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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CTBMF
MESTRADO EM ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL
MICHEL AZEVEDO LANES
EXPANSÃO RÁPIDA MAXILAR COM PARAFUSO CONVENCIONAL E
LIMITADOR POSTERIOR EM PACIENTES COM FISSURA TRANSFORAME
INCISIVO: ALTERAÇÕES VERTICAIS E ÂNTERO-POSTERIORES
PORTO ALEGRE, 2006
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2
MICHEL AZEVEDO LANES
EXPANSÃO RÁPIDA MAXILAR COM PARAFUSO CONVENCIONAL E
LIMITADOR POSTERIOR EM PACIENTES COM FISSURA TRANSFORAME
INCISIVO: ALTERAÇÕES VERTICAIS E ÂNTERO-POSTERIORES
Dissertação apresentada como parte dos
requisitos exigidos para obtenção de grau de
Mestre em Odontologia, área de
concentração em Ortodontia e Ortopedia
Facial, da Faculdade de Odontologia,
Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul.
Orientador: Profª Dr.ª Márcia Rejane Brücker
PORTO ALEGRE, 2006
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todas as pessoas que direta ou indiretamente têm
me acompanhando neste longo caminho para realizar o sonho de ser ortodontista
e me formar em um curso tão difícil e concorrido como este.
Dedico ao meu pai José Pedro, que infelizmente não está mais presente
comigo neste momento, mas com certeza está sempre me acompanhando de
onde estiver, e minha mãe Carmen, que sempre colocou meus interesses a frente
dos seus e se esforçou o máximo para poder proporcionar tudo que foi possível na
minha vida e caminhada profissional. Devo muito a vocês pela paciência,
investimento financeiro e companheirismo nesta longa etapa, que está se
encerrando agora. Não estar perto da família é muito difícil, mas espero que
entendam e que se sintam tão realizados como eu estou me sentindo.
Dedico à minha noiva e futura esposa Giovanna que esteve sempre comigo
nas alegrias, nas tristezas, nos momentos difíceis que passei durante o curso.
Obrigado pelos ensinamentos e pela paciência que sempre teve comigo.
Agradeço por ter me incentivado a manter o foco, a não desistir em nenhum
momento, para ter conseguido completar o curso e completar este trabalho, que tu
começaste no ano anterior e conduziu maravilhosamente. Sem a tua ajuda com
certeza não teria conseguido. Espero que nós consigamos ter o sucesso como
ortodontistas que sempre almejamos e que continuemos trabalhando juntos nos
completando durante toda a vida. Te amo.
4
Dedico ao meu irmão Daniel pelo apoio nos momentos difíceis que
passamos e pela compreensão e amizade sempre demonstradas em todas as
etapas da minha vida e deste curso. A minha avó Cecy pela companhia e amizade
durante esta jornada. Ao meu sobrinho Danielzinho por ser minha primeira cobaia
ortodôntica.
Dedico ao meu sogro Hildo e minha sogra Elni por terem me recebido de
braços abertos em sua família e por me tratarem tão bem, como se fosse seu filho.
À distância de minha família foi uma das coisas mais difíceis, mas sinto que tenho
uma família em Porto Alegre também.
Obrigado, sem vocês isto não seria possível.
5
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora Márcia Rejane Brücker, pela ajuda incondicional
durante o trabalho e pela paciência e calma que sempre me transmitiu nos
momentos mais difíceis desta jornada.
Ao professor e amigo Eduardo Martinelli Santayana de Lima, pelo apoio
deste o tempo de graduação, pelos ensinamentos durante minha formação, pelas
oportunidades a mim concedidas e pelo companheirismo e amizade que sempre
teve comigo. Obrigado pelo grande incentivo para que buscasse meus objetivos e
me torna-se uma pessoa cada vez mais dedicada. Teu senso moral e ético que
sempre transmitiu aos teus alunos é um grande exemplo para mim.
Aos professores do curso de Mestrado em Ortodontia e Ortopedia Facial:
Susana Maria Deon Rizzatto, Luciane Macedo de Menezes, Telmo Bandeira
Berthold, Ernani Menezes Marchioro e Eduardo Martinelli Santayana de Lima,
pelos ensinamentos durante o curso, pela ajuda na minha formação científica e
pessoal. Obrigado por estarem sempre dispostos a esclarecerem todas as dúvidas
e terem a paciência nos momentos difíceis.
Aos meus colegas Paulo, Gustavo, Claudia, Marcos e Grazi, pelo
companheirismo nesta caminhada, por terem tornado a convivência diária e
intensa uma coisa prazerosa e que deixará saudades. Obrigado por me
6
agüentarem de mau humor e por sempre estarem dispostos a me ajudar nesta
etapa que foi tão difícil na minha vida.
Aos colegas Giovanna, Marcel, Rodrigo, Guilherme, Tati e Vanessa pelos
ensinamentos passados e pela convivência sempre ótima durante o primeiro ano.
Aos colegas Ricardo, Luciano, Maíra, Ana, Ariadna e Carine pelo convívio
durante o segundo ano e pelas coisas boas que passamos.
Aos funcionários da secretaria de pós-graduação Marcos, Carlos, Ana e
Davenir pela disposição sempre mostrada para resolver todos os nossos
problemas.
Às funcionárias que me acompanham deste o tempo de graduação e que
para mim são parte fundamental do bom ambiente desta Faculdade: Carla, Neuza,
Rejane, Alessandra, Rose, Lú, Zoila, Clécia, Jaque e Antonio. Obrigado por me
ajudarem em tudo que precisei e obrigado por estarem sempre de bom humor e
dispostas para tudo.
Aos pacientes do CERLAP por serem pessoas maravilhosas, apesar de tão
sofridas e discriminadas. Obrigado pela convivência e pelo aprendizado de vida
proporcionado. Espero que este pequeno trabalho ajude em algo para melhorar a
vida de vocês.
7
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar os efeitos da expansão
rápida maxilar (ERM) em pacientes com fissura de lábio e palato, utilizando
disjuntor de Haas modificado com dois diferentes tipos de parafusos expansores.
A amostra constituiu-se de 31 indivíduos portadores de fissura transforame
incisivo com idade média de 10,7 anos, que apresentavam atresia maxilar na
região anterior e relação transversal posterior correta. Destes, 17 pacientes foram
submetidos a ERM com parafuso limitador posterior (Grupo LP) e 14 com parafuso
convencional (Grupo C), sendo avaliadas telerradiografias de perfil no período pré-
expansão (T1), pós-expansão (T2), e seis meses pós-expansão (T3). Através do
teste t-student e teste de Friedman (p0,05) verificou-se que em ambos os
Grupos a maxila movimentou-se para baixo, no Grupo LP também para frente, no
período T2 e mantendo-se em T3. A movimentação mandibular foi semelhante
entre os Grupos, havendo um posicionamento para baixo e para posterior em T2
retornando para anterior em T3. Os incisivos superiores nos Grupos LP e C
extruíram e no Grupo LP sofreram vestibularização no período de T2, mantendo-
se em T3. Os molares superiores no Grupo Convencional sofreram extrusão em
T2 e retornaram a posição inicial em T3 e houve uma abertura do plano oclusal no
Grupo Convencional, que foi reduzida em T3. Na avaliação do perfil observou-se
uma maior projeção dos tecidos moles para anterior no Grupo LP.
Unitermos: Parafusos expansores. Expansão rápida maxilar. Fissura de lábio e
palato
8
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate and compare the effects of rapid
maxillary expansion (RME) in patients with cleft lip and palate, applying a modified
Haas expander with two different types of expanding screws. The sample was
composed of 31 individuals with complete cleft lip and palate with mean age of
10.7 years, presenting maxillary atresia at the anterior region and adequate
posterior transverse relationship. Among these, 17 patients were submitted to RME
with an expanding screw with posterior stop (LP group) and 14 with a conventional
screw (C group). The study comprised analysis of lateral cephalograms before
expansion (T1), after expansion (T2), and six months after expansion (T3). The
Student’s t test and Friedman test (p0.05) revealed that the maxilla presented
downward displacement in both groups and forward displacement in the LP group
at T2, which was maintained at T3. Mandibular movement was similar between
groups, with downward and backward positioning at T2 and returning to the initial
position at T3. The maxillary incisors were extruded in the LP and C groups and
presented buccal tipping in the LP group. The maxillary molars in the C group
presented extrusion at T2 and returned to the initial position at T3; the C group also
presented opening of the occlusal plane, which was reduced at T3. Profile
evaluation revealed greater forward soft tissue projection for the LP group.
Uniterms: Expanding screws. Rapid maxillary expansion. Cleft lip and palate.
9
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 1. Caracterização da amostra quanto ao sexo, média de idade,
tipo de parafuso utilizado e o tipo de fissura transforame
incisivo........................................................................................ 55
Quadro 2. Caracterização da amostra quanto ao tipo de fissura
transforame incisivo correlacionando com o tipo de parafuso
utilizado...................................................................................... 55
Tabela 1. Comparação da diferença (T2-T1) entre os grupos de
pacientes Unilaterais e Bilaterais ............................................... 139
Tabela 2. Comparação da diferença (T3-T1) entre os grupos de
pacientes Unilaterais e Bilaterais.................................................. 140
Tabela 3. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas– Maxilares - Grupo CONVENCIONAL............... 76
Tabela 4. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
EsqueléticasMaxilares - Grupo LP ........................................ 78
Tabela 5. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas – Mandibulares - Grupo CONVENCIONAL......... 81
Tabela 6. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
EsqueléticasMandibulares - Grupo LP................................. 82
Tabela 7. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas Maxilo-mandibulares – Grupo
CONVENCIONAL......................................................................... 85
Tabela 8. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas Maxilo-mandibulares - Grupo LP........................ 86
Tabela 9. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias
- Maxilares – Grupo CONVENCIONAL...................................... 89
10
Tabela 10. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Dentárias - Maxilares - Grupo LP............................................ 90
Tabela 11. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Dentárias – Mandibulares e Maxilo-mandibulares – Grupo
CONVENCIONAL ..................................................................... 93
Tabela 12. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Dentárias- Mandibulares e Maxilo-mandibulares - Grupo
LP ................................. ............................................................ 94
Tabela 13. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações
Perfil - Angulares – Grupo CONVENCIONAL......................... 96
Tabela 14. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações
Perfil - Angulares - Grupo LP.................................................. 97
Tabela 15. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações
Perfil - Lineares – Grupo CONVENCIONAL........................... 100
Tabela 16. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações
Perfil – Lineares - Grupo LP.................................................... 101
Tabela 17. Estudo do Erro. Médias, desvios-padrão, diferença média
e resultado do teste t-student das medidas realizadas nas
telerradiografias de perfil, no nível de signifincia de 5%...... 142
11
LISTA DE FIGURAS
Figura 1A. Vista oclusal da arcada superior do paciente do Grupo
Convencional com disjuntor de Hass modificado com parafuso
Convencional.............................................................................. 57
Figura 1B. Parafuso expansor convencional Leone® (Grupo C)................. 57
Figura 2A. Vista oclusal da arcada superior do paciente do Grupo LP
com disjuntor de Hass modificado com parafuso expansor
com limitador posterior............................................................... 57
Figura 2B. Parafuso expansor com limitador posterior em peça única
Leone® (Grupo LP).................................................................... 57
Figura 3A. Grupo Convencional – Disjuntor do tipo Hass modificado
confeccionado com parafuso expansor convencional:
Pré-expansão (T1)...................................................................... 58
Figura 3B. Grupo Convencional – Disjuntor do tipo Hass modificado
confeccionado com parafuso expansor convencional: Pós-
expansão (T2).......................................................................... 58
Figura 4A. Grupo LP– Disjuntor do tipo Hass modificado confeccionado
com parafuso expansor com limitador posterior: Pré-expansão
(T1)............................................................................................. 59
Figura 4B. Grupo LP– Disjuntor do tipo Hass modificado confeccionado
com parafuso expansor com limitador posterior: Pós-
expansão (T2)............................................................................ 59
Figura 5. Pontos Cefalométricos Esqueléticos............................................. 62
Figura 6. Pontos Cefalométricos Dentários e do Perfil ............................... 64
Figura 7. Linhas e Planos Cefalométricos.................................................... 65
Figura 8. Medidas Esqueléticas Maxilares .................................................. 66
Figura 9. Medidas Esqueléticas Mandibulares ........................................... 67
Figura 10. Medidas Esqueléticas Maxilo-mandibulares .............................. 68
Figura 11. Medidas Dentárias Maxilares...................................................... 69
Figura 12: Medidas Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares.......... 70
12
Figura 13: Medidas de Perfil Lineares ........................................................ 71
Figura 14: Medidas de Perfil Angulares ...................................................... 72
Figura 15: Fotografias extra-orais e intra-orais de um paciente do Grupo
LP pré-expansão (T1). .............................................................. 104
A. Fotografia extra-oral lateral.
B.Fotografia extra-oral de frente
C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo
D. Fotografia intra-oral oclusal superior
E. Fotografia intra-oral oclusal inferior
F. Fotografia intra-oral lateral direita
G. Fotografia intra-oral frontal
H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
Figura 16: Fotografias extra-orais e intra-orais de um paciente do Grupo
LP pós-expansão (T2)................................................................ 105
A. Fotografia extra-oral lateral.
B.Fotografia extra-oral de frente
C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo
D. Fotografia intra-oral oclusal superior
E. Fotografia intra-oral oclusal inferior
F. Fotografia intra-oral lateral direita
G. Fotografia intra-oral frontal
H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
Figura 17: Fotografias extra-orais e intra-orais de um paciente do Grupo
Convencional pré-expansão (T1)............................................... 106
A. Fotografia extra-oral lateral.
B.Fotografia extra-oral de frente
C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo
D. Fotografia intra-oral oclusal superior
E. Fotografia intra-oral oclusal inferior
F. Fotografia intra-oral lateral direita
G. Fotografia intra-oral frontal
H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
Figura 18: Fotografias extra-orais e intra-orais de um paciente do Grupo
convencional pós-expansão (T2)............................................... 107
A. Fotografia extra-oral lateral.
B.Fotografia extra-oral de frente
C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo
D. Fotografia intra-oral oclusal superior
E. Fotografia intra-oral oclusal inferior
F. Fotografia intra-oral lateral direita
G. Fotografia intra-oral frontal
H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
13
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas – Maxilares – Grupo CONVENCIONAL............ 77
Gráfico 2. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
EsqueléticasMaxilaresGrupo LP..................................... 78
Gráfico 3. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Medidas
Esqueléticas – Maxilares ........................................................ 79
Gráfico 4. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Medidas
Esqueléticas – Maxilares......................................................... 80
Gráfico 5. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas – Mandibulares – Grupo CONVENCIONAL..... 81
Gráfico 6. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
EsqueléticasMandibularesGrupo LP.............................. 83
Gráfico 7. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Medidas
Esqueléticas – Mandibulares.................................................. 84
Gráfico 8. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Medidas
Esqueléticas – Mandibulares.................................................. 84
Gráfico 9. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas Maxilo-mandibulares – Grupo
CONVENCIONAL...................................................................... 85
Gráfico 10. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Esqueléticas Maxilo-mandibularesGrupo LP.................... 86
Gráfico 11. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos:
Medidas Esqueléticas Maxilo Mandibulares....................... 87
14
Gráfico 12. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos:
Medidas Esqueléticas Maxilo-Mandibulares......................... 88
Gráfico 13. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Dentárias – Maxilares – Grupo CONVENCIONAL.................. 89
Gráfico 14. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Dentárias – MaxilaresGrupo LP........................................... 91
Gráfico 15. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos:
Medidas Dentárias – Maxilares............................................... 92
Gráfico 16. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos:
Medidas Dentárias – Maxilares............................................... 92
Gráfico 17. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Dentárias – Mandibulares e Maxilo-mandibulares – Grupo
CONVENCIONAL ..................................................................... 93
Gráfico 18. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas
Dentárias – Mandibulares e Maxilo-mandibulares – Grupo
LP............................................................................................... 94
Gráfico 19. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos:
Medidas Dentárias – Mandibulares e Maxilo-mandibulares. 95
Gráfico 20. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos:
Medidas Dentárias – Mandibulares e Maxilo-mandibulares. 95
Gráfico 21. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil
–Angulares – Grupo CONVENCIONAL................................... 96
Gráfico 22. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil
– Angulares : Grupo LP........................................................... 97
Gráfico 23. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos:
Alterações Perfil – Angulares................................................. 98
15
Gráfico 24. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos:
Alterações perfil – Angulares.................................................. 99
Gráfico 25. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil
– Lineares – Grupo CONVENCIONAL..................................... 100
Gráfico 26. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil
– Lineares – Grupo LP............................................................. 101
Gráfico 27. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos:
Alterações Perfil – Lineares.................................................... 102
Gráfico 28. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos:
Alterações perfil – Lineares.................................................... 103
16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 20
2 REVISÃO DA LITERATURA.................................................................... 23
2.1 FISSURAS DE LÁBIO E PALATO.......................................................... 23
2.1.2 Embriogênese.................................................................................... 23
2.1.3 Incidência............................................................................................ 25
2.1.4 Etiologia.............................................................................................. 27
2.1.5 Classificação...................................................................................... 29
2.1.6 Características dos Pacientes com Fissura de Lábio e Palato..... 29
2.1.7Tratamento das Fissuras de Lábio e Palato: Alterações
provocadas pelas Cirurgias Primárias ..................................................... 32
2.2 EXPANSÃO RÁPIDA MAXILAR ............................................................ 36
2.2.1 Histórico ............................................................................................. 36
2.2.2 Indicações ......................................................................................... 38
2.2.3 Expansão Rápida Maxilar em Pacientes com Fissura de Lábio e
Palato........................................................................................................... 39
2.2.4 Parafusos Expansores com limitador posterior para Expansão
Rápida Maxilar............................................................................................. 42
2.2.5 Alterações Produzidas pela Expansão Rápida Maxilar.................. 45
3 PROPOSIÇÃO.......................................................................................... 53
4 MATERIAL E MÉTODO........................................................................... 54
4.1 CONFECÇÃO E CIMENTAÇÃO DO APARELHO DISJUNTOR............ 58
4.2 PROTOCOLO DE ATIVAÇÃO ............................................................... 59
4.3 OBTENÇÃO DA TELERRADIOGRAFIA DE PERFIL............................ 60
4.4 CEFALOMETRIA.................................................................................... 61
17
4.4.1 Pontos Cefalométricos ..................................................................... 61
4.4.1.1 Pontos Esqueléticos....................................................................... 61
4.4.1.2 Pontos Dentários e do Perfil ......................................................... 63
4.4.2 Linhas e Planos Cefalométricos ...................................................... 64
4.4.3 Medidas Cefalométricas.................................................................... 66
4.4.3.1 Medidas Esqueléticas .................................................................... 66
4.4.3.1.1 Esqueléticas Maxilares................................................................ 66
4.4.3.1.2 Esqueléticas Mandibulares......................................................... 67
4.4.3.1.3 Esqueléticas Maxilo-mandibulares............................................ 68
4.4.3.2 Medidas Dentárias ......................................................................... 69
4.4.3.2.1 Dentárias Maxilares..................................................................... 69
4.4.3.2.2 Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares....................... 70
4.4.3.3 Análise do Perfil ............................................................................. 71
4.4.3.3.1 Perfil Linear.................................................................................. 71
4.4.3.3.2 Perfil Angular................................................................................ 72
4.5 ESTUDO DO ERRO............................................................................... 73
4.6 TRATAMENTO ESTATÍSTICO............................................................... 73
5 RESULTADOS ........................................................................................ 75
5.1 COMPARAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE FISSURA................................ 75
5.2 ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS........................................................... 76
5.2.1 Esqueléticas Maxilares...................................................................... 76
5.2.2 Esqueléticas Mandibulares............................................................... 80
5.2.3 Esqueléticas Maxilo-mandibulares.................................................. 85
5.3 ALTERAÇÕES DENTÁRIAS.................................................................. 88
5.3.1 Dentárias Maxilares........................................................................... 88
5.3.2 Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares............................. 93
18
5.4 ALTERAÇÕES DO PERFIL.................................................................... 96
5.4.1 Angulares............................................................................................ 96
5.4.2 Lineares.............................................................................................. 99
5.5 ILUSTRAÇÕES....................................................................................... 104
6 DISCUSSÃO............................................................................................. 108
6.1 ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS .......................................................... 109
6.1.1 Esqueléticas Maxilares ..................................................................... 109
6.1.2 Esqueléticas Mandibulares .............................................................. 112
6.1.3 Esqueléticas Maxilo-mandibuares .................................................. 114
6.2 ALTERAÇÕES DENTÁRIAS.................................................................. 116
6.2.1 Dentárias Maxilares........................................................................... 116
6.2.2 Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares............................. 119
6.3 ALTERAÇÕES DE PERFIL ................................................................... 121
6.3.1 Angulares ........................................................................................... 121
6.3.2 Lineares ............................................................................................. 123
6.4 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS............................................................... 124
7 CONCLUSÃO .......................................................................................... 127
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 129
ANDICE A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado
pelos pacientes da amostra.................................................. 137
ANDICE B Tabela 1. Comparação da diferença (T2-T1) entre os
grupos de pacientes Unilaterais e Bilaterais......................... 139
Tabela 2. Comparação da diferença (T3-T1) entre os
grupos de pacientes Unilaterais e Bilaterais......................... 140
19
ANDICE C Tabela 17. Estudo do Erro. dias, desvios-padrão,
diferença média e resultado do teste t-student das
medidas realizadas nas telerradiografias de perfil, no
nível de significância de 5% .............................................. 142
ANEXO A Protocolo de aprovação do projeto de dissertação pela
Comissão de Ética da Faculdade de Odontologia da
PUCRS....................................................................................... 145
20
1. INTRODUÇÃO
As fissuras de lábio e palato são alterações faciais de origem embriológica,
determinadas pela falta de fusão dos processos nasais mediais entre si, e destes
com os processos maxilares. Sua prevalência é considerada alta, sendo de 1 pra
cada 650 indivíduos nascidos (SILVA FILHO, ALMEIDA, 1992). A criança
portadora de fissura de lábio e palato apresenta, desde seu nascimento,
alterações ósseas e musculares características desta anomalia (CARDIN, 1997).
