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FABIANO CARLOS MARSON
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO EFEITO DE DIFERENTES UNIDADES DE
ATIVAÇÃO SOBRE O CLAREAMENTO DENTAL
FLORIANÓPOLIS
2006
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FABIANO CARLOS MARSON
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO EFEITO DE DIFERENTES UNIDADES DE
ATIVAÇÃO SOBRE O CLAREAMENTO DENTAL
Tese apresentada ao Programa de Pós - Graduação em
Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina,
como requisito para a obtenção do título de Doutor em
Odontologia, área de concentração: Dentística.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Clóvis Cardoso Vieira
Co-orientador: Prof. Dr. Élito Araújo
FLORIANÓPOLIS
2006
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FABIANO CARLOS MARSON
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO EFEITO DE DIFERENTES UNIDADES DE
ATIVAÇÃO SOBRE O CLAREAMENTO DENTAL
Esta tese foi julgada adequada para obtenção do título de DOUTOR EM
ODONTOLOGIA - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DENTÍSTICA e aprovada em sua
forma final pelo programa de Pós-graduação em Odontologia.
Florianópolis, 20 de Julho de 2006.
_______________________________________________
Prof. Dr. Ricardo de Souza Vieira
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. Dr. Luiz Clóvis Cardoso Vieira
Orientador
_______________________________________________
Prof. Dr. Élito Araújo
Co-orientador
________________________________________________
Prof. Dr. Alessandro Dourado Loguércio
Membro
________________________________________________
Prof. Dr. José Vanderlei de Almeida
Membro
________________________________________________
Prof. Dr. Alfredo Meyer
Membro
4
AGRADECIMENTOS
A Deus, por demonstrar inúmeras vezes sua bondade, por me dar força, coragem, saúde,
e proteção.
Aos meus pais Estela Regina e Edmilson Marson, pela educação, princípios e valores
que sempre transmitiram aos filhos.
Aos meus irmãos, Fernando e Gustavo, pelo apoio e companheirismo.
Aos professores da Disciplina de Dentística Restauradora da Universidade Federal de
Santa Catarina, maiores responsáveis pela realização de mais esta etapa da minha vida
profissional. A eles, que não mediram esforços, incentivo, estímulo, conhecimento
técnico, o meu eterno agradecimento e a certeza de que estarão guardados na minha
memória indelevelmente.
Aos meus amigos e colegas de doutorado e irmãos Paula Carvalho, Renata Gondo, Isana
Álvares, Luis Sensi, Sérgio Souza, Fabiano Araújo, Saulo, Naudy, Claudia e Lizete, meus
profundos agradecimentos.
Aos meus irmãos Luis Guilherme Sensi e Sérgio Moraes de Souza por ter me ajudado a
elaborar o livro e ao Fabiano Araújo pela amizade e companherismo. Obrigado aos três,
por tudo que fizeram por mim.
As minhas amigas Isana Álvares, Paula Carvalho Cardoso e Renata Gondo muito
obrigado por tudo.
5
A Fernanda Pelissari, minha esposa, pelo apoio e compreensão, tornando possível
concretizar meu sonho em realidade.
Ao professor Luiz Clóvis Cardoso Vieira, por sua orientação segura e inteligente, pelas
palavras de apoio, por sua competência, grandeza e simpatia.
Ao professor Luis Narciso Baratieri pela confiança depositada, pelos conhecimentos
transmitidos e pelas sábias palavras nas horas precisas. Grande mestre, amigo, que com
compreensão e tolerância me fez crescer como profissional e cidadão, reforçando minha
convicção na área da odontologia. Muito obrigado pela confiança e oportunidade de
escrever o livro Restaurações Com Compósitos Em Dentes Posteriores,.
Ao professor Élito Araújo meus agradecimentos por ter valorizado e aperfeiçoado meus
conhecimentos nesta área da Odontologia, com perspectiva de um futuro melhor na
carreira profissional.
Aos alunos de graduação da 1ª, 2ª e 3ª fases do ano de 2005 da Universidade Federal de
Santa Catarina pelo apoio, foram de fundamental importância para a confecção desta
tese.
Aos funcionários da área de odontologia, onde criamos um elo de amizade. Obrigado
pela colaboração e em especial a Dona Léa, Ana e Richard.
Aos meus amigos da pós-graduação da UFSC César, Fernando, Fabio, Thiago, Renan e
o Leandro pela ajuda nos resultados.
6
Aos professores Sylvio Monteiro Junior e Mauro Amaral Caldeira de Andrade obrigado
por todos os ensinamentos passados, me fizeram crescer como pessoa e
profissionalmente.
A todos os que, de alguma maneira, compartilharam seu saber, explicito ou tácito, e
contribuíram para que eu seja o que sou e enxergue o mundo da forma como o vejo.
7
DEDICATÓRIA
AOS MEUS PAIS EDMILSON E ESTELA MARSON
São as pessoas fundamentais para a conclusão deste sonho, sempre me apoiando e
incentivando. Obrigado por estarem sempre ao meu lado, compartilhando todos os momentos
da minha vida. Vocês nunca terão a real idéia de quanto eu os amo, pois não tem como
quantificar e explicar esse amor, obrigado.
AOS MEUS IRMÃOS FERNANDO E GUSTAVO
Meus irmãos são os homens mais importantes da minha vida. Sempre me preocupo com eles,
mesmo estando longe, são maravilhosos. Amo vocês.
A MINHA NOIVA FERNANDA
É a mulher da minha vida, a pessoa que vai construir junto comigo uma família baseada em
muito amor e carinho. É guerreira, sincera, meiga, linda por dentro e por fora, companheira,
amiga, etc... Amo você.
AS MINHAS AVÓS, EM ESPECIAL A VÓ ODIVA
Amo demais essas mulheres de um coração que não tem fim, são o alicerce religioso de toda
uma geração. Vocês são muito importantes em minha formação e em minha vida.
8
MARSON, F. C. Avaliação clínica do efeito de diferentes unidades de
ativação sobre o clareamento dental. 2006. 132f. Tese (Doutorado na
área de concentração Dentística) Programa de Pós-graduação em
Odontologia, Universidade Federal de Santa Cataina, Florianópolis.
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar clinicamente a alteração de cor e sua
estabilidade, a sensibilidade dental e a irritação gengival em pacientes submetidos ao
clareamento dental, variando a técnica clareadora e o uso de fontes catalisadoras.
Selecionados 50 pacientes com critérios pré-estabelecidos, os quais foram divididos
aleatoriamente em 5 grupos (n=10): G1 - Peróxido de Carbamida (PC) a 10%; G2 -
Peróxido de Hidrogênio (PH) a 35%; G3 - PH a 35% + Luz Halógena Curing Light XL
3000 (3M/ESPE); G4 - PH a 35% + LED Demetron (Kerr) e G5 - PH a 35% + Led/Laser
(Bio-art). Para os grupos G2, G3, G4 e G5 foi realizado 2 sessões de clareamento com
PH a 35% (intervalo de 1 semana), com 3 aplicações do gel em cada sessão. O grupo G1
foi clareado com peróxido de carbamida a 10% (2 h/dia) durante 14 dias. Para avaliação
da cor obtida antes e após a e semana, mês e 6 meses do tratamento clareador
foi utilizado dois métodos de avaliação: Espectrofotômetro VITA Easyshade Vita-
Zahnfabrik, Alemanha) e Escala de cor da Vita Clássica (Vita-Zahnfabrik, Alemanha). A
hipótese de igualdade entre os grupos através dos testes de Anova e Teste de Tukey
HSD foi observada pelo Espectrofotômetro (p>0,999993) e Escala de cor (p>1,00000).
Concluímos que todos os agentes clareadores utilizados foram efetivos para o
clareamento dos dentes vitais. O tratamento clareador de dentes vitais através da técnica
no consultório com peróxido de hidrogênio a 35%, não melhorou com o uso de fontes
auxiliares.
Palavras-chave: Peróxido de Hidrogênio. Clareamento de dente. Cor. Medição da cor.
9
MARSON, F. C. A Clinical Evaluate of the different light source in the
dental bleaching. 2006. 132f. Tese (Doutorado na área de concentração
Dentística) - Programa de Pós-graduação em Odontologia, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
ABSTRACT
The purpose of this study was to evaluate color variations and stability as well as dental
and gingival sensitivity in patients submitted to different bleaching techniques and catalist
sourses. Fifty patients were selected according to a daily pay-satablished criteria and
divided in five groups (n=10): G1 10% Carbamide Peroxide (PC); G2 35% Hydrogen
Peroxide (PH); G3 35% PH + Halogen Curing Light XL 3000 (3M ESPE); G4 35% PH
+ LED Demetron (Kerr) and; G5 35% PH + Led/Laser (Bio-Art). For G2, G3, G4 and G5
groups 2 sessions of bleaching with 35% PH were carried out with an inteval of 1 week (3
applications of each gel per session). G1 was bleached with 10% Carbamide Peroxide
during 14 days (2 hours per day). Two methods of color evaluation were used before the
beginnig of the treatment and after the first and second week, as well as after the first and
sixth month. A VITA Easyshade spectrophotometer and a Vita Classic Shade Guide were
the methods used for color evaluation. ANOVA and Tukey’s test showed no statistical
differences between the groups with the spectrophotometry (p > 0,999993) and with the
shade guide (p > 1,00000). It could be concluded that all the techniques and bleaching
agents used are effective for dental bleaching. The tratament for dental bleaching through
the tecnique office wife hydrogen peroxide 35%, havent not worked out light source
Keywords: Hydrogen Peroxide, Tooth Bleaching. Color. Pain Measurement.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Aparelho VITAEasyshade................................................................................69
Figura 2 - Guia de silicone posicionada sobre a face vestibular dos dentes
anteriores superiores a serem mensurados........................................................70
Figura 3 - Posicionamento da ponta do aparelho VITAEasyshade sobre o dente...........70
Figura 4 - Sistema de cores CIEL* a* b*...........................................................................71
Figura 5 - Gel clareador peróxido de carbamida a 10% (Whiteness Perfect )..................72
Figura 6 - Gel clareador peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP MAXX)..............72
Figura 7 - Aparelho Curing Light XL 3000 (3M/ESPE) – luz halógena.............................72
Figura 8 - Aparelho LED Demetron (Kerrr Dental) – LED.................................................72
Figura 9 - Aparelho de LED Laser Bio Lux (Bio-Art) – LED associado a laser.................72
Figura 10 e 11 - Inserção da barreira gengival Top Dam (FGM).....................................77
Figura 12 - Inserção do gel clareador a base de peróxido de hidrogênio a 35%..............77
Figura 13 - Gel clareador aplicado em cada sessão clínica..............................................77
11
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Sensiblidade dental durante o tratamento clareador.....................................92
Quadro 2 - Irritação gengival durante o tratamento clareamento...................................93
Quadro 3 - Avaliação do tratamento clareador dos pacientes.........................................95
Quadro 4 - Levantamento do paciente quanto á indicação do tratamento clareador......95
12
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - ∆E em relação a avaliação instrumental ........................................................90
Gráfico 2 - ∆E em relação a avaliação visual através da escala de cor ..........................91
Gráfico 3 - Sensibilidade dental dos tratamentos clareadores.........................................93
Gráfico 4 - Irritação gengival dos tratamentos clareadores..............................................94
13
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Métodos de avaliação da cor e material utilizado.............................................67
Tabela 2 - Ficha para marcação da coloração dos dentes................................................68
Tabela 3 - Conversão dos valores da escala de cor..........................................................68
Tabela 4 - Ficha para marcação dos dados em L, C, e H.................................................71
Tabela 5 - Equipamentos utilizados para ativação do gel clareador..................................73
Tabela 6 - Divisão dos Grupos..........................................................................................73
Tabela 7 - Coleta dos dados.............................................................................................78
Tabela 8 - Questionário entregue aos pacientes após o término do tratamento............79
Tabela 9 - Avaliação da sensibilidade dental durante o tratamento clareador....….........79
Tabela 10 - Avaliação da irritação gengival durante o tratamento clareador.....................80
Tabela 11 - Estatística descritiva dos valores do L* inicial...............................................82
Tabela 12 - Estatística descritiva dos valores do a* inicial...............................................83
Tabela 13 - Estatística descritiva dos valores do b* inicial...............................................83
Tabela 14 - Estatística descritiva dos valores da cor média para escala de cor
antes do início do tratamento clareador...............................................................84
Tabela 15 - Amostra da coletas dos dados de 1 paciente dentre os 50 avaliados,
para obter aos valores de (L*, a* e b*)...............................................................86
Tabela 16 - Dados obtidos de (L*, a* e b*) média dos dentes........................................87
Tabela 17 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 1...............................................................123
Tabela 18 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 2...............................................................124
Tabela 19 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 3...............................................................126
Tabela 20 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 4...............................................................127
Tabela 21 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 5 ..............................................................129
Tabela 22 - Estatística descritiva dos valores de ∆E* fatores (Grupo e Tempo)
através do espectrofotômetro............................................................................131
14
Tabela 23 - Estatística descritiva dos valores ∆E* fator grupo........................................89
Tabela 24 - Estatística descritiva dos valores de ∆E* fatores (Grupo e Tempo)
através da escala de cor...................................................................................132
Tabela 25 - Teste de Tukey HSD para o fator Grupo (p=0,05).......................................91
15
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
a* - coordenada de cromaticidade a*
ANOVA - Análise de variância
b* - coordenada de cromaticidade b*
CIE - Comissão Internacional de I Eclairage
C* - valor
cos - coseno
H* - croma
h - hora
L* - coordenada de luminosidade
m - metros
min - minutos
PC - peróxido de carbamida
PH - peróxido de hidrogênio
PLA - grupo controle
s - segundos
∆a* - unidade de diferença de cor da coordenada de cromaticidade a*
∆b* - unidade de diferença de cor da coordenada de cromaticidade b*
∆C - unidade de diferença de cor da coordenada de cromaticidade c*
∆E - unidade de diferença de cor
∆L* - unidade de diferença de luminosidade
16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................17
2 REVISÃO DA LITERATURA
1
........................................................................................20
2.1 Efeitos do clareamento sobre o esmalte e dentina..................................................21
2.2 Efeitos do clareamento sobre os tecidos adjacentes...............................................33
2.3 Efeitos do clareamento sobre os materiais restauradores.......................................38
2.4 Efeitos do clareamento sobre a resistência adesiva dos materiais restauradores ..40
2.5 Trabalhos clínicos avaliando o clareamento dental .................................................47
2.6 Avaliação das unidades de ativação para o clareamento, técnica no consultório ...57
3 PROPOSIÇÃO.............................................................................................................62
4 MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................................64
4.1 Seleção dos voluntários...........................................................................................65
4.2 Procedimentos para avaliação da cor......................................................................66
4.2.1 Escala de cor - avaliação visual ........................................................................67
4.2.2 Avaliação com espectrofotômetro - avaliação instrumental ..............................68
4.3 Material clareador e fontes catalisadoras utilizadas ................................................72
4.4 Divisão dos grupos ..................................................................................................73
4.5 Confecção das moldeiras plásticas para uso do agente clareador (G1) .................74
4.6 Etapa Clínica ...........................................................................................................74
4.6.1 Regime clareador para o grupo G1...................................................................74
4.6.2 Regime clareador para os grupos G2, G3, G4 e G5.........................................75
4.6.3 Avaliação do tratamento clareador....................................................................78
4.6.4 Avaliação da sensibilidade dental e irritação gengival. .....................................79
5 RESULTADO...............................................................................................................81
5.1 Análise das cores iniciais para o espectrofotômetro (avaliação instrumental).........82
5.1.1 Análise de valores de L*....................................................................................82
5.1.2 Análise dos valores de a*..................................................................................83
5.1.3 Análise dos valores de b*..................................................................................83
5.2 Análise das cores iniciais - escala de cor (avaliação visual)....................................84
5.3 Análise dos resultados para o espectrofotômetro (avaliação instrumental).............85
5.4 Análise dos resultados - escala de cor (avaliação visual)........................................90
5.5 Sensibilidade Dental e Irritação Gengival................................................................92
5.6 Satisfação dos Pacientes ........................................................................................94
6 DISCUSSÃO..................................................................................................................96
REFERÊNCIAS
2
............................................................................................................108
ANEXO 1 ........................................................................................................................118
ANEXO 2 ........................................................................................................................119
ANEXO 3 ........................................................................................................................120
ANEXO 4 ........................................................................................................................123
ANEXO 5 ........................................................................................................................131
ANEXO 6 ........................................................................................................................132
17
1 INTRODUÇÃO
18
Nas últimas décadas, a área da odontologia voltada para a estética se
desenvolveu e inovou consideravelmente, uma vez que os pacientes procuram por
tratamentos relacionados a boa aparência dos dentes. Conseqüentemente, houve um
grande avanço tecnológico na área de materiais restauradores estéticos e adesivos, bem
como o surgimento e consagração de técnicas conservadoras como o clareamento
dental.
Dentes brancos e alinhados atualmente são fatores determinantes na estética
facial e contribuem para o bem estar pessoal e social. O clareamento dental é um dos
tratamentos odontológicos mais solicitados pelos pacientes a fim de melhorar a aparência
do sorriso. Sendo assim, cabe ao profssional conhecer e dominar os diferentes agentes
clareadores, métodos de ativação, técnicas e seus efeitos sobre a estrutura dental, para
que obtenha sucesso no tratamento (HAYWOOD, 1997). O procedimento consiste na
aplicação de produto clareador, na consistência de gel a base de peróxido de carbamida
ou peróxido de hidrogênio, que dependendo da técnica preconizada pode ser realizado
no consultório ou pelo próprio paciente (BARATIERI et al., 1995). A principal diferença
entre essas técnicas está na concentração do gel clareador e no tempo de uso. O
clareamento dental pela técnica caseira utiliza produtos com concentrações baixas, entre
10% a 16% de peróxido de carbamida, que corresponde à concentração entre 4% a 7%
de peróxido de hidrogênio em várias aplicações. Na técnica no consultório são utilizadas
concentrações mais altas, variando de 30% a 38% de peróxido de hidrogênio em poucas
aplicações (HAYWOOD E HEYMANN, 1991).
Desde o surgimento do clareamento dental em 1989 por Haywood e Heymann
vários trabalhos laboratoriais, in vitro e in situ, foram realizados para avaliar os efeitos
deste procedimento sobre a estrutura dental, comprovando que a técnica caseira e a de
19
consultório, não prejudicam os tecidos e as estruturas dentais (MC CRACKEN E
HAYWOOD, 1996; ARAÚJO JUNIOR, 2002; MAIA, 2002; JOINER; THAKKER; COOPER,
2004).
Embora o clareamento caseiro seja o mais indicado para o tratamento de dentes
vitais, alguns pacientes não se adaptam a técnica devido à utilização da moldeira plástica
e a espera de 2 a 3 semanas de tratamento para perceberem a alteração na coloração
dos dentes. Pacientes podem requerer procedimentos que produzam resultados
imediatos, ou seja, o clareamento dental pela técnica no consultório. Com o surgimento
da técnica de clareamento dental no consultório foi preconizada a associação de fontes
auxiliares de energia (Luz Halógena, Arco de plasma, LED, LED+Laser, Laser) com o
objetivo de acelerar a reação de oxi-redução do gel clareador (Zanin et al., 2003; Luk
TAM; HUBERT, 2004). Entretanto os resultados clínicos obtidos não são previsíveis em
relação à estabilidade da cor em longo prazo (ROSENSTIEL et al., 1991).
São lançados no mercado odontológico muitas fontes de luz com a finalidade de
potencializar o agente clareador na técnica no consultório, porém, não um consenso
na literatura científica da necesssidade do seu uso (PAPATHANASIOU et al., 2002; HEIN
et al., 2003). Devido ao surgimento de novas fontes catalisadores para a realização da
técnica no consultório, torna-se importante o estudo desse procedimento em relação a
sua eficácia, estabilidade de cor, sensibilidade e irritação gengival. Dessa forma, este
trabalho tem como objetivo avaliar clinicamente a alteração de cor e sua estabilidade,
após a técnica de clareamento dental, variando a cnica clareadora, o agente clareador
e o uso de fontes catalisadora.
20
2 REVISÃO DA LITERATURA
1
21
2.1 Efeitos do clareamento sobre o esmalte e dentina
Hunsaker; Christensen; Christensen (1990) avaliaram substâncias clareadoras
(Omni White and Brite; Denta Lite; Gly-Oxide; Proxigel; Rembrandt Lightern; Ultra Lite;
Peroxil) nas estruturas dentais e materiais restauradores (esmalte; dentina; liga de ouro;
amálgama; porcelana; restauração microfil; restauração macrofil). Utilizaram o regime de
clareamento de 2h, três vezes ao dia com tempo de 2 a 5 semanas de observação. Após
a avaliação, com microscopia eletrônica de varredura, os estudos demonstraram que não
existiam mudanças presentes na estrutura dental ou nos materiais restauradores
pesquisados e que os agentes clareadores utilizados na pesquisa foram efetivos
clinicamente.
Shannon et al. (1993) realizaram estudo, in vitro e in vivo, com o propósito de
avaliar os efeitos de três soluções de peróxido de carbamida a 10%, com valores de pH
diferentes, sobre a microdureza superficial do esmalte e sua morfologia. Foram utilizadas
72 superfícies de esmalte submetidas aos agentes clareadores e saliva artificial durante
15h por dia, num período de 2 a 4 semanas. Nas outras 9h os espécimes eram expostos
a saliva humana, in vivo. Os efeitos observados, em relação a microdureza na segunda
semana, não foram estatisticamente significantes, embora mais baixos em relação ao
grupo controle. Esta tendência, no entanto, não foi evidente na quarta semana de
tratamento. De acordo com os autores, o potencial de remineralização da saliva substituiu
os íons de cálcio e fosfato perdidos durante o tratamento clareador. Concluíram que a
desmineralização resultante da exposição ao peróxido de carbamida pode ser moderada
pelo efeito da saliva.
_________________________
1
Baseada na NBR 105020/2002 da ABNT
22
As avaliações ao microscópio eletrônico de varredura, entretanto, revelaram
alterações significantes na topografia do esmalte das superfícies tratadas por agentes
clareadores por 4 semanas, sendo que as maiores alterações foram observadas nas
soluções com baixo valor de pH.
McCracken e Haywood (1996) realizaram estudo, in vitro, com o objetivo de medir
a quantidade de perda de cálcio do esmalte quando exposto a solução de peróxido de
carbamida a 10%. O estudo foi conduzido com dentes humanos (3 incisivos, 2 pré-
molares e 4 molares) expostos a solução de peróxido de carbamida a 10%. Os autores
concluíram que os dentes expostos ao peróxido de carbamida a 10% perderam cálcio.
Entretanto, a quantidade de perda foi pequena e não tem significância clínica.
Compararam também a perda de lcio dos dentes expostos à bebida tipo cola, por
2,5min e concluíram que são similares a perda de cálcio dos dentes expostos ao agente
clareador. Os autores destacaram que o estudo não levou em conta o potencial
remineralizador do ambiente oral e que os riscos envolvidos são pequenos em relação
aos benefícios.
Haywood (1997) revisou a literatura sobre a técnica de clareamento noturno nos
dentes vitais. Ao abordar os efeitos adversos de clareamento, afirmou que qualquer
alteração superficial do esmalte não é pior que os efeitos decorrentes de certas bebidas e
alimentos. Em relação a microdureza do esmalte, afirmou que nenhuma alteração na
superfície do esmalte até a junção amelodentinária é provocada por soluções clareadoras
com pH neutro.
Attin et al. (1997) avaliaram a capacidade remineralizadora de diferentes
tratamentos de fluoretos sobre o esmalte dental clareado. Realizaram estudo, in vitro,
utilizando 60 incisivos bovinos extraídos. Após serem submetidos a quatro ciclos de
23
clareamento por 12h com peróxido de carbamida (Opalescence) e 8h de remineralização
em saliva artificial, as amostras foram distribuídas uniformemente em quatro grupos (A, B,
C e D). No grupo A, as amostras foram cobertas com verniz fluoretado (Duraphat
2,22%F), durante a primeira hora do período de remineralização. No grupo B, os
fragmentos de esmalte foram armazenados em solução de sódio (0,2%F), durante 1min
antes do período de remineralização. O grupo C não recebeu nenhum tratamento com
flúor e o grupo D (controle) foi armazenado em água destilada ao invés do tratamento
clareador. A microdureza foi avaliada antes dos experimentos e depois do e ciclo.
