolínas simples em plantas [9],
excluindo-se os compostos β-carbolínicos com anéis adicionais condensados a estrutura
básica, geralmente nas posições C1-N2 ou N9-C1-N2. As β-carbolinas complexas são
alcalóides indólicos monoterpênicos formados pela condensação do aldeído secologalina
(secoiridóide glicosilado) com a triptamina (Figura 9, pág. 19). Estes compostos são
classificados de acordo com o esqueleto monoterpênico precursor, como do tipo: Corinano,
Ibogano ou Aspidospermano e a numeração é baseada na estrutura da Ioimbina (Fig. 9, pág.
19) [17].
N
o
Nomes Triviais
Sistema de
Anéis
Substituinte
em C-1
Substituinte
em C-7
1
Harmano
Passiflorina
A Me -
2 Harmalano
B Me -
3
Tetrahidroharmano
Eleagnina
C Me -
4 Norharmano
A - -
5 Norharmalano
B - -
6
Tetrahidronorharmano
Noreleagnina
C - -
7 Harmol
A Me OH
8 Harmalol
B Me OH
9 Tetrahidroharmalol
C Me OH
10
Harmina
Banisterina
A Me MeO
11
Harmalina
Harmidina
B Me MeO
12
Tetrahidroharmina
Leptaflorina
C Me MeO
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
18
Figura 8: Processo biossintético de β-carbolinas simples.
N
H
N
CO
2
H
β
R C
O
H
CO
2
H
O
Cetoácido
Aldeído
N
CO
2
H
NH
2
H
HO
N
CO
2
H
NH
2
H
HO
5-hidróxi-triptamina(5-HT)
(Serotonina)
N
NMe
2
H
N,N-diMe-Trp
N
NHMe
H
N-Me-Trp
N
H
N
R
- Carbolinas Complexas
(monoterpênicos)
N
H
N
Harmano
N
H
N
Harmalano
N
H
N
Eleagnina
harmina
N
H
N
MeON
H
N
MeO
Tetrahidroharmina
N
H
N
MeO
Harmalina
-CO
2
oxidação
-CO
2
L-Triptofano
N
CO
2
H
NH
2
H
N-metilação
N-metilação
oxidação
N
NMe
2
H
OH
N
NH
2
H
Triptamina(Trp)
Fosforilação
Psilocina
N
NMe
2
H
OP
Psilocibina
Reação de Mannich
Descarboxilação
Oxidativa
Redução
Oxidação
Redução
Oxidação
1
3
2
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
19
Figura 9: Processo biossintético de β-carbolinas complexas.
3.3. Ocorrência:
Os alcalóides β-carbolínicos apresentam uma vasta distribuição taxonômica nos
organismos vivos, sendo isolados desde fungos [18-21], algas[22], vegetais [23-138],
esponjas, cnidários e tunicados [139-179], anfíbios [180-181], artrópodes [182-183] até em
fluidos de ratos e seres humanos (urina, plasma, líquor)[186-187]. Há também vários estudos
sobre alcalóides β-Carbolínicos presentes em alimentos e condimentos[186,192-197],
bebidas[186,198-199], fumo[186] entre outros.
III
18
N
NH
O
H
O Glicose
CH
3
O
O
H
H
Estrictosidina
(Classe Vincosano)
II
Esqueletos Carbônicos Básicos dos monoterpenóides precursores:
Tipo Aspidospermano
Tipo Corinano
Tipo Ibogano
I
II
III
+
Secologanina
O
H O
H
H
O Glicose
CH
3
O
O
N
NH
2
H
Triptamina(Trp)
Ioimbina
(numeração)
N
N
H
CH
3
O
O
H
H H
OH
21
20
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8 7
6
5
4
3
2
1
18
19
II
II
3
17
14
21
N
N
O
H
OCH
3
H
H
O
Valesiachotamina
(Classe Valesiachotamano)
II
N
N
O
H
CH
3
CH
3
O
O
H
H H
1
2
3
4
5
6
78
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
Ajmalicina
(Classe Corinanteano)
I
3
14
18
21
16
N
NH
CH
3
O
O
HO
H
Vincamina
(Classe Eburnano)
21
18
15
14
3
16
N
NH
CH
3
O
O
HO
H
H
Tacamina
(Classe Tacamano)
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
20
3.4. Atividades Farmacológicas:
Algumas das atividades relacionadas a compostos β-carbolínicos já relatadas incluem:
alucinógena e inibidor da MAO [9,184,185,199], tremor e doença de Parkinson [186],
hipoglicemiante e diabetes [220], genotoxicidade e citotoxicidade [23,118,123,140,190],
antitumoral [119,137,165,167,175], antioxidante [14], antibacteriana [141], Anti-HIV
[116,118,137,160] e em doenças tropicais como malária[22,45,117,123,130], tripanossomíase
[104] e leishimaniose [139, 159,161, 172, 191].
A N,N-diMe-Trp (presente em Psychotria viridis) (15, Figura 8, pág. 18) apresenta
marcante atividade alucinógena e encontram-se associada a harmina (10) e harmalina (11)
(presentes em Banisteriopsis caapi e B. inebrians) em bebidas indígenas como a Ayahuasca
(Santo daime) [95, 184, 185, 189]. Estas β-carbolinas inibem a atividade da enzima MAO
A
(Monoamino-oxidase tipo A) responsável pelo metabolismo de monoaminas no SNC e assim
potencializam os efeitos alucinógenos. Outros alucinógenos quimicamente relacionados são a
Psilocina (16) e Psilocibina (17), encontradas no cogumelo Psilocybe mexicana, e alcalóides
isolados do gênero Ipomoea como a α-hidróxi-etilamina do ácido lisérgico. Todos estes
compostos são quimicamente relacionados a 5-hidróxi-Triptamina (5-HT) ou serotonina (18),
uma importante monoamina endógena neurotransmissora, devendo-se assim seus efeitos
alucinógenos a associação destes com receptores 5-HT
2A
no cérebro [184,185 e 17].
Foram atribuídos aos alcalóides β-carbolínicos harmano (1) e norharmano (4) a
capacidade de aumentar a secreção de Insulina pelas ilhotas de Langerhans em 3 a 4 vezes.
Esta atividade foi atribuída a interação destes compostos com receptores imidazólicos I
3
presentes em células β-pancreáticas [220].
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
21
.5. Alcalóides Isolados do gênero Bauhinia
Trabalhos anteriores haviam relatado o isolamento do alcalóide piridínico Trigonelina
(19) em B. candicans [209]. Recentemente foram também isolados os alcalóides N-
naftilanilina (20), mahanimbina (21), girinimbina (22) e bicicloamhanimbina (23) em B.
variegata [125] (Figura 10). No entanto, não existe na literatura nenhum relato de isolamento
de alcalóides β-carbolínicos, no nero Bauhinia.
Figura 10: Alcalóides isolados do gênero Bauhinia.
N
O
H
Girinimbina
N
O
Bicicloamhanimbina
N
O
H
Mahanimbina
Alcalóides Isolados de
Bauhinia Variegata
NH
N-naftilanilina
Alcalóide Isolado de
Bauhinia Candicans
Trigonelina
N
COO
CH
3
19
20
21
22
23
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
22
3.6. Alcalóides β-carbolinicos isolados em plantas entre 1979 e 2005:
Tabela 2: Estruturas químicas de alcalóides β-carbolinicos isolados.
β-Carbolinas Simples
N
H
N
O
O
R
1
R
3
R
4
R
2
N
N
H
O
R
1
O
R
2
R
3
N
H
N
NH
2
O
R
N
H
N
R
1
R
3
R
2
N
H
N
R
1
O
R
2
R
3
N
N
H
N
N
H
2
N
R
N
N
R
2
R
3
R
1
24: R
1
=R
3
=OCH
3
; R
2
=R
4
=H
25: R
1
=R
2
=R
3
=R
4
=H
26: R
1
=OCH
3
; R
2
=R
3
=R
4
=H
27: R
1
=R
3
=R
4
=H; R
2
=OH
28: R
1
=R
2
=R
3
=H; R
4
=n-Propil
29: R
1
=R
2
=R
3
=H; R
4
=CH
3
30: R
1
=R
2
=R
3
=H
31: R
1
=CH
3
; R
2
=R
3
=H
32: R
1
=CH
3
; R
2
=OH; R
3
=H
33: R
1
=R
2
=H; R
3
=OH
34: R
1
=nPentil; R
2
=R
3
=H
35: R
1
=Etil; R
2
=R
3
=H
36: R=H
37: R=OCH
3
38: R
1
=R
2
=R
3
=H
39: R
1
=OCH
3
; R
2
=H; R
3
=OH
40: R
1
=OCH
3
; R
2
=R
3
=OH
41: R
1
=H; R
2
=OH; R
3
=OCH
3
42: R
1
=OCH
3
; R
2
=R
3
=H
43: R
1
=R
3
=H; R
2
=OCH
3
44: R
1
=R
3
=H; R
2
=OH
45: R
1
=R
2
=H; R
3
=OCH
3
46: R=OCH
3
47: R=H
48: R
1
=CHO; R
2
=CH
3
; R
3
=H
49: R
1
=R
3
=H; R
2
=CHO
50: R
1
=H; R
2
=CHO; R
3
=OCH
3
N
H
N
R
O
N
H
N
O
R
1
R
2
N
N
R
4
R
1
R
3
R
2
N
H
N
R
1
R
3
R
2
N
N
H
R
2
R
2
R
1
R
3
N
N
H
R
2
R
1
R
3
N
N
H
R
2
R
1
51: R=(CH
2
)
2
CO
2
Et
52: R=Et
53: R
1
=H; R
2
=OH
54: R
1
=R
2
=H
55: R
1
=CO
2
Me; R
2
=H
56: R
1
=CO
2
H; R
2
=H
57: R
1
=R
3
=OCH
3
; R
2
=R
4
=H
58: R
1
=OCH
3
; R
2
=R
3
=R
4
=H
59: R
1
=R
2
=R
3
=H; R
4
=OCH
3
60: R
1
=OCH
3
; R
3
=OH; R
2
=R
4
=H
61: R
1
=R
4
=OCH
3
; R
2
=R
3
=H
62: R
1
=R
2
=R
3
=R
4
=H
185: R
1
=OCH
3
; R
2
=OH; R
3
=R
4
=H
63: R
1
=R
2
=H; R
3
=OH
64: R
1
=OCH
3
; R
2
=OH; R
3
=H
65: R
1
=R
2
=R
3
=H
66: R
1
=OCH
3
; R
2
=R
3
=H
67: R
1
=R
2
=OCH
3
; R
3
=H
68: R
1
=R
2
=R
3
=OCH
3
69: R
1
=R
2
=H; R
3
=OCH
3
70: R
1
=CO
2
Et; R
2
=R
3
=H
71: R
1
=R
3
=H; R
2
=OCH
3
72: R
1
=CH(OH)CH
3
; R
2
=CO
2
H
73: R
1
=CH(OH)CH
2
OH; R
2
=CO
2
H
74: R
1
=CH(OH)CH
2
OH; R
2
=CO
2
CH
3
75: R
1
=CH(OH)CH
2
OH; R
2
=CO
2
nBut.
76: R
1
=CH(OH)CH
3
; R
2
=CONH(CH)
2
CO
2
CH
3
77: R
1
=COCH
3
; R
2
=CONH(CH
2
)
2
CO
2
CH
3
78: R
1
=OCH
3
; R
2
=R
3
=H
79: R
1
=R
2
=H; R
3
=OH
80: R
1
=CH
2
OH; R
2
=R
3
=H
81: R
1
=OCH
3
; R
2
=CO
2
H; R
3
=H
182: R
1
=CH
3
;R
2
=H; R
3
=OH
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
23
Tetrahidro-β-Carbolinas Simples e Outros
N
N
H
O
HO
N
N
H
N
N
H
N
H
3
CO
OH
N
N
H
CH
3
CH
3
+
N
N
H
OH
OH
HO
O
N
H
N
CH
3
H
3
CO
H
3
CO
N
N
OMe
MeO
H
OMe
O
O
N
H
N
O
R
2
N
N
H
R
2
R
3
N
NH
H
CO
2
H
R
N
NH
R
3
R
1
R
1
O
H
R
N
N
H
R
H
3
CO
OH
H
3
CO H
N
NH
H
H
3
CO
CH
3
H
3
CO
N
N
O
CH
3
N
NH
O
O
R
H
82: R=H
83: R=CH
3
84: R=
HN
S
85: R
1
=R
3
=H; R
2
=OCH
3
86: R
1
=R
2
=H; R
3
=OCH
3
87: R
1
=CH
3
; R
2
=R
3
=H
88: R
1
=CH
3
; R
2
=CO
2
Et; R
3
=H
89: R
1
=R
2
=CH
3
; R
3
=OH
90: R
1
=R
3
=H; R
2
=CH
3
91: R
1
=H; R
2
=CH
3
; R
3
=OCH
3
92: R=H
93: R=CH
3
94: R=CH
3
95: R=H
96: R=H
97: R=OCH
3
98: R=H
186: R=OCH
3
99
100
101
102
103
104
106
107
N
N
H
OH
O
H
3
CO
180
O
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
24
β-Carbolinas Complexas
N
N
O
R
2
N
N
O
R
1
R
2
R
3
R
4
R
5
R
6
R
7
R
8
1
2
3
4
5
6
78
9
10
11
N
N
O
R
1
R
3
R
2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
N
N
O
O
R
1
108: R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
109: R
1
=OH; R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
110: R
1
=OCH
3
; R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
111: R
1
=OH; R
6
=OCH
3
; R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
7
,R
8
=H
112: R
2
=OH; R
1
,R
3
,R
4
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
113: R
3
=OH; R
1
,R
2
,R
4
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
114: R
3
=R
4
=OCH
3
; R
1
,R
2
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
115: R
3
=OCH
3
; R
4
=OH; R
1
,R
2
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
116: R
3
=OCH
3
; R
4
=OCOCH
3
; R
1
,R
2
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
117: R
4
=OH; R
1
,R
2
,R
3
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
118: R
4
=OCH
3
; R
1
,R
2
,R
3
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
119: R
4
=CH
2
OH; R
1
,R
2
,R
3
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
120: R
4
=CH
2
OH; R
6
=OCH
3
; R
1
,R
2
,R
3
,R
5
,R
7
,R
8
=H
121: R
4
= O-β-D-Glic.(1-6)-β-D-Glic.; R
1
,R
2
,R
3
,R
5
,R
6
,R
7
,R
8
=H
122: R
5
=OH; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
6
,R
7
,R
8
=H
123: R
5
=OH; R
6
=OCH
3
; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
7
,R
8
=H
124: R
6
= OH; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
7
,R
8
=H
125: R
6
=R
7
=OCH
3
; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
8
=H
126: R
6
=OCH
3
; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
7
,R
8
=H
127: R
6
=O-β-D-Glic.; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
7
,R
8
=H
128: R
7
=OCH
3
; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
6
,R
8
=H
129: R
8
=O-β-D-Glic.(1-6)-β-D-Glic.; R
1
,R
2
,R
3
,R
4
,R
5
,R
6
,R
7
=H
130: R
1
=R
2
=R
3
=H
131: R
1
=OCH
3
; R
2
=R
3
=H
132: R
2
=OH; R
1
=R
3
=H
133: R
1
=R
2
=H; R
3
=OCH
3
181: R
1
=R
2
=H; R
3
=OH
134: R
1
=H; R
2
=OH
135: R
1
=OCH
3
; R
2
=H
136
N
N
H
O
O
H
H
H
OGlc
N
N
H
R
1
H
H
R
2
OH
OMe
N
N
RO
N
N
H
O
COO
-
H
OGlc
H
+
144: H16-α
145: H16-β
137: R
1
= β-H, R
2
= β-CO
2
Me
138: R
1
= α-H, R
2
= β-CO
2
Me
139: R
1
= β-H, R
2
= α-CO
2
Me
140: R
1
= α-H, R
2
= α-CO
2
Me
141: R=CH
3
142: R=H
143: R=CH
3
, 3,4-dihidro
146
N
N
CH
3
OH
HO H
N
N
H
O
MeO
O
Me
H
H
H
147
148
N
N
O
Cl
-
+
149
N
N
OH
HO
150
N
N
O OCOCH
3
OCH
3
188
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
25
N
N
H
O
O
OH
N
N
H
OHC
O
N
N
H
O
OHC
N
NH
N
N
N
N
N
HO
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
N
N
H
O
H
3
CO
R
N
N
H
MeO
O
H
HO
H
N
N
H
N
Me
O
HO
N
N
H
N
O
N
N
H
N
Me
O
N
N
H
OH
151
N
H
N
N
N
N
H
N
105
+
152
153
154
155
156
157
158
159
160: R=H
161: R=CH3
CH
2
OH
CH
3
H H
H
N
N
CH
2
OH
CH
3
H H
162
163
164
165
N
N
O
O
166
β-Carbolinas diméricas e glicosiladas
N
N
N
H
H
MeO
H
H
OH
N
N
N
H
H
HO
OMe
H
OH
N
N
H
O
R
2
O
O
OH
OH
OH
HO
N
N
N
N
R
MeO
H
H
R
OMe
+
Cl
-
170: R = H
189: R = OMe
190: R=OH
167
168
R
1
169: R
1
=H; R
2
=CO
2
H
183: R
1
=OH; R
2
=CO
2
H
184: R
1
=R
2
=H
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
26
N
N
H
O
OMe
N
N
MeO
H
OMe
N
N
H
O
N
N
MeO
OMe
H
O
OMe
N
N
N
N
MeO
OMe
H
R
O
O
N
N
H
O
OH
O
HO
OH
OH
OH
CO
2
H
N
NH
H
CO
2
H
O
OMe
O
H
O
O
HO
HO
HO
H
OH
N
NH
H
O
OMe
O
H
O
O
HO
HO
HO
H
OH
OMe
O
N
N
H
O
OH
N
N
MeO
OMe
H
N
N
H
O
N
N
MeO
H
OMe
N
H
N
N
H
N
N
H
H
H
HO
H
3
C
CH
3
H
H
171: R=OCH
3
187: R=H
172
173
174
175
176
177
178
179
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
27
ESPÉCIES
[Referência(s)]
Alcalóides β-Carbolínicos Isolados
(Nomes químicos e/ou triviais)
Ailanthus altissima
[36]
1-metóxicarbonil-4,8-dimetóxi-β-carbolina (24),
1-metóxicarbonil-β-carbolina (25)
[61]
2-hidróxicantin-6-ona (112), 4-hidróxicantin-6-ona (113), 4,5-dihidrocantin-6-ona (136).
cantin-6-ona (108), 1-metóxicantin-6-ona(110), cantin-6-ona-3N-óxido(130), 1-metóxicantin-6-
ona-3N-óxido(131), 1-hidróxicantin-6-ona(109), 5-hidróxicantin-6-ona(117), Ácido β-carbolin-1-
propiônico (30), e 1-mexicarbonil-4-metóxi-β-carbolina (26).
