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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MESTRADO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO
HUMANA
ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA E
ALTERAÇÕES DE ORELHA MÉDIA EM CRIANÇAS
DE SEIS A DEZ ANOS DE IDADE DE UMA ESCOLA
ESTADUAL EM SANTA MARIA, RS.
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Selena Dutra Michel
Santa Maria, RS, Brasil
2006
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ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA E
ALTERAÇÕES DE ORELHA MÉDIA EM CRIANÇAS
DE SEIS A DEZ ANOS DE IDADE DE UMA ESCOLA
ESTADUAL EM SANTA MARIA, RS.
por
Selena Dutra Michel
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de
Pós Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana, Área de
Concentração Audição, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,
RS), como requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Distúrbios da Comunicão Humana
Orientadora: Fga. Dra. Angela Garcia Rossi
Santa Maria, RS, Brasil
2006
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ORIENTADORA
Prof ª Dr ª Angela Garcia Rossi
Fonoaudióloga, Doutora em Ciências dos
Distúrbios da Comunicação Humana pela
UNIFESP / Escola Paulista de Medicina
Professora Doutora Adjunto do Departamento de
Otorrino-Fonoaudiologia da UFSM
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências da Saúde
Curso de Pós-Graduação em Distúrbios
da Comunicação Humana
A Comissão examinadora abaixo assinada
aprova a Dissertação de Mestrado
ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA E ALTERAÇÕES DE ORELHA
MÉDIA EM CRIAAS DE SEIS A DEZ ANOS DE IDADE DE UMA ESCOLA
ESTADUAL
EM SANTA MARIA, RS.
elaborada por
Selena Dutra Michel
como requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Distúrbios da Comunicão Humana
COMISSÃO EXAMINADORA:
_____________________________________
Angela Garcia Rossi, Fga. Drª.
(Presidente/orientador)
_____________________________________
Maristela Julio Costa, Fga. Drª.
_____________________________________
Ana Maria Chagas, C. D. Drª.
Santa Maria, Março de 2006.
DEDICATÓRIA
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VHPSUHJUDoDVKHLGHGDU
Folhas da Minha Árvore
Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato
de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo
muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas
elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma
árvore caracterize um deles. Os primeiros que nascem do broto é o amigo pai e a
amiga mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem
dividimos o nosso espaço para que ele florea como nós. Passamos a conhecer
toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem. O destino ainda
nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso
caminho. Muitos desse são designados amigos do peito, do coração. São sinceros,
são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...
Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo
um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na face, durante o
tempo que estamos por perto. Falando em perto, não podemos nos esquecer dos
amigos distantes, que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra,
aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas
de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por
muitas estações. O que nos deixa mais felizes é quando as folhas que caíram
continuam por perto, continuam alimentando as nossas raízes com alegria.
Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzava o nosso caminho. Cada
pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um
pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que o deixaram nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas
almas não se encontram por acaso.
Dedico a todas as pessoas que de uma forma ou de outra contribuíram para a
realização deste trabalho...
Selena Dutra Michel
AGRADECIMENTOS
À
3URI'U0iUFLD.HVNH6RDUHV
coordenadora do Curso de Mestrado em
Distúrbios da Comunicação Humana pelo incentivo como coordenadora do Curso e
pelo exemplo de ética e profissionalismo.
À minha orientadora, amiga e muito mais que amiga,
3URI 'U $QJHOD
*DUFLD5RVVL
pelo constante incentivo, sempre indicando a direção a ser tomada
nos momentos de maior dificuldade, interlocutora interessada em participar de
minhas inquietações, co-autora em vários trechos. Agradeço, principalmente, pela
confiança depositada no meu trabalho de dissertação.
À
3URI 'U +HOHQD %ROOL 0RWD
, professora do Curso de Mestrado em
Distúrbios da Comunicação Humana por propiciar o crescimento da Fonaudiologia
em Santa Maria.
À
3URI'U7DQLD7RFKHWWR
, pelo espírito científico.
À
3URI'U0DULVWHOD-XOLR&RVWD
pela correção e atenção dispensada ao
meu trabalho, a quem tenho grande apreço e respeito.
À
3URI  'U  $QD 0DULD &KDJDV
, pela presença constante em todos os
momentos de elaboração deste trabalho, principalmente pela acessoria na área
odontológica.
Ao
&' 'DQLHO 0H\QH )ORUHV
, pelo apoio e pela acessoria na área
odontológica.
À
)J (OHQDUD &LRTXHWD
, pela sua amizade, coleguismo, dedicação, por
tudo o que passamos juntas, o meu sincero obrigada.
Às
)J 0DUFLHOL %HOOp 6tOYLD GR$PDUDO 6DUWRUL H 5DIDHOH 5LJRQ
pela
ajuda, amizade e dedicação, contribuindo muito para a realização desse estudo.
Às
FULDQoDV GD HVFROD (VWDGXDO GH  H *UDXV$XJXVWR 5XVFKL
, pela
realização deste trabalho.
À
'LUHomR GD (VFROD (VWDGXDO GH  H  *UDXV $XJXVWR5XVFKL
, por
permitir que esta pesquisa fosse realizada na escola.
À
(TXLSH GR 36) 9LFWRU +RIIPDQQ
, pela confiança em mim depositada e
pelo incentivo na realização deste trabalho.
À
'U &LUFH 0DULD %DUFHOORV GH 3HOHJULQH
, pelo seu eterno apoio e
principalmente por sua grande amizade.
À minha amiga
0iUFLD %UXWWL
, pelo apoio e por sua presença constante em
minha vida.
Ao
'U 3DXOR 5REHUWR %DUFHORV
pelos bons conselhos e por todo o
incentivo.
À minha secretária e amiga
$GULDQD %DVWRV /RSHV
pelo suporte no meu dia
a dia e principalmente pela amizade
À minha secretária
7HUH]D$UD~MR GH *XLPDU mHV
pelo carinho dispensado a
minha filha e minha mãe, principalmente na minha ausência.
À minha amiga
'DQLHOH &DOHJDUL
pela atenção, ajuda e dedicação em todos
os momentos.
Ao meu irmão
)HUQDQGR 'XWUD 0LFKHO
por nunca deixar de acreditar na
minha capacidade.
A todos os
SURIHVVRUHV IXQFLRQiULRV H DOXQRV GR 0HVWUDGR HP
'LVW~UELRV GD &RPXQLFDomR +XPDQD H WRGRV DTXHOHV
que, direta ou
indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho, dando-me força,
incentivo e principalmente, acreditando ser possível trabalhar este tema.
Muito Obrigada!
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Curso De Pós Graduação Em Distúrbios da Comunicação Humana
Universidade Federal de Santa Maria
ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA E ALTERAÇÕES DE ORELHA
MÉDIA EM CRIAAS DE SEIS A DEZ ANOS DE IDADE DE UMA ESCOLA
ESTADUAL
EM SANTA MARIA, RS.
AUTORA: SELENA DUTRA MICHEL
ORIENTADORA: ANGELA GARCIA ROSSI
Data e Local da Defesa: Santa Maria, 29 de Março de 2006
Este estudo teve como objetivo relacionar achados timpanométricos e cárie
dentária em escolares de seis a dez anos de idade. A amostra refere-se à avaliação
timpanométrica e odontológica de 245 crianças, da Escola Estadual de 1° e 2° Graus
Augusto Ruschi da cidade de Santa Maria, RS no decorrer do ano letivo de 2004.
As crianças foram examinadas em uma sala silenciosa, não tratada acusticamente,
mas com nível de ruído compatível com as exigências legais .Todas elas foram
submetidas à avaliação otorrinolaringológica, audiológica e odontológica. A
avaliação otorrinolaringológica foi realizada com o objetivo de excluir qualquer
comprometimento que impedisse a realização da timpanometria. A avaliação
audiológica constituiu no exame de imiciantometria (Padrão ANSI-69), apresentando
resultados de acordo com os tipos de curvas timpanométricas: tipo A, B e C
(JEGER,1970). O exame odontológico foi realizado através da inspeção dos dentes
molares decíduos de todas as crianças, possibilitando a marcação em um
odontograma quais dentes encontravam-se cariados. Os resultados encontrados
foram analisados de acordo com: exames timpanométricos alterados ou não;
presença ou ausência de cárie dental, faixa etária e gênero. Concluiu-se que há um
alto incide de cárie de 56,23% e de timpanometria alterada de 32,25% nas crianças
avaliadas. Em relação as duas patologias houve um índice de 19,18%, porém não
podemos afirmar que exista relação entre estas duas doenças uma vez que
observou-se que nas crianças que possuíam maior numero de dentes cariados a
incidência de timpanometria alterada é menor.
Palavras-Chave: exames timpanométricos, cárie dental, escolares.
ABSTRACT
Dissertation of Master's degree
Course of Powders Graduation in Disturbances of the Human Communication
Federal university of Santa Maria
STUDY OF THE INCIDENCE OF DENTAL CARIES AND ALTERATIONS OF
AVERAGE EAR IN SIX CHILDREN THE TEN YEARS OLD OF A STATE
SCHOOL IN SANTA MARIA, RS.
AUTHOR: SELENA DUTRA MICHEL
ADVISER: ANGELA GARCIA ROSSI
Date and Place of the Defense: Santa Maria, 29 of March of 2006.
This study had the objective to connect found timpanometrics and dental decay in
scholars from six to ten years old. The sample refers to the timpanometric and
odontologic evaluation of 245 children, of Augusto Ruschi State School of 1° and
2° Degrees, Santa Maria city, RS, in elapsing of the school year of 2004. The
children were examined at a silent room, no treated acoustically, but with level of
compatible noise with the legal demands .All of them were submitted to the
otorrinolaringologic, audiologic and odontologic evaluation. The otorrinolaringologic
evaluation was accomplished with the objective of excluding any trouble that
impeded the accomplishment of the timpanometric. The audiologic evaluation
constituted in the imiciantometry exam (Pattern ANSI-69), presenting results in
agreement with the timpanometrys curves´s types: type A, B and C (JEGER, 1970).
The odontologic exam was accomplished through the inspection of all children's teeth
deciduous molars, making possible the demarcation in an odontograma which
teeth had decayed. The results found were analyzed in agreement with:
timpanometrics exams, altered or not; presence or absence of dental decay; age
group and gender. We concluded a high nivel of dental Carie of 56.23% and
timpanometrics exams the alterations was the 32.25% in study of children. In the
results of timpanometrics x dental cárie was the 19.18%. The relationship of the two
pathologic was not affirmative because in many children we observes several tooth
with dental carie and not alterations in timpanometrics examination
.
KeyWords: exams timpanometrics, decay dental, schoolars.
