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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE ANIMAL
DIVERSIDADE DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA:
RHOPALOCERA) EM FRAGMENTOS DE FLORESTA
ESTACIONAL DECIDUAL EM SANTA MARIA,
RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Mônica Bazzan Dessuy
Santa Maria, RS, Brasil
2006
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DIVERSIDADE DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA:
RHOPALOCERA) EM FRAGMENTOS DE FLORESTA
ESTACIONAL DECIDUAL EM SANTA MARIA,
RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
por
Mônica Bazzan Dessuy
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação
em Biodiversidade Animal, Área de Concentração em Bioecologia de Insetos,
da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial
para obtenção do grau de Mestre em Biodiversidade Animal.
Orientadora: Profa. Ana Beatriz Barros de Morais
Santa Maria, RS, Brasil
2006
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Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Naturais e Exatas
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova a Dissertação de Mestrado
DIVERSIDADE DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA:
RHOPALOCERA) EM FRAGMENTOS DE FLORESTA
ESTACIONAL DECIDUAL EM SANTA MARIA,
RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
elaborada por
Mônica Bazzan Dessuy
como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Biodiversidade Animal
COMISSÃO EXAMINADORA:
Ana Beatriz Barros de Morais, Dra.
(Presidente/ Orientador)
Helena Piccoli Romanowski, Dra. (UFRGS)
Sônia Thereza Bastos Dequech, Dra. (UFSM)
Santa Maria, 10 de março de 2006.
AGRADECIMENTOS
Em especial à minha orientadora, Profª Drª Ana Beatriz Barros de Morais, por ter
aceitado me orientar, pelo incentivo durante o trabalho e auxílio nas coletas.
Aos meus pais por seu grande amor, compreensão e estímulo em todas as horas.
Aos meus irmãos pelo carinho e apoio de sempre.
Ao meu namorado por seu amor e atenção durante minha ausência.
Aos responsáveis pelas Instituições situadas nos locais de pesquisa, Cidade dos
Meninos, Lar Metodista e Centro Marista de Eventos, pela autorização para a realização do
trabalho.
Aos colegas do Laboratório de Interações Inseto-Planta (UFSM), Gabriel Sackis pelo
auxílio no campo e em especial a Alice Coimbra, pelo companheirismo, amizade e acolhida.
Ao pesquisadores do Laboratório de Bioecologia de Insetos (UFRGS), em especial aos
Mestres Ana Luiza Paz, Maria Ostilia Marchiori, Cristiano Iserhard e Fabiana de Camargo
pela ajuda nas identificações das espécies.
Aos Doutores Olaf H. H. Mielke, Ronaldo Francini, Curtis Callaghan e Robert
Robbins pelas valiosas identificações de Hesperiidae, Actinote e Lycaenidae.
À CAPES pela concessão da bolsa de estudo.
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal
Universidade Federal de Santa Maria
DIVERSIDADE DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: RHOPALOCERA) EM
FRAGMENTOS DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL
EM SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
AUTORA: MÔNICA BAZZAN DESSUY
ORIENTADORA: ANA BEATRIZ BARROS DE MORAIS
DATA E LOCAL DA DEFESA:SANTA MARIA, 10 DE MARÇO DE 2006.
Visando analisar a composição e diversidade de borboletas em fragmentos de Floresta
Estacional Decidual de Santa Maria, RS, foram realizadas seis saídas a campo bimestrais,
entre julho de 2004 e julho de 2005, em três locais: Morro do Elefante (E), Morro do Lar
Metodista (M) e Morro Cerrito (C). Em 135 horas de amostragem, foram registrados 1594
indivíduos, distribuídos em 146 espécies. Destes, 59% pertencem a família Nymphalidae,
19% Hesperiidae, 10% Papilionidae, 7% Pieridae e 6% Lycaenidae. Foram registradas 13
espécies de borboletas ainda não publicadas para o estado. M apresentou maior riqueza e
abundância de espécies. A menor riqueza foi observada em E e a menor abundância em C. Os
índices de diversidade de Shannon-Wiener e de Margalef tiveram a mesma ordenação entre os
locais, sendo maiores em M, local mais heterogêneo e perturbado, e menores em E. Os
índices de dominância de Simpson e de Berger-Parker, por sua vez, foram mais
representativos em E, com o maior número de espécies abundantes, e menos em C. Apenas
30% das espécies foram comuns aos três locais. Cerca da metade do total de espécies
registradas foram exclusivas de um dos locais. Foram representadas por somente um
indivíduo 27% das espécies. A maior similaridade (Índices de Morisita e de Jaccard) foi
observada entre M e E, e a menor entre E e C
.
Palavras chave: conservação de borboletas, inventário de borboletas, riqueza de espécies, sul
do Brasil.
ABSTRACT
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal
Universidade Federal de Santa Maria
DIVERSITY OF BUTTERFLIES (LEPIDOPTERA: RHOPALOCERA) IN
FRAGMENTS OF DECIDUAL SEASONAL FOREST
IN SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL STATE, BRAZIL.
AUTORA: MÔNICA BAZZAN DESSUY
ORIENTADORA: ANA BEATRIZ BARROS DE MORAIS
DATA E LOCAL DA DEFESA:SANTA MARIA, 10 DE MARÇO DE 2006.
Aiming to analyze the composition and diversity of butterflies in fragments of Decidual
Seasonal Forest of Santa Maria, Rio Grande do Sul State, six field trips were carried
bimonthly, between July 2004 and July 2005, in three localities: Morro do Elefante (E),
Morro do Lar Metodista (M) and Morro Cerrito (C). After 135 sampling hours, 1594
individuals of 146 species were registered. Among these, 59% are Nymphalidae, 19%
Hesperiidae, 10% Papilionidae, 7% Pieridae and 6% Lycaenidae. Thirteen species were new
registers for Rio Grande do Sul State. M had the highest richness and abundance of species.
The lowest richness was observed in E and the lowest abundance in C. Shannon-Wiener and
Margalef diversity indexes had the same ordination among localities, being higher in M, more
heterogeneous and disturbed, and lower in E. Simpson and Berger-Parker dominance indexes
were higher in E, with more abundant species, and lower in C. Only 30% of the species were
common to the three localities. About half of the total registered species were exclusive from
one of the three localities. Twenty-seven percent of the species were represented by only a
single individual. The highest similarity indexes (Morisita and Jaccard) were obtained
between M and E, and the lowest between E and C.
Keywords: butterfly conservation, butterfly inventory, south Brazil, species richness.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Lista e abundância de espécies de borboletas registradas no Morro do Elefante
(E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e
julho de 2005. T: total das amostragens, S: riqueza de espécies, N: abundância total por
família em cada local;!: espécies com novo registro no Rio Grande do Sul; *: espécies
representadas por um único indivíduo (“singletons”).............................................................. 50
TABELA 2 - Riqueza de espécies por família (%) em comunidades de borboletas no Brasil e
no Rio Grande do Sul (RS). B&F - BROWN & FREITAS (1999), I&R - ISERHARD &
ROMANOWSKI (2004), SM - Santa Maria................................................................................. 54
TABELA 3 - Número de espécies (S), número de indivíduos (N), índice de Diversidade
Shannon-Wiener (H’) e de Margalef (Dmg), índice de Dominância de Simpson (D) e de
Berger-Parker (d), número de espécies registradas exclusivamente em um dos locais (Excl.),
número destas espécies representadas por mais de um indivíduo (Excl. >1) e número de
espécies representadas por um único indivíduo (Singleton), registradas no Morro do Elefante
(E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e
julho de 2005............................................................................................................................ 55
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 - Mapa do Rio Grande do Sul mostrando a localização do município de Santa
Maria (29º42’S e 53
o
42’W)..................................................................................................... 56
FIGURA 2 - Curva de suficiência amostral, obtida em seis ocasiões amostrais, no Morro do
Elefante, Morro do Lar Metodista e Morro Cerrito, Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e
julho de 2005. Sufic. obs: suficiência observada, Sufic. corr: suficiência corrigida............. 57
FIGURA 3 - (a) Riqueza de espécies (%) e (b) abundância (%) por família de borboletas
registradas no Morro do Elefante (E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), Santa
Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de 2005. Nym: Nymphalidae, Hesp: Hesperiidae, Pap:
Papilionidae, Pier: Pieridae, Lyc: Lycaenidae........................................................................ 58
FIGURA 4 - Distribuição das freqüências relativas das espécies de borboletas, no Morro do
Elefante (E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), e em todos locais (Total),
Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de 2005. fr: freqüência relativa; *: espécies
dominantes (fr>0,1) em cada local........................................................................................... 59
FIGURA 5 – (a) Similaridade de Morisita-Horn e (b) de Jaccard entre o Morro do Elefante,
Morro do Lar Metodista e Morro Cerrito, Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de
2005.......................................................................................................................................... 60
LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE A – Abundância das espécies de borboletas, em cada local amostrado, por
ocasião amostral, em Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de 2005. E: Morro do
Elefante, M: Morro do Lar Metodista, C: Morro Cerrito, TT: total das
amostragens.............................................................................................................................. 70
APÊNDICE B – Locais amostrados na Floresta Estacional Decidual, em Santa Maria, RS,
entre julho de 2004 e julho de 2005. E: Morro do Elefante, M: Morro do Lar Metodista, C:
Morro Cerrito........................................................................................................................... 75
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A – Normas para publicação do artigo. Instruções aos autores: Revista Brasileira de
Zoologia .................................................................................................................................. 78
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 13
1.1. Borboletas ............................................................................................................. 14
1.2. Diversidade ........................................................................................................... 15
1.3. Área de Estudo e Relevância do Trabalho ......................................................... 16
1.4 Objetivos ................................................................................................................ 18
1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 18
1.4.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 18
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 20
2.1. Estudos Anteriores no Rio Grande do Sul ......................................................... 21
2.2. Estudos Anteriores na Região de Santa Maria .................................................. 23
3. ARTIGO ............................................................................................................................ 24
3.1. Introdução ............................................................................................................. 26
3.2. Material e Métodos ............................................................................................... 27
3.2.1. Área de Estudo ............................................................................................... 27
3.2.2. Amostragem ................................................................................................... 29
3.2.3. Análise dos Dados .......................................................................................... 30
3.3. Resultados e Discussão ......................................................................................... 32
3.3.1. Riqueza e Composição de Espécies ............................................................... 32
3.3.2. Diversidade, Dominância e Similaridade ....................................................... 36
3.4. Agradecimentos ..................................................................................................... 40
3.5. Referências Bibliográficas .................................................................................... 40
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 61
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 63
6. APÊNDICES ...................................................................................................................... 69
7. ANEXOS ............................................................................................................................ 77
APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
O presente trabalho está redigido de acordo com as normas da Universidade Federal
de Santa Maria (MDT) para estrutura e apresentação de monografias, dissertações e teses
(UFSM, 2005) e consta das seguintes partes:
A primeira abrange uma introdução ao tema, incluindo descrição detalhada da área de
estudo, relevância do trabalho e objetivos.
A segunda consiste numa revisão bibliográfica sobre estudos anteriores com
borboletas no Rio Grande do Sul e em Santa Maria.
A terceira consiste em um artigo a ser submetido a Revista Brasileira de Zoologia.
A quarta compreende as Considerações Finais.
A quinta consiste das Referências Bibliográficas da Dissertação.
Por fim, seguem apêndices e anexos, contendo informações complementares ao
conteúdo do presente trabalho.
1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
1.1 Borboletas
Os lepidópteros constituem uma das principais ordens de insetos, com 146.277
espécies no mundo, sendo a grande maioria representada por formas de hábito noturno,
denominadas mariposas, e 13% pelas de hábito diurno, as borboletas (HEPPNER, 1991).