[86]
Ácido β-carbolin-1-propiônico(30), 1-carbometóxi-β-carbolina(25) e 1-carbamoil-β-carbolina (36)
[96]
1-hidróxicantin-6-ona (I) e 1-(1’,2’-dihidróxietil)-4-methóxi-β-carbolina (40)
[105]
1-(2'-hidróxietil)-4-metóxi-β-carbolina (39), 1-Acetil-4-metóxi-β-carbolina (42), 1-metóxicantin-6-
ona (110), cantin-6-ona(108), cantin-6-ona-3N-óxido(130), 1-(1',2'-dihidróxietil)-4-metóxi-β-
carbolina (40) e 1-metóxicantin-6-one-3N-óxido(131).
[106]
cantin-6-ona(108), 1-metóxicantin-6-ona(110), 6-metóxi-β-carbolin-1-carboxilato de Metila(27)
Alangium lamarckii
[66]
10-demetiltubolosina(167)
Alangium vitiense
[66]
9-demetiltubulosina (168)
Allium tuberosum
[42]
Ácido 1,2,3,4-tetrahIdro-β-carbolin-3-carboxílico (82)
Alstonia venenata
[92]
5-metóxi-1-oxo-tetrahidro-β-carbolina (85) e venenatina (137), alstovenina(138), 16-
epivenenatina(139) e 16-epialstovenine(140).
Annona montana
[98] e [90]
annomontina ou 4-(9H-pirido[3,4-b]indol-1-il)pirimidin-2-amina (47) e metóxiannomontina ou 4-
(6-metóxi-9H-pirido[3,4-b]indol-1-il)pirimidin-2-amina (46)
Arenaria
kansuensis
[38]
Arenarinas A (45), B (41), C (43), e D (44),
Brucea mollis
[121]
11-O-β-D-glicopiranosil-(16)-β-D-glicopiranosilcantin-6-ona(129), 5-O-β-D-glicopiranosil-
(16)-β-D-glicopiranosilcantin-6-ona(121), 11-hidróxicantin-6-ona-3N-óxido(132), Cantin-6-ona
(108) e cantin-6-ona-3Nxido(130).
Catharanthus
roseus
[76]
Ajmalicina (148), Vincaina(147) e norharmano(4)
Codonopsis
lanceolata
[65]
9N-Formilharmano (48), 1-carbometóxi-β-carbolina(25), perlolirina(103) e norharmano(4)
Codonopsis
pilosula
[41]
Perlolirina(103)
Commelina
communis
[33]
1-carbometóxi-β-carbolina(25), Norharmano(4) e Harmano(1)
Cortinarius
infractus
[84]
Infractina (31), 6-hidróxi-infractina (32) e infractopicrina (149)
Croton
moritibensis
[223]
2N-etóxicarboniltetrahidroharmano (88) e 6-hidróxi-2N-metiltetrahidroharmano(89)
Tabela 3: Alcalóides β-carbolinicos isolados listados por espécies vegetais.
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
28
Cyathobasis
fruticulosa
(Bunge) Aellen.
[111]
Harmina e N-metiltetrahidro-β-carbolina (90)
Datura stramonium
L.
[79]
5,6-dihidro-9-hidróxi-3H-pirido-[1,2,3-l,m]-β-carbolina-3-ona ou 1,2-dehidrofluorodaturina(134)
[100]
fluorodaturatina ou 2,3,5,6-tetrahidro-9-hidróxi-1H-pirido-[1,2,3-l,m]-β-carbolina-3-ona(150) e
homofluorodaturatina ou 1,2,3,4,6,7-hexahidro-10-hidróxiazepino-[1,2,3-l,m]-β-carbolina-4-
ona(151).
Drymaria diandra.
[116]
Drimaritina (135) e 1-metóxi-cantin-6-ona (110)
Dutaillyea
oreophila
[102]
2N-metil-6-metóxi-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(91)
Eurycoma
harmandiana
[132]
9-O--β-glicopiranosídeocantin-6-ona(127), Ácido 7-hidróxi-β-carbolin-1-propnico(33)
Eurycoma
longifolia
[23]
1-hidróxi-9-metóxicantin-6-ona (111), 5-hidróximetil-
9-metóxicantin-6-one (120), β-carbolina-1-propionato de pentila (34)
9-metóxicantin-6-one (126) canthin-6-ona (108), metil
β-carbolina-1-carboxilato(25), 4, 5-dimetóxicantin-6-ona,(114)
10-metóxicantin-6-ona(128), 8-hidróxi-9-metóxicantin-
6-ona(123), 9,10-dimetóxicantin-6-ona(125), 5-metóxicantin-
6-ona(118), 9-hidróxicantin-6-ona(124), 5-hidroximetilcantin-
6-ona(119), cantin-6-ona 3N-oxido(130), 9-metóxicantin-6-ona
3N-oxido(133), picrasidina Q, Ácido β-carbolina-1-propionico(30),
Ácido 7-metóxi-β-carbolina-1-propionico(180), 9-O-
β-glicopiranosidiocantin-6-ona(127), 9-hidróxicantin-6-ona 3N-oxido(181), picrasidina L, e 1-
hidróxicantin-6-ona(109)
Evodia rutaecarpa
(Juss.) Benth
[112]
evodianinine (152), rutaecarpine (153), hydroxyevodiamine (154).
Flueggea
microcarpa
[72]
2N-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90)
Geissospermum
sericeum
[131]
Flavopereirina
Guiera
senegalensis
[130]
Harmano(1) e Tetrahidroharmano(3)
Haloxylon
articulatum
[120]
2N-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90), Carnegina e N-metilisosalsolina
Hammada
articulata ssp.
Scoparia
[29]
Carnegina e N-metilisosalsolina
Tetrahidroharmano(3)
Hannoa klaineana
[73]
Ácido β-carbolina-1-propiônico(30)
[85]
β-carbolina-1-proprionato de etila(29), Ácido β-carbolina-1-propriônico(30), 1-etil-β-
carbolina(38), 1-metóxicantin-6-ona(110), β-carbolina-2N-óxido-1-proprionato de etila(51), 1-
etil-2N-óxido-β-carbolina(52)
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
29
Hypodematium
squamuloso-
pilosum
[138]
1-acetil-8-hidróxi-β-carbolina(53) e 1-acetil-β-carbolina(54)
Hippophae
rhamnoides L
[71]
Harmalina(11) e Harmano(1)
Hovenia dulcis
[32]
Perlolirina(103)
Leitneria floridana
[137]
1-metóxicantin-6-ona(110) e 5-metóxicantin-6-ona(118)
Lepidium meyenii
[128]
Ácido (1R,3S)-1-metiltetrahidro--β-carbolin-3-carboxílico (83)
Lolium perenne L.
[58]
Norharmano (4)
Melia Azedarach
[133]
4,8-dimetóxi-1-vinil-β-carbolina(57) e 4-metóxi-1-vinil-β-carbolina(58)
Melicope
leptococca.
[88]
2N-metil-6-metóxi-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(91)
Mimosa scabrella
[28]
2N-Metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90)
Nauclea officinalis
[78]
Naucleficina (155), Nauclefidina (156) e Nauclefolina (157).
Neisosperma
kilneri
[69]
1-carbamoil-β-carbolina (36), 1-carbamoil-7-metóxi-β-carbolina (37)
Nectandra
megapotamica
[104]
6-metóxi-2N-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina (91)
Nitraria komarovii
[80]
komaroina ou 1-(3'-propilfenil)-β-carbolina (102)
[91]
Isokomarovina (158) e komarovidinina (159)
[107]
komarovina ou 5,6-dihidro-3-(8'-quinolil)-β-carbolina(105)
Nitraria schoberi
[124]
Nazilinina
Odyendea
gabonensis
[94]
cantin-6-ona(108), 5-metóxicantin-6-ona(118), 4,5-dimetóxicantin-6-ona(114), 8-hidróxicantin-6-
ona(122), 1-hidroximetil-β-carbolina(80) e 1-carboxamida-β-carbolina(36)
Ophiorrhiza
japonica
[59]
Harmano(1), 6-hidróxiharmano(182), lialosido(184), Ácido lialosidico(169), ophiorina A(144) e
B(145), Ácido 10-Hidróxilialosídico(183), ophiorina A metil ester, e ophiorina B metil ester
[64]
Ácido lialosidico (169) e Ácido 10-Hidróxilialosídico(183)
Ophiorrhiza
kuroiwai
[59]
Harmano(1), Ácido lialosidico(169), ophiorina A(144) e B(145).
Ophiorrhiza
Liukiuensis
[103]
Ácido lialosídico(169), Ophiorina A (144) e B (145), Harmano(1) e Strictosamida (146)
Oxalis tuberosa
[136]
Harmina(10) (7-metóxi-1-metil-
β
-carbolina) e Harmalina (11) (3,4-dihidroharmina)
Palicourea
marcgravii
[126]
2-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90)
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
30
Panax ginseng
[47]
Norharmano(4) e Harmano(1)
[68]
9N-formilharmano(48), β-carbolina-1-carboxilato de etila(29), e perlolirina(103)
Papaver
pavoninum
[43] e [57]
2N-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90)
Papaver rhoeas
var. chelidonioides
[37]
2N-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90)
Peganum harmala
[39]
Harmalacinina(161) and Norharmina(69),
[54]
Harmalicina(93)
[44]
Harmalanina(160) e Harmalacidina(86)
[55]
Harmalina(11), 11-metóxi-harmalidina (141), 11-hidróxi-harmalidina(142), 11-metóxi-3,4-
dihidroharmalidina (143)
Phalaris
coerulescens
[25]
2N-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90) e 6-metóxi-2N-metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-
carbolina(91)
Picrasma excelsa
[110]
Cantin-6-ona(108), 5-metóxicantin-6-ona(118), 4-metóxi-5-hidróxicantin-6-ona(115) e 9N-
metóxi-1-vinil-β-carbolina (59).
Picrasma javanica
[34] [51]
1-etenil-4-metóxi-9H-pirido[3,4-b]indol-8-ol (8-hidróxidehidrocrenatina) (60) e 1-etil-4-
metóxi-9H-pirido[3,4-b]indol-8-ol (8-hidróxicrenatina) (64),
[48]
1-etil-β-carbolina (65), crenatina (66), picrasidina-I (60), picrasidina-J (64), crenatidina (67),
cantin-6-ona(108) e picrasidina-T-HCl (190)
[46]
4-metóxi-1-vinil-β-carbolina(58), 6-hidróxi-4-methóxi-1-vinil-β-carbolina(185)
Picrasma
quassioides
[31]
3-etóxicarbonil-β-carbolina (70), 1,2,3,4-tetrahidro-1,3,4-trioxo-β-carbolina(98), -8-metóxi-
1,2,3,4-tetrahidro-1,3,4-trioxo-β-carbolina ou picrasidina V (186) e 4,8-dimetóxi-β-carbolina ou
picrasidina P (71)
[42]
Picrasidina U (171), Picrasidina M (187), 5-acetóxi-4-metóxicantin-6-one (188) e 4,8-dimetóxi-1-
vinil-β-carbolina (57)
[45]
Kumujansina (170) e Kumujantina (189)
[49]
Picrasidina T(190) e S (Kumujantina) (189)
[50]
Picrasidina S(189) e G (Kumujansina)(170)
[62]
Picrasidina H(172) e R(173)
[74]
Picrasidinas I(60), J(64) e K (106)
[75]
1-(β-carbolin-1-il)-2-metóxi-4-(4,8-dimetóxi-β-carbolin-1-il)butan -1-ona(174)
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
31
[81]
Picrasidina E (104) 1-metóxicarbonil-β-carbolina(25), 1-etóxicarbonil-β-carbolina(29), 1-formil-β-
carbolina(49), 1-hidróximetil-β-carbolina(80), Ácido β-carbolina-1-propiônico(30), 4,5-
dimetóxicantin-6-ona(114) e 5-hidróxi-4-metóxicantin-6-ona(115).
[82]
Kumajancine(50), and kumujanrine (31), 1-vinIl-4-metóxi-β-carbolina(58) e 3-metilcantin-2,6-
diona(166).
[89]
4,9N-dimetóxi-1-vinil-β-carbolina(61), 1-(β-carbolin-1-il) 4-(4,8-dimetóxi-β-carbolin-1-il)-2-
metóxibutan-1-ona(174), 1-etil-4-metóxi-β-carbolina(66), 4-metóxi-1-vinil-β-carbolina(58), 4,8-
dimetóxi-1-vinil-β-carbolina(57), cantin-6-ona(108) e 5-metóxicantin-6-ona(118)
[97]
1-Acetil -β-carbolina(54), 4,8- dimetóxi -1-etil -β-carbolina(67), e 4,8-dimetóxi-1-(2-metóxietil)-β-
carbolina (68), β-carbolin-1-il 4,8- dimetóxi -β-carbolin-1-il-etilcetona (175), e 3-metilcantin-2,6-
diona (166)
Polygala tenuifolia
[122]
1-carbobutóxi-β-carbolina (28), 9N-formilharmano(49), 1-carboetóxi-β-carbolina(29), 1-
carbometóxi-β-carbolina(25), perlolirina(103), harmano(1) e norharmano(4).
Quassia africana
[63]
cantin-6-ona(108), 4,5-dimetóxicantin-6-ona(111), Ácido β-carbolina-1-propiônico(30)
Quassia amara
[52]
1-vinil-4,8- dimetóxi -β-carbolina(57), 1-metóxicarbonil-β-carbolina(25), e 3-metilcantin-2,6-
diona(166)
[60]
4-metóxi-5-hidróxicantin-6-ona(115)
Raphanus sativus
L.
[35]
Ácido 1-(2'-pirrolidinetion-3'-il)-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina-3-carboxílico(84)
Rauwolfia
serpentina
[26]
2-deoxi-1-C-9H-pirido[3,4-b]idol-1-il (107), Norharmano(4),1-metóxicarbonil-β-carbolina(25), 1-
acetil-β-carbolina(54), Strictosidina (177), Rhazimanina (162), Ácido 1-[[3-etenil-1-O-(β-D-
glicopiranosil)-3,4-dihidro-5-(metóxicarbonil)-2H-piran-4-il]metil]-2,3,4,9-tetrahidro-1H-Pirido[3,4-
b]indol-3-carboxílico (178).
Roemeria hybrida
[27]
(-)-roecarbolina (94) e (+)-norroecarbolina (95),
roeharmina (100) e (-)-1,2,3,4-tetrahidroroeharmina (99)
Simira glaziovii
[135]
Harmano(1)
Soulamea
fraxinifolia
[70]
1-(2'-hidroxietil)-β-carbolina(63) e Pavetina (1-vinil-β-carbolina)(62)
Stellaria dichotoma
[113]
glucodichotomina B(179)
[114]
Dichotominas A (72), B (73), C (74) e D (75)
Dichotomidas I (77) e II (76)
Strychnos
elaeocarpa
[108]
Estricnocarpina (87)
Strychnos hirsuta
Spruce ex Bentham
[101]
estricnohirsutina (163) e tetradehidroestricnohirsutina (164)
Capítulo 3: Levantamento Bibliográfico
32
Strychnos
melinoniana
[87]
Melinonina F (101)
[203]
Melimonina E (165)
Strychnos
usambarensis
[56] e [117]
isoestricnopentamina (176) = 2-[(1',2',3',4'-tetrahidro-2'-metil-β-carbolin-1'-il)metil]-11-(1''-metil-
pirrolidin-2''-il)-3-vinil-1,2,3,4,6,7,12,12b-octahidro-indolo[2,3-a]quinolizin-10-ol
[2(S),3(R),12b(S),1'(S),2''(S)]
Taraxacum
formosanum
[24]
taraxacina-A (78), taraxacina-B (81)
Uncaria tomentosa
[127] e [134]
3,4-dehidro-5(S)-carboxistrictosidina (177)
Virola calophylla
Warb
[53]
2-metil-6-metóxitetrahidro-β-carbolina (91)
Vestia lycioides
Willd
[99]
1-acetil-3-carbometóxi-β-carbolina(55)
[109]
1-Acetil-3-carbóxi-β-carbolina(56) e 1-acetil-3-carbóxi-β-carbolina metil éster(55)
Virola sebifera
[77]
2-Metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina(90) e 2-Metil-1,2,3,4-tetrahidro-β-carbolina-9N-óxido(96)
Zanthoxylum
chiloperone
[67] e [129]
Cantin-6-ona(108), 5-metóxicantin-6-ona(118)
Capítulo 4: Determinação Estrutural
34
4. DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL
4.1. DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL DOS CONSTITUINTES QUÍMICOS
VOLÁTEIS DE BAUHINIA UNGULATA:
O estudo dos constituintes voláteis foi realizado através de um acompanhamento
da composição química do óleo essencial das folhas de Bauhinia ungulata. Para isso
foram coletadas 500g de folhas frescas nos horários: 9:00 e 12:00 no Campus do Pici da
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, no dia 02 de agosto de 2004.
