Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
AVALIAÇÃO DE PEPINEIRO ENXERTADO EM DIFERENTES AMBIENTES
RERISON CATARINO DA HORA
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu,
para obtenção do título de Doutor em
Agronomia – Programa de Pós-Graduação em
Agronomia (Horticultura).
BOTUCATU - SP
Setembro – 2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
AVALIAÇÃO DE PEPINEIRO ENXERTADO EM DIFERENTES AMBIENTES
RERISON CATARINO DA HORA
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
. Rumy Goto
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da Unesp - Campus de Botucatu,
para obtenção do título de Doutor em
Agronomia – Programa de Pós-Graduação em
Agronomia (Horticultura).
BOTUCATU - SP
Setembro - 2006
ads:
III
D
E
D
I
C
O
À minha amada e querida família
Luiz Catarino da Hora, meu pai e herói e a
Eunice Angélica de Matos Catarino, minha mãe e Luz guia
e aos meus irmãos
Ricardo Matos Catarino e Régis Catarino da Hora
Ao meu filho,
Eduardo Oliveira Catarino da Hora
pela alegria da sua presença em minha vida
e a Milena meu grande amor
pelo lindo filho que me deu
O
F
E
R
E
Ç
O
IV
AGRADECIMENTOS
À DEUS, que me abençoou e consentiu que mais este trabalho se tornasse uma
realidade, permitindo que eu conquistasse essa nova etapa em minha vida.
À minha orientadora Rumy Goto faço um agradecimento especial e manifesto aqui
minha eterna gratidão e admiração pela dedicação e companheirismo. Agradeço ainda, pela
experiência de vida profissional e todos os ensinamentos que ela me ofertou e registro ainda,
meu respeito e a certeza da sua importância no profissional que me tornei.
Ao meu braço direito Luis Alfredo Rauer Demant que lutou junto comigo para levar
este ensaio até o final deixo um muitíssimo obrigado.
Ao meu ex-orientador e também amigo Prof. Dr. Max José de Araújo Faria Júnior,
pelo incentivo a continuar buscando novas conquistas e entre elas, a continuidade na vida
acadêmica.
A todos os professores (as) e funcionários da FCA que contribuíram na minha formação
como Doutor e que direta ou indiretamente participaram na realização deste trabalho, deixo, o
meu muito obrigado e levo comigo seus ensinamentos e amizades.
Deixo também um agradecimento especial a todos os funcionários da Biblioteca, pela
paciência e dedicação durante esses anos em que fiz parte da família FCA.
Agradeço também, a meus amigos da Pós-graduação, pela amizade e entre estes, o meu
grande amigo Gaúcho” Rubem Marcos de Oliveira Brizola e Luis Felipe Purquerio que
me acolheram em suas casas quando cheguei em Botucatu. Deixo ainda um abraço aos amigos
Marco Tecchio, Claudinei (Pancada) e Ulises.
E ao meu amigo, irmão e grande companheiro Tiago Matosinho Correia, pela eterna
amizade.
A FCA/UNESP e a cidade de Botucatu deixo gravado em minhas lembranças, sua
acolhida e, defendo com eterno amor e gratidão, suas histórias e competência em formar
grandes profissionais.
V
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS........................................................................................
LISTA DE FIGURAS..........................................................................................
RESUMO ............................................................................................................
SUMMARY ......................................................................................................
1 INTRODUÇÃO................................................................................................
2 REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................
2.1 A cultura do pepineiro ..............................................................................
2.2 Exigências climáticas do pepineiro ...........................................................
2.3 Uso da enxertia na cultura do pepineiro.....................................................
2.4 Uso de ambiente protegido na cultura do pepineiro ..................................
3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................
3.1 Caracterização da área experimental.........................................................
3.2 Caracterização do experimento................................................................
3.3 Instalação e condução do experimento ....................................................
3.4 Avaliações ................................................................................................
3.4.1 Avaliação agroclimatológica .........................................................
3.4.2 Avaliações fitotécnicas ...............................................................
3.4.3 Taxa de assimilatória de CO
2
.......................................................
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................
4.1 Avaliações microclimatológica ................................................................
4.1.1 Variação da radiação global ........................................................
4.1.2 Variações da radiação fotossinteticamente ativa (PAR).............
4.1.3 Temperatura do ar.......................................................................
Página
VII
IX
1
2
3
5
5
6
8
11
16
16
17
22
24
24
24
25
26
26
26
31
34
VI
4.2.3 Umidade relativa do ar ................................................................
4.2 Avaliação fitotécnica ................................................................................
4.2.1 Medidas de crescimento ..................................................................
4.2.1.1 Comprimento, diâmetro e número médio de internódios da haste
principal de plantas, área foliar e taxa assimilatória de CO
2
...........................
4.2.2 Produção, número total e comerciável dos frutos ...........................
5 CONCLUSÕES................................................................................................
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................
37
41
41
41
51
55
57
VII
LISTA DE QUADROS
Quadro Página
1
2
3
4
5
6
7
8
Resultado das análises de fertilidade do solo da área experimental, na camada de 0 a
0,20 m. Botucatu (SP), 2004 ............................................................................................
Esquema de análise de variância proposto para o ensaio ................................................
Valores médios de comprimento da haste principal, obtidos para os híbridos de pepino
Tsuyataro e Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes ambientes de
cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005 .......................................................................
Médias de plantas dentro do fator ambientes e dentro do fator híbridos, para o
comprimento médio, obtido aos 15 dias após o transplante. São Manuel (SP), 2005......
Valores médios de diâmetro da haste principal, obtidos para os híbridos de pepino
Tsuyataro e Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes ambientes de
cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005. ......................................................................
Médias de plantas dentro do fator híbridos e do fator ambientes, para o diâmetro
médio da haste principal, obtido aos 15 e 30 dias após o transplante, respectivamente.
São Manuel (SP), 2005.....................................................................................................
Valores médios de número de internódios, obtidos para os bridos de pepino
Tsuyataro e Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes ambientes de
cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005 .......................................................................
Interação de mudas dentro de ambientes para o número médio de internódios, obtido
aos 30 dias após o transplante. São Manuel (SP), 2005 ...................................................
17
21
42
43
44
45
46
47
VIII
9
10
11
12
Valores médios de área foliar (dm
2
), obtidos para os híbridos de pepino, Tsuyataro e
Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes ambientes de cultivo
protegido. São Manuel (SP), 2005....................................................................................
Valores médios de taxa assimilatória de CO
2
para os híbridos de pepino Tsuyataro e
Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes ambientes de cultivo
protegido. São Manuel (SP), 2005....................................................................................
Valores médios de produção (kg/m
2
) e número de frutos/m
2
, obtidos para os híbridos
de pepino, Tsuyataro e Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes
ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005..................................................
Número de plantas com presença de afídios e com sintomas de virose ao final do ciclo
da cultura do pepineiro, conduzido com e sem enxertia, em diferentes ambientes de
cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005........................................................................
48
49
52
54
IX
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
1
2
3
4
5
6
7
8
A
1
Filme de PEBD térmico difusor de luz de 120 micras e tela anti- afídica nas
laterais .............................................................................................................................
A
2
Filme de PEBD aditivado anti-virus de 150 micras com tela de sombreamento
(50%) nas laterais............................................................................................................
A
3
Filme de PEBD térmico difusor de luz de 150 micras com tela sombreamento
(50%) nas laterais + tratamento químico.........................................................................
A
4
Filme de PEBD aditivado de 120micras utilizando cobertura de palha de arroz nos
canteiros e tela de sombreamento (50%) nas laterais......................................................
Ambiente com produção em Campo Aberto...................................................................
Variação da radiação global (MJ m
-2
dia
-1
) obtidos em campo aberto e em quatro
ambientes protegidos, A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som.
50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/ Som.
50%), de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP) ......................................................
Variação pluviométrica (A) e valor acumulado de precipitação (B), registrado em
campo aberto de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP)...........................................
Estimativas dos totais diários de radiação global (MJ m
-2
) obtidos nos quatro
ambientes protegidos, A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som.
50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/ Som.
50%), em função dos totais diários de radiação global registrados em campo aberto
de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP)..................................................................
19
19
20
20
21
27
29
30
X
9
10
11
12
13
Variação da radiação fotossinteticamente Ativa (MJ m
-2
dia
-1
) obtidos em campo
aberto e em quatro ambientes protegidos, A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD
150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado
de 120µm/ Som. 50%), de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP)............................
Estimativas dos totais diários de radiação fotossinteticamente ativa ( MJ m
2
), em
função dos totais diários de radiação global registrados em cada ambiente de cultivo,
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm
TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/ Som. 50%), de 29/04 a 05/07
2005, em São Manuel (SP)..............................................................................................
Variação das temperaturas máximas (A), médias (B) e mínimas (C), obtidas para
campo aberto e quatro ambientes de cultivo protegido, de 29/04 a 05/07/2005, em
São Manuel (SP). ............................................................................................................
Variação das umidades relativas máximas (A), médias (B) e mínimas (C), obtidas
para campo aberto e quatro ambientes de cultivo protegido de 29/04 a 05/07/2005,
em São Manuel (SP)........................................................................................................
Curva de assimilação líquida sob diferentes concentrações em ppm de CO
2
para os
híbridos de pepino Tsuyataro e Natsuhikari em franco e enxertados sobre porta
enxerto de abóbora Shelper cultivados em ambientes protegidos. São Manuel (SP),
2005.................................................................................................................................
32
33
35
39
50
1
RESUMO
O trabalho foi desenvolvido de março a julho de 2005, na Fazenda
Experimental São Manuel, da Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP, Campus de
Botucatu. Nesse estudo, avaliou-se a influência da enxertia em plantas de pepino e do uso de
diferentes filmes de polietileno na cobertura de abrigos para cultivo protegido, na produção,
desenvolvimento, taxa assimilatória de CO
2
, e ataque de insetos vetores de viroses. Foram
estudados dois híbridos de pepino (Tsuyataro e Natsuhikari) com e sem enxertia, em que os
tratamentos constaram de cinco ambientes quatro, com diferentes materiais de cobertura e
fechamento lateral e o campo aberto. Adotou-se o delineamento em blocos ao acaso, num
esquema experimental em fatorial 5x2x2, modelo fixo e análise de variância para grupo de
experimentos, com quatro repetições por ambiente. Foram realizadas avaliações de crescimento,
microclimatológica e de taxa assimilatória de CO
2
. Verificou-se que os diferentes materiais de
cobertura não contribuiram para grandes amplitudes, entre si, no fornecimento da radiação
global e fotossinteticamente ativa no interior dos ambientes. Houve incremento nos valores de
temperatura nos ambientes em comparação ao campo aberto. As medidas de crescimento bem
como a produção e número de frutos total e comerciável sofreram interferência dos ambientes,
sendo que as plantas cultivadas em campo aberto apresentaram os menores valores. O híbrido
Tsuyataro apresentou maiores índices de produtividade, porém, a enxertia não favoreceu esta
característica independentemente do híbrido utilizado.
2
EVALUATION OF GRAFTED CUCUMBER IN DIFFERENT ENVIRONMENTS
Botucatu, 2006. 69p. Thesis (Doctorate in Agronomy Program of Post Graduation in
Agronomy (Horticulture) – College of Agronomy Sciences at Paulista State University.
Author: Hora, Rerison Catarino da
Adviser: Prof. Dr. Goto, Rumy
ABSTRACT
This study was developed from March to July 2005, at São Manuel Experimental Farm, of the
College of Agronomy Sciences/UNESP, Botucatu, SP, campus. This study evaluated the
influence of grafting in cucumber bushes and the use of different polyethylene films on the
covering of shelters for protected cucumber growing, on the aspects of production,
development, CO2 assimilation rate, and insect attacks that are viruses vector. Two hybrids of
cucumber (Tsuyutaro and Natsuhikary) with or without grafting, in which the treatments
showed up five environments four with different coverture materials and side closing, and
open field. A lineaub in block, at random, at an experimental scheme in 5X2X2 factorial, fixed
model and variation analysis for the experiment group, with four repetitions at each
environment. Growth evaluation, micro-climatology, and CO 2 assimalation rate were
performed. It was presented that different covering materials did not contribute for great
amplitude, among themselves, on the global radiation supply and photosyntetically active in the
inside of the environments. There was na increase on the values of environmental temperature
comparing to the open field. Measurement of growing as well as production and number of total
fruits and trading suffered interferences from the environment, while plants grown in open field
presented smaller values. Tsuyataro hybrid showed large index of productivity, however
grafting didn’t benefit this characteristic, independently of the used hybrid.
Key words: grafting influence, polyethylene film, grafting, hybrid
3
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, as cucurbitáceas vêm apresentando um incremento na
produção e conseqüentemente no volume comercializado, com grande representatividade no
total de hortaliças comercializadas na CEAGESP. Dentre as espécies que compõe essa família,
o pepineiro (Cucumis sativus L.), tem crescido em importância econômica, nos últimos anos,
colocando-se, entre as hortaliças mais cultivadas no Brasil, principalmente por apresentar um
fruto de fácil preparo na culinária e rico em zinco com propriedades voltadas ao tratamento de
pele.
No ano de 2003, somente no CEAGESP de São Paulo, foram
comercializadas mais de 43 mil toneladas de pepino, tendo aquele, popularmente, chamado de
comum (aodai), participado com 60% desse valor (Anuário da agricultura brasileira, 2005).
Por ser uma planta de origem subtropical apresenta sensibilidade a
baixas temperaturas. Característica que sugere a utilização de ambientes protegidos no seu
processo produtivo, principalmente, aos pequenos e médios produtores, que são favorecidos
pelo cultivo intensivo, alta produtividade e possibilidade de produzir em épocas que,
normalmente, seriam impróprias para a cultura.
O grande objetivo do emprego destas estruturas de proteção está na
manutenção dos fatores de crescimento das plantas (luz, temperatura, umidade e CO
2
) em níveis
adequados. O sistema proporciona as condições satisfatórias de desenvolvimento e de produção
4
às culturas ao longo do ano, características que tem possibilitado a obtenção de rendimentos
muito superiores àqueles verificados em campo aberto, para a maioria dos produtos hortícolas.
Além disso, promove a redução, de forma marcante, os riscos de insucessos, resultante da
proteção física oferecida às plantas, mas, sobretudo das alterações microclimáticas obtidas com
a utilização dos abrigos (Faria Junior 2001).
O ambiente interno dos abrigos, naqueles casos em que não se faz uso
de outras estratégias de condicionamento ambiental (calefação ou resfriamento, ventilação
forçada e iluminação artificial, entre outros), é fortemente dependente das condições
meteorológicas externas e de aspectos relacionados ao seu projeto de construção, do tipo de
material empregado na cobertura e o seu grau de intemperismo, bem como da espécie cultivada.
No Brasil, alguns produtores de hortaliças vêm cultivando intensamente
o pepineiro em ambientes protegidos desde a década de 80. Essa prática, apesar de ter
contribuído para o aumento da produtividade e qualidade, trouxe problemas relacionados à
incidência de doenças ocasionadas por fungos de solo e infestação de nematóides, bem como
níveis de salinidade do solo, impraticáveis para algumas culturas, levando os produtores a
recorrerem a novos sistemas de produção, adotando, em alguns casos, a enxertia sobre materiais
resistentes, como uma solução a curto prazo.
