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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESSQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CAMPUS DE ARARAQUARA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS
PAULA ANDRÉA GABRIELLI FREGONEZI
EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE MOLÉCULAS HLA NÃO CLÁSSICAS (HLA-
G E HLA-E) E RECEPTORES CD4,CD25 E CD28 EM LESÕES DE MUCOSA ORAL,
ASSOCIADA A INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
ARARAQUARA
2007
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1
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESSQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CAMPUS DE ARARAQUARA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS
PAULA ANDRÉA GABRIELLI FREGONEZI
EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE MOLÉCULAS HLA NÃO CLÁSSICAS (HLA-
G E HLA-E) E RECEPTORES CD4,CD25 E CD28 EM LESÕES DE MUCOSA ORAL,
ASSOCIADA A INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
ARARAQUARA
2007
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PAULA ANDRÉA GABRIELLI FREGONEZI
EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE MOLÉCULAS HLA NÃO CLÁSSICAS (HLA-
G E HLA-E) E RECEPTORES CD4,CD25 E CD28 EM LESÕES DE MUCOSA ORAL,
ASSOCIADA A INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Análises Clínicas da
Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, para obtenção do título
de Doutor em Análises Clínicas, área de
Citologia Clínica.
ORIENTADORA: Prof(a).Dra. Christiane Pienna Soares
ARARAQUARA
2007
3
Ficha Catalográfica
Elaborada pelo Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
UNESP – Campus de Araraquara
Fregonezi, Paula Andréa Gabrielli
F859e Expressão imunohistoquímica de moléculas HLA não clássicas (HLA-G E
HLA-E) e receptores CD4, CD25 e CD28 em lesões de mucosa oral,associadas
à infecção pelo Papilomavírus humano (HPV) / Paula Andréa Gabrielli
Fregonezi. – Araraquara, 2006.
145 f.
Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista. “Júlio de
Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Programa de Pós Graduação em
Análises Clínicas.
Orientadora: Christiane Pienna Soares.
1. Papilomavírus humano (HPV) – Lesões orais. 2. HLA não clássicas
HLA-G e HLA-E . I. Soares, Christiane Pienna, orient. II. Título.
CDD: 616.075
4
COMISSÃO EXAMINADORA
Profa.Dra. Christiane Pienna Soares Orientadora e
Presidente
Profa.Dra. Beatriz Maria Machado de Medeiros Membro
Titular
Prof.Dr. Eduardo Antonio Donadi – Membro Titular
Prof.Dr. Sérgio Nicolau Mansini – Membro Titular
Prof.Dr. Paulo Tambasco – Membro Titular
5
MENSAGEM
BOM MESMO É IR À LUTA COM DETERMINAÇÃO,
ABRAÇAR A VIDA E VIVER COM PAIXÃO,
PERDER COM CLASSE E VENCER COM OUSADIA,
POIS O TRIUNFO PERTENCE A QUEM SE ATREVE...
E A VIDA É MUITO PARA SER INSIGNIFICANTE.
( Charles Chaplin )
6
DEDICATÓRIA
Dedico esta tese as minhas filhas Maria Paula e Paola,
ao meu marido Carlinhos e aos meus amados pais,
por todo tempo que fui ausente e não pude compartilhar
os momentos de alegria que vocês sempre me proporcionam.
7
AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar saúde, consciência, habilidade e coragem para atingir o meu
objetivo realizando este trabalho.
Ao meu esposo Carlinhos, o meu reconhecimento pelo sacrifício e a minha promessa de
fazer o máximo para que esses anos sejam lembrados, de momentos poucos, mas muito
intensos, nos méritos de minhas conquistas há muito de sua presença.
A minha orientadora profa. Dra. Christiane exemplo, aprendizado, pois todo o tempo foi
presente e realizou sua função com excelência.
A professora Dra. Beatriz Maria Machado de Medeiros pela colaboração com seus
valiosos conhecimentos que foram relevantes na conclusão deste trabalho.
Ao professor Dr. Eduardo Antonio Donadi que nos auxiliou com seu conhecimento e
nos ofereceu seu laboratório para realizar parte dos experimentos.
Ao professor Dr. Vanderlei Menani que novamente foi pronto para nos emprestar seus
equipamentos de captura de imagem e analisador.
Ao Dr. Edson Garcia Soares que nos auxiliou na interpretação dos resultados das
biópsias e dos marcadores.
A Débora, grande amiga, que sempre me incentivou na execução deste trabalho.
A Renata Mazon que participou ativamente deste trabalho e se tornou grande amiga.
Mariana, Maísa e Roberta que sempre me ajudaram quando solicitava e estavam a todo
o momento presente.
A Renata Simões que foi essencial na realização deste trabalho me ensinou muito do
seu profissionalismo e competência.
8
Ao pessoal do laboratório da Usp de Ribeirão, Neife, Marcos e Mariana, que estiveram
sempre prontos para me auxiliar.
A Ana Soares que cortou as biópsias com rapidez e prontidão.
As funcionárias da Seção de Pós-graduação Claudia, Laura e Sônia por estarem sempre
prontos para atender e dispensar toda atenção e informações necessárias para a
realização deste trabalho.
A Irani que sempre me auxiliou em todas as dúvidas com relação a realização deste
trabalho.
As minhas funcionárias do laboratório e de minha casa, que sem elas não conseguiria
completar este trabalho.
A minha amiga Laurita que me ajudou muito com a impressão destes exemplares.
A todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho, não
podendo citar todos neste espaço, mas os meus sinceros agradecimentos.
9
SUMÁRIO
10
1) RESUMO 15
2) ABSTRAT 17
3) REVISÃO DA LITERATURA E INTRODUÇÃO 19
-3.1 Cancer oral 20
-3.2 Cofatores da carcinogênese oral 25
-3.3 HPV e Câncer oral 30
-3.4 CHP e Câncer 30
-3.5 Resposta de células T e moléculas co-estimulatórias 34
-3.6 Resposta imunológica, HPV e Câncer 38
4) JUSTIFICATIVA 39
5) OBJETIVOS 43
6) MATERIAIS E MÉTODOS 45
-6.1 Casuistica 46
-6.2 Metodologias 47
-6.2.1 Imunohistoquímica 47
-6.2.2 Controles 48
-6.2.3 Análise Quantitativa da expressão imunohistoquímica 48
-6.2.4 Interpretação da imunoreatividade 49
-6.2.5 Detecção e tipagem do HPV 50
-6.2.6 Amplificação do HPV e de Beta-globina 51
-6.2.7 Análise Estatística 53
11
7) RESULTADOS: 54
7.1-EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE MOLÉCULAS NÃO CLÁSSICAS
HLA-G E HLA-E EM LESÕES DE MUCOSA ORAL SSOCIADAS A INFECÇÃO
PELO HPV 55-61
7.2- EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DOS RECEPTORES CD4, CD25 E
CD28 EM LESÕES DE MUCOSA ORAL INFECTADDAS PELO HPV 62-68
8) DISCUSSÃO 69
9) CONCLUSÕES 79
10) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 81
11) ANEXO 1 105
12) ANEXO 2 124
12
LISTA DE TABELAS
01) EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE MOLÉCULAS NÃO CLÁSSICAS
HLA-G E HLA-E EM LESÕES DE MUCOSA ORAL SSOCIADAS A INFECÇÃO
PELO HPV
TABELA 1- Expressão de moléculas não clássicas e detecção do DNA de HPV 57
TABELA 2- Expressão imunohistoquímica quantitativa de HLA-G and HLA-E 58
2) EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DOS RECEPTORES CD4, CD25 E CD28
EM LESÕES DE MUCOSA ORAL INFECTADDAS PELO HPV
TABELA 1- Detecção do DNA de HPV 64
TABELA 2- Ausência ou baixa expressão imunohistoquímica (positivity index = zero to <
15%) das moléculas CD4, CD25 and CD28 molecules de acordo com as lesões 64
TABELA 3- Ausência ou baixa expressão imunohistoquímica das moléculas CD4, CD25 and
CD28 de acordo com a presença de HPV 65
13
LISTA DE FIGURAS
01) REVISÃO DA LITERATURA E INTRODUÇÃO
FIGURA 1- Incidência de Câncer Oral 21
FIGURA 2- Ciclo de Vida do HPV 29
FIGURA 3- Representação Esquemática do complexo HLA 32
2) RESULTADOS
2.1 EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE MOLÉCULAS NÃO CLÁSSICAS
HLA-G E HLA-E EM LESÕES DE MUCOSA ORAL SSOCIADAS A INFECÇÃO
PELO HPV
FIGURA 1- Expressão quantitativa das moléculas não clássicas ( HLA-G e HLA-E) 59
FIGURA 2- Correlação de Pearson de HLA-G and HLA-E e o HPV 60
FIGURA 3- HLA-G ( Painel A a C) e HLA-E (Painel D a F) marcação da membrana
citoplasmática em lesões infectadas pelo HPV 61
2.2 EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DOS RECEPTORES CD4, CD25 E CD28
EM LESÕES DE MUCOSA ORAL INFECTADDAS PELO HPV
FIGURA 1- Expressão quantitative dos receptores CD4, CD25 e CD28 66
FIGURA 2- CD25 (Painel A a C) and CD28 (Painel D a F) marcação de infiltrado
linfocitário em lesões infectadas pelo HPV 67
FIGURA 3- CD4 ( Painel A a C) marcação do infiltrado linfocitário em lesões orais 68
14
ABREVIATURAS
HPV- Papilomavírus Humano
CEC- Carcinoma espinocelular
KDa-Kilo Daltons
CTLs- Linfócitos T citotóxicos
CHP- Complexo de Histocompatibilidade Principal
HLA- Human Leukocyte Antigen
TNF- Fator de Necrose Tumoral
KIR- Human Killer inhibitory receptor group
LIR- Leucocyte Ig-like receptors
CD- Cluster of differentiation
APC- Célula Apresentadora de Antígeno
IL- Interleucina
NK- Natural Killer
PCR- Reação de Polimerização em Cadeia
TAP- Transportador Associado ao Processamento de Antígeno
INF- Interferon
15
RESUMO
16
As células tumorais infectadas pelo HPV podem apresentar estratégias para escapar da
resposta imunológica resultando na persistência da infecção viral e na transformação celular
maligna. O objetivo do presente estudo foi investigar o papel das células T e, indiretamente,
das células Natural Killer (NK), em lesões orais causadas pelo HPV. A avaliação
imunohistoquímica dos receptores de células T em infiltrado linfocitário foi realizada nas 79
biópsias de mucosa oral divididas de acordo com sua diferenciação histológica. Por outro
lado, em algumas destas lesões (=51) foi avaliada a expressão tecidual de moléculas HLA não
clássicas. A expressão das moléculas CD4, CD25, CD28 , HLA-G e HLA-E foi avaliada
pelo método de imunoperoxidase e quantitativamente avaliado por análise de imagem. A
detecção do DNA do HPV e a identificação dos tipos virais foi realizada pela técnica de
polimerização em cadeia (PCR). Das 79 lesões orais, 30(38%) tinham HPV e 49(62%) o
tinham HPV, enquanto em 51 pacientes, 24(47%) foram HPV positivo e 27(53%) foram HPV
negativos. Tipos de HPV de alto risco foram mais freqüentes em todas as lesões orais e
infecções por diferentes tipos de HPV foram observados na mesma lesão. Diminuição da
expressão de CD4/CD25 e CD25/CD28 ( P=0,037) foi observada nas lesões malignas e em
todas as lesões com HPV. Menor expressão de CD4 e maior expressão de CD28 foram
observadas em lesões orais malignas quando comparadas com as lesões benignas (P=0,005).
Em 51 pacientes, elevada expressão de HLA-G foi observada em lesões orais benignas
(p<0,01) e progressivamente diminuiu nas lesões pré-malignas e malignas.Correlação inversa
(r = - 0,3944, p<0,05) foi observada em lesões orais com HPV, com alta expressão de HLA-G
e baixa expressão de HLA-E. Em conclusão, a diminuição da expressão de receptores de
células T e de moléculas HLA-E, bem como a maior expressão de moléculas HLA-G pode
ser uma estratégia do HPV para escapar da imunovigilância do hospedeiro, resultando na
infecção viral persistente e na carcinogênese oral.
17
ABSTRACT
18
HPV-infected tumor cells could present strategies to evade from the immune responses,
resulting in the persistence of viral infection and to malignant cell transformation. The aim of
the present study was to investigate the role of T cells, and, indirectly, natural killer cells, in
HPV-infected oral lesions. To investigate T cell receptors in lymphocyte infiltrate,
immunohistochemistry evaluation was performed in 79 oral biopsies, stratified according
histological differentiation. On the other hand, some of those oral lesions (n=51) were
evaluated to non-classic HLA molecules tissue expression. The analysis of CD4, CD25,
CD28, HLA-G and HLA-E expression were performed by immunoperoxidase method and
quantitatively evaluated by computer-assisted image analyse method. DNA HPV detection
and HPV typing was performed by PCR technique. Out of 79 oral lesions, 30 (38%) were
infected with HPV and 49 (62%) were not infected, while in 51 patients, 24(47%) were HPV
positive and 27(53%) were negative. High-risk HPV types were more frequent among all oral
lesions and multiple HPV type infection was observed in the same oral lesions.
Downregulation of CD4/CD25 and CD25/28 (P=0.037) was observed in malignant oral
lesions and in all oral lesions groups HPV-infected. Lower expression of CD4 and higher
expression of CD28 were observed in malignant oral lesions, when compared with benign
lesions (P=0.005). In 51 patients, HLA-G overexpression was observed in benign oral lesions
(p < 0.01) and progressively decreased in premalignant to malignant oral lesions. An inverse
correlation (r = - 0.3944, p< 0.05) was observed in HPV-infected oral lesions, with high
HLA-G expression and low HLA-E expression. We can conclude that downregulation of T
cell receptors and HLA-E tissue expression as well as upregulation of HLA-G molecule might
be an HPV strategy to escape from host immune surveillance, which could result in HPV
persistent infection and oral carcinogenesis
19
REVISÃO DE LITERATURA E INTRODUÇÃO
20
CÂNCER ORAL
O câncer é uma das maiores ameaças à saúde pública tanto nos países desenvolvidos
quanto nos países em desenvolvimento e, segundo relatório de 2004, ele foi o responsável
pela morte, em todo o mundo, de 7,1 milhões de pessoas no ano de 2003 (WHO, 2004).
Mundialmente considerado como um problema de saúde pública, o câncer representa a
terceira causa de morte no Brasil, e, segundo dados do Ministério da Saúde, 402.190 novos
casos e 126.960 óbitos por câncer foram observados no ano de 2003 (BRASIL, 2004).
Os carcinomas de cabeça e pescoço representam 5,5% do total de neoplasias malignas
no mundo, sendo o sexto tipo de carcinoma mais comumente encontrado (SARANATH et
al., 1999) . No Brasil, excluindo o câncer de pele, os cânceres de oro-faringe representam a
quinta maior incidência de neoplasias entre os homens e a sétima entre as mulheres. Esses
tumores contribuíram com, em média, 2,7% e 0,7% do total de mortes causadas por câncer
entres homens e mulheres, respectivamente, no período compreendido entre 1980-1995
(WUNSCH-FILHO, 2002) . A incidência de câncer oral é de 9,5 em homens e 3,0 em
mulheres por 100 mil habitantes. Anualmente, cerca de 500.000 novos casos de carcinomas
da região da orofaringe são diagnosticados no mundo, sendo que desses, 65.000 casos
ocorrem na Índia. Em alguns países, a incidência e a mortalidade por esse tipo de carcinoma
têm permanecido estáveis ou aumentado nas últimas cadas, especialmente na população
masculina jovem dos países ocidentais e na Europa Oriental (SARANATH et al., 1999) . Por
outro lado, o aumento da incidência do câncer oral/faríngeo tem sido relatado em várias
regiões tais como Dinamarca, França, Alemanha, Escócia, Europa Central e Oriental (LANE,
2003); nos Estados Unidos cerca de 29.000 casos por ano são diagnosticados (WALKER et
al., 2003) .
21
Figura 1- Incidência do Câncer Oral no mundo, independente da idade. As diferenças
observadas se devem aos fatores de risco de cada região e ao acesso ao sistema de saúde.
IARC - International Agency for Research on Cancer, 2003.
Dentre as lesões de orofaringe o câncer oral é um grave e crescente problema de saúde
pública no Brasil, correspondendo a 4% de todos os tipos de câncer, ocupando o oitavo lugar
entre os tumores que acometem o homem e o décimo primeiro entre as mulheres. O
carcinoma espinocelular é a neoplasia mais comum na mucosa oral, representando 95% dos
tumores malignos dessa região. (SCULLY et al., 2000; BIRNER et al., 2001).O diagnóstico
do câncer oral é simples e deve ser precoce, pois sua evolução natural é rápida e, num estágio
avançado não é possível o tratamento, culminando com a morte do indivíduo (KOWALSKI e
CARVALHO, 2001) . Adicionalmente, a média de vida de um paciente com câncer oral é de
aproximadamente 5 anos em 40 a 50% dos casos e algumas vezes essa mortalidade tem sido
atribuída ao acesso de determinados pacientes a serviços especializados (BROUHA et al.,
2005). Por outro lado, o diagnóstico tardio resulta no aumento dos custos com o tratamento e
HOMENS MULHERES
22
prolongado tempo de internação hospitalar do paciente, ocasionando severo impacto no
sistema de saúde. (KOWALSKI et al., 1994) .
Nas regiões geográficas de maior prevalência de ncer oral, o hábito de fumar e a
ingestão regular de álcool parecem estar diretamente relacionados ao desenvolvimento desse
tipo de carcinoma, totalizando 90% dos cânceres orais; o risco de câncer aumenta com o
consumo de álcool (REIBEL, 2003; COGLIANO, 2004). Um estudo no Rio de Janeiro
revelou que 76,5% dos pacientes com câncer oral eram fumantes, enquanto um outro estudo
realizado nas cidades de São Paulo, Curitiba e Goiânia também apontou uma forte associação
entre o fumo e o aumento da incidência de câncer oral. Esse e outros estudos também indicam
o consumo de álcool, especialmente da cachaça, como contundente fator de risco para o
desenvolvimento de neoplasias orais (FRANCO et al., 1989; LEITE e KOIFMAN, 1998;
WUNSCH-FILHO, 2002).
Dentre as diferentes lesões que são observadas na cavidade oral, carcinoma
espinocelular (CEC) é o tumor maligno mais freqüentemente encontrado na mucosa oral, nas
regiões da língua, lábio e assoalho bucal (KUFFER e LOMBARDI, 2002). Sendo precedido
por lesões pré-malignas que podem apresentar-se clinicamente como leucoplasias,
eritroplasias, leucoeritroplasia e líquen plano (NEVILLE et al., 1998, RUIZ MENDEZ et al.,
1989; GERVASIO et al., 2001; COLETTA et al., 2002) . Durante a última década, um maior
interesse tem ocorrido em relação às alterações celulares que precedem o carcinoma
espinocelular, como por exemplo, as leucoplasias sendo uma parte delas representativas de
diferentes estágios de malignização ou decorrentes de lesões que parecem clinicamente
normais. A maioria dessas lesões tem sido chamadas de pré-cancerosas, um termo que é
empregado de forma diversa entre os diferentes especialistas. Para os ginecologistas, lesões
pré-cancerosas são entendidas segundo o conceito histológico de displasia ou neoplasia
intraepitelial. Entretanto, para os dentistas e estomatologistas, o entendimento de alterações
23
pré-malignas está associado ao conceito clínico de leucoplasia (KUFFER e LOMBARDI,
2002). O carcinoma espinocelular (CEC) é a neoplasia mais comum na cavidade bucal e
representa 90% de todos os tumores malignos da região bucal e 4% de todos os tipos de
câncer (SCULLY et al., 2000; BIRNER et al., 2001; KUFFER e LOMBARDI, 2002;
WALKER et al., 2003).