Os valores de microdureza decresceram significativamente, nos grupos A, B e C quando
comparados com o grupo controle D. As amostras clareadas e sem fluoretação do grupo
C, demonstraram perda de dureza significativamente maior do que as amostras
fluoretadas dos grupos A e B. De acordo com os resultados, os autores concluíram que a
remineralização do esmalte clareado foi melhorada pela aplicação dos fluoretos
concentrados.
Tames; Grando; Tames (1998) avaliaram as alterações do esmalte dental
humano, produzidas pelo clareamento dental após um ciclo de 28 períodos de exposição,
durante 12h, com intervalos de 20min em gel de peróxido de carbamida a 10%. Em
observação realizada em microscopia eletrônica de varredura, verificaram a existência de
nítidas alterações na superfície do esmalte e maior número de poros. O padrão das
alterações encontradas foi similar ao observado em lesões de erosão dental, sugerindo
um efeito erosivo do agente clareador estudado e, portanto, prejudicial ao esmalte dental.
Swift Jr. e Perdigão (1998) em estudo de revisão de literatura, relataram a ação
dos agentes clareadores sobre os dentes e materiais restauradores. A variedade de
substâncias presentes na composição dos diferentes materiais clareadores torna difícil à
24
extrapolação de qualquer material. Relataram ainda que, apesar das diferenças e dos
efeitos dos agentes clareadores sobre a estrutura dental, este tipo de tratamento deve ser
considerado no contexto de sua razão risco/benefício. Para muitos pacientes, os
benefícios do clareamento dental superam qualquer risco associado ao procedimento.
Blenkenau; Goldstein; Haywood (1999) relataram que não alteração da
superfície de esmalte, submetido ao clareamento dental, descartando a hipótese de que o
clareamento possa prejudicar a superfície do esmalte, desde que o gel seja o peróxido de
carbamida a 10%. A realização de procedimentos restauradores em dentes escurecidos
pode não obter os resultados estéticos desejados devendo ser precedidos pelo
clareamento dental. Concluíram que o uso crescente dos agentes clareadores à base de
peróxido de hidrogênio possui a aprovação da ADA. Recomendam aos profissionais que
realizem, antes do tratamento clareador, uma adequada anamnese, registrando a cor
inicial e obtendo a assinatura do paciente em documento explicativo do procedimento e
de seus riscos.
Hegedüs et al. (1999) avaliaram o efeito de 3 agentes clareadores a base de
peróxido, Opalescence, Nite White e solução de peróxido de hidrogênio a 30% sobre a
superfície de esmalte, analisado sobre microscópio de força atômica (AFM) 15 incisivos
humanos livres de cárie. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos com 5
dentes cada, de acordo com o agente clareador. A superfície vestibular foi analisada
antes e após o clareamento e cada agente clareador aplicado por 28h (4h de tratamento
individual). Concluíram que os agentes clareadores caseiros são capazes de causar
alterações na superfície do esmalte afetando a sua face orgânica. O aumento da
profundidade dos sulcos no esmalte, ou seja, a alteração morfológica ocorre em maior
número com a utilização de peróxido de hidrogênio a 30%.
25
Novais e Toledo (2000) analisaram em microscopia de luz polarizada as
alterações do esmalte dentário submetido à ação de agente clareador, peróxido de
carbamida a 10%, utilizado por 3 a 6 semanas. Foram selecionados 22 pré-molares,
divididos em dois grupos de 10 e 2 para o grupo controle. O primeiro grupo foi submetido
a 3 semanas de exposição ao agente clareador, sendo 21 períodos de 12h intercalados
por 12h de imersão em soro fisiológico. O segundo grupo foi exposto ao mesmo regime
clareador pelo dobro do tempo. As análises através de microscopia de luz polarizada
revelaram que não existiam alterações no grupo controle e no grupo de 3 semanas.
Porém o grupo de 6 semanas mostrou o esmalte atípico e sugestivo de alterações
estruturais.
Lopes et al. (2002) analisaram, em 30 molares humanos, os efeitos de 2 agentes
comerciais de clareamento caseiro: Opalescence 10% (Ultradent) e Hi-Lite II (Shofu) e
uma solução de peróxido de hidrogênio com carbopol a 3,3% e solução de uréia a 7%, na
microdureza e morfologia superficial do esmalte. Um grupo, submetido à ação de saliva
artificial, serviu como controle. Todos os espécimes foram mantidos, durante o intervalo
dos testes, em solução de saliva artificial procurando simular a situação clínica. Os
autores concluíram não existir efeitos adversos, em relação à morfologia e microdureza
do esmalte, quando da utilização dos agentes de clareamento Opalescence e Hi-Lite II. A
solução de peróxido de hidrogênio com carbopol a 3,3%, teve efeito negativo na dureza
superficial do esmalte. Os autores levantaram a possibilidade que a solução de saliva
artificial, onde os espécimes foram armazenados, promoveu algum grau de deposição
mineral.
26
Arcari et al. (2005) avaliou, in situ, a influência do tempo de utilização do agente
clareador sobre a microdureza superficial da dentina humana. O estudo foi conduzido
com 10 voluntários, utilizando blocos de dentina confeccionados a partir de terceiros
molares humanos extraídos, em suportes de acrílicos sendo utilizado o agente clareador
peróxido de carbamida a 10% (Nite White Excel 2Z, Discus Dental). A microdureza
superficial inicial foi medida previamente, cada voluntário utilizou nove blocos de dentina,
fixados a dispositivos intra-orais. Os nove blocos de dentina foram divididos em 3 grupos
para cada voluntário, sendo um grupo submetido à ação do agente clareador pelo tempo
de 1h/dia, outro por 7h/dia e o terceiro grupo como controle. O estudo foi conduzido por
21 dias, quando foram novamente realizadas medidas de microdureza superficial nos
blocos de dentina. O autor concluiu, através de análises estatísticas, que as diferenças
entre o grupo de 1h, controle e de 7h não foram significantes. Apesar de ter ocorrido
perda mineral nos grupos 1h e 7h, esta foi de apenas 3,1% e 5,4% respectivamente, o
que nos permite concluir que provavelmente estes valores não têm significado clínico.
Araújo Jr (2002) avaliou a influência, in situ, do tempo de utilização do agente
clareador sobre a microdureza superficial do esmalte humano. O estudo foi conduzido
com 10 voluntários, utilizando blocos de esmalte confeccionado a partir de terceiros
molares humanos extraídos, clareados com peróxido de carbamida a 10% (Nite White
Excel 2Z, Discus Dental). A microdureza superficial inicial foi previamente medida e, cada
voluntário utilizou nove blocos de esmalte fixados a dispositivos intra-orais. Os nove
blocos de esmalte foram divididos em 3 grupos para cada voluntário, sendo um grupo
submetido à ação do agente clareador pelo tempo de 1h/dia, o segundo grupo por 7h/dia
e o terceiro grupo permaneceu como controle somente sob atuação da saliva. O estudo
foi conduzido por 21 dias, quando foram novamente realizadas medidas de microdureza
superficial nos blocos de esmalte. O autor concluiu, através de análises estatísticas, que
27
ocorreu uma redução estatisticamente significativa nos valores de dureza para o esmalte
para os dois regimes clareadores, em relação ao grupo controle. Não ocorreu diferença
significativa entre os grupos submetidos ao regime clareador, grupo de 1h e o grupo de
7h. Porém, estes valores de diminuição de microdureza superficial provavelmente não
possuem significados clínicos.
Dezotti; Souza Júnior; Nishiyama (2002) investigaram a reabsorção cervical
externa da raiz, uma das desvantagens do procedimento clareador. Vários são os
mecanismos que podem ser responsáveis por desencadear esta reabsorção, dentre eles,
a ação química e física dos materiais utilizados, bem como a morfologia da junção
amelocementária. Este trabalho teve como objetivo observar uma possível via de
comunicação entre a câmara pulpar e a superfície externa da raiz, medindo o pH e a
infiltração de corante na dentina cervical após o procedimento clareador. Realizou-se o
tratamento endodôntico em 34 dentes incisivos permanentes. Os dentes foram divididos
em 3 grupos experimentais, de acordo com o nível do corte da obturação e selamento da
embocadura dos canais com cimento de ionômero de vidro. O clareamento foi realizado
usando perborato de sódio e peróxido de hidrogênio a 30%. As leituras do pH foram
realizadas após 30min, 24h, 48h e 72h do início do procedimento. A seguir, os dentes
foram imersos em fucsina básica a 0,5% por 24h para determinar possíveis diferenças na
permeabilidade da dentina cervical. Os resultados mostraram que o pH apresentou
tendência a se modificar quando o corte da obturação permaneceu na embocadura dos
canais. A permeabilidade dentinária aumentou nos 3 grupos experimentais, comparados
aos dentes do grupo controle. Estas diferenças podem sugerir uma via de comunicação
entre a câmara pulpar e a superfície externa da raiz.
28
Maia (2002) avaliou a influência na microdureza do esmalte de dois géis
clareadores à base de peróxido de carbamida a 10% e peróxido de hidrogênio a 7,5%.
Durante o preparo dos corpos-de-prova, os dentes extraídos foram mantidos em
ambiente com 100% de umidade, envoltos em gaze embebida em água deionizada. O
estudo foi conduzido, in situ, com todas as amostras sendo testadas previamente quanto
à sua dureza, e em seguida, foram posicionadas em dispositivo intra-oral e submetidas à
ação dos agentes clareadores, mantendo-se um grupo como controle. O experimento
teve duração de 21 dias, sendo o gel aplicado durante 1h/dia. Os resultados apontaram
que não houve diferença estatística entre os grupos controle, peróxido de carbamida a
10% e peróxido de hidrogênio a 7,5%. O autor concluiu que não houve alteração na
microdureza superficial do esmalte.
Rodrigues (2003) analisou, in situ, os efeitos da associação das técnicas de
consultório e caseira com peróxido de carbamida ou associados a um agente placebo
(carbopol 934P) sobre a microdureza do esmalte dental. Foram utilizados 88 espécimes,
posicionados nos molares maxilares de 44 voluntários. Estes realizaram a técnica de
clareamento caseiro por três semanas juntamente com três aplicações de consultório,
uma em cada semana, com o gel de acordo com o grupo aleatorizado: G1- tratamento de
consultório com peróxido de carbamida a 37%, e caseiro com peróxido de carbamida a
10%; G2- tratamento de consultório com peróxido de carbamida a 37%, e caseiro com
agente placebo; G3- tratamento de consultório com agente placebo, e caseiro com
peróxido de carbamida a 10%; G4- tratamento de consultório com agente placebo, e
caseiro com agente placebo. A análise de variância em parcelas subdivididas e o teste de
Tukey (α=0,05) demonstraram uma queda na microdureza do esmalte estatisticamente
significante, após o tratamento clareador para todos os grupos. Pôde-se concluir que as
29
técnicas de clareamento isoladas ou em associação assim como o agente placebo,
carbopol 934P, causaram redução na microdureza do esmalte dental humano.
Spalding; Taveira; Assis (2003) avaliando os efeitos dos agentes clareadores
caseiros e de consultório sobre a superfície do esmalte, utilizaram 12 dentes extraídos e
clareados com peróxido de hidrogênio a 35%. Observaram através de microscopia
eletrônica que o peróxido de hidrogênio a 35% aumentou os poros, o que não ocorreu
nas amostras de peróxido de carbamida a 10%.
Oliveira et al. (2003) avaliaram a microdureza, in vitro, do esmalte tratado com
peróxido de carbamida a 10% e 2 agentes dentifrícios dessensibilizantes em diferentes
tempos de clareamento. O agente clareador utilizado foi o peróxido de carbamida a 10%
(Rembrandt 10%) (REM). O agente placebo utilizado para o grupo controle (PLA). O
clareamento com agentes placebos foi aplicado nos fragmentos de esmalte humano por
8h ao dia, em seguida imersos por 5min em pasta de dentifrícios dessensibilizante:
Sensodyne (S) or Sensodyne Fluor (SF). A microdureza Knoop era mensurada e seu
desempenho anotado em diferentes tempos, 8h e em 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias.
Resultados na análise de variância e do teste de Tukey's não apresentaram diferença na
microdureza do esmalte com REM + SF e PLA + SF.
Joiner; Thakker; Cooperb (2004) avaliaram o efeito do peróxido de hidrogênio a
6% na microdureza do esmalte e dentina. Os espécimes foram observados no
microscópio eletrônico de varredura para comparação ao grupo controle. Os espécimes
em esmalte foram mensurados a microdureza Knoop (Buehler, Lake, Bluff, IL, USA). Os
espécimes em dentina foram mensurados a microdureza Vickers (Buehler, Lake Bluff, IL,
USA). Todos os espécimes sofreram cinco endentações. As morfologias das superfícies
30
foram analisadas através de microscópio ótico (Olympus AX70 Provis, Olympus UK Ltd,
London, UK) e também pelo microscópio eletrônico de varredura (SEM) (Cambridge
S360, Cambridge Scientific Instruments Ltd, Ely, Cambs, UK). Os autores concluíram que
o clareamento com peróxido de hidrogênio a 6%, não teve efeitos significantes sobre o
esmalte e a dentina.
Justino; Tames; Demarco (2004) avaliaram os efeitos do peróxido de carbamida a
10% na estrutura do esmalte humano, in vitro e in situ, utilizaram testes para avaliar a
microdureza, a perda de cálcio e a morfologia da superfície dentária, por 8h diárias
durante 14 dias. Após o clareamento os espécimes do grupo, in vitro, foram armazenados
em água deionizada e os espécimes do grupo, in situ, foram incluídos em dispositivo e
armazenados na cavidade oral de 4 voluntários. A perda de cálcio dos espécimes, in
vitro, foi de 2,5 vezes maior que na condição, in situ. Análise em MEV (Phillips XL 20 com
aumento de 600x e 2000x) demonstrou alterações nos espécimes, in vitro. Concluiram
que a saliva pode prevenir a desmineralização do esmalte clareado, pois os efeitos
adversos encontrados na situação, in vitro, não foram encontrados na situação, in situ.
Sulieman et al. (2004) qualificaram a penetração do peróxido de hidrogênio a
35% no esmalte e na dentina quanto à mudança da cor do dente. Foram utilizados 24
dentes, 12 espécimes foram clareados com peróxido de hidrogênio a 35% e ativado por
luz e 12 colocados na água. Três métodos diferentes da avaliação da cor (duas escalas
de cor e colorímetro) foram empregados antes e após o tratamento clareador. Concluíram
que o gel de peróxido de hidrogênio a 35% utilizado na técnica no consultório demonstrou
uma profundidade uniforme na dentina.
31
Esberard (2004) avaliou em microscopia eletrônica de varredura, a morfologia do
esmalte, da dentina e do cemento após o clareamento dental. Foram selecionados 45
dentes e seccionados ao meio, no sentido vestíbulo-lingual, obtendo 90 espécimes.
Foram submetidos às seguintes técnicas de clareação: Grupo I - clareação externa com
peróxido de carbamida 10% (Opalescence); Grupo II - clareação externa com peróxido de
hidrogênio 35% (Laser Peroxide); Grupo III - clareação externa com peróxido de
hidrogênio 35% (Opalescence Xtra); Grupo IV - clareação interna/externa com peróxido
de hidrogênio 35% (Lase Peroxide); Grupo V - clareação interna/externa com peróxido de
hidrogênio 35% (Opalescence Xtra) e Grupo VI - clareação interna com pasta de
perborato de sódio + peróxido de hidrogênio 30%. A análise microscópica mostrou que
ocorreram alterações no esmalte, no cemento e na dentina de todos os espécimes
clareados, porém, a junção amelocementária foi à parte mais afetada pelos agentes
clareadores estudados, os quais promoveram mudanças no padrão da junção,
aumentado a exposição da superfície dentinária e formando junções do tipo “gaps” ou
fenestradas, exibindo extensas áreas de cemento separado do esmalte, sem cemento
intermediário e com exposição dos túbulos dentinários. Os grupos I, III, V e VI
apresentaram resultados semelhantes após análise estatística, porém os grupos II e IV,
tiveram comportamento um pouco mais agressivo que os outros, mas não
estatísticamente significante.
Azevedo (2005) analisou o desgaste e a alteração de rugosidade
superficial do esmalte bovino submetido a três diferentes técnicas clareadoras e
escovação simulada. Foram preparados fragmentos de esmalte e realizado o tratamento
clareador em uma metade e outro serviu de controle. Os espécimes foram divididos em
quatro grupos (n=10); G1 - saliva artificial (controle); G2 - peróxido de hidrogênio (PH)
35% (Lase Peroxide, DMC Equipamentos ativo com luz híbrida [LED e Laser de Diodo]
32
Ultrablue IV [DMC Equipamentos]; G3 - PH 35% ativado com luz halógena Curing Light
(3M/ESPE); G4 - Peróxido de carbamida a 16% (PC) (Whiteness Perfect, FGM) por 2h
diárias durante 14 dias. Após o clareamento a rugosidade foi determinada e submetidos a
100.000 ciclos de escovação simulada. Após a escovação, houve diferenças significantes
entre o grupo controle e os demais grupos, em que o G4 apresentou aumento significante
da rugosidade em relação ao G2. O desgaste menor ocorreu no G1. As cnicas de
clareamento dental empregadas na superfície de esmalte bovino proporcionaram
aumento de rugosidade e do desgaste superficial, quando submetido à escovação
simulada.
Andrade (2005) avaliou o efeito da técnica de clareamento sobre o esmalte dental
humano, em função da concentração, do pH e do número de aplicações dos agentes
clareadores. Os produtos avaliados foram Excel 3 Day White 7,5% (Discus Dental), Excel
3 Day White 9,5%(Discus Dental), Pola Day 7,5% (SDI), Pola Day 9,5% (SDI), Vivastyle
10% (Ivoclar Vivadent) e Vivastle 16% (Ivoclar Vivadent). Concluiu que todos os
agentes clareadores utilizados ocasionaram perda do conteúdo mineral do esmalte dental
humano. A concentração do gel clareador com o mesmo valor de pH não influenciou na
quantidade dos elementos químicos perdidos. O pH dos agentes clareadores influenciou
na perda mineral do esmalte humano, sendo que os clareadores com pH ácido
resultaram em maiores perdas, quantidade semelhante quando o tratamento foi realizado
por condicionamento ácido por 15s. A perda do conteúdo mineral o foi influenciada
pelas repetidas aplicações dos agentes clareadores. As superfícies de esmalte
mostraram alterações de sua topografia original, irregularidades mais severas foram
notadas com a utilização de produtos clareadores com pH ácido. Em algumas áreas as
modificações se assemelharam às alterações causadas pelo condicionamento ácido.
33
2.2 Efeitos do clareamento sobre os tecidos adjacentes
Li (1998) revisou a literatura sobre a carcinogenecidade e a mutagenecidade dos
peróxidos. Concluiu que em baixas concentrações, 3% ou menos, não qualquer risco
desde que o paciente siga as recomendações do profissional e seja constantemente
monitorado pelo dentista. Relatou ainda o aval dos peróxidos de hidrogênio com
concentração igual ou inferior a 3%, como sendo seguros e aceitos na categoria 1 da
FDA, em 1997.
Leonard Jr. et al. (1999) fez revisão estatística sobre a longevidade e efeitos
colaterais em pacientes submetidos ao tratamento clareador caseiro, supervisionado.
Pacientes portadores de escurecimento dental, tendo como fator o uso de tetraciclina,
foram avaliados quanto ao tempo médio do clareamento. Estudos relativos à
concentração do agente clareador são abordados como não tendo relação com os
resultados finais do clareamento, sendo compensado pelo maior tempo de utilização dos
agentes com concentrações menores. A longevidade foi abordada na forma de satisfação
dos pacientes no decorrer do tempo após clareamento. Os efeitos colaterais, como
sensibilidade dental e irritação gengival, sozinhos ou em conjunto, podem atingir 2/3
terços dos pacientes, diminuindo após o tratamento. O autor concluiu que o processo
clareador foi positivo e que os efeitos colaterais são transitórios.
Haywood (1999) afirmou que todos os agentes clareadores aceitos pela American
Dental Association (ADA), são agentes baseados no peróxido de carbamida a 10%, e que
estes só foram aprovados após rigorosos testes, não provocando danos ao esmalte
dental. Alertou ainda para o fato de que os estudos que relatam danos ao esmalte, foram
conduzidos com concentrações acima de 10%, variando de 16% a 35% em peróxido de
34
carbamida, mas que por outro lado, estudos que demonstram que mesmo em
concentrações mais elevadas, o peróxido de carbamida não provocou alterações ao
esmalte, entretanto, o volume destas pesquisas é limitado. Declarou ainda que estudos
realizados com peróxido de hidrogênio a 35% e 50% apresentaram alterações no
esmalte, devendo ser considerado que seus efeitos não são visíveis clinicamente. O autor
ainda reconheceu que as avaliações realizadas em microscopia eletrônicas baseiam-se
principalmente no aspecto visual e não na quantificação das mudanças da superfície, até
porque se torna difícil avaliar a mesma área antes e depois o clareamento dental.
Ressaltou que são necessários estudos mais próximos à realidade, onde os corpos-de-
prova são submetidos aos efeitos da mastigação, bebidas e higiene bucal.
Leonard Jr. et al. (2000) realizaram estudo longitudinal para determinar a
estabilidade, e os efeitos colaterais após o tratamento clareador em um período de até 6
meses. Os pacientes possuíam os dentes manchados por tetraciclina e foram tratados
durante 6 meses com solução de peróxido de carbamida a 10%. Vinte e um pacientes
participaram do estudo e 15 deles completaram o regime de 6 meses de tratamento,
totalizando o tempo médio de 840 horas. As avaliações foram realizadas até 54 meses e
demonstrou que dentes manchados por tetraciclina, clareados com moldeiras durante a
noite, são clareados com sucesso utilizando um tempo de clareamento prolongado. Os
efeitos colaterais foram limitados com uma boa estabilidade de tonalidade, trazendo
satisfação aos pacientes.
Swift Jr; May; Wilderider (1999) procederam ao estudo, onde o objetivo maior foi
a realização do clareamento dental caseiro, com peróxido de carbamida a 10%, por 2
semanas, usando a moldeira com gel para dormir, aproximadamente 7h/dia, avaliando os
resultados obtidos imediatamente após o tratamento e, outra avaliação realizada 2 anos
35
mais tarde. Em nenhum dos pacientes acompanhados, houve a necessidade de realizar
novo clareamento neste período. Entretanto, observaram clinicamente um discreto
retorno do dente à cor original. Concluíram que o clareamento dental proporcionou
resultados verdadeiros e que perduram por no mínimo 2 anos.
Price; Sedarous; Hiltz (2000) realizaram estudo para medir o pH dos produtos
contendo agentes de clareamento. O contato destes agentes com estruturas intra-orais
durante horas, por vários dias, pode trazer conseqüências danosas. O controle do pH
destes produtos comerciais, com relativa neutralidade, pode minimizar os efeitos
colaterais. Em análise de agentes clareadores utilizados no consultório, em casa com
supervisão do profissional e os produtos de venda livre no balcão, apresentaram
diferentes índices de pH que alternaram de 3,67 (extremamente ácidos) até 11,13
(extremamente básicos). Em análise de 17 produtos de utilização caseira, com
supervisão profissional, encontraram um pH médio de 6,48. Os autores concluíram que
mais pesquisas são necessárias para estudarmos os efeitos adversos dos produtos com
baixo pH, como erosão e desmineralização do esmalte (sugeriram a adição de pequena
quantidade de lcio aos produtos), além dos efeitos como sensibilidade e injúrias aos
tecidos moles.
Baratieri et al. (2001) relataram que muitos dos tratamentos realizados na
odontologia apresentam riscos, desde uma simples aplicação tópica de flúor até uma
tradicional restauração de amálgama de prata. Entretanto, como estes riscos podem ser
minimizados ou controlados, a realização destes e de outros tratamentos não estão
contra-indicados, de tal modo que os procedimentos clareadores não podem ser contra-
indicados. Uma das formas para a minimização dos riscos está na confecção da
moldeira, que deve ser realizada com material plástico flexível. O recorte não deve
36
apresentar saliências ou rebarbas, não havendo inconveniência em recobrir o tecido
gengival por 1 ou 2mm. Os autores ainda recomendam a realização de alívios sobre as
superfícies a serem tratadas, evitando-se assim a desadaptação da moldeira e a
conseqüente fuga do material clareador.
Tam (2001) apresentou avaliação sobre os agentes clareadores de peróxido de
carbamida a 10%, que possuem em sua fórmula o nitrato de potássio e os fluoretos,
objetivando o controle do aumento da sensibilidade térmica. Esta sensação, apesar de
transitória, acomete cerca de 60% dos pacientes que se submetem ao tratamento. O
autor concluiu que o uso deste tipo de produto não afetou o poder clareador, mas reduziu
significativamente a sensibilidade nos clareamentos realizados durante 2 semanas, na
técnica caseira.