Compondo a equipe que trata da reabilitação de pacientes com lesões congênitas
maxilo-faciais, a presença de cirurgiões-dentistas é necessária, uma vez que os
dentes e maxilares m um importante papel no crescimento e desenvolvimento
dos terços médio e inferior da face. O ortodontista vai cuidar da prevenção, do
diagnóstico e do tratamento das anomalias dentárias e maxilo-faciais (LOPES,
GONZALES, 1998).
Uma das primeiras terapias nesses pacientes consiste na reconstituição
cirúrgica das estruturas lesadas, através da queiloplastia e palatoplastia. Estas
exercem um efeito estético e funcional positivo, representando um alívio para pais
e pacientes. Porém, estas cirurgias causam efeitos negativos sobre o crescimento
facial, resultando em um lábio operado deficiente capaz de reduzir drasticamente
as dimensões da face, tendo como conseqüências possíveis uma mordida
cruzada e retrusão maxilar, principalmente no grupo de fissura transforame
incisivo (CAPELOZZA FILHO, SILVA FILHO, 1992).
21
Como parte do protocolo para corrigir as discrepâncias maxilares, utiliza-
se a Expansão Rápida Maxilar. Este procedimento tem por objetivo a correção da
atresia com a abertura dos ossos maxilares e tem como conseqüência alterações
nos ossos maxilares e estruturas adjacentes. No tratamento dos fissurados,
principalmente nas fissuras de lábio e palato, é freqüente a necessidade da
expansão ortopédica da maxila, uma vez que o colapso dos segmentos tem alta
incidência. (HAAS, 1970; CAPELOZZA FILHO, MAZZOTTINI, ABDO, 1980).
Em virtude da fissura, os efeitos da expansão diferem em alguns aspectos,
principalmente no que se refere à manutenção dos resultados obtidos pós-
expansão (SILVA FILHO et al., 1998).
Determinados tipos de fissura promovem atresia localizada apenas na
região anterior da maxila, enquanto que a região posterior encontra-se correta.
Para correção deste problema, emprega-se à expansão rápida maxilar com
parafuso com limitador posterior (TIMMS, 1981).
As alterações e efeitos adversos da expansão com parafuso limitador
posterior não estão completamente elucidados pela falta de estudos clínicos.
Fuchs (2005) avaliou seus efeitos transversais, em telerradiografias póstero-
anteriores, radiografias oclusais e modelos de gesso e verificou que este parafuso
promove grande ganho na região anterior e pequenas alterações na região
posterior do arco.
Dando continuidade a este trabalho, buscamos agora analisar as
modificações que ocorrem no sentido ântero-posterior e vertical nestes pacientes,
utilizando telerradiografias de perfil. Este estudo tem como objetivo comparar a
expansão rápida maxilar utilizando parafuso convencional e parafuso com
22
limitador posterior em pacientes com fissura transforame incisivo, na fase de pós-
expansão imediata e na fase de contenção 6 meses após a expansão.
23
2.
REVISÃO DA LITERATURA
2.1. FISSURAS DE LÁBIO E PALATO
As fissuras de lábio e palato, cuja manifestação clínica se expressa pela
ruptura do lábio e/ou palato, situam-se entre os defeitos mais triviais que
hostilizam o ser humano e representam as mais comuns das malformações
congênitas que envolvem a face e a cavidade bucal (AIELLO, SILVA FILHO,
FREITAS, 2000).
A conduta a ser tomada frente a fissuras de lábio e palato depende da
severidade e complexidade das mesmas, variando o tempo de tratamento e
prognóstico para cada caso (SILVA FILHO et al., 1998).
2.1.2 Embriogênese
A formação da face humana ocorre durante o período embrionário por meio
de um processo altamente complexo, que implica na interação de fatores
filogenéticos e ontogenéticos. Neste curto período de tempo, pode-se observar
inúmeras alterações histológicas e morfológicas, acompanhadas de migrações e
interações bioquímicas sincronizadas, que delineiam no embrião cinco processos
faciais embrionários: um processo frontal, dois maxilares e dois mandibulares
(AIELLO, SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
24
O palato exibe duas origens embriológicas distintas: o palato primário e o
palato secundário. O palato primário começa a se desenvolver na sexta semana
de vida intra-uterina. O palato primário forma a parte pré-maxilar da maxila. No
individuo adulto representa a parte anterior ao forame incisivo (MOORE, 1990;
AIELLO, SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
O palato secundário forma o palato duro e mole do individuo adulto, que se
estendem posteriormente desde o forame incisivo. Inicia seu desenvolvimento na
sexta semana de vida intra-uterina, a partir de duas projeções dos processos
maxilares. Inicialmente, apresentam-se como estruturas em forma de prateleira,
chamadas processos laterais do palato, que projetam-se infero-medialmente de
ambos os lados da língua. Com o desenvolvimento da maxila, a língua se desloca
para baixo projetando os processos laterais superiormente. Estes, então,
aproximam-se um do outro e se fundem no plano médio por volta da oitava
semana de vida intra-uterina. Eles também se fundem com o septo nasal e a parte
posterior do palato primário (MOORE, 1990).
Depois da fusão dos processos laterais persiste um pequeno canal na linha
média do palato entre a parte pré-maxilar e os processos palatinos dos maxilares.
Este canal no individuo adulto será o forame incisivo. Uma sutura irregular corre
do forame incisivo até o processo alveolar da maxila na região entre os incisivos
laterais e caninos bilateralmente. Esta sutura indica onde os planos primário e
secundário embrionários se fundiram e onde as fendas do palato anterior ocorrem
(MOORE, 1990).
As fissuras de lábio e palato fazem parte das anomalias faciais congênitas
decorrentes da não junção dos processos faciais. As fissuras labiais resultam da
25
falta de fusão dos processos frontonasal e maxilar por volta da sexta semana de
vida intra-uterina. As fissuras palatinas resultam da falta de fusão das placas
palatinas do processo maxilar, fusão esta que ocorre por volta da nona semana de
vida intra-uterina (VASCONCELOS et al., 2002).
Teorias clássicas explicam o surgimento destas lesões pela falha de
fusionamento dos processos faciais embrionários (mandibulares, maxilares, nasais
mediais e nasais laterais) e palatinos (palatinos primário e secundário). Esta falha
no fusionamento ocorreria devido a um desenvolvimento insuficiente de um ou
mais processos embrionários ou uma desintegração epitelial inadequada após o
contato destes processos entre si, causando uma mesodermização insuficiente de
um processo para o outro. Ainda com relação aos processos palatinos
secundários, a falta de horizontalização destes processos, em um estágio que
antecede a sua aproximação e fusionamento ao longo da linha mediana, também
é um fator considerado para explicar o surgimento das fissuras que acometem o
palato (AIELLO, SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
2.1.3 Incidência
As fissuras de lábio e palato são as mais comuns das anomalias faciais,
bucais e vocais. Considerando as anomalias congênitas de todos os tipos, as
fissuras de lábio e palato são secundárias apenas em relação ao torto
(THORTON, NIMER, HOWARD, 1996).
As fissuras de lábio e palato acometem todos os grupos raciais e étnicos,
independente do sexo e classe socioeconômica. Segundo levantamento realizado
26
no Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais (HRAC) da Universidade
de São Paulo (USP), em Bauru, as fissuras que comprometem o lábio e o palato
(fissura transforame incisivo) unilateral do lado esquerdo ocorrem com maior
freqüência, perfazendo cerca de 20% dos pacientes cadastrados no HRAC.
Quanto ao sexo as fissuras de um modo geral acometem mais o sexo masculino.
Entre as raças, a amarela, mais especificamente os japoneses, demonstram maior
susceptibilidade, contrariamente a raça negra. A raça branca, com suas variações
étnicas permanece numa faixa intermediária. Levantamentos epidemiológicos
denunciam dados variando na ordem de 1:373 e 1:498 para a raça amarela,
1:2.070 para negros africanos e entre 1:500 e 1:768 para os brancos (AIELLO,
SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
SHAPIRA et al. (1999), analisaram registros de 278 indivíduos com fissuras
a fim de verificarem a freqüência e o padrão de distribuição da fissura labial, da
fissura lábio-alveolar, da fissura de lábio e palato e da fissura isolada do palato,
com possíveis associações entre sexo, tipo de fissura e lado afetado. O tipo de
fissura variou entre os gêneros: o masculino apresentou um índice maior de
fissura de lábio e palato, e o feminino, de fissura palatal isolada. Não foi
encontrada diferença entre os gêneros para fissura labial ou fissura lábio-alveolar.
Fissuras unilaterais do palato primário e secundário ocorreram com uma
freqüência três vezes maior do que as fissuras bilaterais, sendo que o lado
esquerdo demonstrou predominância sobre o direito.
As fissuras que envolvem simultaneamente lábio e palato (transforame
incisivo), quando unilateral correspondem a 35% das malformações congênitas de
lábio e palato (SILVA FILHO, LAURIS, CAVASSAN, 1990).
27
2.1.4 Etiologia
Sua etiologia é controversa, mas considerada multifatorial, com fatores
genéticos e ambientais atuando juntos ou isoladamente. Parecem contribuir como
fatores etiológicos das fissuras de lábio e palato além dos fatores ambientais, o
fumo, fatores nutricionais, tóxicos, endócrinos, radiações ionizantes e fatores
infecciosos (MONTOYAMA, LINO, LOPES, 2000; MELGAÇO et al., 2002).
A desnutrição parece contribuir fortemente no processo de formação das
fissuras de lábio e palato, visto que o maior número de fissuras faciais congênitas
apresentam-se nas classes sociais com menor poder aquisitivo e, portanto, com
um equilíbrio nutricional mais pobre (ROCHA, TELLES, 1990).
A etiologia das fissuras de lábio e palato é muito controversa, não podendo
se isolar um fator causal especifico, mais sim enumerar possíveis agentes
agrupados em duas grandes categorias: fatores genéticos e ambientais. A
genética, mediante a herança e alterações cromossômicas, responde apenas por
30% dos casos, enquanto os outros 70% restantes, atribui-se a todo e qualquer
fator adverso ao meio uterino durante o período embrionário. Entre os inúmeros
agentes teratogênicos discutidos na literatura, mencionam-se: infecções viróticas
como a rubéola e a toxoplasmose, deficiência nutricional, radiação ionizante,
estresse emocional, fumo e alcoolismo, idade dos pais, estações do ano, drogas
anticonvulsivas e outras drogas (AIELLO, SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
As substâncias teratogênicas, como determinados fármacos podem causar
defeitos congênitos. As doenças infecciosas como rubéola, sífilis, difteria,
28
leishmaniose, pneumonia, malária, escarlatina e gripe, durante os primeiros meses
de gestação, também podem produzir esses defeitos, considerados então
induzidos pelo ambiente. O diabetes durante a gravidez também pode causar
fissuras de lábio e palato, assim como o alcoolismo (ATHERTON, 1974).
Quando uma fissura de lábio e/ou palato for de origem genética e,
principalmente, associada a uma síndrome, como por exemplo, síndrome de Van
Der Woude, ndrome de Apert, síndrome de Crouzon, etc., a sua etiologia pode
ser mais facilmente identificada pela associação desta lesão com as demais
características das síndromes. Porém, em uma fissura isolada, a etiologia pode
ser difícil de ser identificada, a menos que algum fator teratogênico específico que
tenha atuado durante o primeiro trimestre da gestação seja conhecido (AIELLO,
SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
Os distúrbios genéticos são classificados nos seguintes grupos: 1-
distúrbios cromossômicos, 2- distúrbios de um gene. 3- distúrbios multifatoriais
e, 4- distúrbios mitocondriais. As fissuras de lábio e palato são primariamente
consideradas da classe dos distúrbios multifatoriais, embora não haja um
consenso entre os pesquisadores. A expressão de um distúrbio multifatorial é
considerada sobre a base de um modelo limítrofe, pela qual os que têm genes
causadores de doenças e são submetidos a fatores ambientais tem maior
probabilidade de exceder o limiar e expressar o distúrbio (THORTON, NIMER,
HOWARD, 1996).
29
2.1.5 Classificação
Segundo Rocha, Telles (1990), o grau de envolvimento anatômico das
fissuras de lábio e palato é bastante variado, sendo variado também os prejuízos
estéticos, psicológicos e funcionais advindos da fissura.
Existem inúmeras classificações relacionadas às fissuras de lábio e palato.
Segundo classificação proposta por Spina, Psillakis, Lapa (1972) e modificada por
Silva Filho et al. (1992), as fissuras de lábio e palato o divididas em quatro
grupos, tomando o forame incisivo como ponto de referência. As fissuras pré-
forame incisivo fendem o lábio e rebordo alveolar, não se estendendo além. As
fissuras transforame incisivo envolvem por completo a maxila, desde o lábio até a
úvula. As fissuras pós-forame incisivo envolvem apenas o palato, tendo como
limite anterior o forame incisivo. As fissuras raras da face englobam as fissuras
oblíquas, transversas, do lábio inferior, do nariz, entre outras. Esta classificação é
adotada pelo Centro de Reabilitação de Fenda Lábio Palatal (CERLAP) da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
2.1.6 Características dos Pacientes com Fissura de Lábio e Palato
Logo após o nascimento, implicações estéticas, funcionais e emocionais se
sucedem de forma e intensidade variadas, dependendo do tipo de fissura. Estas
fissuras causam efeito negativo aos pais, acompanhadas de sentimentos de culpa
e rejeição. A relação causa/efeito direta destas implicações delineiam um perfil
30
psicológico negativo nesses pacientes, o qual iinterferir no seu ajuste pessoal,
social e intelectual (AIELLO, SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
Nas fissuras pré-forame, as alterações dos tecidos moles e ósseos
localizam-se apenas na região anterior da maxila e do nariz, sem comprometerem
gravemente o complexo crânio-facial. O crescimento facial se faz normal, com
exceção da região da fissura. A fissura labial pura não apresenta alterações
significantes no esqueleto da face (MELGAÇO et al., 2002).
O grupo transforame incisivo efetivamente apresenta os maiores
envolvimentos funcionais, estéticos e psicológicos. Nos casos bilaterais a maxila
apresenta-se dividida em três segmentos, sendo dois laterais e um mediano. O
lábio superior igualmente se apresenta em três partes, sendo que a porção do
filtro apresenta-se reduzida. A completa comunicação entre as cavidades nasal e
bucal traz conseqüências como problemas de mastigação e deglutição dos
alimentos. Os incisivos laterais tendem a se apresentar ausentes no lado da
fissura, a estética nasal apresenta-se amplamente comprometida, havendo um
achatamento nasal do lado da fissura e um desvio do septo nasal para o lado
íntegro. A fonação também é comprometida, devido a esta comunicação entre as
cavidades bucal e nasal, gerando um som ininteligível (ROCHA, TELLES, 1990).
Nas fissuras transforame incisivo, tanto unilateral quanto bilateralmente,
o comprometimento do lábio superior, perda de continuidade do assoalho nasal,
rebordo alveolar, palato duro e palato mole, incluindo a úvula, promovendo
alterações no septo, na pré-maxila e nos segmentos laterais dos processos
alveolares (CAPELOZZA FILHO et al, 1995; CAPELOZZA FILHO, CAVASSAN,
SILVA FILHO, 1987).
31
A erupção dos dentes na pré-maxila não produz qualquer ganho de osso,
devido à alta freqüência de dentes ausentes ou malformados. Os incisivos
superiores freqüentemente erupcionam com inclinação palatina e mesmo com a
pré-maxila protruída, pode resultar em mordida cruzada anterior (CAPELOZZA
FILHO et al., 1994).
A cirurgia do lábio provoca contração do arco maxilar em crianças com
fissura de lábio e palato. Com isso o processo alveolar do segmento menor pode
mover-se, pelas forças musculares, a uma posição lingual em relação ao arco
mandibular, isto freqüentemente resulta em maloclusão de mordida cruzada em
um ou ambos segmentos dos arcos dentários (SUBTELNY, 1966).
ROSS (1970), pesquisou as implicações clínicas do crescimento facial em
indivíduos que apresentavam fissura de lábio e palato. As três maiores alterações
na morfologia facial, características de todos os tipos de fissura, são: retrusão da
face média e crescimento maxilar ântero-posterior inadequado, distorções das
estruturas dento-alveolares e diferença na postura e na forma da mandíbula. A
alteração da postura da mandíbula reduz a protrusão do mento, tendendo a
disfarçar o subdesenvolvimento da face dia. Geralmente a criança aos seis
anos de idade parece ter um desenvolvimento adequado da face média, mas
durante o surto de crescimento puberal a deformidade aparece devido ao
crescimento diferencial da mandíbula e da maxila.
Nos pacientes com fissuras pós-forame incisivo, alterações estéticas não
são observadas. O maior comprometimento fica por conta da fonação, onde estes
pacientes apresentam uma voz de caráter anasalado (SILVA FILHO, ALMEIDA,
1992).
32
A eficiência nutricional e mastigatória nesses pacientes é reduzida, devido
às alterações morfológicas dos arcos dentários e respectivas bases ósseas,
principalmente da maxila. Essas alterações são influenciadas mais severamente
pelas fissuras transforame incisivo. Esse tipo de lesão, geralmente compromete o
crescimento maxilar, levando aos mais variados graus de atresia. Além das
próprias características intrínsecas da fissura, as cirurgias reparadoras, realizadas
precocemente, também contribuem para as alterações espaciais da maxila.
(CAPELOZZA, SILVA FILHO, 1992).
Segundo Posen (1957) os pacientes com fissura de lábio e palato
apresentam algumas características que devem ser consideradas pelos
ortodontistas:
1- O arco maxilar é constrito e os segmentos alveolares são inclinados para o
lado da fissura;
2- Devido a esta inclinação uma mordida cruzada parcial ou total é observada;
3- Os dentes anteriores superiores geralmente erupcionam por lingual dos
inferiores, principalmente nos indivíduos com fissura bilateral.
4- Quando há cirurgia debio, a presença do tecido cicatricial cria uma
pressão excessiva em direção posterior agindo contra o segmento anterior.
2.1.7 Tratamento das Fissuras de Lábio e Palato: Alterações provocadas
pelas Cirurgias Primárias
Embora as fissuras de lábio e palato não possam ser prevenidas, suas
consequências podem ser minoradas, através de um tratamento por meio de uma
33
equipe multidisciplinar, que vise uma reabilitação morfológica, funcional e
psicossocial deste paciente. Esse tratamento deve ser instituído logo após o
nascimento, iniciando-se pelas cirurgias plásticas reparadoras, denominadas
palatoplastia e queiloplastia (AIELLO, SILVA FILHO, FREITAS, 2000).
As cirurgias primárias acarretam inconvenientes quando realizadas em
pacientes com fissura transforame incisivo, principalmente bilaterais, onde suas
manifestações são desfavoráveis à estética facial. Há uma incompatibilidade
entre cirurgias precoces e plenitude do crescimento facial. Os sinais clínicos
visíveis são as mordidas cruzadas de diferentes magnitudes, reduzindo
consideravelmente a largura e o comprimento do arco dentário superior (SILVA
FILHO, FREITAS, OKADA, 2000).