As lesões pré-malignas na mucosa oral são classificadas clinicamente como
leucoplasia oral que é conceituada como uma lesão predominantemente branca que
clinicamente não pode ser caracterizada como qualquer outro tipo de lesão (AXELL et al.,
1996) , sendo considerada uma lesão pré-maligna ou potencialmente malignizante (AXELL et
al., 1996; VAN DER WAAL, et al., 1997). As leucoplasias apresentam padrões e aspectos
semelhantes, porém, microscopicamente, são muito heterogêneas, variando da hiperqueratose
benigna ao carcinoma invasor de células escamosas. As características histológicas das
leucoplasias podem, eventualmente, estar associadas a um maior risco de transformação
maligna, podendo ser classificadas segundo o grau de displasia (REGEZI e SCIUBA, 2000;
VAN DER WAAL et al., 2000; SCHEPMAN et al., 1998).
Assim, displasia é uma organização anormal ou um crescimento desordenado de
células ou tecidos presentes em um órgão. Histologicamente, comparando-se o tecido normal
ao displásico, podem-se observar alterações epiteliais nítidas e bem características,
constituindo-se um quadro histológico distinto (REGEZIE e SCIUBA, 2000).Quanto maior a
atipia celular presente na displasia epitelial, maior será o risco de transformação maligna.
Dessa forma, a caracterização histopatológica tecidual é importante para o estabelecimento da
extensão e gravidade dessas lesões.
O sistema de classificação das leucoplasias orais inclui o tamanho, o local da lesão em
sítios de alto risco ou de baixo risco, a subclassificação clínica homogênea ou não homogênea
e grau de displasia epitelial (VAN DER WAAL et al., 2000) . Em geral, o aspecto histológico
24
da leucoplasia pode variar de atrofia a hiperplasia epitelial com ou sem hiperqueratose.
Entretanto, as leucoplasias também podem apresentar diferentes graus de displasia epitelial,
de discreto a severo, e em alguns casos, ter alterações compatíveis com carcinoma in situ
(VAN DER WAAL et al., 1997). O diagnóstico histopatológico das leucoplasias serve para
dois propósitos: excluir qualquer outra lesão branca definida, como por exemplo, o líquen
plano, e estabelecer o grau de displasia epitelial, se presente. Ainda, o diagnóstico clínico de
leucoplasia pode ser substituído, se o diagnóstico histopatológico for definido como
carcinoma in situ ou invasivo (VAN DER WAAL et al., 1997).
O risco de transformação maligna pode variar de acordo com o sexo, mais prevalente
entre as mulheres, tipo de leucoplasia, presença de Candida albicans, e/ou a presença de
displasia epitelial. Em relação ao tipo, as lesões leucoplásicas idiopáticas, não homogêneas e
de longa duração, ou mesmo aquelas situadas na língua e/ou assoalho da boca, apresentam
maior probabilidade de tornarem-se lesões malignas (RODRIGUES, et al., 1998). Dessa
forma, as lesões displásicas (leucodisplasia) possuem maior risco de transformação maligna
que as lesões não displásicas, também denominadas leucoqueratoses (AXELL, et al., 1996;
VAN DER WAAL, et al., 2000). Embora a malignização seja mais freqüente nas lesões com
displasias, a transformação carcinomatosa pode também acontecer em leucoplasias não
displásicas (BURKHARDT,1985; CRISSMAN, 1989; SILVERMAN, 1996). As lesões sem
displasia são consideradas benignas com possibilidade de reversão e apresentam, em geral,
bom prognóstico. Das lesões benignas que acometem os tecidos orais, a hiperplasia fibrosa
inflamatória é encontrada com freqüência, localizada na face vestibular do rebordo alveolar.
Estas lesões apresentam padrão de proliferação celular em tecido conjuntivo fibroso, em
função de trauma ocasionado por prótese total ou parcial mal-adaptada. Outras hiperplasias
fibrosas similares não tão comuns, classificadas como pólipo fibroepitelial, estão localizadas
no palato duro como resposta celular proliferativa induzida por dentadura (NEVILLE et al.,
25
1998). Porém, é possível encontrar esse tipo de hiperplasia em gengiva, resultantes de
irritação local, com quadro histológico característico de processo inflamatório (SHAFER,
1987).
COFATORES DA CARCINOGÊNESE ORAL
Fumo e Álcool
O cigarro contém uma mistura de pelo menos 50 componentes, incluindo carcinógenos
como nitrosaminas, aldeídos, aminas aromáticas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
(SCULLY, 2000.). Muitos desses componentes formam aductos com o DNA, sendo que
fumantes apresentam uma maior quantidade de aductos e de quebras no DNA em tecidos da
cavidade oral do que não fumantes (PHILLIPS, 2002). As bebidas alcoólicas também contêm
muitos carcinógenos e pró-carcinógenos, incluindo o etanol e as nitrosaminas. O acetaldeído,
um dos produtos do metabolismo do etanol, é citotóxico e resulta na produção de radicais
livres e bases hidroxiladas no DNA (SCULLY, 2000) . Existe uma clara evidência de que
pacientes com câncer oral apresentam maior dano no DNA do que pessoas com hábitos
similares de consumo de álcool e fumo, mas sem neoplasia (SCULLY, 2000).
Adicionalmente, a presença de lesões de cavidade oral pode ocorrer em diferentes sítios
anatômicos e está associada a cofatores distintos. No carcinoma de lábio inferior, a
participação da radiação solar como fator de risco está bem estabelecida. Em contrapartida, a
etiologia dos carcinomas intrabucais, principalmente o de língua, é atribuída ao fumo e ao
álcool (BUNDGAARD, 1994; COLETTA et al., 2002). Embora tabaco e álcool sejam fatores
de risco bem estabelecidos para o câncer oral, entretanto uma pequena proporção (15 a 20%)
dos pacientes não tem historia de tabagismo e etilismo, sugerindo a presença de outros fatores
de risco como o papilomavírus humano (HPV), porém seu papel ainda não foi bem definido
26
(XAVIER et al., 2005). Assim, o carcinoma da cavidade oral é considerado uma doença que
envolve a participação de fatores genéticos e ambientais e alguns estudos apontam a infecção
pelo HPV no desenvolvimento desse tipo de câncer ( FREGONESI, 2003; NAGPAL, 2003).
Papilomavírus Humano (HPV)
O HPV é um vírus de DNA, da família Papovaviridae, identificado primeiramente por
STRAUSS, em 1949, e, desde então, vem sendo isolado em inúmeras espécies animais. As
partículas virais completas não são envelopadas e o capsídeo proteico tem padrão icosaédrico,
possuindo 55 nm de diâmetro. No interior do capsídeo, o DNA é circular e dupla fita,
medindo de 7500 a 8000 pares de bases (pb) (HOWLEY, 1994; MAJEWSKI, 1997; ZUR
HAUSEN, 2002). O ciclo de vida dos tipos de HPV está ligado ao processo de diferenciação
celular do epitélio (STUBENRAUCH, 1999; ZUR HAUSEN, 2000). O genoma viral contém
duas regiões principais compostas por ORFs (open reading frames) que codificam as
proteínas virais. A região E (precoce) é constituída por 8 genes (E1-E8, sendo que E3 e E8
não têm função conhecida) e codifica as proteínas envolvidas na replicação viral, e, para os
HPVs de alto risco, no processo de imortalização. A região L (tardia) codifica as proteínas
estruturais necessárias para a produção do capsídio. Além dessas, ainda existe uma região
regulatória que contém a origem para a replicação viral e controla a transcrição de alguns
genes da região E (HEISE, 2003). As proteínas codificadas pela região E o capazes de
interagir com várias proteínas da célula hospedeira, interferindo com processos como controle
do ciclo celular, resposta apoptótica, sinalização celular e expressão gênica e podendo
colaborar com a transformação maligna celular (ZUR HAUSEN, 2000).
O tamanho relativamente pequeno do genoma do HPV permite a análise de cada gene
e a interação das proteínas virais com a célula hospedeira. Os genes precoces compõem 60%
27
do genoma viral e estão envolvidos com a replicação do DNA (região E1), controle da
transcrição (região E2), maturação do vírus e alteração da matriz e citoesqueleto celulares
(região E4) e no estímulo da proliferação e transformação celular (regiões E5, E6 e E7). Os
genes L1 e L2, da região tardia, compõem 40% do genoma e constituem seqüências altamente
conservadas entre todos os papilomavírus e respondem por sua antigenicidade. Estes genes
codificam proteínas estruturais do capsídeo viral, a proteína principal L1, de 54 Kilo Daltons
(KDa) e a proteína secundária L2, de 52 KDa (ZUR HAUSEN, 2002).
A origem de replicação está localizada na região designada LCR ou URR, entre L1 e
E6, com aproximadamente 500 a 1000 pb, onde foram mapeados vários sítios de ligação de
elementos regulatórios virais (produtos de E2), ou celulares (fatores de transcrição da célula
hospedeira) que, em conjunto, determinam a regulação positiva ou negativa da transcrição dos
genes virais (HOWLEY, 1994; IARC, 1995; ZUR HAUSEN, 2002).
O HPV tem tropismo por células epitelias de pele e mucosa, causando proliferação
benigna ou maligna, na dependência do tipo viral, decorrente do modo de interação,
epissomal ou integrada, entre o vírus e a célula. Portanto, esta interação determina o potencial
oncogênico de determinados tipos virais em sítios anatômicos prevalentes. Alguns tipos são
encontrados com maior frequência em lesões malignas de pele (HPV 5 e 8) e os tipos 16, 18,
31, 33 e 45 nas mucosas. Outros tipos são encontrados mais comumente em lesões benignas,
como o HPV1 e 2 (pele) e 6, 11 e 42 (mucosas). A infecção de pele e mucosas pelo HPV
ocorre através de microlesões existentes na camada basal do tecido (ZUR HAUSEN, 1996;
2002) . Ainda, os tipos de HPV são classificados, segundo seu potencial oncogênico, em
baixo risco e alto risco de malignidade, segundo estudos clínicos, epidemiológicos e
imunológicos (LAZO, 1988; MAJEWSKI, 1997). m-se conhecimento até o momento de
100 tipos diferentes de HPVs sequenciados e cerca de 35% não são totalmente caracterizados,
28
cada qual relacionado com o desenvolvimento de um tipo de lesão em pele ou mucosas (ZUR
HAUSEN, 2002).
A transcrição inicia-se a partir de um mesmo promotor em todos os RNAm dos
diferentes tipos virais, na região próxima ao gene E6 (ZUR HAUSEN, 2002). Contudo, a
transcrição ocorre de maneira diferenciada em determinados tipos celulares, na dependência
da interação viral com o genoma da lula hospedeira e o grau de diferenciação do epitélio.
Dessa forma, os genes precoces são expressos na camada basal do tecido infectado, e
continuam nas linhagens celulares subseqüentes, observados em células benignas e malignas.
Por sua vez, os genes tardios, L1 e L2, são expressos somente em células queratinizadas,
resultando na produção de partículas virais completas e infectantes observados nas verrugas e
condilomas (ZUR HAUSEN, 2002). dois modos de replicação do HPV, o primeiro ocorre
nas células da camada basal do epitélio, onde o genoma viral é distribuído às células filhas,
principalmente quando o DNA próviral encontra-se integrado ao genoma da célula
hospedeira. A integração do genoma viral garante uma infecção persistente nas células
proliferativas das camadas basais, associadas ao maior risco de malignização celular. No
segundo, chamado epissomal ou vegetativo, a replicação do HPV ocorre nas camadas mais
diferenciadas do epitélio e não há a integração do DNA viral ao genoma da célula hospedeira.
Neste caso, são produzidas múltiplas cópias do genoma do vírus, que serão envolvidas pelo
capsídeo protéico, formando assim as partículas virais maduras, também denominadas vírions
(ZUR HAUSEN, 2002).
29
Figura 2 Ciclo de vida do HPV em relação à diferenciação celular. Em vermelho estão
demonstrados os genes de E6 e E7 expressos na camada basal e parabasal e relacionados com
a manutenção e proliferação do vírus. Em verde está demonstrada a relação de expressão dos
genes E4, E1 e E2 em relação à amplificação do genoma viral nas camadas intermediárias do
epitélio infectado. Em azul está demonstrado o DNA viral no interior do núcleo das lulas
intermediárias e superficiais. Em laranja, a expressão dos genes relacionados com o
empacotamento do DNA viral na camada superficial. Nas células da camada superficial
queratinizadas os vírus são liberados (ZHENG E BAKER, 2006).
Manutenção
do Genoma
Proliferação
Amplificação
do Genoma
Empacotamento
Liberação do
Vírus
30
HPV E O CÂNCER ORAL
Dessa forma, o HPV vem sendo considerado como um dos agentes etiológicos
relevantes e a infecção viral parecem promover o descontrole do ciclo celular no
desenvolvimento das lesões bucais. A possível relação do HPV na etiologia do câncer oral foi
primeiramente relatada por SYRJANEN (1993) . Muitos trabalhos, desde então, se seguiram e
essa associação vem se tornando cada vez mais consistente (MCGLENNEN, 2000; SAND et
al., 2000; SCULLY et al., 2000). Estudos realizados no Brasil demonstram a presença de
HPV em lesões benignas e malignas de mucosa oral com positividade variando de 15-60%,
sendo que a infecção com os tipos de HPV oncogênicos, tais como 16 e 18, tem sido descrita
em cerca de 20 a 30 % das lesões orais pré-malignas e neoplásicas (MIGUEL et al., 1998;
GIOVANNELLI et al., 2002; SOARES et al., 2002; FREGONESI, et al., 2003; OSTWALD
et al., 2003; SOARES et al., 2003; SUGIYAMA et al., 2003). Lesões malignas ou pré-
malignas apresentam maior risco de associação com o vírus, o que sugere que o HPV pode
estar envolvido na carcinogênese de mucosa oral (GIOVANNELLI et al., 2002; RITCHIE et
al., 2003; SUGIYAMA et al., 2003).
O envolvimento do HPV com a carcinogênese celular tem sido alvo de diversos
estudos, com o objetivo de melhor compreender os fatores virais e celulares responsáveis
pelos eventos de transformação maligna (SYRJANEN e SYRJANEN, 1999; MCGLENNEN,
2000; ZUR HAUSEN, 2000). Estudos com HPVs de alto risco permitiram definir a
importância do modo de replicação (integrado ou episomal) e a função dos genes precoces E6
e E7 nos eventos de proliferação celular (MUNGER e PHELPS, 1993). Os produtos dos
genes E6 e E7 dos HPVs de alto risco codificam proteínas multifuncionais que interferem no
crescimento celular, estando diretamente envolvidos nos eventos de transformação celular
(TOMMASINO e CRAWFORD, 1995). A ligação da proteína E6 de HPVs de alto risco
31
resulta na degradação da p53, uma proteína supressora de tumor que determina a parada do
ciclo celular para o reparo de danos no DNA genômico. Dessa forma, o complexo gerado por
E6/p53 remove o controle p53-dependente do ciclo celular, provocando o aumento de divisão
celular, com instabilidade cromossômica e acúmulo de várias mutações na célula infectada
(ZUR HAUSEN, 1996). Por outro lado, a ligação da proteína E6 de HPVs de baixo risco à
p53 não resulta em sua degradação e portanto não colabora para os eventos de carcinogênese
(LI, 1996). uma estreita correlação entre a presença do genoma viral de alto risco e
mutações na seqüência gênica, também colaborando com a proliferação celular desordenada
(SCULLY et al., 2000). Portanto, a inativação de p53 parece representar o fator mais
importante na progressão de malignidade, possivelmente por não conseguir impedir
diretamente a imortalização e transformação celular.
O aparecimento de tumor ou a persistência de uma infecção viral depende da resposta
imunológica do hospedeiro. Uma vez que a partícula viral infecte as células hospedeiras, os
linfócitos T citotóxicos (CTLs) reconhecem os peptídeos antigênicos apresentados na
superfície das células infectadas associadas às moléculas do complexo de
histocompatibilidade principal (CHP).
MOLÉCULAS DO COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE PRINCIPAL
(CHP) E O CÂNCER
Os genes CHP estão relacionados à rápida rejeição de tecidos transplantados
entre animais de experimentação, particularmente entre camundongos. Assim, o CHP
representa o conjunto de genes responsáveis por codificar as moléculas de
32
histocompatibilidade em uma determinada espécie, sendo chamado no ser humano de sistema
HLA (Human Leukocyte Antigen). Esses genes estão localizados no braço curto do
cromossomo 6 e reunidos em 3 grupos, denominados genes de classe I, classe II e classe III.
Os genes de classe I codificam as moléculas clássicas de histocompatibilidade HLA-A, B e C,
os genes de classe II codificam as moléculas clássicas de histocompatibilidade HLA-DR, DQ
e DP e os genes de classe III, embora estejam incluídos dentro do CHP, não codificam
moléculas de histocompatibilidade. Assim, as proteínas C4 e C2 da via clássica e o fator B da
via alternativa do complemento, os fatores de necrose tumoral (TNF-α e TNF-β), proteína
heat shock (HSP 70) e as enzimas 21-hidroxilase são moléculas incluídas na região de classe
III (DONADI, 2001) . A Figura 1 representa de modo esquemático os genes do CHP
humano.
Figura 3 - Representação esquemática do complexo HLA, ilustrando os principais locos de
classe I e II. A região de classe III não está representada. (Não estão representados todos os
locos existentes no complexo HLA).
33
O CHP é o conjunto de genes mais polimórfico entre os mamíferos. O entendimento
do termo polimorfismo é essencial para a compreensão dos mecanismos de associação com as
doenças, da evolução das espécies, e também, para a seleção de doadores em transplantes de
órgãos ou células. Alguns genes apresentam uma mesma seqüência de ácidos nucléicos em
todos os membros de uma população, sendo chamados não polimórficos (exemplo: β
2
-
microglobulina). Assim, se o gene não polimórfico (não relacionado ao sexo) vier do
cromossomo materno ou paterno, a proteína sintetizada será basicamente a mesma em todos
os membros da população (REYBURN et al., 1997).
Entre os loci HLA-C e HLA-A muitos genes que são chamados classe I-like porque se
assemelham aos genes de classe I, mas exibem pouco ou nenhum polimorfismo. Alguns
desses genes codificam proteínas que são expressas em associação com a β2-microglobulina e
são chamadas de moléculas de classe IB, para diferenciá-las das moléculas clássicas
polimórficas de classe I. Nesta classe de moléculas IB estão as moléculas HLA-G , HLA-E e
HLA-F (ABBAS et al., 2005).
Os peptídeos associados ás moléculas codificadas pelo CHP de classe I são produzidos
pela degradação proteolítica de proteínas citosólicas, pelo transporte dos peptídeos através de
proteínas TAP gerados no retículo endoplasmático, e pela ligação de moléculas de classe I
recém sintetizadas (ABBAS, 2005).
O HLA-G é expresso nos tecidos placentários (trofoblastos, macrófagos placentários e
células endoteliais) nos quais não expressão de moléculas clássicas do HLA de classe I e
II. Contudo, transcritos de HLA-G foram encontrados em baixos níveis nos olhos, timo,
pulmão, coração e rins de fetos e nas células mononucleares do cordão umbilical.
