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Centro Universitário Hermínio
Ometto
UNIARARAS
ADRIANA APARECIDA ALCICI SANCHEZ
A NECESSIDADE DE UM PROGRAMA
EDUCATIVO EM TRAUMA DENTÁRIO
DIRECIONADO A EDUCADORES DO
ENSINO FUNDAMENTAL
ARARAS/SP
DEZEMBRO/2005
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1
Centro Universitário Hermínio
Ometto
UNIARARAS
ADRIANA APARECIDA ALCICI SANCHEZ
CIRURGIÃ DENTISTA
A NECESSIDADE DE UM PROGRAMA
EDUCATIVO EM TRAUMA DENTÁRIO
DIRECIONADO A EDUCADORES DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Dissertação apresentada ao Centro
Universitário Hermínio Ometto
UNIARARAS, como parte integrante da
avaliação para obtenção do Título de
Mestre em Odontologia, Área de
Odontopediatria.
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Luiz
Pinheiro
ARARAS/SP
DEZEMBRO/2005
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FOLHA DE APROVAÇÃO
3
DEDICARIA
A Deus pelo Dom da vida.
À minha mãe Stella que sempre me
ajudou nas horas em que mais precisei.
Ao meu pai Carlos “in memorian” que
sempre me incentivou e lutou até o fim de
seus dias mostrando ser um guerreiro.
Obrigada por tudo...
Ao meu marido Ricardo, meu amigo,
amado, que sempre esteve do meu lado
apoiando-me e não me deixando desistir
nunca do meu trabalho.
Ao meu filho Felipe, pela compreensão
pelos momentos de ausência. Mamãe te ama
muito...
AGRADECIMENTOS
À minha irmã Andreza pela ajuda e paciência.
Á professora Dra. Rose Mary Coser, Pró-Reitora de Extensão da UNIARARAS
pelo empenho e oportunidade dada.
À professora Ana Elisabeth Amstalden Franco, pelos conhecimentos
transmitidos, com tanta dedicação e carinho.
Ao Professor Dr. Mário Vedovello Filho, Coordenador do Programa de
Mestrado em Odontologia da UNIARARAS, meus agradecimentos.
Á Magnífica Reitora da UNIARARAS, professora Profª. Dra. Miriam de
Magalhães Oliveira Levada.
Ao Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, professor Dr. Marcelo Augusto
Marretto Esquisatto.
Ao Prof. Dr. Sérgio Luiz Pinheiro pela orientação dada ao trabalho.
À minha amiga Raphaela pelo apoio e amizade.
Aos funcionários, pela presença e disponibilidade.
5
“Grandes realizações são possíveis quando
se dá atenção aos pequenos começos.”
Lao Tse
6
RESUMO
O trauma dentário em crianças e adolescentes é um problema comum e
sua prevalencia tem aumentado nos últimos anos. As causas mais comuns são
as quedas, acidentes e atividades esportivas e a maioria dos traumas ocorrem
no ambiente escolar, por isto, existe a necessidade de melhorar o
conhecimento sobre trauma dental para a elaboração de um programa
educativo voltado para os educadores do ensino fundamental.
Palavras-chaves: Trauma dentário/ programa educativo
7
ABSTRACT
The dental trauma in children and adolescents is a common problem and
its prevalence has increased in them last years. The causes most common are
the falls, accidents and activities sports. The majority of the dental traumas
occur in the pertaining to school environment, for this exist the necessity to
improve the knowledge on dental trauma for elaboration of an education
program directed toward the educators of basic education.
Keys Words: dental trauma/ education program
8
SUMÁRIO
Resumo................................................................................................................6
Abstract................................................................................................................7
1. Introdução........................................................................................................9
2. Revisão da Literatura.....................................................................................12
3. Discussão......................................................................................................29
4. Conclusões....................................................................................................33
Referências Bibliográficas.................................................................................34
Anexos...............................................................................................................37
9
1. INTRODUÇÃO
O trauma dentário em crianças e adolescentes é um problema comum, e
a prevalência destas injúrias tem aumentado nos últimos 10-20 anos. Uma
injúria dental sempre deve ser considerada uma emergência, e, portanto, tem
que ser tratada imediatamente para aliviar a dor, facilitar a redução dos dentes
traumatizados, reconstruir o tecido duro perdido e melhorar o progstico
(ROBERTSON; NORÉN, 2001).
As razões etiológicas mais comuns das injúrias traumáticas são as
quedas, acidentes e atividades esportivas. Sendo que, os estudos demonstram
que os meninos e de uma classe social inferior estão mais propensos a ter
mais trauma nos dentes incisivos permanentes do que as meninas. A literatura
é escassa sobre o estado de saúde bucal, incluindo os níveis de trauma dental,
para as populações mais carentes. Apesar disso, é citado nos livros
odontológicos que os indivíduos mais carentes tem níveis maiores de injúrias
traumáticas para ambos os tecidos, duro e mole da cavidade oral (AL-
SARHEED; BEDI; HUNT, 2003).
O trauma na dentição decídua aumenta substancialmente com os
primeiros esforços da criança para se movimentar devido a sua falta de
coordenação. A freqüência aumenta quando a criança começa a andar e tenta
caminhar (ROBERTSON; NORÉN, 2001).
Na dentição permanente os incisivos centrais são os dentes
normalmente mais injuriados, seguidos pelos incisivos laterais superiores e
incisivos inferiores. O grau de proeminência dos dentes anteriores é um fator
predisponente importante à injúria. A relação horizontal do incisivo superior da
criança é denominado de overjet, e o valor normal é de 1 mm a 3 mm. Os
dentes com protrusão mais de 4 mm são menos protegidos pelo lábio superior,
e estas crianças são duas ou três vezes mais prováveis de suportarem o
trauma dental. As crianças com incisivos protruídos, deveriam ser
encaminhadas para uma avaliação e possível tratamento com um
Odontopediatra ou Ortodontista (MARCENES; ALESSI; TRAEBERT, 2000).
10
O tipo de injúria é determinado pela energia e direção de impacto, bem
como a resiliência e forma do objeto do impacto. As injúrias ao tecido duro
incluem as trincas de esmalte, fraturas de esmalte, fraturas de esmalte-dentina
com ou sem exposição pulpar, fraturas de coroa-raiz com ou sem envolvimento
pulpar, e fraturas radiculares (PRATA et al. 2000).
Na dentição permanente, as fraturas de coroas são os tipos mais
comuns de injúria dental traumática. As fraturas de um ou mais dentes,
especialmente os anteriores, pode resultar em dor, perda de função e o
comprometimento da estética. Nos dentes periodontalmente injuriados as
complicações vistas tardiamente freqüentemente são a necrose pulpar,
obliteração do canal pulpar e perda do osso alveolar marginal (SAROGLU;
SÖNMEZ, 2002). A luxação dental é utilizada como diagnóstico clínico na
maioria das injúrias e temos seis tipos de luxações reconhecidas: concussão,
subluxação, luxação lateral, luxação extrusiva, luxação intrusiva, e avulsão
(ALTAY; GUNGOR, 2001).
Após o tratamento de emergência o paciente é agendado para o controle
de revisão. As injúrias dentais traumáticas normalmente implicam no processo
de lesão-reparo na polpa, no periodonto e às vezes associado ao tecido mole
(ROBERTSON; NORÉN, 2001).
Acrescentado ainda que, existem leis nacionais que garantem o ensino
de saúde bucal as crianças e adolescentes e a participação da Classe
odontológica e programas educativos para professores do ensino, como consta
na Lei 8069/90 - “Estatuto da Criança e do Adolescente no Título II - dos
direitos fundamentais- Capítulo I - do direito à vida e à saúde - Art. 14 - O
Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e
odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a
população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e
alunos.”
