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FABIANA DE CAMARGO
BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: PAPILIONOIDEA E HESPERIOIDEA) DE SEIS
ÁREAS VERDES DE PORTO ALEGRE, RS.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Biologia Animal, Instituto de
Biociências da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, como requisito parcial à obtenção
do título de Mestre em Biologia Animal.
Área de Concentração: Biodiversidade
Orientadora: Prof
a
Dr
a
Helena Piccoli Romanowski
Co-orientador: Prof. Dr. Milton de Souza
Mendonça, Jr
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
PORTO ALEGRE
2006.
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ii
BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: PAPILIONOIDEA E HESPERIOIDEA) DE SEIS
ÁREAS VERDES DE PORTO ALEGRE, RS.
FABIANA DE CAMARGO
Aprovada em 24/02/2006.
__________________________
Dr. André Victor L. Freitas
__________________________
Dra. Sandra Hartz
__________________________
Dra. Vera L. S. V. Gaiesky
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iii
Dedico este trabalho aos
meus pais. Obrigado pelo
apoio de sempre.
iv
No mistério do Sem-Fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de uma borboleta.”
(Cecília Meireles)
“... o segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você...”
(Mário Quintana)
v
AGRADECIMENTOS
À Dra. Helena Piccoli Romanowski, pela orientação valiosa, pela paciência, pelo
grande apoio em momentos difíceis, mas principalmente pela amizade.
Ao Dr. Milton de Souza Mendonça Júnior, pela orientação, paciência nas
explicações em estatística e pela amizade.
Ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, pela oportunidade de realizar
este trabalho.
A todos os professores, pelo auxílio dentro e fora de sala de aula, sempre que
necessário.
À professora Teresinha Guerra e ao Duda pelo fornecimento do material do Morro
Santana.
À Geórgia, pela disponibilidade de ajudar sempre que preciso.
À CAPES pela bolsa concedida.
Aos doutores Olaf H. H. Mielke (UFPR, PR-Brasil), Robert K. Robbins (National
Museum of Natural History, Smithsonian Institution, Washington, D.C. - EUA), Carla Penz
(Department of Biological Sciences, University of New Orleans - EUA), Ronaldo B.
Francini (Universidade Católica de Santos, SP - Brasil) e André V. L. Freitas (UNICAMP,
SP - Brasil) pelo auxílio na identificação de borboletas.
Aos administradores e funcionários dos parques e áreas verdes de Porto Alegre:
Marcos (P. Farroupilha), Sérgio (P. Marinha) Márcio e Edson (Saint’ Hilaire), Luis Carlos
e Andréia (Jardim Botânico), Henrique Lich e Getúlio (Ilha do Pavão), pela autorização e
auxílio sempre que necessário.
À Simone (SMAM) pelo auxílio nos pedidos de autorização.
vi
Aos guardas dos parques: Paulo André (P. Farroupilha), Sílvio (Saint’ Hilaire),
Alvino (P. Marinha), Áureo (Morro Santana), companhias sempre presente durante as
amostragens, pela segurança e pela assistência e ajuda até mesmo na captura de borboletas.
Aos velhos amigos Alê, Michelinha, Wagner e Adri, pela amizade de mais de dez
anos, pelo carinho e incentivo de sempre.
Aos novos amigos Daniel, Bru e Felipe, pelos conselhos e palavras de carinho em
momentos difíceis, pelo apoio e paciência nestes últimos meses.
Aos guris da “Holus”, especialmente ao Konrad e ao Juliano, pelos “devaneios”
sobre a “Vida, o Universo e Tudo o Mais” que sempre me fizeram pensar muito e
conseqüentemente me ajudaram a construir alguns “degraus” na minha vida.
Aos queridos colegas da bio: Candi, Dani, Juanito, Kaminski, Raquel, Bianca, Ivan,
Rogéria, Consa, Carol, pelo auxílio em campo e principalmente pela amizade que
cultivamos e mantemos sempre crescente desde os primeiros dias da graduação até hoje.
Ao Eduardo, Ricardinho, Pricila, Martinha, Tati, Cissa, Marcelo e Lu, pela valiosa
ajuda em campo inclusive nos dias mais quentes do ano. Obrigada pela força!
Aos colegas do Laboratório de Bioecologia de Insetos, Sílvia, Gerson, Luisa,
Éderson, Fernanda e Róber pela ajuda e pela convivência junto a muitas risadas, tornando o
ambiente de trabalho agradável.
Ao Cris, Augusto, Vivi, Jorge e Luciano do Laboratório de Sistemática de Insetos e
Tina, Danessa e Elisete do Laboratório de Morfologia de Insetos pela ajuda em laboratório
e pela companhia agradável nos almoços do R.U.
Ao Adri e ao Everton, pela força em estatística e incentivo quando as coisas
pareciam impossíveis.
vii
À Osti pela força que sempre trás consigo e transmite a todos, pela ajuda tanto em
campo quanto em laboratório, pelas várias conversas dos mais diversos assuntos e pelos
muitos momentos de descontração.
Às queridas amigas Ana e Mel, pela ajuda imprescindível a campo, pela amizade
que cultivamos, pelo companheirismo de sempre, pelos momentos de divertimento em
qualquer lugar. Este é o melhor trio que eu poderia fazer parte!
Ao Cris por estar sempre presente, em campo e principalmente em laboratório,
ajudando na identificação das borboletas e em textos, mas sobretudo pela amizade de
muitos anos, pelos momentos agradáveis sempre acompanhados de muitas risadas e
também pelo carinho nos momentos difíceis.
À minha família: meus pais, Osmar e Nair por toda paciência, apoio e boa vontade
mesmo nos dias de mau humor (que não foram poucos). Aos meus irmãos, Mano, Dani,
Mana, Ozíris, Jóia e Marcelo pelo carinho e descontração nos momentos em que passamos
juntos. Aos meus sobrinhos, Lila, Rafael, Pedro e Carol pelas inúmeras brincadeiras, à
minha afilhada linda Gergi, pelas piadinhas que sempre nos levavam a risadas
descontroladas deixando nosso dia mais alegre e pelos segredinhos trocados. Finalmente, à
minha sobrinha-neta Nina que, apesar de chegar um pouco cedo, trouxe uma alegria
inexplicavelmente contagiante a todos ao seu redor. Vocês são a essência da minha vida,
amo muito todos!
Às borboletas, pelo seu encantamento, pelos seus “poderes mágicos” que fascinam a
todos e por tornarem meu trabalho realmente agradável.
À Deus, por ter criado, dentre todas as belezas, tão fascinantes criaturas.
Muito obrigada!
viii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.....................................................................................................................................................
x
LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................................................................
xii
RESUMO..........................................................................................................................................................................
1
ABSTRACT......................................................................................................................................................................
2
1. Introdução
................................................................................................................................................................
3
1.1 Apresentação do trabalho
........................................................................................................................ 4
1.2. Borboletas
................................................................................................................................................... 4
1.3 Ecossistema urbano
.................................................................................................................................. 6
1.4 Gradiente de urbanização
........................................................................................................................ 7
1.4.1 Estudos da fauna urbana de invertebrados
........................................................................... 9
1.4.2 Estudos da fauna urbana de borboletas
................................................................................. 10
1.5 Importância de parques e áreas verdes
................................................................................................ 11
1.6 Educação ambiental e conservação no ambiente urbano
............................................................... 12
1.7 Estado de conhecimento da fauna de borboletas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul 14
1.8 Objetivos
....................................................................................................................................................... 18
2. Material e Métodos
...............................................................................................................................................
20
2.1 Área de Estudo
............................................................................................................................................ 21
2.1.1 Informações gerais e histórico das áreas
.............................................................................. 21
2.2 Amostragens
................................................................................................................................................ 28
2.3 Análise dos Dados
...................................................................................................................................... 28
Referências Bibliográficas
..........................................................................................................................
30
3. Resultados Gerais
..................................................................................................................................................
42
4. Artigos
........................................................................................................................................................................
46
ESPÉCIES DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: PAPILIONOIDEA E HESPERIOIDEA) EM PORTO
ALEGRE, RS, BRASIL...................................................................................................................................................
47
Introdução
...........................................................................................................................................................
48
Material e Métodos
..........................................................................................................................................
50
Área de estudo
.......................................................................................................................................... 50
Amostragem
.............................................................................................................................................. 51
ix
Análise dos dados.................................................................................................................................... 52
Resultados
...........................................................................................................................................................
52
Discussão
..............................................................................................................................................................
54
Agradecimentos
.................................................................................................................................................
58
Referências Bibliográficas
............................................................................................................................
58
ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO DA FAUNA DE BORBOLETAS EM SEIS AMBIENTES COM
DIFERENTES NÍVEIS DE URBANIZAÇÃO EM PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL........
82
Introdução
...........................................................................................................................................................
83
Material e Métodos
..........................................................................................................................................
86
Área de Estudo
.......................................................................................................................................... 86
Amostragens
............................................................................................................................................... 86
Análise dos Dados
.................................................................................................................................... 87
Resultados
...........................................................................................................................................................
87
Discussão
..............................................................................................................................................................
90
Agradecimentos
.................................................................................................................................................
96
Referências Bibliográficas
............................................................................................................................
97
5. Considerações Finais
...........................................................................................................................................
117
6. Anexos
........................................................................................................................................................................
123
x
LISTA DE TABELAS
Espécies de borboletas (Lepidoptera: Papilionoidea e Hesperioidea) em Porto Alegre, RS,
Brasil.
Tabela I. Espécies de borboletas registradas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S
51°13’W) por MAB = M
ABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e CRM =
presente estudo (maio/2003 a março/2005). Espécies marcadas em negrito representam novos
registros de CRM para o Estado
.............................................................................................................................
67
Análise da composição da fauna de borboletas em seis ambientes com diferentes níveis de
urbanização em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Tabela I. Valores dos fatores ambientais das seis áreas verdes amostradas no município de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W). A = área de cada local em km
2
; Dist.Cent. =
distância do centro da cidade de cada local em km; Cob.Veg. = cobertura vegetal: 1 = < 50%, 2 =
próximo a 50%, 3 = > 50%, 4 = > 80%; Div.Veg. = diversidade da vegetação: 1 = baixa, 2 =
média, 3 = média alta, 4 = alta; Cons. = conservação, referente ao estado de preservação de cada
área: 1 = baixa, 2 = média, 3 = média alta, 4 = alta; Urb.Ent. = urbanização do entorno: 1 = sem
construções e avenidas no entorno, 2 = poucas construções e avenidas no entorno, 3 =
construções e avenidas no entorno, 4 = muitas construções e avenidas no entorno; Vist.Pub. =
visitação do público: 1 = pouca ou nenhuma, 2 = restrita, 3 = intensa; Inf.Est. = infra-estrutura
em termos da porcentagem da área total: 1 = < 10%, 2 = < 50%, 3 = até 50%, 4 = até 70%;
Ag.Int. = água permanente no interior da área: 1 = inexistente, 2 = lagos artificiais, 3 = córregos
ou nascentes; Ag.Ent. = corpos d’água do entorno: 1 = circundante, 2 = próximos, 3 = distantes;
Flor = quantidade de plantas com flores: 1 = baixa, 2 = média, 3 = alta
.................................................... 106
Tabela II. Riqueza (S), abundância (N) e equitabilidade (E) de espécies, número de singletons,
doubletons, espécies exclusivas e exclusivas* (n>1) nas seis áreas do município de Porto Alegre,
Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W), entre maio/2003 e março/2005
................................................... 107
xi
Tabela III. Coeficientes de correlação de Spearman entre fatores ambientais e riqueza (S),
abundância (N) e equitabilidade (E) de espécies em seis áreas do município de Porto Alegre, Rio
Grande do Sul (30°10’S 51°13’W) entre abril/2003 a março/2005. Valores significativos (α =
0,001) em negrito. A = área de cada local em km
2
; Dist.Cent. = distância do centro da cidade de
cada local em km; Cob.Veg. = cobertura vegetal; Div.Veg. = diversidade da vegetação; Cons. =
conservação, referente ao estado de preservação de cada área; Urb.Ent. = urbanização do
entorno; Vist.Pub. = visitação do público; Inf.Est. = infra-estrutura em termos da porcentagem
da área total; Ag.Int. = água permanente no interior da área; Ag.Ent. = corpos d’água do
entorno; Flor = quantidade de plantas com flores
.............................................................................................
108
Tabela IV. Análise de variância multivariada entre as variáveis riqueza, abundância e
equitabilidade para estações do ano e para as seis áreas amostradas no município de Porto Alegre,
Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W) entre maio/2003 e março/2005
..................................................... 109
Tabela V. Análise de variância multivariada entre riqueza, abundância e equitabilidade
separadamente para estações do ano e para as seis áreas amostradas no município de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W) entre maio/2003 e março/2005
..................................... 110
xii
LISTA DE FIGURAS
Espécies de borboletas (Lepidoptera: Papilionoidea e Hesperioidea) em Porto Alegre, RS,
Brasil.
Figura 1. Imagem de satélite da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul
(30°10’S 51°13’W); em destaque as áreas de estudo amostradas de maio/2003 a março/2005. PF
= Parque Farroupiha; PM = Parque Marinha do Brasil; IP = Ilha do Pavão; JB = Jardim
Botânico; SH = Parque Saint’ Hilaire; MS = Morro Santana. Fonte: Atlas Ambiental de Porto
Alegre (M
ENEGAT et al.1998)..................................................................................................................................
76
Figura 2. Diagrama de Venn para espécies de borboletas registradas em Porto Alegre, nos
trabalhos de MAB = M
ABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e CRM =
presente estudo (maio/2003 a março/2005)
......................................................................................................... 77
Figura 3. Riqueza de espécies de borboletas registradas por família em Porto Alegre, nos
trabalhos de MAB = M
ABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e CRM =
presente estudo (maio/2003 a março/2005)
......................................................................................................... 78
Figura 4. Curva de acúmulo de espécies de borboletas e estimadores analíticos de riqueza de
espécies EstimateS 7.5 (C
OLWELL 2005). Porto Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W),
maio/2003 a março/2005. out = outono; inv = inverno; pri = primavera; ver = verão
........................... 79
Figura 5. Suficiência amostral de borboletas por família. Porto Alegre, Rio Grande do Sul
(30°10’S 51°13’W), maio/2003 a março/2005. out = outono; inv = inverno; pri = primavera; ver
= verão
............................................................................................................................................................................. 80
Figura 6. Riqueza de espécies de borboletas registradas por subfamília de Nymphalidae nos
trabalhos de MAB = M
ABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e CRM =
presente estudo (maio/2003 a março/2005), em Porto Alegre
....................................................................... 81
xiii
Análise da composição da fauna de borboletas em seis ambientes com diferentes níveis de
urbanização em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Figura 1. Imagem de satélite da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul
(30°10’S 51°13’W); em destaque as áreas de estudo amostradas de maio/2003 a março/2005. PF
= Parque Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP = Ilha do Pavão, JB = Jardim
Botânico, SH = Parque Saint' Hilaire e MS = Morro Santana. Fonte: Atlas Ambiental de Porto
Alegre (M
ENEGAT et al.1998)..................................................................................................................................
111
Figura 2. Curvas de suficiência amostral padronizadas, com intervalos de confiança (linhas
pontilhadas), para levantamento realizado em seis áreas verdes de Porto Alegre (30°10’S
51°13’W), Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 (ocasiões de 1 a 6) a
março/2005 (ocasiões de 7 a 14). PF = Parque Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP
= Ilha do Pavão, JB = Jardim Botânico, SH = Parque Saint' Hilaire e MS = Morro Santana
............. 112
Figura 3. Riqueza e abundância médias de espécies de borboletas registradas em seis áreas verdes
no município de Porto Alegre, de maio/2003 a março/2005. Barras assinaladas com letras
distintas diferem significativamente (MANOVA; p<0,05)
............................................................................. 113
Figura 4. Distribuição de freqüências de espécies de borboletas por estação em seis áreas verdes
do município de Porto Alegre (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 a março/2005
................................... 114
Figura 5. Dendograma pelo método UPGMA baseado nos coeficientes de similaridade de Jaccard
na composição de espécies de borboletas entre as áreas, estações e anos de amostragem no
município de Porto Alegre (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 a março/2005. PF = Parque
Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP = Ilha do Pavão, JB = Jardim Botânico, SH =
Parque Saint' Hilaire e MS = Morro Santana, out = outono, inv = inverno, pri = primavera, ver =
verão; I - 1° ano de amostragem, II - 2° ano de amostragem
......................................................................... 115
xiv
Figura 6. Dendograma pelo método UPGMA baseado nos coeficientes de similaridade de
Morisita na composição de espécies de borboletas entre as áreas, estações e anos de amostragem
no município de Porto Alegre (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 a março/2005. PF = Parque
Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP = Ilha do Pavão, JB = Jardim Botânico, SH =
Parque Saint' Hilaire e MS = Morro Santana, out = outono, inv = inverno, pri = primavera, ver =
verão; I - 1° ano de amostragem, II - 2° ano de amostragem
......................................................................... 116
1
Resumo
Grandes metrópoles promovem vários impactos antrópicos que levam à redução tanto da
vegetação quanto da fauna local. Parques e áreas verdes parecem ser seus refúgios nestes
ambientes. As borboletas têm ampla distribuição geográfica e, mesmo inseridas no
ecossistema urbano, apresentam relativa diversidade e abundância. São, assim, excelentes
ferramentas para estudos da fauna urbana. As informações obtidas através destas podem
ser base para estratégias de manejo de áreas verdes dentro da malha urbana. Visando
conhecer a fauna de borboletas de Porto Alegre e a influência de fatores antrópicos sobre
esta, realizou-se levantamentos sazonais, entre 2003 e 2005, em seis áreas com diferentes
características quanto à urbanização: Parque Farroupilha (PF), Parque Marinha do Brasil
(PM), Ilha do Pavão (IP), Jardim Botânico (JB), Parque Saint’ Hilaire (SH) e Morro
Santana (MS). Em 672 horas/redes, amostrou-se um total de 5.789 indivíduos em 243
espécies, com 24 novos registros para o Estado. Em linhas gerais, as áreas mais afastadas
do centro da cidade apresentaram maior riqueza e abundância: MS (170 e 1.528), SH (119
e 1.169), JB (118 e 1.330), PF (73 e 364), IP (71 e 980) e PM (67 e 814) ilustrando efeitos
do gradiente urbano. Vinte e seis espécies foram observadas em todas as áreas e 106
aparecem somente em uma destas: 47 apenas no MS, 24 no SH, 18 no JB, 9 no PF, 5 no
PM e 3 no IP. Destacam-se os itomíneos Episcada carcinia Schaus, 1902, exclusiva do MS
e Aeria olena olena Weyer, 1875, presente apenas no MS e no SH, indicando o potencial
destas áreas para a conservação. A alta riqueza de Hesperiidae e Lycaenidae contrasta com
a citada em outros trabalhos para o Estado, sugerindo que alta intensidade amostral é
necessária para obter representatividade destas famílias. Estimadores da riqueza de
espécies indicam espécies ainda não amostradas, principalmente no MS, mas estimam que
entre 68% a 96% da fauna foi representada neste estudo. Os intervalos de 95% de
confiança das curvas de acúmulo de espécies agrupam as áreas em três: I (PF, PM e IP), II
(JB e SH) e III (MS). A abundância de borboletas teve significativa correlação positiva
com cobertura vegetal, diversidade da vegetação e nível de conservação de cada área e
negativa com a infra-estrutura de cada área (p<0,001). O gradiente de diversidade foi, em
geral, inversamente proporcional ao de urbanização. Os resultados destacam a importância
para a fauna de parques e áreas verdes no interior das grandes metrópoles. A situação
destas áreas dentro da cidade pode ainda contribuir para o conhecimento do público, que
pouco sabe sobre a diversidade dos ambientes em que vive, e assim, fomentar apoio à
conservação.
2
Abstract
Large Metropoles promote a variety of anthropic impacts which affect flora and fauna.
Parks and green areas seem to function as refuges in these environments. Butterflies have a
broad geographic distribution and, even within the urban environment, assemblages
maintain reasonable abundance and richness of species. Therefore, these insects can be
very useful tools for studies on urban fauna. Information gathered on them may provide
basis for management strategies for green areas amongst the urban matrix. Aiming to add
to the knowledge on the butterfly fauna of Porto Alegre and to assess the effect anthropic
impact exert upon it, seasonal sampling took place from may 2003 to march 2005, in six
green areas differing in terms of urbanization level: Parque Farroupilha (PF), Parque
Marinha do Brasil (PM), Ilha do Pavão (IP), Jardim Botânico (JB), Parque Saint’
Hilaire(SH) and Morro Santana(MS). From a total of 672 net-hours, 5789 individuals of
243 species were recorded, 24 species being new records for Rio Grande do Sul. As a
pattern, the farther from the city center the area was, the higher species richness and
abundance - MS (170 and 1528), SH (119 and 1169), JB (118 and 1330), IP (71 and 980),
PM (71 and 814) and PF ( 73 and 364). Twenty six species were observed in all six areas
and 106 in only one of them: 47 exclusively in MS, 24 in SH, 18 in JB, 9 in PF, 5 in PM
and 3 in IP. Noteworthy were the Ithominae Epicada carcinia Schaus 1902, sampled only
in MS, and Aeria olena olena Weyer, 1875, obtained from both MS and SH, suggesting a
high potential of these sites for conservation. The high level of richness of Hesperidae and
Lycaenidae recorded here, in contrast with other studies for Rio Grande do Sul,
recommend high sampling intensity in order to obtain a fair representation of these
families on the sample. Analytical estimators of species richness point to still more species
to be registered in the study areas, mainly in MS; even so, these estimators indicate that
between 68 to 96% of the butterfly species present were sampled. The 95% confidence
intervals for the species accumulation curves grouped the areas as follows: I (PF, PM and
IP); II (JB and SH) and III (MS). Significant correlations were evidenced between butterfly
abundance and indicators of urbanization level of the areas: positive for vegetation cover,
vegetation diversity and level of conservation; and negative for facilities framework (p<
0.001). The diversity gradient was, as a whole, inversely related to the urbanization
gradient. Results endorse the crucial value for the fauna of the parks and green areas within
the city. Furthermore, these areas may contribute to the public knowledge on the diversity
of the environments city dwellers live in and thus foster support for conservation.
3
1. Introdução
Heliconius erato phyllis
4
1. Introdução
1.1 Apresentação do trabalho
O presente estudo visou contribuir para o conhecimento da composição da fauna de
borboletas do Rio Grande do Sul e, em particular, de uma área urbana, Porto Alegre.
Localizada na região nordeste do Estado, às margens do Lago Guaíba, a cidade teve sua
paisagem natural gradual e grandemente modificada ao longo dos anos. Tais alterações
afetam a composição da vegetação e da fauna local, com diminuição na abundância e
riqueza de grupos sensíveis a estas perturbações, entre esses, as borboletas.
Visando identificar e descrever a fauna de borboletas representativa da área e a
influência da urbanização sobre esta, ocorreram levantamentos no período de 2003 a 2005
em seis locais, com diferentes níveis de urbanização, na cidade de Porto Alegre.
1.2 Borboletas
Os insetos são extremamente bem sucedidos e diversos, tanto morfológica quanto
ecologicamente (BROWN-JR 1991). Esta diversidade torna-os um grupo especialmente
importante para estudos em conservação e planos de manejo de áreas naturais, pois alguns
são extremamente sensíveis a variações ambientais, permitindo rápida avaliação da
diversidade local. Problemas ambientais são freqüentemente detectáveis em insetos pouco
tempo após ocorrerem e antes do que em outros grupos de animais (ROMANOWSKI & BUSS
1997).
BROWN-JR (1992) cita como principais características para que um grupo de insetos
sirva como um bom elemento de planejamento ambiental: (1) que este inclua um grande
número de espécies diversificadas ecologicamente, cuja sistemática e ecologia sejam
relativamente bem conhecidas e (2) que seja fácil de encontrar e avaliar em campo em
curtos períodos de tempo, através de amostragens não destrutivas. Dentro destes critérios,
as borboletas – provavelmente um dos grupos de invertebrados mais estudados e
5
conhecidos (GILBERT 1984) – se destacam muito. Representam um grupo bem sucedido
por possuir diversas estratégias ecológicas e ocupar quase todos os biomas do planeta
(EHRLICH 1984).
As borboletas são insetos pertencentes à ordem Lepidoptera, possuem hábitos
diurnos e terrestres, e são, em geral, mastigadores de material vegetal no estágio larval e
sugadores de líquidos na fase adulta (BROWN-JR & FREITAS 1999). A distribuição e
abundância dos recursos alimentares, tanto para as lagartas quanto para os adultos, é
crucial na manutenção de suas populações (EHRLICH 1984). Os adultos são, na maioria das
espécies, oportunistas na escolha das fontes de alimento (HARDY & DENNIS 1999) e podem
ser divididos em dois grupos amplos: 1. comedores de néctar; 2. comedores de frutos e
material orgânico em decomposição e exudações de seiva. No ambiente urbano, as
espécies nectarívoras, características de áreas abertas, podem encontrar razoável
quantidade de recursos alimentares devido à abundância de flores utilizadas com intenção
estético-paisagística. As espécies sugadoras de fermentações e exudações, em comparação,
encontram restrição na disponibilidade de recursos, pois árvores frutíferas não são, em
geral, plantadas para arborização das vias (RUSZCZYK 1986b).
A população de adultos de borboletas, todavia, é apenas uma fase na vida das
espécies. As lagartas também fazem parte do sistema e são tão importantes quanto as
borboletas em estágio adulto. Em relação ao hábito alimentar destas, J
ONSEN & LENORE
(1997) separa-as em generalistas e especialistas. As borboletas possuem interação direta
com as plantas presentes em determinada área e a presença de hospedeiras de espécies
especialistas, menos abundantes, pode ampliar sua propagação (W
EISSMANN et al. 1995).
A qualidade de recurso alimentar afeta o tempo de desenvolvimento da lagarta (PENZ &
ARAÚJO, 1990), e o tamanho dos adultos (RODRIGUES & MOREIRA 2001). SLANSKY-JR
(1993) acrescenta que toxicidade de plantas, presença de inimigos naturais e fatores
6
abióticos podem restringir também a habilidade das lagartas em obter nutrientes
adequados. Muitas não sobrevivem a todos estes fatores limitantes. A disponibilidade dos
recursos alimentares, acoplado a conectividade entre as áreas fragmentadas, deve aumentar
a riqueza e abundância das espécies especialistas na paisagem (JONSEN & LENORE 1997).
Borboletas de hábitos especialistas podem ser boas e rápidas indicadoras de
parâmetros ambientais, da continuidade de ecossistemas e de valor para avaliação de
paisagens naturais (B
ROWN-JR 1991, BECCALONI & GASTON 1995, DEVRIES et al. 1997,
NEW 1997, LEWIS et al. 1998, SIMONSON et al. 2001). Estas espécies, através de sua
presença, evidenciam integridade de sistemas frágeis, ou pela sua ausência, perturbação
forte demais para manutenção e recuperação do ambiente original antes estabelecido
(BROWN-JR & FREITAS 1999).
Segundo NEW et al. (1995) há poucos países onde as borboletas não estão
seriamente ameaçadas. O sucesso na adaptação de uma espécie de borboleta a um novo
ambiente, como em uma cidade, está diretamente relacionado à sua ecologia em condições
naturais. Apenas espécies resistentes ou colonizadoras e melhor adaptadas a condições
desfavoráveis do meio atingem densidades populacionais altas, invadindo rapidamente
habitats alterados (B
ROWN-JR & FREITAS 1999). Dentro de ambientes urbanos estas
espécies tendem a dominar a assembléia de borboletas (B
LAIR & LAUNER 1997).
1.3 Ecossistema urbano
Ecossistemas urbanos representam ambientes onde os habitats originais são
severamente modificados. A atividade humana implica em profundas alterações na
distribuição e fisionomia destes habitats, através da introdução de estruturas artificiais
como casas, muros e outras construções de larga escala (HARDY & DENNIS 1999,
S
TEFANESCU et al. 2004) como indústrias e centros comerciais (MCINTYRE et al. 2001).
Estes sistemas tem sido pouco estudados quanto à sua biodiversidade.
7
Um critério fundamental que distingue ecologicamente as áreas urbanas de outras
também antropizadas é a concentração de populações humanas e de suas atividades em
uma área limitada (HORBERT et al. 1980). Tal concentração, apesar do progresso e conforto
trazidos para o homem, envolve um conjunto de questões a ela associadas: disposição do
lixo, alteração de áreas de drenagem, corte de pedras, poluição dos arroios, perda do solo e
alteração do clima, que, conseqüentemente, comprometem a estabilidade natural destas
regiões (H
ORBERT op. cit., MENEGAT et al. 1998).
A exploração inadequada da natureza vem provocando a extinção de grande
número de espécies (F
ILHO & MARTINS 2000). Os animais que vivem nestas áreas urbanas
estão sujeitos a condições que, em determinados locais da cidade, encontram-se muito
aquém de seu ótimo ecológico (RUSZCZYK 1986c). As respostas da fauna a tais fatores
sugerem que a heterogeneidade espacial é importante nos sistemas urbanos (PICKETT et al.
2001).
Assim, a ampliação de estudos em áreas urbanas é fundamental para melhor
compreensão de seu funcionamento ecológico, a fim de que se possa planejar um
desenvolvimento futuro que minimize os impactos nocivos à biodiversidade (MCINTYRE
2001).
1.4 Gradiente de urbanização
A maioria dos padrões de diversidade de espécies pode ser explicada em termos de
gradientes ambientais (FLEISHMAN et al. 1998). O gradiente de urbanização torna-se
perceptível quando a poluição do ar, aquecimento do habitat, pavimentação do solo e
diminuição quantitativa e qualitativa da vegetação tornam-se mais acentuados quanto mais
próximo ao centro da cidade. Os habitats e os recursos alimentares mudam grandemente
entre os locais com diferentes níveis de desenvolvimento urbano (R
USZCZYK 1986b, BLAIR
& LAUNER 1997). Tal gradiente modifica a composição da vegetação e a fauna a ela
8
associada nos diferentes locais das cidades. A riqueza da fauna tem-se mostrado
inversamente proporcional ao crescimento urbano, correspondendo à redução de áreas
naturais (RUSZCZYK 1986c, BLAIR & LAUNER 1997, HARDY & DENNIS 1999, MORENO &
HALFFTER 2001, STEFANESCU et al. 2004). A fronteira entre uma zona com predominância
de edifícios, em regiões centrais da cidade, e uma zona somente de casas, na periferia da
cidade junto a áreas de mata com ambientes mais preservados e de melhor qualidade,
segundo RUSZCZYK (1986a) representa uma barreira para diversas espécies de borboletas.
O conhecimento da distribuição da fauna, bem como o grau de adaptação desta aos
fragmentos dentro da malha urbana, é fundamental para prover informações sobre sua
ecologia, pois outros fatores, além de recursos alimentares e níveis antrópicos, podem estar
influenciando sua permanência em determinado local. Fatores topográficos e
microclimáticos, sazonalidade, sucessão temporal, heterogeneidade espacial e isolamento
dos fragmentos influenciam a diversidade de espécies em determinada área podendo ser
tão importantes quanto a presença de recursos alimentares
(EHRLICH 1984, BROWN-JR &
FREITAS 2000, FIALHO & MARTINS 2000, STEFANESCU et al. 2004) e os fatores antrópicos
(ISERHARD 2003). O conhecimento de todos estes fatores pode ajudar a explicar se as
espécies sofrem influência também de características particulares de determinadas áreas
em meio à malha urbana e não apenas de níveis de antropização como um todo da região
(D
AVIS 1980).
Com isso, destacam-se dois aspectos: o primeiro trata deste declínio na riqueza de
espécies de borboletas com o aumento da urbanização: as poucas espécies que conseguem
sobreviver têm sua distribuição relacionada com tal gradiente. O segundo aspecto levanta a
questão de que, além da urbanização em si, fatores adicionais sobrepostos a este
influenciam também as assembléias de borboletas: a existência de áreas verdes, seu
tamanho, sua distância do centro da cidade, a cobertura e diversidade da vegetação,
9
disponibilidade de plantas com flores ou frutos, ocorrência de corpos d’água no seu interior
ou em seu entorno, nível de conservação, freqüência e intensidade do público visitante,
infra-estrutura do interior e nível de urbanização do entorno de cada área.
De fato, nos últimos dez anos, a literatura vem apontando toda uma gama de fatores
influenciando a fauna sob pressões antrópicas, não só de borboletas, mas também de outros
grupos de invertebrados.
1.4.1 Estudos da fauna urbana de invertebrados
REGNER & VALENTE (1993), VALENTE et al. (1993), SAAVEDRA et al. (2001) e SILVA
et al. (2005a, b), realizaram, entre outros trabalhos, estudos sobre Drosophila willistoni
(espécies nativa) e Zaprionus indianus (introduzida) em Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
com coletas realizadas na cidade e em locais silvestres em diferentes anos: examinaram o
comportamento no acasalamento da espécie nativa em adaptação ao ambiente urbano, além
de comparações de polimorfismo cromossomal entre nativa e introduzida; avaliaram
também a eficiência da colonização deste drosofilídeo introduzido e os ajustes que
promoveu nas estratégias de sobrevivência das residentes; ainda, realizaram estudos
aplicando parâmetros ecológicos como sobreposição de nicho trófico a partir da freqüência
de todas as espécies. Os resultados encontrados nestes trabalhos sugerem que a atividade
de acasalamento das populações urbanas aumentou como um meio de garantir sua
propagação. Além disso, análises cromossomais forneceram alguma evidência de
associação entre atividade de acasalamento e polimorfismo cromossômico. Foi encontrado
também baixo polimorfismo cromossomal quanto mais próximo do centro da cidade a
espécie nativa se encontrasse e aumento de sua variabilidade genética ao longo do tempo.