Os trabalhos desenvolvidos com enxertia em hortaliças, tem buscado
solucionar problemas relacionados a doenças causadas por patógenos de solo e desequilíbrios
nutricionais, apontados pelos produtores como uma das maiores dificuldades no cultivo dessas
espécies. Na produção de cucurbitáceas em ambiente protegido, esta técnica tem sido
considerada, atualmente, como um método alternativo de produção, visando diminuir os riscos
de insucesso, além de proporcionar efeitos positivos na qualidade dos frutos de pepino, que
perdem a cerosidade característica, quando as plantas são enxertadas em porta-enxertos
específicos, melhorando a aparência com ganhos significativos no valor comercial (Kawaide,
1985; Fujieda, 1986 e Cañizares & Goto, 1998).
O presente trabalho teve por objetivo estudar a influência no
desenvolvimento de plantas de pepineiro (Cucumis sativus L.) com e sem enxertia, cultivadas
em cinco diferentes ambientes, em relação à produtividade e qualidade dos frutos bem como as
características fitotécnicas e fisiológicas das plantas para a região de Botucatu (SP).
5
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A cultura do pepineiro
Originário da Ásia, o pepineiro (Cucumis sativus L.), vem sendo
cultivado na Índia mais de 3000 anos, colocando o continente em posição de destaque, como
a maior região produtora de pepino no mundo, detendo cerca de 73% da produção mundial,
sendo a China, individualmente, responsável por 42% desse valor (Fontes & Puiatti, 2005).
Planta da família das Cucurbitáceas, o pepineiro é cultivado em
praticamente todas as regiões do mundo, constituindo-se numa importante fonte de alimento,
porém, com pouca expressão nutricional. De acordo com Luengo (2000), o elemento em maior
quantidade em relação a outras hortaliças é o zinco, com 5,9 mg em 100 g de fruto, que 97%
de sua composição é água. Família com grande número de representantes possui, ainda além das
hortaliças, algumas espécies cuja utilização vai desde utensílios domésticos a plantas
ornamentais.
Entre as inúmeras espécies cultivadas na América Latina, destacam-se
como as de maior importância econômica: a melancia (Citrullus lanatus L.), pepino (Cucumis
sativus L.), maxixe (C. anguria), melão (C. melo), moranga (Cucurbita maxima), abóbora
rasteira (C. moschata), abobrinha (C. pepo), chuchu (Sechium edule) e ainda a cuia ou porongo
(Lagenaria siceraria) e a bucha (Luffa cylindrica) classificadas como espécies de menor
importância econômica (Queiroz, 1993; Stadnik et al., 2001).
6
A planta de pepino é herbácea, provida de gavinhas, com internódios
longos e finos e crescimento indeterminado. As folhas são grandes, alternadas e cordiformes, tri
ou penta lobadas e ásperas. O sistema radicular é axilar, com distribuição de 98% na camada
superficial, localizado até 30 cm de profundidade e 2 m de extensão lateral. As flores
masculinas têm pedúnculo muito curto e se localizam em grupos, enquanto as femininas
ocorrem geralmente isoladas, nas axilas foliares (Fontes & Lima, 1992).
Com relação à expressão sexual, a planta é monóica, com flores
masculinas e femininas de polinização cruzada. Embora o caráter monóico seja predominante,
também existem muitas cultivares ginóicas (com tendência à partenocarpia) as quais são
recomendadas para cultivo em ambiente protegido, devido à dificuldade da visita do inseto
polinizador, além de serem mais produtivas que as monóicas (Fontes & Puiatti, 2005).
O fruto é uma baga, de formato cilíndrico com 3 a 5 lóculos, sendo mais
comum o fruto trilocular. Sua coloração varia de verde-claro a verde-escuro e, no caso de frutos
derivados de plantas enxertadas, são brilhantes. Apresenta acúleos de coloração escura ou
branca tendo, a cor branca, relação direta à maior resistência ao amarelecimento em pós-
colheita. Atualmente, a cultura está reunida em quatro grupos ou tipos: Tipo Caipira, frutos com
10 a 16 cm, verde claro e manchas escuras na região do pedúnculo; Tipo Aodai ou comum,
frutos maiores (20-25 cm) verde escuro pronunciado, com acúleos brancos; Tipo Industrial,
frutos curtos (5-9 cm) verde-claro ou verde escuro, utilizados na fabricação de picles; e Tipo
Japonês, os quais são frutos finos e alongados (20 a 30 cm), escuros e brilhantes quando
enxertados, com acúleos brancos (Filgueira, 2000) e maior valor comercial, restando a inda o
Tipo Holandês, também caracterizado por apresentar frutos curtos e sem sementes.
2.2 Exigências climáticas do pepineiro
O pepineiro é uma espécie de clima quente, não se adaptando ao cultivo
em baixas temperaturas. Portanto, deve ser cultivado em épocas ou locais onde a temperatura
durante o ciclo oscile entre 20 e 30
0
C. Abaixo de 20
0
C, a absorção de nutrientes e de água pelo
sistema radicular é afetada. Abaixo de 16 e acima de 32
0
C, a planta não se desenvolve
7
adequadamente e redução significativa do mero de flores femininas e, conseqüentemente,
da produção de frutos (Fontes & Puiatti, 2005; Brandão Filho & Callegari, 1999).
De acordo com Filgueira (2000), a cultura é de clima quente, adaptando-
se a temperaturas amenas, porém sendo prejudicada pelo frio e destruída pela geada. Em
cultivos de outono-inverno, o fotoperíodo mais curto, juntamente com a baixa intensidade
luminosa e as temperaturas noturnas amenas, estimulam a formação de flores femininas,
elevando a produtividade de cultivares monóicas.
Em casos de semeadura direta, para que haja uma germinação mais
rápida e uniforme, é necessário que a temperatura do solo esteja entre 25 e 30
0
C, com limite
mínimo de 12
0
C. Abaixo dessa temperatura, pode haver amarelecimento e paralisação do
crescimento da planta. Na fase de maturação dos frutos, temperaturas diurnas entre 27 e 28
0
C e
noturnas entre 18 e 19
0
C, determinam um ótimo crescimento dos mesmos, porém, quando
associada à condição de dias longos, induzem o surgimento de flores masculinas (Goto, s.d.).
No entanto, para Vieira et al. (1992), a temperatura do ar não parece ser o único parâmetro
determinante da duração do ciclo da cultura do pepineiro.
Em relação à umidade relativa do ar, a cultura do pepineiro requer
geralmente umidades altas, entre 70 e 90% (Brandão Filho & Callegari, 1999). Acima desses
valores pode ocorrer a diminuição da floração. Além disso, a planta é extremamente exigente
em aeração do solo, o que torna ainda mais importante o bom manejo da água, evitando
encharcamentos e deficiência hídrica. Porém, Stadnik et al. (2001), descrevem que condições
ambientais com umidades relativas do ar baixas são favoráveis ao desenvolvimento e
esporulação de doenças fúngicas como o oídio do gênero Erysiphe cichoracearum DC. ex
Mérat, enquanto que o nero Sphaerotheca fuliginea (Schlecht. Ex. Fr.), freqüentemente
encontrado em cultivo protegido, requer umidades mais elevadas, em condições de
sombreamento. Os autores ainda descrevem que algumas espécies economicamente
importantes, como a abóbora, melão e o pepino, são mais afetadas por este fungo. O fungo
infecta folhas, jovens resultando em clorose geral, diminuindo a produção de assimilados e,
conseqüentemente, a produtividade, podendo levar à planta a morte.
Na busca de soluções para minimizar os problemas edafoclimáticos no
cultivo dessa hortaliça o uso de ambiente protegido e a prática da enxertia utilizando-se porta-
enxertos tolerantes a variações térmicas do solo, conferindo ganhos significativos de
8
produtividade, tornou-se uma realidade, com necessidades de resultados científicos
comprovando sua eficiência.
2.3 Uso da enxertia na cultura do pepineiro
De acordo com Miguel (1997) a utilização da enxertia em plantas
lenhosas é conhecida pelos chineses mais de 3000 anos e Aristóteles (384-322 a.C.) em sua
obra, já fazia referências à utilização da técnica, na época do Império Romano.
Na literatura, referências da utilização desta técnica no Japão e na
Coréia, na cultura da melancia, desde 1920 (Kawaide, 1985) e na Europa, desde 1947, entre os
horticultores holandeses (Miguel, 1997). Para as culturas de melão e pepino a intensificação do
uso da técnica deu-se em meados das décadas de 50 e 60, respectivamente (Kawaide, 1985).
Uma das finalidades do uso do enxerto é evitar o contato direto das
plantas mais sensíveis ou menos resistentes com solos contaminados, conferindo, ao enxerto
susceptível, condições favoráveis ao seu desenvolvimento e oferecendo ao produtor uma
alternativa de uso para áreas infectadas.
De acordo com Oda (1995), no Japão, em 72% da área cultivada com a
cultura do pepino, utiliza-se muda enxertada. Outrossim, vários trabalhos têm demonstrado que
a enxertia em hortaliças de frutos tem aumentado a tolerância a temperaturas extremas,
salinidade, excesso de água no solo e vigor, diminuindo, ainda, as desordens fisiológicas
(Liebig, 1985; Lee, 1989; Nomura, 1992; Oda et al., 1993; Oda, 1995). No entanto, alguns
cuidados devem ser observados no exercício da técnica, principalmente no que se refere à
temperatura e a umidade relativa do ar, que têm grande importância no sucesso da enxertia, o
diâmetro entre enxerto e porta-enxerto e na compatibilidade entre espécies. Na formação do
calo, Miguel (1997) recomenda manter os enxertos entre 25 e 26
o
C durante a fase de união,
sendo as temperaturas inferiores a 15 ou superiores a 32
o
C prejudiciais ao contato entre as
plantas.
Outro fator importante para se obter sucesso na técnica é observar o
número de feixes vasculares entre o enxerto e o porta-enxerto e o grau de compatibilidade entre
as espécies. Oda et al. (1993) avaliaram plantas de pepino (com seis feixes vasculares)
9
enxertadas sobre dois porta-enxertos de C. moschata (com seis feixes vasculares) e C. maxima
(com 12 feixes vasculares), concluindo que o aumento no número de conexões vasculares não
foi o principal fator para a taxa de sobrevivência de mudas, que o pegamento foi maior em C.
moschata que em C. maxima.
Na busca do aprimoramento da técnica, Stripari et al. (1997), com
objetivo de verificar a qualidade das mudas de pepino para enxertia, estudaram o intervalo de
semeadura (3, 4, 5 e 6 dias) entre o enxerto (pepino) e o porta enxerto (abóbora). Foram
avaliados diâmetro, sobrevivência, número de folhas verdadeiras e altura das mudas,
concluindo-se que a diferença em diâmetro não interferiu na sobrevivência das mudas, contudo,
foram obtidas mudas de melhor qualidade com cinco e seis dias de intervalo.
O método de enxertia o mais utilizado em cucurbitáceas é o da encostia,
em que são mantidos os sistemas radiculares tanto no porta-enxerto como no enxerto até que
ocorra a total conexão dos vasos (Yamakawa, 1982; Kawaide, 1985; Morita, 1988). Esse
método é mais usado entre os produtores de mudas, devido à praticidade e rapidez no processo,
com ganhos significativos no pegamento. Porém, uma modificação seria o que Miguel (1997)
descreve como “dakitsugi”, em que o enxerto é colocado no corte feito entre as folhas
cotiledonares do porta-enxerto (abóbora).
Outro ganho significativo com o uso da enxertia em hortaliças está na
eficiência de alguns porta-enxertos no incremento de produtividade em áreas com presença de
patógenos de solo, nematóides e com distúrbios nutricionais e fisiológicos principalmente
ocorridos em áreas de cultivo protegido. Esses fatores, levaram à valorização do uso da enxertia
bem como a adoção da técnica (Oda, 1995), principalmente devido à rapidez no controle
alternativo das doenças de solo, além das vantagens de se manter as características dos
genótipos utilizados como enxerto (Kobori, 1994) em sua maioria susceptíveis aos patógenos de
solo. Porém, algumas mudanças morfológicas ou fisiológicas podem ser induzidas pelo porta-
enxerto e transmitidas para o enxerto, características que, de acordo com Zaiter et al. (1987),
também podem ser influenciadas pela temperatura.
Algumas dessas mudanças foram observadas nas culturas de tomateiro,
pimentão, berinjela, poinsetia e pepino, como por exemplo, a qualidade dos frutos (Lee, 1994;
Oda, 1995; Matsuzoe et al., 1996); desenvolvimento de plantas (Macedo Junior, 1998; Oliveira
Filho, 1999); nível de capsaicina (Yagishita et al., 1985), produtividade, conteúdo de açúcar e
10
sabor (Lee, 1994; Oda, 1995; Macedo Junior, 1998; Oliveira Filho 1999); promoção e inibição
de ramificações (Stimart, 1983), promoção de florescimento (Nienhuis & Lower, 1979;
Friedlander et al., 1977) e expressão de sexo.
Friedlander et al. (1977) realizaram enxertia entre diferentes genótipos
de plantas de pepino e observaram que o porta enxerto causou mudanças consideráveis na
expressão sexual do enxerto, possivelmente pelas substâncias reguladoras da floração
provenientes do porta enxerto. Esses resultados sugeriram o estudo do exudado concentrado no
ponto da enxertia para determinar a concentração de substâncias reguladoras do sexo, ou seja, o
caráter monóico ou ginóico do porta-enxerto interferindo no padrão de florescimento do
enxerto. Os autores afirmaram que, uma planta monóica quando enxertada sobre outra monóica,
tende à produção de flores femininas ao invés de masculinas, tendo em vista algumas alterações
nos reguladores da expressão sexual do porta-enxerto.
Takahashi et al. (1982), também realizaram estudos avaliando a
interação e o efeito do fotoperíodo na enxertia de cucurbitáceas monóicas, utilizando espécie
silvestre de fotoperíodo curto, Sicyos angulatus L., que foi enxertada sobre quatro diferentes
cultivares de C.s sativus L. e sobre L. cylindrica R. cv. Onaga. Os autores observaram que, em
fotoperíodos longos, Sicyos angulatus não enxertado cresceu vegetativamente e a floração
ocorreu quando as plantas foram enxertadas, sugerindo em Sicyo enxertado, que a floração
possivelmente foi induzida pela expressão sexual do porta-enxerto.
No Brasil, as primeiras pesquisas com enxertia em hortaliças surgiram
com trabalhos relacionados à tolerância e resistência a doenças e efeitos da enxertia na
qualidade e produtividade em plantas de tomate, onde se observou níveis de resistência, entre
diferentes porta-enxertos, a Verticillium dahliae (Kobori, 1994) e à Phytophthora capsici em
pimentão (Kobori, 1999).
Cañizares & Goto (1998), Goto et al. (1999) e Macedo Junior (1998)
observaram aumento da produção em plantas de pepino enxertadas em função do porta-enxerto
utilizado e do uso da fertirrigação. Os resultados foram discordantes dos verificados por
FONSECA (1998), que encontrou menores produções em plantas enxertadas, quando trabalhou
com cobertura plástica de solo.
Quanto à qualidade de frutos de pepino, Cañizares & Goto (1997; 1998)
afirmaram que os frutos de plantas enxertadas em porta-enxertos específicos, perderam a
11
cerosidade, ganhando um brilho característico e, conseqüentemente, valor comercial
diferenciado.