Estas, somam entre 7100 (BECCALONI & GASTON, 1995) e 7900 espécies (HEPPNER,
1991) na região Neotropical. No Brasil ocorrem entre 3100 (BECCALONI & GASTON,
1995) e 3200 espécies (BROWN JR. & FREITAS, 1999). De acordo com BROWN JR. &
FREITAS (1999), dentro do grupo conhecido como Rhopalocera, que inclui as borboletas,
estão representantes de cinco famílias (Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae e
Nymphalidae), que provavelmente formam um grupo natural dentro dos lepidópteros
(BROWN JR. et al., 2003).
As borboletas estão envolvidas em muitas interações ecológicas dentro das
comunidades a que pertencem, destacando-se as mutualísticas (polinização) e de predação
(herbivoria), dentre outras. Elas ainda servem como modelo em pesquisas de ecologia de
populações e comportamento (pela facilidade de marcação nas asas); genética da seleção
natural e em fatores e processos básicos como: alimentação, parasitismo, competição e
predação (identificação de substâncias tóxicas presentes, camuflagem e mimetismo). No
Brasil, são objeto de muitos estudos científicos, podendo ainda ser usadas como indicadoras
em levantamentos de fauna e determinação de prioridades, planejamento e administração de
reservas naturais (BROWN JR. 1992).
Devido ao fato de possuírem representantes com tamanho grande, coloridos e de fácil
visualização, as borboletas poderiam ser usadas como “bandeiras” para conservação e
indicadores para monitoramento ambiental. Dentre os motivos para tais usos, destaca-se o fato
de serem comuns o ano inteiro, apresentarem grande diversidade, facilidade de amostragem e
identificação, ciclos de vida relativamente curtos e de fácil criação em laboratório. Ainda,
respondem rapidamente a alterações ambientais, por serem especialistas em recursos
específicos e possuirem fidelidade de microhabitat, assim permitindo a identificação e adoção
de ações rápidas como reação a degradação do habitat. Sua presença pode indicar uma
continuidade de sistemas frágeis e comunidades ricas em espécies e, sua ausência, uma
perturbação, fragmentação ou envenenamento forte demais para manter a integridade dos
sistemas e da paisagem (BROWN JR., 1996, 1997a, 1997b, BROWN JR. & HUTCHINGS,
1997, BROWN JR. & FREITAS, 1999, NEW et al., 1995, NEW, 1997). Como exemplo, dois
grupos de Nymphalidae (Heliconiinae e Ithomiinae) têm sido utilizados como indicadores da
história, qualidade e diversidade de sistemas, inclusive para a determinação de prioridades e o
estabelecimento de áreas e modalidades de conservação no Brasil (BROWN JR., 1997b).
1.2. Diversidade
A diversidade biológica ou biodiversidade pode ser definida como “a variabilidade
entre os organismos viventes de todas as fontes, incluindo os organismos terrestres, marinhos
e de outros ecossistemas aquáticos, assim como os complexos ecológicos que se formam, isto
inclui diversidade dentro das espécies, entre as espécies e de ecossistemas” (UNEP, 1992
apud MORENO, 2001).
Devido à sua importância e significado para a teoria ecológica, foram desenvolvidos
vários métodos para medi-la e avaliar o estado dos sistemas ecológicos, para fins de
conservação, manejo e monitoramento ambiental (MORENO, 2001).
A diversidade de um ambiente constitui a diversidade local ou alfa. Seus componentes
principais são a riqueza específica, o grau de concentração da dominância das espécies mais
abundantes e a eqüitabilidade geral da distribuição da abundância. Para obter parâmetros
completos da diversidade de espécies em um habitat, é recomendável quantificar o número de
espécies e sua representatividade. A principal vantagem dos índices é que resumem muita
informação em um só valor e nos permitem fazer comparações rápidas e sujeitas a
comprovações estatísticas entre a diversidade de diferentes habitats ou de um mesmo habitat
em épocas diferentes (MORENO, 2001).
Dentre os índices de diversidade, o de Shannon-Wiener é muito utilizado e avalia a
uniformidade dos valores de importância através de todas as espécies da amostra, ao
considerar que os indivíduos são selecionados ao acaso e que todas espécies estão
representadas na amostra. O índice de Margalef, por sua vez, transforma o número de espécies
por amostra em uma proporção do total de espécies (MORENO, 2001).
os índices de dominância levam em conta a representatividade das espécies com
maior representatividade, sem avaliar a contribuição das demais espécies. O índice de
Simpson é fortemente influenciado pela importância da espécie dominante e mede a
probabilidade de que indivíduos tomados ao acaso em uma amostra sejam da mesma espécie.
O de índice Berger-Parker, por seu lado, tambem é influenciado pelo número de indivíduos da
espécie mais abundante (MORENO, 2001).
A diversidade beta, ou diversidade entre habitats, é uma medida do grau da diferença
entre as comunidades que compõem os distintos ambientes de uma paisagem (MORENO,
2001). Dentre os índices de similaridade, o de Morisita depende da riqueza de espécies e do
tamanho da amostra, sendo sensível a abundância das espécies mais abundante, portanto, é
quantitativo. O índice de Jaccard, no entanto, é qualitativo e utiliza o número de espécies
presentes nos dois locais e o número das espécies comuns e exclusivas de cada um deles
(MAGURRAN, 1988).
1.3 Área de Estudo e Relevância do Trabalho
Localizado no centro geográfico do Rio Grande do Sul, o município de Santa Maria
(29º42’ de latitude sul e 53
o
42’ de longitude oeste), dista cerca de 300 km de Porto Alegre.
Possui clima temperado chuvoso e quente, do tipo Cfa, com nevoeiros. A precipitação média
anual é de 1732mm e a temperatura média anual oscila entre 18º C e 20º C (NIMER, 1977).
Em termos de vegetação, pertence à Floresta Estacional Decidual da Fralda da Serra
Geral (PEREIRA et al., 1989), ocupando a zona de transição entre a Depressão Central do Rio
Grande do Sul e a escarpa arenito-basáltica do Planalto Meridional Brasileiro, possuindo
planícies aluviais, várzeas e coxilhas, com altitudes máximas de cerca de 500 metros e
mínimas de 40 metros. Segundo SARTORI et al. (1975) apud LONGHI (1993), esta escarpa é
muito recortada pela drenagem que vai no sentido da Depressão Periférica, o que ocasiona sua
lenta regressão para o norte, formando a Serra Geral em que se destacam localmente, os
Cerros da Caturrita, do Link, do Cechella e das Três Marias; isoladamente, no lado sul, o
Cerro Mariano da Rocha e o Cerrito destacam-se como testemunhos da Serra Geral e um
pouco mais afastado, no bairro Camobi, salienta-se também, o Morro do Elefante.
Os locais escolhidos para esta pesquisa foram o Morro do Elefante (E), Morro do Lar
Metodista (M) e Morro Cerrito (C), típicos e característicos da região, cobertos por matas
naturais do tipo Estacional Decidual. O Morro do Elefante localiza-se atrás do Educandário
conhecido como “Cidade dos Meninos”, no bairro Camobi. Atualmente, o Educandário
encontra-se desativado e é utilizado apenas eventualmente por grupos escolares. O Morro do
Elefante possui composição florística heterogênea, com grande número de espécies arbóreas.
Segundo MACHADO & LONGHI (1990), as famílias Leguminosae, Lauraceae, Myrtaceae e
Meliaceae são as mais importantes do ponto de vista fitofisionômico e as espécies mais
características são Trichilia clausseni (Pau-de-ervilha, Meliaceae), Cupania vernalis
(Camboatá-vermelho, Sapindaceae), Enterolobium constortisiliquum (Timbaúva,
Leguminosae), Alchornea triplinervia (Tanheiro, Euphorbiaceae), Prunus subcoriaceae
(Pessegueiro-do-mato, Rosaceae) e Allophylus edulis (Chal-chal, Sapindaceae). No morro,
existem algumas áreas com eucalipto, Pinus e frutíferas cultivadas (principalmente Citrus).
Em sua base corre um riacho, proveniente do interior da mata.
O Morro do Lar Metodista, por sua vez, localiza-se atrás do Lar Metodista, no bairro
Chácara das Flores. Além dos estudantes que freqüentam a casa, existe um trânsito mais ou
menos regular de pessoas que moram em casas vizinhas à área. Dos três locais, esse é o mais
antropizado, com presença de clareiras bem abertas no interior dos trechos de mata, e ainda
algumas ruínas de antigas moradias e seus jardins. Não há dados específicos sobre sua lfora,
mas segundo Solon Longhi (comunicação pessoal), a vegetação do local é muito semelhante a
do vizinho Morro Santo Antão. As espécies mais freqüentes e características da floresta do
Morro de Santo Antão (ALBERTI et al. 2000), próximo ao Morro do Lar Metodista, são
Sorocea bonplandii (Cincho, Moraceae), C. vernalis, Matayba elaeagnoides (Camboatá-
branco, Sapindaceae), Gymnanthes concolor (Laranjeira-do-mato, Euphorbiaceae), Schinus
molle (Aroeira-piriquita, Anacardiaceae), Nectandra megapotamica (Canela-preta,
Lauraceae), T. claussenii e A. edulis. Na base do morro, existe também um riacho que se
estende ao longo da entrada do mesmo.
Já o Morro Cerrito, pertencente ao Centro Marista de Eventos, localiza-se no bairro
também conhecido como Cerrito. As dependências do Centro são utilizadas para hospedagem
de grupos e/ou realização de convenções ou seminários. Possui a menor área de mata e jardins
distribuídos próximos ao prédio principal, incluindo locais para descanso e apreciação dos
mesmos. Logo na entrada da mata, existe uma grande clareira devido à presença de uma
quadra de esportes. As espécies arbóreas mais abundantes, de acordo com ALBERTI (2002),
são T. claussenii, C. vernalis, Myrcianthes pungens (Guabijú, Myrtaceae), G. concolor,
Chrysophyllum marginatum (Aguaí-vermelho, Sapotaceae), Aiouea saligna (Canela-
vermelha, Lauraceae), Casearia sylvestris (Cavalinho, Flacourtiaceae), Trichilia catigua
(Catiguá-verdadeiro, Meliaceae), Eugenia rostrifolia (Batinga, Myrtaceae) e Apuleia
leiocarpa (Grápia, Leguminosae). Possui ainda alguns trechos na base com presença de
eucalipto e taquara e Pinus mais ao topo.
Originalmente cobrindo os morros da cidade com vegetação de espécies características
de matas, a Floresta Estacional Decidual da Fralda da Serra Geral atualmente concentra-se em
locais de difícil acesso, em decorrência do intenso desmatamento para ocupação residencial,
expansão da área agrícola e das explorações das madeireiras (PEREIRA et al., 1989,
ROBAINA et al., 2001). Os locais escolhidos para este trabalho ainda encontram-se
razoavelmente preservados pelo fato de estarem sob a tutela de instituições privadas,
restringindo o acesso de pessoas estranhas. Espera-se que com o conhecimento da fauna de
borboletas ali presente, se possa fornecer mais elementos para a conservação do que ainda
resta desses habitats naturais e sua biodiversidade.
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo Geral
Contribuir para o conhecimento da fauna de borboletas (Lepidoptera: Rhopalocera) do
Estado do Rio Grande do Sul, em especial de fragmentos da Floresta Estacional Decidual da
Fralda da Serra Geral em Santa Maria, RS.
1.4.2 Objetivos Específicos
Elaborar uma listagem das espécies de borboletas encontradas em fragmentos de Floresta
Estacional Decidual da Fralda da Serra Geral em Santa Maria, RS.
Verificar a riqueza, abundância, diversidade, dominância e similaridade das comunidades
de borboletas em três locais da referida Floresta.