Os óleos essenciais foram extraídos através do processo de hidrodestilação
utilizando um aparelho doseador de óleo essencial do tipo Clevenger e modificado por
Gottlieb. A análise qualitativa foi realizada através do uso de cromatografia gasosa
acoplada a espectrometria de massa (CG/EM). Os óleos essenciais obtidos foram
denominados OEBU-1 (9:00 hs) e OEBU-2 (12:00 hs) respectivamente.
A identificação dos constituintes dos óleos essenciais foi efetuada através de
determinação e correção dos índices de Kovats simulados e comparação com espectros
de massa de substâncias sugeridos pelo banco de dados (espectroteca), além da
comparação com dados da literatura [202]. A correção dos índices de Kovats foi
efetuada atras de regressão linear do gráfico construído com os tempos de retenção e
índices de Kovats tabelados, de quatro picos obtidos no cromatograma OEBU-2. Os
picos escolhidos foram os de tempo de retenção: 27,03(α-copaeno); 30,97(α-humuleno);
34,55(δ-cadimeno) e 37,27(óxido de cariofileno), identificados com maior segurança. A
equação da reta de regressão obtida no procedimento foi: Y = 20,2X + 829 com fator de
correção (R
2
) de 0,9997.
O cromatograma de OEBU-1(Fig. 11, pág. 37) exibiu 20 picos, dos quais 17 foram
identificados por espectrometria de massa, representando 96,45% da constituição
química total do óleo essencial. O cromatograma de OEBU-2 (Fig. 12, pág. 37) exibiu
30 picos, dos quais 26 foram identificados por espectrometria de massa, representando
94,17% da constituição química total do óleo essencial.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
35
O óleo essencial de B. ungulata mostrou-se exclusivamente constituído de
sesquiterpenos. Destes apenas 2 eram oxigenados (óxido de cariofileno e E-bisabol-11-
ol) em OEBU-1 (5,2 %) e 9 (óxido de cariofileno, viridiflorol, epóxido de humuleno II,
1-epi-cubenol, β-eudesmol, α-cadinol e E-bisabol-11-ol) em OEBU-2 (20,77%). Os
principais constituintes encontrados nos óleos de B. ungulata foram: (E)-β-Cariofileno,
α-Humuleno, Germacreno D, Óxido de Cariofileno, α-Copaeno, Germacreno B, δ-
Cadimeno e Biciclogermacreno. Nas duas coletas foram observados os mesmos
constituintes principais, porém ocorreram algumas variações nos teores dos mesmos em
função do horário. No horário de 9:00 Hs os constituintes majoritários, em ordem
decrescente de teor no óleo, foram (E)-β-Cariofileno (25,65%), Germacreno D
(14,08%), α-Humuleno (12,49%), α-Copaeno (8,2%), Germacreno B (6,41%) e δ-
Cadimeno (5,57%). No horário de 12:00 Hs observou-se um incremento de 4,16% no
teor de Óxido de Cariofileno, além do surgimento de vários sesquiterpenos oxigenados
presentes exclusivamente neste horário com considerável redução nos teores dos demais
constituintes. O (E)-β-Cariofileno manteve-se como constituinte majoritário nas duas
coletas, tendo seu teor pouco variado (Tabela 4).
O levantamento bibliográfico revelou a inexistência de trabalhos relacionados à
constituição do óleo essencial de Bauhinia ungulata, sendo este o primeiro registro do
mesmo.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
36
Tabela 4: Comparação entre a composição do óleo essencial de Bauhinia
ungulata em OEBU-1 e OEBU-2.
Teor no Óleo (%)
Componentes I.K.
OEBU-1 OEBU-2
α-copaeno 1377 8,20 3,95
β-elemeno 1391 2,48 1,65
trans-(β)-cariofileno 1419 25,65 24,82
β-cubebeno 1388 1,47 0,93
γ-elemeno 1437 1,24 0,71
(cis)-muurola-3,5-dieno 1450 1,68 0,74
γ-gurjuneno 1477 1,70 0,83
α-humuleno 1455 12,49 9,98
alloaromadendreno 1641 2,33 1,96
α-amorfeno 1485 2,02 2,02
germacreno D 1485 14,08 9,45
biciclogermacreno 1500 3,86 3,93
α-muuroleno 1500 - 1,02
isoledeno 1376 - 0,81
γ-cadineno 1514 1,19 1,25
δ-cadineno 1523 5,57 4,38
germacreno B 1561 6,41 4,05
ledol 1569 - 0,78
spathulenol 1578 - 2,10
óxido de cariofileno 1583 2,87 7,03
viridiflorol 1593 - 0,88
epóxido de humuleno II 1608 - 1,53
1-epi-cubenol 1629 - 1,37
β-eudesmol 1651 - 1,52
α-cadinol 1654 - 1,69
E-bisabol-11-ol 1668 3,21 4,79
Percentual Identificado 96,45% 94,95%
*Compostos listados por ordem de eluição numa coluna capilar de dimetilsiloxano do tipo DB-5.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
37
Figura 11: Cromatograma OEBU-1 (CG/EM) dos constituintes voláteis do óleo
essencial das folhas de Bauhinia ungulata.
Figura 12: Cromatograma OEBU-2 (CG/EM) dos constituintes voláteis do óleo
essencial das folhas de Bauhinia ungulata.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
38
Figura 13: Espectro de massa estrutura do α-copaeno
Figura 14: Espectro de massa do β-elemeno
Figura 15: Espectro de massa e estrutura do trans-(β)-cariofileno
Figura 16: Espectro de massa do β-cubebeno
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
Capítulo 4: Determinação Estrutural
39
Figura 17: Espectro de massa do γ-elemeno
Figura 18: Espectro de massa do (cis)-Muurola-3,5-dieno
Figura 19: Espectro de massa do γ-gurjuneno
Figura 20: Espectro de massa e estrutura do α-humuleno
H
H
H
H
Capítulo 4: Determinação Estrutural
40
Figura 21: Espectro de massa do allo-aromadendreno
Figura 22: Espectro de massa do α-amorfeno
Figura 23: Espectro de massa e estrutura do germacreno D
Figura 24: Espectro de massa e estrutura do biciclogermacreno
O
H
H
H
H
O
H
H
H
H
H
H
H
H
Capítulo 4: Determinação Estrutural
41
Figura 25: Espectro de massa do α-muroleno
Figura 26: Espectro de massa do isoledeno
Figura 27: Espectro de massa do γ-cadineno
Figura 28: Espectro de massa do δ-cadineno
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
Capítulo 4: Determinação Estrutural
42
Figura 29: Espectro de massa do germacreno B
Figura 30: Espectro de massa do espatulenol
Figura 31: Espectro de massa do óxido de cariofileno
Figura 32: Espectro de massa do viridiflorol.
H
O
H
O
HO
H
HO
H
HO
H
H
HO
H
H
Capítulo 4: Determinação Estrutural
43
Figura 33: Espectro de massa do epóxido Humuleno II
Figura 34: Espectro de massa do 1-epi-Cubenol
Figura 35: Espectro de massa do β-eudesmol
Figura 36: Espectro de massa do α-cadinol
Figura 37: Espectro de massa do E-bisabol-11-ol.
HO
HO
O
O
OH
H
OH
H
H OH
H OH
H
H
HO
H
H
HO
Capítulo 4: Determinação Estrutural
44
4.2. DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL DOS CONSTITUINTES
QUÍMICOS NÃO-VOLÁTEIS DAS FOLHAS DE BAUHINIA UNGULATA.
4.2.1. Determinação Estrutural de BU-1:
Tratamentos cromatográficos da fração EEBU-FAc
2
-F2 (757,2 mg) (pág. 114,
tabela 28) levaram a obtenção de um sólido amorfo de coloração amarela intensa, p.f.
293,7-295,9
o
C, denominado BU-1.
A análise do espectro de absorção de BU-1 na região do infravermelho (Fig. 39,
pág. 49) mostrou uma banda larga em 3293 cm
-1
, correspondente à deformação axial da
ligação O-H (
υ
OH
), caracterizando-se a presença de hidroxila. A banda fina de
intensidade média em 1661 cm
-1
foi atribuída à deformação axial da ligação C=O de
uma carbonila,
υ
C=O
, e a banda de absorção em 1615 cm
-1
foi associada à deformação
axial da ligação C=C de alqueno,
υ
C=C.
As bandas em 1557,1513,1457 cm
-1
corresponderam a vibrações de deformação axial das ligações C=C de anéis aromáticos
(
υ
C=C
) enquanto que as bandas de absorção entre 1300 e 1000 cm
-1
foram atribuídas às
deformações axiais de ligações C-O (
υ
C-O
).
A análise do espectro de RMN
1
H (MeOD, 500MHz) de BU-1 (fig. 40, pág. 49)
mostrou a presença de seis sinais, todos na faixa de
δ
6,18-7,73, os quais foram
associados à hidrogênios de sistemas aromáticos. Dentre estes, os sinais em
δ
6,18 (1H,
d, J= 2,0 Hz),
δ
6,38 (1H, d, J= 2,1 Hz) e 7,73 (1H, d, J= 2,1 Hz) corresponderam à
hidrogênios em posição meta em função de suas multiplicidades (dubletos) e constantes
de acoplamento (~ 2 Hz). Seguindo-se o mesmo raciocínio, o sinal em
δ
6,88 (1H, d, J=
8,6 Hz) foi atribuído a um hidronio com acoplamento do tipo orto e desta forma
concluiu-se que ele encontra-se vizinho ao hidrogênio em
δ
7,62 (1H, dd, J= 2,1/8,6
Hz).
A análise do espectro de RMN
13
C-BB (125 MHz) de BU-1 (Fig. 41, pág. 50)
mostrou a presença de quinze linhas espectrais. De acordo com a teoria do
deslocamento químico pôde-se atribuir que o sinal em
δ
177,4 tratava-se de um carbono
Capítulo 4: Determinação Estrutural
45
carbonílico. Todos os demais sinais encontram-se localizados na faixa de δ 94,5-165,7,
e desse modo, foram associados a carbonos sp
2
. Dentre estes, pôde-se propor ainda, com
base em seus deslocamentos químicos, que sete estariam oxigenados.
A associação do espectro de RMN
1
H com o espectro de RMN
13
C HMQC (Fig.
43, pág. 51) revelou que dos 15 carbonos, 10 eram não hidrogenados e 5 eram metínicos
(Tabela 5).
Tabela 5: Deslocamentos químicos de RMN
13
C (MeOD, 500 MHz)
de BU-1 por padrão de hidrogenação.
C CH CH
2
CH
3
104,66 94,56
124,29 99,38
137,37 116,14
146,36 116,37
148,15 121,83
148,91
158,37
162,64
165,72
177,47
10 C 5 CH 0 0
Subtotal = C
5
H
15
1 ( C=O) 5 (–OH) 1 (C–O–C)
Subtotal = H
5
O
7
*
Total = C
15
H
10
O
7
A reunião dos dados espectroscópicos de BU-1 permitiu sugerir então a fórmula
molecular C
15
H
10
O
7
, com índice de deficiência de hidrogênio igual a onze,
correspondendo a um provável esqueleto flavonoídico.
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (Fig. 43, pág. 51) nos permitiu a
Capítulo 4: Determinação Estrutural
46
associação inequívoca dos sinais de todos os hidrogênios e seus respectivos carbonos
(Tabela 4).
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a mais de
uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (Fig. 44, pág. 52), mostrou
os acoplamentos à longa distância entre hidrogênios e carbonos (
2
J
CH
e
3
J
CH
,). A
correlação do sinal de hidrogênio em δ 6,18 (H6) com o carbono em δ 94,5 (C8) (
3
J
CH
,)
e com os carbonos em δ 162,6 (C5) e 165,7 (C7) (
2
J
CH
), e ainda a do sinal de hidrogênio
em δ 6,38 (H8) com os carbonos em δ 99,3 (C6) (
3
J
CH
,), δ 165,7 (C7) e 158,3 (C9)
(
2
J
CH
), indicaram as posições 6 e 8 no anel A para estes hidrogênios, respectivamente.
O pado de hidrogenação do anel B foi determinado pelas correlações do
hidrogênio em δ 7,62 (H6’) com os carbonos em δ 116,1 (C2’), 148,1 (C2) e 148,9
(C4’) à 3 ligações e com o carbono em δ 116,3 (C5’) à duas ligações. Do mesmo modo
o hidrogênio em δ 7,73 (H2’) acopla com os carbonos em δ 121,8 (C6’), 148,1 (C2) e
148,9 (C4’) à 3 ligações e com o carbono em δ 146,3 (C3’) à duas ligações. Desta
forma, foram atribuídos aos hidrogênios em δ 6,88, 7,62 e 7, 73 as posições 5’, 6e 2’,
respectivamente, e chega-se a conclusão de que as posições 3’e 4’encontram-se
substituídas por grupamentos hidroxilas.
HO
OH
H
6
H
8
6,38
165,7
99,38
158,3
HO
OH
H
6
H
8
6,18
162,6
165,7
94,5
Sub-estruturas, com acoplamentos
1
H-
13
C, para H6 e H8 do anel A
7,62
116,1
148,9
116,3
O
H
OH
H
2
'
H
6
'
H
5
'
148,1
O
H
OH
H
2
'
H
6
'
H
5
'
148,9
148,1
121,8
146,3
7,73
Sub-estruturas, com acoplamentos
1
H-
13
C, para H5’,H6’e H2’do anel B
Capítulo 4: Determinação Estrutural
47
A análise em conjunto dos dados espectroscópicos e a posterior comparação destes
com dados registrados na literatura [224] confirmaram que BU-1 trata-se do flavonóide
5,7,3’,4’-tetrahidroxiflavon-3-ol (Quercetina) isolado em outras espécies do gênero
Bauhinia como: B. purpúrea, B.reticulata, B. splendens, B. tomentosa e B. vahlii [2].
Figura 38: Estrutura do 5,7,3’,4’-tetrahidroxiflavon-3-ol (Quercetina)
Tabela 6: Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-1:
13
C-BB HMQC HMBC
N
o
C
δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
2 148,15 H2e H6’
3 137,37
4 177,47
5 162,64 H6
6 99,38 6,18 (1H, d, J= 2,0Hz) H8
7 165,72 H8 e H6
8 94,56 6,38 (1H, d, J= 2,1Hz) H6
9 158,37 H8
10 104,66 H6 e H8
1’ 124,29 H5’
2’ 116,14 7,73 (1H, d, J= 2,1Hz) H6’
3’ 146,36 H2’ H5’
4’ 148,91 H5’ H2’ e H6
5’ 116,37 6,88 (1H, d, J= 8,6Hz) H6
6’ 121,83 7,62 (1H, dd, J= 2,1/8,6Hz) H2’
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
Capítulo 4: Determinação Estrutural
48
Tabela 7: Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-1 (125 MHz, MeOD) com
os descritos na literatura [224] para a Quercetina (25,15 MHz, DMSO-d
6
).
BU-1 Quercetina
N
o
C
13
C-BB (δ
C
)
13
C-BB (δ
C
)
2 148,1 147,5
3 137,3 136,5
4 177,4 176,5
5 162,6 161,0
6 99,3 99,5
7 165,7 166,0
8 94,5 94,5
9 158,3 156,7
10 104,6 104,0
1’ 124,2 123,0
2’ 116,1 116,0
3’ 146,3 145,7
4’ 148,9 148,1
5’ 116,3 116,5
6’ 121,8 121,0
Capítulo 4: Determinação Estrutural
49
Figura 39: Espectro de absorção na região do I.V. de BU-1 em pastilhas de KBr.
Figura 40: Espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-1
6
2’
5’
8
6
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
Capítulo 4: Determinação Estrutural
50
Figura 41: Espectro de RMN
13
C-BB (MeOD, 125 MHz) de BU-1
Figura 42: Espectro de RMN
13
C Expano entre δ 90-190 (MeOD, 125 MHz) de BU-1
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
C
-
8
C
-
6
C
-
10
C
-
2’
C
-
5’
C
-
6’
C
-
1’
C
-
3
C
-
3’
C
-
4’
C
-
2
C
-
9
C
-
5
C
-
7
C
-
4
Capítulo 4: Determinação Estrutural
51
Figura 43: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-1.
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
BU-1
H
-
8
H
-
6
H
-
5’
H
-
2’
H
-
6’
C
-
2’
C
-
5’
C
-
6’
C
-
10
C
-
6
C
-
8
Capítulo 4: Determinação Estrutural
52
Figura 44: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
mais de uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC)
O
OOH
HO
OH
OH
OH
H
H
H
H
H
10
9
1
2
3
45
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
O
OOH
HO
OH
OH
OH
H
H
H
H
H
10
9
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
H
-
2’
H
-
6’
H
-
5’
H
-
8
H
-
6
C
-
8
C
-
6
C
-
10
C
-
2’
C
-
5’
C
-
6’
C
-
1’
C
-
3
C
-
3’
C
-
4’
C
-
2
C
-
9
C
-
5
C
-
7
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
Capítulo 4: Determinação Estrutural
53
4.2.2. Determinação estrutural de BU-2
Tratamento cromatográfico da fração EEBU-FAc
1
-F3 (188,6 mg) (pág. 115,
tabela 29) forneceu um sólido amorfo de coloração amarela intensa, p.f. 199,2-203,4
o
C,
denominado BU-2.
A análise do espectro de absorção na região do infravermelho de BU-2 (Fig. 47,
pág. 59) mostrou uma banda larga em 3445,2 cm
-1
, correspondente à deformação axial
da ligação O-H (
υ
OH
), caracterizando-se a presença de hidroxila na molécula. A banda
de absorção em 1653 cm
-1
foi relacionada à deformação axial da ligação C=O de uma
carbonila,
υ
C=O
e a banda fina de intensidade média em 1613 cm
-1
correspondeu à
deformação axial da ligação C=C de alqueno,
υ
C=C.
