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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Alexandra Renosto
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM TRABALHADORES
DA INDÚSTRIA METALÚRGICA DO SUL DO PAÍS
São Leopoldo
2006
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1
Alexandra Renosto
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM TRABALHADORES DA
INDÚSTRIA METALÚRGICA DO SUL DO PAÍS
Dissertação apresentada à Universidade
do Vale do Rio dos Sinos como requisito
parcial para a obtenção do título de
Mestre em Saúde Coletiva.
Orientador: Prof. Dr. Marcos Pascoal Pattussi
São Leopoldo
2006
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2
DEDICATÓRIA
Dedico esse estudo ao Prof. Marcos Pascoal
Pattussi, pelo apoio técnico científico,
paciência e compreensão.
Aos meus pais, que me deram a vida e, além
do amor, um dos legados mais preciosos que
um pai e uma mãe podem deixar para o filho:
a educação.
3
AGRADECIMENTOS
O Deus, pela dádiva da vida e por estar ao meu lado em todos os momentos;
Aos meus pais pelo amor, carinho, zelo e por tudo que sou;
Às minhas irmãs, pela sensibilidade e ajuda nessa trajetória;
As minhas amigas pela amizade e compreenssão;
Ao meu namorado e, mais que isso, meu grande amigo, que sempre me apoiou e
confiou em mim, me dando força, estímulo e sempre com muita paciência e
compreensão soube me entender;
Aos meus colegas de mestrado, em especial a minha amigona Pati Biff, pela
compreensão, apoio, caronas e pelos momentos angustiantes e divertidos que
passamos juntas;
Ao acadêmico Patrique Moura Leite e ao Prof. Marcelo Marcon, da Faculdade da
Serra Gaúcha, pelo apoio técnico;
Às empresas e os trabalhadores pesquisados, sentido da ciência, por participarem
do estudo;
Ao meu orientador, pela valiosa contribuição neste estudo;
À professora, Maria Teresa Anselmo Olinto, fonte de sabedoria e determinação;
E finalmente, a que tornou tudo isso possível, por todo aprendizado, confiança e
principalmente oportunidade de estar concluindo esta etapa da minha vida. Obrigada
professores do PPG por acreditarem no meu potencial!
Muito obrigada!
4
SUMÁRIO
I – PROJETO DE PESQUISA....................................................................... 5
II – RELAT
Ó
RIO DE CAMPO........................................................................ 80
III – ARTIGO CIENTÍFICO.............................................................................
93
5
I – PROJETO DE PESQUISA
6
Lista de Quadros
Quadro 1 -
Quadro 2 -
Quadro 3 -
Quadro 4 -
Quadro 5 -
Quadro 6 -
Quadro 7 -
Quadro 8 -
Classificação do Índice de Capacidade para o Trabalho............
Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o
trabalho.......................................................................................
Estudos realizados no Brasil sobre capacidade para o
trabalho.......................................................................................
Empresas do estudo...................................................................
Variável dependente do estudo.................................................
Variáveis independentes do estudo............................................
A
nálises para associação do desfecho com as variáveis
independentes ...........................................................................
Testes estatísticos para mensurar a confiabilidade do
ICT..............................................................................................
26
28
38
45
46
46
52
54
7
Lista de Figuras
Figura1 – Modelo Teórico Hierarquizado........................................................
53
8
Lista de Abreviaturas
FSP: Faculdade de Saúde Pública
FSG: Faculdade da Serra Gaúcha
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICT: Índice de Capacidade para o Trabalho
OMS: Organização Mundial de Saúde
UNISINOS: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
USP: Universidade de São Paulo
9
SUMÁRIO DO PROJETO
INTRODUÇÃO................................................................................................ 10
1 REVISÃO DA LITERATURA....................................................................... 16
1.1 ASPECTOS REFERENTES AO CONCEITO DE CAPACIDADE
FUNCIONAL..............................................................................................
16
1.1.1 Capacidade Física de trabalho.............................................................. 18
1.1.2 Capacidade Mental de Trabalho........................................................... 19
1.2 ENVELHECIMENTO FUNCIONAL........................................................... 19
1.3 CAPACIDADE PARA O TRABALHO....................................................... 23
1.3.1 Índice de Capacidade para o Trabalho................................................. 23
1.3.2 Estudos sobre Capacidade para o Trabalho......................................... 27
1.4 SOBRE A CONFIABILIDADE DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO... 40
2 OBJETIVOS................................................................................................ 42
3 HIPÓTESES................................................................................................ 43
4 METODOLOGIA.......................................................................................... 44
4.1 DELINEAMENTO..................................................................................... 44
4.2 SUJEITOS................................................................................................ 44
4.3 INSTRUMENTOS..................................................................................... 45
4.4 VARIÁVEIS............................................................................................... 45
4.4.1 Desfecho............................................................................................... 45
4.4.2 Variáveis independentes....................................................................... 46
4.5 PROCEDIMENTOS.................................................................................. 47
4.5.1 Éticos.....................................................................................................
47
10
4.5.2 Logisticos...............................................................................................
49
4.5.2 Estatísticos............................................................................................ 51
4.5 IMPACTO................................................................................................. 54
4.6 DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS........................................................ 55
4.7 LIMITAÇÃO DO ESTUDO........................................................................ 55
5 ORÇAMENTO............................................................................................. 56
6 CRONOGRAMA.......................................................................................... 57
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 58
APÊNDICE A – Questionário Saúde do Trabalhador.................................... 64
APÊNDICE B – Termo de Autorização Institucional...................................... 67
APÊNDICE C – Termo de Autorização Institucional...................................... 68
APÊNDICE D – Termo de Autorização Institucional...................................... 69
APÊNDICE E – Termo de Autorização Institucional...................................... 70
APÊNDICE F – Termo de Consentimento Livre eEsclarecido....................... 71
ANEXO A – Índice de Capacidade para o Trabalho...................................... 74
ANEXO B – Gabarito do ICT.......................................................................... 78
10
INTRODUÇÃO
As profundas mudanças no perfil epidemiológico do país e do mundo nos
últimos anos, apontam para o crescimento da população idosa. O envelhecimento
da população é tanto um dos maiores triunfos da humanidade como também um dos
maiores desafios. Em todo o mundo, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais
está crescendo mais rapidamente do que qualquer outra faixa etária. Em 1950 havia
cerca de 204 milhões de idosos no mundo e, em 1998 este contingente alcançava
579 milhões de pessoas, um crescimento de quase 8 milhões de pessoas idosas por
ano. As projeções indicam que, em 2050, a população idosa será de 2 bilhões de
pessoas. No Brasil configura-se um total de 15 milhões de idosos hoje. Entre 1999 e
2050 o coeficiente entre a população ativa e inativa, isto é, o número de pessoas
entre 15 e 64 anos de idade por cada pessoa de 65 anos ou mais, diminuirá em
menos da metade nas regiões desenvolvidas e em uma fração ainda menor nas
menos desenvolvidas (IBGE, 2002).
O processo de transição demográfica, caracterizado pelo envelhecimento
populacional, iniciou-se no final do século XIX em alguns países da Europa
Ocidental, espalhou-se para o resto dos países desenvolvidos, e estendeu-se, nas
duas últimas décadas, por vários países em desenvolvimento, inclusive o Brasil.
Trata-se, portanto, de uma ocorrência mundial. A queda da natalidade, fecundidade
e mortalidade parecem ser as principais causas deste fenômeno. Nos países
desenvolvidos o envelhecimento da população foi conseqüência das melhorias
11
concretas verificadas nas condições de vida da população e mais tarde, a partir dos
anos 40 e 50 devido ao avanço da medicina e a descoberta de novos
medicamentos. Em países subdesenvolvidos essa transição se deve basicamente as
conquistas tecnológicas da medicina moderna, transferida dos países ricos, que
possibilitaram recursos capazes de prevenir ou curar muitas moléstias fatais do
passado, como as provocadas por infecções e parasitoses (NETTO, 1997; TUOMI,
1997a, ILMARINEM, 2001, CARVALHO e GARCIA, 2003; BELLUSCI, 1999;
MONTEIRO, 1999).
O termo “envelhecimento ativo”, adotado pela Organização Mundial de Saúde
no final dos anos 90, transmite uma mensagem mais abrangente do “envelhecimento
saudável", reconhecendo, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que
afetam o modo como os indivíduos e as populações envelhecem. O processo de
envelhecimento sujeita as pessoas ao crescente risco de enfermidades e
incapacidades. Em países pobres, toda uma vida de exposição a problemas de
saúde faz com que muitas pessoas atinjam a terceira idade num mal estado crônico
de saúde. As pessoas podem ser “velhas” aos 40 ou 50 anos. Isto ocorre,
principalmente, no caso de mulheres que, após passar longos anos trabalhando
duramente, alimentando-se mal e tendo vários filhos, encontra-se em um umbral de
velhice ao finalizar seus anos reprodutivos (KALACHE, 1997; KALACHE, 1998).
Depois dos 60 anos, o número de pessoas com algum tipo de incapacidade
aumenta, e, a partir dos 80 essa cifra triplica. Fato que nos permite considerar a
incapacidade física, mental e social do idoso, uma das grandes epidemias que
iremos enfrentar no planeta nos próximos anos. Nesse sentido, a condição funcional
do indivíduo, é um dos grandes indicadores de saúde que possibilita o planejamento
dos serviços de saúde a partir do conhecimento das necessidades desta população,
12
e, constitui as bases de suas demandas nos serviços sociais e de saúde. Manter-se
funcionalmente ativo em um determinado contexto, considerando as relações
culturais mantidas dentro do grupo em que participa como cidadão, parece ser um
dos grandes desafios para a sociedade dos nossos tempos. Dessa forma, promover
a saúde, torna-se uma grande prerrogativa para ações coletivas de saúde, onde os
profissionais da saúde e a comunidade acadêmica tendem a dirigir seus estudos
(GONZÁLES, 1995).
Há muito tempo se sabe que o trabalho, quando executado sob determinadas
condições, pode causar doenças, encurtar a vida ou matar. A Saúde do Trabalhador
constitui uma área da Saúde Pública que tem como objeto de estudo e intervenção
as relações entre o trabalho e saúde. Os objetivos são: a promoção e a proteção da
saúde do trabalhador, por meio do desenvolvimento de ações de vigilância dos
riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, dos agravos à saúde do
trabalhador e a organização e prestação de assistência aos trabalhadores,
compreendendo procedimentos de diagnóstico, tratamento e reabilitação de forma
integrada, no SUS (SILVA e MARCHI, 1997; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
O Ministério da Saúde (2001), considera trabalhador, todos os homens e
mulheres que exercem atividades para o sustento próprio e/ou seus dependentes,
qualquer que seja sua forma de inserção no mercado de trabalho, nos setores
formais ou informais da economia. Os trabalhadores são considerados sujeitos e
participes das ações de saúde, que incluem: o estudo das condições de trabalho, a
identificação de mecanismos de intervenção técnica para sua melhoria.
Existem boas razões econômicas para se desenvolver programas e políticas
que promovam o envelhecimento ativo, em termos de aumento de participação e
redução de custos com cuidados. As pessoas que se mantêm saudáveis conforme
13
envelhecem enfrentam menos problemas para continuar trabalhando. Isto ajudaria a
compensar os crescentes custos com pensões e aposentadorias, assim como os
custos com assistência médica e social (OMS, 2002).
A perda ou redução da capacidade para o trabalho (considerada como
sinônimo de envelhecimento funcional) pode ser percebida antes mesmo do
envelhecimento cronológico (TUOMI, 1997b; BELLUSCI, 1999; MONTEIRO, 1999;
METZNER, 2001 ANDRADE, 2002). A relação entre envelhecimento e trabalho
ainda é pouco conhecida. Em algumas pesquisas envolvendo capacidade funcional
e abrangendo investigações sobre nível de dependência funcional, são utilizados
instrumentos de avaliação elaborados e validados especificamente para esse fim.
Entre esses, destaca-se o Índice de Katz para atividades de vida diária, o Functional
Independence Measure [Medida de Independência Funcional], o OARS
Multidimensional Functional Assessment Questionnaire [Questionário
Multidimensional de Avaliação Funcional], e o Philadelphia Geriatric Center Multilevel
Assessment Instrument [Instrumento Multinível de Avaliação do Centro Geriátrico da
Filadélfia]. Porém, trata-se de instrumentos utilizados seja para verificar atividades
básicas da vida diária (como escovar o cabelo, comer, subir e descer escadas), seja
para verificar atividades instrumentais (como dirigir, realizar compras, lavar a roupa,
preparo do alimento) sem, no entanto, fazer referência às condições funcionais do
trabalhador (GUCCIONE, 2002).
Os estudos que demonstram a importância do envelhecimento e capacidade
para o trabalho no Brasil, (BELLUSCI e FISCHER, 1999; MONTEIRO, 1999;
METZNER e FISCHER, 2001; ANDRADE, 2002; DURAN e COCCO, 2004; WALSH
et al, 2004; RAFFONE e HENNINGTON, 2005), utilizaram como instrumento para
verificação da capacidade para o trabalho, o Índice de Capacidade para o Trabalho
14
(ICT). O instrumento visa à avaliação da capacidade para o trabalho detectando
possíveis déficits de funcionalidade do trabalhador. Este foi elaborado e validado
por um grupo de pesquisadores em saúde ocupacional da Finlândia. Entretanto, o
mesmo não foi validado para a língua portuguesa. A tradução para o português foi
realizada no início da década de noventa por pesquisadores da Universidade de São
Paulo (USP), em associação com uma equipe de pesquisadores brasileiros de
diferentes instituições (TUOMI, 1997c).
O estudo da associação da capacidade para o trabalho em um país em
desenvolvimento, como é o caso do Brasil, é de grande relevância, pois pesquisas
demonstram que o coeficiente entre a população ativa e inativa vem diminuindo,
obrigando as pessoas a permanecer por mais tempo no mercado de trabalho. Aliado
a isso, as precárias condições de trabalho e as mudanças sócio-político-econômicas
contribuem para o agravamento funcional precoce do trabalhador (IBGE, 2002,
MONTEIRO et al., 2004; OMS, 2002, TUOMI,1997b).
