Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA
REGIÃO DO PANTANAL - UNIDERP
LUIZ WANDERLEI BRAGA
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE USO DE PULVERIZADORES
AGRÍCOLAS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
CAMPO GRANDE - MS
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
LUIZ WANDERLEI BRAGA
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE USO DE PULVERIZADORES AGRÍCOLAS
NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-graduação em nível de Mestrado
Profissionalizante em Produção e Gestão
Agroindustrial da Universidade para o
Desenvolvimento do Estado e da Região do
Pantanal, como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Mestre em Produção e
Gestão Agroindustrial.
COMITÊ DE ORIENTAÇÃO:
Prof. Dr. Fernando César Bauer
Prof. Dr. Francisco de Assis Rolim Pereira
Prof. Dr. Ademir Kleber Morbeck de Oliveira
CAMPO GRANDE - MS
2006
ads:
FOLHA DE APROVAÇÃO
Candidato: Luiz Wanderlei Braga
Dissertação defendida e aprovada em ______/____/_____ pela banca
examinadora:
________________________________________________
Prof. Dr. Fernando César Bauer
_________________________________________________
Prof. Dr. Francisco de Assis Rolim Pereira
__________________________________________________
Prof. Dr. Ademir Kleber Morbeck de Oliveira
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Eustáquio Lopes Pinheiro
Coordenador do Programa de Pós- Graduação em Produção e Gestão
Agroindustrial
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Raysildo Barbosa Lôbo
Presidente do Comitê Central de Pós-Graduação da UNIDERP
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha esposa Nilda, meus filhos Luís
Guilherme e João Matheus, aos meus pais Natália e Antonio Braga (em memória)
e a minha sogra D.Lourdes.
ii
AGRADECIMENTOS
A DEUS pela benção recebida;
Aos meus irmãos José Antonio, Emerson, Salete e Edson, pelo incentivo
principalmente nas horas difíceis.
Ao Prof. Dr. Fernando César Bauer, orientador, pelo companheirismo,
dedicação e paciência durante o desenvolvimento deste trabalho;
Ao Prof. Dr. Francisco de Assis Rolim Pereira, coordenador do mestrado, pela
atenção e dedicação aos alunos;
Aos demais professores pelo cuidado e determinação em preparar bons
mestres;
A todos meus colegas de mestrado pelo convívio, experiências, dificuldades e
alegrias compartilhadas, e acima de tudo pelas amizades que fiz, em especial
ao Lauro, Gilvanci, Elaine e Daniela, colegas integrantes do grupo de trabalho.
Aos meus colegas de trabalho Nilton Cesar Picinato, José Edimir dos Santos
Jr., Sérgio Luis de Almeida e Claudinei Luís Goi e Fábio M. A. Silva, grandes
incentivadores e facilitadores para que Eu buscasse este objetivo;
A Equipe “Os Pantaneiros”, da DuPont do Brasil S/A, pela realização de todo
trabalho de campo;
A DuPont do Brasil S/A, que me permitiu usar seu programa DuPont Acerta
para execução dos trabalhos;
A Comercial Agrícola Mineira (COMAM), nas pessoas do Carlos Cordeiro,
Paulo Coutinho e, especialmente, Fabiano Mota, não só pelo material
disponibilizado e suporte técnico durante a execução dos trabalhos, mas,
principalmente, pela paciência e orientação sempre que necessária.
iii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ....................................................................................vi
LISTA DE TABELAS....................................................................................vii
LISTA DE QUADROS................................................................................ viiii
RESUMO.................................................................................................. 10
ABSTRACT............................................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 12
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................... 15
3. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................... 22
3.1 COMPONENTES AVALIADOS ........................................................... 27
3.1.1 CONTAGIROS PRESENTE E/OU OPERANTE................................ 28
3.1.2 MANÔMETRO PRESENTE E/OU OPERANTE................................ 28
3.1.3 PRESENÇA DO TANQUE DE ÁGUA LIMPA E RESERVATÓRIO
PARA LAVAGEM DE EMBALAGENS ....................................................... 28
3.1.4 PRESENÇA DE SISTEMA DE POSICIONAMENTO POR SATÉLITE 28
3.1.5 PONTAS DE PULVERIZAÇÃO.......................................................... 29
3.1.6 ESTIMATIVA DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
DA BARRA (CV).......................................................................................... 33
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................... 35
4.1 TEMPO DE OPERAÇÃO DOS PULVERIZADORES............................ 35
4.2 TIPO DE TRAÇÃO DOS PULVERIZADORES...................................... 37
4.3 AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES DE CONJUNTOS
PULVERIZADORES................................................................................... 38
4.3.1 CONTAGIROS.................................................................................. 38
4.3.2 MANÔMETRO................................................................................... 40
4.3.3 TANQUE DE ÁGUA LIMPA E LAVADOR DE EMBALAGENS...... 41
4.3.4 PRESENÇA DE SISTEMA DE POSICIONAMENTO (GPS)............ 44
4.3.5 PONTAS DE PULVERIZAÇÃO......................................................... 46
4.3.6 AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
DA BARRA (CV)....................................................................................... 51
5. CONCLUSÃO......................................................................................... 58
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 60
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Mesa de deposição de calda para avaliação do CV na inspeção
de pulverizadores ............................................................................ 23
Figura 2. Proveta plástica J. Prolab - 1.000 mL para avaliação da vazão de
pontas na inspeção de pulverizadores ............................................ 23
Figura 3. Painel do manômetro em glicerina - 100 psi para verificação da pressão
nas pontas de pulverização na inspeção de pulverizadores............. ...24
Figura 4. Manômetro em glicerina - 100 psi para verificação da pressão nas
pontas de pulverização na inspeção de pulverizadores.................. 24
Figura 5. Aula prática - aferição de vazão das pontas com o uso de provetas
plásticas pelos profissionais de campo........................................... 26
Figura 6. Gráfico e equação para cálculo de vazão............................................. 30
Figura 7. Número de pulverizadores avaliados, de acordo com o tempo de uso. 37
Figura 8. Relatório do Software AQP-COMAM. Avaliação do CV em três pontos
da barra pulverizadora…………………………………………………….. 53
Figura 9. Relatório do Software AQP-COMAM. Avaliação do CV em três pontos
da barra pulverizadora………………………………………………….. 54
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Distribuição geográfica dos pulverizadores avaliados ...................... 35
Tabela 2. Distribuição dos pulverizadores avaliados de acordo com o número
de anos em operação no campo....................................................... 36
Tabela 3. Distribuição dos pulverizadores avaliados de acordo com o tipo de
tração e suas respectivas localizações geográficas......................... 38
Tabela 4. Presença de contagiros na avaliação de pulverizadores com 1 a 4 anos
e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões norte e sul
do Estado de Mato Grosso do Sul...................................................... 39
Tabela 5. Presença de manômetro na avaliação de pulverizadores com 1 a 4 anos
e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões norte e sul
do Estado de Mato Grosso do Sul...................................................... 40
Tabela 6. Presença de tanque de água limpa na avaliação de pulverizadores com
1 a 4 anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões
norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul..................................... 42
Tabela 7. Presença de lavador de embalagens na avaliação de pulverizadores
com 1 a 4 anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas
regiões norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul................ 43
Tabela 8. Presença de GPS na avaliação de pulverizadores com 1 a 4 anos e 5 a
18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões norte e sul do
Estado de Mato Grosso do Sul.......................................................... 45
Tabela 9. Distribuição dos conjuntos de pontas inspecionados quanto ao tipo de
jato, na avaliação de pulverizadores com 1 a 4 anos e 5 a 18 anos de
uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões norte e sul do Estado de
Mato Grosso do Sul............................................................................. 46
Tabela 10. Distribuição dos conjuntos de pontas inspecionados quanto à vazão
recomendada pelo fabricante, na avaliação de pulverizadores com 1 a
4 anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões
norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul................................... 47
vii
Tabela 11. Demonstrativo da situação de vazão dos conjuntos de pontas de
acordo com a vazão recomendada pelos fabricantes......................... 48
Tabela 12. Distribuição dos conjuntos de pontas de acordo com os critérios de
recomendação do fabricante, moda e variação de 10% entre máxima
e mínima, na avaliação de pulverizadores.......................................... 50
Tabela 13. Distribuição das pontas inspecionadas quanto ao CV na avaliação de
pontas de pulverizadores................................................................... 55
Tabela 14. Distribuição das pontas de pulverização quanto ao critério de 15 %
de CV, de acordo o tipo de jato da ponta........................................... 56
Tabela 15. Análise do CV%, de acordo o tipo de tração do pulverizador, na
avaliação de pulverizadores............................................................... 57
viii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Formulário de campo para inspeção de componentes do conjunto
pulverizador..................................................................................... 27
Quadro 2. Formulário de anotação da vazão verificada nas 12 pontas
avaliadas......................................................................................... 29
Quadro 3. Recomendação de pressão e vazão para ponta XR 110.03................30
Quadro 4. Pontas inspecionadas e respectivas equações lineares para cálculo
de vazão.......................................................................................... 32
Quadro 5. Formulário para registro do volume de calda coletado nas canaletas. 34
viiii
RESUMO
O estudo teve por objetivo avaliar as condições dos pulverizadores com
capacidade igual e superior a 2.000 litros de calda, pertencentes a produtores de
soja de Estado do Mato Grosso do Sul. Foram inspecionados 38 pulverizadores
de arrasto e automotrizes, e 45 conjuntos de pontas de pulverização. O
levantamento de campo foi realizado em parceria com a DuPont do Brasil S/A,
através de seus representantes comerciais (RCs), utilizando a metodologia do
programa DuPont Acerta, desenvolvido pela Comercial Agrícola Mineira
(COMAM). Este método inspeciona 35 componentes da máquina aplicadora além
de avaliar a vazão de 12 pontas por conjunto. Para avaliação da vazão dos 45
conjuntos de pontas foram utilizadas provetas graduadas com capacidade de
1.000 mL, e, de acordo com a pressão no momento do teste, aplicou-se
tratamento estatístico gerando equação baseada na recomendação dos
fabricantes. O coeficiente de variação (CV) de cada um dos 45 conjuntos de
pontas foi calculado através de mesa de avaliação da deposição da calda com
utilização do software AQP-COMAM. Os resultados indicaram envelhecimento da
frota de pulverizadores do Estado, principalmente na região sul, onde o tempo
médio de uso calculado foi de 7,1 anos. Por outro lado, o investimento em
modernas tecnologias para melhoria da eficácia de pulverização não resultou em
grandes avanços, uma vez que menos de 30% dos pulverizadores encontram-se
equipados com GPS. Em 51,1% dos casos os pulverizadores apresentavam
pontas com vazão inadequadas, e o cálculo dos CVs mostrou que a performance
de distribuição das pontas de jato cônico está inferior à performance das pontas
de jato plano.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia de aplicação; pontas; mecanização agrícola;
avaliação de pulverizadores.
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the field condition of the boom sprayer
with capacity equal or superior to 2.000 litters of water, belonging to farmers in the
Mato Grosso do Sul states, Brazil. It was inspected 38 sprayers used by tractor or
autoproppeled and 45 parts of nozzle. The survey was done in the field and a
partnership of DuPont do Brasil S/A, together with the commissioned
representative (Sales representative), using the methodology developed as
DuPont Acerta made by Comercial Agrícola Mineira (COMAM). This methodology
analyzes 35 components of the sprayer, plus volume of water in a conjunct of 12
nozzles in each evaluation. To evaluate the volume of water in 45 conjuncts of
nozzles it was used graduated vials with capacity of 1.000 mL each and with the
pressure used at the same time of the volume test it was used the statistical model
generating the adequate equation based of manufacture recommendation. The
coefficient of deviation of each one the 45 nozzle conjunct were calculated with a
evaluation table (Spraying system, ...) to measure the deposition of water in each
nozzle and the analysis was done using the software AQP-COMAM. Based on the
results evaluated it was possible to indicate na aging of the boom sprayer from the
Mato Grosso do Sul state, mainly from the South region, where the average age
was about 7,1 years. In the other hand, the investments in new equipments, with
better and new technologies to improve the efficacy of the application had not
reached in great advanced, because less than 30% of the sprayers are not
equipped with GPS. About 51,1% of the sprayers had nozzle with inadequate
volume and the calculation of the CV’s showed that the performance of the hollow
cone evaluated had lower performance than the flat fan nozzle evaluated.
KEY-WORDS: application technology; nozzle; agricultural mechanization; boom
sprayer evaluation.
