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MARCELO LUIS DA SILVA COSTA
CULTIVO MULTIFÁSICO DA TILÁPIA NILÓTICA
(Oreochromis niloticus, LINNAEUS, 1757) EM TANQUES-REDE,
COM DIFERENTES REGIMES DE ALIMENTAÇÃO
RECIFE
2006
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MARCELO LUIS DA SILVA COSTA
CULTIVO MULTIFÁSICO DA TILÁPIA NILÓTICA
(Oreochromis niloticus, LINNAEUS, 1757) EM TANQUES-REDE,
COM DIFERENTES REGIMES DE ALIMENTAÇÃO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura
da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como
parte dos requisitos necessários para a obtenção do
grau de Mestre em Recursos Pesqueiros e
Aquicultura.
Orientador: Dr. Eudes de Souza Correia, Depto. de
Pesca e Aquicultura, da UFRPE.
RECIFE
Agosto de 2006
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Universidade Federal Rural de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aqüicultura
Parecer da comissão examinadora da defesa de dissertação de mestrado de
MARCELO LUIS DA SILVA COSTA
Cultivo multifásico da tilápia Nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em
tanques-rede, com diferentes regimes de alimentação
Área de concentração: Recursos Pesqueiros e Aqüicultura
A comissão examinadora, composta pelos professores abaixo, sob a presidência do primeiro,
considera o candidato MARCELO LUIS DA SILVA COSTA como Aprovado.
Recife, 30 de agosto de 2006.
________________________________________
Prof. Dr. Eudes de Souza Correia (DSc, UFRPE)
Orientador
______________________________________________
Prof. Dr. Maria do Carmo Figueredo Soares (DSc, UFRPE)
Membro interno
____________________________________________
Prof. Dr. Athiê Jorge de Guerra Santos (DSc, UFRPE)
Membro interno
________________________________________
Prof. Dr. Leandro Portz (DSc, UFBA)
Membro externo
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao Senhor Deus, pela oportunidade de vivenciar momentos
felizes na minha vida, bem como me amparar nos momentos difíceis.
Ao Programa de Pós-Graduação de Aqüicultura e Recursos Pesqueiros e ao Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por ter dado apoio durante o
curso de Mestrado.
Ao Professor Eudes de Souza Correia, pela orientação e apoio que me deu no decorrer
dos estágios, ao longo destes últimos anos, além da paciência, amizade, dedicação,
compreensão e exemplo profissional.
Aos Professores do Mestrado em especial a Paulo de Paula Mendes, Athiê Jorge
Guerra Santos, Paulo Travassos e Alfredo Olivera. Aos amigos e colegas do Mestrado, em
especial Bernado Almeida, Anderson Croccia, Igor da Mata, Talita Espolito e Ana Paula.
Á Equipe da Usina Japungu S/A, em especial ao Paulo Fernandes Filho, Silvan Costa
e Clovis Fernandes pelo apoio na realização do experimento.
Á minha namorada, Walterlyne da Silva Lima, por me apoiar com todo amor,
dedicação e companheirismo ao longo desta caminhada.
Aos meus irmãos, Marcos André e Carlos Eduardo, pelo carinho, amor,
companheirismo e amizade.
Dedico este trabalho aos meus pais José Edvaldo de Araújo
Costa e Maria das Dores da Silva Costa,
que me possibilitaram a conclusão de mais uma etapa de minha vida
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10
2. OBJETIVOS................................................................................................................ 12
2.1 Geral ...................................................................................................................... 12
2.2 Específicos ............................................................................................................ 12
3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 13
3.1 Cultivo de peixes em tanques-rede ....................................................................... 13
3.2 Espécie (O. niloticus)............................................................................................ 14
3.3 Exigências protéicas.............................................................................................. 15
4. Artigo científico ..........................................................................................................
Efeitos de diferentes regimes de alimentação no crescimento da tilápia Nilótica,
(Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) cultivadas em tanques-rede.
21
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 42
6. ANEXOS ..................................................................................................................... 48
LISTA DE TABELAS
Artigo
1. Níveis protéicos adotados nas fases de cultivo da tilápia da Oreochromis niloticus
em tanques-rede (nível protéico adotado na respectiva fase em
negrito).........................................................................................................................
25
2. Variáveis da qualidade de água durante a fase experimental do cultivo de tilápias em
tanques-rede na fase de engorda...................................................................................
28
3. Variáveis de crescimento na fase I (80 a 300 gramas) no cultivo de tilápias em
tanques-rede na fase de engorda (nível protéico adotado na respectiva fase e
m
negrito)..........................................................................................................................
30
4. Variáveis de crescimento na fase II (301 a 650 gramas) no cultivo de tilápias em
tanques-rede na fase de engorda (nível protéico adotado na respectiva fase e
m
negrito)..........................................................................................................................
32
5. Variáveis de crescimento na fase III (801 a 1000 gramas) no cultivo de tilápias em
tanques-rede na fase de engorda (nível protéico adotado na respectiva fase e
m
negrito)..........................................................................................................................
33
6. Níveis de aminoácidos em função do percentual de proteína bruta (PB) nas dietas
36
RESUMO
A avaliação de diferentes regimes de alimentação no cultivo multifásico da tilápia
Chitralada, Oreochromis niloticus, foi efetuada num período de quatro meses. O objetivo
deste trabalho foi otimizar o regime de alimentação com níveis reduzidos de proteína nas
diversas fases de crescimento. As tilápias foram cultivadas em 15 tanques-rede de 4 m
3
,
utilizando dietas contendo três níveis de proteína bruta (36, 32 e 28%) em três fases de
tamanho (I – 80 a 300g; II – 300 a 650g e III – 650 a 1000g), sendo portanto, o delineamento
experimental com os níveis protéicos: I) 36 e 32%; II) 32 e 32%; e III) 32, 32 e 28% de PB.
Os peixes foram alimentados com ração extrusada de diferentes níveis de proteína bruta e a
quantidade de ração foi reajustada semanalmente conforme as taxas de alimentação, o
consumo e a qualidade de água. Diariamente, avaliaram-se as variáveis da água como
temperatura, oxigênio dissolvido e transparência, enquanto que mensalmente avaliou-se o
nitrito, nitrato, nitrogênio amoniacal, fósforo total, alcalinidade e dureza total. Com a
obtenção dos resultados, aplicou-se análise de variância (ANOVA) entre os tratamentos nas
diferentes fases, ao nível de significância de 5% nas variáveis de crescimento e produção. Os
resultados obtidos na fase I não identificaram diferença estatística (P0,05) entre os
tratamentos da dieta 36 e 32% PB, ocorrendo apenas diferença (P>0,05) para taxa de
eficiência protéica (TEP). Na fase II foi verificado diferença estatística entre os tratamentos,
resultando em um melhor crescimento para os peixes que se alimentaram na fase anterior com
a dieta 36% PB. Na fase III, houve um melhor desempenho para os peixes que se alimentaram
da dieta 32% PB. Dessa forma, concluiu-se que o regime de alimentação mais eficiente para
as três fases de tamanho é a utilização da ração extrusada com 32% de proteína bruta.
ABSTRACT
The evaluation of different regimes of feeding in a multiphases culture of the tilápia
Chitralada, Oreochromis niloticus, was made in a period of four months. The aim this
experiment was to optimize the regimen of feeding with reduced protein levels in the diverse
phases of growth. The tilápias had been cultivated in fifteen useful cages of 4 m
3
(2 x 2 x
1,0m), using diets with three levels of crude protein (36, 32 and 28%) in three phases of size
(I - 80 300g; II - 300 650g and III - 650 1000g), being therefore, the experimental delineation
with protein levels was: control I) 36, 32 and 32%; II) 32, 32 and 32%; III) 32, 32 and 28%.
The fishes were fed with ration extruded in different levels of crude protein. Weekly the
ration quantity was readjusted according to the feeding rates, the consumption and water
quality. Daily it measures temperature, pH, oxygen and transparency. Monthly other variable
as ammoniac nitrogen, nitrate, amongst others. Variance analysis was applied - (ANOVA)
between the treatments in the different phases, to the level of significance of 5% in the
variables of growth and production. The results obtained in phase I had not identified statistics
difference (P0,05) in the treatments of the diet 36% and 32%PB, occurring only difference
for ration of protein efficiency (TPE). In phase II, it was observed statistics difference
between the fishes, specially on those that had been feed in the previous phase of diet 36% PB
(P0,05). In phase III, was detected one better performance for the fish that were fed of diet
32% PB. Thus, it concluded that the regime of feeding more efficient for the three size phases
is the utilization of the ration extruded with 32% of crude protein.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 10
1. INTRODUÇÃO
A aqüicultura, definida como cultivo de organismos aquáticos, destaca-se pela sua
importância como atividade produtora de alimento, com capacidade para suprir o mercado
pesqueiro devido o déficit da pesca extrativa (CORREIA, 1998).
