O NO é altamente reativo e reage com muitas macromoléculas e, também,
com o ânion superóxido (O
2
-
) (produto do sistema de redução do oxigênio), formando o
radical peroxinitrito (ONOO
-
), um oxidante potente que medeia alguns dos efeitos
citotóxicos do NO em locais de atividade fagocítica e inflamação, quando há biossíntese
excessiva (ABBAS et al., 2000). O NO aumenta a produção mitocondrial de espécies
reativas de oxigênio, esses radicais reagem entre si, podendo formar outros oxidantes com
capacidade para nitrar resíduos fenólicos de proteínas, como a enzima succinato
desidrogenase e conduzir à disfunção mitocondrial (PODEROSO et al., 1998).
A capacidade dos macrófagos ativados em liberarem mediadores tóxicos
consome grandes quantidades de energia e muitas vezes provocam dano tecidual, mas é
importante na defesa do hospedeiro porque lhe permite destruir grandes patógenos
extracelulares que não consegue ingerir. A estreita regulação da atividade dos macrófagos
pelas células Th1 possibilita a distribuição específica e efetiva desse potente meio de defesa
do hospedeiro, ao mesmo tempo em que minimiza a agressão tecidual e o consumo de
energia (JANEWAY et al., 2000).
A ativação dos macrófagos requer um sinal indutivo inicial a partir de
linfócitos T, identificado como IFN-γ que particularmente em combinação com a
interleucina-2 (IL-2) e/ou TNF-α, participam do mecanismo que desencadeia a produção de
NO. Por outro lado, o próprio NO atua como um inibidor da produção das citocinas
liberadas pelas células Th1 (TNF-α, IL-2, IL-12 e IFN-γ), ou seja, o NO é capaz de inibir a
sua própria produção, por interferir na liberação das citocinas que promovem a sua
produção. Efeito esse não observado sobre as células Th2 que liberam principalmente TGF-
β, IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, sugerindo que este mecanismo de regulação pode, em alguma