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1- INTRODUÇÃO
A ação antrópica na Amazônia brasileira vem apresentando resultados não
compatíveis com a sustentabilidade da sua biodiversidade, principalmente na área da
exploração madeireira, onde espécie como o mogno (Swietenia macrophylla King)
pertencente à família Meliaceae sofre ameaça de extinção devido a grande exploração
madeireira seletiva, as queimadas e o ataque intensivo da broca do mogno, Hypsipyla
grandella (Zeller, 1848) (Lepidoptera, Pyralidae), sendo esses os principais fatores
limitantes para o mogno, contribuindo em potencial para a erosão genética dessa espécie.
Outro fator que contribuiu para a procura do mogno brasileiro, foi o esgotamento do mogno
caribenho, Swietenia mahogany (L), Jaquin., voltando-se dessa maneira o interesse dos
madeireiros para a Amazônia, ela contendo as maiores reservas naturais do planeta
(RODAN et al., 1992).
O estado do Pará contribuiu com a exportação nacional madeireira com 21% US$
(309. 030.000,00) 19% (286.264.000,00) e 18% (312.574.000,00) nos anos de 2000, 2001,
2002 respectivamente. Foram exportados do estado de 1991 a 1997 um volume que variou
de 42.070 a 104.160 m
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, sendo os principais países importadores: E.U.A, França, Espanha,
Holanda, China, Portugal, República Dominicana, Japão, Reino Unido, Guadalupe,
Tailândia e Porto Rico. Atualmente a madeira vem sendo produzida por 1592 empresas
distribuídas em 33 pólos madeireiros no estado do Pará, enquanto que na Amazônia
ocorrem 82 pólos produtores, contendo 3.123 mil empresas, ou seja, o Pará contribui com
mais de um terço da produção do setor de base florestal na Amazônia (AIMEX, 2006).
Segundo levantamentos feitos pelo Ministério do Meio Ambiente chegou a
constatação de que 80% da madeira extraída da Amazônia é ilegal, sendo que, uma árvore
de mogno adulta extraída ilegalmente de uma reserva indígena, onde, atualmente, se estima
que esteja a maioria do mogno remanescente, sai por R$ 80,00 para os donos da terra. A
mesma árvore é exportada por 3,3 mil dólares para industrias na Europa, EUA, Azia e
renderá madeira suficiente para fabricação de 12 a 15 mesas grandes. Estas, por sua vez,
venderão cada peça por cerca de aproximadamente 8,5 mil dólares, isso seria o equivalente
à venda de 4.275 árvores derrubadas ilegalmente na floresta, segundo cálculos do