No mundo, de acordo com as estatísticas da FAO, produziu-se cerca de 48 milhões de
toneladas de pescados cultivados em 2001 (BORGHETTI et al., 2003), e a China tem se
destacado como o maior produtor (LOVSHIN, 1997). Os grupos de organismos aquáticos
oriundos da aqüicultura por ordem de produção são peixes, plantas aquáticas, moluscos,
crustáceos, répteis e anfíbios (ARANA, 1999).
Dentre os peixes, as tilápias são superadas apenas pelas carpas e pelos salmonídeos,
respondendo por 5,7% da produção (BORGHETTI et al., op cit), os quais ocupam uma
posição destacada entre as espécies de água doces cultivadas (KUBITZA, 2000). Algumas
características favorecem esta posição, como o rápido crescimento, resistência a doenças, as
altas densidades e ao baixo teor de oxigênio dissolvido, além da sua flexibilidade alimentar,
da eficiência em assimilar proteínas de origem animal e vegetal e da qualidade da carne, tanto
em sabor quanto no teor calórico (LIMA, 2001).
No mercado internacional, notadamente nos Estados Unidos, a importação de tilápias
gerou em 2003, receitas e volume da ordem 241 milhões de dólares e 90.000 toneladas, dos
quais apresentou um crescimento de 38 e 34%, respectivamente, em relação a 2002
(NATIONAL MARINE FISHERIES SERVICE, 2004), com perspectivas para 2020, de
tornar-se o terceiro pescado mais consumido, ficando atrás apenas do camarão e do salmão,
conforme os estudos do Serviço de Pesquisa Econômica do Ministério de Agricultura USDA
(JOHNSON, 2003).
No Brasil, a produção de tilápias atingiu valor superior a 70.000 toneladas (IBAMA,
2004), embora o País tenha um baixo consumo de pescado. A curto e médio prazo a tilápia
será um dos peixes que atenderá um aumento de demanda, oriunda do crescimento
populacional e da queda da produção pesqueira por extrativismo.
A tilápia foi introduzida pela empresa Hidroelétrica “Light” em 1953
(CASTAGNOLLI, 1992), é atualmente produzido em diversos sistemas de cultivo no País,
principalmente em viveiros e em tanques-rede, onde este tem apresentado maior crescimento
devido ao menor custo de investimento, pela tecnologia disponível e pela disponibilidade de
águas represadas no Brasil.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 11
O cultivo intensivo de tilápias demanda o uso de rações nutricionalmente completas e
balanceadas que representam entre 65 e 75% dos custos totais de produção, nas quais o
nutriente mais importante e mais oneroso na dieta é a proteína. Os peixes onívoros, como as
tilápias, exigem menos proteína para seu crescimento, quando comparado com espécies
carnívoras, além de variar sua exigência protéica em função do sistema de produção.
O nível da proteína nas dietas, que resulta no crescimento ótimo é influenciado por
uma série de fatores que inclui o índice de energia na dieta, o estado fisiológico do animal
(idade, peso e maturidade), fatores ambientais como temperatura de água, salinidade, oxigênio
dissolvido, quantidade de alimento (BEVERIDGE, 2000), além da qualidade da proteína
quanto aos níveis e equilíbrio de aminoácidos essenciais (KUBITZA, 1998).
Atualmente encontram-se disponíveis uma série de programas de alimentação para a
produção de peixes em tanques-rede desenvolvidos nas regiões Sul e Sudeste do País.
Entretanto, a temperatura no Nordeste é mais constante, o que pode resultar em exigências
nutricionais diferenciadas, sobretudo em tanques-rede.
Normalmente, em cultivo comercial de tilápias em tanques-rede, os níveis de proteína
bruta variam de 36 a 28% de proteína na fase de engorda de acordo com o programa do
fabricante de ração e do tamanho do peixe desejado. Em geral, dietas com menores níveis de
proteína são mais econômicas, o que reduz os custos da alimentação, porém, não podem trazer
um desempenho zootécnico satisfatório. Para que não sejam fornecidos níveis excessivos
desse nutriente, torna-se importante determinar as exigências protéicas das tilápias para cada
fase de cultivo e uma ração de formulação adequada (SHIAU e LAN, 1996; FURUYA et al.,
1996).
Diante deste contexto, estudos que busquem a otimização de um regime de
alimentação em função da variação dos níveis de proteína, podem contribuir para a redução
dos custos de produção e a minimização dos impactos ambientais.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 12
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
Avaliar a influência de diferentes regimes de alimentação na fase engorda da tilápia do
Nilo (Oreochromis niloticus) linhagem Chitralada, em tanques-rede através de cultivo
multifásico.
2.2. Específicos
Avaliar o crescimento da tilápia, O. niloticus, linhagem Chitralada, em tanques-rede
com diferentes regimes alimentares alternando os níveis de proteína;
Verificar a possibilidade de redução de níveis de proteína na dieta em determinadas
fases do cultivo;
Avaliar as variáveis físico-química e biológicas da água no ambiente de cultivo;
Avaliar os níveis de aminoácidos nas dietas testadas.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 13
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Cultivo de peixes em tanques-rede
O cultivo de peixes em tanques-rede originou-se da China há 750 anos (HU, 1994),
sendo hoje praticado em rios, lagos e no mar (BEVERIDGE, 1996), o qual vem crescendo
rapidamente em outras regiões do mundo (COCHE, 1982). O impulso desta modalidade
atribui-se a facilidades de cultivo e pela demanda do produto no mercado.
Os tanques-rede são definidos como estruturas de maiores formatos e tamanhos,
constituídos por redes ou telas que permitem a livre circulação de água, instalados em
ambientes aquáticos, como em reservatórios, lagos e baías, através de flutuadores ou estacas
(LOPEZ et al., 2001).
Diversas espécies de peixes têm sido cultivadas neste sistema. Dentre os peixes
marinhos, destacam-se o salmão do Atlântico (Salmo Salar), arabaina (Seriola
quinqueradiata), truta arco-íris (Onchohrynchus mykiss). Nos peixes de água doce lideram o
cultivo, as tilápias (Oreochromis sp), as carpas (Cyprinus sp) e o bagre do canal (Ictalurus
punctatus), além da produção de outras espécies em escala menor ou restrito a determinadas
regiões como matrinchã (Brycon sp), surubim-pintado (Pseudoplatystoma coruscans) e
tambaqui (Colossoma macropomum).
Atualmente, o sistema de cultivo de peixes em tanques-rede colabora
significativamente para produção mundial da aqüicultura, nos quais a tilápia é o peixe de
maior contribuição na produção de pescado (SILVA e SIQUEIRA, 1997). Na região Nordeste,
a tilapicultura em tanques-rede é desenvolvida, sobretudo nos lagos da Companhia
Hidroelétrica do São Francisco e do Parnaíba (CHESF) no Estado da Bahia e nos
reservatórios do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) no Ceará.
De acordo com Cyrino et al. (1998), o sistema de produção em tanques-rede apresenta
algumas vantagens como menor variação físico-química da água, maior facilidade na
despesca e menor investimento inicial quando comparado com o sistema convencional, dentre
outros. Entretanto, este sistema de cultivo apresenta algumas desvantagens, como maior risco
de incidência de doenças, possibilidade de perda parcial ou total dos peixes e necessidade de
rações balanceadas e nutricionalmente completas (SILVA e SIQUEIRA, 1997).
Na piscicultura intensiva, como nos tanques-rede, a contribuição do alimento natural é
insignificante e o uso de rações nutricionalmente completas se torna necessário, embora
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 14
implique num maior custo com alimento artificial. Segundo Cyrino et al. (1998), na
piscicultura intensiva os gastos com alimentação se situam entre 50 e 70% dos custos totais de
produção. A qualidade da ração, a taxa de alimentação e a conversão alimentar adequadas são
essenciais para que estes sistemas sejam economicamente viáveis.
3.2. A espécie Oreochromis niloticus
Tilápia é a denominação comum de uma grande gama de espécies de peixes ciclídeos,
que se distribuem originalmente do centro - sul da África até o norte da Síria (POPMA e
PHELPS, 1998). As tilápias constituem-se o segundo grupo de peixes de maior importância
na aqüicultura mundial (LOVSHIN, 1998), sendo de baixo nível trófico (onívora), destacam-
se em cultivos por apresentar crescimento rápido e rusticidade (HAYASHI et al., 1995).
Cerca de 22 espécies de tilápia são cultivadas no mundo, porém a tilápia do Nilo
(Oreochromis niloticus), a tilápia mossâmbica (O. mossambicus), a tilápia azul (O. aureus), O.
maccrochir, O. hornorum, O. galilaeus, Tilapia zillii e a T. rendalli são as espécies mais
criadas comercialmente (EL-SAYED, 1999).