Blanco (1999) ao investigar a tolerância à salinidade em ambientes
protegidos, concluiu que o nível de salinidade fez reduzir o número de frutos comerciais,
quando avaliou a interação entre enxertia e ambiente de cultivo em plantas de pepino
enxertadas.
Em síntese, a enxertia em hortaliças apresenta inúmeras vantagens,
principalmente em alguns casos onde ocorrem problemas crônicos de patógenos disseminados
pelo solo. O custo - benefício pode viabilizar e até reduzir custos de produção se as técnicas e
experiências forem adquiridas e assimiladas. Porém, necessidade de maiores estudos sobre o
desempenho dos porta-enxertos, compatibilidade, produtividade, resistência e tolerância a
doenças e ao calor (Kobori, 1999).
2.4 Uso de ambiente protegido na cultura do pepineiro
O cultivo em ambiente protegido é importante ferramenta para superar
limitações climáticas, especialmente considerando sua eficiência quanto à captação da energia
radiante e aproveitamento, pelas culturas, da temperatura, água e nutrientes disponíveis.
Todavia, o emprego de estruturas de proteção às plantas envolve custos consideráveis e, desse
modo, o que se espera é que as áreas cobertas sejam intensivamente utilizadas e a relação
custo/benefício seja otimizada pelo uso de técnicas adequadas.
A produção de pepino em ambiente protegido vem se difundindo rapidamente, no Brasil,
em função da maior proteção oferecida às plantas, com significativa redução na incidência de
viroses, no verão, bem como pelo maior controle ambiental, reduzindo os riscos de insucesso na
produção de entressafra, no inverno, com conseqüente elevação dos níveis de produtividade, em
relação ao cultivo em campo aberto, como discutido por Faria Junior (1997), Brandão Filho &
Callegari (1999), trazendo grandes benefícios para pequenos e médios produtores. Vários
trabalhos vêm relatando aumentos significativos de produção de pepino nessas estruturas
(Salvetti, 1983; Faria Júnior, 1994; Lopez-Galvez, 1995; Souza, 1999). De acordo com Trani et
12
al. (1997), o cultivo protegido, para hortaliças como tomate, alface e pepino, proporciona um
aumento de produtividade média, superior a 50% quando comparadas ao cultivo a campo.
Reis et al. (1992), estudando a influencia da temperatura do ar sobre a
produção de pepino, cultivado em ambiente protegido comparativamente ao cultivo em campo
aberto, observaram um incremento de produtividade de 48,5% no plantio protegido, refletindo
mais uma vez, a eficiência dessas estruturas quanto ao ganho em produtividade. Resultados
satisfatórios, também foram obtidos por Oliveira et al. (1995), quando avaliaram o desempenho
de três híbridos de pepino produzidos a campo e em cultivo protegido. Verificaram aumento
significativo de produção por planta para todos os híbridos, quando cultivados sob proteção,
alcançando valores de 80% para o híbrido caipira e 55% para o ‘Rio Verde’.
Cultivar em ambientes protegidos, por sua vez, requer, o conhecimento
de noções básicas sobre o material plástico utilizado (Siqueira, s.d.), uma vez que as condições
ambientais durante o período reprodutivo das plantas, em combinação com as práticas
fitotécnicas, determinam, principalmente, a velocidade de diferenciação floral e a duração do
período vegetativo, afetando o desenvolvimento da inflorescência e do sistema fotossintético,
fatores estes, dependentes do índice de área foliar e da duração do sistema fotossintetizador,
características fundamentais para o cultivo em estufa, em função das suas condições ambientais
(Martins et al., 1999). De acordo com os mesmos autores, o incremento de calor no interior dos
ambientes protegidos (efeito estufa) depende basicamente do balanço de energia, determinado
pelos processos de reflexão, absorção e transmitância em ambas as faces da cobertura plástica
utilizada. Os fluxos de energia são resultantes desses processos, dependentes das características
óticas, térmicas e mecânicas do plástico. Influenciando ainda o ângulo de incidência da radiação
solar, a superfície exposta, o volume e as condições internas e externas do ambiente, a cobertura
de solo e tipo de cultura. Um exemplo é o uso de estruturas modelo arco, que por sua forma
autoportante, oferece grande resistência ao vento, e seu teto abaulado pode promover um
excelente aproveitamento da energia solar, além de permitir facilidade de fixação do filme
plástico e troca rápida (Sganzerla, 1995). No entanto, as propriedades dos materiais comumente
empregados na cobertura (vidro, plásticos rígidos estruturados, filmes plásticos de diversas
natureza, telas plásticas) apresentam distintas transmitâncias aos diferentes comprimentos de
onda, como estudado por Duncan & Walker (1975), Godbey et al. (1979), Nijskens et al.
(1985), burek et al. (1989), Yates (1989), Bliska Júnior & Honório (1994), Günay (1994),
13
Pollet & Pieters (1999), Kittas et al. (1999) e Cohen & Fuchs (1999). Além disso, no que se
refere aos materiais plásticos, podem ter sua transmissividade reduzida com o tempo de uso, em
função de degradação, como detalhadamente discutido por Dilara & Briassoulis (2000).
Um aspecto distinto do cultivo protegido, comparado àquele em campo
aberto, é a exisncia de uma barreira entre a cultura e o ambiente externo. A presença de uma
cobertura causa alterações deseveis e indesejáveis nas condões cliticas, em relação à área
externa: a radiação e a movimentação do ar são reduzidas, a temperatura e a pressão de vapor da
água aumentam e as flutuões nas concentrações de dióxido de carbono são muito mais sensíveis.
Cada uma destas alterações tem seu próprio impacto no crescimento, produção e qualidade das
culturas conduzidas em abrigos, algumas delas sendo detrimentais (Bakker, 1995).
Nos abrigos para cultivo protegido, os fatores cliticos o alterados em
maior ou menor escala, em função de caractesticas espeficas de cada estrutura, tais como a
arquitetura (Castilla et al., 1990; López-Galvez et al., 1991; Grodzky et al., 1991; Castilla &
López-Galvez, 1994; Li, 1995 e Silva, 1997), material de cobertura (Nijskens et al., 1985; Burek et
al., 1989; Giacomelli & Roberts, 1993; Bliska Junior. & Honório, 1994), orientação do abrigo e
latitude do local (Serrano Cermeño, 1990 e Serrano Cermeño, 1994), dimensões (Robledo de
Pedro & Martin Vicente, 1988; Hanan, 1998) e condições de ventilão (Castilla & López-Galvez,
1994; Fuchs et al., 1997’; Teitel & Tanny, 1999).
A caracterização do ambiente formado no interior das estruturas de
proteção, através do levantamento de alguns fatores agrometeorogicos, é de grande imporncia.
Essa caracterização auxilia no reconhecimento de quais limitações, as culturas estarão sujeitas e
quais medidas deverão ser tomadas no manejo dos abrigos, para otimização do desenvolvimento e
produção (Bogiani, 2003).
De acordo com Martins et al. (1999) e Fontes & Silva (2005), a radiação
solar é o principal fator que limita o rendimento das espécies tanto a campo, como em
ambientes protegidos, citando como limite trófico para as culturas e, assim, para a produção de
assimilados e, por conseguinte para sua mantença, uma energia radiante próxima de
8,4 MJ.m
-2
.dia
-1
, descrevendo que para culturas como tomate e pepino, a redução de 1% de
iluminação supõe redução de 1% na produção. Outrossim, Papadakis et al. (2000) relataram que
radião solar é fundamental para o crescimento das plantas, por ser necessária para a fotossíntese,
processo sico da produção vegetal, e por se constituir no principal fator que afeta a transpiração,
14
confirmando ganhos na produtividade para algumas culturas com o incremento na disponibilidade
de radião. No entanto, essa regra é verdadeira somente quando os níveis de saturação nos
cloroplastos o são alcançados. Dessa forma, o nível de radião no interior dos abrigos é
determinante nos resultados esperados em termos de produção, e pequenas alterações na
transmissividade, ou transmincia, poderão ter efeito significativo no desenvolvimento das
plantas.
Entre outros exemplos de alterões promovidas pelo ambiente de cultivo,
tem-se a temperatura que interfere em processos vitais dos vegetais (transpiração, respirão,
fotossíntese, germinação, crescimento, florescimento e frutificação). Assim, a amplitude de
temperaturas, para o cultivo protegido é relativamente estreita para a maioria das culturas. A
umidade do ar, por sua vez, tem grande influência nos processos transpiratórios, no crescimento
dos tecidos, na fecundão de flores e sobre o surgimento de doenças fúngicas (Serrano Cermo,
1994).
Outro grande desafio para os olericultores que cultivam em ambiente
protegido tem sido o controle ou a convivência com insetos pragas, principalmente aqueles
responsáveis pela transmissão de viroses. Nesse contexto, o manejo dos fatores ambientais visa
evitar ou retardar a entrada desses agentes causadores de doenças no interior dos ambientes.
De acordo com Picanço & Marquini (1999), inúmeros trabalhos têm
relatado que os problemas ocorridos com pragas em ambientes protegidos no Brasil e em outros
países, geralmente são maiores que aqueles ocorridos a campo. Pode até haver necessidade de
um número maior de pulverizações dentro dos ambientes, o que se deve principalmente pelo
fato de que determinadas espécies de pragas encontram nestes abrigos, condições ótimas de
desenvolvimento e reprodução.
As mais importantes viroses em cultivo protegido no Brasil são
transmitidas, principalmente, por pulgões e tripes, que também possuem um grande número de
espécies de hospedeiros alternativos. Alguns desses vírus, como o Tospovirus e Papaya
ringspot vírus type watermelon - PRSV-W, por exemplo, podem tornar-se limitantes, para
tomate e cucurbitáceas em cultivo protegido (Kurozawa & Pavan, 1997).
Sleutjes (2003), avaliando o manejo integrado de viroses na cultura do
pepineiro em ambiente protegido, concluiu que o uso de telados protege as plantas contra
infecções provocadas por vetores que se deslocam de fora para dentro. Porém, não evita a
15
transmissão no interior dos abrigos quando a formação de colônias. A autora ainda relata
que, o uso de filme plástico PEBD aditivado anti-vírus associado à tela anti-afídeo nas laterais,
pode ser uma excelente alternativa no controle de pulgões, além de proporcionar ganhos
significativos de produtividade. O uso exclusivo de inseticidas, não reduziram o número de
plantas infectadas, sugerindo, como tratamento alternativo, o uso de palha de arroz sobre os
canteiros, para retardar o início da infecção.
Ao contrário do que se pode observar para fungos e bactérias, em que
suas estruturas de propagação são disseminadas principalmente pelo vento e a água, os vírus,
necessitam de um hospedeiro, muitas vezes um inseto, para transportar e transferir suas
partículas virais, inoculando-as diretamente no interior das células das plantas. Das espécies
vetoras mais conhecidas, os afídeos são os mais importantes, podendo transmitir mais de 80
tipos de vírus distintos.
Embora os princípios de controle de doenças sejam aplicados tanto em
cultivo protegido, como em cultivo convencional, existem diferenças marcantes que podem ser
utilizadas no manejo das doenças entre os dois sistemas. Por essa razão, muitas vezes tem-se
utilizado o controle químico de pragas e doenças, na busca da redução dos riscos e na obtenção
de resultados imediatos (Tivelli, 1998).
Os resultados apresentados pelos diferentes autores sugerem que, pode
ser interessante aliar os benefícios do uso do cultivo protegido com o uso da enxertia, no
controle de pragas transmissoras de viroses, avaliando as interferências na disponibilidade de
radiação e alterações no desenvolvimento e produtividade das plantas de pepineiro bem como
na qualidade dos frutos, em conseqüência do tipo de material de cobertura empregado na
estrutura do abrigo.
16
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização da área experimental
O ensaio foi desenvolvido na Fazenda Experimental São Manuel, da
Faculdade de Ciências Agronômicas/UNESP, Campus de Botucatu, com longitude 48º 34’ W
GR; latitude 22º 44’S e altitude de 750 m, localizada no Município de São Manuel – SP.
O clima caracteriza-se como subtropical úmido, com estiagens no
período de inverno, média anual de temperatura em torno de 21
o
C e precipitação média anual
de 1534 mm. O solo do local foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo fase arenosa,
cujo resultado da análise de fertilidade, para a camada de 0 a 0,20 m encontra-se no Quadro 1.
17
QUADRO 1. Resultados das análises de fertilidade do solo das áreas de cultivo protegido, na
camada de 0 a 0,20 m. São Manuel (SP), 2004.
MACRONUTRIENTES
P
Resina
M.O.
pHCaCl
2
K
Ca
Mg
H+Al
Al
SB
CTC
V
Ambiente
*
mg/ dm
3
g/dm
3
mmol
c
/dm
3
%
A1 75 7 6,6 1,6 32 15 10 0 48 58 83
A2 79 9 6,5 1,7 29 12 11 0 42 53 80
A3 60 9 6,2 0,8 23 10 12 0 33 45 74
A4 47 10 6,3 2,3 21 09 11 0 32 43 74
MICRONUTRIENTES
mg/dm
3
Boro Cobre Ferro Manganês Zinco
A1 0,12 1,0 14 15,3 2,5
A2 0,09 1,2 16 18,2 2,4
A3 0,07 1,1 15 12,6 2,2
A4 0,07 1,0 16 26,8 2,0
Análise realizada pelo Laboratório de Fertilidade do Solo da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu/SP.
* Amostragem realizada apenas das áreas destinadas ao cultivo protegido. A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm
AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/ Som. 50%)
3.2 Caracterização do Experimento
Para a formação das mudas, foram utilizados dois híbridos de pepino
(Tsuyataro e Natsuhikari) e o híbrido de abóbora (Shelper), compondo quatro tratamentos: (T
1 -
híbrido Tsuyataro enxertado no híbrido de abóbora Shelper; T
2
- híbrido Tsuyataro sem
enxertia; T
3 -
híbrido Natsuhikari enxertado no híbrido de abóbora Shelper; T
4
- híbrido
Natsuhikari sem enxertia).
18
Aplicou-se esta combinação de tratamentos, simultaneamente, em cinco
ambientes quatro sob ambientes protegidos (sendo dois com dimensões de 7 x 40 m e
direito com 3 m de altura e 2 ambientes com dimensões de 7 x 30 m e direito de mesma
altura) e um em campo aberto. Estes consistiram de cinco diferentes materiais na cobertura e
fechamento lateral (A
1
: filme de PEBD 120µm TD/AF - térmico difusor de luz e tela anti-
afídica nas laterais; A
2
: filme de PEBD 150µm AV/Som. 50% - aditivado anti-vírus com tela de
sombreamento (50%) nas laterais; A
3
: filme de PEBD 150µm TD/Som. 50% - térmico difusor
de luz com tela sombreamento (50%) nas laterais + tratamento químico; A
4
: filme de PEBD
aditivado de 120µm/Som. 50% - tela de sombreamento (50%) nas laterais e cobertura com
palha de arroz dos canteiros; A
5
: campo aberto como testemunha (Figuras de 1 a 5). Todos os
ambientes protegidos, apresentavam, até um metro de altura, filme plástico de polietileno de
120µm, com exceção daquele que era fechado com tela anti-afídeo.
Foi adotado o delineamento fatorial 5x2x2, com análise de variância
para grupos de experimentos, modelo fixo e comparação de médias pelo Teste de Tukey (5%),
com 4 repetições por ambiente, como apresentado no Quadro 2. Cada parcela contou com 13
plantas, no espaçamento de 1,0 x 0,5 m.