Considerando as questões supracitadas, o presente estudo pretende avaliar
a capacidade para o trabalho de trabalhadores da indústria metalúrgica,
identificando-se precocemente situações de perda da capacidade para o trabalho e
aprofundando-se os conhecimentos sobre aspectos relacionados ao processo
saúde-doença, a fim de subsidiar-se a definição de políticas para manter ou
melhorar as condições de saúde destes trabalhadores. Sugere-se também, a
verificação da confiabilidade do Índice de Capacidade para o Trabalho, através de
um procedimento teste-reteste, para que o instrumento possa ser utilizado com uma
sustentação adicional para a aplicabilidade em pesquisas de saúde ocupacional e na
prática diária, visto que não existe no Brasil nenhum estudo publicado que verifica
15
essa característica e, com isso, proporcionar ao trabalhador uma melhor qualidade
de vida, manutenção da saúde e um envelhecimento ativo.
16
1 REVISÃO DA LITERATURA
1.1 ASPECTOS REFERENTES AO CONCEITO DE CAPACIDADE FUNCIONAL
Segundo a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é
a percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto
de sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em relação a seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito muito
amplo, que incorpora de uma maneira complexa a saúde física de uma
pessoa, seu estado psicológico, seu nível de dependência, suas relações
sociais, suas crenças e relação com características proeminentes no
ambiente
(OMS, 2002)
Assim, a manutenção da capacidade funcional, implica necessariamente em
uma melhoria na qualidade de vida.
O conceito de capacidade funcional é bastante complexo e abrange outros
como os de deficiência, incapacidade, desvantagem, bem como os de autonomia e
independência. Na prática, trabalha-se com o conceito de capacidade/incapacidade
(ROSA, 2003).
Para contextualizar de forma mais adequada à avaliação da capacidade
funcional, é necessário reconhecer que existem quatro categorias de função: física,
mental, afetiva e social.
Função física: relacionada às habilidades sensório-motoras necessárias ao
desempenho das AVDs (atividades de vida diária), como por exemplo escovar o
17
cabelo, vestir-se, alimentar-se, subir e descer escadas e também, às atividades
instrumentais de vida diária (AIVDs), que compreendem habilidades de alto nível
como cuidar de negócios pessoais, cozinhar, fazer compras, executar tarefas
domésticas e dirigir automóvel.
Função mental: relacionada à capacidade intelectual ou cognitiva de um indivíduo.
Fatores como iniciativa, atenção, concentração, memória e resolução de problemas,
são importantes nesta função.
Função afetiva: refere-se às habilidades e uso de estratégias para lidar com
problemas e dificuldades do dia-a-dia. Fatores como auto-estima, atitudes
relacionadas à auto-estima, ansiedade e depressão, capacidade de lidar com as
mudanças, são exemplos desta função.
Função social: implica na interação do indivíduo com outras pessoas de forma bem
sucedida, desempenho de funções e obrigações sociais. São exemplos: participar
de atividades sociais em clubes ou com amigos, estabelecer contato com sua
comunidade e manter-se integrado (DELISA, 1992; SULLIVAN, 1993).
De acordo com Ilmarinen (1992), quando a capacidade funcional está
relacionada com exigências do trabalho, o termo capacidade para o trabalho pode
ser usado. Na prática, a capacidade para o trabalho de idosos precisa ser avaliada
para identificar declínio na capacidade para o trabalho em estágio prematuro,
acompanhar os efeitos das medidas de prevenção e reabilitação e para avaliar a
incapacidade para o trabalho.
Para Tuomi (1997b) o conceito de capacidade para o trabalho engloba as
capacidades físicas, mentais e sociais do indivíduo em relação às exigências do
trabalho e leva em consideração também aspectos como educação, conhecimento,
habilidade, experiência e motivação. A capacidade para o trabalho é definida por
18
Ilmarinen (2001), como sendo a capacidade de realizar demandas físicas, mentais e
sociais do trabalho, comunidade e da gerência de trabalho e ambiente de trabalho.
A capacidade para o trabalho apresenta diferenças em sua determinação em
relação ao tipo de exigência de trabalho (mental, físico ou ambas). Fassa (1996),
objetivando identificar as associações das morbidades mais comuns com o setor de
trabalho em trabalhadores de uma empresa de celulose e papel, caracterizou a área
industrial (exigências físicas) pelo excesso de problemas auditivos, respiratórios e de
acidentes – possivelmente relacionados com as altas prevalências de ruído, poeira,
mudanças bruscas de temperatura e exposição a substâncias químicas. A
administração (exigências mentais) apresentou um aumento de problemas nos
olhos, dor nas costas, irritação e nervosismo, que parecem ter relação com a falta de
autonomia e criatividade no trabalho, problemas ergonômicos e esforço visual.
1.1.1 Capacidade Física de Trabalho
As mudanças na capacidade de trabalho física concentram-se no sistema
cardiovascular e musculoesquelético, na estrutura do corpo e em alguns sistemas
sensoriais importantes. Geralmente as mudanças na capacidade física com relação
ao envelhecimento são difíceis de distinguir porque, muitas vezes o trabalho e os
hábitos de vida aceleram ou retardam tais mudanças. O exercício regular pode
manter a capacidade física quase inalterada entre 45-65 anos. Somente uma
proporção pequena de trabalhadores em envelhecimento é fisicamente ativa durante
o período de lazer (IILMARINEN, 2001).
19
1.1.2 Capacidade Mental de Trabalho
A capacidade mental para o trabalho é definida como a habilidade de
executar tarefas diferentes que requerem o intelectual. Uma outra área central da
capacidade mental é a relação entre o indivíduo e o mundo exterior, por exemplo, o
autovalor, o autoconceito, a competência percebida e o controle da vida. A
mudanças mentais mais importantes na vida do trabalhador são relacionadas com o
enfraquecimento da precisão e a diminuição na velocidade de percepção. Existem
algumas características mentais que podem ficar mais fortes com a idade:
sabedoria, perspicácia afiada, habilidade de deliberar, habilidade de raciocinar,
comando verbal melhor, maior compromisso em trabalhar, mais fiel ao empregador,
experiência de trabalho maior, motivação mais elevada em aprender (ILMARINEN,
2001).
1.2 ENVELHECIMENTO FUNCIONAL
A população brasileira vem sofrendo uma queda acentuada nos níveis de
mortalidade desde 1940, já a fecundidade, por outro lado, só apresentou reduções
significativas a partir de 1960, dessa forma nesse período as razões de crescimento
apresentaram aumentos significativos. A redução da mortalidade infantil, associada
à significativa queda nas taxas de natalidade e fecundidade, característica da
transição demográfica, vem produzindo um acentuado envelhecimento populacional
no Brasil. Essa mudança no perfil de morbimortalidade faz com que o cenário
caracterizado por uma população jovem com maior incidência de doenças
20
infecciosas, se transforme em outro, no qual predominam os agravos crônicos,
característicos de uma população mais envelhecida (NETTO, 1996; BARATA, 1997;
ROUQUARYOL, 1998; VERAS, 2002; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).
No período de 1980 a 2000, a contribuição dos menores de 15 anos passou
de 38,2% para 29,6%, enquanto as pessoas de 15 a 64 anos passaram de 57,7%
para 64,6% e as com 65 anos e mais de 6,1% para 8,6%. Enquanto o grupo de
menores de 15 anos apresentou uma redução de 22%, a população com 65 anos ou
mais aumentou em 47%, no mesmo período (NETTO, 1996; BARATA, 1997;
ROUQUARYOL, 1998; VERAS, 2002; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).
O processo de transição demográfica no Brasil consolida-se muito mais
rápido do que ocorreu nos países desenvolvidos. Nesses países o processo ocorreu
devido à melhoria das condições socioeconômicas, aqui isso se deve não
necessariamente a melhoria das condições de vida e sim pela tecnologia importada
(antibióticos, vacinação, anticoncepcional, etc) e de esterilização em massa
(laqueadura). E, por ser muito rápida, não é percebida pela sociedade e,
principalmente pelos governantes, políticos e planejadores, impossibilitando a
reorganização da sociedade para fazer frente às novas demandas que vão surgir
dessa estrutura etária modificada, com maior longevidade e maior prevalência de
problemas, seqüelas e complicações das condições crônico-degenerativas que
acompanham a maior sobrevida (NETTO, 1996; BARATA, 1997; ROUQUARYOL,
1998; VERAS, 2002).
O conceito de capacidade funcional é particularmente útil no contexto do
envelhecimento. Envelhecer, mantendo todas as funções, não significa problema
quer para o indivíduo, quer para a comunidade. Quando as funções começam a se
deteriorar é que os problemas começam a surgir. O conceito está intimamente ligado
21
à manutenção de autonomia. Em decorrência das precárias condições de vida em
países subdesenvolvidos, o envelhecimento funcional precede o cronológico e,
muitas vezes, de maneira bastante precoce. Um operário que passa 20 ou 30 anos
trabalhando em condições ambientais adversas, desempenhando atividades físicas
muito além de sua própria força, mal nutrido, sem condições adequadas de lazer,
enfrentando o estresse de grandes cidades de países subdesenvolvidos, sem
condições adequadas de moradia e submetendo-se a várias horas, por semana, a
sistemas de transporte urbano totalmente impróprios, ao chegar aos 50 anos já
estará funcionalmente envelhecido. Nos países em desenvolvimento, o
envelhecimento pode preceder, em muito, a barreira artificial do ponto de corte dos
60 anos (NETTO, 1996).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que modificações nos
sistemas do corpo humano levam a uma diminuição na capacidade funcional dos
indivíduos. A OMS definiu como trabalhador em envelhecimento aquele com 45 anos
de idade ou mais, pois é quando se inicia a diminuição de algumas capacidades
funcionais: diminuição da massa muscular, da força e resistência e aumento do
tecido adiposo. Em países em desenvolvimento é possível pensar em estudos sobre
capacidade para o trabalho relacionado ao envelhecimento, a partir dos 30-35 anos
de idade, já que um número considerável de trabalhadores inicia precocemente a
jornada de trabalho (OMS, 1993; MONTEIRO, 1999; OMS, 2002).
Para Ilmarinen (2001), envelhecimento é combinado com capacidade
funcional para o trabalho. Exigências do trabalho não diminuem com a idade, em
alguns casos podem até aumentar. Com mais experiência, as exigências do
trabalho, pelo menos em trabalho com exigências mental, tende a aumentar com a
idade. O período crítico para o declínio da capacidade para o trabalho ocorre entre
22
50 e 60 anos de idade. A redução inicia primeiro através de exigências físicas,
devido à capacidade física de trabalhador começar a decair após 45 anos de idade.
As modificações na Previdência Social, bem como na composição etária da
população brasileira, prevêem um aumento na permanência do trabalhador no
mercado de trabalho, sem as desejáveis medidas de preservação da capacidade
para o trabalho. Outro aspecto importante são as condições de vida e de trabalho no
país, que deixam muito a desejar afetando a população em idades precoces.
Portanto a conservação de uma boa capacidade de trabalho, relacionada às boas
condições de saúde e profissionais, as quais são mantidas pelas satisfatórias
condições de trabalho e pelos corretos estilos de vida pessoal, se traduzem em uma
melhor qualidade de vida, uma maior produtividade e num período de aposentadoria
ainda mais proveitoso. Conseqüentemente, menores custos médicos e sociais tanto
para o indivíduo como para a sociedade (MONTEIRO, 1999; COSTA, 2001;
ILMARINEN, 2001).
A Organização Mundial da Saúde cita os objetivos a serem alcançados por
todos os países membros, em relação ao envelhecimento e capacidade para o
trabalho, entre eles destacam-se: a análise das mudanças na capacidade para o
trabalho relacionadas ao envelhecimento, identificação dos problemas de saúde
relativos às mudanças na força de trabalho à medida que ocorre o envelhecimento
do trabalhador, definição das áreas de promoção à saúde para esses trabalhadores
e a identificação dos antecedentes do envelhecimento biológico. Diante do
envelhecimento da população brasileira, é de extrema importância a preservação da
capacidade para o trabalho, através de medidas preventivas de promoção e atenção
à saúde do trabalhador (OMS, 1993).
23
1.3 CAPACIDADE PARA O TRABALHO
1.3.1 Índice de Capacidade para o Trabalho
O Índice de Capacidade para o Trabalho é fruto de pesquisas realizadas
durante a década de (1981-1992) no Instituto de Saúde Ocupacional da Finlândia,
pelos seguintes pesquisadores: Kaija Tuomi, Juhani Ilmarinen, Antti Jakola, Lea
Katajarinne e Arto Tulkki, que a partir de um estudo sobre o processo de
envelhecimento de servidores municipais finlandeses resultou-se em sua construção
e validação. É um instrumento que foi desenvolvido como método de avaliar a
capacidade funcional do trabalhador, a ser utilizado pelos serviços de Saúde
Ocupacional. Este instrumento serve como auxílio ao profissional de Saúde
Ocupacional, indicando precocemente possíveis alterações que os trabalhadores em
ambiente de trabalho possam apresentar em sua funcionalidade, prevenindo o risco
de incapacidade. O ICT busca indicar
quão bem está, ou estará, um (a) trabalhador (a) presentemente ou num
futuro próximo, e quão capaz ele (ela) pode executar o seu trabalho em
função das exigências de seu estado de saúde e capacidades físicas e
mentais (BELLUSCHI e FISCHER, 1999; POHJONEN,2001; TUOMI,
1997c; ZWART et al; 2002)
A capacidade para o trabalho não pode ser medida objetivamente com
apenas um instrumento. Entretanto o conceito que o trabalhador tem de sua
capacidade para o trabalho é tão importante quanto às avaliações dos especialistas.
O Índice de Capacidade para o Trabalho é auto-aplicável, retratando a avaliação do
24
próprio trabalhador sobre sua capacidade para desenvolver suas atividades no
ambiente de trabalho. Tem como características a facilidade e rapidez na aplicação,
podendo ser utilizado de forma individual e/ou grupal. Preconiza-se a escolaridade
mínima da quarta série do ensino fundamental para entendimento das questões
(TUOMI, 1997c).
A tradução do ICT para o português, foi realizada no início da década de
noventa pela Drª Frida Marina Fischer do Departamento de Saúde Ambiental da
Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) em
associação com uma equipe de pesquisadores brasileiros de diferentes instituições,
mesmo não tendo sido validado até o momento, constata-se sua utilização em
diversos estudos no país (BELLUSCI e FISCHER, 1999; MONTEIRO, 1999;
METZNER e FISCHER, 2001; ANDRADE, 2002; DURAN e COCCO, 2004; WALSH
et al, 2004; RAFFONE e HENNINGTON, 2005; TUOMI, 1997c).
