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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
NÚCLEO DE ESTUDOS EM CIÊNCIA ANIMAL
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – AMAZÔNIA
ORIENTAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL
Jaime Édson Simon
CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE SILAGEM DE SORGO
(SORGHUM BICOLOR [L.] MOENCH) COMO ALTERNATIVA PARA
ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTAR DE RUMINANTES NA AMAZÔNIA
ORIENTAL
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Ciência Animal da Universidade
Federal do Pará, Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental e
Universidade Federal Rural da Amazônia, como
requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Ciência Animal.
Orientador: Prof. Dr. José de Brito Lourenço Júnior
Co-Orientador: Prof. Dr. Ari Pinheiro Camarão
Belém-Pará
2006
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
NÚCLEO DE ESTUDOS EM CIÊNCIA ANIMAL
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – AMAZÔNIA ORIENTAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL
Jaime Édson Simon
CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE SILAGEM DE SORGO
(SORGHUM BICOLOR [L.] MOENCH) COMO ALTERNATIVA PARA
ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTAR DE RUMINANTES NA AMAZÔNIA
ORIENTAL
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Ciência Animal da Universidade
Federal do Pará, Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental e
Universidade Federal Rural da Amazônia, como
requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Ciência Animal.
Orientador: Prof. Dr. José de Brito Lourenço Júnior
Co-Orientador: Prof. Dr. Ari Pinheiro Camarão
Belém - Pará
2006
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Dados Internacionais de Catalogação-na -Publicação (CIP) –
Biblioteca Central/ UFPA, Belém-PA
Simon, Jaime Édson
Consumo e digestibilidade de silagem de sorgo (Sorghum bicolor [l.]
moench) como alternativa para alimentação suplementar de ruminantes na
Amazônia Oriental / Jaime Édson Simon, orientador Prof. Dr. José de Brito
Lourenço Júnior, co-orientador Prof. Dr. Ari Pinheiro Camarão.– 2006
Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em Ciência Animal, Centro de
Ciências Agrárias, Núcleo de Estudos em Ciência Animal, Universidade
Federal do Pará, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Amazônia
Oriental, Universidade Federal Rural Da Amazônia, Belém, 2006.
1. Sorgo. 2. Silagem. 3. Ruminantes. I. Título
CDD - 21. ed. 633.62
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
NÚCLEO DE ESTUDOS EM CIÊNCIA ANIMAL
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – AMAZÔNIA
ORIENTAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL
Jaime Édson Simon
CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE SILAGEM DE SORGO
(SORGHUM BICOLOR [L.] MOENCH) COMO ALTERNATIVA PARA
ALIMENTAÇÃO SUPLEMENTAR DE RUMINANTES NA AMAZÔNIA
ORIENTAL
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em
Ciência Animal da Universidade Federal do Pará, Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Amazônia Oriental e
Universidade Federal Rural da
A
mazônia, como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em Ciência
Animal.
Data:____/____/_____
Banca Examinadora
José de Brito Lourenço Júnior
Doutor em Ciências Biológicas
Geane Dias Gonçalves Ferreira
Doutora em Produção Animal
Saturnino Dutra
Doutor em Ciências Biológicas
A
memória do meu querido pai, Cláudio, a minha amada
mãe, Juliana, ao meu irmão Jair, pelo apoio por todos esses
anos, auxiliando-me nos estudos e pelos seus conselhos.
A
os meus irmãos, Claudionei, Márcia e Salete, pelo apoio e
incentivo.
AGRADECIMENTOS
Á Deus, pela constante presença e apoio em todos os momentos de minha vida;
À Universidade Federal do Pará - UFPA, Embrapa Amazônia Oriental,
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, pela possibilidade de agregar
importantes conhecimentos;
Ao Prof. Dr. José de Brito Lourenço Júnior, Pesquisador III da Embrapa
Amazônia Oriental e Professor da Pós-graduação em Ciência Animal, pela
orientação, sempre dinâmica, constante e amigável durante toda a vida acadêmica;
Ao Chefe da Divisão de Parque da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da
Prefeitura Municipal de Belém, Paulo Porto, Especialista em Preservação e
Conservação dos Recursos Naturais, pelo apoio na continuidade dos meus estudos;
A estagiária do Curso de Zootecnia da UFRA, Osvanira dos Santos Alves, pelo
apoio nos trabalhos de rotina, durante a coleta de dados;
Ao Prof. Dr. Almir Vieira Silva, Professor da UFRA, pelo apoio logístico durante
a elaboração da matéria-prima utilizada na dissertação;
Aos MSc. José Adérito Rodrigues Filho, Pesquisador II da Embrapa Amazônia
Oriental, pelo auxílio no planejamento da dieta e coleta de dados;
Aos Profs. Drs. Saturnino Dutra e Cláudio Vieira de Araújo, pelo auxílio na
análise estatística dos dados experimentais;
Ao Prof. MSc. Ermino Braga, Professor da UFRA, e ao DSc. Edílson Carvalho
Brasil, Pesquisador III da Embrapa Amazônia Oriental, pelo apoio logístico nas
análises laboratoriais das amostras.
A Bibliotecária da UFPA, Elisangela Silva da Costa, pela revisão bibliográfica.
“A pior coisa é você deixar a vida passar sem fazer absolutamente nada”.
Jaime Simon
RESUMO
Este trabalho foi realizado na Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, Pará, (1º28´ S
48º27´ W de Greenwich), para avaliar o efeito de quatro níveis (0%, 15%, 30% e
45%) de concentrado, com subprodutos da agroindústria regional, em substituição à
silagem de sorgo, no consumo voluntário e digestibilidade aparente da matéria seca
(MS), proteína bruta (PB), energia bruta (EB), fibra em detergente neutro (FDN) e
fibra em detergente ácido (FDA). Foi realizado um ensaio metabólico, em 14 dias de
adaptação e sete dias de período experimental, utilizando-se dezesseis ovinos, de
cinco meses e média de 23 kg, em delineamento inteiramente casualizado, com
quatro tratamentos e quatro repetições. Os dados foram analisados pelo software
SAS. A inclusão de concentrado na dieta influenciou o consumo voluntário e a
digestibilidade aparente de todos os nutrientes, sendo descrito por função
quadrática. Constatou-se um aumento quadrático nos consumos aparentes da MS e
MO, contudo, com aumento do nível de concentrado na ração, foram observadas
diminuições significativas nos teores de FDN e FDA. Percentagens entre 30% e 45%
de concentrado na dieta proporcionam melhores consumos e digestibilidades dos
nutrientes, exceto de FDN e FDA. A utilização de concentrado na silagem de sorgo,
o que proporciona maior disponibilidade de matéria seca na forragem e elevação do
valor nutritivo da ração, é capaz de promover aumento da produtividade animal.
Palavras-chave: Silagem de sorgo, subprodutos da agroindústria, fibra em
detergente neutro, fibra em detergente ácido, tanino.
ABSTRACT
This work was realized through in the Embrapa Amazon Eastern, in Belem, Para
State, Brazil (1º28´S 48º27´W de Greenwich) to evaluate the effect of four levels
(0%, 15%, 30% and 45%) of concentrate, with by-products of the regional
agroindustry, in substitution to the ensilage of sorghum, in the voluntary consumption
and apparent digestibility of the dry matter, crude protein, crude energy, fiber in
neutral detergent and fiber in acid detergent. A metabolic test was realized in
fourteen days of adaptation and seven days of experimental period, using sixteen
ovines, of five months and 23 kg of live weight, in a completely randomized
experimental design, with four treatments and four repetitions. The data was analyze
by software SAS. The concentrated inclusion of in the diet influenced the voluntary
consumption and the apparent digestibility of all nutrients, being described for
quadratic function. One evidenced a quadratic increase in the apparent
consumption’s of the dry matter and organic matter. However, had been observed,
with increase of the concentrated level of in the ration, significant reductions in
contents of fiber in neutral detergent and fiber in acid detergent. The concentrated
percentage of 30% to 45% of in the diet ration to better consumption’s and
digestibility of the nutrients, except of fiber in neutral detergent and fiber in acid
detergent. The concentrated use in the ensilage of sorghum, provides to better
availability of dry matter in the fodder plant and rise of the nutritional value of the
ration, is capable to promote increase of the animal productivity.
Keywords: Ensilage of sorghum, nutritive value, agroindustry by-products, fiber in
neutral detergent, fiber in acid detergent, tannin.
FIGURAS
Pág.
Figura 1 Regressões para estimar os teores fibra detergente neutro (% FDN), fibra
detergente ácida (% FDA) e celulose (% Cel.), em função do nível de
concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na dieta.............
57
Figura 2 Regressões para estimar os teores de proteína bruta (% PB), lignina (% Lig.)
e tanino condensado (% TC), em função do nível de concentrado na dieta
experimental. X = Nível de concentrado na dieta...............................................
57
Figura 3 Regressões para estimar o teor de energia bruta (% EB), em função do nível
de concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na dieta........
58
Figura 4 Regressão para estimar o consumo de matéria seca (CMS) g/dia, em função
do nível de concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta
.................................................................................................
60
Figura 5 Regressão para estimar o consumo de matéria seca (CMS) % PV, em função
do nível de concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta.....................................................................................................................
61
Figura 6 Regressão para estimar o consumo de matéria orgânica (CMO) g/dia, em
função do nível de concentrado na dieta experimental. X = Nível de
concentrado na dieta...........................................................................................
61
Figura 7 Regressões para estimar a digestibilidade da matéria seca (%) e da matéria
orgânica (%), em função do nível de concentrado na dieta experimental. X =
Nível de concentrado na dieta.............................................................................
64
Figura 8 Regressão para estimar o consumo proteína bruta g/dia, em função do nível
de concentrado das dietas experimentais. X = Nível de concentrado na dieta..
67
Figura 9 Regressão para estimar a digestibilidade da proteína bruta (DPB), em função
do nível de concentrado nas dietas experimentais. X = Nível de concentrado
na dieta................................................................................................................
68
Figura 10 Regressão para estimar o consumo energia bruta (CEB), em kcal/dia, em
função do nível de concentrado da dieta experimental. X = Nível de
concentrado na dieta...........................................................................................
70
Figura 11 Regressão para estimar digestibilidade da energia bruta (DEB), em função do
nível de concentrado da dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta.....................................................................................................................
71
Figura 12 Regressões para estimar o consumo da fibra detergente neutro e fibra
detergente ácida (g/dia), em função do nível de concentrado na dieta
experimental. X = Nível de concentrado na dieta...............................................
73
Figura 13 Regressões para estimar a digestibilidade da fibra em detergente neutro
(DFDN) e a digestibilidade da fibra em detergente ácido (DFDA), em função
do nível de concentrado. X = Nível de concentrado na dieta..............................
75
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 1 Tratamentos experimentais............................................................................ 44
Tabela 2 Composição da ração experimental............................................................... 44
Tabela 3 Composição da mistura mineral (100 kg)....................................................... 45
Tabela 4 Composição química do sorgo utilizado na elaboração da silagem (%MS).. 48
Tabela 5 Composição química dos tratamentos experimentais, com quatro níveis de
concentrado (0, 15, 30 e 45%) na silagem de sorgo......................................
50
Tabela 6 Consumos diários de matéria seca, em g e % do PV/dia, e de matéria
orgânica, em g/dia, na dieta experimental.....................................................
59
Tabela 7 Digestibilidade da matéria seca e da matéria orgânica, em função do nível
de concentrado na dieta experimental...........................................................
63
Tabela 8 Consumo de proteína bruta (CPB), em g/dia, e digestibilidade da proteína
bruta (DPB), em função do nível de concentrado da dieta experimental.......
65
Tabela 9 Consumo de energia bruta (CEB), em kcal/dia, e digestibilidade da energia
bruta (DEB), em função do nível de concentrado na dieta experimental.......
68
Tabela 10 Consumo da fibra em detergente neutro (CFDN), em g/dia, e da fibra em
detergente neutro (CFDA) g/dia, em função do nível de concentrado na
dieta................................................................................................................
71
Tabela 11 Digestibilidade da fibra detergente neutro (DFDN) e da fibra detergente
acida (DFDA), em função do nível de concentrado da dieta..........................
