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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE MEDICINA
MESTRADO EM CIÊNCIAS MÉDICAS
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HUMOR, DA FUNÇÃO
SEXUAL E DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES
COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À
HEMODIÁLISE
Brasília
2006
THALES WEBER GARCIA
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE MEDICINA
MESTRADO EM CIÊNCIAS MÉDICAS
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HUMOR, DA FUNÇÃO
SEXUAL E DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES
COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À
HEMODIÁLISE
Brasília
2006
Dissertação apresentada ao curso de
pós-graduação de Ciências Médicas da
Faculdade de Medicina da
Universidade de Brasília como requisito
para obtenção do título de Mestre.
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE MEDICINA
MESTRADO EM CIÊNCIAS MÉDICAS
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HUMOR, DA FUNÇÃO
SEXUAL E DA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES
COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À
HEMODIÁLISE
Brasília
2006
Dissertação aprovada pelo programa de pós-graduação
de Ciências Médicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de Brasília como requisito para obtenção
do título de Mestre, pela comissão formada pelos
professores.
Orientador: Dr. Luiz Augusto Casulari da Motta
Profª. Lucilia Domingues Casulari da Motta
Prof. Elioenai Dornelles Alves
Suplente: Prof. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues
II
Agradecimentos
Agradeço a valiosa colaboração das psicólogas que prestam assistência
nos serviços em que foi realizado o estudo, Roberta Marchini Loureiro, Janaina
Couvaneiro, Ludmila D’Avila e Silva e Karin Ribeiro P. de Castro. Assim como
dos médicos Álvaro Malega, Flávio José de Moura, Joaquim Carlos Barros
Neves e Maria Tereza Vargas. A enfermeira nia Alves de Aquino, ao
nutricionista Vinícius Barbosa Brito, a assistente social Danielly Oliveira
Grance. Ao Prof. David Duarte, a quem fico muito agradecido por nos indicar
Gustavo Alvarenga pela “máscara” e transposição para o SPSS. À Profª
Priscila Duarte, que validou o questionário de avaliação de qualidade de vida
relacionado à saúde de pacientes com insuficiência renal crônica terminal.
Os colegas e amigos que muito me auxiliaram como o Dr. João Filinto de
Oliveira Neto que colaborou com trabalhos científicos no tema da pesquisa. À
minha amiga Maria das Dores Medina pelo seu estímulo. Ao Prof. Raimundo
Nonato Delgado Rodrigues da neurologia, que com paciência me orientava
prontamente quando era solicitado. Ao professor e amigo Ives Chaloult, da
sociologia, que também se dispôs a me ouvir. Ao meu orientador, que com
competência, liberdade e consideração me ajudou a chegar ao final deste
trabalho, Prof. Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta. Ao Prof. Joel Paulo
Russomano Veiga, ao Prof. Elioenai Dornelles Alves, à Profª Lucilia Domingues
Casulari Roxo da Motta os quais muito gentilmente abriram espaço em suas
atividades para conversas proveitosas e me ajudaram a dar a forma e o
conteúdo adequados a esta dissertação.
III
Aos funcionários da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília
na pessoa do secretário de Pós-Graduação Gledson Alessandro Ribeiro da
Silva.
A minha filha Vera e meu filho Pedro e sua esposa Carolina, que sempre
estavam me apoiando e facilitando o desenvolvimento deste projeto. Á minha
irmã Thea que se dispôs a ajudar na revisão ortográfica. À minha companheira
Márcia que sempre solícita e disponível buscava contribuir de toda forma para
tornar esta tarefa mais fácil.
Agradeço por muitos textos ao Marcus Jessé Moreira e ao Murilo
Furtado Coura.
Um agradecimento muito especial aos pacientes que consentiram
participar deste trabalho e a todos os funcionários dos serviços pesquisados
que me receberam de forma acolhedora e gentil.
IV
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ----------------------------------------------------------------------------------------------II
RESUMO -------------------------------------------------------------------------------------------------------------IX
ABSTRACT--------------------------------------------------------------------------------------------------------XIV
1
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------1
1.1.
D
OENÇA RENAL CRÔNICA
---------------------------------------------------------------------------------- 4
1.2.
H
EMODIÁLISE
------------------------------------------------------------------------------------------------ 6
1.3.
Q
UALIDADE DE
V
IDA
--------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.4.
A
LTERAÇÃO DO HUMOR E DOENÇA RENAL CRÔNICA
-------------------------------------------------- 8
1.5.
E
SCALA DE AVALIAÇÃO PARA A DEPRESSÃO DE
H
AMILTON
-----------------------------------------11
1.6.
K
IDNEY
D
ISEASE AND
Q
UALITY
-
OF
-L
IFE
-S
HORT
-F
ORM
(KDQOL-SF™)------------------------12
1.7.
D
ISFUNÇÃO SEXUAL E DOENÇA RENAL CRÔNICA
------------------------------------------------------13
1.8.
Í
NDICE
I
NTERNACIONAL DE
F
UNÇÃO
E
RÉTIL
----------------------------------------------------------15
2
OBJETIVOS -------------------------------------------------------------------------------------------------- 17
2.1
G
ERAL
--------------------------------------------------------------------------------------------------------17
2.2
E
SPECÍFICOS
-------------------------------------------------------------------------------------------------17
3
MÉTODOS---------------------------------------------------------------------------------------------------- 18
3.1
D
ELINEAMENTO DO ESTUDO
------------------------------------------------------------------------------18
3.2
C
ARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA
-------------------------------------------------------------------------18
3.2.1Critérios de inclusão------------------------------------------------------------------------------------ 18
3.2.2Critérios de exclusão------------------------------------------------------------------------------------ 19
3.3
I
NSTRUMENTOS DE PESQUISA E MÉTODO DE APLICAÇÃO
---------------------------------------------19
3.3.1 Escala de avaliação de depressão de Hamilton ---------------------------------------------------- 20
3.3.2 Kidney Disease and Quality-of-Life-Short-Form (KDQOL-SF™)------------------------------- 20
3.3.3 Índice Internacional de Função Erétil (IIEF)------------------------------------------------------- 23
3.4
Q
UANTIFICAÇÃO DA HEMODIÁLISE EM
K
T
/V ----------------------------------------------------------24
3.5
A
NÁLISE ESTATÍSTICA
-------------------------------------------------------------------------------------24
3.6
A
SPECTOS ÉTICOS
------------------------------------------------------------------------------------------25
4
RESULTADOS----------------------------------------------------------------------------------------------- 26
4.1
C
ASUÍSTICA
-------------------------------------------------------------------------------------------------26
4.2
A
VALIAÇÃO DA DEPRESSÃO
------------------------------------------------------------------------------26
4.3
Q
UALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE AVALIADA PELO
KDQOL
SF™----------------27
4.4
D
ISFUNÇÃO SEXUAL AVALIADA PELO
Í
NDICE
I
NTERNACIONAL DE
F
UNÇÃO
E
RÉTIL
(IIEF) ----40
5
DISCUSSÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------- 56
5.1
D
EPRESSÃO EM INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE
-----------56
5.2
Q
UALIDADE DE VIDA E ALTERAÇÃO DO HUMOR EM INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA EM HEMODIÁLISE
-------------------------------------------------------------------------------------------60
5.3
D
ISFUNÇÃO ERÉTIL E ALTERAÇÃO DO HUMOR EM INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA EM HEMODIÁLISE
-------------------------------------------------------------------------------------------65
5.4
P
APEL DA DISFUNÇÃO SEXUAL NOS DIFERENTES DOMÍNIOS DA
QVRS ----------------------------68
6
CONCLUSÕES----------------------------------------------------------------------------------------------- 72
7
AGENDA DE PESQUISA---------------------------------------------------------------------------------- 72
8
REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------------------- 74
ANEXO I - ESCALA DE HAMILTON COM GUIA DE ENTREVISTA ESTRUTURADA PARA A
ESCALA -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 87
ANEXO II- KDQOL-SF ™ --------------------------------------------------------------------------------------- 98
ANEXO III – IIEF -------------------------------------------------------------------------------------------------109
V
ANEXO IV - TERMO DE APROVAÇÃO--------------------------------------------------------------------113
ANEXO V - TERMO DE CONSENTIMENTO -------------------------------------------------------------115
ANEXO VI – AMOSTRA DA PESQUISA ALTERAÇÃO DO HUMOR, FUNÇÃO SEXUAL E
QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM
HEMODIÁLISE.---------------------------------------------------------------------------------------------------117
ANEXO VII - FORMULÁRIO DE DADOS DE EXAMES DOS PACIENTES DA AMOSTRA--121
ANEXO VIII – ESCORES OBTIDOS NOS DOMÍNIOS DO ÍNDICE INTERNACIONAL DE
FUNÇÃO ERÉTIL E DA ESCALA DE HAMILTON DOS 47 PACIENTES COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA TERMINAL SUBMETIDOS À HEMODIALISE---------126
ANEXO IX - ESCORES CALCULADOS DOS 11 DOMÍNIOS ESPECÍFICOS DO
QUESTIONÁRIO DE QVRS (KDQOL-SF ™) PARA 47 PACIENTES EM HEMODIÁLISE
CRÔNICA. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------130
ANEXO X -ESCORES CALCULADOS DOS 8 DOMÍNIOS GENÉRICOS DO QUESTIONÁRIO
DE QVRS (KDQOL-SF ™) DE 47 PACIENTES EM HEMODIÁLISE CRÔNICA-----------------135
ANEXO XI – CORRELAÇÕES ENTRE OS ESCORES DO IIEF, ESCORES DO
QUESTIONÁRIO DE QVRS KDQOL-SF E A ESCALA DE HAMILTON,
PARA 47 PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE. --------------------------139
VI
LISTA DE FIGURAS
F
I GURA
1
-
C
OMP OR T A ME N TO DO S
47
P A CI E N T E S C O M I NSUF I C I Ê N C I A RE NA L
CRÔN I C A
,
E M HE M ODI Á L I S E
,
A V A LI A D O S PELA E S CA LA DE DE P RE S S Ã O DE
H
A MI L T O N
,
E M P OR C E N TAGE M
. ---------------------------------------------------------------------27
F
I GURA
2
-
D
IS T RI B UIÇÕES DO S E S C O RES DE
QVRS
NAS
11
D I MEN SÕES
ES P E CÍ F I CAS DO
KDQOL-SF
A P R ESE NTA DAS NO
A
NE XO
IX,
P A RA O S
47
PA CI E N TES S UB ME T I D OS À HE MO DI Á LI S E
. ----------------------------------------------------29
F
I GURA
3
-
D
IS T RI B UIÇÕES DO S E S C O RES DE
QVRS
NAS
8
D I ME N SÕES
GE NÉ RI CAS DO
KDQOL-SF
A P RE S E NT A DAS NO
A
NE XO
X,
P A R A OS
47
PA CI E N TES S UB ME T I D OS À HE MO DI Á LI S E
. ----------------------------------------------------30
F
I GURA
4
E
S CORE S D E S A Ú DE G E RA L DO
KDQOL-SF
E M P A CIENTE S C O M
E S E M A L T ERA ÇÃ O DO ESTA DO DO H U M O R
. --------------------------------------------------33
F
I GURA
5
-
C
ORRE L A Ç Ã O E NTRE O S E S C O RES O B TI D O S C O M A ES C A L A DE
H
A MI L T O N E O DOMÍ NI O D E BE M
-
ES T A R E MOCIONA L D O
KOQOL-SF -----34
F
I GURA
6
-
E
S CORE S D E B E M
-
ES T A R E MO CIONA L D O
KDQOL-SF
E M
PA CI E N TES COM E SE M A LTERA ÇÃ O DO E S TADO DO H U MOR
. ----------------------35
F
I GURA
7
-
C
ORRE L A Ç ÕES OBTI DA S NA
E
S CAL A D E
H
A MI LT O N E D OMÍ NIO S O NO
DO
KDQOL-SF
T
ES TE DE
S
PE A RMA N
.
D
AD OS A P R E S ENT A DO S C O M O
ME DI A N A
. --------------------------------------------------------------------------------------------------------36
F
I GURA
8
E
S CORE S DO DO MÍ N I O S ON O DO
KODQOL-SF
E M P A CI E N T ES
,
COM E S E M A LTER A Ç Ã O DO E S TAD O DE H U MO R
.
P=0.001,
T
ES T E T DE
S
TU DE N T
.
V
A LORE S E XP R E S SOS CO MO MÉ DIA E DE S V I O PA DRÃ O
. ------------37
F
I GURA
9
-
C
ORRE L A Ç ÕES OBTI DA S NA
E
S CAL A D E
H
A MI LT O N E N O DOMÍ NI O
E NER GI A
/
FA DI G A D O
KDQOL-SF
T
ES T E DE
S
PE A RMA N
.
D
AD OS
AP RE S E NTA DOS CO MO M E D IANA
. ------------------------------------------------------------------38
F
I GURA
10
-
E
S CORE S DE E NE RGI A
/
FA DI G A D O
KDQOL-SF
E M P A C I E N T ES
COM E S E M A LTER A Ç Ã O NO E S TAD O DE H U MO R
. ------------------------------------------39
F
I GURA
11
-
P
E RCE NT AGE M DE P A CI E NTES S E M D I S F UN ÇÃ O E R É TI L C O M U M
ES CO RE A CI MA DE
26
E P E RC E N TAGE M DE P A C I ENT E S CO M E S CORE I G U A L
OU A B A I X O DE
25
C OM DI S F U N ÇÃO E RÉ T I L
. -------------------------------------------------40
F
I GURA
12
-
C
ORR E L A Ç ÕES OB TI D A S NO DOM Í NI O F U NÇÃ O S E XUA L D O
KDQOL-SF
E NO DO MÍ NIO F UNÇ Ã O O RGÁS T I CA DO
IIEF.
T
ES T E
S
PE A RMA N
.-----------------------------------------------------------------------------------------------------42
F
I GURA
13
-
C
ORR E L A Ç ÕES OB TI D A S NO DOM Í NI O D ESEJO S E XUA L DO
IIEF
E
NO DO MÍ N I O BE M
-
ES TAR E MO CI O N AL DO
KDQOL-SF.T
ES T E DE
S
PE A RMA N
.-----------------------------------------------------------------------------------------------------43
F
I GURA
14
-
C
ORR E L A Ç ÕES OB TI D A S NO DOM Í NI O F U NÇÃ O F Í S I CA D O
KDQOL-
SF
E NO DO MÍ NIO DE S E J O SE XUAL DO
IIEF.
T
ESTE DE
S
PEARMAN
----------------44
F
I GURA
15
C
OR R E L A Ç ÕES OB TI D A S NO DOM Í NI O SATIS FAÇÃ O NA RELA ÇÃ O
SE XU A L D O
IIEF
E NO D O MÍ NIO F UNÇ Ã O S E XU AL DO
KDQOL-SF.
T
ESTE DE
S
PEARMAN
----------------------------------------------------------------------------------------------------------45
F
I GURA
16
-
C
ORR E L A Ç ÕES OB TI D O S N O D OMÍ NI O S A TIS F AÇÃ O NA R E LA ÇÃO
SE XU A L D O
IIEF
E NO D O MÍ NIO S A ÚD E G E RA L DO
KDQOL-SF.
T
ESTE DE
S
PEARMAN
----------------------------------------------------------------------------------------------------------46
F
I GURA
17
C
OR R E L A Ç ÕES OB TI D A S NO DOM Í NI O SATIS FAÇÃ O COM A V I DA
SE XU A L D O
IIEF
E NO D O MÍ NIO F UNÇ Ã O S E XU AL DO
KDQOL-SF.
T
ESTE DE
S
PEARMAN
----------------------------------------------------------------------------------------------------------47
F
I GURA
18
-
C
ORR E L A Ç ÕES OB TI D A S CO M O DOMÍ NI O
F
UNÇÃ O ERÉ T I L DO
IIEF
E O DO MÍ NIO DE F UNÇ ÃO SE XU A L O B TI DO COM O
KDQOL-SF.
T
ESTE DE
S
PEARMAN
----------------------------------------------------------------------------------------------------------48
F
I GURA
19
-
C
ORR E L A Ç ÕES OB TI D A S NA SOMA T O T A L DO
IIEF
E NO DO MÍ NIO
FU NÇ Ã O S E X UA L DO
KDQOL-SF.
T
ESTE DE
S
PEARMAN
----------------------------------49
F
I GURA
20
-
E
S CORE S DA F U N ÇÃO S E XU A L DO
KDQOL-SF
E M P A C I E N T E S
COM E S E M A LTER A Ç Ã O DA F U NÇÃ O E RÉTI L DO
IIEF
.
P
=0,035,
T
ES T E DE
M
A NN
-W
HI T NEY
. --------------------------------------------------------------------------------------------50
F
I GURA
21
E
SC ORES OB TIDOS N O S D O MÍN I OS DO
IIEF.
V
A LORE S
REPR E S E N TA DOS CO MO ME DIA NA E V A L O RES E XT R E MOS
. --------------------------51
VII
F
I GURA
22
-
E
S CORE S DO D O MÍ NIO S ON O D O
KDQOL-SF
E M P A CI E N T ES CO M
OU S E M D I S F UNÇÃ O E R É TI L
.
P
=
0,024,T
ES T E T D E
S
TU DE N T
.
D
AD OS
AP RE S E NTA DOS CO MO M É D IA E DE S V I O P A D RÃO
. ----------------------------------------52
F
I GURA
23
-
R
EL A ÇÃ O E NT RE A P R ESE NÇA E A U S Ê N CIA DE A L TE RAÇÃO DO
HUMOR E O ESCOR E D A F U N ÇÃ O ER É TI L
. -----------------------------------------------------54
F
I GURA
24
-
I
NS UF I C I Ê N CIA RE NA L C R ÔNI CA T E RMI N A L E I NF LU E N C I A D A S
VA RI Á V E I S
-------------------------------------------------------------------------------------------------------55
VIII
LISTA DE TABELAS
T
ABELA
I
-
E
SCORES DOS DIVERSOS PARÂMETROS DA ESCALA
KDQOL-SF™
E AS CORRELAÇÕES COM O
ESCORE DE DEPRESSÃO DE
H
AMILTON
,
EM
47
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
,
SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
. -----------------------------------------------------------------------------------32
T
ABELA
II
-
P
ACIENTES DA
A
MOSTRA DA
P
ESQUISA
A
LTERAÇÃO DO
H
UMOR
,
F
UNÇÃO
S
EXUAL E
Q
UALIDADE DE
V
IDA EM
P
ACIENTES COM
I
NSUFICIÊNCIA
R
ENAL
C
RÔNICA EM
H
EMODIÁLISE
---- 120
T
ABELA
III
-
E
SCORES OBTIDOS NOS DOMÍNIOS DO
Í
NDICE
I
NTERNACIONAL DE
F
UNÇÃO
E
RÉTIL E DA
E
SCALA DE
H
AMILTON DOS
47
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA TERMINAL
SUBMETIDOS À HEMODIALISE
---------------------------------------------------------------------------------- 129
T
ABELA
IV
-
E
SCORES CALCULADOS DOS
11
DOMÍNIOS ESPECÍFICOS DO QUESTIONÁRIO DE
QVRS
(KDQOL-SF™)
PARA
47
PACIENTES EM HEMODIÁLISE CRÔNICA
. -------------------------------------- 134
T
ABELA
V
-
E
SCORES CALCULADOS DOS
8
DOMÍNIOS GENÉRICOS DO QUESTIONÁRIO DE
QVRS
(KDQOL-
SF
™)
DE
47
PACIENTES EM HEMODIÁLISE CRÔNICA
.------------------------------------------------------ 138
T
ABELA
VI
-
C
ORRELAÇÕES ENTRE OS ESCORES DO
IIEF,
ESCORES DO
Q
UESTIONÁRIO DE
QVRS
KDQOL-
SF™
E A
E
SCALA DE
H
AMILTON
,
PARA
47
PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
. --------------- 141
IX
RESUMO
Introdução: A prevalência da doença renal crônica tem aumentado nos últimos
anos, tornando-se um problema de saúde blica no mundo. O tratamento
dialítico, empregado na fase mais avançada da doença, aumenta a sobrevida
dos pacientes e é necessário que essa tenha boa qualidade. Alterações no
estado de humor parecem ser muito comuns nos pacientes hemodialisados e
permanecem sub-diagnosticadas nesse grupo de pacientes. O estado
depressivo parece prejudicar a qualidade de vida e a função sexual.
