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A avaliação do grau de alfabetização revelou que 45,5% dos pacientes haviam
estudado até o ensino fundamental, havendo parcela significativa de pacientes (40,9%) sem
menção quanto ao grau de alfabetização (Tabela 13).
O diagnóstico de PCM foi confirmado por intermédio de biopsias de lesões
superficiais em 88,6% dos casos, seguida pelo exame de escarro em 6,8% dos pacientes, e
pelo exame direto de secreção de linfonodo fistulizado e biopsia hepática em 2,3% cada um.
(Tabela 14).
Os sinais ou sintomas que motivaram a primeira consulta dos pacientes na Instituição
foram listados na Tabela 15, sendo o principal as lesões na cavidade oral, representando
38,6% do total, seguidos pelas linfonodomegalias superficiais (25%), astenia (11,4%),
emagrecimento (9,1%), disfagia e lesões cutâneas (6,8% cada uma) e rouquidão (2,3%).
Os principais sinais e sintomas gerais e do aparelho respiratório foram listados nas
Tabelas 16 e 17. Dentre os sintomas gerais foram observados emagrecimento (68,2%),
astenia/hipodinamia (54,5%), febre (45,5%) e sudorese (15,9%) Os sinais gerais principais
foram: linfonodomegalia (63,6%), palidez cutâneo-mucosa (38,6%), lesões mucosas (54,5%)
e lesões cutâneas (34,1%). Os sinais e sintomas respiratórios principais foram: tosse (36,4%),
expectoração (34,1%), dispnéia (29,5%), crepitações (15,9%), frêmito tóraco-vocal
aumentado e deformidade torácica (cada um com 11,4%).
A correlação da presença de linfonodomegalias na anamnese com a ausência ou
presença de alterações à telerradiografia de tórax (Tabela 18a), evidenciou valor do teste qui-
quadrado de 3,87 (fórmula corrigida de Yates) com p≤0,049 e Odds Ratio de 4,63. No
entanto, a correlação entre o encontro de linfonodomegalias no exame físico e alterações à
telerradiografia de tórax não confirmou este achado (tabela 18b).
A dispnéia e a expectoração foram mais freqüentes em pacientes com anormalidades à
telerradiografia de tórax do que naqueles que não apresentavam alterações, no entanto, não se