A terapia racional depende de um diagnóstico correto, que pode ser
alcançado com a ajuda de várias técnicas de exame. Deve-se compreender
que, um exame incompleto pode levar a um diagnóstico inadequado e menos
sucesso no tratamento. Um bom conhecimento da traumatologia e modelos de
tratamentos pode também reduzir o stress e a ansiedade para o paciente, o
educador e a equipe odontológica. Com isto, como a maioria das injúrias
11
traumáticas dentais ocorre no ambiente escolar e em casa existe a
necessidade de melhorar o conhecimento sobre o trauma dental para a
elaboração de um programa preventivo voltado para os educadores e pais
(CHAN; WONG; CHEUNG, 2001).
O objetivo do presente trabalho é por meio de uma revisão de literatura,
mostrar a importância de o cirurgião dentista interferir no processo educativo
em trauma dentário direcionado a professores do ensino fundamental.
2. REVISÃO DA LITERATURA
ZERMAN; CAVALLERI (1993) verificaram a prevalência das injúrias
traumáticas nos incisivos permanentes e sua distribuição de acordo com o tipo
e alguns fatores clínicos em uma população total de 1798 pacientes, com idade
de 6 21 anos, examinada durante um período de 5 anos na Clínica
Odontológica da Universidade de Verona, Itália. O material consistiu de
histórias de casos e radiografias obtidas durante o exame dos dentes
traumatizados. O número de pacientes com trauma dentário foi de 178 (131
meninos e 47 meninas), e o número de incisivos com trauma foi de 326. A
prevalência foi de 7,3%. Um grande número de injúrias dentais ocorreu em
crianças de idade entre 6 e 13 anos. A razão menino para meninas foi de 2,7:1.
As causas mais freqüentes foram às quedas e os acidentes de tráfego que
envolveu na maioria das vezes dois dentes. Por volta de 80% dos dentes foram
os incisivos centrais superiores. O tipo mais comum de injúria foi à fratura
coronária não complicada. Em 87 dos casos (48%) houve uma injúria
associada ao tecido mole. As fraturas alveolares ocorreram em 22 casos
(12%). Os traumas que envolveram o ligamento periodontal constituíram perto
de 40% do total. O estudo notou os seguintes pontos: 1) os programas de
educação preventiva devem ser instituídos na região, direcionados aos pais e
professores escolares, para informá-los sobre os problemas do trauma dental e
para obter a atitude cooperativa do tratamento e uma boa motivação nos
controles; 2) a necessidade de unificar o diagnóstico e o protocolo terapêutico
para oferecer informação confiável nas investigações clínicas, para permitir a
comparação válida com outros estudos e para melhorar o prognóstico em longo
prazo em muitos casos.
CHEN; TSAI; SEE (1999) investigaram a prevalência e os fatores
relacionados ao trauma em incisivos entre 1200 estudantes do segundo grau
na cidade de Taichung, Taiwan. O estudo da população consistiu de 1200
estudantes do segundo grau, 645 meninos (53,8%) e 555 meninas (46,3%), em
quatro escolas elementares na cidade de Taichung, Taiwan. Esta pesquisa foi
composta por duas partes: (1) um questionário de história dental traumática e
(2) um exame clínico de cada sujeito para registrar qualquer evidência clínica
13
de injúria dental traumática nos incisivos permanentes. Os questionários
indicaram que 16,5% das crianças tinham uma história positiva de trauma
dental. A razão de homem para mulher de um trauma dental anterior foi 1,4:1.
A maxila (78,2%) foi freqüentemente mais afetada do que a mandíbula. A
maioria das injúrias ocorreu em casa (63,7%). Os exames clínicos
evidenciaram que 3% dos sujeitos, 43 dentes em 37 crianças, tinham sinais
clínicos e sintomas de trauma dental. Os incisivos centrais superiores (77%)
foram freqüentemente os dentes mais afetados. O tipo mais comum de injúria
coronária foi à fratura do esmalte (67%). A prevalência de uma história de
trauma dental e os achados clínicos de injúria no incisivo neste estudo foi mais
baixa do que nos relatos anteriores. A casa e a escola foram os lugares onde a
injúria dental mais provavelmente ocorreu. Os sinais clínicos e os sintomas de
trauma dental foram encontrados em 3% dos sujeitos. Os incisivos superiores
foram os dentes mais comumente afetados e 67% destes casos envolveram
fratura do esmalte.
GLENDOR; KOUCHEKI; HALLING (2000) mostraram que algumas
crianças e adolescentes foram afetadas apenas uma vez com um trauma
dental, enquanto outros pareciam estar propensos a acidentes e sofreram de
episódios com trauma dental múltiplo. Os estudos têm mostrado que a maioria
dos traumas dentais afeta os permanentes superiores e os incisivos centrais. É
bem menos conhecida a conseqüência do tratamento em relação aos dentes
com episódios de traumas dentais repetidos. Então, o objetivo foi de avaliar o
risco de trauma dental múltiplo para os dentes permanentes entre as crianças e
os adolescentes por idade e sexo e comparar os tipos de modalidades de
tratamento dental usados para os pacientes com trauma dental múltiplo e com
dentes traumatizados únicos e repetidos. O estudo foi baseado em uma
amostra de 83 crianças dinamarquesas de 6-18 anos de idade e adolescentes
nascidos em 1970 que sofreram trauma dental. Todos os pacientes foram
acompanhados durante um período de 12 anos (1976-1988). Quarenta e um
dos pacientes foram registrados com episódios de trauma dental múltiplo com
uma variação de 2-7 e uma média de 2.9 episódios/paciente (SD = 1,1). A
idade média dos episódios com trauma dental único e múltiplo foi de 11,4 anos
(SD = 3,6) e 8,6 anos (SD = 2,1), respectivamente. O número de pacientes com
trauma dental múltiplo foi significantemente mais alto entre aqueles que
14
sofreram o seu primeiro episódio de trauma no intervalo de idade de 6-10 anos
do que no intervalo de idade 11-18 anos (p < 0,001). Uma análise de
sobrevivência mostrou que o risco de sustentar outro episódio de trauma
aumentou para 14,9 – 30,3% quando o primeiro trauma ocorreu antes da idade
de 11, comparada a 0 7,4% após a idade de 10. O risco de sustentar as
injúrias múltiplas foi 8,4 vezes mais alto quando o primeiro episódio de trauma
ocorreu aos 9 anos de idade, comparados com aqueles ocorridos com 12 anos
de idade. A análise de sobrevivência também mostrou que para cada novo de
trauma, o intervalo entre eles tornava-se mais perto. Quarenta e cinco por
cento dos episódios de traumas dentais múltiplos dos dentes afetados
sustentaram uma injúria. Com o aumento do número de episódios com trauma
por paciente acompanhado aumentou-se o número de acompanhamentos,
terapia endodôntica, informação e prótese, enquanto que as taxas de
endodontia, cirurgia, e consultas não mudaram ou até diminram.
MARCENES; ALESSI; TRAEBERT (2000) avaliaram as causas e a
prevalência das injúrias traumáticas dos incisivos permanentes de crianças
escolares de 12 anos de idade em Jarag do Sul, Brasil. A pesquisa foi
realizada em escolas primárias, pública e privada, em 476 crianças de ambos
os sexos, selecionadas pela técnica com amostragem de multi-estágio e
executando um exame clínico dos incisivos permanentes superiores e
inferiores. Foram coletadas as principais medidas resultantes como: overjet
incisal, cobertura labial, dentes anteriores traumatizados e a causa do trauma.