1. INTRODUÇÃO
A busca por maior produtividade na agricultura é uma necessidade cada
vez mais acentuada e está embasada em interesses individuais, governamentais
e sociais. O produtor tem a necessidade em tornar seu empreendimento
economicamente viável, buscando explorar o máximo do potencial genético
produtivo de uma planta. É importante ressaltar o aumento considerável da
competitividade entre os países agrícolas por disponibilizarem produtos de melhor
qualidade e custos mais atrativos, visando consumo interno e externo,
consequentemente, buscando melhor posição na balança comercial. E por sua
vez, a sociedade cobra por produtos de origem agrícola, saudáveis, e livre de
agentes químicos ou estranhos ao produto a consumir.
Na atividade agrícola muitos caminhos têm sido explorados para se
buscar um equilíbrio entre as variadas necessidades, tais como:
busca de plantas com alta capacidade produtiva;
tolerância ou resistência a importantes moléstias e pragas;
tolerância a adversidades ambientais;
plantas com resposta imediata ao emprego de tecnologias como fertilização;
distribuição populacional adequada;
irrigação;
mecanização;
introdução de novos métodos de cultivos e tratos culturais.
13
Neste cenário, o tratamento fitossanitário tem tido importante participação,
estando intimamente ligado à evolução da humanidade. Um dos grandes desafios
para a comunidade envolvida no processo é produzir mais, com menor custo e
uso de produtos fitossanitários, sem agredir ao homem e não causar danos ao
ambiente. As perdas de produtos fitossanitários ocorridas durante a aplicação
podem ser reduzidas com emprego de técnicas multidisciplinares, envolvendo a
mecânica, física, química, biologia, entre outros.
A utilização de pulverizadores em condições adequadas de uso,
manutenção e conservação estão longe do razoável quando se analisa o cenário
nacional. O nível de instrução, o real comprometimento com a produtividade, a
consciência da produção sem agredir o ambiente, a eficácia do produto
fitossanitário buscando resultado e racionalização de custos, são fatores que
serão melhorados quando os pulverizadores agrícolas forem envolvidos em
programas de inspeção periódica em nível nacional. Hoje, algumas empresas e
estudiosos do assunto realizam ações buscando despertar no produtor a
necessidade da correta manutenção, uso e conservação destes equipamentos.
Porém, o número de máquinas que passa por algum tipo de processo afim é
pouco representativo quando comparado ao número de máquinas operantes no
cenário nacional.
Na maioria das vezes, se dá excessiva importância ao defensivo agrícola
utilizado e muito pouca à tecnologia de aplicação; conseqüentemente pode
ocorrer perda de eficácia ou até fracasso do tratamento, com aplicação de volume
de calda, e conseqüentemente de produto, insuficientes para se obter o controle
desejado, ou o excesso do mesmo, caracterizando sub ou sobre dosagens, que
ocasionam perdas de rentabilidade da cultura. Também, podem produzir um
impacto sobre o ambiente, podendo prejudicar a saúde do operador que realiza a
aplicação ou de pessoas que se encontram nas proximidades da zona tratada.
As características dos equipamentos modernos permitem uma razoável
segurança e eficácia na aplicação de defensivos de todos os tipos, desde que
bem cuidados e regulados. A aplicação por meio de via líquida é o meio mais
utilizado para aplicação de produtos fitossanitários e passa por várias áreas de
conhecimento; por isso, esforços são investidos na melhoria de detalhes que
14
muitas vezes não são observados pelos produtores, como por exemplo, tipo de
ponta, angulação da barra, injeção de ar na barra pulverizadora e uso de
surfactantes.
Durante a aplicação de produtos fitossanitários realizadas com
pulverizadores de arrasto e automotriz podem ocorrer falhas no que se refere a
utilização de pontas, falhas da ordem de manutenção, pressão de trabalho, tempo
de uso, pontas que não oferecem uma adequada distribuição da calda ao longo
da barra, falhas com relação a componentes necessários a correta calibração,
segurança do operador, proteção ao ambiente e precisão de cobertura da área.
Tais falhas levam a menor eficácia química e biológica do tratamento, redução da
produtividade, perdas financeiras, além da exposição do homem e contaminação
do ambiente.
Levando-se em consideração a importância do processo de pulverização,
o presente estudo teve por objetivo avaliar as condições de uso de pulverizadores
de arrasto e automotriz com capacidade igual ou superior a 2.000 litros, para
análise quanto ao estado de conservação e funcionamento de componentes vitais
a eficácia da pulverização, de proteção a saúde humana e ambiente, como segue:
contagiros; manômetro; tanque de água limpa; lavador de embalagens; GPS;
avaliação da vazão das pontas e coeficiente de variação de distribuição da calda
na barra pulverizadora.
2. REVISÃO DE LITERATURA
Chaim (1999), relata sobre a história do aparecimento dos agrotóxicos.
Na antiga Roma, a fumaça da queima de enxofre era usada para controlar
pulgões no trigo, e também o sal para controlar plantas daninhas. No século XIX
os chineses utilizavam arsênico no controle de insetos, nesta época surgiu
também a Mistura Bordeaux (sulfato de cobre e cal), fungicida, era utilizado para
o controle do míldio (Plasmopara vitícula) em videira, e continua sendo utilizado
até os dias atuais, o Verde Paris (arsênico mais cobre) era utilizado no controle do
besouro da batata do Colorado (Leptinotarsa decemlineata), e ainda neste século
o mercúrio começou a ser utilizado para tratamento de sementes. No início do
século XX, derivados de plantas como a rotenona, extraída do caule e raiz de
algumas leguminosas, e a piretrina, extraída do Chrisantemum cinerariaefolium,
eram utilizados no controle de insetos. Em 1915, foi desenvolvida uma formulação
líquida para ser utilizada em controle de doenças fúngicas e tratamento de
sementes. Os primeiros herbicidas surgiram por volta de 1900, mas o grande
avanço no desenvolvimento dos agrotóxicos, de maneira geral, aconteceu por
volta de 1940, com a redescoberta do DDT e toda a gama de organoclorados.
Chaim relata ainda que o grande desenvolvimento nos equipamentos de
aplicação surgiu no período entre 1867 e 1900, devido ao interesse dos
agricultores em aumentar as produções e melhorar a qualidade dos produtos,
levados pela revolução industrial, a qual promoveu um grande êxodo rural.
De acordo com Kissman (2001), o Brasil é o terceiro maior mercado do
mundo para produtos fitossanitários, superado apenas pelos Estados Unidos e
16
Japão. Considerando a saturação do mercado japonês e o crescimento do
mercado brasileiro, em breve o Brasil ocupará o segundo lugar. Praticamente toda
a agricultura econômica significativa, no Brasil, é dependente do uso intensivo de
agrotóxicos e a chamada agricultura orgânica ainda é pouco expressiva. O
mercado brasileiro para agrotóxicos foi, no ano 2000, de US$ 2,53 bilhões.
Desses produtos cerca de 60% foram aplicados por pulverizadores de barra,
tracionados ou montados em tratores. Numa estimativa conservadora, as
condições inadequadas de aplicação com esses aparelhos causam, em média,
um desperdício de 10%. É claro que em muitas situações, especialmente com
aparelhos velhos, o desperdício é muito maior. Com as estimativas mencionadas,
chegar-se-ia a um valor hipotético de US$ 253 milhões em produtos desperdiádos
por serem mal aplicados.
Gadanha Jr. (2001), afirma que a agricultura empresarial atual é
altamente dependente de proteção química pelo uso de herbicidas, fungicidas,
inseticidas e fertilizantes. Altos investimentos têm ocorrido na área de
equipamentos para proteção de plantas com aumento na capacidade dos
pulverizadores e distribuidores de fertilizantes, o uso substancial da eletrônica nas
máquinas para registrar a área trabalhada, velocidade de deslocamento, níveis de
dosagem e entre outros parâmetros. A aplicação de defensivos é uma importante
atividade na produção agrícola e florestal. Essas operações, tipicamente
onerosas, podem ser perigosas e resultar em problemas ao ambiente, ao
aplicador e em resíduos indesejáveis nos produtos agrícolas, quando executadas
de forma incorreta. Por isso, é fundamental que o operador entenda a importância
de se executar a aplicação de forma adequada tanto no que se refere aos
equipamentos quanto em relação às condições ambientais. O autor afirma que o
controle de pragas e doenças só pode ser obtido de maneira rentável com o uso
de defensivos agrícolas, mas este controle deve ser alcançado de maneira
compatível com o ambiente, práticas conhecidas e dominadas pelas técnicas de
controle integrado.
Ramos e Pio (2003), enfatizam que evitar perdas na agricultura tem sido
um dos grandes desafios dos engenheiros agrônomos. Esses profissionais, assim
como os de áreas relacionadas às ciências agrárias, preocupam-se muito com as
perdas na agricultura, incluindo a área fitossanitária. Os métodos de aplicação em
17
uso hoje podem ser basicamente agrupados em aplicações por via sólida, líquida
e gasosa, de acordo com o estado físico do material a ser aplicado. Dentre esses,
a aplicação via líquida, com o emprego de água como diluente, é o método
predominante. Entretanto, em algumas condições, as dificuldades na obtenção e
no transporte de água podem conduzir à adoção de alternativas, como a
aplicação por via líquida sem o uso de água ou aplicação por via sólida. A
aplicação por via gasosa é bastante restrita devido às dificuldades associadas ao
processo.
Segundo Ramos (2001), a melhoria da eficiência na aplicação de
agrotóxicos e conseqüentemente da segurança do trabalhador e do ambiente,
deverá ser alcançada através da evolução no processo de aplicação, nos seus
vários aspectos. O melhor treinamento do homem que opera o equipamento
aplicador é, sem dúvida, um dos pontos importantes nessa evolução. No entanto,
paralelamente, deve-se desenvolver uma série de outros aspectos, com o
desenvolvimento de novos equipamentos capazes de cumprirem essa tarefa com
maior eficiência e rapidez. A qualidade e a manutenção dos pulverizadores, tanto
novos quanto em utilização, também são fatores fundamentais e o
desenvolvimento de padrões de qualidade devem continuar a ser estudados e
estimulados, no sentido de se assegurar que máquinas seguras estejam
chegando e sendo utilizadas no campo.
Segundo Matuo (1990), entende-se por tecnologia de aplicação de
agrotóxicos o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a
correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade
necessária, de forma econômica e com mínimo de contaminação de outras áreas.
Segundo Torres (2001), o desenvolvimento de novos equipamentos
segue algumas tendências que deverão direcionar novos projetos na criação
destes pulverizadores, tais como:
sistemas que facilitem o preparo da calda;
lavagem de embalagens;
bicos com injeção de ar;
barras pulverizadoras com ventilação;
18
equipamentos que possibilitem a aplicação com baixa vazão;
maior aplicação da eletrônica;
aplicações localizadas através do mapeamento pelo geo-referenciamento;
uso de sensores capazes de detectar pragas, plantas daninhas e doenças.
Quanto ao uso de sensores capazes de detectar pragas, plantas daninhas
e doenças, Torres (2001) afirma que esta tecnologia poderá vir a substituir o uso
do GPS para o mesmo fim. O autor afirma ainda que os avanços no
desenvolvimento de novos equipamentos de aplicação de produtos fitossanitários
têm seguido uma busca por máquinas mais seguras ao ambiente, seguras ao
operador e mais precisas. Vários são os componentes que tem trazido excelentes
resultados nesta direção. Convém lembrar que o desenvolvimento destes
equipamentos tem sempre de ser voltado ao usuário, devido ao fato que é este
que irá operar estes pulverizadores. Quanto melhor o nível técnico do usuário,
logo, mais proveito pode-se obter dos equipamentos e daí a necessidade de
haver sempre uma política de treinamento e capacitação do homem do campo, no
intuito de otimizar todos estes recursos que já estão prontamente disponíveis à
agricultura.
Antuniassi (2001) coloca que a busca por melhorias qualitativas e
quantitativas nas operações agrícolas tem incentivado a adoção de dispositivos
de gerenciamento e controle eletrônico, sendo que a aplicação de defensivos é
uma das operações que mais tem se beneficiado deste processo. A crescente
demanda por sistemas de menor impacto ambiental, como a Agricultura de
Precisão, por exemplo, será um fator decisivo no desenvolvimento e
disponibilização dos sistemas eletrônicos. Entretanto, os grandes desafios à
consolidação deste processo correspondem aos custos ainda elevados e a
necessidade de mão-de-obra especializada.