A distribuição das tilápias pelo mundo começou com o intuito da criação de peixes
para a subsistência em países em desenvolvimento (LOVSHIN, 1997). A primeira espécie
introduzida em outros países foi a Oreochromis mossambicus, porém esta se mostrou de baixo
desempenho para a aqüicultura. Entretanto, no final dos anos 70, a espécie O. niloticus
demonstrou alto potencial para a aqüicultura, em vários sistemas de cultivo (LAZARD e
ROGNON, 1997).
A tilápia do Nilo ou Nilótica, Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1757), é uma espécie
originária dos rios e lagos africanos. Foi introduzida no Nordeste nos açudes do DNOCS em
1971 (PROENÇA e BITTENCOURT, 1994). Tornou-se uma espécie de grande importância
dentro da piscicultura nacional, pois o fato de ser de baixo nível trófico, a coloca em
vantagem sobre as espécies carnívoras, que requerem grande quantidade de farinha de peixe
nas rações (FITZSIMMONS, 2000), além de serem mais exigentes em proteína.
O sucesso alcançado pela tilápia do Nilo está relacionado às características de
adaptação tanto à alimentação natural quanto à artificial, bem como o seu consórcio desde o
período larval; alto desempenho, resistência a baixos níveis de oxigênio dissolvido, além do
seu filé possuir ótimas qualidades organolépticas (MEURER et al., 2002). Outros fatores
importantes são a facilidade de obtenção de alevinos e grande aceitação no mercado do lazer
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 15
(pesque-pagues), bem como o alimentício (frigoríficos) (MEURER, 2002). Durante a fase de
alevino, pode desenvolver-se adequadamente somente com a proteína da ração proveniente de
fontes vegetais (BOSCOLO et al., 2001).
A linhagem Chitralada, oriunda da Tailândia, tem sido a tilápia mais cultivada no
Brasil, inclusive em tanques-rede. Esta preferência pelos produtores deve-se à resistência a
doenças e ao manejo, ao rápido crescimento, a altas densidades e a baixos níveis de oxigênio
dissolvido e a sua docilidade (KUBITZA, 2000).
3.3. Exigências protéicas
A nutrição protéica de peixes tem sido um dos campos mais pesquisados na nutrição,
sobretudo em regime intensivo. Devido ao fato de suas necessidades serem cerca de duas a
quatro vezes superiores a dos animais terrestres (HIGUERA & GARDENETE, 2000) e pelos
custos elevados de ingredientes protéicos (SCHIMITTOU, 1997).
De todos os compostos que fazem parte do corpo dos animais, a proteína é a mais
importante por varias razões, como sendo um constituinte básico das células, representa
depois da água o grupo químico mais abundante (TORRES, 2001), é utilizado como fonte de
crescimento e energia (KUBITZA, 2000), contração (miosina e actina), catálise química,
hormônios, transporte, dentre outros (DEVLIN, 1998).
As proteínas são definidas como polímeros de α - aminoácidos, os quais contêm um
átomo central, um carbono-alfa, ao qual um grupo carboxílico, um grupo amino e um átomo
de hidrogênio que estão covalentemente ligados; onde cada átomo de carbono-alfa unido com
um grupo químico específico (R), define exclusivamente cada um dos 20 aminoácidos
comuns (DEVLIN, op. cit).
As primeiras tentativas de determinação das exigências em proteínas e aminoácidos
pelos peixes foram conduzidas por J.E. Halver e seus colaboradores no final da década de
1950 com o salmão (WILSON citado por PEZZATO et al., 2004). Atualmente a análise de
dados de pesquisas de exigências nutricionais em proteínas e aminoácidos essenciais em
experimento em dose-resposta é conduzida através do modelo estatístico de regressão
segmentada, a partir do exemplo de Zeitoun et al. citado por Pezzato et al. (op. cit).
O nível de proteína que resulta num crescimento ótimo é definido de acordo com a
espécie, condições ambientais, estado fisiológico, condições de cultivo e fase de crescimento
(ELANGOVAN e SHIM, 1997), a digestibilidade da proteína, níveis e equilíbrio de
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 16
aminoácidos e relação energia/proteína (KUBITZA, 2000; TORRES, 2001; PEZZATO et al.,
2004). Peixes carnívoros, como o salmão, necessitam cerca de 40% de proteína (LOVELL,
1991), enquanto os onívoros como as tilápias, necessitam entre 28 a 36% de proteína na fase
de engorda, porém na fase larval esta exigência varia entre 30 a 47% (LUQUET, 1991).
Estudos do crescimento ótimo realizado por Jauncey e Ross (1982), constataram que dietas
com 24% de proteína bruta produziram 80% da taxa de crescimento ótima para alevinos de
Oreochromis mossambicus, com peso entre 0,5 e 10 gramas.
Em sistemas semi-intensivo, as exigências protéicas são mais baixas devido à presença
do alimento natural. O crescimento ótimo de tilápias é alcançado com até 30% de proteína
bruta em viveiros (NRC, 1993). Em sistemas intensivos, como os tanques-rede, as dietas
incluem níveis maiores de proteína (FITZSIMMONS, 2000), além de serem nutricionalmente
balanceadas e completas, com suplementação vitamínica e mineral (LOVELL citado por
PEZZATO et al., 2004).
As fontes de proteína tanto de origem vegetal como animal mais usado em rações são
o farelo de soja e a farinha de peixe, pois apresentam elevados níveis protéicos, alta
digestibilidade e um bom balanço de aminoácidos, estando disponíveis em grande quantidade
e um custo efetivo. A soja com 44% proteína bruta (PB) é mais utilizada por ser a mais
completa na composição de aminoácidos e de menor custo (LOVELL citado por BACONNI,
2003), enquanto a farinha de peixe (50 a 60% PB) apresenta apenas uma ligeira deficiência
em fenilanina. A escolha do ingrediente numa ração é muito importante, pois a farinha de
penas (82% PB) e farinha de sangue (72% PB), por exemplo, apresentam baixa
digestibilidade e baixo equilíbrio de aminoácido, sendo deficiente metionina, fenilanina e
triptofano, bem como em isoleucina e metionina, respectivamente (TORRES, 2001).
Os aminoácidos, constituintes de proteína, são responsáveis pela formação e
regeneração de tecidos de músculos, ossos, células sangüíneas, enzimas, produtos sexuais
(TORRES, 2001). Os aminoácidos se dividem em dois grupos os essenciais e os não
essenciais. O primeiro não pode ser sintetizado pelos peixes, sendo o seu requerimento
oriundo da dieta natural ou artificial, enquanto no outro grupo o organismo mesmo produz.
Os aminoácidos essenciais para os peixes são dez, os mesmos já definidos para
animais domésticos e o homem: arginina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina,
fenilanina, treonina, triptófano e valina, onde os peixes não fazem bem o proveito de
aminoácidos cristalinos, sendo necessário o uso de fonte protéicas de origem animal (GOMES,
1998).
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 17
Os aminoácidos desempenham uma série de funções. A lisina para peixes variam entre
5 e 6,8% da proteína da dieta, atuando na formação de colágeno e encontrando-se em elevada
proporção no tecido muscular dos peixes. A metionina é o componente mais limitante na dieta
de peixes. O triptofano é responsável pelo neurotransmissor de seratonina e do ácido
nicotâcnico como regulador de carboidratos. A arginina tem papel como função nutricional e
fisiológica, onde o fígado sintetiza a arginina como fonte endógena. Já a leucina, isoleucina e
valina atuam nas mesmas via do metabolismo da absorção, quando um desequilíbrio de algum
pode interferir na absorção de outros (PEZZATO et al., 2004).
A deficiência de aminoácidos resulta em baixa eficiência alimentar, deformidades no
corpo reduzem o crescimento e a diminui a imunidade do animal. Uma série de sinais clínicos
de deficiências é diagnosticada como catarata, escoliose, hipertrofia e deposição anormal de
cálcio nos rins e ossos planos (SCHIMITOU, 1997).
A suplementação de aminoácidos em dietas tem sido comumente adotada, decorrente
da oxidação durante o processo ou armazenamento, bem como devido à deficiência destes em
determinados ingredientes. Shiau e Lung (1996) conduziu experimentos com híbridos de
tilápia e concluiu que um nível ótimo de proteína situa-se no nível de 30% quando a soja é
suplementada com metionina. Por outro lado, viola citado por Beveridge (2000), produziu
híbridos de tilápias em viveiros, alimentados com dietas contendo entre 25 e 30% de proteína
bruta com 0,5% de lisina não havendo diferença no crescimento ou na composição do corpo.
A proteína é uma fonte de energia que aporta entre 50 e 70% da energia total da dieta.