E também o nível de educação dos pais, o estado de emprego e a renda
familiar. Os meninos experimentaram o dobro de porcentagem das injúrias
comparadas às meninas. As crianças com overjet incisal maior do que 5 mm (p
= 0,077) e a cobertura inadequada do lábio (p = 0,667) não foram as mais
prováveis de terem experimentado as injúrias dentais. As principais causas das
injúrias dos incisivos permanentes foram às quedas (26 por cento), acidentes
no tráfego (20,5 por cento), esportes (19,2%), violência (16,4%) e colisões com
pessoas e objetos inanimados (6,8 por cento). As medidas sócio-econômicas
não tiveram efeito significante na prevalência do trauma. Os elaboradores
policiais devem levar as causas do trauma em conta quando desenvolverem
uma estratégica para a prevenção das injúrias dentais.
15
GLENDOR; KOUCHEKI; HALLING (2000) divulgou que o trauma dental
ocorre na infância e na adolescência com conseqüências com o tempo e nos
custos para ambos o paciente e a família. O conhecimento científico destes
temas é escasso. Para alguns indivíduos, o trauma dental resultará pela vida,
consumo de tempo e os tratamentos caros na infância que continuarão até a
fase adulta. O estudo teve como objetivos aumentar o conhecimento da
incidência, risco, tratamento, tempo e custos gastos nos traumas dentais em
dentes primário e permanente em crianças e adolescentes. O material para os
estudos originou-se da cidade de Västamanland, Suécia, e a municipalidade de
Copenhague, Dinamarca, e de um material nacional sueco (Folksam). O
material foi coletado de relatos de acidente, fichas odontológicas, formas de
trauma dental, questionários e entrevistas por telefone. Os métodos descritivos,
prospectivos e analíticos foram usados. Uma classificação dos traumas dentais
complicados e sem complicações foi apresentada. A incidência de trauma
dental nos meninos foi mais alta, comparadas com as meninas, na cidade
Västamanland em quase todas as idades dos grupos. Para ambos os sexos, os
primeiros anos de vida e os primeiros anos de escola foram os períodos mais
predispostos ao acidente com incidência duas vezes tão alta quanto à média
de incidência para todas as crianças e adolescentes na cidade. Todo o terceiro
trauma foi complicado com injúrias na polpa ou nos ligamentos periodontais.
Todos segundos pacientes com um trauma dental dos dentes permanentes
sofreram um trauma dental múltiplo durante um período de 12 anos. Em quase
todo o segundo paciente com trauma dental múltiplo, pelo menos um dos
dentes afetados manteve o trauma repetitivo. O risco de sustentar os episódios
de trauma dental múltiplo aumentou quando o primeiro trauma ocorreu no
intervalo de idade de 6 10, comparados com 11 18 anos de idade. Durante
um período de 12 anos, os tempos de tratamento para traumas complicados
foram 2,0 e 2,7 vezes mais altos em dentes primário e permanente,
respectivamente, comparados aos valores correspondentes para os traumas
sem complicação. Em média, o tempo direto (tempo de tratamento)
representou 11% e 16% do tempo total, enquanto os custos diretos (serviço de
saúde, transporte, perda de propriedade pessoal e medicina) representaram
60% e 72% dos custos totais dos traumas dos dentes decíduo e permanente,
respectivamente, durante um período de dois anos para os casos do material
16
nacional. Portanto, os traumas dentais são freqüentes em alguns indivíduos
que são injuriados várias vezes. Apesar de que o tempo de tratamento, os
esforços da família são substanciais para o tempo e os custos. Os parâmetros
tais como o grau de severidade, avaliação do tratamento e o local da injúria são
de grande importância para ambos paciente e família e devem ser
considerados quando calcular o tempo e os custos do trauma dental em
crianças e adolescentes.
PRATA et al. (2000) avaliaram os dados epidemiológicos e as causas
das injúrias dentárias traumáticas dos pacientes que procuraram atendimento
no Centro de Traumatismos Dentários (Cetrade) da Faculdade de odontologia
de São José dos Campos UNESP. Foram avaliados 151 casos de pacientes
com registros completos, atendidos no Centro de setembro de 1995 a outubro
de 1998, observando o trauma mais freqüente, as causas, o sexo e idade dos
pacientes e dentes mais envolvidos. Os dados foram catalogados e
comparados entre si. Verificou-se que 62,91% dos pacientes eram do gênero
masculino e a maior incidência dos traumatismos ocorreu aos 9 anos de idade.
A causa mais comum foi queda (48,34%), seguida por queda de bicicleta
(22,52%) e golpe (15,89%). O dente mais afetado foi o incisivo central superior
(92,8%). Os traumas mais freqüentes foram às fraturas coronárias (42,81%),
seguidas de avulsão (25,76%), fratura radicular (7,57%), luxação lateral (7,2%),
luxação extrusiva (6,44%), concussão (1,89%), fratura corono-radicular (1,14%)
e subluxação (0,76%).
ROCHA; CARDOSO (2001) determinaram os fatores relacionados à
ocorrência do trauma dental em dentes permanentes de crianças que
atendidas na Clínica de Odontopediatria da Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, Brasil. Durante um período de 18 meses, 36 crianças
entre 7 e 12 anos de idade tiveram os dentes traumatizados tratados. Todas as
crianças foram atendidas por um profissional da Clínica de Odontopediatria. A
ocorrência de trauma foi mais alta em pacientes meninos (61.3%) e em
crianças entre 8 e 9 anos de idade com uma idade média de 9,4 anos. No
grupo atendido, 63,9% das crianças tiveram mais do que um dente
traumatizado, e o trauma ocorreram novamente em 19,4% do tempo. Os
dentes superiores anteriores representaram 96,1% dos casos e os dentes
incisivos centrais foram os mais afetados. Ambos os lados da boca tiveram
17
aproximadamente o mesmo número de traumas. As fraturas foram mais
freqüentes (51,4%) do que as luxações (48,6%). As fraturas coronárias
esmalte/dentina representavam 51,4% do total dos dentes traumatizados. As
quedas foram a principal causa do trauma (83,3%). Um cirurgião dentista
atendeu 36,1% das crianças durante as primeiras 24 horas após o incidente. O
estudo concluiu que, a dentição permanente foi a mais afetada pelas fraturas
coronárias que ocorreram especialmente nos dentes incisivos centrais
superiores em pacientes entre 8 e 9 anos de idade. O maior fator etiológico foi
a queda que afetou mais do que um dente. A recorrência do trauma foi
perfeitamente comum.
ALTAY; GUNGOR (2001) apresentaram informações em relação à
distribuição de idade e de sexo, etiologia, tipos, locais e exteno do trauma
bem como as variações sazonais, diferença de tempo entre o trauma e a
procura por cuidado odontológico e o número de injúrias traumáticas, que
foram registradas retrospectivamente de 150 pacientes. O estudo
compreendeu 91 meninos e 59 meninas. Os traumas mais comuns foram a
fratura coronária sem complicação (23,57%), subluxação (15,85%), avulsão
(10,16%), luxação lateral (9,75%), fratura coronária complicada e intrusão
(8,4% e 8,94%, respectivamente). A ocorrência das fraturas coronárias
complicadas foi significantemente mais alta (p < 0,05) no grupo de idade entre
10-12 anos do que nos outros grupos de idades. A luxação lateral e a intrusão
foram significantemente mais altas nos grupos de idade entre 1-6 e 7-9 anos de
idade de grupos (p < 0,05, respectivamente).