Objetivos: O objetivo geral foi de avaliar parâmetros relacionados ao estado
emocional, sexualidade e qualidade de vida em doentes portadores de doença
renal crônica recebendo tratamento de hemodiálise. Os objetivos específicos
foram estabelecer se há alteração do humor; identificar possível disfunção
erétil; avaliar qualidade de vida nesses pacientes; correlacionar alteração do
humor com a qualidade de vida referida; correlacionar alteração do humor e
disfunção erétil.
Métodos: Quarenta e sete pacientes adultos, masculinos, submetidos ao
procedimento de hemodiálise há mais de seis meses, foram avaliados em
relação ao estado de humor, empregando-se a escala de depressão de
Hamilton. A qualidade de vida foi avaliada utilizando o questionário Kidney
Disease and Quality of Life Short Form (KDQOL-SF™) e a função sexual o
Índice Internacional de Função Erétil (IIEF). Dados clínico-laboratoriais como
hemoglobina, hematócrito, albumina, ferritina e dose de diálise (Kt/v) foram
X
obtidas nos prontuários dos pacientes. As análises estatísticas foram
realizadas pelo teste exato de Fisher para comparação entre freqüências e o
teste de correlação de Spearman para analisar as correlações entre as
pontuações obtidas na escala de Hamilton, nos domínios do KDQOL-SF™ e do
IIEF. O nível de significância de p<0.05 foi adotado.
Resultados: Em relação à escala de depressão de Hamilton, 32 (68 %)
pacientes tinha alteração no humor (escore 7) e 15 (32 %) não apresentaram
esta alteração. (escore 6). Encontramos correlação, significativa e negativa,
entre o escore de depressão de Hamilton e os seguintes parâmetros da escala
KDQOL-SF™: Lista de “sintomas e problemas” (rs=-0.399, p=0.005) “qualidade
da interação social” (rs= -0.433, p = 0.002), “sono” ( rs= -0.585,p = 0.000),
“saúde geral” (rs= -0.475,p = 0.000), “bem-estar emocional” (rs= -0.582, p =
0.000), “função social” (rs= -0.354,p = 0.015) e “energia/fadiga” (rs= -0.518,p =
0.000). Os valores obtidos na Escala de Hamilton não apresentaram
correlações significativas com os domínios do IIEF (p>0.05). Os escores
obtidos nos domínios do IIEF mostraram correlações positivas e significativas
com os seguintes domínios do KDQOL-SF™: A função erétil correlacionou-se
com “efeitos da doença renal” (rs=0.340,p=0.019), com a “qualidade da
interação social” (rs= 0.328, p=0.024), com a “função sexual
“(rs=0.583,p=0.000), com “sono” (rs=0.343,p=0.018), com o “funcionamento
físico” (rs=0.391,p=0.006), com “saúde geral “ (rs=0.362,p=0.012), com a
“função emocional” (rs=0.286,p=0.005) e com a “energia/fadiga”
(rs=0.365,p=0.011). A função orgástica apresentou correlações com a
“sobrecarga da doença renal” (rs=0.321,p=0.028), com “função sexual”
XI
(rs=0.508,p=0.000), com “funcionamento físico” (rs=0.384,p=0.007) com a
“função física” (rs=0.363,p=0.012) com a “saúde geral” (rs=0.349,p=0.016),
com o “bem-estar emocional” (rs=0.324,p=0.026), com “função emocional”
(rs=0.321,p=0.028) e com “energia/fadiga” (rs= 0.281,p=0.005). O domínio
desejo sexual do IIEF apresentou correlação com “ efeitos da doença renal”(rs=
0.312,p=0.033), com “função sexual” (rs= 0.394,p= 0.006), com “sono” (rs=
0.393,p=0.006), com “funcionamento físico” (rs=0.422,p=0.003), com “saúde
geral” (rs= 0.302,p=0.038), com “bem-estar emocional” (rs=0.422,p=0.003) e
com “energia e fadiga” (rs=0.398,p=0.005). O domínio satisfação na relação
sexual do IIEF apresentou correlação significativa e positiva com “lista de
sintomas e problemas” (rs=0.326,p=0.025), com “efeitos da doença renal” (rs=
0.369,p=0.010), com “função sexual”(rs= 0.696,p=0.000), com “funcionamento
físico”( rs=0.414,p=0.003), com “saúde geral” (rs=0.412,p=0.004), com bem-
estar emocional” (rs=0.334,p=0.022), com “função emocional” (rs= 0.299,p=
0.041) e com “energia/fadiga” (rs=0.370,p=0.010). O domínio satisfação com a
vida sexual do IIEF apresentou correlações positivas e significativas com lista
de sintomas e problemas” (rs= 0.403,p=0.005), com “efeitos da doença renal”
(rs=0.345,p=0.017), com “sobrecarga da doença renal” (rs=0.343,p=0.018) ,
com “qualidade da interação social”(rs=0.302,p=0.039), com “função sexual”
(rs=0.695,p=0.000), com o “sono”(rs=0.288,p=0.049), com “funcionamento
físico” (rs=0.331,p=0.023), com “saúde geral” (rs=0.444,p=0.001) , com “bem-
estar emocional” (rs=0.306,p=0.036) , com “energia e fadiga”
(rs=0.314,p=0.032). A soma da pontuação de todos os domínios do IIEF
refletindo a função sexual como um todo apresentou correlações positivas e
significativas com a “lista de sintomas e problemas” (rs=0.329,p=0.024), com
XII
“efeitos da doença renal” (rs=0.369,p=0.010), com “qualidade de interação
social” (rs=0.288,p=0.049), com a “função sexual” (rs=0.670,p=0.000) , com o
“sono”(rs= 0.336,p=0.21), com “funcionamento físico”(rs=0.429,p=0.002), com a
“saúde geral” (rs=0.454,p=0.001) , com o “bem-estar emocional” (rs=0.371 ,
p=0.010), com a”função emocional”(rs=0.302,p= 0.039), e com “energia/fadiga”
( rs= 0.405,p= 0.004)
Utilizando o domínio erétil do IIEF observou-se que 38 dos 47 pacientes
apresentaram disfunção erétil (80,8%). Apesar do grande número de pacientes
que apresentaram disfunção erétil e alteração no estado de humor pela escala
de Hamilton, não houve associação entre depressão e disfunção erétil. (p>
0.05, Teste exato de Fisher)
Conclusões: Observamos alto índice de alteração do estado de humor e de
disfunção sexual nos pacientes em hemodiálise crônica. As pontuações obtidas
na escala de Hamilton apresentaram correlações negativas com vários
domínios do questionário de qualidade de vida relacionada à saúde (KDQOL-
SF™), sugerindo que o estado depressivo es associado com menores
escores de qualidade de vida nos pacientes hemodialisados. Por outro lado, a
função sexual, avaliada pelos diferentes domínios do questionário internacional
de função erétil (IIEF) apresentou correlações positivas com diferentes
domínios do KDQOL-SF™, sugerindo que a disfunção sexual está
correlacionada com escores mais baixos de qualidade de vida nos pacientes
estudados. Os principais domínios do KDQOL-SF™ que apresentaram
relações mais fortes e significativas com a função sexual avaliada pelo IIEF
XIII
foram: função sexual, sono, funcionamento físico, saúde geral, bem estar -
emocional e energia/fadiga. Podemos concluir que os pacientes com
insuficiência renal crônica, em hemodiálise, apresentam: alto índice de
alteração do humor, a maioria na faixa de depressão leve e distimia; alto índice
de disfunção erétil e deterioração da qualidade de vida. Devemos encorajar
novos estudos que busquem quantificar a presença de alterações do estado de
humor e da disfunção sexual nos pacientes com insuficiência renal crônica,
buscando realizar intervenções que visem atenuar esses fatores, tendo em
vista as possíveis influências que estas alterações provocam na qualidade de
vida dos indivíduos, contribuindo para maior morbidade e mortalidade.
Palavras-Chave: Doença renal crônica; hemodiálise; função sexual; humor;
escala de depressão de Hamilton; Índice Internacional de Função Erétil;
Qualidade de vida relacionada á saúde, KDQOL-SF™
XIV
ABSTRACT
Introduction: The prevalence of chronic renal disease has increased in recent
years,and disease has become a public health issue worldwide. The dialysis
treatment, used in the most advanced stage of the disease, increases the
patients’ life expectancy and improves their quality of life. Patients under
hemodialysis treatment commonly have mood swings, but these changes are
not properly diagnosed. Depressive appears to affect their quality of life and
sexual function.
Objectives: The general objective was to evaluate parameters related to
emotional state, sexuality and quality of life in chronic renal disease patients
receiving hemodialysis treatment. The specific objectives were: to determine if
there were mood swing; to identify possible erectile dysfunction; to evaluate
quality of life in these patients; to correlate mood shift with quality of life; and to
correlate mood swings with erectile dysfunction.
Methods: Forty seven adult male patients who underwent hemodialysis
procedure for over six months were evaluated in relation to mood state, using
the Hamilton depression scale. The life quality was evaluated using the
questionnaire “Kidney Disease and Quality of Life Short Form” (KDQOL-SF™)
questionnaire, and the sexual function was assessed using the “International
Index of Erectile Function (IIEF). Laboratorial data, such as hemoglobin,
hematocrit, albumin, ferritin and dialysis dose of (Kt/v), were obtained from the
patients files. Statistical analyses were conducted using Fisher’s test for
XV
comparison frequencies, and the Spearman’s correlation test was used to
evaluate the correlation among the results obtained from Hamilton scale over
the KDQOL-SF™ and the IIEF domains. The significance level p<0.05 was
adopted
Results: Based on the Hamilton Depression Scale, 32 (68%) patients had
mood shifts and swings (score 7) and 15 (32%), didn’t (score 6). We found
significant negative correlations among the scores obtained from theHamilton
Depression Scale and the following parameters of KDQOL-SF™ scale: “list of
symptoms and problems” (rs=-0.399 , p=0.005) “quality of social interaction”
(rs= -0.433, p = 0.002), “sleep” (rs= -0.585, p = 0.000), “general health” (rs= -
0.475, p = 0.000), “emotional well-being” (rs= -0.582, p = 0.000), “social
function” (rs= -0.354, p = 0.015 ) and “energy/fatigue” (rs= -0.518, p = 0.000).
We did not find a significant correlation between the score obtained from the
Hamilton Depression Scale and the IIEF domains (p>0.05). However, we found
a significant positive among IIEF domains and the following KDQOL-SF™
domains: erectile function was correlated with "effects of renal disease" (rs=
0.340, p=0.019), with "quality of social interaction" (rs= 0.328, p=0.024), with
"sexual function" (rs=0.583, p=0.000), with "sleep" (rs=0.343, p=0.018), with
"physical functioning" (rs=0.391, p=0.006), with "general health "(rs=0.,362, p=
0.012), with "emotional function" (rs=0.286, p=0.005) and with "energy/fatigue"
(rs=0.365, p=0.011). The orgasmic function showed correlations with "overload
of renal disease" (rs=0.321, p=0.028), with "sexual function" (rs= 0.508,
p=0.000), with "physical functioning" (rs=0.384, p=0.007) with "physical
function" (rs=0.363, p=0.012) with "general health" (rs=0.349, p=0.016), with
XVI
"emotional well-being” (rs=0.324, p=0.026), with "emotional function" (rs= 0.321,
p=0.028) and with "energy/fatigue" (rs= 0.281, p=0.005). The sexual domain
desire of the IIEF was correlated with "effect of renal disease" (rs= 0.312,
p=0.033), with "sexual function" (rs= 0.394 , p= 0,006), with "sleep" (rs= 0.393,
p=0.006), with "physical functioning" (rs= 0.422, p=0.003), with "general health"
(rs= 0.302, p=0.038), with "emotional well-being" (rs= 0.422, p=0.003), and with
"energy/fatigue" (rs= 0.398, p=0.005). The satisfaction in the sexual intercourse
domain of the IIEF showed a significant positive correlation with "list of
symptoms and problems" (rs= 0.326, p=0.025), with "effect of renal disease"
(rs= 0.369 , p=0.010), "sexual function" (rs= 0.696, p=0.000), "physical
functioning" (rs=0.414, p=0.003),"general health" (rs=0.412, p=0.004),
"emotional well-being" (rs=0.334, p=0.022), "emotional function" (rs= 0.299, p=
0.041) and with "energy /fatigue" (rs=0.370, p=0.010). The satisfaction with
sexual life domain of the IIEF had significant positive correlations with "list of
symptoms and problems" (rs= 0.403, p=0.005 ), "effect of renal disease"
(rs=0.345, p=0.017), “overload of the renal disease" (rs=0.343, p=0.018),
"quality of the social interaction" (rs=0.302, p=0.039), "sexual function"
(rs=0.695, p=0.000), "sleep" (rs= 0.288, p=0.049), "physical functioning"
(rs=0.331, p=0.023), "general health" (rs=0.444, p=0.001), "emotional well-
being" (rs=0.306, p=0.036), and with "energy/fatigue" (rs=0.314, p=0.032). The
IIEF total score reflecting the sexual function as a whole had significant positive
and correlations with the "list of symptoms and problems" (rs=0.329, p=0.024),
"effect of renal disease" (rs= 0.369, p=0.010), "quality of social interaction"
(rs=0.288, p=0.049), "sexual function" (rs=0.670, p=0.000), "sleep" (rs= 0.336,
p=0.21), "physical functioning" (rs=0.,429, p=0.002), "general health" (rs=
XVII
0.454, p=0.001), "emotional well-being" (rs=0.371, p=0.010), " emotional
function" (rs=0.302, p= 0.039), and with "energy/fatigue" (rs= 0.405, p= 0.004).
The erectile domain of the IIEF showed that 38 of the 47 patients (80.8%) had
erectile dysfunction. Although most patients presented erectile dysfunction and
mood shift and swings according to the Hamilton Scale, no correlation between
depression and erectile dysfunction was found. (p> 0.05, accurate Fisher ‘s
test).
Conclusions: We found a high index of mood shift and sexual dysfunction in
patients with chronic renal disease under hemodialysis treatment. The scores
obtained in the Hamilton Scale showed a negative correlations with some
domains of the questionnaire of quality of life related to health (KDQOL-SF™).
This suggests that the depressive is associated with a lower score in quality of
life for patients under hemodialysis treatment. In contrast sexual function,
evaluated by different domains of the international questionnaire of erectile
function (IIEF), showed positive correlations with different domains of the
KDQOL-SF™, suggests that the sexual dysfunction is correlated with lower
scores in quality of life of the patients studied. The main domains of the
KDQOL-SF™ that showed stronger correlations with the mood state were:
sleep, general health, emotional well-being and energy /fatigue. The main
domains of the KDQOL-SF™ that had stronger and more significant
correlations with the sexual function evaluated by the IIEF were: sexual
function, sleep, physical functioning, general health, emotional well-being and
energy/fatigue We can conclude that the patients with chronic renal
XVIII
insufficiency, under hemodialysis treatment, present: high index of mood shifts,
and swings, most having mild depression and dysthymia; high index of erectile
dysfunction and poor life quality. These data suggest that these patients life
quality is negatively affected by depression.
Further studies should be encouraged to measure the degree of conditions
such as mood shifts and swings and sexual dysfunction in the patients with
chronic renal insufficiency. Well-thought-of interventions seeking to minimize
patients’ morbidity and-mortality, may be to minimize the harmful effects of
those conditions and consequently improve the patients’ quality of life.
Key words: Chronic renal disease; hemodialysis; sexual function; mood;
Hamilton depression scale; International Index of Erectile Function; Quality of
life related to the health, KDQOL-SF™
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a qualidade de vida relacionada à saúde nos
pacientes com doença renal crônica tem sido bastante enfatizada. Existem
preocupações constantes para identificar entre os pacientes submetidos a
procedimentos de substituição da função renal, aqueles que apresentam
fatores predisponentes para pior adaptação à nova situação de vida e à
dependência ao tratamento prolongado.
Diversas causas podem levar um indivíduo a desenvolver insuficiência
renal crônica As causas mais comuns são a hipertensão arterial, o diabetes
mellitus e o envelhecimento da população com conseqüente aumento na
prevalência de doenças crônico-degenerativas responsáveis por mais de 60%
dos casos (ROMÃO Jr.,2004).
Com o desenvolvimento tecnológico e terapêutico na área médica, a
sobrevida dos indivíduos portadores de insuficiência renal crônica tem
aumentado muito pela utilização de diálise, seja peritoneal automatizada
contínua (DPAC), peritoneal ambulatorial automatizada (DPA) ou peritoneal
intermitente (DPI), ou por meio da hemodiálise (HD) ou transplante renal (TX).
Porém, nenhuma dessas terapêuticas leva à cura, tornando patente a limitação
que advém dessa patologia não no cotidiano desses indivíduos, como nas
muitas perdas que vivenciam, desde o esquema corporal, biopsicossociais,
restrições dietéticas e hídricas (SHILDLER et al., 1998; LAW, 2002).
O procedimento hemodialítico, que tem aumentado 8% ao ano no
Brasil (ROMÃO Jr, 2004), coloca o indivíduo em situação muito especial em
termos de seu cotidiano, de sua vida familiar, sexual, profissional e de projetos
2
de vida. O tratamento provoca real limitação, que vai da dependência a uma
máquina de hemodiálise, às complicações advindas do uso continuado de
membranas sintéticas e de substâncias no processamento de seu volume
sanguíneo extra-corpóreo.
Contribuem, também, para ampliar o seu sofrimento as alterações
corporais provocadas pela confecção de fístulas artério-venosas e a colocação
de cateteres para a manutenção de acesso vascular necessário à execução do
procedimento. Esse sofrimento, inevitável no momento, prolonga a vida do
paciente, mas a qualidade de vida desse indivíduo oscila em função dos fatores
físicos e emocionais próprios da personalidade de cada paciente, bem como da
dinâmica sócio-cultural e familiar da qual provém.
Por outro lado, contribuem para melhor adaptação à condição de
doente renal a qualidade da assistência oferecida pelo serviço de saúde, o
acesso às medicações e os cuidados ofertados pelos profissionais da saúde
envolvidos na assistência.
Desde a metade do século passado, a medicina vem tendo um
desenvolvimento extraordinário, conduzindo o debate e ao aprofundamento do
que vem a ser ético. Com o surgimento da Bioética, na segunda metade do
século XX, essa ciência vem contribuindo com princípios de autonomia,
beneficência, não maleficência e justiça, na melhoria da atenção ao paciente e
à sua qualidade de vida. Torna-se imperativo no cuidado ao enfermo (do latim
in-firmus, sem firmeza física ou moral) observar, não os aspectos físicos e
de capacidade funcional, como o estado psicológico e do bem-estar, mas
também suas interações sociais e condições socioeconômicas, no sentido de
3
caminhar para posição de que não basta preservar a vida do enfermo, mas dar
uma vida com significado (HERNANDEZ, 2003).
A doença renal crônica causa elevadas taxas de morbidade e
mortalidade, além de propiciar qualidade de vida questionável em muitos
aspectos, principalmente no que se refere ao que entendemos por saúde.
Entendendo qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) como a percepção
de sua saúde por meio da avaliação subjetiva de seus sintomas, satisfação e
adesão ao tratamento (MARTINS & CESARINO, 2005).
Quem sofre de insuficiência renal crônica ou tem familiares que são
portadores desse tipo de doença, têm pela frente grandes desafios a enfrentar,
vencer e em descobrir a cada segundo da vida um momento para refletir sobre
a existência, sem querer com isso desmerecer os portadores de outras
doenças agudas e crônicas que fazem sofrer e limitam os seus portadores e
familiares.
Entre os ltiplos fatores que contribuem para pior qualidade de vida
dos pacientes renais em tratamento dialítico, podem ser citadas a presença de
alterações do estado de humor e disfunção sexual (UNRUH et al., 2003;
DEVINE,2003), que exigem do paciente grande capacidade de aceitação e,
algumas vezes, conformismo para enfrentar e até desfrutar da vida possível de
ser vivida.
Pretendo como questão norteadora deste estudo, avaliar se o estado
de ânimo (humor) está correlacionado com a disfunção erétil e com a qualidade
de vida de pacientes hemodialisados.