A conformação anatômica da maxila no paciente fissurado encontra-se
deformada mesmo antes do nascimento. Os procedimentos cirúrgicos devem
começar cedo, com a reconstituição do lábio (queiloplastia), a partir dos três
meses de idade e do palato (palatoplastia) a partir dos 12 meses de idade. Após
estas cirurgias existe uma tendência dos segmentos palatinos aproximarem-se, e
com o passar do tempo, esta morfologia inicial alargada vai dando lugar a um arco
dentário mais estreito, influenciado principalmente pela cirurgia do lábio, capaz de
reduzir todas as dimensões transversais e sagitais do arco dentário (SILVA FILHO
et al., 1998).
Durante a puberdade o perfil dos pacientes fissurados tende a se tornar
mais côncavo, devido ao surto de crescimento mandibular em detrimento ao
crescimento maxilar (CAPELOZZA FILHO et al., 1994).
34
um significante retardo no crescimento da dimensão ântero-posterior e
lateral, imediatamente após o tratamento cirúrgico. Porem, este atraso tende a
suavizar-se após os 4 anos de idade. Na fissura transforame completa, a relação
transversa encontra-se mais afetada que a relação ântero-posterior (MAZAHERI
et. al., 1971).
Subtelny (1966) descreve que a reconstrução do lábio freqüentemente gera
pressão no segmento alveolar. Esta ação, em alguns casos, pode trazer uma
aproximação do segmento alveolar para frente e, em outros casos, ocorre uma
sobre-rotação medial do segmento alveolar maxilar. A ação do lábio não é restrita
apenas ao osso alveolar, mas pode causar uma reorganização na arquitetura
maxilar as margens da fissura. Se um ou ambos os segmentos maxilares
encontram-se posicionados medialmente, o deslocamento pode resultar em um
problema ortodôntico: a constrição do arco maxilar, cujo resultado é a mordida
cruzada em um ou ambos os segmentos posteriores do arco dental.
Ranta, Oikari, Haataja (1974), após avaliar pacientes com fissura
transforame unilateral, observou que o arco maxilar encontra-se contraído nesses
pacientes. A própria fissura, bem como seu equilíbrio funcional, influencia a
dimensão transversa, independente do procedimento cirúrgico. A constrição
mostrou-se suave na região de molares, moderada na região de caninos e mais
pronunciada na região anterior.
Após o tratamento cirúrgico das fissuras de lábio e palato, surgem
problemas graves em relação não a arcada dentária, como também com
relação ao esqueleto facial (SPINA, PSILLAKIS, LAPA, 1972).
35
Empregando a cefalometria, Slaughter e Brodie (1949) concluíram que as
cirurgias podem e realmente inibem o crescimento facial. Ressaltam, porém que o
grau desta inibição varia em função da injúria causada pela técnica cirúrgica.
Capelozza, Cavassan, Silva Filho (1987) avaliaram cefalometricamente
indivíduos portadores de fissura transforame incisivo unilateral operados do lábio
aos seis meses e palato até os 36 meses de vida. Os autores encontraram que a
maxila tende a apresentar seu posicionamento ântero-posterior dentro dos
padrões normais, quando na tenra idade, mas com o decorrer do desenvolvimento
esta vai assumindo uma posição mais retroposta. Este quadro é acompanhado
pela posição mandibular e culmina com um empobrecimento do perfil facial final
do paciente adulto, traduzindo pelo ângulo de convexidade facial.
Silva Filho, Lauris, Cavassan (1990) avaliaram em seu estudo 41
telerradiografias de perfil de pacientes que apresentavam fissura transforame
incisivo e que se submeteram a queiloplastia (até o 36º mês de vida) e não se
submeteram a cirurgias de palato, e comparou com um grupo controle de
indivíduos sem fissura. Como resultados obteve que a maxila em pacientes
fissurados encontra-se retroposicionada em relação à base do crânio, através dos
ângulos SNA e SN.ENA. O ângulo nasolabial não reflete este comportamento
maxilar. O comprimento mandibular nos pacientes fissurados encontra-se
deficiente e a mandíbula encontra-se retroposicionada em relação ao padrão
normativo. A altura facial inferior nos pacientes fissurados apresentou-se maior
que o grupo controle, devido à predominância de crescimento vertical do paciente
fissurado.
36
A conduta adotada para o tratamento ortodôntico visará basicamente
reduzir as mordidas cruzadas, estimular o crescimento vertical do maxilar,
propiciar a correção da erupção dos primeiros molares, propiciar condições
funcionais além de nivelar os dentes que erupcionam em má posição. É na arcada
superior que surge o maior número de anomalias ósseas e dentárias (LOPES,
GONZÁLES, 1998).
Conforme literatura, em relação aos efeitos que as cirurgias primárias
trazem ao complexo facial ao longo dos anos, observa-se que o uso de mecânicas
ortodônticas e ortopédicas, preferencialmente a partir da dentadura mista, é
suficiente para corrigir as discrepâncias transversais e sagitais impostas sobre a
maxila. Para isso utiliza-se em larga escala o emprego da expansão rápida maxilar
para a correção das discrepâncias transversais e, quando necessário, a
associação desse procedimento à tração reversa para a correção das
discrepâncias sagitais (MAZAHERI et al., 1971; SILVA FILHO et al., 1995).
2.2. EXPANSÃO RÁPIDA MAXILAR
2.2.1 Histórico
Angell (1860) descreveu primeiramente a expansão maxilar com
separação da sutura intermaxilar. Esse procedimento foi realizado em uma menina
de 14 anos de idade com o objetivo de corrigir a falta de espaço e o apinhamento
dos dentes permanentes superiores. No final de duas semanas com ativação de
2/4 de volta por dia, ocorreu a separação dos incisivos centrais superiores. Em
37
vista disso, Angell concluiu que a força produzida pelo aparelho havia separado os
ossos maxilares.
Goddard (1893) utilizou dispositivo com parafuso expansor para a
ampliação do arco maxilar em uma menina de 15 anos de idade que apresentava
apinhamento dentário. O aparelho foi ativado duas vezes por dia e o arco foi
expandindo sem dor. Após três semanas havia uma separação considerável entre
os incisivos centrais superiores.
Apesar das aparentes vantagens e constatações clínicas decorrentes da
expansão maxilar, diversos autores, entre eles Angle (1907), acreditavam que a
ERM proporcionava forças não fisiológicas, causando um movimento muito rápido
dos ápices dentários. Acreditavam ser um procedimento anatomicamente
impossível ou de grande risco. Este procedimento recebeu inúmeras criticas
fazendo com que fosse abandonado nos Estados Unidos. (HAAS, 1965)
Ortodontistas europeus, por outro lado, continuaram a realizar a expansão rápida
maxilar e publicaram seus trabalhos ao longo dos anos: Babcock (1911),
Schroeder-Bensler (1913), Huet (1926), Korkhaus (1953) (HAAS, 1965).
Por muito tempo, os aparelhos de expansão pida maxilar ficaram
renegados ao esquecimento. Seu ressurgimento é creditado a Korkhaus (1953) e
Haas (1961). Este último, devido aos seus estudos, fez com que o aparelho
obtivesse maior aceitação (MOSS, 1968).
38
2.2.2 Indicações
A Expansão Rápida Maxilar (ERM) tem sido debatida por muitos anos
como uma alternativa para a correção da deficiência de base apical maxilar. Este
procedimento proporciona melhora do relacionamento basal da maxila com a
mandíbula, produzindo o máximo de separação transversal das porções
maxilares, com o mínimo de movimento dentário dentro do alvéolo. Com isso
um melhor relacionamento dos dentes posteriores superiores com os inferiores
(HAAS 1961, 1965,1970).
Haas (1970) avaliando cem pacientes submetidos à expansão pida
maxilar identificou as indicações clássicas para a realização da ERM como sendo
pacientes com idade de até dezesseis anos, em casos cirúrgicos e não cirúrgicos
de Classe III, casos com deficiência maxilar transversa real ou relativa, pacientes
com dificuldade respiratória, pacientes portadores de fenda palatinas e, ainda, em
casos restritos com problemas no comprimento do arco (discrepância de modelo
negativa), em que o perfil facial inviabilizava extrações dentárias.
Segundo Betts et al. (1995), a expansão rápida maxilar seria realizada pela
transmissão de forças com calibre ortopédico direcionadas transversalmente sobre
os maxilares para obter expansão maxilar transversal. O aparelho tipo Haas
promoveria ótimos resultados na expansão esquelética com menor inclinação
dentária.
Haas (1961, 1965) e Bishara e Staley (1987) asseguram que a abertura da
sutura intermaxilar obtida na expansão rápida maxilar seria em forma de V com
vértice voltado para a região posterior e base voltada para a região anterior,
39
promovendo real ganho de massa óssea e conseqüente aumento do perímetro do
arco dentário.
2.2.3 Expansão Rápida Maxilar em Pacientes com Fissura de Lábio e Palato
Em relação aos pacientes com fenda palatina, estes, normalmente, são
portadores de maloclusão grave, deficiência respiratória, propensos à cárie, que
os leva precocemente à perda de dentes permanentes. A expansão rápida move
os segmentos da maxila para suas corretas posições com relação à mandíbula
num período de aproximadamente três semanas, melhora a estética facial, a
respiração, possibilita enxertos ósseos e reabilitação com prótese dentária
(PETRELLI, 1993).
Silva Filho et al. (1998) indicam ERM em casos de pacientes com fissura de
lábio e palato e atresia maxilar severa, uma vez que nestes casos a
necessidade de ganho de base óssea e a resistência imposta pelas outras suturas
faciais requer a realização deste procedimento.
No tratamento dos fissurados, principalmente nas fissuras de lábio e palato,
é freqüente a necessidade da expansão ortopédica da maxila, uma vez que o
colapso dos segmentos tem alta incidência. Embora os objetivos a serem
alcançados sejam basicamente os mesmos dos pacientes normais, algumas
variações da técnica são necessárias em determinados casos. Apesar da
ausência da sutura mediana na maxila dos fissurados, a expansão enfrenta
restrições semelhantes às impostas no paciente normal, pois é aceito que as
40
outras suturas da maxila oferecem uma grande resistência a expansão
(CAPELOZZA FILHO, MAZZOTTINI, ABDO, 1980).
Em virtude da fissura, os efeitos da expansão diferem em alguns aspectos:
* O efeito ortopédico se dá pelo posicionamento lateral dos segmentos
palatinos (SILVA FILHO et al., 1998).
* Não ocorre abertura da sutura ou ganho de tecido ósseo, por esta razão,
não abre diastema entre os incisivos centrais (CAPELOZZA FILHO et al., 1994;
SILVA FILHO et al., 1998).
* A estabilidade é pobre, o que exige contenção ao longo de toda a
mecânica subseqüente e principalmente após o término do tratamento ortodôntico
(CAPELOZZA FILHO et al, 1994; SILVA FILHO et al., 1998).
Segundo Capelozza, Mazzotini e Abdo (1980) logo após a expansão, deve
ser colocada a contenção, pois ao contrário do paciente normal, onde há formação
de tecido ósseo ao nível da sutura mediana da maxila, que foi rompida quando da
expansão, no fissurado isto não acontece e, portanto, a possibilidade de recidiva é
maior.
Segundo Timms, (1981) o período usual de 3 meses de contenção e
remoção do aparelho, nos pacientes convencionais, não funciona nos pacientes
fissurados. Após a expansão, deve-se manter o aparelho aque seja realizado o
enxerto ósseo na região.
Nicholson e Plint (1989) avaliaram 85 pacientes com fissura de lábio e
palato e idade média de 14,4 anos ± 1,76 que foram submetidos a ERM. Destes
66% eram portadores de fissura transforame incisivo unilateral e 34% bilateral.
Observaram nos modelos de gesso, que nos casos onde a contenção foi removida
41
após a expansão, houve uma recidiva quase que completa no resultado
anteriormente obtido.
Matthews (1975), relata que o procedimento de expansão rápida maxilar
em pacientes portadores de fissura nos quais a maxila encontra-se em colapso
tem sido registrado na literatura por mais de um século. O autor descreve que o
segredo do sucesso em movimentar os segmentos ósseos, assim como os
dentes, está na rapidez da expansão, que deve ser completada em
aproximadamente três semanas.
Timms (1981) afirma que a Expansão Rápida Maxilar em pacientes
fissurados é um procedimento usual que gera menos desconforto que em
pacientes sem fissura, pois não há sutura palatina mediana e menor força é
requerida para separar os ossos maxilares.
Bishara e Staley (1987) afirmaram que pacientes com fissura de lábio e/ou
palato que apresentassem colapso maxilar seriam candidatos à expansão pida.
Ainda afirmaram que alguns clínicos utilizariam esse procedimento para aumentar
o comprimento do arco em pacientes que apresentassem moderado apinhamento
superior.
Os dispositivos utilizados são basicamente os mesmos utilizados para o
tratamento da referida maloclusão em indivíduos não acometidos por fendas de
lábio e palato. A ERM é executada com o expansor do tipo Haas e segue o
protocolo de ativação utilizado para pacientes não fissurados. O aparelho produz
movimento ortopédico e, em menor grau, movimento ortodôntico (CAPELOZZA
FILHO et al., 1994).
42
2.2.4. Parafusos Expansores com limitador posterior para Expansão Rápida
Maxilar
Apesar dos mesmos princípios da ERM serem aplicados nos pacientes com
fissura, o tipo diferenciado da maloclusão geralmente requer algumas alterações
na confecção do aparelho. Em casos em que o colapso apresenta-se apenas na
região anterior, a expansão paralela ou próxima da paralela não é desejada. Em
todas as ERM mais expansão na região anterior do que na posterior, visto que
a maxila é articulada posteriormente aos ossos da base do crânio e, portanto
apresenta uma maior resistência à expansão na região posterior (TIMMS, 1981).
Foster e Chin (1977), comentam que os métodos convencionais de
expansão rápida maxilar usando mecanismos rígidos não são apropriados para
pacientes com fissura de lábio e palato que apresentam grande deficiência de
crescimento maxilar na região transversal. Esse pacientes geralmente precisam
de muito mais expansão na região dos caninos. Os autores descrevem um método
para realizar a expansão rápida maxilar de forma diferencial, utilizando-se de uma
junta articulada na conexão entre o mecanismo de parafuso e o “splint” dental, o
que proporcionaria uma maior expansão na região de caninos. Neste caso a
distância inter-caninos dobrou após o tratamento, mas também obteve-se alguma
expansão na região de molares. Segundo os autores, a expansão na região de
molares algumas vezes é indesejada, mas dificilmente pode ser completamente
evitada, correspondendo a 50 % da expansão atingida na distância inter-caninos.
43
Assim como em indivíduos normais o padrão de expansão dos pacientes
com fissura é triangular com maior abertura na região anterior. Porém, mesmo a
base do triângulo sendo voltada para a região anterior, o parafuso convencional
para disjunção promove uma expansão de igual intensidade na região anterior e
posterior, visto que seu padrão de abertura é paralelo, promovendo assim uma
limitação no tratamento desses pacientes que apresentam severa atresia anterior
e relação transversal de molares correta. Isso porque, na maioria das vezes,
haverá uma sobrecorreção da região de molares para se conseguir uma boa
relação transversa na região de caninos (CAPELOZZA FILHO et al., 1994).
Segundo Devenish, Foster, Chinn (1982) os parafusos expansores podem
ser divididos em duas categorias:
- Aqueles que produzem expansão simétrica do arco, onde à distância intermolar e
intercaninos aumenta na mesma quantidade. Este tipo de parafuso, segundo os
autores, é relativamente de pouco valor nos casos severos de pacientes com
fissura completa de lábio e palato bilateral, visto que estes geralmente requerem
uma expansão diferenciada. - O outro tipo de parafuso é aquele que produz
expansão diferencial, expandindo uma parte do arco mais que a outra.
Segundo Devenish, Foster e Chinn (1982) o aparelho com limitador
posterior deveria ter como características:
1- deveria promover maior expansão na região de caninos, rotando todo o
segmento,
2- deveria produzir esta expansão de forma rápida, para diminuir o tempo
de tratamento;
44
3- deveria ser capaz de produzir grande expansão, mesmo nos casos de
severa discrepância;
4- deveria ser capaz de ser bem higienizado pelo paciente;
De acordo com Suzuki e Takahama (1989) os aparelhos de expansão
maxilar para pacientes com fissura de lábio e palato que apresentam maior atresia
na região anterior devem cumprir as seguintes funções:
- Permitir expansão em leque que force o osso alveolar do complexo maxilar sem
inclinação vestibular dos dentes, obtendo um movimento diferencial dos
segmentos;
- Forçar os segmentos laterais da maxila sem distorção do osso alveolar entre a
parte onde a força foi aplicada e o resto do segmento;
- Expandir o segmento menor ou ambos os segmentos sem criar mordida cruzada
invertida posterior.
Schelino et al. (1996), desenvolveram um expansor denominado Ragno”
que age assimetricamente e permite uma abertura em “leque”. O desenvolvimento
de um parafuso de ERM que afete apenas a região anterior certamente representa
um ganho significativo em relação aos aparelhos de ERM convencionais em
determinados casos. Ele evita a expansão indesejada da maxila na região de
primeiros molares permanentes e segundos pré-molares, e cria uma vantagem no
tratamento futuro destes casos.
As situações clínicas nas quais este tipo de expansão é solicitado são todos
os casos em que o maxilar superior possui diâmetro transversal posterior correto,
ao passo que a dimensão anterior é deficiente, característica freqüentemente
45
encontrada em pacientes que apresentam fissura de lábio e palato (SCHELLINO
et al., 1996).
Segundo os autores, o parafuso tipo "aranha" de expansão do maxilar,
semelhante ao parafuso utilizado permite uma ampliação esquelética do setor
anterior, modificando, em extensão mínima, o diâmetro transversal posterior. A
expansão desejada é obtida em 8 a 15 dias (SCHELLINO et al., 1996).
Doruk et al. (2004), em seu estudo, verificaram que com o uso do parafuso
com limitador posterior obteve-se uma maior expansão na região de caninos
quando comparado com a região de molares. Portanto, em casos onde a maxila
apresenta-se mais atrésica na região anterior, a expansão realizada com
parafusos com limitador posterior permite uma expansão maior na região de
caninos sem grandes alterações na região de molares objetivando não criar uma
mordida cruzada.
2.2.5 Alterações Produzidas pela Expansão Rápida Maxilar
Os resultados esqueléticos e dento-alveolares da expansão maxilar com o
aparelho tipo Haas situam-se nos planos frontal, sagital e vertical, este último
caracterizado por um abaixamento da maxila, extrusão dentária e deslocamento
inferior da mandíbula, causando um aumento da dimensão vertical do paciente
(HAAS, 1961, 1965, 1970).
46
Haas (1965), avaliou três pacientes submetidos a ERM e verificou que a
maxila deslocou-se para frente e para baixo, provocando alteração na oclusão
como abertura da mordida, aumento da inclinação do plano oclusal, aumento do
ângulo do plano mandibular e aumento do ângulo da convexidade.
Entretanto Capelozza e Silva Filho (1997) com base nos efeitos
registrados nas radiografias em norma lateral, afirmaram que os maxilares não se
deslocam anteriormente com a expansão rápida maxilar, pelo menos com
constância, independente da faixa etária.
Isaacson e Murphy (1964) utilizaram implantes metálicos para avaliar uma
amostra de cinco pacientes do sexo masculino, com fissura transforame incisivo
uni e bilateral. Os pacientes foram submetidos à expansão rápida maxilar com
emprego do aparelho expansor do tipo Haas e ativação do parafuso ¼ de volta ao
dia. Como resultado observaram que o aparelho de Expansão Rápida Maxilar
produz movimento ortopédico, e em menor grau ortodôntico. Nestes pacientes, a
ERM reposicionou a maxila para frente e para cima, abrindo a mordida e movendo
o ponto A anteriormente. Produziu ainda, um posicionamento anterior favorável da
maxila em relação à mandíbula e estruturas craniofaciais e em três dos pacientes
provocou uma abertura do plano mandibular com o aumento dos ângulos FMA e
Eixo Y.
Segundo Capelozza Filho et al., (1994), a expansão rápida maxilar em
pacientes com fissura de lábio e palato produz um reposicionamento favorável da
maxila em relação à mandíbula e as estruturas crânio-faciais. A posição mais
anterior da maxila ajuda a compensar a face média curta que esses pacientes
normalmente apresentam, assim como alguma discrepância maxilo-mandibular
47
transversa. também, o aumento da altura facial anterior inferior, vista na fase
inicial do tratamento com expansor do tipo Haas, mas que parece ser temporário e
tende a se normalizar com o crescimento e o tratamento ortodôntico.
O efeito da Expansão Rápida Maxilar registrado em telerradiografia em
norma lateral revela um abaixamento da maxila, com extrusão dento alveolar
superior na região posterior e conseqüente rotação da mandíbula no sentido
horário. Essas alterações promovem na cefalometria um aumento da convexidade
facial e da altura facial anterior inferior (AFAI) (SILVA FILHO et al., 2003).