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 - Relação da incidência de cárie segundo o gênero em escolares
de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa Maria-
RS................................................................................ 34
TABELA 02 - Relação da incidência de cárie dentária segundo a faixa etária
em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS. ................................................................... 35
TABELA 03 - Relação da incidência de cárie dentária, segundo a faixa etária
e gênero em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto
Ruschi, Santa Maria- RS.......................................... 36
TABELA 04 - Relação da incidência de cárie dentária segundo o gênero
considerando o lado esquerdo, direito e ambos os lados da arcada
dentária, em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto
Ruschi, Santa Maria-RS.......................................... 37
TABELA 05 - Relação da timpanometria em escolares de seis a 10 anos na
escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS................... 38
TABELA 06
- Relação da timpanometria alterada segundo o tipo de curva em
escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS .................................................................. 39
TABELA 07 - Relação da timpanometria alterada segundo o nero em
escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS........................................................................... 40
TABELA 08 - Relação da timpanometria alterada conforme a faixa etária e o
gênero em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi,
Santa Maria-RS.................................................................... 41
TABELA 09 - Relação da timpanometria alterada na orelha direita, esquerda e
em ambas orelhas, segundo o gênero em escolares de seis a 10
anos da escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.......... 42
TABELA 10 - Relação entre carie dentária e timpanometria em escolares de
seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS...... 43
TABELA 11 - Relação entre cárie dentária e timpanometria alterada segundo a
faixa etária em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto
Ruschi, Santa Maria-RS.............................................. 44
TABELA 12 - Relação entre cárie dentária e timpanometria alterada segundo
gênero em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi,
Santa Maria-RS.......................................................... 45
LISTA DE GFICOS
GRÁFICO 01- Relação da incidência de cárie em escolares de seis a 10 anos
da escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS..................... 34
GRÁFICO 02- Representação gráfica da incidência de cárie dentária, segundo
o gênero, em escolares de seis a 10 anos na escola Augusto
Ruschi, Santa Maria-RS ................................................ 35
GRÁFICO 03- Representação gráfica da incidência de cárie dentária, segundo
a faixa etária, em escolares de seis a 10 anos da Escola
Augusto Ruschi, Santa Maria-RS...................................... 36
GRÁFICO 04- Representação gráfica da incidência de cárie dentária, segundo
a faixa etária e gênero em escolares de seis a 10 anos na
escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.......................... 37
GRÁFICO 05- Representação gráfica da incidência de cárie dentária
considerando lado esquerdo, direito e ambos os lados da arcada
dentária, em escolares de seis a 10 anos da Escola Augusto
Ruschi, Santa Maria-RS................................................... 38
GRÁFICO 06- Representação gráfica de timpanometria em 245 escolares de
seis a dez anos na escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.39
GRÁFICO 07- Representação gráfica do tipo de curva da timpanometria
alterada em escolares de seis a 10 anos na escola Augusto
Ruschi, Santa Maria-RS................................................... 40
GRÁFICO 08- Representação gráfica da timpanometria alterada segundo o
gênero em escolares de seis a 10 anos na escola Augusto
Ruschi, Santa Maria-RS.................................................... 41
GRAFICO 09- Representação gráfica da timpanometria alterada segundo a
faixa etária e o gênero em escolares de seis a 10 anos da
escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.......................... 42
GRÁFICO 10- Reapresentação gráfica da timpanometria segundo o gênero em
escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS........................................................................... 43
GRÁFICO 11- Representação gráfica da timpanometria alterada e relação com
a orelha afetada, segundo gênero em escolares de seis a 10
anos na escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS............... 44
GRÁFICO 12- Representação gráfica da timpanometria normal e alterada em
escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS............................................................................. 45
GRAFICO 13- Representação gráfica da relação cárie dentária e timpanometria
alterada segundo a faixa etária em escolares de seis a 10 anos
na escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS....................... 46
GRÁFICO 14- Representação gráfica da timpanometria alterada e a cárie
dentária, segundo o gênero em escolares de seis a 10 anos na
escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS .......................... 46
GRAFICO 15- Representação gráfica em número absolutos de escolares de
seis a 10 anos acometidos de cárie dentária, timpanometria
alterada e cárie dentária X timpanometria alterada na escola
Augusto Ruschi, Santa Maria-RS....................................... 47
GRÁFICO 16- Representação gráfica do número de dentes cariados e
timpanometria em escolares de seis a 10 anos na escola
Augusto Ruschi, Santa Maria-RS..................................... 48
LISTA DE SÍMBOLOS
ANSI-
American National Standards Institute
ATM -
Articulação Temporo Mandibular
CCS-
Centro de Ciências da Saúde
COLS-
Colaboradores
CPO-D-
Dentes permanentes,cariados, perdidos e obturados
Ceo-d-
Dentes decíduos cariados ,extraídos e obturados
daPa-
Decapascal
dB-
Decibel
dB NA
-Decibel nível de audição
GAP
-Gabinete de Projetos
Hz-
Hertz
MIA
-Medidas de Imitância Acústica
OM-
Orelha Média
OMS
-Organização Mundial de Sde
PH-
Potencial de Hidrogênio Iônico
PPM-
Partes por milhão
RA-
Reflexo Acústico
UFSM-
Universidade Federal de Santa Maria
UNIFESP-
Universidade Federal de São Paulo
LISTA DE ANEXOS
ANEXO I Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................... 69
ANEXO II Protocolo de Anamnese...................................................... 70
ANEXO III Protocolo de Avaliação Otorrinolaringológica................. 72
ANEXO IV Protocolo da Avaliação Odontológica.............................. 73
ANEXO V Protocolo da Avaliação das Medidas de Imitância Acústica
................................................................................................ 74
SUMÁRIO
RESUMO......................................................................................................... 11
ABSTRACT ..................................................................................................... 12
LISTA DE TABELAS........................................................................................ 13
LISTA DE GRÁFICOS..................................................................................... 14
LISTA DE SÍMBOLOS..................................................................................... 16
LISTA DE ANEXOS......................................................................................... 17
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 19
REVIO DE LITERATURA ........................................................................... 21
MATERIAL E MÉTODOLOGIA........................................................................ 32
RESULTADOS ................................................................................................ 34
COMENTÁRIOS.............................................................................................. 49
COMENTÁRIOS CONCLUSIVOS................................................................... 57
CONCLUO.................................................................................................. 58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 59
FONTE CONSULTADA................................................................................... 67
ANEXOS.......................................................................................................... 68
INTRODUÇÃO
Este trabalho aborda algumas das visões e concepções predominantes em
uma comunidade ,que são utilizadas em ações de saúde .Estas estão inseridas em
uma reflexão mais ampla sobre patologias que são problema de sde coletiva e
também nas relações entre profissionais de sde e ações multiprofissionais.
A participação como profissional de saúde pública e cirurgiã-dentista dentro
da escola Estadual Augusto Ruschi em Santa Maria, RS de 1998 a dezembro de
2005 ,com a tarefa de ser a profissional de referência em sde na escola,
proporcionou-me a identificação de duas patologias que são problema de Saúde
Pública.Estas patologias são a cárie dentária e a alteração da orelha média, que me
permitiram repensar antigas questões levantadas durante a minha trajetória
profissional, sob uma visão construtiva e de reflexão crítica a respeito da relação
destas duas patologias encontradas com freqüência no meu dia a dia.
A cárie dentária é uma doença transmissível, multifatorial e que possui rápida
evolução. É geradora de dor, causando problemas em relação à estética e na parte
funcional da arcada dentária.
A alteração da orelha média apresenta um caráter flutuante, podendo levar a
variações nos limiares auditivos e na percepção dos sons.Com isso ela restringe o
processo de organização e categorização da informação acústica ou processamento
auditivo de fala, prejudicando o desenvolvimento comunicativo e social da criança.
As duas patologias quando diagnosticadas precocemente, pode evitar a dificuldade
na aquisição da linguagem, alfabetização, escolaridade, e no desenvolvimento físico
e emocional da criança.
Segundo Penteado, Almeida & Leite (1995), a Fonoaudiologia e a
Odontologia são especialidades que atuam com o indivíduo, prevenindo ou tratando
problemas que tragam prejuízo ao desenvolvimento das funções bucais e da
motricidade oral necessária para a fala, à oclusão dentária e à higidez dos tecidos e
estruturas bucodentais. Tais problemas poderiam interferir no bem estar e saúde
geral do indivíduo.
Dessa forma o objetivo que delineia esta pesquisa é relacionar a incidência de cárie dentária e
alterações da orelha média em escolares de 06 a 10 anos da Escola Augusto Ruschi Santa Maria RS.
REVISÃO DE LITERATURA
Neste capítulo, é apresentada uma síntese de alguns dos trabalhos mais representativos das
alterações auditivas, condições odontológicas e bibliografias que relacionam ambos os processos,
estando assim relacionadas ao tema da pesquisa em ordem cronológica de publicação.
Para um melhor desenvolvimento desta revisão da literatura, optou-se pela
divisão em dois subcapítulos: I) alterações odontológicas e II) alterações auditivas
(I) Alterões odontológicas
Barmes (1982), analisando os dados do Global Oral Data Bank da Organização Mundial da
Saúde (OMS), afirmou que a prevalência de cárie estaria aumentando nos países em desenvolvimento.
Zhang (1982), colocou que a cárie dentária é um processo patológico de destruição localizada
dos tecidos dentários pelos microorganismos.
Para Shafer (1985), a cárie é uma doença microbiana dos tecidos calcificados
dos dentes, caracterizados pela desmineralização da parte inorgânica e destruição
da substância orgânica do dente.
Cushing, Sheimam & Maizels (1986) também relataram, entretanto em
adultos, que pessoas que tinham problemas para se alimentar apresentavam um CPO
- D mais alto e menos dentes funcionais do que as pessoas que não tinham
problemas com alimentação. Estes achados indicam que este índice pode ser um
bom indicador da satisfação com a mastigação.
Krasse (1986) referiu que a lesão cariosa inicial caracteriza-se pela perda da translucidez do esmalte
que toma o aspecto de uma lesão branca, com superfície rugosa, sendo passível de remineralização.
CHAVES (1986) colocam que durante a nossa vida temos duas dentições. A
primeira, a chamada dentição decídua, é formada por 20 dentes sendo 10 em cada
arcada. Esta dentição inicia-se por volta dos 6 meses de idade e completa-se por
volta dos 2 anos. Aos 6 anos a criança ganha o primeiro dente permanente (primeiro
molar), que vem logo atrás dos últimos molares decíduos
Lopes & Bastos (1988) observaram, em seus estudos, que o gênero feminino
apresentava maior prevalência de cárie.
Newbrun (1988) colocou que a cárie é uma doença multifatorial, na
qual se verifica a interação de três fatores principais: o hospedeiro
(principalmente a saliva e os dentes), a microbiótica e o substrato ou dieta;
além de um quarto fator que é o tempo, devendo este ser considerado em
qualquer discussão sobre a etiologia da cárie.
Segundo Pinto (1992), a cárie dentária é uma doença infecciosa, crônica,
transmissível, de origem bacteriana.