A espécie nativa indicou condições de coexistir com a introduzida.
Z
APPAROLI (1997) revisou literatura de insetos desde 1850 em Roma, Itália,
evidenciando que as modificações do ambiente causaram diminuição da riqueza de insetos,
10
e salientou que a presença de áreas verdes é importante para a conservação da
biodiversidade. MCINTYRE et al. (2001) monitoraram sistematicamente a estrutura de uma
comunidade de artrópodes em Fênix, Arizona (EUA), por 12 meses em 16 diferentes locais
representando as quatro formas mais abundantes de ambientes urbanos (residencial,
industrial, agrícola e regiões de deserto). Em seus resultados houve variação muito grande
entre as respostas dos diferentes taxa abordados.
G
IBB & HOCHULI (2002) investigam os efeitos da fragmentação causada pela
urbanização na composição e função das espécies de formigas, besouros, aranhas, moscas
e vespas em 21 fragmentos no sudeste da Austrália. As respostas dos artrópodes aos
fragmentos sugerem que os efeitos de áreas reduzidas, proximidade da matriz urbana,
mudanças e regressão do habitat alteram a assembléia de artrópodes, sendo particularmente
intensos sobre espécies predadoras.
1.4.2 Estudos da fauna urbana de borboletas
B
LAIR & LAUNER (1997) realizaram trabalho em Palo Alto, na Califórnia (EUA),
avaliando a diversidade de borboletas em seis ambientes com variados graus de
urbanização. Corroborando o trabalho de RUSZCZYK & ARAÚJO (1992), a diversidade de
borboletas diminuiu com o aumento do gradiente de desenvolvimento da cidade.
FORTUNATO & RUSZCZYK (1997) analisaram borboletas frugívoras de praças centrais de
Uberlândia, Minas Gerais e de mata de galeria periférica à cidade através de capturas com
armadilhas. Registraram 36 espécies de Nymphalidae sendo que a maioria encontrada na
mata de galeria não foi registrada nas praças centrais. Segundo os autores isso ocorreu
provavelmente devido à inexistência de fragmentos de vegetação nativa na área urbana de
Uberlândia.
H
ARDY & DENNIS (1999) analisaram o efeito do desenvolvimento urbano na
riqueza das espécies de borboletas, amostrando em duas áreas da região metropolitana de
11
Manchester, Inglaterra e encontraram diminuição da fauna de borboletas com a redução
das áreas naturais na cidade. MAES & DICK (2001) constataram, em estudo realizado no
norte da Bélgica, diminuição do tamanho e qualidade dos habitats apropriados para as
borboletas e conseqüente declínio e desaparecimento de espécies com o aumento da
urbanização e agricultura.
BROWN-JR E FREITAS (2002) realizam um estudo comparativo da comunidade de
borboletas em 15 remanescentes urbanos e semi-urbanos de floresta tropical semidecidual
em Campinas, São Paulo, e obtiveram como fatores que mais influenciaram a riqueza desta
fauna a conectividade, presença de corpos d’água permanentes, vegetação, flores e impacto
humano. SHAPIRO (2002) utilizando a fauna documentada para Davis, na Califórnia,
observou espécies nativas de borboletas alimentando-se de plantas exóticas no ambiente
urbano.
STEFANESCU et al. (2004) desenvolveram um modelo para avaliar a contribuição de
fatores humanos e naturais para a riqueza de espécies de borboletas na Catalunia, Espanha,
junto ao Mediterrâneo. Os resultados indicaram forte associação entre a riqueza de
espécies de borboletas e os fatores ambientais estudados. O modelo revelou a importância
das variáveis de clima e topografia, assim também como uma correlação negativa com a
temperatura e positiva com a quantidade de chuva. Encontraram ainda decréscimo da
riqueza associado com o aumento das pressões humanas (não só construções, mas também
áreas agrícolas).
1.5 Importância de parques e áreas verdes
Cada vez mais as espécies têm que sobreviver em áreas urbanas, mas suas
densidades tendem a ser baixas em relação a ambientes semi-naturais (SWAAY 2003).
Mesmo os grandes fragmentos costumam ser muito diferentes das matas originais, na
estrutura da sua vegetação e, conseqüentemente, na composição de sua fauna (FERNANDEZ
12
2000). Contudo, em áreas urbanas, os fragmentos da vegetação nativa são importantes
refúgios para plantas e animais não adaptados ao ambiente antropizado (RODRIGUES et al.
1993). Os parques e as áreas verdes cumprem tal papel, merecendo destaque pela sua
importância na preservação da fauna e flora, pois ajudam na conservação do ambiente,
funcionando como ilhas de habitat em um “mar” ou matriz inóspita dominada pelo homem
(PRIMACK & RODRIGUES 2001). Atuam como filtro à poluição do entorno, adsorvendo
poeira, melhorando a qualidade do ar e o conforto térmico e possibilitando a manutenção
de porções de solo permeável (MURPHY 1997).
A permanência e o melhoramento das condições de vida das borboletas e de outros
invertebrados na área urbana depende de medidas conservacionistas no sentido de proteger,
diversificar e manter uma alta porcentagem de vestígios de vegetação no interior e na
periferia da malha urbana (RUSZCZYK 1986a, b, RODRIGUES et al. 1993). Mesmo em áreas
pequenas, um trabalho de recomposição e enriquecimento vegetal se apresenta como uma
solução interessante, podendo fomentar diversidade e garantir recursos necessários à
manutenção de populações viáveis de muitas espécies (ACCACIO 2000).
As áreas não precisam estar isoladas do contato com o público: trilhas e clareiras
contribuem para a valorização do parque e podem integrar fontes de informação sobre o
sistema estabelecido à população. É necessário compatibilizar o uso do solo com a
conservação da biodiversidade: a urbanização e a preservação de áreas verdes não são
incompatíveis, sendo preciso empenho dos responsáveis pelo planejamento urbano. Tal
empenho depende tanto de ações e atitudes afirmativas de conservacionistas quanto do
suporte popular.
1.6 Educação ambiental e conservação no ambiente urbano
A integração entre os habitantes das grandes cidades e a natureza de suas regiões
aumenta o interesse da população pela natureza, levando ao envolvimento para preservação
13
de seus habitats, inclusive, por entidades governamentais. Porém, a população da cidade
ainda sabe pouco a respeito da comunidade de animais e de vegetais com a qual convive,
sendo esta aparentemente invisível para a maioria.
A população percebe que áreas urbanas vêm substituindo os ambientes naturais,
porém, para essas, tais áreas não representam interesse ecológico (MCINTYRE et al. 2001).
Portanto, concomitantemente a trabalhos de pesquisa básica, faz-se necessárias ações de
educação ambiental visando apresentar às pessoas a fauna presente no ecossistema urbano
e a importância de sua conservação. As borboletas são um excelente material para este tipo
de trabalho dado seu apelo estético ao público em geral. A implementação de jardins
atrativos para borboletas, ecologicamente planejados no interior de parques e áreas verdes,
cumpriria com eficiência tais funções de conscientização e de conservação. Segundo
WEISSMANN et al. (1995), os jardins devem ser organizados como uma área natural,
tentando manter o equilíbrio dinâmico do sistema urbano, evidenciando aos visitantes a
fragilidade do habitat que as espécies precisam para sobreviver.
O preocupante crescimento da população humana, além de impactos globais e
perda de muitos biomas naturais, coincide com o aumento de interesse na biologia da
conservação (S
AMWAYS 1994). O conhecimento gerado por este estudo pode subsidiar
tanto decisões sobre a configuração e localização de reservas naturais quanto ações que
promovam a sobrevivência de espécies nativas em um meio ambiente muito alterado pelas
ações humanas (F
ILHO & MARTINS 2000). Os insetos têm sido ignorados em termos de
conservação e medidas com sucesso em conservar vertebrados e plantas não dão garantia
de que as espécies de insetos também serão mantidas adequadamente (NEW et al. 1995).
SAMWAYS (1994), da mesma forma, salienta que ainda são poucos os conservacionistas
que trabalham com invertebrados e acrescenta que a biologia da conservação de insetos
simplesmente se refere ao maior componente faunístico dos ecossistemas, paisagens e
14
biomas. Análises das conseqüências ecológicas da urbanização, sobre este grupo de
organismos, seriam, portanto, extremamente úteis para desenvolver estratégias de
conservação (RUSZCZYK & ARAÚJO 1992). KERR et al. (2000) salientam que para priorizar
áreas para a conservação, é preciso informações sobre a diversidade de espécies em
habitats ameaçados.
1.7 Estado de conhecimento da fauna de borboletas de Porto Alegre e do Rio Grande
do Sul.
Há registros da fauna de borboletas abrangendo o município de Porto Alegre já no
século XIX. Em seu “Guia prático para os principais colecionadores de insetos. Porto
Alegre”, MABILDE (1896) fornece uma lista de aproximadamente 1000 espécies de
lepidópteros, sendo destes 256 borboletas. Não há, porém, informações sobre critérios ou
habitats de amostragem, ou de representatividade das espécies. Todas são citadas como
ocorrentes no estado, mas não é explicitado o local de origem: a impressão implícita
aponta a região metropolitana de Porto Alegre.
Cerca de 90 anos após, RUSZCZYK (1986a, e) através de fotografias aéreas de Porto
Alegre, dividiu-a em três zonas características de urbanização, e sobre o mapa destas zonas
estabeleceu 111 pontos de observação da fauna de borboletas, os quais foram examinados
durante três amostragens entre novembro de 1980 a julho de 1981. Em seguida, RUSZCZYK
(1986b) realizou observações da fauna urbana de 1982 a 1984, sendo percorridas várias
regiões de Porto Alegre para classificação de seus hábitos alimentares.
Concomitantemente, RUSZCZYK (1986c, d) amostrou também em 4 rotas ao longo de
avenidas da cidade (1: Viaduto Loureiro da Silva/ Avenida João Pessoa/ Avenida Azenha/
Avenida Prof. Oscar Pereira; 2: Avenida Osvaldo Aranha/ Avenida André da Rocha/
Avenida Protásio Alves/ Rua São Lucas; 3: Viaduto Loureiro da Silva/ Rua Prof. Annes
Dias/ Avenida Independência/ Rua 24 de Outubro/ Avenida Plínio Brasil Milano/ Viaduto
15
Obirici; 4: Avenida Voluntários da Pátria/ Rua Vig. José Inácio/ Avenida Farrapos/
Avenida A J Renner/ Rua Da. Teodora) na direção bairro-centro, registrando nível de
urbanização e as borboletas visualizadas. Por fim, RUSZCZYK (1998) apresenta pequena
listagem de espécies indicadoras da qualidade ambiental. Seus estudos somam 101
espécies de borboletas nominadas, mas outras são avaliadas apenas como morfotipos.
Nenhum de seus trabalhos apresenta listagem completa da fauna estudada.
Entre 1996 e 1998, foi realizada amostragem parcial de borboletas em quatro áreas
de Porto Alegre. A intensidade amostral foi baixa e a listagem das espécies nunca foi
publicada, porém, os registros feitos indicam maior riqueza e diversidade nas áreas mais
heterogêneas e menos antropizadas (ANTUNES et al. 1997, SCHANTZ et al. 1997, STRELOW
et al. 1997, 1998 e TEIXEIRA et al. 1998a, 1998b, 1999). Este inventário esteve inserido no
projeto “As Borboletas do Rio Grande do Sul” (BRS) do Laboratório de Bioecologia de
Insetos, do Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências da UFRGS, que vem
realizando levantamentos no Estado, havendo uma série de artigos em preparação ou no
prelo e a publicação de ISERHARD & ROMANOWSKI (2004).
O projeto BRS vem sendo desenvolvido desde 1996 e tem como objetivos
principais (1) contribuir para o levantamento da ocorrência e distribuição das borboletas do
Rio Grande do Sul; (2) avaliar a riqueza, diversidade e similaridade das espécies que
ocorrem nos diversos tipos de habitat abordados e analisar a situação atual da distribuição
da fauna de borboletas diurnas do estado comparativamente com registros anteriores
disponíveis; (3) verificar as possíveis causas das variações na composição desta fauna, tais
como a constituição florística, diferenças nas condições físicas, estrutura do habitat e nível
de ação antrópica; (4) fornecer subsídios para preservação e conservação da
lepidopterfauna do Rio Grande do Sul, para o planejamento de formas sustentáveis de
utilização da terra e da preservação do ambiente no estado e para educação ambiental; (5)
16
formar e aperfeiçoar recursos humanos qualificados para atuar em pesquisa biológica e
programas de conservação da vida animal.
Foram realizados, dentro deste projeto, trabalhos de levantamento de diversidade no
Parque Estadual de Itapuã, em Viamão e no Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas
(SCHANTZ 2000), no Horto Florestal Barba Negra, em Barra do Ribeiro, em talhões de
eucalipto em diferentes idades (ANTUNES 2000) e em formações nativas (TEIXEIRA et al.
2000), ao longo de um gradiente altitudinal da Planície Costeira a Serra Geral no
Município de Maquiné (ISERHARD 2003), no Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, em
um fragmento de Mata de Restinga (MARCHIORI 2003) e em ambientes de campos de
dunas e restingas (TEIXEIRA 2003), nos municípios de Canguçu e Caçapava do Sul, na
Serra do Sudeste (PAZ 2004), no Parque Estadual do Espinilho, Barra do Quaraí
(MARCHIORI & ROMANOWSKI 2003) e no Parque Municipal do Lami, Viamão (TEIXEIRA
2005).
Todas as informações do projeto estão sendo reunidas no Banco de Dados
BORBRS
®
do Laboratório de Bioecologia de Insetos, do Departamento de Zoologia,
Instituto de Biociências da UFRGS.
Para o Estado, além dos trabalhos realizados pelo projeto BRS, há várias
publicações ligadas ao destacado pesquisador Ceslau Biezanko, ao longo de mais de
cinqüenta anos de estudo. BIEZANKO & FREITAS (1938) produziram catálogo de insetos
encontrados em Pelotas e arredores através de revisão bibliográfica, porém somente as
espécies que puderam examinar e determinar foram incluídos no fascículo. BIEZANKO &
SETA (1939) realizaram catálogo das espécies de borboletas encontradas em Rio Grande e
arredores através de observações, pesquisa, além de exame de coleções. BIEZANKO (1958,
1959, 1960a, b, 1963) apresenta catálogo das espécies de Pieridae, Papilionidae, Satyrinae,
Morphinae, Brassolinae, Danainae, Ithomiinae, Hesperiidae da região de Pelotas e
17
arredores. BIEZANKO & MIELKE (1973) e MIELKE (1979, 1980) listaram Hesperiidae do Rio
Grande do Sul, sendo o primeiro e o terceiro artigos baseados principalmente em material
de coleções e o segundo com adição de coletas de dados. LINK et al. (1977) registraram a
presença de Papilionidae e Pieridae ocorrentes em Santa Maria e regiões próximas através
de coletas em campo e criação de lagartas. BIEZANKO, MIELKE & WEDDERHOFF (1978)
realizaram levantamento nas regiões de Sudeste (Pelotas e arredores) e Missioneira (com
mais de trinta anos de capturas) permitindo compilar um catálogo de riodinídeos.
TESTON & CORSEUIL (1998, 2000b, 2001 e 2002b) com o objetivo de identificar,
documentar e atualizar as listagens sobre as espécies de borboletas do Rio Grande do Sul
realizaram revisões bibliográficas, coleta de exemplares e exame de material nas seguintes
Coleções: “Bertels” do Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado da
EMBRAPA (CAMB), “Biezanko” Museu Entomológico Ceslau Biezanko da Faculdade de
Agronomia Eliseu Maciel da UCPel (MECB), “irmãs Figueredo” do Museu de Ciências da
UCPel (MUCP) de Pelotas; Museu Anchieta de Ciências Naturais (MAPA), “projeto
Carbo” “Mabilde”, “Ronna” e “Palombini” do Museu de Ciências Naturais da Fundação
Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN).
T
ESTON & CORSEUIL (1999, 2000a, e 2002a) realizaram levantamentos no Centro
de Pesquisas e Conservação Pró-Mata. S
CHWARTZ & DI MARE (2001) analisaram a
diversidade de quinze espécies de Papilionidae em 7 áreas de Santa Maria com diferentes
níveis de antropização. DI MARE et al. (2003) realizaram amostragens, revisão de coleções
e material bibliográfico, produzindo listagem de espécies do gênero Adelpha ocorrentes no
Estado.
KRÜGER & SILVA (2003) estudaram em campo a fauna de borboletas na região de
Pelotas, revisaram as coleções do MECB, UFPel, bem como os exemplares do acervo
18
entomológico do Museu de Ciências Carlos Ritter, em Pelotas e MCN, FBZ. QUADROS et
al. (2004) registraram espécies de Nymphalidae do norte da planície costeira do Estado.
As publicações supra-citadas incluem material coletado ao longo de muito tempo e,
lamentavelmente, com exceção dos registros do Projeto BRS, em geral, indicam apenas
vagamente locais de coleta das espécies das diversas coleções e não apresentam
metodologia padronizada quanto às amostragens. Existem, portanto, alguns dados sobre a
fauna de borboletas de Porto Alegre, e também do Estado do Rio Grande do Sul,
entretanto, informações ecológicas referentes a esta são extremamente restritas, todavia
fundamentais para avaliações da fauna em geral e no ambiente urbano em particular e para
sua efetiva conservação.
Os dados obtidos durante os dois anos do presente estudo, junto aos dados do
projeto BRS e demais literatura publicada podem subsidiar a complementação e análise
histórica da fauna de borboletas do Estado. Tais informações podem ser úteis para
diagnóstico da região, servindo de base para futuros trabalhos que visem a conservação dos
ambientes, bem como ações que tragam retorno mais imediato à sociedade como a
implementação de jardins ecológicos.
1.8 Objetivos
Objetivo geral
* atualizar e contribuir para o conhecimento da fauna de borboletas de Porto Alegre e do
Estado;
Objetivos específicos
* elaborar lista de espécies de borboletas das áreas verdes de Porto Alegre;
* avaliar a fauna atual de borboletas em relação aos registros existentes;
* analisar riqueza, diversidade, composição e similaridade das espécies de borboletas entre
as áreas de estudo;
19
* avaliar a relação entre a fauna de borboletas e indicadores de perturbação antrópica;
20
2. Material e Métodos
Eurema elathea
21
2. Material e Métodos
2.1 Área de estudo
O Rio Grande do Sul, estado relativamente grande e localizado em uma região de
transição entre as regiões tropical e temperada, possui uma variedade imensa de ambientes
e uma grande diversidade de fauna (MENEGAT et al. 1998). Porto Alegre, sua capital,
abrange todos os domínios morfoestruturais do estado na sua região (Planalto Meridional,
Depressão Periférica, Escudo Rio-Grandense e Província Costeira), encontrando-se, assim,
em posição privilegiada para a conservação de seus ambientes (MENEGAT et al. 1998). Por
ser uma metrópole, possui ambientes com diferentes graus de urbanização.
2.1.1 Informações gerais e histórico das áreas
Os levantamentos foram feitos em seis áreas do município: Parque Farroupilha
(PF), Parque Marinha do Brasil (PM), Ilha do Pavão (IP), Jardim Botânico (JB), Parque
Saint’ Hilaire (SH) e Morro Santana (MS) (Figura 1). Tais áreas possuem características
peculiares por estarem inseridas em diferentes localidades da malha urbana da cidade.
Excetuando-se a Ilha do Pavão, todas as outras se encontram na sub-bacia do Arroio
Dilúvio.
Os seis locais amostrados foram selecionados visando representar a variedade de
áreas verdes na cidade, quanto ao tamanho, isolamento, localização e perturbação, afim de
retratar o gradiente de urbanização e verificar eventuais influências deste sobre a fauna de
borboletas. Levou-se em conta, ainda, a viabilidade de amostragem em cada área.
Na tentativa de obter informações dos locais amostrados, percebeu-se a dificuldade
em reuní-las. Muitas foram obtidas através de pesquisas em livros, publicações e planos de
manejo dos parques, porém outras puderam ser obtidas somente através de comunicações
pessoais de administradores, guarda-parques e visitantes de cada área, durante os dias de
amostragem. Ainda, dados sobre distância entre as áreas e o centro da cidade foram obtidos
22
através de mapas de satélite do programa Google Earth (GOOGLE 2005). Para facilitar a
leitura do texto abaixo, uma legenda é fornecida contendo a origem destas informações:
* ficha técnica dos parques de Porto Alegre (PORTO ALEGRE. SMAM 1993);
** comunicação pessoal de administradores, funcionários e público visitante das áreas.
Parque Farroupilha: O mais antigo, arborizado e popular dos parques da cidade (FRANCO
1998). Uma área, denominada anteriormente de “Várzea do Portão”, correspondia a uma
grande planície alagadiça situada logo abaixo do primitivo portão da vila e que servia para
logradouro público e conservação do gado trazido para o abastecimento local (FRANCO op.
cit.).
histórico: a área foi doada à cidade em 24 de outubro de 1807 com finalidade de
ser utilizada como potreiro para o gado que se dirigia aos açougues da vila (FRANCO 1998).
Em 19/09/1935 o “Campo da Redenção” passou a denominar-se Parque Farroupilha, sendo
esta a quarta denominação que recebe*.
distância do centro da cidade: 1,4 Km
data da fundação: 19/09/1935*
área: 37ha*
contorno viário: Avenidas: Osvaldo Aranha, José Bonifácio, João Pessoa. Ruas:
Setembrina e Luís Englert.
infra-estrutura: quadras de esporte, fontes, play-grounds, passeios, mini-zoo,
orquidário e casa de espetáculos Araújo Viana*.
freqüência de público: 5.000 pessoas por semana**.
vegetação: muitos gramados, sub-bosque mínimo; plantio feito com inserção de
espécies introduzidas para manter “recantos exóticos”. Espécies nativas: Ipê-roxo
(Tabebuia heptaphylla), Ipê-amarelo (Tabebuia umbellata), Imbuia (Ocotea porosa), Pau-
23
Brasil (Ceaesalpinia echinata), Butiá (Butia capitata) entre outras (BRACKES & IRGANG
2002, RIGON 1985, JOLY 1979); espécies exóticas: Ginco (Ginkgo biloba), Tamareira
(Phoenix sp.), Ligustro (Ligustrum lucidum), Eucalipto (Eucalyptus sp.) (RIGON 1985,
JOLY 1979).
Parque Marinha do Brasil: Região de aterro do bairro Praia de Belas, localizado às
margens do Lago Guaíba. Possui infra-estrutura para lazer da população**.
histórico: em 1975 tem início o aterro do dique de proteção às enchentes do Lago
Guaíba, no trecho Praia de Belas, sobre o qual será executada a Avenida Beira-Rio.
Inaugurado em 09 de dezembro de 1978, prestando homenagem à Marinha do Brasil EFER,
2001).
distância do centro da cidade: 2,8 Km
data da fundação: 24/11/1967*
área: 74ha*
contorno viário: Avenidas: Borges de Medeiros e Beira Rio.
infra-estrutura: administração, quadras de esporte, play-grounds, passeios, ciclo-
via e pista de skate
*.
freqüência de público: 5.000 pessoas por semana**.
vegetação: Espécies nativas: Ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla), Pitangueira
(Eugenia uniflora), Butiá (Butia capitata), Calliandra (Calliandra tweedii), entre outras
(B
RACKES & IRGANG 2002, LORENZI & SOUZA 1999, RIGON 1985); espécies exóticas:
Eucalipto (Eucalyptus sp.), Palmeiras e Jacarandas entre outras (JOLY 1979) **.
Ilha do Pavão: Localiza-se no Delta do Rio Jacuí (OLIVEIRA & PORTO 1998). A área de
estudo abrange parte da Ilha que pertence ao Grêmio Náutico União. O local é em grande
parte ajardinado devido à infra-estrutura do clube. Recentemente, o clube ampliou a área e
24
esta nova parte possui pequenas matas de baixo porte com sub-bosque relativamente mais
preservado**.
histórico: em 1988 foi aprovada a proposta de um parque educativo ecológico
que vem se desenvolvendo desde então**.
distância do centro da cidade: 1,8 Km
data da fundação: 1950 (sede do clube)**
área: 75ha (11ha sede do clube)**
contorno: Lago Guaíba
infra-estrutura: estação de remo, restaurante, churrasqueiras, piscinas, vestiários,
quadras de esporte, play-grounds**.
freqüência do público: 7.000 por mês (em alta temporada) entre sócios, grupos
de colégios e grupos de terceira idade**.
vegetação: sub-bosque inexistente na área de lazer. Espécies nativas: Amoreira
(Maclura tinctoria), Goiabeira (Acca sellowiana), Pitangueira (Eugenia uniflora), entre
outras (BRACKES & IRGANG 2002); espécies exóticas: Eucalipto (Eucalyptus sp.), Ciprestes
e Pinheiros (J
OLY 1979)**.
Jardim Botânico
: Local com representação de vários dos biomas presentes no Rio Grande
do Sul, além de espécies exóticas (LOPEZ 2004). Área um pouco mais afastada do centro da
cidade em relação às primeiras. Apresenta vegetação heterogênea.
histórico: em 1953 foi aprovada a Lei n° 2136 que cedia uma área de 80ha e
desta, aproximadamente 50ha ficaria reservada para instalação de um parque de recreio ou
Jardim Botânico (LOPEZ 2004). Em 1958 foi inaugurado e aberto ao público (OLIVEIRA &
PORTO 1998).
distância do centro da cidade: 5,6 Km
25
data da fundação: 1953 (LOPEZ 2004).
área: 50ha (área manejada) (LOPEZ 2004).
contorno: Avenidas: Salvador França e Cristiano Fischer.
infra-estrutura: prédios administrativos, Museu, passeios, estufas**.
freqüência de público: 5.000 visitantes por mês (LOPEZ 2004), com horário
limitado (9 às 17h) e pago.
vegetação: gramados, várias plantas arbustivas, bambuzais, áreas não
jardinadas. Espécies nativas: Butiá (Butia capitata), Capororoca (Myrsine
ferruginea), entre outras (BRACKES & IRGANG 2002, LORENZI & SOUZA 1999);
espécies exóticas: Pinus (Pinus sp.), Canela-da-índia (Cynnamomum sp.) entre outros
(LOPEZ 2004, LORENZI & SOUZA 1999).
Parque Saint’ Hilaire: Uma das últimas grandes “reservas ecológicas” do Município.
Localizado na divisa entre os municípios de Porto Alegre e Viamão (MORTARI 2002). Com
representativa amostra da complexidade estrutural da paisagem natural porto-alegrense,
onde alternam áreas de campo com diversos tipos florestais.
histórico: em 7 de novembro de 1944 a Prefeitura Municipal foi autorizada a
adquirir os bens da Companhia Hidráulica Portoalegrense e em 1947 foi denominado
Jardim Botânico Municipal “Saint’ Hilaire” (com horto, cuja madeira era utilizada como
combustível em máquinas a vapor) (MORTARI 2002). Em 1949 foi criado efetivamente o
parque e, em 1977 já estava sob a administração da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente de Porto Alegre (MORTARI 2002).
distância do centro da cidade: 15,1 Km
data da fundação: 29/11/1947*
área: 1.180ha (M
ORTARI 2002).
26
área de recreação: 240ha*
área de preservação ambiental: 940ha*
contorno viário: Avenidas: Sen. Salgado Filho, parada 48, entrada João D.
Ribeiro, Érico Bernardes, rua Berico B. Galego (MORTARI 2002).
infra-estrutura: quadras de esporte, play-grounds e estradas de terra largas para
veículos**.
freqüência de público: 19.000 pessoas por mês; cabe salientar que há moradores
dentro do parque*.
vegetação: campos, butiazais, banhados matinhas ciliares margeando pequenos
arroios. Espécies nativas: Pata-de-vaca (Bauhinia forficata), Aroeira-brava (Lithraea
brasiliensis), Butiá (Butia capitata), Ipê-amarelo (Tabebuia umbellata), Calliandra
(Calliandra tweedii), Maricá (Mimosa bimucronata) entre outras (BRACKES & IRGANG
2002, LORENZI & SOUZA 1999); espécies exóticas: 450.000 pés de Eucalipto (Eucalyptus
sp.) (MORTARI 2002).
Morro Santana: Localizado no prolongamento mais a noroeste da Crista de morros de
Porto Alegre, sendo o de mais alta crista de todas do município (M
OHR & PORTO 1998).
Seu ambiente natural apresenta grande diversidade biológica, com espécies de animais e
vegetais oriundas de diferentes partes do continente sul-americano (GUERRA et al. 2003).
histórico: Comissão de Instalação da Futura Unidade de Conservação do Morro
Santana criada em 1989 (G
UERRA et al. 2003).
distância do centro da cidade: 10,8 Km
data da fundação: propriedade da UFRGS desde 1953; aguarda oficialização do
Status de Unidade de Conservação**.
27
área: 1.031ha e destes, 600ha pertencem à Universidade Federal do Rio Grande
do Sul onde está localizado o Campus do Vale, o Campus Agronomia e o observatório
astronômico (MOHR & PORTO 1998)
contorno: Campus do Vale, avenidas: Antônio de Carvalho e Protásio Alves.
infra-estrutura: estradas e trilhas clandestinas utilizadas para trânsito da população
da vila junto ao morro (GUERRA et al. 2003), sendo muito pressionado pela expansão
urbana regular e irregular.
freqüência de público: oficialmente apenas pesquisa científica, não há visitantes,
porém há circulação de pessoas pelas trilhas e práticas de motocross sobretudo nos fins de
semana**.
vegetação: campos rupestres predominam nas partes altas do morro e mata na
base da face Sul. Espécies nativas: aproximadamente 50% da vegetação: Açoita-cavalo
(Luehea divaricata), Guajuvira (Patagonula americana), Canela-preta (Nectandra
megapotamica), Butiá (Butia capitata) e Figueiras entre outras (BRACKES & IRGANG 2002);
espécies exóticas: ocorrência de Eucaliptos (Eucaliptus sp.), mas não na área de
amostragem (GUERRA et al. 2003).
Figura 1: Mapa representando a região metropolitana do município de Porto Alegre e suas áreas
amostradas, RS. Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre, 1998. Escala: 1:137.000
IP
MS
SH
JB
PF
PM
28
2.2 Amostragens
Os adultos de borboletas são usualmente de fácil reconhecimento e identificação
mesmo em campo. Desta forma, a metodologia empregada usa identificação de adultos em
campo e, para espécies mais difíceis, em laboratório. Tal metodologia promove a
possibilidade de inventários não destrutivos, sendo coletados apenas exemplares
testemunho.
De maio de 2003 a março de 2005 realizaram-se duas saídas a campo por estação,
nas seis áreas mencionadas. De três a cinco pessoas percorreram cada área com um esforço
amostral padronizado em duas horas, seguindo sempre o mesmo percurso, nos períodos de
sol intenso (entre 10:00h e 12:00h ou entre 14:00h e 16:00h). As áreas tiveram parte
representativa de suas áreas totais percorridas durante duas horas de amostragem. Quanto
ao MS, cabe salientar que a área amostrada encontra-se totalmente em sua base e junto a
mata, não havendo registros em diferentes altitudes.
As borboletas visualizadas foram registradas e, quando necessário, capturadas com
auxílio de redes entomológicas para identificação. Para cada indivíduo coletado foi feito o
registro da espécie e da hora ao longo da transecção. Os indivíduos foram acondicionados
em envelopes entomológicos e levados ao laboratório para posterior montagem e
identificação através de bibliografia especializada (D’ABRERA 1981, 1984, 1987a, 1987b,
1988, 1994, 1995, B
ROWN-JR 1992, CANALS 2000, 2003). Quando se trataram de
indivíduos de difícil identificação, estes foram enviados a especialistas. Os espécimens
identificados estão depositados na Coleção de Referência do Laboratório de Bioecologia
de Insetos, do Departamento de Zoologia da UFRGS.
2.3 Análise dos dados
Realizou-se consulta aos trabalhos com borboletas de Porto Alegre e do Estado
publicados anteriormente, a fim de averiguar a presença de espécies ainda não
29
mencionadas tanto para a cidade quanto para o Estado: MABILDE (1896), BIEZANKO &
FREITAS (1938), BIEZANKO & SETA (1939), BIEZANKO (1958, 1959, 1960a, b, 1963),
BIEZANKO & MIELKE (1973), LINK et al. (1977), BIEZANKO et al. (1978), MIELKE (1979,
1980), RUSZCZYK (1986a, b, c, d, e, 1998), TESTON & CORSEUIL (1998, 1999, 2000a, b,
2001 e 2002a, b), SCHWARTZ & DI MARE (2001), DI MARE et al. (2003), KRÜGER & SILVA
(2003), ISERHARD & ROMANOWSKI (2004), QUADROS et al. (2004).
Verificou-se a suficiência amostral para cada área com os intervalos de confiança
das curvas do coletor e curvas de estimadores analíticos, calculados com EstimateS 7.5
(COLWELL 2005). Da mesma forma, verificou-se também a suficiência amostral para cada
família de borboleta com curvas de acumulação de espécies.
A diversidade alfa da fauna de borboletas registrada para o município foi analisada
através da riqueza de espécies (S), número de indivíduos (N) e índice de equitabilidade (E),
além de análise de correlações de Spearman, calculado com o software SPSS 11.5
(NORUSIS 2000), para verificação das respostas destas variáveis em relação às
características de cada área: tamanho, distância do centro da cidade, cobertura vegetal,
diversidade da vegetação, conservação, urbanização do entorno, impacto do público
visitante, infra-estrutura, presença de água no interior e no entorno, e quantidade de
vegetação com flores de cada local.