Bishara e Staley (1987) em seu estudo apontam que a mandíbula tem
uma tendência de girar para baixo e para trás. A abertura do plano mandibular
durante a ERM explica-se provavelmente pela abertura da mordida causada pela
extrusão e inclinação dos dentes posteriores superiores juntamente com a
inclinação alveolar.
Wertz (1970) realizou estudo avaliando 66 pacientes submetidos à
Expansão Rápida Maxilar, com idades entre 7 e 29 anos. Na avaliação
cefalométrica lateral, observou deslocamento inferior dos maxilares, e em alguns
casos deslocamento anterior destes ossos. Observou uma abertura do ângulo do
plano palatal, e uma abertura do ângulo do plano mandibular, com diminuição do
ângulo SNB. Observou também a retro-inclinação dos incisivos superiores com a
diminuição do ângulo 1-SN. As radiografias laterais mostraram tendências de
retorno das bases ósseas à condição inicial, mesmo num período curto de tempo,
com o aparelho expansor ainda instalado na cavidade bucal.
Ribeiro (1999) avaliou as alterações esqueléticas e dentárias baseando-se
em medidas sobre traçados cefalométricos laterais nas fases inicial, após
48
estabilização do aparelho disjuntor, remoção do mesmo, remoção do aparelho
ortodôntico fixo corretivo e na fase de pós-contenção desse tratamento. Observou
que a maxila desloca-se significativamente para anterior durante a fase ativa de
expansão, tendendo a retornar à posição inicial nas fases subseqüentes; não
houve significância estatística para o registro de deslocamento maxilar para baixo,
ao contrário da rotação mandibular para baixo e para trás, bem como o aumento
do plano mandibular.
Byrum (1971) em seu estudo examinou 30 casos tratados com ERM
através de superposições de cefalogramas laterais tomados no início do
tratamento e ao final da expansão. Como resultados, observou que a maxila tinha
se movido para baixo e os primeiros molares superiores foram conduzidos com
ela, apresentando leve extrusão. A altura facial inferior aumentou devido ao
reposicionamento inferior da maxila e um aumento do ângulo do plano mandibular.
Krebs (1959) estudou 23 pacientes, com idade entre 8 e 19 anos no inicio
do tratamento, por um período de até 7 anos após a expansão ortopédica da
maxila. Todos os pacientes passaram pelo procedimento de expansão rápida
maxilar por apresentarem deficiência maxilar transversa. As dimensões obtidas
após a expansão não se mantiveram estáveis. Elas mostraram algum grau de
recidiva ao longo do período de acompanhamento. Recidiva, esta, que teve início
na fase de contenção com o próprio aparelho expansor ainda instalado.
A recidiva dos efeitos induzidos pela expansão rápida maxilar se tanto
nas estruturas dento-alveolares, como esqueléticas, nos três sentidos do espaço.
49
Essa conclusão estende-se também aos casos de enxerto ósseo secundário pós-
expansão, nos pacientes com fissura alveolar (SILVA FILHO et al., 2003).
Velazquez et al. (1996) demonstraram em 30 pacientes, com idade média
de 12 anos no inicio do tratamento, que após 3 anos da expansão rápida maxilar,
ao final do tratamento ortodôntico subseqüente, as alterações horizontais e
verticais induzidas pela ERM na telerradiografia em norma lateral recidivaram.
Concluem, em síntese, que a expansão pida maxilar não provoca alterações
permanentes nas grandezas cefalométricas laterais.
Para Capelozza e Silva Filho (1997) após a expansão rápida maxilar a
mandíbula induz alterações cefalométricas significativas pelo seu
reposicionamento, como, por exemplo, aumento da altura facial ântero-inferior.
Alem disso, a tênue mudança imediata que se constataria no aumento do
trespasse horizontal e nos ângulos do perfil facial, também seria atribuída à
alteração espacial da mandíbula.
Sabry (2000) reportou um caso clinico de um paciente fissurado
submetido à expansão rápida maxilar, e verificou em telerradiografia em normal
lateral alterações ocorridas após esta expansão. Os incisivos superiores e
inferiores sofreram vestibularização e extrusão, o ângulo U1.SN aumentou de 97
para 107 graus enquanto o ângulo L1.MP passou de 84 para 86 graus. Isto ajudou
a ganhar perímetro de arco e colaborou para a colocação de um implante na
região do dente 22 que estava ausente anteriormente. Verticalmente o paciente
não sofreu alterações, representada pelos ângulos SN.GoGn e FMA sem
modificações. No sentido ântero-posterior também não houveram alterações,
representadas pelos ângulos SNA e SNB com valores iguais ao inicial. Em relação
50
ao perfil mole, representadas pela linha de Holdaway linearmente aos pontos Sb,
Ls, Li e Pog’, não houve alterações, enquanto que houve diminuição do ângulo
nasolabial.
Cozza et. al (2003) reportaram um caso clínico de expansão rápida maxilar
utilizando o parafuso com limitador posterior (Ragno Screw, Leoni®) e tratamento
ortodôntico corretivo total pela técnica Edgewise em paciente sem fissura. O
protocolo de ativação foi de 0,6 mm diários sendo três quartos de volta por dia
durante 9 dias. Houve expansão na região anterior enquanto que a região
posterior foi mantida praticamente inalterada. Verificaram em análise cefalométrica
em normal lateral alterações do perfil, esqueléticas ântero-posteriores, verticais e
alterações dentárias. O balanço do perfil mole foi mantido, apenas com aumento
do ângulo naso-labial de 98° para 108°. Houve aumen to dos ângulos SNA (80°
para 84,5°), SNB (80° para 82,5°) e ANB (0° para ). O overjet linear aumentou
de 1mm para 3mm e o ângulo SN.GoGn aumentou de 35° para 37°. Os incisivos
superiores e inferiores foram retroposicionados (1-FH de 118° 115°) e (IMPA de
92° para 89°).
Doruk et al. (2004), em seu estudo, compararam os efeitos da ERM
utilizando parafuso com limitador posterior e parafuso convencional em pacientes
sem fissura e idade média de 12,5 anos. A amostra era formada por 34 pacientes
divididos em dois grupos de 17. Foram avaliadas radiografias em normal lateral
pré, pós-tratamento e após três meses de contenção. Como conclusão de seu
estudo relatam que o aparelho com limitador posterior move a maxila mais para
frente que o aparelho convencional e que os dois grupos movem em igual
intensidade para baixo (com maior intensidade na região anterior). Essa
51
movimentação persiste no período de contenção, com uma pequena redução da
projeção ântero-posterior da maxila no Grupo LP. Houve movimentação
mandibular para baixo e para trás em ambos os Grupos, com maior intensidade no
grupo Convencional. No período de contenção a mandíbula retorna a posição no
sentido ântero-posterior, mas se mantém no sentido vertical em ambos os Grupos.
O ANB aumentou em ambos os grupos, com maior intensidade no Grupo LP,
provocado pela movimentação do ponto A para frente e do ponto B para trás. No
período de contenção persistem estes resultados. A altura facial anterior
aumentou em ambos os Grupos e persistiu na contenção. Houve abertura do
plano oclusal em ambos os Grupos, com maior intensidade no Grupo
Convencional, no período pós-expansão, persistindo no período de contenção. Os
incisivos superiores no grupo Convencional foram inclinados para trás enquanto
que no grupo LP eles foram movidos para baixo e anteriormente no período pós-
expansão e mantidos no período de contenção. Os incisivos inferiores não
sofreram alterações em ambos os tempos. Em relação ao perfil houve um avanço
do lábio superior em relação à linha de Holdaway em ambos os grupos, com maior
intensidade no Grupo LP, persistindo no período de contenção.
Chung e Font (2004) em seu estudo avaliaram telerradiografias em normal
lateral de 20 pacientes sem fissura com idades entre 10 e 13,5 anos submetidos à
expansão rápida maxilar com disjuntor do tipo Haas. Como resultados verificaram
um aumento do ângulo SNA e ANB, pela movimentação anterior da maxila. A ENP
e ENA moveram-se para baixo, mostrando um abaixamento da maxila com maior
intensidade na região posterior e os ângulos SN-PP, PP-MP e MP-SN
aumentaram, provocando um aumento do plano mandibular. A altura facial
52
anterior N-Me aumentou e os incisivos superiores e inferiores não tiveram
alteração após a expansão.
53
3. PROPOSIÇÃO
O presente estudo propõe-se a avaliar as alterações verticais e ântero-
posteriores decorrentes da Expansão Rápida Maxilar em pacientes com fissura de
lábio e palato transforame incisivo, utilizando aparelhos expansores
confeccionados com parafuso convencional e parafuso com limitador posterior.
Foram comparadas no período inicial, no período após a expansão e seis
meses após a expansão, em telerradiografias de perfil:
Alterações esqueléticas:
Maxilares
Mandibulares
Maxilo-mandibulares
Alterações dentárias:
Maxilares
Mandibulares e Maxilo-mandibulares
Alterações do perfil mole
54
4. MATERIAL E MÉTODO
Foram avaliados exames radiográficos em norma lateral (Telerradiografias
de Perfil), de uma amostra que foi submetida a estudo anterior (FUCHS, 2005),
composta de 31 indivíduos brasileiros, numa faixa etária de 8 a 13 anos, com
idade média de 10,7 anos, portadores de fissura de lábio e palato transforame
incisivo, sendo aleatório gênero (Quadro 1) e tipo de fissura (Quadro 2).
Os indivíduos avaliados que realizaram cirurgias reparadoras de lábio e
palato no período de 3 a 18 meses de vida, submeteram-se a expansão pida
maxilar com a utilização de dois tipos de parafusos expansores, no período de
março de 2004 a junho de 2005, segundo protocolo de tratamento instituído aos
pacientes portadores de fissura transforame incisivo, pelo Centro de Reabilitação
de Fenda Lábio Palatal (CERLAP), na Faculdade de Odontologia da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Os pacientes
apresentaram como característica uma relação molar adequada no sentido
transversal e ântero-posterior e deficiência maxilar transversa que aumentava em
direção à região anterior.
Todos os pacientes que concordaram em participar da pesquisa assinaram
um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A, página 137)
aprovado pela Comissão Científica e de Ética da Faculdade de Odontologia da
PUCRS (Anexo A, página 145).
55
Quadro 1. Caracterização da amostra quanto ao sexo, média de idade, tipo de parafuso
utilizado e tipo de fissura transforame incisivo.
Sexo n Idade
Parafuso
Convencional
Parafuso
Limitador
Posterior
Fissura
Unilateral
Direita
Fissura
Unilateral
Esquerda
Fissura
Bilateral
Feminino
17 10,7a 8 9 2 10 5
Masculino
14 10,8 a 6 8 2 8 4
Total 31 10,7 a
± 1,67
14 17 4 18 9
Quadro 2. Caracterização da amostra quanto ao tipo de fissura transforame incisivo
correlacionando com o tipo de parafuso utilizado.
Tipo de fissura Tipo de parafuso n
Transforame incisivo unilateral
direito
ERM com parafuso
convencional (Grupo C)
3
1
Transforame incisivo unilateral
esquerdo
ERM com parafuso
convencional (Grupo C)
7
11
Transforame incisivo bilateral
ERM com parafuso
Convencional (Grupo C)
7
2
Total
31
ERM com parafuso
limitador posterior (Grupo LP)
ERM com parafuso
limitador posterior (Grupo LP)
ERM com parafuso
limitador posterior (Grupo LP)
56
Esses indivíduos foram divididos aleatoriamente em dois grupos, sendo
que:
- o grupo C (Convencional) composto por 14 pacientes, foi submetido à
expansão rápida maxilar com aparelho disjuntor confeccionado com parafuso
convencional (Standard Screw for Appliances, marca Leone, referência A0805-14,
com capacidade de abertura de 9 mm, dimensões 14 mm x 9,85 mm e cada
volta completa (4/4 de volta) de ativação correspondente a 0,8mm) (Figura 1);
- o grupo LP (Limitador Posterior) composto por 17 pacientes foi submetido
à igual tratamento de expansão rápida maxilar, porém com aparelho disjuntor
confeccionado com parafuso expansor com limitador posterior em peça única
(Simetric Fan Type Screw, marca Leone, referência A0515-14, com capacidade de
abertura de 9 mm, dimenções 16mm x 15 mm e cada volta de ativação
correspondente a 0,8 mm) (Figura 2).
57
Figura 1. A. Vista oclusal da arcada superior do paciente do Grupo Convencional com disjuntor
tipo Hass modificado com parafuso expansor Convencional
B. Parafuso expansor convencional Leone ® (Grupo Convencional)
Figura 2. A. Vista oclusal da arcada superior do paciente do Grupo LP com disjuntor tipo Hass
modificado com parafuso expansor limitador posterior
B. Parafuso expansor com limitador posterior em peça única Leone ® (Grupo LP)
58
4.1. CONFECÇÃO E CIMENTAÇÃO DO APARELHO DISJUNTOR
O aparelho disjuntor utilizado para o tratamento dos pacientes desta
amostra foi confeccionado segundo as características preconizadas por Haas
(1961, 1965, 1970), apresentando bandas nos primeiros molares decíduos (ou
primeiros pré-molares) e primeiros molares permanentes, barras palatinas
confeccionadas com fio de 1,2 mm soldadas nos anéis e acrílico autopolimerizável
cobrindo o palato e o parafuso expansor. Esse aparelho é definido como sendo
dento-muco-suportado, pois sua ancoragem é obtida com apoio em elementos
dentais e na mucosa palatal. (Figura 3 e 4)
Após a confecção, os aparelhos disjuntores foram cimentados aos dentes
suporte (primeiros molares decíduos (ou primeiros pré-molares) e primeiros
molares permanentes superiores) com cimento de ionômero de vidro (Ketac Cem
3M Espe
®
).
Figura 3. Grupo Convencional Disjuntor do tipo Haas modificado confeccionado com parafuso
expansor convencional:
A. Pré-expansão (T1)
B. Pós-expansão (T2)
59
Figura 4. Grupo LP– Disjuntor do tipo Haas modificado confeccionado com parafuso
expansor com limitador posterior:
A. Pré-expansão (T1)
B. Pós-expansão (T2)
4.2. PROTOCOLO DE ATIVAÇÃO
As ativações de ambos os grupos seguiram o protocolo de disjunção de
Haas (4/4 de volta do parafuso no momento da instalação do disjuntor e, após, 1/4
de volta pela manhã e 1/4 de volta à noite). Após concluída a expansão, o próprio
aparelho disjuntor foi utilizado como contenção.
A ativação do parafuso expansor teve início após a cimentação do
aparelho, quando foi realizada uma volta completa (equivalente a 0,8 mm), com
intervalos de 5 minutos entre cada ¼ de volta. Os responsáveis pelo paciente
foram instruídos como ativar o aparelho, realizando ¼ de volta (equivalente a 0,2
mm) a cada 12 horas (¼ à noite e ¼ pela manhã).
O paciente foi acompanhado nos intervalos de 7, 14 e 21 dias e no
momento em que houve sobrecorreção de 2 a 3 mm na região de molares
60
decíduos (ou pré-molares) nos pacientes com limitador posterior e na região de
molares nos pacientes com disjuntor convencional, a ativação foi cessada, sendo
então o parafuso fixado com acrílico autopolimerizável.
Os pacientes foram avaliados em três momentos:
* T1 (inicial);
* T2 (pós-tratamento imediato);
* T3 (seis meses após o final do tratamento).
Inicialmente foi solicitado radiografia panorâmica e telerradiografia de perfil
além de modelos e fotografias extra e intra-orais para determinação do plano de
tratamento dos pacientes. Logo depois de completada a expansão rápida maxilar,
nova documentação foi solicitada. A avaliação foi realizada por meio da análise
das telerradiografias de perfil. Foi feito um decalque das estruturas anatômicas
sobre a telerradiografia de perfil. Estes foram, então, fixados em uma mesa de
digitalização acoplada ao programa de computador “Dentofacial Planner Plus”
para a marcação dos pontos cefalométricos e posterior determinação das medidas
lineares e angulares que caracterizam a análise padrão para estudo da amostra.
4.3 OBTENÇÃO DA TELERRADIOGRAFIA DE PERFIL
Foram obtidas de acordo com a técnica convencional preconizada por
Broadbent (1931). Os indivíduos foram orientados a manter o plano horizontal de
Frankfurt paralelo ao solo e o plano médio sagital formando um ângulo reto com o
61
feixe central de Raios X. O filme foi colocado o mais próximo possível da face do
paciente. O aparelho possui filtragem no diafragma, o que evidencia o perfil mole
do indivíduo. Todas as telerradiografias foram realizadas no mesmo aparelho
(Orthophos SIEMENS CD, Beingheim, Germany). O cefalostato manteve a
distância de 1,52m entre a fonte geradora de Raios X e o plano médio sagital dos
indivíduos. O chassi continha filme da marca Kodak-TMG/RA (Eastmann Kodak,
Rochester, NY, EUA), tamanho 18x24 cm. As radiografias foram reveladas pelo
processo automático em processadora AT 2000 (Air Tecchniques Co., Hicksville,
NY, EUA) e foram guardadas nos arquivos da Faculdade de Odontologia da
PUCRS.
4.4. CEFALOMETRIA
4.4.1. Pontos Cefalométricos
4.4.1.1 Pontos Esqueléticos
Foram utilizados os seguintes pontos cefalométricos (Figura 5):
S: ponto situado no centro geométrico da sela túrcica;
N: ponto mais anterior da sutura fronto-nasal;
A: ponto mais profundo da concavidade anterior da maxila;
B: ponto mais profundo da concavidade anterior da mandíbula;
Go: ponto determinado pela intersecção da bissetriz do ângulo formado por
tangentes às bordas posterior e inferior da mandíbula (ângulo goníaco);
Gn: ponto determinado pela bissetriz do ângulo formado entre o plano mandibular
62
e uma perpendicular a este, que tangencia a região mais anterior da sínfise;
Ena: ponto situado na extremidade da espinha nasal anterior;
Enp: ponto situado na extremidade da espinha nasal posterior;
Me: ponto mais inferior do contorno da sínfise mandibular;
Figura 5: Pontos Cefalométricos Esqueléticos
S
N
Go
Enp
B
Me Gn
Ena
A
63
4.4.1.2 Pontos Dentários e do Perfil
Foram utilizados os seguintes pontos cefalométricos (Figura 6):
R6: ponto localizado no ápice da raiz mésio-vestibular do primeiro molar
permanente superior;
C6: ponto localizado na ponta da cúspide mésio-vestibular do primeiro molar
permanente superior;
CI6: ponto localizado na ponta da cúspide mésio-vestibular do primeiro molar
permanente inferior;
AS1: ponto localizado no ápice do incisivo central superior;
BS1: ponto localizado na borda incisal do incisivo central superior;
AI1: ponto localizado no ápice do incisivo central inferior;
BI1: ponto localizado na borda incisal do incisivo central inferior;
LS: ponto localizado no início do vermelhão do lábio superior;
LI: ponto localizado no início do vermelhão do lábio inferior;
N’: ponto N projetado em tecido mole;
Prn’: ponto localizado na parte mais externa da ponta do nariz;
Sn: ponto localizado na base do nariz;
Pog’: ponto mais anterior do pogônio em tecido mole.
64
Figura 6: Pontos Cefalométricos Dentários e do Perfil
4.4.2 Linhas e Planos Cefalométricos (Figura 7)
Linha S-N: união dos pontos S e N, representando a base do crânio;
Linha N-A: união dos pontos N e A;
Linha N-B: união dos pontos N e B;
Linha Go-Gn: linha que une os pontos Go e Gn. Linha que corresponde ao plano
mandibular, segundo Steiner;
Linha S-Gn: união dos Pontos S e Gn (Eixo Y de crescimento);
LS
LI
AS1
R6
C6
AI1
BS1
BI1
Sn
Prn
Pog’
CI6
N’
65
Linha IS: linha do longo eixo do incisivo superior passando pelos pontos AS1 e
BS1;
Linha II: linha do longo eixo do incisivo inferior passando pelos pontos AI1 e BI1;
Linha Molar Superior: linha do longo eixo do molar superior passando pelos
pontos R6 e C6;
PP: linha do plano palatal. Une os pontos ENA a ENP;
Linha SNP: linha perpendicular à linha SN partindo de S;
Plano oclusal: linha que une os pontos CI6 e BI1.
Figura 7: Linhas e Planos Cefalométricos
S
N
Go
Enp
B
Gn
Ena
A
BI1
CI6
66
4.4.3. Medidas Cefalométricas
4.4.3.1 Medidas Esqueléticas
4.4.3.1.1 Esqueléticas Maxilares (Figura 8)
SNA: ângulo formado pela intersecção das linhas SN e NA. Mostra o
posicionamento ântero-posterior da maxila em relação à base do crânio;
A- SN: distância perpendicular que vai do ponto A à linha SN;
A-SNP: distância perpendicular que vai do ponto A à linha SNP;
ENP-SN: distância perpendicular que vai do ponto ENP à linha SN;
ENP-SNP: distância perpendicular que vai do ponto ENP à linha SNP.