4
1.1. Doença renal crônica
Para a existência adequada de homeostase é necessário que todos os
órgãos do corpo humano estejam funcionando adequadamente, exercendo a
sua função de maneira satisfatória para que o indiduo possa viver
plenamente no estado que chamamos saúde. Com isso, o funcionamento de
qualquer órgão, como pele, vísceras, cérebro, glândulas, entre outros que,
sofrendo algum dano que afete seu desempenho, venha a alterar a relação do
indivíduo consigo mesmo e com o mundo que o cerca. Por isso mesmo, é difícil
afirmar que se tem saúde, principalmente a partir da definição da Organização
Mundial de Saúde que diz ser “um completo bem estar físico, mental, social e
espiritual, e não apenas a ausência ou presença de doença” (FLECK et
al.,1999).
A doença renal crônica é divida em seis estágios independentes da
causa que a determinou. Utiliza-se a taxa de filtração glomerular como um dos
critérios de gravidade, apesar de existirem ainda preocupações acerca dos
métodos utilizados para estimar essa taxa e determinar a proteinúria (ROMÃO
Jr., 2004; EKNOYAN et al., 2004)..
Iniciando pela fase terminal de insuficiência renal crônica, que aponta
para as mais graves alterações nas quais os dois órgãos perderam todo o
controle do meio interno. Nessa fase a taxa de filtração glomerular é inferior a
15 ml/min/1,73m², valor considerado incompatível com a manutenção da vida,
a não ser que opções terapêuticas, como a diálise peritoneal, a hemodiálise ou
o transplante renal sejam efetuados.
5
A fase de insuficiência renal clínica ou severa corresponde à taxa de
filtração glomerular entre 15 a 29 ml/min/1,73m², com sinais e sintomas como
anemia, hipertensão arterial, edema, fraqueza, mal-estar, além de sintomas
digestivos que surgem precocemente.
Na fase de insuficiência renal laboratorial ou moderada os sinais e
sintomas podem ser discretos. Apesar do quadro urêmico, o paciente mantém-
se clinicamente bem apresentando alterações relacionadas à doença de base,
tais como lúpus eritematoso sistêmico, hipertensão arterial, diabetes mellitus,
infecção urinária, entre outras. A taxa de filtração glomerular encontra-se entre
30 e 59 ml/min/1,73m² e os níveis de uréia e creatinina encontram-se quase
sempre elevados.
Na fase de insuficiência renal funcional ou leve a taxa de filtração
glomerular encontra-se entre 60 e 89 ml/min/1,73m². Os níveis de uréia e
creatinina plasmáticos ainda são normais e as anormalidades somente serão
detectadas com métodos acurados de avaliação da função renal.
Na fase de lesão com função renal inicial normal, a taxa de filtração
glomerular está acima de 90 ml/min//1,73m².
Por fim, a fase de função renal normal, sem lesão renal, inclui
indivíduos do grupo de risco que ainda não desenvolveram lesão renal como
hipertensos, diabéticos e portadores de doença renal crônica.
Portanto, excluindo essa fase de função renal normal, sem lesão renal,
a doença renal crônica consiste em perda progressiva e irreversível da função
dos rins em função de lesão renal (glomerular, tubular e endócrina).
6
1.2. Hemodiálise
A hemodiálise é um dos tratamentos preconizados para portadores de
insuficiência renal crônica terminal. A etimologia da palavra vem do grego
hemo, significando sangue e diali, dissolver, diluir, separar (CUNHA,1989). Ela
é procedimento que consiste na diálise sanguínea realizada com a utilização de
uma máquina com o sangue sendo filtrado fora do organismo.
A primeira hemodiálise no Brasil foi realizada em 1949 na cidade de
São Paulo pelo Doutor Tito Ribeiro de Almeida. Esse criou um rim artificial
brasileiro baseando-se na primeira máquina com essa finalidade, que havia
sido inventada na Holanda por Willen Kolff, por volta de 1944. Outro pioneiro no
desenvolvimento da hemodiálise foi o canadense Cordon Murray, que
desenvolveu trabalhos importantes, seguindo os ensinamentos de Willen Kolff
(RIELA, 2003).
No entanto, apesar de ter sido um grande avanço para o aumento da
sobrevida dos portadores de insuficiência renal crônica terminal, os pacientes
submetidos à hemodiálise apresentam, ao longo do tempo, várias co-
morbidades, tais como alterações músculo-esqueléticas, cãimbras musculares,
osteodistrofias, osteomalácia, neuropatia, anemia, hemólise, hipotensão,
encefalopatia, oligo ou azooespermia e ginecomastia (SCHLEICHER et al.,
2005; RIELA, 2003). A taxa de mortalidade dos pacientes submetidos à
hemodiálise é em torno de 10 a 20 % ao ano na dependendo de complicações
cardiovasculares e infecciosas. Algumas das complicações relacionadas à
“fisiologia da diálise“ podem ser evitadas pela utilização de solução de troca
contendo sódio em concentração de 138-140 mEq/li e pelo aumento da
7
duração da diálise. Essa tem sido a experiência do grupo Tassin na
França,(RIELA, 2003)
1.3. Qualidade de Vida
Atualmente a qualidade de vida pode ser entendida, pelo menos, de
duas maneiras:
a) Como um conceito genérico que abarca os aspectos sociológicos;
b) Relacionada à saúde com vinculação direta com as enfermidades, as
alterações que advém delas e as intervenções terapêuticas com
conseqüências na qualidade de vida dos pacientes (DINIZ & SCHOR, 2006).
A Organização Mundial de Saúde define Qualidade de Vida como
sendo “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura
e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações” (FLECK et al., 1999). Concordando-se
com essa definição, torna-se imprescindível na avaliação da efetividade dos
tratamentos e procedimentos na área da saúde, constatar se os resultados
levam a maior bem-estar físico e mental, com ganho de autonomia nas
atividades de trabalho e lazer, além da manutenção da esperança e do
sentimento de sentir-se incluído e qualificado como essencial no contexto
sócio-familiar.
É de domínio público que melhoria no saneamento básico, nutrição,
segurança, condições de moradia, investimento em saúde e educação e
modificações na conduta de reprodução humana são fatores que influenciam a
8
qualidade de vida. Conseqüentemente, para se avaliar qualidade de vida, o
indivíduo pesquisado deve viver em condições adequadas de saneamento
básico e segurança, terem alimentação adequada e boas condições de
moradia; portanto, encontrar-se além da satisfação das necessidades básicas.
Para a avaliação desse importante aspecto da existência humana,
tem-se procurado desenvolver ferramentas cada vez mais objetivas no sentido
de auxiliar as intervenções terapêuticas e os seus resultados na satisfação do
indivíduo com o tratamento e seu bem-estar (VALDERRANO et al., 2001). No
caso específico da insuficiência renal e sua progressão para estágio terminal,
as limitações vão se tornando marcantes e influenciando diretamente a
qualidade de vida desses indivíduos, tornando-se evidentes em sua percepção
e na interferência que tem nas suas atividades diárias (BITTENCOURT et al.,
2004).
1.4. Alteração do humor e doença renal crônica
Os seres humanos, de forma geral, têm vida de relação com o mundo
e consigo mesmo, utilizando funções psíquicas como atenção, orientação,
representação, pensamento, memória, consciência, percepção, juízo de
realidade, compreensão de si mesmo e humor. Essa última pode variar do
humor eufórico, no qual o indivíduo encontra-se em permanente elação, do
latim elatio, elevação da alma (AULETE, 1964), numa atitude beatifica de
grande contentamento, bem-aventurança e de extrema felicidade, vivendo
sentimentos permanentes de bem-estar. No outro extremo, ocorre o humor
9
depressivo, no qual o indivíduo apresenta-se vazio de energia vital e em total
prostração frente à vida e ao que tem para viver, chegando a desistir de vivê-la,
e nos casos mais extremos, suicidando-se.
A doença física leva a angústia e alterações do humor de acordo com
a capacidade do indivíduo de lidar e se adaptar com esse novo estado. Esse
pode ser passageiro ou crônico e levar à perda, e com isso produzir humor
depressivo que é algo esperado no ser humano normal, mas que não persiste
com a adaptação a essa situação. De toda forma, diagnosticar depressão em
pacientes clínicos não é tarefa cil em função justamente desses sintomas,
que surgem como adaptação à doença orgânica (FURLANETTO & BRASIL,
2006).
Apesar de ser uma resposta possível nos seres humanos após perdas,
estresses, traumas e doenças clínicas graves, têm-se buscado quantificar
esses sintomas no sentido de separar o que é normal (eutímico) do que está
passando para a faixa da anormalidade, eufórico e deprimido, seja pela
intensidade ou pelo tempo de permanência. Por falta de marcadores biológicos,
além da imprescindível entrevista clínica por profissional da área de saúde
mental, tem-se utilizado escalas com esta finalidade, que colocam o
profissional com dados objetivos e quantitativos, ajudando-o na separação e no
diagnóstico da alteração do humor.
Semelhante ao quadro depressivo, porém com sintomatologia menos
intensa e de evolução crônica com duração de pelo menos dois anos, é o que
se conhece hoje como distimia (CID-X, 1993). As queixas mais freqüentes são
desânimo, mau humor, infelicidade, letargia e inércia (mais intensas pela
manhã), dificuldade no sono, anedonia (perda do interesse), dificuldade de
10
concentração, sentimento de inadequação e baixa auto-estima, além da falta
de prazer nas atividades do cotidiano (DEL PORTO, 1989).
O que se tem observado mais comumente nos paciente com doença
renal crônica é um humor irritável, um limiar de tolerância baixa, além de
prejuízo em termos de perspectiva de vida, sendo a depressão a co-morbidade
muito freqüente (KIMMEL & PETERSON, 2005). A depressão, segundo a
Organização Mundial de Saúde, é a quarta doença mais incapacitante,
estimando-se que, em 2020, alcance a segunda colocação (KIMMEL &
PETERSON, 2006). É mais comum entre as mulheres, pessoas que vivem
sozinhas, desempregadas, separadas ou divorciadas e que moram em zonas
urbanas. No Brasil a prevalência é de 15,5% segundo relatório sobre saúde no
mundo 2001 da Organização Mundial de Saúde (MURRAY & LOPEZ, 1996).
Em torno de 30% dos pacientes deprimidos queixam-se de sintomas físicos.
Nos serviços de atenção primária 10% dos pacientes preenchem os critérios
para esse diagnóstico (FURLANETTO & BRASIL, 2006).
A classificação dos transtornos do humor é limitada às descrições
clínicas de emoções e comportamento, o que deixa muito a desejar até que se
desenvolvam métodos baseados em medidas fisiológicas ou bioquímicas que
permitam maior precisão nestas alterações.
11
1.5. Escala de avaliação para a depressão de Hamilton
A escala de avaliar a depressão de Hamilton (HAMILTON, 1960) vem
se mantendo como a mais utilizada no mundo, servindo como padrão para
outras desenvolvidas mais recentemente (CALIL & PIRES 1998; MORENO &
MORENO, 1998). É utilizada para quantificar e avaliar a sintomatologia
depressiva de pacientes que apresentam alguma alteração no humor. Ela
enfatiza os sintomas somáticos, o que a torna bem indicada para utilização em
pacientes que apresentam doenças clínicas. Apesar de criticada
(SNAITH,1993), a sua extensa utilização em todo mundo por avaliadores
treinados e a utilização da publicação Guia da Entrevista Estruturada para
Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (Anexo I) tem ampliado a
confiabilidade deste instrumento.
A escala vem contribuindo para a difusão de seu uso em ensaios
clínicos com antidepressivos por enfatizar os sintomas somáticos, o que torna
particularmente sensível a mudanças vivenciadas por pacientes gravemente
deprimidos. Além de ser a escala mais amplamente utilizada, sua validade tem
sido confirmada em vários estudos (MORENO & MORENO, 1998). A escala
ajuda não na avaliação dos sintomas, mas também na elaboração do
próprio diagnóstico e como auxiliar na observação da evolução do tratamento
do paciente (CALIL & PIRES, 1998).
Hamilton (1960) não elaborou faixas de separação entre o que seria
considerado normal e patológico, mas os pesquisadores têm utilizado,
freqüentemente, a classificação em escores considerando menor que 6 sem
alteração do humor, de 7 a 17 para pacientes levemente deprimidos, de 18 a
12
24, moderadamente deprimidos, e acima de 25 gravemente deprimidos.
Quanto maior o escore, maior a gravidade da alteração do humor (DEL
PORTO, 1989).
1.6. Kidney Disease and Quality-of-Life-Short-Form (KDQOL-SF™)
O KDQOL-SF™ (Anexo II) é um instrumento espefico que avalia a
qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) aplicável a pacientes que
realizam algum tipo de programa dialítico (HAYS et al.,1994). Ele é auto-
aplicável e contém 80 itens, divididos em 19 escalas, que levam
aproximadamente 16 minutos para serem respondidos.(DUARTE et al, 2003) O
KDQOL inclui o MOS 36 Item Short-Form Health Survey (SF-36) como uma
medida genérica e é suplementado com escalas do tipo multi-itens, voltadas
para as preocupações particulares dos pacientes renais crônicos. O
instrumento está publicado no U.S. Renal Data System Annual Data Report
(1999), que realiza estudos epidemiológicos anuais sobre pacientes renais
crônicos nos EUA.
O KDQOL é provavelmente o questionário mais completo disponível
atualmente para avaliar a qualidade de vida de paciente com insuficiência renal
crônica, pois inclui aspectos genéricos e específicos relativos à doença renal. A
desvantagem desse instrumento é de possuir muitos itens, o que prolonga o
tempo de aplicação. Assim, para facilitar a sua aplicação, foi criado o KDQOL-
SF™. As dimensões do KDQOL-SF™ avaliam o funcionamento físico, as
limitações causadas por problemas da saúde física, as limitações causadas por
13
problemas da saúde emocional, o funcionamento social, a saúde mental, a dor,
a energia e fadiga, percepções da saúde geral e o estado de saúde atual
comparado há um ano atrás. As dimensões específicas à doença renal o
avaliadas utilizando lista de sintomas e problemas, dos efeitos da doença renal
em sua vida diária, da sobrecarga imposta pela doença renal, pela situação de
trabalho, pela função cognitiva, pela quantidade das interações sociais, pelo
funcionamento sexual, pelo sono, suporte social, estímulo da equipe da diálise
e satisfação do paciente em relação aos cuidados que ele recebe durante o
tratamento dialítico (DUARTE et al.,2003).
As pontuações de cada domínio foram calculadas e transferidas para
uma planilha desenvolvida especialmente para essa finalidade, disponível no
site www.gim.med.ucla.edu/kdqol do grupo internacional de pesquisa sobre
KDQOL (Working Group Publications).
1.7. Disfunção sexual e doença renal crônica
Disfunção erétil, anteriormente denominada impotência, é a
incapacidade para atingir e/ou manter uma ereção adequada para uma
atividade sexual satisfatória (TÜRK et al, 2001).
Aproximadamente 50% dos homens com insuficiência renal crônica
apresentam disfunção erétil, com um número maior de indivíduos apresentando
alterações da libido e uma redução importante na freqüência das relações
(PALMER, 1999).
14
No portador de doença renal crônica se observa com freqüência,
produção reduzida de espermatozóides e lesão testicular, frequentemente
levando à infertilidade. Além do prejuízo na espermatogênese ocorrem
alterações na função endócrina com níveis de testosterona total e livre
tipicamente reduzidos. Alterações no eixo hipotálamo – hipófise – gônadas
podem ser observadas com elevação nos níveis de LH, FSH, e prolactina
(FOULKS & CUSHNER, 1986).
Além das alterações endócrinas, outros fatores como anemia, alterações
do humor e uso de drogas, interferem com a função sexual no urêmico crônico.
Estados depressivos primários podem afetar a função sexual e acarretar perda
da libido e redução na freqüência das relações conforme sugerido por alguns
estudos (KIMMEL & PETERSON, 2006, SEIDMAN et al., 2001) Entretanto,
resultados contraditórios têm sido observados na literatura. Procci et al.(1981)
não encontram associação entre a presença de alterações no estado de humor
e o teste de tumescência peniana. Em outro estudo, Steele et al. (1996),
observaram que os pacientes que não tinham vida sexual ativa eram mais
deprimidos e tinham índices de qualidade de vida piorada em relação aos que
mantinham algum nível de atividade sexual.
Se o exercício da sexualidade de maneira satisfatória parece ser
problemático para quem não tem doenças orgânicas em função da repressão
exercida no seio familiar, microcosmo da nossa sociedade, impedindo que essa
função se processe de forma prazerosa e sem culpa, imagine como isso ocorre
no indivíduo que tem uma doença crônica em um órgão extremamente
importante para o funcionamento dessa atividade. Como os indivíduos vivem
essas situações sendo portadores de uma doença crônica? Essa é uma
15
pergunta que nos ocorre com certa freqüência, nos motivando a avaliar neste
estudo a função erétil dos portadores de doença renal crônica.
As causas mais freqüentes de disfunção erétil relacionam-se com
doenças orgânicas como hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia,
ateromatose, doenças renais, hepáticas, desequilíbrios hormonais, esclerose
múltipla, acidentes vasculares cerebrais, intervenções cirúrgicas prostásticas
ou de colon. O uso de fármacos como diuréticos, anti-hipertensivos,
hipolipemiantes, anti-tumorais, antiinflamatórios não esteróides, anti-epilépticos
e antidepressivos também podem causar disfunção. Por fim ansiedade e
depressão são as causas psico-emocionais mais freqüentes de disfunção erétil
(MALLIS et al., 2005)
1.8. Índice Internacional de Função Erétil
Para avaliar a disfunção sexual, foi criado o Índice Internacional de
Função Erétil (IIEF) (Anexo III). que consiste de um questionário que cobre
importantes domínios da função sexual masculina como a função erétil, a
função orgástica, o desejo sexual, a satisfação com a relação sexual e a
satisfação com a vida sexual (ROSEN et al,1997). É validado
internacionalmente, tendo sido traduzido para dez línguas. Tem demonstrado
grande sensibilidade e especificidade para detectar alterações em pacientes
com disfunção erétil.(ROSEN et al, 1997)
No Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, realizado de novembro de
2002 a fevereiro de 2003 em treze capitais brasileiras das regiões Sul,
16
Sudeste, Leste e Centro-oeste, pelo Projeto Sexualidade (ProSex), coordenado
pela Profª Carmita Abdo, da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo foram encontradas freqüências para a disfunção erétil que variaram com
a idade, aumentado com a progressão dessa. Enquanto na faixa de idade
compreendida entre 18 e 25 anos a freqüência de disfunção erétil completa foi
de 1,1%, acima dos 70 anos a disfunção comprometia 10,4% dos entrevistados
(ABDO,2004).
17
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Avaliar parâmetros relacionados ao estado emocional, sexualidade e
qualidade de vida em pacientes masculinos com doença renal crônica
recebendo tratamento de hemodiálise.
2.2 Específicos
Estabelecer se há alteração do humor.
Identificar possível disfunção erétil.
Avaliar os diferentes domínios da qualidade de vida relacionados à saúde.
Correlacionar às alterações do estado de humor, se houver, com os domínios
da qualidade de vida relacionados à saúde.
Correlacionar as alterações observadas no estado de humor, se houver, com
os diferentes domínios do questionário de função sexual.
18
3 Métodos
3.1 Delineamento do estudo
Trata-se de estudo clinico epidemiológico analítico, transversal e
observacional, do tipo inquérito institucional envolvendo pacientes em
tratamento de hemodiálise no Hospital Universitário de Brasília e em quatro
centros satélites de hemodiálise que atendem pacientes do Sistema Único de
Saúde localizados no Plano Piloto, Gama, Taguatinga e Samambaia. O
trabalho foi realizado entre o segundo semestre de 2004 e agosto de 2006. De
uma mostra inicial de aproximadamente 250 pacientes recebendo tratamento
de hemodiálise nesses centros, foram selecionados 47 pacientes masculinos
que preenchiam as condições para serem incluídos na pesquisa e que
concordaram, em participar do estudo após assinarem termo de consentimento
livre e esclarecido.
3.2 Características da amostra
Em quase sua totalidade os pacientes da amostra são usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS), isto é utilizam os serviços que são alocados
por verba estatal. Devido a grande miscigenação racial no Brasil a definição de
raça tornou-se difícil não tendo sido considerado esse aspecto. Também a
condição socioeconômica não foi avaliada.
3.2.1Critérios de inclusão
19
Foram critérios de inclusão: homem com idade entre 18 e 55 anos,
encontrar-se em hemodiálise pelo menos seis meses, não terem outras
doenças como câncer, insuficiência cardíaca ou pulmonar ou déficit
neurológico devido a doença cerebral associada, e aceitar participar da
pesquisa assinando termo de consentimento livre e esclarecido.
