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têm maior acesso às opções terapêuticas paliativas, gozam de uma melhor qualidade de
vida, controlam melhor os sintomas, recorrem com menor freqüência a tratamentos fúteis,
respondem melhor ao tratamento proposto, o que facilita consideravelmente a relação
médico-paciente.
Em amparo aos relatos, a bioética, os tratados e leis nacionais e
internacionais, em consonância com os anseios das pessoas, passaram a declarar e exigir
como direito fundamental dos pacientes e dever ético dos profissionais da saúde, a
prestação de informação e acesso à verdade ao paciente, sobre a sua saúde. Outras causas
contribuíram como fatores de mudanças: conscientização da população graças ao acesso
fácil à informação (televisão, internet, jornais, revistas etc.) das disposições legais nacionais
e internacionais que garantiram direitos, os avanços médicos na área da oncologia, a maior
valorização da autonomia dos indivíduos dentre outros.
Variadas são as “desculpas” de que se servem as pessoas para não revelarem
informações relativas à saúde de um paciente. Uma delas, a mais freqüente e também
encontrada neste trabalho, é a alegação de que a verdade sobre um diagnóstico ou
prognóstico sombrio, per se, poderia causar dano.
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Um estudo sobre a influência da
revelação da verdade sobre a qualidade de vida dos pacientes sugere que a mentira ou
omissão são prejudiciais ao paciente, enquanto que a honestidade com compaixão e
humanidade, revelam ser atitudes positivas e indicadas, se despidas de intenção de causar
dano ou de ser cruel.
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Na prática clínica, o que acontece é o isolamento do paciente, a omissão da
verdade e a mentira ao paciente, impossibilitam a discussão aberta das emoções e
ansiedades, fazendo com que os profissionais de saúde passem e evitar tais pacientes e suas
famílias, com conseqüente desconforto na equipe de saúde. O que vem evidenciar que ao