19
Figura 1 Ambiente A
1
, com filme de PEBD térmico difusor de luz de 120 µm e tela anti-
afídio nas laterais.
Figura 2 Ambiente A
2
, com filme de PEBD aditivado anti-vírus de 150 µm com tela de
sombreamento (50%) nas laterais.
20
Figura 3 Ambiente A
3
, com filme de PEBD térmico difusor de luz de 150 µm com tela
sombreamento (50%) nas laterais.
Figura 4 Ambiente A
4
, com filme de PEBD aditivado de 120 µm e tela de sombreamento
(50%) nas laterais utilizando cobertura de palha de arroz nos canteiros.
21
Figura 5 –Ambiente A
5
, produção em campo aberto
Quadro 2. Esquema da análise da variância proposto para o ensaio.
Causa da variação Graus de liberdade
Ambiente (A) 4
Híbridos (H) 1
Enxertia (E) 1
Interação (A) x (H) 4
Interação (A) x (E) 4
Interação (H) x (E) 1
Interação (A) x (H) x (E) 4
Blocos dentro de ambientes 15
Resíduo médio 45
Total 79
22
3.3 Instalação e condução do ensaio
As mudas foram adquiridas do viveiro comercial Hidroceres, localizado
na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo. Nas mudas enxertadas, o método utilizado foi o da
encostia, que consiste na união do enxerto e do porta-enxerto, através de um pequeno corte
lateral feito no caule das plantas e união com auxílio de um grampo, preservando-se ambos os
sistemas radiculares até a perfeita conexão dos vasos. Após essa fase, foi realizada a
“desmama”, prática que se refere ao desligamento do sistema radicular do pepineiro.
A semeadura dos enxertos e porta-enxerto foi realizada em 14/03/05 e a
enxertia foi feita em 22/03/05. A “desmama”, foi realizada em 30/03/05, com transplante em
04/04/05. A colheita teve início em 24/05/05, estendendo-se até 08/07/05. Os frutos foram
colhidos, no máximo, a cada 2 dias, com 20 a 22 cm de comprimento.
A cultura foi instalada em campo aberto e em quatro ambientes
protegidos, dispostos na orientação norte-sul. Os abrigos utilizados apresentavam pé-direito,
com 3 m de altura, e teto em arco, de cano em aço galvanizado de 27 mm de diâmetro, e
cobertura com filme de polietileno, distribuído de acordo com os tratamentos.
O solo foi preparado com duas operações de revolvimento, utilizando-se
uma enxada rotativa acionada por microtrator. Os canteiros foram confeccionados com a ajuda
de enxada, cada um com dimensões de 28,0 m (ambientes com 7x30m) e 36,0 m (ambientes
com 7x40m) de comprimento por 0,5 m de largura e, aproximadamente, 0,15 m de altura.
Em decorrência da boa fertilidade do solo, conforme apresentado nos
resultados da análise de fertilidade (Quadro 1), não houve a necessidade de realização da
calagem visto que, para a cultura do pepino, a saturação por bases entre 70 e 80% é considerada
ideal, para o bom desenvolvimento das plantas. No entanto, mesmo com os níveis de fósforo
estando dentro do recomendado para a cultura, decidiu-se realizar uma aplicação de 150 g m
-2
de yoorin mais 200 g m
-2
de condicionador de solo da marca comercial Biomix.
O sistema de irrigação foi composto por uma linha de tubogotejador
para cada canteiro, com vazão de 4 L h
-1
por gotejador, sendo aplicados diariamente pela
manhã, 8 L m
-1
, e 2 a 4 L m
-1
dia
-1
, no período da tarde, em dias de sol quente e umidade
relativa baixa. A partir do pegamento e emissão de novas brotações, até o início da frutificação,
iniciou-se a fertirrigação das plantas, realizada duas vezes por semana com a mistura de nitrato
23
de cálcio (250g/1000L de água), nitrato de potássio (250g/1000L de água), MAP (250g/1000L
de água) e sulfato de magnésio (150g/1000L de água). Nessa mistura a relação Ca/Mg foi de
3,52, EC de 1,02 e relação entre cátions e ânions de 8,04.
As plantas foram tutoradas na vertical com auxílio de fitilho plástico
fixado no colo das mesmas e amarrado a um fio de arame que foi esticado sobre os canteiros a
uma altura de 1,80 m. Todas as brotações laterais e frutos formados até o 5
º
foram retirados,
objetivando a sustentação e formação do sistema radicular. As plantas foram conduzidas até 22
º
nó, deixando-se as ramificações secundárias, as quais foram despontadas com dois internós ou
quando apresentavam dois frutos viáveis.
Para o bom desenvolvimento da cultura, foram realizadas capinas
manuais quando necessário, exceto no Ambiente 4 (120µm/Som. 50%) cujo canteiro foi coberto
com palha de arroz. O tratamento fitossanitário foi aplicado em todas os ambientes, visando
sempre o controle de doenças, uma vez que somente o campo aberto e o ambiente 3 receberam
tratamento com inseticida, de ingrediente ativo thiamethoxam e grupo químico neonicotinóides.
A aplicação do inseticida foi realizada logo após o transplante com diluição de 2 g L
-1
e 15 ml
da calda aplicada em esguicho no colo da planta. A segunda aplicação deu-se com 25 dias após
o transplante para o Ambiente 3 (150µm TD/Som. 50%), na diluição de 0,5 g L
-1
, através da
pulverização nas folhas. Nas plantas do campo aberto, devido ao ataque severo de pulgões o
intervalo de aplicação foi de 15 dias após a primeira aplicação, repetindo-se 10 dias depois. Para
o controle de percevejos foram utilizados os ingredientes ativos lambdacyhalothrin e
alfacipermitrina, do grupo químico dos piretróides. No controle da broca do fruto foram
utilizados os ingredientes ativos lufenuron, do grupo químico aciluréia, e cartap, do grupo
químico dos tiocarbamato.
24
3.4 Avaliações
3.4.1 Avaliação agroclimatológica
Realizaram-se avaliações de microclima obtendo-se, em todos os
ambientes, a densidade de fluxo da radiação global (Rg) e fotossinteticamente ativa (PAR).
Determinaram ainda os valores máximos, médios e mínimos da temperatura e umidade relativa
do ar e a precipitação média diária em condições de campo aberto (Ambiente 5).
Para a obtenção dos dados de radiação, foram utilizados piranômetros
com célula de silício, com respostas a comprimentos de onda entre 400 e 1100 nm, com valor
máximo de resposta em 700 nm, instalados no centro de cada ambiente protegido, a dois metros
de altura. Na determinação da temperatura e umidade relativa do ar, foram utilizados sensores,
com resolução de 0,1
o
C, limites de leitura entre -40
o
e 60
o
C, e acurácia de ± 0,5
o
C, para a
temperatura, e resolução de 1%, com faixa de leitura entre 0 e 100% e acurácia de ± 3% RH,
para a umidade relativa do ar. Todos os registros foram efetuados por um sistema de aquisição
de dados multicanais (“Datalogger”), da Campbell Scientific, modelo CR23X.
As medidas obtidas para radiação fotossinteticamente ativa, foram
transformadas de µmol s
-1
m
-2
em MJ m
-2
dia
-1
, utilizando-se a constante de calibração dos
sensores cujo valor era de 8 µA/1000 µmol s
-1
m
-2
e uma resistência de 604 .
3.4.2 Avaliação fitotécnica
Foram realizadas medidas de crescimento em plantas, (altura média)
diâmetro médio do caule e número médio de internódios), utilizando-se três plantas por parcela,
em intervalos de 15 dias, até a realização da poda apical, quando as plantas atingiram 22
internós, de acordo com o método proposto. Foram realizadas em laboratório, três medidas de
área foliar, através da análise destrutiva de uma planta por parcela aos 15 (19/04/05), 30
(04/05/05) e 45 dias (19/05/05) após o transplante.
Foram medidas também a produção e o número médio total e
comerciável dos frutos por unidade de área, utilizando-se as três plantas centrais em cada
25
parcela como plantas úteis. Os frutos foram colhidos, contados e pesados em balança digital.
Em seguida, frutos com defeitos (tortos, bojudos e mal formados) foram descartados e os
restantes foram classificados e novamente contados e pesados para obtenção da produção e
número comerciável dos frutos
Para determinação da área foliar, foi utilizado um medidor modelo
LI 3100, da LI-COR, cujas medidas foram expressas em dm
2
. Para as medidas do diâmetro
médio do caule, foi utilizado um paquímetro digital da marca Mitutoyo, modelo 500-144B, e
para as demais medidas, utilizaram escalas métricas comuns.
Durante o desenvolvimento e ao final do ensaio, foram anotados, os
números de plantas com presença de pulgões e/ou com sintomas de virose, amostrando todas as
plantas úteis por parcela. A verificação de plantas atacadas era realizada visualmente,
amostrando todas as folhas.
3.4.3 Taxa de consumo de CO
2
Determinou-se a taxa assimilatória de CO
2
utilizando-se o aparelho
IRGA, da LI-COR, modelo LI-6400. As leituras foram realizadas em dias de céu aberto, com
início às nove horas da manhã, sendo realizadas pontualmente em três plantas úteis por parcela,
aos 15, 30, 45 e aos 60 dias após o transplante. Em todas as leituras e a cada avaliação,
procurou-se amostrar folhas com mesma idade, tomando-se como referência, a partir do ápice,
aquelas totalmente expandidas.
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Avaliação microclimatológica
4.1.1 Variação da radiação global
A leitura da densidade de fluxo de radiação global, foi menor no interior
dos ambientes protegidos (Figuras 6 e 7), resultados que corroboram aos observados por Farias
et al. (1993), Faria Junior (1997), Pezzopane et al. (1997), Lima (2000), Andrade (2001), Faria
Junior (2001), Cunha et al. (2001) e Bogiani (2003). Entretanto, de acordo com Farias et al.
(1993), Martins et al. (1999) e Fontes & Silva (2005), esse desempenho, é intrínseco aos
materiais utilizados para cobertura de estruturas de cultivo, uma vez que retêm e refletem parte
da radiação incidente, com redução de 15 a 20%, em dias de céu aberto. Essa redução também
pode ser evidenciada através de sua transmitância que, neste caso, variou de 66,9% a 78,1%
para o A1 (PEBD 120µm TD/AF), de 69,1% a 78,5% para o A2
(PEBD 150µm AV/Som.
50%), de 67,4% a 79,5% para A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e de 68,8% a 77,3% para o
A4 (PEBD aditivado de 120µm/ Som. 50%), com média geral de 73,3% no período avaliado.
Essa diferença entre os valores registrados dentro e fora do ambiente protegido também foi
verificada por Hora (2003), que observou uma transmitância média de 75,6%, quando utilizou
filme de polietileno de baixa densidade de 75 µm durante um período de 70 dias, na cultura do
tomateiro em estufa, na região de Ilha Solteira.
27
FIGURA 6 Variação da radiação global (MJ m
-2
dia
-1
) obtidos em campo aberto e em quatro
ambientes protegidos, A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som.
50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/
Som. 50%), de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP).
A literatura mostra que a espessura e a composição química utilizada
nos filmes plásticos (Martins et al., 1999), bem como fatores relacionados à orientação, hora do
dia, época do ano (Fontes & Silva, 2005), intemperismo e limpeza do material (Dilara &
Briassoulis, 2000), alteram as características de transmissividade. No entanto os resultados
demonstraram que a distribuição da radiação global apresentou variação média de 2% na
comparação entre as leituras registradas nos ambientes protegidos, como pode ser evidenciado
pelas curvas apresentadas na Figura 6, sendo este valor menor que a precisão dos sensores
utilizados. Todavia, é preciso destacar que, conforme discutido por Robledo de Pedro & Martin
Vicente (1988), Hanan (1998), Castilla & López-Galvez (1994), Bailey (1995), Fuchs et al. (1997)
0
5
10
15
20
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Radiação Global (M J.m
-2
.dia
-1
)
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3 Ambiente 4
28
e Teitel & Tanny (1999), as variações de radiação global entre ambientes de cultivo protegido e
campo aberto, não se resumem apenas ao material de cobertura, mas também às dimensões e
condões de ventilação dos abrigos, fato que também poderia ter favorecido uma variação maior
entre as leituras, uma vez que os tratamentos compuseram-se por diferentes materiais de
cobertura e fechamento lateral e os ambientes ainda apresentavam diferentes comprimentos.
Diante do exposto, outro fator relevante em relação aos valores de
radiação registrados, diz respeito ao limite trófico para a cultura do pepineiro, que deixou de ser
registrado no interior dos abrigos por quatro dias, antes do início da colheita e por mais 10 dias
durante este período, fato que, segundo Martins et al. (1999) e Papadakis et al. (2000), poderia
proporcionar uma redução de até 14% na produção de fotoassimilados e conseqüentemente na
produção total ou no ganho de massa dos frutos, uma vez que os autores descreveram, que a
redução de 1% de iluminação supõe redução de 1% na produção de assimilados, característica
que pode ter contribuído para os baixos índices de produtividade alcançados nos tratamentos.
Valores de radiação abaixo do limite trófico também foram observados nos registros feitos a
campo, o que provavelmente se deveu à presença de nuvens, uma vez que coincidentemente os
baixos valores de radiação, abaixo do limite trófico, foram registrados em dias de chuva
conforme ilustrado nas Figuras 7A e 7B, que mostram a distribuição pluviométrica no período
do ensaio, resultados concordantes com os de Galvani (2001), que também verificou baixos
valores de radiação global em dias parcialmente nublados.
A curva de regressão linear que descreve a disponibilidade de radiação
no interior do ambiente protegido, obtida em função dos níveis de radiação observados a campo,
bem como o polinômio que estima as referidas relações, estão apresentados na Figura 8. O
elevado valor do coeficiente de determinação, obtido no ajuste do modelo linear (98,7% para o
A1, 99,2% para o A2, 98,7% para o A3 e 99,1% para A4), permite afirmar que é possível obter
estimativas precisas dos níveis de radiação disponível no interior desses abrigos, a partir dos
dados obtidos em campo, principalmente quando o material de cobertura ainda não sofreu
alterações nas características físicas e químicas (plástico novo). Essa relação positiva, também,
foi verificada por Lima (2000), Andrade (2001); Faria Junior (2001), Hora (2003) e Bogiani
(2003), quando trabalharam com diferentes materiais de cobertura e níveis de sombreamento,
com coeficientes de determinação bastante próximos aos encontrados nessas condições.
29
0
10
20
30
40
50
60
70
80
29/Apr 6/May 13/May 20/May 27/May 3/Jun 10/Jun 17/Jun 24/Jun 1/Jul
Data
Precipitação (mm)
(A)
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Precipitação Acumulada (mm)
(B)
FIGURA 7 Variação pluviométrica (A) e valor acumulado de precipitação (B), registrado em
campo aberto no período de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP).
30
FIGURA 8 Estimativas dos totais diários de radiação global (MJ m
-2
) obtidos nos quatro
ambientes protegidos, A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som.
50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/
Som. 50%), em função dos totais diários de radiação global registrados em
campo aberto de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP).
Observou-se incidência de oídio em todos os ambiente avaliados,
contudo, apresentando-se mais severo no interior do Ambiente, onde utilizou-se a cobertura
plástica com aditivo “anti-vírus”. Esse fato, porém, pode ter ocorrido devido ao processo de
confecção do filme plástico, em cuja composição são utilizados aditivos que alteram
comprimentos de onda, nocivos a maioria dos fungos.
y = 0,7658x - 0,3684
R
2
= 0,9867
0
5
10
15
20
Totais diários de Radiação Global no A1
(MJ.m
-2
)
y = 0,7871x - 0,5901
R
2
= 0,9925
0
5
10
15
20
Totais diários de Radiação Global no A2
(MJ.m
-2
)
y = 0,783x - 0,6416
R
2
= 0,9869
0
5
10
15
20
0 5 10 15 20
Totais diários de Radiação Global em Campo Aberto (MJ.m
-2
)
Totais diários de Radiação Global no A3
(MJ.m
-2
)
y = 0,7485x - 0,352
R
2
= 0,991
0
5
10
15
20
0 5 10 15 20
Totais diários de Radião Global em Campo Aberto (M J m
-2
)
Totais diários de Radiação Global no A4
(MJ m
-2
)
31
4.1.2 Variação da radiação fotossinteticamente ativa (PAR)
A disponibilidade de radiação fotossinteticamente ativa (PAR), que
representa a energia radiante presente dentro do espectro entre 400 e 700 nm, apresentou a
mesma tendência que a radiação global, onde os menores registros foram observados no interior
das estufas comparativamente ao campo aberto (Figura 9), com valores médios de 5,75 MJ m
-2
dia
-1
para o campo aberto, 3,54 MJ m
-2
dia
-1
para o A1, 3,83 MJ m
-2
dia
-1
para o A2, 3,54 MJ
m
-2
dia
-1
para o A3 e 4,11 MJ m
-2
dia
-1
para o Ambiente 4.
Observou-se que independentemente do ambiente protegido avaliado a
quantidade de radiação PAR, que influencia direta e significativamente na fotossíntese,
apresentou uma transmitância da ordem de 62% para o Ambiente 1, 67% para o Ambiente 2,
62% para o Ambiente 3 e 71% para o Ambiente 4. Esses valores seguiram o mesmo padrão de
comportamento verificado para a radiação global e apesar de serem altas, estão concordantes
com os descritos por Giacomelli et al. (1988) e Tuller & Peterson (1988), para filmes de
polietileno.
A exemplo da radiação global, foram traçadas as curvas de regressão,
que determinam a disponibilidade da radiação fotossinteticamente ativa, em função das leituras
da radiação global em cada ambiente (Figura 10). Foram encontradas relações positivas entre os
valores estimados e aqueles medidos nas diferentes áreas de cultivo, com coeficientes de
determinação bastante elevados, indicando que estimativas da PAR, a partir da radiação global,
também são possíveis, corroborando com as discussões apresentadas em trabalhos de Al-
Shooshan (1997) e Udo & Aro (1999). Esta avaliação, no entanto, se faz necessária, uma vez
que segundo Faria Junior (2001), ao contrário das medidas de radiação global, que são comuns
em estações meteorológicas, as medidas de PAR são menos universais, e na ausência de
medidas acuradas desta última, métodos de estimativa devem ser empregados, sendo que de
acordo com Al-Shooshan (1997), um método bastante simples e de boa precisão para uso
prático, consiste em relações empíricas derivadas de medidas da radiação global.
32
FIGURA 9 Variação da radiação fotossinteticamente Ativa (MJ m
-2
dia
-1
) obtidos em campo
aberto e em quatro ambientes protegidos, A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4
(PEBD aditivado de 120µm/ Som. 50%), de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel
(SP).
É preciso ressaltar que pequenas diferenças que ocorram entre os valores
estimados e aqueles medidos, podem estar relacionadas às diferenças de nebulosidade e de
comprimento do dia, conforme discutido por Udo & ArO (1999) e Faria Junior (2001).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Radião Fotossinteticamente Ativa
(MJ.m
-2
.dia
-1
)
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3 Ambiente 4
33
FIGURA 10 Estimativas dos totais diários de radiação fotossinteticamente ativa ( MJ m
-2
),
em função dos totais diários de radiação global registrados em cada ambiente de
cultivo, A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3
(PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/ Som. 50%),
de 29/04 a 05/07 2005, em São Manuel (SP).
y = 0,3897x + 0,3183
R
2
= 0,9933
0
2
4
6
8
10
To tais diário s d e R ad iaçã o PAR C am p o Abe rto
(MJ.m
-2
)
y = 0,7307e
0,1207x
R
2
= 0,6294
0
2
4
6
8
10
Totais diários de Radiação PAR no A2
(MJ.m
-2
)
y = 0,2876x + 0,5829
R
2
= 0,9656
0
2
4
6
8
10
0 5 10 15 20
Totais diários de Radião Global (MJ.m
-2
)
Totais d iários de R ad iaçã o P AR no A 3
(MJ.m
-2
)
y = 0,2962x + 0,4849
R
2
= 0,9701
0
2
4
6
8
10
Totais diários de R adia ção PAR no A1
(MJ.m
-2
)
y = 0,3902x + 0,1727
R
2
= 0,9881
0
2
4
6
8
10
0 5 10 15 20
Totais diários de Radiação Global (MJ.m
-2
)
Totais diários de Radiação PAR no A4
(MJ.m
-2
)
34
4.1.3 Temperatura do ar
Os maiores valores de temperatura máxima foram verificados no interior
dos ambientes protegidos (Figuras 11A), o que era esperado, uma vez que o efeito desses
ambientes no aumento da temperatura está intimamente ligado às melhores condições de
armazenamento de energia, bem como com a menor movimentação das massas de ar no interior,
possibilitando o maior aquecimento do ar, como discutido por Kittas et al. (1987), Farias et al.
(1993) e Camacho et al. (1995) e também verificado por Lima (2000), Andrade (2001), Faria
Junior (2001), Hora (2003) e Bogiani (2003).
Essa característica rmica das temperaturas máximas, observadas em
cultivo protegido pode, conforme discutido por Serrano Cermeño (s.d.), muitas vezes
determinar graduações de temperaturas consideradas inadequadas para a maioria dos cultivos.
Haja vista que, a grande maioria das culturas comumente cultivadas nesses ambientes, requerem
para seu bom desenvolvimento e ganhos em produtividade, temperaturas máximas ao redor de
28
o
C, sendo que, segundo Andriolo (2000), temperaturas excessivas determinam o aumento da
respiração das plantas, diminuindo sua assimilação líquida. Porém, esse valor ótimo para a
temperatura máxima foi superado em média em 37 dias durante o período avaliado, sendo que
os limites nos ambientes protegidos variaram de 20 a 34
o
C, enquanto que, em campo aberto
esses valores situaram-se entre 18 e 30
o
C, com valor médio dee 28
o
C para as temperaturas
máximas.
35
( A )
( B )
( C )
FIGURA 11 Variação das temperaturas máximas (A), médias (B) e mínimas (C), obtidas para
campo aberto e quatro ambientes de cultivo protegido, de 29/04 a 05/07/2005,
em São Manuel (SP).
10
15
20
25
30
35
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Temperatura Média (
0
C)
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3 Ambiente 4
10
15
20
25
30
35
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Temperatura Mínima (
0
C)
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3 Ambiente 4
10
15
20
25
30
35
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Temperatura máxima (
0
C)
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3 Ambiente 4
36
Vale ressaltar que, nas condições e época em que foram realizadas as
avaliações, houve, durante todo o ciclo da cultura, um acréscimo médio das máximas no interior
dos abrigos, em cerca de 3,5
o
C, em comparação ao campo aberto. Estes valores, comprovam
mais uma vez a eficiência do cultivo protegido na captação e retenção da energia radiante em
seu interior. Esse incremento nos valores de temperatura máxima pode determinar gradientes de
temperaturas que prejudiquem o desenvolvimento das plantas uma vez que segundo Goto (s.d.),
as condições de dias longos e temperaturas elevadas, aumentam o número de flores masculinas,
já que os tecidos do ovário são profundamente influenciados por esses fatores.
Assim, essas variações térmicas associadas a outros fatores climáticos
como intensidade luminosa e fotoperíodo, podem ter contribuído para o grande número de
botões florais e frutos abortados, uma vez que Fontes & Puiatti (2005); Brandão Filho &
callegari (1999), descrevem que valores de temperatura próximos a esses extremos observados,
a planta não se desenvolve adequadamente apresentando redução significativa no número de
flores femininas e indução ao surgimento de flores masculinas, conseqüentemente, reduzindo a
produção de frutos. É importante ressaltar que mesmo durante o inverno, em que os dias são
curtos, o período em estudo apresentou poucos dias com nebulosidade, fato que contribuiu para
um incremento na quantidade de luz fornecida.
O comportamento térmico verificado no interior dos ambientes
protegidos, em relação às máximas, apresenta uma relação estreita com a radiação incidente e
com a menor movimentação de ar, que a ventilação, embora não tenha sido impedida, foi
restringida pelas telas que fechavam as laterais, principalmente no Ambiente 1 (Figura 1) em
que a tela de fechamento lateral utilizada foi a anti-afídio, o que determinou maior aquecimento
do ar no interior dos abrigos, em relação ao campo aberto, onde segundo Mills et al. (1990),
Faria Junior. et al. (1993), Faria Junior (1994) e Camacho (1995) as trocas de calor são mais
intensas, em função de processos mais efetivos de convecção e advecção, principalmente pelo
elevado período de turno de rega.
As variações de temperatura média do ar, obtidas nos diferentes
ambientes de cultivo, durante o período avaliado, apresentaram-se com valores bem próximos
entre eles, como representado na Figura 11B. A mesma tendência também foi observada para a
temperatura mínima, em que as curvas apresentaram comportamento muito semelhante (Figura
37
11C), corroborando com resultados obtidos por Reis & Horino (1988), Lima (2000), Andrade
(2001), Faria Junior (2001) e Hora (2003).
Esses resultados evidenciaram a dependência da temperatura interna do
abrigo à radiação incidente, pois, como discutido, não foram detectadas diferenças entre as
mínimas (Figura 11C) que, por definição, ocorrem antes dos primeiros raios solares, bem como
às condições de vento observadas durante o dia.
4.1.4 Umidade relativa do ar
Os valores de umidade relativa média diária variaram entre 50,6 e
91,4%, com média de 66,7%; e entre 53,3 e 92,2%, com média de 71,3%, respectivamente, nos
ambientes protegidos e em campo aberto (Figura 12B) de 29/04 a 05/07/2005, com variações
muito similares entre os ambientes, resultados estes que corroboram aos verificados e relatados
em trabalhos de Reis & Horino (1988), Martins (1992), Faria Junior (2001) e Hora (2003).
O mesmo foi observado para as variações de umidade relativa mínima, em
que durante o período de 29/04 a 05/07/2005, não se observou grande variação entre os
ambientes protegidos e destes em relação ao campo aberto conforme ilustrado na Figura 12C,
resultados muito semelhantes aos encontrados por Faria Junior (1997), Lima (2000), Faria
Junior (2000), Andrade (2001) e Faria Junior (2001).
As variações de umidade relativa máxima do ar, também não
apresentaram grandes amplitudes, atingindo valores de 77 a 96% para o campo aberto e
variações de 77% a 97% entre os ambientes protegidos (Figura 12A). Esses valores de
umidades relativas do ar excessivamente altas no interior dos abrigos, favoreceram o
aparecimento de algumas doenças fúngicas em especial o oídio, provavelmente do gênero
Sphaerotheca fuliginea, que conforme discutido por Stadnik et al. (2001), ocorre
preferencialmente nessas condições, aliado a condições de sombreamento.
É importante relatar, que a ocorrência desta doença foliar, como
discutido anteriormente, foi observada com maior intensidade no Ambiente 2, fato, que pode
ter ocorrido em função do espectro de radiação transmitido, aliado ao elevado valor da umidade
relativa máxima do ar que em média foi de 92% seguido do Ambiente 3 com 93% que também
38
apresentou o aspecto pulverulento formado na face superior das folhas das plantas, porém, com
menor intensidade.
O recobrimento pela massa de fungos sobre as folhas, contribuiu, para
menor atividade fotossintética e, conseqüentemente, menor produção de assimilados pelas
plantas, com prejuízos diretos no desenvolvimento das mesmas.
Esses resultados vão de encontro com Martins et al. (1999) e Stadnik et
al. (2001), que relatam a influência de altas umidades relativas do ar no desenvolvimento das
plantas e favorecimento de ataque de doenças. Ainda, conforme Andriolo (2000), altas
umidades podem afetar negativamente o pegamento de frutos e, também, a nutrição mineral das
plantas, especialmente, do cálcio, pois o fluxo de transpiração é diminuído.
Outrossim, tem-se ainda que, umidades elevadas como as observadas no
período do ensaio no interior dos abrigos, podem ter contribuído para o aparecimento de efeitos
indesejáveis, em relação a redução na transmitância da radiação solar, devido ao processo de
condensação na face interna do filme plástico de cobertura, prejudicando a disponibilidade de
energia aos cultivos como discutido por Robledo de Pedro & Martin Vicente (1988), Semedo
(1988), Serrano Cermeño (1994) e Hanan (1998).
Destaca-se ainda, que valores discretamente menores observados para a
umidade relativa média e mínima do ar no ambiente protegido (Figuras 12B e 12C), são
reflexos de sua relação inversa com a temperatura e, assim, podemos atribuir este resultado às
temperaturas máximas que foram alcançadas nestes ambientes, as quais se apresentaram
sensivelmente superiores àquelas medidas em campo aberto (Figura 11A).
39
( A )
( B )
( C )
FIGURA 12 – Variação das umidades relativas máximas (A), médias (B) e mínimas (C),
obtidas para campo aberto e quatro ambientes de cultivo protegido de 29/04 a
05/07/2005, em São Manuel (SP).
40
50
60
70
80
90
100
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Um idade Rela tivadia (% )
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3
Ambiente 4
20
30
40
50
60
70
80
90
100
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Umidade realtiva mínima (% )
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3 Ambiente 4
40
50
60
70
80
90
100
29/abr 6/mai 13/mai 20/mai 27/mai 3/jun 10/jun 17/jun 24/jun 1/jul
Data
Um idade relativa m áxim a (% )
Campo aberto Ambiente 1 Ambiente 2 Ambiente 3 Ambiente 4
40
É importante ressaltar que de acordo com Fontes & Silva (2005), o
efeito de baixos valores da PAR, pode ser fator limitante não somente na produção da estrutura
vegetativa da planta, mas, principalmente, no direcionamento de reduzida quantidade de
fotoassimilados para a formação de frutos, uma vez que a maior parte destes são gastos na
respiração. Deste modo, baixos valores de radiação PAR, também pode ter influenciado para os
baixos índices de produtividade (Quadro 3), uma vez que nas avaliações de crescimento
vegetativo das plantas foram verificados baixos valores de área foliar (Quadro 11), o que
provavelmente comprometeu a taxa fotossintética e conseqüentemente a produtividade.
41
4.2 Avaliação fitotécnica
4.2.1 Medidas de crescimento
4.2.1.1 Comprimento, diâmetro e número médio de internódios da
haste principal de plantas, área foliar e taxa assimilatória de CO
2
.
Nas avaliações de crescimento de plantas, verificou-se que os ambientes
influenciaram significativamente todas as características estudadas, com as menores médias
registradas para o campo aberto (Quadros 3 a 11). Entretanto, esse desempenho esteve
relacionado às condições adversas a que foram submetidas as plantas visto que estiveram
submetidas à uma precipitação pluviométrica acumulada de 198 mm durante o período do
ensaio (Figura 9B), o que somado à incidência de pragas, limitou seu desenvolvimento e
conseqüentemente a produtividade.
Os resultados apresentados no Quadro 3 vão ao encontro dos verificados
por Goto (2001), que não encontrou diferenças significativas na altura de plantas adultas, para
híbridos enxertados e pé-franco. O mesmo, foi constatado para o fator híbridos, já que aos 30 e
45 dias após a transplante, não houve diferença estatística para o crescimento.
42
QUADRO 3- Valores médios de comprimento da haste principal, obtidos para os híbridos de
pepino (Tsuyataro e Natsuhikari) conduzidos com e sem enxertia, em diferentes
ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005.
Comprimento médio de plantas (cm)
FATOR
15 DAT 30 DAT 45 DAT
Ambiente
(A)
(1)
A
1
14,47 113,5 ab 169,08 ab
A
2
14,70 130,2 a 182,71 a
A
3
14,01 108,1 b 157,60 b
A
4
13,99 88,8 c 135,83 c
Campo 12,19 47,0 d 71,31 d
DMS - 18,7 20,75
Híbridos
(1)
Tsuyataro 13,26 95,6 a 141,27 a
Natsuhikari 14,48 99,4 a 145,35 a
DMS - 8,4 9,28
Plantas (1)
Enxertadas 13,84 99,8 a 143,23 a
Pé-franco 13,90 95,2 a 143,39 a
DMS - 8,4 9,28
C.V. (%)
12 19 14
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, para cada fator, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05).
(1) Interação significativa, com apresentação das médias somente para ilustração.
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de
120µm/ Som. 50%).
A análise dos resultuados de ambiente dentro do fator plantas,
apresentado no Quadro 4, evidenciou a eficiência do cultivo protegido, indicando que o bom
desenvolvimento inicial das plantas, pode contribuir para resultados satisfatórios de produção,
que as menores alturas foram verificadas em campo aberto, resultado do comprometimento
do desenvolvimento radicular e, conseqüentemente do crescimento das plantas.
43
QUADRO 4 Médias de plantas dentro do fator ambientes e dentro do fator híbridos, para o
comprimento médio, obtido aos 15 dias após o transplante. São Manuel (SP),
2005.
AMBIENTES HIBRIDOS
Plantas
A
1
A
2
A
3
A
4
Campo
Tsuyataro
Natsuhikari
Enxertadas 14,19 aA 15,48 aA 14,08 aA 14,35 aA 11,11 aB 12,23 bB 15,46 aA
Pé-franco 14,75 aA 13,92 aA 13,94 aA 13,63 aA 13,27 aA 14,29 aA 13,51 bA
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, e maiúscula, nas linhas não diferem entre si pelo Teste de Tukey
(P>0,05).
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de
120µm/ Som. 50%).
Com relação ao fator ambiente, foi notória a diferença ocorrida entre
eles, para a altura média das plantas (Quadros 3 e 4), porém, verificou-se que tanto no Ambiente
1, como no Ambiente 2 e Ambiente 3, aos 45 DAT, o diâmetro e o número médio de
internódios da haste principal, não diferiram significativamente entre os tratamentos (Quadros 5
a 7).
44
QUADRO 5 - Valores médios de diâmetro da haste principal, obtidos para os híbridos de
pepino Tsuyataro e Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes
ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005.
Diâmetro médio da haste principal (mm)
FATOR
15 DAT 30 DAT 45 DAT
Ambiente (A)
(1) (1)
A
1
4,98 9,1 9,5 a
A
2
5,06 8,8 9,0 a
A
3
5,02 8,4 9,5 a
A
4
5,26 7,8 9,0 a
Campo 4,94 6,6 7,6 b
DMS - - 1,1
Híbridos
Tsuyataro 5,04 a 8,5 a
9,3 a
Natsuhikari 5,06 a 7,8 b
8,5 b
DMS 0,19 0,5 0,5
Plantas (1) (1)
Enxertadas 5,52 9,7 10,7 a
Pé-franco 4,58 6,6 7,2 b
DMS - - 0,5
C.V. (%)
8 14 12
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, para cada fator, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05).
(1) Interação significativa, com apresentação das médias somente para ilustração.
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de
120µm/ Som. 50%).
Foram verificadas interações significativas para o diâmetro médio da
haste principal aos 15 DAT entre híbridos e plantas, mostrando que o enxerto apresentou os
maiores valores em favor do híbrido Natsuhikari. Aos 30 DAT a interação ocorreu entre
ambientes e plantas, com destaque para os abrigos protegidos e as plantas enxertadas (Quadro
6). Maiores valores de diâmetro da haste principal, próximo ao colo das plantas enxertadas são
45
comuns no início de crescimento que, no processo de cicatrização, a região próxima do
enxerto apresenta maior crescimento das células do câmbio.
QUADRO 6 - Médias de plantas dentro do fator bridos e do fator ambientes, para o diâmetro
médio da haste principal, obtido aos 15 e 30 dias após o transplante,
respectivamente. São Manuel (SP), 2005.
Diâmetro médio aos 15 dias após o transplante
Híbridos
Plantas
Tsuyataro
Natsuhikari
Enxertadas
5,37 aB 5,67 aA
Pé-franco
4,71 bA 4,46 bA
Diâmetro médio aos 30 dias após o transplante
Ambientes
Plantas
A
1
A
2
A
3
A
4
Campo
Enxertadas 10,91 aA 11,24 aA 9,65 aB 9,11 aB 7,77 aC
Pé-franco 7,31 bA 6,41 bA 7,07 bA 6,49 bA 5,51 bB
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, e maiúscula, nas linhas não diferem entre si pelo Teste de Tukey
(P>0,05).
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de
120µm/ Som. 50%).
Em relação ao número médio de internódios, verificou-se diferença
significativa entre plantas enxertadas e o -franco, para todo o período avaliado, independente
do híbrido e do tipo de ambiente protegido estudado (Quadros 7 e 8).
46
QUADRO 7 - Valores médios de número de internódios, obtidos para os híbridos de pepino
Tsuyataro e Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em diferentes
ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005.
Número de internódios
FATOR
15 DAT 30 DAT 45 DAT
Ambiente
(A)
(1)
A
1
4 a 16 20 a
A
2
4 a 15 20 a
A
3
4 a 15 19 ab
A
4
4 a 14 18 b
Campo 3 b 10 12 c
DMS 0,7 - 2
Híbridos
Tsuyataro 4 a 14 a 18 a
Natsuhikari 4 a 14 a 18 a
DMS 0,3 1,0 1
Plantas (1)
Enxertadas 5 a 15 18 a
Pé-franco 3 b 13 17 b
DMS 0,3 - 1
C.V. (%)
17 11 10
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, para cada fator, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05).
(1) Interação significativa, com apresentação das médias somente para ilustração. A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD
150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de 120µm/ Som. 50%).
Pelos resultados apresentados no Quadro 9, verifica-se concluir que os
fatores de produção pouco interferiram na expansão foliar, com ressalva para o campo aberto, já
que tanto para o fator ambiente quanto para híbridos e plantas, não houve diferenças
significativas para todas as datas de avaliação.
47
QUADRO 8– Interação de mudas dentro de ambientes para o número médio de internódios,
obtido aos 30 dias após o transplante. São Manuel (SP), 2005.
Número médio de internódios
Ambientes
Plantas
A
1
A
2
A
3
A
4
Campo
Enxertadas 16 aA 17 aA 17 aA 15 aA 12 aB
Pé-franco 15 aA 14 bAB 13 bB 13 aB 8 bC
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, e maiúscula, nas linhas não diferem entre si pelo Teste de Tukey
(P>0,05). A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD
aditivado de 120µm/ Som. 50%).
Na avaliação dos valores de área foliar verificou-se que os híbridos e o
fator ambiente apresentaram o mesmo desempenho, não diferindo entre si para todos os
períodos avaliados. Para o fator planta, maiores médias foram verificados paras as enxertadas
nos primeiros 15 dias após o transplante, diferença que deixou de ser evidenciada após este
período (Quadro 9). Isto pode ser explicada pelo fato de que as mudas quando enxertadas
permanecem por um período maior no viveiro e recebem maior quantidade de substrato, por
serem transferidas para recipientes de volume maior, após a enxertia, favorecendo seu
desenvolvimento e conseqüentemente a expansão foliar.
O fato das plantas apresentarem maior expansão foliar nos primeiros 15
dias após o transplante (Quadro 9), não favoreceu a assimilação líquida de CO
2
uma vez que
durante esse período, que correspondeu a 28 dias após a prática da enxertia, os resultados
demonstraram ter havido menor taxa de assimilação do gás
(Quadro 10) e um aspecto visual de
amarelecimento foliar. Este fato favoreceu a redução de produção de fotoassimilados, pois de
acordo com Marenco & Lopes (2005) e Brandão Filho et al. (2003), a taxa fotossintética
correlaciona-se diretamente com o teor de clorofila das plantas. Essa diferença, entretanto,
deixou de ser verificada após os 30 diass de cultivo, sugerindo que as plantas utilizaram
mecanismos de compensação em resposta ao estresse devido a enxertia e adaptabilidade ao
local de cultivo.
É importante destacar que, como discutido por Streck et al. (1998), o
total de assimilados de uma planta é diretamente proporcional à fotossíntese, a qual é uma
48
função da densidade do fluxo de radiação solar incidente, da concentração de CO
2
e da área
foliar. Neste trabalho a área foliar foi menor que a verificada por Cañizares et al. (2004), cujos
valores aos 45 DAT foi em torno de 7000 dm
2
, contra as variações médias de 644 dm
2
para o
campo aberto e 3280 dm
2
para o Ambiente 2 que não diferiu estatisticamente dos demais, como
apresentado no Quadro 9.
QUADRO 9 - Valores médios de área foliar (dm
2
), obtidos para os híbridos de pepino
(Tsuyataro e Natsuhikari) conduzidos com e sem enxertia, em diferentes
ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005.
Área foliar (dm
2
)
FATOR
15 DAT 30 DAT 45 DAT
Ambiente (A)
A
1
162,01 a 1163,71 a 2835,58 a
A
2
163,22 a 1178,35 a 3280,55 a
A
3
164,74 a 1036,61 a 2547,44 a
A
4
135,60 ab 724,05 a 1393,95 b
Campo 91,86 b 282,78 b 644,26 b
DMS 50,86 371,04 1049,60
Híbridos
Tsuyataro 137,91 a 908,29 a 2042,69 a
Natsuhikari 149,09 a 845,91 a 2246,02 a
DMS 22,75 165,96 469,46
Plantas
Enxertadas 188,62 a 897,77 a 2191,02 a
Pé-franco 98,35 b 856, 47 a 2097,02 a
DMS 22,75 165,96 469,46
C.V. (%)
35 42 49
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, para cada fator, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05).
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de
120µm/ Som. 50%).
49
QUADRO 10. Valores médios de taxa assimilatória de CO
2
para os híbridos de pepino
Tsuyataro e Natsuhikari), conduzidos com e sem enxertia, em diferentes
ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005.
Taxa assimilatória de CO
2
(mmolCO
2
m
-2
s
-1
)
FATOR
15 DAT 30 DAT 45 DAT 60 DAT
Ambiente
(A)
A
1
13,9 a 11,5 c 14,3 c 17,8 ab
A
2
11,7 bc 13,3 b 14,9 bc 15,4 b
A
3
12,2 ab 13,2 ab 16,4 ab 15,6 ab
A
4
10,7 bc 14,0 a 16,3 ab 18,2 a
Campo 10,1 c 12,0 bc 17,8 a 18,6 a
DMS 2,0 1,2 1,6 2,6
Híbridos
Tsuyataro 12,1 a 12,8 a 15,8 a 17,8 a
Natsuhikari 11,3 a 12,7 a 16,0 a 16,4 a
DMS 0,9 0,5 0,7 1,2
Plantas
Enxertadas 7,8 b 12,6 a 15,9 a 17,3 a
Pé-franco 15,6 a 13,0 a 15,9 a 16,9 a
DMS 0,9 0,5 0,7 1,2
C.V. (%)
17 9 10 15
Médias seguidas pela mesma letra minúscula, nas colunas, para cada fator, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P>0,05).
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado
de 120µm/ Som. 50%).
Na Figura 13, observa-se a curva de assimilação líquida para as
diferentes combinações entre os tratamentos e diferentes quantidades de CO
2
fornecido. Ficou
evidente que, em condições controladas e constantes de fornecimento de CO
2
, a enxertia teve
melhor desempenho na assimilação do gás (Figuras 13B e 13D) e que o híbrido Tsuyataro,
quando enxertado, teve sua eficiência aumentada, já que quando comparados os híbridos em pé-
franco, o Natsuhikari apresentou maiores valores (Figuras 13A e 13C). Esses resultados vão ao
50
encontro daqueles obtidos por Brandão Filho et al. (2003), que verificaram diferenças entre
híbridos de berinjela em favor das plantas enxertadas.
FIGURA 13 Curva de assimilação líquida sob diferentes concentrações em ppm de CO
2
para
os híbridos de pepino Tsuyataro e Natsuhikari em franco e enxertados sobre
porta enxerto de abóbora Shelper cultivados em ambientes protegidos. São
Manuel (SP), 2005.
A
B
C
D
0
10
20
30
40
50
60
70
80
50 100 150 250 300 500 700 900 1100
Concentração de CO
2
Taxa assimilatória de CO
2
(mmolCO
2
m
-2
s
-1
)
Tsuyataro Enxertado Natsuhikari Enxertado
0
10
20
30
40
50
60
70
80
50 100 150 250 300 500 700 900 1100
Taxa assimilatória de CO
2
(mmolCO
2
m
-2
s
-1
)
Tsuyataro Pé-Franco Natsuhikari Pé-Franco
0
10
20
30
40
50
60
70
80
50 100 150 250 300 500 700 900 1100
Tsuyataro Pé-Franco Tsuyataro Enxertado
0
10
20
30
40
50
60
70
80
50
100
150
250
300
500
700
900
1100
Concentração de CO
2
Natsuhikari Pé
-Franco
Natsuhikari Enxertado
51
4.2.2 Produção, número total e comerciável dos frutos
Não foram observados efeitos significativos da enxertia para a produção e
número total e comerciável de frutos (Quadro 11), resultados, que contrariam aqueles
observados por Cañizares & Goto (1998), Goto et al. (1999) e Macedo Junior (1998), que
verificaram ganhos significativos em plantas enxertadas e, ainda, com variações positivas para
diferentes métodos de enxertia empregados. Porém, a falta, de ganhos expressivos com o uso da
enxertia também foi relatado por Fonseca (1998), quando trabalhou com cobertura plástica de
solo e, por Lima et al. (2000), quando avaliaram cinco porta-enxertos diferentes para o
pepineiro japonês e observram menores produções em plantas enxertadas.
Na comparação entre os híbridos, o Tsuyataro apresentou, indices
significativamente maiores de produtividade para todas as características avaliadas,
proporcionando incremento de 68% na produção de frutos comerciáveis quando comparado
com ‘Natsuhikari’ (Quadro 11). Essa diferença, porém, pode ter como explicação a
característica produtiva de cada híbrido, uma vez que este último, quando submetido a
variações térmicas com grandes amplitudes e em condições de temperaturas elevadas (Figura
11A) , altera a expressão sexual das flores, diminuindo a quantidade de flores femininas, como
já discutido anteriormente.