O questionário do ICT é composto por sete itens, sendo que os escores são
adquiridos através de uma determinada pontuação das questões, totalizando dez
questões. Os itens são os seguintes:
1) Avaliação da capacidade atual para o trabalho comparada com o melhor de
toda a vida. Este item compreende uma questão com escore de zero a dez;
2) Capacidade para o trabalho relacionado às determinações físicas, mentais
ou ambas. A pontuação é dada utilizando-se apenas uma das fórmulas abaixo de
acordo com o tipo de exigência do trabalho (física, mental ou com ambas
exigências):
2.1) Para o trabalho com demandas físicas, por exemplo, auxiliar, instalação
ou trabalho doméstico:
(escore físico x 1,5) + (escore mental x 0,5) = total
25
2.2) Para o trabalho com demandas mentais como escritório, magistério ou
trabalho administrativo:
(escore físico x 0,5) + (escore mental x 1,5) = total
2.3) Já para trabalhos com ambas as exigências, por exemplo, cuidados de
enfermagem, odontologia, transporte e trabalho de supervisão em cozinha, a
quantidade de pontos permanece inalterada.
escore físico + escore mental = total
3) Este item apresenta uma lista de 51 doenças, onde o trabalhador deve
assinalar as patologias diagnosticadas pelo médico e aquelas que na sua opinião
possui. Não são utilizadas na pontuação as de opinião do indivíduo somente as
diagnosticadas clinicamente. O escore é atribuído da seguinte forma : 1 ponto se
pelo menos tem diagnóstico de 5 doenças, 2 pontos se 4 doenças, 3 pontos se 3
doenças, 4 pontos se 2 doenças, cinco se 1 doença e 7 se não apresentar nenhuma
doença;
4) Estimativa da perda do trabalho devido a doenças. Este item é avaliado
através de uma questão, com escore variando entre 1 e 6 pontos escolhendo-se o
de pior valor assinalado;
5) Faltas ao trabalho durante os últimos 12 meses. Este item é avaliado
através de uma questão, com escore variando de 1 à 5 pontos;
6) Prognóstico próprio sobre a capacidade para o trabalho daqui a 2 anos.
Este item é avaliado através de uma questão, com escore de 1, 4 ou 7 pontos ,
considerando o valor circulado no questionário;
7) Habilidades mentais, avaliadas através de 3 questões. Os pontos da
questão são somados e o resultado é contado da seguinte forma: soma 0-3 = 1
ponto, soma 4-6 = 2 pontos, soma 7-9 = 3 pontos e soma 10-12 = 4 pontos
26
O melhor índice possível é 49 pontos e o pior é 7 pontos. A partir do escore o
índice recebe uma classificação e através dessa, as medidas necessárias como
segue abaixo (Quadro1):
Quadro 1. Classificação do Índice de Capacidade para o Trabalho.
Pontos Capacidade Funcional Objetivos das medidas
7 a 27 Baixa Restaurar a capacidade para o
trabalho
28 a 36 Moderada Melhorar a capacidade para o
trabalho
37 a 43 Boa Melhorar a capacidade para o
trabalho
44 a 49 Ótima Manter a capacidade para o trabalho
(TUOMI,1997c)
Zawart, Frings-Dresen e Duivenbooden (2002), realizaram um estudo com o
Índice de Capacidade para o Trabalho, ICT, com o objetivo de avaliar a sua
confiabilidade, através do método teste-reteste. A amostra foi composta de 97
trabalhadores da construção civil, com idades entre 40 anos ou mais. Exatamente a
mesma contagem do ICT em ambas as medidas foram relatadas por 25% dos
estudados e 95% das diferenças individuais entre as medidas foram encontradas
para ser menor que 6.86 pontos (desvio padrão de 2 vezes). Apesar das mudanças
individuais entre medidas, nenhuma diferença significativa foi relatada na contagem
média do ICT ao nível do grupo, entre o teste e as medidas de contraprova (40.0
contra 39.0). Os resultados desse estudo fornecem a evidência de uma aceitável
confiabilidade no teste-reteste e na classificação da capacidade para o trabalho dos
estudados por meio do ICT.
27
1.3.2 Estudos sobre Capacidade para o Trabalho
No final dos anos 90, um novo conceito de capacidade para o trabalho foi
introduzido pelo Instituto de Saúde Ocupacional da Finlândia, baseado em
resultados de um estudo de corte de 11 anos, com 6259 trabalhadores municipais
em processo de envelhecimento e ocupações com exigências físicas e mentais. Os
estudos foram desenvolvidos na Finlândia entre 1981 e 1992, com o objetivo de
impedir entre os trabalhadores que se aproximavam da idade da aposentadoria o
surgimento de doenças e incapacidades. As informações foram baseadas no modelo
de tensão e estresse do trabalho e no estilo de vida, na saúde e no envelhecimento
sob o ponto de vista da Organização Mundial da Saúde (TUOMI et al, 1997a).
O novo conceito enfatiza que a capacidade para o trabalho individual é um
processo de recursos humanos com relação ao trabalho. Os recursos humanos
podem ser descritos (1) pela saúde e por capacidades funcionais (mental, física e
social), (2) competência, (3) por valores e atitudes e (4) motivação, sendo que estes
fatores individuais devem estar relacionados com (5) ás demandas do trabalho, (6)
comunidade e gerência de trabalho e, (7) ambiente de trabalho, obtendo-se como
resultado a capacidade individual para o trabalho (ILMARINEN, 2001).
A seguir, o Quadro 2 mostra estudos realizados na Finlândia sobre
capacidade para o trabalho:
28
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Relação entre o
Índice de Capa-
cidade para o
Trabalho e a
avaliação clínica
do status de
saúde e da
capacidade para
o trabalho
ESKELINEN,L. et al.
1991a Comparar a ava-
liação clínica do
estado de saúde e
da capacidade para
o trabalho com a
avaliação subjetiva
relatada no Índice
de Capacidade para
o Trabalho
n=89
trabalhadores do
sexo masculino e
n=85 do sexo
feminino, com
idades de 44-58
anos
Estudo Transversal
Exame Clínico
ICT
Constatou-se no estudo que metade do
grupo possuía doença arterial coronariana
e lombalgia. Os resultados indicaram
também que as respostas do Índice de
Capacidade para o Trabalho relacionaram-
se bem com os fatores clínicos no nível do
grupo
Efeito da apo-
sentadoria na
saúde e na
capacidade para
o trabalho entre
empregados
municipais
TUOMI,K. et al.
1991e Verificar o efeito da
aposentadoria na
saúde e na capa-
cidade funcional dos
trabalhadores
municipais
n=6257 em 1981,
em 1985 estuda-
ram os aposenta-
dos por idade
n=402 e aposen-
tados por razões
médicas n=468
Estudo Transversal
Questionário
Depois da aposentadoria o índice de
doenças musculoesqueléticas aumentou
fortemente entre os homens aposentados
devido a doenças mentais. A capacidade
para o trabalho não melhorou após a
pensão por idade.
Sintomas de es-
tresse mental e
físico em dife-
rentes catego-
rias de trabalho
municipal
ESKELINEN,L. et al.
1991b Esclarecer a estabi-
lidade das diferen-
ças nas reações de
estresse de trabalho
nas diferentes ocu-
pações municipais
n=1799 homens e
n=2456 mulheres
com idades entre
42 a 68 anos, na
mesma ocupação
em 1981 e 1985
Estudo Transversal
Questionário
ICT
As reações prejudiciais de estresse eram
mais comuns no trabalho físico e em
alguns grupos com demandas físicas e
mentais associadas
Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
28
29
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Base e objetivos
do projeto de
pesquisa finlandês
em trabalhadores
do envelhecimen-
to em ocupações
municipais
TUOMI,K.
ILMARINEN,J.
ESKELINEN,L.
1991b Desenvolver um
modelo para deter-
minar a capacidade
para o trabalho de
trabalhadores em
processo de enve-
lhecimento.
n=6257
trabalhadores com
idades entre 45 e
80 anos.
1ª fase – Estudo
Transversal
Questionário
2ª fase – Estudo de
Coorte, 4 anos de
seguimento dos
mesmos sujeitos.
Aborda/conceitos: envelhecimento e capa-
cidade para o trabalho, mudanças do
processo de trabalho, novos conceitos de
aposentadoria
Sumário e reco-
mendações de um
envolvimento do
projeto de secção
transversal e estu-
do de acom-
panhamento no
trabalhador do en-
velhecimento nas
ocupações muni-
cipais finlande-
sas(1981-1985)
ILMARINEN,J. et
al.
1991a Este estudo é um
sumário de vários
achados de 15 es-
tudos compreenden-
do uma pesquisa
multidisciplinar
n=6257
trabalhadores
municipais da
Finlândia
Cita uma lista de fatores que deterioram a
capacidade para o trabalho de traba-
lhadores em envelhecimento
Mudanças no
índice das
ocupações
municipais
finlandesas em
um período de
quatro anos
HUUHTANEN,P.
et al.
1991 Verificar as mudan-
ças nas demandas
de trabalho, ambie-
nte de trabalho, e
carga de trabalho de
trabalhadores muni-
cipais Finlandeses
em envelhecimento,
entre 1981 e 1985.
5556
trabalhadores
municipais com
idades entre 45 e
58 anos.
Estudo de Coorte
Escalas de fatores de
estresse ocupacional
e escalas de demanda
mental e de ambiente
social de trabalho
Demandas físicas foram mais comuns em
85 que 81 e mais comuns em mulheres
que em homens. Problemas referentes ao
ambiente físico-químico foram mais
comuns em 85 e entre homens.
29
30
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Taxas de preva-
lência e inciden-
cia das doenças
e da capacidade
para o trabalho
em diferentes ca-
tegorias de traba-
lho das ocupa-
ções municipais
TUOMI,K. et al.
1991a Comparar as mo-
dificações nas
condições de as-
úde e a capa-
cidade para o tra-
balho em trabalha-
dores municipais
na Finlândia.
n=4255
trabalhadores
com idades entre
44 e 58 anos.
ICT aplicado em
1981 e 1985 (mu-
danças nas condi-
ções de saúde cal-
culando as taxas de
incidência cumula-
tiva entre 81 e 85 e
taxas de prevalência
em 81 e 85)
Maior prevalência de doenças em traba-
lhadores com exigência física e em
homens com trabalho de exigências
mistas. Doenças musculoesqueléticas
prevaleceram seguidas de cardiovas-
culares.
Carga de traba-
lho e fatores indi-
viduais que afe-
tam a incapa-
cidade para o tra-
balho entre em-
pregados muni-
cipais em enve-
lhecimento
TUOMI,K. et al.
1991b Comparar os fato-
res que levam a
perda da capa-
cidade funcional
entre trabalhado-
res municipais
n=6165
trabalhadores
municipais
finlandeses entre
44-58 anos
Estudo de Coorte
1981-1985
Questionário
ICT
Constatou-se que a postura de trabalho é
o fator mais danoso para a capacidade
funcional. Envelhecer particularmente
aumentou a incidência de incapacidade
para o trabalho
Carga de traba-
lho e fatores indi-
viduais que afe-
tam a capacidade
para o trabalho
entre emprega-
dos municipais
TUOMI,K. et al.
1991c Determinar os fa-
tores que dani-
ficam e mantém a
capacidade para o
trabalho.
n=4255
empregados
municipais
Estudo de Coorte,
durante quatro anos-
1981 a 1985
ICT
Fatores estressantes do trabalho, altas
demandas físicas, ambientes físicos com
péssimas condições e falta de liberdade
foram associados com dano para a
capacidade de trabalho
Mortalidade, in-
capacidade e
mudanças na
ocupação entre
empregados mu-
nicipais em en-
velhecimento
TUOMI,K. et al.
1991d Investigar a de-
manda de traba-
lho, reações de
estresse, doenças,
fatores predicati-
vos para a
mortalidade, inca-
pacidades e mu-
danças na ocupa-
ção em um pe-
ríodo de quatro
anos
n=6257
trabalhadores
municipais
finlandeses entre
44 a 58 anos
Estudo de Coorte
1981-1985
Questionário
ICT
Ao final da pesquisa 1% dos estudados
morreram, 9% se tornaram incapacitados
e 5% mudaram de ocupação. As taxas
mais elevadas de mortalidade foram
observadas no sexo masculino
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
30
31
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Associações
entre capacida-
de física e men-
tal e a capaci-
dade para o tra-
balho entre em-
pregados muni-
cipais idosos
NYGARD,C. et al. 1991 Correlação entre
capacidade física e
mental e o Índice de
capacidade para o
trabalho
n=137
trabalhadores mu-
nicipais de dife-
rentes categorias,
N= 72 homens e
N=65 mulheres de
48 a 62 anos
Estudo Transversal
Testes de capacidade
física e mental
ICT
Houve melhor relação entre capacidade
física (força muscular) com capacidade
para o trabalho. Não houve relação
estatisticamente significativa de ICT com
capacidade cardiorespiratória
A capacidade
para o trabalho
dos trabalhado-
res em enve-
lhecimento
ILMARINEN,J.
TUOMI,K.
1992 Esclarecer como a
avaliação de um tra-
balhador através do
Índice de Capaci-
dade para o Traba-
lho muda com a
idade, e como a
proporção das pes-
soas com capaci-
dade para o de
trabalho diminuída
está relacionada
com a idade e o
gênero
n=1799
trabalhadores
homens em=2456
trabalhadores
mulheres, com
idades entre 45 e
62 anos
Estudo de Coorte,
durante quatro anos
ICT
Verificou-se neste estudo, que a capa-
cidade para o trabalho diminui com o
aumento da idade e no sexo feminino, em
mulheres que realizam esforço físico,
mental ou ambos durante a atividade de
trabalho
Características
de trabalho e de
estilo de vida
como predica-
tivos no desen-
volvimento da
doença pulmo-
nar crônica não
específica em
trabalhadores
municipais
idosos
TAMMILEHTO,L
TUOMI,K
1995 Avaliar a pers-
pectiva de fatores
de trabalho e estilo
de vida no desen-
volvimento de doen-
ças pulmonares cro-
nicas não especí-
ficas
5386
trabalhadores um-
nicipais finlande-
ses, nascidos em-
tre 1923 a 1935,
sem diagnóstico
de doença pul-
monar crônica
Estudo de Coorte
Questionário
159 (3%) dos trabalhadores relataram o
desenvolvimento da doença pulmonar
crônica, sendo confirmada por um médico.