Algumas espécies carnívoras, por exemplo, usa preferencialmente a proteína e os lipídios
como fonte de energia (TACON e CONWEY citado por HIGUERA e GARDENETE, 2000),
enquanto as onívoras utilizam bem os carboidratos. O equilíbrio entre proteína e energia influi
no balanço do nitrogênio, que permite melhores retenções deste nutriente, tendo assim um
maior ganho de peso. Um excesso de energia não protéica pode levar à inibição da ingestão
voluntária de outros nutrientes (CHO, 1992), onde ingestão desproporcional promove o
acúmulo de gordura, produzindo assim peixes mais gordurosos (NRC, 1993). Dietas
deficientes em energia em relação à proteína, resultam na redução na taxa de crescimento dos
peixes cultivados, devido a um gasto energético no catabolismo pelo excesso de aminoácidos
e o direcionamento da proteína como fonte principal de energia (JOBLING citado por
PEZZATO et al., 2004).
De uma forma geral, a relação energia digestível/proteína bruta situam entre 9 e 12
Kcal/g dependendo do animal, de sua idade e de variações ambientais (GOMES, 1998). Para
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 18
as tilápias, alguns estudos (LOVELL, 1991; STICKNEY, 1997) citam que a relação energia
digestível/proteína bruta é de 8,3 kcal/g
de proteína para dietas com 36% PB. Para alevinos de
tilápias com 50g são necessários 2900 kcal/kg e entre 2400 a 3400 kcal/kg para peixes
alimentados com dietas de 30 a 36% PB.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 19
4. ARTIGO CIENTÍFICO
Os resultados obtidos durante o trabalho experimental dessa dissertação que será
publicado em um artigo intitulado, EFEITOS DE DIFERENTES REGIMES DE
ALIMENTAÇÃO NO CRESCIMENTO DA TILÁPIA NILÓTICA (Oreochromis
niloticus, LINNAEUS, 1757) CULTIVADAS EM TANQUES-REDE (Manuscrito).
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 20
MANUSCRITO
EFEITOS DE DIFERENTES REGIMES DE ALIMENTAÇÃO NO CRESCIMENTO
DA TILÁPIA NILÓTICA (Oreochromis niloticus, LINNAEUS, 1757) CULTIVADAS
EM TANQUES-REDE
Manuscrito a ser submetido à revista
Ciência Rural ISSN 0103-8478
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 21
“EFEITOS DE DIFERENTES REGIMES DE ALIMENTAÇÃO NO CRESCIMENTO
DA TILÁPIA NILÓTICA, (Oreochromis niloticus, LINNAEUS, 1757) CULTIVADAS
EM TANQUES-REDE”¹
Marcelo Luis da Silva Costa
2
, Eudes de Souza Correia
3
RESUMO
Diferentes regimes de alimentação foram avaliados para testar níveis reduzidos de
proteína nas diversas fases do crescimento da tilápia do Nilo cultivada em tanques-rede.
Foram utilizadas dietas com níveis protéicos (36, 32 e 28%) em três fases de crescimento (I –
80 a 300g; II – 300 a 650g e III – 650 a 1000g), sendo portanto, o delineamento experimental
com os níveis protéicos: 1) 36 e 32%; 2) 32 e 32%; e 3) 32, 32 e 28%. Os peixes foram
estocados em densidades de 250, 200 e 150 indivíduos/m³, nas fases I, II e III,
respectivamente. Biometrias foram realizadas quinzenalmente e diariamente mensurou-se
temperatura, pH e oxigênio e mensalmente outras variáveis como nitrogênio amoniacal,
nitrato, fósforo total. Para os resultados obtidos aplicou-se a ANOVA (P0,05) entre os
tratamentos nas variáveis de crescimento e produção. Nas fases I e III, apresentaram melhor
desempenho para peixes alimentados com a dieta 32% PB (P0,05). Já para a fase II, os
peixes que se alimentaram da dieta 36% PB na fase anterior tiveram um desempenho mais
significativo. O regime de alimentação mais eficiente para as três fases de tamanho foi com a
utilização da ração extrusada com 32% de proteína bruta.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 22
Palavras-chave: Oreochromis niloticus, tanques-rede, níveis de proteína.
1
Dissertação de Mestrado do primeiro autor, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e
Aqüicultura (PPG-RPAq), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
2
Engenheiro de Pesca – Mestre pelo PPG-RPAq, UFRPE. E-mail: marcelo_silvaco[email protected]. Autor para
correspondência.
3
Engenheiro de Pesca – Doutor, Professor Adjunto, Departamento de Pesca e Aqüicultura, UFRPE
Apoio: CNPq e Usina Japungu S/A.
ABSTRACT
Different regimes of feeding had been evaluated to test reduced protein levels in the
differences phases of growth of the tilápia Chitralada cultivated in cages. Were used diets
with protein levels of: 36, 32 and 28% in three phases of size (I - 80 300g; II - 300 650g and
III - 650 1000g), being therefore, the experimental delineation: control (1) 36, 32 and 32%;
(2) 32, 32 and 32%; (3) 32, 32 and 28%. The fish had been storaged in density of 250, 200
and 150 fiehes/m
3
, in the phases I, II and III, respectively. Biometries were accomplished
every fifteen days. Daily it measures temperature, pH and oxygen and monthly other variable
as ammoniac nitrogen, nitrate. It was applied ANOVA (P0,05) enters the treatments in the
growth variable and production. In phases I and III, it had one better performance for fish fed
with diets 32% PB (P0,05). Already for phase II, the fish that if they had fed of diet 36% PB
in the previous phase had had a more significant performance. The regime of feeding more
efficient for the three size phases is the utilization of the ration extruded with 32% of crude
protein.
Key words: Oreochromis niloticus, cage, protein level.
INTRODUÇÃO
A produção de Oreochromis niloticus é superada apenas pelas carpas e pelos
salmonídeos, respondendo por 5,7% da produção mundial (BORGHETTI et al., 2003). A
produção brasileira de tilápias atingiu em 2004 um valor superior a 70.000 toneladas (IBAMA,
2004). A tilapicultura é desenvolvida em diversos sistemas de produção, dos quais se
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 23
destacam os tanques-rede, que tem crescido bastante nos últimos anos, sobretudo com a
introdução da tilápia tailandesa (KUBITZA, 2000; LIMA, 2001).
O cultivo intensivo de tilápias demanda o uso de rações nutricionalmente completas e
balanceadas que representam entre 65 e 75% dos custos totais de produção (CYRINO et al.,
1998), nas quais o nutriente mais importante é a proteína. A proteína nas dietas dos peixes
tem sido um dos campos mais pesquisados na nutrição, sobretudo em regime intensivo. O
nível da proteína nas dietas, que resulta no crescimento ótimo é influenciado por uma série de
fatores que inclui o índice de energia na dieta, o estado ontogênico e fisiológico do animal
(idade, peso e maturidade), variáveis ambientais como temperatura de água, salinidade,
oxigênio dissolvido, quantidade de alimento (JAUNCEY, 2000), além da qualidade da
proteína na dieta quanto aos níveis e equilíbrio de aminoácidos essenciais (KUBITZA, 1998).
Peixes carnívoros, como o salmão, necessitam cerca de 40% de proteína (LOVELL,
1991), enquanto os onívoros como as tilápias, necessitam de 28 a 32% de proteína. Na fase
larval, porém, esta exigência varia entre 30 a 47% (LUQUET, 1991). Estudos sobre
crescimento ótimo de tilápia realizado por JAUNCEY & ROSS (1982), constataram que
dietas com 24% de proteína bruta produziram 80% da taxa de crescimento ótima para
alevinos Oreochromis mossambicus, com peso entre 0,5 e 10 gramas Em sistemas intensivos,
como em tanques-rede, as dietas incluem níveis maiores de proteína (FITZSIMMONS, 2000).
Os aminoácidos, constituintes de proteína, são responsáveis pela formação e
regeneração de tecidos de músculos, ossos, células sangüíneas, enzimas, produtos sexuais
(TORRES, 2001). Os aminoácidos se dividem em dois grupos os essenciais e os não
essenciais. O primeiro grupo não pode ser sintetizado pelos peixes, sendo o seu requerimento
oriundo da dieta natural ou artificial, arginina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina,
fenilanina, treonina, triptofano e valina, enquanto o outro o organismo mesmo produz
(PEZZATO et al, 2004). A proporção, equilíbrio e a digestibilidade dos aminoácidos são
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 24
fundamentais para uma alimentação adequada que possibilite um alto desempenho (GOMES,
1998).
Atualmente encontram-se disponíveis uma série de programas nutricionais para a
produção de peixes em tanques-rede desenvolvidos nas regiões Sul e Sudeste do País.
Entretanto, a temperatura no Nordeste é maior e mais constante, o que pode resultar em
exigências nutricionais diferenciadas, sobretudo em tanques-rede.
Normalmente, no cultivo comercial de tilápias em tanques-rede, os níveis de proteína
bruta variam de 36 a 28% de proteína na fase de engorda de acordo com o programa do
fabricante de ração e do tamanho do peixe desejado. Em geral, dietas com menores níveis de
proteína são mais econômicas, o que reduz os custos com a alimentação, portanto, é
fundamental que o desempenho zootécnico seja satisfatório.