Análise de variância multivariada (MANOVA), calculado com o software SPSS
11.5 (NORUSIS 2000), entre áreas e estações e as variáveis S (riqueza), N (abundância) e E
(equitabilidade) foi realizada. Também foram calculados os índices de diversidade de
Shannon-Wiener (H’) e de dominância recíproco de Simpson (1-D).
A diversidade beta das espécies de borboletas em cada área foi analisada utilizado o
teste de análise de similaridade ANOSIM, calculado com software PAST (H
AMMER et al.
2001), com os índices de Jaccard e Morisita para três fatores: áreas, estações do ano e anos
30
de amostragem. Além disso, análises de agrupamento pelo método UPGMA usando os
mesmos índices (KREBS 1989) foram elaboradas, visando ilustrar a similaridade na
composição de espécies entre as áreas, por estação e por ano de amostragem.
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42
3. Resultados Gerais
Anartia amathea roeselia
43
3. Resultados Gerais
as amostragens totalizaram 672 horas-rede.
realizaram-se 14 saídas em cada área, cobrindo todas as estações, durante dois
anos, totalizando 84 ocasiões amostrais.
de um total de 5.789 indivíduos, foram registradas 243 espécies pertencendo 84
a Hesperiidae, 83 a Nymphalidae, 44 a Lycaenidae, 20 a Pieridae e 12 a Papilionidae.
A curva de suficiência amostral permaneceu em elevação, principalmente para
as famílias Hesperiidae e Lycaenidae, evidenciando a possibilidade de novos registros de
espécies.
através de comparação com trabalhos anteriores realizados para Porto Alegre e
para o Estado, obteve-se um total de 24 espécies não registradas anteriormente, sendo uma
Nymphalidae, 14 Lycaenidae e 9 Hesperiidae. Cinco espécies de Lycaenidae permanecem
não identificadas e podem somar-se a estas.
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) foi a espécie mais abundante, com
609 indivíduos, seguida por Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) com 439 indivíduos e
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821), com 359 indivíduos. As três espécies somam pouco
mais de 24% do total de indivíduos registrados.
A espécie Aeria olena olena Weyer, 1875, considerada indicadora de ambientes
saudáveis, esteve presente apenas no Morro Santana e no Saint’ Hilaire, áreas mais
preservadas, maiores e mais afastadas do centro da cidade em relação às outras quatro.
O MS apresentou maior riqueza, com 170 espécies registradas durante os dois
anos de estudo, seguido por SH (119), JB (118), PF (73), IP (71) e PM (67).
O MS apresentou também a maior abundância, com 1.528 indivíduos
amostrados, seguido por JB (1.330), SH (1.169), IP (980), PM (418) e PF (364).
44
o índice de dominância recíproco de Simpson (1-D) apresentou valores elevados
para o SH (0.9237) seguido de MS (0.9124), JB (0.9026), PF (0.8965), IP (0.8897) e PM
(0.853).
índice de diversidade Shannon-Wiener (H’), teve valor mais elevado no MS
(3.093), seguido do SH (2.952), JB (2.747), PF (2.726), IP (2.622) e PM (2.315).
o verão aparece como estação mais rica e abundante, com um total de 178
espécies e 1.896 indivíduos registrados durante os dois anos.
obteve-se 65 espécies com apenas um indivíduo registrado ao longo dos dois
anos de amostragens (singletons), destes 29 são Hesperiidae, 19 Lycaenidae, 13
Nymphalidae, 3 Pieridae e 1 Papilionidae. MS registrou 24 singletons, seguido por JB
(14), SH (12), PF (8), PM (4) e IP (3). O maior número de singletons registrado foi
durante os verões. Obteve-se 46 espécies com apenas dois indivíduos registrados ao longo
dos dois anos (doubletons) e sua freqüência também foi maior no MS.
47 espécies foram encontradas apenas no MS, 24 no SH, 18 no JB, 9 no PF, 5
no PM e 3 no IP, perfazendo um total de 106 espécies exclusivas em uma só área.
26 espécies são comuns a todas as áreas, entre estas as três mais abundantes
citadas anteriormente.
no dendograma de similaridade a partir do índice de Jaccard, os agrupamentos
salientam a semelhança de escies encontradas em uma mesma estação, independente do
ano de amostragem. Quanto às áreas de estudo, percebe-se o agrupamento destas, em geral,
duas a duas. MS e SH, PF e PM, JB e IP, entretanto, estes relativamente separados um do
outro. O valor de similaridade foi, em geral, abaixo de 0,5.
os valores de similaridades entre as áreas no dendograma baseado no índice de
Morisita ultrapassaram 0,5. Verificou-se também os registros de cada estação agrupando-se
próximos, independente do ano de amostragem. Porém, nesta análise as áreas de estudo
45
apresentam-se distribuídas aparentemente aleatoriamente. Registros em IP apareceram
próximos das outras áreas, excetuando PM. Novamente agrupamentos dois a dois: PF e
PM, MS e SH, porém este último relativamente próximo a JB.
os resultados indicaram que a fauna de borboletas recebe influência dos
diferentes níveis de urbanização que a cidade promove, porém, além destas perturbações
antrópicas externas, também deve-se considerar os fatores que se encontram no interior de
cada área, como a cobertura vegetal e a diversidade da vegetação presente, que
evidenciaram correlação significativa e positiva com a abundância da fauna e negativa com
a infraestrutura.
algumas destas áreas, como o MS, o SH e o JB mostraram-se muito importantes
para a fauna de borboletas, pois muitas espécies conseguem viver apenas em ambientes
menos perturbados e com presença de vegetação nativa. Estas áreas apresentam tais fatores
e devem receber atenção especial para futuros estudos de conservação.
46
4. Artigos
Episcada carcinia
47
BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: PAPILIONOIDEA E HESPERIOIDEA) EM PORTO ALEGRE,
RS, BRASIL.
1
Fabiana de Camargo
2
, Helena P. Romanowski
2
& Milton de S. Mendonça, Jr.
3
2
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gonçalves, 9500, 91501-970, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil. E-mail:
3
Departamento de Zoologia e Genética, Instituto de Biologia, Universidade Federal de Pelotas. Campus
Universitário, s/n°, 96010-800, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
ABSTRACT: Butterfly species (Lepidoptera: Papilionoidea and Hesperioidea) from Porto Alegre, RS,
Brazil. Butterflies were surveyed from May 2003 to March 2005 in six green areas of different
anthropisation levels in Porto Alegre city, RS, southern Brazil: Santana Hill, Saint’ Hilaire Park, the city
Botanical Garden, Farroupilha Park, Pavão Island and Marinha do Brasil Park. After a total of 672 net.hours,
5,789 individuals were recorded, distributed over 243 species, 24 of these being new records for Rio Grande
do Sul state. Noteworthy was Aeria olena olena Weyer, 1875, present only in Santana Hill and Saint’ Hilaire
Park, indicating the potential these areas have for conservation. The species richness of the Hesperiidae
equaled that of Nymphalidae, contrasting with other studies done so far for the State. It is suggested that long
term surveys, like this one, are necessary for representative samples of this family to be achieved. Analytical
species richness estimators revealed the possibility of new species records for the sampled areas. An analysis
of these results along with available listings for the last decade of the XIX century and the penultimate
decade of the XX century, with respectively 256 and 101 butterfly species for Porto Alegre city, summed up
a total of 400 butterfly species and showed marked changes in the fauna during this period. A thorough list of
species is provided. The knowledge of this fauna across long periods of time reveals the importance of parks
and green areas within large metropolis and incorporates the basis for the selection of conservation areas and
environmental education actions.
KEYWORDS: Conservation, Urban Ecossystem, Urban Faun, New Records.
RESUMO: De maio de 2003 a março de 2005 foram inventariadas borboletas em seis áreas verdes com
diferentes níveis de antropização de Porto Alegre, Rio Grande do Sul: Morro Santana, Parque Saint’ Hilaire,
Jardim Botânico, Parque Farroupilha, Ilha do Pavão e Parque Marinha do Brasil. Com um total de 672 horas-
rede, foram registrados 5.789 indivíduos distribuídos em 243 espécies, 24 destas, novos registros para o Rio
Grande do Sul. Dentre essas se destaca a espécie Aeria olena olena Weyer, 1875, estando presente apenas no
Morro Santana e no Saint’ Hilaire, indicando o potencial destas áreas para a conservação. A riqueza de
Hesperiidae equiparou-se com a de Nymphalidae, contrastando com outros estudos no Estado. Sugerimos
que amostragens de longa duração são necessárias para obter-se representatividade desta família.
Estimadores analíticos de riqueza de espécies revelaram que ainda há possibilidade de novos registros para as
áreas amostradas. A análise dos resultados conjuntamente a listagens existentes para a última década do
século XIX e a penúltima do século XX, com, respectivamente, 256 e 101 espécies de borboletas para a
cidade, evidenciam mudanças marcantes na fauna durante este período. Somam um total de 400 espécies de
borboletas para Porto Alegre. O conhecimento desta fauna, ao longo do tempo, destaca a importância de
parques e áreas verdes no interior das grandes metrópoles e é base para a seleção de áreas de conservação e
ações de educação ambiental.
PALAVRAS-CHAVE: Conservação, Ecossistema Urbano, Fauna Urbana, Novos Registros.
Revista Brasileira de Zoologia
1
Contribuição n° ____ do Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
48
Introdução
Áreas urbanas são, efetivamente, sinônimo de perturbação de ecossistema e de
perda da diversidade biológica (MURPHY 1997). Os hábitats são substituídos diretamente
por casas, prédios, ruas, estradas e pelas instalações que as sustentam (HARDY & DENNIS
1999, MCINTYRE 2001, PICKETT et al. 2001).
A paisagem urbana e suburbana, freqüentemente, inclui um mosaico de tipos de
vegetação interconectados por diferentes corredores verdes, por vezes, com reservas
exuberantes e remanescentes de florestas (RUSZCZYK 1986e, RODRIGUES et al. 1993).
Parques urbanos e jardins possuem diversidade de vegetação, introduzida e nativa,
provendo alimento, refúgio e substrato para uma ampla variedade de plantas e animais não
adaptados ao ambiente construído (RODRIGUES et al. 1993, BROWN-JR & FREITAS 2002).
Ainda proporcionam conforto térmico, melhor qualidade do ar e redução da velocidade dos
ventos e da evaporação da umidade do solo (MURPHY 1997). Parques e áreas verdes vem
diminuindo em número, área e contigüidade devido ao aumento da urbanização, que vem
atingindo até mesmo a periferia das cidades. Grande parte da diversidade está sendo
perdida devido à modificação destes hábitats (WILSON 1997).
O ecossistema urbano tem sido negligenciado nas pesquisas ecológicas (P
ICKETT et
al. 2001). A importância da diversidade deve ser compreendida não apenas em florestas
tropicais, planícies costeiras e outras formações, mas também em regiões
demograficamente delineadas, tais como áreas urbanas (W
ILSON 1997). Os artrópodes são
abundantes nestas áreas, mas têm sido ignorados em estudos voltados à conservação (NEW
et al. 1995) e pouco se sabe sobre como respondem à urbanização (MCINTYRE 2001). Tal
informação é fundamental para mitigar seus efeitos. O primeiro e indispensável passo é
conhecer a fauna urbana.
49
A situação das comunidades animais relaciona-se com o gradiente de urbanização
centro-bairro, pois este é o principal condicionador de diversos outros gradientes de alto
impacto sobre a fauna: porcentagem de cobertura vegetal, porcentagem de solo
pavimentado, clima urbano, grau de distúrbio do habitat e poluição do ar por veículos,
entre outros (RUSZCZYK 1986 b, d). As borboletas possuem estreita relação com elementos
da vegetação e topografia, e suas assembléias são afetadas em diversidade e composição de
espécies sob perturbações antrópicas, tais como desenvolvimento urbano (B
LAIR &
L
AUNER 1997), fragmentação de habitat e alterações na vegetação original (NELSON &
ANDERSEN 1994, HARDING et al. 1995, SHAHABUDDIN & TERBORGH 1999).
Muitas espécies de borboletas possuem hábitos especialistas e são boas indicadoras
de parâmetros ambientais e continuidade de ecossistemas (BECCALONI & GASTON 1995,
DEVRIES et al. 1997, NEW 1997, LEWIS et al. 1998, SIMONSON et al. 2001). Através de sua
presença evidenciam integridade de sistemas frágeis, ou pela sua ausência, perturbação
forte demais para manutenção do ambiente original antes estabelecido (BROWN-JR 1991).
Dentro de ambientes urbanos, a maioria das espécies abundantes é generalista, tendendo a
dominar a assembléia de borboletas destes locais (BLAIR & LAUNER 1997, GIBB &
HOCHULI 2002).
Porto Alegre, por sofrer influência de todos os domínios morfoestruturais do Rio
Grande do Sul (Planalto Meridional, Depressão Periférica, Escudo Rio-Grandense e
Província Costeira), encontra-se em uma posição privilegiada para a conservação de seus
ambientes (M
ENEGAT et al. 1998). Por ser capital do estado, por outro lado, possui elevado
número de habitantes e nível de urbanização.
Há registros da fauna de Lepidoptera abrangendo o município já no século XIX.
Entretanto, até o presente não há listagem abrangente das espécies observadas neste. Em
seu “Guia prático para os principais colecionadores de insetos, Porto Alegre”, MABILDE
50
(1896) fornece uma lista de aproximadamente 1000 espécies, sendo destas, 256 borboletas.
Não há, porém, informações sobre critérios de amostragem, habitats ou de
representatividade das espécies.
Em 1980, RUSZCZYK (1986a, f) através de fotografias aéreas de Porto Alegre,
dividiu a cidade em três áreas com níveis crescentes de urbanização e, nestas, estabeleceu
pontos para amostragem de borboletas. Em seguida, RUSZCZYK (1986c) realizou
observações da fauna urbana de 1982 a 1984, sendo percorridas várias regiões de Porto
Alegre para classificação de seus hábitos alimentares. Concomitantemente, RUSZCZYK
(1986d, e) amostrou também em 4 rotas da cidade na direção bairro-centro, registrando
nível de urbanização e as borboletas visualizadas. Recentemente, RUSZCZYK (1998),
publicou pequena listagem de borboletas apresentando-as como indicadoras da qualidade
ambiental. Em seus resultados, todavia, apenas 101 espécies de borboletas são nominadas.
De abril de 1996 a janeiro de 1998, foram realizados levantamentos adicionais em
Porto Alegre dentro do projeto “As Borboletas do Rio Grande do Sul” (ROMANOWSKI &
BUSS 1997). As maiores riquezas e diversidade foram observadas também nas áreas mais
heterogêneas e menos antropizadas. Entretanto, a intensidade amostral foi baixa e a
listagem das espécies nunca foi publicada, não existindo possibilidade de obter uma visão
geral e monitorar eventuais variações ao longo do tempo.
Assim sendo, os objetivos deste trabalho são (I) inventariar a fauna de borboletas em
seis áreas verdes representativas de diversos tipos de ambientes de Porto Alegre; (II)
compilar lista geral incluindo registros anteriores para a cidade e (III) comparar os
registros ao longo do tempo.
Material e métodos
Área de estudo
. Porto Alegre (30°10’S 51°13’W) está localizada às margens do Lago
Guaíba e é circundada por morros, que abrangem 45% da área total. A umidade relativa do
51
ar média anual é 73 % e a temperatura média anual é 21°C, com extremos entre 0° e 40°C
(FEPAGRO 2005). Possui área de 495.53 Km
2
, com população atual de 1.416.00
habitantes, com densidade demográfica média de 2.744,58 hab/Km
2
(IBGE 2005).
Os levantamentos foram feitos em seis áreas verdes de diferentes locais do
município. Dados sobre distância entre as áreas e o centro da cidade foram obtidos através
de mapas de satélite do programa Google Earth (GOOGLE 2005): Parque Farroupilha, o
mais próximo ao centro da cidade (1.4 km); Ilha do Pavão, localizado no Delta do Jacuí,
no Lago Guaíba (1.8 km); Parque Marinha do Brasil, às margens do Lago Guaíba (2.8
km); Jardim Botânico, com grandes avenidas no seu entorno (5.6 km); Morro Santana, a
mais alta crista de morro do município, próximo ao Campus do Vale da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (10.8 km); Parque Saint’ Hilaire, entre os municípios de
Porto Alegre e Viamão (15.5 km) (Figura 1). As áreas foram selecionadas visando
representar diferentes localizações na cidade, tamanhos de áreas, intensidade de visitação,
níveis de antropização, históricos e tipos de vegetação.
Amostragem. De maio/2003 a março/2005 foram realizadas duas saídas a campo por
estação para cada área de estudo. Em cada área estudada foram selecionados transectos que
cobrissem uma porção representativa destas em termos de características da vegetação,
topografia e tipo de manejo. Em cada ocasião, os transectos foram percorridos por duas
horas (entre 10h e 12h ou entre 14h e 16h), por quatro amostradores em média. As
borboletas visualizadas foram registradas e, quando necessário, capturadas para posterior
identificação em laboratório. A identificação foi feita com base na Coleção de Referência
de Lepidoptera do Laboratório de Bioecologia de Insetos, do Departamento de Zoologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e em bibliografia especializada (D’ABRERA
1981, 1984, 1987a, 1987b, 1988, 1994, 1995,
BROWN-JR 1992, CANALS 2000, 2003) e,
quando necessário, com auxílio de especialistas. Os espécimens identificados estão
52
depositados na referida coleção. A classificação segue BROWN-JR (1992) e a nomenclatura
foi atualizada segundo LAMAS (2004).
Análise dos dados. Verificou-se a suficiência amostral da curva do coletor total com
estimadores analíticos, calculados com EstimateS 7.5 (COLWELL 2005).
Analisou-se comparativamente os dados obtidos neste estudo (CRM) com os
encontrados por MABILDE (1896) (MAB) e RUSZCZYK (1986a, c, d, e, f, 1998) (RUS) para
Porto Alegre. Classificou-se como “exclusivas” as espécies que foram registradas por
apenas uma destas fontes.
Uma análise comparativa também foi conduzida em relação às publicações para o
Rio Grande do Sul (BIEZANKO & FREITAS 1938; BIEZANKO & SETA 1939; BIEZANKO 1958,
1959, 1960a, b, 1963; BIEZANKO & MIELKE 1973; LINK et al. 1977; BIEZANKO et al. 1978;
MIELKE 1979, 1980; TESTON & CORSEUIL 1998, 1999, 2000a, b, 2001 e 2002a, b;
SCHWARTZ & DI MARE 2001; DI MARE et al. 2003; KRÜGER & SILVA 2003; QUADROS et al.
2004 e ISERHARD & ROMANOWSKI 2004) visando averiguar o registro de novas espécies de
borboletas para o Estado.
Resultados
Com um total de 672 horas-rede de amostragem, foram registrados 5.789
indivíduos em 243 espécies pertencentes a cinco famílias e 21 subfamílias nas seis áreas do
estudo. Somando tais dados com os publicados por MAB e RUS obtém-se um total de 400
espécies registradas para Porto Alegre (Tabela I).
Apenas 61 espécies (15,2%) são comuns aos três estudos (Figura 2). MAB
apresenta 47% de espécies compartilhadas com o presente estudo e RUS, 80,2%. Mais de
um quarto das espécies (28,5%) não havia sido listada para Porto Alegre por MAB ou
RUS. MAB lista 34,5% de espécies exclusivas, enquanto menos de 3% são exclusivas dos
estudos de RUS.
53
Comparando-se os trabalhos supra citados e aqueles publicados para o Rio Grande
do Sul com o presente estudo, obteve-se 24 novos registros de espécies: uma Nymphalidae,
9 Hesperiidae e 14 Lycaenidae, estas estão marcadas em negrito (Tabela I).
Das 243 espécies aqui registradas cerca de 34% pertencem à família Hesperiidae,
34% a Nymphalidae, 17% a Lycaenidae, 8% a Pieridae e 5% a Papilionidae (Figura 3). A
riqueza de espécies por família observada por MAB e RUS difere da registrada no presente
estudo, tendo estes autores registrado riqueza bem maior de Nymphalidade (42% e 46%
respectivamente) do que de Hesperidae (22% e 21% respectivamente). O número de
espécies das outras famílias é semelhante entre os estudos; com exceção apenas de
Lycaenidae em RUS, que nomina apenas duas espécies para esta família (Figura 3).
A curva de suficiência amostral permaneceu em elevação durante todo período de
estudo, porém tal inclinação diminuiu no segundo ano de amostragem. Os estimadores de
riqueza utilizados indicam a possibilidade de novos registros: Chao 1, Jackknife 1 e 2
verificaram que do total de espécies estimadas, 68% a 77% foram registradas ao longo dos
dois anos de amostragem. Porém Bootstrap e Michaelis-Menten constataram que 88% a
96% das espécies estimadas já foram registradas ao longo destes dois anos (Figura 4).
A suficiência amostral por família indica uma taxa de acúmulo de espécies lenta
para Hesperiidae e Lycaenidae em relação a Nymphalidae, Pieridae e Papilionidae; ao final
do segundo ano de amostragem, as duas primeiras mantêm a inclinação enquanto as três
últimas tendem a estabilização (Figura 5).
Dentro da família Nymphalidae, Nymphalinae apareceu como a subfamília mais
rica, seguida por Heliconiinae e Biblidinae. Para MAB as subfamílias mais ricas foram
Biblidinae, Satirinae e Nymphalinae e para RUS, Nymphalinae, Biblidinae e Heliconiinae
(Figura 6).
54
Merecem destaque especial as espécies de Ithomiinae Aeria olena olena Weyer,
1875, encontrada apenas pelo presente estudo, para Porto Alegre, no Parque Saint’ Hilaire
e no Morro Santana; Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860), presente em
todas as áreas, porém com alto número de indivíduos apenas no Jardim Botânico, Parque
Saint’ Hilaie e no Morro Santana; e Mechanitis lysimnia lysimnia (Fabricius, 1793)
juntamente com Methona themisto (Hübner, 1818), com grandes abundâncias no Parque
Farroupilha, Parque Marinha do Brasil, Ilha do Pavão e Jardim Botânico e baixa no Saint’
Hilaire e no Morro Santana.
Discussão
A união dos dados de MAB, RUS e CRM resulta em elevado número de espécies
para Porto Alegre. As diferentes metodologias aplicadas (e nem sempre explícitas),
entretanto, limitam as conclusões. A diferença de mais de 100 anos entre estes estudos
mostra a importância de trabalhos a longo prazo. Há variação na fauna ao longo dos anos,
provavelmente, devido ao crescimento urbano do município e conseqüente destruição e
fragmentação de hábitats. RAMBO (1956) comenta em sua obra que Porto Alegre
apresentava vegetação típica de granito seco, com os recôncavos do lado dirigido ao rio
Gravataí ostentando belas matas virgens, em nada inferiores às da Serra Geral. É claro, a
mudança deste ambiente daquela época até os dias atuais: diminuição da quantidade e da
diversidade da vegetação em conseqüência do aumento da quantidade de casas, prédios e
indústrias.
Torna-se visível a modificação da fauna ao observarmos que apenas 15,2% das
espécies são comuns aos três estudos; CRM tendo apenas 47% de espécies compartilhadas
com MAB em comparação com as 80,2% compartilhadas com RUS. Ainda, MAB teve
34,5% de espécies exclusivas, enquanto menos de 3% são exclusivas dos estudos de RUS.
Porém, com o total de 24 novos registros de espécies para Porto Alegre no presente estudo,
55
a cidade mostra ser possuidora de áreas com potencial na preservação de espécies de
borboletas.
Quanto aos estimadores, os resultados obtidos por Chao 1 e Jackknife 1 e 2, que se
fundamentam nos dados de riqueza inclusive quantificando raridade - singletons e
doubletons (SANTOS 2003), indicam que a fauna ainda não está completamente amostrada
em Porto Alegre. Porém, os resultados obtidos por Bootstrap, que estima a riqueza através
da incidência de espécies, não se restringindo às espécies raras, e Michaelis-Menten,
através de análise aleatória das amostras das curvas de acúmulo de espécies (SANTOS
2003), indicam que as espécies registradas ao longo destes dois anos representam bem a
fauna de borboletas da cidade.
Mais de 50% das espécies pertenceram às famílias Hesperiidae e Lycaenidae em
CRM, diferente do observado em MAB e RUS (41% e 23%). O número de espécies de
Hesperiidae registrados no presente estudo é alto, ultrapassando, em riqueza, Nymphalidae,
fato inédito dentre os trabalhos realizados em Porto Alegre e no Estado. A amostragem
padronizada e intensiva ao longo de dois anos por pesquizadores treinados certamente
contribuiu para tal resultado. Evidência disto, é o fato que a curva de suficiência amostral,
para CRM, permaneceu em elevação durante o primeiro ano de amostragem para todas as
famílias, porém, permaneceu ascendente no segundo ano, apenas para Hesperidae e
Lycaenidae. Sugere-se que, o lento acúmulo de espécies registrado, para estas famílias,
deva-se a suas populações, em geral pequenas e/ou difíceis de amostrar. BROWN-JR (1992)
comenta que após 8 anos de amostragem intensa na Serra do Japi (SP), ainda se registrava
de duas a cinco novas espécies de hesperídeos a cada visita a campo, além de salientar que
a ocorrência de suas espécies é imprevisível em determinados locais.
Nymphalidae apresenta muitas subfamílias com diferentes características quanto a
sua biologia. Nymphalinae aparece como subfamília mais rica em CRM e em RUS,
56
seguida de Heliconinae e Biblidinae. As duas primeiras estão presentes em abundância nos
parques e áreas verdes da cidade, inclusive em áreas centrais, parecem estar adaptadas à
ambientes perturbados, talvez por consumirem néctar de flores ornamentais, presentes em
toda cidade. Assim também, suas lagartas devem estar adaptadas aos recursos alimentares
que a cidade dispõe. JONSEN & LENORE (1997) classificam como espécies generalistas e
abundantes, aquelas que, no estágio larval, alimentam-se de mais de um planta específica.
Nymphalinae e Heliconiinae parecem enquadar suas espécies nesta classe, ao menos de
uma forma geral.
Ao comparar dados de RUS e CRM com dados de MAB fica evidente que
Biblidinae e Brassolinae, como espécies que se alimentam de exudações e fermentações,
encontram-se prejudicadas atualmente na cidade. Para RUSZCZYK (1986c), a restrita
disponibilidade de recursos, para estas espécies, prejudicam-nas, já que árvores frutíferas
não são, em geral, plantadas em vias públicas. Em MAB tal subfamília apresenta a
segunda maior riqueza entre os Nymphalidae, a mais rica foi Satyrinae, freqüentemente
abundante em áreas de campos e associada à gramíneas e ciperáceas.
A paisagem de Porto Alegre era naturalmente constituída por extensas áreas de
campos, matas e banhados como relatado por M
ENEGAT et al. (1998) e RAMBO (1956).
Com o crescimento da cidade, ao longo do tempo, tais habitats naturais foram
desaparecendo e sugere-se que, conseqüentemente, Biblidinae, Brassolinae e Satyrinae
associados a estes também.
Os Ithominae são conhecidos como espécies indicadoras de ambientes preservados
dado que suas características biológicas lhes conferem restrição quanto ao habitat
(BROWN-
JR 2000). A espécie A. o. olena pode ilustrar o caso, estando presente apenas no Morro
Santana e no Saint’ Hilaire. O tamanho das áreas, relativamente preservadas, e presença de
recursos alimentares podem ser algumas das razões para tal e indicam grande potencial
57
destas áreas para conservação da fauna. Entretanto, em alguns casos os itomíneos podem
não ser bons indicadores. Para RUSZCZYK (1986c) e BROWN-JR (2000), as espécies M. l.
lysimnia e M. themisto são consideradas abundantes nas matas e nos campos e raras nas
cidades, o que difere dos resultados encontrados aqui. As plantas hospedeiras de lagartas
de M. l. lysimnia e M. themisto, tais como Solanum, Brunfelsia (CANALS 2003) são comuns
em Porto Alegre, por serem consideradas ornamentais, possibilitando o elevado número de
tais espécies no interior da cidade comparado ao baixo número nas regiões mais periféricas
deste. RUSZCZYK & NASCIMENTO (1999) citam resultados semelhantes.
A proteção e diversificação de muitos fragmentos de florestas urbanas nos trópicos
poderiam possibilitar a sobrevivência de invertebrados frente a grande perturbação dos
habitats urbanos (RODRIGUES et al. 1993). Uma das áreas estudadas em particular, o Morro
Santana, reúne condições para ser efetivado como área de preservação. Estudos estão
sendo realizados para torná-lo de fato uma Unidade de Conservação na categoria “Refúgio
da Vida Silvestre”.
Os objetivos para a conservação devem visar uma maximização da diversidade
biológica (MURPHY 1997). Bons planos de proteção e manejo para áreas verdes urbanas
poderiam não só conservar, como recuperar populações. Espécies de borboletas
indicadoras e/ou raras podem fornecer subsídios para planejamento e conservação em áreas
de preservação permanente e em seu entorno
(ISERHARD & ROMANOWSKI 2004).
A propagação de borboletas em áreas urbanas depende de medidas
conservacionistas. Acredita-se que a urbanização e a preservação de áreas verdes não são
incompatíveis. Há no ecossistema urbano grande quantidade e variedade de flora e fauna
que consegue viver em tal ambiente, sendo preciso manter o potencial que ainda se tem.
Tais áreas cumprem funções muito além do lazer da população, atuando na conservação do
ambiente, funcionando como ilhas em um “mar ou matriz inóspita dominada pelo homem
58
(PRIMACK & RODRIGUES 2001), contribuindo e garantindo a sobrevivência das espécies
nativas e aumentando o valor do ambiente perante o sistema como um todo.
Agradecimentos
Agradecemos aos colegas do Laboratório de Bioecologia de Insetos, em especial, a
Cristiano Agra Iserhard, Maria Ostília Marchiori, Adriano Cavalleri, Ana Luiza Gomes
Paz e Melissa de Oliveira Teixeira pelo auxílio na realização deste trabalho. Aos doutores
Olaf H. H. Mielke (Universidade Federal do Paraná - Brasil), Robert K. Robbins (National
Museum of Natural History, Smithsonian Institution, Washington, D.C. - EUA), Carla
Penz (Department of Biological Sciences, University of New Orleans - EUA), Ronaldo B.
Francini (Universidade Católica de Santos, SP - Brasil) e André V. L. Freitas
(Universidade de Campinas, SP - Brasil) pelo auxílio na identificação de borboletas. À
CAPES e ao CNPq pelas bolsas concedidas aos autores.
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65
Legenda das Tabelas
Tabela I. Espécies de borboletas registradas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S
51°13’W) por MAB = MABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e
CRM = presente estudo (maio/2003 a março/2005). Espécies marcadas em negrito
representam novos registros de CRM para o Estado.
66
Legenda das Figuras
Figura 1. Imagem de satélite da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul
(30°10’S 51°13’W); em destaque as áreas de estudo amostradas de maio/2003 a
março/2005. PF = Parque Farroupiha; PM = Parque Marinha do Brasil; IP = Ilha do
Pavão; JB = Jardim Botânico; SH = Parque Saint’ Hilaire; MS = Morro Santana. Fonte:
Atlas Ambiental de Porto Alegre (MENEGAT et al.1998).
Figura 2. Diagrama de Venn para espécies de borboletas registradas em Porto Alegre, nos
trabalhos de MAB = MABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e CRM
= presente estudo (maio/2003 a março/2005).
Figura 3. Riqueza de espécies de borboletas registradas por família em Porto Alegre, nos
trabalhos de MAB = MABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e CRM
= presente estudo (maio/2003 a março/2005).
Figura 4. Curva de acúmulo de espécies de borboletas e estimadores analíticos de riqueza
de espécies EstimateS 7.5 (COLWELL 2005). Porto Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S
51°13’W), maio/2003 a março/2005. out = outono; inv = inverno; pri = primavera; ver =
verão.
Figura 5. Suficiência amostral de borboletas por família. Porto Alegre, Rio Grande do Sul
(30°10’S 51°13’W), maio/2003 a março/2005. out = outono; inv = inverno; pri =
primavera; ver = verão.
Figura 6. Riqueza de espécies de borboletas registradas por subfamília de Nymphalidae
nos trabalhos de MAB = MABILDE (1896), RUS = RUSZCZYK (1986 a, c, d, e, f; 1998) e
CRM = presente estudo (maio/2003 a março/2005), em Porto Alegre.