Grandes variações térmicas, foram observadas durante o ciclo produtivo,
pois foram registrados valores médios de amplitude térmica diária acima de 15
o
C na maioria
dos dias, com diferenças de até 20
o
C entre a máxima e a mínima, valores acima daqueles
indicados como ideais por Lopes & Stripari (1998) e Filgueira (2000) e que, também, podem
ter influenciado contra melhores índices de produtividade. Porém, a falta de interação entre os
tratamentos, não permitiu afirmar que a diferença de produtividade observada entre os híbridos
tenha sido provocada pela enxertia ou pelo ambiente de cultivo. Outros fatores do processo
produtivo, podem ter influenciado essa característica, uma vez que, segundo Goto (2001), a
produção é o reflexo de todo o crescimento e desenvolvimento da planta durante seu ciclo de
vida e quando as condições são ideais os reflexos positivos são diretos.
52
QUADRO 11. Valores médios de produção (kg/m
2
) e número de frutos/m
2
, obtidos para os
híbridos de pepino, Tsuyataro e Natsuhikari, conduzidos com e sem enxertia, em
diferentes ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005.
FATOR
Produção
Total
Produção
comerciável
Número total de
frutos/m
2
Número de frutos
comerciáveis/m
2
Ambiente (A)
A
1
3,626 a 3,307 a 24 ab 21 ab
A
2
3,078 ab 2,879 ab 21 ab 18 ab
A
3
2,226 b 2,012 b 16 b 13 bc
A
4
3,411 ab 3,093 ab 27 a 23 a
Campo 0,823 c 0,777 c 6 c 5 c
DMS 1,239 1,175 9 8
Híbridos
Tsuyataro 3,150 a 2,875 a 23 a 20 a
Natsuhikari 2,116 b 1,953 b 14 b 12 b
DMS 0,554 0,526 4 4
Plantas
Enxertado 2,613 a 2,395 a 18 a 16 a
Pé-franco 2,653 a 2,432 a 19 a 17 a
DMS 0,554 0,526 4 4
C.V. (%)
47 48 46 49
Médias seguidas pela mesma letra, dentro de cada fator, não diferem entre si pelo teste de Tukey (P>0,05).
A1 (PEBD 120µm TD/AF), A2
(PEBD 150µm AV/Som. 50%), A3 (PEBD 150µm TD/ Som. 50%) e A4 (PEBD aditivado de
120µm/ Som. 50%),
Os valores apresentados para o número total e comerciável de frutos,
sugerem que os índices de “pegamento” das flores e frutos dos ramos secundários foram baixos
que segundo o método proposto, todas as flores e frutos dos primeiros cinco ramos foram
retirados e a haste principal conduzida até o 22
o
o que deveria proporcionar um número
mínimo de 17 frutos se todos as flores da haste principal fossem viáveis e se tornassem frutos.
No entanto, resultados bem próximos também, foram verificados por Delmanto Junior (1999),
53
Cardoso & Silva (2003) e Lima et al. (2000) em diferentes sistemas de produção e materiais
utilizados, com valores semelhantes, também, para o peso médio de frutos.
Apesar dos baixos os valores encontrados para produção e número total e
comerciável de frutos, observou-se que o ambiente protegido, independentemente do
tratamento, exerceu grande influência nessas características, quando comparado com a produção
em campo, que foi significativamente menor. A baixa produção em campo provocada pelo
excesso de chuva ocorrido logo após o transplante e durante o ciclo da cultura (Figuras 8A e
8B), que prejudicou o desenvolvimento das plantas e favoreceu o ataque severo de pragas,
contribuindo para 100% de comprometimento das plantas, as quais também, foram infectadas
com virose, conforme apresentado no Quadro 12.
Os resultados comprovaram o que foi discutido por Fontes (1999), que
descreveu, dentre as inúmeras vantagens do uso do cultivo protegido, a menor incidência de
algumas doenças, mostrando ainda, a eficiência da cobertura plástica na proteção das plantas
contra as adversidades climáticas.
Está representado no Quadro 12 o número de plantas atacadas por
afídios e que desenvolveram sintomas de viroses. É possível observar, que a tela anti-afídio,
utilizada no fechamento lateral do Ambiente 1, foi extremamente eficiente como barreira física
contra a presença de pulgões, não apresentando plantas colonizadas por esses insetos e
conseqüentemente nenhum sintoma de virose.
Ficou evidente, que apesar do pequeno o número de plantas atacadas por
pulgões no interior dos ambientes protegidos, o híbrido Natsuhikari apresentou o maior número
de plantas innfestadas (Quadro 12). No campo aberto observou-se 100% das plantas atacadas,
resultados que corroboram aqueles por Sleutjes (2003), que identificou como melhor método de
controle físico, para vetores de viroses do pepineiro, o uso de telado anti-afideo empregado nas
laterais do ambiente protegido.
54
QUADRO 12 - Número de plantas com presença de afídios e com sintomas de virose ao final
do ciclo da cultura do pepineiro, conduzido com e sem enxertia, em diferentes
ambientes de cultivo protegido. São Manuel (SP), 2005.
Número de plantas com presença de afídios e com sintomas de virose
Ambientes
Plantas
A1
PEBD 120µm
TD/AF
A2
PEBD 150µm
AV/Som. 50%
A3
PEBD 150µm
TD/ Som. 50%
A4
PEBD aditivado
120µm/ Som. 50%
Campo
Enxertadas
Tsuyataro 0 1 0 0 32
Natsuhikari
0 1 0 1 32
Pé-franco
Tsuyataro 0 1 0 1 32
Natsuhikari
0 3 3 4 32
Total
0 6 (4,7%) 3 (2,5%) 6 (4,7%) 128 (100%)
55
5. CONCLUSÕES
Para as condições em que se realizou o presente estudo, e após a análise dos
resultados obtidos, concluiu-se que:
a) o uso de ambiente protegido favoreceu o desenvolvimento das plantas;
b) a enxertia não interferiu nas medidas de crecimento;
c) a produção e número de frutos total e comerciável foram afetados pelos
ambientes de cultivo;
d) a enxertia bem como o material de cobertura dos ambientes, interferiram na taxa
de assimilação de CO
2
;
56
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AL-SHOOSHAN, A.A. Estimation of photosynthetically active radiation under an arid climate.
Journal of Agricultural Engineering Research, London, v.66, n.1, p.9-13, 1997.
ANDRADE, J.W.S. Cultivo de bridos de meo, com e sem cobertura do solo, em estufas
cobertas com filme de polietileno com diferentes características ópticas. Ilha Solteira, 2001. 77p.
Dissertação (Mestrado em Agronomia, Área de Concentrão em Sistema de Produção)
Faculdade de Engenharia, Campus de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista.
ANDRIOLO, J.L. Fisiologia da produção de hortaliças em ambiente protegido. Horticultura
Brasileira, Brasília, v.18, suplemento, p.26-33, 2000.
ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA, AGRIANUAL 2005. São Paulo: FNP
Editora Arcos, 2004, p.436-438.
BAKKER, J.C. Greenhouse climate control: constraints and limitations. Acta Horticulturae,
n.399, p.25-35, 1995.
BLANCO, F.F. Tolerância do pepino enxertado à salinidade em ambiente protegido e controle
da salinização do solo. Piracicaba, 1999, 104p. Dissertação (Mestre em Agronomia/Irrigação e
Drenagem) – ESALQ, Universidade de São Paulo.
57
BLISKA JR., A.; HONÓRIO, S.L. Características óticas de materiais de cobertura de viveiros e
estufas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA, 23, 1994,
Campinas. Programas e Resumos... Campinas: UNICAMP, Jaboticabal: SBEA, 1994. p.284.
BOGIANI, J.C. Aplicação de luz na faixa do vermelho-extremo em mudas e uso de cobertura
plástica do solo no meloeiro, em ambiente protegido. Ilha Solteira: FEIS/UNESP, 2003. 46f.
Trabalho de Graduação em Agronomia. Faculdade de Engenharia, Campus de Ilha
Solteira, Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira.
BRANDÃO FILHO, J.U.T. & CALLEGARI, O. Cultivo de hortaliças de frutos em solo em
ambiente protegido. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 20, n.200/201, p.64-8, 1999.
BRANDÃO FILHO, J.U.T. Enxertia em híbridos de berinjela (Solanum melongena L.), sob
cultivo protegido. Botucatu, 2001, 79p. Tese (Doutorado em Agronomia/ Horticultura)
Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
BRANDÃO FILHO, J.U.T. et al. Influência da enxertia nas trocas gasosas de dois híbridos de
berinjela cultivados em ambiente protegido. Horticultura Brasileira, v.21, n.3, p.474-477,
2003.
BUREK, S.A.M.; NORTON, B.; PROBERT, S.D. Transmission and forward scattering of
insolation through plastic (transparent and semi-transparent) materials. Solar Energy, Elmsford,
v.42, n.6, p.457-475, 1989.
CAMACHO, M.J. et al. Avaliação de elementos meteorológicos em estufa plástica em Pelotas,
RS. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v.3, n.1, p.19-24, 1995.
CAÑIZARES, K.A.L.; GOTO, R. Crescimento e produção de híbridos de pepino em função da
enxertia. Horticultura Brasileira, v.16, n.2, p.110-113, 1998.
CAÑIZARES, K.A.L.; RODRIGUES, J.D.; GOTO, R. Crescimento e índice de troca gasosa
em plantas de pepino irrigadas com água enriquecida com CO
2
. Horticultura Brasileira, v.22,
n.4, p.706-711, 2004.
58
CAÑIZARES, K.A.L.; IOZI, R.N.; STRIPARI, P.C.; GOTO, R. Enxertado, japonês fica mais
brilhante. In: NAKAMAE, I.J.; PASTRELLO, C.P. AGRIANUAL, 97. Anuário estatístico
da agricultura brasileira. São Paulo: Argos Comunicação, 1996 p.332-333.
CARDOSO, A.I.I.; SILVA, N. Avaliação de híbridos de pepino japonês sob ambiente protegido
em duas épocas de cultivo. Horticultura Brasileira, v.21, n.2, p.171-175, 2003.
CASTILLA, N. et al. New greenhouse structures for the south of Spain. Acta Horticulturae,
Wageningen, n.281, p.153-158, 1990.
CASTILLA, N.; LÓPEZ-GALVEZ, J. Vegetable crop responses in improved low-cost plastic
greenhouses. Journal of Horticultural Science, Ashford, v.69, n.5, p.915-921, 1994.
COHEN, S.; FUCHS, M. Measuring and predicting radiometric properties of reflective shade
nets and thermal screens. Journal of Agricultural Engineering Research, London, v.73, n.3,
p.245-255, 1999.
CUNHA, A.R.; ESCOBEDO, J.F.; KLOSOWSKI, É.S. Balanço de energia em pimenteiro sob
cultivo protegido e a campo. Revista Brasileira de Agrometeorologia, v.9, n.2, p.159-167,
2001.
DELMANTO JUNIOR, O. Irrigação por gotejamento superficial e subterrâneo na produção de
pepino (Cucumis sativus L.) conduzido em ambiente protegido. Botucatu, 1999. 55p.
Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem) - Faculdade de Ciências Agronômicas,
Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu. 1999.
DILARA, P.A.; BRIASSOULIS, D. Degradation and stabilization of low-density polyethylene
films used as greenhouse covering materials. Journal of Agricultural Engineering Research,
London, v.76, n.4, p.309-321, 2000.
DUNCAN, G.A.; WALKER, J.N. Selection of greenhouse covering materials. Transactions of
the ASAE, St. Joseph, v.18, n.4, p.703-706, 710, 1975.
59
FARIA JÚNIOR, M.J.A. Contribuição ao estudo de abrigos para cultivo protegido: influência do
material de cobertura sobre variáveis microclimáticas. Ilha Solteira, 2001. 104f. Tese (Livre
docência) Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. Disciplina
de Construções Rurais.
FARIA JUNIOR, M.J.A. Avaliação de diferentes arquiteturas de estufas, coberturas do solo
com filme plástico, em híbridos de pimentão (Capsicum annum L.). Jaboticabal:
FCAVJ/UNESP, 1997. 102p. Tese (Título de Doutor em Agronomia, Área de Concentração em
Produção Vegetal) Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal,
Universidade Estadual Paulista.
FARIA JUNIOR, M.J.A. Avaliação de híbridos de pepino para cultivo protegido e do
microclima formado por dois modelos de estufa. Jaboticabal: FCAVJ/UNESP, 1994. 102p.
Dissertação (Mestrado em Agronomia-Produção Vegetal).
FARIAS, J.R.B. et al. Efeito da cobertura plástica de estufa sobre a radiação solar. Revista
Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v.1, n.1, p.31-36, 1993.
FILGUEIRA, F.A.R. Novo manual de olericultura. Agrotecnologia moderna na produção e
comercialização de hortaliças, Viçosa, Editora Universidade Federal de Viçosa. 2000, p.321-
354.
FONSECA, I.C.B. . Efeito de cores de plástico para cobertura de solo e da enxertia em alguns
parâmetros fisiológicos do pepino japonês. Botucatu, 1998, 103p. Tese (Doutorado em Ciências
Biológicas/Botânica) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Campus de
Botucatu.
FONTES, P.C.R., Produção de hortaliças em ambiente protegido: uma técnica a ser aprendida.
Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 20, n.200/201, p.1-2, 1999.
FONTES, P.C.R.; PUIATTI, M. Cultura do pepino. In.: Olericultura: teoria e prática. Viçosa,
MG. 2005, p.439-455.
60
FONTES, P.C.R.; SILVA, D.J.H. Cultivo em ambiente protegido. In.: Olericultura: teoria e
prática. Viçosa, MG. 2005, p.211-237.
FONTES, R.R.; LIMA, J.A. Nutrição mineral e adubação do pepino e da abóbora. In:
FERREIRA, M.E.; CASTELLANE, P.D.; PESSOA, M.C. Nutrição e adubação de hortaliças.
Campinas: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1992. p. 291-296.
FRIEDLANDER, M., ATAMON, D., GALLUM, E. The effect of grafting on sex expression in
cucumber. Plant & Cell Physiology, v. 18, p. 1343-50, 1977.
FUCHS, M. et al. Effects of ventilation on the energy balance of a greenhouse with bare soil.
Agricultural and Forest Meteorology, v.86, p.273-82, 1997.
FUJIEDA, K. Cucumber. In: KONISHI, K.; IWAHORI, S.; KITAGAWA, H.; YAKUWA, T.
Horticulture in Japan. Asakura Publishing Co., Ltda, Tokyo, 1986.
GALVANI, E. Avaliação de parâmetros agrometeorológicos no cultivo de pepino (Cucumis
sativus L.) em casa de vegetação durante ciclos de outono-inverno e primavera-verão. Botucatu,
2001, 149p. Tese (Doutorado em Energia na Agricultura) - Faculdade de Ciências
Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu. 2001.
GIACOMELLI, G.A.; ROBERTS, W.J. Greenhouse covering systems. HortTechnology,
Alexandria, v.3, n.1, p.50-58, 1993.
GIACOMELLI, G.A.; TING, K.C.; PANIGRAHI, S. Solar PAR vs. solar total radiation
transmission in a greenhouse. Transactions of the ASAE, St. Joseph, v.31, n.5, p.1540-1543,
1988.