Portanto, para que não sejam fornecidos níveis excessivos desse nutriente, tornam-se
conhecer as exigências protéicas dos animais para cada fase de cultivo e uma ração bem
formulada (SHIAU & LAN, 1996; FURUYA et al., 1996).
Diante deste contexto, estudos que busquem a otimização de um regime de
alimentação em função da variação dos níveis de proteína, podem contribuir para a redução
dos custos de produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes
regimes de alimentação variando-se a proteína na dieta nas diversas fases de crescimento de
tilápias.
MATERIAL E MÉTODOS
Local de execução e instalações
O experimento foi executado no açude Pacatuba pertencente à Usina Japungu
Agroindústria S/A, localizada em Sapé-PB. O cultivo de peixes em tanques-rede foi
desenvolvida em uma unidade com volume útil de 4 m
3
(2 x 2 x 1,0m). Estes tanques são
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 25
confeccionados com telas de arame galvanizado, revestidas de PVC, com abertura da malha
19 mm, contendo flutuadores (bombonas de 50 litros) fixados em cabo de aço galvanizado e
cantoneiras em forma de U-2’’, com espessura de 2,0 mm.
Desenho experimental
O cultivo multifásico de peixes em tanques-rede com diferentes níveis de proteína foi
avaliado através de um delineamento experimental com dietas comerciais contendo três níveis
diferentes de proteína bruta (36, 32 e 28%) em três fases de crescimento (80-300g; 300-650g
e 650 a 1000g), conforme demonstração na Tabela 1. O tratamento controle representa o atual
regime de alimentação adotado pelos piscicultores em função dos níveis protéicos da ração,
ou seja, 36% PB na fase I; 32% PB na fase II e 32% PB na fase III.
Tabela 1. Níveis protéicos adotados nas fases de cultivo da tilápia da Oreochromis niloticus
em tanques-rede (nível protéico adotado na respectiva fase em negrito).
Fase de Crescimento Tratamento Nível Protéico (%) Repetições
Controle
36
3
I – 80 – 300g
1
32
7
Controle 36-32 3
II – 300– 650g
1 32-32 7
Controle 36-32-32 2
1 32-32-32 2
III – 650 – 1000g
2 32-32-28 2
Procedimentos experimentais
Os alevinos de tilápia da linhagem Chitralada (Oreochromis niloticus) foram
adquiridos em um laboratório particular com peso variando entre 0,5 a 1 grama, os quais
foram estocados em viveiros berçários, com área de 5000 m². Após um período de 60 dias
atingiram um peso superior a 80 gramas, quando foram transferidos para os tanques-rede de
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 26
engorda.
Os juvenis foram estocados numa densidade inicial de 400 indivíduos/m
3
, perfazendo
uma população total de 1600 peixes por tanques-rede e cultivados até atingirem um peso de
300 gramas. Na fase II, a densidade foi reduzida para 200 peixes/m³, até atingirem um peso
médio entre 650-750 gramas. Na terceira fase, os peixes foram estocados com peso médio de
800 gramas em uma densidade de 150 indivíduos/m³ até atingirem 1100g.
A alimentação constou de rações extrusadas com diferentes níveis proteína (Tabela 1)
e fornecida de seis a três vezes ao dia, conforme programa de alimentação fornecido pelo
fabricante da ração, com taxas variando de 6 a 1,2% ao dia, a qual foi ajustada de acordo com
o consumo de ração e com a qualidade de água do ambiente. Quinzenalmente, foram
realizadas biometrias, com aproximadamente 5% da população estocada em cada tanque, que
serviram para acompanhar o crescimento em peso (g), bem como reajustar a quantidade de
ração a ser fornecida e de avaliar o estado de sanidade do animal.
Avaliação da qualidade da água
As variáveis como temperatura, oxigênio dissolvido e pH foram mensurados
diariamente, as 06:00 e 16:00 horas, utilizando-se os equipamentos como YSI e phmêtro. A
transparência da água, através do disco de Secchi entre 11:00 às 15:00 h. As análises de nitrito,
nitrato, nitrogênio amoniacal (NH
3
e NH
4
+
), fósforo total, ortofosfatos e Clorofila a foram
realizadas mensalmente no Laboratório de Limnologia do Departamento de Pesca e
Aqüicultura, objetivando acompanhar a qualidade da água do ambiente de cultivo.
Análise bromatológica das rações
As três rações comerciais testadas foram encaminhadas ao Laboratório de Física e
Alimentos do Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP) para confirmar os níveis de
proteína bruta, extrato etéreo, fibra bruta, material mineral, cálcio e fósforo. A determinação
dos níveis de aminoácidos das dietas adotadas foi realizada no Laboratório de Tecnologia de
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 27
Alimentos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Avaliação dos dados de produção
A variável de desempenho zootécnico como taxa de sobrevivência, taxa de
crescimento específico, ganho de peso e de biomassa, conversão alimentar aparente,
eficiência protéica e alimentar também foram determinadas. a) Ganho de Peso Médio (GP),
expresso em gramas através da diferença entre o peso médio final (Pf) e o inicial (Pi): GP =
(PfPi); b) Taxa de Crescimento Específico (TCE), expressa em percentagem por dia,
através da fórmula: TCE = 100 x ln (Pf) – (Pi)/
tempo (em dias); c) Conversão Alimentar
(CA), resultado da razão entre a quantidade de alimento fornecido e a biomassa líquida; d)
Eficiência Alimentar (EA), expressa pela relação entre a biomassa líquida e quantidade de
alimento fornecido; e) Eficiência Protéica (EP), coeficiente entre a biomassa líquida e a
proteína consumida.
Análise estatística
O teste de normalidade de Shapiro-Wilk e o teste de homocedasticidade de Bartlett, ao
nível de significância de 5%, foram efetuados para verificar a normalidade da amostra e a
homogeneidade das variâncias. O teste de análise de variância - ANOVA 1 Critério foi
executado para determinar se há existências entre os tratamentos de cada fase e controle (ZAR,
1996). A análise de variância foi complementada por teste de agrupamento de médias (Teste
de Tukey) ao nível de probabilidade de 5%, para comparar os diferentes tratamentos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As variáveis físico-química e biológica da água do cultivo, mantiveram dentro das
condições adequadas para o crescimento dos peixes (Tabela 2).
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 28
Tabela 2. Variáveis da qualidade de água durante a fase experimental do cultivo de tilápias
em tanques-rede na fase de engorda.
Variáveis Média ± Desvio Padrão
Oxigênio dissolvido (mg/L) (07:00h) 5,62 ±1,12
Oxigênio dissolvido (mg/L) (16:00h) 9,66 ± 2,80
Temperatura (º C) manhã (07:00h) 27,15 ± 0,92
Temperatura (º C) tarde (16:00h) 28,59 ± 1,04
pH 7,73 ± 0,45
Amônia em NH
3
-
(mg/L) 0,05 ± 0,03
Nitrito em NO
2
-
(mg/L) 0,01 ± 0,004
Nitrato em NO
3
-
(mg/L) 0,03 ± 0,032
Alcalinidade total (CaCO
3
) 103,55 ± 12,62
Dureza total (mg/L CaCO
3
) 118,45 ± 12,77
Fósforo total (mg/L) 0,12 ± 0,05
Transparência (cm) 62,33 ± 5,92
Cianofíceas (org/ml) 331,04 ± 10,02
O oxigênio dissolvido (OD) é a variável da qualidade de água de maior importância
para um bom crescimento e desempenho na produção de peixes em tanques-rede. Os valores
médios de OD às 07:00 e 16:00h no cultivo, foram de 5,62 a 9,66 mg/L, respectivamente. Os
valores registrados pela manhã estiveram acima 3,9 mg/L, o que é considerado o valor
mínimo neste sistema intensivo (ONO & KUBITZA, 2003).
O peixe é classificado como um animal pecilotérmico, para quem a elevação da
temperatura, dentre dos limites de conforto, permite uma maior atividade metabólica
(BEVERIDGE, 1996), possibilitando assim, um maior ganho de peso em um menor período
de tempo, bem como uma melhor conversão alimentar. A temperatura média da água durante
o experimento variou entre 27,15 e 28,59 ºC, entre 07:00 e 16:00h, respectivamente,
encontrando-se dentro da faixa de conforto para a tilápia que é de 26 a 32º C (KUBITZA,
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 29
2000).
O pH médio foi de 7,73. Os valores encontram-se dentro da faixa adequada (6,5 a 9,0)
para a produção da maioria das espécies de peixes (ARANA, 1997). Já os valores de
alcalinidade e a dureza foram 103,55 e 118,45 mg/L de CaCO
3
, situaram-se acima dos níveis
mínimos recomendados para a piscicultura em tanques-rede (>25 mg/L) (LOPEZ et al., 2001).
Os níveis de amônia (NH
3
), bem como o nitrito (NO
2
-
), apresentaram os seguintes
valores 0,05 e 0,01 mg/L; encontrando-se dentro da faixa de conforto para os animais que é
abaixo 0,5 mg/L e 0,1 mg/L, respectivamente (BOYD, 1997). Em tanques-rede bem
posicionados quanto à corrente, raramente ocorrem problemas de toxidez, pois o fluxo de
água remove os metabólitos, mesmo em biomassa elevadas.