67
MAB RUS CRM
NYMPHALIDAE Total = 143 [S = MAB (109) CAM (83) RUS (47)]
Nymphalinae [S = MAB (15) CAM (17) RUS (13)]
Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821) x x x
Anartia jatrophae (Johanssson, 1763) x x
Chlosyne lacinia saundersii (Dobleday, [1847]) x
Eresia lansdorfi (Godart, 1819) x x x
Hypanartia bella (Fabricius, 1793) x x x
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793) x x
Junonia evarete (Cramer, 1779) x x x
Ortilia dicoma (Hewitson, 1864) x
Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900) x x x
Ortilia orthia (A. Hall, 1935) x x
Ortilia orticas zamora (A. Hall, 1917) x
Ortilia sejona (Schaus, 1902) x
Ortilia velica (Hewitson, 1864) x
Siproeta epaphus trayja Hübner, [1823] x x x
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909) x x x
Smyrna blomfildia (Fabricius, 1781) x x
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821) x x x
Vanessa braziliensis (Moore, 1883) x x
Vanessa carye (Hübner, [1812]) x x x
Vanessa virginiensis (Drury, 1773) x
Vanessa myrinna (Doubleday, 1849) x x
Heliconiinae [S = MAB (12) CAM (16) RUS (8)]
Actinote alalia (C. Felder & R. Felder, 1860) x
Actinote carycina Jordan, 1913 x
Actinote discrepans d'Almeida, 1958 x
Actinote mamita
(Burmeister, 1861) x x
Actinote melanisans Oberthür, 1917 x
Actinote pellenea Hübner, [1821] x x
Actinote rhodope d'Almeida, 1923 x
Actinote surima (Schaus, 1902) x
Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775) x x
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908]) x x x
Dione juno juno (Cramer, 1779) x x x
Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758) x x x
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) x x x
Eueides isabella dianasa (Hübner, [1806]) x
Euptoieta claudia (Cramer, 1775) x x
Euptoieta hortensia (Blanchard, 1852) x
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) x x x
Heliconius ethila narcaea Godart, 1819 x x
Philaethria dido (Linnaeus, 1763) x x
Philaethria wernickei (Röber, 1906) x
Biblidinae [S = MAB (20) CAM (13) RUS (10)]
Biblis hyperia (Cramer, 1779) x x x
Callicore eucale Fruhstorfer, 1781 x
Callicore pygas thamyras (Ménétriés, 1857) x x
Catonephele sabrina (Hewitson, 1852) x x
Cybdelis phaesyla (Hübner, [1831]) x
Continua
68
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Diaethria candrena (Godart, [1824]) x x x
Diaethria clymena meridionalis (H. W. Bates, 1864) x x
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849) x x x
Dynamine postverta postverta (Cramer, 1779) x
Dynamine tithia (Hübner, 1823) x
Eunica eburnea Früsthorfer, 1907 x
Eunica margarita (Godart, 1822) x x
Epiphile hubneri Hewitson, 1861 x x
Epiphile orea (Hübner, [1823]) x
Haematera pyrame (Hübner, [1819]) x
Hamadryas amphinome amphinome (Linnaeus, 1767) x x x
Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867) x x x
Hamadryas februa februa (Hübner, [1823]) x x
Hamadryas fornax (Hübner, [1823]) x
Marpesia chiron (Fabricius, 1775) x
Marpesia petreus (Cramer, 1776) x x x
Marpesia zerynthia Hübner, [1823] x
Myscelia orsis (Drury, 1782) x
Temenis laothoe meridionalis Ebert, 1965 x x
Apaturinae [S = MAB (4) CAM (5) RUS (2)]
Doxocopa agathina (Cramer, 1777) x x
Doxocopa kallina (Staundiger, 1886) x x x
Doxocopa laurentia (Godart, [1824]) x x x
Doxocopa linda (C. Felder & R. Felder, 1862)
x
Doxocopa zunilda (Godart, [1824]) x x
Danainae [S = MAB (3) CAM (2) RUS (3)]
Danaus eresimus plexaure (Godatr, 1819) x
Danaus gilippus gilippus (Cramer, 1775) x x x
Danaus plexippus plexippus (Linnaeus, 1758) x x x
Lycorea ilione (Cramer, 1775) x
Satyrinae [S = MAB (19) CAM (6) RUS (1)]
Amphidecta reynoldsi Sharpe, 1890 x
Eteona tisiphone (Boisduval, 1836) x
Forsterinaria quantius (Godart, [1824]) x
Godartiana muscosa (Butler, 1870) x
Haetera piera (Linnaeus, 1758) x
Hermeuptychia falax (C. Felder & R. Felder, 1862) x
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775) x
Manataria hercyna hercyna (Hübner, [1821]) x
Manataria hercyna maculata (Hopffer, 1874) x
Moneuptychia paeon (Godart, [1824]) x x
Moneuptychia soter (Butler, 1877) x
Pampasatyrus periphas (Godart, [1824]) x
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824]) x
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865) x x
Praepedaliodes phanias (Hewitson, 1862) x x x
Splendeuptychia hygina (Butler, 1877) x
Taygetis virgilia (Cramer, 1776) x
Continua
69
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Taygetis ypthima Hübner, [1821] x
Yphthimoides acmenis (Hübner, 1823) x
Yphthimoides celmis (Godart, [1824]) x x
Zischkaia pacarus (Godart, [1824]) x
Ithomiinae [S = MAB (7) CAM (9) RUS (4)]
Aeria o. olena Weyer, 1875 x
Dircenna dero (Hübner, 1823) x
Episcada carcinia Schaus, 1902 x
Episcada hymenaea hymenaea (Prittwitz, 1865) x x x
Epityches eupompe (Geyer, 1832) x x
Hypoleria adasa (Hewitson, [1855]) x
Mechanitis lysimnia lysimnia (Fabricius, 1793) x x x
Methona themisto (Hübner, 1818) x x x
Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860) x x
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855) x
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832) x x
Limenitidinae [S = MAB (3) CAM (7) RUS (1)
Adelpha falcipenis Früstorfer, 1915 x
Adelpha hyas (Doyère, [1840]) x
Adelpha lycorias (Godart, [1824]) x
Adelpha mythra (Godart, [1824]) x x
Adelpha serpa (Boisduval, 1836) x
Adelpha syma (Godart, [1824]) x x x
Adelpha thessalia indefecta Früstofer, 1913 x
Adelpha zea (Hewitson, 1850)
x
Morphinae [S = MAB (5) CAM (1) RUS (1)]
Morpho aega (Hübner, 1822) x x
Morpho anaxibia (Esper, [1801]) x
Morpho cypris (Westwood, 1851) x
Morpho epistrophus (Fabricius, 1796) x
Morpho epistrophus argentinus Fruhstorfer, 1907 x
Morpho portis portis (Hübner, 1821) x
Charaxinae [S = MAB (7) CAM (4) RUS (2)]
Archaeoprepona amphimachus (Fabricius, 1775) x
Archaeoprepona chalciope (Hübner, [1823]) x x
Archaeoprepona demophon (Linnaeus, 1758) x x
Menphis moruus morpheus Staudinger, [1886]) x
Menphis moruus stheno (Prittwitz, 1865) x x x
Prepona pylene pylene Hewitson, [1854] x
Zaretis isidora (Cramer, 1779) x
Zaretis itys itylus (Westwood, 1850) x x
Brassolinae [S = MAB (13) CAM (3) RUS (2)]
Blepolenis batea batea (Hübner, [1821]) x
Blepolenis catharinae (Stichel, 1902) x
Brassolis astyra astyra Godart, 1765 x x
Caligo beltrao (Illiger, 1801) x
Continua
70
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Caligo martia (Godart, [1824]) x x
Catoblepia amphirhoe (Hübner, [1825]) x
Dasyophthalma creusa (Hübner, [1821]) x
Dynastor darius (Fabricius, 1775) x
Eryphanis reevesii (Doubleday, [1849]) x
Narope cyllastros Doubleday, [1849] sylabus Staundinger, 1887
x
Opoptera aorsa (Godart, [1824]) x
Opoptera sulcius (Staudinger, 1887) x
Opsiphanes invirae (Hübner, [1808]) x x x
Penetes pamphanis Doubleday, [1849] x
Libytheinae [S = MAB (1) CAM (0) RUS (0)]
Libytheana carinenta (Cramer, 1777) x
PIERIDAE Total = 35 [S = MAB (26) CAM (20) RUS (18)]
Coliadinae [S = MAB (12) CAM (12) RUS (12)]
Colias lesbia (Hübner, 1823) x
Colias lesbia pyrrhothea (Hübner, 1819) x
Colias lesbia valthierii Guérin-Méneville, [1830] x
Aphrissa statira (Cramer, 1777) x x
Eurema agave pallida (Chavannes, 1849) x
Eurema albula (Cramer, 1775) x x x
Eurema deva (Doubleday, 1847) x x x
Eurema elathea (Cramer, 1777) x x x
Eurema phiale (Cramer, 1775) x
Phoebis argante argante (Fabricius, 1775) x x x
Phoebis neocypris (Hübner, [1823]) x x x
Phoebis philea philea (Linneaus, 1763) x x x
Phoebis sennae marcellina (Cramer, 1777) x x x
Pyrisitia leuce (Boisduval, 1836) x x x
Pyrisitia nise tenella (Boisduval,1836) x x
Rhabdodryas trite banksi
Breyer, 1939 x x x
Dismorphiinae [S = MAB (5) CAM (4) RUS (4)]
Dismorphia amphione astynome (Cramer, 1779) x
Dismorphia astyocha Hübner, [1831] x x
Dismorphia crisia crisia (Drury, 1782) x
Dismorphia thermesia (Godart, 1819) x x x
Enantia clarissa (Weyer, 1895) x
Enantia melite melite (Linnaeus, 1763) x
Enantia lina psamathe (Fabricius, 1793) x x x
Pseudopieris nehemia (Boisduval, 1836) x
Pierinae [S = MAB (9) CAM (4) RUS (2)]
Archonias brassolis (Fabricius, 1776) x
Ascia monuste automate (Burmeister, 1878) x
Ascia monuste orseis (Godart, 1819) x x
Catasticta bithys (Hübner, [1831]) x
Ganyra menciae (Ramsden, [1914]) x
Glutophrissa drusilla (Cramer, 1777) x x
Hesperocalis anguitea (Godart, 1819) x x
continua
71
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Hesperocharis marchalli (Guérin-Méneville, [1844]) x
Melete leucanthe (C. Felder & R. Felder, 1861) x
Pereute swainsoni (Gray, 1832) x
Tatochila autodice (Hübner, 1818) x x
PAPILIONIDAE
Papilioninae Total = 19 [S = MAB (16) CAM (12) RUS (12)]
Battus polydamas polydamas (Linnaeus, 1758) x x x
Battus polystictus polystictus (Butler, 1874) x x
Euryades corethrus (Boisduval, 1836) x x x
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809]) x x
Heraclides astyalus astyalus (Godart, 1819) x x x
Heraclides hectorides (Esper, 1794) x x x
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906) x x x
Mimoides lysithous eupatorion (Lucas, [1859]) x x x
Mimoides lysithous rurik (Eschscholtz, 1821) x
Mimoides protodamas (Godart, 1819) x
Parides agavus (Drury, 1782) x x x
Parides anchises nephalion (Godart, 1819) x x x
Parides bunichus (Hübner, [1821]) x
Parides bunichus perrhebus (Boisduval, 1836) x
Parides lysander brissonius (Hübner, [1819]) x
Protographium asius (Fabricius, 1781) x
Protesilaus protesilaus nigricornis (Staudinger, 1884) x x
Pterourus menatius cleotas (Gray, 1832) x
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836) x x x
LYCAENIDAE
Total = 82 [S = MAB (48) CAM (115) RUS (3)]
Theclinae [S = MAB (19) CAM (30) RUS (1)]
Arcas ducalis (Westwood, 1852) x
Arawacus meliboeus (Fabricius, 1793) x x
Arawacus separata (Lathy, 1926) x
Atlides polybe (Linnaeus, 1763) x
Calycopis bellera (Hewitson, 1877)
x
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877) x
Calydna candace Hewitson, 1859 x
Chlorostrymon simaethis (Drury, 1773) x
Contrafacea muattina (Schaus, 1902)
x
Cyanophrys acaste (Prittwitz,1865) x
Cyanophrys amyntor (Cramer,1775) x
Cyanophrys herodotus (Fabricius, 1793) x
Dicya carnica (Hewitson, 1873) x
Evenus latreilii (Hewitson, 1865) x
Kolana chlamys (H. H. Druce, 1907)
x
Kolana lyde (Godman & Salvin, 1887) x
Lamprospilus badaca (Hewitson, 1868)
x
Lamprospilus nubilum (H. H. Druce, 1907) x
Laothus phydela (Hewitson, 1867) x x
Michaelus thordesa (Hewitson, 1867)
x
Ministrymon cruenta (Gosse, 1880)
x
Nicolaea torris (H. H. Druce, 1907)
x
Continua
72
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Ocaria ocrisia (Hewitson, 1868) x
Ocaria thales (Fabricius, 1793) x
Ostrinotes empusa (Hewitson, 1867) x
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793) x
Panthiades hebraeus (Hewitson, 1867) x
Parrhasius orgia (Hewitson, 1867) x
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758) x
Rekoa meton (Cramer, 1779)
x
Rekoa palegon (Cramer, 1780) x x
Rhama mishma (Hewitson, 1878) x
Strephonota azurinus (Butler & H. Druce, 1872)
x
Strephonota cyllarissus (Herbst, 1800) x
Strymon bazochii (Godart, [1824]) x
Strymon cestri (Reakirt, [1867])
x
Strymon eurytulus (Hübner, [1819]) x
Strymon lucena (Hewitson, 1868)
x
Symbiopsis nivepunctata (H. H. Druce, 1907) x
Symbiopsis lenitas (H. H. Druce, 1907)
x
Thepytus thyrea (Hewitson, 1867) x
Thereus ortalus (Godman & Salvin, 1887)
x
Theritas hemon (Cramer, 1775) x
Theritas mavors Hübner, 1818 x
Theritas triquetra (Hewitson, 1865) x
Polyommatinae [S = MAB (1) CAM (2) RUS (0)]
Hemiargus hanno (Stoll, 1790) x
Leptotes cassius (Cramer, 1775) x x
Riodininae [S = MAB (28) CAM (13) RUS (2)]
Adelotypa bolena (Butler, 1867) x
Adelotypa violacea (Butler, 1867) x
Aricores aurinia (Hewitson, 1863) x
Aricores gauchoana (Stichel, 1910) x
Aricoris montana (Schneide, 1937) x
Aricoris epulus (Cramer, 1775) x
Caria castalia (Ménétriés, 1855) x
Caria plutargus (Fabricius, 1793) x x
Chalodeta chaonites (Hewitson, 1866) x
Chalodeta theodora (C. Felder & R. Felder, 1862) x x
Charis cadytis Hewitson, 1866 x
Chorinea licursis (Fabricius, 1775) x
Emesis cypra cilix Hewitson, 1870 x
Emesis fastidiosa Ménétriés, 1855 x
Emesis fatimella Westwood, 1851 x
Emesis lucinda (Cramer, 1775) x x
Emesis mandana (Cramer, 1780) x
Euselasia euboea (Hewitson, [1853]) x
Euselasia eucerus (Hewitson, 1872) x
Euselasia euploea (Hewitson, [1855]) x
Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919 x
Helicopis incerta Meier-Ramel, 1928
x
Continua
73
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Juditha azan (Westwood, 1851) x
Lasaia meris (Stoll, 1781) x
Melanis smithiae (Westwood, 1851) x
Melanis xenia (Hewitson, [1853]) x
Mesene pyrippe Hewitson, 1874 x
Mesosemia odice (Godart, [1824]) x x
Napaea agroeca Stichel, 1910 x
Napaea nepos (Fabricius, 1793) x
Napaea orpheus (Westwood, 1851) x
Rethus periander (Cramer, 1777) x
Riodina lycisca (Hewitson, [1853]) x
Riodina lysippoides Berg, 1882 x x x
Riodina lysisca lysitratus Burmeister, 1878 x x x
HESPERIIDAE Total = 121 [S = MAB (57) CAM (83) RUS (22)]
Pyrginae [S = MAB (35) CAM (42) RUS (12)]
Anastrus sempiternus simplicior (Möschler, 1877) x
Achlyodes busirus rioja Evans, 1953 x x
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807]) x x
Aethilla echina coracina Butler, 1870 x
Aguna m. megaelis (Mabille, 1888) x
Astraptes alardus alardus (Stoll, 1790) x x
Astraptes elorus (Hewitson, 1867) x x
Astraptes fulgerator (Walch, 1775) x x
Autochton intergrifascia (Mabille, 1891) x
Autochton longipennis (Plötz, 1882)
x
Autochton zarex (Hübner, 1818) x
Carrhenes leada (Butler, 1870) x
Carrhenes canescens pallida Rönber, 1925 x
Celaenorrhinus eligius (Stoll, 1781) x
Celaenorrhinus similis Hayward, 1933 x
Chioides catillus catillus (Cramer, 1779) x
Chiomara mithrax (Möschler, 1879) x
Cogia hassan Butler, 1870
x
Cycloglypha thrasibulus (Fabricius, 1793) x
Epargyreus exadeus (Cramer, 1779) x
Epargyreus tmolis (Burmeister, 1875) x
Gesta austerus (Schaus, 1902) x
Gesta gesta (Herrich-Schäffer, 1863) x
Gorgition beggina escalophoides Evans, 1953 x
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868) x
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824]) x x
Heliopetes alana (Reakirt,1868) x x
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758) x x x
Heliopetes laviana (Hewitson, 1868) x
Heliopetes omrina (Butler, 1870) x x x
Milanion leucaspis (Mabille, 1878) x x
Mylon maimon (Fabricius, 1775) x
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870) x
Nisoniades maura (Mabille & Boullet, 1917)
x
Oechydrus chersis (Herrich-Schäffer, 1869)
x x
Continua
74
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Pellicia costimaculata (Herrich-Schäffer, 1870) x
Phanus vitreus (Stoll, 1781) x
Phocides pialia maximus (Mabille, 1888)
x
Phocides perillus (Mabille, 1888) x
Phocides polybius phanias (Burmeister, 1880) x x
Polyctor polyctor (Prittwitz, 1868) x
Polithrix octomaculata (Sepp, [1844]) x
Proteides mercurius mercurius (Fabricius, 1787) x
Pyrgus orcynoides Giacomelli, 1928 x x
Pyrgus notatus (Blanchard, 1852) x
Pyrgus oileus (Linnaeus, 1767) x
Pyrgus orcus (Stoll, 1780) X x
Pythonides lancea (Hewitson, 1868) x
Quadrus cerialis (Stoll, 1782) x
Quadrus u-lucida mimus (Mabille & Boullet, 1917)
x
Sostrata bifasciata bifasciata (Ménétriés, 1829) x
Spathilepea clonius (Cramer, 1775) x x
Trina geometrina geometrina (Felders & Felders, 1867) x
Typhedanus crameri McHenry, 1960 x
Urbanus albimargo rica Evans, 1952 x x
Urbanus dorantes (Stoll, 1790) x x x
Urbanus esta Evans, 1952 x
Urbanus proteus proteus (Linnaeus, 1758) x x x
Urbanus procne (Plötz, 1880) x
Urbanus simplicius (Stoll, 1790) x x x
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
x x x
Xenophanes tryxus (Stoll, 1780) x x
Zera hyacinthinus servius (Pötz, 1884) x
Hesperiinae [S = MAB (17) CAM (40) RUS (8)]
Alera metallica (Riley, 1921) x
Ancyloxypha nitedula (Burmeister, 1878) x
Anthoptus epitectus (Fabricius, 1793) x
Callimormus interpuncata (Plötz, 1884) x
Callimormus rivera (Plötz, 1882) x
Callimormus saturnus (Herrich-Schäffer, 1869) x
Calpodes ethlius (Stoll, 1782) x
Cobalopsis miaba (Schaus, 1902) x
Conga chydaea (Butler, 1877) x x
Corticea corticea (Plötz, 1882) x
Corticea lysias potex Evans, 1955 x
Cumbre cumbre (Schaus, 1902) x
Cymaenes distigma (Plötz, 1882) x
Cymaenes lepta (Hayward, 1939) x
Damas clavus (Herrich-Schäffer, 1869) x
Eutocos vetulus matildae (Hayward, 1941)
x
Eutychide physcella (Hewitson, 1866) x
Eutychide rastaca (Schaus, 1902)
x
Hansa hiboma (Plötz, 1886)
x
Hylephila phyleus phyleus (Drury, 1773) x x x
Lucida ranesus (Schaus, 1902)
x
Continua
75
Tabela I. Continuação
MAB RUS CRM
Lycas argentea (Hewitson, 1866) x
Lychnuchoides ozias (Hewitson, 1878) x
Lychnuchus celsus (Fabricius, 1793) x
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869) x
Mnasilus allubitus (Butler, 1877) x
Metron oropa (Hewitson, 1877) x x
Moeris striga striga (Geyer, 1832) x x
Mucia zygia (Plötz, 1886) x
Nyctelius nyctelius (Latreille, [1824]) x x
Panoquina corrupta (Herrich-Schäffer, 1865) x
Panoquina fusina viola Evans, 1955
x
Panoquina ocola ocola (W. H. Edwards, 1863) x
Perichares philetes aurina Evans, 1955 x
Perichares philetes philetes (Gmelin, [1790]) x
Polites vibex catilina (Pötz, 1886) x x
Pompeius pompeius (Latreille, [1824]) x x
Psoralis stacara (Schaus, 1902) x x
Quasimellana nicomedes (Mebille, 1883) x
Quinta cannae (Herrich-Schäffer, 1869) x x
Sodalia coler (Schaus, 1902) x
Synapte silius (Latreille, [1824]) x
Telemiades meris brazus Bell, 1949
x
Thargella evansi Biezanko & Mielke, 1973 x
Thespieus dalman (Latreille, [1824]) x
Thespieus himella (Hewitson, 1868) x
Vehilius inca (Scudder, 1872)
x
Vettius phyllus (Cramer, 1777) x
Vehilius celeus (Mabille, 1891) x
Vehilius stictomenes (Butler,1877) x
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860) x x
Xeniades orchamus orchamus (Cramer, 1777) x
Zariaspes mys (Hübner, [1808]) x x
Pyrrhopyrginae [S = MAB (5) CAM (1) RUS (2)]
Myscelus amystis epigona Herrich-Schäffer, 1869 x
Mysoria barcastus (Scudder, 1872) x x x
Pseudocroniades machaon (Westwood, 1852) x
Pyrrhopyge charybdis charybdis Westwood, 1852 x x
Sarbia xanthippe xanthippe (Latreille, [1824]) x
Número de espécies nominadas por trabalho 256 101 243
Tabela I
76
Figura 1
N
Figura 1: Mapa representando a região metropolitana do município de Porto Alegre e suas áreas
amostradas, RS. Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre, 1998. Escala: 1:137.000
IP
MS
SH
JB
PF
PM
N
77
Figura 2
114
47
138
9
61
20
11
CRM
RUS MAB
78
0
20
40
60
80
100
120
Nymphalidae Hesperiidae Lycaenidae Pieridae Papilionidae
Famílias
de espécies
MAB
RUS
CRM
Figura 3
79
0
50
100
150
200
250
300
350
o
u
t
inv
pr
i
ve
r
o
ut
inv
p
ri
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r
o
ut
inv
pr
i
ve
r
o
u
t
inv
pr
i
ve
r
o
ut
Ocasiões amostrais
cumulativo de epécies
Sobs (Mao Tau)
Chao 1
Jack 1
Jack 2
Bootstrap
Michaelis-Menten
Figura 4
80
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
ou
t
inv
i
n
v
pr
i
ver
ve
r
o
u
t
out
inv
i
n
v
p
r
i
pr
i
ver
v
e
r
Nymphalinae
Hesperidae
Lycaenidae
Pieridae
Papilionidae
Figura 5
Ocasiões amostrais
N° cumulativo s
pp
.
81
0
4
8
12
16
20
24
N
y
mp
h
a
lina
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H
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li
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inae
B
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ae
Charaxinae
B
r
a
s
solinae
D
a
n
a
in
ae
Morphinae
L
y
b
i
th
e
inae
Subfamílias
de espécies
MAB
RUS
CRM
Figura 6
82
DIVERSIDADE DE BORBOLETAS EM SEIS AMBIENTES COM DIFERENTES NÍVEIS DE
URBANIZAÇÃO EM PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
1
Fabiana de Camargo
2
, Helena P. Romanowski
2
& Milton de S. Mendonça, Jr.
3
2
Laboratório de Bioecologia de Insetos, Programa de Pós-Graduação - Biologia Animal, Instituto de
Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500, Bloco IV, Prédio
43435, Sala 218, Cep 91501-970, Porto Alegre, RS, Brasil.
[email protected] e hpromano@ufrgs,br,
3
Laboratório de Ecologia, Departamento de Zoologia e Genética, Instituto de Biologia, Universidade Federal
de Pelotas. Campus Universitário, s/n°m Cep 96010-800, Pelotas, RS, Brasil. [email protected]
Abstract: Butterfly diversity in six environments with different levels of urbanisation in Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, Brazil. Butterfly fauna inventory was carried out twicely per season from may 2003 to
march 2005, in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil, at six green areas differing in terms of urbanization
level: Parque Farroupilha (PF), Parque Marinha do Brasil (PM), Ilha do Pavão (IP), Jardim Botânico (JB),
Parque Saint’ Hilaire (SH) and Morro Santana(MS). From a total of 672 net-hours, 5789 individuals of 243
species in 21 subfamilies were registered. As a pattern, the farther from city center the area was, the higher
species richness: MS (170), SH (119), JB (118), IP (71), PM (71) and PF (73). The 95% confidence intervals
for the species accumulation curves grouped the areas as follows: I (PF, PM and IP); II (JB and SH) and III
(MS). Significant correlation was evidenced between butterfly abundance and indicators of urbanization level
of the areas: positive for cover and diversity of vegetation and level of conservation; and negative for
facilities framework (P < 0.001). Species composition differed between areas (P < 0.05). Concerning
seasonality, only spring seemed to show a distinct fauna, but this difference was not significant. Twenty six
species were observed in all six areas and 106 in only one of them: 47 exclusively in MS, 24 in SH, 18 in JB,
9 in PF, 5 in PM and 3 in IP Diversity gradient was, as a whole, inversely related to the urbanization gradient.
Keywords: Diversity, Butterflies, Conservation, Urban Ecossystem.
Resumo. Levantamentos da fauna de borboletas foram realizados em seis distintas áreas verdes do município
de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil: Parque Farroupilha (PF), Parque Marinha do Brasil (PM), Ilha do
Pavão (IP), Jardim Botânico (JB), Parque Saint’ Hilaire (SH) e Morro Santana (MS). As amostragens
ocorreram duas vezes por estação de maio/2003 a março/2005. Com um total de 672 horas/redes, registrou-se
5.789 indivíduos em 243 espécies e 21 subfamílias. O MS apresentou maior riqueza (170), seguido das áreas
SH (119), JB (118), PF (73), IP (71) e PM (67). A curva de suficiência amostral apresentou elevação
acelerada durante o primeiro ano; no segundo tendeu à estabilização, com exceção do MS. Através das
curvas de acúmulo de espécies, as áreas foram separadas em três grupos de acordo com a riqueza de espécies
total: I (PF, PM e IP), II (JB e SH) e III (MS). Houve correlação positiva significativa entre abundância de
borboletas e cobertura vegetal, diversidade da vegetação e níveis de conservação e negativa com a infra-
estrutura de cada área (p<0,001). A composição da fauna diferiu entre as áreas (p<0,005). Entre as estações,
apenas a primavera aparece distinta das demais estações quanto a fauna de borboletas, mas esta diferença não
foi significativa. Um total de 26 espécies foram comuns a todas as áreas e 106 aparecem somente em uma: 47
no MS, 24 no SH, 18 no JB, 9 no PF, 5 no PM e 3 no IP. Constatou-se um gradiente de diversidade
inversamente proporcional ao gradiente de urbanização.
Palavras-chave: Diversidade, Borboletas, Conservação, Ecossistema urbano.
Revista Brasileira de Zoologia
1
Contribuição n° ____ do Departamento de Zoologia do Istituto de Biociências da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
83
Introdução
Ecossistemas urbanos são ambientes com alta densidade populacional, onde as
construções cobrem larga porção da superfície, levando a uma significativa diminuição,
fragmentação e isolamento de áreas naturais (PICKETT et al.2001, STEFANESCU et al. 2004).
Esta exploração inadequada da natureza muitas vezes transforma os ambientes naturais em
locais inóspitos. Porém, a estrutura de alguns fragmentos de vegetação restantes nas
cidades, como parques e áreas verdes, pode influenciar na persistência de algumas espécies
(JONSEN & LENORE 1997).
Os habitats, bem como a quantidade de recursos alimentares nestes, mudam
grandemente entre os locais com diferentes níveis de desenvolvimento urbano (RUSZCZYK
1986b, BLAIR & LAUNER 1997). Tal gradiente modifica não só a composição da vegetação
nos diferentes locais das cidades, mas também a fauna a ela associada. Assim, a
diversidade da fauna pode aumentar com o aumento da área de um fragmento, pois
aumenta a variedade de recursos utilizados por estes para sua sobrevivência (EHRLICH
1984, SHAHABUDDIN et al. 2000). Em contrapartida, a redução de tamanho e
heterogeneidade dos fragmentos resulta em ameaça e declínio da fauna (BROWN et al.
2001,
EHRLICH 1984), levando até mesmo a extinção de algumas espécies (GILBERT 1980,
FILHO & MARTINS 2000). Desta forma, pode-se supor que as espécies são influenciadas
pelo gradiente de urbanização encontrado nas grandes cidades (R
USZCZYK 1986a, b, c, d, e,
1998, B
LAIR & LAUNER 1997, JONSEN & LENORE 1997).
Os fragmentos de vegetação na área urbana podem (ou não) estar conectados por
corredores como árvores ao longo das avenidas, pequenos riachos e gramados, facilitando
a movimentação da fauna de um fragmento para outro (RUSZCZYK 1986 a, c, RODRIGUES et
al. 1993, F
ORTUNATO & RUSZCZYK 1994, MCINTYRE et al. 2001, PICKETT et al. 2001). Por
ser reconhecida como uma cidade que apresenta grande quantidade de árvores em suas
84
ruas e avenidas (MENEGAT et al. 1998), Porto Alegre ainda se apresenta como um
ecossistema em condições favoráveis à fauna. Além disso, alguns de seus parques e áreas
verdes são relativamente grandes e preservados e encontram-se afastados do centro da
cidade não sendo muito afetados pela urbanização.
Em grandes cidades, a fauna ainda pode ser rica e apresentar importante papel na
manutenção da saúde do ecossistema (DAVIS 1980). Porém, estudos da fauna ainda estão
aquém do desejável: os insetos urbanos são reconhecidos quase que somente como
“pragas” pela população humana (ROBINSON 1996) e algumas não são afetadas ou até tiram
proveito das perturbações antrópicas (EHRLICH 1984, BROWN et al. 2001). Portanto, é
importante averiguar as respostas da fauna às atividades humanas (JONSEN & LENORE
1997), pois cada espécie responde diferente ao conjunto de fatores ambientais (EHRLICH
1984, HARRISON et al. 1992).
Em vários trabalhos sobre a fauna de borboletas, e de outros grupos de
invertebrados, foram registradas suas interações com o ambiente urbano (RUSZCZYK &
ARAUJO 1992, BLAIR & LAUNER 1997, ZAPPAROLI 1997, HAMMOND & MILLER 1998,
HARDY & DENNIS 1999, BROWN-JR & FREITAS 2000, MCINTYRE et al. 2001, MAES & DICK
2001, S
HAPIRO 2002, GIBB & HOCHULI 2002, GRILL & CLEARY 2003, KITAHARA 2004).
S
UMMERVILLE et al. (2001) e STEFANESCU et al. (2004) citam inclusive uma baixa
diversidade de borboletas em cidades. Entretanto para as regiões subtropicais estudos ainda
são raros sobre a fauna urbana; também, análises quantitativas a partir de amostragens
padronizadas nem sempre são abrangentes. Desta forma, qualquer conhecimento gerado
neste sentido é de grande valor para a conservação tanto da fauna quanto de seus
ambientes.
As borboletas são consideradas excelentes representantes na avaliação da qualidade
dos ambientes que se encontram (BROWN-JR & FREITAS 1999), pois possuem estreita
85
relação com elementos da vegetação e topografia, e suas assembléias são afetadas em
diversidade e composição de espécies sob perturbações antrópicas, tais como
desenvolvimento urbano (BLAIR & LAUNER 1997), fragmentação de habitat e alterações na
vegetação original (NELSON & ANDERSEN 1994, HARDING et al. 1995, LEWIS et al. 1998).
Porém, além da urbanização, a manutenção das populações naturais depende ainda de
fatores ambientais, como temperatura, precipitação, vento, entre outros (REGNER &
V
ALENTE 1993, FORTUNATO & RUSZCZYK 1994, DENNIS et al. 2004). Portanto, a análise da
assembléia de borboletas deve se estender ao longo de todo ano para que variações
populacionais devidas às estações não mascarem efeitos da urbanização.
B
ROWN-JR & FREITAS (2002) enumeram questões vitais como base para
manutenção da riqueza de invertebrados no ambiente urbano, tomando as borboletas como
modelo: 1. quantas espécies são capazes de colonizar, interagir e persistir em jardins,
parques e reservas de diferentes tamanhos e vegetação com complexos locais urbanos nos
trópicos úmidos?; 2. tais espécies são usualmente “erráticas” movendo-se através da matriz
urbana ou são na maioria residentes e se reproduzem nos parques?; 3. que fatores do
ambiente ou dos locais mais influenciam (positiva ou negativamente) as diferentes
comunidades de invertebrados presente nestas áreas verdes urbanas? As respostas a tais
questões podem ajudar a conhecer que indicadores, limites para a conservação, e políticas
de manejo são mais úteis para a conservação nos fragmentos urbanos.
Com isso, o presente trabalho tem por objetivos (I) investigar a riqueza, abundância
e composição de assembléia de borboletas em seis áreas verdes com distintos níveis de
urbanização, (II) verificar se há relações entre estes parâmetros ecológicos e indicadores do
nível de urbanização e (III) analisar similaridade da composição de espécies entre as áreas,
ao longo das estações e dos dois anos de amostragem.
86
Material e Métodos
Área de estudo. Porto Alegre (30°10’S 51°13’W) está localizada à margem leste do
Lago Guaíba. A cidade é circundada por morros abrangendo 45% da área total, possuindo
uma área de 495,53 km
2
. O clima é classificado como Cfa de Köppen, com temperatura
média anual de 21°C e umidade relativa do ar anual de 73% (FEPAGRO 2005). A
população atual é 1.416,00 habitantes, com densidade demográfica de 2.744,58 hab/km
2
(IBGE 2005).