ROBERTSON; NORÉN (2001) relataram que os traumas dentários em
crianças e adolescentes são um problema comum, e a prevalência tem
aumentado nos últimos 10-20 anos. Um trauma dental sempre deve ser
considerado uma emergência, e, portanto, tem que ser tratada imediatamente
para aliviar a dor, facilitar a redução dos dentes traumatizados, reconstruir o
tecido duro perdido, e melhorar o prognóstico. A terapia racional depende de
um correto diagnóstico, que pode ser alcançado com o auxílio de várias
técnicas de exame. Deve ser compreendido que um exame incompleto pode
levar a um diagnóstico inadequado e menos sucesso no tratamento. O bom
conhecimento de traumatologia e modelos de tratamentos pode também
reduzir o stress e ansiedade para ambos, paciente e a equipe odontológica.
18
BORUM; ANDREASEN (2001) verificaram o tipo e a extensão dos
traumas apresentados pelos pacientes que procuraram tratamento em um
grande centro de trauma localizado no Hospital da Universidade em
Copenhague, Dinamarca. Os casos foram divididos em: casos sem
complicação (concussão, sub-luxação, fraturas do esmalte e esmalte-dentina) e
os casos complicados (fraturas coronárias com polpa exposta e fraturas coroa-
raiz, luxação com deslocamento do dente e fraturas ósseas). As injúrias em
dentes decíduos foram encontradas em 2874 pacientes, envolvendo 5443
dentes, entre os quais 62,8% tiveram traumas complicados. As injúrias do
dente permanente foram encontradas em 4525 pacientes, envolvendo 10,673
dentes, dentre os quais 40,4% traumas complicados. O custo do tratamento
(incluindo serviço de trauma agudo, acompanhamento e subseqüente
restauração) foi estimada ser 6-1 milhões de dólares por ano para os pacientes
tratados neste centro de trauma. Se este cenário for transferido para estimar a
população de trauma na Dinamarca, o custo anual pareceu variar de 2 a 5
milhões de dólares por 1 milhão de habitantes por ano de acordo com o cenário
de tratamento. Portanto, o tratamento compreendeu uma parte onerosa dos
serviços de saúde na Dinamarca.
GABRIS; TARJAN; RÓZSA (2001) analisaram os dados de crianças com
trauma dental que se apresentaram para o tratamento no Departamento de
Odontopediatria e Ortodontia em Budapeste durante um período de 15 anos.
As linhas guias de WHO foram usadas para classificar as injúrias traumáticas.
Um total de 590 crianças estava envolvido, 810 dentes tinham sido afetados.
As crianças na idade entre 7 14 anos eram 88% da coorte. A taxa
homem:mulher foi de 58:42. A taxa permanente: primário para os dentes
afetados foi de 90:10. Os dentes mais comumente afetados foram os incisivos
centrais superiores. Em 70% dos casos, somente um dente foi traumatizado. A
incidência de trauma dental teve um pico na idade de 10 anos. O tipo de injúria
mais comum observada foi de fratura de coroa esmalte-dentina. A seqüência
decrescente da freqüência dos fatores etiológicos foi brincar, esportes, quedas,
andar de bicicleta, acidentes na rodovia e brigas. Destes acidentes 65%
ocorreram na escola ou em casa. Setenta e sete por cento dos pacientes
apresentaram cuidados médicos nos primeiros 3 dias após o acidente.
19
CHAN; WONG; CHEUNG (2001) investigaram sobre o conhecimento de
um grupo de professores de educação física sobre o manejo de emergência do
trauma dental em Hong Kong. Um questionário postal foi enviado para os
professores de educação física em 100 escolas secunrias selecionadas ao
acaso em Hong Kong. Um total de 166 professores de 65 escolas respondeu.
Os resultados mostraram que a maioria dos professores tinha recebido um
treinamento formal de aprendizagem (98,8%). Enquanto, todos, menos um
professor tinha recebido um treinamento formal dos primeiros socorros, apenas
oito deles relembraram que tinham recebido orientação sobre o manejo do
trauma dental. Em relação ao manejo da fratura do dente, 118 pacientes
(71,1%) deram uma resposta apropriada. Em contraste, apenas 29 professores
(17,5%) foram capazes de indicar um manejo apropriado para o dente
avulsionado. Por volta de 60% (102) dos pacientes indicaram que era “muito
urgente” procurar uma assistência profissional se um dente permanente fosse
avulsionado, mas eles tinham um pequeno conhecimento dos procedimentos
corretos para reimplantar ou transportar os dentes avulsionados. Apenas 15
pacientes (9%) apontaram que o leite foi o meio de escolha para transportar os
dentes avulsionados. Finalmente, por volta de 90% (157) indicaram que eles
nunca receberam instrução nos procedimentos de emergência para o manejo
da avulsão dental. O atual estudo mostrou que o nível de conhecimento do
manejo das injúrias dentais em uma seleção de professores de educação física
em Hong Kong foi inadequado e as campanhas educacionais seriam
necessárias para melhorar o manejo de emergência das injúrias dentais.
SAE-LIM; LIM (2001) averiguaram o conhecimento dos professores da
pré-escola em relação ao manejo dos dentes traumatizados. Um questionário
de pesquisa, dos passados dos professores, atitudes/práticas e conhecimento
foram distribuídos para todos os professores que atendiam um programa de
educação dental pela Fundão de Saúde Dental de Singapura. De um total de
291 professores pesquisados, 29% tinham recebido educação terciária,
enquanto que o resto (71%) tinha recebido educação secundária. A média de
experiência de ensino era de 6,8 ± 6.9 anos. Por volta de um quarto tinham
experiências antecedentes em manejar o trauma dental. Sessenta e três por
cento admitiram não ter conhecimento sobre trauma dental; 79% estavam
insatisfeitos com seu nível de conhecimento nesta área, 95% estavam a fim de
20
ter mais educação sobre o trauma dental; apesar de que 65% das emergências
de trauma dental deveriam ser feitas o mais rápido possível. Em relação ao
conhecimento, durante o horário comercial os serviços de emergência foram
mais familiares (84%) do que fora do horário comercial (15%), como foi o
conceito de manejar os dentes avulsionados (71%) comparado aquele dos
dentes fraturados (51%). O conhecimento sobre o melhor meio de estocagem
dos dentes permanentes avulsionados foi especialmente ruim sendo abaixo
de 15%. Usando a análise de regressão de logística múltipla, foi encontrado
que a experiência de ensinar influenciou significativamente o conhecimento de
auto-avaliação dos respondentes e o nível de satisfação com o conhecimento
deles (p = 0,012). Os professores com mais experiência tiveram um melhor
conhecimento sobre a reimplantação dos dentes permanentes (p = 0,003). Foi
recomendado que, a educação pública deveria ter como foco a necessidade
dos professores de terem mais conhecimentos sobre o manejo dos traumas
dentais.
SAROGLU; SÖNMEZ (2002) avaliaram o tipo e a prevalência das
injúrias dentais encaminhadas para a Universidade Ankara, Escola de
Odontologia, Departamento de Pediatria, Turquia. Cento e quarenta e sete
pacientes com 234 dentes traumatizados apresentaram-se durante um
intervalo de 18 meses. Destes 147 pacientes, 85 eram meninos e 62 eram
meninas. O trauma mais freqüente ocorreu na idade de 11 anos. Os incisivos
centrais superiores foram os dentes mais afetados por injúrias em ambas às
dentições, decídua e permanente. O arco superior estava envolvido em uma
porcentagem maior de casos de trauma (95,72%). As causas mais comuns de
injúrias foram às quedas (67,39%). Na dentição decídua, o tipo de injúria mais
comum foi à luxação extrusiva (38,23%) e na dentição permanente foi a fratura
do esmalte-dentina sem o envolvimento pulpar (50,5%). Dos 147 pacientes,
apenas 82 apresentaram-se à clínica dentro de uma hora e 10 dias após o
momento da injúria. Isto revela que, existe uma necessidade de informar ao
público o que eles devem fazer nos casos de trauma dental, e como é
importante entrar em contato com um dentista imediatamente.