3.2.2Critérios de exclusão
Foram critérios de exclusão: pacientes do sexo feminino, encontrar-se
em uso de drogas antidepressivas e/ou ansiolíticas, serem portadores de
doenças ou patologias de gravidade que impedissem a compreensão do
propósito da pesquisa ou ainda possuíssem limitações que os incapacitassem
de responder aos instrumentos utilizados.
3.3 Instrumentos de pesquisa e método de aplicação
Os instrumentos utilizados nesta pesquisa consistiram de três
questionários conhecidos e validados no Brasil, conforme descritos mais
abaixo.
A escala de avaliação de depressão de Hamilton foi o único
instrumento no qual o pesquisador teve um comportamento mais ativo. Esse
entrevistava, avaliava e assinalava o item que mais se aproximava do que era
expresso pelo paciente a partir de um Guia da Entrevista para a Escala de
20
Depressão de Hamilton, cuja finalidade é padronizar as perguntas na aplicação
deste instrumento (Anexo I).
O KDQOL-SF™ (Anexo II) e o IIEF (Anexo III) são auto-aplicaveis, isto
é, o próprio paciente assinala a resposta que considera adequada ao seu
estado atual.
3.3.1 Escala de avaliação de depressão de Hamilton
Conforme apresentado no Anexo I, a escala de Hamilton possui de 17
a 21 itens dependendo da versão, ou ainda 24 e 31 itens (tópicos adicionais
são desamparo, desesperança e desvalia). Os itens o avaliados de acordo
com a intensidade e a freqüência dentro de um período determinado de dias.
No presente trabalho foi utilizado a escala de 17 itens e as entrevistas
foram realizadas pelo pesquisador ou pelas psicólogas dos serviços enquanto
o paciente encontrava-se em hemodiálise. Em seguida era feita a soma dos
escores obtidos pelo paciente nos 17 itens pesquisados. Geralmente, sua
aplicação durava de 20 a 30 minutos.
3.3.2 Kidney Disease and Quality-of-Life-Short-Form (KDQOL-SF™)
Conforme apresentado no Anexo II, o KDQOL-SF™ é um instrumento
auto-aplicável de 80 itens, divididos em 19 escalas, (HAYS et al.,1994).
21
Neste trabalho este questionário era entregue ao paciente durante a
sessão de hemodiálise e o pesquisador ficava à disposição para esclarecer
dúvidas. Caso o paciente não conseguisse completar o questionário, esse era
concluído em outra sessão.
Para avaliar as áreas especificas à insuficiência renal crônica terminal,
o KDQOL-SF™ traz 11 dimensões a serem pesquisadas, começando pela lista
de sintomas e problemas onde 12 itens buscam quantificar em extremos o
quanto as queixas físicas incomodam o paciente tanto em hemodiálise como
em diálise peritoneal.
Nos 8 itens relacionados aos efeitos da doença renal em sua vida diária,
o paciente assinala o quanto incomoda as limitações advindas com a doença,
que vão desde a ingestão de líquidos, viagens, vida sexual e aparência
pessoal.
No quesito sobrecarga da doença renal, os 4 itens exploram a
veracidade ou não do efeito da doença renal sobre a vida daquele indivíduo.
No papel profissional, com alternativas positiva e negativa nos 2 itens,
indaga-se ao paciente se nas últimas quatro semanas recebeu dinheiro para
trabalhar e se a doença o impossibilitou de ter um trabalho remunerado.
Três itens relacionam-se à função cognitiva explorando o que nas
últimas quatro semanas aquele paciente, numa escala de tempo, funcionou
em termos de pensamento e atenção. Na mesma questão outros 3 itens
avaliam como foi a qualidade da interação social.
Com relação à função sexual, se o paciente responde afirmativamente
que teve alguma atividade nas quatro últimas semanas nos 2 itens seguintes,
22
ele assinala se teve algum grau de problema na satisfação ou em ficar
excitado.
O sono é avaliado em 4 itens com relação à qualidade e ao padrão como
ter dificuldade de ficar acordado durante o dia ou acordar durante a noite e não
conseguir voltar a dormir.
Família e amigos são avaliados em grau de satisfação com 2 itens como
suporte social.
A 24ª e última questão do KDQOL é em gradação de verdadeiro e falso
nos seus 2 itens, buscando o quanto a relação por parte da equipe de diálise
tem sido estimulante no sentido de ajudar o paciente a ser mais independente
e a lidar melhor com sua doença. Com 1 item avalia-se a satisfação do
paciente em relação ao tratamento que recebe.
O SF é utilizado para avaliar as dimensões genéricas como descrita a
seguir.
O funcionamento físico com 10 itens que avaliam a dificuldade em
realizar atividades rotineiras.
A função física, com 4 itens que buscam saber com respostas afirmativa
ou negativa o quanto a doença nestas últimas quatro semanas afetou o
desempenho do paciente.
A dor sentida e com que interferência afetou nestas quatro semanas é
avaliada em 2 itens, com seis possibilidades cada, que vão da ausência a
grande intensidade.
A saúde geral é avaliada em 5 itens, com uma primeira que solicita para
assinalar a resposta que mais se aproxima de como é o seu estado, indo do
23
excelente ao ruim, e outra questão, com 4 itens, onde o paciente numa
gradação de verdadeiro ou falso vai se comparar, em termos de saúde, com
outras pessoas e confirmar o seu estado.
O bem-estar emocional é avaliado em 5 itens, onde são levantadas
questões relacionadas ao estado de ânimo nas quatro últimas semanas.
Na função emocional, com 3 itens, é solicitado afirmar ou negar se
houve alteração nas quatro últimas semanas em termos de atenção, tempo e
desempenho de atividades laborais relacionada a fatores emocionais.
A função social quer ter informações nas 2 questões, até que ponto a
saúde física e emocional interferiu nestas quatro últimas semanas nas
atividades com família, amigos, vizinhos, ou grupos.
Por fim energia/fadiga nos seus 4 itens explora a vitalidade deste
paciente portador de uma doença crônica não transmissível.
3.3.3 Índice Internacional de Função Erétil (IIEF)
O questionário aplicado consta de 15 itens, onde são avaliados
diversos aspectos da função sexual. Cada item possibilita várias respostas com
valores de 0 a 5, significando o 0 ausência de atividade sexual ou incapacidade
para manter uma relação sexual. Estão separados em 5 dimensões ou
domínios: função erétil (questões 1 a 5 e 15; variando a pontuação de 1 a 30),
função orgástica (questões 9 e 10; variando a pontuação de 2 a 10), desejo
sexual (questões 11 e 12; variando a pontuação 2 a 10), satisfação com a
24
relação sexual (questões 6 a 8, variando a pontuação de 0 a15) e satisfação
com a vida sexual (questões 13 e 14; variando de 2 a 10). Com a soma de
todos os itens existe uma variação de 5 a 75 (ROSEN et al., 1997).
Com esse índice é possível identificar e estratificar em vários graus de
disfunção erétil de acordo com a pontuação obtida em cada domínio.
Pontuação igual ou superior a 26, ausência de disfunção erétil, de 17 a 25
disfunção erétil leve, de 11 a 16 disfunção erétil moderada e de 6 a 10
disfunção erétil severa (MARTIN-DÍAZ et al.(2006).
3.4 Quantificação da hemodiálise em Kt/V
O Kt/V representa a depuração fracional total de uréia, onde K (cinese) é
igual a depuração do dialisador nas condições de fluxos de sangue e banhos
utilizados no procedimento, obtido a partir da depuração da uréia por unidade
de área da membrana do dialisador fornecida pelo fabricante, conduzida
durante um tempo t; V é o volume de distribuição da uréia, obtido por
iteratividade entre duas fórmulas diferenciais e/ou por antropometria.
Representa a depuração fracional de uréia, ou seja, o volume total de plasma
que foi depurado totalmente de uréia durante a diálise, dividido pelo volume
total de água do paciente.
3.5 Análise estatística
25
Todos os dados foram submetidos previamente ao teste de
normalidade (Kolmogorov-Smirnov). Devido ao fato da maior parte dos dados
não apresentarem distribuição normal, com grande variabilidade, optou-se pela
análise de correlações entre as variáveis estudadas utilizando o teste de
correlação de Spearman. Na comparação entre as médias ou medianas foi
utilizado o teste t, e o teste de Mann-Whitney, respectivamente. Na análise da
associação entre estado de humor e disfunção erétil utilizou-se o teste exato de
Fisher Um nível de significância de 0,05 foi adotado. Para as análises foi
utilizado o programa Sigma-stat , Jandel Scientífic.
3.6 Aspectos éticos
O estudo foi realizado seguindo as recomendações estabelecidas para
pesquisa em seres humanos da Declaração de Helsinki (2000). Foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade
de Brasília (Processo número: CEP-FM 046/2004) (Anexo IV). O termo de
consentimento livre e esclarecido foi assinado pelo paciente incluído no estudo.
(Anexo V).
26
4 RESULTADOS
4.1 Casuística
Foram selecionados 47 pacientes com idade entre 18 a 55 anos ( 39,4
±8,9) atendidos nos Serviços de Hemodiálise do Distrito Federal. Todos se
identificaram como heterossexuais. Em relação à etiologia da insuficiência
renal crônica dos 47 pacientes incluídos no trabalho 28 tinham hipertensão
arterial como causa primaria, 7 apresentavam diabetes mellitus e nefropatia
diabética, 7 glomerulonefrite crônica, 1 doença renal policistica e 1 nefropatia
de lúpus eritematoso sistêmico e 3 pielonefrite crônica. Encontravam-se em
tratamento ambulatorial com três sessões semanais de quatro horas cada,.com
máquina de diálise de proporção, banhos de bicarbonato e água tratada por
meio de osmose reversa. A membrana utilizada foi a mesma para todos, na
base de polissulfona.
Os dados clínicos e laboratoriais dos pacientes da amostra estão
apresentados na tabela II do Anexo VI, tendo sido utilizado formulário do Anexo
VII.
4.2 Avaliação da depressão
Utilizando-se a escala de depressão de Hamilton, a distribuição dos
escores entre os pacientes foi ampla, havendo uma variação de 0 a 30. Em 15
(31,9 %) pacientes o escore foi igual ou inferior a seis, o que significa sem
alteração no humor, e em 32 (68,1 %) pacientes esse foi acima de sete, o que
27
sugere alteração no humor (Figura 1 e Tabela III.do Anexo VIII). A maior
percentagem ficou na faixa de 7 a 17 de sintomatologia leve (figura 23).
Figura 1 - Comportamento dos 47 pacientes com insuficiência renal
crônica, em hemodiálise, avaliados pela escala de depressão de
Hamilton, em porcentagem.
4.3 Qualidade de vida relacionada à saúde avaliada pelo KDQOL – SF™
Nos anexos IX e X as tabelas IV e V estão relacionados com os
escores obtidos para os domínios do questionário KDQOL-SF™, para os 47
pacientes.
31,9%
68,1%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
7 ou mais
Escala de Hamilton
Percentual
28
A distribuição dos escores da qualidade de vida relacionada à saúde
nas onze dimensões específicas e nas oito dimensões genéricas estão
representadas, respectivamente, nas figuras 2 e 3.
29
Na figura 2 observam-se escores bem significativos de pior
qualidade de vida nos domínios de sobrecarga da doença renal, papel
profissional e uma ampla variação na função sexual.
Figura 2 - Distribuições dos escores de QVRS nas 11 dimensões
específicas do KDQOL-SF apresentadas no Anexo IX, para os 47
pacientes submetidos à hemodiálise.
30
Na figura 3 observa-se um grande variação da função emocional
escores mais baixos no domínio da função física e uma redução no
domínio da saúde geral
Figura 3 - Distribuições dos escores de QVRS nas 8 dimensões
genéricas do KDQOL-SF apresentadas no Anexo X, para os 47
pacientes submetidos à hemodiálise.
Na tabela I apresentamos os diversos parametros da escala KDQOL-
SF™, nos 47 pacientes com insuficiência renal crônica, submetidos à
hemodiálise, e as suas correlações com o escore de Hamilton para depressão.
Observa-se que ocorreu ampla distribuição entre os parâmetros
avaliados, incluindo aqueles do aspecto genérico. Isto é, a quantificação das
respostas de cada item mostra heterogeneidade em seus resultados.
31
Na tabela I, encontramos correlação, negativa significativa, entre o
escore de Hamilton para depressão e os seguintes parâmetros da escala
específica do questionário QVRS KDQOL-SF™: lista de sintomas e problemas,
qualidade da interação social e sono. Entre os domínios do SF (genérico)
apresentaram correlação negativa significativa a saúde geral, bem-estar
emocional, função social e energia/fadiga. No entanto, não observamos
correlação entre o escore de Hamilton e os escores efeitos da doença renal,
sobrecarga da doença renal, papel profissional, função cognitiva, função
sexual, suporte social, estímulo por parte da equipe, satisfação do paciente,
funcionamento físico, função física, dor e função emocional.
32
Tabela I - Escores dos diversos parâmetros da escala KDQOL-SF™ e as correlações com o escore de
depressão de Hamilton, em 47 pacientes com insuficiência renal crônica, submetidos à hemodiálise.
KDQOL
mediana extremos rs p
Lista de sintomas e problemas 77,08 97,91-18,75 -0,399 0,005
Efeitos da doença renal 59,37 96,87-25,00 -0,155 0,296
Sobrecarga da doença renal 31,25 100,00-0,00 -0,174 0,239
Papel profissional 0,00 100,00-0,00 -0,156 0,295
Função cognitiva 93,33 100,00-20,00 -0,165 0,265
Qualidade da interação social 75,33 100,00-40,00 -0,433 0,002
Função sexual 75,00 100,00-0,00 -0,208 0,610
Sono 67,50 100,00-30,00 -0,585 0,000
Suporte social 83,50 100,00-0,00 0,111 0,457
Estimulo por parte da equipe 87,50 100,00-37,5 -0,186 0,210
Satisfação do paciente 67,00 100,00-0,00 -0,244 0,098
SF
Funcionamento físico 70,00 100,00-0,00 -0,149 0,315
Função física 25,00 100,00-0,00 -0,209 0,158
Dor 67,50 100,00-20,00 0,050 0,737
Saúde geral 55,00 90,00-10,00 -0,475 0,000
Bem-estar emocional 72,00 100,00-32,00 -0,582 0,000
Função emocional 33,33 100,00-0,00 -0,216 0,144
Função social 75,00 100,00-25,00 -0,354 0,015
Energia/fadiga 65,00 100,00-15,00 -0,518 0,000
33
Existe uma correlação significativa nesta figura 4 entre os
escores dos pacientes que apresentam uma alteração do humor e
depressão. Enquanto os que não tem depressão apresentam melhor
pontuação em termos de qualidade de vida relacionada á saúde, os que
têm depressão apresentam menor pontuação na qualidade de vida
relacionada à saúde
Figura 4 Escores de saúde geral do KDQOL-SF em pacientes
com e sem alteração do estado do humor.
p= 0,049, Teste t.
Dados apresentados como média e desvio padrão.
Depressão
Sem depressão
Saúde Geral
0
20
40
60
80
100
KDQOL-SF™
34
Nesta figura 5 observa-se uma correlação significativa e negativa
dos valores obtidos na escala de Hamilton com o domínio bem-estar
em ocional do KDQOL-SF, significando que quanto maior a alteração do
humor, menor o escore do bem-estar emocional. (Teste de Spearman)
Observa-se correlação negativa significativa (Teste de Spearman).
Figura 5 - Correlação entre os escores obtidos com a escala de
Hamilton e o domínio de bem-estar emocional do KOQOL-SF
0
5
10
15
20
25
30
35
0
50
100
150
Bem-estar emocional
Hamilton
rs=-0,582 p<0,001
35
A figura 6 mostra que os pacientes deprimidos apresentam média
dos escores no domínio bem-estar emocional do KDQOL-SF
significativamente menor, portanto apresentando uma piora na
qualidade de vida relacionada à saúde.
Figura 6 - Escores de bem-estar emocional do KDQOL-SF em
pacientes com e sem alteração do estado do humor.
p=0,004, Teste t.
Dados apresentados como média e desvio padrão.
Depressão Sem depressão
Bem
-
estar emocional
0
20
40
60
80
100
120
KDQOL-SF™
36
Também os pacientes com maior alteração no humor para
depressão têm sono mais prejudicado.
Figura 7 - Correlações obtidas na Escala de Hamilton e domínio
sono do KDQOL-SF Teste de Spearman. Dados apresentados como
mediana.
0
5
10
15
20
25
30
35
0
50
100
150
Sono
Hami
lton
rs=-0,585 p<0,001
37
Na figura 8 confirmado pelo teste t, o sono é de pior qualidade
em pacientes com alteração no humor (humor deprimido).
Figura 8 Escores do domínio sono do KODQOL-SF em pacientes,
com e sem alteração do estado de humor. P=0.001, Teste t de
Student. Valores expressos como média e desvio padrão.
p=0,001 , Teste T.
Valores expressos como média +-desvio padrão.
Depressão
Sem depressão
KDQOL-SF™
0
20
40
60
80
100
120
Sono
38
Mais evidente fica a alteração da vitalidade dos pacientes com
alteração do humor nesta figura 9
Figura 9 - Correlações obtidas na Escala de Hamilton e no domínio
energia/fadiga do KDQOL-SF Teste de Spearman. Dados
apresentados como mediana.
0
20
40
60
80
100
120
0
10
20 30 40
Energia/fadiga
Hamilton
rs=-0,518,p<0,001
39
Portanto a energia/fadiga é bem menor nos pacientes com
alteração do humor como observado nesta figura 10
Figura 10 - Escores de energia/fadiga do KDQOL-SF em
pacientes com e sem alteração no estado de humor.
p=0,035, Teste t.
Dados apresentados como média e desvio padrão.
D
epressão
Sem depresão
Energia/fadiga
KDQOL-SF™
0
20
40
60
80
100
120
40
4.4 Disfunção sexual avaliada pelo Índice Internacional de Função Erétil
(IIEF)
Dos 47 pacientes estudados 80,8% apresentavam disfunção erétil.
Figura 11 - Percentagem de pacientes sem disfunção erétil com um
escore acima de 26 e percentagem de pacientes com escore igual
ou abaixo de 25 com disfunção erétil.
0
20
40
60
80
100
IIEF25 IIEF >26
%
COM DISFUNÇÃO ERÉTIL
SEM DISFUNÇÃO ERÉTIL
41
Observam-se correlações positivas significativas entre função erétil do
IIEF e os seguintes domínios do questionário de QVRS KDQOL-SF™ efeitos
da doença, qualidade da interação social, função sexual, sono, funcionamento
físico, saúde geral, energia/fadiga. Foram significativas as correlações entre o
domínio função orgástica do IIEF e os seguintes domínios do questionário
KDQOL-SF™: sobrecarga da doença renal, função sexual, funcionamento
físico, função física, saúde geral, bem-estar emocional, função emocional,
energia/fadiga. O domínio desejo sexual do IIEF correlacionou-se com efeitos
da doença renal, função sexual, sono, funcionamento físico, saúde geral, bem-
estar emocional, função emocional, energia/fadiga. O domínio satisfação com a
vida sexual do IIEF correlacionou-se com a lista de sintomas e problemas,
efeitos da doença renal, sobrecarga da doença renal, qualidade da interação
social, função sexual, sono, funcionamento físico, saúde geral, bem-estar
emocional, energia/fadiga do questionário de QVRS do KDQOL-SF. A soma
geral dos escores do IIEF apresentou correlação significativa com lista de
sintomas e problemas, efeitos da doença renal, qualidade da interação social,
função sexual, sono, funcionamento físico, saúde geral, bem estar emocional,
função emocional, e energia e fadiga." ( Tabela VI,Anexo XI, e Figuras de 12 a
19).
42
Figura 12 - Correlações obtidas no domínio função sexual do
KDQOL-SF e no domínio função orgástica do IIEF. Teste
Spearman.
0
20
40
60
80
100
120
0 5
10
1
5
Função orgástica
Função sexual
rs=0,508 p<0,00
1
43
Figura 13 - Correlações obtidas no domínio desejo sexual do IIEF e
no domínio bem-estar emocional do KDQOL-SF.Teste de
Spearman.