Ritter et al. (2002) verificaram a segurança do clareamento noturno com peróxido
de carbamida a 10%, em 30 pacientes, que realizaram o tratamento clareador em 6
semanas. Concluiram que 92% dos pacientes tiveram seus dentes clareados e que após
10 anos do tratamento 43% ainda percebem os dentes clareados.
Almas; Al-Harbi; Al-Gunaim (2003) avaliaram vários produtos utilizados para o
clareamento dental em relação a sensibilidade dental e irritação gengival. O propósito
desta investigação foi avaliar objetivamente o efeito do peróxido de carbamida a 10%
(Opalescence Utradent Inc, USA), em relação a saúde gengival e a quantidade de placa
durante o tratamento clareador caseiro. Foram selecionados 17 pacientes sendo 11
mulheres e 6 homens, com idade entre 15-30 anos (média 24 anos). Foi utilizado o gel
clareador por 3 semanas na cnica caseira. Concluíram que houve redução de
sangramento (1% - 37%, p < or = 0.003), na quantidade de placa (4% - 50%, p < or =
37
0.000) e na saúde gengival (2.5% - 34%, p < or = 0.002). Apenas 2 pacientes tiveram
hipersensibilidade e 9 irritação gengival.
Worschech (2004) verificou a rugosidade e a dureza do esmalte dental humano
exposto a 10% e 35% de peróxido de carbamida, em diferentes tempos e, submetido a
diferentes tratamentos de limpeza superficial: G1 - Não escovado; G2 - Escovado com
dentifrício abrasivo fluoretado; G3 - Escovado com dentifrício abrasivo o fluoretado; G4
- Escovado sem dentifrício. O clareamento foi feito na superfície do esmalte, durante 1h,
uma vez por semana, nos grupos em que o Peróxido de Carbamida a 35% foi aplicado e,
durante 6h, diariamente, nos grupos em que o Peróxido de Carbamida a 10% foi utilizado.
Os tratamentos clareadores foram realizados durante 4 semanas, associados aos
procedimentos de escovação, os quais eram executados, diariamente, durante 3 meses.
O Peróxido de Carbamida a 10%, de forma isolada, não alterou a dureza ou a rugosidade
do esmalte dental. O Peróxido de Carbamida a 10%, associado à escovação sem
dentifrício, não alterou os valores de rugosidade do esmalte dental e reduziu os valores
de microdureza superficial do esmalte dental. Escovação com dentifrícios abrasivos
fluoretado e não fluoretado, aumentaram os valores de microdureza e de rugosidade do
esmalte dental clareado através do Peróxido de Carbamida a 10% e, somente o grupo
escovado com flúor apresentou valores de dureza similares aos valores do controle, após
56 dias. O Peróxido de Carbamida a 35%, utilizado de forma isolada, reduziu os valores
de microdureza superficial do esmalte dental, entretanto, o alterou a rugosidade
superficial. O Peróxido de Carbamida a 35%, associado à escovação sem dentifrício,
reduziu os valores de microdureza superficial do esmalte dental e não alterou os valores
de rugosidade. Escovação com dentifrícios abrasivos fluoretado e não fluoretado
aumentaram os valores de microdureza e de rugosidade do esmalte dental clareado com
Peróxido de Carbamida a 35% .
38
Pugh et al. (2005) avaliaram os efeitos do peróxido de hidrogênio na microdureza
do esmalte, na penetração na polpa e na morfologia do esmalte. Utilizado o gel Colgate
para clareamento (peróxido de carbamida a 10%) que equivale ao peróxido de hidrogênio
3,5% foi comparado com duas novas formulações de peróxido de hidrogênio 7,0% e
12,0%. Os blocos do esmalte foram avaliados depois de 14 dias de tratamento. Após 7h
de clareamento, o peróxido de hidrogênio penetrou na câmara pulpar em 23,12 +/- 10,09,
24,58 +/- 6,90, e 26,39 +/- 5,43, o peróxido de hidrogênio a 3,5%, 7,0%, e 12,0%,
respectivamente. No que diz respeito à morfologia do esmalte e a penetração da polpa,
nenhuma diferença estatística significativa foi observada entre os grupos do tratamento.
Concluiram que o peróxido de hidrogênio não afeta adversamente a morfologia ou a
microdureza do esmalte.
Alkmin et al. (2005) verificou os efeitos, in vivo, dos agentes clareadores com
peróxido de carbamida a 10% (Platinum/Colgate) e peróxido de hidrogênio a 7,5% (Day
White 2Z/Discus Dental) em relação ao Streptococcus mutans durante o clareamento. Os
produtos foram aplicados em 30 voluntários que necessitavam de clareamento. Em cada
voluntário, um dos dois agentes clareadores foi utilizado em ambos os arcos dentais, por
1h/dia, durante três semanas. A análise das contagens bacterianas foi realizada
coletando a saliva antes (controle), durante 7 e 21 dias e após 14 dias de tratamento,
comparando os géis e os dias. Os agentes clareadores não mudaram a contagem dos
Streptococcus mutans na cavidade oral.
2.3 Efeitos do clareamento sobre os materiais restauradores
Robinson; Haywood; Myers (1997) avaliaram os efeitos de vários agentes de
clareamento, contendo peróxido de carbamida a 10%, na estabilidade de cor de materiais
39
restauradores provisórios. Foram fabricados 24 discos, de 12mm de diâmetro, os corpos-
de-prova foram submetidos à ação de cinco agentes clareadores, comparados a um
grupo controle. Os agentes clareadores foram: Nite White Classic (Discus Dental Inc.)
Opalecence Tooth Whitening Gel (Ultradent Products Inc.) Rembrand Lighten Bleaching
Gel (Den-Mat Co.) Platinum Professional Tooth Whitening System (Colgate Oral P. Inc.).
Após 14 dias de utilização dos agentes clareadores, os autores concluíram que
restaurações provisórias elaboradas com materiais que contenham metacrilato podem
ficar manchadas ou alaranjadas durante os procedimentos de clareamento dental,
utilizando o peróxido de carbamida a 10%. O composto bisacryl (Protemp II, ESPE
América) não sofreu alteração de cor em relação as soluções de clareamento utilizadas
neste estudo. Os autores salientaram que os pacientes deveriam ser alertados que,
restaurações provisórias podem ter a cor alterada durante os procedimentos clareadores
com peróxido de carbamida a 10%.
Turker e Biskin (2003) examinaram o efeito de 3 agentes clareadores a base de
peróxido de carbamida (Nite White, Opalescence e Rembrandt Lighten Gel) e o efeito nas
superfícies e propriedades de 3 materiais restauradores estéticos (Duceram, Fuji II LC e
Silux Plus). Concluíram que não houve diferença entre os agentes clareadores, na
microdureza da porcelana e resina composta antes e após a aplicação dos géis
clareadores, mais com o ionômero de vidro obteve significativas diferenças na superfície.
Canay e Cehreli (2003) compararam o efeito do peróxido de carbamida e
peróxido de hidrogênio, na coloração de resinas híbridas (3M Valux e Spectrum TPH),
resina compactáveis (Solitaire) e resina modificada por poliácido (Dyract AP e
Compoglass). Os autores concluíram que não houve diferença estatística entre os grupos
que utilizaram o peróxido de carbamida a 10% mais obteve diferença na coloração dos
40
grupos clareados com peróxido de hidrogênio a 10%. A alteração de cor ocorreu mais
facilmente nas resinas modificadas por poliácido, também chamado de compômero.
Cehreli; Yazici; Garcia-Godoy (2003) compararam o efeito de 2 géis clareadores
caseiros (Nite-White e Contrast PM) e a rugosidade de superfície e ionômero de vidro
(Fuji IX GP), 4 poliácidos modificados, resina composta (Dyract AP, F2000, Elan and
Compoglass F), 2 ionômeros de vidro modificados com resina (Vitremer and Fuji II LC) e
resina composta (Tetric e Valux) foram usados como grupo controle. A hipótese testada
foi: (1) que o uso do gel de clareamento não promove diferença nos valores de
microdureza destes materiais; (2) diferentes concentrações de gel de peróxido de
carbamida promovem diferentes rugosidades. Os espécimes foram expostos sobre o gel
de clareamento durante 15 dias por 8h/dia. Após o clareamento, foram avaliadas a
rugosidade das superfícies testadas. Diferentes valores de rugosidade foram obtidos,
dependendo do material a ser estudado.
Schemehorn; Gonzalez-Cabezas; Joiner (2004) avaliaram o efeito do peróxido de
hidrogênio a 6% sobre diferentes materiais restauradores, dentre eles: amálgama, resina
composta, porcelana e ouro e comprovaram através da análise com microscópio
eletrônico de varredura (SEM) que os materiais testados não tiveram diferenças.
Concluíram que não houve diferença no efeito do peróxido de hidrogênio a 6% na
morfologia das superfícies testadas.
2.4 Efeitos do clareamento sobre a resistência adesiva dos materiais restauradores
Haywood e Heymann (1991) publicaram revisão na qual avaliaram os efeitos do
peróxido de carbamida em tecidos duros e moles da boca. O efeito mais comum
41
encontrado no dente foi a sensibilidade dental. A capacidade de adesão ao esmalte,
reduzida inicialmente devido ao resíduo do oxigênio na superfície clareada, após 1
semana os valores de adesão voltaram ao normal. Em tecidos moles foi observado
irritação ou inflamação gengival no início do tratamento.
Bitter (1998) realizou estudo sobre a superfície do esmalte, após o clareamento
dental, realizado com peróxido de carbamida a 10%, avaliando o efeito sobre os prismas
de esmalte e sobre a camada de esmalte aprismático. Concluiu que em todos os
períodos avaliados imediatamente após o clareamento, 21, 30 e 90 dias após, houve
alteração. O autor relatou que há dissolução do esmalte aprismático e que, os prismas de
esmalte são mantidos. Assim tornou-se evidente a criação de uma superfície irregular
após os procedimentos do clareamento dental. O autor relatou que imeditamente após o
tratamento clareador o esmalte fica mais susceptível à penetração bacteriana e que o
paciente deve ser alertado sobre o potencial de alteração da superfície de esmalte.
Demarco et al. (1998) avaliaram a resistência de união, in vitro, utilizando 30
molares recém-extraídos, com a superfície vestibular de esmalte removida e a dentina
exposta. Trabalharam com 3 grupos: grupo controle; grupo submetido à exposição de
peróxido de hidrogênio a 30% por 1h; e outro grupo também exposto ao peróxido de
hidrogênio a 30% por 1h porém imersos em água destilada por 1 semana. Comprovaram
que os procedimentos adesivos realizados imediatamente após o clareamento reduzem
significativamente a resistência da força de adesão da dentina. Foram utilizados na
pesquisa o adesivo Optibond System (Sybron/ Kerr) e a resina fotoativada Herculite XRV
(Sybron/Kerr). Através de análises com microscópio eletrônico de varredura, observaram
a formação de um precipitado na superfície da dentina clareada, o qual não era
totalmente removido pelo condicionamento ácido. Porém a estocagem em água destilada
42
removia este precipitado sugerindo que “os efeitos do clareamento na resistência da força
de adesão à dentina podem requerer um maior tempo de espera para restaurações após
o tratamento clareador”. Relataram que o aumento da adesão após o armazenamento em
água destilada deu-se em função da extrema instabilidade do peróxido de hidrogênio.
Spyrides et al. (2000) compararam e quantificaram, in vitro, possíveis influências
na diminuição das forças de união à dentina, utilizando o sistema adesivo Single-Bond e
a resina Z-100 (3M/ESPE). Após a utilização de três agentes clareadores, peróxido de
hidrogênio 35%, peróxido de carbamida 10% e peróxido de carbamida 35%, aplicados
diretamente sobre a dentina exposta de dentes bovinos, in vitro. Os dentes foram
separados ao acaso e divididos em 4 grupos: controle; sem clareamento; peróxido de
hidrogênio a 35%, por 30min; peróxido de carbamida a 35%, por 30min; e peróxido de
carbamida a 10% por 6h. Foram utilizados testes de cisalhamento com a máquina Instron
na velocidade de 0,5mm/min. Após a aplicação de testes estatísticos os autores
sugeriram que ocorreu redução significante nos níveis de adesão sobre a dentina
previamente tratada com peróxidos, comparados ao grupo controle, mesmo após a
armazenagem dos espécimes por 7 dias. O peróxido de carbamida a 10% foi o que
apresentou os piores resultados, permanecendo com redução de 75% nos níveis de
adesão, mesmo após 7 dias.
Oliveira; Pacheco; Oshima (2001) avaliaram em pesquisa, in vitro, os efeitos do
peróxido de carbamida a 10% (Whiteness, FGM, Brasil) na resistência de união a tração
dos sistemas adesivos Single Bond (3M/ESPE) e Prime & Bond 2.1 (Dentsply) sobre o
esmalte. Utilizaram 4 grupos de 12 pré-molares humanos, 2 submetidos ao regime de
clareamento de 6h/dia durante 1 semana e 2 mantidos como controle, sem clareamento.
Os autores concluíram que houve diminuição estatísticamente significativa nos valores de
43
resistência à tração para os grupos clareados com peróxido de carbamida a 10%.
Contrariando outros autores, afirmaram que não houve diferença estatísticamente
significante para o tipo de solvente do sistema adesivo utilizado.
Schubert (2002) nesse estudo, in situ, teve por objetivo observar as possíveis
modificações provocadas pelo clareamento dental, a base de peróxido de carbamida a
10%, sobre o esmalte dental humano, na força de adesão de adesivo dentinário
monocomponente. Os 64 corpos-de-prova foram obtidos a partir de terceiros molares. O
conjunto experimental foi mantido na boca durante todo o período experimental de 21
dias, sendo exposto ao agente clareador durante 3h diariamente. Ao término do período
experimental, os corpos-de-prova, controle e teste, permaneceram em repouso por 24h
antes de iníciar o procedimento adesivo. Os resultados, após análise estatística,
demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos
testados. Concluiu que, o clareamento dental com gel de peróxido de carbamida a 10%,
seguido de repouso por 24h, não promove alteração quando submetido a procedimento
de adesão com adesivos monocomponentes sendo o solvente a acetona.
Elkhatib et al. (2003) compararam a resistência adesiva da superfície de dentina
utilizando sistemas autocondicionates e o pH da superfície de dentina com o
clareamento, observando a morfologia da dentina clareada tratada com os primers
autocondicionantes. As superfícies foram clareadas com peróxido de hidrogênio a 30%,
perborato de sódio com umidade de 100% e temperatura de 37ºC por 1 semana. O
sistema autocondicionante (Clearfil SE Bond) foi aplicado na dentina clareada seguindo
as instruções do fabricante. Após serem estocados por 24h, os espécimes aderidos foram
preparados para o teste de microtração. A resistência adesiva a microtração dos
espécimes lavados por 5s, 15s e 30s após o clareamento, foram mais baixos em relação
44
ao grupo controle (p<0,05). Porém, após 1 semana estocada em água, a resistência
adesiva retornava a valores semelhantes ao grupo controle. A aplicação do agente
clareador aumentou o pH das superfícies de dentina e diminuiu a força adesiva dos
sistemas self-etching primer/adhesive. Após o clareamento e estocados durante 1
semana, os valores de pH retornavam aos valores iniciais de resistência adesiva a
microtração na dentina.
Cavalli; Giannini; Carvalho (2004) concluíram através de estudo que o tratamento
clareador com o agente peróxido de carbamida, promove significativos efeitos na
resistência adesiva entre o esmalte clareado e o compósito. Avaliaram os efeitos do
tratamento clareador, com diferentes concentrações de peróxidos de carbamida e
diferentes tempos da restauração entre resina composta e o substrato esmalte, após o
tratamento clareador. Após 2 semanas do clareamento, os valores de resistência adesiva
retornaram a valores próximos ao do grupo controle.
Haywood e Pohjola (2004) descrevem que o clareamento dental pela técnica
caseira é um procedimento com enorme sucesso para os pacientes. Entretanto, para os
casos de manchas por tetraciclina apresentam problema, quando mais severos, muitas
vezes há necessidade de associação do clareamento com procedimentos adesivos,
tornando o procedimento conservador, de baixo custo e com grande vantagem estética.
Machado (2004) analisou a influência do tempo de espera sobre a adaptação e
capacidade de penetração de materiais resinosos sobre o esmalte dental, submetido ao
tratamento através de dois diferentes agentes clareadores: Peróxido de Carbamida 16%
(Clarigel Gold-Dentsply) e Peróxido de Hidrogênio 38% (Opalescence X-tra Boost-
Ultradent). Foram utilizados 48 pré-molares divididos em 2 grupos, cada grupo
45
subdividido em 4 sub-grupos; restauração imediata, 7, 14 e 30 dias. Avaliando os
resultados, houve diferença estatisticamente significante para o fator tempo de espera
utilizados para execução das restaurações adesivas após o clareamento. Os melhores
resultados foram obtidos quando o tempo de espera foi a partir do dia, o tempo de
espera imediato apresentou os piores resultados. O tempo de espera compromete os
procedimentos adesivos realizados após o tratamento clareador, sendo necessário um
período de pelo menos 7 dias para a realização.
Santos (2004) avaliou a força de adesão de sistemas adesivos sobre a superfície
de esmalte bovino submetidas previamente, ou não, a tratamento clareador com gel a
base de peróxido de carbamida (Opalescence PF) em diferentes concentrações (10%,
15% e 20%), através do teste de microcisalhamento. Os grupos foram divididos: G1 -
Single Bond (SB) +Z250 (RC); G2 - Clearfil SE Bond (CF) +Z250; G3 - Opalescence PF
(Op) 10%+SB+RC 12h após o clareamento; G4 - Op 15%+SB+RC; G5 - Op 20%+
SB+RC; G6 - Op 10%+CF+RC 12h após o término; G7 - Op 15%+CF+RC 12h após o
término; G8 - Op 20%+CF+RC 12h após o término; G9 - Op 10%SB+RC 1 semana após;
G10 - Op 15%+SB+RC 1 semana após; G11 - Op 20%+SB+RC 1 semana após; G12 -
Op10%+CF+RC 1 semana após; G13 - Op 15%+CF+RC 1 semana após; G14 - Op 20%
CF+RC 1 semana após. Os resultados obtidos mostraram que as médias de adesão dos
grupos 3, 4, 5, 7 e 8 foram estatisticamente menores. Os cilindros de resina
confeccionados após uma semana, G9, G10, G11, G12, G13 e G14, foram semelhante
ao grupo controle. A concentração do gel clareador não influenciou e sim o tempo de
espera para a adesão.
Basting; Freitas; Pimenta (2004) analisaram a resistência ao cisalhamento da
dentina, submetida ao tratamento com dois agentes clareadores contendo peróxido de
46
carbamida a 10% depois de 15 dias de clareamento e armazenagem em saliva artificial.
Fragmentos de dentina foram aleatoriamente distribuídos em 3 grupos (n = 20) para
receber o tratamento com dois diferentes agentes clareadores (Rembrandt a 10% ou
Opalescence a 10%) ou com agente placebo, aplicados na superfície dental por 8h
diárias. No restante do tempo, os espécimes permaneceram imersos em saliva artificial.
Após o tratamento, por 42 dias, os fragmentos foram armazenados em saliva artificial por
14 dias. Outro grupo (n = 20) somente recebeu a aplicação de água destilada e
deionizada por 56 dias. O sistema adesivo e a resina composta microhíbrida foi utilizada
para o preparo dos corpos-de-prova para o teste de cisalhamento. Após os ensaios, a
superfície foi examinada visualmente com estereoscópio aumentado em 30 vezes. A
análise de variância (ANOVA) e o teste SIDAK mostraram que a dentina tratada com
Opalescence a 10% apresentou maiores valores de resistência ao cisalhamento do que a
tratada com o Rembrandt a 10% ou com o agente placebo. Os grupos tratados com
Rembrandt a 10%, Opalescence a 10% ou agente placebo, não diferiram do grupo que
recebeu somente o tratamento com água destilada e deionizada. Agentes clareadores,
contendo peróxido de carbamida a 10% ou agente placebo não alteraram a resistência ao
cisalhamento da dentina após 15 dias de imersão em saliva artificial.
Legramandi (2005) avaliou a resistência adesiva da dentina submetido a técnica
de clareamento dental, com peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP), utilizando
sistemas adesivos convencionais como o solvente acetona (prime e Bond NT) ou água e
etanol (Single Bond) e do autocondicionante (Clearfill Se Bond). Concluiu que após 7 dias
do clareamento, os valores de resistência adesiva à dentina humana retornaram aos
valores do grupo controle.
47
2.5 Trabalhos clínicos avaliando o clareamento dental
Haywood e Heymann (1989) idealizaram a técnica de clareamento caseiro,
inicialmente descrita por Willian Klusmier e Jerry Wargener, em 1960. A técnica é
realizada pelo paciente, em casa, através da utilização de moldeira previamente
confeccionada, contendo agente claredor em baixa concentração, durante um tempo
diário estabelecido pelo profisisonal, diminuindo o tempo clínico de consultório.
Rosenstiel et al. (1991) avaliaram a mudança de cor promovida pelo clareamento
com peróxido de hidrogênio a 35%. Depois de 6 tratamentos clareadores, o grau de
clareamento obtido foi pequeno. Os autores observaram que, após 7 dias, houve grande
regressão da cor obtida.
Matis et al. (1999) determinaram o grau de degradação das soluções clareadoras
a base de peróxido de carbamida a 10%. O estudo foi conduzido, in vivo, avaliando a
concentração ativa da solução clareadora em vários locais, em intervalos de tempo
variáveis. Após a utilização das moldeiras, três amostras foram coletadas de cada
paciente, o gel remanescente na moldeira, o gel aderido aos dentes e o gel aderido ao
reservatório do dente 11. As avaliações foram conduzidas com intervalos de tempo de
15s, 1h, 2h, 4h, 6h e 10h após as aplicações. Os autores concluíram que mesmo após
10h de utilização ainda havia gel clareador ativo, porém em quantidade muito pequena.
Após 2h, mais de 50% do gel é ativo, porém depois de 10h somente 10%. A degradação
foi mais acelerada durante a primeira hora.
Tam et al. (1999) observou clinicamente três marcas comerciais de peróxido de
carbamida a 10%. Foram utilizados por 24 pacientes, num protocolo noturno de 2
48
semanas. O princípio de branquear os dentes era de 2,4 ± 1,7dia. A sensibilidade dental
foi o efeito colateral mais freqüente em 64% dos pacientes. o houve diferença
estatística em relação ao clareamento dos dentes, a freqüência e duração da
sensibilidade.
Nierdeman et al. (2000) reallizou uma meta análise dos dados clínicos publicados
sobre clareamento dental. Estudos clínicos (1989-1999) foram avaliados e indicaram que
o clareamento promove alteração de cor entre 4 a 6 unidades em relação a escala de cor.
A marca do agente clareador teve efeito significativo no clareamento, mas o tempo diário
de utilização do agente clareador não houve diferença. O clareamento é mantido por 6
meses para 50% dos pacientes tratados. Não ocorreu índice de problema gengival ou de
placa afetada pelo tratamento.
Watts e Addy (2001) revisaram a literatura sobre os ítens que envolvem a tomada
de cor. Concluíram que a escolha de cor depende de vários fatores, sendo necessário o
conhecimento sobre a causa da alteração de cor, para traçar o plano de tratamento. Em
alguns casos, o mecanismo da alteração da cor (diagnóstico) está intimamente ligado ao
sucesso do tratamento.
Papathanasiou; Bardwell; Kugel (2001) avaliaram a efetividade de agente
clareador para consultório, à base de peróxido de hidrogênio a 15%, em função do tempo
de aplicação 30, 45 e 60min, associado a agente à base de peróxido de carbamida a
10%, utilizado na técnica caseira. Foram selecionados os pacientes com dentes com
escurecimento acima da cor A3 (escala Vita), receberam uma aplicação do gel clareador
no consultório de acordo com o tempo em estudo. Em seguida, receberam moldeiras
individuais e realizaram o clareamento caseiro por 8 dias. Os resultados demonstraram
49
que nem todos os dentes foram clareados no período do estudo, sendo necessários mais
dias de tratamento, 50% dos pacientes relataram aumento de sensibilidade. Não houve
diferenças estatísticas entre a aplicação do peróxido de hidrogênio nos diferentes
tempos.