Visando representar a variedade de áreas verdes da cidade, seis locais distintos em
tamanho, localização e níveis de urbanização forma amostrados: Parque Marinha do Brasil
(PM), às margens do Lago Guaíba, próximo ao centro da cidade; Ilha do Pavão (IP), no
Lago Guaíba; Parque Farroupilha (PF), próximo ao centro da cidade; Jardim Botânico
(JB), afastado do centro da cidade, com grandes avenidas no seu entorno; Parque Saint’
Hilaire (SH), localizado entre os municípios de Porto Alegre e Viamão; Morro Santana
(MS), mais afastado do centro da cidade, próximo ao Campus do Vale da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (Figura 1).
Amostragem. Foram realizadas saídas a campo duas vezes por estação de maio/2003
a março/2005 em cada uma das seis áreas do estudo. Condições meteorológicas
inadequadas impossibilitaram a realização de uma saída no outono e outra na primavera de
2003, obtendo-se, assim, 14 ocasiões amostrais por área e um total de 84 amostras.
Em cada sítio estudado foram selecionados transectos que cobrissem tanto quanto
possível sua área ou, ao menos, porção representativa desta. Cada transecto foi percorrido
por duas horas (entre 10h e 12h ou entre 14h e 16h), por três ou quatro amostradores.
Todas as borboletas visualizadas foram registradas e, quando necessário, coletadas para
posterior identificação em laboratório com base na Coleção de Referência de Lepidoptera
do Laboratório de Bioecologia de Insetos, do Departamento de Zoologia da UFRGS, com
87
material bibliográfico (D’ABRERA 1981, 1984, 1987a, 1987b, 1988, 1994, 1995, BROWN-
JR 1992, CANALS 2000, 2003) e, quando necessário, com auxílio de especialistas.
Análise dos dados. Classificou-se como “exclusivas” as espécies que foram
encontradas apenas em uma das áreas do estudo.
A influência da urbanização na diversidade alfa foi analisada através de correlações
de Spearman, calculado com o software SPSS 11.5 (NORUSIS 2000), com correção de
Bonferroni (α = 0.001) para uma verificação das respostas da riqueza de espécies,
abundância e equitabilidade em relação a diversos fatores ambientais urbanos de cada área:
tamanho, distância do centro da cidade, cobertura vegetal, diversidade da vegetação,
conservação, urbanização do entorno, impacto do público visitante, infra-estrutura,
presença de água no interior, presença de água no entorno, e quantidade de vegetação com
flores de cada local (Tabela I).
A variação observada na riqueza, abundância e equitabilidade entre as áreas e
estações do ano foi avaliada através de análise de variância multivariada (MANOVA),
calculado com o software SPSS 11.5 (NORUSIS 2000). A similaridade na composição de
espécies entre as áreas, por estação e por ano de amostragem, foi obtida por análise de
agrupamento pelo método UPGMA usando os índices de Jaccard e Morisita e testada
através de uma análise de similaridade ANOSIM, calculado com software PAST (HAMMER
et al. 2001).
Resultados.
Riqueza, abundância, equitabilidade. Em um total de 672 horas-redes de amostragem,
foram registrados 5.789 indivíduos em 243 espécies pertencentes a cinco famílias e 21
subfamílias nas seis áreas do estudo (CAMARGO et al. em prep, Cap. 1). O MS apresentou
maior riqueza e abundância; já a maior equitabilidade aparece para PF. Obteve-se 65
espécies com apenas um indivíduo registrado ao longo dos dois anos de amostragens
(singletons), destes 29 são Hesperiidae, 19 Lycaenidae, 13 Nymphalidae, 3 Pieridae e 1
88
Papilionidae. Em MS obteve-se a maior proporção de singletons e de doubletons, 37% e
40% do total na amostra (Tabela II).
Vinte e seis espécies são comuns a todas as áreas, entre elas as seis mais abundantes
na amostra total: Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775), com 609 indivíduos, seguida
por Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) com 439, Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821),
com 359, Paryphthimoides phronius (Godart, [1824]) com 296, Eurema elathea (Cramer,
1777) com 211 e Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821) com 201. As seis espécies
somam mais de 36% do total de indivíduos registrados. Destas, H. e. phyllis aparece como
espécie dominante no PF, IP, JB e SH, P. phronius como dominante no PM e T. claudina
como dominante no MS.
Suficiência amostral e faunas totais. Durante o primeiro ano do estudo, as curvas de
acúmulo de espécies para cada área estiveram constantemente em elevação. No segundo
ano, manteve-se este padrão, porém com menor intensidade, apresentando curvas com
inclinações mais suaves, apenas MS seguindo marcadamente ascendente. Este apresentou
acúmulo de espécies significativamente maior comparado às outras áreas (Figura 2).
Tomando-se os intervalos de confiança pode-se agrupar as áreas em relação aos padrões de
acúmulo de espécies: grupo I (PF, PM e IP), grupo II (JB e SH) e grupo III (MS).
Diversidade alfa – influência de variáveis ambientais. A abundância de borboletas
mostrou-se correlacionada positivamente com cobertura vegetal, diversidade da vegetação
e níveis de conservação de cada área e negativamente com a infra-estrutura de cada local
(Tabela III). Não foi possível detectar associação significativa (p<0,001) entre riqueza e
equitabilidade e os indicadores de urbanização considerados.
Diversidade alfa - riqueza, abundância e equitabilidade médias nas áreas, anos e
estações. Tomando-se conjuntamente as médias de riqueza (S), abundância (N) e
equitabilidade (E) das assembléias estudadas, foram evidenciadas diferenças significativas
89
entre áreas (p<0,001), e estações do ano (p=0,01) (Tabela IV). Em análise a posteriori,
visando individualizar o efeito por variável, a significância se mantém apenas para S e N
em relação às diferentes áreas. Não obteve-se significância em relação as estações,
entretanto os níveis de probabilidade calculados, sobretudo para E, foram relativamente
baixos (Tabela V).
As áreas PF e PM mostram-se menos ricas que JB, SH e MS; a riqueza média de
IP foi significativamente diferente apenas de MS. Para a abundância, JB e MS
apresentaram maior quantidade de indivíduos que todas demais áreas, porém esta diferença
só foi significativa em relação a PM e PF, este último mostra ainda menor abundância que
SH (Figura 3). Novamente, chama a atenção IP para a qual nehuma das diferenças
observadas atingiu significância.
Houve diferença apenas próxima à significância em relação a equitabilidade das
espécies registradas entre as estações (Figura 4).
Diversidade beta – espécies exclusivas. MS foi o local mais rico em espécies exclusivas
com 44% do total destas, seguido por SH e JB (22% e 17%) (vide Tabela II). Estas
tendências acentuam-se ainda mais para as “exclusivas não-singletons” (n>1) com MS
apresentando 75% destas. O número de espécies exclusivas registradas em PF, PM e IP foi
mínimo quando consideramos apenas exclusivas com n>1 (3%, 3% e 0%). Merece
destaque, entre as exclusivas no MS, o ithomíneo Episcada carcinia Schaus, 1902.
Diversidade beta – agrupamento. O dendograma de agrupamento produzido a partir do
índice de Jaccard (Figura 5) apresentou níveis de similaridade em geral abaixo de 0,5 entre
ocasiões amostrais. As amostragens do primeiro e do segundo ano apareceram juntas, bem
como as estações. As áreas de estudo apareceram agrupadas, em geral, duas a duas: MS
com SH, PF com
PM e JB com IP; entretanto estes últimos estiveram relativamente
separados um do outro. As similaridades entre amostras para o índice de Morisita (Figura
90
6) apresentaram valores que ultrapassam 0,5. Verifica-se que as amostragens de mesma
estação possuem alta similaridade, independente do ano de amostragem. As amostragens
em IP se agrupam com todas áreas, excetuando PM. Também ocorrem agrupamentos de
áreas duas a duas: PF e PM; MS e SH, porém este último também próximo a JB.
Diversidade beta – teste. A composição de espécies de borboletas foi significativamente
diferente entre as seis áreas do estudo e entre as estações, tanto qualitativa (ANOSIM,
Jaccard, ranks médios entre grupos: 607,5 e 590,5; ranks médios dentro dos grupos: 318,7
e 479,3; R = 0,512 e 0,1973; p<0,01; respectivamente para áreas e estações) quanto
quantitativamente (ANOSIM, Morisita, ranks médios entre grupos: 604,8 e 601,8; ranks
médios dentro dos grupos: 334,5 e 442,4; R = 0.4792 e 0.2826; p<0,01; respectivamente
para áreas e estações).
Discussão.
Riqueza, abundância, equitabilidade. A fauna de borboletas de Porto Alegre aqui
registrada mostrou-se rica em comparação a outros trabalhos similares sobre urbanização:
RUSZCZYK (1986a, b, c, d, e, 1998) obteve um total de 101 espécies durante quatro anos de
levantamentos nas avenidas de intensa urbanização da mesma cidade do presente estudo;
BROWN-JR & FREITAS (2002) encontraram até 702 espécies nas áreas maiores (reservas) e
344 espécies em áreas menores e mais urbanizadas de Campinas, porém seus
levantamentos realizaram-se na região tropical e reúnem dados de três décadas;
STEFANESCU et al. (2004) registraram 131 espécies, na Catalunia, região Mediterrânea, ao
longo de treze anos; B
LAIR & LAUNER (1997) encontraram 27 espécies em Palo Alto, na
Califórnia em dois anos de estudo.
Tais comparações devem ser tomadas com cautela, pois,
quando se objetiva comparar levantamentos de fauna, deve-se levar em conta que a
metodologia de coleta pode interferir nos resultados obtidos: um esforço amostral extenso
invariavelmente acrescenta maior número de espécies (SUMMERVILLE et al. 2001,
TONASCA 1994). De toda maneira, este resultado sublinha a importância das áreas verdes
91
das cidades como refúgio para espécies (RODRIGUES et al. 1993) que de outra forma não
seriam encontradas nos microhabitats efetivamente urbanizados das cidades como Porto
Alegre.
Também a equitabilidade foi, em geral, alta. O significado ecológico de seu maior
valor ocorrido em PF, parece ter sido devido ao seu baixo número de indivíduos
registrados, de uma forma geral, para todas as espécies.
Algumas espécies foram encontradas apenas uma vez durante o período amostral.
Neste trabalho, a maioria dos singletons registrada pertence a Hesperiidae e Lycaenidae,
famílias que apresentam espécies muitas vezes de difícil visualização ou de baixo número
populacional (BROWN-JR 1992). O número de doubletons também foi relativamente alto. O
registro destes e dos singletons foi alto em MS, estando aparentemente associado à riqueza
e abundância de cada área.
As espécies com maior número de indivíduos e comuns a todas as áreas no presente
estudo também aparecem nos trabalhos de RUSZCZYK (1986a, b, c, d, e) com exceção de P.
phronius. Esta espécie, inclusive, foi dominante no PM e talvez, por ser associada a
ambientes de campo, não consiga deslocar-se entre as grandes avenidas da cidade, onde o
autor amostrou.
Suficiência amostral e faunas totais. A constante elevação da curva de acúmulo de
espécies durante o primeiro ano do estudo e a tendência mantida no segundo permitem
verificar que ainda há possibilidade de novos registros para cada área, principalmente para
o MS, que mantém sua curva ascendente. Tomando-se os intervalos de confiança, pode-se
agrupar as áreas em relação aos padrões de acúmulo de espécies: grupo I (PF, PM e IP),
grupo II (JB e SH) e grupo III (MS). No grupo I o número de espécies é relativamente
pequeno e parece estar estabilizando ao longo das amostragens evidenciando a baixa
riqueza destas áreas. São localidades com baixa diversidade vegetal e encontram-se
92
próximas ao centro da cidade. No grupo II nota-se maior acúmulo de espécies em relação
ao primeiro. A maior riqueza provavelmente é devida à alta diversidade vegetal e maior
distância do centro da cidade que as anteriores. Já o grupo III apresenta elevado número de
espécies registradas e sua curva de acúmulo parece estar ainda em elevação, apontando
para uma fauna não amostrada por completo. Esta alta riqueza parece dever-se a
considerável heterogeneidade do local em termos de diversidade e composição de espécies
vegetais e encontrar-se afastado do centro da cidade. Este tipo de análise, ainda incipiente
na literatura, pode ser de grande utilidade na resolução de questões ecológicas básicas bem
como na tomada de decisões visando a conservação da biodiversidade.
Diversidade alfa – influência de variáveis ambientais. A correlação positiva entre
abundância de borboletas e cobertura vegetal e diversidade da vegetação de cada área
encontrada no presente estudo sugere que há marcante influência da vegetação sobre a
fauna de borboletas. BROWN-JR & FREITAS (2000), relatam que um dos principais fatores
ambientais encontrado influenciando positivamente alguns grupos de borboletas foi a
vegetação. HARDY & DENNIS (1999), também obtiveram correlação positiva e significativa
entre o número de espécies e o número de hospedeiras.
Também, quanto à abundância de borboletas, encontrou-se uma relação positiva
com os níveis de conservação de cada área, repetindo padrão de diminuição de abundância
em direção a zonas de maior urbanização observado em estudos anteriores (R
USZCZYK,
1986e,
BLAIR & LAUNER 1997, HARDY & DENNIS 1999, STEFANESCU et al. 2004).
A correlação negativa entre a abundância de borboletas e a infra-estrutura de cada
local encontra espelho nos resultados apresentados por BROWN-JR & FREITAS (2000), para
Brassolinae e Satyrinae e perturbações antrópicas e poluição. Assim, efeitos antrópicos
variados parecem poder influenciar a fauna de borboletas em diferentes situações.
93
STEFANESCU et al. (2004), observaram efeitos negativos no aumento da temperatura
e acidez do solo, decorrentes da urbanização, sobre a riqueza de espécies de borboletas.
Estes fatores não foram incluídos aqui, mas exemplificam a variedade de influências
antrópicas alterando a diversidade de borboletas em geral.
A não significância estatística das correlações envolvendo riqueza e equitabilidade
e indicadores de urbanização no presente estudo pode estar relacionada às severas
restrições estatísticas da correção de Bonferroni. De fato, algumas correlações tiveram
níveis de probabilidade bastante reduzidos. Estes estudos focados nestes aspectos poderiam
elucidar tais pontos mais claramente.
Diversidade alfa - riqueza, abundância e equitabilidade, nas áreas, anos e estações. As
áreas PF, PM e IP apresentaram baixa diversidade de borboletas, em termos de riqueza e
abundância, em relação às áreas JB, SH e MS. Deve-se destacar apenas o IP quanto à
abundância, pois este mostra alto número de indivíduos, apresentando quantidade de
borboletas semelhante à encontrada nas últimas áreas. Talvez as práticas de manejo da área
(um clube privativo) possam ter influência neste resultado.
A diferença observada na distribuição de abundância na primavera, - próxima à
significância em relação a equitabilidade nas espécies registradas - em relação às outras
estações, pode ser resultante do reduzido número de indivíduos ocorrentes no período pós-
inverno, de tal forma que nenhuma espécie se destacou em abundância.
Diversidade beta – espécies exclusivas. A diferença na composição da fauna entre as áreas
é ressaltada pelo número de exclusivas, mostrando, mais uma vez, a peculiaridade de cada
área seguindo o gradiente de urbanização.
O MS se destaca pela presença de E. carcinia. Ainda outro itomíneo, Aeria olena
olena Weyer, 1875 foi encontrada no MS e no SH. Os itomíneos são conhecidos por suas
características biológicas, restritas a uma gama de habitats devido sua dependência de
94
umidade e sombra em ambientes ripários florestados (BROWN-JR 2000). Para BECCALONI
(1995) estes podem ser um grupo passível de uso para representar a assembléia de
borboletas como indicadores de riqueza total. ISERHARD & ROMANOWSKI 2004 salientam
ainda que espécies raras e indicadoras podem fornecer subsídios para planejamento e
conservação em áreas de preservação permanente e em seu entorno. Assim, sugere-se que
MS e SH merecem atenção especial entre as áreas estudadas em Porto Alegre.
Diversidade beta – agrupamento. A análise de similaridade em Jaccard indicou
sazonalidade na fauna de borboletas. A composição foi semelhante em estações iguais,
independente do ano. O agrupamento das áreas parece guardar relação com o nível de
urbanização e heterogenidade de cada uma. Segundo MORENO & HALFFTER (2001), em
ambientes heterogêneos o número de espécies tende a ser superior ao de ambientes
homogêneos com mudanças antrópicas. Porém, além disso, é possível que a conectividade
com ambientes preservados também tenha importante papel influenciando a composição,
permitindo o fluxo de espécies: o IP se encontra adjacente ao Parque Estadual do Delta do
Jacuí, uma Unidade de Conservação em implantação, e o JB se encontra próximo do
próprio MS.
O índice de Jaccard gerou valores baixos de similaridade, comparado ao de
Morisita, devido possivelmente ao peso dado neste último às espécies dominantes. Tal
aspecto acentuou a similaridade das amostras de uma mesma estação. Por outro lado, a
análise quantitativa gerou algumas diferenças quanto aos agrupamentos das áreas de estudo
em relação ao encontrado em Jaccard: IP aparece em agrupamentos com as outras áreas
excetuando PM. Sua alta abundância, em geral, pode ter influenciado tal disposição de
agrupamento. BROWN-JR & FREITAS (2002) também obtiveram altas similaridades entre os
parques urbanos pequenos, e baixas entre estes e as áreas maiores. Os autores salientam
ainda que muitas espécies são pobremente representadas ou não se encontram em parques
95
homogêneos. Os resultados encontrados por DEBINSKI et al. (2001) citam que diversidade e
abundância de espécies talvez sejam diferentes de acordo com o tamanho da área, mas não
consideram as afinidades ao habitat ou dinâmica populacional das espécies.
BROWN et al. (2000) comentam que o número de espécies de uma determinada área
pode permanecer constante porque o ecossistema responde às mudanças através de trocas
na composição das espécies: não somente trocas compensatórias na abundância, mas
também eventos de colonização e extinção. A implicação é que, quando a riqueza de
espécies modifica-se substancialmente incluindo mudanças na diversidade causadas por
atividades humanas, isto reflete-se na reorganização da estrutura e da dinâmica do
ecossistema (BROWN et al. 2000). Ainda, variações temporais inter-anuais talvez sejam
importantes quando mede-se a diversidade de um habitat a longo prazo, pois comparações
da diversidade média (riqueza e abundância) pode estar subestimando a riqueza de espécies
devido a “reviravoltas” temporais na sua composição (MORENO & HALFFTER 2001).
Flutuações anuais e estacionais causadas pelo tempo, predadores, parasitas e doenças
podem superimpor influência na direção das populações de borboletas a longo prazo
(SAARINEN et al. 2003). No presente trabalho, tanto a diversidade alfa (riqueza e
abundância) quanto a diversidade beta (similaridade ente áreas) variaram em função de
fatores relativos à urbanização da cidade de Porto Alegre. Também CAMARGO et al. (em
prep, Cap. 1) constataram mudanças temporais na composição de espécies através de
comparação desta assembléia com a fauna registrada por MABILDE (1896) há cento e dez
anos atrás.
No presente estudo, evidenciou-se influência de um gradiente de urbanização na
fauna de borboletas de Porto Alegre. STEFANESCU et al. (2004) também encontraram uma
significante diminuição no número de espécies de borboletas associadas com o aumento
das pressões humanas. Assim, tanto para avenidas, supostamente corredores de passagem
96
para as borboletas (RUSZCZYK 1986a, b, c, d, e, 1998), quanto para áreas verdes, onde estas
habitariam permanentemente, é importante o conhecimento dos fatores antrópicos no
ambiente urbano. BROWN-JR & FREITAS (2002) salientam que a conectividade é o mais
importante dos fatores ambientais favorecendo a diversidade de borboletas na matriz
urbana e sugerem que planejamento urbano, incluindo o aumento da quantidade de árvores
nas ruas e nos cursos d’água e controle da poluição, pode ser medida eficaz para o aumento
de tal conectividade. Como já mencionamos, Porto Alegre se destaca por apresentar tais
fatores.
Fatores como a vegetação e o impacto humano estão sob direto controle dos
administradores responsáveis pelo manejo de áreas verdes e podem aumentar os atrativos
para a fauna, inclusive de borboletas, em áreas pequenas, misturando vários tipos de
vegetação, recursos, protegendo cursos d’água, árvores antigas e áreas íngremes (BROWN-
JR & FREITAS 2002). Estende-se estas colocações à situação de Porto Alegre. É preciso
olhar para os habitats semi-naturais além das reservas, pois estes podem estar atuando
como “stepping-stones” para a dispersão e recolonização de borboletas (DEMPSTER 1991).
Tais atitudes podem amenizar processos negativos que o ambiente urbano imprime sobre
flora e fauna e elevar seu potencial para a conservação desta. Espera-se que o presente
estudo sirva como uma contribuição para tal e como base para planejamento de áreas
verdes voltadas à diversidade da fauna.
Agradecimentos
Agradecemos aos colegas do Laboratório de Bioecologia de Insetos, em especial, a
Cristiano Agra Iserhard, Maria Ostília Marchiori, Adriano Cavalleri, Ana Luiza Gomes
Paz e Melissa de Oliveira Teixeira pelo auxílio na realização deste trabalho. Aos doutores
Olaf H. H. Mielke (Universidade Federal do Paraná - Brasil), Robert K. Robbins (National
Museum of Natural History, Smithsonian Institution, Washington, D.C. - EUA), Carla
97
Penz (Department of Biological Sciences, University of New Orleans - EUA), Ronaldo B.
Francini (Universidade Católica de Santos, SP - Brasil) e André V. L. Freitas
(Universidade de Campinas, SP - Brasil) pelo auxílio na identificação de borboletas. À
CAPES e ao CNPq pelas bolsas concedidas aos autores.
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102
Legenda das Tabelas
Tabela I. Valores dos fatores ambientais das seis áreas verdes amostradas no município de
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W). A = área de cada local em km
2
;
Dist.Cent. = distância do centro da cidade de cada local em km; Cob.Veg. = cobertura
vegetal: 1 = < 50%, 2 = próximo a 50%, 3 = > 50%, 4 = > 80%; Div.Veg. = diversidade da
vegetação: 1 = baixa, 2 = média, 3 = média alta, 4 = alta; Cons. = conservação, referente
ao estado de preservação de cada área: 1 = baixa, 2 = média, 3 = média alta, 4 = alta;
Urb.Ent. = urbanização do entorno: 1 = sem construções e avenidas no entorno, 2 =
poucas construções e avenidas no entorno, 3 = construções e avenidas no entorno, 4 =
muitas construções e avenidas no entorno; Vist.Pub. = visitação do público: 1 = pouca ou
nenhuma, 2 = restrita, 3 = intensa; Inf.Est. = infra-estrutura em termos da porcentagem da
área total: 1 = < 10%, 2 = < 50%, 3 = até 50%, 4 = até 70%; Ag.Int. = água permanente no
interior da área: 1 = inexistente, 2 = lagos artificiais, 3 = córregos ou nascentes; Ag.Ent. =
corpos d’água do entorno: 1 = circundante, 2 = próximos, 3 = distantes; Flor = quantidade
de plantas com flores: 1 = baixa, 2 = média, 3 = alta.
Tabela II. Riqueza (S), abundância (N) e equitabilidade (E) de espécies, número de
singletons, doubletons, espécies exclusivas e exclusivas* (n>1) nas seis áreas do município
de Porto Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W), entre maio/2003 e março/2005.
Tabela III. Coeficientes de correlação de Spearman entre fatores ambientais e riqueza (S),
abundância (N) e equitabilidade (E) de espécies em seis áreas do município de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W) entre abril/2003 a março/2005. Valores
significativos (α = 0,001) em negrito. A = área de cada local em km
2
; Dist.Cent. =
distância do centro da cidade de cada local em km; Cob.Veg. = cobertura vegetal;
103
Div.Veg. = diversidade da vegetação; Cons. = conservação, referente ao estado de
preservação de cada área; Urb.Ent. = urbanização do entorno; Vist.Pub. = visitação do
público; Inf.Est. = infra-estrutura em termos da porcentagem da área total; Ag.Int. = água
permanente no interior da área; Ag.Ent. = corpos d’água do entorno; Flor = quantidade de
plantas com flores.
Tabela IV. Análise de variância multivariada entre as variáveis riqueza, abundância e
equitabilidade para estações do ano e para as seis áreas amostradas no município de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W) entre maio/2003 e março/2005.
Tabela V. Análise de variância multivariada entre riqueza, abundância e equitabilidade
separadamente para estações do ano e para as seis áreas amostradas no município de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W) entre maio/2003 e março/2005.
104
Legenda das Figuras
Figura 1. Imagem de satélite da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul
(30°10’S 51°13’W); em destaque as áreas de estudo amostradas de maio/2003 a
março/2005. PF = Parque Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP = Ilha do
Pavão, JB = Jardim Botânico, SH = Parque Saint' Hilaire e MS = Morro Santana. Fonte:
Atlas Ambiental de Porto Alegre (MENEGAT et al.1998).
Figura 2. Curvas de suficiência amostral padronizadas, com intervalos de confiança (linhas
pontilhadas), para levantamento realizado em seis áreas verdes de Porto Alegre (30°10’S
51°13’W), Rio Grande do Sul (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 (ocasiões de 1 a 6) a
março/2005 (ocasiões de 7 a 14). PF = Parque Farroupilha, PM = Parque Marinha do
Brasil, IP = Ilha do Pavão, JB = Jardim Botânico, SH = Parque Saint' Hilaire e MS =
Morro Santana.
Figura 3. Riqueza e abundância médias de espécies de borboletas registradas em seis áreas
verdes no município de Porto Alegre, de maio/2003 a março/2005. Barras assinaladas com
letras distintas diferem significativamente (MANOVA; p<0,05).
Figura 4. Distribuição de freqüências de espécies de borboletas por estação em seis áreas
verdes do município de Porto Alegre (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 a março/2005.
Figura 5. Dendograma pelo método UPGMA baseado nos coeficientes de similaridade de
Jaccard na composição de espécies de borboletas entre as áreas, estações e anos de
amostragem no município de Porto Alegre (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 a
março/2005. PF = Parque Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP = Ilha do
105
Pavão, JB = Jardim Botânico, SH = Parque Saint' Hilaire e MS = Morro Santana, out =
outono, inv = inverno, pri = primavera, ver = verão; I - 1° ano de amostragem, II - 2° ano
de amostragem.
Figura 6. Dendograma pelo método UPGMA baseado nos coeficientes de similaridade de
Morisita na composição de espécies de borboletas entre as áreas, estações e anos de
amostragem no município de Porto Alegre (30°10’S 51°13’W), de maio/2003 a
março/2005. PF = Parque Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP = Ilha do
Pavão, JB = Jardim Botânico, SH = Parque Saint' Hilaire e MS = Morro Santana, out =
outono, inv = inverno, pri = primavera, ver = verão; I - 1° ano de amostragem, II - 2° ano
de amostragem.
106
A Dist.Cent. Cob.Veg. Div.Veg. Cons. Urb.Ent. Vist.Pub. Inf.Est. Ag.Int. Ag.Ent. Flor
PF 37 1,4 1 1 1 4 3 4 2 3 1
PM 74 2,8 2 1 1 4 3 4 2 2 1
IP 75 1,8 2 2 2 3 2 3 1 1 2
JB 50 5,6 3 3 3 3 2 2 2 3 3
SH 1.180 15,1 3 2 3 2 3 3 3 3 2
MS 1.031 10,8 4 4 4 1 1 1 3 3 3
Tabela I
106
107
PF PM IP JB SH MS
Total
S 73 67 71 118 119 170
243
N 364 418 980 1330 1169 1528
5.789
E 0,8445 0,8216 0,7854 0,7716 0,7761 0,784
0,7468
singletons 8 4 3 14 12 24
65
doubletons 2 3 1 7 8 14
35
exclusivas 9 5 3 18 24 47
106
exclusivas* 1 1 0 4 2 24
32
Tabela II
107
108
A Dist.Cent. Cob.Veg. Div.Veg. Cons. Urb.Ent. Vist.Pub. Inf.Est. Ag.Int. Ag.Ent. Flor
r
s
0,486 0,714 0,794 0,765 0,883 -0.853 -0.463 -0.765 0,802 0,778 0,717
S
P 0,329 0,111 0,059 0,076 0,020 0,031 0,355 0,076 0,055 0,069 0,109
r
s
0,543 0,771
0.971 0.971 0.971
-0.883 -0.772
-0.971
0,525 0,372 0,956
N
P 0,266 0,072 0,001 0,001 0,001 0,02 0,072 0,001 0,285 0,468 0,003
r
s
-0.429 -0.771 -0.794 -0.765 -0.794 0,667 0,432 0,765 -0.370 -0.372 -0.837
E
P 0,397 0,072 0,059 0,076 0,059 0,273 0,392 0,076 0,47 0,468 0,038
Tabela III
PM
108
109
Fatores SQ F gl entre gl dentro P
áreas 1,197 3,185 15 72 <0,001
estações 0,749 2,661 9 72 0,01
áreas*estações 1,168 1,02 45 72 0,463
Tabela IV
PM
109
110
Fonte Variável SQ gl QM F P
áreas S 7.872,417 5 1.574,483 13,448 0,000
N 144.055,604 5 28.811,121 7,012 0,000
E 0,011 5 0,002 1,707 0,171
estações S 882.500 3 294.167 2,512 0,083
N 30.425,563 3 10.141,854 2,468 0,086
E 0,011 3 0,004 2,945 0,053
áreas*estações S 590,750 15 39.383 0,336 0,984
N 26.126,813 15 1.741,788 0,424 0,956
E 0,036 15 0,002 1,900 0,078
erro S 2.810,000 24 117.083
N 98.617,500 24 4.109,063
E 0,03 24 0,001
total S 65.756,000 48
N 997.403,000 48
E 35.804 48
Tabela V
110
111
Figura 1
PM
N
Figura 1: Mapa representando a região metropolitana do município de Porto Alegre e suas áreas
amostradas, RS. Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre, 1998. Escala: 1:137.000
IP
MS
SH
JB
PF
PM
112
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
1234567891011121314
Unidades amostrais
n° cumulativo de espécies
PF
PM
IP
JB
SH
MS
Figura 2
112
113
Riqueza
c
bc
bc
a
a
ab
0
10
20
30
40
50
60
PF PM IP JB SH MS
áreas
n° espécies
Abundância
a
c
bc
c
ab
abc
0
50
100
150
200
250
PF PM IP JB SH MS
áreas
n° indivíduos
Figura 3
114
Outono
0
50
100
150
200
250
0 50 100 150 200
espécies
n° indivíduo
s
Inverno
0
50
100
150
200
250
0 50 100 150 200
espécies
indiduo
s
Primavera
0
50
100
150
200
250
0 50 100 150 200
espécies
indivíduo
s
Verão
0
50
100
150
200
250
0 50 100 150 200
espécies
indivíduo
s
Figura 4
114
115
10 20 30 40
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Similarity
PF-invII
PM-invI
PM-invII
PF-priI
PM-priI
PF-VerI
PMverI
PMverII
PF-VerII
PM-priII
PF-outII
PM-outII
PM-outI
PF-outI
PF-priII
JBpriI
JBverI
JBoutII
JBinvII
JBpriII
JBverII
IPoutI
IPinvI
IPpriII
IPpriI
IPinvII
IPverI
IPoutII
IPverII
JBoutI
JBinvI
SHinvI
SHpriI
MSinvI
SHinvII
MSpriI
MSinvII
SHverI
SHoutII
SHpriII
SHverII
MSverI
MSpriII
MSoutII
MSverII
SHoutI
MSoutI
PF-invI
Figura 5
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
115
Diversidade
116
10 20 30 40
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Similarity
PM-invI
PM-invII
PF-invII
IPoutI
IPoutII
SHoutI
IPinvII
PF-invI
IPverII
PF-outI
IPverI
MSoutI
IPinvI
IPpriII
JBoutI
JBpriII
JBverII
JBinvI
JBpriI
SHinvII
JBverI
JBinvII
JBoutII
SHoutII
SHverII
IPpriI
MSpriI
MSinvI
MSinvII
SHverI
MSverI
MSverII
MSpriII
MSoutII
SHpriII
SHinvI
SHpriI
PM-priI
PF-priI
PF-priII
PF-outII
PM-outII
PM-outI
PMverII
PF-VerI
PMverI
PF-VerII
PM-priII
Figura 6
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
116
Diversidade
117
5. Considerações Finais
Dryas iulia alcionea
118
6. Considerações Finais
Porto Alegre representa um ecossistema urbano com condições ainda favoráveis à
fauna e à vegetação da região, devido à grande quantidade de parques e áreas verdes que
possui. Porém, a vegetação encontra-se cada vez mais fragmentada e com muitas espécies
exóticas introduzidas ao longo dos anos pela população. O ambiente em que se encontra a
cidade sofreu modificações radicais nos últimos cento e dez anos.
A fauna registrada por Mabilde em 1896 nos dá uma idéia de como a extensão e
qualidade dos ambientes, bem como a riqueza nestes devia ser maior. Nos últimos vinte
anos, a julgar pelos trabalhos de Ruszczyk em 1986, tal mudança não foi tão perceptível. O
fato de este autor ter realizado seus levantamentos entre grandes avenidas da cidade,
enquanto no presente estudo percorreu-se parques e áreas verdes da mesma, certamente
deve ter influenciado os dados obtidos. Entretanto, o aumento de construções (casas,
prédios, indústrias), devido ao aumento da população, continua causando modificações na
região. Porto Alegre permanece em expansão acelerada, ameaçando ainda o razoável nível
de conservação de suas áreas menos antropizadas: a urbanização vem pressionando
exatamente as regiões mais afastadas do centro da cidade, onde está a crista dos morros, as
quais apresentam ainda bons níveis de cobertura e diversidade vegetal.
