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esquecimento da própria humanidade pela humanidade, é o fator principal de uma
simplificação da vida.
(…) Si fraintende completamente la natura dei grandi esperimenti
totalitari del Novecento, se li si vede soltanto come una prosecuzione degli
ultimi grandi compiti degle Stationazione ottocenteschi: il nazionalismo e
l’imperialismo. La posta in gioco è, ora, tutt’altra e più estrema, poiché si
tratta di assumiere come compito la stessa esistenza fattizia dei popoli, cioè,
in ultima anallisi, la loro nuda vita. Sotto questo aspetoo, i totalitarismi del XX
secolo costituiscono veramente l’altra faccia dell’idea hegelo-kojeviana della
fine della storia: l’uomo há ormai raggiunto il suo télos storico e non resta
altro, per un’umanità ridiventata animale, che la depoliticizzazione delle
società umane, attraverso il dispiegamento incondizionato della oikonomía,
oppure l’assunzione della stessa vida biológica come compito político (o
piuttosto impolitico) supremo.
[…]
Le potenze storiche tradizionali – poesia, religione, filosofia – che,
tanto nella propettiva hegelo-kojeviana che in quella di Heidegger
mantenevano desto il destino storico-polito dei popoli, sono state da tempo
transformate in spettacoli culturali e in esperienze private e hanno perso
ogni efficacia storica. Di fronte a questa eclissi, il solo cmpito che sembra
ancora conservare qualche serietà é la presa in carico e la “gestione
integrale” della vita biológica, cioè della stressa animalità dell’uomo.
Genoma, economia globale, ideologia umanitaria sono lê ter facce solidali di
questo processo in cui l’umanità poststorica sembra assumere la sua stessa
fisiologia come ultimo e impolitico mandato. (AGAMBEN, 2003:79-80)
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O controle do homem como simples vivente (zoe) por um poder soberano,
faz, portanto, desaparecer o caráter qualificado, ou diferenciado, da vida do homem
na cidade (bios), Agamben suscita que mesmo na categoria de politikòn zôon para o
homem, o que Aristóteles demonstra é que mesmo enquanto animal político, o
homem permanece enquanto um simples vivente, mas, não apenas enquanto um
simples vivente, mas um vivente qualificado, capaz de fala, de linguagem, de
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(...)Fracassamos na tentativa de entender os grandes experimentos totalitários do século vinte se
vemos eles apenas como a continuação das últimas grandes tarefas dos estados-nação do século
dezenove: nacionalismo e imperialismo. O que está em jogo agora é diferente, e muito mais grave,
pois é uma questão de colocar em jogo a própria existência fática de pessoas, quer dizer, sua vida
nua. Neste sentido, os totalitarismos do século vinte constituem na verdade a outra face da idéia
Hegelo-Kojeviana do fim da história o homem alcançou agora o seu telos histórico e, para uma
humanidade que se torna novamente animal, não resta nada a não ser a despolitização das
sociedades humanos, por um desvelamento incondicionado da oikonomia, ou, a tomada da própria
vida biológica como tarefa política (ou melhor impolítica) suprema. [...] As potencialidades históricas
tradicionais – poesia, religião, filosofia – das quais tanto as perspectivas Hegelo-Kojeviana e
Heideggeriana partiram para manter o destino dos povos despertado, foram há muito tempo
transformadas em espetáculos culturais e experiências privadas, e perderam toda a sua eficácia
história. Frente a este eclipse, a única tarefa que parece ainda reter alguma seriedade é assumir o
fardo – e o “controle total” – da vida biológica, ou seja, da própria animalidade do homem. Genoma,
economia global, e ideologia humanitária são as três faces deste processo histórco no qual a
humanidade pós-histórica parece tomar a sua própria fisiologia como o seu último e impolítico
mandato. Tradução livre realizada pelo autor.