Gallagher et al. (2002) comparou dois sistemas clareadores o Discus Dental
Zoom! Chairside Sistema (peróxido de hidrogênio a 25%) e Opalescence Xtra Boost
(peróxido de hidrogênio a 38%), usando a escala de cor Vita e colorímetro. Todos os
pacientes utilizaram o creme dental Crest Regular e escova oral-B 40, durante a
pesquisa. Todos os sistemas avaliados clarearam os dentes, não houve diferença em
relação à sensibilidade dental e o grau de clareamento.
Papathanasiou et al. (2002) analisaram a eficiência da utilização ou não de fonte
ativadora, para o clareamento com peróxido de hidrogênio a 35% (clareamento no
consultório). Foram selecionados 20 pacientes com critérios pré-estabelecidos. No grupo
1 foi utilizada a luz halógena para ativar o gel de peróxido de hidrogênio. No grupo 2 não
foi utilizada luz adicional. Todos os pacientes retornaram após 24h ao clareamento, para
avalição da cor. Através dos resultados os autores concluíram que não houve diferença
estatística na utilização ou não de fonte ativadora.
Matis et al. (2002a) avaliaram a confecção ou não do reservatório na moldeira de
clareamento na técnica caseira, o grau de mudança da cor dos dentes e da sensibilidade,
associados ao agente clareador peróxido de carbamida de 15%, por 2h no período de 14
dias. Os pacientes retornaram em 1, 2, 3, 6 e 12 semanas. As alterações da cor foram
avaliadas por fotografia digital e colorímetro. Os dados do colorímetro mostraram que os
dentes clareados com o reservatório eram mais claros que os dentes sem reservatórios.
50
Entretanto, visualmente e através da fotografia não apresentam nenhuma diferença
significativa, entre os dentes clareados com e sem os reservatórios, além de não
apresentarem diferença significativa em relação á sensibilidade gengival.
Matis (2002b) determinaram a degradação de 9 agentes clareadores com
concentrações diferentes entre 10% e 22%, após 2h, in vivo, seguindo as recomendações
dos fabricantes. O estudo mostrou que o total do peróxido de carbamida recuperado, era
significativamente mais elevado para os produtos do opalescence (47% a 54%)
comparados ao Nite White Excel 2 (22% a 25%) e do Rembrandt (15% a 16%).
Zekonis et al. (2003) comparou dois tratamentos clareadores: técnica caseira
(peróxido de carbamida a 10%) e técnica no consultório (peróxido de hidrogênio a 35%)
avaliando o grau de mudança da cor dos dentes e a sensibilidade dental. O grau de
mudança da cor foi avaliado usando o colorímetro, escala de cor e fotografia por “slide”.
A coloração dos dentes e a sensibilidade dos dentes foram avaliados diariamente durante
3 semanas (2 semanas durante o procedimento e 1 semana após o clareamento). O
tratamento caseiro ocorreu durante 14 dias, comparado ao tratamento de clareamento no
consultório por 60min (2 aplicações, cada uma com três aplicações de 10min). O
tratamento caseiro promoveu dentes significativamente mais claros do que o tratamento
no consultório, durante todos os períodos de avaliação, nos 3 métodos avaliados. Houve
maior sensibilidade gengival na técnica caseira na semana, estatisticamente
significante. Para a sensibilidade dental não houve nenhuma diferença significativa entre
os tratamentos. Entre os métodos de avaliação, o tratamento caseiro foi 84% mais eficaz,
em 16% não teve diferença. Não houve relato de que o tratamento no consultório foi
superior ao clareamento caseiro. A análise quantitativa utilizando colorímetro confirmou
51
os resultados, concluindo que a técnica caseira é mais efetiva que a de consultório,
quando utilizadas isoladamente.
Al Shethri et al. (2003) avaliaram dois agentes clareadores utilizados na técnica
no consultório StarBrite (peróxido de hidrogênio a 35%) e Opalescence Xtra Boost
(peróxido de hidrogênio a 38%), verificando a coloração, irritação gengival e
sensibilidade dental. Para avaliação foi utilizado o colorímetro, escala de cor e fotografia
durante 3 semanas. Não houve diferença estatística entre os produtos clareadores em
relação aos três métodos de avaliação, bem como em relação a sensibilidade dental e
irritação gengival.
Leonard Jr et al. (2004) o propósito deste estudo foi de verificar a variação da
sensibilidade dental do agente clareador caseiro, com adição ou não de
dessensibilizantes na sua formulação (3% de nitrato de potássio e 0,11% de fluoreto de
peso) utilizado na técnica noturna. Os participantes foram analisados durante 1 semana.
Os autores concluíram que o uso do nitrato de potássio a 3% e 0,11% de fluoreto,
associado ao agente clareador, diminuiu a sensibilidade dental quando comparado ao gel
sem dessensibilizante.
Fugaro et al. (2004) analisaram as mudanças histológicas na polpa dental após o
clareamento dental com peróxido de carbamida a 10%. Pacientes entre 12 e 26 anos de
idade, com os primeiros pré-molares livres de cárie e programados para a extração
ortodôntica, foram clareados com o opalescence a 10% (produtos de Ultradent, Inc). Os
dentes utilizados nesta pesquisa foram extraídos na mesma época. Imediatamente a
extração, as amostras foram preparadas para a avaliação histológica no Instituto
Escandinavo de Materiais Dentários e examinados microscopicamente. As reações da
52
polpa foram classificadas como nenhum, pouco, moderado e severo. As mudanças
pulpares ligeiras foram detectadas em 16 dos 45 dentes avaliados nesta pesquisa. As
reações moderadas e severas o foram observadas. Os resultados indicam que as
mudanças histológicas, podem ser observadas às vezes após o clareamento, e tendem a
desaparecer após 2 semanas do clareamento. As diferenças estatísticas existiram
somente entre o grupo controle (não clareador) e os grupos 4 dias (p=0.0109), após 2
semanas (p=0.0045). Os resultados demonstraram que os procedimentos de clareamento
dental, que utilizaram o peróxido de carbamida a 10%, podem causar reações suaves,
inicialmente na polpa. Entretanto, as mudanças histológicas, quando presentes, não
afetaram a saúde do tecido dental.
Wetter et al. (2004a) avaliou a eficiência de dois géis clareadores utilizado na
técnica no consultório, Opalescence Xtra e o Opus White, analisando a mudança de cor e
o aumento de temperatura dentro da câmara pulpar. Comparou a eficiência do uso do
Arco de Plasma e Diodo Laser para potencializar os agentes clareadores. A mudança de
cor foi avaliada e medida a temperatura dentro da cavidade pulpar. A alteração de cor foi
avaliada com espectrofotômetro CIE L* a* b*. Nenhuma diferença estatística significativa
foi obtida entre os grupos irradiados. O aumento de temperatura foi de a 4°C quando
utilizada a lâmpada de Arco de Plasma, 2 - 8°C e 4 - 12°C, com o Laser de Diodo em
0,9W e 2W, respectivamente. Os resultados deste estudo sugerem que o Opalescence
Extra e Opus White são eficientes no clareamento dental e que o uso do Laser de Diodo
aumentou a temperatura do dente.
Deliperi; Bardwell; Papathanasiou (2004) avaliaram clinicamente o clareamento
dental pela técnica no consultório, através de 10 pacientes que se submeteram ao
clareamento com peróxido de hidrogênio a 35% (G1), aplicado por 30min; o grupo (G2)
53
através do peróxido de hidrogênio a 38%, aplicado por 30min. Após o clareamento de
consultório foi aplicado a técnica caseira por 60min durante 3 dias consecutivos. o
houve diferença significativa entre os grupos. Concluiram que a associação da técnica
caseira com peróxido de carbamida a 10%, resultou em melhor clareamento, reduziu o
tempo de tratamento, diminuiu a irritação gengival e a sensibilidade, melhorando a
satisfação do paciente.
Matis et al. (2005) verificaram o clareamento, sensibilidade dental e a irritação
gengival utilizando os agentes clareadores Ranir Whitening Wraps (WW1), Ranir
Whitening Wraps (WW2) e o gel clareador Crest Whitestrips Premium (WP2). As
avaliações da cor ocorreram antes e após o tratamento clareador. Os três produtos
clarearam significativamente os dentes. WW2 clareou mais do que WP2 e WW1 em L *, a
*, em b *, em E, em valor de escala de cor WP2 clareou mais do que WW1 em a *, b *,
em E. Não houve nenhuma diferença em relação a sensibilidade dental, mas WW1 e
WP2 causaram menor sensibilidade gengival em relação ao WW2.
Marson et al. (2005) avaliaram clinicamente a alteração de cor, a sensibilidade
dental e a irritação gengival em pacientes submetidos ao clareamento dental através da
técnica caseira. Foram selecionados 40 pacientes, com critérios pré-estabelecidos: idade
de 18 a 28 anos, dentes anteriores com vitalidade, livres de cáries e de restaurações, boa
higiene oral, ausência de doença periodontal, não fumante e sem sintomatologia
dolorosa. Os 40 pacientes foram submetidos ao tratamento clareador de forma aleatória
(por sorteio): O grupo I - Peróxido de carbamida a 10% (Whiteness, FGM, Joinville)
utilizado por 2h/dia; grupo II - Peróxido de carbamida a 10% (Whiteness-FGM) utilizado
por 8h/dia; grupo III - Peróxido de carbamida a 16% (Wsiteness-FGM) utilizado por 2h/dia
e grupo IV - Peróxido de carbamida a 16% (Whiteness-FGM) utilizado por 8h/dia.
54
Concluíram que o gel clareador na concentração de 10% e 16% o efetivos para o
clareamento de dentes vitalizados. Efeitos colaterais como a sensibilidade dental e
irritação gengival ocorrem em menor número quando o gel clareador foi utilizado por um
curto período de tempo (2h/dia), independentemente da concentração do gel clareador.
Heymann (2005) descreveu sobre os avanços do tratamento clareador e concluiu
que o mais importante fator na eficácia do tratamento clareador é a concentração do
agente clareador e o tempo de duração do tratamento.
Guan et al. (2005) analisaram três métodos de avaliação da cor, imagem digital
capturada, espectrofotômetro e observações visuais, com o objetivo de mensurar e
comparar a cor dos dentes. Concluíram que para superfícies amareladas, brancas e não
translúcidos planas, o espectrofotômetro alcança a exatidão necessária. Houve
correlação entre os dados obtidos na avaliação visual e nos dois métodos instrumentais.
Haywood et al. (2005) verificou o uso de dentifrícios no clareamento dental.
Foram selecionados pacientes e divididos aleatoriamente em dois grupos, G1 -
(Sensodyne Fresh Mint) e G2 - (Crest Regular), os pacientes escovaram os dentes 2
vezes ao dia. Após 14 dias os pacientes retornaram ao consultório para o clareamento
com Day White Excel 3 (peróxido de hidrogênio a 9,5% e KNO3), usado diariamente de
acordo com as instruções do fabricante. Num total de 202 pacientes em 14 consultórios, o
produto clareador alterou 4.4 tons na escala de cor da Vita. Na primeira semana de
clareamento, significativamente mais pacientes sentiram sensibilidade G1 (58%) e G2
(42%). Durante o período de 14 dias, o grupo G1 teve menor sensibilidade (média =
10,1/dia) comparado ao grupo G2 (média = 8,6/dia). O autor concluiu que o dentifrício
55
Sensodyne a base de KNO
3
utilizado por 2 semanas, antes e durante o clareamento, é
um meio útil para o gerenciamento da sensibilidade causada por produtos clareadores.
Hannig et al. (2005) estudaram a liberação do peróxido de hidrogênio, na
cavidade oral durante o uso de produtos clareadores caseiros, em diferentes
concentrações. Os incisivos superiores do maxilar foram clareados com o Opalescence
10% e 15% (OP), Vivastyle (V) e Whitestrips (WS). A saliva foi coletada em intervalos de
2min durante os primeiros 10min de clareamento e depois de 5min. A liberação mais
elevada do peróxido foi encontrada logo após a colocação do produto. A quantidade total
de peróxido liberada na saliva durante o período de 30min foi de 0,78+/-0,45mg para o
Opalescence 10%; 1,52+/-0,44mg para o Opalescence 15%; significativamente maior
para o Vivastyle 2,67+/-1,03mg e de Whitestrips (parte superior: 3,25+/-5,65mg, inferior
2,09+/-0,34mg). O peróxido carregado na placa foi liberado nas seguintes frações:
Opalescence 10% (6,4+/-3,7%), Opalescence 15% (8+/-2,4%), Vivastyle (18,6+/-8,5%),
Whitestrips superior (30,4+/-4,9%), Whitestrips em baixo (27,4+/-4,4%). Em relação ao
peso do corpo em Kg os sistemas clareadores conduziram a exposição de 0,013-0,056
mg/kg que é muito menor do que a dose diária permitida, 0,26 mg/kg/day para uma
pessoa de 58 kg.
Auschill et al. (2005) compararam a eficiência de três técnicas de clareamento
dental. Foram 39 voluntários que participaram do estudo e foram divididos aleatoriamente
em 3 tratamentos clareadores: GA (n=13) Whitestrips (ciclo de 30min), GB (n=13)
Opalescence PF 10% (técnica caseira; ciclo de 8h) e o GC (n=13) Opalescence Xtra
(técnica no consultório; ciclo de 15min). Todos os métodos clarearam os dentes, o tempo
médio de tratamento requerido para alcançar o nível de clareamento foi de 31,85 +/- 6,63
ciclos no grupo A, 7,15 +/- 1,86 no grupo B e 3,15 +/- 0,55 no grupo C. Todos os produtos
56
foram diferentes significativamente, quando avaliados o número de ciclos do tratamento.
O todo da técnica caseira foi mais aceito, nenhum dos dentes estudados mostrou
mudanças detectáveis na superfície do esmalte, na análise ao microscópio (SEM) com
ampliação de 200 a 2000 vezes.
Marson et al. (2006) analisaram as características da técnica caseira e no
consultório, comparando suas vantagens e desvantagens através da demostração de
casos clínicos. Concluíram que a técnica de escolha para o clareamento de dentes vitais
é a técnica caseira, utilizando o gel de peróxido de carbamida em baixas concentrações.
A cnica está sofrendo modificações com o objetivo de diminuir o tempo de uso e seus
efeitos colaterais facilitando sua utilização pelos pacientes. Quando o paciente necessita
de resultados mais rápidos ou não se adapta à técnica caseira, é recomendada a cnica
de consultório em duas sessões clínicas ou a associação das técnicas, não havendo
necessidade de utilizar uma fonte ativadora para “potencializar” o clareamento com
peróxido de hidrogênio a 35%.
Braun; Jepsen; Krause (2006) avaliaram diferentes concentrações de peróxido de
carbamida (10%, 17% ou 0% - controle) em 30 pacientes avaliados através de escala de
cor e espectrofotômetro. Não houve diferença entre os métodos de avaliação. A
concentração mais alta do gel clareador pode clarear os dentes mais rapidamente, porém
a alteração de cor pode ser alcançado em ambas concentrações. Após o tratamento
clareador a regressão de cor deve ser esperada.
Joiner (2006) analisou a literatura sobre o clareamento de dentes vitais. Concluiu
que aumentou o número de produtos e procedimentos clareadores, nestes últimos anos,
com mais publicações sobre este tópico. A literatura sugere que os mecanismos de ação
57
do agente clareador, que clareia os dentes, ocorre por difusão do peróxido que penetra
no esmalte e dentina promovendo a oxidação ou clareamento. Vários métodos estão
disponíveis para medir as mudanças de cor. Estes incluem medidas visuais pelos clínicos
treinados e instrumentais que utilizam o espectrofotômetro, colorímetro e análise de
imagem digital. Os fatores da eficiência do clareamento dental dependem da
concentração e do tempo de utilização. Em geral, concentrações mais altas são mais
rápidas que as mais baixas. Porém, as concentrações baixas podem chegar à eficácia de
concentrações mais altas com tempo de tratamento maior. A eficácia da utilização da
fonte ativadora no clareamento no consultório, em estudos clínicos, está limitada e é
contraditória na literatura. Outros fatores que podem influenciar no resultado do
clareamento incluem o tipo de mancha, cor do dente inicial e a idade do paciente.
2.6 Avaliação das unidades de ativação para o clareamento, técnica no consultório
Zanin et al. (2003) relatou sobre a técnica de clareamento dental em uma única
sessão (técnica no consultório), associados aos equipamentos ativadores laser e LED‘s,
simultaneamente. Concluíram que as vantagens são de melhor conforto, segurança e o
tempo reduzido de tratamento.
Dostalova et al. (2004) avaliaram dois tipos de laser para ativação do agente
clareador, a base de peróxido de hidrogênio a 38% (Opalescence X Extra Boost -
Ultradent). Foram selecionados incisivos maxilares humanos, extraídos. Dois sistemas
diferentes de diodo laser foram avaliados: laser de Diodo (970 nm) e o laser
infravermelho de Diodo (790 nm), divididos em 7 grupos. A superfície do esmalte foi
avaliada com microscópio eletrônico de varredura. O método de clareamento sem luz
resultou em mudança de cor quando utilizada por 15min, porém não foi eficaz em 5min. O
58
laser de Diodo (970 nm) e o laser infravermelho de Diodo (790 nm) produziram o mesmo
efeito quando o tempo de utilização foi menor (5min - 40 mW; 5min - 1 W; 2,5min - 2 W).
Concluíram que o laser é indicado como fonte ativadora para o clareamento no
consultório, pois diminui o tempo de aplicação do produto.
Hein et al. (2003) verificaram o clareamento no consultório com e sem adição de
fontes ativadoras. Avaliaram três fontes ativadoras (LumaArch, Optilux 500 e Zoom!) em
dentes humanos (incisivos centrais, laterais e caninos) dividindo a arcada de cada
paciente em 2 grupos: clareados uma hemiarcada com adição de luz e outra hemiarcada
sem fonte adicional. Os resultados mostraram que a adição das três luzes testadas não
aumentaram o grau de clareamento. O calor produzido pelas luzes acessórias não foi
responsável pela ativação de reação do gel clareador dos três sistemas testados.
Concluíram que na técnica do clareamento com peróxido de hidrogênio na concentração
de 30 a 35% (consultório), foi utilizado impiricamente fontes de luz que produzem luz e
calor com tentativas de catalisar ou acelerar o processo de clareamento. No clareamento
utilizando o peróxido de hidrogênio de 30% a 35% o tem necessidade de utilizar fontes
adicionais.
Luk; Tam; Hubert (2004) compararam os efeitos do clareamento em relação à
temperatura. Foram utilizados 250 dentes humanos extraídos (n = 10). Grupo controle,
peróxido de hidrogênio a 35% e peróxido de carbamida a 10% irradiado com e sem luz;
luz halógena; laser argônio; infravermelho; dióxido de carbono; CO
2
e laser. Avaliaram a
cor imediatamente, após 1 dia e 1 semana após o tratamento, através da escala de cor e
análise eletrônica da cor. A temperatura do esmalte e da dentina foi monitorada antes,
imediatamente e após aplicação da luz, utilizando o termômetro específico. A cor e a
temperatura foram afetadas pelo clareamento e pelos vários tipos de luz testadas. A
59
aplicação da luz melhorou a eficiência do clareamento em alguns materiais, aumentando
significativamente a temperatura fora e dentro da superfície do dente. Os lasers IR e CO
2
causaram o maior aumento de temperatura. A técnica no consultório com adição de luz
ativadora acelerou o clareamento devido ao agente clareador utilizado, entretanto
aumentou o risco para a saúde dental.
Wetter; Barroso; Pelino (2004b) compararam a eficiência do clareamento com
peróxido de hidrogênio utilizado na cnica no consultório Opalescence X-tra e HP
Whiteness utilizando luzes ativadoras LED (470 nm) e Diodo Laser (808 nm). Foram
utilizados 60 incisivos bovinos divididos em 6 grupos. A cor foi avaliada através do
sistema CIEL a* b*. O melhor resultado em relação a fontes ativadoras foi a associação
do laser ao Whiteness HP.
Goodson et al. (2005) examinaram a mensuração da cor do dente clareador com
peróxido utilizando ou não luz ativadora. Antes e depois do tratamento, 43 pacientes
foram avaliados através de escala de cor e colorímetro. Duas mensurações foram
utilizadas: apenas um local no dente e nove localizações ao longo da superfície dental.
As diferenças significativas entre os grupos foram encontradas mais freqüentemente no
procedimento de múltiplas aplicações. Os dados da medida do colorímetro mostraram
que os procedimentos clareadores reduziram o amarelo dos dentes. Concluiu que,
quando a superfície do dente é mensurada em vários locais, a medida de cor do dente
pela escala de cor é mais próxima ao colorímetro, menor variabilidade e maior poder
estatístico. O colorímetro e seus derivados podem ser usados para avaliação de cor com
nível razoável de exatidão. O amarelado dos dentes diminuiu particularmente na margem
gengival e os dentes ficaram mais uniformes em relação a cor.
60
Lima (2005) avaliou a mudança de cor do elemento dental, após a técnica de
clareamento dental, variando o tipo de agente clareador e a fonte de luz catalisadora.
Adicionalmente, foi analisada a estabilidade do clareamento durante 30 dias após o
tratamento clareador, a variação de temperatura do esmalte e da dentina. Foram
utilizados dentes humanos e divididos em 15 grupos (n=5) com a intereção do agente
clareador e fontes auxiliares. Peróxido de Hidrogênio a 35% (Opalescence Xtra,
Ultradent), Peróxido de Hidrogênio a 35% (Whiteness HP, FGM) e Peróxido de
Carbamida a 37% (Whiteness Super, FGM) e a fonte catalisadora: Luz Halógena alta
intensidade (Optilux 501C, Demetron), LED associado ao Laser de Diodo (Ultrablue IV,
DMC), Laser de Argônio (Spectra Physics - Stabilite 2071) e Arco de Plasma modo
clareamento (Apollo 95E, DMD). O gel clareador peróxido de carbamida a 37%
apresentou as menores médias de reflectância comparado ao peróxido de hidrogênio a
35%. Para o agente clareador Opalescence Xtra, a fonte halógena de alta intensidade
apresentou as maiores médias de reflectância. Para o clareador Whiteness HP, o laser
apresentou as menores médias de reflectância diferindo da fonte halógena e do não uso
de fonte. Para o clareador peróxido de hidrogênio a 35% houve regressão da cor obtida,
porém para o peróxido de carbamida a 37% não foi observada. A fonte LED/laser
apresentou as maiores médias de aumento de temperatura em ambas superfícies
avaliadas. Concluíram que o desempenho da fonte catalisadora foi dependente do agente
clareador utilizado, assim como o comportamento do agente clareador foi dependente da
fonte catalisadora empregada.
Sulieman et al. (2005) avaliaram, in vitro, os efeitos obtidos com e sem luz no
clareamento dental. Foram utilizados espécimes de cor C4, três produtos clareadores a
base de peróxido de hidrogênio a 35% e testados com e sem a utilização de quatro fontes
ativadoras. As avaliações das cores foram através da escala de cor (SG), sistema de
61
avaliação visual (SVS) e o colorímetro. Para SG, todos os tratamentos com luz resultaram
na melhoria da mensuração da cor que variou de 4,6 a 14,6 cores na escala. Similares
resultados foram encontrados com o SVS e o colorímetro. Nenhuma mudança foi
verificada comparando os tratamentos com luz no SVS ou no SG com pequenas
mudanças no colorímetro. Em termos médios com os três géis, a menor mudança
verificada foi quando nenhuma luz foi utilizada. Dentro do tratamento do produto
clareador as diferenças foram significativas com gel, com e sem ativação. As diferenças
entre os géis com e sem aplicação de luz ativadora revelaram algumas diferenças
significativas em relação ao SG e ao colorímetro, porém não significativas no SVS.
Gottardi; Brackett; Haywood (2006) avaliaram a eficiência da técnica de
clareamento no consultório (peróxido de hidrogênio a 35%) em 73 pacientes por um
período de até 6 meses. Foi aplicado o agente clareador por 3 vezes, em cada sessão,
associado a fonte auxiliar (LumaArch), cada aplicação do gel clareador foi de 8min no
total de 24min. O tratamento foi concluído quando o paciente ficou satisfeito com o
resultado, o intervalo entre as sessões foi de 2 semanas. Concluído o clareamento dental,
os pacientes foram classificados em grupos, de acordo com o número de tratamentos que
receberam. O grau de mudança de cor foi avaliado antes, imediatamente após 2
semanas e, 6 meses do término do clareamento. Dos 73 pacientes que receberam o
tratamento de 1 a 4 sessões de clareamento no consultório, 58 estavam satisfeitos. 27
pacientes solicitaram o tratamento caseiro. A mudança de cor comum foi de 2,1 a 3,7
unidades da escala Vita Clássica. A diminuição da cor foi maior no intervalo de 2
semanas do que a de 6 meses. O clareamento no consultório pode ser uma alternativa
para pacientes que não gostam ou não se adaptam ao clareamento caseiro. O tratamento
no consultório pode alcançar resultados satisfatórios, quando realizado em mais de 1
sessão clínica, a fim de alcançar a satisfação paciente.