O Morro Santana e o Parque Saint’ Hilaire, representam, dentre as seis áreas
estudadas, as maiores em extensão. Ambos encontram-se na periferia da cidade e estão
relativamente preservados contendo, em parte, formações originais da região. A presença
de espécies registradas somente nestas áreas é alta em relação às outras: Morpho aega
(Hübner, 1822), Mesosemia odice (Godart, [1824]), foram exclusivas do MS com vários
indivíduos registrados e Episcada carcinia Schaus, 1902, uma espécie “singleton”. O SH
também apresentou registros exclusivos: Blepolenis catharinae (Stichel, 1902) e Carminda
paeon (Godart, 1824).
119
O Jardim Botânico, por sua vez, apesar de se encontrar entre grandes avenidas da
cidade, possui manejo que estimula a alta heterogeneidade ambiental e muitas flores.
Mostrou-se um local com grande potencial para refúgio de borboletas, fato corroborado
pela alta riqueza. Moeris striga striga (Geyer, 1832), Astraptes alardus alardus (Stoll,
1790) e Parrhasius orgia (Hewitson, 1867) foram registradas apenas neste local.
A fauna mostrou-se abundante, porém com baixa riqueza na porção da Ilha do
Pavão onde foram realizados os levantamentos. A área é cercada pelo Lago Guaíba,
próxima ao Parque Estadual do Delta do Jacuí, mas ao mesmo tempo, próxima ao centro
da cidade e com elevada infra-estrutura no seu interior. Apresenta apenas registro de três
espécies exclusivas, todos singletons.
O Parque Marinha do Brasil e o Parque Farroupilha, apesar de altamente
antropizados e com riqueza e abundância reduzidas, parecem contribuir para a
permanência de espécies. É notável que Mnasilus allubitus (Butler, 1877) e Conga
chydaea (Butler, 1877) foram registradas respectivamente apenas no PM e apenas no PF.
Com um total de 24 espécies encontradas como novos registros para o Estado,
podemos assumir que as áreas abrigam uma rica fauna de borboletas, com variadas
composições. Porto Alegre parece apresentar refúgios promissores, tornando evidente a
importância da manutenção de algumas das áreas dentro da cidade, principalmente em
locais como o Morro Santana, Parque Saint’ Hilaire e o Jardim Botânico que apresentaram
alta diversidade de borboletas. Nestas, percebe-se que mais espécies ainda podem ser
encontradas ao observar-se as curvas de suficiência amostral, pois mesmo após dois anos
de levantamentos esta continua em elevação, principalmente em MS. A grande diversidade
da vegetação, nestas áreas, deve ter possibilitado a conservação de espécies especialistas
como os Ithomiinae E. carcinia (MS) e Aeria olena olena Weyer, 1875 (MS e SH).
120
Mais de 50% da riqueza registrada deveu-se a Lycaenidae e Herperiidae. Esta
última família, inclusive, ultrapassou Nymphalidae em número de espécies. Dentre os
trabalhos realizados pelo BRS, desde 1996, este é o primeiro a obter tal resultado. As
curvas de suficiência amostral por família mostram que o número de espécies de
Lycaenidae e Herperiidae segue em elevação enquanto o de Nymphalidae, Pieridae e
Papilionidae parecem estar estabilizando. Alguns aspectos são apontados: (1) após alguns
anos de levantamentos, a habilidade de visualização e amostragem dos pesquisadores se
aperfeiçoaram, tornando mais provável o registro de espécies menores, menos evidentes e
mais rápidas (caso das borboletas destas famílias); (2) o fato de o estudo estender-se por
dois anos, em contraste com outros trabalhos, permitiu ao longo do tempo o acúmulo de
espécies de Hesperiidae e Lycaenidae que, às vezes, vivem em populações pouco densas.
As espécies de Nymphalidae, Pieridae e Papilionidae por serem, em geral, relativamente
grandes, vistosas e apresentarem vôos altos, são facilmente percebidas. Além disso, ao
longo de dois anos de amostragem, pode-se verificar possíveis flutuações populacionais em
determinadas espécies, que apareceram apenas em um dos anos.
O acúmulo de espécies observado, para cada uma das áreas, parece refletir a
influência de um gradiente de urbanização em Porto Alegre sobre a fauna de borboletas.
As associações significativas obtidas entre as medidas de diversidade e os indicadores de
antropização suportam esta percepção.
As áreas verdes de Porto Alegre e os morros, em parte, são importantes refúgios
para a fauna e vegetação mais sensíveis ao ambiente urbano. Dada a fundamental
importância destas áreas para a região, salientamos o Morro Santana, que encontra-se em
processo para efetivação como área de preservação na categoria “Refúgio da Vida
Silvestre”, porém, é necessário colocá-la em prática, a fim de torná-la uma Unidade de
Conservação funcional. É urgente sua implementação de fato, pois a área vem sendo
121
gradativamente ocupada de forma irregular pela população, principalmente a de baixa
renda.
Inicialmente, este trabalho apresentava objetivo, a longo prazo, de implementar um
jardim atrativo para borboletas, que permitisse a propagação da fauna representativa da
cidade de Porto Alegre, bem como sua utilização para trabalhos com educação ambiental.
Porém, devido a restrições acadêmicas de tempo e com a grande quantidade de dados de
campo gerados, foi impossível chegar-se até implementação deste. O projeto do jardim
segue como nossa meta para o futuro: contatos já realizados com a administração do
Jardim Botânico de Porto Alegre fornecem respaldo à possibilidade de cessão de área da
FZB para tal empreendimento. O local mostra-se adequado por vários fatores: tamanho
relativamente grande, alta diversidade e composição vegetal, alta riqueza e abundância de
borboletas e por ser um local de visitação controlada, permitindo desta forma ações de
educação ambiental e a manutenção adequada do jardim.
Pretende-se ainda através da listagem gerada neste trabalho (1) elaborar um guia de
borboletas de Porto Alegre, com informações da distribuição desta fauna na cidade, bem
como informações biológicas de cada uma das espécies; e (2) realizar estudos da vegetação
a qual a fauna de borboletas está associada, através do reconhecimento de hospedeiras para
imaturos e plantas nectaríferas e frutíferas como recurso para adultos, que servirão de base
para a implementação do jardim.
Inovar métodos de trabalhar com educação ambiental é crucial. É preciso levar à
população, aos poucos, a consciência da necessidade de mudança no modo de vida para um
melhor funcionamento do sistema, o que depende de todos. Devido ao seu apelo visual
chamando a atenção do público, as borboletas podem contribuir neste sentido.
122
Este trabalho pretende complementar o conhecimento da composição, diversidade e
distribuição da fauna de borboletas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Tais
resultados podem ajudar ainda em futuros trabalhos de monitoramento e conservação de
ambientes do Estado, protegidos ou não.
123
6. Anexos
Tegosa claudina
124
Parque Farroupilha
125
Parque Marinha do Brasil
126
Ilha do Pavão
http://www.gnu.com.br/pportal/GNU/Component/Controller.aspx?CC=1553
127
Jardim Botânico
128
Parque Saint’Hilaire
129
Morro Santana
117
Anexo 2. Tabela I: Abundância de espécies de borboletas por ocasião amostral, obtidos de abril de 2003 a março de 2005, em seis áreas verdes do município de Porto Alegre (30°10’S
51°13’W), RS. PF = Parque Farroupilha, PM = Parque Marinha do Brasil, IP = Ilha do Pavão, JB = Jardim Botânico, SH = Saint' Hilaire e MS = Morro Santana.
mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
NYMPHALIDAE
Nymphalinae
Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821) 2 - - - - - 8 - - - - - - - 10
Chlosyne lacinia saundersii (Dobleday, [1847]) - - - - - - - - - - - - - - -
Eresia lansdorfi (Godart, 1819) - - - - - - - - - - 1 - - - 1
Hypanartia bella (Fabricius, 1793) - - - 1 - - - - 1 - - - - - 2
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793) - - - - - - - - - - - - - - -
Junonia evarete (Cramer, 1779) - - - - 2 1 - - - - - 2 1 2 8
Ortilia dicoma (Hewitson, 1864) - - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900) 1 - - - - 2 7 - - - - - - - 10
Ortilia orthia (Hewitson, 1864) - - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia sejona (Schaus, 1902) - - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia velica (Hewitson, 1864) - - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta epaphus trayja Hübner, [1823] - - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909) - - - - - - - - - - - - - - -
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821) - - - - - - - - - - 1 - - - 1
Vanessa braziliensis(Moore, 1883) - - - 2 - - - - - - - 3 - - 5
Vanessa carye (Hübner, [1812]) - - - - - - - - - - - - - - -
Vanessa myrinna (Doubleday, 1849) - - - - - - - - - - - - - - -
Heliconiinae
Actinote surima (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote discrepans d'Almeida, 1958 - - - - - - - - - - - - - - -
Actinote mamita (Burmeister, 1861) - - - - - - - - - - - - - - -
Actinote melanisans Oberthür, 1917 - - - - - - - - - - - - - - -
Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775) - - - 1 - - - - - - 5 - - - 6
Actinote carycina Jordan, 1913 - - - - - 1 - - - - - - - - 1
Actinote pellenea Hübner, [1821] - - - - - - - - - - - - - - -
Actinote rhodope d'Almeida, 1923 - - - - - - - - - - - - - - -
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908]) 1 - - - - - - - - - - 1 - - 2
Dione juno juno (Cramer, 1779) - - - - - - 2 - 4 - - - - - 6
Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758) - - - - - - - - - - - - - - -
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) 9 2 - - - 1 4 - 1 - 3 1 3 5 29
Euptoieta claudia (Cramer, 1775) - - - - - - - - - - - - - - -
Eueides isabella dianasa (Hübner, [1806]) - - - - - - 1 - - - - - - - 1
118
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 Mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) 7 11 2 8 - - 2 - 2 5 5 4 1 - 47
Heliconius ethila narcaea Godart, 1819 6 7 1 - 1 - - - - - - 1 - - 16
Biblidinae
Biblis hyperia(Cramer, 1779) 1 - - - - - - - - - - - - - 1
Callicore eucale Fruhstorfer, 1781 - - - - - - - - 1 - - - - - 1
Callicore pygas thamyras (Ménétriés, 1857) - - - - - - - - - - - - 1 - 1
Catonephele sabrina (Hewitson, 1852) - - - - - - - - - - - - - - -
Diaethria clymena meridionalis (H. W. Bates, 1864) - - - - - - - - - - - - - - -
Diaethria candrena (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849) - 1 - - - - - - - - - - - - 1
Eunica eburnea Früsthorfer, 1907 2 3 - - - - 1 - - - - - - - 6
Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767) - - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867) - - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas f. februa (Hübner, [1823]) - 4 - - - - - - - - - - - - 4
Marpesia petreus (Cramer, 1776) - 2 - 1 - - - - - - - 1 2 - 6
Temenis laothoe meridionalis Ebert, 1965 - - - - - - - - - - - - - - -
Apaturinae
Doxocopa agathina (Cramer, 1777) - - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa kallina (Staundiger, 1886) - - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa laurentia (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa linda (C. Felder & R. Felder, 1862) - - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa zunilda (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Danainae
Danaus gilippus gilippus (Cramer, 1775) - - - - - - - - - - - - - - -
Danaus plexippus plexippus (Linnaeus, 1758) 1 - - - - - 1 - - - - 1 - - 3
Satyrinae
Carminda paeon (Godart, 1824)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775) - - - - - - - - - - - - - 1 1
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824]) 1 - - - - - - - 1 - - - - - 2
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865) - - - - - - - - - - - - - - -
Pedaliodes phaeina Hewitson, 1862 - - - - - - - - - - - - - - -
Yphthimoides celmis (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Ithomiinae
Aeria o. olena Weyer, 1875 - - - - - - - - - - - - - - -
119
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
Episcada carcinia Schaus, 1902 - - - - - - - - - - - - - - -
Epityches eupompe (Geyer, 1832) - 2 - - - - - - - - - - - - 2
Mechanitis l. lysimnia (Fabricius, 1793) 5 6 - 1 - - - - - - - - - - 12
Methona themisto (Hübner, 1818) - 1 - - 1 2 1 - - - - 4 2 - 11
Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860) 1 - - - - - - - - - - - - - 1
Prittwitzia h. himenaea (Prittwitz, 1865) - - - - - - - - - - - - - - -
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855) - - - - - - - - - - - - - - -
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832) - - - - - - - - - - - - - - -
Limenitidinae
Adelpha falcipenis Früstorfer, 1915 - - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha lycorias (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha mythra (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha thessalia indefecta Früstofer, 1913 - - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha serpa (Boisduval, 1836) - - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha syma (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha zea (Hewitson, 1850) - - - - - - - - - - - - - - -
Morphinae
Morpho aega (Hübner, 1822) - - - - - - - - - - - - - - -
Caraxinae
Archaeoprepona chalciope (Hübner, [1823]) - - - - - - - - - - - - - - -
Archaeoprepona demophon (Linnaeus, 1758) - - - - - - - - - - - - - - -
Menphis moruus stheno (Prittwitz, 1865) - - - - - - - - - - - - - - -
Zaretis itys itylus (Westwood, 1850) - - - - - - - - - - - - - - -
Brassolinae
Blepolenis catharinae (Stichel, 1902) - - - - - - - - - - - - - - -
Caligo martia (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Opsiphanes invirae (Hübner, [1808]) - - - 1 - - - - - - - - - - 1
PIERIDAE
Coliadinae
Colias lesbia (Hübner, 1823) - - - - - - - - - - - - - - -
Eurema albula (Cramer, 1775) - - - - - - - - - - - - - - -
Eurema deva (Doubleday, 1847) - - - - - - - - - - - - - - -
Eurema dina leuce (Boisduval, 1836) - - - - - - - - 2 - - - - - 2
Eurema elathea (Cramer, 1777) - - - - - - - - - - - - - - -
120
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
Eurema nise tenella (Boisduval,1836) - - - - - - - - - - - - - - -
Aphrissa statira (Cramer, 1777) - - - - - - - - - - - - - - -
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775) 2 - - - 1 - 1 - 1 1 - 2 2 - 10
Phoebis neocypris (Hübner, [1823]) 1 2 - 8 7 - - - - - 12 - - - 30
Phoebis p. philea (Linneaus, 1763) 1 1 - - - 3 - - 1 - - - - 3 9
Phoebis sennae (Linnaeus, 1758) - - - - - - 1 - - - - - - - 1
Phoebis trite banksi Brown, 1929 - - - - - - - - - - - - - - -
Dismorphiinae
Dismorphia astyocha Hübner, [1831] 1 - - - - - - - - - - - - - 1
Dismorphia thermesia (Godart, 1819) - - - - - - - - - - - - - - -
Enantia lina psamathe (Fabricius, 1793) - 1 - - - - 1 - - - - - 1 - 3
Pierinae
Ascia monuste orseis (Godart, 1819) 1 - - - 4 - - - - - - - - - 5
Appias drusilla (Cramer, 1777) - - - - - - - - - - - - - - -
Hesperocalis anguitea (Godart, 1819) - - 1 - - - - - 3 - - - - - 4
Pseudopieris nehemia (Boisduval, 1836) - - - - - - - - - - - - - - -
Tatochila autodice (Hübner, 1818) - - - - 1 - - - - - - - 2 - 3
PAPILIONIDAE
Papilioninae
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758) - - - - - - - - - - - - 1 - 1
Battus p. polystictus (Butler, 1874) - - - - - - - - - - - - - - -
Euryades corethrus (Boisduval, 1836) - - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809]) - - - 2 - - - - - - - - - - 2
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819) - - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides hectorides (Esper, 1794) - - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906) - - - - - - - - - - - 1 - - 1
Mimoides lysithous eupatorion (Lucas, [1859]) - - - - - - - - - - - - - - -
Parides agavus
(Drury, 1782) - - - - - - - - - - - - - - -
Parides anchises nephalion (Godart, 1819) - - - - - - - - - - - - - - -
Protesilaus 15:28h
- - - - - - - - - - - - - - -
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836) - - - - - - - - - - - - - - -
LYCAENIDAE
Theclinae
Arawacus meliboeus (Fabricius, 1793) - - - - - - - - - - - - - - -
121
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
Arawacus separata (Lathy, 1926) - - - - - - - - - - - - - - -
Calycopis bellera (Hewitson, 1877) - - - - - - - - - - - - - - -
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877) - - - - - - - - - - - - - - -
Chlorostryimon simaethis sarita (Skinner, 1895) - - - - - - - - - - - - - - -
Contrafacea muattina (Schaus, 1902) - - - - - - - - - - - - - - -
Dicya carnica (Hewitson, 1873) - - - - - - - - 1 - - - - - 1
Kolana chlamys (H. H. Druce, 1907) - - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus badaca (Hewitson, 1868) - - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus nubilum (H. H. Druce, 1907) - - - - - - - - - - - - - - -
Michaelus thordesa (Hewitson, 1867) - - - - 1 - - - - - - - - - 1
Ministrymon cruenta (Gosse, 1880) - - - - - - - - - - - - - - -
Nicolaea torris (H. H. Druce, 1907) - - - - 1 - - - - - - - - - 1
Ocaria ocrisia (Hewitson, 1868) - - - - - - - - - - - - - - -
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793) - - - - - - - - - - - - - - -
Panthiades hebraeus (Hewitson, 1867) - - 1 - - - - - - - - - - - 1
Parrhasius orgia (Hewitson, 1867) - - - - - - - - - - - - - - -
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758) - - - - - - - - - - - - - - -
Rekoa meton (Cramer, 1779) - - - - - - - - - - - - - 1 1
Rekoa palegon (Cramer, 1780) 2 - - - - - - - - - - - 1 - 3
Strymon bazochii (Godart, [1824]) - - - - - - - - - - - - - - -
Strymon cestri (Reakirt, [1867]) - - - - - - - - - - - - - - -
Symbiopsis lenitas (H. H. Druce, 1907) - - - - - - - - - - - - - - -
Strymon lucena (Hewitson, 1868) - - - - - - - - - - - - - - -
Strymon eurytulus (Hübner, [1819]) - - - - - - - - - - - - 1 - 1
Thecla azurinus Butler & Druce, 1872 - - - - - - - - - - - - - - -
Thecla phidela
Hewitson, 1867 - - - - - - - - - - - - - - -
Thereus ortalus (Godman & Salvin, 1887) - - - - - - - - - - - - - - -
Theritas triquetra (Hewitson, 1865) - - - - - - - - - - - - - - -
Polyommatinae
Hemiargus hanno (Stoll, 1790) - - - - - - - - - - - - - - -
Leptotes cassius (Cramer, 1775) 1 - - - 3 1 1 - - - - - 5 4 15
Riodininae
Aricoris montana (Schneide, 1937) - - - - - - - - - - - - - - -
Aricores gauchoana (Stichel, 1910) - - - - - - - - - - - - - - -
122
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
Chalodeta theodora (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caria plutargus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Emesis lucinda (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Euselasia euploea (Hewitson, [1855])
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919
- - - - - - - - - - - - - - -
Mesosemia odice (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea agroeca Stichel, 1910
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea orpheus (Westwood, 1851)
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lysippoides Berg, 1882
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Riodina lysisca lisitratus Burmeister, 1878
- - - - - - - - - - - 1 2 - 3
Riodina lycisca (Hewitson, [1853])
- - - - - - - - - - - - 2 - 2
HESPERIIDAE
Pyrginae
Anastrus sempiternus simplicior (Möschler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes busirus rioja Evans, 1935
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807])
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes a. alardus (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes elorus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes fulgerator (Walch, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Aguna m. megaelis (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - 1 1 - 2
Autochton intergrifascia (Mabille, 1891)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton zarex (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - - -
Carrhenes canescens pallida Rönber, 1925
- - - - - - - - - - - - - - -
Celaenorrhinus s. similis (Butlayward, 1933)
- - - - - - - - - - - - - - -
Chioides c. catillus (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cogia hassan Butler, 1870
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgition beggina escalophoides Evans, 1953
- - - - - - - - - - - - - - -
Gesta austerus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes alana (Reakirt,1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes laviana (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes omrina (Butler, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
123
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
Milanion leucaspis (Mabille, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mylon menippus maimon (Fabricius, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades maura (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ochides chestes (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pellicia costimaculata (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phocides pialia maximus (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polithrix octomaculata (Sepp, [1844])
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Pyrgus communis (Grote, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus orcus (Stoll, 1780)
- - - - - 1 - - - - 1 1 - - 3
Quadrus u-lucida mimas (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Sostrata b. Bifasciata (Ménétriés, 1829)
- - - - - - - - - - - - - - -
Spathilepea clonius (Cramer, 1775)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Trina g. geometrina (Felders & Felders, 1867)
- - - - - - - - - - - - 2 - 2
Urbanus albimargo rica Evans, 1952
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus dorantes (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus procne (Plötz, 1880)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus simplicius (Stoll, 1780)
2 - - - - - - - - - - 1 1 - 4
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
3 - - - 2 1 2 - - - - 1 - 4 13
Xenophanes tryxus (Stoll, 1780)
2 - - - - - - - - - - - - - 2
Zera hyacinthinus servius (Pötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperiinae
Alera metallica (Riley, 1921)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ancyloxypha nitedula (Burmeister, 1878)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Callimormus rivera (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus interpuncata (Plötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus saturnus (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cobalopsis miaba (Schaus, 1902)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Conga chydaea (Butler, 1877)
- - - - 1 - - - - - 1 1 - - 3
Corticea corticea (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea lysias potex Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Cumbre cumbre (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cymaenes distigma (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
124
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF
Cymaenes lepta (Hayward, 1939)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutocos vetulus matildae (Hayward, 1941)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutychide rastaca (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hansa hiboma (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Telemiades merisbazas Bell, 1949
- - - - - - - - - - - - - - -
Hylephila p. phyleus (Drury, 1773)
1 - - - 1 2 - - - - - 2 1 1 8
Lucida ranesus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lycas argentea (Hewitson, 1866)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchoides ozias (Hewitson, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchus celsus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mnasilus allubitus (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Moeris s. striga (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mucia zygia (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nyctelius nyctelius (Latreille, [1824])
- 2 - - - 3 - - - - - - - - 5
Paniquina fusina viola Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Panoquina o. ocola (W. H. Edwards, 1863)
2 - - - - 1 - - - - - - - - 3
Pompeius pompeius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Perichares philetes aurina Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Polites vibex catilina (Pötz, 1886)
1 - - - - 1 - - - - - - - 9 11
Psoralis stacara (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Quinta cannae (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sodalia coler (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Synapte silius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Thargella evansi Biezanko & Mielke, 1973
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius inca (Scudder, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius stictomenes
(Butler,1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860)
- - - - - - - - - - - - - - -
Zariaspes mys (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrrhopyrginae
Mysoria barcastus barta Evans, 1951
- - - - - - - - - - - - - - -
59 45 5 25 29 21 33 - 18 6 30 29 34 30 364
125
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
NYMPHALIDAE
Nymphalinae
Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821)
7 - - 1 2 7 10 - - - - 1 4 2 34
Chlosyne lacinia saundersii (Dobleday, [1847])
- - - - - - - - - - - - - - -
Eresia lansdorfi (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hypanartia bella (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Junonia evarete (Cramer, 1779)
- - - - 6 2 3 - - 1 2 8 5 - 27
Ortilia dicoma (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900)
- - - - - - 1 1 - - - - - - 2
Ortilia orthia (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia sejona (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia velica (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta epaphus trayja Hübner, [1823]
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821)
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Vanessa braziliensis(Moore, 1883)
- - 1 1 - - - - - 1 3 2 - - 8
Vanessa carye (Hübner, [1812])
- - - - - - - - - - - - - - -
Vanessa myrinna (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliconiinae
Actinote surima (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote discrepans d'Almeida, 1958
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote mamita (Burmeister, 1861)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote melanisans Oberthür, 1917
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775)
- - - 1 - - - - - - - - - - 1
Actinote carycina Jordan, 1913
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Actinote pellenea Hübner, [1821]
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote rhodope d'Almeida, 1923
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908])
1 - - 2 - - - - - - - - - - 3
Dione juno juno (Cramer, 1779)
- - 1 - - - - 1 - - 1 - - - 3
Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
4 - - - 1 5 3 1 - - 1 1 2 1 19
Euptoieta claudia (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eueides isabella dianasa (Hübner, [1806])
- - - - - - - - - - - - - - -
126
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
2 - - - 1 - 2 - - - - 1 - - 6
Heliconius ethila narcaea Godart, 1819
- - - - - - - - - - - - - - -
Biblidinae
Biblis hyperia(Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callicore eucale Fruhstorfer, 1781
- - - - - - - - - - - - - - -
Callicore pygas thamyras (Ménétriés, 1857)
- - - - - - - - - - - - - - -
Catonephele sabrina (Hewitson, 1852)
- - - - - - - - - - - - - - -
Diaethria clymena meridionalis (H. W. Bates, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Diaethria candrena (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eunica eburnea Früsthorfer, 1907
1 - - - - 1 2 2 - - 1 2 1 - 10
Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas f. februa (Hübner, [1823])
- - - - - - - - - - - - - - -
Marpesia petreus (Cramer, 1776)
- - - - - 1 - - - - - - 2 - 3
Temenis laothoe meridionalis Ebert, 1965
- - - - - - - - - - - - - - -
Apaturinae
Doxocopa agathina (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa kallina (Staundiger, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa laurentia (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa linda (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa zunilda (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Danainae
Danaus gilippus gilippus (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Danaus plexippus plexippus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Satyrinae
Carminda paeon (Godart, 1824)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775)
- - - - - 4 - - - - - - - - 4
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824])
9 5 8 1 1 10 3 1 - 3 - - 4 4 49
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pedaliodes phaeina Hewitson, 1862
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Yphthimoides celmis (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Ithomiinae
Aeria o. olena Weyer, 1875
- - - - - - - - - - - - - - -
127
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
Episcada carcinia Schaus, 1902
- - - - - - - - - - - - - - -
Epityches eupompe (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mechanitis l. lysimnia (Fabricius, 1793)
1 1 - - - - - - - - - - - - 2
Methona themisto (Hübner, 1818)
- - - - 1 - - - - - - - 2 1 4
Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Prittwitzia h. himenaea (Prittwitz, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Limenitidinae
Adelpha falcipenis Früstorfer, 1915
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha lycorias (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha mythra (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha thessalia indefecta Früstofer, 1913
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha serpa (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha syma (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha zea (Hewitson, 1850)
- - - - - - - - - - - - - - -
Morphinae
Morpho aega (Hübner, 1822)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caraxinae
Archaeoprepona chalciope (Hübner, [1823])
- - - - - - - - - - - - - - -
Archaeoprepona demophon (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Menphis moruus stheno (Prittwitz, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Zaretis itys itylus (Westwood, 1850)
- - - - - - - - - - - - - - -
Brassolinae
Blepolenis catharinae (Stichel, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caligo martia (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Opsiphanes invirae (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
PIERIDAE
Coliadinae
Colias lesbia (Hübner, 1823)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eurema albula (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eurema deva (Doubleday, 1847)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eurema dina leuce (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eurema elathea (Cramer, 1777)
11 - - - - 4 1 - - - - - 3 1 20
128
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
Eurema nise tenella (Boisduval,1836)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Aphrissa statira (Cramer, 1777)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775)
- - - - - 1 - - - 2 - 1 2 - 6
Phoebis neocypris (Hübner, [1823])
- - - 3 3 3 - - - - 5 1 - - 15
Phoebis p. philea (Linneaus, 1763)
- 2 - - - 3 3 - - - - 1 - - 9
Phoebis sennae (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phoebis trite banksi Brown, 1929
- - - - - - - - - - - - - - -
Dismorphiinae
Dismorphia astyocha Hübner, [1831]
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Dismorphia thermesia (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Enantia lina psamathe (Fabricius, 1793)
3 1 - - - - - - - 1 1 - - - 6
Pierinae
Ascia monuste orseis (Godart, 1819)
- - - - - 2 1 - - - - - - - 3
Appias drusilla (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperocalis anguitea (Godart, 1819)
- - 2 2 - 1 - - 2 - 4 - - - 11
Pseudopieris nehemia (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tatochila autodice (Hübner, 1818)
2 - - - - - - - - - - 1 2 - 5
PAPILIONIDAE
Papilioninae
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Battus p. polystictus (Butler, 1874)
- - - - - - - - - - - - - - -
Euryades corethrus (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809])
- - - 2 - - - - - - - - - 1 3
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides hectorides (Esper, 1794)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mimoides lysithous eupatorion (Lucas, [1859])
- - - - - - - - - - - - - - -
Parides agavus (Drury, 1782)
- - - - - - - - - - - - - - -
Parides anchises nephalion (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Protesilaus 15:28h - - - - - - - - - - - - - - -
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
LYCAENIDAE
Theclinae
Arawacus meliboeus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
129
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
Arawacus separata (Lathy, 1926)
- - - - - - - - - - - - - - -
Calycopis bellera (Hewitson, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Chlorostryimon simaethis sarita (Skinner, 1895)
- - - - - - - - - - - - - - -
Contrafacea muattina (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Dicya carnica (Hewitson, 1873)
- - - - - - - - - - - - - - -
Kolana chlamys (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus badaca (Hewitson, 1868)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Lamprospilus nubilum (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Michaelus thordesa (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ministrymon cruenta (Gosse, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nicolaea torris (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ocaria ocrisia (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Panthiades hebraeus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Parrhasius orgia (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758)
2 - - - - - - - - - - - - - 2
Rekoa meton (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Rekoa palegon (Cramer, 1780)
1 - - - - - - - - - - - 1 - 2
Strymon bazochii (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon cestri (Reakirt, [1867])
- - - - - - - - - - - - - - -
Symbiopsis lenitas (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon lucena (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon eurytulus (Hübner, [1819])
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Thecla azurinus Butler & Druce, 1872
- - - - - - - - - - - - - - -
Thecla phidela Hewitson, 1867
- - - - - - - - - - - - - - -
Thereus ortalus (Godman & Salvin, 1887)
- - - - - - - - - - - - - - -
Theritas triquetra (Hewitson, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polyommatinae
Hemiargus hanno (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - 16 16
Leptotes cassius (Cramer, 1775)
3 - - - 2 8 7 - - - - 4 17 - 41
Riodininae
Aricoris montana (Schneide, 1937)
- - - - - - - - - - - - - - -
Aricores gauchoana (Stichel, 1910)
- - - - - - - - - - - - - - -
130
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
Chalodeta theodora (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caria plutargus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Emesis lucinda (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Euselasia euploea (Hewitson, [1855])
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919
- - - - - - - - - - - - - - -
Mesosemia odice (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea agroeca Stichel, 1910
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea orpheus (Westwood, 1851)
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lysippoides Berg, 1882
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lysisca lisitratus Burmeister, 1878
- 1 - - - - - - - 1 1 - - - 3
Riodina lycisca (Hewitson, [1853])
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
HESPERIIDAE
Pyrginae
Anastrus sempiternus simplicior (Möschler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes busirus rioja Evans, 1935
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807])
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Astraptes a. alardus (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes elorus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes fulgerator (Walch, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Aguna m. megaelis (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Autochton intergrifascia (Mabille, 1891)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton zarex (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - - -
Carrhenes canescens pallida Rönber, 1925
- - - - - - - - - - - - - - -
Celaenorrhinus s. similis (Butlayward, 1933)
- - - - - - - - - - - - - - -
Chioides c. catillus (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cogia hassan Butler, 1870
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgition beggina escalophoides Evans, 1953
- - - - - - - - - - - - - - -
Gesta austerus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes alana (Reakirt,1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes laviana (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Heliopetes omrina (Butler, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
131
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
Milanion leucaspis (Mabille, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mylon menippus maimon (Fabricius, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades maura (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ochides chestes (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pellicia costimaculata (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phocides pialia maximus (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polithrix octomaculata (Sepp, [1844])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus communis (Grote, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus orcus (Stoll, 1780)
- 2 - - 5 - - - - 2 - - 1 3 13
Quadrus u-lucida mimas (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sostrata b. Bifasciata (Ménétriés, 1829)
- - - - - - - - - - - - - - -
Spathilepea clonius (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Trina g. geometrina (Felders & Felders, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus albimargo rica Evans, 1952
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus dorantes (Stoll, 1790)
1 - - - - 2 - - - - - - - 1 4
Urbanus procne (Plötz, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Urbanus simplicius (Stoll, 1780)
- 2 - 1 - - - - - - - 2 - - 5
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
1 - - - 16 4 - - - - - 1 - 1 23
Xenophanes tryxus (Stoll, 1780)
- - - - - 1 - - - - - - - 1 2
Zera hyacinthinus servius (Pötz, 1884)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Hesperiinae
Alera metallica (Riley, 1921)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ancyloxypha nitedula (Burmeister, 1878)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Callimormus rivera (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus interpuncata (Plötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus saturnus (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cobalopsis miaba (Schaus, 1902)