As tilápias são extremamente tolerantes a baixos níveis de OD na água e outras
variações químicas (BOYD, 1997), porém, o baixo crescimento, doenças, parasitas e grandes
mortandades de peixes estão associados em sua maioria a problemas na qualidade de água
(MASSER citado por CONTE, 2002).
A transparência da água é um dos indicativos que classificam o estado trófico do
ambiente aquático (ESTEVES, 1998). Segundo RAMIREZ & VIANA citado por LOPEZ
(2001) as águas de acordo com a transparência divide-se em águas oligotróficas (> 160 cm);
mesotróficas (160 a 80 cm) e eutróficas ( 80 cm). A transparência da água no ambiente de
cultivo foi de 62,33 cm, classificando o ambiente como eutrófico. Segundo BEVERIDGE
(1991), o melhor desempenho na produção de peixes em tanques-rede é obtido em ambiente
oligotróficos, com boa transparência da água, estabilidade físico-química e baixa densidade
fitoplanctônica.
Segundo SCHIMITTOU (1997), a transparência de água interfere na produtividade
dos tanques-rede, sendo menor quanto menor for à leitura do disco de Secchi. Além disso, os
locais adequados para implantação dos tanques-rede devem ser superiores a 40 cm, para que
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não ocorram níveis críticos de OD no período noturno, o qual não ocorreu durante o cultivo.
Os nutrientes inorgânicos nitrato (NO
3
-
) e fósforo (PO
4
-3
) foram em média de 0,03 ± e
0,12 mg/L, respectivamente. Estes valores se situam na faixa de águas mesotróficas
(RAMIREZ & VIANA, citado por LOPEZ, 2001), porém, estes níveis estão reduzidos
decorrentes da alta produditividade primária no ambiente que foi 112 µg/L. A luz solar e os
nutrientes inorgânicos são fatores fundamentais para o crescimento, abundância e
produtividade fitoplanctônica em ecossistemas aquáticos tropicais (HENRY, 1993; TAYLOR
et al., 1992). A eutrofização é um processo que gera instabilidade da qualidade de água e
eleva o risco de “off-flavor” na carne dos peixes, características que são indesejáveis na
piscicultura intensiva.
Na análise quantitativa e qualitativa de fitoplâncton apresentou uma ocorrência
significativa de gêneros de cianobactérias (331,04 organismos/ml), dos quais se destacaram a
Anabaena e a Oscilatoria sp, que também são responsáveis pelo “off-flavor” (VAN DER
PLOEG & BOYD, 1991).
Desempenho do cultivo
Os dados de crescimento e produção dos peixes na primeira fase (80-300g) estão
apresentados na Tabela 3.
Tabela 3. Variáveis de crescimento na fase I (80 a 300 gramas) no cultivo de tilápias em
tanques-rede na fase de engorda (nível protéico adotado na respectiva fase em negrito).
Níveis protéicos
Variáveis
32% P.B 36 % P.B
Peso inicial (g) 80 ± 10 80 ± 10
Peso final (g) 311
a
± 2,47 308
a
± 1,67
Densidade inicial (peixes/m³) 400 400
Tempo de cultivo (dias) 38 38
Mortalidade (%) 19 21
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 31
Ganho de biomassa (kg) 270
a
± 3,16 267
a
± 2,13
Ganho de peso (g/dia) 5,97
a
± 0,29 6,01
a
± 0,04
TCE (%) 3,57
a
± 0,02 3,54
a
± 0,00
Conversão alimentar 1,63
a
± 0,02 1,62
a
± 0,06
Relação Eficiência alimentar (%) 61,21
a
± 0,72 61,63
a
± 2,20
Relação Eficiência protéica 1,71
a
± 0,06 1,92
b
± 0,02
Biomassa final (kg/m³) 99,50
a
± 3,16 98,75
a
± 2,13
TCE = Taxa de Crescimento Específico = 100 (ln Pf – ln Pi) / tempo
Em termos quantitativos, as tilápias exigem a proteína das dietas para o anabolismo,
catabolismo e reparação de células e tecidos. STICKNEY (1997) afirmou que a exigência
protéica da tilápia encontra-se em uma escala dietética variando de 30 a 40% PB, conforme a
fase de vida do animal.
Os peixes de 80 a 300 gramas submetidos às dietas 36 e 32% PB apresentaram um
desempenho sem que houvesse diferença significativa (P 0,05) para as variáveis analisadas.
Este desempenho é similar ao estudado por SIDIQUI et al. (1988), o qual obteve um máximo
de crescimento da Tilápia (O. niloticus) com dietas de 30% PB com peixes de 40 até 170
gramas. HANLEY (1997) comparou diversos níveis de proteína com tilápias cultivadas em
tanques-rede, onde obteve também melhor rendimento com dietas de 32% PB. Segundo
FITZSIMMONS (2000) o requerimento protéico em sistemas intensivos é atendido com
dietas entre 30 e 32% PB na fase de engorda.
Estudos conduzidos por JAUNCEY & ROSS (1982), observaram que as tilápias
submetidas a diferentes dietas de proteína atingiram um ótimo de crescimento em duas
diferentes classes de tamanho. Entretanto, níveis protéicos acima deste máximo mantiveram o
crescimento estabilizado ou até declinaram, possivelmente decorrente da demanda energética
necessária para metabolizar o excesso de aminoácidos absorvidos (JAUNCEY, 2000).
Alguns estudos para peixes carnívoros indicaram que o excesso de proteína nas dietas
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 32
induziu um armazenamento do excesso de proteína e energia digestível não prontamente
utilizável, encontrando-se sob a forma de lipídios visceral (CYRINO et al., 2000). SAMPAIO
et al. (2000), relatam que depois de atingido o máximo, a proteína destinada ao crescimento é
canalizada para gastos energéticos e/ou a porção protéica não digerida e absorvida é excretada
sob a forma de resíduos nitrogenados (TIBBETS et al., conforme HAYASHI et al., 2002).
Nesta fase constatou-se diferença estatística apenas na taxa de eficiência protéica
(TEP) (P 0,05) entre as dietas, na qual a elevação do nível de proteína resultou em piora
linear na TEP. FURUYA et al. (1996) também identificou esta tendência em estudos na
determinação das exigências de proteína bruta para juvenis (50 a 125 gramas) de tilápia do
Nilo.
Na segunda fase, apenas o peso inicial não apresentou diferença significativa (P<0,05)
entre os tratamentos (Tabela 4).
Tabela 4. Variáveis de crescimento na fase II (301 a 650 gramas) no cultivo de tilápias em
tanques-rede na fase de engorda (nível protéico adotado na respectiva fase em negrito).
Níveis protéicos
Variáveis
32 – 32% P.B 36 - 32% P.B
Peso inicial (g) 311
a
± 2,47 308
a
± 1,67
Peso final (g) 650
a
± 14,61 723
b
± 18,09
Densidade inicial (peixes/m³) 200 200
Tempo de cultivo (dias) 60 60
Mortalidade (%) 10 9
Ganho de biomassa (kg) 219
b
± 10,52 274
a
± 13,02
Ganho de peso (g/dia) 5,64
b
± 0,25 6,93
a
± 0,30
TCE (%) 1,23
b
± 0,04 1,42
a
± 0,04
Conversão alimentar 2,32
b
± 0,11 1,96
a
± 0,10
Relação Eficiência alimentar 44,05
b
± 2,12 50,91
a
± 2,42
Eficiência protéica 1,35
b
± 0,07 1,59
a
± 0,08
Biomassa final (kg/m³) 115,75
b
± 10,50 130,20
a
± 13,00
TCE = Taxa de Crescimento Específico = 100 (ln Pf – ln Pi) / tempo
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 33
Este experimento apresentou resultados técnicos similares ao conduzidos por
BARBOSA et al. (2000), o qual se caracterizou por produzir tilápias em tanques-rede na faixa
de 200 até 650 gramas com dietas contendo 32% PB. De acordo com SCHIMITOU (1997) e
KUBITZA (2000) peixes produzidos em sistemas intensivos neste tamanho devem se
alimentar com dietas entre 30 e 32% PB.
Entretanto, observa-se que há diferença estatística entre os dois tratamentos (P 0,05).
Os peixes que na primeira fase se alimentaram da dieta 36% PB tiveram um desempenho
superior ao alimentado da deita 32% P.B. Isto pode ser atribuído a uma nutrição mais
adequada na fase inicial para o animal, o qual se refletiu um desempenho superior na fase
subseqüente ou diferenças genéticas intrínsecas entre a população (PIERCE et al., 1997).
Os dados de crescimento e produção dos peixes terceira fase, de 800 a 1000g,
encontram-se sumarizados na Tabela 5.