62
3 PROPOSIÇÃO
63
O presente trabalho teve como objetivo:
a) Avaliar clinicamente a alteração da cor dos dentes após diferentes métodos de
clareamento dental.
b) Avaliar a utilização de unidades de ativação no clareamento de dentes vitais na
técnica de consultório (peróxido de hidrogênio a 35%).
c) Avaliar a sensibilidade e irritação gengival em relação a diferentes técnicas de
clareamento dental.
d) Avaliar a estabilidade da cor dos dentes após diferentes tratamentos clareadores.
64
4 MATERIAL E MÉTODOS
65
Este projeto obteve a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
(Projeto 397/2005) da Universidade Federal de Santa Catarina (ANEXO 1).
4.1 Seleção dos voluntários
Foram selecionados 50 pacientes, 30 mulheres e 20 homens, com idade entre 18
a 28 anos, após anamnese e exame clínico. Os critérios estabelecidos foram: dentes
anteriores superiores com vitalidade, livres de cáries e de restaurações, boa higiene oral,
sem lesões cervicais (abrasão, erosão e abfração), ausência de doença periodontal, não
fumante e sem sintomatologia dolorosa. As necessidades restauradoras em dentes
posteriores, quando presentes, foram realizadas antes do início do procedimento
clareador. Os voluntários foram selecionados entre os alunos do 1
o
e 2
o
ano do curso de
graduação em odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina a fim de facilitar
esta pesquisa. A cor incial dos dentes dos voluntários selecionados não foi padronizada.
Os fatores de exclusão para o estudo incluíram: gestantes e mulheres que
estavam amamentado, pacientes com dentes apresentando manchamento causado por
tetraciclina, fluorose, tratamento endodôntico, ausência dos incisivos e caninos superiores
e presença de restaurações nos dentes anteriores superiores, resquícios de resina
composta referente à colagem de braquetes, pacientes que haviam realizado
tratamento clareador, além de presença de sensibilidade dental ou irritação gengival.
Após a seleção, foi procedida a abertura e preenchimento de ficha e os
voluntários foram esclarecidos sobre os procedimentos da pesquisa e, tendo concordado,
assinaram o termo de consentimento, autorizando a realização da presente pesquisa
66
(ANEXOS 2 e 3), de acordo com a resolução 196, de 10 de outubro de 1996, do
Conselho Nacional de Saúde /Ministério da Saúde-Brasília/DF.
4.2 Procedimentos para avaliação da cor
Existem vários métodos que podem ser utilizados para avaliar mudanças de cor
no elemento dental. Estes métodos podem ser classificados em subjetivos, como a
análise visual através da escala de cor, e objetivos, que empregam espectrofotômetros,
colorímetros ou técnicas de análise de imagem com a ajuda de softwares (JOINER;
THAKKER; COOPER, 2004).
Previamente à avaliação da cor, foi realizada profilaxia dental com taça de
borraçha e pasta profilática em todos os pacientes para a eliminação de manchas
extrínsecas.
Para a avaliação da cor registrada antes, durante e após o tratamento clareador,
foram utilizados dois métodos de avaliação: A - escala de cor Vita Clássica (Vita-
Zahnfabrik, Alemanha) (avaliação visual) e B - aparelho de espectrofotômetro Easyshade
(Vita-Zahnfabrik, Alemanha) (avaliação instrumental) (TAB. 1). Os procedimentos de
mensuração da cor foram padronizados através do controle das condições de iluminação.
Para reduzir a possibilidade de diminuição e influência da luz ambiental, foi instalada
iluminação artificial específica na sala clínica (CIE Publication No. 15 (E-1.3.1), 1971;
ASTM E805-81,1981). As paredes e os mochos apresentaram cor cinza neutro. Os
pacientes usaram avental cinza durante a mensuração da cor.
67
Tabela 1 - Métodos de avaliação da cor e material utilizado
Método de avaliação de cor Material utilizado
Escala de cor Escala da Vita Clássica
Espectrofotômetro VITA Easyshade, Vident, Brea, CA, USA
4.2.1 Escala de cor - avaliação visual
A avaliação visual da cor dos dentes caninos, incisivos laterais e centrais
superiores foi realizada por dois avaliadores com o auxílio da escala de cor Vita Clássica
(Vita-Zahnfabrik, Alemanha). A determinação da cor considerou o terço médio do dente.
Havendo divergência na cor escolhida, um terceiro examinador avaliava a coloração para
a determinação da cor. Entretanto, quando os três examinadores discordavam da escolha
da cor, a seleção final era determinada consensualmente. Previamente ao estudo, foi
realizado teste estatístico (teste de Kaapa) para observar o grau de concordância entre
os examinadores, através da definição da cor de 10 incisivos centrais superiores
extraídos, hígidos e devidamente hidratados. Os examinadores foram julgados aptos a
participarem do estudo, quando houvesse concordância de mais de 85% na seleção de
cor dos espécimes.
Os examinadores foram orientados a executar a análise por eliminação, levando
em consideração a graduação do mais claro para o mais escuro (B1, A1, B2, D2, A2, C1,
C2, D4, A3, D3, B3, A3,5, B4, C3, A4, C4). A escala de cor foi posicionada nos dentes
anteriores superiores (13, 12, 11, 21, 22 e 23), um dente de cada vez. O tempo limite
para a determinação da cor foi de 10s. Para a marcação dos dados, pelos avaliadores, foi
elaborada uma tabela (TAB. 2). Os dentes foram examinados sem isolamento absoluto
ou relativo, pois, com a desidratação, poderiam parecer opacos e mais claros.
68
Tabela 2 - Ficha para marcação da coloração dos dentes anteriores superiores,
através de escala da Vita Clássica
As cores escolhidas através da escala Vita Clássica (Vita-Zahnfabrik, Alemanha)
foram convertidas para números, com o objetivo de facilitar a comparação entre os
grupos e os métodos de mensuração da cor (TAB. 3) (ZEKONIS et al., 2003; DELIPERI
BARDWELL, PAPATHANASIOU, 2004).
Tabela 3 - Conversão dos valores da escala de cor
B1 - 1
A2 - 5
A3 - 9
B4 - 13
A1 - 2
C1 - 6
D3 - 10
C3 - 14
B2 - 3
C2 - 7
B3 - 11
A4 - 15
D2 - 4
D4 - 8
A3.5 - 12
C4 -16
4.2.2 Avaliação com espectrofotômetro - avaliação instrumental
Os aparelhos de mensuração da cor do tipo convencional são grandes e de
13
12
11
21
22
23
Avaliador
Avaliador
Avaliador
Final
69
custo elevado, portanto, equipamentos portáteis têm sido desenvolvidos para viabilizar o
uso clínico, como o utilizado nesta pesquisa, o aparelho Vita Easyshade (Vita-Zahnfabrik,
Alemanha). É um aparelho leve e versátil que permite fazer a leitura de dentes naturais,
restaurações diretas e indiretas, através da medida de uma pequena área (FIG. 1). A
mensuração da cor deste aparelho é compatível com as escalas Vita Clássica e Vita 3d-
Master (Vita-Zahnfabrik, Alemanha), facilitando a seleção e comparação da cor.
Figura 1 - Aparelho VITA Easyshade.
Antes da mensuração com o espectrofotômetro, foi realizada a moldagem dos 6
dentes superiores anteriores de cada paciente com a pasta densa da silicone de
condensação Oranwash-Zetaplus (Zhermarck, Itália). A moldagem foi estendida até os
caninos superiores e funcionou como guia para posterior padronização da mensuração
da cor com o espectrofotômetro. Na porção externa da superfície vestibular do guia de
silicone foram criadas janelas com dispositivo metálico de bordas afiladas. Estas
aberturas apresentaram tamanho compatível com a ponta ativa do espectrofotômetro
(3mm de raio) e o posicionamento correspondente ao terço médio da superfície vestibular
dos dentes (FIG. 2).
70
Figura 2 - Guia de silicone posicionada sobre a face vestibular
dos dentes anteriores superiores a serem mensurados.
Após a confecção do guia de silicone, o espectrofotômetro VITA Easyshade foi
ligado e os padrões de contraste e tipo de avaliação foram padronizados.
A ponta do aparelho foi posicionada sobre o terço médio da superfície vestibular
dos dentes anteriores superiores, com o auxílio do dispositivo de silicone (FIG. 3).
Figura 3 - Posicionamento do aparelho sobre a superfície vestibular dos dentes
anteriores superiores, com auxílio de um guia de silicone individual.
A cor foi avaliada por 3 vezes e o resultado final foi a média dos 3 valores (L*, c*
e h*). Os dados foram catalogados em ficha específica (TAB. 4).
71
Tabela 4 - Ficha para marcação dos dados em L, C, e H.
A cor foi determinada através dos parâmetros do aparelho que fornece as
coordenadas CIEL* c* h*, onde L* indica a luminosidade, onde 0 é preto (dente mais
escuro) e 100 é branco (dente mais branco), C* valor e H* croma. Com a finalidade de
facilitar a comparação com outros trabalhos, estas marcações foram convertidas para o
sistema CIEL* a* b*, através da fórmula (a*= cos h* X c* e b*= sen h* X c*), no qual L*
indicou a luminosidade e o a*e b* o matiz, sendo que o a* representa a cor e saturação
no eixo vermelho-verde e o b* delinea a cor e saturação no eixo azul-amarelo. Este
sistema foi definido pela Comissão Internacional de Iluminação em 1967. A comparação
da cor antes e após o clareamento foi dada pela diferença de cor ou ∆E, que é
representado pelas equações:
∆ E = [(∆ L* )
2
+ (∆ a* )
2
+ (∆ b* )
2
]
0.5
, (Comissão Internacional de Léclairage, 1978)
∆ L* = L*
1
- L*
0
(leitura após clareamento menos leitura prévia ao clareamento)
∆ a* = a*
1
- a*
0
(leitura após clareamento menos leitura prévia ao clareamento)
∆ b* = b*
1
- b*
0
(leitura após clareamento menos leitura prévia ao clareamento)
Figura 4 - Sistema de cores CIEL*a*b*.
1 avaliação 2 avaliação 3 avaliação Resultado
L C H L C H L C H L C H
13
12
11
21
22
23
72
4.3 Material clareador e fontes catalisadoras utilizadas
Para a execução deste estudo, foram utilizados dois agentes clareadores:
peróxido de carbamida a 10% (Whiteness Perfect, FGM, Joinville), na técnica caseira e
peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP MAXX, FGM, Joinville), na cnica de
consultório (FIGS. 5 e 6). Para a ativação do gel clareador, na técnica de consultório,
foram utilizados as seguintes fontes de luz: luz halógena Curing Light XL 3000
(3M/ESPE), LED Demetron (Kerr Dental) e aparelho de LED Laser Bio Lux (Bio-Art)
(FIGS. 7, 8 e 9) e (TAB. 5).
Figura - 5 Figura - 6
Figura 5 - Gel clareador à base peróxido de carbamida a 10% (Whiteness Perfect) utilizado para
o clareamento na técnica caseira.
Figura 6 - Gel clareador à base de peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP MAXX) utilizado
para o clareamento na técnica no consultório.
Figura - 7 Figura - 8 Figura - 9
Figura 7 - Aparelho Curing Light XL 3000 (3M/ESPE) – luz halógena.
Figura 8 - Aparelho LED Demetron (Kerrr Dental) – LED.
Figura 9 - Aparelho de LED Laser Bio Lux (Bio-Art) – LED associado a laser
73
Os nomes comerciais, unidade de luz, comprimento de onda e o fabricante dos
aparelhos utilizados neste trabalho estão demonstrados, na Tabela 5.
Tabela 5 - Equipamentos utilizados para ativação do gel clareador.
Equipamento
Tipo de unidade
de luz
Comprimento de
onda
Fabricante
Curing Light
XL3000
Luz Halógena
400 a 500 nm
3M/ESPE
Demetron LED 450 a 500 nm
Kerr
Biolux LED Laser 470 nm Bioart
4.4 Divisão dos grupos
Os 50 voluntários foram divididos aleatoriamente por sorteio em cinco grupos
(n=10), Tabela 6.
Tabela 6 - Divisão dos Grupos.
Grupo N
Tratamento
clareador
Unidade de
fotoativação
Tempo do clareamento
Técnica
1 10
Peróxido de
Carbamida a 10%
_ 14 dias/ 2h – dia Caseira
2 10
Peróxido de
Hidrogênio a 35%
_
2 sessões/3 aplicações
Total 6 aplicações
Consultório
3 10
Peróxido de
Hidrogênio a 35%
Luz Halógena
2 sessões/3 aplicações
Total 6 aplicações
Consultório
4 10
Peróxido de
Hidrogênio a 35%
LED
2 sessões/3 aplicações
Total 6 aplicações
Consultório
5 10
Peróxido de
Hidrogênio a 35%
LED Laser
2 sessões/3 aplicações
Total 6 aplicações
Consultório
74
4.5 Confecção das moldeiras plásticas para uso do agente clareador (G1)
As arcadas, superior e inferior, dos voluntários foram moldadas com alginato
(Deguprint, Degussa Dental, São Paulo), copiando fielmente todo o contorno gengival e
as estruturas dentais envolvidas. As moldagens foram vazadas com gesso pedra e os
excessos recortados para uma melhor adaptação da moldeira plástica. Os modelos
foram, na seqüência, posicionados um a um na máquina plastificadora para a confecção
da moldeira que, em seguida, foram recortadas com tesoura fina, aproximadamente 2mm
além da margem gengival, acompanhando o seu contorno tanto por vestibular, quanto por
palatal.
4.6 Etapa Clínica
Antes de ser iniciada a fase clínica da pesquisa, os voluntários receberam novos
esclarecimentos sobre as técnicas caseira e de consultório, através de orientações
verbais e escritas. Foi então realizada a profilaxia dental em todos os pacientes com
pasta profilática associada à escova tipo Robson, em baixa rotação.
4.6.1 Regime clareador para o grupo G1
Antes do início do tratamento clareador foi verificada a adaptação da moldeira
plástica para evitar interferência ou pressão sobre os tecidos gengivais, desconforto nos
lábios, bochechas, língua e interferências oclusais significativas. Foi demonstrado a cada
paciente a forma de colocação do gel clareador no interior da moldeira.
75
O gel clareador empregado no grupo (G1) foi o peróxido de carbamida a 10%
(Whiteness Perfectc, FGM, Joinville) que possui na sua fórmula nitrato de potássio e
fluoreto de sódio como agentes dessensibilizantes. Os voluntários deste grupo (G1)
utilizaram o gel clareador por 2h/diárias durante 14 dias consecutivos. A higienização da
moldeira plástica foi realizada pelo próprio paciente, com água corrente e escova dental.
Durante o tratamento clareador, os voluntários foram orientados a não utilizarem
nenhuma forma de fluoretação tópica, com exceção dos dentifrícios. Os pacientes foram
monitorados durante o tratamento e, 7 dias após o término, retornaram à clínica de pós-
graduação da Universidade Federal de Santa Catarina para a primeira análise do grau de
clareamento alcançado.
4.6.2 Regime clareador para os grupos G2, G3, G4 e G5
Grupo 2 (G2) - Para o clareamento dos dentes anteriores no grupo 2, foi utilizado
o isolamento da gengiva marginal com o protetor fotopolimerizável Top Dam (FGM,
Joinville), prevenindo o contato do gel clareador com o tecido gengival (FIGS. 10 e 11).
Após a aplicação, a barreira gengival foi polimerizada por 10s. Para facilitar o
procedimento de clareamento, foi utilizado o afastador labial (Jon, São Paulo), óculos de
proteção e sugador plástico acoplado à bomba vácuo de alta potência de sucção. O
agente clareador utilizado foi o Whiteness HP MAXX (FGM, Joinville), à base de peróxido
de hidrogênio a 35%, composto de dois frascos, um com o peróxido de hidrogênio e o
outro com espessante. A manipulação do agente clareador seguiu as normas do
fabricante, misturando-se peróxido e espessante na proporção de 3 por 1, em
movimentos circulares até formar um gel, que foi então aplicado sobre a superfície
vestibular dos dentes a serem clareados (FIG.12). Para o clareamento dos 6 dentes
anteriores superiores, foram utilizadas 15 gotas de peróxido para 5 gotas de espessante.
76
Os pacientes foram submetidos a 2 sessões de clareamento, com intervalo de 1 semana
entre elas. Em cada sessão clínica, o gel de peróxido de hidrogênio a 35% foi aplicado
por 3 vezes, sendo que cada aplicação durou 15min, totalizando 45min de aplicação do
gel em cada consulta (TAB.6). A camada de gel aplicada na vestibular dos dentes
superiores foi aproximadamente de 1,0mm de espessura. Nesse grupo (G2) não foi
utilizada fonte catalisadora. Com auxílio de um pincel, o gel foi movimentado para liberar
eventuais bolhas de oxigênio e melhorar o contato do gel com os dentes. Ao final, o
produto alterou a sua cor de roxo para verde (FIG.13). Para remoção do gel foi utilizada a
cânula aspiradora de endodontia. Após as 3 aplicações, o agente clareador e a barreira
gengival Top-Dam (FGM, Joinville, Brasil) foram removidos. Ao final de cada sessão, foi
aplicado o dessenbilizador Desensibilize KF 2% (FGM, Joinville, Brasil) por 10min com o
objetivo de evitar sensiblidade dental.
Grupos 3, 4, e 5 - A forma de proteção do paciente, aplicação e manipulação do
agente clareador seguiram o padrão do grupo 2, diferindo apenas quanto a forma de
ativação do gel. Nos grupos G3, G4 e G5, foi utilizado, respectivamente, Luz Halógena,
LED e LED associado a Laser como fonte catalisadora (TAB 5). Após 1min da aplicação
do agente clareador sobre os dentes, foi utilizada a fonte auxiliar específica de cada
grupo por 2 vezes com intervalo, de 2 min entre cada aplicação, mantendo-se distância
aproximada de 1cm entre a ponta da fonte de luz e o gel clareador. O tempo de aplicação
da fonte auxiliar foi de 20s sobre cada dente, em cada aplicação, totalizando 2 minutos
por sessão clínica de clareamento no consultório.
77
Figuras 10 e 11- Proteção da gengiva através do uso de Top Dam (FGM). Essa barreira foi
polimerizada por 10s em cada dente para proteção da gengiva.
Figura 12 - Inserção do gel clareador à base de peróxido de hidrogênio a 35% Whiteness HP
MAXX (FGM).
Figura 13 - O paciente foi submetido a duas sessões de clareamento com peróxido de hidrogênio
a 35%, totalizando 6 aplicações do gel clareador (90min).
78
4.6.3 Avaliação do tratamento clareador
Todos os pacientes dos grupos G1, G2, G3, G4, G5, além do registro de cor
inicial, tiveram o grau de clareamento alcançado com o respectivo método de tratamento
clareador, verificado após 7 dias, 2 semanas, 1 mês e 6 meses após o término do
tratamento (Tabela 7).
Tabela 7 - Coleta dos dados
Grupo
Antes do
clareamento
7 dias após o
tratamento
14 dias após
o tratamento
1 mês após
tratamento
6 meses após
o tratamento
G1
X
X X X X
G2
X
X X X X
G3
X
X X X X
G4
X
X X X X
G5
X
X X X X
Na avaliação clínica, antes, durante e após o tratamento clareador, foi verificado
em todos os pacientes a alteração de cor, sensibilidade dental e irritação gengival. Sete
dias após o término do tratamento clareador, foi entregue aos pacientes um questionário
para auto-avaliação do tratamento clareador. Responderam o quanto o procedimento
clareou seus dentes, seguindo os critérios: nada, pouco, moderado ou muito. Foi
questionado, também, se indicariam o tratamento clareador a terceiros, com os critérios:
sim, talvez e não (TAB. 8).
Tabela 8 - Questionário entregue aos pacientes após o término do tratamento
79
Paciente______________________________grupo____telefone__________
Questionário aos pacientes após o tratamento clareador.
1. Quanto o procedimento clareou seus dentes?
2. Você recomendaria este procedimento para seus amigos?
Nada
Pouco
Moderado
Muito
Sim
Talvez
Não
4.6.4 Avaliação da sensibilidade dental e irritação gengival.
A avaliação clínica da sensibilidade dental e irritação gengival, eventualmente
promovida pelo tratamento clareador, foi realizada em 3 momentos: 1 semana após o
início do tratamento, após a 2ª semana e 7 dias após o término do tratamento. O grau de
sensibilidade foi registrado segundo os critérios: nenhuma, leve, moderada ou severa
(TAB 9).
Tabela 9 – Avaliação da sensibilidade dental durante o tratamento clareador
Paciente___________________________________ Grupo_____
Fase____________Fone______________________ Idade _____
Grau de
sensibilidade
1 semana 2 semana
Após o
clareamento
Nenhuma
Leve
Moderada
Severa
80
O grau de irritação gengival foi avaliado de acordo com o método gengival de Loe
(1967) e catalogado seguindo o critério: nenhuma, leve, moderada e severa irritação
gengival (TAB. 10).
Tabela 10 - Avaliação da irritação gengival durante o tratamento clareador
Irritação gengival
1 semana 2 semana
Após o
clareamento
Nenhuma
Leve
Moderada
Severa
81
5 RESULTADO
82
A Alteração de cor foi analisada estatisticamente (L*, a* e b*) de acordo com o
regime clareador a que cada grupo foi submetido, ou seja, se houve diferença entre os
grupos G1, G2, G3, G4 e G5 para os métodos de mensuração de cor utilizados no
estudo, avaliação instrumental (espectrofotômetro) e visual (escala de cor).
5.1 Análise das cores iniciais para o espectrofotômetro (avaliação instrumental)
Nesta pesquisa não foi padronizada a cor inicial dos dentes dos pacientes, ou seja,
os voluntários foram divididos aleatoriamente entre os grupos e, para verificar se houve
concordância entre os valores de mensuração da coloração inicial, foi realizado o teste de
ANOVA. As médias dos resultados da coloração inicial podem ser observadas nas
Tabelas 11, 12 e 13.
5.1.1 Análise de valores de L*
Tabela 11 - Estatística descritiva dos valores do L* inicial
Grupo N Média (*L) Desvio-padrão (*L) -95% +95%
Total 50 83,29916 1,803372 82,78664 83,81167
LED + Laser 10 83,49912 1,955414 82,10030 84,89794
Caseiro 10 82,90056 1,070064 82,00508 82,99603
Sem Luz 10 83,04278 1,537135 81,94318 84,14238
Luz Halógena 10 84,81333 2,191689 83,24549 86,38117
LED 10 82,94000 1,192434 82,08698 83,79302
O teste de ANOVA aceitou a hipótese de igualdade (nível de confiança de 95%)
entre os valores de L*, antes do início do tratamento clareador, com valor de p=0,08426.
83
5.1.2 Análise dos valores de a*
Tabela 12 - Estatística descritiva dos valores do a* inicial
Grupo N Média (*a) Desvio-padrão (*a) -95% +95%
Total 50 0,644687 0,793298 0,419234 0,870140
LED + Laser 10 0,857439 0,908989 0,207188 1,507691
Caseiro 10 0,755002 0,602578 0,323943 1,186060
Sem Luz 10 0,677698 0,814779 0,094840 1,260556
Luz Halógena 10 0,430942 0,872645 -0,193311 1,055195
LED 10 0,502354 0,820530 -0,084618 1,089326
O teste de ANOVA aceitou a hipótese de igualdade (nível de confiança de 95%)
entre os valores de a*, antes do início do tratamento clareador, com valor de p=
0,755128.
5.1.3 Análise dos valores de b*
Tabela 13 - Estatística descritiva dos valores do b* inicial
Grupo N Média (*b) Desvio-padrão (*b) -95% +95%
Total 50 21,38293 3,110004 20,49908 22,26679
LED + Laser 10 19,71725 3,815394 16,98788 22,44662
Caseiro 10 22,01475 1,960864 20,61203 23,41747
Sem Luz 10 22,92917 3,123121 20,69502 25,16331
Luz Halógena 10 21,31473 2,151160 19,77589 22,85358
LED 10 20,93877 3,669953 18,31344 23,56410
84
O teste de ANOVA aceitou a hipótese de igualdade (para um nível de confiança
de 95%) entre os valores de b*, antes do início do tratamento clareador, com valor de p=
0,201775. Observamos que a coloração inicial dos dentes foi similar (L*, a* e b*).
5.2 Análise das cores iniciais - escala de cor (avaliação visual)
Os resultados da avaliação da cor (média dos valores dos 6 dentes anteriores
superiores), antes do clareamento dental, podem ser observados na Tabela 14.
Tabela 14 -
Estatística descritiva da cor média dos dentes avaliados, antes
do tratamento clareador
Grupo N
0
Cor média Desvio-padrão -95% +95%
Total 48 5,836806 1,977560 5,262582 6,411029
Caseiro 10 5,516667 1,556448 4,403251 6,630083
Sem Luz 10 6,600000 1,705474 5,379977 7,820023
Luz Halógena 10 5,900000 2,125971 4,379172 7,420828
LED 10 6,433333 2,141881 4,901124 7,965543
LED + Laser 8 4,458333 2,007427 2,780083 6,136584
O teste de ANOVA aceitou a hipótese de igualdade (nível de confiança de 95%)
entre os valores de cor média, no tempo inicial entre os grupos testados, com valor de
p=0,158024. Observamos que a coloração inicial dos dentes dos pacientes foi similar,
verificando uma padronização inicial.
85
5.3 Análise dos resultados para o espectrofotômetro (avaliação instrumental)
Foi realizada a mensuração da cor dos dentes incisivos superiores anteriores
(canino a canino) através do aparelho de espectrofotômetro, Vita Easyshade (Vita-
Zahnfabrik, Alemanha), conforme o subitem 4.3.2, avaliada 3 vezes cada elemento
dental, obtendo os valores de L*, c* e h* e, posteriormente, a média dos 3 valores,
convertidos o c* e h* para a* e b*, obtendo os resultados de L*, a* e b* (média dos 6
dentes anteriores) (TAB. 15).
86
Tabela 15 - Amostra da coletas dos dados de 1 paciente dentre os 50 avaliados, para obter aos valores de (L*, a* e b*)
Dente antes do clareamento L médio C médio H médio a b L* Médio a* Médio b* Médio
13 80.3 29.8 86.2 79.7 29.6 86.4 80 29.3 86.6 80 29.56667 86.4 1.8565064 29.508324
12 88.9 22.5 90.9 88.2 22.4 91.1 88.7 21.5 91.1 88.6 22.13333 91.03333 -0.3991546 22.129734
11 86.1 16.5 96.5 85.8 16.2 96.9 85.8 16.3 96.9 85.9 16.33333 96.76667 -1.9244957 16.219559
85.04444 -0.07799 23.12338
21 89.8 16.7 96.5 89.4 16.6 96.9 89.2 16.4 97 89.46667 16.56667 96.8 -1.9615591 16.450129
22 85.4 23.5 89.9 83 25 90.4 84.4 23.1 90.2 84.26667 23.86667 90.16667 -0.0694252 23.866566
23 82.9 31.1 86.3 81.7 30.5 86.2 81.5 30.3 86.1 82.03333 30.63333 86.2 2.0301905 30.565985
Durante o tratamento clareador
13 85.9 21.4 91.8 83.2 17.6 90.5 82.7 17.3 90 83.93333 18.76667 90.76667 -0.2511066 18.764987
12 90.4 17.8 95.3 90.2 18.3 94.7 91.3 18.8 94.4 90.63333 18.3 94.8 -1.5313045 18.235819
11 87.1 12.8 100 87.4 12.9 100 87.5 12.9 100 87.33333 12.86667 100.1333 -2.2637543 12.665959
87.65 -1.23285 17.14574
21 90.4 13.2 98.5 89.8 12.8 99 89.9 12.8 98.9 90.03333 12.93333 98.8 -1.9786168 12.781087
22 88.3 17.8 93.9 87.5 17.4 93.8 87.6 17.4 93.8 87.8 17.53333 93.83333 -1.1721802 17.494107
23 86.6 23.1 90.6 85.9 22.9 90.4 86 22.8 90.5 86.16667 22.93333 90.5 -0.2001285 22.93246
1 semana após o tratamento
13 90.1 13.3 92.5 88.8 18.9 93.8 89.2 18.6 93.8 89.36667 16.93333 93.36667 -0.9944203 16.904109
12 91.7 14.6 97.4 89.7 11.2 96.2 90.9 13.7 97.4 90.76667 13.16667 97 -1.604613 13.068524
11 87.2 11.2 102 87.8 11.5 102 87.7 11.4 102 87.56667 11.36667 101.9 -2.3438542 11.122385
89.6 -1.59975 14.03377
21 90.2 11.7 101 89.9 11.3 99.4 89.8 11.2 99.5 89.96667 11.4 99.86667 -1.9534579 11.231385
22 90.6 14.4 96.4 90.6 14.1 96.5 90.7 14.2 96.3 90.63333 14.23333 96.4 -1.5865745 14.14463
23 89.8 18.2 93.9 90.3 18.2 94 87.8 16.9 92.9 89.3 17.76667 93.6 -1.1155782 17.731608
2 semanas após ao tratamento
13 90.7 18.4 93.4 88.9 16.5 93.1 88.7 16.1 93 89.43333 17 93.16667 -0.9390906 16.974042
12 94.4 16.1 96.4 94 16.1 96.1 93.7 16.2 95.9 94.03333 16.13333 96.13333 -1.7237262 16.040985
11 90.2 11.9 99.1 88.4 10.8 99.6 88.8 10.9 99.4 89.13333 11.2 99.36667 -1.8228221 11.050671
90.26667 -1.12017 13.21808
21 93.3 12.7 98.9 92.1 11.1 97.2 92 11 96.8 92.46667 11.6 97.63333 -1.5408632 11.497206
22 90 10 93.5 91.8 9.8 94.4 90.9 9.3 93.4 90.9 9.7 93.76667 -0.6372259 9.6790466
23 89.1 16.2 92.1 85.6 14 90.2 82.2 12 88.4 85.63333 14.06667 90.23333 -0.0572854 14.06655
1 mês após o tratamento
13 89.7 17.7 92.8 91.5 16.9 94.6 89.9 14.9 93.9 90.36667 16.5 93.76667 -1.083941 16.464358
12 95.7 14.1 97.9 90.6 10.4 96.1 89.1 9.2 95.2 91.8 11.23333 96.4 -1.2521677 11.163326
11 89.9 9.5 102 89.8 9.3 102 90.7 9.9 102 90.13333 9.566667 102.2 -2.0216739 9.3506121
91.58889 -1.3582 12.35448
21 94.3 11.1 100 93.9 10.5 100 93.9 10.5 99.8 94.03333 10.7 100.0667 -1.8702951 10.535274
22 92.1 12.9 96.9 91.2 11.5 96.4 90.5 11.4 96 91.26667 11.93333 96.43333 -1.337095 11.858188
23 90.9 16.7 93.6 87.2 13.9 91.4 97.7 13.7 91.8 91.93333 14.76667 92.26667 -0.5840287 14.755113
6 meses após o tratamento
13 89.5 17.9 94.4 89.6 17.6 94.5 88.6 17.4 94 89.23333 17.63333 94.3 -1.3221249 17.583698
12 94.5 14 98.4 94.3 14.2 98.2 94.7 14 98.7 94.5 14.06667 98.43333 -2.0629968 13.914566
11 90.1 10.5 102 90.1 10.5 102 90.7 10.6 102 90.3 10.53333 101.6667 -2.1300251 10.315721
91.35556 -1.43 13.61884
21 92.5 10.8 101 93 10.9 102 93.1 11 101 92.86667 10.9 101.3667 -2.1482484 10.686207
22 91.7 13.3 97.4 91.1 13.3 97 91.4 13.4 97.2 91.4 13.33333 97.2 -1.6711098 13.228196
23 91.3 16.5 95.3 90.3 16.6 94.5 87.9 15 93.6 89.83333 16.03333 94.46667 -1.2486616 15.984637
87
Na Tabela 16, são demostrados os dados da média dos dentes anteriores
superiores em L*, a* e b* de 10 pacientes contidos em um dos grupos avaliados. Os
resultados de L*, a* e b* dos 5 grupos avaliados estão dispostos nas tabelas 17, 18, 19,
20, 21 (ANEXO 4). Após a obtenção dos dados de L*, a* e b*, convertemos em ∆E,
através da fórmula ∆E* = {(∆L*)
2
+ (∆a*)
2
+(∆b*)
2
}
0,5
para posterior comparação entre os
grupos e os tempos de mensuração da cor (TAB. 22, ANEXO 5).
Tabela 16 - Dados obtidos de (L*, a* e b*) média dos dentes
GRUPO 2 - SEM FONTE AUXILIAR
Paciente Tempo L* a* b*
1- CS Inicial 81,87777778
1,179096049
23,77556199
1- CS Durante 85,68888889
-1,574688871
15,78907808
1- CS Após 1 sem 90,61111111
-1,127327133
15,87590727
1- CS Após 2 sem 89,15
-1,128353237
13,4565277
1- CS Após 1 mês 86,69444444
-0,623341489
13,50070944
1- CS Após 6 meses 87,81666667
-1,420339023
15,41308624
2- CA Inicial 83,82222222
0,567434732
26,52032868
2- CA Durante 88,88333333
-1,032784367
21,29688067
2- CA Após 1sem 88,88333333
-1,032784367
21,29688067
2- CA Após 2 sem 88,18333333
-1,119261756
19,42676738
2- CA Após 1 mês 88,40555556
-0,883134923
21,67223636
2- CA Após 6 meses 87,83888889
-0,875433323
21,08785763
3- CC Inicial 82,36111111
0,977558978
24,44735557
3- CC Durante 88,70555556
-0,273871725
16,5432828
3- CC Após 1 sem 89,12777778
-0,710825775
13,83346173
3- CC Após 2 sem 89,56666667
-0,729798119
13,80345911
3- CC Após 1 mês 89,46666667
-0,903274377
12,61410979
3- CC Após 6 meses 89,2368
-0,87654
13,0567
4- GR Inicial 83,68333333
1,392888374
25,81355824
4- GR Durante 86,8
-1,39341324
14,08060265
4- GR Após 1sem 86,45
-1,234070465
13,06184974
4- GR Após 2 sem 87,51111111
-1,182176749
13,53536895
88
4- GR Após 1 mês 87,1
-1,182393889
14,61896578
4- GR Após 6 meses 85,46666667
-1.221098169
14.69178333
5- MD Inicial 84,32777778
0,764712607
16,40606249
5- MD Durante 87,98333333
-0,464439079
14,44156506
5- MD Após 1sem 89,84444444
-1,013449268
13,92691699
5- MD Após 2 sem 89,14444444
-1,003449268
13,92691699
5- MD Após 1 mês 88,59444444
-0,729762456
12,89646644
5- MD Após 6 meses 84,04444444
-0,717310438
13,95869898
6- MP Inicial 84,53333333
-0,597976295
19,63516431
6- MP Durante 84,27777778
-1,192078805
14,99047768
6- MP Após 1 sem 87,48888889
-1,654263557
16,14801363
6- MP Após 2 sem 87,48888889
-1,654263557
16,14801363
6- MP Após 1 mês 88,55555556
-1,518888537
16,26920067
6- MP Após 6 meses 88,67222222
-1,528797271
16,98529592
7- MM Inicial 84,95555556
0,114176953
23,63588603
7- MM Durante 86,83333333
-0,792818057
20,87209402
7- MM Após 1sem 88,35555556
-1,347949078
14,41147181
7- MM Após 2 sem 88,83333333
-1,136464285
13,25197098
7- MM Após 1 mês 88,5
-1,240493452
14,86925245
7- MM Após 6 meses 87,986699
-1,22854
14,9677
8- RM Inicial 80,65555556
1,217318673
25,33433655
8- RM Durante 85,03888889
-0,422879655
16,92804156
8- RM Após 1 sem 86,96111111
-0,347637012
16,63954163
8- RM Após 2 sem 88,34444444
-0,427023319
16,67435591
8- RM Após 1 mês 88,13333333
-0,261194043
16,76694287
8- RM Após 6 meses 88,18888889
-0,2511
17,11557576
9- SS Inicial 83,41666667
-0,612307193
20,97206256
9- SS Durante 83,85555556
-1,220182981
18,83480367
9- SS Após 1 sem 86,92222222
-1,960530291
16,13897197
9- SS Após 2 sem 88,51666667
-2,206641381
13,73457794
9- SS Após 1 mês 88,85
-2,46127661
13,11238322
9- SS Após 6 meses 86,06666667
-2,448389511
13,42532791
10- VR Inicial 80,79444444
1,774073512
22,75135947
10- VR Durante 87,07222222
-1,306428153
14,26210304
10- VR Após 1 sem 88,16111111
-1,091673289
13,68658497
10- VR Após 2 sem 86,56111111
-1,970382029
12,36989585
10- VR Após 1 mês 89,73888889
-1,018016105
15,62400952
10- VR Após 6 meses 86,17777778
-0,931524633
15,27208915
89
Para melhor interpretação dos resultados, a coloração inicial não foi inserida nos
resultados, pois, para obter o ∆L, ∆a e ∆b, é necessário a diferença entre a cor obtida
após o clareamento e a cor inical (ZEKONIS et al., 2003; AL SHETHRI et al., 2003).
Os resultados do método instrumental (espectrofotômetro), avaliando as variáveis
grupo e tempo, através do teste de ANOVA nos grupos G1, G2, G3, G4 e G5, rejeitou a
hipótese de igualdade entre os valores de ∆E para o fator Grupo (nível de confiança de
95%), com p= 0,000011. Para o fator Tempo, a análise de variância aceitou a hipótese de
igualdade, com p= 0,281394. Na interação dos fatores Grupo e Tempo, a hipótese de
igualdade foi aceita com p= 0,999993 (TAB. 22, ANEXO 5). Estes valores foram obtidos
após a 1
a
e 2
a
semana e depois de 1 e 6 meses. Foi rejeitada a hipótese de igualdade no
fator Grupo (dados submetidos ao teste estatístico post - hoc de Tukey HSD) para
identificar a diferença do fator Grupo, conforme indicam as letras na tabela 23.
Tabela 23 - Estatística descritiva dos valores (∆E) fator grupo
Grupo Média Letras
Caseiro 10,51468 A
Sem Luz 9,60003 AB
LED 8,18468 BC
LED + Laser 7,96202 BC
Luz Halógena 7,82190 C
A análise de Variância (ANOVA) foi aplicada para observar se diferença
estatística entre os grupos analisados, variando o Grupo e Tempo (∆E). A hipótese de
90
igualdade entre os grupos foi confirmada (p=0,999993). Não houve diferença estatística
significativa entre os dois fatores (Grupo e Tempo) (GRAF. 1).
Gráfico 1 - ∆E em relação a avaliação instrumental
Verificamos através dos resultados, que o grau de clareamento entre os grupos
estudados não apresentaram diferença estatística entre eles, ou seja, houve igualdade de
resultados, variando o grupo (G1, G2, G3, G4 e G5) e o tempo de mensuração da cor
(inicial, após 1 e 2 semanas, 1 e 6 meses).
5.4 Análise dos resultados - escala de cor (avaliação visual)
O teste de ANOVA de dois fatores variáveis (Grupo e Tempo) rejeitou a hipótese
de igualdade entre os valores de clareamento médio para o fator Grupo (nível de
confiança de 95%), com p= 0,000018. Para o fator Tempo, a análise de variância aceitou
a hipótese de igualdade, com p= 0,389578. Na interação dos fatores Grupo e Tempo, a
hipótese de igualdade foi aceita com p= 1,00000. A estatística descritiva dos valores das
variáveis (Grupo e Tempo) através da avaliação subjetiva com escala de cor está contida
na tabela 24 (ANEXO 6).
91
Rejeitada a hipótese de igualdade no fator Grupo, os resultados foram
submetidos ao teste estatístico post - hoc de Tukey HSD para identificar entre quais
grupos ocorreu a diferença, revelando dois grupamentos estatísticos, conforme as letras
na tabela 25.
Tabela 25 - Teste de Tukey HSD para o fator Grupo (p=0,05)
Grupo Clareamento médio Letras
Sem Luz 4,756667 A
LED 4,500000 A
Luz halógena 4,100000 A
Caseiro 3,913333 A B
LED + Laser 2,912500 B
A Análise de Variância (ANOVA e do teste de Tukey) foi aplicada para observar se
diferença estatística entre os grupos analisados, variando o Grupo e Tempo (∆E). A
hipótese de igualdade entre os grupos foi confirmada (p=1,000000). Não houve diferença
estatística entre os grupos (GRAF. 2).
Gráfico 2 - ∆E em relação à avaliação visual através da escala de cor
Neste estudo verificamos que a técnica caseira com peróxido de carbamida a
10% e a no consultório com o peróxido de hidrogênio a 35%, utilizando ou não fontes
92
auxiliares, os resultados são equivalentes. Todos os pacientes tiveram os dentes
clareados em relação aos métodos avaliados (escala de cor e espectrofotômetro).
5.5 Sensibilidade Dental e Irritação Gengival
O resultado da avaliação clínica estão dispostos nos quadros 1 e 2. Devido ao
baixo peso molecular do peróxido e a alta concentração utilizada, alguns pacientes, em
todos os grupos, apresentaram sensibilidade dental que foi, porém, transitória (QUADRO
1). A sensiblidade dental e irritação gengival foram catalogadas em: nenhuma, leve,
moderada ou severa.
Quadro 1 - Sensiblidade dental durante o tratamento clareador
A sensibilidade dental ocorreu em todos os grupos, porém, os pacientes dos
grupos G2, G3, G4 e G5 foram os que mais sentiram, com uma pequena diferença para
os grupos G3 e G4. Os resultados dos efeitos colaterais foram verificados em 58% dos
pacientes, dentre eles, 54% relataram sensibilidade dental e 6% irritação gengival, dos
quais 2% relataram sensibilidade dental e irritação gengival. Dos pacientes que relataram
sensibilidade dental, 88,5% sentiram sensibilidade leve a moderada, 11,5% severa
sensibilidade.
Grupo
Pacientes
Nenhuma
Leve
Moderada
Severa
G1 10 8 2 0 0
G2 10 4 2 4 0
G3 10 5 3 1 1
G4 10 2 3 4 1
G5 10 4 3 2 1
93
Nos grupos clareados através da cnica no consultório, a sensibilidade ocorreu
logo após o tratamento clareador, sendo mais presente após a segunda sessão de
clareamento, independentemente do grupo avaliado. Observamos que, após 24h do
tratamento clareador, a sensibiliade dental, quando presente, foi reduzida (GRAF. 3). No
grupo clareado com a técnica caseira, verificamos que a sensibilidade dental foi menor
em número de pacientes e intensidade, porém permaneceu por mais dias (GRAF. 3).
Gráfico 3 - Sensibilidade dental dos tratamentos clareadores
A análise dos resultados mostrou que o menor percentual de irritação gengival
ocorreu nos grupos que utilizaram a técnica no consultório (QUADRO 2 e GRAF. 4). Dos
pacientes que apresentaram irritação gengival (6%) esta foi na maior parte (92%),
relacionada ao contato do agente clareador com a gengiva marginal e 8% ao uso da
moldeira plástica.
Grupo
Gel clareador
Fonte auxiliar
Nada
Pouco
Moderado
Muito
G1 Whiteness 10% _ 6 3 1 0
G2 HP Maxx _ 10 0 0 0
G3 HP Maxx Halógena 9 1 0 0
G4 HP Maxx LED 8 1 1 0
G5 HP Maxx LED + Laser 8 1 1 0
Quadro 2 - Irritação gengival durante o tratamento clareador
94
Nos grupos clareados através da técnica no consultório, a irritação gengival foi
praticamente inexistente, ocorrendo apenas durante a sessão clínica. No grupo clareado
com a técnica caseira, verificamos que a irritação gengival ocorreu em maior número de
pacientes e permaneceu por mais tempo após o tratamento (GRAF. 4).
Gráfico 4 - Irritação gengival dos tratamentos clareadores
5.6 Satisfação dos Pacientes
Após 7 dias do término do tratamento clareador, foi entregue questionário aos
pacientes para a avaliação do tratamento clareador: 1) Quanto o procedimento clareou
seus dentes. O melhor resultado foi do clareamento caseiro, 90% dos pacientes
responderam que clareou “muito” seus dentes. Dos 50 tratamentos clareadores, 46
pacientes (92%) avaliaram que o procedimento clareou “muito” ou “moderado” e apenas 4
pacientes (8%) responderam que clareou “pouco”, ambos dos grupos G4 e G5 (QUADRO
3).
95
Grupo Pacientes Nada Pouco Moderado Muito
G1 10 0 0 1 9
G2 10 0 0 3 7
G3 10 0 0 4 6
G4 10 0 2 2 6
G5 10 0 1 6 3
Quadro 3 - Avaliação do tratamento clareador dos pacientes
Perguntado aos pacientes se recomendariam o procedimento aos seus amigos,
47 pacientes (94%) responderam que “sim” e 3 (6%) informaram que talvez
recomendariam (QUADRO 4).
Grupo Gel clareador Fonte auxiliar Sim Talvez Não
G1
Whiteness 10% _ 10 0 0
G2
HP Maxx _ 10 0 0
G3
HP Maxx Halógena 9 1 0
G4
HP Maxx LED 9 1 0
G5
HP Maxx LED + Laser 9 1 0
Quadro 4 - Levantamento do paciente quanto à indicação do tratamento clareador
Os pacientes que mais se queixaram foram dos grupos que utilizaram a técnica
no consultório. As principais reclamações foram quanto ao tempo do tratamento, (cerca
de 1h cada sessão), à utilização do afastador labial e à sensibilidade dental logo após ao
tratamento clareador.
96
6 DISCUSSÃO
97
Neste estudo foram utilizados dois agentes clareadores: peróxido de carbamida a
10%, através da técnica caseira e a técnica no consultório com o peróxido de hidrogênio
a 35%. Optou-se por pesquisar estes materiais clareadores apesar de alguns autores
(SHANNON et al., 1993; TAMES; GRANDO; TAMES, 1998; SPALDING; TAVEIRA;
ASSIS, 2003; AZEVEDO, 2005; ANDRADE, 2005) demonstrarem alterações na
morfologia dos tecidos e nas estruturas dentais em trabalhos realizados in vitro e in situ.
Outros autores (LI, 1998; MATIS et al., 1999; BARATIERI et al., 2001; PUGH et al., 2005;
BLENKENAU GOLDSTEIN; HAYWOOD, 1999; ARAÚJO Jr, 2002; AL SHETHRI et al.,
2003; RODRIGUES, 2003; JOINER; THAKKER; COOPER, 2004; CAVALLI; GIANNINI;
CARVALHO, 2004; LIMA, 2005; SULIEMAN et al., 2005) comprovaram que esses
agentes clareadores não promovem alterações nos tecidos e nas estruturas dentais. Esta
discrepância é justificada pelas diferenças metodológicas (tempo de avaliação, agente
clareador utilizado, tempo de aplicação, imersão dos espécimes em saliva artificial entre
os tratamentos, modo de armazenamento, pH do agente clareador, utilização do flúor,
etc...). Quando os trabalhos são realizados em condições, in situ e in vivo, não promovem
alterações na morfologia das estruturas dentais, pois a saliva previne a desmineralização
do esmalte clareado ( MAIA, 2002; HANNIG et al., 2005). Os efeitos adversos verificados,
in vitro, não foram encontrados quando realizados, in situ, (JUSTINO; TAMES;
DEMARCO, 2004). Este trabalho foi realizado, in vivo, a fim de verificar o tratamento
clareador em situações clínicas.
O clareamento dental, independente da técnica utilizada, (caseira ou consultório)
é possível devido à permeabilidade da estrutura dental. O esmalte, comporta-se como
membrana semipermeável, possibilitando o trânsito de água e substâncias de pequeno
peso molecular, como exemplo, os íons de oxigênio nascente (O
-
) presente nos peróxidos
de carbamida e de hidrogênio, que permite a difusão do oxigênio (reação de oxidação)
98
sobre as estruturas orgânicas do dente, responsável pelo clareamento (HAYWOOD,
1999).
Está avaliação foi realizada especificamente nos 6 dentes anteriores
superiores (canino a canino). O tempo de tratamento clareador das técnicas utilizadas
foram padronizadas. A técnica caseira com peróxido de carbamida a 10% foi utilizada por
14 dias (G1) e a técnica no consultório com peróxido de hidrogênio a 35% utilizada em 2
sessões clínicas, com 6 aplicações do gel clareador (3 aplicações em cada sessão) nos
grupos G2, G3, G4 e G5. A padronização da técnica facilita a comparação dos resultados
(MATIS et al., 2002a; MATIS et al., 2002b; AL SHETHRI et al., 2003; DELIPERI
BARDWELL; PAPATHANASIOU, 2004), diferentemente dos trabalhos de Auschill et al.,
(2005) e Gottardi; Brackett; Haywood (2006), que levaram em consideração as
reivindicações dos pacientes, ou seja o término do tratamento clareador dependia do aval
do paciente.
Foi incluída a técnica caseira com o objetivo de avaliar e comparar as técnicas de
clareamento nos dentes vitais. A cnica caseira é a mais utilizada por ser de menor
custo, menos agressiva aos tecidos dentais (sensibilidade) e oferece maior estabilidade
na cor (HAYWOOD, 1997). Contudo alguns pacientes não se adaptam ao clareamento
caseiro devido a utilização de moldeira plástica e/ou a espera de 2 semanas para
perceber a alteração na coloração dos dentes. O clareamento dental pela técnica no
consultório é a alternativa para estes pacientes. Diante disto este trabalho teve como um
de seus objetivos avaliar os métodos de tratamento clareador.
Os agentes clareadores avaliados neste estudo possuem pH neutro, fator
importante, pois as soluções clareadoras com pH ácido podem promover alterações na
topografia do esmalte (SHANNON et al., 1993; ANDRADE 2005). O pH próximo do neutro
99
dos agentes clareadores, pode minimizar os efeitos colaterais como sensibilidade dental
e irritação gengival (HAYWOOD, 1997; PRICE et al., 2000).
A mensuração da sensibilidade dental e irritação gengival nos pacientes foram
analisados em 4 categorias: nenhuma, leve, moderada e severa, a fim de simplificar a
avaliação, diferentemente de Zekonis et al., 2003 que avaliou em 5 categorias: nenhuma,
leve, moderada, considerável e severa.
Para verificar a coloração dos dentes, utilizamos a escala de cor através de
avaliação visual, método mais empregado devido ao manuseio simples e rápido, utilizado
com sucesso em vários estudos (LEONARD Jr et al., 1999; SULIEMAN et al., 2005;
GUAN et al., 2005; AUSCHILL et al., 2005; GOODSON et al., 2005; GOTTARDI;
BRACKETT; HAYWOOD, 2006). O processo de escolha da cor é multifatorial pois
depende da fonte de luz, dente a ser avaliado, experiência e padronização dos
avaliadores, dentre outros (WATTS e ADDY, 2001). O presente estudo utilizou sala e
iluminação artificial específica e 2 avaliadores experientes e pré-calibrados com o objetivo
de evitar discrepância na escolha da cor.
A percepção instrumental tem sido preferida sobre a visual porque torna o
processo objetivo e quantitativo. O método objetivo emprega espectrofotômetro,
colorímetros e técnicas de análise de imagem com a ajuda de softwares (JOINER;
THAKKER; COOPER, 2004). Neste estudo incluímos a utilização do aparelho de
espectrofotômetro Easyshade (Vita-Zanhnfabrik, Alemanha) com o objetivo de padronizar
e comparar a mensuração da cor. Este método vem sendo cada vez mais utilizado em
pesquisas por ser um aparelho portátil e leve, com mensuração objetiva e permite a
leitura de dentes em pequenas áreas (GUAN et al., 2005).
100
Nos grupos em que os dentes vitais foram clareados com a técnica do consultório
(G2, G3, G4, e G5) foi utilizado a guia de silicone, com aberturas no terço médio de cada
dente avaliado, com o objetivo de padronizar o local da mensuração da cor, através do
espectrofotômetro antes, durante e após o tratamento clareador e impedir a perda da luz
durante a avaliação com o aparelho de espectrofotômetro, em controvérsia com outros
estudos que não padronizaram o ponto de mensuração da cor (ZEKONIS et al., 2003; AL
SHETHRI et al., 2003) ou realizaram várias medições ao longo da superfície dental
(GOODSON et al., 2005). A não padronização do local de mensuração da cor pode
interferir nos resultados obtidos.
As fontes auxiliares de energia utilizadas para o clareamento no consultório m
como objetivo acelerar a reação de oxi-redução do gel clareador (peróxido de hidrogênio
a 35%) e são indicadas para o clareamento de dentes vitais na técnica no consultório
(ZANIN et al., 2003; LUK; TAM; HUBERT, 2004; WETTER; BARROSO; PELINO, 2004b;
SULIEMAN et al., 2005). questionamentos na literatura se necessidade da
utilização de fontes auxiliares (PAPATHANASIOU et al., 2002; HEIN et al., 2003). Nesta
pesquisa não foi utilizada fonte auxiliar para o grupo G2, apenas aplicação do gel
clareador com peróxido de hidrogênio a 35%, para posterior comparação entre os grupos
(G3, G4 e G5).
Avaliando durante 6 meses a alteração da cor através do espectrofotômetro
Easyshade (Vita-Zahnfabrik, Alemanha) e escala de cor Vita Clássica (Vita-Zahnfabrik,
Alemanha), constatamos que não houve diferença entre os todos avaliados,
verificação instrumental (p>0,281394) e visual (escala de cor) (p>0,389578). Este
resultado é semelhante ao de AUSCHILL et al., 2005, entretanto, difere do trabalho
clínico de ZEKONIS et al., 2003, que utilizou agente clareador num total 60min enquanto
101
neste estudo a aplicação foi de 90min, fator este que pode contribuir para melhorar os
resultados do tratamento clareador na técnica no consultório.
Comparando os métodos subjetivos (escala de cor) e o objetivo
(espectrofotômetro), não houve diferença estatística significante, resultado corroborado
com demais estudos (AL SHETHRI et al., 2003; ZEKONIS et al., 2003; GALLAGHER et
al., 2002; GOODSON et al., 2005; WETTER et al., 2004a; BRAUN; JEPSEN; KRAUSE,
2006). Esta similaridade entre os todos é devido ao aparelho espectrofotômetro
possuir a mesma linha de mensuração da escala VITA e pela padronização dos dois
métodos avaliados (JOINER, 2006).
Neste estudo verificamos que, as 2 técnicas clareadoras são efetivas, técnica
caseira utilizando o peróxido de carbamida a 10 % e a técnica no consultório com o
peróxido de hidrogênio a 35%. Todos os pacientes tiveram seus dentes clareados em
relação aos métodos avaliados.
Através dos resultados obtidos, verificamos que utilizando ou não as fontes
ativadoras de luz nos grupos G2, G3, G4 e G5, não houve diferença estatística
significante em relação à alteração de cor, após o tratamento clareador. A idéia de utilizar
unidades ativadoras (Luz Halógena, LED e LED/Laser) com a finalidade de “potencializar”
a reação do gel clareador e obter um melhor resultado, não foi observado clinicamente. O
agente clareador à base de peróxido de hidrogênio a 35% não demonstrou diferença de
resultado com ou sem luz ou calor para ocorrer à reação (PAPATHANASIOU et al., 2002;
HEIN et al., 2003; LIMA, 2005; MARSON et al., 2006). Porém, as fontes auxiliares podem
ser utilizadas para diminuir o tempo de aplicação do gel clareador, pois aceleram o
processo de clareamento (DOSTALOVA et al., 2004; LUK; TAM; HUBERT, 2004)
entretanto, o próprio fabricante recomenda a aplicação de no mínimo 10min (manual de
utilização do Whiteness HP Maxx).
102
Diante dos resultados foi observado a estabilidade da cor, dos tratamentos
clareadores por um período de até 6 meses de verificação. Houve uma discreta recidiva
após 6 meses porém, o estatísticamente significante entre os grupos (TAB. 10 e 13 e
GRAF. 1 e 2), ou seja, a estabilidade foi similar tanto para o clareamento caseiro como
para a técnica no consultório. Entretanto, trabalhos clínicos com avaliação longitudinal
verificaram discreto retorno da cor original do dente, após o período de 2 anos (SWIFT
Jr.; MAY; WILDERlDER,1999) pela técnica no consultório, diferentemente da técnica
caseira que tem a estabilidade de cor, em até 7 anos (LEONARD Jr et al., 2000). Ritter et
al., (2002) verificaram em avaliação clínica após 10 anos do tratamento caseiro que 43%
dos pacientes ainda percebiam os dentes clareados. Rosenstiel et al., (1991)
monitoraram, in vitro, a mudança de cor e a estabilidade após 1 sessão de clareamento
de consultório, com peróxido de hidrogênio a 35% ativado com lâmpada, durante 30min.
Os autores observaram que, após 7 dias, houve regressão da cor obtida, diferentemente
deste estudo. Esta discrepância nos resultados é devido ao menor número de sessões
utilizadas, o tempo de aplicação do agente clareador, por ser estudo in vitro, além da
evolução dos agentes clareadores e da técnica utilizada. A inclusão de barreiras
gengivais fotopolimerizáveis, o acelerador químico, associação de compostos que
diminuem a sensibilidade dentária, têm simplificado o tratamento e demonstrado
melhoria nos resultados (DELIPERI; BARDWELL; PAPATHANASIOU, 2004).
Para promover maior estabilidade de cor tem sido preconizado a associação das
2 cnicas (caseira e consultório), embora não avaliada neste estudo. A primeira sessão
do clareamento é realizada com peróxido de hidrogênio a 35% (técnica do consultório),
seguida da técnica caseira (PAPATHANASIOU; BARDWELL; KUGEL, 2001; DELIPERI;
BARDWELL; PAPATHANASIOU, 2004). Esta associação do clareamento para dentes
vitais, obtem melhor resultado, pois reduz o tempo de tratamento, diminui a irritação
gengival e a sensibilidade dental (DELIPERI; BARDWELL; PAPATHANASIOU, 2004).
103
Outra forma de alcançar melhores resultados é a aplicação de no mínimo 2 sessões
clínicas na técnica no consultório (peróxido de hidrogênio a 35%), com três aplicações do
gel clareador em cada sessão. Os grupos incluídos na técnica no consultório (G2, G3, G4
e G5) foram clareados em 2 sessões clínicas, com intervalo de 7 dias entre as sessões e
aplicado o gel clareador por 45min em cada sessão, totalizando 90min, com o objetivo de
promover maior alteração e estabilidade da cor.
Neste trabalho foi utilizado o gel clareador Whiteness Perfect a 10% (técnica
caseira) (FGM, Jonville, Brasil) contendo nitrato de potássio e fluoreto de sódio como
dessensibilizantes, esta associação não afeta o poder clareador, mas reduz
significativamente a sensibilidade no tratamento clareador (TAM, 2001). Os agentes
clareadores tem na sua formulação produtos com a função de diminuir a sensibilidade
dental durante o tratamento, com adição do nitrato de potássio, fluoreto de sódio e
dessensibilizantes, que podem estar associados ao agente clareador ou aplicados logo
após o tratamento (LEONARD Jr et al., 2004).
O menor índice de sensibilidade dental tanto em número de pacientes e de
intensidade ocorreu no G1 (técnica caseira), devido provavelmente a baixa concentração
utilizada (peróxido de carbamida a 10%) e ao pouco tempo de uso diário, 2h por dia
(HAYWOOD,1997). A sensibilidade dental está intimamente relacionada a concentração,
tempo e freqüência de utilização do gel clareador (MATIS et al., 2002a; DELIPERI
BARDWELL; PAPATHANASIOU, 2004; MARSON et al., 2005). Nos grupos G2, G3, G4
e G5 a sensibilidade ocorreu de forma mais severa, provavelmente pela alta
concentração do gel clareador e pelo tempo de utilização (peróxido de hidrogênio a 35%).
Contrariamente aos resultados encontrados, Zekonis et al., (2003), relataram que não
houve diferença entre a técnica caseira e no consultório com relação à sensibilidade
dental, porém o tempo do tratamento clareador caseiro foi de 8h por dia e o tempo total
104
do consultório foi de 60min. Outro fator que contribuiu para o aumento da sensibilidade
dental durante o clareamento no consultório foi a adição de luz e calor, significando
aumento de temperatura pulpar (LUK; TAM; HUBERT, 2004).
Para minimizar a sensibilidade dental durante o tratamento clareador com o
peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP Maxx), alguns fabricantes aprimoraram a
formulação do produto, associando um conjunto de corantes especiais para maior
absorção de luz e adição de carga inorgânica, que permite maior retenção de ondas de
calor e luz (especificações técnicas FGM, Joinville). Desta forma a energia luminosa e o
calor são concentrados no gel, prevenindo a sensibilidade dental. Apesar da nova
formulação o agente clareador, esta não foi capaz de diminuir a sensibilidade dental
verificada no Quadro 1. O gel clareador utilizado na técnica no consultório Whiteness HP
Maxx (FGM, Joinville) não contém dessensibilizantes, para diminuir a sensibilidade
dental. Um gel de baixa viscosidade de nitrato de potássio associado a fluoreto de sódio a
2% (Desenbilize KF 2%, FGM, Jonville) foi aplicado logo após as sessões clínicas,
durante 10min.
Nos grupos clareados através da técnica no consultório a sensibilidade ocorreu
logo após o tratamento clareador, mais presente após a segunda sessão de clareamento,
independentemente do grupo avaliado. Observamos que após 24h do tratamento
clareador a sensibilidade dental foi reduzida (GRAF. 3). A sensibilidade dental é comum
nas primeiras 12h após o tratamento clareador, pela técnica no consultório, devido a alta
concentração do peróxido, associação de fontes auxiliares que aumentam a temperatura
do dente (WETTER
et al., 2004a).
O índice de irritação gengival foi maior no G1 (técnica caseira), resultado similar ao
de outros estudos (ZEKONIS et al., 2003; AL SHETHRI et al., 2003). Isto ocorre pois o
gel clareador é depositado na moldeira plástica e pode extravasar, ficando em contato
105
com a gengiva marginal (MATIS et al., 2002a) porém, esta irritação não demonstrou
efeitos adversos ao tecido gengival. Trabalhos como de ALMAS; AL-HARBI; AL-GUNAIM
(2003), observaram que o clareamento ocasionou um efeito terapêutico com redução de
sangramento, quantidade de placa e melhorou a saúde gengival, pois, produtos a base
de peróxido de hidrogênio tem a ação antimicrobiana. O agente clareador em baixa
concentração com o tecido gengival não causa lesões clinicamente perceptíveis e que
somente a exposição do tecido gengival a altas concentrações de peróxidos podem
causar inflamação localizada entretanto, pode ser revertida rapidamente.
Na cnica no consultório foi observada diminuição em relação à irritação
gengival, pois com a utilização de barreiras gengivais fotopolimerizáveis é possível
controlar de forma segura o contato do gel clareador com a gengiva marginal livre,
limitando-o apenas à estrutura dental. Diferentemente da técnica caseira que depende do
paciente a colocação do gel clareador na moldeira plástica e posteriormente nos dentes,
podendo extravazar e ficar em contato com a gengiva marginal.
106
7 CONCLUSÃO
107
1. Todos os agentes clareadores utilizados foram efetivos para o clareamento dos
dentes vitais.
2. O tratamento clareador de dentes vitais através da técnica no consultório com
peróxido de hidrogênio a 35%, não melhorou com o uso de fontes auxiliares.
3. Em relação ao grau de clareamento dental através das técnicas utilizadas
(caseira e consultório) não houve diferença estatística.
4. A maior sensibilidade dental ocorreu na técnica no consultório, imediatamente
após as sessões clínicas.
5. O maior índice de irritação gengival ocorreu na técnica caseira.
6. Não houve diferença na estabilidade de cor entre as técnicas de clareamento
(caseiro e consultório) até o período de 6 meses de avaliação.
108
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p.145-149, Mar./Abr. 1998.
TURKER, S.B.; BISKIN, T. Effect of three bleaching agents on the surface properties of
three different esthetic restorative materials. J. Prosthet. Dent., v.89, n.5, p.466-473, May.
2003.
WATTS, A.; ADDY, M. Tooth discolouration and staining: a review of the literature.
Br. Dent. J., v.24, n.6, p.309-316, Mar. 2001.
116
WETTER, N.U.; WALVERDE, D.A.; KATO, I.T.; EDUARDO C DE, P. Bleaching Efficacy of
Whitening Agents Activated byXenon Lamp and 960-nm Diode Radiation. Photomed
Laser Surg., v.22, n.6, p.489-493, Dec. 2004a.
WETTER, N.U.; BARROSO, M.C.S.; PELINO, J.E. Dental Bleaching Efficacy With Diode
Laser and Irradiation: An In vitro Study. Lasers in Surgery and Medicine, v.35, p.254-
258, 2004b.
WORSCHECH, C.C. Efeito da escovação com dentifrício abrasivo fluoretado e não
fluoretado sobre a superfície do esmalte dental clareado através de peróxido de
carbamida a 10% e 35%. 2004. 78f. (Doutora em Clínica Odontológica - opção
Dentística). Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Unicamp.
ZANIN, F. Clareamento dental com Laser. Rev. Gaúcha Odont., v.7, n.2, p.4, 2003.
ZEKONIS, R.; MATIS, B.A.; COCHRAN, M.A.; AL SHETRI, S.E.; ECKERT, G.J.;
CARLSON, T.J. Clinical evaluation of in-office and at-home bleaching treatments. Oper.
Dent., Seattle, v.28, n.2, p.114 -121, Mar./Apr. 2003.
117
anexo
118
ANEXO 1
Aprovação do comitê de ética.
119
ANEXO 2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
INFORMAÇÃO E CONSENTIMENTO PÓS-INFORMAÇÃO
PARA PESQUISA
Meu nome é Fabiano Carlos Marson e estou desenvolvendo a pesquisa: “AVALIAÇÃO
CLÍNICA DO EFEITO DE DIFERENTES UNIDADES DE ATIVAÇÃO SOBRE O
CLAREAMENTO DENTAL, com o objetivo de investigar e avaliar o efeito de unidade
ativadora e a estabilidade de cor sobre o clareamento dental. Os riscos e/ou desconforto
que podem ocorrer durante o tratamento clareador são a sensibilidade dental e irritação
gengival. Se você tiver alguma dúvida em relação ao estudo ou quiser parar o tratamento
durante a pesquisa, entrar em contato pelo telefone (48) 32340681 e falar com Fabiano.
Se você estiver de acordo em participar, esclarecemos que as informações obtidas
durante a pesquisa serão confidenciais.
Assinatura____________________
Florianópolis, ______ de ____________ de 2005.
Nome:____________________________________________ RG:____________
Fone:__________
120
ANEXO 3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Nome do participante:_____________________________Idade______
As informações contidas neste documento foram fornecidas pelo doutorando
Fabiano Carlos Marson, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Clóvis Cardoso Vieira, com o
objetivo de firmar acordo escrito mediante o qual, o voluntário da pesquisa autoriza a sua
participação procedendo com o tratamento clareador. Com pleno conhecimento da
natureza dos procedimentos que esta pesquisa compreenderá, tendo a possibilidade de
livre arbítrio e sem qualquer coação.
1) Título da Pesquisa
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO EFEITO DE DIFERENTES UNIDADES DE ATIVAÇÃO
SOBRE O CLAREAMENTO DENTAL.
2) Objetivos
Este trabalho tem como objetivo avaliar clinicamente o efeito de unidades ativadoras
utilizadas no clareamento de consultório, com o uso do peróxido de hidrogênio a 35%, o
grau de sensibilidade, irritação gengival e alteração de cor antes, durante e após o
procedimento.
3) Justificativa
O clareamento dental é um dos procedimentos mais utilizados nos consultórios
odontológicos. O tratamento clareador difundiu-se rapidamente entre os pacientes devido
as vantagens de melhorar a coloração dos dentes, não promover desgaste na estrutura
dental. Devido a grande procura por tratamentos clareadores, muitos trabalhos foram
realizados a nível laboratorial, in situ e in vitro, a fim de avaliar seus efeitos sobre a
estrutura dental, porém poucos trabalhos avaliaram clinicamente seus efeitos. Este
trabalho tem como objetivo avaliar clinicamente, o efeito de unidades auxiliares utilizadas
no clareamento de consultório, com o uso do peróxido de hidrogênio a 35%, o
clareamento pela técnica caseira utilizando o peróxido de carbamida a 10% e o grau de
sensibilidade, irritação gengival e alteração de cor antes, durante e após o procedimento.
121
4) Procedimentos da Pesquisa
Selecionados 50 pacientes com critérios pré-estabelecidos, os quais foram divididos
aleatoriamente em 5 grupos (n=10); G1 - Peróxido de Carbamida (PC) a 10%; G2 -
Peróxido de Hidrogênio (PH) a 35%; G3 - PH a 35% + Luz Halógena Curing Light XL
3000 (3M/ESPE); G4 - PH a 35% + LED Demetron (Kerr) e G5 - PH a 35% + Led/Laser
(Bio-art). Para o clareamento foi realizado 2 sessões de clareamento com PH a 35%
(intervalo de 1 semana), com 3 aplicações em cada sessão. Para avaliação da cor antes,
durante e após o clareamento foi utilizado 2 métodos: escala de cor da Vita Clássica e
espetofotômetro VITA Easyshade.
5) Desconforto
Alguns efeitos adversos como sensibilidade dental e irritação gengival, poderão
ocorrer. Os efeitos são reversíveis e poderão ser diminuídos ou eliminados dependendo
do regime clareador.
6) Benefício do estudo
O benefício é o clareamento dental dos dentes dos pacientes selecionados. Esta
pesquisa será de grande importância à comunidade científica, visto que há poucos
trabalhos que avaliam clinicamente o clareamento dental.
7) Informações
Os voluntários terão a garantia de que receberão resposta à qualquer pergunta ou
esclarecimentos a cerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos
relacionados a esta pesquisa.
8) Telefone para contato com o pesquisador
Fabiano Carlos Marson – (48) 3234-0681
9) Retirada do consentimento
O voluntário tem total liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e
deixar de participar da pesquisa.
10) Aspecto geral
Este manual foi elaborado de acordo com as diretrizes e normas que regulamentam
as pesquisas envolvendo seres humanos, atendendo às resoluções 196/96 e 251/97 do
Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde – Brasília – DF.
122
EU____________________________________RG,________certifico que tendo lido as
informações acima, e suficientemente esclarecido pelo doutorando Fabiano Carlos
Marson e pelo Prof. Dr. Luiz Clóvis Cardoso Vieira, estou plenamente de acordo com a
realização deste estudo, autorizando assim, minha participação.
