MARTIN, 1985, LIMA et al., 2002). Tais estudos já identificaram que estas variações
podem ter causas temporais como sazonalidade (V
IEIRA, 1997), espaciais como
heterogeneidade ambiental (ALHO, 1981), e até mesmo causas individuais,
baseadas nas relações intra e interespecíficas (L
IMA et al., 2002, OZGUL et al.,
2004).
Assim como outros estudos, LINDBORG (1941) e LAYME ET AL. (2004),
verificaram que a abundância de pequenos mamíferos estava estritamente
correlacionada com a disponibilidade de recursos alimentares. Em áreas de
Cerrado, A
LHO & PEREIRA (1985) correlacionaram as densidades de roedores com a
produção de sementes do local.
Durante este estudo, a sazonalidade foi responsável por um aumento de
58% no número total de indivíduos capturados durante a estação chuvosa. Tal
relação também já foi confirmada por A
LHO (1982) que, em um estudo detalhado
sobre roedores brasileiros, afirmou que estes possuem um ciclo sazonal, com altas
densidades durante a estação chuvosa e baixas densidades durante a estação
seca. Com relação ao número total de indivíduos capturados, este estudo está de
acordo com os padrões sazonais propostos por A
LHO (1982). A disponibilidade de
recursos alimentares pode atuar indiretamente na abundância de roedores do
Cerrado, uma vez que itens da sua dieta (insetos, sementes e frutos) também
apresentam variações sazonais na abundância (W
OLDA, 1980; OLIVEIRA, 1993).
Segundo R
OCHA et al. (1990), as comunidades de invertebrados do Cerrado
apresentam uma grande variação sazonal, sendo a maioria dos invertebrados mais
ativos na estação chuvosa. Contudo, quando outros aspectos populacionais das
espécies da ESECAE são analisados, apenas B. lasiurus parece obedecer a este
padrão de alta abundância durante os meses de chuva.
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