Contribuir com material testemunho para a Coleção de Referência do Laboratório de
Interações Inseto-Planta, Depto Biologia, Universidade Federal de Santa Maria.
Confeccionar Coleções Didáticas para serem depositadas em cada local amostrado.
Fornecer subsídios para conservação da fauna de borboletas e do ambiente natural da
região.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Estudos Anteriores no Rio Grande do Sul
Embora o grupo Rhopalocera seja razoavelmente bem conhecido e estudado em nosso
país, até agora não existem publicações que possibilitem a identificação rápida e eficaz de
mais do que poucas espécies (BROWN JR. & FREITAS, 1999). Espécies que exigem
ambientes de vegetação nativa para sobreviverem acham-se em situação particularmente
frágil (TEIXEIRA, 2003). No estado do Rio Grande do Sul, não há um registro completo das
espécies de borboletas que ocorrem, pois a maioria dos trabalhos disponíveis foi executado
com objetivos diversos, utilizando metodologias distintas ou não explicitadas, restringindo
sua utilidade para avaliação da diversidade e conservação, ou então foram revisões de
coleções depositadas em museus.
Os primeiros estudos que listam espécies de borboletas para determinadas regiões ou
municípios do estado são os de BIEZANKO & FREITAS (1938) para Pelotas e arredores, e
de BIEZANKO (1949, 1958, 1959a, 1960a, c) para a Zona Sueste, que listam 12 espécies de
Papilionidae, 29 de Pieridae, 4 de Danainae, 9 de Ithomiinae, 19 de Satyrinae, 2 de Morphinae
e 7 de Brassolinae. A partir da década de 30, BIEZANKO (1959b, c, 1960b, d) também
relacionou espécies para o Noroeste do estado (Zona Missioneira), sendo 19 de Papilionidae,
32 de Pieridae, 5 de Danainae, 16 de Ithomiinae, 32 de Satyrinae, 3 de Morphinae e 10 de
Brassolinae. Juntamente com o levantamento, o autor coletou informações a respeito da
biologia das espécies registradas. No entanto, em sua maioria, estes trabalhos não apresentam
local de coleta e esforço de amostragem bem definidos.
BIEZANKO & MIELKE (1973) listaram 294 espécies de Hesperiidae no Estado,
baseados principalmente na coleção do primeiro autor, atualmente no Museu Entomológico
Ceslau Biezanko da Universidade Federal de Pelotas e na Coleção Prof. Ernesto Ronna do
Museu de Ciências naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.
BIEZANKO et al. (1978) relacionaram 49 espécies de Riodinidae, compilando dados
das regiões ditas “Sueste” e “Missioneira” do Rio Grande do Sul. Destas, 16 ocorreram
apenas em Sueste, 13 nas Missões e 20 foram compartilhadas por ambas áreas.
MIELKE (1979/1980) compilou dados pessoais e de coleções e relatou a ocorrência de
310 espécies de Hesperiidae no Estado, sendo 17 espécies de Pyrrhopyginae, 123 de Pyrginae
e 179 de Hesperiinae.
RUSZCZYK (1986a, b, c) relacionou o gradiente de urbanização da cidade de Porto
Alegre com a distribuição de cada espécie, tendo estudado cerca de 43 espécies de
Papilionidae, Pieridae e Nymphalidae.
TESTON & CORSEUIL (1998) realizaram revisão bibliográfica, coleta e exame de
coleções do estado do Rio Grande do Sul listando 29 espécies de papilionídeos e 42 de
pierídeos (2000b); quanto aos ninfalídeos (2001, 2002b), foram 7 representantes de Danainae,
19 Ithomiinae, 19 Brassolinae e 6 Morphinae.
TESTON & CORSEUIL (1999, 2000a, 2002a), fizeram inventários das mesmas
famílias citadas anteriormente no Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza Pró-Mata,
município de São Francisco de Paula. Foram identificadas 6 espécies de Papilionidae, 17 de
Pieridae e 67 de Nymphalidae. No entanto, não trazem informações sobre o esforço de
amostragem, somente período do mesmo.
DI MARE et al. (2003) realizaram coletas e examinaram coleções do gênero Adelpha
(Nymphalidae, Limenitidinae) no Rio Grande do Sul, listando 12 espécies, relacionadas com
locais de ocorrência e plantas hospedeiras.
KRÜGER & SILVA (2003), ao estudarem a fauna de Papilionoidea de Pelotas, Capão
do Leão e Morro Redondo, realizaram coletas e examinaram exemplares das coleções do
Museu Entomológico Ceslau Biezanko e Museu de Ciências Naturais da Fundação
Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Listaram 208 espécies: Papilionidae (10), Pieridae (26),
Lycaenidae (65) e Nymphalidae (107).
QUADROS et al. (2004) realizaram inventário de Nymphalidae no norte da Planície
Costeira, descrevendo 97 espécies, incluídas nas subfamílias Apaturinae (3), Biblidinae (15),
Brassolinae (8), Charaxinae (5), Danainae (12), Heliconinae (15), Ithomiinae (6), Limenitinae
(9), Morphinae (1), Nymphalinae (18), Satyrinae (12) e Libytheinae (1).
A partir de 1996, o projeto “As Borboletas do Rio Grande do Sul”, desenvolvido pelo
Laboratório de Bioecologia de Insetos do Departamento de Zoologia da UFRGS, estuda a
fauna de borboletas das Unidades de Conservação do Estado, seguindo metodologia
padronizada, determinando período de coleta e esforço amostral. Através deste projeto, foram
realizados levantamentos nos seguintes locais: Parque Saint-Hilaire, Parque Farroupilha,
Jardim Botânico da FZB, Morro Santana e Ilha do Pavão no município de Porto Alegre, Horto
Florestal Barba Negra em Barra do Ribeiro, Parque Estadual de Itapuã em Viamão, Parque
Estadual do Turvo em Derrubadas, Parque Estadual do Espinilho em Barra do Quarai, Mata
Atlântica em Maquiné e na Serra do Sudeste em Canguçu e Caçapava do Sul. Em 1406
horas/rede de amostragem para as diferentes localidades do Estado, foram registrados 21365
indivíduos de borboletas, distribuídos em 381 espécies. Entre as espécies registradas 39%
pertencem a família Nymphalidae, 29% Hesperidae, 19% Lycaenidae, 8% Pieridae e 4%
Papilionidae (ROMANOWSKI et al., 2003).
2.1 Estudos Anteriores na Região de Santa Maria
LINK & ALVAREZ FILHO (1979) realizaram um inventário das espécies de
palmeiras existentes em Santa Maria e encontraram 14 espécies, sendo infestadas por larvas
de Brassolidae: Brassolis astyra (Godart, 1821) e Opsiphanes invirae amplificatus (Stichel,
1901). LINK et al. (1977, 1980) desenvolveram levantamentos de larvas e adultos de
papilionídeos, pierídeos e ninfalídeos (Morphidae e Brassolidae) em Santa Maria e arredores,
relatando 14 espécies de Papilionidae, 26 de Pieridae e 10 de Nymphalidae (3 Morphidae e 7
Brassolidae), entretanto, sem informação precisa quanto ao esforço amostral e período de
coletas.
KAMINSKI (1992), por sua vez, avaliou quali-quantitativamente coleções de insetos
de Santa Maria e arredores, listando cerca de 40 espécies de borboletas.
SCHWARTZ & DI MARE (2001) compararam a diversidade de Papilionidae em sete
áreas de Santa Maria, com diferentes níveis de antropização, com base na abundância,
similaridade e constância de 15 espécies. PAIM & DI MARE (2002), por sua vez, estudaram
parâmetros biológicos e demográficos de uma espécie, Parides agavus (Papilioninae,
Troidini). DI MARE & CORSEUIL (2004a, b, c), utilizando-se de dados coletados nos
mesmos locais e no mesmo período que SCHWARTZ & DI MARE (2001), compararam os
seguintes aspectos da morfometria de 13 espécies de Papilionidae: massa corporal, relação
entre partes do corpo, aerodinâmica de vôo e tipo de asas e forma das asas através de marcos
anatômicos.
Até o momento, no entanto, não foi realizado qualquer inventário padronizado
completo da fauna de borboletas na região central do Rio Grande do Sul.
3. ARTIGO
DIVERSIDADE DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: RHOPALOCERA) EM
FRAGMENTOS DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL EM SANTA MARIA,
RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
Mônica Bazzan Dessuy
1
& Ana Beatriz Barros de Morais
2
1
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade
Federal de Santa Maria. Faixa de Camobi, Km 09, 97105-900 Santa Maria, RS, Brasil.
monicadessuy@yahoo.com.br.
2
Departamento de Biologia, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria. Faixa
de Camobi, Km 09, 97105-900 Santa Maria, RS, Brasil.
Abstract: Diversity of Butterflies (Lepidoptera: Rhopalocera) in Fragments of Decidual Seasonal Forest in
Santa Maria, Rio Grande do Sul State, Brazil. Aiming to analyze the composition and diversity of butterflies
in fragments of Decidual Seasonal Forest of Santa Maria, Rio Grande do Sul State, six field trips were carried
bimonthly, between July 2004 and July 2005, in three localities: Morro do Elefante (E), Morro do Lar Metodista
(M) and Morro Cerrito (C). After 135 sampling hours, 1594 individuals of 146 species were registered. Among
these, 59% are Nymphalidae, 19% Hesperiidae, 10% Papilionidae, 7% Pieridae and 6% Lycaenidae. Thirteen
species were new registers for Rio Grande do Sul State. M had the highest richness and abundance of species.
The lowest richness was observed in E and the lowest abundance in C. Shannon-Wiener and Margalef diversity
indexes had the same ordination among localities, being higher in M, more heterogeneous and disturbed, and
lower in E. Simpson and Berger-Parker dominance indexes were higher in E, with more abundant species, and
lower in C. Only 30% of the species were common to the three localities. About half of the total registered
species were exclusive from one of the three localities. Twenty-seven percent of the species were represented by
only a single individual. The highest similarity indexes (Morisita and Jaccard) were obtained between M and E,
and the lowest between E and C.
Keywords: butterfly conservation, butterfly inventory, south Brazil, species richness.
Resumo: Visando analisar a composição e diversidade de borboletas em fragmentos de Floresta Estacional
Decidual de Santa Maria, RS, foram realizadas seis saídas a campo bimestrais, entre julho de 2004 e julho de
2005, em três locais: Morro do Elefante (E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C). Em 135 horas de
amostragem, foram registrados 1594 indivíduos, distribuídos em 146 espécies. Destes, 59% pertencem a família
Nymphalidae, 19% Hesperiidae, 10% Papilionidae, 7% Pieridae e 6% Lycaenidae. Foram registradas 13 espécies
de borboletas ainda não publicadas para o estado. M apresentou maior riqueza e abundância de espécies. A
menor riqueza foi observada em E e a menor abundância em C. Os índices de diversidade de Shannon-Wiener e
de Margalef tiveram a mesma ordenação entre os locais, sendo maiores em M, local mais heterogêneo e
perturbado, e menores em E. Os índices de dominância de Simpson e de Berger-Parker, por sua vez, foram mais
representativos em E, com o maior número de espécies abundantes, e menos em C. Apenas 30% das espécies
foram comuns aos três locais. Cerca da metade do total de espécies registradas foram exclusivas de um dos
locais. Foram representadas por somente um indivíduo 27% das espécies. A maior similaridade (Índices de
Morisita e de Jaccard) foi observada entre M e E, e a menor entre E e C.
Palavras chave: conservação de borboletas, inventário de borboletas, riqueza de espécies, sul do Brasil.
Revista Brasileira de Zoologia.
3.1. Introdução
Os lepidópteros formam uma das principais ordens de insetos, com cerca de 146.000
espécies descritas (HEPPNER 1991), destas, as borboletas somam entre 7100 (BECCALONI &
GASTON 1995) e 7900 espécies (HEPPNER 1991) na região Neotropical. No Brasil ocorrem
entre 3100 (BECCALONI & GASTON 1995) e 3200 espécies (BROWN JR. & FREITAS 1999). De
acordo com BROWN JR. & FREITAS (1999), dentro do grupo conhecido como Rhopalocera,
estão representantes de cinco famílias (Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae e
Nymphalidae), que provavelmente formam um grupo natural dentro dos lepidópteros (BROWN
JR. et al. 2003).
As borboletas estão envolvidas em muitas interações ecológicas dentro das
comunidades a que pertencem, destacando-se as mutualísticas (polinização) e de predação
(herbivoria), dentre outras. Elas ainda servem como modelo em pesquisas de ecologia de
populações e comportamento (pela facilidade de marcação nas asas); genética da seleção
natural e em fatores e processos básicos como: alimentação, parasitismo, competição e
predação (identificação de substâncias tóxicas presentes, camuflagem e mimetismo). No
Brasil, são objeto de muitos estudos científicos, podendo ainda ser usadas como indicadoras
em levantamentos de fauna e determinação de prioridades, planejamento e administração de
reservas naturais (BROWN JR. 1992).
Devido ao fato de possuírem representantes com tamanho grande, coloridos e de fácil
visualização, as borboletas poderiam ser usadas como “bandeiras” para conservação e
indicadores para monitoramento ambiental. Dentre os motivos para tais usos, destaca-se o fato
de serem comuns o ano inteiro, apresentarem grande diversidade, facilidade de amostragem e
identificação, ciclos de vida pequenos e de fácil criação em laboratório. Ainda, respondem
rapidamente a alterações ambientais, por serem especialistas em recursos específicos e
possuirem fidelidade de microhabitat, assim permitindo ações rápidas como reação a
degradação do habitat. Sua presença pode indicar uma continuidade de sistemas frágeis e
comunidades ricas em espécies e, sua ausência, uma perturbação, fragmentação ou
envenenamento forte demais para manter a integridade dos sistemas e da paisagem (BROWN
JR. 1996, 1997a, 1997b, BROWN JR. & HUTCHINGS 1997, BROWN JR. & FREITAS 1999, NEW et
al. 1995, NEW 1997).
No estado do Rio Grande do Sul, não há um registro completo das espécies de borboletas que ocorrem. A maioria dos trabalhos
disponíveis foi executada com objetivos diversos, utilizando metodologias distintas ou não explicitadas. O projeto “As Borboletas do RS”,
desenvolvido no Departamento de Zoologia da UFRGS vem estudando, desde 1996, a fauna de borboletas das Unidades de Conservação do
Estado, utilizando métodos padronizados (I
SERHARD
& R
OMANOWSKI
2004), no entanto, sem ter amostrado até o momento a região central.
O presente estudo, utilizando a metodologia do referido projeto, busca caracterizar a fauna de borboletas de fragmentos representativos da
Floresta Estacional Decidual da Fralda da Serra Geral, de Santa Maria, através de listagem de espécies e medidas de riqueza, abundância,
diversidade, dominância e similaridade, fornecendo, assim, subsídios para conservação deste grupo e do ambiente natural da região, que se
encontra atualmente sob forte pressão antrópica.
3.2. Material e Métodos
3.2.1. Área de Estudo
Localizado no centro geográfico do Rio Grande do Sul (RS), o município de Santa
Maria (29º42’S e 53
o
42’W), dista cerca de 300 km do município de Porto Alegre (Fig. 1).
Possui clima temperado chuvoso e quente, do tipo Cfa, com nevoeiros. A precipitação média
anual é de 1732 mm e a temperatura média anual oscila entre 18º C e 20º C (NIMER 1977).
Em termos de vegetação, pertence à Floresta Estacional Decidual da Fralda da Serra
Geral (PEREIRA et al. 1989), ocupando a zona de transição entre a Depressão Central do Rio
Grande do Sul e a escarpa arenito-basáltica do Planalto Meridional Brasileiro, possuindo
planícies aluviais, várzeas e coxilhas, com altitudes máximas de cerca de 500 metros e
mínimas de 40 metros. Na vegetação do extrato arbóreo dos morros ao redor da cidade de
Santa Maria, as famílias botânicas mais presentes são Leguminosae e Myrtaceae, seguidas de
Lauraceae, Meliaceae, Sapindaceae, Euphorbiaceae e Moraceae. Predominam os gêneros
Trichilia, Eugenia, Nectandra, Allophylus, Rapanea e Zanthoxylum. Embora apresentem
grande semelhança florística, principalmente com relação às famílias botânicas ocorrentes, a
composição de espécies ganha aspectos peculiares a cada local (ALBERTI et al. 2000).
Foram escolhidos três locais para a realização desta pesquisa: Morro do Elefante,
Morro do Lar Metodista e Morro Cerrito. A escolha desses fragmentos foi devido ao fato de
serem típicos e característicos da região, cobertos por matas naturais do tipo Estacional
Decidual, além de já existirem estudos prévios sobre sua vegetação e também pelo fato de
suas áreas estarem sob a responsabilidade de diferentes instituições privadas, o que restringe
um pouco o trânsito de pessoas e os mantêm razoavelmente preservados.
Os Morros do Elefante (E) e do Lar Metodista (M) localizam-se na escarpa do
Planalto Médio Riograndense ou da Fralda da Serra Geral e possuem altitudes entre 420 e 470
metros. O Morro Cerrito (C), isolado e já na Depressão Central, é tido como testemunha da
Serra Geral e possui altitude de 246 metros (Solon Longhi, comunicação pessoal).
O Morro do Elefante localiza-se atrás do Educandário conhecido como “Cidade dos
Meninos”, no bairro Camobi e possui área de aproximadamente 200 hectares. Atualmente, o
Educandário encontra-se desativado e é utilizado apenas eventualmente por grupos escolares
(MACHADO & LONGHI 1990). No morro, existem algumas áreas com eucalipto, Pinus e
frutíferas cultivadas (principalmente Citrus). Em sua base, corre um riacho, proveniente do
interior da mata, que deságua em um trecho de gramado aberto ensolarado, na entrada da
trilha principal da mata.
O Morro do Lar Metodista, por sua vez, localiza-se atrás do Lar Metodista, no bairro
Chácara das Flores e possui área intermediária entre os outros dois locais. Além dos
estudantes que freqüentam a casa, existe um trânsito mais ou menos regular de pessoas que
moram em casa vizinhas a área. Dos três locais, esse é o mais antropizado, com presença de
clareiras bem abertas no interior dos trechos de mata, e ainda algumas ruínas de antigas
moradias e seus jardins. Na base do morro, existe também um riacho que se estende ao longo
da entrada do mesmo.
Já o Morro Cerrito pertence ao Centro Marista de Eventos, localizado no bairro
também conhecido como Cerrito, está muito próximo da zona urbana e possui área de
aproximadamente 20 hectares. As dependências do Centro Marista são utilizadas para
hospedagem de grupos e/ou realização de convenções ou seminários. Possui a menor área de
mata e jardins distribuídos próximos ao prédio principal, incluindo locais para descanso e
apreciação dos mesmos. Logo na entrada da mata, existe uma grande clareira devido à
presença de uma quadra de esportes. Possui ainda alguns trechos na base com presença de
eucalipto e taquara e Pinus mais ao topo, juntamente com um pomar. Não há riacho.
3.2.2. Amostragem
Foram realizadas amostragens bimestrais de julho de 2004 a julho de 2005, em cada
local, percorrendo-se, na medida do possível, todos os tipos de ambiente característicos,
incluindo interior e borda de mata. O esforço amostral foi de cerca de 3,5 horas-rede/ local/
ocasião, ao longo de transectos previamente estabelecidos que eram percorridos uma única
vez em cada amostragem, baseado na metodologia proposta por POLLARD (1977). O horário
de amostragem estendeu-se entre 8:30 e 16 horas, procurando acompanhar o horário de maior
atividade das borboletas.
As borboletas visualizadas a olho nu ou com binóculo eram registradas em planilha
e/ou capturadas com rede entomológica, caso não fosse possível a identificação no campo. Os
exemplares capturados eram mortos por compressão do tórax e acondicionados em envelope
entomológico, a fim de serem levados ao laboratório para montagem. A identificação dos
espécimes foi realizada com auxílio de bibliografia especializada (BROWN JR. 1992, CANALS
2000, 2003, DE VRIES 1987, 1997, TYLER et al. 1994) e consulta a outras coleções e/ou
especialistas. Pelo menos um exemplar de cada espécie está depositado na coleção de
referência do Laboratório de Interações Inseto-Planta do Departamento de Biologia, Centro de
Ciências Naturais e Exatas da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.
Também foram confeccionadas coleções menores, específicas e representativas de cada local,
para serem depositadas nas sedes administrativas dos mesmos.
3.2.3. Análise dos Dados
Foram analisados os seguintes itens: número de indivíduos registrados (N), riqueza de espécies (S), freqüência relativa da espécie (fr) e
número de espécies exclusivas (Excl.). Para análise de abundância das espécies, foram consideradas “abundantes” aquelas que possuíam as
mais altas freqüências absolutas e como “dominantes” as que apresentaram freqüência relativa maior que 10% (fr> 0,1). Espécies registradas
em apenas um dos três locais são referidas como “exclusivas”. Espécies representadas por um único indivíduo foram referidas como
“singletons” (N
OVOTNÝ
& B
ASSET
2000).
Também foram calculados os Índices de Diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de Margalef (D
mg
), Índices de Dominância de Simpson (D) e
de Berger-Parker (d) e Índices de Similaridade de Morisita-Horn e de Jaccard (M
AGURRAN
1988, K
REBS
1989, M
ORENO
2001), utilizando o
programa estatístico Past, versão 1,35b.
A elaboração da listagem de espécies seguiu a classificação de BROWN JR. (1992),
F
REITAS & BROWN JR. (2004) e LAMAS (2004).
3.3. Resultados e Discussão
3.3.1. Riqueza e Composição de Espécies
Em 135 horas de amostragem, foram registrados 1564 indivíduos, distribuídos em 146
espécies de borboletas (Tab. I). Destes, 925 (59%) pertencem à família Nymphalidae; 299
(19%) são Hesperiidae; 158 (10%) Papilionidae; 97 (7%) Pieridae e 85 (5%) Lycaenidae.
Do total de 146 espécies identificadas, 39% são Hesperiidae, 35% Nymphalidae, 12%
Lycaenidae, 8% Papilionidae e 6% Pieridae, valores diferentes dos encontrados por BROWN
JR. & FREITAS (1999), que citam Lycaenidae e Hesperiidae como as famílias mais ricas em
espécies no país, seguidas de Nymphalidae, Pieridae e Papilionidae (Tab. II). No Rio Grande
do Sul, ISERHARD & ROMANOWSKI (2004), na região do Vale do Rio Maquiné, usando a
mesma metodologia do presente trabalho, encontraram valores mais próximos aos do presente
estudo, sendo Nymphalidae a família mais rica, seguida por Hesperiidae, Lycaenidae, Pieridae
e Papilionidae (Tab. II). Assim, parece haver um padrão para o Estado que aponta menor
riqueza de Lycaenidae em relação ao Brasil. O maior número de espécies (292) encontrado
neste último trabalho, provavelmente está relacionado ao maior esforço amostral e à maior
biodiversidade presente no bioma Mata Atlântica (TABARELLI et al. 2005). Outros autores,
usando metodologias e intensidades de amostragem diferentes, encontraram pequenas
diferenças na representatividade da riqueza de espécies por família com relação aos dados
apresentados para o Brasil (MIELKE & CASAGRANDE 1997 e BROWN JR. & FREITAS 1999 em
São Paulo, MOTTA 2002 em Minas Gerais, KRÜGER & SILVA 2003 no Rio Grande do Sul,
exceto Hesperiidae), enfatizando a necessidade de ampliar esse tipo de estudo no sul do país
(MIELKE & CASAGRANDE 1997).
Cinqüenta e oito espécies de Hesperiidae foram registradas no presente trabalho.
Existem poucos inventários de borboletas no RS incluindo Hesperiidae, consideradas de
difícil amostragem e identificação, mas importantes como indicadoras (BROWN JR. & FREITAS
1999). BIEZANKO & MIELKE (1973) e MIELKE (1979/1980) publicaram apenas listagens de
espécies (294 e 310, respectivamente), sem especificar o esforço de amostragem. Destas,
apenas 27 espécies foram registradas em Santa Maria no presente estudo. Quatro constituem-
se no primeiro registro publicado, até o momento, para o estado: Callimormus rivera,
Cymaenes distigma, Urbanus doryssus albicuspis e Vehilius celeus ochraceus.
A grande riqueza de espécies de Nymphalidae encontrada neste (51) e em outros
inventários no RS (BIEZANKO & FREITAS 1938, BIEZANKO 1949, 1960b, c, d, e, TESTON &
CORSEUIL 2001, 2002b, KRÜGER & SILVA 2003, ISERHARD & ROMANOWSKI 2004, QUADROS
et al. 2004), reflete o fato desta família ser a mais diversificada em hábitos e morfologia
(BROWN JR. & FREITAS 1999). TESTON & CORSEUIL (2001, 2002b), listaram 51 espécies de
Danainae, Ithomiinae, Brassolinae e Morphinae para o Estado e destas, 10 foram registradas
em Santa Maria, no presente estudo. As sub-famílias mais abundantes foram Heliconiinae
(350 indivíduos - 10 espécies), bons indicadores ambientais (B
ROWN JR. 1997b), Satyrinae
(215 - 9 espécies) e Nymphalinae (185 – 12 espécies). As lagartas de Heliconiinae alimentam-
se exclusivamente em Passiflora e as de Satyrinae em Poaceae, inclusive bambus, ou
Cyperaceae (B
ROWN JR. 1992), presentes nas áreas de estudo. Já os adultos de Nymphalinae
utilizam néctar de flores ou alimentam-se em barro úmido (BROWN JR. 1992), recursos estes
abundantes nos locais amostrados. Três espécies foram registradas pela primeira vez no
estado: Callicore pygas, Dynamine p. postverta e Pseudodebis euptychidia.
Segundo BROWN JR. & FREITAS (1999) Lycaenidae é quase tão diversificada quanto
Nymphalidae e importante como indicadora, assim como já mencionado para Hesperiidae. No
entanto, essas borboletas também são de difícil amostragem, o que pode ter contribuído para a
menor riqueza de espécies (apenas 17) dessa família encontrada no presente trabalho. Outros
estudos no RS registraram riquezas maiores: 65 espécies na região de Pelotas (KRÜGER &
SILVA 2003), 54 em Maquiné (ISERHARD & ROMANOWSKI 2004) e 49, apenas da sub-família
Riodininae, nas regiões “Sueste” e “Missioneira” (BIEZANKO et al. 1978). É importante
lembrar que, apesar do menor número de espécies, a representatividade desta família na
Floresta Estacional Decidual está mais próxima daquela encontrada na Mata Atlântica no RS,
bem abaixo no entanto, do valor médio para o Brasil (Tab. II). No presente trabalho, seis
espécies foram registradas pela primeira vez para o estado: Adelotypa tinea, Ignata norax,
Ostrinotes sophocles, Thecla conchylium, Synargis vitrix e Ziegleria ceromia.
Doze espécies de Papilionidae e oito de Pieridae foram registradas no presente
trabalho. Nas regiões de Missões (BIEZANKO 1959b, 1960a), Pelotas (BIEZANKO 1958, 1959a,
BIEZANKO & FREITAS 1938, KRÜGER & SILVA 2003) e Maquiné (ISERHARD & ROMANOWSKI
2004), essa ordem está invertida e foi registrada maior riqueza de Pieridae do que
Papilionidae. TESTON & CORSEUIL (1998, 2000b) registraram 29 espécies de Papilionidae e 42
espécies de Pieridae para o estado como um todo, destas, no entanto, apenas 12 e 7 espécies,
respectivamente, foram encontradas no presente estudo.
Muitas espécies de Papilionidae são bons indicadores de matas bem conservadas e de
recursos hídricos abundantes (BROWN JR. & FREITAS 1999). Os dois trabalhos anteriores
realizados em Santa Maria com Papilionidae foram efetuados em vários ambientes, com
diferentes tipos e coberturas de vegetação, incluindo região urbana. LINK et al. (1977)
registraram 14 espécies e SCHWARTZ & DI MARE (2001) listaram 15. Destas, cinco não foram
amostradas no presente trabalho, dentre elas Euriades corethrus, especialista em Aristolochia
sessilifolia (TYLER et al. 1994), encontrada em vegetação campestre.
LINK et al. (1977) registraram em Santa Maria e arredores 26 espécies de Pieridae, das
quais apenas 8 foram observadas no presente trabalho. Certamente contribuiu para essa
diferença a maior variedade de ambientes amostrados no trabalho anterior, no qual
registraram-se, inclusive, espécies praga de lavouras. As borboletas Pieridae possuem vôo
vigoroso (BROWN JR. & FREITAS 2002) e algumas espécies transitam pelo extrato arbóreo
superior, sendo de difícil captura. Segundo BROWN JR. & FREITAS (1999) existem muitas
espécies dessa família que podem ser indicadoras de aumento de perturbação no sistema.
Dos três locais estudados, M apresentou a maior riqueza (S= 104) e abundância de
espécies (N= 602) (Tab. I e III). A menor riqueza foi observada em E (S= 78) e a menor
abundância em C (N= 419) (Tab. I e III). Conforme a Fig. 2, o número de espécies observado
está quase atingindo o esperado.
Em relação à riqueza de espécies por família, M e C apresentaram a mesma
ordenação, enquanto em E a riqueza de Lycaenidae foi superior à de Papilionidae (Fig. 3a).
Quanto a ordenação da abundância de espécies por família, os três locais foram semelhantes
(Fig. 3b).
As espécies mais abundantes nos locais estudados foram Dryas iulia alcionea (n=
146), Heliconius erato phyllis (n= 121), Paryphthimoides phronius e Pyrgus oileus orcus (n=
90) (Tab. I e Fig. 4). Essa composição mantém-se quase a mesma, analisando-se as espécies
mais abundantes em cada local (Fig. 4). A maioria delas possui ampla distribuição, são
comuns em vários habitats e características de locais semi-abertos ou perturbados (BIEZANKO
1963, BROWN JR. 1992).
Nenhuma espécie da família Papilionidae está entre as mais abundantes no presente
trabalho e o maior registro foi para P. anchises nephalion, com 42 indivíduos (Tab. I). Nos
trabalhos LINK et al. (1977) e de SCHWARTZ & DI MARE (2001), no entanto, as abundâncias
observadas foram bem maiores, incluindo as espécies pertencentes à tribo Troidini, cujas
larvas alimentam-se exclusivamente de Aristolochiaceae (TYLER et al. 1994), incluindo
Aristolochia triangularis, bastante comum nos locais amostrados no presente trabalho. Apesar
das diferenças metodológicas, os presentes resultados poderiam estar indicando um
decréscimo populacional das espécies desta família na região de Santa Maria.
3.3.2. Diversidade, Dominância e Similaridade
Os índices de diversidade de Shannon-Wiener e de Margalef calculados tiveram a
mesma ordenação nos três locais (Tab. III). Os maiores valores foram registrados em M, local
com maior riqueza e abundância de espécies, demonstrando com isto melhor distribuição dos
indivíduos entre as espécies. Os menores valores ocorreram em E, local que registrou a menor
riqueza de espécies.
A diversidade de borboletas (mais do que a riqueza) está significativamente
correlacionada tanto com a área de mata como com seu grau de isolamento (BAZ & BOYERO
1995). As diferenças na diversidade entre hábitats podem ser atribuídas à variedade de
condições apropriadas para as borboletas, o que inclui fonte de néctar, água, lama e incidência
de luz solar (BROWN JR. & HUTCHINGS 1997, TUMUHIMBISE et al. 2001), além da
conectividade entre áreas de mata e jardins cultivados (B
ROWN JR. & FREITAS 2002).
No caso dos locais estudados, o Morro Cerrito apesar de possuir a menor área de mata,
oferece grande quantidade de recurso às borboletas nas flores dos seus jardins e nas árvores
frutíferas. No entanto, ele encontra-se isolado, delimitado por rodovias e a zona urbana.
Segundo B
AZ & BOYERO (1995), a diversidade de borboletas aumenta também na medida em
que aumenta a heterogeneidade estrutural, o que pode estar ocorrendo em M. O Morro do Lar
Metodista é o mais heterogêneo dos três locais amostrados, com alternância de áreas abertas
de campo e capoeira com mata, o que pode aumentar a diversidade de plantas e assim ser
propício ao desenvolvimento de muitas espécies de borboletas. Porém, este é o local mais
perturbado antropicamente, apesar de que paisagens perturbadas possam prover condições
adequadas para permanência e maior abundância de algumas espécies, especialmente as boas
colonizadoras (KOCHER & WILLIANS 2000). Finalmente, o Morro do Elefante, possui a maior
cobertura de vegetação arbórea, contígua com a escarpa do Planalto, e é o mais afastado da
região urbana. Atualmente, este é o menos perturbado dos três locais estudados, o que pode
ter contribuído para sua menor riqueza de espécies, que por sua vez é mais sensível aos
atributos geográficos do local, enquanto a abundância de espécies é mais afetada pela
qualidade do hábitat (WETTSTEIN & SCHMID 1999).
Os índices de dominância de Simpson e de Berger-Parker foram mais representativos
em E e menos em C (Tab. III), corroborando com o maior número de espécies mais
abundantes encontradas naquele local (Fig. 4), incluindo a única espécie considerada
dominante (H. erato; fr = 0,101). Essa espécie faz parte de uma sub-família considerada boa
indicadora ambiental (BROWN JR. 1997b) e está entre as cinco espécies mais abundantes dos
três locais amostrados (Fig. 4).
Do total de espécies, 43 (30%) foram comuns aos três locais (Tab. I): 21
Nymphalidae, 10 Hesperiidae, 6 Papilionidae, 4 Lycaenidae e 2 Pieridae. Dentre elas, são
consideradas raras ou escassas na literatura Panoquina ocola e Urbanus simplicius
(Hesperiidae), Paryphthimoides poltys (Nymphalidae), Parides bunichus perrhebus
(Papilionidae) e Arawacus separata (Lycaenidae) (BROWN JR. 1992, MIELKE & CASAGRANDE
1997). As demais espécies, em sua maioria, são freqüentes em ambientes abertos ou
perturbados (BROWN JR. 1992).