3 - - - - - - - - - - - - - 3
Conga chydaea (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea corticea (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea lysias potex Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Cumbre cumbre (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cymaenes distigma (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
132
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM PM
Cymaenes lepta (Hayward, 1939)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutocos vetulus matildae (Hayward, 1941)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutychide rastaca (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hansa hiboma (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Telemiades merisbazas Bell, 1949
- - - - - - - - - - - - - - -
Hylephila p. phyleus (Drury, 1773)
1 - - - - 1 - - - - - - - 1 3
Lucida ranesus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lycas argentea (Hewitson, 1866)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchoides ozias (Hewitson, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchus celsus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mnasilus allubitus (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - 9 9
Moeris s. striga (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mucia zygia (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nyctelius nyctelius (Latreille, [1824])
- - - 1 - - - - - - - - - 1 2
Paniquina fusina viola Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Panoquina o. ocola (W. H. Edwards, 1863)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pompeius pompeius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Perichares philetes aurina Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Polites vibex catilina (Pötz, 1886)
- - - - 1 1 - - - - - - 1 - 3
Psoralis stacara (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Quinta cannae (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sodalia coler (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Synapte silius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Thargella evansi Biezanko & Mielke, 1973
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius inca (Scudder, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius stictomenes (Butler,1877)
2 - - - - - - - - - - - - - 2
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860)
- - - - 6 - - - - - - - - - 6
Zariaspes mys (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrrhopyrginae
Mysoria barcastus barta Evans, 1951
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
60 17 12 15 45 65 36 6 2 12 20 34 49 45 418
133
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
NYMPHALIDAE
Nymphalinae
Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821)
20 1 - 7 1 20 29 13 - 3 - 3 3 1 101
Chlosyne lacinia saundersii (Dobleday, [1847])
- - - - - - - - - - - - - - -
Eresia lansdorfi (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hypanartia bella (Fabricius, 1793)
- - - 1 - - 1 - - 1 - 1 - - 4
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Junonia evarete (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Ortilia dicoma (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900)
- - - 2 - 5 23 1 - 1 - - 1 3 36
Ortilia orthia (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia sejona (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia velica (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta epaphus trayja Hübner, [1823]
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821)
- 3 2 7 3 - 1 2 - 6 1 5 - 1 31
Vanessa braziliensis(Moore, 1883)
- - - - - - - - - 6 - - - - 6
Vanessa carye (Hübner, [1812])
- - - - - - - - - - - - - - -
Vanessa myrinna (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliconiinae
Actinote surima (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote discrepans d'Almeida, 1958
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote mamita (Burmeister, 1861)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote melanisans Oberthür, 1917
- - - - - 19 - - - - 4 - - - 23
Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775)
- - - - - - - - - - 3 - - - 3
Actinote carycina Jordan, 1913
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Actinote pellenea Hübner, [1821]
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote rhodope d'Almeida, 1923
- - - - - - - - - - - - - - -
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908])
- - - - - - - - - - - 2 - - 2
Dione juno juno (Cramer, 1779)
- - - - - - 6 6 - - - 2 - - 14
Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758)
- - - - - 1 - 1 - - - - - - 2
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
21 1 - 2 4 2 19 16 5 3 1 - 5 3 82
Euptoieta claudia (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eueides isabella dianasa (Hübner, [1806])
- - - - - - - - - - - - - - -
134
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
31 8 1 5 11 11 32 22 12 9 7 9 5 7 170
Heliconius ethila narcaea Godart, 1819
1 2 - - - 1 3 3 - - 2 4 3 - 19
Biblidinae
Biblis hyperia(Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callicore eucale Fruhstorfer, 1781
- - - - - - - - - - - - - - -
Callicore pygas thamyras (Ménétriés, 1857)
- - - - - - - - - - - - - - -
Catonephele sabrina (Hewitson, 1852)
- - - - - - - - - - - - - - -
Diaethria clymena meridionalis (H. W. Bates, 1864)
- 2 2 1 - - - - - - - - - - 5
Diaethria candrena (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eunica eburnea Früsthorfer, 1907
2 2 - - - 1 4 4 2 1 3 3 4 4 30
Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867)
- 1 - - - - 1 - - - - - - - 2
Hamadryas f. februa (Hübner, [1823])
- - - - - - - - - - - - - - -
Marpesia petreus (Cramer, 1776)
- - - - - - - - - - - - - - -
Temenis laothoe meridionalis Ebert, 1965
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Apaturinae
Doxocopa agathina (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa kallina (Staundiger, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa laurentia (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa linda (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa zunilda (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Danainae
Danaus gilippus gilippus (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Danaus plexippus plexippus (Linnaeus, 1758)
4 - - 1 1 - 2 1 - - - - - 1 10
Satyrinae
Carminda paeon (Godart, 1824)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775)
1 3 3 2 - 7 10 1 - 5 2 4 - 2 40
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824])
4 4 - - 2 2 1 1 - - 1 - - 1 16
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865)
2 - - 2 - 1 2 1 - 1 1 - 1 - 11
Pedaliodes phaeina Hewitson, 1862
- - - - - - - - - - - - - - -
Yphthimoides celmis (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Ithomiinae
Aeria o. olena Weyer, 1875
- - - - - - - - - - - - - - -
135
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
Episcada carcinia Schaus, 1902
- - - - - - - - - - - - - - -
Epityches eupompe (Geyer, 1832)
2 4 - - - - 1 2 - - - 4 - - 13
Mechanitis l. lysimnia (Fabricius, 1793)
6 8 - 1 4 2 3 3 1 3 2 6 3 2 44
Methona themisto (Hübner, 1818)
- 1 - 3 1 2 1 1 - 2 1 2 3 3 20
Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860)
1 - - - - - - - - - - 5 - - 6
Prittwitzia h. himenaea (Prittwitz, 1865)
- 9 - - - - - - 1 - - 3 - - 13
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Limenitidinae
Adelpha falcipenis Früstorfer, 1915
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha lycorias (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha mythra (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha thessalia indefecta Früstofer, 1913
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha serpa (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha syma (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha zea (Hewitson, 1850)
- - - - - - - - - - - - - - -
Morphinae
Morpho aega (Hübner, 1822)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caraxinae
Archaeoprepona chalciope (Hübner, [1823])
- - - - - - - - - - - - - - -
Archaeoprepona demophon (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Menphis moruus stheno (Prittwitz, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Zaretis itys itylus (Westwood, 1850)
- - - - - - - - - - - - - - -
Brassolinae
Blepolenis catharinae (Stichel, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caligo martia (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Opsiphanes invirae (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
PIERIDAE
Coliadinae
Colias lesbia (Hübner, 1823)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eurema albula (Cramer, 1775)
- - - 1 - - 2 - - - - - - - 3
Eurema deva (Doubleday, 1847)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eurema dina leuce (Boisduval, 1836)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Eurema elathea (Cramer, 1777)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
136
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
Eurema nise tenella (Boisduval,1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Aphrissa statira (Cramer, 1777)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775)
- 1 1 2 - - 4 7 - 2 2 2 - 6 27
Phoebis neocypris (Hübner, [1823])
- 3 1 4 2 3 - 1 2 3 1 4 1 2 27
Phoebis p. philea (Linneaus, 1763)
- - - 1 3 - 2 1 - - - - - - 7
Phoebis sennae (Linnaeus, 1758)
- - - - - 1 - - - 1 - 1 - - 3
Phoebis trite banksi Brown, 1929
- - - - - - - - - - - - - - -
Dismorphiinae
Dismorphia astyocha Hübner, [1831]
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Dismorphia thermesia (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Enantia lina psamathe (Fabricius, 1793)
- 9 - 1 - 1 4 5 9 2 1 3 - - 35
Pierinae
Ascia monuste orseis (Godart, 1819)
- - - - - 4 1 - - - 1 1 - - 7
Appias drusilla (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperocalis anguitea (Godart, 1819)
- - - - - - 1 1 - - - - - - 2
Pseudopieris nehemia (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tatochila autodice (Hübner, 1818)
- - - - - 1 - - - 2 - - 2 - 5
PAPILIONIDAE
Papilioninae
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Battus p. polystictus (Butler, 1874)
- - - - - - - - - - - - - - -
Euryades corethrus (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809])
- - - - - - - - - 1 - 1 1 - 3
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819)
- - - 2 - - - - - - - - - - 2
Heraclides hectorides (Esper, 1794)
- 1 - - - - - - - - - - - 1 2
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mimoides lysithous eupatorion (Lucas, [1859])
- - - - - - - - - - - - - - -
Parides agavus (Drury, 1782)
- - - 1 - 1 - - - - - - - - 2
Parides anchises nephalion (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Protesilaus 15:28h - - - - - - - - - - - - - - -
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836)
- - - 1 - - - - - 1 - - - - 2
LYCAENIDAE
Theclinae
Arawacus meliboeus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
137
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
Arawacus separata (Lathy, 1926)
- - - - - - - - - - - 4 - - 4
Calycopis bellera (Hewitson, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Chlorostryimon simaethis sarita (Skinner, 1895)
- - - - - - - - - - - - - - -
Contrafacea muattina (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Dicya carnica (Hewitson, 1873)
- - - - - - - - - - - - - - -
Kolana chlamys (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus badaca (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus nubilum (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Michaelus thordesa (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ministrymon cruenta (Gosse, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nicolaea torris (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ocaria ocrisia (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Panthiades hebraeus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Parrhasius orgia (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758)
- - - - - - 1 - - - - - - 1 2
Rekoa meton (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Rekoa palegon (Cramer, 1780)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon bazochii (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon cestri (Reakirt, [1867])
- - - - - - - - - - - - - - -
Symbiopsis lenitas (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon lucena (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon eurytulus (Hübner, [1819])
- - - - 1 - - - - 1 - 1 - - 3
Thecla azurinus Butler & Druce, 1872
- - - - - - - - - - - - - - -
Thecla phidela Hewitson, 1867
- - - - - - - - - - - - - - -
Thereus ortalus (Godman & Salvin, 1887)
- - - - - - - - - - - - - - -
Theritas triquetra (Hewitson, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polyommatinae
Hemiargus hanno (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Leptotes cassius (Cramer, 1775)
- - - - - 4 2 1 - - - - 2 5 14
Riodininae
Aricoris montana (Schneide, 1937)
- - - - - - - - - - - - - - -
Aricores gauchoana (Stichel, 1910)
- - - - - - - - - - - - - - -
138
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
Chalodeta theodora (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caria plutargus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Emesis lucinda (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Euselasia euploea (Hewitson, [1855])
- - - - - - - - - - - - - - -
Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919
2 - - - - - 1 1 - - - 1 - - 5
Mesosemia odice (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea agroeca Stichel, 1910
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea orpheus (Westwood, 1851)
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lysippoides Berg, 1882
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Riodina lysisca lisitratus Burmeister, 1878
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Riodina lycisca (Hewitson, [1853])
- - - - - - - - - - - - - - -
HESPERIIDAE
Pyrginae
Anastrus sempiternus simplicior (Möschler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes busirus rioja Evans, 1935
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807])
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes a. alardus (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes elorus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes fulgerator (Walch, 1775)
4 - - 1 - 1 - - - - - - - - 6
Aguna m. megaelis (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton intergrifascia (Mabille, 1891)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton zarex (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - - -
Carrhenes canescens pallida Rönber, 1925
- - - - - - - - - - - - - - -
Celaenorrhinus s. similis (Butlayward, 1933)
- - - - - - - - - - - - - - -
Chioides c. catillus (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cogia hassan Butler, 1870
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgition beggina escalophoides Evans, 1953
- - - - - - - - - - - - - - -
Gesta austerus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes alana (Reakirt,1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Heliopetes laviana (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliopetes omrina (Butler, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
139
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
Milanion leucaspis (Mabille, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mylon menippus maimon (Fabricius, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades maura (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ochides chestes (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pellicia costimaculata (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phocides pialia maximus (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polithrix octomaculata (Sepp, [1844])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus communis (Grote, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus orcus (Stoll, 1780)
- 1 - 1 - 4 2 - - - 1 - 1 1 11
Quadrus u-lucida mimas (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sostrata b. Bifasciata (Ménétriés, 1829)
- - - - - - - - - - - - - - -
Spathilepea clonius (Cramer, 1775)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Trina g. geometrina (Felders & Felders, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus albimargo rica Evans, 1952
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus dorantes (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus procne (Plötz, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus simplicius (Stoll, 1780)
- 1 - - - 3 - - - - - - - - 4
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
- - - - 2 7 5 1 - - - 1 6 3 25
Xenophanes tryxus (Stoll, 1780)
3 1 - - - 1 8 3 1 2 - 3 - 3 25
Zera hyacinthinus servius (Pötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperiinae
Alera metallica (Riley, 1921)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ancyloxypha nitedula (Burmeister, 1878)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Callimormus rivera (Plötz, 1882)
- 1 - - - 5 - 1 - 4 - - - - 11
Callimormus interpuncata (Plötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus saturnus (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cobalopsis miaba (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Conga chydaea (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea corticea (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Corticea lysias potex Evans, 1955
- - 1 - - - - - - - - 1 - - 2
Cumbre cumbre (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cymaenes distigma (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
140
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 mai/04 jun/04 ago/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 mar/05 Total
IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP IP
Cymaenes lepta (Hayward, 1939)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Eutocos vetulus matildae (Hayward, 1941)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Eutychide rastaca (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hansa hiboma (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Telemiades merisbazas Bell, 1949
- - - - - - - - - - - - - - -
Hylephila p. phyleus (Drury, 1773)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lucida ranesus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lycas argentea (Hewitson, 1866)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchoides ozias (Hewitson, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchus celsus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869)
- 2 1 1 1 5 1 1 1 - - - 2 - 15
Mnasilus allubitus (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Moeris s. striga (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mucia zygia (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Nyctelius nyctelius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Paniquina fusina viola Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Panoquina o. ocola (W. H. Edwards, 1863)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pompeius pompeius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Perichares philetes aurina Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Polites vibex catilina (Pötz, 1886)
- - - - - 1 - - - - - - 1 - 2
Psoralis stacara (Schaus, 1902)
- - 2 1 - - - - - - - 1 - - 4
Quinta cannae (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sodalia coler (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Synapte silius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Thargella evansi Biezanko & Mielke, 1973
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius inca (Scudder, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius stictomenes (Butler,1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860)
- - - - - - - - - - - - - - -
Zariaspes mys (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrrhopyrginae
Mysoria barcastus barta Evans, 1951
- - - - - - - - - - - - - - -
104 72 14 51 36 121 176 101 34 61 36 78 46 50 980
141
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
NYMPHALIDAE
Nymphalinae
Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821)
3 - - - - 2 3 - - - - - - - 8
Chlosyne lacinia saundersii (Dobleday, [1847])
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Eresia lansdorfi (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - 2 1 - 3
Hypanartia bella (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793)
- 1 - - - - - - - 1 - 1 1 - 4
Junonia evarete (Cramer, 1779)
1 - - 1 3 6 6 1 5 8 9 14 10 6 70
Ortilia dicoma (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900)
- - - 1 - 4 - - 1 2 - - - - 8
Ortilia orthia (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia sejona (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia velica (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta epaphus trayja Hübner, [1823]
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821)
1 5 3 5 - - 2 2 6 8 2 2 2 - 38
Vanessa braziliensis(Moore, 1883)
- - 1 5 - - - - 3 2 6 3 - - 20
Vanessa carye (Hübner, [1812])
- - - - - - - - - - - - - - -
Vanessa myrinna (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliconiinae
Actinote surima (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote discrepans d'Almeida, 1958
- - - 1 - - - - - - - - - - 1
Actinote mamita (Burmeister, 1861)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote melanisans Oberthür, 1917
- - - - - - 17 - - 1 4 - - - 22
Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775)
- - - - - - 2 - - 2 1 1 - - 6
Actinote carycina Jordan, 1913
- - - 2 - 1 - - - - - - - - 3
Actinote pellenea Hübner, [1821]
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote rhodope d'Almeida, 1923
- - - - - - - - - - - - - - -
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908])
20 1 6 6 15 8 6 4 7 8 26 9 1 3 120
Dione juno juno (Cramer, 1779)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758)
2 - - - - - 1 1 1 - - - - - 5
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
9 4 6 4 9 9 12 3 7 6 20 6 15 11 121
Euptoieta claudia (Cramer, 1775)
- - - - - - - 2 - 3 1 2 - - 8
Eueides isabella dianasa (Hübner, [1806])
- - - 4 - - 1 - 1 - - 1 - - 7
142
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
13 22 4 17 15 11 5 27 12 9 9 3 3 6 156
Heliconius ethila narcaea Godart, 1819
6 7 - 3 - 1 3 3 - 1 4 1 1 1 31
Biblidinae
Biblis hyperia(Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callicore eucale Fruhstorfer, 1781
2 1 - - - - - - - - - - - - 3
Callicore pygas thamyras (Ménétriés, 1857)
- - - - - - - - - - - - - - -
Catonephele sabrina (Hewitson, 1852)
- - - - - - - - - - - - - - -
Diaethria clymena meridionalis (H. W. Bates, 1864)
1 - - 3 1 - - - - - - 5 - - 10
Diaethria candrena (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Eunica eburnea Früsthorfer, 1907
1 4 - - - - - - 1 1 - 1 1 - 9
Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas f. februa (Hübner, [1823])
- - - - 1 - - - - 1 1 - - - 3
Marpesia petreus (Cramer, 1776)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Temenis laothoe meridionalis Ebert, 1965
- - - - - - - - - - - - - - -
Apaturinae
Doxocopa agathina (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa kallina (Staundiger, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa laurentia (Godart, [1824])
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Doxocopa linda (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa zunilda (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Danainae
Danaus gilippus gilippus (Cramer, 1775)
2 - - 1 - - - 1 - 2 1 - - - 7
Danaus plexippus plexippus (Linnaeus, 1758)
2 1 2 2 - 1 - - 4 1 1 - - 1 15
Satyrinae
Carminda paeon (Godart, 1824)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775)
4 - 3 - 11 5 2 1 1 4 6 4 - - 41
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824])
3 12 14 8 2 11 19 1 7 10 3 3 2 2 97
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865)
- - - 2 1 1 3 - - - - - - - 7
Pedaliodes phaeina Hewitson, 1862
- - - - - - - - - - - - - - -
Yphthimoides celmis (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Ithomiinae
Aeria o. olena Weyer, 1875
- - - - - - - - - - - - - - -
143
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
Episcada carcinia Schaus, 1902
- - - - - - - - - - - - - - -
Epityches eupompe (Geyer, 1832)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Mechanitis l. lysimnia (Fabricius, 1793)
1 3 8 - 1 - 1 - - - - - - - 14
Methona themisto (Hübner, 1818)
2 2 - 1 - - - - - 1 3 - 1 1 11
Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860)
- - 5 1 - - - 1 - 1 - - - - 8
Prittwitzia h. himenaea (Prittwitz, 1865)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Limenitidinae
Adelpha falcipenis Früstorfer, 1915
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha lycorias (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha mythra (Godart, [1824])
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Adelpha thessalia indefecta Früstofer, 1913
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha serpa (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha syma (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha zea (Hewitson, 1850)
- 3 - - - - - - - - - - - - 3
Morphinae
Morpho aega (Hübner, 1822)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caraxinae
Archaeoprepona chalciope (Hübner, [1823])
- - - - - - - - - - - - - - -
Archaeoprepona demophon (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Menphis moruus stheno (Prittwitz, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Zaretis itys itylus (Westwood, 1850)
- - - - - - - - - - - - - - -
Brassolinae
Blepolenis catharinae (Stichel, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caligo martia (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Opsiphanes invirae (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
PIERIDAE
Coliadinae
Colias lesbia (Hübner, 1823)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eurema albula (Cramer, 1775)
1 5 1 - 1 - 3 - - 3 - - 1 - 15
Eurema deva (Doubleday, 1847)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Eurema dina leuce (Boisduval, 1836)
- 1 - - - - - 2 - 1 7 8 1 1 21
Eurema elathea (Cramer, 1777)
19 - 1 - - 8 11 3 - - 4 4 9 4 63
144
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
Eurema nise tenella (Boisduval,1836)
- - - - 1 - - - 1 - - - 5 1 8
Aphrissa statira (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775)
3 - - - - - - - - - - - - - 3
Phoebis neocypris (Hübner, [1823])
1 2 1 3 4 - 1 - - 1 5 - - - 18
Phoebis p. philea (Linneaus, 1763)
- - - - 2 1 - 1 - - - - 1 - 5
Phoebis sennae (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phoebis trite banksi Brown, 1929
- - - - - - - - - - - - - - -
Dismorphiinae
Dismorphia astyocha Hübner, [1831]
- - - - - - - - - - - - - - -
Dismorphia thermesia (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Enantia lina psamathe (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pierinae
Ascia monuste orseis (Godart, 1819)
3 - 1 - 1 - - 1 - 1 2 1 - - 10
Appias drusilla (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperocalis anguitea (Godart, 1819)
- 1 - - - - - 1 4 2 1 - - - 9
Pseudopieris nehemia (Boisduval, 1836)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Tatochila autodice (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - - -
PAPILIONIDAE
Papilioninae
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758)
- - - - 2 - - - - - 2 2 1 2 9
Battus p. polystictus (Butler, 1874)
- - - - - - - - - - - - - - -
Euryades corethrus (Boisduval, 1836)
- 2 2 1 - - 1 - 1 1 - 4 1 - 13
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809])
- - - 4 2 1 - - - - - - - - 7
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819)
- - - 2 1 3 1 - - - 2 - - - 9
Heraclides hectorides (Esper, 1794)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Mimoides lysithous eupatorion (Lucas, [1859])
- - - - - - - - - - - - - - -
Parides agavus (Drury, 1782)
- - - 1 - - - - - - - - - - 1
Parides anchises nephalion (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Protesilaus 15:28h - - - - - - - - - - - - - - -
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - 2 2
LYCAENIDAE
Theclinae
Arawacus meliboeus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
145
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
Arawacus separata (Lathy, 1926)
- - 1 - - - 1 1 - - - - - - 3
Calycopis bellera (Hewitson, 1877)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877)
1 - 1 1 1 - - - - 2 - - - - 6
Chlorostryimon simaethis sarita (Skinner, 1895)
- - - - - - - - - - - - - - -
Contrafacea muattina (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Dicya carnica (Hewitson, 1873)
- - - - - - - - - - - - - - -
Kolana chlamys (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Lamprospilus badaca (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus nubilum (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Michaelus thordesa (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ministrymon cruenta (Gosse, 1880)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Nicolaea torris (H. H. Druce, 1907)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Ocaria ocrisia (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Panthiades hebraeus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Parrhasius orgia (Hewitson, 1867)
- - - - 1 - 1 - - - - - - - 2
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758)
- - - - - - 1 - - - 1 1 1 - 4
Rekoa meton (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Rekoa palegon (Cramer, 1780)
- - - - - - - - - 1 - - 1 - 2
Strymon bazochii (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon cestri (Reakirt, [1867])
- - - - - - - - - - - - - - -
Symbiopsis lenitas (H. H. Druce, 1907)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Strymon lucena (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon eurytulus (Hübner, [1819])
- - - - - - - - - - - 3 2 - 5
Thecla azurinus Butler & Druce, 1872
2 - - - - - - - - - - - - - 2
Thecla phidela Hewitson, 1867
- - - - - - - - - - - - - - -
Thereus ortalus (Godman & Salvin, 1887)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Theritas triquetra (Hewitson, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polyommatinae
Hemiargus hanno (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - 3 3
Leptotes cassius (Cramer, 1775)
- - - 1 1 4 - 3 - - - 1 1 1 12
Riodininae
Aricoris montana (Schneide, 1937)
- - - - 1 - - - - - 2 4 9 - 16
Aricores gauchoana (Stichel, 1910)
- - - - - - - - - - - - - - -
146
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
Chalodeta theodora (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caria plutargus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Emesis lucinda (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Euselasia euploea (Hewitson, [1855])
1 3 1 - - - - - 1 - - - - - 6
Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919
1 5 - - 1 - - 2 - - - - - - 9
Mesosemia odice (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea agroeca Stichel, 1910
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea orpheus (Westwood, 1851)
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lysippoides Berg, 1882
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lysisca lisitratus Burmeister, 1878
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lycisca (Hewitson, [1853])
- - - - - - - - - - - - - - -
HESPERIIDAE
Pyrginae
Anastrus sempiternus simplicior (Möschler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes busirus rioja Evans, 1935
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807])
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Astraptes a. alardus (Stoll, 1790)
- - - - 1 1 - - - - - - - - 2
Astraptes elorus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes fulgerator (Walch, 1775)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Aguna m. megaelis (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton intergrifascia (Mabille, 1891)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton zarex (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - - -
Carrhenes canescens pallida Rönber, 1925
- - - - - - 1 - - - - - 3 1 5
Celaenorrhinus s. similis (Butlayward, 1933)
- - - - - - - - - - - - - - -
Chioides c. catillus (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cogia hassan Butler, 1870
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868)
- - - - - - - 1 - 1 4 3 3 - 12
Gorgition beggina escalophoides Evans, 1953
- - - - - - - - 1 - 2 - 1 - 4
Gesta austerus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Heliopetes alana (Reakirt,1868)
- - - - - 1 - - 1 2 - - - 1 5
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Heliopetes laviana (Hewitson, 1868)
- 1 - - - - - - 1 - - - - - 2
Heliopetes omrina (Butler, 1870)
1 - - - - - - - - - 2 1 1 - 5
147
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
Milanion leucaspis (Mabille, 1878)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Mylon menippus maimon (Fabricius, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Nisoniades maura (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ochides chestes (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pellicia costimaculata (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phocides pialia maximus (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polithrix octomaculata (Sepp, [1844])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus communis (Grote, 1872)
- - - - - - 2 - - - - - - 1 3
Pyrgus orcus (Stoll, 1780)
1 2 4 1 4 10 1 3 5 8 4 4 10 5 62
Quadrus u-lucida mimas (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sostrata b. Bifasciata (Ménétriés, 1829)
- - - - - - - - - - - - - - -
Spathilepea clonius (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Trina g. geometrina (Felders & Felders, 1867)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Urbanus albimargo rica Evans, 1952
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus dorantes (Stoll, 1790)
- - - - 3 - 3 - - - - - - 1 7
Urbanus procne (Plötz, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758)
- - - - 2 - - - - - - - - - 2
Urbanus simplicius (Stoll, 1780)
- 1 - 1 - - - - - - - - - 1 3
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
- 2 - - 1 4 - - - - - - - 1 8
Xenophanes tryxus (Stoll, 1780)
- - 1 - - - 1 - - - - - - - 2
Zera hyacinthinus servius (Pötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperiinae
Alera metallica (Riley, 1921)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ancyloxypha nitedula (Burmeister, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus rivera (Plötz, 1882)
- - - - - 1 - 1 1 - - - - - 3
Callimormus interpuncata (Plötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus saturnus (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Cobalopsis miaba (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Conga chydaea (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea corticea (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea lysias potex Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Cumbre cumbre (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cymaenes distigma (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
148
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 ago/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB JB
Cymaenes lepta (Hayward, 1939)
- - 1 - 1 - 3 3 - - - - - - 8
Eutocos vetulus matildae (Hayward, 1941)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutychide rastaca (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hansa hiboma (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Telemiades merisbazas Bell, 1949
- - - - - - - - - - - - - - -
Hylephila p. phyleus (Drury, 1773)
- - - - 3 - 3 - - - - - - - 6
Lucida ranesus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Lycas argentea (Hewitson, 1866)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchoides Ozias (Hewitson, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchus celsus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mnasilus allubitus (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Moeris s. striga (Geyer, 1832)
- 1 2 - 1 - - - - - 1 - 2 - 7
Mucia zygia (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nyctelius nyctelius (Latreille, [1824])
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Paniquina fusina viola Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Panoquina o. ocola (W. H. Edwards, 1863)
- - - - - 1 1 - - - - - - - 2
Pompeius pompeius (Latreille, [1824])
- 1 - - - 1 - - - - - - - - 2
Perichares philetes aurina Evans, 1955
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Polites vibex catilina (Pötz, 1886)
- - - 1 5 - 2 - - - 1 - 1 4 14
Psoralis stacara (Schaus, 1902)
- - - - - - - 2 - 1 - 1 1 - 5
Quinta cannae (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - 1 - - 1 - - - - - 2
Sodalia coler (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Synapte silius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Thargella evansi Biezanko & Mielke, 1973
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius inca (Scudder, 1872)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Vehilius stictomenes (Butler,1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Zariaspes mys (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrrhopyrginae
Mysoria barcastus barta Evans, 1951
- - - - - - - - - - - - - - -
112 95 73 83 101 99 123 71 79 100 140 99 93 62 1330
149
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
NYMPHALIDAE
Nymphalinae
Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821)
1 - - - - 5 4 - - - 1 1 3 - 15
Chlosyne lacinia saundersii (Dobleday, [1847])
- - - - - - - - - - - - - - -
Eresia lansdorfi (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hypanartia bella (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Junonia evarete (Cramer, 1779)
- - - - 4 6 7 - 1 - 2 3 5 6 34
Ortilia dicoma (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - 2 2
Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900)
- - - - - 1 1 - 1 1 1 - - - 5
Ortilia orthia (Hewitson, 1864)
- - - 1 - 2 - - - 1 - - - - 4
Ortilia sejona (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia velica (Hewitson, 1864)
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta epaphus trayja Hübner, [1823]
- - - - - - - - - - - - - - -
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821)
1 3 2 6 21 5 3 1 1 5 1 16 - 3 68
Vanessa braziliensis(Moore, 1883)
1 4 6 5 1 - 1 - - 15 2 1 - - 36
Vanessa carye (Hübner, [1812])
- - - - - - - - - - - - - - -
Vanessa myrinna (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heliconiinae
Actinote surima (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote discrepans d'Almeida, 1958
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote mamita (Burmeister, 1861)
- - - - - - - - - - - - - - -
Actinote melanisans Oberthür, 1917
- - - 1 - 10 8 - - - 2 2 - - 23
Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775)
- - - - - 1 1 - - - 1 1 - - 4
Actinote carycina Jordan, 1913
- - - - - 5 1 - - - 1 - - - 7
Actinote pellenea Hübner, [1821]