Interessantemente, os transcritos não foram encontrados nas células pluripotentes
hematopoéticas (KIRSZENBAUM et al., 1995). Moléculas de RNA mensageiro de HLA-G
foram também observadas em altos níveis na câmara anterior dos olhos, pele, pulmão e
34
células mononucleares do sangue periférico de adultos (JURISICOVA et al., 1996). Três
receptores das células NK, no mínimo, reconhecem a molécula de HLA-G, são eles: receptor
p49, que é membro do grupo KIR (human killer inhibitory receptor group) (LOPEZ-BOTET et
al., 2000); receptor LIR-1/ILT-2 e receptor ILT-4, membros do grupo LIR (leukocyte Ig-like
receptors) ou da família ILT (Ig-like transcript families) (LE BOUTELLIER , 1999). Ocorre
uma interão entre células T CD8
+
e moléculas de HLA-G, sugerindo que esses linfócitos
devem ser ativados para desempenhar funções citoxicas supressoras (SANDERS et al., 1991).
O HLA-E é expresso em maior número de tecidos do que o HLA-G, sendo também
expresso em tecidos placentários, contudo, a expressão em tecidos fetais ocorre
principalmente em estágios tardios da gestação, estando diretamente relacionada à proteção
fetal. Assim como o HLA-G, o HLA-E está envolvido na regulação de lulas NK,
interagindo com o receptor inibitório CD94/NKG2A. O HLA-E apresenta seqüências líder
peptídicas de moléculas clássicas do HLA (-A, -B e –C), por isso sua expressão está
relacionada à expressão de moléculas clássicas do HLA (HODGKINSON et al., 2000).
RESPOSTA DE CÉLULAS T E MOLÉCULAS CO-ESTIMULATÓRIAS
Diversos modelos animais para infecção pelo HPV têm associado a resposta imune
celular à regressão da lesão. Em lesões de alto grau pode haver uma regressão espontânea, que
é presumivelmente mediada pela resposta imunológica. No câncer cervical é possível verificar
que os linfócitos infiltrantes no tumor são predominantemente linfócitos T citotóxicos, CTLs
(WANG, et al., 2003). CLTs específicos contra oncoproteínas do HPV foram identificados no
sangue periférico de pacientes com câncer cervical e neoplasias intraepiteliais cervicais, bem
como em indivíduos saudáveis infectados pelo HPV 16 (MCDEVITT, 2000). A persistência
viral está relacionada à resposta imune do hospedeiro, especialmente na ausência de resposta
35
linfoproliferativa em resposta à infecção (UNG et al., 1999). A resposta imune do tipo Th1
pode gerar resposta específica dos linfócitos T citotóxicos, contribuindo para a eliminação da
infecção e regressão das lesões causadas pelos tipos de HPV de baixo risco (GONCALVES e
DONADI, 2004). Embora a resposta linfocitária específica possa ser encontrada no sangue
periférico, a presença e a retenção de grande quantidade de linfócitos T citotóxicos são
observadas, preferencialmente, no tumor cervical (UNG et al., 1999). Entretanto, a relação
entre a resposta imunológica e o clearence da infecção viral ainda é pouco entendida. A
persistência da infecção pelo HPV ou sua eliminação, associados à regressão das neoplasias
intraepiteliais cervicais é ainda pouco compreendida.
As células T expressam diferentes proteínas de membrana, as quais servem como
marcadores fenotípicos de diferentes populações linfocitárias e atuam em funções importantes
e na ativação da resposta imune celular. As moléculas denominadas CD (Cluster of
Differentiation) são reconhecidas por um agrupamento de anticorpos monoclonais que podem
ser usados para identificar a linhagem ou o estágio de diferenciação dos linfócitos
(KERREBIJN et al., 1999). As duas funções mais freqüentemente atribuídas aos diferentes
antígenos CD são de promover as interações entre as células e sua aderência, e enviar sinais
que levem à ativação da resposta imune celular (SUGAMURA et al., 1995).
Os linfócitos T desempenham papéis centrais em todas as respostas imunes
adaptativas contra antígenos protéicos. Sendo que na imunidade celular, as células T CD4
ativam macrófagos para destruir microrganismos fagocitados, e os linfócitos T CD8 destróem
as células infectadas por microrganismos intracelulares.Os linfócitos T reconhecem os
fragmentos de peptídeos derivados de antígenos protéicos associados a moléculas da
superfície celular codificadas por genes do CHP (ABBAS, 2005).
As moléculas CD4 e CD8 são proteínas das células T que se ligam às regiões não
polimórficas das moléculas de CHP e traduzem sinais que, juntamente com sinais liberados
36
pelo complexo TCR, iniciam a ativação das células T. Uma vez que as moléculas CD4 e CD8
atuam simultaneamente com o TCR no reconhecimento do Ag, essas moléculas passam a ser
conhecidas como co-receptores pois passam a ser efetoras.A segregação de resposta da célula
T CD4 e do CD8 a esses diferentes grupos de antígenos é derivada das especificidades do
CD4 e CD8 para diferentes classes de moléculas do CHP. O CD4 se liga a moléculas de CHP
de classe II e é expresso nas células T cujos TCRs reconhecem os complexos de peptídeos e
moléculas de CHP de classe II. A maioria das células T CD4 são restritas à classe II , e
produz citocinas e, assim, funciona para a defesa contra microrganismos extracelulares. a
célula T CD8 é restrita à classe I, células citotóxicas (CTLs), que servem para erradicar
infecções por microrganismos intracelulares (ABBAS, 2005). Para ocorrer a expansão clonal
específica de células T é necessário um co-estímulo, que vai promover interação e
reconhecimento do antígeno específico entre as células apresentadoras de antígeno (APC) e as
células T CD4 ou CD8 (JANEWAY, 2002). Quando um microrganismo infecta um
indivíduo, as lulas APCs especializadas se ligam aos antígenos e os transportam para os
linfonodos, neste trajeto as APCs amadurecem e se tornam eficientes.Nos linfonodos as APCs
apresentam peptídeos derivados de antígenos protéicos, associados à classe II para
reconhecimento por linfócitos T CD4. Essa reação estimula as APCs a expressarem altos
níveis de co-estimuladores, como proteínas B7-1 e B7-2, as quais fornecem o segundo sinal
para a ativação das células T, que secretam citocinas tais como a IL-12 a qual estimula a
diferenciação das células T (NORTON et al., 1992; ALLISON e BEST, 1998). a ativação
das células T CD8 é também iniciada pelo reconhecimento de antígenos em APCs
especializadas nos órgãos linfóides periféricos.Assim, as células T CD8 respondem a
microrganismos que podem infectar qualquer célula nucleada. É provável que as células
dendríticas ingiram células infectadas ou células tumorais e processem e apresentem os
antígenos dos microrganismos ou tumores para reconhecimento por linfócitos T CD8, sendo
37
este processo denominado de apresentação cruzada (ABBAS, 2005). Por isso, a ativação de
células T CD8 parece exigir um co-estímulo mais forte que as células T CD4 e sua expansão
clonal pode ser auxiliada pelas luals T CD4 interagindo com a mesma molécula APC
(JANEWAY , 2002).
Uma propriedade geral dos linfócitos T e B naive é que eles precisam de dois sinais
extracelulares distintos para iniciar sua proliferação e diferenciação em células efetoras.
Sendo que o primeiro sinal é fornecido pela ligação do antígeno ao receptor antigênico, e é
essencial para garantir a especificidade da resposta imune subseqüente.No caso das células T,
o reconhecimento do complexo peptídeo-CHP pelo receptor de antígeno das células T ( TCR)
gera o primeiro sinal para ativação e proporciona a especificidade para a subseqüente resposta
da célula T ( aos co-receptores CD4 e CD8).Já o segundo sinal é gerado por moléculas
denominadas co-estimulatórias que para os linfóctios T são proteínas denominadas por B7-1
(CD80) e B7-2 (CD86) que são expressas nas APCs.Os co-estimuladores B7 nas APCs são
reconhecidos por meio de receptores específicos nas células T, sendo CD28 e CTLA-4 os
mais estudados (ABBAS, 2005).A ligação de B7 ao CD28 promove sinais para a célula T que
induzem a expressão de proteínas antiapoptóticas e estimulam a produção de fatores de
crescimento e de outras citocinas, promovendo diferenciação e proliferação das células T
(DONADI, 2001; GONCALVES e DONADI, 2004). Além do CD28 ser o principal receptor
para liberar o segundos sinais para a ativação de células T, o CTLA-4 (CD152) é homólogo
ao CD28, mas é expresso nas células T CD4 e T CD8 recentemente ativadas, sendo sua
função inibir a ativação das células T através da inibição dos sinais liberados pelo CD28
(ABBAS, 2005).
O CD25 é constituído pela cadeia alfa do receptor para interleucina 2 humana (IL-2),
sendo uma cadeia simples de glicoproteína com um peso molecular de 55kDa, também
conhecido como subunidade do receptor de IL-2, IL-2R (SUGAMURA, et al., 1995). Depois
38
da ativação das células T pelo antígeno e na presença de interleucina 1 (IL-1), a IL-2 é
rapidamente sintetizada e secretada. Em resposta a esse estímulo, a sub-população de células
T expressam receptor de IL-2 de alta afinidade, iniciando uma complexa cascata de
sinalização celular (TANAKA et al., 1985). O tratamento com medicamentos moduladores da
resposta imunológica, demonstra que a resposta imune ao câncer oral garante a diminuição do
tamanho tumoral, resultando na regressão da lesão (FEINMESSER et al., 2004). Entretanto,
estudos de resposta imune em câncer oral associado à infecção pelo HPV aindao escassos.
RESPOSTA IMUNOLÓGICA, HPV E O CÃNCER
Muito do que se sabe sobre a resposta imune associada à infecção pelo HPV tem sido
observado em diversos estudos com lesões cervicais e, pouco se sabe sobre a resposta
imunológica associada ao HPV em lesões de mucosa bucal. Células infectadas pelos tipos de
HPV de alto risco parecem estar modificadas no câncer cervical em relação à resposta
humoral e celular efetuadas pelas citocinas IL-10, IL-2, IL-6 e IL-8, TNF-alfa, TGF-beta,
configurando um dos mecanismos de evasão da resposta imune mediada por células T (KIM,
et al., 1995). Parece que, nos estágios precoces do desenvolvimento do carcinoma
espinocelular oral ocorre uma polarização da expressão de citocinas do padrão Th-1(
Interferon gama), enquanto que nos estágios avançados do tumor, com acentuada capacidade
metastática, a polarização se desvia para o padrão Th-2 ( IL-4 e IL-5) (AGARWAL et al.,
2003). Entretanto, todos esses eventos celulares e humorais da resposta imune ao vírus são
muito pouco estudados na mucosa oral, em especial no câncer da cavidade oral, necessitando
ainda, de uma investigação mais detalhada. Até o momento não foi realizada a avaliação da
expressão de moléculas HLA-G e HLA-E em câncer oral e sua relação com a infecção por
HPV no tecido bucal.
39
JUSTIFICATIVA
40
No Brasil, o câncer oral é um grave e crescente problema de saúde pública e, segundo
dados do Ministério da Saúde, ocupa o oitavo lugar entre as neoplasias que acometem o sexo
masculino e o cimo lugar para o sexo feminino. Nesse contexto, o câncer de boca assume
importância, pois, apesar de ser um carcinoma de fácil diagnóstico e tratamento, com lesões
precursoras bem definidas, ainda apresenta grande incidência entre os homens brasileiros.
Enquanto as lesões superficiais ou aquelas com baixo potencial invasivo demonstram um
excelente prognóstico, as lesões carcinomatosas m prognóstico pior, exigindo tratamento
radical, mutilante, com grave impacto sico e psicológico ao paciente, podendo acarretar o
óbito. O desenvolvimento do carcinoma oral em diferentes sítios anatômicos está associado a
cofatores distintos. No carcinoma de lábio inferior, a participação da radiação solar como
fator de risco está bem estabelecida. Em contrapartida, a etiologia dos carcinomas intrabucais,
principalmente o de língua, é atribuída ao fumo e ao álcool. Entre os fatores de risco
associados ao câncer oral, o papilomavírus humano (HPV) vem sendo considerado como um
dos agentes etiológicos relevantes no desenvolvimento das lesões bucais. Recentemente,
alguns trabalhos demonstraram a ocorrência de HPV de alto risco em 11-80% das lesões pré-
malignas e malignas de mucosa oral, associada ao descontrole funcional das proteínas
supressoras de tumor e de proliferação. Em contrapartida, a maioria dos tipos de HPV de
baixo risco está associada a lesões papilomatosas benignas da mucosa bucal (papilomas,
condiloma acuminado, verruga vulgar), as quais apresentam menor potencial de progressão
maligna. Entretanto, os mecanismos de carcinogênese induzidos pelo HPV na mucosa oral
ainda exigem maiores estudos, em especial no tocante às alterações genéticas e à resposta
imune do hospedeiro. As moléculas de histocompatibilidade clássicas e não clássicas
participam ativamente da resposta imune contra os tumores. A expressão adequada de
moléculas HLA de classe I clássicas (HLA-A,B,C), apresentando peptídeos virais, contribui
para a eliminação das células tumorais por intermédio da ação dos linfócitos T citotóxicos.
41
Em diversas linhagens tumorais, incluindo os carcinomas de mama, próstata, colo de útero,
pâncreas, esôfago, cólon, pulmão e melanomas, ocorre uma diminuição da expressão de
moléculas HLA de classe I clássicas, permitindo a evasão das células tumorais ao controle dos
linfócitos T citotóxicos. Por outro lado, o organismo ainda pode recrutar as células natural
killer (NK) para eliminar as lulas tumorais deficientes em moléculas clássicas, deflagrando
a ação das células NK por estimulação dos receptores estimulatórios que, então, eliminam as
células neoplásicas. No entanto, em alguns tumores, particularmente no câncer de colo uterino
(lesão também causada pelo HPV), foi demonstrado um aumento de expressão de moléculas
HLA não clássicas (HLA-E), à medida que o tumor progride das lesões de baixo grau para as
de alto grau, indicando que essas células tumorais também desenvolveram um mecanismo
adicional de escape à ação das células NK. Diversas associações m sido relatadas entre a
presença de alelos/haplótipos HLA e o risco alterado para desenvolvimento de neoplasias. A
maior ou menor afinidade de alguns antígenos tumorais com moléculas específicas do
complexo HLA, em parte explica a maior ou menor susceptibilidade de pacientes que
compartilham as mesmas alterações genéticas ou os mesmos alelos HLA para o
desenvolvimento de determinada neoplasia. Assim, acredita-se que a afinidade diferencial de
determinada molécula HLA por antígenos específicos das células neoplásicas possa
influenciar a posterior resposta imunitária do organismo no sentido de contenção, eliminação
ou susceptibilidade ao tumor. Existem pouquíssimos estudos acerca da expressão de
moléculas HLA o clássicas nas lesões orais e a expressão de moléculas HLA-G e HLA-E
poderia contribuir para a maior susceptibilidade ou persistência da infecção pelo HPV na
cavidade oral, assim colaborando para a carcinogênese de mucosa bucal.
Por outro lado, pouco se conhece sobre a relação entre a resposta de células T e a
carcinogênese de mucosa oral associada à infecção pelo HPV. Sabe-se que o maior problema
da infecção pelo HPV é a possibilidade de persistência da infecção viral, promovendo a
42
progressão das lesões cervicais para ncer. A impossibilidade de regressão da lesão, bem
como a remoção do vírus é atribuída à menor eficiência do sistema imunológico do
hospedeiro, impedindo a destruição das células tumorais e/ou infectadas pelo rus.
Aparentemente, a resposta imune ao HPV é principalmente celular, do tipo Th1, em em
menor proporção o vírus ativa resposta humoral ou do tipo Th2. Assim, a deficiência de
resposta celular parece ser a chave para o entendimento da capacidade de escape do HPV
frente à resposta imunológica complexa do hospedeiro. Dessa forma, ao entender como as
células agem, através da observação da expressão de suas moléculas de superfície, será
possível o entendimento do mecanismo viral associado à carcinogênese humana. Conhecendo
a resposta de células T, poder-se-á contribuir para os futuros estudos de imunoterapia através
da vacina profilática do HPV que possivelmente estará disponível para a população até 2007.
Adicionalmente, a presença do HPV nas lesões de cabeça e pescoço e a verificação de
particularidades da resposta imunológica nos diferentes sítios anatômicos, poderão contribuir
para o planejamento de vacinação para o HPV nesses pacientes.
43
OBJETIVO
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OBJETIVO GERAL
O presente estudo teve por objetivo avaliar a expressão de moléculas associadas à
resposta imunológica do organismo diante das lesões benignas, pré-malignas e malignas de
mucosa bucal associada ou não à infecção pelo HPV.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Verificar a expressão de moléculas HLA-G e HLA-E e receptores CD4, CD25 e CD28 nas
lesões orais em estudo, comparando essa expressão ao diagnóstico histopatológico.
2. Verificar a presença de infecção pelo HPV nas lesões orais em estudo, identificando,
através de reação de polimerização em cadeia, os tipos virais mais freqüentes na mucosa
oral 6/11, 16, 18, 31 e 33.
3. Avaliar a expressão das moléculas de resposta imune nas lesões infectadas pelo HPV e
verificar a eventual desregulação dessa resposta imune promovida pelo vírus.
45
MATERIAIS E MÉTODOS
46
1. CASUÍSTICA
No presente estudo foram avaliados 79 pacientes, que concordaram em participar
(Comitê de Ética HCFMRP processo nº10108/2004), e cujas biópsias de mucosa bucal foram
fixadas em formol tamponado e incluídas em parafina, retiradas dos arquivos do
Departamento de Patologia, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP). As biópsias
foram selecionadas pelo diagnóstico histopatológico dos cortes corados pela
hematoxilina/eosina e classificadas de acordo com critérios histopatológicos propostos por
VAN DER WAAL et al. (2000), como hiperplasia fibrosa inflamatória, papiloma de células
escamosas, líquen plano, leucoplasias sem e com displasia e carcinoma espinocelular. As
lesões foram separadas em três grupos: lesões benignas (hiperplasia fibrosa inflamatória,
papiloma de células escamosas), lesões pré-malignas (líquen plano e leucoplasias com e sem
displasia) e lesões malignas (carcinoma espinocelular) Para as reações de imunohistoquímica,
cortes histológicos de 4µm foram colocados em lâminas previamente silanizadas com
organosilano 4 % em acetona (3-aminopropril trietoxisilano – SIGMA, St. Louis, USA).
Cortes de 15µm foram colocados em eppendorf estéril e submetidos aos procedimentos de
extração e amplificação por PCR para a detecção e tipagem do HPV.
47
2. METODOLOGIAS
2.1. Imunohistoquímica (CD4,CD25, CD28, HLA-G e HLA-E)
As lâminas foram submetidas a banhos consecutivos em baterias de xilol e álcool
(Synth–Diadema, SP) para a completa desparafinização. A atividade da peroxidase endógena
foi bloqueada tratando as minas com 2 banhos consecutivos de peróxido de hidrogênio 3%
em metanol (v/v), por 15 minutos, à temperatura ambiente. A seguir, para a recuperação
antigênica, os cortes foram submetidos à fervura em panela à vapor steam-cuisine (T-FAL,
Industria de Aparelhos Médicos LTDA) imersos em solução de citrato 10mM/pH6,0 (Synth -
Diadema, SP), durante 40 minutos, a 95°C. Após o resfriamento, as minas foram lavadas 3
vezes em PBS, por 5 minutos cada lavagem. A seguir, para o bloqueio de reações
inespecíficas, as lâminas foram lavadas em PBS por três vezes, 5 minutos cada, e incubadas
com leite desnatado 1% por 40 minutos. A diluição dos anticorpos foi estabelecida através de
avaliação da positividade em mina sabidamente positiva com diferentes concentrações para
determinação de melhor título dos anticorpos anti-CD25, anti-CD28, anti- HLA-G e anti-
HLA-E. Deste modo, as lâminas foram, novamente, lavadas em PBS e foram adicionados
sobre os cortes os anticorpos primários monoclonais anti-CD25 (Santa Cruz, Newcastle, UK),
anti-CD28 (Santa Cruz), anti-HLA-G e HLA-E (gentilmente cedido pelo Dr Edgardo D.