73
Tabela 12 Coeficientes de correlação (r) entre as variáveis de resposta estudadas...... 76
Tabela 13 Equações de predição do CMS, DMS, CPB, DPB, CEB, DEB, CFDN, DFN,
CFDA e DFDA, em função das variáveis estudadas.....................................
77
SIMBOLOS E SIGLAS
ABA Ácido abscisso
BAL Bactérias produtoras de ácido láctico
Cel Celulose
CC Citocinina
CEB Consumo de energia bruta
CFDA Consumo de fibra em detergente ácido
CFDN Consumo de fibra em detergente neutro
CMO Consumo da matéria orgânica
CMS Consumo da matéria seca
CPB Consumo de proteína bruta
DEB Digestibilidade da energia bruta
DFDA Digestibilidade da fibra em detergente ácido
DFDN Digestibilidade da fibra em detergente neutro
DMO Digestibilidade da matéria orgânica
DMS Digestibilidade da matéria seca
DPB Digestilidade da proteína bruta
EB Energia bruta
FDA Fibra em detergente ácido
FDN Fibra em detergente neutro
g Grama
HCL Ácido clorídrico
Lig Lignina
MO Matéria orgânica
MS Matéria seca
NDT Nutrientes digestíveis totais
NNP Nitrogênio não protéico
PB Proteína bruta
PV Peso vivo
RMF Resíduo mineral fixo
TC Tanino condensado
X Níveis de concentrado na dieta
SUMÁRIO
Pág.
1
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 16
2
REVISÃO DA LITERATURA................................................................................... 18
2.1 ORIGEM DO SORGO............................................................................................... 18
2.2 MORFO-FISIOLOGIA DA CULTURA DO SORGO................................................... 19
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS VARIEDADES DE SORGO................................................. 20
2.4 EFEITO GENETICO-FISIOLOGICO DO SORGO SOBRE A RESISTÊNCIA AO
ESTRESSE...............................................................................................................
22
2.5 EFEITO DA PRODUÇÃO DE TANINO NO GRÃO DE SORGO............................... 24
2.6 PRODUÇÃO DA CULTURA DE SORGO................................................................. 25
2.7 INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NO VALOR NUTRITIVO DAS FORRAGENS........... 26
2.8 SILAGEM.................................................................................................................. 27
2.8.1
Fatores que Afetam o Valor Nutritivo da Silagem................................................ 30
2.8.1.1 Teor de Matéria Seca................................................................................................ 30
2.8.1.2 Teor de Carboidratos Solúveis.................................................................................. 31
2.8.1.3 Poder Tampão das Plantas Forrageiras................................................................... 33
2.8.2
Indicadores de Qualidade da Silagem................................................................... 34
2.9 CONSUMO................................................................................................................ 36
2.9.1
Consumo da Silagem de Sorgo............................................................................. 36
2.9.2
Consumo da Silagem vs. Utilização de Concentrado.......................................... 38
2.10 DIGESTIBILIDADE DA SILAGEM............................................................................. 39
2.10.1
Digestibilidade da Matéria Seca............................................................................. 39
2.10.2
Digestibilidade das Proporções Fibrosas............................................................. 40
3
MATERIAIS E METODOS........................................................................................ 42
3.1 AREA EXPERIMENTAL............................................................................................ 42
3.1.1
Plantio e Colheita da Forrageira............................................................................ 42
3.1.2
Animais Experimentais........................................................................................... 43
3.1.3
Tratamentos Experimentais................................................................................... 43
3.1.4
Ensaio Metabólico................................................................................................... 45
3.1.5
Analise Estatística................................................................................................... 47
4
RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................. 47
4.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO SORGO.................................................................... 47
4.2 VALOR NUTRITIVO DA SILAGEM........................................................................... 49
4.2.1
Composição Química.............................................................................................. 49
4.2.1.1 Matéria Seca............................................................................................................. 51
4.2.1.2 Matéria Orgânica e Resíduo Mineral Fixo............................................................. 51
4.2.1.3 Proteína Bruta.......................................................................................................... 52
4.2.1.4 Energia Bruta........................................................................................................... 53
4.2.1.5 Fibra Detergente Neutro......................................................................................... 53
4.2.1.6 Fibra Detergente Ácida........................................................................................... 54
4.2.1.7 Celulose................................................................................................................... 54
4.2.1.8 Lignina...................................................................................................................... 55
4.2.1.9 Tanino Condensado................................................................................................ 55
4.2.1.10 Equações de Regressão......................................................................................... 56
4.3 CONSUMO E DIGESTIBILIDADE............................................................................ 59
4.3.1
Consumo da Matéria Seca e Orgânica.................................................................. 59
4.3.1.1 Equações de Regressão........................................................................................... 61
4.3.2
Digestibilidade da Matéria Seca e Orgânica......................................................... 65
4.3.2.1 Equações de Regressão........................................................................................... 66
4.3.3
Consumo e Digestibilidade da Proteína Bruta..................................................... 68
4.3.3.1 Equações de Regressão........................................................................................... 71
4.3.4
Consumo e Digestibilidade da Energia Bruta...................................................... 73
4.3.4.1 Equações de Regressão........................................................................................... 74
4.3.5
Consumo das Porções Fibrosas (FDN e FDA)..................................................... 76
4.3.5.1 Equações de Regressão........................................................................................... 78
4.3.6
Digestibilidade das Porções Fibrosas (FDN e FDA)............................................ 79
4.3.6.1 Equações de Regressão........................................................................................... 81
4.3.7
Correlação entre as Variáveis de Resposta…….................................................. 83
4.4.8
Equação de Predição das Variáveis...................................................................... 85
5
CONCLUSÕES......................................................................................................... 87
REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 88
1 INTRODUÇÃO
A globalização da economia, com elevado grau de profissionalismo, exige que
os pecuaristas pratiquem uma pecuária empresarial, com destacada eficiência
(COSTA et al., 2002). Em nossa região, a exploração de ruminantes para produção
de carne e leite é desenvolvida em sistemas de produção que precisam ser
ajustados, principalmente na alimentação, fator que influencia o componente
econômico, por ser de custo elevado (RODRIGUES FILHO et al., 2002).
Na Amazônia, existem condições favoráveis à produção, com suprimento de
energia radiante e chuvas abundantes, que permitem elevada produção de
forrageiras de boa qualidade e ambiente sadio para o rebanho. Apesar dessas
características favoráveis, a baixa rentabilidade da pecuária torna a atividade pouco
atrativa, basicamente por produtores que não usam inovações tecnológicas, como o
suprimento das demandas nutricionais dos animais, em períodos de menor
disponibilidade de forragem, associada ao menor valor nutritivo.
O uso de silagem pode contribuir para elevar a produtividade animal e,
conseqüentemente, a rentabilidade dos sistemas produtivos (LOURENÇO JÚNIOR
et al., 2004). O sorgo é bastante usado para silagem, devido ao seu potencial de
produção de biomassa, em condições de deficiência hídrica e solos pobres, tolerante
às doenças e pragas, facilidade de cultivo e conservação, bom valor nutritivo, fonte
de fibra digestível e amido, além de excelente consumo animal, o que proporciona
destacado desempenho na produção de carne e leite e pode ser fornecida para
animais em pastejo ou estabulados (FERREIRA et al., 1995; RESTLE et al., 1998).
Assim, este trabalho visa avaliar o valor nutritivo da silagem de sorgo, com
diferentes níveis de concentrado, como alternativa para alimentação suplementar de
ruminantes em pastejo, na Amazônia Oriental, através da composição química,
consumo voluntário e digestibilidade aparente.
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
2.1 ORIGEM DO SORGO
O sorgo (Sorghum bicolor [L.] Moench) é uma planta originaria do Centro-
Leste da África e parte da Ásia, abaixo do deserto de Saara, na região da Etiópia e
do Sudão, com gênero ancestral de 5.000 a 600 anos a.C., sendo domesticado ao
longo de gerações e usado para satisfazer as necessidades alimentares de
humanas e animais (RUAS et al., 1988 e COSTA et al., 2004).
Sua introdução é recente nas Américas, através do Caribe, trazido por
escravos africanos. O sorgo atingiu o sudeste dos Estados Unidos, na metade do
século XIX. Em 1857, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos lançou o
que pode ter sido a primeira cultivar comercial “moderna” de sorgo do mundo, fruto
de manipulação genética, denominado “combine types” ou sorgo granífero. Essa
cultura se desenvolveu em várias regiões do oeste dos EUA e tornou-se popular em
outros países, como Argentina, México, Austrália, China, Colômbia, Venezuela,
Nigéria, Sudão e Etiópia (RUAS et al., 1988 e TEIXEIRA & TEIXEIRA, 2004).
No Brasil deve ter chegado da mesma forma como nas Américas, do Norte e
Central. Nomes como milho d’Angola ou milho da Guiné, encontram-se na literatura
e, até hoje, no vocabulário nordestino. A partir da segunda década do século XX a
cultura foi reintroduzida no país (TEIXEIRA & TEIXEIRA, 2004), quando o setor
privado entrou no agronegócio do sorgo. Nessa ocasião, os híbridos de sorgo
granífero, de porte baixo, recém-lançados na Argentina, como o sorgo anão,
entraram no Brasil, através da fronteira gaúcha com os países platinos. Do Rio
Grande do Sul, os híbridos desenvolvidos pelo trabalho dos melhoristas americanos,
adaptados às condições do pampa argentino, chegaram a São Paulo e,
posteriormente, se expandiram para outros estados (RESTLE et al., 1998).
A área cultivada com sorgo no Brasil deu um salto extraordinário, a partir do
inicio dos anos 90. O Centro Oeste é a principal região de cultivo de sorgo granífero,
enquanto o Rio Grande do Sul e Minas Gerais, de sorgos forrageiros. O sorgo
granífero é cultivado, sob três sistemas de produção. No Rio Grande do Sul, planta-
se sorgo na primavera e colhe-se no outono. No Brasil Central, a semeadura é feita
em sucessão às culturas de verão, principalmente a soja. No nordeste, a cultura é
plantada na estação das chuvas (TEIXEIRA & TEIXEIRA, 2004).
No segmento de sorgo forrageiro, o sistema é de cultivo exclusivo de verão-
outono e a maior área plantada ainda é para confecção de silagem. Mas, nos últimos
três anos, cresceram, significativamente, as áreas de sorgo para pastejo e/ou corte
verde, como também na formação de palha para plantio direto (ZAGO, 1991). Esses
modernos cultivares têm se adaptado em sistemas integrando a agricultura e
pecuária.
2.2 MORFO-FISIOLOGIA DO SORGO
O sorgo Sorghum bicolor L. Moench é uma planta que pertence à família
Gramíneae/Poaceae, caracterizada como autógama, com baixa taxa de fecundação
cruzada (MAGALHÃES et al., 2000). Apresenta metabolismo de fixação de carbono
do tipo C4, sendo uma planta de dias curtos (PDC) e apresentando altas taxas
fotossintéticas. A maioria dos materiais genéticos existentes de sorgo requer
temperaturas superiores à 21ºC para bom crescimento e desenvolvimento (PAUL,
1990), com rendimentos de 1.500 a 12.000 sementes por panícula, em densidades
de 300 mil a 600 mil plantas.ha
-1
.
O sorgo tolera mais a deficiência do que o excesso de água no solo que
qualquer outro cereal. É importante salientar que na fase de iniciação da panícula
até o florescimento, vários processos ocorrem comprometendo o rendimento.
Durante o estabelecimento de um numero de grãos tem sido geralmente o mais
importante componente de produção, associado ao aumento de rendimento em
sorgo. O rendimento final é função tanto da duração do período de enchimento de
grãos como da taxa de acúmulo de matéria seca diária (COSTA et al., 2004).
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS VARIEDADES DE SORGO
Os sorgos são classificados em granífero, ou de porte baixo, forrageiro, ou de
porte alto, de dupla aptidão, ou de porte médio, sacarino e tipo vassoura (GARCIA et
al., 1979; CARVALHO, 1996). A diferença está na proporção de colmo, folhas e
panículas, que reflete na produção de matéria seca por hectare, na composição
bromatológica e no valor nutritivo (BORGES et al., 1997). Cada um apresenta
características agronômicas e valor nutritivo diferentes, com conseqüentes
variações, quanto à produtividade e padrões de fermentação, resultando em
silagens de diferentes qualidades (BORGES et al., 1997; EVANGELISTA & ROCHA,
1997).