AL-JUNDI (2002) realizou um estudo para determinar a incidência e o
padrão das emergências dentais resultantes das injúrias traumáticas, bem
como o tratamento oferecido para as crianças que apresentaram com estas
21
emergências dentais. Durante o período de um ano, 620 crianças
apresentaram-se as clínicas dentais pediátricas com emergências dentais, 195
(31%) destas emergências foram uma conseqüência do trauma dental para os
287 dentes e foram incluídas no estudo. O tempo médio entre o trauma e a
emergência dental foi de 5 meses. A dor ou a sensibilidade foi o sintoma
apresentado mais freqüente (31,3%) seguido por edema ou fístula (17,4%). A
idade destes pacientes variou de 15 meses a 14 anos, com uma idade média
de 9,3 anos. Os meninos contaram com 75,4% das crianças destas amostras,
enquanto que as meninas contaram apenas 24,6%. A principal causa do
trauma dental foi a queda durante a brincadeira (58,5%); a causa menos
comum foi de acidentes com veículos, contando apenas com 1,5% de todas as
injúrias. A maioria dos acidentes ocorreu em casa (41,5%), perto do meio dia.
Os dentes mais comumente envolvidos foram os incisivos centrais superiores
permanentes contando com 79,5% de todos os dentes envolvidos pelo trauma
dental. O trauma mais freqüentemente encontrado nesta amostra foi à fratura
coronária vista em 76.6% dos dentas. As injúrias do tecido mole foram
ocorreram em 16.9% das crianças. O tratamento recebido pelas crianças na
amostra variou de nenhum tratamento ativo (6,2%) para os procedimentos
dentais elaborados tais como, a terapia pulpar (41,3%) e a colocação protética
dos dentes ausentes (5,1%).
BORSSEN; KALLESTAL; HOLM (2002) executaram um estudo para
contar o tempo de tratamento e o número de consultas exigidas para o
tratamento das injúrias dentais traumáticas em um grupo de crianças de 16
anos de idade, nascidos em 1975, e que residiam na cidade de Västerbotten,
Suécia, e para analisar a correlação entre o tempo total do tratamento e os
fatores passados. O material de estudo compreendeu 1012 registros dentais do
Serviço de Saúde Dental Público que continha informações das injúrias dentais
nos incisivos decíduos e/ou permanentes ou caninos. O tempo total médio de
tratamento por indivíduo foi de 1,3 h, com uma variação de 0,1 para 27,5 h.
Para as injúrias da dentão decídua, o número médio de consultas por
indivíduo foi de 2,2. Uma consulta foi suficiente em 21% dos episódios de
trauma. Na dentição permanente, cada episódio de trauma exigiu uma média
de 3,4 consultas, e 90% dos pacientes tiveram que retornar para as consultas
de acompanhamento. A correlação entre as variáveis explicativas e o tempo
22
total de tratamento foi descrita e analisada pelas análises de regressão múltipla
linear. O grau de severidade e o número de dentes injuriados foram os dois
parâmetros de maior significância para o tempo do tratamento. O tratamento
por um especialista teve um impacto no tempo na dentição permanente, mas
não na decídua. Na dentição permanente, o tempo de tratamento aumentou se
a injúria dental havia ocorrido antes da idade de 11 anos. O tempo de
tratamento não estava dependente de onde a clínica estava localizada ou no
gênero da criança injuriada. Os diagnósticos diferentes poderiam explicar os
3% da variação do tempo de tratamento na dentição permanente.
MAJORANA et al. (2002) realizaram uma apresentação clínica e a
prevalência das fraturas radiculares em uma série de pacientes com trauma
dental. As estratégias de tratamento foram classificadas e os resultados após
um período apresentado de 6 meses. O estudo da população compreendeu 76
pacientes (entre as idades de 2 e 55 anos) com 93 fraturas radiculares em seus
dentes (18 decíduos, 75 permanentes). Os dados foram coletados após a
tomada de uma história clínica detalhada, o exame clínico objetivo e a
investigação fotográfica e radiológica. Desde que, a maioria dos dentes
decíduos foi extraída, apenas os casos com fratura radicular dos dentes
permanentes foram acompanhados: em todos, 24 pacientes com 31 dentes
com fraturas radiculares. A prevalência de fraturas radiculares em dentes
permanentes foi de 7,7% de todas as injúrias, enquanto que nos dentes
decíduos foi de 3,8%. Os dentes mais freqüentemente envolvidos foram os
incisivos superiores com uma porcentagem de 75% nos dentes permanentes.
Além disso, 40% das fraturas radiculares em dentes permanentes estavam
associadas à fratura do osso alveolar e aos tecidos moles e em 45% dos
casos, os dentes adjacentes também foram injuriados. Os resultados deste
estudo reafirmaram a necessidade para o diagnóstico cuidadoso dos dentes
após uma injúria traumática. Os dentes adjacentes e aqueles no arco oposto
não devem ser ignorados. O tratamento seria multidisciplinar, podendo exigir a
intervenção da cirurgia, ortodontia e aparelho protético. A revisão periódica faz-
se necessária.
CELENK et al. (2002) avaliaram duzentos e oito pacientes com fratura
nos dentes permanentes no Departamento de Pediatria, na Escola de
Odontologia e na Universidade de Dicle entre 1995 e 1998. O objetivo deste
23
estudo retrospectivo foi de investigar as prováveis causas do trauma, os efeitos
da idade e do sexo no trauma dental, a prevalência de tipos de fratura, e a
distribuição de tipo de fratura de acordo com o arco. Observaram que as
quedas ou colisões foram as principais causas. Também foi determinado que o
grupo que mais freqüentemente sofreu fraturas foi o grupo de idade entre 9 a
11 anos. A maioria dos pacientes eram meninos. O tipo de fratura esmalte-
dentina-polpa e aquelas que tornam o dente não vital foram as mais
prevalentes, e a maioria das fraturas foram observadas nos dentes centrais
superiores.
MAJORANA et al. (2003) realizaram um estudo onde tiveram como
objetivos: (1) o estudo da prevalência da reabsorção radicular após a luxação
ou injúrias de avulsão em dentes permanentes encaminhados a clínica dental
durante o período de três anos; (2) o estudo da relação entre o tipo de injúria e
o tipo resultante de para as várias complicações de reabsorção. Foram
observados 1943 pacientes com trauma dental, com idade entre 2 e 26 anos,
encaminhados para o Departamento de Emergência e Acidentes da Clínica
Odontológica, da Universidade de Brescia, de primeiro de setembro de 1997 ao
dia 31 de dezembro de 2001. Destes, 261 dentes permanentes tiveram luxação
(n = 188) ou injúrias de avulsão (n = 73). A luxação dos dentes permanentes e
as injúrias de avulsão ocorreram mais freqüentemente nos incisivos superiores
(75%) dos pacientes na maioria com idade de 12 – 21 anos, com homens mais
comumente afetados do que as mulheres (68,3% : 31,7%). Estes casos foram
acompanhados por 5 anos, e as complicações e a resposta ao tratamento
foram registradas. A reabsorção radicular foi observada em 45 (17,25%) destes
casos. Destes 45 casos com reabsorção, 9 estavam associados à injúria de
luxação (20%) enquanto 36 (80%) com avulsão. Foram distinguidos 30 casos
de reabsorção radicular inflamatória (18 transitórias e 12 progressivas) e 15
casos de anquilose e reposição óssea. Quando a reabsorção era reconhecida,
o tratamento efetivo e rápido podia ainda resultar em um excelente resultado
estético e funcional para estes dentes.