Embora a preocupação com a tecnologia de aplicação ainda não ocupe o
merecido lugar nas escolas preparatórias, importantes iniciativas têm sido
tomadas por entidades facilitando estudos para busca de melhoria da eficácia no
processo. Gadanha e Milan (2001) relatam sobre o laboratório para testes com
pulverizadores desenvolvido na ESALQ, onde o Departamento de Engenharia
Rural da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de
19
São Paulo (USP), montou um Laboratório de Tecnologia de Aplicação de
Defensivos com objetivo de estudar pulverizadores e seus componentes assim
como treinamento de pessoal na execução da operação.
A busca por melhores resultados passa também pela melhoria da eficácia
de metodologias utilizadas nos estudos. Desenvolver estudos nesta área requer
métodos que ofereçam uma precisão cada vez maior, contribuindo para
segurança dos resultados. Desta forma, trabalhos têm sido desenvolvidos
buscando repetir nos estudos, uma realidade cada vez mais próxima à do campo
para análise de deposição de produtos no alvo, assim como o uso da informática
aliado ao geo-referenciamento tem alavancado grandes evoluções na agricultura
de precisão. Firveda et al. (2001), relatam que com uso de imagens geradas por
câmera digital desenvolveu-se uma rotina de análise no software de análise de
imagens IDRISI (software que reúne ferramentas nas áreas de processamento de
imagens, sensoriamento remoto, sistema de informação geográfica e
geoestatística) que permitiu a automatização das análises de cobertura. O
software IDRISI mostrou-se uma ferramenta adequada e eficiente na avaliação da
cobertura proporcionada pela pulverização na superfície vegetal estudada.
Gandolfo (2001) cita Reichard et al.(1991), que relatam sobre avaliações
de componentes isolados dos pulverizadores que são realizadas desde, pelo
menos, 1943, mas apenas nos anos 1970 é que surgiram os primeiros programas
de inspeção periódica. Gandolfo (2001), comenta ainda que a inspeção em
pulverizadores de barras, onde a receptividade por parte dos agricultores ao
projeto foi favorável, variando de acordo com o grau de instrução, tamanho de
propriedade e tipificação do proprietário. Em geral, médios e grandes produtores
receberam a idéia das inspeções com maior entusiasmo. Em conclusão a este
trabalho, afirma que, considerando as variáveis avaliadas através da inspeção em
76 pulverizadores de barra, que os mesmos apresentaram uma condição de
manutenção e de uso inadequados, necessitando ajustes, reparos e/ou
substituição de componentes que pudessem atribuir aos mesmos maior eficiência
na aplicação de agroquímicos.
Segundo Bauer e Pereira (2005), dentre todos os equipamentos
utilizados na condução de lavouras, o pulverizador é um dos únicos em todo o
20
ciclo das culturas e, também, responsável pela colocação da maioria dos
agroquímicos no ambiente. Por isso, o domínio da tecnologia de aplicação de
produtos fitossanitários é a tarefa de mais alta importância, pois, além de
apresentar baixíssimo custo relacionado com a adoção das técnicas, é utilizada
em pulverização de quase todos os agrotóxicos aplicados nas culturas, sejam
inseticidas, fungicidas, herbicidas, maturadores ou dessecantes. Assim, o domínio
da técnica de aplicação e a correta manutenção do equipamento pulverizador
terão reflexos positivos em todos os procedimentos em que estão envolvidos,
além de refletir diretamente nos custos de produção.
Bauer e Raetano (2004) citando Perecin et al. (1994), relatam sobre a
uniformidade na distribuição da calda aplicada, em pulverizações de produtos
fitossanitários que é dada pelas condições de montagem e de operação do
equipamento, como espaçamento entre bicos, altura da barra, ângulo de abertura
dos bicos e pressão de trabalho. Bauer e Raetano (2004), afirmam que a ponta,
órgão responsável pela emissão das gotas, por isso, considerado o componente
mais importante do equipamento pulverizador, é que determina diversos fatores
relacionados à qualidade da aplicação, entre eles a vazão e a uniformidade de
distribuição do líquido, os quais devem apresentar a menor variação possível ao
longo da barra.
Segundo Peressin e Perecin (2001), ao compararem os padrões de
deposição produzidos por diversos bicos em várias alturas, os resultados
retrataram melhor desempenho para os bicos TF (jato plano de grande ângulo e
gotas grossas) e XR (jato plano de uso ampliado), seguidos pelos bicos TJ60-
8010 (jato plano duplo comum), TJ60-8006 (jato plano duplo comum) e FL (jato
cônico cheio de grande ângulo). Os bicos TJ60-11006 (jato plano duplo comum) e
os TQ (jato plano de ângulo expandido – 150
o
) retrataram problemas localizados
e os bicos TK (jato plano de grande ângulo e gotas grossas) foram considerados
os piores entre os testados.
Raetano e Bauer (2001), explorando recursos de máquinas modernas,
neste caso, a utilização de ar em barra de pulverização, concluíram que a
variação da velocidade do ar junto à barra pulverizadora não influenciou os níveis
de depósitos do traçador nos folíolos de feijoeiro. Acrescenta, ainda, que
21
variações na velocidade do ar em diferentes posições da barra podem ter
influenciado sobre os níveis de depósitos do traçador nessa cultura.
Souza et al. (2001), concluíram que o posicionamento dos bicos de jato
plano 110-SF-03, com 15º e 30º em relação à vertical, no sentido do
deslocamento do pulverizador, aumentou em 5,44 e 31,71%, respectivamente, a
deposição da calda de pulverização em plantas de Cyperus rotundus.
Carbonari et al. (2001), relatam que a ponta de pulverização do tipo jato
cônico vazio proporcionou maior deposição nas folhas de grama seda, quando
comparada com a ponta do tipo jato plano, independentemente do adjuvante
utilizado. Afirmam também que a deposição de calda nas folhas foi menor quando
da não-adição de surfactantes, independentemente da ponta de pulverização
utilizada.
Já Shiratsuchi et al. (2001) afirmam que é possível realizar aplicações
localizadas de herbicidas considerando a variabilidade espacial do banco de
sementes de plantas daninhas com a utilização de equipamentos de agricultura
de precisão, conseguindo considerável economia de herbicida, diminuindo os
custos de produção e conseqüentemente o impacto ambiental. Porém, mais
estudos devem ser feitos para a adoção de melhor embasamento da aplicação
localizada de herbicidas, principalmente, em relação à:
métodos de mapeamento;
tamanho ideal da grade para levantamento;
determinação do banco de sementes;
estabilidade temporal deste banco de sementes na área agrícola;
modelagem de infestações futuras.
3. MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado no Estado de Mato Grosso do Sul. Devido a
adversidade ambiental e características regionais, as amostras foram agrupadas
em regiões norte e sul, sendo a primeira, constituída por pulverizadores avaliados
nos municípios de Sonora, São Gabriel do Oeste, Costa Rica e Chapadão do Sul,
e a segunda formada por pulverizadores avaliados nos municípios de Sidrolândia,
Maracajú, Itaporã, Dourados, Caarapó, Laguna Carapã e Angélica. Estas regiões
são importantes produtoras de soja, segundo o IBGE (2003), estes municípios
representaram 61,6% de toda produção de soja do Estado de Mato Grosso do
Sul.
Para realização das inspeções foi utilizado um conjunto de equipamentos
que consiste em:
mesa de deposição de calda, composta de 20 canaletaetas com capacidade
total de 100 mL, graduadas a cada 5 mL (Figura 1);
proveta plástica (J. Prolab) com capacidade total de 1.000 mL, graduada a
cada 10 mL (Figura 2);
manômetro banhado em glicerina, com indicador em psi e kgf/cm
2
, com
capacidade máxima de 100 psi, graduado a cada 5 psi (Figuras 3 e 4);
formulário de campo;
software AQP-COMAM;
computadores para registro das informações e cálculo do coeficiente de
variação da distribuição da barra pulverizadora (CV).
23
Figura 1. Mesa de deposição de calda para avaliação do coeficiente de
variação da distribuição da barra pulverizadora na inspeção de
pulverizadores. Campo Grande-MS. 2006.
Figura 2. Proveta plástica J. Prolab - 1.000 mL para avaliação da vazão de pontas
na inspeção de pulverizadores. Campo Grande-MS. 2006.
24
Figura 3. Painel do manômetro em glicerina - 100 psi para verificação da pressão
nas pontas de pulverização na inspeção de pulverizadores. Campo
Grande-MS. 2006.
Figura 4. Manômetro em glicerina - 100 psi para verificação da pressão nas
pontas de pulverização na inspeção de pulverizadores. Campo
Grande-MS. 2006.
25
A amostragem foi feita de maneira aleatória no universo de produtores e
empresários agrícolas que fazem uso de produtos fitossanitários e que dispõem
de equipamento de pulverização. Os elementos da amostras foram selecionados
através de entrevista onde foi passada a anuência em participar do projeto. Foram
avaliados somente pulverizadores com capacidade igual ou superior a 2.000 litros
de calda.
A amostra foi constituída por trinta e oito pulverizadores. Destes, sete
pulverizadores foram avaliados com dois conjuntos diferentes de pontas,
resultando em quarenta e cinco conjuntos inspecionados.
Essas máquinas foram agrupadas em função do tempo de operação, tipo
de tração, se automotrizes ou de arrasto e tipo de ponta utilizada na barra
pulverizadora.
Para cálculo do tempo de uso dos pulverizadores, foi aplicada análise
estatística descritiva. Com a utilização do programa Microsoft Excel, tomando por
base o tempo de uso de cada um dos trinta e oito pulverizadores avaliados,
calculou-se o tempo médio de operação de toda amostra, da mesma forma, com
o cálculo da mediana apresentada pelo sftware, fêz-se a divisão da amostra em
dois grupos, sendo um grupo de pulverizadores com menor tempo de uso, e outro
grupo composto por pulverizadores com maior tempo de uso.
Quanto ao delineamento experimental foi aplicada análise exploratória,
através de estatística descritiva, considerando-se grupos e combinações.
As avaliações foram realizadas em parceria com técnicos da DuPont do
Brasil S/A, seguindo metodologia utilizado no Programa DuPont Acerta. Este
programa é aplicado através de metodologia desenvolvida pela Comercial
Agrícola Mineira (COMAM), de Belo Horizonte, Minas Gerais, empresa
especializada em tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários e avaliação
de pulverizadores agrícolas.
Os profissionais que executaram as avaliações foram previamente
treinados e o treinamento foi composto por duas etapas: parte teórica e parte
prática no campo (Figura 5).
26
Figura 5. Aula prática - aferição de vazão das pontas com o uso de provetas
plásticas pelos profissionais de campo. Campo Grande-MS. 2006
As avaliações foram executadas em duas etapas:
inspeção propriamente dita: realizada na propriedade rural, onde o produtor
disponibiliza seu pulverizador para a execução da inspeção, deixando-o
totalmente limpo e abastecido apenas com água;
tabulação dos resultados: realizada com utilização de computador e planilha
de campo preenchida.
As inspeções foram realizadas rigorosamente dentro da regulagem e
calibração adotadas pelo proprietário e/ou operador, não ocorrendo substituição
de nenhum componente do equipamento antes da vistoria. Além disso, todas as
avaliações foram realizadas dentro do cotidiano de trabalho do produtor no
tocante à pressão de trabalho, vazão, pontas utilizadas na barra pulverizadora, e
velocidade de avanço da máquina (rotações por minuto do motor e marcha de
avanço).
27
3.1 COMPONENTES AVALIADOS
As inspeções foram realizadas no campo, em cada propriedade rural,
onde se encontravam as máquinas avaliadas. Foram inspecionados ao todo trinta
e cinco componentes do conjunto pulverizador, indicando a presença e/ou
ausência do item inspecionado (Quadro 1).
QUADRO 1. Formulário de campo para inspeção de componentes do conjunto
pulverizador indicando a presença (P) ou ausência (A).
Item Especificação P A
1 Sistema de abertura das barras (manual X hidráulico)
2 Sistema de levante das barras (manual X hidráulico)
3 Número de seções de barra
4 Número de pontas de pulverização por seção
5 Tipo de bomba
6 Tipo do sistema de amortecimento vertical das barras
7 Tipo de manômetro
8 Tipo de comando mestre das barras
9 Contagiros no trator
10 Filtro principal
11 Filtros de linha
12 Malha dos filtros de linha
13 Presença dos filtros de bico
14 Malha dos filtros de bico
15 Câmara de compensação
16 Sistema anti-gotejo
17 Proteção de pontas / patins de arraste
18 Uniformidade de espaçamento entre bicos
19 Sistema de amortização do chassi do pulverizador
20 Monitoramento das condições climáticas (temperatura, UR)
21 Sistema de desarme da barra
22 Válvula de alívio, reguladora de pressão
23 Sistema de agitação do tanque
24 Marcador do nível do tanque
25 Tanque de água limpa para as mãos
26 Lavador de embalagens no pulverizador / tanque de abastecimento
27 Orientação de faixa aplicada por GPS
28 Orientação de faixa aplicada por espuma
29 Plaqueta identificadora do tipo de equipamento
30 Peneira no bocal de abastecimento do tanque
31 Engate rápido na ponta
32 Válvula de seção de barras
33 Válvula principal
34 Regularidade da pressão da bomba
35 Dobras críticas nas mangueiras alimentadoras das pontas
28
Para efeito de estudo foram tomados alguns pontos importantes para
entender a qualidade de pulverização desta categoria de pulverizadores e
produtores.