Moreira, Pereira e Oliveira (1996)
realizaram um levantamento
epidemiológico de cárie dentária com o intuito de comparar a atual
prevalência com os dados de um estudo prévio de 1980. Foram examinados
1.416 escolares na faixa etária de sete a 14 anos de idade, de ambos os
sexos, por 10 dentistas previamente calibrados, utilizando-se os índices
CPO.D e CPO.S. Verificou-se que houve uma queda da prevalência de
cárie em 67,8% em relação aos dados de 1980. Observou-se uma inversão
dos componentes do índice CPO.D: em 1980 prevalecia o componente
cariado (69,5%), enquanto que o componente obturado prevaleceu em 1994
(79,0%).
Silveira (1996) realizou um trabalho com o objetivo de avaliar a
prevalência de cárie em crianças normais e com desnutrição crônica,
verificando seus bitos de higiene oral e determinando seus indicadores
sócio-econômicos e culturais. Foram examinadas 44 crianças pré-escolares,
com idade variando de 36-60 meses, e pertencentes às quatro creches
municipais de Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro - Brasil. A avaliação
nutricional foi realizada pelo exame antropométrico segundo o indicador
Altura/Idade e comparada com o padrão NCHS. Através de entrevista
estruturada foram verificados os hábitos de higiene oral e determinados os
indicadores sócio-ecomicos e culturais. O exame oral realizou-se usando
os critérios da OMS para determinar o índice ceo-d das crianças avaliadas.
O ceo das crianças desnutridas foi de 2,18 e das normais foi de 1,51; os
bitos de higiene oral foram mais elevados nas crianças normais do que
nas desnutridas e todas escovavam com dentifrício fluoretado. A
escolaridade paterna foi semelhante em ambos os grupos, e as mães das
crianças normais apresentaram mais anos de estudo do que nas
desnutridas. A renda salarial das famílias das crianças em ambos os grupos
foi baixa e a renda per capita tamm (AU).
Lascala (1997) relatou que ao se prevenir às doenças periodontais
está tamm se prevenindo a doença cárie, pois o fator etiológico de ambas
as doenças é a placa bacteriana e se o paciente for orientado da sua
correta remoção, e tiver noções da etiopatogenia das doenças, isto fará com
que entenda o processo saúde-doença, tornando mais fácil a obtenção da
saúde bucal. A questão dietética em relação à cárie não está em se proibir
doces, bolachas, refrigerantes, mas em adequá-los dentro da dieta do
indivíduo. O elevado índice de freqüência do consumo do açúcar é o
gerador da doença. Porém, a escova ideal é aquela que consegue limpar
eficientemente todas as superfícies do dente e ter acesso fácil a todas as
áreas da boca, dando preferência a escovas de cerdas macias, pois se
corre menor risco de danificar gengivas e dentes.
Kramer (1998) referiu ser mais importante a qualidade da higiene oral,
que sua freqüência. O controle mecânico (escovação, uso do fio dental e
acessórios) da placa bacteriana tem sido há muito tempo um dos
componentes sicos em programa de sde bucal. O autor relatou que o
processo de industrialização dos carboidratos em geral, os torna mais
susceveis à fermentação pela microbiótica carionita. Logo, alimentos
industrializados como biscoitos, pães, provoca maior queda de pH do que
os amidos o industrializados. Há dois métodos de administração de flúor:
o sistêmico e o tópico. O flúor sistêmico é aquele que é ingerido e volta à
cavidade bucal via saliva e fluido gengival, por exemplo: flúor na água de
abastecimento, flúor em comprimido, gotas, etc. Esse flúor sistêmico tem
mais ação tópica que sistêmica, pois sua ação está no contato com as
superfícies dentárias. Quando ingerido, retorna via saliva ou fluido gengival
à cavidade bucal. O outro método de administração é o tópico, que ocorre
nos bochechos com solução fluoretadas, nos dentifrícios fluoretados (no
Brasil todos os cremes dentais são fluoretados, por lei a partir de 1989, géis
aplicados por profissionais, verniz fluoretados, etc).
Segundo OLIVEIRA (1999) o Brasil está apresentando uma redução
nos índices de cárie. Está comprovado pelos levantamentos
epidemiológicos sobre a doença cárie realizados no Brasil nos anos de
1986 e 1996, onde o índice CPO-D (Dente Cariado, Perdido e Obturado)
aos 12 anos que em 1986 era 6,65% caiu para 3,06% em 1996, uma
redução percentual de 54%. O Rio Grande do Sul possui CPO-D aos 12
anos 1996 de 2, 16 %, que é abaixo da média nacional, ficando em 6º lugar
em ranking nacional. O Brasil segundo WHO (1999)esta situado em 126º
lugar no ranking geral mundial com relação ao CPO-D aos 12 anos na qual
a média mundial é 2,6%.
Moalic et al. (1999), na França, em sua pesquisa em relação à cárie dental
encontrou resultados em relação ao gênero masculino e gênero feminino.
Afirmou que a população em seu estudo fora muito homogênea e a cárie foi
mais prevalente nos meninos
Pinto (1999) relatou que as principais doenças bucais ocorrentes na
saúde coletiva são: a cárie dentária, as doenças periodontais, o câncer
bucal, as má oclusões e as fissuras lábio-palatais. As duas principais
doenças periodontais são a gengivite, e periodontite. O autor aferiu que a
doença cárie pode ser definida como uma doença de natureza infecto-
contagiosa que decorre da interação de uma série de fatores, resultando na
perda de estruturas mineralizadas do elemento dentário.Tais fatores podem
ser representados por uma dieta rica em carboidratos fermentáveis que
exercem influência local ou direta sobre os dentes, reagindo com a
superfície do esmalte, formando a placa bacteriana e esta, atuando como
substrato para microrganismos cariogênicos da microbiótica oral. A
existência de fatores secundários (saliva, flúor e higiene oral) e terciários
(sexo, idade, raça e nível sócio-econômico) têm grande influência no
desenvolvimento da doença, funcionando como moduladores e
influenciadores dos fatores primários, respectivamente. As perdas dentárias,
não são somente relacionadas á cárie, podem ser provenientes de vários
fatores como: problemas periodontais, fraturas dentárias, câncer bucal,
doenças sistêmicas (endocardite).
Nos últimos anos estamos assistindo a expressivos ganhos nos níveis de saúde bucal das
pessoas em imeros países, devido a vários programas educativos e preventivos. (WEYNE, 1999).
Toledo (1999), realizou alguns estudos clínicos em humanos que
provaram a relação entre dieta e cárie. As conclusões foram que o consumo
de sacarose aumentou a incidência de cárie, em diferentes níveis
dependendo da maneira como o açúcar era consumido, sendo assim, o
fator mais importante do ponto de vista da cárie não é a quantidade, mas
sim a freqüência do consumo de açúcar.
Segundo Petry & Pretto (1999) a educação e motivação são os
recursos mais importantes para se ter êxito nos tratamentos odontológicos,
pois o que leva à doença são os maus hábitos (alta freqüência de açúcar,
através de balas, chicletes), ou não possuí-los (escovação, uso de fio
dental). Segundo os autores, uma higiene oral adequada é a tarefa mais
difícil de ser realizada, pelas características sócio-econômico-culturais de
cada paciente.
Freire et al (1999) realizaram um trabalho para conhecer a
prevalência de cárie e necessidades de tratamento em escolares do interior
do Estado de Goiás, Brasil. A amostra foi constituída de 1.419 escolares de
6 a 12 anos de idade, de ambos os sexos, que freqüentavam 25 escolas
blicas na zona urbana de nove municípios. A percentagem de escolares
livres de cárie foi muito baixa em todas as idades, sendo 4,4 por cento aos
12 anos. O índice CPO-D variou de 0,41 aos 6 anos a 5,19 aos 12 anos. O
índice ceo-d nesta faixa etária variou de 4,93 a 0,29. As necessidades de
tratamento superaram as necessidades atendidas, tanto na dentição
decídua quanto na permanente. A alta prevalência de cárie em escolares do
interior de Goiás sugere a necessidade de se implantar medidas educativas
e preventivas em saúde bucal que intervenham nos reais determinantes da
doença na população (AU).
Malts (1999) referiu ser a higiene oral noturna a mais importante, pois
à noite, por mecanismos fisiológicos diminui o fluxo salivar, ocorrendo uma
fermentação maior dos carboidratos; além de que não está ocorrendo à
lavagem natural da boca pela saliva, que leva consigo parte dos
microorganismos. Em relação ao uso do flúor, a autora afirmou que o mais
importante não é a concentração de flúor (géis, bochechos, dentifrícios,...),
mas a freqüência na cavidade oral, pois irá formar mais apatita fluoretada,
que têm seu coeficiente de solubilidade menor.
Bowral apud Malts 2000, relatou outro relevante estudo
(HOPEWOOD HOUSE) realizado na Austrália, que comprova mais uma vez
a relação dieta e cárie. O estudo foi realizado em um orfanato onde as
crianças eram nascidas na instituição ou levadas nos seus primeiros meses
de vida, e ali permaneceriam até seus 14 anos. A dieta dessas crianças era
lacto-vegetariana, rica em pão de trigo integral, vegetais, frutas, ovos e leite,
com alta proporção de alimentos crus e com quantidades mínimas de
açúcar e farinha refinada. O nível de flúor na água era baixo com 0.1ppm
(partes r milhão) e a higiene bucal deficiente. Assim elas apresentavam
uma prevalência baixa de lesões de cárie. Entretanto, o índice de cárie
dessas crianças aumentou drasticamente quando deixaram o orfanato e
adquiram hábitos alimentares sem nenhuma restrição.
Ainda, Malts (2000) referiu que, no século XVII, a cárie era uma
doença elitizada por ser o açúcar uma especiaria, da qual somente os
nobres tinham acesso. A partir de 1890 houve grandes transformações
político-governamentais no mundo e o açúcar ficou ao alcance de todos os
segmentos da população. Paralelamente, a incidência de cárie aumentou de
maneira drástica. A definição da doença cárie seria como uma destruição
localizada dos tecidos dentais ocasionada pela ação de bactérias
(Streptococos Mutans), que metabolizariam os carboidratos da dieta
(sacarose), produzindo ácidos (láctico). Este faria com que a superfície
dentária (esmalte, dentina) perdesse para o meio bucal, cálcio e fosfato.
Essa perda mineral, em um primeiro momento, formaria as manchas
brancas ativas, porosas e frágeis que posteriormente cavitariam. Em
formando a cavidade de cárie, se não tratada levaria á perda do dente. A
autora refere ser essa a visão que se tem da doença cárie no paradigma
cirúrgico-restaurador. Mas sabe-se que a doença é dimica, multifatorial e
em algumas etapas reversíveis com fluorterapia, controle dietético,
instruções de higiene oral, motivação, educação do paciente. Esta é a visão
do paradigma de Promoção de Saúde.
A redução da cárie esta relacionada mais a fatores indiretos do que
de tratamento clínico odontológico, principalmente pelo largo uso de
fluoretos, especialmente nos cremes dentais. Outros fatores menos
relevantes para a redução da cárie seriam: uma mudança no padrão no
consumo de açúcar (após as refeições, diets,...), melhoria na higiene bucal,
mudanças nos critérios de diagnósticos, amplo uso de antibióticos
(NADANOVSKY, 2000).