Durante o período de acompanhamento
de 4,6 anos, a incidência anual média era
de 6,5/1000 casos
Mudanças na
capacidade para
o trabalho de
empregados ati-
vos em um
período de 11
anos
ILMARINEN,J.
TUOMI,K.
KLOCKARS,M.
1997 Acompanhar as mu-
danças na capaci-
dade para o traba-
lho de trabalhadores
ativos num período
de 11 anos
Trabalhadores
municipais,
n=818, com
idades entre 44 a
51 anos.
Estudo de Coorte
ICT
O índice médio da capacidade para o
trabalho declinou significativamente em 11
anos para ambos os gêneros. Sua
associação com a idade mostrou-se forte.
31
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
32
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Sumário do pro-
jeto de pesquisa
finlandês (1981-
1992) para pro-
mover a saúde
e capacidade
para o trabalho
em trabalhado-
res em enve-
lhecimento
TUOMI,K. et al. 1997b Procurar meios de
impedir doenças e
incapacidades entre
trabalhadores que
se aproximam da
idade de pensão
n=6259
trabalhadores
entre 44 e 58
anos no começo
do estudo, em 40
ocupações
diferentes
Estudo de Coorte
Questionário
ICT
Durante o acompanhamento, 6,3% dos
estudados morreram, 29,6% se
aposentaram com pensões de
incapacidade e 41,5% aposentaram-se
com pensões de idade avançada.
Somente 924 (14,8%) encontraram-se
empregados na mesma ocupação durante
o acompanhamento inteiro
Envelhecimento,
trabalho e estilo
de vida em tra-
balhadores um-
nicipais finlan-
deses em 1981-
1992
TUOMI,K. et al.
1997a Explicar mudanças
na capacidade para
o trabalho através
da influência de
fatores ocupacionais
e estilo de vida
n=818
trabalhadores
municipais entre
44 a 51
Estudo Transversal
em dois momentos,
1981 e 1992
A deterioração na capacidade para o
trabalho foi explicada por um modelo que
incluiu uma diminuição no reconhecimento
do trabalho, diminuição nas condições do
trabalho, aumento da jornada de trabalho
e diminuição do tempo de lazer
Questionário
ICT
Mudanças nos
sintomas de es-
tresse e a rela-
ção dessas um-
danças ao tra-
balho em 1981-
1992 entre tra-
balhadores ido-
sos em ocupa-
ções municipais
HUUHTANEN,P.
et al.
1997 Avaliar mudanças
percebidas nos sin-
tomas de estresse e
a relação destas
mudanças com o
trabalho durante um
período de 11 anos
Trabalhadores
municipais, na
mesma ocupação
entre 1981 a
1992, n= 924, 350
homens e 574
mulheres
Questionário
Estudo de Coorte Os sintomas de stress tiveram um
aumento marcante, especialmente dores
em membros superiores e inferiores, como
também sintomas respiratórios e
cardiovasculares. As mulheres referiram
um aumento maior nos sintomas que os
homens
Mudanças per-
cebidas no tra-
balho entre
1981 e 1992 em
trabalhadores
do envelheci-
mento na Fin-
lândia
NYGARD,C. et al.
1997 Estudar longitudinal-
mente as mudanças
percebidas no Índi-
ce de Capacidade
para o Trabalho e
demandas do traba-
lho em trabalha-
dores com exigên-
cias físicas, mentais
ou ambas
Trabalhadores
municipais, n=
924, grupos com
demandas físicas,
mentais ou as
duas juntas
Questionário
Estudo de Coorte
A percepção das mudanças diferiu nos 3
grupos de exigências. Pessoas mais
velhas parecem trabalhar em uma
capacidade relativamente mais elevada,
do que trabalhadores mais novos, e esta
carga de trabalho mais elevada, pode ser
um fator de risco para a incapacidade para
o trabalho
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
32
33
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Razões de saú-
de para deixar a
profissão de ca-
beleireiro na
Finlândia em
1980-1995
LEINO,T. et al.
1999 Avaliar o risco de
deixar a profissão
de cabeleireiro de-
vido à saúde e
outros fatores em
comparação a um
grupo-controle de
mulheres
comerciarias
Cabeleireiras do
sexo feminino,
n=3484, e 3357
mulheres traba-
lhadoras do co-
mércio, para o
controle
Questionário
Caso-Controle O risco de as cabeleireiras largarem a
profissão devido à asma e a doenças da
mão é 3,5 vezes maior que a do grupo-
controle e por causa de doenças da
garganta ou dos ombros é de 1,7 vezes.
Capacidade de
trabalho e de-
mandas do tra-
balho em traba-
lhadores em
envelhecimento
com exigências
físicas e men-
tais em 1981 e
em 1996
LOUHEVAARA,V.
PENTTNEN,J.
TUOMI,K.
1999 Comparação das
capacidades perce-
bidas do trabalho e
as demandas de
trabalho
Duas amostras de
trabalhadores mu-
nicipais de acordo
com a função ocu-
pacional. Em
1981, n=50 traba-
lhadores com exi-
gências físicas e
n=214 de exigên-
cias mentais. Em
1996 os números
correspondentes
eram n=43 e
n=54
Estudo Transversal
Questionário FIOH e
TDCK
A capacidade percebida do trabalho e os
recursos psicológicos mudaram muito
pouco de 1981 a 1996, mas pareceu ser
uma tendência positiva da capacidade
para o trabalho futuro.
Capacidade pa-
ra o trabalho,
atividade física
e aptidão car-
diorrespiratória.
Resultado de 2
anos do Projeto
Ativo
SMOLANDER,J
BLAIR,S.N.
KOHI,H.W.
2000 Comparar um pro-
grama de atividade
física de estilo de
vida com um pro-
grama estruturado
de exercícios para
sedentário saúda-
veis com 35-60
anos de idade
n=235, 116 ho-
mens e 119 um-
lheres, com ida-
des entre 35 a 60
anos
Estudo Experimental
ICT
Mensurações car-
diorrespiratórias, gor-
dura e gasto calórico
Ambos os grupos re-
ceberam 6 meses de
intervenção intensiva,
seguidos de 18 meses
de acompanhamento
ativo
Nessa intervenção, a atividade física
aumentou a despesa de energia diária,
reduziu a gordura do corpo, e manteve os
picos de oxigênio lentos e combateu o
sedentarismo e o envelhecimento. A
contagem média do ICT foi excelente
33
34
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Idade e aptidão
física relaciona-
das aos valores
predisponentes
de testes de ap-
tidão para a
capacidade para
o trabalho no
trabalho de
home care
POHJONEN,T. 2001a Avaliar a aptidão
física dos traba-
lhadores femininos
de home care com
relação à idade e
avaliar se os testes
de aptidão usados
predizem a capa-
cidade para o
trabalho sobre um
período de 5 anos
Trabalhadores de
home care do
sexo feminino,
(n=132)
Testes de aptidão
física
Estudo de Coorte
A resistência muscular declinou, 18% a
37% com o aumento da idade. O modelo
de regressão logística mostrou que a
obesidade prediz o risco mais elevado
para a capacidade reduzida de trabalho
ICT
Efeitos da inter-
venção de um
programa de e-
xercício físico
no local de tra-
balho, na apti-
dão física, no
status de saúde
percebido, e na
capacidade para
o trabalho entre
trabalhadores
de home care:
acompanhamen
to de cinco anos
POHJONEN,T.
RANTA,R.
2001b Examinar os efeitos
de uma intervenção
de exercícios no
local de trabalho
com relação à
aptidão física, status
de saúde e capaci-
dade do trabalho,
durante o período
de cinco anos
Trabalhadores do
sexo feminino, de
home care, grupo
de intervenção
com n=50 e idade
média de 41,8
anos e grupo
controle com n=37
e idade média de
43,3
ICT
Estudo Experimental
Testes físicos
Questionário
Durante o período de acompanhamento, o
índice de capacidade para o trabalho
declinou três vezes mais rápido no grupo
controle
34
35
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Capacidade
para o trabalho
percebida em
trabalhadores
de home care
em relação aos
fatores indi-
viduais e em
grupos de dife-
rentes idades
POHJONEN,T. 2001c Analisar a relação
entre a idade e os
componentes do
Indice de Capa-
cidade para o Tra-
balho entre mulhe-
res
Mulheres do ser-
viço de home
care do departa-
mento de serviço
social da cidade
de Helsink, entre
19 a 62 anos,
n=636
Estudo Transversal
ICT
Questionário
A primeira diminuição significativa na
capacidade do trabalho ocorreu entre as
idades de 40 e 44 anos, e uma segunda
diminuição mais significativa ocorreu
após 55anos de idade
Promoção da
capacidade
para o trabalho,
da qualidade
do trabalho e
da aposenta-
doria
TUOMI,K. et al. 2001 Análise da validez
de um modelo pro-
jetado para pro-
mover a capaci-
dade para o tra-
balho em traba-
lhadores em enve-
lhecimento e a
maneira como a
capacidade para o
trabalho relaciona-
se com a quali-
dade do trabalho e
a aposentadoria
Trabalhadores
em envelheci-
mento, n=1101,
de um estudo
transversal em
1992 e 1997
Estudo Transversal
ICT
Questionário
Todas as quatro áreas de foco- (1) a
exigência do trabalho e o ambiente; (2)
organização do trabalho e a comunidade
do trabalho; (3) a promoção de saúde e
da capacidade funcional do trabalhador;
(4) a promoção da competência
profissional, provaram estar fortemente
associadas com a capacidade funcional
para o trabalho. Verificou-se também que
a aposentadoria ativa é significativa
35
36
Continuação do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Pré-requisitos
físicos e psicos-
sociais para a
funcionalidade
com relação à
capacidade para
o trabalho e ao
bem-estar geral
entre trabalha-
dores de escri-
tório
RONKA,T. et al.
2002 Investigar os pré-
requisitos físicos e
psicológicos da fun-
cionalidade, assim
como o ambiente
social no trabalho e
fatores pessoais,
com relação à capa-
cidade para o tra-
balho e ao bem-
estar geral do
n=88 trabalha-
dores de escrito-
rio, n=24 homens
e n=64 mulheres
com idade média
de 45,7 anos
Sujeito
Estudo Transversal
ICT
Questionário
Psicossocial
A autoconfiança, o humor e a capacidade
para o trabalho tiveram um efeito direto no
bem-estar do sujeito em geral.
A eficácia de um
programa de
exercícios no
local de trabalho
em relação à
capacidade per-
cebida de tra-
balho e o afãs-
tamento de um-
lheres doentes
com exigências
físicas de tra-
balho
NURMINEN,E. et al. 2002 Avaliar o efeito da
intervenção do exer-
cício físico no local
de trabalho, na ca-
pacidade percebida
de trabalho e afãs-
tamento de traba-
lhadores doentes
Mulheres traba-
lhadoras de lavan-
deria com n=260,
distribuídas alea-
toriamente em
grupo controle,
n=127 e
intervenção n=133
Sessões de exerci-
cios, no grupo de
intervenção por 8
meses, uma vez por
semana por sessenta
minutos
Estudo Experimental
ICT aplicado aos 3, 8,
12 e 15 meses de
treinamento
De acordo com o ICT, em 12 meses os
trabalhadores com "boa" ou "excelente"
capacidade para o trabalho aumentaram
mais no grupo de intervenção que no
controle (IC 0,2-21,9 de 95%).
Fatores asso-
ciados com a
perda prematura
da vida ativa
entre emprega-
dos do envelhe-
cimento da in-
dústria de ali-
mentos
SALONEN,P. et al.
2003 Encontrar os fatores
associados à perda
prematura da vida
ativa em um período
de acompanha-
mento de onze anos
n=126 emprega-
dos da indústria
de alimentos
Estudo de Coorte
ICT
Questionários
Exame Clínico
Diversas doenças crônicas, sintomas de
stress, contagem baixa do ICT, carga de
trabalho físico pesada, parecem ser
fatores associados com a perda da vida
ativa entre empregados do envelhe-
cimento da indústria de alimentos
36
37
Conclusão do Quadro 2. Estudos realizados na Finlândia sobre capacidade para o trabalho.
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Condições de
trabalho e de-
sigualdades so-
cioeconômicas
na capacidade
para o trabalho
AITTOMAKI,A.
LAHELMA,E.
ROOS,E.
2003 Investigar desigual-
dades socioeconô-
micas na capacida-
de para o trabalho
entre empregados
municipais e a com-
tribuição de condi-
ções de trabalho a
estas desigualdades
Empregados da
cidade de Helsinki
com idade acima
de 40 anos,
n=1827.
Estudo Transversal
ICT
Questionário
Havia uma inclinação consistente na
capacidade para o trabalho em grupos de
baixas condições socioeconômicas com
baixa capacidade para o trabalho. O stress
mental e os problemas no ambiente social
não foram associados claramente com as
desigualdades.
Um programa
de intervenção
da saúde ocu-
pacional para
trabalhadores
em risco de
aposentadoria
adiantada; uma
experimentação
controlada
aleatória
BOER, A. et al.
2004 Avaliar um progra-
ma de intervenção
da saúde ocupa-
cional para trabalha-
dores em risco de
aposentadoria pre-
coce
n=116 emprega-
dos de uma gran-
de companhia que
indicaram entre
abril de 1997 e
maio de 1998,
com idade acima
de 50 anos, que
não poderiam
trabalhar até a
sua aposentadoria
Questionário
Estudo Experimental
Intervenção de 6
meses
Poucos empregados (11%) no grupo de
intervenção aposentaram-se mais cedo
que no grupo controle (28%).
ICT
Práticas organi-
zacionais, de-
mandas de tra-
balho e o bem-
estar dos em-
pregados: um
estudo de
acompanhamen
to na indústria
de metal e no
comércio de
varejo
TUOMI, K. et al. 2004 Investigar o impacto
de práticas
organizacionais, as
exigências do
trabalho e fatores
individuais na
capacidade para o
trabalho, no
compromisso
organizacional e no
bem-estar mental
dos empregados na
indústria de metal e
no comércio de
varejo
n=1389
empregados, com
idade média de 42
anos em 91
organizações
Estudo Transversal
Questionário
ICT
As mudanças nas práticas organizacionais
e nas demandas de trabalho foram
associadas fortemente com as mudanças
do bem-estar dos empregados
37
38
A partir desses estudos, autores brasileiros motivaram-se a desenvolver pesquisas com o tema em diferentes populações,
como mostra o Quadro3:
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Envelhecimento
funcional e con-
dições de traba-
lho em servido-
res forenses
BELLUSCI,F.
FISCHER,F.