KOHAVI et al. (2003) mostraram em várias estatísticas que a avulsão
(deslocamento total do dente fora de seu alvéolo) após as injúrias traumáticas
não é relativamente freqüente, variando de 0,5 para 16% das injúrias
traumáticas na dentição permanente. Os incisivos centrais superiores o os
24
dentes mais freqüentemente avulsionados. A avulsão do dentes ocorre mais
freqüente em crianças de 7 a 9 anos de idade, quando os incisivos
permanentes estão erupcionando. Mais freqüentemente, a avulsão envolve um
único dente; mas as avulsões múltiplas são ocasionalmente encontradas. As
fraturas das paredes alveolares freqüentemente estão associadas a avulsão.
Após a perda do dente, uma seqüela quase certa é a reabsorção rápida do
osso alveolar. Em muitos casos, apenas uma lamela óssea muito fina da crista
permanece após o reparo do alvéolo, com depressões verticais e horizontais
clinicamente óbvias. Em um paciente jovem que perdeu um dente anterior, o
operador poderia encontrar a inserção de implante, na posição anatômica
adequada, difícil ou impossível, devido ao volume ósseo inadequado. Esta
situação se agravaria com o tempo por causa da reabsorção contínua e do
crescimento relativo do osso alveolar adjacente em torno dos dentes. As novas
e previsíveis técnicas para o aumento ósseo permitem a compensação para a
redução óssea enquanto se espera a completar o crescimento. Em casos de
aumento do rebordo localizado, a quantidade do volume ósseo inicial e sua
forma prescrevem se a inserção do implante e o aumento ósseo serão
executados simultaneamente. As indicações para este enfoque são: volume
ósseo suficiente para alcançar a estabilidade inicial do implante e uma taxa alta
de sucesso previsível para o aumento. Quando o volume ósseo e a forma não
permitem a estabilidade inicial, existe a indicação para uma conduta por
estágios, na qual o osso é inicialmente aumentado, os resultados serão
avaliados e o implante sedepois inserido. No primeiro estágio, a fase de
regeneração óssea, pode durar entre 8 10 meses. O segundo, o período de
integração do implante, pode levar um adicional de 6 8 meses. O efeito do
crescimento no aumento ósseo não está muito claro e existe uma escassez de
informação em relação ao uso dos procedimentos de regeneração óssea nos
pacientes em crescimento. A decisão clínica quando começar o tratamento de
implante após a avulsão não dependente apenas do tempo de inserção do
implante, mas também dos procedimentos de regeneração óssea. Quando a
maioria das paredes ósseas verticais e horizontais do local de extração está
perdida, o procedimento de aumento como uma medida para reduzir a
deficiência, pode ser considerada até em p-adolescentes.
25
HAMDAN; RAJAB (2003) avaliaram a prevalência e os fatores
relacionados ao trauma de incisivos entre as crianças escolares jordanianas
com 12 anos de idade. Foi realizado um estudo seccional cruzado entre as
crianças escolares em uma amostra de 1.878 crianças escolares com idade de
12 anos, 940 meninos e 938 meninas, que foram selecionadas ao acaso em
128 escolas nas áreas rural e urbana. A classificação de Ellis foi usada para
registrar as injúrias dentais nos incisivos. Das crianças examinadas 13,8%
apresentavam trauma dental. A diferença na prevalência entre meninos
(17,1%) e meninas (10,6%) foi estatisticamente significante (p < 0,05). Os
incisivos centrais superiores foram os mais afetados (79,2%) e o tipo mais
comum de injúria coronária foi a fratura de esmalte-dentina (40,6%). A relação
entre as injúrias dentais e os indicadores sócio-econômicos não foi
estatisticamente significante. Houve uma tendência para as crianças com um
overjet incisal maior que 5,0 mm para as injúrias dentais (p < 0,01). A
necessidade de tratamento devido às injúrias dentais foi bem alta, mas menor
do que os danos não tratados. A prevalência das injúrias traumáticas para os
incisivos permanentes nas crianças escolares jordanianas de 12 anos de idade
foi perto daquela encontrada nos outros países. Ser um menino e ter um
overjet maior que 5,0 mm foram fatores de predisposição significantes para as
injúrias dentais.
ALSARHEED; BEDI; HUNT (2003) determinaram a prevalência dos
dentes permanentes traumatizados entre as crianças com deficiência visual e
da audição assistidas nas escolas especiais em Riyadh, Arábia Saudita. Todas
as injúrias dentais envolveram os dentes incisivos, e o trauma foi notado em 33
(6,7%) crianças assistidas nas escolas do governo (grupo controle)
comparadas com 7 (9%) das crianças com deficiência visual e 24 (11,4%) das
crianças com deficiência auditiva. As diferenças no trauma dental apenas
alcançaram uma estatística significativa entre as crianças com deficiência
auditiva e o grupo controle (p < 0,05). As diferenças de gênero foram apenas
aparentes no grupo de deficiência auditiva, com os homens tendo os níveis
mais elevados de dentes traumatizados. Além disso, as crianças com
deficiência auditiva com idade de 11 - 12 anos foram as mais propensas ao
trauma do que as crianças no grupo controle da mesma idade (p < 0,05). Em
conclusão, as crianças com deficiência visual têm uma maior tendência ao
26
trauma dental. Entretanto, isto foi apenas estatisticamente significante para as
crianças com deficiência auditiva. Enquanto que, uma diferença no gênero foi
mais notável para o grupo com deficiência auditiva, com meninos tendo níveis
mais elevados de trauma, isto foi notável pela sua ausência nas crianças com
deficiência visual.
TAPIAS et al. (2003) averiguaram a prevalência das fraturas traumáticas
de coroas em uma população infantil e identificaram os fatores de risco
associados ao mesmo. Um estudo cruzado seccional foi conduzido, cobrindo
470 crianças escolares e pesquisando as variáveis sócio-demográficas,
sobremordida, número de dentes, causa, início, estação, tipo de injúria e
restauração. Foi medida a prevalência, executaram as análises uni-variadas e
multi-variadas dos fatores de risco para a fratura coronária, e calcularam a
razão de desigualdade e seus intervalos de confiança (95% CI). A prevalência
das fraturas traumáticas de coroas para os incisivos permanentes foi de 17,4%
(95% CI: 14-20,8). As quedas foram às causas mais freqüentes do trauma
dental (43,9%). Os meninos e as crianças com sobremordida registraram uma
curva de risco maior de 2,13 e 1,81 para as fraturas coronárias,
respectivamente. Devido à alta prevalência, as fraturas em crianças escolares
na idade de 10 anos constituem um problema de saúde pública. Os meninos
que tinham sobremordida apresentavam maior risco para fratura coronária. A
promoção do seguro de saúde e a educação nos centros de saúde foram
convocadas para prevenir tais injúrias.
SKAARE; JACOBSEN (2003) executaram um estudo para aumentar o
conhecimento das injúrias dentais em noruegueses jovens e examinar se um
aumento no número de trauma dental havia ocorrido durante os últimos 10-15
anos. Ambas as áreas rural e urbana foram incluídas, constituindo 12% dos 7-
18 anos de idade que vivia no ps. Um total de 1275 crianças neste grupo
desta idade sofreu de injúrias dentais na capital de Oslo e na área rural de
Nord-Trondelag durante um período de registro de 1 ano. As crianças foram
examinadas por dentistas calibrados no serviço público de saúde dental. O
serviço regular oferece retornos gratuitos, e 98% de atendimentos para as
crianças atendem. As injúrias dentais foram classificadas de acordo com o
sistema de classificação de WHO. A incidência do trauma dental foi encontrada
em 1,8% (2,0% em Oslo e 1,3% em Nord-Trondelag). Cerca de 50% das
27
crianças estavam no grupo de idade de 8-10 anos. Noventa e sete por centos
dos acidentes envolveram os incisivos, e o trauma menor dominou. A idade e
sexo foram os fatores de predisposição. Os meninos tiveram quase duas vezes
mais injúrias freqüentes do que as meninas e esta diferença aumentaram com
a idade. Nenhum aumento na freqüência foi observado.