Franzolin, Gonçalves & Padovani (2000) afirmam que em seus
estudos realizado em crianças com idade escolar, a prevalência de cárie
ocorreu para o nero masculino independente da cor/raça.
Pinto(2000) coloca que tradicionalmente em levantamento
epidemiológico, o melhor meio de diagnosticar cárie dentaria é a utilização
da sonda exploradora .
Kurame et al (2001) coloca a seqüência (ordem) e a cronologia (data)
de erupção da dentição decídua, iniciando com os Incisivos centrais
inferiores (6 meses), Incisivos laterais inferiores ( 6 meses) Incisivos centrais
superiores (7½ meses), Incisivos laterais superiores ( 7 ½ meses), Primeiros
molares inferiores (12 meses), Primeiros molares superiores (14 meses),
Caninos inferiores ( 16 meses), Caninos superiores ( 18 meses),Segundos
molares inferiores (20 meses), Segundo molares superiores ( 24 meses).
Os autores avaliam as perdas precoces de dentes decíduos, e a conduta
clínica frente a perdas de espaço para erupção do dente permanente.
Quanto maior o intervalo entre a perda precoce e a erupção do seu
sucessor permanente, maior a probabilidade de má posição do permanente.
Perdas de espaço antes da erupção do primeiro molar permanente são
maiores do que após sua erupção e é mais acentuada na maxila do que na
mandíbula. Os principais fatores etiológicos das perdas precoces dos
dentes decíduos são: traumatismos (principalmente nos dentes superiores
anteriores), reabsorção prematura das suas raízes dentárias (exemplo: em
arcos dentários apinhados), extrações precoces (muito freqüentes no Brasil)
e cárie (a causa mais comum). Uma das conseqüências mais preocupantes
dessas perdas precoces é a migração dos dentes adjacentes para o espaço
originado, ocasionando problemas futuros ao desenvolvimento da oclusão.
A conduta clínica a ser tomada após uma perda precoce é um exame
clínico, radiográfico e dos modelos detalhados, para avaliar a necessidade
de utilizar mantenedores de espaço, que podem ser fixos (Banda alça,
coroa alça ou arco lingual de Nance) ou removíveis. Os mantenedores na
região anterior têm mais efeito funcional, estético e psicológico, já na região
posterior, evita perda de espaço, extrusão do antagonista e possibilitam a
mastigação.
Silva et al(2002), estudando 721 crianças e adolescentes entre 6 e
16 anos da escola Augusto Ruschi sobre dieta alimentar observaram que a
freqüências de 47,30% de consumo de leite com achocolatado no café da
manhã, 92,93% de arroz no almoço, além de um alto consumo de
refrigerantes e sucos doces diariamente, 31,07% e 28,99%
respectivamente. Dieta esta bastante cariogênica onde apresentava
também uma freqüência alta. Detectaram também que a cariogenicidade
excessiva desta dieta justificam a necessidade de um programa educativo e
permanente de saúde bucal com o objetivo de esclarecer a importância da
alimentação no desenvolvimento da cárie dentária.
Peres &Bastos (2002) Em um novo estudo em escolares, em relação
à cárie dentária ,obtiveram como resultado maior prevalência de cárie no
gênero Masculino em relação ao gênero feminino.
Peres e cols, (2003), em seu estudo sobre a prevalência da cárie dentária e o
impacto na mastigação, mostrou que quanto maior o número de dentes atacados pela
rie (CPO-D Dentes cariados, perdidos e obturados), maior a chance de insatisfação
com a mastigação e quanto maior o número de dentes atacados pela cárie e sem
tratamento, maior a chance de a criança estar insatisfeita com a mastigação.
Abreu, Pordeus e Modena (2004), em seu estudo sobre Cáries dentais em
escolares de comunidades rurais em Ituana (MG), Brasil, verificaram a prevalência
de cárie dental em um grupo de escolares constituído por 476 crianças na faixa etária
de quatro a 15 anos. Considerando ambas as dentições decíduas e permanentes,
17.86% das crianças estavam livre de cáries.
Moraes & Medeiros (2004) realizaram estudo que avalia os índices
CPO-D e ceo-d no Programa de Saúde Bucal do Escolar, no período de
1998 a 2002. O estudo foi realizado no local onde o programa é aplicado
(Escola Municipal Reblica Argentina - Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJ).
Foram obtidos os formulários que são aplicados para medição do CPO-D e
ceo-d dos alunos, com um total de 900 exames, ao longo dos cinco anos de
avaliação. Todos os exames foram realizados com campo limpo, seco e
iluminados na cadeira odontológica. Observamos que a média de CPO-D e
ceo-d diminuíram no decorrer dos cinco anos, com uma redução de 27,31%
para o ceo-d e de 40% para o CPO-D. Concluímos que um programa
abrangente que contemple educação, promoção de saúde, prevenção de
doenças e tratamento de necessidades acumuladas é uma medida
importante para a diminuição da doença cárie (AU).
Buischi (2005) afirmou que para prevenir a cárie na infância é preciso
começar a agir já durante a gravidez. Uma das maneiras de se fazer isso é
diminuir a chance do contágio pela mãe. Quanto mais a proliferação de
mutans for controlada na boca da gestante, menor a chance de
contaminação da criança e dessa vir a ter cáries. Esse controle da bactéria
não deve ser uma ação isolada, e sim fazer parte de um programa de
educação para a sde que envolva toda a família. A gravidez parece ser o
período mais apropriado para se acionar esse processo.
II)Alterações Auditivas
Segundo Gardner, Gray & ORailly (1967), o órgão responsável pela
audição é o ouvido.Contido no osso temporal, é dividido em ouvido externo,
ouvido médio e ouvido interno. O ouvido externo compreende o pavilhão
auricular ou orelha e o meato acústico externo, desempenha a função de
proteger a membrana timnica e ressonância sonora. O ouvido médio
(OM), conhecido por cavidade timpânica ou caixa do mpano, é um espaço
irregular, preenchido por ar, onde nele há elementos importantes para
transmissão sonora (tuba auditiva, músculo timpânico, sistema mpano-
ossicular). A tuba auditiva é o canal de 35 a 38 mm de comprimento que
estabelece comunicação entre a nasofaringe e a orelha média. É formada
por porções óssea, cartilaginosa, membranosa e istmo, dirigindo-se
medialmente para baixo e para frente. Tem como funções sicas equalizar
as pressões interna (orelha média) e externa (ar atmosférico) e drenar as
secreções normais ou decorrentes de doenças da orelha média. O ouvido
interno está localizado na parte petrosa do osso temporal, consistindo de
uma complexa série de espaços cheio de líquido, labirinto membranáceo e
de semelhante disposição, o labirinto ósseo (espaço perilinfático). O espaço
perilinfático do labirinto ósseo compreende uma série de cavidades
connuas: cóclea, vesbulo e canais semicirculares.
Jerger (1970) classificou as curvas timpanométricas em A,B,C que
se baseia em função dos parâmetros de complacência e pressão do ouvido
médio. Como curva tipo A, foram classificados os timpanogramas que
mostraram um pico de máxima complacência ao redor da pressão de ar de
0 DaPa, cuja variação não excedeu a -99 daPa.Na curva tipo B, os
timpanogramas não apresentavam o pico de máxima complacência em
nenhuma pressão de ar, sendo sua a curva achatada e inalterável, mesmo
que as variações de pressão no meato acústico externo fossem grandes.Os
timpanogramas tipo C mostravam o pico de máxima complacência
deslocado para pressões negativas, abaixo de -100daPa.
Dellon & Seif (1978), propuseram um mecanismo para explicar o
funcionamento da tuba auditiva, no qual esta sofreria uma ação de
bombeamento durante a deglutição e a fonação, também chamado de
mecanismo de dilatação da tuba, que afastaria a cartilagem lateralmente
encurvada da parede membranosa, por meio da contração dos músculos
elevadores e tensor do véu palatino.
Iorio (1985), no Brasil, pesquisou os valores de pressão, volume de
ouvido médio e o reflexo acústico contralateral do músculo do estribo em
381 escolares de 6 a 14 anos de idade em função tanto do sexo como da
faixa etária. As dividir o grupo em dois, de acordo com a faixa etária, um,
com crianças de seis a nove anos, e outro com crianças de 10 a 14 anos,
observou que o reflexo estapediano nas freqüências testadas esteve
presente em 99% da população estudada, não encontrando diferenças
significativas entre os sexos e os dois grupos etários, quanto aos valores
referentes à pressão do ouvido médio.
Santos & Russo (1986), colocam que aproximadamente 80% das
crianças nas idades pré-escolar e escolar sofreram uma perda auditiva
temporária durante o ano escolar.
Quintanilha Ribeiro (1987) desenvolveu um procedimento de triagem
intitulado Um método prático para a avaliação de comprometimento do
aparelho auditivo em crianças, que associa a otoscopia, a timpanometria, a
pesquisa do reflexo acústico contralateral para um tom de 1.000 Hz a 120
dB NA e a audibilidade de um tom puro na freqüência de 4.000 Hz.
Detectou com seu método, alterações na audição periférica em 172 das
1.044 crianças triadas, supostamente normais, mas que necessitavam de
uma intervenção.
Northern & Downs (1989) tiveram como hitese que qualquer
alteração na quantidade ou qualidade da informação auditiva, durante os
períodos críticos do desenvolvimento, pode ocasionar privação sensorial.
Esta redução na estimulação auditiva resulta numa modificação nos
padrões de organização das habilidades auditivas e na aprendizagem, e
contribui para a instalação da desordem do processamento auditivo e dos
distúrbios de linguagem.
Jerger & Jerger (1989) descreveram o padrão audiológico geral da
otite média,que caracteristicamente mostram perda auditiva condutiva
bilateral. O grau de perda está tipicamente entre 20 dB NA, podendo ocorrer
variações no grau da perda nos diferentes estágios da doença, sendo que
nos estágios iniciais pode ocorrer audição normal e nos estágios mais
avançados da otite média pode ocorrer perda auditiva maior que 40 dB NA.
A curva audiométrica pode variar com o progresso da doença. Os valores
de inteligibilidade de fala geralmente são normais. A impedanciometria
caracteristicamente mostra timpanogramas anormais, medidas de
complacência estática reduzidas e ausência de reflexos em pacientes com
membranas timpânicas intactas. Nos pacientes com membranas timpânicas
perfuradas, avaliam a habilidade para sustentar ou retirar pressão negativa
ou positiva induzida na cavidade do ouvido médio, com ou sem deglutição.
Sebastião & Russo (1992), ao estudarem a relação entre a otite
média e retenção escolar em alunos do 1º grau e com passado otológico,
realizou avaliação audiológica em 62 alunos que apresentaram história de
repetência escolar. Os resultados mostraram haver relação significativa
entre limiares auditivos alterados (perdas maiores que 25 dB NA) e a
dificuldade escolar. Na imitanciometria, 46,1% deste grupo foi identificado
como portador de curva timpanométrica alterada.