Carosella, Instituto Universitário de Hematologia e Imunologia, Hospital Saint-Louis, Paris,
França) As lâminas foram incubadas a temperatura ambiente, overnight em câmara úmida.
Decorrido o período de incubação, as lâminas foram submetidas à lavagem com PBS e
incubadas com o anticorpo secundário, biotonilado anti-cabra, coelho e camundongo,
produzido em porco (LSAB, DAKO) em câmara úmida por 30 minutos à temperatura
ambiente. A seguir, as lâminas foram novamente lavadas 3 vezes em PBS, por 5 minutos cada
lavagem, e incubadas com complexo Streptavidina- Biotina -Peroxidase (LSAB, DAKO,
48
Glostrup, Dinamarca), em câmara úmida por 30 minutos, à temperatura ambiente. Em
seguida, os cortes foram lavados em PBS, e a reação revelada com incubação dos cortes em
solução de diaminobenzidina e peróxido de hidrogênio à temperatura ambiente, por cinco
minutos. Após a incubação, as lâminas foram lavadas em água corrente, contra coradas com
hematoxilina de Carrazi por 60 segundos, lavadas novamente em água corrente, desidratadas
em baterias de álcool e xilol e montadas em Permount (Fisher Scientific, CA, USA).
2.1.1. Controles
Para controle positivo do marcador CD4, CD25 e CD28 foram utilizados cortes
histológicos de Tonsila Humana e para HLA-G e HLA-E, cortes histológicos de trofoblasto
Humano. O controle negativo para todos os marcadores foi constituído dos mesmos cortes
histológicos utilizados no controle positivo, subtraindo-se a etapa de incubação com o
anticorpo primário.
2.1.2. Análise quantitativa da expressão imunohistoquímica (HLA-G, HLA-E, CD4,
CD25, CD28)
As lâminas apresentando marcação positiva de HLA-G, HLA-E (membrana
citoplasmática das células epiteliais) e a marcação positiva de CD4, CD25 e CD28 no
infiltrato linfocítico das lesões orais foram submetidas à captura de imagens e a posterior
avaliação quantitativa da expressão de todos os marcadores foi realizada através de um
sistema de análise de imagem. O equipamento para análise de imagem é constituído de um
microscópio (OLYMPUS BX50) acoplado a uma câmera colorida (OLYMPUS DP10) e a um
49
computador, contendo o software (Image Pro Plus, versão 4.1 - Media Cybernetics), do
Departamento de Fisiologia e Patologia, da Faculdade de Odontologia de Araraquara
(UNESP). A média de 8 a 10 campos com células marcadas foi selecionada de cada lâmina
para a análise quantitativa dos diferentes marcadores. As células positivas foram quantificadas
em 1000 células/biópsia, estabelecendo a porcentagem de expressão imunohistoquímica para
todos os marcadores selecionados para o presente estudo.
2.1.3. Interpretação da Imunorreatividade (HLA-G, HLA-E, CD4, CD25, CD28)
Para a expressão quantitativa de HLA-G e HLA-E as lesões foram consideradas
negativas quando 25% células neoplásicas possuíam marcação castanha em membrana
citoplasmática. Em contrapartida, foram consideradas positivas as lesões orais que
apresentaram índice de positividade entre 25 a 75% e alta expressão com valores acima de
75%, segundo proposto por PALMISANO et al., 2002. Foram considerados aumento de
expressão de HLA-G e HLA-E a presença de > 25% a 100% de células neoplásicas com
marcação castanha na membrana citoplasmática. A partir da quantificação, as lesões orais
foram analisadas segundo a marcação de HLA-G e HLA-E em quatro grupos: expressão
aumentada de ambas as moléculas (G+/E+), marcação aumentada em uma molécula e
diminuída na outra (G+/E- ou G-/E+) e marcação diminuída em ambas as moléculas (G-/E).
Assim, os resultados de expressão dessas moléculas foram comparadas com o grupo de lesões
orais segundo o diagnóstico histológico, bem como em relação à presença do HPV.
Para a expressão quantitativa de CD4, CD25 e CD28, as células presentes no infiltrato
linfocítico presente no estroma das lesões orais foram consideradas negativas na ausência de
imunocoloração até 15% de lulas marcadas. A expressão desses receptores foi
considerada positiva na presença de > 15 a 100% de células do infiltrado marcadas
50
(LADANYI et al., 2004). Após a quantificação, a expressão dos receptores foi subdividida em
quatro grupos, de acordo com a diminuição da expressão dessas moléculas: quando os três
receptores tinham ausência ou expressão 15% (CD4/25/28), quando 2 receptores
apresentavam ausência ou expressão 15% (CD4/25, CD4/28, CD25/C28).
2.2. Detecção e tipagem do HPV
2.2.1. Extração de DNA genômico de tecido parafinizado
Para a extração do DNA de tecido parafinizado foram utilizados dois cortes
histológicos com espessura de 10 µm e, a extração foi realizada segundo proposto por
BETTINI et al., (2003) e modificado neste estudo. Os cortes histológicos foram transferidos
para eppendorf estéril, e foi adicionado 1000µL de xilol absoluto em cada tubo. O tecido
parafinizado contendo xilol foi homogeneizado por inversão e incubado em Banho Maria a
65ºC, por 10 min, seguido de centrifugação 4000 g, 4°C por 2 min. O sobrenadante é
descartado e esse procedimento foi repetido por 4 a 5 vezes para retirada completa da
parafina. Na última centrifugação, o sobrenadante foi removido, adicionando 700µl de xilol
absoluto e 300µl de etanol absoluto, e em seguida a amostra foi homogeneizada, centrifugado
a 4000 g, 4°C por 2 min e novamente o sobrenadante foi descartado. Em seguida, foi
adicionado ao sedimento, 500µl de xilol e 500µl de etanol absoluto, seguido de centrifugação
e descarte do sobrenadante. Novamente, foi adicionado 300µl de xilol e 700µl de etanol
absoluto. Na seqüência, 1000µl de etanol absoluto foi acrescido ao sedimento, centrifugando
e novamente descartando o sobrenadante. No sedimento obtido foi adicionado 1000µl de
tampão de lise Tris-HCL 10Mm, pH 8,5 (2,5mM MgCl2, 50mM KCl, Nonidet P-40 1% e
51
Tween1%). Em seguida os tubos foram homogeneizados, centrifugados a 4000 g, por 2 min e
o sobrenadante descartado. Novamente, o sedimento obtido foi ressuspendido com 1000µl de
tampão de lise Tris-HCl 10mM (pH 8,5) e 10µl de proteinase K (10mg/ml) e incubado em
Banho Maria a 65ºC por 2h. Após o período de incubação, os tubos foram submetidos à
temperatura de 94ºC por 10 min, objetivando a inativação da proteinase K. O DNA extraído
foi acondicionado a –20°C até o momento dos experimentos de amplificação para a detecção
do HPV.
2.2.2. Amplificação do HPV (região consenso) e de Beta-globina
Após a extração, o DNA obtido dos tecidos parafinados foi submetido à amplificação
pela reação da polimerase em cadeia (PCR) para verificar a presença de DNA (gene da Beta-
globina) nas amostras e para detectar e tipificar o HPV (GP5+/6+ e HPV tipo específico).
Considerando que os DNA extraídos de tecidos fixados e incluídos em parafina apresentam-se
fragmentados, a estratégia de amplificação deve considerar a utilização de iniciadores para
fragmentos de DNA com no máximo 200 pares de bases (pb). Todas as reações foram
realizadas no termociclador Biocycler.
A amplificação do gene da Beta-globina (β-globina) foi utilizada para avaliar a
integridade do DNA genômico pós-extração, e como um controle interno da amplificação. Os
iniciadores aqui utilizados PCO3 e PCO4 (PCO3+ CTT CTG ACA CAA CTG TGT TCA
CTA GC e PCO4+ TCA CCA CAA CTT CAT CCA CGT TCA CC) amplificam um
fragmento de 100 pares de bases (pb). A reação de PCR foi realizada sob as seguintes
condições: 0,20mM de dNTP, 0,1uM de cada iniciador, 1.25U/uL Taq DNA polimerase
(Invitrogen), tampão de PCR 1X (Invitrogen), 2µg de DNA genômico, e água destilada
deionizada para um volume final de 25 µL. Os ciclos da reação foram estabelecidos segundo
52
MORALES et al,(1993) e modificados posteriormente nas etapas de padronização A mistura
de reaçao foi amplificada pelo programa de 1 ciclo de 94ºC por 7 min, 35 ciclos de 94°C por
1min, 55°C por 1min e 72°C por 1 min e 1 ciclo de 72ºC por 10 min.
Para detectar a presença do DNA do HPV nas amostras analisadas, foram utilizados os
iniciadores GP5+ e GP6+(MANOS et al., 1989) que amplificam um fragmento de 142 pb da
região L1 comum a todos os tipos de HPV. A reação de PCR foi realizada segundo o
protocolo modificado de BETTINI et al., (2003), utilizando-se 0,20mM de dNTP, 0,60uM de
cada iniciador, 1,25U/uL Taq DNA polimerase (Invitrogen), tampão de PCR 1,4 x
(Invitrogen), 2µg de DNA genômico e água deionizada para um volume final de 25 µL. O
DNA das amostras foi amplificado em termociclador de acordo com as seguintes condições: 1
ciclo de 95ºC por 5 min, 37 ciclos de 94°C por 30s, 45°C por 45 s e 72°C por 1 min e
finalmente 1 ciclo de 72°C por 10 min. Como a quantidade de DNA viral presente na amostra
é pouca em relação ao DNA humano e a qualidade do DNA extraído de fragmentos
parafinizados com xilol e álcool é baixa, foram necessáris 2 reações de PCR (nested PCR) sob
as mesmas condições da primeira para permitir a visualização dos produtos amplificados nos
géis de poliacrilamida 10%. A segunda PCR foi realizada sob as mesmas condições de
primeira, substituindo-se o DNA genômico por 1µL de DNA amplificado na primeira reação.
A tipagem dos HPVs 6, 11, 16, 18, 31 e 33 foi realizada em todas as amostras
positivas para GP5+/GP5+, segundo protocolo descrito e modificado por Walboomers et al.,
(1999). Para os procedimentos de amplificação e identificação dos tipos de HPV um volume
final de reação de 25 µl foi utilizado, numa mistura da reação que incluía 20 ng de DNA
genômico, 0,020 mM de deoxinucleosideo trifosfato (Pharmacia, Uppsala, Sweden), 0.6 µM
de primer (IDT, IA, USA), 1,25 U Taq polimerase, 3 mM MgCl2, and 1x buffer (Invitrogen,
Brasil). As condições dos ciclos de amplificação foram: desnaturação de 94°C por 5 min,
seguida por 35 ciclos de 94°C por1 min, 55°C por 1min, and 72°C por1 min e a extensão por
53
1 ciclo de 72 °C por 10 min.Para a amplificação do HPV11 a temperatura de anelamento
utilizada foi de 60°C.A observação de todos os produtos amplificados foi feita em gel de
poliacrilamida 10%, submetido à eletroforese a 250 volts por 1 hora e 30 minutos e corado
com nitrato de prata (SANGUINETI, 1994).
3. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Considerando que os dados apresentaram distribuição Gaussiana no teste de
normalidade, a análise estatística da expressão imunohistoquímica quantitativa de HLA-G e
HLA-E em relação ao diagnóstico histopatológico e à infecção viral foi realizada através do
teste paramétrico de análise de variância (One Way ANOVA) com pós-teste de comparação
múltipla de Bonferroni para avaliação de significância entre o grupo. Análise de correlação
entre a expressão quantitativa de HLA-G e HLA-E em lesões infectadas por HPV foi
realizada pelo teste de correlação linear de Pearson. Para a avaliação da associação entre
HLA-G e HLA-E, segundo a maior ou menor expressão imunohistoquímica, em relação ao
diagnóstico histológico das lesões e à infecção pelo HPV foram utilizados, respectivamente, o
qui quadrado para testes independentes e o teste exato de Fisher. Os dados de expressão de
CD4, CD25 e CD28 não passaram no teste de normalidade e, portanto, foi utilizado o teste
não paramétrico de Kruskall Wallis com pós-teste de Dunnet para múltiplas comparações
entre a expressão quantitativa desses receptores em relação ao diagnóstico das lesões orais
bem como a análise de correlação da expressão qualitativa das moléculas CD25 e CD28 em
relação ao diagnóstico histológico das lesões orais e à infecção pelo HPV. Teste exato de
Fisher foi aplicado na comparação entre a expressão de CD25 e CD28 e o diagnóstico
histológico e a presença de HPV. Os valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente
significantes. Os dados estatísticos foram avaliados pelo software Instat Mac 2.01 (GraphPad
software, San Diego, CA, USA).
54
RESULTADOS
55
1- EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DE MOLÉCULAS NÃO CLÁSSICAS
HLA-G E HLA-E EM LESÕES DE MUCOSA ORAL SSOCIADAS A INFECÇÃO
PELO HPV
Os resultados da avaliação da expressão imunohistoquímica quantitativa de HLA-G e
HLA-E em relação ao diagnóstico histológico e a infecção pelo HPV estão demonstrados nas
Tabelas 1 e 2 e Figuras 1 a 3. Na Tabela 1 está demonstrada a detecção do HPV e o
diagnóstico histológico das lesões de cavidade oral dos 51 pacientes. Das 51 lesões orais 24
(47%) foram infectadas pelo HPV, dessas 11 (47%) faziam parte do grupo das 18 lesões
benignas, 8 (47%) foram das 16 lesões pré malignas e 5 (28%) foram das 17 lesões de
carcinoma de células escamosas (OSCC). No grupo das lesões benignas infectadas pelo HPV,
8 (44%) foram diagnosticadas como Hiperplasia oral, sendo que 5 (42%) estavam infectadas
com HPV18, 1 (8%) estava infectada com HPV11 e 1 (8%) estava infectada com um tipo o
identificado (NI) pelos primers propostos neste estudo. Assim, das 18 lesões benignas
infectadas pelo HPV, 3 (17%) foram Papiloma escamoso oral, sendo que 2 (11%) estavam
infectadas pelos tipos HPV18/31/6 e 1 (6%) por um tipo NI pelos primers propostos neste
estudo. No grupo das lesões pré malignas infectadas pelo HPV, 4 (25%) das 16 pré malignas
eram Líquen plano, sendo que 1 (6%) estava infectada pelo HPV18, 1 (6%) estava infectada
pelos tipos de HPV 18/6/11 e 1 (6%) por um tipo NI pelos primers propostos neste estudo.
Ainda no grupo das lesões pré malignas 4 (25%) foi diagnosticada como Leucoplasia com
displasia severa, sendo 2 (13%) infectadas pelo HPV18 e 2 (13%) infectadas por um tipo NI
pelos primers propostos neste estudo. Finalmente, dos Carcinomas de células escamosas
(OSCC) infectados pelo HPV, 2 (12%) dos 17 diagnosticados como OSCC foram HPV18, 1
(6%) foi HPV18/31/6 e 1 (6%) foi do tipo NI pelos primers propostos neste estudo. Não foi
encontrado nenhum HPV16 em todas as lesões avaliadas neste estudo.
56
Na Tabela 2 e Figura 1 a 3 está demonstrada a expressão imunohistoquímica
quantitativa comparadas com os grupos das lesões orais. A expressão de HLA-G e HLA-E foi
classificada como alta expressão de ambas as moléculas (G+/E+), alta e baixa expressão
(G+/E-) ou (G-/E+) e baixa expressão de HLA-G e HLA-E (G-/E-). A Tabela 2 demonstra a
desregulação de HLA-G e HLA-E (G+/E+, G+/E-, G-/E+), sendo verificado em lesões
benignas e pré malignas, enquanto nas lesões malignas (OSCC) não foi encontrada expressão.
( Tabela 2, P = 0,007).A associação foi encontrada entre as lesões infectadas pelo HPV e a
desregulação de HLA-G e HLA-E ( P = 0,0025). A desregulação das moléculas o clássicas
foi verificada com maior freqüência nas lesões orais infectadas pelo HPV18 e nas lesões
infectadas com dois ou três tipos de HPV. A análise quantitativa da expressão de HLA-G e
HLA-E (Figura 1), demonstra que a alta expressão de HLA-G foi predominante nas lesões
benignas e decrescentes nas lesões orais pré malignas e malignas (P=0,0196). Em contraste,
não foi observado diferença significante entre as lesões orais benignas, pré malignas e
malignas e a expressão do HLA-E. Interessantemente, houve uma correlação inversa (Figura
2; r = - 0,3944; P = 0,0462) observada entre a alta expressão de HLA-G e a baixa expressão
de HLA-E nas lesões infectadas pelo HPV, o que poderia indicar que a desregulação de HLA-
G e HLA-E pode estar mais relacionada com a infecção pelo HPV do que com a atipia celular
e o câncer.
57
Tabela 1 – Expressão das moléculas não clássicas e detecção do DNA HPV em 51 pacientes
com lesões orais de acordo com diagnóstico histopatológico de lesões benignas (Hiperplasia e
papiloma) pré malignas (líquen plano, leucoplasia com e sem displasia) e malignas (OSCC).
HPV Positivo HPV Negativo HPV11 HPV18 HPV18/31/6 HPV18/6 NI
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%) N (%) n (%)
Benigna (n=18) 11(58) 7 (37) 1 (5) 5 (26) 2 (11) 0 3 (16)
Pre maligna (n=16) 8 (47) 8 (47) 0 4 (24) 0 1 (6) 3 (18)
Maligna (n=17) 5 (28) 12 (67) 0 2 (11) 2 (11) 0 1 (6)
Total 24(47) 27 (53) 1 (4) 11 (46) 4 (17) 1 (4) 7 (29)
NI = HVP não identificado; OSCC = carcinoma célula escamosa.
58
Tabela 2 - Expressão imunohistoqmica quantitativa das moculas HLA-G and HLA-E de 51
pacientes com lesões orais de acordo com diagstico histopatogico de lesoes
benignas(Hiperplasia e papiloma), pre malignas (liquen plano, leucoplasia com e sem displasia) e
malignas (OSCC).
G(+)/E(+) G(-)/E(-) G(+)/ E(-) G(-)/E(+) Total
n (%) n (%) n (%) n (%) n
Benigna
(
a)
4 (21) 2 (11) 10 (53) 2 (11) 18
Pre maligna 1 (12) 1 (6) 8 (47) 6 (35) 16
Maligna 3 (17) 8 (44) 4 (22) 2 (11) 17
Total n(%) 8 (16) 11 (22) 22 (43%) 10 (20) 51
HPV Positivo
(
b)
5(21) 0 14(58) 5(21) 24
HPV Negativo 3(11) 11(41) 8(30) 5(19) 27
HPV 11 0 0 1(100) 0 1
HPV18 4(36) 0 4(36) 3 (36) 11
HPV18/31/6 0 0 4(100) 0 4
HPV18/6 0 0 1 (100) 0 1
NI 1(14) 0 5 (71) 1(14) 7
HLA-G(+) and HLA-E(+) = 25% células marcadas, HLA-G (-) e HLA-E(-) = <25% de
células marcadas.
