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MANIFESTAÇÕES DO AUTORITARISMO
Instâncias de Análise
Processo de Trabalho Organização do Trabalho Gestão
• Operações realizadas
– pelos trabalhadores – de
forma organizada, com a
finalidade de produzir
mercadorias (sempre como
atividade fim);
• A produção é a
geração e apropriação de
valor excedente – trabalho
não pago – pelo capital
(alienação do trabalhador);
• O processo de
trabalho constitui-se em uma
atividade orientada para um
fim específico: por exemplo,
transformar o couro em
sapato; nos Bancos, criar um
imaginário de consumo
visando a multiplicação do
capital (money make the
money);
• Ao se acrescentar ao
processo de trabalho o
processo de valorização, já
não se trata mais de
qualidade, de conteúdo ou de
natureza do trabalho, mas
somente de sua quantidade;
• O processo de
trabalho, além de visto da
forma “qualitativa”, aparece,
também, na forma
“quantitativa” medido pelo
tempo de trabalho necessário
à produção de uma
mercadoria.
Fenômenos Peculiares
I – O trabalhador trabalha sob
o controle do capitalista, que
é o proprietário de seu
trabalho pelo tempo
contratado. Sob a vigilância
do capitalista, o trabalho
realiza-se em ordem e os
• Forma pela qual o
processo de trabalho encontra-
se “estruturado” (quase
sempre mecanicista);
• Estrutura o P.T.
através de sua divisão técnica
e social, do estabelecimento de
uma hierarquia gerencial e de
um sistema disciplinar
específico (organização
capitalista do trabalho –
supremacia do capital);
• O seqüestro da
subjetividade do sujeito
trabalhador e os mecanismos
sutis de controle têm, para o
capital, uma dupla função:
1)Aumentar a produtividade
do trabalho – natureza
econômica – encontra-se
sujeita a uma medida objetiva
que se pode encontrar nos
resultados proporcionados
pelo aumento na taxa de valor
excedente e na taxa de
produtividade;
2)Ampliar o poder ou o
domínio político e ideológico
sobre os trabalhadores –
somente pode ser avaliada
qualitativamente e por mais
sofisticados que possam ser os
instrumentos de medida, não
se pode determinar exatamente
as relações entre os
mecanismos sofisticados de
controle subjetivo e os
resultados objetivos da
produção;
• A captura da consciência do
trabalhador pelo capital tem
uma relevância nas formas de
resistência deste e nas formas
de dominação daquele, porque
quanto mais o trabalhador é
envolvido na ideolo
ia do
• Distribuição não igualitária
de poder, ou seja, uma relação
predominantemente unilateral
de dominação – heterogestão;
• Certa dualidade linear entre o
que gere, e o que é gerido
(criador e criatura), ou seja,
entre dois agentes sociais: o
que comanda (que concebe) e
aquele que é comandado (que
executa), na medida em que
esses dois agentes sociais
estão diretamente envolvidos
com o trabalho produtivo;
• Ao analisar-se que de um
lado temos o que comanda e
de outro, o que é comandado,
teremos uma visão aparente de
“dualismo”, já que se trata da
concepção da unidade das
forças reduzidas a um só
fenômeno de movimento,
portanto “monística”;
• Na perspectiva dualística os
agentes estão colocados um ao
lado do outro, separados
intelectualmente e por função,
no monismo os agentes estão
efetivamente separados, pela
repressão;
• Controlar as formas pelas
quais o trabalho deva
reproduzir-se
ininterruptamente, pois, com o
lucro no posto de comando,
esvazia-se o aspecto político,
buscando-se exclusivamente
produzir mais, em menor
tempo e com menos custos,
pela exploração e pelo avanço
tecnológico;
• Sistema baseado em uma
relação de produção que
permite, aos dirigentes, a
extração da mais-valia de
acordo com os interesses
objetivos específicos da classe
dominante e visando perpetuar