1999 Avaliar o enve-
lhecimento funcional
(capacidade para o
trabalho) associado
às condições de
trabalho
Servidores de
uma instituição ju-
diciária federal, n=
807, 375 do sexo
feminino e 432 do
sexo masculino,
com idades entre
21 e 70 anos
Estudo Transversal
ICT
Análise ergonômica
do trabalho
Os modelos de análise de regressão
logística mostraram que as mulheres,
aquelas com maior tempo de trabalho na
instituição e os com cargo de auxiliar
operacional de serviços diversos têm
maiores chances de apresentar ICT baixo
ou moderado.
Envelhecimento
e capacidade
para o trabalho
entre trabalha-
dores brasileiros
MONTEIRO, M. 1999 Avaliar a capacida-
de para o trabalho
de trabalhadores de
35 anos ou mais
Trabalhadores de
um centro de pes-
quisa, na faixa
etária acima de 35
anos, n=238,
38,4% da popu-
lação total
Estudo Transversal
ICT
Atestados
Obtiveram os melhores índices os
indivíduos de mais idade, os do gênero
masculino, os com alta escolaridade e os
com menor número de doenças com
diagnóstico médico referidas.
Fadiga e capaci-
dade para o tra-
balho em turnos
fixos de doze
horas
METZNER,R.
FISCHER,F.
2001 Analisar as variáveis
que interferem na
percepção de fadiga
e na capacidade pa-
ra o trabalho em
trabalhadores que
executam suas ativi-
dades em turnos
fixos diurnos e
noturnos
Trabalhadores de
uma indústria têx-
til, de turnos
diurno e noturno
que trabalhavam
em turnos fixos de
doze horas diárias
e semana reduzi-
da, n= 43
Questionário
Estudo Transversal
ICT
Os fatores que influenciam na percepção
de fadiga associam-se a estilos de vida
dos trabalhadores, e a dificuldade de
manter o sono, que, se presente, aumenta
a percepção de fadiga.
Envelhecimento
e capacidade
para o trabalho
dos trabalhado-
res do serviço
de higiene e
limpeza de um
hospital univer-
sitário
ANDRADE, C. 2002 Avaliar a capacida-
de para o trabalho
dos trabalhadores
do serviço de higie-
ne e limpeza de um
Hospital Universi-
tário em diferentes
faixas etárias
Trabalhadores do
serviço de higiene
e limpeza de um
hospital universi-
tário, n=69 e
idade superior a
20 anos
ICT As doenças com diagnóstico mais
freqüente foram às lesões por acidentes,
as musculoesqueléticas, e cardio-
vasculares. O grupo de mais idade 50 a 60
anos obteve menor índice de capacidade
para o trabalho e maior número de
doenças
Quadro 3. Estudos realizados no Brasil sobre capacidade para o trabalho.
38
39
Conclusão do Quadro 3. Estudos realizados no Brasil sobre capacidade para o trabalho
Título Autores Ano Objetivo Sujeitos Metodologia/
Instrumentos
Resultados/ Conclusão
Capacidade pa-
ra o trabalho em
indivíduos com
lesões muscu-
loesqueléticas
crônicas
WALSH,I. et al.
2004 Avaliar o impacto de
fatores pessoais, do
trabalho e da lesão
na capacidade fun-
cional dos trabalha-
dores com e sem
história de acome-
timento de lesões
músculoesqueléti-
cas relacionadas ao
trabalho, através da
aplicação do Índice
de Capacidade para
o Trabalho-
Trabalhadores da
linha de produção
de uma multina-
cional de porte
médio, n=127,
com idades va-
riando entre 19 e
49 anos
Estudo Transversal
ICT
Questionário
Escala de Dor
A análise de regressão mostrou que as
variáveis de dor e afastamento, quando
associadas, explicam 59% das
ocorrências de baixa capacidade para o
trabalho
Capacidade pa-
ra o trabalho
entre trabalha-
dores de enfer-
magem do
pronto-socorro
de um hospital
universitário
DURAN,E.
COCCO,M.
2004
Avaliar a capaci-
dade para o traba-
lho entre trabalha-
dores de enferma-
gem do Pronto-
Socorro de um
Hospital Universi-
tário
Trabalhadores de
enfermagem,
n=54 (40
mulheres e 14
homens), com
idades de 23 a 53
anos
ICT As doenças mais referidas com
diagnóstico médico foram: doença
musculoesquelética, cardiovascular,
respiratória e neurológica. Observou-se a
perda precoce para o trabalho, mais
acentuada nos trabalhadores mais jovens.
Avaliação da ca-
pacidade fun-
cional dos
trabalhadores
da enfermagem
do Complexo
Hospitalar Santa
Casa de Porto
Alegre
RAFFONE,M.A.
HENNINNGTON,
H.
2004 Avaliar a capa-
cidade funcional dos
trabalhadores de
enfermagem do
Complexo hospitalar
Santa casa de Porto
Alegre, relacionan-
do-a com as carac-
terísticas individuais
e de trabalho
Trabalhadores de
enfermagem com
idade igual ou
superior a 35
anos, n= 885
Estudo Transversal
Questionário
ICT
As análises estatísticas mostraram que
aqueles trabalhadores com maior
escolaridade e que praticam algum tipo de
esporte ou atividade física têm maiores
chances de apresentar boa capacidade
para o trabalho
39
Para Streiner (1995); Pasquali (1999); Anastasi (2000), a fidedignidade é uma
maneira fundamental para refletir a quantidade de erro, aleatório e sistemático,
inerente em toda a medida. Refere-se à consistência dos escores obtidos pelas
mesmas pessoas quando elas são reexaminadas com o mesmo teste em diferentes
ocasiões, ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes, ou sob outras
condições variáveis de exame. A fidedignidade possibilita estimar que proporção da
variância dos escores do instrumento é uma variância de erro, sendo essa definida
como a variabilidade nos escores produzidos por fatores estranhos ao construto.
Nesse sentido, a fidedignidade preocupa-se com o grau de consistência ou de
concordância entre dois conjuntos de escores independentemente derivados. Tal
grau de consistência pode ser calculado através de um coeficiente de correlação.
Esse coeficiente expressa o grau de concordância entre dois conjuntos de escores,
sendo assim reflete a extensão a que um instrumento de medida pode se diferenciar
entre os indivíduos.
Os conceitos principais de fidedignidade de um teste dizem respeito ao
problema de estabilidade no tempo e ao problema de consistência interna da escala.
Para escalas aditivas, isto é, escalas obtidas a partir da soma de vários itens
selecionados como indicadores de construto teórico que se tem interesses em medir,
é usual utilizar-se o Coeficiente Alpha de Cronbach, que é um coeficiente de
consistência interna. Já para questionários que não constituem uma escala aditiva,
utiliza-se o método teste-reteste, o qual fornece um coeficiente de estabilidade da
medida no tempo (STREINER, 1995; PASQUALI, 1999).
1.4 SOBRE A CONFIABILIDADE DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
40
41
Segundo Streiner (1995) e Pasquali (1999), a fidedignidade da escala
depende do tamanho da variância erro que pode ser definida como a variabilidade
nos resultados provocada por fatores aleatórios e pela imprecisão do instrumento. A
consistência interna da escala será maior quanto maior for a homogeneidade do
conteúdo expressa através da amostra dos itens do teste, ou seja, para que uma
fidedignidade confiável seja alcançada os itens devem ser fortemente
correlacionados uns com os outros.
O método mais óbvio para descobrir a fidedignidade dos escores de teste, é
repetindo-se o teste em uma segunda ocasião. O coeficiente de confiabilidade neste
caso é a correlação entre os escores obtidos pelas mesmas pessoas nas duas
aplicações do teste. A variância de erro corresponde às flutuações aleatórias de
desempenho de uma sessão de teste para outra. Coeficientes de fidedignidade
baseados no método teste-reteste são medidas de estabilidade, porque se
relacionam com constância sobre o tempo. A fidedignidade teste-reteste mostra a
extensão em que os escores em um teste podem ser generalizados para ocasiões
diferentes; quanto maior o índice correlacional obtido entre os dois tempos, menos
suscetíveis serão os escores às mudanças aleatórias diárias nas condições dos
testados ou do ambiente de testagem. Naturalmente deve-se selecionar um intervalo
de tempo apropriado. Com um intervalo muito grande, corre-se o risco de as
variáveis testadas mudarem, num intervalo muito curto, os testados podem recordar
de sua primeira resposta. Geralmente o intervalo varia de 1 hora a 1 ano, mas
usualmente utiliza-se um intervalo entre 2 à 4 semanas (STREINER, 1995;
ANASTASI, 2000).
42
2 OBJETIVOS
- Avaliar a capacidade para o trabalho de trabalhadores da indústria metalúrgica;
- Conhecer a capacidade para o trabalho e correlacioná-la com as variáveis
socioeconômicas, demográficas, ocupacionais e aspectos comportamentais dos
trabalhadores em estudo;
- Verificar a confiabilidade do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT), em
trabalhadores da indústria metalúrgica, através do método teste-reteste.
43
3 HIPÓTESES
- A capacidade para o trabalho diminui com o aumento da idade cronológica;
- Trabalhadoras do sexo feminino têm capacidade para o trabalho diminuída, quando
comparados com trabalhadores do sexo masculino da mesma faixa etária;
- A capacidade para o trabalho é menor em trabalhadores tabagistas;
- A capacidade para o trabalho é maior em trabalhadores que praticam algum tipo de
esporte ou atividade física;
- Trabalhadores com maior tempo na função apresentam menor capacidade para o
trabalho quando comparados com trabalhadores com menor tempo na função;
- A capacidade para o trabalho é maior em trabalhadores que apresentam melhores
condições socioeconômicas;
- O ICT pode ser utilizado com aceitável confiabilidade em pesquisas e controle da
saúde de trabalhadores da indústria metalúrgica.
44
4 METODOLOGIA
4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO
Esta pesquisa caracteriza-se por ser um estudo epidemiológico transversal.
4.2 SUJEITOS
A população alvo deste estudo é composta por 460 funcionários de 4
empresas do setor metal-mecânico do Sul do país, em atividade e no exercício de
suas funções no momento da realização da pesquisa, com idade igual ou superior a
18 anos (Quadro 4). São critérios de inclusão: ser funcionário das empresas onde
será aplicado o estudo, estar em atividade no momento do estudo e possuir no
mínimo a 4ª série do ensino fundamental. Serão excluídos do estudo, os
trabalhadores afastados por doença no momento da realização do mesmo ou
qualquer outro tipo de licença no período da realização do estudo.
45
Quadro 4. Empresas do estudo.
Empresa Nº de trabalhadores
A 100
B 65
C 145
D 150
4.3 INSTRUMENTOS
Para responder aos objetivos do estudo, será aplicado um questionário
padronizado e pré-codificado (Apêndice A) e o Índice de Capacidade para o
Trabalho (ICT) (Anexo A), na população em estudo. Os instrumentos são auto-
aplicáveis, no entanto, serão lidos e explicados para os trabalhadores como forma
de evitar erros de compreensão. Preconiza-se a 4ª série do ensino fundamental para
o preenchimento do Índice de Capacidade para o Trabalho.
4.4 VARIÁVEIS
4.4.1 Desfecho
A variável dependente para a realização deste estudo é o Índice de
Capacidade para o Trabalho listada no Quadro 5.
46
Quadro 5. Variável dependente.
Variável Classificação Categorização
ICT Contínua 7-27 (Baixa), 28-36 (Moderada),
37-43 (Boa), 44-49 (Ótima)
4.4.2 Variáveis Independentes
As variáveis independentes são as demográficas (sexo, idade, cor de pele e
estado conjugal), as socioeconômicas (escolaridade, pessoas que vivem na casa,
renda per capita, renda total), ocupacionais (ocupação, tempo de ocupação, cargo
de chefia, horas semanais na empresa, tempo de trabalho na empresa, posição de
trabalho, outra atividade remunerada e tempo da outra atividade remunerada) e as
comportamentais (atividade doméstica, horas de atividade doméstica, atividade
física, tipo de atividade física, horas e dias de atividade física, tabagismo, quantidade
de cigarro por dia, anos de tabagismo), listadas no Quadro 6.
Quadro 6. Variáveis independentes para descrição dos trabalhadores em estudo.
Variável Classificação Categorização
Demográficas
Sexo
Idade
Cor de Pele
Estado Conjugal
Dicotômica
Contínua
Nominal
Nominal
Feminino/Masculino
Idade em anos
Negra/Branca/Parda/Outra
Solteiro/Casado/Vive com companheiro
(a)/Separado (a)/Divorciado (a)/Viúvo (a)
Socioeconômicas
Escolaridade
Pessoas que vivem na casa
Renda mensal individual
Renda mensal total da família
Ordinal
Contínua
Contínua
Contínua
Ensino fundamental incompleto/Ensino
fundamental completo (até a 8ªsérie)/
Ensino médio completo (até o 3º ano do
2ºgrau)/ Curso técnico completo (após o
2º completo)/ Curso superior completo/
Pós graduação completa
Nº de pessoas que vivem na casa
R$ ou salários mínimos
R$ ou salários mínimos
47
Conclusão do Quadro 6. Variáveis independentes para descrição da amostra em estudo.
Ocupacionais
Ocupação
Tempo de ocupação
Cargo de Chefia
Horas semanais na empresa
Tempo de trabalho na empresa
Posição de trabalho
Outra atividade remunerada
Horas da outra atividade
remunerada
Nominal
Contínua
Dicotômica
Contínua
Contínua
Dicotômica
Dicotômica
Contínua
Anos/Meses
Não/Sim
Horas
Anos/Meses
Sentado(a)/ Em pé
Não/Sim
Horas
Comportamentais
Atividade doméstica
Horas de atividade doméstica
Atividade física
Tipo de atividade física
Horas e dias de atividade física
Tabagismo
Quantidade de cigarros por dia
Anos de tabagismo
Dicotômica
Contínua
Dicotômica
Nominal
Contínua/Ordinal
Nominal
Contínua
Contínua
Não/Sim
Horas/Semana
Não/Sim
Caminhada,Corrida,Musculação,Ginástica
Futebol,Bicicleta,Vôlei,Outros.Qual?
Horas/Dias
Não/Ex-fumante/Fumante
Número de cigarros
Numero de anos
4.5 PROCEDIMENTOS
A fim de responder aos objetivos da pesquisa, procedimentos éticos,
logísticos e estatísticos serão conduzidos:
4.5.1 Éticos
Quanto aos procedimentos éticos, serão conduzidos em três etapas:
autorização para realização da pesquisa nas instituições, aprovação do projeto no
Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e
autorização dos sujeitos estudados.