As bandas em 1501, 1480 e 1363
cm
-1
corresponderam à vibrações de deformação axial das ligações C=C de anéis
aromáticos (
υ
C=C
) e as bandas de absorção entre 1266,5 e 1006 cm
-1
à deformações
axiais de ligações C-O (
υ
C-O
).
A análise do espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-2 (fig. 48, pág. 59)
mostrou a presença de dez sinais espectrais, dos quais cinco deles na região de
hidrogênios aromáticos semelhantes àqueles observados para BU-1 em δ
6,18 (1H, d, J=
2,0 Hz), δ 6,38 (1H, d, J= 2,1 Hz), δ 6,88 (1H, d, J= 8,6 Hz), δ 7,62 (1H, dd, J= 2,1/8,5
Hz) e δ 7,73 (1H, d, J= 2,1 Hz). Os outros cinco sinais na região de hidrogênios ligados
à carbonos oxigenados foram sugestivos da presença de uma glicona (pentose). De
maneira análoga a BU-1, os sinais em
δ
6,21 (1H, d, J= 1,9 Hz),
δ
6,4 (1H, d, J= 1,8
Hz) e 7,53 (1H, d, J= 1,9 Hz) foram associados à acoplamentos do tipo meta em função
de suas multiplicidades e constantes de acoplamento, e o sinal em
δ
6,9 (1H, d, J= 8,5
Hz) foi atribuído a um acoplamento do tipo orto,
A análise do espectro de RMN
13
C-BB (MeOD, 125 MHz) de BU-2 (Fig. 50, pág.
61) mostrou a presença de vinte linhas espectrais. Avaliando-se os deslocamentos
químicos pôde-se atribuir que o sinal em
δ
180,1 trata-se de um carbono carbonílico
conjugado. Os quatorze sinais compreendidos na faixa entre δ 94,9-165,7 foram
associados a carbonos sp
2
, enquanto que o carbono em δ 109,6 foi relacionado a um
Capítulo 4: Determinação Estrutural
54
carbono anomérico e outros quatro sinais remanescentes na faixa entre δ 83,4 - 62,7
foram atribuídos a carbonos sp
3
oxigenados.
A associação do espectro de RMN
13
C BB com o espectro de RMN
13
C DEPT 135
(Fig. 51, pág. 61) revelou que dos 20 carbonos analisados, 10 eram não-hidrogenados, 9
eram metínicos e apenas 1 era metilênico (Tabela 8).
Tabela 8: Deslocamentos químicos de RMN
13
C (MeOD, 500 MHz) de BU-2 por
padrão de hidrogenão.
C CH CH
2
CH
3
105,7 78,8 62,7
123,2 83,4
135,1 88,1
146,5 94,9
150,0 100,0
158,7 109,6
159,5 116,5
163,2 116,9
166,2 123,1
180,1
10 C 9 CH 1 CH
2
0
Subtotal = C
20
H
11
1 ( C=O) 7 (–OH) 3 (C–O–C)
Subtotal = H
7
O
11
Total = C
20
H
18
O
11
A reunião dos dados espectroscópicos de BU-2 permitiu sugerir a fórmula
molecular C
20
H
18
O
11
, com índice de deficiência de hidrogênio igual a doze. A análise
comparativa de BU-2 com os dados obtidos para BU-1 nos leva a sugestão de uma
Quercetina glicosilada.
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H -
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (Fig. 52, pág. 62) permitiu a
Capítulo 4: Determinação Estrutural
55
associação inequívoca dos sinais de todos os hidrogênios aos seus respectivos carbonos.
(Tabela 10,g. 58)
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H -
13
C a mais de
uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (Fig. 53, pág. 63),
confirmou a sugestão através dos acoplamentos a mais de uma ligação entre hidrogênios
e carbonos (
2
J
CH
e
3
J
CH
). A correlação do sinal de hidronio em δ 6,21 com o carbono
em δ 94,9 (
3
J
CH
,) e com os carbonos em δ 163,2 e 166,2 (
2
J
CH
), e ainda a do sinal de
hidrogênio em δ 6,4 com os carbonos em δ 100,0 (
3
J
CH
,), δ 166,2 e 158,7 (
2
J
CH
) ,
indicaram para estes hidrogênios as posições 6 e 8, respectivamente, no anel A.
O padrão de hidrogenação do anel B foi determinado através de correlações do
hidrogênio em δ 7,5 com os carbonos em δ 116,9, 146,5 e 159,5 (
3
J
CH
,) e com o carbono
em δ 116,5 (
2
J
CH
). Do mesmo modo o hidrogênio em δ 7,53 acopla com os carbonos em
δ 123,1, 146,5 e 159,5 (
3
J
CH
,) e com o carbono em δ 150,0 (
2
J
CH
). Desta forma foram
atribuídos aos hidrogênios em δ 6,9, 7,5 e 7,53 as posições 5’, 6’e 2’, respectivamente.
As posições 3’e 4’encontram-se substituídas por grupos hidroxilas.
HO
OH
H
6
H
8
6,4
166,2
100,0
158,7
HO
OH
H
6
H
8
6,21
163,2
166,2
94,9
7,5
116,9
116,5
159,5
150,0
OH
OH
H
2
'
H
6
'
H
5
'
150,0
146,5
OH
OH
H
2
'
H
6
'
H
5
'
159,5
123,1
7,53
Sub
-
estrut
uras, com acoplamentos
1
H
-
13
C, para H6 e H8 do anel A em BU
-
2
Sub-estruturas, com acoplamentos
1
H-
13
C, para H2’, H5’ e H6’ do anel B em BU-2
Capítulo 4: Determinação Estrutural
56
A análise do espectro RMN
1
H COSY ( MeOD, 500 MHz) em concordância com
os espectros bidimensionais (HMQC e HMBC) nos permitiu propor a estrutura da
glicona, que compõe o heterosídio flavonoídico, já que foi possível estabelecer a
sequência de hidrogênios vizinhos a partir do H ligado ao carbono anomérico (sinal de
hidrogênio mais desprotegido) ou do carbono metilênico (sinal de hidrogênio mais
protegido). Os acoplamentos ocorrem na seqüência δ 5,47 δ 4,33 δ 3,91 δ 3,87
δ 3,5 sendo assim atribuídos respectivamente aos hidrogênios 1”, 2”, 3”, 4” e 5” (Fig.
49, pág. 60). A estrutura da glicona, que compõe o heterosídio flavonoídico, foi então
proposta com base na comparação com dados da literatura [205], os quais nos levaram a
estrutura de uma Arabinose (Arabinofuranosídeo).
Figura 45: Estrutura do alfa-D-arabinofuranosídio
A análise em conjunto dos dados espectroscópicos e a posterior comparação destes
com dados registrados na literatura [211] confirmaram que BU-2 trata-se do composto
Quercetina-3-O-arabinofuranosídio (Fig. 46). Apesar de bastante difundida no reino
vegetal, o isolamento deste composto é inédito para o gênero Bauhinia [2].
Figura 46: Estrutura do composto Quercetina-3-O-arabinofuranosídio (BU-2).
C
CH
2
OH
HO
OH
O
H OH
1''
2''
3''
4''
5''
H
H
OH
OH
OH
CH
2
OH
O
H
H
BU-2
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5
4
3
2
1
Capítulo 4: Determinação Estrutural
57
Tabela 9: Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-2 (125 MHz, MeOD) com
os descritos na literatura [211] para a Quercetina-3-O-arabinose (25,15 MHz, DMSO-
d
6
).
BU-2 Quercetina-3-O-Arab.
N
o
C
13
C-BB (δ
C
)
13
C-BB (δ
C
)
2 159,5 156,4
3 135,1 133,5
4 180,1 177,8
5 163,2 161,2
6 100,0 98,7
7 166,2 164,1
8 94,9 93,5
9 158,7 156,8
10 105,7 104,1
1’ 123,2 121,1
2’ 116,9 115,6
3’ 146,5 145,0
4’ 150,0 148,4
5’ 116,5 115,8
6’ 123,1 121,6
1’’ 109,6 109,4
2’’ 83,4 83,8
3’’ 78,8 78,0
4’’ 88,1 86,8
5’’ 62,7 61,7
Capítulo 4: Determinação Estrutural
58
Tabela 10: Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-2:
13
C-BB HMQC HMBC
N
o
C δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
2 159,5 H2
3 135,1
4 180,1
5 163,2 H6
6 100,0 6,18 (1H, d, J= 2,0Hz) H8
7 166,2 H8 e H6
8 94,9 6,38 (1H, d, J= 2,1Hz) H6
9 158,7 H8
10 104,7 H6 e H8
1’ 123,2 H2 H5’
2’ 116,9 7,73 (1H, d, J= 2,1Hz) H6
3’ 146,5 H2 H5’
4’ 150,0 H5 H2’ e H6’
5’ 116,5 6,88 (1H, d, J= 8,6Hz)
6’ 123,1 7,62 (1H, dd, J= 2,1/8,5Hz) H2’
1 109,6 5,47 (1H, s)
2 83,4 4,33 (1H, d, J= 2,52Hz)
3 78,8 3,91 (1H, dd, J= 3,0/5,0Hz) H2” H1”
4 88,1 3,87 (1H, dd, J= 4,3/8,8Hz) H1”
5 62,7 3,5 (2H)
Capítulo 4: Determinação Estrutural
59
Figura 47: Espectro de absorção na região do I.V. de BU-2 em pastilhas de KBr.
Figura 48: Espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-2
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
H2’’
H3’’
H4’’
H5’’
H1’’
H2’
H6’
H5’
H8
H6
Capítulo 4: Determinação Estrutural
60
Figura 49: Espectro de RMN COSY (500 MHz, MeOD) de BU-2
H2’’
H3’
H4’’
H5’’
H1’’
H2’
H6’
H5’
H8
H6
1''
2''
3''
4''
5''
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
H
H
10
9
1
2
3
45
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
5
4
3
2
1
2
1
3
4
5
Capítulo 4: Determinação Estrutural
61
Figura 50: Espectro de RMN
13
C-BB (MeOD, 125 MHz) de BU-2
Figura 51: Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (MeOD, 125 MHz) de BU-2
C4
C7 C5
C2
C9
C4’
C3
C3’ C1’
C6’
C2’
C5’
C1’’
C10
C6 C8 C4’’
C2’’ C3’’ C5’’
C6’
C2’ C1’’
C6 C8
C4’’
C2’’
C3’’
C5’’
C5’
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 4: Determinação Estrutural
62
Figura 52: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-2.
C1’
C6’ C2’
C5’
C1’’
C10
C6
C8 C4’’
C2’’
C3’’
C5’’
H2’’
H3’
H4’’
H5’’ H1’’
H2’
H6’
H5’
H8
H6
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
Capítulo 4: Determinação Estrutural
63
Figura 53: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
mais de uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) de BU-2.
H2’’
H3’’
H4’’
H5’’
H1’’
H2’
H6’
H5’ H8 H6
C1’
C6’
C2’
C5’
C1’’
C10
C6 C8 C4’’
C2’’
C3’’
C5’’
C3 C3’ C4’ C9
C2
C5
C7
2
1
3
4
5
6
7
1''
2''
3''
4''
5''
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
10
9
1
2
3
45
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1
3
5
8
11
18
20
21
19
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
10
9
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
5''
4''
3''
2''
1''
12
9
14
10
2
17
13
8
16
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
Capítulo 4: Determinação Estrutural
64
4.2.3. Determinação estrutural de BU-3
Sucessivos tratamentos cromatográficos da fração EEBU-FA
2
-F3 (pág. 116,
tabela 31) levaram a obtenção de um sólido amorfo de coloração amarela intensa, p.f.
200,2-200,3
o
C, denominado BU-3.
A análise do espectro de absorção na região do infravermelho de BU-3 (Fig. 56,
pág. 70) mostrou uma banda larga em 3425,3 cm
-1
, correspondente à deformação
axial de ligações O-H (
υ
OH
), caracterizando-se a presença de hidroxilas na molécula.
A banda de absorção em 1653 cm
-1
foi associada à deformação axial da ligação C=O
de uma carbonila,
υ
C=O
, e a banda fina de intensidade média em 1607 cm
-1
correspondeu à deformação axial da ligação C=C de alqueno (
υ
C=C
). As bandas em
1551, 1502 e 1456 cm
-1
corresponderam a vibrações de deformação axial das ligações
C=C de anéis aromáticos (
υ
C=C
) e as bandas de absorção entre 1306,1 e 1004,4 cm
-1
à
deformações axiais de ligações C-O (
υ
C-O
).
A análise do espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-3 (fig. 57, pág. 70)
mostrou a presença de onze sinais espectrais. Foram observados cinco sinais na região
de hidrogênios aromáticos em δ 6,20 (1H, d, J= 1,8 Hz), δ 6,36 (1H, d, J= 1,8 Hz), δ
7,33 (1H, d, J= 2,0 Hz), δ 6,91 (1H, d, J= 8,2 Hz) e δ 7,31 (1H, dd, J= 2,0/8,2 Hz),
cinco sinais na região de hidrogênios ligados a carbonos oxigenados em δ 5,35 (1H, d,
J= 1,5 Hz), δ 4,21 (1H, q, J= 1,5 Hz), δ 3,74 (1H, dd, J= 1,5/9,5 Hz), δ 3,34 (1H, d, J=
9,5 Hz), δ 3,42 (1H, m) e um sinal na região de hidrogênios alifáticos em δ 0,94 (3H,
d, 6,0Hz). Diante da semelhança destes dados de RMN
1
H com aqueles encontrados
para BU-2 e BU-1, pôde-se propor para BU-3 a estrutura de uma quercetina
glicosilada. De forma análoga a BU-1 os sinais em δ 6,20 (H-6), δ 6,36 (H-8) para o
anel A, e δ 7,33 (H-2’) para o anel B, foram associados à acoplamentos do tipo meta,
e o sinal em δ 6,91 (1H, d, J= 8,3 Hz) foi atribuído acoplamento do tipo orto no anel
B.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
65
A associação do espectro de RMN
13
C-BB (Fig. 59, pág. 72) com o espectro de
RMN
13
C DEPT 135 (Fig. 60, pág. 75) revelou que dos 21 carbonos, 10 eram não-
hidrogenados, 10 eram metínicos e apenas 1 era metílico (Tabela 11).
Tabela 11: Deslocamentos químicos de RMN
13
C (MeOD, 500 MHz) de BU-3
por padrão de hidrogenação.
C CH CH
2
CH
3
105,9 72,06 17,8
123,12 72,18
136,36 72,27
146,5 73,41
149,9 94,92
158,7 100,0
159,4 103,7
163,3 116,5
166,3 117,0
179,7 123,0
10 C 10 CH 0 1 CH
3
Subtotal = C
21
H
13
1 ( C=O) 8 (–OH) 3 (C–O–C)
Subtotal = H
8
O
12
Total = C
21
H
21
O
12
A reunião dos dados espectroscópicos de BU-3 permitiu sugerir então a rmula
molecular C
21
H
11
O
12
, com índice de deficiência de hidrogênio igual a onze.
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H -
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (Fig. 61, pág. 73) nos
permitiu a associação inequívoca dos sinais de todos os hidrogênios aos seus
respectivos carbonos (Tabela 10).
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H -
13
C à longa
distância com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (Fig. 62, pág. 74), mostrou
os acoplamentos a mais de uma ligação entre hidrogênios e carbonos (
2
J
CH
e
3
J
CH
,). A
Capítulo 4: Determinação Estrutural
66
análise dos acoplamentos referentes aos hidrogênio da aglicona flavonoídica se
mostrou análoga ao apresentado para BU-2, dentre os quais podemos destacar a
correlação do sinal de hidrogênio em δ 6,20 (H-6) com o carbono em δ 94,9 (C-8)
(
3
J
CH
,) e com os carbonos em δ 163,3 (C-5) e δ 166,3 (C-7) (
2
J
CH
), e ainda a do sinal
de hidrogênio em δ 6,36 (H-8) com os carbonos em δ 100,0 (C-6)(
3
J
CH
,), δ 166,3 (C-
7) e 158,7 (C-9) (
2
J
CH
) , revelando as posições destes hidrogênios no anel A.
O padrão de hidrogenação do anel B foi determinado pelas correlações do
hidrogênio em δ 7,31 (H-6’) com os carbonos em δ 117,0 (C-2’), 149,9 (C4’) e 159,4
(C-2) (
3
J
CH
,) e com o carbono em δ 116,5 (C-5’) (
2
J
CH
). Do mesmo modo o hidrogênio
em δ 7,33 (H-2’) acoplou com os carbonos em δ 123,0 (C-6’), 149,9 (C-4’) e 159,4
(C-2) (
3
J
CH
) e com os carbonos em δ 123,1 (C-1’) e 146,5 (C-3’) (
2
J
CH
). Desta forma
foram atribuídos aos hidrogênios em δ 6,91, 7,31 e 7,33 as posições 5’, 6’e 2’,
respectivamente. As posições 3’e 4’encontram-se substituídas por grupamentos
hidroxilas.
A análise do espectro RMN
1
H COSY (500 MHz, MeOD) em concordância com
os espectros bidimensionais (HMQC e HMBC), permitiu a elucidação da estrutura do
heterosídio, através da visualizão da sequência de hidrogênios vicinais a partir do H
7,3
117,0
116,5
OH
OH
H
2
'
H
6
'
H
5
'
159,4
149,9
OH
OH
H
2
'
H
6
'
H
5
'
149,9
159,4
123,0
146,5
7,33
HO
OH
H
6
H
8
6,3
166,3
100,0
158,7
HO
OH
H
6
H
8
6,2
163,3
166,3
94,9
Sub-estruturas, com acoplamentos
1
H-
13
C, para H6 e H8 do anel A em BU-3
Sub-estruturas, com acoplamentos
1
H-
13
C, para H2’, H5’ e H6’ do anel B em BU-3
Capítulo 4: Determinação Estrutural
67
ligado ao carbono anomérico (sinal mais desprotegido) ou da metila (sinal mais
protegido). A seqüência de acoplamentos a partir do H anomérico foi observada da
sequinte forma: δ 5,35 (H-1”), δ 4,21 (H-2”), δ 3,74(H-3”), δ 3,34 (H-4”), δ 3,42 (H-
5”) e δ 0,94 (H-6”) (Fig. 58, pág. 74).