OSCC = carcinoma espino celular.
(a)
HLA- G e HLA-E expressão versus lesões orais. Qui quadrado, P = 0.007.
(b)
HLA- G and HLA-E expressão versus infecção. Fisher’s Exact Test, P = 0.0025.
59
Figura 1: Expressão quantitativa de moléculas não clássicas (HLA-G e HLA-E) nas 51 lesões
orais classificadas como benignas (hiperplasia e papiloma), pré malignas (líquen plano e
leucoplasia) e malignas (carcinoma espinocelular). A) Expressão quantitativa de HLA-G,
ANOVA (P=0.0196) com pós teste de comparação múltipla de Bonferroni(*) nas lesões
benignas verso malignas; p<0.05. B) Expressão quantitativa de HLA-E, ANOVA (P =
0.9024).
60
Figura 2 Correlação de Pearson entre a expressão quantitativa de HLA-G e HLA-E
em lesões orais infectas pelo Papilomavírus Humano. r = - 0.3944; P = 0.0462.
0 20 40 60 80 100
0
20
40
60
80
100
HLA-G (%)
HLA-E (%)
r = - 0.3944; p=0.046
61
Figura 3- Reação de imunoperoxidase para HLA-G e HLA-E com marcação castanha
no citoplasma (setas) em lesões de cavidade oral infectadas por HPV. A) Expressão de HLA-
G em Hiperplasia Fibrosa apresentando intensa marcação citoplasmática; B) Expressão de
HLA-G em leucoplasia sem displasia com marcação citoplasmática de moderada intensidade;
C) Expressão de HLA-G em Carcinoma espinocelular com intensa marcação citoplasmática;
D) Expressão de HLA-E em Hiperplasia Fibrosa apresentando marcação citoplasmática
discreta; E) Expressão de HLA-E em leucoplasia sem displasia com marcação citoplasmática
de intensidade discreta; F) Expressão de HLA-E em Carcinoma espinocelular com marcação
discreta. Barra de escala = 25µm.
62
2- EXPRESSÃO IMUNOHISTOQUÍMICA DOS RECEPTORES CD4, CD25 E CD28
EM LESÕES DE MUCOSA ORAL INFECTADDAS PELO HPV
Considerando todas as lesões orais analisadas, foi detectado DNA de HPV em 30 das 79
(38%) pesquisadas, sendo 12 das 31 (40%) foram lesões benignas, 13 das 25 (43%) eram pré
malignas e 5 das 23 (17%) eram carcinomas de células escamosas (OSCC). De todas as lesões
benignas infectadas com HPV, 8 (67%) foram diagnosticadas como Hiperplasia oral, sendo
que 5 (42%) foram HPV18, 1 (8%) foi HPV11 e 2 (17%) do tipo de HPV não identificado
pelos primers utilizados neste estudo.Ainda nas lesões benignas, 4 de 12 (33%) foram
Papiloma escamoso oral, das quais 2 (17%) tiveram infecção tripla por HPV ( HPV18/31/6) e
2 (17%) apresentaram o tipo de HPV não identificado pelos primers utilizados neste estudo.
Nas lesões pré malignas infectadas pelo HPV, 3 das 13 (23%) foram Líquen Plano, sendo
HPV18, HPV18/31/6 e 1 tipo não foi identificado pelos primers deste estudo respectivamente.
Nas lesões pré malignas, 2 (15%) foram Leucoplasia sem displasia e 7 (54%) foram
Leucoplasia com displasia discreta a severa. Nas Leucoplasias sem displasias foram
encontrados os tipos de HPV18, HPV18/31/6 e HPV31/6 sendo um caso de cada tipo. Em
contraste, nas Leucoplasias com displasia 1 (8%) foi HPV18 e 2 (15%) foi HPV18/31/6 e 4
casos (31%) de HPV o identificado. Finalmente, os OSCC infectados com HPV, 2 de 5
(40%) foi HPV18, 1 (20%) foi HPV31/6, 1(20%) foi HPV18/31/6 e 1(20%) foi de HPV o
identificado. O HPV 16 não foi encontrado nas lesões avaliadas neste estudo (Tabela 1).
Embora, um pequeno número de macrófagos e células dendríticas foi marcado pelos
receptores CD4 e CD25, sendo que a maioria das células marcadas por estes receptores foram
os linfócitos (Figura 2). A comparação da expressão quantitativa de CD4, CD25 e CD28 nas
lesões orais foi representada de acordo com a expressão nas três moléculas, na combinação de
2 moléculas e pela análise de apenas uma molécula, demonstrada na Tabela 2 e Figura 1.
Outra vez, nas lesões orais que exibiu baixa ou ausência de expressão imunohistoquímica
63
destas moléculas (<15% de células marcadas). Considerando a expressão das três moléculas
nos mesmos pacientes, obteve-se ausência ou baixa expressão nas lesões benignas, pré
malignas e malignas tanto quanto o aumento da progressão da lesão e da coexpressão destas
moléculas. Quando foi considerado a combinação de CD4/CD25 e CD4/CD28 a ausencia ou
baixa a expressão destas moléculas nas lesões benignas e pré malignas estava
aumentada(Tabela 2). Quando a expressão destas moléculas foi considerada individualmente,
a expressão de CD4 diminuida foi significante em pacientes que apresentavam lesões
malignas quando comparados com pacientes com lesões benignas e pré malignas (p<0.005).
A expressão de CD25 foi similar em todas as lesões. A expressão de CD28 foi significante em
lesões malignas quando comparadas com lesões benignas e pré malignas (p<0.001). (Figura
1). Quando a expressão das moléculas CD4, CD25 e CD28 em várias combinações foram
associadas com a presença ou não da infecção pelo HPV o foi observada diferença
estatística significante (Tabela 3).Contudo, pacientes infectados pelo HPV18 não exibiram
diferença estatística significante na diminuição da expressão destas moléculas relacionadas
com pacientes com outros tipos de HPV.
64
Tabela 1 Detecção de DNA de HPV observado em 79 lesões de acordo com diagnóstico
histológico em benignas (hiperplasia e papiloma), pré-malignas (liquen plano, leucoplasia
com ou sem displasia) e malignas (carcinoma espino celular).
HPV
Positivo
HPV
Negativo
HPV18
HPV18/31/6
HPV31/6
HPV6/11
NI Total
N (%) n (%) n (%)
n (%) n (%) n (%) n(%)
N(%)
Benigna (n=31) 12 (40) 19 (39) 5 (17) 2 (7) 0 2 (3) 3(10)
12 (40)
Premaligna(n=25)
13 (43) 12 (24) 3 (10) 4 (13) 1 (3) 0 5(17)
13 (43)
Maligna (n=23) 5 (17) 18 (37) 2 (6) 1 (3) 1 (3) 0 1(3) 5 (17)
Total (n=79) 30 (38) 49 (62) 10 (33)
7 (23) 2 (6) 2 (6) 9(30)
79(100)
NI = tipo de HPV não identificado
Tabela 2 Ausência ou baixa espresssão imunohistoquímica ( índice de positividade=<15%)
de moléculas CD4, CD25 and CD28 observadas em 79 lesões orais, classificadas de acordo
com o diagnóstico histopatológico em benignas(hiperplasia e papiloma), pré-malignas (líquen
plano, leucoplasia com e sem displasia) e malignas (carcinoma espinocelular).
CD4/25/28 CD4/CD25 CD4/CD28 CD25/CD28
n (%) n (%) n (%) n (%)
Benigna (n=31)
18 (58) 4 (13) 3 (10) 3 (10)
Pre maligna (n=25)
12 (48) 3 (12) 1 (4) 4 (16)
Maligna (n=23)
7 (30) 12 (52) 1 (4) 2 (9)
Total (n=79)
37 (47) 19 (24) 4 (5) 9 (11)
Qui-Quadrado por inpedância, P=0.0347
NI = tipo de HPV não identificado
65
Tabela 3 Ausência e baixa expressão imunohistoquímica ( índice de positividade=
<15%) das moléculas CD4, CD25 and CD28 molecules observadas em 79 lesões orais
classificadas de acordo com as lesões orais com a presença ou não de algum tipo de HPV.
CD4/25/28 CD4/CD25 CD4/CD28 CD25/CD28
Total
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
HPV positivo (n=30)
13 (43) 4 (13) 2 (7) 4 (13) 23 (77)
HPV negativo (n=49)
12 (24) 4 (8) 1 (2) 3 (6) 20 (41)
HPV 18 (n=8)
3 1 1 2 7 (88)
HPV 18/31/33 (n=5)
3 0 0 0 3 (60)
HPV 31/6 (n=2)
1 1 0 0 2 (100)
HPV 6 (n=1)
1 0 0 0 1 (100)
NI (n=10)
6 2 0 2 9 (90)
Qui-Quadrado por inpedância, P<0.0001
NI = tipo de HPV não identificado
66
Figura 1- Expressão imunohistoquímica quantitativa de CD4,CD25 e CD28 através do
sistema de análise de imagem observada nas 79 lesões orais classificadas de acordo com o
diagnóstico histológico em lesões benignas (n=31) (hiperplasia e papiloma), pré-malignas
(n=25) (líquen plano, leucoplasia com e sem displasia) e malignas (n=23) (carcinoma
espinocelular). * P<0.005; Pós teste de Dunn’s comparação entre lesões benignas e malignas,
p<0.001.
Benign
Premalignant
Malignant
0
5
10
15
20
25
C
CD28 (%)
Benign
Premalignant
Malignant
0
5
10
15
20
25
B
CD25 (%)
Benign
Premalignant
Malignant
0
5
10
15
20
25
A
CD4 (%)
*
*
67
Figura 2 Reação de imunoperoxidase para CD25 e CD28 no infiltrado inflamatório
de lesões de cavidade oral infectadas por HPV com marcação castanha nas células
inflamatórias (setas). A) Expressão de CD25 em Hiperplasia Fibrosa com intensidade
moderada; B) Expressão de CD25 em Leucoplasia sem displasia com intensidade discreta, C)
Expressão de CD25 em Carcinoma espinocelular com intensa marcação; D) Expressão de
CD28 em Hiperplasia Fibrosa com intensidade discreta; E) Expressão de CD28 em
Leucoplasia sem displasia com intensidade moderada; F) Expressão de CD28 em Carcinoma
espinocelular com intensa marcação. Barra de escala = 25µm.
68
Figure3 - Expressão imunohistoquímica de moléculas CD4 no infiltrado linfocitário de
lesões infectadas por DNA HPV, de acordo com o diagnóstico histológico. A)Hiperplasia oral
(Moderada) B) Leucoplasia com displasia (Intensa) e C) Carcinoma espinocelular
(Moderado). Barra de escala = 25 µm.
69
DISCUSSÃO
70
Os tipos de HPV de alto risco são agora reconhecidos como um potencial fator de
risco para a carcinogênese oral (HA e CALIFANO, 2004). No presente estudo, a infecção
pelo HPV foi encontrada em 38% das lesões de mucosa oral. A presença do DNA do HPV é
encontrada em proporções muito variadas em diversos estudos, com freqüência média de 20 a
30% (D’COSTA et al., 1998; MIGUEL et al., 1998, SOARES et al., 2003). Estudos
anteriormente realizados em nosso laboratório demonstraram a presença de HPV em lesões
benignas e malignas de mucosa oral com positividade variando de 33 até 60% (SOARES et
al., 2000; SOARES et al., 2002; FREGONESI et al., 2003; SOARES et al., 2003). A presença
do vírus na mucosa oral pode contribuir para a carcinogênese por fatores combinados. A
somatória de eventos como infecção pelo HPV, deficiências imunológicas e co-carcinógenos
químicos ou físicos favorecem o desenvolvimento do câncer oral (LLEWELLYN et al., 2001;
MILLER e JOHNSTONE, 2001). A associação entre câncer e infecção pelo HPV no epitélio
do trato genital masculino e feminino é bem conhecida. Entretanto, o estudo do papel do
HPV em mucosa oral, relacionado com proliferações benignas ou malignas é um tema que
merece ser mais investigado. A possível relação do HPV na etiologia do câncer oral foi
primeiramente relatada por SYRJANEN (1993). Muitos trabalhos desde então se seguiram e
essa hipótese vem se tornando cada vez mais consistente (MUNGER e PHELPS, 1993;
MCGLENNEN, 2000; SAND et al., 2000; SCULLY et al., 2000). Nesse estudo foi
observada alta freqüência dos tipos de HPV de alto risco em lesões benignas e pré-malignas e,
embora prévios estudos tenham associado esses tipos de HPV ao câncer oral (SAND et al.,
2000; FREGONESI et al., 2003), foi pequena a frequência do DNA do HPV nos casos de
câncer oral (17%). Os mesmos tipos virais, e mais proeminentemente o HPV 18, têm sido
encontrados em câncer de laringe, orofaringe e língua (DE VILLIERS, 1997). No total, 16
tipos de HPV (1, 2, 3, 4, 6, 7, 10, 11, 13, 16, 18, 31, 32, 33, 35, 57) foram isolados de
lesões orais (CHANG, et al., 1993; MILLER, 1994). A maioria dos tipos HPVs de baixo risco
71
(6, 11, 13 e 32) estão associados a lesões papilomatosas benignas da mucosa oral (papilomas,
condiloma acuminado, verruga vulgar) e apresentam pequeno potencial de progressão
maligna. Em contraste, os genótipos de alto risco (16, 18, 31, 33, 35) têm potencial de
malignidade aumentado e estão freqüentemente associados às displasias epiteliais e carcinoma
de células escamosas orais (LAKSHMI et al., 1993; SAND et al., 2000). Dessa forma, os
tipos de HPVs que eram considerados exclusivos do trato anogenital estão sendo encontrados
nos tecidos de revestimento bucal, o que torna este vírus um importante agente etiológico no
desenvolvimento do câncer (CHANG, SYRJANEN et al., 1993; MIGUEL et al., 1998). Nas
lesões orais benignas avaliadas no presente estudo, foi observada uma alta prevalência de
tipos de HPV oncogênicos, sugerindo que a infecção pelo HPV ocorra em estágios precoces
de desenvolvimento das lesões proliferativas de cavidade oral (PAPAROTTO LOPES e
MEEKS 2001, HABERLAND-CARRODEGUAS et al., 2003). Assim, a detecção precoce do
HPV nessas lesões é altamente recomendada e pode oferecer novas direções para a terapia e
prevenção do câncer oral (MOLIJN et al., 2004).
Entre as lesões infectadas, foi observada uma maior prevalência de HPV18 e,
surpreendente ausência de HPV16. Recente estudo, avaliando 60 artigos elegidos da
literatura, encontrou maior prevalência de HPV16 e em segundo lugar de HPV18 (KREIMER
et al., 2005). A alta prevalência de HPV18 encontrada em nosso estudo poderia significar uma
particularidade geográfica de distribuição observada no interior de São Paulo, demonstrada
em estudo anterior, cujas lesões cervicais também apresentaram maior prevalência de HPV18
(GUIMARÃES et al., 2005).
De maneira intrigante, algumas lesões orais apresentaram infecção por múltiplos tipos
de vírus e isso ocorreu especialmente nas lesões pré-malignas e no câncer oral. Não
dúvida de que certas leucoplasias evoluem para o carcinoma espinocelular (REGEZI e
SCIUBA, 2000). A freqüência de transformação maligna da leucoplasia oral varia entre 0 e
72
20% e aproximadamente 5% de todas as leucoplasias se transformarão em câncer em um
período médio de 5 anos (SCHEPMAN, 1998) . Com base em estudos de taxa de
transformação maligna, os pacientes com leucoplasia possuem um risco cinco vezes maior de
desenvolver câncer oral do que pacientes sem este tipo de lesão (VAN DER WAAL, 1997).
Considerando estudos prévios, o presente estudo resolveu avaliar os tipos de HPV mais
prevalentes na mucosa oral e portanto foram utilizados primers para a identificação dos tipos
de HPV6, 11, 16, 18, 31 e 33. Não foi possível identificar 9(30%) lesões orais que
apresentaram-se positivas utilizando primer GP5+/6+. Entretanto, outros tipos de HPV menos
comuns (JIMENEZ et al., 2001) deverão ser avaliados para melhor entendimento da
associação entre o HPV, carcinogênese oral e resposta imunológica celular.
O papilomavírus humano (HPV) é encontrado nas lesões de cavidade oral e vem
sendo considerado um dos fatores de risco para a carcinogênese oral por promover o
descontrole do ciclo celular e algumas vezes o HPV é eliminado pela ativação do sistema
imunológico. Entretanto, ocasionalmente as lesões não regridem e a progressão maligna da
doença acontece sob condições apropriadas do micro-ambiente. A persistência da infecção
viral parece ser necessária para a progressão neoplásica e a incapacidade de remover a
infecção viral é atribuída á pobre resposta imunológica (O’BRIEN e CAMPO, 2002).
O sistema imune do hospedeiro desempenha um papel fundamental no resultado
clínico de lesões relacionadas ao HPV. Cerca de 70% a 90% dos indivíduos infectados
eliminam o vírus entre 12 a 24 meses após a detecção da infecção inicial. A persistência viral
nos 10% a 30% restantes está geralmente relacionada ao tipo viral infectante (oncogênicos) e
com o quadro imunológico do paciente. Estudos demonstraram que, em pacientes
imunossuprimidos, um aumento da persistência viral e maior progressão de lesões
neoplásicas (OZSARAN, 1999; HARWOOD, 2000; HEARD 2000). em indivíduos
imunocompetentes, pode ocorrer a deficiência ou ausência da resposta imunológica,
73
permitindo assim que o vírus utilize estratégias para evadir-se da imunovigilância do
hospedeiro. O HPV pode subverter a resposta imune do hospedeiro, atuando diretamente na
resposta antiviral através da inibição da síntese de interferon tipo I e moléculas HLA de classe
I envolvidas na apresentação de antígenos aos CTLs (FRAZER, 1996; RONCO, 1998 ;
ALCAMI, 2000 ; O'BRIEN 2002; TINDLE, 2002). A infecção pelo HPV e a neoplasia
cervical estão associados ao impedimento da imunidade celular e não especificamente à
imunidade humoral, indicando que os efetores da imunidade celular são mais importantes que
os anticorpos nesta doença. Existem evidências de que a imunidade celular, e não a humoral,
tem um papel importante na destruição de células infectadas com vírus (ABBAS,2005).
O HPV pode escapar da defesa imunológica, modificando a polarização de células T,
induzindo uma menor expressão de moléculas CHP de classe I e reduzindo a função das
células apresentadoras de antígeno. Nas lesões pré-malignas e malignas ocorre um defeito na
apresentação do antígeno, pois o vírus promove um decréscimo de moléculas MHC de classe
I e de proteínas TAP, dificultando sua eliminação (KEATING et al., 1995).
Embora trofoblastos e tumores sejam ambos imunogênicos, eles são capazes de
escapar da imunovigilância do hospedeiro. Os mecanismos exatos envolvidos neste processo
são surpreendentemente similares em ambas as situações (WILCZYNSKI, 2006). No presente
estudo o aumento da expressão de HLA-G e baixa expressão de HLA-E foram observados,
sendo a expressão de HLA-G elevada nas lesões benignas e diminuindo nas lesões pré-
malignas e no câncer oral. Ainda, alta expressão de HLA-G foi observada em associação
estreita com a presença do DNA do HPV. Não parece surpresa que as lesões benignas e pré-
malignas, as quais apresentam maiores níveis de expressão de HLA-G, sejam também as
mesmas lesões com maior freqüência da infecção pelo HPV. Existem cada vez mais relatos
sobre o papel dos vírus na modulação da expressão do HLA-G. Seu efeito é dependente do
tipo celular. A expressão de HLA-G por células neuronais foi observada após a infecção pelo
74
vírus da raiva em níveis de mRNA e na superfície celular (LEMAOULT, et al., 2003). HLA-
G também foi altamente regulado em infecções de monócitos pelo citomegalovírus (CMV)
humano após estimulação alogênica (ONNO et al., 2000). Em pacientes infectados pelo vírus
da imunodeficiência humana (HIV human immunodeffiency vírus), foi observada uma alta
expressão de HLA-G1 na superfície de todos os monócitos e em 10% das células T desses
pacientes (LOZANO et al., 2002; CABELLO et al., 2003).