48
Inicialmente foi solicitada a Instituição (Faculdade da Serra Gaúcha – FSG),
responsável pelas pesquisas em saúde do trabalhador em uma das empresas que
será realizado o estudo, a autorização para execução da pesquisa, através da
assinatura do Termo de Autorização Institucional pelo Prof. Ms. Marcelo Alexandre
Marcon (Apêndice B). Uma cópia do Termo de Anuência Institucional ficou de posse
da pesquisadora e outra cópia assinada pela pesquisadora foi entregue à Faculdade
da Serra Gaúcha. O mesmo procedimento foi utilizado para as outras três empresas,
porém obteve-se a autorização através do (a) responsável pelos recursos humanos
dessas empresas, visto que a Faculdade da Serra Gaúcha não atua nestas
instituições (Apêndice C, D, E).
Em seguida, o projeto será encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), para aprovação da realização
do mesmo. E, por fim, a autorização dos sujeitos no estudo, ocorrerá da seguinte
forma: os sujeitos serão convidados a participar do estudo sendo claramente
informados de que sua contribuição é voluntária e pode ser interrompida em
qualquer etapa, sem nenhum prejuízo ou punição.
Todos os cuidados serão tomados para garantir a preservação da identidade
dos participantes. Os trabalhadores serão identificados por um número previamente
definido pela pesquisadora, a partir de uma listagem com os nomes dos mesmos,
fornecida pelas empresas onde o estudo será aplicado. Dados individuais dos
participantes coletados no processo de pesquisa não serão informados às
instituições envolvidas. Por se tratar de uma pesquisa que utiliza para coleta dos
dados questionários auto-aplicáveis, optou-se por solicitar que os sujeitos leiam o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, assinando-as, sendo
49
que uma cópia ficará de posse da pesquisadora e a outra com o trabalhador
(Apêndice F).
Cabe ressaltar que será disponibilizada uma cópia do projeto para as
empresas onde será realizado o estudo, bem como para a Faculdade da Serra
Gaúcha (FSG), responsável pelas pesquisas em saúde do trabalhador em uma das
empresas. Neste estudo serão observadas as questões éticas inerentes à pesquisa
com seres humanos, conforme previsto na Resolução do Ministério da Saúde nº
196/96.
4.5.2 Logísticos
Para a realização dos procedimentos logísticos, estes serão divididos em três
fases: a primeira fase, denominada de fase piloto, com a aplicação dos questionários
em um grupo piloto de 20 trabalhadores (5% da população alvo), a fim de testar os
instrumentos, a forma de aplicação, compreensibilidade por parte dos sujeitos
respondentes e outras questões operacionais referentes ao desenvolvimento da
pesquisa.
O estudo piloto será realizado em uma empresa do setor metal-mecânico de
Caxias do Sul, RS, entretanto não fará parte do estudo principal. Os trabalhadores
que concordarem em responder o questionário e o Índice de Capacidade para o
Trabalho deverão ler e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em
duas vias, uma será entregue a ele e a outra será arquivada com a pesquisadora.
Na segunda fase, também denominada de fase de coleta de dados, será
realizada a aplicação dos instrumentos. Esta fase acontecerá nas quatro empresas
50
selecionadas para o estudo. Os questionários serão distribuídos para todos os
funcionários que cumpram os critérios de seleção. A aplicação dos instrumentos
ocorrerá no intervalo do almoço no refeitório da empresa, ou na sala de treinamento,
com auxílio da pesquisadora e de um aluno da Faculdade da Serra Gaúcha que
receberá treinamento para participar da coleta de dados. Inicialmente será realizada
uma sensibilização dos trabalhadores para que participem do estudo, através da
distribuição de cartazes informativos sobre a pesquisa nos locais de maior circulação
dos trabalhadores. Durante o almoço, será realizado pela pesquisadora um convite
para a participação na pesquisa, explicando da realização e importância do estudo.
No momento da aplicação os trabalhadores serão orientados na forma de
preenchimento dos instrumentos a fim de reduzir erros e maior participação dos
mesmos na pesquisa. Da mesma forma como na fase piloto, os funcionários que
concordarem em responder o questionário deverão ler e assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Prevê-se a autorização das empresas para a
aplicação dos instrumentos no período de trabalho, somente para aqueles
trabalhadores que não responderem durante o momento de intervalo.
E, por fim, a terceira fase ou fase reteste, onde será reaplicado o Índice de
Capacidade para o Trabalho, em 165 trabalhadores (empresas A e B) que
responderam a fase anterior. Sendo que o período de intervalo será de 4 semanas,
com o objetivo de obter resultados quanto à confiabilidade através do coeficiente de
estabilidade da medida no tempo, do Índice de Capacidade para o Trabalho.
Preconiza-se o tempo de 4 semanas, pois segundo o estudo de Zawart, Frings-
Dresen e Duivenbooden, que realizaram o teste-reteste do Índice de Capacidade
para o Trabalho com trabalhadores da construção civil, é o tempo considerado
suficiente para que os mesmos esqueçam de suas respostas (ZAWART, FRINGS-
51
DRESEN E DUIVENBOODEN, 2002). Da mesma forma que na fase anterior, o
Índice de Capacidade para o Trabalho será aplicado durante o intervalo do almoço e
o restante no período de trabalho (no caso daqueles que não responderem no
intervalo determinado), respeitando restrições das empresas.
4.5.3 Estatísticos
Quanto aos procedimentos estatísticos, serão operacionalizados de duas
formas distintas: aqueles de escolha dos softwares específicos; aqueles de escolha
das análises específicas. Quanto aos softwares, destaca-se que serão utilizados
dois: o Epiinfo versão 6, para ambiente DOS e o SPSS versão 11.0 para Windows.
O objetivo do primeiro software é a entrada de dados (criação do banco de dados) e
a verificação da consistência dos dados através da dupla digitação.
Para descrever as características da amostra será realizada uma análise
estatística descritiva com a determinação da média, mediana, moda, desvio padrão,
mínimo, máximo, freqüência absoluta (N) e relativa (%).
A fim de testar a possível associação existente entre a variável dependente
com as variáveis independentes será utilizado as análises listadas no Quadro 7, de
acordo com desfecho e o tipo de variável.
52
Quadro 7. Análises para associação da variável dependente com as variáveis
independentes.
Desfecho Variáveis independentes
categóricas
Variáveis independentes
contínuas
Contínuo T-teste ou Anova
Mann-Witney ou Kruskal-Wallis
Correlação de Pearson
Correlação de Spearman
Ordinal Mann-Witney ou Kruskal-Wallis Anova
Krusskal-Wallis
Dicotômico Chi-quadrado T-teste
Mann-Witney
Posteriormente, com o objetivo de apresentar o efeito ajustado das variáveis
exploratórias sobre a capacidade para o trabalho, prevê-se a realização de análise
multivariada com o uso de regressão ordinal. Caso este desfecho possua poucos
casos em determinadas categorias será efetuada a dicotomização do mesmo e então
utilizada a análise de regressão logística. No caso do desfecho dicotômico apresentar
prevalência elevada prevê-se então o uso da regressão de Poisson. As variáveis
serão incluídas no modelo de acordo com a hierarquia estabelecida no modelo teórico
e definida no modelo de análise mostrado na Figura 1.
53
Características Socioeconômicas
Escolaridade
Renda
Pessoas que vivem na casa
Características Demográficas
Sexo
Idade
Cor da pele
Estado conjugal
Características Comportamentais
Atividade doméstica
Atividade Física
Tabagismo
Características Ocupacionais
Ocupação na empresa
Tempo na ocupação
Tempo que trabalha na empresa
Horas semanais na empresa
Posição de trabalho
Outra atividade remunerada
Horas semanais da outra atividade
remunerada
Cargo de chefia
Capacidade para o trabalho
FIGURA 1. Modelo teórico hierarquizado
Para a mensuração da confiabilidade do ICT, prevê-se a realização dos testes
listado no Quadro 8, de acordo com a apresentação do ICT.
54
Quadro 8. Testes estatísticos para mensurar a confiabilidade do ICT.
Fidedignidade Reteste
Contínuo Correlação de Pearson e Spearman
Coeficiente de Correlação Intra-Classe
Gráfico Bland e Altman
T-teste pareado ou Wilcoxon
Ordinal Kappa e Chi-quadrado
Dicotômico Kappa e Chi-quadrado
4.6 IMPACTO
Espera-se poder auxiliar nas pesquisas em saúde ocupacional, verificando a
confiabilidade (precisão) no instrumento que vem sendo utilizado com grande
freqüência no Brasil, tornando este o impacto fundamental. Como aspecto
secundário espera-se ainda, poder contribuir a teoria, através da discussão dos
resultados obtidos nessa pesquisa. Por fim, tem-se a expectativa de estreitar os
laços relacionais entre o Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde,
Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e as
empresas pesquisadas.
55
4.7 DEVOLUÇÃO DOS RESULTADOS
A fim de devolver os resultados obtidos na pesquisa, será disponibilizada à
Faculdade da Serra Gaúcha (FSG) e as empresas que será aplicado o estudo, uma
cópia da dissertação. Para as empresas interessadas, ocorrerá a devolução dos
dados gerais da realidade da saúde do trabalhador. Na Faculdade da Serra Gaúcha,
será agendada uma apresentação dos resultados do estudo, para os professores e
alunos participantes do grupo de pesquisa em saúde do trabalhador.
4.8 LIMITAÇÃO DO ESTUDO
Para a realização do estudo não se pode deixar de citar a possível presença
do viés do trabalhador saudável. Um fenômeno epidemiológico que pode limitar a
interpretação dos resultados obtidos nas análises epidemiológicas. Normalmente os
trabalhadores admitidos em um emprego são mais saudáveis que os demais
indivíduos, apresentando melhores indicadores de morbidade e mortalidade quando
comparados à população em geral (MEDRONHO, 2003).
56
5 ORÇAMENTO
Os custos previstos para o desenvolvimento desta pesquisa, envolvem a
utilização de materiais e outros; conforme discriminação abaixo:
MATERIAL
QUANTIDADE
VALOR
EM R$ TOTAL (R$)
CUSTEIO:
LIVROS/ARTIGOS (MATERIAL BIBLIOGRÁFICO)
- - 400,00
COMPUTADOR
1 2.000,00 **
EPIINFO/SPSS/END NOT
1 - **
IMPRESSORA
1 300,00 **
CAPITAL:
CARTUCHO PARA IMPRESSORA
04 40,00 160,00
DISQUETES
02 CAIXAS 10,00 20,00
FOLHAS A4
3000 16,00 96,00
TRANSPORTE
- 100,00 100,00
SERVIÇO DE TERCEIROS:
ENCADERNAÇÃO – ESPIRAL
20 5,00 100,00
XERÓX
5000 CÓPIAS 0,10 500,00
FORMATAÇÃO/ CORREÇÃO PORTUGUESA
100 4,00 400,00
TOTAL
1776,00
Obs.: Todas as despesas ocorrerão por conta da aluna.
** Material disponível no PPG
57
6 CRONOGRAMA
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS
MÊS/ ANO
ENTREGA DO PRÉ-PROJETO DE PESQUISA NOVEMBRO DE 2004
ELABORAÇÃO DO PROJETO FINAL
1°SEMESTRE DE 2005
PROVA DE QUALIFICAÇÃO DO PROJETO
AGOSTO DE 2005
APLICAÇÃO DO ESTUDO PILOTO
AGOSTO DE 2005
APLICAÇÃO DO ESTUDO PRINCIPAL
SETEMBRO DE 2005
APLICAÇÃO DO RETESTE
OUTUBRO DE 2005
REVISÃO DA LITERATURA
EM TODAS AS ETAPAS
DIGITAÇÃO DOS DADOS
NOVEMBRO DE 2005
ANÁLISE E TRATAMENTO ESTAT
Í
STICO DOS
DADOS MARÇO DE 2006
REDAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
ABRIL E MAIO DE 2006
APRESENTAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
JUNHO DE 2006
58
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63
APENDICES
64
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
APÊNDICE A
PESQUISA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
Nº: __________________________________________
Data: _____/_____/_____
Data de Nascimento: _____/_____/_____
DADOS GERAIS
01. Qual é seu sexo?
(0) Feminino
(1) Masculino
02. Qual a sua idade?
__ __ anos completos
03. Como o(a) Sr(a) considera a sua cor de pele?
(0) Negra (1) Branca (2) Parda (3) Outra
04. Qual o seu estado conjugal atual?
(0) Solteiro(a)
(1) Casado(a)
(2) Vive com companheiro(a)
(3) Separado(a)/ Divorciado(a)
(4) Viúvo(a)
05. Qual é a sua escolaridade?
(0) Ensino fundamental incompleto
(1) Ensino fundamental completo
(2) Ensino médio completo
(3) Curso técnico completo
(4) Curso superior completo
(5) Pós-graduação completo
06. Qual é a sua ocupação na empresa (descreva sua função na
empresa)?
_________________________________________________
_________________________________________________
07. Há quanto tempo o(a) Sr(a) exerce a função acima descrita ?
(considere este e os empregos anteriores)
__ __ anos__ __ meses
08. O(a) Sr(a) exerce cargo de Chefia?
(0) Não
(1) Sim
Obs: não
preencher esta
coluna
!
Quest__ __ __
Sex__
Idad__ __
Raça__ __
Conj_
Escol___
Ocup__ __
Aocup_
Carchef__
65
09. Quantas horas semanais o(a) Sr(a) trabalha na empresa?
__ __horas
10. Há quanto tempo o(a) Sr(a) trabalha na empresa ?
___ anos ___ ___ meses
11. Qual é a posição que o(a) Sr(a) passa a maior parte do tempo
trabalhando?
(0) Sentado
(1) Em pé
12. O Sr(a) exerce outra atividade remunerada?
(0) Não
(1) Sim
Se não, pule para a questão 14
13. Quantas horas semanais o(a) Sr(a) realiza outra atividade
remunerada?
__ __ horas
14. Quantas pessoas vivem em sua casa?
__ __pessoas
15. Qual a sua renda mensal?
R$ ___ ___ ___ ___, 00 ou ___ ___ salários mínimos
16. Qual a renda mensal total das pessoas que moram em sua casa
incluindo você? (Não considere funcionário)
R$ ___ ___ ___ ___, 00 ou ___ ___ salários mínimos
17. O(a) Sr(a) realiza atividades domésticas?
(0) Não
(1) Sim
Se não, pule para a questão 19
18. Quantas horas por semana o(a) Sr(a) realiza atividades
domésticas?
