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Saliente-se por oportuno, que a Cadeia Produtiva de Gemas e Jóias foi selecionada
pelos critérios do MDIC por possuir excelente potencial em termos de promoção das
exportações, pela capacidade de promover a inclusão social via desenvolvimento de produções
regionais, pela geração de emprego e renda, com redução da informalidade e muito bom
potencial em termos de competição com as importações e desenvolvimento regional e local,
sintetizados no quadro da figura II.2 abaixo.
Critérios para a
Cadeia
Produtiva
Emprego e
Renda
Desenvolviment
o Produtivo
Regional
Exportação Competição
com Importação
Gemas e Jóias
. Simbologia Excelente Potencial Muito Bom Potencial
Figura II.2 - Critérios de Seleção para Fóruns de Competitividade
Fonte: MDIC
Entre as dificuldades (gargalos) da Cadeia Produtiva de Jóias, alinhadas de alguma
forma com o foco desta dissertação, cabe transcrever as conclusões de natureza tecnológica
do Fórum da Competitividade da Cadeia Produtiva de Gemas e Jóias e, especificamente,
quanto ao segmento da indústria joalheira de ouro e folheados contidos no Resumo Executivo
do Fórum já citado, a seguir apresentadas:
“ reduzida Capacitação de Mão-de-Obra – a par do esforço realizado pelas
entidades de classe e do governo, que têm incentivado a criação de cursos e o
fortalecimento de escolas de joalheria, principalmente do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (SENAI) e Escolas Técnicas, dada a evolução do
processo de competitividade associado ao universo de empresas e
autônomos, tais iniciativas ainda se apresentam muito aquém das
necessidades da indústria joalheira e folheados.
U
A baixa qualificação da mão-
de-obra tem sido considerada um grave problema nas áreas de modelagem,
desenho de jóias por computador, cravação
U
e técnicas de vendas, tanto no
varejo, quanto no exterior;
- inadequação Tecnológica – embora as jóias brasileiras apresentem design
moderno e qualidade crescente,
U
os diversos processos de produção têm sido
utilizados com distintos graus de eficiência, causados pela boa ou má
utilização da tecnologia disponível, das máquinas e equipamentos e das
ferramentas empregadas
U
. Na pesquisa do IBGM sobre o perfil da indústria de
jóias, realizada em 2000, 34,7% das empresas tinham em toda a sua
produção com peças feitas em série, o que permite grandes ganhos de escala.
Considerando que 63% das empresas terceirizam alguma etapa do processo
produtivo, que pela ordem de importância são cravação, fundição, acabamento
e montagem, há um grande “espaço” para incorporação de tecnologias;
- insuficiente Inovação Tecnológica – a nova geração de joalheiros
internacionais trabalha com tecnologia de ponta, a exemplo do uso de laser
para a solda de materiais,
U
o desenvolvimento rápido de protótipos (CAD/CAM)
U
o uso de plásticos da indústria aeroespacial. “Da mesma forma, matérias
primas e insumos, como pré-ligas de alta qualidade, revestimento (refratários),
ceras, borrachas e silicones, precisam ser mais amplamente utilizados pela
indústria joalheira nacional.” (Resumo Executivo do Fórum de
Competitividade da Cadeia Produtiva de Gemas e Jóias – 2004).