Figura 8: Medidas Esqueléticas Maxilares
S
ENP-SN
N
A
SN-A
A-SN
A-SNP
ENP-SNP
67
4.4.3.1.2 Esqueléticas Mandibulares (Figura 9)
SNB: ângulo formado pela intersecção das linhas SN e NB. Mostra o
posicionamento ântero-posterior da mandíbula em relação à base do crânio;
Eixo Y (SN.Gn): Resultante vetorial de crescimento mandibular no sentido ântero-
posterior e vertical, indicando a tendência de crescimento. Ângulo formado pela
intersecção das linhas SN e SGn;
SN.GoGn: mostra o quanto a mandíbula está inclinada, através de sua base em
relação à base cranial;
B-SN: distância perpendicular que vai do ponto B à linha SN;
B-SNP: distância perpendicular que vai do ponto B à linha SNP.
Figura 9: Medidas Esqueléticas Mandibulares
S
N
B
SN-B
B-SN
B-SNP
Eixo Y
SN-GoGn
Go
Gn
68
4.4.3.1.3 Esqueléticas Maxilo-mandibulares (Figura 10)
ANB: indica o relacionamento da maxila com a mandíbula, no sentido ântero-
posterior.
AFAI (Face Inf): distância que vai da espinha nasal anterior (ENA) até o ponto
mento (Me);
SN. Plano Oclusal (SN.OCLUSAL): ângulo formado pela intersecção das linhas
SN e Plano Oclusal.
Figura 10: Medidas Esqueléticas Maxilo-mandibulares
ANB
S
SN.OCLUSAL
AFAI
N
69
4.4.3.2 Medidas Dentárias
4.4.3.2.1 Dentárias Maxilares (Figura 11)
IS.SN: mostra a inclinação do incisivo superior em relação à base do crânio;
IS-PP: distância perpendicular do ponto BS1 ao plano palatal (ENA-ENP);
IS-SNP: distância perpendicular da linha SNP ao ponto BS1;
MS.PP: ângulo formado pela intersecção da linha do longo eixo do molar superior
(R6 e C6) e o plano palatal (ENA-ENP);
MS-PP: distância perpendicular do ponto C6 ao plano palatal (ENA-ENP);
MS-SNP: distância perpendicular da linha SNP ao ponto C6.
Figura 11: Medidas Dentárias Maxilares
MS.PP
IS
-
SN
IS
-
SNP
MS
-
SNP
MS
-
PP
IS
-
PP
70
4.4.3.2.2 Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares (Figura 12)
II.PM: mostra a inclinação do incisivo inferior em relação ao plano mandibular;
OVERJET: relaciona o IS com o II no sentido ântero-posterior. Distância formada
pelos pontos BS1 e BI1;
II-SNP: distância perpendicular da linha SNP ao ponto BI1.
Figura 12: Medidas Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares
II-SNP
II-PM
Go
Gn
OVERJET
71
4.4.3.3 Análise do Perfil
4.4.3.3.1 Perfil Linear (Figura 13)
Prn’-SNP: distância do ponto Prn à linha SNP;
Sn-SNP: distância do ponto Sn à linha SNP;
LS-SNP: distância do ponto LS à linha SNP;
LI-SNP: distância do ponto LI à linha SNP;
Pog’-SNP: distância do ponto Pog’ à linha SNP.
Figura 13: Medidas de Perfil Lineares
Pog
Prn’
LS
LI
S
Sn
72
4.4.3.3.2 Perfil Angular (Figura 14)
Ângulo Naso-Labial (NASLAB): ângulo formado pela intersecção das linhas Prn’-
Sn e Sn – Ls;
Angulo de Convexidade da Face (CONVEXFACE): ângulo formado pelas linhas
N’- Sn e Sn – Pog’;
Ângulo de Holdaway: ângulo formado pela intersecção das linhas N-B com a
linha H ( traçada do ponto Ls ao ponto Pog’).
Figura 14: Medidas de Perfil Angulares
Prn’
Ls
Li
Pog’
N’
N
S
ANL
Conv. Face
B
Holdaway
Sn
73
4.5 ESTUDO DO ERRO
A calibragem do operador foi realizada por meio de 10 traçados feitos em
telerradiografias selecionadas de forma aleatória. As telerradiografias foram
retraçadas e redigitalizadas com um intervalo de 15 dias após a obtenção dos
primeiros registros. Através da comparação das diferenças encontradas entre os
traçados, foi determinado o erro de método, através do teste t-student para
amostras pareadas em nível de significância de 5% (APÊNDICE C, página 142).
4.6 TRATAMENTO ESTATÍSTICO
A análise estatística deste trabalho foi realizada através de tabelas,
gráficos, estatísticas descritivas (média e desvio-padrão) e alguns testes descritos
a seguir.
Para a verificação da normalidade dos dados foi utilizado o teste não-
paramétrico Kolmogorov-Smirnov. Este teste é considerado uma prova de
aderência, diz respeito ao grau de concordância entre a distribuição de um
conjunto de valores amostrais e determinada distribuição teórica específica, neste
caso, a distribuição normal. Para os dados deste estudo todas as medidas tiveram
esta condição garantida, por este motivo, os teste aplicados neste estudo foram
testes paramétricos, com exceção da comparação entre os tempos que foi
utilizado o teste de Friedman. Este teste permite a comparação de dados
74
resultantes de uma mesma amostra (dependentes) em momentos distintos. (T1,
T2 e T3).
Para a comparação entre os grupos foi utilizado o teste t-student para
amostras independentes.
Para o processamento e análise destes dados foi utilizado o software
estatístico SPSS versão 10.0
75
5. RESULTADOS
Os resultados obtidos foram analisados a partir das diversas medidas
efetuadas nas Telerradiografias de Perfil. As mesmas foram divididas em grupos
para melhor compreensão: alterações maxilares esqueléticas e dentárias,
alterações mandibulares esqueléticas e dentárias, alterações maxilo-mandibulares
esqueléticas e dentárias e alterações de perfil angulares e lineares.
Os dados coletados foram analisados estatisticamente comparando as
fases T1 (inicial), T2 (pós-expansão imediata) e T3 (seis meses após o final da
expansão) para cada grupo (Convencional e LP) e entre os grupos (Convencional
e LP). Para utilização no mesmo grupo de pacientes com fissura unilateral e
bilateral, foram comparadas diferenças entre os tipos de fissura para cada medida.
Os resultados serão apresentados sob a forma de tabelas e gráficos.
5.1 COMPARAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE FISSURA
A fim de verificar a possibilidade de utilizar os pacientes com fissura
transforame incisivo unilateral e bilateral juntos no mesmo estudo, utilizou-se o
teste de comparações t-student para amostras independentes e observou-se que
não houve diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de fissura, nos
76
tempos T3 T1 e T2 T1, nas medidas analisadas, não necessitando a divisão
em grupo unilateral e bilateral (Tabela 1 e 2, páginas 139, 140).
5.2 ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS
5.2.1 Esqueléticas Maxilares
Na Tabela 3 e no Gráfico 1 observa-se através do teste não paramétrico de
Friedman, as alterações nas medidas SNA, A-SN, A-SNP, ENP-SNP e ENP-SN
nos tempos T1, T2 e T3, no Grupo Convencional. As medidas A-SN e ENP-SN
apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos T1, T2, e
T3 enquanto que as demais medidas não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas.
Tabela 3. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3: Medidas Esqueléticas – Maxilares
Grupo CONVENCIONAL
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste
p
SNA T1 14 78,86 4,39 0,47 0,79
SNA T2 14 78,74 4,33
SNA T3 14 78,94 4,08
A-SN T1 14 54,01
A
3,27 5,29 0,03
A-SN T2 14 54,84
B
3,61
A-SN T3 14 55,65
B
3,76
A-SNP T1 14 54,59 4,72 0,76 0,68
A-SNP T2 14 55,17 4,62
A-SNP T3 14 55,49 4,64
ENP-SNP T1 14 10,72 3,61 0,93 0,63
ENP-SNP T2 14 11,01 3,69
ENP-SNP T3 14 10,96 3,88
ENP-SN T1 14 36,90
A
4,68 12,00 <0,01
ENP-SN T2 14 38,08
B
4,34
ENP-SN T3 14 38,70
B
4,11
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
77
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
54,59
10,72
36,9
78,74
54,84
11,01
38,08
10,96
38,7
78,86
54,01
55,17
78,94
55,65
55,49
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
SNA A-SN A-SNP ENP-SNP ENP-SN
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 1. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3: Medidas Esqueléticas – Maxilares
Grupo CONVENCIONAL
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
Na Tabela 4 e no Gráfico 2 observa-se através do teste não paramétrico de
Friedman, as alterações nas medidas SNA, A-SN, A-SNP, ENP-SN e ENP-SNP
nos tempos T1, T2 e T3, no Grupo LP. As medidas SNA, A-SN, ENP-SN e A-SNP
apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos T1, T2 e
T3, enquanto que a medida ENP-SNP não apresentou diferença estatisticamente
significativa.
78
Tabela 4. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Esqueléticas Maxilares
Grupo LP
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste p
SNA T1 17 79,12
A
6,16 6,42 0,04
SNA T2 17 80,06
B
5,96
SNA T3 16 80,09
B
5,25
A-SN T1 17 54,62
A
4,01 16,62 0,03
A-SN T2 17 55,91
B
4,14
A-SN T3 16 56,34
B
4,78
A-SNP T1 17 56,85
A
6,55 5,37 <0,01
A-SNP T2 17 58,27
B
6,15
A-SNP T3 16 58,11
B
6,38
ENP-SNP T1 17 11,01 4,60 2,50 0,27
ENP-SNP T2 17 10,74 4,80
ENP-SNP T3 16 10,36 4,84
ENP-SN T1 17 40,94
A
5,12 10,12 <0,01
ENP-SN T2 17 41,74
B
4,75
ENP-SN T3 16 42,29
B
4,28
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
56,85
11,01
40,94
80,06
55,91
10,74
41,74
10,36
42,29
79,12
54,62
58,27
80,09
56,34
58,11
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
SNA A-SN A-SNP ENP-SNP ENP-SN
Medida
Valor Médio
T1 T2 T3
Gráfico 2. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas EsqueléticasMaxilares
Grupo LP
79
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
A fim de avaliar as diferenças entre os Grupos Convencional e LP, observa-
se através do teste t-student para amostras independentes nos Gráficos 3 e 4, as
alterações nas medidas SNA, A-SN, A-SNP, ENP-SN e ENP-SNP, nos tempos T2
T1 e T3 T1. Observa-se que na diferença entre os tempos T2 T1 houve
diferença estatisticamente significativa na medida SNA enquanto que as demais
medidas não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Na diferença
entre os tempos T3 T1 todas as medidas não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas.
1,29
1,42
-0,28
0,81
0,82
0,58
0,29
1,18
0,95*
-0,12*
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
SNA
p<0,04
A-SN A-SNP ENP-SNP ENP-SN
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 3. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Medidas Esqueléticas –
Maxilares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* medidas diferem estatisticamente entre si
80
0,97
1,72
1,26
-0,65
1,35
0,08
1,64
0,90
0,24
1,80
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
SNA A-SN A-SNP ENP-SNP ENP-SN
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 4. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Medidas Esqueléticas –
Maxilares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
5.2.2 Esqueléticas Mandibulares
Na Tabela 5 e no Gráfico 5 observa-se através do teste não paramétrico de
Friedman, as alterações nas medidas SNB, EIXO Y, Sn.GoGn, B-SN e B-SNP nos
tempos T1, T2 e T3, no Grupo Convencional. As medidas EIXO Y, B-SN e B-SNP
apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos T1, T2 e
T3, enquanto que as medidas SNB e Sn.GoGn não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas.
81
Tabela 5. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Esqueléticas – Mandibulares
Grupo CONVENCIONAL
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste
p
SNB T1 14 74,24 4,03 4,88 0,09
SNB T2 14 73,56 4,25
SNB T3 14 74,26 4,23
B-SN T1 14 90,35
A
6,12 13,86 <0,01
B-SN T2 14 92,94
B
6,08
B-SN T3 14 93,46
B
6,08
B-SNP T1 14 39,84
A
7,70 4,84 0,05
B-SNP T2 14 38,81
B
7,68
B-SNP T3 14 40,59
A
8,32
EIXO Y T1 14 71,23
A
4,60 4,84 0,04
EIXO Y T2 14 72,31
B
4,89
EIXO Y T3 14 71,80
AB
5,08
Sn.GoGn T1 14 37,38 5,86 2,29 0,32
Sn.GoGn T2 14 38,44 5,73
Sn.GoGn T3 14 38,01 6,54
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
39,84
71,23
37,38
73,56
92,94
72,31
38,44
71,8
38,01
74,24
90,35
38,81
74,26
93,46
40,59
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
SNB B-SN B-SNP Eixo Y Sn.GoGn
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 5. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Esqueléticas – Mandibulares –
Grupo CONVENCIONAL
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
82
Na Tabela 6 e no Gráfico 6 observa-se através do teste não paramétrico de
Friedman, as alterações nas medidas SNB, EIXO Y, B-SN, B-SNP e Sn.GoGn nos
tempos T1, T2 e T3, no Grupo LP. As medidas EIXO Y, B-SN e B-SNP
apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos T1, T2 e
T3, enquanto que as medidas SNB e Sn.GoGn não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas.
Tabela 6. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Esqueléticas Mandibulares
Grupo LP
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste p
SNB T1 17 75,43 4,32 2,89 0,24
SNB T2 17 75,12 4,78
SNB T3 16 76,18 4,09
B-SN T1 17 94,26
A
6,42 10,50 <0,01
B-SN T2 17 96,36
B
5,62
B-SN T3 16 97,88
B
5,78
B-SNP T1 17 43,20
A
8,94 6,00 0,05
B-SNP T2 17 41,55
B
9,54
B-SNP T3 16 44,65
A
9,68
EIXO Y T1 17 70,92
A
4,88 5,81 0,05
EIXO Y T2 17 71,96
B
5,15
EIXO Y T3 16 70,89
AB
4,66
Sn.GoGn T1 17 38,73 6,04 3,87 0,14
Sn.GoGn T2 17 39,75 6,16
Sn.GoGn T3 16 38,46 5,58
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
83
43,20
70,92
38,73
75,12
96,36
71,96
39,75
70,89
38,46
94,26
75,43
41,55
44,65
97,88
76,18
0
20
40
60
80
100
120
SNB B-SN B-SNP Eixo Y Sn.GoGn
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 6. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas EsqueléticasMandibulares
Grupo LP
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
A fim de avaliar as diferenças entre os Grupos Convencional e LP, observa-
se através do teste t-student para amostras independentes nos Gráfico 7 e 8 as
alterações nas medidas SNB, EIXO Y, B-SN, B-SNP e Sn.GoGn, nos tempos T2 –
T1 e T3 T1. Observa-se que na diferença entre os tempos T2 T1 e T3 T1
não houve diferenças estatisticamente significativas nas medidas analisadas.
84
-0,31
2,11
-1,65
1,04
1,02
2,59
-1,03
1,09
1,06
-0,68
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
SNB B-SN B-SNP Eixo Y Sn.GoGn
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 7. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Medidas Esqueléticas –
Mandibulares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
0,75
3,62
1,45
-0,03
-0,27
3,11
0,65
0,57
0,64
0,02
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
SNB B-SN B-SNP Eixo Y Sn.GoGn
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 8. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Medidas Esqueléticas –
Mandibulares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
85
5.2.3 Esqueléticas Maxilo-mandibulares
Na Tabela 7 e no Gráfico 9 observa-se através do teste não paramétrico de
Friedman, as alterações nas medidas ANB, SN.OCLUSAL e AFAI nos tempos T1,
T2 e T3, no Grupo Convencional. As medidas SN.OCLUSAL e AFAI
apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos T1, T2 e
T3, enquanto que a medida ANB não apresentou diferença estatisticamente
significativa.
Tabela 7. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Esqueléticas Maxilo-
mandibulares – Grupo
CONVENCIONAL
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste
p
ANB T1 14 4,63 3,36 4,62 0,10
ANB T2 14 5,18 2,78
ANB T3 14 4,30 3,05
AFAI T1 14 62,00
A
6,25 17,13 <0,01
AFAI T2 14 64,26
B
6,68
AFAI T3 14 64,44
B
6,97
SN.OCLUSAL T1 14 16,24
A
4,81 9,57 <0,01
SN.OCLUSAL T2 14 18,14
B
5,20
SN.OCLUSAL T3 14 17,41
AB
5,62
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
*
médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
5,18
64,26
16,24
4,63
62,00
18,14
4,30
64,44
17,41
0
10
20
30
40
50
60
70
ANB AFAI SN.OCLUSAL
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 9. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas EsqueléticasMaxilo-
mandibulares – Grupo CONVENCIONAL
86
Na Tabela 8 e no Gráfico 10 observa-se através do teste não paramétrico
de Friedman, as alterações nas medidas ANB, SN.OCLUSAL e AFAI, nos tempos
T1, T2 e T3, no Grupo LP. As medidas ANB e AFAI apresentaram diferenças
estatisticamente significativas entre os tempos T1, T2 e T3, enquanto que a
medida SN.OCLUSAL não apresentou diferença estatisticamente significativa.
Tabela 8. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Esqueléticas Maxilo-
mandibulares Grupo LP
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste p
ANB T1 17 3,69
A
4,99 11,52 <0,01
ANB T2 17 4,94
B
4,40
ANB T3 16 3,91
A
4,76
AFAI T1 17 66,42
A
6,82 11,14 <0,01
AFAI T2 17 68,53
B
6,66
AFAI T3 16 68,41
B
6,70
SN.OCLUSAL T1 17 16,32 6,67 1,97 0,37
SN.OCLUSAL T2 17 16,68 4,94
SN.OCLUSAL T3 16 15,78 6,14
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
4,94
68,53
16,32
3,69
66,42
16,68
3,91
68,41
15,78
0
10
20
30
40
50
60
70
80
ANB AFAI SN.OCLUSAL
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 10. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Esqueléticas Maxilo-
mandibulares Grupo LP
87
A fim de avaliar as diferenças entre os Grupos Convencional e LP, observa-
se através do teste t-student para amostras independentes nos Gráficos 11 e 12
as alterações nas medidas ANB, SN.OCLUSAL e AFAI, nos tempos T2 T1 e T3
T1. Observa-se que na diferença entre os tempos T2 T1 e T3 T1 não houve
diferenças estatisticamente significativas nas medidas analisadas.
1,25
2,11
1,17
0,36
2,26
0,55
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
ANB AFAI SN. Plano Oclusal
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 11. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Medidas Esqueléticas – Maxilo
- Mandibulares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
88
0,22
1,99
1,18
-0,54
-0,33
2,44
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
ANB AFAI SN. Plano Oclusal
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 12. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Medidas Esqueléticas –Maxilo-
Mandibulares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
5.3 ALTERAÇÕES DENTÁRIAS
5.3.1 Dentárias Maxilares
Na Tabela 9 e no Gráfico 13 observa-se através do teste não paramétrico
de Friedman, as alterações nas medidas IS.SN, IS-PP, IS-SNP, MS.PP, MS-PP e
MS-SNP nos tempos T1, T2 e T3, no Grupo Convencional. As medidas IS-PP e
MS-PP apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos
T1, T2 e T3, enquanto que as demais medidas não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas.
89
Tabela 9. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – Maxilares – Grupo
CONVENCIONAL
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste
p
IS.SN T1 14 86,73 11,00 3,86 0,14
IS.SN T2 14 85,50 10,90
IS.SN T3 14 87,53 9,96
IS-PP T1 14 24,73
A
4,64 10,58 <0,01
IS-PP T2 14 26,42
B
3,85
IS-PP T3 14 26,54
B
4,15
IS-SNP T1 14 49,10 4,68 5,59 0,06
IS-SNP T2 14 49,24 5,11
IS-SNP T3 14 50,26 4,99
MS.PP T1 14 99,95 8,93 2,29 0,32
MS.PP T2 14 101,44 7,69
MS.PP T3 14 101,55 7,05
MS-PP T1 14 20,44
A
2,21 0,33 0,03
MS-PP T2 14 21,13
B
2,03
MS-PP T3 14 20,64
A
1,54
MS-SNP T1 14 23,04
4,82 6,91 0,07
MS-SNP T2 14 23,06 4,08
MS-SNP T3 14 23,79
4,27
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
23,04
85,50
26,42
101,44
21,13
23,06
23,79
20,44
99,95
49,10
86,73
24,73
49,24
20,64
101,55
87,53
26,54
50,26
0
20
40
60
80
100
120
IS.SN IS-PP IS-SNP MS.PP MS-PP MS-SNP
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 13. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – Maxilares – Grupo
CONVENCIONAL
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
90
Na Tabela 10 e no Gráfico 14 observa-se através do teste não paramétrico
de Friedman, as alterações nas medidas IS.SN, IS-PP, IS-SNP, MS.PP, MS-PP e
MS-SNP nos tempos T1, T2 e T3, no Grupo LP. As medidas IS.SN, IS-PP e
MS.PP apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tempos
T1, T2 e T3, enquanto que as demais medidas não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas.
Tabela 10. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – MaxilaresGrupo
LP
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste p
IS.SN T1 17 81,65
A
11,98 9,81 <0,01
IS.SN T2 17 83,21
B
12,63
IS.SN T3 16 84,01
B
13,34
IS-PP T1 17 27,06
A
2,90 9,50 <0,01
IS-PP T2 17 27,25
B
2,63
IS-PP T3 16 27,80
B
3,18
IS-SNP T1 17 49,82 7,02 5,52 0,06
IS-SNP T2 17 50,21 7,62
IS-SNP T3 16 51,56 7,72
MS.PP T1 17 100,81
A
9,05 6,12 0,05
MS.PP T2 17 102,78
B
9,39
MS.PP T3 16 102,20
AB
9,47
MS-PP T1 17 20,08 2,71 4,22 0,12
MS-PP T2 17 20,95 2,69
MS-PP T3 16 20,99 2,44
MS-SNP T1 17 25,80
6,32 6,12 0,09
MS-SNP T2 17 24,74
7,03
MS-SNP T3 16 26,04
7,71
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
91
25,80
83,21
27,25
102,78
20,95
24,74
26,34
20,08
100,81
49,82
81,65
27,06
50,21
20,99
102,2
84,01
27,8
52,04
0
20
40
60
80
100
120
IS.SN IS-PP IS-SNP MS.PP MS-PP MS-SNP
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 14. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – MaxilaresGrupo
LP
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
A fim de avaliar as diferenças entre os Grupos Convencional e LP, observa-
se através do teste t-student para amostras independentes nos Gráficos 15 e 16
as alterações nas medidas IS.SN, IS-PP, IS-SNP, MS.PP, MS-PP e MS-SNP, nos
tempos T2 T1 e T3 T1. Observa-se que na diferença entre os tempos T2 T1
houve diferenças estatisticamente significativas nas medidas IS.SN e IS-PP
enquanto que as demais medidas não apresentaram diferenças estatisticamente
significativas. Na diferença entre os tempos T3 T1 todas as medidas não
apresentaram diferenças estatisticamente significativas.
92
0,86
-1,06
0,14
1,49
0,69
0,02
0,19*
1,56*
1,98
0,39
1,69*
-1,23*
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
IS-SN
p<0,04
IS-PP
p<0,03
IS-SNP MS.PP MS-PP MS-SNP
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 15. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Medidas Dentárias – Maxilares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* medidas diferem estatisticamente entre si
2,36
0,74
0,91
0,24
1,16
1,60
0,20
0,76
1,39
1,74
1,81
0,80
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
IS-SN IS-PP IS-SNP MS.PP MS-PP MS-SNP
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 16. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Medidas Dentárias – Maxilares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
93
5.3.2 Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares
Na Tabela 11 e no Gráfico 17 observa-se através do teste não paramétrico
de Friedman, as alterações nas medidas II.PM, II-SNP e OVERJET nos tempos
T1, T2 e T3, no Grupo Convencional. A medida II-SNP apresentou diferença
estatisticamente significativa entre os tempos T1, T2 e T3, enquanto que as
medidas II.PM e OVERJET não apresentaram diferenças estatisticamente
significativas.
Tabela 11. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – Mandibulares e
Maxilo-mandibulares – Grupo CONVENCIONAL
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste
p
II.PM T1 14 91,99 5,85 0,76 0,68
II.PM T2 14 92,77 5,97
II.PM T3 14 91,86 6,91
II-SNP T1 14 50,05
A
5,38 7,43 0,02
II-SNP T2 14 49,37
B
5,34
II-SNP T3 14 50,85
A
5,57
OVERJET T1 14 -0,74 4,39 1,40 0,50
OVERJET T2 14 -0,51 3,82
OVERJET T3 14 -0,63 3,96
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
92,77
49,37
-0,74
91,99
50,05
-0,51
91,86
50,85
-0,63
-5
15
35
55
75
95
115
II.PM II-SNP OVERJET
Medida
Valor Médio
T1 T2 T3
Gráfico 17. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – Mandibulares e
Maxilo-mandibulares – Grupo CONVENCIONAL
94
Na Tabela 12 e no Gráfico 18 observa-se através do teste não paramétrico
de Friedman, as alterações nas medidas II.PM, II-SNP e OVERJET nos tempos
T1, T2 e T3, no Grupo LP. A medida II-SNP apresentou diferença
estatisticamente significativa entre os tempos T1, T2 e T3, enquanto que as
medidas II.PM e OVERJET não apresentaram diferenças estatisticamente
significativas.
Tabela 12. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – Mandibulares e
Maxilo-mandibulares – Grupo LP
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste p
II.PM T1 17 85,89 7,63 2,37 0,30
II.PM T2 17 85,04 7,11
II.PM T3 16 85,30 7,48
II-SNP T1 17 51,92
A
7,50 6,50 0,04
II-SNP T2 17 50,87
B
8,15
II-SNP T3 16 52,86
A
8,18
OVERJET T1 17 -1,74 4,34 5,60 0,06
OVERJET T2 17 -0,56 3,71
OVERJET T3 16 -1,23 3,68
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
85,04
50,87
-1,74
85,89
51,92
-0,56
85,30
52,86
-1,23
-5
5
15
25
35
45
55
65
75
85
95
II.PM II-SNP OVERJET
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 18. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Medidas Dentárias – Mandibulares e
Maxilo-mandibulares – Grupo LP
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
95
A fim de avaliar as diferenças entre os Grupos Convencional e LP, observa-
se através do teste t-student para amostras independentes nos Gráficos 19 e 20
as alterações nas medidas II.PM, II-SNP e OVERJET, nos tempos T2 T1 e T3
T1. Observa-se que na diferença entre os tempos T2 T1 e T3 T1 não houve
diferenças estatisticamente significativas nas medidas analisadas.
-0,85
-1,05
0,24
1,18
-0,68
0,78
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
II.PM II-SNP OVERJET
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 19. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Medidas Dentárias
Mandibulares e Maxilo-mandibulares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
-0,59
0,94
0,11
0,79
0,70
-0,13
-0,8
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
II.PM II-SNP OVERJET
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 20. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Medidas Dentárias
Mandibulares e Maxilo-mandibulares.
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
96
5.4 ALTERAÇÕES DO PERFIL
5.4.1 Angulares
Na Tabela 13 e no Gráfico 21 observa-se através do teste não paramétrico
de Friedman, as alterações nas medidas NASLAB, CONVEXFACE, HOLDAWAY
nos tempos T1, T2 e T3, no Grupo Convencional. As medidas NASLAB e
CONVEXFACE apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os
tempos T1, T2 e T3, enquanto que a medida HOLDAWAY não apresentou
diferença estatisticamente significativa.
Tabela 13. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil – Angulares – Grupo
CONVENCIONAL
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste
p
NASLAB T1 14 122,66
A
8,32 1,86 <0,01
NASLAB T2 14 125,44
B
8,15
NASLAB T3 14 125,04
B
10,20
CONVEX FACE T1 14 167,73
A
5,91 7,00 0,03
CONVEX FACE T2 14 166,19
B
5,54
CONVEX FACE T3 14 167,76
A
5,62
HOLDAWAY T1 14 8,78 5,87 3,00 0,22
HOLDAWAY T2 14 9,34 5,21
HOLDAWAY T3 14 7,90 6,27
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
125,44
166,19
8,78
122,66
167,73
9,34
125,04
167,76
7,90
-5
15
35
55
75
95
115
135
155
175
195
NASLAB CONVEX FACE HOLDAWAY
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 21. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil – Angulares – Grupo
CONVENCIONAL.
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
97
Na Tabela 14 e no Gráfico 22 observa-se através do teste não
paramétrico de Friedman, as alterações nas medidas, NASLAB, CONVEXFACE,
HOLDAWAY nos tempos T1, T2 e T3, no Grupo LP. As medidas CONVEXFACE
e HOLDAWAY apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os
tempos T1, T2 e T3, enquanto que a medida NASLAB não apresentou diferença
estatisticamente significativa.
Tabela 14. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil - AngularesGrupo LP
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste p
NASLAB T1 17 126,86 18,38 0,37 0,87
NASLAB T2 17 125,45 21,37
NASLAB T3 16 124,88 22,47
CONVEX FACE T1 17 167,56
A
7,55 9,13 0,01
CONVEX FACE T2 17 164,29
B
7,80
CONVEX FACE T3 16 165,55
AB
8,39
HOLDAWAY T1 17 7,54
A
7,80 8,86 0,01
HOLDAWAY T2 17 10,18
B
6,59
HOLDAWAY T3 16 8,31
A
6,48
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
125,45
164,29
7,54
126,86
167,56
10,18
124,88
165,55
8,31
-5
15
35
55
75
95
115
135
155
175
195
NASLAB CONVEX FACE HOLDAWAY
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 22. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil - AngularesGrupo
LP.
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
98
A fim de avaliar as diferenças entre os Grupos Convencional e LP, observa-
se através do teste t-student para amostras independentes nos Gráficos 23 e 24
as alterações nas medidas NASLAB, CONVEXFACE e HOLDAWAY, nos tempos
T2 T1 e T3 T1. Observa-se que na diferença entre os tempos T2 T1 houve
diferença estatisticamente significativa na medida HOLDAWAY enquanto que as
demais medidas não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Na
diferença entre os tempos T3 – T1 todas as medidas não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas.
-1,41
-3,27
2,64*
0,56*
-1,54
2,79
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
NASLAB CONVEX FACE HOLDAWAY
p<0,04
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 23. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Alterações Perfil – Angulares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* medidas diferem estatisticamente entre si
99
-1,98
-2,01
-0,88
0,77
0,03
2,38
-2,5
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
NASLAB CONVEX FACE HOLDAWAY
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 24. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Alterações perfil – Angulares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
5.4.2 Lineares
Na Tabela 15 e no Gráfico 25 observa-se através do teste não paramétrico
de Friedman, as alterações nas medidas PRN’-SNP, Sn-SNP, LS-SNP, LI-SNP e
POG’-SNP nos tempos T1, T2 e T3, no Grupo Convencional. As medidas PRN’-
SNP e LI-SNP apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os
tempos T1, T2 e T3, enquanto que as demais medidas não apresentaram
diferenças estatisticamente significativas.
100
Tabela 15. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil – Lineares – Grupo
CONVENCIONAL
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste
p
PRN’-SNP T1 14 78,96
A
4,88 14,65 <0,01
PRN’-SNP T2 14 79,90
B
4,93
PRN’-SNP T3 14 80,47
B
4,71
Sn-SNP T1 14 64,98 4,58 5,71 0,06
Sn-SNP T2 14 65,86 4,34
Sn-SNP T3 14 66,54 4,45
LS-SNP T1 14 65,06 5,02 1,13 0,57
LS-SNP T2 14 65,29 5,26
LS-SNP T3 14 66,01 5,31
LI-SNP T1 14 64,36
A
5,53 7,43 0,02
LI-SNP T2 14 62,85
B
5,27
LI-SNP T3 14 64,84
A
5,61
POG’-SNP T1 14 51,19 7,82 4,04 0,13
POG’-SNP T2 14 51,33 7,20
POG’-SNP T3 14 52,84 7,70
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
.
79,9
65,86
62,85
51,33
51,19
64,36
65,06
78,96
64,98
65,29
52,84
64,84
80,47
66,54
66,01
-5
5
15
25
35
45
55
65
75
85
PRN'-SNP Sn-SNP LS-SNP LI-SNP POG'-SNP
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 25. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil – Lineares – Grupo
CONVENCIONAL
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
101
Na Tabela 16 e no Gráfico 26 observa-se através do teste de Friedman as
alterações nas medidas PRN’-SNP, Sn-SNP, LS-SNP, LI-SNP e POG’-SNP nos
tempos T1, T2 e T3, do Grupo LP. Todas as medidas apresentaram diferenças
estatisticamente significativas entre os tempos T1, T2 e T3.
Tabela 16. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil – Lineares – Grupo LP
Medida n Média Desvio-padrão Estatística do teste p
PRN’-SNP T1 17 83,00
A
5,49 8,79 0,01
PRN’-SNP T2 17 84,88
B
5,93
PRN’-SNP T3 16 85,85
B
6,37
Sn-SNP T1 17 68,36
A
5,85 12,03 <0,01
Sn-SNP T2 17 70,10
B
6,30
Sn-SNP T3 16 70,66
B
6,85
LS-SNP T1 17 67,80
A
7,09 5,37 0,03
LS-SNP T2 17 69,49
B
7,21
LS-SNP T3 16 70,01
B
7,69
LI-SNP T1 17 66,16
A
9,02 10,50 <0,01
LI-SNP T2 17 64,97
B
9,31
LI-SNP T3 16 67,24
A
9,50
POG’-SNP T1 17 55,36
A
9,64 7,12 0,03
POG’-SNP T2 17 53,92
B
10,00
POG’-SNP T3 16 56,69
A
9,40
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
* médias seguidas de mesma letra não diferem entre si
84,88
70,1
64,97
53,92
55,36
66,16
67,80
83,00
68,36
69,49
56,69
67,24
85,85
70,66
70,01
-5
5
15
25
35
45
55
65
75
85
95
PRN'-SNP Sn-SNP LS-SNP LI-SNP POG'-SNP
Medida
Valor Médio .
T1 T2 T3
Gráfico 26. Comparação entre os tempos T1, T2 e T3 : Alterações Perfil – Lineares – Grupo LP
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
102
A fim de avaliar as diferenças entre os Grupos Convencional e LP, observa-
se através do teste t-student para amostras independentes nos Gráficos 27 e 28
as alterações nas medidas PRN’-SNP, Sn-SNP, LS-SNP, LI-SNP e POG’-SNP,
nos tempos T2 – T1 e T3 – T1. Observa-se que nas diferenças entre os tempos T2
T1 e T3 T1 não houve diferenças estatisticamente significativas nas medidas
analisadas.
1,88
1,74
-1,44
0,22
-1,51
0,14
-1,19
1,69
0,88
0,94
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
PRN'-SNP Sn-SNP LS-SNP LI-SNP POG'-SNP
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 27. Comparação das diferenças (T2-T1) entre os grupos: Alterações Perfil – Lineares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
103
2,86
2,30
1,33
0,95
0,48
1,65
1,08
2,21
1,56
1,51
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
PRN'-SNP Sn-SNP LS-SNP LI-SNP POG'-SNP
Medida
Valor Médio .
Grupo LP Grupo Convencional
Gráfico 28. Comparação das diferenças (T3-T1) entre os grupos: Alterações perfil – Lineares
Fonte: Dados da Pesquisa, PUCRS, 2006
104
Figura
17
.
Fotografias
extra
-
orais e intra
-
orais de um paciente do Grupo C
pré
-
expansão
(
T1
)
.
A. Fotografia extra
-
oral lateral
B.
Fotografia
extra-oral de frente C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo D. Fotografia intra-oral oclusal superior E. Fotografia intra-oral
oclusal inferior F. Fotografia intra-oral lateral direita G. Fotografia intra-oral frontal H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
105
Figura
18
.
Fotografias extra
-
orais e intra
-
orais de um paciente do Grupo
C
pós
-
expansão
(T2)
.
A. Fotografia extra
-
oral lateral
B. Fotografia extra-oral de frente C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo D. Fotografia intra-oral oclusal superior E. Fotografia
intra-oral oclusal inferior F. Fotografia intra-oral lateral direita G. Fotografia intra-oral frontal H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
106
Figura
15
.
Fotografias extra
-
orais e intra
-
orais de um paciente do Grupo LP
pré
-
expansão
(
T1
)
.
A. Fotografia extra
-
oral lateral
B.
Fotografia
extra-oral de frente C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo D. Fotografia intra-oral oclusal superior E. Fotografia intra-oral
oclusal inferior F. Fotografia intra-oral lateral direita G. Fotografia intra-oral frontal H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
107
Figura
16
.
Fotografias extra
-
orais e intra
-
orais de um paciente do Grupo
LP
pós
-
expansão
(T2)
.
A. Fotografia extra
-
oral lateral
B. Fotografia extra-oral de frente C. Fotografia extra-oral de frente sorrindo D. Fotografia intra-oral oclusal superior E. Fotografia
intra-oral oclusal inferior F. Fotografia intra-oral lateral direita G. Fotografia intra-oral frontal H. Fotografia intra-oral lateral esquerda
108
6. DISCUSSÃO
O paciente fissurado é submetido, desde tenra idade, a cirurgias
reparadoras para reconstituição do lábio e palato. Como conseqüência, uma
restrição do desenvolvimento, causando em muitos casos, atresia maxilar
transversal principalmente na região anterior. Nestes casos, o paciente
necessitaria de Expansão pida Maxilar específica nesta região. Este estudo
propôs-se a avaliar a resposta da Expansão Rápida Maxilar em telerradiografias
de perfil, de dois parafusos expansores em pacientes com fissura transforame
incisivo. Estes foram divididos em dois Grupos: Grupo LP (Limitador Posterior),
onde os pacientes foram submetidos à Expansão Rápida Maxilar com a utilização
de parafuso com limitador posterior e Grupo C (Convencional), onde os pacientes
foram submetidos à Expansão Rápida Maxilar com a utilização de parafuso
Convencional.
Dos 31 pacientes, 22 apresentavam fissura transforame incisivo unilateral e
9 apresentavam fissura transforame incisivo bilateral. Estes foram igualmente
considerados, pois não apresentaram diferença estatisticamente significativa nos
tempos T3 – T1 e T2 T1 em todas as medidas avaliadas (Tabela 1 e 2, páginas
139 e 140). Assim como observado por Capelozza Filho et al. (1995) e Cavassan
et al. (2004) que relatam que pacientes com fissura transforame incisivo unilateral
e bilateral apresentam as mesmas características e as mesmas respostas ao
tratamento.
109
A média de idade dos pacientes foi de 10,7 anos, encontrando-se na fase
de dentição mista ou permanente jovem, época considerada ideal para a
realização da Expansão Rápida Maxilar, visto que posteriormente pode-se realizar
o enxerto ósseo secundário permitindo a erupção do canino superior na região de
fissura (SILVA FILHO, et al., 1995).
Este Grupo de pacientes foi submetido anteriormente à avaliação
transversal em telerradiografias póstero-anteriores, radiografias oclusais e
modelos de gesso (FUCHS, 2005). Na literatura disponível, não registros de
amostra com pacientes fissurados submetidos à ERM com parafuso limitador
posterior. Por esta razão, se avaliou também alterações esqueléticas e dentárias
em Telerradiografias de Perfil, nos sentidos ântero-posterior e vertical,
correlacionando os resultados obtidos com os dois tipos de parafusos propostos.
6.1 ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS
6.1.1 Esqueléticas Maxilares
Avaliando as alterações esqueléticas maxilares durante a ERM no Grupo
Convencional, de T1 (fase inicial) para T2 (pós-expansão imediata) (Tabela 3 e
Gráfico 1, páginas 76 e 77), observa-se que houve um aumento das medidas A-
SN e ENP-SN demonstrando uma movimentação da maxila para baixo, com maior
intensidade na região posterior. Também encontrado por Capelozza e Silva Filho
(1997), Chung e Font (2004) em pacientes sem fissura. Haas (1965), Byrum
(1971) e Doruk et al. (2004) observaram em pacientes sem fissura que a maxila se
110
moveu mais para baixo na região anterior. Diferentemente do observado por
Isaacson e Murphy (1964) em pacientes fissurados que relataram que a maxila
deslocou-se para cima, provocando mordida aberta anterior e Ribeiro (1999) em
pacientes sem fissura onde a maxila não apresentou deslocamento vertical.
No sentido ântero-posterior a maxila se manteve na posição inicial,
demonstrado pela variação não estatisticamente significativa das medidas SNA, A-
SNP e ENP-SNP, não havendo um ganho em relação ao perfil que nestes
pacientes, muitas vezes, é deficiente devido às cirurgias reparadoras. Também
encontrado por Capelozza e Silva Filho (1997) em pacientes sem fissura e Sabry
(2000) em paciente fissurado. Diferentemente do encontrado por Haas (1965),
Ribeiro (1999), Wertz (1970), Chung e Font (2004) e Doruk et al. (2004) em
pacientes sem fissura e Isaacson e Murphy (1964), em pacientes fissurados, que
relatam que a maxila se move anteriormente.
Quando comparadas as alterações de T2 (pós-tratamento imediato) para T3
(contenção) (Tabela 3 e Gráfico 1, páginas 76 e 77) observa-se que a
movimentação da maxila para baixo se manteve como em T2 assim como
encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura, e que no sentido
ântero-posterior também nesta fase não ocorreram alterações.
Com relação às alterações esqueléticas maxilares durante a ERM no Grupo
LP, de T1 (fase inicial) para T2 (pós-expansão imediata) (Tabela 4 e Gráfico 2,
página 78), observa-se que ocorreu um aumento das medidas SNA, A-SN, A-SNP,
ENP-SN, demonstrando uma movimentação da maxila para baixo, com maior
intensidade na região anterior, e para frente, como encontrado por Cozza et al.
(2003) e por Doruk et al. (2004), em pacientes sem fissura. Esta movimentação
111
para anterior provavelmente é determinada pela abertura em leque provocada
pelo parafuso limitador posterior, que gera uma maior ação na região anterior do
arco, promovendo uma maior alteração e conseqüente ganho de volume nesta
região (FUCHS, 2005; DORUK et al., 2004). Padrão este favorável para os
pacientes avaliados frente à deficiência do perfil apresentada.
Quando comparadas as alterações de T2 (pós-expansão imediata) para T3
(contenção) (Tabela 4 e Gráfico 2, página 78) observa-se que a movimentação da
maxila para baixo e para frente se manteve como em T2, demonstrado pela
variação não estatisticamente significativa entre as medidas nas fases T2 e T3,
diferentemente do encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura,
onde a maxila manteve a movimentação para baixo e retornou um pouco mas sem
voltar ao estágio inicial no sentido ântero-posterior.
Na comparação entre o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1
(Gráfico 3, página 79) observa-se que apenas a medida SNA foi estatisticamente
significativa, mostrando um maior avanço da maxila no Grupo LP, como
encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura. Observa-se uma
maior tendência de aumento nas medidas A-SN e A-SNP no Grupo LP, o que
comprova a maior movimentação da maxila para frente e para baixo na região
anterior neste Grupo e uma maior tendência de aumento na medida ENP-SN no
Grupo Convencional; o que comprova a maior movimentação da maxila para baixo
na região posterior neste Grupo, diferentemente do encontrado por Doruk et al.
(2004) em pacientes sem fissura, que relata que a maxila se move para baixo com
maior intensidade na região anterior em ambos os Grupos. Frente a isso,
112
observamos no presente trabalho uma melhor resposta do parafuso limitador
posterior para os pacientes com fissura em relação à movimentação maxilar.
Na avaliação entre os Grupos nos tempos T3 T1 (Gráfico 4, página 80)
não houve diferenças estatisticamente significativas entre os Grupos nas medidas
analisadas, mas a tendência de movimentação se manteve sem nenhuma
alteração, assim como em T2. Também como encontrado por Doruk et al. (2004)
em pacientes sem fissura, onde relatam que no final da contenção (T3) a maxila
está posicionada mais para anterior no Grupo LP e que no sentido vertical não
diferença entre os Grupos.
6.1.2 Esqueléticas Mandibulares
Avaliando as alterações esqueléticas sofridas pela mandíbula durante a
ERM no Grupo Convencional, de T1 para T2 (Tabela 5 e Gráfico 5, página 81),
observa-se que houve um aumento das medidas EIXO Y, B-SN, e diminuição da
medida B-SNP demonstrando uma movimentação da mandíbula para baixo e para
posterior. Também encontrado por Hass (1965), Wertz (1970), Silva Filho et al.
(2003), Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura e Isaacson e Murphy (1964),
em pacientes fissurados. Diferentemente do encontrado por Sabry (2000) em
paciente fissurado, onde a mandíbula no sentido vertical o sofreu alterações.
Esta movimentação mandibular encontrada, se deve provavelmente ao
deslocamento da maxila para baixo e extrusão do molar acontecida neste Grupo.
113
Quando comparadas as alterações de T2 para T3 (Tabela 5 e Gráfico 5,
página 81) observa-se que a movimentação da mandíbula para baixo se manteve
como em T2 e que no sentido ântero-posterior a mandíbula retornou a posição
inicial (aumento da medida B-SNP e diminuição da medida EIXO Y)
diferentemente do encontrado por Silva Filho et al. (2003), Krebs (1959),
Velazquez (1996) e Wertz (1970) em pacientes sem fissura onde a mandíbula
retorna a posição inicial nos sentidos vertical e ântero-posterior. O retorno da
mandíbula em T3, provavelmente se deve pela extrusão dos molares ocorrer
somente durante a fase de expansão ativa.
Avaliando as alterações esqueléticas sofridas pela mandíbula durante a
ERM no Grupo LP, de T1 para T2 (Tabela 6 e Gráfico 6, páginas 82 e 83),
observa-se que também houve um aumento das medidas EIXO Y, B-SN, e
diminuição da medida B-SNP demonstrando uma movimentação da mandíbula
para baixo e para posterior, provavelmente pela movimentação da maxila para
baixo com maior intensidade na região anterior. Também encontrado por Cozza et
al. (2003) e Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura. Quando comparadas as
alterações de T2 para T3 (Tabela 6 e Gráfico 6, ginas 82 e 83) observa-se que
também a movimentação da mandíbula para baixo se manteve como em T2, e
que no sentido ântero-posterior a mandíbula retornou a posição inicial (aumento
da medida B-SNP e diminuição da medida EIXO Y), assim como encontrado por
Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura.
Na comparação entre o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1
(Gráfico 7, página 84) observa-se que não houve diferenças estatisticamente
significativas entre os Grupos nas medidas analisadas. Do mesmo modo, na
114
avaliação entre os Grupos nos tempos T3 T1 (Gráfico 8, página 84) não houve
diferenças estatisticamente significativas entre as medidas analisadas,
demonstrando um comportamento semelhante entre os dois Grupos na
movimentação mandibular, nos diferentes tempos, diferentemente do encontrado
por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura, onde nos tempos T2 T1 a
mandíbula se moveu para baixo e para trás com maior intensidade no Grupo
Convencional, mas ao final da contenção não houve diferença entre os Grupos.
6.1.3 Esqueléticas Maxilo-mandibulares
Avaliando as alterações esqueléticas maxilo-mandibulares durante a ERM
no Grupo Convencional, de T1 para T2, (Tabela 7 e Gráfico 9, página 85) observa-
se que houve um aumento das medidas SN.OCLUSAL E AFAI demonstrando uma
abertura do plano oclusal pela medida SN.OCLUSAL e um aumento da altura
facial ântero-inferior devido à movimentação da maxila e da mandíbula para baixo,
demonstrado pela medida AFAI. Também encontrado por Haas (1965), Byrum
(1971), Silva filho et al. (2003), Bishara Staley (1987), Wertz (1970) e Chung e
Font (2004), em pacientes sem fissura e Capelozza Filho et al. (1994), Isaacson e
Murphy (1964) em pacientes fissurados e diferentemente do encontrado por Sabry
(2000) em paciente fissurado, onde o plano oclusal não sofreu alterações. Esta
abertura do plano oclusal se deve provavelmente a extrusão dos molares
superiores ocorrida neste Grupo.
115
Quando comparadas as alterações de T2 para T3 (Tabela 7 e Gráfico 9,
página 85) observa-se que o plano oclusal diminui um pouco sua inclinação, mas
não voltando à posição inicial enquanto que a altura facial ântero-inferior se
manteve como em T2, assim como encontrado por Doruk et al. (2004) em
pacientes sem fissura e diferentemente do encontrado por Capelozza Filho et al.
(1994) em pacientes fissurados e Wertz (1970) em pacientes sem fissura, que
relatam que o aumento da altura facial é temporário, voltando ao normal após a
expansão. Este aumento da altura facial ântero-inferior é benéfico em pacientes
fissurados, pois mascara a projeção mandibular que prejudicaria o perfil destes
pacientes.
Avaliando as alterações esqueléticas maxilo-mandibulares durante a ERM
no Grupo LP, de T1 para T2 (Tabela 8 e Gráfico 10, página 86), observa-se que
houve um aumento da medida ANB, confirmando o avanço maxilar e retrusão
mandibular demonstrados anteriormente pelo aumento das medidas SNA, EIXO Y,
e B-SN e uma diminuição da medida B-SNP; e um aumento da medida AFAI, que
mostra um aumento da altura facial ântero-inferior devido a movimentação da
maxila e da mandíbula para baixo. Também encontrado por Doruk et al. (2004) em
pacientes sem fissura. Esta movimentação confirma a ação favorável deste
parafuso na região anterior da maxila, melhorando a sua relação ântero-posterior
que é bastante deficiente e não prejudicando sua relação vertical, pois neste
Grupo não temos extrusão dos molares, e conseqüente inclinação do plano
oclusal. Entretanto quando comparadas as alterações de T2 para T3 (Tabela 8 e
Gráfico 10, página 86) observa-se que a medida ANB volta ao valor inicial,
confirmando o reposicionamento da mandíbula para anterior citado,
116
diferentemente do encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura,
onde o ANB se mantém com valor aumentado ao final da contenção. o
aumento da altura facial ântero-inferior se manteve como em T2, assim como
encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura.
Na comparação entre o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1
(Gráfico 11, página 87) observa-se que não houve diferenças estatisticamente
significativas entre os Grupos nas medidas analisadas, entretanto observamos
uma maior tendência de aumento da medida ANB no Grupo LP (maior avanço
maxilar neste Grupo) e uma maior tendência de aumento da medida
SN.OCLUSAL no Grupo Convencional (maior abertura do plano oclusal neste
Grupo). Do mesmo modo, na avaliação entre os Grupos nos tempos T3 T1
(Gráfico 12, página 88) não houve diferenças estatisticamente significativas entre
as medidas analisadas, mas a tendência de aumento das medidas ANB no Grupo
LP e SN.OCLUSAL no Grupo Convencional se mantiveram, assim como
encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura, onde o ANB no
Grupo LP aumenta em T2 e continua aumentado ao final da contenção e que
uma maior abertura do plano oclusal no Grupo Convencional.
6.2 ALTERAÇÕES DENTÁRIAS
6.2.1 Dentárias Maxilares
Avaliando as alterações dentárias maxilares durante a ERM no Grupo
Convencional, de T1 para T2 (Tabela 9 e Gráfico 13, página 89), observa-se que
117
houve um aumento das medidas IS-PP e MS-PP, demonstrando uma extrusão
dos incisivos e molares superiores. Também encontrado por Silva Filho et al.
(2003), Bishara e Staley (1987) e Byrum (1971) em pacientes sem fissura e Sabry
(2000) em paciente fissurado. Diferentemente do encontrado por Chung e Font
(2004) em pacientes sem fissura que relatam que os incisivos superiores não
tiveram movimentação vertical e ântero-posterior. Extrusão dos molares, que gera
provavelmente, abertura do plano oclusal já citada anteriormente.
No sentido ântero-posterior os incisivos e molares superiores se
mantiveram na posição inicial, demonstrado pela variação não estatisticamente
significativa das medidas IS.SN, IS-SNP e MS-SNP, diferentemente do encontrado
por Wertz (1970) e Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura, os quais em
seus estudos encontraram uma retroinclinação dos incisivos superiores pós-
expansão e Sabry (2000) em paciente fissurado, que reportou que os incisivos
superiores sofreram vestibularização.
Quando comparadas as alterações de T2 para T3 (Tabela 9 e Gráfico 13,
página 89) observa-se que os incisivos superiores mantêm a posição de T2, os
molares superiores retornam a posição inicial, também encontrado por Silva Filho
et al. (2003) e Krebs (1959) em pacientes sem fissura, e que no sentido ântero-
posterior também não ocorreram alterações nesta fase.
Avaliando as alterações dentárias maxilares durante a ERM no Grupo LP,
de T1 para T2 (Tabela 10 e Gráfico 14, páginas 90 e 91), observa-se que houve
um aumento das medidas IS-SN, IS-PP e MS.PP, demonstrando uma extrusão e
inclinação para vestibular dos incisivos superiores, também encontrado por Doruk
et al. (2004) em pacientes sem fissura, diferentemente do encontrado por Cozza et
118
al. (2003) em paciente sem fissura onde os incisivos superiores foram
retroposicionados. Quando comparadas às alterações de T2 para T3 (Tabela 10 e
Gráfico 14, páginas 90 e 91), observa-se que os incisivos e molares superiores
mantêm a posição de T2, assim como encontrado por Doruk et al. (2004) em
pacientes sem fissura. O que provavelmente é determinado também, pela abertura
angular da sutura palatina mediana provocada pelo parafuso limitador posterior,
que gera uma maior ação na região anterior do arco, promovendo uma maior
alteração e conseqüente ganho de volume nesta região, sem provocar extrusão
dos molares (FUCHS, 2005; DORUK et al., 2004).
Na comparação entre o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1
(Gráfico 15, página 92), observa-se que as medidas IS.SN E IS-PP foram
estatisticamente significativas, mostrando uma maior inclinação para vestibular
dos incisivos no Grupo LP, assim como encontrado por Doruk et al. (2004) em
pacientes sem fissura. Vemos também uma maior extrusão dos incisivos
superiores no Grupo Convencional, diferentemente do encontrado por Doruk et al.
(2004) em pacientes sem fissura, onde os incisivos do Grupo LP apresentaram
maior extrusão.
na avaliação entre os Grupos nos tempos T3 T1 (Gráfico 16, página
92) não houve diferenças estatisticamente significativas entre os Grupos nas
medidas analisadas, mas a tendência de vestibularização dos incisivos no Grupo
LP e de maior extrusão dos incisivos superiores no Grupo Convencional persistem
nesta fase, assim como os resultados apresentados por Doruk et al. (2004) em
pacientes sem fissura. Esta tendência no Grupo LP favorece a relação ântero-
posterior do paciente fissurado como já citado anteriormente.
119
6.2.2 Dentárias Mandibulares e Maxilo-mandibulares
Avaliando as alterações dentárias mandibulares durante a ERM no Grupo
Convencional, de T1 para T2 (Tabela 11 e Gráfico 17, página 93), observa-se que
houve uma diminuição da medida II-SNP, demonstrando uma relação mais
posterior do incisivo inferior, talvez pelo posicionamento da mandíbula mais para
baixo e para posterior, citada anteriormente. Diferentemente do encontrado por
Doruk et al. (2004) e Chung e Font (2004) em pacientes sem fissura, onde não
houve movimentação do incisivo inferior para posterior.
Em relação à inclinação do incisivo inferior não houve alteração,
demonstrada pela medida II.PM que não foi estatisticamente significativa, assim
como encontrado por Doruk et al. (2004) e Chung e Font (2004) em pacientes sem
fissura e diferentemente do encontrado por Sabry (2000) em paciente sem fissura,
onde os incisivos inferiores sofreram vestibularização. Quando comparadas as
alterações de T2 para T3 (Tabela 11 e Gráfico 17, página 93), observa-se que o
incisivo retorna a posição inicial (aumento da medida II-SNP) assim como a
posição mandibular no sentido ântero-posterior.
Com relação à alteração dentária maxilo-mandibular OVERJET, durante a
ERM no Grupo Convencional, de T1 para T2 (Tabela 11 e Gráfico 17, página 93) e
de T2 para T3 (Tabela 11 e Gráfico 17, páginas 93), observa-se que não houve
diferença estatisticamente significativa na medida, mantendo-se o relacionamento
ântero-posterior dos incisivos superiores e inferiores.
120
Avaliando as alterações dentárias mandibulares durante a ERM no Grupo
LP, de T1 para T2 (Tabela 12 e Gráfico 18, página 94), observa-se também que
houve uma diminuição da medida II-SNP, demonstrando uma relação mais
posterior do incisivo inferior, talvez pelo posicionamento da mandíbula mais para
baixo e para posterior, citada anteriormente. Também encontrado por Cozza et
al. (2003) em paciente sem fissura. Em relação à inclinação do incisivo inferior
também não houve alteração, demonstrada pela medida II.PM que não foi
estatisticamente significativa, diferentemente do encontrado por Cozza et al.
(2003) em paciente sem fissura onde os incisivos inferiores foram
retroposicionados. Quando comparadas as alterações de T2 para T3 (Tabela 12 e
Gráfico 18, página 94), observa-se que também o incisivo retorna a posição inicial
(aumento da medida II-SNP) assim como a posição mandibular no sentido ântero-
posterior.
Com relação à alteração dentária maxilo-mandibular OVERJET, durante a
ERM no Grupo LP, de T1 para T2 (Tabela 12 e Gráfico 18, página 94), e de T2
para T3 (Tabela 12 e Gráfico 18, página 94), observa-se que também não houve
diferença estatisticamente significativa na medida, mas observa-se uma tendência
de diminuição do OVERJET negativo, talvez explicado pela maior vestibularização
dos incisivos superiores no Grupo LP, assim como encontrado por Cozza et al.
(2003) em paciente sem fissura.
Na comparação entre o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1
(Gráfico 19, página 95) observa-se que não houve diferenças estatisticamente
significativas entre os Grupos nas medidas analisadas, só havendo uma leve
tendência de maior inclinação dos incisivos inferiores no Grupo Convencional,
121
diferentemente do encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura,
onde a movimentação dos incisivos em ambos os tempos não é significativa entre
os Grupos. Do mesmo modo, na avaliação entre os Grupos nos tempos T3 T1
(Gráfico 20, página 95) não houve diferenças estatisticamente significativas entre
as medidas analisadas, demonstrando um comportamento semelhante entre os
dois Grupos na movimentação dos incisivos inferiores.
Comparando o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1 (Gráfico 19,
página 95) e T3 T1 (Gráfico 20, página 95) observa-se que não houve diferença
estatisticamente significativa entre os Grupos na medida OVERJET, entretanto em
ambos os tempos, temos uma maior tendência de aumento da medida no Grupo
LP, explicada pela maior vestibularização dos incisivos superiores neste Grupo
assim como encontrado por Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura,
melhorando a relação ântero-posterior dentária que muitas vezes nos pacientes
fissurados é prejudicada.
6.3 ALTERAÇÕES DE PERFIL
6.3.1 Angulares
Avaliando as alterações angulares do perfil durante a ERM no Grupo
Convencional, de T1 para T2 (Tabela 13 e Gráfico 21, página 96), observa-se que
houve uma diminuição do ângulo CONVEXFACE, provavelmente devido à
movimentação posterior da mandíbula após a expansão. Também encontrado por
122
Silva Filho et al. (2003) em pacientes sem fissura. E um aumento no ângulo
NASLAB, provavelmente provocando uma retrusão do lábio superior, indesejado
no perfil destes pacientes. Diferentemente do encontrado por Sabry (2000), que
relata em seu estudo uma diminuição do ângulo NASLAB. Quando comparadas as
alterações de T2 para T3 (Tabela 13 e Gráfico 21, página 96), observa-se que o
ângulo CONVEXFACE retorna a posição inicial e que o ângulo NASLAB se
mantém.
Avaliando as alterações angulares do perfil durante a ERM no Grupo LP, de
T1 para T2 (Tabela 14 e Gráfico 22, página 97), observa-se que houve uma
diminuição do ângulo CONVEXFACE e um aumento no ângulo HOLDAWAY, que
representa aumento da convexidade do perfil, projetando os tecidos moles para
anterior, o que nos pacientes fissurados é desejado, pois estes, devido às
cirurgias de lábio e palato, apresentam uma restrição no desenvolvimento ântero-
posterior. Também encontrado por Cozza et al. (2003) em paciente sem fissura.
Quando comparadas as alterações de T2 para T3 (Tabela 14 e Gráfico 22, página
97), observa-se que o ângulo CONVEXFACE aumenta um pouco, o ângulo de
HOLDAWAY diminui um pouco, mas sem retornarem a posição inicial, mantendo a
melhora do perfil.
Na comparação entre o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1
(Gráfico 23, página 98), observa-se que a medida HOLDAWAY foi
estatisticamente significativa, mostrando uma maior projeção dos tecidos moles
para anterior, aumentando a convexidade do perfil no Grupo LP e uma tendência
de aumento da medida NASLAB no Grupo Convencional e diminuição para o
Grupo LP, o que também demonstra uma melhora do perfil no Grupo LP. na
123
avaliação entre os Grupos nos tempos T3 T1 (Gráfico 24, página 99), não houve
diferença estatisticamente significativa nas medidas analisadas, mas mantêm-se a
tendência de maior projeção dos tecidos moles para anterior no Grupo LP.