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Actinote rhodope d'Almeida, 1923
- - - - - - - - - - - - - - -
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908])
- 1 - 2 4 - 6 - 3 2 8 7 - 4 37
Dione juno juno (Cramer, 1779)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - 2 - - - - - - 2
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
9 2 - 2 11 7 23 3 2 2 - 5 13 6 85
Euptoieta claudia (Cramer, 1775)
- - - 1 1 - 1 - 2 1 6 8 2 - 22
Eueides isabella dianasa (Hübner, [1806])
- 2 - - - - - - - - - - - - 2
150
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
26 1 - 1 9 5 13 12 18 6 3 9 13 3 119
Heliconius ethila narcaea Godart, 1819
1 1 - 1 2 2 1 - - - - - - - 8
Biblidinae
Biblis hyperia(Cramer, 1779)
- - - - - 1 1 - - - - - - - 2
Callicore eucale Fruhstorfer, 1781
- - - - - - - - - - - - - - -
Callicore pygas thamyras (Ménétriés, 1857)
- - - - - - - - - - - - - - -
Catonephele Sabrina (Hewitson, 1852)
- - - - - - - - - - - - - - -
Diaethria clymena meridionalis (H. W. Bates, 1864)
1 1 - 1 2 2 - - - - - - - - 7
Diaethria candrena (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eunica eburnea Früsthorfer, 1907
4 13 - 5 8 7 5 7 10 2 2 3 2 - 68
Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867)
- 3 - 1 2 - - - 2 - - - 2 - 10
Hamadryas f. februa (Hübner, [1823])
1 - - - - - - - - - 1 - - - 2
Marpesia petreus (Cramer, 1776)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Temenis laothoe meridionalis Ebert, 1965
- - - - - - 2 - - - - - - - 2
Apaturinae
Doxocopa agathina (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa kallina (Staundiger, 1886)
- - 1 - - - 1 - - - - - - - 2
Doxocopa laurentia (Godart, [1824])
4 2 - 4 - 3 - - - - - 4 - - 17
Doxocopa linda (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Doxocopa zunilda (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Danainae
Danaus gilippus gilippus (Cramer, 1775)
- - - - - 1 1 - - - - - - - 2
Danaus plexippus plexippus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Satyrinae
Carminda paeon (Godart, 1824)
- 1 - - - - - - - - - - - 1 2
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775)
3 1 - 3 1 5 10 3 2 18 1 2 3 4 56
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824])
4 3 6 4 4 12 23 2 3 17 1 5 12 3 99
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Pedaliodes phaeina Hewitson, 1862
- - - - - - - - - - - - - - -
Yphthimoides celmis (Godart, [1824])
5 - - 1 - 2 - - - 3 - - - 1 12
Ithomiinae
Aeria o. olena Weyer, 1875
- - - - - 4 - - - - - - - - 4
151
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
Episcada carcinia Schaus, 1902
- - - - - - - - - - - - - - -
Epityches eupompe (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mechanitis l. lysimnia (Fabricius, 1793)
- - - 1 1 - 1 - - - - - - - 3
Methona themisto (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - - -
Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860)
- - - 1 - - 5 4 - 1 3 - 3 - 17
Prittwitzia h. himenaea (Prittwitz, 1865)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Limenitidinae
Adelpha falcipenis Früstorfer, 1915
- - - - - - - - - - 2 - - - 2
Adelpha lycorias (Godart, [1824])
- - - 1 - - - - - - - - - - 1
Adelpha mythra (Godart, [1824])
- 2 - - - - - - 1 - - - - - 3
Adelpha thessalia indefecta Früstofer, 1913
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha serpa (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Adelpha syma (Godart, [1824])
- - - 1 2 - - - - - - 1 - - 4
Adelpha zea (Hewitson, 1850)
- 1 - - - 3 1 - - - - - - - 5
Morphinae
Morpho aega (Hübner, 1822)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caraxinae
Archaeoprepona chalciope (Hübner, [1823])
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Archaeoprepona demophon (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Menphis moruus stheno (Prittwitz, 1865)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Zaretis itys itylus (Westwood, 1850)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Brassolinae
Blepolenis catharinae (Stichel, 1902)
- - - - 5 - - - - - - - - - 5
Caligo martia (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Opsiphanes invirae (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
PIERIDAE
Coliadinae
Colias lesbia (Hübner, 1823)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Eurema albula (Cramer, 1775)
2 1 - 1 - - - - - - 1 4 1 - 10
Eurema deva (Doubleday, 1847)
- - - 1 - - - - - - - - 1 - 2
Eurema dina leuce (Boisduval, 1836)
- - - - - - 3 - 1 1 - 2 2 - 9
Eurema elathea (Cramer, 1777)
9 1 - 1 6 19 24 2 - - - 1 2 3 68
152
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
Eurema nise tenella (Boisduval,1836)
- - - - 1 - - - - - - - 1 - 2
Aphrissa statira (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775)
- - - - - - 1 - 3 - 3 - - 1 8
Phoebis neocypris (Hübner, [1823])
- - - 5 4 - - - 3 - 2 - 1 2 17
Phoebis p. philea (Linneaus, 1763)
- 2 - 1 - 10 5 - 1 - 3 2 1 5 30
Phoebis sennae (Linnaeus, 1758)
- - - - - 5 2 - - - - 2 1 1 11
Phoebis trite banksi Brown, 1929
- - - - - - - - - - - - - - -
Dismorphiinae
Dismorphia astyocha Hübner, [1831]
- - - - - - - 1 - 1 - - - - 2
Dismorphia thermesia (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Enantia lina psamathe (Fabricius, 1793)
- 1 - 1 - - - - 1 - - - - - 3
Pierinae
Ascia monuste orseis (Godart, 1819)
- - - - 1 1 - - - - - - - - 2
Appias drusilla (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperocalis anguitea (Godart, 1819)
- 1 - 1 - - - - - - - - - - 2
Pseudopieris nehemia (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tatochila autodice (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - - -
PAPILIONIDAE
Papilioninae
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Battus p. polystictus (Butler, 1874)
- - - - 1 1 - - - - - - - - 2
Euryades corethrus (Boisduval, 1836)
- - - 1 3 - - - - 1 - 2 - - 7
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809])
- - - 1 - 1 - - - - - - - - 2
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819)
- - - 2 - - - - - 1 - - - - 3
Heraclides hectorides (Esper, 1794)
- 1 - 1 - 3 - - - - 1 - - - 6
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mimoides lysithous eupatorion (Lucas, [1859])
- - - 1 - - - - - - 1 - - - 2
Parides agavus (Drury, 1782)
- - - - - - - - - - - - - - -
Parides anchises nephalion (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Protesilaus 15:28h - - - - - - - - - - - - - - -
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
LYCAENIDAE
Theclinae
Arawacus meliboeus (Fabricius, 1793)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
153
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
Arawacus separata (Lathy, 1926)
5 - - - 1 2 - - 1 - 1 - - - 10
Calycopis bellera (Hewitson, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Chlorostryimon simaethis sarita (Skinner, 1895)
- - - - - - - - - - - - - - -
Contrafacea muattina (Schaus, 1902)
- - - - - - - 1 - - - - - - 1
Dicya carnica (Hewitson, 1873)
- - - - - - - - - - - - - - -
Kolana chlamys (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus badaca (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus nubilum (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Michaelus thordesa (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ministrymon cruenta (Gosse, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nicolaea torris (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ocaria ocrisia (Hewitson, 1868)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Panthiades hebraeus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Parrhasius orgia (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Rekoa meton (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Rekoa palegon (Cramer, 1780)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon bazochii (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon cestri (Reakirt, [1867])
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Symbiopsis lenitas (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon lucena (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon eurytulus (Hübner, [1819])
- - - - - - - - - - - - - - -
Thecla azurinus Butler & Druce, 1872
- - - - - - - - - - - - - - -
Thecla phidela Hewitson, 1867
- - - - - - - - - - - - - - -
Thereus ortalus (Godman & Salvin, 1887)
- - - - - - - - - - - - - - -
Theritas triquetra (Hewitson, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polyommatinae
Hemiargus hanno (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Leptotes cassius (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodininae
Aricoris montana (Schneide, 1937)
- - - - - - - - - - 5 - 3 5 13
Aricores gauchoana (Stichel, 1910)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
154
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
Chalodeta theodora (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caria plutargus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - - -
Emesis lucinda (Cramer, 1775)
- - - - - 1 - - - - 1 1 - - 3
Euselasia euploea (Hewitson, [1855])
- - - - - - - - - - - - - - -
Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919
- - - - - - - 3 1 - - - - - 4
Mesosemia odice (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea agroeca Stichel, 1910
- - - - - - - - - - - - - - -
Napaea orpheus (Westwood, 1851)
- 1 - - - - - - 1 - - - - - 2
Riodina lysippoides Berg, 1882
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lysisca lisitratus Burmeister, 1878
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lycisca (Hewitson, [1853])
- - - - - - - - - - - - - - -
HESPERIIDAE
Pyrginae
Anastrus sempiternus simplicior (Möschler, 1877)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Achlyodes busirus rioja Evans, 1935
- - - - 1 1 2 - - - 1 - - - 5
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807])
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Astraptes a. alardus (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes elorus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes fulgerator (Walch, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Aguna m. megaelis (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton intergrifascia (Mabille, 1891)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton zarex (Hübner, 1818)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Carrhenes canescens pallida Rönber, 1925
- - - - - - - - - - - - - - -
Celaenorrhinus s. similis (Butlayward, 1933)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Chioides c. catillus (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cogia hassan Butler, 1870
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868)
- - - 1 - - 1 - - 1 - - - - 3
Gorgition beggina escalophoides Evans, 1953
- - - - - - 1 - - - 1 - - - 2
Gesta austerus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Heliopetes alana (Reakirt,1868)
- 1 - 1 - 2 1 - - - 1 - 7 - 13
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758)
- - - 1 - - - - - - 1 1 - - 3
Heliopetes laviana (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Heliopetes omrina (Butler, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
155
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
Milanion leucaspis (Mabille, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mylon menippus maimon (Fabricius, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades maura (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - 1 - - 1 2
Ochides chestes (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pellicia costimaculata (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phocides pialia maximus (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Polithrix octomaculata (Sepp, [1844])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus communis (Grote, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus orcus (Stoll, 1780)
3 3 2 1 4 1 3 5 5 1 1 - 3 4 36
Quadrus u-lucida mimas (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sostrata b. Bifasciata (Ménétriés, 1829)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Spathilepea clonius (Cramer, 1775)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Trina g. geometrina (Felders & Felders, 1867)
- - - - 4 - 1 - - - - - 2 5 12
Urbanus albimargo rica Evans, 1952
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus dorantes (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus procne (Plötz, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Urbanus simplicius (Stoll, 1780)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
- - 2 - 2 1 - - - - - - - - 5
Xenophanes tryxus (Stoll, 1780)
- - - - - - - - - - 2 - - - 2
Zera hyacinthinus servius (Pötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperiinae
Alera metallica (Riley, 1921)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Ancyloxypha nitedula (Burmeister, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus rivera (Plötz, 1882)
- 3 2 1 2 1 - - 2 - - - - - 11
Callimormus interpuncata (Plötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus saturnus (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cobalopsis miaba (Schaus, 1902)
1 - - - - - 1 - - - - - - - 2
Conga chydaea (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea corticea (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea lysias potex Evans, 1955
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Cumbre cumbre (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cymaenes distigma (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
156
Tabela I (continuação) mai/03 jul/03 ago/03 out/03 jan/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 out/04 nov/04 dez/04 jan/05 fev/05 Total
SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH SH
Cymaenes lepta (Hayward, 1939)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutocos vetulus matildae (Hayward, 1941)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutychide rastaca (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hansa hiboma (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Telemiades merisbazas Bell, 1949
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Hylephila p. phyleus (Drury, 1773)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lucida ranesus (Schaus, 1902)
- 1 - - - - - - 1 - - - - - 2
Lycas argentea (Hewitson, 1866)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Lychnuchoides ozias (Hewitson, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lychnuchus celsus (Fabricius, 1793)
- 1 - - - - - - - 1 - - - - 2
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - 1 - - 1 1 - - - - 3
Mnasilus allubitus (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Moeris s. striga (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mucia zygia (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nyctelius nyctelius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Paniquina fusina viola Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Panoquina o. ocola (W. H. Edwards, 1863)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Pompeius pompeius (Latreille, [1824])
- - - - 2 - - - - - - - - - 2
Perichares philetes aurina Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Polites vibex catilina (Pötz, 1886)
- - - - 2 1 - - - - - 2 - 1 6
Psoralis stacara (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Quinta cannae (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sodalia coler (Schaus, 1902)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Synapte silius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - 2 2
Thargella evansi Biezanko & Mielke, 1973
- - - - - - - 1 - - - - - - 1
Vehilius inca (Scudder, 1872)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Vehilius stictomenes (Butler,1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860)
- - - - - - - - - - - - - - -
Zariaspes mys (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Pyrrhopyrginae
Mysoria barcastus barta Evans, 1951
- - - - - - - - - - - - - - -
84 61 22 65 115 148 170 47 68 83 65 88 86 67 1169
157
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
NYMPHALIDAE
Nymphalinae
Anartia amathea roeselia (Eschsholtz, 1821)
3 - - 7 4 3 1 2 1 - 3 6 2 1 33
Chlosyne lacinia saundersii (Dobleday, [1847])
- - - - - - - - - - - - - - -
Eresia lansdorfi (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hypanartia bella (Fabricius, 1793)
- - - 1 - - - - 4 - 3 - - - 8
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793)
2 - 2 - - - - - - - - - - - 4
Junonia evarete (Cramer, 1779)
1 - - - 1 2 4 - 1 - 3 7 12 4 35
Ortilia dicoma (Hewitson, 1864)
- - 2 - - - - - - 1 - - - - 3
Ortilia ithra (W. F. Kirby, 1900)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ortilia orthia (Hewitson, 1864)
- - 2 2 1 4 3 - - 4 - - - 2 18
Ortilia sejona (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - 2 - 1 3
Ortilia velica (Hewitson, 1864)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Siproeta epaphus trayja Hübner, [1823]
- - - 2 1 - 1 - - - - - - 1 5
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909)
- - 1 - 1 - - - - - - - - - 2
Tegosa claudina (Eschsholtz, 1821)
3 10 15 14 48 19 14 6 10 13 16 16 11 25 220
Vanessa braziliensis(Moore, 1883)
1 - 1 8 - - - - 2 1 11 2 - - 26
Vanessa carye (Hübner, [1812])
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Vanessa myrinna (Doubleday, 1849)
- - 1 - - - - - - - - - - 2 3
Heliconiinae
Actinote surima (Schaus, 1902)
- - - 1 - - - - - - - - - - 1
Actinote discrepans d'Almeida, 1958
- - - - - - - - - - 2 - - - 2
Actinote mamita (Burmeister, 1861)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Actinote melanisans Oberthür, 1917
- - - - - - 31 - - - 15 - - - 46
Actinote thalia pyrrha (Fabricius, 1775)
- - - 1 - 2 2 - - 1 1 - - - 7
Actinote carycina Jordan, 1913
- - - 1 - 1 1 - - - - - - - 3
Actinote pellenea Hübner, [1821]
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Actinote rhodope d'Almeida, 1923
- - - - - - - - - - - - - - -
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908])
- - 2 1 - 2 1 1 2 1 4 - - - 14
Dione juno juno (Cramer, 1779)
- - - - - - 1 1 1 - - - - - 3
Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
7 - 1 2 10 13 17 11 3 2 1 11 17 8 103
Euptoieta claudia (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Eueides isabella dianasa (Hübner, [1806])
- - - - - - - - - - - - - - -
158
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
8 5 9 7 8 9 6 20 4 8 5 10 7 5 111
Heliconius ethila narcaea Godart, 1819
5 - 1 - 3 1 3 1 - - - 3 - - 17
Biblidinae
Biblis hyperia(Cramer, 1779)
4 - - 1 - - 1 - - - - - - 3 9
Callicore eucale Fruhstorfer, 1781
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Callicore pygas thamyras (Ménétriés, 1857)
- - - - - - - - - - - - - - -
Catonephele sabrina (Hewitson, 1852)
2 - - - - - 1 - - - - - - - 3
Diaethria clymena meridionalis (H. W. Bates, 1864)
5 - 1 2 1 2 - - 2 - 2 2 1 2 20
Diaethria candrena (Godart, [1824])
- - - - - - 3 - - 3 - - - - 6
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849)
- - - - - - - - - - 1 1 1 - 3
Eunica eburnea Früsthorfer, 1907
- - 5 2 - 1 8 5 3 - 1 2 4 5 36
Hamadryas a. amphinome (Linnaeus, 1767)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas epinome (C. Felder & R. Felder, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hamadryas f. februa (Hübner, [1823])
- - - - - - - - - - - - - - -
Marpesia petreus (Cramer, 1776)
- 1 - - - - - 2 - - - 2 - 1 6
Temenis laothoe meridionalis Ebert, 1965
- - - - - - - - - - - - - - -
Apaturinae
Doxocopa agathina (Cramer, 1777)
- - - - - - 9 - - - - - - - 9
Doxocopa kallina (Staundiger, 1886)
- - - - 3 1 14 - - - - - 1 6 25
Doxocopa laurentia (Godart, [1824])
1 2 - 1 8 1 15 1 - 1 - - - 2 32
Doxocopa linda (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Doxocopa zunilda (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - - -
Danainae
Danaus gilippus gilippus (Cramer, 1775)
- - - - - - - - - - - - - - -
Danaus plexippus plexippus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Satyrinae
Carminda paeon (Godart, 1824)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775)
- - 2 - - 2 2 4 - 1 1 - - - 12
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824])
- 4 10 1 3 3 - 3 1 3 - 1 1 3 33
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pedaliodes phaeina Hewitson, 1862
- - 1 - - - - - - - 3 3 - 1 8
Yphthimoides celmis (Godart, [1824])
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Ithomiinae
Aeria o. olena Weyer, 1875
1 - 2 - 3 8 2 2 - - - - - - 18
159
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
Episcada carcinia Schaus, 1902
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Epityches eupompe (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Mechanitis l. lysimnia (Fabricius, 1793)
1 - - - - - - 1 - - - - - - 2
Methona themisto (Hübner, 1818)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Placidina euryanassa (C. Felder & R. Felder, 1860)
- - - - - 1 - 1 1 6 - - - - 9
Prittwitzia h. himenaea (Prittwitz, 1865)
1 1 - - - 1 - - 3 3 - - - 1 10
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Limenitidinae
Adelpha falcipenis Früstorfer, 1915
- - - - - - - - - - - - 1 1 2
Adelpha lycorias (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Adelpha mythra (Godart, [1824])
1 - - - - - 4 - - - - - 1 - 6
Adelpha thessalia indefecta Früstofer, 1913
1 - - - - - - - - 1 - - 1 - 3
Adelpha serpa (Boisduval, 1836)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Adelpha syma (Godart, [1824])
- 1 1 2 4 - 1 - - - 1 4 1 3 18
Adelpha zea (Hewitson, 1850)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Morphinae
Morpho aega (Hübner, 1822)
- - - - - - 9 - - - 2 - - - 11
Caraxinae
Archaeoprepona chalciope (Hübner, [1823])
- - - 1 - - - 1 - - - - - 3 5
Archaeoprepona demophon (Linnaeus, 1758)
- - - - 2 - - - - - - - - - 2
Menphis moruus stheno (Prittwitz, 1865)
- - - - - - - - 1 - - - - 1 2
Zaretis itys itylus (Westwood, 1850)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Brassolinae
Blepolenis catharinae (Stichel, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Caligo martia (Godart, [1824])
- - - - 1 1 - - - - - - - - 2
Opsiphanes invirae (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
PIERIDAE
Coliadinae
Colias lesbia (Hübner, 1823)
- - - - - - - - - - - - 1 - 1
Eurema albula (Cramer, 1775)
1 2 2 1 - - 1 - - 1 - - 1 - 9
Eurema deva (Doubleday, 1847)
1 1 - - - - - - - - - - - - 2
Eurema dina leuce (Boisduval, 1836)
- - - - - 1 - - - - 1 - 1 3 6
Eurema elathea (Cramer, 1777)
3 - - - 11 8 7 1 - - 3 6 9 11 59
160
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
Eurema nise tenella (Boisduval,1836)
- - - - - - 2 - - - - 1 2 1 6
Aphrissa statira (Cramer, 1777)
- - - - - - - - - - - - - - -
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775)
1 1 4 - 7 - 1 5 4 - - - 1 3 27
Phoebis neocypris (Hübner, [1823])
- - 10 4 1 - 5 2 7 3 2 1 - - 35
Phoebis p. philea (Linneaus, 1763)
- - - - 1 - 4 2 - - - 2 - 1 10
Phoebis sennae (Linnaeus, 1758)
- - - 1 - - - - 1 - - - - - 2
Phoebis trite banksi Brown, 1929
- - 4 - - 1 1 - - - - - - - 6
Dismorphiinae
Dismorphia astyocha Hübner, [1831]
- - - - 2 - - - - - - - - - 2
Dismorphia thermesia (Godart, 1819)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Enantia lina psamathe (Fabricius, 1793)
6 2 12 1 - 3 3 1 2 4 - - - 1 35
Pierinae
Ascia monuste orseis (Godart, 1819)
- - - - - 2 1 1 1 - - - - - 5
Appias drusilla (Cramer, 1777)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Hesperocalis anguitea (Godart, 1819)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Pseudopieris nehemia (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Tatochila autodice (Hübner, 1818)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
PAPILIONIDAE
Papilioninae
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758)
- - - 1 2 2 1 - - - - 1 - - 7
Battus p. polystictus (Butler, 1874)
- - - - 1 - - - - - - 2 - 1 4
Euryades corethrus (Boisduval, 1836)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809])
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819)
- - - - - - - - - - - - - - -
Heraclides hectorides (Esper, 1794)
- 2 1 2 2 - - - - 1 - - - 2 10
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Mimoides lysithous eupatorion (Lucas, [1859])
- - - 1 - 2 - - - - - - - - 3
Parides agavus (Drury, 1782)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Parides anchises nephalion (Godart, 1819)
- - - - - 1 - - - - - - 1 - 2
Protesilaus 15:28h - - - - - - - - - - 1 - - - 1
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836)
- - - - - 1 - - - - 2 - - - 3
LYCAENIDAE
Theclinae
Arawacus meliboeus (Fabricius, 1793)
- 1 1 2 - 1 - - 1 1 1 - 1 1 10
161
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
Arawacus separata (Lathy, 1926)
1 - - - - 2 - 2 1 1 - 1 - - 8
Calycopis bellera (Hewitson, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877)
- - - - - - - 1 - - 1 - - - 2
Chlorostryimon simaethis sarita (Skinner, 1895)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Contrafacea muattina (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Dicya carnica (Hewitson, 1873)
- - - - - - - - - - - - - - -
Kolana chlamys (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus badaca (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Lamprospilus nubilum (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Michaelus thordesa (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ministrymon cruenta (Gosse, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nicolaea torris (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ocaria ocrisia (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793)
- - - - - - - 1 1 - - - - 1 3
Panthiades hebraeus (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Parrhasius orgia (Hewitson, 1867)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758)
1 - - - - - 1 - - - - - - - 2
Rekoa meton (Cramer, 1779)
- - - - - - - - - - - - - - -
Rekoa palegon (Cramer, 1780)
1 - - - - 1 - 1 - - - - - - 3
Strymon bazochii (Godart, [1824])
- - - - - - - - - - - - 2 - 2
Strymon cestri (Reakirt, [1867])
- - - - - - - - - - - - - - -
Symbiopsis lenitas (H. H. Druce, 1907)
- - - - - - - - - - - - - - -
Strymon lucena (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Strymon eurytulus (Hübner, [1819])
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Thecla azurinus Butler & Druce, 1872
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Thecla phidela Hewitson, 1867
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Thereus ortalus (Godman & Salvin, 1887)
- - - - - - - - - - - - - - -
Theritas triquetra (Hewitson, 1865)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Polyommatinae
Hemiargus hanno (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Leptotes cassius (Cramer, 1775)
- - - - 9 6 7 - - - 1 5 4 1 33
Riodininae
Aricoris montana (Schneide, 1937)
- - - - - - - - - - 1 - - - 1
Aricores gauchoana (Stichel, 1910)
- - - - - - - - - - - - - - -
162
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
Chalodeta theodora (C. Felder & R. Felder, 1862)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Caria plutargus (Fabricius, 1793)
- - - - - - - - - - - - - 5 5
Emesis lucinda (Cramer, 1775)
- - - - - - 1 - - - - - - 1 2
Euselasia euploea (Hewitson, [1855])
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Euselasia hygenius occulta Stichel, 1919
- 1 - - - - - 1 - 1 - - - - 3
Mesosemia odice (Godart, [1824])
- - 3 - - 2 - 5 - - - - 1 - 11
Napaea agroeca Stichel, 1910
- - - - - 1 - - - - 1 - - - 2
Napaea orpheus (Westwood, 1851)
- - 1 - - - - - - - - - - - 1
Riodina lysippoides Berg, 1882
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Riodina lysisca lisitratus Burmeister, 1878
- - - - - - - - - - - - - - -
Riodina lycisca (Hewitson, [1853])
- - - - - - - - - - - - - - -
HESPERIIDAE
Pyrginae
Anastrus sempiternus simplicior (Möschler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Achlyodes busirus rioja Evans, 1935
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807])
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes a. alardus (Stoll, 1790)
- - - - - - - - - - - - - - -
Astraptes elorus (Hewitson, 1867)
- - 2 - - - - - - 2 - - - - 4
Astraptes fulgerator (Walch, 1775)
- - - - - - - - - 2 - - - - 2
Aguna m. megaelis (Mabille, 1888)
- - - - - - - - - - - - - - -
Autochton intergrifascia (Mabille, 1891)
- - - - - - - - - - - - - 3 3
Autochton zarex (Hübner, 1818)
- - 1 - - - - - - 2 - 1 - - 4
Carrhenes canescens pallida Rönber, 1925
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Celaenorrhinus s. similis (Butlayward, 1933)
- - - - - - - - - - - - - - -
Chioides c. catillus (Cramer, 1779)
- - - - - 1 - - - - - - 1 - 2
Cogia hassan Butler, 1870
- - - - - - - - - - - - - - -
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868)
- - - - 2 - 1 - 1 1 1 4 4 1 15
Gorgition beggina escalophoides Evans, 1953
- - - - - 1 - - - - - 1 - - 2
Gesta austerus (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - - -
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, [1824])
- 2 - - - 1 1 - - - - - 1 3 8
Heliopetes alana (Reakirt,1868)
- - 1 - 2 2 - - - - 2 1 - 3 11
Heliopetes arsalte (Linnaeus, 1758)
1 - 2 - 3 4 - - 1 - 1 1 - - 13
Heliopetes laviana (Hewitson, 1868)
- - - - - - - - - - 1 1 - - 2
Heliopetes omrina (Butler, 1870)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
163
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
Milanion leucaspis (Mabille, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mylon menippus maimon (Fabricius, 1777)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nisoniades maura (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - 1 - - 1
Ochides chestes (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Pellicia costimaculata (Herrich-Schäffer, 1870)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Phocides pialia maximus (Mabille, 1888)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Polithrix octomaculata (Sepp, [1844])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrgus communis (Grote, 1872)
- - - - - - 1 - - - - - - - 1
Pyrgus orcus (Stoll, 1780)
- 1 2 - 2 5 4 - - 2 2 1 2 5 26
Quadrus u-lucida mimas (Mabille & Boullet, 1917)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sostrata b. Bifasciata (Ménétriés, 1829)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Spathilepea clonius (Cramer, 1775)
- - - 2 1 - 1 - - - - - - - 4
Trina g. geometrina (Felders & Felders, 1867)
- - - 1 1 1 - - - - - 2 3 8 16
Urbanus albimargo rica Evans, 1952
1 - - - - 1 - - - - 1 - - - 3
Urbanus dorantes (Stoll, 1790)
- - 1 - - - - - - - - 2 - - 3
Urbanus procne (Plötz, 1880)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758)
- - - - - - - - - - - - - - -
Urbanus simplicius (Stoll, 1780)
- - - 1 - - - - - - - - - - 1
Urbanus teleus (Hübner, 1821)
- - 2 - 2 2 3 - - 1 2 1 4 4 21
Xenophanes tryxus (Stoll, 1780)
- - - - - - - 1 - - - - - - 1
Zera hyacinthinus servius (Pötz, 1884)
- - - - - - - - - - - - - - -
Hesperiinae
Alera metallica (Riley, 1921)
- - - - - - - - - - - - - - -
Ancyloxypha nitedula (Burmeister, 1878)
- - - - - - - - - - - - - - -
Callimormus rivera (Plötz, 1882)
- 1 2 - 1 - - - 1 2 - 6 - 2 15
Callimormus interpuncata (Plötz, 1884)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Callimormus saturnus (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Cobalopsis miaba (Schaus, 1902)
- 1 - - - - - - - - - - - - 1
Conga chydaea (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea corticea (Plötz, 1882)
- - - - - - - - - - - - - - -
Corticea lysias potex Evans, 1955
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Cumbre cumbre (Schaus, 1902)
- - - - - - - - 1 - - - - - 1
Cymaenes distigma (Plötz, 1882)
- - - - - - - 1 - - - - - - 1
164
Tabela I (continuação) mai/03 ago/03 set/03 out/03 fev/04 mar/04 abr/04 jun/04 jul/04 set/04 nov/04 dez/04 jan/05 abr/05 Total
MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS MS
Cymaenes lepta (Hayward, 1939)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Eutocos vetulus matildae (Hayward, 1941)
- - - - - - - - - - - - - - -
Eutychide rastaca (Schaus, 1902)
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Hansa hiboma (Plötz, 1886)
- - - - - 1 - - - - - - - - 1
Telemiades merisbazas Bell, 1949
- - - - - - - - - - - - - - -
Hylephila p. phyleus (Drury, 1773)
- - - - 1 - - - - - - - - - 1
Lucida ranesus (Schaus, 1902)
- - - 1 - - - - - 1 - - - - 2
Lycas argentea (Hewitson, 1866)
- - - - - - - - - 1 - - - - 1
Lychnuchoides ozias (Hewitson, 1878)
- - - - - - - - - 2 - - - 1 3
Lychnuchus celsus (Fabricius, 1793)
- 1 - - - - - 1 - 1 - - - - 3
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - 1 - - - - - - 1 - - 2
Mnasilus allubitus (Butler, 1877)
- - - - - - - - - - - - - - -
Moeris s. striga (Geyer, 1832)
- - - - - - - - - - - - - - -
Mucia zygia (Plötz, 1886)
- - - - - - - - - - - - - - -
Nyctelius nyctelius (Latreille, [1824])
- - - - - - 2 - - - - 1 - - 3
Paniquina fusina viola Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Panoquina o. ocola (W. H. Edwards, 1863)
- - - - - - - - - - - - - - -
Pompeius pompeius (Latreille, [1824])
- - - - 1 1 - - - - - - 1 1 4
Perichares philetes aurina Evans, 1955
- - - - - - - - - - - - - - -
Polites vibex catilina (Pötz, 1886)
1 - - - - - 1 - - - 1 5 - - 8
Psoralis stacara (Schaus, 1902)
- 1 - - - 2 - - - - - - 2 - 5
Quinta cannae (Herrich-Schäffer, 1869)
- - - - - - - - - - - - - - -
Sodalia coler (Schaus, 1902)
- - - - - - - 1 - 1 - - - - 2
Synapte silius (Latreille, [1824])
- - - - - - - - - - - - - 1 1
Thargella evansi Biezanko & Mielke, 1973
- - - - - - - 2 - - - - - - 2
Vehilius inca (Scudder, 1872)
- - - - - - - - - - - - - - -
Vehilius stictomenes (Butler,1877)
1 - - - - - - - - - - - - - 1
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860)
- - - - - - - - - - - - - - -
Zariaspes mys (Hübner, [1808])
- - - - - - - - - - - - - - -
Pyrrhopyrginae
Mysoria barcastus barta Evans, 1951
- - - - - - - - - - - - - - -
67 46 112 75 159 136 211 91 63 84 102 123 104 155 1528
117
Anexo 3. Regras da Revista Brasileira de Zoologia
INSTRUÇÃO AOS AUTORES
INFORMAÇÕES GERAIS
A Revista Brasileira de Zoologia (RBZ), órgão da
Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ), destina-se a publicar
artigos científicos originais em Zoologia de sócios quites com
a tesouraria.
Artigos redigidos em outro idioma que não o
português, inglês ou espanhol poderão ser aceitos, a critério da
Comissão Editorial.
MANUSCRITOS
Os artigos devem ser enviados em três vias
impressas, incluindo as figuras e tabelas. O texto deverá ser
digitado em espaço duplo, com margens largas não
justificadas e suas páginas devidamente numeradas. A página
de rosto deve conter: 1) título do artigo e quando apropriado,
mencionar o(s) nome(s) da(s) categoria(s) superior(es) à qual
o(s) animal(ais) pertence(m); 2) nome(s) do(s) autor(es) com
endereço(s) completo(s) e com respectivos algarismos
arábicos para remissões; 3) resumo em inglês, incluindo o
título do artigo se o mesmo for em outro idioma; 4) palavras
chaves em inglês, no máximo cinco, em ordem alfabética e
diferentes daquelas utilizadas no título do artigo. Os nomes de
gênero(s) e espécies são os únicos do texto em itálico. A
primeira citação de um taxa no texto, deve vir acompanhada
do nome científico por extenso, com autor e data (de vegetais,
se possível), e família. Citações bibliográficas devem ser feitas
em caixa alta reduzida (VERSALETE) e da seguinte forma:
SMITH (1990), SMITH (1990: 128), LENT & JUBERG
(1965), GUIMARÃES et al. (1983), artigos de um mesmo
autor devem ser citados em ordem cronológica.
ILUSTRAÇÕES E TABELAS
Fotografias, desenhos, gráficos e mapas serão
denominados figuras. Desenhos e mapas devem ser feitos a
traço de nanquim ou similar. Fotografias devem ser nítidas e
contrastadas e não misturadas com desenhos. A relação de
tamanho da figura, quando necessária, deve ser apresentada
em escala vertical ou horizontal. As figuras devem estar
numeradas com algarismos arábicos, no canto inferior direito e
chamadas no texto em ordem crescente, montadas em
cartolina branca, devidamente identificadas no verso,
obedecendo a proporcionalidade do espelho (17,0 x 21,0 cm)
ou da coluna (8,3 x 21,0 cm) com reserva para a legenda.
Legendas de figuras e tabelas devem ser digitadas
em folha à parte, sendo para cada conjunto um parágrafo
distinto. Gráficos gerados por programas de computador,
devem ser inseridos como figura no final do texto, após as
tabelas, ou enviados em arquivo em separado, sem a utilização
de caixas de texto. Tabelas devem ser geradas a partir dos
recursos de tabela do editor de texto utilizado, numeradas com
algarismos romanos e inseridas após a última referência
bibliográfica da seção Referências Bibliográficas ou em
arquivo em separado. Figuras coloridas poderão ser publicadas
com a diferença dos encargos custeada pelo(s) autor(es).
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos, indicações de financiamento e
menções de vínculos institucionais devem ser relacionados
antes do item Referências Bibliográficas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
As Referências Bibliográficas, mencionadas no
texto, devem ser arroladas no final do trabalho, como nos
exemplos abaixo. Periódicos devem ser citados com o nome
completo, por extenso, indicando a cidade onde foi editado.
Não serão aceitas referências de artigos não publicados
(ICZN, Art. 9).
Periódicos
NOGUEIRA, M.R.; A.L. PERACCHI & A. POL. 2002. Notes
on the lesser white-lined bat, Saccopteryx leptura (Schreber)
(Chiroptera, Emballonuridae), from southeastern Brazil.
Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 19 (4): 1123-1130.
LENT, H. & J. JURBERG. 1980. Comentários sobre a
genitália externa masculina em Triatoma Laporte, 1832
(Hemiptera, Reduviidae). Revista Brasileira de Biologia, Rio
de Janeiro, 40 (3): 611-627.
SMITH, D.R. 1990. A synopsis of the sawflies (Hymenoptera,
Symphita) of America South of the United States: Pergidae.
Revista Brasileira de Entomologia, São Paulo, 34
(1): 7-200.
Livros
HENNIG, W. 1981. Insect phylogeny. Chichester, John
Wiley, XX+514p.
Capítulo de livro
HULL, D.L. 1974. Darwinism and historiography, p. 388-402.
In: T.F. GLICK (Ed.). The comparative reception of
Darwinismo. Austin, University of Texas, IV+505p.
ENCAMINHAMENTO
Os artigos enviados à RBZool serão protocolados e
encaminhados para consultores. As cópias do artigo, com os
pareceres emitidos serão devolvidos ao autor correspondente
para considerar as sugestões. Estas cópias juntamente com a
versão corrigida do artigo impressa e o respectivo disquete,
devidamente identificado, deverão retornar à RBZool.
Alterações ou acréscimos aos artigos após esta fase poderão
ser recusados. Provas serão enviadas eletronicamente ao autor
correspondente.
SEPARATAS
Todos os artigos serão reproduzidos em 50
separatas, e enviadas gratuitamente ao autor correspondente.
Tiragem maior poderá ser atendida, mediante prévio acerto de
custos com o editor.
EXEMPLARES TESTEMUNHA
Quando apropriado, o manuscrito deve mencionar a
coleção da instituição onde podem ser encontrados os
exemplares que documentam a identificação taxonômica.
RESPONSABILIDADE
O teor gramatical, independente de idioma, e
científico dos artigos é de inteira responsabilidade do(s)
autor(es).
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