GODBEY, L.C.; BOND, T.E.; ZORNING, H.F. Transmission of solar and long-wavelenght
energy by materials used as covers for solar collectors and greenhouses. Transactions of the
ASAE, St. Joseph, v.22, n.5, p.1137-1144, 1979.
61
GOTO, R. Fisiologia da produção em cultivos protegidos. In.: AEASP Associação de
Engenheiros Agrônomos do Estado de o Paulo. Programa de Plasticultura para o Estado de
São Paulo. Apostila. p.37-40. s.d.
GOTO, R. Qualidade e produção de frutos de pepino japos em função dos métodos de enxertia.
Botucatu, 2001. 60p. Tese (Livre docência) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Ciências Agronômicas. Disciplina de Olericultura.
GOTO, R.; KONISHI, H.M.; CAÑIZARES, K.A.L.; BRAGA, R. Métodos de enxertia e seu
efeito na expressão sexual e na produção de pepino japonês cultivado em ambiente protegido.
In: 39º CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 1999, Tubarão. Horticultura
Brasileira Brasília, v.17, n.3, 1999.
GRODZKY, L.; BRENNER, N.L.; SCOTTI, C.A. Estudo do ambiente em estufas plásticas, na
rego de Curitiba, PR. Horticultura Brasileira, Brasília, v.9, n.1, p.55, 1991.
NAY, A. Alternative cover materials and their usage in protected growing. Acta
Horticulturae, Wageningen, n.366, p.99-104, 1994.
HANAN, J.J. Greenhouses: advanced technology for protected horticulture. Boca Raton:
CRC Press, 1998. 684p.
HORA, R.C. Aplicão de luz na faixa do vermelho-extremo em mudas e diferentes sistemas de
condão do tomateiro cultivado em ambiente protegido. Ilha Solteira, 2003. 56p. Dissertação
(Mestrado em Agronomia, Área de Concentrão em Sistema de Produção) – Faculdade de
Engenharia, Campus de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista.
KAWAIDE, T. Utilization of rootstocks in cucurbits production in Japan. Japanese
Agricultural Research Quaterly, v.18, n.4, p.285-288, 1985.
KITTAS, C. et al. Paramètres significatifs du determinisme de la température de l'air de la serre.
Agricultural and Forest Meteorology, Amsterdam, v.40, n.3, p. 265-277, 1987.
62
KITTAS, C.; BAILLE, A.; GIAGLARAS, P. Influence of covering material and shading on the
spectral distribution of light in greenhouses. Journal of Agricultural Engineering Research,
London, v.73, n.4, p.341-351, 1999.
KOBORI, R.F. Controle da murcha de fitóftora (Phytophthora capsici) em pimentão (Capsicum
annuum L.) através da enxertia. Botucatu, 1999. 138p. Tese (Doutorado em
Agronomia/Proteção de plantas) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual
Paulista.
KOBORI, R.F. Enxertia em tomateiro como um método alternativo de controle da murcha de
Verticillium e comportamento de introduções à doença. Botucatu, 1994. 131p. Dissertação
(Mestrado em Agronomia/Proteção de Plantas) Faculdade de Ciências Agronômicas,
Universidade Estadual Paulista.
KUROZAWA, C.; PAVAN, M.A. Doenças de cucurbitáceas. Manual de fitopatologia.
Doenças de plantas cultivadas. São Paulo: Ceres. v.2, 3ed., p.325-337. 1997.
LEE, J.M. On the cultivation of grafted plants of cucurbitaceae vegetables. The Korean
Society for Horticultural Science, v.30, n.3, p.169-179, 1989.
LI, S.; KURATA, K.; TAKAKURA, T. Solar radiation transmissivity into a lean-to greenhouse.
Acta Horticulturae, Wageningen, n.399, p.127-134, 1995.
LIEBIG, H.P. Model of cucumber growth and yield. I raising the crop under low temperature
regimes. Acta Horticulturae, v.156, p.127-137, 1985.
LIMA, A.M. Avaliação do cultivo de gradíolo (Gradiolus grandiflorus L.), em campo aberto e
em ambiente protegido, com uso de filmes de polietileno, de diferentes cores em cobertura do
solo. 2000. 114f. Dissertação (Mestrado em Agronomia, área de Concentração: Sistemas de
Produção) – Faculdade de Engenharia, Universidade Estadual Paulista Ilha Solteira.
LIMA, M.S. et al. Avaliação de porta-enxertos para pepino tipo japonês. Scientia agrícola,
Piracicaba, v.57, n.1, 2000.
63
LOPES, M.C.; STRIPARI, P.C. A cultura do tomateriro. In.: GOTO, R.; TIVELLI, S.W.
Produção de hortaliças em ambiente protegido: condições subtropicais. São Paulo:
Fundação Editorial da UNESP, p.257-319, 1998.
LÓPEZ-GALVEZ, J. et al. The improvement of the low cost Almeria greenhouse type: technical-
economical possibilities. Plasticulture, Paris, n.90, p. 4-14, 1991.
LÓPEZ-GALVEZ, J. Plasticultura. Revista de hortalizas, flores, plantas ornamentales y
viveros. v.14, p.1-32, 1995.
LUENGO, R.F.A.; et al. Tabela de composição nutricional das hortalas. Brasília: Embrapa
Hortaliças, 2000. 4p.il.: Tabela (Embrapa Hortalas. Documentos, 26).
MACEDO, JUNIOR, E.K. Crescimento e produtividade de pepino (Cucumis sativus L.)
enxertado e não enxertado, submetido à adubação convencional em cobertura e fertirrigação, em
cultivo protegido. Botucatu, 1998. 129p. Tese (Doutorado em Agronomia/Irrigação e
Drenagem) Faculdade de Ciencias Agroômicas, Universidade Estadual Paulista.
MARENCO, R.A.; LOPES, N.F. Fisiologia vegetal: fotossíntese, respiração, relações
hídricas e nutrição mineral. Viçosa: UFV, 2005. 541p.
MARTINS, G. Uso de casa-de-vegetão com cobertura plástica na tomaticultura de verão.
Jaboticabal, 1992. 65p. Tese (Doutorado em Agronomia, Área de Concentração em Prodão
Vegetal) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Campus de Jaboticabal, Universidade
Estadual Paulista.
MARTINS, S.R.; FERNANDES, H.S.; ASSIS, F.N.; MENDEZ, M.E.G. Caracterização
climática e manejo de ambientes protegidos: a experiência brasileira. Informe Agropecuário,
Belo Horizonte, v. 20, n.200/201, p.15-23, 1999.
MATSUZOE, N.; AIDA, H.; HJANADA, K.; ALI, M.; OKUBO, H.; FUJIEDA, K. Fruit
quality of tomato plants grafted on Solanum rootstocks. Jurnal of Japan Society
Horticultural Science v.65, n.1, p.73-80, 1996.
64
MIGUEL, A. Injerto de hortalizas. Valencia, España, 88p. 1997. (Série Divulgação Técnica).
MILLS, P.J.W.; SMITH, I.E.; MARAIS, G. A greenhouse design for a cool subtropical climate
with mild winters based on microclimatic measurements of protected environments. Acta
Horticulturae, Wageningen, n.281, p.83-94, 1990.
MORITA, S. The use of a new binding agent in grafting of various fruits and vegetables.
Agric. Hortic. , v.63, p. 1190-1196, 1988.
NIENHUIS, J., LOWER, R.L. Interspecific grafting to promote flowering in Cumumis
hardwickii. Genetic Cooperative Repport, n.2, p.11-12, 1979.
NIJSKENS, J. et al. Radiation transfer through covering materials, solar and thermal screens of
greenhouses. Agricultural and Forest Meteorology, Amsterdam, v.35, n.1-4, p.229-242, 1985.
NOMURA, Y. Differences in Fusariun oxysporum f. sp. lagenariae wilt ocurrence between
cucumber plants on pumpkin rootstock and nongrafted pumpkin plants. Review of Plant
Pathology, v.71, 1989.
ODA, M. New grafting methods for fruit-bearing vegetables in Japan. Japanese Agricultural
Reseach Quaterly, v.29, p.187-194, 1995.
ODA, M.; TSUJI, K.; SASAKI, H. Effect of hypocotyl morphology on survival rate and grow
of cucumber seedlings grafted on Cucurbita spp. Japanese Agricultural Reseach Quaterly,
v.26, p.259-63, 1993.
OLIVEIRA, A.C.B.; ARAÚJO, M.L.; LEAL, N.R. Avaliação do comportamento de três
cultivares de pepino submetidas ao cultivo sob estrutura de proteção e a céu aberto na região
Norte Fluminense – RJ. Horticultura Brasileira, v.13, n.1, p.99, 1995.
PAPADAKIS, G. et al. Radiometric and thermal properties of and testing methods for, greenhouse
covering materials. Journal of Agricultural Engineering Research, London, v.77, n.1, p.7-38,
2000.
65
PEZZOPANE, J.E.M. et al. Radiação líquida e temperatura de folha no interior de estufa com
cobertura plástica, durante o período noturno. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa
Maria, v.3, n.1, p.1-4, 1997.
PICANÇO, M.; MARQUINI, F. Manejo integrado de pragas de hortaliças em ambiente
protegido. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 20, n.200/201, p.126-133, 1999.
POLLET, I.V.; PIETERS, J.G. Laboratory measurements of PAR transmitance of wet and dry
greenhouse cladding materials. Agricultural and Forest Meteorology, Amsterdam, v.93, n.2,
p.149-152, 1999.
QUEIROZ, M.A. Potencial do germoplasma de curcubitáceas no nordeste brasileiro.
Horticultura Brasileira, v.11, n.1, p.7-9, 1993.
REIS, N.V.B.; HORINO, Y. Uso de estufas plásticas para produção de tomate e pepino.
Horticultura Brasileira, Brasília, v.6, n.1, p.75, 1992.
ROBLEDO DE PEDRO, F.; MARTIN VICENTE, L. Aplicación de los plásticos en la
agricultura. 2.ed. Madri: Ediciones Mundi-Prensa, 1988. 573p.
SALVETTI, M.G. O polietileno na agropecuária brasileira, 2ed. Porto Alegre: Gráfica
Palloti, 1983, 154p.
SEMEDO, C.M.B. A intensificação da produção hortícola. 3.ed. Mem Martins: Europan, 1988.
192p.
SERRANO CERMEÑO, Z. Cultivo de plantas hortícolas em estufa. Lisboa: Litexa, s.d. 367p.
SERRANO CERMEÑO, Z. Construcción de invernaderos. Madri: Ediciones Mundi-Prensa,
1994. 445p.
SERRANO CERMEÑO, Z. Estufas: Instalações e maneio. Lisboa: Litexa, 1990, 355p.
SGANZERLA, E. Nova agricultura: a fascinante arte de cultivar com os plásticos. 5 ed.
Guaíba: Agropecuária, 1995. 342p.
66
SILVA JUNIOR, A.A.; SOPRANO, E.; VIZZOTO, V.J.; MACEDO, S.G. Caracterização de
deficiências nutricionais em pepineiro. Santa Catarina: EPAGRI, 1995. 35p.
SILVA, M.L.O. Avaliação de parâmetros ambientais em dois modelos de estufa, sem e com
presença de cultura. São Carlos, 1997. 61p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) -
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
SIQUEIRA, C.E.M. Propriedades óticas dos filmes agrícolas. In: ASSOCIAÇÃO DE
ENGENHEIROS AGRÔNOMOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Programa de
plasticultura para o Estado de São Paulo. São Paulo, s.d. p. 19-21. (Não publicado).
SLEUTJES, P.S. Manejo integrado de viruses na cultrua do pepineiro (Cucumus sativus L.) em
ambiente protegido. Botucatu, 2003, 69p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/ Proteção de
Plantas) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.
SOUZA, R.A.R. Cultivo do pepino em solo coberto com filmes de polietileno de diferentes
cores, em ambiente protegido sob diferentes veis de sombreamento adicional. Ilha Solteira:
FEIS/UNESP, 1999. 34p. Trabalho de Graduação em Agronomia. Faculdade de
Engenharia, Campus de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista.
STADNIK, M.J.; KOBORI, R.F.; BETTIOL, W. Oídios de cucurbitáceas. In.: STADNIK, M.J.;
RIVERA, M.C. Oídios. Jaguariúna. São Paulo: Embrapa Meio Ambiente, 2001. p.217-254.
STIMART, D.P. Promotion and inhibition of branching in poinsettia in grafts between self-
branching and non-branching cultivars. Journal of American Society Horticultural Science,
v.108, p. 419-422, 1983.
STRECK, N.A.; BURIOL, G.A.; ANDRIOLO, J.L.; SANDRI, M.A. Influência da densidade
de plantas e da poda apical drástica na produtividade do tomateiro em estufa de plástico.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.33, n.7, p.1105-12, 1998.
67
STRIPARI, P.C.; IOZI, R.N.; CAÑIZARES, K.A.L.; TRAVASSOS, L.H.; GOTO, R.
Influência do intervalo de semeadura na sobrevivência e na qualidade de mudas de pepino
enxertado em abóbora. Acta Horticuture. v.16, p.33-37, 1997.
TAKAHASHI, H.; SAITO, T.; SUGE, H. Intergeneric translocation of floral stimulus across a
graft union in monoecius cucurbitaceae with special reference to the sex expression of flowers.
Plant & Cell Physiology. v.23, n.1, p.1-9, 1982.
TEITEL, M.; TANNY, J. Natural ventilation of greenhouses: experiments and model.
Agricultural and Forest Meteorology, Amsterdam, v.96, n.1-3, p.59-70, 1999.
TIVELLI, S.W. et al. Manejo fitossanitário em cultivo protegido. In.: GOTO, R.; TIVELLI,
S.W. Produção de hortaliças em ambiente protegido: condições subtropicais. São
Paulo:Fundação Editorial da UNESP, p.53-104, 1998.
TRANI, P.E.; GROPPO,G.A.; SILVA, M.C.P.; MINAMI, K.; BURKE, T.J. Diagnóstico sobre
a produção de hortaliças no estado de São Paulo. Horticultura Brasileira. v.15, n.1, p.19-24,
1997.
TULLER, S.E.; PETERSON, M.J. The solar radiation environment of greenhouse-grown Douglas-
fir seedlings. Agricultural and Forest Meteorology, Amsterdam, v.44, p.49-65, 1988.
UDO, S.O.; ARO, T.O. Global PAR related to global solar radiation for central Nigeria.
Agricultural and Forest Meteorology, Amsterdam, v.97, n.1, p.21-31, 1999.
VIEIRA, A.R.R.; BRAGA,J.H.;PRADO,R.C.; RIBEIRO,F.L. Determinação da temperatura
basal e somas rmicas em pepino conserva, cultivar ginga.Pesquisa Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v.27, n.6, p.857-64,1992.
YAGISHITA, N.; HIRATA, Y.; OKOCHI, K.; MIMURA, K.; MIZUKAMI, H.; OHASHI, H.
Characterization of graft-induced change in capsaicin content of Capsicum annuum L.
Euphytica, v.34, p.297-301, 1985.
68
YATES, D.J. Shade factors of a range of shadecloth materials. Acta Horticulturae,
Wageningen, n.257, p.201-217, 1989.
ZAITER, H.Z., COYNE, D.P., CLARK, R.B. Temperature, grafting method and rootstock
influence on iron deficiency chlorosis of bean. Journal of American Society Horticultural
Science., v.112, p.1023-1026, 1987.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo