21
lado em que a cirurgia era proposta, no sentido de facilitar a manipulação das
estruturas, garantir o acesso ou ainda reduzir o risco de lesões iatrogênicas nos
pulmões (Walsh, et al., 1999; Dupré et al., 2001; De Rycke et al., 2001 Radlinsky et
al., 2002;). Kovak et al. (2002) e Beck et al. (2004), não utilizaram esta técnica e
obtiveram resultado satisfatório em seus procedimentos. Para McCarthy & Monnet
(2005), a intubação seletiva, apesar de ser técnica rotineira para CTVA em
humanos, se faz necessária apenas em procedimentos mais complexos. Estes
autores ainda fazem menção de que com a complexidade de procedimentos a
serem desenvolvidos no futuro da CTVA, a ventilação seletiva será cada vez mais
necessária nos protocolos de CTVAs em medicina veterinária. Segundo Freeman et
al. (1999), a intubação seletiva é necessária para alguns procedimentos torácicos,
entre eles a esofagotomia.
Em contraste com a laparoscopia em que é necessária insuflação de CO
2
na
cavidade para que a parede se distenda e se mantenha afastada das vísceras, na
cavidade torácica há apenas que se promover o colabamento dos pulmões quando
da eliminação da pressão negativa, o que ocorre ao se permitir a entrada de ar
ambiente na cavidade (McCarthy & Monnet, 2005). Daly et al. (2002), avaliaram os
efeitos cardiopulmonares da insuflação de CO
2
em cães e concluíram que as
variáveis avaliadas rotineiramente como pressão arterial e freqüência cardíaca
podem não refletir de forma correta as indicações do estado cardiovascular,
sugerindo acompanhamento da saturação de O
2
e gasometria seriada como
parâmetros mais confiáveis. McCarthy e Monnet (2005) afirmaram que insuflação na
cavidade pleural é um procedimento desnecessário para estabelecer espaço óptico
no tórax e que o risco de complicações supera as vantagens. Alguns autores
utilizaram a insuflação de CO
2
sem registrar maiores complicações relacionadas
(Walsh et al., 1999; De Rycke et al., 2001; Beck et al., 2004).
Há três tipos de técnicas para acesso do endoscópio ao tórax: acesso
paraxifóide ou subesternal (Dupré et al., 2001; Willard, 2002; McCarthy & Monnet,
2005), acesso lateral (Freeman et al., 1999; Walsh et al., 1999; De Rycke et al.,
2001; Kovak et al., 2002; Radlinsky et al., 2002; Beck et al., 2004; McCarthy &
Monnet, 2005) ou acesso cranial (McCarthy & Monnet, 2005). Segundo McCarthy &
Monnet (2005) as duas primeiras técnicas têm indicações similares para a maioria