Cerca da metade (63) das espécies registradas foram exclusivas de um dos locais: 26
em C e em M, a maioria pertencendo à família Hesperiidae no primeiro, e Hesperiidae e
Nymphalidae no segundo; e 11 em E, a maioria Hesperiidae (Tab. I e III). Ao considerar
somente as espécies exclusivas representadas por mais de um indivíduo em cada local, C e M
mantiveram os maiores valores (9 e 8, respectivamente), enquanto que E teve 7 espécies (com
representatividade maior, 29%, em relação ao número de espécies exclusivas representadas
por um indivíduo nesse mesmo local) (Tab. III). Apenas seis das espécies exclusivas de M são
consideradas raras ou escassas na literatura: Rhabdodryas trite banksi (Pieridae), Cymaenes
tripunctata, Decinea lucifer, Milanion leucaspis e Vehilius s. stictomenes (Hesperiidae) e
Thecla conchylium (Lycaenidae). Das exclusivas que ocorrem em C, quatro são consideradas
raras ou escassas na literatura: Cymaenes lepta, Perichares philetes aurina, Sodalia coler e
Wallengrenia premnas, todas Hesperiidae. Em E, apesar do reduzido número de espécies
exclusivas, também ocorrem 4 raras ou escassas: Ortilia orthia (Nymphalidae), Cymaenes
distigma, Ebrietas anacreon e Helias phalaenoides palpalis
(Hesperiidae). As demais
espécies exclusivas de um dos locais, em sua maioria, são comuns em ambientes abertos ou
perturbados (BIEZANKO 1963, BIEZANKO & MIELKE 1973, BROWN JR. 1992, MIELKE &
CASAGRANDE 1997).
Das espécies registradas em Santa Maria, 39 (27%) foram representadas por somente
um indivíduo (“singletons”), destas, 4 ocorreram em E, 18 em M e 17 em C (Tab. I e III).
Hesperiidae foi a família mais numerosa entre os singletons, com 20 espécies (51%), seguida
de Lycaenidae (9 - 23%), Nymphalidae (8 - 21%) e Papilionidae (2 - 5%). Estas espécies
equivaleram a 20% do total de espécies amostradas em C, 17% em M e 5% em E. Dos
“singletons” identificados, nove também são novas espécies registradas para o estado (Tab. I).
São consideradas espécies raras ou escassas na literatura: Lasaia agesilas e Thecla
conchylium (Lycaenidae), os ninfalídeos Dynamine p. postverta, Ortilia ithra, Pedaliodes
phanias e Pteronymia sylvo e os hesperídeos Cymaenes distigma, Cymaenes t. tripunctata,
Decinea lucifer, Ebrietas a. anacreon, Lychnuchoides o. ozias, Milanion leucaspis,
Nisoniades macarius, Perichares philetes aurina, Pompeius pompeius, Synapte silius,
Urbanus doryssus albicuspis e Vehilius s. stictomenes (BIEZANKO et al. 1978, BROWN JR.
1992, MIELKE & CASAGRANDE 1997, BROWN JR. & FREITAS 2000b). Algumas espécies ainda
são características de ambientes perturbados, como os ninfalídeos Adelpha syma, Dircenna
dero celtina, Dynamine p. postverta e Ortilia ithra, os hesperídeos Cymaenes t. tripunctata e
Vehilius s. stictomenes e o papilionídeo Mimoides l. lysithous. O hesperídeo Vettius d. diversa
é característico de floresta úmida (BROWN JR. 1992).
Muitos “singletons” são espécies que residem no hábitat em que são amostradas
(NOVOTNÝ & BASSET 2000). Para BROWN JR. & FREITAS (1999), muitas das espécies mais
raras são muito difíceis de encontrar em qualquer lugar ou época, até mesmo quando
presentes, uma vez que mantêm-se em populações pequenas, sazonais e erráticas. Isso pode
estar acontecendo em Santa Maria, uma vez que a maioria dos “singletons” encontrados
pertencem às famílias Hesperiidae e Lycaenidae, reconhecidamente de difícil amostragem.
O maior valor para o índice de similaridade de Morisita-Horn foi apresentado por E e
M (Fig. 5). O maior número de espécies abundantes compartilhadas por ambos locais tem
peso considerável nesse índice de similaridade, cujo menor valor de similaridade
correspondeu a E e C. O índice de Jaccard seguiu a mesma ordenação, maior entre E e M
(0,525) e a menor entre E e C (0,4), mostrando que os Morros do Elefante e do Lar Metodista
possuem maior semelhança na sua composição de espécies, comparado ao Cerrito.
Concluindo, a fauna de borboletas de fragmentos representativos da Floresta
Estacional Decidual de Santa Maria apresenta-se bastante rica e composta de espécies
bioindicadoras e/ou consideradas raras ou escassas, apesar da crescente devastação de suas
áreas naturais. Mesmo depois de um inventário relativamente breve, como o efetuado no
presente trabalho, já existem subsídios para propor a importância da conservação e
preservação desses habitats e sua biodiversidade.
3.4. Agradecimentos
As autoras agradecem aos responsáveis pelas Instituições
situadas nos locais de pesquisa: Cidade dos Meninos, Lar Metodista e
Centro Marista de Eventos, pela autorização para a realização do
trabalho; ao Gabriel Sackis pelo auxílio no campo, em algumas
ocasiões; aos pesquisadores do Laboratório de Bioecologia de Insetos
da UFRGS, em especial aos Mestres Ana Luiza Paz, Maria Ostilia
Marchiori, Cristiano Iserhard e Fabiana de Camargo pela ajuda nas
identificações. Aos Doutores Olaf H. H. Mielke, Ronaldo B. Francini,
Curtis Callaghan e Robert K. Robbins pelas valiosas identificações de
Hesperiidae, Actinote e Lycaenidae. À CAPES pela concessão da bolsa
de estudo.
3.5. Referências Bibliográficas
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Legendas das Figuras
Figura 1: Mapa do Rio Grande do Sul mostrando a localização do município de Santa Maria
(29º42’S e 53
o
42’W).
Figura 2: Curva de suficiência amostral, obtida em seis ocasiões amostrais, no Morro do
Elefante, Morro do Lar Metodista e Morro Cerrito, Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e
julho de 2005. Sufic. obs: suficiência observada, Sufic. corr: suficiência corrigida.
Figura 3: (a) Riqueza de espécies (%) e (b) abundância (%) por família de borboletas
registradas no Morro do Elefante (E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), Santa
Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de 2005. Nym: Nymphalidae, Hesp: Hesperiidae, Pap:
Papilionidae, Pier: Pieridae, Lyc: Lycaenidae.
Figura 4: Distribuição das freqüências relativas das espécies de borboletas, no Morro do
Elefante (E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), e em todos locais (Total),
Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de 2005. fr: freqüência relativa; *: espécies
dominantes (fr>0,1) em cada local.
Figura 5: (a) Similaridade de Morisita-Horn e de (b) Jaccard entre o Morro do Elefante,
Morro do Lar Metodista e Morro Cerrito, Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de
2005.
Tabela I: Lista e abundância de espécies de borboletas registradas no Morro do Elefante (E),
Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e
julho de 2005. T: total das amostragens, S: riqueza de espécies, N: abundância total por
família em cada local;!: espécies com novo registro no Rio Grande do Sul; *: espécies
representadas por um único indivíduo (“singletons).
E M C T
HESPERIIDAE (S= 58)
Hesperiinae (S = 35)
Anthoptus epictetus (Fabricius, 1793) 1 4 0
5
Callimormus interpunctata (Plötz, 1884) 1 3 0
4
!
Callimormus rivera (Plötz, 1882) 4 8 4
16
Corticea lysias potex Evans, 1955 3 0 0
3
* Corticea obscura (Mielke, 1969) 0 0 1
1
!
* Cymaenes distigma Plötz, 1883 1 0 0
1
Cymaenes gisca Evans, 1955 0 2 0
2
Cymaenes lepta (Hayward, 1938) 0 0 2
2
* Cymaenes tripunctata tripunctata (Latreille, [1824]) 0 1 0
1
* Decinea lucifer (Hübner, [1831]) 0 1 0
1
* Ebrietas anacreon anacreon (Staudinger, 1876) 1 0 0
1
Hylephila phylaeus (Drury, [1773]) 0 0 2
2
Lucida ranesus (Schaus, 1902) 0 1 2
3
* Lychnuchoides o. ozias (Hewitson, 1878) 0 0 1
1
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869) 2 0 0
2
Mnasilus allubita (Butler, 1877) 4 1 0
5
* Nastra lurida (Herrich-Schäffer, 1869) 0 1 0
1
Nyctelius n. nyctelius (Latreille, [1824]) 1 2 5
8
Panoquina ocola (Edwards, 1863) 5 6 4
15
Parphorus pseudecorus (Hayward, 1934) 0 0 2
2
* Perichares philetes aurina Evans, 1955 0 0 1
1
Polites vibex catilina (Plötz, 1886) 0 2 2
4
* Pompeius pompeius (Latreille, [1824]) 0 0 1
1
Psoralis stacara (Schaus, 1902) 0 0 2
2
* Quadris sp. 0 0 1
1
Sodalia coler (Schaus, 1902) 0 0 2
2
* Synapte silius (Latreille, [1824]) 0 0 1
1
Thargella evansi (Biezanko & Mielke, 1973) 0 0 3
3
Thespieus ethemides (Burmeister, 1878) 0 0 2
2
* Vehilius clavicula (Plötz, 1884) 0 1 0
1
!
* Vehilius celeus ochraceus (Biezanko & Mielke, 1983) 0 1 0
1
Vehilius inca (Scudder, 1872) 0 2 1
3
* Vehilius s. stictomenes (Butler, 1877) 0 1 0
1
* Vettius diversus diversus (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 1
1
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860) 0 0 7
7
Pyrginae (S= 23)
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807]) 3 2 2
7
Aethilla echina coracina Butler, 1870 1 1 0
2
Antigonus liborius areta Evans, 1953 0 2 0
2
Autochton zarex (Hubner, [1818]) 2 3 0
5
Carrhenes canescens pallida Röber, 1925 2 1 0
3
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868) 2 2 0
4
Tabela I. Continuação.
E M C T
HESPERIIDAE (S= 58)
Gorgythion beggina escalophoides Hayward, 1941 3 2 0
5
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, 1823) 2 0 0
2
Heliopetes a. arsalte (Linné, 1758) 6 2 0
8
Heliopetes omrina (Butler, 1870) 1 1 1
3
* Milanion leucaspis (Mabille, 1878) 0 1 0
1
* Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870) 0 1 0
1
Pyrgus oileus orcus (Stoll, [1780]) 47 29 14
90
* Staphylus musculus (Burmeister, 1875) 0 0 1
1
Trina g. geometrina (Felder & Felder, [1867]) 0 3 2
5
Urbanus d. dorantes (Stoll, 1790) 5 2 4
11
!
* Urbanus doryssus albicuspis (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 1
1
Urbanus procne (Plotz, 1881) 6 0 1
7
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758) 2 5 1
8
Urbanus simplicius (Stoll, 1790) 1 9 2
12
Urbanus teleus (Hübner, [1821]) 9 1 1
11
Xenophanes tryxus (Stoll, [1780]) 0 2 0
2
* Zera tetrastigma erisichthon (Plotz, 1884) 0 0 1
1
N 115 106 78 299
PAPILIONIDAE (S = 12)
Papilioninae (S= 12)
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758) 0 6 8
14
Battus p. polystictus (Butler, 1784) 3 3 4
10
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809]) 0 3 1
4
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819) 4 8 11
23
Heraclides hectorides (Esper, 1794) 6 5 4
15
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906) 0 1 7
8
* Mimoides l. lysithous (Hübner, 1821) 0 0 1
1
Mimoides lysithous rurik (Eschscholtz, 1821) 3 0 2
5
Parides agavus (Drury, 1782) 8 4 4
16
Parides anchises nephalion (Godart, 1819) 22 4 16
42
Parides bunichus perrhebus (Boisduval, 1836) 6 8 5
19
* Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836) 0 1 0
1
N 52 43 63 158
PIERIDAE (S= 8)
Coliadinae (S = 7)
Aphrissa s. statira (Cramer, 1777) 5 1 0
6
Eurema albula (Cramer, 1775) 2 0 0
2
Eurema elathea (Cramer, 1771) 0 1 3
4
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775) 0 1 4
5
Phoebis n. neocypris (Hübner, 1823) 9 17 27
53
Phoebis p. philea (Linnaeus, 1763) 5 3 3
11
Rhabdodryas trite (Linnaeus, 1758) 0 2 0
2
Pierinae (S= 1)
Ascia monuste orseis (Godart, 1819) 0 6 8
14
N 21 31 45 97
LYCAENIDAE (S= 17)
Theclinae (S= 10)
Arawacus separata Lathy, 1926 14 7 1
22
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877) 1 3 2
6
!