Marchiori & Schilklaper (1992) realizaram triagem de
impedanciometria em 6.061 alunos de 77 instituições (creches e escolas
municipais e estaduais) na cidade de Ponta Grossa – PR, sendo 1.424
(23,5%) considerados suspeitos de alguma alteração auditiva.
Biase & Grellet (1993) examinaram 915 crianças escolares de 1ª e 2ª
séries, da zona urbana de Ribeirão Preto-SP, através de otoscopia,
audiometria e impedanciometria. Foram observadas patologias de ouvido
médio, nível de audição e nível socioeconômico. Os autores discutiram seus
dados com os obtidos pelos demais autores e verificaram também a relação
entre as patologias estudadas e os níveis de audição constatados.
Perdas auditivas decorrentes de alterações no ouvido médio, na
maioria das vezes, não foram detectadas e passam desapercebidas pelos
professores. Conseqüentemente, as crianças eram tidas como desatentas,
demoram a aprender e, freqüentemente, apresentaram problemas de fala
(RUSSO E SANTOS, 1993).
Costa, Cruz & Oliveira (1994), relatou que a infeão no ouvido médio
se faz através da tuba auditiva quando está com sua função prejudicada por
inflamações ou obstruções, como acontece, por exemplo, nas alergias do
nariz ou nas infeões da faringe (garganta). O germe (bactéria) presente
na garganta migra pela tuba auditiva até o ouvido médio onde se multiplica
nas secreções aí acumuladas, resultando uma otite média aguda. Também
o vírus pode causar otite média. O risco de ocorrer uma infeão é maior se
a tuba auditiva é pequena ou se não funciona de maneira eficiente, como
acontece nas crianças pequenas. Também a criança que mama no peito ou
toma mamadeira na posição deitada é mais propensa às otites porque a
posição facilita a entrada de alimentos, sucos digestivos e germes na tuba
auditiva.
Russo & Santos (1994), colocaram que, em vista da necessidade de
ouvir bem, é que se torna premente atacar os problemas auditivos das
crianças com toda a habilidade, conhecimento e possibilidades de que
somos capazes. A prevenção da deficiência auditiva na criança protege seu
direito fundamental e essencial ao ser humano - o desenvolvimento da
função da linguagem.
A maturação do sistema auditivo ocorre da periferia para o centro, já
na vida intra-uterina. Primeiro, desenvolve-se o sistema auditivo periférico,
que já está pronto ao nascimento, depois às vias auditivas do tronco
encefálico e por fim, o córtex auditivo cerebral (PEREIRA, 1997).
A Imitância Acústica é rápida, não invasiva, facilmente tolerada e
não requer nenhuma resposta evidente por parte do paciente, sendo então
valiosa na avaliação audiológica de crianças. Revela anomalias da orelha
média que podem não ser detectadas por testes comportamentais . O autor
referiu que a otite média aguda freqüentemente está associada à infeão
respiratória, que ascende pela tuba auditiva. As bactérias que mais
comumente causam otite média aguda são estreptococcus, pneumococcus
ou heamophilus influenzae. Para o autor, a otite média crônica
colesteatomatosa, em alguns casos, está associado a longos períodos de
disfunção tubária e infeões recorrentes, podendo-se encontrar um cisto,
chamado colesteatoma, podendo destruir as estruturas ossiculares.
Dependendo da extensão, da localização exata do colesteatoma e das
estruturas por ele envolvidas, a perda auditiva pode variar de leve até
anacusia (Katz, 1999).
Kos & Soares (1999) relataram que a disposição anatômica e
imaturidade da tuba auditiva são fatores importantes na gênese das otites
médias. A tuba auditiva do recém nascido é horizontal, curta e relativamente
mais larga que a do adulto, embora seu calibre seja menos. Além disso, a
imaturidade muscular e cartilaginosa favorece a disfunção tubária
contribuindo para a instalação de infeões da orelha média. Apenas ao
redor dos nove anos teremos melhora significativa destes fatores na
predisposição das otites médias.
Katz & Tillery (1999), explicam que, apesar de ser uma condição
flutuante e produzir uma perda auditiva leve, é evidente que a otite média
está associada a limitações importantes na comunicação e aprendizagem.
Durante os dois primeiros anos de vida, quando o sistema nervoso auditivo
central está em processo de rápido desenvolvimento, o ideal é que haja
consistência de estimulação. Os mesmos autores pontuam que a flutuação
da audição e a perda uni ou bilateral assimétrica, vistas na otite média,
levam à inconsistência das pistas auditivas, sendo uma desvantagem para a
integração binaural e maturação do sistema auditivo central.
As alterões auditivas da orelha média relacionadas às patologias das vias
reas superiores são muito comuns em crianças, principalmente em fase pré-
escolar. Isto porque a criança possui a tuba auditiva mais curta e horizontalizada em
relação à tuba do adulto. Aos sete anos de idade a tuba já está posicionada como a
do adulto, o que ameniza bastante os problemas de orelha média (FIALHO, 1999).
Hungria (2000) relatou que a otite média é desencadeada, na sua
quase totalidade, em virtude de infeões das fossas nasais, cavidades
sinusiais, paranasais e rinofaringe, propagadas ao ouvido médio através da
tuba auditiva ou trompa de Eustáquio, e excepcionalmente, podem decorrer
de perfurações traumáticas da membrana do mpano através do meato
acústico externo.
Ferreira (2000), afirmou que a maior incidência de otite média ocorre
em crianças pequenas e bebês.Isto pode ser explicado pela imaturidade do
sistema imunológico e também pela imaturidade estrutural e funcional da
tuba auditiva.
Klausen et al. (2000), afirmaram que cerca de 80% das crianças têm
pelo menos um episódio de otite média secretora até os oito anos de idade.
Das crianças afetadas, aproximadamente 55% têm perda auditiva leve nas
freqüências da fala.
Arjo et al. (2002) realizaram uma pesquisa com 121 escolares da
1ª a 8ª séries, na faixa etária de sete a 14 anos através de exame clínico
otorrinolaringológico, audiometria tonal liminar e imitanciometria. Os
resultados encontrados foram que as alterações auditivas que ocorreram
podem prejudicar a atenção e compreensão dos escolares, sendo
importante o seu diagnóstico e tratamento precoce para obtenção de um
melhor rendimento escolar. Ainda, os resultados imitanciometricos
demonstraram que 6% do total de crianças avaliadas apresentaram exames
alterados
. A imitanciometria realizada em 242 orelhas, obtendo
timpanometrias alteradas sendo: curva do tipo B 3% (6) e do tipo C 3% (6).
Os autores chegaram a seguinte conclusão: as alterações auditivas que
ocorreram podem prejudicar a atenção e compreensão dos escolares.
Santos et al. ((2003), ressaltaram que mesmo a hipoacusia leve é
suficiente para prejudicar determinadas funções auditivas. O caráter
flutuante da perda auditiva nas otites médias, podendo alternar períodos de
audição normal ,leva a uma estimulação sonora inconsistente do sistema
nervoso auditivo central, dificultando a percepção dos sons da fala pela
criança. Além disso, o fluido na orelha média pode provocar ruído junto à
cóclea, distorcendo a percepção sonora.
MATERIAL E METODOLOGIA
Neste capítulo são apresentados os critérios para seleção dos indivíduos, a
descrição da amostra avaliada, os procedimentos realizados na avaliação
odontológica e audiológica e os recursos materiais utilizados.
Esta pesquisa faz parte do Projeto Odontologia X Fonoaudiologia” (GAP/CCS
016586), realizada na Escola Estadual de 1° e 2° Graus Augusto Ruschi no decorrer
do ano letivo de 2004, sendo desenvolvida com a colaboração efetiva da direção,
professores, pais e alunos desta escola.
Foram convidados a participar da pesquisa todos os alunos que freentavam a pré-escola, 1°
e 2 ª série do ensino fundamental.
Alguns critérios para selão dos alunos participantes da pesquisas foram estabelecidos: nível
cognitivo mínimo para compreensão das instruções do teste; ausência de problemas neurológicos
pvios, que interferissem nas respostas aos testes propostos; ausência de alterações anatômicas que
pudessem interferir na colocação da sonda para avaliação das Medidas de Imitância Acústica e
presença dos 1° e 2° dentes molares decíduos.
A totalidade da amostra foi de 250 alunos. Destes foram excluído cinco crianças por
apresentarem idade acima da média estabelecido para o presente estudo,totalizando assim 245 alunos.
Desta totalidade 115 escolares eram do gênero masculino e 130 do gênero feminino.
As uma palestra para os pais,professores e direção da escola, explicando
previamente o estudo a ser realizado, os responsáveis pelos alunos concordaram
com o exposto e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO
I). Logo as receberam um questionário direcionado a eles (ANEXOII).
As avaliações a seguir foram realizadas na escola, pela Odontóloga e
Fonoaudiólogas responsáveis pelo estudo.
A avaliação odontológica foi realizada na clinica odontológica da escola por uma cirurgiã-dentista, sendo
realizados avaliação da presença de cárie dentária nos dentes molares superiores (1° e 2°) e inferiores (1° e
2°), decíduos. Foram examinados um total de 1.960 dentes. No exame clínico odontológico utilizou-se sonda
e espelho. Os dados de identificação e do exame odontológico foram registrados no odontograma (ANEXO
IV).
Os 245 alunos passaram pela avaliação otorrinolaringológica, que foi realizado por um médico, com o
objetivo de excluir qualquer comprometimento, até mesmo o acumulo de cerume, que impedisse a realização
dos exames timpanométricos (ANEXO III).
O exame de timpanometria efetuado em ambas as orelhas (490 orelhas) foi
realizado na escola por três fonoaudiólogas em uma sala silenciosa, não tratadas
acusticamente, mas com nível de ruído compatível com as exigências legais.
Foram pesquisadas as medidas de Imitância Acústica (MIA) denominadas Compilância e pesquisa do
Reflexo Acústico (RA) no modo contralateral. Utilizou-se o aparelho analisador de orelha média da marca
Interacoustic, modelo AZ7; fone auricular da marca Telephonics, modelo TDH-39P e coxim MX-41 e sonda
de 220 Hz a 70 dB NPS. Os resultados foram registrados no protocolo de avaliação imitanciometrica
(ANEXO V).
Os dados foram analisados levando-se em consideração o número
total de crianças (245, ou 100%) que passaram pelos procedimentos de avaliação:
exames timpanométricos alterados (curvas do tipo A, B e C)ou o e ausência ou
presença de cárie dental.
RESULTADOS
Neste capítulo, estão expostos na forma de gráficos e tabelas , os resultados
obtidos no presente estudo, cujo objetivo é relacionar a incidência de cárie dentária
e alterações da orelha média em escolares de seis a 10 anos da Escola Augusto
Ruschi,Santa Maria,RS.
GRÁFICO 01-Representação gráfica da incidência de cárie dentária em escolares
de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS
TABELA 01- Relação da incidência de cárie segundo o gênero em escolares de
seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa Maria- RS.