PACHECO et al. (2003) relataram que as avulsões são bem comuns no
ambiente escolar. Os professores estão freqüentemente requisitados para
ajudar em tais situações de emergência. Uma pesquisa consistindo de sete
questões simples referentes a avulsão dental foi respondida por 60 professores
de cinco escolas fundamentais diferentes no Rio de Janeiro, Brasil, para avaliar
o conhecimento deles sobre este assunto e estabelecer diretrizes a serem
seguidas quando um acidente deste tipo ocorresse. Uma falta de informação
técnica foi observada entre os professores; a maioria deles respondeu
intuitivamente mais do que sobre uma base de informação. Portanto, este
estudo mostrou a necessidade de uma comunicação mais efetiva entre os
profissionais odontológicos e os professores de escolas para melhor manejar
as emergências dentais.
AL-JUNDI (2004) investigou o tratamento, o prognóstico em longo prazo,
e o número de visitas necessárias para administrar os casos resultantes das
complicações de apresentação tardia das injúrias dentais traumáticas. A
amostra consistiu de 195 crianças, todas apresentavam com complicações do
trauma dental na Clínica de Odontopediatria no Hospital de Ensino Dental da
Universidade de Ciência e Tecnologia de Jordão na cidade de Irbid, Jordão. Os
dados retrospectivos confirmaram as formas traumáticas bem como as
anotações clínicas e os registros das radiografias dos pacientes. Os dados
prospectivos foram coletados pelos exames dos pacientes nas consultas de
retorno. O tratamento dos dentes traumatizados nesta amostra variou de sem
tratamento ativo para a extração e reposição com prótese. Foi estimado que o
número de visitas necessárias para realizar o tratamento planejado para estes
pacientes variou entre 3 e 17,2 visitas de acordo com o tipo de tratamento. O
procedimento de apicificação foi o que mais consumiu tempo. Trinta e dois por
cento dos dentes com apicificação terminaram principalmente com a fratura
radicular, subseqüente a outro episódio de menor trauma (em 85%), o restante
foram relatados como sendo fraturas espontâneas. Mais ou menos a metade
28
dos dentes com injúrias de luxações tornaram-se necróticos após três anos.
Realmente, os dentes com avulsão continuaram-se deteriorando mesmo na 36
a
consulta de acompanhamento. O progstico em longo prazo dos dentes com
fratura radicular mediana foi favorável em (80%) dos dentes nesta amostra,
apesar do fato de que elas depois foram esplintadas. As injúrias de luxação
levaram aos dentes mais necróticos (50%) do que as fraturas sem complicação
de coroas. Os episódios de traumas dentais múltiplos foram relatados em
aproximadamente 30% dos pacientes na amostra e foram responsáveis por
algumas das complicações notadas neste relato. Todos os casos
acompanhados neste relato tiveram apresentação tardia do trauma dental, os
achados podem enfatizar o prognóstico de longo prazo favorável para tais
injúrias. Isto ajudará a selecionar a opção do tratamento que levaria aos
melhores resultados com menos gastos e menos consumo de tempo seja pelos
dentistas quanto pelos pacientes. Os achados deste relato também reforçaram
a importância da prevenção do trauma dental e para diminuir suas
complicações através do tratamento adequado, programas educacionais,
supervisão das crianças durante as brincadeiras, o uso de protetores bucais, e
tratamento ortodôntico dos incisivos vestibularizados.
29
3. DISCUSSÃO
As injúrias dentais traumáticas em crianças e adolescentes são muito
difundidas na população (BORSSEN; KÄLLESTAL; HOLM. 2002), e é um
problema sério de saúde pública dental entre as crianças. Considerando que, o
gênero, a idade e a história do trauma são fatores predisponentes que
aumentam o risco do trauma dental (ALTAY; GÜNGOR, 2001).
A maioria das injúrias dentais envolve os dentes anteriores e, portanto,
podem ser tratadas e prevenidas diminuindo o impacto físico e pscicológico.
Devido à sua alta prevalência, as injúrias dentais contam com uma alta
porcentagem das reclamações nos serviços dentais de emergência
(MARCENES; ALESSI; TRAEBERT, 2000).
Os estudos de prevalência das injúrias dentais em crianças diferem em
várias investigações (ZERMAN; CAVALLERI, 1993; ALTAY; GÜNGOR, 2001).
De acordo com ALTAY; GÜNGOR (2001) existe uma maior prevalência nos
grupos de idade entre 7-9 anos (41,5%) do que nos outros grupos, enquanto
que ZERMAN; CAVALLERI (1993) verificaram esta maior prevalência entre a
idade de 6-13 anos. Nos dados epidemiológicos de PRATA et al. (2000),
verificou-se que 62,91% dos pacientes que procuraram tratamento na UNESP
eram do gênero masculino e a maior incidência dos traumatismos ocorreu aos
9 anos de idade. Não houve diferenças significantes para ALTAY; GÜNGOR,
2001, entre os jovens do gênero masculino e feminino e nos estudos realizados
por ZERMAN; CAVALLERI, (1993) a razão foi de 2,7:1, respectivamente,
enquanto que nas investigações de CHEN; TSAI; SEE, 1999, foi observado
uma razão para um trauma dental anterior de 1,4:1, e para SKAARE;
JACOBSEN (2003) os meninos tiveram quase duas vezes mais injúrias
freqüentes do que as meninas, e esta diferença aumentou com a idade.
A etiologia das injúrias verificada por ALTAY; GÜNGOR, 2001 registrou
que 45,35% de todas as injúrias aconteceram em casa e no playground da rua,
30,7% na escola/ no playground da escola e 19,3% em casa. O alto número de
injúrias ocorridas em casa/ no playground da rua deve ser explicado pelas
variações de estação (levemente maior no verão/primavera), pois, as crianças
brincam fora de casa ou na escola nestas estações. Não houve relação
30
estatisticamente significante entre idade/ gênero e local das injúrias (p>0,05).
Os acidentes devido às quedas parecem ser o fator mais comum em todos os
grupos de idades neste estudo (42,7%). Os outros fatores etiológicos mais
altos foram pancadas, acidentes de esportes e colisões (18%, 16% e 14%,
respectivamente).
Ao avaliar os dados epidemiológicos e as causas das injúrias dentárias
traumáticas dos pacientes, PRATA et al. (2000) verificaram que 62,91% dos
pacientes eram do gênero masculino e a maior incidência dos traumatismos
ocorreu aos 9 anos de idade. A causa mais comum foi queda (48,34%),
seguida por queda de bicicleta (22,52%) e golpe (15,89%), com o dente mais
afetado sendo o incisivo central superior (92,8%) e os traumas mais freqüentes
foram as fraturas coronárias (42,81%), seguidas de avulsão (25,76%), fratura
radicular (7,57%), luxação lateral (7,2%), luxação extrusiva (6,44%), concussão
(1,89%), fratura corono-radicular (1,14%) e subluxação (0,76%). Enquanto que,
ZERMAN; CAVALLERI (1993) verificaram a prevalência das injúrias
traumáticas nos incisivos permanentes nos pacientes, com idade entre 6 21
anos, observaram que as causas mais freqüentes foram às quedas e os
acidentes de tráfego e a maioria envolveram dois dentes, sendo que por volta
de 80% dos dentes foram os incisivos centrais superiores. O tipo mais comum
foi de fratura coronária não complicada.
