Da mesma forma, como há a intenção de agregar valor à produção e aumentar a renda
do agricultor, também há um desejo manifesto de construir novas organizações associativas,
capazes de at
ender aos propósitos da produção, industrialização e abastecimento.
A discussão para a busca de uma nova estrutura administrativa, precisa ser
encarada de frente. E qual seria a estrutura melhor, mais adequada? Quando
tivermos mais clareza do que realmente queremos alcançar com o associativismo, e
com o cooperativismo, não será difícil definir que mudanças precisamos implantar
na nossa estrutura associativa. Em termos de produção, por exemplo, entendemos
que o associativismo cumpre basicamente (ou deveria cumprir) dois papéis:
proporcionar uma produção com menor custo (via produção própria de insumos,
compra de insumos de terceiros em maior quantidade, e portanto com a
possibilidade de barganhar melhores preços, etc.) e por outro lado, obter um maior
retorn
o pela produção, seja industrializando, seja organizando a venda direta ao
consumidor, seja vendendo para distribuidores em maior volume e mais uma vez
barganhando melhor preço. Tendo essa clareza, é só usar a criatividade: qual seria a
estrutura que daria
conta desses objetivos. Por que não cooperativas municipais, das
quais fariam parte os condomínios, APSATs e demais organizações, na qualidade
de núcleos ou departamentos? (II ERPP, 1993).
Na década de 1980, através do Fundo Especial de Desenvolvimento da Pequena
Propriedade
FEAPER, do governo estadual, são incentivadas as associações, os
condomínios, os grupos, para organizar a produção e geração de renda para os agricultores,
especialmente na área do leite, suínos e grupos de máquinas. As associações, criadas fora das
estruturas cooperativas, constituem condição ou critério de acesso aos recursos
disponibilizados pelo fundo estadual. Elas buscam responder aos desafios do aperfeiçoamento
das atividades produtivas, racionalizar custos e estruturas físicas, aumentar e melhorar a
produção. Em resumo, buscar constituir formas de sobrevivência dos agricultores familiares.
A atuação destas associações detém
-
se principalmente na produção de suínos,
na exploração conjunta de máquinas e insumos, na conservação de solos, na
produção de leite, de hortigranjeiros e no desenvolvimento de outras atividades. A
formação destas associações, em sua quase totalidade, é suportada por recursos
provenientes de um programa específico do Governo do Estado, através do
FEAPER
Fundo Especial de Desenvolvimento da Pequena Propriedade. (...)
Destaca
-se que as associações, em sua quase totalidade, são criadas com objetivos
específicos dentro do complexo agroindustrial, ou seja, entre outros:
1) Racionalizar a estrutura de produção nas pequenas propriedades (terra,
instalações, máquinas, e outros);
2) Racionalização do uso da mão
-
de
-
obra e sua especialização;
3) Facilitar o repasse e utilização de novas tecnologias;