0
20
40
60
80
100
120
0 5
10
15
Desejo
s
exual
Bem-estar
emocional
rs=0,422 p=0,003
44
Figura 14 - Correlações obtidas no domínio função física do KDQOL-
SF e no domínio desejo sexual do IIEF. Teste de Spearman
0
20
40
60
80
100
120
0 5
10
15
Desejo sexual
Função f
ísica
rs=0,423 p=0,0033
45
Figura 15 Correlações obtidas no domínio satisfação na relação
sexual do IIEF e no domínio função sexual do KDQOL-SF. Teste de
Spearman
0
20
40
60
80
100
120
0 5
10 15 20
Satisfação na relação sexual
Função sexual
rs= 0,696 p<0,00
1
46
Figura 16 - Correlações obtidos no domínio satisfação na relação
sexual do IIEF e no domínio saúde geral do KDQOL-SF. Teste de
Spearman
0
5
10
15
20
0
2
40
60
80
100
Saúde geral
Satisfação na
relação sexual
rs= 0,412 p=0,0041
47
Figura 17 Correlações obtidas no domínio satisfação com a vida
sexual do IIEF e no domínio função sexual do KDQOL-SF. Teste de
Spearman
0
20
40
60
80
100
120
0 5
10 15
Satisfação com a vida sexual
Função sexual
rs= 0,625 p<0,001
48
Figura 18 - Correlações obtidas com o domínio Função erétil do IIEF
e o domínio de função sexual obtido com o KDQOL-SF. Teste de
Spearman
0
5
10
15
20
25
30
35
0
50 100 150
Função sexual
rs= 0,583 p<0,001
Função Erétil
49
Figura 19 - Correlações obtidas na soma total do IIEF e no domínio
função sexual do KDQOL-SF. Teste de Spearman
0
20
40
60
80
100
120
0
20 40
60 80
Soma
t
o
tal
do
IIEF
Função sexual
rs=0,670 p<0,001
50
Na figura 20 fica evidente a maior alteração na qualidade de vida
no domínio função sexual do KDQOL-SF nos pacientes que apresentam
disfunção erétil
Figura 20 - Escores da função sexual do KDQOL-SFem pacientes
com e sem alteração da função erétil do IIEF .p=0,035, Teste de
Mann-Whitney.
Sem disfunção erétil Com disf
unção erétil
Função Sexual
KDQOL-SF™
0
20
40
60
80
100
120
140
51
Observa-se na Figura 21 as medianas dos escores, em todas as
funções pesquisadas do IIEF, inclusive na soma total, demonstrando
um a importante freqüência de disfunção sexual nos pacientes dessa
am ostra.
Figura 21 Escores obtidos nos domínios do IIEF. Valores
representados como mediana e valores extremos.
Função Erétil
Função Orgástica
Desejo Sexual
Satisfação na
relação sexual
Satisfação na
vida sexual
Soma Total
52
A Figura 22 mostra as médias dos escores do domínio sono avaliada
pelo KDQOL-SF e que apresenta –se significativamente menor nos pacientes
que tiverem pontuação compatível com disfunção erétil avaliada pelo IIEF.
Figura 22 - Escores do domínio sono do KDQOL-SF em pacientes
com ou sem disfunção erétil. p= 0,024,Teste t de Student. Dados
apresentados como média e desvio padrão.
Sem Disfunção Erétil
Com Disfunção Erétil
Sono
KDQOL-SF
0
20
40
60
80
100
120
53
54
Nesta figura 23 observa-se que a maior alteração do humor e de
disfunção erétil se encontra na faixa de menor gravidade
4
7
1
3
7
15
3
4
1 1 1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
>= 26 (Sem alteração) 17 a 25 (Leve alteração) 11 a 16 (Moderada
alteração)
<= 10 (Severa alteração)
Índice de Função Erétil
Freqüência
< 6 (Sem alteração)
7 a 17 (Leve alteração)
18 a 25 (Moderada alteração)
>= 26 (Severa alteração)
Escala de Hamilton
Figura 23 - Relação entre a presença e ausência de alteração do
humor e o escore da função erétil.
Freqüência
55
Na Figura 24 procuramos chamar atenção para as inter-relações das
variáveis estudadas e as influências recíprocas que possivelmente tem
importância na qualidade de vida, estado de humor e função sexual. Outros
fatores são os aspectos psicossoemocionais, não avaliados, os fatores
fisiopatológicos, nutrição e co-morbidades
Figura 24 - Insuficiência renal crônica terminal e influencia das
variáveis
I
I
n
n
t
t
e
e
r
r
r
r
e
e
l
l
a
a
ç
ç
õ
õ
e
e
s
s
e
e
n
n
t
t
r
r
e
e
a
a
s
s
v
v
a
a
r
r
i
i
á
á
v
v
e
e
i
i
s
s
Qualidade
de vida
Insuficiência renal
crônica terminal
Disfunção
Sexual
Outros fatores
Depressão
Depressão
Qualidade
de vida
Outros Fatores
56
5 DISCUSSÃO
O aumento da expectativa de vida dos pacientes com insuficiência
renal crônica devido à melhora do tratamento dialítico e do transplante renal,
ocasionou a preocupação com a qualidade dessa sobrevida. rios trabalhos
têm avaliado, com escalas apropriadas, a alteração do humor, qualidade de
vida e disfunção sexual nesses pacientes.(CARMICHAEL et al., 2000,
MARTINS & CESARINO, 2005, SANTOS, 2005). Essas avaliações são
tentativas válidas de identificar possíveis alterações que possam estar
influenciando negativamente a qualidade das vidas e assim, poderem interferir
positivamente, melhorando a qualidade de sobrevida desses pacientes.
No presente trabalho é feita uma análise da presença de depressão, e
alterações na qualidade de vida e função sexual em um grupo de pacientes
com insuficiência renal crônica. Diferentemente de outros trabalhos, s
avaliamos a relação da presença de depressão com os índices de qualidade de
vida e disfunção erétil (YASSUMOTO, 2004). Para o nosso conhecimento, este
é o primeiro trabalho em nosso meio, que avaliou em conjunto todos esses
dados em um mesmo grupo de pacientes com doença renal.
5.1 Depressão em indivíduos com insuficiência renal crônica em
hemodiálise
A presença de depressão, diagnosticada pela escala de depressão de
Hamilton, foi muito mais freqüente (68,1%) nos pacientes com insuficiência
renal do que a sua ausência (31,9%). Isso sugere que a qualidade de
57
sobrevida dos pacientes pode estar comprometida pela alta freqüência de
depressão. Esses nossos dados estão de acordo com outros trabalhos que
mostraram que a depressão está presente de modo muito significativo nos
pacientes com insuficiência renal crônica (BURTON et al., 1986; CRAVEN et
al.1987; DE-NOUR & CZACZKES, 1976; HINRICHSEN et al., 1989; HONG et
al.,1987; 1976; IORDANIDIS et al.,1993; ISRAEL, 1986; KENNEDY et al.,1989;
RODIN, 1980; KIMMEL et al.,1993; KUTNER et al.,1985; O’DONNEL & CUNG,
1997; SENSKY,1993; SMITH et al.,1985; VÁZQUEZ et al.,2005; VILJOEN et
al.,1993).
No entanto, o diagnóstico de depressão em pacientes com
insuficiência renal apresenta ampla variação, desde ausência até a presença
em todos os pacientes (revisão, KIMMEL et al.,1993). Isso se deve a diferentes
conceitos de depressão, que variam desde sintomas isolados até transtorno
depressivo maior (ALMEIDA & MELEIRO, 2000).
Por outro lado, comparar os resultados obtidos no presente trabalho
com outros descritos na literatura apresenta dificuldades. Isso porque, existem
diferentes escalas para avaliar a depressão. Conforme revisão de Calil & Pires
(1998) as várias escalas de avaliação de depressão englobam aquelas de
auto-avaliação, as que são aplicadas por observadores, as de avaliação global
e as mistas, daí ocorrer a dificuldade.
A primeira escala para depressão aplicada por um observador foi
desenvolvida por Hamilton (1960) que é a utilizada no presente trabalho. A
maioria das escalas subseqüentes o modificações dessa (CALIL & PIRES,
1998). No entanto, apesar dessa origem comum, torna-se difícil as
comparações de resultados, pois apresentam diferenças nas inclusões e
valorização das principais categorias de estados depressivos. Por exemplo,
58
entre 60 pacientes, 47 % foram classificados como deprimidos quando se
utilizou o inventário de depressão de Beck, enquanto 17% e 5% foram
determinados como tendo depressão de acordo com a Lista de Adjetivos de
Sentimentos Múltiplos (Multiple Affect Adjective Check List) e critérios da DSM-
III, respectivamente (SMITH et al.,1985). Para os interessados em aprofundar a
discussão e referências, consultar a revisão de Calil & Pires (1998).
Em nossa amostra foi constatada a percentagem de 68,1 % de
pacientes que apresentavam na escala de depressão de Hamilton um escore
igual ou superior a 7, o que significa indivíduos que apresentam queixas e
sintomas compatíveis com alteração do humor. A maior percentagem situou-se
na faixa de 7 a 17 que é considerada como de sintomatologia leve de menor
gravidade (ENDICOTT et al.,1981). , mas de grande influência na qualidade de
vida do indivíduo. Este grau de comprometimento do humor pode ser
diagnosticado como distimia, uma depressão que não preenche os critérios da
CID-X para depressão leve, com duração de mais de dois anos e que torna a
vida de relação do indivíduo consigo mesmo e com os outros muito prejudicada
pelas constantes queixas pessimistas e preocupações infundadas na maioria
das vezes. Além da falta de energia e fadiga, dormem mal e sentem-se
inadequados.
É possível, então, que a alta freqüência encontrada no nosso estudo
seja devido à presença de depressão leve, explicando a diferença com outros
autores que descrevem freqüência de 30% (DUARTE et al., 2000; DOGAN et
al., 2005; HONG et al., 1987) e 8,1 % (CRAVEN et al.,1987). De fato, quase a
metade dos pacientes em diálise refere sintomas depressivos, mas em menos
de 25% deles os sintomas são graves o suficiente para um diagnóstico de
transtorno depressivo maior (ALMEIDA & MELEIRO, 2000). Um outro aspecto
59
que deve ser observado entre a nossa freqüência e a de outros autores
(DUARTE et al., 2000; DOGAN et al., 2005; HONG et al., 1987) seria que
nossa casuística compõe-se somente de homens, ao contrário dos outros
trabalhos que examinaram ambos os sexos (CRAVEN et al., 1987).
Pacientes adultos com insuficiência renal crônica são mais vulneráveis
à depressão quando comparados com portadores de outras doenças crônicas
(DAVIS et al., 1990). Mas, a depressão pode ser resultante de vários fatores,
tais como estresses oriundos do ambiente, variáveis genéticas, alterações
neurobiológicas (KIMMEL et al., 1993). A história familiar e pessoal de
depressão é um fator importante associado à depressão seguindo insuficiência
renal crônica (CRAVEN et al.,1987; DE-NOUR & CZACZKES, 1976). Tem sido
descrita várias alterações endócrinas em pacientes deprimidos com
insuficiência renal crônica (VILJOEN et al.,1993). O hiperparatiroidismo
secundário parece ser a anormalidade endócrina mais relacionada com
problemas psiquiátricos nesses pacientes (DRIESSEN et al.,1995). Nos nossos
pacientes não foi realizada avaliação endócrina, mas o fato de estarem em
hemodiálise crônica faz supor que tivessem boa compensação e o distúrbio
endócrino seria menos proeminente.
A depressão pode afetar o paciente com insuficiência renal crônica de
várias formas. De maneira geral, o paciente deprimido tem maior taxa de
suicídio, não aderência ao tratamento e maior morbidade e mortalidade devido
a sua doença de base (BURTON et al.,1986). Por isso é necessário o
diagnóstico precoce e instituição de tratamento específico (ALMEIDA &
MELEIRO, 2000). Então, a qualidade de vida parece ser influenciada pelos
sintomas depressivos (ALMEIDA & MELEIRO, 2000) e isso foi constatado
neste estudo como veremos a seguir.
60
5.2 Qualidade de vida e alteração do humor em indivíduos com
insuficiência renal crônica em hemodiálise
A condução dos pacientes com insuficiência renal crônica em
hemodiálise tem priorizado a sua melhora de qualidade de vida. Por isso,
devemos identificar as variáveis que podem interferir no processo de
manutenção da sua boa qualidade de sobrevida e modificar aquelas que estão
comprometendo essa qualidade. Com esse objetivo, o uso do questionário em
sua forma completa, o KDQOL-SF™ (VÁZQUEZ et al.,2005) ou na sua forma
de núcleo genérico, o SF-36 têm sido usados (KALANTAR-ZADEH et al.,2001;
MINGARDI et al.,1999; MARTINS & CESARINO, 2005; CARMICHAEL et
al.,2000; MERKUS et al.,1997; REBOLLO et al.,2000; SESSO et al.,2003;
BEUSTERIEN et al., 1996; OHRI-VACHASPATI & SEHGAL, 1999; LOOS et
al., 2003).
O SF-36 avalia dois componentes: o da saúde física e o da saúde
mental. Esses últimos investigadores o usaram para identificar fatores
associados que podem interferir na qualidade de vida dos pacientes, tais como:
idade, sexo, nível cio-econômico, co-morbidades, níveis de hemoglobina e
hematócrito, tempo de diálise e as condições nas quais a diálise foi iniciada.
Contudo, os dois grupos de variáveis do SF-36 explicam somente em parte as
alterações da qualidade de vida do paciente renal (CARMICHAEL et al.,2000;
MERKUS et al.,1997).
Os outros componentes do questionário KDQOL-SF™ podem ter
importância na avaliação da qualidade de vida desses pacientes. O KDQOL-
SF™ é um questionário de confiança e validado especificamente para
61
pacientes em diálise (HAYS et al.,1994). Outros fatores, além daqueles
avaliados com o SF-36 e elencados anteriormente, podem influenciar a
qualidade de vida do paciente renal crônico, em diálise, como a depressão e a
disfunção erétil. Essa última será motivo de análise mais a frente. Existem
poucos trabalhos que estudaram a possível interferência da depressão na
medida da qualidade de vida em pacientes submetidos à hemodiálise
(VÁZQUEZ et al., 2005).
Esses dados mostram que a qualidade de vida, avaliada pelo KDQOL-
SF™ teve ampla distribuição entre os vários domínios desse instrumento de
avaliação. Isso sugere que os pacientes com insuficiência renal crônica, em
hemodiálise, possuem níveis heterogêneos de qualidade de vida, ou seja,
temos indivíduos com melhores e piores pontuações nos domínios do
questionário. com melhores e piores pontuações nos domínios do questionário.
Isto é possível em decorrência de que qualidade de vida tem uma conotação
muito pessoal apesar das definições operacionais.
No entanto, foi encontrado que muitas das variáveis inseridas no
questionário KDQOL-SF™ têm relação inversa significativa com o nível de
depressão diagnosticado pela escala de depressão de Hamilton. Conforme foi
apresentado na tabela I, observamos correlações negativas significativas da
depressão com a lista de sintomas e problemas, com a qualidade da interação
social e sono. Em relação aos domínios contidos no SF, foi observada, de
maneira significativa, relação inversa da depressão com saúde geral, bem-
estar emocional, função social e energia/fadiga. Esses dados sugerem que a
presença da depressão pode influir negativamente na qualidade de vida dos
pacientes com insuficiência renal em hemodiálise, principalmente em relação
aos domínios elencados anteriormente.
62
Essa descoberta pode ser importante na condução da melhora da
qualidade de vida dos pacientes com insuficiência renal crônica. Isto é, o
tratamento da depressão pode ser de grande valia no cuidado a esses
pacientes. O suporte psicológico por especialistas na área e o uso de
medicamentos deverá ser considerado com o objetivo de melhorar a depressão
desses pacientes. Para os interessados em aprofundar a discussão sobre a
terapia medicamentosa em pacientes com insuficiência renal crônica,
recomendamos consultar a excelente revisão de Almeida e Meleiro (2000).
Esses autores discutem as possibilidades do uso de antidepressivos, com as
suas indicações e contra-indicações nesse grupo especial de pacientes.
Os dados estão de acordo com aqueles descritos por Vázquez et al.
(2005) que utilizaram também o KDQOL-SF™ e encontraram relação inversa
com a presença de depressão, mas definida pelo Cognitive Depression Index
que é uma sub-escala do inventário de depressão de Beck. Os dados
confirmam que a depressão influencia a qualidade de vida dos pacientes em
hemodiálise.
Neste estudo acrescenta-se outra variável, a depressão, para explicar
a diminuição dos escores do KDQOL-SF™ nos pacientes da pesquisa, que
tivemos relação inversa com vários dos parâmetros dessa escala com o escore
de depressão de Hamilton. Prévios estudos tinham mostrado que variáveis
sócio-demográficas (mulheres, idade avançada, baixo nível social e não
freqüência ao trabalho) e fatores clínicos (maior freqüência de co-morbidade,
diminuição dos níveis de hemoglobina ou albumina e falha no transplante
prévio) estão associados com menor escore obtidos com o SF-36 e ou
específicos escores do KDQOL-SF™ (CARMICHAEL et al., 2000; MERKUS et
al.,1997).
63
Segundo Vázquez et al. (2005) algumas áreas específicas do KDQOL-
SF™ teriam forte influência no resultado do questionário: bem estar emocional,
funcionamento físico e função cognitiva. A presente pesquisa revela que, entre
esses três itens, somente o bem estar emocional teria relação importante com
a depressão e sugere que o tratamento da depressão pode melhorar o item de
qualidade de vida dos pacientes com insuficiência renal em hemodiálise.
Traço de ansiedade e/ou sintomas de depressão foram associados
com baixa qualidade de vida nas escalas genéricas e específicas do KDQOL-
SF™, com alta potência de explicação na maioria dos casos descritos no
trabalho de Vázquez et al. (2005). Esse trabalho reforça a associação entre
depressão e escore do KDQOL-SF™ observada também neste estudo.
Vázquez et al. (2005) encontraram que a associação de traço de
ansiedade e/ou sintomas depressivos foram maiores em relação à saúde
mental (especificamente bem estar emocional e o resumo do componente
mental) e essa associação está de acordo com o observado nos 47 pacientes
pesquisados. Além disso, esses autores encontraram que o traço de ansiedade
e/ou sintomas depressivos contribuíram para o escore do estado físico
(funcionamento físico, dor, sintomas e problemas), capacidade funcional (papel
físico, papel profissional) e funcionamento social (função social, qualidade da
interação social).
Os dados apresentados no presente estudo estão de acordo, pelo
menos em grande parte, com os resultados descritos por Vázquez et al. (2005).
Isso porque, observamos correlações negativas significativas da depressão
com a qualidade da interação social e sono, com forte tendência, apesar de
ainda não significativa, com os domínios de função cognitiva e função sexual.
64
Além disso, observou-se de maneira significativa, relação inversa da depressão
com saúde geral, bem-estar emocional, função social e energia/fadiga.
Observou-se ainda, correlação negativa fraca (-0,186), e não
significativa, do item estímulo por parte da equipe com o escore de depressão
de Hamilton. Esse resultado está de acordo com o descrito por Vazquez es al.
(2005) que não mostraram importância significativa nesse item para explicar o
escore na escala do KDQOL-SF™. Isso sugere que fatores idiossincráticos
tenham maior influência do que o componente dos operadores da diálise.
As médias dos escores dos domínios sono, bem-estar emocional, saúde
geral e energia/fadiga do questionário de QVRS foram significativamente
menores nos pacientes com alteração do humor se comparados com os sem
depressão, reforçando a hipótese de que a depressão afeta negativamente a
qualidade de vida dos pacientes renais.
Em sua tese de doutoramento pelo programa de pós-graduação em
enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Kusumota
(2005) avaliou 132 adultos e 62 idosos acima de 60 anos, incluindo homens e
mulheres, em tratamento de hemodiálise, com o instrumento KDQOL-SF™ e
encontrou resultados comparáveis aos encontrados nesta pesquisa nos
domínios de função emocional, função social e bem-estar emocional, existindo
um forte sentimento de sobrecarga e frustração devido à doença e a dificuldade
de manter trabalho remunerado.
Os trabalhos pesquisados sugerem forte relação entre a depressão e o
escore do KDQOL-SF™ e que o tratamento da depressão nesses pacientes
podem interferir de maneira benéfica na sua qualidade de sobrevida.