* Ignata norax (Godman & Salvin, 1887) 0 0 1
1
!
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793) 2 0 0
2
Rekoa palegon Cramer, 1780 8 12 2
22
Tabela I. Continuação.
E M C T
LYCAENIDAE (S= 17)
* Strephonota elika (Hewitson, 1867) 0 1 0
1
!
* Thecla conchylium Druce, 1907 0 1 0
1
Tmolus echion (Linnaeus, 1767) 4 1 6
11
!
Ziegleria ceromia (Hewitson, 1877) 0 9 0
9
* Morfotipo 1 0 1 0
1
Riodininae (S=7)
!
* Adelotypa tinea (Bates, 1868) 0 0 1
1
* Calephelis nilus (Felder & Felder, 1861) 0 1 0
1
* Lasaia agesilas (Lattreille, 1809) 0 0 1
1
Melanis smithiae Westwood, 1851 1 1 0
2
* Mesosemia odice (Godart, [1824]) 1 0 0
1
Riodina lycisca (Hewitson, 1852) 2 0 0
2
!
* Synargis victrix (Rebel, 1902) 1 0 0
1
N 34 37 14 85
NYMPHALIDAE (S= 51)
Nymphalinae (S= 12)
Anartia amathea roeselia (Eschscholtz, 1821) 14 50 2
66
Eresia lansdorfi (Godart, 1819) 0 11 0
11
Hypanartia bella (Fabricius, 1793) 19 4 0
23
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793) 2 5 7
14
Junonia evarete (Cramer, 1779) 4 9 10
23
* Ortilia ithra (Kirby, 1900) 0 1 0
1
Ortilia orthia (Hewitson, 1864) 2 0 0
2
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909) 0 2 2
4
Tegosa claudina (Eschscholtz, 1821) 0 5 2
7
Telenassa sp. 0 2 0
2
Vanessa braziliensis (Moore, 1883) 1 15 12
28
Vanessa myrrima (Doubleday, 1849) 1 1 2
4
Biblidinae (S= 6)
Biblis hyperia (Cramer, 1779) 1 3 3
7
!
* Callicore pygas (Godart, [1824]) 0 0 1
1
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849) 1 3 0
4
!
* Dynamine postverta (Cramer, 1779) 0 0 1
1
Eunica eburnea Fruhstorfer, 1907 0 1 1
2
Hamadryas epinome (Felder & Felder, 1867) 28 5 2
35
Morphinae (S= 2)
Brassolis sophorae vulpeculus Stichel, 1902 7 2 0
9
Morpho aega (Hübner, [1822]) 20 1 9
30
Satyrinae (S= 9)
* Capronnieria abretia (Capronier, 1874) 0 1 0
1
Carminda paeon (Godart, 1824) 1 1 0
2
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775) 19 18 12
49
Moneuptychia soter (Butler, 1877) 1 3 1
5
Paryphthimoides phronius (Godart, [1824]) 41 19 30
90
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865) 6 13 3
22
* Praepedaliodes phanias (Hewitson, 1862) 0 0 1
1
!
Pseudodebis euptychidia (Butler, 1868) 7 0 1
8
Yphthimoides celmis (Godart, [1824]) 1 14 22
37
Heliconiinae (S= 10)
Actinote carycina Jordan, 1913 1 18 6
25
Actinote mamita (Burmeister, 1861) 0 8 2
10
Actinote melanisans Oberthür, 1917 2 3 0
5
Actinote pellenea calymma Jordan, 1913 0 2 0
2
Tabela I. Continuação.
E M C T
NYMPHALIDAE (S= 51)
Actinote pyrrha (Fabricius, 1775) 3 3 0
6
Agraulis vanillae maculosa [Stichel, 1907] 0 3 2
5
Dione juno (Cramer, 1779) 0 0 7
7
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) 52 58 36
146
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) 55 43 23
121
Heliconius ethilla narcaea (Godart, 1819) 7 5 11
23
Limenitidinae (S= 2)
* Adelpha syma (Godart, [1824]) 0 1 0
1
Adelpha thessalia indefecta Fruhstorfer, 1913 1 0 1
2
Ithomiinae (S= 7)
* Dircenna dero (Hübner, 1823) 0 1 0
1
Epityches eupompe (Geyer, 1832) 3 8 0
11
Mechanitis. lysimnia (Fabricius, 1793) 8 4 1
13
Methona themisto (Hübner, 1818) 2 1 1
4
Prittwitzia h. hymenaea Episcada hymenaea (Prittwitz, 1865) 1 3 0
4
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855) 2 3 0
5
* Pteronymia sylvo (Geyer, 1832) 0 1 0
1
Danainae (S= 2)
Danaus gilippus (Cramer, 1775) 1 11 2
14
Danaus plexippus erippus (Cramer, 1775) 5 20 1
26
Apaturinae (S= 1)
Doxocopa laurentia (Godart, [1824]) 2 0 2
4
N 321 385 219 925
Total 543 602 419 1564
Tabela II: Riqueza de espécies por família (%) em comunidades de borboletas no Brasil e no
Rio Grande do Sul (RS). B&F - BROWN & FREITAS (1999), I&R - ISERHARD &
ROMANOWSKI (2004), SM - Santa Maria.
Brasil RS
B & F I & R SM
Hesperiidae
36 33 39
Papilionidae
2 4 8
Pieridae
2 8 6
Lycaenidae
36 18 12
Nymphalidae
24 36 35
Tabela III: Número de espécies (S), número de indivíduos (N), índice de Diversidade
Shannon-Wiener (H’) e de Margalef (Dmg), índice de Dominância de Simpson (D) e de
Berger-Parker (d), número de espécies registradas exclusivamente em um dos locais (Excl.),
número destas espécies representadas por mais de um indivíduo (Excl. >1) e número de
espécies representadas por um único indivíduo (Singleton), registradas no Morro do Elefante
(E), Morro do Lar Metodista (M) e Morro Cerrito (C), Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e
julho de 2005.
E M C Total
S
78 104 89 146
N
543 602 419 1564
H’
3,605 3,928 3,868 4,067
D
mg
12,39 16,09 14,57 19,71
D)
0,0456 0,0343 0,0332 0,0317
d
0,1013 0,0964 0,0859 0,0934
Excl. (%)
11 (18) 26 (41) 26 (41)
Excl. > 1 (%)
7 (29) 8 (33) 9 (38)
Singleton (%)
4 (10) 18 (46) 17 (44)
Figura 1:
Figura 2:
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
jul out dez fev abr jul
ocases amostrais
mero de espécies
desvio maior
sufic. obs.
sufic. corr.
desvio menor
Figura 3:
a)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
EMC
riqueza (%)
Lyc
Pier
Pap
Hesp
Nym
(b)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
EMC
abundância (%)
Lyc
Pier
Pap
Hesp
Nym
Figura 4:
1ª) Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) *
2ª) Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
3ª) Pyrgus oileus orcus (Stoll, 1780)
4ª) Paryphthimoides phronius (Godart, 1823)
5ª) Hamadryas epinome (Felder & Felder, 1867)
1ª) Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
2ª) Anartia amathea roeselia (Eschscholtz, 1821)
3ª) Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
4ª) Pyrgus oileus orcus (Stoll, 1780)
5ª) Danaus plexippus erippus (Cramer, 1775)
1ª) Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
2ª) Paryphthimoides phronius (Godart, 1823)
3ª) Phoebis n. neocypris (Hübner, 1823)
4ª) Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
5ª) Yphthimoides celmis (Godart, 1824)
1ª) Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779)
2ª) Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775)
3ª) Paryphthimoides phronius (Godart, 1823)
4ª) Pyrgus oileus orcus (Stoll, 1780)
5ª) Anartia amathea roeselia (Eschscholtz, 1821)
E
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76
Número de espécies
Freqüência relativa
(fr)
M
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
1 10192837465564738291100
mero de espécies
Freqüência relativa
(fr)
C
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
1 7 13 19 25 31 37 43 49 55 61 67 73 79 85
Número de espécies
Freqüência relativa
(fr)
Total
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
1 14 27 40 53 66 79 92 105 118 131 144
Número de espécies
Freqüência relativa
(fr)
Figura 5:
(a)
(b)
1 2 3 4
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Similarity
Cerrito
Metodista
Elefante
1 2 3 4
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Similaridade
Cerrito
Metodista
Elefante
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
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_____. III. Danaidae et Ithomidae da Zona Missioneira do Rio Grande do Sul. Arquivos de
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TESTON, J.A.; CORSEUIL, E. Borboletas (Lepidoptera, Rhopalocera) ocorrentes no Centro
de Pesquisas e Conservação da Natureza Pró-Mata. 3. Nymphalidae. Divulgação do Museu
de Ciência e Tecnologia, v. 7, p. 1–208, 2002a.
TESTON, J.A.; CORSEUIL, E. Ninfalídeos (Lepidoptera, Nymphalidae) ocorrentes no Rio
Grande do Sul, Brasil. Parte II. Brassolinae e Morphinae. Biociências, v. 10, n. 1, p. 75-84,
2002b.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Pró-Reitoria de Pós-Graduação e
Pesquisa. Estrutura e apresentação de monografias, dissertações e teses: MDT/UFSM. 6.
ed. Santa Maria, 2005. 63p.
6. APÊNDICES
APÊNDICE A – Abundância das espécies de borboletas, em cada local amostrado, por
ocasião amostral, em Santa Maria, RS, entre julho de 2004 e julho de 2005. E: Morro do
Elefante, M: Morro do Lar Metodista, C: Morro Cerrito, Total: total das amostragens.
Apêndice A.
JULHO OUTUBRO DEZEMBRO FEVEREIRO ABRIL JULHO
ESPÉCIES E M C E M C E M C E M C E M C E M C TT
HESPERIIDAE (S= 58)
Hesperiinae (S = 35)
Anthoptus epictetus (Fabricius, 1793) 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 5
Callimormus interpunctata (Plötz, 1884) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 0 4
Callimormus rivera (Plötz, 1882) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 3 3 2 1 2 2 0 2 0 16
Corticea lysias potex Evans, 1955 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 3
Corticea obscura (Mielke, 1969) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Cymaenes distigma Plötz, 1883 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Cymaenes gisca Evans, 1955 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2
Cymaenes lepta (Hayward, 1938) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2
Cymaenes tripunctata tripunctata (Latreille, [1824]) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Decinea lucifer (Hübner, [1831]) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Ebrietas anacreon anacreon (Staudinger, 1876) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
Hylephila phylaeus (Drury, [1773]) 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2
Lucida ranesus (Schaus, 1902) 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3
Lychnuchoides o. ozias (Hewitson, 1878) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
Miltomiges cinnamomea (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2
Mnasilus allubita (Butler, 1877) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 4 0 0 5
Nastra lurida (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Nyctelius n. nyctelius (Latreille, [1824]) 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 2 8
Panoquina ocola (Edwards, 1863) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 6 4 0 0 0 15
Parphorus pseudecorus (Hayward, 1934) 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Perichares philetes aurina Evans, 1955 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Polites vibex catilina (Plötz, 1886) 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 4
Pompeius pompeius (Latreille, [1824]) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Psoralis stacara (Schaus, 1902) 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Quadris sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1
Sodalia coler (Schaus, 1902) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2
Synapte silius (Latreille, [1824]) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Thargella evansi (Biezanko & Mielke, 1973) 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3
Thespieus ethemides (Burmeister, 1878) 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Vehilius clavicula (Plötz, 1884) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Vehilius celeus ochraceus (Biezanko & Mielke, 1983) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Vehilius inca (Scudder, 1872) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 3
Vehilius s. stictomenes (Butler, 1877) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Vettius diversus diversus (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Wallengrenia premnas (Wallengren, 1860) 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 7
Pyrginae (S= 23)
Achlyodes mithradates thraso (Hübner, [1807]) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 3 1 2 0 0 0 0 0 0 7
Aethilla echina coracina Butler, 1870 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2
Antigonus liborius areta Evans, 1953 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Autochton zarex (Hubner, [1818]) 0 0 0 1 1 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 5
Carrhenes canescens pallida Röber, 1925 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
3
Apêndice A. Continuação.
