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1.3 - INTRODUÇÃO
O coqueiro é uma cultura de grande expressão econômica, importante na geração de
renda, na alimentação e no fornecimento de matéria prima para indústrias de óleos, sabões e
automóveis. É uma cultura perene, capaz de gerar um sistema auto-sustentável de exploração,
tornando-se importante fonte geradora de divisas e uma das principais fontes de proteínas e
calorias para a população. Do coqueiro praticamente tudo é aproveitado: raiz, estipe,
inflorescência, folhas, palmito e, principalmente, o fruto, como ocorre na maioria das culturas,
cultivos explorados em sistema de mono cultivo estão passivos de sofrer intensos ataques de
microrganismos causadores de doenças (Nunes,2000). Esse aspecto, aliado às condições
climáticas do trópico úmido, favorecem ainda mais o desenvolvimento de doenças e facilita o
estabelecimento de novos patógenos na região.
A região tropical é caracterizada por elevada temperatura e alta umidade. Na Região
Norte, onde se encontra o Município de Moju, no Estado do Pará, a elevada umidade atmosférica
aliada à grande precipitação pluviométrica em alguns meses do ano, constitui componentes
ambientais que favorecem a ocorrência de doenças das mais variadas etiologias.
Nas plantações da SOCÔCO, (Moju-PA) uma doença que causa manchas das folhas dos
coqueiros ocasionou a morte de 14.000 plantas dos híbridos PB 123, PB 132, constituindo-se em
um importante e limitante fator para a expansão e exploração dessa cultura com esses híbridos.
Esta doença, denominada “mancha foliar”, ocorreu com grande intensidade nos coqueirais das
referidas plantações, tendo sido responsável pela morte de milhares de plantas na fase de
desenvolvimento vegetativo.
O coqueiro, nas mais diversas regiões do mundo, tem sofrido com a incidência de diversas
doenças que variam de importância de uma região para outra, havendo inclusive doenças ainda
pouco estudadas. A “mancha foliar,” apesar de já ter sido relatada por vários pesquisadores
(Quillec & Renard, 1975; Silva & Souza, 1981; Kobayashi, 1995; Trindade & Poltronieri 1998;
Warwick, 1998; Gazel Filho, 1999; Gasparotto et al., 1999; Anjos et al, 2000; Cardoso et al,
2003.) apresenta divergências quanto à sua etiologia. Não obstante, alguns híbridos, nas mais
diversas regiões do mundo, apresentam resistência genética aos mais variados tipos de patógenos,