Gênero
Auncia de
rie dentária
Incidência de
rie dentária
%
n°
%
Masculino
40,86
68
59,14
Feminino
46,15
70
53,85
Total
43,67
138
56,23
0
10
20
30
40
50
60
Ausência
Presença
Ausência
Presença
43,67%
56,23%
%
%
GRÁFICO 02-Representação gráfica da incidência de cárie dentária, segundo o
gênero, em escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi,
Santa Maria-RS.
TABELA 02 –Relação da incidência de cárie dentária segundo a faixa etária em
escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa Maria-
RS.
Idade
n°° Incidência de Cárie %
06 anos
14
10,04
07 anos
59
43,60
08 anos
39
28,06
09 anos
20
14,29
10 anos
06
4,01
Feminino
Masculino
59,14%
53,85%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
06 anos
07 anos
08 anos
09 anos
10 anos
Incidência de cárie
*5),&25HSUHVHQWD©¥RJU£ILFDGDLQFLG¬QFLDGHF£ULHGHQW£ULDVHJXQGRD
IDL[DHW£ULDHPHVFRODUHVGHVHLVDDQRVGD(VFROD$XJXVWR
5XVFKL6DQWD0DULD56
TABELA 03 – Relação da incidência de cárie dentária, segundo a faixa etária e
gênero em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi,
Santa Maria- RS.
Idade
Masculino
Feminino
n°
%
n°
%
06 anos
9
13,25
5
7,14
07 anos
28
41,17
31
44,28
08 anos
20
29,41
19
27,14
O9 anos
07
10,29
13
18,57
10 anos
04
5,35
2
2,87
Total
68
100
70
100
43,60%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
06 anos
07 anos
08 anos
09 anos
10 anos
Masculino
Feminino
GRÁFICO 04-Representação gráfica da incidência de cárie dentária, segundo a
faixa etária e gênero em escolares de seis a 10 anos na escola
Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.
TABELA 04-Relação da incidência de cárie dentária segundo o nero
considerando o lado esquerdo, direito e ambos os lados da arcada
dentária, em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi,
Santa Maria- RS.
Gênero
Lado direito
Lado
esquerdo
Ambos os lados
n
°
%
n
°
%
n
°
%
Masculino
8
6,96
16
13,92
44
38,26
Feminino
16
12,31
8
6,15
46
35,39
Total
24
9,80
24
9,80
90
36,73
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
L.Direito
L.Esquerdo
Ambos
Masculino
Feminino
GRÀFICO 05-Representação gráfica da incidência de cárie dentária considerando
lado esquerdo, direito e ambos os lados da arcada dentária, em
escolares de seis a 10 anos da Escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS.
TABELA 05 - Relação da timpanometria em escolares de seis a 10 anos na
escola Augusto Ruschi, Santa Maria- RS.
Timpanometria
Normal
Alterada
n
°
%
n
°
%
Total
167
67,75
78
32,25
GRÁFICO 06 -Representação gráfica de timpanometria em 245 escolares de
seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.
Tabela 06- Relação da timpanometria alterada segundo o tipo de curva em
escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa
Maria- RS.
Timpanometria Alterada
Tipo de curva
Orelha direita
Orelha esquerda
Tipo B
5
4
Tipo C
52
48
Timpanometria
normal
Timpanometria
alterada
67,75%
32,25%
GRÁFICO 07-Representação gráfica do tipo de curva da timpanometria alterada
em escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS.
Tabela 07 - Relação da timpanometria alterada segundo o nero em
escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa
Maria- RS.
Gênero
Timpanometria Alterada
n°
%
Masculino (n=115)
40
51,29
Feminino (n=130)
38
48,71
Total
78
100
0
10
20
30
40
50
60
Orelha Direita
Orelha Esquerda
números absolutos
Tipo B
Tipo C
Masculino
Feminino
GRÁFICO 08- Representação gráfica da timpanometria alterada segundo o gênero
em escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS.
TABELA 08- Relação da timpanometria alterada conforme a faixa etária e o gênero
em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi,Santa Maria-
RS.
Timpanometria alterada
Idade
Masculino (n=40)
Feminino (n=38)
6 anos
30,00%
21,05%
7 anos
35,00%
39,00%
8 anos
30,00%
17,50%
9 anos
0,00%
21,95%
10 anos
5,00%
0,00%
51,29%
48,71%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
06 anos
07 anos
08 anos
09 anos
10 anos
Masculino
Feminino
GRAFICO 09-Representação gráfica da timpanometria alterada segundo a faixa
etária e o gênero em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto
Ruschi, Santa Maria-RS.
TABELA 09 - Relação da timpanometria alterada na orelha direita, esquerda e em
ambas orelhas, segundo o gênero em escolares de seis a 10 anos da
escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.
Timpanometria alterada
Gênero
Orelha direita
Orelha esquerda
Ambas orelhas
n
°
%
n
°
%
n
°
%
Masculino (n=40).
10
25,00%
10
25,00%
20
50%
Feminino (n=38)
10
26,31%
8
21,06%
20
52,63%
Total (n=78)
20
25,64%
18
23,07%
40
GRÁFICO 10-Representação gráfica da timpanometria segundo o gênero em
escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa Maria-
RS.
TABELA 10- Relação entre carie dentária e timpanometria em escolares de seis a
10 anos da escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.
Cárie Dentária X Timpanometria
N=245
%
Timpanometria Normal s/ cárie- c/ cárie
167
68,17
Timpanometria alterada s/ cárie
31
12,65
Timpanometria alterada c/ cárie
47
19,18
0
20
40
60
80
100
Masculino
Feminino
mero absolutos
Timpanometria
normal
Timpanometria
Alterada
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Orelha Direita
Orelha
Esquerda
Ambas orelhas
Timpanometria alterada -Masculino
Timpanometria alterada - Feminino
Timpanometria alterada
GRÁFICO 11- Representação gráfica da timpanometria alterada e relação com a
orelha afetada, segundo gênero em escolares de seis a 10 anos na
escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.
TABELA 11-Relação entre cárie dentária e timpanometria alterada segundo a faixa
etária em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi,
Santa Maria-RS.
faixa etária Timpanometria X Cárie alterada %
6 anos
17,02
7 anos
40,42
8 anos
29,78
9 anos
10,63
10 anos
2,15
Total c/ timpanometria alterada e cárie
Dentária. (n-47)
100
GRÁFICO 12- Representação gráfica da timpanometria normal e alterada em
escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa Maria-
RS.
TABELA 12 - Relação entre cárie dentária e timpanometria alterada segundo
gênero em escolares de seis a 10 anos da escola Augusto Ruschi,
Santa Maria-RS.
Gênero
Timpanometria Alterada e cárie
n°
%
Masculino
26
55,31
Feminino
21
44,68
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Normal
Alt.s/
rie
Alt.c/
rie
Normal
Alt.s/ cárie
Alt.c/ cárie
68
,1
68,17
12,65
%
19,18
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
6 anos
7 anos
8 anos
9 anos
10 anos
Timpanometria X Cárie
GRAFICO 13- Representação gráfica da relação cárie dentária e timpanometria
alterada segundo a faixa etária em escolares de seis a 10 anos na
escola Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.
Masculino
Feminino
GRÁFICO 14 - Representação gráfica da timpanometria alterada e a cárie dentária,
segundo o gênero em escolares de seis a 10 anos na escola Augusto Ruschi, Santa
Maria-RS.
44,68%
55,31%
valores absolutos
cárie dentária
Timpanometria alterada
Cárie X timpanometria
GRAFICO 15- Representação gráfica em número absolutos de escolares de seis a
10 anos acometidos de cárie dentária, timpanometria alterada e
cárie dentária X timpanometria alterada na escola Augusto Ruschi,
Santa Maria-RS. N= 245
138
78
47
GRÁFICO 16 -Representação gráfica do número de dentes cariados e
timpanometria em escolares de seis a 10 anos, na escola
Augusto Ruschi, Santa Maria-RS.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
1 dente
2 dentes
3 dentes
4 dentes
5 dentes
6 dentes
7 dentes
8 dentes
Número absolutos
Timp normal X cárie
Timp alteradaX cárie
COMENTÁRIOS
Neste capítulo, são analisados os resultados da presente pesquisa, com a
finalidade de cumprir o objetivo anteriormente proposto,que é o estudo da incidência
de cárie dentária e alterações da orelha média em escolares de seis a 10 anos da
Escola Augusto Ruschi Santa Maria RS.
Em nossos estudos, o exame em relação à doença cárie dentária foi utilizado
o mesmo que tradicionalmente é efetuado em levantamento epidemiológico, com
uso de sonda exploradora para o diagstico da cárie (Pinto 2000).
No gráfico 01 e tabela 01 onde é especificada a incidência de cárie nos escolares avaliados
observou-se que 56,23% das crianças apresentavam esta patologia nos molares decíduos. Estes dados são
confirmados pela literatura através dos estudos de Moreira, Pereira e Oliveira (1996) que estudaram 1.416
crianças na faixa etária de sete a 14 anos de ambos os sexos e verificaram que houve uma redução no nível da
rie desde 1980; porém,estes níveis continuam ainda alto em relação à doença cárie. Abreu, Pordeus e
Modena (2004), que em seu estudo sobre Cáries dentais em escolares de comunidades rurais em Itaúna
(MG), Brasil, verificaram a prevalência de cárie dental em um grupo de escolares constituído por 476
crianças na faixa etária de quatro a 15 anos e concluíram que,em ambas as dentições, decíduas e
permanentes, somente 17.86% das crianças estavam livres de cáries. Os resultados apresentaram um alto
percentual em relação à própria doença cárie dentária, uma vez que o nível sócio econômico das crianças da
amostra é de classe econômica baixa da população, que não possuem condições financeiras para tratamento
odontológico e o modelo curativo/cirúrgico que existe no sistema público é bastante deficiente. Sabe-se que,
apesar de existirem programas educativos e preventivos em várias instituições de ensino de odontologia e nas
atuais equipes de saúde da família, estes programas não são correlacionados e na maioria das vezes sem
seqüência adequada. Existem sim, em Santa Maria alguns programas preventivos, porém são independentes e
não connuos.
Outro fator que induz a maior incidência de cárie nas crianças da escola Augusto
Ruschi e que apresentam baixa renda é a dieta cariogênica. A freqüência do
consumo de sacarose é alta, sendo de 47,30% de consumo de leite com
achocolatado no café da manhã, 92,93% de arroz no almoço, além de um alto
consumo de refrigerantes e sucos doces diariamente, 31,07% e 28,99%
respectivamente. Estes dados aliados ao consumo de alimentos fora de hora de
80,86% desequilibram o processo. (SILVA et al 2002).
Oliveira (1999) relata que o Brasil está tendo uma redução nos índices de
cárie. Está comprovado pelos levantamentos epidemiológicos sobre a doença cárie
realizados no Brasil, onde o índice CPO-D (Dente Cariado, Perdido e Obturado) aos
12 anos que em 1986 era de 6,65%. caiu para 3,06%. em 1996, mostrando uma
redução percentual de 54%.
