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al. (1997), o cultivo protegido, para hortaliças como tomate, alface e pepino, proporciona um
aumento de produtividade média, superior a 50% quando comparadas ao cultivo a campo.
Reis et al. (1992), estudando a influencia da temperatura do ar sobre a
produção de pepino, cultivado em ambiente protegido comparativamente ao cultivo em campo
aberto, observaram um incremento de produtividade de 48,5% no plantio protegido, refletindo
mais uma vez, a eficiência dessas estruturas quanto ao ganho em produtividade. Resultados
satisfatórios, também foram obtidos por Oliveira et al. (1995), quando avaliaram o desempenho
de três híbridos de pepino produzidos a campo e em cultivo protegido. Verificaram aumento
significativo de produção por planta para todos os híbridos, quando cultivados sob proteção,
alcançando valores de 80% para o híbrido caipira e 55% para o ‘Rio Verde’.
Cultivar em ambientes protegidos, por sua vez, requer, o conhecimento
de noções básicas sobre o material plástico utilizado (Siqueira, s.d.), uma vez que as condições
ambientais durante o período reprodutivo das plantas, em combinação com as práticas
fitotécnicas, determinam, principalmente, a velocidade de diferenciação floral e a duração do
período vegetativo, afetando o desenvolvimento da inflorescência e do sistema fotossintético,
fatores estes, dependentes do índice de área foliar e da duração do sistema fotossintetizador,
características fundamentais para o cultivo em estufa, em função das suas condições ambientais
(Martins et al., 1999). De acordo com os mesmos autores, o incremento de calor no interior dos
ambientes protegidos (efeito estufa) depende basicamente do balanço de energia, determinado
pelos processos de reflexão, absorção e transmitância em ambas as faces da cobertura plástica
utilizada. Os fluxos de energia são resultantes desses processos, dependentes das características
óticas, térmicas e mecânicas do plástico. Influenciando ainda o ângulo de incidência da radiação
solar, a superfície exposta, o volume e as condições internas e externas do ambiente, a cobertura
de solo e tipo de cultura. Um exemplo é o uso de estruturas modelo arco, que por sua forma
autoportante, oferece grande resistência ao vento, e seu teto abaulado pode promover um
excelente aproveitamento da energia solar, além de permitir facilidade de fixação do filme
plástico e troca rápida (Sganzerla, 1995). No entanto, as propriedades dos materiais comumente
empregados na cobertura (vidro, plásticos rígidos estruturados, filmes plásticos de diversas
natureza, telas plásticas) apresentam distintas transmitâncias aos diferentes comprimentos de
onda, como estudado por Duncan & Walker (1975), Godbey et al. (1979), Nijskens et al.
(1985), burek et al. (1989), Yates (1989), Bliska Júnior & Honório (1994), Günay (1994),