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que o maior passo de tempo permitido era definido em função de considerações de
estabilidade ao invés de acurácia, sendo necessária a utilização de passos de tempo
muito pequenos aumentando-se assim o custo computacional, para que as integrações
permanecessem estáveis (STANIFORTH, COTÉ, 1991).
A partir de trabalhos pioneiros de FJΦRTOFT (1952, 1955), WIIN-NIELSEN
(1959), KRISHNAMURTI (1962), SAWYER (1963), LEITH (1965), ROBERT, et al.
(1972) e PURNELL (1976), ROBERT (1981) propôs a combinação do esquema de
integração semi-implícito com o tratamento semi-lagrangeano dos termos advectivos
das equações do modelo barotrópico, provando que o passo de tempo poderia ser
aumentado em até seis vezes em relação aos utilizados nos demais esquemas da época.
A partir deste trabalho, a utilização do método semi-lagrangeano para solução de
escoamentos eminentemente advectivos foi amplamente estudada e aplicada em
diferentes tipos de modelos numéricos (STANIFORTH, COTÉ, 1991), tendo sido
estabelecidas novas técnicas de determinação da posição de partida da partícula
(MCDONALD, BATES, 1987), utilizando-se diferentes métodos de interpolação da
grandeza advectada na posição de partida (RIDDAWAY, 2001). COSTA (2003)
introduziu uma nova técnica para determinação da posição de partida da trajetória das
partículas, num problema de advecção linear da colina de Gauss, e mostrou que o
esquema proposto, o semi-lagrangeano de três níveis de tempo modificado (SL3TM),
apesar de ter um custo computacional um pouco maior, tem melhor acurácia, atenua
menos e apresenta menor dispersão numérica na simulação numérica de fenômenos de
acentuada curvatura, com maiores passos de tempo, e em longos períodos de integração.
O presente estudo implementa o esquema SL3TM em um problema de advecção
não linear e, comparando seus resultados com dois esquemas semi-lagrangeanos de dois
e três níveis de tempo, demonstra a vantagem de utilização deste novo esquema na