___ ___horas
19. O(a) Sr(a) realiza atividades físicas ou esportes?
(0) Não
(1) Sim
Se não, pule para a questão nº 22
Hosem_ __
Anemp__ __
Pos__
Outativ__
Hativre__
Pess__ __
Rendind__ __
Renditot__ __
Ativdom__
Hdom __
Ativfis__
66
Horativ__ __
Diasativ__
Fum__
Parfum__ __
N
cig__ __
Afum__ __
20. Qual (is) o(s) tipo(s) de atividade física ou esporte o(a) Sr(a)
pratica?
(0) Caminhada (4) Futebol
(1) Corrida (5) Bicicleta
(2) Musculação (6) Vôlei
(3) Ginástica (8) Outros Qual?____________
21. Quantas horas e quantos dias por semana o(a) Sr(a) pratica
atividade física ou esporte?
___ ___ horas __dias na semana
22. O(a) Sr(a) já fumou ou ainda fuma?
(0) Não. Nunca fumou
(1) Sim, ex-fumante.Há quanto tempo parou?
___ anos ___ ___ meses
(2) Sim, fuma.
Se sim, fuma responda as questões 20 e 21.
23. Quantos cigarros o(a) Sr(a) fuma por dia?
___ ___cigarros
24. Há quantos anos o(a) Sr(a) fuma?
__ __ anos __ __ meses
Muito Obrigada!
67
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
APÊNDICE B
TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Eu, Prof. Ms. Marcelo Alexandre Marcom, educador físico, responsável pelas
pesquisas em saúde do trabalhador da Faculdade da Serra Gaúcha na empresa
Sauer Danfos, autorizo a aluna do Programa de Pós Graduação em Ciências da
Saúde, Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos,
Alexandra Renosto a realizar a pesquisa intitulada Avaliação da Capacidade para
o Trabalho na Indústria Metalúrgica.
Declaro que fui informado dos objetivos desta pesquisa e dos procedimentos
necessários para a realização da mesma.
________________________________________________
Prof. Ms. Marcelo Alexandre Marcom
Responsável pelo grupo de pesquisa em saúde do trabalhador
68
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
APÊNDICE C
TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Eu, Sra. Dionilda Paganella Lisboa, responsável pelo setor de recursos
humanos da empresa Rodaros, de Vacaria, autorizo a aluna do Programa de Pós
Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Alexandra
Renosto a realizar sua pesquisa de dissertação de Mestrado intitulada AVALIAÇÃO
DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM TRABALHADORES DA INDÚSTRIA
METALÚRGICA.
Eu, Sra. Dionilda Paganella Lisboa, responsável pelo setor de recursos
humanos da empresa Rodaros, de Vacaria, autorizo a aluna do Programa de Pós
Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Alexandra
Renosto a realizar sua pesquisa de dissertação de Mestrado intitulada AVALIAÇÃO
DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM TRABALHADORES DA INDÚSTRIA
METALÚRGICA.
Declaro que fui informada dos objetivos desta pesquisa e dos procedimentos
necessários para a realização da mesma.
Declaro que fui informada dos objetivos desta pesquisa e dos procedimentos
necessários para a realização da mesma.
________________________________________________ ________________________________________________
Sra. Dionilda Paganella Lisboa Sra. Dionilda Paganella Lisboa
Gerente de Recursos Humanos Gerente de Recursos Humanos
Caxias do Sul, 10 de agosto de 2005 Caxias do Sul, 10 de agosto de 2005
69
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
APÊNDICE D
TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Eu, Sra. Ana Ivete Begnini , responsável pelo setor de recursos humanos da
empresa Manumetal, de Caxias do Sul, autorizo a aluna do Programa de Pós
Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Alexandra
Renosto a realizar sua pesquisa de dissertação de Mestrado intitulada AVALIAÇÃO
DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM TRABALHADORES DA INDÚSTRIA
METALÚRGICA.
Declaro que fui informada dos objetivos desta pesquisa e dos procedimentos
necessários para a realização da mesma.
________________________________________________
Sra. Ana Ivete Begnini
Gerente de Recursos Humanos
Caxias do Sul, 10 de agosto de 2005
70
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
APÊNDICE E
TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Eu, Sra. Elaine Dellagiustina, responsável pelo setor de recursos humanos da
empresa Metalbus, de Caxias do Sul, autorizo a aluna do Programa de Pós
Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos,
Alexandra Renosto a realizar sua pesquisa de dissertação de Mestrado intitulada
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM TRABALHADORES DA
INDÚSTRIA METALÚRGICA.
Declaro que fui informada dos objetivos desta pesquisa e dos procedimentos
necessários para a realização da mesma.
________________________________________________
Sra. Elaine Dellagiustina
Gerente de Recursos Humanos
Caxias do Sul, 10 de agosto de 2005
71
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
APÊNDICE F
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO
O Sr.(a) está sendo convidado a participar de uma pesquisa sobre a saúde do
trabalhador. Este estudo está sendo realizado pela fisioterapeuta Alexandra Renosto,
aluna do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos –
UNISINOS, sob a orientação do Prof. Marcos Pascoal Patussi, Ph.D.
O objetivo é verificar a sua capacidade para o trabalho. Sua participação é
muito importante já que os resultados deste estudo poderão gerar benefícios
individuais e coletivos para todos os trabalhadores, através do cuidado à saúde.
Para participar o Sr.(a) deverá preencher um questionário, sendo que as
informações serão utilizadas unicamente para a realização da pesquisa e seu nome
não será revelado. Somente a pesquisadora responsável terá acesso às respostas
dos questionários. As chefias e os administradores da empresa não terão acesso às
respostas individuais.
A participação não é obrigatória. A não participação não lhe causará nenhum
tipo de prejuízo ou problema em seu local de trabalho. A participação na pesquisa
não causará nenhuma despesa para o participante e nenhum risco a sua saúde.
Os trabalhadores que aceitarem participar do estudo deverão ler e assinar este
documento em duas vias iguais: uma será entregue ao trabalhador e a outra via
permanecerá arquivada aos cuidados da pesquisadora.
72
É garantido o seu direito de resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento
de dúvidas sobre esta pesquisa e o Sr.(a) poderá entrar em contato diretamente com
a pesquisadora Alexandra Renosto, por telefone. Agradecemos desde já sua
colaboração.
Data: __ __/ __ __/ 2005
Assinatura: _____________________________________________
(respondente)
Assinatura: ______________________________________________
Alexandra Renosto
Telefones para contato:
Alexandra Renosto: (54) 223-1342ou (54) 9998-9951
Comitê de Ética em Pesquisa da UNISINOS: (51) 590-8452
Observação: o presente documento é baseado no ítem IV das Diretrizes e Normas
Regulamentadoras para a Pesquisa em Saúde, do Conselho Nacional de Saúde (Resolução 196/96).
73
ANEXOS
74
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
ANEXO A
AGORA VAMOS FALAR DE SUA CAPACIDADE PARA O TRABALHO:
ÍNDICE DE CAPACIDADE PARA O TRABALHO
Suponha que a sua melhor capacidade para o trabalho tem um valor igual a 10 pontos
01. Assinale com um x um número na escala de zero a dez, quantos pontos você daria
para sua capacidade para o trabalho atual:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Estou incapaz Estou em minha
para o trabalho melhor capacidade
para o trabalho
02. Como você classificaria sua capacidade atual para o trabalho em relação às
exigências físicas do seu trabalho? (por exemplo, fazer esforço físico com partes do
corpo)
( ) Muito boa............
( ) Boa.....................
( ) Moderada ...........
( ) Baixa...... ............
( ) Muito Baixa.........
Como você classificaria sua capacidade atual para o trabalho em relação as exigências
mentais do seu trabalho?(por exemplo, interpretar fatos, resolver problemas, decidir a
melhor forma de fazer)
( ) Muito boa............
( ) Boa...... ...............
( ) Moderada ...........
( ) Baixa...................
( ) Muito Baixa.........
75
03. Na sua opinião quais das lesões por acidentes ou doenças citadas abaixo você possui
atualmente.
Marque também aquelas que forem confirmadas pelo médico
Diagnóstico Em minha
médico opinião
( )Lesão nas costas ( )
( )Lesão nos braços/ mãos ( )
( )Lesão nas pernas/pés ( )
( )Lesão em outras partes do corpo ( )
Onde?____________________________
Que tipo de Lesão?_________________
( )Doença da parte superior das costas ou região do pescoço com dores freqüentes ( )
( )Dores da parte inferior das costas com dores freqüentes ( )
( )Dores nas costas que se irradia para a perna(ciática)
( )Doença músculo-esquelética afetando os membros (braços ou pernas) com dores
freqüentes ( )
( )Artrite reumetóide ( )
( )Outra doença músculo-esquelética)
Qual?_______________
( )Hipertensão arterial (pressão alta) ( )
( )Doença coronariana, dor no peito durante o exercício (angina pectóris) ( )
( )Infarto do miocárdio, trombose coronariana ( )
( )Insuficiência cardíaca ( )
( )Outra doença cardiovascular ( )
( )Infecções repetidas do trato respiratório(incluindo amidalite, sinusite e bronquite
aguda ( )
( )Bronquite crônica ( )
( )Sinusite crônica ( )
( )Asma ( )
( )Enfisema ( )
( )Tuberculose pulmonar ( )
( )Outra doença respiratória
Qual?________________
( )Distúrbio emocional severo (ex. depressão severa) ( )
( )Distúrbio emocional leve ( ex. depressão leve, tensão, ansiedade, insônia) ( )
( )Problema ou diminuição da audição ( )
( )Doença ou lesão da visão (não assinale se apenas usa óculos ou lentes de contato de
grau) ( )
( )Doença neurológica (AVC ou “derrame”,neuralgia, enxaqueca, epilepsia) ( )
( )Outra doença lógica ou dos órgãos do sentido ( )
Qual?_________________
( )Pedras ou doença da vesícula biliar ( )
( )Doença do pâncreas ou do fígado ( )
( )Úlcera gástrica ou duodenal ( )
( )Gastrite ou irritação duodenal ( )
( )Colite ou irritação do cólon ( )
( )Outra doença digestiva
Qual?________________
76
Diagnóstico Em minha
médico opinião
( )Infecção das vias urinária ( )
( )Doença dos rins ( )
( )Doenças dos genitais e aparelho reprodutor (ex. problema trompas ou na próstata) ( )
( )Outra doença geniturinária ( )
Qual? ________________
( )Alergia, eczema ( )
( )Outra erupção ( )
Qual? ________________
( )Outra doença da pele ( )
Qual? _________________
( )Tumor benigno ( )
( )Tumor maligno (câncer) ( )
Onde? ________________
( )Obesidade ( )
( )Diabetes ( )
( )Bócio ou outra doença da tireóide ( )
( )Outra doença endócrina ou metabólica ( )
Qual?__________________
( )Anemia ( )
( )Outra doença do sangue ( )
Qual?__________________
( )Defeito do nascimento ( )
Qual?__________________
( )Outro problema ou doença ( )
Qual?__________________
04. Sua lesão ou doença é um impedimento para seu trabalho atual?
(Você pode marcar mais de uma resposta nesta pergunta)
( ) Não há impedimento/ eu não tenho doenças
( ) Eu sou capaz de fazer meu trabalho, mas ele me causa alguns sintomas
( ) Algumas vezes preciso diminuir meu ritmo de trabalho ou mudar meus métodos de
trabalho
( ) Freqüentemente preciso diminuir meu ritmo de trabalho ou mudar meus métodos de
trabalho
( ) Por causa da minha doença sinto-me capaz de trabalhar apenas em tempo parcial
( ) Na minha opinião estou totalmente incapacitado para o trabalho
05. Quantos dias inteiros você esteve fora do trabalho devido a problema de saúde, consulta
médica,ou para fazer exame durante os últimos 12 meses?
( ) Nenhum
( ) Até nove dias
( ) De 10 a 24 dias
( ) De 25
a 99 dias
( ) De 100 a 365 dias
77
06. Considerando sua saúde, você acha que será capaz de daqui a 2 anos fazer seu
trabalho atual?
( ) É improvável
( ) Não estou muito certo
( ) Bastante provável
07. Recentemente você tem conseguido apreciar suas atividades diárias?
( ) Sempre
( ) Quase sempre
( ) Ás vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Recentemente você tem se sentido ativo ou alerta
( ) Sempre
( ) Quase sempre
( ) Ás vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
Recentemente você tem se sentido cheio de esperança para o futuro
( ) Continuamente
( ) Quase sempre
( ) Ás vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
78
ANEXO B
GABARITO DO ÍNDICE DE CAPACIDADE PARA O TRABALHO
01) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Estou incapaz Estou em minha
para o trabalho melhor capacidade
para o trabalho
02) Muito boa...................5
Boa....... .....................4
Moderada ..................3
Baixa..........................2
Muito Baixa................1
a) Exigência Física
Para exigência física= x 1,5
Para exigência mental= x 0,5
Para ambas= x 1
b) Exigência Mental
Para exigência física= x 0,5
Para exigência mental= x 1,5
Para ambas= x 1
03) Doenças atuais/médico
5 Doenças= 1 ponto
4 Doenças= 2 pontos
3 Doenças= 3 pontos
2 Doenças= 4 pontos
1 Doenças= 5 pontos
0 Doenças= 7 pontos
04) Prejuízo devido a doenças
Não há impedimento/ eu não tenho doenças........................................................ 6
Eu sou capaz de fazer meu trabalho, mas ele me causa alguns
Sintomas.................................................................................................................. 5
Algumas vezes preciso diminuir meu ritmo de trabalho ou mudar
meus métodos de trabalho..................................................................................... 4
Freqüentemente preciso diminuir meu ritmo de trabalho ou mudar
meus métodos de trabalho...................................................................................... 3
Por causa da minha doença sinto-me capaz de trabalhar apenas em
tempo parcial........................................................................................................... 2
Na minha opinião estou totalmente incapacitado para o trabalho........................... 1
79
05) Dias inteiros fora do trabalho
Nenhum.................................5
Até nove dias........................ 4
De 10 a 24 dias......................3
De 25
a 99 dias......................2
De 100 a 365 dias..................1
06) Prognóstico para daqui a 2 anos
É improvável........................ 1
Não estou muito certo...........4
Bastante provável..................7
07) Recentemente você tem conseguido apreciar suas atividades diárias?