Florianópolis,_____de_____________de_____
______________________
Assinatura do paciente
123
ANEXO 4
Tabela 17 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 1
GRUPO 1 – CASEIRO
Paciente Tempo L* a* b*
1- AN Inicial 81,87777778
1,179096049
23,77556199
1- AN Após 1 sem 86,4367
-0,87654
12,9854
1- AN Após 2 sem 86,435567
-0,87654
12,9754
1- AN Após 1 mês 85,69444444
-0,743341489
13,50070944
1- AN Após 6 meses 85,69444444
-0,723414892
13,50070944
2- DD Inicial 82,16666667
1,463647706
17,91805634
2- DD Após 1 sem 88,84444444
-1,354910588
13,05020475
2- DD Após 2 sem 89,02777778
-1,382393889
13,61896578
2- DD Após 1 mês 88,83958
-1,0999889
14,36716941
2- DD Após 6 meses 86,68888889
-1,153743466
14,51613182
3- D Inicial 81,97777778
0,224169814
21,84156247
3- D Após 1 sem 90,61111111
-1,297327133
13,87590727
3- D Após 2 sem 90,46111111
-1,296653413
13,87474351
3- D Após 1 mês 89,96111111
-1,281156516
13,55598943
3- D Após 6 meses 89,72777778
-1,281156516
13,55598943
4- KS Inicial 82,16666667
0,103647706
22,91805634
4- KS Após 1 sem 89,53333333
-0,868014319
16,00544097
4- KS Após 2 sem 89,53333333
-0,728014319
16,00544097
4- KS Após 1 mês 88,6478
-0,70647892
16
4- KS Após 6 meses 88,6578
-0,80345
16,2884
5- NF Inicial 82,26111111
0,126360651
20,37671998
5- NF Após 1 sem 88,88888889
-1,291805904
14,52141975
5- NF Após 2 sem 88,67777778
-1,24496085
14,81351643
5- NF Após 1 mês 88,71666667
-1,187496404
15,38457773
5- NF Após 6 meses 87,934556
-1,17898
15,368685
6- PF Inicial 80,97777778
0,940748673
22,52339669
6- PF Após 1 sem 90,85555556
-0,614465652
15,56421835
6- PF Após 2 sem 89,66111111
-0,602251594
16,12122833
6- PF Após 1 mês 88,83333333
-0,522251594
15,05224731
6- PF Após 6 meses 88,88888889
-0,552251595
16,89358438
7- RF Inicial 81,87777778
1,179096049
23,77556199
7- RF Após 1 sem 90,85555556
-1,446565241
15,56421835
7- RF Após 2 sem 90,81111111
-1,230977605
15,24753485
7- RF Após 1 mês 90,61666667
-1,248059495
15,12040506
7- RF Após 6 meses 87,16111111
-1,2026303
16,95963545
8- RE Inicial 85,05555556
-0,067564827
23,96070035
8- RE Após 1 sem 91,35555556
-1,763861083
13,61883764
124
8- RE Após 2 sem 91,54829
-1,75493
13,76483
8- RE Após 1 mês 91,35555556
-1,763861083
13,61883764
8- RE Após 6 meses 88,897323
-1,685866543
12,6459308
9- ST Inicial 81,58888889
0,886649524
20,19206516
9- ST Após 1 sem 89,23888889
-0,516330497
15,38628758
9- ST Após 2 sem 89,66111111
-0,422251594
16,12122833
9- ST Após 1 mês 88,83333333
-0,335496433
15,05224731
9- ST Após 6 meses 88,88888889
-0,390105282
16,89358438
10- TE Inicial 82,05555556
1,514163671
22,86582825
10- TE Após 1 sem 90,53888889
-1,245866543
15,09932037
10- TE Após 2 sem 90,85555556
-1,446565241
15,56421835
10- TE Após 1 mês 90,81111111
-1,230977605
15,24753485
10- TE Após 6 meses 88,29444444
-1,258465942
10,92359317
Tabela 18 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 2
GRUPO 2 - SEM FONTE AUXILIAR
Paciente Tempo L* a* b*
1- CS Inicial 81,87777778
1,179096049
23,77556199
1- CS Durante 85,68888889
-1,574688871
15,78907808
1- CS Após 1 sem 90,61111111
-1,127327133
15,87590727
1- CS Após 2 sem 89,15
-1,128353237
13,4565277
1- CS Após 1 mês 86,69444444
-0,623341489
13,50070944
1- CS Após 6 meses 87,81666667
-1,420339023
15,41308624
2- CA Inicial 83,82222222
0,567434732
26,52032868
2- CA Durante 88,88333333
-1,032784367
21,29688067
2- CA Após 1sem 88,88333333
-1,032784367
21,29688067
2- CA Após 2 sem 88,18333333
-1,119261756
19,42676738
2- CA Após 1 mês 88,40555556
-0,883134923
21,67223636
2- CA Após 6 meses 87,83888889
-0,875433323
21,08785763
3- CC Inicial 82,36111111
0,977558978
24,44735557
3- CC Durante 88,70555556
-0,273871725
16,5432828
3- CC Após 1 sem 89,12777778
-0,710825775
13,83346173
3- CC Após 2 sem 89,56666667
-0,729798119
13,80345911
3- CC Após 1 mês 89,46666667
-0,903274377
12,61410979
3- CC Após 6 meses 89,2368
-0,87654
13,0567
4- GR Inicial 83,68333333
1,392888374
25,81355824
4- GR Durante 86,8
-1,39341324
14,08060265
4- GR Após 1sem 86,45
-1,234070465
13,06184974
125
4- GR Após 2 sem 87,51111111
-1,182176749
13,53536895
4- GR Após 1 mês 87,1
-1,182393889
14,61896578
4- GR Após 6 meses 85,46666667
-1,221098169
14,69178333
5- MD Inicial 84,32777778
0,764712607
16,40606249
5- MD Durante 87,98333333
-0,464439079
14,44156506
5- MD Após 1sem 89,84444444
-1,013449268
13,92691699
5- MD Após 2 sem 89,14444444
-1,003449268
13,92691699
5- MD Após 1 mês 88,59444444
-0,729762456
12,89646644
5- MD Após 6 meses 84,04444444
-0,717310438
13,95869898
6- MP Inicial 84,53333333
-0,597976295
19,63516431
6- MP Durante 84,27777778
-1,192078805
14,99047768
6- MP Após 1 sem 87,48888889
-1,654263557
16,14801363
6- MP Após 2 sem 87,48888889
-1,654263557
16,14801363
6- MP Após 1 mês 88,55555556
-1,518888537
16,26920067
6- MP Após 6 meses 88,67222222
-1,528797271
16,98529592
7- MM Inicial 84,95555556
0,114176953
23,63588603
7- MM Durante 86,83333333
-0,792818057
20,87209402
7- MM Após 1sem 88,35555556
-1,347949078
14,41147181
7- MM Após 2 sem 88,83333333
-1,136464285
13,25197098
7- MM Após 1 mês 88,5
-1,240493452
14,86925245
7- MM Após 6 meses 87,986699
-1,22854
14,9677
8- RM Inicial 80,65555556
1,217318673
25,33433655
8- RM Durante 85,03888889
-0,422879655
16,92804156
8- RM Após 1 sem 86,96111111
-0,347637012
16,63954163
8- RM Após 2 sem 88,34444444
-0,427023319
16,67435591
8- RM Após 1 mês 88,13333333
-0,261194043
16,76694287
8- RM Após 6 meses 88,18888889
-0,2511
17,11557576
9- SS Inicial 83,41666667
-0,612307193
20,97206256
9- SS Durante 83,85555556
-1,220182981
18,83480367
9- SS Após 1 sem 86,92222222
-1,960530291
16,13897197
9- SS Após 2 sem 88,51666667
-2,206641381
13,73457794
9- SS Após 1 mês 88,85
-2,46127661
13,11238322
9- SS Após 6 meses 86,06666667
-2,448389511
13,42532791
10- VR Inicial 80,79444444
1,774073512
22,75135947
10- VR Durante 87,07222222
-1,306428153
14,26210304
10- VR Após 1 sem 88,16111111
-1,091673289
13,68658497
10- VR Após 2 sem 86,56111111
-1,970382029
12,36989585
10- VR Após 1 mês 89,73888889
-1,018016105
15,62400952
126
10- VR Após 6 meses 86,17777778
-0,931524633
15,27208915
Tabela 19 - Dados do (L*, a* e b*) do grupo 3
GRUPO 3 - LUZ HALÓGENA
Paciente Tempo L* a* b*
1- BH Inicial 81,41666667
2,211672344
25,83855289
1- BH Durante 88,43888889
-0,628603051
20,12803267
1- BH Após 1 sem 88,75555556
-0,691375437
18,97567776
1- BH Após 2 sem 89,35555556
-0,723107174
19,94958943
1- BH Após 1 mês 90,22777778
-0,435104449
20,7358104
1- BH Após 6 meses 87,65
-0,960978807
20,33694178
2- BD Inicial 85,04444444
-0,07798961
23,12338262
2- BD Durante 87,65
-1,232848515
17,14573655
2- BD Após 1 sem 89,6
-1,599749705
14,03377365
2- BD Após 2 sem 90,26666667
-1,120168912
13,21808342
2- BD Após 1 mês 91,58888889
-1,358200221
12,35447844
2- BD Após 6 meses 91,35555556
-1,323861083
13,61883764
3- CM Inicial 84,94444444
0,417564573
21,99046412
3- CM Durante 87,54444444
-1,601602918
11,28221852
3- CM Após 1 sem 88,79444444
-1,826785267
11,16326864
3- CM Após 2 sem 87,77777778
-1,646340793
12,20025219
3- CM Após 1 mês 90,58888889
-1,358200221
12,35447844
3- CM Após 6 meses 86,32222222
-2,071122736
12,28896373
4- DF Inicial 85
-0,190455606
20,8475937
4- DF Durante 86,57222222
-0,822963032
15,9376495
4- DF Após 1 sem 88,18333333
-0,575527804
11,7524005
4- DF Após 2 sem 87,77777778
-0,654744679
12,049107
4- DF Após 1 mês 88,96111111
-1,031448001
14,40595418
4- DF Após 6 meses 87,64444444
-1,197690303
14,34449128
5- FA Inicial 83,55555556
0,081954087
18,87542488
5- FA Durante 88,5
-0,598970121
13,98454654
5- FA Após 1 sem 88,5
-0,898970121
13,98454654
5- FA Após 2 sem 87,23888889
-1,027160379
11,05187243
5- FA Após 1 mês 87,25
-1,275783755
12,06665684
5- FA Após 6 meses 87,25555556
-1,213458813
12,52177435
6- FF Inicial 88,18888889
-0,795874697
18,87166331
6- FF Durante 90,24444444
-1,205780699
14,64252299
6- FF Após 1 sem 90,51666667
-0,799252019
14,1221229
6- FF Após 2 sem 92,28333333
-1,430846939
15,37414469
6- FF Após 1 mês 90,61666667
-1,323367637
14,15879539
6- FF Após 6 meses 89,39444444
-0,739382696
15,95233386
127
7- GA Inicial 86,07777778
0,352358696
21,107617
7- GA Durante 88,67777778
-1,13484932
19,06593603
7- GA Após 1 sem 88,15
-1,471580056
16,85994073
7- GA Após 2 sem 90,38333333
-1,480170543
16,05639499
7- GA Após 1 mês 88,13888889
-1,282937889
16,20148137
7- GA Após 6 meses 88,71666667
-1,586174084
18,18009313
8- LA Inicial 87,52777778
-0,066550608
19,11558777
8- LA Durante 87,98888889
-0,882183702
18,56676909
8- LA Após 1 sem 89,71111111
-1,081805252
18,60886173
8- LA Após 2 sem 89,71111111
-1,081805252
18,60886173
8- LA Após 1 mês 88,22777778
-1,106985587
18,25885371
8- LA Após 6 meses 88,11666667
-0,705925448
18,76757899
9- RL Inicial 84,66666667
1,120101202
21,40654619
9- RL Durante 87,18888889
-0,379187879
18,28352107
9- RL Após 1 sem 87,91111111
-0,816557057
18,39664367
9- RL Após 2 sem 88,82777778
-0,887362088
18,03365662
9- RL Após 1 mês 89,91111111
-1,269117706
17,11282868
9- RL Após 6 meses 87,98333333
-1,296950203
18,62661665
10- SR Inicial 81,71111111
1,256641081
21,97051384
10- SR Durante 85,86666667
0,035007032
13,04961805
10- SR Após 1 sem 90,41666667
-0,883399443
14,23651754
10- SR Após 2 sem 90,25
-0,704260936
13,27128237
10- SR Após 1 mês 89,50555556
-0,548030659
13,29851946
10- SR Após 6 meses 90,05555556
-1,00744369
14,12890306
Tabela 20 - Dados do (∆L*, ∆a* e ∆b*) do grupo 4
GRUPO 4 – LED
Paciente Tempo DL* Da* Db*
1- BC Inicial 82,58888889
1,764478883
21,44031314
1- BC Durante 86,17222222
-0,491924979
16,89363669
1- BC Após 1 sem 87,84444444
-0,521649352
14,08527052
1- BC Após 2 sem 87,8
-1,072414096
15,45609313
1- BC Após 1 mês 88,59444444
-0,716108252
15,30315971
1- BC Após 6 meses 88,97222222
-1,049564166
15,92787814
2- BO Inicial 80,97777778
0,940748673
22,52339669
2- BO Durante 86,72222222
0,242372832
18,31705302
2- BO Após 1sem 89,66111111
-0,422251594
16,12122833
2- BO Após 2 sem 88,83333333
-0,033549643
15,05224731
2- BO Após 1 mês 88,88888889
-0,390105282
16,89358438
128
2- BO Após 6 meses 89,23888889
-0,516330497
18,38628758
3- CG Inicial 84,25555556
-0,702664473
22,03686435
3- CG Durante 87,55555556
-1,275153895
19,68591941
3- CG Após 1 sem 87,93888889
-1,745306088
14,42383447
3- CG Após 2 sem 87,93888889
-1,745306088
14,42383447
3- CG Após 1 mês 87,678
-1,68303
14,0345
3- CG Após 6 meses 86,980088
-1,54933
13,67
4- KP Inicial 82,03333333
0,298534863
22,76956569
4- KP Durante 83,88333333
-0,661862995
18,49426613
4- KP Após 1 sem 85,27222222
-0,559920338
17,14671609
4- KP Após 2 sem 85,53333333
-0,447028815
17,59049878
4- KP Após 1 mês 86,56111111
-0,354606465
17,89600214
4- KP Após 6 meses 87,41111111
-0,699385078
17,79860755
5- LR Inicial 82,05555556
1,514163671
22,86582825
5- LR Durante 85,87222222
-0,329854074
17,5404539
5- LR Após 1 sem 90,53888889
-1,245866543
15,09932037
5- LR Após 2 sem 88,51666667
-0,906510332
16,1234314
5- LR Após 1 mês 87,47777778
-0,689962883
14,26076534
5- LR Após 6 meses 87,73333333
-0,858633711
14,9635945
6- MB Inicial 84,07222222
0,199901668
21,3498887
6- MB Durante 90,85555556
-1,446565241
15,56421835
6- MB Após 1 sem 90,85555556
-1,446565241
15,56421835
6- MB Após 2 sem 90,81111111
-1,309776051
15,24753485
6- MB Após 1 mês 90,61666667
-1,248059495
15,12040506
6- MB Após 6 meses 87,21666667
-1,260464342
15,2076713
7- ML Inicial 84,83333333
0,418187778
17,78014918
7- ML Durante 84,6
-0,901877601
16,16645864
7- ML Após 1 sem 84,72222222
-1,095401149
14,11557929
7- ML Após 2 sem 87,78333333
-1,019918697
14,55246708
7- ML Após 1 mês 88,4
-1,384320555
14,24018426
7- ML Após 6 meses 85,51111111
-1,861888958
13,44217627
8- RR Inicial 83,33888889
-0,423245655
12,29886611
8- RR Durante 88
-0,617716338
10,953999
8- RR Após 1 sem 87,74444444
-0,864505272
10,61835435
8- RR Após 2 sem 87,58888889
-0,837841211
10,48242152
8- RR Após 1 mês 88,29444444
-0,658465942
10,92359317
8- RR Após 6 meses 86,91666667
-0,793821297
11,06855276
9- TA Inicial 82,26111111
-0,126360651
20,37671998
9- TA Durante 85,13333333
-0,804809564
16,01497329
9- TA Após 1 sem 88,80555556
-1,569892944
13,35267092
9- TA Após 2 sem 88,67777778
-1,04496085
14,81351643
9- TA Após 1 mês 88,71666667
-1,187496404
15,38457773
129
9- TA Após 6 meses 87,89546
-1,05879944
15,078354
10- TC Inicial 82,98333333
1,139792458
25,94611555
10- TC Durante 85,21111111
-0,612106749
19,78702557
10- TC Após 1 sem 88,22222222
-1,039260185
17,10055106
10- TC Após 2 sem 87,87222222
-0,975545705
16,90439966
10- TC Após 1 mês 89,06666667
-1,217328881
16,79039833
10- TC Após 6 meses 86,66111111
-1,244508476
17,79303244
Tabela 21 - Dados do (∆L*, ∆a* e ∆b*) do grupo 5
GRUPO 5 - LED/LASER
Paciente Tempo L* a* b*
1- AF Inicial 85,48888889
1,245338369
17,61820144
1- AF Durante 86,61666667
-1,155665919
15,99092861
1- AF Após 1 sem 87,89444444
-1,462779022
14,23308676
1- AF Após 2 sem 87,28333333
-1,25474379
13,76592682
1- AF Após 1 mês 88,01666667
-1,32378082
14,1464911
1- AF Após 6 meses 84,26111111
-1,516101654
11,21838875
2- ES Inicial 86,39444444
0,453558464
19,70610779
2- ES Durante 90,56111111
-1,275742635
17,91383699
2- ES Após 1sem 90,4
-1,174250996
14,78796612
2- ES Após 2sem 92,04444444
-1,155550564
14,29710957
2- ES Após 1 mês 88,18888889
-1,022315802
14,46716941
2- ES Após 6 meses 85,69444444
-1,354573149
14,02817837
3- GA Inicial 81,58888889
0,886649524
15,19206516
3- GA Durante 85,60555556
-0,765491599
15,31095303
3- GA Após 1 sem 86,63888889
-0,623965949
13,52581271
3- GA Após 2 sem 86,63888889
-0,623965949
13,52581271
3- GA Após 1 mês 86,95555556
-0,962524464
13,01018659
3- GA Após 6 meses 84,48888889
-1,038226866
12,688596
4- LI Inicial 82,75555556
0,309173987
24,93526391
4- LI Durante 88,37222222
-2,009449055
15,98775659
4- LI Após 1 sem 89,85
-1,902286695
14,02825179
4- LI Após 2 sem 88,32222222
-2,100628034
14,31383464
4- LI Após 1 mês 87,5
-1,598991827
13,47245752
4- LI Após 6 meses 84,41111111
-1,532685468
14,99549515
5- ND Inicial 84,31111111
2,943950279
15,8507303
5- ND Durante 88,35
-1,639490066
14,25705176
5- ND Após 1 sem 88,01111111
-1,823816988
9,504166618
5- ND Após 2 sem 88,01111111
-1,823816988
9,504166618
5- ND Após 1 mês 87,08444444
-1,792098157
12,37303127
5- ND Após 6 meses 86,16111111
-0,960913308
11,62226416
130
6- PF Inicial 85,28888889
0,566823997
16,18533151
6- PF Durante 89,78888889
-0,91890893
15,81584567
6- PF Após 1 sem 90,71666667
-0,969320133
14,13331808
6- PF Após 2 sem 92,2
-1,075977679
13,76071523
6- PF Após 1 mês 90,46111111
-0,866534133
12,87474351
6- PF Após 6 meses 89,08888889
-1,156557827
12,53880155
7- TA Inicial 82,16666667
-0,463647706
17,91805634
7- TA Durante 86,11666667
-0,773342706
14,82262484
7- TA Após 1 sem 87,2
-0,958230609
13,44334127
7- TA Após 2 sem 86,21666667
-1,004946486
13,44736915
7- TA Após 1 mês 85,78666667
-0,995777596
12,90817849
7- TA Após 6 meses 85,64444444
-0,822950143
13,64241652
8- TR Inicial 84,57222222
0,226129951
20,76683214
8- TR Durante 89,44444444
-0,659935348
17,4243162
8- TR Após 1 sem 88,82222222
-0,624032841
15,373309
8- TR Após 2 sem 89,53333333
-0,628014319
16,00544097
8- TR Após 1 mês 89,53333333
-0,628014319
16,00544097
8- TR Após 6 meses 86,62777778
-0,758260285
14,11094942
9- VA Inicial 80,65555556
1,217318673
25,33433655
9- VA Durante 85,03888889
-0,422879655
16,92804156
9- VA Após 1 sem 86,96111111
-0,347637012
16,63954163
9- VA Após 2 sem 88,34444444
-0,427023319
16,67435591
9- VA Após 1 mês 88,13333333
-0,261194043
16,76694287
9- VA Após 6 meses 88,18888889
-0,2511
17,11557576
10- VR Inicial 81,76897778
1,189096049
23,66556199
10- VR Durante 85,68888889
-2,710916164
20,88619417
10- VR Após 1sem 90,61111111
-1,127327133
15,87590727
10- VR Após 2sem 89,15
-1,128353237
13,4565277
10- VR Após 1 mês 86,69444444
-0,623341489
13,50070944
10- VR Após 6 meses 86,557
-0,61234
13,5789
131
ANEXO 5
Tabela 22 - Estatística descritiva dos valores (∆E) para o espectrofotômetro
Fator 1
Fator 2
N
Média (∆E)
Desvio-padrão (∆E)
-95%
+95%
Total 200 8,81666 2,827909 8,422343 9,21098
Caseiro 40 10,51468 1,757998 9,952448 11,07692
Sem Luz 40 9,60003 3,010689 8,637163 10,56289
Foto 40 7,82190 3,289891 6,769744 8,87406
LED 40 8,18468 2,176428 7,488621 8,88073
LED + Laser 40 7,96202 2,707437 7,096143 8,82790
Após 1 semana 50 9,00011 2,891150 8,178454 9,82177
Após 2 semanas 50 9,16287 2,756778 8,379407 9,94634
Após 1 mês 50 8,92343 2,767002 8,137061 9,70981
Após 6 meses 50 8,18023 2,877746 7,362385 8,99808
Caseiro Após 1 semana 10 10,94022 1,515027 9,856434 12,02400
Caseiro Após 2 semanas 10 10,75922 1,535548 9,660756 11,85769
Caseiro Após 1 mês 10 10,50902 1,687572 9,301800 11,71623
Caseiro Após 6 meses 10 9,85028 2,265641 8,229536 11,47102
Sem Luz Após 1 semana 10 9,53941 3,133528 7,297820 11,78100
Sem Luz Após 2 semanas 10 10,21019 3,096093 7,995377 12,42500
Sem Luz Após 1 mês 10 9,78054 2,923130 7,689463 11,87162
Sem Luz Após 6 meses 10 8,86997 3,206676 6,576049 11,16388
Foto Após 1 semana 10 7,86016 3,331486 5,476962 10,24337
Foto Após 2 semanas 10 8,27473 3,083779 6,068724 10,48073
Foto Após 1 mês 10 8,13669 3,483524 5,644724 10,62865
Foto Após 6 meses 10 7,01603 3,618943 4,427193 9,60486
LED Após 1 semana 10 8,50791 2,619396 6,634108 10,38171
LED Após 2 semanas 10 8,12708 2,237359 6,526569 9,72759
LED Após 1 mês 10 8,36973 2,053704 6,900601 9,83886
LED Após 6 meses 10 7,73398 2,014464 6,292923 9,17504
LED + Laser Após 1 semana 10 8,15284 2,901434 6,077280 10,22840
LED + Laser Após 2 semanas 10 8,44316 2,867642 6,391772 10,49455
LED + Laser Após 1 mês 10 7,82119 2,819763 5,804055 9,83833
LED + Laser Após 6 meses 10 7,43090 2,557024 5,601715 9,26008
132
ANEXO 6
Tabela 24 - Estatística descritiva dos valores obtidos através da escala de cor
Fator 1 Fator 2 n
o
Clareamento médio Desvio-padrão -95% 95%
192 4,083333 1,778076 3,857235 4,309432
Caseiro 40 3,913333 1,372817 3,523183 4,303484
Sem Luz 40 4,756667 1,510061 4,327512 5,185821
Foto 40 4,100000 1,881103 3,565396 4,634604
LED 40 4,500000 1,775367 3,995446 5,004554
LED + Laser 30 2,912500 1,867776 2,315156 3,509844
Uma semana após o término do clareamento, 48 4,194444 1,816764 3,666911 4,721978
Duas semanas após o término do clareamento, 48 4,288194 1,811358 3,762231 4,814158
Um mês após o término do clareamento, 48 4,211806 1,781750 3,694439 4,729172
Seis meses após o término do clareamento, 48 4,072917 1,832497 3,540815 4,605018
Caseiro Uma semana após o término do clareamento, 10 3,933333 1,370320 2,953065 4,913601
Caseiro
Duas semanas após o término do
clareamento,
10 4,183333 1,379860 3,196241 5,170425
Caseiro Um mês após o término do clareamento, 10 4,150000 1,441129 3,119079 5,180921
Caseiro Seis meses após o término do clareamento, 10 4,016667 1,504007 2,940765 5,092568
Sem Luz Uma semana após o término do clareamento, 10 4,833333 1,657382 3,647714 6,018953
Sem Luz
Duas semanas após o término do
clareamento,
10 4,983333 1,648887 3,803791 6,162876
Sem Luz Um mês após o término do clareamento, 10 4,866667 1,557142 3,752754 5,980579
Sem Luz Seis meses após o término do clareamento, 10 4,833333 1,581139 3,702255 5,964412
Foto Uma semana após o término do clareamento, 10 4,166667 1,957890 2,766077 5,567257
Foto
Duas semanas após o término do
clareamento,
10 4,200000 1,970148 2,790641 5,609359
Foto Um mês após o término do clareamento, 10 4,166667 1,957890 2,766077 5,567257
Foto Seis meses após o término do clareamento, 10 4,033333 2,116659 2,519166 5,547500
LED Uma semana após o término do clareamento, 10 4,766667 1,872807 3,426941 6,106392
LED
Duas semanas após o término do
clareamento,
10 4,766667 1,872807 3,426941 6,106392
LED Um mês após o término do clareamento, 10 4,566667 1,846251 3,245938 5,887395
LED Seis meses após o término do clareamento, 10 4,233333 1,948725 2,839299 5,627368
LED + Laser Uma semana após o término do clareamento, 8 3,041667 2,027098 1,346970 4,736363
LED + Laser
Duas semanas após o término do
clareamento,
8 3,062500 1,955735 1,427464 4,697536
LED + Laser Um mês após o término do clareamento, 8 3,083333 1,990055 1,419606 4,747061
LED + Laser Seis meses após o término do clareamento, 8 3,041667 1,922610 1,434325 4,649009
133
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