Tabelas 5. Variáveis de crescimento na fase III (801 a 1000 gramas) no cultivo de tilápias em
tanques-rede na fase de engorda (nível protéico adotado na respectiva fase em negrito)
Níveis protéicos
Variáveis
32-32- 32% P.B 36 -32-32% P.B 32-32-28% P.B
Peso inicial (g) 800
800 800
Peso final (g) 1102
a
± 2,12 1040
ab
± 99,70 900
b
± 42,43
Densidade inicial (peixes/m³) 150 150 150
Tempo (dias) 39 39 39
Mortalidade (%) 3,3 3,0 2,5
Ganho de biomassa (kg) 159
a
± 1,23 128
ab
± 58,33 46
b
± 24,82
Ganho de peso (g/dia) 7,7
a
± 0,05 5,9
ab
± 2,23 2,5
b
± 1,09
TCE (%) 0,82
a
± 0,04 0,67
ab
± 0,25 0,30
b
± 0,12
Conversão alimentar 1,63
a
± 0,01 2,33
ab
± 1,07 6,83
b
± 3,72
Eficiência alimentar 61,15
a
± 0,47 47,86
ab
± 21,89 17,23
b
± 9,32
Eficiência protéica 2,26
a
± 0,01 1,82
ab
± 0,70 1,52
b
± 0,49
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 34
Biomassa final (kg/m³) 161
a
± 1,24 152
ab
± 58,33 143
b
± 24,82
TCE = Taxa de Crescimento Específico = 100 (ln Pf – ln Pi) / tempo
A redução dos níveis de proteína em rações para peixes é importante para diminuir a
quantidade de nitrogênio na água, o que auxilia na criação sustentável de peixes,
principalmente os criados em condições de altas densidades, que dependem exclusivamente
de dietas balanceadas (FURUYA et al., 2004).
Os peixes desta fase submetidos às dietas 32 e 28% PB apresentaram uma diferença
significativa (P0,05) para as variáveis analisadas. Estes resultados estão em consonância
com o experimento de NUNES (2004) em tanques-rede, onde a dieta 32% PB foi superior a
28% PB, com uma diferença de quatro semanas entre peixes nesta fase. Após atingir uma
biomassa superior a 130 kg/m³, o crescimento dos animais também ficou comprometido,
sendo bem similar ao experimento.
ONO & KUBITZA (2003), afirmam que um dos fatores que interfere na capacidade
de suporte dos tanques-rede é a qualidade de ração. Estes dados contradizem com o obtido por
WATANABE et al. (1997), que teve êxito com dietas 28% PB produzindo tilápias
(Oreochromis niloticus) em águas salinas em tanques-rede, sugerindo que o excesso de
proteína pode ter reduzido o crescimento.
De acordo com JAUNCEY (2000), a exigência protéica pode ser influenciada por
fatores ambientais, como salinidade e temperatura. Quanto à salinidade, estudos mostram a
influência de diferentes níveis de proteína no crescimento de Oreochromis sp, cultivada em
águas salinas, com um melhor desempenho quando alimentadas com dietas incluindo 32% PB
(WATANABE et al.,1997; SILVA & PEREIRA citado por BEVERIDGE, 2000).
Conforme PEZZATO et al., (2004), a temperatura afeta o metabolismo dos peixes,
porém a exigência quantitativa da proteína é constante, variando a quantidade ingerida, o
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 35
tempo de permanência e a disgestibilidade e as exigências em energia para manutenção
(TORRES, 2001). Nesta fase, provavelmente a temperatura não exerceu influência no
desempenho dos peixes alimentados entre as duas dietas.
Segundo KENTOURI; CANTELMO citados por SILVA-PEREIRA et al. (2004),
estudou a ingestão protéica das tilápias, o qual observou que estes podem regular a quantidade
de alimento com bases nos teores de proteína e energia da dieta, com o objetivo de atender
suas necessidades. Estudos conduzidos por SILVA-PEREIRA et al. (2004), atribuem um
maior consumo de ração contendo 15% PB pelas tilápias, pelo fato da quantidade protéica
estar abaixo do nível adequado para espécie, tendo que aumentar a sua ingestão para obter o
mínimo necessário.
Neste estudo, as taxas de alimentação foram iguais para os peixes alimentados com as
diferentes dietas. É possível que a taxa de alimentação tenha interferido no desempenho
zootécnico, onde os peixes alimentados com a dieta 28% poderiam demandar uma quantidade
maior de alimento.
Análise de Aminoácidos
As tilápias, além dos quantitativos protéicos, necessitam de níveis e uma combinação
balanceada de aminoácidos (SCHIMITTOU, 1997). Uma ração formulada com base em
proteína bruta ou aminoácidos totais pode não atender as necessidades nutricionais.
Deficiências e excessos de aminoácidos interferem na utilização da fração nitrogenada, assim
como na composição química e no rendimento da carcaça dos peixes (FURUYA et al., 2005).
Os níveis e o equilíbrio de aminoácidos das dietas experimentais estão apresentados na Tabela
6.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 36
Tabela 6. Níveis de aminoácidos em função do percentual de proteína bruta (PB) nas dietas.
Dietas
Aminoácidos
28% P.B 32% P.B 36% P.B
Arginina 2,96 3,51 5,38
Histidina 0,7 0,9 1,38
Isoleucina 1,16 1,04 1,64
Leucina 1,7 2,22 3,59
Lisina 0,81 0,89 1,57
Metionina 2,03 2,22 3,59
Fenilanina 1,16 1,3 2,23
Treonina 1,12 1,17 1,87
Valina 1,32 1,05 1,56
Dos níveis de aminoácidos da dieta 36% PB apenas a arginina e a histidina encontram-
se dentro dos requerimentos nutricionais recomendadas, enquanto que na dieta 32% PB,
apenas a arginina sitou-se dentro dos níveis adequados (SANTIAGO & LOVEL, 1988; NRC,
1993; KUBITZA, 2000). Entretanto, não foi observado no experimento redução nas taxas de
crescimento ou sintomas de deformidades nos peixes. Segundo FURUYA et al. (2004), a
lisina para as tilápias juvenis (100-200gramas) deve ser até 5,7% da proteína bruta, porém os
resultados das dietas testadas foram inferiores, assim como a metionina, que deve ser superior
a 3,54% da proteína da dieta.
Algumas destas diferenças nos resultados podem ser atribuídas à espécie/linhagem, ao
processo de fabricação e diversas fontes de aminoácidos, manejo alimentar, variáveis físico-
químicas e aspectos metodológicos (NUTRIENT citado por TEIXEIRA et al., 2005).
Outro fator que influencia a exigência de aminoácidos é o tamanho e a idade dos
peixes. Segundo CONWEY (1994), peixes mais jovens apresentam maior exigência em
aminoácidos, quando comparados com peixes mais velhos, devido às diferentes taxas de
retenção e deposição de proteína. Em sua maioria, os requerimentos nutricionais de tilápias
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 37
são estabelecidos com animais ainda na fase inicial (SANTIAGO & LOVEL, 1988; NRC,
1993, FURUYA et al., 2004), havendo carência de estudos na fase de juvenis e adultos, bem
como em sistemas intensivos.
Além disso, as exigências quantitativas de aminoácidos são constantemente alteradas,
devido aos avanços genéticos, sendo difícil obter as exigências de todos os aminoácidos com
experimentos apenas com dose-resposta, o que tem direcionado vários autores a aplicar o
conceito da proteína ideal que se baseia na lisina como aminoácido referência (FURUYA et
al., 2005).
Segundo NEW et al., (1994), a tilápia do Nilo é um peixe filtrador extramente
eficiente, porém quando criadas em tanques-rede, a suplementação alimentar oriunda do
alimento natural não é suficiente para suprir as exigências nutricionais, dos quais se destacam
os aminoácidos. CONTE (2002), testou duas densidades de estocagem de tilápias em tanques-
rede com tilápias de 50 até 500 g (300-400 peixes/m
3
) e (500-600 peixes/m
3
) sem que
houvesse diferença no crescimento, o qual não descartou a contribuição do alimento natural
devido à condição eutrófica do ambiente. Neste experimento, é pouco provável que o
alimento natural tenha compensado as deficiências em aminoácidos das dietas no sistema de
biomassas elevadas (KUBITZA et al., 1998).
Dos níveis de aminoácidos da dieta 32% PB apenas a arginina e a histidina encontram-
se dentro dos requerimentos nutricionais. Enquanto que na dieta 28% PB, apenas a arginina
situa-se nos níveis referidos (SANTIAGO & LOVEL, 1988; NRC, 1993; KUBITZA, 2000).
De acordo com FURUYA et al. (2005), a simples redução no conteúdo de proteína não
permite adequado desempenho em condições de criação intensiva, sendo necessário observar
a digestibilidade e a proporção entre os aminoácidos. A aplicação do conceito de proteína
ideal é importante para permitir a adequada suplementação de aminoácidos sintéticos, de
forma a se obter dietas com teores inferiores de proteína.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 38
STICKNEY (1997), TEIXEIRA (2005), recomendam que os níveis de aminoácidos na
dieta não devam exceder 60% dos aminoácidos totais, o qual não verificou o excesso em
nenhuma das duas dietas.
