41
campo visual, aumento da iluminação nas zonas circunvizinhas da fonte ofuscante, dotar as
luminárias com medidas antiofuscante, etc. Já no caso de ofuscamento indireto recomenda-se
mudanças na fonte luminosa e, inclusive, o mascaramento das superfícies refletoras.
Segundo Costa (2000), um outro fenômeno relativo a má iluminação são as sombras,
que estão ligadas com a percepção dos objetos, podendo até impedir a visão correta da tarefa
visual. E que segundo o autor três casos são possíveis: “Sombras nítidas, quando o objeto está
iluminado por uma única fonte; sombras múltiplas, quando existem várias fontes luminosas,
cada uma produzindo uma fonte nítida, em direções diferentes; e sombras suaves, quando a
iluminação é distribuída de tal forma que nenhuma fonte luminosa é predominante”.
Dessa forma as péssimas condições de iluminamento (ofuscamento e o sombreamento)
como também os níveis ineficazes de iluminação, ajudado pelo tamanho insuficiente das
letras e objetos e a permanência das pessoas o dia inteiro em frente aos monitores de vídeos
bem como o uso de lâmpadas de baixa reprodutividade cromática, trazem como
conseqüências mais comuns à queda do rendimento e fadiga no trabalho.
De acordo com Couto (2002 p. 118), “A queda de rendimento constitui-se na mais
óbvia das conseqüências, embora freqüentemente ignorada. Existe especialmente nas tarefas
em que a visão é fundamental, e é bastante nítida em pessoas com mais de 45 anos, mesmo na
existência de correção visual”.
Segundo Iilda (1990), a fadiga é definida, como o efeito de um trabalho continuado,
que provoca diminuição reversível da capacidade do organismo e uma degradação da
qualidade da execução do trabalho, porque uma pessoa com fadiga tende aceitar menores
padrões de precisão e segurança, elevando, então, os índices de erros e acidentes, como
também, redução no desempenho ou da produtividade e velocidade e precisão dos
movimentos.
Conforme Vianna (2001), “Ambientes absolutamente uniformes, em termos de
iluminação e, inclusive com uma pobreza no uso das cores, causam depois de algum tempo o
que conseguimos descrever como sonolência, cansaço, redução para disposição ao trabalho,
etc., ou seja, tudo aquilo que reflete a sensação de conforto visual que o ambiente acarreta”.
Essa sensação de desconforto visual que o autor descreve é denominada fadiga visual
ou astenopia que segundo Couto (2002, p. 118) caracteriza como: “Ardor e dolorimento nos
olhos, vermelhidão da conjutiva, modificação na freqüência de piscar, lacrimejamento,
fotofobia (intolerância à claridade), diplopia (visão dupla), sensação de visão velada,
percepção de auras coloridas em torno dos objetos, persistência anormal de pós-imagens,
instabilidade da imagem em sua definição espacial. Costuma vir com outros sinais e sintomas