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de poluição no Brasil: o agravo à saúde, causado pela falta de abastecimento de água potável e
falta de coleta, tratamento e disposição segura de esgotos; poluição atmosférica; a poluição das
águas superficiais em áreas urbanas, com impactos visuais, odor e restrição às atividades de lazer,
tão imprescindíveis na busca da melhoria da qualidade de vida do meio urbano; gestão
inadequada dos resíduos sólidos, e finalmente a poluição localizada acentuada, que inclui zonas
industriais com baixos níveis de controle de poluição, com impactos na população do entorno e
nos sistemas naturais (BANCO MUNDIAL)
(24).
A fixação do homem em qualquer região do planeta tem acontecido, geralmente, em
função das disponibilidades de alimento, luz solar, ar e água, necessários à sua sobrevivência.
Nesse sentido, a água é a forma de energia essencial à vida e à manutenção dos ecossistemas.
Sabe-se que a água cobre três quartos da superfície terrestre. Todavia, do total de água
existente no planeta, 97% corresponde à água salgada, imprópria para a maioria das necessidades
humanas; 2,2% encontram-se sobre as superfícies das regiões polares e, apenas, 0,8%
correspondem à água doce. Dos 0,8% de águas doces existentes, 97% são subterrâneas, sendo
que apenas 3% correspondem às superficiais (CORSE)
(4)
. O Brasil possui cerca de 11,6% da
água doce disponível nos mananciais superficiais do planeta. Essa quantidade, no entanto, está
distribuída de forma muito heterogênea. A região sudeste, com 46,65% da população do país,
possui apenas 6% dos recursos hídricos, enquanto a região norte, com cerca de 6,98% da
população, possui 68,50% dos recursos hídricos.Mesmo nas regiões com disponibilidade de água,
as regiões metropolitanas vêm enfrentando problemas de escassez, devido à poluição dos
mananciais próximos as áreas urbanas. Para abastecimento da região metropolitana de São Paulo,
cerca da metade da água é captada no sistema a cinqüenta quilômetros da área urbana, no Sistema
Cantareira. O mesmo ocorre na região metropolitana de Florianópolis, onde 80% da água é
captada a cerca de trinta quilômetros da área urbana (PHILIPPI)
(25)
.