JULHO OUTUBRO DEZEMBRO FEVEREIRO ABRIL JULHO
ESPÉCIES E M C E M C E M C E M C E M C E M C TT
HESPERIIDAE (S= 58)
Gorgythion b. begga (Prittwitz, 1868) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 4
Gorgythion beggina escalophoides Hayward, 1941 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 1 0 0 0 1 0 5
Helias phalaenoides palpalis (Latreille, 1823) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2
Heliopetes a. arsalte (Linné, 1758) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 5 2 0 0 0 0 8
Heliopetes omrina (Butler, 1870) 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3
Milanion leucaspis (Mabille, 1878) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Nisoniades macarius (Herrich-Schäffer, 1870) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Pyrgus oileus orcus (Stoll, [1780]) 3 0 1 1 1 2 16 6 0 14 10 5 8 9 6 5 3 0 90
Staphylus musculus (Burmeister, 1875) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1
Trina g. geometrina (Felder & Felder, [1867]) 0 0 0 0 1 0 0 1 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 5
Urbanus d. dorantes (Stoll, 1790) 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 1 2 0 1 2 2 0 11
Urbanus doryssus albicuspis (Herrich-Schäffer, 1869) 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Urbanus procne (Plotz, 1881) 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 1 3 0 0 7
Urbanus p. proteus (Linnaeus, 1758) 0 0 0 0 0 0 1 2 1 0 0 0 1 2 0 0 1 0 8
Urbanus simplicius (Stoll, 1790) 0 0 0 1 2 0 0 1 0 0 6 0 0 0 2 0 0 0 12
Urbanus teleus (Hübner, [1821]) 0 0 0 3 0 1 2 1 0 1 0 0 3 0 0 0 0 0 11
Xenophanes tryxus (Stoll, [1780]) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2
Zera tetrastigma erisichthon (Plotz, 1884) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
PAPILIONIDAE (S = 11)
Papilioninae (S= 11)
Battus p. polydamas (Linnaeus, 1758) 0 0 0 0 1 0 0 1 2 0 3 2 0 0 4 0 1 0 14
Battus p. polystictus (Butler, 1784) 0 0 0 0 3 3 2 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 10
Heraclides anchisiades capys (Hübner, [1809]) 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 4
Heraclides a. astyalus (Godart, 1819) 0 0 0 2 5 7 0 1 1 2 2 3 0 0 0 0 0 0 23
Heraclides hectorides (Esper, 1794) 0 0 0 2 3 2 1 1 0 3 1 2 0 0 0 0 0 0 15
Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906) 0 0 0 0 1 5 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 8
Mimoides l. lysithous (Hübner, 1821) 0 0 0 3 0 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 6
Parides agavus (Drury, 1782) 0 0 0 6 0 4 2 1 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 16
Parides anchises nephalion (Godart, 1819) 0 0 0 13 0 4 7 3 3 2 1 9 0 0 0 0 0 0 42
Parides bunichus perrhebus (Boisduval, 1836) 0 0 0 3 4 1 1 2 1 0 2 3 0 0 0 0 2 0 19
Pterourus scamander grayi (Boisduval, 1836) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
PIERIDAE (S= 8)
Coliadinae (S = 7)
Aphrissa s. statira (Cramer, 1777) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 1 0 6
Eurema albula (Cramer, 1775) 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2
Eurema elathea (Cramer, 1771) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0 0 4
Phoebis a. argante (Fabricius, 1775) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 0 1 0 5
Phoebis n. neocypris (Hübner, 1823) 0 0 0 2 1 14 4 11 11 0 0 2 3 1 0 0 4 0 53
Phoebis p. philea (Linnaeus, 1763) 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 11
Rhabdodryas trite (Linnaeus, 1758) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2
Pierinae (S= 1)
Ascia monuste orseis (Godart, 1819) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 4 0 3 4 0 0 0 14
Apêndice A. Continuação.
JULHO OUTUBRO DEZEMBRO FEVEREIRO ABRIL JULHO
ESPÉCIES E M C E M C E M C E M C E M C E M C TT
LYCAENIDAE (S= 17)
Theclinae (S= 10)
Arawacus separata (Lathy, 1926) 0 0 0 0 0 0 1 2 0 3 2 1 1 0 0 9 3 0 22
Calycopis caulonia (Hewitson, 1877) 0 0 0 1 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 6
Ignata norax (Godman & Salvin, 1887) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Ostrinotes sophocles (Fabricius, 1793) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2
Rekoa palegon (Cramer, 1780) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 11 2 0 1 0 22
Strephonota elika (Hewitson, 1867) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Thecla conchylium (Druce, 1907) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Tmolus echion (Linnaeus, 1767) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 4 0 4 0 0 0 0 1 1 11
Ziegleria ceromia (Hewitson, 1877) 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9
Morfotipo 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Riodininae (S=7)
Adelotypa tinea (Bates, 1868) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Calephelis nilus (Felder ,1861) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Lasaia agesilas (Lattreille, 1809) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Melanis smithiae (Westwood, 1851) 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2
Mesosemia odice (Godart, 1824) 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Riodina lycisca (Hewitson, 1852) 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Synargis vietrix (Rebel, 1902) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
NYMPHALIDAE (S= 51)
Nymphalinae (S= 12)
Anartia amathea roeselia (Eschscholtz, 1821) 1 2 0 1 11 1 0 8 1 0 8 0 8 14 0 4 7 0 66
Eresia lansdorfi (Godart, 1819) 0 1 0 0 6 0 0 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 11
Hypanartia bella (Fabricius, 1793) 0 2 0 13 2 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 23
Hypanartia lethe (Fabricius, 1793) 1 4 2 1 0 1 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 1 0 14
Junonia evarete (Cramer, 1779) 0 0 0 0 3 1 0 0 2 1 3 2 3 3 5 0 0 0 23
Ortilia ithra (Kirby, 1871) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1
Ortilia orthia (Hewitson, 1864) 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstorfer, 1909) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 4
Tegosa claudina (Eschscholtz, 1821) 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 7
Telenassa sp. 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2
Vanessa braziliensis (Moore, 1883) 1 1 0 0 11 6 0 0 2 0 0 0 0 1 1 0 2 3 28
Vanessa myrrima (Doubleday, 1849) 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 4
Biblidinae (S= 6)
Biblis hyperia (Cramer, 1779) 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0 0 0 2 0 1 0 7
Callicore pygas (Godart, [1824]) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Dynamine myrrhina (Doubleday, 1849) 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Dynamine p. postverta (Cramer, 1779) 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Eunica eburnea (Fruhstorfer, 1907) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2
Hamadryas epinome (Felder & Felder, 1867) 1 0 0 8 1 0 4 2 1 2 1 0 7 0 1 6 1 0 35
Apêndice A. Continuação.
JULHO OUTUBRO DEZEMBRO FEVEREIRO ABRIL JULHO
ESPÉCIES E M C E M C E M C E M C E M C E M C TT
NYMPHALIDAE (S= 51)
Moneuptychia soter (Butler, 1877) 0 0 0 0 2 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5
Morphinae (S= 2)
Brassolis sophorae vulpeculus (Stichel, 1902) 0 0 0 0 0 0 7 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9
Morpho aega aega (Hübner, 1822) 0 0 0 0 0 0 14 1 3 1 0 0 5 0 6 0 0 0 30
Satyrinae (S= 9)
Capronnieria abretia (Capronier, 1874) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Carminda paeon (Godart, 1824) 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Hermeuptychia hermes (Fabricius, 1775) 0 0 0 6 5 2 10 1 3 2 7 2 0 3 3 1 2 2 49
Paryphthimoides poltys (Prittwitz, 1865) 0 0 0 0 2 1 1 1 0 0 10 0 2 0 0 3 0 2 22
Pedaliodes phanias (Hewitson, 1862) 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Pseudodebis euptychidia (Butler, 1868) 4 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 1 0 0 0 8
Yphthimoides celmis (Godart, 1824) 0 0 0 0 0 18 0 0 0 1 9 3 0 0 1 0 5 0 37
Heliconiinae (S= 10)
Actinote carycina (Jordan, 1913) 0 0 0 0 10 4 0 1 0 0 1 0 1 6 2 0 0 0 25
Actinote mamita (Burmeister, 1861) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 2 0 0 0 10
Actinote melanisans (Oberthür, 1917) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 0 0 0 5
Actinote pellenea calymma (Jordan, 1913) 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Actinote pyrrha (Fabricius, 1775) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 3 0 0 0 0 6
Agraulis vanillae maculosa (Stichel, 1908) 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 5
Dione j. juno (Cramer, 1779) 0 0 3 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7
Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) 2 0 1 12 11 4 8 11 9 11 15 11 14 12 11 5 9 0 146
Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775) 9 1 0 10 8 5 10 8 5 11 5 7 9 10 6 6 11 0 121
Heliconius ethilla narcaea (Godart, 1819) 1 0 0 1 0 1 0 0 3 3 3 4 2 2 3 0 0 0 23
Limenitidinae (S= 2)
Adelpha syma (Godart, 1824) 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Adelpha thessalia indefecta (Fruhstorfer, 1913) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2
Ithomiinae (S= 7)
Dircenna dero (Hübner, 1823) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Epityches eupompe (Geyer, 1832) 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 2 3 0 11
Mechanitis l. lysimnia (Fabricius, 1793) 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 0 1 1 0 0 3 4 0 13
Methona themisto (Hübner, 1818) 0 1 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Prittwitzia h. hymenaea (Prittwitz, 1865) 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 4
Pseudoscada erruca (Hewitson, 1855) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 5
Pteronymia sylvo (Geyer, 1832) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1
Danainae (S= 2)
Danaus g. gilippus (Cramer, 1775) 0 0 0 0 6 2 0 0 0 0 0 0 1 4 0 0 1 0 14
Danaus plexippus erippus (Cramer, 1775) 0 2 0 2 4 0 1 8 1 1 3 0 0 1 0 1 2 0 26
Apaturinae (S= 1)
Doxocopa l. laurentia (Godart, 1824) 0 0 0 2 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4
TOTAL 33 16 10 111 129 114 117 108 88 91 122 100 111 131 95 80 96 12 1564
APÊNDICE B – Locais amostrados na Floresta Estacional Decidual, em Santa Maria, RS,
entre julho de 2004 e julho de 2005. E: Morro do Elefante, M: Morro do Lar Metodista, C:
Morro Cerrito.
E
M
C
Fotos: Ana Beatriz Barros de Morais
7. ANEXOS
ANEXO A – Normas para publicação do artigo. Instruções aos autores: Revista Brasileira de
Zoologia.
Livros Grátis
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