Para ensilagem, recomenda-se o uso de plantas de menor porte, híbridos
precoces, com maior percentagem de grãos na matéria seca total (40% a 50%), ao
atingirem o ponto ideal de maturação de grãos. Os híbridos precoces, devido ao seu
porte reduzido, possibilitam aumento de populações de plantas por área e viabilizam
melhor ajuste nos esquemas de rotação de culturas e mais de um cultivo por ano,
com melhor aproveitamento da área (FERNANDES & LEITE, 2004).
As pesquisas para o desenvolvimento de sorgo tiveram início com variedades
de porte alto, elevado nível de açúcares e baixa produção de grãos. Nos últimos
anos tem sido feito o melhoramento do sorgo para maior resistência a pragas e
intempéries, para obtenção de bom equilíbrio entre colmo, panículas e folhas, e para
produção de silagens e grãos (MARTINS et al., 2003a).
O melhoramento de forrageiras deve visar melhor adaptação ao solo,
resistência a pragas e doenças, adaptação ao pisoteio e/ou corte, aceitabilidade pelo
animal, melhor relação folha/caule e composição química/digestibilidade, sendo
realizado com base na região de cultivo e nível tecnológico que se pretende imprimir
(BORGES et al. 1997, EVANGELISTA & ROCHA, 1997 e MARTINS et al. 2003a).
Os trabalhos de melhoramento, visando obter cultivares mais adaptados ao
plantio adensado, têm buscado plantas com folhas mais eretas, de porte mais baixo,
além de materiais prolíficos, como forma de evitar decréscimos na produção de
grãos, pelo efeito do sombreamento, ou riscos de tombamento, em razão de colmos
mais finos (AGUIAR & GUIMARÃES, 2000). No exterior, os programas de
melhoramento desenvolvem híbridos que possuam colmos e folhas mais digestíveis.
No Norte do Brasil ainda são reduzidos os trabalhos nessa área, mas, esse
panorama deve ser alterado, nos próximos anos, com o avanço nas pesquisas sobre
híbridos de milho e sorgo, destinados para produção de silagem.
2.4 RESISTÊNCIA DO SORGO AO ESTRESSE
A resposta do sorgo à condições de ambiente envolve, além das variáveis
climáticas, tais como temperatura do ar e precipitação, a quantidade de água no
solo. A redução de produtividade esta relacionada ao decréscimo do número de
sementes, pela redução do período de desenvolvimento da panícula. No que se
refere à temperatura do ar, existem diferentes temperaturas ótimas, que variam com
a cultivar, e que 5ºC acima do valor da temperatura noturna pode reduzir em até
33% a produtividade (AGUIAR & GUIMARÃES, 2000). Esse fato é devido ao
aumento da taxa de respiração noturna, pois cada 1ºC de aumento na temperatura
noturna ocorre uma taxa de aumento de respiração em torno de 14% (COSTA et al.,
2004).
Temperatura superior a 38ºC reduz a produtividade e a maioria dos cultivares
não crescem bem em temperaturas inferiores a 16ºC. Quanto à água, os diferentes
genótipos apresentam diferente tolerância ao estresse hídrico. O sorgo tem
mostrado capacidade de recuperar-se, depois de prolongado período de
murchamento. Bastam cinco dias de ritmo normal para a abertura dos estômatos
retornarem às atividades fisiológicas normais (COSTA et al., 2004).
A maior vantagem do sorgo, em relação a cultura do milho, é a sua habilidade
em se tornar dormente, durante o período seco, reiniciando o crescimento após o
novo período de chuvas. Trata-se de uma cultura xerófita que pode contribuir para
minimizar os efeitos do período seco (LIRA, 1981). O sorgo tem um sistema
radicular mais desenvolvido que o do milho e alcança maior profundidade e volume
de solo. O sorgo requer menos água para produzir um grama de matéria seca do
que o milho (332 vs. 368 kg água/kg de matéria seca). Embora seja uma cultura
resistente a estresse hídrico, sofre efeito do déficit hídrico, chegando a reduzir sua
produtividade (COSTA et al., 2004).
Seleção de plantas para rendimento de grãos, sob estresse ambiental,
quando comparada com seleção sob condição não estressante, tem sido
considerada menos eficiente, pois há redução na estimativa da herdabilidade de
rendimento de grãos, quando a variância ambiental eleva-se e a variância genética
decresce (ROSIELE & HAMBLIN, 1981). As plantas individuais respondem à maioria
dos estresses de ambiente, pela mudança de seu balanço hormonal,
freqüentemente produzindo mais ácido abscísico (ABA) e menos citocinina (CC).
Essas mudanças hormonais parecem ser o gatilho para descrever os reduzidos
crescimentos, em resposta aos estresses do ambiente.
O ajustamento osmótico reduz o impacto do estresse hídrico no crescimento e
rendimento das culturas. No sorgo, isto pode conferir uma vantagem no rendimento
superior a 30%, em relação a condições limitantes de água. Existe considerável
variação de ajustamento osmótico entre linhagens de sorgo. Há, no mínimo, três
genes individuais segregando para uma característica: um recessivo, um aditivo e
um desconhecido (LUDLOW et al., 1993). O ajustamento osmótico contribui
diretamente para o rendimento de grãos pela melhoria de água transpirada e índice
de colheita, e indiretamente, por aumentar a tolerância à desidratação
(MAGALHAES et al., 2000).
2.5 EFEITO DA PRODUÇÃO DE TANINO NO GRÃO DE SORGO
Devido ao fato de não apresentar uma proteção para sementes, como, por
exemplo, a palha de milho ou as glumas do trigo e da cevada, a planta de sorgo
produz vários compostos fenólicos, os quais servem como uma defesa química
contra pássaros, patógenos e outros competidores. Toda planta de sorgo possui
aproximadamente os mesmos níveis de proteína, amido, lipídios etc., porém vários
compostos fenólicos podem ocorrer ou não. Entre esses compostos, destaca-se o
tanino condensado, o qual tem ação antinutricional (MAGALHAES et al., 2000).
A presença do tanino no grão de sorgo depende da constituição genética do
material. Os genótipos que possuem os genes dominantes B1 e B2 são
considerados sorgo com presença de tanino. O tanino no sorgo tem causado
bastante controvérsia, uma vez que, apesar de algumas vantagens agronômicas,
como resistência a pássaros e doenças do grão, ele causa problemas na digestão
dos animais, pelo fato de formarem complexos com proteínas e, assim, diminuírem a
sua palatabilidade e digestibilidade (RODRIGUEZ et al., 1999).
A habilidade dos taninos de interagirem com as proteínas, formando
complexos tanino-proteína, resistentes ao ataque microbiano, constitui o mais
importante efeito nutricional e toxicológico desses compostos (REED, 1995). No
entanto, parece haver maior afinidade dos taninos pelas proteínas do que por outras
moléculas (como a celulose), o que é atribuído às fortes pontes de hidrogênio que se
formam entre o oxigênio do grupo carbonila das proteínas e os grupos
hidroxifenólicos dos taninos (MC LEOD, 1974).
Existem quatro tipos de ligações para a formação do complexo tanino-
proteína: 1) pontes de hidrogênio entre fenóis e os grupos hidroxila das proteínas; 2)
pontes ou interações iônicas entre o ânion fenolato e o sítio catiônico da molécula
protéica; 3) interações hidrofóbicas, entre estrutura do anel aromático dos
compostos fenólicos e as regiões hidrofóbicas das proteínas; e 4) ligações
covalentes formadas pela oxidação dos polifenóis a quinonas e subseqüente
condensação com os grupos nucleofílicos (-NH
2
, -SH, -OH) das proteínas (KUMAR
& SINGH, 1984). A sua determinação pode ser um problema, pois os métodos
calorimétricos podem não diferir taninos de outros compostos fenólicos, além do
mais, não possui uma substancia adequada para ser utilizada como padrão para
esses métodos de estudo (MAGALHAES et al., 2000).
2.6 PRODUÇÃO DA CULTURA DE SORGO
A produção mundial de grãos de sorgo foi estimada em cerca de 58,9 milhões
de toneladas métricas, em julho de 2002, em área total de cerca de 37 milhões de
ha. Desse total a Ásia e África participam com 82%, no entanto, a maior produção e
produtividade estão na América do Norte. Na América do Sul, a Argentina tem a
maior produção, seguido pelo Brasil, onde, de acordo com o levantamento da safra
de 2005/2006, foram plantados cerca de 808.600 ha de sorgo, com destaque para a
região Centro Oeste, com produção de 867,3 mil toneladas. Na Região Norte
apenas o Estado de Tocantins produz sorgo, em 9.600 ha, com produção de 18,8
mil toneladas. Com incremento de 8% na produção total, em relação à safra
2004/2005, o Brasil teve um aumento na área total cultivada de 10,3% (CONAB,
2006).
2.7 INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NO VALOR NUTRITIVO DAS FORRAGENS
A eficiência dos sistemas de produção à pasto depende do potencial de
componentes básicos, como valor forrageiro da planta e tipo de animal, ambos
limitados pelo ambiente. O potencial forrageiro é resultado de complexa interação
entre planta, afetando o valor nutritivo (composição química, digestibilidade,
produtos da digestão) e consumo MS (aceitabilidade, taxa de passagem e
disponibilidade), enquanto o potencial animal é uma função do indivíduo (idade,
tamanho, sexo) e de genética, tendo como fator limitante para sua expressão, o
ambiente, climático e/ou nutricional (THIAGO, 1999).
À medida que a pastagem vai perdendo qualidade, maior deve ser o consumo
de MS, para compensar as perdas em nutrientes. A relação entre qualidade da
forragem e tipo de suplemento promove diferentes respostas. Com forragens de
baixa qualidade, o consumo de nutrientes aumenta com a adição de concentrado.
Para atender o crescimento e ganho de peso, as exigências nutricionais do animal
em pastejo são continuas, e alcançadas através do consumo diário de MS (THIAGO,
1999).
Maior precocidade animal, em sistemas de produção à pasto, pode ser
alcançada com ajuste nutricional entre a curva sazonal de oferta das pastagens e a
curva crescente de demandas do animal. Isso pode ser possível através do uso da
suplementação alimentar (VALVERDE, 1997). Na Amazônia setentrional, essa
época ocorre entre os meses de julho a outubro, quando as pastagens estão
maduras, com taxa de crescimento em torno de 15%, em relação ao total anual,
além de baixos teores de nutrientes (VEIGA et al., 2000).
A estação do ano interfere na produção e no valor nutritivo das forragens.
Devido a variação na disponibilidade de água, geralmente o inverno apresenta maior
produção forrageira (CAMARÃO et al., 1998). Veiga (2000) observou acréscimo no
valor nutritivo de 27% na proteína bruta e 7% na digestibilidade do braquiarão
(Brachiaria brizantha), no inverno em relação ao verão e Camarão et al. (1998)
observaram que a digestibilidade de varias gramíneas foi maior na época chuvosa.
2.8 SILAGEM
O objetivo da ensilagem é preservar o alimento, mantendo sua qualidade e
características próximas do material original (ROCHA JÚNIOR et al., 2000), com a
máxima concentração de ácido lático produzido por microorganismos, suficiente para
inibir outras formas de atividade microbiana (MUCK & BOLSEN, 1991; MAHANNA,
1993; 1996; SEGLAR, 1996), até que a silagem possa ser utilizada pelos
ruminantes, durante o período de menor disponibilidade de forragem.
Durante a fermentação ocorrem varias transformações químicas, que afetam
a composição química do material. Essas transformações podem ser por perdas
decorrentes da ação de fungos e bactérias, relacionadas às práticas incorretas de
manejo, e por mudanças bioquímicas, respiração das plantas e fermentação
(TORRES, 1984).
Qualquer espécie forrageira, anual ou perene, pode ser ensilada, desde que
apresente teor de umidade compatível, entre de 30 e 35% (BOIN, 1979), pois as
silagens sofrem grande influência de reações químicas no silo, afetando a qualidade
da silagem (BARNETT, 1954), como pela exclusão do ar, pois a respiração da planta
e de microrganismos consome os carboidratos disponíveis para produção de ácido
lático, aumentando as perdas de matéria seca (MILLER et al., 1962; RUXTON & MC
DONALD, 1974).