3.1.1 CONTAGIROS PRESENTE E/OU OPERANTE
Para efeito de avaliação foi considerada a ausência ou presença deste
componente. No caso de estar presente foi verificado seu funcionamento correto,
dando como ausente quando o contagiros estava ausente ou inoperante. Este
procedimento foi adotado tanto nos pulverizadores automotrizes como nos de
arrasto, ou seja, tracionados por trator, sendo que neste caso o contagiros é o do
trator, diferentemente das automotrizes que têm locomoção própria.
3.1.2 MANÔMETRO PRESENTE E/OU OPERANTE
Do mesmo modo como o item anterior, para efeito de avaliação foi
considerada ausência e presença deste componente. No caso de presença foi
verificado seu funcionamento, sendo que o equipamento não foi aferido quanto à
sua precisão, dando como ausente quando o manômetro encontrava-se
inoperante. O mesmo procedimento foi adotado tanto nos pulverizadores
automotrizes e de arrasto.
3.1.3 PRESENÇA DO TANQUE DE ÁGUA LIMPA E RESERVATÓRIO PARA
LAVAGEM DE EMBALAGENS
Estes são componentes previstos na Lei Federal 9974/00 de 06 de junho
de 2000, que obriga pulverizadores fabricados a partir de janeiro de 2001 a serem
equipados com estes acessórios, exceto os pulverizadores manuais.
3.1.4 PRESENÇA DE SISTEMA DE POSICIONAMENTO POR SATÉLITE (GPS)
Este acessório pode ser incorporado ao pulverizador visando maior
eficácia no direcionamento e posicionamento da máquina, em relação a
sobreposição entre as passadas, fazendo com que não ocorra excesso de calda
nos locais em que há sobreposição exagerada, ou quantidade inferior de calda
onde não houve sobreposição, tendo efeito direto na qualidade de cobertura do
29
alvo, sem excesso ou falta de produto. Neste estudo foi avaliada sua presença ou
ausência.
3.1.5 PONTAS DE PULVERIZAÇÃO
O conjunto de pontas presentes no pulverizador foi avaliado com objetivo
de identificar se a sua vazão encontrava-se dentro das especificações do
fabricante, sendo que, nesta modalidade, em alguns casos ocorreram avaliações
de mais de um conjunto de pontas em um mesmo pulverizador, avaliados
separadamente.
Em cada inspeção, foram escolhidos aleatoriamente ao longo da barra 12
bicos para se estimar a vazão. A máquina, estacionada, era colocada em
funcionamento na mesma rotação de trabalho de uma pulverização real, porém
utilizando apenas água limpa. Após a estabilização do jato d’água, coletou-se o
volume em cada um dos doze bicos a serem avaliados. A coleta da pulverização
foi durante exato um minuto, ou fração de trinta segundos, sendo que neste caso,
ao final da avaliação, multiplicou-se por dois para se ter a vazão em um minuto. A
coleta foi realizada com o uso das provetas plásticas. A informação foi registrada
em formulário específico (Quadro 2). Utilizou-se um formulário para cada conjunto
de 12 bicos avaliados.
QUADRO 2. Formulário de anotação da vazão verificada nas doze pontas
avaliadas.
VAZÃO COLETADA NAS PONTAS (L/min)
Ponta 1________ Ponta 4________ Ponta 7________ Ponta 10_______
Ponta 2________ Ponta 5________ Ponta 8________ Ponta 11_______
Ponta 3________ Ponta 6________ Ponta 9________ Ponta 12_______
A pressão e vazão utilizadas pelo produtor no momento da pulverização
nem sempre são compatíveis com a recomendação do fabricante, por isso
calculamos a vazão que seria compatível àquela pressão utilizada pelo produtor
no momento da pulverização. Para realização desta etapa foi observada a
30
recomendação de intervalo de pressão de trabalho e vazão correspondente para
cada tipo de ponta avaliada. Desenvolveu-se, então, os seguintes passos para,
que aqui estão representadas pela ponta XR 110.03, e adiante apresentadas na
Tabela 3:
. O Quadro 3 mostra a recomendação do fabricante para a ponta XR 110.03
quanto aos intervalos de pressão e vazão correspondente:
QUADRO 3. Recomendação de pressão e vazão para ponta XR 110.03
PSI BAR vazão l/min
XR 110.03 14 1 0.68
21 1.5 0.84
28 2 0.97
36 2.5 1.08
43 3 1.18
50 3.5 1.28
57 4 1.37
Fonte: Spraying System Co.
. A Figura 6 mostra a equação linear regressiva, calculada através da aplicação
de estatística descritiva, com a utilização do programa Microsoft Excel:
y = 0.2103x + 0.5417
0
0.5
1
1.5
2
0246
1
0.68
0.68
Predicted 0.68
Linear (0.68)
Figura 6. Gráfico e equação para cálculo de vazão.
31
. De conhecimento da equação, onde “y” é a vazão calculada e “x” é a pressão
real utilizada pelo produtor no momento da aplicação, calculou-se, então a vazão
(y) para a pressão de 2,11 BAR:
. y = 0,2103x + 0,5417
y = 0,2103 * 2,11 + 0,5417
y = 0,985
. Encontrou-se, neste caso, que a vazão recomendada pelo fabricante, à pressão
de 2,11 BAR, era de 0,985 L de calda por minuto e por ponta.
O Quadro 4 retrata as pontas avaliadas, suas respectivas faixas de
pressão de trabalho, e a equação linear aplicada por meio da estatística
descritiva, utilizando o programa Excel, da Microsoft.
32
QUADRO 4. Pontas inspecionadas e respectivas equações lineares para cálculo
de vazão.
Especificação da
ponta Pressão (BAR)
Intervalo de
pressão (BAR)
Pressão mínima
(BAR)
Pressão máxima
(BAR)
Vazão
mínima
(L/min)
Vazão
máxima
(L/min) Equação de ajuste
Vazão
calculada
(L/min)
AVI 110.03 3.657 2.1 a 6.3 3.2 4.2 1.2 1.39 0.1574x + 0.713 1.289
AVI 110.03 3.657 2.1 a 6.3 3.2 4.2 1.2 1.39 0.1574x + 0.713 1.289
JÁ-2 4.219 4.2 a 10.5 4.2 6.3 0.64 0.76 0.0569x + 0.4 0.640
JÁ-2 4.079 4.2 a 10.6 4.2 6.3 0.64 0.76 0.0569x + 0.4 0.632
XR 110.01 2.110 1.0 a 4.0 2 2.5 0.32 0.36 0.072x + 0.1753 0.327
AVI 110.025 3.516 2.1 a 6.3 3.2 4.2 1 1.16 0.1327x + 0.59 1.057
AVI 110.025 3.516 2.1 a 6.4 3.2 4.2 1 1.16 0.1327x + 0.59 1.057
AXI 110.02 2.110 1,1 a 2,8 2.1 2.8 0.7 0.8 0.1422x + 0.4 0.700
ADI 110.02 3.516 1.4 a 2.8 1.4 2.8 0.57 0.8 0.1422x + 0.4 0.900
XR 110.03 2.110 1.0 a 4.0 2 2.5 0.97 1.08 0.2103x + 0.5417 0.985
AVI 110.02 2.461 2.1 a 6.3 2.1 3.2 0.66 0.8 0.1043x + 0.47 0.727
TT 110.03 VP 1.406 1.0 a 6.0 1 1.5 0.68 0.84 0.1824x + 0.6129 0.869
JÁ-2 8.439 4.2 a 10.5 6.3 10.5 0.76 1 0.0569x + 0.4 0.880
JÁ-2 8.439 4.2 a 10.6 6.3 10.5 0.76 1 0.0569x + 0.4 0.880
AVI 110.025 5.274 2.1 a 6.3 5.3 6.3 1.3 1.42 0.1327x + 0.59 1.290
AVI 110.025 5.274 2.1 a 6.4 5.3 6.3 1.3 1.42 0.1327x + 0.59 1.290
XR 110.02 2.813 1.0 a 5.0 2.5 3 0.548 0.6 0.099x + 0.2921 0.571
AVI 110.02 1.406 1.0 a 4.0 1 1.5 0.46 0.56 0.14x + 0.36 0.557
AVI 110.03 2.813 2.1 a 6.3 2.1 3.2 0.66 0.8 0.1574x + 0.713 1.156
TXA 80.03 2.461 1.0 a 5.0 2.5 3 1.095 1.2 0.1981x + 0.5844 1.072
AVI 110.03 3.516 2.1 a 6.3 3.2 4.2 1.2 1.39 0.1574x + 0.713 1.266
AVI 110.02 3.868 2.1 a 6.3 3.2 4.2 0.8 0.91 0.1043x + 0.47 0.873
AVI 110.02 3.516 2.1 a 6.3 3.2 4.2 0.8 0.91 0.1043x + 0.47 0.837
JÁ-2 2.813 4.2 a 10.6 4.2 10.6 0.64 1 0.0569x + 0.4 0.560
JÁ-2 2.813 4.2 a 10.6 4.2 10.6 0.64 1 0.0569x + 0.4 0.560
JÁ-5 2.110 4.2 a 10.5 4.2 10.5 1.6 2.44 0.1209x + 1.165 1.420
JÁ-5 3.516 4.2 a 10.5 4.2 10.5 1.6 2.44 0.1209x + 1.165 1.590
AD 110-015 4.923 1.0 a 5.0 4.5 5 0.734 0.775 0.1046x + 0.2708 0.786
AXI 110.03 2.461 1.1 a 2.8 2.1 2.8 1 1.1 0.1422x + 0.7 1.050
API 110.03 2.110 1.4 a 2.8 2.1 2.8 1.06 1.2 0.1991x + 0.64 1.060
110.02 DBA 2.813 1.0 a 4.0 2.5 3 0.72 0.79 0.14x + 0.36 0.754
110.015 DG 3.516 1.0 a 4.0 3.5 4 0.64 0.68 0.1046x + 0.2708 0.639
JÁ-2 5.626 4.2 a 10.6 4.2 6.3 0.64 0.76 0.0569x + 0.4 0.720
AXI 110.02 2.461 1.1 a 2.8 2.1 2.8 0.7 0.8 0.1422x + 0.4 0.750
BD 110.02 2.813 1.0 a 4.0 2.5 3 0.72 0.79 0.14x + 0.36 0.754
AD 110-015 2.813 1.0 a 5.0 2.5 3 0.54 0.59 0.1046x + 0.2708 0.565
AVI 110.015 5.626 2.1 a 6.3 5.3 6.3 0.77 0.85 0.0787x + 0.354 0.797
AXI 110.02 2.813 1.1 a 2.8 2.8 2.8 0.8 0.8 0.1422x + 0.4 0.800
AD 110-03 2.532 1.0 a 4.0 2.5 3 1.18 1.08 0.2103x + 0.5417 1.074
110.02 BD 1.758 1.0 a 4.0 1.5 2 0.56 0.64 0.14x + 0.36 0.606
AXI 110.03 2.461 1.1 a 2.8 2.1 2.8 1 1.1 0.1422x + 0.7 1.050
AD-110-05-D 2.813 1.0 a 4.0 2.5 3 1.8 1.97 0.3531x + 0.8922 1.885
AXI 110.03 2.110 1.1 a 2.8 2.1 2.8 1 1.1 0.1422x + 0.7 1.000
XR 110.03 2.813 1.0 a 4.0 2.5 3 1.08 1.18 0.2103x + 0.5417 1.133
TJ 60 110 02 1.406 2.0 a 4.0 2 4 0.64 0.91 0.126x + 0.408 0.585
Posteriormente, os dados foram registrados em planilha do Programa
Excel para análise. Este estudo permitiu avaliar o estado das pontas em relação
ao desgaste e/ou entupimento, tendo como vazão padrão aquela recomendada
33
pelo fabricante, para cada tipo de ponta, aplicada à pressão utilizada pelo
produtor.
Foi recomendado aos produtores/operadores que procedessem à
substituição de todo conjunto de pontas, quando pelo menos 3 pontas avaliadas
apresentassem variação de vazão acima de 10% em relação à recomendação do
fabricante.