6.3.2 Lineares
Avaliando as alterações lineares do perfil durante a ERM no Grupo
Convencional, de T1 para T2 (Tabela 15 e Gráfico 25, página 100), observa-se
que houve um aumento na medida PRN’-SNP e uma diminuição da medida LI-
SNP, demonstrando uma posição mais anterior da ponta do nariz e uma posição
mais posterior do lábio inferior. Diferentemente do encontrado por Doruk et al.
(2004) em pacientes sem fissura, onde o lábio inferior não sofreu alterações.
Quando comparadas as alterações de T2 para T3 (Tabela 15 e Gráfico 25, página
100), observa-se que a medida PRN-SNP mantém-se e que a medida LI-SNP
retorna a posição inicial, provavelmente acompanhando a movimentação da
mandíbula que também retorna a posição inicial.
Avaliando as alterações do perfil lineares durante a ERM no Grupo LP, de
T1 para T2 (Tabela 16 e Gráfico 26, página 101), observa-se que houve um
aumento nas medidas PRN’-SNP, Sn-SNP, LS-SNP e uma diminuição das
medidas LI-SNP e POG’-SNP, demonstrando uma posição mais anterior da ponta
do nariz, da região subnasal e do lábio superior, melhorando o perfil dos
pacientes, assim como encontrado por Doruk et al. (2004) que relata um avanço
da lábio superior; e uma posição mais posterior do lábio inferior e da região do
pogônio em tecido mole. Quando comparadas as alterações de T2 para T3
124
(Tabela 16 e Gráfico 26, página 101), observa-se que as medidas PRN’-SNP, Sn-
SNP e LS-SNP mantiveram-se, assim como encontrado por Doruk et al. (2004) e
que as medidas LI-SNP e POG’-SNP retornam a posição inicial. Comportamento
que reflete a tendência de movimentação da maxila no Grupo LP mais para
anterior, levando consigo os tecidos moles e a movimentação mandibular, que
move-se para baixo e para trás de T1 para T2 e depois retorna a posição inicial
em T3.
Na comparação entre o Grupo Convencional e LP nos tempos T2 T1
(Gráfico 27, página 102) e T3 T1 (Gráfico 28, página 103), observa-se que não
houve diferenças estatisticamente significativas entre os Grupos nas medidas
analisadas, mas observa-se a maior tendência de aumento nas medidas PRN’-
SNP, Sn-SNP E LS-SNP, no Grupo LP em ambos os tempos, o que demonstra
um posicionamento mais anterior da região da ponta do nariz, subnasal e do lábio
superior, que é favorável nos pacientes fissurados, assim como encontrado por
Doruk et al. (2004) em pacientes sem fissura, onde o lábio superior apresenta-se
mais anteriormente posicionado no Grupo LP.
6.4 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
Os pacientes com fissura transforame incisivo que apresentam atresia
localizada na região anterior, precisam de uma expansão diferenciada. Com a
utilização do limitador posterior esta atresia é corrigida, mas ao final da expansão
125
o parafuso deve sempre ser travado com acrílico auto-polimerizável, pois a
pressão exercida pela musculatura pode fazer com que este retorne, prejudicando
os resultados obtidos.
Observamos constantemente, nos pacientes fissurados, uma deficiência no
perfil. Como resultado deste trabalho, vimos que com o uso do aparelho com
limitador posterior obteve-se uma melhora do perfil destes pacientes,
principalmente na região do lábio superior e sulco paranasal, onde se esta
maior deficiência.
Durante o período de contenção, os disjuntores foram mantidos em boca
para estabilização. Isto deve ser feito sempre até a realização do enxerto
secundário. Quando algum problema causado pelo disjuntor em boca, como
hiperplasia gengival ou úlceras, o disjuntor deve ser substituído por uma
contenção tipo barra transpalatina com extensão anterior. Caso o disjuntor seja
removido, sem a colocação imediata da contenção, haverá perda de diâmetro
transversal em pouco tempo, provocada pela falta de osso na região da fissura
que há nestes pacientes.
Uma das maiores dificuldades deste trabalho foi o acompanhamento dos
pacientes fissurados do período de pós-expansão até o período de contenção.
Estes pacientes precisaram ter um controle rígido, principalmente devido ao
aparelho disjuntor permanecer em boca.
Outro fator a ser comentado, é a condição sócio-econômica destes
pacientes. Normalmente são famílias muito humildes e, em determinadas
circunstâncias não tem dinheiro nem para o transporte. Por este motivo, não foram
126
solicitadas fotografias finais (T3), visto que os pacientes já haviam arcado com as
despesas da documentação inicial e pós-expansão.
Como sugestão para futuro estudo, estaria o uso do aparelho com limitador
posterior associado à máscara de tração reversa para aqueles pacientes que
apresentam uma relação de deficiência maxilar ou projeção mandibular mais
exarcebada.
127
7. CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos, podem-se citar como alterações verticais e
ântero-posteriores decorrentes da Expansão Rápida Maxilar em pacientes com
fissura de lábio e palato transforame incisivo, utilizando aparelhos expansores
confeccionados com parafuso convencional e parafuso com limitador posterior:
Alterações Esqueléticas
Maxilares:
A maxila no Grupo Convencional sofreu uma movimentação para baixo,
com maior intensidade na região posterior, após a expansão e se manteve no
período de contenção.
A maxila no Grupo LP sofreu uma movimentação para baixo, com maior
intensidade na região anterior, e para frente após a expansão e manteve-se no
período de contenção.
Mandibulares:
Em ambos os Grupos a mandíbula movimentou-se para baixo e para
posterior após a expansão e no período de contenção a movimentação para baixo
se manteve e no sentido ântero-posterior retornou a posição inicial.
Maxilo-mandibulares
Em ambos os Grupos houve movimentação da maxila e mandíbula para
baixo após a expansão e manteve-se no período de contenção. No Grupo
Convencional houve uma abertura do plano oclusal após a expansão, que se
128
reduziu no período de contenção.
Alterações Dentárias
:
Maxilares:
Em ambos os Grupos os incisivos superiores sofreram extrusão após a
expansão e mantiveram a posição no período de contenção. No Grupo LP houve
também vestibularização dos incisivos, que se manteve. Os molares superiores do
Grupo Convencional sofreram extrusão após a expansão e retornaram a posição
inicial no período de contenção.
Mandibulares e maxilo-mandibulares:
Em ambos os Grupos houve um posicionamento mais posterior do incisivo
inferior após a expansão, retornando a posição inicial no período de contenção.
No Grupo LP observa-se uma redução no overjet negativo após a expansão que
se manteve no período de contenção.
Alterações do Perfil Mole:
Observa-se uma maior projeção dos tecidos moles para anterior no Grupo
LP, melhorando o perfil dos pacientes fissurados
129
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136
ANDICES
137
ANDICE A -
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos
pacientes da amostra
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
MESTRADO EM ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL
“ALTERAÇÕES TRANSVERSAIS PRODUZIDAS PELA EXPANSÃO RÁPIDA MAXILAR COM
DIFERENTES PARAFUSOS EXPANSORES EM PACIENTES COM FISSURA DE LÁBIO E
PALATO”
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Seu filho, por apresentar uma fissura na arcada superior (maxila) possui, a
arcada superior (maxila) estreita, sem espaço para todos os dentes permanentes
(que estão por vir) nascerem. Então, seu filho necessita utilizar um aparelho de
expansão maxilar, ou seja, que alarga a arcada superior (maxila), deixando esta
com um formato melhor, dando espaço para os dentes permanentes nascerem. O
aparelho que seu filho irá utilizar faz parte do protocolo de rotina de tratamento.
Este aparelho vai alargar mais a parte anterior da arcada superior (maxila) do que
a parte posterior, o que é a necessidade de seu filho.
O tratamento será realizado com um aparelho de expansão maxilar que
será ativado semanalmente durante um mês conforme seu protocolo e, após,
serão realizadas radiografias e um par de modelos de gesso da boca de seu filho,
os quais serão comparados com as radiografias e os modelos de gesso iniciais,
que foram solicitados para a avaliação do caso.
O objetivo deste trabalho é comparar o aparelho que alarga mais a parte
anterior da arcada superior (maxila) com o aparelho convencional que tem o
mesmo objetivo (alargar a arcada superior), porém abre de igual maneira na parte
anterior e posterior da arcada superior (maxila). É importante ressaltar que esses
138
dois aparelhos são utilizados rotineiramente para o tratamento de pacientes que
tem a mesma necessidade que seu filho, e que se caso desejares não utilizar o
aparelho proposto, pode ser realizado o mesmo procedimento com o segundo
aparelho citado. Da mesma forma, a o concordância em participar deste estudo
não irá alterar de maneira nenhuma o tratamento já estabelecido.
Eu ..............................................................................., responsável pelo
paciente............................................................., declaro que fui informado dos
objetivos da pesquisa a ser desenvolvida de maneira clara e detalhada. Recebi
informações a respeito do procedimento a ser realizado e esclareci minhas
dúvidas. Autorizo a liberação dos dados obtidos para apresentação em eventos
científicos e publicações, desde que a identidade seja preservada. Sei que em
qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão
se assim eu desejar. A Drª Giovanna Fuchs certificou-me de que todos os dados
desta pesquisa serão confidenciais bem como o tratamento de meu filho não será
modificado em razão desta pesquisa e terei liberdade de retirar meu
consentimento de participação na pesquisa, face estas informações.
Sei que caso existam gastos adicionais em decorrência da pesquisa, estes
serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Caso tiver novas perguntas sobre
este estudo, posso entrar em contato com a Drª Giovanna Fuchs (pesquisadora
responsável) no telefone (51) 30293442 ou e-mail giovannaf[email protected].
Para qualquer pergunta sobre os meus direitos como participante deste estudo ou
se penso que fui prejudicado pela minha participação, posso entrar em contato
com a Profa. Dra. Márcia Rejane Brücker.
________________________ _______________________ ___/___/___
Assinatura do Responsável Nome do Responsável
___________________________ __________________________ ___/___/___
Assinatura do Pesquisador Nome do Pesquisado
139
ANDICE B
Tabela 1. Comparação da diferença (T2-T1) entre os grupos de pacientes Unilaterais e Bilaterais:
Diferença (T2-T1)
Medida Lateralidade n
Média Desvio-padrão
Valor t p
SNA Unilateral 22 0,41 1,36 -0,33 0,75
Bilateral 9 0,60 1,75
A-SNP Unilateral 22 0,67 1,50 0,85 0,40
Bilateral 9 0,07 2,38
A-SN Unilateral 22 1,38 2,08 1,26 0,22
Bilateral 9 0,33 2,14
ENP-SNP Unilateral 22 -0,14 1,97 -0,50 0,62
Bilateral 9 0,26 2,01
ENP-SN Unilateral 22 1,14 2,49 0,61 0,55
Bilateral 9 0,58 1,80
SNB Unilateral 22 -0,27 1,05 -2,14 0,41
Bilateral 9 0,23 1,48
B-SN Unilateral 22 2,61 3,25 0,83 0,41
Bilateral 9 1,63 1,98
B-SNP Unilateral 22 -0,08 3,54 0,18 0,86
Bilateral 9 -0,31 2,51
Eixo Y Unilateral 22 1,43 1,33 2,23 0,09
Bilateral 9 0,44 1,72
Sn.GoGn Unilateral 22 1,36 1,97 1,48 0,15
Bilateral 9 0,26 1,63
ANB Unilateral 22 1,17 1,17 1,58 0,13
Bilateral 9 0,37 1,55
AFAI Unilateral 22 2,37 2,21 0,84 0,41
Bilateral 9 1,69 1,61
SN. Plano Oclusal Unilateral 22 1,54 2,81 0,67 0,51
Bilateral 9 0,83 2,12
IS-SN Unilateral 22 0,31 4,27 0,02 0,98
Bilateral 9 0,28 2,52
IS-PP Unilateral 22 1,04 2,16 0,77 0,45
Bilateral 9 0,46 0,96
IS-SNP Unilateral 22 0,45 1,75 0,76 0,46
Bilateral 9 -0,13 2,34
MS.PP Unilateral 22 2,11 4,71 0,64 0,53
Bilateral 9 0,88 5,31
MS-PP Unilateral 22 0,69 1,17 -0,68 0,50
Bilateral 9 1,02 1,43
MS-SNP Unilateral 22 -0,39 2,01 0,74 0,47
Bilateral 9 -1,01 2,43
140
II.PM Unilateral 22 -0,10 2,18 0,04 0,97
Bilateral 9 -0,14 3,40
II-SNP Unilateral 22 -0,79 1,68 -0,37 0,71
Bilateral 9 -0,49 2,70
OVERJET Unilateral 22 1,03 1,54 1,52 0,14
Bilateral 9 0,08 1,70
NASLAB Unilateral 22 0,62 7,00 0,15 0,88
Bilateral 9 0,14 9,77
CONVEX FACE Unilateral 22 -2,24 3,17 0,65 0,52
Bilateral 9 -3,10 3,74
HOLDAWAY Unilateral 22 2,08 2,00 1,16 0,26
Bilateral 9 0,78 4,31
PRN-SNP Unilateral 22 0,95 2,19 0,15 0,88
Bilateral 9 0,81 2,20
SN-SNP Unilateral 22 0,65 1,99 -0,60 0,55
Bilateral 9 1,18 2,71
LS-SNP Unilateral 22 0,48 2,12 -0,01 0,99
Bilateral 9 0,49 2,07
LI-SNP Unilateral 22 -0,98 2,49 -0,30 0,77
Bilateral 9 -0,67 2,88
POG-SNP Unilateral 22 -1,04 2,70 -0,88 0,38
Bilateral 9 0,03 3,84
Tabela 2. Comparação da diferença (T3-T1) entre os grupos de pacientes Unilaterais e Bilaterais:
Diferença (T3-T1)
Medida Lateralidade n
Média Desvio-padrão
Valor t p
SNA Unilateral 21 0,20 1,42 1,07 0,29
Bilateral 9 -0,41 1,52
A-SN Unilateral 21 2,10 1,72 0,35 0,73
Bilateral 9 1,83 2,35
A-SNP Unilateral 21 1,22 1,81 0,93 0,36
Bilateral 9 0,54 1,86
ENP-SNP Unilateral 21 -0,26 1,95 -0,46 0,65
Bilateral 9 0,09 1,80
ENP-SN Unilateral 21 2,32 2,38 1,68 0,10
Bilateral 9 0,80 1,97
SNB Unilateral 21 0,19 1,22 0,48 0,63
Bilateral 9 -0,04 1,23
B-SN Unilateral 21 3,20 3,15 -1,04 0,31
Bilateral 9 4,46 2,77
B-SNP Unilateral 21 0,99 3,38 0,93 0,36
Bilateral 9 -0,21 2,92
141
Eixo Y Unilateral 21 0,56 1,25 0,14 0,89
Bilateral 9 0,49 1,38
Sn.GoGn Unilateral 21 0,54 1,65 -0,24 0,81
Bilateral 9 0,71 2,10
ANB Unilateral 21 0,00 1,26 0,81 0,42
Bilateral 9 -0,38 0,81
AFAI Unilateral 21 2,56 1,89 0,23 0,82
Bilateral 9 2,40 1,35
SN. Plano Oclusal Unilateral 21 0,76 2,79 1,23 0,23
Bilateral 9 -0,50 1,93
IS-SN Unilateral 21 2,82 5,39 1,75 0,09
Bilateral 9 -0,63 3,60
IS-PP Unilateral 21 2,20 5,66 0,83 0,41
Bilateral 9 0,49 3,63
IS-SNP Unilateral 21 1,91 2,57 1,36 0,19
Bilateral 9 0,43 3,11
MS.PP Unilateral 21 2,18 4,26 1,43 0,16
Bilateral 9 -0,63 6,30
MS-PP Unilateral 21 0,51 1,82 -1,44 0,16
Bilateral 9 1,48 1,28
MS-SNP Unilateral 21 0,73 2,54 0,81 0,43
Bilateral 9 -0,09 2,56
II.PM Unilateral 21 0,02 2,55 2,07 0,09
Bilateral 9 -1,21 3,08
II-SNP Unilateral 21 1,19 2,52 0,57 0,57
Bilateral 9 0,60 2,83
OVERJET Unilateral 21 0,70 1,44 1,40 0,17
Bilateral 9 -0,04 1,04
NASLAB Unilateral 21 -0,32 7,69 -0,31 0,76
Bilateral 9 0,81 11,96
CONVEX FACE Unilateral 21 -0,36 3,91 1,32 0,20
Bilateral 9 -2,46 4,15
HOLDAWAY Unilateral 21 0,28 2,70 0,82 0,42
Bilateral 9 -0,79 4,41
PRN-SNP Unilateral 21 2,45 2,51 -0,05 0,96
Bilateral 9 2,50 2,48
Sn-SNP Unilateral 21 1,71 2,50 -0,77 0,45
Bilateral 9 2,51 2,81
LS-SNP Unilateral 21 1,73 2,93 0,32 0,75
Bilateral 9 1,37 2,58
LI-SNP Unilateral 21 1,50 3,36 0,56 0,58
Bilateral 9 0,71 3,96
POG-SNP Unilateral 21 1,63 3,57 0,36 0,72
Bilateral 9 1,11 3,91
142
ANDICE C
Tabela 17.Estudo do Erro. Médias, desvios-padrão, diferença média e resultado do teste t-student
das medidas realizadas nas telerradiografias de perfil, no nível de significância de 5%
Comparação Média Desvio-padrão
Diferença Média
p
SNA 1 10 79,51 4,13 0,07 0,5
SNA 2 10 79,44 4,21
A-SNP 1 10 56,4 5,34 0,18 0,28
A-SNP 2 10 56,3 5,35
A-SN 1 10 59,05 4,24 0,13 0,14
A-SN 2 10 60,08 4,33
ENP-SNP 1 10 11,07 2,89 0,21 0,07
ENP-SNP 2 10 11,46 2,77
ENP-SN 1 10 42,26 3,25 0,11 0,3
ENP-SN 2 10 42,37 3,18
SNB 1 10 74,6 3,96 0,01 0,85
SNB 2 10 74,6 4,03
B-SN 1 10 98,3 4,73 0 0,99
B-SN 2 10 98,3 4,98
B-SNP 1 10 40,8 9,17 0,37 0,1
B-SNP 2 10 40,5 8,78
Eixo Y 1 10 107,49 4,86 0,06 0,75
Eixo Y 2 10 107,55 4,75
Sn.GoGn 1 10 39,0 6,24 0,02 0,96
SnGoGn 2 10 38,9 5,84
ANB 1 10 4,84 3,42 0,01 0,84
ANB 2 10 4,85 3,43
AFAI 1 10 66,64 7,18 0,24 0,63
AFAI 2 10 66,88 6,85
SN. Plano Oclusal 1 10 16,84 6,54 0,05 0,71
SN. Plano Oclusal 2 10 16,79 6,51
IS-SN 1 10 83,41 13,01 0,05 0,83
IS-SN 2 10 83,36 13,06
IS-PP 1 10 25,98 4,14 0,05 0,72
IS-PP 2 10 25,93 4,28
IS-SNP 1 10 50,84 6,03 0,24 0,24
IS-SNP 2 10 50,6 5,84
MS.PP 1 10 99,19 10,16 0,27 0,14
MS.PP 2 10 99,37 10,16
MS-PP 1 10 21,19 2,03 0,01 0,91
MS-PP 2 10 21,20 2,22
143
MS-SNP 1 10 24,24 5,21 0,35 0,08
MS-SNP 2 10 23,89 4,97
II.PM 1 10 93,22 4,95 0,15 0,79
II.PM 2 10 93,07 5,33
II-SNP 1 10 50,84 6,03 0,24 0,24
II-SNP 2 10 50,60 5,84
OVERJET 1 10 3,52 2,12 0,06 0,44
OVERJET 2 10 3,46 2,22
NASLAB 1 10 44,60 14,43 1,49 0,17
NASLAB 2 10 46,09 13,10
CONVEX FACE 1 10 15,03 6,74 0,64 0,12
CONVEX FACE 2 10 14,39 6,98
HOLDAWAY 1 10 6,81 5,49 0,43 0,36
HOLDAWAY 2 10 7,24 6,09
PRN-SNP 1 10 83,83 5,8 0,1 0,37
PRN-SNP 2 10 83,73 5,84
SN-SNP 1 10 68,96 5,86 0,19 0,52
SN-SNP 2 10 68,77 5,43
LS-SNP 1 10 66,73 5,02 0,16 0,43
LS-SNP 2 10 66,57 5,02
LI-SNP 1 10 65,11 5,69 0,33 0,2
LI-SNP 2 10 64,78 5,54
POG-SNP 1 10 53,72 8,70 0,28 0,3
POG –SNP 2 10 53,44 8,23
144
ANEXOS
145
ANEXO A –
Protocolo de aprovação do projeto de dissertação pela Comissão
Científica e de Ética da Faculdade de Odontologia da PUCRS
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