CONCLUSÕES
É possível adotar a dieta 32% PB na fase de crescimento entre 80 a 300 gramas sem
prejuízos para o crescimento do animal;
Na fase de 300-650 gramas, concluiu-se que os peixes que se alimentaram da dieta
36% PB na fase 80-300 gramas, refletiram num melhor desempenho na fase 300-650g;
Dietas com 28% PB contribuíram num baixo desempenho de crescimento em peixes
entre 800 a 1100 gramas comparado com a dieta 32% PB.
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ZAR, J H. Biostatistical analysis. New Jersey: Prentice Hall. 1996. 662p.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 48
6. ANEXO
NORMAS DA REVISTA
1. CIÊNCIA RURAL - Revista Científica do Centro de Ciências Rurais da Universidade
Federal de Santa Maria publica artigos científicos, revisões bibliográficas e notas referentes à
área de Ciências Agrárias que deverão ser destinados com exclusividade.
2. Os artigos científicos e notas devem ser encaminhados em três vias, revisões bibliográficas
em quatro vias, datilografados e/ou editados em idioma Português ou Inglês e paginados. O
trabalho deverá ser digitado em folha com tamanho A4 210 x 297mm, com no máximo, 28
linhas em espaço duplo, fonte Times New Roman, tamanho 12. O máximo de páginas será 15
para artigos científicos, 20 para revisão bibliográfica e 8 para nota, incluindo tabelas, gráficos
e ilustrações. Cada gráfico, figura, ilustração ou tabela eqüivale a uma página. Enviar a forma
digitalizada somente quando solicitada.
3. O artigo científico deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo;
Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução com Revisão de Literatura; Material e
Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão; Agradecimento(s); Fontes de Aquisição,
quando houver, e Referências. Antes das referências deverá também ser descrito quando
apropriado que o trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética e Biossegurança da instituição
e que os estudos em animais foram realizados de acordo com normas éticas.
4. A revisão bibliográfica deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês);
Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução; Desenvolvimento; Conclusão;
Referências. Antes das referências deverá também ser descrito quando apropriado que o
trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética e Biossegurança da instituição e que os estudos
em animais foram realizados de acordo com normas éticas.
5. A nota deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-
chave; Abstract; Key words; Texto [sem subdivisão, porém com introdução; metodologia;
resultados e discussão e conclusão (podendo conter tabelas ou figuras)]; Fontes de aquisição
se houver; Referências. Antes das referências deverá também ser descrito quando apropriado
que o trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética e Biossegurança da instituição e que os
estudos em animais foram realizados de acordo com normas éticas.
6. Não serão fornecidas separatas. Os artigos estão disponíveis no formato PDF no endereço
eletrônico da revista (
www.scielo.br/cr).
7. Os nomes dos autores deverão ser colocados por extenso abaixo do título, um ao lado do
outro, seguidos de números que serão repetidos no rodapé, para a especificação (departamento,
instituição, cidade, estado e país) e indicação de autor para correspondência (com endereço
completo, CEP e obrigatoriamente E-mail). Faculta-se a não identificação da autoria em duas
cópias dos artigos enviados.
8. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas seguidas do ano
de publicação, conforme exemplos. Esses resultados estão de acordo com os reportados por
MILLER & KIPLINGER (1966) e LEE et al. (1996), como uma má formação congênita
(MOULTON, 1978).
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 49
9. As Referências deverão ser efetuadas conforme ABNT (NBR 6023/2000).
9.1. Citação de livro:
JENNINGS, P.B. The practice of large animal surgery. Philadelphia : Saunders, 1985. 2v.
TOKARNIA, C.H. et al. (Três autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos e outros
herbívoros. Manaus : INPA, 1979. 95p.
9.2. Capítulo de livro com autoria:
GORBAMAN, A. A comparative pathology of thyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH, D.E.
The thyroid. Baltimore : Williams & Wilkins, 1964. Cap.2, p.32-48.
9.3. Capítulo de livro sem autoria:
COCHRAN, W.C. The estimation of sample size. In: ______. Sampling techniques. 3.ed.
New York : John Willey, 1977. Cap.4, p.72-90.
TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W. Fluidoterapia. In: ______. Técnicas cirúrgicas em
animais de grande porte. São Paulo : Roca, 1985. p.29-40.
9.4. Artigo completo:
AUDE, M.I.S. et al. (Mais de 2 autores) Época de plantio e seus efeitos na produtividade e
teor de sólidos solúveis no caldo de cana-de-açúcar. Ciência Rural, Santa Maria, v.22, n.2,
p.131-137, 1992.
9.5. Resumos:
RIZZARDI, M.A.; MILGIORANÇA, M.E. Avaliação de cultivares do ensaio nacional de
girassol, Passo Fundo, RS, 1991/92. In: JORNADA DE PESQUISA DA UFSM, 1., 1992,
Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria : Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, 1992. V.1.
420p. p.236.
9.6. Tese, dissertação:
COSTA, J.M.B. Estudo comparativo de algumas caracterísitcas digestivas entre bovinos
(Charolês) e bubalinos (Jafarabad). 1986. 132f. Monografia/Dissertação/Tese (Especialização/
Mestrado/Doutorado em Zootecnia) - Curso de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade
Federal de Santa Maria.
9.7. Boletim:
ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo : Departamento de Produção Animal, 1942. 20p.
(Boletim Técnico, 20).
9.8. Informação verbal:
identificada no próprio texto logo após a informação, através da expressão entre parênteses.
Exemplo: ... são achados descritos por Vieira (1991 - Informe verbal). Ao final do texto, antes
das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo do autor (incluir E-mail), e/ou local,
evento, data e tipo de apresentação na qual foi emitida a informação.
9.9. Documentos eletrônicos:
MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades do
tratamento cirúrgico. São Paulo : Departamento de Cirurgia, FMVZ-USP, 1997. 1 CD.
COSTA, M.L.S. Cultivo multifásico da tilápia nilótica (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) em ... 50
LEBLANC, K.A. New development in hernia surgery. Capturado em 22 mar. 2000. Online.
Disponível na Internet http://www.medscape.com/Medscape/surgery/TreatmentUpdate/1999/t
u01/public/toc-tu01.html.
UFRGS. Transgênicos. Zero Hora Digital, Porto Alegre, 23 mar. 2000. Especiais. Capturado
em 23 mar. 2000. Online. Disponível na Internet: http://www.zh.com.br/especial/ index.htm.
ONGPHIPHADHANAKUL, B. Prevention of postmenopausal bone loss by low and
conventional doses of calcitriol or conjugated equine estrogen. Maturitas, (Ireland), v.34, n.2,
p.179-184, Feb 15, 2000. Obtido via base de dados MEDLINE. 1994-2000. 23 mar. 2000.
Online. Disponível na Internet http://www. Medscape.com/server-java/MedlineSearchForm.
MARCHIONATTI, A.; PIPPI, N.L. Análise comparativa entre duas técnicas de recuperação
de úlcera de córnea não infectada em nível de estroma médio. In: SEMINARIO
LATINOAMERICANO DE CIRURGIA VETERINÁRIA, 3., 1997, Corrientes, Argentina.
Anais... Corrientes : Facultad de Ciencias Veterinarias – UNNE, 1997. Disquete. 1 disquete
de 31/2. Para uso em PC.
10. Desenhos, gráficos e fotografias serão denominados figuras e terão o número de ordem
em algarismos arábicos. Tabelas e figuras devem ser enviadas à parte, cada uma sendo
considerada uma página. Os desenhos e gráficos (em largura de 7,5 ou 16cm) devem ser feitos
em editor gráfico impresso a laser, em papel fotográfico glossy sempre em qualidade máxima,
e devem conter no verso o nome do autor, orientação da borda superior e o número das
legendas correspondentes, as quais devem estar em folhas à parte. Alternativamente, após
aprovação as figuras poderão ser enviadas digitalizadas com ao menos 800dpi, em
extensão .tiff. Fotografias, desenhos e gráficos devem ser enviados, obrigatoriamente, em três
vias. As tabelas devem conter a palavra tabela, seguida do número de ordem em algarismo
arábico e não devem exceder uma lauda.
11. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira responsabilidade do(s)
autor(es).
12. O ofício de encaminhamento dos artigos deve conter, obrigatoriamente, a assinatura de
todos os autores ou termo de compromisso do autor principal, responsabilizando-se pela
inclusão dos co-autores.
13. Lista de verificação -
Checklist
14. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação.
15. Os artigos não aprovados serão devolvidos.
16. Em caso de dúvida, consultar artigos de fascículos já publicados antes de dirigir-se à
Comissão Editorial.
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