A posterior comparação destes dados com dados da literatura nos levaram a
propor a estrutura do
α
-L-ramnopiranosídio [205].
Figura 54: Estrutura do
α
-L-ramnopiranosídio
O acoplamento do hidrogênio δ 5,35 (H-1”) da ramnose com o carbono δ 136,3
(C3) da estrutura flavonoídica nos permitiu estabelecer inequivocamente que a hexose
encontra-se substituindo a hidroxila na posição 3 do anel C da quercetina. Desse
modo a análise em conjunto dos dados espectroscópicos e a posterior comparação
destes com dados registrados na literatura [211], confirmaram que BU-3 trata-se do
composto quercetina-3-O-
α
-ramnopiranosídio. Este composto foi relatado no
gênero Bauhinia para a espécie B. uruguayensis [2].
Figura 55: Estrutura do composto quercetina -3-O-ramnopiranosídio (BU-3)
O
HO
OH
CH
3
OH
OH
1"
2"
3"
4"
5"
6"
O
OOH
HO
OH
OH
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
6''
BU-3
A
B
C
Capítulo 4: Determinação Estrutural
68
Tabela 12: Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-3:
13
C-BB HMQC HMBC
N
o
C δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
2 159,4 H2’, H6’
3 136,6 H1”
4 179,7 H8*
5 163,3 H6
6 100,0 6,20 (1H, d, J= 1,8 Hz) H8
7 166,3 H8 e H6
8 94,9 6,36 (1H, d, J= 1,8 Hz) H6
9 158,7 H8
10 105,9 H6 e H8
1 123,1 H2’ H5’
2 117,0 7,33 (1H, d, J= 2,0 Hz) H6’
3 146,5 H2’ H5’
4 149,9 H5’ H2’ e H6’
5 116,5 6,91 (1H, d, J= 8,2 Hz) H6’
6 123,0 7,31 (1H, dd, J= 2,0/8,2 Hz) H5 H2’
1 103,7 5,35 (1H, d, J= 1,5 Hz) H2 H5”
2 72,1 4,21 (1H, q, J= 1,5 Hz) H1” e H3 H4”
3 72,3 3,74 (1H, dd, J= 1,5/9,5 Hz) H2” e H4” H1”
4 73,4 3,34 (1H, d, J= 9,5 Hz) H3” e H5” H2”
5 72,2 3,42 (1H, m) H4 H1”
6 17,8 0,94 (3H, d, J = 6,0 Hz) H5 H4”
*
(
4
J
CH
) – Acoplamento W a longa distância por um sistema π conjugado.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
69
Tabela 13: Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-3 (125 MHz, MeOD) com os
da literatura [211] para a Quercetina-3-O-ramnopiranosídio (25,15 MHz, DMSO-d
6
).
BU-3 Quercetina-3-O-Rham.
N
o
C
13
C-BB (δ
C
)
13
C-BB (δ
C
)
2 159,4 156,4
3 136,6 134,4
4 179,7 177,7
5 163,3 161,2
6 100,0 98,6
7 166,3 164,0
8 94,92 93,5
9 158,7 157,0
10 105,9 104,2
1 123,12 121,0
2 117,0 115,4
3 146,5 145,1
4 149,9 148,3
5 116,5 115,8
6 123,0 121,0
1’’ 103,7 101,9
2’’ 72,06 70,4
3’’ 72,27 70,6
4’’ 73,41 71,5
5’’ 72,18 70,1
6” 17,8 17,3
Capítulo 4: Determinação Estrutural
70
Figura 56: Espectro de absorção na região do I.V. de BU-3 em pastilhas de KBr.
Figura 57: Espectro de RMN
1
H (MeOD, 500 MHz) de BU-3
O
OOH
HO
OH
OH
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5
4
3
2
1
1''
2''
3''
4''
5''
6''
H2’’
H3’’ H4’’
H5’’
H1’’
H2’
H6’
H5’
H8 H6
H6”
Capítulo 4: Determinação Estrutural
71
Figura 58: Espectro de RMN COSY (500 MHz, MeOD) de BU-3
O
OOH
HO
OH
OH
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
H
H
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
6''
1
2
3
4
5
6
H2’’
H3’’
H4’’
H5’’
H1’
H2’
H6’
H5’
H8
H6
H6
6
1
2
3
4
5
Capítulo 4: Determinação Estrutural
72
Figura 59: Espectro de RMN
13
C-BB (MeOD, 125 MHz) de BU-3
Figura 60: Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (MeOD, 125 MHz) de BU-3
O
OOH
HO
OH
OH
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5
4
3
2
1
1''
2''
3''
4''
5''
6''
C4
C7
C5
C2
C9
C4’ C3
C3’
C1’
C6’ C2’
C5’
C1’’
C10
C6
C8
C4’’ C2’
C3’’
C5’’
C6’’
C6’ C2’
C5’
C1’’
C6
C8
C4’’ C2’
C3’’
C5’’
C6’’
Capítulo 4: Determinação Estrutural
73
Figura 61: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-3.
O
OOH
HO
OH
OH
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5
4
3
2
1
1''
2''
3''
4''
5''
6''
C2’
C5’
C1’’
C6
C4’’
C2’’
C3’’
C5’’
C6’
C8
C6”
H2’
H3’’
H4’’
H5’’
H1’’
H2’
H6’
H5’
H8
H6
H6
Capítulo 4: Determinação Estrutural
74
Figura 62: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
mais de uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) de BU-3
C4
C7
C5
C2
C9
C4’
C3
C3’
C1’
C2’
C5’
C1’
C10
C6
C8
C4’’
C2’
C3’’
C5’’
C6’
C6
H2’’
H3’’
H4’
H5’’
H1’
H2’
H6’
H5’
H8
H6
H6
2
1
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
10
9
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
1''
2''
3''
4''
5''
6''
10
9
12
11
19
24
22
22
21
17
18
15
24
7
1
14
4
2
3
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
O
OOH
HO
OH
OH
H
H
H
H
H
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
9
10
1''
2'' 3''
4''
5''
6''
28
26
29
27
30
20
23
15
7
7
3
3
13
5
5
6
4
8
Capítulo 4: Determinação Estrutural
75
4.2.4. Determinação estrutural de BU-4:
Recristalização em metanol da fração EEBU-FAc
2
-F7 (1,075 g) (pág. 117)
forneceu um precipitado sólido cristalino incolor, p.f. 185,8-186,3
o
C e [α]
D
20
= -153
o
,
denominado BU-4.
A análise do espectro de absorção na região do infravermelho de BU-4 (Fig. 64,
pág. 79) mostrou uma banda larga em 3400 cm
-1
, correspondente à deformação axial
da ligações O-H (
υ
OH
), caracterizando-se a presença de hidroxila. As bandas de
absorção entre 2950 e 2700 cm
-1
corresponderam a vibrações de deformação axial de
ligações C-H(
υ
CH
). Um aglomerado de bandas de absorção entre 1132 e 1002
caracterizaram deformações axiais de ligações C-O (
υ
C-O
), enquanto que um outro
aglomerado de bandas entre 750 e 500 cm
-1
foram relacionados à deformações
angulares de ligações O-H (
δ
O-H
) .
A análise do espectro de RMN
1
H (D
2
O, 300 MHz) de BU-4 (fig. 65, g. 79)
mostrou a presença de sete sinais espectrais em
δ
4,02 (1H, t, J = 5,7 Hz), 3,83 (1H,
dd, J = 9,9/2,4Hz), 3,36 (1H, t, J = 9,4 Hz), 3,66 (1H, t, J = 9,2 Hz), 3,78 (1H, dd, J =
9,8/2,3 Hz), 4,02 (1H, t, J = 5,7 Hz) e 3,61 (3H, s), os quais foram associados à
hidrogênios ligados a carbonos sp
3
oxigenados, provavelmente de uma unidade
glicosídica. O sinal simples e intenso em
δ
3,61 (3H, s) foi relacionado a um grupo
metoxila.
A análise dos espectros de RMN
13
C-BB (125 MHz) e DEPT 135 de BU-4 (Fig
67 e 68, pág. 81) mostrou a presença de seis sinais espectrais, sendo cinco deles de
carbonos metínicos e um de carbono metílico. Como todos os sinais encontram-se na
faixa entre δ 59,8 e δ 83,0 do espectro, a sugestão de um provável carboidrato
metoxilado foi confirmada.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
76
Tabela 14: Deslocamentos químicos de RMN
13
C (D
2
O, 300 MHz) de BU-4
por padrão de hidrogenação.
C CH CH
2
CH
3
70,0 59,8
70,8
71,7
71,9
72,3
83,0
0 6 CH 0 1 CH
3
Subtotal = C
7
H
9
0 ( C=O) 5 (–OH) 1 (C–O–C)
Subtotal = H
5
O
6
Total = C
7
H
14
O
6
A reunião dos dados espectroscópicos de BU-4 nos permitiu sugerir a fórmula
molecular C
7
H
14
O
6
. O índice de deficiência de hidrogênio é igual a um e devido a
ausência de carbonos sp
2
na molécula, BU-4 trata-se de composto cíclico. Com base
na análise comparativa dos dados expostos com dados da literatura, pôde-se propor
que BU-4 trata-se de um composto pertencente ao grupo dos derivados inositóis-O-
metilados. Através de dados da literatura, é de conhecimento que o hidrogênio mais
blindado nos inosiis metoxilados está ligado ao carbono da metoxila e a ele é
atribuída a numeração 3 [206]. A partir daí a análise do espectro bidimensional RMN
1
H COSY (D
2
O, 300 MHz) em concordância com os espectros HMQC e HMBC
permitiu a elucidação da sequência de hidrogênios vicinais acoplados na seguinte
ordem: δ 3,36 (H-3), δ 3,66 (H-4), δ 3,78 (H-5), δ 4,02 (H-6) e δ 4,02 (H-1), δ 3,83
(H-2) e novamente a δ 3,36 (H-3) (Fig. 66, pág. 80).
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (Fig. 69, pág. 82) nos
permitiu a associação dos sinais de hidrogênios aos seus respectivos carbonos,
(Tabela 15, pág. 77).
Capítulo 4: Determinação Estrutural
77
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C à longa
distância, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (Fig. 70, pág. 83), mostrou
os acoplamentos a mais de uma ligação entre hidrogênios e carbonos (
2
J
CH
e
3
J
CH
,) ,
corroborando as informações já obtidas nos espectros de COSY e HMQC (Tabela 15).
Considerando-se que o valor das constantes de acoplamento (J) entre 8-10 Hz
correspondem à acoplamentos entre hidrogênios axiais, enquanto que acoplamentos
com valores entre 0-5 Hz estão relacionados à presença de acoplamento com um
hidrogênio equatorial, aliado aos dados descritos na literatura para carboidratos [200 e
206], nos levaram a propor a estrutura do D-3-O-metil-quiroinositol (D-Pinitol) para o
composto BU-4. Este composto já foi citado no gênero Bauhinia a partir da espécie B.
candicans [2 e 209].
Figura 63: Estrutura do composto D-3-O-metil-quiroinositol (BU-4)
Tabela 15: Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-4:
13
C-BB HMQC HMBC
N
o
C δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
1 71,9 4,02 (1H, m)
2 70,0 3,83 (1H, dd, J = 9,8/2,4Hz) H1 e H3 H6
3 83,0 3,36 (1H, t, J = 9,5Hz) H2 e H4 H1 e H7
4 72,3 3,66 (1H, t, J = 9,5Hz) H5 e H3 H6 e H2
5 70,8 3,78 (1H, dd, J = 9,8/2,4Hz) H6 e H4
6 71,7 4,02 (1H, m)
7 59,8 3,61 (3H, s)
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
7
6
5
4
3
2
1
Capítulo 4: Determinação Estrutural
78
Tabela 16: Comparação dos dados de RMN 13C de BU-4 (125MHz, D
2
O) com os
da literatura [206] para o D-3-O-metil-quiroinositol (300 MHz, D
2
O).
BU-4
D-3-O-metil-
quiroinositol
BU-4
D-3-O-metil-
quiroinositol
N
o
13
C-BB (δ
C
)
13
C-BB (δ
C
) δ
H
(ppm) δ
H
(ppm)
1 71,9 71,5 4,02 (1H, m) 4,10 (1H,m)
2 70,0 69,7
3,83 (1H, dd, J =
9,8/2,4Hz)
3,91 (1H, dd, J =
9,7Hz)
3 83,0 82,7 3,36 (1H, t, J = 9,5Hz) 3,43 (1H, t, J = 9,7Hz)
4 72,3 72,0 3,66 (1H, t, J = 9,5Hz) 3,74 (1H, t, J = 9,8Hz)
5 70,8 70,4
3,78 (1H, dd, J =
9,8/2,4Hz)
3,86 (1H, dd, J =
9,8/2,7Hz)
6 71,7 71,3 4,02 (1H, m) 4,10 (1H, m)
7 59,8 59,6 3,61 (3H, s) 3,69 (3H, s)
Capítulo 4: Determinação Estrutural
79
Figura 64: Espectro de absorção na região do I.V. de BU-4 em pastilhas de KBr.
Figura 65: Espectro de RMN
1
H (D
2
O, 300 MHz) de BU-4
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
7
6
5
4
3
2
1
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
7
6
5
4
3
2
1
H4
H1
H2
H3 H5
H7 H6
Capítulo 4: Determinação Estrutural
80
Figura 66: Espectro de RMN COSY (300 MHz, D
2
O) de BU-4
H4
H1
H2
H3 H5
H7
H6
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
H
H
H
H
H
H
7
6
5
4
3
2
1
1
2
3
4
5
4
1
2
3
5
Capítulo 4: Determinação Estrutural
81
Figura 67: Espectro de RMN
13
C -BB (D
2
O, 300 MHz) de BU-4
Figura 68: Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (D
2
O, 300 MHz) de BU-4
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
7
6
5
4
3
2
1
C4
C7
C5
C2
C3
C1
C6
Capítulo 4: Determinação Estrutural
82
Figura 69: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) de BU-4.
H4
H1
H2 H3 H5
H7
H6
C1
C6
C3
C4’
C2 C5
C7
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
H
H
H
H
H
H
1
2
3
4
5
6
7
Capítulo 4: Determinação Estrutural
83
Figura 70: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a
mais de uma ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) de BU-4
C1
C6
C3
C4
C2 C5
C7
H4
H1
H2 H3 H5
H7
H6
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
H
H
H
H
H
H
7
6
5
4
3
2
1
2
6
8
7
10
5
3
9
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
H
H
H
H
H
H
1
2
3
4
5
6
7
11
12
13
14
4
4
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12 13 14
Capítulo 4: Determinação Estrutural
84
4.2.5. Determinação estrutural de BU-5
A partir do fracionamento do extrato etanólico das folhas Bauhinia ungulata foi
possível o isolamento de um lido cristalino incolor, p.f. 190-191,2 °C, que foi
denominado BU-5.
A análise do espectro de absorção na região do infravermelho de BU-5 (Fig. 72,
pág. 89) mostrou uma banda larga em 3402 cm
-1
a qual foi associada à deformação axial
de ligações N-H (
υ
NH
). As bandas finas de intensidade média em 2922 e 2851 cm
-1
foram relacionadas à deformações axiais de ligações C-H de anéis aromáticos (
υ
CH
),
enquanto que a banda de intensidade dia em 1632 cm
-1
foi relacionada à deformação
axial de ligações N=C. Foram, também visualizadas bandas em 1541, 1507 e 1458 cm
-1
que foram relacionadas a vibrações de deformão axial das ligações C=C de anéis
aromáticos (
υ
C=C
), e bandas de absorção entre 1390 e 1072 cm
-1
relacionadas à
deformações angulares de ligações C-H de grupamento metila (
δ
C-H
).
A análise do espectro de RMN
1
H (DMSO-d
6
, 500 MHz) de BU-5 (fig. 73, pág.
89) mostrou a presença de oito sinais. Dentre estes, seis encontram-se na faixa de
hidrogênios ligados a carbonos sp
2
aromáticos entre
δ
7,2-8,3 [ 8,21 (1H, d, J = 5,2 Hz);
8,17 (1H, d, J = 7,6 Hz); 7,91 (1H, d, J = 5,2 Hz); 7,6 (1H, d, J = 8,2 Hz); 7,52 (1H, t, J
= 7,6 Hz); 7,22 (1H, t, J = 7,6 Hz) ]. O sinal em δ 2,78 (3H, s) foi atribuído a um
grupamento metila, enquanto que o sinal em δ 11,57 (1H, s) correspondeu a um
hidrogênio ligado à nitrogênio.
A análise do espectro de RMN
13
C-BB (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5 (Fig. 74,
pág. 90) mostrou a presença de doze linhas espectrais. Os onze sinais na região de
δ
111,8 - 142,1 foram relacionados a carbonos sp
2
aromáticos e o sinal em
δ
20,4
remanescente foi atribuído a uma metila ligada à anel aromático. Os 4 sinais em região
de campo baixo em
δ
142,1; 140,3, 137,5 e 134,5 foram associados a carbonos sp
2
ligados diretamente a heteroátomos de nitrogênio.
Capítulo 4: Determinação Estrutural
85
A associação do espectro de RMN
13
C DEPT (Fig. 75, pág. 90) com o espectro de
RMN
13
C -2D HMQC (Fig. 83, pág. 74) revelou que dos 12 carbonos presentes, 5 eram
não-hidrogenados, 6 metínicos e 1 metílico, segundo a Tabela 17.
Tabela 17: Deslocamentos químicos de RMN
13
C (DMSO-d
6
, 500 MHz) de BU-5
por padrão de hidrogenação.