HLA-G é observado como uma molécula com caráter imunossupressivo e
imunomodulatório no desenvolvimento do câncer (TRIPATHI eAGRAWAL, 2006). A
molécula HLA-G pode inibir as funções de lulas T e células natural killer (NK) e a alta
concentração dessa molécula poderia sistematicamente reduzir a imunovigilância contra o
desenvolvimento do tumor e assim favorecer a progressão do câncer. A inibição de células
NK promovidas pela elevada expressão de HLA-G ocorre pela interação direta da molécula
G com receptores inibitórios na superfície das células NK, denominado killing
immunoglobulin-like receptors (KIRs) ou agindo indiretamente, estabilizando a expressão de
HLA-E na superfície celular. In vitro, a expressão da molécula HLA-G apresenta-se
intensamente aumentada por citocinas Th1, como IFN gama, enquanto as citocinas Th2 (IL-
4, IL-10) promovem menores efeitos sobre a molécula HLA-G (REBMANN et al., 2003;
ROUAS-FREISS et al., 2005). Células T CD4+ secretam IL-10 em resposta a proteínas de
capsídeo de diversos vírus, estas proteínas são apresentadas pelas células dendríticas e
desviam a resposta de células T CD8+ associadas a epítopos restritos pela molécula CHP de
classe I. Essa associação, reduz a produção de IFN-gama, resultando na baixa resposta de
células T CD8 contra células tumorais e/ou infectadas por vírus (LIU et al, 2006).
O presente estudo observou uma correlação inversa entre a alta expressão de molécula
HLA-G e a baixa expressão de molécula HLA-E na maioria das lesões infectadas pelo HPV.
A regulação positiva da molécula HLA-G permite a estabilidade da molécula HLA-E na
75
superfície e poderia potencializar a resposta imunossupressora da molécula –G (ROUAS-
FREISS et al., 2005). Entretanto, alterações genéticas e moleculares acumulativas nas células
tumorais levariam ao aparecimento das moléculas HLA-E em um número limitado de
linhagens celulares tumorais e estaria relacionada com a regulação negativa da molécula HLA
de classe I ou mutação em subunidades da molécula de classe I (MARIN et al., 2003).
Recente estudo demonstrou que a expressão de HLA-E na superfície das células de melanoma
diminui a sua susceptibilidade à lise pelos linfócitos T citotóxicos (CTL) (DERRE et al.,
2006). No presente estudo, o HPV esteve presente com maior frequência em lesões orais com
alta expressão de ambas as moléculas não clássicas (G+/E+) e em diferentes níveis de
expressão com HLA-G elevado e HLA-E baixo (G+/E-) ou HLA-G baixo e HLA-E alto (G-
/E+). A elevada expressão de HLA-E foi observada em um pequeno número de lesões orais,
algumas delas infectadas pelo HPV. A expressão aberrante de HLA-E pode ser de particular
relevância biológica quando comparada à inibição da citotoxidade das células NK devido a
interação com o receptor CD94/NKG2A.( MARIN, 2003. Assim, a expressão aberrante de
HLA-G e a baixa expressão de HLA-E em associação com as lesões proliferativas e
malignas de mucosa oral infectadas pelo HPV sugerem que diferentes níveis de ambas as
moléculas o clássicas poderia ser uma estratégia do HPV para escapar da imunovigilância
do hospedeiro realizadas pela ação lítica das células NK e linfócitos T citotóxicos.
A análise quantitativa de CD4, CD25 e CD28 e o diagnóstico histológico das lesões
orais demonstrou uma menor expressão de CD4 e CD25, bem como maior expressão de
CD28 nos carcinomas de mucosa oral. Células T CD4+ produzem IL-2, que é considerado
um fator de crescimento crítico de células T devido à habilidade de crescimento e expansão
dessas células em cultura sob estímulo de IL-2 (ANTONY et al., 2006). Da mesma forma, a
ação autócrina e parácrina da produção de IL-2 resulta na expressão de CD25 (receptor de
IL-2) que es relacionada à sobrevida e mecanismo supressivo de células T regulatórias,
76
(Treg) (WANG e CHEN, 2004). Adicionalmente, dentre as várias citocinas, os níveis de IL-2
também ativam células natural killer (NK), resultando na lise de células tumorais e/ou
infectadas por vírus (RALAINIRINA et al., 2006). Por outro lado, a maior expressão de
CD28 observada nesse estudo poderia indicar a ativação do segundo sinal para a proliferação
de células T. Quanto ao CD28 estar expresso em altos níveis, foi também encontrada baixa
expressão de CD4 e CD25, podendo indicar que os sinais co-estimulatórios promovidos pela
expressão de CD28 poderiam não ser eficientes, impedindo o aumento de produção de IL-2 e
CD25. Entretanto, a alta expressão de CD28 no infiltrado linfocítico pode corresponder a uma
diminuição ou ausência de expressão de CD28 nas lulas epiteliais (BECKER et al., 2000).
Na mucosa cervical, o decréscimo de células de Langerhans na zona de transformação
apresentando lesões intraepiteliais tem sido associado à redução in vivo da proliferação de
células T e produção de IL-2
(GONCALVES e DONADI, 2004). Com a progressão para
lesões intra-epiteliais de alto grau (HG-SIL), ocorre o aumento de células de Langerhans
imaturas com função deficiente observada nesse epitélio quando comparado com a zona de
transformação (GONCALVES e DONADI, 2004).
A expressão de IL-2 e INF-gama (INF-γ) é freqüentemente observada nos estágios
recentes dos tumores de mucosa oral. Estudos prévios demonstram que as oncoproteínas do
HPV inibem a indução da resposta imune ativada por INF-γ, interferindo na efetiva
eliminação do vírus (BARNARD e MCMILLAN, 1999). A resposta ao tratamento com INF-γ
é fraca em lesões com HPV16 e HPV18 quando comparadas às lesões infectadas por
HPV6/11 (SCHNEIDER, 1987). Lesões pouco diferenciadas e aquelas com potencial
metastático expressam mais IL-4 e IL-10 e suprimem a expressão de IL-2 e INF-γ
(BARNARD e MCMILLAN, 1999).
Embora a resposta imunológica ao HPV seja ainda pouco compreendida, tem sido
postulado que a resposta imune principalmente celular (Th1), em oposição à resposta humoral
77
(Th2), seja fundamental para a eliminação do vírus (GONCALVES e DONADI, 2004). Ao
avaliar a expressão de receptores de células T regulatórias ou efetoras (CD4, CD25 e CD28),
foi observado no presente estudo a menor expressão desses receptores no infiltrado
linfocitátio das lesões orais e associação positiva com a presença de malignidade e infecção
pelos tipos de HPV de alto risco. Nossos resultados se opõem aos observados em alguns
estudos, nos quais o aumento da expressão de IL-2R tem sido documentado em neoplasias
malignas humanas e nas linhagens celulares derivadas de câncer (ROCHA-ZAVALETA, et
al., 2004). No câncer cervical, o aumento da expressão de IL-2R é observado em lesões intra-
epiteliais de alto grau (HGSIL) que evoluem para o câncer (UNG, et al., 1999). No presente
estudo, observou-se uma menor população de linfócitos CD4+ CD25+ progressivamente
entre as lesões benignas, pré-malignas e malignas de mucosa oral, possivelmente indicando
menor resposta de células T associada com o câncer oral e a infecção pelo HPV. Baixa ou
perda de expressão de células T CD4 e CD25 poderia resultar na resposta imune celular
deficiente ao tumor e/ou às células infectadas por vírus (ALCOCER-GONZALEZ et al.,
2006, DELONG et al., 2005). A progressão do câncer parece relacionada à diminuição de
produção de IL-2 e outras citocinas nos linfócitos infiltrantes no tumor, bem como em
defeitos na via de CLTs, contribuindo para a inabilidade do sistema imune em eliminar as
células neoplásicas e, em especial , as células malignas de tumores de cabeça e pescoço
(KERREBIJN et al., 1999). A presença de células T CD4+ CD25+ poderia ser responsável
pela resposta ao antígeno tumor-específico, resultando na tolerância imunológica e evasão das
células tumorais da imunovigilância do tumor hospedeiro. Resposta imune celular ineficiente
poderia contribuir para a permanência das células com defeitos acumulativos em genes
específicos que regulam a morte celular, sendo considerado um mecanismo de sobrevivência
(OZSARAN et al., 1999). A persistência da infecção pelo HPV parece ocorrer em 10 a 30%
das pessoas infectadas, principalmente associada à infecção pelos tipos de HPV de alto risco,
78
associada à menor resposta imune e à progressão tumoral em pacientes imunossuprimidos.
(HARWOOD et al., 2000; HEARD et al., 2000). Por outro lado, em indivíduos normais, a
ausência ou deficiência de resposta imunológica poderia ser uma estratégia do HPV para se
evadir da imunovigilância do hospedeiro (O'BRIEN e SAVERIA, 2002).
Finalmente, o presente estudo traz resultados inéditos sobre a inter-relação de
moléculas não clássicas e carcinogênese de mucosa oral, bem como a resposta imune celular.
Ainda, a presença do HPV tem sido observada nesse e em outros trabalhos conduzidos em
nosso laboratório, especialmente encontrados em lesões benignas e pré-malignas. Esse fato
leva à reflexão de que não existe protocolo no Brasil para diagnóstico precoce da infecção por
HPV em cavidade oral. Sendo assim, com infecção por um vírus carcinogênico e associado à
deficiência de resposta imunológica, certamente as lesões benignas de hoje serão o câncer de
amanhã.
79
CONCLUSÕES
80
1. Verificou-se a presença do HPV em lesões orais benignas, premalignas e malignas,
predominantemente com tipo de HPV de alto risco, o que poderia indicar que o HPV
possivelmente seja um fator de risco para o desenvolvimento do câncer oral.
2. Observou-se o aumento na expressão quantitativa de HLA-G nas lesões benignas e
essa expressão diminuiu progressivamente entre as lesões pré-malignas e malignas,
isto poderia indicar que a desregulação de HLA-G ocorre precocemente, em lesões
proliferativas e precursoras do câncer oral .
3. Observou-se a menor expressão quantitativa de HLA-E igualmente entre as lesões
benignas, pré-malignas e malignas, não evidenciando a associação da expressão dessa
molécula e a carcinogênese de mucosa oral.
4. Observou-se uma correlação inversa entre a maior expressão de HLA-G e a menor
expressão de HLA-E nas lesões infectadas pelo HPV, aparentemente isto indicaria
que a desregulação dessas moléculas não clássicas possivelmente contribue para a
persistência da infecção viral e progressão maligna das lesões orais.
5. Verificou-se a menor expressão das moléculas de células T , CD4, CD25 e CD28,
apresentando concomitante baixa de expressão de CD4/CD25 e CD25/CD28,
indicando que aparentemente a deficiência de resposta imune celular mediada por
células T possibilitaria a persistência da infecção pelo HPV e transformação maligna
celular da cavidade oral.
81
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105
ANEXO 1
106
QUANTITATIVE EXPRESSION OF NONCLASSIC HLA CLASS I MOLECULES,
HLA-G AND HLA-E, RELATED TO HPV-INFECTED ORAL LESIONS.
Paula Andrea Gabrielli Fregonezi
1
, Renata Toscano Simões
2
, Philipe Moreau
3
, Edgardo D
Carosella
3
, Carla Patrícia Martinelli Kläy
4
, Maria Alice Guimarães Gonçalves
2
, Edson Garcia
Soares
4
, Francisco Souto
5
, Eduardo Antonio Donadi
2
, Christiane Pienna Soares
1
.
1
Department of Clinical Analyses, School of Pharmaceutical Sciences of Araraquara,
UNESP, University of São Paulo State, Araraquara, São Paulo, Brazil.
2
Division of Clinical Immunology, Department of Medicine, School of Medicine of Ribeirão
Preto, São Paulo University (USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil.
5
CEA, Service de Recherche en Hémato-Immunologie, DSV/DRM, Hospital Saint Louis,
Institut Universitaire d´Hématologie, 1 avenue Claude Vellefaux, 75010 Paris (France).
4
Department of Pathology, School of Medicine of Ribeirão Preto, São Paulo University
(USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil.
5
Department of Internal Medicine, Federal University of Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso,
Brazil. Av. Fernando Corrêa, s/n zip code 78 060900, Cuiabá, Mato Grosso, Brazil.
Correspondence and reprint requests to: Christiane Pienna Soares, School of
Pharmaceutical Sciences of Araraquara, UNESP, University of São Paulo State. Rua
Expedicionários do Brasil, 1621, Centro, 14 801 902, Araraquara, São Paulo, Brazil. Tel: +55
16 33016554; Fax: +55 16 3301 6559.
107
ABSTRACT
The understanding of the interactions between HPV-infected and tumor cells of the host
immune system could led to the conclusion which strategies that cells might develop to evade
immune responses. The aim of the study was to verify if HLA-G and HLA-E overexpression
were related to oral carcinogenesis and HPV infection. Fifty-one oral biopsies were stratified
according to histological differentiation in benign lesion (hyperplasia and papilloma),
premalignant lesions (lichen planus and leukoplakia with displasia) and malignant (squamous
cell carcinoma). HLA-G and HLA-E expression were analysed by immunoperoxidase method
(LSAB, DAKO, Glostrup Denmark) and the expression was quantified by computer-assisted
image analysis equipament (Image Pro Plus, MD, USA). DNA HPV detection and typing was
performed by PCR technique, using specific primer sequence to HPV 6, 11, 16, 18, 31 and 33.
HLA-G over expression was observed in benign oral lesions (p < 0.01) and progressively
decreased in premalignant to malignant oral lesions. No significant difference (P = 0.9024)
was observed in HLA-E expression in benign, premalignant and malignant lesions. Twenty-
five (49%) out of 51 oral lesions were HPV positive, of which 13 (52%) presented high HLA-
G expression and 7 (28%) with HLA-E overexpression. Pearson correlation between HLA-G
and HLA-E in oral biopsies HPV-infected demonstrated an inverse correlation (r = - 0.3944,
p< 0.05), indicating the HLA-G overexpression and HLA-E low expression in oral lesions
infected with HPV. Conclusion: HPV infection seems to be related to up-regulation of HLA-
G genes, resulting in overexpression of HLA-G protein and apparently resulting in immune
response evasion of HPV-infected oral lesion and might contribute to HPV persistent
infection and carcinogenesis.
Key Words: HLA-G, HLA-E, HPV, oral cancer, immune response.
INTRODUCTION
Immune response against virus-infected and/or tumor cells is dependent of classical
Major Histocompatibility Complex (MHC) molecules, HLA class I and II, T cell and Natural
108
Killer Cell (NK) responses. In early stages of oral cancer development, cellular or Th1 branch
of immune response is triggered while in poorly differentiated tumors and with metastasis, the
immune response is polarized to Th2 response (AGARWAL et al, 2003). Non-classical HLA
molecules, HLA-G and HLA-E are usually expressed in extravillous cytotrophoblast cells
and, together with the absence or low expression of classical HLA class I molecules, prevents
the attack of natural killer (NK) and cytotoxic T cells, respectively, protecting the semi-
allogenic fetus from maternal rejection (ROUAS-FREISS, 1997). Aberrant expression of non-
classical molecules could represent a strategy to viral infection persistence and tumor
progression in cancer patients; previous studies verified aberrant HLA-G expression in virus-
infected and/or tumor cells (HANSEL et al., 2005; LAFON et al., 2005). A similar
mechanism has been proposed to HLA-E molecule, although little information is available
about the cell surface expression of HLA-E in human tumors. To reach the cell surface, HLA-
E needs to bind to a leader peptide derived from HLA class I molecules, and the groove of
HLA-E presents the highest affinity for the HLA-G leader peptide (RODGERS and COOK,
2005). Down-regulation of HLA class I seems to impair HLA-E to be delivered to
cytoplasmatic membrane, allowing the virus and/or tumor cells to also escape NK immune
surveillance (FORTE et al., 2005). In addition to down-regulation of HLA class I expression,
IL-10 seems to be one of the responsible factors for the up-regulation of HLA-G and HLA-E
itself it is possible promotes of Th2-skewing state and the production of IL-10, establishing a
vicious circle of immune abrogation in cancer (UROSEVIC and DUMMER, 2003).
To evaluate the possible associations between HLA non-classical (G and E) molecules
and cancer, as well as virus-infected cells, we assessed the expression of these molecules in
oral biopsies stratified according to the severity of the lesion and the HPV infection.
109
MATERIAL AND METHODS
Specimens
Fifty-one formalin-fixed and paraffin-embedded oral biopsies were selected from the
Department of Pathology, School of Medicine of Ribeirão Preto, São Paulo University (USP)
archives, between 1992 and 2005, and their use was approved by the Brazilian Institutional
Ethical Committee on Human Experimentation. Tumor grades were evaluated histologically
by experienced pathologists in tissues stained with hematoxylin and eosin and all the samples
were graded according to the criteria recently proposed by VAN DER WAAL e AXÉLL,
(2002). The oral biopsies were stratified according to histological differentiation in benign
lesion (hyperplasia and papilloma), premalignant lesions (lichen planus and leukoplakia with
and without dysplasia) and malignant (squamous cell carcinoma). Of the 51 oral lesions, 14
(27%) out of were diagnosed as oral hyperplasia (OH), 4 (8%) were oral squamous papilloma
(OSP). Out of 16 premalignant oral lesions, 5 (10%) were oral lichen planus, 11 (22%) were
oral leukoplakia without and with dysplasia (mild to severe). In malignant group, 17 (33%)
were oral squamous cell carcinoma. (OSCC).
Immunohistochemistry for HLA-G and HLA-E
The sections were dewaxed in hot xylene (100 ºC) for 10 a 20 seconds, followed by
three consecutive xilol baths (room temperature), rehydrated in graded alcohol ethanol (90%,
70% and 50%) and rinsed several times in distilled water. For antigen retrieval, the sections
were immersed in 10 mM sodium citrate (C
6
H
5
Na
3
O
7
) buffer,
pH 6.0, and submitted to steam
heating for 40 minutes, at 95 ºC. The sections were cooled at room temperature and were
immersed in 2 changes of aqueous hydrogen peroxide 3% and methanol (v/v), for 15 min each
change. The sections were rinsed with three consecutive PBS baths, for 5 minutes each one.
110
To unspecific blockage, the sections were incubated with skim milk 1%, for 30 minutes, and
rinsed in distilled water. HLA-G and HLA-E expression were immunohistochemically
assayed by immunoperoxidase method (LSAB, DAKO, Glostrup Denmark). The sections
were incubated with primary monoclonal antibody raised against HLA-G, (diluted 1:500;
clone 87G which recognizes both membrane-bound and soluble forms of HLA-G - HLA-G1
and HLA-G5) and HLA-E (diluted 1: 1000, clone MEM-E/02 specifically reacts with
denaturated heavy chain of human HLA-E). Both primary antibodies were kindly provided by
Dr Edgardo D Carosella, from Service de Recherche en Hémato-Immunologie, Hôpital Saint
Louis, Institut Universitaire d´Hématologie, Paris, France. The slides were placed in a
humidified chamber, at room temperature, overnight. After incubation with primary
antibodies, immunoperoxidase staining was performed using biotinylated secondary antibody
and streptavidin-peroxidase complex (LSAB, DAKO), at 37°C for 30 minutes, in accordance
with the manufacturer’s instructions. Between each stage of the above procedure, the sections
were carefully rinsed with 3 times changes of 1M phosphate-saline buffered (KH
2
PO
4
,
PBS).
Subsequently, the sections were incubated in solution containing 60mg of diaminobenzidine
(GIBBICO, Gaithersburg, Maryland, USA), dissolved in 100ml of PBS and 2ml of peroxidase
6%, followed by distilled water rinses. After that, the sections were counterstained with
Carrazzi’s hematoxylin for 1 minute, following several rinses with distilled water. The
sections were dehydrated in three absolute alcohol changes, followed by two immersion
changes in xilol, allowed to dry air and assembled on Permount mounting medium (MERCK,
Darmstadt, Germany). Two controls were included for each section: positive and negative.
The positive control was a section of human extravillous cytotrophoblast. The negative
control was also human extravillous cytotrophoblast, in which the primary antibody was
omitted from the assay and replaced by PBS.
111
HLA-G and HLA-E image analysis quantification
Cytoplasm and plasmatic membrane (HLA-G) and cytoplasmic membrane (HLA-E)
were automatically quantified by a computer-assisted system (Image-Pro Plus - Cybernetics,
MD, USA), which includes a microscope, a digital camera and a software package. A mean of
eight to ten random microscope fields was selected in order to analyze 1000 labeled nuclei per
biopsy in all patients. The image acquisition of 51-oral-lesion sections was performed on an
electronic photomicrograph and the image was processed and analyzed by the software. For
each slide, the digitalized image segmentation was controlled interactively through the RGB
color filter existent in the software program. The automatic count of positive nuclei was
established and expressed as percentage and the classification of HLA-G and HLA-E
immunohistochemistry expression was modified from PALMISANO et al. (2002): HLA-G
and HLA-E expression was classified as negative when cytoplasm membrane labelling was
absent to 25%, while the expression was considered positive when > 25 to 100% of the
cells were labelled.
HPV detection and typing.
Genomic DNA was obtained from 2 sections paraffin blocks (10µm each), according
to modified protocol proposed by BETTINI et al.( 2003) amplified by PCR using the primers
GP5+ and GP6+ (MANOS et al.,1989), which amplify a 150 bp DNA fragment, was used for
generic HPV amplification. The amplification was made together with a set of primers for a
beta globin (PCO3 and PCO4) gene (PCO3+ CTT CTG ACA CAA CTG TGT TCA CTA GC
e PCO4+ TCA CCA CAA CTT CAT CCA CGT TCA CC), as an internal control of
amplification. The generic HPV positive samples were amplified with specific primers for
112
HPV16, HPV18, HPV31, HPV33, HPV6 and HPV11 how described by WALBOOMERS et
al.,( 1999).
The amplification procedure for HPV detection and typing was carried out using a
final volume of 25 µl. The reaction mixture included 20 ng of genomic DNA, 0.20 mM
deoxynucleoside triphosphate (Pharmacia, Uppsala, Sweden), 0.6 µM of each primer (IDT,
IA, USA), 1.25 U Taq polymerase (Invitrogen, Brazil), 3 mM MgCl2, and 1x buffer
(Invitrogen, Brazil). The cycling conditions to almost all generic and HPV types consisted of
an initial denaturation step of 94°C for 5 min, followed by 35 cycles of 94°C for 1 min, 55°C
for 1 min, and 72°C for 1 min and a final extension cycle of 72°C for 10 min. For
amplification HPV11 was used an annealing temperature of 60°C. PCR products were
separated by 10% nondenaturing polyacrylamide gels followed by a silver staining procedure
how described by SANGUINETTI et al. (1994).
Statistical Analysis
To the association between HLA-G and HLA-E in oral lesions, Chi-squared test for
Independence was used, considering a contingency table higher than 2 X 2. HLA- G and
HLA-E expression versus oral lesions. The statistical test to compare –G and –E molecules
and the presence of HPV infection was Fisher’s exact test. Since the data met the assumptions
for parametric tests, variance One Way ANOVA with Bonferroni’s postest to multiple
comparison was applied to compare quantitative analysis of HLA-G and –E in association
with oral lesions stratified according to histological diagnosis. Pearson correlation test was
performed to compare quantitative expression of HLA-G and HLA-E in oral lesions infected
with HPV. P values were two-sided and the level of significance was set at 0.05. All data
was analysed using the GraphPad Instant software, San Diego, CA, USA).
113
RESULTS
The results of HLA-G and HLA-E quantitative immunohistochemistry expression in
oral biopsies infected with HPV are demonstrated in Table 1 and 2, as well as Figures 1 to 3.
Table 1 shows the detection of HPV DNA in oral lesions, stratified according to
histological diagnosis. Out of 51 oral lesions 24 (47%) were infected with HPV, 11 (58%) out
of 18 benign lesions, 8 (47%) out of 16 premalignant lesions and 5 (28%) out of 17 oral
squamous cell carcinoma (OSCC). Among benign lesions infected with HPV, 8 (44%) were
diagnosed as oral hyperplasia, being 5 (42%) infected with HPV18, 1 (8%) with HPV11 and 1
(8%) HPV type not identified (NI) with the set of primers proposed in the present study. In
addition, out of 18 benign lesions HPV-infected, 3 (17%) were oral squamous papilloma,
being 2 (11%) HPV18/31/6 and 1 (6%) was NI. In premalignant group HPV-infected, 4
(25%) out of 16 were lichen planus, which 1 (6%) was HPV18, 1 (6%) HPV18/6 and 1 (6%)
HPV was not identified. Moreover, among premalignant oral lesions, 4 (25%) were
leukoplakia with severe dysplasia. In leukoplakia with dysplasia, 2 (13%) was HPV18, 1 (8%)
and 2 (13%) HPV type not identified. Finally, among OSCC infected with HPV, 2 (12%) out
of 17 were HPV18, 1 (6%) HPV31/6, 1 (6%) HPV18/31/6 and 1 (6%) HPV type not
identified. HPV16 was not found in any oral lesions evaluated in the present study.
In Table 2 and Figure 1 to 3 are demonstrated HLA-G and HLA-E quantitative
immunohistochemistry expression in comparison to oral lesions groups. HLA-G and HLA-E
expression were stratified in high expression of both molecules (G+/E+), high and low
expression (G+/E- or G-/E+) and low expression of HLA-G and HLA-E (G-/E-). Table 2
demonstrates deregulation of HLA-G and HLA-E (G+/E+, G+/E- and G-/E+), mainly verified
in benign and premalignant lesions of oral lesions and was not frequently found in OSCC
(Table 2, P = 0.007). The close association was observed between oral lesions HPV-infected
114
and HLA-G and HLA-E deregulation (P = 0.0025). The deregulation of non classical
molecules was verified with more frequency in oral lesions infected with HPV18 than oral
lesions presenting infection with two or three HPV types. The quantitative evaluation of
HLA-G and HLA-E expression (Figure 1), demonstrates that the high expression of HLA-G
was predominantly in benign lesions and steadly decreasing in premalignant and malignant
oral lesions (P=0.0196). In contrast, no difference was observed in HLA-E and oral lesions
from benign, premalignant and malignant groups. Interestingly, an inverse correlation (Figure
2; r = - 0.3944; P = 0.0462.) was observed between high HLA-G expression and low HLA-E
expression in oral lesions HPV-infected, might indicate that HLA-G and HLA-E deregulation
could be related to HPV infection more than cellular atypia or cancer.
Table 1 –HPV DNA detection in 51 patients with oral lesions stratified according to
histological diagnosis in benign (Hyperplasia and papilloma), premalignant (lichen planus,
leukoplakia with and without dysplasia) and malignant (OSCC).
HPV Positive
HPV Negative HPV11
HPV18
HPV18/31/6
HPV18/6
NI
n (%) n (%) n (%) n (%)
n (%) N (%) n (%)
Benign (n=18) 11(58) 7 (37) 1 (5) 5 (26) 2 (11) 0 3 (16)
Premalignant (n=16)
8 (47) 8 (47) 0 4 (24) 0 1 (6) 3 (18)
Malignant (n=17) 5 (28) 12 (67) 0 2 (11) 2 (11) 0 1 (6)
Total 24(47) 27 (53) 1 (4) 11 (46)
4 (17) 1 (4) 7 (29)
NI = HVP type not identified; OSCC = oral squamous cell carcinoma.
115
Table 2 HLA-G and HLA-E quantitative immunohistochemistry expression in 51 patients
with oral lesions stratified according to histological diagnosis in benign (Hyperplasia and
papilloma), premalignant (lichen planus, leukoplakia with and without dysplasia) and
malignant (OSCC).
G(+)/E(+) G(-)/E(-) G(+)/ E(-) G(-)/E(+) Total
n (%) n (%) n (%) n (%) n
Benign
(
a)
4 (21) 2 (11) 10 (53) 2 (11) 18
Premalignant 1 (12) 1 (6) 8 (47) 6 (35) 16
Malignant 3 (17) 8 (44) 4 (22) 2 (11) 17
Total n(%) 8 (16) 11 (22) 22 (43%) 10 (20) 51
HPV Positive
(
b)
5(21) 0 14(58) 5(21) 24
HPV Negative 3(11) 11(41) 8(30) 5(19) 27
HPV 11 0 0 1(100) 0 1
HPV18 4(36) 0 4(36) 3 (36) 11
HPV18/31/6 0 0 4(100) 0 4
HPV18/6 0 0 1 (100) 0 1
NI 1(14) 0 5 (71) 1(14) 7
HLA-G(+) and HLA-E(+) = 25% of cells labelled, HLA-G (-) and HLA-E(-) = <25% of
cells labelled. OSCC = oral squamous cell carcinoma.
(a)
HLA- G and HLA-E expression versus oral lesions. Chi-squared test for Independence, P =
0.007;
(b)
HLA- G and HLA-E expression versus HPV infection. Fisher’s Exact Test, P = 0.0025.
116
Figure 1 Quantitative expression of non-classical molecules (HLA-G e HLA-E) in 51 oral
lesions classified in benign (hyperplasia and papilloma), prémalignant (lichen planus and
leucoplakia) and malignant (oral squamous cell carcinoma). A) Quantitative expression of
HLA-G, one way ANOVA (P=0.0196) with Bonferroni’s multiple comparison postest (*)
benigna versus maligna; p<0.05. B) Quantitative expression of HLA-E, one way ANOVA (P
= 0.9024).
Benign
Premalignant
Malignant
0
20
40
60
B
HLA-E (%)
Benign
Premalignant
Malignant
0
20
40
60
A
HLA-G (%)
*
117
Figure 2 Pearson correlation between HLA-G and HLA-E immunohistochemistry
expression in oral lesions HPV- infected. r = - 0.3944; P = 0.0462.
0 20 40 60 80 100
0
20
40
60
80
100
HLA-G (%)
HLA-E (%)
r = - 0.3944; p=0.046
118
Figure 3 Oral lesions HPV-infected presenting HLA-G and HLA-E immunolabelling in
cytoplasmatic membrane and cytosol (arrows). A) HLA-G expression in oral hyperplasia
showing intense cytoplasmatic immunolabellinga; B) HLA-G expression in oral leukoplakia
without dysplasia, showing moderate intensity of immunolabelling; C) HLA-G expression in
oral squamous cell carcinoma showing intense cytoplasmatic immunolabelling; D), E) and F)
HLA-E expression showing discret to moderate immunolabelling in, respectively, oral
hyperlasia leukoplakia without dysplasia and oral squamous cell carcinoma. Scale bars equals
to 25mm.
119
DISCUSSION
HPV has been found in oral lesions, being considered a risk factor to oral
carcinogenesis by disrupting cellular control and, in almost all cases, virus infection is cleared
followed by activation of the host immune response. However, occasionally the lesions do not
regress and malignant progression of the disease can follow under appropriated environmental
conditions. Persistent viral infection seems to be required for neoplastic progression and
failure of virus clearence is attributed to a poor immunological response. (O’BRIEN and
CAMPO, 2002).
Despite the fact that trophoblasts and cancer are both immunogenic, they are able to
escape from host immunosurveillance, and the precise mechanisms involved in this process
are surprisingly similar in both situations (WILCZYNSKI, 2006). In the present study we
found high HLA-G and low HLA-E expression in benign, decreasing in premalignant and
OSCC oral lesions. Moreover, HLA-G high expression was closed associated with the
presence of HPV DNA. It does not seem to surprise that benign and premalignant oral lesions
which presented high HLA-G levels, also presented more frequency of the HPV infection.
HLA-G, which has been found to have immunosuppressive and immunomodulatory
roles in the cancer development (TRIPATHI e AGRAWAL, 2006). As HLA-G can inhibit the
functions of T and NK cells high concentration of these molecules, should systemically or at
the tumor site reduce the immune surveillance and thus favour the progression of cancer.
HLA-G is responsible for the escape of tumor cells from NK lysis, interacting directly with
inhibitor receptors like killing immunoglobulin-like receptors (KIRs) or indirectly by
stabilising the surface expression of HLA-E molecules. In vitro, the HLA-G tumor cells
strongly enhance by TH1 cytokines like IFN- gamma whereas TH2 cytokines (e.g. IL-4, IL-
10) had minor effects (REBMANN et al., 2003; ROUAS-FREISS et al., 2005). CD4+ T cells
secrete IL-10 in response to virus capsid protein presented by dendritic cells, and deviate
120
CD8+ T cells responding to a linked MHC class I-restricted epitope to reduce IFN-gamma
production, resulting in low response of CD8 T cells against virus-infected tumor cells (LIU
et al, 2006). We found an inverse correlation between high HLA-G expression and low HLA-
E in the majority of the oral lesions infected with HPV. Up-regulation of HLA-G allows the
stabilization of HLA-E in cell surface and may be potentializing immunosuppressive response
(ROUAS-FREISS et al., 2005). However, cumulative genetic and molecular changes in tumor
cells lead to the appearance of HLA-E in a limited number of tumor cell lines, related to HLA
class I down-regulation or mutation in subunits of class I subunits (MARIN et al., 2003).
Recent study demonstrated that HLA-E expression at the cell surface of melanoma cells
decreased their susceptibility to CTL lysis (DERRE et al., 2006). In our study, HPV virus
was present more frequently in oral lesions with high expression of both non-classical
molecules (G+/E+) and in different level expression with HLA-G high and HLA-E low
(G+/E-) or HLA-G low and HLA-E high (G-/E+). HLA-E high expression was observed in
few oral biopsies, some infected with HPV. The aberrant HLA-E expression might be of
particular biological relevance in those HLA tumor phenotypes that express a single HLA-A
allele when NK inhibition is markedly reduced due to the down-regulation of HLA-B and -C
alleles (ALGARRA et al., 2004). We can conclude that aberrant HLA-G and low or absence
of HLA-E expression is closed associated to oral proliferative and malignant oral HPV-
related, suggesting that different levels of both non-classical molecules could be a strategy of
HPV to escape from immunosurveillance mediated by NK and CTLs lysis.
ACKNOWLEDGEMENTS
The present study was financially supported by CAPES, a Brazilian research funding
organization. We wish to thank Ana Maria Rocha for excellent technical assistance.
121
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124
ANEXO 2
125
CD4, CD25 AND CD28 QUANTITATIVE EXPRESSION IN ORAL LESIONS
INFECTED WITH THE HUMAN PAPILLOMAVIRUS
Paula Andrea Gabrielli Fregonezi
1
, Renata Toscano Simões
2
, Renata Casellato Mazon
1
,
Edson Garcia Soares
3
, Carla Patrícia Martinelli Kläy
3
, Eduardo Antonio Donadi
2
, Christiane
Pienna Soares
1
.
1
Department of Clinical Analyses, School of Pharmaceutical Sciences of Araraquara,
UNESP, University of São Paulo State, Araraquara, São Paulo, Brazil.
2
Division of Clinical Immunology, Department of Medicine, School of Medicine of Ribeirão
Preto, University of São Paulo (USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil
3
Department of Pathology, School of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo
(USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil.
Correspondence and reprint requests to: Christiane Pienna Soares, School of
Pharmaceutical Sciences of Araraquara, UNESP, University of São Paulo State. Rua
Expedicionarios do Brasil, 1621, Centro, 14 801 902, Araraquara, São Paulo, Brazil.Tel: +55
16 33016554; Fax: +55 16 3301 6559.
126
ABSTRACT
The central role of T cells in antitumor immunity is well established. However, tumor
progression, often frequent by seen in the presence of substantial lymphocytic infiltration,
suggests that these cells are not capable of mounting an effective immune response to
modulate proliferative activity of benign cells and neither to modulate tumor growth.
Considering that HPV infection could deregulate the host immune response, permitting the
persistence of viral infection as well as contributing to malignant cell transformation, the
present study aimed to investigate tissue expression of T cell receptors CD4, CD25 and CD28
in lymphocyte infiltrate of oral lesions HPV-infected. Seventy-nine formalin-fixed and
paraffin-embedded oral biopsies were retrospectively selected and CD4, CD25 and CD28
immunoperoxidase expression were quantitatively evaluated by computer-assisted image
analyze method. Out of 79 oral lesions 30 (38%) were infected with HPV and 49 (62%) were
not infected, being mainly found HPV18, followed by HPV18/31/6, HPV31/6 and HPV6/11.
Thus, 2 HPV types (HPV31/6, n=2) or 3 types (HPV18/31/6, n=5). Downregulation of
CD4/CD25 and CD25/CD28 (P=0.037) was observed in malignant oral lesions and in all oral
lesions groups HPV-infected. The analysis of the T cell receptors individually, evaluated in
comparison with histological grades, demonstrated lower expression of CD4 and higher
expression of CD28 was observed in malignant oral lesions, when compared with benign
lesions (P=0.005). In conclusion, the downregulation of T cell receptors seems to be a way to
HPV infections persistence, which could represent a risk factor to oral malignant cell
transformation.
Key Words: T cell, CD4, CD25, CD28, HPV and oral cancer.
127
INTRODUCTION
Despite the presence of lymphocyte infiltration at the tumor site, immune response is
apparently incapable of controlling tumor growth (LADANYI et al., 2004). Several potential
mechanisms may explain the lack of effectiveness of antitumor response, including
insufficient peptide presentation, production of immunesuppressive factors by cells in the
tumor microenvironment or lack of costimulatory response (KIESSLING et al., 1999).
Accumulated evidence has indicated that T lymphocytes infiltrating human neoplasm may be
functionally defective, incompletely activated or anergic (BECKER et al., 1993). High risk
human papillomavirus (HPV) types are strongly associated with HPV persistence and cancer
development, especially in the absence of a lymphoproliferative response against the virus
(TINDLE, 2002). Previous studies have demonstrated that HPV may subvert host immune
response, deregulating antigen presentation to cytotoxic T cells (ALCAMI, 2000). Besides,
tumor cell evasion from the immunological surveillance has been considered essential to
cancer development and progression. Human solid tumors are often infiltrated by
lymphocytes, mostly cytotoxic T cells, which are capable of specific lysis of autologous
tumor cells. In addition, tumor-specific CD4+ T cells could be isolated from lymphocytes
infiltrating human neoplasms, which may induce cytokine production that permits tumor cell
lysis (LOKE and ALLISON, 2004). The production of interleukin-2 (IL-2) and the expression
of the IL-2R (CD25) and costimulatory molecules like CD28 on CD4 T cells are important to
trigger cellular signals to T cell stimulation (WANG and CHEN, 2004). Considering that the
absence of CD28 and CD25 molecules on CD4 cells may prevent an efficient T cell immune
response against viral infection and tumor cells, the present work aimed to investigate the
quantitative expression of CD4, CD25 and CD28 molecules in oral lesions associated with
HPV-infection, stratified according to the severity of the lesion.