O valor nutritivo da silagem está relacionado ao processo fermentativo e os
critérios mais utilizados na sua avaliação são os teores de ácidos orgânicos, o índice
de pH e a percentagem de nitrogênio amoniacal, em relação ao nitrogênio total (N-
NH
3
/NT). O material ensilado e os microorganismos (bactérias), durante o inicio do
período de fermentação, utilizam os carboidratos solúveis, até esgotar o oxigênio do
material, entre quatro e seis horas, produzindo, em contrapartida, monóxido de
carbono, água e calor (ROCHA JÚNIOR et al., 2000).
A temperatura ideal nessa fase deve estar entre 27ºC e 38ºC, propícia ao
crescimento dos microorganismos produtores de ácido lático. Se a compactação e
vedação do material não forem bem feitas haverá excesso de oxigênio, que induzirá
maior respiração celular e elevação da temperatura, acima de 44ºC, contribuindo
para aumentar os danos às proteínas da forragem ensilada (reação de Mayllard),
com produção de peptídios, aminoácidos, amônia e aminas, caracterizados como
nitrogênio não protéico, com redução no valor nutritivo da forragem, por redução na
digestibilidade de proteína (SILVA et al, 2004 & RODRIGUEZ et al., 1999).
Mudanças positivas ocorrem quando a hemicelulose sofre ação enzimática
reduzido-a a monossacarídeos, tornando-se disponível como açúcares adicionais às
fermentações posteriores (SILVA et al., 2004). Após a exaustão do oxigênio, em
anaerobiose, há uma rápida multiplicação de bactéria anaeróbicas, que utilizam as
hexoses (glicose e frutose) e de pentoses (xilose e ribose), torna-se crescente a
produção de acido acético, etanol, acido lático e CO
2
. Com a ocorrência dessas
espécies bacterianas, o pH da ensilagem reduz para menos de 5,0 e as bactérias
heterofermentativas diminuem sua atividade (SILVA et al., 2004 & RODRIGUEZ et
al., 1999).
Enzimas proteolíticas e produtos de hidrólise, como aminoácidos, aminas,
amônia e amidas podem ocorrer e acarretam perdas de valor nutritivo. Esse fato
pode ser explicado pela degradação da proteína durante a ensilagem, pois cerca de
40-70% do nitrogênio da silagem é encontrado como NNP, enquanto na forragem
original 70-90% do nitrogênio é encontrado na forma de proteínas (SILVA et al.,
2004 & RODRIGUEZ et al., 1999).
A proteólise diminui quando a temperatura reduz e o pH cai de 6,0 para 4,0,
constituindo-se no principal parâmetro controlador dessa atividade. A umidade
aumenta a atividade enzimática quando o conteúdo de matéria seca da forragem é
inferior a 50%. O declínio do pH favorece o aumento da eficiência das bactérias
produtoras de acido lático (BAL). Uma população de (10
8
UFC/g de MS) de bactérias
e temperatura entre 30º C e 40ºC no material ensilado tende à sua estabilização.
População de BAL (10
8
UFC/g de MS) na massa ensilada de milho, com 60 dias, e
leveduras se mantiveram constante por 120 dias (10
5
UFC/g de MS) (DELLAGLIO &
TORRIANI, 1986; MUCK & DICKERSON, 1987; LUIS & RAMIREZ, 1988; SILVA et
al., 2004).
A estabilização do pH na silagem deve-se a interações entre concentração da
matéria seca, da capacidade tamponante, das concentrações de carboidratos
solúveis e do lactato e das condições de anaerobiose do meio (FISHER & BURNS,
1987; HAIGH, 1990; HENDERSON, 1993; MOISIO & HEIKONEN, 1994).
Quanto maior a quantidade de microrganismos aeróbicos, após a abertura do
silo, mais rápido será o aquecimento da silagem. Portanto, o manejo dos processos
de enchimento, fermentação e vedação do silo têm efeito sobre as possíveis perdas
que venham ocorrer na abertura do silo, além do tempo de exposição da silagem
com o oxigênio atmosférico, durante sua abertura. Para que esse tipo de manejo
seja possível é necessário que se faça correto dimensionamento do silo, sem que
haja excesso de movimento do material que permanecerá no silo (MOURA
CARVALHO et al., 2004; SILVA et al., 2004).
2.8.1 Fatores que Afetam o Valor Nutritivo da Silagem
2.8.1.1 Teor de Matéria Seca
A qualidade da forragem ensilada esta relacionada com o seu teor de matéria
seca, que irá influenciar a fermentação e a conservação da massa ensilada. Teores
ideais de matéria seca devem estar situados entre 30% e 35% (BOIN, 1979;
GORDON, 1967), no entanto, Briggs et al. (1961) recomendam limites de variação
nos teores de matéria seca, de 28% a 40%, respectivamente.
A elevação nos níveis de matéria seca, acima de 40%, dificulta a
compactação da massa e expulsão do ar (VILELA, 1984). No entanto, para Silva et
al. (2004) a redução da matéria seca, abaixo de 28%, prejudica a fermentação e
resulta em perda de matéria seca, principalmente, através dos líquidos efluentes
(VAN SOEST, 1994).
Existe relação significativa entre o conteúdo de água da forrageira ensilada e
características indesejáveis na silagem, tais como ácido butiríco e bases voláteis,
reduzindo seu teor de matéria seca (ARCHIBALD et al., 1960). No trabalho de
Consentino (1978), teores de MS acima de 30% limitaram a ação das bactérias
produtoras de ácido butírico e a intensa degradação de proteínas. Jackson & Forbes
(1970) observaram teores de nitrogênio amoníacal (% N total) de 9,18% e ácido
acético (% na MS) de 066%, em material ensilado com 32% de MS, valores esses
considerados ideais para uma silagem de boa qualidade (SILVEIRA, 1976).
2.8.1.2 Teor de Carboidratos Solúveis
Os teores de carboidratos solúveis na forrageira a ser ensilada contribuem
para que ocorra boa fermentação, ou seja, maior produção dos ácidos orgânicos
benéficos. Segundo Kearney & Kennedy, 1962; Johnson et al., 1971; Catchpoole &
Henzel, 1971, o teor mínimo de carboidratos solúveis deve ser de 13% a 16% na MS
total da forrageira a ser ensilada, para que ocorra boa fermentação lática.
Entretanto, Nussio et al. (2001) recomendam mínimo de 3% de carboidratos
solúveis.
Existe uma correlação positiva entre valores de pH e concentração de
carboidratos solúveis, no entanto, há relação negativa entre concentrações de
lactato e acetato. O lactato é o principal responsável pelo fornecimento de H
+
ao
meio e, conseqüente, abaixamento de pH. A correlação entre pH e carboidratos
solúveis (0,80) indica a extensiva utilização de substrato para a produção de ácidos.
As correlações negativas obtidas entre acetato e pH são conseqüência da
acidificação resultante da ionização do lactato, considerando-se que as produções
de lactato e acetato se correlacionaram positivamente (RODRIGUEZ et al., 1999).
Correlação alta e positiva entre o teor de ácido lático das silagens e o teor de
carboidratos solúveis das forrageiras indica que a fermentação lática está na
dependência da disponibilidade de carboidratos. Correlações negativas entre o teor
de carboidratos solúveis e nitrogênio amoniacal, ácido acético e ácido butírico
indicam silagem de má qualidade (FARIA, 1971; SILVEIRA, 1976).
A silagem de sorgo tem apresentado bons resultados, devido à sua elevada
concentração de carboidratos solúveis fermentáveis, baixo poder tampão e elevado
teor de matéria seca. No entanto, a maioria das forrageiras tropicais tem
apresentado teor relativamente baixo de carboidratos solúveis (ZAGO, 1991).
2.8.1.3 Poder Tampão das Plantas Forrageiras
Tampões são formados por mistura de ácidos fracos e seus sais, de tal forma
que a adição de um ácido ou uma base ao meio, mesmo que fortes, não afetarão o
pH. Dos ácidos orgânicos que formam o sistema tampão das plantas, o málico,
cítrico e o fosfórico são os mais importantes, mas algumas leguminosas possuem,
ainda, grandes quantidades de ácido glicérico e elevados níveis de proteína,
aumentando o seu poder tampão (WHITTENBURY et al., 1967; VUYST &
VANBELLE, 1969). WILSON & TILLEY (1964) justificam que o valor elevado do pH
de algumas silagens é resultado do elevado teor de nitrogênio e reduzida
percentagem de MS. O problema de ensilar forrageiras com poder tampão elevado
resulta da necessidade de um aumento no teor de ácido lático, de modo a reduzir o
pH para valores adequados (3,8 a 4,2), com necessidade de maior teor de
carboidratos para reduzir o pH (LAVEZZO, 1985).
Os trabalhos realizados por NILSSON (1959) demonstram que os produtos de
desdobramento das proteínas promovem um grande aumento da capacidade
tampão, de tal forma que são necessários dez vezes mais ácido para reduzir o pH
de 6,0 para 4,0, verificando-se que, após 14 dias de armazenamento, o pH passou
de 5,4 para 7,3, atribuindo-se o fato à liberação de amônia, cuja reação é básica, a
qual foi liberada com aminoácidos, pela ação de enzimas da planta.
2.8.2 Indicadores de Qualidade da Silagem
As percentagens de ácido butírico, ácido láctico, N-amoniacal, carboidratos
residuais, além do pH e das relações ácido láctico/ácido acético, entre outros, são
importantes características para avaliação dos padrões de fermentação de uma
silagem (BORGES, 1995). Os ácidos orgânicos que se encontram na silagem (lático,
butírico, acético, sucínico e fórmico) contribuem para a acidez total da massa
ensilada. No entanto, o ácido lático apresenta maior constante de dissociação,
sendo, por isso, o mais forte e o mais responsável pelo abaixamento do pH para a
faixa de 3,8-4,2 (SILVEIRA, 1976).
Na silagem de sorgo forrageiro foram observados valores crescentes das
concentrações de lactato (1,0 à 7,2%), entre o primeiro e o trigésimo primeiro dia
após o fechamento do silo (MEESKE et al., 1983). Entretanto Rodriguez et al. (1999)
comprovaram que, após um dia, as bactérias lácticas já se encontravam ativas, com
grande parte de lactato produzido.
Em silagem de sorgo granífero foram observadas concentrações de lactato de
4,9 a 7,4% e de acetato de 1,6 a 3,9% (FISHER & BURNS, 1987). Tjandraatmadja et
al. (1993), ensilando sorgo forrageiro, encontraram concentrações de lactato de
7,2% e de acetato de 1,76%, enquanto Rodriguez et al. (1999) registraram valores
menores de lactato e acetato, 3,2% e 1,31%, respectivamente. Embora, o ácido
acético conserve bem o produto, quando em percentagem acima de 0,8% ele torna-
se indicativo de alterações indesejáveis no processo (ANDRIGUETTO et al., 1985).
As bactérias produtoras de ácido acético são as primeiras a atuar, devido a presença
de oxigênio, mas logo são inibidas pelo aumento de temperatura e acidez do meio.
As silagens de boa qualidade não exibem degradação da proteína verdadeira,
do nitrogênio não protéico e do nitrogênio insolúvel em detergente ácido. Voss
(1966) relata que a ocorrência da acidificação inadequada resulta no
desenvolvimento de bactérias produtoras de ácido acético e butírico. A presença de
ácido butírico na ensilagem é acompanhada de mudanças na qualidade do produto.
Essas alterações são devidas ao odor desagradável e penetrante, às vezes de
material em putrefação, entretanto, o efeito mais prejudicial das bactérias produtoras
de ácido butírico é o desdobramento de proteínas (FARIA, 1986).
Após a atuação das proteases, ocorrem fermentações secundárias se os
ácidos da fermentação não são formados de modo a reduzir o pH
(LEIBENSPERGER & PITT, 1987). A quantidade de ácido láctico para reduzir o pH
vai depender da capacidade-tampão e do teor de matéria seca da forragem. Quanto
maior o teor de umidade, mais elevado é o pH, no qual os clostrídios permanecem
ativos (MC DONALD et al., 1995).
A acidez é considerada um fator importante na conservação da silagem,
atuando no controle e inibição do desenvolvimento de microorganismos prejudiciais,
como as bactérias do gênero Clostridium, sensíveis ao pH abaixo de 4
(WHITTENBURY et al., 1967). O pH elevado indica perda de nutrientes,
principalmente proteínas, resultando em material menos palatável e de odor
desagradável (FARIA, 1986).
Com o propósito de estabelecer limites ou faixas de pH, nitrogênio amoniacal,
ácido butírico e ácido lático, Silveira (1976) estabeleceu que uma boa silagem é
aquela que apresenta pH menor que 4,2 e nitrogênio amoniacal, menor ou igual a
11% do nitrogênio total. Contudo, Mahanna (1996) classifica uma silagem de boa
qualidade quando a massa ensilada apresenta valores de pH, variando de 3 a 4,8,
teores de NH3 de 1,02% a 2,87% e com mais de 3,03% de ácido lático, com base na
MS. Para Breirem & Ulvesli (1960), o pH deve ser igual ou inferior a 4,2, os teores de
ácido lático entre 1,5% e 2,5%, acético entre 0,5% e 0,8%, butírico menor que 0,1%
e nitrogênio amoniacal entre 5 e 8% do nitrogênio total.
Apenas algumas silagens apresentaram concentrações mensuráveis de
propionato e butirato, e mesmo assim em concentrações muito baixas (RODRIGUEZ
et al., 1999). Em silagens bem preservadas são esperadas concentrações baixas ou
nulas desses ácidos, considerando-se que são originários de fermentações
secundárias (MC DONALD et al., 1991; VAN SOEST, 1994).
2.9 CONSUMO
2.9.1 Consumo da Silagem de Sorgo
O consumo voluntário é empregado para determinar o limite máximo do
apetite (THIAGO & GILL, 1990), sob condições de alimentação ad libitum, e
constitui-se em importante critério na formulação de dietas para ruminantes, no
cálculo da área necessária para pastagens, em sistemas extensivos e semi-
intensivos, para o estabelecimento de culturas para a ensilagem, bem como para
controle de estoques de alimentos.
O consumo é um dos fatores mais importantes na determinação do valor
nutritivo da silagem, tendo em vista que o volume de nutrientes ingeridos e o
desempenho animal dependem da quantidade e qualidade de alimentos
consumidos. Segundo Crampton (1957), a qualidade de uma forrageira é função de
sua composição química e de seu consumo pelos animais, além da digestibilidade
de seus nutrientes. (DIAS et al., 2001; ELIZALDE, 1995).
O consumo de matéria seca pode apresentar variações, resultando em
significativas diferenças nas quantidades de nutrientes consumidos e,
conseqüentemente, no desempenho dos animais. Condições precárias no silo, que
favorecem uma fermentação clostridiana, produzem silagens com características de
baixo consumo. Os produtos que deprimem o consumo incluem amônia e ácidos
voláteis, particularmente o acético (FORBES, 1995).
Trabalhando com novilhos de corte e vacas de leite, Ward et al. (1966)
observaram relação positiva, entre consumo de silagens de sorgo e milho, com os
seus teores de matéria seca. São observados maiores consumos de MS em silagem
de sorgo, no estádio de grãos farináceos ou duros, em relação ao de grão leitoso
(ANDRADE & CARVALHO, 1992; TONANI, 1995). Porém, no caso da silagem de
sorgo, a maior percentagem de grãos duros aumenta a sua perda nas fezes,
comparada à da silagem de milho. Alguns híbridos atingem o teor de matéria seca
ideal no estágio de grão farináceo e outros, no de grão leitoso para grão pastoso
(MOLINA et al., 2000).
2.9.2 Consumo da Silagem vs. Utilização de Concentrado
A qualidade de qualquer alimento é dada pelo seu valor nutritivo, o qual é
representado pela composição química, digestibilidade dos constituintes, consumo
voluntário e desempenho animal (ARMSTRONG, 1984 & VAN SOEST, 1994).
Valvasori et al. (1998) não registraram diferença no consumo de MS, quando
ovinos foram suplementados com 0,16 kg e 0,24 kg de farelo de algodão/dia.
Carneiro et al. (1982), trabalhando com ovinos, observaram consumo de 80 g/kg
0,75
,
com adição de 40% de soja à silagem de milho. Porém, quando a foi fornecida
exclusivamente silagem, o consumo foi inferior, de 57 g/kg
0,75
, o que indica a maior
aceitabilidade da silagem mista. Valvasori et al. (1998) observaram maior preferência
dos animais pela silagem de sorgo (3,1 kg de MS), em relação à de cana-de-açúcar
(2,6 kg de MS). Existem controvérsias sobre o consumo e digestibilidade aparente
de silagens de sorgo, com diferentes níveis de concentrados, por isso é necessário
conhecer melhor o seu uso na alimentação animal.
2.10 DIGESTIBILIDADE DA SILAGEM
2.10.1 Digestibilidade da Matéria Seca
A digestibilidade do alimento representa a capacidade que o animal possui
para utilização dos seus nutrientes, em maior ou menor escala. Essa capacidade é
expressa pelo coeficiente de digestibilidade, o que constitui uma característica do
alimento e não do animal (SILVA & LEÃO, 1979).
Existe grande variação entre os dados referentes ao consumo e à
digestibilidade aparente em ovinos alimentados com silagem de sorgo. De acordo
com Pereira et al. (1993), essas variações se devem, em parte, ao grande número
de variedades existentes, associadas a outros fatores, como local e época de
plantio, idade, época de corte e densidade da planta, entre outros, o que provocará
grandes diferenças na qualidade das silagens.
Avaliando o valor nutritivo de silagens de três híbridos de sorgo (forrageiro,
duplo-propósito e granífero), colhidos em três estádios de maturação de grãos
(leitoso, pastoso e farináceo), Tonani (1995) verificou maior consumo de matéria
seca para a silagem do híbrido de duplo propósito, no estádio leitoso e recomenda
que os cortes sejam efetuados em estádio de maturação de grão leitoso a pastoso,
pois há redução na digestibilidade da matéria seca nos estádios mais avançados.
Entretanto, Andrade & Carvalho (1992) verificaram maiores ingestões diárias de
matéria seca e nutrientes digestíveis totais (NDT), quando os grãos estavam nos
estádios farináceos a duros.
Híbridos de sorgo no estádio de grão leitoso, normalmente, apresentam
maiores coeficientes de digestibilidade da porção fibrosa. No entanto, o rápido
aumento da porção de grãos e, conseqüentemente, de amido altamente digestível
que ocorre com o amadurecimento, compensa a diminuição da digestibilidade da
porção fibrosa, mantendo inalterada a digestibilidade da matéria seca (ZAGO, 1999).
A extensão da degradabilidade da proteína depende da natureza da fonte de
nitrogênio alimentar e da composição da dieta basal (GANEV et al., 1979; SIDDONS
& PARADINE, 1981). KIRKPATRICK & KENNELLY (1987) registraram valores de
degradabilidade da MS e da PB do farelo de soja, de 59,9% e 60%,
respectivamente, em dieta com 16,5% de PB e 61,4% e 64,4%, em outra com 19%
de PB, evidenciando que a degradabilidade da PB tendeu a aumentar com a
ascensão dos níveis de proteína na ração.
2.10.2 Digestibilidade das Proporções Fibrosas
Estudos sobre o efeito da composição química da planta sobre o valor
nutritivo têm mostrado que os carboidratos estruturais afetam tanto a taxa de
consumo como a digestibilidade, influenciando, portanto, o desempenho animal.
MERTENS (1992) e RESENDE et al. (1995) observaram que a fibra em detergente
neutro (FDN) é o melhor indicador para a estimar o potencial de consumo dos
alimentos pelos ruminantes do que a fibra bruta (FB) ou a fibra em detergente ácido
(FDA).
A degradabilidade das frações fibrosas de alimentos volumosos cresce com o
aumento da proporção de volumoso na dieta (CHIMWANO et al., 1976). HOPSON et
al. (1963) demonstraram que a degradabilidade da celulose varia muito nas
primeiras 24 horas de incubação e que é aumentada com o uso de forragem como
parte de ração, enquanto Chamberlain et al. (1996) mencionam que o aumento de
carboidratos não estruturais, com a substituição da celulose por uma mistura de
milho, representando 32% do nível da dieta, implicou em diminuição da degradação
da celulose pelos microrganismos rumunais.
Em pesquisas com diferentes proporções de volumosos (90%, 60% e 30%),
com carneiros fistulados, Kennedy & Bunting (1992) observaram diminuição linear da
degradabilidade da fração FDN da forragem, com redução da quantidade de
volumosos da dieta. Miller & Muntifering (1985), trabalhando com vacas fistuladas e
dietas de zero a 50% de alimentos concentrados, juntamente com silagem de milho,
observaram que as proporções mais elevadas de volumosos resultaram em aumento
da atividade celulolítica da microflora do rúmen e aumento da taxa de degradação.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 ÁREA EXPERIMENTAL
As diferentes fases do trabalho foram desenvolvidas na Embrapa Amazônia
Oriental, nos Laboratórios de Nutrição Animal, Solos e Ecofisiologia, e na
Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, no Laboratório de Nutrição
Animal, em Belém, Pará (1º28´ S 48º27´ W de Greenwich), em tipo climático Afi,
segundo Köpen, com época mais chuvosa, de janeiro a junho, e menos chuvosa, de
julho a dezembro, temperatura média anual de 26ºC, precipitão pluvial anual de
3.000,1 mm, umidade relativa do ar de 86% e 2.389 horas de insolação (BASTOS et
al., 1986).
3.1.1 Plantio e Colheita da Forrageira
O sorgo foi plantado em 0,5 hectare. Inicialmente, a área foi arada e
gradeada, para destorroamento. Posteriormente, fez-se a calagem, com 1,5 t de
calcáreo/ha, e uma gradagem para nivelamento do solo. Em seguida, no dia
04.06.2004, foi realizada a semeadura manual do sorgo, de duplo propósito (AG
2005-E, da Monsanto do Brasil), com adubação de 80 kg de P
2
O
5
/ha e 60 kg de
K
2
0/ha. A adubação nitrogenada (20 kg de N/ha), em cobertura, foi feita 28 dias após
a emergência das plantas. Depois de 90 dias foi realizada a colheita da forragem,
que foi cortada a 15 cm do solo, triturada em máquina forrageira, ensilada e
compactada, com auxílio de micro trator. No final desse procedimento, fez-se a
vedação do silo. Após 90 dias de ensilagem, o material começou a ser fornecido aos
animais, tendo-se o cuidado de vedar, adequadamente, o silo, após a retirada do
material, visando a preservação do restante.
3.1.2 Animais Experimentais
Para estimativa do consumo e digestibilidade da silagem de sorgo, com
diferentes níveis de concentrado, foram utilizados 16 ovinos deslanados, castrados e
vermifugados, com idade média de cinco meses e aproximadamente 23 kg de peso
vivo.
3.1.3 Tratamentos Experimentais
Os tratamentos experimentais encontram-se na Tabela 1. A silagem foi
retirada diariamente do silo, misturada à ração concentrada (Tabela 2), nos
diferentes tratamentos, em percentagem da MS, sendo a mistura fornecida aos
animais, diariamente, as 8:30h e 16h, durante os 21 dias do ensaio. Durante a fase
experimental os animais foram mantidos em gaiolas metabólicas, onde
permaneceram por um período de adaptação de 14 dias, recebendo dieta à vontade,
para estabilizar o consumo, e sete dias para coleta dos dados experimentais.
Tabela 1 - Tratamentos experimentais.
Tratamento Silagem de sorgo (% MS) Ração concentrada (% MS)
A 100 0
B 85 15
C 70 30
D 55 45
Tabela 2 - Composição da ração experimental.
Ingrediente %
Milho triturado 52,20
Farelo de soja 8,00
Farelo de trigo 36,20
Calcário 2,80
Farelo bicálcico 0,40
Sal comum 0,30
Premix (vitaminas e minerais) 0,10
Total 100,0
Todos os animais experimentais receberam água e mistura mineral, à vontade
(Tabela 3).
Tabela 3 - Composição da mistura mineral (100 kg).
Ingrediente Quantidade
Fosfato 80 g
Cálcio 140 g
Magnésio 78 g
Enxofre 12 g
Sódio 155 g
Zinco 4.200 mg
Cobre 300 mg
Manganês 800 mg
Ferro 1.500 mg
Cobalto 100 mg
Iodo 150 mg
Selênio 15 mg
Flúor máximo 600 mg
3.1.4 Ensaio Metabólico
A pesquisa foi realizada no galpão para ensaios metabólicos do Laboratório
de Nutrição Animal, no período de 17 de janeiro a 08 de fevereiro de 2005. Antes do
período experimental, os animais foram alojados em baia coletiva coberta, de cerca
de 20 m
2
, com acesso à pastagem de quicuio-da-amazônia (Brachiaria humidicola),
recebendo, aproximadamente, 0,100 kg de farelo de trigo, água e mistura mineral à
vontade. Nessa ocasião, foram observados detalhadamente os aspectos relativos a
possíveis anormalidades zootécnicas e sanitárias, quando foram realizados
controles de endo e ectoparasitos. Como medida profilática, utilizou-se ivermectina,
na proporção de 0,5 mL/25 kg de peso vivo.
Tanto no período de adaptação, quanto no de coleta de dados, os animais
foram pesados, pela manhã, a fim de possibilitar melhor distribuição nos diferentes
tratamentos experimentais. Foram fornecidos os alimentos e coletadas as suas
sobras, os quais foram devidamente pesados, para determinar o consumo da MS.
No início e final do segundo período ou período experimental, os animais foram
pesados, pela manhã.
Diariamente, os alimentos e sobras foram pesados, bem como coletadas as
fezes, dos quais foram retiradas amostras para análise laboratorial, de acordo com a
metodologia preconizada por Harris (1970). As amostras coletadas foram secas a
65ºC, em estufa de ventilação forçada de ar, trituradas em moinho tipo Willey, e
acondicionadas em sacos de plástico.
Foram realizadas as análises químicas dos teores de matéria seca (MS),
matéria orgânica (MO), resíduo mineral fixo (RMF), proteína bruta (PB) e energia
bruta (EB), segundo as marchas analíticas descritas por Silva (1992), e lignina (Lig),
celulose (Cel), fibra detergente neutro (FDN), fibra detergente ácida (FDA), segundo
as recomendações de Van Soest (1991). Os teores de tanino condensado (TC)
foram determinados pelo método Vanilina-HCl (PRINCE et al., 1978).
3.1.5 Análise Estatística
Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com
quatro tratamentos e quatro repetições, de acordo com o modelo matemático Y
ij
=
m+T
i
+E
ij
, onde Yij = variável de resposta; m = média geral; Ti = efeito de tratamento
e Eij = erro experimental. Para as variáveis estudadas foi usada a análise de
regressão. Todas as análises utilizaram o aplicativo Statistical Analysis System (SAS
INSTITUTE INC., 1988).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO SORGO
Os resultados das análises químicas do sorgo utilizado na elaboração da
silagem se encontram na Tabela 4.
Tabela 4 - Composição química do sorgo utilizado na elaboração da silagem (%MS).
Variável Composição
Matéria seca (%) 32,40
Matéria orgânica (%) 93,07
Resíduo mineral fixo (%) 6,93
Proteína bruta (%) 8,03
Energia bruta (kcal/kg) 4.202,11
Fibra em detergente neutro (%) 67,02
Fibra em detergente ácido (%) 42,10
Lignina (%) 4,55
Celulose (%) 37,55
Tanino condensado (%) 1,20
O sorgo utilizado na preparação da silagem experimental do presente trabalho
apresentava-se em estádio farináceo, com 32,40% de MS, considerado similar ao
teor indicado por Zago (1999), em torno de 30% de MS, para obtenção de silagem
de sorgo de elevado valor nutritivo. Os teores de 93,07% e 6,93% de MO e RMF,
neste trabalho, são considerados como adequados para o processo de ensilagem da
forragem. Cabral Filho (2004) registrou valores de 95% de MO e de 0,5% de RMF,
para o sorgo colhido 90 dias após o plantio.
O teor de PB do sorgo, de 8,03%, está dentro da faixa considerada ideal para
ser ensilado. Pois, segundo Pedreira et al. (2003), os teores de PB podem variar
entre 6,5% e 9%. O valor de 4.202 de kcal/kg de EB/MS do sorgo foi semelhante
(3.990 kcal/kg de MS) ao determinado por Zago (1997).
As frações FDN, de FDA, de Lig, de Cel e de TC foram de 67,02%, 42,10%,
4,60%, 37,55% e 1,2%, respectivamente. Valores semelhantes foram obtidos por
Cabral Filho (2004) e Pedreira et al. (2003).
4.2 VALOR NUTRITIVO DA SILAGEM
4.2.1 Composição Química
A composição química da dieta experimental encontra-se na Tabela 5.
Tabela 5 - Composição química dos tratamentos experimentais, com quatro níveis
de concentrado (0, 15, 30 e 45%) na silagem de sorgo.
Variável 0% 15% 30% 45%
MS (%) 34,76d 38,79c 43,18b 45,10a
Matéria orgânica (%) 93,54d 93,64c 94,22b 94,62a
Resíduo mineral fixo (%) 6,46a 6,36b 5,78c 5,38d
Proteína bruta (%) 7,61d 9,20c 14,63b 20,12a
Energia bruta (kcal/kg) 4.150,21d 4.513,40c 4.620,00b 4.850,00a
Fibra em detergente neutro (%) 66,30a 53,31b 48,74c 45,39d
Fibra em detergente ácido (%) 40,14a 31,96b 29,12c 24,63d
Lignina (%) 4,43a 3,86b 3,02c 2,28d
Celulose (%) 35,71a 28,10b 26,10b 22,35c
Tanino condensado (%) 1,08a 0,96b 0,75c 0,65d
Médias seguidas da mesma letra na horizontal não diferem estatisticamente, pelo teste de Duncan
(0,05).
Nota-se (Tabela 5) que houve diferença significativa (P<0,05) entre os
tratamentos para os teores de MS, MO, RMF, PB, FDN, FDA, Lig, Cel e TC. Sendo
que, os teores de MS, MO e PB aumentaram com a inclusão do concentrado nas
dietas experimentais.
4.2.1.1 Matéria Seca
A participação do concentrado na silagem de sorgo, na ordem de 15%, 30% e
45%, proporcionou elevações significativas (11,6%, 24,2% e 29,8%) na MS das
dietas experimentais. CARDOSO et al. (2006), incluindo 24,2%, 38,4%, 53% e 67%
de ração concentrada, não observaram variações significativas nos teores de MS da
dieta, com a elevação de concentrado.
O teor de MS da silagem (Tabela 5) foi de 34,76%. Este valor é considerado
elevado e acima de alguns observados na literatura, que pode ser justificado pelo
estádio vegetativo, no momento da colheita do sorgo, que foi realizada no final do
estádio farináceo. Martins et al. (2003a) observaram níveis variando de 24,86% e
29,74%, em silagens elaboradas com determinados híbridos de sorgo, embora em
outros híbridos os teores de MS tenham alcançado 35,76%.
4.2.1.2 Matéria Orgânica e Resíduo Mineral Fixo
Observou-se ligeira elevação da matéria orgânica, de 93,54% para 94,62%,
com elevação do nível de concentrado na dieta, valores similares aos de FEIJÓ et al.
(1996), CARDOSO et al. (2006) e PEREIRA (2006). A concentração de matéria
orgânica determinada na silagem de sorgo, de 93,54%, e pouco inferior à 95,22% ao
obtido por (PEREIRA, 2006), e semelhante às determinadas por Dias et al. (2001),
em silagem elaborada com sorgo nos estádios leitoso (92,22%) e de
emborrachamento (94,77%).
4.2.1.3 Proteína Bruta
Foram observados aumentos significativos (P<0,05) de 20,9%, 92,25%, e
164,40%, nos teores de PB com a elevação dos níveis de concentrado adicionado
na silagem de sorgo, respectivamente, com 15%, 30% e 45%, em relação à matéria
seca. Resultados similares foram encontrados por FEIJÓ et al. (1996) e CARDOSO
et al. (2006).
O teor de PB na silagem de sorgo (7,61%) deste trabalho, aos 90 dias de
ensilado, foi semelhante (7,7%) aos obtidos por PESCE et al. (2000), para o mesmo
cultivar, e superior aos de algumas cultivares estudadas por Souza et al. (2003).
Martins et al. (2003a) observaram teores de PB, na ordem de 7,0% e 8,0%, e Pesce
et al. (2000), na ordem de 8,0% a 9,5%, respectivamente. Essas variações podem
ser explicadas, tanto pela variedade, quanto pelo estádio fisiológico e, também,
altura de corte da planta (MOLINA et al., 2002).
O teor de PB da silagem de sorgo do presente trabalho alcançou valor
superior aos considerados como críticos, abaixo dos quais a ingestão voluntária é
reduzida pela deficiência de nitrogênio. De acordo com Minson & Milford (1967), a
faixa crítica está entre 6,0% e 8,5%, o que significa afirmar que apenas o
fornecimento de silagem de sorgo, com 7,6% de PB, atende as demandas
nutricionais de manutenção desse nutriente para ruminantes.
4.2.1.4 Energia Bruta
Como se era esperado, a adição de 15%, 30% e 45% de concentrado na
silagem de sorgo, neste trabalho, aumentou a percentagem de energia bruta em 8,8,
11,32 e 17,0, respectivamente. O teor de 4.150,21 kcal de EB/kg de MS foi
semelhante aos mencionados por MARTINS et al. (2003a), de 4.142 e 4.211 kcal/kg
de MS, trabalhando com diferentes cultivares.
4.2.1.5 Fibra em Detergente Neutro
O aumento nos níveis de concentrado de 15%, 30% e 45% na ração levou ao
decréscimo da FDN na ordem de 24,4%, 36,0% e 46,1%, respectivamente. A
percentagem de FDN (66,30%) na MS da silagem foi similar às mencionadas por
Cândido et al. (1999) e Pereira (2006), entre 61,5% e 69,5%, entretanto, foi superior
ao valor de 60%, considerado por Van Soest (1994), como responsável pela redução
de consumo e digestibilidade. De acordo com o NRC (1989), a percentagem ideal de
FDN dietética deve estar entre 25% e 35%.
4.2.1.6 Fibra em Detergente Ácido
A adição de concentrado na dieta, na ordem de 15%, 30% e 45%, reduziu em
25,6%, 37,84% e 63% a percentagem da FDA, semelhante tendência foi observada
por Cardoso et al. (2006), em Santa Maria, Rio Grande do Sul, cuja redução foi em
torno de 25%, 45,13% e 73,23%, com adição de 24,2%, 38,4% e 53% de
concentrado na silagem de sorgo.
O teor de FDA na silagem de sorgo (Tabela 5) foi próximo aos registrados por
Martins et al. (2003b) e Pereira (2006). A produção animal está intimamente ligada
com o consumo de MS digestível (Mertens, 1992). Esse consumo pode ser estimado
com base na composição química da forragem. Forrageiras com valor de FDA, em
torno de 30%, ou menor, serão consumidos em altos níveis, ao contrário daquelas
com teores superiores a 40%. Nota-se que no presente trabalho (Tabela 5) os teores
de FDA estão dentro dos limites recomendados pela literatura.
4.2.1.7 Celulose
Foram observadas reduções significativas, na ordem de 27,10%, 36,82% e
60%, na percentagem de celulose, com a elevação dos níveis de concentrado de
15%, 30% e 45% (Tabela 5). A percentagem de celulose observada no presente
trabalho (35,71%) foi superior aos valores registrados por Neumann et al. (2002),
trabalhando com outros cultivares (28,61%). De acordo com os trabalhos de Martins
et al. (2003b), teores de celulose, em torno de 35%, na silagem de sorgo,
possibilitam melhores taxas de consumo e digestibilidade das frações fibrosas.
4.2.1.8 Lignina
Os teores de lignina foram reduzidos, na ordem de 14,77%, 46,70% e
94,30%, com adição de 15%, 30% e 45% de concentrado na dieta, respectivamente.
O teor de lignina da silagem, de 4,43%, foi inferior a 9%, determinado por Pereira
(2006), e semelhante aos observados por Neumann et al. (2002), trabalhando com o
mesmo cultivar.
Níveis inferiores a 7,3% de lignina na silagem de sorgo favorecem a elevação
do consumo e digestibilidade das frações fibrosas (MARTINS et al., 2003b),
entretanto, outros fatores, além do teor de lignina, como seu arranjo e seus
precursores com os demais componentes da parede celular, podem ser
responsáveis por boa parte das limitações na digestibilidade das forragens
(FERREIRA, 2003).
4.2.1.9 Tanino Condensado
Observa-se (Tabela 5) que a adição de concentrado na dieta, na ordem de
15%, 30% e 45%, promoveu reduções de 12,5%, 44,0%, 66,2%, nos teores de TC.
O teor de 1,07% de tanino condensado, na silagem de sorgo, é classificado como
médio a baixo (CABRAL FILHO, 2004). Para Mc Donald et al. (1995), valores
inferiores a 1% não afetam o consumo e digestibilidade MS e PB, devido a formação
de complexos com as proteínas dietéticas e mucosa digestiva, aumentando a perda
endógena desse nutriente (MC NEIH et al., 1998).
4.2.1.10 Equações de Regressão
Nas Figuras 1, 2 e 3 estão ilustradas as equações de regressão para estimar
os teores de proteína bruta (%), energia bruta (kcal/kg), fibra detergente neutro (%),
fibra detergente ácida (%), lignina (%), celulose (%) e tanino condensado (%), em
função do nível de concentrado na dieta experimental.
10
20
30
40
50
60
70
0153045
Níveis de concentrado
FDN, FDA e Cel (%) da
MS
FDN FDA Cel
Figura 1 - Regressões para estimar os teores fibra detergente neutro (% FDN), fibra
detergente ácida (% FDA) e celulose (% Cel.), em função do nível de concentrado na
dieta experimental. X = Nível de concentrado na dieta.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
0153040
veis de concentrado
PB, Lig e TC (%) na MS da
dieta
PB Lig TC
Figura 2 - Regressões para estimar os teores de proteína bruta (% PB), lignina (%
Lig.) e tanino condensado (% TC), em função do nível de concentrado na dieta
experimental. X = Nível de concentrado na dieta.
3000
3500
4000
4500
5000
0153045
Níveis de concentrado
EB (kcal/kg) da MS
EB
Figura 3 - Regressões para estimar o teor de energia bruta (% EB), em função do
nível de concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na dieta.
4.3 CONSUMO E DIGESTIBILIDADE
4.3.1 Consumo da Matéria Seca e Orgânica
Os consumo de MS, em g/dia e em % do PV/dia, bem como o consumo de
MO, em g/dia, encontram-se na Tabela 6.
Tabela 6 - Consumos diários de matéria seca, em g e % do PV/dia, e de matéria
orgânica, em g/dia, na dieta experimental.
Nível de concentrado (% de MS) na silagem de sorgo
0 15 30 45
g de MS 591,79d 709,60c 781,56b 798,03a
% do PV em MS 2,60d 3,00c 3,30b 3,36a
g de MO 553,60d 664,47c 735,86b 755,10a
Médias seguidas da mesma letra na horizontal não diferem estatisticamente, de acordo com o teste
de Duncan (0,05).
Os consumos da MS (Tabela 6), apresentam o mesmo comportamento dos
observados por Cardoso et al. (2006), de 765 g/dia, 773 g/dia e 954 g/dia, utilizando
24,4%, 38,00%, 52,70% de concentrado. Porém, superiores, em percentuais, aos
obtidos por Pereira (2006) (2,10%, 2,25% e 2,45%), utilizando 20%, 35% e 50% de
concentrado; e por Moreira et al. (2001), de 1,7%, usando apenas silagem de sorgo.
Os resultados deste trabalho podem ser considerados satisfatórios, na
silagem com e sem concentrado, pois de acordo com NRC (1989), em condições
tropicais, os ovinos e caprinos de corte consomem entre 1,5% a 3% do PV/dia de
MS. Os consumos de matéria orgânica (Tabela 6) apresentaram similar tendência
aos do consumo de matéria seca, na silagem de sorgo, com adição de 15%, 30% e
45% de concentrado na dieta experimental.
4.3.1.1 Equações de Regressão
Nas Figuras 4, 5 e 6 estão ilustradas as regressões para estimar os
consumos de matéria (CMS), em g de MS/dia e % PV/dia, e o consumo da matéria
orgânica (CMO), em g/dia, em função do nível de concentrado na dieta experimental.
0
200
400
600
800
1000
0153045
veis de concentrado
Consumo g/dia de MS
CMS
Figura 4 - Regressão para estimar o consumo de matéria seca (CMS) g/dia, em
função do nível de concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta.
0
1
2
3
4
0153045
veis de concentrado
Consumo MS %/ PV
CMS %
Figura 5 - Regressão para estimar o consumo de matéria seca (CMS) % PV, em
função do nível de concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta.
0
200
400
600
800
0153045
veis de concentrado
Consumo g/dia de MO
CMO
Figura 6 - Regressão para estimar o consumo de matéria orgânica (CMO) g/dia, em
função do nível de concentrado na dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta.
Os consumos de matéria seca (CMS), expressos em g/dia e % do PV/dia,
apresentaram efeito quadrático, em função dos níveis de concentrado na dieta. De
forma semelhante, Véras et al. (2000), Costa et al. (2005), Silva et al., (1999) e Ítavo
et al. (2002) encontraram efeito quadrático para o CMS, expresso em g/dia, com
máximos de 45,9% e 55% de concentrado na ração.
Por outro lado, Dias et al. (2000) e Souza et al. (2002) citam repostas lineares
crescentes para o CMS, enquanto Strack et al. (2001) não observaram aumento no
consumo de MS, em função dos níveis de concentrado na ração. Essas divergências
permitem concluir que o consumo de MS é variável e pode ser afetado por diversos
fatores, dentre os quais se destacam o estádio vegetativo do sorgo e,
conseqüentemente, a qualidade da silagem, além do concentrado utilizado.
Também, condições nutricional, fisiológica e sanitária do animal e do ambiente físico
exercem influência.
4.3.2 Digestibilidade da Matéria Seca e Orgânica
Na Tabela 7 podem ser observados os níveis de digestibilidade da matéria
seca (% DMS) e matéria orgânica (% DMO), em função do nível de concentrado na
dieta experimental.
Tabela 7. Digestibilidade da matéria seca e da matéria orgânica, em função do nível
de concentrado na dieta experimental.
Nível de concentrado (MS%) na silagem de sorgo
0 15 30 45
Digestibilidade MS (%) 48,32d 61,96c 68,12b 69,77a
Digestibilidade MO (%) 50,03d 62,22c 69,12b 70,50a
*Significativo, em nível de 0,05 de probabilidade, de acordo com o teste de Duncan.
A adição de 15%, 30% e 45% de concentrado na dieta, elevou a
digestibilidade da MS (DMS), em 62%, 68,1% e 70%, respectivamente, da mesma
forma Silva et al. (1999) registraram valores de 65,5%, 68,96% e 72,5%, utilizando
dieta a base de 20%, 35% e 50% de concentrado, associado a silagem de sorgo.
O valor da DMS da silagem (48,32%) foi semelhante (50% e 52,2%) aos
valores obtidos por Martins et al. (2003a), embora esse autor tenha determinado
nível de digestibilidade de até 61,8%. No entanto, Pascoal et al. (2001) e Pereira
(2006) não observaram diferenças significativas na DMS (58% e 64%) e na
digestibilidade da matéria orgânica (DMO) (59% e 65%), utilizando 30%, 50% e 70%
e 25%, 30% e 50% de concentrado na silagem de sorgo, respectivamente. Rode et
al. (1985) e Van Soest (1994) justificam a elevação na DMS e na DMO, com a
adição de concentrado na ração, devido a elevação de carboidratos não-estruturais,
que são mais digestíveis em relação aos estruturais.
4.3.2.1 Equações de Regressões
Na Figura 7 estão apresentadas as equações de regressão para estimar a
digestibilidade da matéria seca (DMS) e da matéria orgânica (DMO), em função do
nível de concentrado na dieta experimental.
As equações de digestibilidade da MS deste trabalho estão de acordo com as
determinadas por Gonçalves et al. (1991), Berchielli (1994), Araújo et al. (1998),
Bürger et al. (2000), Cardoso et al. (2000) e Dias et al. (2000), os quais relatam que
a digestibilidade da silagem se eleva linearmente, com maiores níveis de
concentrado na dieta.
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
0153045
Níveis de concentrado
DMS e DMO (%)
DMS DMO
Figura 7 - Regressões para estimar a digestibilidade da matéria seca (%) e da
matéria orgânica (%), em função do nível de concentrado na dieta experimental. X =
Nível de concentrado na dieta.
4.3.3 Consumo e Digestibilidade da Proteína Bruta
O consumo de proteína bruta (CPB), em g/dia, e a digestibilidade da proteína
bruta (%), em função do nível de concentrado da dieta experimental se encontra na
Tabela 8.
Tabela 8 - Consumo de proteína bruta (CPB), em g/dia, e digestibilidade da proteína
bruta (DPB), em função do nível de concentrado da dieta experimental.
Nível de concentrado (MS%) na silagem de sorgo
0 15 30 45
CPB (g/dia) 44,48d 64,87c 119,00b 170,00a
DPB (%) 37,41d 44,62c 74,12b 82,50a
Médias seguidas da mesma letra, na horizontal, não diferem estatisticamente, de acordo com o teste
de Duncan (0,05).
O CPB das dietas experimentais apresenta efeito quadrático (45,84%,
167,55% e 182,20%), na medida em que foram aumentados os níveis de
concentrado nas dietas, de 15% para 45%. O CPB da silagem de sorgo, 44,48 g/dia,
foi inferior aos determinados por Martins et al. (2003a), 47, 57,6 e 66,40 g/animal/dia,
e abaixo das necessidades de PB para ovinos, de 20 kg, em crescimento (NRC,
1985).
Os consumos mais baixos de PB foram para os tratamentos com 0% e 15%
de concentrado, respectivamente (Tabela 8), o que pode ser explicado pelo menor
teor na matéria seca dessas dietas, em decorrência da maior proporção de silagem.
Aumentos da participação de grãos na dieta elevam o consumo, devido a
maior densidade física do alimento, da diminuição do tamanho das partículas e dos
reflexos na velocidade de passagem (OWENS & GOETSCH, 1993). Cardoso et al.
(2006), avaliando níveis de concentrado em dietas à base de silagem de sorgo
(24,4%, 38,00%, 52,70% e 67,00%), fornecidas a ovinos, verificaram que o aumento
do concentrado na dieta elevou o consumo da PB, em 11,30% e 42,61%, contudo,
quando passou de 52,70% para 67%, de concentrado na ração, houve redução de
5,13% no consumo.
A resposta ao consumo de proteína, em dietas à base de silagem
suplementadas com concentrado é muito variável, em razão do padrão de
fermentação da forragem ensilada, do concentrado utilizado e do animal. Segundo
Silva et al. (2000), essas variações constituem exemplos típicos de taxa de
substituição, quando silagens de gramíneas de alta digestibilidade são
suplementadas com concentrado.
Os níveis de DPB apresentaram crescimento quadrático, em 20,30%, 98,13%
e 120,53%, com a utilização de 15%, 30% e 45% de concentrado na dieta,
respectivamente. No entanto, Pereira (2006) não observou diferenças significativas
na DPB, utilizando 20%, 35%, 50% e 65% de concentrado. A digestibilidade na
silagem de sorgo do presente trabalho (37,4%) foi pouco superior á determinada
(32,7%) por Martins et al. (2003a).
4.3.3.1 Equações de Regressões
As equações de regressão do consumo da proteína bruta (CPB), em g/dia, e
da digestibilidade da proteína bruta (%), em função do nível de concentrado nas
dietas experimentais se encontram nas Figuras 8 e 9.
20
60
100
140
180
0153045
veis de concentrado
Consumo g/dia PB
CPB
Figura 8 - Regressão para estimar o consumo proteína bruta g/dia, em função do
nível de concentrado das dietas experimentais. X = Nível de concentrado na dieta.
20
70
120
0 153045
Níveis de concentrado
Digestibilidade PB
(%)
DPB
Figura 9 - Regressão para estimar a digestibilidade da proteína bruta (DPB), em
função do nível de concentrado nas dietas experimentais. X = Nível de concentrado
na dieta.
4.3.4 Consumo e Digestibilidade da Energia Bruta
Os valores de consumo da energia bruta (CEB), em kcal/dia, e da
digestibilidade da energia bruta (DEB), em função do nível de concentrado na dieta
encontram-se na Tabela 9.
Tabela 9 - Consumo de energia bruta (CEB), em kcal/dia, e digestibilidade da
energia bruta (DEB), em função do nível de concentrado na dieta experimental.
Nível de concentrado (MS%) na silagem de
sorgo
0 15 30 45
Consumo energia bruta (kcal) 2.474,77d 3.122,80c 3.390,16b 3.767,69a
Digestibilidade energia bruta (%) 52,54d 61,53c 66,70b 68,27a
Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente, de acordo com o teste de
Duncan (0,05).
A adição de 15%, 30% e 45% de concentrado, na dieta, promoveu elevação
de 27%, 50,7% e 66% no CEB. Cardoso et al (2006) não observaram diferença no
CEB, quando elevou a percentagem de concentrado na dieta, até 38%, mas notaram
elevação de 120% e 135%, quando o nível de concentrado na silagem de sorgo se
elevou de 52,7% para 67%. Para Martins et al. (2003a), a elevação no CEB nas
dietas é proporcionada pelo aumento de energia nos concentrados utilizados. O
CEB no presente trabalho (2.474,77 kcal/dia), para a silagem de sorgo, foi similar ao
observado por Martins et al. (2003a). Porém, acima do recomendado pelo NRC
(1989), para ovinos com 25 kg de PV.
A elevação do coeficiente de digestibilidade da energia ocorre tanto em
relação ao consumo, devido à diluição do efeito da gordura metabólica fecal, como,
também, pelas características da energia no alimento, causando diferentes efeitos
na sua digestibilidade (COPPOCK, 1987). O valor da DEB observada para a silagem
de sorgo (52,54%), encontrada no presente trabalho, está próximo aos valores
(47,27% e 59,20%) registrados por Martins et al. (2003a).
Essas variações podem ser abordadas sob diferentes aspectos, tais como
alterações na fisiologia da digestão, alterações digestivas, velocidade de passagem,
nível de consumo, alterações de pH, enfim, fatores que possam afetar a dinâmica
ruminal, modificando a efetividade da fermentação e a utilização da energia da dieta,
fatores esses que não foram avaliados no presente trabalho.
4.3.4.1 Equações de Regressões
Nas Figuras 10 e 11 encontram-se as regressões para estimar o consumo de
energia bruta (CEB), em kcal/dia, e a digestibilidade da energia bruta (DEB), em
função do nível de concentrado da dieta experimental.
2000
2500
3000
3500
4000
4500
0153045
Níveis de concentrado
Consumo kcal/dia EB
CEB
Figura 10 - Regressão para estimar o consumo energia bruta (CEB), em kcal/dia, em
função do nível de concentrado da dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta.
35
45
55
65
75
0153045
Níveis de concentrado
Digestibilidade EB (%)
DEB
Figura 11 - Regressão para estimar digestibilidade da energia bruta (DEB), em
função do nível de concentrado da dieta experimental. X = Nível de concentrado na
dieta.
4.3.5 Consumo das Porções Fibrosas (FDN e FDA)
Na Tabela 10 estão os valores de consumo da fibra detergente neutro (CFDN)
e fibra detergente ácida (CFDA), em g/dia, em função do nível de concentrado na
dieta.
Tabela 10. Consumo da fibra em detergente neutro (CFDN), em g/dia, e da fibra em
detergente neutro (CFDA) g/dia, em função do nível de concentrado na dieta.
Nível de concentrado (%MS)
0 15 30 45
CFDN (g/dia) 413,20a 377,62b 365,30c 345,40d
CFDA (g/dia) 242,38a 220,05b 204,91c 190,18d
Médias seguidas da mesma letra na horizontal não diferem, de acordo com o teste de Duncan (0,05).
A adição de 15%, 30% e 45% de concentrado na dieta experimental reduziu o
consumo da CFDN, na ordem de 9,42%, 13,11% e 19,63%, e o CFDA, na ordem de
10,15%, 18,30% e 27,45%. Os consumos de FDN e FDA foram semelhantes nas
diferentes dietas, equilibrado pelo aumento do consumo de matéria seca, com teores
decrescentes de FDN (66,3% para 45,4%) e de FDA (40,14% para 24,63%), com
incremento do concentrado. O consumo da FDN e da FDA. na silagem de sorgo, foi
de 413,20 g/dia e 242,38 g/dia, porém, abaixo dos mencionados por Martins et al.
(2003b).
Embora Rodrigues et al. (2001) não tenham verificado efeitos de níveis de
concentrado sobre consumo do FDN e da FDA, Silva et al. (1999) e Pereira (2006)
observaram decréscimos no consumo dessas frações fibrosas, com o incremento do
concentrado na dieta. Essas diferentes respostas podem ser atribuídas às variações
na proporção volumoso:concentrado, tipo de volumoso e fontes e formas de grãos
no concentrado.
4.3.5.1 Equações de Regressão
Na Figura 12 encontram-se as regressões para estimar o consumo da fibra
detergente neutro (g/dia) e o consumo de fibra em detergente ácido (g/dia), em
função do nível de concentrado na dieta.
150
200
250
300
350
400
450
0153045
Níveis de concentrado
Consumo g/dia FDN e FDA
CFDN CFDA
Figura 12 - Regressões para estimar o consumo da fibra detergente neutro e fibra
detergente ácida (g/dia), em função do nível de concentrado na dieta experimental.
X = Nível de concentrado na dieta.
4.3.6 Digestibilidade das Porções Fibrosas (FDN e FDA)
Na Tabela 11 estão os coeficientes da digestibilidade da fibra em detergente
neutro (DFDN) e fibra em detergente ácido (DFDA), em função do nível de
concentrado.
Tabela 11 - Digestibilidade da fibra detergente neutro (DFDN) e da fibra detergente
acida (DFDA), em função do nível de concentrado da dieta.
Nível de concentrado (%MS)
Variável
0 15 30 45
DFDN (%) 56,68a 46,94b 39,53c 31,94d
DFDA (%) 47,02a 42,62b 34,84c 31,14d
Médias seguidas da mesma letra na horizontal não diferem, de acordo com o teste de Duncan (0,05).
A adição de 15%, 30% e 45% de concentrado na dieta reduziu os índices de
DFDN, na ordem de 20,76%, 43,38% e 83,20%, e de 10,32%, 34,96% e 51%, de
DFDA. Esses valores foram inferiores aos de Pereira (2006), trabalhando com
silagem de sorgo. Os índices de DFDN e da DFDA (56,68% e 47,02%), na silagem
de sorgo, foram superiores aos valores observados por Martins et al. (2003b),
trabalhando com diferentes cultivares de sorgo. A redução na digestibilidade da FDN
e da FDA deve-se a diminuição dos seus teores na MS e elevação dos carboidratos
solúveis, reduzindo os microrganismos celulolíticos no rúmen (ZAGO, 1991).
4.3.6.1 Equações de Regressão
Na Figura 13 estão as regressões para estimar a DFDN e da DFDA em
função do nível de concentrado na dieta.
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
0153045
veis de concentrado
Digestibilidade FDN e
FDA (%)
DFDN DFDA
Figura 13 - Regressões para estimar a digestibilidade da fibra em detergente neutro
(DFDN) e a digestibilidade da fibra em detergente ácido (DFDA), em função do nível
de concentrado. X = Nível de concentrado na dieta.
As regressões da DFDN (y = 56,51-0,62x+0,0012x
2
, r
2
= 0,99), da DFDA (y =
47,39-0,404x+0,007x
2
, r
2
= 0,97) apresentam comportamentos quadráticos, com
correlação negativa entre as digestibilidades das duas frações fibrosas e nível de
concentrado. Noguera (2000) observou correlações negativas entre DIVMS e FDN (r
= -0,68; P<0,01) e FDA (r = -0,66; P<0,01), valores inferiores aos deste trabalho.
Bueno et al. (2004) justificam que baixos níveis de DFDN, da DFDA e da celulose
decorrem do elevado teor de lignina na MS. Para Henrique et al. (1998) e Valdez et
al. (1988), esse fato se deve ao baixo teor de hemicelulose. Com base nessas
observações a redução nos valores da DFDN e DFDA, encontradas no presente
trabalho, pode ser explicada pela baixa qualidade da fração fibrosa da silagem de
sorgo, com aumento nos níveis de concentrado.
4.3.7 Correlações entre as Variáveis de Respostas
Os coeficientes de correlação (r) entre as variáveis estudadas estão na
Tabela 12.
Tabela 12. Coeficientes de correlação (r) entre as variáveis de resposta estudadas.
Variável PB EB FDN FDA Lig TC Cel
CMS 0,98* 0,96* -0,98* -0,97* -0,94* -0,93* -0,96*
DMS 0,94* 0,96* 0,99* -0,97* -0,91* 0,89* -0,96*
CPB 0,99* 0,97* -0,94* -0,95* -0,97* -0,96* -0,95*
DPB 0,93* 0,78* -0,77* -0,79* -0,91* -0,91* -0,21
CEB 0,98* 0,99* -0,97* -0,98* -0,98* -0,95* -0,97*
DEB 0,96* 0,98* -0,99 -0,96* -0,93* -0,92* -0,21
CFDN -0,95* -0,87* 0,95* 0,94* 0,89* 0,90* 0,90*
CFDA -0,97* -0,95* 0,96* 0,97* 0,96* 0,93* 0,96*
DFDN -0,96* 0,92* 0,93* 0,96* 0,97* 0,92* 0,25
DFDA -0,92* 0,96* 0,89* 0,93* 0,98* 0,96* 0,24
PB - Proteína bruta, EB - Energia bruta, FDN - Fibra detergente neutro, FDA - Fibra detergente ácido,
Lig: - Lignina, TC - Tanino condensado e Cel - Celulose. *Significativo, em nível de 0,05 de
probabilidade, de acordo com o teste de Duncan.
Essas correlações demonstram interdependência entre variáveis do valor
nutritivo da silagem de sorgo com níveis de concentrado. O aumento no valor
nutritivo com adição de concentrado observado no presente trabalho, também, foi
verificado por Cardoso et al. (2006), em pesquisa com silagem de sorgo.
4.3.8 Equação de Predição das Variáveis
As equações de predição das variáveis CMS, DMS, CPB, DPB, CEB, DEB,
CFDN, DFN, CFDA e DFDA, em função das variáveis estudadas, são apresentadas
na Tabela 13.
Tabela 13 - Equações de predição do CMS, DMS, CPB, DPB, CEB, DEB, CFDN,
DFN, CFDA e DFDA, em função das variáveis estudadas.
Variável Equação r
2
CMS CMS = 3,44+0,070PB-0,0206FDN 0,99
DMS DMS = 87,00+1,634PB-1,006FDN+3,52Lig 0,99
CPB CPB = -20,8+10,72PB-0,242FDN 0,99
DPB DPB = -523,26+4,86PB+0,07EB+2,19FDN+2,17Cel 0,98
CEB CEB = -443,85+1,04EB-35,312FDA 0,99
DEB DEB = -48,07+0,024EB-0,334FDN+0,712Cel 0,99
CFDN CFDN = 420,33-0,03EB+1,72FDN 0,92
DFDN DFDN = -77,91+0,012EB+0,87FDA+1,64Cel 0,96
CFDA CFDA = 276,07-0,0245EB+1,70FDA 0,96
DFDA DFDA = 107,04-0,014EB-0,55FDA+4,986Lig 0,97
MS - Matéria seca, PB - Proteína bruta, EB - Energia bruta, FDN - Fibra detergente neutro e FDA -
Fibra detergente ácida. *Significativo, em nível de 0,05 de probabilidade, de acordo com o teste de
Duncan.
5 CONCLUSÕES
O sorgo utilizado para elaboração de silagem possui potencial produtivo, com
elevada disponibilidade de matéria seca e bom valor nutritivo, consituindo-se em
alternativa para ser conservado e utilizado como suplemento alimentar nos sistemas
de produção de ruminantes, principalmente em períodos críticos de forragem,
contribuindo para manter bons níveis nutricionais e elevar o desempenho animal.
A utilização de concentrado na silagem de sorgo proporciou maior
disponibilidade de matéria seca na forragem e elevação do valor nutritivo da ração.
Níveis entre 30% a 45% de concentrado possibilitam maior consumo e
digestibilidade de MS, da MO, da PB e da EB.
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