Avaliou-se também as pontas em outros dois critérios, sendo:
variação da vazão de acordo com a moda da vazão no conjunto inspecionado;
qualidade do conjunto de acordo com a variabilidade entre a maior e menor
vazão encontrada no conjunto.
Para todos os critérios avaliados utilizou-se o programa Microsft Excel
para planilhamento, cálculo e análises dos resultados.
3.1.6 ESTIMATIVA DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA
BARRA (CV)
A distribuição da calda ao longo da barra pode sofrer influência de alguns
fatores. Entre eles, destacam-se: o desgaste das pontas pela qualidade do
material, a utilização freqüente de produtos de alta corrosividade, o tempo de uso
e a categoria da ponta (jato plano e jato cônico).
O coeficiente de variação da distribuição da barra (CV) foi calculado à
partir de valores obtidos na mesa de deposição de calda. Foram realizadas três
leituras sob a barra, uma no centro e outras duas nas posições laterais do lado
esquerdo e direito da barra. A mesa foi colocada sob a barra à altura que esta
trabalha sobre o alvo, nas pulverizações de campo. O Quadro 5 expressa a
planilha onde os dados, em milímetros por minuto, foram registrados, de acordo
com a deposição da pulverização em cada uma das canaletas.
QUADRO 5. Formulário para registro do volume de calda coletado nas
canaletaetas (mL/min).
TESTE DE DISTRIBUIÇÃO SOB A BARRA COM A MESA DE DEPOSIÇÃO DE CALDA
34
Vazão na posição central da barra pulverizadora
Canaleta 1______ Canaleta 6______ Canaleta 11______ Canaleta 16______
Canaleta 2______ Canaleta 7______ Canaleta 12______ Canaleta 17______
Canaleta 3______ Canaleta 8______ Canaleta 13______ Canaleta 18______
Canaleta 4______ Canaleta 9______ Canaleta 14______ Canaleta 19______
Canaleta 5______ Canaleta 10______ Canaleta 15______ Canaleta 20______
Vazão na lateral esquerda da barra pulverizadora (mL/min)
Canaleta 1______ Canaleta 6______ Canaleta 11______ Canaleta 16______
Canaleta 2______ Canaleta 7______ Canaleta 12______ Canaleta 17______
Canaleta 3______ Canaleta 8______ Canaleta 13______ Canaleta 18______
Canaleta 4______ Canaleta 9______ Canaleta 14______ Canaleta 19______
Canaleta 5______ Canaleta 10______ Canaleta 15______ Canaleta 20______
Vazão na lateral direita da barra pulverizadora (mL/min)
Canaleta 1______ Canaleta 6______ Canaleta 11______ Canaleta 16______
Canaleta 2______ Canaleta 7______ Canaleta 12______ Canaleta 17______
Canaleta 3______ Canaleta 8______ Canaleta 13______ Canaleta 18______
Canaleta 4______ Canaleta 9______ Canaleta 14______ Canaleta 19______
Canaleta 5______ Canaleta 10______ Canaleta 15______ Canaleta 20______
Após a coleta da calda através do uso da mesa de deposição, colocou-se
a mesma na posição vertical, em local plano, onde foi feita leitura em cada uma
das 20 canaletas da mesa. A leitura coletada nestas foi registrada na planilha de
campo, no seu local específico, utilizando a medida em mililitros (mL). Este
registro foi efetuado a cada vez que se fêz a coleta da calda pela mesa de
deposição, onde para cada barra pulverizadora avaliada foram realizadas três
coletas. Entre uma coleta e outra, a mesa foi totalmente esvaziada para se fazer
uma nova leitura em outra seção da barra. Com as três leituras realizadas e
registradas na planilha de campo, o próximo passo foi inserir o dado no Software
AQP-COMAM. Da mesma forma, como se registrou no campo, os dados de
vazão foram registrados na planilha eletrônica, ou seja, um campo da planilha
para cada leitura da mesa de deposição, canaleta a canaleta, em mL, conforme
demonstrado no Quadro 4.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram avaliados 38 pulverizadores entre as regiões norte e sul do Estado
de Mato Grosso do Sul (TABELA 1). Para execução dos trabalhos observou-se
boa predisposição dos produtores, disponibilizando de maneira voluntária seus
pulverizadores.
TABELA 1. Distribuição geográfica dos pulverizadores avaliados. Campo Grande-
MS. 2006.
Região Municípios
Total de
máquinas
Distribuição
percentual
Norte
Sonora, São Gabriel do Oeste, Costa Rica e
Chapadão do Sul.
21 55,26
Sul
Sidrolândia, Maracajú, Itaporã, Dourados,
Caarapó, Laguna Carapã e Angélica
17 44,74
Total 38 100,00
4.1 TEMPO DE OPERAÇÃO DOS PULVERIZADORES
Com relação a análise do tempo de uso dos pulverizadores avaliados, a
mediana encontrada foi de 4 anos de tempo de uso, donde dividimos a amostra
em dois grupos, um de pulverizadores mais novos com tempo de uso de um a
quatro anos, e o segundo grupo com cinco a dezoito anos de tempo de uso.
36
A Tabela 2 mostra a distribuição dos pulverizadores de acordo com o
tempo de uso no campo e respectivas distribuições percentuais entre as regiões
norte e sul do Estado. O grupo representado por pulverizadores com tempo de um
a quatro anos de uso ficou representado por vinte pulverizadores (52,63%), e o
grupo com tempo de cinco a dezoito anos de uso ficou representado por dezoito
pulverizadores (47,37%).
TABELA 2. Distribuição dos pulverizadores avaliados de acordo com o número de
anos em operação no campo. Campo Grande-MS. 2006.
Tempo de uso
(anos)
Número de
pulverizadores
Distribuição
percentual
Regiões do MS
Norte Sul
1 a 4 20 52,63 55,00% 45,00%
5 a 18 18 47,37 55,55% 44,45%
O tempo médio de utilização dos pulverizadores calculado foi de 5,7, sendo
que na região norte o período médio de utilização encontrado foi de 4,5 anos,
representando 55,26%, e na região sul foi de 7,1 anos, representando 44,74%
(Tabela 1).
A Figura 7 demonstra a distribuição da amostra de acordo com o tempo de
uso dos pulverizadores estudados.
37
mero de pulverizadores
tempo de uso - anos
3632282420161284
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Figura 7. Número de pulverizadores avaliados, de acordo com o tempo de
uso.
Gandolfo (2001), constatou que em setenta e seis pulverizadores
avaliados no Estado de São Paulo, somente doze (15,8%) tinham até dois anos
de fabricação. Nos sessenta e quatro restantes foi possível observar o tempo de
uso somente em cincoenta e um deles (identificação do ano de fabricação), onde
o tempo médio de uso foi de 9,2 anos. Gandolfo afirma neste estudo um processo
de envelhecimento da frota, indicando a necessidade de renovação ou
modernização. Já para o estudo em questão, os pulverizadores avaliados na
região norte apresentaram quatro anos e meio de tempo de uso, enquanto que na
região sul pouco mais de sete anos.
4.2 TIPO DE TRAÇÃO DOS PULVERIZADORES
Quanto ao tipo de tração dos pulverizadores avaliados, foi considerada
uma amostra de 38 pulverizadores. A Tabela 3 mostra a distribuição dos
pulverizadores de acordo com o tipo de tração, e também sua localização
geográfica.
p
ulverizado
r
38
TABELA 3. Distribuição dos pulverizadores avaliados de acordo com o tipo de
tração e suas respectivas localizações geográficas. Campo Grande-
MS. 2006.
Tipo de
tração
Número de
pulverizadores
Distribuição
percentual
Regiões do MS
Norte Sul
Arrasto 21 55,26 28,57% 88,24%
Automotriz 17 44,74 71,43% 11,76%
Total 38 100,00 100,00% 100,00%
Percebe-se um aparente equilíbrio entre as categorias de pulverizadores,
pois 55,26% foram representados por pulverizadores de arrasto, e 44,74% por
automotrizes. Entretanto, a diferenças regionais com a predominância de
pulverizadores de arrasto na região sul do Estado, e automotrizes na região norte.
Esse fato pode ser explicado pela diferença na estrutura fundiária dessas regiões,
havendo propriedades de maiores dimensões na região norte, com necessidade
de equipamento de maior capacidade operacional. Gandolfo (2001), inspecionou
76 pulverizadores, dos quais 16 eram automotriz, 40 eram de arrasto e 20 eram
montados (trâmpulo).
4.3. AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES DE CONJUNTOS PULVERIZADORES
4.3.1 CONTAGIROS
A Tabela 4 mostra o estado dos pulverizadores avaliados com relação a
presença e/ou ausência de contagiros.
39
TABELA 4. Presença de contagiros na avaliação de pulverizadores com 1 a 4
anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões
norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande-MS.
2006.
Pulverizadores
N° conjuntos avaliados Presença (n°)
Presença (%)
Região Norte
1 a 4 anos 11 11 100,00
Automotriz 9 9 100,00
Arrasto 2 2 100,00
Região Sul
1 a 4 anos 9 8 88,89
Automotriz 2 2 100,00
Arrasto 7 6 85,71
Região Norte
5 a 18 anos 10 10 100,00
Automotriz 6 6 100,00
Arrasto 4 4 100,00
Região Sul
5 a 18 anos 8 8 100,00
Automotriz 0 0 -
Arrasto 8 8 100,00
Total 38 37 97,37
Observou-se a presença de contagiros em 97,37%. Apenas um
pulverizador, em toda amostra, não apresentou contagiros, mesmo sendo
relativamente novo, porém o trator não apresentava o equipamento. O fato de
97,37% da amostra estar equipada com conta-giros (em funcionamento) significa
evolução na qualidade do conjunto, uma vez que a uniformidade da vazão está
diretamente ligada à constante rotação do motor que mantém o pulverizador em
funcionamento. No entanto, a presença do contagiros não significa que o
operador saiba qual a rotação deva ser utilizada, assim como a presença e
funcionamento não significam que a rotação de 540 rpm na tomada de potência
necessária ao correto funcionamento do pulverizador esteja sendo aplicada.
Palladini e Mondin (2002), num trabalho sobre inspeção em 62 pulverizadores
utilizados na cultura de maçã, no Município de Fraiburgo, Santa Catarina, relatam
40
que em relação à rotação por minuto, na tomada de força do trator, 45% dos
tratores não estavam funcionando de acordo com as especificações técnicas.
4.3.2 MANÔMETRO
Em geral os pulverizadores são equipados com o manômetro instalado
próximo ao regulador de pressão. A pressão real de trabalho se dá na ponta de
pulverização, por isso, a medição da pressão neste estudo foi realizada nos bicos,
obtendo-se a pressão real a que as pontas estão sendo submetidas.
A Tabela 5 apresenta a realidade dos pulverizadores avaliados.
TABELA 5. Presença de manômetro na avaliação de pulverizadores com 1 a 4
anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões
norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande-MS.
2006.
Pulverizadores
N° conjuntos
avaliados
Presença (n°)
Presença (%)
Região Norte
1 a 4 anos 11 11 100,00
Automotriz 9 9 100,00
Arrasto 2 2 100,00
Região Sul
1 a 4 anos 9 9 100,00
Automotriz 2 2 100,00
Arrasto 7 7 100,00
Região Norte
5 a 18 anos 10 10 100,00
Automotriz 6 6 100,00
Arrasto 4 4 100,00
Região Sul
5 a 18 anos 8 5 62,50
Automotriz 0 0 -
Arrasto 8 5 62,50
Total 38 35 92,10
41
Observou-se a presença deste equipamento em 92,10% dos
pulverizadores avaliados. A ausência e ou inoperância do mesmo foi observada
apenas em três pulverizadores de arrasto (7,9%). Estes tinham idade superior a
cinco anos, e localizados na região sul do Estado, onde o tempo médio de uso
dos equipamentos foi de 7,1 anos. Gandolfo (2001), constatou a presença de
manômetro 81,6% dos equipamentos avaliados, porém somente em 17,7%, o
equipamento estava adequado ao pulverizador. Gandolfo acrescenta ainda que o
estado do manômetro não interfere diretamente na qualidade da pulverização,
mas sabe-se que é um instrumento fundamental para o ajuste da correta pressão
de operação do circuito hidráulico.
4.3.3 TANQUE DE ÁGUA LIMPA E LAVADOR DE EMBALAGENS
Estes componentes passaram a ser obrigatórios para as máquinas
fabricadas a partir janeiro de 2001, de acordo com a Lei Federal 9974/00 de 06 de
junho de 2000. A obrigatoriedade do tanque de água limpa e o lavador de
embalagens nos pulverizadores, a partir da publicação da referida lei,
representam uma evolução no trabalho rural, no que diz respeito ao homem. A
Tabela 6 mostra a situação dos pulverizadores inspecionados com relação a
presença desse acessório.