C CH CH
2
CH
3
121,1 111,9 20,4
126,8 112,5
134,5 119,1
140,3 121,6
142,1 127,7
137,5
5 C 6 CH 0 1 CH
3
Subtotal = C
12
H
9
1 N-H 1 =N-
Subtotal = N
2
H
Total = C
12
H
10
N
2
A reunião dos dados espectroscópicos nos permitiu sugerir a fórmula molecular
C
12
H
10
N
2
, com índice de deficiência de hidrogênio igual a seis.
A análise do espectro bidimensional RMN
1
H-COSY (DMSO-d
6
, 500 MHz), em
concordância com os espectros HMQC e HMBC, permitiu a visualização de
acoplamentos vicinais entre sinais em δ 8,21 (H-3) e δ 7,91 (H-4), e entre os sinais em δ
8,17 (H-5), δ 7,22 (H-6), δ 7,52 (H-7) e δ 7,6 (H-8) (Fig. 76, pág. 91).
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (Fig. 77, pág. 92) possibilitou
associar todos os sinais de hidrogênios aos seus respectivos carbonos de forma
inequívoca, de acordo com a Tabela 16.
A posterior análise no espectro de RMN bidimensional de correlação
heteronuclear
1
H,
13
C, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (Fig. 78, pág. 93),
revelou os acoplamentos à longa distância entre o sinal do hidrogênio em δ 2,78 (H-10)
Capítulo 4: Determinação Estrutural
86
com os carbonos em δ 134,5 (H-9a) (
3
J
CH
,) e em δ 142,1 (C-1) (
2
J
CH
), e ainda
acoplamentos do sinal de hidrogênio em δ 7,91 (H-4) com os carbonos em δ 126,8 (C-
4a), 137,5 (C-3) (
2
J
CH
) e δ 134,5 (C-9a) (
3
J
CH
,). Desta forma, foi possível a construção
da sub-estrutura de uma piridina metilada e condensada a um anel pirrolidínico (sub-
estrutura I). Dentre os 4 carbonos ligados diretamente ao átomo de nitrogênio, apenas o
sinal em
δ
140,3 (C-8a) apresentou acoplamento com os hidrogênios em
δ
7,52 (H-7) e
8,17 (H-5) (
3
J
CH
,) nos permitindo propor a sub-estrutura II, em acordo com um
esqueleto indólico.
A análise dos dados espectroscópicos obtidos e a posterior comparação com dados
registrados na literatura para alcalóides indólicos [218], nos levou a propor que BU-5
trata-se do composto 1-metil-9H-pirido[3,4-b]indol, um alcalóide β-carbolínico
conhecido como Harmano (Fig. 71). O Harmano é um alcalóide de ampla ocorrência em
plantas, incluindo espécies da família Leguminoseae, porém o seu isolamento é inédito
em espécies do gênero Bauhinia [9].
Figura 71: Estrutura do 1-metil-9H-pirido[3,4-b]indol (Harmano).
Subestrutura II
N
H
H
H
H
H
7,52
8,17
121,6
119,1
140,3
121,1
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Subestrutura I
2,78
7,91
134,5
142,1
137,5
126,8
N
N
H CH
3
H
H
Capítulo 4: Determinação Estrutural
87
Tabela 18: Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-5:
13
C-BB HMQC HMBC
N
o
C/N δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
e
4
J
CH
1 142,1 H10 H3 e H4
3 137,5 8,21 (1H, d, J = 5,2Hz) H4 H10
4 112,5 7,91 (1H, d, J = 5,2Hz) H3 H10
4a 126,8 H4 H3 e H5
4b 121,1 H5 H4, H8, H6, H3
5 121,6 8,17 (1H, d, J = 7,6Hz) H7
6 119,1 7,22 (1H, t, J = 7,6 Hz) H7 H8
7 127,7 7,52 (1H, t, J = 7,6 Hz) H6 H5
8 111,9 7,6 (1H, d, J = 8,2 Hz) H6 e H5
8a 140,3 H5, H6 e H7
N9 - 11,57 (1H, s)
9a 134,5 H4, H3 e H10
10 20,4 2,78 (3H, s)
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Capítulo 4: Determinação Estrutural
88
Tabela 19: Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-5 (500 MHz, DMSO-d
6
) com os
descritos na literatura [218] para o Harmano (600 MHz, DMSO-d
6
).
BU-5 Harmano
N
o
C
13
C-BB (δ
C
)
13
C-BB (δ
C
)
1 142,1 142.1
3 137,5 137.5
4 112,5 112.6
4a 126,8 126.9
4b 121,1 121.1
5 121,6 121.7
6 119,1 119.2
7 127,7 127.8
8 111,9 111.9
8a 140,3 140.4
9a 134,5 134.5
10 20,4 20.4
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Capítulo 4: Determinação Estrutural
89
Figura 72: Espectro de absorção na região do I.V. de BU-5 em pastilhas de KBr.
Figura 73: Espectro de RMN
1
H (DMSO-d
6
, 500 MHz) de BU-5
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
H3 H4
H7
H5
H8
H6
H10
H9
Capítulo 4: Determinação Estrutural
90
Figura 74: Espectro de RMN
13
C-BB (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5.
Figura 75: Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5.
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
C3
C4
C7
C5
C8
C6
C10
C9a
C8a
C4a
C4b
C1
C3
C4
C7
C5
C8
C6 C10
Capítulo 4: Determinação Estrutural
91
Figura 76: Espectro de RMN COSY (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5.
N
N
H CH
3
H
H
H
H
H
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
H3
H4
H7 H5
H8 H6
Capítulo 4: Determinação Estrutural
92
Figura 77: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-5.
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
H3 H4 H7 H5 H8 H6
H10
C3
C7
C5
C8
C6
C4
C10
Capítulo 4: Determinação Estrutural
93
Figura 78: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H -
13
C a mais
e uma ligão, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (500 MHz, DMSO-d
6
) de
BU-5 (com expansões).
N
N
H CH
3
H
H
H
H
H
H
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
5
3
4
6
8
9 10
11
12
13
19
21
23
26
N
N
H CH
3
H
H
H
H
H
H
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
5
1
2
5
7
14
15
16
17
18
20
22
24
25
27
28
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
24 20
21
22
23
16
17
18
19
25
26
27
28
H3
H4
H7 H5
H8
H6
H3 H4
H7
H5
H8 H6
C3
C7
C5
C8
C6
C4
C7
C5
C8
C6
C4
H10
C3
C4
C9a
C1
C8a
C1
C4a
C4b
C9a
C4a
C4b
Capítulo 4: Determinação Estrutural
94
4.2.6. Determinação estrutural de BU-6
Após sucessivos tratamentos cromatográficos da fração alcaldica extraída a
partir do extrato etanólico das folhas de Bauhinia ungulata, foi possível o isolamento de
um sólido cristalino amarelo-claro, denominado BU-6 (pág. 119).
A análise do espectro de RMN
1
H (DMSO-d
6
, 500 MHz) de BU-6 (Fig. 80, pág.
99) revelou a presença de dez sinais. Quatro encontram-se na faixa entre δ 6,9-8,4 e
foram associados à hidrogênios ligados a carbonos sp
2
aromáticos [δ 7,34 (1H, d, J =
7,7 Hz); 7,27 (1H, d, J = 7,9 Hz); 6,99 (1H, t, J = 7,0 Hz); 6,92 (1H, t, J = 7,0 Hz)].
Outros quatro sinais remanescentes encontram-se na faixa de δ 2,5-4,0 e foram
associados a hidrogênios ligados a carbonos nitrogenados ou oxigenados. O sinal em δ
10,68 (1H,s) foi atribuído à um hidrogênio ligado a nitrogênio sp
2
, e o sinal em δ 1,36
(d, 3H) a um grupamento metila ligado a carbono sp
2
.
A análise do espectro de RMN
13
C-BB (DMSO-d
6
, 500 MHz) de BU-6 (Fig. 81,
pág. 100) revelou a presença de doze linhas espectrais. Foram observados oito sinais na
região entre
δ
110 - 140 que foram associados a carbonos sp
2
aromáticos e quatro sinais
em
δ
47,8; 42,2; 22,3 e 20,5 atribuídos a carbonos sp
3
.
A associação do espectro de RMN
13
C DEPT (Fig. 82, pág. 100) com o espectro
de RMN
13
C (Fig. 81, pág. 100) revelou que dos 12 carbonos, 4 eram não-hidrogenados,
5 eram metínicos, 2 metilênicos e 1 metílico de acordo com a Tabela 20.
A análise do espectro bidimensional RMN
1
H-COSY (DMSO-d
6
, 500 MHz) (Fig.
83, pág. 101), em concordância com os espectros HMQC e HMBC, permitiu a
visualização de acoplamentos vicinais entre sinais em δ 3,15 (H-3) e δ 2,55 (H-4), e
entre os sinais em δ 7,34 (H-5), δ 6,92 (H-6), δ 6,99 (H-7) e δ 7,27 (H-8).
Capítulo 4: Determinação Estrutural
95
Tabela 20: Deslocamentos químicos de RMN
13
C (DMSO-d
6
, 500 MHz) de BU-6
por padrão de hidrogenação.
C CH CH
2
CH
3
106,6 47,8 22,3 20,5
127,0 110,7 42,2
135,5 117,3
138,3 118,0
120,1
4 C 5 CH 2 CH
2
1 CH
3
Subtotal = C
12
H
9
2 -NH-
Subtotal = N
2
H
2
Total = C
12
H
14
N
2
A reunião dos dados espectroscópicos de BU-6 nos permitiu sugerir a fórmula
molecular C
12
H
10
N
2
, com índice de deficiência de hidrogênio igual a seis.
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (Fig. 84, pág. 102) nos permitiu
associar todos os sinais de hidrogênios aos seus respectivos carbonos (Tabela 19).
O espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C, com
detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (Fig. 85, pág. 103), mostrou os acoplamentos
à longa distância entre hidrogênios e carbonos (
2
J
CH
e
3
J
CH
,). Foram observadas as
correlações entre os sinais de hidrogênio em δ 1,36 (H-10) com os carbonos em δ 138,3
(C-9a) (
3
J
CH
,) e em δ 47,8 (C-1) (
2
J
CH
), e ainda a do sinal de hidronio em δ 2,55 (H-4)
com os carbonos em δ 106,6 (C-4a) e δ 42,2 (C-3) (
2
J
CH
) e δ 138,3 (C-9a) (
3
J
CH
,). As
correlações do sinal de hidrogênio em δ 4,0 (H-1) com os carbonos δ 138,3 (C-9a) e δ
20,5 (C-10) (
2
J
CH
), e ainda do hidrogênio em δ 2,83 (H-2) com os carbonos δ 47,8 (C-1)
e δ 22,3 (C-4) possibilitou a construção da sub-estrutura I. Por outro lado, o sinal em
δ
135,5 (C-8a) apresentou acoplamento com os hidrogênios em
δ
6,99 (H-7) e 7,34 (H-5)
(
3
J
CH
,) e ainda com δ 10,68 (H-9) (
2
J
CH
), possibilitou a construção da sub-estrutura II
abaixo:
Capítulo 4: Determinação Estrutural
96
A análise do conjunto dos dados espectroscópicos obtidos e a posterior
comparação destes com dados registrados na literatura para alguns derivados [222 e
223] nos levou a propor para BU-6 a estrutura de um alcalóide β-carbolínico
denominado 1,2,3,4-Tetrahidroharmano e também conhecido como Eleagnina (Fig. 79).
Assim como BU-5 (Harmano), BU-6 é um composto de ampla ocorrência em plantas,
incluindo espécies de Leguminoseae, porém não há relatos do isolamento deste no
gênero Bauhinia [9].
Figura 79: Estrutura do 1,2,3,4-tetrahidroharmano (Eleagnina)
N
N
H CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Subestrutura I
N
N
H
CH
3
H
H
H
H
H
H
2,83
4,0
138,3
106,6
20,5
22,3
Subestrutura II
N
H
H
H
H
H
10,68
6,99
7,34
135,5
Capítulo 4: Determinação Estrutural
97
Tabela 21: Correlação Heteronuclear
1
H e
13
C (HMQC e HMBC) de BU-6:
13
C-BB HMQC HMBC
N
o
C/N δ
C
δ
H
2
J
CH
3
J
CH
1 47,8 4,0 (1H, q, J = 7,0 Hz) H2 e H10 H3
N2 - 2,83 (1H, m)
3 42,2 3,15 (2H, m) H4
4 22,3 2,55 (2H, m) H3 H2
4a 106,6 H4
H5, H6,
H9, H1, H3
4b 127,0 H5
H8, H6,
H7, H9, H4
5 117,3 7,34 (1H, d, J = 7,7Hz) H6 H7 e H8
6 118,0 6,92 (1H, t, J = 7,0Hz) H5, H7 H8
7 120,1 6,99 (1H, t, J = 7,0Hz) H6 H5
8 110,7 7,27 (1H, d, J = 7,9Hz) H7 H6 e H5
8a 135,5 H9 H5,H7 e H6
N9 - 10,68 (1H, s)
9a 138,3 H9 e H1 H4 e H10
10 20,5 1,36 (3H, d, J = 7,0 Hz) H1
N
N
H CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Capítulo 4: Determinação Estrutural
98
Tabela 22: Comparação dos dados de RMN
13
C de BU-6 (500 MHz, DMSO-d
6
) com os
descritos na literatura [222] para o derivado 1-(p-Tolylsulfinylmethyl)-Eleagnina (50
MHz, CDCl
3
).
BU-6
Literatura
N
o
C
13
C-BB (δ
C
)
13
C-BB (δ
C
)
1 47,8 50,0
3 42,2 42.5
4 22,3 22.2
4a 106,6 108.9
4b 127,0 130.2
5 117,3 118.1
6 118,0 119.2
7 120,1 121.9
8 110,7 111.4
8a 135,5 135.5
9a 138,3 140.2
10 20,5 -
N
N
H
CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Capítulo 4: Determinação Estrutural
99
Figura 80: Espectro de RMN
1
H (DMSO-d
6
, 500 MHz) de BU-6
N
N
H CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
H3
H4
H7
H5
H8 H6
H10
H9
H1
H2
Capítulo 4: Determinação Estrutural
100
Figura 81: Espectro de RMN
13
C-BB (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6.
Figura 82: Espectro de RMN
13
C DEPT 135 (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6.
N
N
H CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
C3
C4
C7
C5
C8 C6
C10
C9a
C8a
C4a
C4b
C1
C3
C4
C7
C5
C8 C6
C10
C1
Capítulo 4: Determinação Estrutural
101
Figura 83: Espectro de RMN COSY (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6.
N
N
H
CH
3
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
1
2
34
5
6
7
5
H8
1
2
3
4
6
H3
H4
H7
H5 H6 H1
H10
H2
7
Capítulo 4: Determinação Estrutural
102
Figura 84: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H,
13
C a uma
ligação, com detecção no canal de hidrogênio (HMQC) (500 MHz, DMSO-d
6
) de BU-6.
N
N
H CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
H3
H4
H7
H5
H8
H6
H1
H10
H2
C3
C4
C10
C7
C5
C8
C6
C1
C4a
Capítulo 4: Determinação Estrutural
103
Figura 85: Espectro de RMN bidimensional de correlação heteronuclear
1
H -
13
C a mais
e uma ligão, com detecção no canal de hidrogênio (HMBC) (500 MHz, DMSO-d
6
) de
BU-6.
N
N
H
CH
3
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
1
4
12
11
14
15
16
17
18
19
26
27
28
32
34
35
36
37
38
39
N
N
H
CH
3
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
2
3
5
6
7
8
9
10
13
20
21
22
23
24
25
29
30
31
33
H3
H4
H7
H5
H8 H6
C3
C7
C5
C8
C6
C4
H10
C8a
C1
C9a C4a
C4b
C10
H1 H2
H9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
24
20
21
22
23
25
26
27
28
H7 H5 H8 H6
C7
C5
C8
C6
C8a
C9a
C4a
C4b
34
29
30
32
33
35
31
37
38
36
39
Capítulo 5: Parte Experimental
105
5. PARTE EXPERIMENTAL:
5.1. MÉTODOLOGIA EMPREGADA:
5.1.1. Métodos Cromatográficos:
5.1.1.1. Cromatografia Líquida de Adsorção em Camada Delgada (CCD):
Foram utilizadas cromatoplacas da Merck de gel de lica 60 (ø 63-200 µm) sobre
suporte de alumínio (com indicador de fluorecência na faixa de 254 nm). Para os
procedimentos de CCD preparativa foram utilizadas placas de vidro (20 X 20 cm).
A revelação das substâncias nas cromatoplacas analíticas foi obtida por exposição
à luz ultravioleta nos comprimentos de onda de 254 e 365 nm realizada em aparelho
Spectroline modelo ENF 240 C/F; por contato com vapores de iodo (I
2
), e por aspersão
com solução de vanilina e ácido perclórico em etanol, seguida de aquecimento em
estufa a 100
o
C por aproximadamente 3 minutos. Para a revelação dos compostos
alcaloídicos (BU-5 e BU-6) foi utilizada uma solução de nitrato de bismuto e iodeto de
potássio em solução de ácido acético (Reagente de Dragendorff).
5.1.1.2. Cromatografia Líquida de Adsorção em Coluna Aberta (Filtrante):
As cromatografias de adsorção em coluna aberta foram desenvolvidas utilizando-
se gel de sílica 60 da VETEC mm 0,063 0,02 70-230 mesh). O comprimento e
diâmetro das colunas variaram de acordo com as alíquotas e quantidades de adsorventes
utilizados.
Durante a eluição foram utilizados solventes como hexano, diclorometano,
clorofórmio, acetato de etila e metanol, puros e em misturas binárias obedecendo
sempre uma ordem crescente de polaridade.
Capítulo 5: Parte Experimental
106
5.1.1.3. Cromatografia Líquida de Adsorção sob pressão (FLASH):
Para cromatografias de adsorção em coluna flash foi utilizada sílica gel 60 (0,04-
0,063 mm; 230-400 mesh) da Merck. O comprimento e o dmento das colunas
variaram conforme as alíquotas das amostras e quantidade de sílica utilizados. Na
eluição foram utilizados os solventes hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol,
puros e em misturas binárias ou ternárias em ordem crescente de polaridade.
5.1.1.4. Cromatografia Líquida de Exclusão Molecular:
Os fracionamentos por cromatografia de exclusão foram efetuados em gel de
dextrana Sephadex LH-20 da Pharmacia Fine Chemicals, utilizando-se metanol puro
como fase vel. A quantidade de amostra a ser cromatografada foi determinante para
definição do comprimento e diâmetro da coluna bem como a quantidade de fase
estacionária.
5.1.1.5. Cromatografia Gasosa (CG/EM):
No caso do CG/EM o equipamento utilizado foi um SHIMADZU GCMS QP5050
com coluna capilar DB-1 (30 m de comprimento x 0,25 mm de diâmetro interno x filme
de 0,25 µm), empregando-se metodologia para óleos voláteis previamente padronizada
(Temperatura de injeção de 250
o
C, fluxo na coluna de 0,7 ml/min, pressão de 21,2 KPa,
tempo de equilíbrio de 1 min, com razão de aquecimento do injetor de 40-
180
o
C/4
o
C/min e 180-280
o
C/20
o
C/min), e utilizando-se do banco de dados Wiley 229
library na identificação dos compostos.
5.1.2. Métodos Espectroscópicos:
5.1.2.1. Espectroscopia na região do Infravermelho (IV):
Os espectros na região do infravermelho foram obtidos em Espectrômetro Perkin
Elmer, modelo FT-IR Espectrum 1000, da central analítica do Departamento de
Capítulo 5: Parte Experimental
107
Química Orgânica e Inorgânica da Universidade Federal do Ceará. Foram utilizadas
pastilhas de brometo de potássio (KBr) para análise das amostras lidas e filme sobre
disco de KBr para as amostras líquidas ou oleosas.
5.1.2.2. Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN):
Os espectros de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN
1
H) e
Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13 (RMN
13
C), uni e bidimensionais,
foram obtidos em espectrômetros Bruker, modelo Advance
DPX-300 e/ou modelo Advance DRX-500, pertencentes ao
Centro Nordestino de Aplicação e Uso da Ressonância
Magnética Nuclear da Universidade Federal do Ceará
(CENAUREMN-UFC), operando na freqüência do
hidrogênio a 300,13 MHz e a 500,13 MHz, e a freqüência
do carbono a 75,47 MHz e a 125,75 MHz. Foi utilizada
uma sonda dual de 5mm para experimentos
unidimensionais (
1
H e
13
C), bidimensionais de correlação
homonuclear (1H-COSY), heteronuclear ( HMQC e
HMBC) e com gradiente (GS-COSY, GS-HMQC e GS-
HMBC).
Os solventes utilizados nas dissoluções das amostras para obtenção dos espectros
foram: metanol deuterado (CD
3
OD), água deuterada (D
2
O) e dimetil-sulfóxido
deuterado (DMSO-d
6
).
Os deslocamentos químicos (δ) foram expressos em partes por milhão (ppm) e
referenciados, no caso dos espectros de hidrogênio, pelos picos dos hidrogênios
pertencentes às moléculas não-deuteradas residuais dos solventes utilizados: água (4,8
ppm), metanol (4,78 e 3,31 ppm) e dimetil-sulfóxido (2,49 ppm). Nos espectros de
RMN
13
C os deslocamentos químicos foram referenciados pelo pico do solvente: Como
no metanol (49,3 ppm) e dimetil-sulfóxido (39,5 ppm).
Figura 86: DRX-500 – Bruker.
Capítulo 5: Parte Experimental
108
As multiplicidades dos sinais de hidrogênio nos espectros de RMN
1
H foram
indicadas segundo a convenção: s (singleto), d (dubleto), dd (duplo dubleto), t (tripleto),
q (quarteto) e m (multipleto).
A técnica DEPT (Distortionless Enhancement by Polarization Transfer), foi
utilizada na determinação do padrão de hidrogenação dos carbonos em RMN
13
C,
descrito segundo a convenção: C (carbono não-hidrogenado), CH (carbono metínico),
CH
2
(carbono metilênico) e CH
3
(carbono metílico). Os carbonos não hidrogenados (C)
foram caracterizados pela subtração do espectro de RMN
13
C DEPT 135
o
do espectro de
RMN
13
C BB.
5.1.3. Métodos Físicos:
5.1.3.1. Determinação do Ponto de Fusão (P.F.):
Os pontos de fuo foram obtidos utilizando um equipamento de
microdeterminação digital da Mettler Toledo, provido de placa aquecedora, modelo
FP82HT e uma unidade de processamento FP90. As determinações foram realizadas a
uma velocidade de aquecimento de 2-5
o
C/min.
5.1.3.2. Determinação da Rotação óptica (α) e específica [α]
D
20
:
As rotações óptica e específica foram determinadas em Polarímetro digital Perkin
Elmer modelo 341. As medidas foram feitas em um comprimento de onda de 589 nm e
a 20
o
C. Foram realizadas medidas para duas concentrações (1:5 e 1:20) e dada a média
aritimética das rotações específicas observadas. A rotação específica foi recalculada
com base na equação:
[
α
]
D
20
=
α
C
(g/100ml) .
L
(dm)
Capítulo 5: Parte Experimental
109
5.2. IDENTIFICAÇÃO E COLETA DO MATERIAL
A coleta das folhas de
Bauhinia ungulata
foi realizada no dia 02 de Agosto de
2004 no Campus do Pici da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE. Visando-se
identificar possíveis alterações nos constituintes do óleo foram realizadas coletas nos
horários de 09:00 e 12:00Hs.
O espécime vegetal coletado foi identificado pelos professores Francisco Jode
Abreu Mattos e Manuel Andrade Neto do Departamento de Química Orgânica e
Inorgânica da UFC. A exsicata da espécie encontra-se depositada no Herbário Prisco
Bezerra/UFC, sob omero 35.771.
5.3. ESTUDO DOS CONSTITUINTES VOLÁTEIS DE B. ungulata:
5.3.1. Extração do óleo essencial:
As folhas frescas (500.0 g) foram acomodadas em um balão (5 litros) ao qual
foram adicionados aproximadamente 2 litros de água destilada. Foi acoplado ao sistema
um doseador de óleo do tipo Clevenger e um condensador, e o sistema foi então
submetido ao processo de hidrodestilação para a obtenção do óleo essencial por
aproximadamente 3 horas. O óleo (fase superior) foi separado do hidrolato (fase
inferior), desidratado com sulfato de sódio anidro, filtrado, pesado e denominado OEBU
(Tabela 16 e Fluxograma 1).
5.3.2. Análise do óleo:
A análise qualitativa de OEBU foi realizada através de Cromatografia Gasosa
acoplada a espectrometria de massa (CG/EM).
Capítulo 5: Parte Experimental
110
5.3.3. Identificação dos Constituintes do Óleo:
Os constituintes químicos de OEBU foram identificados através da determinação
dos índices de Kovats simulados, pesquisa em espectroteca e comparação com dados
descritos na literatura [195].
Tabela 23:
Extração do óleo essencial de
Bauhinia ungulata
.
Óleo essencial
Horários Sigla Folhas (g)
Volume
(ml)
Massa (mg)
Teor (%)
9:00 hs OEBU-1 500.0 g 0,2 51,1 0,01
12:00 hs OEBU-2 500.0g 0,1 38,1 0,0076
Fluxograma 1:
Extração do óleo essencial de
Bauhinia ungulata
.
Folhas + Decoto
Óleo + Hidrolato
Fase Aquosa Fase Orgânica
Óleo Essencial
Identificação dos Constituintes
Separação
1. Desidratação por NaSO
4
Anidro
2. Filtração
Análise por CG/EM
Hidrodestilação
Material Vegetal
(Folhas)
Capítulo 5: Parte Experimental
111
5.4. ESTUDO DOS CONSTITUINTES NÃO VOLÁTEIS DE B. ungulata
5.4.1. Obtenção dos Extratos:
As folhas de
B. ungulata
(5,15 Kg), foram inicialmente moídas e submetidas ao
processo de extração exaustiva com hexano à frio. O extrato hexânico foi destilado sob
pressão reduzida em evaporador rotativo, obtendo-se um extrato pastoso de coloração
verde escuro denominado
EHBU
(34,9 g).
A torta proveniente do primeiro processo extrativo foi submetida à nova extração
exaustiva com etanol à frio. O solvente foi destilado, obtendo-se um extrato viscoso
escuro denominado de
EEBU
(290,7 g).
O processo de isolamento está resumido nos fluxogramas 2 (abaixo) e 3 (pág.120).
Fluxograma 2:
Obtenção dos extratos
EHBU
e
EEBU
de
B. ungulata
.
5.4.2. Fracionamento Preliminar do Extrato Hexânico de B. ungulata (EHBU):
EHBU
(34,9 g) foi submetido à cromatografia em coluna filtrante em lica gel
(160 g) utilizando-se os eluentes hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, em
seqüência crescente de polaridade.
EHBU
34,9 g
Torta
EEBU
146,7 g
Torta
Material Vegetal
5,15 Kg
Capítulo 5: Parte Experimental
112
Tabela 24:
Coluna Filtrante de
EHBU
Eluentes Frações Obtidas Massa Aspecto
Hexano EHBU-FH 6,46 g Pastoso alaranjado
Clorofórmio EHBU-FC 21,9 g Pastoso esverdeado
Acetato de etila EHBU-FA 0,95 g Pastoso esverdeado
Metanol EHBU-FM 40,3 mg lido marrom
5.4.3. Fracionamento preliminar do extrato etanólico de B. ungulata (EEBU):
EEBU
(
146,7 g
) foi submetido à cromatografia de partição líquido-líquido. O
extrato foi previamente dissolvido em 500 ml de uma solução H
2
O/Metanol 1:1 em um
funil de separação. A extração foi realizada utilizando os solventes orgânicos hexano,
clorofórmio, acetato de etila, n-butanol adicionados em ordem de polaridade, de acordo
com a Tabela abaixo.
Tabela 25:
Partição Líquido-Líquido de EEBU
Solvente
Volume
Empregado
Fração obtida Massa
Hexano 750 ml EEBU-FH 15,86 g
Clorofórmio 500 ml EEBU-FC 11,05 g
Acetato de etila 800 ml EEBU-FAc 18,35 g
n-Butanol 500 ml EEBU-FB 11,98 g
Água/Metanol 500 ml EEBU-FM 89,0 g
TOTAL
146,2 g
5.4.4. Fracionamento de EEBU-FAc e Isolamento dos compostos BU-1, BU-2, BU-3
e BU-4:
A fração EEBU-FAc foi separada inicialmente em duas alíquotas: A primeira
denominada
EEBU-FAc
1
(5,2 g) e a segunda denominada
EEBU-FAc
2
(13,12 g), as
quais foram submetidas à cromatografia em coluna filtrante com sílica gel
separadamente (proporção em massa de 1:5 amostra:sílica). Foram empregados como
eluentes diferentes misturas de solventes em ordem crescente de polaridade (Tabelas 26
e 27).
Capítulo 5: Parte Experimental
113
Tabela 26:
Coluna Filtrante de
EEBU-FAc
1
ELUENTES VOLUME (ml) FRAÇÕES MASSA
CHCl
3
/ AcOEt 1:1 100 F1 104,7 mg
CHCl
3
/ AcOEt 1:1 150 F2 291,2 mg
CHCl
3
/ AcOEt 80% 100 F3 188,6 mg
AcOEt 150 F4 206 mg
AcOEt/MeOH 10% 100 F5 458 mg
AcOEt/MeOH 20% 100 F6 1,3348 g
AcOEt/MeOH 20% 120 F7 949,6 mg
AcOEt/MeOH 20% 120 F8 367,5 mg
AcOEt/MeOH 1:1 100 F9 526,1 mg
MeOH 100 F10 166,4 mg
Tabela 27:
Coluna Filtrante de
EEBU-FAc
2
ELUENTES VOLUME (ml) FRAÇÕES MASSA
CHCl
3
/ AcOEt 1:1 100 F1 13,5 mg
CHCl
3
/ AcOEt 80 % 150 F2 757,2 mg
AcOEt 100 F3 1,2311 g
AcOEt 150 F4 1,158 g
AcOEt 100 F5 464 mg
AcOEt/MeOH 10% 100 F6 490,2 mg
AcOEt/MeOH 1:1 120 F7 1,075 g
AcOEt/MeOH 1:1 120 F8 5,3887 g
AcOEt/MeOH 1:1 100 F9 569,4 mg
MeOH 150 F10 537,4 mg
MeOH 50 F11 167,8 mg
MeOH/H
2
O 200 F12 699,7 mg
Capítulo 5: Parte Experimental
114
5.4.4.1. Isolamento de BU-1:
A fração
EEBU-FAc
2
-F2
(757,2 mg) foi recromatografada em cromatografia de
exclusão molecular em matriz de Sephadex (Coluna com 20 cm de altura/ 2,5 cm de
diâmetro), de onde se obteve 51 frações. As frações obtidas foram posteriormente
reunidas após análise comparativa em CCD da seguinte forma:
Tabela 28:
Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FAc
2
-F2
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1-5 185,9
6-8 62,2
9-11 32,9
12-14 31,8
18-20 25,7
21-23 7,0
24-26 12,7
27-29 6,9
30-32 2,7
33-36 4,9
37 4,7
38-42 47,3
43-44 2,1
42-51 4,9
A fração 38-42 apresentou-se como um sólido amarelo intenso e homoneo em
CCD sendo denominada de
BU-1
, e identificado posteriormente como o flavonóide
quercetina
.
5.4.4.2. Isolamento de BU-2:
A fração
EEBU-FAc
1
-F3
(188,6 mg) foi recromatografada em cromatografia de
exclusão por tamanho em matriz de Sephadex (Coluna com 26 cm de altura/ 2,5 cm de
diâmetro) utilizando-se metanol como eluente. Foram obtidas 41 frações, as quais foram
Capítulo 5: Parte Experimental
115
posteriormente reunidas após análise comparativa em CCD, de acordo com a Tabela
abaixo.
Tabela 29:
Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FAc
1
-F3
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1-4 50,3
5-8 89,3
9-13 11,1
14-16 6,9
17-18 11,5
19-20 5,6
21-25 2,6
26-31 5,2
32-41 2,3
A fração 19-20 apresentou-se na forma de um sólido amarelo escuro e homogênea
em CCD, sendo denominada de
BU-2
, e identificado posteriormente como o flavonóide
quercetina-3-O-arabinofuranosídio
.
5.4.4.3. Isolamento de BU-3:
A fração
EEBU-FAc
2
-F3
(1,23g) foi recromatografada em cromatografia de
exclusão por tamanho em matriz de Sephadex (Coluna com 20 cm de altura/ 2,5 cm de
diâmetro) utilizando-se metanol como eluente. Foram obtidas 53 frações, que foram
posteriormente reunidas as análise comparativa em CCD, de acordo com a Tabela
abaixo.
Tabela 30:
Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FAc
2
-F3
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1-7 10,2
8-12 7,4
13-15 13,7
16-18 32,0
19-24 27,3
Capítulo 5: Parte Experimental
116
25-27 51,2
28-34 554,3
35-36 11.3
37-53 22,2
A fração
EEBU-FAc
2
-F3-(28-34)
(365,3 mg) foi em seguida recromatografada
em sílica gel sob pressão reduzida. Para a eluição foi utilizada uma mistura de
AcOEt/Acetona/CHCl
3
na proporção 4:3:3, aumentando-se gradativamente a polaridade
na seqüência AcOEt/Acetona 1:1, AcOEt, AcOEt/MeOH 10%, AcOEt/MeOH 1:1 e
Metanol puro. Neste processo foram obtidas 18 frações que foram reunidas após análise
comparativa em CCD:
Tabela 31:
Cromatografia FLASH de EEBU-FAc
2
-F3-(28-34)
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1 4,6 mg
2 16,3 mg
3-12 143,9 mg
13-18 52,3 mg
19-23 32,5 mg
24-35 50,5 mg
36-41 3,5 mg
42-43 11,7 mg
44-50 21,7 mg
50-101 21,4 mg
A fração
EEBU-FAc
2
-F3-(28-34) (3-12)
foi submetida à Cromatografia Líquida
de Alta Eficiência (CLAE). Neste procedimento uma alíquota da amostra foi dissolvida
em metanol e injetada em uma coluna analítica para a determinação dos parâmetros.
Posteriormente foram aplicados 48,0 mg da amostra dissolvida em metanol em uma
coluna semi-preparativa. Foram assim obtidos dois picos aos quais foram atribuídas os
algarismos I e II. A análise comparativa em CCD mostrou que o pico I tratava-se de
BU-2
, enquanto que II era o composto ainda não isolado que foi denominado de
BU-3
(
7,0 mg
), o qual foi Identificado posteriormente como o flavonóide quercetina-3-O-
α
-
rhamnopiranosídio.
Capítulo 5: Parte Experimental
117
5.4.4.4. Isolamento de BU-4:
A fração
EEBU-FAc-F7
(pág. 113) apresentou a formação de um precipitado
sólido cristalino incolor. O sólido foi filtrado e recristalizado em metanol, sendo
denominado de
BU-4 (50,7 mg),
o qual foi
i
dentificado posteriormente como o inositol
metoxilado D-pinitol.
5.4.5. Preparo da Fração Alcaloídica e Isolamento dos compostos:
O reagente de Dragendorff revelou em CCD a presença de compostos
nitrogenados nas frações EEBU-FAc-F6,F7 e F8 (pág. 113), nos levando a supor a
presença de alcalóides no EEBU. Desta forma, foi realizada a extração da fração
alcaloídica do EEBU (
EEBU-FA
).
Para isso 50,0 g de EEBU foram adicionados a 500ml de uma solução de HCl
10% e submetido a agitação por 4 horas. Ao final a solução aquosa foi então transferida
para um funil de separação de 1 litro onde foram adicionados 100 ml de Acetato de etila
(partição líquido-líquido). Este procedimento foi repetido 4 vezes até a obtenção de
500ml de fase orgânica não-alcaloídica. À fase aquosa remanescente foi adicionada
gradualmente uma solução de NH
4
OH 10M(100ml) até que ocorresse a mudança do pH
2,0 (ácido) para um pH 9,0 (básico). Novamente foram realizadas extrações da fase
orgânica, em funil de separação, com acetato de etila (200ml). Este procedimento foi
repetido 4 vezes com obtenção de 800ml de fase orgânica alcaloídica, que as seca e
pesada, foi denominada EEBU-FA (507,8 mg).
5.4.5.1. Isolamento de BU-5:
A fração
EEBU-FA
(507,8 mg) foi submetida a Cromatografia de Exclusão
Molecular em matriz de Sephadex LH-20 (Coluna com 20 cm de altura/ 2,5 cm de
diâmetro) utilizando-se metanol como eluente. Foram obtidas 51 frações, que foram
posteriormente reunidas as análise comparativa em CCD utilizando-se como eluente
AcOEt/CH
2
Cl
2
9:1.
Capítulo 5: Parte Experimental
118
Tabela 32:
Cromatografia em matriz de Sephadex de EEBU-FA
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1-6 29,7
7-14 146,1
15-17 35,9
18-22 100,4
23-32 114,3
33-51 9,2
A fração
EEBU-FA(18-22)
(100,4 mg) foi recromatografada em sílica gel sob
pressão reduzida. Para a eluição foi utilizada uma mistura de AcOEt/CHCl
3
/MeOH na
proporção 8:1:1, aumentando-se gradualmente a polaridade. Neste processo foram
obtidas 39 frações que foram reunidas após análise comparativa em CCD:
Tabela 33:
Cromatografia FLASH de EEBU-FA(18-22)
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1-5 1,4
6-15 17,4
16-21 0,3
22-23 2,3
24-39 57,2
A fração
EEBU-FA(24-39)
(57,2 mg) foi recromatografada em sílica gel sob
pressão reduzida. Para a eluição foi utilizada uma mistura de AcOEt/CHCl
3
/MeOH na
proporção 8:1:1, aumentando-se gradualmente a polaridade. Neste processo foram
coletadas 30 frações que foram reunidas após análise comparativa em CCD:
Tabela 34:
Cromatografia FLASH de EEBU-FA(18-22)24-39
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1-2 1,0
3-4 14,1
5-6 2,8
7-20 30,4
21-30 3,1
Capítulo 5: Parte Experimental
119
As frações EEBU-FA(18-22)6-15 e EEBU-FA(18-22)24-39(3-4) foram reunidas
(
21,5 mg
) e recromatografadas em sílica gel sob pressão reduzida. Para a eluição foi
utilizada uma mistura isocrática de AcOEt/CHCl
3
/MeOH na proporção 6:2,0:1,5 (5%
de NH
4
OH). Neste processo foram coletadas 35 frações que foram reunidas após análise
comparativa em CCD.
Tabela 35:
Cromatografia FLASH de EEBU-FA(18-22)6-15 + EEBU-FA(18-
22)24-39(3-4):
FRAÇÕES
QUANTIDADE
(mg)
1-2 1,6
3-12 16,8
13-35 0,5
Dentre as frações obtidas a fração 3-13 apresentou-se homogênea em CCD e
apresentou-se na forma de um sólido cristalino incolor que foi denominado de
BU-5
,
sendo identificado como o alcalóide
β
-carbolinico harmano.
5.4.5.2. Isolamento de BU-6:
A Fração EEBU-FA(18-22)24-39(7-20) (Tabela 34) (
30,4 mg
) foi submetida a
Cromatografia em Camada Delgada Preparativa, utilizando-se como eluente uma
mistura de MeOH/AcOEt/CH
2
Cl
2
na proporção 1,5:6:2 (5% de NH
4
OH), de onde foram
obtidas as frações I (
4,6 mg
)(Fluorescência superior), II (
20,2 mg
)(Mancha amarela
interediária) e III (
4,9 mg
)(Mancha amarela inferior). Dentre as frações, II apresentou-
se homogênea em CCD e na forma de um amorfo amarelado, que foi denominado de
BU-6
e
identificado como o alcalóide
β
-carbolinico eleagnina.
Capítulo 5: Parte Experimental
120
Fluxograma 3:
Processo de isolamento dos constituintes químicos não voláteis das
folhas de
Bauhinia ungulata
.
Extração com Etanol
EHBU
(34,9 g)
EEBU
(290,7 g)
EEBU-FAc
(18,3 g)
Extração com Hexano
Cromatografia de Partição
Líquido-líquido
Coluna Filtrante
F2
BU-1
(47,3 mg)
Sephadex
F3
BU-2
(5,6 mg)
BU-3
(7,0 mg)
Sephadex
Sephadex
FLASH
CLAE
F7
BU-4
(50,7 mg)
Recristalização
Bauhinia ungulata
(Folhas) (
5,1
5 Kg
)
EEBU-FA
(507,8 mg)
BU-5
(16,8 mg)
BU-6
(20,2 mg)
CCD Preparativa
Sephadex
FLASH
Partição
Ácido/Base
122
6. CONCLUSÃO
O Estudo do óleo essencial das folhas de B. ungulata nos permitiu a
identificação de seus constituintes voláteis e, am disso, foi possível observar
alterações destes teores nas duas coletas. Foi possível observar apenas a presença de
sesquiterpenos em todas as amostras analisadas e um aumento do teor de constituintes
oxigenados de 9:00 para às 12:00 Hs.
O estudo dos constituintes o voláteis das folhas de B. ungulata foi realizado
através da investigação fitoquímica dos extratos hexânico e etanólico. O estudo do
extrato etanólico resultou no isolamento dos flavonóides: quercetina, quercetina-3-O-
arabinofuranosídio e quercetina-3-O-rhamnopiranosídio (quercitrina) e do inositol
metoxilado: 3-o-metil-chiroinositol (D-pinitol). O estudo da fração alcaloídica obtida
do extrato etanólico nos proporcionou o isolamento de dois alcalóides β-carbolínicos
identificados como harmano e eleagnina.
Dos flavonóides isolados apenas a quercetina-3-O-arabinofuranodio ainda não
havia sido relatada para o gênero Bauhinia [213]. O D-pinitol já havia sido isolado de B.
candicans [203], enquanto que os alcalóides β-carbolínicos harmano e eleagnina são
compostos inéditos para o gênero.
É importante observar ainda que, apesar de trabalhos anteriores [1] terem
atribuído a ão hipoglicemiante do EEBU a presença de inositóis. E outros trabalhos
terem atribuído ao D-pinitol, isolado no EEBU, tal ação [221]. O isolamento dos
alcaides harmano e eleagnina exige uma reavaliação desta perspectiva, tendo em vista
que estudos atribuem ao harmano e outras β-carbolinas a capacidade de estimular a
liberação de insulina[220].
Capítulo 7: Constantes Físicas
124
BU-1
3,5,7-trihydroxy-2-(3’,4’-dihidroxifenil)-4H-chromen-4-ona
(Quercetina)
Fórmula Molecular: C
15
H
10
O
7
;
Massa Molar Teórica (g/mol): 302,24
Aspecto: Sólido amarelo amorfo;
Ponto de fusão: 298,7-295,9°C;
Espectroscopia na Região do I.V., KBr (cm
-1
): 3.293, 1.161, 1.165, 1.557, 1.513,
1.457, 1.361, 1.318, 1.245, 1.212, 1.167, 1.093, 1.001, 932, 883, 791.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, MeOD) δ (Integração, Multiplicidade e
Constante de Acoplamento): δ 7,73 (1H, d, J = 2,1 Hz, H2’), δ 7,62 (1H,dd,J=2,1/8,5
Hz, H6’), δ 6,88 (1H, d, J = 8,6 Hz, H5’), δ 6,38(1H,d, J = 2,1 Hz, H8), δ 6,18 (1H, d, J
= 2,0 Hz, H6).
Espectroscopia de RMN
13
C (500 MHz, MeOD) δ (Padrão de Hidrogenação e
Correlação estrutural): δ94,5 (CH, C8); δ 99,3(CH, C6); δ 104,6(C, C10); δ
116,1(CH, C2’); δ 116,3(CH, C5’); δ 121,8(CH, C6’); δ 124,2(C, C1’); δ 137,3(C, C3);
δ 146,3(C, C3’); δ 148,1(C, C2); δ 148,9(C, C4’); δ 158,3(C, C9); δ 162,6(C, C5); δ
165,7(C, C7) ; δ 177,4(C, C4).
O
OOH
HO
OH
OH
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5 4
3
2
1
Capítulo 7: Constantes Físicas
1
25
BU-2
(Quercetina-3-O-arabinofuranosídio)
Fórmula Molecular:; C
20
H
18
O
11
Massa Molar Teórica(g/mol): 434,35
Aspecto: Sólido amarelo amorfo;
Ponto de fusão: 199,2-203,4°C;
Espectroscopia na Região do I.V., KBr (cm
-1
): 3.445, 1.653, 1.613, 1.501, 1.480,
1.363, 1.302, 1.266, 1.006, 941, 800.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, MeOD) δ (Integração, Multiplicidade e
Constante de Acoplamento): δ 7,53(1H,d, J = 1,96, H2’); δ 7,50 (1H,dd, J = 8,45/1,64
Hz, H6’); δ 6,90(1H,d, J = 8,52 Hz, H5’); δ 6,40(1H,d, J = 1,84 Hz, H8), δ 6,21(1H,d, J
= 1,91 Hz, H6); δ 5,47(1H,s, H1’’); δ 4,33(1H,d, J = 2,52 Hz, H2’’); δ 3,91(1H,m, J =
3,0/5,0 Hz, H3’’); δ 3,87(1H,m, J = 4,3/8,8 Hz, H4’’); δ 3,5(2H, m, H5’’).
Espectroscopia de RMN
13
C (500 MHz, MeOD) δ (Padrão de Hidrogenação e
Correlação estrutural): 180,1(C, C4), 166,2(C, C7), 163,2(C, C5), 159,5(C, C2),
158,7(C, C9), 150(C, C4’), 146,5(C, C3’), 135,1(C, C3), 123,2(C, C1’), 123,1(CH,
C6’), 116,9(CH, C2’), 116,5(CH, C5’), 109,6(CH, C1’’), 105,7(C, C10), 100(CH, C6),
94,9(CH, C8), 88,1(CH, C4’’), 83,4(CH, C2’’), 78,8(CH, C3’’), 62,7(CH
2
, C5’’).
H
O
OOH
HO
OH
OH
OH
HO
H
O
O
H
H
OH
6'
5'
4'
3'
2'
1'
8
7
6
5
4
3
2
1
Capítulo 7: Constantes Físicas
126
BU-3
Quercetina-3-O-α-Rhamnopiranosídio
(Quercitrina)
Fórmula Molecular: C
21
H
20
O
11
;
Massa Molar Teórica(g/mol): 448,38
Aspecto: Sólido amarelo amorfo;
Ponto de fusão: 200,2-203,8°C;
Espectroscopia na Região do I.V., KBr (cm
-1
):3.425, 1.653, 1.607, 1.551, 1.502,
1.456, 1.362, 1.306, 1.004, 947, 803.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, MeOD) δ (Integração, Multiplicidade e
Constante de Acoplamento): δ 7,33 (1H,d,J = 1,9 Hz), δ 7,31(1H,dd,J = 2/8,2 Hz), δ
6,91(1H,d,J = 8,3 Hz), δ 6,36(1H,d,J = 1,7 Hz), δ 6,2(1H,d,J = 1,85 Hz), δ 5,35(1H,d,J =
1,1 Hz), δ 4,21(1H,q,J = 1,5 Hz), δ 3,74(1H,dd,J = 3,3/9,4 Hz), δ 3,42(1H,m), δ
3,34(1H,d,J = 9,5 Hz), δ 0,94(1H,d,J = 6,0 Hz).
Espectroscopia de RMN
13
C (500 MHz, MeOD) δ (Padrão de Hidrogenação e
Correlação estrutural): δ179,7(C, C4), δ166,3(C, C7), δ163,3(C, C5), δ159,4(C, C2),
δ158,7(C, C9), δ149,9(C, C4’), δ146,5(C, C3’), δ136,6(C, C3), δ123,1(C, C1’),
δ123,0(CH, C6), δ117,0(CH, C2’), δ116,5(CH, C5’), δ105,9(C, C10), δ103,7(CH,
C1’’), δ100,0(CH, C6), δ94,9(CH, C8), δ73,4(CH, C4’’), δ72,2(CH, C3’’), δ72,1(CH,
C5’’), δ72,0(CH, C2’’), δ17,8(CH
3
, C6’’).
O
OOH
HO
OH
OH
H
OH
OH
H
O
H
OH
H
H
CH
3
O
1
2
3
4
5
6
7
8
1'
2'
3'
4'
5'
6'
1''
2''
3''
4''
5''
6''
Capítulo 7: Constantes Físicas
127
BU-4
(3-o-metóxi-D-inositol, D-pinitol)
Fórmula Molecular:; C
7
H
14
O
6
Massa Molar Teórica (g/mol): 194,18
Aspecto: Sólido branco cristalino,
Ponto de fusão: 185,8-186,3°C;
Rotação Óptica: α = -4,0°, [α]
20°
D
= -153
o
Espectroscopia na Região do I.V., KBr (cm
-1
): 3.400, 2.951, 2.906, 1.639, 1511,
1.452, 1.380, 1.342, 1.278, 1.251, 1.133, 1.105, 1.072, 1002, 1.022, 961, 751, 703.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, MeOD) δ (Integração, Multiplicidade e
Constante de Acoplamento): δ 4,0 (2H,t,J = 5,7 Hz), δ 3,83 (1H,dt,J = 9,9 Hz), δ 3,78
(1H,dt,J = 9,8 Hz), δ 3,66 (1H,t,J = 9,2 Hz), δ 3,61(3H,s), δ 3,36 (1H,t,J = 9,4 Hz);
Espectroscopia de RMN
13
C (500 MHz, MeOD) δ (Padrão de Hidrogenação e
Correlação estrutural): 71,9(CH, C1), 71,7(CH, C6), 70,0(CH, C2), 70,8(CH, C5)
72,3 (CH, C4), 59,8(CH
3
, C7), 83,0(CH, C3).
OH
OH
HO
OCH
3
OH
OH
H
H
H
H
H
H
7
6
5
4
3
2
1
Capítulo 7: Constantes Físicas
128
BU-5
1-metil-9H-pirido[3,4-b]indol
(Harmano)
Fórmula Molecular: C
12
H
10
N
2
Massa Molar Teórica (g/mol): 182,2
Aspecto: Sólido incolor cristalino;
Ponto de fusão: 190-191,2°C
Espectroscopia na Região do I.V., KBr (cm
-1
): 3.402, 2.922, 2.851, 1.632, 1.541,
1.507, 1.458, 1.390, 1.337, 1.234, 1.072, 814, 754.
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) δ (Integração,
Multiplicidade e Constante de Acoplamento): δ 2,78 (3H, s), δ 7,22 (1H, t, J = 7,2
Hz), δ 7,52 (1H, t, J = 7,6 Hz), δ 7,6 (1H, d, J = 8,2 Hz), δ 7,91 (1H, d, J = 5,2 Hz), δ
8,17 (1H, d, J = 7,8 Hz), δ 8,21 (1H, d, J = 5,2 Hz)
Espectroscopia de RMN
13
C (500 MHz, DMSO-d
6
) – δ (Padrão de Hidrogenação
e Correlação estrutural): δ 142,1(C, C1), δ 140,3(C, C8a), δ 137,5(CH, C3), δ
134,5(C, C9a), δ 127,7(CH, C7), δ 126,8(C, C4a), δ 121,6(CH, C5), δ 121,1(C, C4b), δ
119,1(CH, C6), δ 112,5(CH, C4), δ 111,9(CH, C8), δ 20,4(CH, C10).
N
N
H CH
3
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Capítulo 7: Constantes Físicas
129
BU-6
2,3,4,9-tetrahydro-1-methyl-1H-pirido[3,4-b]índol
(Tetrahidroharmano ou Eleagnina)
Fórmula Molecular: C
12
H
14
N
2
Massa Molar Teórica (g/mol): 186,25
Aspecto: Sólido amarelo amorfo;
Espectroscopia de RMN
1
H (500 MHz, DMSO-d
6
) δ (Integração,
Multiplicidade e Constante de Acoplamento): δ 1,38 (3H, d, J = 7,0 Hz), δ 2,55 (2H,
m), δ 2,83 (1H, m), δ 3,15 (2H, m), δ 4,0 (1H, q, J = 7,0), δ 6,92 (1H, t, J = 7,0 Hz), δ
6,99 (1H, t, J = 7,0 Hz), δ 7,27 (1H, d, J = 7,9 Hz), δ 7,34 (1H, d, J = 7,7 Hz), δ 10,68
(1H, s).
Espectroscopia de RMN
13
C (500 MHz, DMSO-d
6
) – δ (Padrão de Hidrogenação
e Correlação estrutural): δ 138,3(C, C9a), δ 135,5(C, C8a), δ 127,0(C, C4b), δ
120,1(CH, C7), δ 118,0(CH, C6), δ 117,3(CH, C5), δ 110,7(CH, C8), δ 106,6(C, C4a), δ
47,8(CH, C1), δ 42,2(CH
2
, C3), δ 22,3(CH
2
, C4), δ 20,5(CH, C10).
N
N
H CH
3
H
5
1
2
3
4
4a
9a
4b
8a
9
6
7
8
10
Capítulo 8: Referências Bibliográficas
131
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