Em relação aos estudos de CHEN; TSAI; SEE (1999) foi notado que a
maioria das injúrias ocorreu em casa (63,7%), seguido pela escola, e os
incisivos superiores foram os dentes mais comumente afetados, e 67% destes
casos envolveram fratura do esmalte. Sendo que para, MARCENES; ALESSI;
TRAEBERT (2000), ao observarem as causas e a prevalência das injúrias
traumáticas dos incisivos permanentes de crianças escolares de ambos os
gêneros constataram que, as principais causas foram às quedas (26 %),
acidentes no tráfego (20,5 %), esportes (19,2%), violência (16,4%) e colisões
com pessoas e objetos inanimados (6,8 %). Para AL-JUNDI (2002), a principal
causa do trauma dental foi a queda durante a brincadeira (58,5%) e a causa
menos comum foi de acidentes com veículos (1,5%), sendo que, a maioria
ocorreu em casa (41,5%) e os dentes mais normalmente envolvidos foram os
incisivos centrais superiores permanentes contando com 79,5% de todos os
dentes envolvidos pelo trauma dental.
31
Por conseguinte, através destes estudos anteriormente mencionados, a
injúria de ambos os dentes decíduos e permanentes e suas estruturas de
suporte é um dos problemas mais comum vistos nas crianças. O trauma dental
pode estar acompanhado de conseqüências econômicas significantes. Tem
sido mostrado que quando uma criança atinge a idade escolar, os acidentes no
meio escolar em forma de quedas são bem comuns e a causa principal das
injúrias dentárias traumáticas. O trauma dentário pode variar de um pequeno
desgaste no esmalte a um extenso dano maxilofacial envolvendo as estruturas
de suporte e deslocamento ou avulsão dos dentes. Isso pode resultar em
distúrbios funcionais e estéticos que envolvem ambos, os pacientes e seus pais
(CHAN; WONG; CHEUNG, 2001; GABRIS; TARJAN; ROZSA, 2001;
ROBERTSON; NOREN, 2001).
A maioria dos profissionais da sde e educadores concorda que a
prevenção é o curso de ação mais preferível a que tratar as conseqüências,
que normalmente significa o tratamento da injúria. Portanto, o melhor
tratamento para o trauma dentário seria a prevenção. Infelizmente, mesmo no
campo odontológico, a prevenção do trauma acidental para os dentes é talvez
ofuscada por um tremendo interesse universal na prevenção e controle de
outras doenças dentárias (CHAN; WONG; CHEUNG, 2001).
Os professores escolares deveriam garantir um meio ambiente seguro
durante as lições. A identificação dos fatores causais e grupos de alto risco são
importantes para o modelo de medidas preventivas. Por exemplo, a maior
consciência pelos professores e supervisores de playgrounds da probabilidade
das injúrias dentárias que ocorreram no playground e durante as aulas de
educação física resultaria em medidas de maior precaução. O objetivo seria
reduzir tais incidentes como colisões, lutas e quedas, que o os principais
fatores etiológicos para o trauma dentário (GABRIS; TARJAN; ROZSA, 2001).
Existindo a necessidade de uma interação entre professores e pais por meio de
informações e de meios para a prevenção de traumas, como o uso adequado
de protetores bucais em aulas de esportes de contacto, qual o melhor meio
para transportar um dente avulsionado, como adotar as adequadas precauções
e tratamentos de emergência. Com isso, as campanhas de prevenção podem
começar com a provisão de informação ao público sobre o primeiro recurso
apropriado para melhorar o prognóstico em muitas situações de trauma; isto
32
pode melhorar o conhecimento público sobre a necessidade do cuidado de
emergência, bem como reduzir os altos custos do tratamento (BORUM;
ANDREASSEN, 2001).
O manejo e a prevenção da injúria dentária deveriam ser reconhecidos
com uma grande questão de saúde pública e as fontes adequadas para a
pesquisa nesta área e o desenvolvimento de programas de prevenção. Existe
na atualidade uma falta aparente de dados recentes na literatura sobre a
ocorrência de injúrias dentárias. Em vista das amplas diferenças culturais
existentes e, portanto, as atividades que os escolares possam estar engajados,
pesquisas posteriores deveriam ser conduzidas para obter dados relevantes
nesta área. Por exemplo, a identificação dos grupos de idade propícios aos
traumas ajudaria quando designar as medidas preventivas e programas
educacionais sobre as injúrias dentárias traumáticas e indicaria como elas
deveriam ser direcionadas para os pais, pré-escolares ou educadores - e
conseqüentemente diminuiria os gastos no consultório odontológico para os
pais e serviços de saúde pública (BORUM; ANDREASEN, 2001; SAE-LIM; LIM,
2001; PACHECO et al. 2003). Finalmente, seria interessante e vantajoso
estender a pesquisa ao público, a outros grupos leigos relevantes e também
aos grupos de profissionais tais como a equipe médica e odontológica (CHAN;
WONG; CHEUNG, 2001).
33
4. CONCLUSÕES
Com base na literatura consultada écito concluir que:
É necessário um programa específico em trauma dentário direcionado a
educadores do ensino fundamental, devido a grande ocorrência deste
problema em crianças e adolescentes nesta faixa etária.
34
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1
De acordo com a quinta edição das normas do Grupo de Vancouver, de 1997, e abreviatura dos
títulos de periódicos com o Index Medicus.
35
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ZERMAN N.; CAVALLERI G. Traumatic injuries to permanent incisors. Endod
Dent Traumatol, 9(2): 61-4, apr. 1993.
37
ANEXOS
38
ANEXO 1
TERMO DE ACEITE DE ORIENTAÇÃO
Eu, ............................................................, Professora Doutora do
Curso de Mestrado profissionalizante em Odontologia, área de concentração
em Odontopediatria, concordo em orientar a aluna Adriana Aparecida Alcici
Sanchez conforme projeto ora submetido à aprovação.
O orientado está ciente das Normas para Elaboração do Trabalho de
Conclusão do Curso, bem como, dos prazos de entrega das tarefas.
Araras, ........../........../.........
....................................................................
Profa. Dra.
.....................................................................
Adriana Aparecida Alcici Sanchez
39
ANEXO 2
TERMO DE ACEITE DE CO-ORIENTAÇÃO
Eu,.............................................., Professor Doutor do Curso de
Mestrado profissionalizante em Odontologia, área de concentração em
Odontopediatria, concordo em co-orientar a aluna Adriana Aparecida Alcici
Sanchez conforme projeto ora submetido à aprovação.
O co-orientado está ciente das Normas para Elaboração do Trabalho
de Conclusão do Curso, bem como, dos prazos de entrega das tarefas.
Araras, ........../........../.........
....................................................................
Prof. Dr.
.....................................................................
Adriana Aparecida Alcici Sanchez
40
ANEXO 3
DECLARAÇÃO PARA TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS DA
DISSERTAÇÃO:
Eu, Adriana Aparecida Alcici Sanchez, aluna regularmente
matriculada no curso de Mestrado em Odontologia, área de concentração
Odontopediatria, do Centro Universitário Hermínio Ometto, declaro que tornarei
público, pelos meios científicos os resultados de minha monografia de
Mestrado (“Programa Educativo sobre o Manejo do Trauma Dental Direcionado
para Educadores”), após sua finalização e defesa.
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