42
TABELA 6. Presença de tanque de água limpa na avaliação de pulverizadores
com 1 a 4 anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas
regiões norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo
Grande-MS. 2006.
Pulverizadores
N° conjuntos
avaliados
Presença (n°)
Presença (%)
Região Norte
1 a 4 anos 11 11 100,00
Automotriz 9 9 100,00
Arrasto 2 2 100,00
Região Sul
1 a 4 anos 9 8 88,89
Automotriz 2 2 100,00
Arrasto 7 6 85,71
Região Norte
5 a 18 anos 10 10 100,00
Automotriz 6 6 100,00
Arrasto 4 4 100,00
Região Sul
5 a 18 anos 8 3 37,50
Automotriz 0 0 -
Arrasto 8 3 37,50
Total 38 32 84,21
Foi observado que 84,21% dos pulverizadores inspecionados possuem a
presença de tanque de água limpa. Os pulverizadores não equipados
encontravam-se todos na região sul do Estado, onde apenas um pulverizador da
amostra era de arrasto com idade inferior a quatro anos, e cinco pulverizadores
da amostra eram de arrasto com idade superior a quatro anos. A falta deste
acessório nos pulverizadores com idade igual e superior a cinco anos é entendida
pelo fato de que a Lei Federal 9974/00, de 06 de junho de 2000, obriga a
presença deste componente nos pulverizadores fabricados a partir de janeiro de
2001. Para pulverizadores fabricados a partir desta data que não apresentam
tanque de água limpa, reflete total negligência do produtor, considerando-se que o
mesmo deva ter sido retirado. É de consciência do produtor rural a instalação do
43
componente nas máquinas fabricadas anteriormente à vigência da lei, e desta
forma mostrar respeito e dignidade ao operador, proporcionando melhores
condições de trabalho.
Da mesma forma, o lavador de embalagens também passou a ser
obrigatório a partir da vigência da lei Federal 9974/00, nos pulverizadores
fabricados a partir de 2001.
A Tabela 7 retrata a situação dos pulverizadores inspecionados com
relação à existência do lavador de embalagens vazias.
TABELA 7. Presença de lavador de embalagens na avaliação de pulverizadores
com 1 a 4 anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas
regiões norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo
Grande-MS. 2006.
Pulverizadores
n° conjuntos
avaliados
Presença (n°)
Presença (%)
Região Norte
1 a 4 anos 11 11 100,00
Automotriz 9 9 100,00
Arrasto 2 2 100,00
Região Sul
1 a 4 anos 9 8 88,89
Automotriz 2 2 100,00
Arrasto 7 6 85,71
Região Norte
5 a 18 anos 10 10 100,00
Automotriz 6 6 100,00
Arrasto 4 4 100,00
Região Sul
5 a 18 anos 8 5 62,50
Automotriz 0 0 -
Arrasto 8 5 62,50
Total 38 34 89,47
44
A Tabela 7 mostra que 89,47% dos pulverizadores inspecionados
possuem a presença do lavador de embalagens. Os pulverizadores não
equipados encontravam-se todos na região sul do Estado, assim como no caso
do tanque de água limpa, onde apenas um pulverizador da amostra era de arrasto
com tempo de uso inferior a quatro anos, e três pulverizadores da amostra eram
de arrasto com tempo de uso superior a quatro anos. A falta deste acessório nos
pulverizadores com idade igual e superior a 5 anos é entendida pelo fato de que a
Lei Federal 9974/00, de 06 de junho de 2000 obriga a presença deste
componente nos pulverizadores fabricados a partir de janeiro de 2001. Para
máquinas fabricadas a partir desta data, que não apresentam lavador de
embalagens, reflete total negligência do produtor, considerando-se que o mesmo
deva ter sido retirado. É de consciência do produtor rural a instalação do
componente nas máquinas fabricadas anteriormente à vigência da lei, e desta
forma observar condições de operação mais seguras ao ambiente.
4.3.4 PRESENÇA DE SISTEMA DE POSICIONAMENTO (GPS)
O GPS é um componente que equipa normalmente os pulverizadores
automotrizes, o qual contribui para cobertura da área pulverizada com maior
exatidão, evitando falhas ou sobreposição da aplicação.
Observa-se na Tabela 8 os pulverizadores inspecionados que
apresentaram GPS instalado.
45
TABELA 8. Presença de GPS na avaliação de pulverizadores com 1 a 4 anos e 5
a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões norte e sul
do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo Grande-MS. 2006.
Pulverizadores
N° conjuntos
avaliados
Presença (n°)
Presença (%)
Região Norte
1 a 4 anos 11 7 63,64
Automotriz 9 7 77,78
Arrasto 2 0 0,00
Região Sul
1 a 4 anos 9 2 22,22
Automotriz 2 2 100,00
Arrasto 7 0 0,00
Região Norte
5 a 18 anos 10 2 20,00
Automotriz 6 2 33,33
Arrasto 4 0 0,00
Região Sul
5 a 18 anos 8 0 0,00
Automotriz 0 0 0,00
Arrasto 8 0 0,00
Total 38 11 28,95
Percebe-se que 28,95% possuem a presença de GPS, entre os
pulverizadores inspecionados em todo Estado. Dos 21 pulverizadores
inspecionados na região norte, 41,86% estão equipados com GPS. Já na região
sul, apenas 11,76% dos pulverizadores inspecionados estavam equipados com
GPS. A presença deste equipamento é superior na região norte devido a
predominância deste equipamento nos pulverizadores automotrizes, categoria de
máquinas também predominante na região norte. Por outro lado, nenhum dos
conjuntos de arrasto inspecionados apresentou o equipamento.
Segundo Torres (2001), o sistema de marcação de linhas por satélite,
popularmente conhecido como “barra de luzes”, vem tendo grande aceitação por
46
parte dos agricultores não só pela grande precisão na aplicação e pela facilidade
para trabalhar à noite, mas também pela facilidade operacional.
4.3.5 PONTAS DE PULVERIZAÇÃO
As avaliações das pontas dos bicos de pulverização foram verificadas em
trinta e oito pulverizadores. No entanto, sete pulverizadores foram avaliados com
dois conjuntos de pontas diferentes, sendo uma primeira avaliação com pontas de
jato plano, e em seguida com pontas de jato cônico, resultando em quarenta e
cinco conjuntos avaliados. Na Tabela 9, observa-se a distribuição das pontas
quanto à categoria.
Nesta modalidade, especificamente, em 7 dos 38 pulverizadores
avaliados, ocorreram avaliações de dois diferentes conjuntos de pontas num
mesmo pulverizador, sendo, evidentemente, cada conjunto avaliado
separadamente.
TABELA 9. Distribuição dos conjuntos de pontas inspecionados quanto ao tipo de
jato, na avaliação de pulverizadores com 1 a 4 anos e 5 a 18 anos de
uso, automotrizes e de arrasto, nas regiões norte e sul do Estado de
Mato Grosso do Sul. Campo Grande-MS. 2006.
Tipo de jato Distribuição numérica Distribuição percentual
Jato plano 36 80,00
Jato cônico 9 20,00
Total 45 100,00
Dos quarenta e cinco conjuntos avaliados, 80% apresentaram pontas de
jato plano e 20% pontas de jato cônico. Gandolfo (2001), afirma que verificou
91,7% de máquinas novas e 68,7% de máquinas usadas equipadas com pontas
de jato plano. O autor justifica tal fato devido a maior versatilidade das pontas de
jato plano sobre os cônicos devido a capacidade de obtenção de padrões mais
adaptados ao controle de perdas por deriva.
47
As pontas de pulverização são de vital importância na correta aplicação
de produtos fitossanitários. Na prática, não se dá muito valor na adequada vazão
das pontas, preocupando-se apenas com a vazão média ao longo da barra. Esta
atitude pode levar o produtor a aplicar sub ou super dosagens numa mesma
barra, ou ainda, trabalhar com pontas com desgastes semelhantes. Porém,
trabalhando com pressão inadequada, ou vazão não apropriada para determinada
pressão, conforme recomenda o fabricante, pode-se produzir gotas grossas onde
o ideal seriam gotas finas, por exemplo, e com isso comprometer a eficácia do
produto utilizado.
Com relação à distribuição dos conjuntos de pontas inspecionadas quanto
à vazão recomendada pelo fabricante, a Tabela 10 mostra a inspeção de
quarenta e cinco conjuntos analisados, de acordo com o número de pontas que
apresentaram vazão alterada em 10% ou mais, relativos à vazão indicada pelo
fabricante.
TABELA 10. Distribuição dos conjuntos de pontas inspecionados quanto à vazão
recomendada pelo fabricante, na avaliação de pulverizadores com 1
a 4 anos e 5 a 18 anos de uso, automotrizes e de arrasto, nas
regiões norte e sul do Estado de Mato Grosso do Sul. Campo
Grande-MS. 2006.
Número de pontas com
vazão 10%
Número de
conjuntos
Percentual em relação
à amostra de 45
conjuntos avaliados
Número de pontas na barra
com vazão 10%
0 ponta 15 33,33 0 ponta
1 ponta 2 4,44 1 ponta
2 pontas 5 11,11 2 pontas
6 pontas 3 6,67 6 pontas
7 pontas 5 11,11 7 pontas
8 pontas 2 4,44 8 pontas
9 pontas 1 2,22 9 pontas
10 pontas 3 6,67 10 pontas
11 pontas 3 6,67 11 pontas
12 pontas 6 13,34 12 pontas
Total avaliado 45 100 -
48
No cenário apresentado na Tabela 10, observou-se que quinze conjuntos
de pontas (33,33%) apresentaram vazão de acordo com as recomendações dos
fabricantes, dois conjuntos (4,44%) apresentaram problemas em apenas uma
ponta, e cinco conjuntos (11,11%) apresentaram problemas em apenas duas
pontas. Os restantes vinte e três conjuntos inspecionados apresentaram 6 pontas
ou mais - num grupo de 12 - com vazão alterada em no mínimo 10%.
TABELA 11. Demonstrativo da situação de vazão dos conjuntos de pontas de
acordo com a vazão recomendada pelos fabricantes, seguindo o
critério que a partir de 3 pontas fora da especificação em cada 12
pontas analisadas, todo o conjunto deva ser substituído, em
avaliação de pulverizadores. Campo Grande-MS. 2006.
Número de pontas na
barra com vazão 10%
Número de
conjuntos
% em relação a
amostra total
Recomendação
0 a 2 pontas 22 48,89 Trocar unidades fora do padrão
6 a 12 pontas 23 51,11 Trocar todo o conjunto
Total 45 100,00 -
Ramos e Pio (2003), afirmam que quando três ou mais pontas, num
conjunto de doze, apresentam a vazão alterada em 10% ou mais, recomenda-se
a troca de todo o conjunto, o que significa que nos conjuntos avaliados deste
estudo, 51,11% dos mesmos teriam que ser totalmente substituídos.
Com relação à distribuição dos conjuntos de pontas inspecionadas quanto
à vazão recomendada pelo fabricante, em avaliação de pulverizadores, seguindo
o critério que a partir de 3 pontas fora da especificação em cada 12 pontas
analisadas, todo o conjunto deva ser substituído, observou-se que 51,11% dos
conjuntos apresentaram 6 ou mais pontas com vazão fora das especificações
recomendadas pelos fabricantes (Tabela 11), que significa, baseado nos índices
propostos, trocar todo o conjunto. Caso mais acentuado foi relatado por Gandolfo
(2001), onde apenas 18,4% dos conjuntos avaliados apresentaram pontas em
estado aceitável, e com relação aos conjuntos que apresentaram más condições
49
a média de pontas ruins foi de 5,5 por máquina, com média de erro de vazão de
39,87%. Palladini e Mondin (2002), em inspeção de pulverizadores realizadas em
Fraiburgo/SC, relatam que 3,8% de bicos novos apresentaram vazão incompatível
com a especificação do fabricante, e que 64,8% dos bicos que estavam em uso
apresentaram desgaste retratando vazão acima dos limites toleráveis.
Relativo à distribuição dos conjuntos de pontas, a Tabela 12 retrata a
situação dos conjuntos avaliados sobre 3 aspectos:
porcentagem de pontas com vazão alterada em 10% em relação à
recomendação do fabricante;
porcentagem de pontas com vazão alterada em 10% em relação à moda;
porcentagem de pontas com variação de vazão em 10% entre a ponta de
vazão máxima e mínima.