Sempre..................................4
Quase sempre.......................3
Ás vezes............................... 2
Raramente............................ 1
Nunca................................... 0
Recentemente você tem se sentido ativo ou alerta
Sempre................................. 4
Quase sempre.......................3
Ás vezes............................... 2
Raramente............................ 1
Nunca................................... 0
Recentemente você tem se sentido cheio de esperança para o futuro
Continuamente...................... 4
Quase sempre....................... 3
Ás vezes............................... 2
Raramente..............................1
Nunca.....................................0
Somar os 3 valores:
0-3................ 1 ponto
4-6................ 2 pontos
7-9................ 3 pontos
10-12.............4 pontos
Pontos Capacidade Funcional Objetivos das medidas
7 a 27 Baixa Restaurar a capacidade para o
trabalho
28 a 36 Moderada Melhorar a capacidade para o
trabalho
37 a 43 Boa Melhorar a capacidade para o
trabalho
44 a 49 Ótima Manter a capacidade para o
trabalho
80
II – RELATÓRIO DE CAMPO
81
RELATÓRIO DE CAMPO
1- INTRODUÇÃO
O estudo: Avaliação da capacidade para o trabalho em trabalhadores da
indústria metalúrgica do sul do país, foi realizado com 460 trabalhadores na faixa
etária de 18 a 64 anos, residentes nas cidades de Caxias do Sul e Vacaria, RS. A
pesquisa buscou avaliar a capacidade para o trabalho de tais trabalhadores e
verificar a confiabilidade do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT), através do
método teste-reteste.
2- PREPARAÇÃO DO INSTRUMENTO
Os instrumentos de pesquisa foram construídos no período de abril de 2005 a
julho de 2005. De acordo com os objetivos do Projeto elaborou-se um questionário
padronizado, pré-codificado e pré-testado o qual incluía o Índice de Capacidade para
o Trabalho, já existente.
82
3- TREINAMENTO DO ESTUDANTE PARA AUXÍLIO NA APLICAÇÃO DOS
QUESTIONÁRIOS
Foi recrutado um estudante de graduação da Faculdade da Serra Gaúcha
para proceder no auxílio à pesquisadora na aplicação dos questionários. O aluno
recebeu orientações quanto à forma de preenchimento e a abordagem na aplicação
do questionário aos trabalhadores.
4- ESTUDO PILOTO
Nos dias 15 a 17 de agosto de 2005, foi realizado o estudo piloto numa
empresa metal-mecânica de Caxias do Sul, com 25 trabalhadores, sorteados
aleatoriamente. Esta amostra não foi incluída no estudo principal, devido às
alterações realizadas na forma de execução do instrumento. O piloto objetivou
qualificar e otimizar a forma de aplicação do instrumento, aprimorá-lo e testar a
logística.
Ao final, foram discutidas algumas dificuldades e falhas na aplicação do
instrumento. Foi determinado que o preenchimento ocorreria com a leitura e
acompanhamento da pesquisadora e/ou estudante, a fim de evitar erros de
compreensão por parte dos trabalhadores.
83
5- PERDAS E RECUSAS
As perdas e recusas foram verificadas a partir da relação nominal dos
funcionários de cada empresa onde se registrou os motivos das perdas e recusas. A
partir dessas observações calculou-se por empresa o percentual de exclusões,
perdas e recusas. Foram excluídos do estudo os trabalhadores afastados por motivo
de doença ou viagem e que não cumpriam os fatores de inclusão descritos no
projeto. Do total de trabalhadores (460), houve 19 exclusões e 11 perdas/recusas
por tanto o percentual de perdas/recusas ficou em 2,5% totalizando um N= 430
(97,5%).
A Tabela 1 apresenta a distribuição das empresas, número de trabalhadores
e perdas e recusas. Na fase reteste não houve perdas nem exclusões, portanto um
total de 153 trabalhadores responderam o questionário duas vezes (Empresas A e
B).
Tabela 1. Distribuição das perdas/ recusas e exclusões de acordo com a empresa.
Caxias do Sul e Vacaria, 2005.
Empresa Exclusões Total previsto Perdas/recusas Total observado
A 3 (15,8%) 97(100%) 0 (0%) 97(100%)
B 3(15,8%) 62(100%) 6( 9,7%) 56(90,3%)
C 12(63,1%) 133(100%) 4(3,1%) 129(96,9%)
D 1(5,2%) 149(100%) 1(0,67%) 148(99,3%)
Total
19(100%) 441(100%) 11 (2,5%) 430(97,5%)
84
6 - APLICAÇÃO DO ESTUDO PRINCIPAL
A pesquisa de campo teve início após o projeto de pesquisa ter sido
submetido à avaliação da banca de qualificação no dia 30 de agosto de 2005. A
primeira ação desenvolvida foi à sensibilização nas empresas estudadas aos
funcionários, através da distribuição de cartazes nos locais de maior circulação dos
trabalhadores nas empresas (refeitório, vestiário, banheiros, mural de informações)
no período que antecedeu as aplicações (Apêndice A). Foi igualmente feito o
encaminhamento de um comunicado às chefias, informando sobre a realização do
estudo e explicando a importância da participação dos interessados (Apêndice B).
Através das listagens nominais dos trabalhadores fornecidas pelo setor de
recursos humanos das empresas, teve inicio no mês de setembro a aplicação dos
questionários. Na empresa A, o estudo iniciou-se no dia 05/09/05, com a conclusão
da primeira fase ocorrendo no dia 09/09/05. No dia 12/09/05 iniciaram-se as
aplicações na empresa B e finalizaram-se no dia 15/09/05. Na empresa C a
sistemática ocorreu de forma distinta das outras empresas, onde os trabalhadores
foram liberados por setores para o preenchimento dos questionários no dia 18/10/05.
Na empresa D a aplicação ocorreu entre os dias 21/11/05 à 09/12/05.
A fase reteste foi realizada nas empresas A e B. Na empresa A o reteste
iniciou-se no dia 03/10/05 e encerrou-se dia 07/10/05. A fase reteste na empresa B
deu-se início no dia 10/10/05 e finalizou-se dia 13/10/05.
O projeto desta pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, RS.
85
7- ENTRADA E LIMPEZA DOS DADOS
A codificação foi realizada pela pesquisadora. Foram criadas codificações
para respostas não previstas. Esta codificação ficou registrada para posterior análise
e conferência. Para o Índice de Capacidade para o Trabalho foi construída uma
tabela de codificação como previsto no projeto. O questionário para a digitação foi
criado no programa Epi Info versão 6.0, com as devidas limitações para os valores
válidos nas respostas (Check) para evitar erros de digitação. A entrada de dados foi
realizada independentemente por dois digitadores.
A primeira entrada de digitação dos questionários iniciou no dia 19/12/05 por
apenas uma digitadora, e no dia 26/12/05 iniciou a segunda entrada de dados, com
outra digitadora. No dia 03/01/06 foi concluída a digitação do primeiro banco e no dia
07/01/06, o segundo. Entre os dias 08/01/06 e11/01/06 foi realizado a limpeza dos
dados e a transferência do banco de dados do sistema Epi Info versão 6.0 para o
SPSS versão 11.0. A limpeza dos dados consistiu no cruzamento das duas entradas
de dados, verificando-se os dados com diferença, para a seguir, efetuar-se a
correção.
8- ANÁLISE DOS DADOS
Antes de proceder à análise bivariada as opções de resposta foram
recodificadas baseadas nas freqüências obtidas. A variável ocupação foi agrupada
de acordo com características funcionais, para tal, foram considerados trabalhadores
de produção aqueles que executam tarefas inerentes ao processo de produção e
86
que demandam manuseio, locomoção, deslocamentos, cargas, descargas, auxiliar e
operar máquinas e outros trabalhos variados que necessitam de exigências físicas e
trabalhadores técnicos aqueles que desempenham funções de apoio nas áreas de
recursos humanos, administração, serviços gerais de escritório e área de engenharia
e que, portanto caracterizam-se por demandas mentais. A seguir a tabela com a
disposição das variáveis recodificadas (Tabela 2).
Tabela 2. Variáveis recodificadas. Caxias do Sul e Vacaria, RS. 2006.
Variável coletada Variável agrupada Critério de recodificação
Demográficas
Sexo
Feminino
Masculino
Idade
Contínua
Raça
Negra
Branca
Parda
Outra
Estado civil
Solteiro(a)
Casado(a)
Vive c/companheiro(a)
Seperado(a)/Divorciado(a)
Outro
Socioeconômicas
Escolaridade
Ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio/ curso técnico
completo
Curso superior completo/Pós –
graduação
Demográficas
Sexo
Masculino
Feminino
Idade
18-20 anos
21-30 anos
31-40 anos
41-50 anos
>= 51
Raça
Branca
Negra
Parda
Outra
Estado civil
Solteiro
Casado/Vive c/companheiro
Outro
Socioeconômicas
Escolaridade
Curso superior completo/Pós -
graduação
Ensino médio/ curso técnico
completo
Ensino fundamental completo
Ensino fundamental incompleto
___________
___________
___________
Agrupadas de acordo com a
distribuição da freqüência
__________
87
Continuação da Tabela 2. Variáveis recodificadas. Caxias do Sul e Vacaria, RS. 2006.
Faixa de renda individual
Contínuo
Ocupacionais
Ocupação
Nominal
Anos na ocupação
Contínua
Anos na empresa
Contínua
Posição de trabalho
Sentado
Em pé
Cargo de chefia
Sim
Não
Comportamentais
Atividade doméstica
Contínua
Atividade física
Contínua
Fumo
Não fuma
Ex-fumante
Fuma atualmente
Faixa de renda individual
>4 S
3-3,9
2-2,9
1-1,9
Ocupacionais
Ocupação
Departamento técnico
Produção
Anos na ocupação
<= 1 ano
2-4 anos
5-9 anos
>=10anos
Anos na empresa
0-1 anos
2-3 anos
4-5 anos
>= 6 anos
Posição de trabalho
Sentado
Em pé
Cargo de chefia
Sim
Não
Comportamentais
Atividade doméstica
Não realiza
1-3 horas
4-7 horas
8-30 horas
Atividade física
>= 4 horas
2-3 horas
1 hora
Não pratica
Fumo
Não fuma
Ex-fumante
Fuma atualmente
Faixa de renda
Agrupadas de acordo com
características funcionais
Quartil I
Quartil II
Quartil III
Quartil IV
_____________
_____________
____________
Quartil I
Quartil II
Quartil III
Quartil IV
____________
____________
88
Foi realizada uma análise bivariada com teste de qui-quadrado para descrever o Índice
de Capacidade para o Trabalho, quanto as variáveis, demográficas, socioeconômicas,
ocupacionais e comportamentais. Para tanto, os escores de cada ICT foram calculados a partir
das fórmulas existentes e posteriormente categorizados e dicotomizados segundo Tuomi,
1997c. As Razões de Prevalências (RP) e os Intervalos de Confiança (IC) das variáveis
estudadas foram calculados através do programa ‘Stata-7.0’. Devido ao fato de não terem sido
encontradas associações estatisticamente significativas entre o desfecho e as exposições não
foi realizado a análise multivariada dos dados. Em seguida foram realizadas as análises para
verificar a confiabilidade do instrumento conforme previsto no projeto.
9. ORÇAMENTO
Os custos para o desenvolvimento desta pesquisa, envolveram a utilização
de materiais e outros; conforme discriminação abaixo:
89
MATERIAL
QUANTIDADE
VALOR
EM R$ TOTAL (R$)
CUSTEIO:
LIVROS/ARTIGOS (MATERIAL BIBLIOGRÁFICO)
- - 650,00
COMPUTADOR
1 2.000,00 **
EPIINFO/SPSS/END NOT
1 - **
IMPRESSORA
1 300,00 **
CAPITAL:
CARTUCHO PARA IMPRESSORA
04 40,00 160,00
CD’s
10 1,50 15,00
FOLHAS A4
3000 16,00 96,00
TRANSPORTE
- 250,00 250,00
SERVIÇO DE TERCEIROS:
ENCADERNAÇÃO – ESPIRAL
20 5,00 100,00
XERÓX
5000 CÓPIAS 0,10 500,00
FORMATAÇÃO/ CORREÇÃO PORTUGUESA
100 4,00 400,00
TOTAL
2171,00
90
APÊNDICE A
CARTAZ PARA SENSIBILIZAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
Atenção Funcionário!!
-Participe da pesquisa em Saúde do Trabalhador,
respondendo o questionário sobre capacidade para
o trabalho.
-Preste atenção no dia em que sua chefia irá
solicitar que participe!!
-O preenchimento ocorrerá após o almoço na sala
de treinamento!
-Este questionário faz parte de uma pesquisa de
mestrado de uma fisioterapeuta, sendo que a chefia
não terá acesso a respostas individuais!
-Pedimos gentilmente a sua colaboração, pois poderá
ser um passo importante para a implantação de
programas de acompanhamento da capacidade para o
trabalho!!
Qualquer dúvida entre em contato com a pesquisadora
responsável-Alexandra Renosto-99989951
Agradecemos antecipadamente sua participação
91
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
APÊNDICE B
Informativo as Chefias da Empresa
Este estudo está sendo conduzido pela aluna Alexandra Renosto, e serve
como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva pelo
Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio
dos Sinos-UNISINOS, estando sob orientação do Prof. Marcos Pascoal Pattussi, Ph.
D.
Esta pesquisa tem por objetivo verificar a capacidade para o trabalho de
trabalhadores da indústria metalúrgica, através do Índice de Capacidade para o
Trabalho - ICT. O Índice leva em conta as demandas físicas e mentais e o estado de
saúde.
As informações servirão somente como referência, para que possamos avaliar
a capacidade para o trabalho de trabalhadores da indústria metalúrgica, e assim ser
utilizado para auxiliar as equipes de saúde ocupacional de nossa região a detectar
possíveis alterações na capacidade funcional, estabelecendo medidas ou condutas,
visando à manutenção da saúde do trabalhador.
Os funcionários podem aceitar ou não participar do estudo. Gostaríamos de
contar com sua colaboração informando os funcionários sobre o preenchimento e
92
devolução do questionário. O nome da empresa e a identificação do trabalhador
serão mantidos em sigilo pela pesquisadora. Qualquer dúvida, por favor, contatar
com Alexandra Renosto pelo telefone: (54) 9998-9951 Atenciosamente,
Alexandra Renosto
93
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