128
MATERIALS AND METHODS
Specimens
Seventy-nine formalin-fixed paraffin-embedded oral biopsies were selected from the
Department of Pathology archives, School of Medicine of Ribeirão Preto, University of São
Paulo (USP), between 1992 and 2005. The study was approved by the local Institutional
Ethics Committee on human experimentation. Tumor grade was histologically evaluated by
experienced pathologists in tissues stained with hematoxylin and eosin. Lesion severity was
classified according to the criteria recently proposed by Van der Waal and Axell, 2002. Oral
biopsy lesions were stratified according to the histological differentiation into benign
(hyperplasia and papilloma), premalignant (lichen planus and leukoplakia presenting or not
dysplasia) and malignant (squamous cell carcinoma). Of the 79 oral lesions, 19 (61%) out of
31 benign lesions were diagnosed as oral hyperplasia (OH), 12 (39%) were oral squamous
papilloma (OSP). Out of 25 premalignant oral lesions, 21 (84%) were oral leukoplakia
without and with dysplasia and 4(16%) were oral lichen planus. Out of 21 oral leukoplakia, 3
(14%) did not present dysplasia (LK) and 18 (86%) were diagnosed as leukoplakia with
displasia (DLK), 9 (43%) mild and 9 (43%) moderate to severe cellular atypia. In malignant
group, 24 (100%) were oral squamous cell carcinoma (OSCC).
Immunohistochemistry for CD4, CD25 and CD28
The sections were dewaxed in hot xylene (100 ºC) for 10 a 20 seconds, followed by
three consecutives xilol baths (room temperature), rehydrated in graded alcohol ( 90%, 70%
and 50%) and rinsed several times in distilled water. For antigen retrieval, the sections were
immersed in 1 mM EDTA buffer,
pH 8.0, and submitted to steam heating for 40 minutos, at
95 ºC. The sections were cooled at room temperature and were immersed in 2 changes of
aqueous hydrogen peroxide 3% and methanol (v/v), for 15 min each change. The sections
129
were rinsed with three consecutive PBS bath, for 5 minutos each one. To inespecific
blockage, the sections were incubated with skim milk 1%, for 30 minutes seguir, and rinsed
several times in distilled water. T cell receptors CD4, CD25 and CD28 expression, localized
at cytoplasmatic membrane, were immunohistochemically assayed by immunoperoxidase
method (LSAB, DAKO, and Glostrup Denmark). The sections were incubated with primary
monoclonal antibody raised against monoclonal antibodies anti-CD4 (diluted 1:60, Santa Cruz
Biotechnology, Newcastle, UK), anti-CD25 (diluted 1:300, Santa Cruz Biotechnology) and
anti-CD28 (diluted 1:300, Santa Cruz Biotechnology). The slides were incubated in a
humidified chamber, at room temperature, overnight. After incubation with primary
antibodies, immunoperoxidase staining was performed using biotinylated secondary antibody
and streptavidin-peroxidase complex (LSAB, DAKO), at 37°C for 30 minutes, in accordance
with the manufacturer’s instructions. After, the sections were carefully rinsed with 3 times
changes of 1M phospate-saline buffered (KH
2
PO
4
,
PBS). Subsequently, the sections were
incubated in solution containing 60mg of diaminobenzidine (GIBICO, Gaithersburg,
Maryland, USA), dissolved in 100ml of PBS and 2ml of peroxidase 6%, and followed by
distilled water rinses. After that, the sections were counterstained with Carrazzi’s hematoxylin
for 1 minute, following several rinses with distilled water. The sections were dehydrated in
three absolute alcohol changes, followed by two immersion changes in xilol, allowed to air
dry and mounted on Permount mounting medium (MERCK, Darmstadt, Germany). Two
controls were included for each section: positive and negative. The positive control to CD25
and CD28 was sections of human tonsil while to CD4 were sections of human lymphonodes.
The negative control was the same sections used in positive control, in which the primary
antibody was omitted from the assay and replaced by PBS.
130
CD4, CD25 and CD28 image acquisition and computer assisted quantification
Cytoplasm membrane (CD4, CD25 and CD28) were automatically quantified by a
computer-assisted system (Image-Pro Plus - Cybernetics, MD, USA) which includes a
microscope, a digital camera and a software package. A mean of eight to ten random
microscope fields were selected in order to analyze 1000 cells with cytoplasmatic membrane
labelling per biopsy in 79 patients. The image acquisition of all oral lesions sections was
performed on an eletronic photomicrograph and the image was processed and analyzed by the
software. For each slide, the digitalized image segmentation was controlled interactively
through the RGB color filter existent in the software program. The automatic count of positive
cytoplasmatic membrane was established and expressed as percentage and the classification
of CD4, CD25 and CD28 immunohistochemistry expression was modified from
FEINMESSER et al., (2004) CD4, CD25 and CD28 expression was classified as negative
when cytoplasm membrane labelling was absent to 15% while the expression were
considered positive when > 15 to 100% of the cells were labelled.
HPV detection and typing.
Genomic DNA was obtained from 2 sections paraffin blocks (10µm each), acoording
to modified protocol proposed by (BETTINI et al., 2003) amplified by PCR using the primers
GP5+ and GP6+ (MANOS et al., 1989), which amplify a 150 bp DNA fragment, were used
for generic HPV amplification. The amplification was made together with a set of primers for
a beta globin (PCO3 and PCO4) gene (PCO3+ CTT CTG ACA CAA CTG TGT TCA CTA
GC e PCO4+ TCA CCA CAA CTT CAT CCA CGT TCA CC). as an internal control of
amplification. The generic HPV positive samples was amplified with specific primers for
HPV16, HPV18, HPV31, HPV33, HPV6 and HPV11 how described to WALBOOMERS et
al., (1999).
131
The amplification procedure for HPV detection and typing was carried out using a
final volume of 25 µl. The reaction mixture included 20 ng of genomic DNA, 0.20 mM
deoxynucleoside triphosphate (Pharmacia, Uppsala, Sweden), 0.6 µM of each primer (IDT,
IA, USA), 1.25 U Taq polymerase (Invitrogen, Brazil), 3 mM MgCl2, and 1x buffer
(Invitrogen, Brazil). The cycling conditions to almost all generic and HPV types consisted of
an initial denaturation step of 94°C for 5 min, followed by 35 cycles of 94°C for 1 min, 55°C
for 1 min, and 72°C for 1 min and a final extension cycle of 72°C for 10 min. For
amplification HPV11 was use an annealing tempetrature of 60°C. PCR products were
separated by 10% nondenaturing polyacrylamide gels follow of a silver staining procedure
how described by SANGUINETTI et al, (2004).
Statistical Analysis
To the association between CD4, CD25 and CD28 expression and oral lesions groups,
stratified according histological diagnosis, as well as, the presence of HPV infection, Chi-
squared for independence test was used, considering a contingency table higher than 2 X 2.
HLA- G and HLA-E expression versus oral lesions. Since the data met the assumptions for
nonparametric tests, Kruskall Wallis test with Dunn’s postest to multiple comparison was
applied to compare quantitative analyse of CD4, CD25 and CD28 quantitative expression and
oral lesions grouped in benign, premalignant and malignant lesions. P values were two-sided
and the level of significance was set at 0.05. All data were analysed using the GraphPad
Instat software, San Diego, CA, USA).
132
RESULTS
Considering all oral lesions, HPV DNA was detected in 30 out of 79 (38%) specimens,
and in 12 out of 31 (40%) of benign lesions, 13 out of 25 (43%) premalignant lesions and in 5
out of 23 (17%) oral squamous cell carcinoma (OSCC). Among benign lesions infected with
HPV, 8 (67%) were diagnosed as oral hyperplasia, being 5 (42%) infected with HPV18 and 1
(8%) with HPV11. Among HPV-infected benign lesions, 4 out of 12 (33%) were oral
squamous papilloma, of whom 2 (17%) harbored a triplet HPV infection (HPV18/31/6) and in
2 (17%) the HPV type was not identified with the set of primers used in this study. In
premalignant HPV-infected lesions, 3 out of 13 (23%) were lichen planus, harboring HPV18,
HPV18/31/6 and an unidentified HPV type, respectively. Among premalignant lesions, 3
(23%) exhibited leukoplakia without dysplasia and 7 (54%) leukoplakia with mild to severe
dysplasia. Leukoplakia without dysplasia harbored HPV18, HPV18/31/6 and HPV31/6 (1
case each of). In contrast, in leukoplakia with dysplasia 1(8%) harbored HPV18, 2 (15%) the
triplet HPV18/31/6 and in 4 cases (31%) the HPV type was not identified. Finally, among
OSCC infected with HPV, 2 out of 5 (40%) were HPV18, 1HPV31/6 (20%), 1(20%)
HPV18/31/6 and 1(20%) the HPV type not identified. HPV16 was not found in oral lesions
evaluated in the present study (Table 1).
Although few macrophages and dendritic cells were labeled with CD4 and CD25, the
majority of cells labeled with these markers were lymphocytes (Figure 2). The comparisons of
the quantitative expression of CD4, CD25 and CD28 in oral lesions were performed
considering the expression of the three molecules, combinations of two molecules and single
ones, as shown in Table 2 and Figure 1. Overall, oral lesions exhibited low or absent
immunohistochemistry expression of these molecules (<15% of labeled cells). Considering
the expression of three molecules in the same patient, absence or low expression decreased
from benign to malignant lesions, i. e., as far as the lesion progressed the co-expression of
133
these molecules increased. When the combinations CD4/CD25 and CD4/CD28 were
considered, absence or low expression increased from benign to malignant lesions, meaning
that as far as the lesion progressed the co-expression of these molecules decreased (Table 2).
When the expression of these molecules was considered individually, CD4 expression was
significantly decreased in patients presenting malignant lesions when compared to patients
with benign or premalignant lesions (p< 0.005). The expression of CD25 was closely similar
for all oral lesions. CD28 was increased in malignant lesions when compared to benign and
premalignant lesions (p< 0.001). (Figure 1). When the expression of CD4, CD25 and CD28
molecules in several combinations was associated the presence or not of the HPV infection no
significant differences were observed; however, patients harboring HPV18 infection exhibited
non-significant decreased expression of these molecules in relation to patients harboring other
HPV types.
Table 1 – HPV DNA detection observed in 79 oral lesions stratified according to the
histological diagnosis into benign (hyperplasia and papilloma), premalignant (lichen planus,
leukoplakia presenting or not dysplasia) and malignant (oral squamous cell carcinoma).
HPV
Positive
HPV
Negative
HPV18
HPV18/31/6
HPV31/6
HPV6/11
NI Total
N (%) n (%) n (%)
n (%) n (%) n (%) n(%)
N(%)
Benign (n=31) 12 (40) 19 (39) 5 (17) 2 (7) 0 2 (3) 3(10)
12 (40)
Premalignant
(n=25)
13 (43) 12 (24) 3 (10) 4 (13) 1 (3) 0 5(17)
13 (43)
Malignant
(n=23)
5 (17) 18 (37) 2 (6) 1 (3) 1 (3) 0 1(3) 5 (17)
Total (n=79) 30 (38) 49 (62) 10 (33)
7 (23) 2 (6) 2 (6) 9(30)
79(100)
NI = non-identified HPV type
134
Table 2 Absent and low immunohistochemistry expression (positivity index = zero to <
15%) of CD4, CD25 and CD28 molecules observed in 79 oral lesions, stratified according to
the histological diagnosis into benign (hyperplasia and papilloma), premalignant (lichen
planus, leukoplakia presenting or not dysplasia) and malign (oral squamous cell carcinoma).
CD4/25/28 CD4/CD25 CD4/CD28 CD25/CD28
n (%) n (%) n (%) n (%)
Benign (n=31)
18 (58) 4 (13) 3 (10) 3 (10)
Premalignant (n=25)
12 (48) 3 (12) 1 (4) 4 (16)
Malignant (n=23)
7 (30) 12 (52) 1 (4) 2 (9)
Total (n=79)
37 (47) 19 (24) 4 (5) 9 (11)
Chi-squared test for Independence, P=0.0347.
Table 3 - Absent and low immunohistochemistry expression of CD4, CD25 and CD28
molecules observed in 79 patients presenting with oral lesions, stratified according the
presence or not of the HPV DNA type.
CD4/25/28 CD4/CD25 CD4/CD28 CD25/CD28
Total
n (%) n (%) n (%) n (%) n (%)
HPV positive (n=30)
13 (43) 4 (13) 2 (7) 4 (13) 23 (77)
HPV negative (n=49)
12 (24) 4 (8) 1 (2) 3 (6) 20 (41)
HPV 18 (n=8)
3 1 1 2 7 (88)
HPV 18/31/33 (n=5)
3 0 0 0 3 (60)
HPV 31/6 (n=2)
1 1 0 0 2 (100)
HPV 6 (n=1)
1 0 0 0 1 (100)
NI (n=10)
6 2 0 2 9 (90)
Chi-squared test for independence, p<0.0001.
NI= non-identified HPV type
135
Figure 1 Quantitative immunoperoxidase expression of CD4, CD25 and CD28 as assessed
by a computer image analysis system observed in 79 oral lesions, stratified according to the
histological diagnosis in benign (oral hyperplasia and squamous papilloma), premalignant
(lichen planus, leukoplakia presenting or not dysplasia) and malignant (OSCC). * P = 0.005;
Dunn’s post test to multiple comparison benign versus malignant, p<0.001
.
Benign
Premalignant
Malignant
0
5
10
15
20
25
C
CD28 (%)
Benign
Premalignant
Malignant
0
5
10
15
20
25
B
CD25 (%)
Benign
Premalignant
Malignant
0
5
10
15
20
25
A
CD4 (%)
*
*
136
Figure 2 CD25 (panels A to C) and CD28 (panels D to F) immunolabeling in lymphocytic
infiltrates (arrows) of HPV-infected oral lesions, stratified according to the histological
diagnosis. A and D oral hyperplasia (moderate labeling), Leukoplakia without dysplasia
(discrete intensity) and oral squamous cell carcinoma (high intensity); D) to F) CD28
expression in respectively, oral hyperplasia (moderate intensity), Leukoplakia without
dysplasia (discrete intensity) and oral squamous cell carcinoma (high intensity). Scale bars
equals to 25 µm.
137
Figure 3– CD4 immunolabelling in lymphocyte infiltrates (arrows) of HPV-infected oral
lesions, stratified according to the histological diagnosis. A) oral hyperplasia (moderate
labeling), B) leukoplakia without dysplasia (intense labeling) and C) oral squamous cell
carcinoma (moderate labeling).
Scale bars = 25 µm.
138
DISCUSSION
High-risk HPV types have been recognized as a potential risk factor to oral
tumorigenesis (HA and CALIFANO, 2004). In the present study, HPV DNA was observed in
38% of all oral lesions, a frequency which is similar to those described by us in other studies
as well as by other authors (D’COSTA et al., 1998; MIGUEL et al., 1998, SOARES et al.,
2003). Among patients harboring the HPV infection, a high frequency of high-risk HPV types
was observed in benign and premalignant oral lesions. Although previous studies have
associated high-risk HPV with oral cancer (SAND et al., 2000) we found few OSCC lesions
infected with HPV (17%). Moreover, a higher prevalence of HPV18 was observed and,
surprisingly HPV16 was absent in this series, contrasting with a recent study that
demonstrated HPV16 as the most prevalent type in oral lesions, followed by HPV18
(KREIMER et al., 2005). The high prevalence of HPV18 type in the present study may
indicate a particular geographic distribution in the São Paulo State region, since this HPV type
has been previously reported in cervical lesions (GUIMARAES et al., 2005). In addition, high
risk HPV types have also been observed in benign oral lesions, indicating viral infection in
early stages of proliferative oral lesions (PAPAROTTO LOPES and MEEKS, 2001,
HABERLAND-CARRODEGUAS et al., 2003). Thus, early detection of HPV in these lesions
should be recommended for oral cancer prevention and therapy. It is also worthy to observe
that some oral lesions were infected with multiple HPV types, especially in premalignant
group and OSCC.
Samples of patients with benign or premalignant oral lesions exhibited closely similar
expression of CD4 and CD25; however, samples from patients with OSCC presented low
expression of CD4 and high expression of CD28. On the other hand, the expression of CD25
was closely similar irrespective of lesion severity. CD4/CD25 cells may be correspond either
139
to stimulated T cells or regulatory T cells. CD4+ T cells produce IL-2, which is a critical T
cell growth factor because its ability to grow and expand T cells in culture (ANTONY et al.,
2006). Likewise, the paracrine action of IL-2 production results in CD25 (IL-2 receptor)
expression and it is related to T regulatory survival and the suppressive mechanism (WANG
and CHEN, 2004). In addition, among several cytokines IL-2 levels also activates natural
killer (NK) cells, resulting in lysis of tumor and infected (RALAINIRINA et al., 2006). In
contrast, at first side CD28 higher expression in oral cancer in our study seems to indicate
activation of second signal to T cells proliferation. While CD28 T cell expression were in
high levels, we found T CD4, TCD25 were in low levels, might indicating that co-
stimulatory signals provided by CD28 T cells could not be efficient. However, CD28 present
high levels in tumor lymphocytic infiltrate could be found low or absent expression in tumor
cells (BECKER et al., 2000).
Although the host immune response to HPV is poorly understood, it has been
postulated that the cellular, or Th1 branch of immune response, as opposed to the Th2 or
humoral response, plays a crucial role in eliminating the virus (GONCALVES e DONADI,
2004). Evaluating the expression of T cell receptors, we verified a downregulation of those
receptors in tumor lymphocyte infiltrate in close association with oral cancer and high-risk
HPV infection. We verified a lower CD4+ CD25+ lymphocytes population expression
progressively among benign, premalignant and malignant lesions, may indicate less T cell
response associated with oral cancer HPV-infected. Low expression or lack of CD4 and CD25
T cell receptors results in defficient T cells responses and tumor and/or virus-infected cells are
protected from immune response (ALCOCER-GONZALEZ et al., 2006, DELONG et al.,
2005). Presence of CD4+ CD25+ T cells could be response to tumor-specific antigen,
resulting to immunological tolerance and evasion of tumor cells from host immune
surveillance. Deffective cellular response could contribute to stepwise accumulation of
140
defects in specific genes regulating cell death and survival mechanisms (OZSARAN et al.,
1999). The HPV infection persistence seems to occur in 10% to 30%, mainly associated with
high-risk HPV types, tumor progression and a poor immune response, such as observed in the
immunessupressed patients. (HARWOOD et al., 2000; HEARD et al., 2000). Otherwise, in
normal individuals, the absent or deficient immune response sugests a HPV strategy to evade
from host immunesorveillance (O'BRIEN and SAVERIA, 2002). In conclusion, the
downregulation of T cell regulatory receptors, with low expression of CD4/CD25 and
CD25/CD28 seems to be a way to HPV infections persistence, which could represent a risk
factor to oral malignant cell transformation.
ACKNOWLEDGEMENTS
The present study was financially supported by CAPES, a Brazilian research funding
organization. We wish to thank Ana Maria Rocha, from Pathology Department of Faculty of
Medicine of Ribeirão Preto (USP) for excellent technical assistance.
141
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