Sendo que a cor verde representa conjuntos aprovados nos requisitos
acima, e a cor vermelha representa conjunto reprovado. Pode-se ainda, analisar
os conjuntos analisados simultaneamente por todos os critérios:
50
TABELA 12. Distribuição dos conjuntos de pontas de acordo com os critérios de
recomendação do fabricante, moda e variação de 10% entre vazão máxima e
mínima, na avaliação de pulverizadores. Campo Grande-MS. 2006.
Ordem
% pontas
com vazão
alterada X
fabricante
% pontas
com vazão
alterada x
moda
var em %
de vazão
real entre
max. e min.
atende as 3
especificaç
ões
atende ao
fabricante e à
moda
atende a
moda e a max
e min
atende ao
fabricante e à
max e min;
atende só a
moda
reprovado
nas três
especificaçõe
s
n° pulv.
1 0.0% 0.0% 8.3% X 1
2 0.0% 0.0% 8.1% X 1
3 0.0% 0.0% 6.9% X 1
4 75.0% 0.0% 11.8% X1
5 91.7% 16.7% 17.1% X1
6 50.0% 8.3% 30.4% X1
7 16.7% 0.0% 9.3% X 1
8 0.0% 0.0% 7.7% X 1
9 16.7% 16.7% 14.8% X1
10 100.0% 0.0% 11.1% X1
11 100.0% 0.0% 10.0% X1
12 100.0% 0.0% 11.8% X1
13 0.0% 0.0% 7.1% X 1
14 16.7% 0.0% 18.2% X1
15 0.0% 0.0% 10.2% X 1
16 100.0% 0.0% 5.0% X 1
17 0.0% 0.0% 6.7% X 1
18 83.3% 8.3% 14.5% X1
19 58.3% #N/A 66.2% X1
20 0.0% 0.0% 9.9% X 1
21 0.0% 0.0% 9.1% X 1
22 0.0% 0.0% 2.4% X 1
23 8.3% 0.0% 8.0% X 1
24 91.7% 0.0% 8.5% X 1
25 91.7% 8.3% 19.6% X1
26 8.3% 8.3% 21.0% X 1
27 58.3% 16.7% 12.0% X1
28 66.7% 25.0% 106.7% X1
29 58.3% 25.0% 62.8% X1
30 0.0% 8.3% 12.4% X 1
31 0.0% 8.3% 6.8% X 1
32 66.7% 33.3% 43.6% X1
33 58.3% 16.7% 24.7% X1
34 83.3% 0.0% 9.9% X 1
35 50.0% 0.0% 15.9% X1
36 16.7% 25.0% 50.0% X1
37 0.0% 25.0% 5.2% X 1
38 58.3% #N/A 47.8% X1
39 0.0% 0.0% 7.5% X 1
40 83.3% 41.7% 81.6% X1
41 0.0% 0.0% 8.6% X 1
42 16.7% 0.0% 5.6% X 1
43 100.0% 0.0% 6.0% X 1
44 50.0% 8.3% 16.4% X1
45 100.0% 25.0% 63.8% X1
Total 13 3 6 1 10 12 45
Na avaliação de pulverizadores, observou-se que 28,9% dos conjuntos
atendiam aos três critérios propostos simultaneamente; 6,7% dos conjuntos
51
avaliados atendiam aos critérios de vazão recomendada pelo fabricante e à moda
simultaneamente; 13,3% dos conjuntos avaliados atendiam aos critérios de moda
e vazão máxima e mínima simultaneamente; apenas 2,2% dos conjuntos
avaliados atendiam aos critérios do fabricante e de máxima e mínima,
simultaneamente; 22,2% dos conjuntos avaliados atendiam apenas ao critério da
moda; e finalmente 26,7% dos conjuntos avaliados não atendiam a nenhum dos
critérios propostos. Cordeiro et al. (2003), relatam que nos pulverizadores
inspecionados no Mato Grosso do Sul, entre julho de 2003 a janeiro de 2004,
41,4% dos conjuntos de bicos avaliados apresentaram pontas desgastadas,
sendo duas pontas ou mais com diferença de vazão acima de 5% com relação a
media do conjunto. Numa análise semelhante, porém com uma tolerância maior
de diferença de vazão (de 5 para 10%), a Tabela 12 mostrou que 51,11% dos
conjuntos avaliados possuíam seis ou mais pontas fora da especificação (num
conjunto de 12 pontas), indicando necessidade de troca de todo o conjunto.
Ramos e Pio (2003), relatam que após coletar a vazão nos bicos,
medindo o líquido coletado, compara-se com a vazão esperada de uma ponta
nova e verifica-se a moda (resultado que ocorre maior número de vezes no
conjunto avaliado). Se a vazão for 10% maior que uma ponta nova para
determinada pressão, o conjunto e pontas devem ser substituídos. Caso isso não
aconteça e apenas algumas pontas (duas ou três em cada dez) fogem desse
padrão, substituem-se os bicos cuja vazão esteja fora deste critério. Para fins
práticos, pode-se adotar um desvio de 10% entre a vazão máxima e mínima do
conjunto. Baseados nestes critérios tem-se 48,9% dos conjuntos que não
atendem nem a recomendação do fabricante, nem ao critério de diferença de
vazão de 10%.
4.3.6 AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA
BARRA (CV)
O coeficiente de variação da distribuição da barra está ligado à aplicação
de uma dose constante ao longo da largura útil da mesma. À medida que a vazão
se altera ao longo da barra, a dose do produto utilizado acompanha esta variação
tanto para cima como para baixo, implicando em super ou sub dosagem,
respectivamente.
52
Gandolfo (2001) cita Langenakens (s.d.), que considera aceitável quando
a máquina apresenta coeficiente de variação (CV) de até 10%. Também cita
Azimi et al. (1985) e Rice (1993), considerando como aceitável coeficiente de
variação de até 15%. Cordeiro et al. (2004), relatam que a qualidade da
distribuição avaliada é considerada boa quando o coeficiente de distribuição
calculado é de até 10%, considerando razoável quando a distribuição calculada
está entre 10 e 15%, e o pulverizador apresenta má qualidade de distribuição
quando o coeficiente de variação calculado é superior a 15%.
Os resultados desta análise foram produzidos pelo software AQP. Com a
obtenção do perfil de distribuição do conjunto de pontas ao longo da barra,
expresso na forma de gráfico, foi possível estabelecer um comparativo entre as
duas categorias de pontas avaliadas (jato plano e jato cônico) quanto a
uniformidade ao longo da barra, uma vez que, para cada uma das 3 leituras
realizadas, obteve-se o CV calculado. Calculou-se o CV da barra pulverizadora
através da média dos três CVs obtidos nas diferentes seções de uma mesma
barra.
Com relação ao cálculo do CV na barra pulverizadora, dos quarenta e cinco
casos avaliados, a Figura 9 representa o conjunto de pontas com melhor
performance de CV, enquanto que a Figura 10 representa o conjunto de pontas
com o CV de pior performance.
A Figura 8 mostra o relatório do software AQP de uma ponta AVI-110.02,
com CV médio de 5,63%, considerado, portanto, aceitável.
53
Figura 8. Relatório do Software AQP-COMAM. Avaliação do CV em três
pontos da barra pulverizadora. Campo Grande-MS. 2006
54
A Figura 9 mostra o relatório do software AQP de uma ponta JA-5, com
CV médio de 44,22%, considerado portanto, inaceitável.
Figura 9. Relatório do Software AQP-COMAM. Avaliação do CV em três
pontos da barra pulverizadora. Campo Grande-MS. 2006
55
Em 45 conjuntos avaliados, primeiramente analisou-se a distribuição de
dois grupos relativos ao CV de até 15% (Tabela 13).
TABELA 13. Distribuição das pontas inspecionadas quanto ao CV na avaliação de
pontas de pulverizadores. Campo Grande-MS. 2006.
CV Número de conjutos % em relação ao total
< 15% 31 68,9%
> 15% 14 31,1%
Total 45 100%
Somando-se as pontas de jato plano mais as pontas de jato cônico,
verificou-se que 68,9% dos conjuntos avaliados apresentaram CV de bom a
razoável, segundo Cordeiro et al. (2004), ou seja, até 15%, 31,1% dos conjuntos
avaliados encontravam-se fora das especificações necessárias a uma boa
distribuição de calda ao longo da barra. No Estado de Mato Grosso do Sul,
Cordeiro et al. (2004), pesquisaram no período compreendido entre julho de 2003
a janeiro de 2004 e concluiram que 29,4% dos conjuntos inspecionados
apresentaram CV até 10% (considerado bom), 34,1% dos conjuntos
apresentaram CV razoável, ou seja, entre 10 e 15%, e 36,5% dos conjuntos
apresentaram CV acima do limite de 15%. O resultado do presente estudo se
apresenta semelhante ao encontrado por esses autores.
Gandolfo (2001), através de inspeção realizada em 39 unidades constatou
que o CV médio encontrado foi de 18,05%, acima dos valores propostos de 10%
conforme Langenakens (s.d.), e 15% conforme proposto por Azimi et al. (1985) e
Rice (1993), ambos citados por Gandolfo (2001). Em apenas uma máquina o
autor encontrou CV abaixo de 10%. Observou ainda que 12 máquinas (30,8%)
apresentaram CV até o limite de 15%, e que vinte e sete pulverizadores (69,2%)
apresentaram CV inaceitável, ou seja, superior aos 15% estabelecidos como
limite.
56
A Tabela 14 mostra os resultados com o mesmo critério, porém
separando-se as categorias de pontas.
TABELA 14. Distribuição das pontas de pulverização quanto ao critério de 15 %
de CV, de acordo o tipo de jato da ponta, na avaliação de
pulverizadores. Campo Grande-MS. 2006.
CV Número de conjutos % em relação ao total
Jato Plano
< 15% 30 66,7%
> 15%
6 13,3%
Total 36 80,0%
Jato Cônico
< 15% 1 2,2%
> 15%
8 17,8%
Total 9 20,0%
Percebe-se que 80,0% dos conjuntos avaliados eram pontas de jato
plano, sendo que destes 66,7% apresentaram CV inferior a 15% considerados,
portanto, aceitável. Em relação às pontas de jato cônico, esta categoria
representou 20% da amostra, sendo que apenas 2,2% desses conjuntos
avaliados apresentaram CV inferior a 15% considerados, portanto, aceitáveis,
enquanto que 17,8% da amostra total inspecionada, representada pelas pontas
de jato cônico, apresentaram um CV acima de 15%, e por isso, não aceitável.
57
TABELA 15. Análise do CV%, de acordo o tipo de tração do pulverizador, na
avaliação de pulverizadores. Campo Grande-MS. 2006.
Tipo de Pulverizador Regiões do MS
Norte Sul
Arrasto 11,47 12,92
Automotriz 16,14 12,47
CV médio 15,10 12,85
Considerando o critério de CV aceitável com até 15%, a Tabela 15 mostra
que os pulverizadores de arrasto avaliados nas regiões norte e sul, assim como
os pulverizadores automotrizes da região sul, apresentaram CV aceitáveis. Por
outro lado os pulverizadores automotrizes da região norte apresentaram CV
médio de 16,14%, considerados, portanto, não aceitáveis de acordo com o critério
proposto. Este resultado é o reflexo direto da influência da performance das
pontas de jato cônico, uma vez que no grupo dos pulverizadores automotrizes da
região norte, encontravam-se oito conjuntos de jato cônico, do total de nove
avaliados em todo o estudo.
Boller et al. (2004), relata em trabalho de teste com diferentes pontas de
pulverização, que na aplicação do fungicida epoxiconazole + piraclostrobim no
volume de 100 L/ha de calda, as pontas de pulverização não se diferem no
controle do oídio em soja. Porém, quando utilizado o volume de 200 L/ha de calda
as pontas de jato cônico vazio JA-2, e as pontas de indução de ar ID12002
proporcionam controle de oídio mais eficaz que as pontas de jato plano duplo TJ-
60 e jato plano XR, DG e TT. Resultados semelhantes foram relatados por
Antuniassi et al. (2004), utilizando vazões de 100 e 150 L/ha de calda, onde
observaram melhor desempenho de cobertura da calda nas partes de alcance
mais difícil na planta com as pontas TX VK6 (jato cônico) quando comparadas
com XR 11002, AI 11002 e TJ-60 11002. Esses autores relatam ainda que as
pontas AI apresentaram menor desempenho de cobertura nas mesmas
condições.