65
5.3 Disfunção erétil e alteração do humor em indivíduos com
insuficiência renal crônica em hemodiálise
A disfunção sexual é altamente prevalente em homens submetidos à
hemodiálise (ROSAS et al., 2001). Entre os fatores contribuintes para a gênese
da disfunção sexual são conhecidos os fatores físicos, dependentes da
condição fisiológica alterada pela doença, no caso a doença renal crônica
terminal a uremia e os fatores psicológicos /mentais decorrentes e associados
frequentemente à doença orgânica subjacente. Entre os fatores psicológicos
destaca-se a alta prevalência de alterações do estado de humor observados
nessa população de pessoas submetidas ao tratamento dialítico (KIMMEL,
2000).
Para avaliar a presença de alterações na função sexual empregamos o
questionário auto-administrado Índice Internacional de Função Erétil
amplamente utilizado, inclusive no Brasil, constando de 15 itens para avaliar a
função sexual de homens. Questões de 1 a 5 e a 15 avaliam a função erétil ,
com escore máximo de 30, questões 9 e 10 avaliam a função orgástica
variando de 0 a 10, questões 11 e 12 avaliam a função do desejo sexual
variando de 2 a 10, questões 6, 7 e 8 avaliam a satisfação com a relação
sexual variando de 0 a 15; por fim, as questões 13 e 14 que avaliam a
satisfação com a vida sexual com escore que varia de 2 a 10.
Observou-se que, dos 47 pacientes avaliados, 38 apresentaram escores
menores que 26 no domínio erétil do IIEF, significando que 80,8 % dos
pacientes demonstraram algum grau de disfunção erétil, o que está de acordo
com a literatura.
66
Martin-Diaz et al. (2006), na Unidad de Nefrologia Fundación Hospital
Calahorra (La Rioja)-Espanha, encontraram 40% que sofriam de disfunção
erétil em população de 103 pacientes em hemodiálise com média de idade de
55,4± 14,6 para os sexualmente ativos e 68,1± 10,1 para os sem atividade
sexual; sendo 34,4 % de disfunção erétil leve, 16,4% de moderada e 9,1 % de
severa. Yassumoto et al. (2004), no Hospital de Base de São José do Rio Preto
São Paulo Brasil, de 51 pacientes em tratamento hemodiálitico com média
de idade de 56,6±11,6, observaram a prevalência de 57%, sendo 24% leve,
25% moderada e 10% severa. Na Turquia, Arslan et al. (2002), em 187
pacientes com média de idade de 49,3±13,2 anos, encontraram em 80,7%
deles com disfunção erétil, sendo que os pacientes com idade menor que 50
anos tinham 74,5% e aqueles maiores que 50 anos tinham 86,6%. Esses
últimos dados concordam com a nossa realidade e com as pesquisas no Brasil
de que com o avanço da idade, a prevalência e a severidade da disfunção erétil
aumentam. Interessante nesses dados de Arslan et al. (2002) é que, apesar de
alta freqüência, somente 1% procurou ajuda médica.
De grande interesse para os resultados desta pesquisa, foi o trabalho
de Mallis et al. (2005) na Grécia, numa amostra de 103 pacientes homens com
disfunção erétil, com idade variando de 20 a 70 anos (média de idade e desvio
padrão de 47± 14 anos) utilizando o Mini International Neuropsychiatric
Interview 5, o Diagnostic and Statistical Manual of Mental DisordersIV (DSM-
IV) e a Beck Depression Inventory (BDI) encontraram 63,1% de transtornos
psiquiátricos, sendo os transtornos depressivos os que tinham maior
percentagem (25,2%) seguidas dos transtornos ansiosos com 11,7%, a
associação de depressão e ansiedade com 6,8% e os transtornos de
67
personalidade com 5.8%. Concluíram que os transtornos psiquiátricos têm alta
prevalência nos pacientes com disfunção erétil.
Peng et al. (2006) observaram associação entre sintomas depressivos
mais graves e a presença de disfunção sexual em pacientes masculinos
hemodialisados. Constatando que a função erétil correlacionou-se
negativamente com a presença de depressão, o mesmo sendo observado para
os outros domínios do IIEF como a função orgástica, desejo sexual, satisfação
na relação, satisfação na vida sexual e soma total do IIEF.
Apesar da alta incidência de alterações no estado de humor e de
disfunção sexual no nosso grupo de pacientes não observamos correlação
significativa entre os escores do IIEF nos seus diferentes domínios e a escala
de Hamilton. A análise pelo Qui-quadrado o mostrou associação significativa
entre essas variáveis. Uma explicação para esse achado é o fato da grande
maioria dos pacientes apresentar depressão leve a moderada e apenas um
paciente alteração mais grave no estado de humor, dados diferentes dos
observados por Peng et al. (2006).
É possível que fatores culturais relacionados à auto-imagem, a auto-
estima e a masculinidade ameaçada, possam ter contribuído para a escolha de
respostas de melhor desempenho. Nesse sentido, a precária privacidade de
um paciente em relação ao outro por se encontrarem as máquinas de
hemodiálise muito próximas, pode ter influído, também na sua resposta.
O brasileiro é altamente motivado para o sexo apesar de hábitos não
muito saudáveis associados, como o uso de bebidas alcoólicas e alimentação
gordurosa. A atividade sexual é considerada importantíssima para a harmonia
do casal segundo 96,1% das brasileiras e 96,0% dos brasileiros que
desejariam fazer o dobro de relações que conseguem realizar (ABDO, 2004).
68
Um dos pacientes avaliados afirmou que “se alguém que faz hemodiálise disser
que não tem dificuldade deve estar faltando com a verdade”.
Observa-se ampla distribuição nos domínios dos componentes da
escala IIEF. As correlações com a escala de Hamilton de depressão foram
significativas e negativas com a função erétil, satisfação com a relação sexual,
satisfação com a vida sexual e escore total IIEF e ocorreu a tendência não
significativa com a função desejo sexual. No entanto, não observamos
correlação significativa com a função orgástica. Alteração do humor e disfunção
erétil são problemas de alta prevalência com doença renal crônica em estágio
terminal que é constatada nos trabalhos atuais além de uma piora da qualidade
de vida relacionada à saúde.
5.4 Papel da disfunção sexual nos diferentes domínios da QVRS
Estudos tem mostrado a influência da presença de disfunção sexual na
qualidade de vida dos pacientes hemodialisados ( ROSAS et al.2001); TÜRK et
al 2001); PENG et al.2006). Pacientes em hemodiálise que são sexualmente
ativos parecem ter melhores índices de qualidade de vida do que os que não
apresentam vida sexual ativa. Fatores nutricionais, presença de co-
morbidades, alterações hormonais decorrentes da uremia, fatores
psicossocioemocionais, entre outros, são concorrentes para explicar a
associação entre a disfunção sexual e os índices de qualidade de vida
observados.
Nossos resultados mostram correlações positivas significativas entre a
função erétil (IIEF) e os seguintes domínios do questionário de QVRS: efeitos
69
da doença renal, qualidade da interação social, função sexual, sono,
funcionamento físico, saúde geral e energia. (Tabela VI no Anexo XI) Esses
dados significam que quanto mais grave a disfunção erétil (escores menores
que 26 no domínio erétil) mais intenso o efeito da doença renal, piorando a
qualidade da interação social, da função sexual, da qualidade do sono, mais
perturbado o funcionamento físico, da saúde geral e a energia/fadiga. As
mesmas considerações podem ser feitas em relação à função orgástica e os
domínios sobrecarga da doença renal, função sexual, funcionamento físico,
função física, saúde geral, bem-estar emocional , função emocional e energia.
Também, o desejo sexual correlacionou-se com efeitos da doença renal,
função sexual, sono, funcionamento físico, saúde geral, bem-estar emocional e
energia. Aparentemente, tanto os fatores físicos e de vitalidade estão
correlacionados com a função sexual, como também os fatores emocionais.
Conforme se observa na Tabela III e VI dos Anexos VIII e XI a satisfação na
relação sexual, a satisfação na vida sexual e a soma dos escores totais do IIEF
apresentaram correlações significativas com diferentes domínios do KDQOL-
SF™.
Analisando apenas os domínios genéricos do SF, Peng et al. (2006)
encontraram correlações significativas entre a função erétil e o domínio função
física, entre os domínios do IIEF, desejo sexual, satisfação na relação, função
orgástica e escore total com o domínio do KDQOL-SF™ função social,
sugerindo uma associação entre a presença de disfunção sexual e a piora nos
índices de qualidade de vida. Os autores sugerem que para melhorar os
escores da qualidade de vida nesses pacientes tornam-se necessárias
intervenções terapêuticas nas alterações físicas (fisiológicas) como cuidados
70
nutricionais, controle da anemia, dose da diálise entre outros e intervenções na
área psicossocioemocional.
Weisboard et al. (2005), analisando a prevalência e a gravidade e
importância dos sintomas físicos e emocionais em 162 pacientes renais
crônicos submetidos a hemodiálise, verificaram que a gravidade e a sobrecarga
dos sintomas físicos apresentados correlacionaram-se diretamente com uma
qualidade de vida prejudicada e com a presença de depressão.
Hong et al.( 2006) avaliando a qualidade de vida em 64 pacientes em
diálise peritoneal crônica encontraram associação entre a presença de
sintomas físicos, a qualidade de vida e depressão, sugerindo que testes de
avaliação de qualidade de vida e do estado de humor devem ser empregados
mais frequentemente nesse grupo de pacientes.
Os resultados apontam também, para uma associação entre os índices de
qualidade de vida e função sexual nos pacientes hemodialisados, sugerindo
que estudos longitudinais possam ser feitos principalmente após intervenções
visando a melhora nos sintomas físicos e psicossocioemocionais e o possível
benefício sobre a qualidade de vida, como um todo.
Índices de pior qualidade de vida nos pacientes hemodialisados têm sido
associados com a presença de desnutrição (SANTOS et al. 2006) e maior
índice de hospitalização (SANTOS, 2005)
A avaliação da qualidade de vida relacionada á saúde tem se tornado
nos últimos anos uma preocupação constante dos que lidam diariamente com
doenças crônicas como a insuficiência renal em sua fase terminal. Os
pacientes submetidos ao tratamento por hemodiálise apresentam
frequentemente fatores físicos e psicológicos que contribuem para uma
qualidade de vida deteriorada.
71
Entre os fatores psicossocioemocionais, os estados alterados do humor
são particularmente freqüentes e contribuem para o agravamento do estado
geral e qualidade de vida. A permanência do estado depressivo por mais de
dois anos aumenta o risco relativo de morte contribuindo para comportamentos
autodestrutivos (KIMMEL et al, 2000).
Acresce-se a isto, a presença freqüente de distúrbios da função sexual
de natureza multifatorial agravada pela presença de sintomas físicos e pela
própria depressão.
Nossos resultados confirmam a alta prevalência de depressão e de
disfunção sexual nos hemodialisados. sem permitir estabelecer uma relação
causal entre as duas variáveis. A função sexual e a depressão
correlacionaram-se positivamente com diversos domínios do questionário de
qualidade de vida relacionada à saúde, sugerindo que fatores físicos e
psicossociais estão significativamente associados nos pacientes renais
crônicos em hemodiálise.
Condutas que busquem avaliar rotineiramente a presença concomitante
ou não dos distúrbios da função sexual, das alterações do estado de humor e
dos índices de qualidade de vida nos pacientes hemodialisados devem ser
encorajadas. Medidas terapêuticas que amenizem os sintomas e corrijam as
causas, quando possível, devem ser empregadas buscando uma melhora na
qualidade de vida dos pacientes. Foi esta a nossa conduta quando era
detectada alguma alteração que necessitava de intervenção dos profissionais
de saúde responsáveis pelo paciente.
72
6
CONCLUSÕES
De acordo com os resultados deste estudo, podemos concluir que os
pacientes com insuficiência renal crônica, em hemodiálise, apresentam:
1) Alto índice de alteração do humor, a maioria na faixa de depressão leve
e distimia, envolvendo 68% dos pacientes avaliados pela escala de
Hamilton.
2) A presença de disfunção sexual foi constatado em 80,8% dos pacientes
avaliados pela função erétil do IIEF, confirmando alta incidência deste
transtorno na população de pacientes hemodialisados.
3) Não se observaram correlações significativas entre os domínios do
questionário de função erétil e a escala de Hamilton.
4) Ocorreram correlações significativas entre vários domínios do
questionário de qualidade de vida relacionada à saúde (KDQOL-SF™), a
escala de Hamilton e os diversos domínios do questionário de função
sexual (IIEF), sugerindo que fatores físicos e psicossocioemocionais
estão associados ou contribuem para a pior qualidade de vida e
disfunção erétil nos pacientes hemodialisados.
7 Agenda de pesquisa
A partir destas conclusões torna-se evidente que estudos longitudinais
intervencionistas que visem o diagnóstico das alterações do estado de humor e
da presença concomitante ou não de disfunção sexual nos pacientes
hemodialisados devem ser encorajados, bem como intervenções terapêuticas
73
que promovam as correções nos sintomas ou, quando possível, nas causas
dos problemas. As medidas adotadas devem refletir melhora na qualidade de
vida dos pacientes em hemodiálise, principalmente a inclusão de profissionais
da área psicológica na rotina de atendimento destes enfermos, propiciando
suporte psicoterápico, trabalho com familiares e mesmo o diagnóstico precoce
de alterações do humor. Também a utilização de medicações inibidoras da
fosfodiesterase tipo 5, tais como o citrato de sildenafil, tadalafila e o cloridrato
de vardenafil, as quais ocasionam o retardo na degradação da GMP, facilitando
e mantendo a ereção peniana (TÜRK et al. 2001; SEIDMAN et al.,2001), tem
possibilitado sucesso e satisfação no relacionamento sexual, contribuindo com
isso para a resolução de conflitos e melhoria do estado de humor e
consequentemente da qualidade de vida.
74
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87
ANEXO I - Escala de Hamilton com guia de entrevista
estruturada para a escala
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
ANEXO II- KDQOL-SF ™
99
Questionário –Qualidade de Vida
KDQOL- SF
TM
1.3 Traduzido para o Português por Priscila Silveira Duarte,
2003 ( 6 )
Sua Saúde
e
Bem-Estar
Doença Renal e Qualidade de Vida (KDQOL-SF™ 1.3)
Esta é uma pesquisa de opinião sobre sua saúde. Estas informações ajudarão
você a avaliar como você se sente e a sua capacidade de realizar suas
atividades normais.
Obrigado por completar estas questões!
Kidney Disease and Quality of Life™ Short Form (KDQOL-SF™)
English Version 1.3
Copyright © 1993, 1994, 1995 by RAND and the University of Arizona
Estudo da Qualidade de Vida para
Pacientes em Diálise
Qual é o objetivo deste estudo?
Este estudo está sendo realizado por médicos e seus pacientes em diferentes
países. O objetivo é avaliar a qualidade de vida em pacientes com doença
renal.
O que queremos que você faça?
Para este estudo, nós queremos que você responda questões sobre sua
saúde, sobre como se sente e sobre a sua história.
100
E o sigilo em relação às informações?
Você não precisa identificar-se neste estudo. Suas respostas serão vistas em
conjunto com as respostas de outros pacientes. Qualquer informação que
permita sua identificação será vista como um dado estritamente confidencial.
Além disso, as informações obtidas serão utilizadas apenas para este estudo e
não serão liberadas para qualquer outro propósito sem o seu consentimento.
De que forma minha participação neste estudo pode me beneficiar?
As informações que você fornecer vão nos dizer como você se sente em
relação ao seu tratamento e permitirão uma maior compreensão sobre os
efeitos do tratamento na saúde dos pacientes. Estas informações ajudarão a
avaliar o tratamento fornecido.
Eu preciso participar?
Você não é obrigado a responder o questionário e pode recusar-se a fornecer a
resposta a qualquer uma das perguntas. Sua decisão em participar (ou não)
deste estudo não afetará o tratamento fornecido a você.
Sua Saúde
Esta pesquisa inclui uma ampla variedade de questões sobre sua saúde e sua
vida. Nós estamos interessados em saber como você se sente sobre cada uma
destas questões.
1. Em geral, você diria que sua saúde é: [Marque um na caixa
que descreve da melhor forma a sua resposta.]
Excelente Muito Boa Boa Regular Ruim
1 2 3 4 5
2. Comparada há um ano atrás, como você avaliaria sua saúde em
geral agora?
Muito
melhor
agora do
que há um
ano atrás
Um pouco
melhor
agora do
que há um
ano atrás
Aproximadamente
igual há um ano
atrás
Um pouco
pior agora
do que há
um ano
atrás
Muito pior
agora do que
há um ano
atrás
1 2 3 4 5
3. Os itens seguintes são sobre atividades que você pode realizar
durante um dia normal. Seu estado de saúde atual o dificulta
a realizar estas
atividades? Se sim, quanto? [Marque um em em cada linha.]
101
Sim,
dificulta
muito
Sim,
dificulta
um
pouco
Não,
não
dificulta
nada
a Atividades que requerem muito esforço,
como corrida, levantar objetos pesados, participar de
esportes que requerem muito esforço
1 2 3
b Atividades moderadas, tais como
mover uma mesa, varrer o chão, jogar boliche, ou
caminhar mais de uma hora
1 2 3
c Levantar ou carregar compras de
supermercado...............................................
1 2 3
d Subir vários lances de escada 1 2 3
e Subir um lance de escada 1 2 3
f Inclinar-se, ajoelhar-se, ou curvar-se 1 2 3
g Caminhar mais do que um quilômetro 1 2 3
h Caminhar vários quarteirões 1 2 3
i Caminhar um quarteirão 1 2 3
j Tomar banho ou vestir-se
..............................
1 2 3
4. Durante as 4 últimas semanas, você tem tido algum dos
problemas seguintes com seu trabalho ou outras atividades habituais, devido a
sua saúde física?
Sim Não
a Você reduziu a quantidade de tempo que
passa trabalhando ou em outras atividades
1 2
b Fez menos coisas do que gostaria 1 2
c Sentiu dificuldade no tipo de trabalho que
realiza ou outras atividades
1 2
d Teve dificuldade para trabalhar ou para
realizar outras atividades (p.ex, precisou fazer mais
esforço)
1 2
5. Durante as 4 últimas semanas, você tem tido algum dos
problemas abaixo com seu trabalho ou outras atividades de vida diária devido a
alguns problemas emocionais (tais como sentir-se deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a Reduziu a quantidade de tempo que passa
trabalhando ou em outras atividades
1 2
b Fez menos coisas do que gostaria 1 2
c Trabalhou ou realizou outras atividades
com menos atenção do que de costume.
1 2
102
6. Durante as 4 últimas semanas, até que ponto os problemas com
sua saúde física ou emocional interferiram com atividades sociais normais com
família, amigos, vizinhos, ou grupos?
Nada Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7. Quanta dor no corpo você sentiu durante as 4 últimas semanas?
Nenhuma Muito
leve
Leve Moderada Intensa Muito
Intensa
1 2 3 4 5 6
8. Durante as 4 últimas semanas, quanto a dor interferiu com seu
trabalho habitual (incluindo o trabalho fora de casa e o trabalho em casa)?
Nada Um pouco Moderado Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9. Estas questões são sobre como você se sente e como as coisas
tem acontecido com você durante as 4 últimas semanas. Para cada questão,
por favor dê uma resposta que mais se aproxime da forma como você tem se
sentido .
Durante as 4 últimas semanas, quanto tempo...
Todo
o
tempo
A
maior
parte
do
tempo
Uma
boa
parte
do
tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma
pequen
a parte
do
tempo
Nenhum
momento
   
a Você se sentiu
cheio de vida?
1 2 3 4 5 6
b Você se sentiu
uma pessoa muito nervosa?
1 2 3 4 5 6
c Você se sentiu
tão "para baixo" que nada
conseguia animá-lo?
1 2 3 4 5 6
d Você se sentiu
calmo e tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
e Você teve muita
energia?
1 2 3 4 5 6
f Você se sentiu
desanimado e deprimido?
1 2 3 4
5
6 1 2
3 4 5 6
1 2 3 4 5 6
103
g Você se sentiu
esgotado (muito cansado)?
1 2 3 4 5 6
H Você se sentiu
uma pessoa feliz?
1 2 3 4 5 6
i Você se sentiu
cansado?
1 2 3 4 5 6
10. Durante as 4 últimas semanas, por quanto tempo os problemas
de sua saúde física ou emocional interferiram com suas atividades sociais
(como visitar seus amigos, parentes, etc.)?
Todo o
tempo
A maior
parte do
tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma pequena
parte do
tempo
Nenhum
momento
1 2 3 4 5
11. Por favor, escolha a resposta que melhor descreve até que ponto
cada uma das seguintes declarações é verdadeira ou falsa.
Sem
dúvida
verdadeiro
Geralmente
verdadeiro
Não
sei
Geralmente
falso
Sem
dúvida
falso
a Parece
que eu fico doente
com mais facilidade do
que outras pessoas
 
1 2 3 4 5
b Eu me
sinto tão saudável
quanto qualquer pessoa
que conheço
1 2 3 4 5
c Acredito
que minha saúde vai
piorar
1 2 3 4 5
d Minha
saúde está excelente
1 2 3 4 5
Sua Doença Renal
12. Até que ponto cada uma das seguintes declarações é verdadeira
ou falsa para você?
Sem dúvida
verdadeiro
Geralmente
verdadeiro
Não
sei
Geralmente
falso
Sem
dúvida
falso
a Minha
104
doença renal interfere
demais com a minha
vida
1 2 3 4 5
b Muito do
meu tempo é gasto com
minha doença renal
1 2 3 4 5
c Eu me
sinto decepcionado ao
lidar com minha doença
renal
1 2 3 4 5
d Eu me
sinto um peso para
minha família
1 2 3 4 5
13. Estas questões são sobre como você se sente e como tem sido
sua vida nas 4 últimas semanas. Para cada questão, por favor assinale a
resposta que mais se aproxima de como você tem se sentido.
Quanto tempo durante as 4 últimas semanas…
Nenhum
momento
Uma
pequena
parte do
tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma
boa
parte
do
tempo
A maior
parte
do
tempo
Todo o
tempo
a Você se
isolou ( se afastou) das
pessoas ao seu redor?
1 2 3 4 5 6
b Você
demorou para reagir às
coisas que foram ditas ou
aconteceram?
1 2 3 4 5 6
c Você se
irritou com as pessoas
próximas?
1 2 3 4 5 6
d Você teve
dificuldade para
concentrar-se ou pensar?
1 2 3 4 5 6
e Você se
relacionou bem com as
outras pessoas?.
1 2 3 4 5 6
f Você se
sentiu confuso?
1 2 3 4 5 6
14. Durante as 4 últimas semanas, quanto você se incomodou com
cada um dos seguintes problemas?
Não me
incomodei
Fiquei um
pouco
Incomodei-
me de forma
Muito
incomodado
Extremamente
incomodado
105
de forma
alguma
incomodado moderada
a Dores
musculares?
1 2 ...... 3 ........... 4 ................. 5
b Dor no
peito?
1 2 ...... 3 ........... 4 .................. 5
c ibras?
1 2 ...... 3 ........... 4 .................. 5
d Coceira na
pele?
1 2 ...... 3 ........... 4 .................. 5
e Pele seca?
1 2 ...... 3 ........... 4 .................. 5
f Falta de
ar?
1 2 ...... 3 ........... 4 .................. 5
g Fraqueza
ou tontura?
1 2 ...... 3 ........... 4 .................. 5
h Falta de
apetite?
1 2 ...... 3 ........... 4 .................. 5
i
Esgotamento
(muito cansaço)?
1 2 ...... 3 .......... 4 ................... 5
j Dormência
nas mãos ou pés?
1 2 ...... 3 ........... 4 ................... 5
k
Vontade de
vomitar ou indisposição
estomacal?
1 2 ...... 3 ............ 4 ................... 5
l (Somente paciente em hemodiálise)
Problemas
com sua via de
acesso (fístula ou
cateter)?
1 2 .... 3 ......... 4 ................... 5
m (Somente paciente em diálise peritoneal)
Problemas
com seu catéter?
1 2 ............... 3................. 4 ...................
5
Efeitos da Doença Renal em Sua Vida Diária
15. Algumas pessoas ficam incomodadas com os efeitos da doença
renal em suas vidas diárias, enquanto outras não. Até que ponto a doença
renal lhe incomoda em cada uma das seguintes áreas?
Não
incomoda
nada
Incomoda
um pouco
Incomoda
de forma
moderada
Incomoda
muito
Incomoda
extremamente
106
a Limitação
de líqüido?
1 2 3 4 5
b Limitação
alimentar?
1 2 3 4 5
c Sua
capacidade de trabalhar
em casa?
1 2 3 4 5
d Sua
capacidade de viajar?
1 2 3 4 5
e Depender
dos médicos e outros
profissionais da saúde?
1 2 3 4 5
f Estresse
ou preocupações
causadas pela doença
renal?
1 2 3 4 5
g Sua vida
sexual?
1 2 3 4 5
h Sua
aparência pessoal?
1 2 3 4 5
As próximas três questões são pessoais e estão relacionadas à sua
atividade sexual, mas suas respostas são importantes para o entendimento do
impacto da doença renal na vida das pessoas.
16. Você teve alguma atividade sexual nas 4 últimas semanas?
(Circule Um Número)
Não 1
Sim 2
Nas últimas 4 semanas você teve problema em:
Nenhum
problema
Pouco
problema
Um
problema
Muito
problema
Problema
enorme
a Ter
satisfação sexual?
1 2 3 4 5
b Ficar
sexualmente excitado (a)?
1 2 3 4 5
17. Para a questão seguinte, por favor avalie seu sono, usando uma
escala variando de 0, (representando “muito ruim”) à 10, (representando “muito
bom”)
Se você acha que seu sono está meio termo entre “muito ruim” e “muito bom,”
por favor marque um X abaixo do número 5. Se você acha que seu sono está
Se respondeu não, por favor pule
para a Questão
17
107
em um nível melhor do que 5, marque um X abaixo do 6. Se você acha que
seu sono está pior do que 5, marque um X abaixo do 4 (e assim por diante).
Em uma escala de 0 a 10, como você avaliaria seu sono em
geral? [Marque um X abaixo do número.]
Muito ruim Muito bom
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
18. Com que freqüência, durante as 4 últimas semanas você...
Nenhum
momento
Uma
pequena
parte do
tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma
boa
parte
do
tempo
A
maior
parte
do
tempo
Todo o
tempo
a Acordou
durante a noite e teve
dificuldade para
voltar a dormir?
1 2 3 4 5 6
b Dormiu pelo
tempo necessário?
1 2 3 4 5 6
c Teve
dificuldade para ficar
acordado durante o dia?
1 2 3 4 5 6
19. Em relação à sua família e amigos, até que ponto você está
satisfeito com...
Muito
insatisfeito
Um pouco
insatisfeito
Um pouco
satisfeito
Muito
satisfeito
a A quantidade de
tempo que você passa com
sua família e amigos?
1 2 3 4
b O apoio que
você recebe de sua família e
amigos?
1 2 3 4
20. Durante as 4 últimas semanas, você recebeu dinheiro para
trabalhar?
Sim Não

1 2
108
21. Sua saúde o impossibilitou de ter um trabalho pago?
Sim Não

1 2
22. No geral, como você avaliaria sua saúde?
A pior possível
(tão ruim ou pior
do que estar
morto)
Meio termo entre pior e
melhor
A melhor
possível
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Satisfação Com O Tratamento
23. Pense a respeito dos cuidados que você recebe na diálise. Em
termos de satisfação, como você classificaria a amizade e o interese deles
demonstrado em você como pessoa?
Muito
ruim
Ruim Regular Bom Muito bom Excelente O melhor
1 2 3 4 5 6 7
24. Quanto cada uma das afirmações a seguir é verdadeira ou falsa?
Sem
dúvida
verdadeiro
Geralmente
verdadeiro
Não
sei
Geralmente
falso
Sem
dúvida
falso
a O pessoal
da diálise me encorajou
a ser o (a) mais
independente possível
1 2 3 4 5
b O pessoal
da diálise ajudou-me a
lidar com minha doença
renal
1 2 3 4 5
109
ANEXO III – IIEF
110
Pesquisa de Avaliação do Estado de Humor, da Função Sexual e da Qualidade de Vida em
Pacientes com Insuficiência Renal Crônica.
Índice Internacional de Função Erétil (IIEF)
1) Com que freqüência você consegue/ia ter uma ereção durante sua atividade sexual? .
( ) - sem atividade sexual
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca de metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/sempre
2) Quando você tem/tinha uma ereção com estimulo sexual, com que freqüência essas ereções
são/eram suficientes para penetração:
( ) - sem atividade sexual
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca de metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/ sempre
3) Quando você tenta/ava uma relação sexual com que freqüência consegue/ia penetrar sua
parceira:
( ) - não tentei nenhuma relação
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca de metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/sempre
4) Durante a relação sexual, com que freqüência você consegue/ia manter a ereção após
penetrar a parceira:
( ) - não tentei nenhuma relação
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca de metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/sempre
5) Durante a relação sexual, com que dificuldade você mantém/tinha a ereção para completar a
relação:
( ) - não tentei nenhuma relação
( ) - extremamente difícil
( ) - muito difícil
( ) - difícil
( ) - pouco difícil
( ) - sem dificuldade
111
6) Em quatro semanas, quantas vezes tem/tinha relação sexual:
( ) nenhuma tentativa
( ) uma ou duas vezes
( ) três ou quatro vezes
( ) cinco ou sete vezes
( ) sete a dez vezes
( ) onze vezes ou mais
7) Quando você tem/tinha uma relação sexual, com que freqüência você se satisfaz/ia:
( ) - não tentei nenhuma relação
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca de metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/sempre
8) Quanto prazer você tem/tinha nas relações sexuais:
( ) - sem relações sexuais
( ) - nenhum prazer
( ) - não muito prazer
( ) - prazeroso
( ) - grande prazer
( ) - muito grande prazer
9) Quando você tem/tinha uma estimulação sexual com que freqüência você ejacula/va:
( ) - nenhum estimulo ou relação sexual
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca de metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/sempre
10) Quando você tem/tinha uma estimulação sexual com que freqüência você chega/ava ao
orgasmo:
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca da metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/sempre
11) Com que freqüência você sente/ia desejo sexual
( ) - quase nunca/nunca
( ) - poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
( ) - as vezes (cerca da metade das vezes)
( ) - a maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
( ) - quase sempre/sempre
12) Como classificaria seu nível de desejo sexual
( ) - muito baixo/quase nenhum
( ) - baixo
( ) - moderado
( ) - alto
112
( ) - muito alto
13) Qual é/era o grau de satisfação em relação a sua vida sexual como um todo
( ) - muito insatisfeito
( ) - moderadamente insatisfeito
( ) - mais ou menos igualmente satisfeito e insatisfeito
( ) - moderadamente satisfeito
( ) - muito satisfeito
14) Qual é/era o grau de satisfação a respeito do relacionamento sexual com sua parceira:
( ) - muito insatisfeito
( ) - moderadamente insatisfeito
( ) - mais ou menos igualmente satisfeito e insatisfeito
( ) - moderadamente satisfeito
( ) - muito satisfeito
15) Qual é/era seu nível de confiança em ter ou manter uma ereção
( ) - muito baixo/quase nenhum
( ) - baixo
( ) - moderado
( ) - alto
( ) - muito alto
113
Anexo IV - Termo de aprovação
114
115
Anexo V - Termo de consentimento
116
117
Anexo VI – Amostra da Pesquisa Alteração do Humor,
Função Sexual e Qualidade de Vida em Pacientes com
Insuficiência Renal Crônica em Hemodiálise.
118
Alteração do Humor, Função Sexual e Qualidade de Vida em Pacientes com Insuficiência
Renal Crônica em Hemodiálise
ID Iniciais Idade
Serviço Cidade Diagnóstico htc hb alb Ferritina ktv
1
TA 21 HUB Brasília Hipertensão 32,9
10,8
4,4
885
1,2
2
LSF 42 HUB Brasília Hipertensão 32
10,4
4,5
744
1,2
3
PAS 26 HUB Brasília Hipertensão 34,2
10,9
4,5
842
1,2
4
ASS 35 HUB Brasília Hipertensão 29,6
8,4
4,2
965
1,2
5
ANS 34 HUB Brasília Hipertensão 23,1
7,8
4,2
1236
1,2
6
MS 39 HUB Brasília Hipertensão 31,6
10,6
4,2
601
1
7
JSS 54 NEPHRON Brasília Pielonefrite crônica 28
9,5
0
0
0,83
8
IT 55 NEPHRON Brasília Diabetes 35
12
0
0
1,2
9
PVS 27 NEPHRON Brasília
Hipertensão + nefrite
pós-estrepto 29
9
0
0
1,2
10
FLL 40 NEPHRON Gama
Hipertensão e
diabetes 35
9
3,4
603
1,2
11
HOG 37 NEPHRON Gama Pielonefrite Crônica 35,2
3,7
81,1
1,16
12
ABS 47 NEPHRON Gama Hipertensão 37,7
12,5
0
0
1,6
13
JFS 26 NEPHRON Gama Hipertensão 31
10,4
3,9
821
1,47
14
AAFN 27 NEPHRON Gama
Glomerulo nefrite
crônica + hipertensão
30
0
4,4
424
1,24
15
PRL 48 HUB Brasília Hipertensão 28
9,5
3,8
376
0,94
16
LEA 37 NEPHRON Gama Pielonefrite crônica 29
9
3,6
767
1
17
CSI 46 HUB Brasília
Glomerulo nefrite
crônica+hipertensão 39
12,5
4,2
367
1,42
18
ETP 33 HUB Brasília Diabetes 37,8
12,6
3,2
355
1,38
19
JMS 45 IDR Samambaia
Hipertensão 40,9
13,5
3
213
1,26
20
AFS 45 IDR Samambaia
Hipertensão 34,2
11,2
3,8
80
0,868
21
RJM 51 IDR Samambaia
Hipertensão + 36,4
12,1
3
339
1,262
119
Alteração do Humor, Função Sexual e Qualidade de Vida em Pacientes com Insuficiência
Renal Crônica em Hemodiálise
ID Iniciais Idade
Serviço Cidade Diagnóstico htc hb alb Ferritina ktv
diabetes
22
AMB 27 IDR Samambaia
Hipertensão 27,5
8,8
3,4
193,4
1,25
23
DCD 49 IDR Samambaia
Hipertensão e
diabetes
30
9,9
3,1
272
2,019
24
EAD 41 IDR Samambaia
Hipertensão 41,7
13,6
3,8
127
1,62
25
ECG 34 IDR Samambaia
Hipertensão 20,2
5,8
3,6
109
1,27
26
FBS 38 IDR Samambaia
Hipertensão 32,2
10,3
3,9
320,8
1,33
27
DSP 40 IDR Samambaia
Hipertensão 33,4
11,4
4,2
627,9
0,94
28
WP 37 IDR Samambaia
Hipertensão 36
12,3
0
0
1
29
LCSS 37 IDR Samambaia
Lupus Eritematoso
Sistêmico 23,7
7,9
2,6
104
1
30
LN 32 IDR Samambaia
Hipertensão + válvula
uretra posterior
32,5
11,7
4,4
209,7
1,15
31
JBN 40 NEPHRON Taguatinga
Glomerulo Nefrite
Crônica 40,7
13,6
4,5
35
1,3
32
CMS 26 NEPHRON Taguatinga Hipertensão 36
12
322
4,5
1,2
33
RVB 49 NEPHRON Taguatinga Hipertensão 32,8
11
4,5
288
1,32
34
CCT 37 NEPHRON Taguatinga
Hipertensão
(Nefropatia hipert.) 33,7
10,7
4,4
322
1,13
35
SJS 35 NEPHRON Taguatinga
Hipertensão
(Nefroesclerose)
34,5
11,6
4,2
614
1,2
36
MNS 52 NEPHRON Taguatinga Hipertensão 35,4
11,9
4
360
1
37
MRM 37 NEPHRON Taguatinga Diabetes 35,4
11,7
4,7
380
1,2
38
FCB 36 NEPHRON Taguatinga Hipertensão 34,3
11,4
4
223
1,35
39
ACR 52 NEPHRON Taguatinga
Glomerulopatia
crônica
34,2
11,3
0
1662
1,31
120
Alteração do Humor, Função Sexual e Qualidade de Vida em Pacientes com Insuficiência
Renal Crônica em Hemodiálise
ID Iniciais Idade
Serviço Cidade Diagnóstico htc hb alb Ferritina ktv
40
FPF 33 NEPHRON Taguatinga Hipertensão 39,5
12,9
0
1584
0,61
41
EGA 55 NEPHRON Taguatinga
Diabetes e
Hipertensão
54
17,5
0
995
0,71
42
ALS 32 NEPHRON Taguatinga
Glomerulo nefrite
crônica 34,4
10,9
0
869
1,14
43
AL 47 NEPHRON Taguatinga
Doença renal
policistica
37,9
12,3
0
653
1,2
44
JSP 51 NEPHRON Taguatinga
Glomerulo nefrite
crônica/IRCT 23,6
7,7
0
712
1,2
45
ASF 50 NEPHRON Taguatinga Hipertensão 30,7
10,3
0
535
1,2
46
FCN 43 IDR Samambaia
Hipertensão 25,5
8,5
4,8
50
2,2
47
ASA 31 IDR Samambaia
Hipertensão 17,7
5,8
3,5
18
1,2
Tabela II - Pacientes da Amostra da Pesquisa Alteração do Humor, Função Sexual e Qualidade de
Vida em Pacientes com Insuficiência Renal Crônica em Hemodiálise
121
ANEXO VII - Formulário de dados de exames dos
pacientes da amostra
122
123
124
125
126
Anexo VIII – Escores obtidos nos domínios do Índice
Internacional de Função Erétil e da Escala de Hamilton
dos 47 pacientes com insuficiência renal crônica
terminal submetidos à hemodialise
127
Escores obtidos nos domínios do questionário Índice Internacional de Função Erétil
(IIEF) e na Escala de Hamilton para 47 pacientes em hemodiálise crônica.
Paciente Função Erétil
Função
Orgástica
Desejo
Sexual
Satisfação
com a relação
sexual
Satisfação
com a vida
sexual
Total do
IIEF
Escala de
Hamilton
1
25,00
6,00
8,00
12,00
10,00
61,00
9
2
30,00
10,00
10,00
15,00
10,00
75,00
6
3
17,00
4,00
8,00
7,00
6,00
42,00
6
4
22,00
6,00
9,00
13,00
8,00
58,00
11
5
23,00
8,00
7,00
12,00
8,00
58,00
8
6
23,00
10,00
7,00
11,00
4,00
55,00
2
7
10,00
5,00
4,00
7,00
6,00
32,00
5
8
18,00
10,00
6,00
10,00
8,00
52,00
16
9
29,00
10,00
7,00
12,00
9,00
67,00
3
10
17,00
10,00
8,00
12,00
9,00
56,00
4
11
4,00
10,00
6,00
0,00
2,00
22,00
21
12
14,00
4,00
7,00
9,00
8,00
42,00
0
13
27,00
8,00
8,00
13,00
8,00
64,00
17
14
21,00
6,00
8,00
11,00
9,00
55,00
16
15
8,00
10,00
4,00
9,00
2,00
33,00
30
16
26,00
10,00
10,00
15,00
9,00
70,00
7
17
5,00
2,00
3,00
4,00
4,00
18,00
6
18
25,00
10,00
8,00
12,00
10,00
65,00
3
19
28,00
10,00
9,00
13,00
10,00
70,00
1
20
13,00
8,00
3,00
5,00
2,00
31,00
11
21
13,00
4,00
6,00
7,00
6,00
36,00
8
22
2,00
0,00
6,00
0,00
4,00
12,00
10
23
1,00
0,00
9,00
0,00
2,00
12,00
17
128
Escores obtidos nos domínios do questionário Índice Internacional de Função Erétil
(IIEF) e na Escala de Hamilton para 47 pacientes em hemodiálise crônica.
Paciente Função Erétil
Função
Orgástica
Desejo
Sexual
Satisfação
com a relação
sexual
Satisfação
com a vida
sexual
Total do
IIEF
Escala de
Hamilton
24
20,00
8,00
6,00
10,00
6,00
50,00
9
25
28,00
9,00
7,00
13,00
8,00
65,00
12
26
29,00
10,00
6,00
12,00
9,00
66,00
10
27
26,00
10,00
9,00
15,00
10,00
70,00
9
28
25,00
10,00
8,00
14,00
10,00
67,00
9
29
18,00
9,00
8,00
8,00
2,00
45,00
5
30
25,00
8,00
7,00
8,00
8,00
56,00
7
31
26,00
10,00
7,00
13,00
9,00
65,00
13
32
21,00
5,00
8,00
5,00
6,00
45,00
18
33
10,00
2,00
4,00
6,00
3,00
25,00
14
34
23,00
10,00
8,00
13,00
10,00
64,00
7
35
29,00
10,00
9,00
8,00
9,00
65,00
7
36
18,00
10,00
7,00
10,00
6,00
51,00
6
37
22,00
6,00
7,00
12,00
6,00
53,00
14
38
18,00
6,00
7,00
12,00
3,00
46,00
9
39
16,00
5,00
4,00
4,00
5,00
34,00
15
40
19,00
6,00
6,00
7,00
7,00
45,00
12
41
1,00
0,00
2,00
0,00
2,00
5,00
6
42
2,00
0,00
2,00
2,00
2,00
8,00
9
43
24,00
8,00
7,00
11,00
10,00
60,00
8
44
30,00
10,00
10,00
15,00
10,00
75,00
6
45
17,00
6,00
5,00
5,00
4,00
37,00
16
46
23,00
10,00
9,00
11,00
2,00
55,00
4
47
24,00
10,00
8,00
15,00
9,00
66,00
15
129
Escores obtidos nos domínios do questionário Índice Internacional de Função Erétil
(IIEF) e na Escala de Hamilton para 47 pacientes em hemodiálise crônica.
Paciente Função Erétil
Função
Orgástica
Desejo
Sexual
Satisfação
com a relação
sexual
Satisfação
com a vida
sexual
Total do
IIEF
Escala de
Hamilton
Média
19,14
7,21
6,85
9,31
6,59
49,02
9,72
Desvio
Padrão
8,42
3,24
2,03
4,38
2,91
18,77
5,71
Mediana
22,00
8,00
7,00
11,00
8,00
55,00
9,00
Valor
máximo
30,00
10,00
10,00
15,00
10,00
75,00
30,00
Valor
mínimo
1,00
0,00
2,00
0,00
2,00
5,00
0,00
75%
25,00
10,00
8,00
12,75
9,00
65,00
13,75
25%
14,50
5,25
6,00
7,00
4,00
36,25
6,00
Tabela III - Escores obtidos nos domínios do Índice Internacional de Função Erétil e da Escala de
Hamilton dos 47 pacientes com insuficiência renal crônica terminal submetidos à hemodialise
130
Anexo IX - Escores calculados dos 11 domínios
específicos do questionário de QVRS (KDQOL-SF ™)
para 47 pacientes em hemodiálise crônica.
131
Escores calculados dos 11 domínios específicos do questionário de QVRS (KDQOL-SF ™)
Paciente
Sintomas/
problemas
Efeitos
da
doença
renal
Sobrecarga
da doença
renal
Papel
profissi
onal
Função
Cognitiva
Qualidade
das
interações
sociais
Função
sexual
Sono
Suporte
Estímulo
da equipe
da diálise
Satisfação
do
paciente
01 85,42 90,63 37,50 100,00 100,00 86,67 0,00 67,5
0
83,50 50,00 50,00
02 68,75 75,00 12,50 0,00 93,33 66,67 100,00 80,0
0
100,0
0
75,00 33,00
03 58,33 40,63 37,50 0,00 60,00 86,67 75,00 60,0
0
50,00 100,00 83,00
04 75,00 71,88 50,00 50,00 80,00 60,00 87,50 47,5
0
33,00 100,00 0,00
05 70,83 59,38 0,00 0,00 66,67 100,00 0,00 60,0
0
100,0
0
62,50 50,00
06 18,75 25,00 37,50 100,00 100,00 73,33 87,50 67,5
0
66,50 100,00 83,00
07 85,42 31,25 25,00 0,00 33,33 86,67 50,00 85,0
0
100,0
0
100,00 67,00
08 70,83 31,25 50,00 0,00 66,67 53,33 75,00 42,5
0
83,50 75,00 67,00
09 85,42 56,25 43,75 100,00 86,67 86,67 100,00 80,0
0
83,50 75,00 83,00
10 83,33 46,88 62,50 50,00 100,00 100,00 100,00 100,
0
16,50 87,50 100,00
11 64,58 50,00 31,25 0,00 66,67 66,67 0,00 50,0
0
83,50 62,50 50,00
12 97,92 87,50 37,50 0,00 93,33 66,67 75,00 72,5
0
100,0
0
62,50 50,00
13 75,00 81,25 0,00 0,00 80,00 73,33 75,00 75,0
0
100,0
0
100,00 83,00
14 72,92 43,75 62,50 100,00 100,00 73,33 100,00 80,0 66,50 87,50 67,00
132
Escores calculados dos 11 domínios específicos do questionário de QVRS (KDQOL-SF ™)
Paciente
Sintomas/
problemas
Efeitos
da
doença
renal
Sobrecarga
da doença
renal
Papel
profissi
onal
Função
Cognitiva
Qualidade
das
interações
sociais
Função
sexual
Sono
Suporte
Estímulo
da equipe
da diálise
Satisfação
do
paciente
0
16 75,00 50,00 31,25 0,00 93,33 80,00 50,00 47,5
0
50,00 62,50 67,00
16 83,33 87,50 62,50 0,00 86,67 46,67 100,00 75,0
0
100,0
0
75,00 100,00
17 85,42 75,00 31,25 0,00 100,00 100,00 0,00 82,5
0
83,50 87,50 83,00
18 83,33 81,25 56,25 0,00 100,00 100,00 100,00 77,5
0
67,00 75,00 100,00
19 81,25 59,38 43,75 50,00 66,67 80,00 100,00 85,0
0
66,50 100,00 50,00
20 45,83 50,00 37,50 0,00 53,33 46,67 25,00 40,0
0
83,50 75,00 67,00
21 77,08 59,38 12,50 0,00 93,33 93,33 100,00 57,5
0
83,50 75,00 67,00
22 72,92 43,75 31,25 0,00 100,00 86,67 0,00 57,5
0
100,0
0
75,00 83,00
23 41,67 37,50 0,00 0,00 40,00 46,67 0,00 50,0
0
100,0
0
75,00 83,00
24 64,58 71,88 87,50 100,00 93,33 53,33 75,00 37,5
0
0,00 50,00 50,00
25 79,17 56,25 25,00 0,00 100,00 93,33 100,00 77,5
0
100,0
0
62,50 67,00
26 75,00 59,38 25,00 0,00 93,33 86,67 100,00 55,0
0
50,00 100,00 67,00
27 77,08 50,00 18,75 0,00 40,00 73,33 100,00 30,0
0
83,50 37,50 33,00
28 85,42 87,50 100,00 0,00 93,33 66,67 100,00 70,0
0
0,00 100,00 100,00
133
Escores calculados dos 11 domínios específicos do questionário de QVRS (KDQOL-SF ™)
Paciente
Sintomas/
problemas
Efeitos
da
doença
renal
Sobrecarga
da doença
renal
Papel
profissi
onal
Função
Cognitiva
Qualidade
das
interações
sociais
Função
sexual
Sono
Suporte
Estímulo
da equipe
da diálise
Satisfação
do
paciente
29 83,33 81,25 50,00 100,00 93,33 73,33 87,50 87,5
0
50,00 87,50 100,00
30 81,25 56,25 31,25 0,00 80,00 93,33 0,00 80,0
0
50,00 62,50 33,00
31 79,17 81,25 100,00 100,00 100,00 93,33 100,00 42,5
0
100,0
0
100,00 67,00
32 47,92 81,25 25,00 0,00 20,00 60,00 37,50 65,0
0
67,00 75,00 67,00
33 58,33 62,50 25,00 0,00 86,67 53,33 0,00 47,5
0
16,50 100,00 50,00
34 87,50 65,63 75,00 100,00 100,00 66,67 50,00 62,5
0
100,0
0
100,00 67,00
35 81,25 59,38 75,00 50,00 86,67 93,33 0,00 75,0
0
33,00 100,00 0,00
36 64,58 75,00 18,75 0,00 100,00 86,67 87,50 75,0
0
83,50 75,00 83,00
37 68,75 46,88 6,25 0,00 66,67 66,67 75,00 72,5
0
67,00 75,00 67,00
38 81,25 46,88 0,00 0,00 100,00 80,00 62,50 50,0
0
66,50 100,00 67,00
39 70,83 25,00 0,00 100,00 26,67 46,67 25,00 30,0
0
100,0
0
62,50 67,00
40 75,00 81,25 0,00 0,00 93,33 66,67 75,00 52,5
0
83,50 100,00 50,00
41 91,67 62,50 18,75 0,00 60,00 40,00 0,00 80,0
0
100,0
0
100,00 83,00
42 60,42 50,00 50,00 0,00 93,33 73,33 25,00 50,0
0
100,0
0
87,50 83,00
43 79,17 65,63 75,00 0,00 100,00 93,33 100,00 75,0 100,0 100,00 83,00
134
Escores calculados dos 11 domínios específicos do questionário de QVRS (KDQOL-SF ™)
Paciente
Sintomas/
problemas
Efeitos
da
doença
renal
Sobrecarga
da doença
renal
Papel
profissi
onal
Função
Cognitiva
Qualidade
das
interações
sociais
Função
sexual
Sono
Suporte
Estímulo
da equipe
da diálise
Satisfação
do
paciente
0 0
44 91,67 56,25 0,00 0,00 100,00 100,00 100,00 100,
0
100,0
0
100,00 67,00
45 91,67 43,75 25,00 0,00 100,00 60,00 25,00 42,5
0
100,0
0
100,00 67,00
46 79,17 78,13 18,75 50,00 86,67 93,33 0,00 90,0
0
0,00 100,00 83,00
47 91,67 96,88 50,00 100,00 100,00 66,67 100,00 90,0
0
100,0
0
75,00 50,00
Média 74,55 61,17. .36,03 .26,59 .82,41 75,31 60,10. .65,4
7
.73,42 .82,71 .66,31
Desvio
padrão
14,69 .18,31 .26,42 .41,50 .22,04 .17,19 .40,51 .18,0
4
.30,47 .17,20 .22,62
Median
a
77,08 .59,37 .31,25 .0,00 .93,33 .75,33 .75,00 67,5
0
.83,50 .87,50 .67,00
V. max .97,91 .96,87 .100,00 .100,0
0
.100,00 .100,00 .100,0
0
100,
00.
.100,0
0
.100,00 .100,00
V.min .18,75 .25,00 .0,00 .0,00 .20,00 .40,00 .0,00 .30,0
0
.0,00 .37,50 .0,00
75% .83,33 .77,34 .50,00 .50,00 .100,00 .91,66 .100,0
0
.80,0
0
.100,0 .100,00 .83,00
25% .69,27 .47,65 .18,75 .0,00 .66,66 .66,66 .25,00 .50,0 .54,12 .75,00 .50,00
Tabela IV - Escores calculados dos 11 domínios específicos do questionário de QVRS (KDQOL-
SF™) para 47 pacientes em hemodiálise crônica.
135
Anexo X -Escores calculados dos 8 domínios genéricos
do questionário de QVRS (KDQOL-SF ™) de 47
pacientes em hemodiálise crônica
136
Escores calculados dos 8 domínios genéricos do questionário de
QVRS (KDQOL-SF ™)
Paciente
Funcionamento
físico
Função
física
Dor
Saúde
Geral
Bem-estar
emocional
Função
emocional
Função
Social
Energia/fadiga
01 75,00 25,00 67,50 45,00 68,00 100,00 62,50 65,00
02 65,00 0,00 67,50 70,00 80,00 33,33 100,00 70,00
03 65,00 0,00 57,50 55,00 80,00 0,00 62,50 70,00
04 80,00 0,00 45,00 30,00 60,00 33,33 50,00 55,00
05 55,00 0,00 20,00 90,00 100,00 33,33 37,50 100,00
06 85,00 100,00 90,00 65,00 60,00 100,00 87,50 65,00
07 55,00 0,00 100,00
30,00 60,00 0,00 37,50 55,00
08 70,00 50,00 90,00 25,00 60,00 33,33 62,50 55,00
09 80,00 50,00 32,50 70,00 80,00 100,00 50,00 70,00
10 95,00 50,00 80,00 65,00 100,00 33,33 87,50 55,00
11 50,00 0,00 80,00 30,00 60,00 0,00 37,50 40,00
12 40,00 25,00 67,50 55,00 76,00 33,33 87,50 80,00
13 75,00 0,00 67,50 45,00 60,00 33,33 50,00 50,00
14 85,00 50,00 100,00
40,00 40,00 66,67 75,00 65,00
16 45,00 50,00 77,50 35,00 68,00 33,33 62,50 55,00
16 95,00 50,00 67,50 90,00 88,00 0,00 75,00 80,00
17 75,00 25,00 77,50 90,00 76,00 66,67 87,50 70,00
18 75,00 100,00 100,00
85,00 100,00 100,00 100,00 90,00
19 30,00 0,00 32,50 75,00 76,00 0,00 62,50 75,00
20 25,00 0,00 32,50 35,00 56,00 0,00 50,00 50,00
21 70,00 25,00 100,00
50,00 80,00 0,00 87,50 60,00
22 75,00 50,00 90,00 25,00 76,00 100,00 100,00 80,00
23 50,00 0,00 45,00 35,00 68,00 0,00 25,00 45,00
24 75,00 100,00 67,50 60,00 76,00 100,00 87,50 70,00
25 45,00 0,00 67,50 15,00 72,00 0,00 75,00 85,00
137
Escores calculados dos 8 domínios genéricos do questionário de
QVRS (KDQOL-SF ™)
Paciente
Funcionamento
físico
Função
física
Dor
Saúde
Geral
Bem-estar
emocional
Função
emocional
Função
Social
Energia/fadiga
26 70,00 0,00 57,50 40,00 56,00 0,00 25,00 20,00
27 70,00 75,00 67,50 70,00 72,00 66,67 75,00 40,00
28 85,00 75,00 90,00 85,00 100,00 100,00 87,50 90,00
29 100,00 75,00 57,50 60,00 84,00 66,67 75,00 75,00
30 95,00 100,00 90,00 30,00 68,00 100,00 62,50 70,00
31 90,00 25,00 77,50 75,00 52,00 100,00 75,00 55,00
32 60,00 25,00 80,00 30,00 44,00 0,00 75,00 50,00
33 55,00 50,00 77,50 10,00 48,00 0,00 62,50 45,00
34 100,00 100,00 22,50 85,00 52,00 100,00 100,00 65,00
35 85,00 25,00 57,50 55,00 80,00 100,00 100,00 90,00
36 70,00 25,00 57,50 45,00 96,00 33,33 75,00 85,00
37 45,00 0,00 32,50 35,00 72,00 33,33 62,50 60,00
38 90,00 25,00 67,50 40,00 68,00 33,33 37,50 75,00
39 15,00 0,00 100,00
40,00 44,00 0,00 62,50 15,00
40 55,00 0,00 22,50 45,00 72,00 0,00 87,50 45,00
41 0,00 0,00 100,00
50,00 56,00 0,00 75,00 50,00
42 25,00 0,00 37,50 65,00 68,00 33,33 100,00 55,00
43 35,00 0,00 57,50 85,00 84,00 0,00 75,00 75,00
44 100,00 0,00 100,00
85,00 100,00 0,00 100,00 100,00
45 100,00 0,00 100,00
90,00 32,00 0,00 50,00 65,00
46 70,00 75,00 100,00
55,00 92,00 66,67 87,50 90,00
47 95,00 100,00 100,00
70,00 76,00 100,00 100,00 80,00
. . . . . . . .
Média 66,91. 32,44. .69,68 54,33.
.70,97 .41,13 71,27. .64,89
Desvio
padrão
.24,28 .35,70 .24,43 .22,32
.16,87 .40,65 .21,32 .18,54
138
Escores calculados dos 8 domínios genéricos do questionário de
QVRS (KDQOL-SF ™)
Paciente
Funcionamento
físico
Função
física
Dor
Saúde
Geral
Bem-estar
emocional
Função
emocional
Função
Social
Energia/fadiga
Mediana
.70,00 .25,00 .67,5 .55,00
.72,00 .33,33 .75,00 .65,00
V. max .100,00 .100,00
.100,00
.90,00
.100,00 .100,00 .100,00
.100,00
V.min .0,00 .0,00 .20,00 .10,00
.32,00 .0,00 .25,00 .15,00
75% .85,00 .50,00 .90,00 .70,00
.80,00 .91,66 .87,5 .78,70
25% .51,20 .0,00 .57,50 .35,00
.60,00 0,00. .62,5 55,00.
Tabela V - Escores calculados dos 8 domínios genéricos do questionário de QVRS (KDQOL-SF ™)
de 47 pacientes em hemodiálise crônica.
139
Anexo XI – Correlações entre os escores do IIEF,
escores do Questionário de QVRS KDQOL-SF
e a escala de Hamilton, para 47 pacientes
submetidos à hemodiálise.
140
Correlações entre os escores do IIEF, escores do Questionário de QVRS
KDQOL-SF e a Escala de Hamilton, para 47 pacientes submetidos à
hemodiálise.
Domínios do
IIEF
Função Erétil
Função
Orgástica
Desejo
Sexual
Satisfação
na relação
sexual
Satisfação
com a vida
sexual
Soma
IIEF
Domínios do
KDQOL
rs p rs p rs p rs p rs p rs p
Lista de
sintomas e
problemas
0,258 0,079 0,178 0,229 0,156 0,292 0,326 0,025 0,403 0,005 0,329 0,024
Efeitos da
doença renal
0,340 0,0194 0,192 0,194 0,312 0,033 0,369 0,010 0,345 0,017 0,369 0,010
Sobrecarga da
doença renal
0,179 0,226 0,321 0,028 0,132 0,376 0,187 0,206 0,343 0,018 0,241 0,103
Papel
profissional
0,268 0,068 0,276 0,060 0,248 0,092 0,234 0,113 0,192 0,196 0,261 0,076
Função
cognitiva
0,198 0,180 0,215 0,146 0,037 0,800 0,286 0,051 0,267 0,070 0,223 0,131
Qualidade da
interação social
0,328 0,024 0,228 0,122 0,138 0,351 0,212 0,152 0,302 0,039 0,288 0,049
Função sexual
0,583 0,000 0,508 0,000 0,394 0,006 O,696 0,000 0,695 0,000 0,670 0,000
Sono
0,343 0,018 0,218 0,140 0,393 0,006 0,279 0,057 0,288 0,049 0,336 0,021
Suporte social
-0,071 0,633 -0,201 0,175 -0,126 0,398 -0,009 0,950 0,078 0,599 -0,045 0,761
Estimulo por
parte da equipe
0,088 0,552 0,003 0,982 0,083 0,574 0,061 0,679 0,028 0,851 0,065 0,662
141
Correlações entre os escores do IIEF, escores do Questionário de QVRS
KDQOL-SF e a Escala de Hamilton, para 47 pacientes submetidos à
hemodiálise.
Domínios do
IIEF
Função Erétil
Função
Orgástica
Desejo
Sexual
Satisfação
na relação
sexual
Satisfação
com a vida
sexual
Soma
IIEF
Satisfação do
paciente
-0,185 0,211 -0,015 0,915 -0,039 0,790 -0,115 0,442 -0,193 0,194 -0,149 0,317
SF-36
Funcionamento
físico
0,391 0,006 0,384 0,007 0,422 0,003 0,414 0,003 0,331 0,023 0,429 0,002
Função física
0,128 0,391 0,363 0,012 0,179 0,228 0,208 0,159 0,145 0,330 0,196 0,186
Dor
-0,127 0,394 -0,017 0,906 -0,117 0,432 -0,123 0,406 -0,079 0,594 -0,124 0,405
Saúde geral
0,362 0,012 0,349 0,016 0,302 0,038 0,412 0,004 0,444 0,001 0,454 0,001
Bem-estar
emocional
0,273 0,063 0,324 0,026 0,422 0,003 0,334 0,022 0,306 0,036 0,371 0,010
Função
emocional
0,286 0,051 0,321 0,028 0,216 0,144 0,299 0,041 0.270 0,066 0,302 0,039
Função social
0,153 0,305 0,163 0,271 0,214 0,148 0,158 0,286 0,272 0,064 0,191 0,198
Energia/fadiga
0,365 0,011 0,281 0,005 0,398 0,005 0,370 0,010 0,314 0,032 0,405 0,004
Hamilton -0,205 0,166 -
0,192 0,195
-0,235 0,110 -0,186 0,210 -0,239 0,105 -0,246 0,095
Tabela VI - Correlações entre os escores do IIEF, escores do Questionário de QVRS KDQOL-SF™
e a Escala de Hamilton, para 47 pacientes submetidos à hemodiálise.
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