Segundo dados de 1996,o Rio Grande do Sul possui CPO-D aos 12 anos de
2,16%, estando abaixo da média nacional e ficando em 6º lugar em ranking nacional.
O Brasil segundo WHO (1999) esta situado em 126º lugar no ranking geral mundial
com relação ao CPO-D aos 12 anos, na qual a média mundial é 2,6%.
Nadanovsky (2000) diz que esta redução da cárie esta relacionado mais a
fatores indiretos do que de tratamento clínico odontológico. Principalmente pelo
largo uso de fluoretos, especialmente nos cremes dentais. Outros fatores menos
relevantes para a redução da cárie seriam: uma mudança no padrão no consumo de
açúcar (as as refeições, diets, etc.), melhoria na higiene bucal, mudanças nos
critérios de diagstico.
Freire et al (1999) coloca que as necessidades de tratamento superaram as
necessidades atendidas, tanto na dentição decídua quanto na permanente.
Morais & Medeiros (2004) afirmam que há necessidade de um programa
abrangente que contemple educação, promoção de saúde, prevenção de doenças e
tratamento de necessidades acumuladas como medida importante para a diminuição
da doença cárie.
Em nosso estudo utilizamos somente molares decíduos porque a faixa etária
determinada foi de seis a 10 anos de idade. Nesta fase, as crianças apresentam
todos os molares decíduos e permanecerão hígidos dependendo dos multifatores
que são responsáveis pela etiologia da doença cárie.
CHAVES (1986) coloca que, durante a nossa vida temos duas dentições. A
primeira, a chamada dentição decídua, é formada por 20 dentes ,sendo 10 em cada
arcada. Esta dentição inicia-se por volta dos 6 meses de idade e completa-se por
volta dos 2 anos. Aos 6 anos, a criança ganha o primeiro dente permanente
(primeiro molar), que vem logo atrás dos últimos molares decíduos. Nesta fase,
começa a troca dos dentes temporários pelos permanentes.Por volta dos 13 anos de
idade, a segunda dentição, a permanente, está quase completa, faltando apenas os
quatro dentes do siso (terceiros molares) que erupcionam entre 17 e 30 anos.
Apesar dos dentes decíduos serem temporários,eles são muito importantes, porque
servem de guia para os dentes permanentes nascerem na posição correta. Também
são importantes para manter o espaço para os dentes permanentes e estimular o
crescimento ósseo.
Kurame et al (2001) mostra a seência (ordem) e a cronologia (data) de
erupção da dentição decídua, iniciando com os incisivos centrais inferiores e laterais
inferiores (6 meses), Incisivos centrais superiores e laterais superiores (7 ½
meses), primeiros molares inferiores (12 meses), primeiros molares superiores (14
meses), caninos inferiores (16 meses), caninos superiores (18 meses), segundos
molares inferiores (20 meses), segundo molares superiores (24 meses).
As crianças da amostra estão numa faixa etária de seis a 10 anos de idade,
logo já possuem os oito molares decíduos por mais de quatro anos.
A incidência da doença cárie em relação ao gênero não se mostrou diferente na tabela 01e no gráfico
02. Lopes e Bastos, em 1988, observaram que o gênero feminino apresentava maior prevalência de cárie
dentária. Já Moalic et al. (1999); Franzolin, Gonçalves & Padovani (2000); Peres & Bastos (2002) discordam e
afirmam que a prevalência de cárie no gênero masculino é maior. Em nossa amostra, o número do sexo feminino
era maior em 15 crianças, mas também a vivência clínica nos mostra que esta alteração não é significativa, uma
vez que atualmente o sexo feminino é mais colaborador em programas de saúde oral.
Em relação à faixa etária, tabela 02 e gráfico 03 mostram que a
incidência de cárie dentária foi maior aos sete anos de idade, com um
percentual de 43,60%, seguido por 28,06 aos oito anos.Mostram também
que, quanto maior a idade há redução do nível cariogênico.
Provavelmente, este dado aparece desta maneira devido à participação
das crianças com mais idade no programa de prevenção e tratamento
que efetuamos naquela escola, onde houve restaurões e exodontias.
Segundo Silva et al que em 2002 realizaram estudo em crianças na
escola Augusto Ruschi, observaram um alto índice de CPO-D (Dente
Cariado, Perdido e Obturado). O presente estudo preocupou-se apenas
com cárie dentária e não com dentes obturados. Em relação aos dentes
perdidos, as crianças que não tinham os oito molares decíduos foram
eliminadas da amostra.
Na tabela 03 e gráfico 04, onde se relacionam as faixas etárias e o
gênero, houve o mesmo padrão de incidência de cárie da tabela 01 e
gráfico 03.Ou seja, tanto em meninos como meninas, o percentual
permaneceu semelhante.
A existência de fatores secundários (saliva, flúor e higiene oral) e terciários (sexo, idade, raça
e nível sócio-econômico) têm grande influência no desenvolvimento da doença, funcionando como
moduladores e influenciadores dos fatores primários, respectivamente. Sabe-se que a doença cárie é
dinâmica, multifatorial e em algumas etapas,reversível com fluorterapia, controle dietético, instruções
de higiene oral, motivação, educação do paciente. Esta é a visão do paradigma de Promoção de
Saúde.(MALTS, 2000).
Na tabela 04 e gráfico 05, onde se analisou a incidência de cárie segundo o gênero e o lado da
arcada dentária, mostrou que houve alteração maior no lado direito no sexo feminino e no esquerdo
para o sexo masculino. Segundo Petry & Pretto (1999) a educação e motivação são os recursos mais
importantes para se ter êxito nos tratamentos odontológicos, pois o que leva à doença são os maus
bitos (alta freqüência de açúcar, através de balas, chicletes), ou não possuí-los (escovação, uso de
fio dental). Segundo os autores, uma higiene oral adequada é a tarefa mais dicil de ser realizada,
pelas características sócio-econômico-culturais de cada paciente.
A tabela 05 e gráfico 06 apresentam os dados referentes a timpanometria
para as 245 crianças da amostra. Verificou-se que 78 crianças apresentaram
timpanometria alterada, com um percentual de 32,25%. Este estudo apresenta
índices superiores aos achados de Marchiori & Schilklaper (1992),que realizaram
triagem impedanciométrica em creches, escolas municipais e estaduais,
encontrando um índice de 23,5% considerado suspeito de alguma alteração auditiva.
Sebastião & Russo (1992), ao estudarem um grupo de escolares verificaram que
após a imitanciometria, 46,1% deste grupo foi identificado como portador de curva
timpanométrica alterada, mostrando dados superiores aos encontrados nesta
pesquisa.
A tabela 06 e gráfico 07 demonstram as curvas do tipo B e do tipo C em
relação as timpanometrias alteradas Observou-se um número maior de crianças
que possuem como resultado da timpanometria a curva do tipo C. Nossos achados
,foram diferentes de Arjo et al. (2002), que em seus estudos realizaram
imitânciometria em 242, orelhas obtendo timpanometrias alteradas sendo: 3%de
curva do tipo B e 3% de curva do tipo C. Nos nossos resultados, como já foi
elucidado, a curva de tipo C obteve uma incidência maior e segundo Katz ,em 1999,
esta pode evoluir eventualmente para o tipo B.
A tabela 07 e gráfico 08 relatam a timpanometria alterada em relação ao
gênero , que não apresentou predominância entre os gêneros.
A tabela 08 e gráfico 09 e 10 demonstram que nas diferentes faixas etárias,
maior incidência de alteração da orelha média aos 7 e 8 anos, diminuindo com o
aumento da idade. Dados estes que confirmam os achados de Kessner apud
Northern e Dows em 1989, que relatou a ocorrência de patologia e perda auditiva e
relação de idade, sendo que a alteração máxima ocorre aos dois anos, em torno de
30%, e que diminui para 15% aos 11 anos. A maior incidência de otite média ocorre
em crianças pequenas e bebês, podendo ser explicado pela imaturidade do sistema
imunológico e tamm pela imaturidade estrutural e funcional da tuba auditiva
(FERREIRA, 2000). Kos & Soares (1999) relataram que a disposição anatômica e
imaturidade da tuba auditiva são fatores importantes na gênese das otites médias. A
tuba auditiva do recém nascido é horizontal, curta e relativamente mais larga que a
do adulto, embora seu calibre seja menos. Além disso, a imaturidade muscular e
cartilaginosa favorece a disfunção tubária contribuindo para a instalação de
infeões da orelha média. Apenas ao redor dos nove anos teremos melhora
significativa destes fatores na predisposição das otites médias.
A relação entre a timpanometria alterada e a cárie dentária, demonstrada na
tabela 09 e gráfico 11, não apresenta predominância entre os gêneros.
A tabela 10 e gráfico 12 apresentam os resultados da timpanometria normal
em crianças que apresentam cárie ou não, da timpanometria alterada em crianças
que não apresentavam cárie e nas crianças que apresentavam cárie, onde se
observou que houve alterações, porém , não é possível afirmar que sejam devido ao
relacionamento entre estas duas patologias.
A tabela 11 e gráfico 13 que levou em consideração a relação entre cárie
dentária e timpanometria alterada segundo a faixa etária, observou-se que o maior
índice foi nas crianças de sete e oito anos de idade. A cárie dentária nesses
escolares pode ser explicada porque são crianças que estão entrando na escola e
não participam do programa de odontologia. Em relação à alta incidência de
timpanometria alterada,poderíamos levar em consideração os dados de Klausen et
al em 2000, que relata a incidência de 80% das crianças com pelo menos um
episódio de otite média secretora até os oito anos de idade.
Na tabela 12 e gráfico 14, onde relacionamos cárie dentária e timpanometria
alterada segundo gênero, também não houve predominância entre os gêneros.
Comparando-se os gráficos 03 e o 08, podemos detectar que nas crianças com menor idade o índice de cárie
foi maior em relação às outras idades, o mesmo ocorrendo com os dados timpanométricos. Porém, não é possível
afirmar que existe uma relão entre cárie e alteração do ouvido médio, pois somente aconteceu em uma das
situões avaliadas. Segundo Fialho (1999), as alterões auditivas da orelha média são muito comuns em
crianças, principalmente em fase pré-escolar. Kos & Soares (1999) referem que apenas ao redor dos nove anos
teremos melhora significativa destes fatores na predisposição das otites médias.
Já Teele at al 1980, apud Northern e Dows em 1989,estudando a incidência
de otite média ,que é uma doença comum em crianças, definida como inflamação do
ouvido médio infecciosa ou não, detectou que é dependente da idade ( quanto
menor idade maior incidência) ,do sexo ( maior no sexo masculino), raças ( maior na
raça branca) fatores genéticos, estado sócio econômico ( maior na classe baixa)
estação climática e tamanho da família ( maior número de crianças, maior a
incidência).
O gráfico 15 mostra os escolares com cárie dentária (138), timpanometria
alterada (78) e timpanometria alterada e cárie dentária (47). Dados estes que não
são significativos. No gráfico 16, observa-se que nas crianças que possuíam mais
dentes cariados, a incidência de timpanometria alterada é menor.
Porém,não podemos descartar que houve uma incidência de 19,18% das
crianças que apresentavam cárie e timpanometria alterada. Segundo Fialho (1999),
as alterações auditivas da orelha média relacionadas às patologias das vias reas
superiores são muito comuns em crianças, principalmente em fase pré-escolar. Isto
porque a criança possui a tuba auditiva mais curta e horizontalizada em relação à
tuba do adulto. Aos 7anos de idade ,a tuba já está posicionada como a do adulto, o
que ameniza bastante os problemas de orelha média.
Jerger & Jerger (1989) relatam que a otite média geralmente produz perda
auditiva bilateral. Quanto às perdas auditivas por otite média, Katz & Tillery (1999)
explicam que, apesar de ser uma condição flutuante e produzir uma perda auditiva
leve, é evidente que a otite média está associada a limitações importantes na
comunicação e aprendizagem. Já Arjo et al, em 2002 ,relatam também que as
alterações auditivas que ocorreram podem prejudicar a atenção e compreensão.
A prevenção da deficiência auditiva na criança protege seu direito
fundamental e essencial ao ser humano - o desenvolvimento da função da
linguagem (RUSSO & SANTOS, 1994).
Northern e Dows (1989) relataram que o diagstico de uma perda auditiva
concreta inabilitante baseia-se na inclusão de vários exames relativos a audição,
assim como outros testes efetuados por equipe multiprofissiona.Porém, nosso dado
de 32,25% de timpanometria alterada deve ser mais bem explorado,pois esse
percentual é relativamente alto segundo a bibliografia consultada. Essas crianças, se
forem melhor avaliadas e se for efetuado prevenção ou tratamento dependendo do
caso, não terão patologias maiores em relação a este sistema. Esses achados, sem
vida nenhuma podem ser norteadores para um programa de sde coletiva
envolvendo equipe uma multiprofissional na prevenção ou tratamento destes
processos,evitando assim altos custos com tratamentos especializados, escolas com
serviços diferenciados e professores qualificados na recuperação destes indivíduos.
Em nosso país, a maioria das pessoas com necessidades especiais são
marginalizados da sociedade; logo este trabalho deve ser acentuado nas escolas,
pois não resta a menor vida que esta é uma tarefa de saúde pública.
Muitos estudos destacam o papel da deficiência auditiva leve na diminuição
do aproveitamento escolar e das habilidades de linguagem,tais como DAVIS, (1981),
DOWNS e JINKUS (1982) apud NORTHERN e DOWS ( 1989).
Penteado, Almeida & Leite (1995) colocam que a Fonoaudiologia e a
Odontologia são especialidades que atuam com o indivíduo, prevenindo ou tratando
problemas que tragam prejuízo ao desenvolvimento das funções bucais e da
motricidade oral necessária para a fala, à oclusão dentária e à higidez dos tecidos e
estruturas bucodentais.
COMENTARIOS CONCLUSIVOS
O alto índice de cárie dentária das crianças estudadas reflete a situação em
que se encontram as crianças na maioria das escolas de nossa cidade, o que exige
um programa educativo e preventivo junto estas a instituições de ensino e unidade
sanitárias.
O maior índice de cárie dentária foi em crianças de sete e oito anos.
Há um alto índice de timpanometria alterada em escolares de seis a 10 anos
em comunidades de Santa Maria, situação esta que deve ser melhor trabalhada com
equipes multiprofissionais.
A avaliação auditiva periférica deveria ser um procedimento primordial em
todas as crianças em nível escolar, uma vez que podem trazer alterações de
comunicação e aprendizagem.
As crianças que apresentavam um maior mero de dentes cariados,
apresentaram uma incidência maior de timpanometria normal.
CONCLUSÃO
Com este trabalho, através dos dados obtidos, podemos concluir que não foi
possível avaliar a existência ou não de uma relação entre carie dentária e
alterações da orelha média.
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FONTE CONSULTADA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E
PESQUISA. Estrutura e apresentação de monografias, dissertações e teses MDT / UFSM. PRPGP. 6ª.
Ed. Santa Maria: Ed. UFSM, 2005.
ANEXOS
ANEXO I Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
ANEXO II Protocolo de Anamnese
ANEXO III Protocolo de Avaliação Otorrinolaringológica
ANEXO IV Protocolo da Avaliação Odontológica
ANEXO V Protocolo da Avaliação das Medidas de Imitância Acústica
ANEXO I:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, ___________________________________________ autorizo a coleta de dados,
informões e avaliões referentes ao Projeto de pesquisa executado pelos alunos
especializandos e mestrandos do Curso de Fonoaudiologia,tendo como orientadora Prof ª
Dr ª Ângela Garcia Rossi,a que submete meu (minha) filho (a)
___________________________________ para fins de estudos cienficos, pesquisa e
apresentação de estudos em congresso da área.
Estou ciente de que esta pesquisa consta de uma entrevista com os pais, avaliação
odontológica, otorrinolaringológica e avaliação da audição. A avaliação odontológica
consta de uma inspeção das condições dentárias através de instrumentos de observação
(espelho). A avaliação otorrinolaringológica será realizada por um médico
otorrinolaringologista, que irá verificar se existem ou não alterões no ouvido que possam
impedir a realização da avaliação audiológica. A avaliação da audição constará da pesquisa
das medidas de imitância acústica, onde coloca-se uma oliva de borracha na orelha da
criança e ela vai escutar um som e uns apitos fortes por 2 segundos. Tenho conhecimento
dos direitos de sigilo absoluto em relação à identificação de meu (minha) filho (a),
tornando-se desde já, material confidencial sob responsabilidade das Fonoaudiólogas e
Odontólogos executadores do projeto acima. Tais avaliões não oferecem nenhum risco à
saúde das pessoas envolvidas, bem como prejuízos financeiros.
Assinatura pai/mãe ou responsável pela criança
Santa Maria, ___/____/_____.
ANEXO II: ANAMNESE
Nome:_________________________________________ Idade:_________
Data de Nascimento:______________________________ Data: _________
Sexo: __________
PERGUNTAS AOS PAIS OU FAMILIARES:
Seu filho nasceu de 9 meses? Sim ( ) Não ( ) Quantos meses?______
Tipo de parto? Cesárea ( ) Normal ( ) Fórceps ( ) Vácuo ( )
Quantas pessoas moram na casa? _________________
Com quem seu filho dorme?_______________________________
Quantos irmãos ele tem?_____________
1º filho:___________________ 4° filho:______________________________
2° filho:___________________ 5° filho:______________________________
3° filho:___________________ 6° filho:______________________________
Ele escuta bem em ambiente silencioso? Sim( ) Não ( )
Ele escuta bem em ambiente ruidoso? Sim( ) Não ( )
Sabe de onde vem o som? Sim( ) Não )
Necessita ser chamado várias vezes? Sim( ) Não ( )
É agitado? Sim( ) Não ( ) Muito quieto? Sim( ) Não ( )
Compreende bem a conversa? Sim( ) Não ( )
Demorou para aprender a falar? Sim ( ) Não ( ) Iniciou com _____anos. Apresentou trocas na fala? Sim (
) Não ( ) quais?________________
Demorou para aprender a andar? Sim ( ) Não ( ) Iniciou com____ anos.
Escreve com qual mão? Direita ( ) Esquerda ( )
Teve dificuldade para aprender a ler? Sim ( ) Não ( )
Teve dificuldade para aprender a escrever? Sim ( ) Não ( )
Repetiu de ano na escola? Sim ( ) Não ( ) Quantas vezes e em que série?______
Tem boa memória: Nomes: Sim( ) Não( ) Lugares: Sim( ) Não( ) Situões: Sim( ) Não( )
Tem dificuldades em contar uma história ou repetir algo? Sim ( ) Não ( )
Tem algum familiar que tenha dificuldades para aprender na escola?Sim( ) Não( )
Quem?__________________________________________
Teve dor no ouvido? Sim ( ) Não ( ) Com que idade?______ Orelha direita ( ) Orelha esquerda ( ) Nas
duas ( )
Saiu secreção do ouvido? Sim ( ) Não ( )
Tomou remédio para problemas no ouvido? Sim ( ) Não ( )
Levou ao médico para consultar por problemas no ouvido? Sim ( ) Não ( )
Algum familiar com problemas de audição? ( ) Sim ( ) Não Quem?________
Teve dor de dente? Sim ( ) Não ( ) Qual o lado? Direito ( ) Esquerdo ( )
Parte de cima ou de baixo? Cima ( ) Baixo ( )
Já tomou remédio para dor de dente? Sim ( ) Não ( )
Alguma vez que ele teve dor de dente, teve dor de ouvido? Sim ( ) Não ( )
Seu filho ringe os dentes à noite? Sim ( ) Não ( )
Seu filho se queixa de dor no rosto? Sim ( ) Não ( )
Seu filho já apresentou problemas de não conseguir abrir a boca direito?Sim ( ) Não( ) Se sim,
responda qual o motivo ________________________________
Ele usa ou usou aparelho nos dentes? Sim ( ) Não ( )
Está usando remédios? Qual? _________________________________________
Teve ou tem outras doenças? Sim ( ) Não ( ) Qual?_______________________
Teve doenças de Infância? Catapora ( ) Sarampo ( ) Rubéola ( ) Meningite ( ) Caxumba ( )
Outras?________________________________________________
Usou ou usa bico? Sim ( ) Não ( ) Quanto tempo?__________
Usou ou usa mamadeira? Sim ( ) Não ( ) Quanto tempo?______________
Chupa ou chupou dedo? Sim ( ) Não ( ) Quanto tempo?______________
Coloca objetos na boca? Sim ( ) Não ( ) Que objeto?___________
Respira pela boca ou pelo nariz? Boca ( ) Nariz ( ) Os dois ( )
Não ( )
ANEXO III - PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA
Nome: _______________________________________________________
Data de nascimento:__________ Idade: ___________ Sexo: ___________
Data da avaliação: ______________
Otoscopia:
Rinoscopia:
Oroscopia:
Laringoscopia:
Conclusão:
ANEXO IV- PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO ODONTOLÓGICA
Nome: ________________________________________ Idade: ______ Sexo: __
Data:
________________
Avaliação Periodontal
1-diatico ( )
2-Índice CPOD 3-Índice de Placa Visível (IPV)
4-Índice de sangramento Gengival (ISG)
5-Sondagem 6-Perda de Inserção
7-Oclusão 7.1-( ) classe I ( ) classe II ( ) classe III
7.2-Mordida Lateral 7.3-Desvio da Linha Média
7.4-Medida da dimensão Vertical
Odontograma
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
55 54
53 52 51 61 62 63 64 65
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
85 84 83 82 81 71 72 73 74 75
48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
ANEXO V: PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE IMITÂNCIA
ACÚSTICA
Nome: ________________________________________ Idade: ______ Sexo: __
Data:
________________
Meatoscopia: ( ) Normal ( )Alterada
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