5. CONCLUSÃO
Em relação à avaliação das condições de uso de pulverizadores agrícolas
no Estado de Mato Grosso do Sul, com capacidade igual e superior a 2.000 litros,
utilizados por produtores de soja das regiões norte e sul do Estado, na safra
2005/06, conclui-se que:
os produtores estavam mais atentos à presença de componentes básicos à
calibração de pulverizador, pois mais de 90% destes apresentaram contagiros
e manômetro operantes;
uma minoria dos produtores não atenderam aos critérios de respeito ao
homem e ao meio ambiente, pois na região sul do Estado foram avaliados
pulverizadores que não estavam equipados com tanque de água limpa e
lavador de embalagens;
a modernização de pulverizadores através do GPS é um tópico pouco
evoluído, no entanto sua presença foi maior na região norte do Estado,
favorecido principalmente pela maior presença de pulverizadores
automotrizes, dado ao maior módulo agrícola, quando comparado à região sul.
a maioria absoluta dos conjuntos de pontas avaliados teria que ser
substituídos devido a desuniformidade de vazão de três ou mais pontas
nesses conjuntos, enquanto que estavam sendo utilizados normalmente.
as pontas de jato plano apresentaram, consistentemente, melhor coeficiente
de variação de distribuição na barra - CV - quando comparadas com as
pontas de jato cônico.
59
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O resultado que se pode alcançar com o emprego de modernas e
onerosas técnicas de produção tais como, máquinas, softwares, sementes
modificadas, técnicas de manejo e monitoramento, entre outras, está intimamente
ligado à observância de detalhes. Os resultados deste trabalho chamam a
atenção àquilo que está considerado como dos mais importantes componentes de
um pulverizador, que são as pontas, que nos dias de hoje ainda não apresentam
a preocupação devida por parte dos produtores, principalmente com o advento da
ferrugem asiática. Um conjunto de pontas desgastadas representa prejuízos de
toda ordem, desde a aplicação de produto em diferentes doses ao longo da barra,
até a perda de produção em função do aumento da doença pela menor eficácia
do produto, conseqüência da má distribuição de dose. Um programa de gestão da
produção pode contribuir para diminuição ou até mesmo a eliminação de fatores
que impactam negativamente no processo produtivo, para tanto é necessário que
profissionais das áreas de difusão e consultoria, principalmente, estejam atentos a
todos detalhes referentes ao processo produtivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNIASSI, U.R.; GANDOLFO, M.A. Projeto IPP: Inspeção Periódica de
Pulverizadores. Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
ANTUNIASSI, U.R. O Desenvolvimento de Produtos, Equipamentos e
Componentes na Aplicação de Agrotóxicos, Tendências e Realidade:
Controladores para Aplicação. Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001.
Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
ANTUNIASSI, U.R. BAIO, F. H. R. Orientação de Máquinas Agrícolas por Barra
de Luz (LiteStar) Utilizando Algoritmo para Correção do GPS. In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS, III,
2004, Botucatu, Anais [do] 3° Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação
de Agrotóxicos, [de] 20 a 22 de outubro de 2004, Botucatu: FEPAF / Editores:
RAETANO, C. G.; GADANHA Jr, C. D.; ABI SAAB, O. J. G.; QUEIROZ, C. A. S.;
ANTUNIASSI, U. R. 2004, p. 217 a 220.
ANTUNIASSI, U.R., CAMARGO, T. V., BONELLI, M. A. P. O., ROMAGNOLE, E.
W. C. Avaliação da Cobertura de Folhas de Soja em Aplicações Terrestres com
Diferentes Tipos de Pontas. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA
DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS, III, 2004, Botucatu, Anais [do] 3° Simpósio
61
Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos, [de] 20 a 22 de outubro
de 2004, Botucatu: FEPAF / Editores: RAETANO, C. G.; GADANHA Jr, C. D.; ABI
SAAB, O. J. G.; QUEIROZ, C. A. S.; ANTUNIASSI, U. R. 2004, p. 58 a 61.
BAUER, F. C.; RAETANO, C. G. Assistência de ar na deposição e perdas de
produtos fitossanitários em pulverizações na cultura da soja. Sci. agric. [online].
abr./jun. 2000, vol.57, no.2 [citado 12 Março 2006], p.271-276. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
90162000000200012&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0103-9016. Acesso em 10/11/2005
BAUER, F.C.; RAETANO, C.G. Influência da assistência de ar na barra de
pulverização na deposição e penetração da calda em folíolos de feijoeiro. In:
SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE
AGROTÓXICOS: EFICIÊNCIA, ECONOMIA E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE
HUMANA E DO AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí. Anais eletrônicos do II Sintag,
Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
BAUER, F.C.; RAETANO, C.G.. Distribuição volumétrica de calda produzidas
pelas pontas de pulverização XR, TP e TJ sob diferentes condições operacionais.
Planta daninha. Viçosa, v. 22, n. 2, 2004.
BAUER, F.C. e PEREIRA, F. A. R. Fitossanidade e Produção Agrícola. In:
BAUER, F.C.; VARGAS Jr., F. M. Produção e Gestão Agroindustrial. 1 ed.
Campo Grande, 2005. capítulo 2, p. 44.
BOLLER, W.; FORCELINI, C. A.; HAGEMANN, A.; TRES, I. Aplicação de
Fungicida para o Controle de Oídio em Soja, com Diferentes Pontas de
Pulverização e Volumes de Calda. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS, III, 2004, Botucatu, Anais
[do] 3° Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos, [de] 20
a 22 de outubro de 2004, Botucatu: FEPAF / Editores: RAETANO, C. G.;
GADANHA Jr, C. D.; ABI SAAB, O. J. G.; QUEIROZ, C. A. S.; ANTUNIASSI, U. R.
2004, p. 27 a 30.
62
CARBONARI, C. A. ; MARTINS, D. ; MARCHI, S. R. ; CARDOSO, L.R. Efeito de
Surfatantes e Pontas de Pulverização na Deposição de Calda de Pulverização em
Plantas de Grama-Seda. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS: EFICIÊNCIA, ECONOMIA E PRESERVAÇÃO
DA SAÚDE HUMANA E DO AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí. Anais eletrônicos do
II Sintag, Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
CATÁLAGO DE PRODUTOS JACTO. Máquinas Agrícolas Jacto S/A. Pompéia-
SP. Disponível em: http://www.jacto.com.br/portugues.html. Acesso em 11/10/05.
CHAIM, A. O passado e o presente da tecnologia da aplicação de agrotóxicos,
Ciência e Tecnologia - Informativo Semanal da Rabiobras, 01/10/1999.
Disponível em: <http://www.radiobras.gov.br/ct/artigos/1999/artigo_011099.htm>.
Acesso em 03/02/2006.
CORDEIRO, C.A.M.; COUTINHO, P.O.; MOTA, F.M. AQP - Avalição da qualidade
dos pulverizadores. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE
APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS, III, 2004, Botucatu, Anais [do] 3° Simpósio
Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos, [de] 20 a 22 de outubro
de 2004, Botucatu: FEPAF / Editores: RAETANO, C. G.; GADANHA Jr, C. D.; ABI
SAAB, O. J. G.; QUEIROZ, C. A. S.; ANTUNIASSI, U. R. 2004, p. 42 a 45.
CUNHA, J. P. A. R.; TEIXEIRA, M. M.; VIEIRA, R. F.; FERNANDES, H. C.;
COURY, J. R. Espectro de gotas de bicos de pulverização hidráulicos de jato
plano e de jato cônico vazio. Pesq. agropec. bras. [online]. out. 2004, vol.39,
no.10, p.977-985. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
204X2004001000005&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0100-204X. Acesso em
10/11/2005.
DUPONT ACERTA. DuPont do Brasil S/A. Barueri-SP, 2005: Disponível em:
<http://www.dupontagricola.com.br/qualidade/index_acerta.asp>. Acesso em
11/10/05.
63
FIRVEDA, M. C.; CANTALOGO JR, A.; RAMOS, H. H.; LINO, A. C. L.
Possibilidade De Uso De Software De Analise De Imagem na Avaliação da
Cobertura Vegetal pela Pulverização. - In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS: EFICIÊNCIA, ECONOMIA
E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE HUMANA E DO AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí.
Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
GADANHA Jr., C. D. O. Desenvolvimento de Produtos, Equipamentos e
Componentes na Aplicação de Agrotóxicos, Tendências e Realidade: Evolução
dos Equipamentos de Aplicação. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS: EFICIÊNCIA, ECONOMIA
E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE HUMANA E DO AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí.
Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
GADANHA Jr., C. D. O; MILAN, M. Laboratório para Testes com Pulverizadores.
In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE
AGROTÓXICOS: EFICIÊNCIA, ECONOMIA E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE
HUMANA E DO AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí. Anais eletrônicos do II Sintag,
Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
GANDOLFO, M. A. Inspeção Periódica de Pulverizadores Agrícola. Botucatu.
Faculdade de Ciências Agronômicas Campus de Botucatu. 2001. 101 p. (Tese de
Doutorado em Área de Concentração em Energia na Agricultura - Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Botucatu).
GUIA DO COMPRADOR 201-BR/P. Spraying Systems Co. Wheaton, Illinois –
USA, 2001.
KISSMAN, K. Rumos e tendências da pesquisa em tecnologia de aplicação de
agrotóxicos: A visão da indústria química. Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí,
64
2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.MATUO.T.; PIO,
L.C.; RAMOS, H.H. Curso de proteção de plantas. Mod. 2: Tecnologia de
aplicação de defensivos agrícolas e equipamentos e técnicas de aplicação; In:
ABEAS. Curso de Especialização por Tutoria à Distância. Brasília: 2001. 71 p.
MATUO, T. Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas. FUNEP.
Jaboticabal, 1990. 139 p.
PALLADINI, L.A.; MONDIN, L.R. Sistema de Inspeção de Pulverizadores:
Funcionamento e Primeiros Resultados. In: XVII Congresso Brasileiro de
Fruticultura, Belém, 2002. Anais - Disponível em:
www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&q=Sistema+de+Inspe%C3%A7%C3%A3o+de+Pulverizadores%3A+Funciona
mento+e+Primeiros+Resultados&meta=. Acesso em 22/07/2006
PERESSIN, V. A.; PERECIN, D. Avaliação do padrão de distribuição de bicos
para aplicação de herbicidas: efeitos da altura do alvo nos padrões de
distribuição. Bragantia. Campinas, v. 62, n. 3, 2003.
RAETANO, C. G.; BAUER, F. C - Variação da Velocidade do Ar em Barra de
Pulverização na Deposição da Calda em Cultura do Feijoeiro. In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS:
EFICIÊNCIA, ECONOMIA E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE HUMANA E DO
AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí. Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001.
Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
RAMOS, H.H. Perdas ligadas à má aplicação de agrotóxicos; In: SIMPÓSIO
INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS:
EFICIÊNCIA, ECONOMIA E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE HUMANA E DO
AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí. Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001.
Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
65
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005. RAMOS, H. H.;
PIO, L. C. Tecnologia de Aplicação de Produtos Fitossanitários. In: ZAMBOLIM,
L.; CONCEIÇÃO, M. Z.; SANTIAGO, T. O Que Os Engenheiros Agrônomos
Devem Saber Para Orientar o Uso de Produtos Fitossanitários. 1 ed. Viçosa,
2003. capítulo 5, p. 133-202.
RAMOS, H. H.; MATUO, T.; BERNARDI, J. A.; MAZIERO, J. V. G. Características
da pulverização produzida por pontas Yamaho da série 'D'
1
. Bragantia. [online].
Set/dez. 2002, vol.61, no.3, p.285-290. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-
87052002000300010&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0006-8705. Acesso em:
10/11/2005.
SHIRATSUCHI, L. S.; NICOLAI M.; CORTUCCI M.; SUGUISAWA J.M.;
CHRISTOFFOLETI P.J. Aplicação localizada de herbicida em soja utilizando
mapas de banco de sementes e ferramentas da agricultura de precisão; Anais
eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
SOUZA, R. T.; VELINI, E. D.; MACIEL, C. D. G.; COSTA, A. G. F.; SILVA, M. A.
S. - Depósito da Calda de Pulverização sobre Cyperus rotundus em Função do
Posicionamento dos Bicos de Pulverização. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS: EFICIÊNCIA, ECONOMIA
E PRESERVAÇÃO DA SAÚDE HUMANA E DO AMBIENTE, II, 2001, Jundiaí.
Anais eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
TORRES, F. P. Rumos e Tendências da Pesquisa em Tecnologia de Aplicação de
defensivos: A Visão da Indústria de Máquinas e Equipamentos; Anais
eletrônicos do II Sintag, Jundiaí, 2001. Disponível em:
<http://www.iac.sp.gov.br/Centros/centro%20de%20engenharia%20e%20automa
%C3%A7%C3%A3o/sintag/anais.htm>. Acesso em 12/11/2005.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo